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Nº 185 Fevereiro 2010 BISCOITOS l CANDIES l CHOCOLATES l SNACKS l SUCOS E REFRESCOS ISM: tendências e oportunidades na vitrine global de candies CASTANHAS E GRANULADOS: avanços na garupa do chocolate OVOS DE TODOS OS TIPOS E AS SACADAS NO PDV ARRASAM ENTRE OS LANÇAMENTOS DA PÁSCOA CHOCANTE

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Nº 185Fevereiro 2010

BISCOITOS l CANDIES l CHOCOLATES l SNACKS l SUCOS E REFRESCOS

ISM: tendências e oportunidades na vitrine global de candies

CaStanhaS e granuladoS: avanços na garupa do chocolate

OvOs de tOdOs Os tipOs e as sacadas nO pdv arrasam entre Os lançamentOs da pÁscOa

chocante

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o melhor dos mundos

Disparado o melhor momento da indústria de chocolates, a Páscoa é ainda considerada o segundo melhor período de vendas de alimentos depois do Natal e, oportunamente, tema de capa desta edição. Para turbinar a lucratividade,

os especialistas martelam que planejamento e alinhamento com fornecedores para alinhavar estratégias são fundamentais. Para es-ses experts, o melhor dos mundos seria aquele em que o lojista saberia definir corretamente o sortimento, com prioridade para as categorias, ou seja, o conjunto de produtos consumidos por oca-sião da Páscoa – não apenas chocolates, mas pescados, vinhos etc. Nesse cenário, ele colocaria em prática ações no ponto de venda alinhadas com os fornecedores e disporia de um aparato logístico que possibilitasse uma reposição eficiente e, com isso, esse lojista já estaria um passo à frente dos concorrentes.

Pelo seu caráter sazonal, os artigos de Páscoa deveriam ter todo um tratamento e estratégia especiais, pois, quando utilizados corretamente, eles magnetizam o consumidor. Uma das primeiras questões a serem resolvidas seria o espaço destinado a esses itens. Muitos lojistas passam pelo drama de não conseguir expô-los de forma a evitar conflitos com as mercadorias de consumo regular. Uma das maneiras que a maioria dos varejistas encontrou para am-pliar o espaço foi pendurar os ovos de chocolate na “parreira”, solução inteligente, porém, com limitações, uma vez que prejudica a iluminação da loja. Os especialistas ensinam ainda que os ovos de chocolate devem estar expostos no fim do percurso de compras do cliente, por diminuir as chances de quebra e também evitar que os consumidores deixem de adquirir outros produtos. O bom plane-jamento evita que o varejista viva entre o dilema do encalhe ou da ruptura (falta de mercadorias). Assim seria primordial a definição do sortimento correto em conjunto com o fornecedor, uma vez que essas linhas contam com forte apoio de marketing e esse conheci-mento é essencial para estimar o volume de vendas. O alinhamento das previsões de vendas e uma logística eficiente garantiriam ao consumidor encontrar o item desejado. O sortimento adequado, portanto, proporcionaria ao varejo maior giro e principalmente fi-delização de clientes.

Fábio Fujiieditor

Doce Revista é uma publicação mensal da Editora Definição Ltda. (CNPJ 60.893.617/0001-05)

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DRT/1 nº 11554/90 de 10/09/90.

R E D A Ç Ã O

AnO XXIV - nº 185 - fEVEREIRO DE 2010

DiretoresBEaTRiz DE MELLo HELMaN E HéLio HELMaN

Diretor HéLio [email protected]

Editor FáBio [email protected]

Reportagem LEaNDRo H. [email protected]

Diretor de Arte GREGÓRio STaYRoS [email protected]

A D m I n I s t R A Ç Ã O

Diretora BEaTRiz [email protected]

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Assinatura RiTa PaRaSiN

EDITORADEFINIÇÃO

fotografia RENaTo DoS aNJoS E SHuTTERSToCk

foto da Capa SHuTTERSToCk

Design da Capa GREGÓRio STaYRoS DiPaPiDiS

Bureau, CtP e Impressão iPSiS GRáFiCa E EDiToRa

Circulação MaRço DE 2010

membro da Anatec aSSoCiação NaCioNaL DaS EDiToRaS DE PuBLiCaçõES TéCNiCaS DiRiGiDaS

E ESPECiaLizaDaS.

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�doce revista fevereiro 2010

carta do editor

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11 caPaPÁSCOA campanha de campeões Afastadas eventuais ameaças de crise econômica e com o consumo engatando a quinta marcha, a indústria de chocolate e os seus canais de distribuição preveem vendas nas alturas na principal data do setor.

09 iNsUMosNUTS receita para agregar valorCom a demanda crescente de chocolates, cremes e pastas, também avançam as aplicações de granulados de amendoim e castanhas.

28 FeiraISM 40 anos na vanguarda A maior vitrine mundial do setor de confeitos completa quatro décadas e segue sinalizando as tendências em produtos e os rumos da indústria.

38 teNdÊNciasRECALDENT escovação mastigável Insumos que comprovadamente trazem benefícios à saúde bucal inauguram uma nova geração de gomas de mascar funcionais.

44 No PÓdioBRASSUCO 25 anos matando a sedePêndulo do mercado de refrescos, a indústria de Itu comemora um quarto de século reforçando apostas em linhas de alimentos.

seÇÕes06 MIX a Nutrimental anuncia ingresso em nova categoria de alimentos, entre outros destaques40 Canal de VendaS Padaria do ABC desponta na fabricação de doces42 deStaQue O giro na maior data do setor chocolateiro nacional 46 agenda Feiras, cursos e congressos48 gIro lançamentos50 FICha CoMPleta o modelo da Fort Atacadista no Centro-Oeste

sUMário

doce revista fevereiro 2010� acesse: www.docerevista.com.br

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Mix

todos ganham

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Foco na classe CO ingresso em nova categoria no se-

tor de guloseimas e a intensificação de investimentos em marketing na internet formam os dois pilares sobre os quais a nutrimental pretende encorpar as suas vendas em até 11% no atual exercício. Rodrigo Motta, diretor de marketing da companhia paranaense, sustenta que os dois movimentos serão as principais ações da empresa para buscar o crescimento em 2010. A preparação da estrutura fa-bril, informa Motta, começou em 2007 e envolveu planejamento e treinamento de funcionários para a empresa desfrutar uma nova e não revelada categoria de produtos até abril, além de expandir com 14 itens o portfólio de refrescos, barras de cereais e farinhas voltado às classes C e D.

Formatada originalmente para cobrir os filões de food service e merenda escolar, a Nutrimental decolou na cena nacional de confeitos nos anos 90, quando desbravou o segmento de barras de cereais. Mas desde

a estréia em alimentos, quase três déca-das antes, a companhia atua nos balcões institucionais, fornecendo matérias-primas para outras indústrias. “Exportamos princi-palmente farinhas para países africanos”, acentua Motta. Ele frisa, porém, que a aposta no futuro recai nas linhas para o varejo, com ênfase nos segmentos de bar-ras de cereais e de frutas, farinhas e refres-cos em pó, principalmente de itens adap-tados a consumo regional, a exemplo de refrescos em pó nos sabores caju e graviola apreciados no Nordeste brasileiro. No to-tal, a empresa opera atualmente 60 SKUs (Stock Keeping Unit), informa Motta.

No ano passado, o faturamento da Nutrimental com os produtos para va-rejo registrou alta de 6%, mantendo-se em linha com o resultado de 2008, que já havia sido assegurado por essa ala de consumo. Motta mantém sob sigilo a categoria em que a Nutrimental pre-tende ingressar ainda neste semestre.

Mas antecipa que os produtos deverão ter grande impacto na região nordeste, onde serão distribuídos pelos canais habituais da companhia para os demais segmentos em que atua.

Quanto aos planos para a internet, Motta assinala que serão direcionados a marketing viral e complementam as atualizações recentemente efetuadas nos sites das marcas da companhia. “Acabamos de estrear com o stressblog.com.br. Em resumo, o site opera, atra-vés de personalidades e celebridades e muito bom humor, respostas da Nutri a cada mensagem postada, sempre fri-sando como viver melhor consumindo a nossa marca”, sublinha Motta.

A dori alimentos, a Philips GoGear e a rede Cinemark costuraram parceria inédita para o lançamento do arrasa-quarteirão High School Musical 4. Trata-se de uma promoção na qual os fãs da franquia de maior sucesso entre a galera infanto juvenil participam adquirindo

um Combo Mega, que consiste em pacote de pipoca, Coca-Cola Zero e uma emba-lagem das balas de goma Gomets Frutas Sortidas. “Basta desembolsar mais R$ 1,00 para ganhar um lindo porta MP4”,

explica Jean Paiva, gerente de marketing da Dori. A campanha, que teve início em fevereiro e atravessa o mês de março, abrangerá 50 salas da rede Cinemark em 14 estados brasileiros. Ele adianta que outras ações promocionais voltadas para o público jovem estão nos planos da Dori para este ano. O portfólio de produtos da marca permite que a empresa trace estratégias direcionadas a cada segmento do mercado. “Escolhemos a grife Gomets, que faz parte da ampla linha de balas de gomas, pois ela oferece alguns fatores interessantes para o consumo nas salas

de cinema, como embalagem, sabor e preço”, justifica Paiva.

O longa High School Musical e suas sequências formam uma das franquias globais mais lucrativas dos estúdios Dis-ney, desde que o primeiro filme da série, feito especialmente para a TV, estreou no canal pago da empresa em janeiro de 2006. Os dois primeiros musicais já foram vistos por cerca de 300 milhões de espectadores em mais de 100 países, gerando o álbum com a trilha sonora, a turnê de concertos e uma extensa linha de brinquedos, roupas e acessórios.

dá um filme

Membro da terceira geração da famí-lia que vem protagonizando a evolução da indústria de confeitos na região do Vale do Rio Taquari, centro-leste do Rio Grande do Sul e a 116 quilômetros de Porto Alegre, Alexandre José Heineck, diretor comercial da docile, é o novo vice-presidente de Candies da abicab (associação Brasileira da Indústria de

ouvidor geralChocolate, Cacau, amendoim, Balas e derivados). Formado em administração de empresas, Heineck, de 42 anos, as-sume o posto que vinha sendo conduzi-do por João Barion Junior, da Dori Ali-mentos, e já sinalizou que pretende dar seqüência aos trabalhos iniciados pela atual diretoria. “Em primeiro lugar, va-mos mais ouvir do que falar para, depois,

implementarmos pro-jetos que atendam tanto os pleitos dos associados como as demandas do setor, contribuindo para o seu desenvolvimento interno e externo”, adianta o dirigente.

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Mix

a gSa – gama Sucos e alimen-tos, detentora das marcas Refreskant, Sandella e Icebel, planeja investir R$ 30 milhões para alcançar a meta

estabelecida de 40% de expansão nas vendas. Embora pareça ambiciosa, a cifra é resultante de cálculo aplicado sobre os últimos balanços da empresa, informa Sandro Marques Scodro, diretor geral da GSA. Criada em 2002, com apenas 60 funcionários, a companhia opera hoje com um efetivo de 315 colaboradores e não para de crescer, observa ele. “Em 2007, o faturamento alcançou R$ 41 milhões para, no ano seguinte, atin-

Mania de crescergir R$ 58 milhões e, no ano passado, bater o recorde de R$ 73 milhões, uma trajetória que sustenta perfeitamente o objetivo para 2010, que é faturar R$ 102 milhões”, assinala o executivo.

Já neste primeiro semestre, sinaliza Scodro, serão aplicados em torno de R$ 8 milhões na instalação de uma linha zero quilômetro, trazida do Japão, para ampliação da capacidade de produção de alimentos instantâneos. “Reservamos ainda outros R$ 8 milhões para campanhas de marketing e promoção de novidades nas linhas Sandella e Refreskant e, no segundo semestre, iremos destinar cerca de R$ 10 milhões para um super lançamento”, deixa no ar o empresário, completando que o aporte restante será destinado a projetos de logística, marketing e ações sazonais.

A GSA realizou no final de fevereiro, em Caldas Novas (GO), seu 8.º Encontro Nacional de Vendas. O evento reuniu cer-ca de 500 profissionais vindos de diversas regiões, a maioria formada por distribui-dores, vendedores e promotores de vendas que fazem a comercialização das linhas de produtos da GSA em Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Amazonas, Pernambuco, Bahia, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Distrito Federal, Maranhão, Pará e Piauí. Durante a convenção, foram apresentados os lançamentos nas linhas de refrescos em pó Refreskant, macarrão instantâneo e tempero em pó da marca Sandella e as novas campanhas de vendas, com des-taque para as ações envolvendo a Copa do Mundo de Futebol, programada para junho na África do Sul.

acesse: www.docerevista.com.br doce revista fevereiro 2010 �

O grupo Pão de açúcar inaugurou em fevereiro em Caruaru (PE), a 140 quilôme-tros de Recife, a primeira unidade da rede assaí naquele estado e a 42.ª no país. Conhecido polo do setor atacadista, a ci-dade de Caruaru reúne as principais ope-rações de distribuição, principalmente as especializadas em candies e guloseimas, da região Nordeste. Com investimento de R$ 8 milhões, a loja opera no forma-to atacarejo (cash and carry), com 2.700 metros quadrados de área de vendas, 19 saídas de caixas e 98 vagas de estaciona-mento, descreve Maurício Cerrutti, diretor geral do Assaí Atacadista.

assaí chega a Caruaru A implantação da unidade, informa

ele, demandou uma série de estudos que consideraram a economia local, forte-mente centrada no setor de comércio e serviço alimentar. Com foco em transfor-madores – pequenos comerciantes que buscam compras em grandes volumes –, a nova loja Assaí também oferece diferenciais para o consumidor domés-tico, que busca economia e qualidade das mercadorias nas compras em maior quantidade. “O Assaí Caruaru vai con-tribuir com a economia, com a geração de empregos – 370 postos de trabalho, diretos e indiretos – e deve aumentar a

arrecadação municipal”, su-blinha Cerrutti.

A loja de Caruaru ofere-ce 9.000 itens entre merce-aria, alimentos, perecíveis, embalagens, bazar, higiene, bebidas e limpeza, de grandes marcas nacionais, regionais e importadas. O As-saí Caruaru foi a segunda unidade aberta nesse início de ano e faz parte do plano de investimentos anunciado pelo grupo Pão de Açúcar para o próximo triênio, que prevê um aporte de R$ 5 bilhões na implantação de 300 lojas, reformas e in-fraestrutura.

Os representantes das empresas asso-ciadas reunidas no Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal (Sindiata-cadista/DF) elegeram em fevereiro o novo quadro de diretores da entidade, lide-rado pelo empresário Fábio de Carvalho e formado por outros 25 membros que exercerão cargos de diretores, conselheiros fiscais e delegados junto à Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomér-

cio/DF). Com mandato de quatro anos, o presidente eleito contará com a assistên-cia direta de outros três empresários do setor: João Ricardo de Faria (1.°vice-pre-sidente), Janine Brito (2.° vice-presiden-te) e Lysippo Gomide (3.°vice), além do apoio dos diretores, conselheiros e fiscais. Líder da chapa única inscrita na eleição, Carvalho reiterou que os próximos quatro anos à frente da entidade serão focados

no processo de consolidação e desenvolvi-mento do setor atacadista na região. O man-dato dos novos representantes, com posse prevista para o dia 31 de março, tem início em abril e segue até março de 2014.

troca da guarda

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Fermento nos embarquesEm prosseguimento à meta de elevar as

exportações, empresas da Anib e Simabesp também marcaram presença em fevereiro na gulfood dubai, a mais importante feira de alimentos do Oriente Médio, realizada nos Emirados Árabes Unidos. Bauducco, J. Ma-cedo, Selmi e Marilan encorparam o grupo de exportadores que seguiu para o evento, com apoio da apexBrasil (agência de Pro-moção de exportações e desenvolvimen-to). Segundo levantamento preliminar, elas recepcionaram mais de 600 profissionais e os pedidos fechados ou negociados devem gerar contratos da ordem de US$ 500.000 até o final do semestre, podendo se con-verter em negócios que atingirão US$ 6 mi-lhões nos próximos dez meses.

Ele frisa que o mercado árabe é muito rigoroso: os compradores exigem etiquetas e nomenclatura das embalagens no seu idioma; os produtos devem ter a certifica-ção Halal, ou seja, não podem conter gor-dura animal; o marketing tem que dar todo apoio aos registros de produtos e fornecer material de ponto de venda; e todas as ne-cessidades dos compradores, indicadas pe-los consulados, devem ser atendidas. “Sem falar no preço, que deve ser extremamente competitivo”, assinala Reis. Renovaram contratos com as indústrias brasileiras distribuidores dos Emirados Árabes, Arábia Saudita, Barhein, Omã, Kuwait, Líbano, Egito e Catar. Também foram abertos ne-gócios com traders do Egito, Jordânia, Iê-men, Líbano, Irã, Nepal, Emirados Árabes, Iraque, Arábia Saudita, Angola, Quênia, Seychelles e Gana.

Até o final do ano, a Anib tem programada participação em outros eventos internacionais como as feiras Fancy Food, de 27 a 29 de ju-nho em Nova York (EUA); World Food Moscow, de 14 a 17 de setembro em Moscou (Rússia); Sial 2010, de 17 a 21 de ou-tubro em Paris (França); e Fihav 2010, em Hava-na (Cuba), com data ain-da indefinida.

Central da CroCânCIaA nestlé inaugurou oficialmente no

começo do ano em Santiago, no Chile, seu novo Centro Global de Pesquisa e Desen-volvimento (CGPD), que passa a conduzir pesquisas mundiais da empresa nas áreas de biscoitos e produtos à base de cereais. Com foco na inovação e na renovação das linhas de forneados da companhia, o complexo chileno reúne especialistas de campos como nutrição, engenharia, de-senvolvimento de produtos e controle de qualidade. As tecnologias geradas no CGPD contribuirão sobretudo para a redução nos níveis de açúcar e gordura dos biscoitos sem comprometer seu sabor ou textura. Também serão desenvolvidos produtos ino-vadores como biscoitos com ingredientes bioativos, para melhorar a saúde digestiva e biscoitos enriquecidos, que podem auxi-liar no combate a deficiências de micronu-trientes em diferentes regiões do mundo, adaptando, dessa forma, os biscoitos a paladares e necessidades locais. “A pes-quisa produzida no novo centro propiciará o desenvolvimento de uma nova geração de biscoitos que se encaixa na estratégia de nutrição, saúde e bem-estar da Nestlé”, destacou Paul Bulcke, CEO da Nestlé, du-rante a inauguração.

O CGPD, complementou o executivo, atu-ará em conjunto com outras redes de P&D da Nestlé distribuídas pelo mundo e participará de iniciativas governamentais e parcerias com universidades internacionais, como a Univer-sidad Católica, de Santiago do Chile.

Em permanente as-censão, a ala mundial de biscoitos da Nestlé faturou em 2008 CHF 1,4 bilhão (US$ 1,3 bilhão), sendo que 60% das ven-das foram provenientes da América Latina, região onde a empresa atingiu vendas totais de CHF 15,5 bilhões (US$ 14,9 bilhões) em 2008. No Chi-le, a Nestlé está presente há 76 anos e possui sete fábricas em diferentes partes do país.

Oito empresas exportadoras filiadas à associação nacional das Indústrias de Biscoitos (anib) reforçaram este ano o quarteirão Brazilian Biscuit montado na 40ª edição da ISM – Feira Internacional de doces e Biscoitos, a maior feira mun-dial do setor de confeitos, realizada no final de janeiro, em Colônia, na Alemanha (ver à pág. 32). Bauducco, germani, Ma-rilan, Mabel, Faville, Itamaraty, Santa edwiges e dunga contabilizaram um total de 385 contatos com visitantes de mais de 50 países, fechando in loco contratos da ordem de US$ 2 milhões, com previ-são de atingir US$ 12 milhões nos pró-ximos meses. José dos Santos dos reis, presidente do Sindicato das Indústrias de Massas alimentícias e Biscoitos no estado de São Paulo (Simabesp) e vice-presidente da Anib, destaca o interesse de compradores profissionais de várias partes do mundo, como África, Europa, Oceania, Ásia, Canadá e Estados Unidos, além do fechamento de negócios com clientes novos e tradicionais da América Latina e Oriente Médio. “Consolidamos o nome do país e a qualidade e competiti-vidade dos produtos a cada participação na ISM e, ao mesmo tempo, promovemos o necessário networking com grandes dis-tribuidores, redes de atacado e varejo e tradings de todas as partes do mundo”, resume Reis.

Com isso, a entidade pretende reto-mar os índices de exportação de 2008. No ano passado as exportações de biscoitos brasileiros foram da ordem de 54.369 toneladas, que representaram queda de 7,72% em relação às 58.918 toneladas embarcadas em 2008, repassa Reis. O faturamento, segue ele, também acusou declínio e baixou de US$ 114.061.665 em 2008 para US$ 100.434.984, regis-trando quase 12% a menos.

Biscoitos

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doce revista fevereiro 2010 �acesse: www.docerevista.com.br

CHOCOLATES E GULOSEIMAS PUxAM APLICAçõES DE GRANULADOS DE AMENDOIM E CASTANHAS

Em ascensão gradual nos últimos anos, a produção e o consumo de guloseimas com recheio, cobertura ou de massa sólida de chocolate vem encorpando um outro filão:

o de derivados de amendoins ou castanhas varia-das (nuts), utilizados em formulações de barras, tabletes, bombons e nougats (tipo torrone). “A demanda tem crescido muito e podemos estimar esse mercado por baixo em cerca de 200 tonela-das por mês”, dimensiona Arnaldo Micheloni Jú-nior, diretor comercial da Inam, empresa que há mais de 50 anos fornece derivados de amendoim e nuts para a indústria alimentícia e para o mer-cado institucional (restaurantes, cozinhas indus-triais, redes de fast food). Tomando como exem-plo apenas as suas vendas para a industrialização de doces, o dirigente repassa que, no início de 2009, fornecia em torno de 20 toneladas mensais de granulados em geral (amendoins, castanhas e macadâmias) e fechou o ano com 32 toneladas por mês. “Nossa fatia já representa algo em torno de 20% da demanda total de nuts no país e não para de crescer”, frisa Micheloni.

Por conta desse avanço, ele abre que a empresa fechou contratos de importação de avelãs do Chile e, se for preciso, pretende buscar insumos, cuja pro-dução seja insuficiente no Brasil, direto da fonte. O país é autossuficiente em amendoim e itens como castanha do Pará e macadâmia, informa Micheloni. “Antes, a importação de algumas castanhas a cargo de tradings era suficiente para abastecer o mercado, pois o consumo era pequeno”, ele comenta. Essa realidade, no entanto, mudou e, hoje, por conta de maior demanda e queda em torno de 30-40% no preço final de produtos que contém esses insumos a sua utilização é crescente.

Sem contar as vantagens com o barateamento de doces e guloseimas recheadas ou com massa à base de amendoins e nuts, Micheloni pondera que mudanças culturais nos hábitos de consumo da população e maior informação de cunho nu-tricional têm sido cruciais para a o aumento nos

de grão em grão

volumes. “De um lado, tem-se a multiplicação de opções de itens contendo nuts e, de outro, a descoberta de que tais ingredientes fazem bem à saúde. É uma fórmula explosiva no bom sentido”, assinala ele. De fato, tanto a indústria de choco-lates como a de doces de massa à base de amen-doim e castanhas, além das crescentes operações de produtos naturais e orgânicos, vêm martelan-do os benefícios contidos nas matérias-primas básicas que compõem suas linhas de produtos. A descoberta de princípios ativos que fazem bem ao sistema cardiovascular e de antioxidantes, tanto no caso do cacau que entra na composição dos chocolates como no do amendoim e das casta-nhas, tem sido o fio condutor dessa onda.

Micheloni também observa que tendências como a de saúde e bem-estar (health and wellness), que estão na ordem do dia em diversas frentes de atividades e consumo humano (cuidados com nu-trição e saúde, esportes e condicionamento físico, controle de taxas de açúcar, colesterol, pressão arterial, estresse) em todo o globo, acabam im-pactando o consumo de alimentos em geral e o de guloseimas, em particular. “As pessoas hoje se pre-ocupam mais com o que estão ingerindo, procuram ler as tabelas nutricionais e fazem perguntas sobre a procedência e validade dos produtos”, sublinha

aMendoInS DEMANDA DE GRANULADOS

ESTIMADA EM 200 TONELADAS/MêS.

iNsUMos

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acesse: www.docerevista.com.brdoce revista fevereiro 201010

o diretor. Para ele, essa mudança de comporta-mento do consumidor ao lado de outras tendên-cias, como a de produtos orgânicos e/ou especiais (diet/light, low sodium, para celíacos, isentos de

lactose), também con-tribui para inflar a de-manda de granulados de amendoins e castanhas usados em chocolates e doces. “Estamos apenas vivenciando uma ponta do iceberg, pois a di-versidade de produtos à base de granulados e seu consumo só tende a aumentar”, analisa Mi-cheloni.

lInha de VareJo Uma das desbravadoras do fornecimento des-

ses insumos para a indústria alimentícia, a Inam ingressou há cinco anos no varejo de recheios à base de amendoins e castanhas e agora renova seu portfólio com uma linha de cremes. O car-dápio atual de itens à disposição da clientela, encorpada por atacados doceiros, inclui produ-tos como pastas para passar no pão, biscoito ou torrada (spreadables), além dos recheios de amendoim, caju, farinha integral de amendoim, amendoim torrado granulado e amendoim torra-do em metades.

Esse projeto, relata ele, amadureceu de forma despretensiosa ao longo de pouco mais de sete anos. “Fomos maturando a ideia até ela final-mente decolar”, rememora. A primeira tentativa,

ainda tímida, foi a co-locação de alguns itens do portfólio em uma embalagem a vácuo de um quilo – hoje a linha cobre tanto o varejo como a ala institucio-nal, em apresentações condizentes com o con-sumo doméstico e indi-vidual até embalagens de quatro quilos. As versões originais eram encontradas em pou-cos PDVs especializados em guloseimas doces e salgadas derivadas de amendoim. “A intenção era avaliar a aceitação do produto”, explica o diretor comercial.

A partir dessa sondagem, uma das primeiras providências foi adequar o tamanho das em-balagens para 200 e 350 gramas. A direção da Inam também concluiu que a colocação pura e simples dos produtos nas prateleiras não traria os resultados esperados e decidiu positivar a linha, isto é, lançar mão de ações de marketing e mer-chandising no PDV para estimular o giro. Nessa empreitada para despertar a atenção do consu-midor, a companhia elegeu como principais ferra-mentas os cursos de culinária e as demonstrações ao vivo. Percebeu-se que seria importante dispor de pessoal nos corredores das lojas orientando os consumidores sobre as aplicações dos produtos. “Os cursos de culinária complementam o interes-se despertado pela ação das promotoras e esti-mulam a experimentação dos nossos recheios e granulados”, considera Micheloni.

ProJetoS ProntoSA Inam começou a operar em outubro de 1967,

no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, tendo como alvo as indústrias alimentícias. No começo produzia apenas pasta integral de amendoim. Dois anos depois, ao se mudar para uma sede própria localizada na zona Norte de São Paulo, onde está baseada hoje, passou a produzir também farinha de amendoim semidesengordurada. No final dos anos 70, a companhia ingressou no ramo de nuts, com a fabricação dos amendoins granulados. Se-gundo Micheloni, foi a partir daí que a Inam co-meçou a experimentar grande expansão. O diretor explica que o ingresso em novos nichos aconte-ceu conforme a empresa foi recebendo consultas de indústrias que desejavam desenvolver algum produto. A estreia no ramo de granulados, por exemplo, se deu quando uma grande fabricante de sorvetes contatou a Inam. “Sempre demos atenção especial à área de pesquisa e desenvolvi-mento”, frisa o industrial, lembrando que o labo-ratório da empresa foi criado em 1978. Naquela época, emenda ele, a regulamentação referente à toxina do amendoim praticamente inexistia, mas a Inam já adotava controle próprio de qualidade da matéria-prima.

Até ali, a demanda na empresa sempre ha-via sido ditada pelo reduto institucional. A car-teira inclui indústrias de chocolate, biscoitos e sorvetes. “Sempre tivemos o cuidado de não concentrar demais”, pondera o diretor comercial, acrescentando que nenhum cliente participa com mais de 10% dos negócios. Essa mesma filosofia, assegura ele, deve permear a atuação no segmen-to de varejo, para o qual a empresa está cheia de planos. O menu engordou recentemente com as pastas à base de avelã, insere Micheloni.

MIChelonI META DE AUMENTO DE 25% DAS VENDAS PARA A LINHA

DE VAREJO

InaM APOSTA RENOVADA EM RECHEIOS E PASTAS

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iNsUMos

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POUCAS VEZES A INDúSTRIA E O TRADE ENTRARAM NA CAMPANHA DA PÁSCOA COM TUDO A FAVOR E TANTA CRIATIVIDADE COMO ESTE ANO

ovo rimacom novo

Leandro H.Silva

No ano passado, quando o Brasil temia ser atingido pela turbulência econômi-ca global, a indústria de ovos de cho-colate e colombas trafegava em voo de

cruzeiro, inebriada com uma das Páscoas mais lucrativas de sua história. No balanço de 2009, o setor produziu 113 milhões de ovos (crescimento de 4,8%) e faturou R$ 828 milhões, contra R$ 767 milhões em 2008. Se deu esse pulo de coe-lho num cenário nebuloso, não há limite para a imaginação no ramo quanto à extensão do salto armado para a campanha deste ano, a tiracolo da economia brasileira esbanjando adrenalina.

As projeções de crescimento variam, mas quase sempre estão na casa dos dois dígitos. Além de aumentar a musculatura de distribuição, o cená-rio positivo embalou a renovação das linhas de produtos e a multiplicação de estratégias de co-municação e fortalecimento de marca.

Esse frisson é especialmente alentador dian-te da pressão de custos que afeta a indústria de confectionery como um todo. No caso dos ovos de chocolate, apesar de repasses médios na ponta do varejo de 10% em relação ao ano passado, alguns fabricantes reclamam que as margens foram preju-dicadas. Não é para menos. Em paralelo à alta de

IndúStrIa CRESCIMENTO DAS

VENDAS DE PÁSCOA NA CASA DE DOIS DíGITOS

caPa

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caPa

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insumos como cacau e gordura, o setor sente os efeitos da maior escalada internacional de preços do açúcar de que se tem notícia. O problema vem se arrastando há meses e é atribuído principalmente à quebra da safra (por motivos climáticos) da índia, segundo maior produtor mundial, atrás apenas do Brasil. Com a escassez e conseqüente valorização internacional da commodity, os usineiros brasilei-ros, responsáveis por quase metade do mercado mundial, fortaleceram ainda mais suas exportações, contribuindo para salgar os custos do açúcar no mercado interno. No início de março uma saca era negociada no país a quase R$ 80, o maior valor da história. Um ano atrás, o preço também batia su-cessivos recordes, em torno de R$ 50. Para piorar o enrosco, não se prevê recuo a curto prazo.

Fora o dilema agridoce do acúcar, vale ressaltar que o otimismo com a Páscoa 2010 não se escora apenas no revigorado poder aquisitivo, em particular da classe C. Para começar, a Páscoa cai este ano em 4 de abril, momento sob medida para as vendas, pois a data não ficou tão próxima das festas de final de ano nem do período em que se inicia a cobrança de tributos como IPTU e IPVA. Isso sugere que os consumidores terão equacionado melhor suas despesas, dispondo de maior orçamento para ovos e afins. Num verão de altíssimas temperaturas, a Páscoa em abril também agrada os chocolateiros à medida que o ponto alto da operação vai se concentrar numa época de termômetros em que-da, devendo frear os índices de perdas e avarias. Para arrematar o prognóstico no azul, o ano de 2010 está inserido num longo e estável ciclo de crescimento do mercado brasileiro de chocolates.

MaIS CaCauEsse processo de evolução ajuda a entender al-

gumas tendências exibidas na atual campanha de Páscoa. É o caso da proliferação dos ovos com al-tos teores de cacau. Com a crescente divulgação da ação antioxidante e outros positivos efeitos salutares para quem consome esse tipo de produto, o brasilei-ro, notório fã de confeitos mais adocicados, abre-se

cada vez mais aos chocolates mais amargos. Do outro lado do balcão, os fabricantes desfrutam bem essa mudança de gosto. Em paralelo, também devem re-gistrar engorda no caixa da Páscoa os itens orgânicos e aqueles com sabores exóticos, a exemplo de trufas e bombons com pimenta. Outra tendência inabalável nesta campanha: a diminuição das gramaturas.

Ovos de até 300 gramas consolidaram-se no ranking dos produtos mais procurados, enquanto as versões acima de 500 gramas já representam menos de 10% do volume produzido. Se os tama-nhos tendem a diminuir, a variedade de forma-tos e perfis de público não para de crescer. Itens quadrados e com silhuetas que imitam batons, corações e diamantes também marcam presença nas parreiras de ovos de chocolate dos super-mercados, assim como os cada vez mais numero-sos produtos isentos de açúcar ou de lactose.

Num ano de Copa do Mundo, ações de licencia-mento envolvendo personagens e brindes promo-cionais também merecem destaque. No entanto, a maior parte dessas iniciativas segue atrelada aos personagens de filmes, séries e animações infantis, ficando a impressão de que os produtos da Páscoa 2010 exploram apenas timidamente o megaevento que ocorre em junho na África do Sul. Em contraste a essa situação, ocasionada possivelmente pelos altos valores envolvendo o licenciamento oficial da Copa do Mundo da Fifa, as estratégias de terceirização pro-dutiva seguem de vento em popa na cena de ovos de chocolate, com destaque para as marcas próprias do varejo, que devem vir com preços até 15% menores do que as grifes líderes. O grupo Pão de açúcar, por exemplo, espera aumentar em 30% as vendas de suas marcas próprias de ovos de chocolate (Taeq, Pão de Açúcar e Qualitá), o dobro da expectativa projetada para os demais itens do mix de Páscoa.

Outra tendência que se confirma na Páscoa 2010 diz respeito ao aumento da participação dos ataca-rejos nas vendas de ovos de chocolates, colombas e demais produtos típicos da data. As duas maiores redes de cash & carry do país, assai e atacadão, pertencentes, respectivamente, ao Pão de Açúcar e ao Carrefour, anunciaram aumentos nos estoques de ovos de chocolate em relação a 2009. Regional-mente, o Sindicato do Comércio atacadista do distrito Federal (Sindiatacadista/dF) anunciou a expectativa de aumento de 15% das vendas de Páscoa este ano. Esse índice também pode ser al-cançado pelo giro de barras e coberturas destinadas à produção artesanal de ovos de chocolate, nicho movimentado por quem enxerga na Páscoa uma boa oportunidade de complementar a renda doméstica . Uma amostra dessa pluralidade de mercados e pú-blicos e das expectativas dos principais fabricantes pode ser conferida na cobertura a seguir.

ChoColate arteSanal AVANçO EM COBERTURAS PUxADO POR VENDAS EM

ATACAREJOS

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AS CAMPANHAS, LANçAMENTOS E DIFERENCIAIS DAS PRINCIPAIS MARCAS PARA ESTOURAR AS VENDAS NO

MELHOR MOMENTO DO ANO

um ovo emforma de cofre

caPa

A cesta de ovos, colombas e demais itens de Páscoa provavelmente nunca foi tão diver-sificada como na atual campanha. Produtos com alto teor de cacau, de sabores exóti-

cos e com efeitos e formulações especiais, feitos à base de soja ou isentos de açúcar, são apenas uma amostra do que fabricantes preparam para este ano. O mostruário inclui ainda ovos quadrados ou com designs que imitam batons, corações e diamantes e

ovos que “explodem” na boca, neste caso graças a um açúcar especial que produz estalos em contato com a saliva. No campo dos licenciamentos, além das tradicionais ações envolvendo personagens in-fantis de desenhos e seriados, a temática futebolís-tica ganha espaço no vácuo da Copa do Mundo da África do Sul. Há opções para todos os paladares e bolsos. Uma amostra desse dinamismo pode ser conferida nos lançamentos a seguir.

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arCorA arcor preparou para

a Páscoa 2010 muitas novidades desdobradas em 36 variantes de ovos de chocolate. Além das marcas consagradas, a empresa licencia algumas versões com personagens conhecidos. gabriel Por-ciani, diretor de marke-ting de chocolates da Arcor, põe em foco produ-tos voltados para os públicos infantil e juvenil, como a linha Tortuguita e os ovos com licenças da disney, Cartoon network e turma da Môni-ca. Segundo ele, a expectativa para os negócios de Páscoa em 2010 é de crescimento em torno de 10% nas vendas de ovos. No momento, a li-nha de chocolates voltada para a Páscoa repre-senta em torno de 20% do faturamento anual da área de chocolates da Arcor.

BauduCCo O plano na Bauducco, número um em pa-

netones, é crescer 15% em relação a 2009. Para isso, a empresa apresenta dois lançamentos: a Colomba Edição Especial 580 gramas, com gotas de chocolate, creme e cobertura também de cho-colate; e a Colomba Mousse 500 gramas, de mas-sa de chocolate com recheio cremoso de mousse. “Os lançamentos vão impulsionar o crescimento de vendas da categoria. Devem surpreender mais

do que no Natal, já que na Páscoa o apelo de chocolate é muito grande”, considera rodrigo Mainieri, gerente de produto sa-zonais da empresa. As novidades são pro-messa de sucesso nas gôndolas e foram in-troduzidas na campanha de Páscoa depois dos bons resultados alcançados no Natal. A companhia propõe ainda uma coleção de latas de colomba em versões prateada e dourada, ideal para presentear.

Bel ChoColateSNo mercado de coberturas para uso culinário

e produção artesanal de ovos de chocolate, a Bel Chocolates situa entre as novidades da campa-nha de Páscoa a barra Cobertop 500g. “Oferecido em menor porção, o produto atende as exigências de praticidade e custo reduzido de chocolaterias e culinaristas”, resume Stenio dedemo, gerente de marketing da empresa. Esperando crescimento de 15% nas vendas de Páscoa, o dirigente subli-nha que a Bel precisou elevar a eficiência de suas linhas produtivas para absorver parte dos aumen-tos das matérias-primas de chocolate. “Felizmen-te o mercado de chocolates vem em constante crescimento. Assim, o acesso de novas classes sociais à categoria de certa forma compensa as pressões de custos que temos so-frido no campo dos insumos, em especial o açúcar, que atravessa a mais forte alta da história”, analisa o gerente de marke-ting, acrescentando que o crescimento do consu-mo per capita de choco-lates no Brasil é um dos maiores mundialmente. Entre as tendências de produtos e con-sumo, ele destaca itens premium com alto teor de cacau. “Já as classes com recursos limitados, o nosso foco, devem continuar optando por diversificação. Isso expli-ca a alta penetração de nossos bombons sortidos nessa faixa de público”, conclui o gerente da Bel Chocolates.

BraSIl CaCauNova paixão dos bra-

sileiros, a Brasil Cacau lança 19 produtos para a Páscoa 2010, todos inspirados nos sabores e diversidade dos ingre-dientes nacionais. Além dos ovos Ao Leite, Bran-co e Crocante, a empresa controlada do grupo CrM (controlador da Kope-nhagen) traz o divertido Ovo Meio a Meio e uma linha de ovos com casas recheadas. Destaques para o Ovo Dinda, recheado com marshmallow; para o ovo Trufas, com recheio

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de trufas da marca; e os exclusivos ovos Doces Caseiros Beijinho e Brigadeiro. A marca também enfeitas suas parreiras de Páscoa com o Ovo Diet e o Passarela 70% Cacau. Para as crianças, as op-ções são o Coelho de Chocolate ao Leite e o kit infantil Sitio do Picapau Amarelo, que consta de um ovo ao leite e um copo licenciado do Sitio.

CaCau ShoW

A empresa comandada pelo empresário alexandre tadeu da Costa prevê au-mento na casa de dois dí-gitos no faturamento desta campanha de Páscoa. Para isso, foi projetada a produ-ção de 1.700 toneladas de chocolate para transforma-ção em ovos e figuras em comemoração à data, volu-

me 42% maior que o de 2009. Desde o final de fevereiro, a Cacau Show promove a distribuição de sua linha de produtos para a Páscoa para as quase 800 lojas da grife em todo o país. Com fa-turamento anual na casa dos R$ 270 milhões (R$ 272 milhões em 2009), a empresa espera somen-te para a Páscoa 2010 um crescimento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado, estima Costa. “Essa é a data mais importante para o nosso negócio e, por isso, preparamos uma linha com 60 itens, dos quais 14 lança-mentos, com excelentes opções de presentes”, sintetiza ele. Entre os destaques, Costa alinha o ovo Dreams, sucesso de vendas em 2009, à base de chocolate ao leite com casca recheada de trufa, e que ganha este ano dois novos sa-bores: 55% Cacau e Creme de Cereja. A empresa também reforça a linha Montebello, trazendo um ovo com a casca recheada de marshmallow. Uma das inovações mais esperadas é o Ovo Ex-plosivo, exclusivo no gênerom e fabricado com chocolate ao leite e açúcar explosivo. Já o ovo Mais Leite possui 28% de cacau e mais que o dobro de leite dos outros chocolates da marca, que confere alta cremosidade. A Cacau Show

também investiu R$ 6,5 milhões em campanha de marketing, que inclui filme para tevê, spots de rádio, anúncios em revistas, merchandising e internet. Também desenvolveu um hotsite para a data, apresentando o portfólio de Páscoa e ações interativas.

Ferrero

A Ferrero pro-move sua campanha de Páscoa sem in-cluir no menu ovos de chocolate tradi-cionais. Apoiada nas marcas Ferrero Rocher e Kinder, a empresa preparou dois lança-mentos: Ovo Ferrero Collection e Kinder Ovo Friends (ex-clusivo para o Sul) e incor-pora à cam-panha três produtos já co-nhecidos porém em versões exclusivas: o Kinder Ovo Série 2010 com Coelhinhos Equili-bristas, o Kinder Ovo Maxi e o Kinder Ovo Magic. Es-tes três produtos agregam coleções novas e surpresas exclusivas para montar. Segundo Patrícia Nogaroli, da equipe de Páscoa da Ferrero, as principais lojas brasileiras con-tarão com ambientações diferenciadas por meio de teatralização de ilhas, iniciativa da qual a

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empresa é pioneira ,sustenta a executiva, fazen-do a caracterização com materiais especiais para transmitir a mensagem da Páscoa aos consumi-dores. A Ferrero, detalha ela, desenvolveu ilhas de diversos tamanhos (mega, grande, média ou pequena) que podem conter desde duas caba-nas Kinder, uma toca com o Super Kinder, três cabanas de Ferrero Rocher e até expositores de surpresas. Além disto, o lançamento de Kinder Friends também contará com um expositor per-sonalizado nos pontos de venda.

garotoA Chocolates garoto re-

novou 80% de seu portfólio para a Páscoa 2010. A

gama de produtos foi assim adequada para

atender consumi-dores que buscam ovos de Páscoa atraentes, sem abrir mão das

variações de sabor dos chocolates Garo-to. A empresa conci-lia assim a campanha sazonal com o sucesso de marcas tradicionais como Talento, Baton, Serenata de Amor, além da própria grife Garoto.

Como o clima de Páscoa começa muito antes de sua comemoração, abrindo um período de ven-das aquecidas em que o consumidor já procura por ovos de tamanhos menores, a Garoto bancou apostas nos miniovos Serenata de Amor e minio-vos Baton, em inovadora embalagem de um prá-tico tubinho com três unidades do produto (30 gramas). “Um produto que deve ganhar grande evidência nessa Páscoa é o ovo Garoto Cacau da Amazônia”, destaca André Bariom, gerente de marketing da Garoto. Elaborado com cacau proveniente da Bacia Amazônica, de qualidade reconhecida internacionalmente, a empresa leva para todo o país um pouco da região norte. “Para os apreciadores de Serenata de Amor, a novidade é o ovo de 450 gramas no formato do bombom e com dupla camada — uma de chocolate ao leite e uma de creme de castanha de caju, re-cheado com quatro bombons Serenata de Amor”, detalha o executivo. Em embalagem sofisticada, completa ele, o Serenata de Amor Joia vem com um pingente em forma de coração com strass, que o torna uma opção especial para presentear. Os demais itens tiveram suas embalagens reno-

vadas e estão ainda mais atrativos. Um sucesso da linha em 2009 foi o primeiro ovo quadrado do mercado, Talento Avelãs, que conquistou muitos adeptos e ganhou mais um sabor para esta Pás-coa: Talento Castanha do Pará, conclui Barion.

harald

Voltando suas linhas de coberturas e bar-ras ao filão de padarias, confeitarias, chocola-terias e culinaristas, a harald preparou para a Páscoa 2010 ações promocionais e distribui-ção de prêmios nos pontos de venda. Na ativa desde a segunda quinzena de março, a cam-panha de Páscoa deste ano conta com pro-motores no varejo para distribuição de brin-des às consumidoras do mercado culinarista, apelidadas pela empresa de transformadoras, exatamente por transformar as barras e cober-turas em trufas, coelhos, ovos e afins. Os pre-sentes vão de coelhinhos de pelúcia a panelas para derretimento de chocolate, passando por DVDs que ensinam técnicas de derretimento, temperagem e moldagem. A entrega dos brin-des está condicionada à compra de produtos Harald. Outro destaque na Páscoa da empresa é o lançamento da cobertura Top Blend. Com-binando chocolate ao leite e chocolate meio amargo, o produto é oferecido em barras de um quilo e 2,3 quilos. As principais aplicações incluem coberturas, decorações, moldes e re-cheios de forneados, ovos e bombons.

herSheY’S

Sem ovos de chocolate convencionais, a hershey’s propõe para a Páscoa 2010 opções de produtos de linha em diversos formatos e embalagens especiais. A marca desenvol-

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veu um portfólio com lançamentos em três frentes: barras maciças, chocolates com re-cheio (candy bars) e itens para presentes. “Desenvolvemos produtos inéditos em nosso mix, como o Hershey´s Air”, comenta Renata Vieira, gerente de marketing da empresa. No reduto das barras, chega ao mercado ao pri-meiro chocolate aerado da marca no mundo- Hershey’s Air. “É leve e suave, feito com bo-lhas de chocolate e possui ainda uma textura cremosa que derrete suavemente na boca”, descreve a executiva. No segmento de candy bars, a marca introduz o Hershey’s Paçoca, uma combinação da tradicional paçoquinha coberta com chocolate. No segmento de itens para presente, a empresa desenvolveu uma linha especial de excelentes opções que es-tão disponíveis no varejo a preços acessí-veis. “Eles unem a qualidade do chocolate da marca com embalagens impactantes que qualquer pessoa adoraria receber de presen-te, a exemplo do Special Reserve, uma caixa de bombons finos e importados, feitos com puro chocolate ao leite e um toque crocante de amêndoas”, conclui Renata.

KoPenhagen

Com a expectativa de elevar em 18% as ven-das de Páscoa, a Kopenhagen prevê uma corrida às suas 260 lojas. Desde fevereiro, oito lança-mentos entre ovos e itens sazonais, como coe-lhos e cenourinhas, enfeitam as prateleiras das unidades espalhadas por todo o país, informa renata Vichi, vice-presidente do grupo CrM, controlador da Kopenhagen. Para a atual cam-panha, a grife de chocolates finos preparou uma promoção. “A cada R$ 100 em compras, o cliente recebe um cupom com um número para cadas-trar no site da Kopenhagen (www.kopenha-gen.com.br). Cem clientes serão sorteados e irão ganhar o fornecimento durante um ano de chocolates da marca e, de quebra, uma viagem à nova fábrica em Extrema (MG)”, detalha a executiva. Sucesso absoluto de vendas na temporada anterior, o ovo 4 Clás-sicos, que reúne as mais famosas delícias da marca (Língua de Gato, Lajotinha, Chumbi-

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nho e Nhá Benta), ganha sobrevida. No inusitado for-mato de um ovo dentro do outro, o produto leva 350 gramas de chocola-te. O confeito Nhá Benta sabor coco, lançado em junho de 2009, ganha o formato de ovo de chocolate. O doce que comple-ta seu sexagenário em 2010, também pode ser conferido

nas versões tradicional, maracujá e chocola-te em duas versões de ovos (170 e 300 gra-mas), em miniaturas de 20 gramas e ainda em caixa para presentear com oito ovinhos recheados com marshmallow.

laCtaHá 13 anos con-

secutivos número um nas vendas de Pás-coa, a marca busca a 14.ª campanha na liderança. Para isso, oferece um portfólio com 47 itens, sendo 16 lançamentos divi-didos entre os públi-cos adulto e infantil, ou seja, banca quatro vezes mais novidades do que em 2009. “A companhia se baseia em três pilares para manter o sucesso nas

vendas durante o período de Páscoa: inovação, execução com excelência no ponto de vendas e marcas fortes no mercado. O foco nessas mesmas bases será mantido este ano”, assinala romeo lacerda, diretor de snacks da Kraft Foods, de-tentora da marca lacta. Para atender o mercado nacional, o volume de ovos se aproxima dos 23 milhões de unidades, repassa o executivo. “Em 2009, o market share da Lacta em valor foi de 34,6% (nielsen), consolidando a marca como lí-der de Páscoa nos últimos 13 anos”, grifa ele. A linha de ovos Sonho de Valsa é campeã em volume de vendas, com 11,7% de participação em 2009 (Nielsen) no segmento adulto. Nessa

mesma faixa, entre as dez principais marcas do país, cinco são da Lacta. O sucesso é tanto que conside-rando o mercado to-tal de Páscoa, a cada dez ovos vendidos, um é da grife Sonho de Valsa.

Dentre os desta-ques deste ano, Lacerda cita o Lacta Delice, o primeiro ovo com recheio na casca, forman-

do uma tripla camada. O produ-to é apresentado em embalagem

diferenciada e foi desenvolvido pensando em quem quer presen-

tear de forma exclusiva. Além dele, a Lacta lança o ovo Bis Formato Bis Laka (chocolate branco em formato retangular), o inovador Sonho de Valsa com o design de bombom, o Sonho de Valsa 3 Sabores e o ovo Lacta Chicabon, inspirado no clás-sico picolé Chicabon. Na linha in-fantil, os destaques ficam por conta dos ovos A Era do Gelo 3, a linha de ovos do Ben-10, com três opções de surpresas para meninos, os ovos Hot Wheels e Spiderman, além dos novos brinquedos nos consagrados ovos Barbie e Hello Kitty.

MarSDiferentemente dos últimos anos, a global

brand M&M’s desta vez será vendida no Brasil em versão ovo de Páscoa. O projeto é fruto de parce-ria com a top Cau, que terceiriza a produção se-guindo a receita da Mars, dona da marca M&M’s. Em forma de chaveiro de pelúcia, o personagem

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Vermelho vai como brinde. Outra novidade que a Mars incluiu na cesta de Páscoa 2010 é a edição

limitada M&M’s Chocolate Branco. Os con-feitos diferenciam-se das coloridas versões regulares ao apresentar tons pastel. No caso de Twix, a família que combina caramelo,

biscoito e chocolate ganha dois novos integrantes com Twix Trilogia, caixa sortida que inclui as versões Twix Triple Chocolate, com caramelo sabor chocolate, e Twix Frutas Vermelhas, com biscoito de chocolate e cara-melo sabor frutas vermelhas. gerson Francisco, diretor de negócios de chocolate e food

da Mars Brasil, explica que continuam como opção itens que foram sucesso em Páscoas an-teriores. Caso de M&M’s Gigante, agora em novas cores (verde e azul), porém mantido na linha de gifts como itens para presente. Também voltam às prateleiras M&M’s Ovinhos de Chocolate e o personagem Vermelho de Páscoa.

neStlÉApoiada na perspectiva de sólido crescimen-

to nas vendas de ovos de chocolate, a campanha de Páscoa da nestlé apresenta

diversas opções envolvendo tanto a ampliação da li-

nha mais convencional quanto itens inéditos.

Além de investir em suas marcas tradicionais como

Classic e Alpino, a empresa lança os miniovos Suflair para a data, uma das mar-cas mais fortes da catego-ria. Novidades também po-dem ser conferidas na ala super premium com a linha Nestlé Gold e ampliação do

leque de opções para os públicos in-fantil e teen. “Após o grande sucesso de 2009,

a promoção Páscoa Chocolover chega a sua se-gunda edição. Os participantes concorrerão a seis viagens para conhecer a mais tradicional fábrica de chocolates da Nestlé, na Suíça, além de ganhar centenas de ovos de chocolate com três quilos”, anuncia Ricardo Bassani, gerente de marketing de chocolates da companhia. Entre os clássicos da marca, a exemplo da linha Classic que passou por atualizações, ele destaca o ovo Classic Chocolate Branco, bem como os minio-vos Especialidades recheados, que chegam em nova embalagem com 236 gramas. “Atendendo a

pedidos, a Nestlé lança os ovos Galak crocante e Crunch e, pensando nos consumidores que pos-suem restrições alimentares, a empresa manteve o Nestlé Classic Diet, sem adição de açúcar, e o ovo Sollys, à base de soja”, completa Bassani.

neugeBauerCom a musculatura de

distribuição fortalecida por sua recente aquisição pela Vonpar alimentos, que pro-duz e distribui bebidas da Coca-Cola em Santa Catari-na e no Rio Grande do Sul, a gaúcha neugebauer abriu nada menos do que 400 va-gas temporárias para suprir o incremento de demanda pro-jetado para a Páscoa 2010. Os colaboradores começam a trabalhar gradualmente, conforme a operação vai to-mando corpo. “O grupo maior entra em ação apenas 14 dias antes da Páscoa”, conta andré Metz, gerente comercial da Neugebauer. Entre as novidades do menu, o dirigente destaca os ovos Napolitano e Stikadinho, com casca de três camadas (meio amargo por fora, recheio de morango e chocolate branco no interior). O mostruário conta ainda com ovos Bib’s, outra marca tradicional do mostruário da empresa. Ainda na praia de chocolate meio amargo, o ovo Bonetto ganha as gôndolas em versão com bombons da mesma chancela.

toP CauPlanejando produzir sete

milhões de ovos de chocola-te este ano, ou 2% acima do desempenho 2009, a top Cau anuncia novidades no campo dos licenciamentos de Pás-coa. A estratégia da empre-sa conhecida por terceirizar

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boa parte de sua produção de ovos de choco-late passa a contemplar as marcas Toy Story, Pica-Pau, M&M’s, Padrinhos Mágicos e Maisto International. “Há sete anos somos escolhidos para a Páscoa da Disney no Brasil. A conquista de novos licenciamentos mostra que alcança-mos um patamar internacional de qualidade”, frisa alais Fonseca, gerente de marketing da Top Cau, acrescentando que este ano foram mantidos licenciamentos de outras Páscoas, como Princesas, Mickey, High School Musical, Minnie, Ursinho Pooh, Pequena Sereia, Senni-nha e Fofolete. Com 15 opções de personagens e marcas, os ovos licenciados representam 60% da produção da empresa. Em termos de grama-tura, a Top Cau aposta na produção de ovos com mais de 150 gramas. “As pessoas preferem os produtos maiores, exatamente para poder presentear e compartilhar com a família ou os amigos”, diz Alais.

VIllagePegando carona na Copa do Mundo da África

do Sul, a fabricante nascida há 41 anos em São Paulo foi uma das que decidiram explorar a te-

mática futebolística na Páscoa deste ano. Além de decorar os pontos de venda de verde-amarelo, a Village aproveitou para explorar o esporte bretão em embalagens estampadas com bolas de futebol e perso-nagens infantis dos desenhos Looney Tunes (Turma do Per-na Longa) e Scooby Doo. As iniciativas integram a campa-nha “Torcida Village”. “Este é um ano especial para os bra-sileiros. Tenho certeza que a aposta no verde-amarelo e na estilização de nossos pontos de venda e emba-lagens vai ser positiva para as vendas”, insere reinaldo Bertagnon, executivo do grupo Villa-ge. Com forte estratégia de licenciamentos de personagens infantis da Warner Bros. Consu-mer Products, a Village desfila ainda atuação de destaque na terceirização produtiva de marcas próprias do varejo. Além de itens de Páscoa, o mix de mais de 70 itens inclui panetones, pão de mel, palitos de chocolate e bombons.

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Passarela da inovaçãoFEIRA COMPLETA 40 ANOS SINALIZANDO AS TENDêNCIAS MUNDIAIS DE CHOCOLATES E CANDIES

Por em foco as tendências, indicar os rumos da indústria e movimentar uma roda gigan-te de negócios compõem a missão que há 40 anos coloca em evidência a mostra ale-

mã ISM – Feira Internacional de doces e Biscoi-tos, a maior vitrine global do setor de chocolates e candies, promovida de 31 de janeiro a 3 de feve-reiro último na cidade de Colônia. Em meio à queda de 4% nas vendas de alimentos na Alemanha, o mercado de confeitos conseguiu se manter estável em 2009. Sob esse pano de fundo, o país que é o segundo maior produtor e consumidor mundial de guloseimas sediou mais uma montagem da me-gafeira global com um total de 1.503 expositores vindos de 66 países, o Brasil incluso entre as dez maiores delegações presentes (ver à pág. 32). Eles

ocuparam 110.000 metros quadrados divididos em cinco pavilhões no Centro de exposições de Co-lônia (Koelnmesse).

Em paralelo ao 40.° aniversário da ISM, outro trunfo a comemorar foi a realização da quarta edi-ção da Pro-Sweets, feira simultânea de máquinas e equipamentos, insumos, embalagens e serviços para a indústria de confectionery. Estabelecendo novo recorde de participação, o evento que avan-ça a cada ano reuniu 325 expositores (contra 280 em 2009) de aproximadamente 30 países – 60% de fora da Alemanha. Entre as grifes de máquinas, marcaram presença nomes como haas, Carle & Montanari, Klöckner hänsel, hosokawa Bepex, ae nielsen, Cavanna, Bosch, Sollich, Cremer, Caotech, Bühler e Krüger, entre outros.

Feiras

Fabio Fujii *

(*) O editor Fábio Fujii visitou a ISM 2010 a convite da Koelnmesse.

BüCKerS-BaCKhauS CHOCOLATE COM CEBOLA

DOCE, GRãOS DE PãO INTEGRAL E PRALINES

COM ÁGUA DE COLôNIA

MeSSorI BISCOITO COM APARêNCIA DE HAMBúRGUER

neuhauS ENOGASTRONOMIA EM 16 VARIAçõES DE SABORES

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Entre as referências da onda de novidades apresentada na ISM sobressaíram linhas como a da chocolateria alemã Bückers-Backhaus. Ela levou para a mostra excentricidades a exem-plo de seus chocolates com cebola doce, com grãos de pão integral ou a linha de pralines com a genuína Água de Colônia 4711. Segundo a empresa, a 4711 Praline traz confeitos reche-ados com massa de trufa branca com extrato de bergamota, limão, laranja, neroli, lavanda, petitgrain e alecrim.

Outro lançamento na onda de confeitos exó-ticos partiu da belga ChocolateStories. Com a intenção de juntar as qualidades benéficas ao sistema cardiovascular do chocolate e o bem-es-tar proporcionado por mensagens confeccionadas com letras do produto e uma figura em formato de coração (Heartletter), a empresa desenvolveu uma linha com 26 letras do alfabeto em chocolate fino moldado. “Elas podem ser combinadas com o Heartletter dentro da própria embalagem original, em uma criativa opção que conjuga expressão dos sentimentos e diversão com uma mensagem feita com o mais puro chocolate belga”, enfatiza Jeroen de Rooij, dirigente da chocolateria. A germânica Chr. Storz não deixou por menos e apresentou a linha Chocosophie, que marca pontos sobretudo pela apresentação: um estojo para presente com um mix de 24 barras enfileiradas de chocolate da marca, cujo maior trunfo é a possibilidade de re-gularmente agregar novas edições. As barras de chocolate, por sua vez, são disponibilizadas em envoltórios transparantes.

Na ala de candies, a alemã doK hendelsge-sellschaft, buscou renovar a oferta de chicles, gomas de mascar e guloseimas com linhas enqua-dradas na voga da diversão. A empresa lançou na ISM o Funny Gum, em três variações de sabores, que pega carona no conceito de creme dental. O confeito em formato de pasta é apresentado em tubos ou bisnagas com tampa, que podem ser espremidos diretamente na boca.

ShoW de FaMoSoS Com 10 lançamentos disparados na ISM, a henry

lambertz, vip em forneados e biscoitos da Alema-nha, fez alarde com a presença de personalidades em seu megaestande. Aproveitou a deixa para promover séries com nomes famosos, caso da linha de mix de tortas doces e biscoitos de gengibre sob a grife Thurn und Taxis, homenagem à princesa e socialite alemã Gloria von Thurn und Taxis. Para realçar as novida-des, promoveu o comparecimento da própria princesa Gloria e de estrelas como a atriz Jacqueline Bisset e a cantora Chaka Khan em eu espaço.

A Copa do Mundo de futebol – prevista para

junho na África do Sul – também agitou a plataforma de lançamentos da ISM. Especializada em pirulitos, a Küfa-Werk introduziu seu Campions Lolly Pack, linha que consta de con-feitos no formato de bola de futebol em envoltórios cujas cores represen-tam as seleções mais conhecidas, a maioria da Europa.

Ainda no capítulo dos chocola-tes belgas, a neuhaus magnetizou sua aparição com a linha Somme-lier Collection, “uma explosão de sabores do vinho para amantes do chocolate”, explicita o slogan do produto. A doçaria mergulhou fun-do no conceito que mescla as des-cobertas da enogastronomia com formulações de chocolate à base de cacau de origem e banca uma série na qual 16 sabores emergem quando determinados produtos são combinados.

A italiana Messori, que se di-ferencia pelo cardápio de doces inusitados, não desapontou os fãs e levou para a ISM sua nova linha Conosnack. Trata-se de um cone que imita o formato da tradicional casquinha de sorvete, porém pode e deve ser consumido em tempe-ratura ambiente. “É uma inova-ção no segmento de sobremesas ou de guloseimas, disponível nos sabores cereja, avelãs e creme de cacau”, descreve Thomas Hunter, representante local da Messori. Outra novidade da empresa é o Chocoburger, que chama atenção pelo formato de um sanduíche tipo hamburger. Mas trata-se de uma guloseima que leva na com-posição biscoito e cereais, com cobertura e recheio de creme de chocolate, detalha Hunter.

Dentro do filão de confeitos diet/light, a alemã ragolds pro-moveu o relançamento de sua li-nha isenta de açúcar Velamints. Segundo Oliver Schindler, repre-sentante de vendas da compa-nhia, a tacada acena com novos ingredientes na formulação das pastilhas que prolongam em até seis horas o efeito de melhora no hálito.

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nosso status sobe CONSOLIDA O BRASIL COMO FORNECEDOR DE CANDIES DE MAIOR VALOR

Em sua edição 2010, a feira alemã ISM, mais uma vez se manteve em linha com os próprios recordes de audiência e parti-cipação. A começar pelo comparecimen-

to do Brasil – de um total de 66 países, cravou a 10ª posição entre as maiores delegações estran-geiras – com 39 empresas. “Nossa indústria que,

antes, só competia no cenário internacional pela oferta de itens básicos a preços extrema-mente baixos, mostra cada vez mais condições de disputar mercados exigentes em qualidade e de melhor rentabilidade, com a apresentação de confeitos de maior valor agregado”, sintetiza Getúlio Ursulino Netto, presidente da associa-

CoMandInI, da danIla FOODS CâMBIO E AçúCAR AINDA PESAM

FreY, da BerBau CONCORRêNCIA DE FEIRAS REGIONAIS

PaParellI, da SuKeSt PRODUTOS NO PEDESTAL DA ISM

BoeIra, da WallerIuS TESTE PARA AMPLIAR O MENU

laura e FaBIana, da ItaMaratY RESPOSTA DO ORIENTE MÉDIO

Sara, da MarIlan CHINESES EM MENOR NúMERO

rodrIgueS e KaMIMura, da BauduCCo VITRINE PRIVILEGIADA

Fazan JunIor, da aladIM SUCESSO COM LATA DE PIRULITOS

Solange, da eMBarÉ NEGóCIOS EM MEIO A MOVIMENTO FRACO

roMualdo, da rIClan ATENçãO A CLIENTES INTERNACIONAIS

FortI, da toFFano CONTATOS PROMISSORES

PezzIn, da PeCCIn DIFERENCIAçãO VIROU MARCA REGISTRADA

Feiras

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ção Brasileira da Indústria de Chocolate, Ca-cau, amendoim, Balas e derivados (abicab).

“Acompanhamos as seis últimas edições e notamos que o volume de público da ISM cai de ano para ano, mas em 2010 ela foi um pouco mais freqüentada”, observa Derci Comandini, diretor da danila Foods, trading que opera com diversos fabricantes de confeitos do Brasil e seguiu para a feira com os portfólios da nucita, Kuky, alves alimentos, alça Foods e noblan. Com clientela concentrada em mercados como o africano, a Dani-la sentiu este ano maiores dificuldades para nego-ciar eventuais embarques por conta do câmbio ain-da desfavorável e da alta do açúcar, devidamente repassada às tabelas, argumenta Comandini. “Para agravar a situação, a África do Sul, um dos nossos principais clientes, está hoje fabricando candies em volumes cada vez maiores”, informa o trader, acrescentando que, mesmo diante desse quadro, conseguiu abrir negociações com países do Leste europeu e Oriente Médio. Outras quatro empresas – arco Íris, Brassuco, Casaredo e dalla Costa – também estrearam na ISM através de represen-tação das tradings Sentare e Maxxi, incorporadas ao Projeto Trade, da Abicab. “Sem essa iniciativa, não teríamos conseguido dar esse pontapé para in-gresso no mercado internacional”, comenta Diego Heineck, da Sentare.

Gustavo Zaffari Frey, diretor da Berbau atribui a eventual diminuição de frequência e movimen-tação na feira ao excesso de eventos no calendá-rio do setor. “Na ISM, o movimento vem caindo, com a concorrência de feiras regionais no Leste europeu, Ásia e Oriente Médio”, avalia ele.

Na Sukest, o gerente Mauro Paparelli considera que a empresa se saiu melhor do que em 2009, ano impactado pela crise global. A Sukest, acrescenta ele, conseguiu emplacar seus lançamentos no sa-lão de inovações da ISM e isso trouxe resultados imediatos. “Conquistamos clientes em mercados como Japão, EUA, Alemanha e Grã-Bretanha”, gri-fa Paparelli. No comando da Wallerius, a Vonpar fez sua estreia no evento. “A receptividade foi ex-celente. A vinda com as linhas da Wallerius, serviu para não iniciarmos os trabalhos da estaca zero”, nota Juan Pablo Boeira, gerente de marketing da companhia

A ala de biscoitos, coordenada pela associa-ção nacional das Indústrias de Biscoitos (anib), foi representada por oito empresas que, confor-me levantamento da entidade, fecharam durante a ISM contratos em torno de US$ 2 milhões. “A previsão é alcançar US$ 12 milhões nas negocia-ções pós-feira”, estima José dos Santos dos Reis, dirigente da Anib. Em sua segunda participação no evento, a Santa edwiges vem retomando os

embarques que eram freqüentes até 2007, relata Gilberto Jorge Millen, veterano da ISM e diretor da Millen International, trading que também representa a erlan, doce rio, Cory e Marin. Na Itamaraty, em torno da metade dos novos con-tatos feitos na ISM foi costurada há um ano em participações da companhia em feiras do Oriente Médio, como gulfood e Sweets Middle east. For-necedora regular para países africanos e asiáti-cos, a Marilan foi atingida este ano pela fuga dos primeiros para mercados da índia e Turquia e pela ausência principalmente de compradores chine-ses. “Os países da África buscam preços baixos e tentam pressionar as negociações com cotações de fornecedores indianos e turcos. Já os asiáti-cos querem produtos de qualidade, mas desta vez vieram em menor número à ISM”, comenta Sara Elisabete Perineti Pardo, analista de comércio exterior da Marilan. Apesar desse descompasso, a companhia engatilhou contratos com a Síria, Palestina, Colômbia e Venezuela. Freqüentadora assídua de feiras internacionais, a Bauducco é a única empresa do setor que possui vitrine na ISM em área separada das demais representantes do Brasil. “Preferimos ficar mais próximos das indús-trias de biscoitos e forneados da Europa e, dessa

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forma, ter acesso a um público condizente com a imagem internacional da Bauducco”, frisam Célio Conrado Rodrigues e Hideyuki Kamimura, da ala de exportações da companhia.

Em sua terceira aparição na ISM, a aladim sentiu maior receptividade na edição deste ano em comparação à de 2009. “A visitação foi mais produtiva do que a da feira de 2009”, analisa Mario Fazan Junior, diretor comercial da empresa paulista. Para ele, esse público, antes mais foca-do em balas e doces commodities, agora busca itens de maior valor com preço competitivo.

Veterana na ISM, a embaré reforça o coro das empresas que se veem atingidas com a queda na movimentação de público. “É preciso avaliar se o investimento está sendo compensado pelo nú-mero de pessoas que comparecem à feira”, cri-tica Solange Isidoro, gerente de exportações da indústria mineira. Apesar da sensação de que a participação poderia ter sido melhor, a executiva insere que a mostra foi produtiva e a Embaré, se-não fechou contratos, ao menos alinhavou nego-ciações para desfecho futuro. “A boa surpresa foi um pacote costurado com uma trading do Reino Unido, que assim vai engrossar o rol de 50 países para os quais embarcamos 40% da nossa produ-ção de caramelos”, sublinha a gerente.

Outras participantes frequentes da ISM, como a riclan, já comparecem à feira sem a pretensão de descobrir um novo filão de mercado jamais alcançado pela empresa anteriormente. “Expor-tamos para mais de 50 países e vamos todos os anos para a Alemanha para ver e sermos vistos por nossos clientes regulares. É a oportunidade de concentrar em um único lugar, durante qua-tro dias, encontros que, de outra forma, seriam muito dispendiosos ou até inviáveis”, esclare-ce Antonio Romualdo da Silva, gerente de ex-portação da indústria de candies. Ainda assim, emenda ele, a Riclan conseguiu este ano ingres-sar no Reino Unido, que passa a ser o primeiro mercado da empresa na Europa Ocidental. Marco

Antonio Forti, diretor da toffano, embora sem a mesma janela da Riclan nas exportações fecha com Romualdo quanto às finalidades da ISM. Ele acrescenta que, apesar de deixar o evento sem nenhum pedido em carteira, teve encontros importantes com clientes, sendo que quatro ou cinco deles devem gerar contratos no futuro. “Sinceramente, a nossa participação foi melhor do que esperávamos”, sublinha Forti.

Entre as empresas que realmente leva-ram produtos inovadores para a ISM, a doci-le sobressaiu com a linha de chicles Explode Coração, confeito de quatro gramas, bicolor e listrado e em formato de coração com recheio líquido em cinco sabores duplos. “Havia horas que pessoas chegaram a se amontoar em frente à vitrine para ver o nosso produto”, comenta Alexandre Heineck, diretor da indústria gaú-cha, acrescentando que cada uma das cores do chicle tem um sabor de fruta. “Quando elas se juntam, formam um terceiro sabor. É realmente uma novidade”, frisa ele, completando que, em termos de resultado, a ISM 2010 foi a melhor participação da Docile, com o dobro de negó-cios fechados no ano passado.

Na Peccin, outra veterana na ISM, o diretor Dirceu Pezzin registra a abertura de cinco novos mercados na Ásia e Europa, confirmando a procu-ra de produtos mais elaborados. A demanda maior hoje, frisa o executivo, é por itens diferenciados, os quais a Peccin foi pioneira no front das expor-tações. “Sempre buscamos ofertar confeitos com algo mais, seja no recheio, na casca ou apresen-tação, o que se tornou uma marca agora reconhe-cida nos mercados mais exigentes”, nota Pezzin.

Depois de vender sua participação na indús-tria de chocolates neugebauer, a Florestal alimentos passou a concentrar o foco na ala de candies. E a ISM foi o primeiro evento no qual a direção do grupo, além de formalizar esse posi-cionamento à clientela internacional, enfatizou as marcas Florestal e Boavistense.

Feiras

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armados até os dentesINGREDIENTES QUE PROMOVEM PROFILAxIA BUCAL ABREM NOVA FRENTE NA DISPUTA EM GOMAS DE MASCAR

Fim de janeiro. últimos dias da longa ne-gociação que envolveu a aquisição da Cadbury pela americana Kraft Foods. Enquanto vencia o prazo determinado

pelo órgão britânico regulador de aquisições e fusões para que a oferta de compra fosse aceita ou não, a cúpula da filial brasileira da Cadbury dividia-se entre o negócio, que acabou resultan-do na maior empresa de confectionery do mundo - superando a Mars/Wrigley - em um dos mais ruidosos lançamentos do mercado de gomas de mascar funcionais dos últimos anos. Trata-se de uma versão da linha Trident (Total) que marca a

chegada de uma geração de confeitos funcionais ao mercado brasileiro. Ao apostar na imprová-vel combinação entre goma de mascar e leite, o novo Trident promete dentes mais saudáveis graças a um tipo de proteína láctea presente com exclusividade em sua formulação.

Disponível aos consumidores desde março nas versões menta, hortelã e abacaxi tropical, com distribuição em todos os canais de atua-ção da Cadbury, especialmente lojas de conve-niência, Trident Total recebeu investimento de R$ 5 milhões para seu lançamento. O aporte, ressalte-se, não foi direcionado apenas a ações

teNdÊNcias

goMaS de MaSCar CUIDADOS BUCAIS ENCORPAM TENDêNCIA PARA ExPANDIR O CONSUMO

trIdent total PRÉ-LANçAMENTO EM CONGRESSO DE ODONTOLOGIA

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de comunicação com consumidores. Confiante nos estudos científicos sugerindo a eficácia do produto na profilaxia bucal, a Cadbury também mirou a divulgação em profissionais de saú-de. O pré-lançamento, por exemplo, se deu no 28.º Congresso Internacional de odontolo-gia de São Paulo, realizado no final de janeiro. Na ocasião foram apresentadas pesquisas in-dicando que a proteína do leite presente na nova goma da Cadbury ajuda a neutralizar os ácidos que causam fermentação na boca. Isso seria positivo à medida que a fermentação é reconhecida por promover a perda de minerais no esmalte dentário, deixando os dentes mais suscetíveis a cáries.

“Apesar de parecer uma estrutura compacta e inativa, os dentes são compostos por veias e artérias, além de fibras nervosas, e estão sujeitos a uma perda mineral constante, provocada pela presença de ácidos na boca. Quando essa perda de minerais não é compensada adequadamente, o dente fica sujeito a cáries”, esclareceu no even-to de pré-lançamento o professor Eric C. Reynol-ds, da escola de odontologia de Melborne, na Austrália. A partir de pesquisas desenvolvidas na universidade australiana, o cientista isolou a pro-teína do leite que ajuda a repor os minerais que os dentes perdem diariamente. Essa proteína, ele alega, oferece um reservatório de cálcio e fos-fato específico para os dentes. Assim, o prosai-co hábito de mascar Trident Total seria capaz de promover a remineralização do esmalte dentário, tornando os dentes mais fortes e resistentes a cáries. A proteína em questão foi batizada co-mercialmente como Recaldent e é um ingrediente exclusivo de Trident Total.

eXPerIMento húngaro Ao apostar nesse tipo de diferencial, a Cadbury

quer conquistar sobretudo consumidores na casa dos 30 anos, exatamente a faixa etária que me-nos compra gomas de mascar no Brasil. Segundo especialistas, o consumo no país é concentrado nas crianças e nos jovens. Quando o consumidor brasileiro se torna adulto, ele muitas vezes para de mascar chicletes, o que não aconteceria em outros países. O aspecto funcional, portanto, é visto pelos executivos da Cadbury como um ás na manga para fidelizar essa faixa de público.

Talvez por isso, as expectativas comerciais em torno da novidade sejam otimistas, espe-cialmente quando se considera que boa parte do consumo de gomas de mascar é de experi-mentação, isto é, muitas vezes o consumidor só compra a goma para descobrir que gosto tem. Tal condição ajuda a entender a média de

20 lançamentos anuais osten-tada pela Cadbury, número, ali-ás, que não deve ser alterado com a sua aquisição pelo grupo Kraft Foods.

Além dos estudos envolven-do a proteína láctea Recaldent presente no novo Trident Total, a Cadbury divulgou trabalhos aca-dêmicos favoráveis ao consumo de gomas mascar isentas de açú-car em geral. Um deles foi feito pela universidade de Budapes-te, na Hungria. Os pesquisado-res acompanharam 583 pessoas durante dois anos e concluíram que mascar goma sem açúcar por 20 minutos, três vezes ao dia e após as refeições, diminui em 38,7% a ocorrência de cárie. A explicação: a goma estimula as glândulas salivares; a saliva, por sua vez, ajuda a diluir e lavar os resíduos de alimentos, neu-tralizando os ácidos da boca e promovendo a remineralização dos dentes.

reYnoldS, DA UNIVERSIDADE DE

MELBOURNE PESQUISAS COM RECALDENT.

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caNal de veNda

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Pouca intimidade com as panelas; avalan-che de compromissos cotidianos; inde-satável nó do trânsito. Não importam os motivos, nas grandes cidades brasileiras

cada vez menos gente faz refeições em casa. Nem todos se dão conta, mas o fenômeno da alimentação fora do lar é potencialmente be-néfico ao mercado doceiro. Afinal, quando bem expostos, confeitos e guloseimas quase sempre pegam carona no tíquete de compras das refei-ções, transformando os estabelecimentos que as comercializam em balcões por excelência da indústria de confectionery. Por outro lado, o há-bito de comer fora de casa alavanca a produção de doces no filão de confeitaria e panificação, que registra demandas crescentes de recheios, coberturas e outros ingredientes destinados ao

Muito alémdo pãozinhoCOM 11 LOJAS NO ABC PAULISTA, REDE PADARIA BRASILEIRA APOSTA EM FÁBRICA PRóPRIA DE DOCES E CONFEITOS

setor de food service. Uma amostra da força des-ses nichos complementares pode ser observada na operação da rede Padaria Brasileira, que vem se destacando na cena da Grande São Paulo pela oferta de comida por quilo e refeições rápidas.

Com sete unidades franqueadas carregando a bandeira Express e quatro lojas próprias, todas operando no ABC Paulista, a Padaria Brasileira atua desde 1953 e conta com 450 colaborado-res, que atendem mensalmente mais de 200.000 clientes. Números assim alicerçam a empresa entre uma das cinco maiores redes de panifica-ção do país, relevância mais do que confirmada nos balcões doceiros. Para ficar em apenas dois exemplos, a produção mensal chega a bater a marca de 300.000 sonhos e 9 toneladas de bolo. “É claro que encomendas e compras no balcão

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são bastante representativas em nossa opera-ção de confeitaria. Mas boa parte dos doces que produzimos é consumida como sobremesa pe-los clientes que fazem suas refeições em nossa rede”, explica Antonio Henrique Afonso Júnior, sócio da Padaria Brasileira e representante da terceira geração de fundadores.

Na parte de confeitaria, toda a produção é centralizada na fábrica anexa à loja matriz lo-calizada em Santo André (SP). A unidade, por sinal, está passando por uma ampliação. A re-forma deve acabar em abril, quando 160 metros quadrados serão acrescentados à área de aten-dimento. Assim, a matriz da Padaria Brasileira passará a totalizar 440 metros quadrados, com capacidade de 120 lugares para lanches e refei-ções. “A ampliação do espaço permitirá servir refeição do tipo self service no almoço, pizza no final da tarde e noite e sorvete de massa de fa-bricação própria para consumo no local”, conta Júnior, que prevê aumento de 20% no movimen-to diário da unidade matriz e incremento de 7% no faturamento bruto da rede.Dados os grandes volumes produzidos na fábrica de Santo André, o relacionamento da empresa com fornecedores de ingredientes e empresas do setor de food service

é profícuo. A Puratos, por exemplo, responde pela massa pronta da linha de brownies. Mas, quando os volumes justificam, a Padaria Brasi-leira opta por verticalizar a produção.

Com 20 checkouts em toda a rede, a empresa também está atenta ao giro por impulso de can-dies e confeitos. Na ponta do lápis, entre 35% e 40% do valor do tíquete de compra das refeições referem-se a produtos complementares, dentre eles os doces e guloseimas expostos principal-mente nas bocas de caixa. “Mesmo quando não são representativos em termos de faturamento, os candies são importantes na composição do mix de produtos”, avalia Júnior, informando que, dos cerca de 1.400 produtos que compõem o menu da rede, por volta de 800 são de fabri-cação própria.

A guinada rumo às refeições remonta a 1977, quando a empresa abandonou a venda de bebi-das alcoólicas e passou a atuar com produtos de rotisserie, como saladas, carnes e massas. As sete unidades franqueadas com a bandeira Ex-press também investem no filão de alimentação fora do lar. Recentemente reestilizadas, as lojas ganharam nova identidade visual e mais espaço para refeições.

aFonSo JunIor 300.000 SONHOS E NOVE TONELADAS DE BOLOS VENDIDOS POR MêS

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No PÓdio

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diversificação com focoREFERêNCIA EM REFRESCOS EM Pó, BRASSUCO CHEGA AOS 25 ANOS COM AMPLA LINHA DE ALIMENTOS

Já foi dito que a melhora de renda dos brasileiros pode paradoxalmente abalar as vendas de refrescos em pó. Segundo essa teoria, assim que o poder aquisi-

tivo avança, imediatamente os consumidores de refrescos em pó migram para bebidas de maior valor agregado, como demonstra a ex-celente fase dos sucos prontos para beber. À sua maneira, a trajetória no azul da Brassuco, uma das maiores fabricantes de refrescos em pó do país, contradiz essa tese. À frente de referências nacionais da categoria, como as marcas Brassuk e Ship, a empresa de Itu (SP) alcança 25 anos investindo em produtos mais sofisticados e tirando do papel planos de au-mento da capacidade produtiva. Em busca de representantes para aumentar a capilaridade da distribuição no Sul, Nordeste e Centro-Oes-te, a empresa comemora ainda os resultados da estratégia de diversificação de sua opera-ção, hoje voltada a ampla variedade de ali-mentos em pó, incluindo achocolatados, mis-turas para bolo e sobremesa, caldos, molhos e amaciante de carne.

As linhas da Brassuco são, em geral, comer-cializadas em três frentes. Em primeiro lugar vem o varejo, atendido por atacadistas e dis-tribuidores. Depois ganha relevo o canal ins-titucional, cuja operação se dá basicamente a partir do fornecimento de frasqueiras para pre-paro de refrescos em pó em cozinhas industriais. Por fim, vêm as marcas próprias, com destaque para fornecimento de gelatinas e refrescos para a bandeira dia%, do Carrefour. Nesses três canais, os refrescos concentram a maior parte

BraSSuCo VOCAçãO PARA O FOOD SERVICE E

MÁQUINA POST MIx

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doce revista fevereiro 2010 �5acesse: www.docerevista.com.br

do faturamento e capitaneiam os principais in-vestimentos previstos para 2010, dentre eles a convenção que vai reunir a força nacional de vendas, estimada em 150 distribuidores e repre-sentantes, em julho próximo.

Em outra ação, Lauro Müller, presidente da Brassuco, abre planos de dar prosseguimen-to à estratégia que privilegia refrescos de alto rendimento. Segundo ele, novos produtos da Brassuco chegam a render na proporção de uma parte de pó para 25 partes de refresco pronto para beber, contra a proporção padrão de uma parte de pó para dez partes de refresco das fór-mulas tradicionais. Em outra frente, a empresa está otimista com sua recém-lançada linha de máquinas para escoamento de refrescos em co-zinhas industriais e outros canais institucionais. Carregando a marca Post Mix, os equipamentos são fornecidos em regime de comodato e têm bloqueador de abastecimento, painel frontal ilu-minado, display digital de temperatura e bags com capacidade para quase 300 doses de 200 mililitros de suco.

Ainda que nos últimos anos a operação no va-rejo tenha passado a representar 70% das vendas totais da Brassuco, não é difícil entender por que o mercado institucional continua recebendo tanta atenção. Foi instalando máquinas para preparo de refrescos em pó, as chamadas refresqueiras, em cozinhas industriais que o presidente da Brassuco debutou na indústria de bebidas, ao lado do irmão Guilherme. Os dois são egressos do setor de free-zers, bebedouros e, não por acaso, refresqueiras.

negóCIoS dIVerSIFICadoS “Já naquela época achávamos que o mercado

de alimentos era uma excelente forma de diver-sificar os negócios”, conta Lauro, acrescentando que, no início, os sócios procuraram uma fábrica de suco de frutas que concedesse exclusivida-

de na distribuição para o interior de São Paulo. Nos dois primeiros anos a dupla praticamente só lucrava com as refres-queiras. Somente em 1987 vieram as linhas de fabricação própria de refrescos em pó. Os resultados rapidamente apareceram. Em 1991 a Brassuco já adquiria a área com prédio indus-trial pronto, onde hoje fica sua sede social. Durante 11 anos a em-presa se dedicou exclu-sivamente ao mercado institucional, atendendo cozinhas industriais. A ampliação do foco viria em 1998, com a expansão da área comercial e o lançamento da marca Brassuk, criada para brigar no varejo de refrescos em pó.

“Esse momento foi muito importante. Ali começamos a pensar seriamente em fabricar e distribuir uma nova gama de produtos alimentí-cios”, comenta Lauro. Entre os primeiros merca-dos explorados, o de acholotados em pó é hoje disputado com a marca Virtual. Outra categoria em ascensão é a de gelatinas, na qual a empresa atua com a marca Gelky. Ao lado de pós para preparo de flans e pudins, a Brassuco vem apos-tando em misturas para bolo e barras de cereal, este último filão atendido pela marca Pulse. No ramo de refrescos, a linha Ship se destaca por ser semiadoçada e oferecer rendimento de dois litros de refresco para 25 gramas de pó, ao passo que a nova Brassuk Light, isento de açúcar, é voltada a consumidores adeptos do mantra “saú-de e bem-estar”.

Na estratégia com marcas próprias, a em-presa coloca sua fábrica de 200 funcionários à disposição para serviços de terceirização. “Nossa planta é dotada de misturadores e en-vasadoras em perfeitas condições sanitárias, garantindo que o produto de nossos clientes tenha a mesma qualidade dos nossos”, ressalta Lauro Müller, explicando que a Brassuco está apta a oferecer qualquer produto em pó em em-balagens variando de 10 gramas a um quilo, em vários tipos de estrutura. Na área de líquidos, conclui o dirigente, a Brassuco conta com tan-ques de agitação e envasadoras que trabalham nos processos que não exigem pasteurização, permitindo o envase de um a três litros em bags de polietileno.

Müller INVESTIMENTOS EM LINHAS SOFISTICADAS E MAIS REPRESENTANTES COMERCIAIS

reFreSCoS eM Pó PRODUçãO EM ITU DESDE 1987

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ageNda

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a B r I lhora do treinoA Food Design, consultoria especializada em soluções integradas de gestão de qualidade para os setores de alimentos e bebidas, dá prosseguimento ao seu ciclo especial de treinamentos para 2010 e, dentro da programação para normas internacionais, pro-move nos dias 5 e 6 a apresentação da ISO 22000 – Entendimen-to da Norma. Nos dias 26 e 27, ministra a BRC Global Standard for Packaging and Packaging Materials – Conhecendo a Norma, e fecha o ciclo mensal nos dias 28 e 29 com o treinamento Rotu-lagem de Alimentos – Teoria e Prática.

local: Food Design – Av. Angélica, 2466, cj.162 - Higienópo-lis - São Paulo (SP).Informações: Tels. 11-3218 1919/ 3120 6965; e-mail: [email protected]; ou pelo site www.foodesign.com.br

Pacote mineiroNo rastro do sucesso al-cançado na Embala Nor-deste 2009, a promotora de feiras regionais Green-field Business Promotion realiza de 6 a 9 em Belo Horizonte (MG) a Minas Plast 2010 – Fei-ra Internacional da Indústria de Plástico em Minas Gerais. Além do apoio dos sindicatos e associações dos setores de plásticos, máquinas e embalagens, a Minas Plast contará com colaboração da Editora Definição, que publica Doce Revista e Plásticos em Re-vista, na organização da programação paralela. Sob o tema Emba-lagens Alimentícias – Os Diferenciais do Plástico, serão realizadas nos dias 7 e 8 palestras com renomados especialistas do setor. “Premiamos importantes iniciativas que geram talentos, reconhe-cendo as melhores práticas de gestão de incentivo a atitudes ino-vadoras. Por essas ações, o Programa Embala aproxima mercados e gera uma sólida construção de relacionamentos que colaboram, permanentemente, na certificação de nossas feiras e salões como eficientes ferramentas de promoção de negócios. A expansão da diversificada indústria mineira, usuária de embalagens, processos industriais e serviços fazem da Embala Minas uma feira de alto de-sempenho e geradora de negócios para seus expositores”, assinala Luiz Fernando Pereira, diretor comercial da Greenfield.

local: Expominas BH – Centro de Convenções e Feiras. Avenida Amazonas, 6.030 - Bairro Gameleira - Belo Horizonte (MG).Informações: Greenfield Business Promotion. Tel: 11-3567 1890; Fax: 11-5184 1515; ou pelo site http://www.green-field-brm.com/embalaminas2010/

Festa no interior Em parceria com a Prefeitura Municipal de Marília, Asso-ciação das Indústrias de Alimentos de Marília (Adima) e Ciesp – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, a Safra Eventos promove de 13 a 15, no Distrito Industrial, a primeira edição da Feiraliment – Feira da Indústria Ali-mentícia de Marília e Região. Para Flávio Nasser, diretor da Safra, a realização de evento desse porte em Marí-lia, considerada a Capital Nacional do Alimento, vem ao encontro das necessidades das indústrias locais. “É uma honra poder participar desse pontapé. É de conhecimen-to de todos que Marília e região têm essa grandiosidade econômica devido ao desenvolvimento do setor alimentí-cio e, por isso, uniremos forças para que ele se desenvol-va ainda mais”, frisa o executivo.

local: Farol Eventos - Av. Carlos Tosin, 1256 - Distrito Industrial – Marília (SP).Informações: Safra Eventos - Wlad Coutinho - Cel (18) 9764-9562; e-mail: [email protected]; Vinicius Ramos - Cell (18)9764.9604; E-mail: [email protected] .

reciclagem de conhecimentosPara difundir conhecimentos técnicos e científicos e con-tribuir para o aperfeiçoamento da indústria nacional, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-APTA) realiza, anualmente, treinamentos destinados à capacitação de profissionais que atuam nas áreas de alimentos e emba-lagens, além de complementar a formação de estudantes. Nos dias 15 e 16, o Cereal Chocotec – Centro de Pesqui-sa e Desenvolvimento do Ital, unidade especializada no setor de confeitos, dá sequência ao calendário de 2010 com o Curso de Tecnologia de Fabricação de Confeitos Drageados Salgados. A programação prossegue no dia 20, com o Workshop Industrialização de Polpas e Sucos Orgânicos, a cargo do Fruthotec – Centro de Tecnologia de Frutas e Hortaliças do Ital.

local: Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) - Cam-pinas/SP.Informações: Ital/ Setor de Eventos. Fones: (0**19) 3743-1758/ 3743-1759; Fax: (0**19) 3743-1761. E-mail: [email protected] /[email protected]/[email protected]

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giro

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gerente de marketing da Dori, acres-centando que, na cena atual, Frutsy é a única marca nacional que atua no segmento de pirulitos mastigáveis. Com o reposicionamento da bala Frutsy, a Dori identificou uma oportunidade para a segmentação da linha. “Os pirulitos mastigáveis vêm se juntar à versão stick, lançada em agosto, nos sabores morango, chocolate e manga, além da bala Yogurte 100, que já faz parte do portfólio da empresa”, completa Paiva. Disponível no trade da categoria desde o início do ano, os pirulitos Frutsy en-feitam as prateleiras com preço sugeri-do de R$ 0,25 a R$ 0,30 a unidade.

QUEM: HYPERMARCASPRODUTO: SUPRA SUMOGANCHO: NOVO VISUAL

Os fãs de Supra Sumo, uma das mais tradicionais linhas de balas refrescantes do país, podem conferir desde feverei-ro as grandes diferenças nos produtos hoje sob o guarda chuva da Hypermar-cas. Todos os sabores apresentam novos layouts e contam com cores mais vi-brantes, traços modernos e embalagens maiores, agora com 150 gramas (contra a anterior, com 61 gramas). Pensando nos atacados, canal por excelência do setor de balas, a Hypermarcas também disponibiliza Supra Sumo em versão sortida de 700 gramas que, garantem os novos detentores da marca, além de tudo vem com mais unidades na emba-lagem. Isso, alerta a fabricante, signifi-ca mais economia e rendimento para o consumidor. E mais: as balas de frutas agora incorporam base de mentol, que confere muito maior refrescância aos confeitos. Para agradar aos diferentes

QUEM: KRAFT FOODSPRODUTO: CHOCOLATESGANCHO: LINHA DELICE

Número um em chocolates no Brasil com a marca Lacta, a Kraft Foods re-força seu arsenal no segmento com a linha Delice de tabletes rechea-dos, que combinam a cremosidade do chocolate tipo mousse com uma textura de massa mais aerada. “O aumento do poder aquisitivo per-mitiu que as pessoas passassem a desejar produtos inovadores e mais elaborados. Com esse lançamento, pretendemos reforçar a liderança da Lacta e ampliar ainda mais sua participação de mercado”, resume Luciana Pires, gerente de marke-ting de chocolates da companhia. Os tabletes de Lacta Delice, detalha ela, são formados por grandes go-tas, com recheio cremoso e macio, nos sabores de chocolate, avelã ou caramelo. Apresentam embalagem

em formato caixinha, com um sistema de abertura estilo envelope, em apresen-tações de 150 gramas (preço sugerido de R$ 4,99) e 60 gramas (preço sugerido de R$ 2,60). Para apoiar a novidade, serão realizadas ações de degustação, assim como um forte plano de mídia e ações na Internet, repassa Luciana.

QUEM: DORIPRODUTO: FRUTSYGANCHO: PIRULITO MASTIGÁVEL

Com presença nos mercados nacio-nal e internacional de candies, a Dori Alimentos não para de inovar e intro-duz com exclusividade duas novidades na marca de balas Frutsy. São pirulitos mastigáveis, nos sabores framboesa e chocolate, destinados ao público infan-til e que incorporam personagens diver-tidos e coloridos na ilustração das em-balagens. As novidades oferecem preço atrativo e apresentação diferenciada, permitindo a comercialização em todos os canais (atacado, varejo e distribui-dores). “Apostamos na boa aceitação desse produto no Brasil e em países da América do Sul, América Central e África”, argumenta Jean Carlos Paiva,

paladares, os sabores disponíveis são abacaxi, limão, menta, morango e uva. A versão sortida forma com morango, uva, limão e abacaxi. Já no segmento “quente”, Supra Sumo conta com os sabores cappuccino e leite em ver-sões com 150 gramas e sortida com 700 gramas. Todas as balas da marca, presente no mercado há mais de 40 anos, são embaladas individualmente. Ações de apoio ao relançamento es-tão programadas para todo o Brasil, seja através de campanhas de mídia impressa, materiais de ponto de ven-da e ações de degustação e distribui-ção de amostras (sampling).

QUEM: YOKIPRODUTO: YOKITOSGANCHO: BôNUS PACK

A Yoki Alimentos acaba de despejar no mercado o novo bônus pack da linha de salgadinhos Yokitos versão Batatas Onduladas. Para agradar os consumido-res da marca, em especial fãs das bata-tas chips nos sabores Natural com Sal e Cebola e Salsa, a empresa coloca nas gôndolas dos supermercados de todo o país embalagens com 15% a mais do produto. “A nossa linha de batatas é ideal para ser consumida a qualquer hora do dia, com a família ou entre amigos. E, para agradar ainda mais ao consumidor, criamos essa promoção, que oferece mais produto pelo mesmo preço. Assim, temos certeza de fideli-zar nossos clientes oferecendo ainda mais salgadinhos para seus momentos de lazer”, sintetiza Gabriel J. Cherubi-ni, vice-presidente da Yoki. Disponível no trade desde fevereiro, o bônus pack de Yokitos pode ser conferido ao preço sugerido de R$ 1,41 a embalagem com 57,5 gramas.

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QUEM: PROCTER & GAMBLEPRODUTO: PRINGLESGANCHO: PROMOçãO COM AUTO ADESIVO

Para informar o consumidor sobre uma promoção da marca Pringles, a Procter & Gamble apostou numa solu-ção auto adesiva presa ao produto, sem interferir no design das famosas lati-nhas de batatas chips. Conhecidas como flags, as etiquetas funcionam como fer-ramenta de divulgação para campanhas promocionais em pontos de venda. “A versatilidade dessa solução faz com que o produto ganhe área visual adicional nas gôndolas, se diferenciando dos con-correntes”, comenta Osvaldo Belintani, superintendente técnico da Novelprint, empresa que fornece a solução. Além disso, acrescenta o especialista, a flag pode ser multi páginas, permitindo a inserção de dados adicionais sobre o produto ou qualquer informação que o fabricante desejar. As etiquetas são confeccionadas em material plástico ou papel, em diversos formatos, tecnolo-gias e efeitos de impressão, como hots-tamping ou holografia. A Novelprint fornece a solução completa, que envol-ve as etiquetas e também o sistema de aplicação automático adequado à linha de produção.

QUEM: TAMBAú ALIMENTOSPRODUTOS: DOCES EM MASSAGANCHO: NOVAS EMBALAGENS

As embalagens conhecidas como poly dos doces de massa da Tambaú Alimen-tos estão com novo layout, assinado pela agência de design Packing. As mudanças foram aplicadas nas goiabadas da marca, nas variantes tradicional e cascão e nas misturadas com coco, castanha e na bana-nada, banaiaba e cajuada, nas versões de 300 e 600 gramas. Os doces em massa da Tambaú são processados diretamente da fruta, conservando as características natu-rais e vitaminas, sendo fonte de fibras e isentas de colesterol e gordura trans.

Já a linha de condimentos da Tam-baú ganha mais uma novidade: o leite de coco em garrafas de vidro 200 e 500 mili-litros, com valor calórico reduzido. O uso do coco fresco garante a qualidade e a certeza de que a empresa utiliza a melhor matéria-prima. Para divulgar o lançamen-to, a agência MV2 desenvolveu campanha com o slogan “O sobrenome que faltava para o leite de Coco”, que inclui veicula-ção em jornais, revistas e panfletos.

QUEM: LIOTÉCNICAPRODUTO: GELATINA QUALIMAxGANCHO: NOVOS SABORES

Quando o assunto é conquistar a atenção e o paladar das crianças,

nada melhor que transformar a hora das refeições num momento diverti-do, observando, é claro, a qualidade do cardápio. Isso explica o sucesso da linha Qualimax Kids, da Liotéc-nica. Agora a galerinha conta com mais opções para uma sobremesa ou lanche saudável e também divertido, pois os novos sabores tangerina, fru-tas vermelhas e tutti-frutti da marca passam a incorporar os personagens da Turma do Pernalonga (Looney Tunes). Saborosas e nutritivas, as gelatinas vêm em caixinhas decora-das com personagens dos desenhos animados da grife Looney Tunes e trazem joguinhos criativos, como Jogo da Memória, das Sombras e dos 7 Erros. Seguindo o padrão Qualimax Kids, cada um dos novos sabores é estampado por diferentes persona-gens. O Papa-Léguas, por exemplo, aparece na embalagem da gelatina de tangerina, enquanto o Coyote está no sabor de frutas vermelhas. Já o Patolino, o Taz, o Pernalonga, o Piu-Piu e o Coyote animam a cai-xinha de Tuttifrutti. Ao lado destas três novidades, outros seis delicio-sos sabores integram a linha Quali-max Kids, também diferenciados com a presença de personagens da turma: Moran-go, com o Per-nalonga; Cereja (Lola), Fram-boesa (Taz), Uva (Piu-Piu), Abacaxi (Pato-lino) e Limão (Frajola).

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dr – Quais as expectativas para a Páscoa 2010?Pereira – No ano passado, com crise e tudo, crescemos 18%. Agora, com o clima de otimismo, é natural projetar-mos crescimento superior. Mas, para ser comedido, diria que as vendas devem evoluir 15%. Trata-se do mesmo índice esperado pelos representantes de fa-bricantes de ovos e outros produtos de chocolate com quem tenho conversado.dr – Quando o Fort atacadista iniciou a campanha deste ano?Pereira – Como a Páscoa este ano cai em 4 de abril, em fevereiro os pontos de venda já estavam abastecidos, ape-sar do forte calor, o que exigiu cuidado e atenção redobrados. dr – Qual estratégia destacaria para a atual temporada?Pereira – Estamos apostando numa grande ambientação das lojas, lançando mão de materiais de promoção de ponto de vendas das indústrias e da própria rede. Destaco também as tradicionais parreiras, que estão lotadas de ovos de chocolate, tradicionais e lançamentos. A cada ano cresce o número de novida-des e essa dinâmica ajuda a promover um volume maior de venda.dr – Que ações o Fort atacadista tem tomado para aumentar o giro de doces e confeitos?

Pereira – Fazemos promoções em par-ceira com fornecedores. Sempre temos em nossos materiais de publicidade itens de bonbonnière. Para a Páscoa 2010 preparamos uma grande exposição de chocolate nas lojas.

dr – Como avaliam as perspectivas do mercado de atacarejos para os próximos anos? Pereira – O ritmo de crescimento des-se modelo ainda é muito grande. Nossa rede tem projeto para seis novas lojas em 2010, nos estados de Santa Catari-na, Distrito Federal e Mato Grosso.dr – Qual a participação média das seções de mercearia doce no faturamento da empresa? Pereira – A participação vem crescendo ano a ano, numa demonstração de que o aumento de renda dos últimos anos favorece as vendas de balas, pirulitos, chocolates, gomas e confeitos em geral. Apesar desse bom momento, temos mui-to trabalho e parcerias para desenvolver com as indústrias. É preciso trabalhar melhor a escolha certa do mix, soluções de exposição e materiais de PDV.dr – a empresa exige cadastro ou cnpj de seus clientes?Pereira – Somente no atacado genera-lista. Nas lojas de cash and carry não.dr– Qual a participação aproximada dos consumidores finais no faturamento?

Pereira – Vem crescendo, já girando em torno de 60%.

dr – nas gôndolas de bonbonnière, quais os itens mais vendidos? Pereira – Chocolates e balas estão en-tre os mais representativos.dr – Qual a expectativa de crescimento das vendas de candies este ano? Pereira – Com o aumento de renda da po-pulação, muitas categorias têm crescido. Isso inclui o setor de bonbonnière. Embora não vivamos uma expectativa de cresci-mento de dois dígitos, como recentemente, uma expansão entre 5% e 8%, que absolu-tamente não é pouco, me parece aceitável. Mas como falei há pouco, temos muito a fazer nas lojas de cash and carry para que o pequeno comerciante as reconheça como canal ideal para seu reabastecimento. Es-tamos com muitas frentes de trabalho para desenvolver esta iniciativa.dr – o chocolate é um dos itens da indústria doceira cujas vendas mais cresceram nos últimos anos. no Fort atacadista o giro evolui de maneira acentuada? Pereira – Sem dúvidas o mercado de cho-colates vive um ciclo de crescimento vir-tuoso. Por conta disso, nossas vendas au-mentaram na última Páscoa algo em torno de 18%. Meses como agosto e dezembro também puxam fortemente as vendas de chocolate aqui no Distrito Federal.

Campanha em BrasíliaATUANDO NO DISTRITO FEDERAL, FORT ATACADIST PREVê PÁSCOA 15% MAIS GORDA

Ficha coMPleta

acesse: www.docerevista.com.brdoce revista Janeiro 201050

João Pereira é diretor de marketing do Fort atacadista, uma das maiores operações de cash & carry do distrito Federal e do Centro-oeste. desse posto de observação privilegiado, ele fala nesta entrevista sobre temas

centrais para o mercado de atacado e distribuição, a começar pela manutenção das boas expectativas de crescimento envolvendo o modelo de atacarejos, do qual a empresa é adepta convicta. Pegando outro gancho do momento, Pereira reporta a seguir previsão de crescimento na casa de dois dígitos para a Páscoa 2010. em termos mais institucionais, o diretor do Fort atacadista reivindica aprofundamento das ações de divulgação e promoção de vendas por parte da indústria de confectionery.

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