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10.1.5 O Beato Abuna Yaaqub El-Haddad . . . . . . . 2911 Resumo Cronol�ogi o da Hist�oria do L��bano 3012 Links Rela ionados 41

ii

Hist�oria dos Crist~aos Maronitas

Re-editado do original:www.igrejamaronita.org.br1

1Internet: \http://www.igrejamaronita.org.br/ onteudos-/Index.asp?eFh4fDExNQ ".

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Sum�ario1 Hist�oria dos Maronitas 12 Origem da Igreja Maronita 13 S~ao Maron 34 Dis ��pulos nos Mosteiros de S~ao Maron 55 Institui� ~ao do Patriar ado Maronita 65.1 Yuhanna Maroun, Primeiro Patriar a Maronita . . . . 86 Sedes dos Patriar as Maronitas 106.1 Os Maronitas e o L��bano . . . . . . . . . . . . . . . . . 127 Rela� ~ao dos Maronitas om Roma 148 A Amizade Fran o-Libanesa na Hist�oria 189 A Liturgia Maronita 2010 Os Santos Maronitas 2310.1 A vida dos santos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2310.1.1 Rafqa El-Ray�es . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2410.1.2 M�artires . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2510.1.3 S~ao Nimatullah Youssef Kassab Al-Hardini . . . 2610.1.4 Charbel Makhlouf . . . . . . . . . . . . . . . . . 26i

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4 3 S ~AO MARON\Contudo, Maron n~ao urava somente as doen� as do orpo, ele urava igualmente as doen� as da alma. Libertava uns da avareza,outros do �odio, ensinava a uns a lei da justi� a e a ordava outros dosono da neglig^en ia."O mesmo historiador hama S~ao Maron: o grande, o sublime, odivino. Por suas ora� ~oes e prega� ~oes ele onvertera muitas pessoasda idade de Cyrrus (Curo h) e de toda a regi~ao norte de S��ria aoCristianismo e se tornou um exemplo a ser seguido. Ele foi onsideradoum dos fundadores da vida mon�asti a no Oriente. Numerosos foram osdis ��pulos, homens e mulheres que, seguindo o exemplo deste eremitae querendo imit�a-lo, transformaram as avernas, as grutas, os morrosem ermidas. Todos esperavam a visita do santo para es utarem seusserm~oes e re eber dele as orienta� ~oes ne ess�arias para a vida as �eti ae m��sti a.Assim, podemos entender a on lus~ao entusiasta de Theodoreto, ontente de ver os frutos da piedade res endo muito, nos jardins desua dio ese: \Em suma, o ensino do danto fez res er muitas plantaspara a sabedoria eleste. Maron ultivava para Deus este jardim que ores e em todas as regi~oes de Cyrrus."O famoso historiador termina a biogra�a de S~ao Maron falando desua morte que o orreu perto do ano 410, depois de uma breve doen� amostrando no mesmo momento a fraqueza da natureza e a sua for� aespiritual. O desejo de onseguir seus restos mortais levou a uma fortedisputa entre os habitantes das idades vizinhas. Por�em, os habitantesda maior idade vizinha, hegaram a grande n�umero, expulsaram aosoutros, e levaram esse ri o tesouro. Mas tarde onstru��ram sobre seut�umulo uma grande igreja.A festa lit�urgi a de S~ao Maron elebra-se, desde muitos s�e ulos, nodia 9 de fevereiro.

11 Hist�oria dos MaronitasA Igreja Maronita �e uma Igreja Crist~a, do rito oriental, em plena omunh~ao om a S�e Apost�oli a, ou seja, re onhe e a autoridade doPapa, o l��der da Igreja Cat�oli a Apost�oli a Romana. Tradi ional noL��bano, a Igreja Maronita possui ritual pr�oprio, diferente do rito latinoadotado pelos at�oli os o identais. O rito maronita prev^e a elebra� ~aoda missa em l��ngua aramai a. Os maronitas tiveram v�arios de seusreligiosos anonizados ou beati� ados.

2 Origem da Igreja MaronitaOs Maronitas s~ao os Crist~aos Cat�oli os Orientais que devem seu nomea S~ao Maron. Em do umentos sir��a os muito antigos, podemos leresses vo �abulos: Os ��eis de Beth ( asa) Maron, Cal ed^onios de BethMaron, aqueles de Mar Maron . . . Esses vo �abulos signi� am uma�uni a palavra que os substituir�a, a palavra Maronita que ser�a dada aum povo que no Patriar ado de Antioquia seguiu a orienta� ~ao religiosade S~ao Maron e seus dis ��pulos.A Igreja Maronita �e uma Igreja Cat�oli a, de rito oriental, em plena omunh~ao om a Sede Apost�oli a Romana, ou seja, ela re onhe e aautoridade do Papa. Tradi ional no L��bano, essa Igreja Oriental pos-sui ritual pr�oprio, diferente do rito Latino adotado pelos at�oli oso identais. O rito maronita prev^e a elebra� ~ao da missa em l��nguasiro-aramai o, a l��ngua que Jesus Cristo falava2.2Livro de Urantia, 121:6.2 - Nos dias de Jesus, tr^es l��nguas predominavamna Palestina: o povo omum falava algum dialeto do aramai o; os sa erdotes eos rabinos falavam o hebreu; as lasses edu adas e o substrato melhor dos judeusem geral falavam o grego. As primeiras tradu� ~oes das es rituras dos hebreuspara o grego em Alexandria foram respons�aveis, em uma grande medida, pelapredomin^an ia subseq�uente da rami� a� ~ao grega na ultura e na teologia judai as.E os es ritos dos edu adores rist~aos estavam para surgir, em breve, nessa mesma

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2 2 ORIGEM DA IGREJA MARONITAA Igreja Cat�oli a possui duas ra��zes: a o idental ou romana e aoriental. Dentro desta segunda, quatro s~ao as sedes patriar ais quemar aram sua hist�oria: Jerusal�em (Sal�em3), Alexandria (Egito), An-tioquia e Constantinopla. Dentro do grupo de Igrejas antioquenasexistem dois grupos: s��rio-o idental e s��rio-oriental. A Igreja Maro-nita forma parte do grupo s��rio-o idental, sendo o sir��a o sua l��ngualit�urgi a. Integra-se, pois, na tradi� ~ao rist~a oriental, sendo seu povodas ra��zes mais antigas de toda a Cristandade.A Igreja Maronita �e a �uni a entre todas as Igrejas orientais quepermane eu em plena omunh~ao om Roma durante todos os s�e ulos,apesar das tremendas prova� ~oes suportadas pelos Maronitas e ausa-das pelos Mono�sitas, Bizantinos, Mamelu os e Otomanos (Tur os).Al�em disso, essa Igreja onstitui um fato �uni o dentro da Igreja uni-versal. Ela �e a �uni a no mundo que nun a teve uma fa � ~ao separadado Catoli ismo. Todas as outras Igrejas Cat�oli as t^em paralelamente aelas uma ou mais Igrejas g^emeas separadas do Catoli ismo. Assim daIgreja Latina ou Romana se separaram os Protestantes e os Angli a-nos. Todas as Igrejas Orientais Cat�oli as - menos a Igreja Maronita -se dividem em duas fa � ~oes desiguais, uma Cat�oli a e outra Ortodoxa.

l��ngua. A renas en� a do juda��smo data da tradu� ~ao, para o grego, das es riturasdos hebreus. Isso foi uma in u^en ia vital que determinou, mais tarde, a tend^en iado ulto rist~ao de Paulo de ir na dire� ~ao do O idente, em vez de ir na dire� ~ao doOriente.3Livro de Urntia, 93:2.4 - Dentro de uns pou os anos, Melquisedeque haviareunido em torno de si um grupo de alunos, dis ��pulos e rentes, que formaramo n�u leo da futura omunidade de Sal�em. Ele � ou logo onhe ido na Palestina omo o sa erdote de El Elyon, o Alt��ssimo, e omo o s�abio de Sal�em. Algumas dastribos da vizinhan� a sempre se referiam a ele omo o xeique, ou o rei, de Sal�em.Sal�em era o lo al que, depois do desapare imento de Melquisedeque, transformou-se na idade de J�ebus, sendo posteriormente hamada Jerusal�em.

33 S~ao MaronA primeira fonte de informa� ~ao que diz respeito a S~ao Maron �e uma arta que S~ao Jo~ao Chrisostomo mandou em 405, de seu ex��lio deCu usa, na Arm^enia, a Maron sa erdote eremita, na qual pede suaora� ~ao e se lamenta porque n~ao pode visit�a-lo pessoalmente. Esta arta �e um testemunho aut^enti o de um ontempor^aneo que onhe eupessoalmente S~ao Maron e apre iou muito a sua piedade.A segunda fonte de informa� ~ao apare eu uns vinte anos mais tarde.�E a famosa obra Hist�oria Religiosa do Bispo, historiador e te�ologo,Theodoreto de Cyrrus (Quro h) que deu maiores informa� ~oes sobre avida do eremita S~ao Maron e de sua in u^en ia espiritual sobre seusdis ��pulos e sobre o povo no regi~ao norte da S��ria.Segundo o Bispo de Cyrrus (393-452), na segunda metade do s�e uloIV e nos prin ��pios do s�e ulo V, sobre uma montanha situada na regi~aoda Apam�eia, vivia um santo ana oreta hamado Maron. Retirou-se em aquela montanha, perto de um templo pag~ao que ele pr�oprio onvertera em igreja. Dedi ava-se �a ora� ~ao e �a peniten ia. Vivia diae noite ao ar livre. Pou as vezes, quando o frio ou o alor hegavamao extremo, ele se refugiava sob uma tenda de pele.Theodoreto disse tamb�em que S~ao Maron, de origem antioquena,foi dotado de muita sabedoria que fez dele grande diretor de almas.A austeridade de sua vida e o dom dos milagres do qual foi favore ido�zeram dele uma das grandes elebridades da regi~ao naquela �epo a.\Deus sendo ri o e generoso para om os seus santos o grati� ou omo dom de urar as doen� as. Sua fama espalhou-se em toda a regi~ao.As multid~oes a orriam a ele . . . Com efeito, a febre parava sob o ro iode sua b^en� ~ao, os dem^onios fugiam, os enfermos re uperavam a sa�udepela virtude de um �uni o rem�edio: a ora� ~ao do Santo. Porque osm�edi os pres revem um rem�edio para ada doen� a, mas a pre e dosamigos de Deus mostra-se omo o rem�edio que ura todas as doen� as."

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8 5 INSTITUIC� ~AO DO PATRIARCADO MARONITA5.1 Yuhanna Maroun, Primeiro Patriar a MaronitaPor raz~ao desta situa� ~ao onfusa e humilhante para a Igreja de Anti-oquia, os adeptos do Con ��lio de Cal ed^onia nesta Igreja, orientadospelos monges dos mosteiros maronitas, n~ao pararam diante de umalei, n~ao pediram o onselho de ningu�em, n~ao a eitaram nenhuma no-mea� ~ao ou on�rma� ~ao de estranhos. Reuniram-se e de idiram elegerum Patriar a vivendo no meio do povo. Para essa �nalidade foi eleitoe entronizado o Bispo de Batroun, Yuhanna (Jo~ao) Maron, omo pri-meiro Patriar a Maronita de Antioquia.Segundo seus bi�ografos, antigos e modernos, baseados sobre a tradi� ~ao,Yuhanna Maroun nas eu no in�� io do s�e ulo VII, na idade de Sarum,na regi~ao de Antioquia. Fez seus estudos na idade de Antioquia e noprin ipal mosteiro de S~ao Maron na S��ria Central, perto de MaarretAnnaman, Depois de sua ordena� ~ao sa erdotal, a sua atividade inte-le tual e seu zelo mission�ario irradiaram at�e bem longe daquela regi~ao.O Legado do Papa em Terra Santa o nomeou Bispo de Batroun (nortedo L��bano) em 675 ou 676. A sua atividade mission�aria ontinuouirradiando-se no L��bano e em outros pa��ses da regi~ao.Em 686 ou no in�� io do s�e ulo VIII, o Bispo Yuhanna Maroun foieleito Primeiro Patriar a Maronita pelos monges sir��a os do Patriar- ado de Antioquia om apoio do povo. Desde a sua entroniza� ~ao teveque enfrentar dois obst�a ulos de grande import^an ia. O primeiro veioda parte do Imperador Justiniano II que re usou de onhe er-lhe omoPatriar a. O segundo obst�a ulo onsiste no onfronto om o Imp�erio�arabe Omyade uja apital era Damas o.Depois de sua elei� ~ao o primeiro Patriar a Maronita teve uma pas-sagem r�apida em Antioquia, na Igreja do m�artir S~ao Babilas. Perse-guido pelo Imperador Justiniano II deixou Antioquia para se dirigir aoMosteiro de S~ao Maron na prov��n ia de Apam�eia e a outro mosteiroperto de Damas o onde permane eu tamb�em pou o tempo. Perse-guido pelo ex�er ito bizantino teve que se dirigir ao L��bano e estabele-

54 Dis ��pulos nos Mosteiros de S~ao MaronS~ao Maron morreu perto do ano 410, mas sua es ola de as etismoprosperou muito. Os seus dis ��pulos onstru��ram v�arios mosteiros ese espalharam por toda a S��ria e alguns deles hegaram �a MontanhaLibanesa onde onverteram ao Cristianismo os habitantes que eramainda pag~aos, apesar de que o litoral liban^es e uma parte da Montanhatinham j�a re ebido a religi~ao rist~a no primeiro e segundo s�e ulo daera rist~a. O que fa ilitou a evangeliza� ~ao foi notadamente a l��nguaaramai a que era omum aos monges de S~ao Maron e aos habitantesda Montanha Libanesa.V�arios dis ��pulos de S~ao Maron, om Theodoreto de Cyrrus, foram,no Oriente, os prin ipais defensores do Con ��lio de Cal ed^onia (451).Este deu a prin ipal de�ni� ~ao dogm�ati a: \Em Cristo existem duasnaturezas bem distintas, a natureza divina e a natureza hu-mana em uma s�o pessoa"4. Com isso entendemos que Jesus �everdadeiro Deus e verdadeiro Homem. O Imperador Mar iano, muito4Livro de Urantia, 0:5.3 - Nos n��veis experien iais al an� ados, todas as ordensou valores de personalidades s~ao asso i�aveis e mesmo o- ria ionais. At�e mesmoDeus e o homem podem oexistir em uma personalidade uni� ada, omot~ao admiravelmente �e demonstrado no status presente do Cristo Mi hael - Filhodo Homem e Filho de Deus.Livro de Urantia, 196:2.4 - Mas o maior erro ometido onsta de que, enquanto� ou re onhe ido que o Jesus humano possu��a uma religi~ao, o Jesus divino(Cristo) transformou-se em uma religi~ao, quase que da noite para o dia. O risti-anismo, de Paulo, assegurou a adora� ~ao do Cristo divino, mas quase totalmenteperdeu de vista o valente Jesus da Galil�eia, humano, que lutou pelo valor dasua f�e religiosa pessoal, e o hero��smo do seu Ajustador residente, que as endeu don��vel inferior da humanidade para tornar-se um om a divindade, transformando-se, assim, no novo aminho vivo pelo qual todos os mortais podem as ender, dessaforma, da humanidade �a divindade. Os mortais, em todos os est�agios de espiritu-alidade e em todos os mundos, podem en ontrar, na vida pessoal de Jesus, tudoque os fortale er�a e inspirar�a, no seu progresso do n��vel espiritual mais baixo, at�eos valores divinos mais elevados, do ome� o ao �m de toda a experi^en ia religiosapessoal.

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6 5 INSTITUIC� ~AO DO PATRIARCADO MARONITAsatisfeito do empenho dos dis ��pulos de S~ao Maron, em onsolidar epropagar o dogma at�oli o de larado no Con ��lio de Cal ed^onia, man-dou renovar o grande mosteiro perten ente aos monges desse santo, onhe ido sob o nome de Mosteiro de S~ao Maron, porque nele foramdepositados os restos mortais do santo eremita. E foi onsiderado omo ber� o da Igreja Maronita.Assim, todos aqueles que seguiram os ensinamentos de S~ao Maron e aminharam segundo os onselhos de seus monges, abra� ando a dou-trina do Con ��lio de Cal ed^onia, foram hamados Maronitas, nomeque h�a mais de quinze s�e ulos lhes �e um glorioso t��tulo, porque estevo �abulo foi sempre sin^onimo de Cat�oli o. Esses dis ��pulos de S~aoMaron organizaram o n�u leo prin ipal da Na� ~ao Maronita que ser�abaluarte da luta em favor da f�e e em benef�� io do triunfo da verdadesobre a mentira e da liberdade ontra a opress~ao.No ano 517, os Crist~aos mono�sitas, hamados Ja obitas, que n~aoa eitaram o dogma de�nido no Con ��lio E um^eni o de Cal ed^onia,assassinaram uns 350 monges, onhe idos omo m�artires dis ��pulos deS~ao Maron. O Papa Hermes II mandou uma arta de onsola� ~ao aosprin ipais membros da Comunidade, lembrando que estes m�artires,desde o in�� io, selaram a f�e at�oli a om seu sangue.

5 Institui� ~ao do Patriar ado MaronitaOs Patriar as Maronitas perten em �a uma s�erie de Patriar as Anti-oquenos at�oli os. O primeiro de todos �e o Ap�ostolo Sim~ao Pedro5que fundou a Igreja de Antioquia antes de assumir a dire� ~ao da Igrejade Roma. A institui� ~ao do Patriar ado Maronita a onte eu no �naldo s�e ulo VII, perto do ano 685, ou no in�� io do s�e ulo VIII, entreos anos 702 e 707. N~ao existe ainda um verdadeiro a ordo entre os5\Livro de Urantia", p�agina 1550, Do umento 139: \Os Doze Ap�ostolos",Item 139.2: \Sim~ao Pedro".

7historiadores, sobre este ponto. A prin ipal raz~ao onsiste em que aimportante bibliote a do Mosteiro de s~ao Maron foi queimada pelos�Arabes no s�e ulo X.Nos primeiros s�e ulos do Cristianismo, a maior parte dos Crist~aosde Antioquia6 era de l��ngua grega. Mas quando os habitantes dasaldeias rurais, falando ex lusivamente o aramai o, onverteram-se aoCristianismo, a partir do s�e ulo V, gra� as �a ini iativa de monges ma-ronitas, a balan� a das for� as na Igreja de S��ria in linou-se para o ladodestes e de todos os Crist~aos arameus. Assim eles tiveram a possi-bilidade de eleger um Patriar a Maronita para a sede patriar al deAntioquia, va ante durante muitos anos, por raz~ao de di� uldadespol��ti as e religiosas.Com efeito, depois da morte do Patriar a Antioqueno Anast�a io II(598-610), a sede patriar al de Antioquia � ou sem titular at�e o ano645. Os a onte imentos pol��ti o-religiosos se su ederam om muitavelo idade, ome� ando pela invas~ao �arabe, no ano 636, que ortou asvias de omuni a� ~ao entre Antioquia e Biz^an io, de um lado, e entreAntioquia e Roma, de outro lado. O Imperador Bizantino, aprovei-tando desta situa� ~ao onfusa, nomeava, a partir de 645, Patriar aspara a sede de Antioquia. Estes representantes e lesi�asti os viviamno Pal�a io Imperial em Constantinopla, bem longe do povo e sem aaprova� ~ao do Papa. Assim todo Patriar a Antioqueno es olhido peloImperador Bizantino era s�o Patriar a nominal, n~ao exer endo, nempodendo exer er as suas fun� ~oes e obriga� ~oes de aut^enti o pastor desua Igreja.6Livro de Urantia, 98:7.10 - O pensamento �los�o� o dos povos hel^eni os, naAlexandria e Antioquia, na Gr�e ia, em Sira usa e Roma. A �loso�a dos gregosestava mais em harmonia om a vers~ao de Paulo, para o ristianismo, do que om qualquer outro sistema religioso da �epo a, e tornou-se um fator importantepara o su esso do ristianismo no O idente. A �loso�a grega, ligada �a teologia dePaulo, ainda forma a base da �eti a europ�eia.

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12 6 SEDES DOS PATRIARCAS MARONITASCrist~aos da Igreja Romana . . . n~ao queria tomar onhe imento dosassuntos dos Maronitas, deixando a seu Patriar a as dilig^en ias demant^e-los em seu dever e de a abar as suas desaven� as. E segundoFrei Bernard, o Patriar a Maronita �e a primeira autoridade moral dopa��s e tem na vida na ional um papel de primeiro plano.Como a id�eia religiosa tem presidido �a onstitui� ~ao do povo maro-nita, de uma maneira natural o Patriar a hegou a ser o seu entrode uni~ao e de ades~ao, ao mesmo tempo pol��ti o e religioso. Este esta-tuto patriar al tem sido refor� ado por raz~ao das persegui� ~oes que osMaronitas suportaram, notadamente na �epo a dos Mamelu os e dosOtomanos.6.1 Os Maronitas e o L��banoPerseguidos em raz~ao de sua f�e, os Maronitas tiveram que se refugiar,a partir do s�e ulo VII, no L��bano, mas a maior parte deles emigroudepois da destrui� ~ao do Mosteiro de S~ao Maron pelos �arabes, no ano939. Os emigrantes en ontraram na Montanha Libanesa uma terra deliberdade, e om o esp��rito tenaz, transformaram seu �arido solo em um ores ente e fe undo jardim.Como os Maronitas n~ao pediram o onsentimento de ningu�em parainstituir um Patriar ado, tampou o pediram autoriza� ~ao para es alaras montanhas do L��bano, abrigar-se em seus imos e suas vales e trans-portar um pou o de terra de entre suas ro has, a �m de plantar nelaalgo que omer. Eles �zeram tamb�em, do Monte L��bano, um ref�ugiopara todos os oprimidos no Oriente.Por um ato de liberdade, os Maronitas nas eram e apare eram nomundo, e por ausa desta liberdade emigraram de uma terra paraoutra, do Oriente at�e o �m do O idente. Foram perseguidos e n~aoperseguiram ningu�em. Na liberdade est�a a raz~ao de ser das garantiasque ontinuam exigindo dos amigos Orientais, Europeus, Ameri anos

5.1 Yuhanna Maroun, Primeiro Patriar a Maronita 9 er a sua resid^en ia provis�oria em Kfar Hai, regi~ao de Batroun, a suaantiga dio ese, onde guardou omo rel��quia de grande valor o r^aniode S~ao Maron.Alem disso, o Califa n~ao queria admitir a presen� a de um Patriar ano L��bano dando apoio e a r�es imo de for� a aos ex�er itos Maradat,inimigos dos �Arabes. Por isso, os ombates re ome� aram entre �arabese Maradat no in�� io do Patriar ado de Yuhanna Maroun. Este reuniaem sua pessoa as qualidades do pastor religioso e do hefe pol��ti o,isto �e a prud^en ia, a sabedoria e a oragem dos her�ois na ionais. Es-sas qualidades e o tempo onseguiram afastar gradativamente os doisprin ipais obst�a ulos. O primeiro Patriar a Maronita foi onhe idopor sua santidade e sua alta ultura teol�ogi a. Ele passou a uma vidamelhor perto do ano 710. Como a onte ia naquela �epo a, o povo ma-ronita levou o Patriar a Yuhanna Maroun aos altares. Celebramos asua festa no dia 2 de mar� o de ada ano.Assim nas eu o maronismo, um ato de ontesta� ~ao, de liberdade,uma ini iativa riadora e �uni a em seu g^enero na Igreja, numa uni-dade perfeita. Disse Charles de Clerq: \O poderoso mosteiro de S~aoMaron, tendo jurisdi� ~ao sobre a popula� ~ao dos arredores do onvento,se de lara independente e forma uma verdadeira Igreja a testa da qualn�os en ontramos, no s�e ulo VIII, um Patriar a."Ao instituir um Patriar ado aut^onomo, sem pedir a autoriza� ~aodo Califa Omeyade ou do Imperador Byzantino, segundo a mentali-dade daquela �epo a, os Maronitas ometiam um ato de rebeldia deuma aud�a ia in r��vel. Al�em disso, n~ao a eitaram, mais tarde, soli itara investidura (Firman) exigida pelos governadores mu� ulmanos paratodos os Patriar as e Bispos. Os dis ��pulos de S~ao Maron t^em sus-tentado essa negativa desde a �epo a dos Califas Omeyades at�e o ano1918, data do �m da �epo a Otomana no L��bano. Este ato de ilega-lidade renovado durante doze s�e ulos de�ne perfeitamente o ar�aterdos Maronitas, seus planos e seu destino. Foi a ilegalidade introdu-zida omo prin ��pio de exist^en ia frente �as legalidades tir^ani as o� iais.

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10 6 SEDES DOS PATRIARCAS MARONITASDesta ini iativa dos monges disse o Papa Bento XIV: \Perto do �mdo s�e ulo VII enquanto a heresia desolava o Patriar ado de Antioquia,os Maronitas a �m de se olo arem ao abrigo desse ont�agio, resolve-ram es olher um Patriar a uja elei� ~ao foi on�rmada pelos Pont��� esRomanos."6 Sedes dos Patriar as MaronitasOs Patriar as Maronitas, apesar de serem Patriar as de Antioquia ede todo Oriente, n~ao tiveram a sua sede em Antioquia, por ausadas guerras e das persegui� ~oes. No s�e ulo X, depois da destrui� ~aodo mosteiro de S~ao Maron pelos �arabes, a sede patriar al foi transfe-rida de�nitivamente para o L��bano no ano 939, por Jo~ao Maron II. Amaioria absoluta do povo maronita vivia j�a nas montanhas do L��bano.Este povo foi formado por tr^es grupos diferentes: os des enden-tes dos primeiros Crist~aos que viviam no litoral liban^es, onvertidospela prega� ~ao dos Ap�ostolos e de seus dis ��pulos nos s�e ulos primeiroe segundo do Cristianismo; os libaneses arameus da Montanha Liba-nesa, onvertidos do paganismo nos s�e ulos V e VI, em virtude daprega� ~ao dos monges de S~ao Maron; e �nalmente o ter eiro grupodos Crist~aos que emigraram, notadamente da S��ria, perseguidos poranti- al idonios e por mu� ulmanos.As prin ipais sedes patriar ais maronitas no L��bano s~ao quatro, etodas dedi adas a Nossa Senhora, Maria, m~ae de Jesus7:7Livro de Urantia, 122:1.2 -Maria, a m~ae terrena de Jesus, era des endentede uma longa linhagem de an estrais singulares, que abrangia v�arias das mulheresmais not�aveis na hist�oria das ra� as de Urantia. Embora Maria fosse uma mulher omum, dos seus dias e gera� ~ao, dona de um temperamento bastante orriqueiro,ela ontava entre os seus antepassados om mulheres bem onhe idas omo Anon,Tamar, Rute, Betsab�a, Ansie, Cloa, Eva, Enta e Ratta. Nenhuma mulher judia,daquela �epo a, era de linhagem mais ilustre de progenitores e nenhuma remontavaa origens mais auspi iosas. A uniformidade na linha dos an estrais de Maria, e a

111. Convento de Nossa Senhora de Yanouh, entre Kartaba e Akoura,regi~ao de Biblos, onde residiram 23 Patriar as. O mais onhe idodestes foi Jeremias Alam hiti.2. Convento Nossa Senhora de Mayfouk foi sede de 10 Patriar as.Os mais importantes entre eles foram o m�artir Gabriel de Hjoulae Yuhanna Eljajy II. Este, depois de morar alguns anos nestemosteiro, transferiu a sede patriar al, em 1440, para Qannubin.3. Convento Nossa Senhora de Qannubin, num profundo e ina- ess��vel vale onde residiram 25 Patriar as. O mais famoso detodos eles �e o Patriar a Estefan Douaihy.4. Convento Nossa Senhora de Bkerke, a partir de 1823, foi sede de9 Patriar as: Yussef Hebai h, Yussef Elkhazen, Boulos Massad,Yuhanna Eljaji, Elias Elhoyek, Antonios Arida, Boulos Meou hy,Antonios Korai h e Nasrallah Sfeir, o Patriar a atual.A hist�oria deu ao Patriar a Maronita um papel muito importantenos dom��nios so ial, pol��ti o e religioso. Dominique Chevallier re- onhe e que o papel do Patriar a Maronita tem aumentado om apot^en ia de sua Igreja e a popula� ~ao de sua omunidade. Chegou aser o interlo utor respeitado das autoridades onstitu��das.A hist�oria dos s�e ulos passados nos d�a v�arios testemunhos nestesentido. Informando-nos sobre a organiza� ~ao da justi� a no L��bano,sob o Emir Fakhreddin II (1598-1635), Frei Eug�ene Roger disse doGrande Emir do L��bano: Por raz~ao do amor que testemunhava aosde Jos�e, ara terizada pela predomin^an ia de indiv��duos fortes mas omuns, eraquebrada aqui e ali por v�arias pessoalidades que se desta avam na mar ha da iviliza� ~ao e da evolu� ~ao progressiva da religi~ao. Do ponto de vista ra ial, n~aoseria pr�oprio onsiderar Maria omo judia. Na ultura e na ren� a ela era judia,mas, pelos dons heredit�arios, era mais uma omposi� ~ao de sangue s��rio, hitita,fen�� io, grego e eg��p io, de modo que a sua heran� a ra ial era mais gen�eri a doque a de Jos�e.

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16 7 RELAC� ~AO DOS MARONITAS COM ROMAEssas rela� ~oes melhoram na �epo a otomana om a ajuda dos Reis deFran� a, pelo regime des Capitulations. As rela� ~oes permane em gra� asaos mission�arios Fran is anos, no in�� io, e mais tarde pelos Jesu��tas,Capu hinos, Carmelitas, Lazaristas e outros. Essa abertura n~ao sesepara do onjunto das rela� ~oes religiosas, pol��ti as e e on^omi as entreOriente e O idente.A �epo a de Fakreddin II (1598-1635) pode ser onsiderada omoa idade de ouro das rela� ~oes da Igreja Maronita om Roma. O Emirre orreu ao Patriar a Yuhanna Maklouf pedindo a sua interven� ~aoperante o Papa para poder garantir a independ^en ia do L��bano. OPatriar a atendeu a seu pedido en arregando grandes es ritores for-mados no Col�egio Maronita de Roma de trabalhar omo embaixadoresdo Emir em Roma, Tos ana e Espanha. Citamos entre eles o BispoJorge Humaira (futuro Patriar a) e o Professor Ibrahim Alhaqlany.As rela� ~oes om Roma onsolidaram-se gra� as ao Col�egio Maronitade Roma fundado em 1584. Ele onsagrou uma abertura s�eria da Igrejasir��a a maronita de Antioquia �a Igreja Latina de Roma. Essa aberturan~ao podia ser isolada do onjunto das rela� ~oes religiosas, pol��ti as ee on^omi as entre Oriente e O idente. Assim, o projeto ultural, inau-gurado pela Santa S�e, ap�os a se ess~ao protestante �e onsolidado peloregime des Capitulations entre Europa e Istanbul, ao qual o Patriar- ado Maronita aderiu plenamente, a �m de ontribuir aos inter ^ambiosentre esses dois Mundos.A partir da �epo a do Mandato fran ^es (1918-1943), as rela� ~oes doL��bano om Europa, espe ialmente om Roma e Paris, � aram perfei-tamente normais, gra� as �a presen� a de numerosos sa erdotes, religio-sos, ol�egios e homens pol��ti os fran eses no L��bano.Al�em disso, os Papas prestaram om suas bondosas palavras umvalioso testemunho que en he de orgulho e de satisfa� ~ao o povo ma-ronita. Assim, Leon X es revia, em 1515, ao Patriar a Maronita Si-maan Alhada y: \Conv�em agrade er �a divina lem^en ia porque, entre6.1 Os Maronitas e o L��bano 13e da ONU.A sua hist�oria identi� ou-se om a hist�oria do L��bano, e n~ao ser�aestranho v^e-los defender sua p�atria om valentia, sangue e hero��smo.Jamais o L��bano, �uni o baluarte do Cristianismo em Oriente, a eitoua submiss~ao aos inimigos, gra� as �a luta dos Maronitas e seus irm~aosLibaneses ontra os inimigos opressores. Disse Khaled Ibn Alwalid:Submeti pa��ses que se prostraram omo amelos. Por�em o L��banopermane eu em p�e omo gigante.Se a Igreja Maronita, er ada por regimes profundamente teo r�ati- os, onseguiu resistir e preservar a sua identidade, �e porque ela se eri-giu rapidamente em Na� ~ao, para poder sobreviver. As ir unst^an iashist�ori as e a fa ilidade de adapta� ~ao deste povo �a onviv^en ia omoutros povos e outras mentalidades ausaram grande transforma� ~ao.A Montanha Libanesa tornou-se omo uma grande muralha frente atodos os invasores.Dois a onte imentos importantes na segunda parte do s�e ulo VIIajudaram muito ao fortale imento dessa nova Na� ~ao. A hegada �asmontanhas libanesas, a partir do ano 676, dos guerreiros arameus ha-mados Maradat, om a �nalidade de ombater os Omyades da S��ria.Todos os Maradat que � aram no Monte L��bano onverteram-se emMaronitas e, em ontrapartida, o ex�er ito dos Maronitas se hamoudesde ent~ao Maradat. O segundo a onte imento j�a itado, foi a ins-titui� ~ao do Patriar ado Maronita. Mas o ompleto fortale imento e ao� ializa� ~ao da Na� ~ao Maronita a onte eram no s�e ulo X, om a trans-fer^en ia de�nitiva deste Patriar ado, em 939, da S��ria para o L��bano,pelo Patriar a Jo~ao Maron II.Este maronismo n~ao se reduz, pois, a uma Igreja, nem pode limitar-se a uma terra, j�a que pelo universalismo de sua f�e at�oli a, por suadifus~ao geogr�a� a em todos os ontinentes, pela diversidade de suasexpress~oes ulturais, desborda as fronteiras de um determinado ter-rit�orio na ional. Em virtude de todos estes aspe tos, o Maronismo

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14 7 RELAC� ~AO DOS MARONITAS COM ROMA�e um testemunho do universal. Por onseguinte, ele onsiste numaabertura a todas as Igrejas, a todas as on�ss~oes religiosas, a todos oshomens de boa vontade.Contudo, todas essas riquezas teriam sido sem d�uvida esgotadas ea personalidade maronita se teria desagregado se n~ao tivesse existido,em alguma parte, um entro de gravidade destinado a assegurar aunidade e a manter a oes~ao. Este entro �e o L��bano, desde o ano 939,quando a sede patriar al passou a ele em forma de�nitiva, instalando-se em Yanouh, nas altas montanhas de Biblos. O resultado esperadofoi o nas imento de um povo, e de um pa��s, j�a que sem o Maronita,a terra, omo tantas outras zonas do Oriente, teria sido est�eril pelafalta de herdeiros naturais, e o Maronita, sem a terra, seguramenteteria errado de porto em porto at�e perder-se de�nitivamente.A vida religiosa do povo Maronita �e assim ligada intimamente asua vida pol��ti a e na ional, de maneira que uma n~ao pode ser expli- ada sen~ao pela outra. Neste sentido disse Ristelhueber: Fortementeagrupados ao redor de seu lero e de seu Patriar a, os Maronitas ons-tituem logo um pequeno povo de uma ess^en ia parti ular. O valesagrado de Kadi ha es avado de elas de eremitas, os edros dos altos umes, s��mbolo de sua vitalidade e de sua independ^en ia, e o mosteiropatriar al de Cannobin, al anforado omo um ninho de �aguia, resu-mem toda a sua hist�oria. Assim, falar de Maronitas e do L��bano �efalar de duas entidades bem ligadas entre si, as suas rela� ~oes s~ao t~ao��ntimas que se perdem na noite dos tempos.

7 Rela� ~ao dos Maronitas om RomaDurante quatro s�e ulos, Roma pare ia ignorar a exist^en ia dos Maro-nitas, que por sua vez, obrigados ao isolamento na Montanha Liba-nesa, ignoravam tudo o que a onte ia em Roma. Mas, om a hegadados Cruzados ao L��bano, em 1099, os Maronitas onseguiram retomar

15o aminho de Roma que lhes era interditado. Assim, se liberaramdo isolamento e reataram boas rela� ~oes om alguns pa��ses europeus eespe ialmente om a Igreja Latina.Esse fato se expli a fa ilmente ao lembrar que o Patriar ado Ma-ronita tem sido formado e institu��do quando as omuni a� ~oes omO idente eram muito dif�� eis e, mais tarde, as di� uldades aumen-taram gradativamente, porque as persegui� ~oes perpetradas ontra osMaronitas, a partir do s�e ulo VI, lhes impediram manter importan-tes rela� ~oes om o ramo o idental da iviliza� ~ao rist~a. As pequenasrela� ~oes que os Maronitas onseguiram ter om Roma e a Cristan-dade o idental atiravam as suspeitas dos governadores mamelu os eotomanos e as utilizavam omo pretexto �a novas persegui� ~oes. N~ao�e ne ess�ario itar aqui os nomes das longas listas do \martiriologio"maronita, onde todas as ategorias so iais est~ao representadas.Na �epo a dos Mamelu os, as rela� ~oes s�o io-religiosas entre a IgrejaMaronita e Roma enfraque eram muito. Em onseq�u^en ia das di�- uldades de omuni a� ~ao om Europa e da tirania dos Mamelu os,n~ao foi poss��vel aos Patriar as Maronitas onseguirem om fa ilidadeo Paliam, s��mbolo do re onhe imento pelo Papa da autoridade do Pa-triar a sobre o povo maronita. Roma fazia o que podia e sabia, nestasitua� ~ao ompli ada, en arregando os Fran is anos de Terra Santa develar sobre as ne essidades religiosas e ulturais da Igreja Maronita.Eles umpriam seu dever om muita apa idade e honestidade.Essas rela� ~oes durante o sombrio e de adente per��odo do regimemamelu o reduziram-se ao inter ^ambio de artas asseguradas por de-legados es olhidos notadamente entre os Fran is anos de Terra Santa.Seu omissariado apost�oli o assegurava a ontinuidade dessas rela� ~oes,desde a sua ria� ~ao em Beirute, no ano 1444. Os Fran is anos �zerama onsola� ~ao dos Maronitas at�e o �m do s�e ulo XV. Entre todos elesse desta ou um belga, Fra Gryphon. A lembran� a de sua miss~ao foiprofundamente gravada na mem�oria dos Crist~aos Libaneses.

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20 9 A LITURGIA MARONITAOtomanos abrem os portos perten endo a seu Imp�erio, fa ilitandopara os Fran eses o om�er io om todos os pa��ses do M�edio Oriente,e de defender os direitos dos Crist~aos destes pa��ses. Desde aquelemomento os Fran eses empenharam-se em defender os direitos dosMaronitas frente aos Otomanos e aos Ingleses.Assim, por exemplo, os massa res dos Crist~aos do L��bano e de Da-mas o, em 1860, alertaram os Europeus que de idiram intervir, sobretudo ap�os as dilig^en ias de Thourvenel, ministro Fran ^es de assuntosexteriores. No dia 3 de agosto as pot^en ias europ�eias �rmaram, emParis, um proto olo que previa ini ialmente a expedi� ~ao de tropas parapa i� ar as regi~oes atormentadas. Essa expedi� ~ao foi ex lusivamentefran esa. Assim, no dia 8 de agosto o general de Beauford d'Hautpoul, omandante do orpo expedi ion�ario, embar ou em Marseilles, e nodia 16 entrou em Beirute. Sobre uma ro ha de Nahr Elkalb, a 14quil^ometros ao norte desta Capital, foi es rita uma ins ri� ~ao omemo-rativa da expedi� ~ao fran esa de 1860, que levou ao L��bano o so orroe a paz. Assim, Napole~ao III re upera para a Fran� a seu lugar deprotetora dos Crist~aos de Oriente.

9 A Liturgia MaronitaA liturgia Maronita perten e, por sua origem, ao grupo de liturgiassir��a as antioquenas. No s�e ulo IV, a l��ngua liter�aria do povo de An-tioquia era o grego. Mas o sir��a o foi a l��ngua vern�a ula da popula� ~aorural. S~ao Jo~ao Crisostomo (345-407) disse que do seu tempo, o povodas aldeias vizinhas de Antioquia que vinham a esta apital para asgrandes festas, parti ipavam ao ajuntamento da elebra� ~ao eu ar��sti a,mas n~ao entendiam a homilia feita em grego. Theodoreto, bispo deCyrrus, e origin�ario de Antioquia dizia tamb�em, que toda a regi~aoque ele onhe ia perfeitamente entre Antioquia e Aleppo tinha omol��ngua o sir��a o. Por isso, o sir��a o na liturgia substituir�a pou o a

17as na� ~oes orientais, o Alt��ssimo queria que os Maronitas fossem omorosas entre espinhos."Clemente XII em 1735, quali� a a Na� ~ao Maronita de rosa entre osespinhos, de ro ha muito s�olida ontra a qual se rompem as f�urias dain�delidade e das heresias.Pio X disse: \Amamos todos os Crist~aos do Oriente, por�em os Ma-ronitas o upam um lugar espe ial em nosso ora� ~ao, porque foramem todo tempo a alegria da Igreja e o onsolo do Papado . . . A f�e at�oli a est�a arraigada no ora� ~ao dos Maronitas omo os antigos e-dros est~ao enraizados por suas poderosas ra��zes nas altas montanhasde sua P�atria."N~ao �e ne ess�ario estender-se mais sobre este sublime apre� o dosPapas aos Maronitas. �E muito eloq�uente a atitude dos dois �ultimosPont��� es onvivendo om os dramas que afetaram ao L��bano na �ultimaguerra que astigou ruelmente o Pa��s durante 17 anos. As palavras,os gestos, a preo upa� ~ao quase di�aria foram a manifesta� ~ao ont��nuado afeto mais puro e sin ero do Papa Jo~ao Paulo II, de feliz mem�oria,para o L��bano. Tudo isso foi um suave b�alsamo para as feridas do povomaronita e uma forte dose de esperan� a para os �lhos de S~ao Maron,em sua �ardua luta para uma digna superviv^en ia. Lembramos omgrande apre� o a onvo a� ~ao para uma assembl�eia espe ial do S��nododos Bispos dedi ado ao L��bano, omo tamb�em a visita do Papa emmaio 1997 para os Crist~aos deste pa��s.Tudo isto porque os Maronitas representam, sobre esta pequenasuperf�� ie, que �e o L��bano, os valores de eternidade, de iviliza� ~ao e dehumanismo. Abrindo seus ora� ~oes a Roma e aos ensinamentos queemanam da Sede de Pedro, numa submiss~ao ra ional que os honra eos enobre e, eles ontinuam guardando om o Oriente o sentido vivodas tradi� ~oes legadas pela Igreja de Antioquia. Seu apego �a Roma on�rma e onsolida mais as suas tradi� ~oes antioquenas. Em Roma, omo em Oriente, se sentem plenamente em sua asa. Mais al�em

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18 8 A AMIZADE FRANCO-LIBANESA NA HIST �ORIAdo onfessionalismo estreito, vivem dentro da Cat�oli a, numa alma at�oli a.8 A Amizade Fran o-Libanesa na Hist�oriaA amizade fran o-libanesa �e uma realidade hist�ori a, uma tradi� ~ao euma onstante.As primeiras rela� ~oes amistosas entre Maronitas e Europeus, espe- ialmente Fran eses, remontam �a �epo a de Carlos Magno (768-814),gra� as aos peregrinos Europeus que visitavam ontinuamente a TerraSanta.�E a R. Ristelhueber que devemos as informa� ~oes referentes �a essasrela� ~oes: \�E igualmente nesta data (�epo a de Carlo Magno) que asperegrina� ~oes a Terra Santa se �zeram mais freq�uentes. A sua origemremonta a uma �epo a muito long��nqua . . . Para hegar ao T�umulo deCristo muitos peregrinos do O idente atravessavam o litoral liban^eshabitado pelos Maronitas. Estes, a�rma a tradi� ~ao, reservavam aseus orreligion�arios, - muitos vinham de Fran� a - o a olhimento mais ordial que podiam. Gostavam de ouvir falar de nosso pa��s e j�a aFran� a teria sido onhe ida, amada e respeitada na S��ria antes mesmoda hegada dos Cruzados . . . "Uma arta mandada em 881 pelo Patriar a maronita Elias ao lerodo O idente prova laramente que, antes dessa �epo a, foram estabele- idas rela� ~oes ont��nuas entre os Crist~aos de Oriente e os de Europa.Neste do umento, o Patriar a des revia os sofrimentos do seu povoe soli itava a expedi� ~ao de ajudas pe uni�arias destinadas a restauraros Lugares Santos. Pare e que, de fato, o desapare imento de CarloMagno foi nefasto para os Crist~aos do Oriente uja situa� ~ao piorourapidamente. Chamadas in essantes foram dirigidas a Europa paraimplorar a sua prote� ~ao. No on erto dessas lamenta� ~oes, a voz dosMaronitas se fez ouvir.

19Mas R. Ristelhueber mesmo disse: \durante todo esse primeiroper��odo, o que sabemos das rela� ~oes travadas entre os Maronitas eseus orreligion�arios de O idente �e, devemos re onhe er, singularmentepou o pre iso. Devemos ontentar-nos de probabilidades. Estas deduzem-se om muita l�ogi a de fatos hist�ori os onhe idos. S~ao omo umeloq�uente e novo testemunho do apego dos Maronitas a Fran� a."Durante a primavera de 1099, os Cruzados hegaram �a idade deArqa no distrito de Akkar (norte do L��bano). Desde o in�� io eles forambem a olhidos pelos Crist~aos da Montanha Libanesa. Entusiasmadospor uma imensa alegria ao verem seus irm~aos, rist~aos do O identeque, omo eles eram \ al ed^onios", foram para os re �em hegadosauxiliadores muito �uteis. Disse R. Ristelhueber: \Enquanto a S��riaribombava do estrondo das armas, a maior parte dos a onte imentosque se desenvolveram em torno deles n~ao hegou a modi� ar sensi-velmente a situa� ~ao dos montanheses maronitas. Sem embargo, um(a onte imento) produziu entre eles uma reper uss~ao onsider�avel: foia hegada dos Cruzados."O mesmo historiador ita um ronista da �epo a que falou desse en- ontro entre Crist~aos orientais e o identais: \O ex�er ito rist~ao viudes er das montanhas, om v��veres e armas, homens orientais que gri-tavam: `Fran os! Fran os!' S~ao os Maronitas que, quatro entos anosantes ome� aram a Cruzada e que hegaram agora, om alegria, paraofere er guias e guerreiros." Ja ques de Vitry a res enta dizendo: \A��sobre os planaltos do L��bano, na regi~ao de Fen�� ia e n~ao longe da idadede Biblos (distrito de Jbeil), se en ontram gentes bastante numerosas,espertas em manipular o ar o. Auxiliaram muito os Cruzados."Conv�em sublinhar que para os Maronitas daquela �epo a os Fran oseram sobre tudo Fran eses.Mais tarde, em 1535 o rei da Fran� a, Fran� ois Premier assinou om o Imp�erio Otomano um a ordo hamado \Les Capitulations" quedava aos Fran eses v�arios privil�egios, entre eles que os respons�aveis

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24 10 OS SANTOS MARONITAS10.1.1 Rafqa El-Ray�esSanta Rafqa El-Ray�es nas eu em 28 de junho de 1832, na pequena idade de Himlaya, a 30 quil^ometros de Beirute, numa fam��lia maro-nita. Aos sete anos, perdeu a sua m~ae, o que deixou nela um grande va-zio. Ainda adoles ente n~ao hesitou em se tornar empregada dom�esti apara ajudar a sua fam��lia. Aos 14 anos de idade ome� ou a sentir avo a� ~ao para a vida religiosa. Aos 21 anos abra� ou a vida religiosa noConvento de Mariamat, em Bikfaya. De 1856 at�e 1871, desempenhou-se omo professora e edu adora, sendo bem querida por seus alunos esoli itada pelas fam��lias que depositavam nela toda a sua on�an� a.No ano 1860, Rafqa viveu as sangrentas matan� as dos Crist~aosna Montanha Libanesa. Isto foi para ela uma ruel experi^en ia dossofrimentos humanos.Em 1871, foi dissolvido o Instituto Religioso Mariamat. Rafqa (Re-be a) entrou logo na Ordem Libanesa Maronita feminina, no mosteirode Mar Semaan Elqarn. Seu grande ideal era assumir om Jesus Cristotodas as etapas de Calv�ario. Um domingo do Ros�ario (1o domingo dom^es) de 1885, Rafqa, inspirada, elevou a Deus essa ora� ~ao: \Por quemeu Deus n~ao me visitas om alguma enfermidade! Por a aso me h�asabandonado?"Deus a eitou essa obla� ~ao de amor in ondi ional que Rafqa fazia desua sa�ude. Pou o tempo depois, sentiu violentas dores de abe� a e nosolhos. Uma opera� ~ao do olho direito foi onsiderada ne ess�aria. A i-rurgia prati ada por uma m~ao inexperiente provo ou a perda ompletado olho direito e a infe � ~ao do olho esquerdo que tamb�em rapidamentese perdeu.A partir da��, Rafqa passou por prova� ~oes a ima das for� as huma-nas. Fi ou ega e om os ossos desarti ulados. Era transportada paraa igreja, envolta num len� ol. Seu ardente desejo de parti ipar nossofrimentos do Salvador se realizou, e ela onseguiu transformar suas ont��nuas provas em uma alegria angeli al, manifestando um sorriso

21pou o a l��ngua grega, omo mais tarde �e o �arabe que substituir�a emgrande parte a l��ngua sir��a a nos pa��ses de l��ngua �arabe.Esta liturgia ont��nua em representar a antiga liturgia antioquenado s�e ulo IV, apesar de estar arregada, em nossos dias, do que as dife-rentes amadas da evolu� ~ao e da hist�oria t^em a res entado nela atrav�esdos s�e ulos. Ela �e universalmente onhe ida sob a denomina� ~ao deLiturgia de Santiago ap�ostolo, primeiro Bispo de Jerusal�em. Delaexistem manus ritos desde o s�e ulo VIII.Os monges de S~ao Maron onservaram essa liturgia em sua formaprimitiva e se opuseram a que fosse bizantinizada. De modo que a li-turgia Maronita, apesar das modi� a� ~oes introduzidas, onserva aindainta to o selo de antiguidade, seu unho de simpli idade grandiosa ea nota daquelas formos��ssimas ora� ~oes que s~ao omo uma ompila� ~aopo�eti a das Sagradas Es rituras.A tradi� ~ao siro-aramai a antioquena se ara teriza, tanto em suaforma teol�ogi a omo em sua express~ao lit�urgi a e nas arti ula� ~oes fun-damentais de sua espiritualidade, por uma ades~ao �a verdade de Cristo.Isto, sem nenhum dos ajudantes humanos �los�o� os, aos quais as duasoutras tradi� ~oes, a grega e a latina, re orrem para melhor expli itar eviver o onte�udo da mensagem rist~a. A sua pr�opria vo a� ~ao �e � ar omais perto poss��vel do texto b��bli o, re usando toda outra terminolo-gia.Por isso, em mat�eria de liturgia, essa tradi� ~ao se apresenta omouma ter eira via situada entre a liturgia bizantina de assun� ~ao e aliturgia latina de en arna� ~ao. A arte aqui e ali prova a in lina� ~ao paraum Cristo de gl�oria e um Cristo de paix~ao. A liturgia sir��a a reproduz,em seu desenvolvimento e na vida das omunidades, um modo inter-medi�ario entre esta gl�oria e esta paix~ao . . . A maior parte das ora� ~oes �efruto deli ioso da pena de Santo Efr�em denominado \harpa do Esp��ritoSanto", do grande mestre Ja ob de Sarug e de muitos outros padresda Igreja de Antioquia que ompuseram, na alma da medita� ~ao, estas

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22 9 A LITURGIA MARONITAbelas ora� ~oes.A l��ngua, omo j�a falamos, �e o sir��a o ou siro-aramai o, isto �e,o mesmo idioma que falou Jesus Cristo e que lhe serviu na �UltimaCeia para a institui� ~ao da Sagrada Eu aristia. A Liturgia Maronita onserva, pois, a nota sublime destas palavras da onsagra� ~ao.Na on ep� ~ao dos Crist~aos orientais, a renova� ~ao lit�urgi a �e natu-ralmente a primeira dire� ~ao para a qual devemos tender para elaborartoda renova� ~ao e lesial ou paroquial. A liturgia �e onsiderada omoo \sa ramento do povo de Deus" em mar ha para a terra prometida,reunindo-se ao redor do seu hefe, o Cristo, na pre�gura� ~ao de umajuntamento �nal do qual fala o autor do Apo alipse. Com efeito, apalavra \igreja", em sir��a o, �e \Knu hto" e signi� a: ajuntamento.Esse povo de Deus estando em mar ha, ada homem em parti ular�e um peregrino a ompanhado pela liturgia durante toda sua vida: nonas imento, no amor, a alegria e a morte. Para os Orientais igual-mente, a liturgia �e, por onseguinte, o ponto de partida de toda evan-geliza� ~ao e o ponto de �naliza� ~ao da vida rist~a. A a� ~ao lit�urgi a natradi� ~ao oriental �e a prin ipal fonte de alimento espiritual.Para estudar a renova� ~ao lit�urgi a na Igreja Maronita, �e in�util se-guir, sem distin� ~ao, os rit�erios em honra na liturgia do O idente.Porque a Genesis das ulturas e das mentalidades onstitui ao Orientee ao O idente personalidades distintas, n~ao superior uma a outra, massimplesmente diferentes.O interesse que os Maronitas Libaneses d~ao �a renova� ~ao do Missal,e lipsa, a seus olhos, toda outra ne essidade de renova� ~ao lit�urgi a.Em quanto o livro do Missal n~ao fosse renovado, eles permane em �epti os �a toda possibilidade de renova� ~ao. Este valor dominante, ovalor do verbo, �e uma das prin ipais raz~oes que \ on entra" a re-nova� ~ao em livros determinados, por nosso aso o Missal. Por isso, aComiss~ao Lit�urgi a Maronita empenhou-se em fazer a renova� ~ao destelivro que, ap�os v�arias tentativas, � ou vigente em 2001.

23Tem que ser da \ iviliza� ~ao da Palavra", do livro, para ompreendero que �e a renova� ~ao de um livro lit�urgi o. Pare e que a ne essidade depermutar tem privilegiado alguns valores t��pi os da iviliza� ~ao orien-tal. Pode-se dizer que esta �e fundamentalmente a iviliza� ~ao da Pala-vra. Ap�os a pedra, s~ao as palavras que o homem do Oriente Pr�oximoempenhou-se em polir om perseveran� a. Esta dupla preval^en ia dapalavra e do es rito �e um dado permanente que ressurge at�e os n��veismais espirituais do omportamento humano.Podemos dizer, �nalmente, que a ara ter��sti a talvez mais evidenteda Liturgia Maronita �e a de ser popular. Pare e laro aqui que a missa�e o sa rif�� io de toda a Assembl�eia, que dele parti ipa efetivamente.Durante o sa rif�� io, o povo deve manter um di�alogo ont��nuo om o elebrante, e suas a lama� ~oes lembram os Primeiros Crist~aos rodeandoseu Bispo na fra� ~ao do p~ao.

10 Os Santos Maronitas

10.1 A vida dos santosDa profunda e dif�� il vida e da espiritualidade da Igreja maronita,sem olvidar os inumer�aveis ��eis que deram sua pr�opria vida pela f�e,existe um importante elen o de santos e beatos maronitas, sinal daparti ipa� ~ao desta Igreja parti ular na Igreja Universal. De S~ao Ma-ron omo padroeiro da Igreja maronita e de S~ao Yuhanna Maron j�afalamos anteriormente porque fazem parte integrante da hist�oria daIgreja Maronita. Falaremos, em ontinua� ~ao dos Santos \modernos"que foram beati� ados e anonizados segundo as normas modernas oure entes exigidas para a anoniza� ~ao.

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28 10 OS SANTOS MARONITASNo dia 16 de dezembro de 1898, o eremita Padre Charbel elebrava omo de ostume a Santa missa na apela da ermida quando de repentefoi ata ado de paralisia, no momento exato da Grande Eleva� ~ao. Aagonia durou 8 dias, ap�os 23 anos de vida de eremita exemplar, S~aoCharbel morreu no dia 24 de dezembro de 1898 na v�espera de Natal,para nas er de novo no �eu.Ap�os a morte, bem omo durante a vida, padre Charbel foi on-siderado um santo. No dia de sua inuma� ~ao, o superior do onventode S~ao Maron de Annaya, Padre Tanios Alme hem hany anotou nodi�ario do mosteiro o seguinte: \Hoje 24 de dezembro de 1898, fale euna miseri �ordia do Senhor o Padre Charbel de Biqahkafra, eremita.. . . Re ebeu os �ultimos sa ramentos e morreu aos 70 anos de idade.Foi sepultado no emit�erio da omunidade. O que ele realizar�a ap�os amorte dispensa maiores oment�arios sobre a santidade de sua vida".O orpo de S~ao Charbel permane eu intato durante muitos anosap�os sua morte e in lusive transpirava. Esse fen^omeno de onserva� ~aoe de transpira� ~ao do orpo, desa�ando as leis da natureza, fas inou osm�edi os, os homens da i^en ia. Que um ad�aver se onserve n~ao �e umfen^omeno �uni o, por�em que os restos mortais se onservem ex��veis,tenros, transpirando in essantemente �e um aso extraordin�ario e �uni ono g^enero. Esse foi o aso de nosso santo. Muitos milagres a onte- eram om pessoas de v�arias na ionalidades e religi~oes que rezaramsobre o t�umulo deste eremita.O Padre Charbel foi beati� ado no dia 5 de dezembro de 1965 peloPapa Paulo VI. No dia 9 de outubro de 1977, o mesmo Papa o ano-nizou, de larando-o santo do L��bano, santo para a Igreja Universal.Celebramos sua festa no ter eiro domingo de julho. Mas no Brasil,na Argentina e em outros pa��ses, sua festa oin ide om o dia de sua anoniza� ~ao, 9 de outubro.

10.1 A vida dos santos 25permanente, enquanto seu orpo, d�ebil e enfraque ido, se apagava len-tamente, ofere endo assim, seus sofrimentos em omunh~ao om Jesuspela reden� ~ao da humanidade.Em 1897, foi transferida para o mosteiro de s~ao Jos�e de Jrabta,na regi~ao de Batroun, onde � ou paral��ti a, ravada em seu leito, en-quanto balbu iava sem essar: \Em omunh~ao om vosso sofrimento, ^oJesus". Assim foi a vida da irm~a Rafqa: desde a inf^an ia at�e a morte,um ont��nuo mart��rio, arregando a Cruz de Cristo om pa i^en ia,alegria e entrega total �a vontade de Deus.Em 23 de mar� o de 1914, Rafqa entregou sua alma a Deus dizendo:\Jesus, Maria, Jos�e, lhes dou meu ora� ~ao e meu esp��rito, tomem possede minha alma". Ela se apagou no leito omo uma pedra im�ovel, nomesmo momento altar e holo austo. A vida ru i� ada de Rafqa nosrevela o segredo do sofrimento redentor, provo a em n�os \lou uras"de generosidade e nos situa sempre mais perto de Deus e do homem.A irm~a Rafqa foi beati� ada em 17 de novembro de 1985, pelo PapaJo~ao Paulo II, e anonizada em 10 de agosto do ano 2001, pelo mesmoPapa. A sua festa lit�urgi a elebra-se no dia 23 de mar� o, dia de seufale imento.10.1.2 M�artiresFran is o, Abdulmoti e Rafael, tr^es m�artires da fam��lia maronitaMassabki hamados m�artires de Damas o, porque foram martirizadosem Damas o junto om 8 fran is anos, no dia 10 de julho 1860. Nodia 10 de outubro 1926 foram beati� ados. Comemoramos sua festano mesmo dia que seu mart��rio, 10 de julho.Os 350 m�artires, monges maronitas, foram martirizados emS��ria no ano 517, por aqueles rist~aos que n~ao admitiam o Con ��lio deCal ed^onia. Celebramos sua festa no dia 31 de julho.

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26 10 OS SANTOS MARONITAS10.1.3 S~ao Nimatullah Youssef Kassab Al-HardiniS~ao Nimatullah Youssef Kassab Al-Hardini, nas eu em 1808,em uma aldeia de Hardin, no Norte da Montanha Libanesa, numafam��lia profundamente rist~a maronita. No batismo re ebeu o nomede Youssef. Em 1828, ele entrou num mosteiro da Ordem LibanesaMaronita e tomou o nome de \Nimatullah" que signi� a \Gra� a deDeus". Re ebeu o h�abito mona al e fez pro�ss~ao solene no dia 14 denovembro de 1835. Es olhido diretor dos seminaristas da Ordem, eprofessor de Teologia moral, foi nomeado tr^es vezes Assistente geralda Ordem. Ele umpriu muitas atividades mission�arias e apost�oli as.Cumpriu os votos religiosos de maneira perfeita, om f�e, humildade eabnega� ~ao.Morreu no dia 14 de dezembro de 1858. Foi beati� ado no dia 10de maio de 1998, pelo papa Jo~ao Paulo II, e foi anonizado no dia 16de maio de 2004, pelo mesmo Papa. A sua festa lit�urgi a elebra-seno dia 14 de dezembro, data de seu fale imento.10.1.4 Charbel MakhloufS~ao Charbel Makhlouf, nas ido dia 8 de maio de 1828, em Beqahka-fra, aldeia montanhosa, a 1600 metros de altitude no norte do L��bano,situada nas proximidades dos edros milenares e de Bisharri, idadenatal de Gibran. Era o quinto �lho do asal Antoun Zarour Makh-louf e Brigida Al hidia , foi batizado sob o nome de Youssef. Seu pairequisitado pelo ex�er ito otomano para trabalhos for� ados n~ao tardoupara morrer, quando Youssef tinha ainda tr^es anos. Este res eu nummeio familiar profundamente religioso.�Orf~ao de pai, o pequeno Youssef freq�uentava, em ompanhia de seus olegas, a es ola paroquial de sua aldeia. Desde a sua primeira inf^an iamanifestou uma tend^en ia muito pronun iada para o isolamento e adevo� ~ao. Abandonava seus amaradas e retirava-se para rezar numa10.1 A vida dos santos 27gruta que foi denominada, a prin ��pio ironi amente, a gruta do santo.J�a adoles ente rezava muito e pedia a Maria Sant��ssima que o ajudassepara se tornar monge omo seus dois tios maternos.Em 1851, numa madrugada, sem avisar ningu�em, nem se despediude sua m~ae, o jovem Youssef, om 23 anos de idade, se apresentou nomosteiro de Nossa Senhora de Mayfouk da Ordem Libanesa Maronita.Fez seu primeiro ano de novi iado neste mosteiro. Es olheu por nomereligioso CHARBEL, em honra a S~ao Charbel martirizado em 107 daera rist~a. Seu segundo ano de novi iado a onte eu no mosteiro deS~ao Maron de Annaya (Montanha de Jbeil).Em 1853 e aos 25 anos de idade ele fez a sua pro�ss~ao mon�asti a, ouseja, os votos solenes de obedi^en ia, astidade e pobreza. No mesmoano foi enviado ao mosteiro de S~ao Cipriano em Kfar Hai para omple-tar seus estudos. Terminado o urso de �loso�a e teologia, Charbel foiordenado sa erdote a 23 de julho de 1859, em Bkerke, sede patriar almaronita. Voltou, em seguida ao mosteiro de Annaya onde permane- eu 16 anos, vivendo em omunidade, antes de retirar-se na ermida domosteiro, dedi ada a S~ao Pedro e S~ao Paulo.No mosteiro prati ou todas as virtudes rist~as humanas e mon�asti- as. Na realidade, seus 16 anos de vida no mosteiro foram omo umaintrodu� ~ao aos 23 anos de eremita, que s~ao o ponto ulminante desua exist^en ia. Os testemunhos re olhidos mostram um S~ao Char-bel obediente om uma obedi^en ia quase lend�aria. Sua astidade eraverdadeiramente ang�eli a. Em sua pobreza alegre imitou os maioressantos da Igreja, pois sabia perfeitamente que ao despojar-se de tudoneste mundo era imensamente ri o no Senhor. S~ao Charbel foi sempreum homem de ora� ~ao; permane ia longas horas ajoelhado em frente doSant��ssimo Sa ramento. Dividia seus dias entre os trabalhos bra� aisnas propriedades do onvento e as pre es e medita� ~oes. Em resumo,suas ora� ~oes in essantes, seus jejuns prolongados, suas morti� a� ~oese sua uni~ao om Deus �zeram dele \um anjo om forma humana".Perdia-se em Deus omo um rio se perde no mar.

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32 11 RESUMO CRONOL �OGICO DA HIST �ORIA DO L�IBANOguerreiras indo-europ�eias, o upando o Egito, a S��ria, o L��bano, at�e oano 1.580 antes de Cristo, aproximadamente.No s�e ulo XVII antes de Cristo, os Fen�� ios inventaram o alfabeto, hamado alfabeto de Biblos que �e a maior e a melhor d�adiva ofere ida�a humanidade inteira.A �epo a da domina� ~ao eg��p ia (1.580-1.200 antes de Cristo) ome� a om a vit�oria de Thutmos III. O rei de Biblos, aliado �el do fara�ode Egito fazia a guerra ontra os pr��n ipes s��rios que viviam sob ahegemonia dos Hititas.S�e ulo XV antes de Cristo: Per��odo de grande prosperidade. Funda� ~aode pequenos reinos, que hamamos Cidades-estados, pelos Fen�� ios.S�e ulo XIV antes de Cristo: Apare eram os primeiros do umentosde es rita alfab�eti a de Ugarit.A partir do s�e ulo XIV antes de Cristo, os Fen�� ios da orla mar��timado mediterr^aneo oriental, distinguiram-se por sua perfeita ruptura omos m�etodos pol��ti os de seus vizinhos. N~ao entravam mais em lutas quedominavam nas outras popula� ~oes do oriente. Em vez de entrarem emguerras abertas, omo faziam outros pa��ses, entre eles Ass��rios e Persas.Ao ontr�ario, os Fen�� ios, por sua diploma ia, levaram os invasores apagar os seus servi� os no mar. A eitaram tamb�em a lu rativa miss~aode intermedi�arios entre �Asia e o mundo mediterr^aneo.Entre 1.200 e 1.000 antes de Cristo foi mar ada a hegada dos\Povos do mar". A S��ria, o L��bano-Fen�� ia e a palestina onseguiramser o lugar de en ontro de tr^es povos migrantes quase s��n ronas. OsArameus o upavam a S��ria Setentrional e o L��bano. Os Judeus seinstalaram em Canaan e os \Povos do mar", vindos das ilhas e dasmargens do mediterr^aneo o idental, preparam para si um lugar nomeio das popula� ~oes da orla mar��tima da Fen�� ia. Tiro domina no sule Aradus no Norte. �E a �epo a do in�� io da navega� ~ao at�e �Afri a.

10.1 A vida dos santos 2910.1.5 O Beato Abuna Yaaqub El-Haddad

O Beato Abuna Yaaqub El-Haddad: No Domingo 22 de junhode 2008 foi pro lamado Beato, em Beirute, Yaaqub Haddad de Gha-zir, presb��tero, da ordem dos frades menores apu hinhos, fundadorda Congrega� ~ao das irm~as fran is anas da Cruz no L��bano, fale idoem 1954 aos 79 anos. A on elebra� ~ao eu ar��sti a desta grande fes-tividade foi presidida pelo Cardeal Jos�e Saraiva Martins, Prefeito daCongrega� ~ao para as ausas dos santos.A beati� a� ~ao de Abuna Yaaqub, unida �a re orda� ~ao dos santos Li-baneses Charbel, Rafqa e Nimatullah Kassab de Hardin, evo a toda averdade e beleza das palavras de Jo~ao Paulo II quando dizia: \A santi-dade �e a via-mestra para os rentes do ter eiro mil^enio". As hist�oriasdos santos libaneses, �as quais se a res enta esta parti ular do novoBeato, narram sobre homens e mulheres que, obede endo ao des��gniodivino, muitas vezes tiveram que enfrentar prova� ~oes e sofrimentos in-des rit��veis. Mas, omo nos re ordou o Papa Bento XVI: \Cada formade santidade, embora seguindo aminhos diferentes, passa sempre pelavia da Cruz, a via da renun ia a si mesmo".A santidade n~ao ignora e n~ao evita a ruz, a renun ia, o dom de si.O Beato Abuna Yaaqub a reditou verdadeiramente, por isso ensinava:\N~ao h�a �eu sem ruz. Desejar o �eu sem sofrimento, �e omo querer omprar mer adorias sem pagar".O dom de um novo Beato �a Igreja Libanesa �e um sinal de espe-ran� a nas extraordin�arias possibilidades deste amado pa��s, de profun-das ra��zes b��bli as. Abuna Yaaqub, que se une aos santos m�artires doVale Santo, e de S~ao Charbel, Santa Rafqa, Santo Nimatullah, �e parao L��bano e para os Libaneses um fas inante sinal de re on ilia� ~ao e depaz, que vem �a terra aos homens que Deus ama.

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30 11 RESUMO CRONOL �OGICO DA HIST �ORIA DO L�IBANO11 Resumo Cronol�ogi o da Hist�oria do L��banoNosso prop�osito �e fazer um resumo ronol�ogi o, mesmo in ompleto,dos prin ipais a onte imentos que mar aram a hist�oria do L��bano8,a sua geogra�a e os onstantes do povo liban^es. A nossa pesquisabaseia-se sobre v�arias obras hist�ori as e arqueol�ogi as em diferentesl��nguas.A pre eptoria da Montanha Libanesa permane e envolta no mist�erio.O L��bano omo entidade geogr�a� a e realidade hist�ori a foi onhe idodesde muitos s�e ulos. Por�em, do povo liban^es que vivia nesta Monta-nha na long��nqua antiguidade, antes da hegada dos Arameus, pou ose sabe. Os arque�ologos en ontraram muitos vest��gios das iviliza� ~oesantigas sobre o litoral L��bano-Fen�� io. Na Montanha des obriram pou- os vest��gios importantes referentes �a pr�e-hist�oria e �a antiga hist�oriado L��bano. A maior parte dos vest��gios es lare eu at�e erto ponto,a hist�oria do litoral liban^es, que re ebera a partir do ter eiro mil^enioantes de Cristo o nome de Fen�� ia. A Montanha Libanesa entrara ple-namente na hist�oria, o upando o papel do litoral, a partir do s�e uloVII da era rist~a, �epo a da onquista �arabe.Come� amos pela idade paleol��ti a.45.000 antes de Cristo (Paleol��ti o m�edio): Os arque�ologos en on-traram abrigos em grutas do vale de Nahr Elkalb, de ksar Akil (Ante-lias) e de Abu halka (Tripoli).A mais antiga instala� ~ao de uma idade Libanesa, Biblos, dataaproximadamente do ano 6.000 antes de Cristo �E o �m dos anos pr�e-8Existem muitas passagens da revela� ~ao urantiana que falam de Jesus e seusdis ��pulos na regi~ao onde atualmente se lo aliza o L��bano. Por exemplo: Livrode Urantia, A Caminho da Fen�� ia, 155:4.1 - . . . esse grupo, de vinte e in oinstrutores da verdade, deixou Cesar�eia-Filipe para ini iar a sua viagem �a ostaFen�� ia. Eles ontornaram a parte pantanosa pelo aminho de Luz, at�e o pontode jun� ~ao om a trilha de Magdala - Monte L��bano, e da�� seguiram para o ruzamento om a estrada que leva a Sidom, hegando l�a na sexta-feira �a tarde.

31hist�ori os, a idade que hamamos neol��ti a.�Epo a endol��ti a (3.800-3200 antes de Cristo) �E a �epo a do des o-brimento do obre que engajou o homem na maravilhosa aventura daIdade do metal. Dela existem vest��gios em Biblos (Jebeil).No quarto mil^enio: presen� a dos Cananeus, antepassados dos Fen�� iosno L��bano. En ontramos os primeiros exemplos de ritos funer�arios emBiblos, e muros de re into fe hado em Beirute.Na �epo a da iviliza� ~ao pr�e-urbana (3.200-3.000 antes de Cristo):os antigos Libaneses onstru��ram, em Biblos, asas retangulares, divi-didas habitualmente em tr^es salas.A iviliza� ~ao urbana (3.000-2.500 antes de Cristo) oin ide oma presen� a dos Fen�� ios. Eles habitaram o litoral liban^es e a regi~aomeridional de S��ria, notadamente na famosa Ugarit.III Mil^enio antes de Cristo: Funda� ~ao das idades mer antes Fen�� ias.A primeira, segundo Her�odoto �e Tiro, em 2750 antes de Cristo. Come� aramtamb�em as rela� ~oes omer iais om Egito.�Epo a pr�e-Amorita (2.500-2.150 antes de Cristo) revela a exist^en iade uma ri a burguesia Fen�� ia.A onquista Amorita (2.150-2.000 antes de Cristo) deixou uma mu-dan� a total na organiza� ~ao urbana de Biblos. A vinda de Abra~ao deUr, por Harran, �a Palestina �e um aspe to desta grande migra� ~ao. Elamar a o in�� io da hist�oria dos Patriar as.Tempo dos Amoritas (2.000-1.725), deixou omo prin ipais vest��gios,sar �ofagos monumentais e novos templos na idade de Biblos. Poli-ti amente, o Egito teve grande in u^en ia no pa��s. Os Gibelinos, ouseja os habitantes de Jebeil (Biblos), usavam, no in�� io, a es rita hi-erogl��� a do Egito, e, posteriormente, uma es rita pseudo-hierogli� ade sua inven� ~ao.Por volta do ano 1725 antes de Cristo desferraram os Hiksos, hordas

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36 11 RESUMO CRONOL �OGICO DA HIST �ORIA DO L�IBANOEm 1250: Os Mamelu os su edem aos �Arabes.Entre 1289 e 1291, as idades de Tripoli, Sidon (Saida) e Tiro foramtomadas pelos �Arabes. Fim dos Estados Latinos do Oriente.Em 1292-1293: Sa��da de�nitiva dos Cruzados do Oriente Pr�oximo.1301-1307: Guerra dos Mamelu os ontra os Keserwanitas.Em 1516: Os Otomanos (Tur os) ven em os Mamelu os e o upamo L��bano. �Epo a Tur a: 1516-1918.Em 1544-1697: Reino dos Pr��n ipes Maan no L��bano. O mais fa-moso entre eles foi Fakhreddin II (1598-1635).Em 1584: Funda� ~ao do Col�egio maronita de Roma.Em 1607-1842: Reino dos Pr��n ipes da fam��lia Chehab ujo prin i-pal representante foi Ba hir II.Em 1840: Provo a� ~ao dos on itos onfessionais na Montanha Li-banesa, entre Crist~aos e Druzos.Em 1842: Instala� ~ao do regime dos dois Kaemmaqamat, isto �e adivis~ao do L��bano em dois distritos, um ao norte administrado por umMaronita, outro ao sul, administrado por um Druzo.Em 1860: Massa re dos Crist~aos do Chouf (prin ipalmente DeirElkamar), de Zahle e Damas o, pelos Druzos e Tur os. Interven� ~aor�apida do ex�er ito Fran ^es na �epo a do Imperador Napole~ao III, paraterminar os massa res onfessionais.Em 9 de junho 1861: Proto olo de 1861 estabele e o regime daMutassary�at, onsistindo no re onhe imento da autonomia adminis-trativa do Monte L��bano.Em 1866: Funda� ~ao da Universidade Ameri ana em Beirute.Em 1875: Funda� ~ao da Universidade Fran esa, Saint Joseph, emBeirute, pelos Padres Jesu��tas.Em 1914-1918: Primeira Guerra Mundial = quatro anos de mis�eria

33A hegemonia de Tiro9 e de Aradus se on�rma mais entre 1.100 e725 antes de Cristo sobre a regi~ao do mediterr^aneo. Monopolizaram o om�er io oriental e seus navios sul avam o mar em toda a sua extens~ao.�E a �epo a das grandes expedi� ~oes mar��timas onjuntas feitas pelo reiHirom de Tiro e seu vizinho, o rei Salom~ao.Em 814 antes de Cristo, a famosa Alissa, irm~a de Pigmalion, rei deTiro, se dirige para O idente para fundar a idade p�uni a de Cartago,a �m de dominar gradualmente o O idente.A domina� ~ao Assiro-Babiloni a ome� a em 725 e termina em 539antes de Cristo, in�� io da �epo a Persa. Os nomes mais famosos naquelaregi~ao s~ao os reis ass��rios Salamanossor, Tiglatfalazar, Assurbanipal eo rei neobabil^oni o Nabu odonozor, quem onquistou Jerusal�em em586 antes de Cristo e exilou em Babil^onia muitos guerreiros do povoJudeu.Em 539 antes de Cristo, o rei persa Ciro onquistou Babil^onia e onseguiu a hegemonia sobre todos os pa��ses vizinhos, do Indus aotorrente de Egito. S��ria, Fen�� ia, Palestina e Chipre formaram a 5a�\satrap��a". Os portos Fen�� ios hegaram a uma prosperidade extraor-din�aria. O pa��s foi pa i� ado e a administra� ~ao bem organizada.A domina� ~ao persa no L��bano-Fen�� ia terminou em 332 antes deCristo, �epo a da onquista de Alexandre, o Grande. A partir de 284antes de Cristo ome� ou uma nova guerra entre os Seleu ides e osTolomeus, isto �e entre os dois prin ipais grupos gregos.Em 218 antes de Cristo: Na parte o idental do Mediterr^aneo, ofamoso general artagin^es Hanibal o upa a It�alia durante 15 anos. Foiesta a segunda guerra P�uni a (218-219).Em 148 antes de Cristo, Cartago foi destru��da pelos Romanos queestenderam a sua onquista a todas as margens do Mediterr^aneo O i-9\Livro de Urantia", p�agina 1737, Do umento 156: \A Estada em Tiro eSidom", Item 156.4: \Em Tiro".

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34 11 RESUMO CRONOL �OGICO DA HIST �ORIA DO L�IBANOdental.A �epo a Romana no L��bano (63 antes de Cristo - 330 ap�os Cristo), ome� a om a onquista de Pompeu. Durante essa �epo a, as grandespossibilidades omer iais dos Fen�� ios foram bem orientadas e bemdirigidas. Assim, o L��bano-Fen�� ia10 hegou a um alto n��vel de pros-peridade e de progresso. Grandes monumentos foram onstru��dos emtodas as idades, prin ipalmente os de Baalbek.Em 27-30 ap�os Cristo: No in�� io de sua vida p�ubli a Jesus realizaseu primeiro milagre no matrim^onio de Can�a11 de Galil�eia, no suldo L��bano, a doze quil^ometros da idade de Tiro, segundo Eus�ebiode Ces�area, primeiro historiador da Igreja, e S~ao Jer^onimo que viveumuitos anos em Terra Santa. Cer a do ano 30 de nossa era: morte eRessurrei� ~ao de Cristo.No ano 57, na sua ter eira viagem, S~ao Paulo passa em Tiro ondeen ontra uma Comunidade de Crist~aos.Em 222: Funda� ~ao da famosa Es ola de Direito em Beirute, a i-dade denominada: M~ae das Leis.N~ao �e f�a il determinar exatamente quando ome� a a �epo a Bizan-tina, porque o Estado Bizantino n~ao foi, no in�� io, mais que um pro-longamento do antigo Imperium Romanum. Este n~ao a abou brus a-mente om a transfer^en ia da apital a Constantinopla em 330. Prefe-10No Livro de Urantia, 156:2.3, revela-se a alorosa re ep� ~ao do povo na Fen�� iaaos ensinamentos de Jesus - Os ap�ostolos e os evangelistas � aram bastante ani-mados pelo modo omo os gentios de Sidom re ebiam a mensagem deles; e, du-rante a sua urta estada ali, muitos foram a res idos ao Reino. Esse per��odo de er a de seis semanas na Fen�� ia foi um tempo muito frut��fero para o trabalhode onquistar almas. No entanto os es ritores judeus, que mais tarde redigiramos evangelhos, habituaram-se a passar por ima e des onsiderar o registro dessa alorosa re ep� ~ao aos ensinamentos de Jesus da parte desses gentios, noexato momento em que uma grande par ela dos do seu pr�oprio povo en ontrava-semobilizada ontra ele.11\Livro de Urantia", p�agina 1528, Do umento 137: \O Tempo de Esperana Galil�eia", Item 137.4: \O Matrim^onio de Can�a".

35rimos situar o in�� io dentro de uma �epo a. Neste aso, a transfer^en iada Capital, seguida om a morte do Imperador Teodo io (395) e apartilha do Imp�erio, abrem a era, hamada mais tarde Bizantina, queterminou pela onquista �arabe (632-640).A data do Batismo do Imperador Constantino I, em 337 A.D., foium evento b�asi o para a vida pol��ti o-religiosa dos Crist~aos.Em 476, o Imperador Romano O idental aiu sob os golpes dosb�arbaros, enquanto o do Oriente ou Biz^an io prosseguiu uma longahist�oria.S�e ulo V: Evangeliza� ~ao da Montanha Libanesa pelos dis ��pulos deS~ao Maron.No ano de 634, ome� am as vit�orias dos �arabes Mu� ulmanos sobreos Bizantinos. Em pou os anos, os seguidores de Mahom�e onquista-ram toda a S��ria, a Palestina e o litoral do L��bano.Ano 650: In�� io do reino do alifa Muawiya, fundador da dinastiados Omyades em Damas o.Provavelmente, o ano 685 foi eleito S~ao Jo~ao Maron, primeiro Pa-triar a Maronita para a sede de Antioquia.Nos in�� ios do s�e ulo VIII: Funda� ~ao de Anjar (na Bekaa) peloKhalifa Alwalid. Em 750, o Khalifa Abasside Abu Alabbas reina emBagdad.Nos s�e ulos IX e X: Desmembramento do Imp�erio Abasside. OsBizantinos voltam ao L��bano.No ano 1071: Os Tur os Seldj�u idas ven em o ex�er ito bizantino.O O idente ome� a a se mobilizar.Em 1095-1099: A Primeira Cruzada o upa Jerusal�em. Tr��poli ainas m~aos dos Fran os (= Cruzados), em 1109, e Tiro em 1124.Em 1197: Vit�oria de Salah Eddin sobre os Cruzados em Hattin(Palestina). De lino do Reino Latino de Jerusal�em.

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40 11 RESUMO CRONOL �OGICO DA HIST �ORIA DO L�IBANOEm maio 1973: Confronto entre o ex�er ito liban^es e os Palestinos.No dia 13 de abril 1975: In�� io da Guerra sobre o territ�orio liban^es.No in�� io de junho 1976: Interven� ~ao s��ria na guerra em nosso pa��s.Em junho 1982: Invas~ao israelense de uma parte do territ�orio li-ban^es.Em 1984: Visita de Sua Beatitude o Patriar a Ignatius IV Hazyma sua Comunidade no Brasil.Em 1989: Os A ordos do Taef preparam a instala� ~ao da Ter eiraRep�ubli a.Em 1990: �m das hostilidades entre os diversos grupos pol��ti os ereligiosos no L��bano.Em 1993: Visita de sua Beatitude o Patriar a Maximos V Hakima sua omunidade Melkita no Brasil.Em 1994: Importantes es ava� ~oes em Beirute ujo prin ipal re-sultado foi a des oberta de uma parte da idade Fen�� ia no bairrodos Souks. Os Gregos e os Romanos edi� aram sobre embasamen-tos Fen�� ios e a organiza� ~ao urbana de Beirute foi anterior ao modelohelen��sti o.Em 1997: Visita de Sua Beatitude o Patriar a e Cardeal NasrallahSfeir a sua Comunidade maronita no Brasil (1-15 de mar� o), atendendoao onvite da So iedade Maronita de Bene� ^en ia, na o asi~ao de seuprimeiro Centen�ario de funda� ~ao.No dia 26 de Novembro de 2006 foi ordenado o Padre Edgard MadiAr ebispo para a Dio ese Maronita do Brasil.

37para o L��bano. Em 1918 termina a �epo a otomana om a entrada dastropas fran esas e inglesas no pa��s dos Cedros.Em abril 1920: O L��bano foi olo ado sob Mandato Fran ^es.Em 31 de agosto 1920: O general Gouraud, alto Comiss�ario daFran� a no Levante, de reta o restabele imento do L��bano em suasfronteiras geogr�a� as e hist�ori as. No primeiro dia de setembro, elemesmo pro lama o Estado do Grande L��bano, Estado independentesob Mandato Fran ^es.Em 23 de maio 1926: O Estado do grande L��bano transformou-se em Rep�ubli a Libanesa, depois de ter estabele ido e promulgadodemo rati amente uma Constitui� ~ao, adotando o regime parlamentar.Em 27 de mar� o 1929, Charles Debbas foi nomeado primeiro Pre-sidente da Rep�ubli a Libanesa.Em 1929-1930: Emile Edd�e foi nomeado presidente do Conselhode Ministros. Ele onseguiu do Parlamento plenos poderes e legislapor de retos-lei. Pro ede notadamente �a reforma administrativa ejudi i�aria do jovem Estado liban^es.Em janeiro 1936, Emile Edd�e foi eleito Presidente da Rep�ubli a Li-banesa. �E o primeiro Presidente eleito pela Assembl�eia Na ional e oprimeiro maronita que nomeia um mu� ulmano omo Primeiro Minis-tro.Em 1941, as tropas anglo-gaulistas penetram no L��bano e on�r-mam a sua inten� ~ao de lhe on eder a independ^en ia que permane ete�ori a durante dois anos.Em 1943, Be hara el Khoury foi eleito Presidente da Rep�ubli a. Nodia 22 de novembro do mesmo ano, o L��bano obteve efetivamente a suaIndepend^en ia, mas sofrendo as onseq�u^en ias da rivalidade fran o-brit^ani a.Em 14 de maio 1948 foi pro lamado o estado judeu. Esse fato teve

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38 11 RESUMO CRONOL �OGICO DA HIST �ORIA DO L�IBANO omo prin ipal resultado a guerra entre Israel e os pa��ses �arabes daregi~ao. Primeira hegada dos Palestinos ao L��bano.Em 23 de mar� o de 1949: Assinatura da Conven� ~ao de Armist�� ioL��bano-Israelense.Em 27 de setembro 1949: Fale imento do antigo Presidente daRep�ubli a Libanesa, Emile Edd�e, ujo enterro se transforma numamanifesta� ~ao pol��ti a extraordin�aria, revelando a inten� ~ao e o enrai-zamento do seuleader-ship.Em setembro 1952, a frente Na ional da Oposi� ~ao organizou umagreve geral no L��bano. O prin ipal resultado foi a demiss~ao do Presi-dente Be hara Elkhoury e elei� ~ao de Camille Chamoun (22 de Setem-bro).Em 1957: O governo liban^es adotou a lei de Eisenhawer que dava aUSA a autoriza� ~ao e o poder de utilizar as armas para defender todopa��s do Oriente Pr�oximo que desejaria seu apoio ontra a agress~ao omunista.Primavera de 1957: Elei� ~oes Legislativas no L��bano.Em 22 de fevereiro 1958, Egito e S��ria estabele eram uma verdadeirafus~ao, para formar a Rep�ubli a �Arabe Unida que permane eu durantepou o tempo unida.Em maio 1958: Revolta dos hefes da oposi� ~ao ontra o PresidenteChamoun e seu governo. Em setembro do mesmo ano teve a elei� ~aodo general Fouad Chehab omo presidente da Rep�ubli a Libanesa.Em junho e Julho de 1960: Elei� ~ao Legislativa no L��bano. O Pre-sidente da C^amara dos deputados foi Sabre Hamad�e.Em 15 de setembro 1960: Abertura em Beirute do Congresso dosemigrados Libaneses.Na noite de 30-31 dezembro de 1961: Tentativa frustrada de umgolpe de Estado pelo Partido Popular S��rio no L��bano.

39Em 2 de mar� o 1962: Funda� ~ao da Federa� ~ao do Trabalho emBeirute.Em 5 de setembro 1962: Monsenhor Batanian foi eleito Patriar ados Arm^enios Cat�oli os.No ver~ao de 1963: Elei� ~oes Muni ipais no L��bano.No dia 7 de janeiro 1964: Fale imento do Cheikh Be hara Elkhoury,antigo Presidente da Rep�ubli a Libanesa.Em abril 1964: Elei� ~ao da C^amara dos Deputados.Em 18 de agosto 1964 foi eleito Charles Helou omo Presidente daRep�ubli a Libanesa.No dia 20 de agosto 1964: Congresso da Uni~ao Libanesa CulturalMundial no Pal�a io da UNESCO em Beirute.Em 25 de abril 1965, os Arm^enios lembram, no L��bano, o inq�uen-ten�ario do assassinato e matan� a deste povo pelos Tur os.Em 21 de dezembro 1966, o Cheikh Hassan Khaled foi eleito Muftyda Rep�ubli a Libanesa.No dia 5 de junho 1967, a Guerra de Seis dias estourou entre �Arabese Israelenses. Os �Arabes perderam. Novos refugiados Palestinos he-garam ao L��bano.Mar� o e abril 1968: Elei� ~oes Legislativas no L��bano.No dia 3 de novembro 1969: Assinatura dos A ordos do Cairo, ujoresultado foi p�essimo para o pa��s dos Cedros.No dia 17 de agosto 1970, foi eleito Sulaiman Frangieh omo Pre-sidente da Rep�ubli a Libanesa.No dia 3 de agosto 1971: Abertura do IV Congresso da Uni~aoLibanesa Cultural Mundial, em Beirute.Em abril 1972: Elei� ~oes Legislativas no L��bano.

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4112 Links Rela ionadosBkerke - a sede Patriar al12S~ao Maroun - Mar Maroun13S~ao Charbel14Santa Rafqa15S~ao Nimatullah Kassab Al-Hardini16Sa ramentos17Vo a� ~ao Sa erdotal18Reprodu� ~ao de onte�udo autorizada desde que itada fonteEparquia Maronita do Brasil

12Internet: \http://www.igrejamaronita.org.br/ onteudos-/?eFh4fDEzNA==".13Internet: \http://www.igrejamaronita.org.br/ onteudos-/?eFh4fDExNw==".14Internet: \http://www.igrejamaronita.org.br/ onteudos-/?eFh4fDE0NA==".15Internet: \http://www.igrejamaronita.org.br/ onteudos-/?eFh4fDE0NQ==".16Internet: \http://www.igrejamaronita.org.br/ onteudos-/?eFh4fDE0Nw==".17Internet: \http://www.igrejamaronita.org.br/ onteudos-/?eFh4fDExOA==".18Internet: \http://www.igrejamaronita.org.br/ onteudos-/?eFh4fDExNg==".

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