edição número 2462 - 4 de outubro de 2015

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NOVO PRESIDENTE DO PRB TRAÇA NOVOS RUMOS PARA O PARTIDO Após migrar para o PRB, o prefeito de Jequiá da Praia traça novos rumos para o partido e para as suas pretensões políticas. O primeiro passo pretendido é organizar a sigla e, em 2018, possivel- mente ter a sua candidatura sacramen- tada à Câmara Federal. PÁGINA 2 SANDRO LIMA DOMINGO MACEIÓ - ALAGOAS 4 DE OUTUBRO DE 2015 N 0 2462 R$ 4,00 tribunahoje.com EXEMPLAR DO ASSINANTE Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas em áreas isoladas Mínima 22º Máxima 27º TEMPO MARÉS FINANÇAS PESQUISA UM TERÇO DOS CONSUMIDORES GASTA MAIS DO QUE PODE PARA SATISFAZER A “CARA METADE” PÁGINA 14 BRASILEIRÃO SÉRIE A UM QUARTO DOS CLUBES QUE SOBEM À 1ª DIVISÃO É REBAIXADO NO ANO SEGUINTE PÁGINA 15 SEGURO ATLETA CLUBES NÃO CUMPREM A LEI PELÉ Apesar de estar previsto na Lei 9.615/98, mais conhecida como Lei Pelé, o seguro esporti- vo é ignorado em Alagoas por clubes, empresários de futebol, federações e pelos próprios atletas. Os custos têm o objetivo de cobrir riscos que os jogadores de futebol ou de qual- quer modalidade esportiva estão sujeitos, mas embora seja uma obrigação, o número de adesão é insignificante ou desconhecido no desporto alagoano. PÁGINAS 10 e 11 02:21 0.6m 08:32 1.6m 14:53 0.8m 21:06 1.6m INDEPENDENTE FERNANDA PONTES DIZ QUE ESTÁ NO CAMINHO QUE SEMPRE SONHOU A apresentadora da Globo Internacional nos Estados Unidos, jornalista Fernanda Pontes, confessa estar profissionalmente realizada. Há dois anos, após o fim da novela “Flor do Caribe”, ela deixou o Brasil e uma promissora carreira de atriz. “Estou no caminho que sempre sonhei, não me vejo mais fazendo novela”, diz. SUPLEMENTO PROJETOS DE ORIGEM GOVERNAMENTAL ESTÃO GERANDO ALGUMAS PO- LÊMICAS ENTRE OS DEPUTADOS ESTADUAIS. O MAIS RECENTE, AS MEDIDAS PARA AUMENTAR IMPOSTOS E A ARRECADAÇÃO DO ESTADO, JÁ TEVE SUA DISCUSSÃO APROVADA COMO REGIME DE URGÊNCIA. VÁRIOS PARLAMEN- TARES QUEREM DISCUTIR MINUCIOSAMENTE AS MENSAGENS E PROPOR EMENDAS, SE COUBEREM, O QUE NÃO É POSSÍVEL - ALEGAM ELES - NAS CONDIÇÕES DE TRAMITAÇÃO ATUAIS. ALGUNS ATÉ FAZEM REFERÊNCIA AO PROJETO DO GOVERNO QUE TRATAVA DO PASSE LIVRE, APROVADO ANO PASSADO E DEPOIS DERRUBADO PELO PRÓPRIO GOVERNADOR. PÁGINA 3 DEPUTADOS PEDEM MENOS REGIME DE URGÊNCIA E MAIS DEBATE DE PROJETOS SEGUINDO OS PASSOS MAIS OPÇÕES FAZ FILHOS REDUZIREM ESCOLHA POR PROFISSÕES PATERNAS A diversidade de profissões hoje existentes reduz as chances de os filhos seguirem o mesmo ofício dos pais. As gerações têm mais liberda- de de escolha, mas ainda há muitos jovens que seguem os pais. PÁGINA 9 IMA ORIENTA PRESERVAÇÃO DE ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL E PERMANENTE Empenhado na fiscalização para coibir crimes ambientais, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) também está investindo na orientação das comu- nidades sobre a preservação dessas áreas, buscando o equilíbrio entre a ocupação urbana e o respeito ao ecossistema. Na última semana, um grupo de técnicos visitou a APA do Catolé. PÁGINA 5 SANDRO LIMA ADAILSON CALHEIROS t POUPANÇA: 0,6346% DÓLAR COMERCIAL R$ 3,94 R$ 3,94 DÓLAR PARALELO R$ 3,80 R$ 4,17 OURO: R$ 143,50 RIO SÃO FRANCISCO CELEBRA 154 ANOS DE DESCOBRIMENTO PÁGINA 13

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Page 1: Edição número 2462 - 4 de outubro de 2015

NOVO PRESIDENTE DO PRB TRAÇA NOVOS RUMOS PARA O PARTIDO

Após migrar para o PRB, o prefeito de Jequiá da Praia traça novos rumos para o partido e para as suas pretensões políticas. O primeiro passo pretendido é organizar a sigla e, em 2018, possivel-mente ter a sua candidatura sacramen-tada à Câmara Federal. PÁGINA 2

SANDRO LIMA

DOMINGOMACEIÓ - ALAGOAS 4 DE OUTUBRO DE 2015

N0 2462

R$ 4,00 tribunahoje.com

EXEMPLAR DOASSINANTE

Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas

em áreas isoladas

Mínima

22ºMáxima

27ºTEMPO MARÉS FINANÇAS

PESQUISA UM TERÇO DOS CONSUMIDORES GASTA MAIS DO QUE PODE PARA SATISFAZER A “CARA METADE”PÁGINA 14

BRASILEIRÃO SÉRIE AUM QUARTO DOS CLUBES QUE SOBEM À 1ª DIVISÃO É REBAIXADO NO ANO SEGUINTEPÁGINA 15

SEGURO ATLETA

CLUBES NÃO CUMPREM A LEI PELÉApesar de estar previsto na Lei 9.615/98, mais conhecida como Lei Pelé, o seguro esporti-vo é ignorado em Alagoas por clubes, empresários de futebol, federações e pelos próprios atletas. Os custos têm o objetivo de cobrir riscos que os jogadores de futebol ou de qual-quer modalidade esportiva estão sujeitos, mas embora seja uma obrigação, o número de

adesão é insignificante ou desconhecido no desporto alagoano. PÁGINAS 10 e 11

02:21 0.6m08:32 1.6m

14:53 0.8m21:06 1.6m

INDEPENDENTE

FERNANDA PONTES DIZ QUE ESTÁ NO CAMINHO QUE SEMPRE SONHOUA apresentadora da Globo Internacional nos Estados Unidos, jornalista Fernanda Pontes, confessa estar profissionalmente realizada. Há dois anos, após o fim da novela “Flor do Caribe”, ela deixou o Brasil e uma promissora carreira de atriz. “Estou no caminho que sempre sonhei, não me vejo mais fazendo novela”, diz. SUPLEMENTO

PROJETOS DE ORIGEM GOVERNAMENTAL ESTÃO GERANDO ALGUMAS PO-LÊMICAS ENTRE OS DEPUTADOS ESTADUAIS. O MAIS RECENTE, AS MEDIDAS

PARA AUMENTAR IMPOSTOS E A ARRECADAÇÃO DO ESTADO, JÁ TEVE SUA DISCUSSÃO APROVADA COMO REGIME DE URGÊNCIA. VÁRIOS PARLAMEN-TARES QUEREM DISCUTIR MINUCIOSAMENTE AS MENSAGENS E PROPOR EMENDAS, SE COUBEREM, O QUE NÃO É POSSÍVEL - ALEGAM ELES - NAS

CONDIÇÕES DE TRAMITAÇÃO ATUAIS. ALGUNS ATÉ FAZEM REFERÊNCIA AO PROJETO DO GOVERNO QUE TRATAVA DO PASSE LIVRE, APROVADO ANO PASSADO E DEPOIS DERRUBADO PELO PRÓPRIO GOVERNADOR. PÁGINA 3

DEPUTADOS PEDEM MENOS REGIME DE URGÊNCIA E MAIS

DEBATE DE PROJETOS

SEGUINDO OS PASSOS

MAIS OPÇÕES FAZ FILHOS REDUZIREM ESCOLHA POR PROFISSÕES PATERNASA diversidade de profissões hoje existentes reduz as chances de os filhos seguirem o mesmo ofício dos pais. As gerações têm mais liberda-de de escolha, mas ainda há muitos jovens que seguem os pais. PÁGINA 9

IMA ORIENTA PRESERVAÇÃO DE ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL E PERMANENTE

Empenhado na fiscalização para coibir crimes ambientais, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) também está investindo na orientação das comu-nidades sobre a preservação dessas áreas, buscando o equilíbrio entre a ocupação urbana e o respeito ao ecossistema. Na última semana, um

grupo de técnicos visitou a APA do Catolé. PÁGINA 5

SANDRO LIMA

ADAILSON CALHEIROS

t

POUPANÇA: 0,6346%

DÓLAR COMERCIALR$ 3,94 R$ 3,94

DÓLAR PARALELOR$ 3,80 R$ 4,17

OURO:R$ 143,50

RIO SÃO FRANCISCO CELEBRA 154 ANOS DE DESCOBRIMENTO

PÁGINA 13

Page 2: Edição número 2462 - 4 de outubro de 2015

PolíticaMACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015POLÍTICA2

Beltrão pode trilhar caminho a BrasíliaPrefeito de Jequiá da Praia preside o PRB, atua para fortalecer o partido nas eleições municipais, bem como a 2018

SANDRO LIMA

Marcelo Beltrão diz que seu nome está à disposição, porém, outros candidatos devem ser postos

LUCIANA MARTINSREPÓRTER

O prefeito de Jequiá da Praia, Marcelo Beltrão, anunciou

essa semana que está deixando o PTB depois de quase de oito anos de filiação no partido. A saí-da foi de comum acordo e agora o seu destino é presidir, em caráter es-tadual, o PRB. O gestor, que está no último ano de sua administração ga-rante que está realizado e que cumpriu mais de 95% dos acordos firma-dos com a população. Sua missão agora é for-talecer a “nova” legenda em Alagoas, trabalhar o sucessor de sua gestão e quem sabe ser o nome do partido para ocupar, em 2018, uma cadeira na Câmara Federal.

Tribuna Independen-te - Há dois mandatos na prefeitura de Jequiá da Praia com o PTB, o pre-

feito decidiu mudar de legenda. O que motivou a sua saída e sua filiação ao PRB?

Marcelo Beltrão - Eu só tenho a agradecer pela acolhida do PTB, o presiden-te Fernando Collor foi mui-to atencioso com a gente. A saída foi de comum acordo, não teve nenhum trauma, nenhuma questão que mo-tivasse a saída do partido, muito pelo contrário, sem-pre fui bem acolhido. O que motivou a entrada no PRB foi justamente o desafio, um partido expoente, que tem a ideologia parecida com a do PTB e a gente teve uma mis-são de fortalecer o partido. Nós temos hoje 21 deputa-dos federais, temos uma boa direção, estava precisando, teve a vacância e nós fomos convidados. Temos a missão de fortalecer o partido no es-tado, dentro de um projeto político nacional e o desafio. Isso atrai, a gente que tem boas intenções. Foram oito anos no PTB, sempre fui bem acolhido e o desafio foi o que nos motivou, de poder dar algo mais, oferecer algo

mais pela população, e poder participar um pouco mais da política estadual.

Tribuna Independente - A mudança de partido vislumbra a renovação de sua carreira política com um caminho sendo trilhado rumo à Câmara Federal?

Marcelo Beltrão - Pode ser, tem um compromisso do partido, dentro do fortaleci-mento que foi proposto pelo presidente Marcos Pereira, justamente fortalecer nas eleições do ano que vem (mu-nicipais) e preencher uma vaga na Câmara Federal em 2018 e possivelmente duas de estadual, mas não quer dizer que seja meu nome. Nós que somos filiados não podemos ser maiores que o partido. Temos que ver a conjuntura e lá em 2018, se tiver um candidato que tenha condição de assumir esse compromisso. Estaria honrado em ser esse candi-dato, mas, o projeto é que a gente consiga eleger um deputado federal no partido lá em 2018 e não quer dizer que seja eu.

Tribuna Independe - Como será a sua condu-ção a frente do PRB? O que o Marcelo traz para a nova legenda?

Marcelo Beltrão - Va-mos imprimir um pouco o nosso modo de agir. Eu trago a confiança de que os com-promissos serão honrados. O partido fez 10 anos agora em agosto. Eu preciso conhecer um pouco do partido, mas trago o nosso modo operan-te, mais conversas, mais ou-vir, dialogar, sempre decidir com tudo que nos for dado de missão, no fortalecimen-to do partido, de crescer na estrutura partidária, na re-presentatividade dentro do Estado de Alagoas. Essa foi a missão que nos foi dada e dentro do meu jeito de ser, o diálogo é a melhor de você conseguir construir alguma coisa coletiva. Sempre sain-do da esfera individual para esfera coletiva que o partido, os filiados, terão a certeza de que a confiança e a credibi-lidade dos compromissos as-sumidos serão sempre man-tidos.

Tribuna Independen-te - As eleições em Jequiá da Praia são tratadas por seu grupo político. Está consolidado o apoio a Jeannyne Beltrão à pre-feitura do município?

Marcelo Beltrão - É um dos nomes que estão postos. Hoje a gente tem o fim de um segundo mandato, e acredita-mos ter feito um bom governo que precisa ainda de conti-nuidade e precisamos eleger um sucessor. Nomes estão postos. Nós fizemos um gran-de trabalho na educação, na saúde, na infraestrutura es-tamos finalizando pratica-mente todos os compromissos firmados com a população e aqueles que não foram cum-pridos estão em via de cum-primento. Então a gente per-cebe que Jequiá precisa de uma continuidade e esse é o sentimento de toda uma po-pulação. É um nome que está sendo posto, é um nome forte. Pode ser que seja a Jeanny-ne, e ela com certeza vai via-

TRIBUNAINDEPENDENTE

O que motivou a entrada no PRB foi justamente o desafio, um partido ex-poente, que tem a ideologia parecida com a do PTB e a gente teve uma missão de fortalecer o partido

Dentro do fortalecimento que foi proposto pelo presidente Marcos Pereira, justa-mente fortalecer nas eleições do ano que vem (municipais) e preencher uma vaga na Câmara Federal em 2018 MARCELO BELTRÃOPREFEITO DE JEQUIÁ DA PRAIA (PRB)

A gente percebe que Jequiá precisa de uma continui-dade e esse é o sentimento de toda uma população. Pode ser que seja a Jean-nyne, e ela com certeza vai viabilizar a juventude expoente da política de Alagoas

Eu fiz uma campanha e distribui uma cartilha com todos os compromissos. Hoje, com seis anos e 10 meses de mandato, nós te-mos daqueles compromis-sos que foram distribuídos com a população, o cumpri-mento de mais de 95%

bilizar a juventude expoente da política de Alagoas.

Tribuna Independente - Em dois mandatos, o pre-feito está satisfeito com o desempenho em Jequiá da Praia?

Marcelo Beltrão - Eu fiz uma campanha e distribui uma cartilha com todos os compromissos. Hoje, nesse momento, com seis anos e 10 meses de mandato nós temos daquela cartilha, daqueles compromissos que foram distribuídos com a popula-ção, o cumprimento de mais de 95%. Estamos satisfeitos com o nosso programa, com os compromissos assumidos com a população e me sinto realizado, apesar de ter ad-ministrado com vários pro-blemas, herdados das admi-nistrações anteriores, mais o problema da situação atual da economia brasileira.

Tribuna Independente - Na presidência da AMA também por duas vezes, a crise municipalista sem-pre foi retratada. Para ser prefeito de uma cidade no interior requer coragem?

Marcelo Beltrão - Hoje requer. O município hoje perdeu muito da sua autono-mia, os recursos que irrigam a administração municipal vieram perdendo força desde o advento da Constituição. Outro ponto é que foram mu-nicipalizadas várias ações e a saúde é uma delas, que obrigou os municípios a con-tratar mais, a ter mais gas-tos com pessoal, programas federais subfinanciados que precisam ser revistos. Hoje você tem a administração totalmente engessada, na grande maioria dos municí-pios, os programas federais são congelados durante anos, alguns décadas e quando se tem um aumento na despesa fixa do programa a contra-partida tem que sair do mu-nicípio porque o programa não é corrigido. Hoje você tem a administração total-mente engessada, na grande maioria dos municípios, os programas federais são con-gelados.

Page 3: Edição número 2462 - 4 de outubro de 2015

ESPECIALISTA

Déficit de informação pode ser prejudicial

ANDREZZA TAVARESREPÓRTER

Quem acompanha a roti-na da Assembleia Legis-lativa do Estado (ALE)

sabe que tem sido recorrente o número de requerimentos aprovados para que os projetos,

principalmente os de origem go-vernamental seja apreciado em regime de urgência, o que para alguns deputados não dá a opor-tunidade da casa debater com maior profundidade os projetos.

Somente este ano, vários projetos foram aprovados em regime de urgência como o

Passe Livre; a destinação dos recursos do Detran para a Se-gurança Pública; a política de resíduos sólidos, a bolsa qualifi-cação profissional para os agen-tes penitenciários, e o recente, o pacote para aumentar arreca-dação.

Os projetos são protocola-

dos e encaminhados para as comissões, a primeira delas, é a Comissão de Constituição e Justiça. Apesar de ter pre-visão legal, a urgência tem di-vidido opiniões na ALE e até mesmo entre aqueles que vo-taram a favor do instrumento regimental.

Para a cientista políti-ca e professora doutora em Ciência Política, Luciana Santana, os principais da-nos causados pelos constan-tes pedidos de urgência são os déficits informacionais, decorrente do encurtamento dos prazos regimentais, e do tempo necessário para aná-lise e estudo das matérias que chegam ao Legislativo.

“Na maioria das vezes, os parlamentares votam para atender a orientação parti-dária ou do governo, já que, em geral, sob esse regime, os

deputados têm pouco tempo para conhecer e formar opi-nião sobre o projeto em aná-lise”, destacou a cientista política.

Segundo Luciana Santa-na, o regime de urgência é uma prática comum nos le-gislativos brasileiros, onde alguns usam mais e outros usam menos.

“Na maioria dos casos é para atender a demandas governistas. Para muitos estudiosos, o mecanismo de urgência foi uma das principais alterações insti-

tucionais que permitiram explicar o desempenho dos Executivos nos diferentes períodos democráticos do Brasil”, salientou.

A doutora em Ciências Política explica que, a ur-gência é aplicada para analisar projetos de políti-cas públicas, considerados emergenciais e prioritários. “Constitucionalmente, a Assembleia deve ter inde-pendência para apreciar e definir conjuntamente, os pedidos de urgência para cada situação”, esclareceu.

Urgência em projetos causa discórdia na ALEEste ano, diversos projetos foram aprovados sem debate aprofundado

JURISPRUDÊNCIA“Assembleia aprova urgência sistematicamente”, diz Bruno ToledoO deputado Bruno Toledo (PSDB) contou que é temeroso aprovar projetos em regime de urgência por não dar ao parlamento a oportunidade de discutir a matéria e até mesmo melhorá-la, caso neces-site. Na opinião do deputado, quando é aprovado um pedido de urgência, a Assembleia Legislativa abre mão de sua prerrogativa. “Na verdade a Assembleia vem criando uma jurisprudência aprovando matérias, de origem governamental, em regime de urgência. Parece até que seria uma afronta sua não aprovação, que causa um descontentamento em alguns”, declarou o tucano, acrescentando que essa é uma iniciativa proposta pelos próprios deputados que criam o hábito de pedir urgência para acelerar a tramitação das matérias. “Essa é uma prática nociva e só aumenta o desgaste da Casa perante a sociedade, e eu não me sinto confortável”, lamentou. O parlamentar disse ainda que nem sempre o interesse do governo é conflitante com o da sociedade e que mesmo a mensagem governamental sen-do boa, ela precisa de ter o trâmite necessário. “Vou continuar protestando e espero que a sociedade também se mobilize”, disse.

CHICO TENÓRIO“Votamos urgência contra a nossa vontade para atender ao governo”“Eu não gosto de votar nenhuma matéria em pedido de urgência. Como base de governo, às vezes, a gente precisa votar pela necessidade do governo. Às vezes a gente atende o pedido do governo e vota uma urgência até contra a nossa vontade”, revelou o deputado estadual Francisco Tenório (PMN). O parlamentar fez um apelo ao governo para que não mande projetos com sucessivos pedidos de urgência porque em algum momento, a Casa pode não atender. E mesmo tendo votado favorável a urgência na tramitação do pacote de impostos do governo estadual, Chico Tenório disse que é preciso discussão. “O pacote é de uma profundidade e mexe com impostos, são projetos de lei que têm uma relevância na população então, não se pode colocar com regime de urgência”, enfatizou o deputado. “É preciso discutir melhor as matérias. O parlamento precisa funcionar mesmo como um legislador e não apenas como ratificador daquilo que recebe do governo”, opinou.

JÓ PEREIRA“Regime de urgência poda o debate, precisamos ouvir as opiniões”“Com o regime de urgência nós perdemos o debate, além de ouvir as opiniões que são de grande im-portância. Um projeto como esse da reforma tributária, nós temos o foco social, o técnico, a dimensão do aumento da arrecadação do estado, o incentivo a alguns setores, e isso tudo precisa ser discutido e nós não podemos simplesmente aceitar o regime de urgência como se fosse uma regra, e a exce-ção fosse o debate”, ressaltou a deputada Jó Pereira (DEM), acrescentando que não concordar com a urgência não significa dizer que ela é contra ou a favor de um projeto do governo. “Queremos ter a oportunidade de conhecer, debater e informar a sociedade o que estamos aprovando, para sentir o que a sociedade pensa. O regime de urgência poda o debate e precisamos ficar ter cuidado e ficarmos atentos para que esse debate não seja prejudicado”, enfatizou a democrata.

ATROPELOSIsnaldo Bulhões diz que regime de urgência evita rolo compressorPara o deputado Isnaldo Bulhões Júnior (PDT), o regime de urgência não prejudica em nada a tra-mitação da matéria, tampouco sua votação. “O que é prejudicial é o famoso rolo compressor, há uma diferença gigante. O regime de urgência não restringe a discussão, ele diminui os prazos, mas todos os prazos regimentais são reduzidos a 50% e isso é suficiente para que seja apreciado com ampla discus-são”, declarou o parlamentar, informando que o regime de urgência é legal. Segundo ele, o instrumento regimental, em alguns casos, é aplicado para se evitar manobra para retardar a apreciação de algumas matérias. “Sou e sempre fui totalmente contra a adotar rolo compressor ou atropelar qualquer prazo regimental”. Quanto ao pacote de impostos, Bulhões disse ainda que os projetos vão tramitar normal-mente e que apresentou o requerimento para evitar a morosidade em sua tramitação.

RONALDO MEDEIROS“Mesmo na urgência trâmite dos projetos na Assembleia será lento”De acordo com o deputado Ronaldo Medeiros (PT), vice-presidente da Assembleia Legislativa, mes-mo com o regime de urgência todos os colegas parlamentares terão condições de formar sua opinião acerca do projetos de origem governamental, inclusive o pacote de impostos. “Mesmo na urgência o trâmite é lento e não causa nenhum dano na hora dos deputados formarem seu posicionamento. Isso é discurso da oposição”, relatou. O petista, que pode deixar o partido, disse ainda que os projetos do pa-cote econômico são polêmicos, mas são pequenos e que não vão demandar muito tempo. “O deputado tem que decidir se é contra ou a favor. O pecado do parlamento não é votar contra é protelar”, afirmou Medeiros acrescentando que as pessoas reclamam quando os projetos demoram para serem aprecia-dos e agora também reclamam porque ele tramita de forma rápida.

Crise precipitada

Do jornalista Carlos Chagas, no site “Diário do Poder”: “... Qualquer que seja o resultado do remanejamento ministerial, haverá mais descontentes do que beneficiados, consequência

inevitável de Madame não ter feito o dever de casa. Seria simples se tivesse armado a operação em seus mínimos detalhes para depois torná-la pública. Em especial por ter-se voltado à acomoda-ção das bancadas governistas, esquecendo que o objetivo maior da mudança deveria ser a eficiência da máquina administrativa, jamais uma operação de compra e venda incompleta, como se encontra. Se o objetivo era aparar arestas e consolidar suas estruturas parla-mentares, saiu tudo errado. Só falta mesmo acreditar na disposição de Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha de não se intrometerem na reforma, deixando de indicar novos ministros... Ninguém se espante caso a maioria conquistada semana passada se desfaça. Em suma, se os partidos encenam espetáculo nada edi-ficante na busca fisiológica de espaços de poder, a presidente Dilma recebe o ônus de haver precipitado mais uma crise.”

EstratégiaNesses seus três primeiros anos de gestão o prefeito Rui Palmeira tem se voltado para obras de pequeno e médio porte, principalmen-te nos bairros da periferia. A propaganda oficial reforça inclusive tal opção. Os projetos em áreas mais centrais, em benefício do chamado formador de opinião, começam a ser deslanchados a partir de agora.

VantagemA gestão Rui Palmeira tem como “calo” o setor de Saúde e isso é re-conhecido inclusive por sua equipe. Os esforços têm sido grandes, mas a expectativa é de que os resultados só apareçam no próximo ano. O prefeito tem, contudo, um grande trunfo, na crise ética e mo-ral em que vivemos: ninguém nunca duvidou da sua honestidade.

IncômodoEsse legado de Rui Palmeira, filiado ao PSDB, é o que faz com que parte do PMDB não queira aliança com ele, em termos de reeleição, temendo que no futuro ele seja um adversário de peso, principal-mente para a disputa do governo do Estado. Rui, dentro do seu estilo, não se preocupa. Aposta mesmo é no discurso de obras e moralidade.

ImpasseEstá anunciada para amanhã mais uma audiência com a bancada federal de Alagoas, em Maceió, desta vez para tratar do projeto de uma ponte entre Penedo/AL e Neópolis/SE. A questão é que os políticos de Sergipe querem a nova ponte sobre o São Francisco, porém mais próxima à foz, para atender a projetos imobiliários da região.

ComparaçãoPara Izac Jackson Cavalcante, secretário de organização da CUT/AL, as manobras que os prefeitos fazem para burlar fundos munici-pais de previdência “equivalem às pedaladas da Dilma Rousseff no orçamento”. Além de dirigente sindical, Izac é presidente do PT em Maceió e correligionário, pois, da presidente da República.

EnfimFinalmente surge a possibilidade de Maceió, cidade que tem nas suas praias o principal atrativo turístico, implantar sanitários públicos. Há, agora, alguns projetos da prefeitura para banheiros públicos na orla marítima. O aparentemente mais viável depende de uma parceria com o Ministério do Turismo. E tem chances de sair já em 2016.

OpiniãoDo jornalista Merval Pereira, em “O Globo”: “Dilma está nas mãos do PMDB. Enquanto isso, Marta Suplicy quer pregar uma revolução contra o PT, um anti-petismo em São Paulo, onde tem uma base po-lítica muito forte. Vai falar mal de todo mundo do PT, mesmo apoiada pelo PMDB, que tem seus calcanhares de Aquiles.”

MACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015 POLÍTICA 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

* A Coxiar Produções anuncia para hoje o espetáculo infantil Musical do Sítio do Pica Pau Amarelo, com duração de uma hora. Como novidade, projeções de vídeos e efeitos interativos. Às 15 horas, no Teatro Gustavo Leite. Contato: 98732- 7139

* A Universidade Federal de Alagoas, por meio do PET Engenharia Civil, realiza, de amanhã até 4ª feira, 17, o 7º Simpósio Alagoano de Engenha-ria Civil, no Centro de Convenções. É o maior evento técnico-científico de Engenharia Civil em Alagoas.

* Termina hoje a 5ª Exposição de Caprino, Ovinos e Produtos Agrícolas do Agreste Alagoano, no Rancho Santa Cecília, bairro Olho d’Água dos Cazuzinhas, Arapiraca. Iniciativa da Aspemeal, com o apoio da Prefeitura de Arapiraca.

* Começa amanhã o Curso de Orientação Vocacional, Marketing Em-presarial e Pessoal, promovido pela Prefeitura de Arapiraca em parceria com a Faculdade de Ensino Regional Alternativa. Às 19 horas, no Centro de Capacitação Profissional de Arapiraca.

* O Coruripe tem missão quase impossível hoje: reverter a vantagem do São Caetano para continuar na fase de classificação da Série D do Bra-sileiro. No primeiro jogo, em casa, perdeu de 3x0. O jogo é às16 horas, no Estádio Anacleto Campanela.

* No Ginásio do Sesc, no Trapiche da Barra, acontece hoje a decisão do Campeonato Sul-Americano de Voleibol Masculino. A disputa do 3º lugar tem início às 8h30m, enquanto a decisão do título começa às 10h15m. Ingresso: www.lojadeingresso.com.

É inusitado na nossa His-tória política. O PMDB está primeiro ocupando os ministérios do novo gover-no, para depois sentar na cadeira presidencial.”ANTÔNIO LAVAREDACientista político

FLAVIO GOMES DE BARROS - [email protected]

Conjuntura

Page 4: Edição número 2462 - 4 de outubro de 2015

Quintella é o deputado de AL mais fiel a CunhaDeputado orienta bancada a votar seguindo a recomendação do presidente

MP prorroga contrato com setor energéticoO Plenário da Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória 677/15, que permite à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), subsidiária da Eletrobras, prorrogar, até 8 de fevereiro de 2037, contratos de fornecimento de energia com indústrias do Nordeste, classificadas como grandes consumidores. A matéria será votada ainda pelo Senado. A MP, publicada no dia 23 de junho, também cria um fundo para captar recursos destinados a realizar empreendimentos.

DISCUSSÃOCGU recebe apoio de senador RandolfeA possibilidade de extin-ção ou enfraquecimento da Controladoria Geral da União (CGU) na reforma ministerial em curso no governo Dilma Rousseff recebeu críticas do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar fez um apelo direto à presidente da República para preservar o status do órgão que, como ressaltou, junto com o Minis-tério Público (MP) e a Polícia Federal (PF), está na linha de frente no combate à corrupção no país, contribuindo com a moralidade nos setores.

Cuidados com o coração

No Brasil, uma pessoa morre a cada dois minutos em função de alguma doença do coração. São 350 mil mortes a cada ano, causadas principalmente pelos três maiores problemas cardio-

vasculares: infarto, AVC e insuficiência cardíaca, segundo dados da Associação Brasileira de Cardiologia (SBC). Em todo o mundo são 17,5 milhões por ano, garante a Organização Mundial da Saúde, que trabalha para reduzir em até 25% a mortalidade cardíaca até 2025. Mas em todo o mundo, o coração mata mais que o câncer. Os riscos ainda são maio-res para quem tem casos de problemas cardíacos na família: parentes em primeiro grau elevam em 50% as chances de problemas cardiovas-culares. Mas muito além dos problemas genéticos, os hábitos de vida influenciam diretamente no problema. Por isso a maioria das mortes poderia ser evitada com diagnóstico precoce, tratamentos específicos e a adoção de um estilo de vida mais saudável. Essa receita simples pode ajudar a eliminar fatores de risco como obesidade, sedentarismo, fumo, colesterol elevado e hipertensão. Para manter o coração saudá-vel, especialistas recomendam uma alimentação mais equilibrada em nutrientes, sem frituras e com menos alimentos industrializados, mais frutas e legumes e menos sal, além da redução de bebidas alcoólicas e eliminar o tabagismo. Dietas ricas em fibras, com baixas quantidades de sódio e gorduras saturadas também são indicadas.

Menos gases, mais PIBUm estudo elaborado pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC) e apresentado à Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixei-ra, mostra que o Brasil pode crescer mais se reduzir a emissão de gases do efeito estufa. O estudo foi coordenado pelos professores Luiz Pinguelli Rosa e Emília La Rovere, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. De acordo com o documento, a economia brasilei-ra poderá gerar até R$ 609 bilhões a mais de Produto Interno Bruto (PIB), que o projetado no

período de 2015 até 2030, caso o país adote medidas mais ambiciosas de redução das emissões de gases ligados ao processo de aquecimento global.

Menos gases, mais PIB 2O estímulo à economia poderá ser alcançado por meio de ações de mitigação de emissões como o aumento no uso de biocombustíveis e de investimentos no setor de transportes. A pesquisa aponta ainda, a agri-cultura de baixo carbono e o incentivo ao carvão vegetal na siderurgia como alternativas para alavancar uma economia verde no país. O do-cumento avalia outros impactos sobre o PIB como taxa de desemprego, índice geral de preços, taxa de investimento, saldo da balança comercial e o consumo das famílias.

A naturalidade da propina“A naturalização da propina em contratos públicos é um fato assus-tador”. A frase é do Juiz Sérgio Moro, que esta á frente do inquérito principal da Operação Lava Jato. Em um almoço com empresários ele explicou: “às vezes, há uma certa dificuldade em se obter uma resposta muito clara de porque se pagava a propina, As explicações recorrentes de alguns desses acusados confessos era de que, simplesmente, era a regra do jogo. Houve uma naturalização do pagamento de propina em obras públicas no país” disse ele. Na opinião de Moro, a corrupção no Brasil atingiu um nível sistêmico.

A naturalidade da propina 2E segue a palestra do magistrado: “Em quatro casos julgados, envol-vendo diferentes empresas e diferentes agentes públicos foi constatada uma prática que eu trabalhei como corrupção sistêmica, no sentido que a acertação de um contrato público envolvia o pagamento, quase naturalizado, de um percentual de propina” destacou em casos que en-volvia casos de corrupção na Petrobrás e na Caixa Econômica Federal. O magistrado defendeu uma nova postura, tanto do Ministério Público, como dos agentes privados que negociam com o Estado. “Existe a ne-cessidade de uma nova postura firme por parte das autoridades públicas contra a corrupção, assim como dos juízes e de uma reforma na justiça criminal”, afirmou o Juiz federal.

O cheiro da morteUm estudo realizado por cientistas da Universidade de Leuven, na Bélgica, garante ter descoberto qual é exatamente o cheiro exalado pelo corpo humano em decomposição. Foram identificados 452 compostos orgânicos voláteis que são emitidos depois da morte. E prá que serve isso? Servirá no futuro para criar um composto para dar treinamento mais específico a cães farejadores. Além disso, garantem os cientistas, será possível desenvolver máquinas que possam fazer o mesmo traba-lho dos cães usados em operações de resgate após desastres naturais. O estudo foi publicado em uma revista científica e a pesquisa levou seis meses.

O cheiro da morte 2Os pesquisadores trabalharam com seis cadáveres humanos e 26 res-tos de animais como porcos, coelhos, toupeiras e aves. Amostras de te-cidos e orgãos eram colocadas em recipientes fechados especiais, que tinham pouco ar, mas permitiam que os cientistas retirassem periodica-mente amostras dos gases que se acumulavam nos potes. Inicialmente os compostos orgânicos continham enxofre e não permitiam distinguir as diferentes espécies. No final, oito compostos diferenciaram os restos de porcos e humanos dos restos das outras espécies. E cinco deles separaram os porcos dos humanos. A pesquisa ainda foi considerada preliminar, pois foi baseada apenas em análises químicas de laborató-rios. Os pesquisadores garantiram que ainda farão outros estudos.

• A Universidade Federal de Alagoas retoma a normalidade das aulas a partir desta segunda feira (5), mas com um novo calendário acadêmico aprovado semana passada pelo Conselho Universitário.

• A mudança se fez necessária por causa da grave dos docentes e dos técnico-administrativos, que durou quase quatro meses e atrasou o ano letivo.

• Assim o novo calendário acertado prevê o encerramento do primeiro semestre deste ano letivo no próximo dia 7 de Dezembro nas unida-des de Maceió (Campus A.C. Simões), Palmeira dos índios, Penedo e Viçosa.

• Já as aulas do segundo semestre de 2015 terão inicio em 11 de Janei-ro de 2016 e encerram em 30 de Maio com 103 dias letivos.

• O calendário estabeleceu ainda que os campi de Arapiraca e do Sertão terão aulas até 20 de Dezembro no cumprimento do primeiro se-mestre. O segundo começará em 18 de Janeiro até 5 de Junho de 2016.

• Todos os campi da Universidade Federal de Alagoas terão os calen-dários unificados no meio do ano que vem quando os alunos iniciarão juntos o ano letivo de 2016, no dia 20 de Junho.

BARTOLOMEU DRESCH [email protected]

MACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015POLÍTICA4 TRIBUNAINDEPENDENTE

AGÊNCIA CÂMARA

Mauricío Quintella destaca ser da base aliada, porém, segue voto recomendado por Eduardo Cunha

AFINIDADE

Fidelidade nas votações chega a quase 94%

PRESIDE E COORDENA

Presidente da Câmara exerce dupla função

O PMDB foi a sigla mais fiel às recomendações de seu líder: dos 67 deputados pee-medebistas, 49 atingiram o percentual de 85% de voto orientado nas votações de plenário.

Já o PR, segundo parti-do mais expressivo dessa bancada, comportou-se da seguinte maneira: dos 34 deputados da sigla, 24 vo-taram de maneira conver-gente a Cunha, segundo a orientação do líder Maurício Quintella Lessa, deputado

federal por Alagoas. O índi-ce de fidelidade de Quintella a Cunha foi verificado em 93,8% das votações.

Segundo o deputado ala-goano, sua legenda procu-rou afinação com o Planalto no que diz respeito às medi-das de reequilíbrio econômi-co. Ao dizer que pelo menos 60% da bancada votou a favor do primeiro pacote de ajuste fiscal, Maurício Quin-tella observou que divergên-cias em relação a pleitos do Legislativo puderam revelar

uma maior afinidade entre PR e PMDB.

“Temos muitas bandei-ras diferentes do PT, ape-sar de sermos da base. Nas matérias que pertencem à governabilidade, nós procu-ramos garantir as vitórias. Naquilo que é bandeira – por exemplo, terceirização –, isso não é matéria de go-vernabilidade. De repente nossas bandeiras estão mais parecidas com as do PMDB. É uma questão ideológica”, analisou o deputado federal

por Alagoas.Depois do Partido Re-

publicano, o PP é o partido que mais se aliou a Cunha: 20 dos 39 deputados pepis-tas votaram segundo as re-comendações do PMDB em pelo menos 85% das vezes. Seu líder, Eduardo da Fonte (PE), votou com o partido de Cunha em 94,2% das vezes. Para ele, as sucessivas der-rotas do governo não podem ser atribuídas ao presidente da Câmara Federal por cau-sa de sua condução da Mesa.

Um dos críticos mais en-fáticos de Eduardo Cunha, Glauber Braga (Psol-RJ) ar-gumenta que o peemedebis-ta fluminense exerce duplo papel como deputado: pre-sidir a Câmara e coordenar sua bancada. Segundo o de-putado, Cunha usa algumas de suas atribuições, como conduzir os trabalhos em plenário e definir a pauta de votação, para conquistar parlamentares com interes-ses mútuos e impor sua von-tade.

“Cunha tem uma banca-da própria, que passa por partidos que são do governo e por partidos que são da oposição. Ele trabalha como presidente e como líder de bancada. Ele não é aque-le que conduz uma reunião ordinária da Câmara sem fazer com que os posiciona-mentos dele prevaleçam”, sentenciou.

Glauber, filiado ao PSB no primeiro semestre, votou apenas 41,8% com o PMDB, o que o fez ocupar o posto de

14º deputado mais infiel às orientações do partido. Ele interpreta a reforma admi-nistrativa do Planalto – que ampliará o espaço dos pee-medebistas na máquina pú-blica, com concessão de mi-nistérios – como resultado da estratégia política do Le-gislativo. Segundo Glauber, Cunha já ansiava por mais espaço no Executivo desde o início de seu mandato como presidência da Câmara.

Na oposição ao governo, a Cunha e ao que chamou

de “oposição conservadora”, o líder do Psol na Câmara, Chico Alencar (RJ), segue a mesma linha de Glauber, agora seu correligionário. Para ele, os obstáculos que tiveram de ser ultrapassa-dos por Dilma no Legislati-vo, em que pese o loteamen-to de ministérios ao PMDB em troca de apoio, faziam parte do jogo político do pee-medebista, de “criar dificul-dades para obter facilida-des, uma política de pressão e de chantagem”.

CONGRESSO EM FOCO

Com seu poder em xeque desde que foi denunciado pela Pro-

curadoria-Geral da Repúbli-ca na Operação Lava Jato e deixado de lado pela presi-dente Dilma Rousseff nas negociações com o PMDB, o presidente da Câmara, Ed-uardo Cunha (PMDB-RJ), vive o desafio de saber com quem poderá contar a partir de agora. No primeiro se-mestre legislativo, quando impôs sucessivas derrotas ao Planalto, Cunha demon-strou um poder que tran-scendeu, e muito, a ban-cada peemedebista. Essa é uma das constatações do levantamento produzido pelo Laboratório Analytics, a pedido do Congresso em Foco, segundo o qual um em cada quatro deputados seguiu as recomendações do cacique do PMDB na Câ-mara em 85% das votações.

Ao todo, 138 parlamenta-res de 14 partidos votaram conforme as orientações da legenda. O levantamento considerou todas as votações realizadas no Plenário da Câmara no primeiro semes-tre deste ano. Com o objetivo de aferir o grau de fidelidade de parlamentares a Cunha, pesquisadores do Departa-mento de Computação da

Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), responsáveis pelo laborató-rio, desenvolveram uma es-pécie de “Cunhômetro”.

Como Eduardo Cunha, na condição de presidente da Câmara, não pode votar nem recomendar que depu-

tados votem dessa ou da-quela maneira – a chamada orientação de bancada -, a pesquisa mapeou a coinci-dência entre os votos dos 513 deputados e as orientações do líder do PMDB na Casa, Leonardo Picciani (RJ). No período em questão, ele era

um fiel escudeiro de Cunha. No último mês, no entan-to, Picciani se aproximou da presidenta Dilma, com quem tratou da reforma mi-nisterial, fez discursos con-tra o impeachment e se afas-tou, em alguma medida, de seu companheiro de partido.

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MACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015 POLÍTICA 5 TRIBUNAINDEPENDENTE

ASSESSORIA

Área de Proteção Ambiental (APA) localizada no bairro de Fernão Velho

DESMATAMENTO

Constatado o crime, responsáveis deverão sofrer diversas sançõesCada APA tem suas restri-

ções. O geógrafo Marcos Marti-nes explicou que na APA locali-zada no bairro do Fernão Velho, chamada de APA Fernão Velho/Catolé, é obrigatório que tenha preservação do meio ambien-te, vegetação nativa de Mata Atlântica e os corpos d’água, principalmente, nas nascentes no Catolé, porque os dois foram os maiores pontos positivos para criação da APA, na capital ala-goana.

Ainda segundo ele, tem mui-to conflito com o plano diretor de Maceió, já que a APA não possui um plano de manejo.

“Muitas vezes o plano de ma-nejo de Maceió diz que a região pode ser uma área para cons-

Estado orienta preservação de APAsÁreas de preservação visam manter o equilíbrio entre ocupação humana e meio ambiente numa melhor convivência

AGÊNCIA ALAGOAS

Você sabe o que são áreas de Preservação Ambi-ental e Permanente? Já

ouviu falar em algumas delas? Essas áreas têm o objetivo de promover a preservação do meio ambiente nas regiões de vege-tação nativa, juntamente com a ocupação humana. O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) desempenha orienta comunidades a preservar as chamadas: Área de Preservação Ambiental (APA) e a Área de Preservação Permanente (APP).

A Agência Alagoas conver-sou com dois especialistas no assunto, a Engenheira Ambien-tal, Luise Andrade, e o Geó-grafo, Marcos Diniz, ambos do IMA, para entender melhor o assunto. Além disso, a repor-tagem conheceu a APA Catolé Fernão Velho, que com 5460 hectares abrange os municípios de Maceió, Satuba, Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte.

Luise Andrade falou dessas áreas de proteção. Segundo ela, a APA é uma Unidade de Con-servação foi criada pela Lei n°. 5.347/1992, chamada Sistema Nacional de Unidades de Con-servação da Natureza (SNUC), com o objetivo de preservar as características dos ambientes naturais e ordenar a ocupação e o uso do solo.

ASSESSORIA

Luise Andrade: “a preservação das APAs também está garantida em lei para conservar os ambientes”

A engenheira ambiental fri-sou que é necessário ter esse equilíbrio entre a ocupação e expansão urbana dentro das áreas com vegetação nativa. As unidades de conservação têm divisões, como a unidade se conservação de uso restrito e unidade de conservação de uso econômico e sustentável.

“A APA está dentro dessas unidades de uso sustentável, por essa razão existem dentro dela construções, bairros e em-preendimentos grandes, porque a extensão dela é muito gran-de”, informou Luise. Ainda se

acordo com ela, existem cinco APAS estaduais em Alagoas, caracterizadas como: Marituba do Peixe, que abrange os muni-cípios de Piaçabuçu, Penedo e Feliz Deserto; a APA do Cato-lé e Fernão Velho, que pega os municípios de Maceió, Satuba, Coqueiro Seco e Santa Luzia; a de Santa Rita, que passa nas cidades de Marechal Deo-doro, Coqueiro Seco e Maceió; Pratagy, que abrange Maceió, Messias e Rio Largo e a APA de Murici, que pega os municí-pios Murici, Messias, Flexeiras, União dos Palmares, Branqui-

nha, Joaquim Gomes, Novo Lino, Ibateguara, São José da Laje e Colônia de Leopoldina.

Já sobre a APP, Luise ex-plicou que não se pode contar quantas existem em Alagoas, porque assim como a APA, elas visam preservar o meio am-biente. No entanto, seus enfo-ques são diversos: enquanto as APAs estabelecem o uso sus-tentável ou indireto de áreas preservadas, as APPs são áreas naturais intocáveis, com rígi-dos limites de exploração, ou seja, não é permitida a explora-ção econômica direta.

trução civil, mas se for pegar o decreto e legislação e decreto da APA existe um conflito explican-do que não se pode construir na região”, disse. Nesses próximos quatro anos de gestão, o IMA está tentando lançar o plano diretor junto com zoneamento para essa APA e para do Prata-gy, que são as únicas APAs que tem plano de manejo são Santa Rita e Marituba do Peixe.

FISCALIZAÇÃOA Lei a 9605, de crimes am-

bientais, determina diversas sanções para essas ocorrências em Áreas de Preservação Per-manente.

Se for constatado o crime ambiental, como desmatamen-to, extração de areia ou cons-

truções, os responsáveis são penalizados tanto administra-tivamente, por meio de uma multa que o responsável terá que pagar um valor determina-do judicialmente, e também tem

a obrigação de recuperar a área. Diniz explica que o IMA recebe, diariamente, denúncias de cri-mes ambientais dentro dessas áreas e para fiscalizar existem cinco gerências de APA.

Turismo entra na maratona dos Jogos

Garantido no cargo, o ministro do Turismo, Henrique Alves, quer mostrar trabalho. Aposta na atração de turistas estrangeiros com os Jogos de 2016, em especial no Rio

de Janeiro, para bater o recorde dos números da série históri-ca. Alves dá a largada dessa maratona na quarta-feira, quando reúne ministros, governadores, secretários estaduais e embai-xadores e revela as ações que o Turismo prepara para o evento, principalmente para divulgar as 300 cidades por onde vai passar a Tocha Olímpica.

Só para constarO desafio é imenso. Apenas o High Line Park de Nova York rece-beu mais turistas que todo o Brasil em 2014, apesar da Copa do Mundo realizada aqui.

EspertinhaA presidente Dilma reduziu em 10% os salários dela e de minis-tros. Mas não mexeu nos jetons que a grande maioria deles tem como conselheiros das estatais ligadas às pastas.

Mi(ni)stérios da discórdiaO líder Picciani e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, estão desafinados. Eram até cinco as visitas diárias de Picciani a Cunha; agora é uma – e por iniciativa do líder.

Plano de vooA Justiça determinou que o interventor do Aeroclube do Brasil, Hamilton Lourenço, realize dentro de 60 dias a eleição dos qua-dros para a entidade ‘Retomar a sua autonomia o mais rápido possível’, cita a sentença. O centenário ACB foi fundado por Santos Dumont e formou milhares de pilotos que hoje atuam nas aéreas nacionais.

No ar, no chão Enquanto isso continua na Justiça Federal o imbróglio criado pela Infraero, que exigiu de volta dois hangares que o ACB usa como sede desde a década de 70 no Aeroporto de Jacarepaguá. A Infraero quer negociar o local para o mercado privado e alocar pessoal.

Piada ministerialAloizio Mercadante marcou três no Governo já pode pedir música no Fantástico. É o terceiro ministério que assume apenas na Era Dilma. Antes do MEC (agora no 2º tempo) e Casa Civil, passou por Ciência & Tecnologia.

Entra no páreo?O ex-governador de Pernambuco Joaquim Francisco vai se filiar ao PSDB. Ele visitou o amigo Geraldo Alckmin no Palácio dos Bandeirantes há poucos dias.

Segundo lar Eduardo Cunha não confirma as contas secretas na Suíça. Mas de uma verdade ele não foge. Na vizinha França, é habitué em Paris do famoso restaurante Tour D’Argent.

Teje calmo, cabraA posse do sindicalista José Lopes Feijó na Secretaria do Traba-lho (ex-Ministério) foi articulada por Lula (seu amigo de chão de fábrica) e Dilma para acalmar as centrais sindicais. Em especial a CUT, de onde é egresso, que resistia à fusão com a Previdên-cia

Haja gás!A Associação Brasileira de Distribuidoras de Empresas de Gás (Abegas) denunciou a.. Petrobras ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) por preços abusivos na cobrança do produto. A Petrobras monopoliza o mercado.

Estradas da perdiçãoOs agentes de fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) exigem da direção companhia de policiais rodoviários nas rodovias. Cansaram de sofrer ameaças (algumas de motoristas armados) e até de apanhar dos exaltados.

Risco altoUm grupo fez chegar à direção da ANTT que teme o destino trá-gico dos quatro fiscais do trabalho, assassinados em Unaí (MG) por fazendeiros em 2003.

Marqueteiros exportadosOs marqueteiros brasileiros estão lucrando na Terra Mãe. Edson Athayde coordena campanhas do PS. O recifense André Gusta-vo toca o marketing do PSD.

Ponto Final Só no Brasil. A prefeita agora virou a ‘Detenta Ostentação’ – tem cela especial em batalhão, longe do presídio e com ar condicio-nado.

ESPLANADALEANDRO MAZZINI - [email protected]

Com Equipe DF, SP e Nordestewww.colunaesplanada.com.brcontato@colunaesplanada.com.brTwitter @leandromazzini

Page 6: Edição número 2462 - 4 de outubro de 2015

Opinião

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JorgrafCooperativa de Produção e Trabalho dos

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RENAN CALHEIROS

OLÍVIA DE CÁSSIA

JOÃO LYRA

Presidente do Congresso Nacional.

Jornalista

Empresário

MACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015OPINIAO6 TRIBUNAINDEPENDENTE

Isenção de vistosA Câmara dos Deputados acaba de

aprovar o Projeto de Lei 3161/15, dos deputados Alex Manente e

Carlos Eduardo Cadoca, que dispensa de visto os estrangeiros que ingressa-rem ao Brasil até setembro de 2016. A medida tem como objetivo atrair mais visitantes ao país, principalmente em função dos Jogos Olímpicos e Paralím-picos que serão realizados no próximo ano. Agora, o texto segue para votação no Senado Federal.

A medida pode impactar de forma positiva a economia de nosso país.Du-rante a Copa do Mundo houve uma experiência semelhante, porém, res-trita aos viajantes com ingressos para o mundial. Como resultado, registrou--se um incremento de mais de 60% nos gastos dos turistas no período.

De acordo com o projeto, a isenção poderá ser feita por meio de uma por-taria conjunta dos Ministérios do Tu-rismo, Relações Exteriores e da Jus-tiça e beneficiará os estrangeiros que entrem em território nacional até a data de 18 de setembro de 2016, com prazo de estada de até 90 (noventa)

dias, improrrogáveis, a contar da data de primeira entrada em território na-cional. Além da isenção de vistos, a Câmara Federal aprovou esta semana dois projetos de lei do setor. Um de-les gera vantagens tributárias para os empresários ligados ao turismo rural e, o outro, estabelece condições para a classificação de estâncias turísticas, criando um novo segmento.

Empresários do Turismo comemora-ram a aprovação da pauta na Câmara. A isenção de vistos é uma demanda antiga do setor para atrair turistas e divisas para o Brasil.

O presidente da Associação Brasi-leira da Indústria de Hotéis (ABIH), Nerleo Caus, reconheceu a importân-cia da medida para o setor e disse que espera mais.

Para Alexandre Sampaio, presiden-te da Federação Brasileira de Hos-pedagem e Alimentação (FBHA), “a iniciativa, sem dúvida, vai colaborar para aumentar o número de visitan-tes estrangeiros no nosso país, fomen-tando o nosso turismo e a nossa eco-nomia”.

Os especialistas projetam que os casos de câncer aumen-tarão em até 50% até 2030. Estimativas para o Brasil dão conta de que, ao longo desta década, a incidência de câncer em nosso país deve aumentar em 38%.

No que diz respeito ao câncer de mama, a Sociedade Brasilei-ra de Mastologia mostra que o índice de novos casos no nosso país passou de 75%, em 1975, para quase 89% em 2012. Esse tipo de câncer corresponde a cerca de 25% dos novos casos a cada ano.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, a estima-tiva é de que teremos, somente neste ano, quase 60 mil novos

casos de câncer de mama. E, lamentavelmente, perto de 14 mil mulheres perderão a vida por causa dessa doença.

Todos esses dados, tristes e alarmantes, nos convencem de que a prevenção é funda-mental. Oncologistas reiteram enfaticamente que a detecção precoce do câncer de mama aumenta em 95% a chance de cura.

Nos últimos anos, aprovamos no Senado diversas leis sobre o tema. Entre elas está a que obriga o SUS a reunir, em uma só cirurgia, a retirada da mama afetada e a sua reconstrução, quando não houver contraindi-cações.

Outra lei determinou a in-

clusão de medicamentos de uso oral contra o câncer nas cober-turas dos planos de saúde, para permitir tratamento em casa; e a que permite às mulheres, a partir dos 40 anos, realizar o exame de mamografia pelo SUS, assim como a que garan-tiu ao paciente com diagnóstico de câncer iniciar o tratamento pelo SUS em, no máximo, 60 dias.

Daí a importância de cons-cientizar a população sobre a importância do diagnóstico pre-coce. Que o Outubro Rosa, que colore o Congresso Nacional todos os anos durante todo esse mês, funcione como um sinal de alerta para os benefícios da prevenção do câncer de mama.

Meus compadres Lili e Aris-teu foram pessoas presentes em minha infância em União dos Palmares. Dois jovens que namoraram se apaixonaram e casaram e tomaram meus pais como compadres e por tabela eu terminei sendo madrinha dos fi-lhos também.

No final da década de 1960 eu ainda era uma criança e quan-do Aristeu e Lili casaram foram morar numa casinha de aluguel que era de propriedade do meu pai, na Rua da Ponte. Naquela época a infraestrutura das ca-sas era pequena, não tinha água encanada nas residências e Lili lavava os pratos e as roupas no Rio Mundaú, além do banho, como a maioria das famílias ri-beirinhas.

Eu fui uma criança que não parava em casa e andava nas casas dos vizinhos e dos pais das minhas amigas; vivia nos quin-tais das casas; tomando banho no Rio Mundaú ou de brincadei-ra com as amigas. Era uma vida de liberdade na infância, apesar dos tempos que o país vivia.

Quando eu não estava na casa dos meus avós e das amigas, era na casa de Lili e Aristeu ou dos pais de Lili que eu me abrigava. Fosse para conversar com os moradores ou por curiosidade de criança mesmo. Acompanhava os afazeres domésticos, conver-sava e cuidava das crinças.

Quando minha comadre en-

gravidou do primeiro filho, meu afilhado Wellington, que Deus já levou pra outro plano tam-bém, eu não saía de lá e quando ela estava de resguardo eu pro-curava ajudar de alguma forma fazendo algumas tarefas para ajudá-la.

Aprendi a banhar o menino; fazer o mingau e a tomar conta dele, enquanto a minha coma-dre ia pro rio fazer suas tare-fas domésticas. Quando eu não estava na escola, corria para a casa dela e gostava de prestar aquela pequena ajuda a minha amiga e comadre.

Aristeu não tinha emprego fixo, não que eu soubesse, mas era curioso na área de eletrônica e conseguia alguns serviços que lhe rendiam algum dinheiro. Meu compadre também ajudava no posto do irmão Nininho.

Família de luta, guerreira e que aprendemos a respeitar e amar. Sinto saudade daquela gente querida. Aristeu se foi muito cedo, teve problemas sé-rios de saúde e minha comadre teve que se virar para criar os quatro filhos.

Depois de Wellington che-gou o Ailton e esse eu e mamãe batizamos às pressas porque o menino apresentava um quadro grave de saúde e a crença no in-terior era a de que não poderia morrer pagão.

Corremos para a igreja com o menino nos braços: eu, mamãe e meu pai e imploramos ao padre que o batizasse imediatamente para que a criança não morresse pagã; sem receber os sacramen-tos da igreja.

Felizmente meu querido afi-lhado escapou, cresceu e virou um homem lindo do olhão azul e sempre que o encontro quando vou a União dos Palmares lhe dou a bênção e um abraço fra-terno.

Minha comadre também teve duas meninas (Andréia e Adria-na), mas quando isso aconteceu, eu não morava mais na Rua da Ponte, mesmo assim continua-mos com nossa amizade e con-tato.

Os dias da comunidade da querida Rua da Ponte era de muita simplicidade. Naquela época, alguns trabalhavam na fábrica de doces; outros no alam-bique de seu Orlando Baía, ou desenvolviam alguma atividade na feira livre.

Na Rua da Ponte tinha uma fabriqueta de colchões de palha, do seu Francisco; seu Domásio fabricava artefato de pólvora; meu pai e seu Nininho eram comerciantes; seu Antônio Ti-móteo tinha um bar e também seu Lourão. Esse era o principal comércio que alimentava aque-la comunidade que tenho tanta saudade.

Outubro Rosa

Meus compadres

INDEPENDENTE

Ainda o impeachmentCerto historiador escreveu

que “a história se repete, pela primeira vez como tragédia e na segunda vez como farsa”. A con-firmação disso está no momen-to político, pelo qual atravessa o Brasil atualmente: O DEM e o PSDB, além de outras fac-ções partidárias – inclusive do PMDB - estão em marcha bati-da para levar adiante um pedido de impeachment contra a presi-dente Dilma Rousseff.

Em 1999, ocorreu uma cena muito parecida no plenário da Câmara. Mas os papéis eram in-vertidos em relação ao que se dá agora, em 2015.

No começo daquele ano, era o PT quem trabalhava pela saída do então presidente Fernando Henrique Cardoso, meses antes reeleito para o cargo, no 1º tur-no, derrotando Lula e Ciro Go-mes com 53,06% dos votos.

Logo no início do seu 2º man-dato, FHC enfrentou 4 pedidos de impeachment. O então presi-dente da Câmara, Michel Temer (PMDB), mandou todos para o arquivo. O primeiro pedido de impedimento havia sido formu-lado pelo então deputado Milton Temer (que era filiado ao PT),

em 29 de abril de1999. Quando o requerimento foi

arquivado, a oposição recorreu ao plenário. É exatamente essa a estratégia da oposição no mo-mento: esperar que o atual pre-sidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquive um pedido de impeachment com al-guma consistência. Em seguida, haverá um recurso ao plenário.

Uma consulta aos arquivos da Câmara mostra imagens produ-zidas na sessão em que os depu-tados votaram o recurso da opo-sição há 16 anos. Foi na noite de 18 de maio de 1999. Depois de 1 hora e 42 minutos de discussão, o governo sepultou o pedido por 342 votos a 100. Houve 3 depu-tados que se abstiveram.

No pedido de 1999, Milton Temer acusava Fernando Hen-rique de ter cometido crimes de responsabilidade durante a exe-cução do Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Fi-nanceiro Nacional, o Proer.

O programa foi iniciado em 1995, no primeiro mandato de FHC. Havia também a acusação –negada pelo tucano– de que o Planalto teria constrangido o Ministério Público e outros ór-

gãos durante a investigação do que se havia passado.

Fernando Henrique também enfrentava baixas taxas de po-pularidade, decorrentes de di-ficuldades na economia e dos efeitos da desvalorização do real, ocorrida no começo do 2º mandato. Em setembro de 1999, a aprovação de FHC caiu a 13%.

Os argumentos usados pela oposição, em 1999, eram seme-lhantes aos usados hoje pelo grupo que deseja a queda de Dil-ma Rousseff. “E não venham di-zer que a oposição quer apenas fazer a denúncia”. José Genoí-no, então deputado, afirmou que o seu partido “tinha o dever de reiterar ao presidente FHC que os limites do seu poder eram fi-xados na Constituição”.

Aécio Neves (PSDB-MG), en-tão líder da bancada tucana na Câmara (e hoje na oposição), pediu, em 1999, ao grupo anti--FHC que trabalhasse para “as-segurar a democracia”.

Aécio acusava o PT de não aceitar o resultado das eleições. Exatamente como se repete hoje.

Tragédia ou farsa?Assim é a história.

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7 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 04 DE OUTUBRO DE 2015 PUBLICIDADE

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8 TRIBUNAINDEPENDENTEPUBLICIDADE MACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015

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Mais importante é ter paixão em fazer o seu trabalho e sucesso é consequênciaSegundo especilistas, quando se tem paixão por aquilo que se faz, e a pessoa dedica-se de corpo e alma à essa prática, o sucesso é apenas uma recompensa de muito trabalho, esforço e merecimento. Se algo deu certo para seus pais, isso não quer dizer que dará certo para você. Ou se não deu certo para seus pais, também não quer dizer que não dará certo para você. Vale lembrar que você tem muito de seus pais, mas você não é eles! Eles fazem parte de outra geração, cresceram com outros hábitos, foram educados de modos e em épocas diferentes de você, e numa sociedade diferente também.

CidadesMACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015 CIDADES 9 TRIBUNAINDEPENDENTE

Profissões de pai para filho perdem forçaAumento do número de opções enfraquece tradição entre os mais jovens, pois hoje eles têm mais liberdade de escolhaCARLOS AMARALCOLABORADOR

Hoje existem muito mais profissões do que há 30 ou 40 anos

e por causa disso a possibili-dade de os filhos seguirem o mesmo ofício dos pais tende a diminuir. Culturalmente isso torna as gerações mais independentes em relação à escolha de futuro do que no tempo dos avós, mas a referência paterna ainda possui força na hora de os filhos decidirem a profis-são em que querem atuar.

Seu João Lima trabalhou como taxista por 40 anos. Com essa atividade, susten-tou a família e comprou uma boa casa no bairro de Jatiu-ca, em Maceió. Dois de seus filhos também são taxistas.

Sérgio Lima, com 32 anos de profissão, garante que Seu João não influenciou de forma direta, mas que o fato de ele ter conseguido susten- Sérgio Lima segue a profissão do seu pai, João Lima, que trabalhou durante 40 anos como taxista; mas seu filho não quer saber de táxi

Ivacy e os filhos, todos da mesma área profissional, trabalham juntos e trocam experiências, mas não falam de Odontologia em casa

SANDRO LIMA

EM FAMÍLIA

Sentimento é de satisfação, diz pai dentista com dois filhos que o seguiramQuando os filhos de Ivacy

Almeida lhe disseram que queriam seguir a sua pro-fissão, o sentimento foi de grande satisfação. O dentis-ta, que divide seus dias en-tre Maceió e Arapiraca, diz que a influência de Izaura Celina, a caçula, veio do ir-mão mais velho. Quando criança, com nove anos, ela já dizia que seria dentista porque sempre via o irmão mais velho ir à faculdade e depois ao consultório.

“Eu queria mesmo era ser jogador de futebol, mas na-quele tempo essa profissão era muito marginalizada e tinha muito preconceito. Isso só começou a mudar do Sócrates para cá”, revela Ivacy Júnior, o mais velho.

O dentista acredita que os filhos escolheram seguir a mesma profissão que ele pelo fato de ter sido bem sucedido em sua carreira e também porque sempre os levava para o consultório de-pois de buscá-los na escola.

Num primeiro momento da conversa com a reporta-gem da Tribuna, Ivacy afir-ma que nunca influenciou os filhos a serem dentistas. Mas alguns minutos depois, seu filho, Ivacy Júnior, re-vela uma história diferente. “Quando me perguntavam o que eu ia fazer no vestibu-lar, era ele quem respondia

LADO RUIM

Para psicólogo, influência dos pais nem sempre é positivaNem toda a influência

que os pais exercem sobre os filhos na hora de escolher uma profissão pode ser boa. A análise é do psicólogo Ra-ffael Gonçalves. Segundo ele, muitos pais utilizam os filhos que a realização de seus próprios sonhos.

“Por exemplo, aquele pai que gostaria de ser joga-dor de futebol. Ele investe em seu filho para que esse consiga realiza o ‘seu’ so-nho. Grande parte das ve-

zes esquecendo os desejos do próprio garoto. Levando em consideração que atual-mente o maior fator que determina a escolha das profissões é a realização fi-nanceira, os pais tendem a determinar qual a melhor profissão para que seu fi-lho siga, desconsiderando o fato de que nem sempre as funções mais rentáveis ge-ram a realização pessoal do sujeito”, diz.

Outro exemplo utilizado

por Raffael é o alto núme-ro de jovens matriculados nos cursos de Direito. De acordo com ele, o objetivo de boa parte deles é se tor-nar promotor ou juiz ape-nas pela questão financeira ou de status. Mas quando entram com contato com a realidade da profissão per-cebem que a complexidade dessa área torna trabalho-sa a conquista da realiza-ção financeira, o que pode frustrar o jovem.

“Um sinal claro disso é o baixo número de aprova-dos no exame de admissão da Ordem dos Advogados do Brasil que temos a cada ano que passa. Esse exa-me serve como funil para os profissionais realmente qualificados, mas a gran-de maioria faz o curso vi-sando somente à condição financeira e diante disso não apresentam real com-prometimento com a profis-são”, afirma o psicólogo.

Para Raffael quando os pais influenciam na escolha profissional dos filhos, o fa-zem com boas intenções por desejarem que eles tenham boas condições de vida, muitas vezes melhores a que eles mesmos tiveram. Porém, diz o psicólogo, é preciso compreender que a escolha de uma profissão deve ser algo além de fa-tores financeiros. Deve-se buscar a realização como individuo.

“Essa influência paterna na tomada de decisão dos filhos pode gerar prejuízos graves ao psicológico do jo-vem que futuramente pode se frustrar com a escolha errada que tenha feito por se sentir obrigado a agradar os pais. Ou podemos ter um profissional frustrado que desempenha sua função so-mente para receber o salário no final do mês sem conside-rar o fator social da referida profissão”, afirma. (C.A.)

por mim: vai ser dentista”, conta Júnior. Ivacy começa a rir e também fez outra re-velação.

“O Júnior me dizia que não queria ser dentista por-que sempre que me pedia alguma coisa eu dizia que estava apertado”, Conta Ivacy mais uma vez caindo na gargalhada.

EstruturaJúnior diz que pensou na

escolha mais fácil para ele e

dois motivos foram os prin-cipais que seguisse a carrei-ra do pai: a estrutura para atuar na profissão e poder conviver com o pai todos os dias. “Acho que todos os fi-lhos são assim e via que em casa não faltava nada”.

Izaura Celina, a filha ca-çula e também dentista, garante que sempre teve paixão pela Odontologia. Se-gundo ela, as opiniões que ouvia a respeito da atuação

profissional de Ivacy foram determinantes para sua es-colha.

“Eu sempre escutei falar muito bem do meu pai, que ele era um excelente pro-fissional. Isso me deixava orgulhosa e eu pensava: ca-ramba, vou fazer também. Já tenho o sangue, vai que dá certo”, lembra Izaura.

Os três trabalham juntos em Arapiraca, mas em Ma-ceió cada um atua em um

consultório diferente. “Em casa a gente não fala de Odontologia. Minha esposa diz que isso é interessante. Todos são dentistas e não se fala de Odontologia”, comen-ta Ivacy.

Izaura Celina diz que é muito bom ter a profissão do pai, ainda mais ele sendo bem sucedido. Entretanto, a pressão também é grande, fazendo com que ela busque sempre estar se atualizando.

Para Ivacy Almeida, ver os filhos na mesma profissão que ele é algo inexplicável. “Tenho certeza que a qual-quer momento, quando eu partir, sei que estarei pron-to, pois deixei meus filhos preparados para o mundo”.

Para Izaura, é uma honra ter a mesma carreira que o pai. Segundo ela, é algo ine-narrável. “Não tenho pala-vras para descrever. Isso me dá um conforto em saber que sempre terei alguém ao meu lado, seja meu pai ou meu ir-mão”.

Já para Ivacy Júnior, o sentimento é de satisfação, segurança e responsabilida-de. “Mas é algo espetacular. Convivo com meu pai todos os dias. Não tem coisa me-lhor”.

Questionados como se comportavam em congresso da Odontologia, eventos bem corriqueiros na área de saú-de, Júnior lembra de um em que, após as atividades, ele saiu para beber. Às garga-lhadas ele relata como o pai o acordou no dia seguinte. “Ele ficava me chamando e eu dizendo para esperar um pouco ou então que ele podia ir na frente que chegava em pouco tempo. Mas não tinha jeito. Ele ficava me cutucan-do, puxando o lençol e dizen-do: bora, você vai comigo”. (C.A.)

tar a família dirigindo um táxi o ajudou a tomar a deci-são de seguir essa profissão.

“Antes eu trabalhei em um hotel por 12 anos. Fiquei desempregado e comecei no táxi. Dá um bom dinheiro, mas tem certo risco porque você não sabe quem entra no carro. Também é preciso saber administrar, tem inde-pendência, mas a labuta é de Sol a Sol”, comenta Sérgio.

Seu João lembra que sua reação quando Sérgio disse que seria taxista foi “nor-mal”. Segundo ele, a família não tinha muitas condições de escolher profissão. “Era o jeito”. Mesmo seguindo a profissão de seu pai, Sérgio conta que seus dois filhos op-taram por ter profissões dife-rentes. Sua filha é bacharela em Direito e seu filho é ven-dedor.

“Meu filho nunca quis ser taxista. Ele jamais pediu para guiar meu carro, nunca teve interesse”, diz Sérgio.

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MACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015 CIDADES 11MACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

RISCO IGNORADO

Seguro Atleta existe, mas apenas no futebol e grandes clubes

DESPERCEBIDO

Maioria dos clubes alagoanos não dispõe da cobertura para atletas

“O seguro desportivo exis-te, mas apenas no futebol e nos grandes clubes, conside-rado somente para aqueles atletas registrados. Infeliz-mente, uma pequena parce-la de atletas é privilegiada. São aqueles que recebem salários maiores. Todos os demais, que ganham pouco, embora o risco de acidentes seja comum para ambos, não há essa preocupação, nem dos próprios atletas, nem dos empresários, nem dos clubes”, explicou Djaildo Al-meida, diretor do Sincor.

Ele disse também que se tratando de Brasil, as pes-soas se preocupam mais com o seu próprio veículo do que com a sua saúde. Almeida comenta que o seguro auto-motivo vem em primeiro lu-gar no ranking de preferên-cias.

“Falta consciência das pessoas, se o atleta sabe que existe a necessidade de fazer o seguro como forma de prevenção, no sentido de proteção, na recuperação, por exemplo, de uma lesão, ou de ter condições financei-ras para sobreviver em caso de invalidez, porque não fa-zer?”, indagou.

Segundo Djaildo Almeida, há dois tipos de seguro des-portivo, o básico que é pra-ticamente como se fosse um seguro de vida e o seguro de saúde. Mas o principal entre os dois, de acordo com o dire-tor, é o que garante a situa-ção do atleta no caso de uma invalidez, que se trata de um seguro diferenciado para o desportista. “Neste caso, o seguro desportivo ou seguro atleta”, diz.

Esperançoso de que os

atletas ‘abram os olhos’ no sentido de aderir a este tipo de seguro, o diretor do Sin-cor frisou que a imprensa tem um papel fundamental em alertar este público. Ele disse ainda que se alimenta desta expectativa para em um futuro próximo ver o se-guro desportivo desenvolvi-do em Alagoas e no restante do país.

“O número de adesões já vem melhorando, mas é uma quebra de paradigma dia-riamente; as pessoas ainda estão com a mentalidade do ‘nunca vai acontecer comigo’ e que seguro custa caro. Se-guro seja ele qual for não é ônus, é bônus, é investimen-to no sentido de que lá na frente, caso o atleta venha a precisar, ele possa garantir sobrevivência naquele mo-mento difícil dele”, observou.

No futebol, no tênis, no basquete e no vôlei, esportes em que as cifras investidas são muito altas, quando al-guma lesão interrompe por meses a carreira de um des-portista, todos saem perden-do: patrocinadores, clubes, empresários e os próprios atletas. A relação é propor-cional: quanto maior o tem-po sem atuar com o corpo, o seu instrumento de traba-lho, maior o prejuízo.

Para o diretor-técnico da Federação Alagoana de Vô-lei, Caetano Rocha, que con-firmou não possuir o seguro desportivo na modalidade, mesmo que os atletas sejam amadores, existe fundamen-talmente a necessidade de haver um seguro para salva-guardar estes atletas.

Caetano Rocha revelou que os atletas da Federação são, na maioria, carentes e sequer têm um plano de saúde para acioná-lo quando precisam, como, por exem-plo, numa lesão, seja ela leve ou grave. “Infelizmente a fal-ta de conhecimento e de inte-resse dos próprios corretores de seguros no sentido de nos procurar para divulgar este

tipo de cobertura, faz o segu-ro desportivo passar desper-cebido. Nunca apareceram por aqui, talvez por este tipo de seguro não ser tão comum no Brasil”, lamentou.

O diretor-técnico explicou também que numa compe-tição, se algum atleta for lesionado, a Federação se responsabiliza, bem como o clube parceiro, mas negou a existência de qualquer tipo de seguro, como, por exem-plo, de acidentes pessoais ou de vida.

No Centro Sportivo Ala-goano (CSA), o diretor de marketing, Messias Costa, é enfático ao afirmar que o clube, do mesmo modo, não dispõe da cobertura. “Não existe nenhum seguro do tipo. Quando ocorre do joga-dor ser vendido ou empresta-do, aí sim funciona o seguro, e esta é uma das cláusulas do contrato por ser garantia para o atleta e para o clube”, frisou.

Ele afirmou que o único seguro existente atualmente no clube, como garantia pro-fissional de acidentes pesso-ais para o jogador é o da Pre-vidência Social.

O vice-presidente do CRB, Orlando Baia, salientou a necessidade deste tipo de cobertura para o atleta, po-rém considerou que se o va-lor pago por esta cobertura fosse menor, atrairia mais segurados.

“O CRB não tem este se-guro específico, ele ainda é pouco conhecido no país, somente os atletas que têm bons salários, aqueles de alto nível é que podem fa-zê-lo, por ainda ser muito caro; por aqui ainda não se comenta sobre o seguro des-portivo, seria muito bom se o clube pudesse arcar, mas ainda não chegamos a este patamar”, mencionou.

Orlando Baia diz que, caso o atleta sofra alguma lesão leve ou grave que o deixe fora de campo ou até mes-mo inválido, o atleta tem que recorrer à Previdência Social. “A prática é diferen-te da teoria, as seguradoras deveriam repensar valores e reduzir o valor cobrado, se esta dica fosse atendida com certeza os clubes, atletas e empresários poderiam ver este tipo de cobertura com outros olhos”, completou.

Seguro atleta: ANA PAULA OMENAREPÓRTER

So m e n t e no Brasil e x i s t e m aproxima-d a m e n t e 35 milhões de atletas amadores de diversas

modalidades, alguns com experiência, outros ini-ciantes, além de milhões de atletas profissionais, to-dos propícios aos mesmos riscos, de enfrentar apuros financeiros no esporte ou até de encerrar a modali-dade por alguma lesão gra-ve ou acidente, que o afaste de suas atividades profis-sionais, temporariamen-te ou permanentemente.

E foi exatamente por conta destes perigos que foi criada a Lei 9.615/98, mais conhecida como a Lei Pelé, que regulamenta a prática do desporto no Brasil, e de-termina em seu artigo 45 que entidades de prática desportiva são obrigadas a contratar seguro de aci-dentes de trabalho para os atletas profissionais a ela vinculados, com o objetivo de cobrir os riscos a que eles estão sujeitos.

O texto diz ainda que o desporto, como direito in-dividual, tenha como base os princípios: da seguran-ça, propiciando ao prati-cante de qualquer moda-lidade desportiva, quanto à sua integridade física, mental ou sensorial; da autonomia, definido pela

faculdade e liberdade de pessoas físicas e jurídi-cas organizarem-se para a prática desportiva; da democratização, garanti-do em condições de acesso às atividades desportivas sem quaisquer distinções ou formas de discrimina-ção; entre outros.

A lei, embora seja obri-gatória é desconsiderada no meio esportivo e inex-plorada pelo setor de se-guros no Brasil. Em Ala-goas, o seguro desportivo até existe, mas não é tão conhecido como deveria. No Estado, o número de adesões deste tipo de se-guro é insignificante, ou até mesmo, desconhecido pelo Sindicato dos Correto-res de Seguros de Alagoas (Sincor).

ASCOM ASA

SANDRO LIMA

SANDRO LIMA

A profissão de atleta, em decorrência da alta competitividade, exige condicionamento físico

perfeito, mesmo diante dos ris-cos de lesões ocasionadas por acidente de trabalho, os quais muitas vezes impedem a con-tinuidade do exercício da pro-fissão, causando afastamentos temporários ou definitivos.

Em agosto deste ano, a Co-missão de Educação, Cultura e

Esporte (CE) aprovou o projeto (PLS 531/2011) de Zeze Perrella (PDT-MG), que exige a compro-vação da contratação de seguro como condição para a participa-ção de atletas e treinadores de futebol nas competições oficiais. A proposta teve o parecer elabo-rado pela senadora Ana Amélia (PP-RS) e deve seguir para a Câ-mara dos Deputados se não hou-ver recurso para votação pelo Plenário do Senado.

A legislação atual (Lei Pelé) já obriga a contratação de seguro de vida e de acidentes pessoais para os atletas por parte dos clu-bes.

O projeto inova ao impor que as entidades de administração do esporte e as ligas exijam a comprovação de contratação do seguro para que os atletas e técnicos possam participar das competições sob sua responsabi-lidade.

Outra inovação é a extensão da obrigatoriedade de contrata-ção do seguro para os técnicos das equipes. O acidente vascu-lar cerebral (AVC) sofrido pelo então treinador do Vasco Ricar-do Gomes, durante jogo contra o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro de 2011, foi um dos fatos que motivaram a proposta de alteração na lei.

A senadora Ana Amélia obser-vou que o esporte de alto rendi-

mento cada vez mais exige dos atletas e técnicos um desempe-nho que diversas vezes atinge si-tuações-limite, expondo-os então a condições fisiológicas de risco.

O projeto insere outras mu-danças na Lei Pelé para que a importância segurada garanta uma indenização mínima, cor-respondente ao valor anual da remuneração pactuada com o clube contratante. Se a proposta for convertida em lei, os clubes

terão 180 dias para se adequa-rem às novas exigências.

Zeze Perrella, que defende o projeto, ressaltou que já ocor-reram diversos casos de atletas e técnicos que foram vítimas de colapsos e problemas de saúde, ou que sofreram acidentes trá-gicos.

MP DO FUTEBOLO texto aprovado da MP do Fu-

tebol (Medida Provisória 671/15) obriga os clubes com atletas não

profissionais de modalidades olímpicas e paraolímpicas a con-tratar seguro para esses atletas.

Também as federações e con-federações terão de contratar o seguro nos casos de competições ou partidas internacionais nas quais o atleta esteja represen-tando o País e nas competições nacionais para os atletas não vinculados a algum clube.

O valor segurado deverá ga-rantir ao atleta ou ao beneficiá-

rio por ele indicado indenização mínima de 12 vezes o valor do salário mínimo vigente ou de 12 vezes o valor de contrato de ima-gem ou de patrocínio referentes a sua atividade desportiva, o que for maior.

Até o pagamento da indeniza-ção, o clube ao qual o atleta está vinculado será responsável pe-las despesas médico-hospitala-res e com medicamentos neces-sários ao seu restabelecimento.

ADESÃO

ASA destaca importância da coberturaJá a Agremiação Sporti-

va Arapiraquense (ASA), por considerar bem alto, o risco da atividade desporti-va, está na contramão dos times citados de fato e de direito, e justifica a impor-tância da adesão a este tipo de cobertura ao atleta, seja ele profissional ou amador. O ASA diz não serem raros os casos de contusões e até mesmo de mortes em cam-po, o que demonstra que o risco é inerente à atividade, independentemente de onde é praticada.

O presidente do ASA de Arapiraca, Bruno Euclides, por meio da assessoria de comunicação, destacou como essencial a adoção do meca-nismo de proteção para os

atletas. De acordo com ele, o jogador do ASA, no ato da assinatura do contrato, fica resguardado por meio do seguro em caso de morte na-tural ou acidental, invalidez por acidente e antecipação especial por doença.

A IRB Brasil, uma das maiores resseguradoras la-tino-americanas do mundo, e a mais antiga empresa es-pecializada em avaliação de riscos do setor de seguros, diz que o Seguro Atleta Pro-fissional ainda é um univer-so inexplorado pelo mercado de seguro no país.

Ela lembra que o esporte profissional no exterior não dispensa esse tipo de segu-ro, e deseja que isso seja um mecanismo de estímulo

aos investidores, por ofere-cer uma cobertura total. Ao mesmo tempo em que, se-gundo a IRB, é um negócio que movimenta milhões de dólares anuais.

O mercado de seguros no país, sobretudo o segmento esportivo, é altamente atra-ente, principalmente quan-do se trata do futebol. Da-dos da CBF mostram que o Brasil conta com milhares de jogadores federados, cen-tenas de clubes destinados a este esporte, e mais de dois mil atletas atuando em todo o mundo. São estima-dos US$ 250 bilhões anuais movimentados pelo futebol no planeta, e o Brasil con-tribui com mais de US$ 32 bilhões.

ADVOGADO

“Contratação não é facultativa”Para provar que segu-

ro desportivo não é ‘brin-cadeira’, o advogado An-derson Fiedler Bremer, afirmou que o artigo 2º da promulgada Lei Pelé, determina que o despor-to, como direito indivi-dual, tenha como base o princípio da segurança, propiciando ao praticante de qualquer modalidade desportiva, quanto à sua integridade física, mental ou sensorial.

“Para a efetividade do princípio exposto, o le-gislador criou o artigo 45 da Lei, com redação dada pela Lei 9.981/00, que de-termina o seguinte: Art. 45. As entidades de prá-tica desportiva são obri-gadas a contratar seguro

de acidentes do trabalho para os atletas profissio-nais a ela vinculados, com o objetivo de cobrir os ris-cos a que estão sujeitos”, lembrou.

Anderson Bremer ex-plicou que o parágrafo único trata da importân-cia segurada no sentido de garantir o direito a uma indenização mínima correspondente ao valor total anual da remunera-ção ajustada no caso de atletas profissionais. “A lesão sofrida por um atle-ta garante, segundo o pa-rágrafo único do artigo 45 da Lei 9.615/98, o direito ao empregado de receber indenização mínima cor-respondente ao valor to-tal anual da remuneração

ajustada”, reforçou .“A contratação do segu-

ro previsto no artigo 45 da Lei Pelé não é facultativa. Ao contrário, a norma tem aplicação cogente e a não contratação do seguro im-plica, em caso de eventu-al sinistro ocorrido com o atleta, em dever do clube indenizar substitutiva-mente, na forma dos arti-gos 186, 927 e 247, todos do Código Civil”, detalhou.

Para ele, a inexistência do seguro desportivo tem influído negativamente no ânimo do atleta, cuja con-dição contratual de cum-primento do dever laboral sofre compreensível inibi-ção – entre o que pode ren-der, e o que rende o atleta – em favor do clube.

Universo inexplorado pelo setor

Seguro pode passar a ser exigido em competições

Medida Provisória exige seguro de vida para atleta não profissional de modalidade olímpica

Djaildo Almeida diz que no País as pessoas se preocupam mais com o veículo do que com a saúde

ASA de Arapiraca garante seguro acidente e invalidez na assinatura de contrato com seus jogadores

Clubes, empresários, federações e os próprios atletasdesconsideram Lei Pelé, que obriga cobertura contra acidentes

de trabalho para profissionais do esporte profissional

Profissionais ou amadores, todos os atletas estão propí-cios a sofrer algum acidade que os afaste da atividade

AGÊNCIA BRASIL

DIVULGAÇÃO

CE aprovou PL que obriga contratação de seguro para participação em competições oficiais de futebol

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MACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015 CIDADES 11MACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

RISCO IGNORADO

Seguro Atleta existe, mas apenas no futebol e grandes clubes

DESPERCEBIDO

Maioria dos clubes alagoanos não dispõe da cobertura para atletas

“O seguro desportivo exis-te, mas apenas no futebol e nos grandes clubes, conside-rado somente para aqueles atletas registrados. Infeliz-mente, uma pequena parce-la de atletas é privilegiada. São aqueles que recebem salários maiores. Todos os demais, que ganham pouco, embora o risco de acidentes seja comum para ambos, não há essa preocupação, nem dos próprios atletas, nem dos empresários, nem dos clubes”, explicou Djaildo Al-meida, diretor do Sincor.

Ele disse também que se tratando de Brasil, as pes-soas se preocupam mais com o seu próprio veículo do que com a sua saúde. Almeida comenta que o seguro auto-motivo vem em primeiro lu-gar no ranking de preferên-cias.

“Falta consciência das pessoas, se o atleta sabe que existe a necessidade de fazer o seguro como forma de prevenção, no sentido de proteção, na recuperação, por exemplo, de uma lesão, ou de ter condições financei-ras para sobreviver em caso de invalidez, porque não fa-zer?”, indagou.

Segundo Djaildo Almeida, há dois tipos de seguro des-portivo, o básico que é pra-ticamente como se fosse um seguro de vida e o seguro de saúde. Mas o principal entre os dois, de acordo com o dire-tor, é o que garante a situa-ção do atleta no caso de uma invalidez, que se trata de um seguro diferenciado para o desportista. “Neste caso, o seguro desportivo ou seguro atleta”, diz.

Esperançoso de que os

atletas ‘abram os olhos’ no sentido de aderir a este tipo de seguro, o diretor do Sin-cor frisou que a imprensa tem um papel fundamental em alertar este público. Ele disse ainda que se alimenta desta expectativa para em um futuro próximo ver o se-guro desportivo desenvolvi-do em Alagoas e no restante do país.

“O número de adesões já vem melhorando, mas é uma quebra de paradigma dia-riamente; as pessoas ainda estão com a mentalidade do ‘nunca vai acontecer comigo’ e que seguro custa caro. Se-guro seja ele qual for não é ônus, é bônus, é investimen-to no sentido de que lá na frente, caso o atleta venha a precisar, ele possa garantir sobrevivência naquele mo-mento difícil dele”, observou.

No futebol, no tênis, no basquete e no vôlei, esportes em que as cifras investidas são muito altas, quando al-guma lesão interrompe por meses a carreira de um des-portista, todos saem perden-do: patrocinadores, clubes, empresários e os próprios atletas. A relação é propor-cional: quanto maior o tem-po sem atuar com o corpo, o seu instrumento de traba-lho, maior o prejuízo.

Para o diretor-técnico da Federação Alagoana de Vô-lei, Caetano Rocha, que con-firmou não possuir o seguro desportivo na modalidade, mesmo que os atletas sejam amadores, existe fundamen-talmente a necessidade de haver um seguro para salva-guardar estes atletas.

Caetano Rocha revelou que os atletas da Federação são, na maioria, carentes e sequer têm um plano de saúde para acioná-lo quando precisam, como, por exem-plo, numa lesão, seja ela leve ou grave. “Infelizmente a fal-ta de conhecimento e de inte-resse dos próprios corretores de seguros no sentido de nos procurar para divulgar este

tipo de cobertura, faz o segu-ro desportivo passar desper-cebido. Nunca apareceram por aqui, talvez por este tipo de seguro não ser tão comum no Brasil”, lamentou.

O diretor-técnico explicou também que numa compe-tição, se algum atleta for lesionado, a Federação se responsabiliza, bem como o clube parceiro, mas negou a existência de qualquer tipo de seguro, como, por exem-plo, de acidentes pessoais ou de vida.

No Centro Sportivo Ala-goano (CSA), o diretor de marketing, Messias Costa, é enfático ao afirmar que o clube, do mesmo modo, não dispõe da cobertura. “Não existe nenhum seguro do tipo. Quando ocorre do joga-dor ser vendido ou empresta-do, aí sim funciona o seguro, e esta é uma das cláusulas do contrato por ser garantia para o atleta e para o clube”, frisou.

Ele afirmou que o único seguro existente atualmente no clube, como garantia pro-fissional de acidentes pesso-ais para o jogador é o da Pre-vidência Social.

O vice-presidente do CRB, Orlando Baia, salientou a necessidade deste tipo de cobertura para o atleta, po-rém considerou que se o va-lor pago por esta cobertura fosse menor, atrairia mais segurados.

“O CRB não tem este se-guro específico, ele ainda é pouco conhecido no país, somente os atletas que têm bons salários, aqueles de alto nível é que podem fa-zê-lo, por ainda ser muito caro; por aqui ainda não se comenta sobre o seguro des-portivo, seria muito bom se o clube pudesse arcar, mas ainda não chegamos a este patamar”, mencionou.

Orlando Baia diz que, caso o atleta sofra alguma lesão leve ou grave que o deixe fora de campo ou até mes-mo inválido, o atleta tem que recorrer à Previdência Social. “A prática é diferen-te da teoria, as seguradoras deveriam repensar valores e reduzir o valor cobrado, se esta dica fosse atendida com certeza os clubes, atletas e empresários poderiam ver este tipo de cobertura com outros olhos”, completou.

Seguro atleta: ANA PAULA OMENAREPÓRTER

So m e n t e no Brasil e x i s t e m aproxima-d a m e n t e 35 milhões de atletas amadores de diversas

modalidades, alguns com experiência, outros ini-ciantes, além de milhões de atletas profissionais, to-dos propícios aos mesmos riscos, de enfrentar apuros financeiros no esporte ou até de encerrar a modali-dade por alguma lesão gra-ve ou acidente, que o afaste de suas atividades profis-sionais, temporariamen-te ou permanentemente.

E foi exatamente por conta destes perigos que foi criada a Lei 9.615/98, mais conhecida como a Lei Pelé, que regulamenta a prática do desporto no Brasil, e de-termina em seu artigo 45 que entidades de prática desportiva são obrigadas a contratar seguro de aci-dentes de trabalho para os atletas profissionais a ela vinculados, com o objetivo de cobrir os riscos a que eles estão sujeitos.

O texto diz ainda que o desporto, como direito in-dividual, tenha como base os princípios: da seguran-ça, propiciando ao prati-cante de qualquer moda-lidade desportiva, quanto à sua integridade física, mental ou sensorial; da autonomia, definido pela

faculdade e liberdade de pessoas físicas e jurídi-cas organizarem-se para a prática desportiva; da democratização, garanti-do em condições de acesso às atividades desportivas sem quaisquer distinções ou formas de discrimina-ção; entre outros.

A lei, embora seja obri-gatória é desconsiderada no meio esportivo e inex-plorada pelo setor de se-guros no Brasil. Em Ala-goas, o seguro desportivo até existe, mas não é tão conhecido como deveria. No Estado, o número de adesões deste tipo de se-guro é insignificante, ou até mesmo, desconhecido pelo Sindicato dos Correto-res de Seguros de Alagoas (Sincor).

ASCOM ASA

SANDRO LIMA

SANDRO LIMA

A profissão de atleta, em decorrência da alta competitividade, exige condicionamento físico

perfeito, mesmo diante dos ris-cos de lesões ocasionadas por acidente de trabalho, os quais muitas vezes impedem a con-tinuidade do exercício da pro-fissão, causando afastamentos temporários ou definitivos.

Em agosto deste ano, a Co-missão de Educação, Cultura e

Esporte (CE) aprovou o projeto (PLS 531/2011) de Zeze Perrella (PDT-MG), que exige a compro-vação da contratação de seguro como condição para a participa-ção de atletas e treinadores de futebol nas competições oficiais. A proposta teve o parecer elabo-rado pela senadora Ana Amélia (PP-RS) e deve seguir para a Câ-mara dos Deputados se não hou-ver recurso para votação pelo Plenário do Senado.

A legislação atual (Lei Pelé) já obriga a contratação de seguro de vida e de acidentes pessoais para os atletas por parte dos clu-bes.

O projeto inova ao impor que as entidades de administração do esporte e as ligas exijam a comprovação de contratação do seguro para que os atletas e técnicos possam participar das competições sob sua responsabi-lidade.

Outra inovação é a extensão da obrigatoriedade de contrata-ção do seguro para os técnicos das equipes. O acidente vascu-lar cerebral (AVC) sofrido pelo então treinador do Vasco Ricar-do Gomes, durante jogo contra o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro de 2011, foi um dos fatos que motivaram a proposta de alteração na lei.

A senadora Ana Amélia obser-vou que o esporte de alto rendi-

mento cada vez mais exige dos atletas e técnicos um desempe-nho que diversas vezes atinge si-tuações-limite, expondo-os então a condições fisiológicas de risco.

O projeto insere outras mu-danças na Lei Pelé para que a importância segurada garanta uma indenização mínima, cor-respondente ao valor anual da remuneração pactuada com o clube contratante. Se a proposta for convertida em lei, os clubes

terão 180 dias para se adequa-rem às novas exigências.

Zeze Perrella, que defende o projeto, ressaltou que já ocor-reram diversos casos de atletas e técnicos que foram vítimas de colapsos e problemas de saúde, ou que sofreram acidentes trá-gicos.

MP DO FUTEBOLO texto aprovado da MP do Fu-

tebol (Medida Provisória 671/15) obriga os clubes com atletas não

profissionais de modalidades olímpicas e paraolímpicas a con-tratar seguro para esses atletas.

Também as federações e con-federações terão de contratar o seguro nos casos de competições ou partidas internacionais nas quais o atleta esteja represen-tando o País e nas competições nacionais para os atletas não vinculados a algum clube.

O valor segurado deverá ga-rantir ao atleta ou ao beneficiá-

rio por ele indicado indenização mínima de 12 vezes o valor do salário mínimo vigente ou de 12 vezes o valor de contrato de ima-gem ou de patrocínio referentes a sua atividade desportiva, o que for maior.

Até o pagamento da indeniza-ção, o clube ao qual o atleta está vinculado será responsável pe-las despesas médico-hospitala-res e com medicamentos neces-sários ao seu restabelecimento.

ADESÃO

ASA destaca importância da coberturaJá a Agremiação Sporti-

va Arapiraquense (ASA), por considerar bem alto, o risco da atividade desporti-va, está na contramão dos times citados de fato e de direito, e justifica a impor-tância da adesão a este tipo de cobertura ao atleta, seja ele profissional ou amador. O ASA diz não serem raros os casos de contusões e até mesmo de mortes em cam-po, o que demonstra que o risco é inerente à atividade, independentemente de onde é praticada.

O presidente do ASA de Arapiraca, Bruno Euclides, por meio da assessoria de comunicação, destacou como essencial a adoção do meca-nismo de proteção para os

atletas. De acordo com ele, o jogador do ASA, no ato da assinatura do contrato, fica resguardado por meio do seguro em caso de morte na-tural ou acidental, invalidez por acidente e antecipação especial por doença.

A IRB Brasil, uma das maiores resseguradoras la-tino-americanas do mundo, e a mais antiga empresa es-pecializada em avaliação de riscos do setor de seguros, diz que o Seguro Atleta Pro-fissional ainda é um univer-so inexplorado pelo mercado de seguro no país.

Ela lembra que o esporte profissional no exterior não dispensa esse tipo de segu-ro, e deseja que isso seja um mecanismo de estímulo

aos investidores, por ofere-cer uma cobertura total. Ao mesmo tempo em que, se-gundo a IRB, é um negócio que movimenta milhões de dólares anuais.

O mercado de seguros no país, sobretudo o segmento esportivo, é altamente atra-ente, principalmente quan-do se trata do futebol. Da-dos da CBF mostram que o Brasil conta com milhares de jogadores federados, cen-tenas de clubes destinados a este esporte, e mais de dois mil atletas atuando em todo o mundo. São estima-dos US$ 250 bilhões anuais movimentados pelo futebol no planeta, e o Brasil con-tribui com mais de US$ 32 bilhões.

ADVOGADO

“Contratação não é facultativa”Para provar que segu-

ro desportivo não é ‘brin-cadeira’, o advogado An-derson Fiedler Bremer, afirmou que o artigo 2º da promulgada Lei Pelé, determina que o despor-to, como direito indivi-dual, tenha como base o princípio da segurança, propiciando ao praticante de qualquer modalidade desportiva, quanto à sua integridade física, mental ou sensorial.

“Para a efetividade do princípio exposto, o le-gislador criou o artigo 45 da Lei, com redação dada pela Lei 9.981/00, que de-termina o seguinte: Art. 45. As entidades de prá-tica desportiva são obri-gadas a contratar seguro

de acidentes do trabalho para os atletas profissio-nais a ela vinculados, com o objetivo de cobrir os ris-cos a que estão sujeitos”, lembrou.

Anderson Bremer ex-plicou que o parágrafo único trata da importân-cia segurada no sentido de garantir o direito a uma indenização mínima correspondente ao valor total anual da remunera-ção ajustada no caso de atletas profissionais. “A lesão sofrida por um atle-ta garante, segundo o pa-rágrafo único do artigo 45 da Lei 9.615/98, o direito ao empregado de receber indenização mínima cor-respondente ao valor to-tal anual da remuneração

ajustada”, reforçou .“A contratação do segu-

ro previsto no artigo 45 da Lei Pelé não é facultativa. Ao contrário, a norma tem aplicação cogente e a não contratação do seguro im-plica, em caso de eventu-al sinistro ocorrido com o atleta, em dever do clube indenizar substitutiva-mente, na forma dos arti-gos 186, 927 e 247, todos do Código Civil”, detalhou.

Para ele, a inexistência do seguro desportivo tem influído negativamente no ânimo do atleta, cuja con-dição contratual de cum-primento do dever laboral sofre compreensível inibi-ção – entre o que pode ren-der, e o que rende o atleta – em favor do clube.

Universo inexplorado pelo setor

Seguro pode passar a ser exigido em competições

Medida Provisória exige seguro de vida para atleta não profissional de modalidade olímpica

Djaildo Almeida diz que no País as pessoas se preocupam mais com o veículo do que com a saúde

ASA de Arapiraca garante seguro acidente e invalidez na assinatura de contrato com seus jogadores

Clubes, empresários, federações e os próprios atletasdesconsideram Lei Pelé, que obriga cobertura contra acidentes

de trabalho para profissionais do esporte profissional

Profissionais ou amadores, todos os atletas estão propí-cios a sofrer algum acidade que os afaste da atividade

AGÊNCIA BRASIL

DIVULGAÇÃO

CE aprovou PL que obriga contratação de seguro para participação em competições oficiais de futebol

Page 12: Edição número 2462 - 4 de outubro de 2015

TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015CIDADES 12

Maceió ganha nova Sala do EmpreendedorFruto da parceria entre Prefeitura, Sebrae e associação comercial, unidade do Jacintinho será inaugurada nesta segunda

O empreendedorismo em Maceió vive um novo momento. Nes-

te ano, a formalização e a ampliação de negócios, bem como a capacitação profissio-nal para pequenos empresá-rios foram intensificadas e ganharam um importante reforço a partir da criação das Salas do Empreendedor na capital alagoana. A no-vidade foi implantada por meio de uma parceria fir-mada entre a Prefeitura de Maceió, o Sebrae Alagoas e a Associação Comercial, que entregam nesta segunda-feira (5), às 15h, a terceira Sala, desta vez no bairro do Jacintinho.

“Temos investido em ações de incentivo aos em-preendedores e, para isso, contamos com apoio de ins-tituições importantes como o Sebrae, que é um grande parceiro da gestão. Maceió tem milhares de micro e pequenos empresários. En-tão, é preciso ampliar a ca-pacidade de trabalho destes profissionais investindo na orientação, que ajuda a ge-rar mais lucros e até mais empregos”, disse o prefeito Rui Palmeira, que participa-rá da inauguração da Sala do Empreendedor do Jacin-tinho, a partir das 15h, na Rua Cleto Campelo, nº 70, sala 9.

De acordo com o prefei-to, a escolha das regiões que

foram contempladas com a instalação das Salas ocor-reu pelo critério de que são os bairros onde é mais alto o número de micro e pequenos empresários.

“A entrega desses equi-pamentos à população mostra a importância da valorização do pequeno e microempresário da cidade de Maceió. Apoiá-los signi-fica fortalecer a economia da cidade de Maceió. Com a formalização, o trabalhador tem inúmeros benefícios e isso também ajuda à gestão do Município, já que gera re-ceita e fortalece a economia da capital”, ressaltou Rui Palmeira.

Além da que será entre-gue nesta segunda-feira, outras duas Salas do Em-preendedor funcionam nos bairros Jaraguá e Benedito Bentes. Estes locais funcio-nam de segunda a sextafei-ra e ofertam serviços como orientação para abrir ou montar um negócio, formali-zação da empresa pelo Por-tal Facilita Alagoas, emissão de certidões, notas fiscais e impressão de guias de paga-mento de impostos, além de informações sobre licitações da Prefeitura e capacitações.

A Sala do Empreendedor do Benedito Bentes está lo-calizada no Shopping Pátio Maceió e de Jaraguá, no prédio da Associação Co-mercial.

SECOM MACEIÓ

Duas Salas do Empreendedor já funcionam em Jaraguá e Benedito Bentes

O “milagre” fura-do do pastor Pepê

Petronílio Pantaleão, o Pepê, 45 anos de idade, nunca foi chegado ao

trabalho. Seus pais – seu Pertuvíquio e dona Estrevo-lina – iniciaram inglória luta para convencê-lo a se interes-sar por uma ocupação digna, decente e produtiva quando ele completou 15 anos. Era a mãe: - Quando é que você vai

querer arrumar um trabalho, meu filho? Daqui a pouco faz 50 anos, tempo de aposentadoria, e nada arrumar um emprego? E ele, soltando a fumaça do cigarro pelos buracos da venta: - Ah, mãe, não nasci para encarar esses empreguinhos mixurucas, por conta de um salário mínimo... - Mas, Pepê, que tipo de trabalho você pretende, que possa lhe pagar alto salário, se não estudou pra isso? Nem terminou o curso primário!... - S’imcomode não, mãe. Um dia a senhora irá se orgulhar do seu filho... Estou bolando uma ideia joia, que vai me dar uma grana preta. Só quero que a senhora me compre um terno preto, uma camisa branca, uma gravata azul e um par de sapatos pretos... - Pra onde você vai todo de preto? - Surpresa. Fique na sua. O negócio do Pepê era só moleza, sombra e água fresca. Mais do que ninguém, a mãe sabia disso, mas atendeu o pedido do filho. De posse da roupa nova, o cara desapareceu das vistas de dona Estrevolina e foi parar na porta de um velho amigo de malandragem, o Melquizedeque, com quem se abriu: - Preciso de um favor seu... - Diga lá, parêia. Que tipo de favor? Se for pedido de grana, é melhor parar por aí! - Não é nada disso. O caso é que estou pretendendo fazer um milagre de lascar! - Endoidou! Agora quer virar, santo, meu? Qualé? - Escute o meu plano, rapaz! - Tá legal. Mas vou logo lhe dizendo... só participo dele se correr muita grana. Qualé o plano? - É o seguinte... E expôs o seu plano, com o amigo, muito atento, escutan-do tudo sem dar um pio: - O barato hoje, meu irmão, é dar uma de pastor milagreiro. O povo é idiota e vai na onda. - Ah, isso é verdade, parêia. Principalmente povo pobre. Não me diga que vai fazer aquela malandragem do copo da “água milagrosa”. - Essa onda é muito fraca. Eu quero é um negócio mais dramático, mais emocionante. E é aí onde você entra! - Mas como? - Você vai dar uma de paralítico, montado numa cadeira de rodas... - Vai dar certo não, meu camarada! Todo mundo me con-hece e sabe que não sou paralítico! - E se for um paralítico camuflado, todo enrolado de gaze? - Bom... é caso pra se pensar. - Não tem o que pensar, cara. Vamos bolar o drama, ar-rumar um auxiliar e ensaiar direitinho, pra tudo dar certo. - E tem que ter plateia, meu! - A gente arruma na hora! Já tenho tudo na cachola! Depois de uma quilométrica confabulação, os dois malan-dros e mais o auxiliar Biu Xexéu, partiram para a execução do plano. Primeiramente, arrumaram, por empréstimo, um som meio derrubado, mas que dava pro gasto. Em seguida, escol-heram uma praça da periferia onde instalaram a parafernália. Tudo conferido, Pepê , vestido no terno preto, ligou o som, para os curiosos que circulavam na rua: - Irmãããoss... permitam-me que eu me apresente! Eu sou o Pastor Petronílio Pantaleão, da Igreja Internacional do Amor Divino, conhecido no mundo inteiro como o “Milagreiro do Século”! Essa foi a “deixa” para a entrada em cena do cúmplice Melquizedeque, auxiliado pelo Biu Xexéu. Montado na cadeira de rodas, que havia pertencido ao finado avô do Pepê, o ma-landro parecia uma múmia. Todo enrolado de gaze, uma perna e um braço engessados, ele atravessou a praça, levantou o braço e desafiou, na conformidade do que haviam ensaiado: - Você é milagreiro? Se é milagreiro, me tire desta cadeira de rodas! Pastor Pepê se preparou para o seu show: - Sou milagreiro, sim, com a graça de Deus! Chegue mais para perto, ó incrédulo! Melquizedeque chegou junto e o falso pastor indagou: - Por que você carrega no colo essa bola de futebol, ó incrédulo? E o malandro: - É porque ela minha companheira, desde o tempo em que eu jogava futebol. Eu quero que você me cure porque eu pretendo voltar a jogar a minha peladinha... Aí, o falso pastor estufou o peito, abriu os braços imitando uma cruz, olhou para o alto, depois baixou a vista e berrou: - Levanta-te e anda, incrédulo! Ao escutar a dica do falsário, Melquizedeque pôs-se de pé, arrancou a fantasia e o gesso dos membros, iniciando uma sé-rie de “embaixadinhas” com a pelota. Enquanto isso, a plateia, emocionadíssima, bradava: - Milagre! Milagre! Mas, no meio dessa dessa euforia popular toda, eis que surgiu no meio da massa um tal de Antiógenes, rival do Melquizedeque, que cortou o barato: - É mentira, pessoal! Isso é enrolada! Esse cara não é paralítico! É um enganador! O pastor também é um pilantra! Vamos pegá-los e dar um pau neles, gente! Pegaram. Dias mais tarde, os malandros deixavam o hospital utili-zando a mesma cadeira de rodas, porque não havia suficiente para o trio.

Uma homenagem especial

O professor José Moacir Teófilo comemorou,

na manhã de ontem, dia 2, 88 anos de vida. O educador não conteve a emoção ao ser homenageados por alunos do Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho, por familiares e amigos.

“Só tenho a agradecer o carinho e as manifestações dos meus queridos alunos”, disse o educador que é pai do ex-secretário de Educação de Alagoas, Rogério Teófilo, e do atual superin-tendente da SMTT, Ricardo Teófilo.

Conselho TutelarNeste domingo (4), das 8h às 17h, na Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), bairro Alto do Cruzeiro, haverá a eleição dos novos membros do Conselho Tutelar do município.Todos os arapiraquenses podem votar, desde que levem docu-mentação com foto e título de eleitor e tenham mais de 16 anos de idade.

ImportânciaCuidar dos direitos da criança e do adolescente é uma im-portância sem tamanho e cada candidato está ciente do papel que deve desempenhar perante a sociedade.

CampanhaAs regras para campanha se aplicam de acordo com os arti-gos 132 e 139 da lei federal nº 8.069/90 e da lei municipal nº 2.741/201, sendo vedado aos candidatos utilizarem anúncios luminosos, como placas, TV, jornais, carros de som, rádio e outros.

“Corpo a corpo”Eles podem distribuir panfletos e folders, contendo informes sobre a importância de um conselheiro tutelar e suas funções, a conter também o nome de todos os que disputam. O candidato em questão, no ato da entrega para o eleitor, podem ter em seu panfleto seu nome em negrito.

QuadriênioO Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Arapiraca abriu, no início do mês de junho, o edital para o Processo de Escolha Unificado para Membros do Conselho Tutelar para o quadriênio 2016/2019.

ReeducandosO coordenador do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Penitenciário de Alagoas, Celyro Adamastor, e o juiz de execuções penais de Maceió José Braga Neto, receberam, na quinta-feira, esposas de reeducandos do Presídio do Agreste, para apresentar respostas às reivindicações elaboradas pelos detentos, que teriam iniciado uma greve de fome para cobrar melhores condições no local.

ObjetivoO juiz José Braga Neto conta que o objetivo é acalmar a população carcerária e proporcionar de uma maneira justa um tratamento humanizado para os detentos.

Pão de AçúcarNuma solenidade simples e que contou com a presença de educadores, alunos, pais de alunos, secretários, vereadores e outras autoridades e lideranças, o prefeito Jorge Dantas inau-gurou, no final da tarde de quinta-feira (1º), a obra de ampliação da Unidade Municipal de Ensino Ronalço dos Anjos, localizada na Rua Maestro Nozinho, na COHAB de Pão de Açúcar.

PrefeitoQuando de sua chegada ao local da solenidade inaugural, Jorge Dantas cumprimentou crianças, pais de alunos, fun-cionários da escola e lideranças locais.Na obra de ampliação está uma ampla sala de aula que traz melhor acomodação para os alunos, pois são quase 300 es-tudantes matriculados na referida escola.

... Em seu discurso, o chefe do Executivo municipal falou da prioridade que a Gestão Municipal vem dando à educação, inclusive com a implantação do Programa Alfa e Beto. “Investir na melhoria do ensino, é investir na preparação dos futuros cidadãos pão-de-açucarenses”, disse o prefeito.

... Jorge Dantas encerrou o seu discurso falando sobre di-versas obras que estão sendo realizadas dentro do municí-pio de Pão de Açúcar, a exemplo de um ginásio de esporte no Sítio João Leite, uma quadra poliesportiva na Vila Li-moeiro, a Indústria do Conhecimento na sede do município.

... Para comemorar o Dia Nacional Agente Comunitário de Saúde, que será neste domingo (4), a Unidade Básica de Saúde (UBS) da comunidade Vila Capim, zona rural de Arapi-raca, realizou um dia especial para homenagear estes profis-sionais.

... O evento foi chamado de “Festa das Estrelas”, já que segundo o diretor da unidade, Rafael Lima, os agentes comunitários de saúde (ACS) são as verdadeiras estrelas da UBS daquela região.

AÍLTON VILLANOVA [email protected]@hotmail.com

CidadesemFocoROBERTO BAIA

Page 13: Edição número 2462 - 4 de outubro de 2015

Velho Chico completa hoje 514 anosRio São Francisco tem tantas histórias que navegar em suas águas é como passear pela própria história do Brasil

Neste domingo, 4 de outubro, é comemo-rado o aniversário de

514 anos de descobrimen-to do Rio São Francisco. Carinhosamente apelidado de Velho Chico, o São Fran-cisco é protagonista na vida de muitos brasileiros. São tantas histórias que per-meiam o rio que navegar por ele é como passear pela história do Brasil. Suas águas passam por cinco estados; além de Minas Gerais, banha as terras de Alagoas, Bahia, Pernam-buco e Sergipe até desa-guar no Oceano Atlântico.

No município de Pia-çabuçu, em Alagoas, o pes-cador Antônio Amorim, presidente da Colônia de Pescadores Z 19, fala com orgulho da profissão her-dada do pai. É da pesca praticada na região que ele retira o sustento da sua fa-mília. “Eu tenho mais de 25 anos que a minha vida é pescar desse rio. Hoje aqui a gente retira o nosso sus-tento é do Rio São Fran-cisco”, conta emocionado.

O São Francisco tam-bém é responsável pela so-brevivência de agricultores familiares dos perímetros

Construção de esgotamento sanitário reduz agressões ao belo Rio São Francisco

MACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015 ECONOMIA 13 TRIBUNAINDEPENDENTE

EconomiaPagamento das diferenças dos precatórios federais de 2014A Subsecretaria de Precatórios do Tribunal Regional Federal da 5ª Região - TRF5 informa que todas as pessoas que foram beneficiadas com o pagamento de precatórios federais em 2014 terão direito a receber as diferenças complementar-es, decorrentes da substituição da Taxa Referencial (TR) pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E). O levantamento dos respectivos valores poderá ser realizado a partir do dia 13 de outubro, em qualquer agência da instituição financeira onde ocorreu o pagamento em 2014.

Eu tenho mais de 25 anos que a minha vida é pescar desse rio. Hoje aqui a gente retira o nosso sustento é do Rio São Francisco”ANTÔNIO AMORIMPESCADOR

irrigados da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Par-naíba (Codevasf). As águas do Velho Chico contribuem para a irrigação da produção agrícola desses produtores.

“Meu destino é conti-nuar aqui. Eu nunca pre-tendo sair da região. Mi-nha vida hoje é destinada ao projeto Salitre”, relata o agricultor do Salitre José dos Santos Ribeiro, que dedicou toda a vida a pro-dução de frutas no projeto.

A construção de siste-mas de esgotamento sa-nitário reduz o despejo de esgoto direto no rio, me-lhora as condições sanitá-rias locais e contribui para a conservação dos recur-sos naturais e a elimina-ção de focos de poluição.

Carlos Brasil Gua-dalupe, morador do mu-nicípio de Lagoa da Pra-ta, no Alto São Francisco

está feliz com o sistema construído pela Codevasf.

“A qualidade da água da lagoa vai mudar sensi-velmente porque o esgoto de 50 mil pessoas parou de cair na lagoa, isso vai ser um exemplo para todo Alto São Francisco e até para o São Francisco todo”, conta.

Para preservar e re-vitalizar o rio, a Codevasf tem realizado uma série de ações como a recuperação e o controle de processos ero-sivos e a implantação de sistemas públicos de cole-ta, tratamento e destinação final de resíduos sólidos.

“Com a melhoria da qua-lidade da água, com a des-poluição do rio, a vida passa a brotar fazendo com que haja uma sustentabilidade para toda a população que vive do rio”, explica o dire-tor da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Codevasf, Eduardo Motta.

Page 14: Edição número 2462 - 4 de outubro de 2015

33% gastam mais do que podem com “cara metade”Pesquisa foi feita com internautas que vivem fora do seu padrão de vida

Débitos com bancos apresentaram a segunda maior variação, com 14,42%

Impressionar o parceiro com presentes e agrados materiais é uma atitude

comum em qualquer relacio-namento amoroso. O proble-ma é quando este hábito se torna prejudicial para a saú-de do bolso, causando endivi-damento ou inadimplência. Um levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com internautas que vivem fora do seu padrão de vida e pertencentes às classes A, B e C, nas 27 capitais, revela que 33% dos entrevistados gas-tam mais do que o próprio or-çamento permite para satis-

fazer as vontades do parceiro. As principais razões são

gostar de agradar, mesmo que seja necessário fazer dívi-das (11%), não conseguir ver o parceiro frustrado ou triste (9%), ter dificuldades para di-zer não (6%) e não resistir à pressão do parceiro para com-prar presentes (4%).

BRIGASO estudo aponta ainda que

a maior parte dos entrevista-dos adota o planejamento fi-nanceiro para a vida em dois, embora ele nem sempre seja totalmente posto em prática. Mais da metade (53%) dos internautas ouvidos relatou que seus companheiros ten-tam cumprir o planejamento

orçamentário doméstico, mas algumas vezes tomam atitu-des que contrariam o combi-nado. Na avaliação dos entre-vistados, apenas 30% de seus parceiros cumprem a risca o que foi acordado entre os dois a respeito do orçamento da família.

Numa situação em que o parceiro ultrapassa o limite previsto no orçamento, sete entre dez pessoas (69%) pre-ferem conversar para chegar a uma solução, mas 23% ci-tam que a questão geralmen-te termina em broncas, bri-gas e discussões.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawau-ti, afirma que desrespeitar os

limites do orçamento, sobre-tudo ao manter um padrão de consumo além das possibili-dades financeiras é um costu-me que quase sempre leva ao endividamento.

“O planejamento finan-ceiro é parte fundamental da vida conjugal. O ideal é que ele seja estabelecido e executado conjuntamente, de forma clara e honesta en-tre ambas as partes. Os pro-blemas financeiros podem atrapalhar a convivência e tornar a vida familiar menos harmônica. Por isso é neces-sário incorporar no dia a dia a conversa sobre a situação e os gastos da família”, afirma a economista. 23% brigam quando o parceiro ultrapassa o limite do orçamento

Em agosto, número de consumidores entre 65 e 94 anos com dívidas em atraso aumentou 8,56%, enquanto média nacional foi de 4,86%

ENTRE MAIS VELHOS

Dívidas de água e luz lideram O setor de água e luz é quem

lidera o avanço da inadimplên-cia entre os idosos, com variação de 17,08% no número de dívi-das, na comparação com agosto do ano passado. As dívidas com bancos apresentaram a segunda maior variação, com 14,42%.

Em relação à participação dos credores dos consumidores idosos, entre 64 e 94 anos, são os Bancos que lideram, com quase metade das dívidas (47,26%). Em seguida, aparece o setor de Água e Luz (17,05%). Quando consideramos todas as faixas etárias, Bancos também é o se-tor credor da maior a parte das

dívidas, no entanto, o segundo maior é o Comércio, com 19,87%.

TOTALEm relação ao número total

de dívidas em atraso, o mês de agosto registrou uma variação de 6,28%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Já entre os idosos, o crescimento foi bem mais expressivo: 10,6% - a maior variação desde janeiro de 2013.

Os dados do SPC Brasil mostram que os devedores com idade entre 65 e 94 representam 8,82% do total de devedores. No início da série histórica, essa fai-xa etária representava 6,51%.

Já do total de dívidas em atraso, os idosos respondem por 6,85% -- no início da série histórica, respondiam por 5%.

“Com tantas incertezas para o futuro da economia brasileira, este é o momento que sugere ao consumidor o cuidado redobrado em guardar dinheiro para im-previstos e organizar seu orça-mento, evitando, assim, contrair novas dívidas e até mesmo ficar inadimplente”, afirma a econo-mista do SPC Brasil.

SPC BRASILO Serviço de Proteção ao

Crédito (SPC Brasil) é o maior banco de informações sobre

pessoas físicas e jurídicas da América Latina, tendo acesso a dados de mais de um milhão de empresas de todos os segmentos da economia e dos residentes nas 27 unidades federativas. www.spcbrasil.org.br

CNDL:Fundada em 1960, a Confe-

deração Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) é a mais anti-ga entidade representativa do comércio lojista, reunindo as federações (representação lo-cal nos estados) e as câmaras de dirigentes lojistas (repre-sentação local nos municípios). www.cndl.org.br

MACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015ECONOMIA14 TRIBUNAINDEPENDENTE

Page 15: Edição número 2462 - 4 de outubro de 2015

ESPORTES 15 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015

Série A: 1/4 dos clubes é rebaixado no ano seguinteApesar de tudo, nas duas últimas edições, nenhum dos quatro clubes que garantiram vaga na elite caiu

Conquistar o tão son-hado acesso para a Série A e ser rebaix-

ado logo no ano seguinte. Taí uma situação que deixa qualquer clube e seus torce-dores decepcionados. No entanto, essa é a triste re-alidade que três dos qua-tro times que subiram ano passado podem vivenciar no fim da atual temporada.

Se, após engrenar uma sequência de quatro vitó-rias e chegar aos 40 pontos, a Ponte Preta praticamente garantiu a sua permanên-cia em 2016, o mesmo não se pode dizer com relação a Vasco, Avaí e Joinville.

Por mais que esteja fora do Z-4 ao término da 28ª rodada, o Leão catarinense ainda corre sério risco, as-sim como o JEC e o Gigante da Colina, que há várias ro-dadas se revezam na lanter-na da competição.

Apesar de a missão ser difícil, o retrospecto mostra que a salvação é possível – confira aqui as chances ma-temáticas depois da 28ª ro-dada, disputada no último fim de semana.

Dos 40 times que subi-ram para a Primeira Di-

visão desde 2003, quando o Brasileiro passou a ser disputado no sistema de pontos corridos, apenas 11 caíram no ano seguinte, o que corresponde a 27,5% do total.

Média - Na média, é como se uma a cada quatro equipes que sobem descesse novamente. É bom lembrar que entre 2003 e 2006 ape-nas dois times garantiam vaga na elite do futebol na-cional.

Nas duas últimas edi-ções, assim como em 2004, nenhum dos quatro clubes que garantiram vaga na Sé-rie A caiu. O ano com maior número de rebaixados entre as equipes que conquista-ram o acesso foi o de 2008, com dois no total: Ipatinga e Portuguesa. Em 2003 (For-taleza), 2005 (Brasiliense), 2006 (Santa Cruz), 2007 (América-RN), 2009 (San-to André), 2010 (Guarani), 2011 (América-MG) e 2012 (Sport) apenas um time que veio da Segunda Divisão caiu.

Tão ou mais difícil que se manter na Primeira Divi-são é fazer uma campanha de destaque já na primeira

participação após disputar a Série B. Prova disso é que na era dos pontos corridos nenhuma equipe que con-seguiu o acesso foi campeã logo na edição seguinte. Botafogo (2004) e Palmei-ras (2014) sofreram até a última rodada para garan-tirem a sua permanência na principal divisão do país. As melhores campanhas de clubes ao chegarem na Sé-rie A foram do Grêmio e do Atlético-PR.

Ambos ficaram na terceira colocação em 2006 e 2013, res-pectivamente. Na sequência aparece o Palmeiras, que ter-minou na quarta posição em 2004, e o Vitória, quinto lugar em 2013.

Se analisarmos as edições desde 2007, quando o Brasilei-ro passou a ser disputado com quatro clubes vindos da Série B, apenas 6,2% conseguiram ficar até a quinta posição, en-quanto 25% terminaram en-tre a sexta e a 10ª colocações.

A maioria dos times (37,5%) que subiu ficou en-tre a 11ª e a 15ª posições. Há também aqueles (31,3%) que ficaram na última colocação antes do Z-4 ou então foram rebaixados.

Entre os clubes que lutam contra o rebaixamento, a grande maioria já caiu e volta a correr riscos

“ABSURDO”

Zico critica escolha do Catar como sede da Copa de 2022

LIGA SUL-MINAS

Alexandre Kalil diz que torneio não precisa de aval da CBF

Candidato à presidência da Fifa, Zico voltou a pole-mizar e criticar a atual ges-tão da entidade. Desta vez, a reclamação do ex-jogador girou em torno da realização da Copa do Mundo de 2022 no Catar.

“O problema é que o Ca-tar não pensa em futebol. É impensável, absurdo, consi-derar que um Mundial pos-sa ser jogado lá. O Catar não faz parte da grande cultura do futebol”, afirmou o Gali-nho.

“Acho que, infelizmente,

não dá mais tempo de mu-dar a sede da Copa de 2018, mesmo que haja irregulari-dades. Porém, ainda há tem-po para reavaliar a sede de 2022”, disse Zico.

O ex-meia ainda dispa-rou contra os dirigentes da Fifa, entre eles o atual pre-sidente Joseph Blatter, in-vestigado pela Justiça Suíça por corrupção. “A Fifa está esbanjando seu dinheiro para se defender, mas não foi criada para isso”.

Zico tem como concorren-te nas eleições o atual pre-

sidente da Uefa, Michel Pla-tini, com quem se envolveu em polêmicas. O brasileiro aponta uma necessidade de quebra com os padrões europeus de gestão. “A con-centração de riqueza e poder na Europa é muito perigosa para o desenvolvimento do futebol mundial”.

“A necessidade de mu-dança é tão grande, que um candidato que não tenha vínculos com a administra-ção atual terá mais credibili-dade para fazer as reformas necessárias”, completou.

Alexandre Kalil, exe-cutivo-chefe da Liga Sul--Minas-Rio declarou que o novo torneio não precisa do aval da CBF para sair do papel. A entidade pediu um prazo de dois dias para dar uma resposta.

- A resposta que espera-mos é “conte com a gente ou não conte com a gente”. No mais, a Liga é legal do ponto de vista jurídico. A liga está posta, o torneio está feito - afirmou Kalil.

Na entrevista a seguir, o ex-presidente do Atléti-co-MG afirma que o Brasil está “30 anos atrasado” no assunto e faz críticas du-ras à CBF.

Foi boa a reunião com a CBF?

Foi ótima porque não houve confronto, não foi beligerante, não é para ter rompimento ou confronto. Foi uma reunião de gente preparada. Não estávamos no meio de moleques, de irresponsáveis. Mas sim de gente preocupada com a modernização do futebol brasileiro.

O senhor falou que o torneio teria seis datas. Antes falava-se em oito.

Todo mundo tem que

honrar os contratos assi-nados para o primeiro se-mestre. Vamos criar esse produto novo, mas vamos cumprir os contratos que já existem. Temos obriga-ção de cumprir. Não po-demos pregar seriedade e valorização do produto se não cumprirmos o que já assinamos.

Isso envolve jogar os estaduais com time principal?

Não tem nenhum con-trato que fale em time A, time B. Cada um faz como quer, ou como já fazia. O Atlético-PR já joga o esta-dual com reservas.

A Liga já negocia transmissão de televi-são?

Ainda não. Acabamos de avisar ao mundo que temos um produto.

O sr. espera a adesão de novos participantes?

Não sei. Não tenho nem ideia. Mas é claro que esta-mos abertos. É um negócio novo, bacana, esperamos que todo mundo queira. É um produto valorizado, só com time grande.

O sr. diz que não é para haver rompimen-to, confronto, mas tra-

ta-se de um desafio às Federações Estaduais...

Nós estamos prepara-dos para tudo. Somos diri-gentes responsáveis.

A Liga Sul-Minas-Rio tem pretensões nacio-nais?

um embrião. Estou gritando isso faz mais de dez anos. E agora chegou ao caos absoluto, que tem gente presa, gente banida, agora vão nos dar a chance de fazer.

É um momento de enfraquecimento da CBF?

Claro. Tudo é oportuni-dade. A Liga inglesa sur-giu com a Margareth Tha-tcher, quando ela limpou tudo por lá.

O futebol brasileiro precisa de limpeza? A CBF precisa de limpe-za?

O futebol brasileiro de uma conta simples: quem vende, tem que cuidar. Quando houver a Liga, vamos cuidar da Série A, B, C, da quarta divisão. Vamos ter responsabilida-de na hora de dividir. Não adianta pensar que eu te-nho que ganhar mais que os outros.

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MACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015 1 TRIBUNAINDEPENDENTE

Phil Collins suspende aposentadoria para fazer show beneficente

Karine Teles é a nova atriz preferida do cinema nacional desde que se destacou no aplaudido “Que Horas Ela Volta?”. Com uma filmografia invejável, ela já morou em Maceió e deu aulas de inglês para sobreviver.

O cantor pop britânico Phil Collins, de 64, fará uma breve pausa em sua aposentadoria para realizar um show em Miami Beach em favor de sua fundação de assistência a jovens carentes. O show “acústico e íntimo” do ex-líder da banda Genesis será em 12 de dezembro, em um jantar de gala beneficente em um teatro de Miami Beach, na Flórida (sudeste dos EUA), anunciou a Little Dreams Foundation. Este será o primeiro show de Phil Collins desde o anúncio de sua aposentadoria, em 2011. A fundação foi criada por ele e por sua então mulher, Orianne, em 2000, para ajudar jovens de comunidades carentes a desenvolver seu potencial pela arte e pelo esporte.

Karine Teles mal é reconhe-cida na rua. Raramente dá autógrafos ou posa para selfies com fãs. O quase anonimato é curio-so, considerando-se que

Karine é uma das figuras centrais do filme escolhido para representar o Brasil no Oscar: o pequeno “Que horas ela volta?”, que se tornou grande e teve o circuito de exibição ampliado, não só por causa da pré-seleção para disputar uma vaga entre os finalistas a melhor filme estrangeiro na premiação americana, mas também por pressão do público.

Depois do filme, Karine interpretou a perua milionária Sumara, vítima da tram-biqueira e ambiciosa Atena (Giovanna Antonelli) na novela “A regra do jogo”. Sua participação foi relativamente pequena — ela apareceu em apenas seis capítulos —, mas fez barulho. A internet explodiu em memes que estampavam o rosto da du-pla. Mesmo assim, na “vida real”, Karine pega ônibus para se locomover pelo Rio e leva seus dois filhos para passear sem ser incomodada.

“ Provavelmente porque sou muito bá-sica e discreta, não uso maquiagem e fico com o cabelo preso”, pondera a atriz de 37 anos. “ E também porque é meu primeiro trabalho na televisão”.

Para ser bem exato, Karine já fez outra participação na TV. Foi um pequeno papel em “Malhação”, no fim dos anos 1990, como uma “maconheira que tentava levar o personagem do Daniel de Oliveira para o caminho do mal”, nas palavras da própria. Até então, só havia atuado em teatro. A experiência na nova mídia foi válida, mas

com ressalvas.“Minha cara se mexia inteira. Estava

completamente errada, fora do tom. Não tinha maturidade”, lembra.

Quem conhece o trabalho de Karine en-tende o seu incômodo e o motivo pelo qual só voltou à TV após mais de uma década. Ela é uma atriz de economia de gestos e expressões. Suas atuações são conhecidas pelo naturalismo e, ao mesmo tempo, pela intensidade. Conferiu à matriarca Bárbara de “Que horas ela volta?” — uma mulher, às vezes, com precária percepção dos acon-tecimentos ao seu redor — uma composição complexa. Alguns espectadores a conside-ram vilã; outros, apenas uma mãe que vê seu espaço invadido. No filme “O lobo atrás da porta” (2013), de Fernando Coimba, ela transmitiu o desespero de uma professora suburbana que entrega inadvertidamente uma criança à mãe errada.

O segredo da intensidade está numa tal “força do olhar”. Essa expressão meio abstrata é comumente usada por colegas e parceiros de trabalho para falar dela. Anna Muylaert, por exemplo, diz que “a câmera gosta do seu olhar”.

Há uma cena específica de “Riscado” (2010) — filme dirigido por Gustavo Pizzi e coescrito por ele e por Karine, rendendo a ela os prêmios de melhor atriz nos festi-vais do Rio e de Gramado — que o cineasta Felipe Sholl nunca mais tirou da cabeça.

“Ela apenas está olhando pela janela. É só isso. É uma sequência silenciosa, mas arrebatadora. Aquela profundidade no olhar... Quando vi esse filme, sabia que tínhamos que trabalhar juntos”, diz Sholl, diretor de “Ao lado”, cujas filmagens estão previstas para começar neste mês (no lon-

ga, Karine viverá a protagonista Ângela, quarentona abandonada pelo marido).

A linha de atuação realista que Karine decidiu seguir encontrou no cinema o solo perfeito para aflorar.

“É onde me expresso melhor. Pertenço ao contido, ao pequeno, ao conceito de deixar o sentimento transparecer pelo olhar”, ela diz. “A câmera do cinema enxerga além da gente, enxerga nossos pensamentos. Não é preciso fazer muito além de estar ali, na pele e na mente dos personagens”.

Entre seus artistas-modelo está a australiana Toni Collette. Em janeiro, Karine encontrou-a durante o Festival de Sundance, andando na rua. Não resistiu e foi tietar: “Admiro profundamente o seu trabalho!”. Toni sorriu e agradeceu.

Outra referência é Bia Lessa, sob cuja direção esteve em diversas ocasiões, entre elas nas peças “As três irmãs”, “Casa de bonecas” e “Formas breves”. Foi Bia quem lhe incutiu a importância da interpretação realista, muitas vezes usando o cinema como referência.

“A Karine é uma atriz dramática no sentido de utilizar suas emoções a serviço dos personagens. É econômica e, simul-taneamente, expansiva”, define a direto-ra. “Seus personagens são partes de sua personalidade somada, dividida e multipli-cada pelo texto que está interpretando. É uma atriz que absorve estímulos e perma-nece em crescimento constantemente, sem limites em sua dedicação”.

Karine lembra o momento em que soube que seria atriz. Era adolescente e morava Petrópolis, onde nasceu. Veio ao Rio numa excursão para assistir a “Confissões de adolescente”, na época protagonizada por

Ingrid Guimarães. Durante a peça, deu-se conta de que estava reagindo com as atrizes no palco, como se estivesse dentro da história. Voltou para casa com o futuro planejado.

Quando, aos 14 anos, mudou-se para Maceió com a família, fez curso de atuação e estreou no palco com “O despertar da pri-mavera”. Voltou ao Rio três anos depois, sozinha, com o pouco que ganhava dando aulas de inglês, para prestar vestibular de Artes Cênicas na UniRio. Ao descobrir que a carreira artística é cheia de angústias e incertezas, transformou os sentimentos no argumento de “Riscado”.

O filme aborda a relação de uma atriz com o fator sorte, questiona até que ponto o talento é suficiente para alçar um ser hu-mano ao sucesso e traz uma protagonista apaixonada pelo teatro — paixão que, por si só, não paga aluguel.

Karine estreou no cinema ficcional em “Madame Satã” (2002), mas foi o reconhe-cimento gerado por “Riscado” que abriu portas para uma filmografia marcada pelo engajamento social.

“O entretenimento é válido, mas, para mim, a função da arte é fazer as pessoas pensarem”, diz.

Hoje, Karine não dá mais aulas de in-glês. Cumpriu uma promessa que fez a si mesma pouco antes de “Riscado”: sobrevi-veria apenas com o trabalho de atriz, nem que isso significasse viver de favor na casa de alguém, algo que nunca foi necessário. Além de “Ao lado”, Karine estará no próxi-mo longa de Adirley Queirós. E roteirizou um filme que será estrelado por ela mesma e — que voltas o mundo dá — por Ingrid Guimarães.

DIVERSÃO&ARTE

O OLHAR DEKarin

e

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DIVERSÃO&ARTE2 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015

FALE CONOSCO - A Agenda é um serviço gratuito de orientação ao leitor. Os interessados em divulgar eventos, shows e exposições podem enviar material através do endereço: [email protected]

Alcione e BenitoMaceió receberá o show da cantora Alcione, que tem como mais recente trabalho

o álbum “Eterna Alegria”. A sambista se apresenta no Espaço Multieventos do Ginásio do SESI, no bairro do Trapiche, na sexta-feira dia 16 de outubro,

a partir das 21 horas. A abertura da casa fica ao encargo do Benito Di Paula, as atra-ções garantem trazer muita brasilidade e romance para o público alagoano. Valores: Mesas setor A (frontal) R$ 600,00, p/ 4 pessoas | Mesa setor B (intermediário), R$ 400,00 p/ 4 pessoas | Individual inteira R$ 80,00, meia R$ 40,00.

Na Expoagro 2015A 65ª Exposição Agropecuária de Produtos e Derivados de

Alagoas (Expoagro) promove, no dia 23 de outubro, um show com as bandas Calcinha Preta, Bonde do Brasil,

Alex e Ronaldo, Tayrone e Zezo. Ingressos: Viva Alagoas (Ma-ceió Shopping), Folia Brasil (G Barbosa Stella Maris), Acesso VIP (Parque Shopping), Unicompra Farol e Arapiraca Garden Shopping. pista: R$30,00 (meia entrada) e R$60,00 (inteira); camarote: R$50,00 (meia entrada) e R$100,00 (inteira).

Callas

A atriz Silvia Pfeifer, que recentemente esteve no ar na novela da rede Globo (Alto astral como a vilã Ursula, e O Rei do Gado, como Léa Mezenga) fará as duas ultimas apresentações do espetáculo “Callas”

no palco do Teatro Deodoro em Maceió. CALLAS é a montagem de um documentário vivo com os comoventes relatos de uma artista iluminada pelos Deuses e de uma frágil mulher em busca de amor. Dia 10 de outubro às 21h. Ingressos: Plateia / frisas / camarotes: R$ 45,00 (meia) e R$ 90,00 (inteira). Balcão: R$ 30 (meia) e R$ 60,00 (inteira). Formas de pagamento: cash / débito / crédito em até 2 X. Vendas: Casa das Tintas • Farol - Av. Fernandes Lima, 2229. • Ponta Verde – Av. Dep. José Lages, 897 Loja Alethia - Maceió Shopping – térreo Parque Shopping – 1º andar. Vendas on line: www.ingressorapido.com.br. Mais informações: 82 3235-5301 / 3317-0865 / 99928-8675 / [email protected].

Teatrinho InfantilNeste domingo (04), a peça ‘Coisas de Criança’ é o tema do Teatrinho Infantil do Shopping Pátio Maceió. A partir das 16h, a encenação contará as diversas aventuras do universo infantil no palco montado na área da expansão, próximo à loja Le Biscuit. Sempre aos domingos, o projeto traz a proposta de incentivar e es-timular as crianças, favorecendo a imaginação, criatividade e o lúdico. A apresentação é gratuita.

ExposiçãoContagem regressiva para a inauguração da exposição “Razões do Coração”, na próxima quinta-feira (8), em Maceió, na galeria Fernando Lopes. O artista Pedro Cabral diz que os 50 quadros que ocuparão o espaço do Cesmac dedicado às artes visuais, à rua Cônego Machado, s/n, bairro do Farol, “estão todos prontos”. “Isso quanto à pintura. Mas sempre que passo por um deles, sinto a necessidade de um retoque. E será sempre assim”, diz Cabral, avisando que “falta apenas emoldurar algumas telas”.

II Encontro de Carrinhos e CarrõesHoje, os apaixonados pelo automobilismo não podem perder o II Encontro de Carrinhos e Carrões, realizado no estacionamento do Maceió Shopping, a partir de 15h. Mais de 60 veículos antigos e modificados estarão em exposição. Haverá também exposição, venda e troca de carrinhos de coleção e sorteio de brindes. O evento, que conta com apoio do Maceió Shopping, é organizado pela Down Stairs Crew.

Gafieira Caprichosa Dia 11 de outubro véspera de feriado vai rolar o lançamento da Gafieira Caprichosa com participações pra lá de especiais. Dia: 11 de outubro, às 15h30. Local: Orákulo Chopperia. Ingressos: Mesa para 4 pessoas R$ 120. Vendas: Sou Jorge. Mais informações: (82) 3326-7616 / 98870-4009.

Happy HoliDepois do enorme sucesso do ano passado, o Happy Holi retorna à Maceió em sua segunda edição. O festival mais alegre e colorido do mundo agita a capital alagoana neste domingo (4), a partir das 14 h, no Estacionamento do Parque Shopping. Ingressos: Lojas Folia Brasil, Acesso Vip e Viva Alagoas. Ingres-sos online em http://goo.gl/hnNNuI. Preços: (valores de meia entrada) Ingressos Pista: R$ 65,00. Camarote (s/ open bar): R$ 115,00 Espaço VIP em área coberta, com serviço personalizado. Setor único e exclusivo para maiores de 18 anos.

Teatro Maior BaratoA Cia. Preto no Branco de Teatro, depois da temporada vitoriosa de “Chapeuzinho Ver-melho”, espetáculo para infância e juventude aclamado pelo público e pela crítica especiali-zada, que tem em seu currículo participações em festivais im-portante na cidade como o Arte Sesinho, o “Quintas no Arena” e o “Teatro Deodoro é o Maior Barato”, anuncia a apresentação do espetáculo “A Lenda de Po-cahontas”. A encenação, válida pelo Projeto “Teatro Deodoro é o maior Barato”, será realizada no dia 07 de outubro, às 19h30, no teatro Deodoro. Os ingressos custarão R$ 10,00 (dez reais) e R$ 5,00 (cinco reais) para estu-dantes e demais categorias que fizerem juz à meia-entrada.

Mês das Crianças Atração inédita na capital alagoana, a Piscina Gigante de Bolinhas está fazendo o maior sucesso no Shopping Pátio Maceió. Assim como as crianças, os adultos também podem entrar nessa brincadeira e, ainda, ganhar brindes e descontos especiais das lojas do mall. Isso porque em meio às diversas bolinhas coloridas existem algumas premiadas para resgatar o presente na própria loja. O ingresso para participar custa apenas R$ 15, por pessoa, podendo ficar por até 30 minutos. A piscina continua até o dia 25 de outubro, de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos, das 12h às 20h.

Memória indígena O Memorial Pontes de Miranda (MPM) do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região (TRT/AL) promove, até 29 de outubro, uma exposição de artefatos indígenas com o tema “Memória além da memória: os indígenas antes dos portugueses em Alagoas”. O evento integra a programação da 9ª Primavera de Museus, coordenada nacionalmente pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). A exposição está sendo realizada em parceria com o Núcleo de Ensino e Pesquisa Arqueológico da Ufal (Nepa) e acontece nas dependências do Memorial, que fica no 3º andar do prédio sede do TRT/AL – Av. da Paz, 2076, Centro. O evento é aberto ao público em geral, inclusive escolas e instituições. O MPM funciona de segunda a quinta-feira, das 11h às 16h e às sextas-feiras, das 9h às 13h. Para agendar uma visitação em grupo, basta entrar em contato pelo fone: 2121-8122 ou pelo e-mail [email protected].

A Bela e a FeraO espetáculo é um imperdível musical para toda família sobre o apaixonante conto de fadas francês escrito por Jeanne-Marie LePrince de Beaumont, que traz um dos ensinamentos mais importantes da humanidade: a verdadeira beleza está dentro de nós. A montagem conquista crianças e adultos trazendo para os palcos uma versão moderna e surpreendente, com luxuosos figurinos e cenários. Dia 07 de Outubro. Local: Teatro Gustavo Leite, às 19h. Vendas: Viva Alagoas. Mais informações: (82) 9 8732-7139 / 9 9951-3121.

Balada Prime A véspera de feriado se aproxima com uma programação super animada e descontraída para os alagoanos, que em uma só noite, poderão conferir os grandes sucessos deSamyra Show; As Coleguinhas e Luan Estilizado.Com assinatura da CDR Entretenimento e Social Music, no dia 11 de outubro às 22h, uma grandiosa estrutura será montada na Praia de Jacarecica, para garantir a segurança e conforto que o público merece. Vendas: Acesso Vip, Viva Alagoas e Folia Brasil. Mais informações: 82. 3313.2429.

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TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015

C’est fini

DIVERSÃO&ARTE 3

TV TUDO

FLÁVIO RICCO - colaboração: José Carlos Nery - www.twitter.com/flavioricco

ÁRIES - (21/3 a 19/4) – Estamos todos mais sensíveis e suscetíveis, ainda sob os efeitos da última Lua cheia. Mas hoje a Lua se harmoniza com Júpiter e Plutão para ajudar a curar, transformar e melhorar o que for preciso. Uma série de revisões em negociações e relacio-namentos está em pauta, você pode realinhar interesses e corrigir o que for necessário. Esteja flexível, disposto a ouvir e fazer concessões, caso seja necessário.TOURO – (20/4 a 20/5) – Os processos de cura ficam favorecidos. Conte com entusiasmo e coragem para promover mudanças, para abandonar algo que já está velho, em nome do crescimento e de novas estruturas para o futuro. Você

pode aproveitar para esclarecer situa-ções mal resolvidas também.GÊMEOS – (21/5 a 21/6) – Renego-ciações, revisões, esclarecimentos e mudanças de ideia continuam em pauta. Mercúrio retrógrado se encontra com o Sol em Libra, oferecendo oportuni-dades de mais consciência para o que deve ser corrigido. Esteja aberto para desfazer mal-entendidos, cheque se as informações estão corretas. Exercícios de meditação e relaxamento são indica-dos para a inquietude mental.CÂNCER – (22/6 a 22/7) – Vale adotar uma atitude positiva, prática e objetiva perante a vida, perceber o que deve ser aprimorado, transformado ou reciclado. Bom período para analisar possibilida-

des, pensar em estratégias, promover melhorias.LEÃO – (23/7 a 22/8) – Segurança, es-tabilidade e conforto estão em destaque com a Lua em Touro. Enquanto isso, Sol e Mercúrio retrógrado se encontram em Libra: suas habilidades sociais continuam em destaque para que possa rever pontos confusos em negociações e intercâmbios. Aproveite para tirar dúvi-das, explicar melhor, alinhar interesses e fortalecer parcerias.VIRGEM – (23/8 a 22/9) – Aproveite para organizar a mesa de trabalho ou a agenda. Aproveite também para dialogar, em nome de mais consciência. Mercúrio retrógrado encontra o Sol em Libra, colocando em pauta uma série de

reavaliações em parcerias, negócios e trabalhos em colaboração.LIBRA – (23/9 a 22/10) – Você segue mais inquieto do que de costume, com tendência a tomar atitudes para se libertar de tudo o que o tolhe. Pode também repensar e reinventar seu relacionamento, torná-lo mais estimulante. Sol e Mercúrio retrógrado seguem juntos em seu signo: não tenha receio de revisar projetos, conversar, discutir melhor pontos confusos, rever contatos, contratos, ideias e opiniões.ESCORPIÃO – (23/10 a 21/11) – Cresce sua força para curar e transformar. Lua, Júpiter e Plutão prometem um dia produtivo, com mais oportunidades de

crescimento e mais otimismo para mu-danças. Vale programar novas viagens, elaborar projetos, escolher novos cursos ou elaborar novas metas. Mas prefira finalizar pendências.SAGITÁRIO – (22/11 a 21/12) – apro-veite para cultivar o conforto e passar mais tempo junto das pessoas que ama. Assim, você se recupera do aumento das responsabilidades e do cansaço, indicado por Saturno em seu signo.CAPRICÓRNIO – (22/12 a 19/1) – Concentre-se em completar uma série de pequenos afazeres, procure encará-los da melhor forma possível. Justamente com eles é que chegará ao grande caminho almejado. A Lua em Touro pede praticidade.

AQUÁRIO – (20/1 a 18/2) – Você pode se tornar um formador de opinião, pois os aquarianos sabem que a humanidade precisa dar um grande salto e aprender a viver em colaboração. Para tal, é preciso harmonizar as relações, trabalhar em grupo e unir forças para o bem da cole-tividade. Mercúrio retrógrado e o Sol se encontram em Libra para favorecer o rea-linhamento de interesses entre parceiros, sócios e colaboradores.PEIXES – (19/2 a 20/3) -É importante checar se foi bem compreendido, para evitar enganos e falhas na comunica-ção. Com a Lua em Touro, vale cultivar passos mais lentos, porém firmes e constantes. Arme-se também de atenção e paciência, principalmente no trânsito.

HORÓSCOPO

Bate-rebate

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Solução

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BOLEIABREUNAARRATRAMITESBAGENEATAR

POVOINDIGENAEVTOMRASRESOAFLIIRAFRAGILFUSOROSE

DIALOGOSAMCRECOMADREAEIANOXDAMASTOXIC

CANALABERTO

Dotarde asas

(?) Mans,circuito

automobi-lístico

Trêspaíses docontinente americano

Sopa por-tuguesa àbase decouve

Assento dococheiro,na carrua-

gem

Tomei umaatitude

Rio daÁsia,

nasce noTibete

Almir (?),violeiro de"Tocando

em Frente"

Etapasde um

processo(Dir.)

Observar minucio-samente

Terena,ashaninkaou xavante

Unir;prender

com corda

EliseoVisconti,

pintorbrasileiro

Espécie demacaco

com a facerosada

Círculo do(?), regiãovulcânica

do Pacífico

Jet (?),ator de "Cão

de Briga"

Bandabrasileirade "FloresEm Você"

Compõem35 obrasde Platão

(?)Fulozinha,lenda nor-

destina

Maiorave

brasileira

(?) letivo,períodoativo deescolas

(?)-Men,heróis

mutantes(HQ)

Sucessode Britney

Spears

Conteúdodo DNA

Por cima,em inglês

NuancePrimeiro

rei deIsrael

Variedadede vinhoSufixo de"mioma"

AplicaçãoUnidade

de medidaagrária

Inscriçãode caixas

de papelãoPúblico

Estratégia que evitaque pessoas comunsse passem por famo-sos, em redes sociais

Siglada África

do SulMentiroso

"Medida" típicado preguiçoso

Otávio Augusto,imperador romano

Emissorade TV

gratuita

Jogo detabuleiroquadri-culado

Confia;acreditaMelhor

conceitoescolar

Amerício(símbolo)

Porta,em inglês

Mamífero que lembrao coelho Departa-mento de Estradasde Rodagem (sigla)

Prática dacriançamimada

Resinaque se

usava naconfecçãode tochas

4/door — indo — over — reso. 5/toxic. 7/comadre. 8/diálogos. 15/conta verificada.

Globo quer Regina Casé de volta às novelas A atriz e apresentadora Regina Casé,

afastada das novelas desde “Ciranda de Pedra” (2008), de Alcides Nogueira,

poderá marcar sua volta aos folhetins da emissora na temporada de 2016.Já existe um plano em andamento para que ela venha integrar o elenco de “Haja Coração”, do Daniel Ortiz, com direção-geral de Fred Mayrink, escolhida para substituir “Totalmen-te Demais” na faixa das 19h. A história é uma releitura de “Sassaricando”, mas trará vários personagens inéditos. A princípio, a ideia envolve a presença da Casé em cerca de 10 capítulos, porém não se descarta ampliar a sua participação. Tudo na verdade vai depender da agenda dela, que, além do “Esquenta!”, pro-grama fixo da grade de domingo, também tem outros compromissos, inclusive com o cinema. Se tudo acontecer como se espera, Regina fará Teodora Abdalla Varella, vivida por Jandira Martini na primeira versão de “Sassaricando”. “Haja Coração” terá Paolla Oliveira, como protagonista, no papel de Tancinha. E mais, Malvino Salvador, Tatá Werneck, Ellen Roc-che, Malu Mader, Carolina Ferraz, Johnnas Oliva e Marcello Melo Junior, que também estão confirmados no elenco.

O Viva preparou uma programação especial para o Dia das Crianças. Especialmente para os fãs de Sandy & Junior, o canal vai exibir o show Quatro Estações, gravado ao vivo no Olympia, São Paulo, em 2000. O dia 12 terá também episódios temáticos da “Escolinha” e “Cilada”. No “Sessão Viva”, será exibido o filme “Pequenos Ladrões”.Ficamos assim. Mas amanhã tem mais. Tchau!

·Rafinha Bastos e Marcelo Marrom iniciaram uma turnê de shows pelo país...·... Desse trabalho sairá um novo programa que será exibido pelo Multishow...·... Em cada cidade, haverá a participação especial de um artista local.·A partir deste mês, o Viva dará início à gravação de uma versão da “Escolinha do Professor Raimundo” comandada por Bruno Mazzeo com direção de Cininha de Paula...·... Serão ao todo sete programas... ·... O Viva exibirá primeiro cinco edições. Depois, todas irão ao ar na Globo, começando pelos dois inéditos. ·Roberto Justus tem dito no ar que as votações de “A Fazenda” são auditadas pela BDO...·...Portanto, fica complicado imaginar qualquer tipo de favorecimento a Mara Maravilha no programa.·De qualquer forma, tem muita gente achando que “essa”, ela já levou. Será? ·No SBT, falam que Silvio Santos tem um certo pavor à palavra “sócio”...·... E até duvidam desse “negócio” envolvendo Record e Band na área digital. É aguardar.

Negócios Buddy Valastro, devido à agenda, sequer esperou a estreia do “Batalha dos Confeiteiros” na Record. Ele já se encontra nos Estados Unidos e só voltará ao Brasil em dezembro para acompanhar a final do programa.

Acelerado As aulas de prosódia, para deixar o núcleo caipira de “Êta Muito Bom” bem afinado, estão em ritmo intenso na Globo porque a ordem é não perder tempo, devido à proximidade de estreia: janeiro. O elenco desta próxima novela das 18h já está praticamente fechado e deverá reunir pouco mais de 30 atores.

Nos detalhes Jorge Fernando, responsável por “Êta Mundo Bom”, está entre os poucos diretores que promovem leitura de mesa. Trata-se do momento em que o elenco se reúne para leitura do texto, já com entonação, a fim de conhecer o seu papel e os dos demais membros da história. Pra valer, as gravações da novela terão início em novembro.

CobrançaSobre o fato de o “Xuxa Meneghel” ainda não ter deslanchado sua audiência na Record, uma ala da emissora, mais radical, coloca a culpa na produção e cobra mais empenho na seleção de convidados. Mas será que é para tanto? Milagre ninguém faz. Nem a Xuxa e nem ninguém. Para os patamares da emissora, vamos combinar, está de bom tamanho.

Interferência Por outro lado – e aí sim isto tem que ser visto, algumas pessoas da equipe de Xuxa reclamam da interferência constante de membros da direção da casa em seus trabalhos. Uma coisa infernal, dizem. Como se observa, existe a necessidade de as partes se entenderem, falarem a mesma língua.

Apertem os cintos 1 “Sagrada Família”, novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, foi adiada e deu lugar a “Velho Chico”, de Benedito Ruy Barbosa na posição de substituta de “A Regra do Jogo” na Globo, como esta santa coluna informou no seu devido tempo. Mas isso é uma coisa.

Apertem os cintos 2A outra é que ainda em relação a este novo trabalho da Maria Adelaide e Vincent, a informação é que ele também vai tocar em um tema polêmico, recentemente abordado em “Verdades Secretas”: o “book rosa”. Só que desta vez, trocando o esquema de prostituição de luxo, aquele ligado às agências de modelos, pelo mundo dos políticos.

Questão estratégica Pelo menos na Record-Rio, a informação é que está tudo pronto para a mudança do seu pessoal para o complexo RecNov. Ainda segundo funcionários, a única dúvida em questão é se isso acontecerá antes ou depois dos Jogos Olímpicos, em 2016. Portanto, uma questão estratégica.

Prioridade Elevar a audiência do “Sensacional”, programa da Daniela Albuquerque nas tardes de domingo, está entre as prioridades da Rede TV!. Os dois primeiros não conseguiram atingir 1 ponto na Grande São Paulo, principal praça do mercado, e a ordem é mudar esse quadro o quanto antes.

O espetáculo infantil “A Lenda do Vale da Lua” estreia dia 10 no Teatro Porto Seguro, em São Paulo, com produção de Patrícia Barros e direção de Wilma Martins. No elenco, Daniel Granieri, Jacqueline Sato e Sabrina Petraglia, que inclusive já está escalada para “Haja Coração”

GUSTAVO ARRAIS

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DIVERSÃO&ARTE4 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015

FOTOS BY ELENILSON GOMES

Conservemos viva a nossa fé por meio da oração e dos

sacramentos, estejamos vigilantes, para não nos esquecermos de Deus

Wellington e Angela: anfitriões perfeitos

Neste domingo queremos parabenizar o casal Wellington Veiga Pessoa e Angela Maciel, que

abriram sua bela casa no Jardim do Horto II no último dia 29 para um jantar assinado que querido Simone Risco, leia-se Wanchako. O encontro de amigos na belíssima casa foi perfeito, com coquetel de entrada assinado pela chef Maria Bonifácio, do Wanchako, além dos deliciosos salgados deixou todos os convidados maravilhados. A casa belíssima, cujo projeto foi das arquitetas Nadian Souza e Juliana Falcão, recebeu elogios de todos os amigos pela funcionalidade, elegância e bom gosto. O casal recebeu todos os amigos com muita distinção e muito carinho. Eles vivem uma felicidade única com a chegada dos gêmeos Wellington Filho e Cecília, duas crianças lindas que acrescentou ainda mais felicidade a vida dos pais em seus cinco meses de vida. Foi uma noite de muita energia e amizade! Os empresários Gilvan Leite, Fernando Azevedo

e José Alfredo Gaspar de Mendonça

Top News enfoca a belíssima casa dos anfritiões Wellington Veiga Pessoa e Ângela Maciel

Os anfitriões Wellington Veiga Pessoa e Angela Maciel Veiga, que foram perfeitos no último dia 29

Patologista Martha Azevedo com seu afilhado Wellington Filho e a anfitriã Angela Maciel Ezequiel Carvalho, Wellington Veiga e Thiago

Maria Zélia Maciel em companhia da bela netinha, Cecília Maciel Veiga

Empresária Márcia Maciel estava chic no belo jantar

Laíza Sandes estava linda na Noite da Amizade

As tops Marlene Leite, Angela Maciel e Nadejane Madeiros Querido Wellington Filho ao lado do padrinho Fernando Azevedo, Wellington Veiga e Martinha Azevedo

Petrúcia Milones, Rita Milones, Júnior Maciel, Wellington Veiga Pessoa, maravilhados com o requinte da bela noite

Comandando uma super mesa, o anfitrião Wellington Veiga, Gilvan Leite e Marlene Leite

Alice Morais, delegado Ronilson Medeiros, Wellington Veiga, delegada Cássia Maciel e Daniel Maciel

Ilana Silveira, Alex Pessoa, o anfitrião Wellington Veiga, Marlene e Gilvan Leite, todos felizes com a noite de amizade

Angela Maciel chiquérrima em companhia da responsável pela decór da noite, Eva Amaral, que arrasou nos arranjos florais das mesas

Felizes na bela noite, os amigos Elbânia Veiga e a bela anfitriã Angela, onde a energia positiva dominavam todos os ambientes da festa

A nossa querida Angela Maciel em companhia da sua amiga Rosário Feitosa comentam a belíssima decoração de Eva Amaral

As belas Arlete Ginelli, a anfitriã Angela Maciel e Fernanda Ginelli

Enfocamos a chef de cozinha Simone Risco, responsável pelo delicioso coquetel e jantar que foi servido na bela casa de Wellington e Angela

TopNews enfoca a queridíssima Angela Maciel em companhia de Elenilson Gomes que ficou encantado e maravilhado com a noite inesquecível

A querídissima anfritiã Ângela Maciel dava as boas vindas a dua amiga a empresária Petrúcia Milones

TOP NEWS

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