bíblia de estudo john macarthur-completa

1878

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  1. 1. BIBLIA DE ESTUDO MacArthur Sociedade Bblica do Brasil Barueri, SP.
  2. 2. Misso da Sociedade Bblica do Brasil: Promover a difuso da Bblia e sua mensagem como instrumento de transformao espiritual, de fortalecimento dos valores ticos e morais e de incentivo ao desenvolvimento humano, nos aspectos espiritual, educacional, cultural e social, em mbito nacional. B477b Bblia de Estudo MacArthur. Barueri, SP. Sociedade Bblica do Brasil, 2010. 2048 p. 17,2x23,5 cm. Texto biblico: Almeida Revista e Atualizada, 1988, 1993 Sociedade Bblica do Brasil. Inclui quadros, mapas, introdues, notas de estudo, concordncia bblica, e outros auxlios. 978-85-311-1250-8 1. Bblia Sagrada. 2 Bblia de Estudo 3. Igrejas Crists. 4. John MacArthur. 5. Almeida Revista e Atualizada I. Sociedade Bblica do Brasil CDD 262.1 O Logomarca da RA: H vrios sculos o crculo tem sido usado no Cristianismo como emblema da eternidade, pois, por no ter princpio ou fim, mostra perfeio e continuidade, sendo assim a representao ideal da vida eterna. Baseada nisso, a SBB adotou um crculo estilizado para identificar a edio Revista e Atualizada da traduo de Joo Ferreira de Almeida. B b l ia d e Es t u d o M a c A r t h u r 2010 Sociedade Bblica do Brasil Todos os direitos reservados Av. Ceei, 706 - Tambor Barueri, SP - CEP 06460-120 Cx. Postal 330 - CEP 06453-970 www.sbb.org.br - 0800-727-8888 Traduo e adaptao de T h e M a c A r t h u r St u d y Bib l e 1997Thomas Nelson, Inc. Publicado porThomas Nelson Publishers Texto Bblico Traduo de Joo Ferreira de Almeida Revista e Atualizada, 2^. edio 1993 Sociedade Bblica do Brasil Integralmente adaptado reforma ortogrfica. Traduo dos artigos Arno Bessel Clarice Tammerik Incio da Silva Daniele Martins Damiani Emirson Justino da Silva Lizani Bessel Rui Gilberto Staats Ruth Helena Villas Boas Gabbi Couto Estcio Susana Elisa de Campos Klassen Valria Lamim Delgado Fernandes Thas Seidel de Souza Reviso e preparao de texto Claudete gua de Melo e Sociedade Bblica do Brasil Projeto grfico, diagramao, impresso e acabamento Sociedade Bblica do Brasil As notas e os artigos da Bblia de Estudo MacArthur so de responsabilidade de seu autor, no refletindo necessariamente a posio da Sociedade Bblica do Brasil. Impresso na Grfica da Bblia Brasil RA08BEMA - 30.000 - SBB - 2010 (NPI 9180)
  3. 3. Co n t e d o - - ' ...........-* Quadros e mapas................................................................................................................vii Introduo Bblia..............................................................................................................ix Observaes pessoais.......................................................................................................xiii Como surgiu a Bblia.........................................................................................................xv Como estudar a Bblia......................................................................................... ............xxi An t ig o Testam ento Introduo ao Pentateuco................ ................................................................ ..............3 Uma harmonia entre os livros de Samuel, Reis e Crnicas....................................... 7 Introduo aos Profetas............................................................................... ...................11 LIVRO ABREV. CAPS. PG. LIVRO ABREV. CAPS. PG. Gnesis..................Gn...................50......... ..........15 Eclesiastes........... ..........Ec........... ........12......... ........834 xodo.................... .........Ex..............40..... ..... 88 Cntico......... ......Ct...... .....8..... ........846 Levtico...............Lv...............27........ .... 145 Isaas........... ...... Is.......... ........66..................856 Nmeros.............. ........Nm.........,........36......... ........182 Jeremias............... ...... Jr...... .... 52..... .... 936 Deuteronmio........D t.......... 34..... .... 229 Lamentaes Josu............ ........Js...... .... 24..... .... 280 de Jeremias..... .....Lm...... ........999 Juizes..................... ..........Jz...................21......... ........308 Ezequiel............... ......Ez...... .... 48..... ...1009 Rute............. .....Rt............4 ..... .... 337 Daniel........... .....Dn...... .... 12..... .....1075 ISamuel......... .... 31..... ........345 Oseias.................. ..........Os..................14......... .....1098 2Samuel......... ....2Sm..... .... 24..... .... 392 ...... JI......... .....3 ..... ...1109 IReis............ .... lR s..... .... 22..... .... 430 Ams........... .....Am..... .....9..... .....1116 2Reis............ .... 2Rs..... ........25..... ........475 Obadias........ .........Ob...... .....1...........1125 iCrnicas....... .... lC r..... .... 29..... .... 519 Jonas............ ..... Jn...... .....4 ..... ...1128 2Crnicas....... .... 2Cr..... .... 36..... .... 550 Miqueias........ .....Mq..... .....7 ..... ...1133 Esdras.................Ed.......... 10..... .... 589 Naum.................Na..... .....3..... ...1141 Neemias......... .....Ne.......... 13..... .... 604 Habacuque........... Hc..... .....3 ..... ...1145 Ester............ .....Et........... 10..... .... 625 Sofonias........ ...... Sf...... .....3..... ...1151 l................ .....J........... 42..... Aseu............ ..........Ag..... .........2 ..... .....1156 Salmos.......... ..... SI...... ....150.... .... 678 Zacarias........ ..........Z c.......... .... 14..... ...1161 Provrbios....... .....Pv.......... 31..... .... 794 Malaquias.............M l..... .....4 ..... .....1179
  4. 4. CONTEDO vi Novo T e s ta m e n to Perodo intertestamentrio..........................................................................................1187 Introduo aos Evangelhos..........................................................................................1193 Uma harmonia dos Evangelhos...................................................................................1196 LIVRO ABREV. CAPS. PAG. Mateus.................... .......M t......... ........28..............1205 Marcos.................... ......Mc.......... ........16......... .....1265 Lucas....................... .......Lc........... ........24..............1315 Joo.......................... .......Jo........... ........21..............1376 Atos dos Apostlos............ .......At........... ........28......... .....1433 Romanos................ ........16......... .....1488 ICorntios.............. ......lC o.................16......... .....1525 2Corntios.............. ......2Co.................13......... .....1558 Glatas.................... .......G1........... .........6.......... .....1583 Efsios..................... .......Ef........... .........6...............1598 Filipenses................ .......FP........... .........4 ...............1613 Colossenses........... ....Cl...... .........4 ................1625 ITessalonicenses..........lTs.......... .........5.......... .....1636 LIVRO ABREV CAPS. PAG. 2Tessalonicenses........2Ts....................3................1646 ITimteo......................lTm...................6................1651 2Timteo......................2Tm.............. 4 ..... ......1667 Tito................... Tt...... ..... 3..... ...1677 Filemom.....................Fm........... 1..... ...1683 Hebreus......................Hb...........13...............1686 ......... T g ........... ..........5................1715 .......lP e ...................5.............1726 ....2Pe.......... 3..... ...1740 ljoo....................IJo........... 5..... ... 1751 2Joo.................2Jo..... ..... 1..... ... 1765 .......3Jo......... ..... 1..... ......1768 Judas................................Jd............1..... ... 1771 Apocalipse....... ........Ap..........22........1777 Au x l io s O carter da verdadeira f salvadora......................................................................... 1815 Uma viso geral da teologia................................................................... ....................1817 ndice das principais doutrinas bblicas....................................................................1823 Tabela de pesos, dinheiro e medidas..........................................................................1859 Concordncia bblica........................................................................ .......... ............... 1863
  5. 5. Qu a d r o s e mapas Cronologia do dilvio......................................................27 Principais montes da Bblia..........................................28 Naes de Gnesis 10......................................................31 Viagem de Abrao............................................................32 Falsos deuses no Antigo Testamento...........................60 Viagens de Jac................................................................ 62 Viagem de Jos ao Egito..................................................67 De Ado s doze tribos de Israel...................................83 Jos Um tipo de Cristo..............................................87 Fuga e retorno de Moiss.............................................. 91 Dez pragas do Egito.........................................................99 Cronologia do xodo.................................................... 106 xodo............................................................................... 107 Dez mandamentos.........................................................118 Planta do Tabernculo .................................................. 127 Cristo nas ofertas ievticas...........................................149 Sacrifcios do Antigo Testamento comparados com o sacrifcio de Cristo.................150 Festas judaicas................................................................ 175 Cristo cumpre as festas israelitas................................176 Acampamento das tribos de Israel.............................186 Do deserto ao Jordo....................................................224 Pena de morte................................................................ 249 Calendrio de Israel...................................................... 253 Preparao de Josu para o ministrio...,.................. 282 Povos ao redor da Terra Prometida........................... 284 Conquista de Cana Campanhas no centro e no sul............................... 291 Conquista de Cana Campanhas no norte................................................293 Diviso das tribos.......................................................... 295 Cidades de refgio........................................................ 302 Juizes de Israel................................................................ 311 Geografia dos juizes...................................................... 326 De Moabe para Belm.................................................. 337 Rute: a esposa de Provrbios 31................................. 343 l^ocais do ministrio de Samuel................................. 350 -ocais da viagem da arca............................................. 352 1 ^cais das ameaas filisteias........................................353 _ ; :ais das campanhas militares de Saul................... 364 - :ites de Davi tornar-se rei......................................... 371 T.dade de Davi............................................................... 399 rino de Davi................................................................. 405 eis de Israel e de Jud..................................................431 -rrusalm de Salomo..................................................440 -iplo de Salomo.......................................................443 >dividido................................................................ 456 r.f :o reino dividido...................................................457 7~'surreies de mortos..............................................464 Ministrios de Elias e de Eliseu.................................. 466 Imprio Assrio..............................................................499 Jerusalm no tempo de Ezequias............................... 506 Imprio Babilnico.......................................................510 Campanhas de Nabucodonosor contra Jud.................................................................. 516 Breve harmonia entre Samuel, Reis e Crnicas........521 Fontes de Crnicas........................................................ 529 Aliana davdica em Crnicas.................................... 537 Tarefas no templo.......................................... ...............542 Extenso da fama de Salomo.....................................551 Retorno dos exilados para Jerusalm.........................591 Rota dos retornos dos judeus.....................................592 Imprio Persa.................................................................599 Cronologia de Neemias............................................... 606 Jerusalm na poca de Neemias................................. 609 Sete tentativas para interromper o trabalho de Neemias............................................. 611 Cronologia histrica de Ester.....................................629 Esboo biogrfico de J................................................640 Roteiro de l................................................................... 641 Morte em vida de J......................................................645 Tipos de salmos.............................................................680 Contexto histrico dos salmos de Davi....................682 Profecias messinicas nos Salmos............................. 689 Imagens de Deus nos Salmos......................................696 Uno do Esprito Santo no Antigo Testamento.....720 Cristo nos Salmos (Lc 24.44)......................................768 Smbolos da Bblia.........................................................802 Eclesiastes e as vaidades...........................................836 Reflexes de Salomo sobre Gnesis......................... 838 Terminologia em Cntico dos Cnticos................... 847 Terminologia em Cntico dos Cnticos................... 848 Terminologia em Cntico dos Cnticos................... 849 Geografia de Cntico dos Cnticos........................... 850 Terminologia em Cntico dos Cnticos....................851 Terminologia em Cntico dos Cnticos................... 853 Terminologia em Cntico dos Cnticos................... 854 Cumprimento de Isaas na primeira vinda de Cristo.................................... 865 Juzo de Deus sobre as naes....................................873 Descrio de Isaas do futuro reinado de Israel.....933 Ilustraes do juzo de Deus.......................................938 Principais provaes de Jeremias............................... 939 Lies prticas...............................................................953 Comparao entre 2Reis, Jeremias e Lamentaes.........................................1000 Outros lamentos..........................................................1006 Alm de Lamentaes................................................ 1007
  6. 6. QUADROS E MAPAS viii Datas em Ezequiel.....................................................1012 Experincias de Ezequiel com sinais.....................1014 reas cobertas pelas profecias de Ezequiel..........1040 Templo de Ezequiel...................................................1061 Sacrifcios no milnio..............................................1063 Regio sagrada...........................................................1069 Festas no milnio.......................................................1071 Restaurao da terra prometida.............................1072 Viso geral dos reinos de Daniel............................1078 Imprio Grego de Alexandre..................................1088 Benignidade de Deus para com Israel...................1100 Dia do Senhor............................................................1111 Cinco vises de Ams..............................................1122 Restaurao final de Israel.......................................1124 Juzo de Deus sobre Edom.......................................1127 Dez milagres em Jonas.............................................1129 Perdo de Deus para o pecado...............................1139 Castigo de Deus para a Assria/Nnive.................1142 Outros salmos............................................................1146 Cumprimentos do Dia do Senhor......................1152 Promessas de Deus quanto restaurao............................................1155 Zorobabel....................................................................1158 Templos da Bblia......................................................1159 Outros nomes para Jerusalm................................1170 Nomes de Deus no Antigo Testamento................1181 Controle romano da Palestina................................1186 rvore genealgica de Herodes.............................1210 Parbolas de Jesus.....................................................1231 Sofrimento, crucificao e ressurreio de Cristo.... 1257 Milagres de Jesus.......................................................1269 Planta do templo de Herodes..................................1273 Mulheres do Novo Testamento..............................1319 Oito sinais...................................................................1384 Afirmaes "EU SOU.............................................1396 Expanso sob os macabeus.....................................1190 Ministrios do Esprito Santo.................................1436 Principais sermes em Atos....................................1442 Roma do primeiro sculo .......................................1489 Aparecimentos do Cristo ressuscitado.................1552 Cidade de feso.........................................................1599 Glrias de Cristo.......................................................1626 Ttulos de Cristo........................................................1633 Comunidades com igrejas crists por volta do ano 100............................................. 1639 Nomes de Satans.....................................................1665 Comparao entre os dois encarceramentos romanos de Paulo.................1668 Perfil de um apstata................................................1776 Sete igrejas..................................................................1781
  7. 7. Introduo BBLIA A Bblia uma compilao de 66 documentos inspirados por Deus'. Esses documentos esto reunidos em dois testamentos, o Antigo (39) e o Novo (27). Profetas, sacerdotes, reis e lderes da nao de Israel escreveram os ^ A livros do Antigo Testamento em hebraico (com duas passagens em aramaico). Os apstolos e seus companhei ros escreveram os livros do Novo Testamento em grego. 0 registro do Antigo Testamento comea com a criao do universo e termina 400 anos antes da primeira vinda de Jesus Cristo. O desenrolar da Histria atravs do Antigo Testamento avana de acordo com as seguintes linhas: A criao do universo A queda do homem O castigo do dilvio na terra Abrao, Isaque, Jac (Israel) pais da nao escolhida A histria de Israel * O exlio no Egito 430 anos * O xodo e a peregrinao pelo deserto 40 anos * A conquista de Cana 7 anos * A era dos juizes 350 anos * O Reino Unido Saul, Davi, Salomo 110 anos * O exlio na Babilnia 70 anos * O retorno e reconstruo da Terra Prometida 140 anos Os detalhes dessa histria esto explicados nos 39 livros divididos em cinco categorias: A Lei 5 (Gnesis a Deuteronmio) Histria 12 (Josu a Ester) Sabedoria 5 (J a Cntico dos Cnticos) Profetas maiores 5 (Isaas a Daniel) Profetas menores 12 (Oseias a Malaquias) Depois da concluso do AT, passaram-se 400 anos de silncio, durante os quais Deus no falou e no inspirou nenhuma Escritura. Esse silncio foi quebrado com a chegada de Joo Batista anunciando que o Salvador prometido havia vindo. O NT registra o resto da histria, do nascimento de Jesus at a culminao de toda Histria e o estado final eterno; assim, os dois testamentos vo da criao at a consumao,da eternidade passadaat a eternidade futura. Enquanto os 39 livros do AT enfatizam a histria de Israel e a promessado Salvador vindouro, os27 livros do NT enfati zam a pessoa de Cristo e o estabelecimento da Igreja. Os quatro Evangelhos fornecem o registro de seu nascimento, vida, morte, ressurreio e ascenso. Cada um dos quatro escritores v o maior e mais importante acontecimento da Histria, a vinda do Deus-homem, Jesus Cristo, de uma perspectiva diferente. Mateus o v da perspectiva do seu reino, Marcos da perspectiva de sua vida de servio, Lucas da perspectiva de sua humanidade e Joo da perspectiva de sua divindade. O livro de Atos conta a histria do impacto da vida, morte e ressurreio de Jesus Cristo, o Senhor Salvador da sua ascenso, a conseqente vinda do Esprito Santo e o nascimento da Igreja, atravs dos primeiros anos da pregao do evangelho pelos apstolos e seus companheiros. Atos registra o estabelecimento da Igreja na Judeia, em Samaria e no Imprio Romano. As 21 epstolas foram escritas para igrejas e pessoas individuais com o objetivo de explicar o significado da pessoa e da obra de Jesus Cristo, com suas implicaes para a vida e testemunho, at que ele volte. O NTtermina com Apocalipse, que comea descrevendo a atual era da igreja, e culmina com a volta de Cristo para estabe lecer o seu reino terreno, trazendo castigo para os mpios e glria e bnos para os crentes. Depois do reinado de mil anos do Senhor e Salvador, haver o ltimo julgamento, que levar ao estado eterno. Todos os crentes de toda a Histria entram na mxima glria eterna preparada para eles e todos os mpios so levados ao inferno para serem punidos eternamente. Dara entender a Bblia, essencial entender toda a histria da criao at a consumao. tambm crucial manter em -'oco o tema unificador da Escritura. O tema constante que se desdobra ao longo de toda a Bblia este: Deus, para a sua prpria glria, escolheu criar e juntar para si mesmo um grupo de pessoas para serem os sditos de seu reino e:erno, para ador-lo, honr-lo e servi-lo para sempre e por meio dos quais ele demonstrar sua sabedoria, poder,
  8. 8. INTRODUO BBLIA x misericrdia, graa e glria. Para que possa reunir esses escolhidos, Deus precisa redimi-los do pecado. A Bblia revela o plano de Deus para essa redeno desde o comeo, na eternidade passada, at a sua concluso, na eternidade fu tura. Mandamentos, promessas e pocas so todos secundrios em relao ao nico e contnuo plano de redeno. H um s Deus. A Bblia possui um criador. Trata-se de um nico livro. Existe um plano de graa registrado de incio, que passa pela execuo at chegar consumao. Da predestinao at a glorificao, a Bblia a histria de Deus redimindo o seu povo escolhido para a adorao de sua glria. medida que os propsitos de Deus e o seu plano de redeno so descritos na Escritura, cinco motivos recorren tes so constantemente enfatizados: o carter de Deus o castigo pelo pecado e pela desobedincia a bno pela f e pela obedincia o Senhor Salvador e o sacrifcio pelo pecado o reino vindouro e a glria Todo o contedo revelado nas pginas tanto do AT como do NT est associado com essas cinco categorias. A Escri tura est sempre ensinando ou ilustrando: 1) o carter e os atributos de Deus; 2) a tragdia do pecado e da desobe dincia aos padres santos de Deus; 3) a bno pela f e pela obedincia aos padres de Deus; 4) a necessidade de um salvador por cuja justia e substituio os pecadores podem ser perdoados, declarados justos e transformados para que possam obedecer aos padres de Deus; 5) a vinda do glorioso final da histria redentora no reino terreno do Senhor e Salvador e o subsequente reino e glria eternos de Deus e Cristo. Quando se estuda a Escritura, essencial conhecer essas categorias recorrentes como grandes ganchos nos quais dependurar as passagens. Enquanto l a B blia, a pessoa deveria conseguir relacionar cada parte da Escritura com esses tpicos dominantes, reconhecendo que o que apresentado no AT tambm tornado mais explcito no NT. Observar essas cinco categorias separadamente nos d uma viso geral da Bblia. 1. A REVELAO DO CARTER DE DEUS Acima de tudo, a Escritura a autorrevelao de Deus. Ele se revela como o soberano Deus do universo que es colheu criar o ser humano e dar-se a conhecer a ele. Nessa autorrevelao estabelecido o seu padro de absoluta santidade. De Ado e Eva, passando por Caim e Abel e a todos antes e depois da lei de Moiss, o padro de justia foi estabelecido e sustentado at a ltima pgina no NT. A violao dele produz castigo, tanto temporal como eterno. No AT, est registrado que Deus revelou-se pelos seguintes meios: criao primeiramente por meio do ser humano, que foi feito sua imagem anjos sinais, maravilhas e milagres vises palavras ditas pelos profetas e outros Escritura escrita (AT) No NT, est registrada que Deus revelou-se novamente pelos mesmos meios, mas de modo mais claro e pleno: criao o Deus-homem, Jesus Cristo, que era a prpria imagem de Deus anjos sinais, maravilhas e milagres vises palavras ditas pelos apstolos e profetas Escritura escrita (NT) 2. A REVELAO DO CASTIGO DIVINO EM DECORRNCIA DO PECADO E DA DESOBEDINCIA A Escritura repetidamente trata da questo do pecado do ser humano, que leva ao julgamento divino e conseqente castigo. Relato aps relato na Escritura demonstra os efeitos mortais, no tempo e na eternidade, da violao dos padres de Deus. Existem 1.189 captulos na Bblia. Somente quatro deles no envolvem um mundo cado: os primeiros dois e os lti mos dois antes da queda e depois da criao de um novo cu e uma nova terra. O resto a crnica da tragdia do pecado. No AT, Deus mostrou o desastre do pecado comeando com Ado e Eva, passando por Caim e Abel, os patriarcas, Moiss e Israel, os reis, sacerdotes, alguns profetas e naes gentias. Ao longo do AT est o implacvel registro da contnua devastao produzida pelo pecado e pela desobedincia lei de Deus. No NT, a tragdia do pecado se torna mais clara. A pregao, o ensino de Jesus e dos apstolos comeam e terminam com um chamado ao arrependimento. O rei Herodes, o lder dos judeus, e a nao de Israel junto com Pilatos, Roma e o resto do mundo todos rejeitaram o Senhor e Salvador, deturpando a verdade de Deus, desse modo condenando a si mesmos. A crnica do pecado continua at o fim dos tempos e at o retorno de Cristo em julgamento. No NT, a
  9. 9. xi INTRODUO BBLIA desobedincia ainda mais flagrante do que a desobedincia do AT porque envolve a rejeio do Senhor e Salvador Jesus Cristo na mais clara luz da verdade do NT. 3. A REVELAO DA BNO DIVINA QUE DECORRE DA F E DA OBEDINCIA Repetidamente a Escritura promete recompensas maravilhosas para o tempo e para a eternidade para as pessoas que confiam em Deus e procuram obedecer a ele. No AT, Deus mostrou a bno que decorria do arrependimento do pecado, da f nele e da obedincia sua palavra de Abel, passando pelos patriarcas, at o remanescente de Israel e at mesmo gentios que criam (como o povo de Nnive). 0 padro de Deus, a sua vontade e sua lei moral para o ser humano foram sempre tornados conhecidos. Para aqueles que se defrontaram com a prpria incapacidade de manter o padro de Deus, reconheceram o seu pecado, confessaram a sua impotncia para agradar a Deus mediante os seus prprios esforos e obras, e pediram a ele perdo e graa veio a redeno misericordiosa e bno no tempo e para toda a eternidade. No NT, Deus novamente mostrou a plenitude das bnos da redeno do pecado para o povo arrependido. Houve aqueles que responderam pregao de arrependimento de Joo Batista. Outros se arrependeram com a pregao de Jesus. Ainda outros de Israel obedeceram ao evangelho mediante a pregao dos apstolos. E, finalmente, houve os gentios por todo o Imprio Romano que creram no evangelho. Para todos esses e para todos que crero ao longo de toda a Histria, h a promessa de bnos tanto neste mundo como no mundo por vir. 4. A REVELAO DO SENHOR SALVADOR E O SACRIFCIO PELO PECADO Esse o cerne tanto do AT, o qual Jesus disse ter falado sobre ele em tipo e profecia, quanto no NT, que traz um regis tro bblico de sua vinda. A promessa da bno depende da graa e da misericrdia dada ao pecador. Graa significa que o pecado no ser mais usado para condenar o pecador. Esse perdo depende do pagamento da pena do pecado para satisfazer a justia santa. Isso requer um substituto algum para morrer no lugar dos pecadores. O substituto que Deus escolheu o nico que era qualificado era Jesus. A salvao est sempre ligada ao significado da graa, tanto na era do AT quanto na do NT. Quando qualquer pecador se volta para Deus em arrependimento e com a convico de que em si mesmo impotente para salvar-se a si mesmo do castigo que merece da ira divina, e suplica por misericrdia, a promessa de Deus de perdo garantida. Deus, ento, o declara justo porque o sacrifcio e a obedincia de Cristo so creditados na conta desse pecador. No AT, Deus justificava os pecadores dessa mesma maneira, em antecipao obra expiatria de Cristo. H, portanto, uma continuidade da graa e da salvao atravs de toda a histria da redeno. Vrias alianas, promessas e eras no alteram essa continuidade fundamental, nem a descontinuidade entre o teste munho da nao no AT, Israel, e o povo testemunha no NT, a Igreja. Uma continuidade fundamental centrada na cruz, que no se constituiu numa interrupo do plano de Deus, mas o ponto para o qual tudo o mais aponta. Ao longo do AT, o Salvador e o sacrifcio so prometidos. Em Gnesis, ele o descendente da mulher, o qual destruir Sa tans. Em Zacarias, ele o que foi traspassado, para quem o povo de Israel se volta e por quem Deus abre a fonte de perdo para todos os que se afligem por causa do seu pecado. Ele Aquele que era simbolizado no sistema sacrifical da lei mosaica. Ele o substituto sofredor anunciado pelos profetas. Ao longo do AT, ele o Messias que morreria pelas transgresses do seu povo; do comeo ao fim do AT, o tema do Senhor Salvador como um sacrifcio pelo pecado apresentado. somente por causa de seu perfeito sacrifcio pelo pecado que Deus graciosamente perdoa os que creem e se arrependem. No NT, o Senhor Salvador vem e, na verdade, providencia o sacrifcio prometido pelo pecado na cruz. Tendo cum prido toda justia por meio de sua vida perfeita, ele cumpriu a justia mediante a sua prpria morte. Desse modo, o prprio Deus expiou pelo pecado, a um custo grande demais para a mente humana compreender. Agora, ele gracio samente prov a favor deles todo o mrito necessrio para que seu povo seja objeto do favor de Deus. Isso o que a Escritura quer dizer quando fala da salvao pela graa. 5. A REVELAO DO REINADO E DA GLRIA DO SENHOR SALVADOR Esse componente crucial da Escritura leva toda a histria para a consumao ordenada por Deus. A histria da re deno controlada por Deus de modo que ela culmine em sua eterna glria. A histria da redeno terminar com a ~iesma preciso e exatido com que comeou. As verdades da escatologia no so nem vagas e nem obscuras nem ilo sem importncia. Assim como em qualquer livro, o modo como a histria termina o ponto crucial e a parte mais r::erada assim com a Bblia. A Escritura menciona muitas caractersticas especficas do fim planejado por Deus. o AT, h vrias menes de um reino terreno governado pelo Messias, Senhor Salvador, que vir para reinar. Asso- : =do com esse reino estar a salvao de Israel, a salvao dos gentios, a renovao da terra dos efeitos do pecado e a essurreio corprea das pessoas que pertencem ao povo de Deus que tiverem morrido. Finalmente, o AT prediz que - =.er a "destruio" ou dissoluo do universo, e a criao de um novo cu e uma nova terra que ser o estado e:e'no dos piedosos e um inferno eterno para os mpios. No NT essas caractersticas so esclarecidas e expandidas. O Rei foi rejeitado e executado, mas ele prometeu retor- -; -em glria, trazendo castigo, ressurreio e seu reinado para todos aqueles que crerem. Um nmero incontvel de j *: os de todas as naes ser includo entre os redimidos. Israel ser salva e levada novamente raiz de bnos da : 5 eia foi temporariamente amputada.
  10. 10. INTRODUO BBLIA xii O reino prometido de Israel ser desfrutado, com o Senhor Salvador reinando no trono, na terra renovada, exer cendo poder sobre todo o mundo, tendo reassumido a sua justa autoridade e recebendo tambm honra e adorao. Depois desse reino vir a dissoluo da criao renovada, mas ainda manchada pelo pecado, e a subsequente criao de um novo cu e uma nova terra que ser o estado eterno, separado para sempre dos mpios no inferno. Esses so os cinco tpicos que compem a Bblia. Entend-los desde o incio saber a resposta pergunta que continuamente surge Por que a Bblia nos diz isso? Tudo se encaixa nesse padro glorioso. medida que for lendo, pendure a verdade nesses cinco ganchos e a Bblia se desdobrar, no como 66 documentos separados, ou at mesmo dois testamentos separados mas um nico livro, escrito por um nico autor divino, que escreveu isso tudo com um tema que abrange tudo. Minha orao que o tema magnfico e maravilhoso da redeno dos pecadores para a glria de Deus leve cada leitor com interesse cativante do comeo ao fim da histria. Cristo essa a sua histria. Ela de Deus para voc sobre voc. Ela nos diz o que ele planejou para voc, por que ele criou voc, o que voc era, o que voc se tornou em Cristo, e o que ele tem preparado para voc na glria eterna. J ohn M ac A rth u r
  11. 11. Observaes pesso a is i Por que escrever uma Bblia de estudo? A resposta a essa pergunta vem de uma conversa entre Filipe e um i etope registrada em Atos 8.30-31: Correndo Filipe, ouviu-o ler o profeta Isaas e perguntou: Compreendes o que vens lendo? Ele responde: Como poderei entender, se algum no me explicar? E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele. Assim como Filipe fez com o eunuco, eu quero me sentar com voc e explicar a Escritura. Esta Bblia de estudo fornece-me esta oportunidade pessoal. Embora eu seja pessoalmente totalmente responsvel por todas as notas na Bblia de Estudo MacArthur porque elas todas vm de mim e por meu intermdio, uma obra desta magnitude com a responsabilidade de ser to exata, s poderia ter sido feita com uma equipe de colaboradores que se comprometeram a me ajudar no trabalho rduo com amorosa devoo e compromisso com a excelncia. Muitos amigos participaram da equipe todos os quais merecem ser elogiados e receber agradecimento. Minha maior gratido pertence ao meu amigo e companheiro de ministrio, Dr. Richard Mayhue, Vice-Presidente Snior e reitor do The Master's Seminary. Ele se esforou junto comigo ao longo de todo este projeto, trabalhando como ningum enquanto servia como superintendente do projeto, pesquisador tanto do AT como do NT, editor e conselheiro. Seu dom excepcional para a administrao, juntamente com o seu vasto conhecimento da Escritura e doutrina, bem como nossa orientao teolgica concordante, mais a sua habilidade para a escrita, tornou a nossa parceria realmente efetiva. Devo tambm imensa gratido aos professores do The Masters Seminary pela assistncia que eles deram na pes quisa original e pelo cuidadosamente preparado primeiro rascunho do material para as notas de estudo no AT. Tendo como base essa pesquisa original e seu material, eu trabalhei e retrabalhei as notas de estudo at a sua forma finai. Obrigado ao Dr. Irv Busenitz, Dr. Trevor Craigen, Prof. Dave Deuel, Prof. Keith Essex, Dr. Richard Mayhue, Dr. Larry Pettegrew, Dr. Jim Rosscup, Prof. Jim Stitzinger, Dr. Bob Thomas e Dr. George Zemek. Como tenho estudado e muitas vezes pregado praticamente sobre quase todo o NT, minha prpria pesquisa origi nal estava disponvel para ser resumida nas notas de estudo do NT. Uma equipe composta pelos professores do The Master's Seminary e editores do Grace to You, que trabalham regularmente na edio dos meus livros, aceitaram a tarefa de passarem longas horas aparando as arestas da minha pesquisa para dar a elas a forma de notas de estudo. Do mesmo modo, desse primeiro rascunho eu trabalhei para levar o material sua forma final. Muito obrigado ao Dr. Bill Barrick, Dave Douglass, Dave Enos, Dr. David Farnell, Phil Johnson, Garry Knussman, Dr. Richard Mayhue, Tom Pennington, Dr. Larry Pettegrew e Mike Taylor. Foi tambm fundamental ter leitores que, cuidadosamente, leram detalhadamente todo o material quanto sua exatido e checando todas as referncias bblicas. Minha gratido tambm a eles pelo esforo fiel numa tarefa tedio sa. Meus agradecimentos a Dennis Swanson e Bob White do The Master's Seminary; a Dave Enos e Allacin Morimizu, do Grace to You; e a June Gunden e sua equipe de ieitores do Peachtree Editorial e Proofreading Service. As quase 2.400 pginas de notas com espao simples tiveram que ser digitadas e repetidamente editadas e corrigi das depois de cada uma das seis ocasies quando tudo foi reordenado. Uma equipe de secretrias fiis e eficazes do The Master s Seminary, da Grace Community Church e do Grace to You trabalharam nessa tarefa formidvel seguin do um programa apertado para que todas as etapas do processo estivessem .terminadas nas datas previstas. Como escrevo mo, a maioria do material era uma combinao de impressos e manuscritos que requeriam a decifrao difcil da minha letra complicada. Junto com as outras tarefas de que estavam encarregadas, elas graciosamente se empenharam neste projeto, exatamente como o restante dos integrantes da equipe. Meus agradecimentos secretria do Dr. Mayhue, Cindy Gehman (coordenadora do AT) e minha secretria pessoal, Pat Rotisky (coordenadora do NT) que trabalharam com Amy Brandenstein, Rhonda Connor, Louise Essex, Marilyn Foster, Mareia Griffiths, Carol Smith, Diane Haschak, Pam Leopold, Wilia Loveless, Dareth Luna, Wilma Miller, Joyce Modert, Susan Rogers, Patti Schott e Teri White. Todos os amigos mencionados acima fizeram desse esforo uma maratona alegre para eu correr. Eu oro pela bno de Deus para eles todos em resposta devoo deles Palavra de Deus. Uma palavra especial de agradecimento sem dvida devida minha querida esposa, Patricia, que me ajudou com -jas oraes e incentivo, oem como suportou meus perodos de isolamento.
  12. 12. OBSERVAES PESSOAIS xiv Finalmente, ofereo grande apreciao a David Moberg, meu editor, que demonstrou viso, confiana, pacincia e experincia ao longo das complexidades implacveis do projeto. Ele provou ser tanto um amigo como um guia. Eu nunca havia sido to desafiado e abenoado ao mesmo tempo como durante os dois anos intensos deste traba lho. Estudar sozinho em meu lugar particular, meditar sobre cada palavra da Escritura e ser desafiado a entender cada expresso e versculo, enriqueceu a minha vida e o meu ministrio como nada que eu empreendi antes. Sempre estive comprometido com a Escritura como sendo inspirada, inerrante, infalvel, suficiente e eterna. Tenho sempre pregado a Bblia expositivamente, versculo por versculo, livro por livro. Depois deste empreendimento, sinto ainda mais forte a necessidade de pregar cada palavra pura da Escritura (SI 12.6). Tenho sido profundamente enri quecido em minha prpria vida como nunca antes por causa da fora pura de tanta verdade divina sendo despejada em mim diariamente. Durante muitos meses, eu passei oito ou mais horas a cada dia trabalhando com a Palavra, no tanto porque tivesse de fazer isso, mas porque no conseguia deixar o texto suas riquezas me cativavam. Mais especialmente, meu agradecimento a voc, leitor, por amar a Escritura o suficiente para ser um estudante srio. Este trabalho um meio adicional de cumprir com o meu chamado como pastor-professor feito para "com vistas ao aperfeioamento dos santos para o desempenho do seu servio, para a edificao do corpo de Cristo" (Ef 4.12). Com a maior gratido de todas ao nosso glorioso Deus que nos deu a sua preciosa Palavra, eu oro para que ele seja honrado por este esforo em explicar o que essa palavra quer dizer pelo que ela diz. J ohn M acA r t h u r
  13. 13. Como surgiu a Bblia Desde que Eva deparou com a rpida sucesso de dvida e negao (Gn 3.1-7) de Satans, a humanidade tem continuamente questionado a palavra de Deus. Infelizmente, Eva no conseguiu superar seus obstculos -- intelectuais plena f na autorrevelao de Deus (Gn 2.16-17). Agora a Escritura certamente tem mais do que suficiente contedo para ser interrogada, considerando que ela composta de 66 livros, 1.189 captulos e 31.104 versculos. Quando voc abre a sua verso da Bblia em portugus para l-la ou estud-la, pode ter-se perguntado no passado ou est se perguntando agora: "Como posso ter certeza de que esta a pura e verdadeira palavra de Deus?" Uma pergunta desse tioo no de todo m, especialmente quando algum procura entender com uma mente que quer aprender (At 17 11). A Escritura provoca os tipos de perguntas que um estudante sincero faz. Um grande nmero delas pode inundar a mente, como as seguintes: De onde veio a Bblia? Ele reflete o pensamento de quem? Algum livro da Escritura foi perdido ao longo do tempo? O que a prpria Escritura declara a respeito de si mesma? Ela corresponde ao que ela declara a respeito de si mesma? Quem escreveu a Bblia Deus ou o ser humano? A Escritura foi protegida de adulteraes por oarte de seres humanos ao longo dos sculos? O quo perto dos manuscritos originais esto as tradues de hoje? Como a Bblia chegou at o nosso tempo e na nossa lngua? Devemos esperar ainda oor alguma outra Escritura, aim dos 66 livros atuais? Quem determinou, e com base em qu,, que a Bblia seria composta da lista tradicional de 66 livros? Se as Escrituras foram escritas ao longo de um perodo de 1.500 anos(Ca. de 1405 a.C. at 95 d.C.), ento transmitidas por quase dois mil anos e traduzida para milhares de inguas, o que evitou que a Bblia fosse alterada oor negligncia ou por motivos malvolos por parte de seres humanos? Ser que a Bblia ainda merece o ttulo de "A Palavra de Deus"? No h dvida de que essas perguntas tm bombardeado a mente de muitas pessoas. Somente um estudo das Es crituras resposte a todas as perguntas de uma maneira que elas no vo mais nos importunar novamente. A Escritura nos d essa segurana. AS EVIDN CIA S BBLICAS Tome a Bblia e deixe-a falar por si mesma. Eia diz ser a Palavra de Deus? Sim! Mais de duas mil vezes no Antigo Tes tamento somente, a Bblia afirma que Deus falou o que est escrito em suas pginas. Do incio (Gn 1.3) ao fim (Ml 4.3) e continuamente ao longo dela, isso o que as Escrituras afirmam. A expresso "a Palavra de Deus" aparece 40 vezes no Novo Testamento. Ela equiparada ao Antigo Testamento Vlc 7.13). o que Jesus pregou (Lc 5.1). a mensagem que os apstolos ensinaram (At 4.31; 6.2). Foi a Palavra que os samaritanos receberam (At 8.14) como dada peios apstolos (At 8.25). Foi a mensagem que os gentios receberam como foi pregada por Pedro (At 11.1). Foi a Palavra que Paulo pregou em sua primeira viagem missionria (At 13.5,7,44,48-49; 15.35-36). Foi a mensagem que Paulo pregou em sua segunda viagem missionria (At 16.32; 17.13; 18.11). Foi a men sagem que Paulo pregou em sua terceira viagem missionria (At 19.10). Foi o foco de Lucas no livro de Atos e que se rS3a!nou rapidamente e amplamente (At 6.7; 12.24; 19.20). Paulo foi cuidadoso ao dizer aos corntios de que ele fala- . - a oaiavra como fora dada por Deus, que ela no havia sido adulterada e que ela era uma manifestao da verdade 2Co 2.17; 4.2). Paulo reconhecia que ela era a fonte de sua pregao (Cl 1.25; lTs 2.13). Ds SI 19 e 119, juntamente com Pv 30.5-6 fazem afirmaes poderosas sobre a Palavra de Deus que a diferencia de re q u e r outra instruo religiosa at agora conhecida na histria da humanidade. Essas passagens do as razes para :ue a Bblia seja chamada "sagrada (2Tm 3.15; Rm 1.2). - 3'blia afirma a mxima autoridade espiritual em doutrina, reprovao, correo e instruo na justia porque ela r :resenta a palavra inspirada do Altssimo (2Tm 3.16-17). A Escritura afirma a sua suficincia espiritual, tanto que ela r . 'dica exclusividade para o seu ensino (cf. Is 55.11; 2Pe 1.3-4).
  14. 14. COMO SURGIU A BBLIA xvi A palavra de Deus declara que ela inerrante (SI 12.6; 119.140; Pv 30.5a; Jo 10.35) e infalvel (2Tm 3.16-17). Em ou tras palavras, ela verdadeira e, portanto, digna de confiana. Todas essas qualidades so dependentes do fato de que a Escritura dada por Deus (2Tm 3.16; 2Pe 1.20-21), o que garante a sua qualidade na Fonte e em sua escrita original. Na Escritura, a pessoa de Deus e a Palavra de Deus esto inter-relacionadas em todas as suas partes, de modo que o que verdadeiro a respeito do carter de Deus verdadeiro a respeito da natureza da Palavra de Deus. Deus ver dadeiro, impecvel e confivel; portanto, assim sua palavra. O que uma pessoa pensa sobre a Palavra de Deus, na realidade reflete o que a pessoa pensa sobre Deus. Assim, a Escritura pode fazer estas exigncias aos seus leitores. Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o man, que tu no conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que no s de po viver o homem, mas de tudo o que procede da boca do Senhor viver o homem. Dt 8.3 Do mandamento de seus lbios nunca me apartei, escondi no meu ntimo as palavras da sua boca. J 23.12 O PROCESSO DA PUBLICAO A Bblia no espera que o seu leitor especule sobre como essas qualidades divinas foram transferidas de Deus para a sua Palavra, mas em vez disso, antecipa as questes com respostas convincentes. Cada gerao de cticos j ques tionou as autoafirmaes da Bblia, mas suas prprias explicaes e respostas tm estado altura do desafio. A Bblia passou pelo processo da publicao de Deus ao ser dada raa humana e distribuda entre os povos. Suas diversas caractersticas so discutidas abaixo. REVELAO Deus tomou a iniciativa de desvendar ou revelar a si mesmo para a humanidade (Hb 1.1). Os meios variam: s vezes isso foi se deu por meio da ordem criadora, em outros momentos mediante vises/sonhos ou falando por intermdio de profetas. Entretanto, a mais completa e inteligvel autorrevelao foi por meio das proposies da Escritura (ICo 2.6-16). A Palavra revelada e escrita de Deus nica no sentido de que a nica revelao de Deus que com pleta e que to claramente declara a pecaminosidade do ser humano e a proviso de Deus de um Salvador. INSPIRAO A revelao de Deus foi captada nos escritos da Escritura pelos meios de "inspirao". Isso tem mais a ver com o processo pelo qual Deus revelou a si mesmo do que com o fato de sua autorrevelao. "Toda a Escritura inspirada por Deus..." (2Tm 3.16) faz a reivindicao. Pedro explica o processo, "... sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provm de particular elucidao; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Esprito Santo" (2Pe 1.20-21). Por essa razo, a Palavra de Deus foi protegida de qualquer erro humano em seu registro original pelo ministrio do Esprito Santo (cf. Dt 18.18; Mt 1.22). Uma seo de Zc 7.12 descreve isso mais claramente: "...a lei, nem as palavras que o Senhor dos Exrcitos enviara pelo seu Esprito, mediante os profetas que nos precederam". Esse ministrio do Esprito se estendeu tanto parte (as palavras) quanto totalidade dos escritos originais. CANONICIDADE Precisamos entender que a Bblia , na verdade, um livro com um autor divino, apesar de ter sido escrita por um perodo de 1.500 anos por meio da mo de quase 40 escritores humanos. A Bblia comeou com a histria da criao de Gn 12, escrita por Moiss cerca de 1405 a.C., e se estende at o relato da eternidade futura de Ap 2122, escrito pelo apstolo Joo em aproximadamente 95 d.C. Durante esse tempo, Deus progressivamente revelou a si mesmo e seus propsitos nas Escrituras inspiradas. Mas isso faz surgir uma pergunta importante: "Como ns sabemos quais supostos escritos sagrados deveriam ser includos no cnon da Escritura e quais deveriam ser excludos?" Ao longo dos sculos, trs princpios amplamente reconhecidos foram usados para validar esses escritos que vie ram como resultado de revelao e inspirao divina. Primeiro, o escrito tinha que ter um profeta reconhecido ou um apstolo com seu autor (ou um companheiro dos apstolos, como foi o caso de Marcos, Lucas, Hebreus, Tiago e Judas). Segundo, o escrito no poderia discordar da Escritura anterior ou contradiz-la. Terceiro, o escrito deveria ter o consenso geral da igreja como um livro inspirado. Assim, quando vrios conclios foram feitos na histria da igreja para considerar o cnon, eles no votaram pela canonicidade de um livro, mas, em vez disso, reconheceram, depois do fato, o que Deus j havia escrito. Com relao ao Antigo Testamento, no tempo de Cristo todo ele j havia sido escrito e era aceito pela comunida de judaica. O ltimo livro, Malaquias, havia sido completado por volta de 430 a.C. No somente o cnon do Antigo Testamento nos dias de Cristo estava em conformidade com o Antigo Testamento que havia desde ento sido usado atravs dos sculos, mas ele no contm os no inspirados e falsos livros apcrifos, aquele grupo de 14 livros que
  15. 15. xvii COMO SURGIU A BBLIA foram escritos depois de Malaquias e anexados ao Antigo Testamento cerca de 200-150 a.C na traduo do Antigo Testamento em hebraico para o grego chamado de Septuaginta (LXX), que aparecem nos dias de hoje em algumas verses da Bblia. Entretanto, nenhuma passagem dos livros apcrifos citada por nenhum escritor do Novo Testa mento, nem Jesus afirmou nenhuma delas do mesmo modo que reconheceu o cnon do Antigo Testamento de sua poca (cf. Lc 24.27,44). No tempo de Cristo, o cnon do Antigo Testamento havia sido dividido em duas listas de 22 ou 24 livros respectiva mente, cada um contendo todo o mesmo material dos 39 livros de nossas verses modernas. No cnon de 22 livros, Jeremias e Lamentaes eram considerados como um, assim como Juizes e Rute. Aqui est como o formato dos 24 livros era dividido. % O ANTIGO TESTAMENTO HEBRAICO Lei Profetas Escritos 1. Gnesis A. Profetas anteriores A. Livros poticos 2. xodo 3. Levtico 6. Josu 14. Salmos 7. Juizes 15. Provrbios 4. Nmeros 8. Samuel (1 e 2) 16. J 5. Deuteronmio 9. Reis (1 e 2) B. Profetas posteriores B. Cinco rolos (Megilote) 17. Cnticos dos Cnticos 10. Isaas 11. Jeremias 18. Rute 19. Lamentaes 12. Ezequiel 20. Eclesiastes 13. Os Doze 21. Ester (profetas menores) C. Livros histricos 22. Daniel 23. EsdrasNeemias 24. Crnicas (1 e 2) Os mesmos trs testes-chave de canonicidade que se aplicam ao Antigo Testamento tambm se aplicam ao Novo Testamento. No caso de Marcos e Lucas/Atos, os autores eram considerados ser, de fato, os escreventes de Pedro e Paulo respectivamente. Tiago e Judas foram escritos por meio-irmos de Cristo. Conquanto Hebreus seja o nico livro do Novo Testamento cuja autoria realmente desconhecida, o seu contedo est to de acordo tanto com o Antigo quanto o Novo Testamento que a igreja primitiva concluiu que ele deve ter sido escrito por um companheiro apost lico. Os 27 livros do Novo Testamento tm sido universalmente aceitos desde 350-400 d.C como inspirados por Deus. PRESERVAO Como se pode ter certeza de que a palavra de Deus escrita, revelada e inspirada, que foi reconhecida como cannica pela igreja primitiva, tem sido preservada at o dia de hoje sem nenhuma parte do seu material tenha sido perdida? Alm do mais, uma vez que uma das principais ocupaes de Satans desacreditar a Bblia, ser que as Escrituras so breviveram a essa investida destrutiva? No incio, ele negou a Palavra de Deus a Eva (Gn 3.4). Posteriormente, Satans tentou distorcer a Escritura no encontro que teve com Cristo no deserto (Mt 4.6-7). Por meio do rei Jeoaquim, ele at mesmo tentou, literalmente, destruir a Palavra (Jr 36.23). A batalha pela Bblia permanece, mas a Escritura conseguir derrotar e continuar derrotando os seus inimigos. Deus antecipou as intenes criminosas do ser humano e de Satans com relao Bblia com promessas divinas de preservar a sua Palavra. A contnua existncia da Escritura garantida em Is 40.8: "seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente" (cf. lPe 1.25). Isso tambm significa que nenhuma Escritura inspirada se perdeu no passado e que ainda ser redescoberta. O contedo atual da Escritura ser perpetuado, tanto no cu (SI 119.89) como na terra (Is 59.21). Assim, os prop sitos de Deus, como publicados nos sagrados escritos, nunca sero impedidos, mesmo em um nico detalhe (cf. Mt 5.18; 24.25; Mc 13.31; Lc 16.17). Assim ser a palavra que sair da minha boca: no voltar para mim vazia, mas far o que me apraz e prosperar naquilo para que a designei. Is 55.11
  16. 16. COMO SURGIU A BBLIA xviii T r a n s m is s o Uma vez que a Bblia tem frequentemente sido traduzida para vrias lnguas e distribuda atravs do mundo, como podemos ter certeza de que no entrou algum erro, mesmo no sendo intencional? medida que o Cristianismo se espalhou, certamente verdade que as pessoas desejaram ter a Bblia em sua prpria lngua, o que requeria tradues do original hebraico e aramaico do Antigo Testamento e do grego do Novo Testamento. No apenas o trabalho dos tradutores forneceu uma oportunidade para o erro, mas a publicao, que foi feita pela cpia manuscrita at que a pu blicao impressa chegou cerca de 1450 d.C., tambm ofereceram oportunidades de contnuas possibilidades de erro. Atravs dos sculos, os praticantes da crtica textual, uma cincia exata, descobriram, preservaram, catalogaram, avaliaram e publicaram uma quantidade fantstica de manuscritos bblicos tanto do Antigo como do Novo Testamento. De fato, o nmero de manuscritos bblicos existentes ultrapassa dramaticamente os fragmentos existentes de qual quer outra literatura antiga. Ao comparar texto com texto, a crtica textual pode confiantemente determinar o que o escrito original proftico/apostlico e inspirado continha. Embora as cpias que existem do texto hebraico antigo principal (Massortico) datem somente do sculo 10^. d.C., duas outras importantes linhas de evidncias textuais apoiam a confiana dos crticos textuais de que eles tm reafir mado os originais. Primeiro, o Antigo Testamento hebraico do sculo 105. d.C. pode ser comparado traduo grega chamada de Septuaginta ou LXX (escrita cerca de 200-150 a.C.; os manuscritos mais antigos que existem datam de 325 d.C.). H fantstica consistncia entre os dois, o que significa preciso na cpia do texto hebraico ao longo dos sculos. Segundo, a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto em 1947-1956 (manuscritos que so datados cerca de 200-100 a.C.) provou ser de monumental importncia. Depois de comparar os textos hebraicos primitivos com os atuais, somente pequenas e insignificantes variaes foram encontradas, nenhuma que tenha mudado o significado de qualquer passagem. Apesar de o Antigo Testamento ter sido traduzido e copiado por sculos, a ltima verso era essencialmente a mesma dos sculos anteriores. As descobertas do Novo Testamento so muito mais decisivas ainda porque uma quantidade muito grande de ma terial est disponvel para estudo; existe mais de 5.000 manuscritos gregos do Novo Testamento que variam de todo o testamento a fragmentos de papiros que contm apenas uma parte de um versculo. Alguns fragmentos existentes datam de 25-50 anos do escrito original. De modo geral, os estudiosos dos textos do Novo Testamento concluram que 1) 99,99 por cento dos escritos originais foram reafirmados e 2) do um por cento restante, no h variantes que afetem substancialmente nenhuma doutrina crist. Com essa riqueza de manuscritos bblicos nas lnguas originais e com a atividade disciplinada dos crticos textuais para confirmar a quase total preciso no contedo dos escritos, quaisquer erros que tenham sido introduzidos e/ou perpetuados pelos milhares de tradues ao longo dos sculos podem ser identificados e corrigidos pela comparao da traduo ou cpia com os originais que foram reunidos. Pelo uso providencial desses meios, Deus tem reafirmado as suas promessas de preservar as Escrituras. Podemos descansar seguros de que h tradues disponveis hoje que so realmente dignas do ttulo de A Palavra de Deus. Os mais antigos registros de traduo de trechos da Bblia para o portugus datam do final do sculo XV. Porm, centenas de anos se passaram at que a primeira verso completa estivesse disponvel em trs volumes, em 1753. Trata-se da tra duo de Joo Ferreira de Almeida, que foi impressa em um nico volume em Londres, em 1819. Atualmente, a Sociedade Bblica do Brasil publica duas edies das traduo de Almeida: a Edio Revista e Corrigida e a Edio Revista e Atualizada. RESUM O A inteno de Deus foi que a sua palavra durasse para sempre (preservao). Portanto, a sua autorrevelao (reve lao) escrita e proposital foi protegida contra erro em seu escrito original (inspirao) e compilada em 66 livros do Antigo e do Novo Testamento (canonicidade). Atravs dos sculos, dezenas de milhares de exemplares e milhares de tradues tm sido feitas (transmisso) que intro duziram algum erro. Como existe uma abundncia de manuscritos primitivos do Antigo e do Novo Testamento, entretanto, a cincia exata da crtica textual tem sido capaz de recuperar o contedo dos escritos originais (revelao e inspirao) ao grau extremo de 99.99 por cento, com o restante de um por cento no tendo nenhum efeito em seu contedo (preservao). O livro sagrado que ns lemos, estudamos, obedecemos e pregamos merece, sem reservas, ser chamado A Bblia ou "O Livro sem par", uma vez que seu autor Deus e ela possui as qualidades de total verdade e completa confiana, o que tambm caracteriza a sua fonte divina. H MAIS PARA VIR? Como sabemos que Deus no vai aprimorar a nossa Bblia atual com um 67^ livro inspirado? Ou, em outras palavras, "O cnon est fechado para sempre?" Os textos da Escritura advertem que ningum deve tirar algo da Escritura ou fazer acrscimo a ela (Dt 4.2; 12.32; Pv 30.6). Quando percebemos que os livros adicionais cannicos realmente vieram depois dessas palavras de alerta, podemos somente concluir que conquanto nenhuma eliminao fosse permitida, de fato, escritos autorizados e inspi rados tinham permisso para ser acrescentados a fim de completar o cnon protegido por essas passagens. A passagem mais importante no cnon fechado a Escritura qual nada foi acrescentado por 1.900 anos.
  17. 17. xix COMO SURGIU A BBLIA Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se algum lhes fizer qualquer acrscimo, Deus lhe acrescentar os flagelos escritos neste livro; e, se algum tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirar a sua parte da rvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro. Ap 22.18-19 Muitas observaes significativas, quando combinadas, tm convencido a igreja ao longo dos sculos de que o cnon da Escritura est realmente fechado, para nunca mais ser reaberto. 1.0 livro doApocalipse nico na Escritura nosentido de que ele descreve com detalhes incomparveis os acontecimentos finais que precedem a eternidade futura. Assim como Gnesis d incio Escritura colocando uma ponte entre a eternidade passada e a nossa existncia no tempo/espao com a nica histria detalhada da criao (Gn 12), do mesmo modo as transies do Apocalipse ofaz com o nosso tempo/espao e a eternidade futura (Ap 2022). Gnesis e Apocalipse, pelo material que contm, so o primeiro e o ltimo livro da Escritura perfeitamente correspondentes. 2. Assim como houve silncio proftico depois que Malaquias completou o cnon do Antigo Testamento, do mesmo modo houve silncio paralelo depois que Joo entregou o Apocalipse. Isso nos leva concluso de que o cnon do Novo Testamento tambm foi tambm concludo. 3. Uma vez que no tem havido, nem h agora, nenhum profeta ou apstolos autorizados tanto no sentido do Antigo ou do Novo Testamento, no h nenhum autor em potencial para escritos inspirados e cannicos futuros. A Palavra de Deus, que "uma vez por todas foi entregue aos santos", nunca deve sofrer acrscimos, mas os crentes devem lugar para reafirm-la (Jd 3). 4. Das quatro exortaes para no adulterar a Escritura, somente a de Apocalipse 22.18-19 contm alertas de severo castigo divino caso seja desobedecida. Alm do mais, o Apocalipse o nico livro do Novo Testamento que termina com esse tipo de admoestao e foi o ltimo livro do Novo Testamento a ser escrito. Portanto, esses fatos sugerem fortemente que o Apocalipse foi o ltimo livro do cnon e que a Bblia est completa; acrescentar ou tirar faria com que Deus ficasse seriamente indignado. 5. Finalmente, a igreja primitiva, aquela mais prxima em tempo dos apstolos, acreditava que o Apocalipse conclua os escritos inspirados de Deus, as Escrituras. Ento, podemos concluir, com base em consistente argumento bblico, que o cnon permanecer fechado. No haver nenhum 672 |jVro da Bblia. NO QUE ACREDITAMOS? Em abril de 1521, Martinho Lutero compareceu perante seus acusadores eclesisticos na Dieta de Worms. Ele havia recebido o ultimato para repudiar a sua f inabalvel na suficincia e clareza das Escrituras. dito que Lutero respondeu: "A no ser que eu seja convencido pela Escritura e pela pura razo no aceito a autoridade dos papas e conclios, uma vez que eles se contradisseram entre si minha conscincia cativa palavra de Deus.... Deus me ajude! Esta a minha posio". Como Martinho Lutero, que ns possamos nos colocar acima das dvidas interiores e confrontar as ameaas exte riores quando a palavra de Deus for atacada. Que Deus nos ajude a sermos leais contendores da f. Que permanea mos com Deus e com a Escritura somente. A Bb l ia Este livro contm: a mente de Deus, a situao do ser humano, o caminho da salvao, o destino dos pecadores e a felicidade dos crentes. Sua doutrina santa, seus preceitos so obrigatrios, suas histrias so verdadeiras e suas decises so imutveis. _eia-o para ser sbio, creia nele para ser salvo e pratique-o para ser santo. Ele contm luz para orient-lo, alimento para fortalec-lo e consolo para anim-lo. Ele o mapa do viajante, o bor do do peregrino, o compasso do piloto, a espada do soldado e a carta do cristo. Nele o cu aberto e os portes zo inferno so revelados. Cristo o grande tema, o nosso bem o seu projeto, e a glria de Deus o seu propsito. Ele deveria encher a mem- ' a governar o corao e guiar os ps. .eia-o devagar, com frequncia e com orao. Ele uma mina de riqueza, sade para a alma e um rio de prazer. Ele - -ado a voc aqui nesta vida, ser aberto no julgamento e firmado para sempre. E e envolve a mxima responsabilidade, recompensar a maior obra e condenar todos que zombam do seu contedo. Outra razo ainda temos ns para, incessantemente, dar graas a Deus: que, tendo vs recebido a oalavra que de ns ouvistes, que de Deus, acolhestes no como palavra de homens, e sim como, em verdade , a palavra de Deus, a qual, com efeito, est operando eficazmente em vs, os que credes. lTs 2.13
  18. 18. Como estudar a Bblia ......* M ' NU -- Aqui esto algumas sugestes sobre como tirar o mximo proveito do estudo desse "manual divino". Essas in- . : dicaes nos ajudaro a responder a mais importante de todas as perguntas cruciais: "De que maneira poder ____o jovem guardar puro o seu caminho?" O salmista responde: "Observando-o segundo a tua palavra" (SI 119:9). PORQUE IMPORTANTE ESTUDARA BBLIA? Por que a Palavra de Deus to importante? Porque ela contm o propsito de Deus e o desejo dele para a sua vida (2Tm 3.16-17). a nica fonte de autoridade divina absoluta para voc como um servo de Jesus Cristo. Ela infalvel em sua totalidade: "A lei do Senhor perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor fiel e d sabedoria aos smplices" (SI 19.7). Ela no tem erros: "Toda palavra de Deus pura; ele escudo para os que nele confiam. Nada acrescentes s suas palavras, para que no te repreenda, e sejas achado mentiroso" (Pv 30.5-6). Ela completa: "Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se algum lhes fizer qualquer acrscimo, Deus lhe acrescentar os flagelos escritos neste livro; e, se algum tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirar a sua parte da rvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro" (Ap 22.18-19). Ela possui autoridade final: "Para sempre, Senhor, est firmada a tua palavra no cu" (SI 119.89). Ela totalmente suficiente para as suas necessidades: "...a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeita- nente habilitado para toda boa obra" (2Tm 3.16-17). Ela cumprir o que promete: "Assim ser a palavra que sair da minha boca: no voltar para mim vazia, mas far o que me apraz e prosperar naquilo para que a designei" (Is 55.11). Ela d a certeza da sua salvao: "Quem de Deus ouve as palavras de Deus..." (Jo 8.47, cf.20.31). COMO SEREI BENEFICIADO PELO ESTUDO DA BBLIA? Milhes de pginas de material so impressas a cada semana. Milhares de novos livros so publicados a cada ms. sso no seria uma surpresa para Salomo, que disse "... atenta... no h limite para fazer livros" (Ec 12.12). Mesmo com a riqueza de livros e com a ajuda de computadores de hoje, a Bblia permanece a nica fonte de reve- =o e poder divinos que pode sustentar os cristos em sua "caminhada diria com Deus". Observe estas importantes :-omessas na Escritura. A Bblia afonte da verdade: "Santifica-os na verdade; a tua palavra a verdade" (Jo 17.17). 4 Bblia afonte das bnos de Deus quando obedecida: "Ele, porm, respondeu: Antes, bem-aventurados so os : .e ouvem a palavra de Deus e a guardam" (Lc 11.28). - Bblia afonte da vitria: "... a espada do Esprito, que a palavra de Deus" (Ef 6.17). - Bblia afonte de crescimento: "desejai ardentemente, como crianas recm-nascidas, o genuno leite espiritual, : a'= que, por ele, vos seja dado crescimento para salvao" (lPe 2.2). - Bblia a fonte de poder: "Pois no me envergonho do evangelho, porque o poder de Deus para a salvao de : do aquele que cr, primeiro do judeu e tambm do grego" (Rm 1.16). - B:blia afonte de orientao: "Lmpada para os meus ps a tua palavra e, luz para os meus caminhos" (SI 119.105). AL DEVERIA SER A MINHA RESPOSTA BBLIA? : : : je a Bblia to importante e porque ela fornece benefcios eternos incomparveis, ento estas deveriam ser s i.zi respostas:
  19. 19. COMO ESTUDAR A BBLIA xxii QUEM. PODE ESTUDARA BBLIA? Nem todos podem ser estudantes da Bblia. Veja se voc mesmo tm as qualificaes abaixo para estudar a Palavra e ser abenoado por ela: Voc salvo pela f em Jesus Cristo (ICo 2.14-16)? Voc est faminto pela Palavra de Deus (lPe 2.2)? Voc est buscando a Palavra de Deus com diligncia (At 17.11)? Voc est buscando a santidade (lPe 1.14-16)? Voc est cheio do Esprito (Ef 5.18)? A pergunta mais importante a primeira. Se voc nunca convidou Jesus Cristo para ser o seu salvador pessoal e o Senhor de sua vida, ento a sua mente est cegada por Satans quanto verdade de Deus (2Co 4.4). Se Cristo sua necessidade, pare de ler exatamente agora e, com suas prprias palavras de orao, fuja do pecado e volte-se para Deus: "Porque pela graa sois salvos, mediante a f; e isto no vem de vs; dom de Deus; no de obras, para que ningum se glorie" (Ef 2.8-9). QUAIS SO AS BASES DO ESTUDO DA BBLIA? O estudo pessoal da Bblia, em preceito, simples. Quero compartilhar com voc cinco passos para o estudo da Bblia que lhe daro um padro a ser seguido. Passo 1 Leitura. Leia uma passagem da Escritura repetidamente at que voc entenda o seu tema, ou seja, a prin cipal verdade que ela contm. Isaas disse: "A quem, pois, se ensinaria o conhecimento? E a quem se daria a entender o que se ouviu? Acaso, aos desmamados e aos que foram afastados dos seios maternos? Porque preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali" (Is 28.9-10). Desenvolva um plano de como voc vai fazer a leitura da Bblia. Diferente dos outros livros, voc provavelmente no ler a Bblia direto de capa a capa. Existem vrios bons planos de leitura da Bblia disponveis, mas aqui est um que eu considero muito til. Leia todo o Antigo Testamento pelo menos uma vez por ano. medida que l, anote nas margens qualquer verdade que particularmente deseja lembrar, e escreva separadamente alguma coisa que voc imediatamente no entendeu. Muitas vezes, enquanto prossegue com a leitura, voc ver que muitas questes sero respondidas pelo prprio texto. As questes para as quais voc no encontrar respostas se tornam o ponto de partida para um estudo mais profundo usando comentrios ou outros recursos de referncia. Siga um plano diferente para ler o Novo Testamento. Leia um livro de cada vez repetidamente por um ms ou mais. Isso o ajudar a reter o que est no Novo Testamento para no ter sempre de depender da concordncia para encontrar algumas passagens. Se voc quiser tentar isso, comece com um livro pequeno, como IJoo, e leia-o de uma vez s todos os dias por 30 dias. No final desse tempo, voc saber o que esse livro contm. Escreva em fichas o tema principal de cada captulo. Ao consultar o seu fichrio durante a leitura diria, voc comear a se lembrar do contedo de cada captulo. De fato, voc desenvolver uma percepo visual do livro na sua mente. Divida os livros maiores em sees pequenas e leia cada seo diariamente por 30 dias. Por exemplo, o Evangelho de Joo contm 21 captulos. Divida-o em trs sees de sete captulos. Ao final de 90 dias, voc ter terminado Joo. Para variar, alterne livros pequenos e grandes, e em menos de trs anos voc ter lido todo o Novo Testamento e realmente o ter entendido! Passo 2 - Interpretao. Na passagem de At 8.30, Filipe perguntou ao eunuco etope, "Compreendes o que vens lendo?" Em outras palavras, "O que a Bblia quer dizer pelo que ela diz?" No suficiente ler a passagem e pular diretamente para a aplicao; precisamos primeiro determinar o que ela significa, do contrrio a aplicao pode ser incorreta. medida que for lendo a Escritura, sempre tenha em mente uma simples pergunta: "O que isto significa?" Res ponder a essa pergunta requer o uso do mais bsico princpio de interpretao, chamado a analogia da f, que diz ao leitor para "interpretar a Bblia com a Bblia". Permita que o Esprito Santo seja o seu professor (lJo 2.27), estude a Escritura que ele escreveu, use referncias cruzadas, as passagens comparativas, concordncias, indexes e outros tipos de ajuda. Para as passagens que ainda permanecerem obscuras, consulte o seu pastor ou homens preparados que escreveram sobre esse tema particular. ERRO S q u e d e v e m s e r e v it a d o s medida que interpreta a Escritura, muitos erros comuns deveriam ser evitados. 1. No tire nenhuma concluso mediante a sua prpria interpretao. Ou seja, no faa com que a Bblia diga o que voc quer que ela diga, mas, em vez disso, deixe que ela fale o que Deus pretendeu quando ele a escreveu. 2. Evite interpretao superficial. Voc tem ouvido pessoas dizerem: "Para mim, esta passagem significa...", ou "Eu acho que isto est dizendo..." O primeiro passo na interpretao da Bblia reconhecer as quatro barreiras que deve mos ultrapassar: linguagem, cultura, geografia e histria (veia abaixnl
  20. 20. xxiii COMO ESTUDAR A BBLIA 3. No espiritualize a passagem. Interprete e entenda a passagem no seu sentido normal, literal, histrico e grama tical, assim como voc entenderia qualquer outra parte de qualquer outra literatura que voc estivesse lendo hoje. BARREIRAS QUE TEMOS DE ULTRAPASSAR Os livros da Bblia foram escritos h muitos sculos. Para entendermos hoje o que Deus estava comunicando ento, h vrias barreiras que precisam ser ultrapassadas: a barreira da linguagem, a barreira da cultura, a barreira da geo grafia e a barreira histrica. A interpretao apropriada, portanto, exige tempo e esforo disciplinado. 1. Linguagem. A Bblia foi originalmente escrita em grego, hebraico e aramaico. Muitas vezes, entender o significado de uma palavra ou expresso na lngua original pode ser a chave para uma interpretao correta de uma passagem da Escritura. 2. Cultura. A barreira da cultura pode ser perigosa. Algumas pessoas tentam usar as diferenas culturais para invali dar os mandamentos bblicos mais difceis. Perceba que a Escritura precisa, primeiro, ser vista no contexto da cultura em que foi escrita. Sem um entendimento da cultura judaica do sculo 12., difcil entender os Evangelhos. Atos e as epstolas devem ser lidos luz das culturas grega e romana. 3. Geografia. Uma terceira barreira que precisa ser ultrapassada a barreira da geografia. A geografia bblica torna a Bblia mais real. Um bom atlas bblico um recurso de referncia muito valioso que pode ajudar voc a compreender a geografia da Terra Santa. 4. Histria. Tambm precisamos ultrapassar a barreira da histria. Diferente das escrituras de muitas outras religies do mundo, a Bblia contm os registros de personagens e acontecimentos histricos. Um entendimento da histria da Bblia nos ajudar a entender as pessoas e os acontecimentos em suas perspectivas histricas apropriadas. Um bom dicionrio bblico ou uma enciclopdia bblica til aqui, assim como estudos histricos bsicos. P r i n c p i o s q u e d e v e m s e r e n t e n d i d o s Quatro princpios deveriam nos orientar medida que interpretamos a Bblia: literal, histrico, gramatical e sntese. 1. O princpio literal. A Escritura deve ser entendida no seu sentido literal, normal e natural. Apesar de a Bblia con ter figuras de linguagem e smbolos, estes foram usados para transmitirem a verdade literal. Em geral, entretanto, a Bblia fala em termos literais, e ns precisamos permitir que ela fale por si mesma. 2. O princpio histrico. Isso significa que interpretamos uma passagem no seu contexto histrico. Precisamos per guntar o que o texto quis dizer s pessoas a quem ele foi primeiramente escrito. Desse modo podemos desenvolver um entendimento do contexto apropriado da inteno original da Escritura. 3. O princpio gramatical. Isso requer que entendamos a estrutura bsica de cada frase em sua lngua original. A quem os pronomes se referem? Qual o tempo do verbo principal? Voc descobrir que quando faz perguntas sim ples como essas, o significado do texto imediatamente torna-se mais claro. 4. Oprincpio da sntese. Isso o que os reformadores chamaram de analogia scriptura. Significa que a Bblia no se contradiz. Caso cheguemos a uma interpretao de uma passagem que contradiga uma verdade ensinada em algum outro lugar nas Escrituras, nossa interpretao pode no estar correta. A Escritura deve ser comparada com a Escritura a fim de descobrirmos o seu pleno significado. Passo 3 Avaliao. Voc leu e fez a pergunta: "O que a Bblia diz?". Depois, voc interpretou, perguntando: "O que a Bblia significa?". Agora, hora de consultar outros para se assegurar de que voc possui a interpretao correta. Lembre-se, a Bblia nunca se contradir. Leia introdues Bblia, comentrios e livros histricos que enriquecero o seu pensamento mediante a ilumi nao que Deus tem dado s pessoas e a voc por meio dos livros que elas escreveram. Em sua avaliao, seja um verdadeiro pesquisador. Seja algum que aceita a verdade da Palavra de Deus mesmo que isso o faa mudar o que tem sempre crido, ou o leve a alterar o seu padro de vida. Passo 4 Aplicao. A pergunta seguinte : "Como a verdade de Deus penetra na nossa vida e a transforma?". Estudar a Escritura sem permitir que ela penetre nas profundezas da sua alma seria equivalente a preparar um ban quete sem com-lo. A pergunta principal a fazer ; "Como as verdades divinas e osprincpios contidos em qualquer passagem se aplicam a mim em termos da minha atitude e minhas aes?" Jesus fez esta promessa queles que levariam o seu estudo da Bblia pessoal at este ponto: "Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes" (Jo 13.17). Tendo lido e interpretado a Bblia, voc deveria ter um entendimento bsico do que a Bblia diz, e o que ela quer dizer pelo que ela diz. Mas estudar a Bblia no para por aqui. O objetivo mximo deve ser deix-la falar com voc e possibilitar que voc se desenvolva espiritualmente. Isso requer aplicao pessoal. O estudo da Bblia no est completo at que nos perguntemos: "O que isto significa para a minha vida e como eu :osso aplicar isto de maneira prtica na minha vida?". Precisamos tomar o conhecimento que adquirimos mediante a "ossa leitura e interpretao e retirar os princpios prticos que se aplicam nossa vida pessoal. Se h um mandamento que deve ser obedecido, ns obedecemos a ele. Se h uma promessa que deve ser aceita, cevemos clamar por ela. Se h uma advertncia a ser seguida, devemos prestar ateno nisso. Este o passo mais
  21. 21. COMO ESTUDAR A BBLIA xxiv importante: ns nos submetemos Escritura e permitimos que ela transforme a nossa vida. 5e voc pular esse passo, nunca ter prazer no estudo da Bblia e a Bblia nunca mudar a sua vida. Passo 5 Correlao. Este ltimo estgio liga a doutrina que voc aprendeu numa passagem ou num livro particular com verdades e princpios divinos aprendidos em qualquer outro lugar na Bblia a fim de formar um todo. Mantenha sempre em mente que a Bblia um livro em 66 partes, e ele contm algumas verdades e princpios que so ensinados vrias vezes numa variedade de maneiras e circunstncias. Ao correlacionar e fazer referncias cruzadas, voc come ar a construir uma base doutrinria slida pela qual viver. E AGORA? O salmista diz: "Bem-aventurado o homem que no anda no conselho dos mpios, no se detm no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer est na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite" (SI 1.1-2). No o suficiente apenas estudar a Bblia. Precisamos meditar nela. Num sentido muito real, ns estamos dando um banho em nossa mente; estamos lavando-a na soluo purificadora da Palavra de Deus. No cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele est escrito; ento, fars prosperar o teu caminho e sers bem-sucedido. Js 1.8 Nela est a fonte da qual a gua flui, Para refrescar o calor do pecado: Nela est a rvore da qual a verdade nasce, Para orientar a nossa vida aqui: Nela est o juiz que acaba com a contenda, Quando os recursos do ser humano falham: Nela est o po que alimenta a vida, Que a morte no pode atacar: As boas-novas da terna salvao, Vm aos nossos ouvidos a partir dela: A fortaleza da nossa f est nela, Bem como o escudo que nos defende: Ento, no seja como o porco que tinha Uma prola sua disposio, Mas obtinha mais prazer na lavagem E em se espojar na lama. No leia esse livro de qualquer maneira, Mas com um nico olhar: Leia desejando primeiramente a graa de Deus, Para que assim possa entend-lo. Ore ainda em f a esse respeito, Para que possa dar bons frutos, Que o entendimento traga este efeito, O de mortificar o seu pecado. Ento, feliz voc ser em toda a sua vida, Isto se cumprir em voc: Sim, voc ser feliz em dobro, Quando Deus pela morte lhe chamar. (Da primeira Bblia impressa na Esccia 1576)
  22. 22. XXV COMO ESTUDAR A BBLIA O PROGRESSO DA REVELAO a n t i g o T e s t a m e n t o Livro Data aproxim ada da escrita A utor 1. J ............................................................................. D escon h ecida......................................................Annimo 2. G n e sis............................................................... 1445-1405 a.C....................................................Moiss 3. xo do .................................................................... 1445-1405 a.C ....................................................Moiss 4. Le v tico ............................................................... 1445-1405 a.C....................................................Moiss 5. N m e ro s.......................................................... 1445-1405 a.C....................................................Moiss 6. D eu tero n m io ............................................. 1445-1405 a.C.................................................... Moiss 7. S a lm o s ............................................................... 1410-1405 a.C.....................................................Vrios autores 8. J o s u ................................................................... 1405-1385 a.C.....................................................Josu 9. Ju iz e s ...................................................................ca. 1043 a.C.............................................................Samuel 10. Rute ....................................................................ca. 1030-1010 a.C................................................Samuel (?) 11. Cntico dos C n tico s............................... 971-965 a.C.......................................................... Salomo 12. P ro v rb io s ...................................................... 971-686 a.C..........................................................A maioria, Salomo 13. E c le s ia s te s ...................................................... 940-931 a.C..........................................................Salomo 14. IS a m u e l........................................................... 931-722 a.C...........................................................Annimo 15. 2 S a m u e l.......................................................... 931-722 a.C...........................................................Annimo 16. Obadias .......................................................... 850-840 a.C......................................................... Obadias 17. J o e l........................................................................ 835-796 a.C..........................................................Joel 18. J o n a s ...................................................................ca. 760 a.C................................................................Jonas 19. A m s ...................................................................ca. 755 a.C................................................................Ams 20. Oseias ............................................................... 755-710 a.C...........................................................Oseias 21. M iq u e ia s.......................................................... 735-710 a.C...........................................................Miqueias 22. Is a a s .................................................................... 700-681 a.C..........................................................Isaas 23. N au m ................................................................... ca. 650 a.C................................................................Naum 24. S o fo n ia s .......................................................... 635-625 a.C..........................................................Sofonias 25. H abacuque...................................................... 615-605 a.C..........................................................Habacuque 26. Ezequiel .......................................................... 590-570 a.C ..........................................................Ezequiel 27. Lam enta es................................................. 586 a.C.....................................................................Jeremias 28. J e re m ia s .......................................................... 586-570 a.C..........................................................Jeremias 29. 1R e is .................................................................... 561-538 a.C...........................................................Annimo 30. 2 R e is ................................................................... 561-538 a.C...........................................................Annimo 31. Daniel ............................................................... 536-530 a.C..........................................................Daniel 32. A g e u .................................................................... ca. 520 a.C................................................................Ageu 33. Zacarias .......................................................... 480-470 a.C..........................................................Zacarias 34. Esdras ............................................................... 457-444 a.C..........................................................Esdras 35. IC r n ica s.......................................................... 450-430 a.C..........................................................Esdras (?) 36. 2C r nicas.......................................................... 450-430 a.C..........................................................Esdras (?) 37. E s t e r ................................................................... 450-331 a.C..........................................................Annimo 38. Malaquias ...................................................... 433-424 a.C..........................................................Malaquias 39. N e e m ia s .......................................................... 424-400 a.C..........................................................Esdras
  23. 23. COMO ESTUDAR A BBLIA xxvi % O PROGRESSO DA REVELAO -4 ' - * N o v o T e s t a m e n t o Livro Data aproxim ada da escrita Autor 1. T ia g o .................................... .................................... 44-49 d.C......................................... ..................Tiago 2. G la ta s ................................ .................................... 49-50 d.C.......................................... ..................Paulo 3. M a te u s ................................ .................................... 50-60 d.C......................................... ..................Mateus 4. M a rc o s ................................ ..................................... 50-60 d.C......................................... .................. Marcos 5. ITessalonicenses . . . .................................... 51 d.C.................................................... . . . . . Paulo 6. 2Tessalonicenses . . . .................................... 51-52 d.C............................................. ..................Paulo 7. ICorntios ....................... .....................................55 d.C.................................................... ..................Paulo 8. 2Corntios ....................... .................................... 55-56 d.C.......................................... 9. R o m a n o s........................... .................................... 56 d.C.................................................... ..................Paulo 10. L u c a s .................................... .................................... 60-61 d.C............................................ .................. Lucas 11. E f s io s ................................ .................................... 60-62 d.C......................................... ..................Paulo 12. Filipenses ............................ ..................................... 60-62 d.C......................................... ..................Paulo 13. Colossenses .................. ..................................... 60-62 d.C......................................... ..................Paulo 14. F ile m o m ........................... .................................... 60-62 d.C......................................... ..................Paulo 15. Atos .................................... .................................... 62 d.C. ............................................... 16. U im te o ........................... .................................... 62-64 d.C.......................................... ..................Paulo 17. T it o ......................................... .................................... 62-64 d.C.......................................... ..................Paulo 18. 1P e d r o ................................ .................................... 64-65 d.C......................................... .................. Pedro 19. 2 T im teo ...................... . .................................... 66-67 d.C......................................... ..................Paulo 20. 2 P e d ro ................................ .................................... 67-68 d.C.......................................... .................. Pedro 21. Hebreus ........................... .................................... 67-69 d.C.......................................... ..................Desconhecido 22. J u d a s .................................... .................................... 68-70 d.C.......................................... .................. Judas 23. Joo .................................... .................................... 80-90 d.C......................................... ..................Joo 24. 1 Jo o .................................... .................................... 90-95 d.C.......................................... ..................Joo 25. 2 Jo o .................................... .................................... 90-95 d.C.......................................... ..................Joo 26. 3 Jo o .................................... .................................... 90-95 d.C......................................... ..................Joo 27. A p o c a lip se ....................... .................................... 94-96 d.C.......................................... ..................Joo
  24. 24. An t ig o Testa m en to
  25. 25. Introduo ao PENTATEUCO% - ' ' * , fc- - - ^ Os cinco primeiros livros da Bblia (Gnesis, xodo, Levtico, Nmeros, Deuteronmio) formam uma unidade literria completa chamada Pentateuco, que significa "cinco rolos". Os cinco livros independentes do Penta- - ~.i teuco foram escritos como uma unidade contnua tanto em contedo quanto em seqncia histrica, com cada livro sucessivo comeando onde o anterior terminou. As primeiras palavras de Gnesis, "No princpio criou Deus..." (Gn 1.1) implica a realidade da existncia eterna ou antes do tempo" de Deus e anuncia a transio espetacular para o tempo e espao. Conquanto a data exata da cria o no possa ser determinada, ela certamente pode ser estimada como tendo acontecido