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Bíblia
estudo, 2015
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A BÍBLIA, UM BREVE ESTUDO
“Nenhum Livro do mundo sofreu mais adulterações do que a Bíblia. E nenhum Livro do mundo é mais cheio de
escabrosas contradições. Mas também nenhum Livro do mundo apresenta mais testemunhos sobre a Lei de Deus e as
graças do Divino Mediunismo, a Luz do Mundo e o Sal da terra, a Divina Fonte de advertências, ilustrações e
consolações.” (Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas, capítulo I)
Todas as Bíblias da Humanidade podem contar verdades impassáveis ou centrais, as chamadas linhas mestras da
Verdade que livra; porém nenhuma das outras contém o sentido profético da Bíblia Ocidental ou cristã. Os problemas do Porvir são tratados somente na Bíblia Ocidental, provando sua imensa superioridade sobre as demais. Os Patriarcas receberam avisos de anjos, espíritos ou almas, sobre a vinda de Moisés, o Legislador; Moisés recebeu aviso sobre a vinda do Divino Molde Jesus, sempre por anjos ou espíritos; Jesus anunciou a corrupção e restauração da Doutrina do Caminho; e os Apóstolos e seguidores de Jesus, até o ano 325, que foi o da corrupção romana, foram recebendo informes, por anjos ou espíritos comunicantes, sobre o que aconteceria nos tempos porvindouros, até a consumação evolutiva do Planeta e da sua Humanidade.
Está em I Macabeus, 12, 9 (“Nós, posto que não necessitemos destas coisas, pois temos por consolação os
santos livros, que estão entre nossas mãos”...) o consolo e a instrução que sempre trouxeram os sagrados escritos.
Porém, ao querermos sondar tais escrituras, percebemos que muito lhes foi inserido e tirado. Nem toda Bíblia traz
Macabeus, em algumas Malaquias não terá o capítulo 4 com esta numeração, outras trarão a palavra espíritas, vocábulo
que surgiu apenas no século XIX e assim por diante.
Sabedores que somos que muito foi adulterado, nem por isso deixaremos de pesquisar, ler e procurar entender
esta Bíblia da Humanidade, que é filha dileta do mediunismo posto em prática, a única profética dentre todas as outras
que a Humanidade já teve (Vide capítulo XII do Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas).
A Bíblia não é apenas um só Livro, mas a coletânea de livros que expõe a fé judaica (Velho Testamento) e a
história deste povo escolhido por Deus para ser veículo de Suas Verdades, as profecias (Novo Testamento) que relatam
a vinda do Messias (João Batista e Jesus) e a tarefa de nosso Verbo Modelar (Jesus), os acontecimentos posteriores ao
desencarne de ambos, o trabalho dos apóstolos, as profecias relativas aos acontecimentos que terão lugar pelo proceder
da Humanidade perante o que foi colocado como exemplo de vivência das Verdades Divinas.
A LEITURA ESOTÉRICA DA BÍBLIA Diz-nos Henri Durville, “A Ciência Secreta”, a partir do primeiro Pentecostes:
(“O Senhor respondeu a Moisés: Juntai-me 70 homens, sábios de Israel, que souberdes mais instruídos, e conduzi-los-á à
entrada do Tabernáculo da Aliança, onde os fareis permanecer convosco. Eu descerei aí para vos falar: tomarei o Espírito que está
em vós, e inspirar-lhes-ei.” (Num, 11, 16 e 17).
“Então o senhor, tendo descido na nuvem, fala a Moisés, toma o Espírito que estava nele e o infunde a esses 70 homens. O
Espírito, apenas penetrado em cada um, tornou-os Profetas e continuaram sempre assim”).
A tradição oral, confiada primeiramente aos 70 discípulos continuou muito tempo assim, sem a intervenção de
qualquer escrito. Não foi senão depois que estes ensinamentos secretos foram conhecidos em várias obras, das quais as
mais importantes são o Sepher Jezirah (ou o Livro da Criação) e o Zohar (Livro dos Princípios).
A leitura destas obras é árdua e pesada, porque tudo é mistério, mesmo as explicações que se esforçam a
elucidar esta linguagem infinitamente abstrata. Haveria, entretanto, uma chave para esses mistérios e todos os ocultistas
são de acordo em dizer que havia um sentido esotérico da maior beleza e de grande alcance filosófico.
Desgraçadamente, o conhecimento deste sentido místico não pode ser obtido senão depois de longo trabalho que não é
fácil de ser empreendido por toda a gente.
Um mestre do pensamento esotérico moderno, Edouard Schuré, diz em relação ao sentido esotérico de Gênesis:
“Nem uma dúvida, dada a educação de Moisés, existe que ele escreveu o Gênese em hieróglifos egípcios em
três sentidos. Confiou a chave e a explicação oral aos seus sucessores. Quando, no tempo de Salomão, traduziu-se a
Gênese em caracteres fenícios, quando depois do cativeiro da Babilônia, Esdras a redigiu em caracteres aranianos
caldaicos, o sacerdócio judeu não manejava as chaves senão imperfeitamente. Quando vieram, finalmente. Os
tradutores gregos da Bíblia, estes não tinham senão uma fraca ideia do sentido esotérico dos textos.
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Jerônimo, apesar de suas sérias intenções e seu grande espírito, quando fez a sua tradição latina segundo o exto
hebreu, não pôde penetrar até o sentido primitivo e, tendo-o conseguido, teria de calar. Então, enquanto lemos a Gênese
nas nossas traduções, não temos senão o sentido primário e inferior.
Apesar da boa vontade, os exegetas e os teólogos mesmo, ortodoxos e livres-pensadores, não viam o texto
hebraico senão através da Vulgata. O sentido comparativo e superlativo, que é o sentido profundo e verdadeiro, escapa-
lhes.
Não fica menos misteriosamente oculto no texto hebreu que mergulha, por suas raízes, até a língua sagrada, por
suas raízes, até a língua sagrada dos templos, refundida por Moisés, língua ou cada vogal, cada consoante tinha um
sentido universal, em relação ao valor acústico da letra e o brilho da alma do homem que a produz.
Para os intuitivos, este sentido profundo salta algumas vezes como uma centelha, do texto: para os videntes,
reluz na estrutura fonética das palavras adotadas ou criadas por Moisés: sílabas mágicas em que o iniciado de Osíris
vasa seu pensamento como um metal sonoro em um molde perfeito.
Pelo estudo deste fonetismo que leva a marca da língua sagrada dos templos antigos, pelos chefes que nos
fornecem a Cabala e de que alguns vão até Moisés, enfim, pelo esoterismo comparado, é-nos permitido hoje entrever e
reconstruir a Gênese verdadeira. Assim, o pensamento de Moisés sairá brilhante com o ouro da fornalha dos séculos,
das escorias de uma teologia primária e das cinzas da crítica negativa (Os Grandes Iniciados)
ISRAEL ESCOLHIDO PARA QUÊ?
Israel foi escolhido para entregar à Humanidade os Três Fatores Iniciáticos da Doutrina do Caminho, mais
tarde chamada Cristianismo. Qualquer pessoa sensata descobre, pela documentação, ou cumprimento de PROFECIAS,
que o Moisaísmo se completa na Doutrina do Caminho, ou Cristianismo, pois é no Velho Testamento que se encontram
todas as PROMESSAS que se cumpriram no Novo Testamento.
A Lei é para toda a carne, o Verbo Modelo é para toda a carne, e os Dons do Espírito Santo, Carismas ou
Mediunidades, também são de toda a carne. E tudo isso, que foi prometido por Deus, veio através do Povo Escolhido.
Entretanto, para a desgraça do Povo Escolhido, sempre foram surgindo os sacerdotes, ou rabinos, os escribas e fariseus
hipócritas, desviando da VERDADE, criando caminhos errados, vendendo fingimentos ou simulações, blasfemando
contra os Dons Espirituais e os seus sinais e prodígios, a comunicabilidade dos Anjos ou Espíritos Mensageiros.
A VULGATA DE JERÔNIMO
A Vulgata foi escrita por Jerônimo, (nascido em Strídon, em cerca de 347 — desencarnou em Belém, 30 de
setembro de 419/420), sendo seu nome completo Eusebius Sophronius Hieronymus, é conhecido sobretudo como
tradutor da Bíblia do grego antigo e do hebraico para o latim. Iniciou os trabalhos em 384, a convite do Papa Damaso, e
em 386 mudou-se para a Palestina, trabalhando ali até 404.
Jerônimo, em alguns livros, trabalhou diretamente do original; em outros, revisou e “corrigiu” uma antiga
versão latina (como os Salmos, Evangelhos, e outros), e não tocou na versão latina nos livros Macabeus, Sabedoria,
Eclesiástico e Baruc. O nome vem da frase versio vulgata, isto é "versão dos vulgares", e foi escrito em um latim
cotidiano usado na distinção consciente ao latim elegante de Cícero, do qual Jerônimo era um mestre
Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que verteu o Velho Testamento diretamente do hebraico
e não da tradução grega conhecido como Septuaginta. No Novo Testamento, Jerônimo selecionou e revisou textos.
A edição de Jerônimo, a "Vulgata", é ainda o texto bíblico oficial da Igreja Católica Romana, que o reconhece
como Padre da Igreja (um dos fundadores do dogma católico) e ainda doutor da Igreja. Foi publicada cerca de 400 d.C.,
poucos anos depois de Teodósio I ter feito do Cristianismo a religião oficial do Império Romano (391).
A Inquisição, desde 1547 proibia a posse de Bíblias em línguas vernaculares (populares), permitindo apenas a
Vulgata latina, e com sérias restrições
A única tradução moderna em Português, que utiliza os mesmos textos-base em grego e hebraico que foram
utilizados por João Ferreira de Almeida, é a versão Almeida Corrigida Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana do
Brasil. As demais traduções modernas, embora utilizem o nome "Almeida", como a Almeida Revista e Atualizada e
Almeida Revista e Corrigida baseiam-se em maior ou menor grau nos manuscritos do chamado Texto Crítico, que
passou a ser utilizado somente a partir do século XIX.
O próprio Jerônimo confessa que na tradução de alguns livros usou apenas algumas horas, porém em outros
teve muito cuidado ao traduzir. Em comunicação recente explica que foi obrigado a colocar certos fatos em ordem
alterada, inserir vocábulos de difícil compreensão e até mesmo modificações a pedido de representantes do Império
Romano, tudo isso sob pressão de promessa de desencarne caso não cumprisse tais pedidos. Deplorando o que teve que
fazer, contou o que lhe custou em termos de pagamento perante a Justiça Divina e aconselha muito cuidado aos que
usam a caneta para falar do que é Sagrado...
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A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS e O NOVO TESTAMENTO DOS ESPÍRITAS
São obras que não devem faltar na biblioteca de um estudioso dos textos bíblicos já que o Pai Divino, Osvaldo
Polidoro, deixou-nos expostas as deturpações, interpolações e interferências, para que fôssemos entendendo melhor o
que havia para ser conhecido e foi desviado do lugar correto.
Heráclito Carneiro expôs, com o título de “A Corrupção e a Restauração”, prefácio do livro “O Novo
Testamento dos Espíritas”, os fatos históricos que marcaram o fim do Cristianismo, iniciando-se a corrupção da Besta
Romana, profetizada no capítulo 13 do Apocalipse.
SOBRE A BÍBLIA
A Bíblia hebraica é constituída de 39 livros. Estes são divididos em três categorias: a Lei (torah), os Profetas
(nevi’im) e os escritos (ketuvim). A palavra hebraica que designa a Bíblia, tahakh, é um acrônimo formado por estas
palavras. Para os judeus, o primeiro grupo, constituído pelos Cinco Livros de Moisés, é o mais sagrado. Segundo a
Bíblia, estes livros foram escritos por Deus e revelados a Moisés no Monte Sinai. Metade é narrativa e metade são
ensinamentos religiosos. Em hebraico, as palavras que iniciam cada livro foram usadas para nomeá-lo, e portanto
Gênese é bereshit – “No princípio” – e Êxodo é se’eleh shmoth – “Agora estes são os nomes” -, e assim por diante. E,
inglês, os nomes vêm de traduções antigas para o grego.
O Gênese, da palavra grega geneseosis – origens -, conta a história da Criação, de Noé e dos Patriarcas. O
Êxodo, em grego exodos, “partida”, relata a fuga dos israelitas da escravidão. O Levítico, expressão grega que significa
sacerdotal, e os Números, uma referência aos vários censos que aparecem no livro, contêm histórias da temporada dos
israelitas no deserto, entremeadas de mais de 600 mitzvot – leis. O Deuteronômio, nome que vem do termo grego para
designar lei repetida, concentra-se no discurso de despedida de Moisés aos israelitas nas fronteiras da Terra Prometida.
A estes livros foram acrescentados mais tarde outros trinta e seis para constituir as escrituras hebraicas. Os primeiros
seguidores de Jesus acrescentaram-lhes ainda cinco narrativas, vinte e uma cartas e um livro de visões. Originalmente,
estes últimos acréscimos eram considerados um adendo às escrituras Hebraicas, porém, à medida que ganharam em
importância, os cristãos começaram a chamar os primeiros livros de “Velho Testamento”, e os posteriores de “Novo
Testamento”.
Uma lição rapidamente aprendida por mim foi que a visão que se tem da Bíblia muitas vezes depende de qual
Bíblia se lê. As bíblias cristãs, por exemplo, apresentam os livros posteriores das escrituras hebraicas em uma ordem
diferente da que se encontra nas bíblias judaicas. As bíblias católicas, tanto nas traduções quanto no conteúdo, diferem
das bíblias protestantes, que diferem das Bíblias anglicanas, que diferem das Bíblias ortodoxas gregas. Essa
discordância começou na Antiguidade. A palavra Bíblia vem do grego biblia, que significa “livros”, que, por sua vez,
vem da palavra byblos, ou papiro, uma planta do Nilo com a qual se produziu o papel antigo. A versão completa mais
antiga da bíblia hebraica é a Septuaginta(*), um conjunto de traduções gregas datadas do século 3 a. C. que diferia
ligeiramente do original hebraico, principalmente pelo fato de abranger os livros conhecidos como Apocrypha. A
palavra septuaginta, que significa “setenta”, vem da lenda de que 72 escribas fizeram a tradução. A Septuaginta é a
melhor fonte de informação sobre a Bíblia pré-cristã e é citada no Novo Testamento. A versão hebraica definitiva do
texto tem data muito posterior – por volta do século 1 d. C. – e é conhecida como o Texto masorético, ou Tradicional.
Embora as diferenças aparentemente não tenham importância, essas traduções tiveram enorme impacto na
maneira como vemos a Bíblia. Por exemplo, o texto hebraico original não tinha vogais, pois as línguas semíticas
originalmente não as possuíam. Além disso, o texto não tinha capítulos, que foram acrescentados na Inglaterra do século
13; nem versículos, acrescentados em Genebra no século 16. Não foi escrita em papel, mas em papiro, pergaminho, até
em couro. (trechos compilados de “Pelos caminhos da Bíblia”, Bruce Feiler)
(*) Septuaginta: a mais antiga tradução da bíblia do original hebreu para o grego (5 primeiros livros
(Pentateuco) deve ter ocorrido no séc. III a.C. e o restante no séc. II a.C.). A tradução se deu com 72 tradutores (6 de
cada uma das 12 tribos de Israel que trabalharam separadamente, e no final todas as versões estavam idênticas). A
Vulgata Latina (iniciada em 382), tradução a partir da Septuaginta feita por Jerônimo que, também, utilizou a versão
original em Hebreu, terminando o trabalho em 405 (alguns livros do Novo Testamento foram revisados). Não foi
imediatamente aceita, a não ser a partir da segunda metade do séc. VI. Outras traduções apareceram (séc. XIII,
Universidade de Paris), mas o Concilio de Trento (1546) legitimou apenas a Vulgata Latina. A Vulgata Clementina
(1592 - Papa Clemente VIII) depois se tornou a versão oficial. Esta última serviu de base para traduções em 1941
CORPO DA BÍBLIA. A parte humana, história do Povo Hebreu, com todas as suas implicações, em todos
os campos de atividade, como é normal em cada Povo.
ESPÍRITO DA BÍBLIA. A parte em que entra a MENSAGEM DIVINA, apresentada através dos seus
VULTOS MESSIÂNICOS, dos Patriarcas, de Moisés, dos Profetas, do Cristo Inconfundível, dos Apóstolos e
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demais seguidores. O ESPÍRITO DA BÍBLIA ASSENTA NA REVELAÇÃO, QUE ERA ESOTÉRICA OU
OCULTA ANTES DO BATISMO DE ESPÍRITO OU DERRAME DE DONS SOBRE A CARNE,
TRAZIDO PELO CRISTO MODELO.
RESUMO DA HISTÓRIA
Velho testamento
O VT começa com a criação do mundo – incluindo Adão e Eva. A história continua com Deus chamando ao
patriarca Abraão por volta do ano 2000 aC. Deus chamou Abraão para deixar o lar, dirigir-se a uma nova terra, e
tornar-se o pai de “uma grande nação” (Gn 12.2-3) – Israel.
Num período de tempo relativamente curto, os descendentes de Abraão acharam-se no Egito. Logo o número
desses descendentes tornou-se uma ameaça ao faraó governante do Egito, e ele ordenou que fossem escravizados.
Foi nessa época que Moisés recebeu o chamado divino para tirar Israel da escravidão do Egito e conduzi-lo à
terra Prometida de Canaã. Em seguida ao êxodo do Egito (cerca de 1450 aC), Israel recebeu a Lei – as leis e as
instituições sociais que a nova nação devia observar, incluindo os Dez Mandamentos. Recusando-se os temerosos
israelitas a entrar na Terra Prometida conforme Deus ordenara, o Senhor os condenou a peregrinar no deserto, ao sul de
Canaã, por mais de 40 anos.
Josué, sucessor de Moisés, foi quem introduziu o povo de Israel na Terra Prometida. Esta conquista se fez
com violência (o livro de Josué conta a história). Após a morte de Josué, “...cada uma fazia o que achava mais reto”
(Jz 21.25), e foi necessário que Deus suscitasse juízes. Eles chamaram o povo ao arrependimento e derrotaram os
opressores de Israel (o livro de Juízes narra a história).
Saul foi o primeiro rei de Israel. Davi, seu sucessor, escolheu Jerusalém como capital, fazendo-a ao mesmo
tempo o centro político e espiritual da nação. Salomão o sucedeu; este consolidou o reino recebido de seu pai e
construiu o grande templo de Jerusalém. Conhecido por sua sabedoria, foi também um dirigente insensato; seu amor ao
luxo, às mulheres bonitas e às alianças políticas, tiveram efeito desastroso pra a nação.
Após a morte de Salomão seguiu-se uma guerra civil sangrenta, e a nação dividiu-se em Israel ao norte e Judá
ao Sul. Elas caíram na idolatria e no pecado, e Deus suscitou profetas – homens que declaravam a vontade do Senhor
ao seu povo – para chamá-los ao arrependimento. Ambas as nações ignoraram as advertências dos profetas, e
finalmente os inimigos destruíram ambas (Israel foi destruída pela Assíria em 723 aC e Judá pela Babilônia em 586 aC.
Os seus dirigentes foram tomados cativos e enviados ao exílio).
Mais tarde, muitos descendentes dos exilados regressaram à Palestina. Um grupo retornou em 538 aC e
reconstruiu o templo; outro voltou em 444 aC e reconstruiu os muros de Jerusalém sob a liderança de Esdras e
Neemias. Israel voltou à velha prática do pecado e da indiferença; e com o término do Período do Antigo Testamento,
ouvimos a voz do profeta Malaquias condenando os caminhos pecaminosos do povo.
PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO
Os 400 anos decorridos desde a profecia de Malaquias até a vinda de Cristo são conhecidos como Período
Intertestamentário. Os livros de Macabeus, que descrevem a revolta macabéia e o caos na Palestina, e os escritos de
Josefo, historiador do primeiro século da era cristã, são as principais fontes de informação sobre esse período.
O livro de Daniel deu uma visão prévia desses anos. Através dos olhos da profecia, Daniel esboçou os
principais acontecimentos políticos dessa época. Daniel viveu durante a ascensão da Babilônia como potência mundial.
Ele viu o reino desaparecer e ser substituído pelo governo medo-persa. Em sua visão profética Daniel viu, portanto, a
ascensão de outras grandes forças que dominariam o período intermediário dos Testamentos: Alexandre, os Ptolomeus
do Egito, os Selêucidas da Síria, os Macabeus e os Romanos.
a) O Último Período Persa ( até 331 aC). O AT encerra-se com o Império Persa ainda no poder. Ciro havia
permitido aos judeus voltar à terra para reconstruir o templo (538 aC). Ester, judia, havia ascendido à proeminência no
palácio do rei persa (470 aC). Esdras (456 aC) e Neemias (443 aC) haviam voltado ao país e instituído reformas.
Nada aconteceu na Palestina de muito interesse internacional no restante do governo persa. O sumo sacerdote
judeu governava o país e o ofício passou a ser altamente cobiçado. Ocorreram diversas disputas infames pelo posto.
Numa ocasião um sumo sacerdote matou o irmão quando este buscava o posto para si. O governador persa ficou tão
estarrecido por este ato que impôs uma pesada multa sobre a população.
b) O Período de Alexandre Magno (335-323 aC). Ao governo persa seguiu-se a ascensão de Alexandre ao
poder sobre um vasto império, incluindo a Palestina. Filipe da Macedônia, seu pai, havia estendido o governo sobre
toda a Grécia e se preparava para uma grande guerra com a Pérsia, quando foi assassinado. Sucedeu-o seu filho
Alexandre então com apenas 20 anos de idade, e dentro de pouco tempo acabou com o poder da Pérsia.
Em 335 aC Alexandre deu início a seu memorável reinado de doze anos. Depois de consolidar o governo em
sua terra natal, ele rumou para o leste conquistando a Síria, a Palestina, o Egito e, finalmente, a própria Pérsia. Ele
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buscou conquistar terras mais ao leste, porém suas tropas se recusaram a fazê-lo. Morreu na Babilônia em 323 aC. Em
seus trinta e três anos de vida ele deixou um marco indelével na história.
c) A Era dos Ptolomeus (323-204 aC). Ninguém sucedeu a Alexandre. Finalmente, quatro de seus generais
dividiram o império. Dois deles, Ptolomeu e Seleuco I, envolver-se-iam no governo da Palestina.
Depois de algumas lutas entre esses generais, o Egito caiu nas mãos de Ptolomeu Sóter. A Palestina também
foi acrescentada ao seu quinhão. No início ele foi duro com os judeus. Mais tarde ele os empregou em várias partes de
seu reino, muitas vezes em altos postos.
Seu sucessor, Ptolomeu Filadelfo, foi um dos mais eminentes deles. Amável para com os judeus, promoveu as
artes e desenvolveu o império em todos os aspectos. As Escrituras Hebraicas fora traduzidas para o grego durante o seu
reinado na cidade egípcia de Alexandria. A Septuaginta, como se denominou essa versão, podia ser lida, em todo o
império.
Com o passar do tempo, cresceram as rivalidades entre os reis do Egito (Ptolomeus) e os reis da Síria
(Selêucidas). A rivalidade atingiu o clímax nos reinados de Ptolomeu Filópater (222-204 aC) e de Antíoco o Grande, da
Síria (223-187 aC). Filópater venceu a Antíoco numa batalha nas proximidades de Gaza. Em sua volta da batalha,
Filópater visitou Jerusalém e decidiu entrar no templo. Embora o sumo sacerdote tentasse dissuadi-lo, ele fez a
tentativa. Relata Josefo que ao aproximar-se do Santo Lugar, foi tomado de tal terror que saiu do templo.
Visto que os judeus lhe faziam oposição, Filópater retirou-lhes os privilégios, multou-os, e começou a
persegui-los. Capturando em Alexandria todos os judeus que pôde, trancafiou-nos num hipódromo cheio de elefantes
embriagados. Esperava que os elefantes caíssem sobre os judeus, esmagando-os. Não foi o que aconteceu. Enfurecidos,
os elefantes escaparam, matando muitos dos espectadores. Filópater interpretou isso como um sinal de Deus a favor
dos judeus e parou de persegui-los. Ao morrer, em 204 AC, sucedeu-o seu filho Ptolomeu Epifânio, com apenas cinco
anos de idade. Antíoco o Grande, da Síria, aproveitou a oportunidade para arrebatar do Egito o controle da Palestina.
d) O Período Sírio (204-166 aC) Os egípcios enviaram uma embaixada a Roma pedindo-lhe ajuda contra
Antíoco. Acedendo ao pedido, Roma mandou um exército, que a princípio não obteve êxito. Finalmente, porém, eles
obrigaram Antíoco a evacuar toda a região ao ocidente e ao norte das montanhas do Taurus. Numa incursão ao oriente
para financiar a guerra, Antíoco foi morto pelos habitantes da província de Elimais enquanto saqueava um templo de
Júpiter.
O reinado de seu sucessor, Seleuco Filópater, não apresentou nenhum fato de relevo. Mas com a ascensão de
Antíoco Epifânio (“a manifestação de Deus”), teve início uma das mais sombrias épocas da história judaica.
Onias exercia o sacerdócio em Jerusalém quando Epifânio começou a reinar. Visto que os gregos desejavam
helenizar os judeus, Epifânio vendeu o cargo de sumo sacerdote ao irmão de Onias, por trezentos e sessenta talentos.
Onias fugiu da cidade. O usurpador mudou de nome; de Jesus passou a chamar-se Jasão, colaborando dessa maneira
com Antíoco em seu esforço de impor a cultura e religião grega aos judeus. Os velhos costumes hebreus e suas práticas
religiosas foram desestimulados; judeus foram enviados a Tiro a fim de tomar parte nos jogos em homenagem ao deus
pagão Hércules, e em seu altar eram oferecidos sacrifícios. Finalmente, Menelau, outro irmão, fez oferta maior que a de
Jasão pelo sacerdócio e intensificou o ataque ao judaísmo.
Com a ida de Antíoco Epifânio ao Egito para sufocar o levante, correu o boato de que ele fora morto e os
judeus começaram a celebrar o fato com grande alegria. Sabedor disso, ele voltou a Jerusalém, sitiou e tomou a cidade,
e massacrou quarenta mil judeus. Para mostrar seu desprezo pela religião judaica, entrou no Santo dos Santos,
sacrificou uma porca sobre o altar, e espargiu o sangue sobre o edifício. Por sua ordem o templo passou a ser templo do
Zeus Olímpio; proibiram-se culto e os sacrifícios judaicos que foram substituídos pelos ritos pagãos. Proibiu-se a
circuncisão, e a mera posse de uma cópia da Lei se tornou ofensa punível com a morte.
Os judeus resistiram. Um homem chamado Eleazar, idoso escriba de elevada posição, foi morto porque se
recusou a comer carne de porco. Um após outro, a mãe e seus sete filhos tiveram a língua cortada, os dedos das mãos e
dos pés amputados, e lançados num tacho fervente. Um grupo de resistentes, em número aproximado de mil pessoas,
foi atacado no sábado. Recusando-se a quebrar as proibições sabáticas, foram mortos sem luta.
Uma família de classe sacerdotal, chamada asmoneus, resistiu vigorosamente aos éditos. Quando os emissários
da Síria tentaram fazer cumprir os decretos de Epifânio, Matatias, pai da família chamada macabeus, recusou-se a
adorar os deuses pagãos. Havendo-se apresentado outro cidadão para oferecer sacrifício no altar aos deuses pagãos.
Matatias matou-o, então ele conduziu um bando à região desértica onde Davi havia, por tantos anos, iludido a Saul.
Aos poucos cresceu o número dos que se puseram ao lado dos macabeus. Os Sírios laçaram três campanhas
contra esses fiéis judeus, uma pelo próprio Antíoco Epifânio; mas nenhuma teve êxito. Algum tempo depois morreu
Epifânio e irrompeu a guerra civil. Judas Macabeu, que sucedera a seu pai Matatias, estendeu seu controle sobre grande
parte da palestina, incluindo partes de Jerusalém. Três anos após o dia de sua profanação, o templo foi purificado e os
sírios estabeleceram a paz com os judeus.
e) A Era Macabéia (166-37 aC) Judas Macabeu não gozou de paz por muito tempo, e sem mais delongas
apelou para os romanos, pedindo assistência contra a Síria. Judas morreu em combate antes de chegar ajuda, seu irmão
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Jônatas tomou-lhe o lugar. Por causa da fraqueza da Síria, Jônatas tornou-se o comandante da Judéia. Ao morrer foi
sucedido por outro irmão, Simão, que também apelou para Roma em busca de socorro. Os romanos fizeram Simão
governador da Judéia, e seu trono passou a ser hereditário.
Por esse tempo os partidos dos fariseus e dos saduceus eram rivais. Simão teve como sucessor seu filho João
Hircano, que primeiro se filiou a uma e depois a outra das seitas oponentes. Não demorou o estouro da guerra civil
quando seus dois netos, Hircano e Aristóbulo, lutavam pelo trono vago por sua morte. Os romanos preferiram Hircano,
e Pompeu, general romano, tomou Jerusalém de Aristóbulo.
Os cercos, as batalhas, os homicídios e os massacres que se seguiram marcam um período de turbulência na
história judaica. Embora presenteados com a oportunidade de restaurar Israel e uma posição de grande poder e
influência, desperdiçaram-na com lutas entre famílias.
NOVO TESTAMENTO
f) A Dominação Romana (37 aC até o período do NT) Pompeu, Crasso e Júlio César reinaram sobre Roma
como o primeiro triunvirato, mas Júlio César logo se tornou o governador único. Ele recolocou Hircano no trono em
Jerusalém e nomeou a Antípatro, cidadão da Iduméia, como procurador sob as ordens de Hircano. Os dois filhos de
Antípatro, Faselo e Herodes, tornaram-se governadores da Judéia e da Galiléia. No ano seguinte, Antípatro foi
envenenado; três anos mais tarde Júlio César foi assassinado em Roma.
Um novo triunvirato - Otávio (sobrinho de César), Marco Antonio e Lépido - passou a governar Roma.
Antonio governava a Síria e o Oriente. Favoreceu a Herodes, e esta amizade levou essa família edomita à ascensão ao
poder. Herodes casou-se com Mariana, neta de Hircano, e tornou-se parte da família macabéia.
Mais ou menos por esse tempo surgiu um novo distúrbio no país. Antígono, filho de Aristóbulo, conquistou
sucesso passageiro ao cortar as orelhas de Hircano, o sumo sacerdote, impossibilitando-o de exercer o ofício. Na luta
seguinte Herodes foi pressionado por Antígono, e teve de fugir para a fortaleza chamada Masada, em busca de
segurança. Depois ele foi a Roma, descreveu aos romanos a desordem dominante, e foi nomeado rei. Antígono foi
morto, e isso acabou para sempre com o governo dos macabeus ou asmoneus.
Pouco tempo depois do suicídio de Antonio no Egito, Herodes estendeu seu poder na Judéia. Vivia sob o
pavor de que um descendente dos macabeus subisse em poder para tomar-lhe o trono. Tendo Aristóbulo, irmão de
Mariana, sido nomeado sumo sacerdote, sua popularidade fez com que Herodes mandasse afogá-lo. Mariana ficou
enfurecida, e Herodes mandou executá-la. Nos anos seguintes ele tornou-se cada vez mais vingativo, e seus atos
sangrentos provocaram a ira dos judeus.
Para acalmar a hostilidade dos Judeus, ele deu início a um programa de obras públicas. Seu principal
empreendimento foi a reconstrução do templo.
Mas com isso não terminaram os problemas de Herodes, nem os da nação. Ele estava cercado por um grupo de
homens que exploravam sua paranóia. Seus dois filhos, à semelhança de sua mãe Mariana, vítima da ira paterna, foram
estrangulados. Em certa ocasião um grande número de fariseus teve o mesmo destino. Outros atos igualmente
sangrentos continuaram durante o seu reinado. Perto do fim da vida, esse governante dominado pelo medo ordenou o
massacre dos infantes em Belém quando nasceu Jesus, o “rival Rei dos judeus”.
ETAPAS DA HISTÓRIA BÍBLICA E AS DATAS
Época / acontecimento / fonte bíblica
Proto-história – Origem do mundo, e do povo hebreu – Ge 1-11
Patriarcas (1850-1250 a.C.) – Abraão sai de Ur por um chamado de Deus – Ge 12-50
1700 – Migração das tribos de Israel, Jacó no Egito, Escravidão no Egito, José – Ge
Período do Êxodo 1250-1200 a.C. Moisés guia o povo, a marcha no deserto, a aliança no Sinai – Êxodo, Levítico, Números,
Deuteronômio.
Período da conquista – estabelecimento das tribos em Canaã, a luta com os filisteus – Josué, Juízes.
Período da monarquia unida 1050-930 a.C., 1040 a 1010 – reino de Saul –I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas.
1010 – 970 Reino de David – idem
970 – 930 Reino de Salomão, período Áureo – idem.
Período dos 2 reinos: 930-587 a.C. (reino do Norte: 930-722) – Período de máximo esplendor, influxo idolátrico cananeu – I e II
Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Amós, Oséias.
Séc. VIII - Expansão assíria
722 – Queda de samaria, conquista do reino de Israel pelo rei assírio Sargon II, escravidão assíria
Reino do Sul:930-587 – Acaz:guerra siro-efraimítica – Isaías 1-39
725-640 – Ezequias, Manasés – Miquéias
Séc. VII – Decadência Assíria, reforma de Josias – Naum, Sofonias
Séc VI – Expansão Caldéia– Habacuc
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587 – Queda de Jerusalém. Conquista do reino de Judá pelo rei babilônico Nabucodonosor – Jeremias
Período do exílio da babilônia 587-538 a.C. – escravidão babilônica - Ezequiel, Isaías 40-55
Período da Restauração 530-3312 a.C. – Expansão persa – I e II Crônicas, Esdras, Neemias, Ageu, Zacarias
538 – Edito de Ciro – idem
538-333 – retorno dos hebreus na Plaestina. Reconstrução do templo de Jerusalém– idem
538 - nasce o judaísmo – Malaquias – Joel
538-333 – Desenvolvimento da escola sapienciaç – Provérbios, Jô, Eclesiastes
Período helenístico e romano: 332-63 a.C; 63 a.C.-70 d.C. 332 – Alexandre Magno conquista a Palestina – Tobias, Ester, Judite,
Eclesiástico (Sirácida), Macabeus, Sabedoria
Séc II, 63 – Cresce o fenômeno dos judeus na diáspora – idem
63 – Domínio dos selêucidas. Perseguição de Antíoco IV, luta dos macabeus. Intervenção de Roma – idem
39 – Herodes, o Grande, é nomeado por Roma rei dos judeus – idem
Período cristão, 6 a.C. – Nascimento de Jesus – Evangelhos
4 a.C. – 39 d.C. – Herodes é tetrarca da Galiléia e da Peréia – Atos
6-41 d.C. – A Judéia faz parte da Proovíncia romana da Síria – idem
27-30 d.C. – Pregação de Jesus, seu desencarne e ressurreição – ibidem
30 d.C. Apóstolos recebem o dom do Espírito Santo – ibidem
35-36 d.C. Martírio de Estevão e a conversão de Paulo - Atos
45-48 d.C. Primeira viagem de Paulo (Antioquia, Chipre, Panfília, Derbe) –
49-50 d. C. – Os apóstolos se reúnem em Jerusalém – Atos
49- 52 d.C. – Segunda viagem de Paulo (Filipos, Tessalônica, Atenas e Corinto) – I e II Tessalon
53-58 d. C. – Terceira Viagem de Paulo (Galácia, Éfeso, Macedônia e Corinto) – Gálatas, I e II Corintios, Romanos
58-60 d. C. Paulo prisioneiro em Cesaréia – Idem
61-63 d.C. – Quarta viagem de Paulo e prisão em Roma – Colossenses, Efésios, Filipenses, Filêmon, I Pedro, Tito, I e II Timóteo
64 d.C. Perseguição de Nero
64-67 d.C. - ultima missão de Pedro – idem
70 d.C. – Conquista de Jerusalém por Tito – ibid
96-100 d.C. Perseguição de Domiciano, morte de João Evangelista – Cartas, Evangelho
O ESPÍRITO PROFÉTICO DA BÍBLIA
1 - Através de Anjos ou Espíritos Mensageiros o Princípio ou Deus anuncia a Abraão, Isac e Jacó a
predestinação do Povo Escolhido;
2 - Seguindo as promessas, vem Moisés e tira o Povo Escolhido do Egito, entregando a Lei de Deus, o
Supremo Documento, também entregando o Primeiro Pentecostes, a Igreja dos Setenta, como registra o Livro de
Números, capítulo 11;
3 - Através de Anjos ou Mensageiros, os Profetas ou Médiuns anunciam a vinda de Elias na frente, a seguir do
Verbo Modelo e do Derrame de Dons do Espírito Santo, Carismas ou Mediunidades, para toda a carne;
4 - Convém estudar bem Malaquias, 4, 4 a 6, os últimos versículos do Velho Testamento;
5 - Saltando para o Novo Testamento, o Anjo ou Mensageiro Gabriel anuncia a reencarnação de Elias, como
Precursor;
6 - O mesmo Gabriel anuncia a encarnação do Messias ou Verbo Exemplar;
7 - Em tempo certo encarnam Elias e o Verbo Exemplar ou Modelo;Mateus 11,14 (De Jesus)
8 - O Verbo Modelo promete não ficar no túmulo e a seguir ocorre o Derrame de Dons ou generalização da
Graça Consoladora da Revelação;
9 - Dá-se a Crucificação, a Ressurreição Geral, o Derrame de Dons ou Pentecostes e a entrega do Apocalipse,
ou Livro dos Eventos Porvindouros;
10 - Consoante as previsões ou profecias, de Roma, a cidade dos Sete Montes, levanta-se a Grande Corruptora
ou Besta 666, chamando os Dons Mediúnicos e seus sinais e prodígios de COISAS DO DIABO;
11 - Ignorâncias, erros e blasfêmias, corrupções e abominações invadem a Humanidade, não se cumprindo a
ordem em Atos, 1, 1 a 8;
12 - Consoante as promessas do Sermão Profético e do Apocalipse, Elias comandaria o Serviço Restaurador da
Doutrina do Caminho;
13 - A Doutrina do Caminho é viver a Lei de Deus, para evitar crimes entre irmãos; é entender e imitar o
Verbo Exemplar, o Alfa e Ômega, ou que representa tudo que deriva do UM ESSENCIAL OU PRINCÍPIO ÚNICO, e
a Ele deve retornar, como Espírito e Verdade; é cultivar os Dons do Espírito Santo ou Mediunidades, para não faltar a
Consoladora Revelação;
14 - Todos os fatos apocalípticos restauradores estão anunciados ou profetizados para antes de findar o
segundo milênio;
15 - A partir do capítulo 14, o Apocalipse tudo registra perfeitamente;
16 - Com a Restauração entra o governo daquele semelhante ao Filho do homem que tudo guiará com vara de
ferro ou mais rigor disciplinar;
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17 - Importa ler com atenção os capítulos de 19 em diante, do Apocalipse, porque nada ficará sem
cumprimento, e profundas dores invadirão a Humanidade, antes de findar o segundo milênio;
20 - O capítulo final do Apocalipse adverte certo e para sempre, contendo os FORA DAQUI, para quantos
venham a cometer erros graves contra a Lei, o Verbo Modelo e os Dons do Espírito Santo.
ADVERTÊNCIA E EXPLICAÇÃO
No Velho Testamento está uma advertência fundamental, e no Novo Testamento está a explicação total:
“Quando fordes mansos e humildes, increparei os insetos daninhos e retirarei da Terra o espírito imundo”. Salmos 37,11
“Tomai exemplo de mim, que sou manso e humilde de coração”. Mateus 11,29
Entenda cada um o que Deus advertiu, através de Seus Emissários, porque antes avisa sobre o mal que
cumpre combater, e, depois, pelo Modelo de Conduta, avisa como combater o mal. Sem Moral, sem Amor e sem
Ternura, tudo quanto o homem possa fazer, conduz ao pranto e ranger de dentes...
Considerando que o problema do espírito não é de SALVAÇÃO, mas sim de DESABROCHAMENTO DAS
VIRTUDES DIVINAS, e que isto jamais será resolvido com fingimentos, simulações ou aparências de culto
verdadeiro, remetendo o leitor aos dois textos bíblicos acima expostos, porque deles ninguém se afastará sem pagar
caro...
Deus nunca andou atrás de adorações quaisquer, de quem quer que seja, sob pretextos quaisquer... O que
ensinam a Lei Moral e o Cristo Exemplar é aquilo que Deus realmente quer: conduta moralizada e amorosa entre
irmãos...
Quem coloca a Revelação, o cultivo dos DONS DO ESPÍRITO SANTO, acima da Lei de Deus e do Cristo
Divino Molde, fatalmente cairá em tremendos erros e desvios...
Não existem Cristos salvadores ou redentores gratuitos de quem quer que seja, e, por isso mesmo, importa
tomar muito cuidado com os erros e falsidades que homens exploradores de religiosismos e sectarismos andaram
inventando e incrustando nas Escrituras. Estudem estas advertências do Cristo Modelo:
“Apartai-vos de mim, vós que obrais a iniquidade”. Lc 13,27
“Por toda palavra proferida o homem responderá”. Mt 12,36
“Até os cabelos de vossa cabeça estão contados”. Lc 12,7
“O Pai vê em secreto e em secreto dará a paga”. Mt 6,6
“A cada um será dado, segundo as suas obras”. Mt 16,27
Como a Doutrina do Caminho, mais tarde chamada Evangelho (Boa Nova), não termina no último capítulo
de João Evangelista, mas sim no capítulo final do Apocalipse que, por sua vez, aponta para o Programa Divino Total,
ou de Origem, Movimento e Finalidade, importa que ninguém deixe de estudar o Apocalipse, para bem compreender
o que o Cristo Exemplar fez questão de deixar bem patente, sobre comportamento individual...
O GRANDIOSO E TENEBROSO MOMENTO HISTÓRICO
Como assinala o capítulo 19, do Apocalipse, UM SEMELHANTE AO FILHO DO HOMEM, COM VARA DE FERRO imporá o que a JUSTIÇA DIVINA ordenar. Pouco importa o que pretendam ou possam alegar os esfarrapados palpites humanos, aquilo que os pretensos DONOS DA VERDADE aprenderam a manipular, com toda a capacidade de hipocrisia, através dos milênios. Quando raiar a NOVA AURORA, OU O NOVO DIA, depois do dilúvio de fogo, com suas tremendas consequências, debaixo de terríveis pressões, espirituais, morais e físicas, cada um se lembrará da advertência do Verbo – EXAMINAI AS ESCRITURAS!...
O Velho Testamento é o alicerce do Novo Testamento. EXAMINANDO AS ESCRITURAS, tereis pela frente a Lei Moral, as promessas da vinda do Verbo Exemplar e do Derrame de Dons do Espírito Santo – sobre toda a carne, não clerezias, não sectarismos, não morbidismos filosóficos, não máfias quaisquer!
Os Quatro Evangelhos, examinando-os com honestidade, neles encontrareis o trabalho de João Batista e do Verbo Encarnado, preparando tudo para o PÓS-CRUCIFICAÇÃO, a volta do Verbo Ressurreto, testemunha da imortalidade, comunicabilidade e outras realidades, além de CUMPRIR A PROMESSA DO DERRAME DE DONS SOBRE TODA A CARNE. Por mais que os errados e viciosos engodos religiosistas profissionais, e os maníacos de alguns filosofismos pretendam, que os Quatro Evangelhos representam a totalidade doutrinária, o fato simples é que eles continuam representando promessas e aspirações, a colimação na Ressurreição e no Pentecoste, no Derrame de Dons do Espírito Santo sobre toda a carne. A parte que o Verbo teria de realizar durante a encarnação, teria de servir de base para a outra, posterior à encarnação. E não entender isso faz parte das pedradas contraditórias etc.
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O mais glorioso dos Livros da Bíblia é o Livro dos Atos, porque relata a volta gloriosa do Verbo Exemplar e CUMPRE A PROMESSA DO DERRAME DE DONS DO ESPÍRITO SANTO. Se ninguém tivesse atraiçoado, corrompido, desviado, dado falsa interpretação ao que o Livro dos Atos representa, certamente não estaria pesando, sobre a Humanidade, tudo quanto de cataclismático sobre ela está pesando. E nada haveria para RESTAURAR, porque nele vigoram a Lei Moral, o Verbo Exemplar e o Derrame de Dons do Espírito Santo, o Glorioso Pentecoste!... Tudo seria, como é devido fazer, e tereis de fazê-lo, custe o que custar: VIVER OS ENSINOS E AS GRAÇAS DE DEUS!... As promessas de Deus, as aspirações todas do Velho Testamento, tudo aquilo que o Precursor anunciou e que o Verbo prometeu, durante a encarnação, aconteceu depois da crucificação, e, portanto, esse Livro da Bíblia é o mais glorioso de todos, porque, através dele, Moisés tem seu desejo satisfeito, Deus cumpre promessas, o Verbo colima a tarefa e revela o triunfo, e, apesar de todas as falsidades e traições humanas, o Derrame de Dons sobre a carne fica estabelecido.
Examinando as Escrituras, na parte referente às Epístolas, encontrareis os seguidores da Doutrina do Caminho, cada um a seu modo, ou como pôde, dando interpretação às Profecias do Velho Testamento e à Significação do Verbo Exemplar, além dos FATOS DERIVADOS DO PENTECOSTE, DO DERRAME DE DONS ESPIRITUAIS SOBRE A CARNE. Muita coisa foi alterada na feitura da Vulgata, no Quarto Século, quando Roma fundou sua igreja. Porém, apesar das blasfêmias romanas contra os Dons do Espírito Santo, o fato é que as Epístolas são riquíssimas nos relatos sobre eles. A podridão humana não foi capaz de macular o BRILHO DIVINO DA VERDADE!...
Cumprindo deixar no Mundo avisos ou previsões para o porvir, ou ciclos porvindouros, foi enviado João Batista ao Vidente de Patmos, como Anjo Relator do Apocalipse, e, portanto, assim como viu, em visão simbólica, assim escreveu, e o Livro da Revelação ficou no mundo. Quando alguém se diz cristão e ignora ou faz questão de ignorar o Apocalipse, é porque esse alguém, ou é muito ignorante ou é muito hipócrita.
Sendo Elias, ou João Batista, o prometido RESTAURADOR, em cinco capítulos do Livro da Revelação, estão contidas as encarnações necessárias para o cumprimento da tarefa restauradora. Sendo aquele semelhante ao Filho do homem, que guiará com Vara de Ferro, é também o mesmo que figura em outros capítulos, e encarnações, e ninguém irá desviar os fatos, os acontecimentos, ou O PROGRAMA DIVINO, em benefício de máfias quaisquer, tenham lá elas o nome que tiverem, de religiões, seitas ou bandeirolas ditas filosóficas, porque as VERDADES DIVINAS, para serem o que são, jamais dependerão de palpites humanos, crentes ou descrentes. A ninguém, encarnado ou desencarnado, foi concedida a outorga de JUIZ DAS VERDADES DIVINAS.
Pretender que a Doutrina do Caminho seja, apenas, aquilo que João Batista e o Verbo fizeram, durante a encarnação, é obra ignorante ou falsa!
Pretender compreender o trabalho de João Batista e do Verbo, parando nos Quatro Evangelhos, deixando de lado o Livro dos Atos, as Epístolas e o Apocalipse, é simplesmente MONSTRUOSO!!!...
O que há pelo Mundo, ou pela Humanidade, de MONSTRUOSIDADES, passando por CRISTIANISMO, é de assombrar, é estarrecedor, porque a ignorância simples perde de muito longe para a IGNORÂNCIA FORÇADA, HIPÓCRITA!!!...
Toda sorte de erros, falsidades e traições foram assacados contra a Lei de Deus e contra o Verbo Exemplar, as DUAS TESTEMUNHAS DE DEUS, perante a Humanidade. E sobre os Dons do Espírito Santo, começando nas falsas interpretações dos textos bíblicos que deles tratam, o que fizeram e fazem é MEDONHO!!!...
Acabais de adentrar os últimos 25 anos do segundo milênio da Era Cristã... Estais, portanto vislumbrando nos horizontes históricos, do Planeta e da Humanidade, a entrada no período apocalíptico chamado UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA. A entrada no Terceiro Milênio coincide, portanto, com a entrada na segunda metade evolu-tiva, do Planeta e da Humanidade. Como tremendos foram e são os erros contra as VERDADES FUNDAMENTAIS DA DOUTRINA DO CAMINHO, também tremenda será a varredura, para que haja a GRANDE RENOVAÇÃO prevista no Sermão Profético e, acima de tudo, no Apocalipse.
Esta advertência ficará, contra todos quantos tiverem vontade de atirar pedradas contraditórias, sejam elas quais forem, contra a Lei de Deus, o Verbo Exemplar e os Dons do Espírito Santo – TUDO SERÁ ESMIGALHADO!...
Como os DESÍGNIOS DIVINOS NÃO FALHAM, das cinzas do mundo velho se levantará o Mundo Novo, o período chamado UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA.
Quem quiser ser prudente, procure não se deixar arrastar pela caudal de terrores, de variada ordem, que se esbaterá sobre a Humanidade.
Mais do que nunca, importa ler Romanos, 1, 22 a 32.
Até que se dê o dilúvio de fogo, ou guerra atômica, até 2000 os mais emporcalhados espíritos, encarnados e desencarnados, tudo farão para justificar materialismos, brutalidades, corrupções, depravações, abominações, por meio
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de todos quantos meios de comunicação possam usar ou dispor. O erro, de modo geral, subirá a ponto de causar desolações profundas, quando até muitos conhecedores se deixarão levar pela onda tenebrosa.
Aos que vivem alardeando a RESTAURAÇÃO DO CRISTIANISMO, importa dizer:
1 – Em todo o Velho Testamento, e até o desencarne de João Batista e do Verbo Exemplar não poderia haver e não houve cumprimento da Promessa Divina, tudo foi trabalho preparativo, aspiração, alicerçamento;
2 – O Livro dos Atos, o mais glorioso, com o triunfo do Verbo Exemplar e o Derrame de Dons do Espírito Santo sobre toda a carne, ele sim revela a Promessa Cumprida, a desejada, a Doutrina do Caminho Estabelecida. Com as Epístolas, ou trabalho apostolar, dos seguidores do Verbo, das testemunhas oculares e participantes de tudo, todas as provas são dadas, de tudo quanto ficou estabelecido, sobre a Doutrina do Caminho, da qual o Verbo foi apenas transmissor, não fabricante, porque ninguém, seja quem for, precisa fabricar VERDADES PARA DEUS, O PRINCÍPIO;
3 – O Apocalipse, ou Histórico do Porvir, tem por base fundamental afirmar que, sendo necessário, quantas vezes o sejam, haverá RESTAURAÇÕES, RENOVAÇÕES, porque a Doutrina que se fundamenta na Lei de Deus, no Verbo Modelo e no cultivo dos Dons do Espírito Santo, jamais mudará. O Apocalipse brada – MUDEM OS HOMENS ERRADOS, PORQUE A VERDADE JAMAIS MUDARÁ, O PROGRAMA TERÁ CUMPRIMENTO, CUSTE O QUE CUSTAR, DOA A QUEM DOER.
Aos inteligentes e honestos jamais será necessário dizer, que Kardec e a Codificação não entraram no Livro dos Atos, nas Epístolas e, muito menos ainda no Livro da Revelação, no Apocalipse.
Aos estúpidos e desonestos, que adiantará dizer que – JAMAIS PODERIA HAVER TOTAL RESTAURAÇÃO DA DOUTRINA DO CAMINHO, FORA DO LIVRO DOS ATOS, EPÍSTOLAS E DO APOCALIPSE?!...
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ISRAEL – SUA ORIGEM E SEU DESTINO
Do seio da Legião Adâmica, vinda expulsa de um dos Planetas da Constelação da Cabra, boa parte dos
errados ou criminosos era de caráter dito religioso, sectário, ou pertencente a ISMOS que, falando em Deus,
na Verdade, na Justiça Divina, tudo torcia, desviava, hipocritizava, etc. Tal como agora, ao findar o segundo
milênio da Era Cristã, fazem todos os escravos de mafiosos ISMOS, que fazem de Deus, da Verdade e da
Justiça Divina, apenas os pretextos para manter seus desvios, desviando os filhos de Deus do RETO
CAMINHO. E foram expulsos, vindo para o Planeta Terra, Mundo de Expiações, ou de punições, etc.
Cada errado, ou criminoso, deve ressarcir-se no sentido do erro ou do crime, e, portanto, aos errados de
caráter dito religioso, importa assim terem que se consertar. Na Terra, tais errados formaram a porção que
veio a ser o Povo Escolhido, o Israel, aquela raça que, ressarcindo culpas, viriam a ser Iniciados, Profetas,
Mestres, despontando como grandes líderes nas coisas de Deus, do Espírito, do cultivo dos Dons do Espírito
Santo, Carismas ou Mediunidades, os veículos da comunicabilidade dos Anjos ou Espíritos Mensageiros, ou
desencarnados.
Toda Humanidade em processo evolutivo, em tempo certo recebe um Código de Moral Básica, ou Lei
de Deus, e, em tempo certo a Lei de Deus veio, através do Povo Escolhido, ou Israel, tal como Ievé,
representando Deus, prometeu aos Patriarcas, através de fenômenos teofânicos, ou dos Dons do Espírito
Santo, e, portanto, da comunicabilidade de Anjos ou Espíritos Mensageiros. Assim, depois dos Patriarcas, em
serviço contínuo, vinha através do Povo Escolhido, ou daquela porção advinda, a entrega do Supremo
Documento da Humanidade lotada na Terra. Eva, a Raça Primitiva, e os punidos advindos ou adamitas,
recebiam o Documento Básico de Conduta.
1 - EU SOU O SENHOR TEU DEUS, NÃO HÁ OUTRO DEUS.
2 - NÃO FARÁS IMAGENS QUAISQUER, PARA AS ADORAR.
3 - NÃO PRONUNCIARÁS EM VÃO O NOME DE DEUS.
4 - TERÁS UM DIA, NA SEMANA, PARA DESCANSO E RECOLHIMENTO.
5 - HONRARÁS PAI E MÃE.
6 - NÃO MATARÁS.
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7 - NÃO COMETERÁS ADULTÉRIO.
8 - NÃO FURTARÁS.
9 - NÃO DARÁS FALSO TESTEMUNHO.
10 - NÃO DESEJARÁS O QUE É DO TEU PRÓXIMO.
Também do seio da porção cujos erros e crimes eram de caráter religioso ou espiritual, vieram os
Profetas ditos maiores, os porta-vozes das Legiões Angélicas ou Mensageiras, filtrando as ordens ou ensinos
da Direção Planetária. E qualquer leitor, por menos culto que seja, pode e deve entender as lições proféticas
que emanam destes textos abaixo, pois os desejos de Moisés e as Promessas de Deus, se unem para um só
acervo maravilhoso, parte integrante da Tarefa Messiânica do Povo Escolhido:
ESPÍRITO SANTO É MEDIUNIDADE, É CARISMA
"Quem dera que o Senhor desse o Seu Espírito Santo e que toda a Carne profetizasse." – Números, 11, 29.
"Derramarei o Meu Espírito Santo sobre a tua semente, e a minha benção sobre a tua descendência." – Isaías, 44, 3.
"Derramarei o Meu Espírito Santo sobre toda a Carne, e vossos filhos e filhas profetizarão, vossos velhos terão sonhos e
vossos jovens terão visões." – Joel, 2, 28.
"Porque para vós é a promessa, e para quantos estiverem longe, quantos o Senhor a si quiser chamar." – Atos, cap. 2.
"Porque a um pelo Espírito Santo é dada a palavra de sabedoria, a outro de ciência, a outro a fé, a outro o dom de curar, a
outro a produção de maravilhas, a outro a profecia, a outro o discernimento dos espíritos, a outro as línguas diversas, e a outro as
interpretações." – I Ep. Coríntios, cap. 12.
"Caríssimos, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque muitos já foram os falsos profetas
que se levantaram no Mundo." – I Ep. de João, cap. 4.
"Deus não é de mortos, mas de vivos, porque aqueles que forem dignos da ressurreição, serão como os Anjos do Céu." –
Mateus, cap. 22.
"Testificando também Deus com eles, por sinais, milagres, várias maravilhas, e Dons do Espírito Santo, distribuídos por Sua
Vontade." – Hebreus, 2, 4.
"Antigamente, em Israel, indo alguém consultar a Deus, dizia assim: Vinde e vamos ao vidente porque ao Profeta de hoje se
chamava então vidente." – I Samuel, 9, 9. Tradução: Ferreira de Almeida.
"E estes sinais seguirão aos que crerem: Expulsarão os demônios; falarão novas línguas; manusearão serpentes; bebendo
potagem mortífera, não lhes fará mal; porão as mãos sobre os enfermos e os curarão." – Marcos, 16, 17.
"Aquele que pecar contra o Filho do Homem será perdoado, mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo será réu da
Justiça Divina." – Jesus em Lucas, 12, 10.
* * *
Como é fácil observar, os textos apresentam o Programa Divino, a Promessa em Curso, dos Patriarcas
ao Apocalipse, com a encarnação de Moisés ou Elias vindo na frente, para apresentar o Messias, ou Verbo
Exemplar, que entre outras realidades devia ser o Derramador de Dons, o entregador do Glorioso
Pentecostes, o generalizador da Graça da Revelação. Como tudo forma um só MARAVILHOSO CORPO
PROFÉTICO, QUE SE CONSTITUI EM DOUTRINÁRIO FUNDAMENTAL, cumpre que leiam bem o que
significa o Verbo Exemplar, o anunciado Messias, o Alfa e Ômega, com todo o DIVINO ACERVO DE
GRAÇA E DE VERDADE.
A SIGNIFICAÇÃO DO VERBO MODELO
Ser de antes de haver Mundo; Prometido por milênios antes de encarnar; anunciado pelo Mensageiro
Gabriel na hora de encarnar; Ter os Dons do Espírito Santo ou Mediunidades SEM MEDIDA; Produzir
grandes feitos mediúnicos; Não ficar no túmulo; Cumprir a Promessa Divina do Derrame de Dons para toda a
carne; E mandar entregar o Livro dos Eventos Porvindouros, ou Apocalipse. Eis as SUAS MARCAS
INCONFUNDÍVEIS, para ser ALFA e OMEGA, ou representar o Espírito e a Matéria, os Mundos e as
Humanidades, ou tudo que deriva de Deus, do Princípio, para a Ele Princípio retornar, como ESPÍRITO E
VERDADE, DEUS EM DEUS.
E por constituir Ele, o Verbo Modelo ou Exemplar, de tudo que deriva do Princípio e ao Princípio deve
retornar, eis o que disse da Lei, que não é de Iniciados, Profetas ou Cristos, mas sim de Deus:
"Vai e vive a Lei".
"Não vim derrogar a Lei, mas sim dar-lhe testemunho".
"Da Lei nada passará, sem que tudo se cumpra".
"Pecar contra um mínimo Mandamento, é como pecar contra toda a Lei".
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"Meu pai, minha mãe e meus irmãos, são os que ouvem a Lei e a praticam".
"Como forem vossas obras, assim mesmo recebereis".
"Não sairás dali, até pagar o último ceitil".
"Pai, em Tuas mãos entrego o meu espírito".
Desgraçadamente, o Povo Escolhido foi sendo desviado da VERDADE pelos padres ou rabinos, os
vendilhões de fingimentos ou simulacros, os perseguidores e assassinos de Profetas, de emissários de Deus.
Portanto, estudem bem as palavras do Verbo Modelo, ou do Messias, sobre os padres ou rabinos:
"Ai de vós, sacerdotes, escribas e fariseus hipócritas, que vos postais nas portas do Templo da Verdade,
não entrais e não permitis a entrada aos que poderiam fazê-lo."
"Ai de vós, sacerdotes e fariseus hipócritas, pois as mulheres de má vida e os afeminados estão na
vossa frente a caminho do Céu."
"Ai de vós, que perseguistes e matastes os Profetas, pois mais um matareis e por todos estes crimes
respondereis."
O PROGRAMA DIVINO E A ORDEM DOUTRINÁRIA
O Programa Divino é a realidade do Espírito e da Matéria, dos Mundos e das Humanidades, e das Leis
Regentes Fundamentais, em função do DETERMINISMO DO PRINCÍPIO, DEUS OU PAI DIVINO, QUE
É O UM ESSENCIAL, ONIPRESENTE, ONISCIENTE E ONIPOTENTE, pois tudo é e se move sobre SUA
DETERMINAÇÃO, para atingir a finalidade, que é retornar ao UM ESSENCIAL, O PRINCÍPIO, COMO
ELE O É, ESPÍRITO E VERDADE. O Evangelho do Verbo Exemplar é o movimento total, de tudo que
deriva do Princípio e a Ele deve retornar. É Alfa e Omega, Origem, Movimento e Finalidade.
Ordem Doutrinária é o ENSINO enviado pelo Princípio, através dos Escalões Direcionais, ou da
Revelação, e, portanto, qualquer pessoa honesta reconhece que na Bíblia tudo que é ENSINAMENTO E
GRAÇA veio por meio de Anjos ou Espíritos Mensageiros Comunicantes. Normalmente, portanto, através de
vultos portadores de Dons Espirituais ou Mediunidades. Do Verbo Exemplar, por exemplo, ficou registrado
que teria os Dons do Espírito Santo SEM MEDIDA.
A Lei e o Verbo Modelo são FATORES DETERMINANTES, e quem estiver contra será fatalmente
esmigalhado, como o Verbo Modelo afirmou. Quanto aos Dons Espirituais, cumpre ler e entender bem os
textos, para saber o que são e para o que servem, sendo cultivados no seio da Lei e do Verbo Exemplar.
QUE NINGUÉM PRETENDA SER JUIZ DE DEUS
A Humanidade está abarrotada de elementos arrogantes, petulantes, portadores de falsas ciências e de
falsas humildades, criadores de purulentas e fétidas conceituações, que julgam ser deprimente falar em Deus,
na Justiça Divina, na Lei de Deus, no Verbo Modelo e nos Dons do Espírito Santo ou Mediunidades.
Entretanto, aos honestos, recomendamos a leitura dos textos seguintes, contra a inteligência dos quais jamais
poderá a contradição humana:
DEUS – Quem não entende de Deus em tudo se complica, porque sem Causa Originária nada existe.
Quem entende do Princípio Onipresente tudo tende a resolver com precisão e felicidade, porque é no
Princípio ou Deus que o PROGRAMA DIVINO tem a Origem, o Movimento e a Sagrada Finalidade a ser
atingida. Deus é o UM ESSENCIAL QUE SE REVELA COMO CRIAÇÃO, e Ele mesmo por fim a tudo
reabsorve, porque é sempre o mesmo UM ESSENCIAL que se manifesta, e se algum tempo deixasse de fazê-
lo, toda a chamada Criação deixaria de existir. Hermes, Crisna, Pitágoras e outros já ensinaram o DIVINO
MONISMO, e o Verbo Modelar e Modelador, vivido por Jesus, foi o exemplificador total, tanto que, Seu
título apocalíptico é – ALFA E OMEGA, tudo que deriva do Princípio e a Ele retorna como ESPÍRITO E
VERDADE.
LEIS DIVINAS OU FUNDAMENTAIS – Eternas, Perfeitas e Imutáveis, tudo resumido na chamada
JUSTIÇA DIVINA, onde não há lugar para falsas misericórdias, favores ou desaforos, tudo isso que é de
fabricação das religiões e das doutrinas de homens, encarnados ou desencarnados. O que não for Justiça
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Divina, de outro modo jamais será. Nos abismos tenebrosos da subcrosta, nos umbrais e nas encarnações
expiatórias, muitos vivem clamando pela Misericórdia Divina, mas ela jamais se apresenta, porque a
presença da JUSTIÇA DIVINA é absoluta. É bem bíblico aquele ensino: APARTAI-VOS DE MIM, VÓS
QUE OBRASTES A INIQUIDADE. É também da Bíblia aquele: PAGARÁS ATÉ O ÚLTIMO CEITIL.
ESPÍRITO FILHO – Toda centelha espiritual, ou filho de Deus, Dele deriva com todas as Virtudes
Divinas em estado latente, e deve desabrochá-las através do processo biológico ou evolutivo, nos Mundos e
nas vidas ou encarnações, enfrentando condições e situações, até vir a ser Espírito e Verdade, ou Uno Total,
ou Deus em Deus. Em Deus nada cresce e nem diminui, Dele tudo deriva e a Ele retorna, e essa é a DIVINA
REALIDADE, O DIVINO MONISMO, A CIÊNCIA INTEGRAL OU DA UNIDADE. Ninguém e nada será
eternamente filho de Deus, tudo voltará ao CADINHO DIVINO, COMO DIVINO. Tudo depende de esforço
íntimo, para tal desabrochamento, pois de fora nunca virão, nem favores, nem desaforos e muito menos as
falsas misericórdias, inventadas pelos tribofeiros fabricantes de religiões e clerezias, cujas artimanhas visam
sempre o dinheiro e a obediência dos tolos ou simplórios.
PERISPÍRITO OU CARRO DA ALMA – Primeiro forma-se, nos primórdios evolutivos da centelha, a
coroa de Luz Divina, depois seis coroas energéticas, onde formam-se também os chacras ou plexos. Sem os
chacras ou plexos não haveria como funcionar os sentidos físicos e as faculdades mediúnicas, os Dons do
Espírito Santo. O perispírito tem começo e fim, pois se vai divinizando ou sublimando, com a divinização do
seu dono, e, quando este se tenha tornado UNO, ESPÍRITO E VERDADE, o carro da alma não tem mais o
que fazer.
A ORDEM DOS RABINOS – "Toda comunidade judaica deve girar em torno da sinagoga e do
rabino". E o Povo Escolhido, fazendo isso, cometeu tremendos erros, criando para si terríveis sofrimentos
através dos milênios.
A ORDEM DE DEUS – Entender o que foi prometido por Deus através dos Patriarcas; reconhecer a
Lei de Deus como Supremo Documento; prestar atenção nas promessas sobre o Derrame de Dons Espirituais
para toda a carne; prestar atenção para aquilo que está prometido em Malaquias, cap. 4, versículos 5 e 6;
entender a significação do Verbo Exemplar, vivido por Jesus; saber o que significa a Ressurreição, o retorno
à Unidade Divina, de tudo que deriva da Unidade Divina; entender e procurar estender sobre a Terra o
Glorioso Pentecostes, o Derrame de Dons para toda a carne; reconhecer que o trabalho apostolar girou em
torno da Lei Moral, da imitação do Verbo Modelo e do nobre cultivo dos Dons do Espírito Santo, para jamais
faltar a Consoladora Revelação; jamais esquecer o que adverte o Apocalipse, a partir do cap. 14, sobre os
tempos de restauração doutrinária, tendo por base viver a Lei Moral, imitar o Verbo Exemplar e cultivar
nobremente os Dons Mediúnicos, a fim de acabar com as purulentas clerezias, ou religiosismos profissionais,
pondo também fim aos abomináveis sectarismos e aos mórbidos fanatismos por homens, livros, médiuns,
capciosos programas editoriais e muitas outras sujidades humanas.
ALERTA SOBRE A HORA APOCALÍPTICA
Ninguém descure do que deve saber sobre o Princípio ou Deus; sobre o Espírito-filho de Deus, em
termos de Origem, desabrochamento de Virtudes Latentes e Sagrada Finalidade a ser atingida; sobre a
Matéria e suas utilidades; sobre o perispírito, com seus chacras e plexos; sobre o retorno do Espírito-filho à
Unidade Divina; e sobre a importância que a Revelação contém, e portanto no quanto influi, no processo de
retorno do Espírito-filho ao Seio Divino.
Ninguém descure do que deve saber, sobre o que terá de acontecer antes de findar o segundo milênio,
para que os filhos de Deus, lotados no Planeta, se compenetrem, de uma vez para sempre, do que significam
a Lei de Deus, o Verbo Modelo e o cultivo decente dos Dons que permitem a comunicabilidade dos Anjos ou
Espíritos Mensageiros.
E ninguém descure, também, de tudo quanto Deus prometeu a Israel, e cumpriu, jamais havendo em
Deus culpa alguma, por tudo quanto o Povo Escolhido fez de errado, vindo a sofrer tudo quanto sofreu e
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sofre, por desprezar os ENSINOS e as GRAÇAS DE DEUS, para andar atrás de padres ou rabinos,
vendedores de simulacros blasfemadores.
Sendo certo que ninguém irá trazer outra Lei de Deus, e que não será necessária a vinda de outro Verbo
Modelar e Modelador, e nem a entrega de outro Glorioso Pentecostes, e de outro Profético Apocalipse, fica
dito que, apenas, cumpria que viesse aquele semelhante ao Filho do homem, para tudo restaurar, vindo a ser
também aquele que com VARA DE FERRO terá de guiar. Porque, se os filhos de Deus se derem a aguardar
os acontecimentos, eles fatalmente acontecerão... E se acharem de não os aguardar, eles fatalmente
acontecerão, causando angústias e desesperos muito mais vastos e profundos. De tanto atraiçoar a Lei em
nome da Lei, o Verbo Modelo em Seu mesmo nome, e blasfemar contra os Dons do Espírito Santo, as
religiões, os sectarismos e os mórbidos facciosismos cavaram para a Humanidade o abismo espiritual e moral
em que se encontra. O Apocalipse aponta para os fatos que hão de tudo RENOVAR. A Israel, portanto,
cumpre cooperar, para que as gerações futuras não mais chafurdem nas mesmas ignorâncias e desgraças.
(boletim de Osvaldo Polidoro)
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O VELHO TESTAMENTO
As Grandes Bíblias, uma vez estudadas, fazem reconhecer as Verdades Iniciáticas Fundamentais, vindas
através de remotos tempos, centenas de milênios, e desmancham essa coisa repugnante que é o fanatismo religioso,
sectário, e o fanatismo por homens, livros, médiuns, etc. Ensinam que boa é a VERDADE, não homens ou religiões.
(...)I – Velho Testamento, começando por Moisés e terminando em Malaquias, relatando profundos ensinos
iniciáticos, mais tarde queimados e perdidos, depois restaurados de maneira incompleta, contraditória. Contém a Lei de
Deus ou Moral Divina, promete a vinda do Cristo Exemplo de Conduta e o Derrame de Espírito sobre a carne;
(...)N – Novo Testamento, provando as profecias do Velho, isto é, a vinda do Messias Exemplo de Conduta, o
Derrame de Revelação ou Espírito sobre a carne, etc. Convém lê-lo com honestidade, porque contra Jesus e Sua Tarefa
Imortal se levantariam todas as pedradas contraditórias, todas as traições, como afirmou o Profeta Simeão, e elas estão
no mundo, fantasiadas de verdadeiras...; (Evangelho Eterno)
ENOQUE
Pelas escrituras, no pré-dilúvio, sendo ele a sétima geração depois de Adão (Gen, 5, 23), Enoque teve um filho,
Matusalém aos 65 anos, e andou com Deus durante mais 300 anos. Ouviu de Adão a narrativa da triste queda (Adão
raça primitiva advinda a este planeta, expulsa de outra constelação).
Ao ver-se pai, compreendeu as obrigações de um filho de Deus e meditou profundamente sobre o infinito amor
de Deus. Foi dentro da família, como esposo, pai, amigo, cidadão que se mostrou servo do Senhor inabalável. De
extenso saber, fazia revelações de Deus, seu estado de comunhão era perene. Angustiado pela crescente iniquidade dos
ímpios, temendo que a deslealdade deles pudesse diminuir sua reverência para com Deus, apartava-se, ficando em
meditação e oração.
Através de anjos, foi-lhe revelado que Deus tinha o propósito de um dilúvio e um plano de redenção. Pela
Profecia, as gerações que viveriam após o dilúvio conheceram-no.
Enoque foi pregador da justiça, sendo procurado por todos os que temiam a Deus para que partilhasse os
conhecimentos. Seus labores não se restringiam aos setitas. Na terra em que Caim procurara fugir da presença divina,
Enoque tornou conhecidas as maravilhosas cenas (nos dias de hoje, podemos lê-lo nos manuscritos do Mar Morto) que
passavam diante de sua visão: “Eis”, declara, “que é vindo o Senhor com milhares de Seus santos, para fazer juízo
contra todos, e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade”, (Jud 14 e 15).
O poder de Deus fazia-se sentir. Muitos atendiam às advertências, outros zombavam. Enoque instruía e
advertia o povo durante um período, depois passava tempos em solidão, em sua comunhão com Deus e, quando destes
períodos saía, mesmo os ímpios contemplavam com admiração a impressão celestial em seu rosto.
Batalhou fielmente contra o mal prevalecente até que Deus o removeu do mundo. Enoque “foi trasladado para não ver
a morte,... visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus”. (Heb 11, 5)
Esta foi uma das vidas em que o Pai Divino não deixou corpo.
“A Raiz do Profetismo está nos Vedas, pois foi lá que o foi buscar Henoch, o Grande Patriarca de antes do
dilúvio, antes do desaparecimento da Atlântida. O que chamavam de poderes ocultos e transcendentais, nada mais era
do que o Mediunismo ou culto das faculdades mediúnicas.
Ainda que fosse por mero respeito às nossas mesmas encarnações remotíssimas, muitos dos que ora se julgam
espíritas, pelo simples fato de conhecerem quatro ou cinco sentenças de última hora, deviam lembrar o Profetismo
Histórico, e deixar na mente atacanhada um lugarzinho para esse preito de gratidão.”(Bíblia dos Espíritas)
O LIVRO DE ENOQUE
O Livro de Enoch foi retirado do corpus bíblico por ser apócrifo, e isto comporta duas acepções, tanto a de
oculto, quanto a de ser pouco confiável. É preciso lembrar que os sucessivos concílios mudaram muito a estrutura dos
textos que figuram na Bíblia, e que inclusive cerca de três mil alterações foram introduzidas quando da publicação da
Vulgata. Embora este livro tenha sido retirado da oficialidade canônica, não deixa de ser citado muitas vezes (Lucas 3,
37; Hebreus 11, 5; Eclesiástico 44, 16 e em 49, 14). Foi no século XVIII que um viajante inglês reencontrou esse Livro,
numa versão etíope de boa qualidade. Quanto à redação original, os exegetas estão de acordo quanto à possibilidade de
ter ocorrido por volta do século III antes de Cristo.
O VELHO TESTAMENTO
RESUMO DA HISTÓRIA DO POVO HEBREU
A Palestina tem o território cortado pelo rio Jordão, tornando fértil seu vale; seu relevo é formado de colinas e
montanhas de solo muito pobre e seco. As tribos dos semitas (descendentes de Sem, filho de Noé) chegam até a Terra de Canaã (assim chamada porque ali habitavam os cananeus) em 2000 aC e
dedicam-se a atividades agrícolas e pastoris, disputando o domínio da região com os filisteus e cananeus. PATRIARCAS
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Esta fase (e a história o povo hebreu propriamente dita) inicia-se com a liderança de Abraão, originário da Caldéia, que anunciava o Deus único, a nova
cultura monoteísta que cimentaria a unidade dos hebreus. Depois dele vêm os patriarcas Isac e Jacó.
Jacó será pai dos 12 filhos que, com suas 12 tribos, formarão a nação Israel. Em 1700 aC estabelecem-se no Egito, nesta época dominado pelos hicsos. Quando os hicsos são expulsos dali, os hebreus são reduzidos à escravidão até
o ano de 1250 aC, quando acontece o Êxodo do povo hebreu, liderado por Moisés* que, durante a caminhada, no Monte Sinai, receberá de Deus a Sua Lei, os Dez
Mandamentos. Com a liderança de Josué chegam à Palestina (entram por Jericó) e iniciam a luta pela reconquista da terra. Para isso é necessária a centralização política,
vem o período de
JUÍZES Esses líderes temporários enfrentaram os guerreiros filisteus que ocupavam o litoral. Destacaram-se entre eles: Gideão, Sansão, Gefté e Samuel**.
Samuel buscou pôr fim às divergências tribais, o que se concretizou com seu sucessor, no período dos
REIS O primeiro deles foi Saul, da tribo de Benjamim, que, vendo-se vencido, suicida-se caindo em cima de sua espada. No século XI aC Davi reverte o quadro
militar e vence os inimigos, tornando o Estado israelita forte e saudável, aumentando suas fronteiras, tendo sua capital em Jerusalém.
No século X, o Reino Hebraico conhece o seu apogeu nas mãos de Salomão, que chegou a controlar as grandes rotas terrestres do comércio oriental. Seu sucessor, dentre tantos filhos, Roboão, lutará contra Jeroboão, sucessor profetizado, e acontece então o
CISMA
Divide-se o Reino em duas partes: Ao Norte ficarão as 10 tribos lideradas por Jeroboão, no Reino de Israel, capital Samaria.
Ao Sul, 2 tribos lideradas por Roboão formarão o Reino de Judá, capital Jerusalém.
Após a morte de Salomão seguiu-se uma guerra civil sangrenta, e a nação dividiu-se em Israel ao norte e Judá ao Sul. Elas caíram na idolatria e no
pecado, e Deus suscitou profetas – homens que declaravam a vontade do Senhor ao seu povo – para chamá-los ao arrependimento. Ambas as nações ignoraram as
advertências dos profetas, e finalmente os inimigos destruíram ambas (Israel foi destruída pela Assíria em 723 aC e Judá pela Babilônia em 586 aC. Os seus
dirigentes foram tomados cativos e enviados ao exílio). Mais tarde, muitos descendentes dos exilados regressaram à Palestina. Um grupo retornou em 538 aC e reconstruiu o templo; outro voltou em 444 aC e
reconstruiu os muros de Jerusalém sob a liderança de Esdras e Neemias. Israel voltou à velha prática do pecado e da indiferença; e com o término do Período do
Antigo Testamento, ouvimos a voz do profeta Malaquias condenando os caminhos pecaminosos do povo.
Escrito em aramaico, hebraico e grego, relata a história do povo hebreu num período de quase 2000 anos, sua
formação, sua destinação, o cultivo dos Dons em seu seio, a ação de Deus sobre os homens.
Os livros do Velho Testamento dividem-se em:
1 – PENTATEUCO: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, são os cinco primeiros livros.
Somente para a palavra Deus apresentam os vocábulos Iave, Elohim, Eloah (poético), Adonai (Senhor), Saddai
(Onipotente), Elion (Altíssimo). Foram escritos por Moisés, que se valeu de amanuenses.
1-a Gênesis
Relata as origens do Universo e do gênero humano até a formação do povo de Israel e a estada no Egito. É no
capítulo 4 que aparece pela primeira vez o nome de Enoch* (e também no capítulo 5), apesar de que apenas em
Hebreus 11, 5 ficamos sabendo que desencarnou sem deixar corpo e em Judas, 1, 14 aprendemos que o Senhor veio
entre suas santas miríades.
1-b Êxodo
Conta a saída dos israelitas do Egito, conduzidos por Moisés* que, aos pés do Monte Sinai recebe de Deus os
Dez Mandamentos. O povo faz o pacto.
SOBRE MOISÉS (do livro “Pelos Caminhos da Bíblia”)
Além disso, para explicar as crenças religiosas de Moisés, muitos observadores conjeturam que os sacerdotes
descontentes da corte de Akhenaton podem ter formado seu próprio culto e Moisés pode ter assimilado as ideias deles.
Finalmente, Moisés gaguejava porque não falava hebraico e, por isso, precisava de seu irmão Aarão como tradutor.
“Nem por isso a Bíblia é menos verdadeira, explicara-me Lucy Plitman, professora da Universidade de Tel-Aviv e
defensora desta teoria. “Pelo contrário, isso a torna mais ainda plausível. “Quero usar o ceticismo para chegar à
verdade”.
Os comentadores tradicionais não aceitam este ponto de vista. Para eles, Moisés desfrutou de uma posição
extraordinária por ser uma pessoa extraordinária. Citando uma frase na qual o Senhor diz a Moisés: “Faço de ti como
um deus para o faraó”, Philo, o escritor judeu do século 1 a. C., escreveu o seguinte: “Não é verdade que Moisés
desfruta uma parceria maior com o Criador de todas as coisas ao ser considerado digno de ser chamado da mesma
maneira que Ele?” Moisés, em sua opinião, “foi o maior de todos os homens e o mais perfeito que jamais existiu”.
Moisés desce da montanha com as tábuas e não percebe que a pele de seu rosto resplandece, irradiando luz.
Como a palavra significando radiante, karan, é semelhante à que significa chifre, keren, ela foi traduzida de maneira
errada na Vulgata latina, onde consta que o rosto de Moisés estava encimado por chifres, o que levou à imagem
incorreta da estátua do Moisés de Michelangelo representado com dois chifres de bode. Seja como for, o rosto
resplandecente de Moisés intimida os israelitas e a passagem pelo Monte Sinai termina com Moisés colocando um véu
sobre a face, escondendo-a de seu povo. O véu é uma metáfora adequada para essa série de capítulos, pois parece
resumir a mudança de condição que ocorre no Monte Sinai: quando Moisés fala diretamente com Deus, ele retira o véu;
quando fala com o povo, ele o põe de volta. Moisés tornou-se um intermediário – não mais mundano nem inteiramente
divino. Neste aspecto, ele é como a própria montanha, uma ponte entre o povo e Deus, um corpo terreno impregnado
de luz.
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SOBRE O TABERNÁCULO
Mais exatamente no vigésimo dia do segundo mês do segundo ano desde o Êxodo, uma nuvem que Deus vinha
usando para proteger os israelitas se eleva do tabernáculo e a população inicia a sua jornada partindo do Monte Sinai. O
grupo caminha organizado segundo as tribos. São 12 tribos ao todo. Dez delas – Aser, Dã, Neftali, Issacar, Judá,
Zabulon, Gad, Rúben, Simeão e Benjamin – são as dos filhos de Jacó. As duas últimas – Manasses e Efraim – são as
dos filhos de José. E os descendentes do outro filho de Jacó, Levi, são sacerdotes. As tribos levam o Tabernáculo, que
contém a Arca da Aliança. A cada vez que a arca se põe em movimento, Moisés exclama: “Levanta-Te, Senhor, e os
inimigos se dispersem. Fujam diante de Ti os que Te odeiam!”
Quando os espiões vão até a Terra Prometida para sondar o ambiente, diz o texto que
“o que eles realmente fizeram na Terra Prometida foi colher algumas romãs e figos, bem como cortar um ramo
com um cacho de uvas, que levaram de volta suspenso por uma vara. Essa imagem de dois homens carregando uvas
tornou-se tão famosa como símbolo da Terra Prometida, que o Ministério do Turismo de Israel a usa como logotipo.
Depois de 40 dias, os espiões voltam a Cades e fazem seu relatório. “Entramos na terra à qual nos
enviastes. De fato, é uma terra onde corre leite e mel”. Isto provavelmente se refere ao leite de cabra e ao mel das
abelhas, segundo explica Avner, embora alguns comentaristas bíblicos sugerissem que o mel poderia ser uma
referência ao néctar das frutas, como figos e damascos. Uma outra linha de pensamento afirma que a expressão leite e
mel é metafórica e significa que o país dispunha de animais em abundância. De qualquer maneira, o primeiro relatório
é desfavorável. “O povo que vive nesta terra é muito forte”, dizem os espiões. “As cidades são fortificadas e enormes.
Vimos ali descendentes de Enac”, um nome derivado da palavra hebraica que significa “pescoços longos”, durante
muito tempo interpretada como “gigantes”.
Ainda assim, como em outras incontáveis missões de espionagem através da História, espiões diferentes
interpretam a informação de maneiras diversas. Caleb, um dos membros do grupo, se levanta para dar a sua opinião:
“Vamos subir e conquistar a terra, pois somos capazes de fazê-lo, diz ele. No entanto, a maioria de seus companheiros
discorda, dizendo: “não podemos enfrentar esse povo, porque é mais forte que nós”. Diante de tais notícias, os israelitas
passam metade da noite gritando e se lamentando e acabam por se voltar contra Moisés e Aarão: “Não seria melhor
voltarmos ao Egito?” Frustrado, Josué e Caleb rasgam suas roupas e imploram à comunidade: “A terra que
percorremos e exploramos é uma terra excelente. Se o Senhor nos quer bem, ele nos introduzirá nela e nos dará esta
terra, onde corre leite e mel.”
Quando a comunidade ameaça apedrejá-los, a “glória do Senhor” aparece diante do povo. Mais uma vez, Deus
ameaça destruir o povo, e Moisés o convence a não fazer isso dizendo: “Se, pois, fizeres morrer este povo como se
fosse um só homem, as nações que ouvirem tais notícias a teu respeito comentarão: “O Senhor foi incapaz de introduzir
o povo na terra que lhes prometeu, por isso os massacrou no deserto”. O Senhor perdoa o povo, mas o castiga: todos os
que têm mais de 20 anos morrerão no deserto. “Nenhum de vós entrará na terra na qual jurei fazer-vos habitar”,
com exceção de Caleb e Josué, recompensados pelo seu otimismo. Os outros espiões são dizimados por uma praga
enviada por Deus. No entanto, os israelitas logo desconsideram o aviso de Deus e vão sozinhos - sem Moisés e sem a
Arca – para o alto da Terra Prometida, onde são “destroçados” pelos amalecitas e cananeus, exatamente como os
britânicos no mesmo local três mil anos depois.(...)
Ao avançarem para reivindicar seu destino sem a Arca da Aliança, os israelitas aprendem uma lição ainda mais
importante. A Aliança consiste em uma relação triangular entre o povo, a terra e Deus. Sem Deus, o povo não merece a
terra e não pode conquistá-la. Sem a Arca – e os Mandamentos dentro dela – o povo está indefeso.
E isso, enfim compreendi, apontava para a maior lição da primeira metade de Números e para o que eu vinha
escutando em minhas conversas com Ramadan, com Ofer, com Rami: o deserto é um caldeirão onde os israelitas
precisam se fundir. O deserto não apenas purifica, mas também constrói. No Êxodo, o deserto é um vasto mar de
areia, onde os israelitas se livram de seu passado acorrentado e recebem a lei escrita de Deus. Números conta a história
mais complicada. Os israelitas iniciam a jornada rumo à Terra Prometida, mas a cada passo do caminho relutam em
depositar a sua fé em Deus. Afinal, depois do incidente provocado pelos espiões, Deus fica tão zangado que demonstra
a sua fúria. E qual a punição que aplica? Não os mata. Não os manda de volta para o Egito. Sequer retira sua promessa
de dar-lhes a terra. Em vez disso, condena-os a passar “quatro décadas no deserto”. Só depois de viverem esse tempo
adicional no deserto terão expurgado inteiramente seu passado para ser uma nação de Deus. E merecer seu lado do
triângulo.
As rebeliões constituem, portanto, uma reviravolta importante no Pentateuco, a crise que assinala o fim do
segundo ato. O último terço da história, que inclui o final de Números e todo o livro do Deuteronômio, será dedicado a
contar como os israelitas finalmente se transformam em um povo. O deserto, que deu vida aos israelitas, deverá agora
lhes tirar a vida para fazer nascer uma nova geração. É o ciclo mais antigo da Bíblia: criação, destruição, recriação. E
são esses papéis que aparentemente se bifurcam, que refletem diretamente uma função dupla de Deus, que Ben-Gurion
parece ter entendido no que se refere ao deserto: por fazer exigências, é um lugar que forja o caráter; por ser
destrutivo, cria interdependência; por ser isolado, forma o senso de comunidade. Por ser o deserto, constrói nações.
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1- c Levítico
Regula o culto religioso da época (são os levitas que formam o clero consagrado ao serviço do santuário).
1- d Números
Recenseamento do povo e fatos acontecidos nos 40 anos da caminhada no deserto.
1- e Deuteronômio
Segunda Lei, Moisés retoma a legislação e adapta para a vida sedentária que teriam ao adentrar na Palestina.
Moisés não adentrou na Terra Prometida (por ter desobedecido a ordem divina de ordenar que a fonte vertesse
água... ele bateu com a vara nas pedras fazendo a água verter, mas não cumpriu corretamente o que lhe fora mandado),
sendo Josué o escolhido para tanto. Este livro relata os maravilhosos acontecimentos da conquista.
SOBRE O PENTATEUCO, trecho do livro “Pelos caminhos da Bíblia”
A maioria dos estudiosos acredita que o Deuteronômio é um acréscimo feito em ocasião posterior, aposto
quando os outros quatro livros já estavam prontos. De acordo com este ponto de vista, a Tora era originalmente o
Tetrateuco, e só se tornou o Pentateuco com a adição do quinto livro. Como escreveu o estudioso William Hallo: “O
Deuteronômio ocupa uma posição única na Bíblia hebraica. Talvez mais do que qualquer outro livro bíblico, pode
reivindicar o fato de ter sido um livro avulso antes de ser incorporado ao cânone.”
Se isso for verdade – e a maioria dos estudiosos acredita que sim -, por que o livro foi acrescentado? Por que
não parar em Números, com os israelitas tendo terminado a jornada pela região e prestes a atravessar o Jordão? Essas
questões dividem os estudiosos. Alguns vêem os discursos do Deuteronômio como um sermão a respeito de
responsabilidade coletiva, outros como uma elaborada renovação da aliança, outros ainda como uma previsão profética
dos problemas que os israelitas enfrentariam no futuro. O ponto sobre o qual os estudiosos estão de acordo é que o
objetivo central do texto é unir os israelitas em seu compromisso com Deus. Como indica o nome hebraico do livro,
mishne tora, o Deuteronômio é uma cópia da Tora, uma repetição da lei. Assim, Moisés recorda a jornada dos
israelitas de suas responsabilidades com povo. Na verdade, Moisés lidera uma reeducação pública de seu povo, um
seminário coletivo no deserto.
Esse colóquio é necessário porque a população dos israelitas que se prepara para entrar na Terra Prometida não
conhece sua própria história, ou conhece muito pouco. Ninguém – com exceção de Josué e Caleb – estava presente
durante o Êxodo. Toda a população morreu, como Deus determinara depois da rebelião por causa dos espiões. Moisés
tem diante de si um bando de tribos disparatadas, cada uma delas formada exclusivamente por pessoas nascidas no
deserto.
2 – HISTÓRICOS: Josué, Juízes, Rute, Samuel (I e II), Reis (I e II), relatam a história do povo de Israel desde a
conquista da Palestina até o exílio na Babilônia (586 aC). Temos ainda Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite,
Ester, Macabeus
Reis: Samuel deve conservar o Povo Eleito unido. O povo pede um rei e Samuel profetiza: será Saul (1020
aC). Honrou-o e ungiu-o (I Samuel, 10, 27); porém por duas vezes foi desobediente: desobedeceu Samuel e foi, então,
avisado de que não mais seria de sua família o trono. Desobedeceu a Deus quando não destruiu completamente os
invasores amalequitas.
Samuel unge, então, Davi (Reis 16, 14; este futuro rei acalmava Saul nas perseguições espirituais que sofria.
Davi mata Golias e enche Saul de inveja. Davi foge (Livro de Rute)
Perdendo na perseguição que fez, deseja falar com Samuel (já desencarnado). Vai a En-Dor, e a pitonisa (uma
vida de Mãe Maria) promove por fenômeno mediúnico o diálogo entre Saul e Samuel. Samuel reitera que Israel será
derrotada pelos filisteus e ele, Saul, com seus filhos, serão mortos no dia seguinte. Davi faz uma longa lamentação pelo
desencarne de Jônatas, seu amigo (II Samuel, 1, 17).
Em 1000 aC, Davi sobe ao trono (Salmos, 78, 70) e ergue novo Tabernáculo em Jerusalém. Já velho, aparecem
Adonias e Salomão para a sucessão.
Salomão toma posse de uma Israel em paz, no ano de 961 aC (Reis 4, 25). Em 950 aC consagra a Casa de Deus
(que será destruída por Nabucodonosor em 586 aC) . Salomão ativou empreendimentos comerciais, constrói estaleiro,
fundição. Há grande esplendor em sua corte de 700 esposas e 300 concubinas. Como construía templos aos deuses de
suas mulheres pagãs (I Reis, 14, 9), Deus fica indignado. Salomão desencarna mais jovem que seu pai. A pesada carga
de impostos pesa muito nas costas do povo.
Roboão, seu filho, apesar de néscio e frívolo, é o único que aparece para reclamar o trono do pai. Jeroboão
também o deseja (havia sido profetizado como futuro rei e Salomão manda matá-lo)
Cisma (Dt, 17, 14)
Vários são os governantes nas duas partes em que se divide o reino (Judá e Israel), mas o quinto governante de
Israel faz aliança de seu filho Acabe para um casamento com Jezabel, moabita, adoradora de Baal. Aparece então
Elias*, o tisbita. Em Reis 17, 1 há o caso em que ele é alimentado pelos corvos em época de seca. Elias prediz que
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Acabe terá seu sangue lambido por cães. Em II Reis 9, 10 lemos que Jezabel foi pisoteada e morta pelos cavalos, tendo
sua carne comida por cães.
Elias é levado ao céu (novamente desencarna sem deixar corpo) por uma carruagem de fogo, deixando Eliseu
**, profeta que não escreveu, mas que tem os assuntos em que se envolveu descritos em 4 capítulos da Bíblia.
As Crônicas e Esdras-Neemias retomam estas mesmas histórias sob pontos de vista particulares, desde o reino
de Davi até a formação da sociedade judaica depois do retorno do exílio (em torno de 430 aC).
SOBRE ELIAS
Após o desencarne de Salomão (em 931 aC), o reino hebreu dividiu-se em duas partes, Reino de Israel (10
tribos, ao norte, capital Samaria) e Reino de Judá (2 tribos, ao sul, capital Jerusalém).
Por motivos comerciais, os sírios bíblicos (arameus) vinham se infiltrando na região de Samaria. O rei Onri, de
Israel, fez uma sólida aliança com os fenícios, temendo invasões. Tal aliança foi selada pelo casamento da filha do rei
de Tiro, a voluntariosa Jezabel, com o herdeiro de Onri, seu filho Acab. Tal foi a contribuição de Jezabel para os
negócios do reino durante o reinado do 19 anos do reinado de seu marido, que seu nome ainda hoje é lembrado como
sinônimo de mulher imoral.
O pai de Jezabel era sacerdote de Astarté, a deusa fenícia, e ela criou-se nesta atmosfera ritualística, devotada
adoradora de Baal. Exerceu uma notável ascendência sobre o marido, influenciando-o em política e tendo palavra
decisiva em religião: o culto de Baal difunde-se e quem segue o verdadeiro Deus é perseguido, sendo os sacerdotes
mortos. Um desrespeito tão chocante pelos costumes israelitas não podia passar sem defesa, e ambos, Acabe e Jezabel,
viram-se diante de Elias, o tisbita.
Elias é o homem que está, por Deus, presente para dar fim a essa situação. É profeta de estilo de vida ascético,
eremita. A iconografia tradicional retrata-o coberto de peles, ou com uma capa branca sobre uma túnica escura. Seu
nome significa “Meu Deus é Iavé”. Sua tarefa: restaurar a tradição, pôr termo ao sincretismo, iconoclasta por essência.
Seu carisma é claro e potente: segundo Ricciotti – em História de Israel, “Aquilo que ele, o profeta, diz em vista de
sua missão, é Deus quem o diz; este substitui Aquele e ambos, Quem envia e quem foi enviado, na prática são a
mesma coisa. Mesmo enquanto indivíduo, o profeta vive em relação muito íntima com Deus, chegando quase a despir-
se da sua personalidade: Deus e a sua missão o conquistaram a tal ponto que ele realiza ações consideradas indecorosas
e inconvenientes pela maioria dos homens”.
Seus feitos podem ser lidos na Bíblia, nos livros I e II de Reis, no Velho Testamento. Testemunham
gloriosamente o uso nobre e santo dos dons mediúnicos que, produzindo sinais e prodígios, atestam à humanidade da
época (e até hoje) a onipotência de Deus.
Quando o número de judeus diminuíra demais (pela perseguição e dispersão), Elias anuncia, como punição
divina, uma grande seca e, quando ela tem início, ele instala-se ao lado de uma torrente, aonde corvos levam-lhe pão e
carne como alimento. Ao secar também tal torrente, o profeta dirige-se a Sarepta, abrigando-se na casa de uma viúva,
fazendo ali o prodígio de não faltarem mais óleo e farinha naquele lar, ressuscitando também o filho dela.
Acab, vencido pela seca, um ano depois, manda pedir um encontro com Elias no Monte Carmelo, onde estarão
450 sacerdotes de Baal e o profeta de Deus.
Elias propõe que sejam esquartejados dois novilhos, colocados sobre lenha, e que o nome do Deus de cada um
seja invocado; aquele que responder enviando fogo é o Deus verdadeiro. O profeta manda ainda que sua fogueira seja,
por três vezes, regada com bastante água, e então faz a invocação e... “o fogo do Senhor baixou do céu, devorou o
holocausto, a lenha e as pedras”. Todos os profetas de Baal foram mortos pelo povo. A chuva volta a cair em seguida.
Sempre amparado pelas legiões do Senhor, a darem-lhe alimento e consolo, caminha por 40 dias, até chegar ao
Monte Horebe, onde recebe instruções de Deus a respeito de quem ele deverá ungir como reis da Síria e Israel, assim
como o outro profeta que ficará em seu próprio lugar: Eliseu.
Josafá, competente rei do reino do Sul, estava em Samaria, e concordou em aliar-se a Acab para
reconquistarem Ramote, mas ele não faria nada sem antes ouvir os profetas de Deus. Acab envia 400 profetas de Baal,
que anunciam falsamente muito sucesso, mas Josafá insiste em ouvir um hebreu. O único que restara ali era Micaías, e
ele, ao profetizar, anuncia a morte de Acab.
Este entra disfarçado na luta, e uma seta penetra-lhe as juntas da ombreira da armadura, tendo os cães lambido
seu sangue, exatamente como Elias predissera. Acabam os 19 anos de seu péssimo reinado, iniciando agora o do
ineficaz Acazias.
Elias também enfrenta Acazias, (porque ele havia consultado Belzebub, deus de Acara) mandando línguas de
fogo descerem do céu sobre os dois batalhões de 50 enviados do rei que tinham a missão de marcarem um encontro
com o profeta. Quando chegou um terceiro grupo, seu comandante implora pelas suas vidas e só então Elias
acompanha-os até o leito de Acazias, que jazia doente, anunciando-lhe que desencarnará.
Jezabel também encontrou o fim profetizado por Elias: Recostada numa janela, repreendia Jeú, grande
comandante das hostes de Israel, e foi empurrada para as ruas por eunucos, pisoteada pelos cavalos daquele chefe,
tendo sua carne sido comida pelos cães.
21
A vida de Elias aproxima-se do fim. Perto de Jericó, caminha às margens do Jordão em companhia de Eliseu
(Vida de João Evangelista). Bate nas águas com seu com seu manto e elas separam-se, a fim de que ele passe com o pé
enxuto. Enquanto conversam, “um carro de fogo e cavalos de fogo os separam, e Elias sobe aos céus num turbilhão“.
Não houve túmulo: sua saída da carne sem deixar corpo deixa esta marca indelével mais uma vez na nossa
história.
3 – DIDÁTICOS: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico.
Os Salmos, Jó e os Provérbios (nas bíblias hebraicas) e nas edições cristãs acrescentadas de Eclesiastes,
Cântico dos Cânticos (essencialmente lírico), Livro da Sabedoria e o Eclesiástico (ou de Jesus de Sirac) formam um
grupo de livros denominados poéticos. São também chamados de sapienciais por falarem muito de sabedoria.
O livro de Jó tem um lugar muito especial nas Escrituras. Fala sobre o terrível sofrimento de um servo de Deus,
e como ele e seus amigos procuraram fazer sentido da angústia dele. A pessoa que lê a Bíblia de começo ao fim, não
achando nenhuma data no livro de Jó, poderia pensar que fora escrito depois de Ester, o livro anterior nas nossas
Bíblias. Mas as evidências sugerem que Jó viveu bem antes de Ester.
O livro de Salmos contém algumas das mais ricas expressões de louvor já escritas. A diversidade dos salmos
traz uma riqueza especial à sua qualidade como exemplos de adoração. Eles tratam de toda espécie de experiência
humana. Falam de vitória e alegria, e de medo e perseguição. Refletem as emoções de homens espirituais gozando
comunhão com o Criador, e de pecadores sentindo falta dele. Pedem bênçãos sobre os justos e punição dos ímpios.
É uma coleção de 150 poemas dividida em 5 livros. A metade dos salmos foi escrita por Davi. Os títulos o
identificam como autor de 73 salmos. Atos 4:25 e Hebreus 4:7 atribuem mais dois ao segundo rei de Israel. Salomão, o
filho de Davi, acrescentou mais dois (72 e 127), e Moisés escreveu um (90). Vários homens que conduziam o louvor
em Jerusalém (Asafe, Etã e os descendentes de Corá) escreveram 25 dos salmos. Os autores de quase um terço dos
salmos não se identificam.
As datas dos salmos abrangem, pelo menos, nove séculos. Moisés escreveu no 15º século a.C., e alguns dos
salmos foram escritos depois da volta do cativeiro (veja, por exemplo, Salmo 147:2), que aconteceu no 6º século a.C. A
grande maioria vem da época do reino unido, quando a arca da aliança foi levada a Jerusalém, e o templo foi construído
naquela cidade.
A diversidade dos salmos traz uma riqueza especial à sua qualidade como exemplos de adoração. Eles tratam
de toda espécie de experiência humana. Falam de vitória e alegria, e de medo e perseguição. Refletem as emoções de
homens espirituais gozando comunhão com o Criador, e de pecadores sentindo falta dele. Pedem bênçãos sobre os
justos e punição dos ímpios. Podemos aprender muito das diversas experiências de Davi, Asafe e outros salmistas de
Israel.
Está no capítulo 82 do Livro de Salmos “Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo”, frase que Jesus
pronuncia.
Eclesiástico é um dos livros deuterocanônicos da Bíblia, de composição atribuída a Jesus filho de Sirach. O
livro, formado por reflexões pessoais do autor, é comumente lido em templos cristãos. O livro foi originalmente escrito
em hebreu e, posteriormente, traduzido para o grego por um neto de Jesus filho de Sirach. O Eclesiástico é tido como
sagrado pela maioria dos grupos cristãos, como a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa Etíope. É reconhecido no
judaísmo pelo seu valor histórico; porém, não é parte do Tanakh, o compêndio de livros sagrados da religião. Por esta
razão, grupos protestantes não o incluem em seu cânone.
O livro de eclesiastes faz parte dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã e judaica
É o nome de um livro poético da Bíblia. Na Bíblia hebraica o nome dele é Kohelet. Embora tenha seu significado
considerado como incerto, a palavra tem sido traduzida para o português como pregador ou preletor (aquele que
explica). A maior parte vem dos escritos atribuídos tradicionalmente ao rei Salomão, por narrar fatos que coincidiriam
com aqueles dias de sua vida.
4 – PROFÉTICOS: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, os 12 Profetas menores (Amós, Oséias,
Joel, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias).
Isaías dá notícias dos reinos de Jerusalém e Judá, com as condições morais reinantes. Rei Josias e a derrota
perante os babilônios, o cativeiro (Isaías, 47, 6)
Ezequiel* promove sermões para preparar uma geração disciplinada e preparada para sair do cativeiro.
Sairão pela mão dos persas. Daniel** é amigo do filho do rei babilônio. Decifra o sonho em que Deus avisa
que o reinado babilônio acabou.
Em 538 aC não estão mais cativos, mas muitos não quiseram deixar as boas oportunidades daquelas terras
(Esdras 2, 64 e Neemias 7, 66)
O caminho de volta levará tempo, já que são 1450 km. Nesta caminhada consagram altar no mesmo lugar onde
o fizeram Davi e Abraão.
Em Daniel, cap 4, vemos que os reis persas não são pela causa judia. Dario manda Daniel para a cova dos
leões.
22
A dispersão profetizada para todos aqueles que se desviam da Lei (Lev 26, Deut 4 e também 28) já estava
bem adiantada.
Ester (Hadassa, em hebreu) torna-se esposa do rei persa Xerxes (Assuero) e salva o povo da matança. Tanto
Zorobabel, Jesua, Esdras e Neemias lutaram pela glória da antiga Jerusalém como centro de vida política e religiosa do
povo de Judá.
Os livros de Tobias, Judite e Ester ilustram episódios notáveis dos últimos séculos (VI e V aC).
Macabeus I e II narram a resistência dos judeus contra o jugo dos selêucidas e a reconquista da soberania
política (séc II aC)
SOBRE EZEQUIEL
O momento histórico é difícil para o povo judaico: Jerusalém, sitiada por Nabucodonosor, resiste e se ilude
achando que com a chegada dos egípcios, seus novos aliados, poderá ficar livre... Isso não acontece porque “Iaweh
quebrou o braço do faraó” para que não mais manejasse a espada. No mês de junho de 586 aC, os caldeus conseguiram
abrir uma brecha nos muros da cidade, e foi a derrocada.
A maior parte do povo judeu foi levada em cativeiro na Babilônia e o Templo foi destruído. As demais 11
tribos já tinham sido praticamente aniquiladas um século antes (722 aC) pelos assírios, ao norte. Essa dispersão
repercute na maneira pela qual se mantém a tradição, e nesta comunidade cativa destacar-se-á Ezequiel, para que a
chama mantenha-se acesa. O corpo da Doutrina fica no Torah, que significa lei, ensinamento, direção.
Ezequiel era de estirpe sacerdotal - seu pai era sacerdote - sabe-se pouco de sua juventude. Teve esposa, mas
ela desencarnou antes da queda da Babilônia. Foi deportado em 597 e começou seu ministério em 592, aos 30 anos.
Há teses que mostram que há duas fases em seu trabalho: De 592 a 586, em Jerusalém, onde recebe instruções
de Deus. Nesta fase ele é duro em suas pregações contra a hipocrisia. Contesta o sentimento geral do povo, que
pensava estarem pagando pelo pecado de seus pais. Anuncia a queda de Jerusalém
Já na Babilônia, de 585 a 571 aC, obedece à determinação divina que vem nestes termos: “Tu lhes dirás:’Assim
diz o senhor Deus’ -, quer ouçam, quer não”. Traz consolo aos exilados, fala da ressurreição ao povo de Israel através
da visão dos ossos secos (Ez 37). Transmite sua visão da glória de Deus na volta ao templo na Nova Jerusalém (Ez 43),
o mesmo templo que em Ez,10, 18 é mencionado que fora deixado pelos erros do povo. O povo restaurado, tendo
voltado do exílio, terá que ser defendido para evitar que invasores (tanto entendendo-se materialmente falando, como
também doutrinariamente).
Esse livro do Velho Testamento contém muitos testemunhos e relatos de manifestações divinas. Quase um
terço dele trata das descrições das vidências e clarividências do profeta. Bastante simbólico, encontramos neste livro
referências que tem muita afinidade com as futuras visões de João Evangelista, que estão contidas no livro Apocalipse.
A princípio, a maioria do povo incrédulo não dava crédito ao que ouvia nas profecias de Ezequiel. Deus
tornou-o mudo até que a cidade fosse tomada. Foram 3 anos nos quais o profeta fez as cabeças duras de Israel
entenderem os fatos através de símbolos. Ele havia visto que estavam adorando ídolos; a culpa vinha de seguirem um
sincretismo religioso, voltando as costas para o Deus único... a destruição é inevitável, a reconstrução necessária, mas
“um resto será salvo”. É desta época a história de Jó; são contemporâneos Isaías e Jeremias.
Na reconstrução, impressionado com a prostração nos rostos, Ezequiel: “Tenho sido para eles um santuário”.
Deus avisa-o “Eles virão até vós, para que vejais a sua conduta e as suas obras”. Ezequiel com tenacidade organiza os
grupos entre as colônias de deportados fazendo visitas pessoais, mantém contato com compatriotas que permaneceram
na Palestina, incita à observância de todos os preceitos, as grandes festas (como a Páscoa) passam a ser respeitadas.
Segundo Ricciotti, em ‘História de Israel’: “A tenacidade na observância de todas essas práticas é da máxima
importância, pois ela demonstra uma dupla reação contra os que os deportavam; mas também a outra, bem mais
profunda e sutil, contra si mesmos. Era substancialmente a penitência, isto é, aquele estado de ânimo que em hebraico é
denominado shubh, retorno”.
O profeta enfático se transforma e se torna o organizador metódico, o legista minucioso, o primeiro dos
escribas de Iahweh. São os capítulos de 40 ao 48, onde são anotadas todas as disposições que o senhor lhe confiou para
a reconstrução de Israel. Na sua visão, o Palácio deve estar a serviço do Templo, e o Templo é reconstruído respeitando
plenamente seu enorme valor sagrado.
Em relação à legislação imposta pelo Deuteronômio, Ezequiel impõe uma guinada rigorista, a ponto de
levantar polêmicas entre rabinos. Um grande estudioso concluiu que “Ezequiel não renega a legislação, mas sobrepõe a
ela um outro plano de engenharia mais elaborada”. “Com efeito, ele quer que a nova nação seja garantida mais
rigorosamente pela nova legislação”, escreve Ricciotti.
No ano de 537, Babilônia foi libertada pelo rei Ciro, da Pérsia, e uma caravana de israelitas pôs-se a caminho
para voltar à terra de Canaã. Termina o exílio, mas Ezequiel já havia desencarnado. O Senhor confirma àquele pequeno
resto a promessa que fizera: “Eles se esquecerão da humilhação sofrida e de todas as apostasias que praticaram contra
Mim, quando moravam em sua terra em segurança e não havia quem lhes incutisse medo... “ (Ez 39)
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OS PROFETAS
Com os profetas, o Antigo Testamento alcança a preparação do Novo Testamento. Serão Isaías (o maior
deles, uma vida de Bezerra de Menezes, que também foi Lucas, no Novo Testamento), Jeremias, Ezequiel* e
Daniel**os profetas maiores, sendo os menores em número de doze.
Todos eles defendem a pureza doutrinária (monoteísmo javista) contra as infiltrações idólatras, concitando o
povo à santidade dos costumes exigida pela Lei Divina. É em Daniel 2, 26 que aparece a palavra Masiah –Messias-
anunciando sua vinda (que sabemos será João Batista, que passará a Doutrina do Pai a Jesus que, então, viverá a vida
exemplar de Verbo Modelo).As vidências que tiveram foram descritas em Is 6; Jer 1,11; Ez 1 – 6; Am 7-8; Zac 1-6.
O Profetismo era instituição divina em Israel, prevista e aprovada pela lei (Deut 18, 15)
Isaías é o primeiro dos livros porque excede os outros em quantidade e grandiosidade de vaticínios. Está em
Malaquias, capítulo 4, fechando o Velho Testamento, que Elias votaria. O Novo Testamento falará deste retorno na
personalidade de João Batist
AS REENCARNAÇÕES
Os nomes que aparecem com um asterisco são de vidas de nosso Grande Irmão Entregador das Verdades
Divinas (como ele pediu que o chamássemos), o Pai Divino, como nos acostumamos a chamá-lo. Portanto, no Velho
Testamento podemos ler sobre Enoch, Moisés, Elias, Ezequiel. Estão no Novo Testamento suas vidas com os nomes
João Batista e anjo relator do Apocalipse.
Os nomes que aparecem com dois asteriscos são de vidas de nosso atual diretor Planetário: Samuel, Eliseu e
Daniel. Terá o nome de João, o evangelista, no Novo Testamento.
Melquisedec, rei de Salém (primeiro nome de Jerusalém) é uma das cinco vidas de nosso irmão Modelo de
Conduta, Jesus, neste planeta que ajudou a construir.
O PROFETA ISAÍAS, teria vivido entre 740 a.C. e 681 a.C., durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias,
sendo contemporâneo à destruição de Samaria pela Assíria e à resistência de Jerusalém ao cerco das tropas de
Senaqueribe que sitiou a cidade com um exército de 185 mil assírios em 701 a.C.
Isaías, cujo nome significa Iavé salva ou Iavé é salvalção exerceu o seu ministério no reino de Judá, tendo se
casado com uma esposa conhecida como a profetisa que foi mãe de dois filhos: Sear-Jasube e Maer-Salal-Hás-Baz.
O capítulo 6 do livro informa sobre o chamado de Isaías para tornar-e profeta através de uma visão do trono de
Deus no templo, acompanhado por serafins, em que um desses seres angelicais teria voado até ele trazendo brasas vivas
do altar para purificar seus lábios a fim de purificá-lo de seu pecado. Então, depois disto, Isaías ouve uma voz de Deus
determinando que levasse ao povo sua mensagem.
Focando em Jerusalém, a profecia de Isaías, em sua primeira metade, transmite mensagens de punição e juízo
para os pecados de Israel, Judá e das nações vizinhas, tratando de alguns eventos ocorridos durante o reinado de
Ezequias, o que se verifica até o final do capítulo 39.
A outra metade do livro (do capítulo 40 ao final) contém palavras de perdão, conforto e esperança.
Pode-se afirmar que Isaías é o profeta quem mais fala sobre a vinda do Messias, descrevendo-o ao mesmo
tempo como um servo sofredor que morreria pelos pecados da humanidade e como um príncipe soberano que
governará com justiça. Por isso, um dos capítulos mais marcantes do livro seria o de número 53 que menciona o
martírio que aguardava o Messias:
"Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados". (Is 53:5)
De acordo com a tradição judaica, Isaías teria sido morto serrado ao meio na época do rei Manasses.
Mesmo com pesadas críticas, a posição tradicional entre os estudiosos é que o livro de Isaías foi escrito por
uma única pessoa entre 740 a 681 a.C.
O LIVRO DE MALAQUIAS é um livro profético que faz descrições que mostram a necessidade de reformas antes da
vinda do Messias. Por ser um livro curto e de acordo com a catalogação, Malaquias é o último dos profetas menores,
tendo sido escrito por volta do ano 430 a.C., sendo que o seu nome não é citado em mais nenhum livro da Bíblia.
O profeta Malaquias foi contemporâneo de Esdras e Neemias, no período após o exílio do povo judeu na
Babilônia em que os muros de Jerusalém tinham sido já reconstruídos em 445 a.C., sendo necessário conduzir os
israelitas da apatia religiosa aos princípios da lei mosaica.
Temas tratados na obra: o amor de Deus, os pecados dos sacerdotes, o pecado do povo, os dízimos, (nos versos
de 7 a 12 do capítulo 3, passagem esta que é muito utilizada com o objetivo de se justificar com amparo bíblico a
contribuição da décima parte das rendas dos fiéis de uma organização religiosa) e, acima de todos, trata do retorno de
Elias:
24
“Eis aí que vos enviarei eu o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor; e ele
converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais, para não suceder que eu venha, e que
fira a Terra com pragas” - Malaquias, cap. 4.
Assim termina o Velho Testamento, para salientar que devia logo mais vir Elias, servindo de Assessor do
Cristo, para que Este cumprisse a Sua função missionária. Adiante, como é sabido, toparemos outras afirmativas do
gênero e com as devidas explicações. (Novo Testamento dos Espíritas)
SOBRE AS SEITAS
Ao tempo da formação do cristianismo as seitas judaicas eram pelo menos quatro: saduceus
(conservadores), zelotas (ativistas anti-romanos), essênios (influenciados pelo neopitagorismo) e fariseus.
Nasceu o cristianismo com participação de todas as seitas judaicas, sobretudo da dos essênios, que por último
sendo absorvido por ele, ou simplesmente desapareceu.
Os saduceus limitavam-se à Lei de Moisés, contidas nos livros do Pentateuco, e não admitiam
doutrinas posteriores, como as dos anjos e da ressurreição, peculiares ao zoroastrismo. Por este lado, Jesus e
os cristãos mantinham reservas aos saduceus. De outra parte, porém, os saduceus eram abertos para a cultura
helênica. Esta favoreceu posteriormente aos cristãos, os quais, ao mesmo tempo em que se adaptaram,
conseguiram projetar para o mundo uma ideologia judaica.
Os fariseus adotavam, ao lado da lei de Moisés, os livros dos profetas. E assim, seus princípios
doutrinários conferem com as convicções que se firmaram no judaísmo após a conquista de Jerusalém, em
587 a C., pelos babilônios, e, sobretudo, após a libertação por Ciro, em 539 a C.. Ao criador este o vasto
império persa, deu oportunidade aos judeus a oportunidade de se comunicar com a sabedoria de muitos
povos. A religião oficial dos persas, - o zoroastrismo (vd), - passou a; ser a sugestão das inovações. Anjos e
demônios, escatologia, vida futura definida como recompensa do bem e do mal, - eis algumas importantes
novidades de que depois também participarão os cristãos. Cuidavam os fariseus de converter aos gentios.
Neste particular também abriram um precedente, que passou aos cristãos, ainda que os fariseus de modo
geral, resistissem à helenização.
A origem remota das seitas judaicas, dos saduceus e fariseus, remonta ao tempo dos Macabeus, ou
seja, da independência da Judéia, reconquistada em 164 a.C., à sombra do declínio do reino Seleucida de
Antioquia da Síria. Da luta nacionalista resultou a clara divisão dos judeus em Saduceus, propensos à cultura
helênica, e em fariseus, a ela resistentes.
Os Zelotas eram ativistas, quase guerrilheiros, propugnadores de uma restauração imediata do reino
de Judá. Acreditavam na nação messiânica. O movimento zelota nasceu pela volta do ano 6 d.C., quando a
Judéia foi posta sob a administração dos procuradores romanos. Os contínuos levantes e guerrilhas eram
promovidos pelos zelotas, que se acolhiam depois ao seu anonimato nos esconderijos fora das cidades.
Finalmente no ano 66 conseguiram os zelotas despertar o ânimo do povo para uma guerra geral. O
resultado catastrófico foi a destruição de Jerusalém, no ano 70 (Cf. Josefo Flavo, Guerra judaica), e com isso
também do templo, de sua pomposa liturgia e sua organização sacerdotal. Os cristãos, já em adiantada
assimilação de elementos gentios, não haviam aderido ao movimento de luta pela independência judaica. Seu
conceito de Messias, cada vez mais espiritual, já não conferia com a ideia messiânica corrente entre os
judeus.
Os essênios, surgidos na obscuridade pelo ano 150 a.C., apresentam material muito curioso para o
estudo histórico-crítico das origens do cristianismo (Cf. Josefo Flavo, Guerra judaica, Escritos do Mar Morto,
estes descobertos a começar de 1947). O nome dos essênios significa piedosos, e deriva do sírio, por
transformações diversas. Já aqui, oferecem uma primeira semelhança com os cristãos, que também se
denominavam a si mesmo "santos". Desenvolveram-se os essênios na área rural. Muitos se organizaram em
grupos acolhidos ao deserto com as comunidades, a que pertenceram os escritos do Mar Morto. Os primeiros
cristãos tiveram em parte procedência da zona rural e dos meios de pesca. Apenas mais tarde se tornaram
nitidamente urbanos, com a adesão dos judeus helenistas, ou seja dos que viviam no exterior, alguns de
retorno a Jerusalém. É significativo observar que os livros do Novo Testamento cristão se omitiram sobre os
essênios, enfatizando em vez a luta com os fariseus. Isto reflete o espírito de após a destruição de Jerusalém
(ano 70 d.C.) quando virtualmente estavam desaparecidos os essênios, restando os fariseus como a seita judia
capaz de se opor ao cristianismo. Os essênios contêm aspectos neopitagóricos (vd 251).
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Principais Biografias (exceto a de Ezequiel, - ler em Vidas do Pai)
Amós
Autor: Amós
Data: Entre 760 –750 a.C.
Amós, cujo nome significa “Aquele que suporta o jugo”, era um nativo da pequena cidade de Tecoa, situada nas colinas de Judá, a
cerca de 16 km ao sul de Jerusalém. Ele é o primeiro dos assim chamados profetas escritores do séc. VIII a.C. Os outros incluem
Oséias a Israel e Miquéias e Isaías a Judá. Amós rejeitou treinamento como um profeta profissional, admitindo que ele era um
pastor de ovelhas e cultivador de sicômoros. Apesar do seu histórico não-profissional, Amós foi chamado para entregar a
mensagem de Deus ao Reino do Norte, Israel.
Data:
Amós profetizou durante os reinados de Uzias, de Judá (792-740 a.C.), e Jeroboão II de Israel (793-753 a.C.). Seu ministério foi
realizado entre 760 e 750 a.C. e parece ter ocorrido em menos de dois anos.
Contexto Histórico
A metade do séc. VIII a.C. foi uma época de grande prosperidade tanto para Israel como para Judá. Sob o domínio de Jeroboão,
Israel havia conquistado novamente o controle das rotas internacionais do comércio— a Rodovia do Rei, através da Transjordânia,
e o Caminho do Mar, através do vale de Jezreel e ao longo da planície da costa. De acordo com 2Rs 14.25, ele restaurou as
fronteiras de Israel desde Lebo Hamate (ao norte) até o mar da Arabá (o mar Morto, ao sul). Judá, sob o domínio de Uzias,
reconquistou Elatae (o porto marítimo de Ácaba) e expandiu-se para o sudeste às custas dos filisteus. Israel e Judá haviam atingido
novos auges políticos e militares, mas a situação religiosa estava fraca o tempo todo. A idolatria estava exuberante; os ricos
estavam vivendo na luxuria, enquanto os pobres estavam oprimidos; a imoralidade havia generalizado; e o sistema judicial estava
corrompido. O povo interpretava sua prosperidade como um sinal da bênção de Deus sobre eles. A tarefa de Amós era entregar a
mensagem de que Deus estava descontente com a nação. Sua paciência já havia se esgotado. O castigo era inevitável. A nação seria
destruída a menos que houvesse uma mudança no coração deles - uma mudança na qual aconteça: “Corra, porém, o juízo como as
águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso” (5.24).
Conteúdo
O livro de Am é basicamente uma mensagem de julgamento, julgamento sobre as nações, oráculos e visões de julgamento divino
sobre Israel. O tema central do livro é que o povo de Israel havia quebrado seu concerto com Deus. Como resultado, o castigo de
Deus sobre eles por causa do pecado será severo. Amós começa com uma série de acusações contra os sete vizinhos de Israel,
incluindo Judá, e, depois, ele acusa Israel (1.3-1.16). Cada nação estrangeira tem de ser castigada por ofensas específicas, seja
contra Israel ou qualquer outra nação. Esse julgamento sobre as nações nos ensina que Deus é um Monarca universal. Todas as
nações estão sob Seu controle. Elas têm de prestar contas a Deus pelos maus tratos às outras nações e povos. Israel e Judá, todavia
serão punidos porque eles quebraram seu concerto com Deus. A seção seguinte (3.1-6.14) é uma série de três oráculos ou sermões
direcionados contra Israel. Eles incluem a ameaça de exílio. Uma terceira seção (7.1-9.10) é uma série de cinco visões e
julgamento, em duas das quais Deus se retira. Finalmente, Amós promete restauração para Israel (9.11-15).
Oséias
Autor: Oséias
Data: Cerca de 750 a.C.
Oséias cujo nome significa “salvação” ou “libertação”, foi escolhido por Deus pra levar sua mensagem a seu povo através do seu
casamento com uma mulher que seria infiel a ele. Sua sensibilidade em relação à condição do pecado de seus compatriotas e sua
sensibilidades em relação ao coração amoroso de Deus o fizeram apto pra realizar esse difícil ministério.
Contexto Histórico e Data
Oséias mostra a situação histórica de seu ministério através da nomeação dos reais do Reino do Sul, de Judá (Uzias, Jotão, Acaz e
Ezequias), e o rei do Reino do Norte, de Israel (Jeroboão II), que reinou durante o período de sua profecia (1.1). Isso estabelece as
datas de 755 a.C. a 715 a.C. Embora todas as indicações quanto ao sucesso exterior parecessem positivas a Israel, um desastre
vindo por baixo estava se aproximando. O povo desse período regozijava-se na paz, abundância e prosperidade; mas a anarquia
estava preparando-se e ela traria o colapso político da nação em alguns curtos anos. Oséias descreve as condições sociais
características de seu tempo: líderes corruptos, vida familiar instável, imoralidade generalizada, ódio entre classes e pobreza.
Embora as pessoas continuassem uma forma de adoração, a idolatria era mais e mais aceita, e os sacerdotes estavam falhando na
tarefa de guiar o povo nos caminhos da justiça. Apesar das trevas desse tempo, Oséias oferece esperança para inspirar seu povo a
voltar-se novamente para Deus.
Conteúdo
O Livro de Oséias é a respeito de um povo que tinha necessidade de ouvir sobre o amor de Deus, de um Deus que queria falar com
eles e da maneira singular que Deus escolher para demonstrar seu amor a seu povo. O povo pensava que o amor poderia ser
comprado (“..mercou Efraim amores”, 8.9), que o amor era uma busca de uma autogratificação (“Irei atrás de meus namorados, que
me dão..” 2.5) e que amando objetos sem calor, pudesse conseguir benefícios positivos (“.. Se tornaram abomináveis como aquilo
que amaram”, 9.10). Deus quis que Israel conhecesse seu amor, um povo que buscou objetos sem valor (“Quando Israel era
menino, eu o amei..” 11.1), foi guiado com uma meiga disciplina (“cordas de amor”, 11.4) e que persistiu, apesar de o povo correr
e da resistência dele (“Como te deixaria?”, 11.8).
O problema era como levar a mensagem de um Deus de amor a um povo que não estava inclinado a dar ouvidos e, provavelmente,
não entender, se eles ouvissem. A solução de Deus era deixar o profeta ser seu próprio sermão.
Oséias se casaria com uma mulher impura (“mulher de prostituições”, 1.2), a amaria inteiramente, e dela teria filhos (1.3), e iria
atrás dela, e traria de volta quando ela se desviasse (“Vai outra vez, ama uma mulher”, 3.1). Em resumo, Oséias tinha de mostrar
seu próprio amor a Gomer, o tipo de amor que Deus tinha por Israel.
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Isaías
Autor: Isaías, o maior profeta do VT, uma das vidas de Bezerra de Menezes.
Data: Entre 700 - 690 a.C.
O primeiro versículo deste livro coloca Isaías, o filho de Amoz, como o seu autor. O nome “Isaías” significa “O SENHOR é
salvação”. A visão e a profecia são reivindicadas quaro vezes por Isaías; seu nome é mencionado mais doze vezes no livro. Seu
nome também aparece doze vezes em 2Rs e quatro vezes em 2Cr.
O Livro de Is é citado diretamente no NT vinte e uma vezes sendo atribuído em cada caso ao profeta Isaías. Argumentos diversos
favorecem a autoria única: 1) palavras-chave e frases-chave estão igualmente distribuídas através de todo o livro; 2) referências à
paisagem e as cores locais são uniformes. A beleza de estilo superior na poesia hebraica nos últimos capítulos de Is pode ser
explicada pela mudança de assunto, de julgamento e súplica para consolo e segurança.
Data
O profeta coloca que ele profetizou durante os reinados de “Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (1.1). Alguns aceitam que
o seu chamado para o ofício profético tenha sido feito no ano que o rei Uzias morreu, que foi em cerca de 740 a.C. (6.1,8).
Entretanto, é provável que ele tenha começado durante a ultima década do reinado de Uzias. Por Isaías mencionar a morte do rei da
Assíria, Senaqueribe, que morreu em cerca de 680 a.C. (37.37,38), ele deve ter sobrevivido a Ezequias por alguns anos. A tradição
diz que Isaías foi martirizado durante o reinado de Manassés, filho de Ezequias. Muitos acreditam que a forma “serrados” em Hb
11.37 é uma referência à morte de Isaías. A primeira parte do livro pode ter sido escrita nos primeiros anos de Isaías, e os capítulos
posteriores, após a sua retirada da vida pública.
Se Isaías começa profetizando em cerca de 750 a.C., o seu ministério pode ter se sobreposto aos ministérios de Amós e Oséias em
Israel, bem como o de Miquéias em Judá.
Contexto Histórico
Isaías profetizou no período mais crucial da história de Judá e Israel. Ambos os reinos do Norte e do Sul haviam experimentado
cerca de meio século de poder e prosperidade crescentes. Israel, governado por Jeroboão e outros seis reis de menor importância,
tinha sucumbido ao culto pagão; Judá, sob Uzias, Jotão e Ezequias, manteve uma conformidade exterior à ortodoxia, mas,
gradualmente, caiu num sério declínio moral e espiritual (3.8-26). Lugares secretos de culto pagãos eram tolerados; o rico oprimia
o pobre; as mulheres negligenciavam suas famílias na busca do prazer carnal; muitos dos sacerdotes e profetas tornaram-se
bêbados que queriam agradar os homens (5.7-12,18-23; 22.12-14). Embora estivesse para vir mais um avivamento a Judá sob o rei
Josias (640-609 a.C.), estava claro para Isaías que a aliança registrada por Moisés em Dt 30.11-20 havia sido tão inteiramente
violada, que o cativeiro e o julgamento eram inevitáveis para Judá, assim como o era para Israel.
Isaías entrou em seu ministério aproximadamente na época da fundação de Roma e dos primeiros Jogos Olímpicos dos gregos. As
forças européias ainda não estavam preparadas para grandes conquistas, mas diversas potências asiáticas estavam olhando para
além de suas fronteiras. A Assíria, particularmente, estava inclinada a conquistas ao sul e ao oeste. O profeta, que era um estudioso
dos assuntos mundiais, podia ver que o conflito era iminente. A Assíria conquistou Samaria em 721 a.C.
Miquéias
Autor: Miquéias
Data: Entre 704 e 696 a.C.
Miquéias foi contemporâneo de Isaías, no séc. VIII a.C. Ambos concentraram seu ministério no Reino do Sul, Judá, incluindo
Samaria (Israel) e “as nações” no objetivo das suas profecias. Durante alguns anos, no começo da sua carreira, Miquéias foi,
também, contemporâneo de Oséias, um profeta que morava no Reino do Norte. Miquéias viveu numa cidade localizada a cerca de
32 km a sudoeste de Jerusalém e profetizou principalmente naquela região.
O Nome de Miquéias pressupõe uma semelhança com o Senhor: “Quem, ó Deus, é semelhante a Ti”. Miquéias era tão sincero e
completamente comprometido, que ele até quis ir despojado e nu pra fazer com que sua mensagem fosse compreendida (1.8). A
profecia de Miquéias produziu um impacto que se estendeu muito além do seu ministério local. Um século depois, sua profecia foi
lembrada e citada (Jr 26.17-19), e acontecimentos ocorridos sete séculos mais tarde atestam a autenticidade da profecia de
Miquéias (Mt 2.1-6; Jo 7.41-43).
Data
Miquéias profetizou, de acordo com sua própria declaração (1.1), durante os reinados dos reis do Sul, Jotão (740-731 a.C.), Acaz
(731-716 a.C.), e Ezequias (716-686 a.C.). Visto que ele morreu durante a administração de Ezequias e antes da era que coincide
em parte com Manassés (696-642 a.C.), uma data entre 704 e 696 a.C. parece ser provável.
No período entre o início do reino dividido de Salomão (Israel ao Norte e Judá ao Sul) e a destruição do templo, muitos “altos”
haviam sido introduzidos em Judá através da influência de Samaria. Isso colocou a idolatria dos cananeus em disputa com a
verdadeira adoração no templo do Senhor (1.5). Miquéias mostra como essa degeneração espiritual levará inevitavelmente o
julgamento sobre toda a terra. E, embora o rei Ezequias tenha tido uma notável vitória sobre Senaqueribe e o exercito assírio, Judá
estava prestes a cair, a não se que a nação se voltasse para Deus, arrependendo-se de todo coração.
Conteúdo
O Livro de Mq é uma profecia acerca do Senhor, que não tem concorrentes no perdão dos pecados e na compaixão pelos
pecadores. Sua fidelidade compassiva mantém um concerto com Abraão e seus descendentes. A “excelência do nome do Senhor”
(5.4) está caracterizada, bem como a face do Senhor (3.4), seu louvor (2.9), seus caminhos (4.2), seus pensamentos (4.12), sua
força (5.4), suas justiças (6.5; 7.9) e sua conseqüente ira (7.9) e furor (5.15; 7.18) contra todas as formas de rebelião moral.
Na visão de abertura, o Senhor vem desde o templo da sua santidade, para ser testemunha contra o povo (1.2). O fator mais notável
no manejo do Senhor da sua causa é quão fundo ele foi para apresentar sua contenda (6.2), até mesmo desejando sentar-se à mesa
do réu e deixando seu povo levar qualquer queixa quanto ao modo que o Senhor Deus o tenha tratado (6.3). Além disso, aquele que
verdadeiramente se arrepende terá o Senhor como seu advogado de defesa (7.9)
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Enquanto a Babilônia ainda não era um poder mundial que podia permanecer independente da Assíria, o cativeiro babilônico (mais
de um século depois) foi claramente predito como o julgamento de Deus contra a rebelião feita contra Ele (1.16; 2.3,10; 4.10;
7.13). Mas, assim como Isaías, colega de Miquéias, a esperança foi estendida pra um restante a ser restaurado, que seja desse
cativeiro ou de um povo espiritualmente restaurado (a igreja) nos dias do Messias (2.12-13; 4.6-7; 5.3,7-8; 7.18). O Senhor
libertaria o restante (2.12-13; 4.3-8,10; 5.9; 7.7)
Miquéias tinha de censurar a liderança da nação por destruir o rebanho que lhes foi confiado. Entretanto, a grande compaixão de
Deus colore cada uma das suas atitudes e ações em relação ao seu povo, representando-o como uma filha extraviada (1.13;
4.8,10,13), pois sua compaixão, que, uma vez, redimiu a Israel do Egito 96.4), irá também redimir Judá da babilônia (4.10). Sua
fidelidade compassiva a Abraão e aos pais (7.20) é atualizada a cada nova geração. Essa mensagem está focalizada numa única
pergunta central para toda a profecia: “Quem, ó Deus, é semelhante a Ti, que perdoas a iniqüidade e que Te esqueces da rebelião
do restante da tua herança?” (7.18). A compaixão de Deus (7.18-19) é um atributo precioso a que nenhuma deidade pode se igualar.
A compaixão e a fidelidade do concerto são exclusivas a Deus. A esperança do povo de viver sob a completa bênção de Deus
estava ligada à vinda de Messias. Deus, em Seu amor, prevendo as glórias da Sua graça a ser manifesta em Jesus, manteve-se
proclamando aquele Dia e reino futuros como o acontecimento no qual o fiel devia por sua esperança.
Jeremias
Autor: Jeremias
Data: Entre 626—586 a.C.
Jeremias, filhos de Hilquias, foi um profeta da cidade levita de Anatote e talvez tenha sido descendente de Abiatar. O significado
do seu nome é incerto, mas “O SENHOR exalta” e “O Senhor lança” são possibilidades. A vida pessoal desse profeta é mais
conhecida do que a de qualquer outro profeta do AT porque ele nos deixou muitas marcas de seus pensamentos, preocupações e
frustrações.
Jeremias recebeu a ordem de não se casar ou ter filhos para ilustrar a sua mensagem: o julgamento era iminente, e a próxima
geração seria exterminada. Seu companheiro e amigo chegado era o seu escriba Baruque. Jeremias tinha poucos amigos além dele.
Ao que parece, são qualificados como amigos apenas Aicão, Gedalias, filho de Aicão e Ebede-Meleque. Isso de deve em parte por
causa da mensagem de ruína proclamada por ele, uma mensagem contrária à esperança do povo e que incluía uma sugestão de
rendição aos babilônios. Apesar dessa mensagem de ruína, da sua severa repreensão aos líderes e do desprezo pela idolatria, o seu
coração doía pelo povo, pois sabia que a salvação de Israel não está desassociada da fé em Deus e de um relacionamento de aliança
correto, expresso pela obediência.
Data
Jeremias profetizou a Judá durante os reinados de Josias, Jeoaqui, Jeconias e Zedequias. O seu chamado é datado de 626 a.C., e o
seu ministério continuou até pouco tempo depois da queda de Jerusalém, em 586 a.C. O profeta Sofonias precedeu ligeiramente a
Jeremias e Naum, Habacuque e Obdias foram contemporâneos seus. Ezequiel foi um contemporâneo mais jovem, profetizando na
Babilônia de 593 a.C. a 571 a.C.
Contexto Histórico
Jeremias iniciou seu ministério no reinado de Josias, um rei bom que adiou temporariamente o juízo de Deus prometido por causa
do governo terrível de Manassés. Os acontecimentos estavam mudando rapidamente o Oriente Próximo. Josias tinha iniciado uma
reforma, a qual incluía a destruição dos lugares altos pagãos em Judá e Samaria. Entretanto, a reforma teve um efeito pouco
duradouro sobre o povo. Assurbanipal, o último grande rei assírio, morreu em 627 a.C. A Assíria estava enfraquecendo, e Josias
expandindo o seu território para o norte. A Babilônia, sob o domínio de Nabopolasar, e o Egito, sob Neco, estavam tentando
sustentar sua autoridade sobre Judá.
Em 609 a.C., Josias foi morto em Megido ao tentar impedir o Faraó Neco de ir contra o que restava da Assíria. Três filhos de Josias
(Joacaz, Jeoaquim e Zedequias) e um neto (Joaquim) sucederam-no no trono. Jeremias viu a insensatez da linha de ação política
desses reis e alertou-os sobre os planos de Deus para Judá, mas nenhum deles deu atenção à advertência. Jeoaquim foi abertamente
hostil a Jeremias e destruiu um rolo enviado a ele, cortando-o em algumas colunas e jogando-as no fogo. Zedequias foi um
governante fraco e vacilante, buscando às vezes os conselhos de Jeremias, outras vezes permitindo que os inimigos de Jeremias o
maltratassem e o aprisionassem.
Conteúdo
O livro consiste principalmente em uma breve introdução (1.1-3), uma coleção de oráculos contra Judá e Jerusalém, que Jeremias
ditou ao seu escriba Baruque (1.4-20.18), oráculos contra nações estrangeiras (25.15-38; caps 46-51), acontecimentos sobre
Jeremias escritos em terceira pessoa, provavelmente por Baruque (cap 26-45), e um apêndice histórico (cap 52), que é quase
idêntico a 2Rs 24-25. As profecias do livro não estão em ordem cronológica.
Jeremias tinha um coração compassivo para com o seu povo e orou por ele mesmo quando o Senhor lhe disse que não fizesse isso.
Ainda assim, condenou os governantes, os sacerdotes e os falsos profetas por levar o povo à perdição. Atacou também o povo por
sua idolatria e proclamou um juízo severo a menos que o povo se arrependesse. Conhecendo as intenções de Deus, defendeu a
rendição à Babilônia e escreveu aos que já estavam no exílio para que se estabelecessem e vivessem suas vidas normalmente. Foi
estigmatizado por muitos como traidor por causa da sua pregação. Entretanto, Jeremias tinha em seu coração o melhor para o povo.
Sabia que a nação seria destruída caso a aliança de Deus não fosse honrada. Mas Deus também se interessava pelos indivíduos e
seu relacionamento para com ele. Como Ezequiel, Jeremias enfatizou a responsabilidade individual.
Jeremias era apenas um jovem quando foi chamado para carregar uma severa mensagem de ruína ao seu povo. Tentou evitar essa
tarefa, mas foi incapaz de permanecer calado. O povo tornara-se tão corrupto sob Manassés que Deus resolveu dar um fim à nação.
Derrotado e levado ao exílio, o povo iria refletir sobre o que lhe acontecera e por quê. E depois do castigo e arrependimento
apropriados, Deus traria uma parte remanescente de volta a Judá, puniria as nações que os havia punido e cumpriria a sua antiga
aliança com Israel, Davi e os levitas. E ainda lhes daria uma nova aliança e escreveria a sua lei em seus corações. O trono de Davi
seria novamente estabelecido, e sacerdotes fiéis serviriam ao povo.
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Os oráculos contra as nações estrangeiras ilustram a soberania de Deus sobre todo o mundo. Todas as nações pertencem a ele e
todas devem a ele por sua conduta.
Em seu Livro Jeremias escreveu 52 Capítulos, além do suplemento denominado o Livro das Lamentações.
No Livro das Lamentações descreve os sofrimentos que recaíram sobre Jerusalém quando o rei Nabucodonosor capturou a cidade
no ano de 586 aC.
O primeiro lamento descreve e explica as aflições de Jerusalém em termos gerais.
O segundo lamento descreve o desastre em maiores minúcias, cujos fatores fundamentais deste juízo são esclarecidas no terceiro
lamento.
No quarto lamento sublinha algumas lições que Jerusalém aprendeu por meio do juízo e no último lamento descreve como
Jerusalém, por causa de seus sofrimentos, lançou-se à misericórdia divina, esperando que Deus novamente se mostre
misericordioso para com Israel, agora purificada no cadinho da aflição.
O livro das Lamentações converte-se em "suplemento do livro de Jeremias", que com tanta freqüência profetizou uma catástrofe
como a que o livro das Lamentações descreve. Jeremias não adota um tom de censura em seu lamento, como quem diz: "Eu o
avisei”. Sente a dor das aflições de Jerusalém, e roga a Deus que não a rejeite para sempre.
O ministério profético de Jeremias foi dirigido ao reino do sul, Judá, durante os últimos quarenta anos de sua história (626—586
a.C.). Ele viveu para ser testemunha das invasões babilônicas de Judá, que resultariam na destruição de Jerusalém e do templo.
Como o chamado de Jeremias propunha-se a que ele profetizasse à nação durante os últimos anos de seu declínio e queda, é
compreensível que o livro do profeta esteja cheio de prenúncios sombrios.
Jeremias filho de sacerdote, nasceu e cresceu na aldeia sacerdotal de Ananote (mais de 6 Km ao nordeste de Jerusalém) durante o
reinado do ímpio rei Manassés, Jeremias começou seu ministério profético durante o décimo terceiro reinado do bom Rei Josias, e
apoiou seu movimento de reforma. Não demorou para perceber, no entanto, que as mudanças não estavam resultando numa
verdadeira transformação de sentimentos do povo, Jeremias advertiu que, a não ser que houvesse verdadeiro arrependimento em
escala nacional, a condenação e a destruição viriam de repente.
As deportações ocorreram em 3 etapas, sendo que os deportados foram divididos por funções e classes sociais. O resto do povo foi
levado para as margens do rio Cobar. Os deportados perderam terra, cidade/muros, palácio, templo/altar, culto/sacerdote, rei e o
projeto em torno da monarquia.
O povo passou a viver guiado por ideologias estranhas ao estilo da vida anterior; a astrologia, enquanto ideologia religiosa,
dominava e direcionava as práticas de fé. Este e tantos outros fatores, como a fome e a miséria, fortaleceram a idéia de que Javé
havia abandonado seu povo.
Neste período, entra em cena, EZEQUIEL, sacerdote que procurou organizar o povo em pequenos grupos, posteriormente veio a
ser chamado de sinagogas, utiliza meios orais e escritos para recordar o período do Tribalismo e encorajar o povo numa perspectiva
de libertação. A Profecia de Ezequiel consistia basicamente no testemunho e na convicção de que dias melhores viriam, surgindo
novos céus e novas terras.
Daniel
Autor: Daniel
Data: Final do séc. VI a.C.
Daniel foi deportado, enquanto adolescente, no ano de 605 a.C., para a Babilônia, onde viveu mais de sessenta anos. Possivelmente
fosse de uma família de classe alta de Jerusalém. Isaías e Ezequias (Is 39.7) haviam profetizado a deportação para a Babilônia dos
descendentes da família real. Inicialmente, Daniel serviu como estagiário na corte de Nabucodonosor. Mais tarde, tornou-se
conselheiro de reis estrangeiros.
A importância de Daniel como profeta foi confirmada por Jesus em Mt 24.15.
O nome Daniel significa “Deus é meu juiz” Sua inabalável consagração a Jeová e sua lealdade ao povo de Deus comprovaram
fortemente essa verdade na vida de Daniel.
Data
Embora o cerco e a deportação de cativos para a Babilônia tenha durado vários anos, os homens fortes e corajosos, os habilitados e
os instruídos foram retirados de Jerusalém logo no início da guerra (2Rs 24.14). A data do cativeiro de Daniel costumeiramente
aceita é de 605 a.C. Sua profecia abrange o espaço de tempo de sua vida.
Contexto Histórico
Juntamente com milhares de cativos de Judá levados para o exílio na Babilônia, entre 605 a 582 a.C., os tesouros do palácio de
Salomão e do templo também levados. Os babilônios haviam subjugado todas as províncias governadas pela Assíria e haviam
consolidado o seu império numa área que abrangia grande parte do Oriente Médio.
Para governar um reino tão diversificado numa área de tamanha extensão, necessitava-se de uma burocracia administrativa
especial. Escravos instruídos ou habilitados que as circunstâncias requeriam tornaram-se a mão de obra do governo. Por causa de
sua sabedoria, conhecimento e boa aparência, quatro jovens hebreus foram selecionados para o programa de treinamento (1.4).
Devido ao caráter excepcional de Daniel, Hananias, Misael e Azarias, estes jovens foram contemplados com funções relevantes no
palácio do rei. Daniel sobrepujou a todos os homens sábios daquele vasto império (6.1-3).
Conteúdo
O propósito é mostrar que o Deus de Israel, o único Deus, mantém sob seu controle o destino de todas as nações.
Daniel se compõe de três partes principais: Introdução à pessoa de Daniel (1), os testes decisivos do caráter de Daniel e o
desenvolvimento de suas habilidades de interpretação profética (2-7) e a série de visões de Daniel sobre reinos e acontecimentos
futuros (8-12). Nesta parte final, Daniel se apresenta como livro profético básico para a compreensão de muitas coisas da Bíblia.
Muitos aspectos de profecias relacionadas com os tempos do fim dependem da compreensão deste livro. Os comentários de Jesus
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no Sermão do Monte das Oliveiras (Mt 24; 25) e muitas das revelações dadas ao apóstolo Paulo encontram harmonia e coesão em
Dn (ver Rm 11; 2Ts 2). Da mesma forma, Daniel se torna um companheiro de estudo necessário do Livro de Apocalipse.
Embora a interpretação de Daniel, como também do Apocalipse não seja simples, em Dn há chaves que ajudam a desvendar os
mistérios de assuntos como o Anticristo, a grande tribulação, a segunda vinda de Cristo, os Tempos dos Gentios, as ressurreições
futuras e juízos. Esse enfoque também vê as profecias que ainda estão por se cumprir girando em torno de dois eixos principais: 1)
o destino futuro da cidade de Jerusalém; 2) o destino futuro do povo de Daniel; judeus nacionais (9.24).
Os escritos de Daniel cobrem o governo de dois reinos dominantes, Babilônia e Medo–Persa, e quatro reis: Nabucodonosor (2.11-
4.37); Belsazar (5.1-31) no período babilônio; e no período persa: Dario (6.1-28) e Ciro (10.1-11.1).
Ageu
Autor: Ageu
Data: Cerca de 520 a.C.
Autor
Ageu, cujo nome significa “Festivo”, foi um dos profetas pós-exílicos, um contemporâneo de Zacarias. Ageu tinha as qualidades de
um bom pastor. Encorajador cuja palavra estava em sintonia com o coração do povo e a mente de Deus, ele foi o mensageiro do
Senhor, e, com a mensagem do Senhor, leva ao seu grupo desanimado a segurança da presença de Deus.
Data
O ministério de Ageu cobriu um período de um pouco menos de quatro meses, durante o segundo reinado do rei Dario, que
governou a Pérsia de 522 a 486 a.C., Isso localiza Ageu na história em 520 a.C.
Contexto Histórico
Ageu, em 520 a.C., ajuntou aos exilados que haviam retornado a sua terra natal em 536 a.C., para reconstruir o templo do Senhor.
Eles haviam começado bem, construindo um altar e oferecendo sacrifícios, estabelecendo, então, o fundamento para a Casa do
Senhor no ano seguinte. A construção havia cessado, todavia, quando os inimigos zombaram dos esforços dos construtores. Mas, o
ministério de Ageu e o de Zacarias fizeram com que o povo se reanimasse e completasse a tarefa em cinco anos. O templo
reconstruído foi dedicado em 515 a.C.
Conteúdo
O livro de Ag trata de três problemas comuns a todos os povos em todos os tempos oferecendo soluções inspiradores. O primeiro
problema: o desinteresse (1.1-15) Para despertá-los da sua atitude de indiferença, Deus fala duas vezes ao povo. Primeiro, eles
precisam perceber que são infrutíferos (1.5-6), porque eles tinham abandonado a Casa de Deus e ido para sua própria casa (1.7-9).
Todo esforço deles para construir seu próprio reino nunca produzirá resultados permanentes. Após ver seu problema, o povo, então,
precisa entender que Deus irá aceitar o que eles fazem a fim de que Deus seja glorificado, se eles entregarem a ele o que eles têm
(1.8)
O Segundo problema: Desencorajamento (2.1-9) Ageu leva uma mensagem destinada a tratar decisivamente do desencorajamento.
A solução tem duas partes: uma trata do problema urgente; a outra trata de uma solução a longo alcance. Por hora, basta ao povo
esforçar-se e trabalhar (2.4). A outra chave para combater o mal é para os construtores saberem que eles estão construindo para o
dia em que Deus encher essa Casa com a glória que será maior do que a Glória do templo de Salomão (2.9)
O terceiro problema: Insatisfação (2.10-23) Agora que o povo está trabalhando, eles esperam uma inversão imediata de todos os
seus anos de inatividade. Então o profeta vai com uma pergunta aos sacerdotes (2.12-13) acerca das coisas limpas e imundas e da
influência deles sobre a outra. A resposta dos sacerdotes é que a imundície é infecciosa, enquanto a santidade não é. A aplicação é
óbvia: Não espere que o trabalho de três meses desfaça a negligência de dezesseis anos. A próxima palavra do Senhor ao povo é
uma surpresa: “Mas desde este dia vos abençoarei” (2.19). O povo precisava entender que as bênçãos de Deus não podem ser
ganhas como pagamento, mas vão como dádivas graciosas de um Deus doador. Deus escolheu Zorababel para ser um anel de sela
(2.23), isto é, para representar a natureza do servo a ser cumprida, finalmente, no mais importante Filho de Zorababel, Jesus. Notar
o nome de Zorobabel em ambas as listas genealógicas dos Evangelhos (Mt 1; Lc 3), indicando que a benção final, a maior delas, é
uma Pessoa, seu Filho Jesus Cristo.
Zacarias
Autor: Zacarias
Data: 520—475 a.C.
Zacarias, cujo nome significa “O Senhor se Lembra”, foi um dos profetas pós – exílicos, um contemporâneo de Ageu. Com Ageu,
ele foi chamado para despertar os judeus que retornaram, para completar a tarefa de reconstruir o templo (ver Ed 6.14). Como filho
de Baraquias, filhos de Ido, ele era de uma das famílias sacerdotais da tribo de Levi. Ele é um dos mais messiânicos de todos os
profetas do AT, dado referências distintas e comprovadas sobre a vinda do Messias.
Data
O ministério de Zacarias começou em 520 a.C., dois meses após Ageu haver completado sua profecia. A visão dos primeiros
capítulos foi dada, aparentemente, enquanto o profeta ainda era um jovem (2.4). Os caps 7-8 ocorrem dois anos mais tarde, em 518
a.C. A referência à Grécia em 9.13 pode indicar que os caps. 9-14 foram escritos depois de 480, quando a Grécia substituiu a Pérsia
como o grande poder mundial. As profecias que abrangem o Livro de Zacarias foram reduzidas à escrita entre 520 e 475 a.C.
Contexto Histórico
Os exilados que retornaram à sua terra natal em 536 a.C. sob o decreto de Ciro, estavam entre os mais pobres dos judeus cativos.
Cerca de cinqüenta mil pessoas retornaram para Jerusalém sob a liderança de Zorobabel e Josué. Rapidamente, reconstruíram o
altar e iniciaram a construção do templo. Logo, todavia, a apatia se estabeleceu, à medida que eles foram cercados com a oposição
dos vizinhos samaritanos, que, finalmente foram capazes de conseguir uma ordem do governo da Pérsia para interromper a
construção. Durante cerca de doze anos a construção foi obstruída pelo desânimo e pela preocupação com outras atividades.
Zacarias e Ageu persuadiram o povo a voltar ao Senhor e aos seus propósitos para restaurar o templo. Zacarias encorajou o povo de
Deus indicando-lhe um dia, quando o Messias reinaria de um templo restaurado, numa cidade restaurada.
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Conteúdo
O livro de Zc começa com a veemente palavra do Senhor para o povo se arrepender e se voltar novamente para seu Deus. O livro
está repleto de referências de Zc à palavra do Senhor. O profeta não entrega sua própria mensagem, mas ele, fielmente, transmite a
mensagem dada ele por Deus. O povo é chamado para se arrepender de sua apatia e completar a tarefa que não foi terminada.
Deus, então, assegura ao seu povo o Seu amor e cuidado por eles, através de oito visões. A visão do homem e dos cavalos lembra
ao povo o cuidado de Deus. A Visão dos quatros chifres e dos quatro ferreiros trazem à memória o julgamento de Deus. A Visão
do homem com um cordel de medir: existe uma olhada apocalíptica na velha e pacífica cidade de Deus. A visão grandiosa do
castiçal todo revestido de ouro entre os vasos de azeite assegura a Zorobabel que os propósitos de Deus serão cumpridos somente
pelo seu Espírito. A visão do rolo voante emite o pronunciamento de Deus contra o furto e contra o juramento falso. A visão da
mulher num efa significa a santidade de Deus e a remoção do pecado. A visão dos quatro carros retrata o soberano controle de
Deus sobre a Terra.
As visões são seguidas por uma cena de coroação na qual Josué é coroado tanto como rei como sacerdote. Nos caps 7-9, Deus usa a
ocasião de uma questão sobre o jejum para reforçar sua ordem para justiça e juízo, para substituir as formalidades religiosas.
Os caps 9-14 contêm muita escatologia. (Estudos das últimas coisas)
(Zacarias é, às vezes, referido como o mais messiânico de todos os livros do AT. Os caps 9-14 sãos as seções mais citadas dos
profetas nas narrativas dos Evangelhos. No Apocalipse, Zacarias é citado mais do que qualquer profeta, exceto Ezequiel. Ele
profetizou que o Messias virá como o Servo do Senhor, o Renovo (3.8), como o homem cujo nome é Renovo (6.12); tanto como
Rei como sacerdote 96;13), e como o verdadeiro Pastor (11.4-11). Ele dá um expressivo testemunho sobre a traição de Cristo por
trinta moedas de prata (11.12-13), sua crucifixão (12.10), seus sofrimentos (13.7) e sua segunda vinda (14.4).
Duas referências a Cristo são de profundo significado. A entrada triunfante de Jesus em Jerusalém é descrita com detalhes em 9.9,
quatrocentos anos antes do acontecimento (ver Mt 21.4; Mc 11.7-10). Um dos versículos mais dramáticos das Escrituras proféticas
é encontrado em 12.10, quando, na maioria dos manuscritos a primeira pessoa é usada: “E olharão para mim, a quem
traspassaram”...(Jesus Cristo, pessoalmente, profetizou sua definitiva recepção pela casa de Davi).
Neemias
Autor: Neemias
Data: Cerca de 423 a.C.
O título atual do livro é derivado do seu personagem principal, cujo nome aparece em 1.1. A nossa primeira imagem de Neemias é
quando ele aparece em seu papel de copeiro na corte de Artaxerxes. Um copeiro tinha uma posição de grande confiança como
conselheiro do rei e a responsabilidade de proteger o rei de envenenamento. Enquanto Neemias, sem dúvida, desfrutava o luxo do
palácio, o seu coração estava em Jerusalém, uma pequena cidade nas longínquas fronteiras do império.
A oração, o jejum, as qualidades de liderança, a poderosa eloqüência, as habilidades organizacionais criativas, a confiança nos
planos de Deus e a rápida e decisiva resposta aos problemas qualificavam Neemias como um grande líder e como um grande
homem de Deus. Mais importante ainda: ele deixa transparecer um espírito de sacrifício, cujo único interesse é resumido na sua
repetida oração: “Lembra-te de mim pra bem, ó meu Deus!”
Data
Nas escrituras, o livro de Neemias formava uma unidade com Esdras. Muitos estudiosos consideram Esdras como o
autor/compilador de Esdras -Neemias bem como de 1 e 2 Crônicas. Ainda que não tenhamos muita certeza, parece que Neemias
contribuiu com parte do material contido no livro que leva o seu nome (caps.1-7; 11-13).
Jerônimo, ao fazer a Vulgata, honrou Neemias ao dar o seu nome ao livro em que aparece como personagem principal. Neemias
significa “Jeová consola”. A história começa no livro de Esdras e se completa em Neemias. Neemias, que serviu duas vezes como
governador da Judéia, deixa a Pérsia para realizar a sua primeira missão no vigésimo ano de Artaxerxes I da Pérsia, que reinou de
465 até 424 a.C. (2.1). Retorna à Pérsia no trigésimo segundo ano de reinado de Artaxerxes (13.6) e volta novamente para
Jerusalém “ao cabo de alguns dias”.
Pelo conteúdo do livro, sabe-se que a obra somente pode ter sido escrita algum tempo depois da volta de Neemias da Pérsia para
Jerusalém. Talvez a sua redação final tenha sido completada antes da morte de Artaxerxes I em 424 a.C.; ao contrário, a morte de
um monarca tão benigno provavelmente teria sido mencionada em Ne.
O período histórico coberto pelos livros de Esdras e Neemias é de cerca de 110 anos. O período de reconstrução do templo sob
Zorobabel, inspirado pela pregação de Zacarias e Ageu, foi de 21 anos. Sessenta anos mais tarde, Esdras causou um despertar do
fervor religioso e promoveu um ensino adequado sobre o culto no templo. 13 anos depois, Neemias veio pra construir os muros.
Talvez Malaquias tenha profetizado durante aquela época. Se foi assim, Neemias e Malaquias trabalharam juntos para erradicar o
mal que significava o culto a muitos deuses e atacaram o pecado da associação com o povo que havia sido forçada a recolonizar
aquelas regiões pelos assírios cerca de 200 anos antes. Tiveram tanto sucesso, que durante o período intertestamental o povo de
Deus não voltou à idolatria. Dessa maneira, quando veio o Messias esperado e profetizado, pessoas como Isabel e Zacarias, Maria e
José, Simeão, Ana, os pastores e outros eram pessoas piedosas com quem Deus iria contar.
Conteúdo
Neemias expressa o lado prático, a vivência diária da nossa fé em Deus. Esdras havia conduzido o povo a uma renovação
espiritual, enquanto Neemias era como o Tiago do AT, desafiando o povo a mostrar a sua fé por meio das obras.
A primeira seção do livro (caps. 1-7) fala sobre a construção do muro. Era necessário para que Judá e Benjamim continuassem a
existir como nação. Durante o período da construção dos muros, os crentes comprometidos, guiados por esse líder dinâmico,
venceram a preguiça (4.6), zombaria (2.20), conspiração (3.9)e ameaças de agressão física (4.17).
A segunda seção do Livro (caps. 8-10) é dirigida ao povo que vivia dentro dos muros. A aliança foi renovada. Os inimigos que
moravam na cidade foram expostos e tratados com muita dureza. Para guiar esse povo, Deus escolheu um homem de coração reto e
com uma visão clara dos temas em questão, colocou-o no lugar certo no momento certo, equipou-o com o seu Espírito e o enviou
pra fazer proezas.
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Na última seção (caps.11-13), o povo é restaurado à obediência da Palavra de Deus, enquanto Neemias, o leigo, trabalha junto com
Esdras, o profeta. Como governador durante esse período, Neemias usou a influência do seu cargo para apoiar a Esdras e exercer
uma liderança espiritual. Aqui se revela um homem que planeja sabiamente suas ações (“considerei comigo mesmo no meu
coração”) e um homem cheio de ousadia (“contendi com os nobres”)
Malaquias é o último profeta do Antigo Testamento judaico. Não se sabe com certeza se Malaquias é nome de uma pessoa, ou
significa “um mensageiro” ou “um missionário”. Acredita-se, contudo, que se trata de um profeta e, que escreveu ele mesmo “O
Livro de Malaquias”.
Ele viveu muito tempo depois de Ageu e Zacarias, porque em sua época a obra de reconstrução do templo já tinha sido concluída,
como se pode deduzir pelo que é dito no capítulo 3, versículo 10, onde é mencionado um compartimento do templo chamado “casa
dos tesouros”, onde se depositavam as ofertas trazidas à casa do Senhor.
A época de Malaquias teria sido entre 415 e 397 antes de Cristo.
Como porta-voz de Deus, Malaquias se apresenta em uma das épocas mais decisivas da história. A Terra tivera muitos profetas,
mas o ambiente cultural que cercava o profeta não trazia as marcas da obra realizada por aqueles homens. Os sacerdotes eram
corruptos (1:6, 2:9), e o povo, salvo algumas exceções, não era melhor (2:10 – 4:3).
Embora o começo do Livro de Malaquias mencione o nome de Israel, Malaquias viveu e profetizou no reino de Judá. O reino de
Israel não existia mais na época de Malaquias, mas seu nome “Israel”, continuou a ser usado para designar o povo judeu em geral.
Em suas profecias, Malaquias começa por mostrar como Deus tem sempre amado a Jacó, isto é, a nação de Israel e Judá. Diz que
eles reconhecem que Deus é seu Pai, mas não lhe dão a devida honra. O profeta fala a respeito da profanação que eles fazem do
altar do Senhor. Grande parte da culpa desse estado cabe aos sacerdotes que, por sua negligência e descaso, têm contribuído para a
ruína do povo.
Fala de outras transgressões cometidas pelo povo, mas também promete a vinda do Senhor.
O Livro de Malaquias é o último dos profetas menores e também o último livro de cânon cristão do Antigo Testamento, tem 4
capítulos e 55 versículos.
Resumo do Livro de Malaquias:
Cap 1. O povo e, especialmente os sacerdotes, são reprovados por causa de sua hipocrisia; profanaram os sacrifícios e por isso
seriam escolhidas outras nações que tivessem mais reverência a Deus.
Cap. 2.Os sacerdotes são reprovados por causa de sua infidelidade no ofício; fala sobre a aliança com o Senhor, que foi esquecida.
O povo também é repreendido por ter-se casado com mulheres estrangeiras.
Cap. 3 Deus promete enviar um mensageiro para preparar o caminho diante do Messias. Haveria um juízo para purificar e preparar
o povo.
Cap. 4.Fala da época do Advento: O Profeta Elias seria enviado antes do dia Grande e Terrível do Senhor.
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O NOVO TESTAMENTO - EVANGELHOS
A PROMESSA E O CUMPRIMENTO DA PROMESSA
I Tempo: “A Promessa” (No Velho Testamento)
1. Números 11, 24-29:
“Saiu, pois, Moisés, e referiu ao povo as palavras do Senhor, e ajuntou setenta homens dos anciãos do povo e os
pôs ao redor da tenda.Então, o Senhor desceu na nuvem e lhe falou; e tirando do Espírito, que estava sobre ele, o pôs
sobre aqueles setenta anciãos; quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas depois nunca mais. Porém no
arraial ficaram dois homens; um se chamava Eldade e o outro Medade. Repousou sobre eles o Espírito, porquanto
estavam entre os inscritos, ainda que não saíam à tenda; e profetizavam no arraial.
Então correu um moço, e o anunciou a Moisés, e disse:
-“Eldade e Medade profetizam no arraial”.
Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um de seus escolhidos, respondeu, e disse:
-“Moisés, meu senhor, proíbe-lho”.
Porém Moisés lhe disse:
-“Tens tu ciúmes de mim? Oxalá todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o Seu Espírito!”
2. Números 12, 6-8
“Então disse:
-Ouvi agora minhas palavras: se entre vós há profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me faço conhecer, ou falo
com ele em sonhos.
Não é assim com meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente, e
não por enigmas; pois ele vê a forma do Senhor: como, pois, não temestes falar contra o meu servo, contra Moisés?”
3. Salmos 67, 19
“Subiste ao alto, levaste contigo cativos, tomaste dons para distribuíres pelos homens; mesmo pelos que não
criam que o Senhor Deus habitava entre nós”.
4. Isaías 44, 3
“Porque derramarei água sobre o sedento, e torrentes sobre a terra seca, derramarei o meu Espírito sobre a tua
posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes”.
5. Joel 2, 28-30
“E acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas
profetizarão, vossos velhos sonharão e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o
meu Espírito naqueles dias. Mostrarei prodígios no céu e na terra; sangue, fogo, e colunas de fumo. O sol se converterá
em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande dia do Senhor”.
6. Malaquias 4, 4-6
“Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, a qual lhe prescrevi em Horebe para todo Israel, a saber, estatutos e
juízos. Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande dia e terrível dia do Senhor; ele converterá o
coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição”.
II Tempo: “Cumprimento da Promessa” (Do Batismo à Crucificação de Jesus Cristo)
1. Mateus 17,10-13
“E os discípulos o interrogaram, dizendo:
-“ Por que dizem, pois, os escribas que Elias deve vir primeiro?”
E ele, respondendo, disse-lhes:
-“Elias certamente há de vir, e restaurará todas as coisas. Digo-vos, porém, que Elias já veio, e não o
reconheceram, antes fizeram com ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do homem há de padecer nas mãos
deles”.
Então os discípulos compreenderam que lhes tinha falado a respeito de João Batista”.
2. Mateus 3,11
“Eu, na verdade, batizo-vos com água,nas o que há de vir depois de mim é mais poderoso do que eu, e eu não
sou digno de lhe levar a sandália; ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo”.
3. Lucas 3,22
“E desceu sobre ele o Espírito Santo em forma corpórea como uma pomba; e ouviu-se do céu esta voz: -“Tu és o
meu filho dileto; em ti pus as minhas complacências”.
4. João 1,17
“.. Porque a Lei foi dada a Moisés mas a graça e a verdade foi trazida por Jesus Cristo”.
5. João 7,38-39
“Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito
ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até esse momento não fora dado porque Jesus
ainda não havia sido ainda glorificado”.
6. Mateus 12, 22-32
33
“ Então trouxeram-lhe um endemoniado cego e mudo, e ele o curou, de sorte que falava e via. E ficaram
estupefatas todas as turbas, e diziam:
-“Por ventura é este o filho de Davi?”
Mas os fariseus, ouvindo isto disseram:
-“Este não lança fora os demônios, senão por virtude de Belzebu, príncipe dos demônios”.
Porém, Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse-lhes:
-“Todo o reino, dividido contra si mesmo, será desolado; e toda cidade ou família, dividida contra si mesma, não
substituirá. Ora, se Satanás lança fora a Satanás, está dividido contra si mesmo, como substituirá, pois, o seu reino?
E, se eu lanço fora os demônios em virtude de Belzebu, por virtude de quem os expeliu vossos filhos? Por isso é
que eles serão os vossos juízes. Se eu, porém, lanço fora os demônios pela virtude do Espírito Santo de Deus, é
chegado a vós o reino de Deus.
Ou como pode alguém entrar na casa dum valente, e saquear os seus móveis, se antes não prender o valente? E
então lhe saqueará a casa. Quem não é comigo, é contra mim; e quem não junta comigo, desperdiça.
Por isso vos digo: todo o pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, porém, a blasfêmia contra o Espírito
Santo não será perdoada. E todo o que disser alguma palavra contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste
mundo, nem no porvir”.
7. João 14, 12, 16, 26
“Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e outras
maiores fará, porque eu vou para junto do Pai”
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja sempre convosco o Espírito da
Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; vós o conheceis porque ele habita convosco
e estará entre vós”
“mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos
fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”
8 . João 16, 7-15
“Mas eu vos digo a verdade: Convém-vos que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá para vós
outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. Quando ele vier convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo; do
pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para o Pai e não me vereis mais; do juízo, porque o príncipe
deste mundo já está julgado. Tenho muito a vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o
Espírito da Verdade ele vos guiará a toda a Verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido
e vos anunciará as coisas que hão de vir”.
9. Marcos 16, 15-18
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo;
quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome expelirão
demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se
impuserem as mãos sobre os enfermos, eles ficarão curados”
* Quando viram eles Moisés (representando a Lei) e Elias (representando os Dons aplicados na defesa da Verdade) conversando com Jesus, estavam tão
manifestos que os profetas acreditaram que teriam que fazer uma tenda para cada um dos dois...
O Novo Testamento
Esta Segunda parte da Bíblia não trata mais de conquistas de reinos terrestres, mas faz menção ao reino de Deus.
Em tamanho físico, toma um quinto da Bíblia, já que é um quarto do Velho Testamento.
Em termos de tempo, abrange um século, indo desde o nascimento do Messias, João Evangelista, e Jesus, até as
atividades dos apóstolos, descritas em Atos.
A contagem do tempo que introduziu o cômputo atual, feita em 525 pelo monge Dionísio, o Pequeno, tem erro, já
que quando Jesus nasceu Herodes estava vivo, o que corresponderia ao ano 5. O calendário que observamos foi
estabelecido pelo Papa Gregório XIII, em 15 82, com a data inicial 1 a.D., baseado no de Dionísio.
P – Verdadeiramente, o Novo Testamento é todo ele filho do Profetismo Hebreu, anunciado e prometido, nele
estribado na Revelação Contínua, nas promessas da vinda do Cristo Modelar e Modelador, do Derrame de Dons do
Espírito Santo sobre toda a carne, trazido pelo próprio Cristo Modelo, tal como o Livro dos Atos e as Epístolas provam
totalmente?
R – Sim, o Novo Testamento é Moral Divina, é Cristo Exemplo de Obediência às Leis Divinas, é generalização
dos Dons do Espírito Santo, e, por causa da corrupção que viria, o Novo Testamento é promessa da RESTAURAÇÃO,
com os avisos, na hora certa, da entrada no período apocalíptico chamado UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA.
Começar com a Codificação é passável, apenas passável, pois muitas de suas afirmações são infantis, outras muito
falhas, algumas erradas, etc... Mas fanatizar-se alguém pela Codificação, isso constitui obra criminosa, de lesa-
VERDADE, pois qualquer pessoa inteligente e honesta saberá compreender, que Kardec e a Codificação não entraram
no Livro dos Atos, nas Epístolas e no Apocalipse. (Que Fizeste do Batismo do Espírito Santo?)
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Nos exemplos de Jesus Cristo há medida para todos. Primeiro enfrentou o preparo e o amadurecimento, entre as
montanhas e as noites silenciosas, os usos e os costumes, tudo aquilo com que, de longos séculos, contavam os
Nazireus, a primícia dos Essênios ou da Escola Profética Hebréia, às margens do Mar Morto. Depois, como de fato deve
proceder um Instrutor de homens, saiu a movimentar os recursos mediúnicos ou revelacionistas, fazendo-os rodar sobre
o mancal irremovível da Soberana Lei! E a Doutrina Cristã é, queiram ou não, a infusão desses dois fatores básicos — a
Lei que enobrece e a Revelação que instrui. (O Pentecoste)
Recadinho:
No Velho Testamento está uma advertência fundamental, e no Novo Testamento está a explicação total:
“Quando fordes mansos e humildes, increparei os insetos daninhos e retirarei da terra o espírito imundo."(VT)
"Tomai exemplo de mim, que sou manso e humilde de coração"(NT)
“Consultai as escrituras.” - Jesus.
O Velho Testamento foi queimado por Saul, e foi restaurado no tempo de Esdra, sobre lendas e ditos do povo. Só
de Davi para diante é que os livros do Velho Testamento são de próprio punho, nos originais hebreus.
O Novo Testamento se compunha de duzentos e cinquenta e sete manuscritos. A primeira seleção reduziu-os a
noventa e sete, a segunda a vinte e oito e a Vulgata constitui o resumo, segundo os interesses do imperialismo
despótico e sanguinário de Roma. No quarto século foram feitas coisas escabrosas com os escritos apostolares; foram
cometidas adulterações tremendas, além de terem sido mortos os cultivadores do Batismo de Espírito, e de terem sido
destruídos os Cenáculos Iniciáticos de todos os recantos do Império Romano.
Jesus foi crucificado duas vezes - uma vez em nome de Moisés, pelo Sinédrio e pela súcia farisáico-saducéia, e
outra vez por ordem de Constantino ou do Império Romano.
O Batismo de Espírito voltou através de Elias, com o nome de Espiritismo, precisamente por ser a restauração
do Batismo de Espírito, que a Jesus custou a vida.
A verdadeira Escritura é a Revelação, é a Palavra de Deus, sempre viva e servindo assim - advertindo,
ilustrando e consolando. E o Profeta ou Médium é muito responsável, porque ele é o intermediário, o servo da
Mensageiria Divina. Quando o Médium ou Profeta se desequilibra, os santos espíritos afastam-se e os espíritos
ignorantes e capciosos interferem, ensinando a trair a Lei de Deus.
Para quem quiser atender, isto é fundamental: O Documento Fundamental é a Lei de Deus. O Evangelho foi a
vida que Jesus viveu. Jesus é a Lei Viva, é Moral, é Amor e é Revelação.(Novo Testamento dos Espíritas)
O NOVO TESTAMENTO DOS ESPÍRITAS é o livro que nos abrirá os olhos quanto às adulterações e inserções!
Não deve deixar de ser lido!
Cronologia
-5 nasce Jesus
8 - Jesus é encontrado aos 12 anos, pregando no templo.
28 - João Batista faz pregações e batiza Jesus
30 desencarna Jesus
34 Conversão de Paulo
43 - Martírio de Tiago. Pedro vai para Roma. Apóstolos dispersos.
60/62 - Paulo é preso em Roma (escreve Col, Ef, Flp, Flm). Tiago menor é morto.
67 - Martírio de Pedro e Paulo
90 - João Evangelista exila-se em Patmos e escreve o Apocalipse
100 - Desencarne de João, o evangelista
Partes Do Novo Testamento:
Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas, João.
Os três primeiros Evangelhos trazem os mesmos fatos, na mesma ordem. No de João predomina a atividade de
Jesus em Jerusalém.
A palavra Evangelho significa Boa Nova. Os evangelhos relatam a vida de Jesus. Poderemos saber da
significação de sua vinda e um resumo de seus dias na página 63 do Evangelho Eterno (transcrito em seguida)
Atos, o Ministério dos Apóstolos: A história bíblica termina no livro de Atos, que descreve o ministério da
igreja primitiva. Em Atos vemos como a mensagem concernente a Jesus propagou-se de Jerusalém até Roma, centro do
mundo Ocidental.
Epístolas de Paulo: Romanos, 2 aos Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 2 aos Tessalonicenses,
2 a Timóteo, a Tito, a Filêmon, aos Hebreus. Eram escritas com a intenção de apaziguar litígios, dissipar dúvidas,
aconselhar, direcionar ao bem. Eram escritas por amanuenses. Uma Igreja (como entendemos a palavra, que apenas quer
dizer grupo reunido) trocava estas epístolas com outra, para haver o intercâmbio de informações.
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Epístolas Canônicas: 1 de Tiago, 2 de Pedro, 3 de João, 1 de Judas
Dos apóstolos, mas dirigidas aos fiéis em geral.
Tiago – tinha cunho moral
I Pedro – escrita em tempo de muita perseguição, exalta à fé e à coragem.
II Pedro – chama à atenção os erros internos, infiltrados nas comunidades
I João – fala de Deus e nossos deveres morais
II João – convite à caminhada na Verdade e no Amor
III João – tem um tom familiar
Judas – irmão de Tiago, avisa de falsos mestres, das doutrinas corruptas.
Apocalipse, o Livro Profético
A palavra significa REVELAÇÂO, característica principal deste Livro.
Aparecem duas linhas: o tema “fim dos tempos” e a linguagem simbólica. Predomina o número 7 em todo o livro.
Estudiosos dividem o Livro em 5 partes: Exórdio, Mensagem às Igrejas (com suas condições morais, promessas de
prêmios) vitória da Doutrina, o dragão é atado, o julgamento, a sorte dos justos e dos maus, epílogo.
São usados muitos simbolismos do Velho Testamento, principalmente os de Ezequiel e Daniel
Para ler este livro com mais propriedade, convém, antes da leitura, buscar no Evangelho Eterno os significados de
certos símbolos, pois isso permitirá que a compreensão seja mais profunda:
A ordem certa dos capítulos:10, 11, 12, 19, 14, 21 e 22
O capítulo 4 do Evangelho Eterno, que tem como título SÍNTESE DA SABEDORIA APOCALÍPTICA,
O capítulo 5 do Evangelho Eterno, que tem como título OS CAVALEIROS DO APOCALIPSE, ambos são
indispensáveis para uma leitura anterior à própria leitura do Apocalipse
Os dois livros do Novo Testamento, menos lidos, e mais puros, são o Livro dos Atos dos Apóstolos e o
Apocalipse... Como Jesus deixou o Espiritismo generalizado, e como os fatos terão que se dar, no curso dos Ciclos e das
Eras, é do que tratam os dois imensos livros. (Que Fizeste do Batismo do Espírito Santo?)
Sobre João Batista:
Atraía multidões para suas pregações no vale do rio Jordão, em Betabara (ou Betânia), na margem leste do rio.
Era essênio (Era um grupo que vivia vida simples e altamente disciplinada, com locais de reunião no deserto da Judéia.
Seus pergaminhos foram achados há pouco tempo, em Khirbet Qumrân).
As autoridades preocupavam-se com João Batista, porque atraía muita gente. Era primo de Jesus.
Segundo o que o Pai disse, João Batista era tão impaciente e severo que acabava também assustando pessoas.
Jesus perguntou porque ele era assim, e João respondeu: “Sua vez chegará!”. Tinha o apelido de “Voz de Trovão”
Foi decapitado por Herodes Antipas, que prometera a Salomé, por sua bela dança, o que quisesse... E ela pediu a
cabeça de João Batista numa bandeja de prata.
Ler sem falta:
Malaquias, 4 - Mateus 17, 11 - João 16, 12 - Apocalipse, 14, 6 - Apocalipse 12, 5 - Apocalipse 14, 14 -
Apocalipse 19, 11 - Apocalipse 19, 15 - Apocalipse 10, 9
E no capítulo 21 teremos E DEUS HABITARÁ ENTRE VÓS!
Quatro Fases Distintas E Maravilhosas Marcam A Epopéia Cristã:
1° - As profecias sobre a Sua vinda, que começou por Abrão, tendo após tido curso em Moisés e nos Profetas; o
retorno de Elias, como está escrito nos dois últimos versículos do Velho Testamento; a configuração histórico-
messiânica do Cristo, como está em alguns dos Profetas, principalmente no capítulo cinquenta e três de Isaías; e o
derrame de Espírito ou Revelação sobre toda a carne, como está dezenove vezes anotado nos Profetas.
2° - No momento de dar-se a encarnação, o trabalho do Consolador, da Mensageiria Divina ou do Ministério do
Espírito Santo, tendo Gabriel feito sua parte preliminar; tendo, após, o mesmo Consolador trabalhado através de José,
dos reis iniciados, de Ana e de Simeão, enquanto Jesus era criança.
3° - Tudo Jesus fez durante a vida carnal, dando provas de ter a Graça do Consolador SEM MEDIDA; dando, por
isso, provas de variantes modos, pelos fenômenos proféticos ou mediúnicos obrados; dando provas de ter os anjos,
espíritos ou almas, subindo e descendo sobre Ele; indo ao Tabor, em companhia de três Apóstolos, para falar com
Moisés e Elias, que nunca foram mortos, porque para Deus ninguém é morto; e dando provas de Sua Divina
Modelagem, através de todos os feitos que obrara em vida, preparando terreno à outra parte que Lhe cumpria, ao
ressurgir como espírito, para completar a função missionária.
4° - Deixar o túmulo vazio; retornar como espírito; repetir Suas palavras de antes, sobre a Graça da Revelação
generalizada que deixaria, para tirar a orfandade do seio da humanidade; preparar e realizar a gloriosa eclosão
mediúnica do Pentecostes; continuar, por onze anos a fio, Seus contatos com os Apóstolos, que aumentaram para
milhares e se espalharam pela Terra.
36
A História Geral
- Os governantes. Período 4 aC a 70 dC -
Os romanos permaneceram como governantes supremos da Palestina durante os tempos do NT. A família de
Herodes, juntamente com os procuradores romanos nomeados, governava sob a autoridade de Roma.
O Novo Testamento inicia-se com o nascimento de Jesus. Herodes, o Grande, era rei, mas seu governo
aproximava-se do fim. Os últimos anos de seu reinado foram cheios de conspiração e contra conspiração enquanto os
membros de sua família disputava o poder. Poucos antes do nascimento de Jesus ele havia executado os dois filhos que
tivera com Mariana. Outro filho, Antípatro, conspirou contra Herodes e foi executado apenas cinco dias antes da morte
do pai, no ano 4 aC. Para os romanos Herodes foi um rei vassalo digno de confiança e capaz, mas para os judeus ele foi
um tirano egoísta.
Sucederam-no seus filhos. Arquelau (4aC - 6 dC) governou na Judéia. O menos estimado dos filhos de Herodes,
ele foi cruel e despótico. As queixas dos Judeus contra ele finalmente o levaram ao exílio. Herodes Antipas (4 aC - 39
dC) foi nomeado tetrarca da Galiléia e da Peréia. Este orgulhoso e hábil governante foi menos brutal que Arquelau, mas
assassinou João Batista que denunciara seu casamento com Herodias. Favorecido pelo imperador romano Tibério (14 -
37 dC), foi exilado no ano 39 dC por ordem de Calígula (37 - 41 dC). Filipe (4 aC - 34 dC), terceiro filho de Herodes,
foi tetrarca das regiões da Ituréia e Traconites (Lc 3.1). Filipe parece ter sido um governante relativamente justo e
benevolente. Sua capital era Cesaréia de Filipe (Mt 16.13; Mc 8.27), e as moedas que ele cunhou foram as primeiras
moedas judaicas a trazer a efígie humana (a de Augusto ou de Tibério). Morreu no ano 34 dC e seu território foi afinal
acrescentado ao de Herodes Agripa I.
Após o exílio de Arquelau, sua tetrarquia (Judéia, Samaria e Iduméia) foi governada por procuradores romanos (6
- 41 dC) Quirino, governador da Síria, chegou à Judéia no ano 6 dC a fim de alistar o povo para efeitos de tributação.
Este ato provocou os patriotas da Judéia, mas as autoridades judaicas os acalmaram por algum tempo. Contudo, Judas, o
galileu, liderou o povo na revolta contra os romanos e contra Herodes. Logo foi morto (At 5.37) é possível que seus
seguidores constituíssem o partido dos Zelotes (Lc 6.15; At 1.13).
Herodes Agripa I alcançou a proeminência em 37-44 dC e despojou os procuradores de seus poderes. Como
herdeiro da família dos macabeus, ou asmoneus, e em virtude de sua observância da Lei, ele era estimado entre os
fariseus. Esta estima ou popularidade era por sua hostilidade aos cristãos (At 12). Morreu repentinamente no ano de 44
dC, e seu reino voltou a ser governado pelos procuradores. As condições pioraram sob os procuradores até que
precipitaram a rebelião judaica contra o governo romano em 66-70 dC.
Fadus (44-46 dC), Alexandre (46-48 dC), Cumanus (48-52 dC), Félix (52-60 dC) francamente hostil
aos judeus, Festo (60-62 dC) (morreu durante seu mandato, e em Jerusalém a anarquia predominou por
completo. Foi nessa ocasião que mataram Tiago, irmão de Jesus), Albino (62-64 dC), Floro ( 64-66 dC)
(saqueava cidades inteiras. Permitia aos ladrões que pagassem suborno para o livre exercício de sua profissão.
Por conseguinte, a nação judaica caiu numa situação intolerável). Desde 68 até 70 dC eles travaram uma
guerra heróica que terminou em trágica derrota em 70 dC, quando a cidade e o templo foram invadidos e
destruídos.
Sobre os Evangelhos e os evangelistas
A palavra "Evangelho" vem do grego "evangélion", que quer dizer "Boa Notícia". Para os apóstolos era
"aquilo que Jesus fez e disse"(At 1,1). É a força renovadora do mundo e do homem.
A Igreja reconhece como canônicos (inspirados por Deus) os quatro Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e
João. Os três primeiros são chamados de "sinóticos" porque podem ser lidos em paralelo, já o de João é bastante
diferente. Existem também evangelhos apócrifos que a Igreja não reconheceu como Palavra de Deus. São os de Tomé,
de Tiago, de Nicodemos, de Pedro, os Evangelhos da Infância, etc. Eles contém verdades históricas junto narrações
fantasiosas e heresias.
Os evangelhos são simbolizados pelos animais descritos em Ez 1,10 e Ap 4,6-8: o leão (Marcos), o touro
(Lucas), o homem (Mateus), a águia (João). Foi a Tradição da Igreja nos séculos II a IV que tomou esta simbologia
tendo em vista o início de cada evangelho. Mateus começa apresentando a genealogia de Jesus (homem); Marcos tem
início com João no deserto, que é tido como morada do leão; Lucas começa com Zacarias a sacrificar no Templo um
touro, e João começa com o Verbo eterno que das alturas desce como uma águia para se encarnar.
Jesus pregou do ano 27 a 30 sem nada deixar escrito, mas garantiu aos Apóstolos na última Ceia, que o Espírito
Santo os faria "relembrar todas as coisas" (Jo14, 25) e lhes "ensinaria toda a verdade" (Jo 16,13). Desta promessa, e
com esta certeza, a Igreja que nasceu com Pedro e os Apóstolos, sabe que nunca errou o caminho da salvação. De 20 a
30 anos após a morte de Jesus os Apóstolos sentiram a necessidade de escrever o que pregaram durante esses anos,
para que as demais comunidades fora da Terra Santa pudessem conhecer a mensagem de Jesus.
É sabido que os Quatro Evangelhos, ou versões, de Jerônimo, constituem a condensação de mais de duzentos
manuscritos, e, com inclinação à Igreja Católica Apostólica Romana, fundada em 325, por Constantino... Contém erros
37
e falhas da parte dos escritores, que foram apenas homens... E contém erros e inclinações propositalmente deturpadas,
porque foi feita para servir ao Império Romano...
Mas, lembrem-se, apesar de todos os erros e de todas as deturpações, é um grandioso testemunho da Lei de Deus,
da Divina Modelagem de Jesus Cristo, e da comunicabilidade dos anjos, espíritos ou almas... Lembrem-se de que as
palavras anjo, espírito e alma querem dizer a mesma coisa, e que outra qualquer interpretação é burrice... Sempre
surgiram, na História das Grandes Revelações, aqueles interesses humanos, que foram torcendo a VERDADE
DOUTRINÁRIA para o seu lado, ou em benefício de seus exploradores...
Espíritos de erro, encontrando acesso em pessoas erradas, têm inventado contradições tremendas e repugnantes
sobre Jesus – profecias, nascimento, corpo, feitos mediúnicos, desencarnação e ressurreição, Batismo de Espírito, etc. A
Verdade está nos Livros constituintes do Novo Testamento, e os fatos provarão assim. (Que Fizeste do Batismo do Espírito
Santo?)
***
O Evangelho de Mateus –[ Mateus era cobrador de impostos que, com um banquete, se despede do antigo modo
de vida e segue Jesus. Outros chamam-no de Levi. Está em Mateus, 24 e 25 o Sermão Profético de Jesus] é o primeiro
que foi escrito, em Israel e em aramaico, por volta do ano 50. Serviu de modelo para Marcos e Lucas. O texto de Mateus
foi traduzido para o grego, tendo em vista que o mundo romano da época falava o grego. O texto aramaico de Mateus se
perdeu. Já no ano 130, Pápias, da Frígia, fala deste texto. Também Irineu (†200), que foi discípulo de Policarpo, que por
sua vez foi discípulo de João Evangelista, fala do Evangelho de Mateus, no século II.
Comprova-se aí a historicidade do Evangelho de Mateus. Ele escreveu para os judeus de sua terra, convertidos
ao cristianismo. Era o único dos apóstolos habituado à arte de escrever, a calcular e a narrar os fatos. Compreende-se
que os próprios Apóstolos do tenham escolhido para esta tarefa. O objetivo da narração foi mostrar aos judeus que
Jesus era o Messias anunciado pelos profetas, por isso, cita muitas vezes o Antigo Testamento e as profecias sobre o
Messias. Como disse Renan, o evangelho de Mateus tornou-se "o livro mais importante da história universal".
O Evangelho de Marcos - Marcos foi colaborador de Pedro e Paulo na Pregação. Era também chamado de João
Marcos (em Atos 13, 5 é chamado apenas de João). Trabalhou na pregação no Egito.Marcos não foi apóstolo, mas
discípulo deles, especialmente de Pedro, que o chama de filho (1Pe 5,13). Foi também companheiro de Paulo na
primeira viagem missionária (At 13,5; Cl 4, 10; 2Tm 4,11). O testemunho mais antigo sobre a autoria do segundo
evangelho, é dado pelo famoso Pápias de Hierápolis, na Ásia Menor (†135).
O Evangelho de Lucas - Lucas não era judeu como Mateus e Marcos (isto é interessante!), mas pagão de
Antioquia da Síria (Cl 4, 10-14). Era culto e médico. Ligou-se profundamente a Paulo e o acompanhou em trechos da
segunda e terceira viagem missionária do apóstolo (At 16, 10-37; 20,5-21). No ano de 60 foi para Roma com Paulo (At
27,1-28) e ficou com ele durante o seu primeiro cativeiro (Cl 4, 14; Fm 24) e acompanhou Paulo no segundo cativeiro
(2Tm 4,11). O texto foi escrito em grego, numa linguagem culta e há uma afinidade com a linguagem e a doutrina de
Paulo. foi escrito por volta do ano 70. Como escreveu para os pagãos convertidos ao cristianismo, não se preocupou
com o que só interessava aos judeus. Usou os depoimentos dos que conviveram com Jesus, inclusive os de Mamãe
Maria. Seus escritos não têm nenhuma palavra em aramaico. Escreveu os Atos dos Apóstolos em continuação ao
Evangelho, antes de ser preso em 63.
Mateus mostra um Jesus como Mestre notável por seus sermões - o novo Moisés, Marcos o apresenta como o
herói admirável (o Leão da tribo de Judá - Ap 5,5), Lucas se detém mais nos traços delicados e misericordiosos da alma
de Jesus. É o evangelho da salvação e da misericórdia. É também o evangelho do Espírito Santo e da oração. E não
deixa de ser também o evangelho da pobreza e da alegria dos pequenos e humildes que colocam a confiança toda em
Deus.
O Evangelho de João - João era filho de Zebedeu e Salomé (cf. Mc 15,40) e irmão de Tiago maior (cf. Mc 1,
16-20). Testemunhou tudo o que narrou, com profundo conhecimento. É o "discípulo que Jesus amava" (Jo 21,40).
Este evangelho foi escrito entre os anos 95 e 100 dC., provavelmente em Éfeso onde João residia. João, discípulo
amado, foi discípulo de João Batista. É o único que menciona que os feitos de Jesus têm cunho missionário.
João não quis repetir o que os três primeiros evangelhos já tinham narrado. Escreveu um evangelho
profundamente meditado e teológico, mais do que histórico como os outros. Contudo, não cedeu a ficções ou fantasias
sobre o Mestre, mostrando inclusive dados que os outros evangelhos não têm. Apresentando essa doutrina, ele quis
fortalecer os cristãos contra as primeiras heresias que já surgiam, especialmente o gnosticismo que negava a verdadeira
encarnação do Verbo. Cerinto e Ebion negavam a divindade de Jesus, ensinando a heresia segundo a qual o Espírito
Santo descera sobre Jesus no batismo, mas o deixara na Paixão. É um evangelho profundamente importante para a
teologia dogmática e sacramental especialmente.
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"Se o sal perder a força, com que outra coisa se há de salgar?" - Lucas, cap. 14.
O verdadeiro sal, aqui, é a Doutrina Pura. E devemos dizer, então, que há muito tempo vivem temperando com
sal falsificado! E o resultado está perante todos, porque em lugar de se espiritualizar a humanidade, tudo se
materializou, tudo se brutalizou, tudo se encaminhou ao mais desenfreado sensualismo. Se a Doutrina do Pentecostes,
edificada sobre a Revelação, tivesse ficado, até as crianças de cinco anos já saberiam das grandes coisas de Deus e de
Suas leis, estando preparadas para serem adultos conscientes de seus deveres. A Terra já não seria um mundo de
guerras, pestes, fomes, porque estaria cristianizada. (O Novo Testamento Dos Espíritas)
"O sermão profético" - Marcos, cap. 13.
Quem andou entendendo mal, por certo já não escreveu direito; e o restante da trapalheira, surgiu mais tarde,
com os malabarismos que andaram fazendo nas letras.
Jesus sabia que a Excelsa Doutrina seria corrompida e que seria necessário restaurá-la, nas bases do Pentecostes.
E proferiu o Sermão Profético, sobre o fim do ciclo e as terríveis comoções. Tudo isso até o ano de dois mil e
cinquenta, que é o tempo de começar a Nova Era. E com o Caminho do Senhor reposto no lugar, teremos um ciclo
mais longo, até o ano de seis mil, quando haverá uma nova, porém menos violenta comoção, para depois entrar em
outra Nova Era. E assim por diante, até que a Terra seja aquela Jerusalém Eterna, prevista no Apocalipse.
Andaram enchendo as letras de adulterações e absurdos. Cumpre a cada um fazer a sua análise, procurando a
lógica de Deus em todos os casos e para todos os efeitos. Porque absurdos humanos não abalam a Deus! Tudo seguirá
o rumo certo, e cada um que aprenda com Deus, em lugar de querer ensiná-Lo! (O Novo Testamento Dos Espíritas)
Quanto aos que participavam deste momento histórico:
A Lei, entretanto, registrava os fatos. A cada um estava sendo marcada, para efeito de responsabilidade, nos
registros íntimos, a função do momento. Alguns se aureolavam com as luzes do Amor e do Saber; outros, entretanto,
faziam-se vítimas de si mesmos, tomando parte na chacina que as trevas promoviam em louvor dos abismos. Se em
todos os tempos houve quem cometesse crimes contra a Virtude, certo é que nos dias do desabrochamento cristão tais
práticas ganharam foros de galhardia em favor do Céu. Perseguir e matar aos que falavam em Jesus e viviam tendo
contato com os chamados mortos era bem servir aos altos interesses de Deus, mesmo que a Lei fosse vinda pela
Revelação e que ordenasse não matar. A concepção trevosa do homem podia estar adiante da maior advertência que
jamais o Céu enviara aos homens.
Que poder conseguiria ter a Lei, naqueles dias, perante homens que somente conheciam e se curvavam diante
dos rituais e dos manejos inventados pelos homens? Deus quer assim? Mas quem é Deus diante do imperador e dos
padres vendedores de salamaleques pagãos?! Acaso saberia Deus, mais do que pretendiam saber os políticos e os
senhores dos templos? Tinha alguém certeza, de não mancomunar o Criador com as batoteiras de Suas criaturas
inconscientes?
E, se bem seja verdade constrangedora o fato de ainda viver a humanidade mergulhada nos mesmos chavascais
ronceiros e revéis a Lei, o exato é que as coisas assim foram rompendo através dos dias, até que ao findar o primeiro
quartel do século quatro, já finava por todas as partes, nas voltas do Mediterrâneo, sobre os impulsos romanos, a Graça
e a Verdade trazidas pelo Cristo. A grande eclosão mediúnica do Pentecostes, que os primitivos discípulos faziam
questão de estender pelo mundo a fora, até as extremidades da Terra, teve fim precisamente onde o catolicismo romano
teve começo. Iniciada a vigência de Constantino, caducou a vigência do batismo de espírito.
Foram dias de treva, de conturbação na crosta e de agonia nas esferas espirituais; o martírio de Jesus e de
milhares de abnegados da Verdade ficou soterrado sobre os impactos imperialistas do novo imperador e de sua linha
política. Onde se encontrassem cultores do mediunismo, ali haveria a reação da novel Inquisição; a glória do
Pentecostes se transformara no vinco denunciador, dos que deveriam morrer em benefício do sadismo imperialista.
Trevas desceriam sobre a Humanidade, nuvens negras envolveriam o mundo! O Profeta havia dito, importava
acontecer:
“Eis a que vem os dias, diz o Senhor, e enviarei fome sobre a Terra: não fome de pão, nem sede de água, mas
de ouvir a palavra do Senhor. E eles se comoverão desde um mar até outro mar, e desde o aquilão até o oriente; eles
andarão por toda parte buscando a palavra do Senhor e não a encontrarão” – Amós , cap. 8.
A palavra do Senhor jamais foi a letra; ela sempre foi a Revelação. Com o advento do Cristo, a Graça e a
Verdade, que viviam no círculo das Fraternidades Esotéricas, foram entregues a toda carne. Do Cenáculo Essênio,
Jesus transplantou a Revelação para meio da rua, e dali para o Pentecostes, da onde que teria que grassar pela
Terra a fora. Surgindo a corrupção, seca, a Fonte Informativa e a treva começa a ter o seu reinado estabelecido.
Foram séculos de idolatrias, de mercâncias vergonhosas, de negociatas entre os usurpadores do Nome de Deus e do
Seu Cristo.
Um pouco de cleresia levítica, um pouco de paramentações jupiterianas e bastante força imperialista; eis a
nova ordem imposta no lugar do batismo de espírito. Nada de documentos, nada de informes básicos. Ninguém teria
direito a ler e a se informar. Tudo adstrito aos rituais e aos salamaleques, que deveriam render ao Império a sujeição e
o dinheiro dos reis e dos povos. E para quem quisesse dizer inversamente, procurando livros, ou a própria Revelação
às ocultas, teria sobre si a chama das indefectíveis fogueiras. Assim findou o batismo de espírito, motivo de assim ter
39
começado a era das trevas e de idolatrias, era que um dia deveria findar, quando fosse chegado o tempo da reposição
das coisas no lugar.(Confissões de um Corruptor)
_______________
Quem conheceu já toda a sublimidade em que se pode manifestar o Espírito de unidade, que atrai os elementos
qualificados pela Lei, gênero por gênero, espécie por espécie, família por família, desde a mínima até à máxima de suas
manifestações? Ninguém! No entretanto, ligados estamos ao próximo e ao Pai, pelo mais santo dos elos, que se chama
Espírito Santo e, no plano mais evoluído – o humano – se manifesta como dom espiritual, ou janela que abre para o
homem os panoramas da Vida. É a mais dadivosa graça de Deus, depois do conhecimento da personalidade! E é o
Cristo quem lhe canta a sublimidade:
“O Espírito de verdade, a quem o mundo não pode receber, porque o não vê, nem o conhece: mas vós o
conhecereis porque ele ficará convosco, estará em vós.” (João, XIV, 17).
“Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo-á de anunciar.” (João, XVI, 14).
O primeiro Evangelho biográfico ou escrito, letras que informam ao homem de bem a respeito do batismo do
Cristo, único que é do céu, foi apresentado uns trinta anos depois da sua crucificação. Os Apóstolos fundavam a sua
pregação nos sinais vivos do Espírito vivificante, no Espírito de profecia que é e sempre será o testemunho do Cristo!
E se os depravados politiqueiros não houvessem tripudiado sobre esse elemento divino, para impor suas infames
blasfêmias, onde estaria, em matéria de pureza e conhecimentos, a humanidade?
E podemos dizer, depois da restauração, que de novo não surjam impostores pretendendo, outra vez, tudo
enlamear?...
A chave é o culto do elemento mediúnico; banido o culto deste, a mentira grassará. Conservando-o, porém,
ainda que um espírito queira impor erros, outro aparecerá, fazendo a devida observação. Não foi pela vontade de
divertir-se, que o Cristo o veio revelar ao homem; não foi pela vontade de fazer discursos, que Ele banhou a cruz com o
seu sangue, simbolizando, assim, que sem sacrifício próprio, ninguém se faz arauto da Verdade!
Portanto, se o Espírito mediúnico facilita ao homem as mesmas práticas do Cristo, cultive-o ele!
Ser cristão não é só falar no Cristo, é imitá-Lo no âmbito de nossas possibilidades. Ele, pelo Espírito de
sinais e prodígios, obrou fenômenos extraordinários, que O testemunharam; e os Apóstolos seguiram-lhe as pegadas,
pregando, não sobre a letra informativa, mas sobre o Espírito que produz os sinais ou milagres, como se diz
vulgarmente.
Amor e Revelação, eis a madeirame com que foi construída a escada de Jacob, aquela escada no topo da qual
estava o Senhor. De fato, ele já veio até nós; tenhamos bom senso e, assim, tratemos de subir por ela, até que O
atinjamos.
Cada conhecimento adquirido é uma nova responsabilidade. E podemos indagar:
Que fizeste do batismo de Espírito Santo? Como o tens cultivado? Escondeste isso a alguém? Como e por que o
fizeste? Já mediste a tua responsabilidade? Que pretendes fazer para o futuro?
Eis o que podemos dizer a mais, sobre o que foi dito na primeira edição deste trabalho(*). Nada existe fora do
Criador, da Criação, do Poder que equilibra e da Virtude que une, Deus é a base; o demais é produto de sua vontade.
Nada de fazer a coisa prolixa!... – como convém a muitos – nem, de maneira alguma, cobrar pelo que nos foi dado de
graça.(*Que fizeste do batismo do Espírito Santo?)
APÓSTOLOS DA DOUTRINA DO CAMINHO
André apóstolo, o "pescador de Homens"
(~ 5 a. C. - 100)
Apóstolo de Jesus Cristo nascido em Betsaida da Galiléia, também conhecido
como o Afável foi escolhido para ser um dos Doze, e nas várias listas dos Apóstolos
dadas no Novo Testamento é sempre citado entre os quatro primeiros junto com
Pedro, João e Tiago, sendo seu nome mencionado explicitamente três vezes: por
ocasião do discurso escatológico de Jesus (Mc 13,3), na primeira multiplicação dos
pães e dos peixes (Jo 6,8) e quando, juntamente com Filipe, apresenta a Jesus alguns
gentios (Jo 12,22). Também pescador em Cafarnaum, foi o primeiro a receber de
Cristo o título de Pescador de Homens e tornou-se o primeiro a recrutar novos
discípulos para o Mestre. Filho de Jonas tornou-se discípulo do João Batista, cujo
testemunho o levou juntamente com João Evangelista a seguirem Jesus e convencer
seu irmão mais velho, Simão Pedro a seguí-los. Desde aquele momento os dois
irmãos tornaram-se discípulos de Cristo e deixaram tudo para seguir a Jesus. No
começo da vida pública de nosso Senhor ocupararam a mesma casa em Cafarnaum.
40
Segundo as Escrituras esteve sempre próximo ao Cristo durante sua vida pública. Estava presente na Última Ceia, viu
o Senhor Ressuscitado, testemunhou a Ascensão, recebeu graças e dons no primeiro Pentecostes e ajudou, entre
grandes ameaças e perseguições, a estabelecer a Fé na Palestina, passando provavelmente por Cítia, Épiro, Acaia e
Hélade. Para Nicéforo ele pregou na Capadócia, Galácia e Bitínia, e esteve em Bizâncio, onde determinou a fundação
da Igreja local e apontou São Eustáquio como primeiro bispo. Finalmente esteve na Trácia, Macedônia, Tessália e
Acaia. Na Grécia, segundo a tradição foi crucificado em Patros da Acaia, cidade na qual havia sido eleito bispo,
durante o reinado de Trajano, por ordem do procônsul romano Egéias. Atado, não pregado, a uma cruz em forma de
X, que ficou conhecida como a cruz de Santo André, ainda que a evidência disso não seja anterior ao século catorze.
Suas relíquias foram transferidas de Patros para Constantinopla (356) e depositadas na igreja dos Apóstolos (357),
tornando-se padroeiro desta cidade. Quando Constantinopla foi tomada pelos franceses no início do século treze, o
Cardeal Pedro de Cápua trouxe as relíquias à Itália e as colocou na catedral de Amalfi. Anos mais tarde, seus restos
mortais foram levados para Escócia, mas o navio que os transportava naufragou em uma baía que assim foi
denominado a Baía de Santo André. É honrado como padroeiro da Rússia e Escócia e no calendário católico é
comemorado no dia 30 de novembro, data de seu martírio.
Filipe apóstolo, o místico
( 8 - 95 )
Um dos 12 primeiros apóstolos de Cristo e nascido em Betsaida, na Galiléia,
segundo os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas. Perdeu o pai exatamente na
ocasião em que conheceu o Divino Mestre e tornou-se o quinto apóstolo na
hierarquia de Cristo. Esteve presente na multiplicação dos pães e na última ceia (Jo
1,43-45; 6,5-7; 12,20-22; 14,8). Após a morte de Jesus viajou ao Egito, Etiópia
(África) e ao Norte, e depois rumou para a Grécia onde viveu em Hierápolis com
suas quatro filhas, que eram profetizas. Duas delas tornaram-se muito respeitadas
por suas previsões. Era um judeu helenístico e, antes de mais nada, um evangelista
para as sinagogas judaicas de língua grega da Cítia, Frígia e dos arredores da Grécia
e Macedônia. No Evangelho de João aparece como grande amigo do apóstolo
Bartolomeu e cita que ele ficou profundamente impressionado sobre o mistério da
Trindade relatado por Jesus, durante a última ceia. O resto de sua vida não consta
em nenhum relato, assim como a sua morte. Consta que em sua mensagem
preservava um belo misticismo baseado na santidade do casamento. Ordenou vários
bispos entre os gregos e as suas igrejas desenvolviam sete sacramentos cuja mais
alta iniciação era o Mistério da Câmara Nupcial, na qual a imagem ou Yetzer de
Deus, que habitava no coração do discípulo, era reunido ao anjo ou alma
ressuscitada. Portanto, ao contrário da pregação de outros apóstolos, em seu evangelho não havia ênfase na
abstinência sexual ou abstenção do casamento. Conta uma tradição que ele morreu crucificado de cabeça para baixo,
aos 87 anos, em Gerápolis, no tempo do imperador Domiciano. As suas relíquias teriam sido transportadas a Roma e
colocadas juntas com as de São Tiago Menor, na igreja dos santos Apóstolos. Este seria o motivo pelo qual a Igreja
latina festeja os dois apóstolos no mesmo dia. Sua festa votiva é em primeiro de maio.
João Evangelista, o apóstolo "bem-amado"
(~ 8 - 105)
Um dos 12 apóstolos de Cristo e nascido em Batsaida, na Galiléia, autor do quarto
evangelho e conhecido como o discípulo que Jesus amava foi o único apóstolo que
acompanhou Cristo até a morte na cruz, ao lado de Nossa Senhora, ocasião em que
lhe foi confiada a tarefa de cuidar de Maria, a mãe de Jesus. Pescador e filho do
também pescador Zebedeu e de Salomé, uma das mulheres que auxiliavam os
discípulos de Jesus, juntamente com o irmão mais velho, Tiago o Maior, foi
convidado a seguir Jesus, logo depois de Pedro e André. Um dos mais jovens
apóstolos de Cristo, ele e seu irmão, juntamente com Pedro e André, foram os
discípulos privilegiados e participaram do círculo mais íntimo junto a Jesus.
Presenciaram a ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração de Jesus na montanha
e sua angústia no Getsêmani. Os dois foram os únicos apóstolos que ousaram pedir
a Cristo que lhes fosse dado sentar um à direita, outro à esquerda. Da resposta de
41
Jesus "do cálice que eu beber, vós bebereis" deriva a suposição de que os dois se distinguiriam dos demais pelo
martírio. Esteve em Jerusalém (37) e depois por ocasião do Concílio dos Apóstolos, que se realizou em Antióquia.
Após as perseguições sofridas em Jerusalém, transferiu-se com Pedro para a Samaria, onde desenvolveu uma intensa
evangelização (8,14-15). Mudou-se para Éfeso (67), onde viveu o resto de sua vida, morreu e foi sepultado. A partir
dessa cidade, dirigiu muitas Igrejas da província da Ásia e também ali escreveu (80-100) o QuartoEvangelho, o último
dos Evangelhos canônicos, e as Epístolas, três cartas aos cristãos em geral. De acordo com os Atos dos Apóstolos,
quando acompanhou Pedro na catequese dos Samaritanos, com ele foi convencido por Paulo a desistir da imposição
de práticas judaicas aos neófitos cristãos. Durante o governo de Domiciano (81-96), foi exilado (93-97) na ilha de
Patmos, no mar Egeu, onde escreveu o Livro do Apocalipse ou Revelação, que é o derradeiro livro da Bíblia, onde
narrou as suas visões e descreveu mistérios, predizendo as tribulações da Igreja e o seu triunfo final. O seu evangelho
difere dos outros três que são chamados sinóticos ou semelhantes, pois a sua narrativa enfoca mais o aspecto espiritual
de Jesus, ou seja, a vida e a obra do Mestre com base no mistério da encarnação: o verbo feito carne e veio dar a vida
aos homens. É o homem da elevação espiritual, mais inclinado à contemplação que à ação. De acordo com Clemente
de Alexandria, ordenou bispos em Éfesos e outras províncias da Ásia Menor. Ireneus afirmou que os Bispos
Polycarpo e Papias foram seus discípulos. Os primeiros fragmentos dos escritos Joanitas foram encontrados em
papiros no Egito datando de princípios do segundo século, e muitas escolas acreditam que ele tenha visitado estas
áreas. Aparece representado por Michelângelo na cúpula da Basílica São Pedro, em Roma, pela imagem da águia.
Judas Tadeu, o apóstolo dos angustiados
( ~ 10 a. C. - 70 )
Apóstolo de Cristo nascido em Caná de Galiléia, na Palestina, era primo-irmão de
Jesus e irmão de Tiago o Menor, que na última ceia, perguntou ao seu mestre:
Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao mundo? Agricultor, era filho de
Alfeu ou Cleofas, um dos discípulos a quem Jesus apareceu no caminho de Emaús
no dia da ressurreição e irmão de São José, e de Maria Cleófas, prima-irmã de
Maria Santíssima, uma das piedosas mulheres que tinham seguido a Jesus desde a
Galiléia e permaneceram ao pé da cruz, no Calvário, junto com Maria Santíssima.
Tinha quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Maria Salomé. Dos irmãos dele, Tiago
foi um dos doze apóstolos, que se tomou o primeiro bispo de Jerusalém. José,
apenas conhecido como o Justo. Simão foi o segundo bispo de Jerusalém, após
Tiago. E Maria Salomé, a única irmã, foi mãe dos apóstolos Tiago o Maior e João
Evangelista. Também chamado Lebeu Tadeu, é um dos doze citados nominalmente
por Mateus e Marcos, em seus Evangelhos, e um dos mais fervorosos do grupo.
Conforme os textos apócrifos, teria sido o esposo nas bodas de Caná, e isto explica
a presença de Maria e de Jesus naquela realização. Depois da ascensão de Jesus e
que os Apóstolos receberam o Espírito Santo (1), no Cenáculo em Jerusalém,
iniciou a pregação de sua fé no meio dos maiores sofrimentos e perseguições, pela
Galiléia. Depois viajou para a Samaria e outras populações judaicas divulgando o Evangelho. Tomou parte no
primeiro Concílio de Jerusalém (50) e em seguida passou evangelizando pela Mesopotâmia, atual Pérsia, Edessa,
Arábia e Síria. Parece claro que destacou-se principalmente na Armênia, Síria e Norte da Pérsia (43-66), sendo o
primeiro a manifestar apoio ao rei estrangeiro, Algar de Edessa. Na Mesopotâmia ganhou a companhia de outro
apóstolo, Simão o Zelota, aparentemente viajando em companhia de quinto Apóstolo a ir ao Oriente. Segundo relata
São Jerônimo, ambos foram martirizados cruelmente quando estavam na Pérsia, mortos a golpes de machado (70),
desferidos por sacerdotes pagãos, por se recusarem a prestar culto à deusa Diana. Assim, na igreja ocidental, os dois
santos são celebrados juntos em 28 de outubro. A Igreja Ortodoxa Grega, contudo, distingue Judas de Tadeu,
celebrando Judas, "irmão" de Jesus, em 19 de junho, e o apóstolo Tadeu em 21 de agosto. É invocado como advogado
das causas desesperadas e dos supremos momentos de angústia. Essa devoção surgiu na França e na Alemanha no fim
do século XVIII. No Brasil, a devoção a esse santo é muito popular e surgiu no início do século XX. Devido à forma
como foi martirizado, sempre é representado em suas imagens/estátuas segurando um livro, simbolizando a palavra
que anunciou, e uma machadinha, o instrumento de seu martírio. Suas relíquias atualmente são veneradas na Basílica
de São Pedro, em Roma. Sua festa litúrgica celebra-se, todos os anos, na provável data de sua morte: 28 de outubro de
70.
(1) Pentecostes: o Espírito Santo desce sobre os discípulos em Jerusalém. Os Atos dos Apóstolos relatam que,
cinquenta dias após a páscoa da ressurreição, no dia de Pentecostes, os discípulos estão reunidos em uma sala em
Jerusalém e ali recebem o Espírito Santo, que os impeliu a pregar aos judeus provenientes de muitas nações. Para
grande admiração, os discípulos são compreendidos nas várias línguas maternas dos presentes. Vários povos são
citados: partos, medos, elamitas e habitantes da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da
42
Panfília, da Líbia, de Roma, Creta e da Arábia. A partir desse momento, a Igreja primitiva começa a sua obra
missionária de evangelização do mundo.
Lucas Evangelista
( ~10 - 70)
Evangelista do cristão de formação grega nascido em Antióquia, na Síria, autor do
terceiro dos evangelhos sinóticos (os outros são os Mateus e Marcos) e dos Atos dos
Apóstolos, e seus textos são os de maior expressão literária do Novo Testamento.
Por seu estilo literário, acredita-se que pertencia a uma família culta e abastada e, de
acordo com a tradição, exercia a profissão de médico e tinha talento para a pintura.
Converteu-se ao cristianismo e tornou-se discípulo e amigo de São Paulo, porém
segundo seu próprio relato, não chegou a conhecer pessoalmente Jesus Cristo. São
Paulo o chamava de colaborador e de médico amado (Cl 4:14). Segundo o
testemunho dos Atos dos Apóstolos e das Cartas de São Paulo, que constituem os
únicos dados biográficos autênticos, acompanhou o apóstolo em sua segunda
viagem missionária de Trôade a Filipos (49-51), e ali permaneceu nos seis anos
seguintes. Depois novamente acompanhou São Paulo, desta vez numa viagem de
Filipos a Jerusalém (57-58). Também esteve presente na prisão do apóstolo em
Cesaréia e o acompanhou até Roma. Com a execução do apóstolo e seu mestre (67),
deixou Roma e, de acordo com a tradição cristã, enquanto escrevia seu Evangelho,
teria sido apóstolo em Acaia, na Beócia ou também na Bitínia, onde teria morrido
(70). Porém existem várias versões sobre o local e como morreu. Uma versão
registra que foi martirizado em Patras e, segundo outras, em Roma, ou ainda em Tebas. Comprometido com a verdade
histórica, registrou em seu evangelho o que ouvira diretamente dos apóstolos e discípulos que testemunharam a vida
de Jesus. Uma tradição bizantina mais tardia (séc. VI), quase com certeza apócrifa, considera que ele também se
dedicava à pintura e chegou a lhe atribuir alguns retratos de Maria, mãe de Jesus. O exame do vocabulário de seu
Evangelho levou a crítica moderna a confirmar a antiga tradição de que era um médico e excelente escritor. Seu
símbolo como evangelista é o touro e, na tradição litúrgica, seu dia é comemorado em 18 de outubro.
Marcos Evangelista
( ~15 - 90)
Apóstolo de Cristo de origem pouco conhecida, autor do segundo dos evangelhos
sinóticos, os outros são os Mateus e Lucas, e considerado fundador da igreja do
Egito e, também, fundador da cidade italiana de Veneza. Seu nome aparece nas
epístolas de São Paulo, que se refere a ele como um de seus colaboradores que
enviavam saudações de Roma. A principal fonte de informações sobre sua vida está
no livro Atos dos Apóstolos. Filho de Maria de Jerusalém e primo de Barnabé, já se
havia convertido ao cristianismo quando Paulo e Barnabé chegaram a Jerusalém
(44) trazendo os auxílios da Igreja de Antioquia (At 11,30). Acompanhou Barnabé e
Paulo a Antióquia (12,25), na hoje Turquia, onde atuou como auxiliar de Paulo, mas
voltou à Jerusalém quando chegaram a Perge, na Panfília. Depois ele e Barnabé
teriam embarcado para à ilha de Chipre (13,4-5), na sua primeira viagem apostólica,
porém o apóstolo não voltou a ser mencionado nos Atos. De Chipre passou a
evangelizar a Ásia Menor e, em decorrência de alguns conflitos, separou-se de
Paulo e Barnabé em Perge (Panfília) e voltou para Jerusalém (13,13). Voltou a
Chipre (50) acompanhado apenas de Barnabé (15,39) e depois foi para Roma como
colaborador de Paulo, prisioneiro naquela cidade (Cl 4,10; Fm 24). É possível que
tenha deixado Roma antes da perseguição de Nero (64), pois depois (67) o apóstolo
de Tarso, prisioneiro pela segunda vez, escrevia a Timóteo pedindo-lhe que levasse consigo, de Éfeso para Roma, o
seu discípulo e colaborador, já que este lhe era muito útil em seu ministério (2Tm 4,11). Em Roma, também entrou
em contato com Pedro, pois este, dirigindo-se aos fiéis do Ponto, da Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, saúda-as em
nome do evangelista, a quem afetuosamente chama de filho (1Pd 5,13). Provavelmente escreveu em Roma o
Evangelho (50-70) que traz o seu nome e que compila e reproduz a catequese de Pedro. Seu Evangelho destinou-se
aos cristãos provenientes do paganismo e tem um estilo simples e vigoroso e com seus 661 versículos, é o Evangelho
menos extenso. No século II, o bispo Pápias de Hierápolis, Anatólia, afirmou que ele teria sido intérprete de São
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Pedro. Embora sejam parcas as informações sobre o evangélico, é indiscutível sua importante participação nos
primeiros tempos da igreja cristã. Na Itália seu nome está ligado à cidade de Veneza, para onde mercadores
venezianos provenientes de Alexandria, transportaram o que diziam ser as suas relíquias (828). Seu símbolo como
evangelista é o leão e a Igreja Católica festeja seu dia em 25 de abril, data em que o evangelista teria sido martirizado.
Mateus Apóstolo
(~0 - ~50)
Apóstolo de Cristo escritor do primeiro dos três evangelhos sinóticos (os outros
são os de Marcos e Lucas), que tem sido o mais utilizado pela igreja. Em hebraico o
mesmo que Matias ou Matatias, significando presente (mathath) de Javé (Iah) ou
dom de Deus, de acordo com o seu próprio Evangelho (9:9-13), seu nome original
era Levi, filho de Alfeu, e foi chamado por Jesus junto ao mar da Galiléia, em
Cafarnaum, quando trabalhava como publicano a serviço de Herodes Antipas. Era
publicano, ou seja, cobrador de impostos, justamente a classe muito odiada na época
de Jesus, por cobrarem impostos dos judeus para serem entregues às autoridade
romanas. Apesar de sua profissão anterior de coletor de impostos, foi Judas
Iscariotes, porém, que teve o encargo de caixa da pequena comunidade apostólica.
Embora conste da relação dos apóstolos, geralmente ao lado de são Tomé, o Novo
Testamento oferece informação escassa e incerta sobre ele. Da sua atividade após o
Pentecostes, conhece-se somente as admiráveis páginas do seu evangelho,
primitivamente redigido em aramaico. Dnominado de primeiro evangelho, nele há
mais ênfase ao aspecto humano e genealógico de Jesus. Fora do Evangelho,
segundo Eusébio de Cesaréiaem sua Historia ecclesiae (História da igreja), a única
referência histórica a seu respeito é uma citação do bispo Papias de Hierápolis, do
século II. Também não se conhecem versões conclusivas sobre sua morte, embora fontes menos críveis, referenciam
narrações dos sofrimentos e do seu martírio, apedrejado, queimado e decapitado na Etiópia, de onde as relíquias do
santo teriam sido transportadas para Paestum. Depois, essas relíquias foram levadas para a cidade italiana de Salerno
(1080), onde até hoje se encontram e sejam consideradas pelos mais crentes como verdadeiramente do santo.
Apóstolo e evangelista, pela tradição ele pregou pela Judéia, Etiópia e Pérsia e a igreja romana celebra sua festa em 21
de setembro, e a grega em 16 de novembro e seu símbolo como evangelista é o anjo.
O Evangelho segundo Mateus (Trecho transcrito e adaptado do site SOCIEDADE DAS CIENCIAS ANTIGAS) Este evangelho não existe mais, mas pode ter sido a base do evangelho grego, mais tarde associado a seu nome. Destinou-se aos judeus-cristãos, objetivando
demonstrar-lhes que era Jesus o Messias prometido de Israel. Seus escritos não devem ser confundidos com as Traduções e outras obras associadas ao Apóstolo
Matias, embora seu evangelho hebraico tenha sido chamado de Evangelho de Matias - uma questão confusa para o leitor de língua Portuguesa. Alguns estudiosos
acreditam que os fragmentos existentes do Evangelho Segundo os Hebreus seja uma versão do evangelho hebraico ou aramaico original de Mateus. O Bispo
Papias, discípulo do Apóstolo João, que viveu no final do primeiro século, é citado por Eusebius afirmando que Mateus compôs em aramáico os Oráculos do
Senhor, então traduzidos para o grego por cada homem que fosse capaz. Este é um importante testemunho, já que Papias passou grande parte de seu ministério coletando as primeiras memórias orais dos Apóstolos e seus discípulos. Clemente de Alexandria diz que ele não morreu violentamente, mas o Talmud afirma que
ele foi condenado a morte pelo Sanhedrin judaico. Apesar da confusão entre as tradições de Mateus e Matias, parece que foi realmente Mateus quem se associou a
André, sendo que existe um apócrifo intitulado Atos de André e Mateus.
Simão apóstolo, o Zelota ou o Cananeu
( ~13 a. C. - 107)
Apóstolo de Jesus Cristo nascido na Galiléia, escolhido para ser um dos Doze, e
nas várias listas dos Apóstolos dadas no Novo Testamento, é o mais desconhecido
dos apóstolos. Nas listas dos 12 apóstolos, seu nome aparece em décimo-primeiro
lugar e, a seu respeito, a Sagrada Escritura conserva somente o nome, derivado de
Simeão e significa Ouvido de Deus. Para distingui-lo de Pedro, que também se
chamava Simão, os evangelistas Mateus e Marcos lhe deram o sobrenome de Zelote
(Lc 6:15) ou Cananeu. Os zelotes eram os patriotas de Israel, lutadores pela pátria,
que desejavam a imediata libertação política e religiosa de Israel. Alguns estudiosos
acreditam que Cananeu deriva de Canaã, a terra de Israel. Esse apelido pode
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significar tanto a cidade de origem, como a sua participação na seita ultra-nacionalista e não religiosa chamada de Os
Zelotes, ou zeladores, conservadores das tradições hebraicas que lutavam para a libertação de Israel dos Romanos.
Como os outros apóstolos, também percorreu os caminhos da Palestina pregando o Evangelho. Da mesma forma que
Felipe, parece ter ido primeiro ao Egito, seguindo a tradição sinóptica de que Jesus enviava seus discípulos aos pares.
No entanto, parece ter voltado através da África do Norte, Espanha e Bretanha, chegando à Ásia Menor. Deste ponto
pode ter viajado com Judas pela Mesopotâmia e Síria, juntado-se à outros Apóstolos orientais na Pérsia. Segundo uma
notícia de Egesipo, o apóstolo teria sofrido o martírio durante o império de Trajano, contando já com a avançada
idade de 120 anos. Sua festa votiva é celebrada juntamente com a de Judas Tadeu em 28 de outubro.
Tiago apóstolo, o Maior
(~ 5 a. C. - 44)
Apóstolo de Jesus Cristo nascido em Betsaida da Galiléia, escolhido para ser um
dos Doze, e nas várias listas dos Apóstolos dadas no Novo Testamento é sempre
citado entre os quatro primeiros junto com Pedro, André e seu irmão mais novo
João. Aportuguesado para Santiago, significando a junção dos termos São + Tiago,
também é conhecido como o Apóstolo Ambicioso. Também pescador e filho de
Zebedeu e de Salomé, estava com o irmão nas margens do lago Genesaré, quando
Jesus os chamou. Testemunhou a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5,37), a
transfiguração (Mc 9,2-13) e a agonia de Jesus no horto do Getsêmani (Mc 14,32).
De acordo com Isidoro de Sevilha, em De vita et obitu Sanctorum (71, Vida e morte
dos Santos), após a ascensão de Jesus, teria evangelizado a Espanha, tornando-se
seu primeiro evangelizador e depois seu patrono. Para revigorar esta tradição, no
século IX o bispo Teodomiro, da cidade de Iria, afirmou ter reencontrado as
relíquias do apóstolo e desde aquela época, a cidade que depois mudaria o nome
para Santiago de Compostela, tornou-se importante meta de peregrinações,
especialmente durante a Idade Média. Conta-se também que após a morte de Jesus,
permaneceu em Jerusalém com Pedro. Foi preso juntamente com Pedro, e
decapitado por ordem do rei Herodes Agripa (At 12,2), depois da execução de
Estêvão (35), diácono grego e exaltado pregador cristão e personagem de grande importância na história de Paulo de
Tarso. Foi, portanto, o primeiro mártir entre os apóstolos de Cristo, o primeiro a dar a vida pela Fé. Sua festa votiva é
em 25 de julho.
Tiago apóstolo, o Menor (hoje diretor da mesa crística do Planeta)
(~ 0 - 62)
Apóstolo de Cristo nascido em Nazaré, primo de Jesus e irmão de Judas Tadeu,
também conhecido como o Desconhecido, que o evangelista Marcos chamou de o
Menor para distingui-lo de Tiago, irmão de João, entra em cena como bispo de
Jerusalém, após o martírio de Tiago, o Maior (42), e após o afastamento de Pedro de
Jerusalém. Agricultor, era filho de Alfeu, um irmão de José, e de Maria Cleófas,
prima-irmã de Maria Santíssima. Tornou-se um membro altamente respeitado da
recém-nascida comunidade cristã em Jerusalém e é considerado o primeiro bispo de
Jerusalém, cuja igreja dirigiu por cerca de vinte anos (42-62). Também chamado de
o Justo pelos primeiros cristãos devido à sua grande piedade, sua imagem austera
sobressai pela Epístola que dirigiu, como uma encíclica, a todas as comunidades
cristãs. Pertencem a ele as tradições Judaico-cristã preservadas no Evangelho dos
Ebionitas, Evangelho dos Hebreus, Elevações de Tiago, na última Epístola
Canônica de Tiago e possivelmente em outras obras associadas a seu nome como o
Protevangelium, embora haja dúvidas sobre isso. A sua epístola (carta dos
Apóstolos e comunidades cristãs primitivas) apresenta autênticos ensinamentos
preservados na tradição apostólica oral, com fortes expressões de admoestações e
cujo texto continua atualíssimo. Foi um observador da normas judaicas, defendendo
que estas normas deveriam fazer parte do Cristianismo. Com isso, tornou-se adversário de Paulo de Tarso nesta
questão, mas também foi conciliador e um pregador fervoroso do ensino de Jesus. Seus ensinamentos deram origem à
sucessão apostólica Cristã-Judaica de Jerusalém, que contribuiu para a sucessão Síria, Jacobita, Armênia e Georgiana.
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A sua Liturgia, que se assemelha àquela do Bispo Cyril de Jerusalém (386), parece ser um desenvolvimento de 5
séculos através das tradições apostólicas de Jerusalém e é ainda usada por certos ramos da ortodoxia. Durante a
perseguição dos cristãos na Palestina, segundo o historiadores Hegesipo, Clemente de Alexandria e o hebreu Flavius
Josephus, o apóstolo teria sido condenado por se recusar a denunciar os cristãos, sendo apedrejado até a morte, por
ordem do corpo religioso do Templo, dirigido pelo sumo sacerdote Ananias. Tem sua festa votiva em primeiro de
maio.
Tomé [também chamado Dídimo], o apóstolo do ascetismo
(~ 3 - 53)
Um dos doze apóstolos de Jesus e israelita de nascimento, que ausente no
momento em que o Cristo reapareceu aos discípulos, exigiu destes provas materiais
da ressurreição do Mestre e, por isso, Jesus ressurgiu e pediu-lhe que tocasse suas
chagas. Carpinteiro de origem e frequentemente citado em passagens do Novo
Testamento, nos quatro evangelhos. O Evangelho de São João dá-lhe grande
destaque. Em João 11,16, cita que ele incitou os discípulos a seguir Jesus e a morrer
com ele na Judéia dizendo então aos discípulos: Vamos também nós, para
morrermos com ele! Foi ele que perguntou a Jesus, durante a Última Ceia, sobre o
caminho que conduz ao Pai: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos
conhecer o caminho? Diz-lhe Jesus: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.
Ninguém vem ao Pai a não ser por mim (João 14,5-6). Temperamento audacioso e
cheio de generosidade, percorreu as etapas da fé e professou que Jesus era realmente
Deus e Senhor. Ausente na primeira aparição duvidou dos colegas que Jesus tinha
voltado. Oito dias depois, achavam-se os discípulos, de novo, dentro de casa, e o
ascetista estava com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas, pôs-se no meio
deles e disse: A paz esteja convosco!. E lhe disse depois: Põe teu dedo aqui e vê
minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas
crê! O apóstolo incrédulo respondeu Meu Senhor e meu Deus! (João 20,26-28), tornando-se o primeiro dos apóstolos
a se dirigir a Jesus nestes termos. Ninguém até aquele momento, nem mesmo Pedro e João, havia pronunciado a
palavra Deus dirigindo-se a Jesus. Também chamado Dídimo ou Gêmeo (seu nome, tanto em aramaico Te'oma como
em grego Didymos significa gêmeo) era o terceiro apóstolo em idade depois de Pedro, mas ao contrário deste não era
casado, assim como Bartolomeu, André, Simão, Judas e o próprio Jesus. Segundo as escrituras foi em resposta a ele
que Jesus introduziu o mistério trinitário: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim.
Se vocês me conhecem, conhecerão também meu Pai...". Segundo o bispo Eusébio de Cesaréia, do século IV, depois
da morte de Jesus, o discípulo evangelizou a Pártia e, pela a tradição cristã posterior, estendeu seu apostolado à Pérsia
e à Índia, onde é reconhecido como fundador da Igreja dos Cristãos Sírios Malabares ou Igreja dos Cristãos de São
Tomé. Consta que foi martirizado e morto (53) pelo rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, onde ficam o
monte São Tomé e a catedral de mesmo nome, supostamente local de seu sepultamento. Historiadores acreditam que
o apóstolo foi morto a flechadas, quando orava. Sucumbiu como líder e mártir, como o crente fiel que Jesus lhe pediu.
Suas relíquias seriam venerados na Síria e, depois, levadas para o Ocidente e preservadas em Ortona, na Itália. É
festejado pelos católicos em 3 de julho.
Bartolomeu apóstolo, o viajante
( Século I )
Um dos 12 primeiros apóstolos de Cristo e nascido em Caná, a 14 quilômetros de
Nazaré, na Galiléia, e que foi apresentado a Jesus pelo apóstolo e seu maior amigo
Filipe, sob uma figueira. Filho de Tholmai e também conhecido como Natanael,
assim como Tomé, era um viajante e atuou em áreas como Índia, Armênia, Irã, Síria
e por algum tempo na Grécia, com Filipe, especialmente na Frígia. Além dos
evangelhos de João, Mateus, Marcos e Lucas, os Atos referem-se a ele como um
dos Doze. Porém de suas atividades apostólicas não há notícias certas. Uma tradição
diz que ele trazia consigo o Evangelho Herético de Matias, escrito em hebraico, e o
perdeu. As poucas anotações que restaram da era sub-apostólica e patrística indicam
que este evangelho judeu era bastante diferente dos evangelhos gregos gentis de
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Mateus, Marcos, Lucas e João, assim como eram os tão chamados evangelhos judaico-cristãos heréticos dos
Nazarenos, Ebionitas e Hebreus, dos quais só restaram fragmentos. Diferentemente dos evangelhos gentis, estas
tradições consideravam o Espírito Santo como a Divina Mãe de Cristo e não adoravam Jesus como uma divindade,
mas como um irmão mais velho e líder da comunidade dos santos de Deus Muitas de suas obras são conhecidas
através de traduções como O Evangelho de Bartolomeu, Pregação de São Bartolomeu no Oásis e a Pregação de Santo
André e São Bartolomeu. Uma antiga tradição armênia afirma que ele foi para a Índia e lá pregou àquele povo a
verdade do Senhor Jesus segundo o Evangelho de São Mateus. Depois que naquela região converteu muitos a Cristo,
superando extremas dificuldades, passou para a Armênia Maior, onde converteu o rei Polímio, a sua esposa e muitos
outros homens, em mais de doze cidades. Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja dos
sacerdotes locais, que, por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram a ordem de tirar a sua pele e depois decapitá-
lo. Sua festa votiva é em 24 de agosto.
Judas Iscariotes, o apóstolo da traição
(~ 0 - 30 d. C.)
Um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, nascido em Kerioth, localidade da Judéia, foi
o que traiu Cristo e cuja traição deu origem a expressão beijo de Judas que passou a
significar a traição. Único que não era galileu, dizem as tradições que foi um dos
primeiros a juntar-se a Cristo e talvez por isso e por ser um dos poucos instruídos,
tomou-se o tesoureiro dos Apóstolos, ou seja, foi designado para cuidar do dinheiro
comum, e que, por causa de seu amor ao dinheiro, também foi enganado pelos
sacerdotes que o induziram a mostrar onde estava Jesus a troco de 30 moedas de
prata, que naquele tempo correspondia ao preço de um escravo, prometendo que só
o prenderiam durante as festividades da Páscoa Judaica. Depois da última ceia,
Jesus foi orar com os apóstolos no jardim de Getsêmani. Aproximava-se da meia-
noite, quando por entre os arvoredos do Getsêmani, ele chegou acompanhado por
um destacamento da guarda romana e grande multidão de pessoas, com espadas,
paus, lanternas e archotes, vindos por ordem do Sumo Sacerdote José Ben Caifás,
para prender Jesus. O traidor conhecia muito bem os lugares onde O Salvador
gostava de ficar e foi fácil localizá-lo. Conforme o combinado, em troca de trinta
moedas de prata, identificou-o para os soldados romanos, beijando-o e chamando-o
de mestre. Imediatamente preso os soldados levaram Jesus para a casa de Caifás,
onde também se encontrava Anás, seu sogro e diversos outros sacerdotes. Lá mesmo, improvisaram uma sessão
extraordinária do Conselho, o que habitualmente era realizado pela manhã no Templo, com a presença de todos os
membros. Conta Mateus (27:3-10), que ele se arrependeu amargamente depois que viu a crucificação de Jesus, jogou
as 30 moedas aos pés dos sacerdotes e em seguida, dominado pelo remorso, suicidou-se enforcando-se numa figueira.
Também segundo a tradição, os sacerdotes pegaram o dinheiro e compraram um terreno para servir de cemitério aos
estrangeiros, sendo posteriormente chamado de Campo do Sangue. No folclore brasileiro é tradição a malhação de
Judas no sábado de aleluia: um boneco de palha, é enforcado em um poste ou galhos de árvores e depois de derrubado
a tiros é estraçalhado ou queimado pelo povo.
O destino dos Apóstolos Todos os apóstolos que andavam com Jesus morreram como mártires, com exceção de dois: Judas Iscariotes, que traiu
Jesus e acabou se enforcando, e João, que após ser exilado na ilha de Patmos, obteve a liberdade e morreu de morte
natural.
PAULO, que não era apóstolo oficialmente, foi considerado apóstolo dos gentios por causa da sua grande obra
missionária nos países gentílicos. Foi decapitado em Roma por ordem de Nero.
MATIAS, que ficou no lugar de Judas Iscariotes, foi martirizado na Etiópia.
SIMÃO, o zelote, foi crucificado.
JUDAS TADEU morreu como mártir pregando o evangelho na Síria e na Pérsia.
TIAGO (o mais jovem), pregou na Palestina e no Egito, sendo ali crucificado.
MATEUS morreu como mártir na Etiópia.
TOMÉ pregou na Pérsia e na Índia, sendo martirizado perto de Madras no monte de São Tomé.
BARTOLOMEU serviu como missionário na Armênia, sendo golpeado até a morte.
FILIPE pregou na Frigia e morreu como mártir em Hierápolis.
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ANDRÉ pregou na Grécia e Ásia Menor. Foi crucificado.
TIAGO (o mais velho) pregou em Jerusalém e na Judéia. Foi decapitado por Herodes.
SIMÃO PEDRO pregou entre os judeus chegando até a Babilônia, esteve em Roma, onde foi crucificado com a
cabeça para baixo
COMO DESENCARNARAM OS APÓSTOLOS?
O martírio dos apóstolos foi anunciado por Jesus: “Por isso, diz também a sabedoria de Deus: Profetas e
apóstolos lhes mandarei; e eles matarão uns e perseguirão outros” (Lucas 11.49). “E até pelos pais, e irmãos, e
parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós. E de todos sereis odiados por causa do meu nome”
(Lucas 21.16-17). Esta palavra diz respeito, também, aos crentes de um modo geral. Ainda hoje, anualmente, milhares
são martirizados em todo o mundo. “Se a mim me perseguiram também vos perseguirão a vós... mas tudo isso vos
farão por causa do meu nome” (João 15.19-20). “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos...eles vos
entregarão aos sinédrios e vos açoitarão nas suas sinagogas, e sereis conduzidos à presença dos governadores e dos
reis, por causa de mim...” (Mateus 10.16-18).
Com relação aos sofrimentos e martírio de Paulo, Jesus revelou: “Eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo
meu nome” (Atos 9.16). Abro um parêntesis para uma reflexão: o Evangelho pregado em nossas igrejas inclui a
possibilidade de sofrimento por amor a Cristo, ou anunciamos somente prosperidade, fartura, longevidade e saúde?
Vejamos como os apóstolos desencarnaram:
ANDRÉ Foi discípulo de João Batista, de quem ouviu a seguinte afirmação sobre Jesus: “Eis aqui o Cordeiro de
Deus”. André comunicou as boas notícias ao seu irmão Simão Pedro: “Achamos o Messias” (João 1.35-42; Mateus
10.2). O lugar do seu martírio foi em Acaia (província romana que, com a Macedônia, formava a Grécia). Diz a
tradição que ele foi amarrado a uma cruz em forma de xis (não foi pregado) para que seu sofrimento se prolongasse.
BARTOLOMEU: Tem sido identificado com Natanael. Natural de Caná de Galiléia. Recebeu de Jesus uma palavra
edificante: “Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo” (Mateus 10.3; João 1.45-47) Exerceu seu
ministério na Anatólia, Etiópia, Armênia, Índia e Mesopotâmia, pregando e ensinando. Foi esfolado vivo e crucificado
de cabeça para baixo. Outros dizem que teria sido golpeado até a morte.
FILIPE Natural de Betsaida, cidade de André e Pedro. Um dos primeiros a ser chamado por Jesus, a quem trouxe seu
amigo Natanael (João 1.43-46). Diz-se que pregou na Frigia e morreu como mártir em Hierápolis.
JOÃO O apóstolo que recebeu de Jesus a missão de cuidar de Maria. “O discípulo que Jesus amava” (João 13.23).
Pescador, filho de Zebedeu (Mateus 4.21 O único que permaneceu perto da cruz (João 19.26-27). O primeiro a crer na
ressurreição de Cristo (João 20.1-10). A tradição relata que João residiu na região de Éfeso, onde fundou várias
igrejas. Na ilha de Patmos, no mar Egeu, para onde foi desterrado, teve as visões referidas no Apocalipse (Apocalipse
1.9). Após sua libertação teria retornado a Éfeso. Teve morte natural com idade de 100 anos.
JUDAS TADEU Foi quem, na última ceia, perguntou a Jesus: "Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao
mundo?" (João 14:22-23). Nada se sabe da vida de Judas Tadeu depois da ascensão de Jesus. Diz a tradição que
pregou o Evangelho na Mesopotâmia, Edessa, Arábia, Síria e também na Pérsia, onde foi martirizado juntamente com
Simão, o Zelote.
JUDAS ISCARIOTES Filho de Simão, traiu a Jesus por trinta peças de prata, enforcando-se em seguida.(Mateus
26:14-16; 27:3-5).
MATEUS Filho de Alfeu, e também chamado de Levi. Cobrador de impostos nos domínios de Herodes Antipas, em
Cafarnaum (Marcos 2.14; Mateus 9.9-13; 10.3; Atos 1.13). Percorreu a Judéia, Etiópia e Pérsia, pregando e
ensinando. Há várias versões sobre a sua morte. Teria morrido como mártir na Etiópia.
MATIAS Escolhido para substituir Judas Iscariotes (Atos 1.15-26). Diz-se que exerceu seu ministério na Judéia e
Macedônia. Teria sido martirizado na Etiópia.
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PAULO Israelita da tribo de Benjamim (Filipenses 3.5). Natural de Tarso, na Cilícia (hoje Turquia). Nome romano
de Saulo, o Apóstolo dos Gentios. De perseguidor de cristãos, passou a pregador do evangelho e perseguido. Realizou
três grandes viagens missionárias e fundou várias igrejas. Segundo a tradição, decapitado em Roma, nos tempos de
Nero, no ano 67 ou 70 (Atos 8.3; 13.9; 23.6; 13-20).
PEDRO Pescador, natural de Betsaida. Confessou que Jesus era “o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16.16). Foi
testemunha da Transfiguração (Mateus 17.1-4). Seu primeiro sermão foi no dia de Pentecostes. Segunda a tradição,
sua crucifixão verificou-se entre os anos 64 e 67, em Roma, por ordem de Nero. Pediu para ser crucificado de cabeça
para baixo, por achar-se indigno de morrer na mesma posição de Cristo.
SIMÃO, o Zelote Dos seus atos como apóstolo nada se sabe. Está incluído na lista dos doze, em Mateus 10.4, Marcos
3.18, Lucas 6.15 e Atos 1.13. Julga-se que morreu crucificado.
TIAGO, O MAIOR Filho de Zebedeu, irmão do também apóstolo João. Natural de Betsaida da Galiléia, pescador
(Mateus 4.21; 10.2). Por ordem de Herodes Agripa, foi preso e decapitado em Jerusalém, entre os anos 42 e 44.
TIAGO, O MENOR Filho de Alfeu (Mateus 10.3). Missionário na Palestina e no Egito. Segundo a tradição,
martirizado provavelmente no ano 62.
TOMÉ Só acreditou na ressurreição de Jesus depois que viu as marcas da crucificação (João 20.25). Segundo a
tradição, sua obra de evangelização se estendeu à Pérsia (Pártia) e Índia. Consta que seu martírio se deu por ordem do
rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, no ano 53 da era cristã.
-_o0o_-
Sobre Timóteo, apóstolo:
Dá-nos "Atos dos Apóstolos" a informação de que ele era filho de uma mulher judia e de pai gentio. Na obra
psicografada por Francisco Cândido Xavier, "Paulo e Estevão", contudo, o espírito Emmanuel é pródigo em detalhes a
respeito desse a quem Paulo de Tarso chamava de "amado filho na fé". 2
Quando Paulo chegou a Listra foi à casa de Lóide, recomendado pelo irmão daquela, que residia em Icônio.
Viúva de um grego abastado, ela vivia em companhia de sua filha Eunice, também viúva e o neto adolescente de 13
anos.
Recebidos Paulo e Barnabé, com inexcedível carinho, em casa de Lóide, naquela mesma noite o apóstolo
tarsense pôde observar a ternura com que o rapazola fazia a leitura dos pergaminhos da Lei de Moisés e dos Livros
Sagrados dos Profetas. Ao ouvir falar a respeito de Jesus, Timóteo, inteligente e de generosos sentimentos,
demonstrou grande interesse, o que levou Paulo a acariciar-lhe a fronte pensativa, várias vezes.
No dia seguinte, o rapaz passou a fazer inúmeras interrogações e, enquanto ele cuidava das cabras, Paulo
aproveitou para conversar longamente a respeito da Boa Nova de que era portador. Alguns dias depois, Paulo fundou
na cidade o primeiro núcleo do Cristianismo, em humilde casa. O pequeno Timóteo era quem auxiliava em todos os
misteres, na recepção dos enfermos e demais necessitados, na ordem, na disciplina.
Em uma das pregações públicas, Timóteo assistiu aterrado o amigo querido ser apedrejado pela população,
incitada pelos administradores da pequenina cidade. Desejou intervir, salvando-o, mas prudentemente foi detido por
companheiro ponderado que lhe fez ver a inconveniência de se expor, sem nada verdadeiramente poder fazer ante a
multidão enfurecida e muito bem conduzida por mentes ardilosas.
No entanto, é ele mesmo que, após acompanhar por vielas extensas, a turba exaltada depositar o corpo do
Apóstolo no monturo, distante dos muros de Listra, se aproxima, na sombra da noite para socorrê-lo. Dispensa-lhe os
primeiros socorros, buscando água fresca em poço próximo. Depois, banhado em lágrimas, fica ao seu lado,
aguardando que desperte do profundo desmaio.
Timóteo, oportunamente, passaria a acompanhar Paulo de Tarso em suas viagens, desejoso de se consagrar ao
serviço de Jesus, iluminando o seu coração e a sua inteligência. A caminho da Macedônia, separaram-se ele e Lucas
de Paulo, a pedido daquele, tornando a se encontrarem mais tarde.
Para as viagens apostólicas, a fim de evitar as tricas judaicas e eventualmente provocar atritos nas suas tarefas
iniciais, Timóteo submeteu-se, a conselho do próprio Paulo, à circuncisão, demonstrando a capacidade de ajustar-se
ao que fosse necessário para servir a Jesus.
Timóteo é convidado pelo apóstolo de Tarso a estar com ele, quando da redação das suas famosas epístolas,
"cuja essência espiritual provinha da esfera do Cristo"1, e que não serviram somente para a comunidade para a qual
foram escritas, mas à cristandade universal.
Esteve com Paulo em Roma, quando este foi prisioneiro dos romanos. Seguiu-o até a Espanha, junto com
Lucas e Demas. Demorou-se mais na região de Tortosa, visitou parte das Gálias, auxiliando na conquista de novos
corações para o Cristo e multiplicando os serviços do Evangelho. Afeiçoado a Paulo, Timóteo foi por ele encarregado
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em mais de uma oportunidade, a levar mensagens para as comunidades cristãs nascentes. Assim, da Espanha partiu
para a Ásia, carregado de cartas e recomendações amigas.
Quando Paulo de Tarso retornou a Roma, a pedido de Simão Pedro, escreveria tomado de singulares emoções
as últimas disposições ao filho do coração, Timóteo: "Apressa-te a vir ter comigo. (...) Só Lucas está comigo. (...)
Quando vieres, traze contigo a capa que deixei em Trôade em casa de Carpo, e os livros, principalmente os
pergaminhos. (...) Apressa-te a vir antes do inverno. (...)"2
Roga ainda os seus bons ofícios para que João Marcos venha a Roma, a fim de o auxiliar no serviço
apostólico. Lucas é o encarregado de expedir a Epístola e percebe os lúgubres pressentimentos que tomam de assalto
o velho Apóstolo.
Em verdade, Timóteo não chegou a rever Paulo na vida física, mas guardou n'alma as suas últimas exortações:
"Foge das paixões da juventude, segue a justiça, a fé, a esperança , a caridade e a paz com aqueles que invocam o
Senhor com um coração puro.(...)"
"Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que está em Jesus-Cristo; e o que ouviste de mim, diante de muitas
testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam capazes de instruir também a outros.(...)"
"Esforça-te por te apresentares a Deus digno de aprovação, como um operário que não tem de que se envergonhar,
que distribui retamente a palavra da verdade. (...)"
__________________________ ---_________________________
O LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS
“O testemunho da Promessa”
Para ler o Livro dos Atos dos Apóstolos com a unção que merece, necessário se torna que o seu leitor seja
muito versado nas Iniciações Antigas, tenha o conhecimento devido daquilo que num período de mais de duzentos mil
anos andaram semeando os trinta e tantos Budas, Crisna, Hermes, Zoroastro, Apolo, Orfeu, todo o Patriarcado hebreu
de antes do dilúvio, Moisés, os Profetas e alguns verdadeiros Filósofos.
Porque, se o Cristo foi anunciado por muitos milênios, como tendo que ser a Expectação das Gentes, cumpre
saber o que devia fazer e como. E se nasceu um dia, marcando na História o mais sublime Natal, fê-lo com vistas à
finalidade da obra a ser levada a termo. E a obra a ser levada a termo implicaria em deixar o desfecho, a coroação, para
depois da morte física, com o retorno do espírito, para significar, de uma vez por todas, a imortalidade e a
comunicabilidade do mesmo espírito.
Todos os Grandes Iniciados da História marcaram suas obras com o Sopro da Revelação, como diziam na
antiguidade; todos tiveram a Graça da Teofania a lhes aureolar a obra missionária; nenhum deles falou em nome de
suas pretensões humanas, apenas. E se não fossem as trevas clericais a ensombrar a História, ou a cultura espiritual da
humanidade, toda ela saberia dizer coisas maravilhosas, sobre os grandes fenômenos mediúnicos que envolveram e
embalaram os emissários do Cristo Planetário.
Todavia, se diante do mundo os mercantilistas idólatras empanaram o brilho do sol com suas manhas e
artimanhas infernais, diante de Deus a realidade profética ou mediúnica jamais sofreu o menor sinal de apagamento. Se
depois de cada Grande Iniciado ou emissário do Cristo Planetário, surgiram homens capciosos com o intento de
transformar as Coisas da Verdade em meio de vida e comércio, também é certo que uns após outros foram surgindo
novos emissários, fazendo rebrilhar aqui e acolá, a Candeia da Revelação, o Ministério do Espírito Consolador ou
Santo.
E assim as coisas foram se passando, até chegar o momento histórico em que o Cristo Planetário devia sujeitar-
Se ao processo de encarnação para, como homem, passar entre seus irmãos tutelados, deixando entre eles a Graça da
Revelação Generalizada, ou derramar do Espírito sobre toda a carne, conforme estava prometido nos Profetas.
________
O Livro dos Atos é uma espécie de Resumo Histórico do Profetismo Universal, que na pessoa de Jesus
encontrou todos os elementos de que carecia, para se marcar na História do Planeta.
A primeira fase da programação da vida missionária de Jesus foi a das profecias sobre a vinda de Jesus e do
Seu batismo de Revelação generalizada; a segunda foi a vida carnal, preparando tudo, e a terceira fase foi cumprida
dentro dos primeiros cinquenta dias depois da crucificação, com o ressurgimento em espírito e a grande eclosão
mediúnica ou profética, tal e qual como testemunham os dois primeiros capítulos do Livro dos Atos dos Apóstolos.
Eis o motivo de começarem no Pentecostes as primeiras conversões. Porque tudo até ali foi apenas
preparação, sendo dali em diante que houve a Doutrina do Caminho em franca atividade, com a comunicabilidade dos
espíritos a advertir, ilustrar e consolar aqueles que se iam achegando, para conhecer.
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Daqui para frente, tudo já estava feito pelo Divino Mestre, estando Seus milhares de discípulos em atividade, a
se espalharem pelo mundo. Tinham por todas as partes a perseguição do clero levita, perseguição de morte, mas o
Ministério da Revelação os transformava em gigantes de coragem, sobrepondo-os a prisões e martírios.
(OSVALDO POLIDORO)
III. Tempo: “O testemunho da Promessa” (Do Pentecostes à vinda da Corrupção, ou II Tessalonicenses 2,
1-4; Apoc 13...)
Da parte de Jesus
a - Que a primeira fase foi a das profecias sobre a vinda de Jesus e do Seu batismo de Revelação generalizada;
b - Que a segunda fase foi a vida carnal de Jesus, preparando tudo para o cumprimento da terceira, que era
realizar o batismo de Revelação generalizada, para deixá-lo como fundamento da Excelsa Doutrina;
c - Que a terceira fase foi cumprida, dentro dos primeiros cinquenta dias depois da crucificação, com o
ressurgimento em espírito e a grande eclosão mediúnica ou profética, tal e qual como testemunham os dois primeiros
capítulos do Livro dos Atos dos Apóstolos.
Eis o motivo de começarem no Pentecostes as primeiras conversões. Porque tudo até ali foi apenas preparação,
sendo dali em diante que houve a Doutrina do Caminho em franca atividade, com a comunicabilidade dos
espíritos a advertir, ilustrar e consolar aqueles que se iam achegando, para conhecer.
Daqui para frente, tudo já estava feito pelo Divino Mestre, estando Seus milhares de discípulos em atividade, a
se espalharem pelo mundo. Tinham por todas as partes a perseguição do clero levita, perseguição de morte, mas o
Ministério da Revelação os transformava em gigantes de coragem, sobrepondo-os a prisões e martírios. E tudo isso
durou até o quarto século, quando Roma atraiçoou o batismo de Revelação, forjando o seu clero idólatra e mercenário,
achando que com isso de novo levantaria o império, então em tremenda decadência. (Vide o Livro CONFISSÕES DE
UM CORRUPTOR, para outros esclarecimentos.)
II Tessalonicenses 2, 1-4
...não vos demovais de vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra,
quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o dia do Senhor. Ninguém de nenhum modo vos
engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia, e seja revelado o homem da iniquidade, o filho
da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se no
santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.
“A tua nação e os pontífices são os que te entregaram nas minhas mãos; que fizeste tu?” - João, cap. 18.
A função missionária de Jesus fora cumprir a profecia, feita por séculos consecutivos, do derrame de Espírito
sobre toda a carne. A palavra DERRAME foi traduzida por BATISMO, e isto deve ser bem entendido. Entretanto, as
palavras de Pilatos dizem sobre como foi Jesus tratado pelos papas do tempo e os fariseus. Ele, que tinha o Espírito
Sem Medida, e veio para em Espírito batizar, fora condenado como feiticeiro ou fazedor de sortilégios. No Talmud
assim se encontra escrito.
Embora tendo vencido, porque aos cinquenta dias da crucificação voltara e realizara o batismo, deixando o
Consolador em pleno funcionamento, o fato é que, no quarto século, tudo foi em Roma adulterado. O Livro dos Atos
está cheio das mais esplêndidas comunicações de espíritos, anjos ou almas; isto é, de grandes consolações daí
advindas. Aquela Mensageiria anunciada por Jesus, no capítulo dezesseis de João, ficou funcionando no mundo, entre
os do Caminho do Senhor.
Até trezentos e vinte e cinco não houve Cristianismo e sim Caminho do Senhor; este era fundamentado na
Revelação, na comunicação dos anjos, espíritos ou almas. Vide as sessões, como eram feitas pelos do Caminho do
Senhor, ou como as faziam os Apóstolos e aqueles que vinham engrossando as fileiras do Caminho.(Novo Testamento dos
Espíritas)
A história da expansão da Doutrina do Caminho:
Seu autor foi Lucas, o médico amado e também pintor. O Livro dos Atos é uma continuação do seu Evangelho,
e está dirigido à mesma pessoa, a Teófilo, 1:1. Muitos acreditam que ele tenha se dirigido a todos os que amam a Deus,
uma vez que “Teófilo” significa “aquele que ama a Deus”. De qualquer modo, Lucas escreveu Atos para que pudesse
ser lido por muitos. Esses leitores tinham familiaridade com o império romano e com a Ásia Menor, mas talvez não
com a Palestina, o que explicaria a informação cuidadosamente detalhada de Lucas sobre determinados lugares.
Justamente devido à tradução do nome Teófilo, alguns pensam que esta carta era aberta e não destinada a apenas um
indivíduo.
Quanto às datas, o livro de Atos termina abruptamente com Paulo em seu segundo ano na prisão de Roma, que
teve início cerca de 60 d.C. Lucas não dá informação sobre o martírio do apóstolo Paulo (que morreu decapitado entre
66 e 68 d.C). Os eruditos acreditam que Lucas teria incluído acontecimentos importantes se tivesse escrito depois de
64d.C., como as perseguições empreendidas por Nero (64-68 d.C.) ou a destruição de Jerusalém (70 d.C.). Portanto,
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Atos foi escrito provavelmente entre 61 e 63 d.C. O livro abrange, portanto, um período de aproximadamente 28 anos.
Durante este período, quatro imperadores romanos governaram em sequência: Tibério, Calígula, Cláudio e Nero.
O escritor Lucas acompanhou Paulo em grande parte do período das suas viagens, inclusive na perigosa
viagem a Roma, o que é evidente do uso que faz dos pronomes na primeira pessoa do plural, “nós”, “nosso”, “nos”, em
Atos 16:10-17; 20:5-15; 21:1-18; 27:1-37; 28:1-16. Paulo, nas suas cartas escritas de Roma, menciona que Lucas
também estava ali. (Col 4:14; Flm 24) Foi, por conseguinte, em Roma que se concluiu a escrita do livro de Atos.
Conforme já observado, o próprio Lucas foi testemunha ocular de grande parte do que escreveu, e, em suas
viagens, ele contatou com cristãos que participaram de certos eventos descritos ou os observaram.
________
Jesus determinou aos seus discípulos que permanecessem em Jerusalém até que fossem revestidos do Espírito
Santo (medinidades, carismas), esse fato é descrito no que aconteceu durante a festa do dia de Pentecostes (*). A partir
de então, eles se tornariam suas testemunhas até os confins da terra.
Enquanto aguardavam o cumprimento da promessa, foi escolhido o nome de Matias em substituição a Judas
Iscariotes, que tinha se suicidado.
Sobre a Festa de Pentecostes:
No antigo calendário israelita estão relacionadas três festas (Ex 23.14-17; 34.18-23): a primeira é a Páscoa,
celebrada junto à dos Ázimos ou Asmos; a segunda é a Festa das Colheitas ou Semanas que, a partir do domínio Grego,
recebeu o nome de Pentecostes; finalmente, a festa dos Tabernáculos ou Cabanas. As duas primeiras celebrações
foram adotadas pelo cristianismo, porém, a terceira foi relegada ao esquecimento. A Festa das Colheitas era alegre e
solene (Dt 16.11); a celebração era dedicada exclusivamente a Javé (Dt 16.10); era uma festa ecumênica, aberta para
todos os produtores e seus famíliares, os pobres, os levitas e os estrangeiros (Dt 16.11). Enfim, todo o povo
apresentava-se diante de Deus. Reconhecia-se e afirmava-se o compromisso de fraternidade e a responsabilidade de
promover os laços comunitários, além do povo hebreu; agradecia a Deus pelo dom da terra e pelos estatutos divinos (Dt
15.12); era uma "Santa Convocação". Ninguém trabalhava (Lv 23.21); era celebrado o ciclo da vida, reconhecendo que
a Palavra de Deus estava na origem da vida " da semente " da árvore " do fruto " do alimento " da vida... Observação: A Festa da Colheita não celebra um mito, mas a ação de Deus que cria e sustenta a vida do mundo criado
.
Instituto Divino da Revelação, fundamento das Iniciações e alicerce do Caminho do Senhor, do Cristianismo
Iniciático que viveu, até Constantino fazer a corrupção. Vide os Atos, capítulos um, dois, sete, dez e dezenove e tereis
o Consolador em pleno andamento, cultivado pelos Apóstolos. (Novo Testamento dos Espíritas) (esta parte serve para alertar aqueles que
dizem que os dons só existiram enquanto Jesus estava na carne,,,)
“Assim que, exaltado pela dextra de Deus, e havendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou
sobre nós a este, a quem vós vedes e ouvis.” - Atos, cap.2.
O Velho Testamento diz, umas dezenove vezes, que seria derramado o Espírito Bom ou de Deus sobre toda a
carne; isto é, afirma que a Humanidade inteira viria a constituir o Cenáculo Iniciático. Jesus foi o batizador ou
derramador da Revelação sobre a carne. (Novo Testamento dos Espíritas)
“E havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e falavam em diversas línguas, e
profetizavam” - Atos, cap. 19.
Aquele Espírito Santo era imediato, prático, tangente, verdadeiro, normal, consolador, cheio de graças e
sempre pronto a servir, a cumprir o seu dever, de acordo com a Promessa do Velho Testamento e as palavras de Jesus,
enquanto esteve com o Seu fardo de carne entre os homens. Os Atos e as Epístolas repetem centenas de vezes o
acontecimento, pois em seguida ao Pentecostes, a comunicabilidade dos espíritos, anjos ou almas, era o prato do dia...
Todavia, os adulteradores romanos inventaram um Espírito Santo que não aparece, não fala línguas diversas, não
profetiza, não cura, nada sabe e aprecia idolatrias, simulações, contínuas e intensas traições aos Mandamentos da Lei
de Deus. (Novo Testamento dos Espíritas)
O trabalho de Pedro:
(Pedro é dado como o primeiro Papa! Pedro era analfabeto, jamais ouviu falar na palavra papa, nunca teve
trono algum, cultivou os Dons Intermediários nas catacumbas, nos porões fétidos, nas matas, e, por fim, pediu para ser
crucificado de cabeça para baixo por ter negado o verbo Modelo na Pretoria, como todos sabem. Quem impôs
blasfêmias terá de pagar por elas, quem aceitou também).(trecho de livreto A Terrível Blasfêmia Romana)
Depois de receberem Espírito Santo, os discípulos testemunham em muitas línguas (2, 15-42). Judeus em
Jerusalém, procedentes de muitas terras, recebem testemunho de Deus. Aparecem os do contra e, corajosamente, Pedro
inicia um discurso explicando o motivo do acontecimento... então três mil pessoas são convertidas para o cristianismo,
passando a congregar-se levando uma vida comunitária de muita oração onde se presenciavam prodígios e milagres
feitos pelos apóstolos.
52
Pedro e João são presos e levados perante o Sinédrio; declaram destemidamente que não pararão de dar
testemunho. Cheios de Espírito Santo, todos os discípulos proclamam a palavra de Deus; multidões tornam-se crentes.
Um milagre importante, a cura de um homem coxo de nascença que pedia esmola na porta do Templo, é
relatado logo no capítulo 3 do livro, o que provoca a prisão de Pedro e João Evangelista, que são trazidos perante o
Sinédrio. Repreendidos pelas autoridades judaicas para que não pregassem mais no nome de Jesus, os dois apóstolos
responderam que estavam praticando a vontade de Deus e não dos homens.
Novas prisões dos apóstolos ocorrem no livro de Atos, pois o crescimento do número dos que seguiam a
Doutrina do Caminho incomodava o sumo sacerdote e a seita dos saduceus (*), conforme é narrado nos versos de 17 a
42 do capítulo 5 da obra. Porém, com o parecer dado pelo rabino Gamaliel, o Sinédrio resolve libertar Pedro e os
demais, depois de castigá-los com açoites.
(*) O nome parece proceder de Sadoc, hierarca da família sacerdotal dos filhos de Sadoc, que segundo o programa ideal da constituição de
Ezequiel devia ser a única família a exercer o sacerdócio na nova Judéia. De modo que, dizer saduceus era como dizer "pertencentes ao partido da estirpe sacerdotal dominante". Diferiam dos fariseus por não aceitarem a tradição oral. Na realidade, parece que a controvérsia entre eles foi uma continuação dessa hostilidade que
havia começado no templo dos macabeus, entre os helenizantes e os ortodoxos. Com efeito, os saduceus, pertencendo à classe dominadora, tendo a miúdo contato
com ambientes helenizados, estavam inclinados a algumas modificações ou helenizações. O conflito entre estes dois partidos foi o desastre dos últimos anos da
Jerusalém judia. Paulo era fariseu, Atos 26, 5
Os capítulos seguintes relatam os primeiros momentos da Doutrina do Caminho na Palestina, sob a liderança
de Pedro, as primeiras conversões de judeus e depois dos gentios (povos e nações distintos do povo Israelita), e o violento martírio
de Estêvão por apedrejamento.
“Porém o Excelso não habita em feitura de mãos, como diz o profeta.” - Atos, cap. 7.
O sétimo capítulo do Livro dos Atos é valioso repositório de excelência doutrinária. Ele sozinho vale por uma
Bíblia inteira. (Osvaldo Polidoro)
Após o apedrejamentode Estevão, Saulo de Tarso empreende uma grande perseguição aos seguidores da
Doutrina do Caminho em Jerusalém, o que dispersou vários discípulos pelas regiões da Judéia e Samaria, chegando
também o Evangelho à Fenícia, Chipre e Antioquia.
Algumas obras de Filipe, o Evangelista, são narradas em Atos, entre as quais a sua passagem por Samaria e a
conversão de um eunuco etíope na rota comercial de Gaza.
Saulo de Tarso, ao tentar empreender novas perseguições, converte-se quando viajava para Damasco e tem
uma visão de Jesus, ficando cego por três dias, até ser curado quando encontra-se com Ananias.
Dois milagres de destaque narrados nesse momento da obra de Lucas: a cura do paralítico Enéias, em Lia, e a
ressurreição de Dorcas, na cidade de Jope
O Evangelho chega aos gentios incircuncisos. (10, 112-25): Narra o capítulo 10 que Simão Pedro,
encontrando-se em Jope, recebe uma visão em que Deus lhe ordena alimentar-se de vários animais considerados
imundos ou impróprios para o consumo, conforme a lei mosaica. Com esse exemplo, Pedro é orientado a pregar o
Evangelho na casa de um centurião romano de Cesaréia chamado Cornélio, o qual se converte juntamente com todos os
que ouviram o discurso do apóstolo, sendo depois batizados. Por este motivo, Pedro é questionado pelos outros
apóstolos e cristãos da Judéia, que se convencem.
Os capítulos dez, onze e dezenove, dos Atos, são simplesmente formidáveis; e por isso a palavra autorizada de
Paulo era deste modo: “As coisas ocultas do seu coração se fazem manifestas, e, assim, prostrado com a face em terra,
adorará a Deus, declarando que Deus verdadeiramente está entre vós.” (Osvaldo Polidoro)
O rei Herodes Agripa I prende a Tiago, irmão de João, chegando a matá-lo. Depois prende a Pedro, mas este é
milagrosamente liberto pela ajuda de um anjo. E também é através de um anjo que Herodes é ferido e morto comido
por vermes, por não ter dado glória a Deus.
“E como eu tivesse começado a falar, desceu o Espírito Santo sobre ele , assim como também tinha descido
sobre nós no princípio, E eu me lembrei então das palavras do Senhor, como ele havia dito: João na verdade batizou
em água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo. Pois se Deus deu àqueles a mesma graça que também a nós, que
cremos no Senhor Jesus Cristo, quem era eu, para que me pudesse opor a Deus?” — Atos, cap.11
“Se durante o viver de Jesus na carne, nem todos os Apóstolos corresponderam, também é certo que, em
seguida ao Batismo de Espírito, nem todos deram de si o melhor possível. Para assimilar bem é preciso conter
evolução: e a evolução não se consegue de hoje para amanhã, nem mesmo na companhia de um Jesus Cristo. Saber
alguma coisa em base puramente intelectual, teoricamente, não significa conquistar marcas imarcescíveis. Evolução se
consegue à custa de luta contínua, de perene avanço no rumo da Verdade. E isso demanda séculos e milênios.” (O.
Polidoro)
53
O trabalho de Paulo
Paulo se torna um grande apóstolo, com missões pelas regiões orientais do mundo romano, mais precisamente
pela Ásia Menor, Grécia e Macedônia, culminando com a sua prisão e julgamento quando retorna para Jerusalém e,
finalmente, fala sobre sua viagem para Roma.
Há, portanto, uma divisão em dois períodos:
I. O período das missões locais, com Jerusalém como o centro. A obra centraliza-se principalmente na
Palestina entre os judeus, sendo o apóstolo Pedro a figura preeminente. Pode-se dizer que do começo até o verso 25 do capítulo 12, o Livro de Atos dá um enfoque maior ao ministério
de Pedro, que pregou corajosamente e realizou muitos milagres, relatando, em síntese, o estabelecimento e a expansão
das reuniões mediúnicas pelas regiões da Judéia e de Samaria, seguindo para alguns países da Ásia Menor.
II. O período das missões estrangeiras. O centro de operações, inicialmente em Jerusalém, é transferido
pouco depois para Antioquia da Síria.
Já a outra metade da obra centraliza-se mais no ministério de Paulo (do capítulo 13 ao final) e poderia ser
subdividido em seis partes:
1. A primeira viagem missionária liderada por Paulo e Barnabé;
2. Reunião de Jerusalém, Paulo e os Apóstolos discutem sobre os gentios;
3. A segunda viagem missionária de Paulo, em que o Evangelho é levado à Europa;
4. A terceira viagem missionária;
5. O julgamento de Paulo;
6. A viagem de Paulo a Roma.
Importante destacar que no livro de Atos é narrada a rejeição contínua do Evangelho pela maioria dos judeus, o
que levou à proclamação das Boas Novas aos povos gentios, principalmente por Paulo.
Viagens evangelizadoras de Paulo. (13:121:26), entre 48 e 50 dC
Primeira viagem: A Chipre, Ásia Menor, pregando tanto em sinagogas aos judeus quanto aos gentios.
Paulo e Barnabé com ênfase dão testemunho em público e nas sinagogas; expulsos de Antioquia; atacados por
turba em Icônio; em Listra, primeiro tratados como deuses, depois Paulo é apedrejado.
Questão da circuncisão (*) decidida pelo corpo governante em Jerusalém; Paulo e Barnabé designados para
informar os irmãos das decisões de Paulo.
(*) Reunião de Jerusalém
A notícia de conversão dos gentios gerou impactos dentre os seguidores do Caminho, visto que alguns judeus da seita dos fariseus impunham a circuncisão aos novos cristãos. Tendo Paulo se reunido em Jerusalém, com a presença dos apóstolos, ficou decidido que os gentios convertidos não deveriam ser
incomodados com a observância de detalhes da lei mosaica, mas apenas que se abstivessem da idolatria, das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados
e do sangue.
Segunda viagem, com Paulo e Silas – depois Timóteo, que ocorre entre os anos de 51 a 53 da era comum:
depois de percorrer por terra algumas regiões da Ásia Menor, Paulo recebe pela vidência um aviso para atravessar para
a Europa e pregar nas cidades da Macedônia e da Acaia. Encarcerados em Filipos, o carcereiro e sua família são
batizados; judeus instigam dificuldades em Tessalônica e Beréia; em Atenas, Paulo prega na sinagoga, na feira, daí no
Areópago; ministério de 18 meses em Corinto. Em Filipos, Paulo é preso após ter libertado de uma possessão
demoníaca uma escrava que fazia adivinhações, porém é milagrosamente libertado à noite através de um terremoto.
Na cidade de Atenas, Paulo faz um discurso no Areópago, na colina de Marte, mas poucos se convertem.
É na cidades de Corinto que Paulo funda uma importante reunião de seguidores, onde se cultivam os Dons. Lá
é ajudado por um casal de judeus, Áquila e Priscila que também lhe ajudam até Éfeso.
De Éfeso, Paulo navega então para Cesaréia, apresentando-se em seguida para o agrupamento de
“caminheiros” de Jerusalém.
Terceira viagem, entre os anos de 54 a 57: Ásia Menor, Grécia. Nesta expedição, Paulo dá mais atenção às
reuniões mediúnicas e doutrinárias de Éfeso, onde acontecem milagres, e o apóstolo sofre a oposição dos ourives que
lucravam fabricando imagens da deusa Diana (mitologia), provocando um grande tumulto na cidade. Após à confusão,
Paulo segue para a Macedônia e Acaia onde visita as suas reuniões doutrinárias.
De volta à Ásia, Paulo reúne-se com a turma de frequentadores da cidade de Trôade, ocasião em que é
presenciado um milagre de ressurreição de um jovem que havía despencado da janela do terceiro andar ao adormecer
durante o prolongado discurso proferido por Paulo. Deixando Mileto, Paulo passa por Tiro e Cesaréia, indo novamente
apresentar-se em Jerusalém, sabendo que lá iria ser preso.
Paulo é preso, dá testemunho a autoridades, é levado a Roma. (21:2728:31)
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Paulo é detido pelos judeus quando se encontrava no templo.Devido à confusão que foi formada na ocasião da
prisão de Paulo, as autoridades romanas em Jerusalém intervieram, evitando que o apóstolo fosse morto.
Invocando sua cidadania romana, Paulo obtém algumas proteções enquanto permanecia em custódia
aguardando julgamento, o que motivou a sua transferência para Cesaréia, sob os cuidados de Félix, governador da
Judéia, perante o qual foi acusado pelos judeus de ter causado inquietação política e profanação do templo.
Com dificuldades para decidir sobre o caso de Paulo, Félix o mantém em custódia por dois anos até ser
substituído por Festo que, ao fazer um acordo com os judeus, promete encaminhar o apóstolo para ser julgado em
Jerusalém. Não concordando que o seu julgamento fosse realizado em Jerusalém, Paulo interpõe um apelo para impedir
tal determinação e, devido ao seu requerimento, consegue pelas leis romanas que o seu caso fosse apreciado pelo
imperador em Roma. Isto porque a legislação da época permitia que um cidadão romano que não se sentisse tratado
com justiça pudesse apelar para o imperador nos casos em que a pessoa jamais tivesse sido condenada por um tribunal
inferior e a acusação não se tratasse de crimes comuns.
Na viagem de Paulo a Roma, entre os anos de 59 e 60, o apóstolo atua como um grandioso doutrinador junto
aos criminosos que estavam sendo transportados no navio. Foram surpreendidos por um forte tufão quando navegavam
pelo lado sul da ilha de Creta, vindo a naufragar em Malta, onde Paulo permaneceu por três meses em terra curando os
enfermos da ilha. Em Malta, tem-se o relato de mais um milagre ocorrido quando Paulo é picado por uma serpente e
sobrevive sem sentir nenhum efeito do veneno da víbora.
Depois disto, Paulo chega a Roma sendo muito bem recebido na cidade onde passa a aguardar o seu
julgamento em custódia domiciliar, por dois anos, pagando por sua própria conta o aluguel de uma residência. Ali
recebe vários judeus e lhes anuncia o Evangelho, entre os quais alguns crêem e outros não.
“De resto tenho a dizer que cada um compreendia como podia, tendo havido as divergências concepcionais
mais avançadas, não só em torno do fator Espírito Santo, como também de todos os ensinos do Cristo. O reino do céu,
por exemplo, apesar de repetir Jesus de contínuo, ser de ordem interna a cada um, era aguardado por muitos para daí a
dias, por meio da vinda de Jesus, ou por intermediário de um tremendo cataclismo que acabaria com o planeta. E Jesus
jamais disse coisa que se parecesse com tais extremos de ficção.”
“Quem quiser ficar com Paulo, fique; quem quiser ficar com outros Apóstolos, fique. Não haverá
jamais revelação de interplanos, porém, sem que haja espíritos desencarnados, mediunidades e espíritos encarnados.
Por Um Espírito Santo que seja pessoal, terça parte de Deus, ninguém espere, porque disso não há com Deus. Deus é
em Si Uno, havendo de Si tudo manifesto, sem trindade alguma, principalmente de ordem especial, para favorecer
peçonhas clericais, que sempre surgiram no mundo, à revelia dos fundamentos revelados.”
“E ficou nisso o grande Apóstolo? Não. Havendo especificado as faculdades, disse em seguida do
modo de reunir para cultivá-las. Com o Batismo de Espírito Santo reformado, foi por Jesus Cristo o conteúdo
espiritualista do mundo, que até então prevalecia em base idólatra, ritualística, em ofertas de carnes, de uma pagodeira
sem fim e repugnante. Pelo Cristo, convidado foi o homem para a sabedoria em Espírito e Verdade; e não para a crença
em superstições, em adorações através de assassinatos de inofensivos animais. Também o falso, o imundo conceito de
privilégio racial foi pelo Cristo posto de pernas para o ar. Cristo veio, com o Seu Amor e a Sua Sabedoria Universal,
estabelecer no mundo das formas densas, por meio do mediunismo, o curso de conhecimento do ser. E não adianta
digam os fanáticos de crenças estas ou aquelas, ou aqueles que pretendem tomar revelações intermediárias como sendo
toda a Verdade Revelada, que o Cristo tenha sido apenas mais um revelador, sem mais autoridade que qualquer outro
antes vindo. Isso prova, apenas, desconhecimento do que seja a Organização Diretora do Planeta. E prova, também,
que essa gente só tem contato com seres astrais de ínfima categoria hierárquica, seres que da carne partiram
fanatizados, e que nas esferas inferiores do astral, continuam no mesmo inferiorismo, a propalar os mesmos
divisionismos, as mesmas mediocridades, os mesmos erros. Não basta, pois, que se tenha contato com agentes do
mundo astral; preciso se faz buscar sempre o melhor. Os espaços sempre estiveram cheios de espíritos; como, porém,
não há promiscuidade, mas sim planos inferiores, intermediários e superiores, que ligados são pelas leis de relação e
progressividade, o notável é se procure, pela melhoria vibratória, manter contato com os melhores planos.”
“Como Paulo de Tarso ensinou a cultivar os dons, cumpre dizer o que se disse, para evitar que o
mediunismo se dê culto degradante. Como ensinou ele, assim faziam os do Colégio Apostolar, pois houve Apóstolos
que em seguida à crucificação do Mestre, volveram ao estado de trabalho e práticas religiosas semi-cristãs, semi-
levíticas. Cumpre salientar também que até a corrupção, vinda depois da vitória de Constantino, o Cristianismo assim
não se chamava, e sim “Caminho do Senhor”. Foi no quarto século que a corrupção ocorreu e também a troca de nome
ou designação.”
“Não vou citar o texto, através do qual o Apóstolo Paulo ensina como realizar o culto do mediunismo;
quem quiser saber, busque ler com atenção o que escreveu então, no capítulo quatorze da mesma primeira carta aos
Corintos, versos de vinte e dois a trinta e três (I Ep. Corintos, cap. 14, vs. 22 a 33).”
(Osvaldo Polidoro
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AS EPÍSTOLAS
O que são Epístolas?
Cartas doutrinárias escritas pelos apóstolos, embora muitas delas não tivessem o formato propriamente de carta.
Muitas questões eram levantadas quanto ao significado e aplicação dos Evangelhos, assim as cartas ou epístolas
eram respostas a estas questões, dando a correta interpretação sobre a missão de Jesus e sua continuidade.
O que são Epístolas Paulinas?
São as epístolas escritas por Paulo de Tarso – Paulo escreveu 19, mas a Igreja Romana suprimiu 5, ficando 14.
Dentre as Epístolas Paulinas, temos 4 Epístolas chamadas do CATIVEIRO* (escritas durante sua prisão em
Éfeso e em Roma – 60 a 62) e 3 Epístolas chamadas PASTORAIS (foram escritas a líderes das comunidades), 2 a
Timóteo e 1 a Tito.
(*) EFÉSIOS – Hino de Louvor à obra de Jesus porque a sua função missionária está plenamente exposta nesta carta.
FILIPENSES – Dirigida ao povo de Filipos, Paulo exorta a perseverança, o amor fraternal e a humildade para maior proveito do Evangelho. COLOSSENCES – Escreve aos fiéis de Colossos, que o Cristo Divino Modelo é o ponto de referência da escalada evolutiva.
FILÊMON – É mais um bilhete pessoal a Filêmon (um cristão de Colossos) com um pedido para que acolha um escravo fugitivo.
TITO – um grego colaborador de Paulo. Paulo dá conselhos sobre a organização das comunidades da ilha de Creta (em questões Revelacionistas).
O que são Epístolas Gerais?
São aquelas não escritas pelo Paulo de Tarso (1 Tiago, 2 Pedro, 3 João e 1 Judas).
Dos apóstolos, mas dirigidas aos fiéis em geral.
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Trechos do livro NOVO TESTAMENTO DOS ESPÍRITAS,
de Osvaldo Polidoro, nosso irmão restaurador das Verdades Divinas
“Ora, o Senhor é Espírito; e onde há o Espírito do Senhor, aí há liberdade.” - Paulo.
Em primeiro lugar, Paulo foi, depois do seu encontro mediúnico com Jesus, o Cavaleiro Andante do Consolador,
do Batismo de Espírito ou Revelação.
Em segundo lugar, Jesus afirmou que onde estivessem dois ou três reunidos em Seu nome, Ele ali estaria. Ele
não disse clérigos, nem disse que seria em templos de pedra, de pau ou coisa que pareça. Porque Ele batizou em
espírito, sendo que os dons mediúnicos e os espíritos não são de controle das clerezias.
Também não disse, Jesus, que para Ele estar presente, em si ou através dos espíritos mensageiros, deveriam os
homens arranjar fantasias e fabricar ídolos, tudo isso que já é crime contra os Dez Mandamentos. Ele veio derramar do
espírito sobre toda a carne, precisamente para dar fim à pior praga de todos os tempos, que sempre foi o clericalismo, a
fábrica de ignorantes e criminosos.
E ainda outro quesito em favor da Verdade, pois o que tira a orfandade é o Consolador ou Espírito da Verdade,
isto é, a Revelação. Para que ninguém ficasse órfão da Verdade, afirmou Jesus que enviaria o Consolador; e basta ler os
capítulos um, dois, sete e dezenove dos Atos, para saber como Jesus agiu, em cumprimento de Sua palavra.
Em síntese, tudo é questão de retornar ao modo de reunir dos Apóstolos, que é como se encontra no capítulo
quatorze da Primeira Carta aos Coríntios; e fazendo assim o resultado é - Espiritismo!
No Velho Testamento tendes os desejos dos homens e as promessas de Deus. Estava entregue a Lei Suprema, de
Ordem Moral, mas faltavam o Verbo Exemplar e o Derrame de Dons Espirituais para TODA A CARNE.
Nos Quatro Evangelhos, João Batista e o Verbo Encarnado tudo preparam para que possa haver a Ressurreição, o
Glorioso Pentecostes e a entrega do Apocalipse. Quem se diz da Doutrina do Caminho, afirmando que os Quatro
Evangelhos dizem tudo ou são completos, ou é louco, ou é hipócrita, cultivando mentiras para praticar religiosismos
profissionais e engabelar os tolos. Até os Quatro Evangelhos tudo são promessas e esperanças.
O Livro dos Atos é o LIVRO PÊNDULO DA BÍBLIA, o Livro da Ressurreição, do Glorioso Pentecostes e que,
conseguintemente, leva à entrega do Apocalipse, dos Eventos Porvindouros. Apresentando a REVELAÇÃO
GENERALIZADA, a carne toda feita herdeira dos Dons do Espírito Santo, tudo estava cumprido, da parte de Deus.
Quem deixa de lado o Livro dos Atos é blasfemador de tudo, quem o atraiçoa é traidor da Lei, do Verbo Modelo, dos
Dons Espirituais e do Apocalipse, estando marcado para ser, como o Verbo advertiu, ESMIGALHADO!...
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Nas Epístolas os Apóstolos comentaram a Lei, o Verbo e os Dons Mediúnicos generalizados a partir do
Pentecostes, como puderam entender, nada mais. O que disseram João Batista e o Verbo SÃO UMA COISA, o que
outros escreveram constitui OUTRA COISA, e, o que outros fizeram, fundando cleresias e doutrinas, representa muitas
COISAS ERRADAS, CRIMINOSAS, CORRUPTAS, etc.
Não findará o segundo milênio, sem tremendos ajustes de contas.
Se não te servirem os ENSINOS e as GRAÇAS, vindos de Deus, como te hão de servir os palpites, de
encarnados ou desencarnados, ainda sujeitos a lastros de dívidas perante a JUSTIÇA DIVINA?
"Epístolas de Paulo" - Novo Testamento.
Paulo escreveu dezenove Cartas ou Epístolas; mas somente quatorze são conhecidas. Muitas delas eram de tal
modo revelacionistas, ou espíritas, como agora se diz, que os corruptores acharam bom retirá-las. E se soubessem que
algum dia apareceriam reformadores ou restauradores da Excelsa Doutrina, nem o que deixaram teriam deixado.
Teriam queimado tudo, para Roma ficar para sempre com seu clero e o seu domínio, com a sua corrupção e o seu
comércio pagão, traidor do batismo de Revelação, trazido e deixado por Jesus para toda a carne.
Nas Cartas de Paulo há muito que estudar e discutir; principalmente discutir, pelo fato de mãos estranhas terem
ali entrado, para darem aos escritos aquela cor clericalista e formal que tanto convinha a Roma. Entretanto, é bom
lembrar certas expressões de Paulo sobre as duas leis - uma é a de Deus, os Dez Mandamentos, sendo a outra o
Pentateuco, a lei social e variável.
A Lei de Deus é acima de cogitações, é o Código de Conduta, é a Trilha dos Cristos e a Matriz dos Livros
Sagrados. E quando os chamados Livros Sagrados venham a ser adulterados, corrompidos, ou se tornarem obsoletos,
ainda assim os Dez Mandamentos serão o Código de Conduta, porque pairam acima de religiosismos.
O Pentateuco, porém, deve mudar. As regras de conduta social devem ir variando, consoante a humanidade
evolua. Entretanto, no seio dos Dez Mandamentos é que devem ir variando as leis sociais.
O convite é para a discussão, porque as verdades de Deus não temem os estudos do homem. Aqueles que têm
lido as Escrituras, aceitando tudo, sempre foram e serão os eternos simplórios e fanáticos, esfoladores de Profetas e
assassinos de Cristos. Nunca sabem o que é certo ou errado, nunca descobrem as tremendas contradições, jamais
deixam de blasfemar contra as verdades de Deus, pelo simples fato de aceitarem tudo de olhos fechados, absurdos
antigos e novas incrustações humanas.
O Sagrado Livro de Deus, que é a Sua Obra, a Criação, esse é o Supremo Livro, no qual todos os Seus filhos
devem aprender a ler. Por mais pequeninas que sejam as verdades relativas, sendo realidades puras, conduzirão ao
conhecimento e ao respeito das Verdades Eternas, Perfeitas e Imutáveis de Deus!
Os chamados Grandes Reveladores, ou Iniciados, foram revelando ou ensinando aquilo que lhes foi possível, no
tempo em que viveram e no seio do povo para o qual falaram. E o Cristo Planetário, que poderia ser a Linguagem
Universal, bem salientou que muito Lhe restava dizer, mas que não poderia fazer então, pela falta de poder assimilativo
dos Seus contemporâneos. A Revelação completaria a Sua Mensagem, no curso dos tempos.(...)
(...) Não iremos, pois, transcrever e comentar muitos textos das Cartas dos Apóstolos; porque a Lei de Deus, o
Exemplo de Jesus Cristo e o Batismo de Revelação, pairam muito acima de tudo, principalmente da insuficiência que
eles andaram demonstrando, afora as corrupções que outros, mais tarde, andaram incrustando.
"Justificação pela fé" - Romanos, cap. 5.
O batismo de Revelação, o Pentecostes Vivo, foi deixado por Jesus, precisamente para ser instrumento de
Conhecimento, Certeza e Bondade. Quem conhece não precisa de apelar para a fé e para a esperança. Crer é para tolos
e simplórios, depois que Jesus veio e deixou no mundo a Revelação que tira a orfandade.
Ademais, quem cultiva o batismo de Revelação sabe muito bem que os abismos estão cheios de criaturas que
tiveram fé e obraram a iniquidade. Sabem que lá ficarão, até pagar ceitil por ceitil!
"A graça e o pecado" - Romanos, cap. 6.
Ninguém confunda a Graça da Revelação Generalizada, trazida por Jesus, para advertir e consolar, com a graça
da salvação de graça ou de favor. A contradição é total, face às afirmativas de Jesus, sendo também total contra outras
afirmativas do mesmo Paulo. Mãos clericalistas, fabricantes de simulações e comercialismos, inimigas do batismo de
Espírito, andaram metendo incrustações e adulterações nos escritos, fazendo a confusão que aí está. Por isso mesmo, é
crime aceitar tudo como se fosse Livro Sagrado. Procurem os absurdos, que são muitos.
"O Reino de Deus" - I Cor. cap. 6.
Este capítulo ressarce muitos absurdos contidos em outros, e atribuídos a Paulo; porque lembra as obras de cada
um, que serão observadas pela Justiça Divina, que jamais foi por graças ou favores. Deus não é particularista! A Lei de
Equilíbrio não é religiosista! A Justiça Divina é acima de xaropadas inventadas por homens! E a Revelação aí está e
ficará, para instruir conforme a Verdade ensinada por Jesus, segundo a Soberana Vontade de Deus!
"Diversidade de dons espirituais" - I Cor. cap. 12.
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Jesus tinha o Espírito de dons e sinais SEM MEDIDA; mas os restantes, por estas alturas da história planetária,
só poderão ter dons ou mediunidades repartidas, para efeito de cultivo revelacionista. Como Jesus veio derramar do
Espírito Revelador sobre toda a carne, para cumprir a promessa antiga, como qualquer criatura honesta poderá aprender
lendo o capítulo dois, dos Atos, Paulo achou de bom alvitre enumerar as nove mediunidades fundamentais. Lembramos
que se trata de dons mediúnicos, e não o que dizem as patacoadas religiosistas que surgiram depois da corrupção
romana.
Roma, em virtude de fabricar o catolicismo no quarto século, cometeu o tremendo crime de chamar coisa de
Belzebu aos dons mediúnicos ou proféticos; ou que por isso valem os sinais e prodígios em virtude dos anjos, espíritos
ou almas comunicantes, com a função de advertir, ilustrar e consolar as gentes, conforme foi deixado por Jesus.
Como a chamada Obra de Elias, ou Kardec, que é o Espiritismo, nada mais é do que a reposição das coisas no
lugar, ou a volta do Pentecostes Vivo ao seio da humanidade, enviamos leitores ao LIVRO DOS MÉDIUNS, que muito
bem desempenha a sua função instrutiva.
Para livrar de dúvidas, diremos uma vez mais, que nenhum espírito criado ou relativo, seja quem for, é senhor
das verdades de Deus. Tudo em Deus é Eterno, Perfeito e Imutável! A Mensageiria Divina, ou Ministério do Espírito
da Verdade, é parte integrante da ORDEM DIVINA. Ninguém blasfeme contra ele!
"Excelência da caridade" - I Cor. cap. 13.
O Amor é uma virtude apenas estática, se pela Bondade ou Caridade não for tornado dinâmico. Sem ser através
da Bondade, não há como haver aplicação do Amor. Depois de expor o que são e podem os dons mediúnicos ou
proféticos, os meios de comunicar com os anjos, espíritos ou almas, Paulo discorre sobre o AMAI-VOS UNS AOS
OUTROS.
Basta lembrar que Jesus, tendo os dons espirituais ou mediúnicos SEM MEDIDA, tendo sido anunciado por
Gabriel, tendo os anjos ou espíritos subindo e descendo sobre Ele, tendo ido ao Tabor falar com Moisés e Elias, deu
exemplo de extrema dedicação à Bondade, provocando a ira dos sacerdotes até à morte!
Os dons mediúnicos ou proféticos podem estar repartidos entre os filhos de Deus, mas o dever de Bondade está
muito acima de repartições!
Os médiuns ou profetas, entretanto, são sempre mais responsáveis, porque são mais conscientes. Quem mais tem,
por mais responderá, e nunca deixará de ser assim.
Entretanto lembramos que muitos são os que na Terra usam os dons mediúnicos ou proféticos, para manter
contato com os seres menos interessantes do mundo espiritual; em certos casos, com o propósito definido de fazer mal
ao próximo. E tudo isto pesará muito gravemente na Balança da Justiça Divina, porque as virtudes, quanto mais
psiquizadas, tanto mais devem merecer respeito.
Aquele que joga com os recursos mediúnicos ou proféticos, e por eles aciona elementos do mundo espiritual,
para contrariar os Mandamentos da Lei, ou os Divinos Exemplos do Cristo, é mais criminoso do que aqueles que, por
ignorância ou por serem induzidos, blasfemam contra o Santo Ministério da Revelação.
Por todos títulos, o capítulo treze da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios, é um primor doutrinário; é um
poema de Amor ao Amor!
"Assim também vós, porquanto sois desejosos de dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação
da igreja" - I Cor. cap. 14.
Duas realidades foram patentes nas ações dos discípulos de Jesus: seguirem os exemplos do Mestre e reunirem-
se segundo o molde estabelecido por Jesus no dia de Pentecostes.
Também naquele dia, da Generalização da Revelação ou Batismo de Espírito, as gentes perguntaram o que
deveriam fazer com a Graça e a Verdade trazidas para todos por Jesus, tendo Pedro respondido muito bem, como está
escrito no capítulo dois do Livro dos Atos dos Apóstolos:
"Assim que exaltado pela dextra de Deus, e havendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo,
derramou sobre nós a este, a quem vós vedes e ouvis".
"Fazei penitência, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos
pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque para vós é a promessa, e para vossos filhos, e para todos
os que estão longe, quantos chamar a Si o Senhor nosso Deus".
A essa Graça da Revelação, trazida por Jesus para toda a carne, Roma quis atraiçoar e atraiçoou, no quarto
século, chamando-a coisa de Belzebu. Foi assim, pois, que liquidou a Excelsa Doutrina do Caminho, edificada sobre o
Sagrado Ministério do Espírito Santo ou Revelador. E as trevas e os crimes desceram sobre a humanidade! As
imoralidades e as inquisições criaram para a humanidade um Carma tenebroso!
Até que Elias voltasse, para comandar os serviços restauradores, a partir da personalidade de João Huss, clerezias
e trevas envolveriam o mundo. Ainda que aqui e além reencarnassem alguns grandes servidores de Jesus, exemplos de
Virtude e desejosos de retornar à pureza primitiva; ainda que fossem tais servidores respeitados em suas qualidades, o
fato é que, somente apelando para o trabalho martirizante, começou no século quatorze o movimento de retorno à
Excelsa Doutrina do Caminho, edificada sobre a Revelação.
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Wicliff, Huss, Savanarola, Joana D'Arc, Lutero, Giordano Bruno; esses missionários abriram os alicerces da
restauração, em companhia de muitas almas de escol, que para isso também encarnaram. E quando a sementeira estava
pronta, quando os ideais de Reforma haviam atingido certo campo, em extensão e profundidade, voltam à carne alguns
obreiros, arrastando a grande eclosão mediúnica ou profética dos meados do século dezenove, havendo sido elaborada
a Codificação da Doutrina, que em obras informativas, entretanto, não ficou terminada, restando o seguimento, que
ficaria, por ordem de Jesus, para o Brasil do século vinte.
Querer praticar o Cristianismo, desprezando o mediunismo ou profetismo, é obra de blasfêmia e de blasfemos!
Dizer que o capítulo quatorze, da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios, ensina aquilo que fazem católicos e
protestantes, isso é crime de lesa Verdade, é atraiçoar a letra e o espírito dos ensinamentos ali contidos!
Se Jesus tivesse vindo ao mundo, para fundar uma religião, e fundá-la sobre clerezias, idolatrias, simulações,
fetichismos, inquisições, imoralidades, roubos e politiquismos sanguinários; se tivesse vindo ao mundo para ensinar a
fazer discursozinhos falazes; se tivesse vindo, não para Generalizar o Profetismo que adverte, ilustra e consola, mas
sim para liquidá-lo, deixando no lugar aquelas clerezias e porcarias, então não teria sido Ele o Cristo, o Paradigma, o
derramador do Espírito sobre a carne, mas teria sido, isso sim, o mais errado homem já vindo a este mundo!
E poucos sabem, como sabemos nós, o que tem custado repor as coisas no lugar; o que é fazer voltar ao
Pentecostes Vivo, à Excelsa Doutrina que foi edificada pelo Divino Mestre sobre o Sagrado Ministério do Consolador,
da Revelação, da Comunicabilidade dos anjos, espíritos ou almas, cuja função é lembrar os ensinos de Jesus, cuja
função é ir anunciando tudo quanto vá sendo possível.
Ademais, por motivos evolutivos, em todos os mundos os dois planos se vão interpenetrando, infusando; e
ninguém, portanto, poderá deter para sempre os fenômenos mediúnicos ou proféticos. Por todos os motivos, é melhor
que todos procurem saber o que foi e é a Excelsa Doutrina do Caminho, para cultivá-la.
"A carne e o sangue não herdarão o reino do céu” - I Cor. cap. 15.
A humanidade terrestre ainda é, em matéria de verdades espirituais, muito pouco sábia; ainda interpreta absurdos
como se fossem pura religião; ainda faz de tudo quanto sejam asneiras e ignorâncias, o seu roteiro de fé; ainda vive
olhando para trás, mais do que para frente; ainda acha que Deus tudo fazia e podia no passado, enviando emissários e
profetas, e que depois ficou longe e mudo, sem ter como agir nem por quem fazê-lo.
É muito possível, pois, que haja quem pense que os quatro vultos bíblicos que não deixaram corpos, tenham ido
para o Céu, ou para os planos erráticos, com os respectivos corpos. Ora, o Reino do Puro Espírito é o avesso da Matéria
Densa, está em oposição vibratória, em nada lhe corresponde. Nem mesmo os perispíritos grosseiros podem penetrar
em tais rincões celestiais, quanto mais os corpos carnais ou físicos!
Que sucedeu, então, com os corpos físicos?
Na ocasião necessária, o plano espiritual efetua os sinais mediúnicos ou proféticos, faz com que leis superiores
intervenham, produz o chamado milagre, faz acontecer o que parece misterioso. Quem não conhece os recursos
mediúnicos, ou proféticos, ou tidos e de fato realizados em virtude do Espírito Santo, tendo este por nome simbólico
das legiões do Senhor, pensa que de fato tudo foi como exteriormente foi visto.
Nenhum deles teve o corpo físico traslado para o Reino do Puro Espírito; mas a ação mediúnica deu conta do seu
recado. Quando leis e poderes superiores interferem, leis e poderes inferiores cedem. Não há derrogação de leis, o que
há é apenas um pouco de precipitação acional, por força de agentes espirituais e de faculdades existentes em certas
pessoas, pessoas destinadas a certos e necessários feitos e efeitos.
Não existem em Deus mistérios nem milagres; o que existem são leis e poderes que ultrapassam os limites da
concepção humana. Assim que os filhos vão penetrando em outras e mais avançadas regiões dimensionais ou
vibratórias, vão penetrando mais na ESSÊNCIA DIVINA ou no CENTRO GERADOR DO COSMOS, vão tomando
conhecimento de leis e de poderes, vão também jogando mais com as leis e os poderes superiores. E onde vão
chegando as leis e os poderes, dali vão desaparecendo os mistérios e os milagres. A explicação está nos espíritos e nas
faculdades.
Presentemente, mistérios e milagres servem para que capciosos e espertalhões vivam à custa dos tolos.
"Nos milagres, e nos prodígios, e nas virtudes” - II Cor. cap. 12.
Paulo foi o Cavaleiro Andante do Batismo de Espírito; o Consolador trazido por Jesus, para toda a carne,
encontrou em Paulo, depois do Pentecostes que lhe coube por turno na Estrada de Damasco, o seu maior propagandista.
Cheio do Espírito de Deus, rodeado de muitos anjos ou espíritos, e dotado de boas faculdades proféticas ou mediúnicas,
Paulo era uma vertente de fenômenos espíritas extraordinários.
Milagres e prodígios eram os nomes dados aos sinais mediúnicos ou proféticos. O Espiritismo, como restauração
da Excelsa Doutrina do Caminho, tem enchido a Terra de fartos fenômenos mediúnicos ou proféticos.
"Cristo nos fez livres" - Gálatas, cap. 4.
Cristo nos fez livres ?
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Entendam isto: A Revelação estava perseguida e a Lei de Deus aviltada; o Profetismo estava esfolado nos
últimos Profetas e a Lei de Deus fora permutada pelos cerimoniais clericalistas. E foi quando veio Jesus, para
generalizar o profetismo e viver a Lei de Deus diante dos homens, ficando assim como Paradigma ou Divino Modelo.
Tome cada um a sua mesma cruz, porque Cristo levou a Dele ao topo do Calvário, diante do mundo, para deixar
o Exemplo Imortal. Porque aqueles que ficarem no caminho, por suas más obras, aqueles que com ferro ferirem, ou que
se encherem de dívidas, responderão até o último ceitil.
Ninguém confunda a Graça da Revelação Generalizada, trazida para toda a carne por Jesus, com a falsa
conceituação dos religiosismos clericalistas, que pretendem que Ele tenha trazido a salvação de graça ou de favor. E é
muito bom que se perguntem, os estudiosos, se foi mesmo Paulo quem andou escrevendo essas falsidades que andam
escritas nos textos. Porque as contradições são tantas e de tal modo evidentes, que um Paulo não as cometeria. É fácil
reconhecer isso.
Lembramos, uma vez mais, que a ignorância e o erro não podem honrar o filho de Deus; logo, quem quiser ser
um verdadeiro espírita, um prolongamento do Consolador Eterno, do Sagrado Ministério da Revelação, que trate de
estudar, de experimentar e de fazer boas comparações. Para isso, que se torne conhecedor e dotado de severa
honestidade mental. Porque o número de simplórios e capciosos já está completo; os religiosismos fizeram isso nos
longos duzentos e tantos mil anos de história das corrupções iniciáticas.
Porque os Grandes Iniciados sempre revelaram o melhor possível, no tempo e no seio dos povos onde foram
destinados a viver; mas depois vieram os fazedores de clericalismos, de religiosismos, desviando tudo, inventando
simulações, transformando as coisas do espírito em meio de vida e politiquismos escabrosos.
"Contra estas coisas não há lei" - Gálatas, cap. 5.
Os assuntos tratados no capítulo cinco, da Carta aos Gálatas, são realmente interessantes; porém, ou andaram
outros metendo as mãos e fazendo o serviço das grossas asneiras, ou o mesmo Paulo, tão inteligente e lúcido em outros
pontos, andou aqui, uma vez mais, claudicando.
Primeiro - As verdades oriundas do Ministério da Revelação ou do Espírito Santo foram confundidas com as
errôneas conceituações da fé cega, nesta depositando confiança, num impulso de contradição com a Excelsa Doutrina
deixada pelo Cristo. Os Exemplos do Cristo e a Revelação Ostensiva, que eles, os Apóstolos, tinham em plena
atividade, não autorizava ninguém a falar do modo como ali está falado.
Segundo - Nunca jamais da Lei passará um ceitil, porque o Infinito Criado repousa, pela Soberana Vontade de
Deus, sobre leis Eternas, Perfeitas e Imutáveis! As leis menores são desdobramentos das leis maiores, sendo que todas
terminaram no Supremo Determinismo, que os Dez Mandamentos representam, ordenando os três primeiros a conduta
do filho para com o Pai Divino, e os outros sete, determinando a conduta entre irmãos, para efeito de responsabilidade.
Terceiro - As más obras estão assinaladas, sendo atribuídas à carne, quando a carne é apenas instrumento do
espírito. E se as más obras trazem consequências funestas ao espírito, porque negar a Lei e a Justiça de Deus, dizendo
que a Lei não existe para aquele que tem fé ? Tudo isso é contraditório por demais, é ridiculamente infantil, e um Paulo
não faria isso.
Quarto - "A caridade, o gozo, a paz, a paciência, a benignidade, a bondade, a longanimidade, a mansidão, a
fidelidade, a modéstia, a continência, a castidade; contra estas coisas não há lei". Assim está escrito e atribuído a Paulo!
Ora, precisamente por causa de uma Lei de Equilíbrio, que aciona a Justiça Divina, é que importa proceder bem,
porque o fenômeno de recompensa é automático, é em consequência. A afirmativa final devia ser o contrário, para não
contradizer o Cristo nem mesmo Paulo, noutras afirmativas.
Quinto - Os frutos do Espírito, como está escrito, são os conselhos da Revelação, da comunicabilidade dos anjos,
espíritos ou almas, que Jesus deixou, tirando a orfandade do mundo! Era o Pentecostes Vivo, a Doutrina edificada
sobre a Revelação, que infundia Certeza, que impunha o Conhecimento e que exigia atos de Bondade, precisamente por
causa da Lei e da Justiça, que jamais passarão.
Sexto - Jesus não é responsável pelos atos particulares de quem quer que seja. Ele cumpriu o Seu Dever e espera
que cada um tome a sua cruz, a cruz do Dever, porque uns nunca poderão realizar a salvação pelos outros. Tudo quanto
disserem em contrário, nunca saiu dos ensinamentos de Jesus Cristo, que teve a Lei de Deus por Trilha de Conduta,
para Se qualificar Divino Modelo.
Observação necessária - Muitos historiadores, estudando as Epístolas de Paulo, afirmaram que ele pregou uma
doutrina própria, contrariando a Excelsa Doutrina deixada por Jesus; mas nós afirmamos que Paulo foi o Cavaleiro
Andante do Batismo de Revelação Generalizada, não sendo responsável pelas barbaridades que outros andaram
incrustando nos seus escritos. As porcarias foram feitas desde o Imperador Constantino até o Imperador Phocas; tudo
foi sendo manobrado a gosto dos politiquismos despóticos e sanguinários; e depois da Reforma (porque esta é apenas a
estagnação num degrau da escala restauradora), outras alterações foram e continuam sendo feitas, como podem ser
observadas em algumas edições protestantes. Mudam palavras e sentidos, querendo por força que Cristianismo seja
apenas uma questão de fé cega, um amontoado de simulações, de sacramentismos, de liturgias e de muitos
discursozinhos histéricos. Falsificam tudo, querendo por todos os motivos blasfemar do Batismo de Revelação, da
comunicabilidade dos anjos, espíritos ou almas, cuja função, determinada por Deus, através do Cristo Planetário, é
advertir, ilustrar e consolar.
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É necessário muito cuidado com a leitura da Bíblia, porque além das coisas medíocres ensinadas naqueles dias,
quando nem Jesus pôde dizer o quanto poderia dizer, acresce ainda o perigo das adulterações propositais, feitas durante
os dias iniciais do catolicismo, e aquelas que os protestantes fazem agora, trocando palavras e sentidos, para satisfazer
seus fanatismos sectários e seus fetichismos da letra morta, da blasfêmia contra o Sagrado Ministério do Consolador,
da Revelação generalizada por Jesus Cristo.
"Quando ele subiu ao alto, levou cativo o cativeiro, deu dons aos homens" - Efésios, cap. 4.
Esta Carta de Paulo é um hino de louvor à obra de Jesus Cristo; porque a função missionária de Jesus, que fora
derramar do Espírito sobre a carne, tirando-a da orfandade, onde a metera o clericalismo levita e outros clericalismos,
está plenamente exposta nesta Carta ou Epístola.
Quem falara assim, que Jesus viria e prenderia a própria prisão, distribuindo dons aos homens, até mesmo os
incrédulos, fora Davi (Salmos 68, 18). Leiam o nosso livro, intitulado LEI, GRAÇA E VERDADE, que muitas
instruções contém.
Sobre tais dons, leiam o que Paulo escreveu na Primeira Carta aos Coríntios, capítulo doze; e para cultivar tais
dons, leiam sobre como os Apóstolos se reuniam, no capítulo quatorze da mesma Carta.
Onde estiverem a Moral, o Amor, a Revelação, a Sabedoria e a Virtude, ali não estarão as simulações, os
engodos e os discursozinhos falazes; ali estarão as lições dos anjos, espíritos ou almas, que funcionando como
Mensageiria Divina, lembrarão os ensinos puros de Jesus Cristo (não os textos adulterados), e continuarão a ministrar
ensinos, cumprindo as palavras de Jesus, (João, cap. 16).
"Palavra de Deus" - Efésios, cap. 6.
Ninguém se iluda com os falsos conceitos do clericalismo dogmático, formalista e blasfemo do Sagrado
Ministério da Revelação, quando interpretam por Palavra de Deus as letras adulteradas e os discursozinhos falazes e
histéricos. Porque a Palavra de Deus era a Revelação, os ensinos dos anjos, espíritos ou almas, que vinham através dos
Médiuns ou Profetas, e ao qual Ministério Revelador Jesus Cristo veio generalizar, derramar sobre toda a carne.
Jesus tinha, como afirmou, as legiões de anjos ou Espíritos Mensageiros, subindo e descendo sobre Ele. Que
função desempenhavam estas legiões espirituais? Que fizeram estas legiões no dia de Pentecostes? Que continuaram a
fazer, depois, até ao tempo em que Roma truncou a ferro e a fogo o cultivo da Revelação, matando os seus
cultivadores, sob a alegação de que era coisa de Belzebu?
A Bíblia de Deus é a Criação, é o Sagrado Livro da Vida! Deus fala pelos Seus Mensageiros, através dos
verdadeiros Médiuns ou Profetas! Sua Palavra é a Verdade, não são as letras mortas e corrompidas!
"Mas, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição" - Col. cap. 3.
O Amor e a Revelação, a Lei e o Profetismo, representam os dois polos doutrinários da Bíblia. A
comunicabilidade dos anjos, espíritos ou almas, constituindo o profetismo ativo, completa-se com o profetismo passivo
dos instrumentos encarnados, que são os médiuns ou profetas. E ambos concitam ao Amor, à virtude estática que na
Bondade se transforma em virtude dinâmica.
Quem quiser encontrar o Homem Paradigma, o Homem Modelo, exemplo de Lei Viva e de Revelação Sem
Medida, queira conhecer o Cristo. Mas o Cristo da Verdade, não o pretexto da idolatria e da conversa fiada, que é
próprio dos clericalismos comercialistas.
Porque no Cristo da Verdade este é o programa doutrinário:
a - Um Pai Divino, Espírito e Verdade, Essência Universal, que em Si mesmo tudo engendra, sustenta e
determina. Como afirmou Jesus, o Pai é Espírito e Verdade e assim quer que Seus filhos venham a ser.
b - Uma Verdade Absoluta, constituída de tudo o que existe, o Criador e a Criação. Os espíritos evoluídos
compreendem bem a questão de dentro para fora, enquanto os infantis vivem apalpando a Criação. Antes de encontrar
o interior da Verdade, pensam, sentem, dizem e fazem asneiras a valer, mas pretendem ser mestres do próprio Deus.
c - Um Cristo ou Divino Modelo, irmão apresentado pelo Pai como Paradigma, para que todos Nele se
espelhem, para se realizarem interiormente. Enquanto a ignorância reina, enquanto a ignorância é o programa, pela
falta de evolução e por causa da malícia, uns querem que Ele seja Deus, outros que especial, outros que unigênito,
outros que primogênito, outros que perdoador de pecados, outros que amigo de adulações e de babujas, salvador de
graça ou de favor, etc.
d - Um Divino Ministério da Revelação, do Espírito Santo ou Consolador, Mensageiria Divina exercida pelos
anjos, espíritos ou almas, cuja função é advertir, ilustrar e consolar as gentes, ensinando os caminhos da Lei de Deus.
Quem quiser aprender bem sobre isto, pense em Jesus, que foi profetizado pelos anjos ou espíritos; que foi anunciado
por Gabriel; que tinha os espíritos ou anjos subindo e descendo sobre Ele; que foi falar com Moisés e Elias e que
depois da crucificação continuou a Se comunicar, inaugurando a Era da Revelação Generalizada.
Porque o Cristo é a Síntese do Amor e da Revelação, é o Ponto de Chegada de todos. Um dia haverá unidade
entre todos os Seus irmãos, Ele mesmo e o Pai Divino. Mas isto não será, antes que todos venham a imitar Aquele que
é a Síntese do Amor e da Revelação. Por enquanto, o Cristo é apenas uma mercadoria vendável pelos clericalismos, e
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bastante usada pelos imperialismos despóticos e sanguinários. Em matéria de Amor e de Revelação, a Terra é apenas
um mundo miserável!
"Porque o Senhor é vingador de todas estas coisas” - I Tes. cap. 4.
Embora transpirando o modo antigo de falar, bastante infantil, sobre ser Deus vingador, o capítulo quatro da
Primeira Carta aos Tessalonicenses é de grande importância para os estudiosos.
Primeiro - Se Deus pune, por Lei e Justiça e não por vingança, aos que procedem mal, em que Cristo é perdoador
de pecados e salvador de graça ou de favor?
Segundo - Que a Graça do Espírito Santo ou Consolador foi dada, não para confundir com a graça da libertação
de graça ou de favor. Que aprendam todos a cultivar o batismo de Revelação, para consolação e outros aprendizados,
sobre aquelas verdades que Jesus então não pôde ensinar, considerando o Cristo tal qual é, o Divino Modelo em Moral,
Amor, Revelação, Sabedoria e Virtude.
E que ninguém se fie em salvações de graça ou de favor, em absolvições de homens ignorantes e tribofeiros, que
por serem blasfemos do Sagrado Ministério da Revelação generalizada pelo Cristo, em lugar de serem ministros de
Deus são ministros dos abismos da subcrosta. Haja cultivo do Amor e da Revelação, conforme o Evangelho de Jesus
Cristo, que foi a SUA VIDA DE EXEMPLOS, para não terem que clamar Senhor! Senhor! nos abismos, sem serem
ouvidos...
Por cima da Lei de Deus ninguém passará. Se um milhão de Cristos viesse ao mundo, todos diriam que são
exemplificadores da Lei e não derrogadores da Lei! E Deus tudo retribui por leis básicas, que quer dizer
automaticamente, e não por vingança. Já é hora de serem conhecidas outras verdades, para que certas infantilidades
fiquem para trás.
"Não extingais o Espírito; não desprezeis as profecias; examinai, porém, tudo e abraçai o que é
bom”ITes,5.
Se fosse para extinguir o batismo de Revelação Generalizada, não teria vindo o Cristo para deixá-lo. A orfandade
do povo seria tirada com o derrame de Revelação sobre a carne, coisa que todos podem compreender, que Jesus fez ou
deixou no mundo, a partir do Pentecostes. Se Roma não tivesse crucificado o Cristo pela segunda vez, com o
Pentecostes a funcionar até o presente como funcionou até trezentos e treze, em que grau de espiritualidade estaria a
humanidade? Extinguir a Revelação foi o maior serviço de blasfêmia e de brutalização da humanidade que até ao
presente alguém fez.
"Segunda Carta de Paulo aos Tessalonicenses".
No capítulo dois desta Carta ou Epístola, Paulo fez a predição sobre a vinda da corrupção, que daria num homem
que se julgaria "santidade infalível".
Quem quiser encontrar o mesmo assunto, no Apocalipse, procure a começar do capítulo treze, o que tem número
666, que também tem a configuração da Besta. A corrupção foi prevista também por Pedro, quando advertiu que a
porca lavada de novo se revolveria no lodaçal e o cão voltaria ao seu vômito.(...)
"De onde, apartando-se alguns, se entregaram a discursos vãos" - I Timóteo cap. 1.
O Amor entre irmãos e a graça da Revelação é que devem ser muito respeitados. O mais tudo é pura questão de
pormenores, de ciências, artes e filosofias, que bem colaboram quando bem aplicadas. Entretanto, os clericalismos tudo
desviaram para o lado das pagodeiras, dos simulacros, do comercialismo pagão e dos discursozinhos falazes e
histéricos. Um grande capítulo é este!
Todos devem procurar as Verdades Centrais da Excelsa Doutrina; e bem pensarão, aqueles que souberem ser a
parte de Deus Eterna, Perfeita e Imutável, restando pois a cada filho Seu realizar a sua, seguindo os Divinos Exemplos
do Cristo, que para isso foi apresentado como sendo o Caminho, a Verdade e a Vida!
Imitá-Lo é que é a Religião! O restante são xaropadas e comercialismos pagãos!
"Primeira Carta de Paulo a Timóteo, cap. 4."
A Revelação, a comunicação dos anjos, espíritos ou almas, anunciara o que se daria nos últimos dias da Doutrina
do Caminho, que foi com o ato de Constantino, fundando o catolicismo e decretando a blasfêmia contra o Sagrado
Ministério da Revelação. Quem ler o capítulo encontrará o motivo da corrupção; que por imposição de legiões
espirituais maléficas, tudo encaminhou às clerezias fazedoras de simulações, com proibição do matrimônio e muitos
outros erros daí derivantes.
É necessário ter cuidado com o emprego da palavra DEMÔNIO, que é grega e só quer dizer ESPÍRITO, não
querendo dizer bom nem ruim, de Deus ou contra Deus; isto é, bem ou mal propositado. Esta palavra é usada pelos
capciosos, que fazem da letra morta e da blasfêmia contra a Revelação o seu sectarismo, pelo fato de saberem que o
povo, ignorante como é em sua maioria, nada sabe em matéria de discernimento, fazendo uma confusão muito grande,
da qual confusão os bispos, pastores e reverendos tiram seus proveitos subalternos e capciosos.
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"Satanás" - I Timóteo, cap. 5.
O último Zoroastro, que bem se saiba, foi o inventor do diabo ou Satanás, com o fito de amedrontar e pretender
separar os pólos Bem e Mal. Do Bem, o Pai é Deus; e do mal, o pai é Satanás. Por mais que façam vasculha, nas
tradições, tudo se resume nisso.
No capítulo quatorze de Isaías, Lúcifer é alegoria, é parábola, não é realidade. Como se um anjo ou espírito de
Deus se revoltasse, e quisesse chegar a ser mais do que Deus, assim estava fazendo Nabucodonosor, querendo assaltar
mundos e fundos, para sujeitar debaixo de seus tacões; e um espírito, um anjo do Senhor, comunicando-se pelo
Médium ou Profeta Isaías, assim o admoestou, contando-lhe aquela parábola.
Deus não tem contendor! Ninguém é coisa alguma contra Deus! Existem apenas espíritos que, por ignorância, se
rebelam, negam e fazem relativos males. Mas a hora de liberdade relativa chega, sendo que serão punidos, sendo que
terão que pagar as dívidas, ceitil por ceitil. Somente Deus é Senhor e Seus Santos Desígnios não voltarão atrás.
Todavia, a tradição do Satanás é ainda uma tremendíssima fonte de rendas, uma armadilha com a qual certos
homens espertalhões, abusando da ignorância das gentes, muito bem se locupletam.
Dizer que Paulo andou acreditando em Adão, Eva, Satanás e outras xaropadas é avançar demais no campo do
ridículo.
O Bem e o Mal colocam-se diante dos filhos de Deus, como as iniciações antigas ensinavam, para que estes
fossem vencendo, triunfando, divinizando seus caracteres. A Lei de Deus, os Dez Mandamentos, bem que dizem o que
é necessário fazer, para jogar bem com o sagrado relativo direito de livre arbítrio, para triunfar contra o Mal à custa de
praticar o Bem.
Satanás é a ignorância, a mentira, o orgulho, a inveja, o ódio, a vaidade, a luxúria; Satanás é o símbolo da
contradição, da perversão; Satanás é aquilo que sai das consciências mal formadas, porque é de dentro das pessoas que
saem as coisas ruins. Quanto a espíritos sofredores, como Jesus os andou expelindo, é normal que todos venham a
expeli-los. São criaturas desencarnadas, ou espíritos mal intencionados, que deverão ser doutrinados. Quem prestar
obediência a Jesus, reconhecerá que andou expelindo os ruins e andou tendo contato com os Moisés e Elias. Evangelho
foi, e é, a vida vivida por Jesus.
Cuidado, pois, com o Satanás de dentro, que o de fora é de invenção humana, sendo que ainda vive muito
bem usado pelos donos de clerezias. Satanás, se de fato existisse, não mandaria a ninguém ser blasfemo do Sagrado
Ministério da Revelação, como o fazem os pseudoministros de Deus; porque, por mais satânico que fosse, teria um
pouco mais de inteligência e decência de conduta, para não cometer tamanho crime.
Satanases são aqueles que fazem das coisas do espírito um meio de vida, e por isso inventam mentiras e
simulações para se prevalecerem. E se quiserem bem entender, onde quer que não haja o bom profetismo, não pode
haver Cristianismo de modo algum. E o profetismo indicará, eternamente, o caminho da Lei de Deus!
"Segunda Carta de Paulo a Timóteo"
Esta Carta ou Missiva é muito importante, para observar o que então acontecia com algumas pessoas que se
acercavam da Excelsa Doutrina do Caminho para, em seguida, abandonarem tudo, prejudicando o trabalho de
disseminação da Verdade; e como a Restauração, o Espiritismo é antes de tudo Ciência e Filosofia, porque a parte da
Religião é apenas consequente, assinalamos que tanto mais reclama conhecimento de causa, estudo, senso crítico e
honestidade mental.
Não é possível deixar de haver trânsfugas, em se tratando de coisas de Verdade, que devem merecer acurados
estudos. Não existe na Terra, número de criaturas capazes, em matéria de conhecimentos fundamentais, e dotadas de
honestidade mental superior, para as grandes penetrações doutrinárias. Este número é muito relativo, sendo o grande
número constituído de criaturas que buscam o Céu com os olhos fitos no bolso, no estômago, no orgulho e no egoísmo.
Se é necessário muito cuidado para viver a parte Moral, que não escolhe condições sociais, nem de riquezas nem
de culturas intelectuais, que se dirá do cultivo da Revelação, das práticas do Sagrado Ministério do Consolador, onde
todos os conhecimentos humanos são poucos, porque essas práticas revelam um infinito de verdades a mais, descobrem
horizontes infindos, mostram profundezas incontáveis do Sagrado Livro da Vida?
O que é por faculdades não se discute, porque saltam por cima de muitas considerações humanas; mediunidades
ou dons proféticos valem por outorgas que só Deus pode integralmente medir as extensões; mas afora o problema das
faculdades, tudo deve ser muito estudado, experimentado e comparado. Se o Pai Divino mandou o Cristo Planetário
generalizar a Revelação, o Profetismo, porque somente por este é que o Céu, a Comunidade Providencial, consegue
advertir, ilustrar e consolar; bem entendido se faz que sem boa cultura fundamental não pode haver o bom
conhecimento doutrinário.
Quem ler o que Paulo escreveu nesta Carta, a Segunda a Timóteo, compare o que aí diz ele, com o que ocorre no
seio do Espiritismo, onde a falta de cultura básica muitos prejuízos causa. Ninguém pode comparar o exercício do
Profetismo, do Mediunismo, com os engodos clérico-idólatras, que qualquer criatura mundana ou artista de teatro pode
executar, por serem apenas materialistas e formais, ostentando apenas o crime de serem feitos em nome de Deus, da
Verdade e do Cristo.
"As duas Cartas de Pedro"
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Em encarnação anterior, Pedro fora um dos Profetas.
Antes de ser discípulo de Jesus, Pedro era discípulo de João Batista, tendo sido um dos setenta e dois, com os
quais saiu a batizar em água, servindo-se desse simulacro, para atrair o povo e poder falar sobre Jesus e Sua função
missionária.
No dia do grandioso batismo de Revelação, o Pentecostes, Pedro foi o primeiro a discursar, lembrando que Jesus
veio para derramar do Espírito Revelador sobre a carne, como estava escrito em Joel, capítulo dois, e de fato o fizera.
Pedro jamais sonhou em ser papa nem outras porcarias do mesmo jaez; tudo foi inventado depois de Constantino,
para servir ao império romano. Dali até o imperador Phocas, tudo forjaram, adulterando textos e fabricando mil e umas
inverdades, para sujeitar reis e povos ao jugo romano. Se o império romano caiu, a Besta Apocalíptica ficou de pé e
ainda continua o seu adultério tenebroso, impondo ao mundo simulações e idolatrias, e obrigando a blasfemar contra o
Sagrado Ministério do Espírito Consolador e Instrutor, a Graça trazida para todos por Jesus, para ensinar aos homens a
Trilha da Liberdade.
Além de lembrar que a porca lavada, de novo se revolveria no lodaçal, e de que o cão volveria ao seu vômito,
significando com isso a corrupção que viria e veio, Pedro lembrou a importância do Batismo de Espírito Revelador, a
Graça trazida por Jesus, para ilustrar e consolar pelos tempos afora. (...)
“Caríssimos, não creiais a todo o espírito, mas experimentai se os espíritos são de Deus, porque são muitos
os falsos profetas que se levantaram no mundo.” - I Ep. de João.
Profeta ou médium é a mesma coisa; é aquele por cujas faculdades os espíritos, anjos ou almas se comunicam.
Entretanto, cumpre notar, embora o espírito seja de Deus ou bom, pode ser muito inferior em evolução, não
conseguindo fazer mais do que mediocridades.
Temos visto muitos espíritos que, vivendo vida clerical ou contemplativa, ou de qualquer modo de vida
indiferente à evolução, ou cheios de ignorâncias e superstições, assim continuam a fazer, depois de desencarnados,
através de seus médiuns ou profetas.
Como o mundo espiritual é variadíssimo em gradações, sendo as zonas próximas à crosta muito densas ou
paralelas à mesma crosta, é de bom alvitre que os médiuns ou profetas estudem, procurem conhecer e crescer em
virtudes, para favorecerem aos espíritos que com eles tenham contatos.
Alguns médiuns ou profetas, sendo a reencarnação dos mais adiantados espíritos, conseguem contatos fáceis, ou
por equidade vibratória, com os melhores elementos do mundo espiritual. Mas isto é raro e não pode ser tomado como
regra geral. A imensa maioria dos médiuns atrai espíritos inferiores, porque não procuram ser, eles mesmos, um pouco
melhores, um pouco mais estudiosos.
Espíritos há, viciados em idolatrias e sectarismos, ou em apatias mentais, tudo fazendo para que seus médiuns
nunca sejam mais que medíocres, também. Deus é o único Pai e o Cristo é o Molde Integral. Portanto, que haja em
cada cidadão terrícola um alguém que procure amar a Deus com toda a força do coração e de toda a inteligência.
É necessário saber se os espíritos são bons; mas é necessário, também, e com muita acuidade, prezar a lei de
Evolução. Quando um espírito for sectário, ou do apostolado da ignorância, convém adverti-lo. Religião é a Verdade e
Programa de vida é o Progresso.
“E corpos há celestiais, e corpos terrestres, mas uma é, por certo, a glória dos celestiais, e outra a dos
terrestres.” - Paulo.
Nunca os videntes viram mais do que os corpos perispiritais dos anjos, espíritos ou almas; e é assim que os
conceitos variam, segundo a forma exterior, a característica da última encarnação ou qualquer outra que o espírito
queira tomar, para se apresentar. Como se apresentaram os anjos, espíritos ou almas do Velho Testamento? Como se
apresentou Gabriel? Como se apresentaram Moisés e Elias, no Tabor? Como passou a se apresentar Jesus, depois da
crucificação e da ressurreição?
Essa matéria já é velhíssima nos anais doutrinários, nada importando considerá-la mais. O que importa saber é
que o corpo perispirital, esse que não deixa o espírito, porque o acompanha desde a origem, terá que se diafanizar,
tornar como Luz Divina, que é o Segundo Estado de Deus. Tal é o perispírito dos Cristos, o corpo astral dos espíritos
que ultrapassaram a lei das reencarnações obrigatórias.
Não é o mais importante, portanto, perguntar pelo corpo somático, que é transitório; importa é cuidar
divinamente do corpo astral, porque esse é aquele que representa o espírito. Quem quiser conhecer de fato um espírito,
que olhe deveras para o seu perispírito, porque ali tudo está registrado, os bens e os males. As observações
psicométricas que o digam!
“E se neste tempo for feita qualquer revelação a algum outro, dos que se acham sentados, cale-se o que
falava primeiro.” - Paulo.
As reuniões dos Apóstolos eram o cultivo do Consolador, do Batismo de Espírito, não de simulações litúrgicas
ou de discursozinhos falazes, apenas. Depois do Pentecostes a mediunidade era o motivo de atenção de todos os do
Caminho. E é por isso que Paulo, no capítulo quatorze da Primeira Carta aos Coríntios, afirma o que acima foi
transcrito.
64
O Espírito Santo, Consolador, de Deus ou do Senhor, ou Paracleto, era um fato, era o instrumento de advertência,
ilustração e consolo. De modo algum era essa fantocharia que católicos e protestantes pretendem que tenha sido ou
seja.
E o Espiritismo, restauração que é do Caminho do Senhor, ou do Seu Batismo de Revelação, bem prova sobre as
diferentes categorias de espíritos comunicantes. E o discernimento que cumpre aos encarnados.
Era comum perguntarem, os Apóstolos, se os novos crentes já haviam recebido a comunicação com o Espírito da
Verdade, nome das Legiões do Senhor, através dos dons espirituais ou mediunidades, como agora dizemos. E quando
respondiam em sentido contrário, impondo as mãos despertavam os mesmos dons, as mediunidades, e lá vinha a Graça
trazida por Jesus Cristo!
Sobre Paulo As epístolas de Paulo constituem mais da metade dos escritos, com abundância de ensinamentos morais. São
atitudes de intervenção pela pena quando não podia chegar com a voz, a fim de apaziguar litígios, dissipar dúvidas,
aconselhar, aplicar remédio a inconvenientes, dirigir e iniciar ao bem, tudo o que surgia dentro do dia a dia nas
reuniões mediúnicas dos muitos locais estabelecidos por ele e dependentes de sua orientação.
Paulo não escrevia por si, tinha amanuenses profissionais de confiança. Ao ditar as cartas, tinha tempo para a
reflexão. Ele mesmo convidava a que fizessem rodar o conteúdo dessas cartas entre as diversas localidades (Col4, 16),
costume que fez surgir o epistolário que ditava as normas dos trabalhos.
. A segunda viagem foi de 50 a 53, durante a qual Paulo escreveu, em Corinto, as duas cartas aos Tessalonicenses
(At 15,36-18,22). São as primeiras cartas de Paulo. A terceira viagem foi de 53 a 58. Neste período ele escreveu "as
grandes epístolas", Gálatas e I Coríntios, em Éfeso; II Coríntios, em Filipos; e aos Romanos, em Corinto.
No final desta viagem Paulo foi preso por ação dos judeus e entregue ao tribuno romano Cláudio Lísias, que o
entregou ao procurador romano Felix, em Cesaréia. Aí Paulo ficou preso dois anos (58-60), onde apelou para ser
julgado em Roma; tinha direito a isso por ser cidadão romano. Partiu de Cesaréia no ano 60 e chegaram em Roma em
61, após sério naufrágio perto da ilha de Malta. Em Roma ficou preso domiciliar até 63. Neste período ele escreveu as
chamadas "cartas do cativeiro" (Filemon, Colossenses, Filipenses e Efésios).
Depois deste período Paulo deve ter sido libertado e ido até a Espanha, "os confins do mundo" (Rom 15,24),
como era seu desejo. Em seguida deve ter voltado da Espanha para o oriente, quando escreveu as Cartas pastorais a
Tito e a Timóteo, por volta de 64-66. Foi novamente preso no ano 66, no oriente, e enviado a Roma, sendo morto em
67 face à perseguição de Nero contra os cristãos desde o ano 64. Paulo foi um dos homens mais importantes do
cristianismo. Deixou-nos 13 Cartas. Vejamos um resumo delas.
As Cartas aos Tessalonicenses
As duas cartas têm como tema central a segunda vinda de Jesus (Parusia), que as primeiras comunidades cristãs
esperavam para breve e a sorte dos que já tinham morrido. Paulo admoesta a comunidade para a importância da
vigilância. As cartas do Apóstolo depois delas falam mais do Cristo presente na Igreja do que da sua segunda vinda.
Tessalônia era porto marítimo muito importante da Grécia, onde havia forte sincretismo religioso e decadência
moral; havia uma colônia judaica na cidade, e é na sinagoga que Paulo começa a pregar o Evangelho. Havia dúvidas
sobre a iminente volta do Senhor.
I Tessalonicenses – passa aos fiéis da Tessalônia que Deus age por Lei e Justiça, que o Cristo não é perdoador de
pecados e salvador de graça porque Cristos são exemplificadores e não derrogadores da Lei.
Na segunda carta Paulo retoma o mesmo assunto, exortando os fiéis a trabalharem, uma vez que ninguém sabe a
data da vinda do Senhor. As cartas devem ter sido escritas por volta do ano 52 quando estava em Corinto, durante a sua
segunda viagem missionária pela Ásia. Faz predição sobre a vinda da Corrupção, que daria num homem que se julgaria
“santidade infalível”. Convidam os fiéis a se fortalecerem para se preservarem desta corrupção.
A Carta aos Gálatas
Paulo visitou os gálatas na segunda e na terceira viagem apostólica. É hoje a região de Ankara na Turquia. A
carta foi escrita por volta do ano 54, quando Paulo estava em Éfeso, onde ficou por três anos. Exorta os gálatas a
viverem as obras do Espírito e não as da carne. Em função de alguns judeus que estavam obrigando o povo da Galácia
para ficar com a antiga lei judaica, Paulo escreve que o Evangelho de Jesus é o cumprimento das antigas Promessas.
Esta carta é também um documento autobiográfico de Paulo, além de ser um documento de alta espiritualidade.
A Carta aos Coríntios
Corinto ficava na Grécia, região chamada de Acaia, e no ano 27aC. César Augusto, imperador romano, fez de
Corinto a capital da província romana da Acaia. Foi nesta cidade portuária, rica e decadente na moral, que Paulo
fundou uma forte comunidade cristã na sua segunda viagem. Aí encontrou o casal Átila e Priscila que muito o ajudou.
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Paulo ficou um ano e seis meses em Corinto, até o ano 53. Na sua terceira viagem ele ficou três anos em Éfeso,
também na Grécia, e daí escreveu para os coríntios. A primeira carta contém sérias repreensões às falhas da
comunidade: as divisões e a imoralidade. Em seguida dá respostas a questões propostas sobre o matrimônio, a
virgindade, as carnes imoladas aos ídolos, as assembléias de oração, os carismas, a ressurreição dos mortos, etc. É uma
das cartas mais amplas de Paulo em termos de doutrina e disciplina. Ressalta a Justiça Divina, apresenta a diversidade
dos Dons Espirituais e, as ações dos discípulos de se reunirem em oração, conforme molde estabelecido por Jesus.
A segunda carta é bem diferente da primeira, não é tanto doutrinária, mas trata das relações de Paulo com a
comunidade, e desfaz mal entendidos, inclusive, e faz a sua defesa diante de acusações sérias que recebeu dos cristãos
judaizantes. Nesta carta Paulo mostra a sua alma, seus sofrimentos e angústias pelo reino de Cristo. Resume-se na
frase: "É na fraqueza do homem que Deus manifesta toda a sua força" (2Cor 12,9).
A Carta aos Romanos
Teve como objetivo ensinar que o Batismo de Revelação foi deixado por Jesus, precisamente, para ser
instrumento de Conhecimento, Certeza e Bondade. Quem conhece não precisa apelar para a fé e para a esperança.
Romanos 1, 22 a 32: estados do pecado. Segunda parte (12 a 15): expõe os fundamentos de uma vida moral e o convite
ao exercício de vários dons espirituais.
De consenso universal, não trava polêmicas, não pretende refutar erros em particular. A comunidade de Roma
era de cristãos oriundos do paganismo. Muitos dentre eles eram escravos ou libertos, de condição servil. Alguns são de
classe elevada, outros judeus convertidos... Paulo dirige-se em especial aos fiéis de providência judaica. A comunidade
romana foi fundada quando de sua prisão, quando ficou dois anos em Roma, mas esta epístola foi escrita em Corinto,
depois do levante dos ourives efésios (At 19, 21). Sem a fé em Jesus (seu comportamento, Modelo de Conduta) não há
salvação. Os pagãos, privados da fé, descambaram, por própria culpa, para as mais abomináveis aberrações. Mas os
judeus, ainda que se gloriem da lei, são pecadores como os pagãos, transgridem a lei. Quando se lê aquele “crê”, deve-
se entender aquele que entendeu os fatos doutrinários e alterou seu comportamento, seu modo de pensar.
As Epístolas do Cativeiro
Carta a Filemon
Quando Paulo estava preso em Roma pela primeira vez, entre os anos 61- 63, foi procurado pelo escravo
Onésimo, que fugira de seu patrão Filemon em Colossos e procurou abrigo em Roma. Pela legislação judaica o escravo
fugitivo não devia ser devolvido ao dono (Dt 23,16), diferente da lei romana que protegia o patrão. Então Paulo
devolve Onésimo a Filemon, cristão, e pede-lhe que pela caridade de Cristo, receba o escravo não mais como coisa,
mas como um irmão. É uma primeira declaração dos direitos humanos.
Carta aos Filipenses
Filipos era uma grande cidade fundada por Filipe II, pai do Imperador macedônio Alexandre Magno, e que o
imperador romano Augusto transformou em importante posto avançado de Roma (At 16,12). Durante suas viagens
Paulo esteve três vezes em Filipos, e fez fortes laços de amizade com os cristãos. Esta carta é chamada de "a carta da
alegria cristã", por repetir 24 vezes esta palavra, aos filipenses que sofriam perseguições, como ele na prisão. "Alegrai-
vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos!” (Fl 4,1). Nada pode tirar a alegria daquele que confia em Jesus.
Carta aos Colossenses
Colossos era notável centro comercial, que ficava na Frígia, na Ásia Menor, a 200 km de Éfeso, próxima de
Laodicéia e Hierápolis. Paulo esteve por duas vezes na região da Frígia. O motivo da carta são os pregadores de
"doutrinas estranhas", provocando um sincretismo religioso, com elementos judaicos, cristão e pré-gnósticos. Paulo
fala do primado absoluto de Jesus Cristo, numa linguagem que os gnósticos entendiam. O ponto alto da carta é o hino
cristológico (1,15-20) que mostra Cristo como o primeiro e o último, o Senhor absoluto no plano da criação e da
redenção.
Carta aos Efésios
Éfeso era a capital da Ásia romana, proconsular, famosa, onde se cultuava a deusa Artemis. Aí Paulo esteve
durante três anos. A carta não trata de assuntos pessoais, mas teológicos. É um pouco parecida com a carta aos
colossenses, a fim de combater os erros de doutrina que também aí começavam a surgir. Paulo mostra a importância
das reuniões para a realização da obra de Deus. "Há um só corpo e um só Espírito, um só Senhor, uma só fé, um só
Deus e Pai de todos”. (Ef 4,4s). É de importância e beleza ímpar o prólogo da carta (Ef 1, 3-14).
As Epístolas a Timóteo e Tito
No final de sua vida, na última ida ao oriente, antes de ser preso e enviado a Roma pela segunda vez, por volta do
ano 65, Paulo deixou Timóteo em Éfeso e Tito na ilha de Creta, no Mediterrâneo. A carta é cheia de recomendações
sobre o pastoreio das ovelhas, especialmente no combate às falsas doutrinas, além de dar as orientações sobre a
organização da vida. São cartas de um valor imenso para as congregações. I TIMÓTEO – Ensina sobre o Amor entre
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irmãos e a Graça da Revelação porque o mais tudo é questão de pormenores, ciências, artes e filosofias.II TIMÓTEO –
Estando prisioneiro, pressentindo o martírio, dá as suas últimas recomendações, com muita emoção, é quase um adeus.
Hebreus – Paulo procurou esclarecer aos judeus sobre a Revelação, mas nada conseguiu porque os judeus
desconsideraram as profecias, não reconheceram Jesus, não respeitaram a Revelação, truncando-a .
Alguns historiadores colocam dúvida quanto a sua autoria (estilo de escrita muito diferente das outras, embora as
ideias mestras sejam coerentes com as dele).
As Epístolas Canônicas
São as sete: Tiago, 1 e 2 Pedro, 1,2 e 3 João, e Judas. Não eram dirigidas apenas a uma comunidade, como as de
Paulo, mas a muitas comunidades da Ásia Menor.
A Carta de Tiago
Escrita pelo apóstolo Tiago, menor, filho de Alfeu, "irmão do Senhor”, com quem Paulo se encontrou em
Jerusalém. Não deve ser confundido com Tiago maior, irmão de João, que foi martirizado no ano 44, antes desta carta
ter sido escrita. Tiago, autor da carta, se tornou famoso em Jerusalém. A carta é dirigida "às doze tribos da dispersão"
(1,1). Acredita-se que tenha sido escrita por volta do ano 50. Trata da importância das obras que é a frutificação da fé.
Baseada no Sermão da Montanha, contém conselhos para a vida moral – piedade, justiça e caridade.
Vejam outra opinião sobre a autoria: “A epístola diz ter sido escrita por Tiago. O Novo Testamento menciona
três pessoas com este nome. Todavia, a igreja cristã atribui a Tiago, filho de José e Maria, e irmão do Senhor Jesus
Cristo, a paternidade literária desta epístola. Tiago, em seus ensinos, apresenta notável semelhança com nosso Senhor.
Uma comparação desta epístola com o sermão do Monte revela, pelo menos, doze paralelismos evidentes. Eleito
moderador da igreja de Jerusalém, na época posterior ao Pentecostes, Tiago imprime a esta epístola uma nota de
autoridade modesta”.
As Cartas de João
Os destinatários são os fiéis oriundos do paganismo. A primeira carta mostra que Jesus é o Messias, contra os
falsos pregadores que negavam que a Redenção tinha acontecido pelo exemplo de Cristo; era a influência do pré-
gnosticismo, principalmente apresentadas por um tal Cerinto. Na mesma carta aparece a excelência do amor cristão,
como a mensagem fundamental do Evangelho. Exalta a função missionária de Jesus / alerta sobre os falsos profetas e a
qualidade dos espíritos comunicantes.
Na segunda carta de João, ele é chamado de "ancião", o que mostra a dignidade do autor, é o título que os
discípulos lhe deram quando ele vivia em Éfeso. O assunto é o amor de Deus, o perigo dos "anticristos" já em ação, o
amor à verdade, etc. Dirigida à senhora eleita, Mãe Maria, exaltando sobre a vivência da Lei, alertando também para os
falsos profetas.
A terceira carta foi escrita a um certo Gaio, não identificado e o louva pelas suas belas ações em favor da Igreja.
A primeira Carta de Pedro
Os destinatários da primeira carta de Pedro foram os cristãos da Ásia Menor (Ponto, Galácia, Capadócia, Bitínia,
etc), convertidos do paganismo. O objetivo era fortalecer a fé cristã nessas comunidades que sofriam perseguições e
tribulações. Mostra a fecundidade do sofrimento, e a grandeza da imitação da Paixão do Senhor. Fala da dignidade
sacerdotal do povo cristão, da descida de Jesus à mansão dos mortos e sua Ascensão ao céu. Ensina-lhes a responder
aos provocadores da fé com paciência e boa conduta. Pedro deve ter escrito em Roma nos anos 63-64.
Enquanto a primeira epístola de Pedro é uma carta de jubilosa esperança em face do sofrimento, a segunda
epístola desse apóstolo é uma mensagem da verdade fiel diante do erro. A segunda carta começa por uma declaração
direta da verdade de Deus, que se fundamenta tanto na palavra profética como na palavra do testemunho. Adverte
contra falsos mestres que procurarão substituir a Palavra divina por palavras humanas. E termina com a afirmação de
que a vinda de Cristo é uma realidade futura que destruirá o mundo e trará novos céus e nova terra.
As Epístolas de Judas e II Pedro
Judas é o "irmão de Tiago", primo de Jesus; segundo a tradição escrita por Egezipo, escritor judeu do século dois,
ambos eram filhos de Cléofas, discípulo de Emaus (Lc 24). Judas escreve para cristãos oriundos do paganismo
ameaçados por falsas doutrinas, o que era comum em toda a Ásia Menor, onde se negava a divindade de Jesus,
injuriavam os anjos, zombavam das verdades pregadas pelos apóstolos e causavam divisões na comunidade. A carta de
Judas tem grande semelhança com a segunda de Pedro. A Segunda carta de Pedro tem grande afinidade com a de
Judas; em ambas aparecem as mesmas expressões raras e as mesmas ideias, especialmente com relação aos falsos
pregadores e falsas doutrinas. Por isso houve dúvidas sobre o verdadeiro autor de II Pedro, mas a tradição preferiu
atribuir a Pedro esta carta.
A epístola de Judas foi escrita para exortar a luta pela fé, em função de certos homens negarem a Jesus / alerta
sobre falsos mestres e das doutrinas corruptas.
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Apocalipse das Semanas de Enoch
APOCALIPSE DAS SEMANAS
Livro de Enoch 93:1-10 , 91:11-17*
4 Qumran Henoc g (4Q212) III-IV § versão espanhol português E C M - [email protected] 14/04/2001
Enoch relembrou seu discurso dizendo: "A propósito dos filhos da Justiça e acerca do Eleito do mundo, que
havia crescido de uma planta de verdade e de justiça, eles falaram e deram a conhecer a mim, Enoch, filhos
meus, segundo o que me foi revelado todo o entendimento por uma visão celestial e pela voz dos anjos
guardiães e dos santos. Nas tábuas celestiais é tudo lido e entendido ".
Continuou falando Enoch e disse: "Eu, Enoch, nasci o sétimo, na primeira semana, na época em que a justiça
ainda era firme. Depois de mim, virá a segunda semana, na qual crescerá a mentira e a violência e durante ela
terá lugar o primeiro Final, então, um homem será salvo. E quando esta semana houver acabado, a injustiça
crescerá e Deus fará uma lei para os pecadores.
"Depois, haverá o final da terceira semana, um homem será eleito como planta de juízo justo, através do qual
crescerá como planta de justiça para a eternidade. Logo, ao terminar a quarta semana, as visões dos santos e
dos justos aparecerão e será preparada uma lei para gerações de gerações e um cercado.
"Depois, no final da quinta semana, uma casa de glória e poder será edificada para a eternidade. Logo, na
sexta semana, os que viverem durante ela serão cegados em seu coração, infielmente se afastarão da
sabedoria. Então um homem subirá ao céu no final desta semana, a casa de dominação será consumida pelo
fogo e será dispersa toda a linhagem da raiz escolhida.
"Logo, na sétima semana surgirá uma geração perversa; numerosas serão suas obras, mas todas estarão no
erro. E no final desta semana serão escolhidos os eleitos como testemunhas da verdade e da planta de justiça
eterna. Ser-lhes-á dada sabedoria e conhecimento por setuplicado. Para eles executarem o juízo arrancarão da
raiz as causas da violência e, nela, a obra da falsidade.
"Depois disso virá a oitava semana, a da justiça, na qual se entregará uma espada a todos os justos para que
julguem justamente aos opressores, que serão entregues em suas mãos. E ao final desta semana os justos
adquirirão honestamente riquezas e será construído o templo da realeza de O Grande, em seu esplendor
eterno, para todas as gerações.
“Após isto, na nona semana se revelarão a justiça e o juízo justo à totalidade dos filhos da terra inteira e todos
os opressores desaparecerão totalmente da terra e serão lançados ao pouso eterno e todos os homens verão o
caminho justo e eterno”.
"Depois disso, na décima semana, em sua sétima parte, terá lugar o Juízo Eterno. Será o tempo do Grande
Juízo e Ele executará a vingança no meio dos santos. Então o primeiro céu passará e aparecerá um novo céu e
todos os poderes dos céus se levantarão brilhando eternamente sete vezes mais. E depois disso, haverá muitas
semanas, cujo número nunca terá fim, nas quais se fará o bem e a justiça. O pecado já não será mencionado
jamais."
_______________________________________________________________________________________
O livro de Enoch é um texto apócrifo que é mencionado por algumas cartas do Novo Testamento (Judas,
Hebreus e 2ª de Pedro). Até a elaboração da Vulgata, por volta do ano 400, os primeiros seguidores de Cristo
o mencionavam abertamente em seus textos e o aceitavam como real. Após a Vulgata ele caiu no
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esquecimento. Entretanto, o livro é muito interessante e parece real. Do livro de Enoch foi preservada
somente uma cópia, na totalidade, em etíope e, por esta razão, também é chamado de Enoch etíope. Este
documento foi encontrado, incompleto, entre os Manuscritos do Mar Morto.
CAPITULO I - Profecias sobre o fim dos tempos
"1 - Eis as palavras de Enoch pelas quais abençoou os eleitos e os justos que viverão no tempo da aflição,
quando serão reprovados todos os maus e ímpios. Enoch, homem justo que caminha diante do Senhor,
quando seus olhos foram abertos, e quando contemplou uma santa visão nos céus, fala e pronuncia: Eis o que
me mostram os anjos,
2 - Esses anjos me revelarão todas as coisas e me darão a inteligência do que jamais vi, que não deve ocorrer
nesta geração, mas numa geração afastada, para o bem dos eleitos,
3 - Foi por eles que pude falar e conversar com aquele que deve deixar um dia sua celeste morada, o Santo e
Todo-poderoso, o Senhor desse mundo,
4 - Que um dia deve pôr em convulsão o pico do monte Sinai, aparecer em seu tabernáculo e se manifestar
com toda a força de sua celeste potência.
5 - Todos os vigilantes serão surpreendidos, todos ficarão consternados.
6 - Todos serão tomados pelo medo e pelo espanto, mesmo nas extremidades da terra. As altas montanhas
serão sacudidas, as colinas elevadas serão diminuídas, escoar-se-ão diante de sua face como o círio diante da
drama. A terra será submersa e tudo aquilo que a habitar, perecerá, ora, todos os seres serão julgados, mesmo
os justos.
7 - Mas os justos obterão a paz, Ele conservará os eleitos e sobre eles exercerá sua clemência.
“8 - Então tornar-se-ão a propriedade do Senhor Deus, e serão por Ele cumulados de felicidade e bênçãos; e o
esplendor da Divindade os iluminará.”
CAPITULO XLIV - Profecias sobre Jesus, os tempos atuais e a perseguição aos cristãos
1 - Lá, vi então o Ancião dos dias cuja cabeça estava como que coberta de lã branca e, com ele, um outro,
que tinha a figura de um homem. Esta figura era plena de graça, como a de um dos santos anjos. Então
interroguei a um dos anjos que estava comigo e que me explicou todos os mistérios relativos ao Filho do
homem. Perguntei-lhe quem era ele, de onde vinha e porque acompanhava o Ancião dos Dias.
2 - Respondeu-me nessas palavras: “Este é o Filho do homem a quem toda justiça se refere, com quem ela
habita, e que tem a chave de todos os tesouros ocultos; pois o Senhor dos espíritos o escolheu
preferencialmente e deu-lhe glória acima de todas as criaturas”.
3 - Esse Filho do homem que viste, arrancará reis e poderosos de seu sono voluptuoso, fá-los-á sair de suas
terras inamovíveis, colocará freio nos poderosos, quebrará os dentes dos pecadores.
4 - Expulsará os reis de seus tronos e de seus reinos, porque recusam honrá-lo, de tornarem públicos seus
louvores e de se humilharem diante daquele a quem todo reino foi dado. Colocará tormentos na raça dos
poderosos; forçá-los-á a se deitarem diante dele. As trevas tornar-se-ão sua morada e os vermes serão os
companheiros de sua cama; nenhuma esperança para eles de sair desse leito imundo, pois não consultaram o
nome do Senhor dos espíritos.
5 - Desprezarão os astros do céu e elevarão as mãos contra o Todo-Poderoso; seus pensamentos serão
voltados apenas para a terra na qual desejarão estabelecer sua morada eterna; e suas obras serão apenas obras
de iniquidade. Colocarão suas alegrias em suas riquezas e sua confiança nos deuses fabricados por suas
próprias mãos. Recusar-se-ão a invocar o Senhor dos espíritos, expulsá-lo-ão de seus templos.
6 - E os fiéis serão perseguidos pelo nome do Senhor dos espíritos.
CAPITULO XLV - Profecias sobre o julgamento
1 - Nesse dia, as preces dos santos subirão da terra até ao pé do trono do Senhor dos espíritos.
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2 - Nesse dia, os santos que habitam nos céus se reunirão e com voz unânime, rezarão, suplicarão, celebrarão,
louvarão, exaltarão o nome do Senhor dos espíritos, pelo sangue dos justos, espalhado por ele; e essas preces
dos justos elevar-se-ão incessantemente ao trono do Senhor dos espíritos, a fim de que lhes faça justiça, e que
sua paciência pelos maus não seja eterna.
3 - Nesse tempo, vi o Ancião dos dias, sentado no trono de sua glória. 0 livro da vida estava aberto diante
dele e todas as potências do céu se mantinham curvadas diante dele e ao seu redor.
4 - Então os corações dos santos estavam inundados de alegria, porque o tempo da justiça era chegado, a
prece dos santos havia sido ouvida e o sangue dos justos havia sido apreciado pelo Senhor dos espíritos.
APOCALIPSE
O que é o Apocalipse?
Livro escrito por João, o Evangelista, descrevendo suas vidências e relatos vindos através dos Dons, e que tem como
título “O Livro das Revelações”. Aponta para o Porvir, adverte contra as corrupções que viriam, mostra os
acontecimentos renovadores. É acima de palpites humanos: Simbólico em suas lições, mas Espírito e Verdade nas
profecias [pg 92 EE].
Nunca houve passagem de Era sem seu correspondente aviso [pg 96 EE]
Qual a significação do Apocalipse ou Livro da Revelação?
Com a presença na carne, ou no Mundo, do Verbo Construtor Planetário, para viver a condição de Verbo Exemplar,
representando o Espírito e a Matéria, que derivam do Princípio ou Deus e retornam a Deus, ou Princípio, como
ESPÍRITO E VERDADE, também fica no Mundo o Livro que aponta para o Porvir, advertindo contra corrupções,
pedradas contraditórias, desvios e abominações, porém também apontando para os tempos e os acontecimentos
restauradores. Ignorar o Apocalipse é o mesmo que ignorar todas as VERDADES BÍBLICO-PROFÉTICAS.
Entretanto, como a VERDADE é acima de ignorantismos humanos, ou de hipocritismos humanos, que importam os
esfarrapados palpites humanos? Deixarão de se dar os fatos apocalípticos, por causa das estupidezas humanas?[pg 63
EE]”
Qual é a síntese do que ele contém? [conforme pg37 EE]
1. Do nascimento de Jesus em diante, já há o Exemplo vivido do que é a Doutrina do Caminho.
2. O Apocalipse adverte que a corrupção viria dos homens (dragões, bestas...), porque Atos, capítulo 1 não aconteceu:
“Não lhes compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade; mas recebereis
poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e
Samaria, e até aos confins da terra”.
Iríamos ter facilidades comunicativas, selando de forma imortal a implantação da Doutrina do Caminho
[pg31, EE]: “Minha Justiça se cumpre no Espaço e no Tempo”.
Como somos inferiores, Ele nos dá: “...favoreço elementos e oportunidades, ensinos e tempos para as devidas
assimilações... e tempos de prestações de CONTAS”.
“Haverá tantos sofrimentos quantos sejam necessários” [pg 30 e pg 8, EE]
3. O Apocalipse mostra o domínio da ignorância, do materialismo, brutalidades (tudo começou em 313, como está no
capítulo 13, Apoc).
4. A ordem correta dos capítulos é 10, 11, 12, 19, 14, 21 e 22. A mulher do capítulo 12 é a Verdade Doutrinária, e seu
filho é Elias, que virá para sua Restauração (levando 5 encarnações para tanto... Yan Huss, Anchieta, Voltaire, Kardec,
Osvaldo Polidoro ). (O capítulo 13, começo da Besta Romana, impondo simulacros, politicalhas prepotentes e
chamando os Dons e seus sinais de COISA DO DIABO, truncando, portanto, a Revelação, devia estar antes
do capítulo 10) 5. A entrega do EVANGELHO ETERNO, no capítulo 14, explicando a Lei, os Dons e o Exemplo de Jesus.
Com a entrega do Evangelho Eterno termina a CODIFICAÇÃO DE DEUS: A Codificação de Deus, a Bíblica, começa nos Patriarcas, adentra Moisés, Elias, os Profetas e Jesus, e, bem mais tarde antes de findar o II Milênio, com Elias restaurando tudo e também entregando o EVANGELHO ETERNO, só prometido no Apocalipse, 14, 1 a 6, tem COMPLEMENTAÇÃO DEFINITIVA.[pg 19, EE] Cântico de Moisés: a Lei de Deus. Cântico do Cordeiro: a modelagem Exemplar em Espírito e Matéria, representando a deificação. Estas duas testemunhas fiéis e verdadeiras são a Síntese Total a ser reconhecida por todos. 6. O Cavaleiro Branco e alguns dos anjos são encarnações do Pai, mas salienta-se o “semelhante ao filho do homem (Apoc, 19) que tem a vara de ferro” – (maior rigor porque já há maior progresso). Para ler sobre os fatos apocalípticos temos: Mateus (24 e 25), diálogo com Gabriel (cap 2 do EE), Sinais Apocalípticos, (pg 98, EE).
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Israel é chamado dos 4 cantos para dar o Testemunho da Verdade, acima de Pátria Terrestre, porque é PORTA VOZ da PÁTRIA CELESTE, Infinita e Eterna [pg 26, EE]
A vara de ferro é o governo do semelhante ao filho do homem que guiará com mais rigor, fazendo os filhos de Deus respeitarem a Verdade e a Justiça Divina. Deus quer que VIVAMOS em função da Justiça Divina para termos comportamento decente [pg 55, EE].
7. Os missionários das ciências, para o renovo (Apoc, capítulo 21: “Eis que faço novas todas as coisas”), baseado na Doutrina do Caminho (acrescido das terríveis lembranças), já dentro da Lei, segundo o Exemplo de Conduta e no cultivo nobre dos Dons. Ninguém tem o direito de ser irresponsável e isso se reflete no COMPORTAMENTO. O governo de tudo a Deus pertence. A pomba brilhante do final do diálogo com Gabriel (cap 2 EE), avisando que ela representa os Dons sem os quais não pode haver a Revelação Consoladora. Para berço das gerações futuras: a) A Doutrina restaurada b) Vara de ferro com muito mais rigor (maior exigência!) – A Autoridade Administrativa é dos postos de comando, e indivíduos passam por eles. Há sucessões nos Planos Direcionais, é a lei de progresso, até o Retorno c) Os “fora daqui” perene (cap 22, Apoc) [ Deus avisa e responsabiliza. Na fase da Maturidade crescem os
direitos e os deveres. Será reconhecido o poder da BONDADE nas obras. –pg 92, EE ]
Chegada à Jerusalém Celestial (ou Reintegração):
-- Só saberão o que é (em termos de cores, sons, nada há para termos de comparação) os que lá chegarem. O que existe
é Luz Divina concentrada naquele grau de glória e poder inconcebíveis - pg 100, EE.
-- A Verdade fará de cada filho de Deus um ser livre perante as Leis, e o Cristo acena com a Bandeira Branca que é
acima de fronteiras humanas [pg75, EE]
-- Com o Triunfo da Doutrina do Caminho não haverá mais crimes e o desabrochar do Deus Interno será mais rápido,
portanto o reintegrar na UNIDADE se fará mais depressa.
Resumo bastante sintetizado dos capítulos do Apocalipse.
* - menções ao Pai Divino
capítulos que devem ser lidos na ordem correta para serem entendidas as Promessas
capítulos restantes, devem ser lidos antes, pela descrição que contêm
1 – Dedicatória às Igrejas – visão do Pai.
2 – Julgamento de Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira.
3 – Julgamento de Sardes, Filadélfia e Laodicéia.
4 – O Trono*, os 24 anciãos, os 4 seres viventes.
5 - Na mão do Pai*, o Livro – o Cordeiro abrirá os selos.
6 – 1º cav branco*, 2º vermelho, 3º preto, 4º amarelo, 5º as almas, 6º terremoto.
7 – Anjo* com o selo do Deus vivo, multidão com as roupas lavadas no sangue do Cordeiro (exemplo de Jesus).
8 – 7ºselo: As sete trombetas:
1ªterra, 2ª mar, 3ª rios, 4ª Sol... e a Águia* anuncia os 3 ais
9 - 5ª (1º ai) poço do abismo, 6ª (2º ai) fogo, fumaça e enxofre saem da cabeça dos cavalos.
10 – João Evangelista devora o livrinho e recebe ordem: Profetize ainda!
As duas oliveiras profetizarão . A Besta do abismo mata-as.
11 – Depois de 3dias e meio, entra o espírito de Deus* e vem o terremoto (3º ai)
7ª trombeta: o louvor
12 – Mulher (Verdade) dá a luz ao varão* que regerá... Miguel luta contra o dragão que a persegue.
13 – Nasce a Besta e a outra Besta
14 – Ouvem-se 4 vozes: 1ª (anúncio do EE), 2ª (caiu Babilônia!), 3ª (aos que tem a marca da Besta), 4ª (que descansem
os bem-aventurados) – vem o anjo* e a foice
15 – Os sete flagelos. Cântico de Moisés, Cântico do Cordeiro... o santuário enche-se de fumaça
16 Anjos derramam as taças: 1ª terra, 2ª mar, 3ª rios, 4ª sol, 5ª trevas no trono da besta, 6ª o rio seca, saem as rãs, 7ª no
ar e terremoto em Babilônia.
17 – Anjo mostra o julgamento da Besta (sua roupagem, seus reis)
18 – Caiu! Virão os flagelos aos reis que com ela se prostituíram. Descrição dos flagelos.
19 – Louvores ao Cavaleiro Branco*, o Verbo de Deus – a besta está no lago de fogo.
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20 – Anjo com a chave do abismo solta o dragão por pouco tempo, e o fogo do céu, depois do tempo, os consome.
Surgem livros e o julgamento pelas obras de cada um.
21 – Vi novo céu e nova terra. Deus* habitará entre vós, a noiva (a Verdade), a cidade
22 – Rio da água da vida - os bem-aventurados - os fora daqui. Palavras finais.
Palavras de Pedro, em II Pedro, 3, 7:
“Mas os céus e a terra, que agora existem, são guardados pela mesma palavra e reservados para o fogo, no dia do juízo e da perdição dos homens ímpios. Há, porém, uma coisa que não deveis ignorar: é que um dia, diante do Senhor, é como mil anos e mil anos como um dia. Não retarda o Senhor a sua promessa, como
alguns pensam, mas usa de paciência convosco, não querendo que nenhum pereça, mas que todos se convertam à penitência. Todavia, como um ladrão, virá o dia
do Senhor, no qual passarão os céus com grande estrondo, os elementos com o calor se dissolverão e a terra e todas as obras que há nela serão queimadas”. “Portanto, visto que todas estas coisas estão destinadas a serem desfeitas, quais vos convém ser em santidade de vida e em piedade, esperando e correndo ao
encontro da vinda do dia do Senhor, no qual os céus, ardendo, se desfarão, e os elementos com o ardor do fogo, se fundirão? Realmente esperamos, segundo a sua
promessa, novos céus e uma nova terra, nos quais habite a Justiça”.
Trechos do livreto “A Mensagem do Anjo do Sarçal”
6 – O Apocalipse trata da História da Humanidade, a contar do INÍCIO DO CRISTIANISMO, DA DOUTRINA
INTEGRAL, QUE É MORAL DIVINA, AMOR E REVELAÇÃO. Aponta os fatos históricos, os ciclos, as eras, os
tempos, os altos e baixos, as bestas, os dragões, suas legiões, etc. As grandes descobertas, as conquistas científicas e
técnicas, o trabalho dos renovadores, dos restauradores da Verdade, do Amor e da Virtude, etc. Nos fundamentos de
tudo, de todos os acontecimentos, o trabalho da Revelação, dos Anjos Reveladores ou Mensageiros, tem presença
forçada.
7 – Antes de findar o segundo milênio, ou antes de entrar o terceiro, ou na entrada DO NOVO CÉU E DA NOVA
TERRA, não poderiam faltar os AVISOS DIVINOS, o trabalho da Revelação. Embora os capítulos do Apocalipse não
estejam na ORDEM CRONOLÓGICA deixada por João Evangelista, do capítulo onze, em diante, trata destes fatos
marcantes, por cima dos quais ninguém passará.
8 – No capítulo onze, através de movimento de caráter restaurador, provocado por missionário ou missionários, as
DUAS TESTEMUNHAS, isto é, a Lei Moral e o Cristo Divino Molde, seriam lembrados como fundamentos
doutrinários cristãos, em virtude dos desvios ou das corrupções reinantes...
9 – No capítulo doze, a serpente ou dragão, querendo tragar o filho da VERDADE, ou da mulher vestida do sol, isto
é, outro acontecimento renovador, restaurador ou reformador, com vistas à VERDADEIRA DOUTRINA DO CRISTO,
sendo combatido de morte pelos representantes da corrupção do Cristianismo Verdadeiro...
10 – No capítulo treze, o alerta contra o império da corrupção do Cristianismo, com bestas e dragões aliados,
lutando pelo domínio da corrupção...
11 – No capítulo quatorze, mais um movimento de caráter restaurador, tendo a Lei de Deus e o Cristo Divino Molde
como fundamento, e por onde o EVANGELHO ETERNO ficaria no mundo, lutando através dos milênios contra
dragões e bestas...
12 – No capítulo quinze, tremendos acontecimentos abaladores, com cataclismos telúricos de permeio, e Moisés e
Jesus, ou a Lei Moral e o Cristo Divino Molde, e suas legiões, lutando contra a corrupção e suas legiões... No
dezesseis, idem.
13 – No capítulo dezessete, a Humanidade começa a ter certeza do Falso Cristianismo, da corrupção saída da cidade
dos sete montes, e os movimentos restauradores se alastram, fazendo perigar o reino dos dragões e das bestas...
14 – No capítulo dezoito, um grande ou luminoso informe, vindo por missionário que deixaria marcas doutrinárias
imortais, tendo a Moral da Lei e o Cristo Divino Molde por fundamento normal...
15 – No capítulo dezenove, a vitória do Cavalo Branco, ou do seu cavaleiro, e representa o triunfo do IDEAL
RESTAURADOR, com fundamento na Lei Moral, no Divino Molde e no Retorno do Consolador generalizado por
Jesus...
16 – No capítulo vinte, a Revelação fala do tempo de transição, em que o primeiro céu e a primeira terra
desaparecem, ou fogem, com todos os movimentos comovedores, restauradores da Doutrina do Caminho...
17 – No capítulo vinte e um, marca o início do novo céu e da nova terra, ou entrada do Planeta e da Humanidade na
segunda metade evolutiva, com o coroamento de todo trabalho missionário, a bem da Lei Moral, do Cristo Modelo de
Conduta e do Consolador por Ele generalizado, que nunca mais será banido...
18 – No capítulo vinte e dois foram dadas todas as advertências contra o Mal, e em favor do Bem. O Bem é
representado na MORAL DIVINA, NO AMOR-RENÚNCIA DO FILHO MODELO E NO CULTIVO SADIO DA
REVELAÇÃO. O Mal é representado por tudo quanto está fora da Lei de Deus e do Cristo Divino Molde, e o leitor,
lendo o capítulo, saberá o que é.
19 – A ida de Jesus para mais elevados planos está registrada no Apocalipse, e a conseguinte entrada para a
Governança Planetária daquele Semelhante ao Filho do Homem, que regerá com vara de ferro, também está.
Entretanto, saiba quem tenha vontade de saber, a Excelsa Doutrina do Caminho nunca será outra, não sofrerá alteração,
porque tem fundamento na Lei de Deus, no Cristo Modelo e na Revelação.
72
RESUMO DOS CAPÍTULOS
Capítulo 1
Deus dá que serão vistas as coisas que irão acontecer.
João: dedicatória às sete Igrejas
João descreve a visão do Pai (semelhante ao filho do Homem, com 7 estrelas na mão direita (anjos das
Igrejas) estando entre 7 candeeiros (igrejas)
As igrejas são: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia, Laodicéia.
Pró Contra Dar-lhe-ei Conselho
Capítulo 2
Éfeso
Labor,
perseverança,
intolerante com os
maus. Pôs à prova
os que se dizem
apóstolos e não são.
Não esmorece.
Abandonou o
primeiro amor
Dar-lhe-ei que se
alimente da árvore
da Vida* que se
encontra no Paraíso
de meu Deus
Lembre-se de onde
caiu, volte às
primeiras obras,
arrependido
Esmirna Tribulação e
pobreza sendo ricos
Blasfêmia dos que
se declaram judeus
(mas são da
sinagoga de
Satanás)
O vencedor não
sofrerá a segunda
morte
Não temer o que
deverá sofrer.
Alguns serão postos
à prova. Seja fiel até
à morte e ganhará a
coroa da vida
Pérgamo Lá está o trono do
Satanás e não
negaste o meu
nome, nem minha fé
Os que sustentam a
Doutrina de Balaão,
que ensinam a
prostituição e comer
de sacrifício
Darei do maná
escondido e a
pedrinha branca
com um novo nome
(que só conhece
quem recebe) –
itens 13 e 14 pg100
EE-
Arrepende-te, senão
virei a ti e lutarei
com a espada de
minha boca contra
eles
Tiatira Obras, amor, fé,
serviço,
perseverança, e as
últimas obras
numerosas
Tolerar Jezabel, que
ensina a prostituição
e a comer coisas
sacrificadas aos
ídolos. Vou prostrá-
la na cama, e aos
dela, se não se
arrependerem.
Matarei seus filhos
Ao que guardar
minhas obras, darei
autoridade sobre as
nações e com cetro
de ferro as regerá e
as reduzirá a
pedaços como se
fossem de barro.
Como recebei do
Pai, darei a estrela
da manhã
Caso não se
arrependam os de
Jezabel, darei a cada
um segundo suas
obras (cap 2, 23).
Aos que não
professam as coisas
de satanás:
conservem a carga
que têm, até que eu
venha
Capítulo 3
Sardes
Poucas pessoas que
não se
contaminaram, que
andarão comigo
Tens nome de que
vives e estás morto.
Não tens obras
íntegras
Usará vestidura
branca e confessarei
seu nome perante o
Pai e seus Anjos
Sê vigilante,
consolida os que
estão por morrer,
arrepende-te. Virei
como ladrão, sem
que saibas a hora
(Em Mateus 24, 42,.
não sabereis em que
dia vem o Senhor)
Filadélfia Apesar da pouca
força, guardaram
meu nome.
Guardaste a palavra
da minha
perseverança
Aos da sinagoga de
satanás e que
mentem, farei saber
que te amei
Será coluna do
santuário do meu
Deus, e daí não
sairá. Sobre ele
gravarei o nome de
Deus, o nome da
cidade de meu Deus
(a nova Jerusalém) e
o meu novo nome.
Venho sem demora
e te guardarei na
provação que virá
para o mundo
inteiro. Conserva o
que tens, para que
não te tomem a
coroa.
73
Laodicéia Não és frio, nem
quente, és morno,
vou vomitá-lo. És
infeliz, miserável,
pobre, cego e nu.
Não és coisa
alguma.
Darei que se sente
comigo no meu
trono (como eu
venci e me sentei
com meu Pai) no
Seu Trono)
Eu repreendo e
disciplino a quantos
amo (cap 3, 19). Seja
zeloso e arrepende-te.
Compre de mim o
ouro refinado e roupas
brancas para que não
te envergonhes pela
nudez, e colírio para
que vejas. Estou à
porta, bato: se me
ouvirem e abrirem a
porta, entrarei e
cearemos juntos.
*sobre a Árvore da Vida: “Eu, Osvaldo Polidoro, quero que entendam assim: “No seio do Paraíso de meu Deus, que é a chamada
Criação, está a Árvore que simboliza a Verdade Divina, cujos frutos e folhas servem para curar e alimentar os filhos de Deus, que
imundos clericalismos e bastardos ismos tanto têm tripudiado, às vezes por mera ignorância, porém muitas vezes mais por
proposital e criminosa determinação”.
Capítulo 4:
Deus diz a João: “Sobe, e mostrarei o que vai acontecer depois das coisas”
Fui, e vi um trono {Dn 7,9 e Ez 1, 36} com alguém* assentado, com aspecto de jaspe e sardônio. Em torno, um arco-
íris {Ez 1, 28} como de esmeralda.
Ao redor: 24 tronos com 24 anciãos (de branco, com coroas de ouro) {=mesa diretora do planeta}
Diante dele: 7 tochas de fogo (espíritos de Deus) {os sete escalões}
Um mar de cristal
Em volta: 4 seres viventes (6 asas, cheios de olhos): leão, novilho, homem, águia
Os evangelhos são simbolizados pelos animais descritos em Ez 1,10 e Ap 4,6-8: o leão (Marcos), o touro
(Lucas), o homem (Mateus), a águia (João). Foi a Tradição da Igreja nos séculos II a IV que tomou esta simbologia
tendo em vista o início de cada evangelho. Mateus começa apresentando a genealogia de Jesus (homem); Marcos tem
início com João no deserto, que é tido como morada do leão; Lucas começa com Zacarias a sacrificar no Templo um
touro, e João começa com o Verbo eterno que das alturas desce como uma águia para se encarnar.
– [obs: a esfinge do Egito tem o corpo de touro, garras de leão, asas de águia e cabeça de homem, significando emanação e
retorno]
– [“Uma cabeça de homem sai dum corpo de touro com garras de leão, fechando duas asas de águia sob os flancos. É a Isis
terrestre, a Natureza na unidade viva dos três reinos” (G.I.) – A Esfinge representa os reinos da Natureza, através dos
quais o espírito evolve e atinge a Sagrada Finalidade – o grau crístico. Uma figura simbólica a filtrar a grande lei das
migrações por entre mundos, formas e transições, até a centelha se encontrar absolutamente livre das garras materiais.
Porque a esfinge representa o espírito subindo à espécie hominal; depois, a Doutrina Secreta o faz compreender a
caminhada, nas trilhas do saber e da Virtude, para se libertar de toda e qualquer inferioridade. A Esfinge lhe demonstra a
escalada até a conquista da razão; a Doutrina fá-lo reconhecer a intuição, a penetração gradativa na Consciência da
Unidade] Bíblia dos Espíritas
Proclamam “Santo, Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus todo poderoso, aquele que era, que é e que há de vir*
Quando os 4 viventes {Ez 1, 10} derem glórias ao do trono (ao que vive pelo século dos séculos), os 24 anciãos
vão se prostrar e entregar a coroa, dizendo: “Tu és digno, Senhor e Deus, de receber a glória e o poder, porque criaste
todas as coisas, por tua Vontade vieram a existir”
* * * *
* *
* *
* “ “ *
* [ ] *
* “ “ *
* *
* o o o *
* o o *
* * o o * *
74
Ez 2, 2: “então entrou em mim o Espírito... Eu o envio aos filhos de Israel...
Joel 2 ...”assim se difunde um povo grande e poderoso... na frente fogo devorador, atrás chama que abrasa. O povo treme, treme a
terra, o sol se abala, a lua escurece.
Zacarias (1, 8 e 6, 2): Quatro cavalos, duas oliveiras, quatro ventos
(13, 8) dois terços serão eliminados, um terço passará pelo fogo e dirá: o Senhor é meu Deus.
Capítulo 5
Na mão direita daquele que está no Trono há um livro (todo escrito), selado com 7 selos.
Um anjo forte pergunta, quem é digno de abrir o livro e desatar os selos?
Ninguém é digno, nem de abrir, nem de olhar olhar para ele.
João Evangelista chora, um ancião diz: eis o Leão de Judá (obs: Jesus é da genealogia de Judá), que venceu e pode
abrir o livro e seus selos. Vem o Cordeiro, com 7 chifres e 7 olhos (que significam espíritos enviados de Deus).
Tomou o livro, e os 4 viventes e os 24 anciãos prostraram-se , declarando-o digno porque fora morto e comprara para
Deus os que vêm de toda nação, tribo, língua e povo. Milhares de vozes proclamam-no.
Ezequiel: “Filho do Homem, dá de comer ao teu ventre, e enche as tuas entranhas deste rolo que eu te dou”. Eu o comi, e na boca
me era doce como mel.
Capítulo 6 (Frases em destaque colorido, retiradas do EE) (obs: tudo o que será relatado, não é decreto de Deus, mas Previsto, por causa da
conduta da humanidade) (Considerar cavalos=ideais, ou fatores; os cavaleiros, os agentes humanos)
O Cordeiro abre os selos:Um dos seres viventes diz, com voz de trovão: Vem!
Primeiro selo
Cavalo branco
Cavaleiro com arco (as flechas estão em Ez 5, 16)
Recebe coroa (saiu vencedor para vencer)
DOUTRINA PURA, Ideal Divino acima de coloridos (EE)
Ninguém deterá: A Lei é Verdade, o Cristo é Verdade, a Revelação é o Veículo do Espírito da Verdade
Segundo selo
Outro ser vivente diz: Vem!
Cavalo vermelho
Cavaleiro recebe grande espada – tirar a paz da terra para que os homens se matem. Movimenta, abala, choca,
tumultua, faz reviravoltas, apreensões, lutas, mortes.
IDEOLOGIA POLÍTICO-SOCIAL-ECONÔMICA MATERIALISTA, sem Deus e contra Deus – apressa a separação
entre cabritos e ovelhas.
Terceiro selo
Outro ser vivente diz: Vem!
Cavalo preto
Cavaleiro com balança na mão (pretende ser juíza, mestra e mãe) – no meio dos seres viventes há voz dizendo frases
como “Uma medida de trigo por 1 denário, três medidas de cevada por 1 denário; e não danifiques o azeite e o vinho”
CORRUPÇÃO DOUTRINÁRIA, atraiçoa, perverte, dogmatiza, idolatriza, comercializa.
Quarto selo
O quarto ser vivente diz: Vem!
Cavalo amarelo
Cavaleiro (chamado Morte) seguido pelo Inferno, recebe autoridade para matar (pela espada, fome, mortandade, feras)
uma quarta parte da terra
PODER ECONÔMICO, aplicação do Capital, choques ideológicos, provoca tumultos
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Ezequiel, 5, 12: “Uma terça parte de ti morrerá de peste e será consumida de fome no meio de ti; outra terça parte
cairá à espada em redor de ti; e a outra terça parte desembainharei a espada atrás dela.”
Quinto selo
Embaixo do altar estão as almas dos que tinham sido mortos pela palavra de Deus e pelo testemunho que sustentavam.
Clamam a Deus: “Até quando não julgas nem vingas o nosso sangue?”
Recebem vestidura branca e que repousem até que se complete o número deles com os que ainda seriam mortos como
eles.
Sexto selo
Vem grande terremoto (ver Joel, 2)
O sol fica negro, a lua vermelha. Somem as estrelas, movem-se montes e ilhas.
Ricos e pobres, livres e escravos, todos se escondem nos penhascos, pedindo aos rochedos que caiam sobre eles, para
sumirem da ira do Cordeiro e do que está no Trono.
Capítulo 7
Quatro anjos estão nos 4 canto da Terra, segurando os ventos (não soprarão na terra, nem no mar) (ver Ez)
Sobe do nascente um anjo*, tendo o selo do Deus vivo, e clama a eles que não danifiquem nem o mar, nem a
terra, nem as árvores, até que sejam seladas as frontes dos servos do nosso Deus.
O número deles é mencionado: 144 mil, 12 mil de cada tribo de Jacó.
Aparece grande multidão (de todas as nações, tribos, línguas e povos) diante do trono e do Cordeiro, de roupa
branca com palmas nas mãos, clamando: “Nossa salvação pertence ao nosso Deus que se assenta no Trono e ao
Cordeiro”
Os anjos, os anciãos e os 4 seres viventes prostram seus rostos, adorando a Deus, dizendo: “Amém. Sejam ao
nosso Deus o louvor a glória, a sabedoria, as ações de graça, honra, poder, força.”
Um ancião pergunta: “Quem são e de onde vêm esses de roupas brancas?”
João responde: “Meu senhor, tu sabes.”
O ancião responde: “Eles vêm de grande tribulação, lavaram as roupas, alvejaram no sangue do Cordeiro
(exemplo de Jesus)(apontando para a importância do comportamento). Por isso estão diante do trono e servem no
santuário.
O que está sobre o trono estenderá sobre eles seu tabernáculo. Não terão fome, sede, nem ardor do sol... porque o
Cordeiro os apascentará e guiará para a fonte da água da vida. Deus lhes enxugará as lágrimas.
Jesus, em Mateus 24, 29 – 31...”enviará seus anjos com trombetas que reunirão os escolhidos”
Mateus 25, 31: o grande julgamento
Capítulo 8
No sétimo selo estão as 7 trombetas. Nas sete trombetas, os três ais.
O Cordeiro abre o sétimo selo...
Meia hora de silêncio
Os sete anjos que estão diante do trono têm trombetas.
Outro anjo traz incensário. O fumo e mais orações dos santos sobem à presença de Deus. Então são atirados à terra:
trovões, vozes, relâmpagos, terremotos.
Preparam-se os anjos para tocar as trombetas.
Primeira trombeta: mistura-se granizo, fogo e sangue; e queimam a terça parte da terra, árvores, ervas.
Segunda trombeta: Montanha ardente é atirada ao mar, e a terça parte vira sangue, o terço dos vivos do mar morre,
destrói-se um terço das embarcações.
Terceira trombeta: Uma estrela ardente cai sobre os rios e fontes (é Absinto seu nome) e muitos perecem no terço das
águas que ficam amargas.
Quarta trombeta: o Sol, a lua e as estrelas escurecem em um terço, porque foram feridos.
Então vi uma águia* que, voando pelo meio do céu, gritava: “Ai dos que moram na terra, por causa das próximas três
trombetas”...
Capítulo 9
Quinta trombeta: Uma estrela caída do céu na terra recebe a chave do poço do abismo. Sobe fumaceira que escurece o
sol e o ar. Sobem gafanhotos que não farão mal ao verde, mas aos que não têm o selo na fronte, atormentando-o por 5
meses.
Nestes dias os homens buscarão a morte e não a acharão.
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Os gafanhotos (Joel 2, 4-11: Sua aparência é de cavalos... estrondeando como carros... crepitando como chamas de
fogo... todos empalidecem) parecem cavalos preparados para a briga, coroas na cabeça, rosto parecido com os de
homem, cabelos femininos, dentes de leões, couraça de ferro, asas muito barulhentas, caudas com ferrão (e aí está o
poder).
O rei deles é o rei do Abismo: Abadom (Apoliom, em grego).
Foi-se o primeiro ai.
Sexta trombeta, e uma voz dos quatro cantos do altar diz ao anjo que solte os 4 anjos atados junto ao Eufrates,
preparados para matarem um terço dos homens –20mil vezes 10 mil era o número dos exércitos de cavalaria.
Cavalos e cavaleiros têm couraças cor de fogo, jacinto e enxofre. Da cabeça dos cavalos (que pareciam leões) sai fogo,
fumaça e enxofre, e por estes três motivos perece o terço dos homens. A força dos cavalos está na cabeça e nas caudas
(=serpentes com cabeças) - Segundo ai
Os que escaparam deste flagelo não se arrependeram das suas obras, assassínios, feitiçarias, prostituição, furtos... nem
deixaram de adorar demônios e ídolos de ouro, prata, cobre e pau (que não vêem, nem ouvem, nem andam).
Jesus, em Mateus 24, 29: Logo em seguida à tribulação, o sol escurecerá, a lua não dará claridade...
Capítulo 10
Desce do céu um anjo forte*, envolto em nuvem, com arco-íris na cabeça, rosto de sol, pernas de coluna de fogo.
Na mão, um livrinho aberto.
Pé direito no mar, o esquerdo na terra.
Bradou como leão, e 7 trovões falaram. Eu, João, ia escrever o que disseram, mas uma voz pediu segredo.
O anjo levanta a mão direita e jurou que não haverá demora.
Quando o sétimo anjo for tocar a trombeta, cumprir-se-á o mistério.
A voz que falava comigo (João) diz que eu pegue o livrinho. Pedi-o e escutei:
“Toma-o e devora-o. Será amargo no estômago, mas na boca doce como mel”.
E assim foi.
E disseram-me: “É necessário que profetizes ainda a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis”.
Ezequiel 3,3: “Ainda me disse: Filho do homem, dá de comer ao teu ventre, e enche as tuas entranhas deste rolo que
eu te dou. Eu o comi, e na boca me era doce como o mel.”
Capítulo 11
João diz: “Dão-me caniço, parecendo vara, e dizem: Mede o santuário, o altar, e os que nele adoram. Deixa o átrio (é
dos gentios), eles por 42 meses calcarão aos pés a cidade santa”.
Minhas duas testemunhas (a Lei e o Exemplo de Conduta) profetizarão por 1260 dias. São as 2 oliveiras e
os dois candeeiros que estão em pé. (candeeiros são os executores, apóstolos, trabalhadores da Doutrina, a qual é
simbolizada pelo óleo, azeite – no caso a fonte são as oliveiras). Se alguém quer lhes causar dano, morre. Têm
autoridade para fecharem o céu, para não chover; converter as águas em sangue, ferir com flagelos a terra.
Concluído o testemunho, a besta que vem do abismo vence-as e mata-as, ficando seus cadáveres na praça de
Sodoma e também do Egito.
E muitos (dentre os povos, tribos, línguas e nações) olham os cadáveres por 3 dias e meio, insepultos.
Os habitantes da terra se alegram com festas porque eles (os profetas) os atormentavam.
Mateus 13, 30: Deixai-os crescer juntos até a colheita e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: Ajuntai primeiro o
joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro.”
Daniel 7, 25 e 26: “Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santo do Altíssimo, e cuidará em mudar os
tempos e a lei; e os santos lhes serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo. Mas
depois se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até o fim”.
Mas depois dos três dias e meio, um espírito de vida*, vindo de Deus, neles penetrou (a restauração das coisas),
levantaram-se (fazendo medo) e ouviram voz do céu dizendo: “Subam para aqui”. E subiram.
Terceiro ai: Veio terremoto e 7 mil perecem. Os outros, aterrorizados, dão glória ao Deus do Céu.
Sétima Trombeta e vozes dizem: “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelo
século dos séculos”.
E os 24 prostraram-se, adoraram a Deus dizendo: Graças te damos, Deus onipotente que és e eras, porque assumiste o
teu grande poder e passaste a reinar. As nações se enfureceram, mas chegou sua ira e o tempo para julgarem os mortos,
galardoar teus servos (profetas, santos e tementes) pequenos e grandes, e destruíres os destruidores da terra.
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Abre-se o santuário e aparece a arca da aliança – vêm relâmpagos, vozes, trovões, terremoto, saraivada.
Capítulo 19
Depois disso, ouvi no céu a voz de multidão dizendo:
“Aleluia, a salvação, a glória e o poder são do nosso Deus. Seus juízos são justos e vingou o sangue de seus servos.”
Os 24 anciãos e os 4 seres viventes adoraram a Deus que está no Trono dizendo: “Aleluia!” Do Trono sai uma voz:
“Dai louvores ao Senhor Deus. São chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa já está ataviada de linho puro (= atos
de justiça dos santos).
O anjo diz: “Bem aventurados os chamados às bodas do Cordeiro”.
(João quis prostrar-se... Não! Adora a Deus)
Marcos, 13, 24: “Mas naqueles dias, após a referida tribulação, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as
estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados. Então verão o Filho do Homem vir nas nuvens,
com grande poder e glória. E ele enviará os anjos e reunirá os seus escolhidos dos quatro cantos da terra até à
extremidade do céu”.
João diz: Vi um céu aberto, cavalo branco, Cavaleiro Fiel e Verdadeiro. Julga e luta com Justiça. Olhos de fogo, cabeça
com muitos diademas, um nome que só ele sabe. Seu manto está tinto de sangue.
Seu nome: VERBO DE DEUS.
Seguem-no os exércitos celestes, em cavalos brancos, roupas de linho.
De sua boca sai uma espada afiada para ferir as nações, e ele mesmo as regerá com cetro de ferro. Pessoalmente pisa o
lagar da ira de Deus Onipotente.
No manto e na coxa: “Senhor dos Senhores, Rei dois Reis”
Um anjo chama todas as aves do céu para a grande ceia de Deus, para comerem carne de reis, cavalos, etc...
Vi a Besta (Igreja Católica) e os reis de seus exércitos para lutarem contra ele. Mas a besta e o falso profeta
(Protestantismo), que tinha seduzido os que tinham a marca da besta. Lançados vivos no lago de fogo (em Mateus
13,30 está a explicação das fornalhas: “Deixai crescer uma coisa e outra até a ceifa, e no tempo da ceifa direi aos
segadores: Colhei primeiramente o joio, atai em molhos para queimar; o trigo, porém, recolhei-o no meu celeiro”)
estes, os outros perecem pela espada do cavaleiro.
E as aves se fartam de carne.
Capitulo 14
O Cordeiro está em pé no monte Sião, com os 144 mil.
No Céu grande voz entoando NOVO CÂNTICO diante do Trono, diante dos 4 seres e dos anciãos. Só eles
aprenderam o cântico, os sem mácula, primícias de Deus.
Primeira voz: do anjo* voando pelo meio do céu, tendo um Evangelho Eterno para pregar aos que se assentam sobre
a terra, e a cada nação, tribo, língua e povo. Dizia: Temei a Deus e dai-lhe glória, porque é chegada a hora de seu juízo
(o Dilúvio de Fogo, segundo o Pai Divino), e adorai aquele que fez o céu e a terra, e o mar, e as fontes das águas.
Segunda voz: Caiu, caiu a grande Babilônia, que tem dado o vinho da fúria de sua prostituição a todas as nações
beberem.
Terceira voz: Quem tiver a marca da besta (na mão ou testa) e a adorar, também beberá o vinho da cólera de Deus,
sem mistura, preparado no cálice de sua ira, e será atormentado diante dos anjos e na presença do Cordeiro.
Quarta voz: Bem aventurados os que morrem no Senhor. Descansem de suas fadigas, suas obras o acompanham.
Numa nuvem branca está um semelhante* ao filho do Homem, com coroa e foice. Outro anjo sai do santuário e grita
que ceife, porque a seara da terra já secou... e a terra foi ceifada.
Sai outro anjo com foice. Do altar saiu o anjo que tem autoridade sobre o fogo e disse ao da foice: junta os cachos da
videira que estão amadurecidos.
O anjo ceifa as uvas e joga-as no lagar da cólera de Deus e o lagar foi pisado.
Capítulo 21
Vi novo céu, nova terra (o primeiro céu e a primeira terra passaram, o mar já não existe).
Mt 24, 35: “Passará o céu e a terra, mas minhas palavras não passarão”.
2 Pedro, 3, 10: “Virá, entretanto, como ladrão, o dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo e os
elementos se desfarão abrasados: também a terra e as obras que nela existem serão atingidas... Nós, porém, segundo a
sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça”.
Vi a cidade santa, a nova Jerusalém (reintegração na Divindade) desce do Céu, enfeitada como noiva para o noivo.
78
Eis o tabernáculo de Deus – Deus* habitará com os homens. Eles serão povos de Deus, Ele mesmo estará com eles,
enxugará as lágrimas, não haverá morte, nem luto, pranto, dor: “Eis que renovo todas as coisas”. Tudo está feito, sou o
alfa e o ômega, o princípio e o fim. Darei da água da vida a quem tem sede. Serei Deus do vencedor, ele será meu filho.
À segunda morte vão: covardes, assassinos, impuros, feiticeiros, idólatras e mentirosos.
Um dos anjos das taças chama João para nos mostrar a noiva. É levado em espírito até alta montanha para ver a nova
Jerusalém:
Tem a glória de Deus, muito fulgor. Alta muralha com 12 portas, um anjo em cada uma (com os nomes das 12 tribos).
Seus fundamentos sãos os 12 apóstolos.
A cidade é de ouro, como vidro. A muralha de jaspe. Cada porta é feita de uma só pérola. Na praça não há santuários,
porque é Deus.
Ez 40, 2: “Em visões de Deus me levou à terra de Israel, e me pôs sobre um monte muito alto; sobre este havia um
como edifício de cidade para a banda sul”.
Ez 43, 7: “Filho do homem, este é o lugar do meu trono, e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos
filhos de Israel para sempre; os da casa de Israel não contaminarão mais o meu nome santo...”
A glória de Deus a ilumina, o Cordeiro é sua lâmpada. As nações andarão mediante sua luz (o exemplo de Conduta).
As portas jamais se fecham. Nada será contaminado porque só estarão os inscritos no livro da vida do Cordeiro.
Capítulo 22
Do trono de Deus e do Cordeiro sai o rio da água da vida.
No meio da praça, até as margens do rio, está a Árvore da Vida que dá frutos e suas folhas curam os povos. Nela, o
tronco de Deus e do Cordeiro. Seus servos o servirão, contemplarão sua face, nas suas frontes está o seu nome.
Não necessitarão do sol, nem de candeia, porque Deus brilha sobre eles.
Estas palavras são fiéis e verdadeiras. Deus enviou seu anjo para mostrar as coisas que vão acontecer.
João conta o que viu e ouviu, e quando quis prostrar-se diante do anjo relator, ele disse: Não faça isso, sou conservo,
teu, dos teus irmãos, os profetas e dos que guardam as palavras.
Não as sele, porque o tempo está próximo... Que o injusto continue injusto, e o ...imundo, ...e o justo, ...e o santo.
Tenho o galardão para dar a cada um, segundo suas obras. Sou o alfa e o ômega, o primeiro e o último, o princípio e
o fim.
Bem aventurados os que lavam suas vestiduras pelo direito à árvore da vida e à entrada na cidade pelas portas.
Fora daqui!, cães. Feiticeiros, impuros, assassinos, idólatras, mentirosos.
Jesus diz: Sou a raiz e a geração de Davi, sou a estrela da manhã.
O espírito e a noiva (o entregador e a Verdade) dizem: Vem! E que venham os que têm sede da água da vida*. [ na Bíblia dos Espíritas, item 188: A Essência Fundamental – Deus – e a Sua Primeira Manifestação, que à luz Divina, convidam a
centelha a evolver e a se expressar como Luz, Glória e Poder. Afinal de contas, é sempre a mesma base iniciática que demonstra a
saída simples da centelha espiritual, e a sua volta consciente, religada pela evolução, participando da Divina Ubiquidade, daquelas
extensões de sentido que a um encarnado é difícil conceber ]
*ÁGUA DA VIDA: (Da Bíblia dos Espíritas): No Apocalipse e em outros Livros Simbólicos, bem assim como nas costumeiras visões mediúnicas, o Rio de Água
Viva, ou da Água da Vida, significa sempre a Virtude Divina que emana da Essência Divina, ou Deus, estando nos filhos. É o que todos devem fazer questão de encontrar em si mesmos, para ter e fruir.
Ter Deus no imo, ou ter no imo o Reino de Deus, tudo corresponde ao Rio de Água Viva de que cada filho de Deus é portador por natureza. Desabrochar o Cristo
Interno, por exemplo, é ir ao encontro total do Rio de Água Viva, porque Ele, o Cristo, significa o espírito que transformou, por evolução, tudo que era opaco, tudo que era treva, em Luz, Glória e Poder.
Quem souber o que querem dizer estas palavras – Saber, Virtude, Moral, Amor, Revelação – por certo sabe como se vai à Fonte Divina .
João: que não se tire nem acrescente palavras.
– Mas quem ficará sem ajustar contas? É por isso que voto imenso respeito ao capítulo final do Apocalipse. Resume
todas as Verdades já ensinadas, desde os primeiros ensinos. Parte dos fundamentos, nunca passará, seja onde for e
para quem for. Testifica o Princípio Divino e a Diretoria Planetária; testifica o direito de relativa liberdade; testifica
a vigência da Lei e da Justiça; e testifica a intransferível responsabilidade, segundo as obras.
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Capítulo 12
Uma mulher (Verdade Doutrinária) vestida do sol, com a lua embaixo dos pés e coroa de 12 estrelas, grávida, sofre os
tormentos para dar à luz.
Um dragão com sete cabeças, 10 chifres, 7 diademas (Império Romano e Imperador) arrasta com sua cauda um terço
das estrelas do céu, lançadas para a terra – quer devorar o bebê (entregador das verdades)
Nasce o varão* que regerá todas as nações com vara de ferro, arrebatado para o trono de Deus (deificado), e ela vai
para o deserto por 1260 dias.
Miguel e seus anjos lutam contra o dragão e expulsam-no, foi atirado por terra e vem a voz.
Daniel 12, 1: “Nesse tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos de teu povo, e haverá tempo
de angústia, tal qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo será salvo o teu povo,
todo aquele que for achado inscrito no livro”.
Grande voz proclama: Veio a salvação, o poder, o reino de Deus e a autoridade do Cristo, porque foi expulso o
acusador. Eles o venceram por causa do sangue do Cordeiro e pelo testemunho que deram. Festejai. Ai da terra e do
mar porque o diabo irado sabe que lhe resta pouco tempo.
O dragão perseguiu a mulher, a qual ganha as duas asas da grande águia para ir ao deserto. Da boca do dragão verte um
rio para arrebatá-la, e a terra abriu-se para engoli-lo.
Ficou irado e foi lutar com os que guardam os Mandamentos e têm o testemunho de Jesus.
Capítulo 13 (O capítulo 13, anunciando o aparecimento da Besta Romana, a grande corruptora da
Doutrina de Deus, devia estar antes dos capítulos 10, 11 e 12).
Sai do mar uma besta (Igreja Romana e o Papa) com 10 chifres, 7 cabeças e 10 diademas. Sobre as cabeças, nomes de
blasfêmia. Semelhante a leopardo, pés de urso, boca de leão – O dragão (Império Romano) dá seu poder, trono e
autoridade.
Uma cabeça é cortada, a ferida sara, todos se admiram.
Adoram o dragão e a besta “Quem pode contra ela?”
A besta tem boca que dirá blasfêmias por 42 meses, difamando o nome de Deus e seu tabernáculo.
Foi-lhe dado que lutasse contra os santos e os vencesse, e ainda autoridade para cada tribo, povo, língua, nação. Vão
adorá-la os que não têm o nome escrito no livro da vida
Para quem tem ouvidos:
Se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai. Se matar à espada, por ela será morto.
Sai da terra outra besta (Papa), 2 chifres, parece cordeiro (fala como dragão). Faz com que todos adorem a primeira, já
curada. Opera sinais, seduz todos para que façam imagens e comunica fôlego à Besta – ela sobrevive e faz morrer os
que não adoram sua imagem.
Marca a mão direita e a fronte dos seus, ninguém pode comprar ou vender senão estes.
Aos que têm sabedoria, o número da besta é o número do homem: 666 (na numerologia, é o número do título papal
completo, em latim)
Capítulo 15
A ira de Deus consuma-se com os sete últimos flagelos, que estão com os sete anjos.
Há um mar de vidro com fogo.
Os vencedores da besta, da sua imagem e do número estão em pé e entoam o Cântico de Moisés (a Lei de Deus) e o
Cântico do Cordeiro (Modelagem Exemplar): “Deus, tuas obras são grandes e admiráveis, seus caminhos justos. As
nações adorar-te-ão porque seus atos de justiça são manifestos”.
Abre-se no céu o tabernáculo.
Os sete anjos (de linho puro e com cintas de ouro) saem e recebem de um dos seres viventes sete taças de ouro com a
cólera de Deus.
O santuário se enche de fumaça (vinda da glória e do poder de Deus) e enquanto não se cumprirem os sete flagelos,
ninguém penetrará no santuário.
Ez 10, 3: “...a casa encheu-se da nuvem e o átrio da resplandecência da glória do Senhor”.
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Capítulo 16
A voz, do santuário, diz: Vão e derramem as taças da cólera de Deus.
Primeira taça. Na terra e nos homens com a marca da besta = úlceras perniciosas.
Segunda, no mar, que vira sangue e morrem os seres viventes.
Terceira, nos rios e nas fontes, viram sangue e o anjo diz: “Derramaram sangue dos profetas, são dignos de beber
sangue”.
Quarta, no sol, e este queimou, e blasfemaram sem se arrepender.
Quinta, no trono da Besta, e seu reino vira treva, os seguidores mordem a língua de dor. Blasfemam pelas angústias e
úlceras, não se arrependem.
Sexta, no rio Eufrates, que seca e vira caminho dos reis que vêm do Oriente.
Das bocas do dragão (Roma), da Besta (Ig. Cat.) e do falso profeta (protestantismo) saem como rãs (espíritos imundos
operadores de sinais) e ajuntam todos os reis do mundo para a luta do grande dia, num lugar que se chama Armagedon.
Sétima, no ar, e vieram relâmpagos, e trovões, imenso terremoto. Grande cidade se dividiu, caem as cidades das
nações, Babilônia bebe o cálice de vinho do furor da ira de Deus, somem as ilhas, os montes não se acham, caem
pedras do céu... e os homens blasfemam.
Ez 13, 13: “Tempestuoso vento farei irromper no meu furor, e chuva de inundar haverá na minha ira, e pedras de
saraivada na minha indignação, para a consumir”
Capítulo 17
Um dos anjos das 7 taças mostra a João o julgamento da meretriz (Roma), sentada sobre muitas águas (povos), com
quem se prostituíram os reis; com seu vinho embebedaram-se os habitantes da terra.
Levou João a um deserto onde a mulher está montada numa besta escarlate (Ig.Cat) (sete cabeças (montes), 10 chifres
(reis sem reino), muitos nomes). A roupa da mulher é riquíssima, tem uma cálice de ouro cheio de abominações. Na
sua testa: “Babilônia, a grande mãe das meretrizes e das abominações da terra”. Ela está embriagada com o sangue dos
santos.
Diante do espanto de João, o anjo explica: A besta, que era e não é, vai sair do abismo para a destruição. Os que não
têm o nome no livro da vida ficarão espantados.
As sete cabeças são os sete montes onde se senta a mulher e são 7 reis: 5 já caíram, 1 existe, 1 não chegou. Quando
chegar, durará pouco.
A besta é o 8º rei, vindo dos 7, indo para a destruição.
Os 10 chifres são rei sem reino, mas que reinam com a besta por uma hora, oferecendo à besta o poder e a autoridade
que possuem. Lutarão contra o Cordeiro, e o Cordeiro e os eleitos os vencerão.
As águas em que viste a meretriz assentada são povos, multidões, nações, línguas.
A besta e os chifres (reis sem reino) odiarão a meretriz (Roma) e a devastarão, comendo suas carnes, consumindo-a no
fogo: Deus incute que realizem seu pensamento e depois dêem à besta seu reino até que se cumpram as palavras de
Deus.
A mulher é a grande cidade que domina reis.
Capítulo 18
Desce outro anjo e a terra se ilumina com sua glória, exclamando:
“Caiu a Babilônia, tornando-se morada de demônios, covil de espíritos imundos, esconderijo de aves detestáveis,
porque as nações beberam o vinho do furor de sua prostituição, que atingiu os reis da terra, enriquecendo mercadores”.
Uma voz manda que o povo de Deus de lá se retire para não participar dos flagelos. Ela (Babilônia) pagará em dobro o
que fez aos outros:
Quanto se glorificou = igual em tormento e pranto.
Em um só dia virão seus flagelos, morte, pranto, fome, e será consumida em fogo.
Os reis que com ela se prostituíram lamentarão de longe. Os mercadores prantearão a falta de compradores (até de
almas humanas).
Aparta-se tudo que é delicado e esplêndido; nunca mais serão achados, fazendo chorar os mercadores que com isso
lucraram. Eles lamentarão as riquezas da cidade, agora perdidas.
Os que trabalham no mar ficaram afastados e também prantearam.
Apóstolos e profetas exultaram porque foi julgada a causa.
Um anjo joga no mar uma imensa mó, mostrando que assim será com a cidade: jamais será achada.
Não se ouvirão vozes de harpistas, músicos, clarins.
Não se achará arte de artífice algum, nem ruído de mó, nem luz de candeia, nem noivo ou noiva.
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Porque os teus mercadores foram os grandes da terra, tua feitiçaria seduziu nações.
Profetas e santos foram mortos e o sangue deles encontrado na cidade.
Capítulo 20
Desce um anjo com a chave do abismo e uma grande corrente e prende o dragão por mil anos, selando o abismo.
Depois disso será solto pouco tempo.
Surgem os tronos e os que podem julgar.
Aparecem as almas dos que defenderam a palavra de Deus; os que não adoraram a besta, nem imagem; os que não têm
marca nem na testa, nem na mão. E viveram e reinaram com Cristo por 1000 anos.
Os restantes não reviveram antes dos 1000 anos. Esta é a primeira ressurreição.
Sobre esses bem-aventurados da 1ª ressurreição, a segunda morte não tem autoridade. Reinarão com o Cristo os 1000
anos,
Satanás será solto, seduzindo, sitiando o acampamento dos santos e a cidade querida. Fogo do céu os consome. Ele será
lançado no lago de fogo onde já estão a besta e falso profeta, atormentados.
Surge um grande trono e o que lá se assenta, de quem fugiram o céu e a terra. Os mortos diante dele. Abriram livros.
Foi aberto o livro da vida e os mortos julgados segundo suas obras.
O mar, a morte e o além devolveram seus mortos e foram julgados. A morte e o inferno foram lançados para dentro do
lago de fogo (segunda morte), e os que não estão no livro da vida.
Algumas menções ao nosso grande irmão restaurador das Verdades, dentro do Apocalipse:1,13 – semelhante ao
filho do Homem; 4,3 – no trono; 6,2 – cavaleiro branco; 7,2 – selo do Deus vivo; 8,13 – águia voando pelo céu; 10, 1 –
anjo desce, pés no mar e terra, livrinho; 11, 11 – espírito de vida penetra nas 2 testemunhas; 12, 5 – filho da mulher
arrebatado para Deus até Seu trono; 14, 6 – anjo voando com Evangelho Eterno nas mãos; 14,14 – semelhante a filho
do homem tendo foice: ceifa!; 19,11 – cavaleiro fiel e Verdade com manto de sangue (Verbo); 21, 3 – Deus habitará
entre vós. “Eis que faço novas as coisas”; 22, 17 – O Espírito e a noiva dizem: Vem!
EXTRA:A Caminho da Luz (Emmanuel - Chico Xavier) - pág. 128 "Quanto ao número 666, sem nos referirmos às interpretações com os números gregos, em seus valores, devemos recorrer aos algarismos romanos, em sua significação, por serem mais divulgados e conhecidos, explicando que é o Sumo Pontífice da igreja romana (Papa) quem usa os títulos de "VICARIVS GENERALIS DEI IN TERRIS", "VICARIVS FILII DEI" e "DVX CLERI" que significam "Vigário-Geral de Deus na Terra", "Vigário do Filho de Deus" e "Príncipe do Clero". Bastará ao estudioso um pequeno jogo de paciência, somando os algarismos romanos encontrados em cada titulo papal a fim de encontrar a mesma equação de 666, em cada um deles. Vê-se, pois, que o Apocalipse de João tem singular importância para os destinos da Humanidade terrestre"
"Eis aqui a sabedoria: Quem tiver inteligência calcule o NÚMERO DA FERA, porque é o número de um HOMEM, e Esse número é 666”.- Apoc 13, 18 pela Numerologia, cada título do Papa tem a soma 666
VICARIVS FILII DEI = 666 DVX CLERI = 666
VICARIVS GENERALIS DEI IN TERRIS = 666
Apoc 17, 9: Aqui se requer uma inteligência penetrante. As sete cabeças são sete montanhas, sobre as quais se assenta a mulher (a grande meretriz). ROMA é conhecida como a cidade dos sete montes.
– De ciclos em ciclos – explicou ela – haverá seleções. A primeira será de um rigor maior, e de longe em longe
outras virão, pois a Terra irá sendo moradia melhor, e quem não fizer por merecer o melhor, fatalmente terá que migrar
para o planeta que merecer. Tudo isso já é muito sabido, pois as palavras do Cristo ou dos Apocalipses, jamais deixarão
de ter cumprimento e explicação. E se bem quiser compreender, lembre-se de que a Restauração da Doutrina do
Caminho, por marcar um tempo no Apocalipse, representa fatos transitivos e acontecimentos proféticos aos quais os
verdadeiros discípulos do Cristo devem acurada atenção.(“O Céu Maravilhoso”, Osvaldo Polidoro)
...e o capítulo final do Apocalipse resume toda a Moral de todas as Bíblias já transmitidas à humanidade.(idem)
(*)No Apocalipse está: um Cântico Novo tereis é o Evangelho Eterno.
No capítulo 9, 14: o grande rio Eufrates, de onde surgirá o dilúvio de Fogo.
Tempo: períodos de ensino da humanidade, com intervalos para a assimilação e depois a sabatina.
No 12, 14: grande águia, Brasil Porta Voz da Verdade, após o Dilúvio de Fogo.
O mar significa a humanidade.(Frase pronunciada pelo pai, em compilação da Yolanda)