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Biotecnologia eBiossegurança

Integração e Oportunidadesno Mercosul

Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaEmbrapa Meio Ambiente

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Katia Regina Evaristo de JesusGuilherme Ary Plonski

Editores Técnicos

Embrapa Informaçăo TecnológicaBrasília, DF

2006

Anexo:CD-ROM com as principais leis referentesà biotecnologia nos países do Mercosul(em PDF)

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Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Informação TecnológicaParque Estação Biológica (PqEB), Av. W3 Norte (final)CEP 70770-901 Brasília, DFFone: (61) 3340-9999Fax: (61) [email protected]

Embrapa Meio AmbienteRodovia SP 340, Km 127,5Caixa Postal 69CEP 13820-000 Jaguariúna, SPFone: (19) 3867-8700Fax: (19) [email protected]

Embrapa Informação TecnológicaCoordenação editorial: Lillian Alvares e Lucilene Maria de AndradeTratamento editorial e revisão de texto: Corina Barra SoaresNormalização bibliográfica: Cecília MacDowell e Maria Amélia de Toledo LemeProjeto gráfico e editoração eletrônica: Júlio César da Silva DelfinoCapa: Silvana Cristina Teixeira e Carlos Eduardo Felice Barbeiro

1ª edição1ª impressão (2006): 1.000 exemplares

Todos os direitos reservados.A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte,

constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.160).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP).Embrapa Informação Tecnológica

Biotecnologia e Biossegurança: integração e oportunidades no Mercosul / editorestécnicos, Katia Regina Evaristo de Jesus, Guilherme Ary Plonski. – Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2006.439 p.

Anexo: CD-ROM com as principais leis referentes à biotecnologia nos países doMercosul (em PDF).ISBN 85-7383-323-8

1. Biotecnologia. 2. Biossegurança. 3. Engenharia genética. 4. Flor. 5. Legis-lação. 6. Mercosul. 7. Patente. 8. Planta exótica. 9. Planta ornamental. 10. Políticaindustrial. I. Jesus, Katia Regina Evaristo de. II. Plonski, Guilherme Ary. III. EmbrapaMeio Ambiente.

CDD 660.6

Embrapa 2006

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Agradecimentos

Às contribuições dos relatores: Profa. Dra. Tânia Maria AraújoDomingues Zucchi (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança –CTNBio, ICB-USP) e Prof. Dr. Carlos Alberto Moreira-Filho (Einstein, USP).

À sra. Maria Amélia de Toledo Leme (Embrapa Meio Ambiente),pela revisão bibliográfica e pelo apoio, e à Sra. Corina Barra Soares, pelarevisão de texto.

À Embrapa Meio Ambiente, pela colaboração.

Ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), pelo incentivo.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico(CNPq), entidade do governo brasileiro voltada ao desenvolvimentocientífico e tecnológico, pelo apoio à elaboração deste trabalho.

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Apresentação

O presente trabalho resultou do empenho conjunto de pesquisa-dores argentinos e brasileiros para oferecer, à comunidade científica e àempresarial, a compilação atualizada das principais leis e normas queregulamentam a investigação, o desenvolvimento e a comercializaçãode biotecnologias nos países do Mercosul.

Essa pesquisa foi possível graças ao apoio concedido pelo ConselhoNacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), instituiçãopública brasileira dedicada ao desenvolvimento científico e tecnológico,e pelo Centro Argentino-Brasileiro de Biotecnologia (Cabbio). Essasinstituições têm desempenhado papel relevante na formação de recursoshumanos e na promoção de estudos estratégicos em biotecnologia noCone Sul.

A equipe binacional responsável por esta obra foi integrada porpesquisadores com experiência em questões relativas ao desenvolvi-mento científico e tecnológico na área de ciências da vida. Ao interessepor estudos estratégicos, eles somaram a experiência pessoal em pesquisabiotecnológica.

Na atual conjuntura, é fundamental, para os países do Mercosul,a incorporação da moderna biotecnologia aos setores vitais de sua vidaeconômica, como os de saúde, agricultura e meio ambiente, visandonão só ao crescimento econômico como, e principalmente, à sustenta-bilidade desse crescimento. Portanto, este livro representa também umacontribuição oportuna para o desenvolvimento da biotecnologia em nossomeio.

Carlos Alberto Moreira-FilhoCoordenador do Centro de Biotecnologia, do Institutode Ciências Biomédicas, da Universidade de São Paulo

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SumárioIntrodução ....................................................................................... 23Parte 1 – A biotecnologia nos Países do Mercosul ...................... 25Capítulo 1 – A biotecnologia no Brasil .......................................... 25

Introdução ..................................................................................... 27A indústria biotecnológica e seus produtos ................................... 33Políticas, incentivos e financiamento ............................................. 38Infra-estrutura de pesquisa e recursos humanos ........................... 41Percepção do público .................................................................... 42Pontos fortes, pontos fracos e perspectivas .................................. 43

Capítulo 2 – A biotecnologia na Argentina .................................. 47A indústria biotecnológica e seus produtos ................................... 49Políticas, incentivos e financiamento ............................................. 55Infra-estrutura de pesquisa e recursos humanos ........................... 58Percepção do público .................................................................... 61Pontos fortes, pontos fracos e perspectivas .................................. 63

Capítulo 3 – A biotecnologia no Paraguai ..................................... 65A indústria biotecnológica e seus produtos .................................. 67Infra-estrutura de pesquisa e recursos humanos (ALVAREZ, 2000) ... 68Políticas, incentivos e financiamento ............................................. 69Percepção do público .................................................................... 70Pontos fortes, pontos fracos e perspectivas .................................. 71

Capítulo 4 – A biotecnologia no Uruguai ...................................... 73A indústria biotecnológica e seus produtos ................................... 75Políticas, incentivos e financiamento ............................................. 79Infra-estrutura de pesquisa e recursos humanos ........................... 82Percepção do público .................................................................... 85Aspectos positivos, negativos e perspectivas ................................ 86

Parte 2 – Introdução Geral às Regulamentações emBiotecnologia ................................................................................... 89Capítulo 5 – Regulamentação da biossegurança .......................... 89

Introdução ..................................................................................... 91

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Acordos internacionais para a regulamentaçãoda biossegurança ...................................................................... 94Organização para a Cooperação e o

Desenvolvimento Econômico (OCDE) ................................. 94Compromisso Internacional sobre Recursos

Fitogenéticos da FAO ......................................................... 94Codex Alimentarius ................................................................... 95Convênio sobre Diversidade Biológica (CDB) ............................. 95Protocolo de Biossegurança de Cartagena ............................... 96

Capítulo 6 – Principais experiências reguladorasno cenário internacional ................................................................. 99

Introdução ................................................................................... 101Estados Unidos da América ......................................................... 103Canadá ....................................................................................... 106União Européia ........................................................................... 108

Capítulo 7 – Direitos do agricultor .............................................. 113

Capítulo 8 – Situação regional ..................................................... 119

Capítulo 9 – Regulamentação da propriedadeintelectual no campo da biotecnologia ....................................... 123

Apropriação das inovações ......................................................... 125Propriedade intelectual ............................................................... 125Direitos de autor ......................................................................... 126Segredos industriais .................................................................... 126Outros meios de apropriação ...................................................... 128

Capítulo 10 – Proteção das inovações biotecnológicasno cenário internacional ............................................................... 131

Introdução ................................................................................... 133Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade ................ 133Convenções da Organização Mundial da

Propriedade Intelectual (Ompi) ................................................ 134União Internacional para a Proteção de Novas Variedades

de Plantas (Upov) .................................................................... 134Acordos da Organização Mundial de Comércio (OMC) ............... 136Tendências nos países industrializados ........................................ 138Instrumentos de proteção da propriedade

intelectual em biotecnologia ................................................... 139

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Capítulo 11 – Patentes biotecnológicas na União Européia ...... 143Diretiva da União Européia ......................................................... 145Sentença do Tribunal de Justiça das Comunidades

Européias ................................................................................ 145Estabelecimento de uma patente provisória ............................... 146

Capítulo 12 – Patentes em biotecnologia .................................... 149Introdução ................................................................................... 151Aspectos críticos das patentes biotecnológicas ........................... 151Substâncias que aparecem de modo natural .............................. 153Patentes de microrganismos ....................................................... 153Patentes de plantas .................................................................... 154Patentes de raças de animais ...................................................... 155Patentes de genes ...................................................................... 155

Capítulo 13 – Debate sobre patentes em biotecnologia ........... 157Introdução ................................................................................... 159Aspectos legais e morais ............................................................. 159Liberdade para criadores e agricultores ...................................... 160Liberdade para investigar e comercializar ................................... 161

Capítulo 14 – A experiência latino-americana na proteçãoda biotecnologia ........................................................................... 163

Patentes biotecnológicas ............................................................ 165Patentes de vegetais e animais ................................................... 165Patentes farmacêuticas .............................................................. 165Direitos de obtentor .................................................................... 168

Parte 3 – Regulação da Propriedade Intelectual nosPaíses do Mercosul ....................................................................... 169Capítulo 15 – O caso da Argentina .............................................. 169

Modalidades de proteção ........................................................... 171Legislação sobre patentes ........................................................... 172

Materiais suscetíveis de proteção ........................................... 172Titular da patente ................................................................... 173Condições para proteção ........................................................ 173Requisito de depósito de material biológico ............................ 174Direitos conferidos e limitações ............................................... 175Duração .................................................................................. 178Exploração das patentes: licenças ........................................... 178

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Materiais não-patenteáveis .................................................... 178Patentes de produtos farmacêuticos ....................................... 179Publicação e confidenciabilidade ............................................. 180

Proteção das obtenções vegetais ................................................ 180Materiais suscetíveis de proteção ........................................... 180Titular da patente ................................................................... 181Condições para proteção ........................................................ 181Direitos conferidos e limitações ............................................... 182Duração .................................................................................. 183

Lei da Confidenciabilidade .......................................................... 183Instituições de regulamentação................................................... 184

Instituto Nacional de Propriedade Industrial ............................ 184Ex-Instituto Nacional de Sementes .......................................... 187

Capítulo 16 – Regulação da propriedade intelectualno Brasil ......................................................................................... 189

Introdução ................................................................................... 191Direitos da propriedade intelectual relacionados

aos recursos genéticos (DPI) .................................................... 192Organização Mundial do Comércio (ADPIC) ............................ 192Direitos dos obtentores vegetais (DOV)................................... 193Comunidade andina ................................................................ 193

Patentes e propriedade industrial ................................................ 193Legislação de patentes no mundo ........................................... 194Patentes no Brasil ................................................................... 194Convenção de Paris para a Proteção da

Propriedade Industrial (CUP) ............................................ 196Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) .................. 197Conceitos que regulam a concessão da patente..................... 197

Cenário brasileiro: breve histórico ............................................... 199Legislação patentária em biotecnologia no Brasil ........................ 199Lei de Proteção de Cultivares...................................................... 205Propriedade intelectual e institutos de pesquisa.......................... 207

Capítulo 17 – Proteção da propriedade intelectualno Paraguai .................................................................................... 211

Introdução ................................................................................... 213Lei de Patentes de Invenção ....................................................... 213

Patenteabilidade ..................................................................... 213

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Titularidade do direito ............................................................. 214Titularidade do direito no marco de um

contrato de trabalho ........................................................ 214Prazo de proteção................................................................... 215Patentes de microrganismos ................................................... 215Direitos conferidos .................................................................. 215Exceções aos direitos protegidos ............................................. 215Licenças .................................................................................. 216Licenças obrigatórias e outros usos sem

autorização do titular ....................................................... 216Remuneração do titular em caso de licenças obrigatórias ....... 218Patentes dependentes ............................................................ 218Registros e publicidade ............................................................ 218Confidenciabilidade................................................................. 219Patentes estrangeiras ............................................................. 219Disposições transitórias ........................................................... 219

Modelos de utilidade ................................................................... 219Marcas registradas ...................................................................... 220Direção da propriedade industrial ............................................... 221Proteção de variedades vegetais ................................................ 221

Requisitos para proteção ......................................................... 222Âmbito da proteção ................................................................ 222Exceções aos direitos protegidos ............................................. 223Limitação do exercício dos direitos protegidos ........................ 223Duração da proteção .............................................................. 224Tratado nacional e direito de prioridade.................................. 224Revogação ou caducidade dos direitos protegidos .................. 224

Direção de sementes .................................................................. 224

Capítulo 18 – Proteção da propriedade intelectualno Uruguai ..................................................................................... 227

Marco geral da proteção da propriedade intelectual .................. 229Lei de patentes de invenção, modelos de utilidade

e desenhos industriais ............................................................. 229Patenteabilidade ..................................................................... 230Não serão consideradas invenções ......................................... 230Não são patenteáveis ............................................................. 231Titularidade do direito ............................................................. 231

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Titularidade do direito no marco de um contratode trabalho .............................................................................. 231Prazos da proteção ................................................................. 232Patentes de microrganismos.................................................... 232Direitos conferidos ................................................................... 232Exceções aos direitos protegidos ............................................. 233Licenças ................................................................................... 234Oferta de licença..................................................................... 234Licenças obrigatórias e outros usos sem autorização

do titular da patente ....................................................... 235Outras licenças obrigatórias e outros usos sem

autorização do titular ...................................................... 236Patentes dependentes ............................................................ 238Ações e sanções ..................................................................... 238Registros e publicidade ............................................................ 239Transferência de tecnologia .................................................... 240Confidenciabilidade ................................................................. 240Disposições transitórias ........................................................... 240Disposições transitórias especiais em país em

desenvolvimento ............................................................. 241Lei de marcas de fábrica, de comércio e de agricultura .............. 241Proteção de variedades vegetais ................................................ 242

Produção, certificação, comercialização, exportaçãoe importação .................................................................... 242

Requisitos para proteção ......................................................... 242Âmbito da proteção ................................................................ 243Exceções aos direitos protegidos ............................................. 244Limitação do exercício dos direitos protegidos ........................ 244Duração da proteção .............................................................. 244Tratado nacional e direito de prioridade .................................. 244Revogação ou caducidade dos direitos protegidos .................. 245

Organismos públicos de regulação .............................................. 245Direção Nacional da Propriedade Industrial ............................. 245Instituto Nacional de Sementes ............................................... 246

Parte 4 – Regulamentação da Biossegurança em Paísesdo Mercosul ................................................................................... 249Capítulo 19 – Regulamentação da biossegurança na Argentina .. 249

Regulação das áreas produtivas vinculadas à biotecnologia ....... 251

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Regulação das atividades no campo da biotecnologia ................ 253Comissão Nacional de Biotecnologia Agropecuária

(Conabia) ................................................................................. 255Comitê Técnico Assessor sobre o Uso de OGMs do Senasa ........ 260Ex-Instituto Nacional de Sementes (Inase) ................................... 261Direção Nacional de Mercados Agroalimentícios ........................ 262Comissão Nacional de Biotecnologia e Saúde (Conbysa) ............ 262Protocolo de Cartagena do Convênio sobre Diversidade

Biológica .................................................................................. 264Projeto de Lei: Biossegurança na Biotecnologia

Agropecuária .......................................................................... 266Comissão Especial de Biotecnologia da Câmara

de Deputados .................................................................. 266Projeto de Lei de Biossegurança na Biotecnologia

Agropecuária ................................................................... 266

Capítulo 20 – Regulamentação da biossegurança no Brasil ...... 271Organismos geneticamente modificados (OGMs) ....................... 273Biossegurança de OGMs ............................................................. 275

Legislação brasileira sobre OGMs – Lei nº 11.105 ............ 276Comissão Técnica Nacional de Biossegurança

(CTNBio) ................................................................. 280Comissão Interna de Biossegurança (CIBio) ...................... 281Certificado de qualidade em biossegurança .................... 283Legislação de biossegurança ............................................ 283Classificação de OGMs quanto ao risco ........................... 284Das manipulações de células humanas ............................ 287Da comercialização e da industrialização

de OGMs ............................................................... 287A legislação de biossegurança, a CTNBio e o

meio ambiente ................................................................. 287Lei de Acesso aos Recursos Genéticos ............................. 288Lei de Acesso ao Patrimônio Genético –

Medida Provisória nº 2.186-16 ............................... 289Produtos geneticamente modificados (PGMs) ............................. 291Segurança alimentar de alimentos geneticamente modificados .... 292

Instrução Normativa nº 20 – Avaliação da segurançade alimentos transgênicos ................................................ 295

Rotulagem de alimentos geneticamente modificados ............. 297

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Rotulagem no mundo .............................................................. 297Rotulagem de alimentos transgênicos no Brasil ....................... 301

Diversidade biológica ou biodiversidade ...................................... 303Conceito.................................................................................. 303Biodiversidade e tendências .................................................... 305

Política nacional do meio ambiente ............................................. 307Constituição Federal ............................................................... 307Sanções criminais .................................................................... 308Medida Provisória n° 1.710-1 .................................................. 308Sistema Nacional do Meio Ambiente ...................................... 309Programa Estadual para a Conservação da

Biodiversidade (Probio/SP) ................................................ 309Vegetais geneticamente modificados .......................................... 309

Normas para a importação de vegetais geneticamentemodificados (VGMs) ......................................................... 309

Liberação planejada de OGMs no meio ambiente .................. 310Plantas geneticamente modificadas ........................................ 311Microrganismos geneticamente modificados que

vivem associados a animais .............................................. 311Microrganismos geneticamente modificados

como vacinas de uso veterinário ...................................... 312Microrganismos geneticamente modificados aplicados

para modificar o ambiente físico ou químico .................... 312Animais vertebrados geneticamente modificados

(excluindo peixes) ............................................................. 312Peixes e organismos de vida aquática

geneticamente modificados ............................................. 313Animais invertebrados ............................................................. 313

Organismos para controle biológico .......................................... 313Organismos para biorremediação ............................................. 314Organismos consumidos como alimento ................................... 314

Capítulo 21 – Regulamentação da biossegurançano Paraguai .................................................................................... 315

Responsabilidades institucionais .................................................. 317Marco legal da regulação de OGMs ........................................... 317Processo de supervisão da liberação de OGMs ........................... 318Experiência na regulação de OGMs ............................................ 318

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Perspectivas nacionais acerca da introdução de outrosmecanismos ............................................................................ 320

Capítulo 22 – Regulamentação da biossegurançano Uruguai ..................................................................................... 321

Características gerais do sistema regulador ................................ 323Biossegurança e análise de risco de OGMs vegetais ................... 324Comissão de Avaliação de Risco de Vegetais

Geneticamente Modificados ................................................... 326Protocolo de Biossegurança de Cartagena ................................. 329Legislação para fomento do desenvolvimento da biotecnologia . 329

Parte 5 – Regulamentação da Biotecnologiana Organização do Mercosul ....................................................... 331Capítulo 23 – Aspectos jurídicos e institucionaisna organização do Mercosul ........................................................ 331

Capítulo 24 – Regulação da propriedade intelectual ................. 337Introdução ................................................................................... 339Protocolo de Harmonização de Normas sobre

Propriedade Intelectual ........................................................... 339Cooperação e facilitação na proteção de obtenções vegetais .... 340Protocolo de Harmonização de Normas em Matéria

de Desenho Industrial .............................................................. 341

Capítulo 25 – Regulamentação da biossegurança ...................... 343Introdução ................................................................................... 345Antecedentes em matéria de biotecnologia agropecuária .......... 345Acordo Marco sobre Meio Ambiente .......................................... 346Marco Regulador para Tratamento da Genética Animal ............. 348Marco Regulador para Produtos Veterinários .............................. 348Regras sobre práticas adequadas para fabricação e inspeção

da qualidade dos medicamentos ............................................. 350

Capítulo 26 – Normas comuns em matéria de biossegurançae propriedade intelectual ............................................................. 353

Padrões Mercosul de terminologia de sementes ......................... 355

Capítulo 27 – A internalização das normas ................................ 359

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Parte 6 – Análise Comparativa das Regulamentaçõesno Mercosul ................................................................................... 363Capítulo 28 – Regulamentação da propriedade intelectual ...... 363

Introdução ................................................................................... 365Diferenças nos padrões de proteção ......................................... 365

Validade da patente ............................................................... 366Importações paralelas ............................................................. 366Licenças obrigatórias ............................................................... 366Inversão da carga da prova ..................................................... 367Patentes de produtos farmacêuticos ....................................... 367Atos de boa-fé ........................................................................ 368

Desenvolvimento do Sistema Institucional ................................... 368Apoio às estratégias de desenvolvimento nacional ..................... 369Patentes no campo da biotecnologia .......................................... 369

Patentes de plantas e animais................................................. 369Patentes de microrganismos ................................................... 371Direitos do obtentor ................................................................ 372

Capítulo 29 – Regulamentação da biossegurança ...................... 375Princípios, modelos e organização institucional ........................... 377Campos de aplicação e áreas técnicas e institucionais

de cobertura ........................................................................... 377Princípio precautório versus equivalência substancial .................. 378Experiências acumuladas sobre regulamentação ........................ 379Mecanismos de participação do público...................................... 380Rotulagem de produtos ............................................................... 380Tabelas comparativas das regulações sobre biossegurança ........ 381Tabelas comparativas das regulamentações sobre

propriedade intelectual . ......................................................... 389

Parte 7 – Conclusões e Recomendações ...................................... 401Capítulo 30 – Perspectivas de harmonização dasregulamentações sobre biossegurança ...................................... 401

Capítulo 31 – Harmonização das regulamentações sobrepropriedade intelectual ................................................................ 405

Contextos internacional e regional das negociações ................... 407Principais desacordos no processo de negociação da Alca.......... 408

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Alcance do Acordo de Direitos de PropriedadeIntelectual ........................................................................ 408

Patenteabilidade ..................................................................... 409Princípio do esgotamento dos direitos ..................................... 409Licenças obrigatórias ............................................................... 409Segundos usos ........................................................................ 409Duração da patente ................................................................ 409Exceção de experimentação ................................................... 409Informação não-divulgada ...................................................... 410Relações entre agências governamentais ............................... 410

Outras posições divergentes .................................................... 410Posições das organizações empresariais do Mercosul ................. 411

Abifina .................................................................................... 411União Industrial Argentina ....................................................... 412Conselho Industrial do Mercosul .............................................. 413Acordos alcançados no VI Foro Empresarial

das Américas ................................................................... 414

Referências ................................................................................ 417Literatura indicada .................................................................. 425Endereços de instituições na internet ..................................... 435

Argentina ......................................................................... 435Brasil ................................................................................ 435Paraguai ........................................................................... 437Uruguai ............................................................................ 437Gerais .............................................................................. 438

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Introdução

A Biotecnologia permite a integração dos diferentes setores queutilizam técnicas inovadoras que promovem revoluções nas mais variadasáreas do conhecimento. Os países do Mercosul – entre outras condiçõespotenciais – oferecem um cenário promissor para o desenvolvimentobiotecnológico regional.

O reconhecimento da Biotecnologia como um novo paradigma docampo técnico implica a gestação de novas políticas especialmentedirecionadas a ela. A transferência dos resultados da pesquisa públicapara a empresa privada prejudica a institucionalização dos sistemas deproteção legal às invenções e aos produtos biotecnológicos dela resul-tantes. O conhecimento científico é por si mesmo um produto econômico,que vem, ao longo do tempo, demandando grandes investimentos finan-ceiros, em capital humano e equipamentos.

A ciência e a tecnologia e seus desenvolvimentos práticos nãosão, por sua vez, insensíveis aos impactos sociais e econômicos queprovocam. Essa conscientização vem impondo à comunidade cinetíficauma alta responsabilidade com relação aos aspectos da biossegurançae da bioética, e também quanto aos assuntos referentes ao controle daqualidade dos produtos biotecnológicos.

Tornou-se, por isso, imperativa a elaboração de normas técnicas elegais que permitissem definir e estabelecer claramente as responsabili-dades por ações que atentem contra ou coloquem em risco a saúde, omeio ambiente, o patrimônio do germoplasma de origem e o própriodesenvolvimento produtivo.

As discussões sobre o impacto e os possíveis riscos decorrentes daBiotecnologia concluem pela necessidade de se estabelecer um sistemalegal com alta fundamentação científica, que possa normatizar todos osassuntos relativos à biossegurança. Essas normas devem abranger, entreoutras, as seguintes matérias: condição de funcionamento de laboratóriosbiotecnológicos, sistemas de controle e prevenção, requisitos para aliberação no campo e a distribuição comercial de seus produtos. Deveincluir precisas avaliações em matéria de impacto ambiental, a definiçãode responsabilidades e a atribuição das funções de acompanhamento e

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24 Introdução

controle, que levem em conta que a biodiversidade é uma constantepreocupação para a sociedade.

Os impactos provocados pelo desenvolvimento tecnológico e peloambiental, pela expansão das fronteiras agrícolas, pelo uso irrestrito depesticidas, pela devastação das florestas, pelas denúncias de biopiratariae pelos riscos potenciais da transgênese, entre outros, constituem ostemas do debate que influenciou os processos-chave na busca de disposi-ções e mecanismos para evitar o desequilíbrio ecológico.

Esta obra traz informações sobre o assunto no contexto dos paísesdo Mercosul. Seus capítulos contêm uma massa crítica de informaçõesindispensáveis sobre a biossegurança e a propriedade intelectual no cam-po da Biotecnologia. Os autores incorporaram aportes particularmenterelevantes à luz da atual dinâmica de integração regional. Sem dúvida,constitui um informe de valor estratégico para o público interessado nodesenvolvimento dessa disciplina.

Eduardo H. CharreauPresidente do Conselho Nacional de Investigação Científica

e Tecnológica da Argentina (Conicet)

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25Introdução

Parte 1

A Biotecnologianos Países do Mercosul

Capítulo 1

A Biotecnologia no Brasil

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27Capítulo 1 – A Biotecnologia no Brasil

Introdução

O termo “Biotecnologia” se tornou corrente a partir de meadosda década de 70, em razão, principalmente, dos avanços alcançadosnas áreas de biologia celular e molecular, que deram origem à engenhariagenética (NOSSAL, 1987). A partir do descobrimento das endonucleasesde restrição, tornou-se possível manipular o material genético de eucariotes.Surgiram os vetores de clonagem de DNA, as sondas genéticas (paradetectar seqüências gênicas específicas) e as estratégias para controlara transcrição e a expressão de genes de organismos superiores inseridosem bactérias e leveduras. Paralelamente a esses progressos, desenvol-veram-se novos métodos de bioprocessamento, que permitiram isolar epurificar os produtos obtidos por microrganismos modificados pela enge-nharia genética.

A amplitude de aplicação da Biotecnologia resultou em muitasdefinições dessa tecnologia, derivadas do seu uso (CERANTOLA, 1991).Entre elas, destaca-se a seguinte definição, dada pela Organização paraCooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): “A Biotecnologiatrata da aplicação de princípios científicos e de engenharia para o proces-samento de agentes e materiais biológicos para prover bens e serviços”(BULL et al., 1982).

Outras definições, de âmbito mais restrito, foram acrescentadasàquela, colocando em foco, desta vez, técnicas de engenharia genéticae DNA recombinante (rDNA), segundo as quais “aplicações industriaissão obtidas com materiais genéticos novos ou exógenos, a seremincorporados e expressos em células, bactérias ou cultura de células etecidos” (ZIMMERMAN, 1984).

De maneira geral, a Biotecnologia, que consiste na obtenção deprodutos e processos industriais oriundos de ações diretas ou indiretasde seres vivos ou de partes deles, foi caracterizada, até recentemente,como um campo do conhecimento científico e tecnológico de competên-cia específica de profissionais das áreas de microbiologia, bioquímica,genética, engenharia química e bioquímica.

Cerantola (1991) classificou essas técnicas pelo prisma da complexi-dade e da sofisticação tecnológica, conforme se explica a seguir: