bem estar autoamor 24-06-2012

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Editorial

Se a traição é um ato ao qual todas as pessoas estãosujeitas, está na hora de saber como agir se, pordesventura, você se tornar mais uma “vítima”. Nareportagem de capa deste domingo, especialistas emrelacionamentos reforçam a importância de trabalhar aautoestima para não se prender ao traidor. Erecomeçar. “Você consegue ser feliz e começar de novose valorizar e reconhecer sua autoestima. Não secontente com migalha. Você merece o banquete”, diz apsicóloga Beth Valentim. “Busque novidades para suavida, fique alerta àquilo que seja interessante eprazeroso”, também recomenda o psicólogogestalt-terapeuta Hugo Oddone.

24

Roteiro inesquecível pelo Vietnã revelalendas da baía de Halong, uma dasMaravilhas do Mundo

16

Aos 51 anos, ator Humberto Martins,destaque de “Gabriela”, videncia seuamadurecimento artístico

13

Para espiritualista, devemos praticar areligiosidade autêntica a fim de nosmantermos fortalecidos para enfrentaras experiências da vida

Poesia

Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...

A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos

Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,

Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos

Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:

Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,

Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança

Das outras vezes perdidas,

Atiro a rosa do sonho

Nas tuas mãos distraídas...

Mário Quintana

EDUCAÇÃOUniversidade Schumacher, naInglaterra, revoluciona ensinocom ênfase na visão holísticae em harmonia com a naturezaPáginas 8 e 9

SAÚDEAlimentação balanceada econtrole do estresse sãonecessários ao fortalecimentodo sistema imunológicoPáginas 10 e 11

COMPORTAMENTOAfinidade com a internet temlevado um número cada vez maiorde pessoas a buscar o meiovirtual para fazer terapia on-linePágina 12

PAULO COELHOEscritor “volta” a 1986, data daexplosão nuclear em Chernobyl,na Ucrânia, o pior desastrecriado pela mão do homemPágina 32

Agência O Globo

Luiza Dantas/Divulgação

Turismo

Rubens Cardia

Televisão

Recomeçar

Marcos LelisDIÁRIO DA REGIÃO

Editor-chefeFabrício Carareto

[email protected]

Editora-executivaRita Magalhães

[email protected]

CoordenaçãoLigia Ottoboni

[email protected]

Editor de Bem-Estar e TVIgor Galante

[email protected]

Editora de TurismoCecília Demian

[email protected]

Editor de ArteCésar A. Belisário

[email protected]

Diretora SuperintendenteRosana Polachini

[email protected]

Pesquisa de fotosMara Lúcia de Sousa

DiagramaçãoCristiane Magalhães

Tratamento de ImagensArthur Miglionni, Humberto

Pereira e Luciana Nardelli

MatériasAgência Estado

Agência O Globo

TV Press

2 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

DUAS VIDAS

Esoterismo

José Trigueirinho Netto

Há vidas que se norteiam pelo es-

tado de consciência da maioria. Nes-

se estado, entra-se em um vórtice de

forças desprovido de essência. Na

realidade, esse vórtice a que cha-

mam vida representa a média das

tendências de quantos compõem a ci-

vilização; portanto, não é a vida ver-

dadeira de ninguém, de pessoa algu-

ma. E são essas forças que levam o

ser humano a buscar felicidade na

existência externa, voltada para valo-

res fictícios. Essa busca se transfor-

ma em sofrimento, já que o prazer e

o desejo são fugazes e a insatisfação

volta sempre. Todos conhecem esse

tipo de vida, considerado normal.

Porém, quando um indivíduo de-

cide transcender esse estado, as for-

ças intrínsecas à vida que até então ti-

nha adotado voltam-se contra ele,

procuram incutir-lhe idéias, taxam-

no de exótico, condenam-no como al-

guém à parte dos demais, tentam dis-

suadi-lo da busca da pressentida me-

ta evolutiva. Tais forças, poderosas,

o convidam a repetir as experiências

passadas e incluem no convite até

mesmo o que nessas experiências

houve de meritório. Mas o indiví-

duo liberta-se dessa condição pelo

exercício do desapego, pela perseve-

rança e pela clareza da meta superior

que finalmente começa a apresentar-

se à sua consciência.

Mais além dessa vida comum há

uma existência subjetiva. É a vida da

alma nos níveis abstratos, ou a do

corpo de luz nos níveis espirituais

do ser. Quando essa vida interior

aflora em uma pessoa, significa que

sua alma despertou para a união com

o espírito e está a serviço do Plano

Evolutivo; a irradiação da pessoa é

então suficientemente forte para con-

tribuir na harmonização planetária.

Ao buscar a vida interior, o eu

consciente pode ser permeado de

modo especial pelo amor da alma e

pela vontade do espírito. Por ter

suas raízes além do nível mental, a

vida interior não chega a ser deturpa-

da pelo que se passa na esfera psíqui-

ca individual ou coletiva, bastante

densificada nestes tempos de caos. A

fé, a entrega e a doação de si ao servi-

ço altruísta são requisitos primor-

diais para que ela se amplie no ser,

e para que suas vibrações pene-

trem e transformem o mundo for-

mal, até então renitente a verdadei-

ras mudanças.

É mais fácil serdes vencidos pe-

las forças contrárias à evolução que

emergem de vós do que pelas que

vêm de fora confrontar-vos. Portan-

to, vigiai.

Os que buscam sinceramente a vi-

da interior sabem que tudo o que se

apresenta a eles é uma oportunidade

de aperfeiçoamento e de serviço. De

mundos sublimes, imateriais, as Hie-

rarquias estimulam o despertar da

consciência do homem para os pla-

nos internos da existência. �

Serviço

Extraído do boletim “Sinais de Figueira”(Irdin Editora), de Trigueirinho(www.trigueirinho.org.br). Palestras do autorpoderão ser ouvidas, gratuitamente, no site:www.irdin.org.br, ou no grupo de estudos, quese reúne às quartas-feiras, às 20 horas, na ruaPorfírio Pimentel, 55, Bom Jesus, (2ª travessaacima da Av. Alberto Andaló com a ruaMarechal Deodoro). Mais informações:[email protected]

José Trigueirinho Netto éfilósofo espiritualista, autor de77 livros, com cerca de 2,5milhões de exemplarespublicados até o momento, emais de 1,7 mil palestrasgravadas ao vivo

Os que buscam o interior sabem que tudo o que se apresenta

a eles é uma oportunidade de aperfeiçoamento e serviço

Quem é

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 3

A infidelidade é uma realidade

presente na vida de homens e

mulheres. Autoestima é a chave

para enfrentar a situação com

dignidade e dar a volta por cima

Gisele [email protected]

A traição sempre foi e continua sendo tema de discussões sobre

o comportamento humano. Encontrar diretrizes que indiquem co-

mo evitar que um relacionamento atravesse uma situação co-

mo essa é o foco de estudiosos pelo mundo afora. Sempre se

ouve que os homens traem mais, no entanto, não são novida-

des as escapadinhas femininas. O que continua variando mui-

to são os motivos que levam cada um a violar o compromisso

firmado com o parceiro.

O que pode levar à traição é a forma como a relação se inicia.

“Muitas vezes, um relacionamento já começa com a traição”, expli-

ca o psicólogo cognitivo-comportamental Alexandre Cáprio. O ho-

mem trai uma mulher para ficar com outra. E a amante sabe desse

comprometimento. Se um homem é infiel em uma situação, pode-

rá facilmente repetir esse comportamento em outras ocasiões. Por

isso, muitas mulheres que “roubaram” o homem de outra termi-

nam traídas. Em casos como esses, colocar a culpa exclusivamente

no homem é negar a responsabilidade de uma situação que ela aju-

dou a criar.

Outra questão que leva à traição é o exemplo em casa. Se a rela-

ção entre os pais é turbulenta e cheia de traições, o filho poderá

aprender que relacionamento é traição e, mais tarde, poderá repro-

duzir essa mesma dinâmica em sua vida.

Quando não nos cuidamos ou não nos respeitamos, não conse-

guimos obter o cuidado e respeito alheios. Mulheres que não cui-

dam da aparência e do próprio corpo também podem extinguir o

interesse do parceiro, que abre seu campo de visão para novas pos-

sibilidades. “Uma grande parte das mulheres suporta a traição por

se achar velha e incapaz de atrair um novo parceiro para recome-

çar a vida”, complementa Cáprio.

Essa é uma crença muito comum e causa grande nível de infeli-

cidade. Muitas vezes, a mulher não trai seus princípios, mantendo-

se fiel a um homem que está sempre com outras parceiras. Sente-

se infeliz, mas com medo de ficar sozinha, e acaba aceitando de for-

ma resignada a situação, que pode se arrastar por toda a vida. A saí-

da? Remodele suas crenças e se liberte dessa prisão mental.

Relacionamento

Você acimada TRAIÇÃO

4 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Não encoraje traições. Jamais inicie uma relaçãopor meio de um ato de traição (encorajando alguém atrair outra pessoa para ficar com você). Colocar umpotencial traidor em sua vida pode fazer com quevocê seja o próximo

Analise. Faça uma análise do perfil que vocênormalmente entende como atraente. O desejosexual pode estar associado a característicasnegativas e fazer com que a vida amorosa seja umatroca constante de rostos diferentes ecomportamentos iguais

Cuide-se. Cuidados pessoais, aparência ebeleza andam juntas. Ninguém respeita quemnão se respeita, ninguém gosta de quem nãose gosta e ninguém ama quem não se ama. Aprendaa se valorizar para receber de seuparceiro o devido valor

Cuidado com o perdão. Perdoar não significaesquecer. Se o parceiro perceber que pode ter outrasmulheres sem grandes perdas, o perdão pode setornar o gatilho de uma nova traição. Procurecompreender as verdadeiras causas do queaconteceu. A terapia cognitivo-comportamental paracasais é a mais adequada para superar uma situaçãocomo essa, uma vez que o profissional levantará, deforma neutra, os fatores que levaram asituação a tal ponto

Recomece. Não tenha medo de recomeçar.Não existe idade para ser feliz. Utilize a experiênciaadquirida para construir seu futuro. Os problemaspodem ser como pedras em nosso caminho oudegraus de uma escada que nos projeta cada vezmais para o alto. Escolha a forma que desejainterpretá-los

Fonte: Alexandre Cáprio, psicólogo

Perdoar é possível,esquecer é outra coisa. Cuidado,porque vai ter de conviver comesse fantasma da traição e deveestar preparado/a para isso

Você consegue ser felizsozinha e começar de novo, sevalorizar e reconhecer suaautoestima. É só entender quenão é uma pessoa que secontenta com migalhas e simcom um banquete

Fonte: Beth Vanletim, psicóloga

Dicas contra a traição

Vale a penaperdoar?

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 5

Aumente sua alegria, caminhe, dance,vá a uma academia, arrume novos amigos

Arrisque-se a buscar novidades na suavida, fique alerta àquilo que sejainteressante e prazeroso

Cuide do seu visual. Isso éfundamental, nada melhor como um novolook para levantar o astral, a mudança porfora pode influenciar a mudança por dentro

Dê atenção às suas necessidades,priorize algumas que há muito tempo foramdeixadas de lado

Fonte: Hugo Oddone, psicólogo gestalt-terapeuta

Baixa autoestima afasta parceiro

“Conheci o N. na casa da minha avó, que era dona de uma pensão onde elemorava, e começamos a namorar quando eu tinha 19 anos. Algum tempo depois,descobri que ele estava me traindo com a prima e terminamos, mas nesseperíodo, 11 meses depois do início do namoro, descobri que estava grávida.Voltamos por causa do bebê, depois de ele ter jurado que tinha largado dela. Fuipassar as festas de fim de ano com meus pais no Rio de Janeiro e, na volta, umavizinha contou para minha mãe que ele tinha levado uma mulher para nossa casadurante a nossa ausência. Ele negou e disse que a prima tinha ido até nossacasa para dizer que o filho que eu estava esperando não era dele. Após muitabriga, nos separamos novamente, mas voltamos antes do bebê nascer. Ele foiembora de novo, 15 dias depois do nosso filho, nascer para ficar com a prima epropôs que fôssemos amantes. Eu disse a ele que não precisava disso paraviver, pois tenho amor-próprio e dignidade, não precisava estar ao lado de umhomem que não me respeitava e nem a ele mesmo para criar nosso filho.”

A.C.C., 36 anos, representante comercial, foi traída pelo marido N.N.C.

Dicas para elevarseu nível de autoamor

Mas por que algumas pessoas acei-

tam a traição? A resposta passa pela au-

toestima. “Infelizmente, existem pes-

soas que se gostam pouco e aceitam ser

apenas uma ‘participação’ na vida do ou-

tro”, diz a psicóloga Beth Valentim, au-

tora de livros como “Essa Tal Felicida-

de” (ed. Elevação). “O melhor é poder

optar por ser feliz, sair de uma situação

constrangedora e começar de novo, com

a segurança e a certeza de que o amor-

próprio é o que mais eleva a dignidade

de alguém”, complementa.

Uma pessoa com autoestima baixa

não se conhece suficientemente. Não co-

nhece suas próprias necessidades, suas

defesas, seus medos e, principalmente,

não conhece seus desejos. Não tem

ideia dos seus recursos e de suas poten-

cialidades. Não acredita em si e menos

ainda no meio. Tudo é aterrorizante-

mente ameaçador. Não há espaço para

si neste mundo. “Assim, uma pessoa

com autoestima baixa se acha incapaz

de ser objeto de amor de qualquer pes-

soa”, diz o psicólogo Hugo Odone, ges-

talt-terapeuta. Território fértil para se

tramar infidelidades e traições.

O indivíduo com baixa autoestima

acredita que a pessoa que está com ela

irá interessar-se facilmente por outra,

que será sempre mais atraente e interes-

sante do que ela.

Acredita mais em evidências exter-

nas do que na própria experiência. Sem-

pre duvida dos seus sentimentos, pensa-

mentos ou ações. É facilmente engana-

da por terceiros. A versão da realidade

apresentada pelos outros é mais fidedig-

na do que a própria vivência.

“Uma pessoa com autoestima boa é

aquela pessoa que se apodera dos dese-

jos, das intenções, que organiza e dá um

rumo à própria vida, que sabe tirar pra-

zer das vivências, organiza seus siste-

mas de valores, valoriza e relaciona-se

saudavelmente com seus semelhantes,

na família, no trabalho, no social”, com-

plementa Oddone.

Quem tem baixa autoestima exige do

outro uma total dedicação, muito mais pa-

ra suprir suas carências do que propria-

mente por precisar tanto assim do outro.

Há tarefas que a pessoa precisa fazer por si

sem depender de ninguém. Mas, em tais

condições, não consegue perceber essa sim-

ples verdade. Com essa atitude dependen-

te, possessiva, insegura, persecutória, a pes-

soa com baixa autoestima acaba empurran-

do o outro para outros braços. (GB)

“A outra foi no nosso casamento”

6 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Vingança

Esse é um dos maiores motivos detraição entre as mulheres

Baixa autoestima

Elas se envolvem emocionalmente ese apaixonam por um homem que ofereça aatenção que não recebem do parceiro

Desejo

Muitas mulheres traem por não teremsuas expectativas sexuais correspondidas.Muitas têm vergonha ou acham que seusparceiros não são abertos o suficiente paracompartilhar desejos e fantasias. Dessaforma, ficam insatisfeitas

“Ela destruiu minhaautoconfiança”

Necessidade de provar a masculinidade

Isso vem desde antes da invenção daroda e não vai mudar. Ele precisa seautoafirmar e ter seu ego massageado

Fatores culturais

Desde a infância, os homens crescemouvindo que têm de ser pegadores e queexistem dois tipos de mulheres: a de umanoite só e a “para casar”. Isso talvezexplique porque eles não acham que nãodevem fazer algumas coisas com suasmulheres, sexualmente falando

Aventura e instinto

O homem precisa, em tese, de maisaventuras. A adrenalina e o novo fazemparte da fantasia deles e a rotina docasamento para muitos é um pesadelo

SINAIS DE QUE VOCÊ PODE ESTARSENDO TRAÍDA

Culpa o trabalho para não estar aoseu lado

É uma das primeiras desculpas,principalmente se antes ele nãocostumava passar tantas horastrabalhando por um motivo qualquer oufazendo horas extras

Perde o interesse sexual

Um dia ou outro pode ocorrer delenão estar a fim de transar e vocêtambém: é normal. Só não pode dar amesma ou várias desculpas, como dizerque está cansado, com dor de cabeçaou outra coisa

Fica mais bonito quando não vai

estar com você

Antes era você quem tinha dearrumar as roupas para ele sair e elenem se importava. Agora, se importaem estar mais bem vestido eperfumado quando sai sozinho ou comamigos

Não deixa você mexer no celular dele

O celular toca e ele corre paraatender antes que você o faça, egeralmente longe. Antes, deixava vocêatender e até mesmo dar umas olhadasnas mensagens

SINAIS DE QUE VOCÊ PODE ESTAR

SENDO TRAÍDO

Ela começa a agradar muito

Uma das grandes característicasdas mulheres ao fazerem algo errado édisfarçar por meio do agrado, semmotivo aparente

Sai mais com as amigas do

que com você

Quem ama não deixa o outro parasair com os amigos com frequência. Seisso acontecer, fique alerta. É claro queas mulheres gostam de estar juntaspara conversar sobre coisas que sócomentam entre si, assim como oshomens. Mas não sempre

Deixa de se importar com a beleza

quando está com você

De um dia para o outro, elacomeça a chegar mais desarrumada,

com qualquer roupa, sem maquiagem...E você percebe que, quando ela nãoestá com você, arruma-se toda

Fica feliz ao receber ligações oumensagens de uma suposta amiga

Do seu lado, ela fica normal, semdemonstrar alegria ou entusiasmo. E aírecebe uma ligação ou uma mensageme dá pulos de alegria. Há grande chancede não ser uma amiga

Lista de chamadas e de caixa demensagens sempre apagadas

Mulheres costumam apagarrastros. Se a lista de chamadas docelular, assim como a caixa demensagens, está sempre apagada, éporque tinha algo antes que você nãopodia olhar �

“Eu e ela morávamos juntos havia 11 meses e orelacionamento era supernormal, sem que houvesseindícios de problemas. A filha dela de dois anosmorava conosco e sempre cuidei dela com o carinhode um pai. Comecei a desconfiar que havia algoerrado quando, de uma hora para a outra, elacomeçou a carregar o celular para todos os cantos,inclusive para o banheiro. Ela também começou afrequentar demais o apartamento onde o outromorava com a família e que ficava embaixo do nosso,a sair para fazer caminhadas em horários diferente enão querer sair tanto de casa como antes. Comecei aver um número diferente no celular dela até que umdia o telefone tocou e eu retornei a ligação. Eleatendeu e disse “fala, amor”. Desci imediatamenteao apartamento dele, mas ele estava viajando e eunão disse nada a ela. Passaram-se 15 dias e eufiquei torcendo para que ela largasse, porque eugostava muito dela e estava disposto a perdoar,até que no aniversário dele vi que os dois saírampara se encontrar, enquanto eu fui para nossoapartamento cuidar da filha dela. A mãe dela ficoudo meu lado e ela acabou perdendo muito porcausa disso. Tirei minhas coisas do apartamentoe fui embora. Algum tempo depois, ela tentou usara filha, que eu gostava muito, para sereaproximar, mas não quero mais saber. Ainda dóiquando penso, apesar de estar namorando e felizhá um ano. O pior é que ela destruiu minhaautoconfiança e sempre acho que pode acontecertudo de novo. Ainda vai demorar um pouco, mas vourecuperar a confiança”

P.C., 33 anos, técnico em informática,foi traído por V.B., 29 anos

Saiba

Por que eles traemPorque elas traem

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 7

Universidade

Schumacher,

na Inglaterra,

chama atenção

pela proposta

pedagógica com

visão ecológica

e holística

Elen [email protected]

Aulas convencionais, salas

cheias e provas teóricas: nada

disso é encontrado na universi-

dade britânica Schumacher.

Disciplinas não convencionais,

valorização da culinária vegeta-

riana e orgânica e técnicas alter-

nativas de ensino colocam o lo-

cal como um dos mais valoriza-

dos no momento em educação.

Schumacher está localizada

em uma pequena cidade chama-

da Totnes, na Inglaterra, em

um prédio de centenas de anos

com traços que mesclam carac-

terísticas medievais, ocidentais

e indianas. A posição da univer-

sidade é privilegiada, totalmen-

te integrada entre jardins e be-

los bosques.

Os cursos oferecidos são de

pós-graduação, formação profis-

sional ou curta duração, e os valo-

res não são nada baixos. Os cus-

tos podem chegar a quase 18 mil

libras, o equivalente a R$ 54 mil

em um ano de curso, preços justi-

ficados pelo alto e diversificado

nível do corpo docente.

Em turmas pequenas – ge-

ralmente entre 15 e 20 pessoas

por turma –, os alunos têm con-

tato com professores pensado-

res, ativistas e profissionais de

vários países. Esse perfil de edu-

cador não significa, no entan-

to, que são professores contra o

capitalismo ou a globalização,

eles apenas querem mostrar

que é possível explorar o poten-

cial do mercado, mas de forma

benéfica para todos. Tanto que

a universidade recebe estudan-

tes das mais diferentes forma-

ções profissionais, como econo-

mistas, empresários, políticos,

cientistas.

A educação ganha destaque

pela sua interatividade, inclu-

são de vivências práticas e parti-

cipação ativa, onde as salas de

aula convencionais abrem espa-

ço para jardins, bibliotecas, sa-

las de meditação, hortas e cozi-

nhas. Nesses ambientes atípi-

cos são desenvolvidas habilida-

des e pensamentos estratégicos

para enfrentar e resolver desa-

fios ecológicos, econômicos e

sociais, com fundamentos de-

senvolvidos na cosmovisão eco-

lógica e holística.

Novo olhar

A ideia, na verdade, é trans-

mitir uma visão de mundo di-

ferente para pensar, viver e tra-

balhar. As experiências ricas,

mas repassadas com rigor, pos-

sibilitam esse envolvimento

mais completo com tudo que

está ao redor. Ali tudo é feito

pensando em mudanças positi-

vas para o mundo. E é esse o

grande objetivo desta nova li-

nha de pedagogia.

Provocar uma nova percep-

ção está nos planos desde a funda-

ção de Schumacher, há 20 anos.

Ensinar a ter essa visão diferencia-

da para o mundo, a fazer avalia-

ções em todas as ações, desde as

mais simples, mostrando todos

seus impactos.

Quem estuda em Schuma-

cher não aprende apenas o que

é proposto na grade curricular.

Aprende a dimensão do espa-

ço, o contato com a natureza e

com pessoas de diferentes par-

tes do planeta, a refletir sobre a

vida e o papel de cada ser huma-

no nesse mundo.

Envolvimento

Na universidade, estudan-

tes, voluntários e professores

de origens e culturas diversas

entram em contato com o míni-

mo de hierarquia possível, em

um ambiente onde todos têm

as mesmas tarefas. Dinâmicas,

palestras e debates envolvem o

ensino baseado em um estilo

de vida sustentável, com traba-

lhos voltados para o desenvolvi-

mento da consciência social, es-

piritualidade e filosofia.

A cozinha é um ponto de en-

contro importante para todos

os estudantes, a começar pelo

cultivo da horta. Quem escolhe

vir para Schumacher aprende a

cultivar o próprio alimento, a

fazer as limpezas necessárias

no ambiente, a preparar pratos

deliciosos e a apreciá-los, crian-

do uma grande valorização da

comida, que tornou-se muito

famosa no vilarejo de Totnes.

Todo esse envolvimento

garante uma formação am-

pla, que inclui a inspiração

para novos pensamentos so-

bre a vida. Para completar o

ensino teórico, a universida-

de oferece a consulta de li-

vros que estão disponíveis

em uma imensa e invejada bi-

blioteca, além dos materiais

específicos para cada curso.

Educação

Diferente e eficientePosição da universidade

na pequena cidade de

Totnes é privilegiada,

totalmente integrada

entre jardins e bosques

Fotos: Divulgação

8 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Uma sala para meditaçãoé disponibilizada para meiahora de reflexão e relaxamentoantes do café da manhã

Após a primeira refeiçãodo dia, uma reunião é realizadacom todos os alunos deSchumacher

Nesse encontro, é feitaa divisão de todas as tarefase trabalhos do dia entreos grupos

Entre as atividades estãoatuar na cozinha, limpeza oujardinagem

Na cozinha, o destaquefica para a comida colorida evegetariana, rica em alimentosorgânicos e frescos produzidosna escola

Palestras, debates eestudos específicos entram naprogramação diária

Durante a noite, maispalestras são proferidas porprofessores da instituição.Elas são abertas à toda apopulação da cidade, umaforma de abrir espaço para ocontato dos moradores locaise alunos

O sucesso da metodologiada universidade e a saborosaculinária estimulam o retornode alunos e a retribuição como voluntariado

PÓS-GRADUAÇÃO

Mestrado em Ciência Holística

Mestrado em Economia de Transição

Mestrado em Horticultura Sustentável

FORMAÇÃO PROFISSIONAL E PRÁTICA

Certificado em Horticultura Sustentável

Certificado em Edifício Natural

Programa Ecológico de Alfabetização do Projeto Landscope

CURTA DURAÇÃO

Corpo e Terra

Auto-Construção, Construção da Comunidade,Regulamentos de Planejamento e Construção

Terra Pilgrim

Mudança de Conflitos e Reconciliação – Aprendendo

com o Frontline

Escassez, Ecologia e Economia Presente

A experiência de Schumacher

Amor em Ação: Um Guia para Ativismo Sagrado

Sabedoria, Conscientização e Compaixão no Trabalho

Constelações Ecológicas: Desbloqueio de Soluções paraDilemas Pessoais e Organizacionais

Cultivando uma Visão de Mundo: Pessoa, Lugar e Prática

Bancos em Nós Mesmos: Novos Modelos deFinanciamento para Iniciativas Baseadas na Comunidade

Narrativas de Sustentabilidade �

Fonte: Site oficial da Schumacher College

Cursosdisponíveis para 2012

Bolsa de estudosPara quem não pode pagar

os preços salgados dos cursos

oferecidos em Schumacher, há

a possibilidade de solicitar bol-

sas de estudos. O site oficial da

universidade não informa

quantas, mas já avisa que não

são muitas, portanto, é preciso

se empenhar para conquistar

uma delas.

Para se preparar para fazer

o pedido de assistência finan-

ceira, é preciso primeiramente

conhecer tudo sobre o colégio.

Em seguida, ao escolher o cur-

so, elabore um requerimento

que deve ser enviado via fax ou

e-mail. Juntamente ao pedido,

é necessário ainda justificar os

motivos que demonstrem o me-

recimento do benefício e como

poderá retribuir para a comuni-

dade e a própria universidade.

As exigências não param

por aí. O setor que analisa as

bolsas pede ainda duas cartas

de apoio que podem ser de ami-

gos, professores ou empregado-

res, demonstrando que o candi-

dato à bolsa é merecedor da

oportunidade.

Uma outra ficha deve ser

preenchida com dados pessoais

e gerais, além da obrigatorieda-

de de apresentação de cópias de

alguns documentos.

Para mais informações, aces-

se o site www.schumachercolle-

ge.org.uk e visite o link “Bolsas

de Estudos”. (EV)

Curso na Colômbia

O dia a dia em Schumacher

Quem escolhe

vir para

Schumacher

aprende a

preparar o

próprio alimento

e a respeitar a

natureza

O curso Ciência Holística e

Economia de Transição, o pri-

meiro na América Latina, irá

misturar aprendizado on-line

e a presença aos fins de semana

no local definido para as aulas.

A intenção é aproximar e ofere-

cer mais oportunidades para

alunos conhecerem o método

adotado em Schumacher.

As aulas do curso serão da-

das na cidade de Tenjo, em

Cundinamarca, a cerca de uma

hora de Bogotá, na Colômbia.

As datas estão previstas para

início em outubro e término

em março do próximo ano,

com um intervalo de três sema-

nas para os feriados do Natal e

Ano-Novo.

O investimento total do cur-

so fica em 1.640 libras, o equi-

valente a pouco mais de R$ 5

mil. O valor inclui o paga-

mento do programa de estu-

do e taxas de alimentação e

alojamento. (EV)

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 9

Alimentar-se de modo correto, exercitar regularmente

o corpo e manter a carteira de vacinação em dia são

meios para fortalecer o sistema imunológico

Elen [email protected]

Quando a saúde não está bem, o corpo

envia sinais de que algo precisa ser feito pa-

ra restaurar seu equilíbrio perfeito. O siste-

ma imunológico funciona dessa forma e, pa-

ra harmonizá-lo, é uma questão de disposi-

ção e uma boa alimentação.

Mas se com o corre-corre do cotidiano

há uma brecha aqui e outros descuidos ali

não há organismo que resista, deixando to-

da a estrutura de defesa natural fragilizada.

Com a imunidade em baixa, é criada uma

porta de entrada para gripes e aftas constan-

tes, herpes, infecções intestinais, de pele,

do trato urinário, estomatites e inflama-

ções de ouvido.

Isso acontece porque o sistema

imunológico depende de substâncias es-

pecíficas como hormônios, vitaminas e

sais minerais encontrados nos alimen-

tos para criar uma barreira protetora de

células de defesa do organismo contra

doenças oportunistas.

Em conjunto, por exemplo, as frutas, ver-

duras e os legumes possuem alguns desses

complementos necessários para reforçar a imu-

nidade, sendo que “o ideal é consumir cinco

porções de frutas ou hortaliças por dia”, infor-

ma a nutricionista Larissa Daniela de Oliveira

Colebrusco, de Rio Preto.

Polivitamínicos

A primeira ideia que vem à mente quan-

do nota-se que a imunidade está baixa é fa-

zer o uso de polivitamínicos. Embora seja

uma opção, é importante que essa

suplementação seja adotada somente quan-

do esgotadas as opções naturais.

De acordo com a nutricionista Larissa,

é preciso que seja feita uma avaliação sobre

a alimentação da pessoa, exatamente por-

que muitas vezes o problema está aí. “É ne-

cessário avaliar se o hábito alimentar está

correto ou se há a possibilidade de melho-

rar a qualidade dessa alimentação antes de

iniciar uma suplementação”, destaca.

É claro que o uso descoordenado de polivi-

tamínicos não é recomendado, pois pode pro-

vocar alguns problemas e reações do organis-

mo. Diarreia, náusea e vômito são alguns des-

ses efeitos colaterais de superdosagens de vita-

minas, no entanto, há diferenças.

O abuso dos polivitamínicos para su-

prir uma alimentação pobre em nutrientes

tem resultados diversos. De acordo com a

tolerância e o estado de saúde, a forte con-

centração das doses pode variar com mais

ou menos intensidade.

Atividade física

A prática regular de exercícios físicos é

capaz de fortalecer o sistema imunológico.

O motivo é que, no final da movimentação

do corpo, desde que de forma moderada, o

treino estimula a produção de substâncias

como insulina, cortisol, catecolamina, vaso-

pressina e endorfina.

Juntas, essas substâncias aumentam os

glóbulos brancos que protegem o orga-

nismo e podem destruir alguns vírus e

tumores. O professor Eduardo Ramos

do Nascimento, de Rio Preto, sócio efe-

tivo do Colégio Brasileiro de Ciências

do Esporte, destaca que há ainda a pro-

dução de células do sistema imune ati-

vas no sangue, as células NK.

De acordo com Nascimento, a atividade

física promove a diminuição do estresse,

deixando todos os sistemas do organismo

(nervoso, endócrino e imunológico) em

equilíbrio. Assim, essa harmonia consegue

fortalecer o organismo contra infecções e

doenças graves que atacam o coração.

“A natação, por exemplo, destaca-se

não só por melhorar a resistência, mas tam-

bém em prevenir e ajudar na recuperação

de doenças como asma, bronquite e proble-

mas ortopédicos”, destaca.

No entanto, uma pesquisa apresentada

pela laboratório de Metabolismo do Institu-

to de Ciências Biomédicas da Universidade

de São Paulo (USP) constatou que, quando

em alta intensidade, a atividade física pode

promover o efeito contrário e enfraquecer

as células de proteção.

Saúde

IMUNIDADE ALTA

10 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Onde encontrar vitaminas para reforçar sua imunidade

Vitamina A: alimentos de cores alaranjadas, comocenoura, abóbora, mamão

Vitamina C: frutas cítricas, como laranja, limão e acerola

Vitamina E: germe de trigo, nozes, castanhas, óleos evegetais verdes

Ácido Fólico: fígado e folhas verde-escuras

Selênio: castanha-do-Pará, frutos do mar, algas marinhas

Zinco: castanhas, carnes, aveia, feijões, arroz integral

Outros alimentos: leites fermentados e iogurtes, alho,cebola, gengibre, shitake e alimentos ricos em ácidos graxosômega 3, encontrado em peixes

Fonte: Larissa Daniela de Oliveira Colebrusco, nutricionista

Saiba maisSaúde por completo

Para manter o sistema

imunológico reforçado é preci-

so ter disciplina. Uma boa ali-

mentação, controlar o estresse,

a aceleração do dia a dia, evitar

o contato com a poluição são al-

gumas posturas que ajudam a

melhorar o sistema de defesa

do corpo, afirma a homeopata

Gisele Sardinha Oliveira, de

Rio Preto.

Segundo ela, “esse conjunto

de alimentos com prática de

exercícios diários e a ingestão

de água em abundância melho-

ra todo o funcionamento fisio-

lógico, que somente trará bene-

fícios ao organismo”, explica

Gisele.

Um importante e potente

mineral que fortalece a imuni-

dade é o zinco, pois estimula a

produção de glóbulos brancos

e a manter o funcionamento

saudável das células. O zinco

ajuda a combater infecções ao

aumentar os anticorpos.

“Todo esse processo nos be-

neficia, inclusive prevenindo o

estresse oxidativo e envelheci-

mento”, diz a homeopata. Pa-

ra encontrar o mineral, é ne-

cessário a ingestão regular de

cereais integrais, sementes,

oleaginosas (nozes, castanha-

do-Pará e de caju), carnes e le-

guminosas (feijão, grão de bi-

co e ervilha). � (EV)

Vacinas são reforçoAs vacinas são aplicadas em

períodos determinados para es-

timular as células a produzir an-

ticorpos e proteger o organis-

mo. Essa imunização é comum

nos primeiros meses e anos de

vida, porém, deve avançar ao

chegar à fase adulta.

Algumas doses são ofereci-

das pelo sistema público de saú-

de, pois estão no calendário ofi-

cial de vacinação, enquanto ou-

tras estão disponíveis somente

na rede particular. Entre as va-

cinas indicadas pela Sociedade

Brasileira de Imunização

(SBIm) estão a contra Influen-

za, ou seja, a gripe, que deve ser

tomada anualmente.

Há também a tríplice viral,

que protege contra sarampo, ca-

xumba e rubéola, devendo ser

aplicada até os 49 anos, em

duas doses, ou após esse faixa

etária, em dose única. A vacina

para proteger contra a febre

amarela é outra que precisa ser

renovada a cada 10 anos.

Já a pneumocócica 23-valen-

te é recomendada para maiores

de 60 anos e com doenças crôni-

cas, e a contra a catapora pode

ser aplicada em adultos, desde

que não tenham histórico das

pequenas feridas, muito co-

muns na infância. Outras duas

bem conhecidas são específicas

para sarampo e rubéola, reco-

mendadas para adultos que vão

viajar para o exterior.

A homeopata Gisele Sardi-

nha de Oliveira, de Rio Preto,

destaca que há ainda as vaci-

nas da hepatite B e Dupla tipo

adulto (dT), que previnem da

difteria e do tétano. “A partir

dos 20 anos, algumas pessoas

se esquecem da prevenção, sen-

do que são importantes. Po-

rém, é necessário uma avalia-

ção de um profissional da saú-

de para avaliar a administra-

ção dessas vacinas.” (EV)

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 11

Reconhecido pelo Conselho de Psicologia desde 2005, tratamento atende à

necessidade de quem mora longe ou tem dificuldade de se comunicar pessoalmente

Jéssica [email protected]

A internet possibilita o con-

tato com pessoas distantes de

forma rápida, compras e paga-

mentos de contas sem a necessi-

dade de enfrentar filas. Tudo é

feito com facilidade e comodi-

dade. Agora, além de tudo isso,

já é possível recorrer à terapia

on-line.

O Conselho Federal de Psi-

cologia (CFP) reconhece o aten-

dimento psicológico mediado

pelo computador desde 2005.

Os sites de psicólogos que reali-

zam esse tipo de consulta preci-

sam ser credenciados e ter um

selo de aprovação da entidade,

que deve estar estampado na pá-

gina de abertura. Assim, o in-

ternauta tem a segurança de

que será atendido por um pro-

fissional de verdade.

Uma busca em um site de

pesquisas pode mostrar cente-

nas de resultados. Mas se esti-

ver interessado nesse tipo de

atendimento, é preciso verificar

a procedência do portal, além

de verificar se o profissional

realmente está habilitado a pres-

tar esse tipo de serviço, já que

poderá expor dados pessoais.

A terapeuta Marcelle Vec-

chi, especializada em Master

Practitioner em Programação

Neurolinguística, diz que a te-

rapia on-line surgiu com a ne-

cessidade de atender pessoas

que moram distantes de deter-

minados profissionais por

quem gostariam de ser trata-

das. Segundo a especialista, as

terapias que se encaixam no

perfil on-line são as comporta-

mentais; para esses casos, são

sugeridos novos comportamen-

tos e o paciente se compromete

com essas mudanças no dia a

dia. “As terapias analíticas não

se encaixam no atendimento

on-line”, explica.

Mara Lúcia Madureira, psi-

cóloga cognitivo-comporta-

mental, explica que a psicotera-

pia mediada pelo computador

só pode ser realizada em cará-

ter experimental, como parte

de projeto de pesquisa aprova-

do por Comitê de Ética em Pes-

quisa, reconhecido pelo Conselho

Nacional de Saúde. “Os serviços

psicológicos reconhecidos, ofereci-

dos por sites credenciados ao CFP,

incluiorientaçõespsicológica,afeti-

vo-sexual, de ensino-aprendiza-

gem,profissional, ideomotora e co-

municativa; consultoria a empre-

sas e processos prévios de seleção

de pessoal; utilização de testes in-

formatizados,desoftwaresinforma-

tivoseeducativoscomrespostasau-

tomatizadas e reabilitação cogniti-

va”, explica.

A especialista alerta que a

psicoterapia só pode ser feita

para fins de pesquisa e sem ho-

norários ou remuneração dos

participantes. Já os demais ser-

viços autorizados podem exigir

ou não entrevista presencial

com o psicólogo e os honorá-

rios podem ser pagos por meio

de depósito bancário ou transfe-

rência eletrônica.

A psicóloga Valderez Gonsa-

lez, psicóloga credenciada para

realizar atendimento on-line,

diz que são permitidas no máxi-

mo 10 sessões, pois não é psicote-

rapia e sim uma orientação e

aconselhamento psicológico.

“Trabalhamos diretamente com

o foco do problema”, lembra.

No site www.cfp.org.br/se-

lo, é possível visualizar os sites

e profissionais credenciados e

que possuem aprovação do Con-

selho Federal de Psicologia.

Afinidade virtual

O atendimento psicológico

on-line pode ser importante pa-

ra pessoas que têm dificuldade

de se comunicar pessoalmente,

ou que têm afinidade com a in-

ternet, como explica Marcelle.

“A internet tornou possível al-

guns tratamentos que sem ela

seria inviável. As pessoas estão

cada vez mais abertas a se ex-

por no mundo virtual, e isso só

acontece pela familiaridade

que possuem com as redes so-

ciais em geral”, afirma.

Para Valderez, esse tipo de

consulta pode, por exemplo,

ser indicada para pessoas que

precisam de tratamento, mas

não querem ou não se sentem à

vontade em encarar um tera-

peuta. Mas a especialista alerta

que é importante que a decisão

parta da própria pessoa para

que possa ter efetivamente re-

sultados positivos em sua vida.

“A pessoa tem de expressar o

desejo de querer se autoconhe-

cer e cuidar de sua saúde psico-

lógica”, diz.

Comportamento

TERAPIA ON-LINE

“Eu estava com problemasconjugais e moro emCuritiba, mas queria seratendida por umprofissional de outroestado. Entrei em contatopor e-mail e ele foi muitosolícito em me responderprontamente, observouminha agonia e seprontificou a me atender viaSkype. Ainda nesseprimeiro contato, ele me fezdiversas perguntasreferentes a mim e ao meucônjuge, bem como sobre omomento emocional queestava meu casamento.Depois de várias questõesrespondidas, ele mesugeriu um atendimentosemanal, que incluiriaformas diferentes de mecomportar tanto comigomesma como no meucasamento, e falou queestaria acompanhandomeus progressos oulimitações. Me sugeriu queeu anotasse durante asemana questõesimportantes que gostariade tratar com ele, para queeu não esquecesse quandoestivéssemos via Skype, eassim fiz. As sessõesforam muitoesclarecedoras e ricas deconhecimento sobre comoeu posso agir de forma amanter a harmonia no meucasamento e também comminha família. Hoje, adotonovas formas de agir e seique sou capaz, antes nãoconseguia enxergar nemacreditar que existia saídapara as questões com asquais eu lidei.” �

M.C.A.C. 45 anos,advogada

Depoimento

www.sxc.hu/Divulgação

12 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Eles são essenciais para

nossa harmonia. Não

podemos viver de

improvisos. A vida pede

roteiro, planos de ações,

objetivos a conquistar

Marcos Antonio Lelis de OliveiraEspiritualista

Bem aventurado é aquele

que crê em Deus, porque estes

minutos de meditação serão en-

riquecidos pela inspiração divi-

na, pela Espiritualidade que in-

vadirá as nossas mentes, facili-

tando os nossos raciocínios. É

a verdadeira comunhão com o

Criador, nos permitindo com-

preender que a vida é bênção,

oportunidade de crescimento

espiritual, pelas inúmeras expe-

riências que encontraremos.

Muitas vezes, preocupados

com as realizações profissio-

nais, com as aquisições intelec-

tuais e o enriquecimento do

nosso patrimônio material, es-

quecemos da advertência de Je-

sus, anotada pelo Evangelista

Mateus. Na verdade, é bom des-

tacar, sequer lembramos do rei-

no de Deus e de sua justiça,

aliás não sabemos como buscá-

los e isto, conforme revela o Di-

vino Mestre, deveria ser a nos-

sa prioridade.

O resultado deste esqueci-

mento é fácil observar em nós:

é o aumento de nossas inquieta-

ções, determinando o surgi-

mento das aflições e da desar-

monia íntima. As lamentáveis

consequências deste estado es-

piritual, todos sabemos, são gra-

ves, podendo nos levar desde a

tristeza intensa, invencível, às

diversas doenças da alma, com

cura dificílima.

Precisamos lembrar que

Deus é nosso Pai, segundo

anunciou Jesus. Deus é Amor

Pleno, é Soberanamente Justo

e Bom. Devemos aprender que

o Universo é regido pelas Leis

Divinas, que são eternas e imu-

táveis e que estão escritas em

nossas consciências, que são fe-

lizes quando delas nos aproxi-

mamos e que nada a acontece

por acaso em nossas vidas e que

somos responsáveis por tudo

que fazemos.

Assim, refletindo sobre es-

tes conceitos verdadeiros, con-

seguiremos viver a religiosida-

de pura, isto é, estaremos de fa-

to religados ao Criador e inicia-

remos a nossa transformação es-

piritual e estaremos em condi-

ções de buscar o reino de Deus,

que está dentro de nós. Sere-

mos criaturas melhores, viven-

ciando intensamente os princí-

pios religiosos que adotamos.

Agindo desta forma, com re-

ligiosidade autêntica, nos man-

teremos equilibrados, sem qual-

quer inquietação, fortalecidos

para enfrentar todas as expe-

riências da vida, confiantes em

nós e em Deus, seguiremos feli-

zes e realizadores. Não teremos

temor do futuro, porque sabe-

mos que ele é fruto do nosso

presente, do nosso trabalho, da

nossa dedicação e, principal-

mente, da proteção do Pai Ce-

lestial, que nunca nos faltará.

Caro leitor, se mesmo as-

sim, após a leitura destas bre-

ves linhas, escritas com as tin-

tas do melhor do meu senti-

mento,que trago em meu cora-

ção, você ainda, permanecer in-

quieto, preocupado com o dia

de amanha, com aquisição das

coisas da Terra, que são real-

mente importante, peço-lhe,

humildemente, que confie em

Jesus e faça uma experiência,

busque ser melhor, mais espiri-

tualizado, evangelize-se e esta-

rás a caminho de conquistar o

reino de Deus e tudo mais você

conquistará por acrescimento

da misericórdia divina. �

Minutos demeditação

Divulgação

Rubens Cardia

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 13

Bianca Comparato fez intenso laboratório para viver a ex-catadora de lixo Betânia de “Avenida Brasil”

TV Press

Para compor seus persona-

gens, Bianca Comparato sem-

pre se empenhou ao máximo.

Mas, em sua preparação para re-

presentar a órfã Betânia de

“Avenida Brasil”, a atriz foi

mais fundo. A menina foi cria-

da em um lixão e virou frentis-

ta de posto de gasolina. Depois

de tudo isso, ainda se passa pe-

la abandonada Rita, vivida por

Débora Falabella, para ajudar a

amiga em sua vingança contra

a ex-madrasta Carminha, de

Adriana Esteves. Um conjunto

de características que demanda-

ram uma visita a um lixão na

Baixada Fluminense, uma tar-

de separando lixo em uma coo-

perativa e um mês de trabalho

em um posto de gasolina para

não fazer feio nas cenas. “Isso

foi fundamental para que eu

me sentisse segura. Tenho ce-

nas longas, bem difíceis e en-

saio muito sozinha para me pre-

parar”, explica.

Mas Bianca conta com uma

ajuda e tanto dentro de casa pa-

ra suas cenas. Filha da prepara-

dora vocal e fonoaudióloga Lei-

la Mendes, a atriz aproveitou

para definir o jeito de falar de

Betânia com o apoio da mãe.

As duas, inclusive, costumam

trabalhar juntas em todos os

trabalhos de Bianca. Ou, pelo

menos, quando as agendas de

ambas permitem. “Me entendo

com minha mãe e acho que nos-

sa parceria rende. No caso da

Betânia, por exemplo, ela foi

criada no lixão e, depois, foi tra-

balhar em posto de gasolina.

Precisava de uma embocadura

diferente da minha. Abri a voz

um pouco mais e adotei algu-

mas gírias”, conta.

São as cenas em que

Betânia se passa por Rita que

mais parecem empolgar Bian-

ca. E não só pela proximidade

com Adriana Esteves, por

quem a atriz nutre grande ad-

miração. Mas principalmente

pelo fato de que, dentro da his-

tória, ela precisa convencer a vi-

lã deixando sempre uma ponta

de insegurança, já que não é

uma atriz profissional, mas apa-

rece interpretando. “Nessas ho-

ras, subi o tom da personagem.

Imagino que as referências da

Betânia sobre atuar venham

das telenovelas. Então, puxo pa-

ra o melodrama, algo exagera-

do e que deixa na Carminha a

ideia de que essa menina é

meio louca”, justifica.

O convite para “Avenida

Brasil” partiu do próprio autor,

João Emanuel Carneiro. Bian-

ca já tinha trabalhado em outra

novela dele, “Cobras & Lagar-

tos”, em 2006. Mas um ponto

foi decisivo para definir que pa-

pel seria mais apropriado para

que a atriz interpretasse: sua le-

ve semelhança física com Débo-

ra Falabella. “Não é que seja-

mos parecidas, mas teria de ser

alguém que a Carminha pudes-

se acreditar que fosse mesmo a

Rita. Não dava para ser uma

mulher com pele morena e ca-

belo claro, por exemplo”, argu-

menta Bianca.

Além de atuar em “Avenida

Brasil”, Bianca se prepara para

a estreia da série “O Circo”, no

canal Multishow, prevista para

o segundo semestre. Mas, dessa

vez, não como atriz. Assim co-

mo o pai, o escritor Doc Com-

parato, Bianca também se aven-

tura escrevendo. “O Circo” é

um “mockumentário” – docu-

mentário que não é real, tem

uma história falsa, feita por ro-

teiristas – sobre os 30 anos do

Circo Voador, palco de grandes

eventos culturais no Rio de Ja-

neiro, inaugurado em outubro

de 1982. “A gente pega mate-

rial bruto colhido de depoimen-

tos reais, vê o que tem poten-

cial e transforma em história. E

é aí que está a parte divertida:

até onde eu inventei e até onde

é verdade”, adianta ela, que es-

creveu com Alexandre Rossi e

Felipe Barrenco.

“Avenida Brasil” – Globo – Segunda asábado, às 21h

Perfil

DEDICAÇÃO TOTALComeçobritânico

Bianca começou a estu-

darTeatroemumaescolabri-

tânica carioca. Lá, se desta-

cou e foi indicada para fazer

parte de um curso baseado

na obra de William Shakes-

peare ministrado em Lon-

dres. Apesar de ser destinado

apenas a adultos, Bianca foi

tão bem recomendada que

conquistou a vaga no curso

com apenas 15 anos. Mas is-

so não foi suficiente para que

adotasse a carreira. A estreia

ocorreu dois anosdepois, por

acaso, quando foi visitar uma

amigaemumteatroefoicon-

vencidapor Leonardo Brício

afazerumtesteparaoespetá-

culo “O Ateneu”, que o ator

dirigia.“Leveiotextoparaca-

sa, voltei no dia seguinte e

passei. A partir dali é que eu

vi que queria mesmo traba-

lhar com isso”, recorda.

O reconhecimento na te-

vêtambémocorreudemanei-

raatípica. Depois de atuarno

longa “Anjos do Sol”, a atriz

cortouoscabelosbemcurtos.

Tudo para se livrar de um

permanente que tinha feito.

E, logoemseguida, foiconvi-

dada para um teste para a no-

vela “Belíssima”. Estava com

a autoestima “no pé”, como

ela mesma diz, mas decidiu

que tentaria. Mal sabia que a

personagememdisputa,Ma-

riaJoão, eraumamenina que

se achava feia e era apaixona-

da por teatro. “Acho que já

cheguei naquele clima. Tan-

to que fui a primeira a entrar,

fiz só uma vez e me libera-

ram. Achei que não tinham

curtido, mas depois me liga-

ram e avisaram que o papel

era meu”, lembra. �

Bianca é formada emComunicação Social, comhabilitação em Cinema

A intenção da atriz eravisitar um lixão ao lado de CauãReymond e Débora Falabella.Mas, por conflitos de agenda, ostrês atores acabaram fazendoessa parte do laboratóriosozinhos

Bianca interpretou ElisRegina em sua fase adolescenteno piloto do programa “Por Todaa Minha Vida”. Foi lá, inclusive,que trabalhou pela primeira vezcom Ricardo Waddington, diretorde núcleo de “Avenida Brasil”

Ela está no elenco do filme“Somos Tão Jovens”, que temestreia prevista para o dia 11de outubro

Atriz visitou um lixão na Baixada

Fluminense, passou uma tarde

separando lixo em uma

cooperativa e um mês de trabalho

em um posto de gasolina para

não fazer feio nas cenas

Instantâneas

Luiza Dantas/Divulgação

TV - 14 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Tempoao tempoPor enquanto, Cazé Peça-

nha não cogita ter um pro-

grama solo na Band. “Nes-

semomentonãopensonis-

so”,garante.Noarnaemis-

sora desde maio, com “A

Liga”, o apresentador afir-

ma que está satisfeito com

as reportagens do progra-

ma e com as histórias vi-

venciadas e descobertas a

cada entrevista. “Acho que

seeutivesseoutravidaiavi-

rar psicólogo ou psiquia-

tra”, brinca. Apesar disso,

Cazémostraalgumasprefe-

rênciasdeformatosdepro-

gramas que lhe agradam,

como de entretenimento

com plateia. “Quero viajar bastante, descobrir partes do

Brasil que ainda não tive oportunidade de conhecer. Mos-

trar outras realidade em matérias”, torce.

Mulher do passadoPatrícia Pillar está no elenco de “Lado a Lado”, título pro-

visório da substituta de “Amor Eterno Amor”, da Globo.

A atriz interpretará Constança, mãe de Laura, vivida por

Marjorie Estiano, e principal vilã da história. Na trama, as-

sinada por João Ximenes Braga e Claudia Lage, a persona-

gemdePatríciaPillarseráumatípicamulherdoSéculo19,

com fortes raízes aristocráticas. Acostumada com a vida de

conforto que sempre teve direito, ela tem enormes dificul-

dades para se adequar à uma realidade em que os negros

não são mais escravos e que exigem direitos igualitários.

“A Constança não vai ser aquela vilã que faz maldade com

sorriso no rosto. Ela realmente acha que está certa e que

nãoémá.Elaacreditanomundocomoqualestáacostuma-

da.Éracistaenãoaceitaqueafilhaqueiratrabalharporque

esse não é o universo dela”, detalha o autor.

Vários ângulos“Na Moral”, novo programa de Pedro Bial, estreia dia 5 de

julho,depoisde“Gabriela”.Aproduçãoseráumbate-papo

entre o apresentador, seus convidados e plateia. Em pauta

estarão temas que implicamprovocações e análisesde dife-

rentes ângulos. “A ideia era estender amáxima do jornalis-

mo de ‘ouvir os dois lados’. Esse conceito foi amadurecen-

do e surgiu este novo ângulo de olhar: quais decisões mo-

rais determinam nossas decisões diárias”, explica.

O escolhidoGuilhermePrates interpretaráomocinhodapróximatem-

porada de “Malhação”, da Globo. Recentemente, o ator es-

teve no elenco de “Vidas em Jogo”, da Record, como o es-

forçadoDaniel.Natrama,ele faráparromânticocomaper-

sonagem Alice Wegmann, a Sofia de “A Vida da Gente”.

Asgravações estãoprevistas para julho e aestreia da novela

“teen”seráemagosto.OtextoédeRosaneSvartmaneGló-

ria Barreto, com supervisão de Ana Maria Moretzsohn.

PassaporteParte do elenco de “Salve Jorge”, substituta de “Avenida

Brasil”, está de malas prontas para viajar para a Turquia.

AtorescomoNandaCosta,ClaudiaRaia,RodrigoLombar-

di, Cleo Pires, Domingos Montagner, Alexandre Nero,

Betty Gofman, Antonio Calloni e Ivan Mendes, entre ou-

tros,gravarãosuasprimeirascenasnopaís.AtramadeGló-

ria Perez estreia em outubro.

A outraComeçam em julho as gravações da substituta de “Másca-

ras”, da Record. A trama, que estreia em setembro, contará

a história de uma jovem órfã em busca do seu pai biológi-

co.Porenquanto,aemissoraaindaestáajustandoosprepa-

rativos quanto a seleção de elenco, cenografia e caracteriza-

ção.AautoraGiseleJoraseodiretorEdsonSpinellorepeti-

rãoadobradinhadeoutrasproduções,como“AmoreIntri-

gas”, em 2007, e “Bela, a Feia”, em 2009.

Mais mudançasA RedeTV! está preocupada com o fraco desempenho de

audiênciado “Saturday Night Live”. O programa, coman-

dado por Rafinha Bastos, passará por mudanças no decor-

rer das próximas edições. A ideia é apostar em um humor

maisrasoeesquetesdefácilassimilação.Outrodestaquese-

rá o aumento de paródias de quadros e programas de tevê.

Além disso, a emissora ainda avalia a possibilidade de mu-

darodiadeexibiçãodaproduçãoparaquintaousexta,pois

a disputa pela audiência do canal é menor.

Solta a vozA Globo escolheu Tiago Leifert para comandar o progra-

ma “The Voice Brasil”, cujo número de inscritos ultrapas-

sa a marca de 25 mil candidatos. “O programa valoriza a

boamúsicaetrazperformancesemocionantes.Gostodofa-

todeoprogramater ‘treinadores’,gêniosdamúsicaajudan-

do arevelar um talento”, empolga-se oapresentador. Além

dele, Claudia Leite, Carlinhos Brown, Daniel e Lulu San-

tosterãoamissãodedescobriretreinaronovoídolodamú-

sicabrasileira. A próxima audiçãopara oprograma aconte-

cerá no Rio de Janeiro, do dia 29 de junho até 1º de julho.

Após esta etapa, os candidatos se apresentam para os jura-

dos e podem ser escolhidos por um deles a participar do

programa. O vencedor ganha um prêmio de R$ 500 mil e

umálbumgravadopeloseloUniversalMusic.O“TheVoi-

ceBrasil”estreiaemsetembro.AdireçãodenúcleoédeBo-

ninho e a direção geral é de Carlos Magalhães.

Falta pouco“Sábado Total”, novo programa de Gilberto Barros na Re-

deTV!,estáemcontagemregressivaparaaestreianopróxi-

mo dia 30, às 14h. Alguns destaques do programa ficam

porconta da “Feijoada do Leão”, ondeo apresentadorreu-

nirá famosos. Em outro quadro, Leão conversa com crian-

çashabilidosas. Alémdisso, todasemana, ele visitaráacasa

de algum artista e mostrará a intimidade. A expectativa é

que Amado Batista seja o entrevistado da edição de estreia.

Pode entrarA terceira temporada do programa “Casa Brasileira”, do

GNT, estreia no dia 27 de julho. Nesta edição, o programa

viajará por São Paulo, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro e Piauí

para mostrar ambientes diversos no Brasil. No episódio de

estreia, a produção mostrará o arquitetobaiano David Bas-

tos, que mora, ao mesmo tempo, em Salvador, Rio e São

Paulo.Nostrêsapartamentosdoarquitetoépossívelconhe-

cer a inspiração e o jeito baiano de viver. Além disso, mos-

trará como a arquitetura colonial baiana influenciou a can-

tora Daniela Mercury naconstrução de sua casa, em Salva-

dor, decorada por David Bastos.

De voltaO Canal Viva reprisa, pela segunda vez, a minissérie “Chi-

quinha Gonzaga”, a partir do dia 9 de julho, às 23h15. A

produçãofoiescritaporLauroCésarMunizeMarcílioMo-

raes, teve Regina Duarte como personagem-título e dire-

ção de Jayme Monjardim.

Comédia parabrasileiroA “sitcom” britânica “Veep” estreia dia 23 de julho, às

22h30, na HBO. A obra traz a atriz Julia Louis-Dreyfus –

“Seinfeld”e“TheNewAdventuresofOldChristine”–co-

moSelinaMeyer,umasenadoraqueénomeadaparaocar-

go de vice-presidente dos Estados Unidos. Ao assumir o

posto,elapercebequenãoestavapreparadaparaanovafun-

ção e nem para a equipe que a assessora.

Só dá eleWalcyr Carrasco não pára. Depois de escrever “Morde &

Assopra” e engrenar em mais de 70 capítulos de “Gabrie-

la”,daGlobo,oautorassumiuumnovotrabalho.Eleentre-

gou uma sinopse de novela para a faixa das 21h para a Glo-

bo.Aprodução,porenquantosemprevisãodeiraoar,mar-

caria a estreia do autor no horário nobre da emissora. Vale

lembrar que, em maio, Walcyr Carrasco renovou contrato

com a Globo até 2017.

Pura aventuraAGlobomarcouparajulhoaexibiçãodasegundatempora-

da de “Planeta Extremo”, quadro comandado por Clayton

Conservani no “Fantástico”. Além disso, o repórter está

empolgadoporqueaemissora jádeusinalverdeparaapro-

duçãocomeçarostrabalhosparaaterceiratemporadadere-

portagens em ambientes radicais. �

ZappingTV Press

Luiza Dantas/Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 15 - TV

Na pele do bondoso Nacib, de “Gabriela”, Humberto Martins comemora sua maturidade artística

TVPress

O sotaque levemente baiano,

mesmo fora do estúdio, denuncia a

entrega de Humberto Martins pa-

ra viver o ingênuo Nacib, no “re-

make” de “Gabriela”. “Fui tão a

fundo no trabalho, que a composi-

ção transborda e eu me pego falan-

do ‘baianês’ e suas gírias”, diverte-

se o ator de 51 anos. Principal figu-

ra masculina da obra “Gabriela,

Cravo e Canela”, de Jorge Amado,

Nacib representa para o ator uma

volta ao universo do escritor baia-

no, 20 anos depois da minissérie

“Tereza Batista”, onde deu vida ao

pescador Jereba. Além disso, pela

importância de Nacib na obra,

Humbertoacreditaqueserescolhi-

do para esse personagem evidencia

seu amadurecimento artístico.

“Ser levado a sério como ator é um

trabalho lento e gradual. Mas um

dia acontece”, ressalta.

NaturaldeNovaIguaçu,muni-

cípio da Baixada Fluminense,

Humberto teve sua primeira expe-

riência na tevê fazendo figuração

em tramas como “Vale Tudo”, de

1988.Oprimeiropersonagemefeti-

vo em novelas surgiu no ano se-

guinte,em“SexodosAnjos”.Apar-

tir daí, o jeito rústico e másculo do

ator o levou a acumular vários pro-

tagonistas na carreira. Principal-

mente, nas tramas assinadas por

Carlos Lombardi, onde deu vida

aos descamisados Bruno, de “Qua-

troPor Quatro”, e Lenin,de“Vira-

Lata”. “Depois de muitos galãs, eu

precisava merenovar, fazer algo di-

ferente, dar um novo gás à carrei-

ra”,conta.Naúltimadécada,Hum-

berto resolveu flertar com outros

autores, como Glória Perez e Eliza-

beth Jhin, e tipos mais variados.

Movimento que teve seu ápice no

ano passado, com o inescrupuloso

Neco, da segunda versão de “O As-

tro”. “Esse personagem me deu a

possibilidade de mostrar outras fa-

cetas.Confiaramemmimeeubata-

lheiparacorresponderaessaexpec-

tativa”, admite.

Pergunta – Seu desempe-

nho como o malandro Neco,no “remake” de “O Astro”, foimuito elogiado. Você achaque esse trabalho teve algu-ma influência na escolha doseu nome para dar vida ao Na-cib, de “Gabriela”?

Humberto Martins – O Neco

foi ímpar em minha carreira. E foi

o tipo de papel que surgiu na hora

certa. Sentia-me realmente madu-

roartisticamenteparadarcontade-

le. Como a equipe que refez “O As-

tro”é amesma de “Gabriela”, acre-

ditoqueterencontradoopontocer-

to do cinismo, vilania e frieza do

Neco,mostrouaosdiretoresque eu

teriacondiçõesde encarar persona-

gens mais complexos.

Pergunta – E qual a com-plexidade de Nacib?

Martins – Esse personagem

tem dois pontos bem complicados.

Primeiro, ele é totalmente o oposto

do Neco. O Nacib é um sujeito de

bom coração, ingênuo, boa praça.

Ele tinha quatro anos de idade

quando chegou a Ilhéus. É um

estrangeiro totalmente adapta-

do ao Brasil, aos costumes baia-

nos. Além disso, é um persona-

gem que já foi vivido por dois

atores muito bons: Armando

Bógus, na novela de 1975, e Mar-

cello Mastroianni, no filme de

1983. Eles tornaram suas atuações

referências diretas ao papel.

Pergunta – Esse é seu se-gundo “remake” consecuti-vo. Está preparado para enca-rar novamente as inevitáveiscomparações com a primeiraversão do folhetim?

Martins – Tenho de estar (ri-

sos). Mas, ao contrário de “O As-

tro”, a trama e as cenas de “Gabrie-

la” ainda estão muito vivas na me-

mória do público. O que torna as

possíveiscomparaçõesmaiseviden-

tes. Se eu chegar próximo do bri-

lhantismo do Bógus, já fico feliz.

Por ter sido amigo dele, esse traba-

lho adquire um aspecto emocional

paramim.Eunãoqueromedistan-

ciardainterpretaçãodele.Voumos-

trar minha versão do personagem,

Entrevista

BAIANIDADE EVIDENTE

Humberto Martins

celebra o bom

momento da

carreira em um dos

papéis centrais da

nova trama da TV

Globo, “Gabriela”

Luiza Dantas/Divulgação

TV - 16 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

mas quero que ela tenha um tom

de homenagem a ele.

Pergunta – Quais referên-cias você pescou do desempe-nho do Armando Bógus na no-vela original, de 1975?

Martins – Peguei um pouco

do tempo dele nas falas. E também

do olhar que emprestava ao perso-

nagem. Mas engraçado, eu tinha a

imagemdele como Nacib, mas não

lembrava de muitas cenas.

Pergunta – Por quê?Martins – Eu tinha 15 anos

quando a novela foi exibida. Na

época, não era um grande especta-

dordetevê, estava correndonarua,

jogandofutebolnoclube,estudava,

fazia inglês. Eu era bem ocupado.

Por não ter essa lembrança muito

viva, quando minha escalação foi

confirmada para o “remake”, pro-

curei no “You Tube” algumas ce-

nas. Assisti a sequências muito

boas do Bógus com a Dina Sfat no

Bataclan, e dos momentos mais

sensuais com a Sônia Braga. Os ví-

deos me inspiraram bastante na

construção. Não só os vídeos de

“Gabriela”,mas de outros persona-

gens dele também.

Pergunta – Essa reverên-cia ao trabalho do ArmandoBógus sempre existiu ou co-meçou depois de vocês dividi-rem a cena em “Pedra SobrePedra”, de 1992?

Martins – Quando a gente tra-

balhoujuntoeujáera fã.Tantoque

foidifícilgravarminhaprimeirace-

na com ele. Me perdi no texto, mi-

nhavoz falhou,e tivemos de fazera

cena no dia seguinte (risos). Esse

nervosismo foi acabando aos pou-

cos. E com a convivência, ficamos

muito próximos. Nessa novela, eu

e ele trabalhamos intensamente,

pois meu personagem, o Iago, era o

cigano que trabalhava nas terras do

Cândido Alegria, papel do Bógus.

Foiaúltimanoveladele(oatorfale-

ceu vítima de leucemia, em maio

de 1993). Mesmo doente, ele estava

inteiro em cena, eu só ficava obser-

vando e acabei aprendendo algo

muito importante com ele: a con-

centração maciça.

Pergunta – É um método?Martins – É uma espécie de

transe, com percepção seletiva. O

Bógus jamais se desconcentrava

em cena. Ele era ligado em tudo

que estava no estúdio. Isso me con-

taminou, achei interessante e quis

aprender. É o melhor jeitode enca-

rar uma cena, principalmente as

grandes.Seguiessalinhaemeadap-

tei. Qualquer coisa que saia errado,

seja no texto ou na parte técnica,

nãoatrapalhaenão tiraomeu foco.

Pergunta – Essa concen-tração deve ser muito útilnas cenas de sexo de “Ga-briela”...

Martins – Com certeza (risos)!

Masparaumacenasensualbemfei-

ta, é preciso muito mais que atores

concentrados. Por sorte, eu e Julia-

na (Paes) estamos bem amparados

pelotextodeJorgeAmado,quedei-

xa bem claro a natureza instintiva

da personagem. E pela direção

bem feita do Mauro Mendonça Fi-

lho. As cenas são desenhadas e co-

reografadasporele.Epeloquejáas-

sisti,oresultadoéinstiganteenatu-

ral. Em nenhum momento parece

algumacoisaforçadaeissoéimpor-

tante para o sexo “preguiçoso” de

Gabriela e Nacib (risos).

Pergunta – “Preguiçoso”?Martins – Sim. Eles fazem se-

xo, veementemente. Mas eles fa-

zem de um jeito menos agressivo.

Com aquela preguiça de depois fi-

car dei tado, naquela

malemolência, iguala gatos se lam-

bendo.Aídepoisfazemdenovo(ri-

sos). Eles são assim. É amor, não

apenas sexo.

Pergunta – Vinte anos de-pois da minissérie “Tereza Ba-

tista”, você volta a trabalharem uma produção baseada naobra do escritor Jorge Amado.Era um desejo seu retornar aouniverso do autor baiano?

Martins –Nãosoumuitodees-

colheroubuscarpersonagens.Sou-

be pela imprensa que estavam pen-

sando em mim para viver o Nacib.

Já limuitas coisas do Jorge. Enessa

minha preferência por persona-

gens mais densos, de dramas mais

complexos, achei ótimo ter essa

oportunidade. Logo que recebi o

conviteoficial, aproveitei parareler

“Gabriela,CravoeCanela”.Epude

relembrar da profundidade do tex-

todele.Ahistóriavaialémdaperso-

nagem-título, é umretrato político,

social e sexual de uma sociedade

em transformação. Participar de

um projeto desse porte é bom para

qualquer ator.

Pergunta – Você está sem-pre envolvido com alguma pro-dução de tevê. Não gostariade sair da zona de conforto eacumular outras experiênciasnos palcos ou no cinema?

Martins – Seria legal variar, fa-

zer uma peça, um longa. Até tento

fazer coisas fora da Globo, mas te-

nho de cumprir um contrato, e es-

tou sempre comprometido com al-

guma novela. Infelizmente, não

consigo fazer teatro e tevê ao mes-

motempo.Éprecisodedicaçãoefi-

ca cansativo conciliar. Por sorte, a

televisão tem me prestigiado com

papéis importantes, fica difícil di-

zer não e partir para outro veículo.

Euseria loucoserecusassetiposco-

mo o Ricardo, de “Escrito nas Es-

trelas”, ou o Ramiro, de “Caminho

das Índias”. Estou satisfeito com a

minha trajetória, me sinto vivo e

longe de qualquer comodismo.

“Gabriela” - Globo -Terça a sexta, às 23h

“O Sexo dos Anjos”

(Globo, 1989) – Otávio

“Barriga de Aluguel”

(Globo, 1990) – João

“Tereza Batista” (Globo,1992) – Jereba

“Pedra Sobre Pedra”

(Globo, 1992) – Iago

“Mulheres de Areia”

(Globo, 1993) – Alaor

“A Madona de Cedro”

(Globo, 1994) – Maneco

“Quatro por Quatro”

(Globo, 1994) – Bruno

“Vira-Lata” (Globo,1996) – Lenin

“Corpo Dourado” (Globo,1998) – Chico

“Chiquinha Gonzaga”

(Globo, 1999) – Artur

“Uga Uga” (Globo, 2000)– Bernardo

“O Clone” (Globo, 2001)– Aurélio

“O Quinto dos Infernos”(Globo, 2002) – Francisco

“Kubanacan” (Globo,2003) – Carlos

“América” (Globo, 2005)– Laerte

“Sinhá Moça” (Globo,2006) – Bruno

“Pé na Jaca” (Globo,2007) – Merlin (participação)

“Amazônia, de Galvez aChico Mendes” (Globo, 2007)– Augusto

“Beleza Pura” (Globo,2008) – Renato

“Caminho das Índias”(Globo, 2009) – Ramiro

“Escrito nas Estrelas”(Globo, 2010) – Ricardo

“Lara Com Z” (Globo,2011) – Leandro

“O Astro” (Globo, 2011)– Neco

“Gabriela” (Globo, 2012)– Nacib �

A preferência de Humberto

Martins pela tevê é evidente.

Tanto que em 23 anos de carrei-

ra, entre novelas, minisséries e

especiais, ele conta com quase

30 trabalhos no veículo. “Nun-

ca escolhi personagens. Eles

são me dados. Se eles são bem-

sucedidos, é pela junção entre a

forma que eu assimilei aquele

trabalho e o olhar da direção so-

bre a minha interpretação”, va-

loriza. Mesmo sem recusar tra-

balhos, Humberto sinalizou pa-

ra a Globo seu cansaço em fazer

tipos semelhantes, como os rús-

ticos Alaor, da segunda versão

de “Mulheres de Areia”, de

1993, e Chico, de “Corpo Dou-

rado”, exibida em 1998. “Não

era uma negativa de trabalho,

mas sim a perspectiva de novos

rumos”, explica.

Como resposta da emissora,

além de ser escalado para nove-

las de autores diferentes, os per-

sonagens de Humberto passa-

ram a fazer parte de núcleos

mais densos. Para o ator, o pa-

pel-símbolo dessa nova etapa

na carreira é o cruel feitor Bru-

no, do “remake” de “Sinhá Mo-

ça”, exibido em 2007. “Foi

quando rompi com os galãs e

senti que minha trajetória pode-

ria ser modificada. É um traba-

lho realmente inesquecível”,

emociona-se.

Senhor de respeito

O apelo sensual dos perso-

nagens de Humberto Martins

nos anos 90 já levaram o ator a

situações complicadas. “Entre

muitos casos, já tive de pedir

ajuda da polícia para sair de

um evento. Os organizadores

perderam o controle e o pú-

blico avançou em mim”, con-

ta. Atualmente, Humberto

ainda sente o assédio femini-

no, mas como um reflexo do

que ele representou no passa-

do. “Sou cinquentão, quase

um senhor. O público agora

me trata com mais pudores”,

destaca, aos risos.

Antes de

“Gabriela”,

ator fez

“O Astro”,

na pele

de Neco

Trajetória televisiva

Em “Barriga de Aluguel” (1990),

seu segundo trabalho na Globo

Fotos: Divulgação

Tchau, galãs

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 17 - TV

Remake de “Gabriela” não é uma cópia servil da obra anterior, mas não deixa de apostar no passado

TV Press

O modelo de produção que

Hollywood criou para o cine-

ma se espraiou há tempos para

a tevê. Tanto que a novela “Ga-

briela”, da Globo, no ar desde

semana passada, segue a lógica

do remake. Nos Estados Uni-

dos, a partir dos anos 1980, e

com mais força nas décadas se-

guintes, produtores, especula-

dores e seguradoras considera-

ram que refilmagens de anti-

gos sucessos do cinema seriam

investimentos mais garanti-

dos que novas histórias, de re-

cepção incerta por um público

cada vez mais segmentado em

todo o mundo. Daí a ideia do

remake, apoteose da repetição

que também se estende nos se-

quels, com os mesmos protago-

nistas e estrutura narrativa

que se repetem, em média, em

três filmes.

Walcyr Carrasco, autor des-

ta nova “Gabriela”, chegou a

queixar-se de que sua versão

não é um remake da adaptação

realizada por Walter George

Durst em 1975. Realmente não

é uma cópia servil da obra ante-

rior, mas o remake abriga des-

de transformações narrativas

quanto à utilização de novas

tecnologias sobre o trabalho

que o antecede. O que impor-

ta é a consolidação de uma no-

va produção sobre o lastro de

uma mais antiga, o que atrai

velhos fãs e conquista novos

espectadores.

Diferenças bem maiores

afastam livro e novela. Tanto

que a adaptação de Walcyr Car-

rasco quanto de Durst adiaram

o assassinato de Sinhazinha e

Osmundo para os capítulos

mais à frente, enquanto no ro-

mance o crime ocorria antes do

turco Nacib conhecer a mulata

Gabriela. É um momento espe-

cial da obra de Jorge Amado

que só se concretiza lá pela pá-

gina 155. E sexo, umas 40 pá-

ginas mais à frente. De qual-

quer forma, retardar aconte-

cimentos na tevê é uma boa

maneira de apresentar os per-

sonagens, desenvolver a tra-

ma e deixar um pouco do en-

redo para mais tarde.

Fica difícil imaginar uma

retirante famélica com as corco-

vas de Juliana Paes, mas licen-

ça poética é assim mesmo. A

atriz criou uma Gabriela mais

atrevida que a de Sônia Braga,

cujo principal encanto na inter-

pretação era o jeito moleque e

natural de encarar o sexo. Julia-

na Paes é mais lúbrica, onde

Sônia Braga era mais, digamos,

“distraída”.

Mas o grande destaque fica

com Humberto Martins, na pe-

le de um parvo turco cujos

olhos só alcançam as pernas de

moças e as portas de seu bote-

quim. Depois de anos subesti-

mado como um “descamisado”

em novelas de duplo sentido,

agora concretiza um papel ma-

duro, dividido entre desejo e in-

segurança.

Outros personagens ten-

dem a crescer nas próximas se-

manas. José Wilker representa

com secura o coronel Jesuíno

Mendonça, enquanto o Coro-

nel Ramiro Bastos de Antonio

Fagundes só se afasta de outros

personagens do ator pelo mau

sotaque nordestino. Falta uma

certa malícia política ao Mundi-

nho Falcão de Mateus Solano,

quase um bom rapaz. O Bata-

clan mequetrefe da versão de

1975 ganhou uma produção

mais esmerada e certo ar de

“bas-fond” parisiense. Na es-

treia, a expectativa por cenas

de nudez mais generosas ainda

não se concretizou. E, mesmo

assim, marcou 30 pontos. Com

mais alguns agarros capricha-

dos, pode encostar na novela

das nove. �

“Gabriela” - Segunda a sexta, às23h25, na Globo

Ponto de vista

PASSADOPASSADOSEGUROSEGURO

Juliana Paes caracterizada

de Gabriela, um dos

personagens mais

conhecidos da obra de

Jorge Amado

Divulgação

TV - 18 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Depois de um período mais intenso, trama de “Avenida Brasil” perde o fôlego e não corre atrás do prejuízo

TV Press

Após uma sucessão de capí-

tulos intensos, “Avenida Bra-

sil” caiu no ritmo lento de sua

protagonista Nina, interpreta-

da por Débora Falabella. A per-

sonagem iniciou a novela com

diversos planos de vingança pa-

ra destruir a vida de Carminha,

de Adriane Esteves. Mas, até

agora, o que se viu foi uma per-

sonagem inerte, que fica sem-

pre à sombra da vilã. Todas as

grandes reviravoltas e momen-

tos de clímax da trama não tive-

ram a participação de Nina. A

descoberta de Jorginho, vivido

por Cauã Reymond, sobre sua

mãe biológica, não veio das

mãos da mocinha vingativa.

Mas sim da curiosidade aguça-

da do próprio personagem, que

resultou no abalo do casamen-

to entre a vilã e Tufão, interpre-

tado por Murilo Benício. Dife-

rentemente do que foi apresen-

tado no começo, Nina não se

mostra uma personagem forte

e com sanha vingativa. A cada

momento com Carminha, a

chefe de culinária diminui e

aparenta não ter “estômago” su-

ficiente para continuar com

seus planos.

Nas novelas de João Ema-

nuel Carneiro, as relações fami-

liares são sempre postas em che-

que pelo autor. Em “A Favori-

ta”, a personagem de Mariana

Ximenes era disputada por sua

mãe verdadeira e a adotiva, vivi-

das por Patrícia Pillar e

Claúdia Raia. Apesar de saber

que sua mãe biológica é Carmi-

nha, Jorginho a rejeita e tem

mais apreço pelo pai adotivo. O

autor desconstrói e reconstrói

as bases de uma família tradi-

cional em suas tramas. Como

Monalisa, de Heloisa Périssé,

que é mãe solteira e não vê sen-

tido na instituição do casamen-

to. A dona do salão de beleza só

aceitou se casar com Silas, de

Ailton Graça, após ser coagida

por uma falsa doença de cora-

ção do noivo. E Leleco, inter-

pretado por Marcos Caruso,

que se separa da esposa para se

unir a uma mulher mais nova.

A verdade é que nas tramas do

autor os elementos sempre pa-

recem ilusórios e não há certe-

za sobre a personalidade dos

personagens envolvidos. As-

sim como os discursos pela mo-

ral e bons costumes da vilã Car-

minha, que não passam de uma

farsa pronta para ser exposta ao

longo dos capítulos.

Cadinho, vivido por Alexan-

dre Borges, encabeça um nú-

cleo de repetição durante a tra-

ma. Com suas três mulheres,

ele deveria ser o momento de

respiração da novela, marcada

pela cenografia sombria e os pe-

sados diálogos dos momentos

vingativos de Nina. Mas o que

acontece é uma trama em círcu-

los e que não consegue sair do

lugar. Toda semana Alexia,

Noêmia e Verônica, vividas,

respectivamente, por Carolina

Ferraz, Camila Morgado e Dé-

bora Bloch, enfrentam as mes-

mas situações ao correr atrás

do marido infiel. Além disso, a

poligamia e a infidelidade já se

tornaram assunto frequente

nas novelas, como em “Passio-

ne” com os personagens de Bru-

no Gagliasso, Leandra Leal e

Gabriela Duarte, e os de Hele-

na Ranaldi e Malvino Salvador

em “A Favorita”.

Apesar da estagnação mo-

mentânea da trama, não há co-

mo não se surpreender com a

reinvenção de atores já consa-

grados no imaginário do públi-

co. Ao dar vida do asqueroso

Nilo, José de Abreu mostra um

lado mais sombrio e debocha-

do de sua atuação, com uma ca-

racterização bem estruturada.

Assim como Vera Holtz, que

mostra uma atuação dúbia ao

dar vida à dramática e amoro-

sa mãe Lucinda, que pode ir

da doçura à raiva em poucos

segundos.

Com uma programação vol-

tada para a nova e alardeada

Classe C, a estética da novela

beira o exagero e o estereótipo

em seus figurinos, cenografia e

diálogos que ultrapassam os ní-

veis de decibéis indicados pela

Organização Mundial de Saú-

de. De forma bastante carica-

ta e um pouco pejorativa, o

Divino retrata um bairro do

subúrbio carioca com decora-

ções cafonas e personagens

com posturas excessivas ao

gritarem e expressarem suas

emoções em público. �

“Avenida Brasil” - Globo -Segunda a sábado, às 21h

Crítica

PONTO DE INÉRCIA

Carminha (Adriana

Esteves) e Lucinda

(Vera Holtz) em cena

de “Avenida Brasil”:

trama “estacionou”

Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 19 - TV

Pedro Bial quer falar de moral em programa de debates semanal na Globo

TV Press

Tem quatro anos que Pedro

Bial queria um espaço novo na

tevê. Em 2008, conversou com

a direção do jornalismo da Glo-

bo para, ao final do “Big Bro-

ther Brasil 8”, não precisar vol-

tar à função de apresentador do

“Fantástico”. E, de certa for-

ma, foi ali que começaram a sur-

gir as primeiras formas do “Na

Moral”, programa semanal de

debates que estreia no próximo

dia 5, quinta-feira, às 23h45,

na Globo. “Fiz alguns pilotos

nesses anos e, agora, saiu do pa-

pel. Antes, a ideia era pegar

um assunto e revirá-lo por to-

dos os lados. O conceito ama-

dureceu e, do ano passado para

cá, surgiu um novo olhar: falar

das decisões morais que deter-

minam nossas decisões diá-

rias”, resume o apresentador,

que garante não querer ditar re-

gras na posição de apresenta-

dor. “Moralizar é empobrece-

dor. Desmoralizar é bem mais

interessante”, brinca.

O estúdio lembra uma sala

de estar. Mas, pela primeira vez

em sua trajetória como jornalis-

ta, Bial vai apresentar um pro-

grama de auditório. “O ‘Big

Brother Brasil’ até tem, mas é

torcida, não chega a ser pla-

teia”, explica. A ideia é que as

discussões possam ser debati-

das não apenas por especialis-

tas nos assuntos tratados, mas

também por gente que vive a si-

tuação na pele. Mas tanto o

apresentador quanto o diretor

Luiz Gleiser e o redator-final

Marcel Souto Maior fazem mis-

tério sobre o que pode ou não

ser debatido no ar. “O ‘Na Mo-

ral’ vai se transformar toda se-

mana. Muda o cenário, o tema

e até a participação do público.

Queremos mostrar que ideias

opostas não se excluem. Mas a

tevê vive da surpresa, então só

vamos revelar o assunto de ca-

da programa quando ele for exi-

bido”, desconversa Marcel.

Para esquentar os debates,

algumas matérias nas ruas de-

vem ser feitas e também apare-

cerão desde animações a mini-

d o c u m e n t á r i o s e

dramatizações ilustrando os as-

suntos. E, no palco, junto com

Bial, cada programa contará

com um DJ convidado. A ideia

é aproveitar os temas aborda-

dos na seleção de músicas. Se-

gundo o apresentador, algo pró-

ximo do que é feito na série

americana “Glee”. “Eles usam

canções para apresentarem a

trama do episódio. E nossa mú-

sica é tão rica que sabemos que

qualquer tema vai render no

mínimo uma meia dúzia de

composições que ajudem na

reflexão. O Gleiser tem uma

história ligada à música, isso

ajuda”, adianta Bial. Além do

“Na Moral”, Luiz Gleiser di-

rige há seis anos o musical

“Som Brasil”.

A exibição será sempre de-

pois do capítulo de “Gabriela”.

No ar, não contará com mais

que 35 minutos de duração e,

assim como quase toda a linha

de shows da emissora, segue o

esquema de temporadas. Po-

rém, pelo menos por enquanto,

não há qualquer certeza a res-

peito do número de programas

que serão feitos. Ao que parece,

só uma coisa está definida. “No

final do ano, passo a me dedi-

car normalmente ao ‘Big Bro-

ther Brasil’. Depois dele, aí já

não sei o que acontece”, infor-

ma, sem mencionar se isso sig-

nifica que possa deixar o co-

mando do “reality show” caso a

Globo realize a edição de 2014.

Apesar da ideia de debater

assuntos do dia a dia e contar

com a interação do público –

principalmente a partir do site

do programa –, transmitir “Na

Moral” ao vivo não chegou a

ser cogitado pela equipe. A in-

tenção é gravar no sábado, exi-

bir na quinta e, na sexta, um

dia antes da nova gravação, ava-

liar a repercussão nas redes

sociais para, a partir desse re-

sultado, analisar o que pode

ser melhorado ou aproveita-

do para a edição seguinte. “É

claro que os temas mudam e

nem sempre vai ser fácil. Mas

vamos procurar uma maneira

de repercutir isso. O ‘Na Mo-

ral’ é uma experiência ainda,

vamos aprender a fazer fazen-

do”, diz Luiz Gleiser. �

“Na Moral” - Estreia dia 5, quinta-feira,às 23h45, na Globo

Inside

Entre o certo e o errado

Marcel Souto Maior, Pedro Bial e Luiz Gleiser, as três cabeças por trás do novo programa da Globo, “Na Moral”, que estreia em julho

Luiza Dantas/Divulgação

TV - 20 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

No ar em “Amor Eterno Amor”, Adelaide de Castro fala sobre as dificuldades iniciais de sua carreira

TV Press

Por trás do jeito tímido e delicado

de Adelaide de Castro esconde-se

uma atriz de fibra. Natural de Três

Corações, interior de Minas Gerais,

aos 18 anos, ela deixou a casa da mãe

para estudar teatro no Rio de Janeiro.

Com apenas uma mochila nas costas

e um saxofone na mão, Adelaide en-

frentou sérias dificuldades financei-

ras e a alta competitividade da carrei-

ra. “Foram momentos difíceis. Mas a

minha vontade de vencer era muito

maior. As coisas começaram a mudar

quando passei no teste para a peça

‘Clandestinos’”, relembra a jovem de

22 anos recém-completados. O traba-

lho ao lado de outros novos atores,

sob o comando do diretor João Fal-

cão, foi além das expectativas. O espe-

táculo foi adaptado para a tevê em

2010. E, logo no primeiro episódio,

contou a história de uma jovem mi-

neira que, na tentativa de conseguir

qualquer trocado para sobreviver, co-

meça a tocar seu sax em uma rodoviá-

ria. “Foi engraçado ver minha histó-

ria na série. Era a primeira vez que eu

fazia tevê e fiquei apaixonada. É mui-

to bom estar de volta”, comemora a

intérprete da jovem Tati, de “Amor

Eterno Amor”.

O trabalho de Adelaide na atual

novela das seis foi influenciado por

seu desempenho em “Clandestinos –

O Sonho Começou”. O diretor da tra-

ma, Rogério Gomes, gostou da série e

a indicou para a seleção de elenco de

“Morde & Assopra”, de 2011, mas ela

não passou. No início deste ano, a

atriz se surpreendeu com o chamado

para um novo teste, agora para a tra-

ma de tons espíritas assinada por Eli-

zabeth Jhin. Na história, Tati é filha

da vaidosa Jáqui, de Suzy Rêgo, e fun-

ciona como um contraponto aos exa-

geros da mãe. “Minha personagem se

incomoda com a futilidade da mãe e

tem certa implicância com o padras-

to, coisas típicas de uma jovem de 15

anos”, conta Adelaide, referindo-se a

Kleber, personagem de Marcelo Fa-

ria. Com a novela ambientada no Rio

de Janeiro, a maior dificuldade da

atriz foi neutralizar seu forte sotaque

mineiro. Sem a ajuda de fonoaudiólo-

gos ou preparadores de elenco, Ade-

laide apostou na intuição e na ajuda

de seus amigos cariocas. “Sempre fui

muito por minha conta. Fiquei obser-

vado o gestual e a fala dos meus ami-

gos. Quando tenho alguma dúvida de

sotaque, ligo para um deles e peço pa-

ra ficar repetindo a palavra”, assume,

aos risos.

Autodidata no saxofone e no pia-

no – ela agora quer aprender a tocar

violão –, Adelaide sempre manteve

uma íntima relação com a música.

“Aprendi os instrumentos a partir da

minha curiosidade. As melodias me

dão inspiração, é um complemento

para minha atuação”, explica. Inclusi-

ve, durante muito tempo, ela tocou

em bandas e festas da região, até que

conheceu o Pedalarte, projeto social

promovido pelo cineasta Bráz Che-

diak, que ensina arte dramática, inter-

pretação de textos e expressão corpo-

ral a crianças carentes. “Foi onde me

encontrei. Tive de ser forte para não

desviar do meu caminho em direção

ao teatro. Minha mãe sempre me

apoiou, mas meu pai queria que eu in-

gressasse na Polícia Militar”, revela,

entre risos.

Atualmente, mais íntima dos deta-

lhes técnicos da tevê, Adelaide segue

uma rigorosa disciplina para decorar

os textos e chegar ao gestual de meni-

na construído para dar vida à Tati. In-

clusive, interpretar uma personagem

sete anos mais nova, é motivo de orgu-

lho e diversão para a atriz. “Com uma

maquiagem suave, posso fazer garoti-

nhas. Se carregar nos traços, posso

ser alguém mais experiente. Gosto de

ter essa versatilidade. No caso da Ta-

ti, acho legal reviver algumas coisas

que aconteceram quando eu tinha 15

anos”, analisa a atriz, que voltou a mo-

rar em Três Corações e agora fica na

ponte aérea para gravar a novela. “Se

um contrato com a Globo ou outras

oportunidades surgirem, posso ter a

chance de voltar a morar no Rio. No

momento, não quero pensar no de-

pois, estou focada em dar o meu me-

lhor nas cenas de ‘Amor Eterno

Amor’”, valoriza. �

“Amor Eterno Amor” – Globo –Segunda a sábado, às 18h15

Close

Pedras no caminho

Com a novela ambientada

no Rio de Janeiro, a maior

dificuldade da atriz nascida

no interior de Minas Gerais

foi neutralizar seu forte

sotaque

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ção

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 21 - TV

MALHAÇÃO - 17H15

Segunda-feira - Gentil concorda em nãodivulgarqueFabianvaientregaroprêmiopara as Empreguetes. Brunessa conse-gue a vaga de arrumadeira na casa dosSarmentoetentaconquistaraconfiançade Sônia. Cida não percebe as indiretasquePenha faz sobreElano.Chayene ins-trui Socorro a enganar as Empreguetes.Sandro vai para a premiação escondidode Penha e vê Gentil beijar a mão da ex-mulher. Inácionãoconsegueencontraroendereçodoevento.Terça-feira - Rosário afasta Fabian. Gen-

til se compromete a arrumar ingressosparao jogodoVascoeSandroseanima.Socorro diz que protegerá as Empregue-tesdeChayene.DinhadescobrequeRo-sário estava com Fabian na despensa.Sandro inventa para os repórteres que éagente de Penha. Brunessa conta paraRodineiqueperdeuobebê.Máslovacon-ta para Conrado que Otto simpatizoucomuma das Empreguetes.Quarta-feira - Inácio conta para Rosárioque a viu beijando Fabian. Alejandro sepreocupacomasaúdedeLygiaecomen-ta com Penha. Penha ouve Samuel ar-

mando contravenções com um amigo eresolvesegui-lo.ElanoouveSarmentofa-lar para Conrado que desviará dinheiroda construtora de Otto. Inácio afirma aRomanaquenãoquermaisficarcomRo-sário. Fabianpensa em Rosário.Quinta-feira - Samuel conta para Lygiaque foi flagrado por Penha vendendo ogabarito de uma prova. Rosário pedemaisumachanceparaInácio.Laércioso-freaoverChayenecomArruda.Elanoga-ranteaCida quevai desmascararConra-do. Tom e Simone ficam satisfeitos aosaber que Rosário terminou seu namo-

ro.ElanocontaparaLygiasobreaconver-saqueouviuentreSarmentoeConrado.Sexta-feira - Máslova percebe o interes-sedeOttoemPenha.MáslovaexigequeIvone minta para Otto. Conrado repreen-de Elano por chegar tarde ao escritório.Ivone fala de Penha para Otto, que ficapensativo. Laércio é dispensado porChayene. Otto convida Penha para ir aum recital. Fabian presenteia Rosáriocom um violão. Inácio pensa no que He-raldo lhe disse. Lygia não consegue oemprego. InácioprocuraRosárioeficaar-rasadoao vê-la cantando com Fabian.

Sábado - Alejandro se preocupa com Ly-gia. Rosário manda Fabian embora. Lia-ra fala para Rodinei que a Borralho Crewpode ir para Berlim. Penha se emocionanorecitaleOtto ficaencantado.Cida lêolivro que ganhou de Elano, mas sonhacom Conrado. Penha não aceita o convi-te de Otto para jantar. Alejandro leva Ly-gia ao hospital e sofre ao saber que elaprecisaseroperadacomurgência.Rosá-rio fica dividida entre Inácio e Fabian. Omédico avisa que Lygia ficará internadae todos se preocupam. Rosário tentamarcar umencontro com Inácio.

AVENIDA BRASIL - 21H00

AMOR ETERNO AMOR - 18H15

Segunda-feira - IransesurpreendeaodescobrirovalorqueMonalisapreten-de pagar pela rede de salões.Betânia diz a Nina que não vai maisse passar por Rita. Suelen tenta fugirde Ramón. Cadinho avisa a Alexiaque vai à casa de Verônica. Max dis-cutecom Ivanaevai sozinhoparaumhotel de luxo, mas tenta fugir quandopercebe que não terá como pagar aconta.Roni tentasalvarSuelen. Jorgi-nho termina o namoro com Débora.Ninapaga aconta deMax nohotel.Terça-feira - Nina consegue enganarMax. Carminha pede para Nina de-por contra Rita. Tufão decide ven-der a sua parte na sociedade para

Monalisa. Iran flagra Olenka e Silasse beijando. Dolores suspeita queRoni tenha ido atrás de Suelen eDiógenesse preocupa. Roni enfren-ta Ramón e Suelen se desespera.Max tenta reconquistar Ivana. Tu-fão fala para Leleco que manteráem segredo o amor que sente porNina. Jorginho diz a Nina que aceitaficar com ela sem pressioná-la.Quarta-feira - Leleco tenta encorajarTufãoasedeclararparaNina.Suelenavisa a Diógenes que Ramón estácom Roni. Nina pede para JorginhoafirmarparaCarminhaquenãovoltoua namorar Rita. Carminha combinadeseencontrarcomMax.Suelenpro-

tege Roni e acaba ferida. Monalisamuda o visual de Ivana. Lúcio pedeoutra chance para Janaína. Nilo sus-peitaqueNinaestejaenvolvidanose-questro de Carminha. Nina deixa Jor-ginhoesperandoe vai atrásdeMax.Quinta-feira - Nina leva Max a umachurrascaria e Carminha se enfurececom a demora de seu amante. Tufãose irrita quando Zezé diz que Ninasaiu com o namorado. Lúcio tentaconvencer Janaína de que mudará oseu comportamento. Diógenes ficaadmiradocomoempenhodeRonipa-ra ajudar Suelen. Beverly comenta,diante de Monalisa, que Olenka estánamorando. Darkson, apaixonado,

observa Tessália. Carminha fala malde Rita para Débora. Carminhadescobre que Nilo está morandoem um flat em Copacabana. A pe-dido de Carminha, Tufão questio-na Jorginho sobre Rita.Sexta-feira - Jorginho conta a suahistória com Rita e pede para Tufãomentir para a mãe. Carminha pedepara Nina ajudá-la a invadir o perfil deJorginho em uma rede social. Tufãorepreende Carminha por querer con-trolaravidadeJorginho. Ivanafalapa-raCarminhaqueacreditaqueMaxes-teja tendo um caso com outra mu-lher. Verônica descobre onde Cadi-nho estará em sua despedida de sol-

teiro.CarminhaencontraNilo.Monali-sa desconfia que Silas esteja namo-rando. Tufão confessa a Nina queatropelouGenésio.Carminhapergun-ta se Jorginho reatoucom Rita.Sábado - Carminha envenena Jorgi-nho contra Rita. Nina tenta se contro-lar para não chorar na frente de Tu-fão. Nilo perde a paciência com Ninae a obriga a cumprir suas exigências.Monalisa se descontrola quando Iranavisa que vai sair de casa. Leandroconsidera a ideia de se casar comSuelen.TufãopedeparaLucindacon-tar o que sabe sobre Rita. Max exigeque Nina saia com ele. Jorginho se-gueNinaeavênacompanhiadeMaxemuma churrascaria.

Segunda-feira - Angélica torce paraqueVirgíliosejapreso.MiriamvaicomRodrigo procurar Joana. Rodrigo e Mi-riamconseguemfalarcomJoana.Fer-nando afirma para Melissa queZenóbio é o mendigo que ele atrope-lou. Rodrigo comenta com Priscilaque não concorda que Miriam reateseu relacionamento com Fernando.Valéria discute novamente com Elisa.Dimas esconde o desespero ao ouvirRodrigo contar sobre a conversa quetevecomJoana.Terça-feira - Laudelino avisa a Virgílio

queeleestásendoprocuradopelapo-lícia. Valdirene decide distribuir os bri-gadeiros feitos por Jáqui. Cris pedeperdão à mãe. Melissa convence Fer-nando a continuar acessando o com-putador de Beatriz. Rodrigo conversacom Priscila, Kléber e Dimas sobre avisita que fará à obra às escondidas.Elisa chega de surpresa na construto-ra Prado Borges. Fernando decide irmorar na cobertura onde iria morarcom Miriam. Virgílio marca um encon-tro comMelissa.Quarta-feira - Elisacedeaosencantos

de Rodrigo. Fernando convida Miriampara morar com ele na cobertura dosdois. Rodrigo sonha com Miriam eacorda sentindo dores na nuca. Ga-briel anunciaamudançada famíliadeBeatriz para o apartamento e Gabi fi-nalmente apoia o pai. Fernando seprepara para sair do hospital. VirgílioexigequeMelissaolivredaprisão.Ro-drigo começa a trabalhar escondidonaobra.Rodrigopensa emElisa.Quinta-feira - Melissa confirma o álibideVirgílioeeleéliberado.Solangeexi-ge que Rodrigo marque a data de seu

casamento com Elisa. Beatriz contaparaafamíliaqueelessemudarãopa-ra a casa de Gabriel. Miriam fica arra-sada ao saber que Rodrigo marcou adata deseu casamento com Elisa pa-ra dali a duas semanas. Jáqui conti-nua deprimida com a separação e in-ventaumnovosabordebrigadeiro.To-bias fala para Rodrigo que voltará pa-raMarajóassimqueelesecasarcomElisa.Sexta-feira - Marlene, Mauro e GildaconstatamqueJulinhoeLaís fugiram.Miriam visita Fernando e ele fica ani-

mado. Fernando conta para Miriamque teve uma experiência sobrenatu-ral durante sua cirurgia. Rodrigo levaTeresa à casa de Marlene e apoia asduas.JosuéobrigaValériaasedescul-parcomElisaecumprimentarRodrigograciosamente.Sábado - Melissa estranha a ausên-cia de Dimas em sua casa. Miriamconversa com Gabriel sobre Fernan-do.DimasdescobreoquelevouMelis-sa até a delegacia. Elisa afasta Rodri-go e pede um tempo para ficar sozi-nha.BetoelogiaGabipornão implicarcomonovocasamentodeGabriel.

Segunda-feira - Gabriel percebe queCristalestáusandoTomásparamani-pulá-lo.Beatriz suspeitaqueDéboraeBernardo tenham colocado as bombi-nhasna fogueira.DieguinhoconfessaaTamtamqueéseuadmiradorsecre-to e a beija. Débora fica com ciúmesao ver Jefferson dançando com Ani-nha. Betão acredita que Nelson quei-ra apressaro casamento comNatáliapor causade umagravidez.Terça-feira - Depois de saber da inti-

mação de Moisés, Gabriel se preocu-pa com a segurança de Janjão. AlexiaimploraqueNatália impeçaGabrieldeser manipulado por Cristal. Gabrieltenta ligar para Alexia. Moisés tentaemplacarumfalsocontratocomogru-poPagodeirosdosAnjos,masBertoniimpedeaarmação.Quarta-feira - Carcará aconselhaMoisés a não fazer nada contraJanjão. Laura estranha o presenteque Bernardo deu para Débora. Kiko

tenta convencer Gabriel de que Alexiase afastou para protegê-lo. O delega-do desconfia do depoimento deMoisés.Betãoreagecomdespeitoaover o trailer do seriado. Laura avisaque Débora vai trabalhar no brechó ea proíbe de encontrar Bernardo. Car-mem encontra uma foto antiga deLuís Avelar.Quinta-feira - Cristal enfrentaTomáseoconvenceacontinuar a seu lado. Ozelador diz a Carmem que Luís

Avelar se casou. Gabriel foge doassédio de algumas meninas queo reconhecem na rua. Moisés ar-ma com Cristal para que ela consi-ga um exame de ultrassonografia.Betão falsifica o laudo do médicopara participar do campeonatoapesar de seu ombro estar ma-chucado. Kiko e Gabriel depõemsobre a tentativa de assalto quesofreram. O delegado avisa quechamará Janjão para depor.

Sexta-feira - Gabriel explica a Ki-ko e Nelson seu plano para des-mascarar Moisés. Janjão aceitaajudar Gabriel em seu plano con-tra Moisés. Natália fica apreensi-va ao saber do plano de Gabrielpara pegar Moisés. Bernardo pe-ga o colar de ouro de Laura semque Débora veja. Fabiano distraiMoisés e Kiko consegue pegar ocelular dele. Cristal mostra a ul-trassonografia para Beatriz.

Resumo das novelas

CHEIAS DE CHARME - 19H15

GLOBO

TV - 22 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Segunda-feira - Valéria diz a Jaimequeelepensa com abarriga. Na inau-guração da lanchonete, os alunos sa-boreiam os lanches que Eloisa, mãede Jaime, fez. Helena comenta comadiretoraOlíviaqueMariaJoaquinanãosairá da Escola Mundial. Clara afirmaa Miguel que a febre de Maria Joaqui-na passou, mas está desconfiada deque a filha está com depressão. Ra-fael pede para Jaime fazer as pazescomMaria Joaquina. Valéria diz a Bibie Laura que Maria Joaquina prejudicaobomandamentodas aulas.

Terça-feira - Professora Helena pedeparaosalunos trataremMaria Joaqui-na com naturalidade. Paulo Guerra eKokimoto observam Jaime à esperade Maria Joaquina. Ao ver as floresnas mãos de Jaime, os dois fazemchacota. Graça e Eloisa, mãe de Jai-me, falamsobreocomportamentodeValériana lanchonetedaescola.Valé-ria não gosta nada do retorno de Ma-riaJoaquinaeatratacomtotaldespre-zo. Cirilo revela a Maria Joaquina quesentiumuitoa falta dela.Quarta-feira - Os meninos se reúnem

na casa abandonada para decidir apresença das meninas na PatrulhaSalvadora. Miguel pergunta a MariaJoaquina como foi o retorno às aulas.Maria Joaquinaconta aopai queasa-la inteira ficou comentando que ela eJaimesãonamorados.Feliz,Cirilocon-ta ao pai que a Maria Joaquina disseque sentiu a falta dele. Valéria acusaMaria Joaquina de ter falado mal dopaide Jaime,de terdeduradoMarceli-naede tratarmal Cirilo.Quinta-feira - Valéria afirma a MariaJoaquina que todos resolveram apli-

car o castigo do silêncio nela porqueela não é uma pessoa amiga. MariaJoaquina diz não se importar com oqueaspessoaspensamdela.Davico-mentacomMariaJoaquinaqueseelanão se importasse não teria ficadodoente, com febre. Valéria diz aMariaJoaquinaquenuncamaisdirigiráapa-lavra a ela e a chama de fofoqueira,metida e orgulhosa. Maria Joaquinaretruca e diz que Valéria é tagarela epuxa-saco. As duas partem para a bri-gae se pegampelos cabelos. HelenapedeparaMaria JoaquinaeValéria fa-zeremaspazes.

Sexta-feira - Paulo entra na sala deciências.Kokimotoficanaportacomovigia. A dupla vai colocar em prática oplanoquearquitetou.ProfessoraHele-napedeparaMariaJoaquinaeValériairematé asala deciênciaspara pega-rem o material da aula. Maria Joaqui-nanãoquerdirigirapalavraaValériaepergunta se ela precisa mesmo ir. Asduasentramnasalaparapegaroma-terial. Pauloestáescondidodentrodoarmário. O menino assusta as garo-tas com um esqueleto falso. Valériadesmaia comosusto.

Segunda-feira - Martim diz a ManuelaqueprecisaacertarascontascomDé-cio. Big Blond concede o helicópteropara Martim. Maria reclama com Dé-cio de ter de viver trancada e afirmaque irá embora. Maria e Décio se as-sustamcomobarulhodeumtiro.Mar-tim aponta a arma para Décio, masMaria se joga na frente. Maria e Mar-tim se abraçam emocionados. DéciosetrancacomMariaemumquartopa-ra se proteger. Martim atira contra aporta e força a entrada. Maria pergun-

ta a Décio por que Martim quer matá-lo. Décio pede ajuda a Otávio. OtáviochamaMartimpara abriga.Terça-feira -OtávioparteparacimadeMartim, que revida. Maria manda Dé-cioabriraporta.MariasecolocaentreOtávio e Martim. Maria implora paraque eles parem de brigar. Otávio acu-sa Martim de querer vender a fazen-da. Eduardo Sotero repreende Lumae Edu pela gravidez. Luma garante aojuiz que as crianças serão criadascommuito amor. Otávio pede aDécio

que cuide de Maria e deixa a clínica.Otávio entrega o dinheiro para Elvira,que afirma que não irá acompanhá-loàpenitenciária.Otáviovaiaoencontroda detenta Luzia. Luzia garante a Otá-vio queTavinhoestá vivo.Quarta-feira - Décio nega ter tentadomatar Martim. Décio tenta convencerMariadequeOtávio renegouTavinho.Eliza diz a Otávio (Martim) que temuma surpresa e o leva até Olívia. Otá-vio se preocupa com a reação de Olí-via diante de Eliza. Otávio conta para

Olívia que assumiu a identidade deMartim. Big Blond ameaça Mário seelenãocumprirsuamissão.Mariape-deaDécioque a deixe sozinha. Otá-vio conta para Maria que Tavinhopode estar vivo. Otávio pede a Dé-cio que dê um celular para que elepossa se comunicar com Maria.Quinta-feira -BigBlondgaranteaFaus-to que irá desmascarar Otávio. Togadiz a Martim que a fazenda é rica emminério. Martim desconfia das infor-maçõesde Toga. Martim eToga pres-

sionam a babá para explicar o motivode seu choro. Toga tenta consolar ababá, mas Martim a leva para o quar-to.Ababámostraopedidodedivórcioenviado por seu marido do Haiti. Mar-co Antonio fala para Régis que estásemdinheiro.MarcoAntonioseofere-ce para facilitar o envolvimento entreRégis e Letícia. Big Blond dá ordensparaMário atirar em Otávio.Sexta-feira - Até o fechamento destaedição, a emissora não divulgou o re-sumodeste capítulo.

Segunda-feira - Maria e Murilo seescondem de Jonas. Eles tentamadulterar as notas de Solange pa-ra que ela não seja aprovada no Eli-te Way. Pilar aconselha Miguel a fa-lar a verdade para Jonas e diz queBinho está fazendo a cabeça deLucy. Os rebeldes deduram Lucypara Jonas enquanto Miguel tentadefender a irmã. Jonas fica preocu-pado com a possibilidade de Lucyestar perdendo o controle. Binhodiz a Lucy que vai protegê-la. Binhoarma um plano com Lucy.

Terça-feira - Jonas fica furiosocom a notícia de que Lucy pode serculpada. Roberta e Alice pensamem alguma forma de se vingar deLucy. Pilar conta a Binho e Miguelque as meninas vão se vingar deLucy. As aulas de rebelde come-çam. Marcelo, Vicente e Artur fi-cam enciumados e conversam so-bre Tadeu. Marcelo fica chateadocom a possibilidade de Cris estarrealmente gostando de Tadeu. Ali-

ce, Roberta e Carla rasgam a capade Lucy.Quarta-feira - Leila fica surpresaao ver as rebeldes rasgando as coi-sas de Lucy. Franco e Eva procu-ram por Roberta e Alice. Binho con-ta a Lucy que as rebeldes rasga-ram suas roupas. Lucy não se aba-la e diz a Binho que ele é seu novoirmão. Pedro conta a Alice que Jor-ge lhe deu uma moto. Roberta e Ali-ce fazem uma guerra de travessei-ros. Tadeu, Tomás, Carla e Cilenefazem uma serenata para Artur.

Quinta-feira - Binho procura Jonasdesesperadamente. Ele diz ao dire-tor que Lucy está desmaiada no ba-nheiro. Carla e Tomás se divertemcom a situação de Artur e Cilene.Pedro e Alice aproveitam o tempojuntos na praia. Os alunos do EliteWay fofocam sobre Lucy. Miguel ePilar acham que os rebeldes têmculpa pelo que aconteceu comLucy.Sexta-feira - Pilar segura a cabeça

de Roberta dentro da água. Alice eCarla ajudam a amiga. Pingo che-ga e separa a briga, mas ele nãosabe nadar. As rebeldes ajudam atirar Pingo da piscina. Tomás conti-nua desacordado e sangra pelo na-riz. Os alunos ficam muito preocu-pados com a situação de Tomás.Tomás se levanta e parte para ci-ma de Binho. Murilo e Vinícius es-coram o rebelde, que mal conse-gue ficar em pé. Pedro e Binho tro-cam socos.

Terça-feira - Josué pergunta a Mal-vina se seu pai sabe que ela estálendo um livro que não é permiti-do para mulheres. Nacib senteciúmes de Gabriela ao perceber ointeresse de seus clientes porela. Pelópidas e Douglas conver-sam sobre a possibilidade deMundinho Falcão se candidatar eacabar com o domínio dos coro-néis. Para fazer os coronéis fica-rem a favor da presença das mu-

lheres-damas na procissão, Coro-nel Ramiro Bastos pede a MariaMachadão que promova uma gre-ve no Bataclã.Quarta-feira - Os clientes doBataclã ficam furiosos ao sabe-rem que as meninas estão em gre-ve. Nacib não aceita a propostade Zarolha para furar a greve, dei-xando-a certa de seu amor. Ga-briela e Nacib se amam. Tonicoestranha a alegria de Nacib. Mau-

rício diz a Josué que achou mui-to ousada a redação de Malvi-na e ameaça mostrar a seuspais. Melk orienta Fagundes aseguir Josué. Os homens deIlhéus se desesperam com agreve do Bataclã. Ribeirinhoagarra Gabriela.Quinta-feira - Gabriela não aceitaa proposta de Ribeirinho, que ficafurioso com o desdém da cozinhei-ra. Berto conclui que o único jeito

de cessar a greve das meninas doBataclã é convencendo as espo-sas de Ilhéus a aceitá-las na pro-cissão. Machadão comenta comZarolha que Nacib deve ter outramulher. Arminda avisa a Nacibque Ribeirinho procurou Gabriela.Amâncio promete a Alceu que Ber-to se casará com Lindinalva.Sexta-feira - Ramiro sugere umavotação para que os homens im-portantes de Ilhéus decidam se

as meninas do Bataclã participa-rão da procissão. Mundinho acei-ta ser líder da oposição e prometeacabar com o poder do CoronelRamiro. O resultado da votação fa-vorece o Bataclã e Ramiro ordenaque o padre avise às meninas. Na-cib manda um recado para Zaro-lha, dizendo que não poderá ir aoBataclã. Assim que a procissãocomeça, chove na cidade e a mul-tidão anuncia o milagre.

Resumo das novelas

CARROSSEL - 20H30

MÁSCARAS - 22H25

REBELDE - 19H30

GABRIELA - 23H25

GLOBO

RECORD

SBT

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 23 - TV

Roteiro pelo Vietnã revela lendas

da Baía de Halong, uma das

Maravilhas da Natureza, e leva à

antiga Saigon, uma cidade vibrante

Agência O Globo

Saigon revive. Quase 40

anos depois do fim da guerra, o

lugar que viu cair o governo do

então Vietnã do Sul (ou foi libe-

rado do capitalismo, dependen-

do do ponto de vista ideológi-

co) é hoje o emergente e vibran-

te centro econômico do país

unificado.

Rebatizada de Cidade de

Ho Chi Minh (HCMC na sigla

em inglês), em homenagem ao

líder comunista, a maior cida-

de do país tem milhares de es-

trangeiros em suas ruas, arra-

nha-céus modernos ao lado de

prédios centenários de arquite-

tura colonial francesa, poucos

carros importados, milhões de

motos e lojas de grifes interna-

cionais.

HCMC é um bom ponto de

partida para uma viagem pelo

Vietnã, que pode passar por

Hue, a antiga capital imperial,

no centro do país, e chegar até

a incrível Baía de Halong, bem

ao norte, que não por acaso foi

eleita no ano passado uma das

Sete Maravilhas da Natureza.

O cultivo de arroz continua

sendo importante fonte de ren-

da, mas a infraestrutura turísti-

ca está cada vez melhor. Hoje o

Vietnã está pronto para receber

viajantes mais exigentes em

busca de ‘uma nova Tailândia’.

Turismo

O BERÇODO DRAGÃO

TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Montanhas de pedra

emergem na magnífica

Baía de Halong, no

norte do Vietnã

O Jasmine Cruise, um

dos barcos de Halong

Fotos:Agência

OG

lobo

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 25 - TURISMO

É hoje uma das cidades mais fascinantes do Sudeste Asiático, com mais de 8 milhões de habitantes

Agência O Globo

Por mais que Tio Ho seja

idolatrado pelos vietnamitas,

os moradores da Cidade de Ho

Chi Minh, rebatizada com o no-

me do herói comunista, conti-

nuam se referindo à cidade co-

mo Saigon.

Talvez porque ela tenha ti-

do esse nome desde o século

17, antes da chegada dos france-

ses. Ou porque sua alma conti-

nue a mesma: porto movimen-

tado, capital da ex-colônia fran-

cesa por quase cem anos (da se-

gunda metade do século 19 até

depois da Segunda Guerra) ou

quartel-general das tropas ame-

ricanas quando era a capital do

Vietnã do Sul, Saigon sempre

se destacou como um centro po-

lítico, financeiro e cultural.

É hoje uma das cidades

mais fascinantes do Sudeste

Asiático, com mais de 8 mi-

lhões de habitantes - o país tem

90 milhões.

Comece o roteiro pelo passa-

do, no emblemático Palácio da

Reunificação, o principal monu-

mento da cidade. O portão foi der-

rubado pelos tanques dos vietna-

mitas na manhã do dia 30 de abril

de 1975, data que marca o fim da

guerra. As tropas americanas saí-

ram antes do país.

O portão foi refeito e hoje é

a ‘lôi ra’ do pedaço (a saída, em

vietnamita). Dois tanques do

mesmo modelo e contemporâ-

neos aos que derrubaram o por-

tão estão em exposição nos jar-

dins do palácio.

Originalmente o prédio do

século 19 tinha arquitetura

francesa, do tempo em que o

Vietnã era colônia, parte da In-

dochina, mas hoje o estilo

arquitetônico do comunismo

prevalece. A construção foi

bombardeada e praticamente

destruída, em 1962.

O atual prédio branco não

seduz pela beleza, mas pela his-

tória. Há diversos objetos da

época da guerra, de telefones a

carros. Pelos seus salões espa-

lham-se estofados puídos a ma-

pas de guerra, passando por fi-

nas esculturas.

No subsolo, uma exposição de

fotos relembra o passo a passo da

guerra.Aimagemdostanquesder-

rubando o portão está lá.

A arquitetura original do pa-

lácio está desfigurada, mas há

dois outros bons exemplos de

projetos arquitetônicos da épo-

ca colonial francesa. O mais im-

pressionante, não muito distan-

te, em frente à Catedral de No-

tre-Dame, é a construção dos

Correios, assinada por Gustave

Eiffel. Não deixe de entrar.

O outro é a Ópera. Entre a

catedral e a ópera de estilo clás-

sico, ambos do fim do século

19, está uma das principais ave-

nidas comerciais da cidade, a

Dong Khoi, que pode ser per-

corrida a pé.

Vietnã

Tempo quente e boascompras na antiga Saigon

Tanque norte-vietnamita que botou o portão abaixo; no

jardim do palácio, há outro modelo da mesma geração

Portão do Palácio da Reunificação na Cidade de Ho Chi Minh, antiga Saigon: sua derrubada marcou o fim da guerra, há quase 40 anos

TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Prepare-se para o calorNeste fim de primavera

na Ásia, a temperatura em

HCMC chega aos 33 graus.

Todo mundo que assistiu

aos filmes de guerra sobre

o Vietnã sabe que a selva

tropical está logo ao lado

da antiga Saigon, então há

chuva em qualquer dia, a

qualquer hora.

Passe protetor solar, pe-

gue uma garrafa de água e

uma capa leve de chuva, use

um calçado fechado e não

deixe as condições climáti-

cas atrapalharem este pas-

seio tão diferente.

Na avenida entre o prédio

dos Correios e a Ópera fica o

moderno Vincom Center, o

maior e mais novo shopping

da cidade, com lojas ociden-

tais como Armani e Versace,

Mango e Nine West.

A melhor parada para

compras neste trecho é numa

grande livraria de rua, a Art

Book, com ótimo acervo de li-

vros em inglês com história e

fotos do país, pôsteres e car-

tões-postais com reproduções

de cartazes com propaganda

de guerra e do regime comu-

nista, e irresistíveis blocos e

cadernos feitos à mão com pa-

pel de arroz, decorados com

lindas aquarelas.

HCMC é um excelente lu-

gar para compras. Perto da

Ópera, na Dong Khoi, há um

lugar interessante chamado

L’Usine, no número 151, es-

condido no segundo andar de

uma passagem comercial em

um prédio original do fim do

século 19. É um café-loja,

com saladas, sanduíches, sor-

vetes e cupcakes, roupas e ob-

jetos de design para casa,

obras de arte.

Na Dong Khoi e nas suas

transversais, estão os melho-

res lugares para comprar

aquarelas, gravuras e pintu-

ras contemporâneas com mo-

tivos vietnamitas ou não; se-

das caras (na Khaisilk, no nú-

mero 107), objetos de laca a

bons preços (na Saigon

Crafts, número 74); bijute-

rias de chifres de búfalo e tê-

nis bacanas, de marcas desco-

nhecidas, mas todos made in

Vietnam, como muitos das

grandes grifes.

Há também uma graciosa

loja de bolsas bordadas colori-

das chamada Ipa-Nima (no

número 77-79) e, para quem

gosta, uma outra famosa de

bolsas de couro de crocodilo -

com certificado para sair do

país - e cobra. É a Viet

Thành, no número 137, em

frente à Gucci, e as bolsas de

couro de jacaré começam em

US$ 1,2 mil.

As de cobra custam a par-

tir de US$ 600, e há também

carteiras e cintos. Lojas de

grifes europeias e grandes

hotéis também estão por to-

da a Dong Khoi.

Com muitos moradores es-

trangeiros e turistas, a comu-

nicação nas lojas é simples. A

maioria dos vendedores fala e

entende inglês com mais faci-

lidade do que em outras re-

giões do país.

A Dong Khoi leva ao rio

Saigon. Voltando para perto

da Ópera, há outra avenida co-

mercial, a Le Loi, com mais

lojas de grifes, como Chanel,

Ferragamo, Vuitton.

O centro da cidade é pla-

no, e é fácil caminhar pelas

ruas. Cuidado redobrado ao

atravessar: não há leis de

trânsito no Vietnã.

Calcula-se que haja mais

de 3 milhões de motos só nes-

ta cidade, num fluxo constan-

te. São elas que movimentam

a economia local, levando

adultos e crianças (podem ser

quatro ou até cinco em uma

mesma moto), bichos mortos

ou vivos, verduras, frutas, flo-

res, compras do mercado, en-

gradados, garrafas e manguei-

ras de plástico, molduras pa-

ra quadros, pedras de gelo, tu-

bos de PVC, etc. (AG)

A Ópera:

arquitetura

colonial

francesa em

construção

centenária

no centro da

cidade

Casal em trajes de época

posa em um mausoléu de Hue

Café L’Usine:

cupcakes em

ambiente

moderno

Fotos: Agência O Globo

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 27 - TURISMO

A 10 quilômetros do centro, está o túmulo do último imperador Nguyen, o Thien Dinh Palace, de 1925

Agência O Globo

Saindo da antiga Saigon rumo ao

norte, a próxima parada pode ser em

Hue, a antiga capital imperial do

Vietnã, no centro do país.

Esqueça o ambiente cosmopolita da

Cidade de Ho Chi Minh. Com 340 mil

habitantes, as principais atrações desse

lugar histórico são templos e tumbas. E

a gastronomia, que é uma mais sofistica-

das do país.

No centro de Hue, cortado pelo rio Per-

fume, fica a cidadela do século 19, patrimô-

nio da Humanidade pela Unesco.

Quem conhece a Cidade Proibida de

Pequim vai notar as semelhanças, ainda

que a versão vietnamita seja bem menos

exuberante que a chinesa. E também

bem menos conservada - foi alvo de

bombardeios aéreos durante a guerra.

Talvez por isso, pareça mais autênti-

ca e menos cenário de cinema. Do lado

de fora, pelas ruas e praças, moradores

andam, claro, de moto. No fim da tarde,

meninos jogam futebol em frente à en-

trada da cidadela.

Nos arredores, a 10 quilômetros do

centro, está o impressionante túmulo

do último imperador Nguyen, o Thien

Dinh Palace, de 1925.

Decorado com estátuas de pedra de

guerreiros, elefantes e dragões, no alto

de uma escadaria, o mausoléu de Kahi

Dinh hoje é cenário de fotos de casa-

mento, com casais em trajes de época.

O túmulo propriamente dito é reves-

tido de mosaicos, que formam lindos de-

senhos de flores e pássaros.

Hue é o lugar ideal para fazer uma refei-

ção à moda dos imperadores. A deliciosa

experiência de alta gastronomia em um res-

taurante como o Ancient Hue pode come-

çar com rolinhos de papel de arroz rechea-

dos com porco grelhado, seguir com salada

de flor de bananeira e sopa de noodles com

carne, continuar com arroz com frutos do

mar e semente de lótus e peixe no vapor

acompanhado de berinjela grelhada com

cebolinha, num banquete de muitos pra-

tos, quase sempre decorados com delica-

das flores de legumes.

As urnas do português

Não deixe de admirar as incríveis ur-

nas de bronze da dinastia Nguyen. São

mais de 30 em Hue, umas com pés, outras

não, todas feitas ao longo dos 300 anos em

que os Nguyen estiveram no poder.

Algumas urnas estão na Cidade Impe-

rial. As maiores, sem pés, foram feitas no

século 17 por Joaz da Cruz, um português

nascido na Índia e casado com uma vietna-

mita, considerado o pai dos trabalhos de

bronze na região. Cruz e seus filhos tam-

bém fizeram muitas armas para os mem-

bros da dinastia Nguyen.

Vietnã

Em Hue, lembrançasde um império

A cidadela do século 19, no

centro da cidade imperial de Hue

TURISMO - 28 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

O Templo da Literatura,

de 1070: paz em meio ao

caos urbano da capital

Não dá para dizer que todas

as rixas entre o Norte e o Sul do

Vietnã tenham desaparecido.

Os moradores de Hanói, a capi-

tal do Norte, ainda implicam

com os do Sul.

Vivem dizendo que a antiga

Saigon é o centro financeiro do

país, mas não o cultural.

Hanói, que já foi também

a capital da antiga Indochi-

na, tem um charme e um cli-

ma de renovação que fazem

da cidade uma das mais fasci-

nantes da Ásia.

Prédios coloniais se mistu-

ram a construções dos tempos

soviéticos e senhoras com cha-

péu de cone e frutas nas costas

disputam espaço nas ruas in-

transitáveis com moças de mi-

nissaia e bolsinha Chanel (fal-

sas, na maioria).

De um lado está o mausoléu

de Ho Chi Minh - o herói co-

munista da independência. Do

outro, galerias de arte, barzi-

nhos e butiques exclusivas.

Tem muita gente indo a Ha-

nói só para dar uma olhada nas

coleções produzidas pelos artis-

tas plásticos vietnamitas. Arte

moderna em metrópoles como

Tóquio e Pequim é coisa para

poucos, mas no Vietnã os pre-

ços continuam mais acessíveis.

Galeristas e colecionadores

ocidentais estão de olho numa

nova geração que usa técnicas

tradicionais para expressar as

transformações aceleradas atra-

vessadas por seu país.

Vale muito a pena se embre-

nhar pelas ruelas do Bairro An-

tigo para percorrer as galerias,

muitas delas em casarões re-

construídos. É um ar de SoHo

nova-iorquino em meio ao caos

urbano do sudeste asiático.

A Mai Gallery (113 Hang

Bong Street) é uma das mais

conhecidas e respeitadas. A

Apricot Gallery, na mesma

rua (40B), também tem uma

seleção bacana de artistas na-

cionais. A Bui Gallery (the-

buigallery.com) é ainda mais

exclusiva e internacional (23

Ngo Van So Street).

São muitas as opções, que

combinam com a vibração de

uma cidade jovem (a maioria

da população nasceu depois

da guerra), um lugar que ten-

ta se abrir para o mundo ape-

sar das limitações impostas

pelo regime.

A vida cultural de Hanói

também tem o lado mais his-

tórico. A cidade sofreu bom-

bardeios violentos durante a

guerra, mas conseguiu preser-

var muitos de seus templos e

pagodes.

O Templo da Literatura,

erguido em 1070, foi a primei-

ra universidade do país, um

centro que ensinava a doutri-

na confucionista. A arquitetu-

ra clássica chinesa está intac-

ta e a construção hoje serve

de hall de entrada para a Uni-

versidade Nacional.

O incenso e as rezas trazem

alguns momentos de tranquili-

dade numa região tomada por

zumbidos de motos que trans-

portam de patos a vacas, multi-

dões nas ruas e cheiros de pra-

tos exóticos.

Embora Hanói seja uma ci-

dade em transição, a figura de

Ho Chi Minh é onipresente,

lembrando aos visitantes que

as coisas mudaram, mas os viet-

namitas continuam fiéis aos

seus valores.

O corpo embalsamado do lí-

der revolucionário pode ser visto

num mausoléu de granito tão im-

ponente quanto o que guarda a

múmia de Lênin, em Moscou. O

policiamento é intensivo e as fi-

las, enormes. (AG)

A tumba do último imperador é cenário de fotos de casamentos

Exército de homens de pedra guarda mausoléu do último imperador

Fotos: Agência O Globo

Artes epolítica emHanói

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 29 - TURISMO

A baía de Halong e suas 1.969 ilhas criam um cenário inesquecível

Agência O Globo

Diz a lenda que um dra-

gão bebê espanou a cauda e

quebrou a montanha em mi-

lhares de rochas de formas e

tamanhos inusitados, trans-

formando-as em ilhas flu-

tuantes sobre as águas cor de

jade da Baía de Halong, uma

das maravilhas do mundo.

A intenção do dragãozinho

era impedir a entrada dos ini-

migos do Vietnã, mas hoje tu-

ristas são muito bem recebi-

dos e tratados com delicade-

za e sofisticação, cultivadas na

cultura local.

O filme francês Indochina, de

1992, com Catherine Deneuve,

foi rodado em Halong e as ima-

gens lançaram mundialmente a

baía como ponto turístico, mas o

lugar ainda tem jeito de paraíso

abençoado pelos deuses.

A baía e suas 1.969 ilhas

criam um cenário fantasmagóri-

co que torna inesquecível dias

e noites a bordo daqueles bar-

cos tradicionais com velas qua-

dradas, saboreando o longo ri-

tual das refeições vietnamitas,

com incursões em grutas, mer-

gulhos, passeios de caiaque e

sol no deque.

Halong fica a três horas de Ha-

nói. O caminho é pontilhado por

campos de arroz, cultivados por

agricultores com os rostos escon-

didos pelos tradicionais chapéus

em forma de cone, daqueles que

ilustram todos os livros de histó-

ria do século 20.

As primeiras visões da baía

compensam todos os descon-

fortos da viagem. Ao chegar

ao porto, embarca-se imedia-

tamente para os dois ou três

dias no mar.

O pacote com apenas duas jor-

nadas a bordo e uma noite com-

partilhada com 12 pessoas - em ca-

bines confortabilíssimas, duplas

ou individuais - já faz o cruzeiro

entrar na categoria dos progra-

mas a fazer antes de morrer. E is-

so por modestos US$ 120.

Os turistas são recebidos a

bordo por um almoço no con-

vés com sete pratos, todos deli-

ciosos, a base de peixe e frutos

de mar. A refeição é longa, e dá

tempo de conhecer os compa-

nheiros de cruzeiro, que certa-

mente não seriam os melhores

amigos na vida cotidiana mas

são interessantes para dois dias

de viagem. A língua a bordo é o

inglês, em variados sotaques, e

as histórias de vida diferentes

criam um clima simpático, esti-

mulado por bons drinques e vi-

nhos - bebidas são cobradas à

parte, mas a preços razoáveis.

As libações à mesa não ti-

ram a disposição para a descida

às ilhas. No roteiro, a primeira

visita é ao Palácio Celeste, gru-

ta suspensa a 50 metros do ní-

vel do mar, com uma fileira de

salas escavadas na rocha e ilu-

minação em tecnicolor.

São muitas as possibilida-

des a ser exploradas. Uma das

grutas mais bonitas é a do tú-

nel que abre passagem para um

lago e, um pouco mais longe,

prainhas de areia branca.

Delicioso é navegar nos

pequenos botes de bambu,

conduzidos em geral por mu-

lheres com um único

remo.

Os guias de turismo

dizem que é bom evitar o

cruzeiro nos meses de fe-

vereiro a abril porque

faz frio (10 a 15 graus)

e em julho pa-

ra fugir da

multidão de

europeus e

americanos

em férias de

verão.

Os drin-

ques depois do

cair da noite dão

início a um longuíssimo jantar,

com ainda mais pratos do que

na hora do almoço: dez gostosu-

ras da culinária do país. Estra-

nhamente, a irritante e baru-

lhenta agitação tradicional dos

turistas em Halong é substituí-

da por um sentimento de cal-

ma e encantamento, inspirados

pelo silêncio e pela magia das

paisagens surreais da baía.

Vietnã

MARAVILHA DO MUNDO

Barcos de turismo em meio ao

cenário de montanhas de pedra na

Baía de Halong, no norte do Vietnã:

paisagem surreal em uma das

maravilhas da natureza

TURISMO - 30 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

COMO CHEGAR

De avião: A Air France/KLM, aEmirates, a Qatar Airways e a TurkishAirlines têm tarifas a partir de R$5.638, ida e volta. Voos internos: PelaVietnam Airlines (Skyteam), os trechosentre Ho Chi Minh City, Hue e Hanóisaem por US$ 160 cada

Cruzeiros: Diversas empresasoferecem cruzeiros de dois ou três diaspela Baía de Halong. Uma das maismelhores é a Jasmine Cruise(jasminecruises.com)

Pacotes: Pela Queensberry,pacotes de sete noites, sem a parteaérea, a partir de R$ 3.155. Com BestDestinations, também sete noites sema parte aérea, a partir de R$ 2.820

PASSEIOS

Ho Chi Minh City

Catedral de Notre-Dame:

Diariamente, das 5h30 às 17h. Missaaos domingos, às 9h30. Cong Xa

Saigon Central: O prédio dosCorreios, o maior do Vietnã, abre das7h30 às 20h30. Dong Khoi

Palácio da Reunificação: 7h30 às 11h edas 13h às 16h. Entrada: 15.000dongues (R$ 1,50)

Arredores: A partir de HCMC épossível fazer um passeio de um dia aodelta do rio Mekong, berço da produçãode arroz, e também visitar os túneis deCu Chi, usados pelos vietnamitasdurante as guerras com os franceses e,mais tarde, os americanos

CLIMA

No verão faz calor no sul, e é altatemporada no centro e norte. O outonotem temperaturas mais amenas. A

melhor época é depois de outubro. Naprimavera, o melhor mês é abril. Noinverno, pode fazer frio em Hanói e,principalmente, em Halong. Chovemuito o ano inteiro, no país todo

DOCUMENTOS

Visto: É emitido pela Embaixadado Vietnã, em Brasília. O passaporte eos documentos podem ser enviadospelo correio. Tel. (61) 3364-5876

Febre amarela: É necessário ocertificado internacional. A vacina deveser tomada até dez dias antes doembarque �

Barqueiras levam os turistas para navegar pela baía: o programa desvenda grutas muito bonitas

Programe o Vietnã

Urna de bronze

da dinastia

Nguyen, feitas

pelo português

Joaz da Cruz

Lojadegrife e

vendedora

ambulante:

constrastesestão

por toda acidade

Alta gastronomia:

rolinhos de arroz

abrem o banquete

imperial

Fotos: Agência O Globo

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 31 - TURISMO

Paulo Coelho

O SILÊNCIODOS CULPADOS

Escritor

Opior desastre criadopela mãodo homem aconteceu emChernobyl,

Ucrânia, ondeas pessoas foram submetidasa uma radiação90 vezes

maior queada bomba de Hiroshima

O vídeo foi filmado na manhã do dia

26 de abril de 1986 e mostra uma vida nor-

mal em uma cidade normal. Um homem

sentado tomando café. A mãe passeando

com o bebê pela rua. As pessoas atarefa-

das, indo para o trabalho, uma ou duas

pessoas esperando no ponto de ônibus.

Um senhor lendo um jornal no banco de

uma praça.

Mas o vídeo está com problema: apare-

cem várias riscas horizontais, como se o

botão de “tracking” precisasse ser mexi-

do, de modo que eu e mais cinco pessoas

que estão comigo pudéssemos ver uma

melhor imagem. Penso em pedir que fa-

çam isso, mas penso também que alguém

deve ter notado, e em breve irão tomar al-

guma providência.

O vídeo sobre a pequena cidade do in-

terior continua passando, sem absoluta-

mente nenhuma coisa interessante, além

das cenas da vida comum. É possível que

algumas daquelas pessoas saibam que

aconteceu um acidente a dois quilôme-

tros dali. É possível também que saibam

que ocorreram 30 mortes – o que é um nú-

mero grande, mas não o suficiente para

mudar a rotina dos habitantes.

As cenas agora mostram ônibus es-

colares estacionando. Ali ficarão por

muitos dias, sem que nada aconteça.

As imagens estão muito ruins, e me vi-

ro para Katya, pedindo que tente ver o

que está acontecendo. Ela não respon-

de - perdeu a voz. Viro-me para Oleg,

que diz uma só palavra:

- Não é o “tracking”. É a radiação.

No dia 26 de abril, a 1h23 da manhã, o

pior desastre criado pela mão do homem

aconteceu em Chernobyl, Ucrânia, onde

estou agora assistindo a este vídeo. Com a

explosão de um reator nuclear, as pessoas

da área foram submetidas a uma radiação

90 vezes maior que a da bomba de Hi-

roshima. Era necessário evacuar imediata-

mente a região, mas ninguém, absoluta-

mente ninguém disse nada – afinal de

contas, o governo não comete erros. Uma

semana depois, apareceu na página 32 do

jornal local uma pequena nota de cinco li-

nhas, falando da morte dos operários, e

mais nada. Nesse meio tempo, foi come-

morado o Dia do Trabalho em toda a ex-

União Soviética, e em Kiev, capital da

Ucrânia, as pessoas desfilam sem saber

que a morte invisível está no ar.

Eu volto ao meu passado: estou em

um bar no Jardim Botânico, no Rio de Ja-

neiro, quando a TV dá a notícia – porque

a esta altura aparelhos na Suécia, há mi-

lhares de quilômetros dali, detectaram a

poeira radioativa que caminha em dire-

ção àquele país.

Apenas trinta mortes naquele dia. E,

no entanto, segundo um relatório das Na-

ções Unidas feito em 1995, um total de no-

ve milhões de pessoas no mundo inteiro

foram afetadas diretamente pelo desastre,

entre elas três a quatro milhões de crian-

ças. As trinta mortes se transformaram,

segundo o especialista John Gofmans, em

475 mil casos de câncer fatais, e um núme-

ro igual de câncer não fatais.

O silêncio dos culpados, entretanto,

durou muito mais do que se esperava; afi-

nal de contas, ninguém vê a poeira radioa-

tiva. Mas finalmente, quando o mundo in-

teiro já sabia, quando a poeira havia se es-

palhado por toda a Europa, 400 mil pes-

soas tiveram que ser evacuadas. Um total

de 2 mil cidades e vilarejos foram simples-

mente riscados do mapa.

Comenta o professor Dr. Vladimir

Chernousenko:

- Além dessas nove milhões de pes-

soas diretamente afetadas pela radiação,

outras 65 milhões foram indiretamente

afetadas, através do consumo de alimen-

tos contaminados, em muitos países do

mundo. E seja na Ucrânia, na Rússia, nos

Estados Unidos ou na Alemanha, é abso-

lutamente impossível ter completo con-

trole de uma reação nuclear. Quase acon-

teceu na América (ele se refere a Three

Mile Island, onde outro reator explodiu

parcialmente) e, de um momento para o

outro, sem que ninguém espere, pode tor-

nar a acontecer.

O vídeo, filmado pela KGB – a polícia

secreta da União Soviética – termina com

alguns agentes vestindo roupas especiais.

Katya, Oleg, Yuri e Lena estão chorando.

Nos levantamos, e por causa do silêncio

dos culpados, os inocentes também ficam

em silêncio - porque não há nada, absolu-

tamente nada a dizer. �

32 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO