Bebedouro no 44 | Novembro de 2015jornal brasil atual

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AgriculturaAlerta fitossanitário online monitora a ocorrência do greening nos laranjais da região

CulturaNo mês da Consciência Negra, moçada do hip--hop promove eventos no Jardim Alvorada

Eterna enfermidadeAusência de médicos nas unidades de saúde faz com que atendimento siga mais moroso do que o normal

jornal brasil atual

EducaçãoPesquisa mostra que brasileiro ainda segue com dificuldade para interpretar textos e ilustrações

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FM102,7Em casa, no carro, no ônibus:sintonize a rádio que fala a sua língua.

Depois do cartel da CPTM e do Metrô em 2013 (arquivado pelo Judiciário e abafado pela imprensa tradicional), da crise hídrica em 2014 (que segue com racionamentos em várias regiões), o escândalo da vez do governo Geraldo Alckmin (PSDB) é o chamado Plano de Reorganização Escolar, que prevê o fecha-mento de 94 escolas em 35 municípios do Es-tado de São Paulo (leia mais na página 5).

De imediato, este é um caso que não envol-ve supostas manobras corruptas na máquina pública, como os exemplos supracitados. En-tretanto, é uma medida que abre um debate no campo da ética política. Quem, em pleno domínio de suas faculdades mentais, é capaz de naturalizar o fechamento de instituições de ensino, seja por qual motivo for, em um momento da história que vem sendo chama-do de “A Era da Informação”?

Parece que o governador e seu secretário de Educação, o engenheiro mecânico Her-man Voorwald, escolheram um caminho grosseiro para tentar “melhorar” a educa-ção no Estado, afetando toda a comunidade escolar: alunos, professores e pais.

Segundo a própria Secretaria Estadual de Educação, 311 mil alunos, de um total de 3,8 milhões, deverão mudar de escola em 2016,

gerando a superlotação das salas de aula. Cerca de 74 mil professores também devem ser atingidos pela reforma.

A Apeoesp (Sindicato dos Professores do En-sino Ofi cial do Estado de São Paulo) teme que muitos educadores fi quem desempregados. Pais já falam em se mudar caso seus fi lhos se-jam transferidos, exterminando dinâmicas co-munitárias consolidadas, onde a escola geral-mente é a extensão da vida social dos bairros.

Curiosamente, a imagem do governo pau-lista passa incólume pela opinião pública. Os vários protestos de alunos, pais e profes-sores – lembrando que, no início do ano, o professorado paulista protagonizou a maior greve da história, com 92 dias de paralisação – quase não são mencionados pelos jornais. Afi nal, é apenas a educação de crianças e jo-vens das periferias que está em jogo, aqueles que já estão marginalizados desde sempre.

O fenômeno que também chama atenção é que se você anuncia essa notícia para uma pessoa que desconhece as atribuições do pacto federativo, é possível que ela responsabilize a presidenta Dilma (PT) ou o prefeito da cidade. O governo do Estado, às vezes, parece simples-mente inexistir. Imagina, então, como fi cará esse quadro com menos escolas abertas?

EXPEDIENTE REDE BRASIL ATUAL – BEBEDOUROEditora Gráfi ca Atitude Ltda. Diretor de Redação Paulo Salvador Editor Enio Lourenço Repórteres Giovanni Giocondo Editor de Arte Adriano Kitani Revisora Malu Simões Foto capa freepik.com Telefone (11) 3295-2819 Endereço Rua São Bento, 365, 19o andar – Centro, São Paulo, SP CEP 01011-100Tiragem 10 mil exemplares Distribuição Gratuita

Editorial

O desgoverno paulista na educação

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Com menos médicos, unidades básicas seguem precarizadasSaúde

Usuário do SUS denuncia saída de profissionais, que faz pacientes aguardarem até seis meses na fila de espera de procedimentos

A saúde pública de Bebedou-ro pede socorro. Pelo me-nos é o que dizem os pa-cientes do Sistema Único

de Saúde (SUS) que estão na fi la para a marcação de consultas, exames, cirurgias e outros procedimentos em unidades de saúde do municí-pio. A falta de médicos é o principal problema criticado pelos usuários.

A denúncia feita ao jornal Brasil Atual partiu do professor aposen-tado Luiz Carlos Breviglieri, de 66 anos. Em abril, ele foi até a Unida-de Básica de Saúde (UBS) Doutor Moacyr Caldeira, no Centro, para renovar a liberação de medicamen-to de hipertensão e o médico que o atendeu informou que, na semana seguinte, não iria mais ao posto de saúde, porque estava há três meses sem receber salários – e assim o fez.

Em 5 de agosto, Luiz Carlos pre-cisou ir novamente à UBS para so-licitar uma consulta com um ofta-mologista. “Informaram-me que o agendamento não estava mais sen-do feito naquela data, recomeçando só 20 dias depois”, revela.

No dia 26 de agosto, o aposentado descobriu que só conseguiria uma consulta no dia 24 de setembro. “Apenas dois médicos faziam o aten-dimento, e um deles ainda delimita-va o número de pacientes. Imagine se eu tivesse urgência”, reclama.

A lista de inscritos para fazer o exame, diz, “tinha uns 180 nomes”. Foi então que Luiz Carlos resolveu “tentar a sorte” na UBS Dr. Ricardo Dias de Toledo, na Vila Sanderson. “Lá me informaram que não havia médico algum”, explica.

Em 2 de setembro, o aposen-tado conseguiu um encaminha-mento para o Hospital Municipal Júlia Pinto Caldeira. Lá, ele fez a consulta com uma oftalmologista,

que o orientou a fazer um exame. A autorização para o procedimen-to foi dada em 1º de outubro, e o exame feito apenas no dia 27 do mesmo mês. E o drama não termi-nou. “Vou precisar fazer cirurgia, só que ela vai demorar seis meses para acontecer. Acho um abuso sem precedentes.”

Problema recorrenteEm março, nossa reportagem já

havia recebido denúncias sobre a falta de médicos nos postos de saúde de Bebedouro. Um enfermeiro, que por temor de represálias não revelou sua identidade, disse que o médico de sua UBS simplesmente abando-

nou o serviço após fi car três meses sem salários. “Ficamos em situação difícil sem o médico, mas entende-mos seus motivos. Ninguém conse-gue trabalhar sem receber”, contou.

O jornal Brasil Atual tentou con-tato com os profi ssionais de saúde que teriam deixado de trabalhar devido aos atrasos nos salários, mas eles não foram encontrados. No Re-sidencial Rassim Dib, questionamos uma recepcionista da Estratégia Saúde da Família (ESF) José Caubi Campello sobre agendamentos de consultas e fomos informados da ausência de médicos no local – so-mente no ESF Cláudia II, no prédio ao lado, havia médicos atendendo.

Resposta da Prefeitura Brasil Atual enviou à Secretaria

Municipal de Saúde uma série de questões sobre a falta de médicos, salários atrasados e agendamentos demorados. Em nota, a Assessoria de Imprensa da Prefeitura respondeu:

O Departamento de Saúde de Bebedouro informa que já se en-contra aberto um pregão para con-tratação de empresas específi cas em diversas modalidades médicas. A Prefeitura de Bebedouro também abrirá um novo concurso público para contratação de médicos espe-cialistas em diversas modalidades.

Vou precisar fazer cirurgia, só que ela vai demorar seis

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Adesão ao refinanciamento da dívida vai até dezembroCidade

Agricultura

A partir deste ano, cidadão que não quitar débitos com a Prefeitura terá nome protestado; dívida acumulada ultrapassa R$ 30 milhões

Preocupado com o avanço do greening sobre as lavouras de laran-ja, o Fundo de Desenvolvimento da Citricultura (Fundecitrus) atualizou seu alerta fitossanitário online para identificar as propriedades onde há focos da contaminação pela bactéria Candidatus Liberibacter, causadora da doença. O greening é considerado pelo Fundecritrus a doença “mais destrutiva dos citros no Brasil”.

A microrregião de Bebedouro, que abrange 18 municípios, é uma das mais afetadas e conta com 72% das árvores monitoradas pelo alerta fitossanitário, em um total de 33,3 mil hectares de plantio de laranja. Com a ferramenta digital na Internet, os produtores po-dem planejar em conjunto estratégias de combate ao psilídeo, da espécie Dia-

Contribuintes que estão em atraso com o pagamento de impostos e de ta-xas municipais devem procurar o De-partamento Tributário de Bebedouro para regularizar a sua situação. O prazo para aderir ao programa de refi-nanciamento da dívida (Refis 2015) vai até 23 de dezembro. A adesão também vale para quem não conseguiu cum-prir o parcelamento do Refis 2014.

O controller Luiz Antonio Noguei-ra – responsável pela contabilidade da Prefeitura – lembra que esta é a última chance para que a população quite seus débitos. “A partir deste ano, se não houver acordo, o nome dos contribuintes será protestado, o que vai gerar restrições junto ao Ser-viço de Proteção ao Crédito (SPC) e ao Serasa”, alertou.

O município estima uma dívida ativa acumulada em R$ 33 milhões

Combate permanente ao greeningphorina citri, inseto responsável por transmitir o greening para a laranjeira.

Identificado pela primeira vez no Brasil em 2004, o greening chegou a afe-tar 6,91% das plantas do país em 2012. Uma vez contaminadas pela doença, as árvores não produzem frutos e devem ser erradicadas completamente. Em Bebedouro, na última medição, feita em 16 de outubro, 1.899 insetos foram identificados e 648 capturados.

Conforme instrução normativa do Ministério da Agricultura, publicada em 2008, é dever do produtor inspe-cionar e eliminar as plantas com a doença. O descumprimento da regra pode levar a multa que varia entre R$ 10 mil e R$ 75 mil. O alerta fitossanitá-rio online pode ser acessado pelo site: <http://alerta.fundecitrus.com.br>.

e pretende recuperar ao menos 20% desse montante com o pro-grama. Por isso, criou facilidades como o desconto integral de mul-tas e juros para a quitação à vista dos tributos e a redução de 80% nos encargos para o parcelamento em até quatro vezes. Quem optar por dividir os débitos em até 36 ve-zes não terá abatimento.

Segundo Nogueira, a maior parte do estoque da dívida é referente ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e ao Imposto Sobre Serviços (ISS), mas há também débitos refe-rentes a outras taxas e contribuições.

“O Departamento Tributário já está apto a atender e a orientar a po-pulação sobre as possibilidades de quitação”, ressaltou. O órgão funcio-na no prédio da Prefeitura, de segun-da a sexta-feira, das 11h às 17h. di

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Alerta fitossanitário online da Fundecitrus monitora a ocorrência da doença que mais afeta laranjais em todo o país

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Em uma década (2001-2011), o Brasil evoluiu quando o assunto é alfabetização fun-cional de seus cidadãos. O

percentual de pessoas com capaci-dade básica de leitura, escrita e de compreensão matemática saltou de 61% para 73% da população que está na faixa etária dos 15 aos 64 anos.

O levantamento integra o Índice de Analfabetismo Funcional (Inaf), feito em parceria pelo Instituto Pau-lo Montenegro e a ONG Ação Educa-tiva, em 2012, que, porém, mostrou um dado preocupante. Nesse período não houve melhoria signifi cativa no número de brasileiros que detém es-sas habilidades de forma plena.

Segundo a pesquisa, somente 26% dos brasileiros tinham completo do-

mínio dos três quesitos e se encon-travam “plenamente alfabetizados”, ou seja, com habilidades que não impõem restrições para compreen-der e interpretar textos usuais, já que leem conteúdos mais longos, analisam e relacionam suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de opinião, e reali-zam inferências e sínteses.

A falta de domínio das letras é identificada mais claramente por especialistas em provas de vesti-bulares, concursos públicos e nas redes sociais, em que artigos, cita-ções, ilustrações utilizam propo-sitalmente figuras de linguagem, como ironias e metáforas, que di-ficilmente são compreendidas por uma parcela da sociedade.

Pesquisa aponta que brasileiro mantém baixa capacidade de interpretação de textos e ilustrações

Educação

Dificuldade está relacionada com a “falta de cultura de leitura e de interesse por temas sociais”, diz professor

Aprendizado ineficaz Charge do Brasil Atual gera polêmica nas redes sociais

USP

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Paulo Ramos, professor do Depar-tamento de Letras da Universidade Fe-deral de São Paulo (Unifesp), acredita que parte dessa defi ciência está asso-ciada ao aprendizado da cultura geral e da língua portuguesa, que não aten-de aos requisitos mais básicos.

“Os documentos ofi ciais relaciona-dos ao ensino registram a necessidade de leitura e compreensão de textos de todas as ordens, inclusive dos que mesclam palavra e imagem. Mas os poucos indicadores sinalizam que tan-to alunos quanto professores demons-tram difi culdade no uso e na compre-ensão de produções assim”, explicou

Um caso de interpretação equivo-cada envolveu o jornal Brasil Atual neste ano. Na edição de outubro, que circulou no Estado de São Paulo e na Internet, foi publicada uma charge de autoria do cartunista Adriano Kitani, que, ironicamente, discutia o preconceito de alguns brasileiros com a chegada de novos fluxos de imigrantes ao país.

Um número signifi cativo de inter-nautas, porém, leu o desenho de ma-neira divergente da proposta origi-nal do autor. Alguns ainda tentaram se utilizar da produção para invocar a intolerância contra os estrangei-ros, evidenciando o entendimento errôneo da linguagem empregada.

“Já vi situações assim acontecerem com outras charges minhas e mesmo com desenhos de outros cartunistas. Eu vejo um grande número de pesso-

as que não compreende mensagens irônicas nos comentários e comparti-lhamentos do Facebook”, disse Kitani.

Brasil Atual publicou uma nota de esclarecimento do conteúdo para atenuar os ânimos do debate, que ultrapassava o campo fraterno, e, so-bretudo, para reafi rmar a linha edi-torial do veículo, que repudia todo e qualquer tipo de discriminação.

Para o professor Paulo Ramos, coordenador do Grupo de Pesquisa sobre Quadrinhos (Grupesq) na Uni-fesp, episódios como os da charge ex-põem “falta de cultura de leitura e de interesse por temas sociais”. “Acredi-to que quanto menos informação se tem, menor o volume de referências e de inferências que se faz no processo de compreensão, daí a difi culdade de interpretação das informações conti-das nas ilustrações”, reitera.

PARADOXOCONTEMPORâNEO

Os documentos ofi ciais relacionados

ao ensino registram a necessidade de leitura e compreensão de textos

de todas as ordens

Por Giovanni Giocondo

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antena atual o que acontece no mundo você confere aqui

viralizouNo primeiro episódio do programa Master Chef Júnior, concurso de gastronomia entre crianças, da Band, internautas fi zeram comentários pedófi los sobre uma participante de 12 anos. O coletivo feminista Think Olga, porém, rebateu de imediato e lançou a hashtag #PrimeiroAssedio, que reuniu mais de 80 mil relatos no Twitter sobre essa forma de abuso sexual na infância.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi alvo do protesto chamado “escracho”, do movimento Levante Popular da Juventude, em que notas que simulavam dólares foram atiradas contra ele durante coletiva de imprensa. Cunha é suspeito de crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro.

sem ruídos “Não vou me intimidar, tampouco abaixar a cabeça. Sigo o que sei fazer de melhor: trabalhar. Se a minha imagem ou a imagem da minha família te incomoda, o problema é exclusivamente seu! (...) E quero que esse episódio sirva de exemplo: sempre que você encontrar qualquer forma de discriminação, denuncie. Não se cale, mostre que você não tem vergonha de ser o que é e continue incomodando os covardes. Só assim vamos construir um Brasil mais civilizado” , disse a atriz Taís Araújo em sua página no Facebook após sofrer comentários racistas em uma foto sua na mesma rede social.

Mas que calor!O mês de outubro registrou a temperatura mais quente do ano em Bebedouro, de acordo com a medição da Estação Experimental e dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os termômetros alcançaram a marca de 43,3 ºC às 13h15 do dia 16 de outubro, no Centro. Segundo informações não ofi ciais, esta teria sido a temperatura mais alta no município desde 2001.

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Os que pensam e os que ignoramPor Enio Lourenço

Entrelinhas

A grita motivada pelo teor das pro-vas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mostrou não apenas o nível intelectual de algumas fi guras públicas do país – e de seus soldados anônimos nas redes sociais –, como também trouxe à tona o atual está-gio civilizatório brasileiro.

Nas questões, citações a Paulo Freire (educador brasileiro traduzi-do em dezenas de países), a Slavoj Zi-zek (fi lósofo esloveno, um dos prin-cipais pensadores contemporâneos) e a David Harvey (geógrafo britâni-co, professor da City University of New York) foram coadjuvantes para aqueles que acusaram o exame de “doutrinação ideológica”.

“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico, defi ne a for-ma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o cas-trado que qualifi cam o feminino.”

Este trecho de O Segundo Sexo, da francesa Simone de Beauvoir – fe-minista e importante intelectual do século XX –, em uma questão, no entanto, escancarou o primitivismo em que nos encontramos e, para pio-rar, reafi rmou o enunciado da prova de redação, que tinha como tema “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”.

Os bastiões da ignorância (“fal-ta de saber; ausência de conheci-

mentos; estado de quem ignora ou desconhece alguma coisa, não tem conhecimento dela”, segundo o Di-cionário Aurélio) atendem pelos no-mes de Marco Feliciano (PSC-SP) e Jair Bolsonaro (PP-RJ), dois deputa-dos que parecem viver os tempos da inquisição na Idade Média. Ambos tentaram desqualifi car Beauvoir e o Ministério da Educação (MEC), responsável pelo Enem, com argu-mentos baseados em uma suposta “tradição familiar conservadora”, que subjuga as mulheres.

Os dois parlamentares são defen-sores do PL 5069/2013, em trâmite na Câmara dos Deputados, que obriga mu-lheres que foram estupradas a se sub-meterem a um exame de corpo de delito e a comunicarem à autoridade policial antes de interromper a gravidez – pro-duzindo mais um ciclo de violência. São verdadeiros sádicos em um país onde50 mil mulheres morreram vítimas de fe-minicídio (óbito provocado por homens devido ao gênero) entre 2001 e 2011.

A verdadeira polarização que te-mos no Brasil existe entre aqueles que pensam e aqueles que ignoram. O MEC fez um ótimo trabalho nas provas do Enem 2015, fomentando de-bates críticos. Aos fundamentalistas do Congresso, que pretendem levar o Brasil para a Era das Trevas, recomen-do cuidado. Cada vez mais pessoas ingressam nas universidades, e como dizia aquela velha frase: “livros são pe-rigosos, eles fazem pensar”.

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Inter luta, mas não alcança a Série A-3 do Paulistão

Hip-Hop movimenta mês da Consciência Negra

Futebol Cultura

Lobo Vermelho tem desempenho aplaudido pela torcida“Alvorada Cultural” terá show e batalha de break nos dias 21 e 22

A Internacional de Bebedouro lu-tou no Campeonato Paulista da 2ª di-visão, mas não foi o suficiente para conseguir a vaga na Série A-3 em 2016. Com uma goleada de 5 X 1 so-bre o Lemense na última rodada da competição, o Lobo Vermelho alcan-çou os mesmos 17 pontos do Noroes-te, porém perdeu a vaga no saldo de gols (7 a 5 para os bauruenses).

O Norusca empatou com o Fernan-dópolis na última rodada por 2 X 2, e ambos os times subiram. Olímpia e São Carlos são os outros dois classificados.

O hip-hop ocupa o Jardim Alvo-rada nos dias 21 e 22 de novembro, no mês da Consciência Negra, para mostrar a força da ligação entre a cultura afro e o break, o rap e o grafi-te, com o evento “Alvorada Cultural”, que chega à sua 2ª edição neste ano.

No sábado, a partir das 12 horas, trios de b.boys e b.girls (dançarinos do break) disputam a “Batalha da Conquista”. Manobras como floor focks, drops e power moves poderão ser vistas no Centro Comunitário Arnaldo de Rossis Garrido, onde a pista será montada.

Os interessados em participar da competição devem enviar um e-mail para o endereço <shibabreak@hot-mail.com>, informando o nome da Crew e de seus integrantes, a cidade de origem, um telefone para contato e pagar uma taxa de R$30,00 – valor do trio para os homens. Na batalha entre as mulheres, na categoria Se-ven 2 Smoke, a inscrição é gratui-ta. Haverá premiação de R$ 600,00 para o trio vencedor, além de troféu e prêmio na categoria feminina.

Entre os jurados estarão os b.boys GG One, Rudy e Negão. O som fica

Apesar da frustração, a torcida da Inter aplaudiu de pé o esforço dos jogadores na partida, realizada no último dia 25 de outubro, no estádio Sócrates Stamato. O 1º secretário do Conselho Deliberativo do Clube, An-tonio Carlos de Oliveira, agradeceu o apoio dos fãs e garantiu um time ain-da melhor para 2016.

“Foi um ano especial para a Inter. Um ano de resgate de uma emoção e da alegria que estava perdida”, disse o dirigente da Inter à página oficial da equipe no Facebook.

por conta do MC Chapolin e do DJ Mamede. Para assistir às performan-ces, é preciso doar uma caixa de leite longa vida, que será repassada a ins-tituições de caridade.

Para Rodrigo Parisoto, um dos or-ganizadores do evento, mais do que uma competição, a batalha pretende reunir e confraternizar a nova e a velha escola dos adeptos da cultura hip-hop, como os DJs, os grafiteiros, os MCs e os amantes desse universo.

“Queremos promover entreteni-mento e lazer aos jovens através da dança e conquistar o respeito pela imagem dos b. boys na cena cultural do interior paulista”, ressaltou.

No dia seguinte, será a vez da mú-sica ao vivo tomar conta do Centro Comunitário com o show Consciên-cia Humana, que abrirá espaço para bandas locais de rap, reggae, samba e rock. Também haverá espaço para outras manifestações culturais, en-tre elas a capoeira, a dança de rua, apresentações teatrais e poéticas. Es-sas atividades começam também às 12 horas. O Centro Comunitário Ar-naldo de Rossis Garrido fica na Ala-meda Paulo César Figueiredo, 1482.Lu

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