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Boletim SPM-RIO | Ano 3 nº31 - NOVEMBRO E DEZEMBRO de 2015 SPM RIO 2015: o ano da defesa da democracia O ano de 2015 desde já se coloca como um ano importante de mobilização da sociedade em defesa da democracia e das mulheres - seja toda e qualquer mulher, seja o movimento organizado de mulheres por seus direitos. O ano começou com um manifesto da atriz Patricia Arquette, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante pela atuação em “Boyhood – Da infância à juventude”, que em seu discurso dedicou seu prêmio às mulheres pedindo salários iguais para as mulheres nos Estados Unidos. Ganhou destaque o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que teve em uma de suas questões uma citação de Simone de Beauvoir (“Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”) e cujo tema da redação foi a persistência da violência contra as mulheres na sociedade. As mulheres foram às ruas reforçando a importância de seus direitos, ameaçados pela onda conservadora que tem tentado retirar conquistas já consolidadas, como o Projeto de Lei 5069/2013, que cria uma série de dificuldades para mulheres vítimas de estupro serem submetidas legalmente a um aborto. Entre as ações relevantes, estão a Marcha das Margaridas, destacando os direitos das trabalhadoras rurais, e a Marcha das Mulheres Negras, que levou mais de 50 mil mulheres à Brasília pelos direitos da mulher negra, com o lema “Contra o racismo, a violência, e pelo bem viver”. Também foi o ano das conferências municipais e estaduais de Políticas para as Mulheres, que ao longo do ano debateram o tema “Mais direitos, participação e poder para as mulheres”, reunindo propostas de novas políticas a serem levadas para a Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que acontecerá em março do ano que vem. Na cidade do Rio, a Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres mobilizou em setembro mais de 600 mulheres, com destaque para cinco pré-conferências que antecederam o evento em importantes regiões do município. Ainda no Rio, uma demanda de mais de 30 anos foi realizada: a criação do Conselho dos Direitos da Mulher (CODIM- Rio), importante instrumento de monitoramento das políticas públicas de gênero. Também foi destaque o seminário “Cariocas na política: mulher, democracia e poder”, promovido pela SPM-Rio em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral e a Escola Judiciária Eleitoral. O ambiente virtual também foi lugar de mobilização. Na luta contra o machismo, campanhas surgiram nas redes sociais propondo reflexões por meio de depoimentos de usuárias sobre assédio com a hashtag #meuprimeiroassedio e hashtag #meuamigosecreto, que revela o machismo no discurso e na cultura das pessoas. Essas campanhas aumentaram em 40% as denúncias policiais em casos de machismo e abuso. 2015 foi o ano da Primavera das Mulheres, em que o feminismo estampou capas de revistas, foi tema de reportagem, de discussões nas universidades, no trabalho, em família e entre os amigos. As mulheres exigiram – e exigem – mais espaço, na arte, na política, na sociedade na luta incessante pela liberdade e igualdade. Entendem, cada vez mais, que a consolidação da democracia é fundamental para o avanço de suas conquistas e para barrar o conservadorismo. A SPM-Rio se soma a essa primavera desejando que em 2016 cada vez mais mulheres saiam da invisibilidade, conquistem mais direitos e ocupem os espaços de poder e decisão.

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Boletim SPM-RIO | Ano 3 nº31 - NOVEMBRO E DEZEMBRO de 2015

SPMRIO

2015: o ano da defesa da democracia

O ano de 2015 desde já se coloca como um ano importante de mobilização da sociedade em defesa da democracia e das mulheres - seja toda e qualquer mulher, seja o movimento organizado de mulheres por seus direitos.

O ano começou com um manifesto da atriz Patricia Arquette, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante pela atuação em “Boyhood – Da infância à juventude”, que em seu discurso dedicou

seu prêmio às mulheres pedindo salários iguais para as mulheres nos Estados Unidos. Ganhou destaque o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que teve em uma de suas questões uma citação de Simone de Beauvoir (“Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”) e cujo tema da redação foi a persistência da violência contra as mulheres na sociedade.

As mulheres foram às ruas reforçando a importância de seus direitos, ameaçados pela onda conservadora que tem tentado retirar conquistas já consolidadas, como o Projeto de Lei 5069/2013, que cria uma série de dificuldades para mulheres vítimas de estupro serem submetidas legalmente a um aborto. Entre as ações relevantes, estão a Marcha das Margaridas, destacando os direitos das trabalhadoras rurais, e a Marcha das Mulheres Negras, que levou mais de 50 mil mulheres à Brasília pelos direitos da mulher negra, com o lema “Contra o racismo, a violência, e pelo bem viver”.

Também foi o ano das conferências municipais e estaduais de Políticas para as Mulheres, que ao longo do ano debateram o tema “Mais direitos, participação e poder para as mulheres”, reunindo propostas de novas políticas a serem levadas para a Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que acontecerá em março do ano que vem. Na cidade do Rio, a Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres mobilizou em setembro mais de 600 mulheres, com destaque para cinco pré-conferências que antecederam o evento em importantes regiões do município. Ainda no Rio, uma demanda de mais de 30 anos foi realizada: a criação do Conselho dos Direitos da Mulher (CODIM-Rio), importante instrumento de monitoramento das políticas públicas de gênero. Também foi destaque o seminário “Cariocas na política: mulher, democracia e poder”, promovido pela SPM-Rio em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral e a Escola Judiciária Eleitoral.

O ambiente virtual também foi lugar de mobilização. Na luta contra o machismo, campanhas surgiram nas redes sociais propondo reflexões por meio de depoimentos de usuárias sobre assédio com a hashtag #meuprimeiroassedio e hashtag #meuamigosecreto, que revela o machismo no discurso e na cultura das pessoas. Essas campanhas aumentaram em 40% as denúncias policiais em casos de machismo e abuso.

2015 foi o ano da Primavera das Mulheres, em que o feminismo estampou capas de revistas, foi tema de reportagem, de discussões nas universidades, no trabalho, em família e entre os amigos. As mulheres exigiram – e exigem – mais espaço, na arte, na política, na sociedade na luta incessante pela liberdade e igualdade. Entendem, cada vez mais, que a consolidação da democracia é fundamental para o avanço de suas conquistas e para barrar o conservadorismo. A SPM-Rio se soma a essa primavera desejando que em 2016 cada vez mais mulheres saiam da invisibilidade, conquistem mais direitos e ocupem os espaços de poder e decisão.

Defesa da democracia marca Conferência Estadual de Políticas

para as Mulheres

Cerca de 400 delegadas de municípios fluminenses participaram da 4a Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres do Rio de Janeiro, organizada pela Subsecretaria de Políticas para as Mulheres da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), que aconteceu nos dias 5 e 6 de dezembro, no Hotel Windsor Guanabara, no Centro do Rio.

No sábado, a mesa de abertura foi composta pela secretária da SEASDH Teresa Consentino, a secretária-executiva da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República Linda Goulart, pela subsecretária de Estado de Políticas para as Mulheres Margarida Pressburger, pela deputada federal do PT Benedita da Silva, pela deputada estadual do PCdoB e presidente da Comissão de Mulheres da Alerj Enfermeira Rejane, da Schuma Schumaher, representante do governo federal, pela juíza-auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça Adriana Ramos de Mello, pela defensora pública Arlanza Rebello, coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher da instituição, pela advogada Deborah Prates, membro da Comissão OAB Mulher, e pela representante da sociedade civil Cristina Dorigo.

Na abertura, todas as falas foram marcadas pela defesa da democracia. Benedita da Silva comoveu a plenária ao defender que o estado democrático de direito se faça valer por todas as mulheres "negras, brancas, indígenas, LGBT, as que estão em conflito com a lei. Também devemos derrubar o mito de que as mulheres não têm política na cabeça". Já Linda Goulart destacou os avanços nas políticas de g ê n e r o e d e f e n d e u o aprofundamento na criação dos conselhos de direitos da

mulher - a cidade do Rio ganhou o seu esse ano - e o fortalecimento dos movimentos de mulheres e órgãos de políticas para as mulheres. "É preciso que leis impeçam o retrocesso nas conquistas dos direitos já alcançados e que a política de gênero seja uma política de Estado e não de governo". A deputada Enfermeira Rejane disse que as conferências são fundamentais para a construção e discussão sobre a questão da mulher no Estado do Rio. Além disso, destacou a importância de aumentar a participação das mulheres nos espaços de poder. "Temos apenas cerca de 10% de presença nas câmaras municipais e menos de 5% delas têm comissões de mulheres". Já a juíza Adriana Ramos de Mello apontou aumento significativo na presença feminina no Judiciário: no Tribunal de Justiça do Rio são 550 juízas para 350 juízes nas instância de primeiro grau. No segundo grau, 33% das desembargadoras são mulheres. "Mas no STF e STJ ainda somos minoria. Não podemos esmorecer", disse.

Mais de 50 mil mulheres negras marcharam em Brasília

As ruas de Brasília foram tomadas no dia 18 de novembro por mais de 50 mil mulheres negras na primeira Marcha das Mulheres Negras. Elas seguiram até o prédio do Congresso Nacional contra o racismo, a violência e pelo bem viver das mulheres negras em uma marcha marcada por cores, música e discursos contra a dupla d i s c r im inação que s o f r em. En t r e a s reivindicações estão o direito à vida e à liberdade; promoção da igualdade racial; direito ao trabalho, emprego e à proteção das trabalhadoras negras em toda as atividades; direito à terra, território e moradia/direito à

SPM-Rio participa de ação da Rede Capital na Praça XV

A SPM-Rio participou da Rede Capital de Enfrentamento à violência contra as Mulheres, realizada na quarta-feira (25/10), na Praça XV. A ação integra a programação de atividades da SPM-Rio dentro da campanha internacional “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”.

O evento em frente ao Paço Imperial promoveu atendimento e orientação à população que passava por lá. A SPM-Rio esteve presente com seus dois equipamentos: o Centro Especializado de Atendimento à Mulher Chiquinha Gonzaga - CEAM, e a Casa Viva Mulher Cora Coralina. Durante o evento, foram feitos atendimentos e distribuição de folders institucionais e sobre os 16 dias de ativismo. A secretária Ana Rocha ressaltou a importância da rede de serviços. “A mobilização leva à população maiores informações sobre leis e acesso aos equipamentos de atendimento às mulheres”.

O Ministério Público, a Subsecretaria Estadual de Políticas para as Mulheres e o Juizado Especializado de Atendimento à Mulher em situação de violência instalaram ônibus que prestaram atendimento as mulheres que passavam pelo local. Além disso, estavam presentes barracas de diversos serviços tais como: Defensoria Pública, Secretaria Estadual de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde, prestando orientação sobre uso de preservativos e outros serviços da saúde; o Instituto Noos, o Coopidade - Coorperativa de cuidadores de idosos, que estavam fazendo medição da pressão, teste de glicose e massagem terapeuta; o Centro de Referência da Mulher Carminha Rosa, na Maré; o Tribunal de Justiça, prestando informações jurídicas e divulgando o Projeto Violeta; as Deams, através da Polícia Civil, além do Disque denúncia.

Após a mesa de abertura, houve apresentação cultural, com música do grupo Ex-Bloco. Em seguida, foram apresentados os quatro eixos temáticos por Marisa Chaves, fundadora e gestora do Movimento de Mulheres de São Gonçalo, Wânia Sant´Anna, historiadora, pesquisadora em gênero e raça e professora de Relações Internacionais, Jandira Feghali, deputada federal e líder do PCdoB na Câmara dos deputados, e Jurema Pinto Werneck, médica e mestre em Engenharia de Produção, integrantes da ONG Criola e do Conselho Diretor do Fundo Global para Mulheres. Na apresentação do eixo 3, Jandira reforçou a importância de democracia para as conquistas das mulheres e mostrou preocupação com projetos reacionários e conservadores que têm estado em pauta na Câmara dos Deputados. "Precisamos rejeitar as posições retrógradas e combater o golpe contra a democracia", disse.

No restante do sábado e no domingo, as delegadas foram divididas em grupos de trabalho dos quais surgiram propostas a serem levadas para a conferência nacional. Foram eleitas 180 delegadas. Foram aprovadas 35 moções. A mais votada delas foi a de salário igual para trabalho igual. E ganhou destaque a moção em defesa da presidenta Dilma Rousseff em prol da democracia.

cidade; justiça ambiental, defesa dos bens comuns e a não-mercantilização da vida; direito à seguridade social, direito à educação; e direito à justiça.

A secretária da SPM-Rio Ana Rocha participou da Marcha ao lado de mulheres que lutam pela equidade de gênero como as deputadas Benedita da Silva e Jandira Feghali - relatora da Lei Maria da Penha -, a secretária das Mulheres do Governo Federal Eleonora Menicucci e a diretora executiva da ONU Mulheres Phumzile Mlambo-ngcuka e a diretora da organização no Brasil Nadine Gasman.

SPM-Rio promove ação social em Santa Cruz e em Guadalupe

Dentro da campanha 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, a SPM-Rio levou os profissionais de seus equipamentos - o Ceam Chiquinha Gonzaga e a Casa Viva Mulher Cora Coralina-, para ações sociais na Lona Cultural Municipal Sandra de Sá, em Santa Cruz, e na Lona Cultural Terra, em Guadalupe. O público dessas regiões tiveram acesso a informações sobre violência de gênero, com materiais sobre os equipamentos e a campanha dos 16 dias de ativismo, e usufruíram de outros serviços e apresentações culturais dos parceiros da SPM-RIO.

Em Santa Cruz, a secretária Ana Rocha abriu o evento ressaltando a importância de levar diversos serviços para a região, falou sobre as leis que combatem à violência contra as mulheres, e ressaltou o empoderamento feminino. “Os serviços oferecidos desta ação visam o empoderamento feminino e a conscientização de seus direitos na sociedade”.

Após a abertura, os adestradores e cães da Guarda Municipal fizeram uma apresentação, para os presentes. Seguido de um rap do Grupo Papo Reto, formado por adolescentes promotores de saúde da Clínica da Família, sobre cuidados para evitar doenças sexualmente transmissíveis. Ao final, foi exibido um vídeo da campanha Quem Ama Abraça, iniciativa da Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh), pelo fim da violência contra a mulher.

Participaram da ação, além do Ceam Chiquinha Gonzaga e a Casa Viva Mulher Cora Coralina; a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com informações sobre sífilis, AIDS e um rapaz vestido de mosquito da dengue, conscientizando a população sobre a importância do combate a dengue, zika e chikungunya.; Fundação Leão 13, oferecendo segunda via de documentos; a Defensoria Pública, fazendo atendimentos em seu ônibus itinerante; a Sescoop/RJ; o Cras Maria Clara Machado.

Já em Guadalupe, a ação contou com recreação do grupo de palhaços Palhaceando. Ao longo do dia, a população usufruiu de serviços como identificação civil pelo DETRAN, cooperativismo pela Sescoop, auriculoterapia e outros serviços de saúde por meio da Secretaria Municipal de Saúde e outros. Além disso, as mulheres tiveram atendimento estético com depilação facial e manicure.

Primeira reunião do GT sobre Feminização de DSTs- AIDS e

Hepatites virais

A SPM-Rio conta com mais uma conquista, a criação do grupo de trabalho sobre feminização de DSTs- AIDS e Hepatites virais. No dia 17 de novembro, foi instalada pela secretária da SPM-Rio, Ana Rocha e pela subsecretária de ações temáticas, Helena Piragibe, a primeira reunião do grupo de trabalho, que contou com palestra de Luciane Oscar, gerente do programa de DST/AIDS, da Secretaria Municipal de Saúde - SMS.

De acordo com Luciane, a partir de 2013 foi criado um processo de compartilhamento do cuidado, em que se discute sobre como será feito o manejo dos pacientes HIV/AIDS, testes rápidos, violência e profilaxia pós-exposição sexual. Segundo ela, "ações de promoção, prevenção e assistência são de fundamental importância para o controle dos agravos que acometem os indivíduos e suas famílias nos territórios onde vivem".

1ª Conferência Livre das Mulheres da Polícia Civil

No dia 6 de novembro, a Polícia Civil do Município do Rio de Janeiro realizou a 1ª Conferência Livre de Mulheres da Polícia Civil, com o objetivo de discutir formas de obter mais direitos, participação e poder feminino na sociedade. A conferência faz parte da preparação para a Conferência Nacional, em Brasília, em maio de 2016.

A gerente do programa de saúde também explicou todo o trabalho feito com os pacientes HIV/AIDS, com as gestantes, com os demais pacientes com suspeita de DSTs e com a s c r i ança s expo s ta s ao H IV (infectologia pediátrica). Além disso, apresentou as campanhas da saúde como a "#partiutesterápido" do Ministério da Saúde, o "Teste, trate e Viva Melhor" da SMS e a meta 90 90 90: 90% das pessoas com conhecimento do seu estado sorológico, 90 % das

pessoas HIV+ em tratamento e 90% das pessoas em tratamento com carga viral indetectável.

No final, o GT apresentou propostas de trabalhos, dentre elas estão: a realização de um seminário sobre amamentação de mulheres com HIV/AIDS e a criação de um folder e cartazes explicativos sobre as DSTs, para serem fixados nas unidades de saúde.

Participaram da mesa de abertura a delegada e diretora da Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher (DPAM) Márcia Noeli; o chefe da Polícia Civil Fernando Veloso; a secretária da SPM-Rio Ana Rocha, a subsecretária SPMulheres-RJ Margarida Pressburger e a deputada estadual Marta rocha.

De acordo com a secretária Ana Rocha, as conferências democratizam os debates. “Esse espaço majoritariamente masculino é importantíssimo em uma visão de gênero”.

A delegada Márcia Noeli ressaltou a importância da conferência para a categoria. “Esta é a primeira conferência das policiais civis do Rio. A primeira do Brasil. Aqui poderemos refletir sobre os nossos papéis como policiais”. O chefe de Polícia Fernando Veloso, reforçou que a conferência faz parte de uma série de medidas tomadas pela Polícia Civil visando o combate à violência contra a mulher.

A subsecretária Margarida Pressburger disse que é um alento ver a plenária lotada de policiais mulheres engajadas no combate à violência contra a mulher.

A deputada estadual Marta Rocha, ministrou a palestra “O Papel das DEAMS nas Políticas Públicas de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher”, após a abertura.

70 anos da FDIM

Entre os dias 28 de novembro e primeiro de dezembro, a secretária Ana Rocha e a subsecretária de Ações Temáticas da SPM-Rio Helena Piragibe estiveram em Cuba para prestigiar o ato comemorativo dos 70 anos, da Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM). O evento, coordenado pela Federação de Mulheres Cubanas e sediado em Havana, reuniu representantes de entidades de mulheres de todo o mundo, e teve como tema a avaliação da crise mundial e a situação das mulheres.

A secretária Ana Rocha, saudou os 70 anos da Federação e declarou solidariedade a Cuba, pela promoção da paz, democracia e igualdade de direitos. A FDIM, nas últimas sete décadas primou pela defesa da paz mundial e pela luta por equidade de gênero. A organização não governamental conta com a afiliação de 130 organizações de 91 países. Saiba mais.

Leia na íntegra as Declarações aqui.

AconteceuAconteceu

Roda de samba pela mobilização da Marcha das Mulheres Negras

No dia 8 de novembro, a secretária da SPM-Rio Ana Rocha, a subsecretária de Ações Temáticas Helena Piragibe e a assessora especial de gênero e raça Vanda Ferreira prestigiaram uma roda de samba, na quadra da Vila Isabel. O evento foi organizado para levantar recursos para a viagem a Brasília, para a Marcha das Mulheres Negras.

IV Conferência de Mulheres do Maranhão

De 11 a 13 de novembro, a Secretaria de Estado da Mulher do Maranhão (SEMU) promoveu a IV Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres. A conferência com o tema “Mais direitos, participação e poder para as mulheres”, foi dividida em quatro eixos. O segundo eixo “Estruturas Institucionais e Políticas Públicas desenvolvidas para Mulheres: Avanços” foi apresentado pela secretária da SPM-Rio Ana Rocha.

A mesa de abertura contou também com a participação da secretária de Enfrentamento à Violência da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres/Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos Aparecida Gonçalves; do governador do Maranhão Flávio Dino; da secretária da Mulher do Estado Laurinda Pinto do presidente da Assembleia Legislativa Humberto Coutinho, entre outras autoridades.

Desde agosto, a SEMU realizou 48 Conferências Municipais; quatro Conferências Intermunicipais e promoveu a Conferência Estadual Livre das Meninas reunindo mais de 200 meninas delegadas das conferências municipais realizadas em 9 municípios do estado do Maranhão.

MP debate discriminação da mulher negra

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro promoveu, no dia 13 de novembro, o encontro “O Olhar Ministerial sobre a Questão Racial”, que debateu a violência contra a mulher negra, nas relações familiares, institucionais e sociais. Durante o evento, também foi lançada a campanha “Chega de Medo, Chega de Preconceito”. A organização do debate envolveu três centros de apoio às promotorias de Justiça, o de Violência Doméstica contra a Mulher, o de Cidadania e o de Educação.

Posse da nova presidente do Conselho Estadual de Saúde

No dia 9 de novembro, a secretária Ana Rocha esteve na cerimônia de posse de Nanci Rodrigues, na presidência do Conselho Estadual de Saúde (CES/RJ). Estavam presentes no ato a deputada federal Jandira Feghali; a presidente estadual da União Brasileira de Mulheres Sonia Latgé; a secretária-executiva do Conselho Estadual de Saúde Karina Pacheco; liderança do movimento LGTB Carlos Alves; presidente da Unegro/RJ Claudia Vitalino e a secretária de Mulheres do PCdoB/RJ Dilcéia Quintela.

Livro sobre trajetória política das mulheres

No dia 13 de novembro, a secretária da SPM-Rio, Ana Rocha esteve no Museu da República para o lançamento do livro "Mulheres no poder - trajetórias na política a partir da luta das sufragistas do Brasil" (Edições de Janeiro), da pedagoga e coordenadora da ONG Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh) Schuma Schumaher e pedagoga e colaboradora da ONG Antonia Ceva. O lançamento foi um sucesso e foi prestigiado por feministas históricas, tendo como ponto alto a apresentação do grupo de teatro Palavra de Mulher.

20 anos da parada gay

Com o lema "Palavras ferem, violência mata" aconteceu, no dia 15 de novembro, a 20ª parada gay na Orla de Copacabana. A secretária Ana Rocha compareceu ao ato, que este ano teve o objetivo de chamar a atenção da população sobre o aumento dos casos de violência contra a população gay e transexual. O ato levou mais de um milhão de pessoas que, além de participarem do ato político, tiveram acesso as serviços prestados no ato, como teste rápidos de HIV e distribuição de camisinhas, além de serviço de assistência jurídica. Segundo relatório da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, os casos de homofobia aumentaram 234% de 2011 para 2012. Já de acordo com dados do programa Rio Sem Homofobia, nos últimos cinco anos, dos mais de 40 mil atendimentos, quase 30% foram referentes à violência homofóbica.

I Semana Internacional de Direitos Humanos do Ministério Público

da BahiaNo dia 18 de novembro, a assessora especial de Gênero e Raça da SPM-Rio Vanda Ferreira ministrou a palestra “O papel da mulher negra no enfrentamento ao racismo no Brasil: guerrilhas sem armas”, que abordou a igualdade racial e enfrentamento ao racismo, na I Semana Internacional de Direitos Humanos do Ministério Público da Bahia, em Salvador.

Empoderamento da mulher no Esporte e na Política

No dia, 23 de novembro, a SPM-Rio participou do evento de criação da Comissão Especial para o Empoderamento da Mulher no Esporte e na Política, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). A comissão propõe que 2016 seja considerado o ano do empoderamento feminino na política e no esporte.

Conferência livre das feministas históricas

No dia 26 de novembro, a secretária da SPM-Rio Ana Rocha e a assessora de gênero Rita Andréia participaram da Conferência Livre das feministas históricas, promovida pelo Fórum de Mulheres, que aconteceu na UFRJ. A Conferência livre é uma preparação de propostas para a 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que acontecerá em março de 2016, em Brasília e teve como tema o feminismo de hoje, debatendo a luta das mulheres do presente e do futuro por emancipação pessoal e coletiva.

A secretária Ana Rocha participou do debate ressaltando que o feminismo avançou e atualmente tem a marca da transversalidade. No final, foram apresentadas propostas para serem encaminhadas para a Conferência Nacional.

A mesa de abertura contou com a presença do subprocurador-geral de Justiça de Direitos Humanos, Ertulei Laureano Matos; das respectivas coordenadoras dos CAOs e promotoras de Justiça Lúcia Iloízio Barros Bastos, Patrícia do Couto Villela, e Bianca Mota; da secretária de Políticas para as Mulheres do Município, Ana Rocha; da representante da Coordenadoria Especial de Promoção da Política de Igualdade Racial da Secretaria da Casa Civil do Município, Lelete Couto; e da promotora de Justiça Alexandra Carvalho Feres. A secretária Ana Rocha destacou a dupla discriminação que as mulheres negras sofrem, seja no atendimento de saúde, seja no mercado de trabalho e na representação política.

IML ganha espaço para atender mulheres vítimasO Instituto Médico Legal (IML), no Centro do Rio, ganhou um espaço exclusivo para o atendimento de mulheres vítimas de violência física e sexual. Foi inaugurada, no dia 4 de dezembro, a Sala Lilás, em uma parceria entre o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a Polícia Civil, as secretarias de Estado e municipal de Saúde, a Secretaria Especial de Política para as Mulheres e o RioSolidario.

A sala recebeu cores claras, quadros e mensagens de apoio nas paredes. O espaço também conta com maca para a realização de exames de perícia. O objetivo é dar conforto e prestar um atendimento mais humanizado às mulheres vítimas de violência.

SPM-Rio faz palestra para Associação da Diversidade em

Direitos HumanosNo dia 7 de dezembro, a assessora especial de Gênero e Raça Vanda Ferreira ministrou uma palestra para os jovens da Associação da Diversidade em Direitos Humanos. O evento, que aconteceu na Coordenação Municipal de Juventude, tratou dos temas Racismo na juventude e os Direitos dos Jovens na Escola.

Mulher na política é tema de debate em Volta RedondaNo dia 9 de dezembro, a secretária Ana Rocha participou do debate “Participação da Mulher na Política”, no auditório da Prefeitura de Volta Redonda. Conduziu a mesa a secretária de Políticas para as Mulheres do município Glória Amorim. A vereadora América Tereza e liderança feminista da região Inês Pandeló. A secretária Ana Rocha destacou a importância da democracia para as conquistas dos direitos das mulheres. “As mulheres avançaram – e continuam avançando - em momentos democráticos. É preciso combater a desigualdade no mundo do trabalho e a subrepresentação política, pois as mulheres ainda não ocupam esses espaços em equidade com os homens”, disse.

O debate fez parte de uma série de ações da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres de Volta Redonda dentro da campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”.

Agenda de Mulheres BrasileirasA secretária Ana Rocha esteve no dia 11 de dezembro no lançamento da Agenda das Mulheres Brasileiras, edição de 2016, no Club Municipal, na Tijuca. Idealizada por Itamarcia Marçal, a agenda contém o perfil de 365 mulheres que foram valorizadas através de suas ações e obras. Entre os nomes, estão o da secretária da SPM-Rio Ana Rocha, da subsecretária de Ações Temática da secretaria Helena Piragibe, da assessora especial Joselice Cerqueira e da assessora especial de gênero e raça Vanda Ferreira, ambas também da SPM-Rio.

"Trabalho Social nas Políticas Públicas" A secretária Ana Rocha, no dia 15 de dezembro, esteve no lançamento do livro “O Trabalho Social nas Políticas Públicas", no Espaço Cultural Cedim, com textos das técnicas da Casa Viva Mulher Cora Coralina e do CEAM Chiquinha Gonzaga, equipamentos da SPM-Rio: Flávia Yamada, Juliana Siqueira, Lucinete Castro, Mara Passo e Rose Pedreira.

Documentário sobre Violência Doméstica

A subsecretária de Ações Temáticas Helena Piragibe deu entrevista para o documentário especial sobre Violência Doméstica, da TV Universidade Veiga de Almeida (UVA), no dia 16 de dezembro. O programa especial abordou os equipamentos da SPM-Rio, no atendimento às vítimas e a promoção de políticas públicas para as cariocas.

SPM-Rio em festaOs funcionários da SPM-Rio comemoram mais um ano de êxito nos projetos que teve, entre outras realizações, a Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres, precedidas de cinco pré-conferências, e o curso de capacitação “Cariocas na política: mulher, democracia e poder”, promovido em parceria com o TRE e a Escola Judiciária Eleitoral. No dia 15 de dezembro, as técnicas e equipe da Casa Viva Mulher Cora Coralina, equipamento da SPM-Rio que abriga mulheres vítimas de violência em risco de morte, se reuniram para um momento descontraído no tradicional boteco Bode Cheiroso, na Tijuca. Já no dia 18, a equipe da secretaria participou de um churrasco com amigo oculto no Clube Municipal dos Servidores, na Cidade Nova. “Que 2016 seja um ano com mais realizações da secretaria com essa turma unida e comprometida”, desejou a secretária Ana Rocha.

Prêmio para a cultura negra

No dia 19 de dezembro, a assessora especial de gênero e raça da SPM-Rio Vanda Ferreira representou a secretaria no Prêmio de Cultura Afro-Fluminense 2015, na Casa do Jongo. O objetivo é reconhecer a importância de iniciativas culturais de povos e comunidades tradicionais de matriz africana e de grupos artístico-culturais que têm por matéria-prma de seu trabalho a temática afro-brasileira.

Curso "Gênero e Direito": inscrições abertasA Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj) promove a partir de março do ano que vem o curso de especialização Gênero e Direito. Com carga horária de 380 horas/aula, a pós-graduação acontece na sede da Emerj, no Centro, e tem nove módulos, com temas como criminologia feminista, direitos humanos, direitos das mulheres e políticas públicas de gênero, e gênero, feminismo e bioética. O curso é coordenado pela juíza Adriana Ramos de Mello. As inscrições vão até o dia 26 de fevereiro. Informações e inscrições nos telefones 3133-3369, 3133-3380 e pelo site www.emerj.tjrj.jus.br.

CEAM promove grupo de mulheres na Clínica da FamíliaNo dia 8 de dezembro, as técnicas do CEAM fizeram uma sensibilização com um grupo de mulheres, na Clínica de Saúde da Família Sérgio Vieira de Mello. Através das questões trazidas pelas mulheres, são abordadas as relações de gênero, além de uma rede de apoio, que permite a troca de experiências e saberes. O grupo de discussão faz parte da parceria firmada entre o CEAM e a Clinica de Saúde da Família Sérgio Vieira de Mello, e ocorre quinzenalmente, com duração de duas horas.

EQUIPAMENTOS DA SPM-RIO

CEAM em parceria com o Instituto de Ginecologia Moncorvo FilhoNo dia 15 de dezembro, o Ceam esteve presente no Centro de Estudos do Instituto de Ginecologia Moncorvo Filho, durante a reunião semanal de discussão de casos clínicos, com todos os residentes, internos e chefias de serviço. A coordenadora do Ceam, Bianca Cappelli, levou um caso que foi atendido por uma unidade básica de saúde para ilustrar as diversas formas de violência ao qual a mulher é submetida, fazendo relação com o processo de doença manifestado durante o atendimento. O grupo levantou dúvidas sobre diversos casos atendidos pelo instituto, e foi traçada uma estratégia de interlocução com o serviço social da unidade para construir o acompanhamento dos casos em conjunto com o CEAM.

Acolhidas concluem Ensino FundamentalNo dia 17 de dezembro, duas acolhidas da Casa Viva Mulher Cora Coralina concluíram o Ensino Fundamental pelo projeto CREJA (Centro Municipal de Referência de Educação de Jovens e Adutos)/ EAD (Educação à Distância). As alunas foram acompanhadas pela pedagoga Rosely Dantas, técnica do abrigo. A cerimônia de formatura aconteceu na Faculdade de Direito da UFRJ e foi prestigiada pela diretora da casa Mara Maciel. É a primeira vez que acolhidas da Casa Cora Coralina concluem o ensino dentro do equipamento.

NOVEMBRO

E DEZEMBRO

12 de novembro de 1962 – Nascimento de Naomi Wolf Escritora feminista estadunidense, referência da chamada Terceira Onda do Feminismo.

14 de novembro – Dia Internacional dos Vendedores Ambulantes

20 de novembro – Adoção da Convenção sobre os Direitos das Crianças, 1989

20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra A data foi escolhida para homenagear Zumbi dos Palmares, que nesta data teria sido assassinado em Pernambuco.

25 de novembro – Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher

A data foi tirada em 1981, durante o I Encontro Feminista da América Latina e do Caribe, realizado em Bogotá, na Colômbia, em homenagem a três irmãs, ativistas políticas e defensoras das mulheres dominicanas: Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal. Elas foram brutalmente assassinadas pela ditadura de Leonidas Trujillo, na República Dominicana.

A ONU reconhece a data em março de 1999, alterando discretamente seu nome para Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. O reconhecimento desta data pode ser considerado uma grande vitória do movimento de mulheres da América Latina.

27 de novembro – Ratificação pelo Brasil da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher – Convenção de Belém do Pará/1995

NOVEMBRO

1º de dezembro – Dia Mundial de Combate à Aids A data foi criada em Londres, por ocasião do Encontro Mundial de ministros de Saúde, em 1988, do qual 140 países participaram. A data foi criada com o objetivo de mobilizar os governos, a sociedade civil e demais segmentos no sentido de incentivar a solidariedade e a reflexão sobre as formas de combater a epidemia e o preconceito com os portadores do HIV.

6 de dezembro – Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres / Massacre de Mulheres de Montreal (Canadá) em 1989No dia 6 de dezembro de 1989, Marc Lepine, de 25 anos, invadiu armado uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Monteral, Canadá. Ordenou que os 48 homens presentes se retirassem da sala, permanecendo no recinto somente as mulheres. Gritando “Vocês são todas feministas!”, o jovem atirou e assassinou 14 mulheres, à queima roupa. Em seguida, suicidou-se. Em uma carta deixada por ele, justificava seu ato dizendo que não suportava a idéia de ver mulheres estudando Engenharia, um curso tradicionalmente voltado para os homens. Esse massacre mobilizou a opinião pública mundial, gerando amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência gerada por esse desequilíbrio social.

O massacre tornou-se símbolo da injustiça contra as mulheres e inspirou a criação da Campanha do Laço Branco, mobilização mundial de homens pelo fim da violência contra as mulheres. No Brasil, a partir de 2007, é o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres (Lei nº 11.489, de 20/06/2007).

10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos/ Término da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as MulheresComemorado no dia 10 de dezembro, o Dia Internacional dos Direitos Humanos, foi instituído em 1950, dois anos após a Organização das Nações Unidas (ONU) adotar a Declaração Universal do Direitos Humanos como marco legal regulador das relações entre governos e pessoas. Com esse ato, mais do que celebrar, a ONU visava destacar o longo caminho a ser percorrido na efetivação dos preceitos da declaração. Este dia também marca o encerramento da Campanha 16 dias de ativismo pelo fim da Violência Contra as Mulheres.

A SPM-Rio tem como uma das suas preocupações o direitos humanos e considera que toda a violação dos direitos das mulheres é uma violação dos direitos humanos. Neste sentido, participou da 1ª e 2ª Conferência Municipal de Direitos Humanos, que este ano teve como lema: "Direitos Humanos para todos e todas: Democracia, Justiça e Igualdade", e seguiu a linha proposta pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos para as conferências realizadas este ano em todo o país.

DEZEMBRO

18 de Dezembro – Adoção da CEDAW - Convenção Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher (ONU, 1979)A Convenção foi aprovada em 18 de dezembro de 1979, pela ONU. No Brasil, ela foi ratificada em 1984. Essa verdadeira Declaração Universal dos Direitos da Mulher, mais do que enumerar os direitos humanos das mulheres, enfoca dois conceitos essenciais: a igualdade entre os sexos e a necessidade de eliminar a discriminação.

Fotografia: Jeanne Mello