batalha espiritual
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Judaísmo messianicoTRANSCRIPT
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espiritual
batalha
Shaul Bentsion
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A T E N O :
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Trabalhamos com base na confiana, crendo que as pessoas sero ntegras perante o Criador dos cus e da terra.
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D E D I C A T R I A
Aos seguidores de Yeshua
que vivem (ou vivero) nos tempos finais,
pois em muito se intensificar a batalha espiritual
nos dias que antecedem o retorno de nosso Mashiach
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N D I C E
Introduo ...................................................................................................................................... 05
Conhecendo o Inimigo
A Criao: Revendo nossos Conceitos .............................................................................................9
Criao e Batalha Espiritual ..............................................................................................................12
O Esgotamento da Luz .................................................................................................................... 20
Outros Homens? .............................................................................................................................. 22
Porque Satan Caiu ........................................................................................................................... 25
A segunda queda dos anjos
A Narrativa da Segunda Queda....................................................................................................... 37
A Reao dos Arcanjos ................................................................................................................... 44
A Punio da Segunda Queda ......................................................................................................... 47
O Esprito do Falso Mashiach ..........................................................................................................50
Satan e os Anjos da Segunda Queda ..............................................................................................56
Os tipos de demonios
Os Seirim ......................................................................................................................................... 64
Os Shedim ........................................................................................................................................ 67
Alukot .............................................................................................................................................. 69
Mazikim ............................................................................................................................................ 72
Irim (Sentinelas) .............................................................................................................................. 74
Ruchot-Raot ..................................................................................................................................... 76
Tipos de Ruchot-Raot ...................................................................................................................... 82
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Confronto com as trevas
Klipot ............................................................................................................................................... 85
Entre Klipot e Sefirot ...................................................................................................................... 95
Identificando as Klipot ....................................................................................................................97
Concluso ........................................................................................................................................ 116
Estratgias
Estratgias para confrontar o inimigo ........................................................................................... 119
Armadura de Elohim ...................................................................................................................... 120
Primeira Ttica ............................................................................................................................... 128
Segunda ttica ................................................................................................................................ 131
Terceira Ttica ................................................................................................................................ 132
Quarta ttica .................................................................................................................................. 133
Os Servos de Satan ........................................................................................................................ 135
A Ordem dos Ataques ................................................................................................................... 135
Os sapatos das Boas Novas do Shalom. ....................................................................................... 137
O Cinturo da verdade .................................................................................................................. 138
A Couraa da Justia ...................................................................................................................... 140
O Capacete da Salvao ................................................................................................................. 141
Armas na mo ................................................................................................................................ 143
O Escudo da F............................................................................................................................... 145
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Introduo
ara que ns possamos entrar no campo da batalha espiritual,
preciso conhecer muito bem o inimigo. Est uma estratgia
de guerra muito importante para qualquer batalha: se no se
conhece seu inimigo, no se estuda o inimigo, mais difcil combat-lo.
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P
C O N H E C E N D O
O I N I M I G O
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O objetivo desta obra nos aprofundarmos em nosso conhecimento
sobre o nosso inimigo espiritual, para que possamos compreender
como o reino das trevas e tambm quais s~o e porque s~o os
seus objetivos reino das trevas. Ao fazermos isso, seremos mais
capazes de nos protegermos.
Uma pequena introduo sobre o assunto pode ser encontrada em
Guilyana/Apocalipse 12:
07. Ento houve guerra no cu: Micha'el e os seus anjos
batalhavam contra o drago. E o drago e os seus anjos
batalhavam,
08. mas no prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou no cu.
09. E foi precipitado o grande drago, a antiga serpente, que se
chama o Enganador e Satan, que engana todo o mundo; foi
precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com ele.
10. Ento, ouvi uma grande voz no cu, que dizia: Agora chegado
o livramento, e o poder, e o reino do nosso Elohim, e a autoridade
do seu Mashiach; porque j foi lanado para baixo o Acusador de
nossos irmos, o qual diante do nosso Elohim os acusava dia e
noite.
Observamos aqui que h uma guerra espiritual como pode ser visto
nestes versos. Evidentemente que esta guerra espiritual ver a vitria
de Michael, que um dos chamados prncipes dos anjos, tambm
popularmente conhecido como arcanjo. Ele o arcanjo chefe das
hostes celestiais dos anjos de guerra. Continuando no texto, temos:
11. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu
testemunho; e no amaram as suas vidas at a morte.
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Neste versculo n~o h| referncia a Michael e as suas hostes pois os
anjos n~o sofrem a morte fsica, e portanto s~o incapazes de amar a
vida at a morte. Isto algo tipicamente humano.
Quem so estes ento que preferem a morte a se dobrarem ao inimigo
e que batalham contra o inimigo? A resposta est em:
17. E o drago irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra aos
demais filhos dela, os que guardam as Mitzvot (mandamentos) de
Elohim, e mantm o testemunho de Yeshua.
No s ter o testemunho de Yeshua, mas tambm guardar os
Mandamentos de Elohim. Estes so aqueles que prevaleceram contra o
inimigo.
Ento existe tambm uma participao do ser humano nesta batalhas
espiritual. uma batalha entre Michael (acompanhado dos anjos do
Eterno) e os anjos cados, controlados por este drago que os lidera.
Veremos a seguir quem este drago.
A primeira pergunta que nos fazemos : Como seria o papel do ser
humano nesta guerra? Se olharmos para Daniel 10:
12. Ento me disse: No temas, Daniel, porque desde o primeiro dia
em que aplicaste o teu corao a compreender e a humilhar-te
perante o teu Elohim, so ouvidas as tuas palavras; e eu vim por
causa das tuas palavras.
13. Mas o prncipe do reino da Prsia me resistiu vinte e um dias, e
eis que Michael, um dos primeiros prncipes, veio para ajudar-me,
e eu fiquei ali com os reis da Prsia.
Vemos aqui o que acontece: Daniel fez algo que influenciou esta
guerra. Havia uma batalha entre o anjo que vinha trazer a resposta a
Daniel e uma potestade do reino da prsia.
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Mas o que foi afinal, que Daniel fez?
Se olharmos nos versos seguintes, temos:
2. Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por trs semanas.
3. Alimento desejvel no comi, nem carne nem vinho entraram na
minha boca, nem me ungi com ungento, at que se cumpriram as
trs semanas.
O que Daniel fez?
Daniel orou e jejuou! E est| uma das frmulas interessantes e
importantes para que se combata o inimigo. Temos tambm em
Zechariyah/Zacarias 3:
2. Mas YHWH disse a Satan: YHWH te repreenda, Satan, sim, o
YHWH, que escolheu Yerushalayim, te repreenda; no este um
tio tirado do fogo?
Aqui Satan tinha vindo acusar ao Cohen Hagadol (o sumo sacerdote)
da poca. Podemos ver claramente o elemento acusa~o na batalha
espiritual.
Vemos tambm mais um elemento desta luta em Yehud/Judas 1:
09. Mas quando Micha'el, chefe dos anjos, discutindo com o
Acusador, disputava a respeito do corpo de Moshe, no ousou
pronunciar contra ele juzo de maldio, mas disse: O Senhor te
repreenda.
Aqui fica clara a funo de Satan enquanto acusador. Tudo isto ser
tpico do nosso estudo presente. Por enquanto, nos importante
compreendermos que:
Existe um inimigo poderoso, e precisamos conhec-lo.
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A batalha espiritual entre anjos, porm conta com a participao do
ser humano.
A Criao: Revendo nossos
Conceitos
Antes de entrarmos na quest~o do que fazer, realmente necess|rio
conhecer melhor o inimigo. E para isto, vamos ter que deixar de lado
alguns conceitos que so comuns em nossa atual compreenso.
Conceitos esses que muitas vezes se baseiam mais na nossa cultura do
que em elementos bblicos propriamente ditos.
Neste estudo iremos aprender que muitas coisas e muitos conceitos
tm de ser desafiados e mudados, a partir da melhor compreenso dos
textos Bblicos em questo.
Temos alguns textos nos profetas que falam de Satan. Mas, antes de
entrar nestes textos, vamos { Tor| para algo que passa meio
despercebido das pessoas, em Bereshit/Gnesis 1:
01. No princpio criou Elohim os cus e a terra.
02. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do
abismo; e a Ruach de Elohim se movia sobre a face das guas.
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H alguns conceitos interessantes aqui:
Que abismo era este, que havia no principio da cria~o?
Havia trevas no inicio da cria~o?
Repare que muitas vezes acabamos lendo mais do que a Bblia nos diz,
mesmo em textos simples. A Bblia diz que o Eterno disse haja luz, e
houve luz. A Bblia diz apenas que houve luz. A maioria das pessoas
logo pensa que toda a luz foi criada nesse momento. Mesmo se
fssemos supor que essa uma interpretao vlida, ela ainda assim
interpretativa, pois a Bblia jamais afirma tal coisa! A Bblia jamais
afirma que toda a luz foi criada naquele momento nico. A Bblia jamais
afirma que no havia luz antes daquele momento.
Veremos a seguir essa hiptese, alm de no ser a nica possvel, a
menos provvel. Teoricamente, se absolutamente toda a luz tivesse
vindo a existir apenas naquele momento, o texto de Gnesis/Bereshit
teria seu sentido totalmente prejudicado.
Para entendermos a raz~o, tomemos como exemplo o frio. O frio
existe apenas com a ausncia do calor. O frio s pode ser definido
pela ausncia do calor. Se o calor no existisse, no existiria o frio, do
ponto de vista fsico! Afinal, o frio definido a partir da ausncia de
algo que existe, que o calor. Se o calor n~o existisse - como o frio
poderia ser a ausncia de alguma coisa que n~o existe?
Se uma coisa n~o existe, ela n~o pode estar ausente!
No difcil percebermos, pela lgica mais elementar, que s pode
estar ausente ou presente alguma coisa que existe, o que pelo
menos j existiu um dia.
A Bblia fala que havia trevas. Como podemos definir trevas?
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Como ausncia de luz! Ou seja, as trevas tambm existem com
base em um referencial. Da mesma forma que o frio existe com base
no referencial calor; as trevas existem com base no referencial
que a luz.
Se a luz n~o tivesse sido criada ainda, logo as trevas n~o poderiam
existir, deixando o texto bblico sem sentido, se a toda e qualquer que
jamais existiu fosse criada ali naquele momento.
Alguns podem alegar: Ent~o voc est| contradizendo o que diz a
Bblia? N~o!
Como foi dito anteriormente, o problema que estamos desafiando
um conceito que embutimos na Bblia e que n~o percebemos que o
fizemos. Quando olhamos para o versculo 3 de Bereshit/Gnesis 1,
lemos assim:
E disse Elohim: haja [toda a] luz [do universo] e houve [toda a]
luz [do universo].
Ora, mas a Bblia no diz isso diz apenas haja luz, e houve luz no
h| a palavra toda, muito menos a express~o do universo!
E mais: Sabemos ainda que o Eterno luz. Ora, se Ele luz, ento isso
confirma a tese de que alguma luz tambm j existia, pois Ele j existia.
Repare que o relato de Bereshit/Gnesis muito mais complexo do que
parece.
Outro texto frequentemente mal traduzido :
2. E a terra era sem forma [tohu] e vazia [vevohu];
Para os termos hebraicos utilizados originalmente, fazem com que as
pessoas tenham muita dificuldade na tradu~o. Tohu vevohu
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significa literalmente catica e disforme [ou desolada, destruda,
acabada etc.]. Com isto, a terra era caos e desola~o j| seria a
melhor traduo.
Porm, o termo hait|, usado para se referir { terra, n~o significa
necessariamente ser. Pode significar tambm estar ou ainda
tornar-se.
N~o difcil percebermos que uma leitura ainda melhor aqui seria a
terra estava em caos e desola~o.
Diante disso, comeamos a entender porque que alguns testes de
carbono 14 e outras pesquisas geolgicas noticiam que a Terra tem
bilhes de anos. No necessariamente isto contradiz a Bblia, pois esta
diz que a terra estava catica e desolada.
Criao e Batalha Espir i tual
Qual a relao disto com o tema batalha espiritual?
Vamos usar dois textos bastante conhecidos, bem como bastante
interessantes, como Yeshayahu/Isaias 14:
12. Como caste desde o cu, brilhante [Heilel], filho da alva [ben
Shachar]! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as
naes!
13. E tu dizias no teu corao: Eu subirei ao cu, acima das estrelas
de Elohim exaltarei o meu trono, e no monte da congregao me
assentarei, aos lados do norte.
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14. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao
Altssimo.
Devemos entender que frequentemente os profetas pronunciavam
juzo sobre os prncipes das naes. Isto , sobre as foras espirituais
que estavam por detrs dos governantes. Pela prpria seqncia do
texto, vemos que este um momento em que o profeta comea a falar
para a potestade que estava por trs do rei de Bavel (Babilnia), pois
evidentemente no era o rei humano de Bavel (Babilnia) que desejava
subir acima das estrelas, acima do trono do Eterno, ou mesmo ser
semelhante ao prprio Eterno.
Da mesma forma que no texto de Yehezkel/Ezequiel 28, o profeta no
est falando diretamente ao rei de Tiro, mas sim potestade que
estava por detrs dele. Afinal, o rei humano de Tiro jamais foi anjo,
muito menos ainda esteve no Gan Eden (jardim do den):
12. Filho do homem, levanta uma lamentao sobre o rei de Tiro, e
dize-lhe: Assim diz o Adonai YHWH: Tu eras o selo da medida, cheio
de sabedoria e perfeito em formosura.
13. Estiveste no den, jardim de Elohim; de toda a pedra preciosa
era a tua cobertura: sardnica, topzio, diamante, turquesa, nix,
jaspe, safira, carbnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus
tambores e os teus pfaros; no dia em que foste criado foram
preparados.
14. Tu eras o keruv ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte
santo de Elohim estavas, no meio das pedras afogueadas andavas.
15. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste
criado, at que se achou iniqidade em ti.
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Esses dois relatos se referem Satan, ao inimigo. O primeiro deles
chama o inimigo de Heilel Ben Shachar, que significa literalmente
portador de luz, filho da manh~, embora alguns tenham traduzido
equivocadamente como estrela da manh~.
Mas, no hebraico, Heilel n~o estrela. A palavra correta para estrela
cochav. A palavra Heilel o portador de luz e Ben Shachar filho
da manha. Aqui vemos que a confus~o de se chamar tanto Yeshua
quanto Satan de estrela da manha surge apenas devido a uma
traduo equivocada.
Vimos ento que Satan era uma criatura, chamada de portadora de
luz. Em Yov/J 38 temos uma dica interessante:
4. Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se
tens inteligncia.
5. Quem lhe ps as medidas, se que o sabes? Ou quem estendeu
sobre ela o cordel?
6. Sobre que esto fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua
pedra de esquina,
7. Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e
todos os filhos de Elohim jubilavam?.
Quando a Tor e o Tanach falam nos benei Elohim h uma referncia
aos seres celestiais, o que chamamos de anjos, embora quando
assim o fazemos j| estamos designamos uma fun~o que n~o
necessariamente todos eles o tm. Anjo vem do grego angellos
que significa mensageiro termo que aparece na Septuaginta como
tradu~o do hebraico malach (enviado/mensageiro).
Porm, a Bblia no chama todos os seres celestiais de mensageiros.
Outros termos s~o encontrados, como bnei Elohim (filhos de
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Elohim), haelohim (os poderosos), ou ainda haeliyonim (os
elevados). Acabamos, por conven~o, adotando o termo anjo para
nos referirmos a todos esses seres. Porm, devemos entender que isso
apenas uma conveno, e que nem todos tm a funo de
mensageiros.
Reparem na passagem bblica acima que havia estrelas da alva
mencionadas por J/Yov e que as mesmas cantavam, e os anjos
louvavam e jubilavam. Ento J/Yov faz uma distino entre as
estrelas da alva e o resto dos anjos. E se juntarmos isso com a
referncia a Heilel, percebemos que estes anjos _ alguns dos quais so
chamados de estrelas da manh~ _ s~o anteriores { cria~o da terra, e
que j louvavam ao Eterno nessa poca. Vemos ainda, apenas a ttulo
de curiosidade, que havia estrelas antes da criao da terra.
A referncia {s estrelas da manh~ se deve, como j vimos em nosso
estudo sobre Cu, porque as estrelas s~o as habitaes dos anjos.
Eles ali habitam, e no em outro local metafsico. O chefe dos anjos
seria identificado com as prprias estrelas, o que seriam uma
referncia aos chamados arcanjos ou prncipes dos anjos.
Portanto, Heilel Ben Shachar seria um dos prncipes dos anjos, ou um
dos chefes dentre os anjos.
Retornando ao texto de Yeshayahu/Isaias 14 temos:
13. E tu dizias no teu corao: Eu subirei ao cu, acima das estrelas
de Elohim exaltarei o meu trono, e no monte da congregao me
assentarei, aos lados do norte.
14. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao
Altssimo.
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Este arcanjo em particular quis ser maior do que os demais arcanjos.
Ele quis ser especial, se achava maior. Ele muito certamente tinha
algum tipo de funo especial, caso contrrio, ele no seria to
orgulhoso.
Na express~o exaltarei o meu trono vemos que o trono j| existia,
pois no foram usadas expresses como criarei o meu trono ou
organizarei o meu trono que poderiam dar a entender o
planejamento para um trono futuro. A expresso clara ao afirmar que
j havia um trono e, com isto, havia um reino implantado, onde ele j
governava sobre alguma coisa.
Isto algo muito importante para que possamos entender o contexto
existente.
Em Yehezkel/Ezequiel 28 temos:
14. Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no
monte santo de Elohim estavas, no meio das pedras afogueadas
andavas.
Na parte Tu eras keruv, ou querubim no portugus. Este termo
significa prximo, pois est talvez a categoria mais elevada dos
anjos, por ser a mais prxima do Eterno. Dizem nossos sbios que eles
s~o completamente feitos de fogo; e, por isto, ele era o portador da
luz.
Aonde era o trono de Heilel?
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Quando um judeu lesse a passagem no monte santo de Elohim,
estavas, a interpreta~o judaica correta sobre a localiza~o do monte
kadosh s pode ser o monte Sio, que conhecido como monte do
Senhor. O trono de Heilel era no monte santo do Eterno naquela
poca.
Claramente a Terra j existia em Gnesis/Bereshit 1; e esta Terra tinha
um governante que era um representante do prprio Eterno, um anjo
do prprio Eterno, chamado de Heilel Ben Shachar.
Vejam que isto um conceito muito diferente do que ns estamos
acostumados.
Ele era perfeito, por que foi criado sem pecado (versculo 12 Tu eras o
selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura), cujo
trono foi estabelecido pelo Eterno.
Vemos sua ratificao desta posio em Curintayah Beit/2 Corntios
4:4:
no qual o deus deste sculo [alma no aramaico] cegou os
entendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz
das Boas Novas da glria do Mashiach, o qual a imagem de
Elohim.
A palavra aramaica Alma possui um conceito muito diferente do que
estamos familiarizados. Normalmente, pode ser traduzida por: sculo,
mundo. Isto uma dificuldade tanto no hebraico como no aramaico,
pois tanto o termo hebraico Olam ou o aramaico Alma pode ser
referir ainda a: totalidade da criao, totalidade do mundo ou a um
tempo ou a um sculo.
Alm da famosa expresso Lolam, abrevia~o Lolam vaed que
significa literalmente at o mundo vindouro. Atualmente, mesmo
nos meios judaicos, tal expresso traduzida como eternidade.
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Porm, esse conceito atual de eternidade no pensamento semita
primitivo no existia, e provm do contato com outras culturas.
A razo para tal dificuldade est no fato de que, no pensamento
semita, o termo mundo n~o era pensado sem que se fosse
considerada a realidade presente. N~o se pensava em um mundo,
diferentes pocas. Pensava-se em algo como cada poca tem o seu
mundo. Pensava-se que uma nova poca representaria um novo
olam/alma, isto , o mundo era condicionado ao fator tempo. Este
um conceito um tanto estranho para ns que estamos acostumados
com a estrutura de pensamento grego, e razo pela qual s vezes
difcil traduzirmos a expresso em questo.
No versculo acima, Satan denominado como o deus deste sculo
ou, como algumas tradues tratam, como o prncipe deste mundo.
Rav. Shaul est fazendo uma referncia, uma aluso, justamente a
este fato.
H inclusive outro jogo de palavras - pois um dos nomes pelos quais
Satan conhecido Samael (veremos isso mais adiante), que significa
literalmente deus da cegueira ou o deus cego - pois no jogo de
palavras de Rav. Shaul este o deus que cegou o entendimento. O
nome Samael usado extensamente na literatura judaica.
Antes de Gnesis/Bereshit, antes do principio tal qual ns conhecemos,
a Terra j existia e era governada por este arcanjo, assim como outras
regies, outros mundos, estrelas etc., eram governados por outros
destacamentos por seres celestiais. Isto permite at a admisso da
tese de vidas em outros planetas inclusive, embora no seja o escopo
deste estudo.
Muito provavelmente o que deve ter acontecido que o homem era a
criao mais especial do Eterno, como dizem os sbios judeus que os
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homens, em uma srie de questes, so superiores aos anjos, como
confirmado tambm pelos Ketuvim Netsarim (Novo Testamento).
Havia seres humanos, com o governo de Heilel como representante do
Eterno na Terra. S que em um dado momento, ele se envaideceu com
aquilo. E, muito provavelmente, conforme alguns indcios, este passou
a ser adorado pelos habitantes primitivos da Terra. Tanto ele quis ser
adorado, quanto tambm o quiseram os anjos que lhe haviam sido
destacados.
Certamente, se as Escrituras dizem que levou um tero dos anjos dos
cus, havia um destacamento muito especial para nosso planeta, que
era uma criao especial do Eterno.
Dizem os sbios que Yerushalayim (Jerusalm), onde h o monte Sio,
seria o centro do Universo. Se tomarmos isto como fato, podemos
entender por que o arcanjo quer governar est regio, pois o centro
do Universo. Seria o local onde o Eterno estabeleceria toda a sua
glria.
Em um dado momento, este ser decidi que ele no quer mais seguir a
nada. No quer mais ser representante de nada ou de ningum. Ele
passa a ser conhecido como um ttulo de aquele que sem senhor.
Ele passa a se auto denominar como aquele que sem senhor. Ele
acha, ento, que ele no precisa dar satisfaes a ningum e no h
ningum acima dele. Ele se envaidece com a quantidade de anjos que
estavam servindo sob o comando dele e, provavelmente, se envaidece
tambm com os homens que vinham e prestavam reverncia nesta
gerao pr Adam, passando a receber adorao.
Isto d| origem semita primitiva de um termo chamado Belial, o qual
passa a ser conhecido como tal. O termo significa literalmente aquele
que n~o tem [Beli] acima [al]
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Como percebemos, a questo geogrfica de extrema importncia.
Pelo que vimos, podemos logo perceber que o culto a Belial surgiu na
regio de kenaan, em uma gerao pr-admica. Isso explica o porqu
de, dentro tantos lugares, dentre tantas possibilidades, Satan se
importa tanto com aquele lugar.
Por que que ele se importa tanto ao ponto de estabelecer uma
mesquita para ele prprio, naquele local?
Justamente porque o principio da sua adorao era ali e ele sabe que
ali o centro do universo, espiritualmente falando. naquele local que
se estabelecer o trono de Elohim em Seu retorno.
O essencial da idia de Belial a nega~o da sua miss~o dada atravs
autoridade do Eterno a ele.
O Esgotamento da Luz
Num dado ponto, o que acaba acontecendo obviamente com qualquer
portador de luz longe da Fonte da Luz?
Obviamente temos as fontes da luz, o qual a Cabala chama de luzes
supernais que seriam os ter pilares do Eterno, o qual assunto para
outro estudo.
O que acaba acontecendo com uma sefir que no brilha mais? Forma-
se uma kipl|, uma casca, sobre aquela fonte de luz ou aquele vazo
que reflete a luz. Isto , a sefir comea a ficar opaca e perder luz.
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justamente por isto que ele conhecido na literatura judaica por
Samael, o deus da cegueira, ou deus cego.
Em um dado momento, essa casca acaba gerando escurido,
obviamente. A luz se esvai e ento temos a escurido. Assim,
conseguimos voltar a questo inicial de Gnesis/Bereshit 1 que fala que
a Terra estava catica e desolada.
Isto d a entender justamente que a Terra foi palco de alguma(s)
guerra(s) espiritual(ais), culminando no destronar de Samael. E,
certamente, ele no ficou nem um pouco satisfeito com a situao.
E interessante aqui, entrando um pouco no ramo da especula~o,
quando lemos em Ezequiel 28:
13. Estiveste no den, jardim de Elohim; de toda a pedra preciosa
era a tua cobertura: sardnica, topzio, diamante, turquesa, nix,
jaspe, safira, carbnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus
tambores e os teus pfaros; no dia em que foste criado foram
preparados.
Aqui temos uma suposio acerca das pedras preciosas que existem na
Terra e a cito aqui claramente como hiptese da literatura judaica
sem avaliar se a mesma ou no verdadeira. Por esta hiptese, um dos
motivos pelos quais a Terra cheia de pedras preciosas que tais
pedras sejam um resqucio, como que runas das gloriosas construes
em pedras preciosas que havia durante o reinado de Samael. Ou
talvez, a composio qumica e geolgica da terra j tivesse o
propsito de fornecer matria-prima para os palcios que nela seriam
construdos?
Poderamos imaginar, se continuarmos em tal suposio, que teriam
havido templos, ptios, fontes, jardins etc., que o Eterno teria criado,
ou dado a incumbncia aos anjos e/ou aos homens de criarem e que,
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no momento de uma guerra ou destruio de tudo aquilo, estes teriam
se tornado uma massa disforme e, a partir desta, voc teria est|
origem relatada em Bereshit/Gnesis 1.
Talvez possamos mergulhar ainda mais fundo na especulao - e no
h nada de errado em especularmos, desde que saibamos os limites de
uma especulao e no a transformemos em verdade absoluta. Ser
que as extines em massa de algumas espcies poderiam ser um fruto
no mundo material dessas batalhas espirituais ocorridas nos tempos
antigos? Repare que a Bblia revela muito pouco a respeito desse
tempo primordial, e a est o perigo do desenvolver uma viso religiosa
que feche os olhos para os avanos do conhecimento cientfico pois
quase sempre essa viso religiosa estar pautada, na melhor das
hipteses, em uma possvel leitura, dentre inmeras ou, na pior das
hipteses, em meras especulaes.
Outros Homens?
fato que, por exemplo, como em Gnesis/Bereshit, atravs da
cronologia temos:
O Eterno cria Adam, cria Chav, esto no Gan Eden;
Depois so levados para fora do Gan Eden;
Em Gnesis/Bereshit 4, Chav d a luz a Havel e Cayin;
Quando Cayin mata Havel, temos em Gnesis/Bereshit 4 :
14. Eis que hoje me lanas da face da terra, e da tua face me
esconderei; e serei fugitivo e vagabundo na terra, e ser que todo
aquele que me achar, me matar.
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Como seria possvel algum matar Cayin, no versculo acima, se havia
a Terra teria sido criada naquele momento?
Por esta viso, no tnhamos apenas Adam (Ado), Chav (Eva) e Cayin
(Caim), pois Havel (Abel) havia sido morto?
Se pensarmos no pressuposto anterior, quem mataria Cayin no seriam
as criaturas celestiais, pois elas no precisariam achar a Cayin. Elas
sabiam onde ele estava.
O que se percebe que no havia outros irmos ainda naquela poca.
Pela leitura tradicional, no haveria mais ningum alm dos 4
mencionados.
Pelo paradigma da suposio de que toda a criao ocorreu no relato
de Gnesis/Bereshit, s teramos os pais para o assassinarem, pois
seriam apenas os trs existentes naquele momento.
A nica explicao que faz sentido a de que havia outras pessoas
nesta Terra.
Adam foi o primeiro desta nova criao que o Eterno realizou. No foi a
primeira criao cronologicamente falando, ficando bem evidente
neste texto bblico. A literatura judaica tradicional vai na mesma
direo, havendo ainda alguns que defendem um gap temporal em
Gnesis/Bereshit 1 e 4.
Portanto, como havia homens nesta Terra, com quem est claro que o
Eterno no estabelecia relacionamento, conclumos que estes eram os
antigos servos de Samael. Alguns chegam a dizer que poderiam ser
seres sem a Ruach Elohim (o Esprito de Elohim), embora a novamente
caiamos no campo das suposies. No possvel sermos dogmticos
quanto a esses outros homens que existiam na terra.
possvel que haja outras explicaes, mas no apenas importante
entendermos que eles existiam, como ainda entendermos que o relato
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da criao em Bereshit (Gnesis) claramente no um relato da
totalidade das coisas, no que diz respeito terra.
Algum poderia perguntar se isso contradiz Ruhomayah (Romanos)
5:12, que afirma que o pecado entrou no mundo por meio de um
homem. preciso entender, como expliquei anteriormente, que o
conceito de mundo no pensamento semita est| associado a uma
poca. Ali|s, como vimos anteriormente, a prpria express~o alma
pode ser traduzida como sculo. No difcil percebermos que
Ruhomayah (Romanos) 5:12 no lida com a totalidade do pecado -
explico: O versculo nada diz sobre, por exemplo, o pecado de Samael
e de outros anjos.
De forma anloga, o texto de Ruhomayah (Romanos) 5:12 se refere ao
incio do pecado nesta poca. Isso tambm no difcil de ser
percebido uma vez que entendamos o conceito da palavra alma, que
aparece no original aramaico.
Repare quanta coisa inferida dos textos bblicos pela cultura
normativa sem que de fato esteja escrita. Para ns, basta nos atermos
exclusivamente leitura do texto. Temos que tomar o cuidado de no
partirmos para a eisegese, que o inserir nossas prprias concluses
dentro do texto, fazendo-o dizer muito mais do que ele
verdadeiramente diz. Podemos sim interpretar um texto, mas devemos
separar o que interpretao do que escrito de fato.
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Porque Satan Caiu
Ora, qual foi o problema de Samael? O que poderia ter levado um
arcanjo a se rebelar contra Elohim?
O problema muito mais simples do que poderamos supor: O
problema principal foi o orgulho, que foi seguido pelos cimes.
J vimos anteriormente como os relatos profticos falam do desejo de
Satan de ser maior do que todos os seus semelhantes, querendo
superar at o prprio Elohim. Em Chochmat Shlomo (Sabedoria de
Salomo), livro que figura dentre os chamados apcrifos judaicos
(embora estejam nos cnons mais primitivos) diz que:
por cimes ou inveja de Satan que a morte entrou no
mundo e os que pertencem a Satan prov-la-o.
A partir do cime de Satan, h o relato da tentativa dele de desvirtuar
aquela nova criao do Eterno no Gan Eden.
At hoje temos nas religies primitivas so encontrados livros que
fazem invoca~o de Belial como sendo senhor dos demnios.
Na Enciclopdia Judaica, acerca de Belial, temos a seguinte
contextualiza~o, dentro do testamento dos doze patriarcas que
esto nos comentrios Talmdicos:
Nos testamentos dos doze patriarcas, Belial o arquiinimigo
do qual emanam os sete espritos de seduo que afligem o
homem no seu nascimento, que se apoderam do seu
nascimento. (Reuven 2, Levi 3, Zevulum 9, Dan 1, Naftali 2,
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Binyamin 6 e 7), a fonte da imundcia e da mentira (Reuven 4
e 6, Shimon 5, Yissachar 6 e 7, Dan 5, Asher 1 e 3), o esprito
das trevas (Levi 19, Yossef 7 e 20); Ele, assim como
Azazel,ser oposto e acorrentado pelo Mashiach (Levi 18);
E ser jogado no lago de fogo para sempre. (Yehud 15) E as
almas capturadas por ele, sero arrancadas do seu poder.
Em outra obra, A ascens~o de Yeshayahu, Belial identificado como
o prprio Samael (Malkira [Dan 5], possivelmente Malach Ra = O Anjo
Maligno [N. do T: Ou Melech Ra = Rei Maligno] e tambm chamado de
anjo da anomia [N. do T: oposi~o { Tor|])
Isto parece familiar?
O Talmud Bavli falando sobre Samael em Bereshit Rab| 19 diz que
Samael o senhor dos satanim, os inimigos, e ele era um prncipe
poderoso dos anjos do cu. A tradio judaica confirmando justamente
isto.
H uma meno aqui a outro demnio que ns vamos falar depois, que
seria Lilith, que seria a esposa de Samael. Lilith mencionada na Bblia
bem como na cultura babilnica.
H no Judasmo tradicional uma controversa questo sobre Lilith ser a
primeira esposa de Adam, mas s algumas correntes do Judasmo
dizem isto. Particularmente no acreditamos nisto, pois seria uma
abominao. Creio que a questo fuja ao objetivo deste livro.
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Voltemos questo do pecado primordial do orgulho. Como ele era o
representante do Eterno e o governante da regio mais importante de
toda a criao, e como governava um tero dos anjos, se entendermos
que havia homens na terra naquela poca, certamente o cortejavam,
assim como o faziam os seus anjos comandados. No difcil
entendermos porque ele passa a se sentir importante demais. E a partir
da comea o grande problema.
Justamente uma das praticas que ele incentivava, segundo Sefer
Yovelim (Jubileus) que diz assim sobre eles:
...ento eles fizeram para si imagens de fundidas, as quais
adoraram, cada um o dolo que havia fundido para si. Pois os
espritos malignos sobre seu prncipe Mastema, o desviaram para o
pecado e para a imundice.
Ent~o foi Samael que comeou a difundir a idolatria. Ele obviamente
encorajava seus sditos a terem alguma forma de representao dele.
Isto explicaria porque h, nas culturas primitivas da chamada pr-
histria, vrias tentativas do ser humano de representar os seres
celestiais.
E h| coisas interessantes, entrando novamente no campo da
especula~o: v|rias culturas milenares tm representaes de
drages, que nos levam a concluir que, das duas uma: ou num dado
momento existiu, como alguns acreditam, um animal que era
semelhante a um drago, ou tais representaes poderiam vir da
tradi~o de geraes e geraes representando Samael.
Yovelim (Jubileus) afirma que esses anjos levaram o homem idolatria.
Com a destruio do reinado das trevas sobre o monte santo e sobre a
Terra, Samael foi destronado e o Eterno comea a preparar o Seu
Reinado.
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como se, aps essa batalha na Terra nas suas geraes primitivas, o
Eterno dissesse: agora Eu mesmo governarei sobre a Terra.. Assim, o
Eterno estabelece o Gan Eden (Paraso) e gera uma gerao de
homens Sua prpria imagem e semelhana (espiritualmente) para
com Ele reinar a partir do Gan Eden.
Aqui entramos, portanto, na segunda motiva~o de Samael, que o
cime dessa nova criao do Eterno. Vale ressaltar que at o momento,
o homem no era uma criatura muito importante, do ponto de vista da
conjuntura da oposio entre os poderes celestiais.
Este cime de Samael pode ser por v|rios motivos: primeiro pode ser
pela importncia que o Eterno deu ao homem, que passou a ser o
centro da cria~o. Samael pode ter pensando: Que aud|cia do Eterno
colocar como governante aqueles seres desprezveis!
Um segundo motivo de cime pode estar no fato de que este novo
homem feito, espiritualmente, imagem e semelhana do Eterno,
adorava exclusivamente a Ele. Samael queria ser adorado tambm por
aquela gerao do Gan Eden.
Um terceiro motivo pode ter sido por conta do fato do Eterno atribuir
a outros anjos a tarefa de cuidar de sua nova criao especial, por
exemplo.
Pode ser que um dos motivos acima tenha sido o verdadeiro. Pode ser
que fosse uma combinao de todos. Pode ser ainda algo muito
diferente. Mas o importante : Essencialmente, h o cime.
Ele ento passa, de gerao em gerao, a tentar destruir o homem de
diversas maneiras.
E, obviamente, o que ele quer voltar a estabelecer seu trono no
monte sagrado, e ser adorado pelos homens. O trono dele
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anteriormente era o trono de um governo representativo, autorizado
pelo Eterno aos seus arcanjos para governarem em Seu nome. A
vaidade de Satan o consumiu, e evidentemente ele agora deseja um
trono absolutamente desengajado de qualquer propsito. Ele quer ser,
em termos bem simples, a maior autoridade do universo.
H| um outro relato em Yovelim (Jubileus) que diz o esprito de
Mastema n~o reinara sobre eles, falando da gera~o de Avraham
Avinu:
O esprito de Mastema no reinara sobre eles, ou sobre a tua
semente, para te fazer desviar do Eterno, que teu Elohim agora e
para sempre. E que seja o Elohim por ti um Pai e que tu possas ser
como um primognito para Ele e que Ele possa ser um Pai para teu
povo para sempre.
Temos aqui tambm o texto de Lucas 10:
18 Respondeu-lhes ele: Eu via Satan, como raio, cair do cu.
19 Eis que vos dei autoridade para pisar serpentes e escorpies, e
sobre todo o poder do inimigo; e nada vos far dano algum.
Como dissemos no estudo em Apocalipse/Guilyana, serpentes e
escorpies s~o poderes espirituais e nada tem a ver com o que
feito nos EUA, onde h igrejas e cultos de pessoas que trazem
serpentes e escorpies para pisarem em cima.
O texto aqui sobre poderes espirituais cados, da mesma forma que
Satan caiu como raio do cu.
Voltando para a batalha espiritual, se formos para Apocalipse/Guilyana
12:
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07 Ento houve guerra no cu: Micha'el e os seus anjos batalhavam
contra o drago. E o drago e os seus anjos batalhavam,
08 mas no prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou no cu.
09 E foi precipitado o grande drago, a antiga serpente, que se
chama o Enganador e Satan, que engana todo o mundo; foi
precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com ele.
A express~o antiga serpente ou antigo, no aramaico e hebraico
tem a expresso becadmim/becadma entendido como nos
primrdios.
Aps isto, h a grande vitria:
10 Ento, ouvi uma grande voz no cu, que dizia: Agora chegado
o livramento, e o poder, e o reino do nosso Elohim, e a autoridade
do seu Mashiach; porque j foi lanado para baixo o Acusador de
nossos irmos, o qual diante do nosso Elohim os acusava dia e
noite.
11 E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu
testemunho; e no amaram as suas vidas at a morte.
Aps temos a expresso no aramaico Akel Kartsa, ondel Akel
acusador e Kartsa devorador ou destruidor, que juntos formam
a express~o aquele que acusa para destruir o qual seria
figurativamente como um advogado de acusa~o, ou um
promotor.
Esta a dupla funo dele: acusar para destruir. Acusar tanto no
sentido de dizer ao Eterno o quanto o ser humano falho, como temos
em J/Yov; mas tambm a idia de blasfmia, como na carta Yehud
(Judas), onde no ousou preferir uma blasfmia contra os filhos de
Israel. Tambm h est idia de blasfemar ou proferir maldies.
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E esse devorador ou destruidor, aquele que est pronto para
arregaar com tudo, quer vingana. Ele entende que, uma vez que
o reino dele foi arrasado pelo Eterno, ele tambm o direito ou o poder
para fazer o mesmo com o reino do Eterno.
Aqueles que venceram, diz o texto, venceram pelo sangue do Cordeiro
e pela palavra do seu testemunho. O que esta Palavra? Para os
leitores do primeiro sculo, no haveria dvida: a Tor.
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pesar da queda dos anjos ser assunto conhecido, pouca gente
sabe que a narrativa bblica nos d a entender que houve uma
segunda queda.
222
A
A S E G U N D A
Q U E D A D O S
A N J O S
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A Bblia nos revela duas situaes de pecado de anjos. A primeira
refere-se { rebeli~o dos anjos com Samael, e que foi mencionada
anteriormente.
A segunda, menos conhecida, ser abordada em duas partes:
Primeiramente, os eventos que levaram segunda queda e quem
esteve na liderana desta, Mais adiante estudaremos sobre a natureza
espiritual desses anjos cados, para que possamos entender como eles
agem e quais so os seus objetivos.
Ns temos trs fontes que falam muito fortemente desta segunda
queda dos anjos: a fonte primaria o Sefer Chanoch (Livro de Enoque)
que citado por Yehuda como sendo uma profecia, e era
evidentemente citado com Escritura. Considerando suas abundantes
citaes e referncias no chamado "Novo Testamento", hoje a maior
parte dos acadmicos entende que de fato esse livro tinha enorme
importncia no Judasmo do primeiro sculo. Semelhantemente, o livro
citado entre as obras cannicas tambm por alguns lderes nazarenos
histricos importantes, tais como com Hegsipo ou Clemente.
Sabe-se ento que era um livro que detinha autoridade de cnon e, por
uma serie de questes, acabou caindo do favor de alguns grupos
religiosos. Do ponto de vista do Judasmo tradicional e normativo,
apesar das histrias do Sefer Chanoch permanecerem em outras obras,
caiu de popularidade por profetizar fortemente acerca do Ben Adan
o Filho do homem, e obviamente que isto trazia um desconforto, pois o
Cristianismo j crescia e era uma ameaa exatamente na poca em que
o cnon judaico foi fechado.
Para a Igreja Romana, o livro era desconfortvel, pois o Sefer Chanoch
fortemente favorvel obedincia Tor e isto tambm no foi bem
visto numa poca em que a f estava, por assim dizer, sendo
desjudaizada e os mandamentos perdiam sua importncia teolgica.
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Mas, como disse, a histria desses anjos cados tambm preservada,
em igual teor, mas no igual em detalhamento, em outras fontes. Por
exemplo, existe uma obra muito importante que a Colet}nea de
Hagadot que foi organizada no inicio do sculo XX por um judeu
chamado Louis Ginsberg, menciona o relato dos anjos cados.
Temos tambm o Midrash de Azaz'el e Shemichazah, encontrado no
Zohar, onde praticamente h um relato paralelo a Chanoch, alm de
outras referncias da literatura judaica.
Em outras palavras: Mesmo que o Judasmo tradicional no reconhea
o Sefer Chanoch com um status de livro inspirado, como reconheciam a
maioria dos judeus daquela poca (o que evidenciado pelos achados
histricos e arqueolgicos dos essnios e dos nazarenos, por
exemplo), este relato em particular (acerca dessa queda dos anjos)
uma unanimidade em todos os crculos judaicos. Ou seja, a fonte pode
ser diferente, mas a histria a mesma.
Em Gnesis/Bereshit 6 temos:
1. E aconteceu que, como os homens comearam a multiplicar-se
sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas,
2. Viram os filhos de Elohim que as filhas dos homens eram
formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que
escolheram.
3. Ento disse YHWH: No contender a minha Ruach para sempre
com o homem; porque ele tambm carne; porm os seus dias
sero cento e vinte anos.
4. Havia naqueles dias Nefilim habitavam na terra; e tambm
depois, quando os filhos de Elohim entraram s filhas dos homens
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e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na
antiguidade, os homens de fama.
5. E viu YHWH que a maldade do homem se multiplicara sobre a
terra e que toda a imaginao dos pensamentos de seu corao era
s m continuamente.
6. Ento arrependeu-se YHWH de haver feito o homem sobre a
terra e pesou-lhe em seu corao.
7. E disse YHWH: Destruirei o homem que criei de sobre a face da
terra, desde o homem at ao animal, at ao rptil, e at ave dos
cus; porque me arrependo de os haver feito.
8. Noach, porm, achou graa aos olhos de YHWH.
Temos aqui uma clara associao entre a iniqidade e maldade que
crescia na terra com a existncia dos nefilim. O termo nefilim
significa literalmente gigante. A Tor| nos diz que os nefilim eram
filhos dos filhos de Elohim [Bnei Elohim] com as mulheres da Terra.
O terno Bnei Elohim um termo que nas Escrituras aplicado quase
que exclusivamente aos anjos. Portanto, eram anjos que vieram
Terra, adquiriram forma fsica e se profanaram com as mulheres.
O interessante que at mesmo Yeshua comenta que aos anjos no foi
dado esse tipo de unio carnal, quando os tsedukim (saduceus)
perguntam a Ele sobre a ressurreio e Ele diz que na ressurreio no
seramos dados em casamento porque todos seriam como os anjos.
Ou seja, os anjos no foram criados com esta finalidade, e muito menos
ainda com a finalidade de se contaminarem com outra espcie, a saber,
com as mulheres dos seres humanos.
Sabemos que os anjos eram capazes de assumir a forma fsica de
homens e se comportarem como tais, conforme vemos, por exemplo,
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no relato de Bereshit/Gnesis 18, onde os anjos comem com Avraham
(Abrao). Mesmo assim, uma habilidade dada com o propsito
especfico de interagir com a humanidade a pedido de Elohim, e no
algo dado para que os anjos buscassem experimentar da carnalidade.
No , portanto, difcil compreendermos a ira de Elohim para com
esses anjos. Em sendo espirituais, trocaram sua glria pelo prazer
carnal.
Se olharmos para dois textos no Ketuvim Netzarim, os denominados
"Novo Testamento", em Yehuda 1, no mesmo texto que fala de
Chanoch fala:
06. aos anjos que no guardaram o seu principado, mas deixaram a
sua prpria casa, ele os tem reservado em prises eternas na
escurido para o juzo do grande dia,
Isto uma referncia direta a estes anjos, pois menciona os anjos que
deixaram suas habitaes, ou seja, deixaram as habitaes nas regies
celestiais. N~o o caso dos anjos que se rebelaram com Samael, mas
sim anjos que se rebelaram nesse exato momento, tal como a Tor
assim o descreve.
Em 2 Pedro/Kefah Beit 2:
04 Porque se Elohim no poupou a anjos quando pecaram, mas
lanou-os no Tachti e os entregou aos abismos da escurido,
reservando-os para o juzo;
O Tachti seria o nvel mais baixo do She'ol ou Lugar dos Mortos.
Obviamente, a Morte significa um afastamento da Fonte da Vida
que o Eterno; e o local onde a habitao do trono de Satan
chamado de Tachti, ou algumas tradues o chamam de t|rtaro.
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o ultimo nvel do She'ol e onde os anjos foram jogados. H, inclusive,
uma referncia a isto no Sefer Chanoch.
A Narrativa da Segunda Queda
Esses anjos que participaram na segunda queda faziam parte de um
destacamento especial: eram conhecidos Sentinelas. Eles tinham por
objetivo vigiar a Terra; haviam sido apontados com o objetivo de serem
uma espcie de supervisores da cria~o do Eterno. Seu objetivo era
assegurar o shalom na Terra, cuidar dos seres humanos, como que
pastores, zelando por seu desenvolvimento espiritual, conforme relata
Yovelim/Jubileus 4:15-16:
... nos seus dias os anjos de YHWH desceram sobre a terra,
aqueles que so chamados Sentinelas, para que pudessem instruir
os filhos dos homens, e para que trouxessem justia e retido
sobre a terra.
Porm, os anjos no cumpriram sua misso. Segundo o Sefer Chanoch,
temos a partir do capitulo 6:
1 E sucedeu que, quando os filhos dos homens haviam se
multiplicado, naqueles dias lhes nasceram filhas belas e graciosas.
2 E os anjos, os filhos do cu, as viram e cobiaram, e disseram uns
aos outros: "Vinde, escolhamos esposas para ns dentre os filhos
dos homens e geremos filhos."
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Aqui uma observao: algum pode se perguntar: Afinal de contas, por
que que os anjos decidiriam, de uma hora para a outra, se unirem s
mulheres? O que teria acontecido que eles se unissem as mulheres?
Existem duas possveis explicaes a isto: uma delas, se olharmos
apenas para a narrativa do Sefer Chanoch de que as mulheres eram
muito formosas e os anjos cobiaram pelas suas belezas.
Contudo, no livro de Louis Ginsberg, que comentamos anteriormente,
chamado de Lendas dos Judeus, compreendemos que a tradi~o
judaica indica que quando a gerao do dilvio comeou a praticar a
idolatria, Elohim teria ficado profundamente entristecido. Ento dois
anjos, Shemichaza e Azazel, teriam dito: Senhor do mundo,
aconteceu exatamente como ns havamos previsto na criao, que os
homens se corromperam, como havamos dito a Ti, de por que se
ocupar com os homens. A isto, Elohim teria respondido o que ser|
do mundo sem o homem? Ao que os anjos teriam afirmado:
ocuparemos ns mesmos o mundo e o dominaremos e n~o haver|
mais iniqidade conceda a ns permisso para habitarmos entre os
homens e ns santificaremos o Teu Nome.
Por essa verso, o Eterno teria concedido o desejo desses anjos e, ao
fazer isto, teria o prprio Eterno alertado que os anjos poderiam ser
corrompidos. Eles, porm, no se preocuparam com isso teriam
descido e depois de ver a beleza das mulheres, teriam se enamorado
delas.
Embora o Sefer Chanoch no mencione este suposto detalhe prvio,
ele tambm no o contradiz. No h como dizermos o que realmente
ocorreu com certeza. S sabemos que essa segunda queda de alguma
forma se associa aos anjos terem cobiado as mulheres.
Uma obra crist~, denominada O Conflito de Ad~o e Eva com Satan,
aproximadamente do sculo V, oferece uma leitura curiosa sobre como
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teria se processado o intercurso: Ao invs dos anjos terem tomado a
forma de homens (embora pudessem faz-lo, como vimos na Tor),
eles teriam possudo os corpos dos descendentes de Cayim. A cpula
em meio possesso demonaca no idia sem precedentes
sabemos que at os dias de hoje ocorrem em locais onde h prtica de
magia negra. No podemos afirmar que foi necessariamente assim que
ocorreu, mas certamente uma idia possvel.
E por fim temos este relato da tradio judaica que seria o prprio
Eterno que teria os transformado em seres carnais.
Qualquer dessas leituras seria possvel de se encaixar com o relato do
Sefer Chanoch.
Como so detalhes muito incertos, estamos relatando as diferentes
vertentes de pensamento sobre elas, e cada um pode entender da
forma que lhe fizer mais sentido, pois no algo que muda muita coisa
dentro do contexto geral do estudo. Continuemos a leitura do Sefer
Chanoch:
3 E Shemichazah, que era o lder deles, disse a eles: "Temo que vs
no concordeis de fato em fazer tal coisa, e que eu sozinho tenha
que pagar a punio de um grande pecado."
Aparece aqui j um segundo anjo que vamos falar, que Shemichaza,
que significa o meu nome forte. O nome pode dar um indcio de ser
um anjo com um ego bastante inflado.
Aqui, o texto diz que os anjos esto reunidos querendo tomar para si
mulheres e Shemichaza diz algo como: tudo bem, mas eu n~o vou
fazer isto sozinho. Continuemos:
4 E todos eles responderam a ele e disseram: "Ns faremos um
juramente, e nos obrigaremos por maldies para no
abandonarmos este plano, mas para fazermos tal coisa."
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5 Ento eles fizeram juramento juntos e se obrigaram por
maldies sobre ele.
6 E eles eram ao todo duzentos, eu desceram nos dias de Yared ao
cume do monte Hermon, e eles o chamaram de monte Hermon,
porque haviam jurado e se obrigado por maldies sobre ele.
7 E estes so os nomes dos seus lderes: Shemichazah, o lder deles,
Ar'tekif, segundo a partir dele, Ram'tel, terceiro a partir dele,
Kokav'el, quarto a partir dele, Tami'el, quinto a partir dele, Ram'el,
sexto a partir dele, Dani'el, stimo a partir dele, Zik'el, oitavo a
partir dele, Barak'el, nono a partir dele,
8 Azaz'el, dcimo a partir dele, Hermoni, dcimo-primeiro a partir
dele, Matr'el, dcimo-segundo a partir dele, Anan'el, dcimo-
terceiro a partir dele, Situa'el, dcimo-quarto a partir dele,
Shimsh'el, dcimo-quinto a partir dele, Sahr'el, dcimo-sexto a
partir dele, Tam'el, dcimo-stimo a partir dele, Tur'el, dcimo-
oitavo a partir dele, Yam'el, dcimo-nono a partir dele, Zohari'el,
vigsimo a partir dele. Estes so os seus chefes das dezenas.
Eram vinte anjos, dispostos uma certa ordem (ranking), e o lder deles
era Shemichaza. J no captulo 7, lemos:
1 E todos os outros junto com eles tomaram para eles mulheres
dentre todas, e cada um escolheu para si uma, e eles comearam a
coabitar com elas, e a se profanarem com elas, e eles ensinaram a
elas magia e encantamentos, e o cortar razes, e as tornaram
familiarizadas com as plantas.
Aqui est a origem da bruxaria, que foi ensinada aos homens por esses
anjos. fato que alguns desses anjos eles comearam a ensinar s
mulheres que tomaram por esposas alguns poderes espirituais.
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Comearam a ensinar-lhes segredos, encantamentos e, obviamente,
tudo que havia de maligno e proibido visto que os anjos eram
conhecedores tanto do bem quanto do mal.
Os anjos tm um conhecimento do mundo espiritual que muito
distinto do nosso e absolutamente superior ao nosso. E eles sabiam,
dentre outras coisas, como manipular o mundo espiritual.
Ensinaram os anjos s mulheres a manipular o nosso mundo fsico a
partir do mundo espiritual. E aqui foi a origem da magia e da bruxaria
nessa gerao de homens criados aps o Gan Eden:
2 E elas engravidaram, e geraram grandes gigantes, cuja altura era
de trs mil cbitos, e no havia nascido na terra filhos de fora
equiparvel deles.
3 E eles devoravam tudo o que os homens produziam. E quando os
homens no mais conseguiram lhes prover,
4 os gigantes se voltaram contra eles e devoraram a humanidade.
5 E eles comearam a pecar contra aves, e feras, e rpteis, e peixes,
e a devorar a carne um do outro, e a beber o sangue.
6 E a terra apresentou acusao contra os transgressores da Tor
acerca de todas as coisas que eram feitas sobre ela.
Vale aqui uma observao:
Estes cbitos aqui evidentemente no so a mesma unidade de medida
descrita na Tor. Devemos considerar no apenas as diferentes
unidades de medida adotadas nos diferentes sculos, como tambm
devemos considerar o fato de que a traduo do hebraico para o
grego/aramaico e posteriormente para o etope provavelmente
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responsvel pela falta de clareza concernente real altura dos
gigantes.
Felizmente, a Bblia preserva a altura dos gigantes em outros relatos.
Pela historia de David e Goliat (Golias), temos que os gigantes
deveriam ter de trs a seis metros de altura; Certamente que, por sua
estatura, rapidamente os nefilim se tornaram extremamente
poderosos sobre os homens.
Esses filhos dessas mulheres com os Sentinelas se tornaram
poderosos pela sua fora fsica e comearam a demandar recursos das
naes, sendo insaciveis, o que acabou gerando toda a questo
presente na narrativa acima. provvel que tenham dado origem,
inclusive, a rituais de canibalismo naquela gerao.
A razo de sua insaciabilidade, fora o seu tamanho descomunal, no
dita. Podemos apenas especular. Meu palpite (e deixo claro ser esta
apenas uma suposio) de que talvez pela prpria aberrao de seu
nascimento, sua vida possusse certa fragilidade, visto que foi vida
gerada por esses anjos, que no tinham todo o domnio sobre a vida e
a criao da mesma, que o Eterno tem.
interessante observar que esse palpite no seria estranho,
considerando que at hoje vemos que espcies hbridas possuem
algumas fragilidades e/ou limitaes em sua constituio fsica. Talvez
a dos nefilim estivesse no sentido da preservao da homeostase de
seus corpos. Continuemos no captulo 8:
1 E Azaz'el ensinou aos homens a fazerem espadas de ferro, e facas,
e escudos, e peitorais de bronze, e os fez conhecerem os metais
que so escavados da terra, e a arte de trabalhar o ouro, e o
conhecimento da prata, e braceletes, e ornamentos, e o
conhecimento do antimnio, e da sombra dos olhos, e de todo tipo
de pedras preciosas, e todas as tinturas coloridas.
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2 E eis que se levantou grande iniqidade, e sendo mpios, foram
desviados, e se tornaram corruptos em todos os seus caminhos.
Aqui j temos uma men~o a Azazel, que o terceiro anjo sobre o qual
vamos falar nesta parte do estudo. Azazel, que mencionado inclusive
na Tor (vide Lv. 16:8,10,26) juntamente com Heilel/Samael e
Shemichaza, formam a trade ou trindade do mal.
O termo Azazel vem da raiz az que significa fora ou coragem,
o que poderia significar algo como o El forte ou o El corajoso,
embora alguns interpretem como arrogante contra El.
Todas essas referncias se encaixam bem, pois Azazel era um
comandante das foras angelicais, comandava muitas tropas de anjos,
e certamente foi tomado pela arrogncia de seu ego, a ponto de se
insurgir contra o Eterno.
Vimos at aqui que os trs anjos, esses trs chefes, tinham algo em
comum: a arrogncia, a mania de grandeza e o orgulho. Isto nos
mostra qual pode ser uma das principais origens e fonte do mal, e nos
alerta para estarmos em constante viglia de nossos prprios egos.
Naquela gerao pr-diluviana, Azazel ensinou os homens a
guerrearem, e as mulheres a seduzirem, como forma de exercer algum
tipo de domnio sobre os homens. Continuemos:
3 Shemichazah ensinou encantamentos, e o cortar razes, Hermoni
o desfazer encantamentos, Barak'el ensinou os sinais de troves,
Kokav'el as constelaes das estrelas, Zik'el os sinais de luz, Ar'tekif
os sinais da terra, Shimsh'el os sinais do sol, e Sahri'el os sinais da
lua. E eles comearam a revelar estes segredos s suas esposas.
4 E como parte da humanidade estava perecendo na terra, eles
pranteavam, e o seu pranto subiu at o cu.
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Aqui vemos que esses anjos ensinaram a fazer e desfazer, isto ,
essencialmente magia.
Aqui vemos tambm a origem da astrologia, isto , do imaginar que os
astros poderiam ter alguma influencia sobre o destino dos homens, e
as praticas de adivinhaes correlatas.
Vale ressaltar que, como vimos anteriormente, os
corpos celestiais so governados pelos anjos. Assim
sendo, a astrologia seria, de certa forma, uma
idolatria indireta aos prprios anjos.
Os sinais da terra representam a adorao aos
elementos da terra, tais como o pantesmo, a
bruxaria, entre outros. Isto tambm foi ensinado
quela gerao por intermdio desses anjos cados.
A Reao dos Arcanjos
O Sefer Chanoch, no captulo 9, nos apresenta a reao dos demais
arcanjos de Elohim:
1 E ento Micha'el, Uri'el, e Gavri'el olharam para baixo, desde o
Santurio Celestial, e viram o quanto de sangue era derramado
sobre a terra, e toda terra estava coberta de transgresso da Tor
e de violncia de modo que o pecado operava sobre ela.
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2 E ao ouvirem [o pranto], os quatro foram e disseram entre eles:
"A voz e o choro dos filhos dos homens perecendo alcana os
portes do cu.
3 E agora perante vs, os santos do cu, as almas dos homens
fazem petio e dizem: "Levai nossa causa perante o El-Elyon."
4 E Refa'el e Micha'el disseram ao Adon HaOlam: "Nosso Grande
Adon, Tu s o Adon HaOlam, Adonei HaAdonim, Elohei HaElohim,
Melech HaM'lachim, e Elohim HaOlam, o trono da Tua glria
permanece por todas as geraes dos sculos, e o Teu Nome
sagrado e glorioso e bendito por todos os sculos!
5 Tu fizeste todas as coisas, e tu tens poder sobre todas as coisas: e
todas as coisas so reveladas e abertas perante a Tua viso, e Tu
vs todas as coisas, e nada pode se ocultar de Ti.
Aqui cabe um pequeno parntesis interessante: Reparem como esses
anjos, que na verdade so arcanjos ou chefes de anjos das mais altas
ordens celestiais, entram na presena do Eterno em profunda
reverncia e adorao a Ele.
Isto algo que chama nossa ateno, pois s vezes comeamos a orar
j| dizendo Senhor, faz isto... como se estivssemos falando com um
amigo da esquina, e no com o Senhor do Universo!
Ora, se os anjos, com seu profundo relacionamento e proximidade com
o Eterno, tm esta postura de profunda reverncia ao falar com o
Eterno, quo maior deve ser a nossa prpria reverncia a Ele.
No estamos aqui propondo frmula de orao, mas procurando
apenas aprender com a postura dos anjos sobre como podemos ter
uma postura de maior humildade e reconhecimento perante Ele.
Continuemos:
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6 Tu vistes o que Azaz'el tem feito, e como ele ensinou toda
iniqidade na terra e revelou os segredos eternos que esto no
cu, os quais os homens estavam praticando.
Temos aqui um dos que mais aprontou, pois alm da guerra e da
seduo, Azazel ensinou aos homens a transgredirem o culto ao
Eterno, buscando uma relao com o mundo espiritual que era
diferente daquela que o Eterno havia determinado.
7 E Shemichazah, a quem Tu concedeste autoridade para reinar
sobre seus companheiros.
Temos dois anjos mencionados aqui, Shemichaza como lder e Azazel,
como o pior dentre os demais:
8 E eles foram at as filhas dos homens sobre a terra, e dormiram
com as mulheres, e se profanaram, e revelaram a eles toda sorte de
pecados.
9 E as mulheres conceberam gigantes, e toda a terra est portanto
repleta de sangue e iniqidade.
10 E agora, eis que as almas daqueles que morreram esto
pranteando e apresentando a sua causa aos portes do cu, e o seu
lamento ascendeu, e no pode cessar por causa das obras de
transgresso Tor que so operadas na terra.
11 E Tu conheces todas as coisas antes de ocorrerem, e Tu vs tais
coisas e Tu sofres, e Tu no nos disseste o que devemos fazer
acerca destas."
Os anjos vo buscar do Eterno a instruo de qual seria a punio por
esta segunda queda.
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A ttulo de curiosidade, vale mencionar que um dos pecados adicionais
ensinados pelos Sentinelas s mulheres (citado no captulo 68) o
ensinamento de como a matarem seus bebes antes de nascerem.
A Punio da Segunda Queda
Continuando no captulo 10, temos o seguinte:
1 Ento disse o El-Elyon, o Grande e Sagrado falou, e enviou Uri'el
ao filho de Lamech
2 e disse a ele: "Vai at Noach e diz a ele em Meu Nome: 'Esconda-
te' e revela a ele que o fim se aproxima; que toda terra ser
destruda, e um dilvio est por vir sobre toda a terra e destruir
tudo o que nela est.
3 E agora instui ao homem justo para que ele possa escapar, e ao
filho de Lamech para preservar a sua alma para a vida, e escapar
permanentemente. E dele ser plantada uma planta e a sua
semente ser preservada por todas as geraes do mundo."
4 E novamente YHWH disse a Refa'el: "Amarra a mos e o p de
Azaz'el, e lana-o na escurido. E faz uma abertura no deserto, o
qual em Dudael, e lana-o l dentro.
5 E coloca sobre ele rochas duras e espinhosas, e cobre-o com
escurido, e que ele l habite para sempre, e cobre a sua face para
que no veja a luz.
6 E no dia do grande juzo ele ser lanado no fogo.Nesta passagem
Azazel amarrado por Refael e lanado no deserto.
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Por que seria Refael encarregado de prender Azazel?
Afinal, Refael, segundo n~o apenas o relato bblico de Toviyah (Tobias)
e a tradio judaica, mas tambm pela prpria etimologia de seu nome
(cura de El), um arcanjo responsvel por ministrar cura aos homens.
Justamente porque a obra de Azazel gerou toda uma nova gama de
enfermidades espirituais sobre os homens. Este lidar com o mundo
espiritual por uma via tortuosa diferente da questo da idolatria.
Uma coisa o falso culto, j praticado anteriormente pelos homens.
Outra, todavia, a manipulao das regies e poderes celestiais por
meio de magia e bruxaria, que Azazel ensinou.
Essa nova fonte de doenas espirituais surgiu pela abertura de um
canal espiritual tortuoso. Isto demandava uma cura. E esta a razo
pela qual a reao se deu atravs de Refael.
Aps isto, Azazel colocado no deserto e coberto de rochas.
justamente deste fato que se origina o ritual do dia de Kipur. Nele,
atribuda a Azazel toda a iniqidade que lhe seria imputada. O rito de
Kipur, com o lanamento do bode para Azazel, que se despencava nas
duras rochas justamente no local onde Azazel fora preso. No
ritual, o pecado do povo era imputado a Azazel atravs deste ato
simblico, pois foi ele o principal responsvel pelo ensino da
desvirtuao dos caminhos espirituais.
O imputar o pecado a Azazel n~o era entendido como uma forma de
livrar a responsabilidade do homem, nem tampouco era Azazel a fonte
da expiao do pecado o pecado de Kipur era expiado atravs do
sacrifcio do outro bode. Esse imputar o pecado a Azazel tem o sentido
de reconhecer a co-responsabilidade de Azazel na culpa pela
desvirtuao da humanidade.
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Vale ressaltar que a raz Az tambm usada para
a palavra bode. Na cultura canania, e isso pode
ser visto ao longo da Bblia, havia os chamados
seirim, que eram demnios que tinham aparncia de
bodes.
possvel que na origem disso esteja o culto a
Azazel. O interessante que, quando os cruzados,
que haviam estado na regio de Israel na Idade
Mdia, foram torturados para confessar seus supostos
crimes contra a Igreja de Roma, alm das confisses
esperadas, todos mencionaram um nome curioso:
Bafomet.
At hoje, alguns grupos que se dizem descendentes,
dos cruzados, como maonaria, o rosa-crucianismo,
entre outros, fazem juramentos no altar de Bafomet,
representado por um bode. Curiosamente, muitas das
representaes de Bafomet trazem em sua imagem um
pentagrama, que um dos principais smbolos da
bruxaria. E como vimos, de fato a bruxaria oriunda
dos ensinamentos de Azazel.
Continuando, o Eterno fala a Refael:
7 E cura a terra que os anjos corromperam, e proclama a cura da
terra, para que eles possam curar a praga, e para que nenhum dos
filhos dos homens venha a perecer atravs de todas as coisas
secretas que as Sentinelas revelaram e ensinaram aos seus filhos.
8 E toda a terra se corrompeu atravs das obras que foram
ensinadas por Azazel: a ele atribui todos os pecados."
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9 E a Gavri'el, YHWH disse: "Procede contra os bastardos e contra
os perversos, e contra os filhos da prostituio: e destri os filhos
das Sentinelas dentre os homens. Manda-os um contra o outro
para que possam se destruir mutuamente em uma guerra de
destruio: e eles no tero dias extensos.
10 E nenhum dos pedidos que os pais deles fizerem ser concedido
em favor deles. Pois eles esperam viver uma vida eterna, e que
cada um deles viver quinhentos anos."
Uma das coisas que o Sefer Chanoch nos revela que os Sentinelas
tinham grande apreo por seus filhos, os Nefilim, e que tentaram pedir
por eles, para que fossem livrados da destruio. Os pedidos, todavia,
so negados.
O Espr i to do Falso Mashiach
O texto do Sefer Chanoch continua:
11 E YHWH disse a Micha'el: "Vai, e informa a Shemichazah e a seus
companheiros que se uniram s mulheres de modo a se
profanarem com elas em toda a sua imundcia.
12 E quando os filhos deles morrerem, e eles tiverem visto a
destruio dos seus amados, amarra-os firmemente por setenta
geraes nos vales da terra, at o grande dia do juzo e da
consumao deles, at o juzo que permanente for consumado.
13 Naqueles dias eles sero conduzidos ao abismo de fogo, e ao
tormento e a priso na qual sero confinados permanentemente.
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14 E todo o que existir, que ser condenado e destrudo, ser ento
amarrado junto a eles at a destruio de toda a sua gerao e, no
momento do juzo que Eu proferirei, perecero por todas as
geraes.
15 E destri todos os espritos dos perversos e dos filhos das
Sentinelas, porque fizeram mal humanidade.
16 E destri o mal da face da terra e que toda obra maligna cesse. E
que a planta da justia e da verdade aparea, e ela provar ser
bendita. As obras da justia e da verdade sero plantadas em
verdade e jbilo para sempre.
17 E ento todos os justos escaparo, e eles vivero at gerarem
milhares. E todos os dias de sua juventude e de sua idade avanada
sero completados em shalom.
18 E ento toda a terra ser preenchida de justia, e ser
totalmente plantada de rvores e ser plenamente abenoada.
19 E todas as rvores sero plantadas nela, e eles plantaro videiras
nela. E a videira que eles plantarem produziro vinho em
abundncia; e quanto a toda semente que semeada nela, cada
medida gerar mil, e cada medida de oliva gerar dez pores de
leo.
20 E limpa tu a terra de toda opresso, e de toda injustia, e de
todo pecado, e de toda iniqidade. E destri toda impureza que
operada, removendo-a de sobre a terra.
21 E todos os filhos dos homens se tornaro justos, e todas as
naes oferecero reverncia e Me louvaro, e todos Me adoraro.
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22 E a terra ser purificada de toda profanao, e de todo pecado,
e de toda punio, e de todo tormento, e Eu nunca mais enviarei
[um dilvio] sobre ela de gerao a gerao para sempre.".
Atentemos ao passuk (versculo) 12. O Sefer Chanoch diz que os demais
Sentinelas tambm seriam amarrados, assim como Azazel. Portanto,
Shemichaza e os demais tambm foram amarrados e aprisionados, por
setenta geraes. Ora, se contarmos setenta geraes a partir de
Chanoch, chegamos concluso que exatamente uma gerao aps
Yeshua e os Emissrios!
Depois disto, na septuagsima gerao, foram soltos os Sentinelas, isto
, Azazel, Shemichaza e os demais anjos cados.
Mas ser que temos alguma coisa que indique que, de fato, aps
aquele momento, a iniquidade aumentou sobre a terra?
A resposta afirmativa. Pois esse libertar dessa gerao coincide
exatamente coincide com a morte de Yaakov HaTsadik, o fim da
gerao dos ltimos emissrios de Yeshua, e a destruio do Templo
de Yerushalayim (Jerusalm). Vale at mesmo ressaltar que, desde tal
momento, o ritual de envio do bode a Azazel n~o mais foi praticado,
desde ento.
E mais, Hegsipo, um dos primeiros seguidores de Yeshua, diz que:
At aquele perodo [o final da vida dos primeiros
Emissrios] a Assemblia permaneceu como uma virgem
pura e incorrompida, pois se havia algumas pessoas
dispostas a manipular a regra plena da proclamao da
salvao, eles ainda andavam ocultados em lugares escuros
de confinamento ou outros.
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Mas quando o bando sagrado dos Emissrios havia, de
diversas formas, cessado de viver, ento a gerao de
homens para quem havia sido confiado ouvir a sabedoria do
Eterno com seus prprio ouvidos passou. Ento esta
confederao de iniqidade se levantou atravs do engano de
falsos mestres que, vendo que nenhum dos Emissrios
sobrevivia mais, tentaram largamente erguerem suas cabeas
em oposio proclamao da verdade, ao proclamarem um
conhecimento que falsamente deram a si.
Isto coincide com 2 Tessalonicenses - Tessalonissayah Beit, 2 que diz
assim:
07 Pois o mistrio da ira contra a Tor j opera; somente h um
que agora o detm at que seja posto fora;
Neste trecho, Shaul (Paulo) fala claramente de Yaakov HaTsadik,
apesar de alguns autores afirmarem erroneamente que seriam o
Esprito Santo. Yaakov HaTsadik, enquanto estava vivo, era respeitado
como lder da kehil (assemblia) e perseverava por manter pura a f
em Yeshua. O texto de Shaul (Paulo) continua:
08 e ento ser revelado o inimigo da Tor, a quem o Senhor
Yeshua matar como o sopro de sua boca e destruir com a
manifestao da sua vinda;
09 a esse inimigo da Tor cuja vinda segundo a eficcia de Satan
com todo o poder e sinais e prodgios de mentira,
10 e com todo o engano da oposio a Tor para os que morrem,
porque no receberam o amor da verdade para serem salvos.
Quem ento este inimigo da Tor no Sefer Chanoch?
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Ora, Yeshua nos revela em Matitiyahu (Mateus) 24 que os ltimos dias
seriam como nos dias de Noach:
37 Pois como foi dito nos dias de Noach, assim ser tambm a
vinda do Filho do homem.
Como vimos, nos dias de Noach, a prpria Tor nos revela que as
Sentinelas causaram estragos inimaginveis. E o Sefer Chanoch nos
revela que havia um que era conhecido como o inquo, aquele a
quem a iniquidade fora imputada. Esse exatamente Azazel!
No difcil percebermos que o esprito do Falso Mashiach, o chamado
anti-cristo, exatamente o esprito de Azazel aquele que, desde o
princpio, ensinou os homens a desvirtuarem a Tor e os caminhos
celestiais!
Podemos, portanto, perceber que a discuss~o de se o anti-cristo vir
literalmente como homem, ou apenas a personificao de um poder,
se torna secund|ria em relev}ncia. Afinal, Azazel, o esprito do falso
mashiach, j est sendo adorado aqui e agora, e age em meio
humanidade desde que foi libertado pouco aps a vinda de Yeshua.
Ser coincidncia que Yeshua veio estabelecer um caminho de salvao
para a humanidade imediatamente antes desses anjos serem
novamente libertos de seus grilhes?
No sabemos e nem esse o foco de nossa obra - se de fato Azazel
tomar novamente a forma de um homem, ou se permanecer como
uma espcie de iminncia parda por traz de um sistema poltico-
religioso. Todavia, isto no muda a verdade que est por vir. A verdade
que muito em breve viveremos o domnio e a fria de Azazel contra
aqueles que se recusam a se dobrarem perante ele.
Ser| que igualmente surpreendente que Azazel esteja por traz da
bruxaria, das guerras e da seduo e que nos dias de hoje estejamos
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vendo cada vez mais permear de bruxaria, cada vez mais guerras e que
a sexualidade esteja hoje atingindo seus nveis mais perversos? Ser
coincidncia, ou ser um indcio de que nos aproximamos do pice do
Reino de Azazel?
No estudo dos Selos de Apocalipse/Guilyana, vimos como na ocasio da
vinda de Yeshua at o final dos Emissrios, foi oferecido o Reino do
Eterno a Israel. Caso no aceitassem, como de fato no aceitaram,
seria oferecido de novo para outra gerao.
Se Israel tivesse aceitado o Reino, o final do perodo das setenta
geraes das sentinelas teria justamente coincidido com o Dia do
Juzo, que anteceder o Reino de Yeshua.
Se isso tivesse ocorrido, e se a oferta do Eterno tivesse sido aceita,
ento as sentinelas no teriam tido liberdade para agir, pois seriam
imediatamente julgadas ao final do perodo estipulado das setenta
geraes. Como n~o houve a aceita~o do Reino, eles puderam sair
aps o perodo das setenta geraes, graas a esse um intervalo entre
a mensagem e a aceitao do Reino.
Em outras palavras, se vemos o mal se alastrar novamente sobre a
terra, s temos por culpar prpria teimosia do homem, que no se
dispe a seguir os caminhos de Elohim.
Podemos, portanto, dizer que estamos vivendo uma espcie de limbo
espiritual (falando figurativamente, e aproveitando a figura de
linguagem da palavra em questo) no sentido de que vivemos nesse
hiato do tempo. Como vimos em nosso estudo de Guilyana
(Apocalipse), por causa deste intervalo, a oferta do Reino ficou para
ser aceita novamente, em um perodo posterior. Isso nos d a idia da
responsabilidade que temos sobre ns.
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Satan e os Anjos da Segunda
Queda
No captulo 54, temos mais uma informao importante acerca do
destino dos anjos da segunda queda:1
4 E eu perguntei ao anjo de shalom que ia comigo, dizendo: "Para
quem so preparadas essas cadeias?"
5 E ele me disse: "Estas so preparadas para as hostes de Azaz'el,
para que possam tom-los e lan-los no abismo da condenao
completa, e eles cobriro suas mandbulas com pedras speras
conforme YHWH Tseva'ot ordenara.
6 E Micha'el e Gavri'el e Rafa'el e Penu'el os apreendero naquele
grande dia, e os lanaro naquele dia na fornalha ardente, para
que YHWH Tseva'ot se vingue deles por sua iniqidade em se
tornarem sujeitos a Satan e desviarem os que habitam na terra.
A partir do momento que estes anjos caram e se corromperam,
segundo o Sefer Chanoch, eles se tornaram sujeitos a Satan. Ento,
Heilel Ben Shachar acabou fazendo uma aliana com Shemichaza e
com Azazel. Esses dois ltimos se tornaram servos de Heilel/Samael.
Provavelmente, Samael os convenceu de que eles poderiam livrados
da punio caso se aliassem a ele. Certamente, Samael mostrou a eles
seu poderoso destacamento de anjos e props governarem juntos o
mundo, como uma espcie de aliana governamental: Uma trindade ou
trade de seres inquos que iriam governar o mundo.
Podemos, portanto, perceber que aps a gerao dos emissrios de
Yeshua, as hostes de Samael ganharam um reforo consider|vel dos
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Sentinelas e seus anjos. Mas, mesmo antes disso como veremos mais
adiante os Nefilim j| estavam { disposi~o de Samael, pois n~o foram
aprisionados juntamente como os Sentinelas.
No capitulo 69, h a meno dos Sentinelas agindo depois do juzo de
setenta geraes, isto , j no nosso tempo.
1 E depois desse juzo eles os aterrorizaro e os faro tremer,
porque revelaram isso queles que habitam sobre a terra.
2 E eis os nomes daqueles anjos, e estes so os seus nomes: O
primeiro deles Shemichazah, o segundo Ar'tekif, o terceiro
Ramt'el, o quarto Kokav'el, o quinto Tami'el, o sexto Ram'el, o
stimo Dani'el, o oitavo Ziki'el,o nono Barak'el, o dcimo Azaz'el, o
dcimo-primeiro Hermoni, o dcimo-segundo Matr'el, o dcimo-
terceiro Anan'el, o dcimo-quarto Sitwa'el, o dcimo-quinto
Shimsh'el, o dcimo-sexto Sahr'el, o dcimo-stimo Tam'el, o
dcimo-oitavo Tur'el, o dcimo-nono Yami'el, o vigsimo Zohari'el.
3 E estes so os chefes de seus anjos e os seus nomes, e os chefes
sobre cem e sobre cinqenta e sobre dez.
4 O nome do primeiro Yekon, isto , aquele que desviou os filhos de
Elohim, e os fez descer terra, e os desviou atravs das filhas dos
homens.
Estes j so anjos comandados destes anjos principais. Estes anjos
tinham destacamentos com quantidades de 100, 50 e 10 anjos.
Portanto, aqui j temos uma meno a uma outra srie de anjos que
praticaram outras iniqidades. Yekon provavelmente quem teve a
idia de descer a terra e tomar as filhas dos homens.
5 E o segundo era chamado Asbe'el: ele deu aos santos filhos de
Elohim conselho maligno, e os desviou para que profanassem seus
corpos com as filhas dos homens.
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6 E o terceiro era chamado Gadre'el: foi ele quem mostrou aos
filhos dos homens os golpes da morte, e desviou Chav, e mostrou
aos filhos dos homens os instrumentos de morte, e o escudo e a
cota de malha, e a espada para a batalha, e todas as armas de
morte aos filhos dos homens.
7 E de sua mo procederam contra aqueles que habitam na terra
desde aquele dia e para sempre
Vale aqui uma pequena observao: Quando o texto diz que
Gadre'el "desviou Chav [Eva]", trata-se de uma expresso
idiomtica que se refere ao fato de que este anjo teria desviado as
mulheres de sua gerao.
8 E o quarto era chamado Penemue: ele ensinou os filhos dos
homens [as ervas] doces e amargas, e ensinou a eles todos os
segredos de sua sabedoria.
9 Ele ensinou os homens a escreverem com tinta e perg