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1 Boletim 724/2015 – Ano VII – 20/03/2015 (Fonte: Valor Econômico 20-03-2015).

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Boletim 724/2015 – Ano VII – 20/03/2015

(Fonte: Valor Econômico 20-03-2015).

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Acordos favoráveis ao trabalhador cresceram em 2014 , mostra Dieese Estadão Conteúdo No ano passado, o número de negociações salariais que resultaram em ganhos reais para funcionários alcançou 91,5% das convenções. Em 2013, esse montante chegou a 86,2% O número de negociações salariais que resultaram em ganhos reais para os trabalhadores aumentou no ano passado, para 91,5%, segundo estudo divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em 2013, o percentual de acordos firmados favoráveis aos trabalhadores ficou em 86,2%. O estudo considera a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O reajuste médio conseguido nas negociações de 2014 ficou em 1,39%, maior que o 1,22% alcançado em 2013, porém menor que o registrado em 2012 - 1,9%. Quase 45% dessas conversas terminaram com acordos que possibilitaram aumento real entre 1,01% e 2%. Em 25,1% dos acordos, o reajuste foi no máximo 1% acima da inflação e em 6,1% dos casos houve apenas reposição das perdas medidas pelo INPC. De acordo com os dados, em 2,4% dos casos o reajuste ficou abaixo da inflação.

Em 2013, o percentual de reajustes abaixo da inflação foi maior (6,3%). O número de acordos que garantiram apenas as perdas inflacionárias em 2013 também foi superior (7,5%). Em 2012, os reajustes abaixo da inflação representaram 1,4% dos acordos. Naquele ano especificamente, 93,9% das convenções permitiram aumento acima do INPC.

Conquistas

Na avaliação do coordenador de relações sindicais do Dieese, José Silvestre Prado de Oliveira, alguns fatores permitiram que os acordos em 2014 fossem melhores do que os de 2013, apesar do desempenho da economia, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB), ter sido pior no ano passado - a variação oficial será divulgada no próximo dia 27 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Um dos pontos que contribuíram favoravelmente para esse cenário, segundo Silvestre, foi o baixo nível de desemprego. "Mesmo com o mercado de trabalho com tendência de perda da dinamicidade e geração de novos postos, os níveis de desemprego foram baixos", destacou Silvestre, em referência a 2014. Para ele, as desonerações concedidas pelo governo federal a alguns setores econômicos também permitiram maior margem de negociação em favor dos trabalhadores brasileiros.

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Na divisão por setores da economia, o comércio teve o maior percentual de acordos com aumento real (98,2%) em 2014. Na indústria, o índice ficou em 90,9% e. no setor de serviços, em 89,2%. Entretanto, os maiores reajustes (acima de 3%) se concentraram na indústria e no setor de serviços, em 6,9% dos casos e 5,8%, respectivamente. No comércio, apenas 2,7% dos aumentos ultrapassaram esse patamar.

Perdas

O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Cláudio do Prado, ponderou que, apesar dos ganhos acima da inflação obtidos nos acordos, os trabalhadores acumulam perdas pela rotatividade da mão de obra, que reduz os salários médios. "A rotatividade tem diminuído o poder aquisitivo do trabalhador. Então, desconsiderar a rotatividade e só levar em consta as convenções coletivas é uma avaliação que não é muito correta", disse o sindicalista, que representou a Força Sindical na divulgação dos dados apresentados ontem.

Para Silvestre, a obtenção de ganhos reais neste ano dependerá ainda mais da mobilização dos trabalhadores. "A mobilização vai ser ainda mais importante, por conta desse cenário de incertezas", enfatizou. Ele lembrou que, nos últimos anos, a geração de empregos tem diminuído, o que pode tornar as negociações mais duras daqui para frente. "Pelos indicadores, o mercado de trabalho brasileiro já vem perdendo força desde 2012."

Encontros

Ontem, começou mais uma reunião entre ministros da presidente Dilma Rousseff e sindicalistas para debater as medidas provisórias que criaram barreiras para a concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários. Neste que é o quinto encontro para tratar do tema, estão presentes os ministros do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, e da Previdência Social, Carlos Gabas. O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Miguel Rossetto, informou que vai participar, mas está atrasado. O ministro Nelson Barbosa, do Planejamento, cancelou sua presença.

Mais tarde, contudo, o ministério do Planejamento, anunciou que Barbosa receberá hoje 41 representações de servidores públicos federais e oito centrais sindicais.

No encontro, marcado para as 10 horas, o ministro deve fazer uma exposição sobre a conjuntura atual e ouvirá as reivindicações dos servidores.

Na semana passada, representantes sindicais posicionaram-se contra as medidas provisórias. O diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, apontou inconstitucionalidades na Medida Provisória 664 de 2014.

(Fonte: DCI 20-03-2015).

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Funcionários públicos pedem reajuste salarial de 27 ,3% Trabalhadores se reúnem com ministro do Planejamento; pedido vai na contramão do corte de gastos do governo MURILO RODRIGUES ALVES - O ESTADO DE S.PAULO

BRASÍLIA - Em período de restrição orçamentária, os servidores públicos federais se reúnem nesta sexta-feira, 20, com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, para reivindicar um reajuste linear de 27,3%. No ano passado, o Tesouro Nacional teve de desembolsar R$ 240 bilhões para pagar os salários, aposentadorias e pensões de pouco mais de 2 milhões de servidores ativos e inativos da União, segundo o Boletim Estatístico de Pessoal e Informações Organizacionais. Segundo Sérgio Ronaldo da Silva, diretor da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o reajuste pedido foi calculado com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estimado para o período de agosto de 2010 a julho de 2016, em torno de 44%. Foram descontados os 15,8% que o governo concedeu em três parcelas (2013, 2014, 2015) e acrescentado um ganho real de 2%. A inflação projetada para este ano está em 8%, segundo analistas ouvidos pelo Banco Central. Ele afirma que foi um erro o parcelamento do reajuste da última negociação porque no período a inflação deve ser maior do que o negociado entre os sindicatos e o governo. Por isso, agora, a categoria propõe que o reajuste seja dado de forma integral, o que parece impossível diante dos planos da equipe econômica de conter os gastos públicos para cumprir a meta de superávit primário - economia para o pagamento de juros da dívida pública - e recuperar a credibilidade da economia brasileira. O pleito dos servidores representaria aumento nas despesas com o pagamento do funcionalismo superior ao que o governo tenta economizar durante todo este ano de 2015: R$ 66,3 bilhões, ou 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). O aumento, no entanto, só deve ocorrer em 2016, uma vez que, em janeiro, os funcionários públicos tiveram aumento de 5%, decorrente da última negociação.

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"É preciso começar a campanha desde já para não cometermos os mesmos erros da última negociação e não esperarmos até os 45 do segundo tempo para uma decisão", disse o diretor da Condsef, que representa servidores do Executivo. O reajuste de 15,8% foi concedido em 2012 após uma forte greve geral.

Ganho real do trabalhador foi maior em 2014 do que em 2013 Aumento médio do ano passado foi de 1,39% acima da inflação, ante 1,22% no ano anterior, segundo o Dieese LUIZ GUILHERME GERBELLI - O ESTADO DE S. PAULO

No relatório, o Dieese avalia que os resultados obtidos em 2014 mostram um balanço geral "bastante positivo". O ganho real dos trabalhadores nas negociações salariais aumentou no ano passado. O balanço divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que o aumento médio foi de 1,39% acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em 2013, o ganho real foi de 1,22%. O Dieese compilou os resultados de 716 unidades de negociações coletivas em todo o País. De acordo com o instituto, 91,5% dos acordos tiveram aumentos acima do INPC e apenas 2,4% abaixo do índice. Em 2013, essa relação também foi menos favorável para os trabalhadores, de 86,2% e 6,3%, respectivamente. Segundo o coordenador de relações sindicais do Dieese, José Silvestre, houve melhora nas negociações por várias razões. O mercado de trabalho continuou pressionado, o que deu poder de barganha ao trabalhador. Em 2014, a taxa de desocupação média medida pelo IBGE foi de 4,8%, a mais baixa da série histórica. “Houve um retardamento da entrada de jovens no mercado, então a pressão sobre a População Economicamente Ativa (PEA) foi menor. Isso contribuiu para que a taxa de desemprego ficasse em patamares baixo”, afirma. A política de desoneração na folha de pagamento - revertida pela nova equipe econômica - também pode ter colaborado para a melhora do resultado, segundo Silvestre. “Os setores beneficiados podem ter concedidos reajustes em patamares maiores do que no ano anterior”, diz.

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Os trabalhadores do comércio foram os que colheram os melhores resultados nos acordos. Com alta média real de 1,47%, 98,2% dos acordos resultaram em reajustes acima do INPC. O segundo melhor resultado foi obtido pelos trabalhadores da indústria, com ganho real de 1,38%, seguidos pelos do setor de serviços (1,35%). “O melhor desempenho do setor de comércio pode ser explicado pela política de salário mínimo”, afirma Silvestre. “O piso pago no setor do comércio é muito próximo do mínimo, e a política de reajuste acaba servindo de referência para as negociações.” Reversão. Embora os números de 2014 sejam positivos, o levantamento do Dieese apontou um pequeno sinal de piora. As negociações que obtiveram o melhor ganho real foram feitas no primeiro semestre. Historicamente, os acordos do segundo semestre envolvem grandes categorias (bancários, metalúrgicos e petroleiros) e trazem mais ganhos para os trabalhadores. As negociações realizadas nos primeiros seis meses de 2014 resultaram num ganho de 1,50% superior ao INPC. No segundo semestre, o resultado real foi de 1,16%. “No primeiro semestre ainda havia alguma expectativa de crescimento”, diz Silvestre. “No segundo semestre, já havia uma visão mais clara do desempenho da economia”, complementa. No início do ano passado, o mercado esperava que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceria cerca 2%. Ao longo de 2014, porém, a perspectiva para a economia brasileira foi se deteriorando. O resultado do PIB só será divulgado na semana que vem, mas a expectativa é que ele tenha ficado estagnado. Futuras negociações. Por ora, o cenário para as negociações salariais tende a ser mais difícil para o trabalhador em 2015, sobretudo porque o mercado de trabalho passou a dar sinais de fraqueza. Na quarta-feira, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou os dados de fevereiro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A economia brasileira fechou 2.415 postos de trabalhos formais. Foi o terceiro mês consecutivo de eliminação de vagas. “Não é possível fazer muitas projeções para este ano por causa das incertezas tanto na economia como na política”, afirma Silvestre. (Fonte: Estado SP 20-03-2015).

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Ganho real nos salários se ampliou em 2014, diz Die ese

Com desemprego baixo e inflação em patamar menor, trabalhadores conseguiram aumento nas negociações. Quadro muda conforme mês de negociação; desaceleração afetou categorias que ficaram para segundo semestre. CLAUDIA ROLLIDE SÃO PAULO O aumento real médio concedido nos acordos salariais de 2014 superou o do ano anterior. Mas o enfraquecimento da economia no segundo semestre e a inflação mais elevada fizeram com que as categorias profissionais que negociaram de julho a dezembro obtivessem ganhos inferiores às do primeiro. Os dados estão em estudo divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) que constatou ganho real médio de 1,39% no ano passado ante 1,22% obtido em 2013. Os melhores anos para as negociações salariais foram 2010 e 2012, quando os trabalhadores conseguiram aumentos de 1,66% e 1,90% acima da inflação. Dos 716 acordos analisados no ano passado, 91,5% obtiveram reajustes superiores ao INPC, o indicador mais usado nas negociações. Outros 6,1% tiveram correção igual à inflação, e 2,4% não conseguiram repor as perdas nos salários. Em 2013, os resultados foram inferiores (veja quadro). "Houve uma inversão no comportamento que tradicionalmente ocorre. No segundo semestre, as negociações tendem a ter ganhos maiores. O cenário mudou porque a atividade econômica perdeu força, principalmente a partir de setembro de 2014", diz José Silvestre Prado de Oliveira, coordenador de relações sindicais do Dieese. No segundo semestre negociam categorias como bancários, metalúrgicos, químicos e petroleiros, com maior tradição sindical. No primeiro, sentam-se à mesa de negociação trabalhadores ligados ao setor de serviços, como asseio e conservação, operários da construção civil e professores. Para o economista Fábio Romão, da consultoria LCA, o desemprego em baixa permitiu a conquista de reajustes com ganhos reais melhores. Em 2013, a taxa de desemprego foi de 5,4%, segundo o IBGE. No ano passado, 4,8%. "Sem a pressão do desemprego e com a dificuldade para contratar profissionais mais qualificados, os sindicatos conseguem negociar reajustes melhores", diz o economista. Em 2015, o cenário deve se inverter. Os segmentos da indústria que concederam ganhos mais expressivos foram construção e imobiliário; alimentação e metalúrgico (inclui material elétrico). Fiação e tecelagem e química e farmacêutica pagaram aumentos menores. No ano passado, a indústria têxtil fechou 20,8 mil postos, segundo o Ministério do Trabalho. Ao todo, a indústria perdeu 165 mil vagas. O comércio foi o setor com maior proporção de reajustes salariais acima da inflação (98,2%). Para as centrais sindicais, a política de reajuste do salário mínimo "segurou" o consumo das famílias. O ganho real médio no comércio foi de 1,38%. No setor de serviços, os melhores ganhos estiveram em transporte, turismo e bancos. (Fonte: Folha SP 20-03-2015).

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