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  • BIOSSEGURANA ODONTOLGICA: PREVENIR PRECISO

    ________________________________________________________________________________ Antonia Alvino Arago Pantaleo Cirurgi Dentista Especialista em Sade do Trabalhador e Ecologia Humana pela FIOCRUZ.

    Email: [email protected]

    Telefone: (096) 8117-1555

    ________________________________________________________________________________

    RESUMO

    No exerccio da odontologia, os cirurgies dentistas esto sujeitos a sofrerem injrias e

    dentre elas esta o risco de adquirir e transmitir doenas infecto contagiosas devido ao constante

    contato com sangue, fluidos e outros tecidos possivelmente contaminados, atitudes que favorecem a

    infeco cruzada. Guandalini (1999) infere que biossegurana em odontologia definida como

    sendo um conjunto de medidas preventivas que envolvem a desinfeco do ambiente, a esterilizao

    do instrumental e o uso de equipamentos de proteo individual pelo profissional e equipe.

    Palavras chaves: Biossegurana, Risco Ocupacional, Odontologia, Infeco Cruzada.

    ABSTRACT

    In the exercise of the dentistry, the surgeons dentists are subject they suffer offenses and

    among them this the risk of to acquire and to transmit diseases infects contagious due to the

    constant contact with blood, fluids and other woven possibly polluted, attitudes that favor the

    crossed infection. Guandalini (1999) it infers that biossegurana in dentistry is defined as being a

    group of preventive measures that involve the disinfection of the atmosphere, the sterilization of the

    instrumental and the use of equipments of individual protection for the professional and team.

    Key Words: Biosefity, Occupational Risk, Dentistry, Crusade Infection.

    Introduo

    O controle de infeco e a biossegurana consistem em minimizar os acidentes laborais

    na reduo dos riscos ocupacionais e na preveno da infeco cruzada, constituindo-se em temas

    de grande relevncia para a prtica odontolgica, despertando nos ltimos anos maior interesse em

    virtude principalmente do avano da epidemia AIDS. Os profissionais de sade se encontram em

  • um conflito no que diz respeito preocupao em suprir as necessidades de seus pacientes e, por

    outro lado, a preocupao em no se contaminar pelos mesmos. Somado a este dilema existe ainda

    o risco de infeco pela hepatite B, a mais preocupante das doenas infecto-contagiosas entre os

    profissionais de sade. A infeco pelo HBV pode levar ao desenvolvimento de enfermidades

    gravssimas e muitas vezes at a morte.

    A biossegurana no Brasil somente se estruturou como rea especifica, nas dcadas de

    1970 e 1980, RAMACCIATO (2007), define biossegurana em odontologia como um conjunto de

    medidas empregadas com a finalidade de proteger a equipe e os pacientes em ambiente clinico,

    inferindo que tais medidas preventivas tm como objetivo a reduo dos riscos ocupacionais e

    controle da infeco cruzada.

    O estudo apresentado no pretende esgotar o assunto e sua relevncia, e sim elencar o

    histrico da biossegurana desde os primrdios da historia, mensurando procedimentos e

    importncia, bem como listar conceitos e fatores de risco na pratica do profissional da odontologia.

    A biossegurana no contexto histrico.

    A preocupao do homem em tornar os materiais isentos de microorganismos data de

    muito tempo. Ainda anterior a esta preocupao foi o fato do homem reconhecer a importncia de

    se proteger de fontes de infeco. Assim, por exemplo, o exrcito de Alexandre o Grande, fervia

    gua para beber. Muitas outras civilizaes antigas preservavam os gneros alimentcios com sal,

    pela secagem e por aquecimento (JORGE 2006).

    Segundo Steiner, Doudoroff e Adelberg (1969), em 1864 um jovem cirurgio ingls

    chamado Lister, impressionado com os trabalhos de Pasteur, desenvolveu mtodos para impedir o

    acesso de microrganismos aos ferimentos cirrgicos, com a finalidade de evitar infeco microbiana

    (sepsia) nos tecidos aps cirurgia. A lgica da construo do conceito de biossegurana teve seu

    inicio na dcada de 1970 na reunio de Asilomar na Califrnia, onde a comunidade cientifica

    iniciou a discusso sobre os impactos da engenharia gentica na sociedade. Esta reunio, segundo

    Goldim (1997), o marco na histria da tica aplicado a pesquisa.

    Na dcada de 70 o foco de ateno voltava-se para a sade do trabalhador frente aos riscos

    biolgicos no ambiente ocupacional de acordo com a Organizao Mundial de Sade (WHO 1993).

    Biossegurana no contexto histrico nacional.

    A biossegurana no Brasil somente se estruturou, como rea especfica, nas dcadas de

    1970 e 1980 (ALMEIDA 2000).

  • No Brasil, a legislao de biossegurana est formatada legalmente apenas para

    processos envolvendo organismos geneticamente modificados, atravs da Lei de Biossegurana, n

    8.974, de 5 de janeiro de 1995. Em 2005 a Lei de Biossegurana passou por algumas alteraes e

    com isso atualmente utilizada a Lei 11.105 de 24 de maro de 2005.

    Biossegurana

    Segundo Hoefel e Schneider (1997), biossegurana pode ser definida como o conjunto

    de normas e procedimentos elaborados com o objetivo de proteger a sade e evitar a aquisio de

    doenas e/ou agravos durante atividades profissionais de risco.

    Em Odontologia definida como sendo um conjunto de medidas empregadas

    com a finalidade de proteger a equipe e os pacientes em ambiente clnico. Tais medidas preventivas

    tm como objetivo a reduo dos riscos ocupacionais e controle da infeco cruzada

    (RAMACCIATO 2007).

    Importncia

    A importncia da Biossegurana tem uma ampla aplicabilidade em todas as reas de

    ensino, indo desde a Engenharia, Arquitetura, Biologia, Direito, Educao Fsica, Odontologia, at

    o Grupamento de Bombeiros, os quais focalizam a biossegurana conforme as suas necessidades

    especficas (VINHAS 2007).

    Os principais aspectos que devem ser analisados nas formulaes de um programa

    efetivo de controle de contaminao so: avaliao dos pacientes, proteo pessoal, esterilizao do

    instrumental, desinfeco de superfcies e equipamentos. Neste sentido, a biossegurana requer

    TREINAMENTO, CONHECIMENTO CIENTFICO, RESPONSABILIDADE e um

    CONSTANTE MONITORAMENTO DE ATITUDES por parte de cada profissional que exerce

    atividades clnicas (RAMACCIATO 2007).

    Riscos Ocupacionais

    A classificao dos riscos nos ambientes de trabalho e definida pela Portaria 3.214/78

    do Ministrio do Trabalho e Emprego, em suas Normas Regulamentadoras (NR) de Medicina e

    Segurana do Trabalho (BRASIL, 2002). Os riscos ocupacionais so classificados em:

    Riscos ergonmicos - So elementos fsicos e organizacionais que interferem

    no conforto da atividade laboral e, consequentemente, nas caractersticas

    psicofisiologicas do trabalhador.

  • Riscos mecnicos, de acidentes - Nesta classificao incluem-se os riscos de

    acidentes fsicos, qumicos, biolgicos, alem de outros, como eletricidade,

    mquinas, incndio, armazenamento etc.

    Riscos fsicos - Representados pelos rudos, vibraes, presses, radiaes etc.

    Riscos qumicos - Substncias, compostos ou produtos que possam penetrar no

    organismo pela via respiratria, contato com a pele ou ser absorvidos pelo

    organismo atravs da pele ou por ingesto, como poeiras, fumos, gases, vapores

    etc.

    Riscos biolgicos - Representados pelas bactrias, fungos, parasitas, vrus,

    entre outros. Sabe-se que as exposies ocupacionais a materiais biolgicos

    potencialmente contaminados constituem um serio risco aos profissionais da

    sade nos seus locais de trabalho.

    Precaues bsicas

    As medidas de precaues universais ou medidas padro, representam conjunto de

    medidas de controle de infeco, para serem adotadas universalmente, como forma eficaz de

    reduo do risco ocupacional e de transmisso de microrganismos nos servios de sade

    (MARTINS, 2001).

    Precaues bsicas:

    Utilizar Equipamentos de Proteo Individual EPIs ;

    Lavar as mos antes e aps o contato com o paciente e entre dois

    procedimentos realizados no mesmo paciente;

    Manipular cuidadosamente o material perfuro-cortante;

    No reencapar, entortar, quebrar, ou retirar as agulhas das seringas. Se o

    paciente precisar de complementao anestsica de uma nica seringa, a agulha

    pode ser reencapada pela tcnica de para dentro da tampa deixada sobre uma

    superfcie (bandeja do instrumental ou mesa auxiliar);

    Transferir os materiais e artigos, durante o trabalho a quatro mos, com toda

    ateno e, sempre que possvel, utilizando-se uma bandeja;

    Manter as caixas de descarte dispostas em locais visveis e de fcil acesso e no

    preench-las acima do limite de 2/3 de sua capacidade total.

    Efetuar o transporte de resduos com cautela para evitar acidentes.

    No afixar papis em murais utilizando agulhas.

  • Descontaminar as superfcies com preconizados pelo controle de infeco, caso

    haja presena de sangue ou secrees potencialmente infectantes.

    Submeter os artigos utilizados limpeza, desinfeco e/ou esterilizao, antes

    de serem utilizados em outros pacientes.

    No tocar os olhos, nariz, boca, mscara ou cabelo durante a realizao dos

    procedimentos ou manipulao de materiais orgnicos, assim como no se

    alimentar, beber ou fumar no consultrio.

    Manter os cuidados especficos na coleta e manipulao das amostras de

    sangue.

    Durante os procedimentos (com luvas), no atender telefones, abrir portas

    usando a maaneta nem tocar com as mos em locais passiveis de

    contaminao.

    Equipamento de Proteo Individual

    O uso do equipamento de proteo individual indicado para a higiene e a proteo da

    equipe de sade, dos pacientes durante os atendimentos e daqueles que com eles se relacionam em

    seguida, dentro e fora do estabelecimento de sade, sendo que esses equipamentos devem ser

    usados por todos os membros da equipe de sade somente nos ambientes de atendimentos

    (CAMPOS, 1988).

    Os equipamentos de proteo individual:

    a) Luvas, sendo que a troca obrigatria a cada paciente, e devem ser especficas a

    cada procedimento: luvas cirrgicas (estreis), luvas para procedimentos (no estreis)

    e luvas grossas de borracha (para limpeza);

    b) Mscara descartvel com filtro (no mnimo duplo);

    c) culos de proteo;

    d) Avental limpo;

    e) Gorro, em procedimentos cirrgicos.

    f) A paramentao deve ser de uso exclusivo do consultrio.

    g) O profissional da equipe de sade bucal, responsvel pela lavagem e

    descontaminao de artigos crticos e semi-crticos, deve realizar esses procedimentos

    com luvas de borracha resistente.

    Higienizao das mos.

  • Segundo Santos et al (2006), a higienizao das mos considerada a ao mais

    importante para a preveno e o controle das infeces em servios de sade. O simples ato de lavar

    as mos com gua e sabo lquido, pode reduzir a populao microbiana das mos e interromper a

    cadeia de transmisso de infeco entre pacientes e profissionais. A higienizao das mos com

    gua e sabo deve ser escolhida sempre que houver umidade ou sujidade visvel. O lcool s deve

    ser aplicado quando as mos j estiverem livres de sujidade visvel.

    Lavagem das mos de acordo com Servios Odontolgicos da ANVISA (2006):

    Manter corpo afastado da pia;

    Abrir torneira e molhar as mos sem tocar na superfcie da pia.

    Aplicar quantidade de produto suficiente para cobrir toda a superfcie das mos.

    Ensaboar as mos, friccionando uma na outra.

    Friccionar os espaos interdigitais, unhas e pontas dos dedos.

    Enxaguar as mos em gua corrente, retirando todo o resduo do sabonete sem encostar na

    pia.

    Enxugar as mos em papel toalha descartvel.

    Quando for utilizar anti-sptico que dispensa enxge, ou seja, base de lcool, basta

    friccionar o produto ate que seque totalmente.

    Imunizao dos Profissionais de Saude

    De acordo com Paz et al (2006), os profissionais da rea da sade, por estarem mais

    expostos, possuem um risco elevado de aquisio de doenas infecciosas, devendo estar

    devidamente imunizados. O profissional deve estar atento s caractersticas da regio e da

    populao a ser atendida, pois diferentes vacinas podem ser indicadas. As vacinas mais importantes

    para os profissionais da Odontologia so contra Hepatite B, influenza, trplice viral e dupla tipo

    adulto.

    Descarte de resduos

    Os resduos gerados nos servios odontolgicos causam riscos sade pblica e

    ocupacional equivalente aos resduos dos demais estabelecimentos de sade. Seus responsveis

    tcnicos devem implantar um plano de gerenciamento de acordo com o estabelecido na RDC

    ANVISA n 306 de 07 de dezembro de 2004, ou a que vier substitu-la.

    Os resduos so classificados em 5 tipos, de acordo com o risco (Resoluo RDC

    306/2004):

  • Tipo A - Biolgico

    Tipo B - Qumico

    Tipo C - Radioativo

    Tipo D - Comum

    Tipo E Perfuro cortante

    Limpeza do Ambiente Odontolgico

    Nas superfcies e componentes dos equipamentos odontolgicos deve ser realizada a

    limpeza com gua e sabo neutro, e posterior desinfeco com lcool a 70%. Para diminuir ainda

    mais o risco de contaminao, a utilizao de barreiras fsicas de tecido ou plsticas recomendada.

    A limpeza geral consiste na remoo da sujidade de paredes, teto, piso, portas e janelas que no

    oferecem risco de contaminao quando encontram-se limpos. O piso deve ser limpo diariamente e

    as demais superfcies semanalmente ou quando necessrio (FERREIRA et al 2006).

    Limpeza dos artigos odontolgicos

    De acordo com Verotti (2006) os artigos utilizados na cavidade bucal exigem o mximo

    rigor no processamento, recomendando-se a esterilizao por autoclave pelo fato de que o uso de

    desinfetantes no assegura a eliminao de todos os microorganismos. Na odontologia, os

    processos de esterilizao indicados so:

    Fsicos: utilizao de vapor saturado sob presso, autoclave.

    Quimicos: utilizando-se solues de glutaraldeido a 2% e de acido peractico a 0,2%.

    De acordo com Verotti (2006) o instrumental esterilizado deve ser armazenado em

    local separado, em armrios fechados, protegidos de poeira, umidade e insetos. Este local deve ser

    limpo e organizado periodicamente

    Concluso

    A prtica no cotidiano profissional infelizmente no se observa a adoo de

    medidas que reduza a infeco cruzada no ambiente de trabalho, considerando que

    comumente no se encontram nas Unidades Bsicas de Sade, o mnimo de material de

    higienizao, bem como o simples sabo para lavar as mos e papel para sec-las.

    Tais condies de trabalho induzem o profissional a enfrentar o dia-a-dia apenas

    como um profissional que reduz o tamanho das filas minimiza as dores dos seus pacientes,

    mesmo sabendo que suas vidas, de sua equipe e de seus pacientes encontram-se em perigo.

  • Tendo que obedecer a ordens de pessoas descompromissadas com o social e a qualidade de

    trabalho e atendimento.

    O profissional capacitado no valorizado pelas esferas administrativas, este

    deveria ocupar lugar em seu ambiente de trabalho de acordo com sua especializao, poder

    opinar, dessa forma contribuiria para a qualidade no atendimento, envolveria sua equipe em

    suas atividades dinamizando o trabalho como um todo.

    Referncias Bibliogrficas

    1 ALMEIDA, A. B. S., Biossegurana: um enfoque histrico atravs da historia oral. Disponvel em

    www.scielo.com.br. 2000.

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    3 BRASIL. NR da Medicina e segurana do trabalho. Braslia 2002.

    4 CAMPOS, H.; Procedimentos utilizados no controle de infec o em consultrios odontolgicos de Belo

    Horizonte. Arq. Cent. Estud. Curso Odontol. Belo Horizonte. V 25/26. 1988.

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    hospitalar: preveno e controle. So Paulo. 1997.

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    10 Lei 8974 de 5 de janeiro de 1995.

    11 Lei 11.105 de 24 de maro de 2005.

    12 MARTINS, M. A.; Manual de infeco hospitalar: epidemiologia, preveno, controle. Ed medsi. Rio

    Janeiro. 2001.

    13 PAZ, C. R. P.; FERREIRA, I. R. C.; VEROTTI, M. P.; AMARAL, M. J. M.; FRANCISCHINI, V.;

    Precaues padro e riscos ocupacionais. Ed ANVISA. Braslia 2006.

    14 RAMACCIATO, J. C.; SILVA, A. S. F.; FLORIO, F. M.; CURY, P. R.; MOTTA, R. H.; TEIXEIRA,

    G.; Protocolo de biossegurana. Disponvel em www.frf.usp.br. Visto em 27 de janeiro de 2007.

    15 Resoluo RDC 306/2004 ANVISA

    16 SANTOS, A. A. M.; VEROTTI, M.; TEIXEIRA, S.; Higienizao das mos. Ed ANVISA. Braslia.

    2006.

    17 STEINER, R. Y.; DOUDOROFF, M.; ADELBERG, E. A.; Mundo dos microbios. So Paulo. 1969.

  • 18 VEROTTI, M. P.; MARTINS, S. T.; FERREIRA, E. L.; FERREIRA, I. R. C.; SANMARTIN, J. A.;

    Fluxo e processamento de artigos. Ed ANVISA. Braslia. 2006.

    19 VINHAS, A. C.; Importncia da biossegurana na odontologia. CRO-BA

    20 WHO,; Laboratory biosefity manual. Geneve. 1993.