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Bíblia

estudo, 2015

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A BÍBLIA, UM BREVE ESTUDO

“Nenhum Livro do mundo sofreu mais adulterações do que a Bíblia. E nenhum Livro do mundo é mais cheio de

escabrosas contradições. Mas também nenhum Livro do mundo apresenta mais testemunhos sobre a Lei de Deus e as

graças do Divino Mediunismo, a Luz do Mundo e o Sal da terra, a Divina Fonte de advertências, ilustrações e

consolações.” (Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas, capítulo I)

Todas as Bíblias da Humanidade podem contar verdades impassáveis ou centrais, as chamadas linhas mestras da

Verdade que livra; porém nenhuma das outras contém o sentido profético da Bíblia Ocidental ou cristã. Os problemas do Porvir são tratados somente na Bíblia Ocidental, provando sua imensa superioridade sobre as demais. Os Patriarcas receberam avisos de anjos, espíritos ou almas, sobre a vinda de Moisés, o Legislador; Moisés recebeu aviso sobre a vinda do Divino Molde Jesus, sempre por anjos ou espíritos; Jesus anunciou a corrupção e restauração da Doutrina do Caminho; e os Apóstolos e seguidores de Jesus, até o ano 325, que foi o da corrupção romana, foram recebendo informes, por anjos ou espíritos comunicantes, sobre o que aconteceria nos tempos porvindouros, até a consumação evolutiva do Planeta e da sua Humanidade.

Está em I Macabeus, 12, 9 (“Nós, posto que não necessitemos destas coisas, pois temos por consolação os

santos livros, que estão entre nossas mãos”...) o consolo e a instrução que sempre trouxeram os sagrados escritos.

Porém, ao querermos sondar tais escrituras, percebemos que muito lhes foi inserido e tirado. Nem toda Bíblia traz

Macabeus, em algumas Malaquias não terá o capítulo 4 com esta numeração, outras trarão a palavra espíritas, vocábulo

que surgiu apenas no século XIX e assim por diante.

Sabedores que somos que muito foi adulterado, nem por isso deixaremos de pesquisar, ler e procurar entender

esta Bíblia da Humanidade, que é filha dileta do mediunismo posto em prática, a única profética dentre todas as outras

que a Humanidade já teve (Vide capítulo XII do Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas).

A Bíblia não é apenas um só Livro, mas a coletânea de livros que expõe a fé judaica (Velho Testamento) e a

história deste povo escolhido por Deus para ser veículo de Suas Verdades, as profecias (Novo Testamento) que relatam

a vinda do Messias (João Batista e Jesus) e a tarefa de nosso Verbo Modelar (Jesus), os acontecimentos posteriores ao

desencarne de ambos, o trabalho dos apóstolos, as profecias relativas aos acontecimentos que terão lugar pelo proceder

da Humanidade perante o que foi colocado como exemplo de vivência das Verdades Divinas.

A LEITURA ESOTÉRICA DA BÍBLIA Diz-nos Henri Durville, “A Ciência Secreta”, a partir do primeiro Pentecostes:

(“O Senhor respondeu a Moisés: Juntai-me 70 homens, sábios de Israel, que souberdes mais instruídos, e conduzi-los-á à

entrada do Tabernáculo da Aliança, onde os fareis permanecer convosco. Eu descerei aí para vos falar: tomarei o Espírito que está

em vós, e inspirar-lhes-ei.” (Num, 11, 16 e 17).

“Então o senhor, tendo descido na nuvem, fala a Moisés, toma o Espírito que estava nele e o infunde a esses 70 homens. O

Espírito, apenas penetrado em cada um, tornou-os Profetas e continuaram sempre assim”).

A tradição oral, confiada primeiramente aos 70 discípulos continuou muito tempo assim, sem a intervenção de

qualquer escrito. Não foi senão depois que estes ensinamentos secretos foram conhecidos em várias obras, das quais as

mais importantes são o Sepher Jezirah (ou o Livro da Criação) e o Zohar (Livro dos Princípios).

A leitura destas obras é árdua e pesada, porque tudo é mistério, mesmo as explicações que se esforçam a

elucidar esta linguagem infinitamente abstrata. Haveria, entretanto, uma chave para esses mistérios e todos os ocultistas

são de acordo em dizer que havia um sentido esotérico da maior beleza e de grande alcance filosófico.

Desgraçadamente, o conhecimento deste sentido místico não pode ser obtido senão depois de longo trabalho que não é

fácil de ser empreendido por toda a gente.

Um mestre do pensamento esotérico moderno, Edouard Schuré, diz em relação ao sentido esotérico de Gênesis:

“Nem uma dúvida, dada a educação de Moisés, existe que ele escreveu o Gênese em hieróglifos egípcios em

três sentidos. Confiou a chave e a explicação oral aos seus sucessores. Quando, no tempo de Salomão, traduziu-se a

Gênese em caracteres fenícios, quando depois do cativeiro da Babilônia, Esdras a redigiu em caracteres aranianos

caldaicos, o sacerdócio judeu não manejava as chaves senão imperfeitamente. Quando vieram, finalmente. Os

tradutores gregos da Bíblia, estes não tinham senão uma fraca ideia do sentido esotérico dos textos.

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Jerônimo, apesar de suas sérias intenções e seu grande espírito, quando fez a sua tradição latina segundo o exto

hebreu, não pôde penetrar até o sentido primitivo e, tendo-o conseguido, teria de calar. Então, enquanto lemos a Gênese

nas nossas traduções, não temos senão o sentido primário e inferior.

Apesar da boa vontade, os exegetas e os teólogos mesmo, ortodoxos e livres-pensadores, não viam o texto

hebraico senão através da Vulgata. O sentido comparativo e superlativo, que é o sentido profundo e verdadeiro, escapa-

lhes.

Não fica menos misteriosamente oculto no texto hebreu que mergulha, por suas raízes, até a língua sagrada, por

suas raízes, até a língua sagrada dos templos, refundida por Moisés, língua ou cada vogal, cada consoante tinha um

sentido universal, em relação ao valor acústico da letra e o brilho da alma do homem que a produz.

Para os intuitivos, este sentido profundo salta algumas vezes como uma centelha, do texto: para os videntes,

reluz na estrutura fonética das palavras adotadas ou criadas por Moisés: sílabas mágicas em que o iniciado de Osíris

vasa seu pensamento como um metal sonoro em um molde perfeito.

Pelo estudo deste fonetismo que leva a marca da língua sagrada dos templos antigos, pelos chefes que nos

fornecem a Cabala e de que alguns vão até Moisés, enfim, pelo esoterismo comparado, é-nos permitido hoje entrever e

reconstruir a Gênese verdadeira. Assim, o pensamento de Moisés sairá brilhante com o ouro da fornalha dos séculos,

das escorias de uma teologia primária e das cinzas da crítica negativa (Os Grandes Iniciados)

ISRAEL ESCOLHIDO PARA QUÊ?

Israel foi escolhido para entregar à Humanidade os Três Fatores Iniciáticos da Doutrina do Caminho, mais

tarde chamada Cristianismo. Qualquer pessoa sensata descobre, pela documentação, ou cumprimento de PROFECIAS,

que o Moisaísmo se completa na Doutrina do Caminho, ou Cristianismo, pois é no Velho Testamento que se encontram

todas as PROMESSAS que se cumpriram no Novo Testamento.

A Lei é para toda a carne, o Verbo Modelo é para toda a carne, e os Dons do Espírito Santo, Carismas ou

Mediunidades, também são de toda a carne. E tudo isso, que foi prometido por Deus, veio através do Povo Escolhido.

Entretanto, para a desgraça do Povo Escolhido, sempre foram surgindo os sacerdotes, ou rabinos, os escribas e fariseus

hipócritas, desviando da VERDADE, criando caminhos errados, vendendo fingimentos ou simulações, blasfemando

contra os Dons Espirituais e os seus sinais e prodígios, a comunicabilidade dos Anjos ou Espíritos Mensageiros.

A VULGATA DE JERÔNIMO

A Vulgata foi escrita por Jerônimo, (nascido em Strídon, em cerca de 347 — desencarnou em Belém, 30 de

setembro de 419/420), sendo seu nome completo Eusebius Sophronius Hieronymus, é conhecido sobretudo como

tradutor da Bíblia do grego antigo e do hebraico para o latim. Iniciou os trabalhos em 384, a convite do Papa Damaso, e

em 386 mudou-se para a Palestina, trabalhando ali até 404.

Jerônimo, em alguns livros, trabalhou diretamente do original; em outros, revisou e “corrigiu” uma antiga

versão latina (como os Salmos, Evangelhos, e outros), e não tocou na versão latina nos livros Macabeus, Sabedoria,

Eclesiástico e Baruc. O nome vem da frase versio vulgata, isto é "versão dos vulgares", e foi escrito em um latim

cotidiano usado na distinção consciente ao latim elegante de Cícero, do qual Jerônimo era um mestre

Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que verteu o Velho Testamento diretamente do hebraico

e não da tradução grega conhecido como Septuaginta. No Novo Testamento, Jerônimo selecionou e revisou textos.

A edição de Jerônimo, a "Vulgata", é ainda o texto bíblico oficial da Igreja Católica Romana, que o reconhece

como Padre da Igreja (um dos fundadores do dogma católico) e ainda doutor da Igreja. Foi publicada cerca de 400 d.C.,

poucos anos depois de Teodósio I ter feito do Cristianismo a religião oficial do Império Romano (391).

A Inquisição, desde 1547 proibia a posse de Bíblias em línguas vernaculares (populares), permitindo apenas a

Vulgata latina, e com sérias restrições

A única tradução moderna em Português, que utiliza os mesmos textos-base em grego e hebraico que foram

utilizados por João Ferreira de Almeida, é a versão Almeida Corrigida Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana do

Brasil. As demais traduções modernas, embora utilizem o nome "Almeida", como a Almeida Revista e Atualizada e

Almeida Revista e Corrigida baseiam-se em maior ou menor grau nos manuscritos do chamado Texto Crítico, que

passou a ser utilizado somente a partir do século XIX.

O próprio Jerônimo confessa que na tradução de alguns livros usou apenas algumas horas, porém em outros

teve muito cuidado ao traduzir. Em comunicação recente explica que foi obrigado a colocar certos fatos em ordem

alterada, inserir vocábulos de difícil compreensão e até mesmo modificações a pedido de representantes do Império

Romano, tudo isso sob pressão de promessa de desencarne caso não cumprisse tais pedidos. Deplorando o que teve que

fazer, contou o que lhe custou em termos de pagamento perante a Justiça Divina e aconselha muito cuidado aos que

usam a caneta para falar do que é Sagrado...

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A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS e O NOVO TESTAMENTO DOS ESPÍRITAS

São obras que não devem faltar na biblioteca de um estudioso dos textos bíblicos já que o Pai Divino, Osvaldo

Polidoro, deixou-nos expostas as deturpações, interpolações e interferências, para que fôssemos entendendo melhor o

que havia para ser conhecido e foi desviado do lugar correto.

Heráclito Carneiro expôs, com o título de “A Corrupção e a Restauração”, prefácio do livro “O Novo

Testamento dos Espíritas”, os fatos históricos que marcaram o fim do Cristianismo, iniciando-se a corrupção da Besta

Romana, profetizada no capítulo 13 do Apocalipse.

SOBRE A BÍBLIA

A Bíblia hebraica é constituída de 39 livros. Estes são divididos em três categorias: a Lei (torah), os Profetas

(nevi’im) e os escritos (ketuvim). A palavra hebraica que designa a Bíblia, tahakh, é um acrônimo formado por estas

palavras. Para os judeus, o primeiro grupo, constituído pelos Cinco Livros de Moisés, é o mais sagrado. Segundo a

Bíblia, estes livros foram escritos por Deus e revelados a Moisés no Monte Sinai. Metade é narrativa e metade são

ensinamentos religiosos. Em hebraico, as palavras que iniciam cada livro foram usadas para nomeá-lo, e portanto

Gênese é bereshit – “No princípio” – e Êxodo é se’eleh shmoth – “Agora estes são os nomes” -, e assim por diante. E,

inglês, os nomes vêm de traduções antigas para o grego.

O Gênese, da palavra grega geneseosis – origens -, conta a história da Criação, de Noé e dos Patriarcas. O

Êxodo, em grego exodos, “partida”, relata a fuga dos israelitas da escravidão. O Levítico, expressão grega que significa

sacerdotal, e os Números, uma referência aos vários censos que aparecem no livro, contêm histórias da temporada dos

israelitas no deserto, entremeadas de mais de 600 mitzvot – leis. O Deuteronômio, nome que vem do termo grego para

designar lei repetida, concentra-se no discurso de despedida de Moisés aos israelitas nas fronteiras da Terra Prometida.

A estes livros foram acrescentados mais tarde outros trinta e seis para constituir as escrituras hebraicas. Os primeiros

seguidores de Jesus acrescentaram-lhes ainda cinco narrativas, vinte e uma cartas e um livro de visões. Originalmente,

estes últimos acréscimos eram considerados um adendo às escrituras Hebraicas, porém, à medida que ganharam em

importância, os cristãos começaram a chamar os primeiros livros de “Velho Testamento”, e os posteriores de “Novo

Testamento”.

Uma lição rapidamente aprendida por mim foi que a visão que se tem da Bíblia muitas vezes depende de qual

Bíblia se lê. As bíblias cristãs, por exemplo, apresentam os livros posteriores das escrituras hebraicas em uma ordem

diferente da que se encontra nas bíblias judaicas. As bíblias católicas, tanto nas traduções quanto no conteúdo, diferem

das bíblias protestantes, que diferem das Bíblias anglicanas, que diferem das Bíblias ortodoxas gregas. Essa

discordância começou na Antiguidade. A palavra Bíblia vem do grego biblia, que significa “livros”, que, por sua vez,

vem da palavra byblos, ou papiro, uma planta do Nilo com a qual se produziu o papel antigo. A versão completa mais

antiga da bíblia hebraica é a Septuaginta(*), um conjunto de traduções gregas datadas do século 3 a. C. que diferia

ligeiramente do original hebraico, principalmente pelo fato de abranger os livros conhecidos como Apocrypha. A

palavra septuaginta, que significa “setenta”, vem da lenda de que 72 escribas fizeram a tradução. A Septuaginta é a

melhor fonte de informação sobre a Bíblia pré-cristã e é citada no Novo Testamento. A versão hebraica definitiva do

texto tem data muito posterior – por volta do século 1 d. C. – e é conhecida como o Texto masorético, ou Tradicional.

Embora as diferenças aparentemente não tenham importância, essas traduções tiveram enorme impacto na

maneira como vemos a Bíblia. Por exemplo, o texto hebraico original não tinha vogais, pois as línguas semíticas

originalmente não as possuíam. Além disso, o texto não tinha capítulos, que foram acrescentados na Inglaterra do século

13; nem versículos, acrescentados em Genebra no século 16. Não foi escrita em papel, mas em papiro, pergaminho, até

em couro. (trechos compilados de “Pelos caminhos da Bíblia”, Bruce Feiler)

(*) Septuaginta: a mais antiga tradução da bíblia do original hebreu para o grego (5 primeiros livros

(Pentateuco) deve ter ocorrido no séc. III a.C. e o restante no séc. II a.C.). A tradução se deu com 72 tradutores (6 de

cada uma das 12 tribos de Israel que trabalharam separadamente, e no final todas as versões estavam idênticas). A

Vulgata Latina (iniciada em 382), tradução a partir da Septuaginta feita por Jerônimo que, também, utilizou a versão

original em Hebreu, terminando o trabalho em 405 (alguns livros do Novo Testamento foram revisados). Não foi

imediatamente aceita, a não ser a partir da segunda metade do séc. VI. Outras traduções apareceram (séc. XIII,

Universidade de Paris), mas o Concilio de Trento (1546) legitimou apenas a Vulgata Latina. A Vulgata Clementina

(1592 - Papa Clemente VIII) depois se tornou a versão oficial. Esta última serviu de base para traduções em 1941

CORPO DA BÍBLIA. A parte humana, história do Povo Hebreu, com todas as suas implicações, em todos

os campos de atividade, como é normal em cada Povo.

ESPÍRITO DA BÍBLIA. A parte em que entra a MENSAGEM DIVINA, apresentada através dos seus

VULTOS MESSIÂNICOS, dos Patriarcas, de Moisés, dos Profetas, do Cristo Inconfundível, dos Apóstolos e

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demais seguidores. O ESPÍRITO DA BÍBLIA ASSENTA NA REVELAÇÃO, QUE ERA ESOTÉRICA OU

OCULTA ANTES DO BATISMO DE ESPÍRITO OU DERRAME DE DONS SOBRE A CARNE,

TRAZIDO PELO CRISTO MODELO.

RESUMO DA HISTÓRIA

Velho testamento

O VT começa com a criação do mundo – incluindo Adão e Eva. A história continua com Deus chamando ao

patriarca Abraão por volta do ano 2000 aC. Deus chamou Abraão para deixar o lar, dirigir-se a uma nova terra, e

tornar-se o pai de “uma grande nação” (Gn 12.2-3) – Israel.

Num período de tempo relativamente curto, os descendentes de Abraão acharam-se no Egito. Logo o número

desses descendentes tornou-se uma ameaça ao faraó governante do Egito, e ele ordenou que fossem escravizados.

Foi nessa época que Moisés recebeu o chamado divino para tirar Israel da escravidão do Egito e conduzi-lo à

terra Prometida de Canaã. Em seguida ao êxodo do Egito (cerca de 1450 aC), Israel recebeu a Lei – as leis e as

instituições sociais que a nova nação devia observar, incluindo os Dez Mandamentos. Recusando-se os temerosos

israelitas a entrar na Terra Prometida conforme Deus ordenara, o Senhor os condenou a peregrinar no deserto, ao sul de

Canaã, por mais de 40 anos.

Josué, sucessor de Moisés, foi quem introduziu o povo de Israel na Terra Prometida. Esta conquista se fez

com violência (o livro de Josué conta a história). Após a morte de Josué, “...cada uma fazia o que achava mais reto”

(Jz 21.25), e foi necessário que Deus suscitasse juízes. Eles chamaram o povo ao arrependimento e derrotaram os

opressores de Israel (o livro de Juízes narra a história).

Saul foi o primeiro rei de Israel. Davi, seu sucessor, escolheu Jerusalém como capital, fazendo-a ao mesmo

tempo o centro político e espiritual da nação. Salomão o sucedeu; este consolidou o reino recebido de seu pai e

construiu o grande templo de Jerusalém. Conhecido por sua sabedoria, foi também um dirigente insensato; seu amor ao

luxo, às mulheres bonitas e às alianças políticas, tiveram efeito desastroso pra a nação.

Após a morte de Salomão seguiu-se uma guerra civil sangrenta, e a nação dividiu-se em Israel ao norte e Judá

ao Sul. Elas caíram na idolatria e no pecado, e Deus suscitou profetas – homens que declaravam a vontade do Senhor

ao seu povo – para chamá-los ao arrependimento. Ambas as nações ignoraram as advertências dos profetas, e

finalmente os inimigos destruíram ambas (Israel foi destruída pela Assíria em 723 aC e Judá pela Babilônia em 586 aC.

Os seus dirigentes foram tomados cativos e enviados ao exílio).

Mais tarde, muitos descendentes dos exilados regressaram à Palestina. Um grupo retornou em 538 aC e

reconstruiu o templo; outro voltou em 444 aC e reconstruiu os muros de Jerusalém sob a liderança de Esdras e

Neemias. Israel voltou à velha prática do pecado e da indiferença; e com o término do Período do Antigo Testamento,

ouvimos a voz do profeta Malaquias condenando os caminhos pecaminosos do povo.

PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO

Os 400 anos decorridos desde a profecia de Malaquias até a vinda de Cristo são conhecidos como Período

Intertestamentário. Os livros de Macabeus, que descrevem a revolta macabéia e o caos na Palestina, e os escritos de

Josefo, historiador do primeiro século da era cristã, são as principais fontes de informação sobre esse período.

O livro de Daniel deu uma visão prévia desses anos. Através dos olhos da profecia, Daniel esboçou os

principais acontecimentos políticos dessa época. Daniel viveu durante a ascensão da Babilônia como potência mundial.

Ele viu o reino desaparecer e ser substituído pelo governo medo-persa. Em sua visão profética Daniel viu, portanto, a

ascensão de outras grandes forças que dominariam o período intermediário dos Testamentos: Alexandre, os Ptolomeus

do Egito, os Selêucidas da Síria, os Macabeus e os Romanos.

a) O Último Período Persa ( até 331 aC). O AT encerra-se com o Império Persa ainda no poder. Ciro havia

permitido aos judeus voltar à terra para reconstruir o templo (538 aC). Ester, judia, havia ascendido à proeminência no

palácio do rei persa (470 aC). Esdras (456 aC) e Neemias (443 aC) haviam voltado ao país e instituído reformas.

Nada aconteceu na Palestina de muito interesse internacional no restante do governo persa. O sumo sacerdote

judeu governava o país e o ofício passou a ser altamente cobiçado. Ocorreram diversas disputas infames pelo posto.

Numa ocasião um sumo sacerdote matou o irmão quando este buscava o posto para si. O governador persa ficou tão

estarrecido por este ato que impôs uma pesada multa sobre a população.

b) O Período de Alexandre Magno (335-323 aC). Ao governo persa seguiu-se a ascensão de Alexandre ao

poder sobre um vasto império, incluindo a Palestina. Filipe da Macedônia, seu pai, havia estendido o governo sobre

toda a Grécia e se preparava para uma grande guerra com a Pérsia, quando foi assassinado. Sucedeu-o seu filho

Alexandre então com apenas 20 anos de idade, e dentro de pouco tempo acabou com o poder da Pérsia.

Em 335 aC Alexandre deu início a seu memorável reinado de doze anos. Depois de consolidar o governo em

sua terra natal, ele rumou para o leste conquistando a Síria, a Palestina, o Egito e, finalmente, a própria Pérsia. Ele

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buscou conquistar terras mais ao leste, porém suas tropas se recusaram a fazê-lo. Morreu na Babilônia em 323 aC. Em

seus trinta e três anos de vida ele deixou um marco indelével na história.

c) A Era dos Ptolomeus (323-204 aC). Ninguém sucedeu a Alexandre. Finalmente, quatro de seus generais

dividiram o império. Dois deles, Ptolomeu e Seleuco I, envolver-se-iam no governo da Palestina.

Depois de algumas lutas entre esses generais, o Egito caiu nas mãos de Ptolomeu Sóter. A Palestina também

foi acrescentada ao seu quinhão. No início ele foi duro com os judeus. Mais tarde ele os empregou em várias partes de

seu reino, muitas vezes em altos postos.

Seu sucessor, Ptolomeu Filadelfo, foi um dos mais eminentes deles. Amável para com os judeus, promoveu as

artes e desenvolveu o império em todos os aspectos. As Escrituras Hebraicas fora traduzidas para o grego durante o seu

reinado na cidade egípcia de Alexandria. A Septuaginta, como se denominou essa versão, podia ser lida, em todo o

império.

Com o passar do tempo, cresceram as rivalidades entre os reis do Egito (Ptolomeus) e os reis da Síria

(Selêucidas). A rivalidade atingiu o clímax nos reinados de Ptolomeu Filópater (222-204 aC) e de Antíoco o Grande, da

Síria (223-187 aC). Filópater venceu a Antíoco numa batalha nas proximidades de Gaza. Em sua volta da batalha,

Filópater visitou Jerusalém e decidiu entrar no templo. Embora o sumo sacerdote tentasse dissuadi-lo, ele fez a

tentativa. Relata Josefo que ao aproximar-se do Santo Lugar, foi tomado de tal terror que saiu do templo.

Visto que os judeus lhe faziam oposição, Filópater retirou-lhes os privilégios, multou-os, e começou a

persegui-los. Capturando em Alexandria todos os judeus que pôde, trancafiou-nos num hipódromo cheio de elefantes

embriagados. Esperava que os elefantes caíssem sobre os judeus, esmagando-os. Não foi o que aconteceu. Enfurecidos,

os elefantes escaparam, matando muitos dos espectadores. Filópater interpretou isso como um sinal de Deus a favor

dos judeus e parou de persegui-los. Ao morrer, em 204 AC, sucedeu-o seu filho Ptolomeu Epifânio, com apenas cinco

anos de idade. Antíoco o Grande, da Síria, aproveitou a oportunidade para arrebatar do Egito o controle da Palestina.

d) O Período Sírio (204-166 aC) Os egípcios enviaram uma embaixada a Roma pedindo-lhe ajuda contra

Antíoco. Acedendo ao pedido, Roma mandou um exército, que a princípio não obteve êxito. Finalmente, porém, eles

obrigaram Antíoco a evacuar toda a região ao ocidente e ao norte das montanhas do Taurus. Numa incursão ao oriente

para financiar a guerra, Antíoco foi morto pelos habitantes da província de Elimais enquanto saqueava um templo de

Júpiter.

O reinado de seu sucessor, Seleuco Filópater, não apresentou nenhum fato de relevo. Mas com a ascensão de

Antíoco Epifânio (“a manifestação de Deus”), teve início uma das mais sombrias épocas da história judaica.

Onias exercia o sacerdócio em Jerusalém quando Epifânio começou a reinar. Visto que os gregos desejavam

helenizar os judeus, Epifânio vendeu o cargo de sumo sacerdote ao irmão de Onias, por trezentos e sessenta talentos.

Onias fugiu da cidade. O usurpador mudou de nome; de Jesus passou a chamar-se Jasão, colaborando dessa maneira

com Antíoco em seu esforço de impor a cultura e religião grega aos judeus. Os velhos costumes hebreus e suas práticas

religiosas foram desestimulados; judeus foram enviados a Tiro a fim de tomar parte nos jogos em homenagem ao deus

pagão Hércules, e em seu altar eram oferecidos sacrifícios. Finalmente, Menelau, outro irmão, fez oferta maior que a de

Jasão pelo sacerdócio e intensificou o ataque ao judaísmo.

Com a ida de Antíoco Epifânio ao Egito para sufocar o levante, correu o boato de que ele fora morto e os

judeus começaram a celebrar o fato com grande alegria. Sabedor disso, ele voltou a Jerusalém, sitiou e tomou a cidade,

e massacrou quarenta mil judeus. Para mostrar seu desprezo pela religião judaica, entrou no Santo dos Santos,

sacrificou uma porca sobre o altar, e espargiu o sangue sobre o edifício. Por sua ordem o templo passou a ser templo do

Zeus Olímpio; proibiram-se culto e os sacrifícios judaicos que foram substituídos pelos ritos pagãos. Proibiu-se a

circuncisão, e a mera posse de uma cópia da Lei se tornou ofensa punível com a morte.

Os judeus resistiram. Um homem chamado Eleazar, idoso escriba de elevada posição, foi morto porque se

recusou a comer carne de porco. Um após outro, a mãe e seus sete filhos tiveram a língua cortada, os dedos das mãos e

dos pés amputados, e lançados num tacho fervente. Um grupo de resistentes, em número aproximado de mil pessoas,

foi atacado no sábado. Recusando-se a quebrar as proibições sabáticas, foram mortos sem luta.

Uma família de classe sacerdotal, chamada asmoneus, resistiu vigorosamente aos éditos. Quando os emissários

da Síria tentaram fazer cumprir os decretos de Epifânio, Matatias, pai da família chamada macabeus, recusou-se a

adorar os deuses pagãos. Havendo-se apresentado outro cidadão para oferecer sacrifício no altar aos deuses pagãos.

Matatias matou-o, então ele conduziu um bando à região desértica onde Davi havia, por tantos anos, iludido a Saul.

Aos poucos cresceu o número dos que se puseram ao lado dos macabeus. Os Sírios laçaram três campanhas

contra esses fiéis judeus, uma pelo próprio Antíoco Epifânio; mas nenhuma teve êxito. Algum tempo depois morreu

Epifânio e irrompeu a guerra civil. Judas Macabeu, que sucedera a seu pai Matatias, estendeu seu controle sobre grande

parte da palestina, incluindo partes de Jerusalém. Três anos após o dia de sua profanação, o templo foi purificado e os

sírios estabeleceram a paz com os judeus.

e) A Era Macabéia (166-37 aC) Judas Macabeu não gozou de paz por muito tempo, e sem mais delongas

apelou para os romanos, pedindo assistência contra a Síria. Judas morreu em combate antes de chegar ajuda, seu irmão

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Jônatas tomou-lhe o lugar. Por causa da fraqueza da Síria, Jônatas tornou-se o comandante da Judéia. Ao morrer foi

sucedido por outro irmão, Simão, que também apelou para Roma em busca de socorro. Os romanos fizeram Simão

governador da Judéia, e seu trono passou a ser hereditário.

Por esse tempo os partidos dos fariseus e dos saduceus eram rivais. Simão teve como sucessor seu filho João

Hircano, que primeiro se filiou a uma e depois a outra das seitas oponentes. Não demorou o estouro da guerra civil

quando seus dois netos, Hircano e Aristóbulo, lutavam pelo trono vago por sua morte. Os romanos preferiram Hircano,

e Pompeu, general romano, tomou Jerusalém de Aristóbulo.

Os cercos, as batalhas, os homicídios e os massacres que se seguiram marcam um período de turbulência na

história judaica. Embora presenteados com a oportunidade de restaurar Israel e uma posição de grande poder e

influência, desperdiçaram-na com lutas entre famílias.

NOVO TESTAMENTO

f) A Dominação Romana (37 aC até o período do NT) Pompeu, Crasso e Júlio César reinaram sobre Roma

como o primeiro triunvirato, mas Júlio César logo se tornou o governador único. Ele recolocou Hircano no trono em

Jerusalém e nomeou a Antípatro, cidadão da Iduméia, como procurador sob as ordens de Hircano. Os dois filhos de

Antípatro, Faselo e Herodes, tornaram-se governadores da Judéia e da Galiléia. No ano seguinte, Antípatro foi

envenenado; três anos mais tarde Júlio César foi assassinado em Roma.

Um novo triunvirato - Otávio (sobrinho de César), Marco Antonio e Lépido - passou a governar Roma.

Antonio governava a Síria e o Oriente. Favoreceu a Herodes, e esta amizade levou essa família edomita à ascensão ao

poder. Herodes casou-se com Mariana, neta de Hircano, e tornou-se parte da família macabéia.

Mais ou menos por esse tempo surgiu um novo distúrbio no país. Antígono, filho de Aristóbulo, conquistou

sucesso passageiro ao cortar as orelhas de Hircano, o sumo sacerdote, impossibilitando-o de exercer o ofício. Na luta

seguinte Herodes foi pressionado por Antígono, e teve de fugir para a fortaleza chamada Masada, em busca de

segurança. Depois ele foi a Roma, descreveu aos romanos a desordem dominante, e foi nomeado rei. Antígono foi

morto, e isso acabou para sempre com o governo dos macabeus ou asmoneus.

Pouco tempo depois do suicídio de Antonio no Egito, Herodes estendeu seu poder na Judéia. Vivia sob o

pavor de que um descendente dos macabeus subisse em poder para tomar-lhe o trono. Tendo Aristóbulo, irmão de

Mariana, sido nomeado sumo sacerdote, sua popularidade fez com que Herodes mandasse afogá-lo. Mariana ficou

enfurecida, e Herodes mandou executá-la. Nos anos seguintes ele tornou-se cada vez mais vingativo, e seus atos

sangrentos provocaram a ira dos judeus.

Para acalmar a hostilidade dos Judeus, ele deu início a um programa de obras públicas. Seu principal

empreendimento foi a reconstrução do templo.

Mas com isso não terminaram os problemas de Herodes, nem os da nação. Ele estava cercado por um grupo de

homens que exploravam sua paranóia. Seus dois filhos, à semelhança de sua mãe Mariana, vítima da ira paterna, foram

estrangulados. Em certa ocasião um grande número de fariseus teve o mesmo destino. Outros atos igualmente

sangrentos continuaram durante o seu reinado. Perto do fim da vida, esse governante dominado pelo medo ordenou o

massacre dos infantes em Belém quando nasceu Jesus, o “rival Rei dos judeus”.

ETAPAS DA HISTÓRIA BÍBLICA E AS DATAS

Época / acontecimento / fonte bíblica

Proto-história – Origem do mundo, e do povo hebreu – Ge 1-11

Patriarcas (1850-1250 a.C.) – Abraão sai de Ur por um chamado de Deus – Ge 12-50

1700 – Migração das tribos de Israel, Jacó no Egito, Escravidão no Egito, José – Ge

Período do Êxodo 1250-1200 a.C. Moisés guia o povo, a marcha no deserto, a aliança no Sinai – Êxodo, Levítico, Números,

Deuteronômio.

Período da conquista – estabelecimento das tribos em Canaã, a luta com os filisteus – Josué, Juízes.

Período da monarquia unida 1050-930 a.C., 1040 a 1010 – reino de Saul –I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas.

1010 – 970 Reino de David – idem

970 – 930 Reino de Salomão, período Áureo – idem.

Período dos 2 reinos: 930-587 a.C. (reino do Norte: 930-722) – Período de máximo esplendor, influxo idolátrico cananeu – I e II

Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Amós, Oséias.

Séc. VIII - Expansão assíria

722 – Queda de samaria, conquista do reino de Israel pelo rei assírio Sargon II, escravidão assíria

Reino do Sul:930-587 – Acaz:guerra siro-efraimítica – Isaías 1-39

725-640 – Ezequias, Manasés – Miquéias

Séc. VII – Decadência Assíria, reforma de Josias – Naum, Sofonias

Séc VI – Expansão Caldéia– Habacuc

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587 – Queda de Jerusalém. Conquista do reino de Judá pelo rei babilônico Nabucodonosor – Jeremias

Período do exílio da babilônia 587-538 a.C. – escravidão babilônica - Ezequiel, Isaías 40-55

Período da Restauração 530-3312 a.C. – Expansão persa – I e II Crônicas, Esdras, Neemias, Ageu, Zacarias

538 – Edito de Ciro – idem

538-333 – retorno dos hebreus na Plaestina. Reconstrução do templo de Jerusalém– idem

538 - nasce o judaísmo – Malaquias – Joel

538-333 – Desenvolvimento da escola sapienciaç – Provérbios, Jô, Eclesiastes

Período helenístico e romano: 332-63 a.C; 63 a.C.-70 d.C. 332 – Alexandre Magno conquista a Palestina – Tobias, Ester, Judite,

Eclesiástico (Sirácida), Macabeus, Sabedoria

Séc II, 63 – Cresce o fenômeno dos judeus na diáspora – idem

63 – Domínio dos selêucidas. Perseguição de Antíoco IV, luta dos macabeus. Intervenção de Roma – idem

39 – Herodes, o Grande, é nomeado por Roma rei dos judeus – idem

Período cristão, 6 a.C. – Nascimento de Jesus – Evangelhos

4 a.C. – 39 d.C. – Herodes é tetrarca da Galiléia e da Peréia – Atos

6-41 d.C. – A Judéia faz parte da Proovíncia romana da Síria – idem

27-30 d.C. – Pregação de Jesus, seu desencarne e ressurreição – ibidem

30 d.C. Apóstolos recebem o dom do Espírito Santo – ibidem

35-36 d.C. Martírio de Estevão e a conversão de Paulo - Atos

45-48 d.C. Primeira viagem de Paulo (Antioquia, Chipre, Panfília, Derbe) –

49-50 d. C. – Os apóstolos se reúnem em Jerusalém – Atos

49- 52 d.C. – Segunda viagem de Paulo (Filipos, Tessalônica, Atenas e Corinto) – I e II Tessalon

53-58 d. C. – Terceira Viagem de Paulo (Galácia, Éfeso, Macedônia e Corinto) – Gálatas, I e II Corintios, Romanos

58-60 d. C. Paulo prisioneiro em Cesaréia – Idem

61-63 d.C. – Quarta viagem de Paulo e prisão em Roma – Colossenses, Efésios, Filipenses, Filêmon, I Pedro, Tito, I e II Timóteo

64 d.C. Perseguição de Nero

64-67 d.C. - ultima missão de Pedro – idem

70 d.C. – Conquista de Jerusalém por Tito – ibid

96-100 d.C. Perseguição de Domiciano, morte de João Evangelista – Cartas, Evangelho

O ESPÍRITO PROFÉTICO DA BÍBLIA

1 - Através de Anjos ou Espíritos Mensageiros o Princípio ou Deus anuncia a Abraão, Isac e Jacó a

predestinação do Povo Escolhido;

2 - Seguindo as promessas, vem Moisés e tira o Povo Escolhido do Egito, entregando a Lei de Deus, o

Supremo Documento, também entregando o Primeiro Pentecostes, a Igreja dos Setenta, como registra o Livro de

Números, capítulo 11;

3 - Através de Anjos ou Mensageiros, os Profetas ou Médiuns anunciam a vinda de Elias na frente, a seguir do

Verbo Modelo e do Derrame de Dons do Espírito Santo, Carismas ou Mediunidades, para toda a carne;

4 - Convém estudar bem Malaquias, 4, 4 a 6, os últimos versículos do Velho Testamento;

5 - Saltando para o Novo Testamento, o Anjo ou Mensageiro Gabriel anuncia a reencarnação de Elias, como

Precursor;

6 - O mesmo Gabriel anuncia a encarnação do Messias ou Verbo Exemplar;

7 - Em tempo certo encarnam Elias e o Verbo Exemplar ou Modelo;Mateus 11,14 (De Jesus)

8 - O Verbo Modelo promete não ficar no túmulo e a seguir ocorre o Derrame de Dons ou generalização da

Graça Consoladora da Revelação;

9 - Dá-se a Crucificação, a Ressurreição Geral, o Derrame de Dons ou Pentecostes e a entrega do Apocalipse,

ou Livro dos Eventos Porvindouros;

10 - Consoante as previsões ou profecias, de Roma, a cidade dos Sete Montes, levanta-se a Grande Corruptora

ou Besta 666, chamando os Dons Mediúnicos e seus sinais e prodígios de COISAS DO DIABO;

11 - Ignorâncias, erros e blasfêmias, corrupções e abominações invadem a Humanidade, não se cumprindo a

ordem em Atos, 1, 1 a 8;

12 - Consoante as promessas do Sermão Profético e do Apocalipse, Elias comandaria o Serviço Restaurador da

Doutrina do Caminho;

13 - A Doutrina do Caminho é viver a Lei de Deus, para evitar crimes entre irmãos; é entender e imitar o

Verbo Exemplar, o Alfa e Ômega, ou que representa tudo que deriva do UM ESSENCIAL OU PRINCÍPIO ÚNICO, e

a Ele deve retornar, como Espírito e Verdade; é cultivar os Dons do Espírito Santo ou Mediunidades, para não faltar a

Consoladora Revelação;

14 - Todos os fatos apocalípticos restauradores estão anunciados ou profetizados para antes de findar o

segundo milênio;

15 - A partir do capítulo 14, o Apocalipse tudo registra perfeitamente;

16 - Com a Restauração entra o governo daquele semelhante ao Filho do homem que tudo guiará com vara de

ferro ou mais rigor disciplinar;

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17 - Importa ler com atenção os capítulos de 19 em diante, do Apocalipse, porque nada ficará sem

cumprimento, e profundas dores invadirão a Humanidade, antes de findar o segundo milênio;

20 - O capítulo final do Apocalipse adverte certo e para sempre, contendo os FORA DAQUI, para quantos

venham a cometer erros graves contra a Lei, o Verbo Modelo e os Dons do Espírito Santo.

ADVERTÊNCIA E EXPLICAÇÃO

No Velho Testamento está uma advertência fundamental, e no Novo Testamento está a explicação total:

“Quando fordes mansos e humildes, increparei os insetos daninhos e retirarei da Terra o espírito imundo”. Salmos 37,11

“Tomai exemplo de mim, que sou manso e humilde de coração”. Mateus 11,29

Entenda cada um o que Deus advertiu, através de Seus Emissários, porque antes avisa sobre o mal que

cumpre combater, e, depois, pelo Modelo de Conduta, avisa como combater o mal. Sem Moral, sem Amor e sem

Ternura, tudo quanto o homem possa fazer, conduz ao pranto e ranger de dentes...

Considerando que o problema do espírito não é de SALVAÇÃO, mas sim de DESABROCHAMENTO DAS

VIRTUDES DIVINAS, e que isto jamais será resolvido com fingimentos, simulações ou aparências de culto

verdadeiro, remetendo o leitor aos dois textos bíblicos acima expostos, porque deles ninguém se afastará sem pagar

caro...

Deus nunca andou atrás de adorações quaisquer, de quem quer que seja, sob pretextos quaisquer... O que

ensinam a Lei Moral e o Cristo Exemplar é aquilo que Deus realmente quer: conduta moralizada e amorosa entre

irmãos...

Quem coloca a Revelação, o cultivo dos DONS DO ESPÍRITO SANTO, acima da Lei de Deus e do Cristo

Divino Molde, fatalmente cairá em tremendos erros e desvios...

Não existem Cristos salvadores ou redentores gratuitos de quem quer que seja, e, por isso mesmo, importa

tomar muito cuidado com os erros e falsidades que homens exploradores de religiosismos e sectarismos andaram

inventando e incrustando nas Escrituras. Estudem estas advertências do Cristo Modelo:

“Apartai-vos de mim, vós que obrais a iniquidade”. Lc 13,27

“Por toda palavra proferida o homem responderá”. Mt 12,36

“Até os cabelos de vossa cabeça estão contados”. Lc 12,7

“O Pai vê em secreto e em secreto dará a paga”. Mt 6,6

“A cada um será dado, segundo as suas obras”. Mt 16,27

Como a Doutrina do Caminho, mais tarde chamada Evangelho (Boa Nova), não termina no último capítulo

de João Evangelista, mas sim no capítulo final do Apocalipse que, por sua vez, aponta para o Programa Divino Total,

ou de Origem, Movimento e Finalidade, importa que ninguém deixe de estudar o Apocalipse, para bem compreender

o que o Cristo Exemplar fez questão de deixar bem patente, sobre comportamento individual...

O GRANDIOSO E TENEBROSO MOMENTO HISTÓRICO

Como assinala o capítulo 19, do Apocalipse, UM SEMELHANTE AO FILHO DO HOMEM, COM VARA DE FERRO imporá o que a JUSTIÇA DIVINA ordenar. Pouco importa o que pretendam ou possam alegar os esfarrapados palpites humanos, aquilo que os pretensos DONOS DA VERDADE aprenderam a manipular, com toda a capacidade de hipocrisia, através dos milênios. Quando raiar a NOVA AURORA, OU O NOVO DIA, depois do dilúvio de fogo, com suas tremendas consequências, debaixo de terríveis pressões, espirituais, morais e físicas, cada um se lembrará da advertência do Verbo – EXAMINAI AS ESCRITURAS!...

O Velho Testamento é o alicerce do Novo Testamento. EXAMINANDO AS ESCRITURAS, tereis pela frente a Lei Moral, as promessas da vinda do Verbo Exemplar e do Derrame de Dons do Espírito Santo – sobre toda a carne, não clerezias, não sectarismos, não morbidismos filosóficos, não máfias quaisquer!

Os Quatro Evangelhos, examinando-os com honestidade, neles encontrareis o trabalho de João Batista e do Verbo Encarnado, preparando tudo para o PÓS-CRUCIFICAÇÃO, a volta do Verbo Ressurreto, testemunha da imortalidade, comunicabilidade e outras realidades, além de CUMPRIR A PROMESSA DO DERRAME DE DONS SOBRE TODA A CARNE. Por mais que os errados e viciosos engodos religiosistas profissionais, e os maníacos de alguns filosofismos pretendam, que os Quatro Evangelhos representam a totalidade doutrinária, o fato simples é que eles continuam representando promessas e aspirações, a colimação na Ressurreição e no Pentecoste, no Derrame de Dons do Espírito Santo sobre toda a carne. A parte que o Verbo teria de realizar durante a encarnação, teria de servir de base para a outra, posterior à encarnação. E não entender isso faz parte das pedradas contraditórias etc.

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O mais glorioso dos Livros da Bíblia é o Livro dos Atos, porque relata a volta gloriosa do Verbo Exemplar e CUMPRE A PROMESSA DO DERRAME DE DONS DO ESPÍRITO SANTO. Se ninguém tivesse atraiçoado, corrompido, desviado, dado falsa interpretação ao que o Livro dos Atos representa, certamente não estaria pesando, sobre a Humanidade, tudo quanto de cataclismático sobre ela está pesando. E nada haveria para RESTAURAR, porque nele vigoram a Lei Moral, o Verbo Exemplar e o Derrame de Dons do Espírito Santo, o Glorioso Pentecoste!... Tudo seria, como é devido fazer, e tereis de fazê-lo, custe o que custar: VIVER OS ENSINOS E AS GRAÇAS DE DEUS!... As promessas de Deus, as aspirações todas do Velho Testamento, tudo aquilo que o Precursor anunciou e que o Verbo prometeu, durante a encarnação, aconteceu depois da crucificação, e, portanto, esse Livro da Bíblia é o mais glorioso de todos, porque, através dele, Moisés tem seu desejo satisfeito, Deus cumpre promessas, o Verbo colima a tarefa e revela o triunfo, e, apesar de todas as falsidades e traições humanas, o Derrame de Dons sobre a carne fica estabelecido.

Examinando as Escrituras, na parte referente às Epístolas, encontrareis os seguidores da Doutrina do Caminho, cada um a seu modo, ou como pôde, dando interpretação às Profecias do Velho Testamento e à Significação do Verbo Exemplar, além dos FATOS DERIVADOS DO PENTECOSTE, DO DERRAME DE DONS ESPIRITUAIS SOBRE A CARNE. Muita coisa foi alterada na feitura da Vulgata, no Quarto Século, quando Roma fundou sua igreja. Porém, apesar das blasfêmias romanas contra os Dons do Espírito Santo, o fato é que as Epístolas são riquíssimas nos relatos sobre eles. A podridão humana não foi capaz de macular o BRILHO DIVINO DA VERDADE!...

Cumprindo deixar no Mundo avisos ou previsões para o porvir, ou ciclos porvindouros, foi enviado João Batista ao Vidente de Patmos, como Anjo Relator do Apocalipse, e, portanto, assim como viu, em visão simbólica, assim escreveu, e o Livro da Revelação ficou no mundo. Quando alguém se diz cristão e ignora ou faz questão de ignorar o Apocalipse, é porque esse alguém, ou é muito ignorante ou é muito hipócrita.

Sendo Elias, ou João Batista, o prometido RESTAURADOR, em cinco capítulos do Livro da Revelação, estão contidas as encarnações necessárias para o cumprimento da tarefa restauradora. Sendo aquele semelhante ao Filho do homem, que guiará com Vara de Ferro, é também o mesmo que figura em outros capítulos, e encarnações, e ninguém irá desviar os fatos, os acontecimentos, ou O PROGRAMA DIVINO, em benefício de máfias quaisquer, tenham lá elas o nome que tiverem, de religiões, seitas ou bandeirolas ditas filosóficas, porque as VERDADES DIVINAS, para serem o que são, jamais dependerão de palpites humanos, crentes ou descrentes. A ninguém, encarnado ou desencarnado, foi concedida a outorga de JUIZ DAS VERDADES DIVINAS.

Pretender que a Doutrina do Caminho seja, apenas, aquilo que João Batista e o Verbo fizeram, durante a encarnação, é obra ignorante ou falsa!

Pretender compreender o trabalho de João Batista e do Verbo, parando nos Quatro Evangelhos, deixando de lado o Livro dos Atos, as Epístolas e o Apocalipse, é simplesmente MONSTRUOSO!!!...

O que há pelo Mundo, ou pela Humanidade, de MONSTRUOSIDADES, passando por CRISTIANISMO, é de assombrar, é estarrecedor, porque a ignorância simples perde de muito longe para a IGNORÂNCIA FORÇADA, HIPÓCRITA!!!...

Toda sorte de erros, falsidades e traições foram assacados contra a Lei de Deus e contra o Verbo Exemplar, as DUAS TESTEMUNHAS DE DEUS, perante a Humanidade. E sobre os Dons do Espírito Santo, começando nas falsas interpretações dos textos bíblicos que deles tratam, o que fizeram e fazem é MEDONHO!!!...

Acabais de adentrar os últimos 25 anos do segundo milênio da Era Cristã... Estais, portanto vislumbrando nos horizontes históricos, do Planeta e da Humanidade, a entrada no período apocalíptico chamado UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA. A entrada no Terceiro Milênio coincide, portanto, com a entrada na segunda metade evolu-tiva, do Planeta e da Humanidade. Como tremendos foram e são os erros contra as VERDADES FUNDAMENTAIS DA DOUTRINA DO CAMINHO, também tremenda será a varredura, para que haja a GRANDE RENOVAÇÃO prevista no Sermão Profético e, acima de tudo, no Apocalipse.

Esta advertência ficará, contra todos quantos tiverem vontade de atirar pedradas contraditórias, sejam elas quais forem, contra a Lei de Deus, o Verbo Exemplar e os Dons do Espírito Santo – TUDO SERÁ ESMIGALHADO!...

Como os DESÍGNIOS DIVINOS NÃO FALHAM, das cinzas do mundo velho se levantará o Mundo Novo, o período chamado UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA.

Quem quiser ser prudente, procure não se deixar arrastar pela caudal de terrores, de variada ordem, que se esbaterá sobre a Humanidade.

Mais do que nunca, importa ler Romanos, 1, 22 a 32.

Até que se dê o dilúvio de fogo, ou guerra atômica, até 2000 os mais emporcalhados espíritos, encarnados e desencarnados, tudo farão para justificar materialismos, brutalidades, corrupções, depravações, abominações, por meio

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de todos quantos meios de comunicação possam usar ou dispor. O erro, de modo geral, subirá a ponto de causar desolações profundas, quando até muitos conhecedores se deixarão levar pela onda tenebrosa.

Aos que vivem alardeando a RESTAURAÇÃO DO CRISTIANISMO, importa dizer:

1 – Em todo o Velho Testamento, e até o desencarne de João Batista e do Verbo Exemplar não poderia haver e não houve cumprimento da Promessa Divina, tudo foi trabalho preparativo, aspiração, alicerçamento;

2 – O Livro dos Atos, o mais glorioso, com o triunfo do Verbo Exemplar e o Derrame de Dons do Espírito Santo sobre toda a carne, ele sim revela a Promessa Cumprida, a desejada, a Doutrina do Caminho Estabelecida. Com as Epístolas, ou trabalho apostolar, dos seguidores do Verbo, das testemunhas oculares e participantes de tudo, todas as provas são dadas, de tudo quanto ficou estabelecido, sobre a Doutrina do Caminho, da qual o Verbo foi apenas transmissor, não fabricante, porque ninguém, seja quem for, precisa fabricar VERDADES PARA DEUS, O PRINCÍPIO;

3 – O Apocalipse, ou Histórico do Porvir, tem por base fundamental afirmar que, sendo necessário, quantas vezes o sejam, haverá RESTAURAÇÕES, RENOVAÇÕES, porque a Doutrina que se fundamenta na Lei de Deus, no Verbo Modelo e no cultivo dos Dons do Espírito Santo, jamais mudará. O Apocalipse brada – MUDEM OS HOMENS ERRADOS, PORQUE A VERDADE JAMAIS MUDARÁ, O PROGRAMA TERÁ CUMPRIMENTO, CUSTE O QUE CUSTAR, DOA A QUEM DOER.

Aos inteligentes e honestos jamais será necessário dizer, que Kardec e a Codificação não entraram no Livro dos Atos, nas Epístolas e, muito menos ainda no Livro da Revelação, no Apocalipse.

Aos estúpidos e desonestos, que adiantará dizer que – JAMAIS PODERIA HAVER TOTAL RESTAURAÇÃO DA DOUTRINA DO CAMINHO, FORA DO LIVRO DOS ATOS, EPÍSTOLAS E DO APOCALIPSE?!...

_______________________________ ______________________

ISRAEL – SUA ORIGEM E SEU DESTINO

Do seio da Legião Adâmica, vinda expulsa de um dos Planetas da Constelação da Cabra, boa parte dos

errados ou criminosos era de caráter dito religioso, sectário, ou pertencente a ISMOS que, falando em Deus,

na Verdade, na Justiça Divina, tudo torcia, desviava, hipocritizava, etc. Tal como agora, ao findar o segundo

milênio da Era Cristã, fazem todos os escravos de mafiosos ISMOS, que fazem de Deus, da Verdade e da

Justiça Divina, apenas os pretextos para manter seus desvios, desviando os filhos de Deus do RETO

CAMINHO. E foram expulsos, vindo para o Planeta Terra, Mundo de Expiações, ou de punições, etc.

Cada errado, ou criminoso, deve ressarcir-se no sentido do erro ou do crime, e, portanto, aos errados de

caráter dito religioso, importa assim terem que se consertar. Na Terra, tais errados formaram a porção que

veio a ser o Povo Escolhido, o Israel, aquela raça que, ressarcindo culpas, viriam a ser Iniciados, Profetas,

Mestres, despontando como grandes líderes nas coisas de Deus, do Espírito, do cultivo dos Dons do Espírito

Santo, Carismas ou Mediunidades, os veículos da comunicabilidade dos Anjos ou Espíritos Mensageiros, ou

desencarnados.

Toda Humanidade em processo evolutivo, em tempo certo recebe um Código de Moral Básica, ou Lei

de Deus, e, em tempo certo a Lei de Deus veio, através do Povo Escolhido, ou Israel, tal como Ievé,

representando Deus, prometeu aos Patriarcas, através de fenômenos teofânicos, ou dos Dons do Espírito

Santo, e, portanto, da comunicabilidade de Anjos ou Espíritos Mensageiros. Assim, depois dos Patriarcas, em

serviço contínuo, vinha através do Povo Escolhido, ou daquela porção advinda, a entrega do Supremo

Documento da Humanidade lotada na Terra. Eva, a Raça Primitiva, e os punidos advindos ou adamitas,

recebiam o Documento Básico de Conduta.

1 - EU SOU O SENHOR TEU DEUS, NÃO HÁ OUTRO DEUS.

2 - NÃO FARÁS IMAGENS QUAISQUER, PARA AS ADORAR.

3 - NÃO PRONUNCIARÁS EM VÃO O NOME DE DEUS.

4 - TERÁS UM DIA, NA SEMANA, PARA DESCANSO E RECOLHIMENTO.

5 - HONRARÁS PAI E MÃE.

6 - NÃO MATARÁS.

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7 - NÃO COMETERÁS ADULTÉRIO.

8 - NÃO FURTARÁS.

9 - NÃO DARÁS FALSO TESTEMUNHO.

10 - NÃO DESEJARÁS O QUE É DO TEU PRÓXIMO.

Também do seio da porção cujos erros e crimes eram de caráter religioso ou espiritual, vieram os

Profetas ditos maiores, os porta-vozes das Legiões Angélicas ou Mensageiras, filtrando as ordens ou ensinos

da Direção Planetária. E qualquer leitor, por menos culto que seja, pode e deve entender as lições proféticas

que emanam destes textos abaixo, pois os desejos de Moisés e as Promessas de Deus, se unem para um só

acervo maravilhoso, parte integrante da Tarefa Messiânica do Povo Escolhido:

ESPÍRITO SANTO É MEDIUNIDADE, É CARISMA

"Quem dera que o Senhor desse o Seu Espírito Santo e que toda a Carne profetizasse." – Números, 11, 29.

"Derramarei o Meu Espírito Santo sobre a tua semente, e a minha benção sobre a tua descendência." – Isaías, 44, 3.

"Derramarei o Meu Espírito Santo sobre toda a Carne, e vossos filhos e filhas profetizarão, vossos velhos terão sonhos e

vossos jovens terão visões." – Joel, 2, 28.

"Porque para vós é a promessa, e para quantos estiverem longe, quantos o Senhor a si quiser chamar." – Atos, cap. 2.

"Porque a um pelo Espírito Santo é dada a palavra de sabedoria, a outro de ciência, a outro a fé, a outro o dom de curar, a

outro a produção de maravilhas, a outro a profecia, a outro o discernimento dos espíritos, a outro as línguas diversas, e a outro as

interpretações." – I Ep. Coríntios, cap. 12.

"Caríssimos, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque muitos já foram os falsos profetas

que se levantaram no Mundo." – I Ep. de João, cap. 4.

"Deus não é de mortos, mas de vivos, porque aqueles que forem dignos da ressurreição, serão como os Anjos do Céu." –

Mateus, cap. 22.

"Testificando também Deus com eles, por sinais, milagres, várias maravilhas, e Dons do Espírito Santo, distribuídos por Sua

Vontade." – Hebreus, 2, 4.

"Antigamente, em Israel, indo alguém consultar a Deus, dizia assim: Vinde e vamos ao vidente porque ao Profeta de hoje se

chamava então vidente." – I Samuel, 9, 9. Tradução: Ferreira de Almeida.

"E estes sinais seguirão aos que crerem: Expulsarão os demônios; falarão novas línguas; manusearão serpentes; bebendo

potagem mortífera, não lhes fará mal; porão as mãos sobre os enfermos e os curarão." – Marcos, 16, 17.

"Aquele que pecar contra o Filho do Homem será perdoado, mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo será réu da

Justiça Divina." – Jesus em Lucas, 12, 10.

* * *

Como é fácil observar, os textos apresentam o Programa Divino, a Promessa em Curso, dos Patriarcas

ao Apocalipse, com a encarnação de Moisés ou Elias vindo na frente, para apresentar o Messias, ou Verbo

Exemplar, que entre outras realidades devia ser o Derramador de Dons, o entregador do Glorioso

Pentecostes, o generalizador da Graça da Revelação. Como tudo forma um só MARAVILHOSO CORPO

PROFÉTICO, QUE SE CONSTITUI EM DOUTRINÁRIO FUNDAMENTAL, cumpre que leiam bem o que

significa o Verbo Exemplar, o anunciado Messias, o Alfa e Ômega, com todo o DIVINO ACERVO DE

GRAÇA E DE VERDADE.

A SIGNIFICAÇÃO DO VERBO MODELO

Ser de antes de haver Mundo; Prometido por milênios antes de encarnar; anunciado pelo Mensageiro

Gabriel na hora de encarnar; Ter os Dons do Espírito Santo ou Mediunidades SEM MEDIDA; Produzir

grandes feitos mediúnicos; Não ficar no túmulo; Cumprir a Promessa Divina do Derrame de Dons para toda a

carne; E mandar entregar o Livro dos Eventos Porvindouros, ou Apocalipse. Eis as SUAS MARCAS

INCONFUNDÍVEIS, para ser ALFA e OMEGA, ou representar o Espírito e a Matéria, os Mundos e as

Humanidades, ou tudo que deriva de Deus, do Princípio, para a Ele Princípio retornar, como ESPÍRITO E

VERDADE, DEUS EM DEUS.

E por constituir Ele, o Verbo Modelo ou Exemplar, de tudo que deriva do Princípio e ao Princípio deve

retornar, eis o que disse da Lei, que não é de Iniciados, Profetas ou Cristos, mas sim de Deus:

"Vai e vive a Lei".

"Não vim derrogar a Lei, mas sim dar-lhe testemunho".

"Da Lei nada passará, sem que tudo se cumpra".

"Pecar contra um mínimo Mandamento, é como pecar contra toda a Lei".

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"Meu pai, minha mãe e meus irmãos, são os que ouvem a Lei e a praticam".

"Como forem vossas obras, assim mesmo recebereis".

"Não sairás dali, até pagar o último ceitil".

"Pai, em Tuas mãos entrego o meu espírito".

Desgraçadamente, o Povo Escolhido foi sendo desviado da VERDADE pelos padres ou rabinos, os

vendilhões de fingimentos ou simulacros, os perseguidores e assassinos de Profetas, de emissários de Deus.

Portanto, estudem bem as palavras do Verbo Modelo, ou do Messias, sobre os padres ou rabinos:

"Ai de vós, sacerdotes, escribas e fariseus hipócritas, que vos postais nas portas do Templo da Verdade,

não entrais e não permitis a entrada aos que poderiam fazê-lo."

"Ai de vós, sacerdotes e fariseus hipócritas, pois as mulheres de má vida e os afeminados estão na

vossa frente a caminho do Céu."

"Ai de vós, que perseguistes e matastes os Profetas, pois mais um matareis e por todos estes crimes

respondereis."

O PROGRAMA DIVINO E A ORDEM DOUTRINÁRIA

O Programa Divino é a realidade do Espírito e da Matéria, dos Mundos e das Humanidades, e das Leis

Regentes Fundamentais, em função do DETERMINISMO DO PRINCÍPIO, DEUS OU PAI DIVINO, QUE

É O UM ESSENCIAL, ONIPRESENTE, ONISCIENTE E ONIPOTENTE, pois tudo é e se move sobre SUA

DETERMINAÇÃO, para atingir a finalidade, que é retornar ao UM ESSENCIAL, O PRINCÍPIO, COMO

ELE O É, ESPÍRITO E VERDADE. O Evangelho do Verbo Exemplar é o movimento total, de tudo que

deriva do Princípio e a Ele deve retornar. É Alfa e Omega, Origem, Movimento e Finalidade.

Ordem Doutrinária é o ENSINO enviado pelo Princípio, através dos Escalões Direcionais, ou da

Revelação, e, portanto, qualquer pessoa honesta reconhece que na Bíblia tudo que é ENSINAMENTO E

GRAÇA veio por meio de Anjos ou Espíritos Mensageiros Comunicantes. Normalmente, portanto, através de

vultos portadores de Dons Espirituais ou Mediunidades. Do Verbo Exemplar, por exemplo, ficou registrado

que teria os Dons do Espírito Santo SEM MEDIDA.

A Lei e o Verbo Modelo são FATORES DETERMINANTES, e quem estiver contra será fatalmente

esmigalhado, como o Verbo Modelo afirmou. Quanto aos Dons Espirituais, cumpre ler e entender bem os

textos, para saber o que são e para o que servem, sendo cultivados no seio da Lei e do Verbo Exemplar.

QUE NINGUÉM PRETENDA SER JUIZ DE DEUS

A Humanidade está abarrotada de elementos arrogantes, petulantes, portadores de falsas ciências e de

falsas humildades, criadores de purulentas e fétidas conceituações, que julgam ser deprimente falar em Deus,

na Justiça Divina, na Lei de Deus, no Verbo Modelo e nos Dons do Espírito Santo ou Mediunidades.

Entretanto, aos honestos, recomendamos a leitura dos textos seguintes, contra a inteligência dos quais jamais

poderá a contradição humana:

DEUS – Quem não entende de Deus em tudo se complica, porque sem Causa Originária nada existe.

Quem entende do Princípio Onipresente tudo tende a resolver com precisão e felicidade, porque é no

Princípio ou Deus que o PROGRAMA DIVINO tem a Origem, o Movimento e a Sagrada Finalidade a ser

atingida. Deus é o UM ESSENCIAL QUE SE REVELA COMO CRIAÇÃO, e Ele mesmo por fim a tudo

reabsorve, porque é sempre o mesmo UM ESSENCIAL que se manifesta, e se algum tempo deixasse de fazê-

lo, toda a chamada Criação deixaria de existir. Hermes, Crisna, Pitágoras e outros já ensinaram o DIVINO

MONISMO, e o Verbo Modelar e Modelador, vivido por Jesus, foi o exemplificador total, tanto que, Seu

título apocalíptico é – ALFA E OMEGA, tudo que deriva do Princípio e a Ele retorna como ESPÍRITO E

VERDADE.

LEIS DIVINAS OU FUNDAMENTAIS – Eternas, Perfeitas e Imutáveis, tudo resumido na chamada

JUSTIÇA DIVINA, onde não há lugar para falsas misericórdias, favores ou desaforos, tudo isso que é de

fabricação das religiões e das doutrinas de homens, encarnados ou desencarnados. O que não for Justiça

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Divina, de outro modo jamais será. Nos abismos tenebrosos da subcrosta, nos umbrais e nas encarnações

expiatórias, muitos vivem clamando pela Misericórdia Divina, mas ela jamais se apresenta, porque a

presença da JUSTIÇA DIVINA é absoluta. É bem bíblico aquele ensino: APARTAI-VOS DE MIM, VÓS

QUE OBRASTES A INIQUIDADE. É também da Bíblia aquele: PAGARÁS ATÉ O ÚLTIMO CEITIL.

ESPÍRITO FILHO – Toda centelha espiritual, ou filho de Deus, Dele deriva com todas as Virtudes

Divinas em estado latente, e deve desabrochá-las através do processo biológico ou evolutivo, nos Mundos e

nas vidas ou encarnações, enfrentando condições e situações, até vir a ser Espírito e Verdade, ou Uno Total,

ou Deus em Deus. Em Deus nada cresce e nem diminui, Dele tudo deriva e a Ele retorna, e essa é a DIVINA

REALIDADE, O DIVINO MONISMO, A CIÊNCIA INTEGRAL OU DA UNIDADE. Ninguém e nada será

eternamente filho de Deus, tudo voltará ao CADINHO DIVINO, COMO DIVINO. Tudo depende de esforço

íntimo, para tal desabrochamento, pois de fora nunca virão, nem favores, nem desaforos e muito menos as

falsas misericórdias, inventadas pelos tribofeiros fabricantes de religiões e clerezias, cujas artimanhas visam

sempre o dinheiro e a obediência dos tolos ou simplórios.

PERISPÍRITO OU CARRO DA ALMA – Primeiro forma-se, nos primórdios evolutivos da centelha, a

coroa de Luz Divina, depois seis coroas energéticas, onde formam-se também os chacras ou plexos. Sem os

chacras ou plexos não haveria como funcionar os sentidos físicos e as faculdades mediúnicas, os Dons do

Espírito Santo. O perispírito tem começo e fim, pois se vai divinizando ou sublimando, com a divinização do

seu dono, e, quando este se tenha tornado UNO, ESPÍRITO E VERDADE, o carro da alma não tem mais o

que fazer.

A ORDEM DOS RABINOS – "Toda comunidade judaica deve girar em torno da sinagoga e do

rabino". E o Povo Escolhido, fazendo isso, cometeu tremendos erros, criando para si terríveis sofrimentos

através dos milênios.

A ORDEM DE DEUS – Entender o que foi prometido por Deus através dos Patriarcas; reconhecer a

Lei de Deus como Supremo Documento; prestar atenção nas promessas sobre o Derrame de Dons Espirituais

para toda a carne; prestar atenção para aquilo que está prometido em Malaquias, cap. 4, versículos 5 e 6;

entender a significação do Verbo Exemplar, vivido por Jesus; saber o que significa a Ressurreição, o retorno

à Unidade Divina, de tudo que deriva da Unidade Divina; entender e procurar estender sobre a Terra o

Glorioso Pentecostes, o Derrame de Dons para toda a carne; reconhecer que o trabalho apostolar girou em

torno da Lei Moral, da imitação do Verbo Modelo e do nobre cultivo dos Dons do Espírito Santo, para jamais

faltar a Consoladora Revelação; jamais esquecer o que adverte o Apocalipse, a partir do cap. 14, sobre os

tempos de restauração doutrinária, tendo por base viver a Lei Moral, imitar o Verbo Exemplar e cultivar

nobremente os Dons Mediúnicos, a fim de acabar com as purulentas clerezias, ou religiosismos profissionais,

pondo também fim aos abomináveis sectarismos e aos mórbidos fanatismos por homens, livros, médiuns,

capciosos programas editoriais e muitas outras sujidades humanas.

ALERTA SOBRE A HORA APOCALÍPTICA

Ninguém descure do que deve saber sobre o Princípio ou Deus; sobre o Espírito-filho de Deus, em

termos de Origem, desabrochamento de Virtudes Latentes e Sagrada Finalidade a ser atingida; sobre a

Matéria e suas utilidades; sobre o perispírito, com seus chacras e plexos; sobre o retorno do Espírito-filho à

Unidade Divina; e sobre a importância que a Revelação contém, e portanto no quanto influi, no processo de

retorno do Espírito-filho ao Seio Divino.

Ninguém descure do que deve saber, sobre o que terá de acontecer antes de findar o segundo milênio,

para que os filhos de Deus, lotados no Planeta, se compenetrem, de uma vez para sempre, do que significam

a Lei de Deus, o Verbo Modelo e o cultivo decente dos Dons que permitem a comunicabilidade dos Anjos ou

Espíritos Mensageiros.

E ninguém descure, também, de tudo quanto Deus prometeu a Israel, e cumpriu, jamais havendo em

Deus culpa alguma, por tudo quanto o Povo Escolhido fez de errado, vindo a sofrer tudo quanto sofreu e

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sofre, por desprezar os ENSINOS e as GRAÇAS DE DEUS, para andar atrás de padres ou rabinos,

vendedores de simulacros blasfemadores.

Sendo certo que ninguém irá trazer outra Lei de Deus, e que não será necessária a vinda de outro Verbo

Modelar e Modelador, e nem a entrega de outro Glorioso Pentecostes, e de outro Profético Apocalipse, fica

dito que, apenas, cumpria que viesse aquele semelhante ao Filho do homem, para tudo restaurar, vindo a ser

também aquele que com VARA DE FERRO terá de guiar. Porque, se os filhos de Deus se derem a aguardar

os acontecimentos, eles fatalmente acontecerão... E se acharem de não os aguardar, eles fatalmente

acontecerão, causando angústias e desesperos muito mais vastos e profundos. De tanto atraiçoar a Lei em

nome da Lei, o Verbo Modelo em Seu mesmo nome, e blasfemar contra os Dons do Espírito Santo, as

religiões, os sectarismos e os mórbidos facciosismos cavaram para a Humanidade o abismo espiritual e moral

em que se encontra. O Apocalipse aponta para os fatos que hão de tudo RENOVAR. A Israel, portanto,

cumpre cooperar, para que as gerações futuras não mais chafurdem nas mesmas ignorâncias e desgraças.

(boletim de Osvaldo Polidoro)

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O VELHO TESTAMENTO

As Grandes Bíblias, uma vez estudadas, fazem reconhecer as Verdades Iniciáticas Fundamentais, vindas

através de remotos tempos, centenas de milênios, e desmancham essa coisa repugnante que é o fanatismo religioso,

sectário, e o fanatismo por homens, livros, médiuns, etc. Ensinam que boa é a VERDADE, não homens ou religiões.

(...)I – Velho Testamento, começando por Moisés e terminando em Malaquias, relatando profundos ensinos

iniciáticos, mais tarde queimados e perdidos, depois restaurados de maneira incompleta, contraditória. Contém a Lei de

Deus ou Moral Divina, promete a vinda do Cristo Exemplo de Conduta e o Derrame de Espírito sobre a carne;

(...)N – Novo Testamento, provando as profecias do Velho, isto é, a vinda do Messias Exemplo de Conduta, o

Derrame de Revelação ou Espírito sobre a carne, etc. Convém lê-lo com honestidade, porque contra Jesus e Sua Tarefa

Imortal se levantariam todas as pedradas contraditórias, todas as traições, como afirmou o Profeta Simeão, e elas estão

no mundo, fantasiadas de verdadeiras...; (Evangelho Eterno)

ENOQUE

Pelas escrituras, no pré-dilúvio, sendo ele a sétima geração depois de Adão (Gen, 5, 23), Enoque teve um filho,

Matusalém aos 65 anos, e andou com Deus durante mais 300 anos. Ouviu de Adão a narrativa da triste queda (Adão

raça primitiva advinda a este planeta, expulsa de outra constelação).

Ao ver-se pai, compreendeu as obrigações de um filho de Deus e meditou profundamente sobre o infinito amor

de Deus. Foi dentro da família, como esposo, pai, amigo, cidadão que se mostrou servo do Senhor inabalável. De

extenso saber, fazia revelações de Deus, seu estado de comunhão era perene. Angustiado pela crescente iniquidade dos

ímpios, temendo que a deslealdade deles pudesse diminuir sua reverência para com Deus, apartava-se, ficando em

meditação e oração.

Através de anjos, foi-lhe revelado que Deus tinha o propósito de um dilúvio e um plano de redenção. Pela

Profecia, as gerações que viveriam após o dilúvio conheceram-no.

Enoque foi pregador da justiça, sendo procurado por todos os que temiam a Deus para que partilhasse os

conhecimentos. Seus labores não se restringiam aos setitas. Na terra em que Caim procurara fugir da presença divina,

Enoque tornou conhecidas as maravilhosas cenas (nos dias de hoje, podemos lê-lo nos manuscritos do Mar Morto) que

passavam diante de sua visão: “Eis”, declara, “que é vindo o Senhor com milhares de Seus santos, para fazer juízo

contra todos, e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade”, (Jud 14 e 15).

O poder de Deus fazia-se sentir. Muitos atendiam às advertências, outros zombavam. Enoque instruía e

advertia o povo durante um período, depois passava tempos em solidão, em sua comunhão com Deus e, quando destes

períodos saía, mesmo os ímpios contemplavam com admiração a impressão celestial em seu rosto.

Batalhou fielmente contra o mal prevalecente até que Deus o removeu do mundo. Enoque “foi trasladado para não ver

a morte,... visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus”. (Heb 11, 5)

Esta foi uma das vidas em que o Pai Divino não deixou corpo.

“A Raiz do Profetismo está nos Vedas, pois foi lá que o foi buscar Henoch, o Grande Patriarca de antes do

dilúvio, antes do desaparecimento da Atlântida. O que chamavam de poderes ocultos e transcendentais, nada mais era

do que o Mediunismo ou culto das faculdades mediúnicas.

Ainda que fosse por mero respeito às nossas mesmas encarnações remotíssimas, muitos dos que ora se julgam

espíritas, pelo simples fato de conhecerem quatro ou cinco sentenças de última hora, deviam lembrar o Profetismo

Histórico, e deixar na mente atacanhada um lugarzinho para esse preito de gratidão.”(Bíblia dos Espíritas)

O LIVRO DE ENOQUE

O Livro de Enoch foi retirado do corpus bíblico por ser apócrifo, e isto comporta duas acepções, tanto a de

oculto, quanto a de ser pouco confiável. É preciso lembrar que os sucessivos concílios mudaram muito a estrutura dos

textos que figuram na Bíblia, e que inclusive cerca de três mil alterações foram introduzidas quando da publicação da

Vulgata. Embora este livro tenha sido retirado da oficialidade canônica, não deixa de ser citado muitas vezes (Lucas 3,

37; Hebreus 11, 5; Eclesiástico 44, 16 e em 49, 14). Foi no século XVIII que um viajante inglês reencontrou esse Livro,

numa versão etíope de boa qualidade. Quanto à redação original, os exegetas estão de acordo quanto à possibilidade de

ter ocorrido por volta do século III antes de Cristo.

O VELHO TESTAMENTO

RESUMO DA HISTÓRIA DO POVO HEBREU

A Palestina tem o território cortado pelo rio Jordão, tornando fértil seu vale; seu relevo é formado de colinas e

montanhas de solo muito pobre e seco. As tribos dos semitas (descendentes de Sem, filho de Noé) chegam até a Terra de Canaã (assim chamada porque ali habitavam os cananeus) em 2000 aC e

dedicam-se a atividades agrícolas e pastoris, disputando o domínio da região com os filisteus e cananeus. PATRIARCAS

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Esta fase (e a história o povo hebreu propriamente dita) inicia-se com a liderança de Abraão, originário da Caldéia, que anunciava o Deus único, a nova

cultura monoteísta que cimentaria a unidade dos hebreus. Depois dele vêm os patriarcas Isac e Jacó.

Jacó será pai dos 12 filhos que, com suas 12 tribos, formarão a nação Israel. Em 1700 aC estabelecem-se no Egito, nesta época dominado pelos hicsos. Quando os hicsos são expulsos dali, os hebreus são reduzidos à escravidão até

o ano de 1250 aC, quando acontece o Êxodo do povo hebreu, liderado por Moisés* que, durante a caminhada, no Monte Sinai, receberá de Deus a Sua Lei, os Dez

Mandamentos. Com a liderança de Josué chegam à Palestina (entram por Jericó) e iniciam a luta pela reconquista da terra. Para isso é necessária a centralização política,

vem o período de

JUÍZES Esses líderes temporários enfrentaram os guerreiros filisteus que ocupavam o litoral. Destacaram-se entre eles: Gideão, Sansão, Gefté e Samuel**.

Samuel buscou pôr fim às divergências tribais, o que se concretizou com seu sucessor, no período dos

REIS O primeiro deles foi Saul, da tribo de Benjamim, que, vendo-se vencido, suicida-se caindo em cima de sua espada. No século XI aC Davi reverte o quadro

militar e vence os inimigos, tornando o Estado israelita forte e saudável, aumentando suas fronteiras, tendo sua capital em Jerusalém.

No século X, o Reino Hebraico conhece o seu apogeu nas mãos de Salomão, que chegou a controlar as grandes rotas terrestres do comércio oriental. Seu sucessor, dentre tantos filhos, Roboão, lutará contra Jeroboão, sucessor profetizado, e acontece então o

CISMA

Divide-se o Reino em duas partes: Ao Norte ficarão as 10 tribos lideradas por Jeroboão, no Reino de Israel, capital Samaria.

Ao Sul, 2 tribos lideradas por Roboão formarão o Reino de Judá, capital Jerusalém.

Após a morte de Salomão seguiu-se uma guerra civil sangrenta, e a nação dividiu-se em Israel ao norte e Judá ao Sul. Elas caíram na idolatria e no

pecado, e Deus suscitou profetas – homens que declaravam a vontade do Senhor ao seu povo – para chamá-los ao arrependimento. Ambas as nações ignoraram as

advertências dos profetas, e finalmente os inimigos destruíram ambas (Israel foi destruída pela Assíria em 723 aC e Judá pela Babilônia em 586 aC. Os seus

dirigentes foram tomados cativos e enviados ao exílio). Mais tarde, muitos descendentes dos exilados regressaram à Palestina. Um grupo retornou em 538 aC e reconstruiu o templo; outro voltou em 444 aC e

reconstruiu os muros de Jerusalém sob a liderança de Esdras e Neemias. Israel voltou à velha prática do pecado e da indiferença; e com o término do Período do

Antigo Testamento, ouvimos a voz do profeta Malaquias condenando os caminhos pecaminosos do povo.

Escrito em aramaico, hebraico e grego, relata a história do povo hebreu num período de quase 2000 anos, sua

formação, sua destinação, o cultivo dos Dons em seu seio, a ação de Deus sobre os homens.

Os livros do Velho Testamento dividem-se em:

1 – PENTATEUCO: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, são os cinco primeiros livros.

Somente para a palavra Deus apresentam os vocábulos Iave, Elohim, Eloah (poético), Adonai (Senhor), Saddai

(Onipotente), Elion (Altíssimo). Foram escritos por Moisés, que se valeu de amanuenses.

1-a Gênesis

Relata as origens do Universo e do gênero humano até a formação do povo de Israel e a estada no Egito. É no

capítulo 4 que aparece pela primeira vez o nome de Enoch* (e também no capítulo 5), apesar de que apenas em

Hebreus 11, 5 ficamos sabendo que desencarnou sem deixar corpo e em Judas, 1, 14 aprendemos que o Senhor veio

entre suas santas miríades.

1-b Êxodo

Conta a saída dos israelitas do Egito, conduzidos por Moisés* que, aos pés do Monte Sinai recebe de Deus os

Dez Mandamentos. O povo faz o pacto.

SOBRE MOISÉS (do livro “Pelos Caminhos da Bíblia”)

Além disso, para explicar as crenças religiosas de Moisés, muitos observadores conjeturam que os sacerdotes

descontentes da corte de Akhenaton podem ter formado seu próprio culto e Moisés pode ter assimilado as ideias deles.

Finalmente, Moisés gaguejava porque não falava hebraico e, por isso, precisava de seu irmão Aarão como tradutor.

“Nem por isso a Bíblia é menos verdadeira, explicara-me Lucy Plitman, professora da Universidade de Tel-Aviv e

defensora desta teoria. “Pelo contrário, isso a torna mais ainda plausível. “Quero usar o ceticismo para chegar à

verdade”.

Os comentadores tradicionais não aceitam este ponto de vista. Para eles, Moisés desfrutou de uma posição

extraordinária por ser uma pessoa extraordinária. Citando uma frase na qual o Senhor diz a Moisés: “Faço de ti como

um deus para o faraó”, Philo, o escritor judeu do século 1 a. C., escreveu o seguinte: “Não é verdade que Moisés

desfruta uma parceria maior com o Criador de todas as coisas ao ser considerado digno de ser chamado da mesma

maneira que Ele?” Moisés, em sua opinião, “foi o maior de todos os homens e o mais perfeito que jamais existiu”.

Moisés desce da montanha com as tábuas e não percebe que a pele de seu rosto resplandece, irradiando luz.

Como a palavra significando radiante, karan, é semelhante à que significa chifre, keren, ela foi traduzida de maneira

errada na Vulgata latina, onde consta que o rosto de Moisés estava encimado por chifres, o que levou à imagem

incorreta da estátua do Moisés de Michelangelo representado com dois chifres de bode. Seja como for, o rosto

resplandecente de Moisés intimida os israelitas e a passagem pelo Monte Sinai termina com Moisés colocando um véu

sobre a face, escondendo-a de seu povo. O véu é uma metáfora adequada para essa série de capítulos, pois parece

resumir a mudança de condição que ocorre no Monte Sinai: quando Moisés fala diretamente com Deus, ele retira o véu;

quando fala com o povo, ele o põe de volta. Moisés tornou-se um intermediário – não mais mundano nem inteiramente

divino. Neste aspecto, ele é como a própria montanha, uma ponte entre o povo e Deus, um corpo terreno impregnado

de luz.

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SOBRE O TABERNÁCULO

Mais exatamente no vigésimo dia do segundo mês do segundo ano desde o Êxodo, uma nuvem que Deus vinha

usando para proteger os israelitas se eleva do tabernáculo e a população inicia a sua jornada partindo do Monte Sinai. O

grupo caminha organizado segundo as tribos. São 12 tribos ao todo. Dez delas – Aser, Dã, Neftali, Issacar, Judá,

Zabulon, Gad, Rúben, Simeão e Benjamin – são as dos filhos de Jacó. As duas últimas – Manasses e Efraim – são as

dos filhos de José. E os descendentes do outro filho de Jacó, Levi, são sacerdotes. As tribos levam o Tabernáculo, que

contém a Arca da Aliança. A cada vez que a arca se põe em movimento, Moisés exclama: “Levanta-Te, Senhor, e os

inimigos se dispersem. Fujam diante de Ti os que Te odeiam!”

Quando os espiões vão até a Terra Prometida para sondar o ambiente, diz o texto que

“o que eles realmente fizeram na Terra Prometida foi colher algumas romãs e figos, bem como cortar um ramo

com um cacho de uvas, que levaram de volta suspenso por uma vara. Essa imagem de dois homens carregando uvas

tornou-se tão famosa como símbolo da Terra Prometida, que o Ministério do Turismo de Israel a usa como logotipo.

Depois de 40 dias, os espiões voltam a Cades e fazem seu relatório. “Entramos na terra à qual nos

enviastes. De fato, é uma terra onde corre leite e mel”. Isto provavelmente se refere ao leite de cabra e ao mel das

abelhas, segundo explica Avner, embora alguns comentaristas bíblicos sugerissem que o mel poderia ser uma

referência ao néctar das frutas, como figos e damascos. Uma outra linha de pensamento afirma que a expressão leite e

mel é metafórica e significa que o país dispunha de animais em abundância. De qualquer maneira, o primeiro relatório

é desfavorável. “O povo que vive nesta terra é muito forte”, dizem os espiões. “As cidades são fortificadas e enormes.

Vimos ali descendentes de Enac”, um nome derivado da palavra hebraica que significa “pescoços longos”, durante

muito tempo interpretada como “gigantes”.

Ainda assim, como em outras incontáveis missões de espionagem através da História, espiões diferentes

interpretam a informação de maneiras diversas. Caleb, um dos membros do grupo, se levanta para dar a sua opinião:

“Vamos subir e conquistar a terra, pois somos capazes de fazê-lo, diz ele. No entanto, a maioria de seus companheiros

discorda, dizendo: “não podemos enfrentar esse povo, porque é mais forte que nós”. Diante de tais notícias, os israelitas

passam metade da noite gritando e se lamentando e acabam por se voltar contra Moisés e Aarão: “Não seria melhor

voltarmos ao Egito?” Frustrado, Josué e Caleb rasgam suas roupas e imploram à comunidade: “A terra que

percorremos e exploramos é uma terra excelente. Se o Senhor nos quer bem, ele nos introduzirá nela e nos dará esta

terra, onde corre leite e mel.”

Quando a comunidade ameaça apedrejá-los, a “glória do Senhor” aparece diante do povo. Mais uma vez, Deus

ameaça destruir o povo, e Moisés o convence a não fazer isso dizendo: “Se, pois, fizeres morrer este povo como se

fosse um só homem, as nações que ouvirem tais notícias a teu respeito comentarão: “O Senhor foi incapaz de introduzir

o povo na terra que lhes prometeu, por isso os massacrou no deserto”. O Senhor perdoa o povo, mas o castiga: todos os

que têm mais de 20 anos morrerão no deserto. “Nenhum de vós entrará na terra na qual jurei fazer-vos habitar”,

com exceção de Caleb e Josué, recompensados pelo seu otimismo. Os outros espiões são dizimados por uma praga

enviada por Deus. No entanto, os israelitas logo desconsideram o aviso de Deus e vão sozinhos - sem Moisés e sem a

Arca – para o alto da Terra Prometida, onde são “destroçados” pelos amalecitas e cananeus, exatamente como os

britânicos no mesmo local três mil anos depois.(...)

Ao avançarem para reivindicar seu destino sem a Arca da Aliança, os israelitas aprendem uma lição ainda mais

importante. A Aliança consiste em uma relação triangular entre o povo, a terra e Deus. Sem Deus, o povo não merece a

terra e não pode conquistá-la. Sem a Arca – e os Mandamentos dentro dela – o povo está indefeso.

E isso, enfim compreendi, apontava para a maior lição da primeira metade de Números e para o que eu vinha

escutando em minhas conversas com Ramadan, com Ofer, com Rami: o deserto é um caldeirão onde os israelitas

precisam se fundir. O deserto não apenas purifica, mas também constrói. No Êxodo, o deserto é um vasto mar de

areia, onde os israelitas se livram de seu passado acorrentado e recebem a lei escrita de Deus. Números conta a história

mais complicada. Os israelitas iniciam a jornada rumo à Terra Prometida, mas a cada passo do caminho relutam em

depositar a sua fé em Deus. Afinal, depois do incidente provocado pelos espiões, Deus fica tão zangado que demonstra

a sua fúria. E qual a punição que aplica? Não os mata. Não os manda de volta para o Egito. Sequer retira sua promessa

de dar-lhes a terra. Em vez disso, condena-os a passar “quatro décadas no deserto”. Só depois de viverem esse tempo

adicional no deserto terão expurgado inteiramente seu passado para ser uma nação de Deus. E merecer seu lado do

triângulo.

As rebeliões constituem, portanto, uma reviravolta importante no Pentateuco, a crise que assinala o fim do

segundo ato. O último terço da história, que inclui o final de Números e todo o livro do Deuteronômio, será dedicado a

contar como os israelitas finalmente se transformam em um povo. O deserto, que deu vida aos israelitas, deverá agora

lhes tirar a vida para fazer nascer uma nova geração. É o ciclo mais antigo da Bíblia: criação, destruição, recriação. E

são esses papéis que aparentemente se bifurcam, que refletem diretamente uma função dupla de Deus, que Ben-Gurion

parece ter entendido no que se refere ao deserto: por fazer exigências, é um lugar que forja o caráter; por ser

destrutivo, cria interdependência; por ser isolado, forma o senso de comunidade. Por ser o deserto, constrói nações.

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1- c Levítico

Regula o culto religioso da época (são os levitas que formam o clero consagrado ao serviço do santuário).

1- d Números

Recenseamento do povo e fatos acontecidos nos 40 anos da caminhada no deserto.

1- e Deuteronômio

Segunda Lei, Moisés retoma a legislação e adapta para a vida sedentária que teriam ao adentrar na Palestina.

Moisés não adentrou na Terra Prometida (por ter desobedecido a ordem divina de ordenar que a fonte vertesse

água... ele bateu com a vara nas pedras fazendo a água verter, mas não cumpriu corretamente o que lhe fora mandado),

sendo Josué o escolhido para tanto. Este livro relata os maravilhosos acontecimentos da conquista.

SOBRE O PENTATEUCO, trecho do livro “Pelos caminhos da Bíblia”

A maioria dos estudiosos acredita que o Deuteronômio é um acréscimo feito em ocasião posterior, aposto

quando os outros quatro livros já estavam prontos. De acordo com este ponto de vista, a Tora era originalmente o

Tetrateuco, e só se tornou o Pentateuco com a adição do quinto livro. Como escreveu o estudioso William Hallo: “O

Deuteronômio ocupa uma posição única na Bíblia hebraica. Talvez mais do que qualquer outro livro bíblico, pode

reivindicar o fato de ter sido um livro avulso antes de ser incorporado ao cânone.”

Se isso for verdade – e a maioria dos estudiosos acredita que sim -, por que o livro foi acrescentado? Por que

não parar em Números, com os israelitas tendo terminado a jornada pela região e prestes a atravessar o Jordão? Essas

questões dividem os estudiosos. Alguns vêem os discursos do Deuteronômio como um sermão a respeito de

responsabilidade coletiva, outros como uma elaborada renovação da aliança, outros ainda como uma previsão profética

dos problemas que os israelitas enfrentariam no futuro. O ponto sobre o qual os estudiosos estão de acordo é que o

objetivo central do texto é unir os israelitas em seu compromisso com Deus. Como indica o nome hebraico do livro,

mishne tora, o Deuteronômio é uma cópia da Tora, uma repetição da lei. Assim, Moisés recorda a jornada dos

israelitas de suas responsabilidades com povo. Na verdade, Moisés lidera uma reeducação pública de seu povo, um

seminário coletivo no deserto.

Esse colóquio é necessário porque a população dos israelitas que se prepara para entrar na Terra Prometida não

conhece sua própria história, ou conhece muito pouco. Ninguém – com exceção de Josué e Caleb – estava presente

durante o Êxodo. Toda a população morreu, como Deus determinara depois da rebelião por causa dos espiões. Moisés

tem diante de si um bando de tribos disparatadas, cada uma delas formada exclusivamente por pessoas nascidas no

deserto.

2 – HISTÓRICOS: Josué, Juízes, Rute, Samuel (I e II), Reis (I e II), relatam a história do povo de Israel desde a

conquista da Palestina até o exílio na Babilônia (586 aC). Temos ainda Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite,

Ester, Macabeus

Reis: Samuel deve conservar o Povo Eleito unido. O povo pede um rei e Samuel profetiza: será Saul (1020

aC). Honrou-o e ungiu-o (I Samuel, 10, 27); porém por duas vezes foi desobediente: desobedeceu Samuel e foi, então,

avisado de que não mais seria de sua família o trono. Desobedeceu a Deus quando não destruiu completamente os

invasores amalequitas.

Samuel unge, então, Davi (Reis 16, 14; este futuro rei acalmava Saul nas perseguições espirituais que sofria.

Davi mata Golias e enche Saul de inveja. Davi foge (Livro de Rute)

Perdendo na perseguição que fez, deseja falar com Samuel (já desencarnado). Vai a En-Dor, e a pitonisa (uma

vida de Mãe Maria) promove por fenômeno mediúnico o diálogo entre Saul e Samuel. Samuel reitera que Israel será

derrotada pelos filisteus e ele, Saul, com seus filhos, serão mortos no dia seguinte. Davi faz uma longa lamentação pelo

desencarne de Jônatas, seu amigo (II Samuel, 1, 17).

Em 1000 aC, Davi sobe ao trono (Salmos, 78, 70) e ergue novo Tabernáculo em Jerusalém. Já velho, aparecem

Adonias e Salomão para a sucessão.

Salomão toma posse de uma Israel em paz, no ano de 961 aC (Reis 4, 25). Em 950 aC consagra a Casa de Deus

(que será destruída por Nabucodonosor em 586 aC) . Salomão ativou empreendimentos comerciais, constrói estaleiro,

fundição. Há grande esplendor em sua corte de 700 esposas e 300 concubinas. Como construía templos aos deuses de

suas mulheres pagãs (I Reis, 14, 9), Deus fica indignado. Salomão desencarna mais jovem que seu pai. A pesada carga

de impostos pesa muito nas costas do povo.

Roboão, seu filho, apesar de néscio e frívolo, é o único que aparece para reclamar o trono do pai. Jeroboão

também o deseja (havia sido profetizado como futuro rei e Salomão manda matá-lo)

Cisma (Dt, 17, 14)

Vários são os governantes nas duas partes em que se divide o reino (Judá e Israel), mas o quinto governante de

Israel faz aliança de seu filho Acabe para um casamento com Jezabel, moabita, adoradora de Baal. Aparece então

Elias*, o tisbita. Em Reis 17, 1 há o caso em que ele é alimentado pelos corvos em época de seca. Elias prediz que

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Acabe terá seu sangue lambido por cães. Em II Reis 9, 10 lemos que Jezabel foi pisoteada e morta pelos cavalos, tendo

sua carne comida por cães.

Elias é levado ao céu (novamente desencarna sem deixar corpo) por uma carruagem de fogo, deixando Eliseu

**, profeta que não escreveu, mas que tem os assuntos em que se envolveu descritos em 4 capítulos da Bíblia.

As Crônicas e Esdras-Neemias retomam estas mesmas histórias sob pontos de vista particulares, desde o reino

de Davi até a formação da sociedade judaica depois do retorno do exílio (em torno de 430 aC).

SOBRE ELIAS

Após o desencarne de Salomão (em 931 aC), o reino hebreu dividiu-se em duas partes, Reino de Israel (10

tribos, ao norte, capital Samaria) e Reino de Judá (2 tribos, ao sul, capital Jerusalém).

Por motivos comerciais, os sírios bíblicos (arameus) vinham se infiltrando na região de Samaria. O rei Onri, de

Israel, fez uma sólida aliança com os fenícios, temendo invasões. Tal aliança foi selada pelo casamento da filha do rei

de Tiro, a voluntariosa Jezabel, com o herdeiro de Onri, seu filho Acab. Tal foi a contribuição de Jezabel para os

negócios do reino durante o reinado do 19 anos do reinado de seu marido, que seu nome ainda hoje é lembrado como

sinônimo de mulher imoral.

O pai de Jezabel era sacerdote de Astarté, a deusa fenícia, e ela criou-se nesta atmosfera ritualística, devotada

adoradora de Baal. Exerceu uma notável ascendência sobre o marido, influenciando-o em política e tendo palavra

decisiva em religião: o culto de Baal difunde-se e quem segue o verdadeiro Deus é perseguido, sendo os sacerdotes

mortos. Um desrespeito tão chocante pelos costumes israelitas não podia passar sem defesa, e ambos, Acabe e Jezabel,

viram-se diante de Elias, o tisbita.

Elias é o homem que está, por Deus, presente para dar fim a essa situação. É profeta de estilo de vida ascético,

eremita. A iconografia tradicional retrata-o coberto de peles, ou com uma capa branca sobre uma túnica escura. Seu

nome significa “Meu Deus é Iavé”. Sua tarefa: restaurar a tradição, pôr termo ao sincretismo, iconoclasta por essência.

Seu carisma é claro e potente: segundo Ricciotti – em História de Israel, “Aquilo que ele, o profeta, diz em vista de

sua missão, é Deus quem o diz; este substitui Aquele e ambos, Quem envia e quem foi enviado, na prática são a

mesma coisa. Mesmo enquanto indivíduo, o profeta vive em relação muito íntima com Deus, chegando quase a despir-

se da sua personalidade: Deus e a sua missão o conquistaram a tal ponto que ele realiza ações consideradas indecorosas

e inconvenientes pela maioria dos homens”.

Seus feitos podem ser lidos na Bíblia, nos livros I e II de Reis, no Velho Testamento. Testemunham

gloriosamente o uso nobre e santo dos dons mediúnicos que, produzindo sinais e prodígios, atestam à humanidade da

época (e até hoje) a onipotência de Deus.

Quando o número de judeus diminuíra demais (pela perseguição e dispersão), Elias anuncia, como punição

divina, uma grande seca e, quando ela tem início, ele instala-se ao lado de uma torrente, aonde corvos levam-lhe pão e

carne como alimento. Ao secar também tal torrente, o profeta dirige-se a Sarepta, abrigando-se na casa de uma viúva,

fazendo ali o prodígio de não faltarem mais óleo e farinha naquele lar, ressuscitando também o filho dela.

Acab, vencido pela seca, um ano depois, manda pedir um encontro com Elias no Monte Carmelo, onde estarão

450 sacerdotes de Baal e o profeta de Deus.

Elias propõe que sejam esquartejados dois novilhos, colocados sobre lenha, e que o nome do Deus de cada um

seja invocado; aquele que responder enviando fogo é o Deus verdadeiro. O profeta manda ainda que sua fogueira seja,

por três vezes, regada com bastante água, e então faz a invocação e... “o fogo do Senhor baixou do céu, devorou o

holocausto, a lenha e as pedras”. Todos os profetas de Baal foram mortos pelo povo. A chuva volta a cair em seguida.

Sempre amparado pelas legiões do Senhor, a darem-lhe alimento e consolo, caminha por 40 dias, até chegar ao

Monte Horebe, onde recebe instruções de Deus a respeito de quem ele deverá ungir como reis da Síria e Israel, assim

como o outro profeta que ficará em seu próprio lugar: Eliseu.

Josafá, competente rei do reino do Sul, estava em Samaria, e concordou em aliar-se a Acab para

reconquistarem Ramote, mas ele não faria nada sem antes ouvir os profetas de Deus. Acab envia 400 profetas de Baal,

que anunciam falsamente muito sucesso, mas Josafá insiste em ouvir um hebreu. O único que restara ali era Micaías, e

ele, ao profetizar, anuncia a morte de Acab.

Este entra disfarçado na luta, e uma seta penetra-lhe as juntas da ombreira da armadura, tendo os cães lambido

seu sangue, exatamente como Elias predissera. Acabam os 19 anos de seu péssimo reinado, iniciando agora o do

ineficaz Acazias.

Elias também enfrenta Acazias, (porque ele havia consultado Belzebub, deus de Acara) mandando línguas de

fogo descerem do céu sobre os dois batalhões de 50 enviados do rei que tinham a missão de marcarem um encontro

com o profeta. Quando chegou um terceiro grupo, seu comandante implora pelas suas vidas e só então Elias

acompanha-os até o leito de Acazias, que jazia doente, anunciando-lhe que desencarnará.

Jezabel também encontrou o fim profetizado por Elias: Recostada numa janela, repreendia Jeú, grande

comandante das hostes de Israel, e foi empurrada para as ruas por eunucos, pisoteada pelos cavalos daquele chefe,

tendo sua carne sido comida pelos cães.

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A vida de Elias aproxima-se do fim. Perto de Jericó, caminha às margens do Jordão em companhia de Eliseu

(Vida de João Evangelista). Bate nas águas com seu com seu manto e elas separam-se, a fim de que ele passe com o pé

enxuto. Enquanto conversam, “um carro de fogo e cavalos de fogo os separam, e Elias sobe aos céus num turbilhão“.

Não houve túmulo: sua saída da carne sem deixar corpo deixa esta marca indelével mais uma vez na nossa

história.

3 – DIDÁTICOS: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico.

Os Salmos, Jó e os Provérbios (nas bíblias hebraicas) e nas edições cristãs acrescentadas de Eclesiastes,

Cântico dos Cânticos (essencialmente lírico), Livro da Sabedoria e o Eclesiástico (ou de Jesus de Sirac) formam um

grupo de livros denominados poéticos. São também chamados de sapienciais por falarem muito de sabedoria.

O livro de Jó tem um lugar muito especial nas Escrituras. Fala sobre o terrível sofrimento de um servo de Deus,

e como ele e seus amigos procuraram fazer sentido da angústia dele. A pessoa que lê a Bíblia de começo ao fim, não

achando nenhuma data no livro de Jó, poderia pensar que fora escrito depois de Ester, o livro anterior nas nossas

Bíblias. Mas as evidências sugerem que Jó viveu bem antes de Ester.

O livro de Salmos contém algumas das mais ricas expressões de louvor já escritas. A diversidade dos salmos

traz uma riqueza especial à sua qualidade como exemplos de adoração. Eles tratam de toda espécie de experiência

humana. Falam de vitória e alegria, e de medo e perseguição. Refletem as emoções de homens espirituais gozando

comunhão com o Criador, e de pecadores sentindo falta dele. Pedem bênçãos sobre os justos e punição dos ímpios.

É uma coleção de 150 poemas dividida em 5 livros. A metade dos salmos foi escrita por Davi. Os títulos o

identificam como autor de 73 salmos. Atos 4:25 e Hebreus 4:7 atribuem mais dois ao segundo rei de Israel. Salomão, o

filho de Davi, acrescentou mais dois (72 e 127), e Moisés escreveu um (90). Vários homens que conduziam o louvor

em Jerusalém (Asafe, Etã e os descendentes de Corá) escreveram 25 dos salmos. Os autores de quase um terço dos

salmos não se identificam.

As datas dos salmos abrangem, pelo menos, nove séculos. Moisés escreveu no 15º século a.C., e alguns dos

salmos foram escritos depois da volta do cativeiro (veja, por exemplo, Salmo 147:2), que aconteceu no 6º século a.C. A

grande maioria vem da época do reino unido, quando a arca da aliança foi levada a Jerusalém, e o templo foi construído

naquela cidade.

A diversidade dos salmos traz uma riqueza especial à sua qualidade como exemplos de adoração. Eles tratam

de toda espécie de experiência humana. Falam de vitória e alegria, e de medo e perseguição. Refletem as emoções de

homens espirituais gozando comunhão com o Criador, e de pecadores sentindo falta dele. Pedem bênçãos sobre os

justos e punição dos ímpios. Podemos aprender muito das diversas experiências de Davi, Asafe e outros salmistas de

Israel.

Está no capítulo 82 do Livro de Salmos “Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo”, frase que Jesus

pronuncia.

Eclesiástico é um dos livros deuterocanônicos da Bíblia, de composição atribuída a Jesus filho de Sirach. O

livro, formado por reflexões pessoais do autor, é comumente lido em templos cristãos. O livro foi originalmente escrito

em hebreu e, posteriormente, traduzido para o grego por um neto de Jesus filho de Sirach. O Eclesiástico é tido como

sagrado pela maioria dos grupos cristãos, como a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa Etíope. É reconhecido no

judaísmo pelo seu valor histórico; porém, não é parte do Tanakh, o compêndio de livros sagrados da religião. Por esta

razão, grupos protestantes não o incluem em seu cânone.

O livro de eclesiastes faz parte dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã e judaica

É o nome de um livro poético da Bíblia. Na Bíblia hebraica o nome dele é Kohelet. Embora tenha seu significado

considerado como incerto, a palavra tem sido traduzida para o português como pregador ou preletor (aquele que

explica). A maior parte vem dos escritos atribuídos tradicionalmente ao rei Salomão, por narrar fatos que coincidiriam

com aqueles dias de sua vida.

4 – PROFÉTICOS: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, os 12 Profetas menores (Amós, Oséias,

Joel, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias).

Isaías dá notícias dos reinos de Jerusalém e Judá, com as condições morais reinantes. Rei Josias e a derrota

perante os babilônios, o cativeiro (Isaías, 47, 6)

Ezequiel* promove sermões para preparar uma geração disciplinada e preparada para sair do cativeiro.

Sairão pela mão dos persas. Daniel** é amigo do filho do rei babilônio. Decifra o sonho em que Deus avisa

que o reinado babilônio acabou.

Em 538 aC não estão mais cativos, mas muitos não quiseram deixar as boas oportunidades daquelas terras

(Esdras 2, 64 e Neemias 7, 66)

O caminho de volta levará tempo, já que são 1450 km. Nesta caminhada consagram altar no mesmo lugar onde

o fizeram Davi e Abraão.

Em Daniel, cap 4, vemos que os reis persas não são pela causa judia. Dario manda Daniel para a cova dos

leões.

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A dispersão profetizada para todos aqueles que se desviam da Lei (Lev 26, Deut 4 e também 28) já estava

bem adiantada.

Ester (Hadassa, em hebreu) torna-se esposa do rei persa Xerxes (Assuero) e salva o povo da matança. Tanto

Zorobabel, Jesua, Esdras e Neemias lutaram pela glória da antiga Jerusalém como centro de vida política e religiosa do

povo de Judá.

Os livros de Tobias, Judite e Ester ilustram episódios notáveis dos últimos séculos (VI e V aC).

Macabeus I e II narram a resistência dos judeus contra o jugo dos selêucidas e a reconquista da soberania

política (séc II aC)

SOBRE EZEQUIEL

O momento histórico é difícil para o povo judaico: Jerusalém, sitiada por Nabucodonosor, resiste e se ilude

achando que com a chegada dos egípcios, seus novos aliados, poderá ficar livre... Isso não acontece porque “Iaweh

quebrou o braço do faraó” para que não mais manejasse a espada. No mês de junho de 586 aC, os caldeus conseguiram

abrir uma brecha nos muros da cidade, e foi a derrocada.

A maior parte do povo judeu foi levada em cativeiro na Babilônia e o Templo foi destruído. As demais 11

tribos já tinham sido praticamente aniquiladas um século antes (722 aC) pelos assírios, ao norte. Essa dispersão

repercute na maneira pela qual se mantém a tradição, e nesta comunidade cativa destacar-se-á Ezequiel, para que a

chama mantenha-se acesa. O corpo da Doutrina fica no Torah, que significa lei, ensinamento, direção.

Ezequiel era de estirpe sacerdotal - seu pai era sacerdote - sabe-se pouco de sua juventude. Teve esposa, mas

ela desencarnou antes da queda da Babilônia. Foi deportado em 597 e começou seu ministério em 592, aos 30 anos.

Há teses que mostram que há duas fases em seu trabalho: De 592 a 586, em Jerusalém, onde recebe instruções

de Deus. Nesta fase ele é duro em suas pregações contra a hipocrisia. Contesta o sentimento geral do povo, que

pensava estarem pagando pelo pecado de seus pais. Anuncia a queda de Jerusalém

Já na Babilônia, de 585 a 571 aC, obedece à determinação divina que vem nestes termos: “Tu lhes dirás:’Assim

diz o senhor Deus’ -, quer ouçam, quer não”. Traz consolo aos exilados, fala da ressurreição ao povo de Israel através

da visão dos ossos secos (Ez 37). Transmite sua visão da glória de Deus na volta ao templo na Nova Jerusalém (Ez 43),

o mesmo templo que em Ez,10, 18 é mencionado que fora deixado pelos erros do povo. O povo restaurado, tendo

voltado do exílio, terá que ser defendido para evitar que invasores (tanto entendendo-se materialmente falando, como

também doutrinariamente).

Esse livro do Velho Testamento contém muitos testemunhos e relatos de manifestações divinas. Quase um

terço dele trata das descrições das vidências e clarividências do profeta. Bastante simbólico, encontramos neste livro

referências que tem muita afinidade com as futuras visões de João Evangelista, que estão contidas no livro Apocalipse.

A princípio, a maioria do povo incrédulo não dava crédito ao que ouvia nas profecias de Ezequiel. Deus

tornou-o mudo até que a cidade fosse tomada. Foram 3 anos nos quais o profeta fez as cabeças duras de Israel

entenderem os fatos através de símbolos. Ele havia visto que estavam adorando ídolos; a culpa vinha de seguirem um

sincretismo religioso, voltando as costas para o Deus único... a destruição é inevitável, a reconstrução necessária, mas

“um resto será salvo”. É desta época a história de Jó; são contemporâneos Isaías e Jeremias.

Na reconstrução, impressionado com a prostração nos rostos, Ezequiel: “Tenho sido para eles um santuário”.

Deus avisa-o “Eles virão até vós, para que vejais a sua conduta e as suas obras”. Ezequiel com tenacidade organiza os

grupos entre as colônias de deportados fazendo visitas pessoais, mantém contato com compatriotas que permaneceram

na Palestina, incita à observância de todos os preceitos, as grandes festas (como a Páscoa) passam a ser respeitadas.

Segundo Ricciotti, em ‘História de Israel’: “A tenacidade na observância de todas essas práticas é da máxima

importância, pois ela demonstra uma dupla reação contra os que os deportavam; mas também a outra, bem mais

profunda e sutil, contra si mesmos. Era substancialmente a penitência, isto é, aquele estado de ânimo que em hebraico é

denominado shubh, retorno”.

O profeta enfático se transforma e se torna o organizador metódico, o legista minucioso, o primeiro dos

escribas de Iahweh. São os capítulos de 40 ao 48, onde são anotadas todas as disposições que o senhor lhe confiou para

a reconstrução de Israel. Na sua visão, o Palácio deve estar a serviço do Templo, e o Templo é reconstruído respeitando

plenamente seu enorme valor sagrado.

Em relação à legislação imposta pelo Deuteronômio, Ezequiel impõe uma guinada rigorista, a ponto de

levantar polêmicas entre rabinos. Um grande estudioso concluiu que “Ezequiel não renega a legislação, mas sobrepõe a

ela um outro plano de engenharia mais elaborada”. “Com efeito, ele quer que a nova nação seja garantida mais

rigorosamente pela nova legislação”, escreve Ricciotti.

No ano de 537, Babilônia foi libertada pelo rei Ciro, da Pérsia, e uma caravana de israelitas pôs-se a caminho

para voltar à terra de Canaã. Termina o exílio, mas Ezequiel já havia desencarnado. O Senhor confirma àquele pequeno

resto a promessa que fizera: “Eles se esquecerão da humilhação sofrida e de todas as apostasias que praticaram contra

Mim, quando moravam em sua terra em segurança e não havia quem lhes incutisse medo... “ (Ez 39)

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OS PROFETAS

Com os profetas, o Antigo Testamento alcança a preparação do Novo Testamento. Serão Isaías (o maior

deles, uma vida de Bezerra de Menezes, que também foi Lucas, no Novo Testamento), Jeremias, Ezequiel* e

Daniel**os profetas maiores, sendo os menores em número de doze.

Todos eles defendem a pureza doutrinária (monoteísmo javista) contra as infiltrações idólatras, concitando o

povo à santidade dos costumes exigida pela Lei Divina. É em Daniel 2, 26 que aparece a palavra Masiah –Messias-

anunciando sua vinda (que sabemos será João Batista, que passará a Doutrina do Pai a Jesus que, então, viverá a vida

exemplar de Verbo Modelo).As vidências que tiveram foram descritas em Is 6; Jer 1,11; Ez 1 – 6; Am 7-8; Zac 1-6.

O Profetismo era instituição divina em Israel, prevista e aprovada pela lei (Deut 18, 15)

Isaías é o primeiro dos livros porque excede os outros em quantidade e grandiosidade de vaticínios. Está em

Malaquias, capítulo 4, fechando o Velho Testamento, que Elias votaria. O Novo Testamento falará deste retorno na

personalidade de João Batist

AS REENCARNAÇÕES

Os nomes que aparecem com um asterisco são de vidas de nosso Grande Irmão Entregador das Verdades

Divinas (como ele pediu que o chamássemos), o Pai Divino, como nos acostumamos a chamá-lo. Portanto, no Velho

Testamento podemos ler sobre Enoch, Moisés, Elias, Ezequiel. Estão no Novo Testamento suas vidas com os nomes

João Batista e anjo relator do Apocalipse.

Os nomes que aparecem com dois asteriscos são de vidas de nosso atual diretor Planetário: Samuel, Eliseu e

Daniel. Terá o nome de João, o evangelista, no Novo Testamento.

Melquisedec, rei de Salém (primeiro nome de Jerusalém) é uma das cinco vidas de nosso irmão Modelo de

Conduta, Jesus, neste planeta que ajudou a construir.

O PROFETA ISAÍAS, teria vivido entre 740 a.C. e 681 a.C., durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias,

sendo contemporâneo à destruição de Samaria pela Assíria e à resistência de Jerusalém ao cerco das tropas de

Senaqueribe que sitiou a cidade com um exército de 185 mil assírios em 701 a.C.

Isaías, cujo nome significa Iavé salva ou Iavé é salvalção exerceu o seu ministério no reino de Judá, tendo se

casado com uma esposa conhecida como a profetisa que foi mãe de dois filhos: Sear-Jasube e Maer-Salal-Hás-Baz.

O capítulo 6 do livro informa sobre o chamado de Isaías para tornar-e profeta através de uma visão do trono de

Deus no templo, acompanhado por serafins, em que um desses seres angelicais teria voado até ele trazendo brasas vivas

do altar para purificar seus lábios a fim de purificá-lo de seu pecado. Então, depois disto, Isaías ouve uma voz de Deus

determinando que levasse ao povo sua mensagem.

Focando em Jerusalém, a profecia de Isaías, em sua primeira metade, transmite mensagens de punição e juízo

para os pecados de Israel, Judá e das nações vizinhas, tratando de alguns eventos ocorridos durante o reinado de

Ezequias, o que se verifica até o final do capítulo 39.

A outra metade do livro (do capítulo 40 ao final) contém palavras de perdão, conforto e esperança.

Pode-se afirmar que Isaías é o profeta quem mais fala sobre a vinda do Messias, descrevendo-o ao mesmo

tempo como um servo sofredor que morreria pelos pecados da humanidade e como um príncipe soberano que

governará com justiça. Por isso, um dos capítulos mais marcantes do livro seria o de número 53 que menciona o

martírio que aguardava o Messias:

"Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz

estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados". (Is 53:5)

De acordo com a tradição judaica, Isaías teria sido morto serrado ao meio na época do rei Manasses.

Mesmo com pesadas críticas, a posição tradicional entre os estudiosos é que o livro de Isaías foi escrito por

uma única pessoa entre 740 a 681 a.C.

O LIVRO DE MALAQUIAS é um livro profético que faz descrições que mostram a necessidade de reformas antes da

vinda do Messias. Por ser um livro curto e de acordo com a catalogação, Malaquias é o último dos profetas menores,

tendo sido escrito por volta do ano 430 a.C., sendo que o seu nome não é citado em mais nenhum livro da Bíblia.

O profeta Malaquias foi contemporâneo de Esdras e Neemias, no período após o exílio do povo judeu na

Babilônia em que os muros de Jerusalém tinham sido já reconstruídos em 445 a.C., sendo necessário conduzir os

israelitas da apatia religiosa aos princípios da lei mosaica.

Temas tratados na obra: o amor de Deus, os pecados dos sacerdotes, o pecado do povo, os dízimos, (nos versos

de 7 a 12 do capítulo 3, passagem esta que é muito utilizada com o objetivo de se justificar com amparo bíblico a

contribuição da décima parte das rendas dos fiéis de uma organização religiosa) e, acima de todos, trata do retorno de

Elias:

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“Eis aí que vos enviarei eu o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor; e ele

converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais, para não suceder que eu venha, e que

fira a Terra com pragas” - Malaquias, cap. 4.

Assim termina o Velho Testamento, para salientar que devia logo mais vir Elias, servindo de Assessor do

Cristo, para que Este cumprisse a Sua função missionária. Adiante, como é sabido, toparemos outras afirmativas do

gênero e com as devidas explicações. (Novo Testamento dos Espíritas)

SOBRE AS SEITAS

Ao tempo da formação do cristianismo as seitas judaicas eram pelo menos quatro: saduceus

(conservadores), zelotas (ativistas anti-romanos), essênios (influenciados pelo neopitagorismo) e fariseus.

Nasceu o cristianismo com participação de todas as seitas judaicas, sobretudo da dos essênios, que por último

sendo absorvido por ele, ou simplesmente desapareceu.

Os saduceus limitavam-se à Lei de Moisés, contidas nos livros do Pentateuco, e não admitiam

doutrinas posteriores, como as dos anjos e da ressurreição, peculiares ao zoroastrismo. Por este lado, Jesus e

os cristãos mantinham reservas aos saduceus. De outra parte, porém, os saduceus eram abertos para a cultura

helênica. Esta favoreceu posteriormente aos cristãos, os quais, ao mesmo tempo em que se adaptaram,

conseguiram projetar para o mundo uma ideologia judaica.

Os fariseus adotavam, ao lado da lei de Moisés, os livros dos profetas. E assim, seus princípios

doutrinários conferem com as convicções que se firmaram no judaísmo após a conquista de Jerusalém, em

587 a C., pelos babilônios, e, sobretudo, após a libertação por Ciro, em 539 a C.. Ao criador este o vasto

império persa, deu oportunidade aos judeus a oportunidade de se comunicar com a sabedoria de muitos

povos. A religião oficial dos persas, - o zoroastrismo (vd), - passou a; ser a sugestão das inovações. Anjos e

demônios, escatologia, vida futura definida como recompensa do bem e do mal, - eis algumas importantes

novidades de que depois também participarão os cristãos. Cuidavam os fariseus de converter aos gentios.

Neste particular também abriram um precedente, que passou aos cristãos, ainda que os fariseus de modo

geral, resistissem à helenização.

A origem remota das seitas judaicas, dos saduceus e fariseus, remonta ao tempo dos Macabeus, ou

seja, da independência da Judéia, reconquistada em 164 a.C., à sombra do declínio do reino Seleucida de

Antioquia da Síria. Da luta nacionalista resultou a clara divisão dos judeus em Saduceus, propensos à cultura

helênica, e em fariseus, a ela resistentes.

Os Zelotas eram ativistas, quase guerrilheiros, propugnadores de uma restauração imediata do reino

de Judá. Acreditavam na nação messiânica. O movimento zelota nasceu pela volta do ano 6 d.C., quando a

Judéia foi posta sob a administração dos procuradores romanos. Os contínuos levantes e guerrilhas eram

promovidos pelos zelotas, que se acolhiam depois ao seu anonimato nos esconderijos fora das cidades.

Finalmente no ano 66 conseguiram os zelotas despertar o ânimo do povo para uma guerra geral. O

resultado catastrófico foi a destruição de Jerusalém, no ano 70 (Cf. Josefo Flavo, Guerra judaica), e com isso

também do templo, de sua pomposa liturgia e sua organização sacerdotal. Os cristãos, já em adiantada

assimilação de elementos gentios, não haviam aderido ao movimento de luta pela independência judaica. Seu

conceito de Messias, cada vez mais espiritual, já não conferia com a ideia messiânica corrente entre os

judeus.

Os essênios, surgidos na obscuridade pelo ano 150 a.C., apresentam material muito curioso para o

estudo histórico-crítico das origens do cristianismo (Cf. Josefo Flavo, Guerra judaica, Escritos do Mar Morto,

estes descobertos a começar de 1947). O nome dos essênios significa piedosos, e deriva do sírio, por

transformações diversas. Já aqui, oferecem uma primeira semelhança com os cristãos, que também se

denominavam a si mesmo "santos". Desenvolveram-se os essênios na área rural. Muitos se organizaram em

grupos acolhidos ao deserto com as comunidades, a que pertenceram os escritos do Mar Morto. Os primeiros

cristãos tiveram em parte procedência da zona rural e dos meios de pesca. Apenas mais tarde se tornaram

nitidamente urbanos, com a adesão dos judeus helenistas, ou seja dos que viviam no exterior, alguns de

retorno a Jerusalém. É significativo observar que os livros do Novo Testamento cristão se omitiram sobre os

essênios, enfatizando em vez a luta com os fariseus. Isto reflete o espírito de após a destruição de Jerusalém

(ano 70 d.C.) quando virtualmente estavam desaparecidos os essênios, restando os fariseus como a seita judia

capaz de se opor ao cristianismo. Os essênios contêm aspectos neopitagóricos (vd 251).

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Principais Biografias (exceto a de Ezequiel, - ler em Vidas do Pai)

Amós

Autor: Amós

Data: Entre 760 –750 a.C.

Amós, cujo nome significa “Aquele que suporta o jugo”, era um nativo da pequena cidade de Tecoa, situada nas colinas de Judá, a

cerca de 16 km ao sul de Jerusalém. Ele é o primeiro dos assim chamados profetas escritores do séc. VIII a.C. Os outros incluem

Oséias a Israel e Miquéias e Isaías a Judá. Amós rejeitou treinamento como um profeta profissional, admitindo que ele era um

pastor de ovelhas e cultivador de sicômoros. Apesar do seu histórico não-profissional, Amós foi chamado para entregar a

mensagem de Deus ao Reino do Norte, Israel.

Data:

Amós profetizou durante os reinados de Uzias, de Judá (792-740 a.C.), e Jeroboão II de Israel (793-753 a.C.). Seu ministério foi

realizado entre 760 e 750 a.C. e parece ter ocorrido em menos de dois anos.

Contexto Histórico

A metade do séc. VIII a.C. foi uma época de grande prosperidade tanto para Israel como para Judá. Sob o domínio de Jeroboão,

Israel havia conquistado novamente o controle das rotas internacionais do comércio— a Rodovia do Rei, através da Transjordânia,

e o Caminho do Mar, através do vale de Jezreel e ao longo da planície da costa. De acordo com 2Rs 14.25, ele restaurou as

fronteiras de Israel desde Lebo Hamate (ao norte) até o mar da Arabá (o mar Morto, ao sul). Judá, sob o domínio de Uzias,

reconquistou Elatae (o porto marítimo de Ácaba) e expandiu-se para o sudeste às custas dos filisteus. Israel e Judá haviam atingido

novos auges políticos e militares, mas a situação religiosa estava fraca o tempo todo. A idolatria estava exuberante; os ricos

estavam vivendo na luxuria, enquanto os pobres estavam oprimidos; a imoralidade havia generalizado; e o sistema judicial estava

corrompido. O povo interpretava sua prosperidade como um sinal da bênção de Deus sobre eles. A tarefa de Amós era entregar a

mensagem de que Deus estava descontente com a nação. Sua paciência já havia se esgotado. O castigo era inevitável. A nação seria

destruída a menos que houvesse uma mudança no coração deles - uma mudança na qual aconteça: “Corra, porém, o juízo como as

águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso” (5.24).

Conteúdo

O livro de Am é basicamente uma mensagem de julgamento, julgamento sobre as nações, oráculos e visões de julgamento divino

sobre Israel. O tema central do livro é que o povo de Israel havia quebrado seu concerto com Deus. Como resultado, o castigo de

Deus sobre eles por causa do pecado será severo. Amós começa com uma série de acusações contra os sete vizinhos de Israel,

incluindo Judá, e, depois, ele acusa Israel (1.3-1.16). Cada nação estrangeira tem de ser castigada por ofensas específicas, seja

contra Israel ou qualquer outra nação. Esse julgamento sobre as nações nos ensina que Deus é um Monarca universal. Todas as

nações estão sob Seu controle. Elas têm de prestar contas a Deus pelos maus tratos às outras nações e povos. Israel e Judá, todavia

serão punidos porque eles quebraram seu concerto com Deus. A seção seguinte (3.1-6.14) é uma série de três oráculos ou sermões

direcionados contra Israel. Eles incluem a ameaça de exílio. Uma terceira seção (7.1-9.10) é uma série de cinco visões e

julgamento, em duas das quais Deus se retira. Finalmente, Amós promete restauração para Israel (9.11-15).

Oséias

Autor: Oséias

Data: Cerca de 750 a.C.

Oséias cujo nome significa “salvação” ou “libertação”, foi escolhido por Deus pra levar sua mensagem a seu povo através do seu

casamento com uma mulher que seria infiel a ele. Sua sensibilidade em relação à condição do pecado de seus compatriotas e sua

sensibilidades em relação ao coração amoroso de Deus o fizeram apto pra realizar esse difícil ministério.

Contexto Histórico e Data

Oséias mostra a situação histórica de seu ministério através da nomeação dos reais do Reino do Sul, de Judá (Uzias, Jotão, Acaz e

Ezequias), e o rei do Reino do Norte, de Israel (Jeroboão II), que reinou durante o período de sua profecia (1.1). Isso estabelece as

datas de 755 a.C. a 715 a.C. Embora todas as indicações quanto ao sucesso exterior parecessem positivas a Israel, um desastre

vindo por baixo estava se aproximando. O povo desse período regozijava-se na paz, abundância e prosperidade; mas a anarquia

estava preparando-se e ela traria o colapso político da nação em alguns curtos anos. Oséias descreve as condições sociais

características de seu tempo: líderes corruptos, vida familiar instável, imoralidade generalizada, ódio entre classes e pobreza.

Embora as pessoas continuassem uma forma de adoração, a idolatria era mais e mais aceita, e os sacerdotes estavam falhando na

tarefa de guiar o povo nos caminhos da justiça. Apesar das trevas desse tempo, Oséias oferece esperança para inspirar seu povo a

voltar-se novamente para Deus.

Conteúdo

O Livro de Oséias é a respeito de um povo que tinha necessidade de ouvir sobre o amor de Deus, de um Deus que queria falar com

eles e da maneira singular que Deus escolher para demonstrar seu amor a seu povo. O povo pensava que o amor poderia ser

comprado (“..mercou Efraim amores”, 8.9), que o amor era uma busca de uma autogratificação (“Irei atrás de meus namorados, que

me dão..” 2.5) e que amando objetos sem calor, pudesse conseguir benefícios positivos (“.. Se tornaram abomináveis como aquilo

que amaram”, 9.10). Deus quis que Israel conhecesse seu amor, um povo que buscou objetos sem valor (“Quando Israel era

menino, eu o amei..” 11.1), foi guiado com uma meiga disciplina (“cordas de amor”, 11.4) e que persistiu, apesar de o povo correr

e da resistência dele (“Como te deixaria?”, 11.8).

O problema era como levar a mensagem de um Deus de amor a um povo que não estava inclinado a dar ouvidos e, provavelmente,

não entender, se eles ouvissem. A solução de Deus era deixar o profeta ser seu próprio sermão.

Oséias se casaria com uma mulher impura (“mulher de prostituições”, 1.2), a amaria inteiramente, e dela teria filhos (1.3), e iria

atrás dela, e traria de volta quando ela se desviasse (“Vai outra vez, ama uma mulher”, 3.1). Em resumo, Oséias tinha de mostrar

seu próprio amor a Gomer, o tipo de amor que Deus tinha por Israel.

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Isaías

Autor: Isaías, o maior profeta do VT, uma das vidas de Bezerra de Menezes.

Data: Entre 700 - 690 a.C.

O primeiro versículo deste livro coloca Isaías, o filho de Amoz, como o seu autor. O nome “Isaías” significa “O SENHOR é

salvação”. A visão e a profecia são reivindicadas quaro vezes por Isaías; seu nome é mencionado mais doze vezes no livro. Seu

nome também aparece doze vezes em 2Rs e quatro vezes em 2Cr.

O Livro de Is é citado diretamente no NT vinte e uma vezes sendo atribuído em cada caso ao profeta Isaías. Argumentos diversos

favorecem a autoria única: 1) palavras-chave e frases-chave estão igualmente distribuídas através de todo o livro; 2) referências à

paisagem e as cores locais são uniformes. A beleza de estilo superior na poesia hebraica nos últimos capítulos de Is pode ser

explicada pela mudança de assunto, de julgamento e súplica para consolo e segurança.

Data

O profeta coloca que ele profetizou durante os reinados de “Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (1.1). Alguns aceitam que

o seu chamado para o ofício profético tenha sido feito no ano que o rei Uzias morreu, que foi em cerca de 740 a.C. (6.1,8).

Entretanto, é provável que ele tenha começado durante a ultima década do reinado de Uzias. Por Isaías mencionar a morte do rei da

Assíria, Senaqueribe, que morreu em cerca de 680 a.C. (37.37,38), ele deve ter sobrevivido a Ezequias por alguns anos. A tradição

diz que Isaías foi martirizado durante o reinado de Manassés, filho de Ezequias. Muitos acreditam que a forma “serrados” em Hb

11.37 é uma referência à morte de Isaías. A primeira parte do livro pode ter sido escrita nos primeiros anos de Isaías, e os capítulos

posteriores, após a sua retirada da vida pública.

Se Isaías começa profetizando em cerca de 750 a.C., o seu ministério pode ter se sobreposto aos ministérios de Amós e Oséias em

Israel, bem como o de Miquéias em Judá.

Contexto Histórico

Isaías profetizou no período mais crucial da história de Judá e Israel. Ambos os reinos do Norte e do Sul haviam experimentado

cerca de meio século de poder e prosperidade crescentes. Israel, governado por Jeroboão e outros seis reis de menor importância,

tinha sucumbido ao culto pagão; Judá, sob Uzias, Jotão e Ezequias, manteve uma conformidade exterior à ortodoxia, mas,

gradualmente, caiu num sério declínio moral e espiritual (3.8-26). Lugares secretos de culto pagãos eram tolerados; o rico oprimia

o pobre; as mulheres negligenciavam suas famílias na busca do prazer carnal; muitos dos sacerdotes e profetas tornaram-se

bêbados que queriam agradar os homens (5.7-12,18-23; 22.12-14). Embora estivesse para vir mais um avivamento a Judá sob o rei

Josias (640-609 a.C.), estava claro para Isaías que a aliança registrada por Moisés em Dt 30.11-20 havia sido tão inteiramente

violada, que o cativeiro e o julgamento eram inevitáveis para Judá, assim como o era para Israel.

Isaías entrou em seu ministério aproximadamente na época da fundação de Roma e dos primeiros Jogos Olímpicos dos gregos. As

forças européias ainda não estavam preparadas para grandes conquistas, mas diversas potências asiáticas estavam olhando para

além de suas fronteiras. A Assíria, particularmente, estava inclinada a conquistas ao sul e ao oeste. O profeta, que era um estudioso

dos assuntos mundiais, podia ver que o conflito era iminente. A Assíria conquistou Samaria em 721 a.C.

Miquéias

Autor: Miquéias

Data: Entre 704 e 696 a.C.

Miquéias foi contemporâneo de Isaías, no séc. VIII a.C. Ambos concentraram seu ministério no Reino do Sul, Judá, incluindo

Samaria (Israel) e “as nações” no objetivo das suas profecias. Durante alguns anos, no começo da sua carreira, Miquéias foi,

também, contemporâneo de Oséias, um profeta que morava no Reino do Norte. Miquéias viveu numa cidade localizada a cerca de

32 km a sudoeste de Jerusalém e profetizou principalmente naquela região.

O Nome de Miquéias pressupõe uma semelhança com o Senhor: “Quem, ó Deus, é semelhante a Ti”. Miquéias era tão sincero e

completamente comprometido, que ele até quis ir despojado e nu pra fazer com que sua mensagem fosse compreendida (1.8). A

profecia de Miquéias produziu um impacto que se estendeu muito além do seu ministério local. Um século depois, sua profecia foi

lembrada e citada (Jr 26.17-19), e acontecimentos ocorridos sete séculos mais tarde atestam a autenticidade da profecia de

Miquéias (Mt 2.1-6; Jo 7.41-43).

Data

Miquéias profetizou, de acordo com sua própria declaração (1.1), durante os reinados dos reis do Sul, Jotão (740-731 a.C.), Acaz

(731-716 a.C.), e Ezequias (716-686 a.C.). Visto que ele morreu durante a administração de Ezequias e antes da era que coincide

em parte com Manassés (696-642 a.C.), uma data entre 704 e 696 a.C. parece ser provável.

No período entre o início do reino dividido de Salomão (Israel ao Norte e Judá ao Sul) e a destruição do templo, muitos “altos”

haviam sido introduzidos em Judá através da influência de Samaria. Isso colocou a idolatria dos cananeus em disputa com a

verdadeira adoração no templo do Senhor (1.5). Miquéias mostra como essa degeneração espiritual levará inevitavelmente o

julgamento sobre toda a terra. E, embora o rei Ezequias tenha tido uma notável vitória sobre Senaqueribe e o exercito assírio, Judá

estava prestes a cair, a não se que a nação se voltasse para Deus, arrependendo-se de todo coração.

Conteúdo

O Livro de Mq é uma profecia acerca do Senhor, que não tem concorrentes no perdão dos pecados e na compaixão pelos

pecadores. Sua fidelidade compassiva mantém um concerto com Abraão e seus descendentes. A “excelência do nome do Senhor”

(5.4) está caracterizada, bem como a face do Senhor (3.4), seu louvor (2.9), seus caminhos (4.2), seus pensamentos (4.12), sua

força (5.4), suas justiças (6.5; 7.9) e sua conseqüente ira (7.9) e furor (5.15; 7.18) contra todas as formas de rebelião moral.

Na visão de abertura, o Senhor vem desde o templo da sua santidade, para ser testemunha contra o povo (1.2). O fator mais notável

no manejo do Senhor da sua causa é quão fundo ele foi para apresentar sua contenda (6.2), até mesmo desejando sentar-se à mesa

do réu e deixando seu povo levar qualquer queixa quanto ao modo que o Senhor Deus o tenha tratado (6.3). Além disso, aquele que

verdadeiramente se arrepende terá o Senhor como seu advogado de defesa (7.9)

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Enquanto a Babilônia ainda não era um poder mundial que podia permanecer independente da Assíria, o cativeiro babilônico (mais

de um século depois) foi claramente predito como o julgamento de Deus contra a rebelião feita contra Ele (1.16; 2.3,10; 4.10;

7.13). Mas, assim como Isaías, colega de Miquéias, a esperança foi estendida pra um restante a ser restaurado, que seja desse

cativeiro ou de um povo espiritualmente restaurado (a igreja) nos dias do Messias (2.12-13; 4.6-7; 5.3,7-8; 7.18). O Senhor

libertaria o restante (2.12-13; 4.3-8,10; 5.9; 7.7)

Miquéias tinha de censurar a liderança da nação por destruir o rebanho que lhes foi confiado. Entretanto, a grande compaixão de

Deus colore cada uma das suas atitudes e ações em relação ao seu povo, representando-o como uma filha extraviada (1.13;

4.8,10,13), pois sua compaixão, que, uma vez, redimiu a Israel do Egito 96.4), irá também redimir Judá da babilônia (4.10). Sua

fidelidade compassiva a Abraão e aos pais (7.20) é atualizada a cada nova geração. Essa mensagem está focalizada numa única

pergunta central para toda a profecia: “Quem, ó Deus, é semelhante a Ti, que perdoas a iniqüidade e que Te esqueces da rebelião

do restante da tua herança?” (7.18). A compaixão de Deus (7.18-19) é um atributo precioso a que nenhuma deidade pode se igualar.

A compaixão e a fidelidade do concerto são exclusivas a Deus. A esperança do povo de viver sob a completa bênção de Deus

estava ligada à vinda de Messias. Deus, em Seu amor, prevendo as glórias da Sua graça a ser manifesta em Jesus, manteve-se

proclamando aquele Dia e reino futuros como o acontecimento no qual o fiel devia por sua esperança.

Jeremias

Autor: Jeremias

Data: Entre 626—586 a.C.

Jeremias, filhos de Hilquias, foi um profeta da cidade levita de Anatote e talvez tenha sido descendente de Abiatar. O significado

do seu nome é incerto, mas “O SENHOR exalta” e “O Senhor lança” são possibilidades. A vida pessoal desse profeta é mais

conhecida do que a de qualquer outro profeta do AT porque ele nos deixou muitas marcas de seus pensamentos, preocupações e

frustrações.

Jeremias recebeu a ordem de não se casar ou ter filhos para ilustrar a sua mensagem: o julgamento era iminente, e a próxima

geração seria exterminada. Seu companheiro e amigo chegado era o seu escriba Baruque. Jeremias tinha poucos amigos além dele.

Ao que parece, são qualificados como amigos apenas Aicão, Gedalias, filho de Aicão e Ebede-Meleque. Isso de deve em parte por

causa da mensagem de ruína proclamada por ele, uma mensagem contrária à esperança do povo e que incluía uma sugestão de

rendição aos babilônios. Apesar dessa mensagem de ruína, da sua severa repreensão aos líderes e do desprezo pela idolatria, o seu

coração doía pelo povo, pois sabia que a salvação de Israel não está desassociada da fé em Deus e de um relacionamento de aliança

correto, expresso pela obediência.

Data

Jeremias profetizou a Judá durante os reinados de Josias, Jeoaqui, Jeconias e Zedequias. O seu chamado é datado de 626 a.C., e o

seu ministério continuou até pouco tempo depois da queda de Jerusalém, em 586 a.C. O profeta Sofonias precedeu ligeiramente a

Jeremias e Naum, Habacuque e Obdias foram contemporâneos seus. Ezequiel foi um contemporâneo mais jovem, profetizando na

Babilônia de 593 a.C. a 571 a.C.

Contexto Histórico

Jeremias iniciou seu ministério no reinado de Josias, um rei bom que adiou temporariamente o juízo de Deus prometido por causa

do governo terrível de Manassés. Os acontecimentos estavam mudando rapidamente o Oriente Próximo. Josias tinha iniciado uma

reforma, a qual incluía a destruição dos lugares altos pagãos em Judá e Samaria. Entretanto, a reforma teve um efeito pouco

duradouro sobre o povo. Assurbanipal, o último grande rei assírio, morreu em 627 a.C. A Assíria estava enfraquecendo, e Josias

expandindo o seu território para o norte. A Babilônia, sob o domínio de Nabopolasar, e o Egito, sob Neco, estavam tentando

sustentar sua autoridade sobre Judá.

Em 609 a.C., Josias foi morto em Megido ao tentar impedir o Faraó Neco de ir contra o que restava da Assíria. Três filhos de Josias

(Joacaz, Jeoaquim e Zedequias) e um neto (Joaquim) sucederam-no no trono. Jeremias viu a insensatez da linha de ação política

desses reis e alertou-os sobre os planos de Deus para Judá, mas nenhum deles deu atenção à advertência. Jeoaquim foi abertamente

hostil a Jeremias e destruiu um rolo enviado a ele, cortando-o em algumas colunas e jogando-as no fogo. Zedequias foi um

governante fraco e vacilante, buscando às vezes os conselhos de Jeremias, outras vezes permitindo que os inimigos de Jeremias o

maltratassem e o aprisionassem.

Conteúdo

O livro consiste principalmente em uma breve introdução (1.1-3), uma coleção de oráculos contra Judá e Jerusalém, que Jeremias

ditou ao seu escriba Baruque (1.4-20.18), oráculos contra nações estrangeiras (25.15-38; caps 46-51), acontecimentos sobre

Jeremias escritos em terceira pessoa, provavelmente por Baruque (cap 26-45), e um apêndice histórico (cap 52), que é quase

idêntico a 2Rs 24-25. As profecias do livro não estão em ordem cronológica.

Jeremias tinha um coração compassivo para com o seu povo e orou por ele mesmo quando o Senhor lhe disse que não fizesse isso.

Ainda assim, condenou os governantes, os sacerdotes e os falsos profetas por levar o povo à perdição. Atacou também o povo por

sua idolatria e proclamou um juízo severo a menos que o povo se arrependesse. Conhecendo as intenções de Deus, defendeu a

rendição à Babilônia e escreveu aos que já estavam no exílio para que se estabelecessem e vivessem suas vidas normalmente. Foi

estigmatizado por muitos como traidor por causa da sua pregação. Entretanto, Jeremias tinha em seu coração o melhor para o povo.

Sabia que a nação seria destruída caso a aliança de Deus não fosse honrada. Mas Deus também se interessava pelos indivíduos e

seu relacionamento para com ele. Como Ezequiel, Jeremias enfatizou a responsabilidade individual.

Jeremias era apenas um jovem quando foi chamado para carregar uma severa mensagem de ruína ao seu povo. Tentou evitar essa

tarefa, mas foi incapaz de permanecer calado. O povo tornara-se tão corrupto sob Manassés que Deus resolveu dar um fim à nação.

Derrotado e levado ao exílio, o povo iria refletir sobre o que lhe acontecera e por quê. E depois do castigo e arrependimento

apropriados, Deus traria uma parte remanescente de volta a Judá, puniria as nações que os havia punido e cumpriria a sua antiga

aliança com Israel, Davi e os levitas. E ainda lhes daria uma nova aliança e escreveria a sua lei em seus corações. O trono de Davi

seria novamente estabelecido, e sacerdotes fiéis serviriam ao povo.

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Os oráculos contra as nações estrangeiras ilustram a soberania de Deus sobre todo o mundo. Todas as nações pertencem a ele e

todas devem a ele por sua conduta.

Em seu Livro Jeremias escreveu 52 Capítulos, além do suplemento denominado o Livro das Lamentações.

No Livro das Lamentações descreve os sofrimentos que recaíram sobre Jerusalém quando o rei Nabucodonosor capturou a cidade

no ano de 586 aC.

O primeiro lamento descreve e explica as aflições de Jerusalém em termos gerais.

O segundo lamento descreve o desastre em maiores minúcias, cujos fatores fundamentais deste juízo são esclarecidas no terceiro

lamento.

No quarto lamento sublinha algumas lições que Jerusalém aprendeu por meio do juízo e no último lamento descreve como

Jerusalém, por causa de seus sofrimentos, lançou-se à misericórdia divina, esperando que Deus novamente se mostre

misericordioso para com Israel, agora purificada no cadinho da aflição.

O livro das Lamentações converte-se em "suplemento do livro de Jeremias", que com tanta freqüência profetizou uma catástrofe

como a que o livro das Lamentações descreve. Jeremias não adota um tom de censura em seu lamento, como quem diz: "Eu o

avisei”. Sente a dor das aflições de Jerusalém, e roga a Deus que não a rejeite para sempre.

O ministério profético de Jeremias foi dirigido ao reino do sul, Judá, durante os últimos quarenta anos de sua história (626—586

a.C.). Ele viveu para ser testemunha das invasões babilônicas de Judá, que resultariam na destruição de Jerusalém e do templo.

Como o chamado de Jeremias propunha-se a que ele profetizasse à nação durante os últimos anos de seu declínio e queda, é

compreensível que o livro do profeta esteja cheio de prenúncios sombrios.

Jeremias filho de sacerdote, nasceu e cresceu na aldeia sacerdotal de Ananote (mais de 6 Km ao nordeste de Jerusalém) durante o

reinado do ímpio rei Manassés, Jeremias começou seu ministério profético durante o décimo terceiro reinado do bom Rei Josias, e

apoiou seu movimento de reforma. Não demorou para perceber, no entanto, que as mudanças não estavam resultando numa

verdadeira transformação de sentimentos do povo, Jeremias advertiu que, a não ser que houvesse verdadeiro arrependimento em

escala nacional, a condenação e a destruição viriam de repente.

As deportações ocorreram em 3 etapas, sendo que os deportados foram divididos por funções e classes sociais. O resto do povo foi

levado para as margens do rio Cobar. Os deportados perderam terra, cidade/muros, palácio, templo/altar, culto/sacerdote, rei e o

projeto em torno da monarquia.

O povo passou a viver guiado por ideologias estranhas ao estilo da vida anterior; a astrologia, enquanto ideologia religiosa,

dominava e direcionava as práticas de fé. Este e tantos outros fatores, como a fome e a miséria, fortaleceram a idéia de que Javé

havia abandonado seu povo.

Neste período, entra em cena, EZEQUIEL, sacerdote que procurou organizar o povo em pequenos grupos, posteriormente veio a

ser chamado de sinagogas, utiliza meios orais e escritos para recordar o período do Tribalismo e encorajar o povo numa perspectiva

de libertação. A Profecia de Ezequiel consistia basicamente no testemunho e na convicção de que dias melhores viriam, surgindo

novos céus e novas terras.

Daniel

Autor: Daniel

Data: Final do séc. VI a.C.

Daniel foi deportado, enquanto adolescente, no ano de 605 a.C., para a Babilônia, onde viveu mais de sessenta anos. Possivelmente

fosse de uma família de classe alta de Jerusalém. Isaías e Ezequias (Is 39.7) haviam profetizado a deportação para a Babilônia dos

descendentes da família real. Inicialmente, Daniel serviu como estagiário na corte de Nabucodonosor. Mais tarde, tornou-se

conselheiro de reis estrangeiros.

A importância de Daniel como profeta foi confirmada por Jesus em Mt 24.15.

O nome Daniel significa “Deus é meu juiz” Sua inabalável consagração a Jeová e sua lealdade ao povo de Deus comprovaram

fortemente essa verdade na vida de Daniel.

Data

Embora o cerco e a deportação de cativos para a Babilônia tenha durado vários anos, os homens fortes e corajosos, os habilitados e

os instruídos foram retirados de Jerusalém logo no início da guerra (2Rs 24.14). A data do cativeiro de Daniel costumeiramente

aceita é de 605 a.C. Sua profecia abrange o espaço de tempo de sua vida.

Contexto Histórico

Juntamente com milhares de cativos de Judá levados para o exílio na Babilônia, entre 605 a 582 a.C., os tesouros do palácio de

Salomão e do templo também levados. Os babilônios haviam subjugado todas as províncias governadas pela Assíria e haviam

consolidado o seu império numa área que abrangia grande parte do Oriente Médio.

Para governar um reino tão diversificado numa área de tamanha extensão, necessitava-se de uma burocracia administrativa

especial. Escravos instruídos ou habilitados que as circunstâncias requeriam tornaram-se a mão de obra do governo. Por causa de

sua sabedoria, conhecimento e boa aparência, quatro jovens hebreus foram selecionados para o programa de treinamento (1.4).

Devido ao caráter excepcional de Daniel, Hananias, Misael e Azarias, estes jovens foram contemplados com funções relevantes no

palácio do rei. Daniel sobrepujou a todos os homens sábios daquele vasto império (6.1-3).

Conteúdo

O propósito é mostrar que o Deus de Israel, o único Deus, mantém sob seu controle o destino de todas as nações.

Daniel se compõe de três partes principais: Introdução à pessoa de Daniel (1), os testes decisivos do caráter de Daniel e o

desenvolvimento de suas habilidades de interpretação profética (2-7) e a série de visões de Daniel sobre reinos e acontecimentos

futuros (8-12). Nesta parte final, Daniel se apresenta como livro profético básico para a compreensão de muitas coisas da Bíblia.

Muitos aspectos de profecias relacionadas com os tempos do fim dependem da compreensão deste livro. Os comentários de Jesus

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no Sermão do Monte das Oliveiras (Mt 24; 25) e muitas das revelações dadas ao apóstolo Paulo encontram harmonia e coesão em

Dn (ver Rm 11; 2Ts 2). Da mesma forma, Daniel se torna um companheiro de estudo necessário do Livro de Apocalipse.

Embora a interpretação de Daniel, como também do Apocalipse não seja simples, em Dn há chaves que ajudam a desvendar os

mistérios de assuntos como o Anticristo, a grande tribulação, a segunda vinda de Cristo, os Tempos dos Gentios, as ressurreições

futuras e juízos. Esse enfoque também vê as profecias que ainda estão por se cumprir girando em torno de dois eixos principais: 1)

o destino futuro da cidade de Jerusalém; 2) o destino futuro do povo de Daniel; judeus nacionais (9.24).

Os escritos de Daniel cobrem o governo de dois reinos dominantes, Babilônia e Medo–Persa, e quatro reis: Nabucodonosor (2.11-

4.37); Belsazar (5.1-31) no período babilônio; e no período persa: Dario (6.1-28) e Ciro (10.1-11.1).

Ageu

Autor: Ageu

Data: Cerca de 520 a.C.

Autor

Ageu, cujo nome significa “Festivo”, foi um dos profetas pós-exílicos, um contemporâneo de Zacarias. Ageu tinha as qualidades de

um bom pastor. Encorajador cuja palavra estava em sintonia com o coração do povo e a mente de Deus, ele foi o mensageiro do

Senhor, e, com a mensagem do Senhor, leva ao seu grupo desanimado a segurança da presença de Deus.

Data

O ministério de Ageu cobriu um período de um pouco menos de quatro meses, durante o segundo reinado do rei Dario, que

governou a Pérsia de 522 a 486 a.C., Isso localiza Ageu na história em 520 a.C.

Contexto Histórico

Ageu, em 520 a.C., ajuntou aos exilados que haviam retornado a sua terra natal em 536 a.C., para reconstruir o templo do Senhor.

Eles haviam começado bem, construindo um altar e oferecendo sacrifícios, estabelecendo, então, o fundamento para a Casa do

Senhor no ano seguinte. A construção havia cessado, todavia, quando os inimigos zombaram dos esforços dos construtores. Mas, o

ministério de Ageu e o de Zacarias fizeram com que o povo se reanimasse e completasse a tarefa em cinco anos. O templo

reconstruído foi dedicado em 515 a.C.

Conteúdo

O livro de Ag trata de três problemas comuns a todos os povos em todos os tempos oferecendo soluções inspiradores. O primeiro

problema: o desinteresse (1.1-15) Para despertá-los da sua atitude de indiferença, Deus fala duas vezes ao povo. Primeiro, eles

precisam perceber que são infrutíferos (1.5-6), porque eles tinham abandonado a Casa de Deus e ido para sua própria casa (1.7-9).

Todo esforço deles para construir seu próprio reino nunca produzirá resultados permanentes. Após ver seu problema, o povo, então,

precisa entender que Deus irá aceitar o que eles fazem a fim de que Deus seja glorificado, se eles entregarem a ele o que eles têm

(1.8)

O Segundo problema: Desencorajamento (2.1-9) Ageu leva uma mensagem destinada a tratar decisivamente do desencorajamento.

A solução tem duas partes: uma trata do problema urgente; a outra trata de uma solução a longo alcance. Por hora, basta ao povo

esforçar-se e trabalhar (2.4). A outra chave para combater o mal é para os construtores saberem que eles estão construindo para o

dia em que Deus encher essa Casa com a glória que será maior do que a Glória do templo de Salomão (2.9)

O terceiro problema: Insatisfação (2.10-23) Agora que o povo está trabalhando, eles esperam uma inversão imediata de todos os

seus anos de inatividade. Então o profeta vai com uma pergunta aos sacerdotes (2.12-13) acerca das coisas limpas e imundas e da

influência deles sobre a outra. A resposta dos sacerdotes é que a imundície é infecciosa, enquanto a santidade não é. A aplicação é

óbvia: Não espere que o trabalho de três meses desfaça a negligência de dezesseis anos. A próxima palavra do Senhor ao povo é

uma surpresa: “Mas desde este dia vos abençoarei” (2.19). O povo precisava entender que as bênçãos de Deus não podem ser

ganhas como pagamento, mas vão como dádivas graciosas de um Deus doador. Deus escolheu Zorababel para ser um anel de sela

(2.23), isto é, para representar a natureza do servo a ser cumprida, finalmente, no mais importante Filho de Zorababel, Jesus. Notar

o nome de Zorobabel em ambas as listas genealógicas dos Evangelhos (Mt 1; Lc 3), indicando que a benção final, a maior delas, é

uma Pessoa, seu Filho Jesus Cristo.

Zacarias

Autor: Zacarias

Data: 520—475 a.C.

Zacarias, cujo nome significa “O Senhor se Lembra”, foi um dos profetas pós – exílicos, um contemporâneo de Ageu. Com Ageu,

ele foi chamado para despertar os judeus que retornaram, para completar a tarefa de reconstruir o templo (ver Ed 6.14). Como filho

de Baraquias, filhos de Ido, ele era de uma das famílias sacerdotais da tribo de Levi. Ele é um dos mais messiânicos de todos os

profetas do AT, dado referências distintas e comprovadas sobre a vinda do Messias.

Data

O ministério de Zacarias começou em 520 a.C., dois meses após Ageu haver completado sua profecia. A visão dos primeiros

capítulos foi dada, aparentemente, enquanto o profeta ainda era um jovem (2.4). Os caps 7-8 ocorrem dois anos mais tarde, em 518

a.C. A referência à Grécia em 9.13 pode indicar que os caps. 9-14 foram escritos depois de 480, quando a Grécia substituiu a Pérsia

como o grande poder mundial. As profecias que abrangem o Livro de Zacarias foram reduzidas à escrita entre 520 e 475 a.C.

Contexto Histórico

Os exilados que retornaram à sua terra natal em 536 a.C. sob o decreto de Ciro, estavam entre os mais pobres dos judeus cativos.

Cerca de cinqüenta mil pessoas retornaram para Jerusalém sob a liderança de Zorobabel e Josué. Rapidamente, reconstruíram o

altar e iniciaram a construção do templo. Logo, todavia, a apatia se estabeleceu, à medida que eles foram cercados com a oposição

dos vizinhos samaritanos, que, finalmente foram capazes de conseguir uma ordem do governo da Pérsia para interromper a

construção. Durante cerca de doze anos a construção foi obstruída pelo desânimo e pela preocupação com outras atividades.

Zacarias e Ageu persuadiram o povo a voltar ao Senhor e aos seus propósitos para restaurar o templo. Zacarias encorajou o povo de

Deus indicando-lhe um dia, quando o Messias reinaria de um templo restaurado, numa cidade restaurada.

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Conteúdo

O livro de Zc começa com a veemente palavra do Senhor para o povo se arrepender e se voltar novamente para seu Deus. O livro

está repleto de referências de Zc à palavra do Senhor. O profeta não entrega sua própria mensagem, mas ele, fielmente, transmite a

mensagem dada ele por Deus. O povo é chamado para se arrepender de sua apatia e completar a tarefa que não foi terminada.

Deus, então, assegura ao seu povo o Seu amor e cuidado por eles, através de oito visões. A visão do homem e dos cavalos lembra

ao povo o cuidado de Deus. A Visão dos quatros chifres e dos quatro ferreiros trazem à memória o julgamento de Deus. A Visão

do homem com um cordel de medir: existe uma olhada apocalíptica na velha e pacífica cidade de Deus. A visão grandiosa do

castiçal todo revestido de ouro entre os vasos de azeite assegura a Zorobabel que os propósitos de Deus serão cumpridos somente

pelo seu Espírito. A visão do rolo voante emite o pronunciamento de Deus contra o furto e contra o juramento falso. A visão da

mulher num efa significa a santidade de Deus e a remoção do pecado. A visão dos quatro carros retrata o soberano controle de

Deus sobre a Terra.

As visões são seguidas por uma cena de coroação na qual Josué é coroado tanto como rei como sacerdote. Nos caps 7-9, Deus usa a

ocasião de uma questão sobre o jejum para reforçar sua ordem para justiça e juízo, para substituir as formalidades religiosas.

Os caps 9-14 contêm muita escatologia. (Estudos das últimas coisas)

(Zacarias é, às vezes, referido como o mais messiânico de todos os livros do AT. Os caps 9-14 sãos as seções mais citadas dos

profetas nas narrativas dos Evangelhos. No Apocalipse, Zacarias é citado mais do que qualquer profeta, exceto Ezequiel. Ele

profetizou que o Messias virá como o Servo do Senhor, o Renovo (3.8), como o homem cujo nome é Renovo (6.12); tanto como

Rei como sacerdote 96;13), e como o verdadeiro Pastor (11.4-11). Ele dá um expressivo testemunho sobre a traição de Cristo por

trinta moedas de prata (11.12-13), sua crucifixão (12.10), seus sofrimentos (13.7) e sua segunda vinda (14.4).

Duas referências a Cristo são de profundo significado. A entrada triunfante de Jesus em Jerusalém é descrita com detalhes em 9.9,

quatrocentos anos antes do acontecimento (ver Mt 21.4; Mc 11.7-10). Um dos versículos mais dramáticos das Escrituras proféticas

é encontrado em 12.10, quando, na maioria dos manuscritos a primeira pessoa é usada: “E olharão para mim, a quem

traspassaram”...(Jesus Cristo, pessoalmente, profetizou sua definitiva recepção pela casa de Davi).

Neemias

Autor: Neemias

Data: Cerca de 423 a.C.

O título atual do livro é derivado do seu personagem principal, cujo nome aparece em 1.1. A nossa primeira imagem de Neemias é

quando ele aparece em seu papel de copeiro na corte de Artaxerxes. Um copeiro tinha uma posição de grande confiança como

conselheiro do rei e a responsabilidade de proteger o rei de envenenamento. Enquanto Neemias, sem dúvida, desfrutava o luxo do

palácio, o seu coração estava em Jerusalém, uma pequena cidade nas longínquas fronteiras do império.

A oração, o jejum, as qualidades de liderança, a poderosa eloqüência, as habilidades organizacionais criativas, a confiança nos

planos de Deus e a rápida e decisiva resposta aos problemas qualificavam Neemias como um grande líder e como um grande

homem de Deus. Mais importante ainda: ele deixa transparecer um espírito de sacrifício, cujo único interesse é resumido na sua

repetida oração: “Lembra-te de mim pra bem, ó meu Deus!”

Data

Nas escrituras, o livro de Neemias formava uma unidade com Esdras. Muitos estudiosos consideram Esdras como o

autor/compilador de Esdras -Neemias bem como de 1 e 2 Crônicas. Ainda que não tenhamos muita certeza, parece que Neemias

contribuiu com parte do material contido no livro que leva o seu nome (caps.1-7; 11-13).

Jerônimo, ao fazer a Vulgata, honrou Neemias ao dar o seu nome ao livro em que aparece como personagem principal. Neemias

significa “Jeová consola”. A história começa no livro de Esdras e se completa em Neemias. Neemias, que serviu duas vezes como

governador da Judéia, deixa a Pérsia para realizar a sua primeira missão no vigésimo ano de Artaxerxes I da Pérsia, que reinou de

465 até 424 a.C. (2.1). Retorna à Pérsia no trigésimo segundo ano de reinado de Artaxerxes (13.6) e volta novamente para

Jerusalém “ao cabo de alguns dias”.

Pelo conteúdo do livro, sabe-se que a obra somente pode ter sido escrita algum tempo depois da volta de Neemias da Pérsia para

Jerusalém. Talvez a sua redação final tenha sido completada antes da morte de Artaxerxes I em 424 a.C.; ao contrário, a morte de

um monarca tão benigno provavelmente teria sido mencionada em Ne.

O período histórico coberto pelos livros de Esdras e Neemias é de cerca de 110 anos. O período de reconstrução do templo sob

Zorobabel, inspirado pela pregação de Zacarias e Ageu, foi de 21 anos. Sessenta anos mais tarde, Esdras causou um despertar do

fervor religioso e promoveu um ensino adequado sobre o culto no templo. 13 anos depois, Neemias veio pra construir os muros.

Talvez Malaquias tenha profetizado durante aquela época. Se foi assim, Neemias e Malaquias trabalharam juntos para erradicar o

mal que significava o culto a muitos deuses e atacaram o pecado da associação com o povo que havia sido forçada a recolonizar

aquelas regiões pelos assírios cerca de 200 anos antes. Tiveram tanto sucesso, que durante o período intertestamental o povo de

Deus não voltou à idolatria. Dessa maneira, quando veio o Messias esperado e profetizado, pessoas como Isabel e Zacarias, Maria e

José, Simeão, Ana, os pastores e outros eram pessoas piedosas com quem Deus iria contar.

Conteúdo

Neemias expressa o lado prático, a vivência diária da nossa fé em Deus. Esdras havia conduzido o povo a uma renovação

espiritual, enquanto Neemias era como o Tiago do AT, desafiando o povo a mostrar a sua fé por meio das obras.

A primeira seção do livro (caps. 1-7) fala sobre a construção do muro. Era necessário para que Judá e Benjamim continuassem a

existir como nação. Durante o período da construção dos muros, os crentes comprometidos, guiados por esse líder dinâmico,

venceram a preguiça (4.6), zombaria (2.20), conspiração (3.9)e ameaças de agressão física (4.17).

A segunda seção do Livro (caps. 8-10) é dirigida ao povo que vivia dentro dos muros. A aliança foi renovada. Os inimigos que

moravam na cidade foram expostos e tratados com muita dureza. Para guiar esse povo, Deus escolheu um homem de coração reto e

com uma visão clara dos temas em questão, colocou-o no lugar certo no momento certo, equipou-o com o seu Espírito e o enviou

pra fazer proezas.

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Na última seção (caps.11-13), o povo é restaurado à obediência da Palavra de Deus, enquanto Neemias, o leigo, trabalha junto com

Esdras, o profeta. Como governador durante esse período, Neemias usou a influência do seu cargo para apoiar a Esdras e exercer

uma liderança espiritual. Aqui se revela um homem que planeja sabiamente suas ações (“considerei comigo mesmo no meu

coração”) e um homem cheio de ousadia (“contendi com os nobres”)

Malaquias é o último profeta do Antigo Testamento judaico. Não se sabe com certeza se Malaquias é nome de uma pessoa, ou

significa “um mensageiro” ou “um missionário”. Acredita-se, contudo, que se trata de um profeta e, que escreveu ele mesmo “O

Livro de Malaquias”.

Ele viveu muito tempo depois de Ageu e Zacarias, porque em sua época a obra de reconstrução do templo já tinha sido concluída,

como se pode deduzir pelo que é dito no capítulo 3, versículo 10, onde é mencionado um compartimento do templo chamado “casa

dos tesouros”, onde se depositavam as ofertas trazidas à casa do Senhor.

A época de Malaquias teria sido entre 415 e 397 antes de Cristo.

Como porta-voz de Deus, Malaquias se apresenta em uma das épocas mais decisivas da história. A Terra tivera muitos profetas,

mas o ambiente cultural que cercava o profeta não trazia as marcas da obra realizada por aqueles homens. Os sacerdotes eram

corruptos (1:6, 2:9), e o povo, salvo algumas exceções, não era melhor (2:10 – 4:3).

Embora o começo do Livro de Malaquias mencione o nome de Israel, Malaquias viveu e profetizou no reino de Judá. O reino de

Israel não existia mais na época de Malaquias, mas seu nome “Israel”, continuou a ser usado para designar o povo judeu em geral.

Em suas profecias, Malaquias começa por mostrar como Deus tem sempre amado a Jacó, isto é, a nação de Israel e Judá. Diz que

eles reconhecem que Deus é seu Pai, mas não lhe dão a devida honra. O profeta fala a respeito da profanação que eles fazem do

altar do Senhor. Grande parte da culpa desse estado cabe aos sacerdotes que, por sua negligência e descaso, têm contribuído para a

ruína do povo.

Fala de outras transgressões cometidas pelo povo, mas também promete a vinda do Senhor.

O Livro de Malaquias é o último dos profetas menores e também o último livro de cânon cristão do Antigo Testamento, tem 4

capítulos e 55 versículos.

Resumo do Livro de Malaquias:

Cap 1. O povo e, especialmente os sacerdotes, são reprovados por causa de sua hipocrisia; profanaram os sacrifícios e por isso

seriam escolhidas outras nações que tivessem mais reverência a Deus.

Cap. 2.Os sacerdotes são reprovados por causa de sua infidelidade no ofício; fala sobre a aliança com o Senhor, que foi esquecida.

O povo também é repreendido por ter-se casado com mulheres estrangeiras.

Cap. 3 Deus promete enviar um mensageiro para preparar o caminho diante do Messias. Haveria um juízo para purificar e preparar

o povo.

Cap. 4.Fala da época do Advento: O Profeta Elias seria enviado antes do dia Grande e Terrível do Senhor.

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O NOVO TESTAMENTO - EVANGELHOS

A PROMESSA E O CUMPRIMENTO DA PROMESSA

I Tempo: “A Promessa” (No Velho Testamento)

1. Números 11, 24-29:

“Saiu, pois, Moisés, e referiu ao povo as palavras do Senhor, e ajuntou setenta homens dos anciãos do povo e os

pôs ao redor da tenda.Então, o Senhor desceu na nuvem e lhe falou; e tirando do Espírito, que estava sobre ele, o pôs

sobre aqueles setenta anciãos; quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas depois nunca mais. Porém no

arraial ficaram dois homens; um se chamava Eldade e o outro Medade. Repousou sobre eles o Espírito, porquanto

estavam entre os inscritos, ainda que não saíam à tenda; e profetizavam no arraial.

Então correu um moço, e o anunciou a Moisés, e disse:

-“Eldade e Medade profetizam no arraial”.

Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um de seus escolhidos, respondeu, e disse:

-“Moisés, meu senhor, proíbe-lho”.

Porém Moisés lhe disse:

-“Tens tu ciúmes de mim? Oxalá todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o Seu Espírito!”

2. Números 12, 6-8

“Então disse:

-Ouvi agora minhas palavras: se entre vós há profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me faço conhecer, ou falo

com ele em sonhos.

Não é assim com meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente, e

não por enigmas; pois ele vê a forma do Senhor: como, pois, não temestes falar contra o meu servo, contra Moisés?”

3. Salmos 67, 19

“Subiste ao alto, levaste contigo cativos, tomaste dons para distribuíres pelos homens; mesmo pelos que não

criam que o Senhor Deus habitava entre nós”.

4. Isaías 44, 3

“Porque derramarei água sobre o sedento, e torrentes sobre a terra seca, derramarei o meu Espírito sobre a tua

posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes”.

5. Joel 2, 28-30

“E acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas

profetizarão, vossos velhos sonharão e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o

meu Espírito naqueles dias. Mostrarei prodígios no céu e na terra; sangue, fogo, e colunas de fumo. O sol se converterá

em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande dia do Senhor”.

6. Malaquias 4, 4-6

“Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, a qual lhe prescrevi em Horebe para todo Israel, a saber, estatutos e

juízos. Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande dia e terrível dia do Senhor; ele converterá o

coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição”.

II Tempo: “Cumprimento da Promessa” (Do Batismo à Crucificação de Jesus Cristo)

1. Mateus 17,10-13

“E os discípulos o interrogaram, dizendo:

-“ Por que dizem, pois, os escribas que Elias deve vir primeiro?”

E ele, respondendo, disse-lhes:

-“Elias certamente há de vir, e restaurará todas as coisas. Digo-vos, porém, que Elias já veio, e não o

reconheceram, antes fizeram com ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do homem há de padecer nas mãos

deles”.

Então os discípulos compreenderam que lhes tinha falado a respeito de João Batista”.

2. Mateus 3,11

“Eu, na verdade, batizo-vos com água,nas o que há de vir depois de mim é mais poderoso do que eu, e eu não

sou digno de lhe levar a sandália; ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo”.

3. Lucas 3,22

“E desceu sobre ele o Espírito Santo em forma corpórea como uma pomba; e ouviu-se do céu esta voz: -“Tu és o

meu filho dileto; em ti pus as minhas complacências”.

4. João 1,17

“.. Porque a Lei foi dada a Moisés mas a graça e a verdade foi trazida por Jesus Cristo”.

5. João 7,38-39

“Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito

ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até esse momento não fora dado porque Jesus

ainda não havia sido ainda glorificado”.

6. Mateus 12, 22-32

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“ Então trouxeram-lhe um endemoniado cego e mudo, e ele o curou, de sorte que falava e via. E ficaram

estupefatas todas as turbas, e diziam:

-“Por ventura é este o filho de Davi?”

Mas os fariseus, ouvindo isto disseram:

-“Este não lança fora os demônios, senão por virtude de Belzebu, príncipe dos demônios”.

Porém, Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse-lhes:

-“Todo o reino, dividido contra si mesmo, será desolado; e toda cidade ou família, dividida contra si mesma, não

substituirá. Ora, se Satanás lança fora a Satanás, está dividido contra si mesmo, como substituirá, pois, o seu reino?

E, se eu lanço fora os demônios em virtude de Belzebu, por virtude de quem os expeliu vossos filhos? Por isso é

que eles serão os vossos juízes. Se eu, porém, lanço fora os demônios pela virtude do Espírito Santo de Deus, é

chegado a vós o reino de Deus.

Ou como pode alguém entrar na casa dum valente, e saquear os seus móveis, se antes não prender o valente? E

então lhe saqueará a casa. Quem não é comigo, é contra mim; e quem não junta comigo, desperdiça.

Por isso vos digo: todo o pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, porém, a blasfêmia contra o Espírito

Santo não será perdoada. E todo o que disser alguma palavra contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste

mundo, nem no porvir”.

7. João 14, 12, 16, 26

“Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e outras

maiores fará, porque eu vou para junto do Pai”

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja sempre convosco o Espírito da

Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; vós o conheceis porque ele habita convosco

e estará entre vós”

“mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos

fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”

8 . João 16, 7-15

“Mas eu vos digo a verdade: Convém-vos que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá para vós

outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. Quando ele vier convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo; do

pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para o Pai e não me vereis mais; do juízo, porque o príncipe

deste mundo já está julgado. Tenho muito a vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o

Espírito da Verdade ele vos guiará a toda a Verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido

e vos anunciará as coisas que hão de vir”.

9. Marcos 16, 15-18

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo;

quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome expelirão

demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se

impuserem as mãos sobre os enfermos, eles ficarão curados”

* Quando viram eles Moisés (representando a Lei) e Elias (representando os Dons aplicados na defesa da Verdade) conversando com Jesus, estavam tão

manifestos que os profetas acreditaram que teriam que fazer uma tenda para cada um dos dois...

O Novo Testamento

Esta Segunda parte da Bíblia não trata mais de conquistas de reinos terrestres, mas faz menção ao reino de Deus.

Em tamanho físico, toma um quinto da Bíblia, já que é um quarto do Velho Testamento.

Em termos de tempo, abrange um século, indo desde o nascimento do Messias, João Evangelista, e Jesus, até as

atividades dos apóstolos, descritas em Atos.

A contagem do tempo que introduziu o cômputo atual, feita em 525 pelo monge Dionísio, o Pequeno, tem erro, já

que quando Jesus nasceu Herodes estava vivo, o que corresponderia ao ano 5. O calendário que observamos foi

estabelecido pelo Papa Gregório XIII, em 15 82, com a data inicial 1 a.D., baseado no de Dionísio.

P – Verdadeiramente, o Novo Testamento é todo ele filho do Profetismo Hebreu, anunciado e prometido, nele

estribado na Revelação Contínua, nas promessas da vinda do Cristo Modelar e Modelador, do Derrame de Dons do

Espírito Santo sobre toda a carne, trazido pelo próprio Cristo Modelo, tal como o Livro dos Atos e as Epístolas provam

totalmente?

R – Sim, o Novo Testamento é Moral Divina, é Cristo Exemplo de Obediência às Leis Divinas, é generalização

dos Dons do Espírito Santo, e, por causa da corrupção que viria, o Novo Testamento é promessa da RESTAURAÇÃO,

com os avisos, na hora certa, da entrada no período apocalíptico chamado UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA.

Começar com a Codificação é passável, apenas passável, pois muitas de suas afirmações são infantis, outras muito

falhas, algumas erradas, etc... Mas fanatizar-se alguém pela Codificação, isso constitui obra criminosa, de lesa-

VERDADE, pois qualquer pessoa inteligente e honesta saberá compreender, que Kardec e a Codificação não entraram

no Livro dos Atos, nas Epístolas e no Apocalipse. (Que Fizeste do Batismo do Espírito Santo?)

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Nos exemplos de Jesus Cristo há medida para todos. Primeiro enfrentou o preparo e o amadurecimento, entre as

montanhas e as noites silenciosas, os usos e os costumes, tudo aquilo com que, de longos séculos, contavam os

Nazireus, a primícia dos Essênios ou da Escola Profética Hebréia, às margens do Mar Morto. Depois, como de fato deve

proceder um Instrutor de homens, saiu a movimentar os recursos mediúnicos ou revelacionistas, fazendo-os rodar sobre

o mancal irremovível da Soberana Lei! E a Doutrina Cristã é, queiram ou não, a infusão desses dois fatores básicos — a

Lei que enobrece e a Revelação que instrui. (O Pentecoste)

Recadinho:

No Velho Testamento está uma advertência fundamental, e no Novo Testamento está a explicação total:

“Quando fordes mansos e humildes, increparei os insetos daninhos e retirarei da terra o espírito imundo."(VT)

"Tomai exemplo de mim, que sou manso e humilde de coração"(NT)

“Consultai as escrituras.” - Jesus.

O Velho Testamento foi queimado por Saul, e foi restaurado no tempo de Esdra, sobre lendas e ditos do povo. Só

de Davi para diante é que os livros do Velho Testamento são de próprio punho, nos originais hebreus.

O Novo Testamento se compunha de duzentos e cinquenta e sete manuscritos. A primeira seleção reduziu-os a

noventa e sete, a segunda a vinte e oito e a Vulgata constitui o resumo, segundo os interesses do imperialismo

despótico e sanguinário de Roma. No quarto século foram feitas coisas escabrosas com os escritos apostolares; foram

cometidas adulterações tremendas, além de terem sido mortos os cultivadores do Batismo de Espírito, e de terem sido

destruídos os Cenáculos Iniciáticos de todos os recantos do Império Romano.

Jesus foi crucificado duas vezes - uma vez em nome de Moisés, pelo Sinédrio e pela súcia farisáico-saducéia, e

outra vez por ordem de Constantino ou do Império Romano.

O Batismo de Espírito voltou através de Elias, com o nome de Espiritismo, precisamente por ser a restauração

do Batismo de Espírito, que a Jesus custou a vida.

A verdadeira Escritura é a Revelação, é a Palavra de Deus, sempre viva e servindo assim - advertindo,

ilustrando e consolando. E o Profeta ou Médium é muito responsável, porque ele é o intermediário, o servo da

Mensageiria Divina. Quando o Médium ou Profeta se desequilibra, os santos espíritos afastam-se e os espíritos

ignorantes e capciosos interferem, ensinando a trair a Lei de Deus.

Para quem quiser atender, isto é fundamental: O Documento Fundamental é a Lei de Deus. O Evangelho foi a

vida que Jesus viveu. Jesus é a Lei Viva, é Moral, é Amor e é Revelação.(Novo Testamento dos Espíritas)

O NOVO TESTAMENTO DOS ESPÍRITAS é o livro que nos abrirá os olhos quanto às adulterações e inserções!

Não deve deixar de ser lido!

Cronologia

-5 nasce Jesus

8 - Jesus é encontrado aos 12 anos, pregando no templo.

28 - João Batista faz pregações e batiza Jesus

30 desencarna Jesus

34 Conversão de Paulo

43 - Martírio de Tiago. Pedro vai para Roma. Apóstolos dispersos.

60/62 - Paulo é preso em Roma (escreve Col, Ef, Flp, Flm). Tiago menor é morto.

67 - Martírio de Pedro e Paulo

90 - João Evangelista exila-se em Patmos e escreve o Apocalipse

100 - Desencarne de João, o evangelista

Partes Do Novo Testamento:

Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas, João.

Os três primeiros Evangelhos trazem os mesmos fatos, na mesma ordem. No de João predomina a atividade de

Jesus em Jerusalém.

A palavra Evangelho significa Boa Nova. Os evangelhos relatam a vida de Jesus. Poderemos saber da

significação de sua vinda e um resumo de seus dias na página 63 do Evangelho Eterno (transcrito em seguida)

Atos, o Ministério dos Apóstolos: A história bíblica termina no livro de Atos, que descreve o ministério da

igreja primitiva. Em Atos vemos como a mensagem concernente a Jesus propagou-se de Jerusalém até Roma, centro do

mundo Ocidental.

Epístolas de Paulo: Romanos, 2 aos Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 2 aos Tessalonicenses,

2 a Timóteo, a Tito, a Filêmon, aos Hebreus. Eram escritas com a intenção de apaziguar litígios, dissipar dúvidas,

aconselhar, direcionar ao bem. Eram escritas por amanuenses. Uma Igreja (como entendemos a palavra, que apenas quer

dizer grupo reunido) trocava estas epístolas com outra, para haver o intercâmbio de informações.

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Epístolas Canônicas: 1 de Tiago, 2 de Pedro, 3 de João, 1 de Judas

Dos apóstolos, mas dirigidas aos fiéis em geral.

Tiago – tinha cunho moral

I Pedro – escrita em tempo de muita perseguição, exalta à fé e à coragem.

II Pedro – chama à atenção os erros internos, infiltrados nas comunidades

I João – fala de Deus e nossos deveres morais

II João – convite à caminhada na Verdade e no Amor

III João – tem um tom familiar

Judas – irmão de Tiago, avisa de falsos mestres, das doutrinas corruptas.

Apocalipse, o Livro Profético

A palavra significa REVELAÇÂO, característica principal deste Livro.

Aparecem duas linhas: o tema “fim dos tempos” e a linguagem simbólica. Predomina o número 7 em todo o livro.

Estudiosos dividem o Livro em 5 partes: Exórdio, Mensagem às Igrejas (com suas condições morais, promessas de

prêmios) vitória da Doutrina, o dragão é atado, o julgamento, a sorte dos justos e dos maus, epílogo.

São usados muitos simbolismos do Velho Testamento, principalmente os de Ezequiel e Daniel

Para ler este livro com mais propriedade, convém, antes da leitura, buscar no Evangelho Eterno os significados de

certos símbolos, pois isso permitirá que a compreensão seja mais profunda:

A ordem certa dos capítulos:10, 11, 12, 19, 14, 21 e 22

O capítulo 4 do Evangelho Eterno, que tem como título SÍNTESE DA SABEDORIA APOCALÍPTICA,

O capítulo 5 do Evangelho Eterno, que tem como título OS CAVALEIROS DO APOCALIPSE, ambos são

indispensáveis para uma leitura anterior à própria leitura do Apocalipse

Os dois livros do Novo Testamento, menos lidos, e mais puros, são o Livro dos Atos dos Apóstolos e o

Apocalipse... Como Jesus deixou o Espiritismo generalizado, e como os fatos terão que se dar, no curso dos Ciclos e das

Eras, é do que tratam os dois imensos livros. (Que Fizeste do Batismo do Espírito Santo?)

Sobre João Batista:

Atraía multidões para suas pregações no vale do rio Jordão, em Betabara (ou Betânia), na margem leste do rio.

Era essênio (Era um grupo que vivia vida simples e altamente disciplinada, com locais de reunião no deserto da Judéia.

Seus pergaminhos foram achados há pouco tempo, em Khirbet Qumrân).

As autoridades preocupavam-se com João Batista, porque atraía muita gente. Era primo de Jesus.

Segundo o que o Pai disse, João Batista era tão impaciente e severo que acabava também assustando pessoas.

Jesus perguntou porque ele era assim, e João respondeu: “Sua vez chegará!”. Tinha o apelido de “Voz de Trovão”

Foi decapitado por Herodes Antipas, que prometera a Salomé, por sua bela dança, o que quisesse... E ela pediu a

cabeça de João Batista numa bandeja de prata.

Ler sem falta:

Malaquias, 4 - Mateus 17, 11 - João 16, 12 - Apocalipse, 14, 6 - Apocalipse 12, 5 - Apocalipse 14, 14 -

Apocalipse 19, 11 - Apocalipse 19, 15 - Apocalipse 10, 9

E no capítulo 21 teremos E DEUS HABITARÁ ENTRE VÓS!

Quatro Fases Distintas E Maravilhosas Marcam A Epopéia Cristã:

1° - As profecias sobre a Sua vinda, que começou por Abrão, tendo após tido curso em Moisés e nos Profetas; o

retorno de Elias, como está escrito nos dois últimos versículos do Velho Testamento; a configuração histórico-

messiânica do Cristo, como está em alguns dos Profetas, principalmente no capítulo cinquenta e três de Isaías; e o

derrame de Espírito ou Revelação sobre toda a carne, como está dezenove vezes anotado nos Profetas.

2° - No momento de dar-se a encarnação, o trabalho do Consolador, da Mensageiria Divina ou do Ministério do

Espírito Santo, tendo Gabriel feito sua parte preliminar; tendo, após, o mesmo Consolador trabalhado através de José,

dos reis iniciados, de Ana e de Simeão, enquanto Jesus era criança.

3° - Tudo Jesus fez durante a vida carnal, dando provas de ter a Graça do Consolador SEM MEDIDA; dando, por

isso, provas de variantes modos, pelos fenômenos proféticos ou mediúnicos obrados; dando provas de ter os anjos,

espíritos ou almas, subindo e descendo sobre Ele; indo ao Tabor, em companhia de três Apóstolos, para falar com

Moisés e Elias, que nunca foram mortos, porque para Deus ninguém é morto; e dando provas de Sua Divina

Modelagem, através de todos os feitos que obrara em vida, preparando terreno à outra parte que Lhe cumpria, ao

ressurgir como espírito, para completar a função missionária.

4° - Deixar o túmulo vazio; retornar como espírito; repetir Suas palavras de antes, sobre a Graça da Revelação

generalizada que deixaria, para tirar a orfandade do seio da humanidade; preparar e realizar a gloriosa eclosão

mediúnica do Pentecostes; continuar, por onze anos a fio, Seus contatos com os Apóstolos, que aumentaram para

milhares e se espalharam pela Terra.

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A História Geral

- Os governantes. Período 4 aC a 70 dC -

Os romanos permaneceram como governantes supremos da Palestina durante os tempos do NT. A família de

Herodes, juntamente com os procuradores romanos nomeados, governava sob a autoridade de Roma.

O Novo Testamento inicia-se com o nascimento de Jesus. Herodes, o Grande, era rei, mas seu governo

aproximava-se do fim. Os últimos anos de seu reinado foram cheios de conspiração e contra conspiração enquanto os

membros de sua família disputava o poder. Poucos antes do nascimento de Jesus ele havia executado os dois filhos que

tivera com Mariana. Outro filho, Antípatro, conspirou contra Herodes e foi executado apenas cinco dias antes da morte

do pai, no ano 4 aC. Para os romanos Herodes foi um rei vassalo digno de confiança e capaz, mas para os judeus ele foi

um tirano egoísta.

Sucederam-no seus filhos. Arquelau (4aC - 6 dC) governou na Judéia. O menos estimado dos filhos de Herodes,

ele foi cruel e despótico. As queixas dos Judeus contra ele finalmente o levaram ao exílio. Herodes Antipas (4 aC - 39

dC) foi nomeado tetrarca da Galiléia e da Peréia. Este orgulhoso e hábil governante foi menos brutal que Arquelau, mas

assassinou João Batista que denunciara seu casamento com Herodias. Favorecido pelo imperador romano Tibério (14 -

37 dC), foi exilado no ano 39 dC por ordem de Calígula (37 - 41 dC). Filipe (4 aC - 34 dC), terceiro filho de Herodes,

foi tetrarca das regiões da Ituréia e Traconites (Lc 3.1). Filipe parece ter sido um governante relativamente justo e

benevolente. Sua capital era Cesaréia de Filipe (Mt 16.13; Mc 8.27), e as moedas que ele cunhou foram as primeiras

moedas judaicas a trazer a efígie humana (a de Augusto ou de Tibério). Morreu no ano 34 dC e seu território foi afinal

acrescentado ao de Herodes Agripa I.

Após o exílio de Arquelau, sua tetrarquia (Judéia, Samaria e Iduméia) foi governada por procuradores romanos (6

- 41 dC) Quirino, governador da Síria, chegou à Judéia no ano 6 dC a fim de alistar o povo para efeitos de tributação.

Este ato provocou os patriotas da Judéia, mas as autoridades judaicas os acalmaram por algum tempo. Contudo, Judas, o

galileu, liderou o povo na revolta contra os romanos e contra Herodes. Logo foi morto (At 5.37) é possível que seus

seguidores constituíssem o partido dos Zelotes (Lc 6.15; At 1.13).

Herodes Agripa I alcançou a proeminência em 37-44 dC e despojou os procuradores de seus poderes. Como

herdeiro da família dos macabeus, ou asmoneus, e em virtude de sua observância da Lei, ele era estimado entre os

fariseus. Esta estima ou popularidade era por sua hostilidade aos cristãos (At 12). Morreu repentinamente no ano de 44

dC, e seu reino voltou a ser governado pelos procuradores. As condições pioraram sob os procuradores até que

precipitaram a rebelião judaica contra o governo romano em 66-70 dC.

Fadus (44-46 dC), Alexandre (46-48 dC), Cumanus (48-52 dC), Félix (52-60 dC) francamente hostil

aos judeus, Festo (60-62 dC) (morreu durante seu mandato, e em Jerusalém a anarquia predominou por

completo. Foi nessa ocasião que mataram Tiago, irmão de Jesus), Albino (62-64 dC), Floro ( 64-66 dC)

(saqueava cidades inteiras. Permitia aos ladrões que pagassem suborno para o livre exercício de sua profissão.

Por conseguinte, a nação judaica caiu numa situação intolerável). Desde 68 até 70 dC eles travaram uma

guerra heróica que terminou em trágica derrota em 70 dC, quando a cidade e o templo foram invadidos e

destruídos.

Sobre os Evangelhos e os evangelistas

A palavra "Evangelho" vem do grego "evangélion", que quer dizer "Boa Notícia". Para os apóstolos era

"aquilo que Jesus fez e disse"(At 1,1). É a força renovadora do mundo e do homem.

A Igreja reconhece como canônicos (inspirados por Deus) os quatro Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e

João. Os três primeiros são chamados de "sinóticos" porque podem ser lidos em paralelo, já o de João é bastante

diferente. Existem também evangelhos apócrifos que a Igreja não reconheceu como Palavra de Deus. São os de Tomé,

de Tiago, de Nicodemos, de Pedro, os Evangelhos da Infância, etc. Eles contém verdades históricas junto narrações

fantasiosas e heresias.

Os evangelhos são simbolizados pelos animais descritos em Ez 1,10 e Ap 4,6-8: o leão (Marcos), o touro

(Lucas), o homem (Mateus), a águia (João). Foi a Tradição da Igreja nos séculos II a IV que tomou esta simbologia

tendo em vista o início de cada evangelho. Mateus começa apresentando a genealogia de Jesus (homem); Marcos tem

início com João no deserto, que é tido como morada do leão; Lucas começa com Zacarias a sacrificar no Templo um

touro, e João começa com o Verbo eterno que das alturas desce como uma águia para se encarnar.

Jesus pregou do ano 27 a 30 sem nada deixar escrito, mas garantiu aos Apóstolos na última Ceia, que o Espírito

Santo os faria "relembrar todas as coisas" (Jo14, 25) e lhes "ensinaria toda a verdade" (Jo 16,13). Desta promessa, e

com esta certeza, a Igreja que nasceu com Pedro e os Apóstolos, sabe que nunca errou o caminho da salvação. De 20 a

30 anos após a morte de Jesus os Apóstolos sentiram a necessidade de escrever o que pregaram durante esses anos,

para que as demais comunidades fora da Terra Santa pudessem conhecer a mensagem de Jesus.

É sabido que os Quatro Evangelhos, ou versões, de Jerônimo, constituem a condensação de mais de duzentos

manuscritos, e, com inclinação à Igreja Católica Apostólica Romana, fundada em 325, por Constantino... Contém erros

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e falhas da parte dos escritores, que foram apenas homens... E contém erros e inclinações propositalmente deturpadas,

porque foi feita para servir ao Império Romano...

Mas, lembrem-se, apesar de todos os erros e de todas as deturpações, é um grandioso testemunho da Lei de Deus,

da Divina Modelagem de Jesus Cristo, e da comunicabilidade dos anjos, espíritos ou almas... Lembrem-se de que as

palavras anjo, espírito e alma querem dizer a mesma coisa, e que outra qualquer interpretação é burrice... Sempre

surgiram, na História das Grandes Revelações, aqueles interesses humanos, que foram torcendo a VERDADE

DOUTRINÁRIA para o seu lado, ou em benefício de seus exploradores...

Espíritos de erro, encontrando acesso em pessoas erradas, têm inventado contradições tremendas e repugnantes

sobre Jesus – profecias, nascimento, corpo, feitos mediúnicos, desencarnação e ressurreição, Batismo de Espírito, etc. A

Verdade está nos Livros constituintes do Novo Testamento, e os fatos provarão assim. (Que Fizeste do Batismo do Espírito

Santo?)

***

O Evangelho de Mateus –[ Mateus era cobrador de impostos que, com um banquete, se despede do antigo modo

de vida e segue Jesus. Outros chamam-no de Levi. Está em Mateus, 24 e 25 o Sermão Profético de Jesus] é o primeiro

que foi escrito, em Israel e em aramaico, por volta do ano 50. Serviu de modelo para Marcos e Lucas. O texto de Mateus

foi traduzido para o grego, tendo em vista que o mundo romano da época falava o grego. O texto aramaico de Mateus se

perdeu. Já no ano 130, Pápias, da Frígia, fala deste texto. Também Irineu (†200), que foi discípulo de Policarpo, que por

sua vez foi discípulo de João Evangelista, fala do Evangelho de Mateus, no século II.

Comprova-se aí a historicidade do Evangelho de Mateus. Ele escreveu para os judeus de sua terra, convertidos

ao cristianismo. Era o único dos apóstolos habituado à arte de escrever, a calcular e a narrar os fatos. Compreende-se

que os próprios Apóstolos do tenham escolhido para esta tarefa. O objetivo da narração foi mostrar aos judeus que

Jesus era o Messias anunciado pelos profetas, por isso, cita muitas vezes o Antigo Testamento e as profecias sobre o

Messias. Como disse Renan, o evangelho de Mateus tornou-se "o livro mais importante da história universal".

O Evangelho de Marcos - Marcos foi colaborador de Pedro e Paulo na Pregação. Era também chamado de João

Marcos (em Atos 13, 5 é chamado apenas de João). Trabalhou na pregação no Egito.Marcos não foi apóstolo, mas

discípulo deles, especialmente de Pedro, que o chama de filho (1Pe 5,13). Foi também companheiro de Paulo na

primeira viagem missionária (At 13,5; Cl 4, 10; 2Tm 4,11). O testemunho mais antigo sobre a autoria do segundo

evangelho, é dado pelo famoso Pápias de Hierápolis, na Ásia Menor (†135).

O Evangelho de Lucas - Lucas não era judeu como Mateus e Marcos (isto é interessante!), mas pagão de

Antioquia da Síria (Cl 4, 10-14). Era culto e médico. Ligou-se profundamente a Paulo e o acompanhou em trechos da

segunda e terceira viagem missionária do apóstolo (At 16, 10-37; 20,5-21). No ano de 60 foi para Roma com Paulo (At

27,1-28) e ficou com ele durante o seu primeiro cativeiro (Cl 4, 14; Fm 24) e acompanhou Paulo no segundo cativeiro

(2Tm 4,11). O texto foi escrito em grego, numa linguagem culta e há uma afinidade com a linguagem e a doutrina de

Paulo. foi escrito por volta do ano 70. Como escreveu para os pagãos convertidos ao cristianismo, não se preocupou

com o que só interessava aos judeus. Usou os depoimentos dos que conviveram com Jesus, inclusive os de Mamãe

Maria. Seus escritos não têm nenhuma palavra em aramaico. Escreveu os Atos dos Apóstolos em continuação ao

Evangelho, antes de ser preso em 63.

Mateus mostra um Jesus como Mestre notável por seus sermões - o novo Moisés, Marcos o apresenta como o

herói admirável (o Leão da tribo de Judá - Ap 5,5), Lucas se detém mais nos traços delicados e misericordiosos da alma

de Jesus. É o evangelho da salvação e da misericórdia. É também o evangelho do Espírito Santo e da oração. E não

deixa de ser também o evangelho da pobreza e da alegria dos pequenos e humildes que colocam a confiança toda em

Deus.

O Evangelho de João - João era filho de Zebedeu e Salomé (cf. Mc 15,40) e irmão de Tiago maior (cf. Mc 1,

16-20). Testemunhou tudo o que narrou, com profundo conhecimento. É o "discípulo que Jesus amava" (Jo 21,40).

Este evangelho foi escrito entre os anos 95 e 100 dC., provavelmente em Éfeso onde João residia. João, discípulo

amado, foi discípulo de João Batista. É o único que menciona que os feitos de Jesus têm cunho missionário.

João não quis repetir o que os três primeiros evangelhos já tinham narrado. Escreveu um evangelho

profundamente meditado e teológico, mais do que histórico como os outros. Contudo, não cedeu a ficções ou fantasias

sobre o Mestre, mostrando inclusive dados que os outros evangelhos não têm. Apresentando essa doutrina, ele quis

fortalecer os cristãos contra as primeiras heresias que já surgiam, especialmente o gnosticismo que negava a verdadeira

encarnação do Verbo. Cerinto e Ebion negavam a divindade de Jesus, ensinando a heresia segundo a qual o Espírito

Santo descera sobre Jesus no batismo, mas o deixara na Paixão. É um evangelho profundamente importante para a

teologia dogmática e sacramental especialmente.

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"Se o sal perder a força, com que outra coisa se há de salgar?" - Lucas, cap. 14.

O verdadeiro sal, aqui, é a Doutrina Pura. E devemos dizer, então, que há muito tempo vivem temperando com

sal falsificado! E o resultado está perante todos, porque em lugar de se espiritualizar a humanidade, tudo se

materializou, tudo se brutalizou, tudo se encaminhou ao mais desenfreado sensualismo. Se a Doutrina do Pentecostes,

edificada sobre a Revelação, tivesse ficado, até as crianças de cinco anos já saberiam das grandes coisas de Deus e de

Suas leis, estando preparadas para serem adultos conscientes de seus deveres. A Terra já não seria um mundo de

guerras, pestes, fomes, porque estaria cristianizada. (O Novo Testamento Dos Espíritas)

"O sermão profético" - Marcos, cap. 13.

Quem andou entendendo mal, por certo já não escreveu direito; e o restante da trapalheira, surgiu mais tarde,

com os malabarismos que andaram fazendo nas letras.

Jesus sabia que a Excelsa Doutrina seria corrompida e que seria necessário restaurá-la, nas bases do Pentecostes.

E proferiu o Sermão Profético, sobre o fim do ciclo e as terríveis comoções. Tudo isso até o ano de dois mil e

cinquenta, que é o tempo de começar a Nova Era. E com o Caminho do Senhor reposto no lugar, teremos um ciclo

mais longo, até o ano de seis mil, quando haverá uma nova, porém menos violenta comoção, para depois entrar em

outra Nova Era. E assim por diante, até que a Terra seja aquela Jerusalém Eterna, prevista no Apocalipse.

Andaram enchendo as letras de adulterações e absurdos. Cumpre a cada um fazer a sua análise, procurando a

lógica de Deus em todos os casos e para todos os efeitos. Porque absurdos humanos não abalam a Deus! Tudo seguirá

o rumo certo, e cada um que aprenda com Deus, em lugar de querer ensiná-Lo! (O Novo Testamento Dos Espíritas)

Quanto aos que participavam deste momento histórico:

A Lei, entretanto, registrava os fatos. A cada um estava sendo marcada, para efeito de responsabilidade, nos

registros íntimos, a função do momento. Alguns se aureolavam com as luzes do Amor e do Saber; outros, entretanto,

faziam-se vítimas de si mesmos, tomando parte na chacina que as trevas promoviam em louvor dos abismos. Se em

todos os tempos houve quem cometesse crimes contra a Virtude, certo é que nos dias do desabrochamento cristão tais

práticas ganharam foros de galhardia em favor do Céu. Perseguir e matar aos que falavam em Jesus e viviam tendo

contato com os chamados mortos era bem servir aos altos interesses de Deus, mesmo que a Lei fosse vinda pela

Revelação e que ordenasse não matar. A concepção trevosa do homem podia estar adiante da maior advertência que

jamais o Céu enviara aos homens.

Que poder conseguiria ter a Lei, naqueles dias, perante homens que somente conheciam e se curvavam diante

dos rituais e dos manejos inventados pelos homens? Deus quer assim? Mas quem é Deus diante do imperador e dos

padres vendedores de salamaleques pagãos?! Acaso saberia Deus, mais do que pretendiam saber os políticos e os

senhores dos templos? Tinha alguém certeza, de não mancomunar o Criador com as batoteiras de Suas criaturas

inconscientes?

E, se bem seja verdade constrangedora o fato de ainda viver a humanidade mergulhada nos mesmos chavascais

ronceiros e revéis a Lei, o exato é que as coisas assim foram rompendo através dos dias, até que ao findar o primeiro

quartel do século quatro, já finava por todas as partes, nas voltas do Mediterrâneo, sobre os impulsos romanos, a Graça

e a Verdade trazidas pelo Cristo. A grande eclosão mediúnica do Pentecostes, que os primitivos discípulos faziam

questão de estender pelo mundo a fora, até as extremidades da Terra, teve fim precisamente onde o catolicismo romano

teve começo. Iniciada a vigência de Constantino, caducou a vigência do batismo de espírito.

Foram dias de treva, de conturbação na crosta e de agonia nas esferas espirituais; o martírio de Jesus e de

milhares de abnegados da Verdade ficou soterrado sobre os impactos imperialistas do novo imperador e de sua linha

política. Onde se encontrassem cultores do mediunismo, ali haveria a reação da novel Inquisição; a glória do

Pentecostes se transformara no vinco denunciador, dos que deveriam morrer em benefício do sadismo imperialista.

Trevas desceriam sobre a Humanidade, nuvens negras envolveriam o mundo! O Profeta havia dito, importava

acontecer:

“Eis a que vem os dias, diz o Senhor, e enviarei fome sobre a Terra: não fome de pão, nem sede de água, mas

de ouvir a palavra do Senhor. E eles se comoverão desde um mar até outro mar, e desde o aquilão até o oriente; eles

andarão por toda parte buscando a palavra do Senhor e não a encontrarão” – Amós , cap. 8.

A palavra do Senhor jamais foi a letra; ela sempre foi a Revelação. Com o advento do Cristo, a Graça e a

Verdade, que viviam no círculo das Fraternidades Esotéricas, foram entregues a toda carne. Do Cenáculo Essênio,

Jesus transplantou a Revelação para meio da rua, e dali para o Pentecostes, da onde que teria que grassar pela

Terra a fora. Surgindo a corrupção, seca, a Fonte Informativa e a treva começa a ter o seu reinado estabelecido.

Foram séculos de idolatrias, de mercâncias vergonhosas, de negociatas entre os usurpadores do Nome de Deus e do

Seu Cristo.

Um pouco de cleresia levítica, um pouco de paramentações jupiterianas e bastante força imperialista; eis a

nova ordem imposta no lugar do batismo de espírito. Nada de documentos, nada de informes básicos. Ninguém teria

direito a ler e a se informar. Tudo adstrito aos rituais e aos salamaleques, que deveriam render ao Império a sujeição e

o dinheiro dos reis e dos povos. E para quem quisesse dizer inversamente, procurando livros, ou a própria Revelação

às ocultas, teria sobre si a chama das indefectíveis fogueiras. Assim findou o batismo de espírito, motivo de assim ter

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começado a era das trevas e de idolatrias, era que um dia deveria findar, quando fosse chegado o tempo da reposição

das coisas no lugar.(Confissões de um Corruptor)

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Quem conheceu já toda a sublimidade em que se pode manifestar o Espírito de unidade, que atrai os elementos

qualificados pela Lei, gênero por gênero, espécie por espécie, família por família, desde a mínima até à máxima de suas

manifestações? Ninguém! No entretanto, ligados estamos ao próximo e ao Pai, pelo mais santo dos elos, que se chama

Espírito Santo e, no plano mais evoluído – o humano – se manifesta como dom espiritual, ou janela que abre para o

homem os panoramas da Vida. É a mais dadivosa graça de Deus, depois do conhecimento da personalidade! E é o

Cristo quem lhe canta a sublimidade:

“O Espírito de verdade, a quem o mundo não pode receber, porque o não vê, nem o conhece: mas vós o

conhecereis porque ele ficará convosco, estará em vós.” (João, XIV, 17).

“Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo-á de anunciar.” (João, XVI, 14).

O primeiro Evangelho biográfico ou escrito, letras que informam ao homem de bem a respeito do batismo do

Cristo, único que é do céu, foi apresentado uns trinta anos depois da sua crucificação. Os Apóstolos fundavam a sua

pregação nos sinais vivos do Espírito vivificante, no Espírito de profecia que é e sempre será o testemunho do Cristo!

E se os depravados politiqueiros não houvessem tripudiado sobre esse elemento divino, para impor suas infames

blasfêmias, onde estaria, em matéria de pureza e conhecimentos, a humanidade?

E podemos dizer, depois da restauração, que de novo não surjam impostores pretendendo, outra vez, tudo

enlamear?...

A chave é o culto do elemento mediúnico; banido o culto deste, a mentira grassará. Conservando-o, porém,

ainda que um espírito queira impor erros, outro aparecerá, fazendo a devida observação. Não foi pela vontade de

divertir-se, que o Cristo o veio revelar ao homem; não foi pela vontade de fazer discursos, que Ele banhou a cruz com o

seu sangue, simbolizando, assim, que sem sacrifício próprio, ninguém se faz arauto da Verdade!

Portanto, se o Espírito mediúnico facilita ao homem as mesmas práticas do Cristo, cultive-o ele!

Ser cristão não é só falar no Cristo, é imitá-Lo no âmbito de nossas possibilidades. Ele, pelo Espírito de

sinais e prodígios, obrou fenômenos extraordinários, que O testemunharam; e os Apóstolos seguiram-lhe as pegadas,

pregando, não sobre a letra informativa, mas sobre o Espírito que produz os sinais ou milagres, como se diz

vulgarmente.

Amor e Revelação, eis a madeirame com que foi construída a escada de Jacob, aquela escada no topo da qual

estava o Senhor. De fato, ele já veio até nós; tenhamos bom senso e, assim, tratemos de subir por ela, até que O

atinjamos.

Cada conhecimento adquirido é uma nova responsabilidade. E podemos indagar:

Que fizeste do batismo de Espírito Santo? Como o tens cultivado? Escondeste isso a alguém? Como e por que o

fizeste? Já mediste a tua responsabilidade? Que pretendes fazer para o futuro?

Eis o que podemos dizer a mais, sobre o que foi dito na primeira edição deste trabalho(*). Nada existe fora do

Criador, da Criação, do Poder que equilibra e da Virtude que une, Deus é a base; o demais é produto de sua vontade.

Nada de fazer a coisa prolixa!... – como convém a muitos – nem, de maneira alguma, cobrar pelo que nos foi dado de

graça.(*Que fizeste do batismo do Espírito Santo?)

APÓSTOLOS DA DOUTRINA DO CAMINHO

André apóstolo, o "pescador de Homens"

(~ 5 a. C. - 100)

Apóstolo de Jesus Cristo nascido em Betsaida da Galiléia, também conhecido

como o Afável foi escolhido para ser um dos Doze, e nas várias listas dos Apóstolos

dadas no Novo Testamento é sempre citado entre os quatro primeiros junto com

Pedro, João e Tiago, sendo seu nome mencionado explicitamente três vezes: por

ocasião do discurso escatológico de Jesus (Mc 13,3), na primeira multiplicação dos

pães e dos peixes (Jo 6,8) e quando, juntamente com Filipe, apresenta a Jesus alguns

gentios (Jo 12,22). Também pescador em Cafarnaum, foi o primeiro a receber de

Cristo o título de Pescador de Homens e tornou-se o primeiro a recrutar novos

discípulos para o Mestre. Filho de Jonas tornou-se discípulo do João Batista, cujo

testemunho o levou juntamente com João Evangelista a seguirem Jesus e convencer

seu irmão mais velho, Simão Pedro a seguí-los. Desde aquele momento os dois

irmãos tornaram-se discípulos de Cristo e deixaram tudo para seguir a Jesus. No

começo da vida pública de nosso Senhor ocupararam a mesma casa em Cafarnaum.

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Segundo as Escrituras esteve sempre próximo ao Cristo durante sua vida pública. Estava presente na Última Ceia, viu

o Senhor Ressuscitado, testemunhou a Ascensão, recebeu graças e dons no primeiro Pentecostes e ajudou, entre

grandes ameaças e perseguições, a estabelecer a Fé na Palestina, passando provavelmente por Cítia, Épiro, Acaia e

Hélade. Para Nicéforo ele pregou na Capadócia, Galácia e Bitínia, e esteve em Bizâncio, onde determinou a fundação

da Igreja local e apontou São Eustáquio como primeiro bispo. Finalmente esteve na Trácia, Macedônia, Tessália e

Acaia. Na Grécia, segundo a tradição foi crucificado em Patros da Acaia, cidade na qual havia sido eleito bispo,

durante o reinado de Trajano, por ordem do procônsul romano Egéias. Atado, não pregado, a uma cruz em forma de

X, que ficou conhecida como a cruz de Santo André, ainda que a evidência disso não seja anterior ao século catorze.

Suas relíquias foram transferidas de Patros para Constantinopla (356) e depositadas na igreja dos Apóstolos (357),

tornando-se padroeiro desta cidade. Quando Constantinopla foi tomada pelos franceses no início do século treze, o

Cardeal Pedro de Cápua trouxe as relíquias à Itália e as colocou na catedral de Amalfi. Anos mais tarde, seus restos

mortais foram levados para Escócia, mas o navio que os transportava naufragou em uma baía que assim foi

denominado a Baía de Santo André. É honrado como padroeiro da Rússia e Escócia e no calendário católico é

comemorado no dia 30 de novembro, data de seu martírio.

Filipe apóstolo, o místico

( 8 - 95 )

Um dos 12 primeiros apóstolos de Cristo e nascido em Betsaida, na Galiléia,

segundo os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas. Perdeu o pai exatamente na

ocasião em que conheceu o Divino Mestre e tornou-se o quinto apóstolo na

hierarquia de Cristo. Esteve presente na multiplicação dos pães e na última ceia (Jo

1,43-45; 6,5-7; 12,20-22; 14,8). Após a morte de Jesus viajou ao Egito, Etiópia

(África) e ao Norte, e depois rumou para a Grécia onde viveu em Hierápolis com

suas quatro filhas, que eram profetizas. Duas delas tornaram-se muito respeitadas

por suas previsões. Era um judeu helenístico e, antes de mais nada, um evangelista

para as sinagogas judaicas de língua grega da Cítia, Frígia e dos arredores da Grécia

e Macedônia. No Evangelho de João aparece como grande amigo do apóstolo

Bartolomeu e cita que ele ficou profundamente impressionado sobre o mistério da

Trindade relatado por Jesus, durante a última ceia. O resto de sua vida não consta

em nenhum relato, assim como a sua morte. Consta que em sua mensagem

preservava um belo misticismo baseado na santidade do casamento. Ordenou vários

bispos entre os gregos e as suas igrejas desenvolviam sete sacramentos cuja mais

alta iniciação era o Mistério da Câmara Nupcial, na qual a imagem ou Yetzer de

Deus, que habitava no coração do discípulo, era reunido ao anjo ou alma

ressuscitada. Portanto, ao contrário da pregação de outros apóstolos, em seu evangelho não havia ênfase na

abstinência sexual ou abstenção do casamento. Conta uma tradição que ele morreu crucificado de cabeça para baixo,

aos 87 anos, em Gerápolis, no tempo do imperador Domiciano. As suas relíquias teriam sido transportadas a Roma e

colocadas juntas com as de São Tiago Menor, na igreja dos santos Apóstolos. Este seria o motivo pelo qual a Igreja

latina festeja os dois apóstolos no mesmo dia. Sua festa votiva é em primeiro de maio.

João Evangelista, o apóstolo "bem-amado"

(~ 8 - 105)

Um dos 12 apóstolos de Cristo e nascido em Batsaida, na Galiléia, autor do quarto

evangelho e conhecido como o discípulo que Jesus amava foi o único apóstolo que

acompanhou Cristo até a morte na cruz, ao lado de Nossa Senhora, ocasião em que

lhe foi confiada a tarefa de cuidar de Maria, a mãe de Jesus. Pescador e filho do

também pescador Zebedeu e de Salomé, uma das mulheres que auxiliavam os

discípulos de Jesus, juntamente com o irmão mais velho, Tiago o Maior, foi

convidado a seguir Jesus, logo depois de Pedro e André. Um dos mais jovens

apóstolos de Cristo, ele e seu irmão, juntamente com Pedro e André, foram os

discípulos privilegiados e participaram do círculo mais íntimo junto a Jesus.

Presenciaram a ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração de Jesus na montanha

e sua angústia no Getsêmani. Os dois foram os únicos apóstolos que ousaram pedir

a Cristo que lhes fosse dado sentar um à direita, outro à esquerda. Da resposta de

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Jesus "do cálice que eu beber, vós bebereis" deriva a suposição de que os dois se distinguiriam dos demais pelo

martírio. Esteve em Jerusalém (37) e depois por ocasião do Concílio dos Apóstolos, que se realizou em Antióquia.

Após as perseguições sofridas em Jerusalém, transferiu-se com Pedro para a Samaria, onde desenvolveu uma intensa

evangelização (8,14-15). Mudou-se para Éfeso (67), onde viveu o resto de sua vida, morreu e foi sepultado. A partir

dessa cidade, dirigiu muitas Igrejas da província da Ásia e também ali escreveu (80-100) o QuartoEvangelho, o último

dos Evangelhos canônicos, e as Epístolas, três cartas aos cristãos em geral. De acordo com os Atos dos Apóstolos,

quando acompanhou Pedro na catequese dos Samaritanos, com ele foi convencido por Paulo a desistir da imposição

de práticas judaicas aos neófitos cristãos. Durante o governo de Domiciano (81-96), foi exilado (93-97) na ilha de

Patmos, no mar Egeu, onde escreveu o Livro do Apocalipse ou Revelação, que é o derradeiro livro da Bíblia, onde

narrou as suas visões e descreveu mistérios, predizendo as tribulações da Igreja e o seu triunfo final. O seu evangelho

difere dos outros três que são chamados sinóticos ou semelhantes, pois a sua narrativa enfoca mais o aspecto espiritual

de Jesus, ou seja, a vida e a obra do Mestre com base no mistério da encarnação: o verbo feito carne e veio dar a vida

aos homens. É o homem da elevação espiritual, mais inclinado à contemplação que à ação. De acordo com Clemente

de Alexandria, ordenou bispos em Éfesos e outras províncias da Ásia Menor. Ireneus afirmou que os Bispos

Polycarpo e Papias foram seus discípulos. Os primeiros fragmentos dos escritos Joanitas foram encontrados em

papiros no Egito datando de princípios do segundo século, e muitas escolas acreditam que ele tenha visitado estas

áreas. Aparece representado por Michelângelo na cúpula da Basílica São Pedro, em Roma, pela imagem da águia.

Judas Tadeu, o apóstolo dos angustiados

( ~ 10 a. C. - 70 )

Apóstolo de Cristo nascido em Caná de Galiléia, na Palestina, era primo-irmão de

Jesus e irmão de Tiago o Menor, que na última ceia, perguntou ao seu mestre:

Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao mundo? Agricultor, era filho de

Alfeu ou Cleofas, um dos discípulos a quem Jesus apareceu no caminho de Emaús

no dia da ressurreição e irmão de São José, e de Maria Cleófas, prima-irmã de

Maria Santíssima, uma das piedosas mulheres que tinham seguido a Jesus desde a

Galiléia e permaneceram ao pé da cruz, no Calvário, junto com Maria Santíssima.

Tinha quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Maria Salomé. Dos irmãos dele, Tiago

foi um dos doze apóstolos, que se tomou o primeiro bispo de Jerusalém. José,

apenas conhecido como o Justo. Simão foi o segundo bispo de Jerusalém, após

Tiago. E Maria Salomé, a única irmã, foi mãe dos apóstolos Tiago o Maior e João

Evangelista. Também chamado Lebeu Tadeu, é um dos doze citados nominalmente

por Mateus e Marcos, em seus Evangelhos, e um dos mais fervorosos do grupo.

Conforme os textos apócrifos, teria sido o esposo nas bodas de Caná, e isto explica

a presença de Maria e de Jesus naquela realização. Depois da ascensão de Jesus e

que os Apóstolos receberam o Espírito Santo (1), no Cenáculo em Jerusalém,

iniciou a pregação de sua fé no meio dos maiores sofrimentos e perseguições, pela

Galiléia. Depois viajou para a Samaria e outras populações judaicas divulgando o Evangelho. Tomou parte no

primeiro Concílio de Jerusalém (50) e em seguida passou evangelizando pela Mesopotâmia, atual Pérsia, Edessa,

Arábia e Síria. Parece claro que destacou-se principalmente na Armênia, Síria e Norte da Pérsia (43-66), sendo o

primeiro a manifestar apoio ao rei estrangeiro, Algar de Edessa. Na Mesopotâmia ganhou a companhia de outro

apóstolo, Simão o Zelota, aparentemente viajando em companhia de quinto Apóstolo a ir ao Oriente. Segundo relata

São Jerônimo, ambos foram martirizados cruelmente quando estavam na Pérsia, mortos a golpes de machado (70),

desferidos por sacerdotes pagãos, por se recusarem a prestar culto à deusa Diana. Assim, na igreja ocidental, os dois

santos são celebrados juntos em 28 de outubro. A Igreja Ortodoxa Grega, contudo, distingue Judas de Tadeu,

celebrando Judas, "irmão" de Jesus, em 19 de junho, e o apóstolo Tadeu em 21 de agosto. É invocado como advogado

das causas desesperadas e dos supremos momentos de angústia. Essa devoção surgiu na França e na Alemanha no fim

do século XVIII. No Brasil, a devoção a esse santo é muito popular e surgiu no início do século XX. Devido à forma

como foi martirizado, sempre é representado em suas imagens/estátuas segurando um livro, simbolizando a palavra

que anunciou, e uma machadinha, o instrumento de seu martírio. Suas relíquias atualmente são veneradas na Basílica

de São Pedro, em Roma. Sua festa litúrgica celebra-se, todos os anos, na provável data de sua morte: 28 de outubro de

70.

(1) Pentecostes: o Espírito Santo desce sobre os discípulos em Jerusalém. Os Atos dos Apóstolos relatam que,

cinquenta dias após a páscoa da ressurreição, no dia de Pentecostes, os discípulos estão reunidos em uma sala em

Jerusalém e ali recebem o Espírito Santo, que os impeliu a pregar aos judeus provenientes de muitas nações. Para

grande admiração, os discípulos são compreendidos nas várias línguas maternas dos presentes. Vários povos são

citados: partos, medos, elamitas e habitantes da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da

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Panfília, da Líbia, de Roma, Creta e da Arábia. A partir desse momento, a Igreja primitiva começa a sua obra

missionária de evangelização do mundo.

Lucas Evangelista

( ~10 - 70)

Evangelista do cristão de formação grega nascido em Antióquia, na Síria, autor do

terceiro dos evangelhos sinóticos (os outros são os Mateus e Marcos) e dos Atos dos

Apóstolos, e seus textos são os de maior expressão literária do Novo Testamento.

Por seu estilo literário, acredita-se que pertencia a uma família culta e abastada e, de

acordo com a tradição, exercia a profissão de médico e tinha talento para a pintura.

Converteu-se ao cristianismo e tornou-se discípulo e amigo de São Paulo, porém

segundo seu próprio relato, não chegou a conhecer pessoalmente Jesus Cristo. São

Paulo o chamava de colaborador e de médico amado (Cl 4:14). Segundo o

testemunho dos Atos dos Apóstolos e das Cartas de São Paulo, que constituem os

únicos dados biográficos autênticos, acompanhou o apóstolo em sua segunda

viagem missionária de Trôade a Filipos (49-51), e ali permaneceu nos seis anos

seguintes. Depois novamente acompanhou São Paulo, desta vez numa viagem de

Filipos a Jerusalém (57-58). Também esteve presente na prisão do apóstolo em

Cesaréia e o acompanhou até Roma. Com a execução do apóstolo e seu mestre (67),

deixou Roma e, de acordo com a tradição cristã, enquanto escrevia seu Evangelho,

teria sido apóstolo em Acaia, na Beócia ou também na Bitínia, onde teria morrido

(70). Porém existem várias versões sobre o local e como morreu. Uma versão

registra que foi martirizado em Patras e, segundo outras, em Roma, ou ainda em Tebas. Comprometido com a verdade

histórica, registrou em seu evangelho o que ouvira diretamente dos apóstolos e discípulos que testemunharam a vida

de Jesus. Uma tradição bizantina mais tardia (séc. VI), quase com certeza apócrifa, considera que ele também se

dedicava à pintura e chegou a lhe atribuir alguns retratos de Maria, mãe de Jesus. O exame do vocabulário de seu

Evangelho levou a crítica moderna a confirmar a antiga tradição de que era um médico e excelente escritor. Seu

símbolo como evangelista é o touro e, na tradição litúrgica, seu dia é comemorado em 18 de outubro.

Marcos Evangelista

( ~15 - 90)

Apóstolo de Cristo de origem pouco conhecida, autor do segundo dos evangelhos

sinóticos, os outros são os Mateus e Lucas, e considerado fundador da igreja do

Egito e, também, fundador da cidade italiana de Veneza. Seu nome aparece nas

epístolas de São Paulo, que se refere a ele como um de seus colaboradores que

enviavam saudações de Roma. A principal fonte de informações sobre sua vida está

no livro Atos dos Apóstolos. Filho de Maria de Jerusalém e primo de Barnabé, já se

havia convertido ao cristianismo quando Paulo e Barnabé chegaram a Jerusalém

(44) trazendo os auxílios da Igreja de Antioquia (At 11,30). Acompanhou Barnabé e

Paulo a Antióquia (12,25), na hoje Turquia, onde atuou como auxiliar de Paulo, mas

voltou à Jerusalém quando chegaram a Perge, na Panfília. Depois ele e Barnabé

teriam embarcado para à ilha de Chipre (13,4-5), na sua primeira viagem apostólica,

porém o apóstolo não voltou a ser mencionado nos Atos. De Chipre passou a

evangelizar a Ásia Menor e, em decorrência de alguns conflitos, separou-se de

Paulo e Barnabé em Perge (Panfília) e voltou para Jerusalém (13,13). Voltou a

Chipre (50) acompanhado apenas de Barnabé (15,39) e depois foi para Roma como

colaborador de Paulo, prisioneiro naquela cidade (Cl 4,10; Fm 24). É possível que

tenha deixado Roma antes da perseguição de Nero (64), pois depois (67) o apóstolo

de Tarso, prisioneiro pela segunda vez, escrevia a Timóteo pedindo-lhe que levasse consigo, de Éfeso para Roma, o

seu discípulo e colaborador, já que este lhe era muito útil em seu ministério (2Tm 4,11). Em Roma, também entrou

em contato com Pedro, pois este, dirigindo-se aos fiéis do Ponto, da Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, saúda-as em

nome do evangelista, a quem afetuosamente chama de filho (1Pd 5,13). Provavelmente escreveu em Roma o

Evangelho (50-70) que traz o seu nome e que compila e reproduz a catequese de Pedro. Seu Evangelho destinou-se

aos cristãos provenientes do paganismo e tem um estilo simples e vigoroso e com seus 661 versículos, é o Evangelho

menos extenso. No século II, o bispo Pápias de Hierápolis, Anatólia, afirmou que ele teria sido intérprete de São

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Pedro. Embora sejam parcas as informações sobre o evangélico, é indiscutível sua importante participação nos

primeiros tempos da igreja cristã. Na Itália seu nome está ligado à cidade de Veneza, para onde mercadores

venezianos provenientes de Alexandria, transportaram o que diziam ser as suas relíquias (828). Seu símbolo como

evangelista é o leão e a Igreja Católica festeja seu dia em 25 de abril, data em que o evangelista teria sido martirizado.

Mateus Apóstolo

(~0 - ~50)

Apóstolo de Cristo escritor do primeiro dos três evangelhos sinóticos (os outros

são os de Marcos e Lucas), que tem sido o mais utilizado pela igreja. Em hebraico o

mesmo que Matias ou Matatias, significando presente (mathath) de Javé (Iah) ou

dom de Deus, de acordo com o seu próprio Evangelho (9:9-13), seu nome original

era Levi, filho de Alfeu, e foi chamado por Jesus junto ao mar da Galiléia, em

Cafarnaum, quando trabalhava como publicano a serviço de Herodes Antipas. Era

publicano, ou seja, cobrador de impostos, justamente a classe muito odiada na época

de Jesus, por cobrarem impostos dos judeus para serem entregues às autoridade

romanas. Apesar de sua profissão anterior de coletor de impostos, foi Judas

Iscariotes, porém, que teve o encargo de caixa da pequena comunidade apostólica.

Embora conste da relação dos apóstolos, geralmente ao lado de são Tomé, o Novo

Testamento oferece informação escassa e incerta sobre ele. Da sua atividade após o

Pentecostes, conhece-se somente as admiráveis páginas do seu evangelho,

primitivamente redigido em aramaico. Dnominado de primeiro evangelho, nele há

mais ênfase ao aspecto humano e genealógico de Jesus. Fora do Evangelho,

segundo Eusébio de Cesaréiaem sua Historia ecclesiae (História da igreja), a única

referência histórica a seu respeito é uma citação do bispo Papias de Hierápolis, do

século II. Também não se conhecem versões conclusivas sobre sua morte, embora fontes menos críveis, referenciam

narrações dos sofrimentos e do seu martírio, apedrejado, queimado e decapitado na Etiópia, de onde as relíquias do

santo teriam sido transportadas para Paestum. Depois, essas relíquias foram levadas para a cidade italiana de Salerno

(1080), onde até hoje se encontram e sejam consideradas pelos mais crentes como verdadeiramente do santo.

Apóstolo e evangelista, pela tradição ele pregou pela Judéia, Etiópia e Pérsia e a igreja romana celebra sua festa em 21

de setembro, e a grega em 16 de novembro e seu símbolo como evangelista é o anjo.

O Evangelho segundo Mateus (Trecho transcrito e adaptado do site SOCIEDADE DAS CIENCIAS ANTIGAS) Este evangelho não existe mais, mas pode ter sido a base do evangelho grego, mais tarde associado a seu nome. Destinou-se aos judeus-cristãos, objetivando

demonstrar-lhes que era Jesus o Messias prometido de Israel. Seus escritos não devem ser confundidos com as Traduções e outras obras associadas ao Apóstolo

Matias, embora seu evangelho hebraico tenha sido chamado de Evangelho de Matias - uma questão confusa para o leitor de língua Portuguesa. Alguns estudiosos

acreditam que os fragmentos existentes do Evangelho Segundo os Hebreus seja uma versão do evangelho hebraico ou aramaico original de Mateus. O Bispo

Papias, discípulo do Apóstolo João, que viveu no final do primeiro século, é citado por Eusebius afirmando que Mateus compôs em aramáico os Oráculos do

Senhor, então traduzidos para o grego por cada homem que fosse capaz. Este é um importante testemunho, já que Papias passou grande parte de seu ministério coletando as primeiras memórias orais dos Apóstolos e seus discípulos. Clemente de Alexandria diz que ele não morreu violentamente, mas o Talmud afirma que

ele foi condenado a morte pelo Sanhedrin judaico. Apesar da confusão entre as tradições de Mateus e Matias, parece que foi realmente Mateus quem se associou a

André, sendo que existe um apócrifo intitulado Atos de André e Mateus.

Simão apóstolo, o Zelota ou o Cananeu

( ~13 a. C. - 107)

Apóstolo de Jesus Cristo nascido na Galiléia, escolhido para ser um dos Doze, e

nas várias listas dos Apóstolos dadas no Novo Testamento, é o mais desconhecido

dos apóstolos. Nas listas dos 12 apóstolos, seu nome aparece em décimo-primeiro

lugar e, a seu respeito, a Sagrada Escritura conserva somente o nome, derivado de

Simeão e significa Ouvido de Deus. Para distingui-lo de Pedro, que também se

chamava Simão, os evangelistas Mateus e Marcos lhe deram o sobrenome de Zelote

(Lc 6:15) ou Cananeu. Os zelotes eram os patriotas de Israel, lutadores pela pátria,

que desejavam a imediata libertação política e religiosa de Israel. Alguns estudiosos

acreditam que Cananeu deriva de Canaã, a terra de Israel. Esse apelido pode

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significar tanto a cidade de origem, como a sua participação na seita ultra-nacionalista e não religiosa chamada de Os

Zelotes, ou zeladores, conservadores das tradições hebraicas que lutavam para a libertação de Israel dos Romanos.

Como os outros apóstolos, também percorreu os caminhos da Palestina pregando o Evangelho. Da mesma forma que

Felipe, parece ter ido primeiro ao Egito, seguindo a tradição sinóptica de que Jesus enviava seus discípulos aos pares.

No entanto, parece ter voltado através da África do Norte, Espanha e Bretanha, chegando à Ásia Menor. Deste ponto

pode ter viajado com Judas pela Mesopotâmia e Síria, juntado-se à outros Apóstolos orientais na Pérsia. Segundo uma

notícia de Egesipo, o apóstolo teria sofrido o martírio durante o império de Trajano, contando já com a avançada

idade de 120 anos. Sua festa votiva é celebrada juntamente com a de Judas Tadeu em 28 de outubro.

Tiago apóstolo, o Maior

(~ 5 a. C. - 44)

Apóstolo de Jesus Cristo nascido em Betsaida da Galiléia, escolhido para ser um

dos Doze, e nas várias listas dos Apóstolos dadas no Novo Testamento é sempre

citado entre os quatro primeiros junto com Pedro, André e seu irmão mais novo

João. Aportuguesado para Santiago, significando a junção dos termos São + Tiago,

também é conhecido como o Apóstolo Ambicioso. Também pescador e filho de

Zebedeu e de Salomé, estava com o irmão nas margens do lago Genesaré, quando

Jesus os chamou. Testemunhou a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5,37), a

transfiguração (Mc 9,2-13) e a agonia de Jesus no horto do Getsêmani (Mc 14,32).

De acordo com Isidoro de Sevilha, em De vita et obitu Sanctorum (71, Vida e morte

dos Santos), após a ascensão de Jesus, teria evangelizado a Espanha, tornando-se

seu primeiro evangelizador e depois seu patrono. Para revigorar esta tradição, no

século IX o bispo Teodomiro, da cidade de Iria, afirmou ter reencontrado as

relíquias do apóstolo e desde aquela época, a cidade que depois mudaria o nome

para Santiago de Compostela, tornou-se importante meta de peregrinações,

especialmente durante a Idade Média. Conta-se também que após a morte de Jesus,

permaneceu em Jerusalém com Pedro. Foi preso juntamente com Pedro, e

decapitado por ordem do rei Herodes Agripa (At 12,2), depois da execução de

Estêvão (35), diácono grego e exaltado pregador cristão e personagem de grande importância na história de Paulo de

Tarso. Foi, portanto, o primeiro mártir entre os apóstolos de Cristo, o primeiro a dar a vida pela Fé. Sua festa votiva é

em 25 de julho.

Tiago apóstolo, o Menor (hoje diretor da mesa crística do Planeta)

(~ 0 - 62)

Apóstolo de Cristo nascido em Nazaré, primo de Jesus e irmão de Judas Tadeu,

também conhecido como o Desconhecido, que o evangelista Marcos chamou de o

Menor para distingui-lo de Tiago, irmão de João, entra em cena como bispo de

Jerusalém, após o martírio de Tiago, o Maior (42), e após o afastamento de Pedro de

Jerusalém. Agricultor, era filho de Alfeu, um irmão de José, e de Maria Cleófas,

prima-irmã de Maria Santíssima. Tornou-se um membro altamente respeitado da

recém-nascida comunidade cristã em Jerusalém e é considerado o primeiro bispo de

Jerusalém, cuja igreja dirigiu por cerca de vinte anos (42-62). Também chamado de

o Justo pelos primeiros cristãos devido à sua grande piedade, sua imagem austera

sobressai pela Epístola que dirigiu, como uma encíclica, a todas as comunidades

cristãs. Pertencem a ele as tradições Judaico-cristã preservadas no Evangelho dos

Ebionitas, Evangelho dos Hebreus, Elevações de Tiago, na última Epístola

Canônica de Tiago e possivelmente em outras obras associadas a seu nome como o

Protevangelium, embora haja dúvidas sobre isso. A sua epístola (carta dos

Apóstolos e comunidades cristãs primitivas) apresenta autênticos ensinamentos

preservados na tradição apostólica oral, com fortes expressões de admoestações e

cujo texto continua atualíssimo. Foi um observador da normas judaicas, defendendo

que estas normas deveriam fazer parte do Cristianismo. Com isso, tornou-se adversário de Paulo de Tarso nesta

questão, mas também foi conciliador e um pregador fervoroso do ensino de Jesus. Seus ensinamentos deram origem à

sucessão apostólica Cristã-Judaica de Jerusalém, que contribuiu para a sucessão Síria, Jacobita, Armênia e Georgiana.

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A sua Liturgia, que se assemelha àquela do Bispo Cyril de Jerusalém (386), parece ser um desenvolvimento de 5

séculos através das tradições apostólicas de Jerusalém e é ainda usada por certos ramos da ortodoxia. Durante a

perseguição dos cristãos na Palestina, segundo o historiadores Hegesipo, Clemente de Alexandria e o hebreu Flavius

Josephus, o apóstolo teria sido condenado por se recusar a denunciar os cristãos, sendo apedrejado até a morte, por

ordem do corpo religioso do Templo, dirigido pelo sumo sacerdote Ananias. Tem sua festa votiva em primeiro de

maio.

Tomé [também chamado Dídimo], o apóstolo do ascetismo

(~ 3 - 53)

Um dos doze apóstolos de Jesus e israelita de nascimento, que ausente no

momento em que o Cristo reapareceu aos discípulos, exigiu destes provas materiais

da ressurreição do Mestre e, por isso, Jesus ressurgiu e pediu-lhe que tocasse suas

chagas. Carpinteiro de origem e frequentemente citado em passagens do Novo

Testamento, nos quatro evangelhos. O Evangelho de São João dá-lhe grande

destaque. Em João 11,16, cita que ele incitou os discípulos a seguir Jesus e a morrer

com ele na Judéia dizendo então aos discípulos: Vamos também nós, para

morrermos com ele! Foi ele que perguntou a Jesus, durante a Última Ceia, sobre o

caminho que conduz ao Pai: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos

conhecer o caminho? Diz-lhe Jesus: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.

Ninguém vem ao Pai a não ser por mim (João 14,5-6). Temperamento audacioso e

cheio de generosidade, percorreu as etapas da fé e professou que Jesus era realmente

Deus e Senhor. Ausente na primeira aparição duvidou dos colegas que Jesus tinha

voltado. Oito dias depois, achavam-se os discípulos, de novo, dentro de casa, e o

ascetista estava com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas, pôs-se no meio

deles e disse: A paz esteja convosco!. E lhe disse depois: Põe teu dedo aqui e vê

minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas

crê! O apóstolo incrédulo respondeu Meu Senhor e meu Deus! (João 20,26-28), tornando-se o primeiro dos apóstolos

a se dirigir a Jesus nestes termos. Ninguém até aquele momento, nem mesmo Pedro e João, havia pronunciado a

palavra Deus dirigindo-se a Jesus. Também chamado Dídimo ou Gêmeo (seu nome, tanto em aramaico Te'oma como

em grego Didymos significa gêmeo) era o terceiro apóstolo em idade depois de Pedro, mas ao contrário deste não era

casado, assim como Bartolomeu, André, Simão, Judas e o próprio Jesus. Segundo as escrituras foi em resposta a ele

que Jesus introduziu o mistério trinitário: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim.

Se vocês me conhecem, conhecerão também meu Pai...". Segundo o bispo Eusébio de Cesaréia, do século IV, depois

da morte de Jesus, o discípulo evangelizou a Pártia e, pela a tradição cristã posterior, estendeu seu apostolado à Pérsia

e à Índia, onde é reconhecido como fundador da Igreja dos Cristãos Sírios Malabares ou Igreja dos Cristãos de São

Tomé. Consta que foi martirizado e morto (53) pelo rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, onde ficam o

monte São Tomé e a catedral de mesmo nome, supostamente local de seu sepultamento. Historiadores acreditam que

o apóstolo foi morto a flechadas, quando orava. Sucumbiu como líder e mártir, como o crente fiel que Jesus lhe pediu.

Suas relíquias seriam venerados na Síria e, depois, levadas para o Ocidente e preservadas em Ortona, na Itália. É

festejado pelos católicos em 3 de julho.

Bartolomeu apóstolo, o viajante

( Século I )

Um dos 12 primeiros apóstolos de Cristo e nascido em Caná, a 14 quilômetros de

Nazaré, na Galiléia, e que foi apresentado a Jesus pelo apóstolo e seu maior amigo

Filipe, sob uma figueira. Filho de Tholmai e também conhecido como Natanael,

assim como Tomé, era um viajante e atuou em áreas como Índia, Armênia, Irã, Síria

e por algum tempo na Grécia, com Filipe, especialmente na Frígia. Além dos

evangelhos de João, Mateus, Marcos e Lucas, os Atos referem-se a ele como um

dos Doze. Porém de suas atividades apostólicas não há notícias certas. Uma tradição

diz que ele trazia consigo o Evangelho Herético de Matias, escrito em hebraico, e o

perdeu. As poucas anotações que restaram da era sub-apostólica e patrística indicam

que este evangelho judeu era bastante diferente dos evangelhos gregos gentis de

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Mateus, Marcos, Lucas e João, assim como eram os tão chamados evangelhos judaico-cristãos heréticos dos

Nazarenos, Ebionitas e Hebreus, dos quais só restaram fragmentos. Diferentemente dos evangelhos gentis, estas

tradições consideravam o Espírito Santo como a Divina Mãe de Cristo e não adoravam Jesus como uma divindade,

mas como um irmão mais velho e líder da comunidade dos santos de Deus Muitas de suas obras são conhecidas

através de traduções como O Evangelho de Bartolomeu, Pregação de São Bartolomeu no Oásis e a Pregação de Santo

André e São Bartolomeu. Uma antiga tradição armênia afirma que ele foi para a Índia e lá pregou àquele povo a

verdade do Senhor Jesus segundo o Evangelho de São Mateus. Depois que naquela região converteu muitos a Cristo,

superando extremas dificuldades, passou para a Armênia Maior, onde converteu o rei Polímio, a sua esposa e muitos

outros homens, em mais de doze cidades. Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja dos

sacerdotes locais, que, por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram a ordem de tirar a sua pele e depois decapitá-

lo. Sua festa votiva é em 24 de agosto.

Judas Iscariotes, o apóstolo da traição

(~ 0 - 30 d. C.)

Um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, nascido em Kerioth, localidade da Judéia, foi

o que traiu Cristo e cuja traição deu origem a expressão beijo de Judas que passou a

significar a traição. Único que não era galileu, dizem as tradições que foi um dos

primeiros a juntar-se a Cristo e talvez por isso e por ser um dos poucos instruídos,

tomou-se o tesoureiro dos Apóstolos, ou seja, foi designado para cuidar do dinheiro

comum, e que, por causa de seu amor ao dinheiro, também foi enganado pelos

sacerdotes que o induziram a mostrar onde estava Jesus a troco de 30 moedas de

prata, que naquele tempo correspondia ao preço de um escravo, prometendo que só

o prenderiam durante as festividades da Páscoa Judaica. Depois da última ceia,

Jesus foi orar com os apóstolos no jardim de Getsêmani. Aproximava-se da meia-

noite, quando por entre os arvoredos do Getsêmani, ele chegou acompanhado por

um destacamento da guarda romana e grande multidão de pessoas, com espadas,

paus, lanternas e archotes, vindos por ordem do Sumo Sacerdote José Ben Caifás,

para prender Jesus. O traidor conhecia muito bem os lugares onde O Salvador

gostava de ficar e foi fácil localizá-lo. Conforme o combinado, em troca de trinta

moedas de prata, identificou-o para os soldados romanos, beijando-o e chamando-o

de mestre. Imediatamente preso os soldados levaram Jesus para a casa de Caifás,

onde também se encontrava Anás, seu sogro e diversos outros sacerdotes. Lá mesmo, improvisaram uma sessão

extraordinária do Conselho, o que habitualmente era realizado pela manhã no Templo, com a presença de todos os

membros. Conta Mateus (27:3-10), que ele se arrependeu amargamente depois que viu a crucificação de Jesus, jogou

as 30 moedas aos pés dos sacerdotes e em seguida, dominado pelo remorso, suicidou-se enforcando-se numa figueira.

Também segundo a tradição, os sacerdotes pegaram o dinheiro e compraram um terreno para servir de cemitério aos

estrangeiros, sendo posteriormente chamado de Campo do Sangue. No folclore brasileiro é tradição a malhação de

Judas no sábado de aleluia: um boneco de palha, é enforcado em um poste ou galhos de árvores e depois de derrubado

a tiros é estraçalhado ou queimado pelo povo.

O destino dos Apóstolos Todos os apóstolos que andavam com Jesus morreram como mártires, com exceção de dois: Judas Iscariotes, que traiu

Jesus e acabou se enforcando, e João, que após ser exilado na ilha de Patmos, obteve a liberdade e morreu de morte

natural.

PAULO, que não era apóstolo oficialmente, foi considerado apóstolo dos gentios por causa da sua grande obra

missionária nos países gentílicos. Foi decapitado em Roma por ordem de Nero.

MATIAS, que ficou no lugar de Judas Iscariotes, foi martirizado na Etiópia.

SIMÃO, o zelote, foi crucificado.

JUDAS TADEU morreu como mártir pregando o evangelho na Síria e na Pérsia.

TIAGO (o mais jovem), pregou na Palestina e no Egito, sendo ali crucificado.

MATEUS morreu como mártir na Etiópia.

TOMÉ pregou na Pérsia e na Índia, sendo martirizado perto de Madras no monte de São Tomé.

BARTOLOMEU serviu como missionário na Armênia, sendo golpeado até a morte.

FILIPE pregou na Frigia e morreu como mártir em Hierápolis.

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ANDRÉ pregou na Grécia e Ásia Menor. Foi crucificado.

TIAGO (o mais velho) pregou em Jerusalém e na Judéia. Foi decapitado por Herodes.

SIMÃO PEDRO pregou entre os judeus chegando até a Babilônia, esteve em Roma, onde foi crucificado com a

cabeça para baixo

COMO DESENCARNARAM OS APÓSTOLOS?

O martírio dos apóstolos foi anunciado por Jesus: “Por isso, diz também a sabedoria de Deus: Profetas e

apóstolos lhes mandarei; e eles matarão uns e perseguirão outros” (Lucas 11.49). “E até pelos pais, e irmãos, e

parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós. E de todos sereis odiados por causa do meu nome”

(Lucas 21.16-17). Esta palavra diz respeito, também, aos crentes de um modo geral. Ainda hoje, anualmente, milhares

são martirizados em todo o mundo. “Se a mim me perseguiram também vos perseguirão a vós... mas tudo isso vos

farão por causa do meu nome” (João 15.19-20). “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos...eles vos

entregarão aos sinédrios e vos açoitarão nas suas sinagogas, e sereis conduzidos à presença dos governadores e dos

reis, por causa de mim...” (Mateus 10.16-18).

Com relação aos sofrimentos e martírio de Paulo, Jesus revelou: “Eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo

meu nome” (Atos 9.16). Abro um parêntesis para uma reflexão: o Evangelho pregado em nossas igrejas inclui a

possibilidade de sofrimento por amor a Cristo, ou anunciamos somente prosperidade, fartura, longevidade e saúde?

Vejamos como os apóstolos desencarnaram:

ANDRÉ Foi discípulo de João Batista, de quem ouviu a seguinte afirmação sobre Jesus: “Eis aqui o Cordeiro de

Deus”. André comunicou as boas notícias ao seu irmão Simão Pedro: “Achamos o Messias” (João 1.35-42; Mateus

10.2). O lugar do seu martírio foi em Acaia (província romana que, com a Macedônia, formava a Grécia). Diz a

tradição que ele foi amarrado a uma cruz em forma de xis (não foi pregado) para que seu sofrimento se prolongasse.

BARTOLOMEU: Tem sido identificado com Natanael. Natural de Caná de Galiléia. Recebeu de Jesus uma palavra

edificante: “Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo” (Mateus 10.3; João 1.45-47) Exerceu seu

ministério na Anatólia, Etiópia, Armênia, Índia e Mesopotâmia, pregando e ensinando. Foi esfolado vivo e crucificado

de cabeça para baixo. Outros dizem que teria sido golpeado até a morte.

FILIPE Natural de Betsaida, cidade de André e Pedro. Um dos primeiros a ser chamado por Jesus, a quem trouxe seu

amigo Natanael (João 1.43-46). Diz-se que pregou na Frigia e morreu como mártir em Hierápolis.

JOÃO O apóstolo que recebeu de Jesus a missão de cuidar de Maria. “O discípulo que Jesus amava” (João 13.23).

Pescador, filho de Zebedeu (Mateus 4.21 O único que permaneceu perto da cruz (João 19.26-27). O primeiro a crer na

ressurreição de Cristo (João 20.1-10). A tradição relata que João residiu na região de Éfeso, onde fundou várias

igrejas. Na ilha de Patmos, no mar Egeu, para onde foi desterrado, teve as visões referidas no Apocalipse (Apocalipse

1.9). Após sua libertação teria retornado a Éfeso. Teve morte natural com idade de 100 anos.

JUDAS TADEU Foi quem, na última ceia, perguntou a Jesus: "Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao

mundo?" (João 14:22-23). Nada se sabe da vida de Judas Tadeu depois da ascensão de Jesus. Diz a tradição que

pregou o Evangelho na Mesopotâmia, Edessa, Arábia, Síria e também na Pérsia, onde foi martirizado juntamente com

Simão, o Zelote.

JUDAS ISCARIOTES Filho de Simão, traiu a Jesus por trinta peças de prata, enforcando-se em seguida.(Mateus

26:14-16; 27:3-5).

MATEUS Filho de Alfeu, e também chamado de Levi. Cobrador de impostos nos domínios de Herodes Antipas, em

Cafarnaum (Marcos 2.14; Mateus 9.9-13; 10.3; Atos 1.13). Percorreu a Judéia, Etiópia e Pérsia, pregando e

ensinando. Há várias versões sobre a sua morte. Teria morrido como mártir na Etiópia.

MATIAS Escolhido para substituir Judas Iscariotes (Atos 1.15-26). Diz-se que exerceu seu ministério na Judéia e

Macedônia. Teria sido martirizado na Etiópia.

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PAULO Israelita da tribo de Benjamim (Filipenses 3.5). Natural de Tarso, na Cilícia (hoje Turquia). Nome romano

de Saulo, o Apóstolo dos Gentios. De perseguidor de cristãos, passou a pregador do evangelho e perseguido. Realizou

três grandes viagens missionárias e fundou várias igrejas. Segundo a tradição, decapitado em Roma, nos tempos de

Nero, no ano 67 ou 70 (Atos 8.3; 13.9; 23.6; 13-20).

PEDRO Pescador, natural de Betsaida. Confessou que Jesus era “o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16.16). Foi

testemunha da Transfiguração (Mateus 17.1-4). Seu primeiro sermão foi no dia de Pentecostes. Segunda a tradição,

sua crucifixão verificou-se entre os anos 64 e 67, em Roma, por ordem de Nero. Pediu para ser crucificado de cabeça

para baixo, por achar-se indigno de morrer na mesma posição de Cristo.

SIMÃO, o Zelote Dos seus atos como apóstolo nada se sabe. Está incluído na lista dos doze, em Mateus 10.4, Marcos

3.18, Lucas 6.15 e Atos 1.13. Julga-se que morreu crucificado.

TIAGO, O MAIOR Filho de Zebedeu, irmão do também apóstolo João. Natural de Betsaida da Galiléia, pescador

(Mateus 4.21; 10.2). Por ordem de Herodes Agripa, foi preso e decapitado em Jerusalém, entre os anos 42 e 44.

TIAGO, O MENOR Filho de Alfeu (Mateus 10.3). Missionário na Palestina e no Egito. Segundo a tradição,

martirizado provavelmente no ano 62.

TOMÉ Só acreditou na ressurreição de Jesus depois que viu as marcas da crucificação (João 20.25). Segundo a

tradição, sua obra de evangelização se estendeu à Pérsia (Pártia) e Índia. Consta que seu martírio se deu por ordem do

rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, no ano 53 da era cristã.

-_o0o_-

Sobre Timóteo, apóstolo:

Dá-nos "Atos dos Apóstolos" a informação de que ele era filho de uma mulher judia e de pai gentio. Na obra

psicografada por Francisco Cândido Xavier, "Paulo e Estevão", contudo, o espírito Emmanuel é pródigo em detalhes a

respeito desse a quem Paulo de Tarso chamava de "amado filho na fé". 2

Quando Paulo chegou a Listra foi à casa de Lóide, recomendado pelo irmão daquela, que residia em Icônio.

Viúva de um grego abastado, ela vivia em companhia de sua filha Eunice, também viúva e o neto adolescente de 13

anos.

Recebidos Paulo e Barnabé, com inexcedível carinho, em casa de Lóide, naquela mesma noite o apóstolo

tarsense pôde observar a ternura com que o rapazola fazia a leitura dos pergaminhos da Lei de Moisés e dos Livros

Sagrados dos Profetas. Ao ouvir falar a respeito de Jesus, Timóteo, inteligente e de generosos sentimentos,

demonstrou grande interesse, o que levou Paulo a acariciar-lhe a fronte pensativa, várias vezes.

No dia seguinte, o rapaz passou a fazer inúmeras interrogações e, enquanto ele cuidava das cabras, Paulo

aproveitou para conversar longamente a respeito da Boa Nova de que era portador. Alguns dias depois, Paulo fundou

na cidade o primeiro núcleo do Cristianismo, em humilde casa. O pequeno Timóteo era quem auxiliava em todos os

misteres, na recepção dos enfermos e demais necessitados, na ordem, na disciplina.

Em uma das pregações públicas, Timóteo assistiu aterrado o amigo querido ser apedrejado pela população,

incitada pelos administradores da pequenina cidade. Desejou intervir, salvando-o, mas prudentemente foi detido por

companheiro ponderado que lhe fez ver a inconveniência de se expor, sem nada verdadeiramente poder fazer ante a

multidão enfurecida e muito bem conduzida por mentes ardilosas.

No entanto, é ele mesmo que, após acompanhar por vielas extensas, a turba exaltada depositar o corpo do

Apóstolo no monturo, distante dos muros de Listra, se aproxima, na sombra da noite para socorrê-lo. Dispensa-lhe os

primeiros socorros, buscando água fresca em poço próximo. Depois, banhado em lágrimas, fica ao seu lado,

aguardando que desperte do profundo desmaio.

Timóteo, oportunamente, passaria a acompanhar Paulo de Tarso em suas viagens, desejoso de se consagrar ao

serviço de Jesus, iluminando o seu coração e a sua inteligência. A caminho da Macedônia, separaram-se ele e Lucas

de Paulo, a pedido daquele, tornando a se encontrarem mais tarde.

Para as viagens apostólicas, a fim de evitar as tricas judaicas e eventualmente provocar atritos nas suas tarefas

iniciais, Timóteo submeteu-se, a conselho do próprio Paulo, à circuncisão, demonstrando a capacidade de ajustar-se

ao que fosse necessário para servir a Jesus.

Timóteo é convidado pelo apóstolo de Tarso a estar com ele, quando da redação das suas famosas epístolas,

"cuja essência espiritual provinha da esfera do Cristo"1, e que não serviram somente para a comunidade para a qual

foram escritas, mas à cristandade universal.

Esteve com Paulo em Roma, quando este foi prisioneiro dos romanos. Seguiu-o até a Espanha, junto com

Lucas e Demas. Demorou-se mais na região de Tortosa, visitou parte das Gálias, auxiliando na conquista de novos

corações para o Cristo e multiplicando os serviços do Evangelho. Afeiçoado a Paulo, Timóteo foi por ele encarregado

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em mais de uma oportunidade, a levar mensagens para as comunidades cristãs nascentes. Assim, da Espanha partiu

para a Ásia, carregado de cartas e recomendações amigas.

Quando Paulo de Tarso retornou a Roma, a pedido de Simão Pedro, escreveria tomado de singulares emoções

as últimas disposições ao filho do coração, Timóteo: "Apressa-te a vir ter comigo. (...) Só Lucas está comigo. (...)

Quando vieres, traze contigo a capa que deixei em Trôade em casa de Carpo, e os livros, principalmente os

pergaminhos. (...) Apressa-te a vir antes do inverno. (...)"2

Roga ainda os seus bons ofícios para que João Marcos venha a Roma, a fim de o auxiliar no serviço

apostólico. Lucas é o encarregado de expedir a Epístola e percebe os lúgubres pressentimentos que tomam de assalto

o velho Apóstolo.

Em verdade, Timóteo não chegou a rever Paulo na vida física, mas guardou n'alma as suas últimas exortações:

"Foge das paixões da juventude, segue a justiça, a fé, a esperança , a caridade e a paz com aqueles que invocam o

Senhor com um coração puro.(...)"

"Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que está em Jesus-Cristo; e o que ouviste de mim, diante de muitas

testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam capazes de instruir também a outros.(...)"

"Esforça-te por te apresentares a Deus digno de aprovação, como um operário que não tem de que se envergonhar,

que distribui retamente a palavra da verdade. (...)"

__________________________ ---_________________________

O LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS

“O testemunho da Promessa”

Para ler o Livro dos Atos dos Apóstolos com a unção que merece, necessário se torna que o seu leitor seja

muito versado nas Iniciações Antigas, tenha o conhecimento devido daquilo que num período de mais de duzentos mil

anos andaram semeando os trinta e tantos Budas, Crisna, Hermes, Zoroastro, Apolo, Orfeu, todo o Patriarcado hebreu

de antes do dilúvio, Moisés, os Profetas e alguns verdadeiros Filósofos.

Porque, se o Cristo foi anunciado por muitos milênios, como tendo que ser a Expectação das Gentes, cumpre

saber o que devia fazer e como. E se nasceu um dia, marcando na História o mais sublime Natal, fê-lo com vistas à

finalidade da obra a ser levada a termo. E a obra a ser levada a termo implicaria em deixar o desfecho, a coroação, para

depois da morte física, com o retorno do espírito, para significar, de uma vez por todas, a imortalidade e a

comunicabilidade do mesmo espírito.

Todos os Grandes Iniciados da História marcaram suas obras com o Sopro da Revelação, como diziam na

antiguidade; todos tiveram a Graça da Teofania a lhes aureolar a obra missionária; nenhum deles falou em nome de

suas pretensões humanas, apenas. E se não fossem as trevas clericais a ensombrar a História, ou a cultura espiritual da

humanidade, toda ela saberia dizer coisas maravilhosas, sobre os grandes fenômenos mediúnicos que envolveram e

embalaram os emissários do Cristo Planetário.

Todavia, se diante do mundo os mercantilistas idólatras empanaram o brilho do sol com suas manhas e

artimanhas infernais, diante de Deus a realidade profética ou mediúnica jamais sofreu o menor sinal de apagamento. Se

depois de cada Grande Iniciado ou emissário do Cristo Planetário, surgiram homens capciosos com o intento de

transformar as Coisas da Verdade em meio de vida e comércio, também é certo que uns após outros foram surgindo

novos emissários, fazendo rebrilhar aqui e acolá, a Candeia da Revelação, o Ministério do Espírito Consolador ou

Santo.

E assim as coisas foram se passando, até chegar o momento histórico em que o Cristo Planetário devia sujeitar-

Se ao processo de encarnação para, como homem, passar entre seus irmãos tutelados, deixando entre eles a Graça da

Revelação Generalizada, ou derramar do Espírito sobre toda a carne, conforme estava prometido nos Profetas.

________

O Livro dos Atos é uma espécie de Resumo Histórico do Profetismo Universal, que na pessoa de Jesus

encontrou todos os elementos de que carecia, para se marcar na História do Planeta.

A primeira fase da programação da vida missionária de Jesus foi a das profecias sobre a vinda de Jesus e do

Seu batismo de Revelação generalizada; a segunda foi a vida carnal, preparando tudo, e a terceira fase foi cumprida

dentro dos primeiros cinquenta dias depois da crucificação, com o ressurgimento em espírito e a grande eclosão

mediúnica ou profética, tal e qual como testemunham os dois primeiros capítulos do Livro dos Atos dos Apóstolos.

Eis o motivo de começarem no Pentecostes as primeiras conversões. Porque tudo até ali foi apenas

preparação, sendo dali em diante que houve a Doutrina do Caminho em franca atividade, com a comunicabilidade dos

espíritos a advertir, ilustrar e consolar aqueles que se iam achegando, para conhecer.

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Daqui para frente, tudo já estava feito pelo Divino Mestre, estando Seus milhares de discípulos em atividade, a

se espalharem pelo mundo. Tinham por todas as partes a perseguição do clero levita, perseguição de morte, mas o

Ministério da Revelação os transformava em gigantes de coragem, sobrepondo-os a prisões e martírios.

(OSVALDO POLIDORO)

III. Tempo: “O testemunho da Promessa” (Do Pentecostes à vinda da Corrupção, ou II Tessalonicenses 2,

1-4; Apoc 13...)

Da parte de Jesus

a - Que a primeira fase foi a das profecias sobre a vinda de Jesus e do Seu batismo de Revelação generalizada;

b - Que a segunda fase foi a vida carnal de Jesus, preparando tudo para o cumprimento da terceira, que era

realizar o batismo de Revelação generalizada, para deixá-lo como fundamento da Excelsa Doutrina;

c - Que a terceira fase foi cumprida, dentro dos primeiros cinquenta dias depois da crucificação, com o

ressurgimento em espírito e a grande eclosão mediúnica ou profética, tal e qual como testemunham os dois primeiros

capítulos do Livro dos Atos dos Apóstolos.

Eis o motivo de começarem no Pentecostes as primeiras conversões. Porque tudo até ali foi apenas preparação,

sendo dali em diante que houve a Doutrina do Caminho em franca atividade, com a comunicabilidade dos

espíritos a advertir, ilustrar e consolar aqueles que se iam achegando, para conhecer.

Daqui para frente, tudo já estava feito pelo Divino Mestre, estando Seus milhares de discípulos em atividade, a

se espalharem pelo mundo. Tinham por todas as partes a perseguição do clero levita, perseguição de morte, mas o

Ministério da Revelação os transformava em gigantes de coragem, sobrepondo-os a prisões e martírios. E tudo isso

durou até o quarto século, quando Roma atraiçoou o batismo de Revelação, forjando o seu clero idólatra e mercenário,

achando que com isso de novo levantaria o império, então em tremenda decadência. (Vide o Livro CONFISSÕES DE

UM CORRUPTOR, para outros esclarecimentos.)

II Tessalonicenses 2, 1-4

...não vos demovais de vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra,

quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o dia do Senhor. Ninguém de nenhum modo vos

engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia, e seja revelado o homem da iniquidade, o filho

da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se no

santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.

“A tua nação e os pontífices são os que te entregaram nas minhas mãos; que fizeste tu?” - João, cap. 18.

A função missionária de Jesus fora cumprir a profecia, feita por séculos consecutivos, do derrame de Espírito

sobre toda a carne. A palavra DERRAME foi traduzida por BATISMO, e isto deve ser bem entendido. Entretanto, as

palavras de Pilatos dizem sobre como foi Jesus tratado pelos papas do tempo e os fariseus. Ele, que tinha o Espírito

Sem Medida, e veio para em Espírito batizar, fora condenado como feiticeiro ou fazedor de sortilégios. No Talmud

assim se encontra escrito.

Embora tendo vencido, porque aos cinquenta dias da crucificação voltara e realizara o batismo, deixando o

Consolador em pleno funcionamento, o fato é que, no quarto século, tudo foi em Roma adulterado. O Livro dos Atos

está cheio das mais esplêndidas comunicações de espíritos, anjos ou almas; isto é, de grandes consolações daí

advindas. Aquela Mensageiria anunciada por Jesus, no capítulo dezesseis de João, ficou funcionando no mundo, entre

os do Caminho do Senhor.

Até trezentos e vinte e cinco não houve Cristianismo e sim Caminho do Senhor; este era fundamentado na

Revelação, na comunicação dos anjos, espíritos ou almas. Vide as sessões, como eram feitas pelos do Caminho do

Senhor, ou como as faziam os Apóstolos e aqueles que vinham engrossando as fileiras do Caminho.(Novo Testamento dos

Espíritas)

A história da expansão da Doutrina do Caminho:

Seu autor foi Lucas, o médico amado e também pintor. O Livro dos Atos é uma continuação do seu Evangelho,

e está dirigido à mesma pessoa, a Teófilo, 1:1. Muitos acreditam que ele tenha se dirigido a todos os que amam a Deus,

uma vez que “Teófilo” significa “aquele que ama a Deus”. De qualquer modo, Lucas escreveu Atos para que pudesse

ser lido por muitos. Esses leitores tinham familiaridade com o império romano e com a Ásia Menor, mas talvez não

com a Palestina, o que explicaria a informação cuidadosamente detalhada de Lucas sobre determinados lugares.

Justamente devido à tradução do nome Teófilo, alguns pensam que esta carta era aberta e não destinada a apenas um

indivíduo.

Quanto às datas, o livro de Atos termina abruptamente com Paulo em seu segundo ano na prisão de Roma, que

teve início cerca de 60 d.C. Lucas não dá informação sobre o martírio do apóstolo Paulo (que morreu decapitado entre

66 e 68 d.C). Os eruditos acreditam que Lucas teria incluído acontecimentos importantes se tivesse escrito depois de

64d.C., como as perseguições empreendidas por Nero (64-68 d.C.) ou a destruição de Jerusalém (70 d.C.). Portanto,

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Atos foi escrito provavelmente entre 61 e 63 d.C. O livro abrange, portanto, um período de aproximadamente 28 anos.

Durante este período, quatro imperadores romanos governaram em sequência: Tibério, Calígula, Cláudio e Nero.

O escritor Lucas acompanhou Paulo em grande parte do período das suas viagens, inclusive na perigosa

viagem a Roma, o que é evidente do uso que faz dos pronomes na primeira pessoa do plural, “nós”, “nosso”, “nos”, em

Atos 16:10-17; 20:5-15; 21:1-18; 27:1-37; 28:1-16. Paulo, nas suas cartas escritas de Roma, menciona que Lucas

também estava ali. (Col 4:14; Flm 24) Foi, por conseguinte, em Roma que se concluiu a escrita do livro de Atos.

Conforme já observado, o próprio Lucas foi testemunha ocular de grande parte do que escreveu, e, em suas

viagens, ele contatou com cristãos que participaram de certos eventos descritos ou os observaram.

________

Jesus determinou aos seus discípulos que permanecessem em Jerusalém até que fossem revestidos do Espírito

Santo (medinidades, carismas), esse fato é descrito no que aconteceu durante a festa do dia de Pentecostes (*). A partir

de então, eles se tornariam suas testemunhas até os confins da terra.

Enquanto aguardavam o cumprimento da promessa, foi escolhido o nome de Matias em substituição a Judas

Iscariotes, que tinha se suicidado.

Sobre a Festa de Pentecostes:

No antigo calendário israelita estão relacionadas três festas (Ex 23.14-17; 34.18-23): a primeira é a Páscoa,

celebrada junto à dos Ázimos ou Asmos; a segunda é a Festa das Colheitas ou Semanas que, a partir do domínio Grego,

recebeu o nome de Pentecostes; finalmente, a festa dos Tabernáculos ou Cabanas. As duas primeiras celebrações

foram adotadas pelo cristianismo, porém, a terceira foi relegada ao esquecimento. A Festa das Colheitas era alegre e

solene (Dt 16.11); a celebração era dedicada exclusivamente a Javé (Dt 16.10); era uma festa ecumênica, aberta para

todos os produtores e seus famíliares, os pobres, os levitas e os estrangeiros (Dt 16.11). Enfim, todo o povo

apresentava-se diante de Deus. Reconhecia-se e afirmava-se o compromisso de fraternidade e a responsabilidade de

promover os laços comunitários, além do povo hebreu; agradecia a Deus pelo dom da terra e pelos estatutos divinos (Dt

15.12); era uma "Santa Convocação". Ninguém trabalhava (Lv 23.21); era celebrado o ciclo da vida, reconhecendo que

a Palavra de Deus estava na origem da vida " da semente " da árvore " do fruto " do alimento " da vida... Observação: A Festa da Colheita não celebra um mito, mas a ação de Deus que cria e sustenta a vida do mundo criado

.

Instituto Divino da Revelação, fundamento das Iniciações e alicerce do Caminho do Senhor, do Cristianismo

Iniciático que viveu, até Constantino fazer a corrupção. Vide os Atos, capítulos um, dois, sete, dez e dezenove e tereis

o Consolador em pleno andamento, cultivado pelos Apóstolos. (Novo Testamento dos Espíritas) (esta parte serve para alertar aqueles que

dizem que os dons só existiram enquanto Jesus estava na carne,,,)

“Assim que, exaltado pela dextra de Deus, e havendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou

sobre nós a este, a quem vós vedes e ouvis.” - Atos, cap.2.

O Velho Testamento diz, umas dezenove vezes, que seria derramado o Espírito Bom ou de Deus sobre toda a

carne; isto é, afirma que a Humanidade inteira viria a constituir o Cenáculo Iniciático. Jesus foi o batizador ou

derramador da Revelação sobre a carne. (Novo Testamento dos Espíritas)

“E havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e falavam em diversas línguas, e

profetizavam” - Atos, cap. 19.

Aquele Espírito Santo era imediato, prático, tangente, verdadeiro, normal, consolador, cheio de graças e

sempre pronto a servir, a cumprir o seu dever, de acordo com a Promessa do Velho Testamento e as palavras de Jesus,

enquanto esteve com o Seu fardo de carne entre os homens. Os Atos e as Epístolas repetem centenas de vezes o

acontecimento, pois em seguida ao Pentecostes, a comunicabilidade dos espíritos, anjos ou almas, era o prato do dia...

Todavia, os adulteradores romanos inventaram um Espírito Santo que não aparece, não fala línguas diversas, não

profetiza, não cura, nada sabe e aprecia idolatrias, simulações, contínuas e intensas traições aos Mandamentos da Lei

de Deus. (Novo Testamento dos Espíritas)

O trabalho de Pedro:

(Pedro é dado como o primeiro Papa! Pedro era analfabeto, jamais ouviu falar na palavra papa, nunca teve

trono algum, cultivou os Dons Intermediários nas catacumbas, nos porões fétidos, nas matas, e, por fim, pediu para ser

crucificado de cabeça para baixo por ter negado o verbo Modelo na Pretoria, como todos sabem. Quem impôs

blasfêmias terá de pagar por elas, quem aceitou também).(trecho de livreto A Terrível Blasfêmia Romana)

Depois de receberem Espírito Santo, os discípulos testemunham em muitas línguas (2, 15-42). Judeus em

Jerusalém, procedentes de muitas terras, recebem testemunho de Deus. Aparecem os do contra e, corajosamente, Pedro

inicia um discurso explicando o motivo do acontecimento... então três mil pessoas são convertidas para o cristianismo,

passando a congregar-se levando uma vida comunitária de muita oração onde se presenciavam prodígios e milagres

feitos pelos apóstolos.

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Pedro e João são presos e levados perante o Sinédrio; declaram destemidamente que não pararão de dar

testemunho. Cheios de Espírito Santo, todos os discípulos proclamam a palavra de Deus; multidões tornam-se crentes.

Um milagre importante, a cura de um homem coxo de nascença que pedia esmola na porta do Templo, é

relatado logo no capítulo 3 do livro, o que provoca a prisão de Pedro e João Evangelista, que são trazidos perante o

Sinédrio. Repreendidos pelas autoridades judaicas para que não pregassem mais no nome de Jesus, os dois apóstolos

responderam que estavam praticando a vontade de Deus e não dos homens.

Novas prisões dos apóstolos ocorrem no livro de Atos, pois o crescimento do número dos que seguiam a

Doutrina do Caminho incomodava o sumo sacerdote e a seita dos saduceus (*), conforme é narrado nos versos de 17 a

42 do capítulo 5 da obra. Porém, com o parecer dado pelo rabino Gamaliel, o Sinédrio resolve libertar Pedro e os

demais, depois de castigá-los com açoites.

(*) O nome parece proceder de Sadoc, hierarca da família sacerdotal dos filhos de Sadoc, que segundo o programa ideal da constituição de

Ezequiel devia ser a única família a exercer o sacerdócio na nova Judéia. De modo que, dizer saduceus era como dizer "pertencentes ao partido da estirpe sacerdotal dominante". Diferiam dos fariseus por não aceitarem a tradição oral. Na realidade, parece que a controvérsia entre eles foi uma continuação dessa hostilidade que

havia começado no templo dos macabeus, entre os helenizantes e os ortodoxos. Com efeito, os saduceus, pertencendo à classe dominadora, tendo a miúdo contato

com ambientes helenizados, estavam inclinados a algumas modificações ou helenizações. O conflito entre estes dois partidos foi o desastre dos últimos anos da

Jerusalém judia. Paulo era fariseu, Atos 26, 5

Os capítulos seguintes relatam os primeiros momentos da Doutrina do Caminho na Palestina, sob a liderança

de Pedro, as primeiras conversões de judeus e depois dos gentios (povos e nações distintos do povo Israelita), e o violento martírio

de Estêvão por apedrejamento.

“Porém o Excelso não habita em feitura de mãos, como diz o profeta.” - Atos, cap. 7.

O sétimo capítulo do Livro dos Atos é valioso repositório de excelência doutrinária. Ele sozinho vale por uma

Bíblia inteira. (Osvaldo Polidoro)

Após o apedrejamentode Estevão, Saulo de Tarso empreende uma grande perseguição aos seguidores da

Doutrina do Caminho em Jerusalém, o que dispersou vários discípulos pelas regiões da Judéia e Samaria, chegando

também o Evangelho à Fenícia, Chipre e Antioquia.

Algumas obras de Filipe, o Evangelista, são narradas em Atos, entre as quais a sua passagem por Samaria e a

conversão de um eunuco etíope na rota comercial de Gaza.

Saulo de Tarso, ao tentar empreender novas perseguições, converte-se quando viajava para Damasco e tem

uma visão de Jesus, ficando cego por três dias, até ser curado quando encontra-se com Ananias.

Dois milagres de destaque narrados nesse momento da obra de Lucas: a cura do paralítico Enéias, em Lia, e a

ressurreição de Dorcas, na cidade de Jope

O Evangelho chega aos gentios incircuncisos. (10, 112-25): Narra o capítulo 10 que Simão Pedro,

encontrando-se em Jope, recebe uma visão em que Deus lhe ordena alimentar-se de vários animais considerados

imundos ou impróprios para o consumo, conforme a lei mosaica. Com esse exemplo, Pedro é orientado a pregar o

Evangelho na casa de um centurião romano de Cesaréia chamado Cornélio, o qual se converte juntamente com todos os

que ouviram o discurso do apóstolo, sendo depois batizados. Por este motivo, Pedro é questionado pelos outros

apóstolos e cristãos da Judéia, que se convencem.

Os capítulos dez, onze e dezenove, dos Atos, são simplesmente formidáveis; e por isso a palavra autorizada de

Paulo era deste modo: “As coisas ocultas do seu coração se fazem manifestas, e, assim, prostrado com a face em terra,

adorará a Deus, declarando que Deus verdadeiramente está entre vós.” (Osvaldo Polidoro)

O rei Herodes Agripa I prende a Tiago, irmão de João, chegando a matá-lo. Depois prende a Pedro, mas este é

milagrosamente liberto pela ajuda de um anjo. E também é através de um anjo que Herodes é ferido e morto comido

por vermes, por não ter dado glória a Deus.

“E como eu tivesse começado a falar, desceu o Espírito Santo sobre ele , assim como também tinha descido

sobre nós no princípio, E eu me lembrei então das palavras do Senhor, como ele havia dito: João na verdade batizou

em água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo. Pois se Deus deu àqueles a mesma graça que também a nós, que

cremos no Senhor Jesus Cristo, quem era eu, para que me pudesse opor a Deus?” — Atos, cap.11

“Se durante o viver de Jesus na carne, nem todos os Apóstolos corresponderam, também é certo que, em

seguida ao Batismo de Espírito, nem todos deram de si o melhor possível. Para assimilar bem é preciso conter

evolução: e a evolução não se consegue de hoje para amanhã, nem mesmo na companhia de um Jesus Cristo. Saber

alguma coisa em base puramente intelectual, teoricamente, não significa conquistar marcas imarcescíveis. Evolução se

consegue à custa de luta contínua, de perene avanço no rumo da Verdade. E isso demanda séculos e milênios.” (O.

Polidoro)

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O trabalho de Paulo

Paulo se torna um grande apóstolo, com missões pelas regiões orientais do mundo romano, mais precisamente

pela Ásia Menor, Grécia e Macedônia, culminando com a sua prisão e julgamento quando retorna para Jerusalém e,

finalmente, fala sobre sua viagem para Roma.

Há, portanto, uma divisão em dois períodos:

I. O período das missões locais, com Jerusalém como o centro. A obra centraliza-se principalmente na

Palestina entre os judeus, sendo o apóstolo Pedro a figura preeminente. Pode-se dizer que do começo até o verso 25 do capítulo 12, o Livro de Atos dá um enfoque maior ao ministério

de Pedro, que pregou corajosamente e realizou muitos milagres, relatando, em síntese, o estabelecimento e a expansão

das reuniões mediúnicas pelas regiões da Judéia e de Samaria, seguindo para alguns países da Ásia Menor.

II. O período das missões estrangeiras. O centro de operações, inicialmente em Jerusalém, é transferido

pouco depois para Antioquia da Síria.

Já a outra metade da obra centraliza-se mais no ministério de Paulo (do capítulo 13 ao final) e poderia ser

subdividido em seis partes:

1. A primeira viagem missionária liderada por Paulo e Barnabé;

2. Reunião de Jerusalém, Paulo e os Apóstolos discutem sobre os gentios;

3. A segunda viagem missionária de Paulo, em que o Evangelho é levado à Europa;

4. A terceira viagem missionária;

5. O julgamento de Paulo;

6. A viagem de Paulo a Roma.

Importante destacar que no livro de Atos é narrada a rejeição contínua do Evangelho pela maioria dos judeus, o

que levou à proclamação das Boas Novas aos povos gentios, principalmente por Paulo.

Viagens evangelizadoras de Paulo. (13:121:26), entre 48 e 50 dC

Primeira viagem: A Chipre, Ásia Menor, pregando tanto em sinagogas aos judeus quanto aos gentios.

Paulo e Barnabé com ênfase dão testemunho em público e nas sinagogas; expulsos de Antioquia; atacados por

turba em Icônio; em Listra, primeiro tratados como deuses, depois Paulo é apedrejado.

Questão da circuncisão (*) decidida pelo corpo governante em Jerusalém; Paulo e Barnabé designados para

informar os irmãos das decisões de Paulo.

(*) Reunião de Jerusalém

A notícia de conversão dos gentios gerou impactos dentre os seguidores do Caminho, visto que alguns judeus da seita dos fariseus impunham a circuncisão aos novos cristãos. Tendo Paulo se reunido em Jerusalém, com a presença dos apóstolos, ficou decidido que os gentios convertidos não deveriam ser

incomodados com a observância de detalhes da lei mosaica, mas apenas que se abstivessem da idolatria, das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados

e do sangue.

Segunda viagem, com Paulo e Silas – depois Timóteo, que ocorre entre os anos de 51 a 53 da era comum:

depois de percorrer por terra algumas regiões da Ásia Menor, Paulo recebe pela vidência um aviso para atravessar para

a Europa e pregar nas cidades da Macedônia e da Acaia. Encarcerados em Filipos, o carcereiro e sua família são

batizados; judeus instigam dificuldades em Tessalônica e Beréia; em Atenas, Paulo prega na sinagoga, na feira, daí no

Areópago; ministério de 18 meses em Corinto. Em Filipos, Paulo é preso após ter libertado de uma possessão

demoníaca uma escrava que fazia adivinhações, porém é milagrosamente libertado à noite através de um terremoto.

Na cidade de Atenas, Paulo faz um discurso no Areópago, na colina de Marte, mas poucos se convertem.

É na cidades de Corinto que Paulo funda uma importante reunião de seguidores, onde se cultivam os Dons. Lá

é ajudado por um casal de judeus, Áquila e Priscila que também lhe ajudam até Éfeso.

De Éfeso, Paulo navega então para Cesaréia, apresentando-se em seguida para o agrupamento de

“caminheiros” de Jerusalém.

Terceira viagem, entre os anos de 54 a 57: Ásia Menor, Grécia. Nesta expedição, Paulo dá mais atenção às

reuniões mediúnicas e doutrinárias de Éfeso, onde acontecem milagres, e o apóstolo sofre a oposição dos ourives que

lucravam fabricando imagens da deusa Diana (mitologia), provocando um grande tumulto na cidade. Após à confusão,

Paulo segue para a Macedônia e Acaia onde visita as suas reuniões doutrinárias.

De volta à Ásia, Paulo reúne-se com a turma de frequentadores da cidade de Trôade, ocasião em que é

presenciado um milagre de ressurreição de um jovem que havía despencado da janela do terceiro andar ao adormecer

durante o prolongado discurso proferido por Paulo. Deixando Mileto, Paulo passa por Tiro e Cesaréia, indo novamente

apresentar-se em Jerusalém, sabendo que lá iria ser preso.

Paulo é preso, dá testemunho a autoridades, é levado a Roma. (21:2728:31)

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Paulo é detido pelos judeus quando se encontrava no templo.Devido à confusão que foi formada na ocasião da

prisão de Paulo, as autoridades romanas em Jerusalém intervieram, evitando que o apóstolo fosse morto.

Invocando sua cidadania romana, Paulo obtém algumas proteções enquanto permanecia em custódia

aguardando julgamento, o que motivou a sua transferência para Cesaréia, sob os cuidados de Félix, governador da

Judéia, perante o qual foi acusado pelos judeus de ter causado inquietação política e profanação do templo.

Com dificuldades para decidir sobre o caso de Paulo, Félix o mantém em custódia por dois anos até ser

substituído por Festo que, ao fazer um acordo com os judeus, promete encaminhar o apóstolo para ser julgado em

Jerusalém. Não concordando que o seu julgamento fosse realizado em Jerusalém, Paulo interpõe um apelo para impedir

tal determinação e, devido ao seu requerimento, consegue pelas leis romanas que o seu caso fosse apreciado pelo

imperador em Roma. Isto porque a legislação da época permitia que um cidadão romano que não se sentisse tratado

com justiça pudesse apelar para o imperador nos casos em que a pessoa jamais tivesse sido condenada por um tribunal

inferior e a acusação não se tratasse de crimes comuns.

Na viagem de Paulo a Roma, entre os anos de 59 e 60, o apóstolo atua como um grandioso doutrinador junto

aos criminosos que estavam sendo transportados no navio. Foram surpreendidos por um forte tufão quando navegavam

pelo lado sul da ilha de Creta, vindo a naufragar em Malta, onde Paulo permaneceu por três meses em terra curando os

enfermos da ilha. Em Malta, tem-se o relato de mais um milagre ocorrido quando Paulo é picado por uma serpente e

sobrevive sem sentir nenhum efeito do veneno da víbora.

Depois disto, Paulo chega a Roma sendo muito bem recebido na cidade onde passa a aguardar o seu

julgamento em custódia domiciliar, por dois anos, pagando por sua própria conta o aluguel de uma residência. Ali

recebe vários judeus e lhes anuncia o Evangelho, entre os quais alguns crêem e outros não.

“De resto tenho a dizer que cada um compreendia como podia, tendo havido as divergências concepcionais

mais avançadas, não só em torno do fator Espírito Santo, como também de todos os ensinos do Cristo. O reino do céu,

por exemplo, apesar de repetir Jesus de contínuo, ser de ordem interna a cada um, era aguardado por muitos para daí a

dias, por meio da vinda de Jesus, ou por intermediário de um tremendo cataclismo que acabaria com o planeta. E Jesus

jamais disse coisa que se parecesse com tais extremos de ficção.”

“Quem quiser ficar com Paulo, fique; quem quiser ficar com outros Apóstolos, fique. Não haverá

jamais revelação de interplanos, porém, sem que haja espíritos desencarnados, mediunidades e espíritos encarnados.

Por Um Espírito Santo que seja pessoal, terça parte de Deus, ninguém espere, porque disso não há com Deus. Deus é

em Si Uno, havendo de Si tudo manifesto, sem trindade alguma, principalmente de ordem especial, para favorecer

peçonhas clericais, que sempre surgiram no mundo, à revelia dos fundamentos revelados.”

“E ficou nisso o grande Apóstolo? Não. Havendo especificado as faculdades, disse em seguida do

modo de reunir para cultivá-las. Com o Batismo de Espírito Santo reformado, foi por Jesus Cristo o conteúdo

espiritualista do mundo, que até então prevalecia em base idólatra, ritualística, em ofertas de carnes, de uma pagodeira

sem fim e repugnante. Pelo Cristo, convidado foi o homem para a sabedoria em Espírito e Verdade; e não para a crença

em superstições, em adorações através de assassinatos de inofensivos animais. Também o falso, o imundo conceito de

privilégio racial foi pelo Cristo posto de pernas para o ar. Cristo veio, com o Seu Amor e a Sua Sabedoria Universal,

estabelecer no mundo das formas densas, por meio do mediunismo, o curso de conhecimento do ser. E não adianta

digam os fanáticos de crenças estas ou aquelas, ou aqueles que pretendem tomar revelações intermediárias como sendo

toda a Verdade Revelada, que o Cristo tenha sido apenas mais um revelador, sem mais autoridade que qualquer outro

antes vindo. Isso prova, apenas, desconhecimento do que seja a Organização Diretora do Planeta. E prova, também,

que essa gente só tem contato com seres astrais de ínfima categoria hierárquica, seres que da carne partiram

fanatizados, e que nas esferas inferiores do astral, continuam no mesmo inferiorismo, a propalar os mesmos

divisionismos, as mesmas mediocridades, os mesmos erros. Não basta, pois, que se tenha contato com agentes do

mundo astral; preciso se faz buscar sempre o melhor. Os espaços sempre estiveram cheios de espíritos; como, porém,

não há promiscuidade, mas sim planos inferiores, intermediários e superiores, que ligados são pelas leis de relação e

progressividade, o notável é se procure, pela melhoria vibratória, manter contato com os melhores planos.”

“Como Paulo de Tarso ensinou a cultivar os dons, cumpre dizer o que se disse, para evitar que o

mediunismo se dê culto degradante. Como ensinou ele, assim faziam os do Colégio Apostolar, pois houve Apóstolos

que em seguida à crucificação do Mestre, volveram ao estado de trabalho e práticas religiosas semi-cristãs, semi-

levíticas. Cumpre salientar também que até a corrupção, vinda depois da vitória de Constantino, o Cristianismo assim

não se chamava, e sim “Caminho do Senhor”. Foi no quarto século que a corrupção ocorreu e também a troca de nome

ou designação.”

“Não vou citar o texto, através do qual o Apóstolo Paulo ensina como realizar o culto do mediunismo;

quem quiser saber, busque ler com atenção o que escreveu então, no capítulo quatorze da mesma primeira carta aos

Corintos, versos de vinte e dois a trinta e três (I Ep. Corintos, cap. 14, vs. 22 a 33).”

(Osvaldo Polidoro

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AS EPÍSTOLAS

O que são Epístolas?

Cartas doutrinárias escritas pelos apóstolos, embora muitas delas não tivessem o formato propriamente de carta.

Muitas questões eram levantadas quanto ao significado e aplicação dos Evangelhos, assim as cartas ou epístolas

eram respostas a estas questões, dando a correta interpretação sobre a missão de Jesus e sua continuidade.

O que são Epístolas Paulinas?

São as epístolas escritas por Paulo de Tarso – Paulo escreveu 19, mas a Igreja Romana suprimiu 5, ficando 14.

Dentre as Epístolas Paulinas, temos 4 Epístolas chamadas do CATIVEIRO* (escritas durante sua prisão em

Éfeso e em Roma – 60 a 62) e 3 Epístolas chamadas PASTORAIS (foram escritas a líderes das comunidades), 2 a

Timóteo e 1 a Tito.

(*) EFÉSIOS – Hino de Louvor à obra de Jesus porque a sua função missionária está plenamente exposta nesta carta.

FILIPENSES – Dirigida ao povo de Filipos, Paulo exorta a perseverança, o amor fraternal e a humildade para maior proveito do Evangelho. COLOSSENCES – Escreve aos fiéis de Colossos, que o Cristo Divino Modelo é o ponto de referência da escalada evolutiva.

FILÊMON – É mais um bilhete pessoal a Filêmon (um cristão de Colossos) com um pedido para que acolha um escravo fugitivo.

TITO – um grego colaborador de Paulo. Paulo dá conselhos sobre a organização das comunidades da ilha de Creta (em questões Revelacionistas).

O que são Epístolas Gerais?

São aquelas não escritas pelo Paulo de Tarso (1 Tiago, 2 Pedro, 3 João e 1 Judas).

Dos apóstolos, mas dirigidas aos fiéis em geral.

________________

Trechos do livro NOVO TESTAMENTO DOS ESPÍRITAS,

de Osvaldo Polidoro, nosso irmão restaurador das Verdades Divinas

“Ora, o Senhor é Espírito; e onde há o Espírito do Senhor, aí há liberdade.” - Paulo.

Em primeiro lugar, Paulo foi, depois do seu encontro mediúnico com Jesus, o Cavaleiro Andante do Consolador,

do Batismo de Espírito ou Revelação.

Em segundo lugar, Jesus afirmou que onde estivessem dois ou três reunidos em Seu nome, Ele ali estaria. Ele

não disse clérigos, nem disse que seria em templos de pedra, de pau ou coisa que pareça. Porque Ele batizou em

espírito, sendo que os dons mediúnicos e os espíritos não são de controle das clerezias.

Também não disse, Jesus, que para Ele estar presente, em si ou através dos espíritos mensageiros, deveriam os

homens arranjar fantasias e fabricar ídolos, tudo isso que já é crime contra os Dez Mandamentos. Ele veio derramar do

espírito sobre toda a carne, precisamente para dar fim à pior praga de todos os tempos, que sempre foi o clericalismo, a

fábrica de ignorantes e criminosos.

E ainda outro quesito em favor da Verdade, pois o que tira a orfandade é o Consolador ou Espírito da Verdade,

isto é, a Revelação. Para que ninguém ficasse órfão da Verdade, afirmou Jesus que enviaria o Consolador; e basta ler os

capítulos um, dois, sete e dezenove dos Atos, para saber como Jesus agiu, em cumprimento de Sua palavra.

Em síntese, tudo é questão de retornar ao modo de reunir dos Apóstolos, que é como se encontra no capítulo

quatorze da Primeira Carta aos Coríntios; e fazendo assim o resultado é - Espiritismo!

No Velho Testamento tendes os desejos dos homens e as promessas de Deus. Estava entregue a Lei Suprema, de

Ordem Moral, mas faltavam o Verbo Exemplar e o Derrame de Dons Espirituais para TODA A CARNE.

Nos Quatro Evangelhos, João Batista e o Verbo Encarnado tudo preparam para que possa haver a Ressurreição, o

Glorioso Pentecostes e a entrega do Apocalipse. Quem se diz da Doutrina do Caminho, afirmando que os Quatro

Evangelhos dizem tudo ou são completos, ou é louco, ou é hipócrita, cultivando mentiras para praticar religiosismos

profissionais e engabelar os tolos. Até os Quatro Evangelhos tudo são promessas e esperanças.

O Livro dos Atos é o LIVRO PÊNDULO DA BÍBLIA, o Livro da Ressurreição, do Glorioso Pentecostes e que,

conseguintemente, leva à entrega do Apocalipse, dos Eventos Porvindouros. Apresentando a REVELAÇÃO

GENERALIZADA, a carne toda feita herdeira dos Dons do Espírito Santo, tudo estava cumprido, da parte de Deus.

Quem deixa de lado o Livro dos Atos é blasfemador de tudo, quem o atraiçoa é traidor da Lei, do Verbo Modelo, dos

Dons Espirituais e do Apocalipse, estando marcado para ser, como o Verbo advertiu, ESMIGALHADO!...

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Nas Epístolas os Apóstolos comentaram a Lei, o Verbo e os Dons Mediúnicos generalizados a partir do

Pentecostes, como puderam entender, nada mais. O que disseram João Batista e o Verbo SÃO UMA COISA, o que

outros escreveram constitui OUTRA COISA, e, o que outros fizeram, fundando cleresias e doutrinas, representa muitas

COISAS ERRADAS, CRIMINOSAS, CORRUPTAS, etc.

Não findará o segundo milênio, sem tremendos ajustes de contas.

Se não te servirem os ENSINOS e as GRAÇAS, vindos de Deus, como te hão de servir os palpites, de

encarnados ou desencarnados, ainda sujeitos a lastros de dívidas perante a JUSTIÇA DIVINA?

"Epístolas de Paulo" - Novo Testamento.

Paulo escreveu dezenove Cartas ou Epístolas; mas somente quatorze são conhecidas. Muitas delas eram de tal

modo revelacionistas, ou espíritas, como agora se diz, que os corruptores acharam bom retirá-las. E se soubessem que

algum dia apareceriam reformadores ou restauradores da Excelsa Doutrina, nem o que deixaram teriam deixado.

Teriam queimado tudo, para Roma ficar para sempre com seu clero e o seu domínio, com a sua corrupção e o seu

comércio pagão, traidor do batismo de Revelação, trazido e deixado por Jesus para toda a carne.

Nas Cartas de Paulo há muito que estudar e discutir; principalmente discutir, pelo fato de mãos estranhas terem

ali entrado, para darem aos escritos aquela cor clericalista e formal que tanto convinha a Roma. Entretanto, é bom

lembrar certas expressões de Paulo sobre as duas leis - uma é a de Deus, os Dez Mandamentos, sendo a outra o

Pentateuco, a lei social e variável.

A Lei de Deus é acima de cogitações, é o Código de Conduta, é a Trilha dos Cristos e a Matriz dos Livros

Sagrados. E quando os chamados Livros Sagrados venham a ser adulterados, corrompidos, ou se tornarem obsoletos,

ainda assim os Dez Mandamentos serão o Código de Conduta, porque pairam acima de religiosismos.

O Pentateuco, porém, deve mudar. As regras de conduta social devem ir variando, consoante a humanidade

evolua. Entretanto, no seio dos Dez Mandamentos é que devem ir variando as leis sociais.

O convite é para a discussão, porque as verdades de Deus não temem os estudos do homem. Aqueles que têm

lido as Escrituras, aceitando tudo, sempre foram e serão os eternos simplórios e fanáticos, esfoladores de Profetas e

assassinos de Cristos. Nunca sabem o que é certo ou errado, nunca descobrem as tremendas contradições, jamais

deixam de blasfemar contra as verdades de Deus, pelo simples fato de aceitarem tudo de olhos fechados, absurdos

antigos e novas incrustações humanas.

O Sagrado Livro de Deus, que é a Sua Obra, a Criação, esse é o Supremo Livro, no qual todos os Seus filhos

devem aprender a ler. Por mais pequeninas que sejam as verdades relativas, sendo realidades puras, conduzirão ao

conhecimento e ao respeito das Verdades Eternas, Perfeitas e Imutáveis de Deus!

Os chamados Grandes Reveladores, ou Iniciados, foram revelando ou ensinando aquilo que lhes foi possível, no

tempo em que viveram e no seio do povo para o qual falaram. E o Cristo Planetário, que poderia ser a Linguagem

Universal, bem salientou que muito Lhe restava dizer, mas que não poderia fazer então, pela falta de poder assimilativo

dos Seus contemporâneos. A Revelação completaria a Sua Mensagem, no curso dos tempos.(...)

(...) Não iremos, pois, transcrever e comentar muitos textos das Cartas dos Apóstolos; porque a Lei de Deus, o

Exemplo de Jesus Cristo e o Batismo de Revelação, pairam muito acima de tudo, principalmente da insuficiência que

eles andaram demonstrando, afora as corrupções que outros, mais tarde, andaram incrustando.

"Justificação pela fé" - Romanos, cap. 5.

O batismo de Revelação, o Pentecostes Vivo, foi deixado por Jesus, precisamente para ser instrumento de

Conhecimento, Certeza e Bondade. Quem conhece não precisa de apelar para a fé e para a esperança. Crer é para tolos

e simplórios, depois que Jesus veio e deixou no mundo a Revelação que tira a orfandade.

Ademais, quem cultiva o batismo de Revelação sabe muito bem que os abismos estão cheios de criaturas que

tiveram fé e obraram a iniquidade. Sabem que lá ficarão, até pagar ceitil por ceitil!

"A graça e o pecado" - Romanos, cap. 6.

Ninguém confunda a Graça da Revelação Generalizada, trazida por Jesus, para advertir e consolar, com a graça

da salvação de graça ou de favor. A contradição é total, face às afirmativas de Jesus, sendo também total contra outras

afirmativas do mesmo Paulo. Mãos clericalistas, fabricantes de simulações e comercialismos, inimigas do batismo de

Espírito, andaram metendo incrustações e adulterações nos escritos, fazendo a confusão que aí está. Por isso mesmo, é

crime aceitar tudo como se fosse Livro Sagrado. Procurem os absurdos, que são muitos.

"O Reino de Deus" - I Cor. cap. 6.

Este capítulo ressarce muitos absurdos contidos em outros, e atribuídos a Paulo; porque lembra as obras de cada

um, que serão observadas pela Justiça Divina, que jamais foi por graças ou favores. Deus não é particularista! A Lei de

Equilíbrio não é religiosista! A Justiça Divina é acima de xaropadas inventadas por homens! E a Revelação aí está e

ficará, para instruir conforme a Verdade ensinada por Jesus, segundo a Soberana Vontade de Deus!

"Diversidade de dons espirituais" - I Cor. cap. 12.

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Jesus tinha o Espírito de dons e sinais SEM MEDIDA; mas os restantes, por estas alturas da história planetária,

só poderão ter dons ou mediunidades repartidas, para efeito de cultivo revelacionista. Como Jesus veio derramar do

Espírito Revelador sobre toda a carne, para cumprir a promessa antiga, como qualquer criatura honesta poderá aprender

lendo o capítulo dois, dos Atos, Paulo achou de bom alvitre enumerar as nove mediunidades fundamentais. Lembramos

que se trata de dons mediúnicos, e não o que dizem as patacoadas religiosistas que surgiram depois da corrupção

romana.

Roma, em virtude de fabricar o catolicismo no quarto século, cometeu o tremendo crime de chamar coisa de

Belzebu aos dons mediúnicos ou proféticos; ou que por isso valem os sinais e prodígios em virtude dos anjos, espíritos

ou almas comunicantes, com a função de advertir, ilustrar e consolar as gentes, conforme foi deixado por Jesus.

Como a chamada Obra de Elias, ou Kardec, que é o Espiritismo, nada mais é do que a reposição das coisas no

lugar, ou a volta do Pentecostes Vivo ao seio da humanidade, enviamos leitores ao LIVRO DOS MÉDIUNS, que muito

bem desempenha a sua função instrutiva.

Para livrar de dúvidas, diremos uma vez mais, que nenhum espírito criado ou relativo, seja quem for, é senhor

das verdades de Deus. Tudo em Deus é Eterno, Perfeito e Imutável! A Mensageiria Divina, ou Ministério do Espírito

da Verdade, é parte integrante da ORDEM DIVINA. Ninguém blasfeme contra ele!

"Excelência da caridade" - I Cor. cap. 13.

O Amor é uma virtude apenas estática, se pela Bondade ou Caridade não for tornado dinâmico. Sem ser através

da Bondade, não há como haver aplicação do Amor. Depois de expor o que são e podem os dons mediúnicos ou

proféticos, os meios de comunicar com os anjos, espíritos ou almas, Paulo discorre sobre o AMAI-VOS UNS AOS

OUTROS.

Basta lembrar que Jesus, tendo os dons espirituais ou mediúnicos SEM MEDIDA, tendo sido anunciado por

Gabriel, tendo os anjos ou espíritos subindo e descendo sobre Ele, tendo ido ao Tabor falar com Moisés e Elias, deu

exemplo de extrema dedicação à Bondade, provocando a ira dos sacerdotes até à morte!

Os dons mediúnicos ou proféticos podem estar repartidos entre os filhos de Deus, mas o dever de Bondade está

muito acima de repartições!

Os médiuns ou profetas, entretanto, são sempre mais responsáveis, porque são mais conscientes. Quem mais tem,

por mais responderá, e nunca deixará de ser assim.

Entretanto lembramos que muitos são os que na Terra usam os dons mediúnicos ou proféticos, para manter

contato com os seres menos interessantes do mundo espiritual; em certos casos, com o propósito definido de fazer mal

ao próximo. E tudo isto pesará muito gravemente na Balança da Justiça Divina, porque as virtudes, quanto mais

psiquizadas, tanto mais devem merecer respeito.

Aquele que joga com os recursos mediúnicos ou proféticos, e por eles aciona elementos do mundo espiritual,

para contrariar os Mandamentos da Lei, ou os Divinos Exemplos do Cristo, é mais criminoso do que aqueles que, por

ignorância ou por serem induzidos, blasfemam contra o Santo Ministério da Revelação.

Por todos títulos, o capítulo treze da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios, é um primor doutrinário; é um

poema de Amor ao Amor!

"Assim também vós, porquanto sois desejosos de dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação

da igreja" - I Cor. cap. 14.

Duas realidades foram patentes nas ações dos discípulos de Jesus: seguirem os exemplos do Mestre e reunirem-

se segundo o molde estabelecido por Jesus no dia de Pentecostes.

Também naquele dia, da Generalização da Revelação ou Batismo de Espírito, as gentes perguntaram o que

deveriam fazer com a Graça e a Verdade trazidas para todos por Jesus, tendo Pedro respondido muito bem, como está

escrito no capítulo dois do Livro dos Atos dos Apóstolos:

"Assim que exaltado pela dextra de Deus, e havendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo,

derramou sobre nós a este, a quem vós vedes e ouvis".

"Fazei penitência, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos

pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque para vós é a promessa, e para vossos filhos, e para todos

os que estão longe, quantos chamar a Si o Senhor nosso Deus".

A essa Graça da Revelação, trazida por Jesus para toda a carne, Roma quis atraiçoar e atraiçoou, no quarto

século, chamando-a coisa de Belzebu. Foi assim, pois, que liquidou a Excelsa Doutrina do Caminho, edificada sobre o

Sagrado Ministério do Espírito Santo ou Revelador. E as trevas e os crimes desceram sobre a humanidade! As

imoralidades e as inquisições criaram para a humanidade um Carma tenebroso!

Até que Elias voltasse, para comandar os serviços restauradores, a partir da personalidade de João Huss, clerezias

e trevas envolveriam o mundo. Ainda que aqui e além reencarnassem alguns grandes servidores de Jesus, exemplos de

Virtude e desejosos de retornar à pureza primitiva; ainda que fossem tais servidores respeitados em suas qualidades, o

fato é que, somente apelando para o trabalho martirizante, começou no século quatorze o movimento de retorno à

Excelsa Doutrina do Caminho, edificada sobre a Revelação.

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Wicliff, Huss, Savanarola, Joana D'Arc, Lutero, Giordano Bruno; esses missionários abriram os alicerces da

restauração, em companhia de muitas almas de escol, que para isso também encarnaram. E quando a sementeira estava

pronta, quando os ideais de Reforma haviam atingido certo campo, em extensão e profundidade, voltam à carne alguns

obreiros, arrastando a grande eclosão mediúnica ou profética dos meados do século dezenove, havendo sido elaborada

a Codificação da Doutrina, que em obras informativas, entretanto, não ficou terminada, restando o seguimento, que

ficaria, por ordem de Jesus, para o Brasil do século vinte.

Querer praticar o Cristianismo, desprezando o mediunismo ou profetismo, é obra de blasfêmia e de blasfemos!

Dizer que o capítulo quatorze, da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios, ensina aquilo que fazem católicos e

protestantes, isso é crime de lesa Verdade, é atraiçoar a letra e o espírito dos ensinamentos ali contidos!

Se Jesus tivesse vindo ao mundo, para fundar uma religião, e fundá-la sobre clerezias, idolatrias, simulações,

fetichismos, inquisições, imoralidades, roubos e politiquismos sanguinários; se tivesse vindo ao mundo para ensinar a

fazer discursozinhos falazes; se tivesse vindo, não para Generalizar o Profetismo que adverte, ilustra e consola, mas

sim para liquidá-lo, deixando no lugar aquelas clerezias e porcarias, então não teria sido Ele o Cristo, o Paradigma, o

derramador do Espírito sobre a carne, mas teria sido, isso sim, o mais errado homem já vindo a este mundo!

E poucos sabem, como sabemos nós, o que tem custado repor as coisas no lugar; o que é fazer voltar ao

Pentecostes Vivo, à Excelsa Doutrina que foi edificada pelo Divino Mestre sobre o Sagrado Ministério do Consolador,

da Revelação, da Comunicabilidade dos anjos, espíritos ou almas, cuja função é lembrar os ensinos de Jesus, cuja

função é ir anunciando tudo quanto vá sendo possível.

Ademais, por motivos evolutivos, em todos os mundos os dois planos se vão interpenetrando, infusando; e

ninguém, portanto, poderá deter para sempre os fenômenos mediúnicos ou proféticos. Por todos os motivos, é melhor

que todos procurem saber o que foi e é a Excelsa Doutrina do Caminho, para cultivá-la.

"A carne e o sangue não herdarão o reino do céu” - I Cor. cap. 15.

A humanidade terrestre ainda é, em matéria de verdades espirituais, muito pouco sábia; ainda interpreta absurdos

como se fossem pura religião; ainda faz de tudo quanto sejam asneiras e ignorâncias, o seu roteiro de fé; ainda vive

olhando para trás, mais do que para frente; ainda acha que Deus tudo fazia e podia no passado, enviando emissários e

profetas, e que depois ficou longe e mudo, sem ter como agir nem por quem fazê-lo.

É muito possível, pois, que haja quem pense que os quatro vultos bíblicos que não deixaram corpos, tenham ido

para o Céu, ou para os planos erráticos, com os respectivos corpos. Ora, o Reino do Puro Espírito é o avesso da Matéria

Densa, está em oposição vibratória, em nada lhe corresponde. Nem mesmo os perispíritos grosseiros podem penetrar

em tais rincões celestiais, quanto mais os corpos carnais ou físicos!

Que sucedeu, então, com os corpos físicos?

Na ocasião necessária, o plano espiritual efetua os sinais mediúnicos ou proféticos, faz com que leis superiores

intervenham, produz o chamado milagre, faz acontecer o que parece misterioso. Quem não conhece os recursos

mediúnicos, ou proféticos, ou tidos e de fato realizados em virtude do Espírito Santo, tendo este por nome simbólico

das legiões do Senhor, pensa que de fato tudo foi como exteriormente foi visto.

Nenhum deles teve o corpo físico traslado para o Reino do Puro Espírito; mas a ação mediúnica deu conta do seu

recado. Quando leis e poderes superiores interferem, leis e poderes inferiores cedem. Não há derrogação de leis, o que

há é apenas um pouco de precipitação acional, por força de agentes espirituais e de faculdades existentes em certas

pessoas, pessoas destinadas a certos e necessários feitos e efeitos.

Não existem em Deus mistérios nem milagres; o que existem são leis e poderes que ultrapassam os limites da

concepção humana. Assim que os filhos vão penetrando em outras e mais avançadas regiões dimensionais ou

vibratórias, vão penetrando mais na ESSÊNCIA DIVINA ou no CENTRO GERADOR DO COSMOS, vão tomando

conhecimento de leis e de poderes, vão também jogando mais com as leis e os poderes superiores. E onde vão

chegando as leis e os poderes, dali vão desaparecendo os mistérios e os milagres. A explicação está nos espíritos e nas

faculdades.

Presentemente, mistérios e milagres servem para que capciosos e espertalhões vivam à custa dos tolos.

"Nos milagres, e nos prodígios, e nas virtudes” - II Cor. cap. 12.

Paulo foi o Cavaleiro Andante do Batismo de Espírito; o Consolador trazido por Jesus, para toda a carne,

encontrou em Paulo, depois do Pentecostes que lhe coube por turno na Estrada de Damasco, o seu maior propagandista.

Cheio do Espírito de Deus, rodeado de muitos anjos ou espíritos, e dotado de boas faculdades proféticas ou mediúnicas,

Paulo era uma vertente de fenômenos espíritas extraordinários.

Milagres e prodígios eram os nomes dados aos sinais mediúnicos ou proféticos. O Espiritismo, como restauração

da Excelsa Doutrina do Caminho, tem enchido a Terra de fartos fenômenos mediúnicos ou proféticos.

"Cristo nos fez livres" - Gálatas, cap. 4.

Cristo nos fez livres ?

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Entendam isto: A Revelação estava perseguida e a Lei de Deus aviltada; o Profetismo estava esfolado nos

últimos Profetas e a Lei de Deus fora permutada pelos cerimoniais clericalistas. E foi quando veio Jesus, para

generalizar o profetismo e viver a Lei de Deus diante dos homens, ficando assim como Paradigma ou Divino Modelo.

Tome cada um a sua mesma cruz, porque Cristo levou a Dele ao topo do Calvário, diante do mundo, para deixar

o Exemplo Imortal. Porque aqueles que ficarem no caminho, por suas más obras, aqueles que com ferro ferirem, ou que

se encherem de dívidas, responderão até o último ceitil.

Ninguém confunda a Graça da Revelação Generalizada, trazida para toda a carne por Jesus, com a falsa

conceituação dos religiosismos clericalistas, que pretendem que Ele tenha trazido a salvação de graça ou de favor. E é

muito bom que se perguntem, os estudiosos, se foi mesmo Paulo quem andou escrevendo essas falsidades que andam

escritas nos textos. Porque as contradições são tantas e de tal modo evidentes, que um Paulo não as cometeria. É fácil

reconhecer isso.

Lembramos, uma vez mais, que a ignorância e o erro não podem honrar o filho de Deus; logo, quem quiser ser

um verdadeiro espírita, um prolongamento do Consolador Eterno, do Sagrado Ministério da Revelação, que trate de

estudar, de experimentar e de fazer boas comparações. Para isso, que se torne conhecedor e dotado de severa

honestidade mental. Porque o número de simplórios e capciosos já está completo; os religiosismos fizeram isso nos

longos duzentos e tantos mil anos de história das corrupções iniciáticas.

Porque os Grandes Iniciados sempre revelaram o melhor possível, no tempo e no seio dos povos onde foram

destinados a viver; mas depois vieram os fazedores de clericalismos, de religiosismos, desviando tudo, inventando

simulações, transformando as coisas do espírito em meio de vida e politiquismos escabrosos.

"Contra estas coisas não há lei" - Gálatas, cap. 5.

Os assuntos tratados no capítulo cinco, da Carta aos Gálatas, são realmente interessantes; porém, ou andaram

outros metendo as mãos e fazendo o serviço das grossas asneiras, ou o mesmo Paulo, tão inteligente e lúcido em outros

pontos, andou aqui, uma vez mais, claudicando.

Primeiro - As verdades oriundas do Ministério da Revelação ou do Espírito Santo foram confundidas com as

errôneas conceituações da fé cega, nesta depositando confiança, num impulso de contradição com a Excelsa Doutrina

deixada pelo Cristo. Os Exemplos do Cristo e a Revelação Ostensiva, que eles, os Apóstolos, tinham em plena

atividade, não autorizava ninguém a falar do modo como ali está falado.

Segundo - Nunca jamais da Lei passará um ceitil, porque o Infinito Criado repousa, pela Soberana Vontade de

Deus, sobre leis Eternas, Perfeitas e Imutáveis! As leis menores são desdobramentos das leis maiores, sendo que todas

terminaram no Supremo Determinismo, que os Dez Mandamentos representam, ordenando os três primeiros a conduta

do filho para com o Pai Divino, e os outros sete, determinando a conduta entre irmãos, para efeito de responsabilidade.

Terceiro - As más obras estão assinaladas, sendo atribuídas à carne, quando a carne é apenas instrumento do

espírito. E se as más obras trazem consequências funestas ao espírito, porque negar a Lei e a Justiça de Deus, dizendo

que a Lei não existe para aquele que tem fé ? Tudo isso é contraditório por demais, é ridiculamente infantil, e um Paulo

não faria isso.

Quarto - "A caridade, o gozo, a paz, a paciência, a benignidade, a bondade, a longanimidade, a mansidão, a

fidelidade, a modéstia, a continência, a castidade; contra estas coisas não há lei". Assim está escrito e atribuído a Paulo!

Ora, precisamente por causa de uma Lei de Equilíbrio, que aciona a Justiça Divina, é que importa proceder bem,

porque o fenômeno de recompensa é automático, é em consequência. A afirmativa final devia ser o contrário, para não

contradizer o Cristo nem mesmo Paulo, noutras afirmativas.

Quinto - Os frutos do Espírito, como está escrito, são os conselhos da Revelação, da comunicabilidade dos anjos,

espíritos ou almas, que Jesus deixou, tirando a orfandade do mundo! Era o Pentecostes Vivo, a Doutrina edificada

sobre a Revelação, que infundia Certeza, que impunha o Conhecimento e que exigia atos de Bondade, precisamente por

causa da Lei e da Justiça, que jamais passarão.

Sexto - Jesus não é responsável pelos atos particulares de quem quer que seja. Ele cumpriu o Seu Dever e espera

que cada um tome a sua cruz, a cruz do Dever, porque uns nunca poderão realizar a salvação pelos outros. Tudo quanto

disserem em contrário, nunca saiu dos ensinamentos de Jesus Cristo, que teve a Lei de Deus por Trilha de Conduta,

para Se qualificar Divino Modelo.

Observação necessária - Muitos historiadores, estudando as Epístolas de Paulo, afirmaram que ele pregou uma

doutrina própria, contrariando a Excelsa Doutrina deixada por Jesus; mas nós afirmamos que Paulo foi o Cavaleiro

Andante do Batismo de Revelação Generalizada, não sendo responsável pelas barbaridades que outros andaram

incrustando nos seus escritos. As porcarias foram feitas desde o Imperador Constantino até o Imperador Phocas; tudo

foi sendo manobrado a gosto dos politiquismos despóticos e sanguinários; e depois da Reforma (porque esta é apenas a

estagnação num degrau da escala restauradora), outras alterações foram e continuam sendo feitas, como podem ser

observadas em algumas edições protestantes. Mudam palavras e sentidos, querendo por força que Cristianismo seja

apenas uma questão de fé cega, um amontoado de simulações, de sacramentismos, de liturgias e de muitos

discursozinhos histéricos. Falsificam tudo, querendo por todos os motivos blasfemar do Batismo de Revelação, da

comunicabilidade dos anjos, espíritos ou almas, cuja função, determinada por Deus, através do Cristo Planetário, é

advertir, ilustrar e consolar.

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É necessário muito cuidado com a leitura da Bíblia, porque além das coisas medíocres ensinadas naqueles dias,

quando nem Jesus pôde dizer o quanto poderia dizer, acresce ainda o perigo das adulterações propositais, feitas durante

os dias iniciais do catolicismo, e aquelas que os protestantes fazem agora, trocando palavras e sentidos, para satisfazer

seus fanatismos sectários e seus fetichismos da letra morta, da blasfêmia contra o Sagrado Ministério do Consolador,

da Revelação generalizada por Jesus Cristo.

"Quando ele subiu ao alto, levou cativo o cativeiro, deu dons aos homens" - Efésios, cap. 4.

Esta Carta de Paulo é um hino de louvor à obra de Jesus Cristo; porque a função missionária de Jesus, que fora

derramar do Espírito sobre a carne, tirando-a da orfandade, onde a metera o clericalismo levita e outros clericalismos,

está plenamente exposta nesta Carta ou Epístola.

Quem falara assim, que Jesus viria e prenderia a própria prisão, distribuindo dons aos homens, até mesmo os

incrédulos, fora Davi (Salmos 68, 18). Leiam o nosso livro, intitulado LEI, GRAÇA E VERDADE, que muitas

instruções contém.

Sobre tais dons, leiam o que Paulo escreveu na Primeira Carta aos Coríntios, capítulo doze; e para cultivar tais

dons, leiam sobre como os Apóstolos se reuniam, no capítulo quatorze da mesma Carta.

Onde estiverem a Moral, o Amor, a Revelação, a Sabedoria e a Virtude, ali não estarão as simulações, os

engodos e os discursozinhos falazes; ali estarão as lições dos anjos, espíritos ou almas, que funcionando como

Mensageiria Divina, lembrarão os ensinos puros de Jesus Cristo (não os textos adulterados), e continuarão a ministrar

ensinos, cumprindo as palavras de Jesus, (João, cap. 16).

"Palavra de Deus" - Efésios, cap. 6.

Ninguém se iluda com os falsos conceitos do clericalismo dogmático, formalista e blasfemo do Sagrado

Ministério da Revelação, quando interpretam por Palavra de Deus as letras adulteradas e os discursozinhos falazes e

histéricos. Porque a Palavra de Deus era a Revelação, os ensinos dos anjos, espíritos ou almas, que vinham através dos

Médiuns ou Profetas, e ao qual Ministério Revelador Jesus Cristo veio generalizar, derramar sobre toda a carne.

Jesus tinha, como afirmou, as legiões de anjos ou Espíritos Mensageiros, subindo e descendo sobre Ele. Que

função desempenhavam estas legiões espirituais? Que fizeram estas legiões no dia de Pentecostes? Que continuaram a

fazer, depois, até ao tempo em que Roma truncou a ferro e a fogo o cultivo da Revelação, matando os seus

cultivadores, sob a alegação de que era coisa de Belzebu?

A Bíblia de Deus é a Criação, é o Sagrado Livro da Vida! Deus fala pelos Seus Mensageiros, através dos

verdadeiros Médiuns ou Profetas! Sua Palavra é a Verdade, não são as letras mortas e corrompidas!

"Mas, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição" - Col. cap. 3.

O Amor e a Revelação, a Lei e o Profetismo, representam os dois polos doutrinários da Bíblia. A

comunicabilidade dos anjos, espíritos ou almas, constituindo o profetismo ativo, completa-se com o profetismo passivo

dos instrumentos encarnados, que são os médiuns ou profetas. E ambos concitam ao Amor, à virtude estática que na

Bondade se transforma em virtude dinâmica.

Quem quiser encontrar o Homem Paradigma, o Homem Modelo, exemplo de Lei Viva e de Revelação Sem

Medida, queira conhecer o Cristo. Mas o Cristo da Verdade, não o pretexto da idolatria e da conversa fiada, que é

próprio dos clericalismos comercialistas.

Porque no Cristo da Verdade este é o programa doutrinário:

a - Um Pai Divino, Espírito e Verdade, Essência Universal, que em Si mesmo tudo engendra, sustenta e

determina. Como afirmou Jesus, o Pai é Espírito e Verdade e assim quer que Seus filhos venham a ser.

b - Uma Verdade Absoluta, constituída de tudo o que existe, o Criador e a Criação. Os espíritos evoluídos

compreendem bem a questão de dentro para fora, enquanto os infantis vivem apalpando a Criação. Antes de encontrar

o interior da Verdade, pensam, sentem, dizem e fazem asneiras a valer, mas pretendem ser mestres do próprio Deus.

c - Um Cristo ou Divino Modelo, irmão apresentado pelo Pai como Paradigma, para que todos Nele se

espelhem, para se realizarem interiormente. Enquanto a ignorância reina, enquanto a ignorância é o programa, pela

falta de evolução e por causa da malícia, uns querem que Ele seja Deus, outros que especial, outros que unigênito,

outros que primogênito, outros que perdoador de pecados, outros que amigo de adulações e de babujas, salvador de

graça ou de favor, etc.

d - Um Divino Ministério da Revelação, do Espírito Santo ou Consolador, Mensageiria Divina exercida pelos

anjos, espíritos ou almas, cuja função é advertir, ilustrar e consolar as gentes, ensinando os caminhos da Lei de Deus.

Quem quiser aprender bem sobre isto, pense em Jesus, que foi profetizado pelos anjos ou espíritos; que foi anunciado

por Gabriel; que tinha os espíritos ou anjos subindo e descendo sobre Ele; que foi falar com Moisés e Elias e que

depois da crucificação continuou a Se comunicar, inaugurando a Era da Revelação Generalizada.

Porque o Cristo é a Síntese do Amor e da Revelação, é o Ponto de Chegada de todos. Um dia haverá unidade

entre todos os Seus irmãos, Ele mesmo e o Pai Divino. Mas isto não será, antes que todos venham a imitar Aquele que

é a Síntese do Amor e da Revelação. Por enquanto, o Cristo é apenas uma mercadoria vendável pelos clericalismos, e

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bastante usada pelos imperialismos despóticos e sanguinários. Em matéria de Amor e de Revelação, a Terra é apenas

um mundo miserável!

"Porque o Senhor é vingador de todas estas coisas” - I Tes. cap. 4.

Embora transpirando o modo antigo de falar, bastante infantil, sobre ser Deus vingador, o capítulo quatro da

Primeira Carta aos Tessalonicenses é de grande importância para os estudiosos.

Primeiro - Se Deus pune, por Lei e Justiça e não por vingança, aos que procedem mal, em que Cristo é perdoador

de pecados e salvador de graça ou de favor?

Segundo - Que a Graça do Espírito Santo ou Consolador foi dada, não para confundir com a graça da libertação

de graça ou de favor. Que aprendam todos a cultivar o batismo de Revelação, para consolação e outros aprendizados,

sobre aquelas verdades que Jesus então não pôde ensinar, considerando o Cristo tal qual é, o Divino Modelo em Moral,

Amor, Revelação, Sabedoria e Virtude.

E que ninguém se fie em salvações de graça ou de favor, em absolvições de homens ignorantes e tribofeiros, que

por serem blasfemos do Sagrado Ministério da Revelação generalizada pelo Cristo, em lugar de serem ministros de

Deus são ministros dos abismos da subcrosta. Haja cultivo do Amor e da Revelação, conforme o Evangelho de Jesus

Cristo, que foi a SUA VIDA DE EXEMPLOS, para não terem que clamar Senhor! Senhor! nos abismos, sem serem

ouvidos...

Por cima da Lei de Deus ninguém passará. Se um milhão de Cristos viesse ao mundo, todos diriam que são

exemplificadores da Lei e não derrogadores da Lei! E Deus tudo retribui por leis básicas, que quer dizer

automaticamente, e não por vingança. Já é hora de serem conhecidas outras verdades, para que certas infantilidades

fiquem para trás.

"Não extingais o Espírito; não desprezeis as profecias; examinai, porém, tudo e abraçai o que é

bom”ITes,5.

Se fosse para extinguir o batismo de Revelação Generalizada, não teria vindo o Cristo para deixá-lo. A orfandade

do povo seria tirada com o derrame de Revelação sobre a carne, coisa que todos podem compreender, que Jesus fez ou

deixou no mundo, a partir do Pentecostes. Se Roma não tivesse crucificado o Cristo pela segunda vez, com o

Pentecostes a funcionar até o presente como funcionou até trezentos e treze, em que grau de espiritualidade estaria a

humanidade? Extinguir a Revelação foi o maior serviço de blasfêmia e de brutalização da humanidade que até ao

presente alguém fez.

"Segunda Carta de Paulo aos Tessalonicenses".

No capítulo dois desta Carta ou Epístola, Paulo fez a predição sobre a vinda da corrupção, que daria num homem

que se julgaria "santidade infalível".

Quem quiser encontrar o mesmo assunto, no Apocalipse, procure a começar do capítulo treze, o que tem número

666, que também tem a configuração da Besta. A corrupção foi prevista também por Pedro, quando advertiu que a

porca lavada de novo se revolveria no lodaçal e o cão voltaria ao seu vômito.(...)

"De onde, apartando-se alguns, se entregaram a discursos vãos" - I Timóteo cap. 1.

O Amor entre irmãos e a graça da Revelação é que devem ser muito respeitados. O mais tudo é pura questão de

pormenores, de ciências, artes e filosofias, que bem colaboram quando bem aplicadas. Entretanto, os clericalismos tudo

desviaram para o lado das pagodeiras, dos simulacros, do comercialismo pagão e dos discursozinhos falazes e

histéricos. Um grande capítulo é este!

Todos devem procurar as Verdades Centrais da Excelsa Doutrina; e bem pensarão, aqueles que souberem ser a

parte de Deus Eterna, Perfeita e Imutável, restando pois a cada filho Seu realizar a sua, seguindo os Divinos Exemplos

do Cristo, que para isso foi apresentado como sendo o Caminho, a Verdade e a Vida!

Imitá-Lo é que é a Religião! O restante são xaropadas e comercialismos pagãos!

"Primeira Carta de Paulo a Timóteo, cap. 4."

A Revelação, a comunicação dos anjos, espíritos ou almas, anunciara o que se daria nos últimos dias da Doutrina

do Caminho, que foi com o ato de Constantino, fundando o catolicismo e decretando a blasfêmia contra o Sagrado

Ministério da Revelação. Quem ler o capítulo encontrará o motivo da corrupção; que por imposição de legiões

espirituais maléficas, tudo encaminhou às clerezias fazedoras de simulações, com proibição do matrimônio e muitos

outros erros daí derivantes.

É necessário ter cuidado com o emprego da palavra DEMÔNIO, que é grega e só quer dizer ESPÍRITO, não

querendo dizer bom nem ruim, de Deus ou contra Deus; isto é, bem ou mal propositado. Esta palavra é usada pelos

capciosos, que fazem da letra morta e da blasfêmia contra a Revelação o seu sectarismo, pelo fato de saberem que o

povo, ignorante como é em sua maioria, nada sabe em matéria de discernimento, fazendo uma confusão muito grande,

da qual confusão os bispos, pastores e reverendos tiram seus proveitos subalternos e capciosos.

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"Satanás" - I Timóteo, cap. 5.

O último Zoroastro, que bem se saiba, foi o inventor do diabo ou Satanás, com o fito de amedrontar e pretender

separar os pólos Bem e Mal. Do Bem, o Pai é Deus; e do mal, o pai é Satanás. Por mais que façam vasculha, nas

tradições, tudo se resume nisso.

No capítulo quatorze de Isaías, Lúcifer é alegoria, é parábola, não é realidade. Como se um anjo ou espírito de

Deus se revoltasse, e quisesse chegar a ser mais do que Deus, assim estava fazendo Nabucodonosor, querendo assaltar

mundos e fundos, para sujeitar debaixo de seus tacões; e um espírito, um anjo do Senhor, comunicando-se pelo

Médium ou Profeta Isaías, assim o admoestou, contando-lhe aquela parábola.

Deus não tem contendor! Ninguém é coisa alguma contra Deus! Existem apenas espíritos que, por ignorância, se

rebelam, negam e fazem relativos males. Mas a hora de liberdade relativa chega, sendo que serão punidos, sendo que

terão que pagar as dívidas, ceitil por ceitil. Somente Deus é Senhor e Seus Santos Desígnios não voltarão atrás.

Todavia, a tradição do Satanás é ainda uma tremendíssima fonte de rendas, uma armadilha com a qual certos

homens espertalhões, abusando da ignorância das gentes, muito bem se locupletam.

Dizer que Paulo andou acreditando em Adão, Eva, Satanás e outras xaropadas é avançar demais no campo do

ridículo.

O Bem e o Mal colocam-se diante dos filhos de Deus, como as iniciações antigas ensinavam, para que estes

fossem vencendo, triunfando, divinizando seus caracteres. A Lei de Deus, os Dez Mandamentos, bem que dizem o que

é necessário fazer, para jogar bem com o sagrado relativo direito de livre arbítrio, para triunfar contra o Mal à custa de

praticar o Bem.

Satanás é a ignorância, a mentira, o orgulho, a inveja, o ódio, a vaidade, a luxúria; Satanás é o símbolo da

contradição, da perversão; Satanás é aquilo que sai das consciências mal formadas, porque é de dentro das pessoas que

saem as coisas ruins. Quanto a espíritos sofredores, como Jesus os andou expelindo, é normal que todos venham a

expeli-los. São criaturas desencarnadas, ou espíritos mal intencionados, que deverão ser doutrinados. Quem prestar

obediência a Jesus, reconhecerá que andou expelindo os ruins e andou tendo contato com os Moisés e Elias. Evangelho

foi, e é, a vida vivida por Jesus.

Cuidado, pois, com o Satanás de dentro, que o de fora é de invenção humana, sendo que ainda vive muito

bem usado pelos donos de clerezias. Satanás, se de fato existisse, não mandaria a ninguém ser blasfemo do Sagrado

Ministério da Revelação, como o fazem os pseudoministros de Deus; porque, por mais satânico que fosse, teria um

pouco mais de inteligência e decência de conduta, para não cometer tamanho crime.

Satanases são aqueles que fazem das coisas do espírito um meio de vida, e por isso inventam mentiras e

simulações para se prevalecerem. E se quiserem bem entender, onde quer que não haja o bom profetismo, não pode

haver Cristianismo de modo algum. E o profetismo indicará, eternamente, o caminho da Lei de Deus!

"Segunda Carta de Paulo a Timóteo"

Esta Carta ou Missiva é muito importante, para observar o que então acontecia com algumas pessoas que se

acercavam da Excelsa Doutrina do Caminho para, em seguida, abandonarem tudo, prejudicando o trabalho de

disseminação da Verdade; e como a Restauração, o Espiritismo é antes de tudo Ciência e Filosofia, porque a parte da

Religião é apenas consequente, assinalamos que tanto mais reclama conhecimento de causa, estudo, senso crítico e

honestidade mental.

Não é possível deixar de haver trânsfugas, em se tratando de coisas de Verdade, que devem merecer acurados

estudos. Não existe na Terra, número de criaturas capazes, em matéria de conhecimentos fundamentais, e dotadas de

honestidade mental superior, para as grandes penetrações doutrinárias. Este número é muito relativo, sendo o grande

número constituído de criaturas que buscam o Céu com os olhos fitos no bolso, no estômago, no orgulho e no egoísmo.

Se é necessário muito cuidado para viver a parte Moral, que não escolhe condições sociais, nem de riquezas nem

de culturas intelectuais, que se dirá do cultivo da Revelação, das práticas do Sagrado Ministério do Consolador, onde

todos os conhecimentos humanos são poucos, porque essas práticas revelam um infinito de verdades a mais, descobrem

horizontes infindos, mostram profundezas incontáveis do Sagrado Livro da Vida?

O que é por faculdades não se discute, porque saltam por cima de muitas considerações humanas; mediunidades

ou dons proféticos valem por outorgas que só Deus pode integralmente medir as extensões; mas afora o problema das

faculdades, tudo deve ser muito estudado, experimentado e comparado. Se o Pai Divino mandou o Cristo Planetário

generalizar a Revelação, o Profetismo, porque somente por este é que o Céu, a Comunidade Providencial, consegue

advertir, ilustrar e consolar; bem entendido se faz que sem boa cultura fundamental não pode haver o bom

conhecimento doutrinário.

Quem ler o que Paulo escreveu nesta Carta, a Segunda a Timóteo, compare o que aí diz ele, com o que ocorre no

seio do Espiritismo, onde a falta de cultura básica muitos prejuízos causa. Ninguém pode comparar o exercício do

Profetismo, do Mediunismo, com os engodos clérico-idólatras, que qualquer criatura mundana ou artista de teatro pode

executar, por serem apenas materialistas e formais, ostentando apenas o crime de serem feitos em nome de Deus, da

Verdade e do Cristo.

"As duas Cartas de Pedro"

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Em encarnação anterior, Pedro fora um dos Profetas.

Antes de ser discípulo de Jesus, Pedro era discípulo de João Batista, tendo sido um dos setenta e dois, com os

quais saiu a batizar em água, servindo-se desse simulacro, para atrair o povo e poder falar sobre Jesus e Sua função

missionária.

No dia do grandioso batismo de Revelação, o Pentecostes, Pedro foi o primeiro a discursar, lembrando que Jesus

veio para derramar do Espírito Revelador sobre a carne, como estava escrito em Joel, capítulo dois, e de fato o fizera.

Pedro jamais sonhou em ser papa nem outras porcarias do mesmo jaez; tudo foi inventado depois de Constantino,

para servir ao império romano. Dali até o imperador Phocas, tudo forjaram, adulterando textos e fabricando mil e umas

inverdades, para sujeitar reis e povos ao jugo romano. Se o império romano caiu, a Besta Apocalíptica ficou de pé e

ainda continua o seu adultério tenebroso, impondo ao mundo simulações e idolatrias, e obrigando a blasfemar contra o

Sagrado Ministério do Espírito Consolador e Instrutor, a Graça trazida para todos por Jesus, para ensinar aos homens a

Trilha da Liberdade.

Além de lembrar que a porca lavada, de novo se revolveria no lodaçal, e de que o cão volveria ao seu vômito,

significando com isso a corrupção que viria e veio, Pedro lembrou a importância do Batismo de Espírito Revelador, a

Graça trazida por Jesus, para ilustrar e consolar pelos tempos afora. (...)

“Caríssimos, não creiais a todo o espírito, mas experimentai se os espíritos são de Deus, porque são muitos

os falsos profetas que se levantaram no mundo.” - I Ep. de João.

Profeta ou médium é a mesma coisa; é aquele por cujas faculdades os espíritos, anjos ou almas se comunicam.

Entretanto, cumpre notar, embora o espírito seja de Deus ou bom, pode ser muito inferior em evolução, não

conseguindo fazer mais do que mediocridades.

Temos visto muitos espíritos que, vivendo vida clerical ou contemplativa, ou de qualquer modo de vida

indiferente à evolução, ou cheios de ignorâncias e superstições, assim continuam a fazer, depois de desencarnados,

através de seus médiuns ou profetas.

Como o mundo espiritual é variadíssimo em gradações, sendo as zonas próximas à crosta muito densas ou

paralelas à mesma crosta, é de bom alvitre que os médiuns ou profetas estudem, procurem conhecer e crescer em

virtudes, para favorecerem aos espíritos que com eles tenham contatos.

Alguns médiuns ou profetas, sendo a reencarnação dos mais adiantados espíritos, conseguem contatos fáceis, ou

por equidade vibratória, com os melhores elementos do mundo espiritual. Mas isto é raro e não pode ser tomado como

regra geral. A imensa maioria dos médiuns atrai espíritos inferiores, porque não procuram ser, eles mesmos, um pouco

melhores, um pouco mais estudiosos.

Espíritos há, viciados em idolatrias e sectarismos, ou em apatias mentais, tudo fazendo para que seus médiuns

nunca sejam mais que medíocres, também. Deus é o único Pai e o Cristo é o Molde Integral. Portanto, que haja em

cada cidadão terrícola um alguém que procure amar a Deus com toda a força do coração e de toda a inteligência.

É necessário saber se os espíritos são bons; mas é necessário, também, e com muita acuidade, prezar a lei de

Evolução. Quando um espírito for sectário, ou do apostolado da ignorância, convém adverti-lo. Religião é a Verdade e

Programa de vida é o Progresso.

“E corpos há celestiais, e corpos terrestres, mas uma é, por certo, a glória dos celestiais, e outra a dos

terrestres.” - Paulo.

Nunca os videntes viram mais do que os corpos perispiritais dos anjos, espíritos ou almas; e é assim que os

conceitos variam, segundo a forma exterior, a característica da última encarnação ou qualquer outra que o espírito

queira tomar, para se apresentar. Como se apresentaram os anjos, espíritos ou almas do Velho Testamento? Como se

apresentou Gabriel? Como se apresentaram Moisés e Elias, no Tabor? Como passou a se apresentar Jesus, depois da

crucificação e da ressurreição?

Essa matéria já é velhíssima nos anais doutrinários, nada importando considerá-la mais. O que importa saber é

que o corpo perispirital, esse que não deixa o espírito, porque o acompanha desde a origem, terá que se diafanizar,

tornar como Luz Divina, que é o Segundo Estado de Deus. Tal é o perispírito dos Cristos, o corpo astral dos espíritos

que ultrapassaram a lei das reencarnações obrigatórias.

Não é o mais importante, portanto, perguntar pelo corpo somático, que é transitório; importa é cuidar

divinamente do corpo astral, porque esse é aquele que representa o espírito. Quem quiser conhecer de fato um espírito,

que olhe deveras para o seu perispírito, porque ali tudo está registrado, os bens e os males. As observações

psicométricas que o digam!

“E se neste tempo for feita qualquer revelação a algum outro, dos que se acham sentados, cale-se o que

falava primeiro.” - Paulo.

As reuniões dos Apóstolos eram o cultivo do Consolador, do Batismo de Espírito, não de simulações litúrgicas

ou de discursozinhos falazes, apenas. Depois do Pentecostes a mediunidade era o motivo de atenção de todos os do

Caminho. E é por isso que Paulo, no capítulo quatorze da Primeira Carta aos Coríntios, afirma o que acima foi

transcrito.

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O Espírito Santo, Consolador, de Deus ou do Senhor, ou Paracleto, era um fato, era o instrumento de advertência,

ilustração e consolo. De modo algum era essa fantocharia que católicos e protestantes pretendem que tenha sido ou

seja.

E o Espiritismo, restauração que é do Caminho do Senhor, ou do Seu Batismo de Revelação, bem prova sobre as

diferentes categorias de espíritos comunicantes. E o discernimento que cumpre aos encarnados.

Era comum perguntarem, os Apóstolos, se os novos crentes já haviam recebido a comunicação com o Espírito da

Verdade, nome das Legiões do Senhor, através dos dons espirituais ou mediunidades, como agora dizemos. E quando

respondiam em sentido contrário, impondo as mãos despertavam os mesmos dons, as mediunidades, e lá vinha a Graça

trazida por Jesus Cristo!

Sobre Paulo As epístolas de Paulo constituem mais da metade dos escritos, com abundância de ensinamentos morais. São

atitudes de intervenção pela pena quando não podia chegar com a voz, a fim de apaziguar litígios, dissipar dúvidas,

aconselhar, aplicar remédio a inconvenientes, dirigir e iniciar ao bem, tudo o que surgia dentro do dia a dia nas

reuniões mediúnicas dos muitos locais estabelecidos por ele e dependentes de sua orientação.

Paulo não escrevia por si, tinha amanuenses profissionais de confiança. Ao ditar as cartas, tinha tempo para a

reflexão. Ele mesmo convidava a que fizessem rodar o conteúdo dessas cartas entre as diversas localidades (Col4, 16),

costume que fez surgir o epistolário que ditava as normas dos trabalhos.

. A segunda viagem foi de 50 a 53, durante a qual Paulo escreveu, em Corinto, as duas cartas aos Tessalonicenses

(At 15,36-18,22). São as primeiras cartas de Paulo. A terceira viagem foi de 53 a 58. Neste período ele escreveu "as

grandes epístolas", Gálatas e I Coríntios, em Éfeso; II Coríntios, em Filipos; e aos Romanos, em Corinto.

No final desta viagem Paulo foi preso por ação dos judeus e entregue ao tribuno romano Cláudio Lísias, que o

entregou ao procurador romano Felix, em Cesaréia. Aí Paulo ficou preso dois anos (58-60), onde apelou para ser

julgado em Roma; tinha direito a isso por ser cidadão romano. Partiu de Cesaréia no ano 60 e chegaram em Roma em

61, após sério naufrágio perto da ilha de Malta. Em Roma ficou preso domiciliar até 63. Neste período ele escreveu as

chamadas "cartas do cativeiro" (Filemon, Colossenses, Filipenses e Efésios).

Depois deste período Paulo deve ter sido libertado e ido até a Espanha, "os confins do mundo" (Rom 15,24),

como era seu desejo. Em seguida deve ter voltado da Espanha para o oriente, quando escreveu as Cartas pastorais a

Tito e a Timóteo, por volta de 64-66. Foi novamente preso no ano 66, no oriente, e enviado a Roma, sendo morto em

67 face à perseguição de Nero contra os cristãos desde o ano 64. Paulo foi um dos homens mais importantes do

cristianismo. Deixou-nos 13 Cartas. Vejamos um resumo delas.

As Cartas aos Tessalonicenses

As duas cartas têm como tema central a segunda vinda de Jesus (Parusia), que as primeiras comunidades cristãs

esperavam para breve e a sorte dos que já tinham morrido. Paulo admoesta a comunidade para a importância da

vigilância. As cartas do Apóstolo depois delas falam mais do Cristo presente na Igreja do que da sua segunda vinda.

Tessalônia era porto marítimo muito importante da Grécia, onde havia forte sincretismo religioso e decadência

moral; havia uma colônia judaica na cidade, e é na sinagoga que Paulo começa a pregar o Evangelho. Havia dúvidas

sobre a iminente volta do Senhor.

I Tessalonicenses – passa aos fiéis da Tessalônia que Deus age por Lei e Justiça, que o Cristo não é perdoador de

pecados e salvador de graça porque Cristos são exemplificadores e não derrogadores da Lei.

Na segunda carta Paulo retoma o mesmo assunto, exortando os fiéis a trabalharem, uma vez que ninguém sabe a

data da vinda do Senhor. As cartas devem ter sido escritas por volta do ano 52 quando estava em Corinto, durante a sua

segunda viagem missionária pela Ásia. Faz predição sobre a vinda da Corrupção, que daria num homem que se julgaria

“santidade infalível”. Convidam os fiéis a se fortalecerem para se preservarem desta corrupção.

A Carta aos Gálatas

Paulo visitou os gálatas na segunda e na terceira viagem apostólica. É hoje a região de Ankara na Turquia. A

carta foi escrita por volta do ano 54, quando Paulo estava em Éfeso, onde ficou por três anos. Exorta os gálatas a

viverem as obras do Espírito e não as da carne. Em função de alguns judeus que estavam obrigando o povo da Galácia

para ficar com a antiga lei judaica, Paulo escreve que o Evangelho de Jesus é o cumprimento das antigas Promessas.

Esta carta é também um documento autobiográfico de Paulo, além de ser um documento de alta espiritualidade.

A Carta aos Coríntios

Corinto ficava na Grécia, região chamada de Acaia, e no ano 27aC. César Augusto, imperador romano, fez de

Corinto a capital da província romana da Acaia. Foi nesta cidade portuária, rica e decadente na moral, que Paulo

fundou uma forte comunidade cristã na sua segunda viagem. Aí encontrou o casal Átila e Priscila que muito o ajudou.

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Paulo ficou um ano e seis meses em Corinto, até o ano 53. Na sua terceira viagem ele ficou três anos em Éfeso,

também na Grécia, e daí escreveu para os coríntios. A primeira carta contém sérias repreensões às falhas da

comunidade: as divisões e a imoralidade. Em seguida dá respostas a questões propostas sobre o matrimônio, a

virgindade, as carnes imoladas aos ídolos, as assembléias de oração, os carismas, a ressurreição dos mortos, etc. É uma

das cartas mais amplas de Paulo em termos de doutrina e disciplina. Ressalta a Justiça Divina, apresenta a diversidade

dos Dons Espirituais e, as ações dos discípulos de se reunirem em oração, conforme molde estabelecido por Jesus.

A segunda carta é bem diferente da primeira, não é tanto doutrinária, mas trata das relações de Paulo com a

comunidade, e desfaz mal entendidos, inclusive, e faz a sua defesa diante de acusações sérias que recebeu dos cristãos

judaizantes. Nesta carta Paulo mostra a sua alma, seus sofrimentos e angústias pelo reino de Cristo. Resume-se na

frase: "É na fraqueza do homem que Deus manifesta toda a sua força" (2Cor 12,9).

A Carta aos Romanos

Teve como objetivo ensinar que o Batismo de Revelação foi deixado por Jesus, precisamente, para ser

instrumento de Conhecimento, Certeza e Bondade. Quem conhece não precisa apelar para a fé e para a esperança.

Romanos 1, 22 a 32: estados do pecado. Segunda parte (12 a 15): expõe os fundamentos de uma vida moral e o convite

ao exercício de vários dons espirituais.

De consenso universal, não trava polêmicas, não pretende refutar erros em particular. A comunidade de Roma

era de cristãos oriundos do paganismo. Muitos dentre eles eram escravos ou libertos, de condição servil. Alguns são de

classe elevada, outros judeus convertidos... Paulo dirige-se em especial aos fiéis de providência judaica. A comunidade

romana foi fundada quando de sua prisão, quando ficou dois anos em Roma, mas esta epístola foi escrita em Corinto,

depois do levante dos ourives efésios (At 19, 21). Sem a fé em Jesus (seu comportamento, Modelo de Conduta) não há

salvação. Os pagãos, privados da fé, descambaram, por própria culpa, para as mais abomináveis aberrações. Mas os

judeus, ainda que se gloriem da lei, são pecadores como os pagãos, transgridem a lei. Quando se lê aquele “crê”, deve-

se entender aquele que entendeu os fatos doutrinários e alterou seu comportamento, seu modo de pensar.

As Epístolas do Cativeiro

Carta a Filemon

Quando Paulo estava preso em Roma pela primeira vez, entre os anos 61- 63, foi procurado pelo escravo

Onésimo, que fugira de seu patrão Filemon em Colossos e procurou abrigo em Roma. Pela legislação judaica o escravo

fugitivo não devia ser devolvido ao dono (Dt 23,16), diferente da lei romana que protegia o patrão. Então Paulo

devolve Onésimo a Filemon, cristão, e pede-lhe que pela caridade de Cristo, receba o escravo não mais como coisa,

mas como um irmão. É uma primeira declaração dos direitos humanos.

Carta aos Filipenses

Filipos era uma grande cidade fundada por Filipe II, pai do Imperador macedônio Alexandre Magno, e que o

imperador romano Augusto transformou em importante posto avançado de Roma (At 16,12). Durante suas viagens

Paulo esteve três vezes em Filipos, e fez fortes laços de amizade com os cristãos. Esta carta é chamada de "a carta da

alegria cristã", por repetir 24 vezes esta palavra, aos filipenses que sofriam perseguições, como ele na prisão. "Alegrai-

vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos!” (Fl 4,1). Nada pode tirar a alegria daquele que confia em Jesus.

Carta aos Colossenses

Colossos era notável centro comercial, que ficava na Frígia, na Ásia Menor, a 200 km de Éfeso, próxima de

Laodicéia e Hierápolis. Paulo esteve por duas vezes na região da Frígia. O motivo da carta são os pregadores de

"doutrinas estranhas", provocando um sincretismo religioso, com elementos judaicos, cristão e pré-gnósticos. Paulo

fala do primado absoluto de Jesus Cristo, numa linguagem que os gnósticos entendiam. O ponto alto da carta é o hino

cristológico (1,15-20) que mostra Cristo como o primeiro e o último, o Senhor absoluto no plano da criação e da

redenção.

Carta aos Efésios

Éfeso era a capital da Ásia romana, proconsular, famosa, onde se cultuava a deusa Artemis. Aí Paulo esteve

durante três anos. A carta não trata de assuntos pessoais, mas teológicos. É um pouco parecida com a carta aos

colossenses, a fim de combater os erros de doutrina que também aí começavam a surgir. Paulo mostra a importância

das reuniões para a realização da obra de Deus. "Há um só corpo e um só Espírito, um só Senhor, uma só fé, um só

Deus e Pai de todos”. (Ef 4,4s). É de importância e beleza ímpar o prólogo da carta (Ef 1, 3-14).

As Epístolas a Timóteo e Tito

No final de sua vida, na última ida ao oriente, antes de ser preso e enviado a Roma pela segunda vez, por volta do

ano 65, Paulo deixou Timóteo em Éfeso e Tito na ilha de Creta, no Mediterrâneo. A carta é cheia de recomendações

sobre o pastoreio das ovelhas, especialmente no combate às falsas doutrinas, além de dar as orientações sobre a

organização da vida. São cartas de um valor imenso para as congregações. I TIMÓTEO – Ensina sobre o Amor entre

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irmãos e a Graça da Revelação porque o mais tudo é questão de pormenores, ciências, artes e filosofias.II TIMÓTEO –

Estando prisioneiro, pressentindo o martírio, dá as suas últimas recomendações, com muita emoção, é quase um adeus.

Hebreus – Paulo procurou esclarecer aos judeus sobre a Revelação, mas nada conseguiu porque os judeus

desconsideraram as profecias, não reconheceram Jesus, não respeitaram a Revelação, truncando-a .

Alguns historiadores colocam dúvida quanto a sua autoria (estilo de escrita muito diferente das outras, embora as

ideias mestras sejam coerentes com as dele).

As Epístolas Canônicas

São as sete: Tiago, 1 e 2 Pedro, 1,2 e 3 João, e Judas. Não eram dirigidas apenas a uma comunidade, como as de

Paulo, mas a muitas comunidades da Ásia Menor.

A Carta de Tiago

Escrita pelo apóstolo Tiago, menor, filho de Alfeu, "irmão do Senhor”, com quem Paulo se encontrou em

Jerusalém. Não deve ser confundido com Tiago maior, irmão de João, que foi martirizado no ano 44, antes desta carta

ter sido escrita. Tiago, autor da carta, se tornou famoso em Jerusalém. A carta é dirigida "às doze tribos da dispersão"

(1,1). Acredita-se que tenha sido escrita por volta do ano 50. Trata da importância das obras que é a frutificação da fé.

Baseada no Sermão da Montanha, contém conselhos para a vida moral – piedade, justiça e caridade.

Vejam outra opinião sobre a autoria: “A epístola diz ter sido escrita por Tiago. O Novo Testamento menciona

três pessoas com este nome. Todavia, a igreja cristã atribui a Tiago, filho de José e Maria, e irmão do Senhor Jesus

Cristo, a paternidade literária desta epístola. Tiago, em seus ensinos, apresenta notável semelhança com nosso Senhor.

Uma comparação desta epístola com o sermão do Monte revela, pelo menos, doze paralelismos evidentes. Eleito

moderador da igreja de Jerusalém, na época posterior ao Pentecostes, Tiago imprime a esta epístola uma nota de

autoridade modesta”.

As Cartas de João

Os destinatários são os fiéis oriundos do paganismo. A primeira carta mostra que Jesus é o Messias, contra os

falsos pregadores que negavam que a Redenção tinha acontecido pelo exemplo de Cristo; era a influência do pré-

gnosticismo, principalmente apresentadas por um tal Cerinto. Na mesma carta aparece a excelência do amor cristão,

como a mensagem fundamental do Evangelho. Exalta a função missionária de Jesus / alerta sobre os falsos profetas e a

qualidade dos espíritos comunicantes.

Na segunda carta de João, ele é chamado de "ancião", o que mostra a dignidade do autor, é o título que os

discípulos lhe deram quando ele vivia em Éfeso. O assunto é o amor de Deus, o perigo dos "anticristos" já em ação, o

amor à verdade, etc. Dirigida à senhora eleita, Mãe Maria, exaltando sobre a vivência da Lei, alertando também para os

falsos profetas.

A terceira carta foi escrita a um certo Gaio, não identificado e o louva pelas suas belas ações em favor da Igreja.

A primeira Carta de Pedro

Os destinatários da primeira carta de Pedro foram os cristãos da Ásia Menor (Ponto, Galácia, Capadócia, Bitínia,

etc), convertidos do paganismo. O objetivo era fortalecer a fé cristã nessas comunidades que sofriam perseguições e

tribulações. Mostra a fecundidade do sofrimento, e a grandeza da imitação da Paixão do Senhor. Fala da dignidade

sacerdotal do povo cristão, da descida de Jesus à mansão dos mortos e sua Ascensão ao céu. Ensina-lhes a responder

aos provocadores da fé com paciência e boa conduta. Pedro deve ter escrito em Roma nos anos 63-64.

Enquanto a primeira epístola de Pedro é uma carta de jubilosa esperança em face do sofrimento, a segunda

epístola desse apóstolo é uma mensagem da verdade fiel diante do erro. A segunda carta começa por uma declaração

direta da verdade de Deus, que se fundamenta tanto na palavra profética como na palavra do testemunho. Adverte

contra falsos mestres que procurarão substituir a Palavra divina por palavras humanas. E termina com a afirmação de

que a vinda de Cristo é uma realidade futura que destruirá o mundo e trará novos céus e nova terra.

As Epístolas de Judas e II Pedro

Judas é o "irmão de Tiago", primo de Jesus; segundo a tradição escrita por Egezipo, escritor judeu do século dois,

ambos eram filhos de Cléofas, discípulo de Emaus (Lc 24). Judas escreve para cristãos oriundos do paganismo

ameaçados por falsas doutrinas, o que era comum em toda a Ásia Menor, onde se negava a divindade de Jesus,

injuriavam os anjos, zombavam das verdades pregadas pelos apóstolos e causavam divisões na comunidade. A carta de

Judas tem grande semelhança com a segunda de Pedro. A Segunda carta de Pedro tem grande afinidade com a de

Judas; em ambas aparecem as mesmas expressões raras e as mesmas ideias, especialmente com relação aos falsos

pregadores e falsas doutrinas. Por isso houve dúvidas sobre o verdadeiro autor de II Pedro, mas a tradição preferiu

atribuir a Pedro esta carta.

A epístola de Judas foi escrita para exortar a luta pela fé, em função de certos homens negarem a Jesus / alerta

sobre falsos mestres e das doutrinas corruptas.

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Apocalipse das Semanas de Enoch

APOCALIPSE DAS SEMANAS

Livro de Enoch 93:1-10 , 91:11-17*

4 Qumran Henoc g (4Q212) III-IV § versão espanhol português E C M - [email protected] 14/04/2001

Enoch relembrou seu discurso dizendo: "A propósito dos filhos da Justiça e acerca do Eleito do mundo, que

havia crescido de uma planta de verdade e de justiça, eles falaram e deram a conhecer a mim, Enoch, filhos

meus, segundo o que me foi revelado todo o entendimento por uma visão celestial e pela voz dos anjos

guardiães e dos santos. Nas tábuas celestiais é tudo lido e entendido ".

Continuou falando Enoch e disse: "Eu, Enoch, nasci o sétimo, na primeira semana, na época em que a justiça

ainda era firme. Depois de mim, virá a segunda semana, na qual crescerá a mentira e a violência e durante ela

terá lugar o primeiro Final, então, um homem será salvo. E quando esta semana houver acabado, a injustiça

crescerá e Deus fará uma lei para os pecadores.

"Depois, haverá o final da terceira semana, um homem será eleito como planta de juízo justo, através do qual

crescerá como planta de justiça para a eternidade. Logo, ao terminar a quarta semana, as visões dos santos e

dos justos aparecerão e será preparada uma lei para gerações de gerações e um cercado.

"Depois, no final da quinta semana, uma casa de glória e poder será edificada para a eternidade. Logo, na

sexta semana, os que viverem durante ela serão cegados em seu coração, infielmente se afastarão da

sabedoria. Então um homem subirá ao céu no final desta semana, a casa de dominação será consumida pelo

fogo e será dispersa toda a linhagem da raiz escolhida.

"Logo, na sétima semana surgirá uma geração perversa; numerosas serão suas obras, mas todas estarão no

erro. E no final desta semana serão escolhidos os eleitos como testemunhas da verdade e da planta de justiça

eterna. Ser-lhes-á dada sabedoria e conhecimento por setuplicado. Para eles executarem o juízo arrancarão da

raiz as causas da violência e, nela, a obra da falsidade.

"Depois disso virá a oitava semana, a da justiça, na qual se entregará uma espada a todos os justos para que

julguem justamente aos opressores, que serão entregues em suas mãos. E ao final desta semana os justos

adquirirão honestamente riquezas e será construído o templo da realeza de O Grande, em seu esplendor

eterno, para todas as gerações.

“Após isto, na nona semana se revelarão a justiça e o juízo justo à totalidade dos filhos da terra inteira e todos

os opressores desaparecerão totalmente da terra e serão lançados ao pouso eterno e todos os homens verão o

caminho justo e eterno”.

"Depois disso, na décima semana, em sua sétima parte, terá lugar o Juízo Eterno. Será o tempo do Grande

Juízo e Ele executará a vingança no meio dos santos. Então o primeiro céu passará e aparecerá um novo céu e

todos os poderes dos céus se levantarão brilhando eternamente sete vezes mais. E depois disso, haverá muitas

semanas, cujo número nunca terá fim, nas quais se fará o bem e a justiça. O pecado já não será mencionado

jamais."

_______________________________________________________________________________________

O livro de Enoch é um texto apócrifo que é mencionado por algumas cartas do Novo Testamento (Judas,

Hebreus e 2ª de Pedro). Até a elaboração da Vulgata, por volta do ano 400, os primeiros seguidores de Cristo

o mencionavam abertamente em seus textos e o aceitavam como real. Após a Vulgata ele caiu no

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esquecimento. Entretanto, o livro é muito interessante e parece real. Do livro de Enoch foi preservada

somente uma cópia, na totalidade, em etíope e, por esta razão, também é chamado de Enoch etíope. Este

documento foi encontrado, incompleto, entre os Manuscritos do Mar Morto.

CAPITULO I - Profecias sobre o fim dos tempos

"1 - Eis as palavras de Enoch pelas quais abençoou os eleitos e os justos que viverão no tempo da aflição,

quando serão reprovados todos os maus e ímpios. Enoch, homem justo que caminha diante do Senhor,

quando seus olhos foram abertos, e quando contemplou uma santa visão nos céus, fala e pronuncia: Eis o que

me mostram os anjos,

2 - Esses anjos me revelarão todas as coisas e me darão a inteligência do que jamais vi, que não deve ocorrer

nesta geração, mas numa geração afastada, para o bem dos eleitos,

3 - Foi por eles que pude falar e conversar com aquele que deve deixar um dia sua celeste morada, o Santo e

Todo-poderoso, o Senhor desse mundo,

4 - Que um dia deve pôr em convulsão o pico do monte Sinai, aparecer em seu tabernáculo e se manifestar

com toda a força de sua celeste potência.

5 - Todos os vigilantes serão surpreendidos, todos ficarão consternados.

6 - Todos serão tomados pelo medo e pelo espanto, mesmo nas extremidades da terra. As altas montanhas

serão sacudidas, as colinas elevadas serão diminuídas, escoar-se-ão diante de sua face como o círio diante da

drama. A terra será submersa e tudo aquilo que a habitar, perecerá, ora, todos os seres serão julgados, mesmo

os justos.

7 - Mas os justos obterão a paz, Ele conservará os eleitos e sobre eles exercerá sua clemência.

“8 - Então tornar-se-ão a propriedade do Senhor Deus, e serão por Ele cumulados de felicidade e bênçãos; e o

esplendor da Divindade os iluminará.”

CAPITULO XLIV - Profecias sobre Jesus, os tempos atuais e a perseguição aos cristãos

1 - Lá, vi então o Ancião dos dias cuja cabeça estava como que coberta de lã branca e, com ele, um outro,

que tinha a figura de um homem. Esta figura era plena de graça, como a de um dos santos anjos. Então

interroguei a um dos anjos que estava comigo e que me explicou todos os mistérios relativos ao Filho do

homem. Perguntei-lhe quem era ele, de onde vinha e porque acompanhava o Ancião dos Dias.

2 - Respondeu-me nessas palavras: “Este é o Filho do homem a quem toda justiça se refere, com quem ela

habita, e que tem a chave de todos os tesouros ocultos; pois o Senhor dos espíritos o escolheu

preferencialmente e deu-lhe glória acima de todas as criaturas”.

3 - Esse Filho do homem que viste, arrancará reis e poderosos de seu sono voluptuoso, fá-los-á sair de suas

terras inamovíveis, colocará freio nos poderosos, quebrará os dentes dos pecadores.

4 - Expulsará os reis de seus tronos e de seus reinos, porque recusam honrá-lo, de tornarem públicos seus

louvores e de se humilharem diante daquele a quem todo reino foi dado. Colocará tormentos na raça dos

poderosos; forçá-los-á a se deitarem diante dele. As trevas tornar-se-ão sua morada e os vermes serão os

companheiros de sua cama; nenhuma esperança para eles de sair desse leito imundo, pois não consultaram o

nome do Senhor dos espíritos.

5 - Desprezarão os astros do céu e elevarão as mãos contra o Todo-Poderoso; seus pensamentos serão

voltados apenas para a terra na qual desejarão estabelecer sua morada eterna; e suas obras serão apenas obras

de iniquidade. Colocarão suas alegrias em suas riquezas e sua confiança nos deuses fabricados por suas

próprias mãos. Recusar-se-ão a invocar o Senhor dos espíritos, expulsá-lo-ão de seus templos.

6 - E os fiéis serão perseguidos pelo nome do Senhor dos espíritos.

CAPITULO XLV - Profecias sobre o julgamento

1 - Nesse dia, as preces dos santos subirão da terra até ao pé do trono do Senhor dos espíritos.

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2 - Nesse dia, os santos que habitam nos céus se reunirão e com voz unânime, rezarão, suplicarão, celebrarão,

louvarão, exaltarão o nome do Senhor dos espíritos, pelo sangue dos justos, espalhado por ele; e essas preces

dos justos elevar-se-ão incessantemente ao trono do Senhor dos espíritos, a fim de que lhes faça justiça, e que

sua paciência pelos maus não seja eterna.

3 - Nesse tempo, vi o Ancião dos dias, sentado no trono de sua glória. 0 livro da vida estava aberto diante

dele e todas as potências do céu se mantinham curvadas diante dele e ao seu redor.

4 - Então os corações dos santos estavam inundados de alegria, porque o tempo da justiça era chegado, a

prece dos santos havia sido ouvida e o sangue dos justos havia sido apreciado pelo Senhor dos espíritos.

APOCALIPSE

O que é o Apocalipse?

Livro escrito por João, o Evangelista, descrevendo suas vidências e relatos vindos através dos Dons, e que tem como

título “O Livro das Revelações”. Aponta para o Porvir, adverte contra as corrupções que viriam, mostra os

acontecimentos renovadores. É acima de palpites humanos: Simbólico em suas lições, mas Espírito e Verdade nas

profecias [pg 92 EE].

Nunca houve passagem de Era sem seu correspondente aviso [pg 96 EE]

Qual a significação do Apocalipse ou Livro da Revelação?

Com a presença na carne, ou no Mundo, do Verbo Construtor Planetário, para viver a condição de Verbo Exemplar,

representando o Espírito e a Matéria, que derivam do Princípio ou Deus e retornam a Deus, ou Princípio, como

ESPÍRITO E VERDADE, também fica no Mundo o Livro que aponta para o Porvir, advertindo contra corrupções,

pedradas contraditórias, desvios e abominações, porém também apontando para os tempos e os acontecimentos

restauradores. Ignorar o Apocalipse é o mesmo que ignorar todas as VERDADES BÍBLICO-PROFÉTICAS.

Entretanto, como a VERDADE é acima de ignorantismos humanos, ou de hipocritismos humanos, que importam os

esfarrapados palpites humanos? Deixarão de se dar os fatos apocalípticos, por causa das estupidezas humanas?[pg 63

EE]”

Qual é a síntese do que ele contém? [conforme pg37 EE]

1. Do nascimento de Jesus em diante, já há o Exemplo vivido do que é a Doutrina do Caminho.

2. O Apocalipse adverte que a corrupção viria dos homens (dragões, bestas...), porque Atos, capítulo 1 não aconteceu:

“Não lhes compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade; mas recebereis

poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e

Samaria, e até aos confins da terra”.

Iríamos ter facilidades comunicativas, selando de forma imortal a implantação da Doutrina do Caminho

[pg31, EE]: “Minha Justiça se cumpre no Espaço e no Tempo”.

Como somos inferiores, Ele nos dá: “...favoreço elementos e oportunidades, ensinos e tempos para as devidas

assimilações... e tempos de prestações de CONTAS”.

“Haverá tantos sofrimentos quantos sejam necessários” [pg 30 e pg 8, EE]

3. O Apocalipse mostra o domínio da ignorância, do materialismo, brutalidades (tudo começou em 313, como está no

capítulo 13, Apoc).

4. A ordem correta dos capítulos é 10, 11, 12, 19, 14, 21 e 22. A mulher do capítulo 12 é a Verdade Doutrinária, e seu

filho é Elias, que virá para sua Restauração (levando 5 encarnações para tanto... Yan Huss, Anchieta, Voltaire, Kardec,

Osvaldo Polidoro ). (O capítulo 13, começo da Besta Romana, impondo simulacros, politicalhas prepotentes e

chamando os Dons e seus sinais de COISA DO DIABO, truncando, portanto, a Revelação, devia estar antes

do capítulo 10) 5. A entrega do EVANGELHO ETERNO, no capítulo 14, explicando a Lei, os Dons e o Exemplo de Jesus.

Com a entrega do Evangelho Eterno termina a CODIFICAÇÃO DE DEUS: A Codificação de Deus, a Bíblica, começa nos Patriarcas, adentra Moisés, Elias, os Profetas e Jesus, e, bem mais tarde antes de findar o II Milênio, com Elias restaurando tudo e também entregando o EVANGELHO ETERNO, só prometido no Apocalipse, 14, 1 a 6, tem COMPLEMENTAÇÃO DEFINITIVA.[pg 19, EE] Cântico de Moisés: a Lei de Deus. Cântico do Cordeiro: a modelagem Exemplar em Espírito e Matéria, representando a deificação. Estas duas testemunhas fiéis e verdadeiras são a Síntese Total a ser reconhecida por todos. 6. O Cavaleiro Branco e alguns dos anjos são encarnações do Pai, mas salienta-se o “semelhante ao filho do homem (Apoc, 19) que tem a vara de ferro” – (maior rigor porque já há maior progresso). Para ler sobre os fatos apocalípticos temos: Mateus (24 e 25), diálogo com Gabriel (cap 2 do EE), Sinais Apocalípticos, (pg 98, EE).

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Israel é chamado dos 4 cantos para dar o Testemunho da Verdade, acima de Pátria Terrestre, porque é PORTA VOZ da PÁTRIA CELESTE, Infinita e Eterna [pg 26, EE]

A vara de ferro é o governo do semelhante ao filho do homem que guiará com mais rigor, fazendo os filhos de Deus respeitarem a Verdade e a Justiça Divina. Deus quer que VIVAMOS em função da Justiça Divina para termos comportamento decente [pg 55, EE].

7. Os missionários das ciências, para o renovo (Apoc, capítulo 21: “Eis que faço novas todas as coisas”), baseado na Doutrina do Caminho (acrescido das terríveis lembranças), já dentro da Lei, segundo o Exemplo de Conduta e no cultivo nobre dos Dons. Ninguém tem o direito de ser irresponsável e isso se reflete no COMPORTAMENTO. O governo de tudo a Deus pertence. A pomba brilhante do final do diálogo com Gabriel (cap 2 EE), avisando que ela representa os Dons sem os quais não pode haver a Revelação Consoladora. Para berço das gerações futuras: a) A Doutrina restaurada b) Vara de ferro com muito mais rigor (maior exigência!) – A Autoridade Administrativa é dos postos de comando, e indivíduos passam por eles. Há sucessões nos Planos Direcionais, é a lei de progresso, até o Retorno c) Os “fora daqui” perene (cap 22, Apoc) [ Deus avisa e responsabiliza. Na fase da Maturidade crescem os

direitos e os deveres. Será reconhecido o poder da BONDADE nas obras. –pg 92, EE ]

Chegada à Jerusalém Celestial (ou Reintegração):

-- Só saberão o que é (em termos de cores, sons, nada há para termos de comparação) os que lá chegarem. O que existe

é Luz Divina concentrada naquele grau de glória e poder inconcebíveis - pg 100, EE.

-- A Verdade fará de cada filho de Deus um ser livre perante as Leis, e o Cristo acena com a Bandeira Branca que é

acima de fronteiras humanas [pg75, EE]

-- Com o Triunfo da Doutrina do Caminho não haverá mais crimes e o desabrochar do Deus Interno será mais rápido,

portanto o reintegrar na UNIDADE se fará mais depressa.

Resumo bastante sintetizado dos capítulos do Apocalipse.

* - menções ao Pai Divino

capítulos que devem ser lidos na ordem correta para serem entendidas as Promessas

capítulos restantes, devem ser lidos antes, pela descrição que contêm

1 – Dedicatória às Igrejas – visão do Pai.

2 – Julgamento de Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira.

3 – Julgamento de Sardes, Filadélfia e Laodicéia.

4 – O Trono*, os 24 anciãos, os 4 seres viventes.

5 - Na mão do Pai*, o Livro – o Cordeiro abrirá os selos.

6 – 1º cav branco*, 2º vermelho, 3º preto, 4º amarelo, 5º as almas, 6º terremoto.

7 – Anjo* com o selo do Deus vivo, multidão com as roupas lavadas no sangue do Cordeiro (exemplo de Jesus).

8 – 7ºselo: As sete trombetas:

1ªterra, 2ª mar, 3ª rios, 4ª Sol... e a Águia* anuncia os 3 ais

9 - 5ª (1º ai) poço do abismo, 6ª (2º ai) fogo, fumaça e enxofre saem da cabeça dos cavalos.

10 – João Evangelista devora o livrinho e recebe ordem: Profetize ainda!

As duas oliveiras profetizarão . A Besta do abismo mata-as.

11 – Depois de 3dias e meio, entra o espírito de Deus* e vem o terremoto (3º ai)

7ª trombeta: o louvor

12 – Mulher (Verdade) dá a luz ao varão* que regerá... Miguel luta contra o dragão que a persegue.

13 – Nasce a Besta e a outra Besta

14 – Ouvem-se 4 vozes: 1ª (anúncio do EE), 2ª (caiu Babilônia!), 3ª (aos que tem a marca da Besta), 4ª (que descansem

os bem-aventurados) – vem o anjo* e a foice

15 – Os sete flagelos. Cântico de Moisés, Cântico do Cordeiro... o santuário enche-se de fumaça

16 Anjos derramam as taças: 1ª terra, 2ª mar, 3ª rios, 4ª sol, 5ª trevas no trono da besta, 6ª o rio seca, saem as rãs, 7ª no

ar e terremoto em Babilônia.

17 – Anjo mostra o julgamento da Besta (sua roupagem, seus reis)

18 – Caiu! Virão os flagelos aos reis que com ela se prostituíram. Descrição dos flagelos.

19 – Louvores ao Cavaleiro Branco*, o Verbo de Deus – a besta está no lago de fogo.

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20 – Anjo com a chave do abismo solta o dragão por pouco tempo, e o fogo do céu, depois do tempo, os consome.

Surgem livros e o julgamento pelas obras de cada um.

21 – Vi novo céu e nova terra. Deus* habitará entre vós, a noiva (a Verdade), a cidade

22 – Rio da água da vida - os bem-aventurados - os fora daqui. Palavras finais.

Palavras de Pedro, em II Pedro, 3, 7:

“Mas os céus e a terra, que agora existem, são guardados pela mesma palavra e reservados para o fogo, no dia do juízo e da perdição dos homens ímpios. Há, porém, uma coisa que não deveis ignorar: é que um dia, diante do Senhor, é como mil anos e mil anos como um dia. Não retarda o Senhor a sua promessa, como

alguns pensam, mas usa de paciência convosco, não querendo que nenhum pereça, mas que todos se convertam à penitência. Todavia, como um ladrão, virá o dia

do Senhor, no qual passarão os céus com grande estrondo, os elementos com o calor se dissolverão e a terra e todas as obras que há nela serão queimadas”. “Portanto, visto que todas estas coisas estão destinadas a serem desfeitas, quais vos convém ser em santidade de vida e em piedade, esperando e correndo ao

encontro da vinda do dia do Senhor, no qual os céus, ardendo, se desfarão, e os elementos com o ardor do fogo, se fundirão? Realmente esperamos, segundo a sua

promessa, novos céus e uma nova terra, nos quais habite a Justiça”.

Trechos do livreto “A Mensagem do Anjo do Sarçal”

6 – O Apocalipse trata da História da Humanidade, a contar do INÍCIO DO CRISTIANISMO, DA DOUTRINA

INTEGRAL, QUE É MORAL DIVINA, AMOR E REVELAÇÃO. Aponta os fatos históricos, os ciclos, as eras, os

tempos, os altos e baixos, as bestas, os dragões, suas legiões, etc. As grandes descobertas, as conquistas científicas e

técnicas, o trabalho dos renovadores, dos restauradores da Verdade, do Amor e da Virtude, etc. Nos fundamentos de

tudo, de todos os acontecimentos, o trabalho da Revelação, dos Anjos Reveladores ou Mensageiros, tem presença

forçada.

7 – Antes de findar o segundo milênio, ou antes de entrar o terceiro, ou na entrada DO NOVO CÉU E DA NOVA

TERRA, não poderiam faltar os AVISOS DIVINOS, o trabalho da Revelação. Embora os capítulos do Apocalipse não

estejam na ORDEM CRONOLÓGICA deixada por João Evangelista, do capítulo onze, em diante, trata destes fatos

marcantes, por cima dos quais ninguém passará.

8 – No capítulo onze, através de movimento de caráter restaurador, provocado por missionário ou missionários, as

DUAS TESTEMUNHAS, isto é, a Lei Moral e o Cristo Divino Molde, seriam lembrados como fundamentos

doutrinários cristãos, em virtude dos desvios ou das corrupções reinantes...

9 – No capítulo doze, a serpente ou dragão, querendo tragar o filho da VERDADE, ou da mulher vestida do sol, isto

é, outro acontecimento renovador, restaurador ou reformador, com vistas à VERDADEIRA DOUTRINA DO CRISTO,

sendo combatido de morte pelos representantes da corrupção do Cristianismo Verdadeiro...

10 – No capítulo treze, o alerta contra o império da corrupção do Cristianismo, com bestas e dragões aliados,

lutando pelo domínio da corrupção...

11 – No capítulo quatorze, mais um movimento de caráter restaurador, tendo a Lei de Deus e o Cristo Divino Molde

como fundamento, e por onde o EVANGELHO ETERNO ficaria no mundo, lutando através dos milênios contra

dragões e bestas...

12 – No capítulo quinze, tremendos acontecimentos abaladores, com cataclismos telúricos de permeio, e Moisés e

Jesus, ou a Lei Moral e o Cristo Divino Molde, e suas legiões, lutando contra a corrupção e suas legiões... No

dezesseis, idem.

13 – No capítulo dezessete, a Humanidade começa a ter certeza do Falso Cristianismo, da corrupção saída da cidade

dos sete montes, e os movimentos restauradores se alastram, fazendo perigar o reino dos dragões e das bestas...

14 – No capítulo dezoito, um grande ou luminoso informe, vindo por missionário que deixaria marcas doutrinárias

imortais, tendo a Moral da Lei e o Cristo Divino Molde por fundamento normal...

15 – No capítulo dezenove, a vitória do Cavalo Branco, ou do seu cavaleiro, e representa o triunfo do IDEAL

RESTAURADOR, com fundamento na Lei Moral, no Divino Molde e no Retorno do Consolador generalizado por

Jesus...

16 – No capítulo vinte, a Revelação fala do tempo de transição, em que o primeiro céu e a primeira terra

desaparecem, ou fogem, com todos os movimentos comovedores, restauradores da Doutrina do Caminho...

17 – No capítulo vinte e um, marca o início do novo céu e da nova terra, ou entrada do Planeta e da Humanidade na

segunda metade evolutiva, com o coroamento de todo trabalho missionário, a bem da Lei Moral, do Cristo Modelo de

Conduta e do Consolador por Ele generalizado, que nunca mais será banido...

18 – No capítulo vinte e dois foram dadas todas as advertências contra o Mal, e em favor do Bem. O Bem é

representado na MORAL DIVINA, NO AMOR-RENÚNCIA DO FILHO MODELO E NO CULTIVO SADIO DA

REVELAÇÃO. O Mal é representado por tudo quanto está fora da Lei de Deus e do Cristo Divino Molde, e o leitor,

lendo o capítulo, saberá o que é.

19 – A ida de Jesus para mais elevados planos está registrada no Apocalipse, e a conseguinte entrada para a

Governança Planetária daquele Semelhante ao Filho do Homem, que regerá com vara de ferro, também está.

Entretanto, saiba quem tenha vontade de saber, a Excelsa Doutrina do Caminho nunca será outra, não sofrerá alteração,

porque tem fundamento na Lei de Deus, no Cristo Modelo e na Revelação.

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RESUMO DOS CAPÍTULOS

Capítulo 1

Deus dá que serão vistas as coisas que irão acontecer.

João: dedicatória às sete Igrejas

João descreve a visão do Pai (semelhante ao filho do Homem, com 7 estrelas na mão direita (anjos das

Igrejas) estando entre 7 candeeiros (igrejas)

As igrejas são: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia, Laodicéia.

Pró Contra Dar-lhe-ei Conselho

Capítulo 2

Éfeso

Labor,

perseverança,

intolerante com os

maus. Pôs à prova

os que se dizem

apóstolos e não são.

Não esmorece.

Abandonou o

primeiro amor

Dar-lhe-ei que se

alimente da árvore

da Vida* que se

encontra no Paraíso

de meu Deus

Lembre-se de onde

caiu, volte às

primeiras obras,

arrependido

Esmirna Tribulação e

pobreza sendo ricos

Blasfêmia dos que

se declaram judeus

(mas são da

sinagoga de

Satanás)

O vencedor não

sofrerá a segunda

morte

Não temer o que

deverá sofrer.

Alguns serão postos

à prova. Seja fiel até

à morte e ganhará a

coroa da vida

Pérgamo Lá está o trono do

Satanás e não

negaste o meu

nome, nem minha fé

Os que sustentam a

Doutrina de Balaão,

que ensinam a

prostituição e comer

de sacrifício

Darei do maná

escondido e a

pedrinha branca

com um novo nome

(que só conhece

quem recebe) –

itens 13 e 14 pg100

EE-

Arrepende-te, senão

virei a ti e lutarei

com a espada de

minha boca contra

eles

Tiatira Obras, amor, fé,

serviço,

perseverança, e as

últimas obras

numerosas

Tolerar Jezabel, que

ensina a prostituição

e a comer coisas

sacrificadas aos

ídolos. Vou prostrá-

la na cama, e aos

dela, se não se

arrependerem.

Matarei seus filhos

Ao que guardar

minhas obras, darei

autoridade sobre as

nações e com cetro

de ferro as regerá e

as reduzirá a

pedaços como se

fossem de barro.

Como recebei do

Pai, darei a estrela

da manhã

Caso não se

arrependam os de

Jezabel, darei a cada

um segundo suas

obras (cap 2, 23).

Aos que não

professam as coisas

de satanás:

conservem a carga

que têm, até que eu

venha

Capítulo 3

Sardes

Poucas pessoas que

não se

contaminaram, que

andarão comigo

Tens nome de que

vives e estás morto.

Não tens obras

íntegras

Usará vestidura

branca e confessarei

seu nome perante o

Pai e seus Anjos

Sê vigilante,

consolida os que

estão por morrer,

arrepende-te. Virei

como ladrão, sem

que saibas a hora

(Em Mateus 24, 42,.

não sabereis em que

dia vem o Senhor)

Filadélfia Apesar da pouca

força, guardaram

meu nome.

Guardaste a palavra

da minha

perseverança

Aos da sinagoga de

satanás e que

mentem, farei saber

que te amei

Será coluna do

santuário do meu

Deus, e daí não

sairá. Sobre ele

gravarei o nome de

Deus, o nome da

cidade de meu Deus

(a nova Jerusalém) e

o meu novo nome.

Venho sem demora

e te guardarei na

provação que virá

para o mundo

inteiro. Conserva o

que tens, para que

não te tomem a

coroa.

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Laodicéia Não és frio, nem

quente, és morno,

vou vomitá-lo. És

infeliz, miserável,

pobre, cego e nu.

Não és coisa

alguma.

Darei que se sente

comigo no meu

trono (como eu

venci e me sentei

com meu Pai) no

Seu Trono)

Eu repreendo e

disciplino a quantos

amo (cap 3, 19). Seja

zeloso e arrepende-te.

Compre de mim o

ouro refinado e roupas

brancas para que não

te envergonhes pela

nudez, e colírio para

que vejas. Estou à

porta, bato: se me

ouvirem e abrirem a

porta, entrarei e

cearemos juntos.

*sobre a Árvore da Vida: “Eu, Osvaldo Polidoro, quero que entendam assim: “No seio do Paraíso de meu Deus, que é a chamada

Criação, está a Árvore que simboliza a Verdade Divina, cujos frutos e folhas servem para curar e alimentar os filhos de Deus, que

imundos clericalismos e bastardos ismos tanto têm tripudiado, às vezes por mera ignorância, porém muitas vezes mais por

proposital e criminosa determinação”.

Capítulo 4:

Deus diz a João: “Sobe, e mostrarei o que vai acontecer depois das coisas”

Fui, e vi um trono {Dn 7,9 e Ez 1, 36} com alguém* assentado, com aspecto de jaspe e sardônio. Em torno, um arco-

íris {Ez 1, 28} como de esmeralda.

Ao redor: 24 tronos com 24 anciãos (de branco, com coroas de ouro) {=mesa diretora do planeta}

Diante dele: 7 tochas de fogo (espíritos de Deus) {os sete escalões}

Um mar de cristal

Em volta: 4 seres viventes (6 asas, cheios de olhos): leão, novilho, homem, águia

Os evangelhos são simbolizados pelos animais descritos em Ez 1,10 e Ap 4,6-8: o leão (Marcos), o touro

(Lucas), o homem (Mateus), a águia (João). Foi a Tradição da Igreja nos séculos II a IV que tomou esta simbologia

tendo em vista o início de cada evangelho. Mateus começa apresentando a genealogia de Jesus (homem); Marcos tem

início com João no deserto, que é tido como morada do leão; Lucas começa com Zacarias a sacrificar no Templo um

touro, e João começa com o Verbo eterno que das alturas desce como uma águia para se encarnar.

– [obs: a esfinge do Egito tem o corpo de touro, garras de leão, asas de águia e cabeça de homem, significando emanação e

retorno]

– [“Uma cabeça de homem sai dum corpo de touro com garras de leão, fechando duas asas de águia sob os flancos. É a Isis

terrestre, a Natureza na unidade viva dos três reinos” (G.I.) – A Esfinge representa os reinos da Natureza, através dos

quais o espírito evolve e atinge a Sagrada Finalidade – o grau crístico. Uma figura simbólica a filtrar a grande lei das

migrações por entre mundos, formas e transições, até a centelha se encontrar absolutamente livre das garras materiais.

Porque a esfinge representa o espírito subindo à espécie hominal; depois, a Doutrina Secreta o faz compreender a

caminhada, nas trilhas do saber e da Virtude, para se libertar de toda e qualquer inferioridade. A Esfinge lhe demonstra a

escalada até a conquista da razão; a Doutrina fá-lo reconhecer a intuição, a penetração gradativa na Consciência da

Unidade] Bíblia dos Espíritas

Proclamam “Santo, Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus todo poderoso, aquele que era, que é e que há de vir*

Quando os 4 viventes {Ez 1, 10} derem glórias ao do trono (ao que vive pelo século dos séculos), os 24 anciãos

vão se prostrar e entregar a coroa, dizendo: “Tu és digno, Senhor e Deus, de receber a glória e o poder, porque criaste

todas as coisas, por tua Vontade vieram a existir”

* * * *

* *

* *

* “ “ *

* [ ] *

* “ “ *

* *

* o o o *

* o o *

* * o o * *

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Ez 2, 2: “então entrou em mim o Espírito... Eu o envio aos filhos de Israel...

Joel 2 ...”assim se difunde um povo grande e poderoso... na frente fogo devorador, atrás chama que abrasa. O povo treme, treme a

terra, o sol se abala, a lua escurece.

Zacarias (1, 8 e 6, 2): Quatro cavalos, duas oliveiras, quatro ventos

(13, 8) dois terços serão eliminados, um terço passará pelo fogo e dirá: o Senhor é meu Deus.

Capítulo 5

Na mão direita daquele que está no Trono há um livro (todo escrito), selado com 7 selos.

Um anjo forte pergunta, quem é digno de abrir o livro e desatar os selos?

Ninguém é digno, nem de abrir, nem de olhar olhar para ele.

João Evangelista chora, um ancião diz: eis o Leão de Judá (obs: Jesus é da genealogia de Judá), que venceu e pode

abrir o livro e seus selos. Vem o Cordeiro, com 7 chifres e 7 olhos (que significam espíritos enviados de Deus).

Tomou o livro, e os 4 viventes e os 24 anciãos prostraram-se , declarando-o digno porque fora morto e comprara para

Deus os que vêm de toda nação, tribo, língua e povo. Milhares de vozes proclamam-no.

Ezequiel: “Filho do Homem, dá de comer ao teu ventre, e enche as tuas entranhas deste rolo que eu te dou”. Eu o comi, e na boca

me era doce como mel.

Capítulo 6 (Frases em destaque colorido, retiradas do EE) (obs: tudo o que será relatado, não é decreto de Deus, mas Previsto, por causa da

conduta da humanidade) (Considerar cavalos=ideais, ou fatores; os cavaleiros, os agentes humanos)

O Cordeiro abre os selos:Um dos seres viventes diz, com voz de trovão: Vem!

Primeiro selo

Cavalo branco

Cavaleiro com arco (as flechas estão em Ez 5, 16)

Recebe coroa (saiu vencedor para vencer)

DOUTRINA PURA, Ideal Divino acima de coloridos (EE)

Ninguém deterá: A Lei é Verdade, o Cristo é Verdade, a Revelação é o Veículo do Espírito da Verdade

Segundo selo

Outro ser vivente diz: Vem!

Cavalo vermelho

Cavaleiro recebe grande espada – tirar a paz da terra para que os homens se matem. Movimenta, abala, choca,

tumultua, faz reviravoltas, apreensões, lutas, mortes.

IDEOLOGIA POLÍTICO-SOCIAL-ECONÔMICA MATERIALISTA, sem Deus e contra Deus – apressa a separação

entre cabritos e ovelhas.

Terceiro selo

Outro ser vivente diz: Vem!

Cavalo preto

Cavaleiro com balança na mão (pretende ser juíza, mestra e mãe) – no meio dos seres viventes há voz dizendo frases

como “Uma medida de trigo por 1 denário, três medidas de cevada por 1 denário; e não danifiques o azeite e o vinho”

CORRUPÇÃO DOUTRINÁRIA, atraiçoa, perverte, dogmatiza, idolatriza, comercializa.

Quarto selo

O quarto ser vivente diz: Vem!

Cavalo amarelo

Cavaleiro (chamado Morte) seguido pelo Inferno, recebe autoridade para matar (pela espada, fome, mortandade, feras)

uma quarta parte da terra

PODER ECONÔMICO, aplicação do Capital, choques ideológicos, provoca tumultos

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Ezequiel, 5, 12: “Uma terça parte de ti morrerá de peste e será consumida de fome no meio de ti; outra terça parte

cairá à espada em redor de ti; e a outra terça parte desembainharei a espada atrás dela.”

Quinto selo

Embaixo do altar estão as almas dos que tinham sido mortos pela palavra de Deus e pelo testemunho que sustentavam.

Clamam a Deus: “Até quando não julgas nem vingas o nosso sangue?”

Recebem vestidura branca e que repousem até que se complete o número deles com os que ainda seriam mortos como

eles.

Sexto selo

Vem grande terremoto (ver Joel, 2)

O sol fica negro, a lua vermelha. Somem as estrelas, movem-se montes e ilhas.

Ricos e pobres, livres e escravos, todos se escondem nos penhascos, pedindo aos rochedos que caiam sobre eles, para

sumirem da ira do Cordeiro e do que está no Trono.

Capítulo 7

Quatro anjos estão nos 4 canto da Terra, segurando os ventos (não soprarão na terra, nem no mar) (ver Ez)

Sobe do nascente um anjo*, tendo o selo do Deus vivo, e clama a eles que não danifiquem nem o mar, nem a

terra, nem as árvores, até que sejam seladas as frontes dos servos do nosso Deus.

O número deles é mencionado: 144 mil, 12 mil de cada tribo de Jacó.

Aparece grande multidão (de todas as nações, tribos, línguas e povos) diante do trono e do Cordeiro, de roupa

branca com palmas nas mãos, clamando: “Nossa salvação pertence ao nosso Deus que se assenta no Trono e ao

Cordeiro”

Os anjos, os anciãos e os 4 seres viventes prostram seus rostos, adorando a Deus, dizendo: “Amém. Sejam ao

nosso Deus o louvor a glória, a sabedoria, as ações de graça, honra, poder, força.”

Um ancião pergunta: “Quem são e de onde vêm esses de roupas brancas?”

João responde: “Meu senhor, tu sabes.”

O ancião responde: “Eles vêm de grande tribulação, lavaram as roupas, alvejaram no sangue do Cordeiro

(exemplo de Jesus)(apontando para a importância do comportamento). Por isso estão diante do trono e servem no

santuário.

O que está sobre o trono estenderá sobre eles seu tabernáculo. Não terão fome, sede, nem ardor do sol... porque o

Cordeiro os apascentará e guiará para a fonte da água da vida. Deus lhes enxugará as lágrimas.

Jesus, em Mateus 24, 29 – 31...”enviará seus anjos com trombetas que reunirão os escolhidos”

Mateus 25, 31: o grande julgamento

Capítulo 8

No sétimo selo estão as 7 trombetas. Nas sete trombetas, os três ais.

O Cordeiro abre o sétimo selo...

Meia hora de silêncio

Os sete anjos que estão diante do trono têm trombetas.

Outro anjo traz incensário. O fumo e mais orações dos santos sobem à presença de Deus. Então são atirados à terra:

trovões, vozes, relâmpagos, terremotos.

Preparam-se os anjos para tocar as trombetas.

Primeira trombeta: mistura-se granizo, fogo e sangue; e queimam a terça parte da terra, árvores, ervas.

Segunda trombeta: Montanha ardente é atirada ao mar, e a terça parte vira sangue, o terço dos vivos do mar morre,

destrói-se um terço das embarcações.

Terceira trombeta: Uma estrela ardente cai sobre os rios e fontes (é Absinto seu nome) e muitos perecem no terço das

águas que ficam amargas.

Quarta trombeta: o Sol, a lua e as estrelas escurecem em um terço, porque foram feridos.

Então vi uma águia* que, voando pelo meio do céu, gritava: “Ai dos que moram na terra, por causa das próximas três

trombetas”...

Capítulo 9

Quinta trombeta: Uma estrela caída do céu na terra recebe a chave do poço do abismo. Sobe fumaceira que escurece o

sol e o ar. Sobem gafanhotos que não farão mal ao verde, mas aos que não têm o selo na fronte, atormentando-o por 5

meses.

Nestes dias os homens buscarão a morte e não a acharão.

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Os gafanhotos (Joel 2, 4-11: Sua aparência é de cavalos... estrondeando como carros... crepitando como chamas de

fogo... todos empalidecem) parecem cavalos preparados para a briga, coroas na cabeça, rosto parecido com os de

homem, cabelos femininos, dentes de leões, couraça de ferro, asas muito barulhentas, caudas com ferrão (e aí está o

poder).

O rei deles é o rei do Abismo: Abadom (Apoliom, em grego).

Foi-se o primeiro ai.

Sexta trombeta, e uma voz dos quatro cantos do altar diz ao anjo que solte os 4 anjos atados junto ao Eufrates,

preparados para matarem um terço dos homens –20mil vezes 10 mil era o número dos exércitos de cavalaria.

Cavalos e cavaleiros têm couraças cor de fogo, jacinto e enxofre. Da cabeça dos cavalos (que pareciam leões) sai fogo,

fumaça e enxofre, e por estes três motivos perece o terço dos homens. A força dos cavalos está na cabeça e nas caudas

(=serpentes com cabeças) - Segundo ai

Os que escaparam deste flagelo não se arrependeram das suas obras, assassínios, feitiçarias, prostituição, furtos... nem

deixaram de adorar demônios e ídolos de ouro, prata, cobre e pau (que não vêem, nem ouvem, nem andam).

Jesus, em Mateus 24, 29: Logo em seguida à tribulação, o sol escurecerá, a lua não dará claridade...

Capítulo 10

Desce do céu um anjo forte*, envolto em nuvem, com arco-íris na cabeça, rosto de sol, pernas de coluna de fogo.

Na mão, um livrinho aberto.

Pé direito no mar, o esquerdo na terra.

Bradou como leão, e 7 trovões falaram. Eu, João, ia escrever o que disseram, mas uma voz pediu segredo.

O anjo levanta a mão direita e jurou que não haverá demora.

Quando o sétimo anjo for tocar a trombeta, cumprir-se-á o mistério.

A voz que falava comigo (João) diz que eu pegue o livrinho. Pedi-o e escutei:

“Toma-o e devora-o. Será amargo no estômago, mas na boca doce como mel”.

E assim foi.

E disseram-me: “É necessário que profetizes ainda a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis”.

Ezequiel 3,3: “Ainda me disse: Filho do homem, dá de comer ao teu ventre, e enche as tuas entranhas deste rolo que

eu te dou. Eu o comi, e na boca me era doce como o mel.”

Capítulo 11

João diz: “Dão-me caniço, parecendo vara, e dizem: Mede o santuário, o altar, e os que nele adoram. Deixa o átrio (é

dos gentios), eles por 42 meses calcarão aos pés a cidade santa”.

Minhas duas testemunhas (a Lei e o Exemplo de Conduta) profetizarão por 1260 dias. São as 2 oliveiras e

os dois candeeiros que estão em pé. (candeeiros são os executores, apóstolos, trabalhadores da Doutrina, a qual é

simbolizada pelo óleo, azeite – no caso a fonte são as oliveiras). Se alguém quer lhes causar dano, morre. Têm

autoridade para fecharem o céu, para não chover; converter as águas em sangue, ferir com flagelos a terra.

Concluído o testemunho, a besta que vem do abismo vence-as e mata-as, ficando seus cadáveres na praça de

Sodoma e também do Egito.

E muitos (dentre os povos, tribos, línguas e nações) olham os cadáveres por 3 dias e meio, insepultos.

Os habitantes da terra se alegram com festas porque eles (os profetas) os atormentavam.

Mateus 13, 30: Deixai-os crescer juntos até a colheita e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: Ajuntai primeiro o

joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro.”

Daniel 7, 25 e 26: “Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santo do Altíssimo, e cuidará em mudar os

tempos e a lei; e os santos lhes serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo. Mas

depois se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até o fim”.

Mas depois dos três dias e meio, um espírito de vida*, vindo de Deus, neles penetrou (a restauração das coisas),

levantaram-se (fazendo medo) e ouviram voz do céu dizendo: “Subam para aqui”. E subiram.

Terceiro ai: Veio terremoto e 7 mil perecem. Os outros, aterrorizados, dão glória ao Deus do Céu.

Sétima Trombeta e vozes dizem: “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelo

século dos séculos”.

E os 24 prostraram-se, adoraram a Deus dizendo: Graças te damos, Deus onipotente que és e eras, porque assumiste o

teu grande poder e passaste a reinar. As nações se enfureceram, mas chegou sua ira e o tempo para julgarem os mortos,

galardoar teus servos (profetas, santos e tementes) pequenos e grandes, e destruíres os destruidores da terra.

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Abre-se o santuário e aparece a arca da aliança – vêm relâmpagos, vozes, trovões, terremoto, saraivada.

Capítulo 19

Depois disso, ouvi no céu a voz de multidão dizendo:

“Aleluia, a salvação, a glória e o poder são do nosso Deus. Seus juízos são justos e vingou o sangue de seus servos.”

Os 24 anciãos e os 4 seres viventes adoraram a Deus que está no Trono dizendo: “Aleluia!” Do Trono sai uma voz:

“Dai louvores ao Senhor Deus. São chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa já está ataviada de linho puro (= atos

de justiça dos santos).

O anjo diz: “Bem aventurados os chamados às bodas do Cordeiro”.

(João quis prostrar-se... Não! Adora a Deus)

Marcos, 13, 24: “Mas naqueles dias, após a referida tribulação, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as

estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados. Então verão o Filho do Homem vir nas nuvens,

com grande poder e glória. E ele enviará os anjos e reunirá os seus escolhidos dos quatro cantos da terra até à

extremidade do céu”.

João diz: Vi um céu aberto, cavalo branco, Cavaleiro Fiel e Verdadeiro. Julga e luta com Justiça. Olhos de fogo, cabeça

com muitos diademas, um nome que só ele sabe. Seu manto está tinto de sangue.

Seu nome: VERBO DE DEUS.

Seguem-no os exércitos celestes, em cavalos brancos, roupas de linho.

De sua boca sai uma espada afiada para ferir as nações, e ele mesmo as regerá com cetro de ferro. Pessoalmente pisa o

lagar da ira de Deus Onipotente.

No manto e na coxa: “Senhor dos Senhores, Rei dois Reis”

Um anjo chama todas as aves do céu para a grande ceia de Deus, para comerem carne de reis, cavalos, etc...

Vi a Besta (Igreja Católica) e os reis de seus exércitos para lutarem contra ele. Mas a besta e o falso profeta

(Protestantismo), que tinha seduzido os que tinham a marca da besta. Lançados vivos no lago de fogo (em Mateus

13,30 está a explicação das fornalhas: “Deixai crescer uma coisa e outra até a ceifa, e no tempo da ceifa direi aos

segadores: Colhei primeiramente o joio, atai em molhos para queimar; o trigo, porém, recolhei-o no meu celeiro”)

estes, os outros perecem pela espada do cavaleiro.

E as aves se fartam de carne.

Capitulo 14

O Cordeiro está em pé no monte Sião, com os 144 mil.

No Céu grande voz entoando NOVO CÂNTICO diante do Trono, diante dos 4 seres e dos anciãos. Só eles

aprenderam o cântico, os sem mácula, primícias de Deus.

Primeira voz: do anjo* voando pelo meio do céu, tendo um Evangelho Eterno para pregar aos que se assentam sobre

a terra, e a cada nação, tribo, língua e povo. Dizia: Temei a Deus e dai-lhe glória, porque é chegada a hora de seu juízo

(o Dilúvio de Fogo, segundo o Pai Divino), e adorai aquele que fez o céu e a terra, e o mar, e as fontes das águas.

Segunda voz: Caiu, caiu a grande Babilônia, que tem dado o vinho da fúria de sua prostituição a todas as nações

beberem.

Terceira voz: Quem tiver a marca da besta (na mão ou testa) e a adorar, também beberá o vinho da cólera de Deus,

sem mistura, preparado no cálice de sua ira, e será atormentado diante dos anjos e na presença do Cordeiro.

Quarta voz: Bem aventurados os que morrem no Senhor. Descansem de suas fadigas, suas obras o acompanham.

Numa nuvem branca está um semelhante* ao filho do Homem, com coroa e foice. Outro anjo sai do santuário e grita

que ceife, porque a seara da terra já secou... e a terra foi ceifada.

Sai outro anjo com foice. Do altar saiu o anjo que tem autoridade sobre o fogo e disse ao da foice: junta os cachos da

videira que estão amadurecidos.

O anjo ceifa as uvas e joga-as no lagar da cólera de Deus e o lagar foi pisado.

Capítulo 21

Vi novo céu, nova terra (o primeiro céu e a primeira terra passaram, o mar já não existe).

Mt 24, 35: “Passará o céu e a terra, mas minhas palavras não passarão”.

2 Pedro, 3, 10: “Virá, entretanto, como ladrão, o dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo e os

elementos se desfarão abrasados: também a terra e as obras que nela existem serão atingidas... Nós, porém, segundo a

sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça”.

Vi a cidade santa, a nova Jerusalém (reintegração na Divindade) desce do Céu, enfeitada como noiva para o noivo.

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Eis o tabernáculo de Deus – Deus* habitará com os homens. Eles serão povos de Deus, Ele mesmo estará com eles,

enxugará as lágrimas, não haverá morte, nem luto, pranto, dor: “Eis que renovo todas as coisas”. Tudo está feito, sou o

alfa e o ômega, o princípio e o fim. Darei da água da vida a quem tem sede. Serei Deus do vencedor, ele será meu filho.

À segunda morte vão: covardes, assassinos, impuros, feiticeiros, idólatras e mentirosos.

Um dos anjos das taças chama João para nos mostrar a noiva. É levado em espírito até alta montanha para ver a nova

Jerusalém:

Tem a glória de Deus, muito fulgor. Alta muralha com 12 portas, um anjo em cada uma (com os nomes das 12 tribos).

Seus fundamentos sãos os 12 apóstolos.

A cidade é de ouro, como vidro. A muralha de jaspe. Cada porta é feita de uma só pérola. Na praça não há santuários,

porque é Deus.

Ez 40, 2: “Em visões de Deus me levou à terra de Israel, e me pôs sobre um monte muito alto; sobre este havia um

como edifício de cidade para a banda sul”.

Ez 43, 7: “Filho do homem, este é o lugar do meu trono, e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos

filhos de Israel para sempre; os da casa de Israel não contaminarão mais o meu nome santo...”

A glória de Deus a ilumina, o Cordeiro é sua lâmpada. As nações andarão mediante sua luz (o exemplo de Conduta).

As portas jamais se fecham. Nada será contaminado porque só estarão os inscritos no livro da vida do Cordeiro.

Capítulo 22

Do trono de Deus e do Cordeiro sai o rio da água da vida.

No meio da praça, até as margens do rio, está a Árvore da Vida que dá frutos e suas folhas curam os povos. Nela, o

tronco de Deus e do Cordeiro. Seus servos o servirão, contemplarão sua face, nas suas frontes está o seu nome.

Não necessitarão do sol, nem de candeia, porque Deus brilha sobre eles.

Estas palavras são fiéis e verdadeiras. Deus enviou seu anjo para mostrar as coisas que vão acontecer.

João conta o que viu e ouviu, e quando quis prostrar-se diante do anjo relator, ele disse: Não faça isso, sou conservo,

teu, dos teus irmãos, os profetas e dos que guardam as palavras.

Não as sele, porque o tempo está próximo... Que o injusto continue injusto, e o ...imundo, ...e o justo, ...e o santo.

Tenho o galardão para dar a cada um, segundo suas obras. Sou o alfa e o ômega, o primeiro e o último, o princípio e

o fim.

Bem aventurados os que lavam suas vestiduras pelo direito à árvore da vida e à entrada na cidade pelas portas.

Fora daqui!, cães. Feiticeiros, impuros, assassinos, idólatras, mentirosos.

Jesus diz: Sou a raiz e a geração de Davi, sou a estrela da manhã.

O espírito e a noiva (o entregador e a Verdade) dizem: Vem! E que venham os que têm sede da água da vida*. [ na Bíblia dos Espíritas, item 188: A Essência Fundamental – Deus – e a Sua Primeira Manifestação, que à luz Divina, convidam a

centelha a evolver e a se expressar como Luz, Glória e Poder. Afinal de contas, é sempre a mesma base iniciática que demonstra a

saída simples da centelha espiritual, e a sua volta consciente, religada pela evolução, participando da Divina Ubiquidade, daquelas

extensões de sentido que a um encarnado é difícil conceber ]

*ÁGUA DA VIDA: (Da Bíblia dos Espíritas): No Apocalipse e em outros Livros Simbólicos, bem assim como nas costumeiras visões mediúnicas, o Rio de Água

Viva, ou da Água da Vida, significa sempre a Virtude Divina que emana da Essência Divina, ou Deus, estando nos filhos. É o que todos devem fazer questão de encontrar em si mesmos, para ter e fruir.

Ter Deus no imo, ou ter no imo o Reino de Deus, tudo corresponde ao Rio de Água Viva de que cada filho de Deus é portador por natureza. Desabrochar o Cristo

Interno, por exemplo, é ir ao encontro total do Rio de Água Viva, porque Ele, o Cristo, significa o espírito que transformou, por evolução, tudo que era opaco, tudo que era treva, em Luz, Glória e Poder.

Quem souber o que querem dizer estas palavras – Saber, Virtude, Moral, Amor, Revelação – por certo sabe como se vai à Fonte Divina .

João: que não se tire nem acrescente palavras.

– Mas quem ficará sem ajustar contas? É por isso que voto imenso respeito ao capítulo final do Apocalipse. Resume

todas as Verdades já ensinadas, desde os primeiros ensinos. Parte dos fundamentos, nunca passará, seja onde for e

para quem for. Testifica o Princípio Divino e a Diretoria Planetária; testifica o direito de relativa liberdade; testifica

a vigência da Lei e da Justiça; e testifica a intransferível responsabilidade, segundo as obras.

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Capítulo 12

Uma mulher (Verdade Doutrinária) vestida do sol, com a lua embaixo dos pés e coroa de 12 estrelas, grávida, sofre os

tormentos para dar à luz.

Um dragão com sete cabeças, 10 chifres, 7 diademas (Império Romano e Imperador) arrasta com sua cauda um terço

das estrelas do céu, lançadas para a terra – quer devorar o bebê (entregador das verdades)

Nasce o varão* que regerá todas as nações com vara de ferro, arrebatado para o trono de Deus (deificado), e ela vai

para o deserto por 1260 dias.

Miguel e seus anjos lutam contra o dragão e expulsam-no, foi atirado por terra e vem a voz.

Daniel 12, 1: “Nesse tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos de teu povo, e haverá tempo

de angústia, tal qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo será salvo o teu povo,

todo aquele que for achado inscrito no livro”.

Grande voz proclama: Veio a salvação, o poder, o reino de Deus e a autoridade do Cristo, porque foi expulso o

acusador. Eles o venceram por causa do sangue do Cordeiro e pelo testemunho que deram. Festejai. Ai da terra e do

mar porque o diabo irado sabe que lhe resta pouco tempo.

O dragão perseguiu a mulher, a qual ganha as duas asas da grande águia para ir ao deserto. Da boca do dragão verte um

rio para arrebatá-la, e a terra abriu-se para engoli-lo.

Ficou irado e foi lutar com os que guardam os Mandamentos e têm o testemunho de Jesus.

Capítulo 13 (O capítulo 13, anunciando o aparecimento da Besta Romana, a grande corruptora da

Doutrina de Deus, devia estar antes dos capítulos 10, 11 e 12).

Sai do mar uma besta (Igreja Romana e o Papa) com 10 chifres, 7 cabeças e 10 diademas. Sobre as cabeças, nomes de

blasfêmia. Semelhante a leopardo, pés de urso, boca de leão – O dragão (Império Romano) dá seu poder, trono e

autoridade.

Uma cabeça é cortada, a ferida sara, todos se admiram.

Adoram o dragão e a besta “Quem pode contra ela?”

A besta tem boca que dirá blasfêmias por 42 meses, difamando o nome de Deus e seu tabernáculo.

Foi-lhe dado que lutasse contra os santos e os vencesse, e ainda autoridade para cada tribo, povo, língua, nação. Vão

adorá-la os que não têm o nome escrito no livro da vida

Para quem tem ouvidos:

Se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai. Se matar à espada, por ela será morto.

Sai da terra outra besta (Papa), 2 chifres, parece cordeiro (fala como dragão). Faz com que todos adorem a primeira, já

curada. Opera sinais, seduz todos para que façam imagens e comunica fôlego à Besta – ela sobrevive e faz morrer os

que não adoram sua imagem.

Marca a mão direita e a fronte dos seus, ninguém pode comprar ou vender senão estes.

Aos que têm sabedoria, o número da besta é o número do homem: 666 (na numerologia, é o número do título papal

completo, em latim)

Capítulo 15

A ira de Deus consuma-se com os sete últimos flagelos, que estão com os sete anjos.

Há um mar de vidro com fogo.

Os vencedores da besta, da sua imagem e do número estão em pé e entoam o Cântico de Moisés (a Lei de Deus) e o

Cântico do Cordeiro (Modelagem Exemplar): “Deus, tuas obras são grandes e admiráveis, seus caminhos justos. As

nações adorar-te-ão porque seus atos de justiça são manifestos”.

Abre-se no céu o tabernáculo.

Os sete anjos (de linho puro e com cintas de ouro) saem e recebem de um dos seres viventes sete taças de ouro com a

cólera de Deus.

O santuário se enche de fumaça (vinda da glória e do poder de Deus) e enquanto não se cumprirem os sete flagelos,

ninguém penetrará no santuário.

Ez 10, 3: “...a casa encheu-se da nuvem e o átrio da resplandecência da glória do Senhor”.

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Capítulo 16

A voz, do santuário, diz: Vão e derramem as taças da cólera de Deus.

Primeira taça. Na terra e nos homens com a marca da besta = úlceras perniciosas.

Segunda, no mar, que vira sangue e morrem os seres viventes.

Terceira, nos rios e nas fontes, viram sangue e o anjo diz: “Derramaram sangue dos profetas, são dignos de beber

sangue”.

Quarta, no sol, e este queimou, e blasfemaram sem se arrepender.

Quinta, no trono da Besta, e seu reino vira treva, os seguidores mordem a língua de dor. Blasfemam pelas angústias e

úlceras, não se arrependem.

Sexta, no rio Eufrates, que seca e vira caminho dos reis que vêm do Oriente.

Das bocas do dragão (Roma), da Besta (Ig. Cat.) e do falso profeta (protestantismo) saem como rãs (espíritos imundos

operadores de sinais) e ajuntam todos os reis do mundo para a luta do grande dia, num lugar que se chama Armagedon.

Sétima, no ar, e vieram relâmpagos, e trovões, imenso terremoto. Grande cidade se dividiu, caem as cidades das

nações, Babilônia bebe o cálice de vinho do furor da ira de Deus, somem as ilhas, os montes não se acham, caem

pedras do céu... e os homens blasfemam.

Ez 13, 13: “Tempestuoso vento farei irromper no meu furor, e chuva de inundar haverá na minha ira, e pedras de

saraivada na minha indignação, para a consumir”

Capítulo 17

Um dos anjos das 7 taças mostra a João o julgamento da meretriz (Roma), sentada sobre muitas águas (povos), com

quem se prostituíram os reis; com seu vinho embebedaram-se os habitantes da terra.

Levou João a um deserto onde a mulher está montada numa besta escarlate (Ig.Cat) (sete cabeças (montes), 10 chifres

(reis sem reino), muitos nomes). A roupa da mulher é riquíssima, tem uma cálice de ouro cheio de abominações. Na

sua testa: “Babilônia, a grande mãe das meretrizes e das abominações da terra”. Ela está embriagada com o sangue dos

santos.

Diante do espanto de João, o anjo explica: A besta, que era e não é, vai sair do abismo para a destruição. Os que não

têm o nome no livro da vida ficarão espantados.

As sete cabeças são os sete montes onde se senta a mulher e são 7 reis: 5 já caíram, 1 existe, 1 não chegou. Quando

chegar, durará pouco.

A besta é o 8º rei, vindo dos 7, indo para a destruição.

Os 10 chifres são rei sem reino, mas que reinam com a besta por uma hora, oferecendo à besta o poder e a autoridade

que possuem. Lutarão contra o Cordeiro, e o Cordeiro e os eleitos os vencerão.

As águas em que viste a meretriz assentada são povos, multidões, nações, línguas.

A besta e os chifres (reis sem reino) odiarão a meretriz (Roma) e a devastarão, comendo suas carnes, consumindo-a no

fogo: Deus incute que realizem seu pensamento e depois dêem à besta seu reino até que se cumpram as palavras de

Deus.

A mulher é a grande cidade que domina reis.

Capítulo 18

Desce outro anjo e a terra se ilumina com sua glória, exclamando:

“Caiu a Babilônia, tornando-se morada de demônios, covil de espíritos imundos, esconderijo de aves detestáveis,

porque as nações beberam o vinho do furor de sua prostituição, que atingiu os reis da terra, enriquecendo mercadores”.

Uma voz manda que o povo de Deus de lá se retire para não participar dos flagelos. Ela (Babilônia) pagará em dobro o

que fez aos outros:

Quanto se glorificou = igual em tormento e pranto.

Em um só dia virão seus flagelos, morte, pranto, fome, e será consumida em fogo.

Os reis que com ela se prostituíram lamentarão de longe. Os mercadores prantearão a falta de compradores (até de

almas humanas).

Aparta-se tudo que é delicado e esplêndido; nunca mais serão achados, fazendo chorar os mercadores que com isso

lucraram. Eles lamentarão as riquezas da cidade, agora perdidas.

Os que trabalham no mar ficaram afastados e também prantearam.

Apóstolos e profetas exultaram porque foi julgada a causa.

Um anjo joga no mar uma imensa mó, mostrando que assim será com a cidade: jamais será achada.

Não se ouvirão vozes de harpistas, músicos, clarins.

Não se achará arte de artífice algum, nem ruído de mó, nem luz de candeia, nem noivo ou noiva.

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Porque os teus mercadores foram os grandes da terra, tua feitiçaria seduziu nações.

Profetas e santos foram mortos e o sangue deles encontrado na cidade.

Capítulo 20

Desce um anjo com a chave do abismo e uma grande corrente e prende o dragão por mil anos, selando o abismo.

Depois disso será solto pouco tempo.

Surgem os tronos e os que podem julgar.

Aparecem as almas dos que defenderam a palavra de Deus; os que não adoraram a besta, nem imagem; os que não têm

marca nem na testa, nem na mão. E viveram e reinaram com Cristo por 1000 anos.

Os restantes não reviveram antes dos 1000 anos. Esta é a primeira ressurreição.

Sobre esses bem-aventurados da 1ª ressurreição, a segunda morte não tem autoridade. Reinarão com o Cristo os 1000

anos,

Satanás será solto, seduzindo, sitiando o acampamento dos santos e a cidade querida. Fogo do céu os consome. Ele será

lançado no lago de fogo onde já estão a besta e falso profeta, atormentados.

Surge um grande trono e o que lá se assenta, de quem fugiram o céu e a terra. Os mortos diante dele. Abriram livros.

Foi aberto o livro da vida e os mortos julgados segundo suas obras.

O mar, a morte e o além devolveram seus mortos e foram julgados. A morte e o inferno foram lançados para dentro do

lago de fogo (segunda morte), e os que não estão no livro da vida.

Algumas menções ao nosso grande irmão restaurador das Verdades, dentro do Apocalipse:1,13 – semelhante ao

filho do Homem; 4,3 – no trono; 6,2 – cavaleiro branco; 7,2 – selo do Deus vivo; 8,13 – águia voando pelo céu; 10, 1 –

anjo desce, pés no mar e terra, livrinho; 11, 11 – espírito de vida penetra nas 2 testemunhas; 12, 5 – filho da mulher

arrebatado para Deus até Seu trono; 14, 6 – anjo voando com Evangelho Eterno nas mãos; 14,14 – semelhante a filho

do homem tendo foice: ceifa!; 19,11 – cavaleiro fiel e Verdade com manto de sangue (Verbo); 21, 3 – Deus habitará

entre vós. “Eis que faço novas as coisas”; 22, 17 – O Espírito e a noiva dizem: Vem!

EXTRA:A Caminho da Luz (Emmanuel - Chico Xavier) - pág. 128 "Quanto ao número 666, sem nos referirmos às interpretações com os números gregos, em seus valores, devemos recorrer aos algarismos romanos, em sua significação, por serem mais divulgados e conhecidos, explicando que é o Sumo Pontífice da igreja romana (Papa) quem usa os títulos de "VICARIVS GENERALIS DEI IN TERRIS", "VICARIVS FILII DEI" e "DVX CLERI" que significam "Vigário-Geral de Deus na Terra", "Vigário do Filho de Deus" e "Príncipe do Clero". Bastará ao estudioso um pequeno jogo de paciência, somando os algarismos romanos encontrados em cada titulo papal a fim de encontrar a mesma equação de 666, em cada um deles. Vê-se, pois, que o Apocalipse de João tem singular importância para os destinos da Humanidade terrestre"

"Eis aqui a sabedoria: Quem tiver inteligência calcule o NÚMERO DA FERA, porque é o número de um HOMEM, e Esse número é 666”.- Apoc 13, 18 pela Numerologia, cada título do Papa tem a soma 666

VICARIVS FILII DEI = 666 DVX CLERI = 666

VICARIVS GENERALIS DEI IN TERRIS = 666

Apoc 17, 9: Aqui se requer uma inteligência penetrante. As sete cabeças são sete montanhas, sobre as quais se assenta a mulher (a grande meretriz). ROMA é conhecida como a cidade dos sete montes.

– De ciclos em ciclos – explicou ela – haverá seleções. A primeira será de um rigor maior, e de longe em longe

outras virão, pois a Terra irá sendo moradia melhor, e quem não fizer por merecer o melhor, fatalmente terá que migrar

para o planeta que merecer. Tudo isso já é muito sabido, pois as palavras do Cristo ou dos Apocalipses, jamais deixarão

de ter cumprimento e explicação. E se bem quiser compreender, lembre-se de que a Restauração da Doutrina do

Caminho, por marcar um tempo no Apocalipse, representa fatos transitivos e acontecimentos proféticos aos quais os

verdadeiros discípulos do Cristo devem acurada atenção.(“O Céu Maravilhoso”, Osvaldo Polidoro)

...e o capítulo final do Apocalipse resume toda a Moral de todas as Bíblias já transmitidas à humanidade.(idem)

(*)No Apocalipse está: um Cântico Novo tereis é o Evangelho Eterno.

No capítulo 9, 14: o grande rio Eufrates, de onde surgirá o dilúvio de Fogo.

Tempo: períodos de ensino da humanidade, com intervalos para a assimilação e depois a sabatina.

No 12, 14: grande águia, Brasil Porta Voz da Verdade, após o Dilúvio de Fogo.

O mar significa a humanidade.(Frase pronunciada pelo pai, em compilação da Yolanda)