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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES” Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes” Curso de Habilitação Profissional de Técnico em Farmácia Biossegurança nas Ações em Farmácia MÓDULO II Tatuí-SP 2017/2018

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES”

Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes”

Curso de Habilitação Profissional de Técnico em Farmácia

Biossegurança nas Ações em Farmácia

MÓDULO II

Tatuí-SP

2017/2018

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ÍNDICE

Biossegurança nas Ações em Farmácia

PG. Introdução 02

I. Conceitos de Limp., Desinfec., Esteril., Descontam. e Anti-Sepsia 03 II. Técnica de Lavagem e Cuidado das Mãos 05 III. Proteção da Equipe de Saúde 06 IV. Normas Básicas de Prevenção da Infec. no Ambiente de Trabalho 11 V. Normas Básicas de Prevenção de Acid. no Ambiente de Trabalho 11 VI. Classificação dos Ambientes 14 VII. Classificação dos Artigos 14 VIII. Classificação dos Procedimentos Clínicos 14 IX. Normas Técnicas de Descontam. Limp., Preparo, Desinfec. ... 14 X. Limp. e Desinfec. de Móveis, Equipamentos, Instrumentos e Mat. 18 XI. Procedimento que requer Técnica Asséptica 20 XII. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) 23 XIII. Fontes de Radiação Química e Radioativa – Prevenção e Controle 25 XIV. Riscos Químicos 26 XV. Agentes Químicos 30

BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................................42

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BIOSSEGURANÇA NAS AÇÕES EM FARMÁCIA

Introdução:

A biossegurança nas ações em farmácia tem o objetivo, maior em manter e prevenir a saúde do profissional, dos clientes e certos cuidados com o meio ambiente.

Esta disciplina visa dar aos alunos conhecimentos, noções básicas de técnicas usadas para evitar acidentes de trabalho utilizando: os equipamentos de proteção individuais(EPIs), os equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e normas de boas práticas usadas para evitar acidentes. Mostra também os malefícios causados pela exposição aos agentes físico como radiação ,a contaminação com agentes biológico no caso de acidente com perfuro cortantes e os cuidados e perigos ao manipular os agentes químicos. Ensina conceitos e técnicas as quais compreendem os cuidados em manter o paciente livre de contaminações causadas por microrganismos nocivos a saúde, e a importância que vai desde a simples lavagem das mãos, limpeza do chão, a escolha do melhor desinfetante até uma esterilização de materiais . Os cuidados com lixo, o descarte do lixo químico e biológico protegendo assim, o meio ambiente. O significado da palavra BIOSSEGURANÇA, bio (do grego bios)= vida, segurança refere-se a vida protegida, preservada, livre de danos, perigo ou risco, prevenindo e mantendo a saúde. Cidadania / conscientização - a biossegurança, considerada atualmente como direito e

dever de todo cidadão, deve ser aplicada de forma constante com o propósito de proteger e promover a salvaguarda da vida de todos os trabalhadores, clientes, pacientes, estudantes e cidadãos.

Disciplina - acidentes ocorrem quando e onde se perde o controle da situação. Deve-se trabalhar com o pensamento de que “é melhor prevenir que remediar”, reforçando a utilização e normas de prevenção contra acidentes.

Ética profissional - partindo do princípio de que se trabalha nas áreas das ciências da saúde e biológicas com fluidos, deve ser prioritário o sistema preventivo de precaução, zelo e disciplina. Todas as amostras, de origem humana e animal, devem ser tratados como se estivessem contaminadas.

O profissional ético deve empregar em suas práticas as normas de cuidados específicas, evitando, com normas de biossegurança, a exposição de seu paciente, seus companheiros e os cidadãos a riscos decorrentes de seu trabalho. O profissional deve ter a postura e o compromisso de proteção de todo e qualquer cidadão

contra a falta de cuidado técnico e descuido ético, exigindo e trabalhando com a boa prática e conduta na obediência criteriosa das normas de biossegurança e de proteção individual e coletiva.

O profissional deve estabelecer coerentemente o vínculo entre o pensamento ético e a consciência social objetivando a melhor prática na execução de sua atividade nas áreas das ciências e da saúde.

O profissional e o aluno das áreas das ciências da saúde e biológicas devem estar conscientes de que o ser humano abrange aspectos corporais, emocionais, voluntários, mentais, psicológicos, sociais e valorativos.

Doença Ocupacional

Doença ocupacional é a alteração na saúde do trabalhador, provocada por fatores ambientais associados ao trabalho. Como por exemplo, Dermatite pelo uso de luvas

Qual a diferença entre Doença Ocupacional e Acidente de Trabalho?

Doença ocupacional é a alteração na saúde do trabalhador causada por exposição excessiva a agentes químicos danosos em curto, médio e longo prazo. Em geral, as doenças ocupacionais levam algum tempo para se manifestarem e, quando isto ocorre, aparecem sob a forma de tumores malignos (câncer) ou lesões em órgãos, entre outros. Já acidente de trabalho pode ser definido como qualquer acidente de ação imediata, provocados por situações adversas. Englobam acidentes de trabalho, queimaduras, quedas, cortes e amputações de membros, contaminação com agentes biológicos, entre outros.

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Quais as implicações legais para o empregador e técnicos responsáveis pela segurança nas empresas quanto às Doenças Ocupacionais?

Todo o empregador é obrigado a oferecer proteção adequada ao trabalhador no seu ambiente de trabalho. Para executar essa tarefa, a legislação exige que cada empresa tenha uma equipe técnica responsável por decidir e implantar processos de segurança (engenharia, equipamentos e treinamentos de segurança) para os funcionários. Caso algum funcionário, comprovadamente, adquira uma doença ocupacional por falta de uso de equipamentos para sua proteção, a empresa – na figura de seu proprietário ou representante legal - assim como toda a equipe técnica, podem ser responsabilizados e sofrerem processo criminal pela lesão causada ao funcionário. Além disso, o funcionário pode solicitar indenização pelo dano causado.O trabalhador deve estar apto e treinado para desempenhar o seu trabalho e deve ser informado pela equipe dos riscos, severidade e as primeiras atitudes em caso de que os mesmos ocorram.

Porque se deve proteger a pele? Quais são as suas funções?

A pele é um órgão extenso, sabe-se que é o maior órgão do corpo humano e atua em funções específicas extremamente importantes para a vida, como:

• barreira de proteção contra agentes externos agressores; • sistema de termorregulação; • sistema de sensibilidade física (tato, calor, pressão, dor); • secreção de lipídios protetores, leite; • síntese de vitaminas; • sistema de sustentação para outros órgãos; • sistema indicativo complementar diagnóstico.

I - Conceitos de Limpeza, Desinfecção, Esterilização, Descontaminação e Anti-Sepsia LIMPEZA

É o procedimento de remoção de sujeira (poeira, insetos, tocos de cigarros, papel de balas, etc) e matéria orgânica. Usualmente se faz com sabão, água e ação mecânica. A Limpeza deve preceder (vir antes) os procedimentos de desinfecção ou de esterilização., pois reduz a carga microbiana através da remoção da sujidade e da matéria orgânica presentes nos materiais.

Assim, é verdadeiro afirmar que a limpeza RIGOROSA, é condição básica para qualquer processo de desinfecção ou esterilização.

“É possível limpar sem esterilizar, mas não é possível garantir a esterilização sem limpar.” Utilizar equipamentos de proteção individual: aventais impermeáveis, luvas antiderrapantes

de cano longo, óculos de proteção e máscaras, sapatos fechados. DESINFECÇÃO:

È o processo que remove ou mata a maioria, mas não todos, organismos viávies, Constitui um processo físico e/ou químico que destrói o microrganismo presente em objetos inanimado, mas não necessariamente os esporos dos microrganismos, redução da quantidade de microrganismos.

Os microrganismos depositados sobre balcões, bancadas, maca, braçadeira, cadeira e mobiliários em estreito contato com pacientes, podem resistir em matéria orgânica ressecada nas condições ambientes, mantendo sua capacidade de causar infecção.

Microrganismo Tempo de Sobrevivência

Vírus da Imunodeficiência Humana- HIV

Até 3 dias

Vírus da Hepatite B- HBV Até 1 semana Enteroccoccus spp Até 7 dias Acinetobacter baumannii Até 2 dias

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ESTERILIZAÇÃO:

Esterilização é o processo que promove a completa eliminação ou destruição de todas as formas de microrganismos presentes. É um processo absoluto não havendo graus de esterilização.

DESCONTAMINAÇÃO: É a desinfecção ou esterilização terminal de objetos e superfícies contaminadas com microrganismos patogênicos, tornando-os seguros para manipulação. ANTISSEPSIA: É um processo por meio do qual, microrganismos presentes em tecidos são destruídos ou eliminados após aplicação de agentes antimicrobianos. A anti-sepsia é a técnica utilizada para desinfecção da pele no caso da aplicação dos injetáveis. ASSEPSIA: É o processo pelo qual se elimina agentes patogênico de um local após a aplicação de agente antimicrobiano. Técnica utilizada quando limpamos uma maca, um balcão, utilizando álcool 70 º. ANTISSÉPTICO: Desinfetante utilizado em tecidos vivos SÉPSIS: Contaminação Exercício de Fixação:

1-)Citar exemplos (mínimo 2) quando utilizamos: as técnicas de limpeza, esterilização e descontaminação nas ações em farmácia. 2-) Explique a seguinte frase: “É possível limpar sem esterilizar, mas não é possível garantir a esterilização sem limpar.”

II - Técnica de Lavagem e Cuidado das Mãos

A superfície das mãos é densamente contaminada por microrganismos. A maioria desses microrganismos é facilmente removida, quer porque os microrganismos não sobrevivem, quer porque são retirados através da lavagem, juntamente com a sujidade

A maioria das bactérias patogênicas e não patogênicas são removidas facilmente pela água e sabão. O restante é melhor atacada por antissépticos químicos adequados. Para máximo efeito, toda sujidade, gordura e qualquer outro material estranho deve ser removido primeiro com água e sabão, de modo a permitir ótimo contato entre o agente químico e as bactérias. LAVAGEM DAS MÃOS A lavagem simples das mãos, ou lavagem básica das mãos, que consiste na fricção com água e sabão, é o processo que tem por finalidade remover a sujidade e a maioria das bactérias patogênicas e não patogênicas

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QUANDO REALIZAR: • no início do dia; • antes e após o atendimento do paciente; • antes de calçar as luvas e após removê-las; • após tocar qualquer instrumento ou superfície contaminada; • antes e após utilizar o banheiro; • após tossir, espirrar ou assoar o nariz; • ao término do dia de trabalho.

TÉCNICA PARA LAVAGEM DAS MÃOS

• Remover anéis, alianças, pulseiras, relógio, fitinhas etc.; • Umedecer as mãos e pulsos em água corrente; • Dispensar sabão líquido suficiente para cobrir mãos e pulsos; • Ensaboar as mãos. Limpar sob as unhas; • Esfregar o sabão em todas as áreas, com ênfase particular nas áreas ao redor das unhas

e entre os dedos, por um mínimo de 15 segundos antes de enxaguar com água fria. Dar atenção especial à mão não dominante, para certificar-se de que ambas as mãos fiquem igualmente limpas. Obedecer a seqüência:

• Palmas das mãos; • Dorso das mãos; • Espaços entre os dedos; • Polegar; • Articulações; • Unhas e pontas dos dedos; • Punhos. • Repetir o passo anterior; • Secar completamente, utilizando toalhas de papel descartáveis.

Lavagens das Mãos

CUIDADOS COM AS MÃOS

• Limpar sob as unhas. As unhas são áreas comuns para impactação de sangue e este sangue não é facilmente removido pelas técnicas de lavagem das mãos. Portanto, devem ser mantidas curtas, palitos de plástico ou de madeira podem ser utilizados para limpá-las.

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• As mãos devem sempre ser secas completamente. A secagem adequada pode ser o primeiro passo na prevenção de irritações na pele.

• Proteger os cortes ou abrasões nas mãos ou antebraços com curativo impermeável antes do trabalho em farmácia.

• Utilizar hidratantes ao final das atividades diárias.

III - Proteção da Equipe de Saúde

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Os EPIs são dispositivos de uso individual destinados a proteger a integridade física e a saúde do trabalhador.

EPI – Equipamentos de Proteção Individual: máscaras, gorros, visor facial ou óculos, avental com mangas sanfonadas, jaleco, luvas borrachóides, luvas de látex, botas, avental impermeabilizado etc.

EPC- Equipamentos de Proteção Coletiva: são utilizados para minimizar a exposição dos trabalhadores aos riscos e, em caso de acidentes, reduzir suas conseqüências, exemplo as capelas.

1- LUVAS

Recomenda-se o uso da luva como forma de isolamento e proteção do profissional. Sempre que houver possibilidade de contato com matéria orgânica (sangue, saliva, vômito. urina, fezes, etc), contato com a mucosa ou com superfície contaminada, o profissional deve utilizar luvas. Embora as luvas não protejam contra perfurações de agulhas, lancetas, nos casos de aplicação de injetáveis, testes de diabetes, etc está comprovado que elas diminuem o risco de contaminação.

Antes do atendimento de cada paciente, o profissional deve lavar suas mãos e colocar novas luvas; após o tratamento de cada paciente o profissional deve remover e descartar as luvas e lavar as mãos. NÃO devem ser lavadas antes do uso, NEM lavadas, desinfetadas ou esterilizadas para reutilização, pois pode causar a penetração de líquidos através de furos indetectáveis.

NORMAS NA UTILIZAÇÃO

o As luvas devem sempre ser compatíveis com o tamanho das mãos. o As luvas NÃO devem ser utilizadas fora das áreas de tratamento. o As luvas devem ser trocadas entre os tratamentos de diferentes pacientes. o A parte externa das luvas NÃO deve ser tocada na sua remoção. o As luvas devem ser checadas quanto a presença de rasgos ou furos antes e depois de

colocadas, devendo ser trocadas, caso isso ocorra.

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o Se as luvas se esgarçarem ou rasgarem durante o tratamento de um paciente, devem ser removidas e eliminadas, lavando-se as mãos antes de reenluvá-las.

o Se ocorrerem acidentes com instrumentos pérfuro-cortantes, as luvas devem ser removidas e eliminadas, as mãos devem ser lavadas e o acidente comunicado.

TÉCNICA PARA A COLOCAÇÃO DAS LUVAS ESTERILIZADAS

o Colocar o pacote sobre uma mesa ou superfície lisa, abrindo-o sem contaminá-las. Expor as luvas de modo que os punhos fiquem voltados para si.

o Retirar a luva esquerda (E) com a mão direita, pela dobra do punho. Levantá-la, mantendo-a longe do corpo, com os dedos da luva para baixo. Introduzir a mão esquerda, tocando apenas a dobra do punho.

o Introduzir os dedos da mão esquerda enluvada sob a dobra do punho da luva direita (D). Calçar a luva direita, desfazendo a seguir a dobra até cobrir o punho da manga do avental.

o Colocar os dedos da mão D enluvada na dobra do punho da luva E, repetindo o procedimento acima descrito.

o Ajustar os dedos de ambas as mãos. o Após o uso, retirar as luvas puxando a primeira pelo lado externo do punho, e a segunda

pelo lado interno.

SEQUÊNCIA DE COLOCAÇÃO DAS LUVAS ESTÉREIS

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2- MÁSCARAS

Recomenda-se o uso de máscaras para proteger as mucosas e as vias aéreas superiores.Existem diversos processos patológicos relacionados com as vias respiratórias por serem consideradas como porta de entrada para microrganismos patogênicos: asma, bronquite crônica e o enfisema. A bronquite pode ter entre outras coisas a inalação freqüente de produtos tóxicos

NORMAS PARA A UTILIZAÇÃO

o As máscaras devem ser colocadas após o gorro e antes dos óculos de proteção. o As máscaras devem adaptar-se confortavelmente à face, sem tocar lábios e narinas. o Não devem ser ajustadas ou tocadas durante os procedimentos. o Devem ser trocadas entre os pacientes e sempre que se tornarem úmidas, quando dos

procedimentos geradores de aerossóis ou respingos, o que diminui sua eficiência. o Não devem ser usadas fora da área de atendimento, nem ficar penduradas no pescoço. o Devem ser descartadas após o uso. o As máscaras devem ser removidas enquanto o profissional estiver com luvas. Nunca com

as mãos nuas. o Para sua remoção, as máscaras devem ser manuseadas o mínimo possível e somente

pelos bordos ou cordéis, tendo em vista a pesada contaminação. o O uso de protetores faciais de plástico NÃO exclui a necessidade da utilização das

máscaras. 3- ÓCULOS DE PROTEÇÃO

Recomenda-se o uso nos trabalhos desenvolvidos que liberam faíscas,fontes luminosas intensas, radiação ou qualquer outra fonte nociva. A proteção ocular formada por peça inteira que se adapta ao topo da cabeça ou parcial, tipo óculos, deve ser verificada quanto a sua adequação e indicação para produtos perigosos dispersos em nuvens, fumos, aerossóis ou lâmpadas que lesam o olho e suas estruturas. A depender da exposição química, física ou biológica, a indicação do protetor adequado deve ser atendida. Há muito existem lentes de protetores que são descritas como seletoras de impedimento para a luz ultravioleta e são indicadas por exemplo para os que trabalham com transiluminadores ou setores com lâmpadas germicidas ultravioleta.

NORMAS PARA A UTILIZAÇÃO

o Óculos de proteção com vedação lateral ou protetores faciais de plástico, devem ser usados durante o tratamento de qualquer paciente, para proteção ocular contra acidentes ocupacionais (partículas advindas de restaurações, placa dentária, polimento) e contaminação proveniente de aerosóis ou respingos de sangue e saliva.

o Os óculos de proteção também devem ser usados quando necessário no laboratório, na desinfecção de superfícies e manipulação de instrumentos na área de lavagem.

o Óculos e protetores faciais não devem ser utilizados fora da área de trabalho.

CUIDADOS

Devem ser lavados e desinfetados quando apresentarem sujidade.

4- AVENTAIS

Sempre que houver possibilidade de sujar as roupas com sangue ou outros fluidos orgânicos, devem ser utilizadas vestes de proteção, como aventais reutilizáveis ou descartáveis, aventais para laboratório ou uniformes sobre elas. Avental não estéril - usado em procedimentos semi-críticos e não críticos, de preferência

de cor clara, gola alta do tipo “gola de padre”, com mangas que cubram a roupa e comprimento ¾, mantido sempre abotoado.

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Avental estéril - usado em procedimentos críticos, vestido após o profissional estar com o EPI e ter realizado a degermação cirúrgica das mãos. Deve ter fechamento pelas costas, gola alta tipo “gola de padre”, com comprimento cobrindo os joelhos e mangas longas com punho em elástico ou ribana.

NORMAS PARA A UTILIZAÇÃO

o O avental fechado, com colarinho alto e mangas longas é o que oferece a maior proteção.

o Os aventais devem ser trocados pelo menos diariamente, ou sempre que contaminados por fluidos corpóreos.

o Os aventais utilizados devem ser retirados na própria clínica e, com cuidado, colocados em sacos de plástico, para o procedimento posterior (limpeza ou descarte). Com essa atitude, evita-se a veiculação de microrganismos da clínica para outros ambientes, inclusive o doméstico.

5- GORROS Os cabelos devem ser protegidos da contaminação através de aerossóis e gotículas de sangue e saliva, principalmente quando de procedimentos cirúrgicos, com a utilização de gorros descartáveis, que devem ser trocados quando houver sujidade visível. 6- ROUPA DE PROTEÇÃO QUÍMICA

A roupa de proteção química evita que o funcionário adquira doenças ocupacionais relacionadas com a pele. A doença ocupacional relacionada com a pele pode ser adquirida na exposição do trabalhador a agentes químicos, físicos, biológicos ou radioativos em quantidades acima das permitidas por lei ou em concentrações e/ou tempo de exposição inadequados para a saúde. OBS: Usar sempre equipamentos de proteção individual (EPIs) quando for trabalhar na limpeza, lavagem, desinfecção e esterilização de artigos. EPCs • Cabines de fluxo laminar, horizontal e vertical • Equipamento de socorro imediato (chuveiro, lava-olhos, pia, sabão, escova etc). • Exaustores • Caixas com luvas • Extintores de incêndio • Recipientes especiais para rejeitos • Pipetas mecânicas Exemplo: Chuveiro e Lava-Olhos de Emergência

São equipamentos de proteção coletiva imprescindíveis a todos os laboratórios. São destinados a eliminar ou minimizar os danos causados por acidentes nos olhos e/ou face e em qualquer parte do corpo.

O lava-olhos é formado por dois pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a uma bacia de aço inox, cujo ângulo permita o direcionamento correto do jato de água na face e olhos. Este equipamento poderá estar acoplado ao chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de lavagem ocular. Exercícios de Fixação 1-) Quando recomenda-se o uso de luvas, nas ações em farmácia?

2-) Quais os EPIs recomendados nas aplicações de injetáveis?

3-) Quais os EPCs encontrados em uma drogaria?

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IV - Normas Básicas de Prevenção da Infecção no Ambiente de Trabalho 1 – Antissepsia das mãos sempre que houver contacto da pele com sangue e secreções de qualquer paciente; 2 – Usar luvas ao manipular sangue e/ou secreções e sempre que houver possibilidade de contacto com matéria orgânica. Após retirar as luvas, fazer a anti-sepsia das mãos; 3 – Usar avental ou uniforme fechado e de mangas longas no ambiente de trabalho; 4 – Não se alimentar e nem fumar no local de trabalho; 5 – Não recapar, dobrar ou quebrar agulhas utilizadas; 6- Quando for dosar a glicose, no aparelho portátil, não utilizar a caneta que não possuir mecanismo de descarte automático de agulha, utilizar lanceta ou agulhas e imediatamente descartar em recipiente rígido. 7 – Desprezar agulhas, lâminas e outros materiais perfuro cortantes em recipientes de paredes rígidas (latas ou caixas de papelão de paredes rígidas). Encher até 2/3 de sua capacidade, fechar e desprezar no LIXO HOSPITALAR; 8 – Usar máscaras e óculos ou visor quando houver risco de contaminação de mucosas de face (olho, boca, nariz) com respingos de sangue ou outras secreções; 9 – Profissionais com lesões de pele (dermatites), devem evitar ter contato direto com pacientes; se necessário, utilizar luvas; 10 – Realizar a limpeza, desinfecção e esterilização de materiais e ambientes.

V - Normas Básicas de Prevenção de Acidentes no Ambiente de Trabalho Conhecer as regras e riscos;

• Treinamento específico na área que visa atuar; • Evitar trabalhar sozinho com microrganismo - a companhia é recomendada para ajuda nos

socorros em casos de acidentes; • Proteção por imunização (hepatite, tétano e raiva) e monitoramento sorológico da

resposta imunológica; • Limitar o acesso ao laboratório de pessoas e visitantes leigos; • Usar os equipamentos ou dispositivos de proteção individual invariavelmente e

continuamente, o uso de roupas, eventualmente no momento de trabalho utilizar máscaras, óculos adequados, luvas adequadas;

• Respeitar as normas de limpeza e higiene do local; • Usar os equipamentos ou dispositivos de proteção coletiva, cabinas e fluxos laminares e

de exaustão quando necessário; • Minimizar a produção de aerossóis e solventes voláteis; • Proteger a pipeta com algodão hidrófobo, nunca pipetar com a boca; • Desinfecção da maioria dos microrganismos, incluindo protozoários, helmintos e bactérias;

pode ser com soluções de uso comum em laboratórios (fenol 5% / formol 4% / álcool 70% / hipoclorito de sódio 1-2%). Para inativação da maioria dos vírus e fungos;

• Extremo cuidado individual e coletivo com os trabalhos com radiação Em caso de acidentes

1. Nunca entrar em pânico. Se o acidente já aconteceu, tem-se que pensar na melhor solução para minimizar os riscos e danos, mantendo a situação sob controle e sem atropelos

2. Evitar o pânico e chamar IMEDIATAMENTE o responsável pelo setor para o controle da situação.

3. EVITAR AGLOMERAÇÕES na área. 4. Atender o acidentado e imediatamente conter o acidente - não permitir vazamento e

disseminação do material. 5. Cobrir o líquido derramado ou fluido com hipoclorito de sódio, deixar repousar, não varrer o

local antes de descontaminar a área e não provocar a formação de aerossóis. 6. Isolar a área. 7. Identificar a origem do material contaminado.

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8. Registrar o acidente, se possível, com testemunhas e apresentar o fato ao responsável superior no setor.

9. Em caso de emergência, proceder ao encaminhamento do acidentado a um hospital ou pronto atendimento.

Com pérfuro-cortantes 1. Lavar o local com sabão e cobrir o local com gaze estéril. 2. Identificar o soro / sangue / paciente e falar com o responsável técnico presente. 3. O Chefe do setor solicitará ao paciente / cliente uma autorização para a realização de

exame diagnóstico sorológico para HIV e Hepatite com o compromisso de não divulgar o resultado.

4. O procedimento torna-se necessário para o caso de um tratamento profilático com as possíveis drogas recomendadas pela OMS e setor de retroviroses do pronto socorro.a

5. Os acidentes devem ser registrados e informados as instâncias superiores do Setor e da Secretaria de Saúde, conforme preconizado no POP (procedimento operacional padrão) pela CIBio e pela Vigilância Sanitária.

Profilaxia Não há nada que se possa fazer com contaminação pelo vírus da hepatite C. Profissionais que já tenham tomado a vacina para hepatite B, não têm necessidade de nenhuma conduta após acidente com o vírus da hepatite B. Quem tomou uma dose da vacina,deve tomar outra dose logo após o acidente, juntamente com imunoglobulina (HBIg) e a última após 6 meses. Quem tomou 2 doses da vacina para hepatite B, deve tomar a última logo após o acidente, juntamente com imunoglobulina (HBIg). 1. Para a contaminação com o HIV, deve-se iniciar com as drogas antivirais o mais rápido

possível (1 hora até 36 horas após a exposição), utilizando-se Zidovudina 200 mg três vezes por dia, Lamivudinae 150 mg duas vezes por dia e Indinavir 800 mg três vezes por dia ou Ritonavir 600 mg duas vezes por dia durante 4 semanas.Seguimento clínico-laboratorial

2. Em caso de acidentes e possíveis contaminações, procurar os locais de serviços de infecções e após medidas imediatas pós- evento ou acidente, durante um ano, deve-se obrigatoriamente usar preservativos em relações sexuais, evitar amamentação e nunca doar sangue. Deve-se colher sangue com 6 semanas, 90, 180 dias e um ano, buscando possível soroconversão para hepatite B e C e HIV.

Conduta pós-acidente

1. Os acidentes devem ser registrados e documentados oficialmente. 2. Devem ser discutidos nas reuniões periódicas da Comissão Interna de Biossegurança

(CIBio), Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), quando devem ser identificadas e determinadas as falhas nos dispositivos, na metodologia, na segurança e no treinamento do indivíduo.

3. Em reuniões periódicas deve-se ter a preocupação de analisar e sugerir atualizações e meios de revisão e fiscalização nos cuidados e medidas de proteção.

4. Devem estar sempre disponíveis Caixa de primeiros-socorros / farmácia do setor. Documento / formulário para registro de acidente.

1. Documento de solicitação de autorização de exame da amostra do paciente/ cliente envolvido no acidente.

2. Documento do técnico/estudante/trabalhador com dados gerais e pessoais. 3. Contatos telefônicos e contatos para registro do acidente na Secretaria de Saúde

/Vigilância Sanitária. Normas para Acidentes

1. A primeira providência a ser tomada é a contenção do material contaminado por agente patogênico, portanto deve-se evitar que líquidos se espalhem cobrindo-os com material absorvente seco, depois colocar o desinfetante e descontaminar o material absorvente (autoclave, desinfetante). Deve-se evitar que sólidos sejam carregados nas solas de sapato ou roupas. Somente após esta contenção, deve-se atender o(s) indivíduo(s) presente(s) durante o acidente:

2. roupas contaminadas: molhar bem com álcool (concentração mais adequada:70%);

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3. feridas: utilizar material absorvente embebido em povidine (ou álcool à 70%); 4. retirar material contaminante de pele, mucosa oral, ferida. Estimular sangramento após

desinfecção; 5. contaminação ocular: lavar exaustivamente em lava-olhos (se não tiver, lavar com salina,

água boricada ou água da pia em último caso); deve-se tentar coletar um pouco do material infectado para testes;

ACIDENTES DE TRABALHO (MS,1999)

Segundo o Ministério da Saúde (1999), os acidentes de trabalho com sangue e outros fluidos potencialmente contaminados devem ser tratados como casos de emergência médica, uma vez que as intervenções para profilaxia da infecção pelo HIV e hepatite B necessitam ser iniciados logo após a ocorrência do acidente, para sua maior eficácia.

O risco médio de se adquirir o HIV é de, aproximadamente, 0,09% após exposição percutânea, e de 0,3% após exposição mucocutânea. Esse risco foi avaliado em situações de exposição a sangue; o risco de infecção associado a outros materiais biológicos é inferior, ainda que não seja definido. O risco de transmissão após exposição da pele íntegra a sangue infectado pelo HIV é estimado como menor do que o risco após exposição mucocutânea.

Um estudo caso-controle, com o uso profilático do AZT (zidovudina), demonstrou uma associação entre o uso de quimioprofilaxia e a redução de 81% do risco de soroconversão após exposição ocupacional. Atualmente, o uso combinado de anti-retrovirais é recomendado pela sua possibilidade de maior eficácia na redução do risco de transmissão ocupacional do HIV, embora isto ainda não tenha sido comprovado em estudos clínicos.

A probabilidade de infecção pelo vírus da hepatite B após exposição percutânea é significativamente maior do que a probabilidade de infecção pelo HIV, podendo atingir até 40%, em exposições onde o paciente-fonte apresente sorologia AgHBs reativa. Para o vírus da hepatite C, o risco médio é de 1,8%; dependendo do teste utilizado para diagnóstico da hepatite C, o risco pode variar de 1 a 10%.

No Brasil, a utilização da vacina para hepatite B é recomendada para todos os profissionais de saúde. Após exposição ocupacional a material biológico, mesmo para profissionais não imunizados, o uso da vacina, associado ou não a gamaglobulina hiperimune para hepatite B, é uma medida que, comprovadamente, reduz o risco de infecção.

Não existe, no momento, intervenção específica para prevenir a transmissão do vírus da hepatite C após exposição ocupacional, daí enfatizar-se os cuidados para evitar os acidentes.

PREVENÇÃO DE ACIDENTES

• As agulhas não devem ser reencapadas pelas mãos, nem dobradas ou quebradas intencionalmente a agulha pode ser reencapada pela técnica de deslizar a agulha para dentro da tampa deixada sobre uma superfície Durante o trabalho, a passagem das seringas sobre o paciente deve ser minimizada ou totalmente eliminada, se possível.

• Manusear com o máximo cuidado objetos pérfurocortantes, como bisturis e exploradores, para evitar cortes e arranhões.

• Não colocar objetos contaminados nos bolsos dos uniformes. • Não tocar olhos, nariz, boca, máscara ou cabelo durante o atendimento do paciente. • Não se alimentar, beber nem fumar na farmácia.

VI – Classificação dos Ambientes

Áreas não críticas - são aquelas não ocupadas no atendimento dos pacientes ou às quais estes não têm acesso. Essas áreas exigem limpeza constante com água e sabão.

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Àreas semi-críticas - são aquelas vedadas às pessoas estranhas às atividades desenvolvidas. Ex.: lavanderia, laboratórios, biotério. Exigem limpeza e desinfecção constante, semelhante à doméstica. Áreas críticas - são aquelas destinadas à assistência direta ao paciente, exigindo rigorosa desinfecção. Ex.: clínicas de atendimento, setor de esterilização. Os equipamentos e mobiliários pertencentes a essas áreas requerem cuidados mais freqüentes de limpeza e desinfecção, porque são os que mais se contaminam e que mais facilmente podem transmitir doenças. Pisos, tampos, peitorís e demais superfícies localizados nessas áreas, também merecem limpeza freqüente e cuidadosa, porque acumulam resíduos contaminados, resultantes da atividade humana. Desinfecção diária - hipoclorito de sódio a 1% e água e sabão. Desinfecção semanal - associação de fenóis sintéticos. Áreas contaminadas - superfícies que entram em contato direto com matéria orgânica (sangue, secreções ou excreções), independentemente de sua localização. Exigem desinfecção, com remoção da matéria orgânica, e limpeza, com água e sabão.

VII – Classificação dos Artigos Artigos críticos - são aqueles que penetram nos tecidos sub-epiteliais da pele e mucosa, sistema vascular ou outros órgãos isentos de microbiota própria. Ex.: instrumentos de corte ou ponta; outros artigos cirúrgicos (pinças, afastadores, fios de sutura, catéteres, drenos etc.); soluções injetáveis, agulhas. Requerem esterilização. Artigos semi-críticos - são aqueles que entram em contato com a mucosa íntegra e/ou pele não íntegra. Ex.: abaixadores de língua, otoscópio, etc. Requerem desinfecção. Artigos não críticos - são aqueles que entram em contato com a pele íntegra ou não entram em contato direto com o paciente. Ex.: termômetro; aparelho de pressão, estetoscópio; superfícies de armários e bancadas. Requerem limpeza ou desinfecção.

VIII – Classificação dos Procedimentos Clínicos Procedimento crítico - todo procedimento em que haja presença de sangue, pus ou matéria contaminada pela perda de continuidade do tecido. Procedimento semi-crítico - todo procedimento em que exista a presença de secreção orgânica (saliva), sem perda de continuidade do tecido. Procedimento não crítico - todo procedimento em que não haja a presença de sangue, pus ou outras secreções orgânicas, inclusive saliva. IX - Normas Técnicas de Descontaminação, Limpeza, Preparo, Desinfecção, Esterilização,

Manuseio e Estocagem de Materiais

Nas Farmácias e drogarias, como em qualquer unidade de saúde, concentra-se maior número de pessoas portadoras de diversas doenças. Além dessas, também procuram o ambiente farmacêutico pessoas sadias que necessitam de orientação, perfumarias, mamadeiras, chupetas etc. As pessoas portadoras de doenças trazem consigo seres vivos pequenos (micro organismo- M.O), capazes de se movimentar e transmitir doenças e que só podemos ver com microscópio. Além desses M.O. trazidos por essas pessoas, existem outros no ar, no solo, na bancada, no balcão, em nossas mãos, enfim em todos os objetos que vemos e tocamos. Dessa forma, podemos perceber que existe uma grande diferença entre o ambiente farmacêutico e a casa onde vivemos. Portanto, para garantir que o ambiente farmacêutico não seja um local onde as pessoas “ADQUIRAM” doenças, é necessário que algumas normas técnicas de descontaminação, limpeza,desinfecção,esterilização,manuseio e estocagem de materiais, diferentes das que utilizamos em nossas casas sejam estabelecidas.

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1º- Descontaminação

Também chamada de descontaminação prévia. É o procedimento utilizado em artigos contaminados por matéria orgânica (sangue, pus, secreções corpóreas) para destruição de microrganismos patogênicos, antes de iniciar o processo de limpeza.

Tem o objetivo de proteger as pessoas que irão proceder à limpeza desses artigos. Pode ser obtida por processo físico ou químico, que deverá ser escolhido em função das

características do artigo. Processo físico: Exposição do artigo á água fervente por 30 minutos Processo químico: Imersão do artigo em produto químico apropriado por 30 minutos. Procedimento:

• Colocar o material em recipiente adequado, utilizando luvas de borracha. • Cobrir o material com a solução desinfetante e tampar o recipiente, deixando-o totalmente

imerso por 30 minutos. • Retirar o material da solução e submetê-lo ao processo de limpeza (manual ou mecânica). • Trocar as soluções seguindo as recomendações do fabricante.

OBS:

• Marcar o horário do início e término do processo. • Utilizar EPI.

2º- Limpeza

Consiste na lavagem, enxágüe e secagem do material. Tem por objetivo remover totalmente a matéria orgânica dos artigos, com utilização de soluções detergentes.

É um procedimento final no caso de itens não críticos. Pode ser manual ou mecânica (com ajuda de equipamentos). Procedimento:

• Colocar o material na cuba da pia. • Escovar, utilizando sabão, peça por peça. • Nos tubos, pipetas passar jato de água na luz dos artigos. • Enxaguar em água corrente. • Secar o material por gravidade e com tecido, no caso de metais, para evitar que fiquem

manchados. Examinar minuciosamente cada peça, verificando a presença de qualquer tipo de resíduo.

• Encaminhar para desinfecção ou esterilização. OBS:

• Utilizar EPI durante todo o processo • A cuba deve ser funda para evitar respingos. • Não utilizar nenhum tipo de abrasivo (esponja de aço, saponáceo, etc), para não danificar

o material. • Usar seringas para limpar e enxaguar a luz dos mesmos. • Retirar todo o sabão. • Depois do enxágüe com água, é recomendável enxaguar com água destilada. • Artigos com resíduos devem ser lavados novamente. • Material danificado ou quebrado deve ser comunicado.

3º- Desinfecção

É o processo de destruição de microorganismos patogênicos ou não, de artigos classificados como semicríticos, com o objetivo de evitar que a próxima pessoa a utilizar o material seja contaminada.

Para desinfecção o artigo deve estar totalmente limpo e seco. A desinfecção pode ser obtida por processo físico ou químico, que deverá ser escolhida

em função das características do material.

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Processo físico: Exposição do artigo em água fervente por 30 minutos. Processo químico: Imersão total do artigo em produto químico apropriado por 30 minutos.

O processo químico exige que, posteriormente ao período de imersão, o material seja lavado com água corrente, utilizando-se o EPI.

Após serem secos, os materiais poderão ser acondicionados e guardados para uso. Procedimento:

• Colocar o material limpo e seco no recipiente plástico com tampa. • Cobrir o material com a solução desinfetante e tampar o recipiente, deixando-o totalmente

imerso por 30 minutos. • Retirar o material da solução. • Enxaguar abundantemente peça por peça, em água corrente. • Deixar escorrer por gravidade sobre o campo de tecido limpo. • Secar o material. • Acondicionar o material. • Trocar a solução seguindo as recomendações do fabricante.

OBS:

• Utilizar EPI • O recipiente não pode ser de metal • Marcar o horário do início e término do processo. • É recomendado o acondicionamento do material em pacotes individuais. Quando isso não

for possível, acondicionar o material em recipiente com tampa, específico para esse fim, o qual deve ser esterilizado ou desinfetado diariamente.

4º- Esterilização

É o procedimento utilizado para a destruição de todas as formas de vida microbiana, com o objetivo de evitar que os usuários sejam contaminados quando submetidos a tratamentos que exijam o uso desse artigo.

Pode ser obtida por processos físicos, químicos ou físico-químicos. Processo Físico: Vapor saturado sob pressão ou calor seco. Processo químico: Imersão total do artigo em produto químico. Processo físico-químico: Óxido de etileno.

O processo químico exige que posteriormente ao período de imersão, o material seja enxaguado em água destilada, com técnica asséptica (luvas esterilizadas, máscara, etc) devendo ser utilizado de imediato.

Os processos mais utilizados são os físicos e físico-químicos, porque são os únicos que garantem a destruição total de todas as formas de vida microbiana sobre materiais.

O processo de esterilização química não resulta em garantia total de esterilidade do material, devendo ser utilizado quando não houver outro recurso. Procedimento de esterilização em autoclave:

• Carregar a autoclave com os artigos que requerem o mesmo tempo de esterilização, devidamente acondicionados.

• Fechar a autoclave e ligá-la, verificando se a pressão e a temperatura estão mantendo os níveis adequados, para iniciar o processo de esterilização.

• Aguardar o término do ciclo. • Entreabrir a porta do aparelho e aguardar 5 a 10 minutos, para permitir a secagem

completa dos pacotes. • Retirar os pacotes. • Anotar nos pacotes a data de esterilização e a data limite de validade da mesma. • Estocar de preferência em armário fechado, em ambiente limpo e seco e de acesso

restrito. OBS:

• Seguir rigorosamente as instruções de funcionamento do fabricante.

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• O período de exposição varia de acordo com os tipos de artigo e tipo de equipamento utilizado. Ex: Instrumentos metálicos: 30 minutos a 121ºC ou 15 minutos a 132ºC. (mesma coisa para frascos, balões de vidro, tubos de ensaio). Materiais de borracha: 15 minutos a 121ºC e 10 minutos a 132ºC.

• Observar se a pressão e a temperatura estão se mantendo durante todo o ciclo. • Nas autoclaves manuais, após o término do tempo de esterilização, abrir lentamente a

válvula para que haja a exaustão do vapor. • Os pacotes não devem sair úmidos da autoclave, pois pode acarretar a contaminação do

material. • Não colocar o material sobre superfícies metálicas, que umedecerá os pacotes.

Manuseio de Autoclaves:

• ler o manual de instruções; • verificar a adequação da instalação elétrica e hidráulica; • verificar o nível de água; • verificar o funcionamento do manômetro e da marcação do tempo e pressão • utilizados na esterilização; • esperar o resfriamento antes da abertura da tampa ou porta; • cuidar criteriosamente da utilização de material contaminado e sua separação de material

não-contaminado; • ao desligar o aparelho, deixá-lo esfriar completamente antes de abri-lo. A diferença de

temperatura durante a abertura abrupta possibilita a formação e liberação de aerossóis (risco em caso de falha da autoclavagem).

Entretanto, as normas ocorrerão sempre dentro da seqüência lógica, representada a seguir:

Descontaminação prévia

(Presença de matéria orgânica) ↓

Limpeza ↓

Desinfecção ou esterilização ↓

Armazenamento

ARMAZENAMENTO DO MATERIAL ESTÉRIL

Os artigos esterilizados devem ser armazenados em condições adequadas, evitando-se a sua contaminação. O local de estocagem deve ser limpo, protegido do meio externo e utilizado exclusivamente para este fim. Nessas condições, a esterilidade é preservada por sete dias. Ultrapassado esse período, material deverá ser submetido novamente, a todas as etapas de tratamento. Exercícios de Fixação 1-) Quando devemos fazer a descontaminação prévia? 2-) Em que caso a limpeza é o procedimento final? 3-) Como deve estar o artigo para desinfecção? 4-) Por que os processos mais utilizados de esterilização são os físicos e físicos químicos? 5-) Qual a seqüência lógica das normas que deve-se seguir? 6-) Comente sobre o procedimento de desinfecção?

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X – Limpeza e Desinfecção dos Móveis, Equipamentos, Instrumentos e Materiais de uso farmacêutico.

O QUE QUANDO COM QUE COMO

Bancadas de áreas estéreis

Diariamente Água e sabão Limpeza mecânica

Antes do uso Álcool a 70%

Friccionar por 30”até secar

Capela de fluxo laminar

Diariamente

Antes do uso

Água e sabão

Álcool a 70%

Limpeza mecânica Friccione 30” até secar

Destilador Semanalmente Água e sabão Limpeza mecânica Deionizador Semanalmente Água e sabão

Álcool a 70%

Limpeza mecânica

Friccione por 30” até secar

Geladeiras Semanalmente Degelar

Água e sabão

Transferir o conteúdo para outra geladeira

Paredes Semanalmente e sempre que necessário

Água e sabão Limpeza mecânica

Piso Diariamente e

sempre que necessário

Água e sabão Limpeza mecânica

Maca Diariamente

Após contaminação com matéria orgânica

Água e sabão

Papel descartável

Água e sabão

Álcool 70%

Limpeza mecânica

Remover

Limpeza mecânica

Friccione por 30” até secar

Máscara de nebulização

Após cada uso Água e sabão

Hipoclorito de sódio 0, 1 %

Limpeza mecânica

Submergir por 30”

poltronas/cadeiras Diariamente

Após contaminação com matéria orgânica

Água e sabão

Água e sabão

Álcool 70%

Limpeza mecânica

Limpeza mecânica

Friccione por 30” até secar

Termômetro Antes e após o uso Álcool 70 % Friccione por 30” até secar

Estetoscópio Após o uso Álcool 70 % Friccione por 30”até secar

Esfignomanômetro Diariamente Álcool 70 % Friccione por 30”até secar

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LIMPEZA DO INALADOR

Inaloterapia é o método utilizado para administração de medicamentos diretamente no trato respiratório. Vários tipos de medicamentos são atualmente utilizados via inalação no tratamento das doenças respiratórias como, por exemplo, broncodilatadores e mucolíticos. A técnica de uso, bem como a limpeza e desinfecção corretas, são fundamentais para se obter bons resultados. Materiais Necessários

• Aparelho inalador; • Copo para colocação de medicamento (descartável, no caso de inalador ultrassônico); • Luvas de procedimentos descartáveis; • Máscara (adequada ao paciente – infantil ou adulto); • Sabonete líquido; • Papel toalha; • Gel com ação germicida; • Recipiente apropriado para descarte do material.

Procedimentos

• Preparar o material necessário; • Lavar e fazer antissepsia das mãos utilizando técnica apropriada; • Colocar as luvas de procedimentos descartáveis; • Explicar o procedimento ao paciente ou responsável • (se for criança, procure tranquilizá-la); • Colocar o medicamento no copo apropriado (seguindo orientação do receituário médico); • Conectar a máscara e colocá-la adequadamente no paciente; • Ligar o aparelho; • Esperar o tempo necessário (verificar no manual de instruções do aparelho); • Retirar a máscara do paciente ao final do procedimento; • Fazer a higienização do aparelho. • Puxe a máscara • Desrosqueie o Cabeçote do Recipiente, Puxe o anteparo,do Recipiente,Lave as peças

com detergente neutro ,Coloque as peças em um recipiente com solução germicida • Enxágue todas as peças em água corrente. Seque-as com um pano limpo, macio e isento

de fiapos. Ao efetuar a higienização, atentar que geralmente o tempo mínimo de imersão na solução germicida é de 1 hora e antes da imersão deve-se lavar as partes com detergente neutro.

• Exemplos de solução germicida: hipoclorito de sódio 0,5 a 1%, ácido peracético (seguir a norma de diluição do fabricante).

• As soluções desinfetantes devem ser trocadas diariamente, devendo ser registrado o horário de sua diluição e validade da mesma.

• Após secagem manter cada kit de máscaras e copos embalados em sacos plásticos vedados.

LIMPEZA DE AUTOCLAVE Material necessário:

• Pano • Água corrente • Sabão Neutro • Bacia Procedimento:

• Umedecer o pano e passá-lo no sabão neutro. (Não ensopar o pano com água e nem formar espuma)

• Iniciar a limpeza pelo interior do equipamento (Paredes laterais, suportes, fundo e porta).

• Enxaguar o pano para retirar o sabão e voltar a passar no equipamento

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• Secar com pano limpo e seco • Repetir o procedimento no lado de fora • Realizar a limpeza do equipamento diariamente

Pontos importantes

1- Não ensopar o pano com água e nem formar espuma 2- Paredes laterais, suportes, fundo e porta.

Nota: Na autoclave deve-se fazer a limpeza de purgador e filtros pelo técnico da manutenção, para evitar a obstrução do vapor e ar de dentro da câmara a cada 15 dias. Os pontos de ferrugem nas autoclaves de aço inox devem ser retirados com esponja de aço.

Usar somente seringas descartáveis, de uso único,mantidas invioladas; ♦ As agulhas não devem ser reencapadas, entorta das, quebradas ou retiradas das seringas com as mãos. Caso ocorra a perfuração acidental com agulhas contaminadas, o farmacêutico deverá procurar serviços de saúde do trabalhador para a profilaxia do HIV, HCV, entre outros; XI – Procedimento que requer Técnica Asséptica . TÉCNICAS ASSÉPTICAS 1- APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS

A existência de microrganismos no ambiente justifica a aplicação de técnicas que reduzem o seu numero e propiciam maior segurança ao paciente e à equipe de saúde.

As infecções podem ser provocadas por causas ligadas ao meio ambiente, ao material, ao paciente e à equipe que o atende.

O emprego das técnicas assépticas é fundamental no controle de infecções. Preparação, Diluição e Reconstituição de Medicamentos Estéreis. Sem os devidos cuidados de higiene, os microrganismos podem ser introduzidos no organismo através da injeção, causando infecção. Caso germes ou partículas de pó ou sujeira entrem em contato com o medicamento ou com a agulha ou partes da seringa, o material estará contaminado e deverá ser desprezado, preparando-se nova injeção.

♦ Usar somente seringas descartáveis, de uso único,mantidas invioladas; ♦ As agulhas não devem ser reencapadas, entorta das, quebradas ou retiradas das

seringas com as mãos. Caso ocorra a perfuração acidental com agulhas contaminadas, o farmacêutico deverá procurar serviços de saúde do trabalhador para a profilaxia do HIV, HCV, entre outros;

Cuidados de higiene necessários para o preparo e aplicação da injeção

• Lavar bem as mãos antes de preparar a injeção; • Não falar próximo à agulha descoberta e deixá-la o menor tempo possível sem o protetor; • Não tocar na parte do embolo que fica dentro da seringa durante o preparo da injeção; • Não tocar na agulha e bico da seringa; • Limpar bem o local da aplicação com algodão embebido em álcool 70%.

Preparo da injeção

• Em ampola: • Lave bem as mãos; • Abra a embalagem da seringa e verifique se a agulha está bem fixada; • Após desinfetar o gargalo, abra a ampola com a mão protegida; • Aspire o conteúdo para a seringa; • Retire eventuais bolhas de ar. • Observação – mantenha sempre a seringa na embalagem. • Em frasco-ampola:

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• Medicamentos em pó são retirados da seguinte forma: • Retire o lacre e desinfete a tampa de borracha do frasco com algodão embebido em álcool; • Abra a ampola do diluente e aspire o conteúdo; • Injete-o no frasco ampola. Retire e proteja a agulha; • Misture bem o pó com o diluente rolando suavemente o frasco entre as mãos. Observe se

não há nenhuma partícula estranha flutuando no líquido e se o medicamento está bem dissolvido;

• Aspire a solução preparada para a seringa e expulse o ar; • Troque a agulha sempre que possível.

2- DOSAGEM DE GLICEMIA CAPILAR

As medições do parâmetro bioquímico de glicemia capilar devem ser realizadas por meio

de equipamentos de autoteste. Glicosímetro: aparelho manual utilizado para determinar os níveis de glicemia. Fita Reagente ou Fita-Teste: fita utilizada para inseri ruma gota de sangue que, ao ser encaixada no glicosímetro, proporcionará o cálculo da glicemia. Lanceta: instrumento perfurocortante estéril. Lancetador: responsável por fazer a retirada da gota de sangue no teste de glicemia. Outros materiais necessários:

• ♦♦ Luvas de procedimentos descartáveis; • ♦♦ Algodão; • ♦♦ Álcool etílico 70%.

Procedimentos • Separar o material necessário; • Preparar o glicosímetro e o lancetador; • Lavar e fazer antissepsia das mãos utilizando técnica apropriada; • Colocar as luvas de procedimentos descartáveis; • Retirar a Fita Teste da embalagem; • Ligar o aparelho medidor de glicemia; • Introduzir a Fita Teste no aparelho, evitando tocar • Orientar o paciente a lavar as mãos com água e sabão e secá-las bem; • Fazer a antissepsia do local com álcool 70%, lembrando que o dedo deve estar totalmente

seco; • Escolher o local para a punção (o melhor é a ponta dos dedos, evitando a polpa digital); • Fazer a punção utilizando o lancetador para colher uma gota de sangue; • Esperar a formação da gota, segurando o dedo do paciente; • Encostar a gota de sangue na área indicada; • Manter a gota de sangue em contato com a ponta da Fita-Teste até o glicosímetro

começar a • realizar o teste; • Descartar imediatamente a lanceta em recipiente apropriado para descarte de material

perfurocortante; • Limpar o dedo do paciente com algodão e álcool 70% e fazer pressão no local da punção

por alguns instantes com algodão embebido em álcool; • Fazer a leitura do resultado; • O glicosímetro desligará automaticamente após o término do exame; • Retirar as luvas de procedimentos descartáveis e lavar as mãos; • Descartar o material usado no contentor de descarte de material biológico: fita, luvas de

procedimentos descartáveis e algodão usados; • Anotar o resultado obtido; • Orientar o paciente sobre o resultado do exame.

Se apresentar repetidamente valores fora da normalidade, deve ser orientado a consultar um médico, seguir a prescrição médica, fazer dieta adequada e/ou fazer atividade física moderada.

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Observação: A antissepsia efetuada no paciente com algodão embebido em álcool 70% pode também ser realizada com compressa não-tecido impregnada com álcool isopropílico 70% (Álcool Swab).

3- PERFURAÇÃO DO LÓBULO AURICULAR PARA COLOCAÇÃO DE BRINCO

A perfuração do lóbulo auricular deve ser feita com aparelho específico, conforme determina a legislação,bem como os brincos e o aparelho devem ser regularizados junto a Anvisa. É proibido efetuar perfuração com agulhas de injeção, sutura ou outros objetos.

Deve-se proceder à lavagem das mãos e colocados EPIs, realizar assepsia do aparelho, antissepsia do lóbulo auricular, abertura da embalagem na presença do usuário, devendo todos os procedimentos RDC nº 44/2009 da Anvisa Art. 78. A perfuração do lóbulo auricular deverá ser feita com aparelho específico para esse fim e que utilize o brinco como material perfurante. Parágrafo único. É vedada a utilização de agulhas de aplicação de injeção, agulhas de suturas e outros objetos para a realização da perfuração. Art. 79. Os brincos e a pistola a serem oferecidos aos usuários devem estar regularizados junto à Anvisa, conforme legislação vigente. §2º Sua embalagem deve ser aberta apenas no ambiente destinado à perfuração, sob a observação do usuário e após todos os procedimentos de assepsia e antissepsia necessários para evitar a contaminação do brinco e uma possível infecção do usuário. Art. 80. Os procedimentos relacionados à antissepsia do lóbulo auricular do usuário e das mãos do aplicador, bem como ao uso e assepsia do aparelho utilizado para a perfuração deverão estar descritos em Procedimentos Operacionais Padrão (POPs). §1º Deve estar descrita a referência bibliográfica utilizada para o estabelecimento dos procedimentos e materiais de antissepsia e assepsia. §2º Procedimento Operacional Padrão (POP) deverá especificar os equipamentos de proteçãoindividual a serem utilizados, assim como apresentar instruções para seu uso e descarte. Informações importantes: Procedimentos

• Preparar o material necessário; • Lavar e fazer antissepsia das mãos utilizando técnica apropriada; • Colocar as luvas de procedimentos descartáveis; • Explicar o procedimento ao paciente ou responsável (se for criança, procure tranquilizá-la); • Fazer a antissepsia do lóbulo auricular com algodão embebido em álcool 70%; • Fazer a demarcação com a caneta; • Pedir que o usuário verifique se concorda com o local demarcado; • Armar o aparelho (adaptação do brinco e tarraxa); • Posicioná-lo no local demarcado (colocar a orelha entre o encaixe de tarraxa e o brinco,

alinhando a ponta do pino do brinco com a marca na orelha); • Disparar o aparelho; • Orientar procedimentos pós-perfuração; • Registrar o procedimento. • Observação: A antissepsia efetuada no paciente com algodão embebido em álcool 70%

pode também ser realizada com compressa não-tecido impregnada com álcool isopropílico 70% (Álcool Swab).

XII - Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) Destaca-se a importância do gerenciamento dos RSS devido ao potencial de periculosidade dos resíduos gerados nos estabelecimentos de saúde assim como a necessidade de seu gerenciamento. A elaboração do Plano de Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde (PGRSS) é de responsabilidade de todos os geradores de resíduos dos serviços de saúde, atribuindo o conceito de poluidor/pagador, mesmo quando o processo de gerenciamento for terceirizado, conforme preconizado nas legislações federais (CONAMA 358/2005 e Anvisa RDC 306/2004).

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Identificação e classificação Grupo A: resíduos biológicos Grupo B: resíduos químicos Grupo C: rejeitos radioativos Grupo D: resíduos comuns Grupo E: resíduos perfuro cortantes Acondicionamento Grupo A: resíduos biológicos Branco leitosos NBR 9191 Grupo B: resíduos químicos Laranja com identificação da norma 1004 Grupo C: rejeitos radioativos Após decaimento segundo a norma CNEM 6905, acondicionar conforme seu tipo de periculosidade (Grupo A, B ou D) Grupo D: resíduos comuns Caso o resíduo seja classificado como Grupo D reciclável, acondicioná-lo em: I - azul - PAPÉIS II- amarelo - METAIS III - verde - VIDROS IV - vermelho - PLÁSTICOS V - marrom - RESÍDUOS ORGÂNICOS Os demais resíduos classificados como Grupo D: Podem ser acondicionados em saco preto. Grupo E: resíduos perfuro cortantes Coletor para perfuro cortante segundo a NBR 13853. Perfuro cortante: instrumento que perfura e corta ao mesmo tempo.

Classificação

A NBR 12.808 da ABNT classifica os resíduos de serviços de saúde quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, visando o seu gerenciamento adequado. Eles estão divididos em três classes:

CLASSE A – RESÍDUO INFECTANTE - todo resíduo que, por sua característica de virulência, infectividade e concentração de patogenias, apresenta risco adicional à saúde pública.

Biológico (A1): cultura, inoculo, mistura de microrganismos e meio de cultura inoculado, proveniente de laboratório clínico ou de pesquisa; vacina vencida ou inutilizada, filtro de gases aspirados de áreas contaminadas por agentes infectantes e qualquer resíduo contaminado por estes materiais.

Sangue e hemoderivados (A2): bolsa de sangue após transfusão com prazo de validade vencido ou sorologia positiva, amostra de sangue para analise, soro, plasma e outros subprodutos.

Cirúrgico, Anatomopatológico e Exsudado (A3): tecido, órgão, feto, peça anatômica, sangue e outros orgânicos resultantes de cirurgia, necropsia e resíduos contaminados por estes materiais.

Perfurante ou Cortante (A4): agulha, ampola, pipeta, lâmina de bisturi e vidro.

Animal Contaminado (A5): carcaça ou parte de animal inoculado, exposto a microrganismos patogênicos ou portador de doença infecto-contagiosa, bem como resíduos que tenham estado em contato com este.

Assistência ao Paciente (A6): secreções, excreções e demais líquidos orgânicos procedentes de pacientes, bem como os resíduos contaminados por estes materiais, inclusive restos de refeições.

CLASSE B – RESÍSUO ESPECIAL - todo resíduo cujo potencial de risco, associado a sua natureza físico-química, requer cuidados especiais de manuseio e tratamento.

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Rejeito Radioativo (B1): material radioativo ou contaminado, com radionucletídeos proveniente de laboratório de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, que contenha radionucletídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados na Norma CNEN – Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radioativas, e cuja reutilização seja imprópria ou não prevista

Resíduo Farmacêutico (B2): medicamento vencido, contaminado, interditado ou não utilizado.

Resíduo Químico Perigoso (B3): resíduo tóxico, corrosivo, inflamável, explosivo, reativo, genotóxico ou mutagênico conforme NBR 10.004.

CLASSE C - COMUM - todo resíduo que não se enquadram nos tipos A e B e que, por sua semelhança com os resíduos domésticos, não oferecem risco adicional à saúde pública. Exemplo: resíduo da atividade administrativa, dos serviços de varrição e limpeza de jardins, e restos de alimentos que não entraram em contato com pacientes.

EXERCÍCIOS DE FIXACÇÃO 1-) Baseado no texto abaixo faça uma dissertação, sobre a contaminação do meio ambiente.

Gerenciamento dos Resíduos Sólidos gerados nos Estabelecimentos de Saúde

Os resíduos sólidos gerados nos diversos tipos de estabelecimentos de saúde - RSS,apesar de representarem uma pequena parcela do total dos resíduos sólidos gerados em uma cidade, têm sido motivo de grande preocupação uma vez que não estão sendo manuseados adequadamente nas FONTES GERADORAS, oferecendo, cada vez mais,riscos à população e contribuindo para a degradação do meio ambiente.Ressalta-se que o manuseio inadequado dos resíduos e o contato direto com pacientes e materiais, sem observar os aspectos higiênicos básicos, evidencia a participação indireta dos resíduos na cadeia do processo infeccioso, transmitindo o agente etiológico causador da doença, da fonte primária de infecção-reservatório ao novo hospedeiro.Atualmente os serviços de saúde, tanto municipais quanto estaduais e federais, estão buscando métodos e processos gerenciais, objetivando a redução dos percentuais de infecções hospitalares, causadas pelo manuseio dos RSS uma vez que essa redução está relacionada com a geração, segregação e o acondicionamento adequado desses resíduos.Ressalta-se que a CETESB – Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental de São Paulo comprovou a presença de microrganismos patogênicos nos RSS, destacando-se:Bactérias (bacilos gram-negativos entéricos, coliformes, salmonela thyphi, shiguela sp, bacilos gram-negativos, pseudomonas sp, cocos gram-positivos, estreptococos, estaphilococus aureus); Fungos (cândida albicans);Vírus (pólio tipo 1, vírus da hepatite A e B, influenza, vacina, e vírus entéricos). Apesar de alguns autores afirmarem que a maioria dos patógenos não sobrevive nos RSS, em função das altas temperaturas geradas durante o processo de fermentação,sabe-se que em alguns microrganismos o tempo médio de sobrevivência, em dias,varia muito, a exemplo do apresentado no Quadro 1, a seguir, segundo SuberKeropp,K.F. e Klug, M. J., em Microbial Ecology.

Quadro - Tempo médio de sobrevivência dos microorganismos nos RSS.

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XIII – Fontes de Radiação Química e Radioativa: Prevenção e Controle

Radiações

• energia na forma de ondas eletromagnéticas transmitidas através do espaço ou através de um material

• as radiações magnéticas são classificadas de acordo com seus comprimentos de onda : Quanto maior, menos energia (conteúdo energético)

• radiações de alta energia (comprimento de onda baixo) podem matar as células, inclusive microrganismos - raios X, gama e luz UV

Formas de Radiações :

1. Radiação Ionizante

As radiações de alta energia têm energia suficiente para causar ionização das moléculas - rompendo as moléculas em átomos ou grupo de átomos (H2O ---- H+ + OH-) - e os radicais hidroxilas, por exemplo, são altamente reativos e destroem compostos celulares como o DNA e proteínas.

exemplos: raios X e raios gama. Além de microbicidas os raios de alta energia são capazes de penetrar em pacotes de produtos e esterilizar seus interiores são mais utilizados para esterilizar alimentos e equipamentos médicos.

2. Radiação Não-Ionizante

A radiação UV tem um comprimento de onda entre 136 a 400 nm, que ao invés de ionizar uma molécula excita os elétrons - resultando em uma molécula que reage diferente das moléculas não-irradiadas. O DNA sofre a maior avaria a maior atividade bactericida ocorre no comprimento de onda próximo de 260 nm (mais fortemente absorvido pelo DNA)

Lâmpadas especiais que emitem luz UV com comprimento de onda microbicida são utilizadas para matar microrganismos - apenas os microrganismos da superfície de um objeto são mortos

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA (U.V.)

Este tipo de radiação é muito danoso para a retina dos olhos o manuseio com transiluminadores com radiação UV deve ser prevenido com a utilização obrigatória de barreiras faciais e óculos de proteção que retém essa radiação. É muito comum o uso dos óculos de proteção, sem máscaras, no entanto deve-se tomar cuidado pois a exposição a essa radiação por tempo prolongado e de forma cumulativa pode causar queimaduras ou câncer de pele.

XIV - Riscos Químicos

O manuseio e o armazenamento adequado de produtos químicos são necessários para evitar riscos, como queimaduras, explosões, incêndio e fumaça tóxica.

O manuseio de produtos químicos voláteis (solventes) e metais, ácidos e bases fortes e outros tem que ser realizado em capela de segurança química.

As substâncias inflamáveis precisam ser manipuladas com extremo cuidado evitando proximidade de equipamentos e fontes geradoras de calor.

O uso de equipamentos de proteção individual, máscara facial, luvas e aventais e outros, durante o manuseio de produtos químicos, é obrigatório.

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Todos os produtos químicos e frascos com soluções e reagentes devem ser adequadamente identificados, com a identificação do produto, condições de armazenamento, prazo de validade, toxicidade do produto.

O laboratório deve ter disponível a ficha de segurança química que contém informações sobre o risco e cuidados no manuseio do produto químico e também a conduta adequada em situações de emergência

Os resíduos de produtos químicos devem ser acondicionados em recipientes adequados, com condições seguras e encaminhados ao serviço de descarte de resíduos de produtos químicos de modo a preservar a saúde do meio ambiente.

SUBSTÂNCIAS CARCINOGÊNICAS

Ortotoluidina, benzina, benzeno, formaldeído (fixador e preservativo), ácido

clorídrico ou formaldeído = éter, biclorometil, hipoclorito com formaldeído.

SUBSTÂNCIAS EXPLOSIVAS

Ácido perclórico, ácido pícrico, azida sódica.

SOLVENTES

Álcool, acetona, éter, xilol, toluol. Não descarte na rede de esgotos, sem tratamento prévio.

ÁCIDOS / CORROSIVOS

HCl (ácido clorídrico), HNO3 (ácido nítrico), H2SO4 (ácido sulfúrico), CH3COOH(ácido acético), tricloroacético, NaOH (hidróxido de sódio), KOH (hidróxido de potássio).

Classificação dos agentes químicos segundo seus graus de risco

Ao manusear produtos químicos, a primeira providência é ler as instruções do rótulo, no recipiente ou na embalagem, observando a classificação quanto ao risco à saúde (R) que ele oferece e à medidas de segurança para o trabalho (S). O significado dos códigos referentes às colunas - RISCO- e - MEDIDAS DE SEGURANÇA - estão no final da relação.

GRAU 1 DE RISCO Riscos Medidas de segurança Ácido cítrico 36 26 - 26 Ácido crômico 8 - 35 28 EDTA 37 22 Ácido fosfomolíbdico 8- 35 22 - 28 Sulfato de cobre II 22 20 Nitrato de prata 34 24 - 25 - 26 Cromato de potássio 36 - 37 - 38 22 - 28

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GRAU 2 DE RISCO Riscos Medidas de segurança Ácido nítrico fumegante 8 - 35 23 - 26 - 36 Ácido sulfanílico 20 - 21 - 22 >25 - 28 Amoníaco 25% 36 - 37 -38 26 Anidrido acético 10 - 34 26 Anidrido carbônico 2 3 - 4 - 7 - 34 Sulfato de cádmio 23 - 25 - 33 - 40 13 - 22 - 44 Cianetos 26 - 27 - 28 - 32 1 - 7 - 28 - 29 - 45 Formalina 23 - 24 - 25 - 43 28 Nitrogênio - gás 2 3 - 4 - 7 - 34 O-toluidina 20 - 21 24 - 25 Oxigênio - gás 2 - 8 - 9 3 - 4 - 7 - 18 - 34 Timerosal 26 - 27 - 28 - 33 13 - 28 - 36 - 45

GRAU 3 DE RISCO Riscos Medidas de segurança Acetato de etila 11 16 - 23 - 29 - 33 Acetato de butila 11 9 - 16 - 23 - 33 Acetona 11 9 - 16 - 23 - 33 Ácido clorídrico 34 - 37 26 Ácido fórmico 35 23 - 26 Ácido lático 34 26 - 28 Ácido perclórico 5 - 8 - 35 23 - 26 - 36 Ácido sulfúrico 35 26 - 30 Ácido tricloroacético 35 24 - 25 - 26 Acrilamida 23 - 24 - 25 - 33 27 - 44 Álcool etílico 11 9 - 16 - 23 - 33 - 7 Álcool isobutílico 10 - 20 16 Álcool metílico 11- 23 - 25 7 - 16 - 24 Amoníaco 10 - 23 7 - 9 - 16 - 38 Anilina 23 - 24 - 25 - 33 28 - 36 - 37 - 44 Benzeno 11 - 23 - 24 - 39 9 - 16 - 29 Tetracloreto de carbono 26 - 27 - 40 38 - 45 Clorofórmio 20 24 - 25 Fenol 24 - 25 - 34 28 - 44 Nitrobenzeno 26 - 27 - 28 - 33 28 - 36 - 37 - 45 Ozônio 9 - 23 17 - 23 - 24 Dicromato de potássio 36 - 37 - 38 - 43 22 - 28 Hidróxido de potássio 35 26 - 37 - 39 Permanganato de potássio 8 - 20 - 21 - 22 23 - 42 Tolueno 11 - 20 16 - 29 - 33 Xileno 10 - 20 24 - 25

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GRAU 4 DE RISCO Riscos Medidas de segurança Acetileno 5 - 6 - 12 9 - 16 - 33 Ácido acético 10 - 35 23 - 26 Ácido fluorídrico 26 - 27 - 28 - 35 7 - 9 - 26 - 36 - 37 Ácido pícrico 2 - 4 - 23 - 24 - 25 28 - 35 - 37 - 44 Ácido sulfídrico 13 - 26 7 - 9 - 25 - 45 Azida sódica 28 - 32 28

Códigos de risco - normas "R" 1. Risco de explosão em estado seco 2. Risco de explosão por choque, fricção ou outras fontes de ignição 3. Grave risco de explosão por choque, fricção ou outras fontes de ignição 4. Forma compostos metálicos explosivos 5. Perigo de explosão pela ação do calor 6. Perigo de explosão com ou sem contato com o ar 7. Pode provocar incêndios 8. Perigo de fogo em contato com substâncias combustíveis 9. Perigo de explosão em contato com substâncias combustíveis 10. Inflamável 11. Muito inflamável 12. Extremamente inflamável 13. Gás extremamente inflamável 14. Reage violentamente com a água 15. Reage com água produzindo gases muito inflamáveis 16. Risco de explosão em mistura com substâncias oxidantes 17. Inflama-se espontaneamente ao ar 18. Pode formar misturas vaporar explosivas 19. Pode formar peróxidos explosivos 20. Nocivo por inalação 21. Nocivo em contato com a pele 22. Nocivo por ingestão 23. Tóxico por inalação 24. Tóxico em contato com a pele 25. Tóxico por ingestão 26. Muito tóxico por inalação 27. Muito tóxico em contato com a pele 28. Muito tóxico por ingestão 29. Libera gases tóxicos em contato com a água 30. Pode inflamar-se durante o uso 31. Libera gases tóxicos em contato com ácidos 32. Libera gases muito tóxicos em contato com ácidos 33. Perigo de efeitos acumulativos 34. Provoca queimaduras 35. Provoca graves queimaduras 36. Irrita os olhos 37. Irrita o sistema respiratório 38. Irrita a pele 39. Risco de efeitos irreversíveis 40. Probabilidade de efeitos irreversíveis 41. Risco de grave lesão aos olhos 42. Probabilidade de sensibilização por inalação 43. Probabilidade de sensibilização por contato com a pele 44. Risco de explosão por aquecimento em ambiente fechado 45. Pode provocar câncer 46. Pode provocar dano genético hereditário

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47. Pode provocar efeitos teratogênicos 48. Risco de sério dano à saúde por exposição prolongada Códigos de medidas de segurança - normas "S" 1. Manter fechado 2. Manter fora do alcance das crianças 3. Manter em local fresco 4. Guardar fora de locais habitados 5. Manter em ...(líquido inerte especificado pelo fabricante) 6. Manter em ...(gás inerte especificado pelo fabricante) 7. Manter o recipiente bem fechado 8. Manter o recipiente em local seco 9. Manter o recipiente em local ventilado 10. Manter o produto em estado úmido 11. Evitar o contato com o ar 12. Não fechar hermeticamente o recipiente 13. Manter afastado de alimentos 14. Manter afastado de ...(substâncias incompatíveis) 15. Manter afastado do calor 16. Manter afastado de fontes de ignição 17. Manter afastado de materiais combustíveis 18. Manipular o recipiente com cuidado 19. Não comer nem beber durante a manipulação 20. Evitar contato com alimentos 21. Não fumar durante a manipulação 22. Evitar respirar o pó 23. Evitar respirar os vapores 24. Evitar o contato com a pele 25. Evitar o contato com os olhos 26. Em caso de contato com os olhos, lavar com bastante água 27. Tirar imediatamente a roupa contaminada 28. Em caso de contato com a pele, lavar com ...(especificado pelo fabricante) 29. Não descartar resíduos na pia 30. Nunca verter água sobre o produto 31. Manter afastado de materiais explosivos 32. Manter afastado de ácidos e não descartar na pia 33. Evitar a acumulação de cargas eletrostáticas 34. Evitar choque e fricção 35. Tomar cuidados para o descarte 36. Usar roupa de proteção durante a manipulação 37. Usar luvas de proteção apropriadas 38. Usar equipamento de respiração adequado 39. Proteger os olhos e rosto 40. Limpar corretamente os pisos e objetos contaminados 41. Em caso de incêndio ou explosão, não respirar os fumos 42. Usar equipamento de respiração adequado (fumigações) 43. Usar o extintor correto em caso de incêndio 44. Em caso de mal-estar, procurar um médico 45. Em caso de acidente, procurar um médico 46. Em caso de ingestão, procurar imediatamente um médico, levando o rótulo do frasco ou o conteúdo 47. Não ultrapassar a temperatura especificada 48. Manter úmido com o produto especificado pelo fabricante 49. Não passar para outro frasco 50. Não misturar com ...(especificado pelo fabricante) 51. Usar em áreas ventiladas 52. Não recomendável para uso interior em áreas de grande superfície.

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XV – Agentes Químicos

Os agentes químicos não apresentam todos a mesma capacidade para a destruição dos microrganismos de interesse médico, que incluem bactérias na forma vegetativa, vírus lipofílicos e hidrofílicos, fungos, Mycobacterium tuberculosis e esporos bacterianos. Conforme a gama de microrganismos que podem ser destruidos pelos agentes químicos, o processo é designado:

• Esterilização química - é um processo de longa duração (de 8 a 18 horas) no qual se consegue a destruição de todas as formas de vida através do uso de agentes químicos designados como esterilizantes.

• Desinfecção de alto nível - é um processo de curta duração (30 minutos), no qual se consegue a destruição de todas as formas de vida, exceto esporos, utilizando agente químico esterilizante.

• Desinfecção de nível intermediário - é o processo no qual se consegue a destruição da maioria dos microrganismos, inclusive o bacilo da tuberculose, mas não todos os vírus, nem os esporos. O agente é designado desinfetante hospitalar tuberculecida.

• Desinfecção de nível baixo - é o processo de destruição de poucos microrganismos.

ESCOLHA DO AGENTE QUÍMICO

O agente químico deve ser escolhido conforme:

• a finalidade de uso; • o atendimento aos critérios do agente ideal; • o certificado do Ministério da Saúde.

Rótulos e instruções

Os rótulos e instruções de uso deverão estar assim apresentados e conter as seguintes informações:

• em língua portuguesa; • nomes e endereços do fabricante e do fornecedor; • nome, sigla do Conselho Profissional e número de registro do Responsável Técnico pelo

produto fabricado ou distribuído no Brasil; • prazo de validade do produto; • número de registro do produto na SVS/MS, que é composto de 11 dígitos.

O agente químico ideal deve:

• - Ampla ação em baixas concentrações; • - Substâncias estável; • - Ser solúvel; • - Atingir apenas os microrganismos; • - HOMOGENEIDADE: cada porção da substância dever conter a mesma quantidade do

princípio ativo; • - Não combinar com material orgânico estranho, ou que possa inativar o agente; • - Atingir bons níveis de penetração; • - Não ser corrosivo ou corante; • - Não possuir odor desagradável; • - Ser obtido com facilidade e a baixo custo. • Exibir amplo espectro de ação; • agir rapidamente sobre todos os microrganismos; • ser indiferente a agentes químicos e físicos; • ser atóxico e inodoro; • apresentar compatibilidade com as superfícies; • ter efeito residual; • ser fácil de usar e econômico.

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Eficiência

Para que se consiga o melhor desempenho de um agente químico, é necessário respeitar:

• concentração de uso; • tempo de ação; • validade do produto

Aplicações

• Descontaminação, desinfecção e esterilização de artigos. • Desinfecção de superfícies. • Desinfecção de estetoscópio, termômetro, etc • Desinfecção de roupas.

Cuidados

• Em função da toxicidade dos agentes químicos, que é tanto maior quanto mais eficiente ele for, sua manipulação deve ser feita utilizando o EPI (equipamento de proteção individual) adequado.

• Seu armazenamento deve ser feito em local arejado, fresco e ao abrigo da luz.

ESTERILIZANTES QUÍMICOS

Entre os agentes químicos esterilizantes estão os aldeídos (glutaraldeído e formaldeído) e o óxido de etileno

DESVANTAGENS DA ESTERILIZAÇÃO QUÍMICA

• O material não pode permanecer estéril, uma vez que é esterilizado não embalado. • Não existe teste biológico para comprovar a esterilidade.

CONTROLE MICROBIANO POR AGENTES QUÍMICOS

Geralmente os agentes químicos apresentam ação desinfetante. Alguns deles podem ser esterilizantes

TIPO DO AGENTE x TEMPO x CONCENTRAÇÃO

A escolha do agente químico deve considerar:

• População alvo • Condições ambientais • Ação do agente

Outros Fatores

A matéria orgânica pode servir de barreira física, pois interage com os compostos ativos, como o cloro, inibindo a ação direta. Ela pode apresentar-se sob várias formas como sangue, pús, material fecal, resíduos de alimentos. Pode também agir formando complexos menos ativos e deixando menor quantidade de agente químico disponível para atuar sobre os microrganismos.

Entre os compostos químicos utilizados podemos citar álcoois, compostos liberados de cloro, formaldeído, glutaraldeído, iodóforos, fenóis sintéticos e compostos quaternários de amônio, entre outros.

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O álcool atua na inibição da microbiana por desnaturação de proteínas, razão pela qual o álcool absoluto é menos efetivo, utilização então do álcool 70.

Os agentes químicos podem ser agrupados de acordo com:

. FUNÇÃO QUÍMICA: álcool, aldeídos, etc

. ELEMENTO QUÍMICO: halogênios, metais pesados, etc

. MECÂNISMO DE AÇÃO: agentes oxidantes, agentes de superfícies, etc...

A- ETANOL

O etanol é o mais empregado no Brasil, como desinfetante e também na descontaminação da superfície de bancada, de fluxo laminar, equipamentos de grande e médio porte, e para anti-sepsia das mãos e de muitos equipamentos de grande e médio porte. A adição de iodo na proporção de 0,5% a 1% p/v a soluções de 70% em peso incrementa a atividade e acrescenta ação residual a esta solução.

A aplicação freqüente produz irritação e dessecação da pele. Muito utilizado em associação com outros desinfetantes ou anti-sépticos (álcool- iodado e outras soluções alcoólicas);

-ÁLCOOL ETÍLICO: eficaz na concentração de 50 a 70 %

-AÇÃO: desnaturação de proteínas celulares; solvente de lipídios, portanto danificam membranas; agentes desidratante;

-USO: em soluções ou combinados com IODO; anti-séptico; desinfecção de superfícies e utensílios.

-LIMITAÇÕES: Age apenas nas células vegetativas.

ÁLCOOL ISOPROPÍLICO: mais eficiente e menos corrosivo que o etílico.

PROPILENOGLICOLE ETILENOGLICOL: desinfecção de ambientes (desde que haja vapor d’água para que os agentes estejam dispersos em micro gotas.

Vantagens

• Rapidamente bactericida. • Tuberculocida e viruscida para vírus lipofílico. • Econômico. • Ligeiramente irritante.

Desvantagens

• Não é esporicida. • Atividade diminuída em presença de biocarga. • Atividade diminuída quando em concentração inferior a 60%. • Atacam plásticos e borrachas. • Evapora rapidamente das superfícies. • É altamente inflamável.

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B- ALDEÍDOS E DERIVADOS

-AÇÃO: alquilação de grupos funcionais das proteínas formando hidroximetilderivados.

Aldeído Fórmico: solução aquosa-> FORMALINA

Uso: vaporização de ambientes fechados.

Glutaraldeído: (esterilizantes) age contra formas vegetativas e esporuladas de bactérias e fungos, sendo também viricidas;

USO: solução 2% para esterilização de sondas e outros equipamentos.

Classificação

Esterilizante (8 a 10 horas) Desinfetante de alto nível (30 minutos)

Indicações

Esterilização de artigos críticos e semi-críticos termos-sensíveis; desinfecção de alto nível e descontaminação.

Vantagens

• Penetra no sangue, pus e restos orgânicos. • Não ataca material de borracha ou plástico. • Pode ser corrosivo.

Desvantagens

• Apresenta toxicidade cutânea, celular e inalatória. Libera vapores tóxicos, razão para se evitar o processamento de materiais em salas mal ventiladas, em recipientes sem tampa ou com vazamentos. Aconselha-se o uso de máscaras com camada de carvão ativado para diminuir o efeito tóxico, quando em manipulação freqüente.

• É alergênico. • Não pode ser utilizado em superfícies. • Sua atividade corrosiva aumenta com a diluição. • Seu tempo de reutilização varia com a biocarga. • Pode ser retido por materiais porosos, daí exigir enxágüe rigoroso, para evitar seus

resíduos tóxicos.

Obs.: Apesar de o formaldeído ser também um agente esterilizante, seus vapores irritantes, odor desagradável e comprovado potencial carcinogênico, não o recomendam, devendo, portanto, ser evitado.

C- FENOL E COMPOSTOS FENÓLICOS

Importância histórica;

Padrão para avaliação de outros agentes

AÇÃO desnaturação de proteínas celulares (não só as proteínas microbianas); danificam membranas; depressores de tensão superficial;

Bactérias x bacteriostático;

(0,2 % a 1% in vivo)

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USO: em soluções aquosas ou com sabões;

Desinfecção de material biológico (sangue, urina e fezes) e material inanimado;

LIMITAÇÕES: irritante e corrosivo

Derivados halogenados ( são mais ativos): 4-clorocresol, 4-cloroxilenol e 4-clorotimol.

Bifenóis halogenados: hexaclorofeno (proibido pela FDA por causar alterações no SNC).

D- HALOGÊNIOS

IODO:

AÇÃO: bactericida, viricida, fungicida e esporicida; agentes oxidantes; combinação irreversível com proteínas (combinação com alguns aminoácidos).

USO: em soluções alcoólicas (2% de iodo ação imediata); anti-séptico mais utilizado em prática cirúrgica.

LIMITAÇÕES: irritante para mucosas.

CLORO:

AÇÃO: ataca os grupos alfa-aminados- cloroaminoácidos instáveis; agente oxidante (em combinação com a água);

USO: desinfetantes de anti-sépticos;

Em soluções aquosas HIPOCLORITO;

Tratamento de água (forma gasosa);

LIMITAÇÕES: odor e gosto desagradáveis; inativo por matéria orgânica (combinado com a matéria orgânica não age no microrganismo).

E- METAIS PESADOS E DERIVADOS

AÇÃO: combinam-se com as proteínas celulares, acumulam-se nas células e interferem em seu funcionamento.

MERCÚRIO: Baixo índice terapêutico e perigo de intoxicação;

Merbromino (Mercuriocromo) e timerosal (Merthiolate) : fraca atividade bactericida e bacteriostática in vivo.

SULFATO DE COBRE: usado contra algas e bolores.

SAIS DE PRATA (NITRATO): Solução oftálmica 1% (prevenção da oftalmia neonataum) e anti-séptica de queimaduras.

F- CORANTES

AÇÃO: provável interferência nos processos de oxidação celular.

CRISTAL VIOLETA: age contra Gram Positivo, é fungicida e pode ser utilizado como anti-séptico.

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G- COMPOSTOS QUATERNÁRIO DE AMÔNIO

Vantajoso por ser: pouco tóxico; bastante solúvel; não corrosivo e muito estável

AÇÃO: bactericida contra Gram Negativo

USO: anti-sépticos, saneadores de equipamentos industriais

LIMITAÇÃO: Não- esporicida

Estes produtos são recomendáveis para desinfecção ordinária de superfícies não críticas como pisos, imobiliários e paredes. Além disso, são apropriados para desinfecção de superfícies e equipamentos em todas as áreas relacionadas com alimentos. As formulações são apresentadas na forma concentrada, com mais de um princípio ativo, devendo, portanto, ser diluídas de forma adequada. Os compostos quaternários são de baixa toxicidade, porém podem causar irritação e sensibilização da pele.

H- DETERGENTES SINTÉTICOS

Deprimem a tensão ou agem como umectantes que são utilizados para limpeza de superfície.

Os sabões comuns são pouco bactericidas sendo mais eficazes na remoção mecânica.

I- ÁCIDOS E ALCALIS

Grande alterações de pH podem levar os microrganismos à morte.

Bactérias toleram pH próximo de neutro.

Fungos toleram pH mais baixos(próximo a 4,0)

São ESPORICIDAS

Ácido acético, ácido lático e ácido benzóico: conservantes de alimento

Ácido mandélico e ácido nalidíxico: anti-séptico das vias urinárias.

LIMITAÇÕES: ação corrosiva e cáustica.

ESTERILIZANTES GASOSOS

Aplicados a ambientes e materiais termo sensíveis ou que não possam ser submetidos a soluções.

Mecanismo de ação análogo ao dos aldeídos.

A- Oxido de etileno: esporicidas com grande poder de penetração

USO: esterilização de instrumentos cirúrgicos, fios e agulhas para sutura e plástico.

LIMITAÇÃO: inflamável.

B- ß-propiolactona (4 mil vezes mais eficaz que o óxido de etileno)

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LIMITAÇÃO: baixo poder de penetração, toxicidade, carcinogênica e lacrimejante.

AGENTES FÍSICOS: calor úmido, calor seco e incineração

ALTAS TEMPERATURAS (CALOR)

Células vegetativas: são mais sensíveis:

Bactérias- 60 a 70°C em 5 a 10 minutos.

As maiores temperaturas e maior tempo devem ser usados para eliminar as espécies formadoras de esporos (Bacilus e Clostridium).

Os esporos têm que ser submetidos a temperaturas maiores que 100ºC por 15 a 20 minutos.

Bacillus anthracis 140ºC/180 minutos

Clostridium botulinun 120ºC/ 120 minutos

1- CALOR ÚMIDO: mata por coagulação das proteínas (é a mais eficiente)

Vapor saturado sobre pressão

O aparelho utilizado para este processo é a autoclave, composto por uma câmara- onde se acondiciona o material, por uma válvula na porta- que mantem a pressão interna mediante instrumentos que medem a pressão interna e a temperatura. Seu funcionamento combina a ação do calor, pressão e umidade na destruição de microrganismos, por agirem na estrutura genética da célula. A autoclave funciona sob pressão de 1 a 18 atmosferas, dependendo do equipamento. O tempo de exposição do material ao vapor varia de acordo com o seu tipo, temperarura e pressão atmosférica. De forma geral, para o material de superfície, o tempo necessário é de 30 minutos em temperatura de 121° C ou 15 minutos em temperatura de 134°; para o material de densidade, 30 minutos em temperatura de 121°ou 15 minutos em temperatura de 134°C. Este tipo de esterelização esta indicado para todo material resistente ao calor úmido, como tecidos, materiais de borracha e de metal. È contra-indicado para materiais termossensiveis , Após o material ser colocado na autoclave, inicia-se a drenagem do ar dentro da câmara e do ar residual dentro dos pacotes, para que o vapor possa entrar em contato com os materiais neles contidos. Para assegurar a correta esterilização dos materiais, faz-se necessário a adoção de alguns cuidados que facilitam a circulação e penetração do vapor no material , tais como: utilizar somente 80 % da capacidade de armazenamento da câmara, com materiais que requeiram o mesmo tempo de esterilização; evitar que os pacotes encontrem nas paredes do aparelho e ente eles; colocar os pacotes maiores na parte inferior e os menores na parte superior do aparelho, dispondo os jarros, bacias e frascos com a boca para baixo, para faciliar a remoção do ar e do vapor. Para se verificar se a esterelização dos materiais esta realmente ocorrendo, deve-se observar se a pressão e a temperatura estão nos níveis programados, durante todo o ciclo. Caso isto não ocorra, o processo deve ser interrompido e a manutenção do aparelho deve ser solicitada.

Ao termino do ciclo deve-se entreabrir a porta do aparelho por um período de 5 a 10 minutos, para a completa secagem dos pacotes e materiais pelo calor das paredes da câmara.

Finalmente, os pacotes devem ser retirados e só colocados em superfícies frias após perderem completamente o calor, para evitar a formação de umidade ao contato. Complementando o processo, os pacotes devem ser datados e encaminhados para a sala de armazenamento.

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Vapor d'água

• o vapor d'água sob pressão é a mais prática e segura aplicação do calor úmido. O aparelho destinado a este fim é a AUTOCLAVE, desenvolvida no século XIX.

1 - vazão; 2 - cano de saída; 3 - saída; 4 - câmara de exaustão; 5 - vapor para a câmara; 6 - válvula de segurança; 7 - manômetro; 8 - válvula operadora; 9 - porta; 10 - maçaneta; 11 - fecho de segurança; 12 - tela removível; 13 - termômetro; 14 - regulador de pressão; 15 - injetor de ar de condensação automática; 16 - revestimento de vapor; 17 - vapor; 18 - ar.

Procedimento do funcionamento da autoclave :

• a câmara de parede dupla da autoclave é primeiramente lavada com vapor fluente para remover todo o ar

• é então preenchida com vapor puro e mantida a uma determinada temperatura e pressão por um período específico de tempo. É essencial que todo o ar residual inicialmente presente na câmara seja completamente substituído por vapor d'água - se o ar estiver presente reduzirá a temperatura interna da autoclave , e é a temperatura e não a pressão no interior da câmara que mata os microrganismos

• uma autoclave é usualmente operada à uma pressão de 15 lb/pol2, na qual a temperatura de vapor é de 121 oC. Leva mais tempo para um calor penetrar em um material viscoso ou sólido do que em um material fluido. Quanto maior o volume mais tempo para o calor penetrar.

Recipiente Tempo de exposição (min, a 121 - 123

oC) Tubos de ensaios 18 x 150 mm

32 x 200 mm

38 x 200 mm

12 - 14

13 - 17

15 - 20 Frascos Erlenmeyer 50 ml

500 ml

1.000 ml

2.000 ml

12 - 14

17 - 22

20 - 25

30 - 35 Garrafas de diluição, 100 ml 13 - 17 Frascos de soro, 9.000 ml 50 - 55

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A- Fervura

• água levada ao ponto de ebulição : 100 oC • mata microrganismos vegetativos presente no líquido • os materiais ou objetos contaminados não são esterilizados com segurança pos alguns

endosporos bacterianos podem resistir a 100 oC por mais de 1 hora • água em ebulição não é considerado um método de esterilização

Desnaturação de proteínas: Mata bactérias e fungos e muitos vírus, em 15 minutos, não é eficaz para todos os endósporos – Processo de desinfecção de larga utilização caseira.

B- Temperaturas abaixo do seu ponto de ebulição (100 oC) – Pasteurização

• aquecimento lento a baixas temperaturas • mata as células vegetativas de patógenos, mais não esteriliza

-Pasteurização: processo de desinfecção (choque térmico) 62,8ºC por 30 minutos- resfriamento, 71,7 ºC –por 15 minutos – resfriamento. Desnaturação de Proteínas: Mata bactérias patogênicas eventualmente transmitidas pelo leite e reduz o número de todos os microrganismos presentes, Leite, creme de leite, cerveja, vinho -Tindalização:processo de esterilização Aquecimento a 100ºC – incubação- aquecimento- incubação- aquecimento 2- CALOR SECO A- Flambagem : Oxidação de todo material até formar cinzas: Método eficaz de esterilização. Alça e fio de platina. B- Incineração: Oxidação de todo material até formar cinzas. Papeis, carcaça de animais, restos de curativos, algodão e gazes utilizados em hospitais. Incineração: lixo hospitalar, alça de inoculação, etc. C- Fornos: Oxidação: Método eficaz de esterilização. Ficar atento ao binômio tempo x temperatura. Vidraria e outros materiais resistentes a altas temperaturas D-Estufa: para vidraria, pós e óleos: 150ºC- 170ºC por 2 horas; 180ºC-200ºC por 1 hora e meia. 3- FILTRAÇÃO Remoção mecânica: Separação de bactérias, fungos em meios ou soluções líquidas e gases. Útil na eliminação total de bactérias e fungos em produtos líquidos termolábeis e na filtração do ar em câmaras e salas. 4- RADIAÇÕES: A- Ionizantes: Destroem DNA, formam radicais superativos: Método eficaz de esterilização mas de custo elevado (raio gama). Usado para esterilização de produtos cirúrgicos. exemplos: raios X e raios gama. Além de microbicidas os raios de alta energia são capazes de penetrar em pacotes de produtos e esterilizar seus interiores são mais utilizados para esterilizar alimentos e equipamentos médicos B-Não ionizantes: Alteram DNA através da formação de dímeros. As radiações ultravioletas têm emprego restrito como esterilizante. Lâmpadas germicidas (U.V. lâmpadas especiais que emitem luz UV com comprimento de onda microbicida são utilizadas para matar microrganismos - apenas os microrganismos da superfície de um objeto são mortos 5-BAIXAS TEMPERATURAS: Geladeira : -0 ºC , Congelador -20ºC e Nitrogênio líquido -179ºC : Interrupção do metabolismo, Preservação do microrganismo. Redução do metabolismo: conservação de culturas. Leveduras e bolores: -4 a 7ºC Algumas bactérias e vírus: -20 a -70ºC

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Vírus- 196ºC (N líquido) 6-DESSECAÇÃO: retirada de água do meio ou do ar. Esporos sobrevivem indefinidamente. Liofilização: dessecação seguida de congelamento. Mantém culturas viáveis por até 20 anos. 7-PRESSÃO OSMÓTICA: meio com alta concentração de sais (concentração salinas acima 1% são prejudiciais a maioria das bactérias). 8- FILTRAÇÃO: a- Membrana Filtrante: esterilização de soluções b- Câmara de fluxo laminar

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Referências Bibliográficas:

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Fascículo III Serviços Farnaceuticos realização 2010/2011

Esta apostila foi elaborada por:

Farmacêutica Adriana Verônica da Cruz

Farmacêutica Marina Keiko Mochizuke