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Biodiversidade 1º. Simpósio da Rede Geoma Petrópolis, 29-31 de Outubro de 2007

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Biodiversidade

1º. Simpósio da Rede GeomaPetrópolis, 29-31 de Outubro de 2007

Linhas de Pesquisa

• Planejamento Sistemático para Conservação

• Modelos de distribuição de espécies• Dinâmica populacional de espécies de

interesse econômico• Ação Transversal: estudo de caso da BR-

319

Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade

na Amazônia Brasileira

Histórico

• O primeiro mapa foi feito pelo Governo Brasileiro em 1999

• Foi feito simultaneamente para todos os biomas (por diferentes consórcios)

• Foram inteiramente baseados no conhecimento de especialistas

Método: soma de mapas temáticos

Importância

• Foram reconhecidos por Decreto Presidencial assinado em 2004

– Em geral há maior rigor nos licenciamentos

– Atualizações devem ser feitas em períodos não superiores a 10 anos

Atualização

• Novembro 2005

– Workshop para atualizar metodologia

• Dezembro 2005

– A metodologia foi aprovada pela CONABIO

• 2006

– Atualização para todos os biomas (Amazonia, Pantanal, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e zona Costeira e Marinha)

– Para a Amazônia o processo começou em Agosto

Atualização na AmazôniaPasso 1. Definir a região e estimar custos

Passo 2. Identificar e envolver atores

Passo 3. Identificar o contexto das áreas candidatas

Passo 4. Identificar os objetivos da conservação

Passo 5. Reunir e avaliar os dados

Passo 6. Definir metas

Passo 7. Avaliar metas já atingidas em relação às propostas

Passo 8. Selecionar novas áreas para conservação

Passo 9. Implementar as ações de conservação

Passo 10. Manter e monitorar as áreas estabelecidas

Atualização no BrasilPasso 1. Definir a região e estimar custos

Passo 2. Identificar e envolver atores

Passo 3. Identificar o contexto das áreas candidatas

Passo 4. Identificar os objetivos da conservação

Passo 5. Reunir e avaliar os dados

Passo 6. Definir metas

Passo 7. Avaliar metas já atingidas em relação às propostas

Passo 8. Selecionar novas áreas para conservação

Passo 9. Implementar as ações de conservação

Passo 10. Manter e monitorar as áreas estabelecidas

Definir a região e estimar custos

• Limites: Mapa de biomas do IBGE de 2004

• Coordenação do MMA

• Conservação e Uso Sustentável

• Forte participação social

• Alvos e metas definidos independentemente para cada bioma

Atualização na AmazôniaPasso 1. Definir a região e estimar custos

Passo 2. Identificar e envolver atores

Passo 3. Identificar o contexto das áreas candidatas

Passo 4. Identificar os objetivos da conservação

Passo 5. Reunir e avaliar os dados

Passo 6. Definir metas

Passo 7. Avaliar metas já atingidas em relação às propostas

Passo 8. Selecionar novas áreas para conservação

Passo 9. Implementar as ações de conservação

Passo 10. Manter e monitorar as áreas estabelecidas

Envolvendo Atores e Reunindo Informação

• Listas de participantes e logistica foram feitas pelo ARPA

• (Programa Áreas Protegidas da Amazônia)

– Apoia 57 Áreas Protegidas na Amazônia, financiando infra-estrutura e programas de monitoramento

– Ajuda também a identificar, criar e implementar novas áreas

Envolvendo Atores e Reunindo Informação

• Pessoas de Instituições Acadêmicas, Governos, ONGs e outras organizações civis

• Foram convidadas a participar do processo e instruídas a trazer informações relevantes

• Deveriam escolher em qual ou quais etapas do processo gostariam de estar envolvidas

BASE FONTE/PROP FUNÇÂO NO PROCESSO

Biomas Brasileiros IBGE Define a área de trabalho

Terras Indígenas FUNAI UPUnidades de Conservação MMAEspécies Primatas e Lagartos CI Distribuição de espécies

Ecorregiões (PROBIO) MMA

Definição de unidade ambiental

Ecorregioes_WWF2006 WWFSistemas Ecologicos TNC/NATURESERV

EGeomorfologia, geologia, vegetação e solos (1:250.000) SIPAMVegetação, geomorfologia, geologia, solos (1: 2.500.000) IBGE/CSR-IBAMA

Base de vegetação consolidada em 34 classes (1: 2.500.000) Bruce Nelson INPA

Chuva anual 1x1 km WORLDCLIMDuração e intensidade da estação seca na Amazônia Legal (Walsh) Bruce Nelson INPA

Relevo 1x1 km SRTM/WORLDCLIMTemperatura mínima anual 1x1 km WORLDCLIM

Hidrografia (1:250.000) SIPAM Sistemas aquáticosHidrografia (1:1.000.000) ANABacias e Sub bacias ANAHydrosheds_2006 WWFCenários Ameaças B. Soares UFMG

Análise de ameaçaDensidade Demográfica (Localidades IBGE) TNCDensidade demográfica (Imagem de luzes noturnas) NOAAEstradas IBGEHidrelétricas atuais e planejadas ANEELRemanescentes florestais MMA-PROBIO Análise de integridade

Áreas Prioritárias – Consulta Macapá MMADemandas a serem avaliadas nos Seminários Regionais

Demanda de extrativistas para a criação de áreas de uso sustentável ISA

Proposta de criação de Ucs em várzea ao longo do Amazonas/Solimões

PROVARZEA

Biota Pará MUSEU GOELDI-CI Espécies endêmicas do Pará, a serem analisadas no Seminário Regional

Atualização na AmazôniaPasso 1. Definir a região e estimar custos

Passo 2. Identificar e envolver atores

Passo 3. Identificar o contexto das áreas candidatas

Passo 4. Identificar os objetivos da conservação

Passo 5. Reunir e avaliar os dados

Passo 6. Definir metas

Passo 7. Avaliar metas já atingidas em relação às propostas

Passo 8. Selecionar novas áreas para conservação

Passo 9. Implementar as ações de conservação

Passo 10. Manter e monitorar as áreas estabelecidas

Atualização na Amazônia

• A primeira reunião teve como objetivos definir alvos e metas

– 111 pessoas- cerca 50% eram especialistas, 25% funcionários de Governo e 25% representantes de organizações civis (CNS, COIAB, etc)

– O objetivo era produzir um mapa de insubstituibilidade ainda durantea reunião (segunda a sexta).

Produzindo o Mapa1. Definição dos alvos (Trabalho de grupo)

• Definir quais alvos/processos/serviços deveriam estar representados

• Selecionar a melhor informação para representá-los

• Definir a melhor forma de combinar informações quando necessário

• Aprovação em plenário

2. Definição de metas (Trabalho de grupo- temáticos)

• Discutir critérios para quantificação

• Definir metas

3. Apresentação do mapa e discussão final

Reuniões Técnicas menores

• No INPA, Museu Goeldi e SBPC

• Para melhorar a definição de metas

• “Permitido” alterar metas, mas não alvos

Alvos e Metas

• Ambientes Terrestres

• Ambientes Aquáticos

• Espécies (primatas)

• Uso sustentável

• Processos: centros de endemismo

• Serviços: mudança climática

Vegetação x Interflúvios x Idade Geológica =

511 ambientes40%> 5.000.000 ha

60%500-5.000.000 ha

70%50-500.000 ha

100%Até 50.000 ha

MetaExtensão

Alvos e Metas

• Ambientes Terrestres

• Ambientes Aquáticos

• Espécies (primatas)

• Uso sustentável

• Processos: centros de endemismo

• Serviços: mudança climática

299 bacias nível 3

Metas

30% cabeceiras e cachoeiras

20% outros

Rios- buffers de 10 km em torno dos rios principais x bacias nível 3

Meta = 60%

Alvos e Metas

• Ambientes Terrestres

• Ambientes Aquáticos

• Espécies (primatas)

• Uso sustentável

• Processos: centros de endemismo

• Serviços: mudança climática

M. emiliae

M. argentatus

M. cf emiliae

M. humeralifer

M. intermedius M. melanurus

M. acariensisM.nigriceps

M.saterei

M. mauesi

M. chrysoleucus

M. manicorensi M. leucippe

M. marcai

Primatas (95 spp)Representado apenas gênero Mico

Metas

100%

3 milhões ha

20%

Sousa Jr & CI

Alvos e Metas

• Ambientes Terrestres

• Ambientes Aquáticos

• Espécies (primatas)

• Uso sustentável

• Processos: centros de endemismo

• Serviços: mudança climática

Piassava (Leopoldinia piassava)

Jarina (Phytelephas macrocarpa)

Mahogany (Swietenia macrophylla)

3 espécies(fibra, semente, madeira)

Meta

20%

Áreas alagáveis(principalmente para pesca)

Meta

20%

Florestas densas em áreas planas (para madeira)

Meta

20%

Alvos e Metas

• Ambientes Terrestres

• Ambientes Aquáticos

• Espécies (primatas)

• Uso sustentável

• Processos: centros de endemismo

• Serviços: mudança climática

Araguaia

Tapajós

Imerí

Manaus-Guiana

Belém

Inambari

Ucayali

Roraima

Madeira

Loreto

Oyapock

Guaporé

Tefé

Rondônia

Centro de Endemismo Borboletas Papilionini

Tyler, H. A., Brown Junior, K. S. and Wilson, K. H. (1994).

Metas

Manaus-Guiana 10%

Others 15%

Inambari

Guiana

Tapajós

Rondonia

Belém

Napo

Imeri

Duidae Subcenter

Gran-Sabana Subcenter

Centros de Endemismo

Aves

Metas

Guiana, Inambari, Rondonia & Tapajós 10%

Outros 15%

Cracraft 1985

Alvos e Metas

• Ambientes Terrestres

• Ambientes Aquáticos

• Espécies (primatas)

• Uso sustentável

• Processos: centros de endemismo

• Serviços: mudança climática

Cobertura Florestal em área crítica

Meta

20%

Obregon 2001

1 mm < P < 5 mm

SACZ

Sea BreezesInstability lines

Annual Precipitation

Salazar et. al 2007

Mapa de Insubstituibilidade

Melhor solução

Atualização na AmazôniaPasso 1. Definir a região e estimar custos

Passo 2. Identificar e envolver atores

Passo 3. Identificar o contexto das áreas candidatas

Passo 4. Identificar os objetivos da conservação

Passo 5. Reunir e avaliar os dados

Passo 6. Definir metas

Passo 7. Avaliar metas já atingidas em relação às propostas

Passo 8. Selecionar novas áreas para conservação

Passo 9. Implementar as ações de conservação

Passo 10. Manter e monitorar as áreas estabelecidas

Contexto e Seleção de novas áreas

• Feitos inteiramente pelos participantes (sem o apoio do software)

– 2 Reuniões Regionais (~120 participantes cada)

• Governo (~50%), organizações sociais e ambientais (~35%), academicos (~15%)

– 1 Reunião Indígena (~70 participantes)

• Representantes indígenas (~40%), organizações indígenas (~15%), academicos (~20%), e Governo (~20%)

Contexto e Seleção de Áreas

• Participantes foram orientados a usar o mapa de insubstituibilidade e a solução proposta como guia para as decisões e para definir a IMPORTÂNCIA das áreas selecionadas.

• Um mapa com um modelo de desflorestamento (Soares et al 2006) foi indicado como orientação para a análise do nível de ameaças e para ajudar a definir a URGÊNCIA para a implementação das ações definidas

• Os limites das áreas selecionadas foram definidos com a ajuda de outras bases de dados, como bacias, cidades, vilas, e áreas protegidas já existentes

• As ações foram definidas com base nas características de cada área, oportunidades, e ameaças. Todas essas informações foram armazenadas em um banco de dados (disponível na página do portalbio).

Areas Protegidas Existentes

Areas protegidas existentes + propostas

Insubstituibilidade para as áreas protegidas e propostas

Eficiência das Áreas Priorizadas

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Atuais menosAPA

Atuais maispropostas

Minset PolígonosOficina

Minset Sistema

Áre

a do

Bio

ma

(%)

100%

70-99.9%

30-69.9%

1-29.9%

<1%

� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �

Comparação de solução com função de custo

(modelo Britaldo Soares)

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Comparação de solução com função de custo

(modelo Britaldo Soares)

Sobre a Atualização para a Amazônia

Pontos fortes

• Melhoramento dos alvos

• Participação de vários setores da sociedade

• Forte envolvimento de agências governamentais: melhoram as chances de implementação

• Divulgação da metodologia de planejamento sistemático

• Entendimento do planejamento como um processo dinâmico- o tempo para a revisão foi encurtado para 5 anos

Pontos fracos

• Pela pressa, importantes alvos foram perdidos e alguns foram mal definidos

• O processo decisório permitiu a inclusão de alvos equivocados (e.g. Clima).

• Participação fraca de pesquisadores na etapa de seleção

• Decisões mais baseadas em forças políticas

• Baixa eficiência das áreas selecionadas: implementação cara com pouco acréscimo em representatividade

• Custos foram incluídos subjetivamente.

• É possivel melhorar o planejamento antes que a maior parte dos recursos para implementação sejam gastos?

Próximos passos

• Testar acurácia de bases de dados (como vegetação)

• Incorporar novas bases (como modelos de distribuição de espécies)

• Melhorar modelo de ameaças (fronteiras do País)

• Aplicar novos algoritmos que estão sendo disponibilizados