bem-vindo a mais um cursounipublicabrasil.com.br/uploads/materiais/e62f6f3fd0922691c8e2d... ·...

112
BEM-VINDO a mais um Curso

Upload: phamthuan

Post on 09-Nov-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

BEM-VINDO

a mais um Curso

“ A Atuação dos

Conselheiros Tutelares

(Parte I)”

PROFESSOR INSTRUTOR:

AQUI VAI

SEU NOME

Adriana da Silva Turbay é Assistente Social,

Psicóloga, Professora e Consultora.

Especialista no tema Políticas de Atendimento à

Criança e ao Adolescente em Situação de Risco:

Ênfase em Educação e Cidadania;

Especialista no tema: Enfrentamento a

Violência Contra Crianças.

Especialista no tema: Psicologia Jurídica..

Especialista em Filosofia.

Atua como psicóloga clínica e psicóloga jurídica.

“Apenas a violência pode servir

onde reina a violência, e /

apenas os homens podem servir

onde existem homens.”

Bertolt Brecht

Fotos utilizadas, nesta apresentação. Sebastião Ribeiro

Salgado (Aimorés, 8 de fevereiro de 1944) é

um fotógrafo brasileiroreconhecido mundialmente por seu estilo único

de fotografar. Nascido em Minas Gerais, é um dos mais respeitados

fotojornalistas da atualidade.

• 1 Fundamentação Legal:

a) constituição federal

b) lei nº 8.069/90 (ECA)

c) legislação local

• 2 Os Direitos da Criança e do Adolescente

• a) evolução histórica

• b) direitos previstos no ECA

A DEMOCRACIA BRASILEIRA –Constituição de 1988

• A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA;

• O DIREITO DO INDIVÍDUO À SUA CIDADANIA;

• RECONHECIMENTO DA IGUALDADE BÁSICA ENTRE OS SERES HUMANOS;

• A GARANTIA DE QUE A IGUALDADE DACIDADANIA ESTÁ ACIMA DASDESIGUALDADES ECONÔMICAS.

Art. 227 (C.F) A Liberdade A SaúdeArt. 4° do (Eca)

A Alimentação O Respeito

A Convivência O Direito à VidaFamiliar

A Educação A Dignidade

A Convivência A CulturaComunitária

O Esporte O Lazer A Profissionalização

COM ABSOLUTA PRIORIDADE

É DEVER DA FAMÍLIA,DA SOCIEDADE E DO

PODER PÚBLICOASSEGURAR

DIREITO À• VIDA

• SAÚDE

• ALIMENTAÇÃO

• EDUCAÇÃO

• LAZER

• ESPORTE• PROFISSIONALIZAÇÃO

• CULTURA

• DIGNIDADE

• RESPEITO

• LIBERDADE

• CONVIVÊNCIA FAMILIAR

• CONVIVÊNCIA COMUNITÁRIA

Além de colocá-los a salvo de toda forma de

NEGLIGÊNCIA

DISCRIMINAÇÃO

EXPLORAÇÃO

VIOLÊNCIA

CRUELDADE

OPRESSÃO

Vigorava no Brasil a doutrina do menor em

situação irregular( Código de Menores- 1979 ) , em

que só se vê a criança em situação de irregularidade

e não como uma pessoa dotada de dignidade.

Direitos das crianças e adolescentes

A partir do Estatuto

da Criança e do

Adolescente( lei

8069/90), introduziu-

se a doutrina da

Proteção Integral.

No Brasil , as crianças e adolescentes representam 61 milhões( 35,9% da população local. Deste universo 45% do total de crianças e adolescentes são pobres, 71% são indígenas

o são e 58% de crianças negras. .

O caminho da garantia

dos direitos é conhecer

o ECA na sua

especificidade de

observar violações que

acontecem

cotidianamente ,sendo

que,na maioria das

vezes passam

despercebidas, deve-se

identificar o agente

violador e propor uma

ação reparadora.

Premissas do Estatuto da Criança e do Adolescente

• Intensificar e fortalecer as políticaspúblicas. Este fortalecimento se dá apartir das diretrizes, em que as açõese projetos devem ser articuladosentre Governo e Sociedade Civil eharmônicos entre si. Considerandoque estas ações e projetos auxiliamno processo de transformação social,é desafiador trabalhar o conceito deRede, descrito no Art. 87

O ECA institui órgãos

responsáveis em zelar pelos

direitos das crianças e

adolescentes.

Conselhos de Direitos-compostos de

forma paritária( governo e sociedade

civil ) para deliberação de políticas

públicas.

O Conselho Estadual dos Direitos da

Criança e do Adolescente normatiza,

delibera e realiza o controle social das

ações implantadas no Estado

• Conselho tutelar- composto por cidadãos comuns eleitos por suas comunidades para

zelar e garantir os direitos das crianças e adolescentes.

Desafios da REDE

•Esclarecer os objetivos da rede;

•Promover a participação dos setores governamentais e sociedade

civil;

•Fazer a atualização e mapeamento dos serviços da rede e

socializar esta informação;

•Executar um planejamento local e coordenar as ações das redes

regionais;

•Ampliar os serviços (creches, geração de renda, atenção à

saúde);

Lembretes Importantes!

• As pessoas são livres.

• Risco do “fatalismo” e do “determinismo

social”.

• Risco do preconceito e da falta de respeito

às diferentes configurações familiares e

modos de viver.

• Necessidade de trabalhar a capacidade de

acolhida, escuta e empatia.

• Necessidade de acreditar nas “fortalezas”

da família.

• 3 Conceitos aplicáveis:

• a) universalidade

• b) descentralização

• c) participação da comunidade

• d) controle social

• e) proteção integral

• f) co-responsabilidade

• g) prioridade

Universalidade:

• PESSOA, VALOR FUNDAMENTAL Contra osceticos, os neutros e os negadores dasignificação objetiva da ética e da justiça, aDeclaração Universal é a afirmação solene dovalor que é o fundamento da vida social: “adignidade inerente a todos os membros dafamília humana”. As pessoas não sãosombras, não são aparências, são realidadesconcretas e vivas.

Descentralização e Participação da Comunidade :

• O ECA, em consonância com a Constituição Federal, prevê dois órgãos de participaçãodireta da sociedade: o Conselho Tutelar e o Conselho da Criança e do Adolescente. Comisso, instrumentalizaram-se mecanismos para que a sociedade possa participar daelaboração de políticas públicas voltadas para a criança e o adolescente e da fiscalizaçãodos direitos e garantias assegurados pelos dispositivos legais.

• Os Conselhos Tutelares são órgãos que devem ser criados por leis municipais e sãoencarregados pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos Direitos da Criança e doAdolescente. São compostos por cinco membros diretamente eleitos pela comunidadepara um mandato de três anos; gozam de autonomia; são permanentes, não-jurisdicionais e independentes.

• A autonomia consiste no fato de o Conselho não necessitar de ordem judicial paraaplicar e decidir as medidas protetivas (são exemplos: encaminhamento aos pais eresponsável, mediante termo de responsabilidade; orientação, apoio eacompanhamento temporários; abrigo em entidade; requisição de tratamento médico,psicológico, psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial - art. 101 do ECA). Suaindependência é relativa, pois é submetido à fiscalização do Conselho Municipal deDireitos, do Ministério Público, da autoridade judiciária, das entidades civis quetrabalham com a população infanto-juvenil.

Controle Social

• As idéias de participação e controle social estãointimamente relacionadas: por meio da participação nagestão pública, os cidadãos podem intervir na tomada dadecisão administrativa, orientando a Administração paraque adote medidas que realmente atendam ao interessepúblico e, ao mesmo tempo, podem exercer controlesobre a ação do Estado, exigindo que o gestor públicopreste contas de sua atuação.

• A participação contínua da sociedade na gestão pública éum direito assegurado pela Constituição Federal,permitindo que os cidadãos não só participem daformulação das políticas públicas, mas, também, fiscalizemde forma permanente a aplicação dos recursos públicos.

Proteção Integral

• Essa proximidade de intervenção em contextos familiares é decorrente de váriasatribuições de controle social do Conselho Tutelar, antes competência exclusiva do PoderJudiciário (à época dos Códigos de Menores) ou do poder executivo (como controle àfrequência escolar), que passaram também para a sociedade civil com o advento doEstatuto da Criança e do Adolescente – ECA –, em 1990. Inclusive, desde então, qualquerfamília ou indivíduo só pode recorrer de decisão do Conselho Tutelar à autoridadejudiciária – que pode revê-la ou mantê-la. Assim, ao mesmo tempo em que tal mudançada organização jurídica do país no pós 1988 cria certa desjudicialização do social, tambéminveste o Conselho Tutelar de potencial ou real poder tutelar de controle, aumentando onúmero e a abrangência de agências de regulação social. Até porque o Conselho Tutelar éórgão de Estado.

• Mas, efetivamente, o Conselho Tutelar tem menos características de conselho municipal emais de agência de controle público e intervenção na família. Integrado à rede de serviçosmunicipais é o conselho municipal mais próximo das políticas públicas em sua execuçãocotidiana, trabalhando diretamente com todas as instituições e serviços de atendimento àcriança e ao adolescente, das unidades básicas de saúde aos hospitais, da escola aosserviços de suporte à mesma, dos centros de referência em assistência social àsinstituições asilares de acolhimento institucional, etc....

• ... Portanto, o Conselho Tutelar seria a autoridade pública número um nas cidades paratratar de questões envolvendo suspeita ou confirmação de violências sociais, definidas noECA como violações de direitos, a crianças e adolescentes.

Co-Responsabilidade

• A sistemática estabelecida pela Lei nº 8.069/90 – o Estatuto daCriança e do Adolescente – para plena efetivação dos direitos infanto-juvenis importa na intervenção de diversos órgãos e autoridades, queembora possuam atribuições específicas a desempenhar, têm igualresponsabilidade na apuração e integral solução dos problemasexistentes, tanto no plano individual quanto coletivo.

• Essa co-responsabilidade, por sua vez, demanda uma mudança dementalidade e de postura por parte de cada um dos integrantes dochamado “Sistema de Garantias dos Direitos Infanto-Juvenis [nota 1]”,que não mais podem continuar a pensar e agir tal qual aindaestivéssemos sob a égide do revogado “Código de Menores”, comoinfelizmente continua ocorrendo em boa parte dos municípiosbrasileiros.

SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS

O Sistema de Garantias de Direitos da Criança e do Adolescente e o desafio do trabalho em “Rede”

Prioridade...

• Quem tem Prioridade Absoluta?

• Quem lida com o Estatuto da criança e do Adolescente vai dizer: - É acriança e o adolescente!

• Quem lida com o Estatuto do Idoso vai dizer: - É o idoso.• E porque esta duvida paira no ar.• Em 1.990 foi criado o Estatuto da Criança e do Adolescente, que em

seu Artigo 4º diz:

Prioridade...

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poderpúblico assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitosreferentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, àprofissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e àconvivência familiar e comunitária.

• Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

• a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;• b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;• c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;• d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a

proteção à infância e à juventude.•

Prioridade...

Em 2.003 foi criado o Estatuto do Idoso, que em seu Artigo 3º diz:

Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Públicoassegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, àsaúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho,à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar ecomunitária.

Parágrafo Único. A garantia de prioridade compreende:I – atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos

e privados prestadores de serviços à população;II – preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas

específicas;III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a

proteção ao idoso;IV – viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do

idoso com as demais gerações;

Prioridade...Realmente são bem parecidos os Artigos e os Parágrafos, pois seriam eles a dar

uma idéia do que seria está prioridade.Se formos ao próximo artigo de cada Estatuto veremos o seguinte;

Estatuto da Criança e do AdolescenteArt. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de

negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão,punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seusdireitos fundamentais.

Estatuto do IdosoArt. 4º Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência,

discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seusdireitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.

Continua complicado não é!Realmente é bem mais complicado do que parece.Neste caso temos que lembrar que tanto o Estatuto da Criança e do

Adolescente quanto o Estatuto do Idoso são Leis Ordinárias que foramcriadas a partir da Constituição Federal. É ai que temos que analisar o textopara verificar quem realmente tem esta prioridade.

Na Constituição Federal verificamos em seu Artigo 227 o seguinte texto;

“ A Atuação dos

Conselheiros Tutelares

(Parte II)”

A Gestão das Políticas para Crianças e Adolescentes

• CMDCA = mudança de gestão na definição eoperacionalização das políticas deatendimento aos direitos da criança e doadolescente;

• formulação descentralizada de políticaspúblicas;

• decidir a forma de como os direitos dascrianças e adolescentes serão garantidos eefetivados ;

• decidir como devem ser corrigidas assituações de violações a esses direitos.

Um instrumento alterativo• O CMDCA, na perspectiva no novo

direito, é instrumento da história eindutor de mudanças, pois oportunizar aprática de aspirações sociais construídasna dialética entre o extremo do direito aparticipação e os usos e costumes daconcessão reacionária- (direito alterativoX direito retórico).

O Direito é o meio pelo qual regulamos edistribuímos forças. Aefetiva’participação dosa e regula opoder das autoridades" (Sêda)

Princípios para os CMDCA’s• Os dois grandes princípios sobre os quais

se assenta o novo enfoque dos direitos dacriança e do adolescente no Brasil, deacordo com o que estabelece a ConvençãoInternacional são:1. o interesse superior da criança e do

adolescente;2. a condição peculiar de pessoa em

desenvolvimento• O interesse superior das crianças e dos

adolescentes passa = critério essencialpara a tomada de decisões em qualquerassunto capaz de afetar a populaçãoinfanto-juvenil.

Participação X Autonomia X Autoridade X Responsabilidade

• autonomia para expressar e representar as demandas daquelesà que se representa.

• qualidade de quem representa:– autonomia para falar e decidir,– envolvimento– condições pessoais para participar

• No exercício do direito de participar na definição das políticaspúblicas dirigidas ao atendimento e a defesa dos direitos dacriança e do adolescente, exercemos a autoridade e, porconseqüência as obrigações, perante aquilo e aqueles que nosconcedem essa condição.

• Enquanto autoridade, teremos a oportunidade de atuar naregulação das forças sociais, buscando prevalecer o bemcomum.

POLÍTICAS SOCIAIS BÁSICAS

POLÍTICASASSISTENCIAIS

POLÍTICASESPECIAIS

“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte

do processo da busca. E ensinar e aprender não

pode dar-se fora da procura, fora da

boniteza e da alegria.”

Paulo Freire

Ilustrações aqui utilizadas da Artista Jana Magalhães, ilustradora carioca.

Direitos Humanos

• São os Direitos Fundamentais deHomens e Mulheres.

• Conjunto de direitos individuais ecoletivos, civis, políticos,econômicos, sociais e culturais, semos quais a dignidade da pessoahumana não se realiza na suaplenitude.

Declaração Universal dos DireitosHumanos (10 de dezembro de1948)

Sujeito de direitos – Pessoacapaz de direitos, segundo alei. Todo ser humano é, emregra, um sujeito de direitos.

Direito à Vida

• O direito à vida implica nãosomente o atendimento àsnecessidades fisiológicas, mas odireito à vida espiritual, à culturae o acesso concreto àsoportunidades e às condições deexercício da vida coletiva. Paraisso, a democracia é indispensávelpois garante a participação docidadão nas decisões sobre seudestino.

Princípio da Igualdade

• O princípio da igualdade é, por assim dizer, aespinha dorsal do sistema de garantia dosdireitos fundamentais que os Estados-partes e acomunidade internacional devem assegurar atodas as pessoas e os povos.

• O preceito da “igual proteção com amparo naLei” vem consagrado nasConvenções Internacionais e nas CartasPolíticas dos Estados democráticos.

• A igualdade, contudo, pressupõe a pluralidade,sem a qual não faria qualquer sentido, nãopassando de postulado inútil, inadmissível noplano dos direitos. Se todos fossem idênticos, éóbvio, não haveria razão para editarem-senormas jurídicas de proteção a desiguais.

Direitos Humanos na perspectiva de Gênero

• “Dar uma perspectiva de gênero à práticae teoria dos direitos humanos, não éagregar outros direitos à lista dos direitosfundamentais do homem. Masreconceituar a prática e a teoria dosDireitos Humanos a partir de umaperspectiva que questione o masculinocomo parâmetro, ao mesmo tempo queapresente uma visão a partir dasmulheres, não como única, porém, quetorne visível a experiência feminina, como fim de alcançar uma visão mais total dogênero humano.

Violência e Direitos Humanos

• Todo tipo de violência é umaviolação dos direitoshumanos.

• A violência sexual é umaviolação dos direitoshumanos/ violação dosdireitos sexuais perpassatodas as classes sociais

• É preciso intervir no sentidode uma mudança deparadigma, na ação individuale coletiva, de enfrentamentodo fenômeno.

• Superar a violência é umdesafio para cada um denós e para as instituições,para isso precisamosconstruir um processosocializaddor fundado naidéia do diálogo como meioinsubstituível para aresolução de conflitos.Nesse diálogo, crianças ejovens devem ser ouvidos,orientados e protegidos nasua cidadania.

Sexualidade

• A sexualidade deve ser entendida comofruto de uma construção social. Umacategoria contraditória por conviver,historicamente, com práticas derepressão sexual (poder de dominação/controle social) e emancipação (o direitoa exercer a sexualidade na diferença{gênero, raça, etnia, orientação sexual}),na diversidade, respeitando asidentidades e a autodeterminação.(Chauí, 1998). Portanto não se podecompreendê-la apenas como umaquestão pessoal, mas social e política;ela é “aprendida”, ou melhor, éconstruída, ao longo de toda a vida, demuitos modos, por todos os sujeitos.

COMO ENFRENTAR O FENÔMENO...

• OBJETIVANDO UM OLHAR DE REDE

Ação Local

• Conhecer o fenômeno e as condições para o seuenfrentamento (dotações orçamentárias e demais recursosfinanceiros para desenvolvimento das ações deenfrentamento

• Visibilidade – mobilização social para o seu enfrentamento –construção de estratégias de enfrentamento e a formulaçãode políticas públicas adequadas: prevenção, atendimento,defesa e responsabilização. Trabalhar o tema da violênciadurante o ano inteiro em várias datas.

• Referência: Convenção dos Direitos da Criança; ConstituiçãoFederal; Estatudo da criança e do Adolescente; PlanoNacional; Plano Operativo

• Ação em Rede: construção de uma agenda política e de umaaliança estratégica de enfrentamento conjunto do fenômeno– Construir/Fortalecer a Rede contra essa outra Rede.

Intervenção

• Análise da Situação:conhecer o fenômeno nomunicípio: diagnóstico(Conselho Tutelar, CREAS,CRAS, Delegacia, etc).Visitar os locais – conhecera dinâmica dos territórios.

• Prevenção: discutir o temanas escolas, unidades desaúde, PSF, AssociaçõesComunitárias,ONGs, etc.

• Atendimento: realizarações de atenção acrianças, adolescentes efamílias em situação deexploração sexual esituações de violência.

• Defesa eResponsabilização: defesada criança, adolescente eresponsabilização dosexploradores,agenciadores e clientes.

• Mobilização/ Articulação:Seminários de Sensibilizção,Campanhas sistemáticas (08 demarço, 18 de maio, 12 deoutubro, 25 de novembro),Campanhas para públicoespecífico.

• Protagonismo Juvenil:envolvimento dos (as) jovensnas discussões, pesquisas,campanhas e estruturação dosprogramas de atenção.

Parcerias

• OG’s: CRAS,CREAS; Delegacia,Ministério Público, Juizado,Polícias Militar e Civil, PolíciaRodoviária.

• ONG’s: Mulheres, Profissionaisdo Sexo, Crianças eAdolescentes.

• Associações Comunitárias.

• Sindicatos;

• Empresários/as: Postos deGasolina, Hotéis, Pousadas, etc.

Instrumentos

• Declaração dos DireitosHumanos - 1948

• Constituição Federal –1988;

• Estatuto da Criança e doAdolescente – 1990;

• Plano Nacional de DireitosHumanos – 1996;

• Plano Nacional deEnfrentamento da ViolênciaSexual;

• Planos Operativos.

Papel do Estado, Família e Sociedade

• A tarefa primordial de ascondições de violências contracrianças e adolescentes é umaresponsabilidade do Estado e dafamília. A sociedade civildesempenha também um papelessencial na prevenção e proteçãodas crianças, frente a estassituações. Por esta razão, éimperativo a construção de umasólida integração entre osgovernos, as organizaçõesinternacionais e todos os setoressociais para o enfrentamento daviolência.

Sites

• www.agende.org.br

• www.sof.org.br

• www.unicamp.br/pagu

• www.redesaude.org.br

• www.cfemea.org.br

• www.cladem.org.br

• www.catolicasonline.org.br

• www.articulacaodemulheres.org.br

• Esperamos, todos, que as reflexões não se transformem numa espécie

de “boletim de ocorrência”, mas que possam estar a serviço do

aprimoramento da informação e da promoção dos direitos da criança e do adolescente como personagens

centrais na pauta do desenvolvimento humano.

Geraldinho Vieira & Veet Vivarta

Imagens tiradas do site: http://www.google.com.br/search?tbm=isch&hl=pt-

BR&source=hp&biw=800&bih=485&q=quadros+candido+portinari&gbv=2&oq=quadros+candido+portinari&aq=f&aqi=g1&aql=&gs_sm=e&gs_upl=4029l11508l0l11780l25l24l0l11l

11l0l413l2106l2-3.3.1l7l0#hl=pt-BR&gbv=2&tbm=isch&sa=1&q=childrens+happy&pbx=1&oq=childrens&aq=4&aqi=g2g-s2g4g-S1g-

sS1&aql=&gs_sm=c&gs_upl=8644l10949l0l17701l9l9l0l1l1l0l429l2600l2-4.2.2l8l0&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.,cf.osb&fp=392a1ded9b75b57d&biw=800&bih=485

Dias e horários de reuniões ordinárias do colegiado:

• Os conselheiros devemestabelecer um dia e um horáriofixos, com intervalos regulares,para discutirem os casos ematendimento, as ações doconselho e a divisão deresponsabilidades. Recomenda-seque tais reuniões sejam semanais.

Critérios para convocação de reuniões extraordinárias:

• Muitas vezes surgem casos que exigem o encontroimediato dos conselheiros para a tomada dedecisão. Nessas situações, é necessária umaconvocação extraordinária por iniciativa doresponsável pelo caso. Todos os conselheiros devemser informados, em tempo hábil, para a viabilizaçãoda reunião.

Critérios para a distribuição dos atendimentos de casos

• Recomenda-se que o usuário dos serviços doConselho estabeleça vínculo com pelo menosum conselheiro, de forma que possa sentir-se àvontade para falar de suas particularidades.Não é recomendável que esta pessoa sejaatendida a cada momento por um conselheiro,tendo de se expor a cada novo atendimento.Portanto, os conselheiros devem agendarhorários de retorno das pessoas envolvidas noscasos que acompanha.

Formas de Registros de Casos:

• Além de fornecer dados queindicam a necessidade depolíticas, o registro dos casospermite que, na ausência doconselheiro responsável pordeterminado caso, outroconselheiro possa darcontinuidade ao atendimento.Para tanto, os registros devemconter os mesmo indicadores:

• Nome da criança ou adolescente comdireitos violados;

• Endereço;

• Idade;

• Nome dos familiares;

• Data da ocorrência;

• Registro dos fatos;

• Análise da situação;

• Procedimentos adotados.

Tais dados devem ser atualizados sempre quehouver novas informações. O Sistema deInformação para a Infância e Adolescência –SIPIA é um instrumento que visa facilitar oregistro dos casos.

Fiscalização das instituições que fazem o atendimento a crianças e adolescentes:

• Ao realizar a fiscalização de uma entidadeou serviço de atendimento, o conselheirotutelar deve definir o motivo da fiscalização,aquilo que será observado e as informaçõesque pretende obter. Essas questões podemorientar a criação de um roteiro a serutilizado em todas as visitas, servindo deguia para conselheiros no ato dafiscalização. Os dados obtidos no ato dafiscalização devem organizados em umrelatório e devem ser tomadas asprovidências necessárias para garantir aqualidade do serviço prestado por essasentidades e serviços. Sugerimos que asfiscalizações sejam feitas em equipe, pelosconselheiros; além de facilitar asobservações, o procedimento inibepossíveis tentativas de intimidação pormembros das entidades e serviços.

Elaboração de estatística dos atendimentos

• Define como o conselheiro deveregistrar e organizar os dados, afim de obter informações sobre ademanda de crianças eadolescentes na localidade,observar incidência ereincidência de casos, realizarencaminhamentos adequados eidentificar a ausência ouinsuficiência de políticas sociais.

Estrutura de documentos impressos:

• A fim de testemunhar sobre a atuação doconselho, encaminhamentos, requisições,notificações e toda ação conselheira devem serdocumentados. É importante que essesdocumentos tenham uma estrutura comum, umpadrão a ser utilizado por todos os conselheiros.A elaboração de um formulário com asinformações referentes aos atendimentos, porexemplo, facilita esta tarefa de padronização.Novamente o Sipia se coloca como importantedocuemnto.

Normas básicas das escalas de plantões:

• Definem-se as normas que identificam osconselheiros responsáveis por cada plantão,de forma que ninguém fique sobrecarregadoe que não ocorram falhas no atendimento.

Visitas Domiciliares:

• Estabelecimento de regras paraa visita domiciliar, que é umrecurso para o conselheiro emsituações de necessidade.Nestas visitas a intimidade daspessoas deve ser semprepreservada.

Padronização de procedimentos para os casos:

• Definir de antemão,, qualo procedimento a sertomado em determinadassituações especiais,agilizando oencaminhamento doscasos e padronizando aação do conselheiro.

Ata de reuniões com assinatura dos presentes e ciência dos ausentes:

• O livro de Atas da reunião facilita o acessoà informação dos conselheiros que nãotenham participado de determinadareunião e representa um registro históricodo funcionamento do conselho.

A garantia de sigilo dos casos atendidos:

• Quando o conselheiro atende um caso,muitas vezes obtém informações queauxiliam na melhor avaliação eencaminhamento da situação. Essasinformações somente devem serrepassadas a outros profissionais porestrita necessidade da intervenção. Osconselheiros devem preservar aomáximo a descrição no atendimento e odireito do usuário ao sigilo. Portanto, osregistros sobre o acompanhamento decasos devem ser guardados em localseguro, onde não possam ser violados.

A representação do conselho, por seus membros, em atividades externas:

• Frequentemente os conselheiros sãochamados pela comunidade a participar dereuniões e atividades relacionadas à defesados direitos da crianças e do adolescente. Aparticipação dos conselheiros é tambémimportante em encontros de informação eformação, com troca de experiências econstrução de novos saberes na área dadefesa infanto-juvenil. Essa participaçãodeve ser discutida no colegiado, que tem oobjetivo de definir o posicionamento doconselho a ser levado a atividade externa.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS

SUBSECRETARIA DE PROMOÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTE

CadastrarCri/Adolescente

Grp/Comunidade

Registrar Denúncia

Aplicar

Acessar Sistema

Realizar Acomp. Obrig./

Vencidos/ Vencendo

hoje

AcompanharGerar Fato

Cadastrar

Usuários

Pendências na

Agenda?

Consultar

Agenda

Encerrar

Cadastrar

Tabelas

Identificar Dir.

Violado/ Ag. VioladorDeterminar

Providência

Denúncia Procedente?

Cri/Adolescente

Grp/Comunidade

cadastrado(s)?

Sim

Não Associar à

Denúncia

Sim

Não

Sim

Não

(Tipificar Artigo)

FLUXO

O QUE É O SIPIA I

• É um Sistema de registro de violações e ressarcimento dedireitos fundamentais de crianças e adolescentes; baseado nasdiretrizes do ECA, para uso dos Conselheiros Tutelares;

• É um instrumento de gestão para tomada de decisão, para osConselhos de Direitos de Crianças e Adolescentes e os PoderesExecutivos traçarem políticas públicas na área da infância ejuventude;

• Propicia a gestão pela informação; e

• Contribui para a formação de uma cultura de direitos humanos

O Papel do SIPIA• Auxilia o Conselheiro Tutelar no uso do ECA;

• Fornece uma lista de medidas possíveis de seremadotadas;

• Mantém cadastro das crianças, dos fatos, dasmedidas protetivas;

• Registra informações dos órgãos e entidades deatendimento;

• Emite ofício aos órgãos e entidades deatendimento;

• Emite relatórios que permitem o entendimentodo problema e auxiliam na proposição de políticaspúblicas

Os Direitos Fundamentais da Criança e do Adolescente (lei 8.069/90)

• à vida e à saúde;

• à liberdade, ao respeito eà dignidade;

• à convivência familiar ecomunitária;

• à educação, à cultura, aoesporte e ao lazer; e

• à profissionalização e àproteção no trabalho

O trabalho do Conselho Tutelar

O PORTAL SIPIA

• Recebimento de relatórios resumidos enviados pelos CTs, via administradores estaduais;

• Agregação e tratamento estatístico dos dados + disponibilização online:

www.mj.gov.br/sipia

• Dados disponíveis por município e por tipos de violação dos direitos.

SIPIA - Dificuldades• Sistema defasado tecnologicamente;

• Falta de estrutura por parte dos Conselhos Tutelarespara seu uso;

• Falta de capacitação para o uso pelos conselheiros;

• Poucos conselhos registram e enviam os dados.

Referências:

• ANDI/DCA/AMENCAR. Balas Perdidas. 2001. Disponível em http://www.andi.org.br/_pdfs/BalasPerdidas.pdf. Acesso em: 15 de dez de 2005.

• BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília/DF:Senado, 2011.• CARRERA, Gilca Oliveira. A Práxis Educativa na Medida Socioeducativa de Internação.

Salvador: UFBA, 2004.• JUSPOPULI. Adolescentes e Direitos. Salvador/Ba, 2004.• PADILHA, José. Ônibus 174. Riofilme. 2002. DVD. 133min. • ROCHA, Leonardo Coelho. O caso Ônibus 174: entre o documentário e o telejornal.

Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI, disponível em www.bocc.ubi.pt, acesso em 18 de out de 2005.

• SILVA, Helena Oliveira & SILVA, Jailson de Souza e. Análise da violência contra a criança e o adolescente segundo o ciclo de vida no Brasil. São Paulo: Global; Brasília: UNICEF, 2005.

• UNICEF. Relatório da Situação da Adolescência Brasileira. Brasília/DF, 2002. Disponível em http://www.unicef.org/brazil/sab/sab_1.pdf, acesso em Junho de 2011.

• Sites:• http://www.andi.org.br• http://www.cipo.org.br• http://www.ibge.com.br• http://www.ibope.com.br• http://www.unesco.org.br• http://www.unicef.org/brazil/eca01.htm• www.criandosite.com.br• www.enquetes.com.br• www.podcast1.com.br

Ampliando um pouco mais...

Estudo de Caso

O conselho tutelar recebe notificações deviolações de direitos

Aplica medidas de proteção, requisitaserviços, encaminha, providencia,representa, acompanha e contribuipara a formulação das políticas eplanos municipais de atendimento àcrianças, adolescentes e suas famílias.

Processo de trabalho no CT:Conjunto de ações

Inserção, verificação, decisões, acompanhamentoe encerramento

• A inserção divide-se em: Recebimento dasdenúncias, distribuição dos casos, registro docaso, providências imediatas;

• A verificação divide-se em: diagnóstico sumárioou aprofundado – feito através de notificações,atendimentos, entrevistas, visitas domiciliares einstitucionais, solicitação de laudos, estudossociais;

Processo de trabalho no CT:Conjunto de ações

Inserção

• Recebendo a denuncia: fazer escuta atenta,com serenidade e atenção à situaçãoexposta;

• Anotar todas as informações possíveis;

• Definir se compete ao CT. Se não for casopara o Conselho Tutelar, orientar odenunciante sobre a quem compete atendera questão.

Processo de trabalho no CT:Conjunto de ações

Inserção

• Se pertencer a outro conselho, solicitar aodenunciante fazer a denúncia no conselhocompetente, informando-o do endereço etelefone de contato;

• Caso o denunciante se negue a esteprocedimento, o conselho acionado podecolher os dados e encaminhar ao ConselhoTutelar competente.

É no momento da denúncia que se inicia aavaliação da gravidade da situação quedeterminará o grau de urgência daintervenção.

Há situações em que o conselheiro precisaorientar as pessoas imediatamente ou agir.

Distribuição dos casos

• Recebimento das denúncias avaliação de competência distribuição equitativa entre os conselheiros emcolegiado;

• O caso é de responsabilidade do conselho, mas umconselheiro deve se tornar sua referência, para atenderaos envolvidos e proceder às decisões que o colegiadotirar com relação a ele;

• Preencher os campos de informações (SIPIA), anexardocumentos, como cópias de certidões de nascimento,laudos, cópias das notificações, encaminhamentos.

Se o conselheiro “sorteado” com algum caso,possuir algum grau de parentesco, ou relaçõesmuito próximas com os envolvidos, deve deixar ocaso a cargo de outro conselheiro, pois este tipode relação não favorece o andamento dos casos,além de poder gerar constrangimento para osatendidos.

ÉTICA

Providências imediatas

• Quando protelar as decisões pode significar granderisco para a criança e /ou perda da possibilidade deresponsabilização dos agressores através de provascomprobatórias dos fatos.

• Isto não significa encerramento do caso, mas apenassocorro imediato para estudos posteriores dascircunstâncias que motivaram as violações, aplicando,posteriormente, as medidas de proteção ou judiciaisque se fizerem necessárias.

Processo de trabalho no CT:Conjunto de ações

Verificar: apurar, constatar, confirmar

• Checar se a violação realmente está ocorrendo, qual ograu de risco para a criança denunciada e para os outrosmembros da família.

• Criar condições de decidir sobre as medidas a seremtomadas.

• Deve responder as seguintes perguntas: Houve aviolação? Qual(is) direito(s) foi(ram) violado(s)? Quemviolou? Onde? Quando? Desde quando?

Meios de verificação

• Entrevistas/ atendimentos com os envolvidos,para prestarem esclarecimentos sobre os fatos emotivações das violações de direitos, feitas noconselho ou em visitas domiciliares einstitucionais.

• Solicitação de laudos médicos, psicológicos,diligências investigatórias, estudos sociais,declarações, que esclareçam situações,comprovem fatos e respaldem as decisões doConselho Tutelar.

Entrevistas / Atendimentos

• Podem ser agendadas previamente atravésdas notificações de comparecimento à sededo Conselho;

• O conselheiro atende os envolvidos emgrupos ou individualmente;

• O conselheiro deve se organizar, tendoagenda, reservando local adequado, estandonele pontualmente para atender osnotificados;

Entrevistas / Atendimentos

• Organizar com antecedência a conversa,clareando os objetivos a alcançar, estratégias,com quem conversar, quais argumentos usar,sendo educado e objetivo;

• Preservar informações confidenciais dos casosatendidos;

• Registrar por escrito os resultados das conversas– informações colhidas, impressões, definições.

Visitas domiciliares

• Estratégias de contato com as famílias, sendoesclarecedoras das condições socioeconômicas dasmesmas;

• Meios de verificar os fatos denunciados, proceder aencaminhamentos e fazer novos agendamentos;

• Servem ainda para estabelecer contatos, esclarecendosobre as competências do Conselho e abrindo para aspossibilidades de intervenções futuras.

Visitas domiciliares

• Devem ser sempre respeitosas;

• Só entrar na residência se for convidado;

• Se identificar e informar o motivo da visita;

• As visitas para verificação, podem também ter efeitos deintervenção, são bons instrumentos de resgatar vínculos,restabelecendo a normalidade de atendimentos iniciados.

Visitas institucionais

• São instrumentos de verificação eintervenção que possibilitam acesso ainformações, ampliar o conhecimento dasituação familiar ou das crianças eadolescentes.

Estudo de casosDiagnóstico aprofundado

• Estudar um caso é mergulhar na suacomplexidade e totalidade, buscando desvendara teia de relações que o constitui.

O estudo de caso ajuda a conhecer ahistória e cultura familiares e o contextocomunitário em que a mesma se encontra.Deve ser feito ao longo da investigaçãodiagnóstica, ou pode ser solicitado aoserviço de assistência social do município

Processo de trabalho no CT:Conjunto de ações

Constata, diagnostica, decide

• Decisões: Aplicação de medidas eencaminhamentos, relatórios;

• Acompanhamento: solicitação derelatórios, atendimento periódico;

• Encerramento do caso: Registro de todosos procedimentos e levantamento dedados estatísticos. Arquivo.

Decisão do Conselho

De posse de todas essas informaçõesfornecidas pelos laudos e pareceres técnicos,o colegiado do CT está em condições dedecidir quais medidas de proteção ouencaminhamentos mais se adequam ao caso.

Trabalhando com sujeitosde direitos e desejosA aplicação de Medidas tem mais chance de

ser efetiva se dela participar os maioresinteressados – a família, a criança e/ouadolescente envolvidos. As medidas deproteção e aos pais e responsáveis sãoaplicadas para cumprimento na rede deserviços ofertada pelo município, com a qual oConselho deve se articular e interagir.

A rotina de um Conselho TutelarVerificar se o caso é mesmo do Conselho

Tutelar

Caracterizar a situação da criança e doadolescente, verificando de quem ele évítima

Dimensionar a complexidade doproblema e identificar as percepçõesque os diferentes atores sociaisenvolvidos têm sobre ele;

A rotina de um Conselho Tutelar

Estabelecer, em grupo, estratégias edefinir as medidas que serão adotadaspara alterar a realidade da criança ou doadolescente vitimizado;

Garantir registros que preservem amemória dos casos e obedecer aomínimo necessário de formalidadeburocráticas.

A rotina de um Conselho Tutelar

Promover a formação permanente dosconselheiros tutelares e a divulgação doCT;

Funcionar como interlocutores junto aoexecutivo para as questões relacionadasaos aspectos físicos dos conselhostutelares, bem como dos aspectosfuncionais dos conselheiros;

A rotina de um Conselho Tutelar

Dialogar e inserir os Conselhos Tutelaresem todas as discussões do Orçamento.

Os dois Conselhos representam a inovaçãona garantia dos direitos da criança e doadolescente, portanto sua integração éfundamental para a efetivação das políticaspúblicas e, consequentemente do Estatutoda Criança e do Adolescente.

Das Medidas de Proteção(Art. 101)

• Aplicar medidas de proteção é tomarprovidências em nome da Constituição e doECA, para que cessem a ameaça ou violaçãode direitos de crianças e adolescentes.

• O Conselho Tutelar e o Juizado da Infância eJuventude estão autorizados a aplicar asmedidas de proteção, mas não a executá-las.

Medidas de Proteção

• Artigo 99: As medidas previstas nestecapítulo poderão ser aplicadas isoladas oucumulativamente, bem como substituídas aqualquer tempo;

• Artigo 100: Na aplicação das Medidas levar-se-ão em conta as necessidadespedagógicas, preferindo-se aquelas quevisem ao fortalecimento dos vínculosfamiliares e comunitários.

VII. Abrigo em entidade

Parágrafo único: O abrigo é medidaprovisória e excepcional, utilizável comoforma de transição para a colocação emfamília substituta, não implicando privaçãode liberdade.

Caso seja necessário abrigar algumacriança em situação de risco, sem aceitaçãoda medida pelo guardião, deve-se acionarimediatamente o Ministério Público atravésde relatório, solicitando aplicação damedida por ordem judicial.

A retirada da criança pelo CT, sem ordemjudicial, pode ocorrer em situações de riscoevidente, que exijam socorro imediato,mas tal ação deve ser comunicadaimediatamente à autoridade judiciária ouMP.

Das medidas pertinentesaos pais ou responsáveis

Por reconhecer a família como o lugar maisadequado de se garantir os direitos de crianças eadolescentes e por considerar a convivência familiarum direito, o ECA prevê também como forma deproteção a aplicação de Medidas aos Pais eResponsáveis.

Visa, com isto, reunir condiçõesadequadas para o cumprimento dosdeveres de assistência, criação eeducação dos filhos menores deidade.

Os procedimentos de aplicação de medidasaos pais e responsável devem ser feitos,numa relação de apoio, orientaçãorespeitosa, sem constrangimento e sem apresença dos filhos para não desautorizaros pais.

HABILIDADES

Atuação eficaz

Superar o senso comum;

Desburocratizar;

Ocupar novos espaços de ação social;

Ser perseverante;

Se capacitar constantemente.

Capacidades e habilidades a serem aperfeiçoadas dia-a-dia

Escuta;

Comunicação;

Busca e repasse de informações;

Interlocução;

Negociação;

Capacidades e habilidades a serem aperfeiçoadas dia-a-dia

Articulação;

Administração do tempo;

Realização de reuniões eficazes;

Elaboração de textos;

Criatividade institucional e comunitária.

Obrigado pela atenção!

Aqui tem qualificação de verdade!