barroso - aoutravoz · personagens ocultas, à luz de velas, que provocaram muitos percalços e...

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Director: Carvalho de Moura Ano XXXII, Nº 504 Montalegre, 17.11.2016 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de i Campo de Tiro, mais uma obra da Câmara envolta em polémica Andando e rindo com vontade de chorar Barrosos da Fonte traz-nos hoje uma reflexão sobre a castanha e o castanheiro tão úteis e tão desprezados numa terra como a nossa que poderia plantar-se nas terras abandonadas. P3 As arteirices que se aproveitam dos inocentes bucolismos Em Currente Calamo, faz-se alusão às feiras das nossas terras e aos vendedores de banha da cobra que abusam da simplicidade do bom povo. P4 UMA ELEIÇÃO QUE ESTÁ A ABALAR O MUNDO! Domingos Chaves na sua crónica analisa um tema de ponta que é a eleição de Donald Trump presidente dos Estados Unidos. A democracia funcionou e o mundo não vai virar de pernas para o ar mas a Europa e o Ocidente mostram sinais de alguma preocupação. P7 Florescimento Monástico José Fernando Moura faz-nos uma descrição sobre S. Bento e a ordem dos beneditinos, monges que foram dos principais obreiros da civilização ocidental. P9 Educação Integral “(O ser humano) precisa de formação e de educação integral para conquistar a sua autonomia e saber viver uma liberdade responsável, para saber ser pessoa e viver em interação com os outros e com o mundo, se desenvolver e dar o melhor si, para ser um ser humano feliz e realizado”. Quem o diz é o Pe Vitor Pereira numa abordagem que faz à pertinente nota pastoral da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, para a Semana Nacional da Educação Cristã. Tema sempre actual e oportuno. P11 Cimeira da CPLP E Lita Moniz, a colaboradora emigrante do Brasil, esteve atenta à reunião magna da CPLP e ao comportamento do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa. P13 Banda de Música de Parafita em Concurso Internacional A Banda Musical de Parafita concorre, dia 26, pelas 15 horas, no 3.º concurso internacional de Bandas “Filarmonia D’Ouro”, a realizar no grande auditório do Europarque, em Santa Maria da Feira. Votos do maior sucesso são os votos do Notícias de Barroso! P12 O terceiro pilar e a política florestal de Orlando Alves O Dr Manuel Ramos, sempre atento a tudo o que se passa no concelho, vem denunciar o embuste que foi as plantações na Serra do Larouco. Também o Notícias de Barroso caiu no logro e, dada a importância do assunto, até colocou o título e correspondente imagem em destaque na primeira página. Em face da publicidade vinda a público em tudo quanto era meio de comunicação social, ficou-se com a ideia de que o Larouco ia ser reflorestado, mas não. Afinal, aquilo foi tão somente uma operação de charme, uma exposição para a ambicionada fotografia que vai logo para as redes siociais e é partilhada por muita boa gente incauta. Que pena! O Larouco merece ser tratado com seriedade. (Ver P5) Catarina Dias ganha mais um prémio Catarina Dias, de Gralhós, freguesia da Chã, ganhou a 2.ª gala da Warriors Night 2 em K1, peso 70kg, que decorreu, no passado sábado, dia 5 de novembro, em Loures, Lisboa. A atleta Catarina Dias, natural de Gralhós, conquistou, na categoria sénior de Full-Contact +70kg, a gala “Warriors Night 2” de Kickboxing, realizada na cidade de Loures, arredores de Lisboa. Uma vitória inequívoca diante da experiente Cláudia Malik (Clube Águias de Camarate), que encheu de orgulho esta barrosã, equipa técnica, familiares e, naturalmente, todo o concelho de Montalegre. Um designado Fosso ou Campo de Tiro foi objecto de discussão na última reunião da Câmara Municipal e ficámos a saber que a obra nem tem licenciamento aprovado nem se sabe a quem pertence aquele terreno. Mais se ficou a saber que o custo das obras já vai em 173.629,04 euros (cerca de 35.000 contos) executadas por ajuste directo. Enquanto isto, os saneamentos de Parafita, da Aldeia Nova e de grande parte das sedes de freguesia do concelho continuam à espera... (Ver Editorial P3)

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Page 1: Barroso - AOutraVoz · personagens ocultas, à luz de velas, que provocaram muitos percalços e sustos. Os artistas Queiman e Andrea Pousa deram um excelente contributo com a homenagem

Director: Carvalho de Moura

Ano XXXII, Nº 504Montalegre, 17.11.2016

Quinzenário

E-mail:[email protected]

0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias dei

Campo de Tiro, mais uma obra da Câmara envolta em polémica

Andando e rindo com vontade de chorar

Barrosos da Fonte traz-nos hoje uma reflexão sobre a castanha e o castanheiro tão úteis e tão desprezados numa terra como a nossa que poderia plantar-se nas terras abandonadas.

P3

As arteirices que se aproveitam dos inocentes bucolismos

Em Currente Calamo, faz-se alusão às feiras das nossas terras e aos vendedores de banha da cobra que abusam da simplicidade do bom povo.

P4

UMA ELEIÇÃO QUE ESTÁ A ABALAR O MUNDO!

Domingos Chaves na sua crónica analisa um tema de ponta que é a eleição de Donald Trump presidente dos Estados Unidos. A democracia funcionou e o mundo não vai virar de pernas para o ar mas a Europa e o Ocidente mostram sinais de alguma preocupação.

P7

Florescimento Monástico

José Fernando Moura faz-nos uma descrição sobre S. Bento e a ordem dos beneditinos, monges que foram dos principais obreiros da civilização ocidental.

P9

Educação Integral

“(O ser humano) precisa de formação e de educação integral para conquistar a sua autonomia e saber viver uma liberdade responsável, para saber ser pessoa e viver em interação com os outros e com o mundo, se desenvolver e dar o melhor si, para ser um ser humano feliz e realizado”.

Quem o diz é o Pe Vitor Pereira numa abordagem que faz à pertinente nota pastoral da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, para a Semana Nacional da Educação Cristã. Tema sempre actual e oportuno.

P11

Cimeira da CPLP

E Lita Moniz, a colaboradora emigrante do Brasil, esteve atenta à reunião magna da CPLP e ao comportamento do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.

P13

Banda de Música de Parafita em Concurso Internacional

A Banda Musical de Parafita concorre, dia 26, pelas 15 horas, no 3.º concurso internacional de Bandas “Filarmonia D’Ouro”, a realizar no grande auditório do Europarque, em Santa Maria da Feira. Votos do maior sucesso são os votos do Notícias de Barroso!

P12

O terceiro pilar e a política florestal de Orlando AlvesO Dr Manuel Ramos, sempre atento a tudo o que se passa no concelho, vem denunciar o embuste que

foi as plantações na Serra do Larouco. Também o Notícias de Barroso caiu no logro e, dada a importância

do assunto, até colocou o título e correspondente imagem em destaque na primeira página. Em face da

publicidade vinda a público em tudo quanto era meio de comunicação social, ficou-se com a ideia de que o

Larouco ia ser reflorestado, mas não. Afinal, aquilo foi tão somente uma operação de charme, uma exposição

para a ambicionada fotografia que vai logo para as redes siociais e é partilhada por muita boa gente incauta.

Que pena! O Larouco merece ser tratado com seriedade. (Ver P5)

Catarina Dias ganha mais um prémioCatarina Dias, de Gralhós, freguesia da Chã,

ganhou a 2.ª gala da Warriors Night 2 em K1, peso 70kg, que decorreu, no passado sábado, dia 5 de novembro, em Loures, Lisboa.

A atleta Catarina Dias, natural de Gralhós, conquistou, na categoria sénior de Full-Contact +70kg, a gala “Warriors Night 2” de Kickboxing, realizada na cidade de Loures, arredores de Lisboa.

Uma vitória inequívoca diante da experiente Cláudia Malik (Clube Águias de Camarate), que encheu de orgulho esta barrosã, equipa técnica, familiares e, naturalmente, todo o concelho de Montalegre.

Um designado Fosso ou Campo de Tiro foi objecto de discussão na última reunião da Câmara Municipal e ficámos a saber que a obra nem tem licenciamento aprovado nem se sabe a quem pertence aquele terreno. Mais se ficou a saber que o custo das obras já vai em 173.629,04 euros (cerca de 35.000 contos) executadas por ajuste directo. Enquanto isto, os saneamentos de Parafita, da Aldeia Nova e de grande parte das sedes de freguesia do concelho continuam à espera...

(Ver Editorial P3)

Page 2: Barroso - AOutraVoz · personagens ocultas, à luz de velas, que provocaram muitos percalços e sustos. Os artistas Queiman e Andrea Pousa deram um excelente contributo com a homenagem

17 de Novembro de 20162 BarrosoNoticias de

VILAR DE PERDIZESHalloween 2016 esteve em grande

Por todos considerada a mais bem conseguida celebração de halloween em Vilar de Perdizes, o dia esteve animado e fomentou a economia local além de reforçar a imagem turística do concelho. Centenas de pessoas compareceram em torno da bruxaria e houve trabalho por parte da Associação de Defesa do Património de Vilar de Perdizes que não se poupoou a esforços nas caraterizações das pessoas e e artigos alusivos. Foi uma noite mágica que teve como ponto alto o cortejo embruxado, seguido de um espetáculo que culminou com a queimada

esconjurada pelo padre Fontes.

A noite agradável atraiu bastante gente que se deliciou com os jantares embruxados preparados pelos restaurantes e com o cortejo embruxado,

verdadeiramente assustador. Como era de esperar, os participantes viveram situações inesperadas com a presença de personagens ocultas, à luz de velas, que provocaram muitos percalços e sustos.

Os artistas Queiman e Andrea Pousa deram um excelente contributo com a homenagem prestada ao padre Fontes que também brilhou nos esconjuros da Queimada. A animação ficou a cargo do grupo de musica tradicional Enraizarte e pela companhia de teatro Filandorra.

O município apoiou o certame que tem “pernas para andar”.

Parabéns à Associação da Defesa do Património de Vilar de Perdizes cujo dinamismo muito contribui para todo o sucesso conseguido.

SOLVEIRA“Mentiras” com pena de prisão agravada

João Morais Pereira, mais conhecido por “Mentiras”, viu agravada para 15 anos a pena de prisão efectiva a que tinha sido condenado. Com efeito, o Tribunal de Vila Real, no dia 7 de Novembro, agravou a pena de prisão do “Mentiras” que era de 10 anos e seis meses para 15 anos, de acordo com sentença proferida em Julho de 2015 por este mesmo Tribunal. Na repetição do julgamento ordenada pelo Tribunal da Relação resultou o agravamento da pena.

Recorde-se que João “Mentiras” foi o autor da assassinato de Arlindo Pereira, dono do estabelecimento de alterne “Tocha”, situado na freguesia de Solveira, e contra o qual desferiu dois tiros de caçadeira.

Após o incidente, o “Mentiras” esteve desaparecido ou fugido da justiça durante sete anos até que na véspera do Natal de 2014 foi detido e levado a julgamento.

No primeiro julgamento o colectivo de juizes desqualificou o crime para homicídio simples na forma consumada e teve em conta factores diversos como atenuantes, não ter antecedentes criminais, ter no julgamento confessado o crime e mostrar-se arrependido.

Entretanto, a pena de então foi agora, com base em novos indícios criminais, agravada em mais 5 anos, totalizando 15 anos de prisão efectiva para o João “Mentiras”.

VENDA NOVAEN 103 com detritos abandonados

Nos Padrões, Venda Nova, na EN 103, estrada nacional Braga-Chaves, estão a ser largados detritos betuminosos na borda da estrada. Sendo retirados do piso velho, estes detritos são encostados à berma da estrada, o que constitui um crime ambiental.

Os detritos devem ser dali retirados e acondicionar em lugares próprios. O que está a contecer é no mínimo um crime ambiental.

O caso já deu azo a manifestações de protesto nas redes sociais e será de se investigar quem é que está a ganhar com tal ilegalidade.

MONTALEGREPasseios indecentes

Nos últimos tempos, na Vila de Montalegre, estamos a

ser confrontados todos os dias com um cenário lamentável: passeios da Vila cheios de dejetos de animais, sobretudo de cães. Há lugares que quase dá para jogar à macaca. É uma grande falta de civismo e é uma questão de saúde pública. Há que identificar os cães e responsabilizar os donos e se não os têm, as autoridades competentes têm o dever de atuar. Assim é que não pode continuar.

Supermercado NOVA ERA remodelado, moderno e atrativo

O Supermercado Nova Era Lda., por iniciativa dos seus prprietários, decidiu fechar as portas por um período de duas semanas com o fim de remodelar o espaço e dar-lhe outra visibilidade. E, dia 10, dia de feira, reabriu com muita gente a passar por lá, a ver e a abastecer os carrinhos com os produtos expostos.

Um espaço novo, com retoques de aproveitamento que o fazem parecer maior, moderno e mais funcional. Júlio Batista dos Santos apostou numa imagem mais discreta e funcional e ganhou, pensamos, essa aposta.

De ora em diante, os clientes contam com mais artigos para comprar. O Supermercado Nova Era é um dos maiores empregadores privados da vila e concelho e já viu recentemente este mérito ser reconhecido, na pessoa do sr. Júlio Santos, nas jornadas de Empreendedorismo que aconteceram em Montalegre, com a atribuição de um prémio designado: “O empresário e a sua terra”, uma homenagem, há muito merecida, e agora concretizada.

É muito através de empresários assim que o interior se pode relançar. Gente que investe na sua terra, que teima em ficar e acrescentar valor.

In cm-montalegre.pt

Câmara reúne com produtores da Feira do Fumeiro

No próximo dia 24, pelas 10 horas, no salão de provas

gastronómicas do Pavilhão Multiusos de Montalegre, decorre a habitual reunião entre organização e produtores da próxima Feira do Fumeiro que, recorde-se, irá acontecer de 26 a 29 de janeiro próximo.

CÂMARA Aposta no Carro eléctrico

O município de Montalegre acaba de aderir ao carro elétrico. Uma aposta inovadora e amiga do ambiente. Esta semana, a viatura será testada no sentido de se validar a sua adequação às necessidades da autarquia. Caso o município fique satisfeito com os resultados, é intenção que, dentro de cinco anos, a frota automóvel seja totalmente renovada com este tipo de tecnologia.

PADROSOS. Martinho

É no dia 20, domingo, que terá lugar em Padroso a festa do S. Martinho. A organização a cargo da Associação Cultural e Recreativa “Os Peraltas” não se fica pelo simples magusto. É antes um almoço-convívio que inclui porco no espeto, castanhas assadas com jeropiga e muita animação.

O local do encontro é na sede da Associação, no antigo edifício da Escola Primária, e os interessados devem ir preparados para pagar 5,00 euros para ajudar às despesas.

CHAVESSubmissão de candidaturas

Encontra-se aberto o período de submissão de candidaturas à medida ”DIVERSIFICAÇÃO DE ATIVIDADES NA EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA”, entre 14 de novembro (09:00:00) e 30 de dezembro (16:00:00) de 2016 ao abrigo do disposto na Portaria supra identificada, que estabelece o regime de aplicação da Ação n.º 10.2. do PDR 2020, na tipologia referida na alínea c) do art.º 2.º da referida Portaria.

Os interessados podem consultar a documentação junto da ADRAT ou na Portaria n.º 152/2016, de 25 de maio e Portaria n.º 249/2016, de 15 de setembro.

A ADRAT dá orientação técnica específica.Pode obter mais informações em PDR2020 ou junto

da ADRAT – Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega.

175 – ANA DE JESUS FERNANDES MACHADO, de 93 anos, viúva de Manuel José Afonso Machado, natural e residente em Cambeses do Rio, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 2 de Novembro.176 – TERESA FERREIRA BENITEZ, de 93 anos, solteira, natural de Oimbra, Ourense, Espanha, e ultimamente residente em Solveira, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 2 de Novembro, sendo sepultada no cemitério de Solveira.177 - MARIA DA CONCEIÇÃO DA SILVA LOPES, de 54 anos, casada com Joaquim Artur Alves carneiro, natural da freguesia de Meixedo e residente em Tullins (Isère), França, onde faleceu no dia 13 de Setembro de 2009, sendo sepultada no cemitério de Rives (Isère), França. 178 – FRANCISCA CALDAS, de 84 anos, viúva de João Fernandes Jorge Mendes Madeira, natural e residente em Codeçoso, freguesia de Meixedo, faleceu no dia 2 de Novembro.179 – JOÃO GARCIA GONÇALVES, de 72 anos, casado com Amélia do Nascimento Ferreira, natural de Sendim, da freguesia de Padornelos e residente em Levallois-Perret, França, onde faleceu no dia 2 de Novembro, sendo sepultado no cemitério de Sendim.180 – ANTÓNIO CARVALHO DE AZEVEDO, de 94 anos, casado com Lucinda Azevedo de Carvalho, natural e residente em Pitões das Júnias, faleceu no dia 7 de Novembro.181 – CIPRIANO DE MOURA VIEIRA SANTINHA, de 58 anos, casado com Maria Fernanda Fernandes Carvalho Santinha, natural e residente em Salto, faleceu no dia 4 de Novembro.182 – ARLINDO AUGUSTO PAIXÃO ATANÁSIO, de 76 anos, casado com Maria do Carmo dos Anjos Guedes, natural da freguesia de Santa Valha, de Valpaços, e residente em Montalegre, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 7 de Novembro, sendo enterrado no cemitério de Montalegre.183 – MARIA GONÇALVES, de 90 anos, solteira, natural e residente em Morgade, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 8 de Novembro.184 – HILÁRIO RODRIGUES, de 82 anos, casado com Celestina de Castro Rodrigues, natural e residente na freguesia de Outeiro, onde faleceu no dia 9 de Novembro.185 – ISAURA VAZ DAMIÃO, de 76 anos, viúva de José Augusto Vaz Damião, natural de Santo André (Vilar de Perdizes) e residente em Mafra, onde faleceu no dia 9 de Novembro, sendo enterrada no cemitério de santo André.186 – ANA MARIA MARTINS PEREIRA, de 87 anos, solteira, natural e residente em Cabril, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 9 de Novembro, sendo enterrada no cemitério de Cabril.187 – MARIA MARGARIDA DIAS, de 101 anos, divorciada de Avelino dos Santos Moutinho, natural de Arcossó, de Chaves, e residente em Cepeda, freguesia de Sarraquinhos, onde faleceu no dia 11 de Novembro, sendo enterrada no cemitério de Cepeda.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

Nota – A numeração corresponde ao total de falecidos, no corrente ano, até à presente data

CORTEJO CELESTIAL

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17 de Novembro de 2016 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Dá Deus as nozes a quem não tem dentes

A realidade de uma comunidade como a nossa, merece as maiores preocupações das gentes locais. Quem ali nasce, vive e morre desconhece quanto se passa para além do seu horizonte visual. O seu mundo começa e termina onde os seus olhos deixam de ver. Vêm apenas aquilo que a vista alcança. E, aquilo que alcançam, limita-se aos sítios de onde se colocam para alongar a sua própria visão. Se alguma vez subiram ao Larouco esse mundo cresceu até aos píncaros da Sanábria, quase sempre com neve. Se não houver nevoeiro, talvez alcancem o vale do Lima, com a sua opulência telúrica, por onde corre, rumo ao Atlântico, o majestoso rio Lima. Voltando-se para sul vislumbram os «Cornos das Alturas de Barroso, a

Padrela, os montes de Curral de Vacas e o Brunheiro que abriga Chaves, a nascente. A poente fixam o descarnado Gerês e a Mourela que abrem alas aos rios Cávado e Rabagão. Este foi o cenário de minha infância e de tantos como eu. E foi o mundo de muitos, homens e mulheres que passaram vidas inteiras a repetir as mesmas coisas, a ver as mesmas pessoas, a ouvir as mesmas coisas. Para alguns desses somente mudaram as palavras, as caras e alguns cenários desde que vieram as escolas, os automóveis e as alfaias agrícolas.

Há menos de um século chegaram as escolas, vieram os professores e fez-se luz. Para alguns mudaram os cenários. Alguns partiram para sempre. Outros foram e voltaram. E esses que voltaram trouxeram provas de uma vida diferente: os automóveis, as roupagens e alguns vinténs. Foram esses que convenceram aqueles que nunca saíram, de que, afinal, existiam outros mundos, outras serras e até o mar imenso.

Em menos de um século a vida mudou os horizontes e as mentalidades. Mas o que é bom acaba depressa. As escolas primárias ficaram desertas, os cantoneiros não mais se viram, os campos que produziam de tudo aquilo que se alimenta,

depressa se encheram de tojos, silvas e ervas daninhas.

Os cemitérios que estavam cheios de campas, encheram-se de lugares vazios, porque muitos nunca mais voltaram.

Hoje a vida é vivida de outra forma. As escolas, envelhecidas e decrépitas, servem de disputas políticas para alguns, dos locais de lazer para outros e de romagem de saudade para poucos que regressam, por instantes, para mostrar aos filhos e aos netos os lugares da sua infância.

O republicanismo substituiu a monarquia. Foram anos dolorosos, inseguros, paupérrimos. Portugal tremeu e abalou as estruturas de uma nação, que se fez aos mares e foi mais sólida lá fora do que cá dentro. Foi um império e é hoje um palmo de terra disputada pelos que a habitam, mas gerida pelos gananciosos que têm ideias vazias de sentido. São teóricos quando a prática é quem mais ordena. O planeta está em convulsão apressada. A Humanidade deu lugar à brutalidade. A razão foi subvertida pelo posso, quero e mando.

Quase me perdi nesta viagem de retorno ao passado. E não sou eu que devo depor armas. Somos todos nós que devemos parar para refletir. Se a

nascente e a poente há exemplos claros de que a Humanidade corre o risco de se desintegrar, rumo ao caos, resta à sociedade portuguesa interrogar-se sobre se estamos a caminhar para o lado certo ou errado. E, em função desta realidade, haja alguém que estabeleça um período de tréguas, até que irrompa o grito do Ipiranga.

******No último fim de semana

participei em duas sessões culturais a pretexto do Castanheiro e da Castanha. Quer na Casa Regional do Porto, quer na sua congénere de Braga, esteve gente de todos os graus etários e de condições sociais. Muitas vezes dizem-se coisas mais importantes em convívios gastronómicos do que em cimeiras internacionais, cujos objetivos têm mais a ver com o mediatismo do que com o bem-estar das pessoas.

Em ambos os casos se exaltou o papel do poder local que, nestes 40 anos, fez mais pelas terras e pelas pessoas do que o poder central ao longo de séculos.

O castanheiro e o seu produto serviram de tema de debate, a propósito de um livro que nesse dia foi apresentado, da autoria do autor transmontano, Jorge

Lage. Concluiu-se que faltam técnicos especializados que desenvolvam as potencialidades telúricas do continente e ilhas. O solo é rico, mas está virgem. Abandonou-se a agricultura e, obviamente, os campos e tudo aquilo que eles produziam. As universidades produzem teoria em áreas lucrativas e snobes. Mas despreza-se a investigação e o incentivo em áreas fulcrais, como são os solos, as plantas e os frutos que acompanham o homem desde que ele se conhece.

As duas Casas Regionais de Trás-os-Montes, quer de Braga, quer do Porto, funcionam e podem servir para promover debates com base na prática. Menciono estas duas mas há mais: a de Lisboa, a de Coimbra, a de Guimarães e a de Tomar.

No III Congresso Transmontano, em Bragança, ficou decidido realizar o congresso, de cinco em cinco anos. Nunca mais se falou nisso. Para esse tipo de iniciativas não há dinheiros públicos. Mas há milhões malbaratados em administrações fraudulentas, ruinosas e sem fim à vista. Verdadeiramente dá Deus as nozes a quem não tem dentes. Ditado tão velho quão verdadeiro e atualizado em Portugal.

Desde há mais de um ano a esta parte que se encontra em execução uma obra que o presidente da Câmara denomina por “fosso” e que agora se sabe que é um Campo de Tiro.

Quem na estrada da fronteira se dirige para Espanha, logo a seguir à nave do Américo Martins, do mesmo lado, depara-se com o acesso que vai dar a um enorme “Bunker”, um fosso de proporções gigantescas donde foram retiradas dezenas de toneladas de inertes.

O presidente da Câmara, na última reunião realizada no dia 7 de Novembro, questionado acerca de diversos aspectos que com a realização da obra se relacionam, começa por dizer que se tratou duma herança da Câmara anterior e que ele se limitou a dar-lhe seguimento. Sem questionar a sua real necessidade, e, tal como o anterior presidente, gestor exemplar em executar obras sem que estivessem satisfeitas as condições legais exigidas e de que a «Ponte da Vergonha» é o caso mais flagrante, limitou-se a pagar uma obra que ainda hoje

não tem projecto devidamente licenciado e nem se sabe quais são os proprietários dos terrenos onde a dita obra está implantada.

Com efeito, a União das Freguesias de Montalegre e Padroso e o Conselho Directivo de Baldios de Padroso bem como a Câmara Municipal de Montalegre pugnam pela propriedade daquele espaço.

A pergunta que se coloca é: - Então a Câmara Municipal

já pagou 168.629,04 euros (e dispôe-se a pagar mais 5.000 euros que estão em dívida) pelas obras executadas no dito Campo de Tiro e não sabe quem é o proprietário do terreno? Como é possível uma coisa destas?

Se as entidades em litígio não se puserem de acordo, vamos ter outro caso semelhante ao da «Ponte da Vergonha», neste caso poderá designar-se por “Fojo dos NLANDOS”.

É o próprio presidente Orlando Alves que em reunião da Câmara, respondendo ao vereador da oposição, diz textualmente: «Quanto à obra que o senhor vereador (Duarte

Gonçalves) refere temos ainda de prosseguir com diligências de diferente índole que permitam regularizar a situação ao nível do licenciamento do projecto e dilucidar alguns aspectos relacionados com a titularidade do direito de propriedade dos terrenos necessários para essa infraestrutura desportiva. Estamos a trabalhar com a Junta de Freguesia de Montalegre e Padroso e com o Conselho directivo de Padroso para resolver as divergências que ainda subsistem acerca da propriedade dos terrenos em causa» (excerto da acta da CMM n.º 23/2016, de 7/11/2016).

Do que se conclui que a obra ainda não tem o licenciamento do projecto nem sequer tem resolvida a questão da propriedade dos terrenos. Mas, é facto que a Câmara já pagou 168.629,04 euros e está em vias de pagar mais 5.000 euros em dívida, o que perfaz a módica quantia de mais de 173.629,04 euros (cerca de 35.000 contos na moeda antiga).

O leitor percebeu? Na Câmara a que preside o sr.

Orlando Alves tal qual como a anterior a que presidiu o sr. Fernando Rodrigues as obras nem sequer precisam de projecto e executam-se onde calha, invadindo até propriedade alheia como é o caso denunciado. Maravilha! Até parece que estamos num país do 3.º mundo, ou pior que isso, numa verdadeira selva.

Outros aspectos aqui se poderiam pôr em discussão como, p.e., a prioridade do investimento feito num Campo de Tiro com o qual o município pouco tem a ver, pois que é uma estrutura dirigida a caçadores, uma franja residual da população montalegrense; e os saneamentos de Parafita, da Aldeia Nova e de muitas sedes de freguesia do concelho não terão mais prioridade e urgência do que o Campo de Tiro?; a natureza do investimento e a execução da obra por ajuste directo, sem conhecimento da vereação, estarão de acordo com os princípios que regulamentam os orgãos democráticos? Além doutras mais outra pertinente questão, que é a de haver

matéria para participação ao Ministério Público, tendo em conta que os ajustes directos não podem ir além de 150.000 euros, etc. etc. etc.

Orlando Alves, no seu discurso de posse como presidente da Câmara de Montalegre, proferiu uma afirmação que, exceptuando os socialistas de Montalegre, deixou todos os convidados de boca aberta e que foi a seguinte: «que estava muito à vontade no cargo (de Presidente), que tinha a vida facilitada porque o seu antecessor (Fernando Rodrigues) tinha feito tudo o que havia para fazer no concelho».

Logo na altura se ficou a saber que o presidente da Câmara de Montalegre se tinha enganado no caminho. Sempre de cabeça perdida, não sabe o lugar que ocupa.

Carvalho de Moura

Editorial

CAMPO DE TIRO mais um “elefante branco” pago pelos cofres da Câmara de Montalegre

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17 de Novembro de 20164 BarrosoNoticias de

Diógenes do Vale é um

profissional discreto e normal

numa cidadezinha do interior .

Mantém um inveterado pendor

pela sua ainda mais discreta

aldeia natal que assiduamente

visita. Nas territas que ainda por

lá tem, sempre vai encontrando

algumas graduras de verão ou

umas doçuras de Outono, além

da beatifica ambiência que

sempre ali aufere.

Ultimamente, vê por ali

anunciadas umas feiras de

âmbito paroquial, de “frutos

da terra”. Parece que todas as

freguesias querem organizar

a sua feirinha. Epidemia da

moda que, por vezes, se nota

mais pela abundância dos

cartazes do que pelo volume

das mercadorias e afluência

de feirantes. E as juntas de

freguesia, sem capacidades

ou imaginação para mais

vultuosos empreendimentos,

sugerem, organizam e

patrocinam estes eventos com

todo o entusiasmo. E assim

vamos vendo nos exíguos

terreirinhos dos povoados

rurais, as barracas e tendinhas

e cercadinhos com uns

tractorzinhos e outras máquinas

agrícolas e, claro, umas

banquitas com os tais frutos da

terra, de provar e transaccionar.

Os autarcas locais, dentro

das suas possibilidades,

esmeram-se em cuidados

para evitar desordens ou más

práticas comerciais lesivas dos

direitos dos consumidores.

As vilas e aldeias animam-se

e as empresas que marcam

presença vão fazendo o seu

negociozinho ou a desejada

publicidade.

O amigo Diógenes apeia-

se ante aquela inesperada

aglomeração de gente que até

lhe dificulta o trânsito para a

sua chácara de fim de semana.

E, sem querer, entra também

naquele girote de feira, entre

amigos e conhecidos do lugar.

Entre as tendas, notava-

se um “produtor agrícola”,

de outra freguesia, com

especial habilidade de captar

as atenções do público.

Tinha expostos alguns frutos

e produtos de boa aparência.

Exibia especialmente um

tabuleiro de castanhas bonitas

e de tamanho invulgarmente

grande, que, proclamava, havia

colhido dos castanheiros nessa

mesma semana (estava-se na

última semana do mês de

Setembro), garantindo ainda,

“tudo o que aqui vendo é da

minha produção”.

O público comprava e não

questionava se os produtos

eram ou não de sua lavra,

nem isso estava ali em causa.

Todavia, as castanhas, mau

grado a sua bela aparência e

o preço especulativo que por

elas cobrava, é que não se

adequavam ao que ele dizia.

Mas os feirantes iam no engodo

perante o tom convincente

do vendedor da banha da

cobra que, por sua vez, nem

disfarçava a satisfação que

sentia em levar no engano

os confiados fregueses. E

continuava a apregoar as

castanhas:

- Já só restam sete quilos!

Acabadas de colher da árvore!

Ele sabia que, ali, na Terra

Quente, as castanhas são um

estranho produto de luxo que

vem da vizinha zona fria e, por

isso, menos conhecida.

O freguês atento, verificou

que aquelas castanhas, apesar

da sua boa aparência, não

podiam ser frescas, nem

acabadas de colher, e eram,

com toda a probabilidade,

colheita do ano anterior, tendo

sido conservadas em ensilagem

ou congelação. Até porque,

em algumas, se notavam já

perceptivelmente, sintomas

de germinação. Questionou

o vendedor, se as castanhas

eram efectivamente da colheita

deste ano de 2016. Contra

toda a evidência, o homem

insistiu: “colhidas agora!

garantidinho!...” Com esta

“garantia”, ia acrescentando

que todas as pessoas que lhas

haviam comprado, não eram

burras e por isso compraram-

nas porque bem viam que eram

frescas.

Atento mas cordato, o

freguês decidiu não contradizer

o testarudo “produtor”. O dia

estava bonito, o ambiente era

mais de festa que de feira,

eliminou o problema com a

possível bonomia, não por

mercê do trapaceiro, mas para

não perturbar aquele ambiente

festivo e para evitar que, nessa

sua terra, ele defraudasse mais

pessoas. Aliás, aquele “produtor

parecia ser, ali, uma triste

excepção entre os comerciantes

e outras instituições presentes

no certâmen.

- Compro-lhas todas! Pode

pesá-las.

- Não é preciso, são sete

quilos. Concluiu o presunçoso

tendeiro.

Mas passados momentos,

enquanto se procurou um saco

para as levar, corrigiu:

- Afinal já as pesei. São 10

quilos certos.

Estranhou-se-lhe a

incongruência. Apesar disso,

recebeu o preço com o gesto

ladino de quem pensa: “Foi

fácil levar mais este...”

É a vida. No fim de contas,

as caras e ainda bonitas

castanhas já não serviam para

assar mas aproveitáveis, sendo

cozidas.

A feirinha/festa prosseguiu

tranquilamente e acabou em

bem

E, o amigo Diógenes do

Vale, concluiu:

- Que se cozam as

castanhas!...

M. Verdelho

CURRENTE CALAMO

As arteirices que se aproveitam dos inocentes bucolismos

Quando uma mulher,

decorridos que sejam dezoito

meses após o seu enlace

matrimonial, não houver

concebido, ou, quando pejada,

se prevê um parto difícil ou

perigoso, não tem mais que ir

à Mizarela, à noite, para obter

um feliz sucesso.

Ali, com o marido e outros

familiares, espera que passe

o primeiro viandante. Este é

então convidado para proceder

à cerimónia, a qual consiste no

baptismo in ventris do novo ou

futuro ser.

Para isso, o caminhante

colhe, por meio de uma

comprida corda com um

vaso adaptado a uma das

extremidades, um pouco de

água do rio e com a mão em

concha deita-a no ventre da

paciente por um pequeno

rasgão aberto no vestuário para

este efeito, acompanhando

a oração com a seguinte

ladaínha:

“Eu te baptizo

criatura de Deus,

Pelo poder de Deus,

e da Virgem Maria.

Se for rapaz, será ‘Gervás’;

se for rapariga, será

Senhorinha.

Pelo poder de Deus e da

Virgem Maria,

um Padre-Nosso e uma Avé-

Maria. “

O barulhar iracundo da

cachoeira no abismo imprime

a estas cenas um cunho de

tétrica magia.

Segue-se depois uma lauta

ceia, assistindo, geralmente, o

improvisado padrinho.

E o êxito é completo: um

neófito virá alegrar a família.

Claro que se na primeira

noite não passar o viandante

desejado, a viagem à Mizarela

repetir-se-á até o cerimonial se

realizar nas condições devidas.

(Mário Moutinho e A. Sousa

e Silva, in “O mutilado de

Ruivães”)

Lendas da Misarela

O Rito do Batismo na Ponte da Misarela

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17 de Novembro de 2016 5BarrosoNoticias de

Ainda todos se recordam da última campanha de Orlando Alves e das suas promessas eleitorais e como não custa prometer. Ai se as promessas pagassem imposto... Orlando Alves pagaria milhões! À maneira de um grandioso e pulcro edifício, ele estruturou o seu programa político em três maciços pilares em que, por assim dizer, assentaria a sua acção política: agricultura, pecuária e floresta.

É assim que ele diz:“São três os pilares do

nosso desenvolvimento e sustentabilidade AGRICULTURA, PECUÁRIA E FLORESTA”.

No desenvolvimento deste 3.º pilar, adianta duas promessas:

“1) Elaborar protocolos com os Conselhos Diretivos de Baldios para aumento da produção florestal. 2) Produzir a Carta Florestal de Montalegre”.

Segundo Orlando Alves, está praticamente tudo cumprido. Numa recente notícia acerca da Casa Mortuária de Montalegre, que segundo o Presidente será a última obra sua, todas as promessas eleitorais estão quase concluídas. Se não estão, pouco falta e o que falta será finalizado até às eleições, só que isso já é pouco, facto que o deixa muito aliviado e com autoridade para pedir uma nova vitória.

Assim sendo, relativamente ao pilar FLORESTA, Orlando

Alves elaborou protocolos com os Conselhos Diretivos de Baldios e já fez a Carta Florestal de Montalegre, pelo menos. Mas com que Conselhos Diretivos de Baldios terá ele elaborado protocolos e onde estará a carta florestal? Eu não sei. Se alguém sabe, que diga.

Relativamente aos Conselhos Diretivos de Baldios, o que sei é o dinheiro que lhes extorque para ser usado em obras da competência da Câmara. Por exemplo, na Ponteira, onde várias pessoas da aldeia me afirmaram que os arruamentos (obra que devia ser da Câmara) foram feitos com o dinheiro da floresta: “foi o meu filho que os fez com o dinheiro dos baldios. Ele é o presidente”; em Travassos do Rio, onde a casa mortuária foi quase toda feita com dinheiro da floresta, e muitas outras obras de muitas aldeias.

Outras obras fundamentais, como a Rua Central, em Gralhas, que também é a estrada da fronteira, com esgoto a céu aberto, foi feita recentemente por um particular, o Sr. José Caruço, porque a Câmara, reconhecendo ser obra prioritária, só quis encanar a rua frente à casa do amigo socialista, anterior presidente da junta socialista, e a mais ninguém. É sabido que o povo de Gralhas apareceu em peso na Câmara e travou a obra ao presidente, desautorizando-o e ao amigo. Ficou-lhes muito mal, mas foi bem feito.

Podemos afirmar sem dúvida que, na generalidade das aldeias, o dinheiro da floresta está a ser gasto não na floresta, como devia ser, mas em infra-estruturas que são da competência da Câmara. É essa a política florestal de Orlando Alves e as suas promessas cumpridas. E a Câmara não faz o que lhe compete (como as ruas da aldeia) porque não tem dinheiro; e não tem dinheiro porque o estoura em obra inútil, em investimento não produtivo

e em comezainas e regabofes. Num destes sábados, a

Câmara deu mais um passo para finalizar o cumprimento das suas promessas eleitorais no que à floresta diz respeito: foi a “reflorestação do Larouco”. Através de cartazes e de uma notícia difundida em vários órgãos, deu a entender que ia ser feita no Larouco uma vasta operação de reflorestação, na ordem dos milhões de árvores autóctones, e que a operação, sob o lema: “Vamos reflorestar o Larouco”, envolvia duas câmaras municipais, várias juntas de freguesia, gentes de

Espanha, Ecomuseu e outras instituições, num total de nove.

A notícia também surgiu neste jornal onde se podem consultar as instituições que iriam trabalhar na grande operação de reflorestação do Larouco. Nela se diz que o Larouco “começará a ter uma nova vida com a plantação de árvores autóctones”; a partir de agora o Larouco será “uma serra digna de ser vista em todo o seu esplendor”. Um dos entrevistados na TVBarroso

afirmou que, depois desta mega operação, vai ver o Larouco “todo coberto de verde”.

Meus senhores, isto não é sério.

No entanto, o que foi feito foi uma operação de ilusão e de engano. Foram plantadas algumas dezenas de árvores, num espaço da grandeza de uma leira e, pior ainda, no sítio onde passa a vezeira da rês que vai destroçar tudo. Nem só uma sobreviverá ao fim do primeiro ano porque tudo foi feito sem planeamento e com grande amadorismo. Mas para a CMM isso pouco importa

porque o objectivo era dar um grande show, servindo-se do fotógrafo da Câmara e do seu Gabinete de Propaganda, e criar no povo rude, ingénuo e crédulo a ideia de que está a cumprir o programa político e a fazer um trabalho épico. Em suma, como obra, foi uma perda de tempo e de dinheiro, mas como show fotográfico e ilusionista, comandado pelo Vice-Presidente, o grande mago, foi espectacular e bem conseguido.

Só que isto não é sério, nem é fautor de desenvolvimento. Por causa disto e de muitas outras coisas é que vemos Montalegre a ficar para trás e todos os jovens a (e)migrarem. A CMM não é instituição séria e confiável porque criou uma expectativa na população que depois não se cumpriu nem a milésima parte. Sério é classificar a operação nos cartazes e nas notícias como meramente simbólica; sério é não criar a ideia de que a serra iria ser reflorestada na totalidade mas uma ínfima parte; sério é escolher um lugar apropriado e não onde passa a rês que destroçará tudo; sério é desprover os cartazes e notícias de todo o teor propagandístico e ilusório; sério é não encenar um show espectacular, nem viver de promessas, mas concretizar em tempo oportuno o que se promete.

MANUEL RAMOS

POLÍTICA MUNICIPAL VISTA DE FORA

O terceiro pilar e a política florestal de Orlando Alves

“Sob o lema “Vamos reflorestar o Larouco”, a Câmara de Montalegre criou a ideia de que iria ser levada a cabo no Larouco uma vasta operação de reflorestação e que a serra iria em breve ficar toda verde e povoada de árvores autóctones. Só que o que foi feito foi uma operação de ilusão e de engano. Foram plantadas algumas dezenas de árvores, num espaço da grandeza de uma leira e, pior ainda, no sítio onde passa a vezeira da rês que vai destroçar tudo. Isto não é sério. A Câmara de Montalegre não é instituição séria e confiável.”

Emigrante de Salto mata mulher à facadaA guerra entre Florinda e Domingos já durava há anos. Para escapar à violência de que era alvo, a mulher até chegou a refugiar-se num centro de acolhimento para vítimas de violência doméstica. Mas nem isso a salvou. Foi assassinada, sábado de manhã, em frente ao restaurante onde trabalhava, em Littau, Lucerna, nas imediações da estação de Gasshof, no centro da Suíça. Domingos Santos foi preso ainda com a faca ensanguentada nas mãos. Segundo o CM apurou, Maria Florinda Ferreira da Encarnação Santos, de 51 anos, com dois filhos e uma neta, tinha sido operada ao coração recentemente. Quando teve alta, há duas semanas, recusou voltar a casa e foi viver com a filha – e a ira de Domingos Santos, de 57 anos, cresceu. Ontem de manhã, foi ter com a mulher – casaram-se há quase 30 anos - altura em que emigraram para a Suíça em procura de trabalho. Começaram a discutir dentro do restaurante, mas acabaram na rua. E foi nessa altura que Domingos puxou de uma faca e atingiu Florinda com vários golpes, sobretudo no peito e pescoço. Testemunhas que tentaram ajudar também ficaram feridas. A seguir fugiu do local e tentou suicidar-se, mas acabou por ser capturado a poucos quilómetros de Lucerna.O Correio da Manhã, de 13 do corrente, informou que o Domingos dos Santos, de 57 anos, é natural de Salto e a mulher, de 51 anos, nascera em Cela (Chaves).

Carne Barrosã e Mel de Barroso premiados no Great-Taste O Melhor Sabor

A Cooperativa Agrícola de Boticas, detentora das DOP da Carne Barrosã e do Mel de Barroso, evidenciou no Great-Taste, O Melhor Sabor, a excelência dos produtos Barrosões que, meritoriamente, foram ambos galardoados. O Mel

de Barroso foi distinguido com uma estrela, pelo seu sabor simplesmente delicioso e a Carne Barrosã, fruto do seu requinte, superou e conquistou três

estrelas. Ver mais na P11.

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17 de Novembro de 20166 BarrosoNoticias de

MAPC

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 84 – Mansuetude

Queda-te! Fica mansa e ouve… Ouve nem que seja o silêncio que te

envolve, à medida que vais sentindo o galopar do teu coração e a rubidez que

já te cobre as faces com aquele calor que tão bem conheces e te deixa sem

jeito. Deixa-te embalar pelo suave ritmo das contradições que te assolam a

alma e te impedem de decidir o caminho a seguir. Fica um pouco à espreita.

Sente a fragrância que cada um dos caminhos te envia através dessa brisa

matinal que tanto aprecias. Sossega… Ouve os sons que descem dos céus

sob a forma de pássaros e que te confundem com o bailado caótico de fugas

incessantes por entre a ramagem das árvores que te fazem companhia. Senta-

te à sombra e espera. Fica mansa e ouve… Ouve o clamor de noites insones

e madrugadas recheadas de calor. Saboreia o orvalho como da última vez

que o sentiste nos lábios e gostaste. Descansa… Deixa que o embalo dos

sonhos te permita ver mais além. Deixa que as quimeras te conduzam por

caminhos que anseias sem neles pensar. Fica mansa e ouve… Ouve os sons

que te tocam na alma e te fazem compreender que nada do que se passa será

em vão.

João Nuno Gusmão

Para a História da 1ª República em MontalegreAno de 1916

(Continua do n.º anterior...)

“CorrespondênciaO Governo promulgou um decreto,

em virtude da nossa beligerância, revogando a constituição na parte que diz respeito à inviolabilidade da correspondência particular.

Vão-se organizar comissões de censura, podendo ser abertas as cartas e correspondência e detida a suspeita”.

“Comissão Técnica de Remonta De ordem superior se anuncia

que as Comissões Permanentes de Remonta, vão adquirir cavalos e muares para o serviço do Exército, nos locais e dias indicados (Montalegre no dia 9 de Maio), onde abrirão mercados gerais e extraordinários.

Não se estabelecem quaisquer compromissos sobre propostas que porventura sejam apresentadas nesta Comissão.

Os lavradores - produtores têm a preferência que a lei de Remonta lhes assegura. Os cavalos ou éguas devem satisfazer às condições regulamentares, etc, etc.”

O Montalegrense de 4 de Maio:“relata as diligências provocatórias

que Mr. Paul Marijon tem feito junto dos deputados e senadores e dos moradores de Salto com o fim de anular a decisão do Senado, pelo que a Câmara de Deputados tem agora de declarar se se conforma com a decisão do Senado para ser abandonado o projeto de vez, ou se se não conforma para o Congresso sobre ele se pronunciar”.

Como se vê, a Questão de Salto ainda não ficou arrumada, apesar do projeto de lei nº 75 ter sido rejeitado. São grandes as apreensões dos montalegrenses.

11 de Maio“Suspensão de GarantiasÉ do teor seguinte a lei nº 523 que

pode suspender as garantias, publicada em suplemento ao Diário do Governo de 4 do corrente:

Artigo 1º - É o Poder Executivo autorizado a exercer a atribuição do nº 16 do artigo 26 da Constituição Política da República Portuguesa, em tanto quanto seja necessário para garantir a defesa da República e assegurar a ordem em todo o país.

Artigo 2º - Fica renovada a legislação em contrário”.

O nº 16 do artigo 26 da Constituição é do teor seguinte: “Declarar em estado de sítio, com suspensão total ou parcial das garantias constitucionais, em um ou

mais pontos do território nacional, no caso de agressão iminente ou efectiva por forças estrangeiras ou no de perturbação interna”.

O Montalegrense de 18 de Maio“9.156$62 É a importância que a Companhia

das Minas da Borralha (Salto) tem a pagar à Câmara Municipal deste concelho, proveniente do imposto de Minas em que foi colectada em 1914.

Querendo a companhia esquivar-se ao pagamento dela, valeu-se de todos os recursos, sendo por fim condenada a pagar pelo Supremo Tribunal Administrativo.

Foram dois os acordãos que aquele Tribunal teve de proferir sobre este assunto. (...)

Que lhe preste pois é bom que ela nos vá dando umas migalhas dos muitos lucros que aufere”.

“Cena de pugilatoCerca das 21 horas do dia 16

do corrente, deu-se, na rua Cinco de Outubro, desta vila, uma cena de pugilato entre os sr. António Luís Fernandes, chefe da secretaria da Câmara Municipal, e os srs. Dr. António Joaquim da Silva Peixoto de Magalhães, e Dr. Álvaro Júlio Barbosa, respetivamente juiz de direito e delegado do procurador da República nesta comarca. Segundo dizem, o

primeiro daqueles saiu bem ferido da refrega”.

Um suplemento ao Montalegrense nº 160, de 18 de Maio notícia a resolução final da Questão de Salto.

“Vencida a Questão de SaltoAté que enfim foi feita justiça,

embora indirecta, ao verdadeiro povo de Salto e a todo o concelho de Montalegre.

Do ilustre deputado por este círculo, Ex-mº Sr. António Albino de Carvalho Mourão, acabamos de receber, de Lisboa o seguinte telegrama:

“Ex.ma Redacção O Montalegrense:

Votada reforma administrativa que anula projeto desanexação Salto. Parabéns

Carvalho Mourão”“Para nada valeram todos os

sacrifícios e despesas de Monsieur Paul Marijon e seus apaniguados.

Viva a integridade do Concelho de Montalegre!!

Viva Carvalho Mourão, Dr. Madureira e Castro e os defensores de Barroso!

Montalegre, 21 de Maio de 1916”.

Continua

José Enes Gonçalves

OSTEOPOROSESegundo a Associação Portuguesa de Osteoporose, a doença atinge muito

próximo de 1 milhão de pessoas. É uma doença crónica, progressiva e também

silenciosa. Reduz a massa óssea e aumenta a possibilidade de sofrer fraturas e é

mais frequente nas mulheres depois da menopausa, período em que essa perda

pode acelerar o dobro do sexo masculino. Há uma perda da massa óssea e como

consequência a sua fragilidade.

Para a combater é preciso alimentos ricos em cálcio, como produtos lácteos,

agriões, brócolos, espinafres, amêndoas, todos os legumes de folha verde, etc. Ao

mesmo tempo não esquecer a presença da vitamina D, presente nos óleos de

peixe, na sua gordura e nos banhos de sol.

O exercício físico é imprescindível, assim como o consumo de frutos e cereais.

Os protectores dos ossos são: a vitamina D (peixe azul, ovos e lácteos), vitamina K

(legumes, azeite e soja), o potássio (legumes, frutas, frutos secos, peixe e carne), e

o magnésio (chocolate, soja, legumes , nozes e amêndoas).

Os ossos porosos e frágeis sofrem facilmente fraturas e qualquer queda, mesmo

ligeira, pode ter consequências graves provocando por vezes incapacidade extrema.

A osteoporose pode ser diagnosticada e tratada precocemente. Existem exames

que medem a densidade dos ossos, sendo o mais comum a osteodensiometria,

indolor e sem riscos. E não esquecer “ ou se usam ou se perdem”.

João Damião

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17 de Novembro de 2016 7BarrosoNoticias de

Domingos Chaves

A América votou, e a vitória foi para o republicano Donald Trump, quando todas as sondagens e previsões indiciavam que Hillary Clinton seria eleita como a primeira mulher a atingir a presidência dos Estados Unidos. O populismo que tem crescido na Europa, chegou também e em força aos Estados Unidos, e a maioria do eleitorado americano deixou-se convencer, o que significa, que a maior potência mundial também atravessa dificuldades, e que por lá, tal como por cá, o povo aspira a melhores condições de vida, e está farto das tutelas habituais, e do domínio das garras do poder financeiro.

Mas será este o caminho?!...

Acredita-se que não, e que a ilusão supera em grande escala a realidade. Porém, o que está à vista escusa candeia, e o que vale a pena meditar no imediato isso sim, é como foi possível, que a uma personalidade com a dimensão de Barak Obama, suceda um tipo do calibre de Donald Trump. Chegados então aqui, a justificação é óbvia: por um lado, a campanha eleitoral de Trump, ao conseguir estabelecer uma relação directa com o eleitorado e sem a mediação do seu próprio partido, usando uma linguagem populista e a despertar esperanças nos mais marginalizados da sociedade americana; pelo outro, a derrota da politica tal qual ela deve concebida e exercida. À semelhança do que se passa por toda esta Europa em desagregação, também por lá o sistema está tão pôdre, tão descontrolado e tão incapaz de se transformar, que a vontade do povo americano em mudá-lo, musculou o braço de quem prometeu esmurrá-lo. O que não foi a bem, há-de ir a mal –

pensaram os americanos. Agora, não há que chover

no molhado!... Daqui para a frente, nada será como dantes. As razões sócio-políticas da vitória eleitoral de Trump são diversas, complexas e difíceis de explicar. Quem acredita na democracia, terá pois que reconhecer, que há razões profundas para este “voto de protesto” dos eleitores americanos, e que também as poderá haver, para outros “votos de protesto”, que no futuro próximo, possam ocorrer noutros pontos do globo. Há por isso que trilhar novos caminhos que invertam esta situação!... Nos Estados Unidos, aquilo que as eleições nos disseram, é que a barreira da democracia, sendo o pior de todos os sistemas com excepção de todos os outros – como diria Churchil - foi derrubada. O que não sabemos, é qual a nova barreira que agora se procurará erguer sobre ela, um pouco por todo o lado. Uma coisa é certa: a intolerância, a saturação, a adesão convicta ao discurso xenófobo, chauvinista,

machista, racista e bélico de Donald Trump, marcaram pontos e falaram mais alto. Depois, incapazes de suportar uma mulher, após 8 anos de um negro, os americanos “entraram em rota de colisão com o sistema”, e defenderam o pior que o populismo lhes disse ser o melhor para eles. Esqueceram Lincoln, e entregaram-se a um aldrabão reles e perigoso, acreditando votar contra o sistema político instalado, rejeitando-o e criticando-o através do voto, pelo sentimento generalizado de desilusão, desencanto, frustração, contra a falta de esperança, contra a corrupção e o poder financeiro, contra os interesses dos grandes grupos e famílias.

Nesta altura, qualquer comentário sobre o futuro dos Estados Unidos e da comunidade internacional com Donald Trump ao leme dos destinos da maior potência geo-política e económica do mundo, é fazer futurologia ou transpôr em palavras um evidente sentimento de

desilusão, decepção e receio. Pelo que foi a deplorável campanha eleitoral do agora eleito Presidente, juntando as previsíveis pressões dos evangélicos e de grupos extremistas, seria fácil prever problemas sérios com a inclusão social, com a imigração, com a equidade, com os direitos humanos, com o racismo e a xenofobia, com a economia e as relações internacionais, mas tudo não passaria de especulação. Entramos por isso, numa fase com consequências globais imprevisíveis. Putin, Le Pen, Erdogan e Viktor Orban, à semelhança de tantos outros populistas um pouco por todo o mundo, já rejubilam e agitam bandeiras e enquanto isso, a Europa e o mundo estremecem. Valeu sem sombra de dúvida, a coragem da senhora Merkel – a única a falar grosso. A incerteza está assim instalada, porque a incógnita e a apreensão no que se viu e ouviu no passado recente, são incontroláveis sobre o futuro do globo, e consequentemente sobre o futuro de todos nós.

POLITICAMENTE FALANDO

UMA ELEIÇÃO QUE ESTÁ A ABALAR O MUNDO!...

O Auditório Municipal de Boticas acolheu no dia 9 de novembro, uma reunião do Conselho Regional do Norte, órgão consultivo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), onde foi analisado, entre os assuntos, o Programa Operacional Norte 2020.

A Secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, esteve presente na abertura da reunião, tal como o Presidente e Vice-presidente do Conselho Regional do Norte, Paulo Cunha e Rui Santos, respetivamente, o Presidente da CCDR-N, Freire de Sousa, e o Presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, que fez as honras da casa.

Graça Fonseca aproveitou a ocasião para apresentar o Orçamento Participativo de Portugal (OPP), um mecanismo de democracia participativa, que dá aos cidadãos a oportunidade de decidirem como devem ser investidos 3 milhões de euros em áreas como a cultura, ciência, educação e formação de adultos e agricultura.

Dando seguimento à ordem de trabalhos do

encontro, no qual participaram Presidentes das Câmaras Municipais, organizações sociais, económicas, ambientais e científicas representativas da região do norte do país, procedeu-se à analise da “Convergência real da Região do Norte e das suas regiões NUTS III” e à apresentação do ponto de situação da aplicação do Programa Operacional Regional do Norte nos ciclos 2007-2013 e 2014-2020.

A CCDR-N prevê um

investimento de mais de 3 milhões de euros advindos de fundos comunitários, tal como referiu Freire de Sousa. “Em dois anos de execução já foram apresentadas ao Programa

Operacional do Norte 2020 cerca de 9.100 candidaturas, mais de metade comparativamente ao quadro comunitário anterior (2007-2013)”, afirmou. Freire de Sousa realçou ainda que “as aprovações de candidaturas já abrangem cerca de 50% da verba total do programa operacional”.

Quanto ao Presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, disse que “é importante que se entenda que os concelhos do Interior estão mais vulneráveis no acesso aos fundos

comunitários comparativamente aos municípios do Litoral. Por esse motivo é fundamental que se façam ajustamentos na execução do Programa Operacional Norte 2020”.

BOTICAS

Programa Operacional Norte 2020

A Gastronomia de Boticas

e da região do Barroso esteve

representada no 36º. Festival

Nacional de Gastronomia de

Santarém através do Restaurante

“Comeres Barrosões”.

O certame decorreu entre

os passados dias 21 de outubro

e 1 de novembro naquela

cidade ribatejana e mais uma

vez foi muito frequentado pelos

amantes da boa e tradicional

gastronomia portuguesa.

No sentido de melhor

promover não só a gastronomia

barrosã, mas também toda a

restauração, hotelaria e demais

empreendimentos turísticos

do concelho, o Município de

Boticas lançou um concurso a

que chamou: “Prove Boticas”.

O concurso, que se dirigia

apenas a participantes do sexo

feminino, visava estimular a

criatividade das participantes

sobre o tema da “Cozinha

Barrosã à mesa” e consistia na

elaboração de um pequeno

texto ou frase que enaltecesse

a excelência e a qualidade da

gastronomia barrosã.

Os prémios a atribuir às

vencedoras são fins-de-semana

em Boticas, com alojamento,

refeições na restauração local

com atividades lúdicas e

culturais incluídas.

Estes prémios,

consubstanciados na

atribuição, através de sorteio,

de vouchers e descontos, nas

estruturas concelhias aderentes,

são inteiramente suportados

pelo Município de Boticas,

que assim e através desta

iniciativa, continua a promover

e a divulgar não só as iguarias

gastronómicas, mas também

a potenciar a dinamização

económica das unidades

hoteleiras, restaurantes e

equipamentos turísticos do

concelho de Boticas.

Gastronomia Barrosã presente no 36º. Festival Nacional de Gastronomia de Santarém

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BarrosoNoticias de

8 17 de Novembro de 2016

Quality Inn

- Casamentos; Baptizados; Aniversários; Congressos e todos os Eventos

- Quartos com promoções durante todo o ano

- Restaurante: Além dos pratos (nacionais e estrangeiros) constantes

da Carta também serve refeições económicas com tudo incluído por 6

- Piscina; Sauna; Banho turco; Hidromassagens e Massagens

O Hotel ainda tem à disposição do cliente uma variada gama de percursos

pedestres, de bicicleta ou motorizados para dar a conhecer os valores

culturais das terras de Barroso.

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AGENCIAS FUNERARIAS Fernando ALVES E.F.G INTERNACIONAL

RECONSTITUIÇÃO CORPORAL EMBALSAMENTO DO CORPO CREMAÇÃO

TRASLADAÇÕES TANATOPRAXIA TANATOESTÉTICA

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BarrosoNoticias de

917 de Novembro de 2016

O Florescimento Monástico III“Ora et Labora”

A história do monaquismo

medieval muito rica de

acontecimentos mas muito

complexa é feita de ciclos de

avanços e recuos, de expansão

e retracção, de decadência e de

reforma.

No artigo anterior descre-

vemos três grandes correntes

monásticas que caracterizam

geralmente a implantação e o

desenvolvimento do monaquis-

mo no Ocidente medieval. A

terceira vaga fica ligada inde-

levelmente à vida e à obra de

São Bento de Núrcia (480-547),

justamente designado Patriarca

dos monges do Ocidente e Pa-

trono da Europa.

Oriundo duma nobre

família romana, inicia os seus

estudos em Roma, na fase

final da dissolução do Império.

Roma torna-se num antro de

depravação, desgostando de

tal modo S. Bento, que toma

a decisão de abandonar os

estudos e a capital do Império.

Refugia-se na região do Subiaco

onde funda o seu primeiro

mosteiro. No seguimento de

uma rebelião, o santo abandona

a comunidade do Subiaco e na

companhia de alguns monges

fieis funda um mosteiro

no Monte Cassino, numa

escarpada colina da Campânia,

ponto de partida para a grande

aventura do movimento

monástico Beneditino que tão

profundamente iria modelar

o destino da Europa e da

civilização em geral!

A intenção de São Bento foi

criar literalmente uma família

animada dum mesmo ideal,

ligada pelos mesmos preceitos

e vivendo de tal maneira, de

modo a prolongar no tempo

a sua linha de influência

espiritual. A sua instituição

tornar-se-á numa “Escola ao

serviço do Senhor”. Exige aos

seus membros, acima de tudo

uma obediência imediata e

incondicional. Não tem em

mente, à semelhança dos

cenobitas egípcios, constituir

grandes comunidades, antes

pelo contrário, está mais

empenhado em conhecer

melhor os membros da sua

colectividade. Por conseguinte,

vai organizar a vida comunitária

à semelhança duma grande

família. Desse modo o abade

do mosteiro representa o lugar

de Cristo. São Bento parece não

apreciar especialmente que o

abade seja um disciplinador

ou até mesmo um santo, mas

primeiro de tudo que seja

dotado de bom senso e de

sábia discrição, isto é, um pai

demonstrando virtudes simples,

de equilíbrio, de prudência, de

justiça, de atenção afectuosa.

O Santo Abade que detesta

todo o tipo de parasitismo,

mesmo o devoto, não deseja,

de modo nenhum fazer do seu

mosteiro um centro de lazer;

proclama convictamente a

dignidade do trabalho: não

só “a ociosidade é a inimiga

da alma”, como “não se é

verdadeiramente monge, se não

se vive do fruto do seu próprio

trabalho”. O fim último deste

tipo de trabalho prende-se com

a sua função eminentemente

espiritual, exigido pela ascese,

obediência e actividade. A

finalidade secundária está

ligada à necessidade de

assegurar a subsistência da

família monástica, sob a

paternal direcção do senhor

Abade, mas sem criar o gosto

pela acumulação de riqueza.

Neste sentido o abade de Monte

Cassino, não inventou nada

de novo, apenas selecionou,

modificou, precisou um código

de vida absolutamente original.

S. Bento tem a nítida

percepção que somente o

equilíbrio do corpo e da

alma é conseguido à custa da

alternância da oração e do

trabalho. Procura sabiamente

um equilíbrio entre o esforço

físico e o afinco intelectual.

Depois da oficina, o monge

deve frequentar a biblioteca.

O amor pelos livros e pelos

estudos vai tornar-se uma

das virtudes dos filhos de São

Bento. Está particularmente

interessado em que o ofício

divino se torne o centro da

vida monástica. Tudo se deve

subordinar à Opus Dei.

Para atingir os seus fins,

procura sobretudo uma raça de

homens sólidos, determinados

e imbuídos de esperança. Evita

mortificações excessivas, uma

só uma condição é exigida:

seguir Cristo. Renunciar à

sua vontade própria para

fazer a vontade de Deus. São

Bento de toda a evidência

prefere um certo espírito a

um determinado mecanismo

cego. Compreendeu que a

perseguição da perfeição reside

menos no rigor da observância

do que na disponibilidade das

almas: a sua escola de perfeição

vai aliás bastante longe no

renunciamento de si. Não

extenua o humano, explora-o,

purifica-o, enobrece-o e

prepara-o para receber as

coroações e as exigências da

graça.

São Gregório, o Grande,

o seu primeiro biógrafo, foi

directamente ao essencial ao

resumir a regra de São Bento,

dizendo isto: «não ensinou

outra coisa senão o que ele

mesmo viveu». Duas palavras

caracterizam o espírito do

grande Santo: medida e

moderação.

Segundo o mesmo São

Gregório, foi no fim da

sua vida que o Patriarca de

Monte Cassino redigiu uma

regra que se tornou célebre,

dedicada aos seus monges,

isto é, após a ter longamente

meditado e vivido. A regra de

S. Bento é um conjunto de

preceitos destinados a regular

a vivência de uma comunidade

monástica cristã por um abade.

Começou a ter o sucesso que

se lhe reconhece sobretudo a

partir do século VIII, quando

os carolíngios ordenaram que

fosse a única regra monástica

autorizada nos seus territórios e

a partir daí, estendeu-se ao resto

da Europa. As suas intenções

são modestas. Acima de tudo

não pretende impor, senão um

princípio de vida monástico,

nem árduo nem penível: em

suma unicamente uma simples

regra para principiantes. O que

ele designa de instrumentos

de boas obras não é outra

coisa que o somatório dos

preceitos mais simples da vida

cristã, orientados com plena

consciência em sítios em que lhe

é proporcionada a possibilidade

de se desenvolver com toda a

segurança. Todos os capítulos

da mesma serão concebidos

por forma a estimular os fortes

sem desencorajar os fracos.

Insiste menos nas penitências

exteriores do que na disciplina

da alma. Prefere a mortificação

do coração às mortificações

do corpo; não é uma vida

de proezas ascéticas o que

ele propõe aos seus monges,

propõe, isso sim, uma vida

de renunciamento contínua e

autêntica.

A sua obra tem ainda mais

mérito a nossos olhos se nos

lembrarmos que decorria a

época em que a Itália estava

mergulhada num vasto palco

de violência e de convulsões

sem precedentes, de guerras

sangrentas e incessantes, de

pilhagens e de caos como nunca

se tinha visto, entre os exércitos

Ostrogodos de Teodorico e

as forças Bizantinas, que se

digladiavam numa luta sem

quartel pela posse da península

itálica.

O poder de Monte Cassino

propagou sobre a cristandade

as múltiplas ramificações da

seiva beneditina: missionários

em todo o Ocidente, mestres de

modestas escolas, mestres de

coros do ofício divino, homens

de estudo que desenvolveram

perante a ciência a ordem

do trabalho, arroteadores e

semeadores de vastos terrenos

agrícolas. Não só São Bento

é o Patriarca dos monges do

Ocidente, ele é igualmente o

pai da civilização ocidental.

José fernando Moura

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17 de Novembro de 201610 BarrosoNoticias de

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BarrosoNoticias de

NOTÁRIO CONSTANÇA AUGUSTA BARRETO OLIVEIRACertifico, para fins de publicação que, por escritura outorgada em seis de fevereiro de dois mil e um, exarada a folhas

setenta e seis, do respetivo livro número oitocentos e quarenta e oito – A, do Cartório Notarial de Montalegre, retificada hoje, no Cartório da Notaria Constança Augusta Barreto Oliveira, situado na Rua Paixão Bastos, n.º 114, na Póvoa de Lanhoso, no livro de escrituras diversas n.º 168 – A, a fls. 42 e seguintes: GLÓRIA DA CONCEIÇÃO MENDES LOURENÇO DA CRUZ e marido JOAQUIM GONÇALVES DA CRUZ, casados em comunhão de adquiridos, naturais ela da referida freguesia de Cambeses do Rio e ele da freguesia de Donões, concelho de Montalegre, residentes em 38 W. Walnut Street, Milford, Estado de Mssachusetts, Estados Unidos da América, CARMELINA ROSA MENDES LOURENÇO COSTA e marido DOMINGOS AFONSO DA COSTA, casados em comunhão de adquiridos, naturais ela da mesma freguesia de Cambeses do Rio e ele da freguesia de Ladrugães, concelho de Montalegre, residentes em 567 Midle Road, Acushnet, Estado de Mssachussetts, Estados Unidos da América, AMÉLIA LOURENÇO LOPES e marido, TIMOTHY JON LOPES, casados em comunhão de adquiridos, naturais da cidade de New Bedford, Estado de Mssachusetts, Estados Unidos da América, residentes em 9 Gabriel Frms Drive, Acushnet , Estado de Massachussetts, Estados Unidos da América, ANA MENDES LOURENÇO ANJO e marido JOAQUIM ALVES ANJO, casados em comunhão de adquiridos, naturais da mencionada freguesia de Cambeses do Rio, residentes em 9 Kimberly Way, Acushnet , Estado de Massachusetts, Estados Unidos da América, FELISBINA DE FÁTIMA ALVES MENDES LOURENÇO, solteira, maior, natural da referida freguesia de Cambeses do Rio, residente em 269 Maryland Street, New Bedford, Estado de Mssachusetts, Estados Unidos da América,MARIA DE JESUS MENDES LOURENÇO MOURA e marido ARLINDO GOMES DE MOURA, casados em comunhão de adquiridos, naturais ela da referida freguesia de Cambeses do Rio e ele da freguesia de Pinho, concelho de Boticas, residentes em 11 Beechwood Drive, Acushnet, Estado de Mssachusetts, Estados Unidos da América, FERNANDA DO CARMO MENDES LOURENÇO, solteira, maior, natural da mencionada freguesia de Cambeses do Rio, residente em 7 Evergreen Drive, Acushnet, Estado de Mssachusetts, Estados Unidos da América, JOAQUIM MENDES LOURENÇO, solteiro, maior, natural da referida freguesia de Cambeses do Rio, residente em 10 Reservation Road, Acushnet, Estado de Mssachusetts, Estados Unidos da América, JOAQUINA MENDES LOURENÇO GONÇALVES e marido JOSÉ MANUEL SANTOS GONÇALVES, Casados em comunhão de adquiridos, naturais ela da mesma freguesia de Cambeses do Rio e ele da freguesia de Valdegas, concelho de Boticas, residentes em 369 Midle Road, Acushnet, Estado de Mssachusetts, Estados Unidos da América, na qualidade de herdeiros de JOÃO LOURENÇO e de MARIA ALVES MENDES, declaram:

Que a herança e dona com exclusão de outrem do seguinte bem imóvel:Prédio urbano situado no lugar de Esporão ou Rua da Lavandeira, união das freguesias de Cambeses do Rio, Donões e

Mourilhe, concelho de Montalegre,composto de casa para habitação de rés do chão e primeiro andar, com a superfície coberta de duzentos e trinta e cinco

vírgula sete metros quadrados, e logradouro, com a área de cinquenta e dois metros quadrados, atualmente a confrontar do norte com José Joaquim da Costa Miranda, nascente com rua, sul com caminho e poente com Maria Rodrigues Pires, descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre sob o número cento e setenta, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 929.

Que os autores da herança não timham qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e setenta e dois, ano em que o adquiriram, por doação meramente verbal do pais e sogro dos autores da herança José Alves Mendes, residente que foi na freguesia de Cambeses do Rio, concelho de Montalegre.

Que, desde essa data, por si ou por intermédio de alguém, sempre eles têm usado e fruído indicado prédio, procedendo a todas as obras de conservação e restauração, habitando-o e guardando lá os seus haveres, pagando todas as contribuições por ele devidas, atuando com a convicção de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa-fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio, por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.

Está conforme.Póvoa de Lanhoso, 21 de outubro de 2016.A colaboradora com autorização para este ato nos termos do nº1, art. 8º do DL 26/2004 de 4 de fevereiro.Ana Maria Pinto GonçalvesRegistada sob o nº 84/6Conta/ Recibo registada sob o n.º 2662Emitida fatura reciboA autorização para a prática de atos pelos colaboradores foi publicada em www.notarios.pt em 14/01/2016

Notícias de Barroso, N.º 504, de 17.11.2016

Talvez na sequência das entrevistas do juiz Carlos Alexandre, e certamente depois de adequada ponderação, a Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, veio agora expor, no domínio público, que o tema da delação premiada poderá vir a ser ponderado. Ao menos no domínio da sua discussão. Bom, acho um erro tremendo e com repercussões muitíssimo perigosas.

É muito fácil perceber que é esta a realidade, para o que basta conhecer o modo português de estar na vida. E tudo se torna muitíssimo mais simples se se recordar o caso das FP 25, onde se deitou mão do estatuto do arrependido. Num ápice, um instituto que aparentemente passara sem problemas, e se aplicava em partes diversas do mundo, suscitou terríveis reações por parte dos acusados – um deles era Otelo – pelos arrependidos. E qual foi o resultado final? Bom, tudo terminou simples e naturalmente em nada.

Sabe bem cada um de nós como em Portugal a moda alheia faz quase lei a ser seguida. Também aqui basta recordar, por exemplo, o caso da descolonização, que (quase) todos apontaram como uma condição para que Portugal passasse a ser um país tipicamente europeu, e logo convergindo para as situações mais prósperas do continente. Passados quatro décadas, estamos como sempre estivemos: na cauda da Europa e a discutir – há quem o deseje loucamente...– se viremos a ter, ou

não, um novo resgate...Mas podemos também citar,

num outro exemplo, o que se passou com o casal Rosemberg, nos Estados Unidos. A nossa oposição do tempo gritava, a plenos pulmões, que era tudo uma mentira e que ninguém do casal trabalhara para a antiga União Soviética. Mas passaram as décadas – muitas –, até que o filho do casal, já próximo da morte, esclareceu a verdade: o casal Rosemberg era constituído por dois espiões ao serviço da antiga URSS. Ou seja: o que vem de fora é bom.

Embora tenha dúvidas de que José Hermano Saraiva se determinasse a expor publicamente certas experiências que lhe passaram pela frente na sua vida profissional, e sobre que falou comigo, se o quisesse fazer, perceber-se-ia como a delação premiada se transformará, de um modo muito fácil, num instrumento de proteção dos mais poderosos da comunidade. Em Portugal, obviamente. E para se perceber que assim é, bastará estar atento aos grandes arautos que costumam polvilhar as nossas televisões, sempre a exigir dos magistrados o impossível, e cimentando dúvidas sobre a culpabilidade potencial de certo tipo de arguidos. A vir a entrar em vigor no nosso ordenamento jurídico, a delação premiada passará a ser, a curto prazo, um instrumento de proteção dos poderosos. Portugal não é os States...

Hélio Bernardo Lopes

DELAÇÃO PREMIADA

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17 de Novembro de 2016 11BarrosoNoticias de

O tema da educação é um tema sempre em aberto. Já te-mos algumas certezas quanto à arte de bem educar, mas não há dogmatismo ou imperativo educativo que não mereça dis-cussão e que não revele incon-gruências. Cada época ou cada tempo vai adotando o seu pro-cesso educativo, os seus méto-dos e as suas estratégias, apoia-do nos resultados e na sabe-doria que a lima do tempo vai oferecendo. Reparemos como, atualmente, se questiona a efi-cácia dos chumbos e dos traba-lhos de casa, práticas que não mereciam qualquer discussão há umas décadas atrás. De uma coisa temos a certeza: o ser humano nasce cru. Por isso, precisa de formação e de edu-cação integral para conquistar

a sua autonomia e saber viver uma liberdade responsável, para saber ser pessoa e viver em interação com os outros e com o mundo, se desenvolver e dar o melhor si, para ser um ser humano feliz e realizado.

Numa altura em que as nossas escolas e as catequeses já aqueceram os motores e o ano escolar e catequético está em andamento, sem deixarmos de ter sempre como pano de fundo a família e todas as boas atividades educativas, propo-nho à reflexão pedagógica a pertinente nota pastoral da Co-missão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, para a Semana Nacional da Educação Cristã, que decorreu entre os dias 21 e 30 de outubro. Temos de pôr em prática não apenas uma educação intelectual e instrutiva, mas integral, que englobe também a dimensão social, moral e espiritual do ser humano.

Em primeiro lugar, educar é por a caminho. Diz a nota: «educar é conduzir no ca-minho do bem e da verdade, como concretiza Bento XVI de forma feliz: «Educar significa conduzir para fora de si mesmo

ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa». Deste modo, educar não é apenas atingir uma de-terminada etapa ou patamar: boas classificações escolares; concluir um curso; chegar à celebração de um sacramento. Encontramos, frequentemen-te, esta perspetiva estática de educação. A educação, porém, é dinâmica, é aprender a ca-minhar, a progredir, a crescer continuamente para a plenitu-de. Fazer caminho é dar passos, treinar ritmos, aprender com as novas experiências de cada idade, pois o caminho faz-se caminhando. Cada etapa preci-sa de ter continuidade, orientar para novas etapas, sem perder de vista a meta – o desenvol-vimento pleno e integral. Fixar--se numa etapa é instalar-se, é deixar de crescer, de olhar para o futuro e enfraquecer no com-promisso de o preparar». Diz a sabedoria popular e muito bem: «Estamos sempre a apren-der», porque estamos sempre a caminhar para uma plenitude.

Em segundo lugar, edu-car é propor referências. Diz a nota: «uma das lacunas da educação é a ausência de re-

ferências que permitam o dis-cernimento entre a retidão e os desvios, entre o bem e o mal. (…) Não é proposta de teorias ou doutrinas mas de exemplos de pessoas concretas, de uma bondade e retidão exemplares, e de acontecimentos históri-cos, de uma memória rica de séculos que nos ajuda a estar atentos aos sinais dos tempos, a interpretar o presente e cons-truir um futuro melhor». Hoje a televisão e a internet estão a ter uma influência decisiva sobre as pessoas, um mundo onde a noção de bem e de mal é difusa e confusa e os muitos exemplos propostos andam muito longe dos bons valores humanos que defendemos.

Em terceiro lugar, educar é promover a fraternidade e a co-munidade. Diz a nota: «educar é promover a fraternidade e a comunidade. A educação cris-tã tem necessariamente uma dimensão comunitária. A edu-cação deve promover o diálogo e a integração, procurar o que nos une e não o que separa; construir pontes e evitar rutu-ras; não se deixar tentar pela mentalidade maniqueísta que divide a sociedade em bons

e maus, julgando como maus «os outros que não pensam como nós». Devemos alertar contra todas as propostas que, ainda hoje, criam barreiras e fomentam agressividade. Se queremos construir um mun-do solidário em que todos se sintam acolhidos, respeitados e integrados temos de rejeitar a indiferença, a agressividade, a luta de classes, a violência… e cultivar a fraternidade, o diá-logo, a compreensão e as rela-ções cordiais».

Em quarto lugar, educar é formar agentes de mudança e transformação social. Diz a nota: «o pleno desenvolvimento da pessoa alcança-se também pelo contributo que presta para melhorar a sociedade, pelo ras-to de amor e de paz que deixa no seu meio ambiente. Educar é incentivar a sonhar um mun-do novo, mais justo e fraterno, e a entregar-se, corajosamente, ao serviço deste sonho», e não apenas adquirir meia dúzia de conhecimentos ou uma forma-ção ou uma especialidade para vivermos no nosso egoísmo e no nosso comodismo, acres-cento eu, desinteressados do rumo do mundo e da história.

Educação Integral

Pe Vítor Pereira

BOTICASReconhecido como “Município Parceiro Eco-Escolas 2016”

A Associação Bandeira Azul da Europa, seção portuguesa da Foundation for Environmental Education (ABAE/FEE P), distinguiu Boticas como “Município Parceiro Eco-Escolas 2016” pela colaboração na implementação do Programa Eco-Escolas durante

o ano letivo 2015/2016.A Bandeira Verde Eco-

Escolas foi atribuída à Escola EB 2,3 de Boticas, numa cerimónia que se realizou no passado dia 30 de setembro, no Parque de Exposições de Aveiro.

Para ser distinguida com a Bandeira Verde, os alunos da Escola EB 2,3 de Boticas tiveram de realizar várias atividades no âmbito dos temas definidos pela entidade organizadora para o ano letivo em causa (2015/2016).

No Distrito de Vila Real foram apenas distinguidos cinco municípios sendo que, dos concelhos que constituem o Alto Tâmega, só Boticas foi

reconhecido como “Município Parceiro Eco-Escolas 2016”.

O Eco-Escolas é um programa internacional desenvolvido em Portugal desde 1996 pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) e tem como objetivo principal encorajar ações e reconhecer o trabalho de qualidade desenvolvido pela escola, no âmbito da Educação Ambiental para a Sustentabilidade.

O programa procura também estimular a criação de parcerias locais entre a escola e as autarquias, permitindo um maior envolvimento e participação dos municípios, empresas e outras entidades no processo de cooperação em prol do ambiente.

Prémios Great Taste - O Melhor SaborBOTICAS, 2016-11-15 12:10:54“Carne Barrosã” e “Mel de Barroso” medalhados nos Prémios Great Taste – O Melhor Sabor

O “Great Taste” é um prémio com origem no Reino Unido, instituído em 1994, tendo sido, ao longo dos anos, responsável pela descoberta de produtos alimentares de qualidade excepcional e pela sua promoção junto de profissionais e consumidores, contribuindo pra a sua escolha informada e para o sucesso dos produtores que vêm o seu talento reconhecido no mercado. O “Great Taste” avaliou, nos últimos 20 anos, através de

provas cegas, mais de 100.000 produtos. Todos eles avaliados por centenas de especialistas - que constituem o júri -, que discutem as qualidades e mérito de cada produto, na sua missão de encontrar aqueles cuja qualidade gustativa merece ser premiada como “Great Taste”, o Prémio do Melhor Sabor.

De entre os inúmeros produtos a concurso, somente os distinguidos pelo júri pela sua suprema qualidade são premiados, com uma a três estrelas.

Uma estrela corresponde a um sabor simplesmente delicioso, duas estrelas a um sabor excecional e três estrelas a produto designado como Requintado.

Os produtos classificados com 3 estrelas são sempre submetidos a uma reavaliação, para confirmação do mérito da sua qualificação.

Na edição portuguesa do Great Taste Award a avaliação dos produtos foi feita em 5 sessões de provas cegas, entre Setembro e Outubro, por um júri constituído por dezenas de especialistas em diversas áreas, desde cozinheiros, técnicos, investigadores, compradores, retalhistas, profissionais da restauração, críticos e jornalistas.

Nesta primeira edição, a Cooperativa Agrícola de Boticas, detentora das Denominações de Origem Protegida da Carne Barrosã e do Mel de Barroso, não hesitou em submeter à apreciação do exigente júri os requintados sabores destes dois produtos, já vencedores de inúmeras distinções

e prémios ao longo dos últimos anos.

Mais uma vez ficou inequivocamente patente a excelência dos produtos Barrosões que, meritoriamente, foram ambos galardoados.

O Mel de Barroso foi distinguido com uma estrela, pelo seu sabor simplesmente delicioso e a Carne Barrosã, fruto do seu requinte, superou e conquistou três estrelas, as quais foram obrigatoriamente confirmadas nas duas sessões de avaliação do júri, conforme determina o regulamento.

Todos os produtos premiados

neste concurso são registados e divulgados nas publicações do Great Taste Award português, tendo igualmente ingresso direto na base de dados da edição Inglesa original e às suas iniciativas de promoção e marketing o que, por si só, constituiu excelente veiculo de comunicação e divulgação que seguramente poderá proporcionar uma nova janela de oportunidades comerciais.

A entrega dos prémios decorreu no passado dia 27 de outubro, em Santarém, no decurso do Festival Nacional de Gastronomia.

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17 de Novembro de 201612 BarrosoNoticias de

A Banda Musical de

Parafita concorre, no último

sábado deste mês, dia 26,

pelas 15 horas, no 3.º concurso

internacional de Bandas

“Filarmonia D’Ouro”, a

realizar no grande auditório do

Europarque, em Santa Maria da

Feira.

É mais um passo na

afirmação do percurso artístico

da banda musical de Parafita,

um dos emblemas culturais do

concelho de Montalegre. Uma

coletividade, com mais de 200

anos de história, que atravessa

um notável momento de

criatividade. A presença, pela

segunda vez, neste concurso

internacional vem provar que

não só em centros urbanos

impera excelência. Também no

recanto do Barroso, há razões

para acreditar que trabalho e

competência são sinónimo de

qualidade.

Com efeito, a Banda

Musical de Parafita não

esconde a honra de participar

pela segunda vez - primeira foi

em 2014 - neste prestigiante

e exigente certame. Falamos

de um evento - o terceiro CIB

Filarmonia D’Ouro – dividido

em três secções: 1ª Secção, 2ª

Secção e Secção Académica.

Todas as bandas terão que

executar - pela seguinte ordem

- uma obra de aquecimento

(não pontuada); uma obra

obrigatória e uma obra livre.

Na obra livre, à escolha de

cada banda, o júri, além

da qualidade de execução,

pontua, também, a escolha da

obra em si, sendo que todas

procuram apresentar uma

obra livre que surpreenda. Por

outro lado, a obra obrigatória

- será interpretada por todas as

bandas concorrentes - para a

segunda secção - onde participa

a Banda de Parafita - é “El

Camino Real”, do compositor

americano Alfred Reed, sendo

a obra livre escolhida pela

banda “With Heart and Voice”,

de David R. Gillingham.

Dizer que na segunda

secção, além da Banda

Musical de Parafita, participam,

também, a banda de música

de Belinho - Esposende, Banda

Nova de Fermentelos - Águeda,

Banda de Musica de Loureiro -

Oliveira de Azeméis e a banda

musical da Póvoa de Varzim.

O júri desta terceira edição

do CIB Filarmonia D’Ouro

é constituído por cinco

personalidades de reconhecido

mérito artístico. É presidido

pelo maestro Paulo Martins,

sendo os restantes elementos

o maestro e compositor Luís

Cardoso (Portugal), António

Moreira Jorge (Portugal) -

diretor do conservatório do

Porto - o compositor Thomas

Traschel (Suíça) e o maestro

Henrie Adams (Holanda).

Referir que a Câmara

Municipal de Montalegre

disponibiliza, a todos os

interessados, o transporte

necessário para assistirem a

esta jornada cultural para a

qual se dem inscrever.

In: cm-montalegre.pt

Banda de Música de Parafita em Concurso Internacional

PARIS, 30 Setembro

Acabei de ver e ler o Notícias de Barroso, gostei demais, e para mim trouxe algumas explicações até de que eu estava precisando. Sobre o Jornal do Planalto eu não sabia que o Sr.Orlando assumiu o Jornal do Planalto, é lamentável que um jornal criado para espalhar cultura, conhecimento, um jornal, mais para a elite mesmo, venha a ser um veículo da vida política de Barroso. Eu recebi até assim quase um convite para estar ali, feito por alguém de Montalegre e vindo dali esse convite achei que o Planalto iria divulgar escritores, poetas, enfim arte e cultura, como me enganei! Fui avisado a tempo, se é para fins políticos, não me interessa. ...

Para mim só há duas coisas que me motivam a escrever para jornais, cultura em todos os aspectos e a diáspora portuguesa, porque faço parte dela, e quero muito bem a essa brava gente.

Também prezo o meu amigo Carvalho de Moura, está

sofrendo ataques e oposições desagradáveis demais, e como ele bem disse, não precisava disso. Olhe, torço, de coração, até rezo para que encontre apoio forte bastante para fazer frente a tanta oposição. Um desgaste muito grande. Cumprimentos ao sr. Director e a todos os que escrevem neste grande jornal de Montalegre.

Bem haja a todos.

JSASilva

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Rio de Janeiro, 10 Novembro 2016

Eu, Maria Julia de Moura Cima Aires, e os maravilhosos noventa e dois dias que Deus Pai Criador me concedeu de viver em terras de Portugal.

No dia 1 de Julho de 2016, 9 horas da manha, estou em Friães indo para Braga e fiquei sabendo do falecimento da Julia Maria Gonçalves Pereira. Com tristeza no coração fui a casa dela vê-la pela ultima vez. Parabenizo a irmã Maria

por tudo de bom que fez a sua falecida irmã.

Foi nessa sexta feira que, por volta das 2h da tarde, eu, meu marido e meu primo Alcides de Moura visitamos “Seu António”, o brasileiro da Vila da Ponte e esposa. Que tarde agradável em casa deles nós tivemos! Na ultima carreira do dia segui para Braga.

No dia 4 de Julho, à tardinha desse dia, vindos de Lisboa chegaram à minha residência de Braga a minha irmã Ana, cunhado Joaquim Pereira e a neta Olívia. Eles vivem em Melbourne, da Austrália e eu em Copacabana, Rio, Brasil. Que dias bons e felizes tivemos em terras da nossa terra! Portugal!Portugal!Portugal!

Terça, 5 de julho, em Braga, fomos à feira. De tarde, visitar o nosso amigo Antonio Tereso do Antigo de Viade e a esposa Albertina de Jesus, da Guarda. Aqui na casa deles de Braga bebemos uns gostosos copos de vinho bom, acompanhados de deliciosos queijos e de outras iguarias. Queridos

amigos, obrigada por tudo!Quinta feira fomos todos

para Friães. Que dia 7 de julho felizes tivemos na bonita casa aonde eu e a irmã Ana nascemos.

No dia 8 de julho, de tarde fomos ao café Gonçalves e depois a merenda foi-nos dada e servida pelo primo Alcides de Jesus de Moura. Querido primo, que Deus te conceda muita saúde e paz com longos anos de vida.

No Domingo, 10 de julho, fomos à festa a Bustelo. Que missa festiva bonita celebrada pelo nosso primo, Pe João Batista Gonçalves Curralejo. Após a procissão, nós, os australianos e os brasileiros de Vila da Ponte fomos convidados para almoçar na casa do Curralejo. Que horas bem passadas e que refeição gostosa nos foi servida.

Queridos primos Manuel, Ana da Assunção e toda a vossa família, muito e muito obrigada por todo o vosso amor, consideração e carinho. Vós sabeis que eu, Maria Julia, me sinto tão feliz nessa bonita

casa onde nasceu a minha avó materna Maria Gonçalves Curralejo.

No Domingo seguinte, foi a festa da Senhora Saúde de Friães. A banda Musical de Parafita foi muito importante na missa festiva e na procissão. Parabéns e aplausos ao Maestro e a cada um dos membros da banda. Parabéns, ao povo de Friães e aos mordomos da festa especialmente o meu sobrinho e afilhado Engenheiro Clemente Jorge Gonçalves de Cima. Parabéns ao senhor Padre Fernando Guerra que celebrou a missa e presidiu à grandiosa procissão. Depois, o sr. Padre Fernando almoçou conosco na casa dos de Cima. Nesta bonita casa também almoçaram os convidados e amigos do meu irmão Clemente Evangelista e da esposa Maria da Luz. A cada um deles abraço grande de amizade.

E por hoje é tudo. Encerro com palavras de Frei Anízio Freire, GFM: “No mundo de hoje, um amigo de verdade é uma benção de Deus”.

Cartas dos Leitores

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17 de Novembro de 2016 13BarrosoNoticias de

Lita Moniz

A XII Cimeira da (CPLP), Comunidade dos países de Língua Portuguesa, aprovou propostas significativas para Portugal e Brasil.

Portugal muito bem representado pelo Presidente da Republica, pelo Primeiro-Ministro e pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros ocorreu em Brasília onde o Presidente do Brasil, Michel Temer, anfitrião do encontro, conduziu com sabedoria as propostas ali apresentadas.

A proposta inicial, apresentada por Michel Temer, sugere que a Língua Portuguesa seja uma língua oficial nas Nações Unidas. Seguiram outras, entre elas, a política de vistos a ser implantada de forma

gradual e diferenciada pelos estados membros, os países que compõem a CPLP: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Autoridades de São Tomé e Príncipe anunciaram a decisão de isentar de vistos os cidadãos dos estados-membros durante um período de 15 dias.

A proposta avança para uma maior circulação dos cidadãos no espaço da CPLP.

Portugal propôs à Cimeira aumentar a mobilidade no espaço da CPLP através da criação de um modelo de autorizações de residência, liberdade de residência, associado ao reconhecimento de títulos acadêmicos e qualificações profissionais, os chamados vistos dourados, que têm regras específicas. Também para a portabilidade de direitos sociais designadamente em matéria de Segurança Social.

Antônio Costa recordou que “durante anos andámos absurdamente a levantar dificuldades ao reconhecimento dos dentistas com diplomas brasileiros, e achamos que era igualmente

absurdo que levantassem dúvidas sobre os engenheiros com diplomas portugueses” e prosseguiu:

“A atribuição de direitos de participação política permitirá criar melhores condições para a inserção de todos nas comunidades onde estão inseridos”.

Esta Cimeira reafirmou o

compromisso da Constituição da CPLP: um espaço geograficamente descontínuo, mas identificado pelo idioma comum, pelos primados de paz, da democracia, do Estado de direito, dos direitos humanos e da justiça social.

Houve quem chamasse esta Cimeira de Luso-Brasileira pelos acordos bilaterais entre Portugal e Brasil: cinco acordos sobre cooperação para o desenvolvimento.

Portugal tem atualmente 600 empresas instaladas no Brasil, gerando empregos diretos e indiretos, lembrou Michel Temer, acrescentando

que Portugal e Brasil são parceiros históricos e têm uma agenda moderna na área da tecnologia, entre outras a produção de aviões brasileiros sendo produzidos em parte na fábrica portuguesa de Évora.

Destaque também para o

interesse do Brasil continuar a trabalhar e reforçar a cooperação com Portugal na área das nanociências, computação científica, da ciência aberta e da cultura científica.

Michel Temer não queria deixar passar esta Cimeira sem apelar para Portugal no sentido de reforçar o acordo de Associação entre o Mercosul e a União Europeia, salientou a necessidade de se formalizar o mais rapidamente possível este acordo. Portugal prontificou-se a ser um bom advogado em favor desta causa, disse Antônio Costa.

Não foi esquecida a vitória de Portugal na recente eleição para o cargo de secretário-geral das nações Unidas, António Guterres.

António Costa considerou que Portugal e o Brasil estão “num novo patamar de relacionamento” citou o projeto, a seu ver ambicioso, de carros elétricos e acrescentou “ hoje já não falamos só de importação e exportação de petróleo, de carne, de vinho ou de azeite. Hoje podemos falar na cooperação técnica e científica ao mais alto nível”.

XII Cimeira da CPLP em Brasília

A fim de participar nos trabalhos da Assembleia Geral da ONU em Nova York, o Chefe do Estado Português, Marcelo Rebelo de Sousa, aproveitou também para se encontrar e visitar algumas comunidades portuguesas da costa leste dos EEUU, finalizando

com um evento levado a cabo no New Jersey Performing Arts Center (NJPAC) no qual marcaram presença muitos convidados, representantes de várias instituições portuguesas, como escolas, clubes, figuras empresariais, políticas, etc.

Após breve e eloquente discurso enquanto degustavamos um saboroso lanche, o Presidente Marcelo aproveitou para trocar impressões com muitos dos presentes, deixando-se fotografar.

Foram muitos os Estados da costa leste que acederam ao

convite formulado e da parte da comunidade de Bridgeport registamos a presença do Consul Honorário do Estado de Connecticut, Dr Bill Gouveia e sua esposa, Tino Rodrigues e esposa, presidente da Casa do Benfica de Dunbury e o

Clube Vasco da Gama de Bridgeport fez-se representar pelo correspondente do jornal Luso Americano e Relações Públicas do Clube, José Rodrigues.

J. A. (Bridgeport EUA)

A Visita do Presidente da República Portuguesa aos Estados Unidos

O Presidente da República Portuguesa com o consul Honorário Bill Gouveia, natural de Santo Estevão, Chaves

Figuras gradas da comunidade de Bridgeport

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17 de Novembro de 201614 BarrosoNoticias de

Médicos acerca dos melhores pacientes

Numa sala de cirurgia, cinco cirurgiões discutiam sobre quais os melhores pacientes a operar.

Dizia o primeiro:- Gosto de operar

contabilistas porque, quando se abrem, todos os órgãos estão numerados e ordenados.

O segundo retorquiu: - Sim, mas melhor são os

electricistas, todos os órgãos estão codificados por cores. Não há qualquer risco de engano.

Ao que respondeu o terceiro:

- Que nada!!! Os melhores são os bibliotecários. Dentro deles tudo está ordenado alfabeticamente.

O quarto cirurgião opinou:

- Não há como os mecânicos. Eles até já transportam uma reserva dos órgãos que são necessários

substituir.Finalmente, disse o

quinto: - Deixem-me discordar

de todos vocês, meus caros colegas, em minha opinião, os melhores pacientes para operar são os políticos. Não têm coração, não têm estômago nem tomates... Além disso, podemos trocar o cérebro pelo cu, pois como só têm ideias de merda não dão conta de nada e ainda agradecem.

Dois Guineenses à conversa

Mano, pus soalho frutuante nos casa!

Bonito, pá! Assim quando vier as próxima cheias, o chão frutua e não fico com a casa inundada!...

- Mas, se vierem muitas cheia, brader, isso sobe muito e tú bate mésmo com os corno nos tecto, pá!!!

Nãos tem probrema, méu; também pus os tecto farso…

O que Jô Soares, humorista brasileiro, disse sobre o professor...

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!

Se é jovem, não tem experiência. Se é velho, está superado.

Se Não tem automóvel, é um pobre coitado. Se Tem automóvel, chora de “barriga cheia’.

Se Fala em voz alta, vive gritando. Se Fala em tom normal, ninguém escuta.

Se Não falta ao colégio, é um ‘caxias’. Se Precisa faltar, é um ‘turista’.

Se Conversa com os outros professores, está ‘malhando’ os alunos. Se Não conversa, é um desligado.

Se Dá muita matéria, não tem dó do aluno. Se Dá pouca

matéria, não prepara os alunos.

Se Brinca com a turma, é metido a engraçado. Se Não brinca com a turma, é um chato.

Se Chama a atenção, é um grosso. Se Não chama a atenção, não sabe se impor.

Se A prova é longa, não dá tempo. Se A prova é curta, tira as chances do aluno.

Se Escreve muito, não explica. Se Explica muito, o caderno não tem nada.

Se Fala corretamente, ninguém entende. Se Fala a ‘língua’ do aluno, não tem vocabulário.

Se Exige, é rude. Se Elogia, é debochado.

Se O aluno é reprovado, é perseguição. Se O aluno é aprovado, deu ‘mole’.

É ... o professor está sempre errado, mas se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

Na maternidade

Numa maternidade nasceram dois bebés à mesma hora. Prepararam-nos, como mandam as regras e levaram-nos para uma sala.

Às tantas diz um p’ra o outro:

Tu também nasceste agora?Nasci.És menino ou menina?Não sei, ainda não vi e tu?Eu sou meninoÉs? mostra láQueres que te mostre?MostraOlha que eu mostroMostraO menino com toda a sua

valentia levanta o lençol dos pés da cama e diz-lhe:

- Olha os sapatinhos azuis.

O que dizem os outros

Acerca da truta:Um velho rifão espanhol

diz que: «a troita para que guste há de ter sete efes – fresca, frita, fria, fiada, fragosa, fea e femia»

ATÃO BÁ!!!

SOS – Número nacional 112Protecção à Floresta 117Protecção Civil 118Câmara Municipal de Boticas 276 410 200Câmara Municipal de Montalegre 276 510 200Junta de Freguesia de Boticas 276 410 200Junta de Freguesia de Montalegre 276 512 831Junta de Freguesia de Salto 253 750 082Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415 291Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512 301Bombeiros Voluntários de Salto 253 659 444GNR de Boticas 276 510 540 GNR de Montalegre 276 510 300GNR de Venda Nova 253 659 490 Centro de Saúde de Boticas 276 410 140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510 160Extensão de Saúde de Cabril 253 652 152Extensão de Saúde de Covelães 276 536 164Extensão de saúde de Ferral 253 659 419Extensão de Saúde de Salto 253 659 283Extensão de Saúde de Solveira 276 536 183Extensão de Saúde de Tourém 276 579 163Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659 243Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556 130Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536 169Hospital Distrital de Chaves 276 300 900

Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas 276 415 245Agrupamento de Escolas de Montalegre 276 510 240Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso 253 659 000Escola Profissional de Chaves 276 340 420Centro de Formação Profissional de Chaves 276 340 290Tribunal Judicial de Boticas 276 510 520Tribunal Judicial de Montalegre 276 090 000Instituto de Emprego de Chaves 276 340 330Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso 276 340 660ADRAT (Chaves) 276 340 920ACISAT (Chaves) 276 332 579Direcção Regional de Agricultura (Chaves) 276 334 359EDP – Electricidade de Portugal 276 333 225Cruz Vermelha Portuguesa Boticas 276 410 200Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre 276 518 050APAV – Apoio à Vítima 707 200 077SOS – Criança 800 202 651SOS – Grávidas 800 201 139SOS – Deixe de Fumar 808 208 888SOS – Voz Amiga 800 202 669Linha SIDA 800 266 666Intoxicações 808 250 143NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740NOTÍCIAS DE BARROSO 276 512 285Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre 276 512 442

Informações úteis

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17 de Novembro de 2016 15BarrosoNoticias de

BarrosoNoticias de

Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected]: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]

Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura

Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495

Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt

Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Domingos Chaves, José Fernando Moura, José Manuel Rodriguez,

Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura e Victor Pereira

Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €

Tiragem: 2.000 exemplares por edição

(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)

FUTEBOL

CAMPEONATO DE PORTUGAL PRIO

10.ª Jornada, no Estádio João Soares Vieira, de S. Oao de MerelimDia 13-11-2016

Merelinense 1 MONTALEGRE 0

Montalegre: Márcio Rosa; Yan, Álvaro Branco, Zé Luís e Zack; Gabi (Mário 68), João Fernandes e Noel (Alliu 55), Hugo Silva (L. Fernades 81); Nené e Roberto.

Treinador: Zé Manuel Viage

Foi já depois do tempo de compensação que o Merelinense chegou ao golo da vitória. O Montalegre merecia mais. Fez uma boa exibição no campo do líder.

Um Montalegre seguro

em termos defensivos, mesmo depois da expulsão prematura de Álvaro Branco, aos 32 minutos, e atrevido no ataque com Nené e Paulo Roberto em destaque. Foi um jogo muito disputado, com muito contacto e também com uma chuva de cartões amarelos e vermelhos.

No capítulo disciplinar pode queixar-se mais a equipa transmontana que jogou mais de uma hora com menos uma unidade, mas nem por isso o Montalegre deixou de dar mais luta ao Merelinense.

Ao intervalo o 0-0 era um resultado justo. Os transmontanos sabiam que as dificuldades iriam aumentar na etapa complementar pois continuavam a jogar com menos unidade. De assinalar uma grande penalidade de Aliu que salta com um adversário de forma legal mas com outro julgamento do árbitro da partida.

Márcio defendeu com grande classe.

Já depois do tempo de compensação (o àrbitro deu mais seis minutos) lá chegou o golo minhoto numa recarga vitoriosa de Crespo, um dos melhores marcadores da série A.

Pela entrega e sacrifício o Montalegre não merecia perder. Zé Luis foi enorme a comandar a defesa barrosã, depois da saída de Àlvaro… Miguel Fernandes, defesa esquerdo do Merelinense foi o mais inconformado.

Arbitragem negativa!

Nuno Carvalho c/redacção

AF VILAREAL

Divisão de Honra 2016 Jornada 9, dia 13.11.2016

Vila Real 3-0 AteiSanta Marta 2-1 Ribeira Pena

Boticas 0-2 Vilar de PerdizesValpaços 3-0 FontelasRégua 2-2 VidagoCerva 0-0 AbambresMondinense 1-0 MurçaSalto 0-3 Vila Pouca

O Vilar de Perdizes está a fazer uma grande época. Ocupa o 5.º lugar da tabela classificativa com os mesmos pontos da Régua (17). Nesta jornada venceu o Boticas por 2 -0.

O Salto que, nesta época, está a dar cartas, perdeu em casa com o Vila Pouca mas ocupa um honroso 10.º lugar na classificação.

RALLYCROSSMundial de Rallycross -

Evento do ano

O Campeonato do Mundo de Rallycross que se realizou em

Montalegre, no passado mês de abril, foi o vencedor, no passado sábado, na categoria “Evento do Ano” na III Gala do Desporto - Alto Tâmega, promovida pela SINAL TV (Web TV da cidade de Chaves).

Concorriam, a par deste evento, mais 3, realizados na região.

Ao palco do Casino de Chaves subiram: Orlando Alves, Presidente da Câmara Municipal de Montalegre e Jorge Fonseca, do Clube Automóvel de Vila Real.

A gala premeia atletas, clubes, dirigentes desportivos, treinadores e entidades que mais se destacaram na prática das suas modalidades na região do Alto Tâmega e Barroso durante a época desportiva (agosto 2015 a maio 2016).

DESPORTO

Terminou com chave de ouro mais uma edição do campeonato de chegas de bois de raça barrosã, com a habitual atribuição de prémios aos proprietários dos animais. A cerimónia, que decorreu numa unidade hoteleira de Montalegre, contou com a presença do vice-presidente do município, David Teixeira. O autarca felicitou esta franja de barrosões, responsável pela manutenção de

um dos mais belos traços da identidade concelhia.

Foi com 17 mil euros - vencedor arrecadou 2.600 - que foi realizada a edição 2016

do campeonato de chegas de bois de raça barrosã, evento organizado pela Associação Etnográfica “O Boi do Povo” e que teve o apoio da Câmara Municipal de Montalegre, como fez questão de sublinhar o presidente da associação, Nuno Duarte: «sem a ajuda do município, seria impossível fazermos este torneio. É muito importante continuarmos a ter este patrocínio. Só assim foi possível termos tido 21 animais inscritos».

Em nome da Câmara Municipal de Montalegre falou o número dois do executivo. Em

discurso informal, David Teixeira deixou um aplauso generalizado a todo aquele que resiste em prol da manutenção da raça barrosã: «quero que saibam, de uma forma muito clara, que este executivo está convosco. O nosso reconhecimento ao vosso trabalho pela manutenção da nossa raça autóctone. O

prémio que passamos a dar de 50 euros por nascimento/animal é um sinal. O apoio de 100 mil euros à sanidade animal é outro incentivo. É um outro sinal onde queremos continuar a ser um município com atividade agrícola e a ter gente nova neste

ramo». Enquanto espetáculo, a chega de bois deve ser encarada com toda a seriedade, vinca o vice-presidente da autarquia: «o pedido que vos deixo é que sejam sérios em tudo que façam. Que valha a pena assistir a uma chega de bois. Que tenhamos orgulho em mostrar o que temos. O torneio não pode cair apenas na vontade de ganhar o prémio. Tem que ser algo mais».

Chega de Bois na “SEXTA 13”?

A fechar a comunicação,

ficou no ar a possibilidade da realização de uma chega de bois noturna na próxima “Sexta 13. Um desafio encarado com visível entusiasmo por todos os presentes. David Teixeira esclareceu: «este executivo tem a qualidade de não ter medo dos desafios. Vamos ver. Talvez na “rotunda do Intermarché”. A direção da Associação “O Boi do Povo” vai ficar com o trabalho de pensar numa boa proposta. Nós cá estaremos para a apoiar».

In: cm-montalegre.pt

CHEGAS DE BOIS

Entrega de Prémios do Torneio 2016

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MEL DO LAROUCO O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo

nome e resulta das florações da urze, sargaço, sangorinho, carvalho e outras espécies ve-getais da região de Barroso Apicultor nº 110796J. A. Carvalho de MouraRua Miguel Torga, nº 4925470-211MONTALEGRETels: +351 91 452 1740 e 276 412 285Fax: +351 276 512 281Mail: [email protected]

Encerrada desde junho último, foi reaberta a Extensão de Saúde de Covelães depois de terem sido feitos trabalhos que ultrapassaram os 40 mil euros, investimento exigido pelo ACES de Trás-os-Montes Alto Tâmega e Barroso. A obra responde agora a todas as normas em vigor. Dentro de dias, regressam os médicos a uma estrutura médica que responde por 11 aldeias do concelho de Montalegre.

A Extensão reabriu, numa cerimónia que contou com várias personalidades, entre elas o líder do município, Orlando Alves, e Laurentina

Teixeira, diretora executiva do ACES de Trás-os-Montes Alto Tâmega e Barroso.

Neste hiato de tempo, o transporte dos utentes, para o Centro de Saúde de Montalegre, foi assegurado pela Associação Social e Cultural de Paredes do Rio. Todavia, o regresso à casa mãe representa não só mais proximidade como maior tranquilidade para uma procura, em grande parte, idosa e com dificuldades de mobilidade.

Muito satisfeito, José Bento Caselas, presidente

da União de Freguesias de Sezelhe e Covelães, recorda todo o caminho percorrido ao longo destes meses: «como sabem, a extensão de saúde foi encerrada. Na altura, comprometemo-nos a fazer obras. Chegou o dia da reabertura. Foi um compromisso de todos. Como presidente de junta, é a obra que me está a dar maior orgulho. Ninguém reclama!». Um investimento «bastante dispendioso» que enche de «orgulho» toda a comunidade. Bento Caselas aproveita para agradecer o contributo «fundamental» da

Câmara de Montalegre na resolução do impasse.

A diretora executiva do ACES de Trás-os-Montes Alto Tâmega e Barroso, Laurentina Teixeira, explicou o modo como deve ser recordado todo este processo: «a nossa preocupação foi sempre dar melhores condições aos cidadãos. O que existia não era de todo condigno, não só para os utentes

como, também, para os profissionais que aqui trabalhavam. A sugestão, na altura, era encerrar dando, como alternativa, o transporte para o Centro de Saúde de

Montalegre. No entanto, depois de conversarmos, e até porque a população era pouca - cerca de 400 utentes inscritos -, entendemos dar um tempo para a realização das obras». Assim sendo, rematou: «vamos voltar a garantir, em Covelães, a consulta médica e a consulta de enfermagem e respetivo atendimento domiciliário, sempre que se justifique. A reabertura será feita dentro de dias».

In: cm-montalegre.pt

Inaugurada a Extensão de Saúde de Covelães