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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIII Edição 05 Domingo, 03.02.2013 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 A Convenção Batista Sergipana chega às celebrações do centenário de implantação da denominação em Sergipe com uma bela história, com a participação efetiva do departamento de evangelismo, ação social e edu- cação. Além da contribuição de diversos missionários norte-americanos e dos campos alagoano, pernambucano e carioca. Veja nas páginas 8 e 9 um pedaço de uma história de 100 anos. Batistas em Sergipe: O centenário

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Page 1: Batistas em Sergipe: O centená · PDF filetóricas” do “Hinário para o Culto Cristão” (HCC). Como resultado, oferece-mos dados sobre 17 hinos alemães, escritos e compos-tos

1o jornal batista – domingo, 03/02/13?????ISSN 1679-0189

Ano CXIIIEdição 05 Domingo, 03.02.2013R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

A Convenção Batista Sergipana chega às celebrações do centenário de implantação da denominação em Sergipe com uma bela história, com a participação efetiva do departamento de evangelismo, ação social e edu-cação. Além da contribuição de diversos missionários norte-americanos e dos campos alagoano, pernambucano e carioca. Veja nas páginas 8 e 9 um pedaço de uma história de 100 anos.

Batistas em Sergipe: O centenário

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2 o jornal batista – domingo, 03/02/13 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Certeza

“Eu sou pobre e necessita-do, mas o Senhor cuida de mim” (Salmo 40.17).

• No texto em questão, des-tacamos duas realidades que o salmista nos apresenta: a primeira é o reconhecimento de sua pobreza e necessidade; tal situação pode estar sendo vivida por nós, pobreza fi-nanceira, física, emocional, espiritual, qualquer que seja, não devemos ficar desespera-dos tampouco apavorados. A segunda realidade é o reco-nhecimento que Deus existe e cuida de nós, enquanto dormimos, ao levantarmos, no trajeto para o trabalho, para o colégio, no retorno ao lar, Ele está atento ao nosso viver diário. Você já parou para pensar nessas realidades?

Abnel Felix

Conformidade

“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; Sou exalta-do entre as nações, sou exaltado na terra” (Salmo 46.10).

• De maneira geral, o ho-mem busca encontrar justifi-cativa para o que acontece a seu redor e no mundo, fatos inexplicáveis. A resposta pera tal situação está na se-guinte realidade: o homem é limitado, finito. É preciso en-tender que Deus é infinito, Ele faz o que quer, quando quer e da maneira que quer. Nenhum ser humano tem condições de compreender Deus. O que nos cabe é crer que Ele existe, e obedecer o que nos mandar fazer. Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus.

Abnel Felix

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 39836130Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 39836130 - Rio de Janeiro - RJ).

A 93ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira acabou, mas desde o seu

início foi possível contar as bençãos desta Assembleia. O primeiro destaque foi a receptividade dos sergipa-nos. Com um sotaque bem característico encantou ba-tistas de todo o Brasil. Pro-blemas pareciam não haver, isso porque rapidamente os

voluntários sergipanos se prontificavam imediatamen-te. Certamente prepararam e realizaram uma Assembleia buscando constantemente a excelência.

Decisões e eleições toma-das, agora é o momento da parte mais importante, é hora do trabalho. De buscar al-cançar os desafios apresenta-dos e os sonhos idealizados. Hora de manter os joelhos

dobrados para acompanhar as novas diretorias. Hora de palavras edificantes para as novas diretorias, assim como para a nova geração.

E pelo movimento demons-trado na 93ª Assembleia, os batistas de Sergipe tem valorizado a nova geração. Isso porque grande parte dos voluntários eram adoles-centes e jovens, que usaram todo vigor da juventude para

contribuir na contrução da Assembleia.

Hoje você encontrará nesta edição o trabalho realizado pelos batistas em Sergipe, que comemora 100 anos de trabalho. E durante os pró-ximos jornais você poderá acompanhar o que aconteceu nas sessões da Assembleia e suas organizações, assim também como as novas dire-torias. (AP)

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3o jornal batista – domingo, 03/02/13reflexão

(Dedicado ao leitor Helmuth Matschulat)

Todos sabemos que os dois hinários usados pelos Batistas no Bra-sil, o “Cantor Cristão”

(1891) e o “Hinário para o Culto Cristão” (1991), rece-beram, nos finais dos séculos XIX e XX, forte influência da hinodia americana. Ainda hoje, ficamos curiosos com o fenômeno de transposição cultural ocorrido entre 1861 (1ª edição de “Salmos e Hi-nos”) e 1961 (32ª edição do “Cantor Cristão”): uma cres-cente parcela da população brasileira, para expressar sua espiritualidade, abandonou os cânticos de origem eu-ropéia da Igreja Católica e incorporou os de origem norte-americana das igrejas evangélicas, sem qualquer vínculo com a secular religio-sidade popular.

A germânica foi difundida entre os Protestantes (Lute-ranos e Calvinistas) que no século XIX emigraram da Suíça, Alemanha, Prússia, Áustria, Pomerânia, Silésia e Polônia, trazendo seus mui-tos hinários para o Brasil. Esses hinários destinavam-se ao uso no culto dominical, no templo, ou à devoção semanal, no lar. Sempre tivemos muita curiosidade a respeito da hinodia pro-testante em língua alemã, embora cultivássemos a mú-sica sacra erudita de origem protestante. No princípio do século XX eram pasto-res batistas no Rio Grande do Sul: Augusto e Frederi-co Matschulat, Guilherme e Roberto Leiman, Carlos Roth e João Nettemberg; tal-vez tenham usado hinários evangélicos procedentes da Alemanha.

Em maio de 2012, na pere-grinação no leste da Alema-nha, fizemos anotacões que, em alguns casos, atualizam o monumental e gigantesco trabalho realizado pela hinó-loga Edith Brock Mulholland no preparo das “Notas His-tóricas” do “Hinário para o Culto Cristão” (HCC).

Como resultado, oferece-mos dados sobre 17 hinos alemães, escritos e compos-tos por poetas e músicos do mais alto gabarito artístico. Nem sempre as letras foram traduzidas diretamente da língua alemã. Tiveram condi-ções de traduzi-las: João Soa-

res da Fonseca (HCC-10, 68, 167 e 222), Manoel da Sil-veira Porto Filho (HCC-63), Werner Kaschel (HCC-227) e Joan Larie Sutton (HCC-315). Esses hinógrafos, que eram intelectuais admiradores da hinodia alemã, quiseram dar aos evangélicos brasileiros uma nova visão da espiritu-alidade.

HCC-10 – “Louvemos ao Senhor” - Origem: cântico (1630) convertido em coral (1636), de Martin Rinckart (1586-1649), “Nun danket alle Gott”, com melodia (1647) de Johann Crüger (1598-1662). Tradutor: João Soares da Fonseca (1990).

HCC-27 – “Cantemos os louvores” - Origem da me-lodia: M. Von Werkmeister, “Gesangbuch der Herzo-glichen Wirtembergischen Katholischen Hofkapelle” (Livro de cânticos da capela católica do duque de Wir-temberg) – (1784). Autor da letra: Rodolfo Hasse (1972).

HCC-30 – “A terra semea-mos” - Origem: hino (1783) de Matthias Claudius (1740-1815), “Wir pflügen, und wir streuen den Samen auf das Land”, com música de Jo-hann Abraham Peter Schulz (1747-1800). Tradutor: Hen-ry Maxwell Wright (1898).

HCC-40 – “As Tuas mãos dirigem meu destino” - Ori-gem: hino (1862) de Julie Von Hausmann (1826-1901), “So nimm denn meine Hän-

de und führe mich ewiglich”, musicado em 1842 por Frie-drich Silcher (1789-1860). Tradutora: Sarah Poulton Kalley (1873).

HCC-50 – “Louvai ao Deus da Criação” - Origem: hino (1675) “Sei Lob und Ehr dem höchsten Gut”, de Johann Jakob Schütz (1640-1690). A melodia pode ser de Guillau-me Franc (1543) ou de Loys Bourgeois (1551). Tradu-tor: João Soares da Fonseca (1990).

HCC-63 – “Maravilhoso, ó Jesus amado” - Origem: hino “Schönster Herr Jesu”, das coletâneas de Munster (1677) e da Silésia (1842). Tradutor: Manoel da Silveira Porto Filho (1963).

HCC-68 – “Tudo És Tu, Jesus” - Origem: hino (1857) “Stern, auf den ich schaue”, de Cornelius Friedrich Adolf Krummacher (1824-1884). Tradutor: João Soares da Fon-seca (1989).

HCC-91 – “Noite de paz! Noite de amor!” - Origem: hino (1818) “Stille Nacht, heilige Nacht!”, de Joseph Mohr (1792-1848), com mú-sica (1818) de Franz Xaver Gruber (1787-1863). Tradu-tor: William Edwin Entzmin-ger (1917).

HCC-108 – “Vem, minha alma, alegremente” - Origem: hino (1653) de Paul Gerhardt (1607-1676), “Warum sollt

ich mich denn grämen?”, com música (1666) de Jo-hann Georg Ebeling (1637-1676). Tradutor: João Wilson Faustini (1971).

HCC-130 – “Oh, fronte en-sanguentada!” - Origem: hino latino (século XIII), “Salve, caput cruentatum”, de Arnulf Von Löwen (1200-1250), ver-tido para a língua alemã, sob o título “O Haupt voll Blut und Wunden” (1656) por Paul Gerhardt (1607-1676), com música (1601) de Hans Leo Hassler (1564-1612). Tra-dutor: Isaac Nicolau Salum (1950).

HCC-167 – “O Teu amor, Jesus” - Origem: o hino (1729) “Ich bete an die Macht der Liebe”, de GerhardTers-teegen (1697-1769), com música (c. 1822) de Dmi-tri Stepanovich Bortniansky (1751-1825), tem sido execu-tado em cerimônias militares na Alemanha. Tradutor: João Soares da Fonseca (1990).

HCC-222 – “Deus está pre-sente” - Origem: hino (1729) “Gott ist gegenwärtig”, de Gerhard Tersteegen (1697-1769), com melodia (1680) de Joachim Neander (1650-1680). Tradutor: João Soares da Fonseca (1990).

HCC-227 – “Louve, meu ser, ao grandioso Senhor” - Origem: hino (1680) “Lobe den Herren, den mächtigen König der Ehren”, de Joachim Neander (1650-1680), com

melodia extraída do hinário (1665) “Geistlich Stralsund”. Tradutor: Werner Kaschel (1989).

HCC-315 – “És minha ale-gria” - Origem: hino (1653) “Jesu, meine Freude”, de Johann Franck (1618-1677), com música (1653) de Jo-hann Crüger (1598-1662). Tradutora: Joan Larie Sutton (1973).

HCC-343 – “Se queres for-ças na fraqueza” - Origem: letra e música (1641) “Wer nur den lieben Gott lässt walten”, de Georg Neumark (1621-1681). Tradutor: João Wilson Faustini (1957).

HCC-406 – “Castelo forte é nosso Deus” - Origem: letra e música (1529) “Ein feste Burg ist unser Gott”, de Martin Luther (1483-1546). Tradutor: Jacob Eduardo Von Hafe (1886).

HCC-511 – “Sou em Teu nome batizado” - Origem: le-tra (1735) “Ichbin getauft auf deinen Namen”, de Johann Jakob Rambach (1693-1735). Tradutor: João Soares da Fon-seca (1990).

Posso avaliar a hinodia de uma igreja pela quantidade desses hinos alemães que são cantados por sua congre-gação. O abalizado crítico inglês John Julian considerou a hinodia alemã “a mais rica de todas as hinodias”.

[email protected]

MÚSICARolando de nassau

Hinos alemães no HCC

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4 o jornal batista – domingo, 03/02/13

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Gritos de um líder numa

reunião de tolos

reflexão

O autor de Eclesias-tes sugere uma relação entre a sensatez e o vo-

lume da voz: “É melhor ouvir as palavras calmas de uma pessoa sábia, do que os gritos de um líder numa reunião de tolos” (Eclesiastes 9.17).

Antecipando os fonoaudi-ólogos, o texto bíblico nos ensina que, sim, existe uma relação entre a voz e o nível de equilíbrio emocional de quem fala. Quando alguém se sente acuado e sem bons argumentos, não é raro ape-lar para o grito, para o tom agressivo da voz. Por isso, diz Eclesiastes, “ouvir as pa-lavras calmas de uma pessoa sábia” é reconfortante e cons-

trutivo.Quando Elias estava de-

sesperado, fugindo da mor-te mas querendo morrer, a ajuda que obteve do Senhor não veio do vento forte, nem do terremoto, nem do fogo intenso. Jeová restaurou o profeta através de uma “voz mansa e suave”. Ainda hoje encontramos membros de igreja que, nas orações públi-cas, gritam a plenos pulmões, como se a sabedoria do Se-nhor pudesse ser influencia-da pela retórica simplória dos humanos. O Senhor não quer “gritos de um líder, numa reunião de tolos”. O que Ele não recusa é a voz intimista de “um coração quebrantado e aflito”...

Pr. Marcos Luis LopesPresidente da OPBB-FLIB Central em Resende

Desde maio último, tenho continua-mente pensado nas dores das li-

des do ministério pastoral eclesiástico intra/extra igreja local. Todas estas dores pre-cisam ser vistas na vertente de marcas do ministério que exercemos para a glória do Senhor da Igreja. Conforta--me saber que “o poder de Deus se aperfeiçoa na minha fraqueza” e que quando eu penso que eu “sou fraco é ai que eu sou forte”, se de fato tenho tornado robusta a mi-nha fé na visita constante ao jardim de oração do Senhor e na busca com profundi-dade da Palavra do Senhor, do conhecimento do cará-ter reconciliador de Deus, disposto a servi-lo onde Ele me comissiona, pagando o preço que se fizer necessário, para que Cristo seja visto em mim e nas minhas ações e reações.

Há um elemento anestesia-dor para as dores particulares do pastor, que é o renovar diuturno das misericórdias do Senhor, que evita que sejamos consumidos e exau-ridos. As dores são intrínse-cas àqueles que militam no ministério pastoral, mas ser o instrumento de Deus para achar uma vida perdida e levá-la a reconciliação com Deus, também é um atenu-ante a estas dores. Dói menos quando temos uma meta pessoal, pelo menos sema-nalmente, de entregar a Cris-to uma nova vida alcançada pelo seu plano eterno de sal-vação, que você foi buscar, encontrar e tratar pela Pala-vra. Quem está preso a um ministério apenas de púlpito, de gabinete, acaba sofrendo mais, pois se torna estéril e terra infértil ao evangelismo pessoal e do discipulado, fadando a congregação que dirige à mesma esterilidade. Causando muitas dores, algu-mas profundas dores da alma e do espírito, que são piores do que as dores físicas.

É de conhecimento público que minha maior dor é ter menos amigos pastores do que eu desejo e preciso ter. Não gosto de chamar meus conservos de colegas, isto me causa ojeriza. Policio--me a chama-los sempre e com satisfação de amigos. Se Jesus não queria ter ser-vos, mas amigos, eu posso ter o mesmo desejo ímpar

com vertente multiplicadora. Quando penso em amigos “de verdade” no ministério pastoral, sempre me vem o exemplo dos amigos pastores Paulo e Silas. Eles estavam em Trôade quando há uma ordem divina para eles con-tinuarem o trabalho de evan-gelização, com urgência, na Macedônia. Diante da ordem divina eles fazem os arranjos para que a viagem começasse o mais rápido possível e, em poucos dias, eles chegaram a Filipos. Os amigos seguindo o costume sabático judaico saem à procura de um lugar de oração, e o encontram e transformam este lugar em um lugar de proclamação da Palavra. Estes amigos pasto-res colhem ali frutos espiritu-ais e não fazem do batismo tão somente uma cerimônia de formação da classe de ca-tecúmenos, mas a expressão púbica de fé para Lídia e sua casa. Os amigos pastores são compungidos a verem a real transformação que Jesus cau-sou em Lídia, vendo as mu-danças na sua vida cotidiana, uma vez que ela queria ser discipulada em sua própria casa, para não ser vista pela sociedade de Filipos tal qual, em visão escatológica e apo-calíptica, a Igreja de Tiatira, cidade de sua origem. Os amigos pastores sem saber, receberam de Deus a glória de terem um tempo de alívio para a próxima batalha, para a próxima crise, para o pró-ximo desafio, para o próximo vento contrário, para o próxi-mo ataque das hostes do mal.

Os amigos pastores con-tinuam realizando o traba-lho na Macedônia e indo ao mesmo lugar de oração, eles tiveram que enfrentar o laço do passarinheiro. Eles agiram da maneira correta com a mulher que tinha o espírito maligno de adivinhação. Eles trouxeram libertação aquela mulher, pelo nome de Je-sus Cristo, mas isto trouxe prejuízos aos que viviam da opressão maligna que estava sobre aquela que eles mani-pulavam. Estes homens, que vivem da opressão da opri-mida, têm reações comuns ao mundo da iniquidade: prendem; arrastam; julgam; desnudam; espancam violen-tamente com varas; encerram na prisão; os amigos pastores. Paulo e Silas eram pastores amigos e juntos se vêm tran-cafiados na prisão interna e com seus pés presos no tron-co. Que dor! Que crise! Que experiência vexatória digna de desligamento em muitas

“igrejas”! Que bom que eles eram amigos e estavam entre amigos.

Os pastores amigos, Paulo e Silas, entendem no sofri-mento, na dor, no sangra-mento, nas câimbras, que aquela situação seria de algu-ma forma transformada para a glória de Deus. Ouso ima-ginar Paulo e Silas, por volta da meia-noite, levantando a cabeça e olhando um para o outro, rindo com o canto da boca da situação deles e do estado deplorável deles, mas conseguindo ver o Invisível. Isto os leva a orar e a cantar a glória de Deus e para a glória de Deus. Uma ambiên-cia espiritual alcançou toda aquela prisão, de tal forma que os amigos pastores, não foram simplesmente ouvidos, mais escutados por todos os demais prisioneiros que ali se encontravam. Há um culto no lugar mais improvável e na situação mais deplorá-vel. Mas os amigos pastores se ajudaram mutuamente a se lembrarem de que “a alegria do Senhor é a nossa força”. Na fraqueza deles, Deus operou o seu poder. Se eles estivessem sozinhos, talvez aquela situação tivesse virado melancolia, depres-são, queixume. Mas “como um ao outro ajudou e ao seu companheiro disse: Seja Forte”, o culto verdadeiro e espiritual aconteceu sem a indumentária; sem a posi-ção; sem os móveis; sem a ordem litúrgica; adequados, mas isto moveu o coração de Deus, a ponto de o Todo Poderoso fazer acontecer o sobrenatural. Um terremoto local que a todos libertou dos apetrechos da prisão de humilhação, mas que a todos anestesiou diante da potên-cia do o agir do Eterno, que eles experimentaram, quer os justos, quer os ímpios. O carcereiro é o único que na presa e sob o peso da lei romana, preferia morrer a ter que enfrentar a vergonha e a punição pública, daquela manifestação que ele queria entender tão somente pelo seu intelecto humano e, por-tanto, limitado. Contudo, os amigos pastores Paulo e Silas ao olhar para o carcereiro, entenderam que tudo que eles passaram era para que Cristo nascesse no coração daquele homem, para que a glória de Deus o alcançasse. Eles falam com autoridade pastoral ao carcereiro: Pare com a sua loucura, e veja o que Deus está fazendo aqui! O carcereiro pela primeira

vez enxergou além do senti-do físico da visão. Ele viu o agir extraordinário de Deus no meio do caos. Vendo o caos da sua vida, ele quis saber como poderia experi-mentar aquele agir salvador, resgatador e reconciliador de Deus na sua própria vida e entre os seus familiares. A resposta dos amigos pastores Paulo e Silas, foi Crê! Crê na-quele que nos fez passar por todo este sofrimento para que você fosse liberto. Ele é Jesus Cristo. Aquele homem foi recebeu com toda sua casa as informações rudimentares para que nascesse a fé genu-ína; todos se encontram com Jesus e são imediatamente batizados. Em seguida havia um ambiente espiritual e de verdadeira felicidade entre todos os que estavam ao re-dor da mesa da celebração da reconciliação e da comunhão fraternal. As marcas e as do-res estavam presentes na vida dos amigos pastores Paulo e Silas, mas anestesiadas pela manifestação da glória de Deus.

Eu preciso de amigos, que me ajude a erguer a cabeça, e saber que o caos e as dores ao meu derredor não são

para me destruir, mas para que através de mim Deus possa agir através do ma-nifestar de sua glória, para o bem de alguém que está longe de Deus, mas que é procurado por Deus e preci-sa ser achado. Senhor dê-me amigos! Amigos que tenham empatia com as minhas do-res, mas que me lembre de que o Senhor “nunca me deixará e nunca me abando-nará”. Amigos que não me desejem entender, mas que queiram estar junto a mim apesar de minhas anomalias, estranhezas e fraquezas e que sejam instrumentos de Deus para me fortalecer, sendo pelo menos bom ou-vintes das minhas piores an-gústias. Eu sei que eu tenho o amigo excelente sempre comigo, mas dê-me amigos Senhor de carne e sangue, pois estou precisando de amigos pastores, gente com cheiro de Cristo para me encorajar a prosseguir sem jamais desanimar, sem nun-ca retroceder. Esta continua sendo minha oração. Em Jesus Cristo eu oro certo da resposta, pois já as tenho re-cebido pelo seu beneplácito. Amém!

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5o jornal batista – domingo, 03/02/13reflexão

Pr. Wilson FrançaMissionário Emérito da 4ª IB em Rio das Ostras, RJ - Escritor

A palavra de Deus é cheia de encantos e também de sur-presas. Às vezes, e

muitas vezes, esse mistério contido no Livro de Deus nos revela algo que se oculta por muito tempo.

Com este título “Uma ado-ção abençoada” baseio-me em Gênesis 48.14-16: “Mas, Israel estendeu a mão direita e a pôs sobre a cabeça de Efraim, ainda que era o me-nor, e a sua esquerda sobre a cabeça de Manassés o pri-mogênito. E abençoou José, dizendo: O Deus em cuja presença andaram meus pais Abrão e Isaque, o Deus que sustentou, desde que nasci até este dia. O anjo que me livrou de todo o mal abençoe estes rapazes. Seja chama-do neles o meu nome, e o nome de meus pais Abrão e Isaque, e multipliquem-se no meio da Terra”. No v.5, Jacó faz uma declaração pa-ternal: “Agora, pois, os teus dois filhos, que te nasceram na terra ao Egito, antes que eu viesse até no Egito são meus, Efraim e Manassés serão meus, como Rubem e Simeão”.

Quando o patriarca Jacó adota estes dois filhos de José, ele os eleva ao mesmo patamar dos seus demais filhos legítimos no que con-cerne a partilha da terra pro-metida. Vamos pensar no que diz Jacó, antes de proferir a benção. Primeiro: Ele re-lembra como foi abençoado. Jacó fala sobre o companhei-rismo com Deus. Deus estava na vida deste patriarca, ocu-

pando o primeiro lugar em todo o seu viver. Confessa o quanto o Anjo, Deus, o livrou de todo mal para só depois executar o ritual da benção. Quando o texto diz que abençoou José, entende--se que José é o termo que inclui Efraim e Manassés. Neste v.16, há uma tríplice invocação de Deus e uma trí-plice benção. E Jacó termina dizendo: “e multipliquem-se abundantemente no meio da terra”.

Agora sobre a vida destes dois meninos recaía grande responsabilidade. Uma ado-ção tão legitimada como a que nos referimos era por demais pesada, pois ser dono do nome de outrem era algo como que representar, tomar decisões, esquecer do seu próprio nome para honrar, em todos os sentidos, a figura de Jacó. É por isso que se diz que Jacó haveria de voltar a Canaã constituído em grande nação. Leia Gênesis 46.3,4.

Mas que lição podemos tirar desse episódio de amor e continuidade de poder? Seria primordialmente, para mim, a Redenção. Peço que você leia com muita atenção este verso: “Espera, ó Israel, no Senhor, pois no Senhor há constante amor, e nEle há plena redenção” (Sal. 130.7) – Jacó profetizava a redenção do povo de Israel na terra prometida – Canaã. Um povo grande e poderoso, pois o Senhor estava neste negócio. “Mas agora, assim diz o Se-nhor que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome; tu és meu” (Is. 43.1).

Que a tríplice bênção de Deus inunde nossos cora-ções. Deus abençoe você!

Pr. Zaqueu Moreira de Oliveira

Recentemente, uma pessoa que tinha câncer e estava so-frendo em virtude

dos terríveis tratamentos im-postos pelos médicos, com ar de preocupação, veio me perguntar como era o céu. Respondi que nossa mente humana jamais iria identifi-car com perfeição o paraíso. Mas pude afirmar que o gozo ali é inaudito. Estaremos em outro patamar, infinitamen-te superior e totalmente in-comparável com o da terra. Mencionei a experiência relatada pelo apóstolo Paulo (II Cor. 12.2-4), e que anos atrás conheci duas pessoas, que por algum tempo foram consideradas clinicamente mortas, mas retornaram à vida ainda aqui na terra. Em momentos diferentes, ambas me relataram algo de sua experiência fora do corpo. Uma delas falou como Paulo, que “ouviu palavras inefá-veis, as quais não é lícito ao homem referir” (II Cor. 12.4). A outra me disse que quando percebeu que tinha voltado à vida terrena, ficou profundamente triste, pois o

Pr. Carlos Alberto PereiraPresidente da PIB em Três Maria, MG

“Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós” (I Tessalo-nicenses 1.5).

As palavras acima foram pronuncia-das pelo apóstolo Paulo, chamado o

apóstolo dos gentios, por entender que o plano de salvação em Cristo Jesus deveria ser estendido à todas as pessoas sem qualquer coloração de: etnia, religio-sidade, filosófica ou social. A pregação de Paulo estava centrada na Pessoa de Jesus Cristo. Cristo era o cerne da mensagem. O homem necessitava, e, ainda neces-sita da intervenção de Jesus em sua vida, em seu viver, enfim em todas as facetas de sua existência. O mesmo Jesus nos afiança: “Porque

gozo que ela sentia no céu era indescritível.

Indiferente à preocupa-ção de alguns, quanto ao reconhecimento ou não de pessoas que estiveram nes-te mundo de sofrimento, o mais importante é a felicida-de completa que nos espera na mansão celestial. Nossos sentimentos contaminados, por causa do pecado, desa-parecerão por completo para sempre (Ap. 21.27), “porque o Senhor Deus brilhará so-bre nós, e reinaremos pelos séculos dos séculos” (Ap. 22.5).

Ao ler o anelo por Deus expresso pelo salmista, per-cebo que mesmo nesta vida efêmera, ele suspirava pelo eterno, porque no profundo de seu ser, algo lhe dizia do que seria o gozo da real pre-sença do Senhor: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?” (Sal. 42.2). É que seu íntimo vislumbrava o que seus olhos humanos jamais haviam presenciado. Pode-se ter saudade do des-conhecido? Tratando-se do além e do que somos como imagem e semelhança de Deus (Gên. 1.26), acredi-

sem mim nada podereis fa-zer” (João 15.5b).

Hoje, no entanto, a mensa-gem do Evangelho de Jesus tem sido fomentada de piegui-ces, de doutrinas hedonistas, de doutrinas de auto ajuda, de compromissos de “leve vanta-gem você também, vindo para Jesus!”. Existe um montão de blá-blá-blá. O mesmo apósto-lo diz em outra ocasião, para um jovem discípulo: “Mas o Espírito Santo expressamente diz que, nos últimos tem-pos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrina de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua pró-pria consciência” (I Timóteo 4.1,2).

As pessoas estão entrando de cabeça nessa enxurrada de evangelho gospel, onde tudo é comercializado, tudo visa a prosperidade financeira e o “sentir-se bem com você mes-mo”. Já no tempo do apóstolo o erro, a falácia, o engodo e a falsidade corriam soltos como empreendimentos “in-teressantes” para angariarem

to ser isso possível. Que saudade! Isso faz lembrar o poeta Gonçalves Dias, que no velho mundo expressou, em sua “Canção do exílio”, a saudade de sua incom-parável pátria maranhense: “Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá; as aves que aqui gorjeiam, não gor-jeiam como lá”.

Sei o que é nostalgia, pois passei quatro anos de minha vida longe do meu querido Brasil. E muitos anos depois, em janeiro de 2006, concre-tizei meu sonho de visitar a terra de minha infância no campo missionário. Chorei de saudade ao vislumbrar os montes que eu havia galga-do na adolescência; fiquei extasiado com a beleza do céu, quase tocando as águas do caudaloso Tocantins; isso além de reviver outras maravilhas do meu distante passado. E confesso que ao falar sobre o céu, tenho sen-timento nostálgico, como se estivesse dominado de sau-dade da pátria eterna, onde “o santuário é o Senhor” (Ap. 21.22). Aleluia!

(Meditação que está no livro Aroma de vida para vida, publicado em janeiro de 2012)

incautos e neófitos para o “evangelho” de açúcar. Mas Paulo, instrumentalizado pelo Espírito Santo nos adverte que o Evangelho pregado por ele e por aqueles que, com uma experiência real de salvação em Cristo Jesus, não é um evangelho “somente de pala-vras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em mui-ta certeza...”.

O poder do evangelho de Jesus é que ele transforma toda e qualquer pessoa, li-berta do peso do pecado, da angústia, da tristeza profunda no coração humano, e, ainda nos garante a vida eterna com Deus. Ouça a mensa-gem desse evangelho, preza-do leitor! Tenha Jesus Cristo como Senhor de sua vida, como Salvador de sua alma. Tal decisão é feita tão somen-te nessa vida, depois vem o juízo. Veja o que a Bíblia nos diz: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo” (Hebreus 9.27). Venha para Jesus! Confesse-O, como Senhor e Salvador de sua vida! Amém.

Evangelho de Poder

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vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 03/02/13 reflexão

“Pastor Gilson, estou em crise. Meu marido saiu de casa”, foi o recado que apa-receu na tela do meu com-putador logo que abri o Fa-cebook.

“Você es tá br incando com coisa séria”, respondi a pessoa que estava do ou-tro lado. Não era nenhuma brincadeira de mal gosto desta irmã que conheço desde minha juventude. Indaguei sobre o processo e ela me disse que antes de tomar a decisão de sair de casa, seu marido ficou de-sanimado com o trabalho. Já não ia para o local de traba-lho com prazer, mas como uma obrigação, um peso. Como parte do processo se envolveu com uma mulher. Só que falta um detalhe nesta pequena história. O marido que tinha saído de casa, é (ou era?) um pastor de uma igreja no centro de uma das grandes cidades brasileiras. O trabalho que ele realizava era de pregar, visitar enfermos, discipular, enfim, ser pastor, realizar o trabalho pastoral para qual Deus o chamara.

Enquanto escrevo estas primeiras linhas, vem à mi-nha mente alguns nomes de colegas pastores que se en-volveram com o sexo opos-to, deixando, como parte do script, o ministério, não sem antes passar pela fase de descontentamento com o trabalho pastoral. No meu aconselhamento, via Face-book, perguntei um pouco sobre o estado emocional do marido e, pela descrição, já experimentava um qua-dro de depressão. No meu último artigo fiz referência a um excelente livro escrito por Wayne Cordeiro, cujo título já fala por si mesmo, “Andando de tanque vazio?”, da Editora Vida.

No livro, o autor, que já passou por um quadro de Burnout, narra sua experiên-cia neste vale sombrio. Way-ne Cordeiro afirma que Bur-nout e depressão se misturam e alerta sobre os primeiros si-nais de advertência, que são: Sensação de desesperança, lágrimas frequentes, dificul-dade para se concentrar, difi-culdade para tomar decisões, irritabilidade, insônia.

Pr. Manoel de Jesus TheColaborador de OJB

Pastor Braulino levou susto tão grande que nem percebeu que um peixe havia dado

um puxão no anzol. Olhou para o rosto do jovem Getú-lio, e contemplou um largo sorriso em sua face. “Getú-lio! O irmão me fala isso e ainda sorri do que falou?” “Não!” Respondeu Getúlio. Eu sorri da surpresa estam-pada em seu rosto.

Getúlio havia terminado a Faculdade de Farmácia e trabalhava das 8 às 16 horas, e aos domingos até ao meio dia. Isso fazia com que per-desse a EBD, e pastor Brauli-no andava preocupado com sua ovelha, e, conforme seu costume, marcava uma pes-caria, para, através de uma conversa amistosa, chegar ao coração de suas ovelhas. Num dos dias da semana Getúlio desfrutava um dia de folga. Pastor Braulino apro-veitou uma dessas folgas.

Getúlio reiniciou a con-versa tão logo o susto de seu pastor foi controlado. “Pas-tor, o que eu quero dizer é que não oro mais como eu orava. Agora oro diferente”.

“Como assim?”“Pastor, eu sempre orava

pedindo isto e aquilo para Deus. Quando ia para as reuniões de oração, era a mesma prática. Era um rol enorme de lamentações e pedidos de oração. Algu-mas vezes, abria-se até uma sessão de maledicências. Vamos orar pelo irmão fula-no que já está um mês sem vir na igreja. Tal casal está vivendo problemas conju-gais... e começava o desfile de informações sobre a vida alheia, sem nenhum conhe-cimento de causa. Assim sendo, resolvi fazer um es-tudo de como Jesus ensinou seus discípulos a orar. E sabe o que descobri pastor?”

Pastor Braulino já havia até recolhido seu anzol. A conversa era mais importante que a pescaria. “Vamos a des-coberta”, respondeu o pastor.

“O senhor já percebeu que Jesus começa a oração com uma invocação? Perce-beu também que o lugar em que o Pai está é um lugar distintíssimo! Veja! O céu é um lugar distante e ina-

tingível, somente atingível pelo humano com ajuda divina. Isso lembra-nos a total dependência que temos de Deus, para nos dirigir a Deus e aproximar-se dele. Que companhias Deus tem no céu? É um lugar habitado pelos santos anjos. Lugar ausente de todo pecado, maldade, tentações, logo, indigno da nossa presença. Os três primeiros pedidos visam à realização plena da Glória de Deus. Petições voltadas a Glória de Deus, e, lembremos, Jesus viveu esse objetivo plenamente. Pastor Braulino, é interessante que nenhuma delas se refere a necessidades humanas, embora seja expectativa de Deus que seus filhos tenham como objetivo realizá-las”.

Pastor Braulino estava vi-drado, como dizem os ado-lescentes. Getúlio continuou: “Pastor, isso me sugere que jamais devemos começar a orar pedindo coisas que nos dizem respeito. Nosso interesse deve estar centrado no Reino, e na Glória de Deus. Na vida cristã, nada deve exceder em importância esse objetivo. Já imaginou a conduta de alguém, cuja única preocupação seja a honra de Deus? Pastor Brau-lino, esse alvo foi alvo de todos os maiores santos que já viveram na terra! Isso me ensina que essa oração é uma oração missionária! ‘Venha o teu reino’, não se refere a Missões? Quanto mais o Rei-

no de Deus estiver presente a sua Glória não adquire um movimento crescente?

Pastor: “A vontade de Deus, deve ser feita na terra, assim como no céu, e isso não nos impõe uma conduta cristã em todas as situações? Isso não transforma nossas vidas em culto e adoração contínuos? Isso é difícil, pois nascemos com o pecado reinando so-bre nós. O reino que nos rodeia é o reino de Satanás, e por isso, Jesus nos ensinou que nossa libertação começa quando, através de Cristo, o interesse na Glória do Deus, é reconhecido como a maior de nossas necessidades”.

Pastor: “A partir dessa des-coberta, minha vida mudou! Toda vez que vou ao culto, vou explodindo de alegria, por Deus ter respondido a minha oração, e eu ter vis-to, em cada lugar, ação ou relacionamento com outros, a Glória de Deus”.

Getúlio falou tudo isso, de olho nos movimentos da isca de seu anzol, e quando olhou para o pastor Braulino, estava de pé, como os olhos cheios de lágrimas, e pergun-tou: “Posso pregar essa men-sagem domingo?” Getúlio explodiu numa gargalhada! E pastor Braulio completou: “Irmão Getúlio, não pesquei nada, mas essa foi a maior de todas as minhas pescarias!” Ergueram acampamento, e no domingo seguinte, os crentes saíram comentando do culto: Foi uma benção!

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7o jornal batista – domingo, 03/02/13missões nacionais

Redação JMN

Muitas igrejas têm apoiado a obra missionária, de várias formas.

Uma caravana formada por 40 irmãos da Igreja Batista Bairro Aeroporto, de Lon-drina (PR), do pastor Sinésio Castro, promoveu a Ten-da da Paz, um evento de cunho social e evangelístico, em Timbó (SC), campo dos missionários Wilton e Ana Paula Farias. Durante uma semana, eles impactaram vidas na cidade catarinense com a pregação da Palavra e também por meio de ações como aferição de pressão, corte de cabelo, curso de artesanato, aconselhamento familiar e atividades para crianças.

Vidas foram alcançadas, aceitando a Cristo como Senhor e salvador, e a Igreja Batista em Timbó, lidera-da por Wilson e Ana Pau-la, ganhou visibilidade na cidade. A notícia sobre a

visita da igreja paranaense na cidade foi destaque em um jornal local e em três rádios que entrevistaram os missionários, ajudando a divulgar o evento para mais pessoas. “Ajudou muito porque a igreja foi reconhe-cida. Vimos Deus agindo e a Tenda também nos ajudou a perceber como podemos tra-balhar”, disse a missionária Ana Paula. Ela explicou que a Tenda possibilitou que a Palavra fosse proclamada para pessoas que não iam aos cultos, uma vez que a programação foi realizada fora da igreja. As pessoas iam, levavam seus filhos para as atividades e acaba-vam sendo evangelizadas, percebendo também a rele-vância da igreja na cidade.

“Um homem se aproxi-mou e disse: ‘O que vocês estão fazendo mostra que o mundo não é tão ruim; exis-tem pessoas boas’”, contou a irmã Sônia Castro, esposa do pastor Sinésio. Segundo ela, a IB Bairro Aeroporto,

há 10 anos, realiza a Tenda da Paz em diferentes cidades. Dessa vez, a oportunidade de abençoar a obra dos missio-nários em Timbó surgiu após uma conversa com o pastor Daniel Eiras, gerente regional de Missões Nacionais no Sul do Brasil, que entre outras indicações, apontou a obra na cidade catarinense. Afir-mando que o projeto nasceu no coração de Deus, e reve-lando que novos trabalhos semelhantes já estão sendo planejados para o resto do ano, irmã Sônia também fa-lou sobre a importância desse tipo de ação para o cres-cimento espiritual de cada participante e para a igreja: “Foi maravilhoso. Cada ano é especial. Deus falou ao co-ração de cada um, impactou nossos jovens, adolescentes. Surge uma unidade muito grande e não apenas as pes-soas que viajam, mas as que ficam segurando as cordas, tornam-se mais engajadas. A igreja investe e há um grande crescimento”.

No Rio de janeiro, o Centro de Formação Sonho de Mãe, na cidade de Italva, recebeu a visita de sete irmãos que re-presentaram a Segunda Igreja Batista em Barra do Piraí (RJ), para fazer a entrega de uma máquina de costura indus-trial. A máquina foi compra-da exclusivamente para o projeto Sonho de Mãe, após um desafio lançado pelo Pr. Celso Fortunato, presidente da SIB em Barra do Piraí, na semana do Natal de 2012. A igreja também doou avia-mentos e uma oferta para que fossem comprados tecidos.

Segundo a missionária Adriana Dias, que atua no Sonho de Mãe, a doação possibilitará a capacitação das alunas para uma futura reinserção no mercado de trabalho. As aulas serão re-alizadas nas instalações do Centro de Formação e serão ministradas por voluntárias que pertencem a igrejas lo-cais. Ela também explicou que parte da verba dos pro-dutos confeccionados ajuda-

rá na manutenção do Centro de Formação, que já atende três mães em recuperação contra a dependência quí-mica.

O diferencial deste projeto consiste no acolhimento de mulheres que podem ficar com seus filhos durante o período de internação. As crianças em fase escolar fre-quentam a escola e, como suas mães, têm acompanha-mento médico e psicológico, entre outros benefícios.

Apoiar, direta ou indireta-mente, a obra missionária é um privilégio que abençoa a vida de todos os envolvidos. Além de visitas, é possível contribuir com orações ou no sustento de um missionário que está no campo. Saiba como, escrevendo para [email protected] ou entrando em contato com a Central de Atendimen-to: Do Rio de Janeiro - (21) 2107-1818. Outras capitais e regiões metropolitanas - 4007-1075. Demais localida-des - 0800-707-1818.

Igrejas engajadas com a obra do Mestre

Atividade para crianças durante programação da Tenda da Paz (1) Momento de culto na Tenda

Igreja do RJ doou máquina industrial para o projeto Sonho de mãe Jovens e adolescentes do grupo de 40 irmãos da igreja paranaense

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8 o jornal batista – domingo, 03/02/13 notícias do brasil batista

Sandra NatividadeColaboradora de OJB

No início da pri-meira década do século XX, 1913, um grupo forma-

do por poucos protestantes batistas despertados pelo amor ao Evangelho de Cristo deslocou-se da Igreja Batista de Penedo em Alagoas, com o objetivo de organizar uma igreja na cidade de Araca-ju, este era o desejo maior daqueles irmãos na fé. O agrupamento foi na verdade vencedor de desafios sobre-pujando as intempéries do tempo, do sertão à capital, e as dificuldades com os meios de transporte acessí-veis à época. Os abnegados alagoanos saindo de seus limites geográficos foram, portanto os responsáveis pela instalação da denomi-nação batista em Sergipe.

Os primeiros fiéis da deno-minação batista em Sergipe começaram a se reunir na residência de Manoel do Es-pírito Santo, posteriormente, instalaram-se na residência de João dos Passos Oliveira, na Rua de São Cristóvão entre Capela e Santo Ama-ro, no centro Aracaju, local de organização, até então oficial, da Primeira Igreja Batista de Aracaju - fato re-gistrado em 19 de setembro de 1913 - com 13 membros

fundadores, praticamente duas famílias oriundas de Penedo, acrescidos de mais três outros membros. O nú-mero oficial recebeu em pouco tempo novas adesões de batizandos pelo alagoano Horácio Gomes de Araújo, primeiro pastor batista a tra-balhar em Sergipe.

Em 1919 chegou o pri-meiro missionário norte--americano doutor Charles Franklin Stapp, da Junta de Richmond; o grupo batista depois de passar por algu-mas casas alugadas, final-mente em 1920, com a aju-da do missionário Stapp con-quistou endereço definitivo na rua Lagarto entre as ruas Propriá e Laranjeiras, a loca-lização continuava no centro da capital. O trabalho evan-gelístico frutificou intensa-mente dando origem - entre as décadas de 1920 e 1930 a organização de mais 7 igrejas - fazendo verdadeiros marcos, nos municípios de Propriá e Neópolis (1924), Primeira Igreja Batista Brasi-leira de Aracaju (1925), Ma-ruim (1926), Nossa Senhora das Dores e Itabaianinha (1933) e Segunda Batista de Aracaju em1934. De 1913 a 1930 tínhamos apenas três pastores para liderar todas as igrejas do campo.

Até a organização de sua própria Convenção os ba-tistas sergipanos estiveram

sob a égide das convenções, inicialmente de Pernambuco seguido por Alagoas. Sergipe mostrava-se campo promis-sor ressentindo-se somente pela ausência de pastores para liderar as igrejas já or-ganizadas no campo, que crescia através do trabalho dos leigos, missionários e dos poucos pastores que oxigenavam as igrejas com a ministração da Palavra, realização de batismos e ceia. O tempo corria céle-re, então, em 1946, houve a fundação da Convenção Batista Sergipana (CBS) por iniciativa do doutor David Mein, missionário norte--americano responsável pelo campo, este consolidou o modo batista de administrar e promover o reino de Deus em Sergipe. A CBS começou na época de sua instalação com um pequeno Ambulató-rio de Analises Clínicas fun-cionando na PIB de Aracaju, para atender aos membros das igrejas e a comunidade em geral.

O cuidado com as pessoas não parou com o ambulató-rio de análises clínicas dos batistas; o amor e a mente proativa da missionária Maye Bell Taylor deu implemento ao Centro de Amizade, lugar de inclusão e promoção da cidadania instalado em 1965 nas cercanias de um dos bol-sões de pobreza da cidade de Aracaju, localizando-se numa casa alugada na rua de Muribeca nº 18. O centro de Amizade cuidou do corpo e da alma de muitas famílias carentes. Posteriormente, os batistas adquiriram dois ter-renos e no local edificaram a sede própria da institui-ção, na rua João Andrade nº 766, bairro Santo Antonio, mudando também a desig-nação para Casa Batista de Amizade (CBA), mas seu objetivo é o mesmo, atender com excelência a população promovendo a tempo e fora de tempo ação social e o conhecimento do Reino de Deus.

A Casa Batista se posicio-nou como instituição de promoção de ação social em Aracaju, criou o Colé-gio que leva o nome de sua idealizadora a missionária Maye Bell Taylor. Atualmen-te o Colégio sob a direção da professora Ester Batista Alves Costa, oferece a sua clientela educação infantil e o ensino fundamental, no ano de 2012 o Colégio regis-trou matrícula superior a 160 alunos, é uma instituição bem-conceituada por todos que a conhecem.Livro do Mensageiro de 1939 Edifício inicial da Casa Batista de Amizade, ideia da missionária Maye Bell Taylor

Líderes do campo, facsimile de OJB/1922

Primeiro Templo Batista inaugurado em 1920

Batistas em Sergipe: O centenário

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9o jornal batista – domingo, 03/02/13notícias do brasil batista

A educação batista como base, funcionou através das Escolas Anexas, da promo-ção de Escola Popular Batista e Escola Bíblica de Férias; o Colégio Americano Batista instalado desde 1951, atu-almente sob a direção de Rosemeire Santos da Concei-ção Marinho faz diferença com educação de qualidade à disposição da sociedade. A educação teológica sob a responsabilidade do Seminá-rio Teológico Batista Sergi-pano, SETEBASE, atualmente na direção do pastor Gilton Alves Aquino, tem contribu-ído na formação ministerial de muitos vocacionados.

O campo serg ipano é agradecido à convenção que abriga todos os batistas brasileiros, a Convenção Batista Brasileira - CBB, e aos campos alagoano, per-nambucano e carioca (este último através da Socieda-de Missionária da Igreja de Catumby, à época Distrito Federal, quando da lide-rança do doutor Antonio Mesquita) pelos inefáveis benefícios em prol da di-vulgação do reino de Deus neste estado. Mesmo preito de gratidão se estende aos missionários norte-america-nos que estiveram conosco em períodos distintos, al-guns já convocados à man-são celestial, outros ainda servindo fiel e dignamente ao Senhor; missionários abençoadores do campo: Charles Franklin e Luiza Stapp, John Lankford Bice, John e Elizabeth Mein, Da-vid e Lou Demie Mein, Sherrod Sylvester Stover, E lmer Maurice e Wino -na Treadwell, Boyd Alen O’Neal, Donald Burchard e Sterline W. McCoy, Edward Bruce e Freda Lee Trott, Maye Bell Taylor, Wayne Everett e Virgie Sorrells, Donald Edwin e Donna Turner, Darrell Dale e Eli-zabeth Louise Cruse, Shé-ron Peddicord, Rita Willien Roberts, Lynn Olmstead, Clara Lynn Williams, Bruce L. e Bridget McBee, Clayton Keith e Leta Hullet, Arthur Bruce e Margareth Francis Oliver, Christian Julian e Melody, Christian e Lori Hei l , e James e Mar tha Guenther.

Evangelismo, Ação Social e Educação são fatos impor-tantes vistos sem muito es-forço. O Evangelho de Cristo tem sido difundido com efi-cácia por estas plagas, orga-nizando ao longo destes 100 anos, um número expressivo de igrejas no estado. A Con-venção Batista Sergipana

agregou, instalou e orientou mais de perto as igrejas e seus líderes, houve visível crescimento da denomina-ção em todas as áreas. As dé-cadas de 1950 e 1960 foram decisivas na evangelização com promoção de Série de Conferências, Simpósios, as Campanhas Cristo Esperança Nossa, Jesus Cristo é a Única Esperança e a Campanha das Américas, realizações que marcaram época levando muitas pessoas a se decidi-rem ao Evangelho de Cristo.

O Departamento de Evan-gelismo da Convenção Ba-tista Sergipana é eclético apoiando e promovendo eventos que se configuram como estratégias eficazes de evangelização no estado de Sergipe. O campo segue avançando a passos largos persistindo na meta de evan-gelizar em todos os municí-pios, povoados e vilarejos. Hoje, os Batistas têm mais de 70 igrejas e 79 congregações organizadas em Sergipe, com uma estatística que ultrapassa 8.080 membros.

A CBS chega às celebra-ções do centenário de im-plantação da denominação em Sergipe, pela direção eleita para conduzir o biênio 2011-2013, liderada pelo pastor Marivaldo Queiroz da Silva, presidente; segui-do pelo pastor Paulo Mari-nho Falcão, vice-presidente; Dayse Vespasiano de Assis, Nádia Seixas Bullé Rêgo e

Gláucia Leite S. Crispim, primeira, segunda e terceira secretárias, respectivamente.

Há exatamente 19 anos, de 21 a 25 de janeiro de 1994, os sergipanos hospedaram a 75ª Assembleia Anual da CBS, na época no Ginásio de Esportes Constâncio Vieira. Neste tempo, de 23 a 29 do corrente mês e ano, os batistas sergipanos louvam a Deus pela realização da 93ª Assembleia Anual da CBS, entendendo a realiza-ção como partícipe do mo-mento histórico, em razão do início das celebrações do centenário da denomi-nação em Sergipe. Como parte das celebrações, en-tre outras ações, os batistas nesses dois primeiros meses do ano estão em campanha para doação de sangue ao Centro de Hemoterapia de Sergipe – HEMOSE, dando, assim sua contribuição para suprir essa necessidade dos hospitais públicos de Araca-ju; realização da campanha evangelística com o pastor Sammy Tippit e a presença do cantor Fernandinho que por certo alcançará algumas centenas de vidas para o co-nhecimento de Jesus Cristo e ainda o lançamento do livro que conta a história dos batistas em Sergipe, sob o título, A luz brilhou na terra dos Cajueiros: Panorama Histórico dos Batistas em Sergipe 1913-2013.

A Deus toda a glória!

Edifício inicial da Casa Batista de Amizade, ideia da missionária Maye Bell Taylor

Batistas em Sergipe: O centenário

Livro que conta a história centenária dos batistas em Sergipe

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10 o jornal batista – domingo, 03/02/13 notícias do brasil batista

Pr. Olavo FeijóColaborador de OJB

Luís Paulo Campos, 44 anos, é membro da Igreja Batista Itacuru-çá, no Rio de Janeiro.

Seu dom artístico ele herdou do seu avô, pastor Euclydes Campos e de seu pai, Paulo, criativo publicitário que foi o autor do barquinho à vela, símbolo das Campanhas Nacionais de Evangelização Simultânea e do símbolo da Convenção Batista Bra-sileira.

Nosso Luís Paulo come-çou na área do desenho, especializando-se em rostos (portrait). Suas qualidades de pintor foram reveladas quando passou a estudar na Sociedade Brasileira de Belas Artes, no centro do Rio.

Em pouco tempo, suas pinceladas superpessoais produziram telas que cha-maram atenção. Nas mostras coletivas de que participou foi sempre merecedor de alguma premiação: Forte Copacabana (Medalha de Ouro), no Museu Nacional de Belas Artes (Exposição promovida pelos Fuzileiros Navais - Menção Honro-sa), Sociedade de Belas Ar-tes (seis Medalhas Grande Bronze e duas Medalhas de Bronze).

Como seu tio postiço, eu me orgulho do Luís Paulo

e diariamente oro por ele, dando graças ao Senhor pelo testemunho cristão que ele dá no mundo das artes.

Desenhos e portraitsLuís Paulo fez vários cur-

sos, incluindo Desenho Industrial na Universidade

Gama Filho. Um dos seus primeiros portraits foi o dos seus avós, pastor Campos e D. Maria. Nosso jovem pin-tor tem um sonho: desenhar portraits de pastores e líde-res evangélicos, produzindo para igrejas e instituições que planejam montar a galeria de seus ministros. Basta enviar fotografia dos homenage-ados, com a especificação dos tamanhos, para o email: [email protected] .

É natural que o leitor quei-ra conhecer a obra de Luis Paulo. Basta checar: 4rt4.blogspot.com

Fase da pintura a óleoHá quase cinco anos, Luís

Paulo entrou para a Socieda-de Brasileira de Belas Artes. Lá, ele passou a receber a ins-trução artística do professor Gian Paolo, que se dedicou a lapidar a pedra rara que encontrou.

Além de temas marítimos, religiosos e paisagísticos, Luis Paulo se encantou com a saga de Dom Quixote. Sua série do Cavaleiro da Triste Figura, por sua ori-ginalidade e simplicidade quase naïve tem merecido especial atenção dos co-nhecedores da arte. Não é à toa que as telas de Luis Pau-lo Campos, ou LPCampos como assina as suas obras, começam a ser conhecidas e adquiridas.

Dons e vocaçõesA arte é um dom do Se-

nhor. Luis Paulo crê nisto e pinta “para a glória de Deus”.

Escrevi esta reportagem pensando no sem número de jovens cristãos que rece-beram dons artísticos, mas não têm o apoio da própria família, da sua igreja, da sua escola.

Talvez nem todos venham a acumular tantas medalhas, como Luis Paulo Campos. Mas, como ele, decidam de-dicar ao Senhor o talento de criar beleza!

O pintor batista mais premiado

Dom Quixote - Sancho Pança

Luis Paulo Campos (de preto) e Pr. Olavo

Pr. Soren em portrait

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11o jornal batista – domingo, 03/02/13missões mundiais

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

O Mali, nação si-tuada na Áfri -ca Ocidental , tem estado nos

noticiários por causa da recente intervenção militar francesa para combater re-beldes que querem impor um regime is lâmico em todo o país.

Missões Mundiais tem acompanhado bem de per-

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

A C a m p a n h a d e Missões Mundiais 2013 é um marco. Ela enfatiza a ação

pelo poder do Espírito San-to de Deus. Ao escolher o tema Testemunhe às Nações pelo Poder do Espírito, o Pr. João Marcos B. Soares, diretor executivo da JMM, e sua equipe entenderam que, quando Atos 1.8 fala do poder do Espírito, fala de poder para testemunhar: “E recebereis poder e ser-me--eis testemunhas”. “O poder do Espírito Santo serve para testemunhar. Onde? Em Je-rusalém, toda Judeia e até os confins da Terra”, diz o Pr. João Marcos.

O pastor lembra que o poder do Espírito é um po-der missionário e que seu verdadeiro sentido precisa ser recuperado. “Se você não trabalha Missões em nível

to a situação neste campo há quase um ano, quando nossas missionárias Veralu-cia Rocha e Gabriele Santos tiveram que deixar o país após um golpe de estado que, meses depois, acabou na situação atual de conflito armado.

Veralucia, que está no Bra-sil, entrou em contato com a Gerência de Missões para comentar sobre a situação no campo onde atua teste-munhando o Evangelho de Cristo.

local, regional e mundial, você não está usando corre-tamente o poder do Espírito que desceu sobre a igreja e que habita hoje em todo aquele que reconhece Jesus Cristo como seu Senhor. Os cristãos precisam descobrir mais os seus dons, os seus ministérios, e usar esse po-der”, afirma.

Em um mundo em que cer-ca de 4 bilhões de pessoas não seguem a Jesus Cristo, o executivo da JMM espera que a Campanha 2013 mo-bilize um grande número de igrejas e desperte mais mis-sionários para os campos da JMM. A expectativa é chegar à marca de 900 missionários até o final deste ano. Mas o Pr. João Marcos já pensa além. Ele espera que a JMM passe dos atuais 764 missio-nários para 2.000 daqui a dez anos.

“Só saberemos das expec-tativas reais quando virmos a resposta dos crentes brasilei-ros a este chamado. A JMM

“Fui informada que tudo está tranquilo em Bamaco. O povo malinês está contente com a intervenção da França, e agora é orar para que Deus continue orientando as auto-ridades para tomar decisões sábias”, disse a missionária ao se referir à ajuda militar que o governo francês deu ao Mali para combater as fac-ções rebeldes que controlam o norte do país africano.

“Tenho clamado ao Senhor para que Deus proteja nossos amados ali. O coração está

espera cumprir sua missão de viabilizar o trabalho mis-sionário das igrejas batistas do Brasil”, comenta o Pr. João Marcos.

Missões Mundiais tem che-gado a lugares estratégicos. Para os próximos anos, a ideia é enviar missionários às cinco nações mais fecha-das do mundo, tornando-se força mobilizadora, capa-citadora e enviadora das pessoas apresentadas pelos batistas brasileiros. A missão é sensibilizar as igrejas para que estejam conscientes da importância de Missões e de se fazer Missões, não só na igreja local, mas no cumpri-mento da Grande Comissão, daquilo que foi a última or-dem de Jesus para nós.

“No momento em que vá-rios países se fecham, perse-guem cristãos, precisamos de ousadia e coragem para cumprir a nossa missão. Isso não vem apenas de treina-mento, conhecimento, es-tratégia. Ousadia e coragem

apertado, porém confiando no Senhor”, completa a mis-sionária.

Gabriele também está no Brasil.

Relembre o casoEm março de 2012, após

um golpe de Estado, a situa-ção na capital ficou bastan-te grave, forçando nossas missionárias a deixarem o campo por alguns meses. Veralucia ficou no vizinho Senegal nesse período, e Gabriele só conseguiu vol-

só são concedidas pela ação do Espírito Santo. A ideia é de um poder para suportar a perseguição, uma capaci-tação para seguir até o fim

tar ao Brasil após dez dias porque o aeroporto tinha sido fechado. Veralucia e Gabriele puderam voltar ao país apenas em julho do ano passado.

Apesar disso, o Evangelho continua sendo testemunha-do no Mali, onde em setem-bro de 2012, foi inaugurada a Igreja Batista Niamana, no sudoeste do país. A IB Nia-mana está sendo liderada por pastor malinês que atuou na igreja onde Veralucia congre-ga em Bamaco.

e cumprir a missão. Quem faz a obra é o Espírito Santo através de pessoas a quem Ele capacita”, alerta o Pr. João Marcos.

Missões Mundiais acompanha situação no Mali

JMM convoca o Brasil a testemunhar às nações

IB Niamana no Mali foi organizada em 2012 Missionária Veralucia colaborou com a organização de igreja no Mali

Pr. João Marcos B. Soares diretor executivo da JMM

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12 o jornal batista – domingo, 03/02/13 notícias do brasil batista

Pr. João Martins FerreiraPresidente da OPBB-SP

Com alegria e grati-dão ao Senhor par-ticipamos da pro-gramação do 71º

Retiro Espiritual da Ordem dos Pastores Secção São Pau-lo. Sob o empolgante tema Teismo Aberto cerca de 400 pastores estiveram na acon-chegante cidade de Sumaré, há 130 quilômetros da capi-tal paulista. Os preletores e pregador, respectivamente, pastor Saião, pastor Franklin Ferreira e Manoel de Jesus Thé empolgaram pela fir-meza e conhecimento da temática e a notável didática para desenvolver um tema tão profundo e de interesse dos pastores presentes ao encontro.

O sol com todo seu res-plendor brilhou todo o tempo gerando intenso calor de 30 a 32 graus provocando intensa chuva ao final da programa-ção. A dinâmica dos dirigen-tes, o convidativo louvor sob direção do pastor Nelson Pacheco; e a desenvoltura dos preletores permeando todas as sessões do encontro, garantiram auditório lotado em todas as sessões. De fato o povo não arredou o pé do já conhecido auditório do Acampamento Mary Elizabe-th Vaughan.

As sessões foram abençoa-das e abençoadoras. Estamos convencidos que o esforço e o investimento empregados neste Retiro, pela diretoria da Ordem e pela direção do Acampamento, foram re-compensadores, porque nos fizeram crescer no conhe-cimento do Senhor a quem servimos, como membros da família de Deus e líde-res do seu rebanho. Estar anualmente naquele lugar reservando aquele tempo para acrisolar nossos conhe-

cimentos e vivenciar novas experiências no contato com os colegas de jornada minis-terial, é sempre um apren-dizado e uma oportunidade de crescimento espiritual, que vem através da amplia-ção da visão ministerial, da aquisição de técnicas ino-vadoras para aprimorarmos a performance da missão que recebemos. Assim, um verdadeiro leque de opor-tunidades se abriu diante de

nós, seja no ambiente dos cultos, com cânticos, prele-ções, parlamento, e até nos dispensáveis momentos dos avisos e promoções.

É também um período váli-do para jogar conversa fora, relaxar no bate papo informal com amigos e colegas de ministério dos mais distantes cantos do estado. O resulta-do é sempre positivo porque destes envolvimentos é que floresce o fortalecimento

espiritual, que forja o ca-ráter cristão do obreiro e o abastece com o combustível que impulsiona a praxe mi-nisterial.

É bom ser no início de ja-neiro porque habilita o pastor para a nova jornada ao longo do ano novo que está a fren-te. Como ressaltou um dos nossos colegas, não podemos descartar aqueles momentos nos aposentos ou na cantina, nos corredores, e no mini

shopping de livros e produtos expostos, ferramentas de tra-balho, equipamento valioso para tornar nossa tarefa ainda mais dinâmica e funcional. O que torna o retiro aconche-gante é rever os velhos ami-gos e os amigos literalmente velhos, alguns de cabelos brancos, que lamentavel-mente já não participam do futebol, mas seus corações carregados de experiências e lembranças quando com-partilhadas enriquece nossas vidas e ministério.

O Retiro é um tempo gos-toso para mexer no velho baú das recordações, um passado distante ou um pas-sado bem vivido nos semi-nários, em lides eclesiásticas atuando juntos na mesma associação ou num campo missionário por este Brasil a fora, ou mesmo no exterior, vale a pena recordar porque recordar é viver! Mas fixa-mos nosso olhar nos novos amigos ou ainda melhor, nos amigos novos que granjea-mos durante o Retiro, muitos jovens obreiros chegando, querendo aprender, e tam-bém aqueles que querem inovar o sistema, dinami-zar o processo, ávidos para se engajar-se na liderança, buscando oportunidades de contribuir com o novo e contextualizar o esquema.

Polêmica à parte, o impor-tante foi estar em Sumaré. Afinal, todos foram bem re-cebidos no 71º Retiro dos Pastores de São Paulo. Agora é dar continuidade a tarefa que o Senhor nos incumbiu, a excelente obra no lingua-jar Paulino. Seja o Senhor louvado por esta plêiade de obreiros do Senhor. Parabéns diretoria, pastor Juracy Ri-beiro, executivo da Seção, e parabéns pastores por terem participado de um encontro tão significativo. Até janeiro de 2014! Estaremos lá!

Foi bom participar do 71o Retiro dos Pastores

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13o jornal batista – domingo, 03/02/13

Ozirmar Machado LeitePastor, Segundo Secretário da OPBB/Seção MGPastor da PIB no Colorado e IB Monte das Oliveiras em Ribeiro de Abreu, BH

Nos dias 22 a 25 de outubro de 2012 aconteceu o retiro anual da

OPBB/Seção MG, no Centro Batista de Treinamento e Lazer em Ravenópolis, Sa-bará/MG, com a presença de 208 pastores. O presiden-te, pastor Gessé de Souza, juntamente com seus pares de diretoria conduziu com sabedoria toda programação do retiro. A coordenação coube ao Diretor Executivo da OPBB/Seção MG, Pr. José Renê Toledo. O Diretor do Acampamento Vilmar Silva Fernandes se esmerou ao máximo para receber bem os retirantes.

No dia 22, à noite, ouvimos a mensagem do presidente, através da qual manifestou algumas preocupações sobre o ministério pastoral, come-çando a falar sobre o perigo do adultério e da imoralida-de sexual em seus diversos níveis e também sobre os grandes perigos decorrentes dos novos momentos vividos pelas igrejas como baladas cristãs e costumes culturais decadentes. Baseando-se no texto de I Samuel 7.1-17, destaca as seguintes lições: 1. Precisamos pregar a men-

sagem de abandono do pe-cado em nossas igrejas; 2. Não podemos cessar de orar pela Igreja; 3. Devemos ser alegres no exercício do mi-nistério; 4. Ministério é uma questão de tempo; 5. Deve-mos colocar nossas vidas no altar do Senhor.

No dia 23, pela manhã, conforme decisão do reti-ro anterior, ouvimos os re-presentantes dos Comitês e Organizações Auxiliares da Convenção Batista Mineira, sob o tema: A Convenção e Suas Organizações. Após a introdução feita pelo Di-retor Executivo da Ordem, a palavra foi passada à irmã Tânia Oliveira de Araújo, Coordenadora do Comitê de Crescimento Cristão, que expôs as ações específicas do seu comitê em consonân-cia com a visão e missão da Convenção Batista Mineira. Seguiu-se um momento de perguntas e respostas, atra-vés das quais os presentes dirimem suas dúvidas sobre as ações do Comitê.

O mesmo ocorreu com a Irmã Simone Vieira, coorde-nadora do Comitê de Ação Social; irmã Elvira Maria Gonçalves Rangel, Diretora Executiva da União Feminina Missionária Batista Mineira; irmão Marinho Nelci Soa-res Zimer, Diretor Executi-vo da União Missionária de Homens Batistas Mineiros; pastor Soliel Bernardino da Silva, coordenador do Co-

mitê de Evangelismo e Mis-sões; irmão Vinícius Almeida Varela, Diretor Executivo da Juventude Batista Mineira; ir-mão Valseni José Pereira Bra-ga, Diretor Geral do Sistema Batista Mineiro de Educação; seguido da palavra do pastor Hélio Alves de Oliveira, com informações sobre a Faculda-de Batista de Minas Gerais.

A irmã Elza Helena R. Fer-nandes, oradora da noite, esposa do pastor Wandercy Fernandes da Silva, basean-do-se no texto de Tito 1.6-9, desenvolve sua palavra sobre o tema “Quem é esta, a esposa do pastor?”. Com a pergunta “o que a igreja, ou o pastor espera desta mulher?”, discorre sobre algumas lutas da mulher do pastor: compa-rações, expectativas muito altas, ser vista como aquela que está sempre à disposição, é constantemente observada quanto à maneira de vestir, solidão, sentimentos de inca-pacidade diante das cobran-ças, não ser compreendida na família, acomodação do pastor, fraquezas pessoais, falta de privacidade, viver dentro de um orçamento apertado, estar sempre de bom humor sorrindo para todos estando em condições ou não. O que fazer diante de tantas cobranças?

O culto missionário dirigi-do pelo pastor Soliel Bernar-dino da Silva, coordenador do Comitê de Evangelismo e Missões da CBM, foi inspira-

dor, pois os pastores Carlos Genival Xavier da Silva, que atua na implantação da Igreja em Santa Maria do Suaçui e Osvaldo de Oliveira Santos que atua na revitalização da PIB em Conselheiro Lafaiete, testemunharam que Deus tem feito maravilhas em seus campos de atuação. Destaca--se também a apresentação do vídeo elaborado com fatos marcantes da obra missioná-ria em Minas Gerais, no ano de 2012.

A música foi coordenada pelo Pr. Paulo Patrocínio Souza, além da participação

especial dos cantores Paulo Gomes e Josimar Bianchi.

O próximo retiro será de 21 a 24 de outubro de 2013, no CBTL - Centro Batista de Treinamento e Lazer. Orado-res: os pastores a seguir serão consultados pela diretoria e de acordo com suas dispo-nibilidades para os anos de 2013, 2014 e 2015: pasto-res: Marcelo Aguiar (IB Mata Praia ES), Paschoal Piragi-ne Júnior (Curitiba PR), Luis Sayão (SP), Franklin Ferreira (STBSB/RJ), Irland Pereira de Azevedo (SP), José Laurindo Júnior (RJ) e Celso Pires (RJ).

notícias do brasil batista

Retiro dos Pastores Batistas de Minas Gerais

Diretoria Estatutária eleita e empossada para o mandato 2012/2013:

Presidente - Gessé de Souza;1º Vice Presidente - Jozely de Almeida;2º Vice Presidente - José Cassimiro Filho;3º Vice Presidente - Jaelson de Oliveira Gomes;1º Secretário - Samuel Amaro;2º Secretário - Geraldo Oliveira da Silva;3º Secretário - Prudêncio Camilo dos Santos Neto.

Decisão do Conselho, homologada pela Assembléia: Mandato do Diretor Executivo - Fica definido que o mandato do Diretor Executivo será até 31 de outubro de 2015. O Diretor Executivo, pastor José Renê Toledo agradece a confiança depositada em seu trabalho e reitera o compromisso de continuar servido ao Senhor, através das atividades da Ordem.

A Associação das Igrejas Batistas do Norte do Rio Doce, representada pelo seu presidente pastor Wilson Medeiros Antunes, presta homenagem ao Diretor Executivo da Convenção Batista Mineira, pastor José Renê Toledo, pro-ferindo uma palavra especial, entregando-lhe em seguida uma placa de reconhecimento pelo seu serviço prestado por 10 anos à Convenção.

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14 o jornal batista – domingo, 03/02/13 ponto de vista

Começarei da forma mais pedante possí-vel: contando van-tagem e como fui

malcriado. Mas meus parcos (não porcos) leitores são in-teligentes. Entenderão o que digo.

Estava eu cá em meu ga-binete e o telefone toca. Do outro lado da linha uma voz feminina. “Pr. Isaltino? Aqui é a secretária da Igreja tal, na cidade Tal. Estou telefo-nando para saber se o senhor pode pregar em nossa igreja, de tanto a tanto, de tal mês” (mantenhamos nomes e datas omissos). Era a minha consa-gração! Que glória, eu, um pastoreco no fundão da flo-resta amazônica, na isolada e pobre Macapá, recebendo convite para pregar numa grande igreja de uma grande cidade, no rico Sudeste! Que honra para um velhinho per-dido na mata!

Pergunto pelo nome da pessoa que comigo fala, fico sabendo, e digo: “Irmã Fula-na, sua igreja tem pastor?”. “Tem”, responde ela. “É o Pr. Dr. Beltrano!”, diz ela orgu-lhosa de ser a secretária do Pr. Dr. Beltrano. Despejo toda minha rabugice: “Irmã Fulana: temos duas alternativas. Uma é a irmã pedir ao Pr. Dr. Bel-trano para me ligar. A outra é eu colocá-la em contato com minha secretária para a senhora falar com ela”. Meio

Pr. Mendes

“Pois certos indivíduos se introduziram com dissimu-lação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pro-nunciados para esta conde-nação, homens ímpios, que transformam em libertina-gem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Sobe-rano e Senhor, Jesus Cristo” (Judas 1.4).

No texto bíblico de Judas, encon-tramos homens que adentraram a

igreja com atitudes libertinas e que, com suas ações nega-vam a Jesus Cristo. Pode ser que eles eram vistos como crentes no meio do povo, mas a liderança da igreja, com discernimento, perce-beu que se tratava de ho-

sem graça, a funcionária do Pr. Dr. diz que ele é muito ocupado, por isso pediu que ela me ligasse. Pensei com meus botões (só dois, porque vestia uma camisa Lacoste, não a que os meus abonados leitores compram nas lojas oficiais, a R$ 300,00, mas as que compro em Macapá, por R$ 50,00, made in Guiana Francesa e que atravessam o Oiapoque na catraia): ela acha que sou um desocu-pado. Então lhe disse: “Irmã Fulana: estou com seis ver-sões bíblicas em português abertas sobre minha mesa, fa-zendo um trabalho para uma editora, e tentando entender por que em Gênesis 47.21 nossas versões traduziram de acordo com a Septuaginta e não pelo Texto Massorético. Com as versões tenho a Bíblia Hebraica, um Interlinear He-braico-Inglês, um Hebraico--Português e a Septuaginta. Estou fazendo um trabalho que demanda o uso do portu-guês, inglês, hebraico e grego, mas parei para atender a irmã porque era uma pessoa que queria falar comigo. Não sou um desocupado, mas dei-lhe atenção. Quando o Pr. Dr. Beltrano puder me ligar, peça a ele que ligue”.

Choca-me o nosso nível de institucionalização. Quem falava comigo não era uma irmã em Cristo, mas a secre-tária de uma organização. O

mens ímpios que estavam transformando a graça de Deus em libertinagem (lu-xúria desenfreada, excesso, licenciosidade, lascívia).

Dizem que dentro de uma igreja encontramos crentes convertidos e convencidos. Tal afirmação parece ser ver-dadeira à luz do que dizem as Sagradas Escrituras. O apostolo Paulo cita alguns exemplos deste tipo: “Além disso, a linguagem deles corrói como câncer; entre os quais se incluem Hime-neu e Fileto” (II Tim. 2.17). Mais adiante no verso 20, ele nos diz que tais homens são vasos desonrosos. Em I Timóteo 1.20, repete mais uma dupla que perturbava a igreja: “E dentre esses se contam Himeneu e Alexan-dre, os quais entreguei a Satanás, para serem casti-

contato era tão impessoal que ela não declinou seu nome e só me disse, com relutância, o nome do pastor depois que pedi. A ordem é a mesma que as secretárias das grandes em-presas recebem: mantenham o “chefão” livre das pessoas comuns.

Já preguei em igrejas em que o contato foi feito pela secretária, quem me recebeu no aeroporto foram irmãos da igreja, e o pastor só me viu no gabinete alguns minutos antes do culto, e assim mesmo às pressas porque estava ocu-pado. Sequer foi à porta me levar, na saída. Nada contra as secretárias ou os irmãos que, bondosamente, conduzem pastores. O problema é com pastores tão importantes, tão impessoais, que são incapa-zes de falar com um colega. A impessoalidade no trato é grosseria.

É reflexo de uma situação em que os relacionamentos não são prezados, mas pre-valece a institucionalização, inclusive a “institucionaliza-ção desinstitucionalizada”, ou seja, aquelas igrejas que alegam não serem institu-cionalizadas, e que fazem de sua desinstitucionaliza-ção a sua institucionalização. Exemplifico: a igreja não tem uma ordem de culto, e tudo é improvisado. A improvisação habitual é sua ordem. Nada é programado (a programação

gados, a fim de não mais blasfemarem”. Ainda mais, em I Corintos 5, Paulo, com autoridade apostólica, man-da entregar a Satanás aquele jovem promíscuo que tinha um caso com sua madrasta.

Se você ficou assustado com o que leu até aqui, isso é muito bom, pois denota a sua preocupação com a ma-neira em que sua vida cristã está caminhando. Permita-me fazer algumas observações que precisam ser levadas com muita seriedade à luz desta pastoral.

Envolvimento: Qual é o seu envolvimento com a igreja? Você é um simples especta-dor e frequentador dos cultos aos domingos pela manhã ou a noite? Ou de um sábio seguidor de Cristo, buscando a todo instante o crescimento espiritual através do aprendi-

exige coordenação e tratos pessoais). O pastor ou ani-mador de auditório não gosta de relacionamentos, então vai ao sabor do vento (e o Espírito Santo recebe a culpa da improvisação). Na artificia-lidade da improvisação nada se acerta, nada se conversa.

A vida cristã se restringe ao momento de culto. As pesso-as não se conhecem, não se visitam nem se relacionam. A fraternidade se resume a um aperto de mãos enquanto se canta um corinho capenga, de letra pobre com a última flor da Lácio sendo espancada, num ritmo sofrível, executado por instrumentos simples nos acordes elementares. Então as pessoas se apertam as mãos e dizem “Meu irmão, eu amo você!”. Elas cumprem progra-mas, desempenham papéis es-critos por alguém, mas não se relacionam. Estou exagerando? Quanto tempo, nesta semana, você gastou vendo um jogo de futebol pela tevê, e quanto tempo empregou com um irmão que carecia de apoio?

Lendo as cartas de Paulo, mesmo absorvendo todo seu rico ensino teológico, vemos que vida cristã são relacio-namentos. Romanos 16, por exemplo, é um texto fantás-tico! Quanto carinho, quanta gratidão, quanta pessoalida-de! O maior teólogo cristão era um homem de relaciona-mentos! Hoje os pastores cor-

zado na Escola Bíblica Do-minical e com os sermões dominicais?

Participação: Você procura saber o que está acontecendo na igreja? Você está atendo aos projetos que a igreja de-senvolve? Você se preocupa em participar dos cultos de oração para interceder, jun-tamente com os seus irmãos?

Mordomia: Como tem sido sua administração de tudo o que Deus põe em suas mãos? Que tal pensarmos em como você administra o cuidado com os seus filhos, familia-res, com as finanças, com o tempo. Quando você planeja uma viagem de férias ou a compra de um bem, você faz o mesmo com a aplicação dos recursos em missões, projetos de compra de pro-priedade para estabelecer mais uma igreja, contribui

rem o risco de serem homens da instituição. E os crentes, de serem atores de um script mal feito, que desvirtua a fé cristã.

Pastores, não sejamos ocu-pados demais. Recordo-me que eu tinha catorze anos quando fui a uma igreja ba-tista pela primeira vez. Tudo me era novo. À frente, um homem de terno preto di-rigiu tudo e pregou. Fiquei impressionado. Voltei no do-mingo seguinte. O homem, com outro terno preto (ele só usava ternos pretos), me cumprimentou calorosamente à porta, na saída, olhou-me nos olhos e disse: “Como vai jovem? Prazer em revê-lo!”. O homem de terno preto era o Pr. João Falcão Sobrinho, ainda jovem, mas já muito ocupado. Ele notou um ado-lescente presente no culto (e a Igreja Batista de Acari já era grande, em 1963!). Cin-quenta anos se foram, mas o adolescente, hoje de cabelos brancos e avô, ainda lembra (e quase tem a impressão física) do caloroso aperto de mão que recebeu.

Trato pessoal. Conversa jogada fora. Bate papo. O riso. O toque. A história con-tada e recontada. A piada mesmo que sem graça. O cafezinho em grupo. Tudo isto faz parte da vida cristã em camaradagem. Menos uso de secretárias, colegas. Liguem pessoalmente!

fielmente na manutenção dos mais variados ministérios da igreja? Você se sente também responsável pelas almas per-didas? Você se preocupa com o avanço do Islamismo? Você ama seu irmão e procura sa-ber como ele está? Você ora pelos pastores da sua igreja?

Creio que essas reflexões ajudarão muito para que você possa avaliar a sua vida de crente no Senhor Jesus. Se tudo isso não tem nada a ver com a sua vida, podemos chegar a seguinte conclu-são: Ou você é realmente um crente que está levando muito à sério a vida cristã e honrando Aquele que o sal-vou ou... “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! en-trará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mat. 7.21).

Superpastores e Superigrejas

“Crentes” sem lugar no céu

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15o jornal batista – domingo, 03/02/13ponto de vista

Eusvaldo Gonçalves dos SantosMembro da IB Ebenézer

Paulo o apóstolo da graça, sua contribui-ção mais destacada para o mundo foi a

apresentação das boas novas da graça gratuita, em Cristo Jesus.

Quando alcançado por esta graça, entendeu que, vi-ver para Deus, na pessoa de Cristo, significa a vida. Por isso proclamou a graça que liberta, e oferecida gratuita-mente desimpedida, livre e soberana, livre no sentido de servidão interior, espi-ritual, livre do legalismo e da anarquia de uma religião modelado sob os critérios de pessoas que aspiram poder.

Conforme seu próprio rela-to, seu primeiro movimento foi de perseguidor, ele re-corda aos Gálatas, não ser digno de ser chamado de apostolo e de como perse-guia a Igreja.

O texto de atos nos infor-ma que ele como repressor, respirava ameaças e morte, ainda estas ameaças existem, não por uma pessoa, mas por um sistema implantado pelo inimigo, através de uma oligarquia de pessoas sem a graça de Deus.

Paulo proclamou o único Deus que faz milagres, ele criou o universo do nada; ele chamou à vida, mor-

tos; ele justifica ímpios. A ressurreição de Jesus Cristo corresponde ao poder do Deus vivificador, a justifica-ção do ímpio e a qualidade da graça divina e de tal amor que ao estendê-la aos que não merece demostra que é justificador, daqueles que tem fé em Jesus Cristo.

O conceito que Paulo ti-nha de Deus, alinhado aos ensinos de Jesus, é que Deus perdoa gratuitamente ao receber o pródigo, sua mi-sericórdia continua sendo a razão de não sermos con-sumidos, porque ele tem prazer na misericórdia.

A graça é manifestada, não só apenas no aceitar, mas na transformação, para sermos na semelhança de Cristo, no novo testamento, religião e graça, é ética, é gratidão, pelo fato que, a graça gera ao destinatário, a manuten-ção mantida pelo Espírito Santo, no qual o amor de Deus é derramado em nos-sos corações.

O amor é um incentivo para fazer a vontade de Deus, mais forte que qual-quer regulamento legal, é a mola propulsora, que não nos faz sentir a sensação de pressão (II Coríntios 3.17).

O homem que deixa o mundo para ouvir o evange-lho, desprezando as bené-ficas que o mundo oferece, propondo em seu coração ser um missionário, levando

a vida e não a morte, mode-lados pelo amor de Jesus é o casal José Onecio e Delza, que foram para um lugar chamado Vale do Jaguaribe, na cidade Jaguaruana, no estado do Ceará.

Logo ao chegar implan-tou a chamada Igreja Sobre Rodas, que no seu início aqui em São Paulo, éramos apenas cinco irmãos, que em um pequeno carro, juntos com aparelhagem de tra-balho, deixávamos nossos familiares e percorríamos as cidades do estado.

Os tempos mudaram e a Igreja sobre Rodas evoluiu, já tínhamos um ônibus para o transporte. Em 2003, vinte e sete paulinos do século XXI, inclusive um jovem de apenas 84 anos, irmão Joaquim, deixávamos nosso estado em direção ao estado do Pará.

Rodamos quase 4mil qui-lômetros, até Santana do Laura, onde estava Laura e Rosana e outras moças a ser-viço do mestre, anunciando a graça salvadora de Jesus, aos ribeirinhos esquecidos pelas autoridades e denomi-nações cristãs. Trinta dias de visitas às farinheiras, pontos onde residem pessoas que fazem farinha, distante da cidade de Ananindeua qua-se um dia de viagem. Não possa afirmar o numero de alcançados pela graça que liberta, mas a semente foi

semeada, os resultados só a eternidade saberá.

A Igreja sobre Rodas do estado de São Paulo, agora é sob o comando do pastor Carlos Bachega, missionário da convenção do estado. Em 2011 outros grupos em for-ma de Paulos do século XXI se propõem a evangelizar o vale do Jaguaribe onde o casal reside, a Igreja trocou as rodas por azas, e a distân-cia foi vencida em poucas horas de voo. Aterrissamos na capital do Ceará, tive o privilégio de rever aquela capital complexa como as demais, e finalmente che-gamos a Jaguaruana, onde fomos recebidos com gran-de alegria, e o trabalho é iniciado, viajamos mais 45 quilômetros até a cidade de Russas com seus quase 600mil habitantes.

No batalhão da policia fomos recebidos pelo ca-pitão Marcos, a montagem da porção de alimentos que chamamos de cestas básicas. 700 cestas foram montadas e colocadas nos caminhões que graciosamente foram oferecidos por irmão em Cristo. A divisão de trabalho foi coordenada pelos mis-sionários José e Daniel e um grupo vai ás entregas não só do alimento físico, mas tam-bém do alimento espiritual que é a palavra de Deus.

Outro grupo trabalha com crianças nas comunidades

que dista de 5 a 15 quilô-metros, o grupo é composto de pessoas que tem suas atividades, como advogados, professores, vendedores e autônomos, como donas de casa.

Dez dias de trabalho e os Paulos do século XXI deixa novamente a semeadura para germinar em mais de 600 crianças e adultos das comunidades. O palhaço pregado estava lá, aos seus 71 anos de vida e quase 50 de vida cristã, sempre acom-panhado de sua querida es-posa. De volta para America-na é recomeçado o trabalho de evangelismo social, com o apoio da Associação Batis-ta Centro Leste do Estado de São Paulo, na coordenação do irmão Nelson Dote.

Deus nos providência, e nós entramos com a disposi-ção de sermos instrumentos nas mãos do Espírito San-to para levar a mensagem desta graça salvadora, não pensamos em gastos e sim em investimentos. A vida cristã não é inércia, é estar a serviço do mestre, seja sustentando um missionário, com suas orações ou con-tribuindo financeiramente para que este Brasil saia das garras do inimigo.

Seja um Paulo no século XXI. Deus te fará acrescentar a fé, o amor, a melhor vida espiritual, realizando-se nesta obra.

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