bocadito brasilero

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A Paçoca é uma comida de origem indígena feita a base de farinha de mandioca e carne seca. No Nordeste do Brasil a paçoca é um prato típico e muito degustado durante os festejos juninos. Em Minas Gerais existe um evento anual chamado Festa Nacional da Paçoca em Bonito de Minas que festeja a paçoca tradicional feita de carne bovina e em São Paulo, na cidade de Pilar do Sul existe o Festival da Paçoca. No Paraná a paçoca faz parte da tradição culinária. Paçoca de amendoim (do tupi po-çoc, "esmigalhar") é um doce tradicional brasileiro à base de amendoim, farinha de mandioca e açúcar, típico da comida caipira do estado de São Paulo. É tradicionalmente preparada no Brasil para consumo nas festividades da Semana Santa e festas juninas. O preparo da paçoca para a Semana Santa, vai além da culinária em si, é um ritual cristão de valorização do amor e da harmonia em família. Há também as paçocas industrializadas que são vendidas e consumidas o ano inteiro. Entre estas, existem as chamadas paçoquinhas de amendoim tipo rolha, que são vendidas com a forma cilíndrica das rolhas e com uma cor que também se assemelha de certa forma à destas. Super legal né? No Brasil na Bagagem temos um kit presenteável com paçocas que é uma graça! Vale a pena conferir! A paçoca é, sem dúvidas, o doce preferido do brasileiro, mas nem todo mundo sabe qual é a sua história. Você já se perguntou como a paçoca surgiu? A paçoca servia como alimento dos garimpeiros que saíam para procurar diamantes às margens do rio Tibagi, no Paraná, e teve origem nos alforjes dos tropeiros e dos senhores das sesmarias dos Campos Gerais. A paçoca de carne servia como refeição dos tropeiros, que levavam até 20 dias para chegar aos destinos e precisavam de uma refeição que fosse preparada rapidamente. Com o passar dos anos ela foi aperfeiçoada com outros ingredientes e passou a ser industrializada comercialmente. O nome “paçoca” vem do termo indígena PA-SOKA, que quer dizer “esmagar com as mãos”, referindo-se ao modo antigo de

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Page 1: bocadito brasilero

A Paçoca é uma comida de origem indígena feita a base de farinha de mandioca e carne seca. No Nordeste do Brasil a paçoca é um prato típico e muito degustado durante os festejos juninos. Em Minas Gerais existe um evento anual chamado Festa Nacional da Paçoca em Bonito de Minas que festeja a paçoca tradicional feita de carne bovina e em São Paulo, na cidade de Pilar do Sul existe o Festival da Paçoca. No Paraná a paçoca faz parte da tradição culinária.Paçoca de amendoim (do tupi po-çoc, "esmigalhar") é um doce tradicional brasileiro à base de amendoim, farinha de mandioca e açúcar, típico da comida caipira do estado de São Paulo.É tradicionalmente preparada no Brasil para consumo nas festividades da Semana Santa e festas juninas. O preparo da paçoca para a Semana Santa, vai além da culinária em si, é um ritual cristão de valorização do amor e da harmonia em família. Há também as paçocas industrializadas que são vendidas e consumidas o ano inteiro. Entre estas, existem as chamadas paçoquinhas de amendoim tipo rolha, que são vendidas com a forma cilíndrica das rolhas e com uma cor que também se assemelha de certa forma à destas.

Super legal né? No Brasil na Bagagem temos um kit presenteável com paçocas que é uma graça! Vale a pena conferir!

A paçoca é, sem dúvidas, o doce preferido do brasileiro, mas nem todo mundo sabe qual é a sua história. Você já se perguntou como a paçoca surgiu?

A paçoca servia como alimento dos garimpeiros que saíam para procurar diamantes às margens do rio Tibagi, no Paraná, e teve origem nos alforjes dos tropeiros e dos senhores das sesmarias dos Campos Gerais. A paçoca de carne servia como refeição dos tropeiros, que levavam até 20 dias para chegar aos destinos e precisavam de uma refeição que fosse preparada rapidamente. Com o passar dos anos ela foi aperfeiçoada com outros ingredientes e passou a ser industrializada comercialmente. O nome “paçoca” vem do termo indígena PA-SOKA, que quer dizer “esmagar com as mãos”, referindo-se ao modo antigo de preparo, onde a carne e a farinha eram socadas em um pilão.

Hoje em dia ela é preparada à base de amendoim, farinha de mandioca e açúcar e se tornou um doce tradicional de todas as regiões do país, preparada para festas juninas e durante a Semana Santa, além de muito consumida diariamente. Em São Paulo e em Minas Gerais, festas anuais acontecem para celebrar o doce.

Ficou com água na boca só de lembrar da paçoca? Não perca tempo e vá até a Sodiê mais próxima saborear o delicioso bolo 25 – Paçoquinha!

Origem e expansão

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O amendoim (em tupi, “Mani”, que significa enterrado) é um alimento popular em

todas as regiões do Brasil, e pode ser consumido tanto doce como salgado. A semente

faz parte da cultura brasileira, e é ingrediente principal de muitas receitas tradicionais,

como paçoca, pé-de-moleque, bolos e até sorvetes. Embora sua origem não seja certa,

há relatos de que o amendoim tenha surgido na América do Sul.

Alguns especialistas acreditam que a leguminosa foi descoberta no Brasil ou tenha

surgido na região do Gran Chaco, localizada entre o Paraguai, norte da Argentina e

Peru. Porém, há documentos de 3.800 a.C. a 2.900 a.C., que afirmam que a semente

surgiu ao leste dos Andes, onde era muito utilizada pelos indígenas.

Outra informação que se perdeu na história é quando o amendoim começou a ser

utilizado. De acordo com Evaristo Eduardo e Miranda, chefe geral da EMBRAPA

Monitoramento por Satélite, ele foi descoberto e explorado bem antes de os atuais

índios surgirem.

Pesquisas dão conta de que, num passado remoto, os chineses já eram grandes

cultivadores da planta. Nessa linha, trabalhos artesanais muito antigos, como potes e

vasos de barro no formato do amendoim, demonstram que os povos sul-americanos

também conhecem a leguminosa há tempos.

Mais um fato interessante é que amendoins foram encontrados nos túmulos dos incas,

para que, seguindo a crença, os mortos pudessem se alimentar durante a passagem

para “o outro lado”.

Para o mundo

Sua difusão para o mundo se deu no século 16, quando os espanhóis chegaram à

América. Liderados por Cristovão Colombo, os colonizadores se encarregaram de levar

a novidade para Europa, Ásia e África.

Por volta de 1560, a semente foi introduzida na África Ocidental, e no início do século

17, a planta do amendoim já era comum em toda região tropical oeste do continente

africano.

A expansão aconteceu também com a ajuda dos escravos, que, quando conduzidos à

América do Norte, levaram com eles o amendoim. A leguminosa foi até emblema da

Geórgia, nos Estados Unidos.

No século 18, o amendoim, chamado na época pelos norte-americanos de “nozes da

terra” ou “ervilhas da terra”, foi matéria de muitos estudos botânicos, sendo

considerado excelente alimento para porcos.

No fim da primeira década do século 19, ele já era plantado na Carolina do Sul e usado

como alimento e substituto do cacau, devido a seu óleo. As primeiras colheitas

comerciais apareceram em 1818, na cidade de Wilmington, na Carolina do Norte.

A cultura do amendoim já estava presente em todos os estados sulistas e, em 1860,

com a Guerra de Secessão, foi dado o primeiro aumento notável do consumo norte-

americano.

Na metade do século 19, os amendoins torrados e grelhados passaram a ser vendidos

na rua, em jogos de beisebol e circos. Os vendedores ambulantes que gritavam “hot

roasted peanuts” foram ouvidos pela primeira vez nas apresentações do Circo Barnum

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e, assim, o desejo pelo produto se propagou por todos os Estados Unidos junto às

viagens da caravana.

A produção cresceu e os amendoins continuavam a ser colhidos e processados

manualmente; porém, a falta de qualidade, uniformidade e os custos elevados

mantinham a demanda em níveis baixos.

George Washington Carver (1860-1943), botânico, cientista e agrônomo norte-

americano, implementou o sistema de rotação de culturas entre as plantações de

algodão e amendoim, no sul dos Estados Unidos.

Apareceram, então, os primeiros equipamentos que permitiram maior mecanização das

colheitas, com a consequente redução de custo. Carver ainda mostrou que mais de 300

alimentos podiam ser derivados do amendoim.

Durante a depressão econômica nos Estados Unidos (1930), as autoridades americanas

estimularam o desenvolvimento de produtos que propiciassem suplemento alimentar

altamente proteico à população, principalmente às crianças. Um desses produtos foi

uma manteiga feita de amendoim (peanut butter).

O sucesso foi tão estrondoso que a manteiga de amendoim acabou se tornando hábito

nacional, inclusive em substituição à manteiga tradicional, no café da manhã.

Em 1938, a indústria do amendoim nos Estados Unidos já era um negócio de mais de

US$ 200 milhões. Atualmente, o país é o terceiro no ranking de produtores da semente,

e em 2009, gerou mais de 2 milhões de toneladas.

Amendoim no Brasil

O Brasil já produziu grandes volumes de amendoim. Na década de 1970, o país atingiu

a marca significativa de 1 milhão de toneladas. Desde então, os números caíram,

principalmente porque produtores o trocaram pela soja. Seu cultivo, porém, voltou a

ser expressivo a partir de 1995.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil produziu, na safra

de 2010/2011, 242,3 mil toneladas de amendoim. O cultivo da semente é feito em todo

país, mas São Paulo é responsável por 80% da produção nacional.

Em 2010, o Brasil exportou 54 mil toneladas da semente, o equivalente a 22% da

produção. O restante é utilizado no mercado interno e sua destinação concentra-se na

área de confeitos, salgadinhos e doces. A paçoca e o pé-de-moleque, ambos

preparados à base de amendoim, são verdadeiros ícones da cultura popular, com

grande aceitação de norte a sul do país.

A paçoca, palavra de origem tupi que significa esmigalhar, surgiu no período colonial

do Brasil, mas os povos indígenas já faziam misturas com a farinha de mandioca antes

da chegada dos portugueses. Os ingredientes são amendoim, farinha de mandioca,

açúcar e sal.

Muito popular no estado de São Paulo, principalmente na região do Vale do Paraíba, a

paçoca costuma ser consumida o ano todo, mas a procura é maior durante as festas

juninas. Essas celebrações, aliás, fazem parte da cultura brasileira. Além das danças e

brincadeiras, são tradicionais pela comida.

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O pé-de-moleque também surgiu no século 16, com a chegada da cana-de-açúcar.

Muito popular em Minas Gerais, o doce começou a ser produzido artesanalmente em

1930. Os ingredientes são açúcar ou rapadura e fragmentos de amendoim.

Quanto ao nome, existem duas explicações. A primeira é devido à sua aparência,

semelhante aos pés dos garotos que andam descalços pelas ruas de terra. A outra é

que os meninos eram incentivados a pedir um pouco do doce para as cozinheiras

durante a produção: “Pede, moleque”.

Os mais famosos pés-de-moleque são produzidos artesanalmente. A cidade mineira de

Piranguinho, que ficou conhecida como a capital do doce, chegou a produzir, em 2007,

o maior pé-de-moleque do mundo, com 14 metros de comprimento e 1 de largura. Em

2001, o doce chegou a 16 metros. Mesmo assim, nas grandes cidades, predomina o

consumo de paçoca e de pé-de-moleque industriais.

O potencial alimentar do amendoim permite outros empregos na culinária,

especialmente devido à sua característica agradável de sabor, sendo utilizado com

destaque na cozinha chinesa.

A China, por sinal, é o maior produtor e consumidor da semente do mundo. O país

chega a produzir 15 milhões de toneladas e consume 95% da produção. Por isso, o

amendoim é usado em receitas de algumas regiões chinesas, como frango xadrez, por

exemplo.