beija flor
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Características físicas
Os beija-flores são aves de pequeno porte, que medem em média 6 a 12 cm de
comprimento e pesam 2 a 6 gramas. O bico é normalmente longo, mas o formato
preciso varia bastante com a espécie e está adaptado ao formato da flor que constitui
a base da alimentação de cada tipo de beija-flor. Uma característica comum é a língua
bifurcada e extensível, usada para extrair o néctar das flores.
O esqueleto e constituição muscular dos beija-flores estão adaptados de forma a
permitir um vôo rápido e extremamente ágil. São as únicas aves capazes de voar em
marcha-ré e de permanecer imóveis no ar. O batimento das asas é muito rápido e as
espécies menores podem bater as asas 70 a 80 vezes por segundo. Em contraste, as
patas dos beija-flores são pequenas demais para a ave caminhar sobre o solo. As
fêmeas são em geral maiores que os machos, mas apresentam coloração menos
intensa.Vivem em média 12 anos e seu tempo de incubação é de 13 a 15 dias.
Reprodução e comportamento
Espécime brasileira de beija-flor em seu ninho.
Tal como a maioria das aves, o sentido do olfato não está muito desenvolvido nos
beija-flores; a visão, no entanto, é muito apurada. Para além de poderem identificar
cores, os beija-flores são dos poucos vertebrados capazes de detectar cores no
espectro ultravioleta.
A alimentação dos beija-flores é baseada em néctar (cerca de 90%) e artrópodes, em
particular moscas, aranhas e formigas. Os beija-flores são poligâmicos.
Espécime brasileira de beija-flor.
Aproveitando a grande necessidade que os beija-flores têm de um alimento energético
de rápida utilização, como o néctar, que contém carbohidratos em concentração
variável em torno de 15 a 25%, é possível atraí-los para fontes artificiais de soluções
açucaradas, os chamados "bebedouros" para beija-flores. Trata-se de recipientes com
corolas artificiais onde é colocada uma solução açucarada cuja concentração
recomendada é de 20%. Uma crença, que tudo indica foi iniciada a partir de uma
publicação de autoria do naturalista Augusto Ruschi, diz que o uso desses bebedouros
pode ocasionar doenças nessas aves, podendo até matá-las. Porém não há, na
literatura ornitológica, nenhum trabalho científico comprovando isto. Essa crença
tornou-se extremamente difundida na população.A doença à qual Ruschi se referiu
seria acandidíase, infecção oportunista causada pelo fungo Candida albicans, que
acometeria a boca dos beija-flores. É possível que esse autor tenha de fato observado
essa doença em seus beija-flores, mantidos em viveiros, pelo fato de se encontrarem
imuno-deprimidos pelas próprias condições do cativeiro. De qualquer forma, é
aconselhável que todos que forem se utilizar desse artifício para atração de beija-
flores para seus jardins, sacadas, etc, que procedam à limpeza diária dos bebedouros
e troca da solução açucarada preparada sempre com açúcar comum, evitando utilizar
mel, açúcar mascavo e outros preparados, com maior facilidade de fermentação.
Conservação
Duas espécies de beija-flor extinguiram-se no passado recente: esmeralda-de-Brace
(Chlorostilbon bracei) e esmeralda-de-Gould (Chlorostilbon elegans). Das 322
espécies conhecidas, a IUCN lista 9 como em perigo crítico de extinção, 11 como em
perigo e outras 9 como vulneráveis. As maiores ameaças à preservação do grupo são
a destruição, degradação e fragmentação de habitats.