boletim 56

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tos e infra-estruturas (muitas delas com séculos de existência), facilmente se percebe que só é possível proporcionar aos Clientes uma boa quali- dade assistencial, com uma gestão muito rigorosa e assertiva, muitas vezes mal interpretada. A Santa Casa da Misericórdia de Santarém é administrada por regras empresariais mas nunca perdendo de vista o papel que historicamente lhe tem sido destinado e que tem vindo a cum- prir escrupulosamente e que é o de servir os mais desfavorecidos económica e socialmente, especialmente em tempos difíceis como estes que vivemos. A longevidade da Santa Casa da Miseri- córdia de Santarém, a relevante importância para a sociedade escalabitana, assim como a sua capacidade de adaptação a novas circunstân- cias políticas, religiosas e culturais merece o respeito de Todos nós. 56 informativo boletim SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM Destaque Janeiro Fevereiro Março 2011 Mário Augusto C. Henriques Rebelo O PROVEDOR As Misericórdias, instituídas na alta Idade Média onde os caminhos foram transformados em campos de batalha, rapidamente se transformaram em instituições abrangentes e transversais, que abarca- ram um variado espectro de práticas de caridade. Distinguiam-se das restantes instituições pela sua civil constituição jurídica e pelas actividades de carácter exclusivamente social, dirigidas para o exterior, perdurando durante o Liberalismo, a 1 a República e o Estado Novo. Após a revolução de Abril o Estado deixou de as considerar fulcrais na protecção social. A Santa Casa da Misericórdia de Santarém Santa Casa da Misericórdia de Santarém Santa Casa da Misericórdia de Santarém Santa Casa da Misericórdia de Santarém soube sempre reagir adap- tando-se conseguindo sobreviver a todas essas vicissitudes. Hoje mantém-se como uma sólida instituição, assumindo um variado leque de serviços respondendo com experiência comprovada às actuais enuncia- ções de protecção e solidariedade social inerentes à manutenção da digni- dade da pessoa humana. Quando uma crise global eclode, as economias estruturadas e abertas, levam uma sacudidela e para diminuir as consequências é preciso adoptar medidas de contenção da despesa pública. No caso português as medidas traduziram-se basicamente no aumento dos impostos e na redu- ção de benefícios sociais. As prestações sociais, pelas quais o governo é responsável, foram diminuídas com os Planos de Estabilidade e Cresci- mento e isto significa que as Instituições Particulares de Solidariedade Social, em que o Estado delega muitas das suas funções sociais, sentem cada vez mais solicitações do exterior. Destas Instituições, há que destacar a Misericórdia de Santarém quer pelo papel importante que desempenha na economia regional quer tam- bém pela garantia de estabilidade dos postos de trabalho que lhes estão afectos. As actividades inscritas no seu Orçamento anual são financiadas por acordos de cooperação com o Estado, pelos pagamentos mensais das famílias dos Clientes ou sendo reformados por uma percentagem desta, pelo pagamento de algumas baixas rendas do aluguer de patri- mónio e finalmente pelos donativos e quotização dos Irmãos. Tudo isto, visto de ânimo leve, parece até suficiente mas se estimarmos, para além das despesas correntes, nomeadamente vencimentos e subsídios dos Colaboradores, electricidade, água, entre outras, as necessidades de conservação, reparação e substituição de equipamen- Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral www.scms.pt Reunião da Assembleia Geral [ Págs. 6 e 7 ] Editorial

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Boletim 56

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  • tos e infra-estruturas (muitas delas com sculos de existncia), facilmente se percebe que s possvel proporcionar aos Clientes uma boa quali-dade assistencial, com uma gesto muito rigorosa e assertiva, muitas vezes mal interpretada.

    A Santa Casa da Misericrdia de Santarm administrada por regras empresariais mas nunca perdendo de vista o papel que historicamente lhe tem sido destinado e que tem vindo a cum-prir escrupulosamente e que o de servir os mais desfavorecidos econmica e socialmente, especialmente em tempos difceis como estes que vivemos.

    A longevidade da Santa Casa da Miseri-crdia de Santarm, a relevante importncia para a sociedade escalabitana, assim como a sua capacidade de adaptao a novas circunstn-cias polticas, religiosas e culturais merece o respeito de Todos ns.

    56 informativo

    boletim

    SANTA CASA DA MISERICRDIA DE SANTARMSANTARMSANTARMSANTARM

    Destaque

    Janeiro

    Fevereiro

    Maro

    2011

    Mrio Augusto C. Henriques Rebelo O PROVEDOR

    As Misericrdias, institudas na alta Idade Mdia onde os caminhos f o r am t r an s f o r m a d os e m c a m p os d e b a t a l h a , r ap i d a m e n t e s e transformaram em instituies abrangentes e transversais, que abarca-ram um variado espectro de prticas de caridade. Distinguiam-se das restantes instituies pela sua civil constituio jurdica e pelas actividades de carcter exclusivamente social, dirigidas para o exterior, perdurando durante o Liberalismo, a 1a Repblica e o Estado Novo. Aps a revoluo de Abril o Estado deixou de as considerar fulcrais na proteco social.

    A Santa Casa da Misericrdia de Santarm Santa Casa da Misericrdia de Santarm Santa Casa da Misericrdia de Santarm Santa Casa da Misericrdia de Santarm soube sempre reagir adap-tando-se conseguindo sobreviver a todas essas vicissitudes. Hoje mantm-se como uma slida instituio, assumindo um variado leque de servios respondendo com experincia comprovada s actuais enuncia-es de proteco e solidariedade social inerentes manuteno da digni-dade da pessoa humana.

    Quando uma crise global eclode, as economias estruturadas e abertas, levam uma sacudidela e para diminuir as consequncias preciso adoptar medidas de conteno da despesa pblica. No caso portugus as medidas traduziram-se basicamente no aumento dos impostos e na redu-o de benefcios sociais. As prestaes sociais, pelas quais o governo responsvel, foram diminudas com os Planos de Estabilidade e Cresci-mento e isto significa que as Instituies Particulares de Solidariedade Social, em que o Estado delega muitas das suas funes sociais, sentem cada vez mais solicitaes do exterior.

    Destas Instituies, h que destacar a Misericrdia de Santarm quer pelo papel importante que desempenha na economia regional quer tam-bm pela garantia de estabilidade dos postos de trabalho que lhes esto afectos.

    As actividades inscritas no seu Oramento anual so financiadas por acordos de cooperao com o Estado, pelos pagamentos mensais das famlias dos Clientes ou sendo reformados por uma percentagem desta, pelo pagamento de algumas baixas rendas do aluguer de patri-mnio e finalmente pelos donativos e quotizao dos Irmos. Tudo isto, visto de nimo leve, parece at suficiente mas se estimarmos, para alm das despesas correntes, nomeadamente vencimentos e subsdios dos Colaboradores, electricidade, gua, entre outras, as necessidades de conservao, reparao e substituio de equipamen-

    Distribuio Gratuita | Publicao Trimestral www.scms.pt

    Reunio da

    Assembleia Geral [ Pgs. 6 e 7 ] E

    ditorial

  • 2

    Editorial 1

    Mensagem do Capelo 2

    Visitantes nas Igreja da Misericrdia e J. Cristo

    2

    Dias especiais 3

    Patrimnio Novos trabalhos, Evoluo, Projeco...

    4

    Natal no Lar de Idosos 5

    Reunio da Assembleia Geral 6

    A Monumental Celestino Graa inau-gurou a poca tauromquica

    7

    Notcias Breves 8

    O Carnaval na Horta 9

    Recital de Ano Novo 9

    Obras de Misericrdia - Dar pousada aos peregrinos e pobres

    10

    Breves da UTIS 11

    Zeferino Sarmento 12

    PROPRIEDADE

    SANTA CASA DA MISERICRDIA DE SANTARM

    Largo Cndido dos Reis, 17 | 2001-901 Santarm

    Tel. 243 305 260 | Fax. 243 305 269 | www. scms.pt

    DIRECTOR

    Provedor Eng Mrio Augusto Carona Henriques Rebelo

    EDITOR

    Eng Emlia Daniel Leito

    EXECUO GRFICA

    Antnio J. L. Monteiro

    TIRAGEM

    550 ex.

    DEPSITO LEGAL

    112397/97

    PESSOA COLECTIVA DE UTILIDADE PBLICA

    D.R. N 46 - 1 SRIE - D.L. N 119/83, 25-2

    ACABAMENTO E IMPRESSO

    Grfica GALDETE - Santarm

    MENSAGEM do Capelo

    Escrevo pela primeira vez neste boletim informativo. justo que em primeiro lugar manifeste o grato prazer que tive de conhecer no final de 2010 os membros da actual Mesa Administrativa de quem rece-bi um excelente acolhimento e em quem senti um grande empenho a esta nobre Instituio multisecular da cidade de San-tarm. Deixo aqui registado o meu agra-decimento ao Eng. Mrio Rebelo e a cada um dos elementos da actual Mesa admi-nistrativa da Santa Casa da Misericrdia de Santarm.

    Uma Histria de 511 anos de existncia, alcanada em 2011, exige continua fideli-dade s suas razes, aliada ao esprito de inovao em resposta s crescentes exi-gncias, vivida com serenidade diante das nuvens que nos vo acompanhar no futuro mais prximo. Neste cenrio, a necessidade das respostas sociais levadas a cabo pelas 14 respostas sociais desta Santa Casa so cada vez mais necessrias.

    Desejo que este ano, apesar das cres-centes dificuldades que esto a afectar a vida de muitas pessoas no nosso pas, e que se reflectem tambm na misso desta Instituio, no impeam "a concluso da obra da Unidade de Cuidados Continua-dos de longa durao no mbito do Pro-grama Modelar I", a "recuperao, requali-ficao e remodelao do vasto patrim-nio da Santa Casa da Misericrdia de San-tarm, bem como a adaptao do projec-

    to Campus XXI s actuais necessidades da comunidade.

    Nesta grande comunidade, reconhe-amos em cada pessoa uma pedra viva que torne a Santa Casa um espao cheio de vida onde se cruzam vrias geraes. A permanente humanizao das relaes pessoais uma obra que no dispensa ningum, e que a todos beneficia, na medida em que se alcana.

    Que o cumprimento das obras de Mise-ricrdia continue a ser a "fora dinamiza-dora" da instituio.

    D. Manuel Pelino Domingues, bispo da nossa Diocese afirma que no actual con-texto de dificuldades a prtica da solida-riedade ter de ser cada mais criativa, mais dinmica e nessa linha manifestou desejo e empenho em conjugar mais a aco das Santas Casas da Misericrdia, dos Centros Sociais Paroquiais, dos gru-pos Critas paroquiais, das Conferncias Vicentinas e outros grupos de ajuda fra-terna implantados na Diocese de Santa-rm.

    Conto muito com a Santa Casa da Mise-ricrdia nesta parceria, onde, alis j demonstra grande abertura e esprito de dilogo. A crise tambm uma oportu-nidade para rever os nossos modelos de actuao, e nos aproximar mais doutros parceiros sociais empenhados no mesmo ideal da misso solidria.

    [ Vtor Manuel Alcobia Joo ]

    Visitantes nas Igrejas da Misericrdia e Jesus Cristo

    Pelos elementos estatsticos recolhidos nas nossas igrejas durante o ano de 2010, verificmos que o nmero de visitantes continua a subir, com um total de 17.534, cifrando-se num acrscimo de 13,8 %, repartidos por 11.193 visitas Igreja da Misericrdia e 6.341 Igreja de Jesus Cris-to.

    Os Portugueses so aqueles que mais nos visitam com 15.173 visitantes, aos quais se seguem os turistas espanhis com 744. Logo de seguida temos regista-dos os visitantes de cidadania francesa com 461, inglesa 360; alem 262, brasilei-ra 187, polaca 79, italiana com 64, chinesa 40, malaia 40, irlandeses 31 e holandesa com 27. Turistas de outras nacionalidades, como a romena, americana, belga, sueca, austraca, dinamarquesa, russa, ucraniana e canadiana, contribuem com menos de 15 visitantes por nacionalidade.

    Verifica-se ainda que, contrariamente ao

    ano de 2009, o nmero de visitantes por-tugueses subiu, bem assim como visitan-tes de outras nacionalidades.

    Os meses de maior afluxo de visitantes

    foram: Abril na Igreja da Misericrdia (com

    1.549 visitantes) e Outubro na Igreja de

    Jesus Cristo (861); os meses com menor

    registo de visitas foram, Novembro na

    Igreja da Misericrdia (534) e Setembro na

    Igreja de Jesus Cristo (310).

    [ Antnio Monteiro ]

  • 3

    Durante o ano civil, muitas so as comemoraes assinaladas, para de uma forma ou outra homenagear ou chamar a ateno sobre determinados acontecimentos, personalidades, institui-es ou semelhante, promovendo debates e mobilizando as comunidades, para a participao activa na resoluo de factos relevantes que conduzam ao bem estar da humanidade a vrios nveis da vida. Assim nascem os Dias Mundiais disto ou daquilo, os Dias Europeus de diversos factos ou entidades e os Anos Inter-nacionais ligados a uma ou outra causa.

    Normalmente, o ano comea com o Dia Mundial da Paz, no dia 1 de Janeiro, onde mais uma vez se consagram os direitos e as liberdades fundamentais inerentes prpria dignidade de cada um, inseridos nos Direitos Universais do Homem e depois outros se lhe sucedem.

    S no ms de Maro se comemoram mais de 9 dias mundiais ou internacionais.

    Este ano existem trs comemoraes de vulto: Ano Internacio-Ano Internacio-Ano Internacio-Ano Internacio-nal das Florestasnal das Florestasnal das Florestasnal das Florestas, Ano Europeu do VoluntariadoAno Europeu do VoluntariadoAno Europeu do VoluntariadoAno Europeu do Voluntariado, Ano Internacio-Ano Internacio-Ano Internacio-Ano Internacio-nal da Juventudenal da Juventudenal da Juventudenal da Juventude.

    O primeiro promove a sensibilizao dos cidados para a necessidade de conhecer, gerir de uma forma sustentvel e pre-servar as florestas para que haja um melhor ambiente na Terra.

    O Ano Europeu do Voluntariado tem quatro objectivos princi-pais:

    - reduzir os obstculos ao voluntariado na Unio Europeia;

    - promover e capacitar as organizaes de voluntrios, melho-rando a qualidade do voluntariado;

    - sensibilizar as pessoas para o valor e a importncia do volun-tariado;

    DIAS ESPECIAIS [ Emlia Daniel Leito ]

    - reconhecer o trabalho voluntrio.

    E por fim o Ano Internacional da Juventude, que vai envolver os jovens em vrios movimentos, cujo tema principal Dilogo e Dilogo e Dilogo e Dilogo e Compreenso MtuosCompreenso MtuosCompreenso MtuosCompreenso Mtuos.

    Unindo estes trs eventos, surgiu um protocolo que junta a juventude, as florestas e o voluntariado, fazendo nascer o progra-ma Voluntariado Jovem para as FlorestasVoluntariado Jovem para as FlorestasVoluntariado Jovem para as FlorestasVoluntariado Jovem para as Florestas.

    Este protocolo tem por objectivo incentivar a participao dos jovens na preservao da natureza, e em particular da floresta, contribuindo para minorar os incndios florestais atravs de aces de preveno. Neste mbito destaca-se a sensibilizao das populaes para o risco de incndio, a vigilncia e a limpeza dos lixos das reas florestais e parques de merendas contribuindo-se assim para uma menor probabilidade de ocorrncia de incn-dios. Vrias actividades tiveram j lugar, por todo o pas, neste campo de aco, com famlias inteiras participando na limpeza dos espaos florestais, contribuindo para uma melhoria do ambiente e uma maior sensibilizao para as comunidades.

    Este , portanto, o momento ideal para chamar ateno de todos, para os comportamentos a adoptar quando se utilizam os espaos florestais e duma forma geral, a natureza. Todos deve-mos colaborar para a sustentabilidade da floresta, em Portugal. Estaremos a contribuir para proteger o ambiente onde vivemos, assegurando o bem estar dos vindouros.

    E, como dizia Joo Paulo II: urgente que cada cidado tome conscincia do perigo que corre, a fim de participar activamente na defesa do meio ambiente.

    Para isso, necessrio o empenhamento de todos. Vamo-nos unir para contribuir para uma melhoria do nvel de vida na terra, no campo social, econmico e ambiental.

    O Voluntariado pode ser o ponto de partida. Uma actividade que tambm espera por si. Participe! Colabore! D algo de si aos outros!

    A SCMS agradece e espera por si.

    As almas devem ser belas, boas e grandes

    Antero de Quental

  • 4

    [ Vnia Paula | Lurdes Vstia ]

    A rea do patrimnio cultural da Santa Casa da Misericrdia de Santarm a par da sua poltica de interveno em patrimnio material tem tambm a misso de desenvolver e executar uma poltica cultural no domnio do Patrimnio Cultural Imaterial, designadamente atravs da promoo, preservao, conserva-o, valorizao e divulgao, dos textos e mbitos que lhe con-ferem expresso e manifestao, incluindo aqueles que o moder-nismo tem alterado ou eliminado ao nvel dos rituais (medicina popular, ritos de morte, religiosidade, trabalhos rurais), para tanto, nos ltimos meses, as colaboradoras da Santa Casa, Vnia Paula e Lurdes Vstia, participaram em workshops e conferncias no mbito da conservao e restauro dos bens culturais e, na valorizao do patrimnio imaterial como testemunho de uma identidade comum e de tradies.

    Dando seguimento aos projectos de preservao, conservao e restauro do patrimnio cultural material, vrios tm sido os trabalhos desenvolvidos, fundamentado no princpio de dar continuidade ao testemunho histrico da nossa identidade como sociedade e como indivduos.

    Com base em conhecimentos adquiridos e, indo de encontro s necessidades de preservao dos bens materiais existentes na Instituio, iniciou-se um novo ciclo de interveno.

    Sendo a coleco de txteis uma das mais vastas da Instituio e uma das mais carentes de interveno ao nvel da sua preser-vao e conservao, iniciou-se o respectivo tratamento de con-servao e acondicionamento. Esta interveno tem como objectivo salvaguardar e conservar estes bens, fazendo a sua manuteno, uma vez que estamos perante materiais bastante mais sensveis e susceptveis degradao e alterao fsica.

    Uma vez que a coleco, que rene todos os txteis da Institui-o, grande e variada, dividiu-se por grupos, nomeadamente, grupo de paramentaria, grupo de txteis integrados na coleco de alfaias litrgicas e por fim todas as esculturas de roca e de vestir. Como primeira tarefa, desenvolvido um processo de interveno de conservao e acondicionamento em todo o grupo de paramentaria pertencente ao esplio da Instituio. Os txteis so materiais bastante sensveis a factores como humida-de elevada, constante incidncia de luz natural ou artificial, e qualquer outro tipo de exposio constante, como por exemplo suspenso em cabides e o consequente aparecimento de dobras, podendo vir a causar tenso e quebra das fibras perden-do assim a sua resistncia. Para acondicionamento deste tipo de materiais ideal a sua planificao, sendo sempre necessria a sua manuteno e reviso de tempos a tempos.

    Tecnicamente est a ser executa limpeza a seco e remoo de elementos estranhos, criando-se de seguida condies de acon-dicionamento adequadas, concebendo bolsas em pano-cru para cada pea, colocando o maior nmero possvel de peas em condio planificada. Todos os paramentos que se encontram expostos em cabides, sero revistos, conservados e planificados, tentando desta forma, que as fibras no criem tenses e corram o risco de se quebrar. Aps esta interveno os paramentos sero ciclicamente expostos, de modo a dar oportunidade a uma maior rotatividade e consequente divulgao do esplio da San-ta Casa. Ser tambm feita uma reviso e conservao de todos os armrios de acondicionamento de todas as peas (arcazes), efectuando-se a sua limpeza, arejamento e desinfestao, para o adequado acondicionamento das peas.

    Todos os projectos desenvolvidos englobam a valorizao e

    projeco dos bens existentes na Instituio sendo no s desenvolvidos trabalhos de cariz tcnico, como tambm de divulgao, nomeadamente atravs de publicaes, organizao de exposies, workshops, entre outros. Deste modo, tendo em conta a temtica de Txteis, esta, direccionar os trabalhos desenvolvidos para a organizao de uma exposio, bem como de workshops tcnicos.

    PATRIMNIO Novos trabalhos, evoluo, projeco...

  • 5

    No dia 22 de Dezembro de 2010, comemorou-se no Lar de Idosos mais um natal e este ano a preparao deste dia come-ou logo no incio do ms com a realizao do jogo do amigo secreto. Cada uma das funcionrias da resposta social retirou ao acaso o nome de dois/trs utentes ficando responsvel por durante este perodo, at ao dia do jantar, mimar e disponibilizar-se de uma forma muito particular com quem lhe calhou no papelinho. E foi um tempo de muitos miminhos a atenes que tornaram esta poca ainda mais especial.

    No dia do jantar, o momento mais aguardado era o da revela-o e este teve incio com a interpretao de uma msica de natal (Alegrem-se os cus e a terra), com letra adaptada por uma das colaboradoras (Rita Gomes) nossa realidade. De seguida, cada uma de ns, perante um silncio e uma ateno fora do habitual, foi dando pistas caracterizadoras do seu amigo para que o grupo perante as mesmas adivinhasse de quem se tratava, e este foi sem dvida o momento alto da noite suscitando muitas gargalhadas e gestos de ternura.

    A revelao terminou com a entrega de um presente.

    Nesta poca, de uma forma geral todos ficamos mais sensveis e atentos ao que se passa nossa volta, at porque o dia a dia nesta casa, devido ao volume de trabalho nem sempre permite que haja tempo para parar, ouvir e dar ateno devida a todos os nossos utentes, que tambm nesta altura denunciam uma carn-cia de afectos e ateno mais evidente.

    A saudade do vivido aviva a memria do passado e a conscin-cia de que este no volta assume um peso particular nesta poca em que nem todas as famlias se lembram e por vezes temos de

    ser ns, que deixamos as nossas famlias em casa a atenuar estas ausncias.

    Testemunho de uma utente:Testemunho de uma utente:Testemunho de uma utente:Testemunho de uma utente:

    Venho agradecer a agradvel festa de Natal que nos foi ofere-cida, a lindssima cano cantada e ouvida com muita emoo. Eu falo por mim, pois senti tristeza e alegria. A entrega dos pre-sentes foi um momento muito bem disposto e com muita graa. Um obrigado Dr. Cludia, Dr. Carla e a todas as nossas colabo-radoras, sempre bem dispostas, cansadas, mas muito gentis.

    Que o novo ano, lhes traga tudo de bom, em especial, sade, a maior riqueza da vida. Para ns utentes algumas melhoras so sempre bem vindas.

    Para todas que ajudaram a recordar as nossas casas e familia-res envio um abrao e um beijo do tamanho do mundo com

    amizade sincera a gulosa (foi o anjinho que disse, e que eu gostei da verdade com que ele falou) .

    Raquel Madeira

    MsicaMsicaMsicaMsica

    AlegremAlegremAlegremAlegrem----se nossos amigosse nossos amigosse nossos amigosse nossos amigos

    Partilhamos a alegriaPartilhamos a alegriaPartilhamos a alegriaPartilhamos a alegria

    Durante o ano inteiroDurante o ano inteiroDurante o ano inteiroDurante o ano inteiro

    Vivemos o dia a diaVivemos o dia a diaVivemos o dia a diaVivemos o dia a dia

    Entrai no Lar de Idosos

    Por esta porta amiga

    Estamos sempre disponveis

    Em qualquer hora do dia

    Natal todos os dias

    E aqui no h igual

    Partilhamos o bem

    Ajudamos no mal

    Aqui neste jantar

    Trazemos muitos miminhos

    Para partilhar

    E vos dar com muito carinho

    Cantando esta cano

    Escrita com muita emoo

    Desejamos para todos

    O melhor do corao

    NATAL no Lar de Idosos

    [ Cludia Redol ]

  • 6

    Reunio da Assembleia Geral Decorreu na Sala do Definitrio no pas-

    sado dia 28 de Maro a Assembleia Geral Ordinria como determina o Compromis-so.

    Convocada para as 17 horas, presidiu Assembleia o Cor. Antnio Manuel Garcia Correia, Presidente da Mesa da Assem-bleia Geral, secretariado pelos Irmos Jorge Paulo Ferreira e Prof. Adelino da Cruz, a fim de ser posto considerao e votao dos Irmos o contedo da Con-vocatria, datada do dia 4, cuja Agenda de Trabalhos era a seguinte:

    1)1)1)1) Apreciao e Votao do Relatrio e Apreciao e Votao do Relatrio e Apreciao e Votao do Relatrio e Apreciao e Votao do Relatrio e Contas de Gerncia do ano de 2010Contas de Gerncia do ano de 2010Contas de Gerncia do ano de 2010Contas de Gerncia do ano de 2010;

    2)Outros assuntosOutros assuntosOutros assuntosOutros assuntos.

    O Presidente da Mesa deu incio Assembleia quando eram dezoito horas, com vinte e trs Irmos presentes, os quais saudou e a quem agradeceu a pre-sena.

    Leu a Ordem de Trabalhos e solicitou ao Irmo Antnio Monteiro a leitura da Acta da Assembleia Geral Ordinria ante-rior - 15 de Novembro de 2010 - o que foi feito, tendo sido aprovada por unanimida-de.

    O Presidente da Mesa, antes de iniciar a Ordem de Trabalhos, props um minuto de silncio de homenagem e em mem-ria dos Irmos, de cujo falecimento se tomou conhecimento, aps a ltima Assembleia Geral, o qual foi respeitado e cujos nomes aqui se indicam:

    - Francisco Rosa Pais de Azevedo

    - Artur Vieira Dias.

    Terminado o minuto de silncio, pas-sou Ordem de Trabalhos, dando a palavra ao Provedor, Eng. Mrio Augus-to Carona Henriques Rebelo, para apre-sentao do

    Ponto Um Ponto Um Ponto Um Ponto Um ---- Apreciao e Votao do Apreciao e Votao do Apreciao e Votao do Apreciao e Votao do Relatrio e Contas de Gerncia do ano de Relatrio e Contas de Gerncia do ano de Relatrio e Contas de Gerncia do ano de Relatrio e Contas de Gerncia do ano de 2010.2010.2010.2010.

    O Provedor, atravs de projeco digital, apresentou o Relatrio de Gesto, referin-do a estrutura de cada uma das Respostas Sociais: frequncia mdia de Clientes, nmero de Colaboradores, proveitos e custos mdios por Cliente e respectivos resultados operacionais, concluindo que, apenas quatro Respostas Sociais obtiveram resultados operacionais positivos: Pr-Escolar, Servio de Apoio Domicilirio, Apoio Domicilirio Integrado e Lar de Idosos, sendo todas as outras deficitrias.

    Ainda, atravs de projeco digital do

    Relatrio Contabilstico, apresentou a estrutura econmico financeira da Instituio, come-ando por sublinhar o acrscimo verificado no Patrimnio Bruto - 827.045,00 - decor-rente da obra da Uni-dade de Cuidados Continuados de Lon-ga Durao e Manu-teno, a abrir.

    Salientou, tambm, atravs do quadro de Demonstrao de Resultados, as contas de maior expresso quer nos Proveitos quer nos Custos, com especial destaque para as seguintes:

    ---- ProveitosProveitosProveitosProveitos: Mensalidades de Clientes e Subsdios Explorao (nesta, esto includas as verbas pagas atravs dos Acordos de Cooperao com a Segurana Social),

    ---- CustosCustosCustosCustos: Custos com o Pessoal (2.228.87l,97), correspondentes a 64,84% da totalidades dos custos),

    - Custos dos Gneros Alimentares Gneros Alimentares Gneros Alimentares Gneros Alimentares e Fornecimento de Servios ExternosFornecimento de Servios ExternosFornecimento de Servios ExternosFornecimento de Servios Externos.

    Alertou os Irmos para os Resultados Operacionais Negativos, evidenciados pela Conta de Explorao, no valor de (409.499,58 ). O Resultado final do exerccio , no entanto, positivo em 52.822,78, merc dos Resultados Finan-ceiros e Resultados Extraordinrios, pro-venientes, aqueles, predominantemente das rendas dos imveis e estes, de Donati-vos em dinheiro e em espcie e de Subs-dios ao Investimento.

    Acabou por referir que a estrutura econmico-financeira da Instituio se revela slida e estvel, pois no existem dvidas dignas de nota e paga atempadamente aos seus Colaborado-res e fornecedores. H, no entanto, que ter em considerao, o facto de a Conta de Explorao ser deficitria h anos, constituindo grande preocupao para a Mesa Administrativa, encontrar novas fontes geradoras de receitas, por forma a diminuir, progressivamente, o resultado operacional negativo.

    Para terminar props aos Irmos que o excedente lquido do exerccio - 52.822,78 - seja acrescido Conta de Resultados Transitados, ficando esta com um saldo de 2.342.042,85 .

    Terminada a interveno do Pro-

    vedor, o Presidente da Mesa da Assembleia solicitou aos Irmos a apresentao das suas sugestes ou dvidas. Como ningum se manifes-tou, convidou o Presidente do Con-selho Fiscal a ler o parecer daquele rgo, sobre o Relatrio e Contas de Gerncia do ano de 2010.

    O Presidente do Conselho Fiscal, Dr. Joaquim Botas Castanho, apre-sentou, resumidamente, o Parecer do Conselho Fiscal, o qual aps cuidada apreciao e anlise concluiu que: as Contas esto elaboradas de acor-do com as normas regulamentares para as IPSS e reflectem de forma apropriada a situao Patrimonial e Financeira da Instituio, revelando grande estabilidade ao nvel das acti-vidades operacionais.

    Acabou por propor que:

    - Seja aprovado o Relatrio Anual, o Balano, a Demonstrao de Resulta-dos e Relatrio Anexo,

    - Seja aprovada a proposta da Mesa Administrativa, de aplicao do Resultado Lquido do exerccio na Conta de Resultados Transitados.

    De novo o Presidente da Mesa soli-citou a interveno dos Irmos para apresentarem os seus pedidos de esclarecimentos ou dvidas e dado que no houve intervenes, subme-teu a votao o Relatrio e Contas de Gerncia do Ano de 2010, tendo sido aprovado por unanimidade.

    O Presidente passou, ento, ao pon-to seguinte da Ordem de Trabalhos, ou seja:

    Ponto Dois: Outros Assuntos.Ponto Dois: Outros Assuntos.Ponto Dois: Outros Assuntos.Ponto Dois: Outros Assuntos.

    O Provedor usou da palavra para dizer que, j este ano, o plano de con-tas passar a reger-se, por imposio

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    legal, pelo SNC SNC SNC SNC - Sistema de Norma-Sistema de Norma-Sistema de Norma-Sistema de Norma-lizao Contabilstica, lizao Contabilstica, lizao Contabilstica, lizao Contabilstica, para as ESNL ESNL ESNL ESNL - Entidades do Sector noEntidades do Sector noEntidades do Sector noEntidades do Sector no Lucrativo, Lucrativo, Lucrativo, Lucrativo, normas essas que esto a ser imple-mentadas. Disse ainda, que a Unida-de de Cuidados Continuados de Long a Dur a o e Man ut en o entrar em funcionamento em breve.

    Quanto Campus XXI, S.A., infor-mou no haver, ainda, dados con-cretos, pese embora j ter sido manifestada a inteno de a Santa Casa se retirar da Sociedade e, em vo, se tem insistido pela remessa da Acta da ltima Assembleia Geral, a qual teve lugar em 09/12/2010.

    O Presidente da Assembleia props, ento, um voto de louvor Mesa Administrativa pelo trabalho, que, com mrito vem desenvolvendo em prol da Santa Casa, no obstante as grandes dificuldades actualmente sentidas. O voto foi aprovado por una-nimidade.

    E no havendo mais nada a tratar, deu por encerrada a Assembleia dese-jando a todos uma Santa Pscoa.

    [ Eusbio Jorge ]

    A Monumental Praa de Toiros Celestino Graa engalanou-se para a corrida inaugu-ral da temporada.

    Presena de numeroso pblico, com clarei-ras nos sectores Sombra e Sol. Integrada no ciclo das Festas de S. Jos, reuniu no mes-mo cartel o cavaleiro Joo Salgueiro (neto do saudoso Dr. Fernando Salgueiro), Joo Telles Jnior (continuador da dinastia ini-ciada por seu av, David Ribeiro Telles) e Tiago Carreiras, o jovem em quem a aficionaugura atingir o ceptro da tradio portuguesa. Dois grupos de forcados que dispensam adjectivos, Amadores de Santa-rm e Alcochete, capitaneados por Diogo Seplveda e Vasco Pinto, respectivamente.

    Seis touros com a divisa de Conde de Forni-lhos, completaram o aliciante cartaz, com excepo do que abriu a corrida, e contri-buram de forma positiva para o xito alcanado por Salgueiro. Lide bem adminis-trada no toiro que revelou casta e lampejos de bravura, que o pblico sublinhou com ovao triunfal e volta arena.

    No quarto da ordem, Fernando Salgueiro esteve diligente e valoroso nas preparaes e s com brio, deu volta ao manso a refu-giar-se em tbuas. Aplausos dispersos para o labor do cavaleiro de Valada.

    A seguir presencimos a actuao do novel cavaleiro, Joo Telles Jr., que soube e bem, sacar partido do toiro mansote que lhe coube. Bem montado, revelou da melhor forma, as situaes do manso a refugiar-se nas tbuas. Foi recebido em sorte gaiola com destreza e valor pelo cavaleiro da Tor-rinha que, no final, deu volta arena para receber flores e devolver prendas de vestir. Dois violinos despertaram o entusiasmo do pblico excitante. Ovao.

    O terceiro toiro saiu para Tiago Carreiras que revelou mansido mas deixou-se lidar pelo novel cavaleiro, que apresentou em Santarm, montadas com arranjo primoro-

    so conduzidas em terrenos de peso. Esta-mos na presena de um jovem promissor a figura notvel. Deu volta arena nos dois toiros que lidou, ao som de msica e aplau-sos de admirao.

    Os Grupos de Forcados estabeleceram ardorosa competio. Por Santarm pega-ram Diogo Seplveda (valor e brio), Ant-nio Grave (3 tentativa) e outro forcado que evidenciou destreza.

    Por Alcochete, Ruben Duarte (notvel exe-

    cuo crnea), Nuno Santana (4 tentati-

    va). Todos os forcados excederam em brio

    o que faltou em sorte.

    A MONUMENTAL CELESTINO GRAA INAUGUROU A POCA TAUROMQUICA

    CONSIGNAO DE 0,5 % DO IRSCONSIGNAO DE 0,5 % DO IRSCONSIGNAO DE 0,5 % DO IRSCONSIGNAO DE 0,5 % DO IRS A Misericrdia neste ano de 2011 pode beneficiar de donativos atravs da Declarao de IRS, isto , todos os sujeitos passivos de IRS, podem

    contribuir atravs da sua declarao anual. A totalidade dos impostos que pagamos destina-se a financiar as despesas pblicas do Estado, mas no decidimos directamente onde so apli-

    cados. A nica excepo existente a possibilidade de destinar 0,5% do nosso IRS a uma determinada instituio particular de solidariedade social, por exemplo Santa Casa da Misericrdia de Santarm, contemplado na Lei n. 16/2001 de 22 de Junho. Esta percentagem retirada ao total que o Estado liquida, e no ao imposto que lhe deve ser devolvido (se houver lugar restituio), logo, no existe qualquer custo por desti-nar 0,5% do seu IRS a esta instituio.

    Em Anexo, vai uma informao, sobre a Consignao de IRS a favor da Santa casa da Misericrdia de Santarm, a qual podero informar, impri-mir e/ou enviar por mail, a todos os vossos amigos, familiares e conhecidos, e outros. Podero tambm, colocar nas redes sociais e/ou em sites de Internet. A Santa Casa da Misericrdia agradece.

  • 8

    A Misericrdia muito se honra pela visita feita s instalaes

    da Santa Casa e pela ateno concedida aos seus clientes no

    passado dia 8 de Janeiro, do candidato Presidncia da Repbli-

    ca, Professor Doutor Anbal Cavaco Silva.

    Os Srs. Provedor e Vice-Provedor estiveram presentes em

    Lisboa no dia 26 de Janeiro, na sesso de esclarecimento sobre o

    Protocolo de Cooperao para 2011, promovido pela Unio das

    Misericrdias Portuguesas.

    A Mesria Cremilda Salvador foi representar a Santa Casa no

    encontro nacional Horizontes de Mudana na Violncia s pes-

    soas Idosas que decorreu nos dias 20 e 21 de Janeiro, no audit-

    rio da Fundao Montepio em Lisboa. Acompanharam-na duas

    Tcnicas da Santa Casa da Misericrdia.

    O Provedor e o Mesrio Casimiro Santos estiveram presentes

    no jantar promovido pela Cmara Municipal de Santarm, em

    Alcochete, para apresentao pblica das contas referentes

    festa tauromquica dos dias 23 e 24 de Outubro de 2010.

    O Provedor e o Mesrio Casimiro Santos representaram a San-

    ta Casa da Misericrdia no descerramento do busto de Jos

    Manuel Casqueiro no CNEMA, no dia 22 de Janeiro.

    Estiveram ainda presentes na cerimnia de encerramento das

    Comemoraes dos 25 anos do ISLA, realizada no dia 29 de

    Janeiro, em Rio Maior, o Provedor e os Mesrios Jos Cunha e

    Casimiro Santos

    O Provedor esteve presente na reunio da UMP em Lisboa,

    relativa ao Protocolo de Colaborao celebrado para o ano de

    2011.

    A Mesria Cremilda Salvador esteve presente na homenagem

    a Ladislau Botas no dia 29 de Janeiro, na S Catedral.

    A Santa Casa da Misericrdia recebeu os visitantes do Projecto

    LATERLIFE que foram presenteados com algumas especialidades

    da regio.

    Estiveram presentes na reunio da Assembleia Geral da CAM-

    PUS XXI, o Provedor, o Vice-Provedor e o Mesrio Joo Pita Soa-

    res, alm do Eng Armando Rosa.

    O Mesrio Jos Cunha representou a SCMS na Assembleia

    Geral da Escola Profissional de Lisboa e Vale do Tejo, onde foi

    aprovada a venda de aces.

    A Secretria Emlia Daniel Leito esteve a representar a SCMS

    na assinatura do protocolo da Rota das Catedrais que se realizou

    na S de Santarm, a 3 de Maro, na cerimnia de apresentao

    pblica do Programa do Exrcito para as Comemoraes do

    Bicentenrio da Guerra Peninsular.

    O Provedor, o Mesrio Jos Cunha e a Coordenadora Dr

    Maria Jos Casaca estiveram presentes numa conferncia organi-

    zada pela Escola Superior de Tecnologia e Gesto sobre o Plano

    Nacional de Sade.

    O Vice-provedor esteve presente na cerimnia de atribuio

    da medalha de ouro ao Dr. Miguel Relvas, pela Nersant e na reu-

    nio do ncleo do CLASS.

    O Provedor esteve presente na Escola Ginestal Machado, para

    a assinatura do Protocolo de Formao em Contexto de Traba-

    lho, dos alunos dos Cursos profissionais de Nvel Secundrio, no

    dia 15 de Maro. No mesmo dia, as Mesrias Cremilda Salvador e

    Emlia Daniel Leito representaram a SCMS na cerimnia de

    abertura da exposio dos trabalhos dos alunos da UTIS.

    Devido ao acordo entre a UMP e o Aki, foi recebido na SCMS

    um donativo de roupas e sapatos.

    Estiveram presentes na SCMS, para fazer algumas pesquisas

    no nosso arquivo histrico, o Dr. Miguel Metelo de Seixas

    e o Dr. Joo Bernardo Galvo Telles, da Universidade Lusada .

    O Provedor e o Vice-Provedor assinaram um protocolo de

    cooperao entre a SCM do Sardoal e a SCM de Santarm, para

    intercmbio entre estas duas instituies.

    NOTCIAS BREVES

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    RECITAL DE ANO NOVO

    O Carnaval uma poca de alegria e como tal expande-se a todos, velhos e novos; no h debilidade fsica ou psquica que impea de nos divertirmos. Este ano o Car-naval dos seniores da Santa Casa da Misericrdia de Santarm foi em grande parte celebrado na Horta da Fonte, no Cartaxo. Vrias instituies de solidariedade do concelho para l deslo-caram os seus clientes.

    nica condio: irem mascarados. No faltaram os ndios e cowboys, damas antigas e cavaleiros, capuchinho vermelho e lobo mau, noivos e padre e at mesmo os campinos e o touro marcaram presena.

    Cara pintada ou no, a sala encheu-se e as respectivas tcnicas espicaaram os mais tmidos; a msica e as luzes fizeram o resto.

    Para a maioria dos participantes foi concerteza a primei-ra vez que entraram numa discoteca, mas que bonito foi ver a alegria estampada no rosto dos pares, cantando e

    O CARNAVAL NA HORTA [ Cremilda Salvador ]

    Encerrou na Igreja do Seminrio o I Ciclo de rgo de Santa-rm que decorreu entre 25 de Setembro de 2010 e o passado dia 13 de Maro.

    O ano de 2011 no poderia ter comeado de melhor forma. Logo no primeiro dia de Janeiro, a Igreja da Misericrdia rece-beu uma vez mais os amantes da msica erudita e, nela se fez sentir de novo o pulsar do rgo histrico construdo em 1818, por um dos maiores mestres da organaria portuguesa, Antnio Xavier Machado e Cerveira.

    O panorama musical scalabitano ficou a ganhar com a parti-cipao de mais um jovem talento a afirmar-se no firmamento da msica portuguesa para rgo. Isabel Albergaria, interpre-tou um rico e variado repertrio espanhol, italiano, francs e portugus. A sua interpretao, diramos mesmo, poderia ser comparada aos melhores mestres da actualidade. O pblico presente pde apreciar composies de Antnio de Cabezn, Rodrigues Coelho, Pablo Bruna, Clrambault, Paganneli e Joo Baldi.

    Do repertrio portugus, destacamos o conjunto de indi-tos de Tema e Variaes do grande mestre organista Joo Vaz, que fez aqui a sua apresentao como compositor. Apreci-mos particularmente este momento, pelo facto das composi-es conseguirem extrair todas as potencialidades do rgo, de onde resultou uma afortunada simbiose entre a composi-o e a interpretao, num recital que marcou com nota positi-va o incio do ano musical de 2011.

    danando ao ritmo da msica, numa alegria em que se trocaram afectos e viveu a Festa sem preconcei-tos!

    Foi um dia em que todos fomos jovens e festej-mos o Entrudo, numa "Horta" semeada pela solida-riedade dos donos e a farta colheita foi uma oportu-nidade fantstica de saborear os pequenos frutos que a vida nos d para sermos FELIZES.

    [ Antnio Monteiro ]

  • 10

    OBRAS DE MISERICRDIA - Dar pousada aos peregrinos e pobres

    [ Antnio Monteiro ]

    No seguimento da leitura dos vrios painis que ornamentam a Sala do Defini-trio desta Santa Casa com a temtica das Obras de Misericrdia, cumpre-nos olhar mais atentamente para o segundo meda-lho ali representado DAR POUSADA AOS PEREGRINOS E POBRES, uma das Obras enunciadas por Job (Jb 31, 16-32).

    Esta 6 Obra de Misericrdia Corporal vulgarmente enunciada como Dar pousa-da aos peregrinos, contudo, o Compro-misso de 1577 desta Santa Casa designa-o como Dar pousada aos peregrinos e e e e POBRESPOBRESPOBRESPOBRES; assim, ao redigirmos este artigo, achmos por bem mantermo-nos fiis ao esprito e orientao daquele secular regulamento o qual, pensamos, melhor traduz os reais objectivos que tm nortea-do esta Instituio: o de servir a Comuni-dade que a rodeia.

    Debruando-nos sobre o painel azule-jar, verificamos que a composio cnica decorre na frente de uma casa de habita-o onde, os supostos proprietrios da mesma recebem em posio de grande cordialidade, um romeiro que em trnsi-to, pede abrigo. Os donos da casa trajam segundo os costumes da poca seiscen-tista: o homem, gibo, calo, sapato com lao ou fivela, capa e chapu de forma

    tronco-cnica alta, de abas largas e emplumado; a mulher, pelote e saio. Quanto ao peregrino, a sua indumentria no nos deixa dvidas da sua qualidade de romeiro; a capa, as botas de cano alto, o bordo, o chapu de abas largas (suspenso pelas costas) e a bolsa dos haveres pessoais, caracterizam fielmente este personagem. O smbolo da vieira, cruzada por dois bordes, estampado na capa ao nvel do ombro direito , definiti-vamente, uma clara aluso aos caminhos de Santiago.

    O caminho de Santiago em Santarm, remonta j ao sculo XII, pois tanto quan-to sabemos, a Ordem de Ucls (ou de Santiago) a terceira instituio religioso-militar a entrar nesta cidade, tendo a sua igreja de Santiago Maior sido edificada por volta do ano de 1193. Estava situada na encosta nordeste da Alcova e o seu acesso fazia-se pelo caminho de Santiago que ia da Ribeira de Santarm subindo at ao Buraco de Salinas (ou Porta de Santiago). Segundo as Actas da Cmara, ainda existia em 1835 mas, das suas ru-nas, nada restou. Faz pois, todo o sentido, a representao azulejar de um caminhei-ro de Santiago nos painis da Sala do Definitrio, posto que a Santa Casa da Misericrdia, atravs da aco assistencial do seu Hospital de Jesus Cristo, a partir de 1500, assume um papel preponderante no acolhimento e tratamento de doentes, viajantes e peregrinos.

    Em perodo medieval, o grande suporte de apoio no acolhimento queles que transitavam pela vila na sua marcha para outras terras, era sem dvida, os 14 pequenos hospitais que, de uma forma geral, tinham quase sempre anexa uma albergaria ou estalagem. So disso exem-plo, o hospital de Pedro Escuro em cujo

  • 11

    testamento dispunha o seu instituidor [...] que se ordene no dito hospital uma casa em que se ponham seis camas, [...] para agasalho dos pobres caminhantes [...]; o hospital de D. Gaio, onde havia a [...] obrigao de [...] ter trs camas [...] para os pedintes andantes [...] e o hospi-tal de Palhais onde dispunha o regimento que [...] na enfermaria que no dito hospital de Palhais est, mande [o Provedor] sempre ter camas para recolher e agasa-lhar os pedintes andantes [...].

    Nestas albergarias eram recolhidos os pedintes caminhantes que se dirigissem ao hospital, por perodo mximo de trs dias, tendo direito a esmola, gua, cama, lenha e assistncia mdica caso fosse necessrio.

    Todos estes pequenos hospitais e alber-garias so anexados ao Hospital de Jesus Cristo em 1485 onde, por vontade testa-mentria do seu fundador, havia tambm [...] at vinte [e] quatro camas para os pedintes, e cada uma delas ter hum enxergo de palha e um almadraque e um cabeal de l ou de estopa da terra, tudo cheio de l, e duas cobertas [...], acrescentando ainda que, para os romei-ros e peregrinos, [...] haver mais no dito hospital seis camas limpas para se darem a pessoas honradas assim religiosos clri-gos ou frades, como romeiros e pessoas outras andantes, homens ou mulheres que a no dito hospital se quiserem agasa-lhar.

    Para alm do Hospital de Jesus Cristo, fica-nos tambm a concorrncia do mal conhecido hospital dos Pobres Caminhan-hospital dos Pobres Caminhan-hospital dos Pobres Caminhan-hospital dos Pobres Caminhan-testestestes, o qual, estabelecido em 1492 mas reordenado por D. Manuel em 1500, con-tava j com 30 camas, sendo 24 para pobres pedintes e 6 para romeiros, homens limpos que fossem para romaria, ou para clrigos, frades ou religiosos.

    Mas, a Misericrdia de Santarm, no apoiava somente viajantes, religiosos ou peregrinos. Auxiliava tambm, quando algum pobre tinha absoluta necessidade de se deslocar para outra localidade, por razes de sade ou de famlia e no tinha meios para o fazer; ento, era passada Carta de GuiaCarta de GuiaCarta de GuiaCarta de Guia, que seria depois apresenta-da, nos albergues, conventos, mosteiros, hospitais e outros estabelecimentos de assistncia nos locais de sua passagem, a fim de lhes ser prestada a assistncia que necessitassem. O valor da esmola dada atravs da Carta de Guia, dependia sem-pre do grau de pobreza dos requerentes, da natureza das suas necessidades e da distncia a percorrer.

    Como se poder depreender, a Carta de Guia era um documento muito solicitado, havendo muitas referncias apontadas nos livros de Despesas da Santa Casa, todavia, por ser um ttulo que fazia prova de uma determinada necessidade, era automaticamente destrudo quando o

    portador atingia o local de destino, evi-tando-se assim abusos na sua utilizao. Isso tornou a Carta de Guia, um documen-to rarssimo de se localizar na actualidade, mesmo nos arquivos histricos.

    Actualmente, e de uma forma atenta s necessidades sociais, a Misericrdia de Santarm continua a acolher peregrinos, mas numa dimenso mais lata do concei-to de acolhimento.

    Aos que nos procuram durante o seu percurso de vida, ns respondemos: Estamos aqui ! Queremos com isto dizer que na Misericrdia, h disponibilidade para Acolher, OuvirAcolher, OuvirAcolher, OuvirAcolher, Ouvir e em conjunto Enca-Enca-Enca-Enca-minhar, minhar, minhar, minhar, segundo as necessidades de quem chega at ns com um pedido, nem sempre claro sobre as mesmas.

    Hoje, como no ano de 1500, cumprem-se as Obras de Misericrdia, adequadas conjuntura social dum mundo em mudana que nos desafia a Dar Pousada a Dar Pousada a Dar Pousada a Dar Pousada a Peregrinos e PobresPeregrinos e PobresPeregrinos e PobresPeregrinos e Pobres, medida das novas solicitaes e tambm dos recursos, sem-pre exguos para tanta solicitao.

    De lembrar que no Centro de Atendi-mento e Acolhimento Social durante o ano de 2010 atendemos/encaminhmos 234 pessoas .

    Nesta Resposta Social onde se cen-tram os servios que se adequam popu-lao em causa, que tem como caracters-tica fundamental: a flexibilidade, que per-mite uma interveno pronta e medida de cada individuo, sempre considerando este numa perspectiva holstica do Ser.

    Exemplar nico do sc. XVIII

    existente no Arquivo da Santa Casa da Misericrdia

    que subsistiu por um lapso do escrivo

    A UTIS - Universidade da Terceira Idade de Santarm comemorou no passado dia 30 de Maro o seu 7 Aniversrio, com uma Eucaristia, celebrada pelo Senhor Padre Vtor Alcobia, na Igreja da Miseri-crdia. Seguiu-se um jantar convvio, com fados, no Restaurante Aromatejo, em que participaram 106 pessoas, entre representantes das entidades parceiras, professores e alunos.

    Fica aqui o nosso muito obrigado a todos os que, ao longo destes sete anos, tm feito parte deste Projecto.

    Aproveitamos a oportunidade para relembrar algumas das actividades que desenvolvemos de Janeiro a Maro de 2011:

    - Participao no VII Concurso de Cultu-ra Geral Saber +, a 29 de Janeiro, em Tor-res Vedras.

    - Palestra sobre Dores nas Costas, no mbito da Campanha Nacional Olhe pelas suas Costas, realizada a 22 de Fevereiro, na Sala da Formao da Santa Casa da Misericrdia de Santarm.

    - Exposio dos trabalhos realizados pelos alunos das disciplinas de Artes Decorativas, Arraiolos, Bordados, Pintura e Registos no ano lectivo transacto. A Exposio, intitulada Sonhos com Arte, contou com cerca de 122 trabalhos e esteve patente de 15 a 24 de Maro, no WShopping, em Santarm.

    - A Tuna da UTIS participou no VII Festi-val de Grupos Musicais Seniores, realiza-do em Lamego, a 16 de Maro, e a turma de Teatro participou no VI Festival de Teatro Snior, em Carnide, a 31 de Maro. Ambos os Festivais so iniciativa da RUTIS, em colaborao com as Universi-dades da Terceira Idade locais.

    No poderamos deixar de agradecer equipa que participou no Concurso de Cultura Geral, Tuna e turma de Teatro a forma exemplar como representaram a nossa UTIS!

    Um ltimo agradecimento Direco do WShopping, pela colaborao na Exposio, bem como a todos os alunos e professores que nos apoiaram na realiza-o deste evento.

    At breve.

    Breves da UTIS [ Cristina Jorge ]

  • 12

    ZeferinoZeferinoZeferinoZeferino Pacheco SarmentoSarmentoSarmentoSarmento da Concei-o nasceu em Santarm a 16 de Janeiro de 1893. Diplomou-se com o Curso de Engenheiro Auxiliar Electrotcnico pelo Instituto Industrial de Lisboa. Foi arque-logo e jornalista por paixo e especializou-se em patrimnio tendo por isso sido colaborador da Direco Geral dos Edif-cios e Monumentos Nacionais.

    Em 1916 integra, com um grupo de amigos, a Comisso de Salvao dos Monumentos Histricos de Santarm da qual foi presidente o Cnego do Patriar-cado de Lisboa, Joaquim Augusto, desta-cando-se nesta comisso, entre outros, Laurentino Verssimo e Afonso dOrnellas. Uma das atitudes desta Comisso foi a defesa da Torre das Cabaas que a Cma-ra de Santarm queria demolir desde finais do sculo XIX. 1

    No ano de 1929 convidado a juntar-se Comisso de Iniciativa e Turismo, pelo ento Presidente do Conselho de Minis-tros, Artur Ivens Ferraz, (1929-1930), quando era Chefe da seco electrotcni-ca dos CTT de Santarm 2. Esta Comisso era presidida por Egdio Augusto de Sou-sa e o Eng. Zeferino Sarmento foi seu vice-presidente.

    Durante o decorrer de 1930 torna-se membro da Comisso Municipal de Arte e Arqueologia onde desempenha um papel importante que lhe granjeia a estima pblica.

    Em 1931 publica a obra Santarm com ilustraes da autoria de Jos Marques de Abreu, artista grfico e professor de por-tugus, figura importante na difuso das artes grficas em Portugal.

    No ano de 1933 agraciado com o grau de Oficial da Ordem de Cristo (05-10) pelo Presidente da Repblica Antnio scar de Fragoso Carmona (1926-1951) e no decurso do ano de 1936 tambm agra-ciado, pelo mesmo Presidente, com o grau de Oficial da Ordem de Mrito Indus-trial (22-08).

    durante o ano de 1937 que assume a gesto do Museu de S. Joo de Alporo, aps a morte de Laurentino Verssimo, e confrontado com o espao limitado do templo e um ror de vrios objectos deixa-dos no cho, nas prateleiras e nos arm-rios, vendo-se na contingncia de obter outros espaos de modo a modernizar a exposio permanente seguindo exem-plos de outros museus portugueses que

    conhecia e visitava, em especial o Museu Machado de Castro. Patrocina ainda a colocao de objectos do Museu a deco-rar outros espaos artsticos da cidade.

    Em 1937 afirma que a talha colocada na Igreja de Jesus do Stio, vulgo Igreja do Hospital, foi retirada do Convento de S. Domingos de Santarm. Durante o ano de 1940 e aquando da deciso da Direc-o Geral dos Monumentos Nacionais de desmontar o altar de pedra, do sculo XVII, dedicado a So Nicolau Tolentino e a respectiva tela, existentes na Igreja da Graa, o Eng. Zeferino Sarmento empe-nhou-se junto da Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericrdia de Santarm no sentido deste altar e tela serem colo-cados na capela-mor da Igreja de Jesus do Stio, onde se encontram actualmente.

    Foi ainda a rogo do Eng. Zeferino Sar-mento que, em 1941, a Santa Casa da Misericrdia cede, a ttulo devolutivo, ao Museu de S. Joo de Alporo alguns objectos museolgicos existentes na Igre-ja da Misericrdia.3 Neste mesmo ano cria a associao Grupo dos Amigos do Museu e Obras de Arte de Santarm.

    Em 1942 nomeado Conservador dos Monumentos de Santarm, categoria honorfica que a edilidade lhe concedeu pelo seu empenho e interveno pblica e colabora como consultor nas obras de restauro da Capela do Monte sob o patro-cnio de um Irmo da Irmandade da Senhora do Monte, Capito Jlio da Costa Pinto, que decidiu recuperar a Capela assim como algumas casas envolventes destinadas ao sacristo e s merceeiras.

    Por iniciativa do Eng. Zeferino Sarmento e do apoio do Grupo de Amigos do Museu e Obras de Arte de Santarm, reali-za-se em 1945, a inaugurao do Museu dos Coches, no piso inferior da Casa-Museu Braamcamp Freire, e nele se exi-biam coches, seges, equipagem e objec-tos relacionados, oferecidos pela Casa Cadaval. Neste ano eleito Vogal da Mesa Administrativa da Santa Casa da Miseri-crdia de Santarm no mandato do Pro-vedor Jos da Mota Henriques de Carva-lho, sob cuja provedoria deu inicio reali-zao dos Cortejos de Oferendas, que se mantiveram anuais at 1966, de modo a angariar fundos para o Hospital e o Asilo. Foi um dedicado e assduo Irmo Visita-dor do Asilo da Santa Casa da Misericr-dia de Santarm e toda a sua orientao ficou assinalada na obra exposta pois foi

    por sua proposta que a Mesa tomou a iniciativa de realizar arranjos no refeitrio, corredores e dormitrios, restaurar a Capela, criar uma Sala do Asilado e colo-car aparelhos de ginstica na cerca para recreio dos rapazes.

    Em 1948 eleito Vogal da Mesa Admi-nistrativa da Santa Casa da Misericrdia de Santarm no mandato do Provedor Major Jlio Alberto Gomes de Carvalho e em 1951 eleito Vogal da Mesa Adminis-trativa da Santa Casa da Misericrdia de Santarm no mandato do Provedor Eng. Antnio Manuel de Passos de Sousa Canavarro. A meio do mandato, em 1952, e aps divergncias mantidas no decorrer do seu mandato como Mesrio da Santa Casa da Misericrdia de Santarm, pede a demisso no dia 28 de Outubro.

    Recebe a Medalha de Ouro da cidade em 1959 pelos prestimosos servios pres-tado em prol do desenvolvimento cultu-ral da cidade.

    No ano de 1960 empenha-se na luta pela manuteno da Praa de Touros, ainda com vestgios do extinto Convento S. Domingos, sob a liderana do Advoga-do Rocha Souto e colaborador entusias-ta das obras de restauro levadas a cabo pelos Monumentos Nacionais na Capela de Nossa Senhora do Monte. da sua autoria o texto do relatrio efectuado aquando da concluso das obras no monumento.

    Morre em 1968 e com a sua morte o Museu de S. Joo de Alporo transforma-se numa instituio com fim anunciado, passando a ser conhecido como museu dos cacos.

    ____________ 1. O Sculo de 2 de Agosto de 1916, p. 2, col. 4 e

    Dirio de Notcias de 8 de Agosto do mesmo ano, p. 3,

    2. Dirio do Governo II srie, n 276 de 26 de Novem-bro de 1929,

    3. Oficio camarrio, n 20 de 19 de Dezembro de 1940.

    Zeferino Sarmento

    [ Lurdes Vstia ]