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1 Banif - SGPS, S.A. Sociedade aberta ao investimento do público Sede social: Rua de João Tavira, n.º 30, 9004-509 Funchal Matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Funchal sob o número único de matrícula e pessoa colectiva 511 029 730 Capital Social integralmente realizado: 570.000.000 (Entidade EMITENTE) PROSPECTO DE OFERTA PÚBLICA DE SUBSCRIÇÃO EMISSÃO DE ATÉ 75.000 OBRIGAÇÕES, ORDINÁRIAS, ESCRITURAIS, AO PORTADOR, COM O VALOR NOMINAL UNITÁRIO DE € 1.000 (MIL EUROS), REPRESENTATIVAS DO EMPRÉSTIMO OBRIGACIONISTA NO MONTANTE DE ATÉ € 75.000.000 (SETENTA E CINCO MILHÕES DE EUROS) OBRIGAÇÕES BANIF SGPS, S.A. 2011/2013 O presente prospecto deverá ser lido em conjunto com os documentos inseridos por remissão, os quais fazem parte integrante do mesmo. ORGANIZAÇÃO - 14 de Julho de 2011 -

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Banif - SGPS, S.A.

Sociedade aberta ao investimento do público

Sede social: Rua de João Tavira, n.º 30, 9004-509 Funchal

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Funchal

sob o número único de matrícula e pessoa colectiva 511 029 730

Capital Social integralmente realizado: € 570.000.000

(Entidade EMITENTE)

PROSPECTO DE OFERTA PÚBLICA DE SUBSCRIÇÃO

EMISSÃO DE ATÉ 75.000 OBRIGAÇÕES, ORDINÁRIAS, ESCRITURAIS, AO PORTADOR, COM

O VALOR NOMINAL UNITÁRIO DE € 1.000 (MIL EUROS), REPRESENTATIVAS DO

EMPRÉSTIMO OBRIGACIONISTA NO MONTANTE DE ATÉ € 75.000.000 (SETENTA E CINCO

MILHÕES DE EUROS)

OBRIGAÇÕES BANIF – SGPS, S.A. 2011/2013

O presente prospecto deverá ser lido em conjunto com os documentos inseridos por remissão,

os quais fazem parte integrante do mesmo.

ORGANIZAÇÃO

- 14 de Julho de 2011 -

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ÍNDICE

ADVERTÊNCIAS pág. 5

DECLARAÇÕES OU MENÇÕES RELATIVAS AO FUTURO pág. 7

DEFINIÇÕES pág. 8

CAPÍTULO I – SUMÁRIO

1.1. Introdução pág. 13

1.2. Factores de risco relacionados com a actividade da EMITENTE, com a Oferta

e com os valores mobiliários objecto da Oferta pág. 15

1.3. Advertências complementares pág. 16

1.4. Responsáveis pela informação pág. 16

1.5. Principais características da Oferta pág. 18

1.6. Calendário indicativo dos principais acontecimentos da Oferta pág. 20

1.7. Motivos da Oferta e afectação das receitas pág. 20

1.8. Informações sobre a EMITENTE pág. 21

1.9. Dados financeiros seleccionados da EMITENTE pág. 26

1.10. Informação adicional pág. 36

CAPÍTULO II – FACTORES DE RISCO

2.1. Factores de risco relacionados com os valores mobiliários objecto da Oferta pág. 38

2.2. Factores de risco relacionados com a actividade da EMITENTE pág. 41

CAPÍTULO III - RESPONSÁVEIS PELA INFORMAÇÃO pág. 88

CAPÍTULO IV – INFORMAÇÃO RELATIVA AOS VALORES MOBILIÁRIOS OBJECTO DA OFERTA

4.1. Tipo e categoria das Obrigações objecto da Oferta pág. 91

4.2. Legislação ao abrigo da qual as Obrigações serão emitidas pág. 91

4.3. Forma de representação das Obrigações pág. 92

4.4. Moeda em que as Obrigações serão emitidas pág. 92

4.5. Garantias e subordinação do empréstimo obrigacionista pág. 92

4.6. Direitos inerentes às Obrigações e eventuais restrições dos mesmos pág. 92

4.7. Taxa de juro nominal e disposições relacionadas com os juros pág. 92

4.8. Amortizações e opções de reembolso antecipado pág. 93

4.9. Rendimento das Obrigações (Taxa de Rentabilidade Efectiva) pág. 94

4.10. Representação dos obrigacionistas pág. 95

4.11. Resoluções, autorizações e aprovações ao abrigo das quais as Obrigações serão

emitidas pág. 95

4.12. Data prevista para a emissão das Obrigações pág. 96

4.13. Restrições à livre transferência das Obrigações pág. 96

4.14. Regime fiscal pág. 96

CAPÍTULO V – DESCRIÇÃO DA OFERTA

5.1. Estatísticas da Oferta, calendário previsto e medidas necessárias para a

apresentação de pedidos de subscrição da Oferta

5.1.1. Condições a que a Oferta está subordinada pág. 103

5.1.2. Montante total da Oferta pág. 103

5.1.3. Período de tempo, incluindo eventuais alterações, durante o qual a Oferta será

Page 3: BANIF

3

válida e descrição do processo de subscrição pág. 104

5.1.4. Redução das subscrições e modo de reembolso de montantes pagos em excesso

pelos subscritores pág. 104

5.1.5. Montante mínimo e/ou máximo dos pedidos de subscrição pág. 104

5.1.6. Método e prazos de pagamento e de entrega dos valores mobiliários pág. 105

5.1.7. Modo como os resultados da Oferta serão divulgados e data dessa divulgação pág. 105

5.1.8. Procedimento a observar para o exercício dos direitos de preferência,

negociabilidade dos direitos de subscrição e tratamento dos direitos de subscrição

não exercidos pág. 105

5.1.9. Calendário da Oferta pág. 105

5.2. Plano de distribuição e atribuição

5.2.1. Categorias de potenciais investidores a que os valores mobiliários são oferecidos pág. 105

5.2.2. Informações sobre o processo de notificação aos subscritores acerca do montante

que lhes foi atribuído pág. 106

5.3. Preço de Oferta dos valores mobiliários pág. 106

5.4. Colocação e tomada firme

5.4.1. Nome e endereço do coordenador ou coordenadores da Oferta global e de partes da

Oferta e, tanto quanto seja do conhecimento da EMITENTE, os respectivos agentes

de colocação nos diferentes países em que é lançada a Oferta pág. 106

5.4.2. Nome e endereço dos agentes pagadores e depositários em cada país pág. 106

5.4.3. Nomes e endereços das entidades que acordam em subscrever a emissão com base

numa tomada firme e das entidades que acordam em colocar a emissão sem tomada

firme ou com base num acordo de colocação por conta de terceiros pág. 106

5.4.4. Indicação de quando foi ou será alcançado o acordo de tomada firme pág. 107

5.5. Admissão à negociação pág. 107

5.6. Interesses de pessoas envolvidas na Oferta pág. 107

5.7. Motivos da Oferta e afectação das receitas pág. 107

5.8. Notação de risco de crédito (rating) atribuído às Obrigações pág. 108

CAPÍTULO VI – INFORMAÇÕES SOBRE A EMITENTE

6.1. Antecedentes e evolução da EMITENTE pág. 109

6.2. Acções próprias pág. 111

6.3. Estatutos pág. 112

6.4. Principais accionistas pág. 119

6.5. Orgãos de administração, de direcção e de fiscalização da EMITENTE

6.5.1. Informação sobre os membros dos órgãos de administração, de fiscalização

e quadros superiores da EMITENTE pág. 122

6.5.2. Conflitos de interesses de membros dos órgãos de administração, de fiscalização

e quadros superiores da EMITENTE pág. 132

6.6. Informações sobre a comissão de remunerações e de auditoria da EMITENTE pág. 132

6.7. Regime do governo das sociedades pág. 133

6.8. Acordos parassociais pág. 146

6.9. Representante para as relações com o mercado pág. 146

CAPÍTULO VII – INFORMAÇÕES RELATIVAS À ACTIVIDADE DA EMITENTE

7.1. Principais actividades da EMITENTE

7.1.1. Natureza das principais actividades da EMITENTE pág. 147

7.1.2. Novos produtos e/ou serviços significativos eventualmente lançados pág. 180

7.2. Principais mercados pág. 183

7.3. Fundamentos de eventuais declarações prestadas pela EMITENTE acerca da sua

posição concorrencial pág. 185

7.4. Estrutura Organizativa

Page 4: BANIF

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7.4.1. Descrição sucinta do BANIF – GRUPO FINANCEIRO pág. 185

7.4.2. Dependência de outras entidades do BANIF – GRUPO FINANCEIRO pág. 205

7.5. Investimentos da EMITENTE

7.5.1. Descrição dos principais investimentos em cada um dos exercícios do período

abrangido pelo historial financeiro pág. 206

7.5.2. Principais investimentos em curso pág. 213

7.5.3. Principais investimentos futuros em relação aos quais os órgãos directivos tenham

já assumido compromissos firmes pág. 214

7.5.4. Informações relativas às fontes de financiamento previstas para honrar

os compromissos referidos no ponto 7.5.3. do Capítulo VII pág. 214

CAPÍTULO VIII – DADOS FINANCEIROS SELECCIONADOS DA EMITENTE pág. 215

CAPÍTULO IX – INFORMAÇÃO SOBRE TENDÊNCIAS pág. 230

CAPÍTULO X - INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ACERCA DO ACTIVO E DO PASSIVO, DA

SITUAÇÃO FINANCEIRA E DOS LUCROS E PREJUÍZOS DA EMITENTE

10.1. Historial financeiro pág. 232

10.2. Mapas financeiros pág. 238

10.3. Auditoria de informações financeiras históricas anuais pág. 238

10.4. Período coberto pelas informações financeiras mais recentes pág. 238

10.5. Informações financeiras intercalares e outras pág. 238

10.6. Acções judiciais e arbitrais pág. 246

10.7. Alteração significativa na situação financeira ou comercial da EMITENTE pág. 247

CAPÍTULO XI – CONTRATOS SIGNIFICATIVOS pág. 248

CAPÍTULO XII - INFORMAÇÕES DE TERCEIROS, DECLARAÇÕES DE PERITOS E

DECLARAÇÕES DE EVENTUAIS INTERESSES

12.1. Nome, endereço profissional, qualificações e, se for caso disso, os interesses do

perito em causa na EMITENTE, caso uma declaração ou um relatório atribuído

a um perito seja incluído no Prospecto pág. 252

12.2. No caso de a informação ter sido obtida junto de terceiros, confirmação de que

a informação foi rigorosamente reproduzida pág. 252

CAPÍTULO XIII - DOCUMENTAÇÃO ACESSÍVEL AO PÚBLICO pág. 253

CAPÍTULO XIV – DOCUMENTOS INSERIDOS POR REMISSÃO pág. 254

Page 5: BANIF

5

ADVERTÊNCIAS

A forma e o conteúdo do presente prospecto obedecem ao preceituado no Código dos Valores

Mobiliários, ao disposto no Regulamento (CE) n.º 809/2004 da Comissão, de 29 de Abril, objecto da

rectificação publicada no Jornal Oficial n.º L 215, de 16 de Junho de 2004, tal como alterado pelo

Regulamento (CE) n.º 1787/2006 da Comissão, de 4 de Dezembro, publicado no Jornal Oficial n.º L 337,

de 5 de Dezembro de 2006 e pelo Regulamento (CE) n.º 211/2007 da Comissão, de 27 de Fevereiro,

publicado no Jornal Oficial n.º L 61, de 28 de Fevereiro de 2007, e demais legislação aplicável.

O presente prospecto diz respeito à oferta pública de subscrição de até 75.000 obrigações, escriturais e ao

portador, com o valor nominal unitário de € 1.000 (mil Euros), representativas do empréstimo

obrigacionista “Obrigações Banif – SGPS, S.A. 2011/2013”, tendo sido aprovado pela Comissão do

Mercado de Valores Mobiliários em 14 de Julho de 2011, encontrando-se disponível sob a forma

electrónica em www.cmvm.pt, www.grupobanif.pt e www.banifib.pt.

As entidades que, nos termos do disposto nos artigos 149º e 243º do Código dos Valores Mobiliários, são

responsáveis pela suficiência, veracidade, actualidade, clareza, objectividade e licitude da informação

contida no prospecto encontram-se indicadas no mesmo.

O n.º 5 do artigo 118º do Código dos Valores Mobiliários estabelece que a aprovação do prospecto “é o

acto que implica a verificação da sua conformidade com as exigências de completude, veracidade,

actualidade, clareza, objectividade e licitude da informação”. O n.º 7 do artigo 118º do Código dos

Valores Mobiliários estabelece que a aprovação do prospecto não envolve “qualquer garantia quanto ao

conteúdo da informação, à situação económica ou financeira do oferente, do emitente ou do garante, à

viabilidade da oferta ou à qualidade dos valores mobiliários”.

O BANIF INVESTIMENTO é o intermediário financeiro responsável pela prestação dos serviços de

assistência à EMITENTE na preparação, lançamento e execução da Oferta, nos termos e para efeitos da

alínea a) do n.º 1 do artigo 113º do Código dos Valores Mobiliários. O BANIF INVESTIMENTO é

responsável, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 149º do Código dos Valores Mobiliários,

pela prestação dos serviços de assistência previstos nos artigos 337º do Código dos Valores Mobiliários,

com excepção do apuramento dos resultados da Oferta, o qual competirá ao BANIF, devendo assegurar o

respeito pelos preceitos legais e regulamentares em especial quanto à qualidade da informação. Não

obstante, o BANIF INVESTIMENTO não realizou uma verificação autónoma de todos os factos ou

informação constantes deste Prospecto.

A existência do Prospecto não assegura que a informação nele contida se mantenha inalterada desde a

data da sua disponibilização. Não obstante, se, entre a data da sua aprovação e a data de subscrição das

Obrigações, for detectada alguma deficiência no mesmo ou ocorrer qualquer facto novo ou se tome

conhecimento de qualquer facto anterior não considerado no Prospecto, que sejam relevantes para a

decisão a tomar pelos destinatários da Oferta, a EMITENTE deverá requerer imediatamente à CMVM a

aprovação de adenda ou de rectificação ao Prospecto nos termos do artigo 142º do Código dos Valores

Mobiliários.

No Prospecto estão referidos riscos associados à actividade da EMITENTE e os factores de risco associados

aos valores mobiliários objecto da Oferta. Os potenciais investidores devem ponderar cuidadosamente os

riscos associados à subscrição e detenção de valores mobiliários, bem como as demais advertências

constantes do Prospecto antes de tomarem qualquer decisão de investimento no âmbito da Oferta. Para

quaisquer dúvidas que possam subsistir quanto a estas matérias, os potenciais investidores deverão

informar-se junto dos seus consultores jurídicos e financeiros. Os potenciais investidores devem também

informar-se sobre as implicações legais e fiscais existentes no seu país de residência que decorrem da

aquisição, detenção ou alienação das obrigações da EMITENTE que lhes sejam aplicáveis.

Page 6: BANIF

6

O Prospecto não configura uma análise quanto à qualidade dos valores mobiliários objecto da Oferta, nem

uma recomendação à sua subscrição.

Qualquer decisão de investimento deverá basear-se na informação contida no Prospecto no seu conjunto e

ser efectuada após avaliação independente da condição económica, situação financeira e demais

elementos relativos à EMITENTE. Nenhuma decisão quanto à intenção de investimento deverá ser tomada

sem prévia análise, pelo potencial investidor e pelos seus eventuais consultores, do Prospecto no seu

conjunto, mesmo que a informação relevante seja prestada mediante a remissão para outra parte do

Prospecto ou para outros documentos incorporados no mesmo.

A distribuição do Prospecto ou a aquisição dos valores mobiliários aqui descritos pode estar restringida

em certas jurisdições. Aqueles em cuja posse o Prospecto se encontre deverão informar-se e observar

essas restrições.

A Oferta, que se rege pelo disposto no Código dos Valores Mobiliários, decorre exclusivamente no

território português, não se efectuando noutros mercados, designadamente, nos Estados Unidos da

América, Canadá, Austrália ou Japão, sem prejuízo de nela poderem participar todos os investidores cuja

participação não seja objecto de proibição por lei que lhes seja aplicável.

Tendo em conta as restrições legalmente aplicáveis noutras jurisdições, nomeadamente no que diz

respeito a pessoas qualificáveis como “US Persons” pelas leis dos Estados Unidos da América, é feita a

seguinte menção em língua inglesa:

“This public offer is being made in the Portuguese market in accordance with the Portuguese Securities

Code (“Código dos Valores Mobiliários”) and is only addressed to persons to whom it may lawfully be

made. In particular, in order to comply with relevant securities laws, it is not being made by any means

or instrumentally, directly or indirectly, in or into any other jurisdictions, in particular, without

limitation, the United States, Canada, Australia or Japan.

None of the bonds offered pursuant to this prospectus have been, or will be, registered under the U.S.

Securities Act of 1933 (the "Securities Act") or any state securities laws, and such bonds may not be

offered or sold within the United States. Accordingly, the offer is not being extended into the United

States. The bonds are being offered outside the United States in accordance with Regulation S under the

Securities Act.

This document is not an offer of securities for sale in the United States, Australia, Canada, Japan or in

any jurisdiction in which such offer is unlawful. No person receiving a copy of this prospectus and/or any

other document or subscription form related hereto in any jurisdiction other than Portugal may treat the

same as constituting either an offer to sell or the solicitation of an offer to subscribe if, in the relevant

jurisdiction, such an offer or solicitation cannot lawfully be made. In such circumstances, this prospectus

and/or any other document or subscription form related thereto are for informational purposes only and

none other.”.

Page 7: BANIF

7

DECLARAÇÕES OU MENÇÕES RELATIVAS AO FUTURO

O Prospecto inclui declarações ou menções relativas ao futuro. Algumas destas declarações ou menções

podem ser identificadas por palavras ou expressões como “antecipa”, “acredita”, “espera”, “planeia”,

“pretende”, “tem intenção de”, “estima”, “projecta”, “irá”, “procura(-se)”, “antecipa(-se)”, “prevê(-se)”,

“perspectiva(-se)” e similares. Com excepção das declarações sobre factos pretéritos constantes do

Prospecto, quaisquer declarações que constem do Prospecto, incluindo, sem limitar, em relação à situação

financeira, às receitas e rendibilidade (incluindo quaisquer projecções ou previsões financeiras ou

operacionais), à estratégia da actividade, às perspectivas, planos e objectivos de gestão para operações

futuras constituem declarações ou menções relativas ao futuro. Estas declarações relativas ao futuro, ou

quaisquer outras projecções contidas no Prospecto, envolvem riscos conhecidos e desconhecidos,

incertezas e outros factores que podem conduzir a que os resultados concretos, a performance efectiva ou

a concretização de objectivos da EMITENTE ou do BANIF – GRUPO FINANCEIRO ou os resultados do sector

sejam significativamente diferentes dos que constam ou estão implícitos nas declarações ou menções

relativas ao futuro. Estas declarações ou menções relativas ao futuro baseiam-se numa multiplicidade de

pressupostos, convicções, expectativas, estimativas e projecções da EMITENTE em relação às suas actuais

e futuras estratégias de negócio e do contexto em que o BANIF - GRUPO FINANCEIRO espera vir a

desenvolver a sua actividade no futuro. Tendo em conta esta situação, os potenciais investidores deverão

ponderar cuidadosamente estas declarações ou menções relativas ao futuro previamente à tomada de

qualquer decisão de investimento relativamente às Obrigações da EMITENTE.

Nos termos do n.º 2 do artigo 8.º do Código dos Valores Mobiliários, deve ser objecto de relatório de

auditoria a informação financeira anual contida em documento de prestação de contas ou prospecto que

deva ser submetido à CMVM, e, sempre que contenha previsões sobre a evolução dos negócios ou da

situação económica e financeira da entidade a que respeitam, o mesmo deve pronunciar-se expressamente

sobre os respectivos pressupostos, critérios e coerência.

Diversos factores poderão determinar que a performance futura ou os resultados da EMITENTE e do BANIF

– GRUPO FINANCEIRO sejam significativamente diferentes daqueles que resultam expressa ou tacitamente

de declarações ou menções relativas ao futuro, incluindo os seguintes:

alterações nas condições económicas e de negócio em Portugal, bem como nas condições

económicas e de negócio nas operações do BANIF – GRUPO FINANCEIRO no estrangeiro;

flutuações e volatilidade das taxas de juro, dos spreads de crédito e das taxas de câmbio;

alterações nas políticas governamentais e no enquadramento regulamentar da actividade bancária;

alterações no ambiente competitivo do BANIF – GRUPO FINANCEIRO; e

factores que não são actualmente do conhecimento da EMITENTE.

Caso alguns destes riscos ou incertezas se concretizem desfavoravelmente, ou algum dos pressupostos

venha a revelar-se incorrecto, as perspectivas futuras descritas ou mencionadas neste Prospecto poderão

não se verificar total ou parcialmente e os resultados efectivos poderão ser significativamente diferentes

dos antecipados, esperados, previstos ou estimados no Prospecto. Estas declarações ou menções relativas

ao futuro reportam-se apenas à data do Prospecto. A EMITENTE não assume qualquer obrigação ou

compromisso de divulgar quaisquer actualizações ou revisões a qualquer declaração relativa ao futuro

constante do Prospecto de forma a reflectir qualquer alteração das suas expectativas decorrente de

quaisquer alterações aos factos, condições ou circunstâncias em que os mesmos se basearam, salvo se,

entre a data de aprovação do Prospecto e o fim do prazo da Oferta, for detectada alguma deficiência no

Prospecto ou ocorrer qualquer facto novo ou se tome conhecimento de qualquer facto anterior não

considerado no Prospecto, que seja relevante para a decisão a tomar pelos destinatários da Oferta, caso em

que a EMITENTE deverá imediatamente requerer à CMVM aprovação de adenda ou de rectificação ao

Prospecto nos termos do artigo 142º do Código dos Valores Mobiliários.

Page 8: BANIF

8

DEFINIÇÕES

Excepto se expressamente indicado de outro modo, os termos a seguir mencionados têm, no presente

Prospecto, os significados aqui referidos:

“Acções” as acções ordinárias, escriturais e nominativas

representativas do capital social da BANIF SGPS

“Accionistas” os detentores de Acções representativas do capital social da

BANIF SGPS

“AFSA” a AFSA SGPS, S.A.

“AUTO-INDUSTRIAL” a Auto-Industrial, S.A.

“AUTO-INDUSTRIAL SGPS” a Auto-Industrial – Investimentos e Participações SGPS,

S.A.

“BANIF MAIS” o Banco Mais, S.A., que passou a adoptar a marca comercial

Banif Mais

“BANIF MAIS SGPS” o Banif Mais – SGPS, S.A., anteriormente designado por

Tecnicrédito SGPS, S.A.

“BANCA PUEYO” a Banca Pueyo, S.A.

“BANIF” o Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

“BANIF AÇOR PENSÕES” a Banif Açor Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de

Pensões, S.A.

“BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO

(BRASIL)” o Banif – Banco de Investimento (Brasil), S.A.

“BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO

FUNCHAL (BRASIL)” o Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A.,

anteriormente denominado Banco Banif Primus, S.A

“BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO

FUNCHAL (CAYMAN)” o Banif – Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd

“BANIF BANK (MALTA)” o Banif Bank (Malta), plc

“BANIF CAPITAL” a Banif Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A.

“BANIF COMERCIAL SGPS” a Banif Comercial, SGPS, S.A.

“BANIF CORRETORA DE VALORES

E CÂMBIO” a Banif Corretora de Valores e Câmbio, S.A.

“BANIF FINANCE” a Banif Finance, Ltd.

“BANIF FINANCIAL SERVICES” a Banif Financial Services Inc.

Page 9: BANIF

9

“BANIF FORFAITING COMPANY” a Banif Forfaiting Company, Ltd.

“BANIF FORFAITING (USA)” a Banif Forfaiting (USA), Inc.

“BANIF GESTÃO DE ACTIVOS” a Banif Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos

de Investimento Mobiliário, S.A.

“BANIF GO” a Banif Go, Instituição Financeira de Crédito, S.A.,

sociedade que resultou da fusão por incorporação da Banif

Crédito – Sociedade Financeira para Aquisições a Crédito,

S.A. na Banif Leasing, S.A.

“BANIF – GRUPO FINANCEIRO”

ou “GRUPO” a BANIF SGPS e as sociedades participadas maioritariamente,

de forma directa ou indirecta, ou controladas pela BANIF

SGPS, como grupo

“BANIF IMOBILIÁRIA” a Banif Imobiliária, S.A.

“BANIF INVESTIMENTO” o Banif – Banco de Investimento, S.A.

“BANIF INVESTIMENTOS SGPS” a Banif Investimentos, SGPS, S.A.

“BANIF INTERNATIONAL BANK” o Banif International Bank, Ltd

“BANIF INTERNATIONAL HOLDINGS” a Banif International Holdings, Ltd

“BANIF FINANCE (USA)” a Banif Finance (USA), Corp., anteriormente denominada

por Banif Mortgage Company

“BANIF GESTÃO DE ACTIVOS (BRASIL)” a Banif Gestão de Activos (Brasil), S.A., anteriormente

denominada Banif Nitor Asset Management, S.A., por sua

vez com a anterior denominação social de Banif Primus

Asset Management, Ltd.

“BANIF PLUS” o Banif Plus Bank, Zrt, subsidiária do BANIF MAIS na

Hungria, com a anterior denominação social de Bank Plus

Bank, Zrt

“BANIF RENT” a Banif Rent – Aluguer, Gestão e Comércio de Veículos

Automóveis, S.A.

“BANIF SECURITIES” a Banif Securities, Inc.

“BANIF SECURITIES HOLDINGS” a Banif Securities Holdings, Ltd.

“BANIFSERV” a BanifServ – Empresa de Serviços, Sistemas e Tecnologias

de Informação, ACE

“BANIF TRADING” a Banif Trading, Inc.

“BANKPIME” o Banco de la Pequeña y Mediana Empresa, S.A.

Page 10: BANIF

10

“BBCA” o Banco Banif e Comercial dos Açores, S.A., incorporado

por fusão no Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

com produção de efeito a partir de 1 de Janeiro de 2009

“BCN” o Banco Caboverdiano de Negócios, S.A.

“BETA SECURITIZADORA” a Beta Securitizadora, S.A.

“CMVM” a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

“Código das Sociedades Comerciais” o Código das Sociedades Comerciais, aprovado pelo

Decreto-lei n.º 262/86, de 2 de Setembro, na redacção em

vigor

“Código do IRC” o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas

Colectivas, aprovado pelo Decreto-lei n.º 442-B/88, de 30 de

Novembro, na redacção em vigor

“Código do IRS” o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas

Singulares, aprovado pelo Decreto-lei n.º 442-A/88 de 30 de

Novembro, na redacção em vigor

“Código dos Valores Mobiliários” o Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-

lei n.º 486/99, de 13 de Novembro, na redacção em vigor

“CSA” a Companhia de Seguros Açoreana, S.A.

“Cupão” o montante a pagar aos subscritores das Obrigações,

semestral e postecipadamente, a partir da Data de

Subscrição, em 9 de Fevereiro e 9 de Agosto de cada ano,

sujeito à ocorrência do Reembolso Antecipado

“EBF” o Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto-lei

n.º 215/89 de 1 de Julho, na redacção em vigor

“EMITENTE”, “BANIF SGPS” ou

“Sociedade” a Banif - SGPS, S.A.

“Empréstimo Obrigacionista” o empréstimo emitido pela EMITENTE representado pelas até

75.000 (setenta e cinco mil) Obrigações, escriturais, ao

portador, com o valor nominal unitário de € 1.000 (mil

Euros), objecto da Oferta

“EUR” ou “€” o Euro, a moeda única Europeia

“Euronext Lisbon” a Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados

Regulamentados, S.A.

“ESPAÇO DEZ” a Espaço Dez – Sociedade Imobiliária, Lda

“FINAB” a FINAB – International Corporate Management Services,

Ltd

“Fitch” a Fitch Ratings Limited

Page 11: BANIF

11

“FN PARTICIPAÇÕES” a FN Participações SGPS, S.A.

“GAMMA” a Gamma – Sociedade de Titularização de Créditos, S.A.

“GLOBAL” a Global – Companhia de Seguros, S.A.

“GLOBAL VIDA” a Global Vida – Companhia de Seguros de Vida, S.A.

“IAS/IFRS”, “IAS” ou “IFRS” as Normas Internacionais de Relato Financeiro decorrentes

das políticas de harmonização dos princípios contabilísticos

da União Europeia

“IBERPARTICIPA” a Iberparticipa, SGPS, S.A.

“ISP” o Instituto de Seguros de Portugal

“INMOBILIÁRIA VEGAS ALTAS” a Inmobiliária Vegas Altas, S.A.

“Interbolsa” a Interbolsa – Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação

e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A.

“INVESTAÇOR” a Investaçor, SGPS, S.A.

“Moody‟s” a Moody‟s Investors Service Limited

“NCA” as políticas contabilísticas definidas pelo Banco de Portugal

através do disposto no Aviso do Banco de Portugal n.º

1/2005, n.ºs 2º e 3º, designadas por Normas de Contabilidade

Ajustadas

“Obrigacionistas” os detentores das Obrigações

“Obrigações” as 75.000 obrigações, escriturais e ao portador, com valor

nominal unitário de € 1.000 (mil Euros, representativas do

empréstimo obrigacionista “Obrigações Banif – SGPS, S.A.

2011/2013”

“Oferta” ou “OPS” a oferta pública de subscrição de até 75.000 Obrigações,

escriturais e ao portador, com valor nominal unitário de

€ 1.000 (mil Euros), a que o prospecto respeita

“PCSB” o Plano de Contas para o Sistema Bancário, conforme Aviso

do Banco de Portugal n.º 1/2005

“Prospecto” o presente prospecto da Oferta

“RAA” a Região Autónoma dos Açores

“RAM” a Região Autónoma da Madeira

“RENTICAPITAL” a Renticapital – Investimentos Financeiros, S.A.

“RENTIPAR FINANCEIRA” a Rentipar Financeira SGPS, S.A.

Page 12: BANIF

12

“RENTIPAR SEGUROS” a Rentipar Seguros SGPS, S.A., a qual assumia a anterior

denominação social de Banif Seguros, SGPS, S.A.

“RGICSF” o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades

Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de

Dezembro, na redacção em vigor

“SGPS” uma sociedade gestora de participações sociais, de acordo

com a legislação aplicável

“Sociedade Aberta” uma sociedade com o capital aberto ao investimento do

público

“SOIL” a Soil SGPS, S.A.

“S&P” a Standard & Poor‟s

“TECNICRÉDITO” a Tecnicrédito SGPS, S.A., com a actual denominação social

de BANIF MAIS SGPS

“VESTIBAN” a Vestiban – Gestão e Investimentos, S.A.

“VMOCs” os 70.000.000 valores mobiliários obrigatoriamente

convertíveis em acções emitidos pela EMITENTE, com o

valor nominal unitário de 1 Euro, no valor global de

€ 70.000.000 (setenta milhões de Euros), que serão

obrigatoriamente convertíveis em acções ordinárias a emitir

pela EMITENTE, da mesma categoria das acções já admitidas

à negociação, em 30 de Setembro de 2013, sendo que as

acções resultantes da conversão serão igualmente admitidas

no mesmo mercado regulamentado

Page 13: BANIF

13

CAPÍTULO I - SUMÁRIO

1.1. Introdução

A forma e o conteúdo do prospecto obedecem ao preceituado no Código dos Valores Mobiliários, ao

disposto no Regulamento (CE) n.º 809/2004 da Comissão, de 29 de Abril, objecto da rectificação

publicada no Jornal Oficial n.º L 215, de 16 de Junho de 2004, tal como alterado pelo Regulamento (CE)

n.º 1787/2006 da Comissão, de 4 de Dezembro, publicado no Jornal Oficial n.º L 337, de 5 de Dezembro

de 2006 e pelo Regulamento (CE) n.º 211/2007 da Comissão, de 27 de Fevereiro, publicado no Jornal

Oficial n.º L 61, de 28 de Fevereiro de 2007, e demais legislação aplicável. O prospecto foi objecto de

aprovação por parte da CMVM em 14 de Julho de 2011.

O Prospecto respeita à oferta pública de subscrição de até 75.000 (setenta e cinco mil) obrigações,

escriturais e nominativas, com o valor nominal unitário de € 1.000 (mil Euros).

Seguidamente apresenta-se um sumário do prospecto no que respeita às características essenciais da

Oferta e os riscos associados à EMITENTE, à Oferta e aos valores mobiliários objecto da Oferta.

O presente sumário deverá ser entendido apenas como uma introdução ao prospecto, não dispensando a

leitura integral do mesmo, considerando que a informação aqui incluída está sob forma resumida e não

pretende ser exaustiva, pelo que qualquer decisão de investimento deve basear-se na informação do

prospecto no seu conjunto. Adicionalmente, este prospecto deverá ser lido e interpretado em conjugação

com todos os elementos de informação que no mesmo são incorporados por remissão para outros

documentos. Nessa medida, o prospecto deverá ser lido e interpretado como se aqueles documentos

fizessem parte integrante do referido documento.

Nos termos do n.º 4 do artigo 149º do Código dos Valores Mobiliários, nenhuma das pessoas ou entidades

responsáveis pela informação contida no prospecto, poderá ser tida por civilmente responsável meramente

com base neste sumário do prospecto, ou em qualquer tradução deste, salvo se o mesmo contiver menções

enganosas, inexactas ou incoerentes quando lido em conjunto com o prospecto ou com outros documentos

incorporados no mesmo.

O n.º 5 do artigo 118º do Código dos Valores Mobiliários estabelece que a aprovação do prospecto “é o

acto que implica a verificação da sua conformidade com as exigências de completude, veracidade,

actualidade, clareza, objectividade e licitude da informação”. O n.º 7 do artigo 118º do Código dos

Valores Mobiliários estabelece que a aprovação do prospecto não envolve “qualquer garantia quanto ao

conteúdo da informação, à situação económica ou financeira do oferente, do emitente ou do garante, à

viabilidade da oferta ou à qualidade dos valores mobiliários”.

O BANIF INVESTIMENTO é o intermediário financeiro responsável pela prestação dos serviços de

assistência à EMITENTE na preparação, lançamento e execução da Oferta, nos termos e para efeitos da

alínea a) do n.º 1 do artigo 113º do Código dos Valores Mobiliários. O BANIF INVESTIMENTO é

responsável, nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 149º e 243º do Código dos Valores

Mobiliários, pela prestação dos serviços de assistência previstos no artigo 337º do Código dos Valores

Mobiliários, com a excepção do apuramento dos resultados da Oferta, o qual competirá ao BANIF,

devendo assegurar o respeito pelos preceitos legais e regulamentares em especial quanto à qualidade da

informação. Não obstante, o BANIF INVESTIMENTO não realizou uma verificação autónoma de todos os

factos ou informação constantes deste prospecto.

A existência deste prospecto não assegura que a informação nele contida se mantenha inalterada desde a

data da sua disponibilização, não obstante, se, entre a data da sua aprovação e a data de subscrição da

Page 14: BANIF

14

emissão de Obrigações, for detectada alguma deficiência no prospecto ou ocorrer qualquer facto novo ou

se tome conhecimento de qualquer facto anterior não considerado no mesmo, que sejam relevantes para a

decisão a tomar pelos destinatários da Oferta, a EMITENTE deverá requerer imediatamente à CMVM a

aprovação de adenda ou de rectificação ao prospecto.

Os potenciais investidores devem ponderar cuidadosamente os riscos associados à actividade da

EMITENTE, à Oferta e aos valores mobiliários objecto da Oferta e as demais advertências constantes deste

prospecto antes de tomarem qualquer decisão de investimento no âmbito da Oferta e devem certificar-se

de que conhecem e compreendem o risco associado à subscrição e detenção das Obrigações. Para

quaisquer dúvidas que possam subsistir a este propósito, os potenciais investidores deverão informar-se

junto dos seus consultores jurídicos e financeiros.

O prospecto não configura uma análise quanto à qualidade dos valores mobiliários objecto da Oferta, nem

uma recomendação à sua subscrição.

Qualquer decisão de investimento deverá basear-se na informação contida no Prospecto e ser efectuada

após avaliação independente da condição económica, situação financeira e demais elementos relativos à

EMITENTE, ao BANIF – GRUPO FINANCEIRO e aos seus negócios. Adicionalmente, nenhuma decisão

quanto à intenção de investimento deverá ser tomada sem prévia análise, pelo potencial investidor e pelos

seus eventuais consultores, do Prospecto no seu conjunto, mesmo que a informação relevante seja

prestada mediante a remissão para outra parte do Prospecto ou para outros documentos incorporados no

mesmo.

Na eventualidade de ser apresentada, em tribunal ou perante qualquer autoridade administrativa

estrangeira, uma queixa relativa à informação contida no Prospecto, o investidor queixoso poderá, nos

termos da legislação nacional do Estado-Membro em que tal queixa é apresentada, ser obrigado a suportar

os custos de tradução do Prospecto antes do início ou durante o processo judicial.

A distribuição do Prospecto ou a subscrição dos valores mobiliários aqui descritos pode estar restringida

em certas jurisdições. Aqueles em cuja posse o Prospecto se encontre deverão informar-se e observar

essas restrições.

A Oferta, que se rege pelo disposto no Código dos Valores Mobiliários, decorre exclusivamente no

território português, não se efectuando noutros mercados, designadamente, nos Estados Unidos da

América, Canadá, Austrália ou Japão, sem prejuízo de nela poderem participar todos os investidores cuja

participação não seja objecto de proibição por lei que lhes seja aplicável. Tendo em conta as restrições

legalmente aplicáveis noutras jurisdições, nomeadamente no que diz respeito a pessoas qualificáveis

como “US Persons” pelas leis dos Estados Unidos da América, é feita a seguinte menção em língua

inglesa:

“This public offer is being made in the Portuguese market in accordance with the Portuguese Securities

Code (“Código dos Valores Mobiliários”) and is only addressed to persons to whom it may lawfully be

made. In particular, in order to comply with the relevant security laws it is not being made by any means

or instrumentally, directly or indirectly, in or into any other jurisdictions, in particular, without

limitation, the United States, Canada, Australia or Japan.

None of the bonds offered pursuant to this prospectus have been, or will be, registered under the U.S.

Securities Act of 1933 (the “Securities Act”) or any state securities laws, and such bonds may not be

offered or sold within the United States. Accordingly, the offer is not being extended into the United

States. The bonds are being offered outside the United States in accordance with Regulation S under the

Securities Act.

This document is not an offer of securities for sale in the United States, Australia, Canada, Japan or in

any jurisdiction in which such offer is unlawful. No person receiving a copy of this prospectus and/or any

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15

other document or subscription form related hereto in any jurisdiction other than Portugal may treat the

same as constituting either an offer to sell or the solicitation of an offer to subscribe if, in the relevant

jurisdiction, such an offer or solicitation cannot lawfully be made. In such circumstances, this prospectus

and/or any other document or subscription form related thereto are for informational purposes only and

none other.”.

1.2. Factores de risco relacionados com a actividade da EMITENTE, com a Oferta e com os valores

mobiliários objecto da Oferta

Todo o investimento em obrigações, incluindo em Obrigações da EMITENTE, envolve riscos pelo que

deverá ser tida em consideração toda a informação contida no Prospecto, e que aqui é apresentada sob

uma forma resumida, antes de ser tomada qualquer decisão de investimento.

O texto que se segue indica alguns dos riscos mais significativos e susceptíveis de afectar a EMITENTE e o

BANIF – GRUPO FINANCEIRO. Adicionalmente, podem existir riscos desconhecidos e outros que, apesar

de serem actualmente considerados como não relevantes, se venham a tornar relevantes no futuro. Todos

estes factores poderão vir a afectar de forma adversa as actividades da EMITENTE ou do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO, a sua situação financeira, perspectivas futuras e a sua capacidade para atingir os seus

objectivos.

Sem constituir qualquer indicação relativamente à possibilidade da sua ocorrência ou à grandeza dos seus

potenciais impactos, os factores de risco incluem designadamente, os seguintes:

Factores de risco relacionados com a actividade da EMITENTE

Riscos associados a uma conjuntura económica recessiva na economia portuguesa, os quais

poderão ter um efeito significativamente adverso na actividade do BANIF – GRUPO FINANCEIRO;

Riscos decorrentes de revisões de rating da República Portuguesa;

Riscos resultantes da concorrência à qual o BANIF – GRUPO FINANCEIRO se encontra sujeito e que

poderá ter um impacto negativo na actividade por este desenvolvida;

Riscos associados à turbulência nos principais mercados financeiros;

Riscos associados à dependência do financiamento junto do Banco Central Europeu;

Capacidade do BANIF – GRUPO FINANCEIRO em manter a sua base de clientes;

Riscos específicos da actividade bancária desenvolvida pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO, aos

quais este se encontra directamente exposto, designadamente risco de crédito, risco de mercado,

risco de liquidez, risco operacional e ainda o risco associado à implementação das políticas de

gestão de risco adoptadas pelo GRUPO;

Riscos tecnológicos, nomeadamente no que concerne à dependência por parte do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO de sistemas de tecnologias de informação;

Riscos de Compliance;

Riscos decorrentes da realização pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO de actividades de mercados

sobre a carteira própria;

Riscos associados à evolução dos mercados bancários onde o BANIF – GRUPO FINANCEIRO opera;

Riscos inerentes às actividades internacionais desenvolvidas pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO;

Riscos resultantes da forte regulamentação a que a actividade desenvolvida pelo BANIF – GRUPO

FINANCEIRO se encontra sujeita e de alterações na mesma;

Riscos associados à desvalorização dos activos que integram os Fundos de Pensões;

A EMITENTE poderá ser objecto de uma oferta pública de aquisição não solicitada;

A EMITENTE poderá participar em operações de concentração, parceria ou alienação de activos;

Controlo do principal accionista da EMITENTE.

Page 16: BANIF

16

Factores de risco relacionados com a Oferta e com os valores mobiliários objecto da Oferta

Riscos resultantes da não admissão à negociação em mercado regulamentado das Obrigações pelo

que a sua alienação não poderá ser efectuada a preços que sejam públicos e que se encontrem à

disposição dos investidores;

Riscos associados ao preço das Obrigações da EMITENTE;

Riscos associados ao reembolso antecipado das Obrigações;

Existência de restrições legais à realização de determinados investimentos por parte de certos

investidores.

Refira-se ainda que a Oferta não foi objecto de notação de risco por qualquer sociedade de prestação de

serviços de notação de risco (rating) registada na CMVM.

Muitos dos factores de risco assinalados não são controláveis pela EMITENTE. Os factores genéricos de

mercado e do sector podem afectar fundamental e desfavoravelmente o preço de mercado das Obrigações

da EMITENTE, independentemente do seu desempenho.

A leitura deste sub-ponto do Sumário relativo aos factores de risco relacionados com a actividade da

EMITENTE e com a Oferta e com os valores mobiliários objecto da Oferta não dispensa a leitura integral

dos Factores de Risco referidos no Prospecto.

1.3. Advertências complementares

Não há advertências complementares a salientar, para além dos factores de risco referidos no Prospecto.

1.4. Responsáveis pela informação

Os responsáveis pela informação contida no presente sumário, no âmbito da responsabilidade que lhes é

atribuída nos termos dos artigos 149º e 243º do Código dos Valores Mobiliários, declaram que, após

terem efectuado todas as diligências razoáveis para se certificarem de que tal é o caso, e tanto quanto é do

seu conhecimento, os elementos aqui inscritos estão de acordo com os factos tidos por relevantes, não

tendo esses mesmos responsáveis conhecimento da existência de quaisquer omissões que possam

materialmente alterar o significado desta informação, responsabilizando-se, assim, pela completude,

veracidade, objectividade, clareza, licitude e actualidade da informação contida no presente sumário, com

referência à data da respectiva divulgação.

De acordo com o disposto nos artigos 149º e 243º do Código dos Valores Mobiliários, são responsáveis

pelo conteúdo da informação contida no presente sumário:

(a) A EMITENTE

Banif - SGPS, S.A., sociedade aberta, com sede social na Rua de João Tavira, n.º 30, Funchal, registada

na Conservatória do Registo Comercial do Funchal sob o número único de matrícula e pessoa

colectiva 511 029 730, com o capital social integralmente subscrito e realizado de € 570.000.000

(quinhentos e setenta milhões de Euros).

(b) Os Membros do Conselho de Administração da EMITENTE

Presidente: Dr. Joaquim Filipe Marques dos Santos

Vice-Presidente: Dr. Carlos David Duarte de Almeida

Page 17: BANIF

17

Vogais Efectivos: Dr. António Manuel Rocha Moreira

Dr. Artur Manuel da Silva Fernandes

Dr. José Marques de Almeida

Eng.º Diogo António Rodrigues da Silveira

Dr. Nuno José Roquette Teixeira 1

Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal Fabbro 2

Dr. Vitor Manuel Farinha Nunes 2

Vogal Suplente: Dr. Fernando José Inverno da Piedade

Tendo em conta a específica natureza de sociedade holding da EMITENTE não se encontram constituídas

quaisquer comissões internas ao nível do Conselho de Administração, designadamente não existe

Comissão Executiva. Deste modo, todos os membros do Conselho de Administração são considerados

executivos.

Dada a não existência de uma Comissão Executiva na EMITENTE, todas as questões, de gestão corrente ou

estratégicas, bem como todas as matérias relevantes da vida societária, são objecto de apreciação e

deliberação do Conselho de Administração.

(c) Os Membros do Conselho Fiscal da EMITENTE

Presidente: Prof. Doutor Fernando Mário Teixeira de Almeida

Vogais Efectivos: Dr. António Ernesto Neto da Silva

Dr. José Lino Tranquada Gomes

Vogal Suplente: Dr. José Pedro Lopes Trindade

(d) O Auditor Externo e o Revisor Oficial de Contas da EMITENTE

A entidade responsável pelo relatório de auditoria e pela certificação legal das demonstrações financeiras

individuais e consolidadas da EMITENTE relativas aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e

2010 é a Ernst & Young Audit & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., com

sede estatutária no Edifício da República, Avenida da República, 90 – 6.º, em Lisboa, membro da Ordem

dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 178, inscrita na CMVM com o n.º 9.011, designada, em

reunião de Assembleia Geral anual de Accionistas da Sociedade realizada em 15 de Abril de 2011, para

exercer as funções de Revisor Oficial de Contas pelo período de um ano, até à data de realização da

próxima Assembleia Geral anual.

O representante da Ernst & Young Audit & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas,

S.A. no âmbito da certificação legal das demonstrações financeiras individuais e consolidadas da

EMITENTE relativas aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2010 foi o Dr. João Carlos

Miguel Alves, com domicílio profissional na morada referida no parágrafo supra e inscrito na Ordem dos

Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 896.

1 O administrador, Dr. Nuno José Roquette Teixeira foi cooptado, ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 3 do artigo 393º do Código das Sociedades Comerciais,

para membro do Conselho de Administração, em reunião deste órgão de 30 de Junho de 2010. No entanto, em conformidade com o disposto no n.º 3 do artigo 69º do

Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, apenas iniciou funções em 27 de Julho de 2010, após a conclusão do processo de registo junto do

Banco de Portugal. 2 Através de proposta dos accionistas RENTIPAR FINANCEIRA e AUTO INDUSTRIAL SGPS, os administradores, Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal

Fabbro e o Dr. Vitor Manuel Farinha Nunes foram eleitos em reunião de Assembleia Geral de Accionistas em 15 de Abril de 2011 para exercício de funções no

Conselho de Administração da EMITENTE até ao final do mandato em curso (2009-2011), com os demais membros desse órgão, anteriormente designados.

Page 18: BANIF

18

(e) O Intermediário Financeiro responsável pela prestação dos serviços de assistência à Oferta,

com excepção do apuramento dos resultados

Banif - Banco de Investimento, S.A., com sede na Rua Tierno Galvan, Torre 3, 14º piso, em Lisboa,

registado na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o n.º único de matrícula e pessoa

colectiva 502 261 722, com o capital social integralmente subscrito e realizado de € 55.000.000

(cinquenta e cinco milhões de Euros), na qualidade de intermediário financeiro e responsável pela

prestação dos serviços de assistência à Oferta, com excepção do apuramento dos resultados da mesma.

(f) A sociedade de advogados encarregada da revisão da componente jurídica e fiscal do

prospecto

Cuatrecasas, Gonçalves Pereira & Associados, R.L., Sociedade de Advogados de Responsabilidade

Limitada com sede na Praça Marquês de Pombal, n.º 1, 8º Piso, em Lisboa, inscrita na Ordem dos

Advogados sob o nº.1/89, sob o n.º único de matrícula e pessoa colectiva 502 101 210, na qualidade de

sociedade de advogados, responsável pela elaboração, revisão e verificação da componente jurídica e

fiscal do Prospecto.

Nos termos do n.º 3 do artigo 149º do Código dos Valores Mobiliários, a responsabilidade das entidades

acima referidas é excluída se alguma delas provar que o destinatário tinha ou deveria ter conhecimento da

deficiência do conteúdo do prospecto à data da emissão da sua declaração de aceitação da Oferta, ou em

momento posterior, contanto que a revogação da aceitação ainda fosse possível.

Adicionalmente, e em conformidade com o previsto no n.º 4 do mesmo artigo, a responsabilidade é ainda

excluída se eventuais danos resultarem apenas do sumário do prospecto ou de qualquer das suas

traduções, salvo se o mesmo contiver menções enganosas, inexactas ou incoerentes quando lido em

conjunto com os outros documentos que compõem o prospecto.

Por força do previsto na alínea (b) do artigo 150º do Código dos Valores Mobiliários, a BANIF SGPS, na

qualidade de EMITENTE, responde independentemente de culpa, pelos danos causados pela

desconformidade entre o conteúdo deste prospecto e o estipulado nas disposições legais aplicáveis, em

caso de responsabilidade dos membros do seu órgão de administração ou das entidades que sejam

nomeadas como responsáveis por informação contida no prospecto.

Relativamente à Oferta, nos termos do artigo 153º do Código dos Valores Mobiliários, o direito à

indemnização deve ser exercido no prazo de seis meses após o conhecimento da deficiência do conteúdo

do prospecto, e cessa, em qualquer caso, decorridos dois anos a contar da data da divulgação do resultado

da Oferta.

1.5. Principais características da oferta

Tipo de oferta

Oferta Pública de Subscrição de obrigações designada por “Obrigações

Banif – SGPS, S.A. 2011/2013” e aprovada em reunião do Conselho de

Administração da EMITENTE, realizada em 31 de Maio de 2011. Em

reunião de 29 de Junho de 2011, o Conselho de Administração da

EMITENTE fixou os demais termos e condições da Emissão de Obrigações.

Preço de subscrição Ao par, ao preço nominal unitário de € 1.000 (mil Euros).

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19

Montante da Oferta

Até € 75.000.000 (setenta e cinco milhões de Euros), através da emissão

de até 75.000 (setenta e cinco mil) obrigações, escriturais, ao portador,

com o valor nominal unitário de € 1.000 (mil Euros).

Montante mínimo de

subscrição

€ 10.000 (dez mil Euros). Os subscritores das Obrigações não poderão, no

âmbito da Oferta, subscrever um montante inferior ao montante mínimo de

€ 10.000 (dez mil Euros).

Remuneração das

Obrigações Taxa de juro nominal bruta das Obrigações de 7,00% p.a. (por ano).

Pagamento de juros

Juros pagos semestral e postecipadamente, a partir da data de subscrição,

em 9 de Agosto e 9 de Fevereiro de cada ano, sujeito à ocorrência do

reembolso antecipado, ocorrendo a primeira data de pagamento de juros

em 9 de Fevereiro de 2012 e a última data de pagamento de juros na data

de maturidade do empréstimo obrigacionista ou na data de reembolso

antecipado, caso este se verifique.

O primeiro período de juros terá início na data de subscrição (inclusive),

ou seja, em 9 de Agosto de 2011, e terminará na primeira data de

pagamento de juros (exclusivé), ou seja, em 9 de Fevereiro de 2012.

Reembolso das

Obrigações

Reembolso, ao par, na Data de Maturidade, ou seja, em 9 de Agosto de

2013, desde que não ocorra o reembolso antecipado.

A EMITENTE poderá reembolsar antecipadamente, ao par, as Obrigações,

total ou parcialmente, no último caso por redução ao valor nominal, em

qualquer Data de Pagamento de Juros (“Datas de Reembolso

Antecipado”), inclusive, a partir de 9 de Fevereiro de 2012. Para o efeito, a

EMITENTE deverá anunciar o Reembolso Antecipado mediante um pré-

aviso de no mínimo 30 (trinta) dias e no máximo 60 (sessenta) dias

relativamente à Data de Reembolso Antecipado, aos titulares das

Obrigações (sendo tal aviso irrevogável).

Destinatários da Oferta Público em geral.

Subscrição incompleta

Em caso de subscrição incompleta, o Empréstimo Obrigacionista manter-

se-á limitado ao número das Obrigações efectivamente subscritas.

Fungibilidade

Podem ser efectuadas novas emissões de obrigações, fungíveis com as

Obrigações, até ao limite máximo de € 75.000.000 (setenta e cinco

milhões de Euros), perfazendo um montante global, juntamente com o das

Obrigações, de € 150.000.000 (cento e cinquenta milhões de Euros), desde

que cumulativamente se verifiquem os seguintes pressupostos: (i) o

conteúdo das obrigações a emitir seja idêntico ao das Obrigações; e (ii) se

encontre integralmente subscrita e realizada a emissão anterior.

Transmissão das ordens

de subscrição

As ordens de subscrição poderão ser transmitidas a qualquer intermediário

financeiro legalmente habilitado a prestar o serviço de registo de valores

mobiliários escriturais.

As ordens de subscrição serão transmitidas pelos intermediários

financeiros para a Interbolsa, de acordo com o sistema habitual de

processamento de ordens.

Os intermediários financeiros deverão igualmente enviar ao BANIF o

Page 20: BANIF

20

resultado diário das ordens de subscrição por eles recebidas durante o

período de subscrição.

As ordens de subscrição podem ser revogadas até 2 (dois) dias antes de

findar o prazo da Oferta por comunicação ao intermediário financeiro que

a recebeu, ou seja, são revogáveis até ao dia 3 de Agosto de 2011,

inclusive. A partir de 4 de Agosto de 2011, inclusive, as ordens de

subscrição tornam-se irrevogáveis.

O pagamento do preço de subscrição das Obrigações será efectuado em

numerário e integralmente no acto da subscrição.

O subscritor suportará ainda os encargos eventualmente cobrados pelo

intermediário financeiro junto do qual transmita as suas ordens de

subscrição, os quais se encontram disponíveis para consulta no sistema de

difusão de informação da CMVM em www.cmvm.pt

Apuramento e

divulgação dos

resultados da Oferta

Os resultados da Oferta serão processados e apurados no dia 8 de Agosto

2011 pelo BANIF e imediatamente divulgados no sistema de difusão de

informação da CMVM em www.cmvm.pt e no sítio de Internet da

EMITENTE em www.grupobanif.pt.

Prevê-se que o apuramento dos resultados ocorra logo após o final do

período da Oferta, provavelmente, no dia 8 de Agosto de 2011.

1.6. Calendário indicativo dos principais acontecimentos da Oferta

O calendário seguinte contém uma lista dos principais acontecimentos relacionados com a Oferta da

EMITENTE:

Divulgação do Prospecto 15 de Julho

Início do período de subscrição das Obrigações 18 de Julho

Fim do período de subscrição das Obrigações 5 de Agosto

Data a partir da qual as ordens de subscrição das Obrigações se tornam irrevogáveis

(inclusive) 4 de Agosto

Apuramento dos resultados da Oferta pelo BANIF 8 de Agosto

Liquidação financeira da Oferta 9 de Agosto

Data prevista para a emissão das Obrigações 9 de Agosto

1.7. Motivos da Oferta e afectação de receitas

O Empréstimo Obrigacionista destina-se ao financiamento da actividade corrente da EMITENTE.

Tendo por base o preço de subscrição de € 1.000 (mil Euros) por obrigação e presumindo a subscrição

completa das Obrigações, o montante global de receitas da Oferta irá ascender até € 75.000.000 (setenta e

cinco milhões de Euros), correspondente a 75.000 (setenta e cinco mil) Obrigações.

Page 21: BANIF

21

Ao montante global de receitas da Oferta supra mencionado e de forma a apurar o montante das receitas

líquidas a alcançar pela EMITENTE com a Oferta, deverão ser deduzidos os encargos decorrentes:

(i) da prestação pelo BANIF INVESTIMENTO de serviços de assistência na organização, montagem e

execução da Oferta, excluindo o apuramento de resultados, uma comissão de 0,10% calculada

sobre o montante da Oferta;

(ii) da prestação de serviços pelo BANIF pela colocação das Obrigações e apuramento dos resultados

da Oferta, uma comissão de colocação de 0,25%, calculada sobre o montante da Oferta;

(iii) das publicações obrigatórias e outras publicações;

(iv) das comissões e taxas devidas à CMVM e Interbolsa;

(v) dos honorários e despesas devidas a assessores jurídicos e fiscais; e

(vi) dos demais encargos com emolumentos, impostos e outras despesas decorrentes da Oferta.

A todas as quantias devidas pela EMITENTE supra referenciadas, acrescerão taxas, impostos ou outros

encargos que se mostrem legalmente devidos, igualmente por conta desta última.

O montante líquido de receitas da Oferta apenas será apurável após o encerramento da subscrição e

apurado o resultado da Oferta, prevendo-se que, deduzidas as despesas supra referenciadas, o mesmo

venha a ascender a aproximadamente 74,7 milhares de Euros.

1.8. Informações sobre a EMITENTE

1.8.1. Breve descrição da EMITENTE

Identificação

A denominação jurídica e comercial da EMITENTE é Banif - SGPS, S.A..

A EMITENTE encontra-se registada no Registo Comercial do Funchal sob o n.º único de matrícula e

pessoa colectiva 511 029 730.

A EMITENTE resulta da alteração do objecto social e da denominação do Banif – Banco Internacional do

Funchal, S.A.. O antigo Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A., foi constituído por escritura

pública de 15 de Janeiro de 1988.

O endereço da sede social da EMITENTE é Rua de João Tavira, n.º 30, freguesia da Sé, concelho do

Funchal e o seu número de telefone é o 291 222 162.

A EMITENTE é uma sociedade comercial, registada em Portugal, do tipo de sociedade gestora de

participações sociais, sob a forma de sociedade anónima com o capital aberto ao investimento do público

(Sociedade Aberta).

A EMITENTE está sujeita à legislação aplicável às sociedades em geral, nomeadamente ao Código das

Sociedades Comerciais e ao regime especial das SGPS previsto no Decreto-Lei n.º 495/88, de 30 de

Dezembro, bem como aos seus próprios estatutos. Encontra-se ainda sujeita à supervisão do Banco de

Portugal, nos termos do artigo 117º do RGICSF.

Na qualidade de Sociedade Aberta e com valores mobiliários admitidos à negociação no mercado

regulamentado gerido pela Euronext Lisbon, a EMITENTE, encontra-se sujeita ao disposto no Código dos

Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de Novembro, e regulamentos da

CMVM e da Euronext Lisbon aplicáveis.

Page 22: BANIF

22

Capital social e documentos constitutivos

A EMITENTE tem actualmente um capital social integralmente realizado de € 570.000.000 (quinhentos e

setenta milhões de Euros), representado por 570.000.000 de acções ordinárias, escriturais e nominativas,

com o valor nominal unitário de € 1 (um Euro).

As 570.000.000 de acções representativas do capital social da EMITENTE encontram-se inscritas no

sistema centralizado (Central de Valores Mobiliários) gerido pela Interbolsa e estão admitidas à

negociação no mercado regulamentado gerido pela Euronext Lisbon.

Caso não venha a ocorrer outro aumento do capital social da EMITENTE, após a conversão dos VMOCs,

em Setembro de 2013, o capital social da EMITENTE ascenderá a € 640.000.000 (seiscentos e quarenta

milhões de Euros) e estará representado por 640.000.000 de acções com o valor nominal unitário de € 1

(um Euro).

Historial

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO nasceu a 15 de Janeiro de 1988, no Funchal, na sequência da iniciativa de

um grupo promotor em que se destaca o Comendador Horácio Roque. Desde então foi crescendo, criando

um grupo financeiro que integra presentemente mais de 40 empresas e desenvolvendo capacidades para

dar resposta a necessidades muito diversificadas dos seus clientes.

O percurso do BANIF – GRUPO FINANCEIRO tem sido pautado pela expansão da sua rede comercial,

principalmente no continente e junto das Comunidades Portuguesas no estrangeiro, ao mesmo tempo que

alargou a sua actividade internacional, contando a 31 de Março de 2011 com cerca de 696 pontos de

venda espalhados pelo mundo, dos quais 369 no continente, 128 nas Regiões Autónomas e 199 no

estrangeiro.

Com o objectivo de alcançar mais elevados níveis de funcionalidade, eficiência e competitividade,

reforçando a capacidade de manter um crescimento sustentado, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO foi, em

2002, objecto de uma profunda reestruturação. No âmbito desta, entre outros aspectos, teve lugar a

alteração da firma social e estatutos do antigo Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A., que passou a

constituir uma sociedade gestora de participações sociais, com a exclusiva função de holding do GRUPO,

deixando, consequentemente, de exercer a actividade de instituição de crédito e passando a denominar-se

Banif - SGPS, S.A., tendo segregado, integralmente, a sua actividade bancária para uma nova instituição

designada Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.. A integração e capacidade de acção coordenada

das sociedades que integram o GRUPO constituem factores muito relevantes da sua competitividade.

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO tem vindo, também, a prosseguir a estratégia de internacionalização

oportunamente definida, ampliando a sua presença, em particular, no Brasil e nos Estados Unidos, onde

diversas instituições financeiras integradas no GRUPO têm vindo a desenvolver a sua actividade.

Actividade desenvolvida

Actualmente, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO, sob a égide da BANIF SGPS, é constituído por empresas de

competência especializada nos sectores bancário e segurador, apoiadas num conjunto de outras

sociedades que operam em diversas áreas do sector financeiro, com vista a prestar aos clientes um serviço

financeiro global.

A BANIF SGPS, enquanto sociedade gestora de participações sociais e líder do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO, não desenvolve directamente qualquer outra actividade além de assegurar a gestão das suas

participadas, pelo que o cumprimento das obrigações por si assumidas encontra-se directamente associado

aos cash-flows gerados pelas suas participadas.

Page 23: BANIF

23

A BANIF SPGS, na qualidade de líder do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, possui na sua dependência as

sociedades gestoras de participações sociais BANIF COMERCIAL SGPS, BANIF INVESTIMENTOS SGPS e

RENTIPAR SEGUROS, tendo passado a integrar a partir de Setembro de 2009 a sub-holding TECNICRÉDITO

e as suas sociedades subsidiárias (“Grupo Tecnicrédito”). Em 4 de Junho de 2010, na sequência da

integração do Grupo TECNICRÉDITO no BANIF – GRUPO FINANCEIRO foi alterada a denominação social da

sub-holding Tecnicrédito, SGPS, S.A. para Banif Mais, SGPS, S.A..

A actividade da sub-holding BANIF COMERCIAL SGPS consiste na gestão das participações financeiras

associadas à actividade de banca comercial e de crédito especializado.

A actividade da sub-holding BANIF MAIS SGPS consiste, exclusivamente, na gestão das participações

financeiras relacionadas com a actividade do crédito especializado e do cross-selling de produtos

associados. Estas entidades actuam na área de crédito ao consumo, disponibilizando produtos e serviços

na vertente de financiamento automóvel, máquinas agrícolas, crédito pessoal, saúde e lar.

Por sua vez, a sub-holding BANIF INVESTIMENTOS SGPS assegura a gestão das participações sociais

predominantemente ligadas à área de banca de investimento, mercado de capitais e gestão de activos (a

nível nacional e internacional) e outras actividades financeiras.

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO actua ainda ao nível da actividade seguradora, através da holding

RENTIPAR SEGUROS SGPS, na qual a BANIF SGPS detém uma participação directa no capital social de

47,69%. A actividade seguradora é prosseguida pela companhia de seguros CSA, foi objecto de reforço a

partir de Março de 2010, por via da aquisição das companhias de seguros GLOBAL e GLOBAL VIDA. Em

Janeiro de 2011, ocorreu um processo de fusão por incorporação da GLOBAL e da GLOBAL VIDA na CSA,

com um consequente aumento de capital social desta última de 57,25 milhões de Euros para 82,5 milhões

de Euros. Atendendo ao exposto, actualmente, a actividade seguradora do BANIF - GRUPO FINANCEIRO é

prosseguida somente pela sociedade CSA.

No plano internacional, importa referir que o BANIF - GRUPO FINANCEIRO marca presença no Brasil,

através do BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL) e BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO

(BRASIL), em Espanha através das participações que detém na BANCA PUEYO (33,32% do capital social) e

no BANKPIME (28,662% do capital social), em Cabo Verde com uma participação no Banco

Caboverdiano de Negócios (51,69% do capital social) e nos E.U.A. por via da Banif Securities, Inc.. A

partir do exercício de 2008, iniciou a sua actividade em Malta, através da constituição do Banif Bank

(Malta) Plc., onde actualmente detém uma participação no capital social de 72%.

Organograma do BANIF - GRUPO FINANCEIRO

Seguidamente apresenta-se o diagrama de participações do BANIF - GRUPO FINANCEIRO à data de 31 de

Março de 2011:

Page 24: BANIF

24

Page 25: BANIF

25

Principais accionistas e conflitos de interesses

Tanto quanto é do conhecimento da EMITENTE, os titulares de participações qualificadas calculadas nos

termos do disposto no artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários, são os seguintes (à data de

referência de 31 de Dezembro de 2010):

ENTIDADE % CAPITAL SOCIAL N.º DE ACÇÕES

Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque 1

- directamente 0,230% 1.308.888

- através da RENTIPAR FINANCEIRA 2 53,871% 307.063.133

- através de membros do Conselho de Administração da RENTIPAR

FINANCEIRA

0,202% 1.152.997

- através da VESTIBAN 3 4,839% 27.583.051

- através da ESPAÇO DEZ 4 0,047% 267.750

- através da Fundação Horácio Roque – Instituição Particular de

Solidariedade Social

0,556% 3.171.385

Total imputável 59,745% 340.547.204

Auto-Industrial, Investimentos e Participações SGPS, S.A. 13,400% 76.377.857

Joaquim Ferreira de Amorim

- através da Evalesco SGPS, S.A. 5 2,367% 13.493.270

- através de membro do Conselho de Administração da Evalesco SGPS, S.A. 0,002% 12.138

Total imputável 2,369% 13.505.408

Fonte: EMITENTE 1 A cabeça-de-casal da Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque é a Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal Fabbro,

enquanto filha do Sr. Comendador Horácio da Silva Roque 2 Sociedade dominada pela Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque nos termos do disposto nos artigos 20º, n.º 1, alínea b) e 21º do CVM 3 Sociedade dominada pela Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque nos termos do disposto nos artigos 20º, n.º 1, alínea b) e 21º do CVM 4 Sociedade dominada pela Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque nos termos do disposto nos artigos 20º, n.º 1, alínea b) e 21º do CVM 5 Sociedade dominada pelo Senhor Joaquim Ferreira de Amorim nos termos do disposto nos artigos 20º, n.º 1, alínea b) e 21º do CVM

Para além do exposto no quadro supra apresentado relativamente à estrutura de participações, a

EMITENTE não tem conhecimento de quaisquer outros accionistas detentores de mais de 2% dos seus

direitos de voto.

Desde 31 de Dezembro de 2010 até à presente data, a EMITENTE não tomou conhecimento de qualquer

alteração ocorrida na estrutura de participações qualificadas apresentada no quadro supra que obrigue a

comunicação nos termos do disposto no artigo 16º do Código dos Valores Mobiliários. Não obstante, a

EMITENTE tomou conhecimento de que, à data de 31 de Dezembro de 2010, a posição accionista

imputável à Herança Indivisa do Senhor Comendador Horácio da Silva Roque, nos termos do artigo 20º

do Código dos Valores Mobiliários e de acordo com informação disponibilizada junto da RENTIPAR

FINANCEIRA, é de 59,745%, apresentando a seguinte repartição:

HERANÇA INDIVISA DE HORÁCIO DA SILVA ROQUE 1

% CAPITAL SOCIAL N.º DE ACÇÕES

- directamente 0,230% 1.308.888

- através da RENTIPAR FINANCEIRA 2 53,871% 307.063.133

- através de membros do Conselho de Administração da RENTIPAR FINANCEIRA 0,202% 1.152.997

- através da VESTIBAN 3 4,839% 27.583.051

- através da ESPAÇO DEZ 4 0,047% 267.750

- através da Fundação Horácio Roque – Instituição Particular de Solidariedade

Social

0,556% 3.171.385

Total imputável 59,745% 340.547.204

Fonte: EMITENTE

Page 26: BANIF

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1 A cabeça-de-casal da Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque é a Dra. Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal Fabbro,

enquanto filha do Sr. Comendador Horácio da Silva Roque 2 Sociedade dominada pela Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque nos termos do disposto nos artigos 20º, n.º 1, alínea b) e 21º do CVM 3 Sociedade dominada pela Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque nos termos do disposto nos artigos 20º, n.º 1, alínea b) e 21º do CVM 4

Sociedade dominada pela Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque nos termos do disposto nos artigos 20º, n.º 1, alínea b) e 21º do CVM

Tanto quanto é do conhecimento da EMITENTE, actualmente não existem potenciais conflitos de interesses

entre as obrigações de qualquer um dos membros dos órgãos de administração, de fiscalização e dos

quadros superiores para com a EMITENTE e os seus interesses privados e/ou outras obrigações.

Orgãos sociais e empregados

Os órgãos sociais da EMITENTE são a Assembleia Geral, o Conselho de Administração e o Conselho

Fiscal. Refira-se ainda a existência de uma Comissão de Remunerações e de um Conselho Consultivo

compostos por 3 (três) e 12 (doze) elementos, respectivamente, com a seguinte composição:

Comissão de Remunerações

- Dr. Deodato Nuno de Azevedo Coutinho

- Dr. António Gonçalves Monteiro

- Dr. Enrique Santos

Conselho Consultivo

- Eng.º António Fernando Couto dos Santos

- Professor Doutor António Soares Pinto Barbosa

- Dr. Fernando José Inverno da Piedade

- Comendador João Francisco Justino

- Dr. Joaquim Filipe Marques dos Santos

- Comendador Jorge Sá

- Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal Fabbro

- Dr. Mário Raúl Leite Santos

- Miguel José Luís de Sousa

- Dra. Paula Cristina Moura Roque

- Dr. Roberto de Sousa Rocha Amaral

- Dr. Rui Alberto Faria Rebelo

Atento o objecto social exclusivo da EMITENTE de gestão de participações sociais noutras sociedades,

como forma indirecta do exercício de actividades económicas esta não dispõe de pessoal próprio.

Não obstante, compete referir que, em 31 de Dezembro de 2010, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO

apresentava um total de 5.400 empregados, por comparação a 5.086 empregados em 31 de Dezembro de

2009, sendo esta evolução justificada pelo crescimento orgânico do BANIF e pela integração do Grupo

TECNICRÉDITO no BANIF – GRUPO FINANCEIRO. Em peso relativo, o BANIF com 2.669 empregados

representa 49,4% do total do quadro de pessoal do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, seguido da CSA que,

com 514 empregados, tem um peso de 9,5% no total do GRUPO.

1.9. Dados financeiros seleccionados da EMITENTE

A presente resenha económico-financeira foi preparada a partir das demonstrações financeiras

consolidadas, auditadas da EMITENTE relativas aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2010

e da informação financeira consolidada não auditada da EMITENTE referente ao 1º trimestre findo em 31

Page 27: BANIF

27

de Março de 2011. Os dados da resenha económico-financeira abaixo descritos poderão não conter toda a

informação relevante.

Page 28: BANIF

28

Unidade: milhares de Euros

BALANÇO CONSOLIDADO (SÍNTESE)

2009

IFRS

AUDITADA

2010

IFRS

AUDITADA

MAR-2011

IFRS NÃO

AUDITADA

ACTIVO

Caixa e disponibilidades em bancos centrais e disponibilidades em outras

instituições de crédito

507.176 336.548 443.860

Activos financeiros detidos para negociação 352.487 461.311 382.754

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 470.314 393.508 437.461

Activos financeiros disponíveis para venda 105.371 294.410 313.704

Aplicações em instituições de crédito 322.114 491.022 140.067

Crédito a clientes 11.487.864 12.206.254 12.065.008

Investimentos detidos até à maturidade 80.399 63.939 60.060

Activos com acordo de recompra 36.500 51.004 53.870

Derivados de Cobertura 884 - -

Activos não correntes detidos para venda 85.552 167.456 202.747

Propriedades de investimento 199.808 272.591 289.899

Outros activos tangíveis 286.682 269.957 266.524

Activos intangíveis 28.522 23.063 22.605

Invest. em associadas e filiais excluídas da consolidação 115.257 151.280 148.655

Outros activos 1 363.275 528.349 638.746

Total do Activo 14.442.205 15.710.692 15.465.960

PASSIVO

Recursos de Bancos Centrais 1.196.559 1.938.147 1.798.012

Passivos financeiros detidos para negociação 84.330 145.259 113.486

Outros passivos financ. ao justo valor através de resultados 220.249 118.886 117.560

Recursos de outras instituições de crédito 1.813.496 1.286.879 1.368.055

Recursos de clientes e outros empréstimos 6.801.474 7.840.050 7.632.817

Responsabilidades representadas por títulos 2.256.935 2.380.021 2.392.186

Derivados de Cobertura 2.606 1.303 658

Provisões 14.881 15.230 15.902

Outros passivos subordinados 322.483 268.178 263.965

Instrumentos representativos de capital 47.975 45.651 45.745

Outros passivos 2 501.291 392.211 458.353

Total do Passivo 13.262.279 14.431.815 14.206.739

CAPITAL PRÓPRIO

Capital 490.000 570.000 570.000

Outros instrumentos de capital 95.900 95.900 95.900

Reservas e resultados transitados 3 302.812 336.870 349.887

Acções próprias -1.035 -1.043 -1.091

Resultado do exercício 54.075 33.426 6.303

Interesses minoritários 238.174 243.724 264.661

Total do Capital Próprio 1.179.926 1.278.877 1.259.221

Total do Capital Próprio e Passivo 14.442.205 15.710.692 15.465.960

Fonte: Relatórios e Contas da EMITENTE 1 Inclui activos por impostos correntes, activos por impostos diferidos e outros activos 2 Inclui passivos por impostos correntes, passivos por impostos diferidos e outros passivos 3 Inclui prémios de emissão, reservas de reavaliação, outras reservas e resultados transitados

Page 29: BANIF

29

Unidade: milhares de Euros

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS (SÍNTESE)

2009

IFRS

AUDITADA

2010

IFRS

AUDITADA

MAR-2010

IFRS NÃO

AUDITADA

MAR-2011

IFRS NÃO

AUDITADA

Margem Financeira (incluindo rend. instrumentos de capital) 290.018

349.037 81.477 78.218

Rendimentos de serviços e comissões (líquidos) 111.117 122.075 28.838 28.489

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados -28.377 452 7.274 -6.918

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 22.508 13.130 - 115

Resultados de reavaliação cambial 41.577 10.778 481 10.051

Resultados de alienação de outros activos 5.544 2.895 501 3.493

Outros resultados de exploração 66.666 54.097 3.737 6.663

Produto da Actividade 509.053 552.464 121.896 119.813

Custos com pessoal -170.407 -184.906 -46.089 -45.138

Gastos gerais administrativos -127.130 -144.176 -32.210 -32.896

Amortizações do exercício -34.668 -37.327 -9.493 -9.126

Provisões e imparidade -135.672 -123.941 -19.388 -22.244

Diferenças de consolidação negativas 41.533 - - -

Resultado de Exploração 82.709

62.114 14.716 10.409

Equivalência Patrimonial -16.042

-4.039 1.874 251

Resultado antes de impostos e de interesses minoritários 66.667

58.075 16.590 10.660

Impostos -471 -13.904 -4.238 -2.189

Interesses minoritários -12.121 -10.745 -1.608 -2.168

Resultado consolidado do exercício 54.075 33.426 10.744 6.303

Resultado por acção básico (expresso em Euros por acção) 0,14 0,07 0,02 0,01

Resultado por acção diluído (expresso em Euros por acção) 0,13 0,06 0,02 0,01

Fonte: Relatórios e Contas da EMITENTE

Dados financeiros seleccionados relativos ao exercício de 2010

Em 31 de Dezembro de 2010, o activo líquido do BANIF – GRUPO FINANCEIRO ascendeu a 15.710,7

milhões de Euros, representativo de um crescimento de 8,8% face ao final do exercício de 2009.

No que concerne ao crédito concedido a clientes (bruto), deduzido de títulos classificados em

empréstimos concedidos e contas a receber, elevou-se a 12.586,3 milhões de Euros, superior em 5,9% ao

valor registado em 31 de Dezembro de 2009. Este incremento não reflecte, no entanto, alguma

diferenciação no padrão de evolução intra-anual, já que o stock de crédito bruto total (incluindo títulos

classificados em empréstimos concedidos e contas a receber) se manteve praticamente inalterado em

torno de 12.800 milhões de euros durante a segunda metade do ano. No mesmo período, o rácio de

imparidade do crédito/crédito total subiu de 4,35% para 4,73%, influenciado em particular por um

agravamento do nível de incumprimento do crédito às empresas, resultante de uma conjuntura económica

bastante desfavorável. Considerando apenas a actividade de banca comercial doméstica, correspondente

grosso modo ao universo do BANIF e que representa cerca de 80% da actividade creditícia do BANIF –

GRUPO FINANCEIRO, o rácio de imparidade do crédito/crédito total situou-se em 3,35%, que compara com

3,05% em 2009.

Na actual conjuntura de escassez de liquidez, os recursos de bancos centrais têm assumido maior

representatividade como fonte de financiamento. Face ao final de 2009, apresentam um aumento de 741,6

milhões de Euros, ascendendo a 1.938,1 milhões de Euros, no final de 2010. Em termos líquidos, isto é,

Page 30: BANIF

30

deduzidos de aplicações feitas pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO junto do Banco Central Europeu, o

financiamento situava-se em 1.688 milhões de Euros a 31 de Dezembro de 2010. Este crescimento

decorre da tomada de fundos em operações de refinanciamento do Eurosistema, realizada pela banca

comercial do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, que utilizou como colateral obrigações no âmbito de

operações de securitização de crédito à habitação e de crédito ao consumo, que no final de 2010

totalizavam cerca de 3.300,00 milhões de Euros.

Os recursos de instituições de crédito caíram 29,0% face ao final de 2009, reflectindo a falta de liquidez

verificada nos mercados, cifrando-se em 1.286,9 milhões de Euros no final de 2010.

Quanto aos recursos, merece referência o crescimento anual de 15,3% registado nos depósitos de clientes

e de 18,5% nos recursos de clientes de balanço, que atingiram 8.815 milhões de Euros no final de 2010. A

evolução bastante positiva deste agregado ficou a dever-se a uma política agressiva de captação de

depósitos, assente na prospecção activa da base de clientela do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, em especial

ao nível da rede de agências do Continente, que concentrou a sua acção comercial na obtenção de

recursos de clientes em detrimento da venda de produtos associados ao crédito. Assim, o rácio de

transformação do BANIF – GRUPO FINANCEIRO (considerando a totalidade de recursos de clientes em

balanço) situou-se em 145% a Dezembro de 2010, uma queda de 16 pontos percentuais face ao ano

anterior.

Os capitais próprios (deduzidos de interesses minoritários) registaram um aumento de 9,9%, de 941,8

milhões de Euros para 1.035,2 milhões de Euros entre os finais dos exercícios de 2009 e 2010,

essencialmente em resultado dos seguintes factores (aumentos (+); diminuições (-)):

(+) Aumento de capital no montante de 80 milhões de Euros, totalmente realizado em Dezembro de 2010;

(+) Resultado do exercício de 2010 de 33,4 milhões de Euros;

(+) Ganhos na recompra de acções preferenciais emitidas por empresas do BANIF – GRUPO FINANCEIRO

no montante de 1,4 milhões de Euros;

(+) Variações cambiais positivas no montante de 15,7 milhões de Euros;

(-) Diminuição das reservas de reavaliação em 17,2 milhões de Euros;

(-) Distribuição de dividendos relativos ao exercício de 2009 no montante de 19,6 milhões de Euros.

O produto de actividade do GRUPO atingiu 552,5 milhões de Euros no exercício de 2010, registando um

aumento de 8,5% em relação ao ano anterior.

O cash flow de exploração consolidado do BANIF – GRUPO FINANCEIRO ascendeu a 223,4 milhões de

Euros (+5,6% relativamente ao exercício de 2009), enquanto o rácio Cost to Income (custos de

funcionamento + amortizações / produto da actividade) desceu de 67,0% no exercício de 2009 para 66,4%

no final do exercício de 2010.

No que diz respeito às provisões e imparidade líquidas do exercício, registou-se, em 2010, uma queda

homóloga de 8,6% para 123,9 milhões de Euros. Contudo, importa salientar que o resultado de 2009

havia sido afectado por uma imparidade no montante de 16,1 milhões de Euros relativa à participação

financeira no Finibanco - Holding SGPS, SA, que compara com apenas 4,8 milhões de Euros

contabilizados em 2010 para esse efeito. Assim, a participação detida no Finibanco - Holding SGPS, SA

teve um impacto global líquido de 7,2 milhões de Euros em 2010, entre a imparidade registada e a mais-

valia (bruta) obtida na respectiva venda.

Foram ainda registados cerca de 9,1 milhões de Euros em imparidades referentes ao goodwill em

participações financeiras, dos quais se destaca a imparidade de 7,7 milhões de Euros relativa à

participação de 27,5% detida no BANKPIME.

Page 31: BANIF

31

Relativamente à avaliação das imparidades da carteira de crédito, e atendendo à actual conjuntura

económica, o GRUPO manteve uma política prudente e conservadora, de que resultou um reforço da

imparidade no montante de 107,9 milhões de Euros no final do exercício de 2010, face a 112,2 milhões de

Euros no final do exercício de 2009.

Assim o GRUPO registou um resultado líquido antes de impostos de 58,1 milhões de Euros, uma queda de

13% relativamente ao ano transacto. A carga fiscal média suportada em 2010 atingiu 13,9 milhões de

Euros (23,9% dos resultados antes de impostos). No ano anterior, a carga fiscal média foi apenas de 0,4

milhões de Euros (0,7%), decorrente, essencialmente, do facto de as diferenças de consolidação negativas

registadas nesse ano (+41,5 milhões de Euros) não estarem sujeitas a imposto.

Os resultados líquidos consolidados da BANIF SGPS, holding do BANIF - GRUPO FINANCEIRO, atingiram

33,4 milhões de Euros no final do exercício de 2010, representando uma queda de 38,2% em termos

homólogos. Importa salientar que o lucro obtido em 2009 beneficiou de ganhos extraordinários

associados a vendas de activos e recompra de dívida num montante total de 52,1 milhões de Euros.

Considerando os resultados numa base recorrente, o resultado líquido consolidado relativo a 2010 ter-se-

ia situado em 35,2 milhões de Euros, cerca de 11% abaixo do nível obtido em 2009.

Face ao resultado líquido de 33,4 milhões de Euros obtido pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO em 31 de

Dezembro de 2010, o retorno dos capitais próprios (“ROE”) fixou-se em 3,5%, contra 8,1% no final

doexercício de 2009, enquanto o retorno sobre os activos (“ROA”) atingiu 0,22%, face a 0,40% a

Dezembro de 2009. Ambos os rácios foram calculados em termos anualizados e com base em valores

médios dos capitais próprios e dos activos do GRUPO, atendendo à ocorrência de aumentos de capital no

ano transacto.

Page 32: BANIF

32

Unidade: milhões de Euros

OUTROS INDICADORES (SÍNTESE) 31-12-2009

IFRS

31-12-2010

IFRS

Activos sob gestão 2.491 2.885

Imparidade de Crédito / Crédito Total 4,35% 4,73%

Indicadores calculados nos termos regulamentares do Banco de Portugal

Fundos Próprios de Base 838,7 987,1

Fundos Próprios Totais 1.185,3 1.177,4

Total de Requisitos de Fundos Próprios 956,9 1.018,9

Rácio de Requisitos 8% 8%

Rácio de Solvabilidade 9,91% 9,24%

Core Tier 1 5,45% 6,60%

Tier 1 7,01% 7,75%

Tier 2 3,02% 1,64%

Indicadores em base IAS/IFRS e Basileia

Fundos Próprios Elegíveis 1.231,9 1.281,9

Activos Ponderados Totais 12.279,9 12.736,4

Rácio de Solvabilidade 10,03% 10,07%

Core Tier 1 6,24% 7,33%

Tier 1 8,14% 8,47%

Tier 2 2,66%

Outros Indicadores

Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) 8,10% 3,5%

Rendibilidade do Activo (ROA) 0,40% 0,22%

Resultado antes de impostos e interesses minoritários / Activo Líquido Médio 0,49% 0,38%

Produto da Actividade / Activo Líquido Médio 3,76% 3,64%

Resultado antes de impostos e interesses minoritários / Cap. Próprios Médios 1 7,20% 4,9%

Cost to Income 2 67,0% 66,4%

Custos com pessoal / Produto da Actividade 33,40% 33,4%

Resultado Líquido por Acção (Euros) 0,14 0,07

Dividendo Bruto por Acção (Euros) 0,040 *

Dividendo Líquido por Acção (Euros) 0,032 *

Prémios de Seguros (total) 446,3 509,9

- Prémios Vida 266,0 235,8

- Prémios Não Vida 180,3 274,0

Fonte: Relatórios e Contas da EMITENTE e EMITENTE 1 Capitais próprios médios incluindo interesses minoritários

2 Custos de funcionamento + Depreciações e Amortizações / Produto da Actividade (exclui as actividades não financeiras e auxiliares e o produto da actividade inclui o resultado de investimento em associadas excluídas da consolidação)

* Em reunião de Assembleia Geral de Accionistas da EMITENTE de 15 de Abril de 2011 foi aprovada uma

proposta do Conselho de Administração para distribuição aos Accionistas e titulares de VMOCs um

montante total de 12.800.000 Euros, sob a forma de dividendos, correspondente a um valor de 0,02 Euros

por acção / VMOC (“Dividendo Extraordinário”), o qual será pago durante o exercício de 2011, mediante

a verificação cumulativa das seguintes condições:

(i) concretização da transacção comunicada ao mercado em 2 de Junho de 2010, nos termos da qual

será alienada uma participação de 70% no capital social da sociedade BANIF CORRETORA DE

VALORES E CÂMBIO, com o consequente registo contabilístico da mais-valia extraordinária

esperada de cerca de 28,1 milhões de Euros, líquida de imposto, nos capitais próprios da

EMITENTE;

(ii) reconhecimento, expresso em deliberação do Conselho de Administração, de que a distribuição do

Dividendo Extraordinário, à data da verificação do facto referido em (i) não prejudica os níveis de

capitalização e liquidez impostos e recomendados pelas autoridades a cuja supervisão a EMITENTE

se encontra sujeita;

Page 33: BANIF

33

(iii) parecer favorável do Conselho Fiscal da EMITENTE.

Terão direito ao Dividendo Extraordinário os accionistas que sejam titulares de acções da EMITENTE e os

titulares de VMOCs que o sejam 30 dias após a data da verificação cumulativa das condições supra. Para

o efeito, o Conselho de Administração publicitará, nos termos legais, a data da distribuição do Dividendo

Extraordinário.

Unidade: milhões de Euros

INDICADORES DE SOLVABILIDADE

BANIF SGPS (CONSOLIDADO) 31-12-2009 31-12-2010 31-03-2010 31-03-2011

BASE BASILEIA

Fundos Próprios

Core Tier 1 813,6 1.000,9 903,2 1.032,7

Total Tier 1 1.000,1 1.147,2 1.052,5 1.175,6

Tier 2 325,4 270,7 324,7 264,9

Deduções Tier I e Tier 2 92,1 135,9 115,7 120,6

Outras Deduções 0 0 0 0

Fundos Próprios Elegíveis 1.231,9 1.281,9 1.261,5 1.319,9

Activos Ponderados totais 12.279,9 12.736,4 12.142,5 12.756,9

Rácios de Solvabilidade

Core Tier 1 6,24% 7,33% 6,96% 8,09%

Capital Tier 1 8,14% 8,47% 8,19% 8,74%

Capital Tier 2 2,66% 1,59% 2,20% 1,60%

Total Capital 10,03% 10,07% 10,39% 10,35%

BASE REGULAMENTAR BANCO DE PORTUGAL

Fundos Próprios

Core Tier 1 698,2 902,9 747,3 885,6

Total Tier 1 884,7 1.049,1 896,6 1.028,6

Tier 2 406,9 270,7 392,3 264,9

Deduções Tier I e Tier 2 92,1 124,0 115,7 120,6

Outras Deduções 14,3 18,3 14,1 18,7

Fundos Próprios Elegíveis 1.185,3 1.177,4 1.159,1 1.154,2

Activos Ponderados totais 11.961,6 12.736,4 12.365,9 12.756,9

Rácios de Solvabilidade

Core Tier 1 5,45% 6,60% 5,58% 6,94%

Capital Tier 1 7,01% 7,75% 6,78% 7,59%

Capital Tier 2 3,02% 1,64% 2,70% 1,60%

Total Capital 9,91% 9,24% 9,37% 9,05%

Fonte: EMITENTE

Dados financeiros seleccionados relativos ao período intercalar findo em 31 de Março de 2011

O activo líquido do BANIF – GRUPO FINANCEIRO totalizava 15.466,0 milhões de Euros, em 31 de Março

de 2011, registando um crescimento de 5,0% face ao final do 1º trimestre de 2010.

Por seu turno, o crédito concedido a clientes (bruto), deduzido de títulos classificados em empréstimos

concedidos e contas a receber, elevou-se a 12.500,4 milhões de Euros a 31 de Março de 2011, superior

em 3,0% ao valor registado em 31 de Março de 2010, mas registando uma diminuição quando comparado

com Dezembro de 2010 (12.586 milhões de Euros). No mesmo período, o rácio de imparidade do

crédito/crédito total subiu de 4,42% para 4,89%, influenciado em especial por um agravamento do nível

de incumprimento do crédito às empresas, resultante de uma conjuntura económica bastante desfavorável.

Page 34: BANIF

34

Os resultados líquidos consolidados da EMITENTE elevaram-se a 6,3 milhões de Euros no final do 1º

trimestre de 2011. Este resultado traduz uma diminuição de 41,3%, quando comparado com o lucro

obtido no final do 1º trimestre de 2010. Considerando os resultados numa base recorrente, o resultado

líquido atingiu cerca de 6,8 milhões de Euros, face a 10,6 milhões de Euros no 1º trimestre de 2010,

traduzindo uma queda de 36%.

O produto da actividade do BANIF – GRUPO FINANCEIRO atingiu 119,8 milhões de Euros no final do 1º

trimestre de 2011, registando uma diminuição de 1,7% em relação ao período homólogo do ano anterior.

Para este desempenho contribuíram diversos factores, nomeadamente:

Uma diminuição de 3,9% na margem financeira, para 77,9 milhões de Euros, devido ao aumento dos

custos de financiamento e à redução da actividade creditícia, em especial no 1º trimestre de 2011.

Com efeito, o aumento dos spreads de crédito registado ao nível do segmento de empresas não foi

suficiente para compensar o aumento do custo médio dos depósitos a prazo de clientes, pelo que a

margem de intermediação sofreu uma ligeira redução;

Uma diminuição de 0,9% nas comissões líquidas, para 28,2 milhões de Euros;

Os resultados de operações financeiras reduziram-se de 10,5 milhões de Euros no final do 1º trimestre

de 2010 para 5,0 milhões de Euros no final do 1º trimestre de 2011, reflectindo as desfavoráveis

condições do mercado de capitais observadas neste período.

Os capitais próprios (deduzidos de interesses minoritários) registaram um aumento de 8,3%, de 942,6

milhões de Euros para 1.021,0 milhões de Euros entre o final dos primeiros trimestres de 2010 e 2011.

Face ao resultado líquido obtido pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO em 31 de Março de 2011, de 6,3

milhões de Euros, o ROE (Return on Equity) fixou-se em 2,6% (contra 5,8% no final do 1º trimestre de

2010), enquanto o ROA (Return on Assets) atingiu os 0,16% (contra 0,31% em 31 de Março de 2010).

Ambos os rácios foram calculados em termos anualizados e com base em valores médios dos capitais

próprios e dos activos do GRUPO.

Page 35: BANIF

35

Unidade: milhares de Euros

INDICADORES FINANCEIROS (SÍNTESE)

31-03-2010

IFRS

NÃO AUDITADA

31-03-2011

IFRS

NÃO AUDITADA

INDICADORES DE BALANÇO (SÍNTESE)

Activo Líquido 14.728.696 15.465.960

Crédito Concedido Bruto 1 12.138.727 12.500.410

Depósitos de Clientes 6.933.034 7.632.817

Recursos de Clientes (balanço) 7.635.795 8.668.541

Capitais Próprios (deduzidos de interesses minoritários) 942.565 1.020.999

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (SÍNTESE)

Margem Financeira 81.065 77.920

Lucros em Operações Financeiras (líq.) 10.478 5.047

Outros Proveitos (líq.) 30.353 36.846

Produto da Actividade 121.896 119.813

Custos com pessoal 46.089 45.138

Gastos gerais administrativos 32.210 32.896

Cash Flow 43.597 41.779

Amortizações do exercício 9.493 9.126

Provisões e Imparidade (líq.) 19.388 22.244

Equivalência Patrimonial 1.874 251

Resultado antes de Impostos 16.590 10.660

Impostos (correntes e diferidos) 4.238 2.189

Interesses minoritários 1.608 2.168

Resultado Consolidado do Exercício 10.744 6.303

OUTROS INDICADORES (SÍNTESE)

Prémios de Seguros (total) 109.623 154.046

- Prémios Vida 50.347 62.962

- Prémios Não Vida 59.276 91.084

Activos sob gestão (milhões de Euros) 3.084 3.982

Imparidade de Crédito / Crédito total 4,42% 4,89%

Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) 5,8% 2,6%

Rendibilidade do Activo (ROA) 0,31% 0,16%

Resultado antes de impostos e interesses minoritários / Activo Líquido Médio 0,48% 0,28%

Produto da Actividade / Activo Líquido Médio 3,51% 3,12%

Resultado antes de impostos e interesses minoritários / Cap. Próprios Médios 2 6,7% 3,5%

Cost to Income 3 70,1% 71,8%

Custos com pessoal / Produto da Actividade 37,6% 37,4%

Fonte: Relatório de Actividades do BANIF – GRUPO FINANCEIRO consolidado relativo ao 1º trimestre de 2011 (valores não auditados) 1 Deduzido de títulos de dívida registados em empréstimos concedidos e contas a receber

2 Capitais próprios médios incluindo interesses minoritários

3 Custos de funcionamento + Amortizações / Produto da Actividade (exclui as actividades não financeiras e auxiliares e o produto da actividade

inclui o resultado de investimento em associadas excluídas da consolidação)

INDICADORES DE SOLVABILIDADE

BANIF SGPS (CONSOLIDADO)

31-12-2009

IFRS

AUDITADA

31-12-2010

IFRS

AUDITADA

31-03-2010

IFRS

NÃO AUDITADA

31-03-2011

IFRS

NÃO AUDITADA

Indicadores em base IAS/IFRS e Basileia

Rácio de Solvabilidade 10,03% 10,07% 10,39% 10,35%

Core Tier 1 6,24% 7,33% 6,96% 8,09%

Tier 1 8,14% 8,47% 8,19% 8,74%

Tier 2 2,66% 1,59% 2,20% 1,60%

Fonte: EMITENTE

Page 36: BANIF

36

A própria EMITENTE não tem rating atribuído por qualquer agência. Contudo, o BANIF, instituição de

crédito detido indirectamente em 100% pela EMITENTE, tem atribuída pela Moody‟s a notação de Ba2 no

longo prazo e NP no curto prazo e pela Fitch a notação de BB no longo prazo e B no curto prazo. As

notações de rating do BANIF, são actualmente:

Actual Anterior Actual Anterior Actual Anterior

Moody's Ba2 Baa3 NP P-3 Under Review Under Review 22.06.2011

Fitch Ratings BB BBB- B F3 Estável Negativo 05.04.2011

Agências de RatingLongo Prazo Curto Prazo Outlook

Data

Fonte: EMITENTE

1.10. Informação adicional

Estatutos

De acordo com o artigo 3º dos estatutos, a EMITENTE tem por objecto a gestão de participações sociais

noutras sociedades, como forma indirecta do exercício de actividades económicas.

Os estatutos da EMITENTE estão disponíveis para consulta no sítio da internet da EMITENTE em

www.grupobanif.pt.

Relações com o mercado

O representante da EMITENTE para as relações com o mercado é o Senhor Dr. Carlos David Duarte de

Almeida, Vice-Presidente do Conselho de Administração da EMITENTE.

Documentos disponibilizados

O Prospecto encontra-se à disposição, para consulta pelos interessados, nos seguintes locais:

Na sede, em suporte físico, e no website da BANIF SGPS (www.grupobanif.pt), em formato

electrónico

Rua de João Tavira, 30, no Funchal

Na sede, em suporte físico, e no website do BANIF INVESTIMENTO (www.banifib.pt), em formato

electrónico

Rua Tierno Galvan, Torre 3, 14º piso, em Lisboa

No website da CMVM (www.cmvm.pt), em formato electrónico.

Os estatutos da EMITENTE, os Relatórios e Contas da EMITENTE relativos aos exercícios findos em 31 de

Dezembro de 2009 e 2010, incluindo nomeadamente, as Certificações Legais das Contas e os Relatórios

de Auditoria e a informação financeira intercalar consolidada não auditada relativa ao trimestre findo em

31 de Março de 2011 e quaisquer outros documentos inseridos no prospecto por remissão, poderão ser

consultados pelo público, mediante solicitação e sem encargos, na sede social da EMITENTE sita na Rua

de João Tavira, 30, no Funchal.

A documentação referida no parágrafo supra poderá ainda ser solicitada ou consultada através do

Gabinete de Relações com Investidores e Institucionais através das seguintes formas:

Por correio: Av. José Malhoa, n.º 22 - 5º, 1099-012 Lisboa

Pelo Telefone: +351 21 721 15 32

Através do Fax: +351 21 721 15 84

Através do email: [email protected] ou [email protected]

Através do website da EMITENTE na Internet: www.grupobanif.pt

Page 37: BANIF

37

Com excepção dos estatutos da EMITENTE, refira-se que a informação financeira atrás mencionada poderá

ser ainda consultada através do sítio da CMVM na internet em www.cmvm.pt.

Page 38: BANIF

38

CAPÍTULO II - FACTORES DE RISCO

2.1. Factores de risco relacionados com os valores mobiliários objecto da Oferta

Os potenciais investidores deverão ponderar cuidadosamente os factores de risco adiante descritos e

demais informação contida no Prospecto previamente à tomada de qualquer decisão de investimento

relativamente às Obrigações.

Qualquer dos riscos que se destacam no Prospecto poderá ter um efeito significativamente negativo na

actividade, resultados operacionais, situação financeira, perspectivas futuras da EMITENTE ou do BANIF –

GRUPO FINANCEIRO ou na capacidade para atingir os seus objectivos.

Adicionalmente, qualquer dos riscos que se destacam no Prospecto poderá afectar de forma negativa o

preço de mercado das Obrigações e, em resultado, os investidores poderão perder parte ou a totalidade do

seu investimento.

A ordem pela qual os seguintes riscos são apresentados não constitui qualquer indicação relativamente à

probabilidade da sua ocorrência.

Face ao exposto, deverão ser consideradas as informações relativas aos factores de risco específicos das

Obrigações da EMITENTE, nomeadamente as que se reportam aos seguintes aspectos:

a) Riscos resultantes da não admissão à negociação em mercado regulamentado das Obrigações

As Obrigações não serão admitidas à negociação em mercado regulamentado, pelo que a sua alienação

não poderá ser efectuada a preços que sejam públicos e que se encontrem à disposição dos investidores.

Caso os detentores das Obrigações pretendam aliená-las terão que negociar directamente a operação com

uma entidade que manifeste interesse na sua aquisição, sendo o preço da operação aquele que for definido

entre as partes.

Dado não haver qualquer contrato de criação de mercado para as Obrigações, poderão não existir

oportunidades frequentes para permitir ao investidor aliená-las antes da maturidade, sem prejuízo de os

intermediários financeiros poderem desenvolver esforços, embora sem compromisso, no sentido de

encontrar potenciais compradores para as Obrigações que os investidores pretendam alienar.

A EMITENTE, o BANIF ou outras entidades que integrem o BANIF – GRUPO FINANCEIRO podem, dentro

dos limites da lei, decidir sobre o seu interesse na aquisição de Obrigações para a sua carteira própria,

bem como a sua alienação, dando, para o efeito as correspondentes ordens, de forma esporádica ou

regular, não podendo, no entanto, em circunstância alguma, entender-se que uma eventual aquisição

constitui garantia ou compromisso de aquisições futuras.

Assim, não se encontra assegurado o desenvolvimento de um mercado para as Obrigações. Por outro lado,

mesmo que se desenvolva um mercado para a transacção de Obrigações, o preço de transacção das

mesmas poderá variar.

Consequentemente, os titulares de Obrigações eventualmente interessados na sua respectiva alienação

poderão encontrar dificuldades em tal alienação.

Page 39: BANIF

39

b) Preço das Obrigações da EMITENTE

O preço de transacção das Obrigações da BANIF SGPS pode variar em virtude da ocorrência de eventos

tais como: (i) alterações na avaliação do mercado de outras entidades que se encontram inseridas no

mesmo sector de actividade que o BANIF – GRUPO FINANCEIRO; (ii) condições ou tendências verificadas

nesse mesmo sector de actividade; (iii) anúncios de inovações de produtos e serviços com impacto no

sector de actividade onde as sociedades do BANIF – GRUPO FINANCEIRO operam; (iv) lançamento de

novos produtos e/ou serviços por parte das sociedades que integram o BANIF – GRUPO FINANCEIRO e/ou

de qualquer dos seus concorrentes; (v) variações efectivas ou previstas nos resultados de exploração

trimestrais, semestrais ou anuais; (vi) alterações nas estimativas financeiras dos analistas de valores

mobiliários; (vii) anúncios efectuados pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO de aquisições envolvendo

montantes significativos, parcerias estratégicas, joint-ventures e (viii) perda de accionistas estratégicos.

A ocorrência de muitos destes eventos não depende da vontade da EMITENTE, a qual poderá não os

controlar. Os factores genéricos de mercado e da indústria podem afectar fundamental e

desfavoravelmente o preço das Obrigações da EMITENTE, independentemente da sua performance.

A EMITENTE não pode assegurar aos investidores que o preço das Obrigações não irá descer abaixo do

preço de subscrição. Caso tal se verifique após a subscrição das Obrigações, os investidores sofrerão uma

perda imediata ainda que não realizada.

Paralelamente, a BANIF SGPS não pode assegurar aos investidores que, após a subscrição das Obrigações,

estes consigam vender as suas Obrigações a um preço igual ou superior ao preço de subscrição.

c) Reembolso antecipado das Obrigações

A EMITENTE poderá reembolsar antecipadamente, ao par, as Obrigações, total ou parcialmente, no último

caso por redução ao valor nominal, em qualquer Data de Pagamento de Juros, inclusive, a partir de 9 de

Fevereiro de 2012. Esta opção “call option” tem associado um valor que influencia o preço das

Obrigações, tornando mais complexa a determinação do preço teórico ou “justo valor” das Obrigações.

Caso ocorra o reembolso antecipado na totalidade, o investidor não receberá mais cupões para além da

data em que ocorrer tal reembolso, incorrendo o investidor no risco de reinvestimento do capital

reembolsado, na medida em que pode não conseguir reinvestir o valor reembolsado à taxa de cupão das

Obrigações.

d) Restrições a determinados investimentos por parte de investidores

As actividades de investimento de determinados investidores estão sujeitas a limitações impostas por leis

e regulamentos, ou pela supervisão ou regulamentação de determinadas autoridades. Cada potencial

investidor deve consultar os seus consultores jurídicos para determinar se, e em que medida: (i) as

Obrigações objecto da Oferta constituem investimentos que a lei lhe permite efectuar; (ii) as Obrigações

objecto da Oferta podem ser utilizados como garantia para vários tipos de empréstimo; e (iii) outras

restrições serão aplicáveis à compra ou penhor por si efectuado de qualquer das Obrigações objecto da

Oferta. As instituições financeiras devem consultar os seus consultores jurídicos ou as entidades

reguladoras competentes para determinar o tratamento adequado das Obrigações objecto da Oferta nos

termos das regras de ponderação de risco para efeitos de requisitos de capital ou similares que sejam

eventualmente aplicáveis.

Page 40: BANIF

40

e) Notação de Rating

A Oferta não foi objecto de notação por qualquer sociedade de prestação de serviços de notação de risco

(rating) registada na CMVM.

A própria EMITENTE não tem rating atribuído por qualquer agência. Contudo, o BANIF, instituição de

crédito detido indirectamente em 100% pela EMITENTE, tem atribuída pela Moody‟s a notação de Ba2 no

longo prazo e NP no curto prazo e pela Fitch a notação de BB no longo prazo e B no curto prazo.

As notações de rating atribuídas pelas agências internacionais Moody‟s e Fitch são um factor importante

na maior ou menor facilidade de obtenção de financiamento do BANIF, e consequentemente, uma

importante componente do perfil de liquidez do BANIF – GRUPO FINANCEIRO. Estas notações são

baseadas em vários parâmetros de onde se destacam: a solidez financeira e a concentração da carteira de

crédito do BANIF, a previsibilidade e perspectivas de evolução dos seus resultados líquidos, a adequação

dos seus fundos próprios, a qualidade da sua gestão, a liquidez do balanço e a estabilidade e

disponibilidade de recursos financeiros.

Num contexto macro-económico desfavorável, a pressão sobre os níveis de capitalização dos bancos e o

seu menor desempenho registado desde 2008 deixavam antever uma tendência de diminuição de

proveitos e um nível acrescido de write-downs nos anos seguintes.

Assim, a 13 de Julho de 2010, atenta a deterioração da economia portuguesa, a agência Moody‟s entendeu

proceder à alteração do rating de longo prazo da República Portuguesa de “Aa2” para “A1”, com

atribuição de outlook “estável”.

Em 14 de Julho de 2010, a Moody‟s anunciou a revisão das notações de rating das instituições de crédito

portuguesas na sequência daquela alteração do rating de longo prazo da República Portuguesa de “Aa2”

para “A1”. Neste contexto, a Moody‟s reviu em baixa o rating de longo prazo do BANIF de “Baa1” para

“Baa3” e o rating de curto prazo de “P-2” para “P-3”, alterando o outlook de “estável” para “negativo”.

Em 21 de Julho de 2010, a Fitch anunciou ter revisto em baixa as notações de rating de cinco instituições

de crédito portuguesas. Neste contexto, relativamente ao BANIF, a Fitch reviu em baixa o rating de longo

prazo de “BBB+” para “BBB”, e o rating de curto prazo, de “F2” para “F3”, mantendo o outlook

“negativo”.

Em 8 de Novembro de 2010, a Fitch anunciou ter revisto em baixa as notações de rating de quatro

instituições de crédito portuguesas (o Banco Comercial Português, o Banco Espírito Santo, o Banco BPI e

o BANIF). Neste contexto, relativamente ao BANIF, a Fitch reviu em baixa o rating de longo prazo de

“BBB” para “BBB-”, reafirmando o rating de curto prazo de “F3”, mantendo o outlook “negativo”.

Em 5 de Abril de 2011, a Fitch anunciou ter revisto em baixa as notações de rating de seis instituições de

crédito portuguesas, em consequência da revisão em baixa do rating da República Portuguesa de A- para

BBB- no dia 1 de Abril de 2011. Neste contexto, relativamente ao BANIF, a Fitch reviu em baixa o rating

de longo prazo de “BBB-” para “BB”, e o rating de curto prazo de “F3” para “B”, tendo alterado o

outlook de “negativo” para “estável”.

Em 22 de Junho de 2011, a Moody‟s anunciou a revisão da notação de rating de longo prazo do BANIF de

“Baa3” para “Ba2” e o rating de curto prazo de “P-3” para “NP”, mantendo o outlook em “under review”.

O corte no “rating” ora efectuado deve-se à redução do “rating” da República Portuguesa e dos maiores

bancos portugueses, que a agência efectuou em Abril deste ano.

Page 41: BANIF

41

Em 5 de Julho de 2011, a Moody‟s anunciou nova revisão da notação de rating de longo prazo da

República Portuguesa de “Baa1” para “Ba2”, mantendo o outlook em negativo.

Qualquer revisão em baixa das notações de rating atribuídas ao BANIF poderá ter implicações no acesso

ao mercado para financiamento da instituição, designadamente implicar um aumento do custo de

financiamento. Alterações no rating de crédito do BANIF abaixo do nível de “investment grade” poderão

afectar negativamente a capacidade do Banco de obter financiamento nos mercados de capitais ou

dificultar a renovação de dívida que atingiu a maturidade. Os clientes do Banco são sensíveis ao risco de

uma redução do rating de crédito, o que poderá aumentar o respectivo custo de financiamento.

2.2. Factores de risco relacionados com a actividade da EMITENTE

O investimento em obrigações, nomeadamente nas Obrigações da EMITENTE, envolve riscos. Antes de

tomarem qualquer decisão de investimento, os potenciais investidores em Obrigações emitidas pela

EMITENTE deverão ter em consideração toda a informação constante do Prospecto e de qualquer

documento que no mesmo seja incorporado por remissão e, em particular, os riscos infra descritos.

Qualquer dos riscos que se destacam no Prospecto poderá ter um efeito significativamente negativo na

actividade, resultados operacionais, situação financeira, perspectivas futuras da EMITENTE ou do BANIF –

GRUPO FINANCEIRO ou na capacidade para atingir os seus objectivos.

Os potenciais investidores deverão estar cientes de que os riscos descritos no Prospecto não são os únicos

a que a BANIF SGPS ou o BANIF – GRUPO FINANCEIRO estão sujeitos. A BANIF SGPS apenas descreve

aqueles riscos e incertezas relativos à actividade, resultados operacionais, situação financeira ou

perspectivas futuras da BANIF SGPS e do BANIF – GRUPO FINANCEIRO que considera serem significativos

e de que actualmente tem conhecimento. Poderão existir riscos e incertezas adicionais que a BANIF SGPS

actualmente considere como não significativos ou de que não tenha conhecimento, podendo qualquer

desses riscos ter um efeito significativamente negativo sobre a actividade, resultados operacionais,

situação financeira, perspectivas futuras da BANIF SGPS ou do BANIF – GRUPO FINANCEIRO ou capacidade

deste para atingir os seus objectivos.

O desenvolvimento da actividade da BANIF SGPS consubstancia-se exclusivamente na gestão de

participações sociais, as quais indirectamente lhe conferem a maioria dos direitos de voto em diversas

instituições de crédito e sociedades financeiras, encontrando-se deste modo sujeita a supervisão do Banco

de Portugal conforme disposto no artigo 117º do RGICSF.

Presentemente a BANIF SGPS, enquanto SGPS, não desenvolve directamente qualquer outra actividade

pelo que o cumprimento das obrigações por si assumidas encontra-se dependente dos cash-flows gerados

pelas suas participadas.

As receitas da BANIF SGPS são provenientes da eventual distribuição de dividendos por parte das

sociedades suas participadas, do pagamento de juros, do reembolso de empréstimos concedidos, do

pagamento de serviços prestados às sociedades participadas e de outros cash-flows gerados por essas

sociedades.

A capacidade das sociedades participadas disponibilizarem fundos à BANIF SGPS dependerá, em grande

parte, da sua capacidade de gerarem cash-flows positivos. A capacidade destas sociedades de, por um

lado, distribuírem dividendos, e por outro lado, pagarem juros e reembolsarem empréstimos concedidos

pela BANIF SGPS, está sujeita a restrições estatutárias e fiscais, aos respectivos resultados, às reservas

disponíveis e à sua estrutura financeira, e a outros factos que prevaleçam sobre o direito ao dividendo.

Page 42: BANIF

42

Seguidamente apresentam-se alguns dos riscos mais significativos susceptíveis de afectar a EMITENTE e o

BANIF – GRUPO FINANCEIRO. Adicionalmente, podem existir riscos desconhecidos e outros que, apesar

de actualmente não serem considerados relevantes, poderão vir a tornar-se relevantes no futuro. Todos

estes factores poderão vir a afectar de forma adversa a evolução dos negócios, proveitos, resultados,

património e liquidez da EMITENTE e do BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

A ordem pela qual os seguintes riscos são apresentados não constitui qualquer indicação relativamente à

probabilidade da sua ocorrência.

a) Riscos associados à conjuntura económica

A situação financeira e os resultados do BANIF – GRUPO FINANCEIRO encontram-se dependentes da

evolução futura da economia portuguesa sendo afectados nomeadamente pela conjuntura económica.

Na medida em que a actividade do BANIF – GRUPO FINANCEIRO é essencialmente desenvolvida em

Portugal, esta está exposta à evolução da economia portuguesa, apesar do aumento da importância das

operações desenvolvidas noutros países. Como tal, a evolução da actividade económica em Portugal, que,

por sua vez, é afectada pelos acontecimentos políticos e económicos a nível nacional e internacional,

continua a ser determinante para o desempenho do GRUPO e para a respectiva capacidade em cumprir

com as suas metas e objectivos. Com efeito, um enfraquecimento da economia portuguesa ou mundial

pode ter um efeito material na situação financeira do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, na qualidade do seu

crédito, na sua situação financeira e nos seus resultados.

A recuperação económica na Europa tem vindo a ser atribulada, sobretudo pela eclosão da crise da dívida

soberana. A actividade económica tem vindo a expandir-se a um ritmo moderado desde meados de 2009,

após cerca de cinco trimestres consecutivos de queda e tem-se manifestado de forma desigual. A Área do

Euro deverá ter crescido 1,8% em 2010, enquanto as economias em desenvolvimento da Europa Central e

do Leste terão crescido cerca de 4,2%. Mesmo dentro dos países da Área do Euro existem diferenças

pronunciadas no desempenho económico, muito motivadas pelas condições dos balanços dos sectores

público e privado e pela possibilidade de utilizar a política fiscal para o suporte da recuperação.

No entanto, a recuperação económica em curso tem sido ameaçada pela crise da dívida soberada que

afectou os países que se situam na periferia da União Europeia, em particular, Grécia, Irlanda, Portugal e

Espanha. Esta crise teve impacto directo nestes países através de duas vias: (i) remoção antecipada e

inversão das medidas de estímulo orçamental e fiscal que haviam sido criadas com o objectivo de

incentivar a procura interna das várias economias, na sequência da resposta à crise financeira

internacional; (ii) dificuldades de financiamento dos Estados e do sector bancário, o que afecta a

confiança e a estabilidade do sistema financeiro e impõe um custo financeiro significativo sobre os

agentes económicos domésticos.

Em 2010, de acordo com o INE, Portugal registou um crescimento de 1,4%, após uma quebra de 2,5% em

2009. Continuou a observar-se um diferencial negativo entre as taxas de crescimento do PIB de Portugal e

da área do euro, tal como verificado ao longo da última década e apenas interrompido em 2009.

O crescimento registado não foi, no entanto, suficiente para inverter a situação do mercado de trabalho,

tendo a taxa de desemprego aumentado 1 p.p. no 4º trimestre de 2010 face ao período homólogo,

atingindo 11,1%. A população desempregada aumentou para 619 mil indivíduos (um crescimento de

9,9% face ao período homólogo).

O fortalecimento da actividade económica em Portugal em 2010 reflecte dinâmicas distintas entre a

procura externa e interna. Por um lado, assenta num forte dinamismo das exportações, num contexto de

Page 43: BANIF

43

aumento dos fluxos de comércio à escala global. Por outro lado, não obstante a recuperação do consumo

privado, que terá voltado a apresentar um crescimento acima do PIB e da média da área do euro, a

procura interna terá registado um crescimento modesto. Destaca-se o fraco desempenho do investimento,

que terá registado uma queda de cerca de 5% em 2010, embora mais moderada do que a observada no ano

anterior.

Após uma década caracterizada por um crescimento muito modesto da actividade económica, que se

traduziu na manutenção de um baixo crescimento do produto potencial, a queda do PIB em 2009 foi

menos acentuada do que a registada na generalidade das economias avançadas. Entre os factores que terão

contribuído para o maior alisamento do PIB neste período, é de destacar a resistência do sistema

financeiro português às perturbações decorrentes da crise global e o facto da economia portuguesa não ter

evidenciado uma sobrevalorização dos preços no mercado imobiliário.

Adicionalmente, o consumo privado em Portugal apresentou um perfil mais estável do que o registado na

generalidade das economias avançadas, situando-se no início de 2010 em níveis superiores aos

observados antes da eclosão da crise económica. Em relação às restantes componentes da despesa, a

evolução em Portugal foi globalmente idêntica à observada nas principais economias. No entanto, e ao

contrário do sucedido em outras economias avançadas, não se observou neste período um ajustamento

significativo do défice da balança corrente.

Neste contexto, a evolução da economia portuguesa nos próximos anos será fortemente condicionada

pelos processos de consolidação orçamental e de redução do endividamento do sector privado, com

destaque para as empresas. Em particular, deverá acentuar-se a diferença entre as dinâmicas da procura

interna e da procura externa, com as exportações a manterem-se como a componente mais dinâmica da

procura global. Os principais indicadores económicos suportam esta acepção, com o Índice do Volume de

Negócios na Indústria a revelar um contraste entre um crescimento robusto da componente de volume de

negócios no mercado externo e um crescimento consideravelmente mais reduzido no volume de negócios

no mercado nacional. Por seu turno, a informação desagregada do Índice do Volume de Negócios nos

Serviços mostra um forte dinamismo dos serviços mais vocacionados para a exportação, em contraste

com os serviços mais condicionados pela evolução da procura interna.

Em 2010, a taxa de inflação em Portugal, medida pela variação média do Índice Harmonizado de Preços

no Consumidor (IHPC), situou-se em 1,3%, após ter registado uma queda de 0,9% em 2009. O diferencial

de inflação em relação à área do euro foi ligeiramente negativo (-0,3 p.p.), após o mínimo histórico de -

1,3 p.p. registado em 2009.

O crescimento dos preços em 2010, após um período de forte desaceleração iniciado no final de 2008 e

prolongado ao longo do ano seguinte e que se traduziu numa taxa de inflação média anual negativa em

2009 pela primeira vez nas últimas três décadas, reflecte a melhoria do enquadramento externo da

economia portuguesa, reflectindo as perspectivas de crescimento nas principais economias mundiais, e

uma recuperação gradual dos fluxos de comércio internacionais, após a forte contracção observada em

2009. Este facto traduziu-se num aumento dos preços internacionais das matérias-primas, tanto

energéticas, como não energéticas. Em sentido contrário, os preços da generalidade dos serviços

apresentam taxas de crescimento relativamente baixas, num quadro de uma ligeira queda dos custos

unitários do trabalho. Finalmente, o impacto do aumento de um ponto percentual de todas as taxas do

IVA a partir de 1 de Julho de 2010 foi também relevante.

A economia portuguesa estagnou desde a crise económica de 2007, e a República Portuguesa tem sido

alvo de uma pressão não usual no que concerne às suas finanças públicas. Em 2010, o défice público

Page 44: BANIF

44

português representou 9,1% do Produto Interno Bruto (“PIB”)3. A dívida pública portuguesa totalizou

93% do PIB em 20103. O desemprego cresceu de 9,6% em 2009 para 11% no final de 2010

3. O

crescimento real do PIB diminuiu 2,5% em 2009 e, apesar de ter aumentado 1,3% em 2010, as previsões

actuais incorporam uma contracção de 1% da economia portuguesa em 20113.

Em Novembro de 2010, o Governo português implementou medidas de consolidação orçamental,

reduzindo os gastos públicos e aumentando as receitas. Em Março de 2011, o Parlamento português

rejeitou novas medidas apresentadas pelo Governo para reduzir o défice, levando à demissão do então

Primeiro-Ministro. Em Abril de 2011, o Governo português encetou os procedimentos tendentes à

concessão de ajuda financeira externa aos estados membros da União Económica e Monetária (“UEM”) e

ao Fundo Monetário Internacional (“FMI”), tendo em 17 de Maio de 2011, assinado com a Comissão

Europeia (“CE”), o Banco Central Europeu (“BCE”) e o FMI as Letters of Intent (“LoI”), o Memorandum

of Economic and Financial Policies (“MEFP”) o Technical Memorandum of Understanding (“TMoU”) e

o Memorandum of Understanding on Specific Economic Policy Conditionality (“MoU”).

Nos termos das LoI, o Governo português solicitou à CE, ao BCE e ao FMI a disponibilização de ajuda

financeira a Portugal, no valor de 78 mil milhões de Euros ao longo dos próximos 3 anos, sendo 26 mil

milhões de Euros, ao abrigo da Extended Fund Facility, com uma taxa de juro indexada aos Direitos de

Saque Especiais a ser usados num período de 36 meses; e os remanescentes 52 mil milhões de Euros

financiados pela União Europeia. O financiamento depende da concretização das medidas previstas no

MoU, no MEFP e no TMoU, as quais visam a redução da dívida pública e do défice, contendo medidas

voltadas à redução da despesa e medidas voltadas ao incremento das receitas públicas.

O objectivo destas medidas é de conduzir o défice público para um valor inferior a 5,9% do PIB em 2011,

a 4,5% do PIB em 2012 e a 3,0% do PIB em 2013. Espera-se que o crescimento recupere apenas

gradualmente ao longo dos próximos três anos e que o início da recuperação da actividade económica

ocorra a partir de 2013, com a recuperação da confiança dos mercados na economia e o início da

produção de efeitos das medidas adoptadas.

O MoU, o MEFP e o TMoU contêm diversas medidas estruturais e linhas de orientação que incidem

sobre (i) salários do sector público, poupanças na despesa com prestações sociais não contributivas,

suspensão das parcerias público-privadas e dos projectos de grandes infra-estruturas até à conclusão de

uma avaliação exaustiva da sua viabilidade, redução das despesas com a Defesa, o Sector Empresarial do

Estado e a Administração Local e Regional; (ii) aumento dos imostos sobre o consumo e redução dos

benefícios fiscais. Estão ainda previstas medidas ao nível da melhoria da orientação estratégica do

orçamento, aceleração do programa de privatizações, reforma da eficiência e eficácia do sistema nacional

de saúde, melhoria da competitividade ao nível do mercado de trabalho (com reforço da flexibilidade e

aumento da qualidade, revisão do sistema de prestações de desemprego), reformas judiciais e protecção

do sistema financeiro em “desalavancagem”, incluindo o reforço da “resiliência” do sector bancário e da

monitorização exercida pelo Banco de Portugal.

A este respeito ficou expressamente consagrado no MoU e no MEFP que o Banco de Portugal

determinaria (o que efectivamente já ocorreu, cfr. descrito na alínea m) riscos de regulamentação infra)

que todos os grupos bancários sujeitos à sua supervisão atingissem o “rácio de capital core Tier 1 de 9%

até ao fim de 2011 e de 10 % até ao fim de 2012 (acção prévia - prior action) e para o manterem no

futuro”. Prevê-se ainda que “se necessário, utilizando os seus poderes do Pilar 2, o BdP exigirá também a

alguns bancos, com base nos seus perfis de risco específico, que atinjam estes níveis elevados de capital

de forma mais rápida, tendo em consideração as indicações do quadro de avaliação de solvabilidade (...).

Os bancos tiveram que apresentar ao BdP, até ao fim de Junho de 2011, planos que descrevam como

3 Fonte: Eurostat, Abril de 2011

Page 45: BANIF

45

tencionam atingir os novos requisitos de capital através de soluções de mercado. No entanto, na

eventualidade dos bancos não conseguirem atingir atempadamente os novos requisitos de capital, a

necessidade de assegurar níveis de capital mais elevados poderá temporariamente requerer a utilização de

fundos públicos no aumento dos níveis de capital dos bancos privados“. De acordo com regras de auxílio

de Estado da UE, prevê-se a possibilidade de disponibilizar cerca de €12 mil milhões num mecanismo de

apoio à solvabilidade bancária, mediante condições.

Em 5 de Junho de 2011, portanto em momento posterior ao da assinatura das LoI, do MEFP, do TMoU e

do MoU, realizaram-se eleições para a Assembleia da República, tendo obtido vencimento o até então

maior partido da oposição, que formou novo Governo, empossado pelo Presidente da República em 21 de

Junho de 2011.

Apesar das medidas previstas no MoU, no MEFP e no TMoU e do compromisso do Governo português

no seu cumprimento, não há garantia de que as mesmas venham efectivamente a ocorrer e de que o seu

impacto na economia portuguesa venha a corresponder às expectivas. Ademais, quanto a algumas

daquelas medidas, não existem elementos suficientes para permitir identificar por que forma as mesmas

serão concretizadas e qual o seu impacto sectorial e global.

Vários factores podem contribuir para obstaculizar a concretização das medidas previstas no MoU, no

MEFP e no TMoU, como por exemplo, a resistência por parte de sindicatos e de outros grupos

organizados de cidadãos ou dificuldades associadas a práticas e procedimentos dificilmente modificáveis.

Acresce que algumas das medidas acima mencionadas poderão ter um efeito material e negativo na

economia portuguesa, pelo menos no curto prazo, o que, por seu turno, poderá afectar significativamente

o negócio da EMITENTE, a sua condição financeira e os seus resultados operacionais.

Durante o período de cumprimento das medidas previstas, as tensões relacionadas com as finanças

públicas portuguesas ou o efeito negativo de contágio de eventos externos poderão continuar a afectar a

liquidez e a rentabilidade do sistema financeiro em Portugal, tendo nomeadamente como resultado: a

redução do valor de mercado das obrigações de dívida pública portuguesa; restrições sobre a liquidez no

sistema bancário português e persistência de dependência do financiamento externo; aumento da

concorrência na captação dos depósitos dos clientes e, consequentemente, do respectivo custo; limitação

da concessão de crédito aos clientes; e a deterioração da qualidade da carteira de crédito.

Paralelamente, o respectivo incumprimento poderia suscitar o termo da ajuda prestada pelo FMI, pela CE

e pelo BCE, o qual por sua vez poderia criar as condições para um incumprimento no que diz respeito à

divida pública portuguesa.

Como se referiu, o cumprimento das medidas previstas no MoU, no MEFP e no TMoU não consubstancia

uma garantia de que serão atingidos os respectivos objectivos.

As condições macroeconómicas em Portugal podem agravar-se e os efeitos da recessão prolongar-se para

além de 2013.

Nesta eventualidade, o ajustamento do mercado e a provável deterioração das condições económicas

poderão ter um impacto material negativo no negócio da EMITENTE, na sua situação financeira e nos seus

resultados operacionais.

A EMITENTE não pode prever o grau de sucesso das medidas acordadas com a CE, o BCE e o FMI, ou de

outros programas de ajuda, os seus efeitos na moeda única ou na União Monetária Europeia, ou os efeitos

no negócio do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, resultados das operações, cash-flow e situação financeira.

Page 46: BANIF

46

Em resultado da persistência dos desequilíbrios macro-económicos relevantes, anteriormente descritos, a

capacidade de geração de resultados do BANIF – GRUPO FINANCEIRO poderá ser afectada, nomeadamente

através do abrandamento do nível geral de actividade económica, com reflexos sobre os volumes da

actividade bancária, do aumento dos custos de financiamento, da volatilidade no valor de mercado da

carteira de instrumentos financeiros e dos proveitos relacionados com a evolução do crédito e do

mercado, do aumento dos níveis de incumprimento da carteira de crédito, da consequente deterioração da

qualidade dos activos e de importantes constrangimentos de liquidez.

A este propósito, os fluxos de actividade operacionais do BANIF – GRUPO FINANCEIRO apresentaram um

saldo negativo em 31 de Dezembro de 2010 (170 milhões de Euros) comparativamente a um saldo

negativo em 31 de Dezembro de 2009 (499 milhões de Euros), muito embora em 31 de Março de 2011

este saldo tenha sido positivo (150 milhões de Euros). Em 31 de Março de 2011, os fluxos das actividades

de investimento e de financiamento do BANIF – GRUPO FINANCEIRO apresentaram igualmente saldos

negativos nos montantes de 25,2 milhões de Euros e de 17,4 milhões de Euros, respectivamente.

Importa sublinhar que qualquer outra deterioração significativa das condições económicas globais,

incluindo do perfil creditício de outros países da União Europeia, ou da solvabilidade dos bancos

portugueses ou internacionais, ou alterações na zona Euro, podem dar origem a preocupações relativas à

capacidade da República Portuguesa em corresponder às suas necessidades de financiamento.

Essas eventuais deteriorações teriam impacto directo no valor nas carteiras de obrigações de dívida

pública portuguesas e gregas da EMITENTE. Em 31 de Dezembro de 2010, a exposição da EMITENTE a

obrigações de dívida pública portuguesa ascendia a aproximadamente 144,1 milhões de Euros (134,0

milhões de Euros em 31 de Março de 2011) e a exposição a obrigações de dívida pública grega ascendia a

1,9 milhões de Euros (montante que se manteve inalterado em 31 de Março de 2011). Estas exposições

representavam aproximadamente 75% e 76,9% da carteira de obrigações de dívida pública da EMITENTE,

em 31 de Dezembro de 2010 e em 31 de Março de 2011, respectivamente.

Qualquer redução permanente do valor das obrigações de dívida pública conduzirá a uma redução do

valor da carteira de obrigações da EMITENTE e dos seus resultados.

Por outro lado, uma deterioração significativa das condições económicas globais afectaria fortemente a

capacidade da EMITENTE em aumentar e/ou gerar capital e atender aos requisitos mínimos regulamentares

de solvência. Adicionalmente, a referida deterioração limitaria fortemente a capacidade da EMITENTE em

obter liquidez e poderia ter um efeito adverso sobre o negócio, os resultados operacionais e a situação

financeira da EMITENTE.

Refira-se ainda que em resultado da actividade internacional desenvolvida pelo BANIF – GRUPO

FINANCEIRO, a EMITENTE e o GRUPO encontra-se igualmente dependente da evolução futura da

conjuntura económica no Brasil, em Espanha e ainda em outros mercados onde exerce actividade

nomeadamente E.U.A., Malta, Cabo Verde, Hungria, Eslováquia e Polónia.

b) Riscos decorrentes de revisões de rating da República Portuguesa

A República Portuguesa poderá ser alvo de revisões adicionais de rating por parte das agências de rating

internacionais com implicações no financiamento da economia.

Em 29 de Março de 2011, a agência de rating Standard & Poor‟s procedeu à revisão da notação de rating

de longo prazo da República Portuguesa de “BBB” para “BBB-”, com outlook “negativo”. Em 1 de Abril

de 2011, a agência de rating Fitch procedeu à revisão em baixa da notação de rating de longo prazo da

Page 47: BANIF

47

República Portuguesa de “A-” para “BBB-”, mantendo o outlook “negativo”, reflectindo a preocupação

quanto ao impacto da crise económica global na economia Portuguesa e nas finanças públicas a médio

prazo. Em 6 de Abril de 2011, a agência de rating Moody‟s anunciou uma revisão em baixa da notação de

rating de longo prazo da República Portuguesa para “Baa1”, tendo mantido o outlook “negativo” e em 5

de Julho de 2011, a referida agência de rating anunciou uma nova revisão em baixa da notação de rating

de longo prazo da República Portuguesa para “Ba2”, tendo mantido o outlook “negativo”.

Actualmente, as três agências de rating internacionais colocaram as perspectivas de rating da República

Portuguesa em Outlook negativo e colocaram o rating sob revisão.

Refira-se que a degradação na notação de rating da dívida de longo prazo da República de Portugal

encontra-se relacionada com o cenário de fraqueza macroeconómica e estrutural, incluindo o elevado

endividamento nos diversos sectores da economia, o que conduziu à redução da “credibilidade" de

Portugal nos mercados internacionais.

Importa mencionar que se o Governo Português vier a registar um revés no cenário macroeconómico,com

consequência do não cumprimento das metas orçamentais e económicas estabelecidas para 2011, 2012 e

2013 poderá ser registada nova revisão em baixa da notação de rating atribuída à República Portuguesa.

O Orçamento do Estado para o ano de 2011 prevê a criação de uma contribuição sobre o sector bancário,

a qual impõe sobre as instituições de crédito, suas filiais e subsidiárias o pagamento anual de: (i) uma taxa

que variará entre 0,01% e 0,05% a incidir sobre o passivo apurado deduzido dos fundos próprios de base

(Tier 1) e complementares (Tier 2) e dos depósitos abrangidos pelo Fundo de Garantia de depósitos; e (ii)

uma taxa que variará entre 0,00010% e 0,00020% a incidir sobre o valor nocional dos instrumentos

financeiros derivados fora do balanço. A criação desta contribuição terá um impacto negativo sobre a

rentabilidade das instituições de crédito, incluindo a EMITENTE, e consequentemente na sua rentabilidade.

A pari passu com a revisão em baixa do rating da República de Portugal, a consequente revisão em baixa

da notação de rating dos bancos portugueses reflecte as opiniões das agências de rating de que a recente

contracção dos mercados de capitais limitou as fontes de financiamento dos bancos e reduziu a sua

capacidade de obtenção de financiamento a médio prazo. Devido a esta contracção, as instituições

bancárias portuguesas estão a aumentar a sua dependência em fundos a curto prazo junto do Banco

Central Europeu. A preocupação das agências de rating centra-se assim nas implicações a longo prazo

para o perfil de financiamento dos bancos e o impacto nos seus respectivos resultados, aquando da

reabertura dos mercados financeiros, em consequência de custos de financiamento mais elevados.

Caso a situação das finanças públicas portuguesas venha a apresentar uma degradação adicional,

decorrente da evolução da actividade económica, é expectável que possam vir a ocorrer mais revisões do

rating em baixa. Neste cenário, o custo do risco para a República Portuguesa tenderá a aumentar, não

deixando de ter um efeito negativo no custo de financiamento da EMITENTE e consequentemente, nos seus

resultados.

No decurso normal da sua actividade, a EMITENTE tem também aplicações em obrigações de dívida

pública emitidas pela República Portuguesa. Um downgrade, ou uma série de downgrades no rating da

dívida pública portuguesa poderá ter um impacto negativo na medida em que a EMITENTE poderá usar

essas obrigações como colateral. Um downgrade da República Portuguesa terá um impacto, não apenas

na elegibilidade das obrigações de dívida pública portuguesa, mas também, indirectamente, em outros

valores mobiliários. Assim, um downgrade ou séries de downgrades no rating de Portugal poderá ter um

efeito sistémico no sector bancário português, poderá ter efeitos negativos na economia portuguesa e na

capacidade da EMITENTE em proceder à alienação desses valores mobiliários ou tornar mais difícil e/ou

Page 48: BANIF

48

mais dispendioso para o BANIF – GRUPO FINANCEIRO o acesso a fontes privadas de capital e de

financiamento.

c) Efeito da concorrência em Portugal na actividade do BANIF – GRUPO FINANCEIRO

Os serviços financeiros de retalho no mercado bancário português têm vindo a expandir-se de forma

significativa desde 1996, designadamente com um desenvolvimento sustentado do crédito hipotecário, do

crédito ao consumo, dos fundos de investimento e dos produtos “unit-linked” e de uma maior utilização

de cartões de crédito.

O mercado bancário português é actualmente um mercado desenvolvido e integra concorrentes fortes que

seguem abordagens multi-produto, multi-canal e multi-segmento. Ocorreu adicionalmente um

desenvolvimento significativo das operações bancárias através da internet e da utilização de novas

técnicas que permitem aos bancos aferir com mais precisão as necessidades dos seus clientes. Refira-se

igualmente que o mercado bancário português tem vindo também a ser abordado por bancos estrangeiros,

em particular nas áreas de banca de empresas, gestão de activos, private banking e corretagem.

Todos estes factores conjugados com as alterações estruturais ocorridas na economia portuguesa nos

últimos anos conduziram a um aumento significativo da concorrência no sector bancário português.

No cômputo das alterações estruturais ocorridas na economia portuguesa refira-se essencialmente as

relacionadas com a privatização de diversos sectores da economia, nomeadamente na área da banca e dos

seguros, assim como a integração da economia portuguesa na União Europeia e a introdução do Euro.

Actualmente, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO actua num forte ambiente concorrencial em todas as suas

áreas de negócio nomeadamente a banca de particulares e empresas, banca de investimento, crédito

especializado e gestão de activos, entre outras. Os seus principais concorrentes são os bancos comerciais e

de investimento portugueses e bancos estrangeiros, muitos dos quais só apenas recentemente entraram no

mercado português. Por outro lado, importa referir que o aumento da concorrência foi ainda consequência

dos movimentos de fusões e aquisições ocorridos nos últimos anos, envolvendo os maiores bancos

portugueses, o que se traduziu numa concentração das quotas de mercado. A concorrência aumentou

ainda mais por via do aparecimento de canais de distribuição não tradicionais, tais como a banca pela

Internet e pelo telefone.

Refira-se igualmente que a posição assumida pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO na RAM e na RAA tem

vindo a ser afectada nos últimos anos face à entrada e/ou maior agressividade comercial de outros players

nacionais nestes mercados.

É expectável que a tendência para a integração dos mercados financeiros europeus se intensifique, o que

pode contribuir para um aumento adicional da concorrência, primordialmente na gestão de activos, banca

de investimento e serviços de corretagem online. À luz desta concorrência crescente, o BANIF – GRUPO

FINANCEIRO poderá não ser capaz de competir de modo efectivo nos mercados em que opera, ou não ser

capaz de manter ou aumentar o nível dos resultados das operações, o que poderá ter um impacto

substancial adverso nos respectivos negócios, situação financeira e resultados do GRUPO.

Face ao exposto, a concorrência em Portugal poderá ser susceptível de afectar negativamente a actividade,

a situação financeira e os resultados da EMITENTE e do BANIF – GRUPO FINANCEIRO. Refira-se ainda que

o BANIF – GRUPO FINANCEIRO enfrenta igualmente concorrência significativa na sua actividade

internacional.

d) Recente turbulência nos principais mercados financeiros

Page 49: BANIF

49

O ano de 2008 ficou marcado pela eclosão da que é considerada a mais grave crise financeira e

económica desde meados do século XX. A deterioração dos mercados financeiros que se vinha a fazer

notar desde 2007 com a crise do subprime, viria a atingir um pico em Setembro, na sequência da falência

do banco americano Lehman Brothers. Este evento provocou uma redução abrupta nos níveis de

confiança dos investidores, que se veio a materializar em quedas generalizadas dos mercados financeiros

e na paralisação dos mercados monetários interbancários. A profundidade da crise conduziu a um plano

de intervenção do Governo americano no sistema financeiro e a este seguiram-se programas de apoio

público à recapitalização dos bancos em diversos países.

O ano de 2009 caracterizou-se por uma forte contracção da economia. O alastramento dos graves

problemas que, em 2008, se haviam mantido tendencialmente circunscritos ao sector financeiro, levou a

que a generalidade das empresas tenha passado a sentir os efeitos da dificuldade no acesso ao crédito, do

custo elevado dos recursos financeiros, da diminuição da procura e da falta de confiança de investidores e

consumidores.

Ao nível do sector financeiro, o ano de 2009 foi particularmente difícil, devido ao prolongamento da fase

aguda da crise financeira. A intervenção do Estado, as actuações de política monetária não convencionais

e a revisão do quadro regulamentar e dos mecanismos de supervisão, contribuíram para o

reestabelecimento progressivo da confiança dos agentes económicos. Não obstante, os mercados

financeiros apresentaram-se bastante voláteis, mesmo com um desagravamento do clima de aversão ao

risco no final do 1º trimestre. O enquadramento económico e financeiro adverso traduziu-se numa

evolução muito moderada da actividade bancária na generalidade dos países europeus, verificando-se um

abrandamento expressivo nos fluxos de crédito concedido, a par de um aumento dos níveis de

incumprimento.

No entanto, ao longo do segundo trimestre, os mercados financeiros apresentaram uma recuperação

significativa, beneficiando da ajuda das medidas orçamentais e monetárias de apoio aos mercados. A

confiança no sector financeiro começou a inverter a tendência negativa, melhorando as perspectivas de

acesso a financiamento pelo sector financeiro. O crédito entre os bancos começou a aumentar lentamente

e o aperto à concessão de crédito diminuiu ligeiramente.

No final do ano de 2009, verificou-se que as iniciativas de apoio à actividade económica e aos sistemas

financeiros, implementadas ao longo do ano, contribuíram para o retorno de alguma estabilidade nos

mercados financeiros e para uma recuperação do clima de confiança dos investidores e dos empresários.

Tal estabilização teve subjacente o enorme suporte do sector público e a cedência de liquidez abundante

aos mercados interbancários, assinalando uma transferência parcial do risco do sector privado para o

sector público e um esforço acrescido sobre as finanças públicas, com fortes restrições e custos.

Portugal não foi excepção, já que, tanto o Governo como o Banco de Portugal, actuaram em

conformidade com as decisões tomadas a nível europeu, tendo implementado, de forma coordenada,

programas de estímulo à actividade económica e de suporte ao sistema financeiro.

Em termos corporativos e à semelhança do esperado para outros sistemas financeiros da Zona Euro, a

capacidade de geração de resultados do sistema financeiro foi afectada pela evolução, muito moderada,

dos volumes de crédito e pelo aumento dos níveis de incumprimento. Alguns grupos financeiros

procederam a operações de recapitalização, através da emissão de instrumentos financeiros apropriados

mas sem recurso a investimento público.

Page 50: BANIF

50

De referir que o sistema financeiro português apresentou uma elevada capacidade de resistência e de

adaptação aos desafios colocados pela crise financeira e económica, cumprindo o seu papel de

ntermediário principal entre agentes económicos externos e domésticos.

A crise financeira internacional reflectiu-se em dificuldades acrescidas no recurso ao financiamento, o

que levou a generalidade dos bancos a reavaliar as suas políticas de preços e concessão de crédito durante

o ano de 2009. Neste contexto, o ano evidenciou uma tendência de subida sustentada e progressiva dos

spreads praticados nas operações activas por parte dos bancos em todos os segmentos de crédito, embora

a acentuada queda das taxas Euribor ao longo do ano tenha mitigado significativamente o impacto dessa

tendência no cliente final.

O ano de 2010 foi um ano marcado por grandes níveis de incerteza e volatilidade nos mercados

financeiros. Merece, por isso, destaque o apoio mais directo sob a forma de medidas de política monetária

não convencionais, introduzindo suporte aos mercados de títulos da dívida pública nos EUA e na Europa.

Na Europa, o enfraquecimento da situação orçamental de alguns Estados europeus levantou preocupações

sobre uma possível transferência da crise financeira para os balanços do sector público. Assistiu-se ao

longo de 2010 a diversas reduções das notações de risco da Irlanda, Portugal, Espanha e Grécia, que

vieram pressionar Estados e empresas, assim afectando (por vezes de forma incomportável) a sua

capacidade de refinanciamento. Os países da União Europeia e o Fundo Monetário Internacional

responderam com empréstimos e resgates condicionais, tendo paralelamente os vários Estados

implementado medidas de austeridade significativas, como forma de tentar reduzir os seus défices e

mitigar a percepção do seu risco soberano. Em auxílio dos países da Zona Euro em dificuldades

financeiras, a União Europeia acordou a constituição de um fundo de emergência no valor de 750 mil

milhões de Euros.

Os programas de austeridade apresentados pelos Governos para assegurar o cumprimento do Pacto de

Estabilidade e respectivos Programas de Crescimento geraram um maior nível de pessimismo sobre o

crescimento da economia europeia (e, por sua influência, da economia mundial) a curto e médio prazo.

Deve ser também destacado o papel do Banco Central Europeu ao procurar abrandar a subida das taxas

dos títulos de dívida de alguns países europeus através da compra de títulos no mercado secundário, no

âmbito do programa SMP.

Com a extensão dos efeitos da crise, a menor capacidade das políticas públicas em apoiarem a actividade

económica e o crescimento dos custos associados ao financiamento conduziram a um reforço das políticas

de captação de depósitos, venda de activos não estratégicos e aumento dos activos com elevada liquidez.

O aumento disperso dos prémios de risco e a carência de financiamento nos mercados interbancários

condicionaram as taxas de juro praticadas nos mercados de retalho domésticos, afectando a robustez do

balanço dos bancos, pelo que a actividade bancária continuou a desenvolver-se num contexto de

imprevisibilidade superior ao normal, marcado pela redução progressiva da liquidez nos mercados

monetário e de crédito.

A continuada volatilidade no sector financeiro e no mercado de capitais, os incumprimentos, ou os receios

de incumprimento, de uma ou mais instituições financeiras, poderá levar a um significativo problema de

liquidez em todo o mercado e a perdas ou incumprimentos posteriores de outras instituições financeiras.

Se as condições do mercado actuais e as circunstâncias se deteriorarem ainda mais, ou continuarem por

prolongados períodos de tempo, poderá haver um declínio dos fundos disponíveis, na qualidade do

crédito e o aumento dos níveis de incumprimento dos empréstimos, o que poderá ter um impacto negativo

nos negócios, nas condições de financiamento, na tesouraria e nos resultados do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO.

Page 51: BANIF

51

Considerando o acentuar da volatilidade dos mercados financeiros verificado, a situação de liquidez

corrente do BANIF – GRUPO FINANCEIRO tem vindo a ser objecto de um acompanhamento mais apertado

não apenas pelos indicadores presentes nas disposições emanadas do Banco de Portugal, mas também

pelos indicadores internos orientados para uma gestão eficiente e dinâmica.

Page 52: BANIF

52

e) Dependência do financiamento junto do Banco Central Europeu

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO contraiu, e poderá continuar a contrair, empréstimos junto do Banco

Central Europeu em momentos de volatilidade ou escassez de liquidez dos mercados.

Actualmente, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO tem acesso limitado aos mercados internacionais de dívida,

tal como evidenciado pela sua dependência no financiamento junto do Banco Central Europeu que, em 31

de Dezembro de 2010, representava 12,34% da totalidade dos seus activos (11,63% em 31 de Março de

2011). A eventual retirada do apoio do Banco Central Europeu resultaria no facto de o BANIF – GRUPO

FINANCEIRO ser forçado a dispor dos seus activos, potencialmente com desconto significativo face ao

respectivo valor contabilístico, de modo a poder cumprir com as suas obrigações, com um correspondente

impacto negativo no capital.

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO encontra-se a equacionar medidas para diversificar as suas fontes de

financiamento além do Banco Central Europeu, tendo aumentado o recurso ao financiamento no mercado

de acordos de recompra (repo), fazendo em simultâneo um esforço para aumentar os fundos dos clientes

no balanço e para reduzir o crédito a clientes. Refira-se que esta estratégia representa um risco de

elevação do custo dos depósitos e, ao mesmo tempo, o processo de repricing dos empréstimos poderá não

acompanhar o aumento do custo dos depósitos.

f) Base de clientes do BANIF – GRUPO FINANCEIRO

O sucesso do BANIF – GRUPO FINANCEIRO depende da capacidade de manter elevados índices de

fidelização da sua base de clientes e de proporcionar aos seus clientes uma vasta gama de produtos de alta

qualidade e competitivos, com níveis de serviço elevados.

A estratégia do BANIF – GRUPO FINANCEIRO para a prossecução destes objectivos tem passado pelo

cross-selling dos produtos e serviços das empresas subsidiárias através das redes de distribuição do

GRUPO e pela segmentação da sua rede de distribuição, por forma a melhor servir as necessidades dos

diferentes segmentos de clientes.

A intensificação da concorrência no mercado bancário português e europeu através da oferta de produtos

a preços significativamente reduzidos poderá ter impacto no comportamento dos clientes nomeadamente

em termos de fidelização.

O eventual insucesso do BANIF – GRUPO FINANCEIRO em manter elevados índices de fidelização da sua

base de clientes e de proporcionar aos seus clientes uma vasta gama de produtos de alta qualidade e

competitivos, com níveis de serviço elevados, poderia afectar de forma adversa a sua situação financeira e

resultados.

A capacidade financeira da base de clientes do BANIF – GRUPO FINANCEIRO é afectada pela crise

económica mundial e em particular pela crise económica em Portugal, que pode ter efeitos materiais nos

resultados da EMITENTE uma vez que a capacidade de realizarem atempadamente os pagamentos dos seus

créditos afecta a qualidade do crédito concedido e a rentabilidade do BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

Por outro lado, o sucesso na manutenção de um elevado nível de fidelização e na captação de novos

clientes depende em grande medida da reputação das diversas sociedades que integram o BANIF – GRUPO

FINANCEIRO. Qualquer factor que tenha impacto na reputação do BANIF – GRUPO FINANCEIRO poderá

afectar a capacidade do GRUPO de reter clientes e fundos, assim como de captar novos clientes e aumentar

os fundos de clientes.

Page 53: BANIF

53

Adicionalmente, existem clientes do BANIF – GRUPO FINANCEIRO que são igualmente titulares de acções

da EMITENTE. Caso a cotação das acções da EMITENTE venha a baixar, tal poderá conduzir ao desagrado

dos accionistas da EMITENTE, o que poderá conduzir a uma insatisfação generalizada dos clientes da

EMITENTE na medida em que estes sejam também accionistas do GRUPO, o que poderá ter um efeito

adverso no negócio, situação financeira ou resultados do BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

g) Riscos específicos da actividade bancária do BANIF – GRUPO FINANCEIRO

A EMITENTE encontra-se sujeita a factores de risco decorrentes essencialmente da actividade bancária

desenvolvida por sociedades integradas no BANIF – GRUPO FINANCEIRO. Nesse âmbito, os principais

riscos a que a EMITENTE se encontra sujeita são o risco de crédito, o risco de mercado e o risco de

liquidez. Simultaneamente, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO encontra-se ainda sujeito ao risco operacional

e aos riscos de implementação das políticas de gestão de risco prosseguidas.

O controlo e gestão dos riscos do BANIF – GRUPO FINANCEIRO assenta numa cultura de risco presente em

toda a organização, a qual garante, numa base contínua, a identificação e análise das diversas exposições

aos principais riscos a que o GRUPO se encontra exposto, a medição e gestão adequada das diversas

posições em risco, alinhada com as estratégias e políticas definidas tendente a uma determinação mais

eficiente da alocação do capital.

As estratégias e políticas orientadoras para a gestão global de risco, e para cada um dos principais riscos

identificados são definidas pelo Conselho de Administração. Tendo em conta o posicionamento e a

actividade desenvolvida por cada uma das entidades que compõem o BANIF – GRUPO FINANCEIRO, assim

são estabelecidas as políticas de risco para cada uma das entidades. Assim, cada entidade do BANIF –

GRUPO FINANCEIRO possui a sua própria estrutura orgânica de gestão dos riscos, dimensionada em função

da actividade e dos respectivos riscos associados, seguindo as políticas emanadas pelo Conselho de

Administração da EMITENTE.

A manutenção desta cultura de risco tem garantido a firmeza do BANIF – GRUPO FINANCEIRO para

enfrentar as turbulências do mercado em face da actual crise financeira mundial.

Neste contexto, o controlo e a gestão dos riscos do BANIF – GRUPO FINANCEIRO assume-se cada vez mais

como um pilar fundamental na garantia da rendibilidade e da sustentabilidade do negócio. A gestão do

GRUPO encontra-se cada vez mais focalizada na obtenção do equilíbrio entre risco e retorno, bem como na

redução de potenciais efeitos adversos que podem influenciar a performance financeira do GRUPO.

As funções e actividades relacionadas com o controlo de risco são exercidas de forma independente em

relação aos restantes órgãos e com adequada segregação de funções.

O GRUPO promove a revisão periódica das políticas e dos procedimentos instituídos para a gestão dos

riscos de modo a reflectir os movimentos dos mercados, dos produtos e das melhores práticas.

O Conselho de Administração da EMITENTE é responsável pela definição das referidas políticas contando

com o apoio do Órgão de Risco corporativo na avaliação e monitorização dos riscos, acompanhando os

riscos mais significativos risco de crédito, de mercado, de liquidez e operacional e, propondo sempre que

necessário, novas políticas e medidas correctivas que assegurem a prevenção e mitigação dos mesmos.

Quanto a estruturas de suporte à gestão dos riscos, existem outros Órgãos que assumem um papel

importante na área de gestão e controlo dos riscos do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, nomeadamente, o

Comité de Gestão de Activos e Passivos (ALCO Assets and Liabilities Committee), o qual é um órgão

Page 54: BANIF

54

consultivo do BANIF – GRUPO FINANCEIRO que assiste o Conselho de Administração da BANIF SGPS na

gestão estratégica das principais massas de balanço e, bem assim, na gestão do risco estrutural do GRUPO.

O ALCO reúne-se com uma periodicidade trimestral e, no desempenho das suas funções, analisa a

informação macroeconómica do país e das principais economias regionais, de forma a antecipar impactos

na exposição ao risco e na actividade financeira do GRUPO. Analisa também a evolução do balanço

consolidado do GRUPO e de cada uma das suas principais subsidiárias, quer em termos de saldos de

crédito e recursos de clientes, quer de margens, disponibilizando ao Conselho de Administração os

elementos necessários para a definição dos objectivos estratégicos comerciais (captação de recursos,

concessão de crédito e políticas de investimento financeiro), de gestão da estrutura de capital, e

respectivos prazos, e pricing/margens.

O GRUPO recorre também a uma visão económica dos seus riscos e dos recursos financeiros disponíveis

que estima e incorpora nos exercícios de auto - avaliação da adequação de capital interno (“ICAAP”) nos

termos do Aviso n.º 15/2007 do Banco de Portugal, no âmbito do Pilar II de Basileia II.

Adequação de capital interno (“ICAAP”)

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO dispõe de um modelo interno de avaliação dos seus recursos financeiros

disponíveis - Modelo de Risk Taking Capacity - que garante a adequação dos níveis de capital e recursos

financeiros existentes para fazer face aos riscos actuais e a assumir no futuro, sem afectar a sua

solvabilidade, respeitando os objectivos estratégicos definidos.

O modelo considera os principais riscos a que o GRUPO se encontra exposto, dos quais se salientam o

risco de crédito, o risco de liquidez, o risco cambial, o risco operacional, os sistemas de informação,

compliance e o risco reputacional.

Na aferição dos recursos financeiros existentes, o GRUPO considera duas perspectivas que se

complementam: a perspectiva da gestão corrente e a perspectiva da liquidação. Estas perspectivas

agrupam e hierarquizam as diferentes componentes de capital que se encontram disponíveis para fazer

face a diferentes cenários de perdas, respectivas severidades e consequentes impactos na solvabilidade.

No processo de determinação do Risk Taking Capacity os diferentes recursos financeiros são classificados

de acordo com a sua acessibilidade, liquidez, utilização e respectiva repercussão no mercado (efeito

reputacional), protecção dos accionistas e elegibilidade por parte das entidades de supervisão.

O modelo de Risk Taking Capacity do GRUPO assenta na captação da visão económica associada a cada

elemento passível de constituir uma fonte de capital interno, assim como na categorização em

perspectivas de cobertura de capital e hierarquização por níveis de segurança. Esta hierarquização facilita

a interpretação e implementação da estratégia em termos da sua política de adequação de capital e perfil

de risco assumido.

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO agrega os recursos financeiros disponíveis em quatro níveis de segurança

e quantifica a contribuição de cada um para o nível de capital interno do GRUPO.

Após a quantificação dos riscos e recursos financeiros disponíveis, o GRUPO desenvolve um conjunto de

acções de adequação de capital interno, nomeadamente a alocação de capital económico pelas suas

diversas entidades e áreas de negócio.

Numa base anual, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO analisa a adequação do capital face à evolução prevista

dos riscos e dos recursos financeiros disponíveis para o prazo de dois anos, quer para o cenário base quer

Page 55: BANIF

55

para os cenários de agravamento da conjuntura macroeconómica onde são consideradas como principais

variáveis, a taxa de inflação, taxa de desemprego, o PIB e a taxa de juro.

A análise efectuada à adequação do capital tem demonstrado, até à data, que os fundos próprios do

GRUPO se apresentam suficientes para fazer face aos riscos incorridos.

g1) Risco de crédito

O risco de crédito é definido como a probabilidade de perda resultante do incumprimento pelo cliente ou

contraparte de parte ou da totalidade dos seus compromissos perante o BANIF – GRUPO FINANCEIRO,

designadamente das suas obrigações financeiras no âmbito de contratos estabelecidos.

O risco de crédito constitui um dos riscos mais relevantes a que o BANIF – GRUPO FINANCEIRO está

exposto na sua actividade. É proveniente da concessão de crédito, bem como da detenção de títulos, em

especial acções e obrigações, com expressão no balanço, e de operações com derivados, sendo estas

últimas registadas fora do balanço.

Embora, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO analise regularmente a sua exposição face aos seus mutuários e

outras contrapartes, assim como a determinados sectores de actividade e países que crê constituírem

especial preocupação, os incumprimentos podem decorrer de eventos ou circunstâncias díficeis ou

impossíveis de prever ou detectar. Além disso, as garantias recebidas pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO

podem ser insuficientes para cobrir a sua exposição. Deste modo, caso um mutuário ou contraparte à qual

exista uma exposição significativa incumpra as obrigações assumidas para com o BANIF – GRUPO

FINANCEIRO, os resultados e a situação financeira do BANIF – GRUPO FINANCEIRO poderão ser

negativamente afectados.

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO dedica-se activamente à gestão do risco de crédito e à análise das

operações de crédito. As perspectivas quanto a futuras perdas de crédito podem, contudo, revelar-se

incorrectas por diversos motivos. Factores como uma deterioração das condições económicas gerais,

acontecimentos políticos não antecipados ou a falta de liquidez na economia podem todos ter como

consequência perdas de crédito que excedam o montante das provisões do BANIF – GRUPO FINANCEIRO

ou as perdas máximas prováveis previstas pelos seus procedimentos de gestão de risco. Um aumento das

provisões do BANIF – GRUPO FINANCEIRO para perdas decorrentes de empréstimos vencidos ou eventuais

perdas que excedam tais provisões pode ter um efeito significativamente negativo na situação financeira e

nos resultados do BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

A actividade de concessão e acompanhamento do crédito tem por base um conjunto de políticas

orientadoras que decorrem da estratégia de risco de crédito definida no BANIF – GRUPO FINANCEIRO, as

quais são objecto de ajustamento tendo em conta o desenvolvimento do negócio e das condições

económicas.

A gestão do risco de crédito e, bem assim, a delegação de competências desenvolvem-se de acordo com

os princípios e as regras de concessão e manutenção de créditos concedidos a clientes previstos em

normativos, os quais são alvo de actualizações e ajustamentos sempre que tal se mostre necessário.

Os normativos são de aplicação genérica no BANIF – GRUPO FINANCEIRO, porquanto incluem

regulamentos aplicáveis a cada uma das áreas de negócio e às suas redes de comercialização assim como,

regras de preparação, análise e seguimento do crédito concedido aos clientes.

Page 56: BANIF

56

Gestão do Risco de Crédito

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO promove a monitorização contínua do risco de crédito, pela avaliação

regular da estrutura global do crédito concedido e de um conjunto de operações consideradas

significativas.

A avaliação da carteira é realizada tendo em conta os objectivos qualitativos estabelecidos anualmente, e

visa orientar os objectivos quantitativos definidos para a actividade comercial. Assim, fazem parte deste

enquadramento, a definição de objectivos de notação de risco da carteira, de concentração/dispersão de

exposição ao risco, de distribuição geográfica, sectorial, de grandes riscos, de riscos por

colateral/garantias, entre outros. A informação de gestão, preparada regularmente, tem em conta estas

variáveis e promove a sua divulgação pelas estruturas de decisão e orgãos de gestão.

Considerando as particularidades do porfólio de crédito do GRUPO, os modelos internos de notação de

risco atendem às características específicas dos clientes, a variáveis históricas e de relacionamento e às

características das operações quer qualitativas quer quantitativas.

a) Medição do Risco de Crédito

Sistemas Internos de Notação de Risco

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO recorre a metodologias para efectuar o cálculo dos requisitos

regulamentares de fundos próprios ao nível do Pilar I, muito embora ainda numa óptica menos

sofisticada. Os métodos utilizados são:

- o Método Standard para o risco de crédito;

- o Método do Indicador Básico para o risco operacional;

- o Método de Avaliação ao Preço de Mercado para o risco de mercado.

O GRUPO dispõe de Modelos Internos de Notação de Risco para uma parte significativa do seu portfolio

de crédito concedido, nomeadamente para os segmentos de negócio mais relevantes. Os modelos foram

desenvolvidos internamente considerando as metodologias mais adequadas para cada um dos segmentos

e/ou produtos. Com efeito, o GRUPO dispõe de uma equipa com conhecimentos especializados,

responsável pelos processos de construção e acompanhamento dos modelos desenvolvidos com base na

experiência de incumprimento dos clientes, e que combinam um vasto conjunto de variáveis sócio-

demográficas, de relação da operação e financeiras, proporcionando uma capacidade de avaliação do

crédito mais preditiva.

Os sistemas internos de notação de risco desenvolvidos subdividem-se nas seguintes categorias:

Page 57: BANIF

57

Modelos internos de Scoring e Rating

− Modelos Internos de Scoring Admissão e Comportamental

Os modelos de Scoring de Admissão permitem associar a cada proposta de crédito uma probabilidade

de incumprimento (Probability of Default - PD), sendo utilizados no momento da concessão do crédito.

Estes modelos permitem também classificar uma operação, em termos de exposição ao risco, até esta

perfazer um ano de vida.

Os modelos de Scoring Comportamental têm como objectivo medir o risco das operações de crédito ao

longo da sua vida útil, através do comportamento irregular ou não, da contraparte da operação, com

mais de um ano de vida.

− Modelo Interno de Rating

O modelo de Rating atribui a cada Cliente (Empresa), uma classificação de risco de acordo com a sua

probabilidade de incumprimento, medindo assim o risco de default da contraparte. Este modelo

comporta as vertentes de admissão e comportamental, considerando a regularidade de actualização para

cada entidade.

b) Análise do Risco de Crédito

Em 31 de Dezembro de 2010, o total do activo do BANIF – GRUPO FINANCEIRO apresenta a seguinte

exposição ao risco de crédito:

Page 58: BANIF

58

Unidade: milhares de Euros

EXPOSIÇÃO AO RISCO DE CRÉDITO

2009 2010

EXPOSIÇÃO

MÁXIMA *

EXPOSIÇÃO

LÍQUIDA **

EXPOSIÇÃO

MÁXIMA *

EXPOSIÇÃO

LÍQUIDA **

Activos Financeiros detidos para negociação 352.487 352.487 461.311 461.311

Outros Act. Financ. ao justo valor através de resultados 470.314 470.314 393.508 393.508

Activos Financeiros disponíveis para venda 105.371 105.371 294.410 294.410

Crédito a Clientes 11.487.864 6.094.685 12.206.255 6.488.728

Investimentos detidos até à maturidade 80.399 80.399 63.939 63.939

Outros Activos 1.945.770 1.945.770 2.291.269 2.291.269

Sub-Total 14.442.205 9.049.026 15.710.692 9.993.165

Passivos contingentes 2.730.094 2.730.094 3.783.518 3.783.518

Compromissos assumidos 1.611.862 1.611.862 1.197.193 1.197.193

Sub-Total 4.341.956 4.341.956 4.980.711 4.980.711

Total de Exposição a Risco de Crédito 18.784.161 13.390.982 20.691.403 14.973.876

FONTE: Relatório de Gestão e Contas da EMITENTE relativo ao exercício de 2010

* exposição máxima respeita ao valor líquido de balanço, sempre que aplicável. ** exposição líquida respeita à exposição máxima deduzida do efeito da mitigação considerado como efectivamente redutor do risco de crédito,

não se considerando assim avales/fianças e outros colaterais de fraco valor.

A exposição máxima representa o maior cenário de exposição ao risco do GRUPO, à data de referência de

31 de Dezembro, nos exercícios de 2010 e 2009, tendo em conta que esta exposição não considera os

colaterais e outros mitigantes associados aos activos financeiros. Os valores reflectem as posições

financeiras relevadas nas demonstrações financeiras consolidadas.

Em termos de exposição líquida, o efeito dos mitigantes apresenta-se significativo no crédito a clientes

reflectindo um efeito redutor do risco de crédito de cerca de 47%.

Ainda, e em termos de exposição ao risco de crédito, o total dos activos do GRUPO ponderados por classes

de risco apresenta, à data de 31 de Dezembro de 2010, os seguintes ponderadores médios:

Unidade: milhares de Euros

2009 2010

ACTIVOS

PONDERADOS *

POND. DE RISCO

MÉDIO **

ACTIVOS

PONDERADOS *

POND. DE RISCO

MÉDIO **

Administrações e sector público 150.623 27% 292.989 32%

Empresas 3.910.907 93% 4.049.703 95%

Instituições 146.979 34% 231.332 42%

Carteira de retalho 2.033.846 73% 2.067.578 72%

Posições garantidas por bens imóveis 1.532.029 42% 1.536.741 41%

Outras classes de risco 2.296.442 76% 2.773.829 79%

Total 10.070.826 10.952.172

FONTE: Relatório de Gestão e Contas da EMITENTE relativo ao exercício de 2010 * não inclui posições extrapatrimoniais.

** ponderador de risco médio = activos ponderados / posição original.

A decomposição dos activos ponderados por classes de risco demonstra que a exposição ao risco de

crédito por segmento mantém-se em linha com a actividade desenvolvida pelo BANIF – GRUPO

FINANCEIRO, tendo em conta a contribuição significativa observada nos dois períodos pelos segmentos

Empresas e Retalho de 37% e 19% em 2010 e, um acréscimo de 0,7 p.p. observado pelo contributo do

segmento Instituições.

Page 59: BANIF

59

Relativamente à exposição ao risco de crédito aos diferentes mercados, em 31 de Dezembro de 2010, o

risco de concentração dos activos financeiros, assume a seguinte distribuição:

Unidade: milhares de Euros

EUROPA AMÉRICA

DO NORTE

AMÉRICA

LATINA

RESTO DO

MUNDO TOTAL

Activos financeiros detidos para negociação 118.383 1.478 340.923 527 461.311

Outros activos financeiros ao justo valor através de

resultados

306.917 568 73.395 12.628 393.508

Activos financeiros disponíveis para venda 242.890 32.397 8.105 11.018 294.410

Crédito a clientes 11.007.495

495495

149.631 824.259 224.870 12.206.255

Investimentos detidos até à maturidade 42.499 16.557 4.744 139 63.939

Total 11.718.184 200.631 1.251.426 249.182 13.419.423

FONTE: Relatório de Gestão e Contas da EMITENTE relativo ao exercício de 2010

Face aos valores apresentados importa referir que o crédito a clientes apresenta um risco de concentração

significativo no mercado europeu e no mercado da América Latina representando 94% e 66% no total dos

activos financeiros geridos em cada mercado.

Salienta-se ainda que os activos financeiros detidos para negociação apresentam uma relevância

significativa no mercado da América Latina representando 27% dos activos geridos nesse mercado.

c) Estrutura da Carteira de Crédito

À data de 31 de Dezembro de 2010, o crédito a clientes apresenta a seguinte distribuição sectorial:

Unidade: milhões de Euros

CARTEIRA DE CRÉDITO A CLIENTES

2009 2010

EXPOSIÇÃO

MÁXIMA

EXPOSIÇÃO

LÍQUIDA

EXPOSIÇÃO

MÁXIMA

EXPOSIÇÃO

LÍQUIDA

Indústria 752.485 589.755 820.900 630.994

Construção 1.265.967 753.998 1.357.119 809.467

Vendas a Retalho 477.295 306.633 531.330 334.952

Serviços 2.235.247 1.261.230 2.681.060 1.604.389

Instituições Financeiras e Seguradoras 239.027 219.924 195.839 175.371

Sector Público 94.455 92.573 158.283 155.987

Outros (inclui particulares) 6.423.388 2.870.572 6.461.724 2.777.568

Total de Exposição a Risco de Crédito 11.487.864 6.094.685 12.206.255 6.488.728

FONTE: Relatório de Gestão e Contas da EMITENTE relativo ao exercício de 2010

Nota: A rubrica de Serviços inclui actividades imobiliárias e outros serviços prestados às empresas

O segmento serviços representa 22% do total da exposição máxima em 2010, considerando que engloba

também valores referentes a exposições de actividades imobiliárias, seguindo-se o segmento “construção”

contribuindo com 11% de exposição.

Ainda no que se refere à exposição de risco por sector, salienta-se que a exposição ao risco de crédito dos

top-20 clientes e/ou grupos económicos ascende, à data de 31 de Dezembro de 2010 (incluindo crédito

directo e garantias prestadas), a 1.675 milhões de Euros. A distribuição do crédito pelos diversos sectores

é apresentada, como segue:

Page 60: BANIF

60

21%

3%

36%

11%

29%

Distribuição Sectorial do Crédito Top20

Construção Indústria Serviços

Outros Sector Público FONTE: Relatório de Gestão e Contas da EMITENTE relativo ao exercício de 2010

Exposição aos mercados

Em 31 de Dezembro de 2010, a exposição ao risco de crédito por áreas geográficas encontra-se detalhada

no mapa seguinte, sendo a sua expressão mais significativa no mercado europeu, assumindo uma

representatividade de 90%.

Unidade: milhares de Euros

EXPOSIÇÃO AO RISCO DE CRÉDITO

POR ÁREA GEOGRÁFICA

2009 2010

EXPOSIÇÃO

MÁXIMA

EXPOSIÇÃO

LÍQUIDA

EXPOSIÇÃO

MÁXIMA

EXPOSIÇÃO

LÍQUIDA

Europa 10.503.431 5.255.380 11.007.495 5.477.757

América do Norte 153.469 105.265 149.631 101.080

América Latina 614.015 587.705 824.259 756.449

Resto do Mundo 216.949 146.335 224.870 153.442

Total de Exposição a Risco de Crédito 11.487.864 6.094.685 12.206.255 6.488.728

FONTE: Relatório de Gestão e Contas da EMITENTE relativo ao exercício de 2010

Relativamente aos restantes mercados, o mercado da América Latina, reflecte a representatividade que o

BANIF – GRUPO FINANCEIRO tem no Brasil, com um valor na ordem dos 7%.

Exposição aos mercados por distribuição sectorial

Em 31 de Dezembro de 2010, a exposição do BANIF – GRUPO FINANCEIRO aos mercados por sector de

actividade assume a seguinte distribuição:

Page 61: BANIF

61

Montantes médios por intervalos de exposição

Em 31 de Dezembro de 2010, a exposição média da carteira de crédito por intervalos de valor de

operação, apresentava os seguintes montantes:

Unidade: milhares de Euros

INTERVALO DE VALOR POR OPERAÇÃO (31 DEZ-2010) Nº CLIENTES CRÉDITO EXPOSIÇÃO

MÉDIA PESO

] 0M a 0,5M [ 425.626 7.377.950 17 60,4%

] 0,5M a 2,5M [ 1.348 1.746.515 1.296 14,3%

] 2,5M a 5M [ 223 877.025 3.933 7,2%

] 5M a 10M [ 103 775.125 7.525 6,4%

] > 10M [ 62 1.429.640 23.059 11,7%

Total 427.362 12.206.255

Face aos valores apresentados, 74,7% do montante total do crédito resulta de operações com uma

exposição ao risco de crédito até 2,5 milhões de Euros, o que denota a disseminação existente no crédito

concedido.

d) Qualidade do Crédito e Outros Activos Financeiros

Crédito Concedido

A repartição da carteira de crédito do BANIF – GRUPO FINANCEIRO por notação de risco para os principais

segmentos de negócio, a 31 de Dezembro de 2010, apresenta a seguinte estrutura ao nível da qualidade do

crédito:

22%14%

53% 62%

25% 24%

2009 2010

Crédito a Empresas

Qualidade Superior Qualidade Standard Qualidade Sub-Standard

45% 39%

41%45%

14% 16%

2009 2010

Crédito Pessoal

Qualidade Superior Qualidade Standard Qualidade Sub-Standard

40% 40%

40% 40%

20% 20%

2009 2010

Crédito Automóvel

Qualidade Superior Qualidade Standard Qualidade Sub-Standard

45% 40%

52% 57%

3% 3%

2009 2010

Crédito à Habitação

Qualidade Superior Qualidade Standard Qualidade Sub-Standard

18% 20%

52% 52%

30% 28%

2009 2010

Outros Créditos

Qualidade Superior Qualidade Standard Qualidade Sub-Standard

A evolução da carteira total do crédito apresenta a seguinte distribuição:

Page 62: BANIF

62

30% 25%

51% 57%

19% 18%

2009 2010

Total Carteira Crédito

Qualidade Superior Qualidade Standard Qualidade Sub-Standard

A distribuição da qualidade do crédito a clientes baseia-se na classificação atribuída às carteiras das

entidades mais representativas do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, desagregadas pelos segmentos mais

significativos e qualificadas em três níveis de risco. A carteira de crédito foi objecto de avaliação interna

de risco, baseada nas Probabilidades de Default (“PD”) aplicáveis aos principais produtos e segmentos de

negócio. As PD‟s foram agregadas por níveis de risco de modo a serem classificadas nas categorias de

risco de qualidade superior, de qualidade standard e de qualidade sub-standard.

Ainda e, no que respeita à qualidade do crédito, os indicadores de sinistralidade apresentam a 31 de

Dezembro de 2010, os seguintes valores:

Unidade: milhares de Euros

INDICADORES DE SINISTRALIDADE 2009

IFRS

2010

IFRS

Crédito a clientes 1, do qual: 11.889.493 12.586.267

Crédito e juros vencidos há mais de 90 dias 640.284 831.401

Imparidade do crédito -517.199 -594.857

Indicadores (%)

Crédito e juros vencidos há mais de 90 dias / Crédito a clientes 5,39% 6,61%

Imparidade do crédito / Crédito a clientes 4,35% 4,73%

1 Deduzidos de títulos de dívida registados em empréstimos concedidos e contas a receber

Os indicadores apresentados demonstram que, no exercício de 2010, se registou uma degradação da

qualidade da carteira de crédito. Esta situação prendeu-se não apenas com o aumento dos valores das

perdas por imparidade estimadas no âmbito da análise individual mas também, pelo agravamento

verificado no parâmetro Loss Given Default (“LGD”), nomeadamente no Segmento Empresas, após o

exercício de actualização dos parâmetros do modelo de imparidade do GRUPO.

O valor de crédito e juros vencidos inclui 131.883 milhares de Euros de crédito abatido ao activo nas

contas individuais das entidades do GRUPO.

Compromissos e Garantias

Para fazer face às necessidades dos seus clientes, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO disponibiliza um

conjunto de compromissos e passivos contingentes. Muito embora estas obrigações não sejam

reconhecidas em balanço, estes compromissos apresentam risco de crédito e, por conseguinte, o GRUPO

considera-as como parte integrante do referido risco.

Os valores de exposição máxima para compromissos e garantias assumidos pelo GRUPO, à data de 31 de

Dezembro de 2010, encontram-se reflectidos nos quadros abaixo apresentados.

Page 63: BANIF

63

As garantias prestadas correspondem aos seguintes valores nominais registados em contas

extrapatrimoniais:

Unidade: milhares de Euros

GARANTIAS PRESTADAS 2009

IFRS

2010

IFRS

Garantias prestadas, das quais: 923.651 1.071.263 Garantias e avales 825.031 870.638

Aceites e endossos 64.302 -

Cartas de crédito e Stand-by 3.145 -

Créditos documentários abertos 31.173 200.625

As contingências e outros compromissos assumidos perante terceiros, não reconhecidos nas

demonstrações financeiras consolidadas com referência a 31 de Dezembro de 2010 e 2009, apresentam a

seguinte composição:

Unidade: milhares de Euros

CONTINGÊNCIAS E OUTROS COMPROMISSOS ASSUMIDOS PERANTE TERCEIROS 2009

IFRS

2010

IFRS

Outros Passivos Eventuais, dos quais: 1.806.443 2.712.255

Fianças e indemnizações - -

Outras garantias pessoais prestadas e outros passivos eventuais - -

Activos dados em Garantia 1.806.443 2.712.255

Compromissos perante terceiros, dos quais: 1.611.862 1.197.193

Compromissos irrevogáveis 410.970 411.516

Compromissos revogáveis 1.200.892 785.677

Total 3.418.305 3.909.448

Os valores de exposição máxima para compromissos e garantias assumidos pelo BANIF – GRUPO

FINANCEIRO, à data de 31 de Março de 2011, encontram-se reflectidos nos quadros abaixo apresentados.

As garantias prestadas correspondem aos seguintes valores nominais registados em contas

extrapatrimoniais: Unidade: milhares de Euros

GARANTIAS PRESTADAS MAR-2011

IFRS

Garantias prestadas, das quais: 954.670 Garantias e avales 861.945

Aceites e endossos -

Cartas de crédito e Stand-by -

Créditos documentários abertos 92.725

As contingências e outros compromissos assumidos perante terceiros, não reconhecidos nas

demonstrações financeiras consolidadas com referência a 31 de Março de 2011, apresentam a seguinte

composição:

Page 64: BANIF

64

Unidade: milhares de Euros

CONTINGÊNCIAS E OUTROS COMPROMISSOS ASSUMIDOS PERANTE TERCEIROS MAR-2011

IFRS

Outros Passivos Eventuais, dos quais: 3.701.783 Fianças e indemnizações -

Outras garantias pessoais prestadas e outros passivos eventuais -

Activos dados em Garantia 3.701.783

Compromissos perante terceiros, dos quais: 1.065.487

Compromissos irrevogáveis 370.350

Compromissos revogáveis 695.137

Total 4.767.270

Avaliação de imparidade

À data de 31 de Dezembro de 2010, o valor das perdas por imparidade colectiva e individual, incluindo as

perdas extrapatrimoniais, ascendem a 390.968 milhares de Euros (2009 370.832 milhares de Euros) e

206.603 milhares de Euros (2009 148.770 milhares de Euros), respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2010, o crédito analisado individualmente ascendeu a 1.608.980 milhares de

Euros.

No final do exercício, a contribuição das perdas individuais para o montante total das perdas estimadas

para o crédito concedido no BANIF – GRUPO FINANCEIRO e responsabilidades extrapatrimoniais com

natureza de crédito, é apresentado como segue:

29%35%

71%65%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2009 2010

Perdas Individuais Perdas Colectivas

Ainda no exercício findo em 2010, o justo valor dos colaterais associados às operações analisadas

individualmente, para efeitos do apuramento da imparidade individual, ascendem a cerca de 889.457

milhares de Euros (2009: 543.687 milhares de Euros). Os colaterais associados a estas operações são

representados essencialmente, por hipotecas, títulos e depósitos.

O montante do crédito concedido, face às perdas estimadas por segmento, para os exercícios de 2010 e

2009, apresenta os seguintes valores:

Page 65: BANIF

65

52%

27%

10%

11%

Crédito a Clientes 2009

Empresas Particulares Imobiliário

Particulares Consumo Particulares Outros

50%

28%

11%

11%

Crédito a Clientes 2010

Empresas Particulares Imobiliário

Particulares Consumo Particulares Outros

55%

7%

31%

7%

Imparidade do Crédito 2010

Empresas Particulares Imobiliário

Particulares Consumo Particulares Outros

51%

6%

35%

8%

Imparidade do Crédito 2009

Empresas Particulares Imobiliário

Particulares Consumo Particulares Outros

Em 2010, verifica-se uma degradação da carteira de crédito a clientes do segmento empresas cuja

imparidade representa cerca de 55% do total da imparidade do crédito estimado, face a 51% registada em

2009.

Em 31 de Dezembro de 2010, a imparidade do crédito concedido apresenta a seguinte movimentação face

a 2009:

Unidade: milhares de Euros

IMPARIDADE DO CRÉDITO CONCEDIDO EMPRESAS PARTICULARES

CONSUMO

PARTICULARES

IMOBILIÁRIO

PARTICULARES

OUTROS

TOTAL

Saldo 2009 265.295 179.701 29.371 42.832 517.199

Reforços 110.733 43.028 13.863 9.471 177.095

Utilizações e Regularizações (18.091)

091)(31.0

(8.570) - (3.625) (30.286)

Reversões e Recuperações (31.132) (27.404) (3.904) (6.711) (69.151)

Saldo 2010 326.805 186.755 39.330 41.967 594.857

Unidade: milhares de Euros

IMPARIDADE DO CRÉDITO CONCEDIDO EMPRESAS PARTICULARES

CONSUMO

PARTICULARES

IMOBILIÁRIO

PARTICULARES

OUTROS

TOTAL

Saldo 2008 174.675 173.569 19.533 31.218 398.995

Reforços 183.889 19.679 11.510 27.607 242.685

Utilizações e Regularizações 2.898 (5.293) 0 (1.294) (3.689)

Reversões e Recuperações (96.167) (8.254) (1.672) (14.699)

699)

(120.792)

Saldo 2009 265.295 179.701 29.371 42.832 517.199

Page 66: BANIF

66

Crédito e Juros Vencidos

À data de 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o montante de crédito e juros vencidos há mais de 90 dias por

classes de incumprimento apresenta a seguinte desagregação:

Unidade: milhares de Euros

CRÉDITO E JUROS VENCIDOS

HÁ MAIS DE 90 DIAS EM 2010

3-6 MESES 6-12 MESES

1-3 ANOS

> 3 ANOS

TOTAL

Empresas 34.754 90.952 193.553 103.121 422.380 Particulares Consumo 10.402 21.743 89.882 89.457 211.484

Particulares Imobiliário 303 1.047 40.199 11.906 53.455

Particulares Outros 3.788 16.792 55.516 67.986 144.082

Total 49.247 130.534 379.150 272.470 831.401

Unidade: milhares de Euros

CRÉDITO E JUROS VENCIDOS

HÁ MAIS DE 90 DIAS EM 2009

3-6 MESES 6-12 MESES

1-3 ANOS

> 3 ANOS

TOTAL

Empresas 19.249 90.832 103.413 130.578 344.072 Particulares Consumo 4.297 20.571 95.203 79.579 199.650

Particulares Imobiliário 1.476 5.607 13.663 6.440 27.186

Particulares Outros 2.614 8.178 31.581 27.003 69.376

Total 27.636 125.188 243.860 243.600 640.284

Crédito Renegociado

As políticas seguidas pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO para a renegociação de créditos, em situação de

crédito vencido, pressupõem a realização de procedimentos de regularização, como seguem:

Pagamento dos juros vencidos;

Reforço de garantias;

Reclamação junto das instâncias judiciais com vista à recuperação dos valores em dívida;

Reclamação, quando aplicável, de montantes a receber relativo a indemnizações decorrentes de

sinistros reclamados.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o crédito não vencido, mas cujas condições foram renegociadas

ascende aos seguintes valores:

Unidade: milhares de Euros

CRÉDITOS RENEGOCIADOS 2009

IFRS

2010

IFRS

Empresas 6.272 28.483 Particulares - Consumo 2.357 5.593

Particulares - Imobiliário 1.273 344

Particulares - Outros 488 2.098

Total 10.390 36.518

Outros Activos Financeiros

Os quadros seguintes apresentam as carteiras de títulos de dívida e derivados ventiladas por ratings

externos (emissão/emitente). Os ratings das carteiras foram apurados com base nos ratings das agências

internacionais Moody‟s, Fitch e S&P, segundo as regras de Basileia II.

Page 67: BANIF

67

Unidade: milhares de Euros

TÍTULOS DE DÍVIDA E DERIVADOS 2010

CLASSIFICAÇÃO INTERNA

HIGH

GRADE

STANDARD

GRADE

SUB-STANDARD

GRADE NOT RATED TOTAL

Activos Financeiros detidos para negociação 3.890 205.545 19 170.970 380.424

Outros Act. Financ. ao justo valor através de

resultados

83.636 22.213 2.631 48.669 157.149

Activos Financeiros disponíveis para venda 183.337 37.605 18.692 35.494 275.128

Crédito a clientes 50.626 7.613 17.194 14.178 89.611

Investimentos detidos até à maturidade 36.701 25.764 1.338 136 63.939

Total 358.190 298.740 39.874 269.447 966.251

Em % 37,1% 30,9% 4,1% 27,9% 100,0%

Unidade: milhares de Euros

TÍTULOS DE DÍVIDA E DERIVADOS 2009

CLASSIFICAÇÃO INTERNA

HIGH

GRADE

STANDARD

GRADE

SUB-STANDARD

GRADE NOT RATED TOTAL

Activos Financeiros detidos para negociação 8.696 150.388 7.016 141.216 307.316

Outros Act. Financ. ao justo valor através de

resultados

128.740 37.378 - 90.540 256.658

Activos Financeiros disponíveis para venda 6.288 2.016 9.815 28.315 46.434

Investimentos detidos até à maturidade 62.992 10.782 6.625 - 80.399

Total 206.716 200.564 23.456 260.071 690.807

Em % 29,9% 29,0% 3,4% 37,6% 100,0%

CLASSIFICAÇÃO

High-Grade [AAA to A-]

Standard-Grade [BBB+ to BBB-]

Sub-Standard Grade <=BB+

Not Rated NR

e) Monitorização do Risco de Crédito

A monitorização do risco de crédito assenta no acompanhamento e controlo da evolução da exposição ao

risco de crédito da carteira do BANIF – GRUPO FINANCEIRO e na implementação de acções de mitigação

para preservação da qualidade do crédito e dos limites de risco definidos.

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO dispõe de um sistema de identificação de eventos de risco que permite a

detecção de situações de provável incumprimento de clientes.

A gestão dos referidos eventos de risco assume uma relevância significativa conseguida pela atribuição de

responsabilidades na gestão dos alertas, pelas competências atribuídas aos responsáveis na prestação e

actualização da informação e, por fim, pela definição das acções a desenvolver em face da classificação

preditiva dos referidos sinais.

Com a preparação regular de indicadores da qualidade do crédito e das respectivas carteiras segmentadas,

a monitorização do risco de crédito é efectuada, avaliando-se a eficácia das políticas instituídas, a

rendibilidade ajustada ao risco e eventual aplicação de medidas correctivas.

Page 68: BANIF

68

f) Mitigação do Risco de Crédito

O valor e natureza dos colaterais garantias do crédito concedido - bem como o grau de cobertura

necessário, dependem do resultado da avaliação do risco de crédito da contraparte.

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO dispõe de procedimentos internos no que respeita à aceitação de

determinados tipos de colaterais com critérios específicos de avaliação. No entanto, existem alguns

colaterais que, por natureza, estão associados a determinado tipo de crédito concedido, a saber:

− No crédito de médio/longo prazo a particulares, como o crédito imobiliário, o colateral tem

normalmente a natureza de garantia real, nomeadamente a hipoteca do imóvel e/ou penhor de

depósitos;

− No crédito de curto prazo a particulares são normalmente exigidas apenas garantias pessoais;

− No caso do crédito a empresas, nomeadamente o crédito revolving, são solicitadas garantias

pessoais dos sócios/accionistas sendo que, nalguns casos, são exigidas garantias reais, tais como a

hipoteca de imóveis ou penhor de depósitos ou títulos. Estas situações variam em função do risco

atribuído ao cliente e da maturidade do crédito concedido a empresas.

Os colaterais que, por incumprimento do cliente, são executados e passam para a posse do BANIF –

GRUPO FINANCEIRO são, na sua generalidade, vendidos para o cumprimento total ou parcial da dívida.

g) Processo de Recuperação de Créditos

O acompanhamento dos clientes que apresentam sinais de alerta ou crédito em incumprimento e, a

recuperação de créditos, são assegurados com base em modelos organizacionais, processos e prazos que

privilegiam uma celeridade de actuação, diferenciados em função dos respectivos segmentos de negócio.

A gestão da recuperação de crédito é assegurada numa óptica de cliente, e assenta na função de

“recuperador de crédito” enquanto elemento responsável pela liderança do processo e coordenação do

envolvimento dos restantes intervenientes que participam no seu desempenho.

Os clientes do segmento retalho são geridos com base em estruturas centralizadas, transitando entre as

diferentes fases e equipas de acordo com prazos pré-definidos, que asseguram a sua gestão com base em

procedimentos uniformizados, que variam em função da natureza dos clientes e dos créditos e garantias

associadas.

Os clientes do segmento empresas são geridos por núcleos de recuperação, em função da sua proveniência

geográfica. A sua transferência para essas estruturas processa-se mediante decisão das unidades de

negócio, sob a supervisão de um órgão superior. Os clientes transferidos para recuperação são objecto de

acompanhamento e recuperação com base em estratégias definidas numa óptica casuística, que

privilegiam, sempre que possível, a via negocial.

Se se continuar a verificar uma degradação da qualidade da carteira de crédito, o BANIF – GRUPO

FINANCEIRO poderá ter que proceder a um reforço adicional das imparidades para crédito. Nessa

eventualidade, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO poderá vir a incorrer em perdas significativas as quais

poderão afectar negativamente a sua situação financeira e resultados.

Page 69: BANIF

69

g2) Risco de mercado

O risco de mercado ou de preço (taxas de juro, taxas de câmbio, preço das acções), define-se como a

possibilidade de ocorrência de impacto negativo nos resultados ou no capital, devido a movimentos

desfavoráveis no preço de mercado dos instrumentos da carteira de negociação, provocados,

nomeadamente, por flutuações em taxas de juro, taxas de câmbio, cotações de acções ou obrigações, ou

preços de mercadorias. O risco de mercado advém sobretudo da tomada de posições a curto prazo em

títulos de dívida e de capital, moedas, mercadorias e derivados.

Gestão do Risco de Mercado

Ao nível do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, o risco de mercado decorre essencialmente das exposições em

títulos detidos nas carteiras de negociação das várias subsidiárias, não sendo política do GRUPO a

realização de trading de derivados. Em regra, os derivados contratados têm como objectivo a cobertura

económica de posições, principalmente de operações originadas para clientes, através da realização de

operações simétricas com outros contrapartes que anulam o risco de mercado entre si e, ainda, de

cobertura de riscos da carteira própria e dos veículos de securitização do GRUPO. Desta forma, tendo em

conta os negócios onde opera, os principais riscos de mercado a que o BANIF – GRUPO FINANCEIRO se

encontra sujeito são os resultantes das variações de taxa de juro, de taxa de câmbio e das cotações de

mercado subjacentes aos títulos.

Refira-se que em 31 de Dezembro de 2010, o valor de mercado, em termos absolutos, da carteira de

títulos detidos para negociação do BANIF – GRUPO FINANCEIRO (consolidado) ascendia a 355 milhões de

Euros, composto por 347 milhões de Euros de posições longas e 8 milhões de Euros de posições curtas.

A política do BANIF – GRUPO FINANCEIRO no âmbito da matéria associada a controlo de riscos de

mercado caracteriza-se pela prudência e sistematização, implementadas pela revisão e adequação dos

limites de actuação nos mercados respectivos pelos órgãos de gestão, pautando-se a intervenção, neste

domínio, por regras de funcionamento e controlo devidamente reguladas pelo normativo interno e pelas

normas emanadas pelas entidades de supervisão, seguindo as boas práticas recomendadas pelo Comité de

Supervisão de Basileia.

A gestão do risco de mercado é realizada de uma forma autónoma pelas várias subsidiárias do BANIF –

GRUPO FINANCEIRO, reflectindo as especificidades e vantagens competitivas, entre as quais a

proximidade e o conhecimento local dos mercados em que operam, com particular ênfase para as

instituições que actuam no Brasil, nomeadamente a unidade de banca de investimento, o BANIF - BANCO

DE INVESTIMENTO (BRASIL) e a unidade de banca comercial, o BANIF - BANCO INTERNACIONAL DO

FUNCHAL (BRASIL) e, ainda, o BANIF INVESTIMENTO, em Portugal.

A este respeito, refira-se que, em termos consolidados, o BANIF - BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL)

incluindo as respectivas sociedades participadas, representava em 31 de Dezembro de 2010 a maior fatia

da carteira de negociação com um peso de 73%, seguido do BANIF - BANCO INTERNACIONAL DO

FUNCHAL (BRASIL) com 15% e do BANIF INVESTIMENTO com um peso de 11%. As posições das restantes

subsidiárias do GRUPO assumem um peso residual. À data de 31 de Dezembro de 2010, a carteira de

títulos de negociação por subsidiárias do BANIF – GRUPO FINANCEIRO apresentava a seguinte repartição:

Page 70: BANIF

70

73%

15%

11%1%

Carteira de Títulos de

Negociação por Subsidiária

Banif - Banco de Investimento (Brasil)

Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil)

Banif Investimento (Portugal)

Banif Bank Malta

A gestão do risco de mercado no BANIF – GRUPO FINANCEIRO é desenvolvida com o apoio da ferramenta

BarraOne, a qual permite analisar o risco das carteiras, desagregado pelos vários factores explicativos do

risco, nomeadamente, entre as componentes de risco específico e risco global (ou de mercado), o qual, por

sua vez, é desagregado em diversos constituintes. O risco total leva em consideração a correlação entre os

activos, quer ao nível de topo, quer nos diversos níveis de desagregação do risco. O BarraOne tem como

metodologia um sistema Multi-Factor, baseado em fundamentais que incluem características económicas

intuitivas na escolha de temas/factores baseados em dados do mercado, de estimação do risco com o

objectivo de gestão de risco, numa perspectiva forwardlooking.

O diagrama abaixo sintetiza a forma como o BarraOne desagrega o risco, realizando uma análise de

sensibilidade para cada um dos itens aplicáveis à carteira.

O cálculo do VaR (value-at-risk) é assim decomposto pelos seguintes factores:

Risco Cambial - componente de VaR atribuível ao risco moeda, explícito e implícito, nomeadamente

através de investimento indirecto. Devido à extrema sensibilidade deste factor o modelo utiliza como

histórico apenas as últimas 17 semanas de dados.

Risco de Mercado Local – componente de VaR atribuível ao risco de mercado per si, excluindo o risco

cambial. O risco para cada mercado é decomposto em 3 componentes: risco global, risco específico, e

correlação.

Page 71: BANIF

71

Risco Global: consiste no risco explicado por factores comuns de mercado, que inclui risco de indústria,

estilo, taxa de juro, spread, mercados emergentes e hedge funds, commodities. Analisa o risco da carteira

que advém da sua exposição aos factores específicos de cada mercado/modelo.

Acções - cada activo é classificado no sector onde melhor se enquadra (de acordo com a metodologia do

Barra), sendo assim calculado a componente do VaR que é explicada pelo sector. Além disso, o modelo

captura o risco que deriva do facto do activo: i) deter uma grande capitalização ou uma pequena

capitalização: i) expectativa de crescimento elevado versus avaliações mais baixas, ii) padrão de

volatilidade de longo e de curto prazo;

Obrigações: os activos são analisados em duas vertentes: i) Taxa de Juro (Yield Curve), que inclui o risco

que decorre das alterações da inclinação da curva de rendimentos e da curvatura (twist ou butterfly) e ii)

Spread, que analisa a diferença entre a curva swap e a curva de dívida pública, e eventos de crédito,

calculando a respectiva alocação de VaR;

Mercados Emergentes: mede o risco adicional pelo facto do emitente ser de um país emergente ou, pelo

facto, do activo ter sido emitido num país emergente.

Risco Específico: o risco que não é explicado pelos factores comuns, isto é, risco único exclusivo a cada

activo e, por isso, diversificável. Este modelo conjuga a estimativa do nível médio de risco específico

com valor de risco específico face às características fundamentais do activo.

De referir que as instituições do BANIF – GRUPO FINANCEIRO a operar no Brasil, nomeadamente a

unidade de banca de investimento, BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL) e a unidade de banca de

comercial, BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL) possuem um sistema próprio de

controlo e gestão de risco de mercado, utilizado igualmente com objectivos de reporte prudencial, de

acordo com as regras da entidade de supervisão, o Banco Central do Brasil (BACEN). Em termos

regulamentares, o BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL) não procede à distinção entre

carteira bancária e de negociação, procedendo ao cálculo do VaR para a totalidade das posições.

O sistema MAPS, propriedade da MAPS S.A. Soluções e Serviços, é uma importante ferramenta de

suporte à gestão e controle dos riscos destas duas instituições, sendo uma referência no mercado

financeiro brasileiro, utilizado pelos principais bancos deste país, permitindo o controlo de limites, testes

de aderência e testes de esforço, elaboração de relatórios para a gestão e de reporte ao Banco Central do

Brasil.

O diagrama abaixo sintetiza a forma como o MAPS desagrega o risco para o cálculo do VaR.

Page 72: BANIF

72

Análise do Risco de Mercado

Nos quadros seguintes, apresenta-se o cálculo do Value-at-Risk (“VaR”) para a carteira de títulos de

negociação do BANIF – GRUPO FINANCEIRO. O VaR foi apurado seguindo o modelo paramétrico, para um

horizonte de 10 dias e com um intervalo de confiança de 99%, em linha com as recomendações do Novo

Acordo de Basileia e do Banco de Portugal (Aviso n.º 8/2007). A referir que, no cômputo global, as

carteiras são compostas maioritariamente por títulos de renda fixa.

O sistema BarraOne foi aplicado às carteiras de negociação das várias entidades do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO, à excepção do BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL), incluindo participadas, tendo

em consideração que o sistema usado internamente para controlo e gestão de risco de mercado, o MAPS,

revela-se mais adequado ao tratamento das respectivas carteiras, dadas as características dos activos, entre

os quais unidades de participação de fundos de investimento e outros instrumentos financeiros locais. A

carteira de negociação do BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL), incluindo sociedade participadas,

correspondia a cerca de 261 milhões de Euros, à taxa de câmbio de final do ano. O VaR total carteira do

BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL), excluindo a BETA SECURITIZADORA4, cifrava-se em BRL

2.771 mil (ou 1.250 mil Euros) no final do ano de 2010, sendo maioritariamente composta por títulos da

dívida pública brasileira (66%).

No que diz respeito à carteira do BANIF - BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL), com um valor

de mercado de cerca de 52 milhões de Euros no final do ano, era composta por títulos com elevada

liquidez, cerca de 73% composta por dívida pública brasileira, de taxa fixa, em moeda local, com

maturidade de curto prazo (inferior a 2 anos), e uma duration de cerca de um ano. O VaR total da carteira

ascendia a BRL 1.015 mil (458 mil Euros) no final do ano.

A carteira de negociação do BANIF INVESTIMENTO, em Portugal, incluindo sociedades participadas, que

ascendia a cerca de 37 milhões de Euros em valor absoluto, a 31 de Dezembro de 2010, era composta

quase exclusivamente por títulos de renda fixa, com cerca de metade da carteira denominada em dólares.

A componente de acções assume um peso imaterial, que se traduzia num valor de mercado de cerca de 25

mil Euros. Relativamente risco-país, cerca de 48% da carteira corresponde a investimento em títulos do

Brasil. O VaR da carteira de negociação da unidade de banca de investimento em Portugal ascendia a 653

mil Euros no final do ano.

Nos quadros seguintes, apresenta-se o VaR para a carteira consolidada a 31 de Dezembro de 2010,

desagregada pelas várias subsidiárias do GRUPO, reflectindo a gestão independente e local das respectivas

carteiras de negociação e o risco de mercado próprio a que estão sujeitas.

Decomposição do VaR da carteira do BANIF - BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL):

DECOMPOSIÇÃO DO VAR DA CARTEIRA DO

BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL)

VaR da Carteira

(BRL mil)

VAR da Carteira

(EUR mil)

Risco Total 2.771 1.250

Risco de Mercado 2.771 1.250

Acções - -

Fundos 349 157

Obrigações 2.423 1.092

Risco Cambial - -

4 Os títulos da BETA SECURITIZADORA ascendem a cerca de 15 milhões de Euros de valor de mercado, correspondente a cerca de

4% do valor da carteira de negociação do GRUPO.

Page 73: BANIF

73

DECOMPOSIÇÃO DO VAR DA CARTEIRA DO

BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL)

VaR da Carteira

(BRL mil)

VAR da Carteira

(EUR mil)

Risco Total 1.015 458

Risco de Mercado 1.015 458

Risco Global (factores comuns) 985 444

Acções 428 193

Sector 312 141

Estilo 376 170

Obrigações 887 400

Curva de Rendimento 892 402

Spread 238 107

Mercados Emergentes - -

Correlação – factores comuns (330) (149)

Risco Específico 247 111

Decomposição do VaR da carteira do BANIF INVESTIMENTO e outros:

DECOMPOSIÇÃO DO VAR DA CARTEIRA DO

BANIF INVESTIMENTO (PORTUGAL) E OUTRAS 1

VAR da Carteira

(EUR mil)

Risco Total 653

Risco de Mercado 429

Risco Global (factores comuns) 399

Acções 205

Sector 205

Estilo 1

Obrigações 345

Curva de Rendimento 301

Spread 144

Mercados Emergentes 167

Correlação – factores comuns (317)

Risco Específico 158

Risco Cambial 634

Correlação Moeda / Mercado (410) 1 Para efeitos de simplificação de apresentação, inclui-se no quadro as exposições de carteira de negociação do Banif Bank Malta, com um valor

de mercado de cerca de 3,2 milhões de Euros.

Desta forma, o VaR total agregado das carteiras de negociação das várias entidades do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO ascende a cerca de 2,3 milhões de Euros a 31 de Dezembro de 2010, representando menos

de 1% do respectivo valor de mercado em base consolidada. O rácio do VaR total nos fundos próprios de

base consolidados GRUPO (Tier 1), assume um peso muito reduzido..

g3) Risco de Taxa de Juro

O risco de taxa de juro é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes de

movimentos adversos nas taxas de juro. Neste caso, é avaliado o risco de taxa de juro numa perspectiva

de médio/longo prazo, ao nível da carteira bancária que permita avaliar a exposição do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO a este risco e inferir quanto à sua capacidade em absorver variações adversas nas taxas a que

se encontra exposto.

Page 74: BANIF

74

Gestão do Risco de Taxa de Juro

O risco de taxa de juro é monitorizado em base sistemática em função dos períodos de repricing dos

activos e dos passivos, sendo que, no exercício, manteve-se dentro dos limites superiormente aprovados.

A quantificação do risco de taxa de juro é efectuada através da metodologia prevista na Instrução n.º

19/2005 do Banco de Portugal e é processada através da multiplicação da posição líquida dos elementos

registados na carteira de negociação (incluindo extrapatrimoniais), de cada banda temporal, por um factor

de ponderação. Para o cálculo da posição ponderada total, é utilizada a framework da Instrução n.º

19/2005 do Banco de Portugal.

Foram realizados no exercício, testes de esforço ao risco de taxa de juro da carteira bancária, com base

nas metodologias preconizadas na Instrução n.º 19/2005 e Instrução n.º 32/2009 do Banco de Portugal.

Adicionalmente, foi elaborado um relatório intercalar no âmbito do Processo de Auto-Avaliação da

Adequação do Capital Interno (ICAAP), tendo-se concluído que a magnitude dos impactos simulados não

é significativa.

Análise do Risco de Taxa de Juro

A análise de sensibilidade do risco de taxa de juro dos instrumentos financeiros considera um choque

standard positivo ou negativo de 200 p.b. na taxa de juro, e respectivo impacto na situação líquida e na

margem financeira (a 12 meses). Contudo o BANIF – GRUPO FINANCEIRO determina o impacto nos seus

indicadores de outras magnitudes de choque.

Desta análise, foram excluídos todos os instrumentos financeiros patrimoniais e extrapatrimoniais que,

por definição, não são sensíveis a variações ocorridas nas taxas de juro. A exposição do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO, na sua larga maioria em Euros, não se encontra sujeita a volatilidades da taxa de juro de

outras moedas de forma material.

Análise de sensibilidade impacto de uma variação de 200 pontos base na curva de taxas de juro por

moedas relevantes

Page 75: BANIF

75

Unidade: milhares de Euros

ANÁLISE DE SENSIBILIDADE DEZ-09 DEZ-10

EUR

Impacto na Situação Líquida (74.730) (85.592)

Fundos Próprios 1.176.768 1.165.521

Impacto na Situação Líquida em % dos Fundos Próprios (6,4)% (7,3)%

Impacto na Margem Financeira a 12 meses 14.664 (4.924)

Margem Financeira 288.494 348.132

Impacto na Margem Financeira anual em % 5,1% (1,4)%

USD

Impacto na Situação Líquida (2.496) (14.510)

Fundos Próprios 1.176.768 1.165.521

Impacto na Situação Líquida em % dos Fundos Próprios (0,2)% (1,2)%

Impacto na Margem Financeira a 12 meses (10.533) (5.609)

Margem Financeira 288.494 348.132

Impacto na Margem Financeira anual em % (3,7)% (1,6)%

TOTAL

Impacto na Situação Líquida (77.226) (100.101)

Fundos Próprios 1.176.768 1.165.521

Impacto na Situação Líquida em % dos Fundos Próprios (6,6)% (8,6)%

Impacto na Margem Financeira a 12 meses 4.131 (10.532)

Margem Financeira 288.494 348.132

Impacto na Margem Financeira anual em % 1,4% (3,0)%

g4) Risco Cambial

O risco cambial representa as flutuações de valor que os instrumentos financeiros podem sofrer

decorrente de alterações verificadas nas taxas de câmbio.

Gestão do Risco Cambial

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO monitoriza a sua exposição ao risco cambial pelo controlo diário da

exposição global das posições abertas assumidas perante as várias moedas, e adopta estratégias globais de

cobertura para assegurar que essas posições se mantêm dentro dos limites definidos superiormente.

Análise do Risco Cambial

A maior exposição ao risco de crédito em moeda estrangeira, centra-se na carteira de crédito concedido

em BRL, conforme divulgado no quadro seguinte:

Page 76: BANIF

76

Unidade: milhares de Euros

MOEDA DEZ-09 DEZ-10

EUR 10.447.593 10.962.300

BRL 462.143 646.333

USD 371.863 340.030

CHF 106.876 81.815

CVE 79.706 87.934

HUF 7.533 13.945

PLN 4.542 5.427

JPY 3.988 4.506

GBP 3.560 63.907

Outros 60 58

Total 11.487.864 12.206.255

g5) Risco de Liquidez

O risco de liquidez é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados

ou no capital decorrentes da incapacidade do BANIF – GRUPO FINANCEIRO dispor, sobretudo no curto

prazo, de fundos líquidos para o cumprimento das suas obrigações financeiras, à medida que as mesmas

se vencem. A gestão do risco de liquidez é assegurada de forma centralizada.

A pressão imposta pelos mercados internacionais, relativamente ao excessivo endividamento dos países e

instituições, veio traduzir-se numa subida do custo de financiamento, bem como numa maior dificuldade

de obtenção de financiamentos para maturidades mais longas, o que veio implicar um redesenho da

política de gestão de tesouraria e da política de financiamento das instituições financeiras.

Gestão do Risco de Liquidez

O risco de liquidez é gerido de forma centralizada e a monitorização dos níveis de liquidez corrente e

estrutural, necessários em função dos montantes e prazos dos compromissos assumidos e dos recursos em

carteira, é efectuada através da identificação de gaps de liquidez.

As políticas de obtenção de funding, quer junto dos clientes do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, quer no

mercado financeiro e Banco Central Europeu, têm garantido, apesar de uma redução generalizada dos

níveis de liquidez verificada durante o ano de 2010 no sistema financeiro, a estabilidade dos recursos

necessária ao desenvolvimento da actividade normal do GRUPO. No decurso de 2010, quer o liquidity gap

quer o cumulative gap mantiveram-se dentro dos limites considerados aceitáveis para os vários períodos

analisados, garantindo a continuidade do modelo de negócio do BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

Em virtude da elevada volatilidade que caracterizou os mercados financeiros internacionais onde o BANIF

– GRUPO FINANCEIRO actua, manteve-se um acompanhamento apertado na situação de liquidez corrente,

não apenas pelos indicadores presentes nas disposições emanadas do Banco de Portugal, mas também

pelos indicadores internos orientados a uma gestão eficiente diária.

Análise do Risco de Liquidez

Em 2010, à semelhança do risco de taxa de juro, foram realizados também testes de esforço relativos ao

risco de liquidez, bem como foi efectuado no âmbito do Processo de Auto-Avaliação da Adequação do

Capital Interno (ICAAP), uma análise deste risco. A magnitude dos impactos simulados e a análise

efectuada permitiram concluir que a exposição a este risco é aceitável dado o enquadramento macro-

económico verificado.

Page 77: BANIF

77

No âmbito da gestão da liquidez corrente, enquadradas no plano de financiamento de curto prazo do

BANIF – GRUPO FINANCEIRO, têm sido elaboradas, regularmente, análises quantitativas e qualitativas e

stress testings que permitem identificar debilidades e preconizar a tomada de medidas, consagradas num

Plano de Contingência, que visem o restabelecimento da situação de liquidez, sempre que se julgue

necessário.

Concentração de risco por data de maturidade

Unidade: milhares de Euros

2010 ATÉ 1MÊS 1-3MESES 3-6 MESES 6-12 MESES 1-5 ANOS > 5 ANOS TOTAL

Passivo 3.896.225 2.444.919 1.829.764 1.384.902 3.034.522 1.841.483 14.431.815

Recursos de Bancos Centrais

e Outras IC‟s

1.486.536 328.228 159.178 362.539 688.999 199.546 3.225.026

Recursos de Clientes e outros

Empréstimos

2.118.331 2.020.211 1.440.726 888.443 1.348.526 23.813 7.840.050

Responsabilidades

representadas por títulos

228 43.659 209.050 109.212 758.434 1.259.438 2.380.021

Passivos subordinados - 5.964 - 553 116.335 145.326 268.178

Outros Passivos 289.800 46.590 17.268 24.063 26.989 298.600 703.310

Provisões 1.330 267 3.542 92 95.239 (85.240) 15.230

Capital e Reservas - - 16 8 50.247 1.228.606 1.278.877

Total 3.896.225 2.444.919 1.829.780 1.384.910 3.084.769 3.070.089 15.710.692

Activo

Crédito sobre IC‟s 421.533 70.118 33.127 19.703 77.137 87.219 708.837

Crédito a clientes 481.983 930.660 1.257.541 1.801.127 3.570.872 4.164.072 12.206.255

Activos Financeiros 27.524 6.196 55.799 217.908 309.169 532.633 1.149.229

Investimentos e activos

tangíveis e intangíveis 1.406 9 - - 102.891 338.414 442.720

Outros Activos 391.130 28.174 5.763 228.790 29.239 520.555 1.203.651

Total 1.323.576 1.035.157 1.352.230 2.267.528 4.089.308 5.642.893 15.710.692

Page 78: BANIF

78

Unidade: milhares de Euros

2009 ATÉ 1MÊS 1-3MESES 3-6 MESES 6-12 MESES 1-5 ANOS > 5 ANOS TOTAL

Passivo 2.181.354 2.053.350 2.151.725 2.086.469 2.808.805 1.980.576 13.262.279

Recursos de Bancos Centrais

e Outras IC‟s

133.729 141.705 498.009 1.120.058 996.953 119.601 3.010.055

Recursos de Clientes e outros

Empréstimos

1.870.538 1.831.824 1.502.857 801.024 728.827 66.404 6.801.474

Responsabilidades

representadas por títulos

5.307 34.844 128.218 72.837 892.717 1.123.012 2.256.935

Passivos subordinados - - - 515 170.328 151.640 322.483

Outros Passivos 171.780 44.977 22.641 92.035 19.980 505.038 856.451

Provisões - - - - - 14.881 14.881

Capital e Reservas - - - - - 1.179.926 1.179.926

Total 2.181.354 2.053.350 2.151.725 2.086.469 2.808.805 3.160.502 14.442.205

Activo

Crédito sobre IC‟s 148.705 95.873 82.153 94.600 58.244 43.196 522.771

Crédito a clientes 692.977 1.152.085 959.279 1.946.804 3.308.679 3.428.040 11.487.864

Activos Financeiros 25.704 10.320 122.876 185.470 134.621 449.181 928.172

Investimentos e activos

tangíveis e intangíveis - - - - 33.246 397.215 430.461

Outros Activos 511.397 32.389 5.507 184.710 46.695 292.239 1.072.937

Total 1.378.783 1.290.667 1.169.815 2.411.584 3.581.485 4.609.871 14.442.205

A análise dos desfasamentos (Gap) verificados entre os prazos de maturidade dos instrumentos

financeiros considerados, permite também verificar concentrações de risco de liquidez nos vários prazos.

Unidade: milhares de Euros

ANÁLISE DE DESFASAMENTOS (“GAP”) DEZ-10 GAP

GAP

ACUMULADO

% GAP / TOTAL

ACTIVO

% GAP

ACUMULADO /

TOTAL ACTIVO

Até 1 mês (2.572.649) (2.572.649) -16,4% -16,4%

1 a 3 meses (1.409.762) (3.982.411) -9,0% -25,3%

3 – 6 meses (477.550) (4.459.961) -3,0% -28,4%

6 – 12 meses 882.618 (3.577.343) 5,6% -22,8%

1 – 5 anos 1.004.539 (2.572.804) 6,4% -16,4%

> 5 anos 2.572.804 - 16,4% -

Unidade: milhares de Euros

ANÁLISE DE DESFASAMENTOS (“GAP”) DEZ-09 GAP

GAP

ACUMULADO

% GAP / TOTAL

ACTIVO

% GAP

ACUMULADO /

TOTAL ACTIVO

Até 1 mês (802.571) (802.571) -5,6% -5,6%

1 a 3 meses (762.683) (1.565.254) -5,3% -10,8%

3 – 6 meses (981.910) (2.547.164) -6,8% -17,6%

6 – 12 meses 325.115 (2.222.049) 2,3% -15,4%

1 – 5 anos 772.680 (1.449.369) 5,4% -10,0%

> 5 anos 1.449.369 - 10,0% -

Em 2010, prosseguiu o projecto para o desenvolvimento de um Modelo de ALM - Asset and Liabillity

Management que visa introduzir melhorias efectivas na actividade de gestão de activos e passivos no

BANIF – GRUPO FINANCEIRO. Este projecto, cuja conclusão se prevê para 2011, permitirá aperfeiçoar as

metodologias que permitem desenvolver a actividade de medição e gestão dos vários riscos de balanço e,

Page 79: BANIF

79

bem assim, alinhar os procedimentos e estrutura organizacional de acordo com as melhores práticas de

mercado.

Refira-se ainda que as situações de crise nos mercados financeiros podem dificultar o acesso do BANIF –

GRUPO FINANCEIRO aos fundos necessários ao financiamento da sua actividade, podendo agravar o seu

custo e gerar escassez de liquidez.

g6) Risco operacional

O risco operacional é o risco de perdas resultantes da inadequação ou deficiência de procedimentos, do

pessoal ou dos sistemas internos ou de acontecimentos externos, incluindo os riscos jurídicos.

No decurso da sua actividade, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO está sujeito a determinados riscos

operacionais, incluindo interrupções no serviço prestado, erros, fraudes de terceiros, incumprimentos ou

atrasos no cumprimento da prestação de serviços e das normas de gestão de riscos. O BANIF – GRUPO

FINANCEIRO monitoriza continuamente estes riscos, nomeadamente através de sistemas administrativos e

de informação sofisticados, bem como através de seguros para cobertura de determinados riscos

operacionais. No entanto, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO poderá não ser capaz de monitorizar e prevenir

com sucesso estes riscos no futuro. Qualquer falha na execução com sucesso das políticas de gestão e

controlo de risco por parte do BANIF – GRUPO FINANCEIRO poderá ter efeitos significativamente

negativos na sua situação financeira e resultados.

Gestão do Risco Operacional

A gestão e monitorização do risco operacional no BANIF – GRUPO FINANCEIRO é desenvolvida por uma

equipa exclusivamente dedicada ao acompanhamento e controlo deste risco. Esta equipa dispõe de meios

de trabalho adequados à gestão do risco operacional, nomeadamente, de uma solução tecnológica para

gestão do risco operacional, ajustada à estrutura do GRUPO e que permite a recolha, tratamento e gestão de

eventos e perdas desta natureza.

O conhecimento e orientação para a detecção de focos de risco e respectiva mitigação está não só no

âmbito da equipa de risco operacional, mas também na acção dos GestoresRO, já existentes e que se

encontram presentes quer nos órgãos centrais quer nos de cariz comercial, através do reporte de eventos

críticos.

As entidades do BANIF – GRUPO FINANCEIRO estão focadas e orientadas para a identificação de focos de

risco e respectiva mitigação, que, sem prejuízo da responsabilização de toda a organização, assentam no

contributo dos GestoresRO, distribuídos pelas diversas direcções das entidades do GRUPO.

Relativamente ao modelo de gestão de risco operacional adoptado pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO, é de

salientar que o Risco Corporativo assume um papel de supervisão, validação e coordenação da

informação recebida das várias entidades, bem como de apoio a todas as necessidades de formação

relevantes, assegurando, deste modo, o desenvolvimento e a disseminação adequada da gestão do risco

operacional no GRUPO.

Considerando a heterogeneidade das entidades que compõem o BANIF – GRUPO FINANCEIRO, bem como

a sua dispersão geográfica, no decurso de 2010 o GRUPO promoveu um trabalho de self-assessment com o

objectivo de aferir sobre o grau de desenvolvimento da gestão do risco operacional nas entidades do

GRUPO e, bem assim, informar-se sobre as normas regulamentares de risco operacional a que cada

entidade está sujeita.

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80

Os resultados deste trabalho permitiram ao órgão de risco corporativo identificar e suprir as principais

necessidades de formação existentes, bem como consolidar informação, uniformizar procedimentos e

actividades indispensáveis à preparação da candidatura, ao Banco de Portugal, à aplicação do método de

abordagem standard.

O registo de eventos de perda operacional, permite reforçar a sensibilidade para os diferentes tipos de

risco e correspondentes acções de mitigação, sendo também um importante instrumento para quantificar a

exposição ao risco e, no futuro, suportar o cálculo das necessidades de capital económico e regulamentar.

O modelo de captação de perdas implementado consiste na identificação de perdas contabilizadas, sendo

analisada toda a documentação que suporta essa contabilização, o que permite o seu registo na ferramenta

informática com uma elevada qualidade de informação. Os registos são todos caracterizados quanto à sua

fonte de risco, sendo quantificados e definidas acções correctivas ou de melhoria de procedimentos com

vista à mitigação do risco que lhe deu origem.

A base de dados do registo de perdas tem vindo a aumentar nas diferentes entidades do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO, estando, neste momento, completamente consolidada ao nível do BANIF.

Os resultados do exercício de captação de perdas, em termos de distribuição de eventos de perda e por

categorias de risco, apresentam, em 2010, as seguintes representatividades:

Plano de continuidade de negócio (PCN)

Considerando a dispersão geográfica do BANIF – GRUPO FINANCEIRO e o elevado número de actividades

e áreas de negócio, o Conselho de Administração da BANIF SGPS, aprovou, em 2010, um framework cujo

objectivo visou garantir a coerência e uniformidade de procedimentos na abordagem à crise e ao desastre,

promovendo a adopção de uma política de continuidade consistente com os níveis de resiliência

legalmente recomendados e com as melhores práticas nesta área.

Assim, independentemente do esforço continuado que cada entidade do GRUPO tem vindo a desenvolver

neste sentido, o framework e a sua implementação ou adequação global permitirá uma resposta eficaz e

coerente, em caso de desastre, aos seus requisitos de negócio e aos requisitos das entidades de supervisão,

nacionais e internacionais. Ainda neste âmbito, o Conselho de Administração da BANIF SGPS, aprovou a

formação de uma equipa, de âmbito corporativo, para o apoio e coordenação de todo o projecto, ao nível

do GRUPO.

g7) Risco de implementação das políticas de gestão de riscos

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO está exposto a diversos riscos, nomeadamente, risco de mercado, risco de

crédito, risco de liquidez, risco operacional, entre outros. Embora tenham sido implementadas

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metodologias criteriosas de gestão de riscos para cada um dos riscos a que o BANIF – GRUPO FINANCEIRO

está exposto, perante a ocorrência de cenários excepcionalmente adversos, as políticas e procedimentos

que utiliza para identificar, monitorizar e gerir esses riscos poderão não se revelar totalmente eficazes. Os

sistemas de gestão de risco do BANIF – GRUPO FINANCEIRO assentam numa combinação de controlos

humanos e técnicos, que estão sujeitos ao erro.

h) Riscos tecnológicos

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO e as suas actividades estão crescentemente dependentes de sistemas de

tecnologias de informação (“TI”) bastante sofisticados, os quais necessitam de actualizações regulares

para responder às alterações da actividade e aos crescentes requisitos regulamentares, bem como para

acompanhar o ritmo de crescimento das actuais operações desenvolvidas pelo BANIF – GRUPO

FINANCEIRO. O BANIF – GRUPO FINANCEIRO poderá não ser capaz de implementar as necessárias

actualizações em tempo útil e tais actualizações podem não funcionar conforme planeado. Além dos

custos que possam vir a ser incorridos como resultado da eventual falha dos seus sistemas de TI, o BANIF

– GRUPO FINANCEIRO poderá ficar sujeito a coimas das entidades reguladoras da actividade bancária se

os seus sistemas de TI não lhe permitirem cumprir com os regulamentos bancários ou de reporte.

Consequentemente, qualquer interrupção importante nos seus actuais sistemas de TI poderá ter um efeito

significativamente negativo na actividade, resultados e situação financeira do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO.

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO tem vindo ao longo dos últimos anos a desenvolver um conjunto de

acções que visam a obtenção de um sistema de informação de risco completo e tempestivo, suportado por

tecnologias de informação específicas para a gestão dos diversos riscos das actividades desenvolvidas.

i) Risco de compliance

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO actua num sector fortemente regulado e está sujeito a reclamações por

não cumprimento e a que contra este sejam propostas acções judiciais por entidades públicas, autoridades

reguladoras e terceiros.

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO encontra-se exposto à ocorrência de impactos negativos nos resultados ou

no capital, decorrentes de violações ou não conformidade relativamente a leis, regulamentos,

determinações específicas, contratos, regras de conduta e de relacionamento com clientes, práticas

instituídas ou princípios éticos, que se materializem em sanções de carácter legal, na limitação das

oportunidades de negócio, na redução do potencial de expansão ou na impossibilidade de exigir o

cumprimento de obrigações contratuais.

No que concerne ao compliance corporativo, no início de 2010, o Conselho de Administração da BANIF

SGPS aprovou o Plano de Acção do Compliance Corporativo para 2010, o qual dá continuidade ao

tratamento dos temas identificados na matriz de compliance como relevantes, no contexto das actividades

desenvolvidas pelo GRUPO.

Em 2010, foi implementado o reporte funcional regular ao Compliance Corporativo por parte das

Unidades de Compliance das várias entidades do GRUPO. Este reporte é efectuado trimestralmente e

suporta-se num modelo conciso e capaz de, a um tempo, veicular ao órgão corporativo a informação

necessária ao exercício das suas funções de coordenação e de reporte ao órgão de administração do

GRUPO.

A implementação do reporte funcional, acima referido, contribuiu também de forma sensível para uma

maior articulação entre o Compliance Corporativo e as várias Unidades de Compliance do BANIF –

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GRUPO FINANCEIRO, bem como para uma interacção que se concretiza na troca de informação relevante e

no apoio prestado às Unidades de Compliance, versando pedidos de esclarecimento e questões de

compliance eminentemente práticas. Em sentido idêntico, importa sublinhar igualmente o trabalho

desenvolvido com referência à sistematização de contributos e análise crítica de conteúdos no contexto da

elaboração dos relatórios de controlo interno individuais das diversas entidades do GRUPO.

No âmbito do Programa de Compliance Corporativo, prosseguiram os trabalhos relativos à sua 2ª Fase,

que contempla a definição e o desenvolvimento de políticas e procedimentos de alto nível, relativamente

aos temas de compliance considerados prioritários.

Neste contexto e em convergência com as linhas de actuação e prioridades definidas, o Compliance

Corporativo desenvolveu várias iniciativas, nos domínios da Prevenção do Branqueamento de Capitais e

das Sanções Internacionais, nomeadamente, (i) no projecto de partilha dos processos de due diligence

para potenciais clientes do BANIF BANK (MALTA), que já sejam clientes do BANIF, e seu eventual

alargamento a outras entidades do GRUPO, (ii) na definição dos processos de due diligence no

estabelecimento e manutenção de relações com entidades financeiras, nomeadamente no que respeita a

relações com bancos correspondentes e de procedimentos de abertura de contas a este tipo de

contrapartes, (iii) na obtenção e negociação de propostas para a informatização dos processos de

monitorização do cumprimento das sanções internacionais, com a respectiva cotação dos serviços de

implementação e manutenção de sistemas para o BCN e para o BANIF BANK (MALTA).

Deu-se igualmente início à 3ª Fase do Programa, correspondente à implementação das mencionadas

políticas e procedimentos, com a Estruturação da Função de Prevenção do Branqueamento de Capitais e

do Financiamento do Terrorismo (PBC-FT) no GRUPO e os respectivos processos internos de

comunicação e divulgação.

Este trabalho aponta as grandes linhas de organização a que deve obedecer esta função e identifica quais

os enquadramentos legais e regulamentares que deverão balizar as actividades de PBC-FT nas diversas

entidades do BANIF – GRUPO FINANCEIRO. Na sua elaboração prevaleceu o princípio da adequação das

práticas de cada entidade do GRUPO em matéria de PBC-FT ao enquadramento da jurisdição da casa-mãe

(quadro normativo e regulamentar português - 3ª Directiva UE sobre PBC-FT) sempre sem prejuízo das

exigências e especificidades locais das demais jurisdições onde o GRUPO opera.

No plano do acompanhamento das medidas legislativas e regulamentares dirigidas ao sector financeiro,

destacam-se as relativas à matéria das políticas de remuneração, onde intervieram os três reguladores

nacionais, com o Regulamento CMVM n.º 1/2010 Governo das Sociedades Cotadas; o Código de

Governo das Sociedades da CMVM 2010 (Recomendações); o Aviso do BdP n.º 1/2010 Divulgação de

informação relativa à política de remuneração; a Carta-Circular do BdP n.º 2/2010/DSB Recomendações

sobre políticas de remuneração; a Norma Regulamentar do ISP n.º 5/2010-R- Divulgação de informação

relativa à política de remuneração das empresas de seguros ou de resseguros e sociedades gestoras de

fundos de pensões e a Circular do ISP n.º 6/2010 Política de remuneração das empresas de seguros ou de

resseguros e sociedades gestoras de fundos de pensões.

O Compliance Corporativo tem vindo igualmente a acompanhar o processo de implementação dos

mecanismos de registo e de comunicação ao Banco de Portugal das operações de transferência que

tenham como beneficiário as entidades sediadas em jurisdição offshore (Instr. BdP n.º 17/2010) junto das

entidades do GRUPO envolvidas nesta matéria e a assegurar a elaboração dos competentes pontos de

situação ao Conselho de Administração da BANIF SGPS, e ao Banco de Portugal.

Em 2010 procedeu-se ainda à actualização da estruturação da Função de Compliance no GRUPO,

decorrente das alterações verificadas por força da integração da então designada Tecnicrédito SGPS, S.A.,

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83

da dinâmica do GRUPO e dos seus sistemas de controlo interno e ainda de exigências regulamentares que

se prendem com a definição das competências do órgão de administração relativamente ao ambiente de

controlo interno.

Ao nível do BANIF, a respectiva Direcção de Compliance (“DCO”) prosseguiu, no exercício de 2010, as

suas actividades em linha com o plano de acção e prioridades estabelecidas no Programa de Compliance

2010/2011 do Banco, documento aprovado pela Comissão Executiva e pelo Comité de Compliance no

início do ano, onde se definem as prioridades em matérias de compliance e se estabelecem os referenciais

de actuação da função.

De salientar que os procedimentos adoptados poderão não se revelar suficientes ou eficazes na mitigação

do risco de compliance.

j) Actividades de mercados sobre a carteira própria

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO realiza diversas actividades nos mercados financeiros sobre a sua carteira

própria, incluindo a contratação de instrumentos derivados de taxa de juro, crédito, acções e câmbios,

bem como compra e venda de obrigações e acções emitidas no mercado doméstico e internacional e a

execução de transacções nos mercados primário e secundário de dívida pública. Embora o envolvimento

do BANIF – GRUPO FINANCEIRO nestas actividades seja limitado, as operações sobre a carteira própria

envolvem um certo grau de risco. Os resultados futuros das actividades sobre a carteira própria

dependerão em parte das condições do mercado, podendo o BANIF – GRUPO FINANCEIRO incorrer em

perdas significativas as quais poderão afectar negativamente a sua situação financeira e resultados.

k) Evolução dos mercados bancários onde opera

A estratégia do BANIF – GRUPO FINANCEIRO baseia-se na sua capacidade para identificar novas áreas de

negócio e lançar produtos inovadores destinados a cada segmento de clientes e na penetração em

mercados geográficos promissores.

A capacidade do BANIF – GRUPO FINANCEIRO para crescer dependerá, em larga medida, do crescimento

geral continuado do sector bancário nos países em que opera, o qual poderá abrandar por diversos

motivos, nomeadamente macroeconómicos.

l) Riscos subjacentes ao negócio internacional do BANIF – GRUPO FINANCEIRO

Nos últimos anos, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO tem vindo a prosseguir a sua estratégia de

internacionalização, não sendo possível garantir antecipadamente o sucesso do GRUPO nos mercados

internacionais onde opera.

As operações internacionais do BANIF – GRUPO FINANCEIRO estão expostas aos riscos decorrentes de

eventuais desenvolvimentos adversos a nível político, governamental ou económico nos países onde

desenvolve actividade. Estes factores podem ter um efeito negativo na situação financeira e resultados do

BANIF – GRUPO FINANCEIRO. Importa ainda salientar que além do facto da actividade nestes países se

encontrar fortemente sujeita à evolução económica em cada um destes países, encontra-se igualmente

condicionada face à legislação, regulamentação local e concorrência local. Além disso, as operações

internacionais do BANIF – GRUPO FINANCEIRO fora da zona Euro expõem-no ao risco cambial, directa e

indirectamente. Uma variação face ao Euro do valor das divisas em que as subsidiárias internacionais do

BANIF – GRUPO FINANCEIRO auferem os seus rendimentos, poderá ter um efeito negativo na sua situação

financeira e resultados.

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m) Riscos de regulamentação

A EMITENTE detém, directa ou indirectamente, participações que lhe conferem a maioria dos direitos de

voto em mais do que uma instituição de crédito e sociedade financeira. Deste modo, a EMITENTE

encontra-se sujeita à supervisão do Banco de Portugal nos termos do artigo 117º do RGICSF,

encontrando-se sujeita a eventuais alterações regulamentares dele emanadas. Ademais, a EMITENTE é uma

sociedade aberta com valores admitidos à negociação encontrando-se igualmente sujeita à supervisão por

parte da CMVM.

As actividades bancárias desenvolvidas por sociedades integradas no BANIF – GRUPO FINANCEIRO são

objecto de regulamentação por parte do Banco Central Europeu e do Banco de Portugal, sobretudo no que

concerne a níveis de liquidez, solvabilidade e da constituição de provisões, pelo que eventuais alterações

no enquadramento regulamentar estabelecido por estas entidades são susceptíveis de afectar a actividade

do GRUPO. Seguem-se exemplos particulares de actividades do BANIF – GRUPO FINANCEIRO que poderão

ser afectadas por alterações da regulamentação:

a. Actualmente, as reservas mínimas de caixa aplicáveis aos bancos portugueses estão fixadas em 2%

do montante dos passivos elegíveis. A fixação de uma percentagem superior para as reservas

mínimas de caixa ou uma descida da taxa de juro aplicável à remuneração de tais reservas terá um

impacto negativo nos resultados do BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

b. Como consequência da recente crise financeira e da actuação conjunta dos bancos centrais e dos

governos para recapitalizar as instituições financeiras europeias, conceder garantias ao sector

financeiro e criar condições aos bancos para retomarem o mercado de financiamento, e da

intervenção do Estado Português no Banco Português de Negócios, S.A., o Banco de Portugal emitiu

em Abril de 2011 um normativo, o Aviso n.º 1/2011, para os bancos portugueses atingirem um rácio

de capital Core Tier I de, pelo menos, 8% até Dezembro de 2011. A este propósito, importa referir

que a BANIF SGPS, é uma sociedade holding sujeita à supervisão do Banco de Portugal, nos termos

do n.º 1 do art.º 117.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras,

encontrando-se integrada, para efeitos de supervisão por aquela entidade, no BANIF – GRUPO

FINANCEIRO / RENTIPAR FINANCEIRA. Neste contexto, e em obediência ao disposto,

designadamente, no Aviso 5/2008 do Banco de Portugal, o reporte de rácios e de fundos próprios tem

sido assegurado ao nível da empresa-mãe do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, ou seja, da RENTIPAR

FINANCEIRA. Atendendo ao exposto, a 31 de Dezembro de 2010, o rácio de solvabilidade total, Core

Tier I, Tier I e Tier 2 da RENTIPAR FINANCEIRA era de 9,41%, 6,62%, 7,76%, e 1,79%,

respectivamente, calculado nos termos regulamentares do Banco de Portugal e de 10,60%, 7,66%,

8,80%, e 1,79%, respectivamente, calculado de acordo com as Core Criteria de Basileia. A 31 de

Março de 2011, o rácio de solvabilidade total, Core Tier I, Tier 1 e Tier 2 da RENTIPAR FINANCEIRA

era de 10,95%, 8,25%, 9,14%, e 1,80%, respectivamente, calculado estritamente de acordo com as

Core Criteria de Basileia.

A 31 de Dezembro de 2010, o rácio de solvabilidade total, Core Tier I, Tier 1 e Tier 2 da BANIF SGPS

era de 9,24%, 6,60%, 7,75% e 1,64%, respectivamente, calculado nos termos regulamentares do

Banco de Portugal e de 10,07%, 7,33%, 8,47% e 1,59%, respectivamente, calculado de acordo com

as Core Criteria de Basileia. A 31 de Março de 2011, o rácio de solvabilidade total, Core Tier I, Tier

1 e Tier 2 da BANIF SGPS era de 10,35%, 8,09%, 8,74% e 1,60%, respectivamente, calculado

estritamente de acordo com as Core Criteria de Basileia.

Posteriormente, em cumprimento do MoU e do MEFP (cfr. referido supra) o Banco de Portugal

aprovou e fez publicar, em 17 de Maio de 2011, o Aviso n.º 3/2011 que determina o cumprimento de

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um rácio Core Tier I mínimo de 9 %, até 31 de Dezembro de 2011, e de 10 %, até 31 de Dezembro

de 2012, pelos grupos bancários sujeitos à supervisão em base consolidada pelo Banco de Portugal e

pelas instituições, não incluídas em tais grupos, que tenham sede em Portugal e estejam habilitadas a

captar depósitos.

Conforme referido, no MoU e no MEFP prevê-se ainda que se necessário o Banco de Portugal

poderá exigir que alguns bancos, com base nos seus perfis de risco específico, atinjam estes níveis

elevados de capital de forma mais rápida, tendo em consideração as indicações do quadro de

avaliação de solvabilidade. Os bancos tiveram de apresentar até ao fim de Junho de 2011 os seus

planos de financiamento de médio prazo.

O aumento da supervisão pelo Banco de Portugal também em resultado do MoU e do MEFP,

acordados com o FMI, a CE e o BCE, poderá aumentar os custos e potencialmente forçar a

RENTIPAR FINANCEIRA e/ou o BANIF – GRUPO FINANCEIRO a alienar alguns dos seus activos em

condição sub-óptima. Como consequência, a RENTIPAR FINANCEIRA e/ou o BANIF – GRUPO

FINANCEIRO poderão ser confrontados com a necessidade de aumentar adicionalmente a sua base de

capital ou de restringir a sua política de distribuição de resultados.

Adicionalmente, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO poderá ser sujeito a condicionantes adicionais sobre

a sua gestão de activos e passivos e poderá ser afectado pelo desencadear de mecanismos públicos de

recapitalização (que estão sujeitos a condições) especificamente contidos no MoU e no MEFP.

Os requisitos de adequação de fundos próprios aplicáveis ao BANIF – GRUPO FINANCEIRO poderão

limitar a sua capacidade de conceder crédito aos clientes e pode eventualmente vir a ser necessário

no futuro realizar emissões de capital ou de dívida subordinada, as quais constituem formas

dispendiosas de captação de fundos.

c. O Banco de Portugal estabeleceu critérios de provisionamento mínimo relativamente aos créditos

concedidos, créditos em incumprimento, crédito vencido, imparidade para títulos e participações,

risco soberano e outras contingências. Consequentemente, qualquer alteração destes critérios poderá

ter um efeito materialmente negativo nos resultados do BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

d. Em 12 de Setembro de 2010 foi anunciado pelo Comité de Basileia sobre Supervisão Bancária um

novo acordo sobre capital, conhecido como Basileia III, que revê a maior parte dos requisitos

mínimos de capital e de liquidez. O acordo obtido tem requisitos de capital mais exigentes que serão

aplicados ao longo de um período de transição para atenuar o impacto no sistema financeiro

internacional. Os requisitos mínimos de capital para Core Tier I capital (que não inclui capital

híbrido) aumentarão gradualmente de 2% dos risk-weighted assets para 7% dos risk-weighted assets

em 2019. O rácio de solvabilidade total aumentará de 8% para 10,5% entre 2016 e 2019.

Alterações adicionais incluem: i) um aumento progressivo do rácio de common equity de 2% para

4,5% em 2015; ii) um aumento progressivo no rácio de Tier 1 de 4% para 6% em 2015; iii) um

requisito adicional de rácio de conservação de capital de 2,5% sobre a common equity, com

implementação faseada de 2016 a 2019 e aplicação de restrições na capacidade de os bancos de

pagarem dividendos ou fazerem outros pagamentos, a definir, se o capital for inferior ao rácio de

common equity e de conservação do capital; iv) um buffer de capital anti-cíclico, que será entre 0% e

2,5% dos risk-weighted assets, com característica de absorção de perdas, em função da fase do ciclo

de crédito de acordo com a sua aplicação pelas autoridades de supervisão nacionais; v) o rácio de

alavancagem será testado num rácio não ajustado do risco de 3%. Adicionalmente, o regime Basileia

III também contém requisitos mais estritos relativos à qualidade do capital que pode ser considerado

Core Tier I capital e para o cálculo de risk-weighted assets.

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A implementação plena de Basileia III é apenas esperada para o final de 2019. Espera-se que os

principais impactos previstos de Basileia III nos rácios consolidados de capital se relacionem com

activos fiscais diferidos, défice do valor de imparidades para perdas esperadas, corredor do Fundo de

Pensões, participações minoritárias em subsidiárias consolidadas, participações significativas em

instituição financeiras não consolidadas e no aumento dos requisitos de capital para riscos de

mercado e de contraparte.

Em 13 de Janeiro de 2011 o Comité de Basileia emitiu “Requisitos mínimos para assegurar a

absorção de perdas em situação de não viabilidade”, que sugere algumas regras específicas para

bancos internacionalmente activos. As regras exigem que todos os instrumentos adicionais de Tier I

emitidos por bancos internacionalmente activos tenham de incluir, com sujeição a certas excepções,

uma disposição nos seus termos e condições que requeira que os mesmos sejam writen-off quando

ocorram determinadas circunstâncias. Se estas regras forem implementadas em Portugal, o Banco

ficará sujeito às mesmas. Se a proposta for implementada na sua actual redacção, tal poderá afectar o

preço dos instrumentos adicionais de Tier I e Tier II que o BANIF – GRUPO FINANCEIRO emita no

futuro. Subsiste alguma incerteza quanto aos requisitos finais e implementação de Basileia III. Se

estas medidas fossem implementadas como actualmente propostas, seria de esperar que tivessem um

impacto significativo no capital e na gestão de activos e responsabilidades do GRUPO. Por seu turno,

tal poderia vir a ter um efeito adverso nos resultados, condição financeira e perspectivas do GRUPO.

Refira-se igualmente que a actividade bancária desenvolvida pelas filiais internacionais do BANIF –

GRUPO FINANCEIRO poderá ser igualmente afectada de forma adversa por alterações da regulamentação

dos países onde desenvolvem a sua actividade, encontrando-se sujeita às entidades reguladoras com

jurisdição em cada local onde opera. Por outro lado, a actividade bancária desenvolvida pelo BANIF –

GRUPO FINANCEIRO poderá ainda ser afectada por desenvolvimentos políticos que ocorram em Portugal,

na União Europeia ou nos países onde este se encontre presente.

Estas alterações regulamentares e desenvolvimentos políticos não são controláveis pelo BANIF – GRUPO

FINANCEIRO e poderão ter um efeito negativo na sua situação financeira e resultados.

n) Riscos associados à desvalorização dos activos que integram os Fundos de Pensões

No BANIF – GRUPO FINANCEIRO estão estabelecidos planos de benefício definido, cujas responsabilidades

se encontram cobertas por fundos de pensões.

O valor dos activos que integram o património dos fundos de pensões do BANIF – GRUPO FINANCEIRO

encontra-se dependente da evolução futura dos mercados de capitais e imobiliário.

No futuro, uma quebra acentuada dos mercados de capitais e/ou imobiliário poderá implicar a ocorrência

de desvalorizações no valor dos activos do património desses fundos e, consequentemente, a redução da

cobertura das responsabilidades, o que poderá obrigar o BANIF – GRUPO FINANCEIRO a ter que efectuar

contribuições extraordinárias para reforço do património dos fundos de pensões, repercutindo-se de forma

negativa na sua situação financeira e resultados.

o) Possibilidade de ser alvo de oferta de aquisição não solicitada

Num contexto de consolidação do sector bancário na Europa, a EMITENTE poderá ser objecto de oferta de

aquisição não solicitada. Após a concretização de uma eventual oferta de aquisição não solicitada,

poderão ocorrer alterações na actual estratégia implementada, nos principais negócios, nas operações e

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nos recursos, as quais poderão ter um impacto relevante adverso na actividade, situação financeira e

resultados do BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

p) Participação em operações de concentração, parceria ou alienação de activos

Apesar de o plano estratégico do BANIF – GRUPO FINANCEIRO não contemplar eventuais operações de

concentração ou alienações de activos adicionais, não se poderá garantir que este não possa vir a

participar em operações de concentração ou alienações de activos, em Portugal ou em outros países, caso

existam oportunidades de criação de valor por essas vias. Na eventualidade de o BANIF – GRUPO

FINANCEIRO vir a participar em tais operações, poderão ocorrer alterações na actual estratégia, na

organização e estrutura do GRUPO, nos negócios desenvolvidos, nos recursos, na situação financeira e

resultados. Adicionalmente, o GRUPO poderá não ser capaz de extrair o potencial de sinergias, de custos

e/ou proveitos, associados a uma eventual operação de concentração. O GRUPO poderá ainda ter que

suportar custos adicionais resultantes do processo de reestruturação necessário a uma eventual operação

de concentração ou alienação, nomeadamente ao nível de custos com o pessoal. Futuras operações de

fusão, alienação ou aquisição poderão resultar em perdas inesperadas devido a responsabilidades não

previstas, podendo afectar significativa e negativamente a actividade, situação financeira e resultados do

GRUPO.

q) Controlo do principal accionista

São imputáveis à Herança Indivisa do Senhor Comendador Horário da Silva Roque 59,745% dos direitos

de voto na EMITENTE (data de referência: 31 de Dezembro de 2010).

A Herança Indivisa do Senhor Comendador Horário da Silva Roque é, nos termos legais, um património

autónomo administrado pela cabeça-de-casal, Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal

Fabbro, enquanto filha do Sr. Comendador Horácio da Silva Roque, nos termos e com os limites

legalmente estabelecidos.

Não obstante a representatividade da Herança Indivisa do Senhor Comendador Horácio da Silva Roque, a

mesma não exerce controlo sobre a EMITENTE susceptível de condicionar a independência da EMITENTE.

Visando assegurar a independência entre os accionistas e a EMITENTE e procurar garantir que o eventual

controlo daqueles sobre esta última não seja exercido de forma abusiva, encontram-se estabelecidas

medidas fundamentais tais como a total transparência nas relações mútuas e o estrito cumprimento das

normas legais e regulamentares, nomeadamente as relativas a operações com partes relacionadas e

salvaguarda de conflitos de interesses.

r) Outros riscos

Adicionalmente, podem existir alguns riscos desconhecidos e outros que, apesar de actualmente não

serem considerados relevantes, poderão vir a tornar-se relevantes no futuro. Todos estes factores poderão

vir a afectar de forma adversa a evolução dos negócios, os proveitos, os resultados, o património ou a

liquidez da EMITENTE e/ou do BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

Muitos destes eventos não dependem da vontade da EMITENTE, a qual poderá não conseguir impedir,

controlar ou tomar antecipadamente as medidas necessárias para evitar o impacto da sua ocorrência.

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CAPÍTULO III – RESPONSÁVEIS PELA INFORMAÇÃO

A forma e o conteúdo do presente prospecto obedecem ao preceituado no Código dos Valores

Mobiliários, ao disposto no Regulamento (CE) n.º 809/2004 da Comissão, de 29 de Abril, objecto da

rectificação publicada no Jornal Oficial n.º L 215, de 16 de Junho de 2004, tal como alterado pelo

Regulamento (CE) n.º 1787/2006 da Comissão, de 4 de Dezembro, publicado no Jornal Oficial n.º L 337,

de 5 de Dezembro de 2006, e pelo Regulamento (CE) n.º 211/2007 da Comissão, de 27 de Fevereiro,

publicado no Jornal Oficial n.º L 61, de 28 de Fevereiro de 2007, e demais legislação aplicável.

De acordo com o disposto nos artigos 149º e 243º do Código dos Valores Mobiliários, são responsáveis

pelo conteúdo da informação contida no Prospecto:

(a) A EMITENTE

Banif - SGPS, S.A., sociedade aberta, com sede social na Rua de João Tavira, n.º 30, Funchal, registada

na Conservatória do Registo Comercial do Funchal sob o n.º único de matrícula e pessoa colectiva 511

029 730, com o capital social integralmente subscrito e realizado de € 570.000.000 (quinhentos e setenta

milhões de Euros).

(b) Os Membros do Conselho de Administração da EMITENTE

Presidente: Dr. Joaquim Filipe Marques dos Santos

Vice-Presidente: Dr. Carlos David Duarte de Almeida

Vogais Efectivos: Dr. António Manuel Rocha Moreira

Dr. Artur Manuel da Silva Fernandes

Dr. José Marques de Almeida

Eng.º Diogo António Rodrigues da Silveira

Dr. Nuno José Roquette Teixeira 5

Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal Fabbro 6

Dr. Vitor Manuel Farinha Nunes 6

Vogal Suplente: Dr. Fernando José Inverno da Piedade

(c) Os Membros do Conselho Fiscal da EMITENTE

Presidente: Prof. Doutor Fernando Mário Teixeira de Almeida

Vogais Efectivos: Dr. António Ernesto Neto da Silva

Dr. José Lino Tranquada Gomes

5 O administrador, Dr. Nuno José Roquette Teixeira foi cooptado, ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 3 do artigo 393º do Código das Sociedades Comerciais,

para membro do Conselho de Administração, em reunião deste órgão de 30 de Junho de 2010. No entanto, em conformidade com o disposto no n.º 3 do artigo 69º do

Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, apenas iniciou funções em 27 de Julho de 2010, após a conclusão do processo de registo junto do

Banco de Portugal.

6 Através de proposta dos accionistas RENTIPAR FINANCEIRA e AUTO INDUSTRIAL SGPS, os administradores, Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal

Fabbro e o Dr. Vitor Manuel Farinha Nunes foram eleitos em reunião de Assembleia Geral de Accionistas em 15 de Abril de 2011 para exercício de funções no

Conselho de Administração da EMITENTE até ao final do mandato em curso (2009-2011), com os demais membros desse órgão, anteriormente designados.

Page 89: BANIF

89

Vogal Suplente: Dr. José Pedro Lopes Trindade

(d) O Auditor e o Revisor Oficial de Contas responsável pela certificação legal e pelo relatório de

auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas da EMITENTE relativas

aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2010

Ernst & Young Audit & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., com sede

estatutária no Edifício da República, Avenida da República, 90 – 6.º, em Lisboa, membro da Ordem dos

Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 178, inscrita na CMVM com o n.º 9.011, designada, em reunião de

Assembleia Geral anual de Accionistas da Sociedade realizada em 15 de Abril de 2011, para exercer as

funções de Revisor Oficial de Contas pelo período de um ano, até à data de realização da próxima

Assembleia Geral anual.

O representante da Ernst & Young Audit & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas,

S.A. no âmbito da certificação legal das demonstrações financeiras individuais e consolidadas da

EMITENTE relativas aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2010 foi o Dr. João Carlos

Miguel Alves, com domicílio profissional na morada referida no parágrafo supra e inscrito na Ordem dos

Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 896.

(e) O Intermediário Financeiro responsável pela prestação dos serviços de assistência à Oferta,

com excepção do apuramento dos resultados

Banif - Banco de Investimento, S.A., com sede na Rua Tierno Galvan, Torre 3, 14º piso, em Lisboa,

registado na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o n.º único de matrícula e pessoa

colectiva 502 261 722, com o capital social integralmente subscrito e realizado de € 55.000.000

(cinquenta e cinco milhões de Euros), na qualidade de intermediário financeiro e responsável pela

prestação dos serviços de assistência à presente Oferta, com excepção do apuramento dos resultados da

mesma.

(f) A sociedade de advogados encarregada da revisão da componente jurídica e fiscal do

prospecto

Cuatrecasas, Gonçalves Pereira & Associados, R.L., Sociedade de Advogados de Responsabilidade

Limitada com sede na Praça Marquês de Pombal, n.º 1, 8º Piso, em Lisboa, inscrita na Ordem dos

Advogados sob o nº.1/89, sob o n.º único de matrícula e pessoa colectiva 502 101 210, na qualidade de

sociedade de advogados, responsável pela elaboração, revisão e verificação da componente jurídica e

fiscal do prospecto.

Os responsáveis pela informação aqui contida nos termos dos artigos 149º e 243º do Código dos Valores

Mobiliários, declaram que, após terem efectuado todas as diligências razoáveis para se certificarem de

que tal é o caso, e tanto quanto é do seu conhecimento, a informação constante das partes do Prospecto

pelas quais são responsáveis está em conformidade com os factos, não existindo omissões susceptíveis de

afectar de forma relevante o seu alcance.

As responsabilidades da EMITENTE e das entidades acima referidas encontra-se sujeita às seguintes

regras:

Nos termos do n.º 3 do artigo 149º do Código dos Valores Mobiliários, a responsabilidade das entidades

acima referidas é excluída se alguma delas provar que o destinatário tinha ou deveria ter conhecimento da

Page 90: BANIF

90

deficiência do conteúdo do prospecto à data da emissão da sua declaração de aceitação da Oferta, ou em

momento posterior, contanto que a revogação da aceitação ainda fosse possível.

Adicionalmente, e em conformidade com o previsto no n.º 4 do mesmo artigo, a responsabilidade é ainda

excluída se eventuais danos resultarem apenas do sumário do prospecto ou de qualquer das suas

traduções, salvo se o mesmo contiver menções enganosas, inexactas ou incoerentes quando lido em

conjunto com os outros documentos que compõem o prospecto.

Por força do previsto na alínea (b) do artigo 150º do Código dos Valores Mobiliários, a BANIF SGPS, na

qualidade de EMITENTE, responde independentemente de culpa, pelos danos causados pela

desconformidade entre o conteúdo deste prospecto e o estipulado nas disposições legais aplicáveis, em

caso de responsabilidade dos membros do seu órgão de administração ou das entidades que sejam

nomeadas como responsáveis por informação contida no prospecto.

Relativamente à Oferta, nos termos do artigo 153º do Código dos Valores Mobiliários, o direito à

indemnização deve ser exercido no prazo de 6 (seis) meses após o conhecimento da deficiência do

conteúdo do prospecto, e cessa, em qualquer caso, decorridos 2 (dois) anos a contar da data da divulgação

do resultado da Oferta.

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CAPÍTULO IV – INFORMAÇÃO RELATIVA AOS VALORES MOBILIÁRIOS OBJECTO

DA OFERTA

4.1. Tipo e categoria das Obrigações objecto da Oferta

A Oferta tem por objecto até 75.000 (setenta e cinco mil) Obrigações, a emitir pela BANIF SGPS, com o

valor nominal unitário de € 1.000 (mil Euros), perfazendo um montante máximo de € 75.000.000 Euros

(setenta e cinco milhões de Euros).

As Obrigações são ordinárias, escriturais, ao portador, sendo remuneradas a uma taxa fixa, paga

semestralmente e reembolsadas em 9 de Agosto de 2013.

O preço de subscrição de cada Obrigação é de € 1.000 (mil Euros), devendo ser integralmente pago na

data de liquidação.

As ordens de subscrição devem ser apresentadas pelos investidores com respeito por um montante de

investimento mínimo de 10 (dez) Obrigações, correspondente a € 10.000 (dez mil Euros).

O máximo de Obrigações que pode ser subscrito por cada investidor está limitado à quantidade de

Obrigações oferecidas à subscrição.

No momento em que se procede à entrega da ordem de subscrição, cada subscritor deverá provisionar a

sua conta junto do intermediário financeiro a quem entregar a ordem de subscrição.

Os subscritores suportarão ainda quaisquer encargos eventualmente cobrados pelo intermediário

financeiro onde sejam entregues as ordens de subscrição, nomeadamente comissões bancárias, as quais

serão integralmente pagas a contado, no momento da liquidação financeira da Oferta, sem prejuízo de o

intermediário financeiro poder exigir o respectivo provisionamento no momento da entrega da ordem de

subscrição.

Dado que as Obrigações são representadas exclusivamente sob a forma escritural, podem existir custos de

manutenção das contas onde estarão registadas.

Podem ser efectuadas novas emissões de obrigações fungíveis com as Obrigações emitidas até ao limite

máximo de 75.000.000 Euros (setenta e cinco milhões de Euros), perfazendo um montante global,

juntamente com o das Obrigações, de até 150.000.000 Euros (cento e cinquenta milhões de Euros), desde

que cumulativamente se verifiquem os seguintes pressupostos: (i) o conteúdo das obrigações a emitir seja

idêntico ao das Obrigações já emitidas e (ii) já se encontre integralmente subscrita e realizada a emissão

anterior.

O código ISIN atribuído é PTBNFPOE0008.

O agente de cálculo para as Obrigações será o BANIF.

4.2. Legislação ao abrigo da qual as Obrigações serão emitidas

As Obrigações serão emitidas de acordo com o art.º 9º dos estatutos da EMITENTE e com os artigos 348º e

seguintes do Código das Sociedades Comerciais.

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O Empréstimo Obrigacionista e a respectiva Oferta são regidas pelo Direito português. Para dirimir

qualquer questão emergente da presente emissão de Obrigações e da Oferta é competente o foro do

Tribunal da Comarca de Lisboa com renúncia expressa a qualquer outro.

4.3. Forma de representação das Obrigações

As Obrigações serão escriturais e ao portador, sendo exclusivamente materializadas pela sua inscrição em

contas abertas em nome dos respectivos titulares, de acordo com as disposições legais em vigor, pelo que

não haverá atribuição de títulos.

A entidade responsável pelo serviço de registo centralizado é a Interbolsa. Relativamente a cada titular, as

Obrigações serão inscritas nas respectivas contas junto dos intermediários financeiros contratados para o

efeito por cada subscritor.

4.4. Moeda em que as Obrigações serão emitidas

As Obrigações serão emitidas em Euros.

4.5. Garantias e subordinação do Empréstimo Obrigacionista

As Obrigações são valores mobiliários que incorporam o direito ao reembolso do capital investido (pelo

que não existe risco de perda do capital investido associado às Obrigações) na Data de Maturidade (ou

nas datas de reembolso previstas para o exercício da call option). No caso de o Investidor alienar as

Obrigações antes da Data de Maturidade, o preço líquido realizado na venda pode ser superior, igual ou

inferior ao valor de subscrição. Neste último caso, o Investidor registará uma perda do capital

inicialmente investido.

O reembolso das Obrigações não beneficia de garantias especiais, respondendo as receitas e o património

da EMITENTE pela dívida emergente do Empréstimo Obrigacionista nos termos da lei.

As Obrigações constituem uma responsabilidade directa, incondicional e geral da EMITENTE.

As Obrigações constituem obrigações ordinárias da EMITENTE, a que corresponderá um tratamento “pari

passu” com todas as outras dívidas e compromissos presentes ou futuros não especialmente garantidos ou

subordinados da EMITENTE, sem prejuízo dos privilégios creditórios que resultem da legislação em vigor.

4.6. Direitos inerentes às Obrigações e eventuais restrições dos mesmos

Os detentores das Obrigações têm direito a juros e ao reembolso do capital, não tendo sido deliberada a

atribuição de direitos especiais às mesmas.

Além dos direitos acima referidos, o Código das Sociedades Comerciais atribui aos obrigacionistas outros

direitos, nomeadamente o de designar o respectivo representante comum.

As Obrigações serão livremente negociáveis nos termos da lei geral.

As Obrigações serão oferecidas à subscrição do público em geral sem qualquer tipo de diferenciação.

4.7. Taxa de juro nominal e disposições relacionadas com os juros

A taxa de juro nominal bruta será equivalente a 7,00% p.a. (por ano).

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Os juros são calculados tendo por base meses de 30 dias cada, num ano de 360 dias, não sofrendo a

contagem de juros qualquer ajustamento.

Se a data prevista para a realização de qualquer pagamento de juros ou reembolso de capital das

Obrigações não constituir um “Dia Útil”, essa data passará para o “Dia Útil” imediatamente seguinte. Por

“Dia Útil”, para esse efeito, entende-se qualquer dia em que os Bancos estão abertos e a funcionar em

Lisboa e em que o sistema de pagamentos TARGET esteja em funcionamento.

Por “Dias Úteis TARGET” entendem-se aqueles dias em que o sistema de pagamentos “Trans-European

Automated Real-Time Gross Settlement Express Transfer System” (TARGET 2) esteja em funcionamento.

Nos termos do artigo 1º, alínea a), do Decreto-Lei nº 187/70, de 30 de Abril, consideram-se abandonados

a favor do Estado, entre outros valores, as obrigações quando, durante o prazo de 20 (vinte) anos, os seus

titulares ou possuidores não hajam cobrado ou tentado cobrar os respectivos juros ou outros rendimentos

ou não tenham manifestado por outro modo legítimo e inequívoco o seu direito sobre esses títulos.

Quando, num prazo de 5 (cinco) anos contados a partir do primeiro dia de vencimento de rendimentos, os

obrigacionistas não hajam cobrado ou tentado cobrar os respectivos juros, ou não tenham manifestado por

outro modo legítimo e inequívoco o seu direito sobre os títulos, estes juros prescreverão a favor do

Estado, nos termos do artigo 1.º, alínea b), do Decreto-Lei n.º 187/70, de 30 de Abril.

A liquidação financeira da Oferta ocorrerá no 1º dia útil após a divulgação dos resultados da Oferta, isto

é, no dia 9 de Agosto de 2011, data a partir da qual se inicia a contagem de juros. Desta forma, os juros

das Obrigações vencer-se-ão semestral e postecipadamente, com pagamento em 9 de Fevereiro e 9 de

Agosto de cada ano de vida das Obrigações, ocorrendo o primeiro pagamento em 9 de Fevereiro de 2012.

O serviço financeiro do Empréstimo Obrigacionista, nomeadamente o pagamento de juros e amortização

será assegurado pelo BANIF.

4.8. Amortizações e Opções de Reembolso Antecipado

As Obrigações serão reembolsadas integralmente, ao par, em 9 de Agosto de 2013, salvo se ocorrer o

reembolso antecipado.

A EMITENTE poderá reembolsar antecipadamente, ao par, as Obrigações, total ou parcialmente, no último

caso por redução ao valor nominal, em qualquer Data de Pagamento de Juros (“Datas de Reembolso

Antecipado”), inclusive, a partir de 9 de Fevereiro de 2012.

Em caso de reembolso antecipado na totalidade, a partir da Data de Reembolso Antecipado, cessa a

obrigação de a EMITENTE pagar Cupão.

Para o efeito, o Reembolso Antecipado deverá ser anunciado pela EMITENTE através de um jornal de

grande circulação em Portugal, com um pré-aviso mínimo de 30 (trinta) dias e no máximo de 60

(sessenta) dias relativamente à Data de Reembolso Antecipado aos obrigacionistas (sendo tal aviso

irrevogável).

Quando, num prazo de 20 (vinte) anos a contar do primeiro dia de vencimento, os titulares das obrigações

não hajam cobrado ou tentado cobrar as respectivas amortizações, ou não tenham manifestado por outro

modo legítimo e inequívoco o seu direito sobre os títulos, estes títulos reverterão a favor do Estado.

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94

4.9. Rendimento das Obrigações (Taxa de Rentabilidade Efectiva)

A taxa de rentabilidade efectiva (“TRE”) é aquela que iguala o valor actual dos fluxos monetários gerados

pela obrigação ao seu preço de compra, pressupondo capitalização com idêntico rendimento.

A taxa de rentabilidade efectiva dependerá do preço a que a obrigação for adquirida, bem como dos

fluxos monetários gerados ao longo da sua vida.

A taxa de rentabilidade efectiva utilizada nos cálculos apresentados, dependerá dos seguintes

pressupostos:

O preço de compra da obrigação é igual ao seu valor de subscrição;

A taxa anual nominal para cada Cupão é de 7,00% p.a.;

O reembolso é feito ao par, 100% na data de maturidade, ou seja, na data de pagamento do 4º

Cupão;

Taxa de imposto sobre os juros de 21,5%.

As taxas de rentabilidade efectivas são afectadas pelas eventuais taxas ou comissões cobradas pelas

instituições financeiras que asseguram o serviço financeiro do empréstimo e podem variar de instituição

para instituição, os quais se encontram disponíveis para consulta no sistema de difusão de informação da

CMVM em www.cmvm.pt.

Cálculo da TRE

A fórmula com base na qual se obtém a taxa de rentabilidade efectiva é a seguinte:

Pc = Juros x (1 – T) + VR + PR x (1– T)

t =1 (1 + i)t (1 + i)n (1 + i)n

TRE = i

em que:

Pc: Preço de compra da Obrigação

Juros: Cupão anual

t: Períodos anuais

n: Maturidade

i: Taxa de rentabilidade nominal anual;

TRE: Taxa de rentabilidade efectiva anual;

VR: Valor de reembolso

PR: Prémio de reembolso

T: Taxa de imposto

EXEMPLO

Admitamos 4 cenários diferentes para o exercício da opção de reembolso total antecipado por parte da

EMITENTE ao longo da vida do Empréstimo Obrigacionista, de forma a determinar a taxa de rentabilidade

efectiva em cada um destes casos.

A taxa de juro nominal bruta será equivalente a 7,00% p.a. em todos os semestres do presente

Empréstimo Obrigacionista;

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Cenários Data de Reembolso TRE Bruta TRE Líquida (*)

1 09/02/2012 7,0000% 5,4950%

2 09/08/2012 7,0000% 5,4950%

3 09/02/2013 7,0501% 5,5343%

4 09/08/2013 7,0474% 5,5322%

(*) pressupondo uma taxa de imposto sobre os juros de 21,5%.

- O Cenário 1 corresponde ao exercício do Reembolso total Antecipado do Empréstimo

Obrigacionista, pela EMITENTE, em 9 de Fevereiro de 2012.

- O Cenário 2 corresponde ao exercício do Reembolso total Antecipado do Empréstimo

Obrigacionista, pela EMITENTE, em 9 de Agosto de 2012.

- O Cenário 3 corresponde ao exercício do Reembolso total Antecipado do Empréstimo

Obrigacionista, pela EMITENTE, em 9 de Fevereiro de 2013.

- O Cenário 4 corresponde ao exercício do Reembolso total do Empréstimo Obrigacionista, pela

EMITENTE, em 9 de Agosto de 2013.

4.10. Representação dos Obrigacionistas

A EMITENTE compromete-se a assegurar as diligências necessárias para que se proceda à eleição do

Representante Comum dos Obrigacionistas, nos termos dos artigos 357º e 358º do Código das Sociedades

Comerciais.

Nos termos do artigo 359º do Código das Sociedades Comerciais, o Representante Comum dos

Obrigacionistas a eleger deverá praticar, em nome de todos os obrigacionistas, os actos de gestão

destinados à defesa dos interesses comuns destes, nomeadamente:

- Representar o conjunto dos obrigacionistas nas suas relações com a EMITENTE;

- Representar em juízo o conjunto dos obrigacionistas, nomeadamente em acções movidas contra a

EMITENTE e em processos de execução ou de liquidação do património desta;

- Assistir às assembleias gerais dos accionistas;

- Receber e examinar toda a documentação da EMITENTE, enviada ou tornada patente aos accionistas,

nas mesmas condições estabelecidas para estes;

- Assistir aos sorteios para reembolso de obrigações;

- Convocar a assembleia de obrigacionistas e assumir a respectiva presidência.

Compete igualmente ao representante comum prestar aos obrigacionistas as informações que lhe forem

solicitadas sobre factos relevantes para os interesses comuns. O representante comum responde, nos

termos gerais, pelos actos ou omissões violadores da lei e das deliberações da assembleia de

obrigacionistas. A assembleia de obrigacionistas pode aprovar um regulamento das funções de

representante comum e não é permitido ao representante comum receber juros ou quaisquer importâncias

devidas pela EMITENTE aos obrigacionistas, individualmente considerados.

4.11. Resoluções, autorizações e aprovações ao abrigo das quais as Obrigações serão emitidas

Em reunião do Conselho de Administração da EMITENTE, realizada em 31 de Maio de 2011, foi

deliberado proceder à emissão de Obrigações por Oferta Pública de Subscrição até um máximo de 75.000

(setenta e cinco mil) obrigações com o valor nominal unitário de € 1.000 (mil Euros), a serem oferecidas à

subscrição junto do público em geral.

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96

Em reunião de 29 de Junho de 2011, o Conselho de Administração da EMITENTE fixou os termos e

condições da Emissão de Obrigações, nomeadamente a taxa de juro para as Obrigações em 7,00% p.a..

4.12. Data prevista para a emissão das Obrigações

Os resultados da Oferta serão processados e apurados no dia 8 de Agosto de 2011 pelo BANIF e

imediatamente publicados através dos meios utilizados para a divulgação do Prospecto.

A liquidação financeira da Oferta, data em que os títulos serão emitidos, ocorrerá no 1º dia útil após a

divulgação dos resultados da Oferta, isto é, no dia 9 de Agosto de 2011.

4.13. Restrições à livre transferência das Obrigações

Não existem quaisquer restrições quanto à livre negociabilidade das Obrigações fora de mercado

regulamentado nos termos da lei.

4.14. Regime fiscal

4.14.1. Informações sobre os impostos que impendem sobre as Obrigações

Os juros, prémios de emissão ou de reembolso e demais rendimentos decorrentes das Obrigações são

considerados rendimentos de capitais, para efeitos da respectiva tributação em sede de IRS e de IRC.

Imposto sobre o rendimento

A – Juros e restantes rendimentos de capitais

Auferidos por pessoas singulares

Residentes:

Os juros e restantes rendimentos de capitais são sujeitos a tributação em IRS por retenção na fonte, a uma

taxa de 21,5%, à data do seu vencimento ou à data do reembolso ou da transmissão das Obrigações, tendo

o imposto retido na fonte uma natureza liberatória, excepto se os respectivos titulares optarem pelo

englobamento destes rendimentos aos demais rendimentos auferidos no mesmo ano, caso em que os

rendimentos são tributados às taxas genéricas e progressivas do IRS (de 11,50% a 46,50%), sendo o

imposto retido dedutível à colecta final do IRS ou, em caso de inexistência ou insuficiência desta,

reembolsável aos titulares dos rendimentos.

Estes rendimentos são, contudo, sujeitos a retenção na fonte, a título definitivo, à taxa liberatória de 30%,

sempre que pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por

conta de terceiros não identificados, excepto quando o beneficiário efectivo seja identificado, caso em que

se aplicam as regras gerais.

Não residentes:

De acordo com o regime geral de tributação das Obrigações, os juros e restantes rendimentos de capitais

são sujeitos a tributação em IRS por retenção na fonte, a uma taxa de 21,5%, tendo o imposto retido na

fonte uma natureza liberatória. Esta taxa de 21,5% pode, no entanto, ser reduzida nos termos dos Acordos

de Dupla Tributação celebrados por Portugal, desde que cumpridas determinadas formalidades com vista

à verificação do estatuto de não residente e respectiva eligibilidade para efeitos desses Acordos.

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97

Estes rendimentos, são, contudo, sujeitos a retenção na fonte, a título definitivo, à taxa liberatória de 30%,

sempre que pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por

conta de terceiros não identificados, excepto quando o beneficiário efectivo seja identificado, caso em que

se aplicam as regras gerais.

De acordo com o regime especial de tributação dos valores mobiliários representativos de dívida,

aprovado pelo Decreto-Lei n.º 193/2005, de 7 de Novembro (com a alteração que lhe foi introduzida pelo

Decreto-Lei n.º 25/2006, de 8 de Fevereiro), desde que as Obrigações se encontrem registadas em contas

de entidades não sujeitas a retenção na fonte ou isentas e seja feita a prova do estatuto de não residente

dos titulares das Obrigações, nos termos infra definidos, são isentos de IRS os juros e restantes

rendimentos de capitais (nomeadamente os obtidos no momento do vencimento do cupão ou na realização

de operações de reporte, mútuos ou equivalentes) obtidos por beneficiários efectivos que sejam não

residentes e sem estabelecimento estável no território português e que não sejam residentes em país,

território ou região com regimes de tributação privilegiada, constante de lista aprovada pela Portaria n.º

150/2004, de 13 de Fevereiro, rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 31/2004, de 10 de Março).

A prova do estatuto de não residente em território português, a ser apresentada pelos titulares das

Obrigações, poderá ser efectuada através de:

(a) certificado de residência ou documento equivalente emitido pelas Autoridades Tributárias do

respectivo país de residência; ou

(b) documento emitido pelo consulado português comprovativo da residência no estrangeiro; ou

(c) documento especificamente emitido com o objectivo de certificar a residência por entidade oficial

que integre a administração pública central, regional ou demais administração periférica, estatual

indirecta ou autónoma do respectivo Estado de residência.

Estes documentos deverão ser originais ou cópias autenticadas, sendo válidos pelo período de três anos a

contar da respectiva emissão, a qual não pode ser posterior a três meses em relação à data em que a

retenção na fonte deveria ter sido efectuada.

Auferidos por pessoas colectivas

Residentes:

Os juros e restantes rendimentos de capitais são tributados em IRC a uma taxa reduzida de 12,5%,

aplicável até ao limite de EUR 12.500,00 de matéria colectável, tributando-se o valor excedente à taxa de

25% (à qual acrescerá a Derrama Municipal, à taxa máxima de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não

isento de IRC, bem como, sobre a parte do lucro tributável que exceda EUR 2.000.000,00, sujeito e não

isento, a Derrama Estadual, a uma taxa de 2,5%). Os juros e restantes rendimentos são objecto de uma

retenção na fonte de IRC, à taxa de 21,5%, a qual assume a natureza de pagamento por conta do imposto

devido em termos finais.

Estes rendimentos são, contudo, sujeitos a retenção na fonte, a título definitivo, à taxa liberatória de 30%,

sempre que pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por

conta de terceiros não identificados, excepto quando o beneficiário efectivo seja identificado, caso em que

se aplicam as regras gerais.

Não residentes: De acordo com o regime geral de tributação das Obrigações, os juros e restantes rendimentos de capitais

são sujeitos a tributação em IRC por retenção na fonte, a uma taxa de 21,5%, tendo o imposto retido na

fonte uma natureza liberatória. Esta taxa de 21,5% pode, no entanto, ser reduzida nos termos dos Acordos

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de Dupla Tributação celebrados por Portugal, desde que cumpridas determinadas formalidades com vista

à verificação do estatuto de não residente e respectiva eligibilidade para efeitos desses Acordos.

Estes rendimentos, são, contudo, sujeitos a retenção na fonte, a título definitivo, à taxa liberatória de 30%,

sempre que pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por

conta de terceiros não identificados, excepto quando o beneficiário efectivo seja identificado, caso em que

se aplicam as regras gerais.

De acordo com o regime especial de tributação dos valores mobiliários representativos de dívida

aprovado pelo Decreto-Lei n.º 193/2005, de 7 de Novembro (com a alteração que lhe foi introduzida pelo

Decreto-Lei n.º 25/2006, de 8 de Fevereiro), desde que as Obrigações se encontrem registadas em contas

de entidades não sujeitas a retenção na fonte ou isentas e seja feita a prova do estatuto de não residente

dos titulares das Obrigações, nos termos infra definidos, são isentos de IRC os rendimentos de capitais

(nomeadamente os obtidos no momento do vencimento do cupão ou na realização de operações de

reporte, mútuos ou equivalentes) obtidos por beneficiários efectivos que não tenham em território

português sede, direcção efectiva, ou estabelecimento estável ao qual os rendimentos possam ser

imputáveis e desde que não sejam entidades residentes em país, território ou região com regimes de

tributação privilegiada, constante de lista aprovada pela Portaria n.º 150/2004, de 13 de Fevereiro,

rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 31/2004, de 10 de Março (excepto se se tratarem de

Bancos centrais ou de agências governamentais dos referidos países, territórios ou regiões), nem sejam

detidos, directa ou indirectamente, em mais de 20% por residentes no território português.

A prova do estatuto de não residente em território português, a ser apresentada pelos titulares das

Obrigações, poderá ser efectuada nos seguintes moldes:

1. Tratando-se de Bancos centrais, instituições de Direito público, organismos internacionais,

instituições de crédito ou financeiras, fundos de pensões e empresas de seguros, domiciliados em

qualquer país da OCDE ou em país que tenha celebrado Acordo de Dupla Tributação com Portugal,

através de:

(a) respectiva identificação fiscal; ou

(b) declaração, emitida pela entidade responsável pelo registo ou supervisão, que ateste a

existência jurídica do titular e seu domicílio; ou

(c) declaração emitida pelos próprios titulares das Obrigações, caso se tratem de Bancos

centrais, organismos internacionais ou instituições de Direito público; ou

(d) através de um dos documentos mencionados em 3. infra.

2. Tratando-se de fundos de investimento ou outros organismos de investimento colectivo

domiciliados em qualquer país da OCDE ou em país que tenha celebrado Acordo de Dupla

Tributação com Portugal, através de:

(a) declaração, emitida pela entidade responsável pelo registo ou supervisão, que ateste a

existência jurídica do organismo, a lei ao abrigo da qual foi constituído e o local da

respectiva domiciliação; ou

(b) através de um dos documentos mencionados em 3. infra.

3. Nos demais casos, através de:

(a) certificado de residência ou documento equivalente emitido pelas Autoridades Tributárias do

respectivo país de residência; ou

(b) documento emitido pelo consulado português comprovativo da residência no estrangeiro; ou

(c) documento especificamente emitido com o objectivo de certificar a residência por entidade

oficial que integre a administração pública central, regional ou demais administração

periférica, estatual indirecta ou autónoma do respectivo Estado de residência.

Page 99: BANIF

99

Estes documentos deverão ser originais ou cópias autenticadas, sendo válidos pelo período de três anos a

contar da respectiva emissão, a qual não pode ser posterior a três meses em relação à data em que a

retenção na fonte deveria ter sido efectuada.

Auferidos por fundos de investimento mobiliário e imobiliário que se constituam e operem de

acordo com a legislação nacional

Os juros e restantes rendimentos de capitais são sujeitos a tributação, por retenção definitiva na fonte, à

taxa de 21,5%, à data do seu vencimento, ou à data do reembolso ou da transmissão das Obrigações, nos

termos do artigo 22º do EBF.

Auferidos por fundos de pensões e fundos de capital de risco que se constituam e operem de acordo

com a legislação nacional.

Os juros e restantes rendimentos de capitais são isentos de tributação nos termos dos artigos 16º e 23º do

EBF.

B - Mais-valias

Auferidas por pessoas singulares

Residentes:

O saldo anual positivo entre as mais-valias e as menos-valias realizadas com a alienação onerosa das

Obrigações (e outros valores mobiliários, bem como resultantes de instrumentos financeiros derivados

cujos rendimentos sejam qualificáveis como mais-valias, para efeitos de IRS, e, bem assim, resultantes de

operações relativas a warrants autónomos e a certificados que atribuam ao respectivo titular o direito a

receber um valor de determinado activo subjacente) é tributado à taxa autónoma de 20%, sem prejuízo do

seu englobamento por opção dos respectivos titulares residentes em território português, caso em que tal

saldo passa a ser tributado em IRS às taxas genéricas e progressivas deste imposto que podem atingir

46,50%. Para apuramento do referido saldo, positivo ou negativo, não relevam as perdas apuradas quando

a contraparte da operação estiver sujeita no país, território ou região de domicílio, a um regime fiscal

claramente mais favorável, constante da lista aprovada pela Portaria n.º 150/2004, de 13 de Fevereiro,

rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 31/2004, de 10 de Março.

É, contudo, isento de IRS, nos termos do artigo 72º do EBF, até a um valor anual de € 500,00, o saldo

anual positivo entre as mais e as menos-valias resultante da alienação de acções, de obrigações e de outros

títulos de dívida.

Não residentes:

Estão isentas de IRS, nos termos do artigo 27º do EBF, as mais-valias decorrentes da transmissão onerosa

das Obrigações obtidas por indivíduos não residentes no território português, nem em país, território ou

região com regimes de tributação privilegiada, constante de lista aprovada pela Portaria n.º 150/2004, de

13 de Fevereiro, rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 31/2004, de 10 de Março, ou com o qual

não esteja em vigor uma Convenção destinada a evitar a dupla tributação internacional ou um Acordo

sobre troca de informações em matéria fiscal.

As mais-valias decorrentes da transmissão onerosa das Obrigações obtidas por indivíduos não residentes

no território português, nem em país, território ou região com regimes de tributação privilegiada,

beneficiam ainda de isenção de IRS, nos termos do regime especial de tributação dos valores mobiliários

Page 100: BANIF

100

representativos de dívida aprovado pelo Decreto-Lei n.º 193/2005, de 7 de Novembro (com a alteração

que lhe foi introduzida pelo Decreto-Lei n.º 25/2006, de 8 de Fevereiro), desde que reunidos os requisitos

referidos no ponto A. supra e efectuada que seja a prova do estatuto de não residente aí mencionada.

Auferidas por pessoas colectivas

Residentes:

As mais-valias obtidas com a alienação onerosa das Obrigações são tributadas em IRC a uma taxa

reduzida de 12,5%, aplicável até ao limite de € 12.500 de matéria colectável, tributando-se o valor

excedente à taxa de 25% (à qual acrescerá a Derrama Municipal, à taxa máxima de 1,5% sobre o lucro

tributável sujeito e não isento de IRC, bem como, sobre a parte do lucro tributável que exceda €

2.000.000, sujeito e não isento, a Derrama Estadual, a uma taxa de 2,5%).

Não residentes:

Estão isentas de IRC, nos termos do artigo 27º do EBF, as mais-valias decorrentes da transmissão onerosa

das Obrigações obtidas por entidades que não tenham em território português sede, direcção efectiva, ou

estabelecimento estável ao qual as mais-valias possam ser imputáveis e desde que não sejam residentes

em país, território ou região com regimes de tributação privilegiada, constante de lista aprovada pela

Portaria n.º 150/2004, de 13 de Fevereiro, rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 31/2004, de 10

de Março, ou com o qual não esteja em vigor uma Convenção destinada a evitar a dupla tributação

internacional ou um Acordo sobre troca de informações em matéria fiscal, desde que tais entidades não

sejam detidas, directa ou indirectamente, em mais de 25% por residentes no território português.

As mais-valias decorrentes da transmissão onerosa das Obrigações obtidas por entidades que não tenham

em território português sede, direcção efectiva, ou estabelecimento estável, nem sejam residentes em país,

território ou região com regimes de tributação privilegiada, beneficiam ainda de isenção de IRC, nos

termos do regime especial de tributação dos valores mobiliários representativos de dívida aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 193/2005, de 7 de Novembro (com a alteração que lhe foi introduzida pelo Decreto-Lei

n.º 25/2006, de 8 de Fevereiro), desde que reunidos os requisitos referidos no ponto A. supra e efectuada

que seja a prova do estatuto de não residente aí mencionada.

Auferidas por fundos de investimento mobiliário e imobiliário que se constituam e operem de

acordo com a legislação nacional

Nos termos do artigo 22º do EBF, o saldo anual positivo entre as mais e menos-valias obtidas com a

alienação onerosa das Obrigações (outros títulos de dívida e, bem assim, com a alienação de acções

detidas por mais de 12 meses) é excluído de tributação, excepto quando obtido por fundos de

investimento mistos ou fechados de subscrição particular, caso em que tal saldo positivo é tributado

autonomamente, a uma taxa de 10%.

Auferidas por fundos de pensões e fundos de capital de risco que se constituam e operem de acordo

com a legislação nacional

As mais-valias obtidas com a alienação onerosa das Obrigações são isentas de tributação nos termos dos

artigos 16º e 23º do EBF.

C - Transmissões gratuitas

Auferidas por pessoas singulares

Page 101: BANIF

101

Não sujeitas a IRS.

Auferidas por pessoas colectivas

Residentes:

As transmissões gratuitas a favor de pessoas colectivas residentes em território português ou imputáveis a

estabelecimento estável aqui localizado de entidades não residentes, são incrementos patrimoniais que

concorrem para a determinação do resultado tributável de IRC –tributação em IRC a uma taxa reduzida de

12,5%, aplicável até ao limite de € 12.500 de matéria colectável, tributando-se o valor excedente à taxa de

25% (à qual acrescerá a Derrama Municipal, à taxa máxima de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não

isento de IRC, bem como, sobre a parte do lucro tributável que exceda € 2.000.000, sujeito e não isento, a

Derrama Estadual, a uma taxa de 2,5%). Estes incrementos patrimoniais decorrentes da aquisição gratuita

de obrigações devem ser valorizados ao preço de mercado das Obrigações, o qual não pode ser inferior ao

que resultar da aplicação das regras de determinação do valor tributável previstas no Código do Imposto

do Selo, descritas infra.

Não residentes:

Tributação em IRC à taxa de 25% incidente sobre o preço de mercado das Obrigações, o qual não pode

ser inferior ao que resultar da aplicação das regras de determinação do valor tributável previstas no

Código do Imposto do Selo, descritas infra.

Imposto do selo

Transmissões gratuitas de Obrigações auferidas por pessoas singulares

Residentes:

As transmissões gratuitas das Obrigações são tributadas em Imposto do Selo, à taxa de 10%, a qual incide

sobre o valor da cotação destes títulos na data de transmissão e, não a havendo nesta data, o da última

cotação mais próxima dentro dos seis meses anteriores ou, na falta de cotação oficial, pelo valor

decorrente da aplicação da seguinte fórmula:

em que:

Vt representa o valor do título à data da transmissão;

N é o valor nominal do título;

J representa o somatório dos juros calculados desde o último vencimento anterior à transmissão até à data

da amortização do capital, devendo o valor apurado ser reduzido a metade quando os títulos estiverem

sujeitos a mais de uma amortização;

r é a taxa de desconto implícita no movimento do valor das obrigações e outros títulos, cotados na bolsa, a

qual é fixada anualmente por portaria do Ministro das Finanças, sob proposta da Direcção-Geral dos

Impostos, após audição da CMVM;

t é o tempo que decorre entre a data da transmissão e a da amortização, expresso em meses e arredondado

por excesso, devendo o número apurado ser reduzido a metade quando os títulos estiverem sujeitos a mais

de uma amortização.

12001

rt

JNVt

Page 102: BANIF

102

As transmissões de Obrigações, inter vivos ou mortis causa, a favor do cônjuge ou unido de facto,

descendentes e ascendentes estão isentas de Imposto do Selo.

Não residentes:

Não há sujeição a Imposto do Selo sobre as transmissões gratuitas a favor de pessoas singulares não

residentes em território português.

Transmissões gratuitas de Obrigações auferidas por pessoas colectivas

Não são sujeitas a Imposto do Selo as transmissões gratuitas a favor de sujeitos passivos de IRC, ainda

que dele isentos.

A informação constante do presente ponto constitui apenas um resumo, destinado a informação de

carácter geral, relativo ao regime fiscal português aplicável aos rendimentos de obrigações emitidas por

entidades residentes em Portugal, bem como às operações que envolvam a sua transferência.

Dado que a informação aqui constante é de âmbito geral, a mesma não dispensa a consulta da legislação

aplicável.

4.14.2. Informações sobre a responsabilidade pela retenção dos impostos na fonte no país de registo

da EMITENTE

Todas as obrigações relativas à retenção na fonte de impostos que sejam da responsabilidade da

EMITENTE são plenamente assumidas e cumpridas pela sociedade.

Relativamente às transacções que envolvam a intervenção de agentes financeiros, a retenção de eventuais

impostos será da responsabilidade do agente em questão.

Page 103: BANIF

103

CAPÍTULO V – DESCRIÇÃO DA OFERTA

5.1. Estatísticas da Oferta, calendário previsto e medidas necessárias para a apresentação de

pedidos de subscrição da Oferta

5.1.1. Condições a que a Oferta está subordinada

As 75.000 (setenta e cinco mil) Obrigações são destinadas à subscrição pelo público em geral através de

Oferta Pública de Subscrição.

No caso de subscrição incompleta, a emissão de Obrigações ficará limitada ao número de subscrições

efectivamente recolhidas.

A Oferta, como qualquer oferta pública como tal qualificada pelo Código dos Valores Mobiliários,

encontra-se sujeita à possibilidade de ocorrência de qualquer das vicissitudes referidas nos artigos 128º e

seguintes do Código dos Valores Mobiliários.

5.1.2. Montante total da Oferta

As Obrigações objecto da presente Oferta são no máximo 75.000 (setenta e cinco mil), com o valor

nominal unitário de € 1.000 (mil Euros), no montante máximo de € 75.000.000 (setenta e cinco milhões

de Euros).

Caso as Obrigações não venham a ser integralmente subscritas, a emissão de Obrigações ficará limitada

ao número de subscrições efectivamente recolhidas.

5.1.3. Período de tempo, incluindo eventuais alterações, durante o qual a Oferta será válida e

descrição do processo de subscrição

O período de subscrição das Obrigações decorrerá entre as 8h30 horas do dia 18 de Julho de 2011 e as

15h00 horas do dia 5 de Agosto de 2011.

As ordens de subscrição poderão ser apresentadas junto de intermediários financeiros legalmente

habilitados a prestar o serviço de registo e controlo de valores mobiliários escriturais.

As ordens de subscrição deverão ser transmitidas pelos intermediários financeiros para a Interbolsa, de

acordo com o sistema habitual de processamento de ordens de subscrição em ofertas públicas de

subscrição de obrigações.

Os intermediários financeiros deverão igualmente enviar ao BANIF o resultado diário das ordens de

subscrição por eles recebidas durante o período de subscrição.

As ordens de subscrição transmitidas durante o prazo da Oferta poderão ser revogadas através de

comunicação escrita dirigida ao intermediário financeiro que as recebeu, em qualquer momento, até dois

dias antes do termo do prazo da Oferta, ou seja, até 3 de Agosto de 2011 (inclusive), sendo, a partir de 4

de Agosto de 2011, firmes e irrevogáveis.

Nos termos do disposto no artigo 128º do Código dos Valores Mobiliários, em caso de alteração

imprevisível e substancial das circunstâncias que, de modo cognoscível pelo público em geral, hajam

Page 104: BANIF

104

fundado a decisão de lançamento da Oferta, excedendo os riscos a esta inerentes, pode a EMITENTE, em

prazo razoável e mediante autorização da CMVM modificar a Oferta ou revogá-la.

A modificação da Oferta constitui fundamento de prorrogação do respectivo prazo, decidida pela CMVM

por sua iniciativa ou a requerimento da EMITENTE. Nesse caso, as declarações de aceitação da Oferta

anteriores à modificação consideram-se eficazes para a Oferta modificada.

Nos termos do disposto no artigo 131º do Código dos Valores Mobiliários, a CMVM deve ordenar a

retirada da Oferta se verificar que esta enferma de alguma ilegalidade ou violação de regulamento

insanáveis. A decisão de retirada é publicada pela CMVM, a expensas da EMITENTE, através de meios

iguais aos utilizados para a divulgação do Prospecto.

A revogação e/ou a retirada da Oferta determina a ineficácia da mesma e dos actos de aceitação anteriores

ou posteriores à revogação e/ou retirada, devendo ser restituído tudo o que foi entregue (artigo 132º do

Código dos Valores Mobiliários).

Relativamente à suspensão da Oferta, e nos termos do artigo 133º do Código dos Valores Mobiliários, a

suspensão da Oferta deverá ocorrer quando a CMVM verificar alguma ilegalidade ou violação de

regulamento sanáveis.

Nos termos do disposto no Código dos Valores Mobiliários, a EMITENTE deverá suspender a Oferta até

publicação de adenda ou de rectificação do prospecto se entre a data de aprovação do prospecto e o fim

do prazo da Oferta, for detectada alguma deficiência no mesmo ou ocorrer qualquer facto novo ou se

tome conhecimento de qualquer facto anterior não considerado no prospecto, que sejam relevantes para a

decisão a tomar pelos destinatários da Oferta. Nessa circunstância, a EMITENTE requererá imediatamente

à CMVM a aprovação de adenda ou de rectificação ao Prospecto nos termos do artigo 142º do Código dos

Valores Mobiliários.

Uma eventual adenda ou rectificação ao Prospecto deve ser divulgada nos termos do disposto no artigo

140º do Código dos Valores Mobiliários. O sumário deve ser completado ou rectificado, se necessário,

para ter em conta as informações incluídas na adenda ou na rectificação.

A suspensão da Oferta faculta aos destinatários a possibilidade de revogar a sua aceitação até ao 5º

(quinto) dia posterior ao termo da suspensão, com direito à restituição do que tenha sido entregue.

O prazo de suspensão da Oferta não pode ser superior a 10 (dez) dias úteis. Findo o referido prazo sem

que tenham sido sanados os vícios que determinaram a suspensão, a CMVM deve ordenar a retirada da

Oferta.

5.1.4. Redução das subscrições e modo de reembolso de montantes pagos em excesso pelos

subscritores

Não se prevê a redução das subscrições.

5.1.5. Montante mínimo e/ou máximo dos pedidos de subscrição

As ordens de subscrição devem ser apresentadas para um mínimo de 10 (dez) Obrigações, representando

um montante mínimo de subscrição de € 10.000 (dez mil Euros).

O máximo de Obrigações que pode ser subscrito por cada investidor está limitado à quantidade de

Obrigações oferecidas à subscrição.

Page 105: BANIF

105

5.1.6. Método e prazos de pagamento e de entrega dos valores mobiliários

O pagamento do valor de subscrição das Obrigações será efectuado em numerário e deverá ser realizado

integralmente na data de liquidação.

Sobre o preço de subscrição poderão recair comissões ou outros encargos a pagar pelos subscritores,

dependendo estes custos da instituição financeira receptora das ordens de subscrição, os quais se

encontram disponíveis para consulta no sistema de difusão de informação da CMVM em www.cmvm.pt.

5.1.7. Modo como os resultados da Oferta serão divulgados e data dessa divulgação

O resultado da Oferta, será apurado pelo BANIF e imediatamente divulgado no sistema de difusão de

informação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários em www.cmvm.pt e no sítio da Internet da

EMITENTE em www.grupobanif.pt. Prevê-se que o apuramento dos resultados ocorra logo após o final do

período da Oferta, designadamente no dia 8 de Agosto de 2011.

5.1.8. Procedimento a observar para o exercício dos direitos de preferência, negociabilidade dos

direitos de subscrição e tratamento dos direitos de subscrição não exercidos

Não aplicável.

5.1.9. Calendário da Oferta

O calendário seguinte contém uma lista dos principais acontecimentos relacionados com a Oferta da

EMITENTE:

Divulgação do Prospecto 15 de Julho

Início do período de subscrição das Obrigações 18 de Julho

Fim do período de subscrição das Obrigações 5 de Agosto

Data a partir da qual as ordens de subscrição das Obrigações se tornam irrevogáveis

(inclusive) 4 de Agosto

Apuramento dos resultados da Oferta pelo BANIF 8 de Agosto

Liquidação financeira da Oferta 9 de Agosto

Data prevista para a emissão das Obrigações 9 de Agosto

5.2. Plano de distribuição e atribuição

5.2.1. Categorias de potenciais investidores a que os valores mobiliários são oferecidos

As Obrigações destinam-se à subscrição pelo público em geral.

Page 106: BANIF

106

5.2.2. Informações sobre o processo de notificação aos subscritores acerca do montante que lhes foi

atribuído

No dia 9 de Agosto de 2011, data prevista para emissão das Obrigações e liquidação financeira da Oferta,

serão creditadas nas contas dos subscritores da Oferta os títulos que a estes tenham sido atribuídos.

5.3. Preço de Oferta dos valores mobiliários

O preço de subscrição é de € 1.000 (mil Euros) por Obrigação, devendo ser subscrito o montante mínimo

de € 10.000 (dez mil euros). O preço deve ser pago em numerário e integralmente na data de liquidação.

Sobre o preço de subscrição poderão, recair comissões ou outros encargos a pagar pelos subscritores,

dependendo estes custos da instituição financeira receptora das ordens de subscrição, os quais se

encontram disponíveis para consulta no sistema de difusão de informação da CMVM em www.cmvm.pt.

5.4. Colocação e tomada firme

5.4.1. Nome e endereço do coordenador ou coordenadores da Oferta global e de partes da Oferta e,

tanto quanto seja do conhecimento da EMITENTE, os respectivos agentes de colocação nos

diferentes países em que é lançada a Oferta

O intermediário financeiro responsável pela organização, montagem e assistência à presente Oferta, com

excepção do apuramento dos resultados, é o BANIF INVESTIMENTO nos termos do mandato celebrado em

30 de Junho de 2011.

A colocação das Obrigações e o apuramento dos resultados da Oferta serão efectuados pelo BANIF nos

termos do Contrato de Colocação da Oferta, celebrado em 30 de Junho de 2011, o qual desenvolverá os

melhores esforços com vista à colocação das Obrigações.

Não existem agentes de colocação noutros países.

5.4.2. Nome e endereço dos agentes pagadores e depositários em cada país

O BANIF foi nomeado pela EMITENTE como Agente Pagador da Emissão de Obrigações.

Qualquer intermediário financeiro devidamente registado para o efeito poderá assumir a função de

entidade registadora e depositária.

A Oferta será lançada unicamente em Portugal, não se prevendo a existência de relações com outros

países.

5.4.3. Nomes e endereços das entidades que acordam em subscrever a emissão com base numa

tomada firme e das entidades que acordam em colocar a emissão sem tomada firme ou com

base num acordo de colocação por conta de terceiros

Não foram celebrados contratos de tomada firme ou de garantia de colocação, total ou parcial,

relativamente às Obrigações.

Page 107: BANIF

107

5.4.4. Indicação de quando foi ou será alcançado o acordo de tomada firme

Não aplicável.

5.5. Admissão à Negociação

As Obrigações não serão admitidas à negociação em qualquer mercado regulamentado.

5.6. Interesses de pessoas envolvidas na Oferta

(i) Interesses da EMITENTE envolvidos na Oferta

A Oferta destina-se ao financiamento da actividade corrente da EMITENTE.

(ii) Interesses do Intermediário Financeiro encarregado da assistência na organização,

montagem e execução da Oferta

O BANIF INVESTIMENTO, intermediário financeiro responsável pela assistência na organização, montagem

e execução da Oferta, com excepção do apuramento de resultados, tem um interesse directo de cariz

financeiro na Oferta, na medida em que irá receber da EMITENTE, a título de remuneração pelos serviços

prestados, uma comissão de organização e liderança de 0,10% calculada sobre o montante efectivo do

empréstimo obrigacionista. No caso de subscrição completa da Oferta,a remuneração corresponderá a

€ 75.000 (setenta e cinco mil Euros).

(iii) Interesses da entidade colocadora das Obrigações objecto da Oferta

O BANIF, entidade responsável pela colocação das Obrigações e pelo apuramento dos resultados da

Oferta, possui um interesse directo de natureza financeira na Oferta, na medida em que irá receber da

EMITENTE, a título de remuneração pelos serviços prestados, uma comissão de colocação de 0,25%

calculada sobre o montante efectivo do empréstimo obrigacionista. No caso de subscrição completa da

Oferta, a remuneração corresponderá a € 187.500 (cento e oitenta e sete mil e quinhentos Euros).

5.7. Motivos da Oferta e afectação das receitas

O presente empréstimo obrigacionista destina-se ao financiamento da actividade corrente da EMITENTE.

Tendo por base o preço de subscrição unitário de € 1.000 (mil Euros) por obrigação e presumindo a

subscrição completa das Obrigações, o montante global de receitas da Oferta deverá ascender a

€ 75.000.000 (setenta e cinco milhões de Euros), correspondente a 75.000 Obrigações subscritas.

Ao montante global de receitas da Oferta supra mencionado e de forma a apurar o montante das receitas

líquidas a alcançar pela EMITENTE, deverão ser deduzidos os encargos decorrentes de:

(i) Prestação de serviços pelo BANIF INVESTIMENTO pela assistência na organização, montagem e

execução da Oferta, excluindo o apuramento dos resultados, uma comissão de 0,10% calculada

sobre o montante da Oferta;

(ii) Prestação de serviços pelo BANIF pela colocação das Obrigações e apuramento dos resultados

Oferta, uma comissão de colocação de 0,25%, calculada sobre o montante da Oferta;

(iii) Publicações obrigatórias;

(iv) Comissões e taxas devidas à CMVM e Interbolsa;

(v) Honorários e despesas devidos a assessores jurídicos e fiscais; e

Page 108: BANIF

108

(vi) Demais encargos com emolumentos, impostos e outras despesas decorrentes da emissão de

Obrigações.

A todas as quantias devidas pela EMITENTE supra referenciadas, acrescerão taxas, impostos ou outros

encargos que se mostrem legalmente devidos, igualmente por conta desta última.

O montante de receitas líquidas da Oferta Pública de Subscrição apenas será determinado após

apuramento do resultado da Oferta, designadamente, das subscrições de Obrigações recolhidas, e após os

factores supra mencionados, prevendo-se em caso de subscrição completa que o montante de receitas

líquidas da Oferta venha a ascender a aproximadamente 74,7 milhares de Euros.

5.8. Notação de risco de crédito (rating) atribuído às Obrigações

A Oferta não foi objecto de notação por qualquer sociedade de notação de risco (rating) registada na

CMVM.

A EMITENTE não dispõe de notação de rating atribuída por qualquer agência. Contudo, o BANIF,

instituição de crédito detida indirectamente em 100% pela EMITENTE, tem atribuída pela Moody‟s a

notação de Ba2 no longo prazo e NP no curto prazo e pela Fitch a notação de BB no longo prazo e B no

curto prazo.

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109

CAPÍTULO VI – INFORMAÇÕES SOBRE A EMITENTE

6.1. Antecedentes e Evolução da EMITENTE

Denominação jurídica e comercial da EMITENTE

A denominação jurídica e comercial da EMITENTE é Banif - SGPS, S.A..

Local de registo da EMITENTE e respectivo número

A EMITENTE encontra-se registada na Conservatória do Registo Comercial do Funchal sob o número

único de matrícula e pessoa colectiva 511.029.730.

Data de constituição da EMITENTE e respectivo período de existência

A EMITENTE resulta da alteração do objecto social e de denominação do Banif - Banco Internacional do

Funchal, S.A., o qual foi constituído por escritura pública de 15 de Janeiro de 1988, tendo por objecto

social o exercício da actividade bancária, podendo praticar todas as operações permitidas por lei e

encontrando-se sujeito à legislação que superintende e regula a actividade bancária.

Em Março de 2002, operou-se a alteração do objecto social e da firma social do antigo Banif – Banco

Internacional do Funchal, S.A., o qual passou a constituir uma SGPS, com a exclusiva responsabilidade

de holding do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, sob a denominação de Banif - SGPS, S.A..

Nos termos do disposto no n.º 2 do art.º 1º dos Estatutos da EMITENTE, a duração da BANIF SGPS é por

tempo indeterminado.

Endereço e forma jurídica da EMITENTE, legislação ao abrigo da qual a EMITENTE exerce a sua

actividade, país de registo, endereço e número de telefone da sua sede estatutária

O endereço da sede social da EMITENTE é Rua de João Tavira, n.º 30, freguesia da Sé, Concelho do

Funchal e o seu número de telefone é o 291 222 162.

A EMITENTE é uma SGPS, do tipo sociedade anónima com o capital aberto ao investimento do público

(Sociedade Aberta).

A EMITENTE foi constituída em Portugal, onde exerce a sua actividade e se encontra registada.

A BANIF SGPS está sujeita à legislação aplicável às sociedades em geral, nomeadamente ao Código das

Sociedades Comerciais, e ao regime especial das SGPS previsto no Decreto-Lei n.º 495/88, de 30 de

Dezembro, bem como aos seus próprios estatutos. A EMITENTE encontra-se ainda sujeita à supervisão do

Banco de Portugal, nos termos do artigo 117º do RGICSF.

Na qualidade de Sociedade Aberta e sociedade com valores mobiliários admitidos à negociação no

mercado de regulamentado da Euronext Lisbon, a BANIF SGPS, encontra-se sujeita ao disposto no Código

dos Valores Mobiliários e regulamentos da CMVM e da Euronext Lisbon aplicáveis.

Page 110: BANIF

110

Capital social

A EMITENTE tem actualmente um capital social integralmente realizado de € 570.000.000 (quinhentos e

setenta milhões de Euros), representado por 570.000.000 de acções ordinárias, escriturais e nominativas,

com o valor nominal unitário de € 1 (um Euro).

As 570.000.000 de acções representativas do capital social da EMITENTE encontram-se inscritas no

sistema centralizado (Central de Valores Mobiliários) gerido pela Interbolsa e estão admitidas à

negociação no mercado regulamentado gerido pela Euronext Lisbon.

Caso não venha a ocorrer outro aumento do capital social da EMITENTE, após a conversão dos VMOCs, o

capital social da EMITENTE passará a ascender a € 640.000.000 (seiscentos e quarenta milhões de Euros) e

a estar representado por 640.000.000 de acções com o valor nominal unitário de € 1 (um Euro).

Alterações significativas na EMITENTE

Tanto quanto é do conhecimento da EMITENTE, os acontecimentos recentes que afectaram a EMITENTE ou

o BANIF – GRUPO FINANCEIRO e que poderão ser relevantes para a avaliação da sua solvência são os

seguintes:

Em 10 de Fevereiro de 2010, a TECNICRÉDITO vendeu a participação de que era titular no capital

social do Banco Pecúnia, S.A., instituição bancária brasileira. A referida participação, correspondente

a aproximadamente 30% do capital social do Banco Pecúnia, S.A. foi vendida ao Banco Société

Generale Brasil, S.A., o qual já era titular dos remanescentes cerca de 70% do capital social daquela

instituição bancária.

No decurso do 1º trimestre de 2010, a BANIF SGPS aumentou a sua participação na RENTIPAR

SEGUROS, tendo passado a deter 47,69% do capital social desta sociedade, tendo o investimento total

ascendido a 72.244 milhares de Euros.

Em Junho de 2010, a BANIF SGPS estabeleceu uma parceria com o Grupo Caixa Geral de Depósitos,

no âmbito da BANIF CORRETORA DE VALORES E CÂMBIO, a qual integra a Banifinvest (broker on-line

do BANIF – GRUPO FINANCEIRO no Brasil). Esta parceria foi materializada através de um acordo

celebrado entre o BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL), o Banco Caixa Geral Brasil, S.A. e

indirectamente o Caixa Banco de Investimento, S.A. que prevê a tomada de uma participação, por

parte do Grupo Caixa Geral de Depósitos de 70% na BANIF CORRETORA DE VALORES E CÂMBIO.

Estima-se que o GRUPO venha a obter uma mais-valia líquida de impostos de 28,1 milhões de Euros.

Em 25 de Junho de 2010, foi subscrito pelos Conselhos de Administração das Sociedades BANIF, da

BANIF GO e do BANIF MAIS um projecto de cisão-fusão, no âmbito do qual foi projectada a cisão da

BANIF GO em dois patrimónios distintos, o primeiro, constituído por todos os activos e passivos que

consubstanciam os ramos de actividade “leasing mobiliário” e “financiamento de aquisições a

crédito”, a incorporar por fusão no BANIF MAIS, e o segundo, constituído por todos os activos e

passivos que consubstanciam o ramo de actividade “leasing imobiliário”, a incorporar por fusão no

BANIF. Refira-se que o projecto-cisão foi entregue ao Banco de Portugal no final do 1º semestre de

2010, tendo sido objecto de aprovação em Dezembro do referido ano. As fusões associadas ao

projecto de cisão-fusão supra mencionado produzem efeitos contabilísticos a partir de 1 de Janeiro de

2011. A concretização do presente processo encontra-se ainda pendente de aprovação, por parte da

Administração Fiscal, de requerimento efectuado ao abrigo do artigo 60.º do Estatuto dos Benefícios

Fiscais.

Page 111: BANIF

111

Em 4 de Novembro de 2010, o Montepio Geral – Associação Mutualista procedeu ao lançamento de

uma Oferta Pública de Aquisição geral e voluntária, sobre as acções representativas do capital social

da Finibanco Holding, SGPS, S.A. (“OPA”). Nos termos do anúncio preliminar e do anúncio de

lançamento da OPA, o Montepio Geral – Associação Mutualista comprometeu-se, a adquirir a

totalidade destas acções que fossem objecto de válida aceitação da oferta. A OPA ficou condicionada,

entre outras condições, à aquisição de um número de acções que, somadas às já detidas,

representassem pelo menos 75% dos direitos de voto da visada. A contrapartida oferecida

correspondeu a 1,95 Euros por cada acção da Finibanco Holding, SGPS, S.A. e o período da oferta

decorreu entre 5 de Novembro e 26 de Novembro de 2010. Em 29 de Novembro de 2010, teve lugar o

apuramento do resultado desta oferta em Sessão Especial da Euronext Lisbon e a liquidação física e

financeira da oferta teve lugar em 2 de Dezembro de 2010. No âmbito da OPA, a BANIF SGPS alienou

integralmente a sua participação na Finibanco Holding, SGPS, S.A., (17.217.294 acções,

correspondentes a 9,84% do capital social e respectivos direitos de voto) pelo montante de 33,5

milhões de Euros. Conforme consta da divulgação dos resultados da OPA, verificou-se a condição de

sucesso da mesma tendo o Montepio Geral – Associação Mutualista adquirido um número de acções

da Finibanco Holding, SGPS, S.A. superior a 75% dos direitos de voto na visada.

Em Dezembro de 2010, a BANIF SGPS realizou um aumento do capital social de € 490.000.000

(quatrocentos e noventa milhões de Euros) para € 570.000.000 Euros (quinhentos e setenta milhões

de Euros), por entradas em dinheiro, resultante da emissão de 80.000.000 novas acções, reservada a

accionistas da EMITENTE e a titulares de VMOCs. O prospecto de Oferta Pública de Subscrição e de

Admissão à Negociação no Euronext Lisbon no âmbito deste aumento do capital social foi aprovado

pela CMVM em 24 de Novembro de 2010.

Em Dezembro de 2010, o BANIF realizou um aumento do capital social, de € 566.000.000

(quinhentos e sessenta e seis milhões de Euros) para € 780.000.000 (setecentos e oitenta milhões de

Euros). O aumento do capital foi integralmente realizado através de uma entrada em dinheiro, no

montante de € 214.000.000 (duzentos e catorze milhões de Euros), efectuada pela Banif Comercial,

SGPS, S.A., que subscreveu assim a totalidade das 42.800.000 novas acções. A BANIF SGPS mantém

o controlo (indirecto) de 100% do capital social e direitos de voto no BANIF.

Em 21 de Janeiro de 2011 foi outorgada a escritura pública de fusão da CSA, da GLOBAL e da

GLOBAL VIDA na modalidade de incorporação da GLOBAL e da GLOBAL VIDA (sociedades

incorporadas) na CSA (sociedade incorporante), com extinção das duas sociedades e com a

transferência global dos respectivos patrimónios, activos e passivos para a sociedade incorporante.

6.2. Acções Próprias

No decurso do exercício de 2010, a BANIF SGPS não efectuou qualquer transacção sobre acções próprias,

mantendo-se titular, em 31 de Dezembro, das mesmas 821.951 acções que detinha no início do exercício

de 2010.

Por seu lado, e ainda durante o exercício de 2010, o BANIF INVESTIMENTO, sociedade dominada pela

BANIF SGPS, efectuou diversas transacções de acções da BANIF SGPS, as quais foram todas executadas no

mercado regulamentado gerido pela Euronext Lisbon (operações em bolsa), em execução do contrato de

liquidez celebraDO ENTRE o BANIF INVESTIMENTO e a Euronext Lisbon. Em 31 de Dezembro de 2009, o

BANIF INVESTIMENTO não detinha quaisquer acções da EMITENTE. O total de acções da BANIF SGPS

detidas pelo BANIF INVESTIMENTO em 31 de Dezembro de 2010 era de 10.000 acções da EMITENTE.

Page 112: BANIF

112

Face ao disposto no art.º 325-A do Código das Sociedades Comerciais, as acções referenciadas nos

parágrafos supra são consideradas acções próprias da sociedade dominante, ou seja, da EMITENTE, pelo

que o total de acções próprias da EMITENTE existente em finais de Dezembro de 2010 era, assim, de

831.951 unidades (representativas de 0,146% do seu capital social).

As referidas acções próprias da EMITENTE apresentam um valor nominal de 1 Euro cada e encontravam-

se registadas no Balanço Consolidado da EMITENTE, à data de 31 de Dezembro de 2010 e de 31 de Março

de 2011, pelo valor contabilístico de 1.043 milhares de Euros e de 1.091 milhares de Euros,

respectivamente.

6.3. Estatutos

Os estatutos da EMITENTE estão disponíveis para consulta no sítio da internet da EMITENTE em

www.grupobanif.pt.

Apresentam-se, de seguida, os estatutos da BANIF SGPS na versão vigente à data de aprovação do

prospecto.

“CAPÍTULO I

DENOMINAÇÃO, DURAÇÃO, SEDE E OBJECTO

ARTIGO PRIMEIRO

(Denominação Social e Duração da Sociedade)

1. É constituída, para se reger pelos preceitos da lei aplicável e de acordo com o presente contrato de sociedade, uma sociedade anónima, com a

denominação de BANIF - SGPS, S.A., que resulta da alteração do objecto social e de denominação do Banif – Banco Internacional do Funchal,

S.A.

2. A sociedade durará por tempo indeterminado.

ARTIGO SEGUNDO

(Sede Social)

1. A sociedade tem a sua sede na Rua de João Tavira, número trinta, freguesia da Sé, Concelho do Funchal.

2. O Conselho de Administração pode, sem dependência de deliberação dos accionistas, deslocar a sede social para qualquer outro local, dentro do mesmo concelho ou para concelho limítrofe.

3. Por deliberação do Conselho de Administração, poderá a sociedade criar, transferir ou encerrar no país ou no estrangeiro, filiais, sucursais, agências, delegações ou quaisquer outras formas de representação social.

ARTIGO TERCEIRO

(Objecto Social)

A sociedade tem por objecto a gestão de participações sociais noutras sociedades, como forma indirecta do exercício de actividades económicas.

ARTIGO QUARTO

(Capacidade)

1. A capacidade da sociedade, tal como resulta das leis gerais e especiais aplicáveis, não pode ser limitada pelo contrato de sociedade.

2. Por deliberação do Conselho de Administração, a Sociedade pode livremente, sob qualquer forma legal ou contratual, associar-se com outras

entidades jurídicas, singulares ou colectivas, bem como participar, nos termos da lei, em contratos de associação em participação, em agrupamentos complementares de empresas, em agrupamentos europeus de interesse económico, bem como adquirir, originária ou

subsequentemente, participações em sociedades de responsabilidade limitada, qualquer que seja o objecto destas e mesmo se sujeitas a leis

especiais.

CAPÍTULO II

CAPITAL SOCIAL, ACÇÕES E OBRIGAÇÕES

ARTIGO QUINTO

(Capital Social e seu Aumento)

1. O capital social é de quinhentos e setenta milhões de Euros e encontra-se integralmente subscrito e realizado.

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113

2. Os accionistas gozam do direito de preferência na subscrição das novas acções resultantes de aumentos de capital, assim como no rateio das acções que não tiverem sido subscritas, considerando-se neste caso, o número de acções de que já forem titulares.

3. O direito de preferência referido no número anterior poderá ser limitado ou suprimido, desde que o interesse social o justifique, nos termos da lei.

4. A sociedade poderá emitir quaisquer categorias de acções, nomeadamente acções preferenciais sem voto e outras acções preferenciais, remíveis ou não, podendo a remissão ser efectuada pelo valor nominal, acrescido ou não da concessão de um prémio, mediante deliberação do

órgão competente.

5. O Conselho de Administração, após parecer favorável do órgão de fiscalização, poderá aumentar o capital social, por uma ou mais vezes, por

entradas em dinheiro, até ao montante máximo de seiscentos milhões de Euros, competindo-lhe definir todas as condições e termos para o efeito,

incluindo as datas, prazos de subscrição e realização do capital social.

6. No âmbito dos aumentos de capital previstos no número anterior e enquanto existirem valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis

emitidos pela sociedade, serão reconhecidos aos respectivos titulares direitos iguais aos dos accionistas, nomeadamente o direito de preferência na subscrição das novas acções a emitir, nos termos e para os efeitos previstos no n.º 3 do artigo 368º do Código das Sociedades Comerciais.

ARTIGO SEXTO

(Acções)

1. O capital social está representado por quinhentos e setenta milhões de acções, com o valor nominal de um euro cada uma.

2. As acções são nominativas ou ao portador, sendo reciprocamente convertíveis, de acordo com a legislação aplicável e nas condições especiais

fixadas para cada emissão, à custa do accionista.

3. Os custos das operações de conversão, registo de transmissão e demais operações relativas a acções já emitidas serão suportados pelo(s)

interessado(s), segundo critérios a fixar pela Assembleia Geral e atentos os regulamentos emanados das autoridades competentes, salvo quando a necessidade de tais operações resulte da Lei ou de facto imputável à Sociedade, casos em que será suportado por esta.

ARTIGO SÉTIMO

(Contitularidade de Acções)

Não será reconhecido pela Sociedade mais do que um representante por cada acção, seja qual for o número dos seus titulares.

ARTIGO OITAVO

(Formas de Representação dos Valores Mobiliários emitidos pela Sociedade)

1. As acções representativas do capital social são representadas sob a forma escritural, sem incorporação em qualquer título.

2. Quaisquer outros valores mobiliários emitidos pela sociedade podem ser representados por títulos ou assumir a forma meramente escritural,

conforme seja fixado nas condições específicas da emissão.

3. Os valores mobiliários emitidos são reciprocamente convertíveis, à custa do accionista, nos termos previstos no número três do Artigo Sexto

supra.

ARTIGO NONO

(Emissão de Valores Mobiliários)

1. A sociedade poderá emitir quaisquer instrumentos ou valores mobiliários, incluindo warrants autónomos sobre valores mobiliários próprios,

que poderão revestir qualquer tipo ou modalidade que sejam ou venham a ser legalmente permitidos.

2. O Conselho de Administração poderá deliberar, dentro dos limites legais aplicáveis e salvo nos casos em que a lei exija que a deliberação seja

tomada pelos accionistas.

a) A emissão de obrigações ou de qualquer outro tipo de dívida, sob qualquer forma e por qualquer montante, em moeda com curso legal em Portugal;

b) A emissão de warrants autónomos.

3. Os valores emitidos ao abrigo do número um imediatamente anterior poderão ser colocados no mercado nacional ou em mercados estrangeiros,

observadas as disposições legais aplicáveis.

4. Os accionistas terão preferência na subscrição de quaisquer valores mobiliários que sejam convertíveis em acções ou que confiram o direito à

subscrição das acções que possuírem, a não ser que sejam emitidos por contrapartida de entradas em espécie.

ARTIGO DÉCIMO

(Operações sobre Valores Mobiliários Próprios)

1. O Conselho de Administração poderá adquirir acções e obrigações próprias, dentro dos limites fixados na Lei, e realizar sobre as mesmas todas

as operações permitidas por lei, uma vez que sejam obtidas as autorizações para tanto necessárias.

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2. Enquanto permanecerem na titularidade da sociedade, ficarão suspensos todos os direitos sociais inerentes às acções próprias, excepto o direito

de receber novas acções, no caso de aumento de capital por incorporação de reservas, salvo deliberação dos accionistas em contrário.

ARTIGO DÉCIMO-PRIMEIRO

(Amortização de Acções)

A Assembleia Geral poderá deliberar, nos termos legais, a amortização de acções que sejam objecto de penhora ou medida judicial equivalente.

CAPÍTULO III

DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

SECÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

ARTIGO DÉCIMO-SEGUNDO

(Órgãos da Sociedade)

1. São órgãos da sociedade a Assembleia Geral, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal.

2. A sociedade deverá designar um Secretário da Sociedade e um suplente.

3. A sociedade poderá ainda ter um Conselho Consultivo, nos termos estatutariamente definidos.

4. Os membros dos órgãos da sociedade consideram-se empossados logo que tenham sido eleitos e permanecem no exercício das suas funções até à designação de quem deve substituí-los.

5. Os membros dos órgãos sociais exercem pessoalmente os respectivos cargos. Tratando-se de pessoas colectivas, o cargo é desempenhado por uma pessoa singular por elas designadas para o efeito, através de carta dirigida ao Presidente do órgão respectivo.

SECÇÃO II

ASSEMBLEIA GERAL

ARTIGO DÉCIMO-TERCEIRO

(Forma e Âmbito das Deliberações)

A Assembleia Geral é constituída pelos accionistas e as suas deliberações obrigam todos, ainda que ausentes ou discordantes.

ARTIGO DÉCIMO-QUARTO

(Mesa da Assembleia Geral)

1. A Mesa da Assembleia Geral é composta por um Presidente e um ou dois Secretários, eleitos pelo período de três anos pela Assembleia Geral, de entre os accionistas ou terceiros que cumpram os requisitos de independência e não estejam abrangidos pelo regime de incompatibilidades

previsto na lei.

2. As faltas ou impedimentos dos membros da Mesa da Assembleia Geral serão supridas nos termos da lei.

ARTIGO DÉCIMO-QUINTO

(Assembleias Gerais de Accionistas)

1. Ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, ou a quem o substitua, compete convocar a Assembleia Geral Anual para reunir, no prazo legal, a fim de deliberar sobre as matérias que sejam, por lei, da sua competência e, ainda, sobre quaisquer assuntos de interesse para a sociedade que

sejam expressamente indicados na respectiva convocatória.

2. O Presidente da Mesa deverá convocar extraordinariamente a Assembleia Geral sempre que tal lhe seja solicitado pelo Conselho de

Administração, pelo Conselho Fiscal ou por accionistas que possuam, pelo menos, acções correspondentes à percentagem mínima imposta por lei

e que lho requeiram em carta, em que se indiquem, com precisão, os assuntos a incluir na ordem do dia e se justifique a necessidade de reunir a Assembleia.

3. A Assembleia Geral convocada a requerimento de accionistas não se realizará se não estiverem presentes requerentes que sejam titulares de acções que totalizem, no mínimo, o valor exigido para a convocação da Assembleia.

4. As reuniões da Assembleia Geral têm lugar na sede social ou, desde que não se possam realizar na sede em condições satisfatórias, em qualquer outro lugar especificado na Convocatória.

5. A realização de assembleias gerais não poderá efectuar-se através de meios telemáticos.

ARTIGO DÉCIMO-SEXTO

(Convocação da Assembleia e Inclusão de Assuntos na Ordem do Dia)

1. As convocatórias para a reunião da Assembleia Geral devem ser feitas com a antecedência mínima e publicidade impostas por lei, sem prejuízo

do disposto para as Assembleias Universais, e, na primeira convocatória, pode desde logo ser marcada uma segunda data para reunir a Assembleia no caso de não poder funcionar na primeira data marcada.

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2. Sendo as acções todas nominativas, as Assembleias Gerais poderão ser convocadas por meio de carta registada, ou, em relação aos accionistas que comuniquem previamente o seu consentimento, por correio electrónico com recibo de leitura, nos termos legais.

3. Os accionistas que queiram requerer a inclusão de determinados assuntos na ordem do dia e a que, por lei, assista esse direito, deverão identificar clara e precisamente esses assuntos na carta em que requeiram tal inclusão.

4. A exigência da acta da Assembleia Geral ser lavrada por notário, quando a lei o permita, deverá ser formulada com a antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis sobre a data da Assembleia, em carta dirigida ao Conselho de Administração.

ARTIGO DÉCIMO-SÉTIMO

(Participação na Assembleia)

1. Têm direito a estar presentes na Assembleia Geral e aí discutir e votar os accionistas que, segundo a lei e o contrato, tiverem direito a, pelo menos, um voto, podendo, ainda estar presentes as entidades referidas na lei e as que o Presidente da Mesa a tal autorize, sem oposição da

Assembleia Geral.

2. A cada acção corresponde 1 (um) voto na Assembleia Geral.

3. A participação e o exercício do direito de voto dos accionistas nas Assembleias Gerais, uma vez satisfeitos os demais requisitos da lei, dependem da escrituração em seu nome de acções que confiram direito a, pelo menos, um voto, até 5 (cinco) dias úteis, inclusive, antes da data

marcada para a respectiva reunião, devendo as respectivas acções manter-se averbadas ou registadas, pelo menos, até ao encerramento da reunião

da Assembleia Geral.7

4. Nos termos do número anterior, não são consideradas para efeito de participação na Assembleia Geral as transmissões de acções da sociedade

efectuadas nos 5 (cinco) dias úteis que precedem a reunião de cada assembleia, em primeira convocação.

5. Os accionistas poderão exercer o seu direito de voto por correspondência, nos termos seguintes: a) A declaração de voto deverá ser recebida na sociedade até às 17 horas do dia útil anterior à data da Assembleia Geral, sob pena de não ser

considerada;

b) A declaração de voto deve indicar os pontos da ordem de trabalhos a que respeita, bem como, quando for o caso, a proposta concreta de

deliberação a que se destina, valendo como voto negativo em relação a propostas de deliberação apresentadas ulteriormente à sua emissão.

c) A circunstância da sociedade disponibilizar um boletim de voto padrão para cada Assembleia Geral não prejudica a validade do voto por

correspondência recebido sem recurso ao mesmo, desde que o sentido do voto seja inteligível e inequívoco. d) A declaração de voto deverá ser endereçada ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, que verificará a sua autenticidade e assegurará, até ao

momento da votação, a sua confidencialidade.

e) O voto por correspondência relevará para a formação do quorum constitutivo da Assembleia Geral para a qual foi emitido, e, salvo indicação expressa em contrário, valerá igualmente para a segunda convocação da mesma.

f) A presença na Assembleia Geral do accionista que votou por correspondência, ou a do seu representante, é entendida como revogação do

respectivo voto por correspondência.

6. Em caso de suspensão da reunião da Assembleia Geral, não é obrigatório o bloqueio das acções durante todo o período até que a sessão seja

retomada, bastando a antecedência ordinária exigida na primeira sessão.

ARTIGO DÉCIMO-OITAVO

(Formação do Quórum Constitutivo e Deliberativo e Reuniões)

1. A Assembleia Geral poderá funcionar em primeira convocatória, qualquer que seja o número de accionistas presentes ou representados, salvo

nos casos em que a Lei exija superior quórum constitutivo de representação de capital e, em segunda convocatória, de harmonia com a Lei.

2. Todas as deliberações da Assembleia Geral serão tomadas por maioria absoluta dos votos emitidos, salvo disposição diversa da lei. Além das

suspensões normais determinadas pelo Presidente da Mesa, a Assembleia Geral pode deliberar suspender os trabalhos desde que fixe a data para o seu recomeço e esta não exceda 90 (noventa) dias e desde que a mesma sessão não seja suspensa por mais de duas vezes.

ARTIGO DÉCIMO-NONO

(Participação e Representação dos Accionistas)

7 Esta cláusula deve ser lida conjuntamente com o disposto no n.º 1 do artigo 23º-C do Código dos Valores Mobiliários que, a partir da entrada

em vigor do Decreto-lei n.º 49/2010, de 19 de Maio, passou a dispor que nas socieades emitentes de acções admitidas à negociação em mercado

regulamentado, tem direito a participar na assembleia geral quem for titular de acções com direito de voto às 0 horas (GMT) do 5º dia de negociação anterior ao da assembleia. Relativamente à última parte desta cláusula estatutária, encontra-se prejudicada pelo disposto na parte final

do n.º 2 do mesmo artigo 23º-C do Código dos Valores Mobiliários, segundo a qual o exercício dos direitos não depende de bloqueio das acções

entre a data do registo e a data da assembleia geral. 7 De acordo com o disposto no referido artigo 23º-C do Código dos Valores Mobiliários o exercício dos direitos de participação e de voto não é

prejudicado pela transmissão das acções em momento posterior à data de registo (0h GMT do 5º dia de negociação anterior) nem depende de

bloqueio das acções entre esta data e a data da assembleia geral.

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1. Os accionistas possuidores de um número de acções inferior ao exigido no presente contrato, para participação na Assembleia Geral podem

agrupar-se para perfazer aquele número, fazendo-se representar por um deles ou por qualquer outro accionista com direito a voto, a indicar, por meio de carta, dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral.

2. É expressamente admitida a representação de accionistas, nos termos legais em vigor.

3. Os instrumentos comprovativos de agrupamento deverão ser dirigidos ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral e recebidos na Sede Social

até às dezassete horas do dia útil anterior ao fixado para a reunião da Assembleia Geral a que tais instrumentos respeitarem.

4. Os accionistas que se pretendam fazer representar deverão comunicar ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, por carta recebida na Sede

Social até às dezassete horas do dia útil anterior ao fixado para a reunião, o nome de quem os representa.

5. O accionista pessoa colectiva far-se-á representar em Assembleia Geral por quem o respectivo órgão competente determinar, bastando para

tanto uma carta dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, subscrita por quem obrigue a pessoa colectiva e com a identificação de quem a representa e por este recebida até ao momento de dar início à sessão.

SECÇÃO III

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ARTIGO VIGÉSIMO

(Composição)

1. O Conselho de Administração é formado por um número mínimo de três e máximo de onze administradores, conforme o que for deliberado em Assembleia Geral.

2. Poderão ser eleitos administradores suplentes, até número igual a um terço do número de administradores efectivos que venham a ser eleitos.

3. Os membros do Conselho de Administração são designados para o exercício de um mandato de três anos, sem prejuízo da sua reeleição.

ARTIGO VIGÉSIMO-PRIMEIRO

(Designação e Prestação de Caução)

1. Na sua primeira reunião de cada mandato, o Conselho de Administração designará, de entre os seus membros, o seu Presidente e um ou mais

Vice – Presidentes.

2. A responsabilidade dos membros do Conselho de Administração deve ser caucionada por qualquer uma das formas admitidas na lei, pelo

limite mínimo legal, sem prejuízo de deliberação da Assembleia Geral que estabeleça valor superior.

ARTIGO VIGÉSIMO-SEGUNDO

(Competência)

1. Ao Conselho de Administração compete assegurar a gestão dos negócios sociais, cabendo-lhe exclusivos e plenos poderes de representação da

sociedade.

2. Ao Conselho de Administração compete deliberar sobre qualquer assunto da sociedade, que não seja, por força da lei ou do contrato de

sociedade, da competência exclusiva de outro órgão e designadamente: a) Realizar quaisquer operações relativas ao seu objecto social;

b) Representar a sociedade em juízo e fora dele, activa e passivamente, propor e seguir acções, confessar, desistir, transigir e comprometer-se em

arbitragem; c) Adquirir, alienar, locar ou permutar ou, por qualquer forma, onerar bens ou direitos, móveis ou imóveis, incluindo acções e obrigações próprias

ou alheias, bem como participações no capital de outras sociedades, ainda que com objecto social diverso;

d) Constituir mandatários; e) Deliberar sobre a oportunidade e condições da emissão de obrigações e outros títulos de dívida da sociedade;

f) Designar os membros da Comissão Executiva a que se refere o artigo vigésimo quarto infra;

g) Elaborar o Relatório Anual de Gestão, o Balanço e as Contas do Exercício, submetendo-os à apreciação da Assembleia Geral; h) Deliberar que sejam efectuados aos accionistas adiantamentos sobre os lucros, com observância do disposto no artigo 297º CSC.

ARTIGO VIGÉSIMO-TERCEIRO

(Reuniões)

1. O Conselho de Administração reunirá ordinariamente, pelo menos, uma vez por trimestre e extraordinariamente sempre que convocado, por escrito, telefónica ou oralmente, pelo seu Presidente ou por outros dois Administradores.

2. O Conselho de Administração não pode deliberar sem que esteja presente ou representada a maioria dos seus membros.

3. As deliberações serão tomadas por maioria absoluta dos membros presentes ou representados, nos termos legalmente previstos.

4. Ao Presidente caberá voto de qualidade nas deliberações do Conselho de Administração.

5. Qualquer administrador pode fazer-se representar por outro, mediante carta ou fax dirigida ao Presidente do Conselho de Administração.

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6. A solicitação do Presidente do Conselho de Administração, será permitido o voto por correspondência.

7. O Conselho de Administração reúne-se, em princípio na sede, podendo, todavia, sempre que o Presidente entenda conveniente, reunir em

qualquer outro local do território nacional, ou por meios telemáticos, nos termos legalmente previstos.

8. Considera-se existir falta definitiva de um Administrador, susceptível de ser declarada pelo Conselho de Administração, para todos os efeitos

legais, quando aquele faltar a um mínimo de 3 reuniões seguidas, ou interpoladas, sem que exista justificação aceite por aquele órgão.

ARTIGO VIGÉSIMO-QUARTO

(Delegação de Poderes)

1. O Conselho poderá delegar no Presidente e num dos Vice-Presidentes, em conjunto, ou numa Comissão Executiva, composta por

administradores, de entre os quais designará o respectivo Presidente, a gestão corrente da sociedade, devendo a deliberação fixar os limites da

delegação.

2. O Conselho de Administração pode encarregar especialmente algum ou alguns administradores de matérias de administração, dentro dos

limites fixados na Lei, e conferir mandato a qualquer um dos seus membros ou a outras pessoas para a prática de quaisquer actos contidos nas suas atribuições e competências.

3. O Conselho de Administração tem igualmente o poder de distribuir pelouros entre os administradores.

SECÇÃO IV

CONSELHO CONSULTIVO

ARTIGO VIGÉSIMO-QUINTO

(Regras de Composição e Funcionamento)

1. A sociedade poderá ter um Conselho Consultivo, mediante deliberação da Assembleia Geral.

2. O Conselho Consultivo é um órgão colegial, formado por personalidades de reconhecido mérito e prestígio, accionistas ou não, em número não

superior a quinze, eleitos pela Assembleia Geral por um período de um ano, podendo ser reeleitos.

3. A primeira reunião do Conselho Consultivo pode ser convocada por qualquer um dos seus membros.

4. Eleitos de entre os seus membros, o Conselho Consultivo tem um Presidente e um ou dois Vice – Presidentes, os quais, pelo modo determinado

por aquele, substitui-lo-ão nas suas faltas e impedimentos.

5. O Conselho Consultivo pronunciar-se-á, mediante parecer, e a solicitação de qualquer outro órgão da sociedade, sobre assuntos ou matérias

que lhe sejam submetidos para apreciação.

6. Os pareceres emitidos deverão ser devidamente fundamentados e obtidos por maioria simples dos votos expressos.

7. Os pareceres do Conselho não são vinculativos.

8. O Presidente tem voto de qualidade.

ARTIGO VIGÉSIMO-SEXTO

(Convocatória e Reuniões)

1. O Conselho Consultivo reunirá, pelo menos, uma vez por ano e sempre que convocado para o efeito.

2. A convocação compete ao Presidente e será feita por escrito, podendo sê-lo através de qualquer meio electrónico.

3. O Conselho Consultivo reúne validamente com a presença de, pelo menos, metade dos seus membros.

4. De cada reunião será lavrada acta, no livro respectivo, assinada por todos os presentes.

SECÇÃO V

CONSELHO FISCAL E ROC

ARTIGO VIGÉSIMO-SÉTIMO

(Regime de Fiscalização)

1. A fiscalização da sociedade compete a um Conselho Fiscal e a um revisor oficial de contas ou sociedade de revisores oficiais de contas.

2. O Conselho Fiscal será eleito por um período de três anos, devendo a responsabilidade dos seus membros ser caucionada por qualquer uma das

formas admitidas na lei, pelo limite mínimo legal, sem prejuízo de deliberação da Assembleia Geral que estabeleça valor superior.

3. A competência do Conselho Fiscal é a que legalmente lhe está atribuída.

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4. A verificação e exame das contas da sociedade cabem a um revisor oficial de contas, ou a uma sociedade de revisores oficiais de contas, não

pertencente ao Conselho Fiscal, a designar mediante proposta deste órgão, por período de tempo não superior a quatro anos, que desempenhará também as funções que legalmente lhe são atribuídas.

ARTIGO VIGÉSIMO-OITAVO

(Composição e Regras de Eleição do Conselho Fiscal)

1. O Conselho Fiscal é composto por um número mínimo de três membros efectivos, e por um ou dois suplentes, nos termos legais, podendo ser reeleitos, sem prejuízo dos limites decorrentes dos requisitos de independência previstos na lei.

2. O Conselho Fiscal deve ser constituído, com respeito pelo regime de incompatibilidades legalmente previsto, e pode ser integrado por sociedades de advogados, sociedades de revisores oficiais de contas, ou accionistas, que, neste último caso, devem ser pessoas singulares com

capacidade jurídica plena e ter as qualificações e a experiência profissional adequadas ao exercício das suas funções.

3. O Conselho Fiscal deverá ser composto por uma maioria de membros considerados independentes nos termos da lei.

4. Se a Assembleia Geral não o designar, o Conselho Fiscal deve designar o seu Presidente.

5. O Conselho Fiscal reunirá, pelo menos, uma vez em cada trimestre.

ARTIGO VIGÉSIMO-NONO

(Assistência às reuniões do Conselho de Administração)

Os membros do Conselho Fiscal poderão assistir às reuniões do Conselho de Administração, mas sem direito a voto.

SECÇÃO VI

SECRETÁRIO DA SOCIEDADE

ARTIGO TRIGÉSIMO

(Secretário da Sociedade)

O Conselho de Administração designa um Secretário da Sociedade e um suplente, que terão as competências estabelecidas na lei, e cujos

mandatos coincidirão com o mandato do Conselho de Administração que os designar, podendo esses mandatos ser renovados uma ou mais vezes.

CAPÍTULO IV

DISPOSIÇÕES FINAIS

ARTIGO TRIGÉSIMO-PRIMEIRO

(Remunerações)

1. As remunerações dos membros dos órgãos sociais e estatutários serão fixadas pela Assembleia Geral ou por uma Comissão de Remunerações,

composta por três membros eleitos, pelo período de três anos, pela Assembleia Geral.

2. Os membros da Comissão de Remunerações não poderão integrar qualquer órgão social, e não podem ser cônjuges, parentes e afins em linha

recta, até ao 3º grau, inclusive, de Administradores da Sociedade.

3. A remuneração a fixar para os membros do Conselho de Administração poderá ser certa ou consistir, parcialmente, numa percentagem global

dos lucros líquidos do exercício, não excedente a 5 (cinco) por cento.

4. O Conselho de Administração poderá propor anualmente à Assembleia Geral a distribuição de lucros a quadros e empregados da sociedade.

5. Por deliberação da Assembleia Geral, poderá ser criado um sistema de opções sobre as acções representativas do capital social da sociedade, a adquirir ao valor que vier a ser determinado em Assembleia Geral, podendo estar ou não associada a uma opção de venda a preço, fixo ou

variável, predeterminado.

6. A Assembleia Geral pode, em qualquer altura, conceder aos membros dos órgãos sociais o direito a pensões de reforma e de sobrevivência ou a

pensões complementares de reforma e de sobrevivência, estabelecendo o respectivo regime ou delegando na Comissão de Remunerações poderes

para o efeito.

ARTIGO TRIGÉSIMO-SEGUNDO

(Vinculação da Sociedade)

1. Sem prejuízo dos casos em que a lei atribua imperativamente a representação da sociedade a um só administrador, esta obriga-se:

a) Pelas assinaturas do Presidente e de um Vice – Presidente ou de um destes com qualquer um dos outros membros do Conselho de Administração;

b) Pelas assinaturas de dois membros da Comissão Executiva que tenha eventualmente sido constituída nos termos do artigo vigésimo quarto;

c) Pela assinatura do Administrador em quem tenham sido delegados poderes, dentro dos limites da respectiva delegação do Conselho de Administração;

d) Pelas assinaturas de um dos membros do Conselho de Administração e de um mandatário, nos precisos termos dos respectivos instrumentos de

mandato; e) Pela assinatura de um ou mais mandatários, nos termos previstos na alínea c) anterior.

Page 119: BANIF

119

2. Basta a assinatura de qualquer dos membros do Conselho de Administração para os actos de mero expediente.

3. O Conselho de Administração poderá deliberar, nos termos e dentro dos limites legais, que certos documentos da sociedade sejam assinados

por processos mecânicos ou de chancela.

4. A sociedade poderá ser representada por qualquer dos membros do seu Conselho de Administração nas Assembleias Gerais das sociedades em

que detenha participação social.

ARTIGO TRIGÉSIMO-TERCEIRO

(Aplicação de Resultados e Distribuição Antecipada de Lucros)

1. Com o respeito pelo estabelecido por lei quanto a reservas obrigatórias, a Assembleia Geral delibera livremente sobre a aplicação dos

resultados líquidos do exercício, podendo, nomeadamente, deliberar a sua não distribuição aos accionistas sempre que o interesse social o justificar, ficando desde já expressamente afastado o disposto no artigo 294º do Código das Sociedades Comerciais.

2. O Conselho de Administração poderá deliberar a realização de adiantamentos sobre os lucros, nos termos legais em vigor.

ARTIGO TRIGÉSIMO-QUARTO

(Dissolução da Sociedade)

1. A sociedade dissolve-se quando para isso haja causa legal ou por deliberação dos accionistas, nos termos legais.

2. A liquidação do património em consequência da dissolução da sociedade será feita extrajudicialmente por uma comissão liquidatária,

constituída pelos membros do Conselho de Administração em exercício, se a Assembleia Geral de outro modo não deliberar.

ARTIGO TRIGÉSIMO-QUINTO

(Tribunal Arbitral)

1. Todos os diferendos suscitados entre accionistas ou entre eles e a sociedade, em relação com o presente contrato social, ou com as deliberações

sociais, serão resolvidos num tribunal arbitral, instalado no concelho onde se situa a sede da sociedade.

2. O tribunal arbitral será composto de três árbitros, cada parte nomeando o seu e o terceiro devendo ser escolhido de comum acordo pelos

árbitros nomeados. Na falta de acordo sobre a escolha do terceiro árbitro, este deverá ser nomeado pelo Juiz Presidente do Tribunal da Relação de Lisboa.

ARTIGO TRIGÉSIMO-SEXTO

(Disposições Legais)

Os preceitos dispositivos da lei podem ser afastados ou derrogados pelo contrato de sociedade e por deliberação dos sócios.”

6.4. Principais accionistas

Tanto quanto é do conhecimento da EMITENTE, os titulares de participações qualificadas calculadas nos

termos do disposto no artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários, são os seguintes (à data de

referência de 31 de Dezembro de 2010):

Page 120: BANIF

120

ENTIDADE % CAPITAL SOCIAL N.º DE ACÇÕES

Herança indivisa de Horácio da Silva Roque 1

- directamente 0, 230% 1.308.888

- através da RENTIPAR FINANCEIRA2 53,871% 307.063.133

- através de membros do Conselho de Administração da RENTIPAR FINANCEIRA 0,202% 1.152.997

- através da VESTIBAN 3 4,839% 27.583.051

- através da ESPAÇO DEZ 4 0,047% 267.750

- através da Fundação Horácio Roque – Instituição Particular de Solidariedade

Social

0,556% 3.171.385

Total imputável 59,745% 340.547.204 1.9.

Auto-Industrial, Investimentos e Participações SGPS, S.A. 13,400% 76.377.857

Joaquim Ferreira de Amorim

- através da Evalesco SGPS, S.A. 5 2,367% 13.493.270

- através de membro do Conselho de Administração da Evalesco SGPS, S.A. 0,002% 12.138

Total imputável 2,369% 13.505.408

1.10.

Fonte: EMITENTE 1 A cabeça-de-casal da Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque é a Dra. Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal Fabbro,

enquanto filha do Sr. Comendador Horácio da Silva Roque 2 Sociedade dominada pela Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque nos termos do disposto nos artigos 20º, n.º 1, alínea b) e 21º do CVM 3 Sociedade dominada pela Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque nos termos do disposto nos artigos 20º, n.º 1, alínea b) e 21º do CVM 4 Sociedade dominada pela Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque nos termos do disposto nos artigos 20º, n.º 1, alínea b) e 21º do CVM 5 Sociedade dominada pelo Senhor Joaquim Ferreira de Amorim nos termos do disposto nos artigos 20º, n.º 1, alínea b) e 21º do CVM

Para além do exposto no quadro supra apresentado relativamente à estrutura de participações, a

EMITENTE não tem conhecimento de quaisquer outros accionistas detentores de mais de 2% dos seus

direitos de voto.

Refira-se igualmente que, desde 31 de Dezembro de 2010 até à presente data, a EMITENTE não tomou

conhecimento de qualquer alteração ocorrida na estrutura de participações qualificadas apresentada no

quadro supra que obrigue a comunicação nos termos do disposto no artigo 16º do Código dos Valores

Mobiliários. Não obstante, a EMITENTE tomou conhecimento de que, à data de 31 de Dezembro de 2010,

a posição accionista imputável à Herança Indivisa do Senhor Comendador Horácio da Silva Roque, nos

termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários e de acordo com informação disponibilizada

junto da RENTIPAR FINANCEIRA, é de 59,745%, apresentando a seguinte repartição:

HERANÇA INDIVISA DE HORÁCIO DA SILVA ROQUE 1

% CAPITAL SOCIAL N.º DE ACÇÕES

- directamente 0,230% 1.308.888

- através da RENTIPAR FINANCEIRA 2 53,871% 307.063.133

- através de membros do Conselho de Administração da RENTIPAR FINANCEIRA 0,202% 1.152.997

- através da VESTIBAN 3 4,839% 27.583.051

- através da ESPAÇO DEZ 4 0,047% 267.750

- através da Fundação Horácio Roque – Instituição Particular de Solidariedade

Social

0,556% 3.171.385

Total imputável 59,745% 340.547.204

Fonte: EMITENTE 1 A cabeça-de-casal da Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque é a Dra. Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal Fabbro,

enquanto filha do Sr. Comendador Horácio da Silva Roque 2 Sociedade dominada pela Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque nos termos do disposto nos artigos 20º, n.º 1, alínea b) e 21º do CVM 3 Sociedade dominada pela Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque nos termos do disposto nos artigos 20º, n.º 1, alínea b) e 21º do CVM 4 Sociedade dominada pela Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque nos termos do disposto nos artigos 20º, n.º 1, alínea b) e 21º do CVM

Nenhum dos Accionistas da EMITENTE detém direitos de voto diferentes.

Page 121: BANIF

121

Conforme evidenciado no quadro supra, à Herança Indivisa do Senhor Comendador Horário da Silva

Roque é imputável uma participação de 59,745% no capital social da EMITENTE.

Por sua vez, a RENTIPAR FINANCEIRA, detém 53,871% do capital social da EMITENTE. Esta sociedade

possui um capital social de € 135.000.000 (cento e trinta e cinco milhões de Euros), representado por 27

milhões de acções com valor nominal unitário de € 5 (cinco Euros), e apresenta a seguinte estrutura

accionista:

ENTIDADE % CAPITAL

SOCIAL

Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque 16,85%

Rentipar Investimentos SGPS, S.A. 48,00%

Fundação Horácio Roque 29,96%

Tercris Foundation 5,19%

Fonte: RENTIPAR FINANCEIRA

No quadro infra, apresenta-se a actual composição do Conselho de Administração da RENTIPAR

FINANCEIRA bem como informação relativamente ao número de acções da EMITENTE detidas por cada um

dos membros do Conselho de Administração da RENTIPAR FINANCEIRA à data de 31 de Dezembro de

2010.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA RENTIPAR FINANCEIRA CARGO

N. DE ACÇÕES DA

EMITENTE

DEZ-2010

Dr. Fernando José Inverno da Piedade Presidente 20.082

Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal Fabbro Vice-Presidente -

1.117.440

Dr. José Marques de Almeida Vogal 1.117.440

Dr. Victor Hugo Simons Vogal 15.475

Dr.ª Paula Cristina Moura Roque Vogal -

SUB-TOTAL 1.152.997

Fonte: EMITENTE e RENTIPAR FINANCEIRA

À Herança Indivisa do Senhor Comendador Horácio da Silva Roque são imputáveis 59,745% dos direitos

de voto na EMITENTE (data de referência: 31 de Dezembro de 2010).

Não obstante a representatividade da Herança Indivisa do Senhor Comendador Horácio da Silva Roque, a

mesma não exerce controlo sobre a EMITENTE, susceptível de condicionar a independência da EMITENTE.

Visando assegurar a independência entre os accionistas e a EMITENTE e procurar garantir que o eventual

controlo daqueles sobre esta última não seja exercido de forma abusiva, encontram-se estabelecidas

medidas fundamentais tais como a total transparência nas relações mútuas e o estrito cumprimento das

normas legais e regulamentares, nomeadamente as relativas a operações com partes relacionadas e

salvaguarda de conflitos de interesses.

Page 122: BANIF

122

6.5. Orgãos de administração, de direcção e de fiscalização da EMITENTE

6.5.1. Informação sobre os membros dos órgãos de administração, de fiscalização e quadros

superiores da EMITENTE

Os órgãos sociais da EMITENTE são a Assembleia Geral, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal.

Adicionalmente, a EMITENTE possui um Secretário da Sociedade e um Conselho Consultivo.

Nos termos do disposto no artigo 12º dos estatutos da EMITENTE, são órgãos da sociedade a Assembleia

Geral, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal. Encontra-se ainda consagrada nos n.ºs 2 e 3 do

referido artigo que a EMITENTE deverá designar um Secretário da Sociedade e um suplente, bem como

poderá ter um Conselho Consultivo, nos termos estatutariamente definidos.

A actual composição dos órgãos sociais da EMITENTE com mandato para o triénio 2009-2011 (termo em

31 de Dezembro de 2011) é a seguinte:

A. Mesa da Assembleia Geral

Secretário: Dr. Miguel José Luís de Sousa

Em 25 de Maio de 2011, o Senhor Prof. Doutor Luís Manuel Moreira de Campos e Cunha, apresentou

renúncia ao cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral da EMITENTE, para o qual fora eleito em

reunião da Assembleia Geral da EMITENTE de 31 de Março de 2009. A mencionada renúncia produziu

efeitos à data de 26 de Maio de 2011, não estando ainda designado novo presidente. Se entretanto se

revelar necessário, o cargo será temporariamente assumido pelos legais substitutos nos termos do Código

das Sociedades Comerciais.

B. Conselho de Administração

Presidente: Dr. Joaquim Filipe Marques dos Santos

Vice-Presidente: Dr. Carlos David Duarte de Almeida

Vogais Efectivos: Dr. António Manuel Rocha Moreira

Dr. Artur Manuel da Silva Fernandes

Dr. José Marques de Almeida

Engº Diogo António Rodrigues da Silveira

Dr. Nuno José Roquette Teixeira 1

Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal Fabbro 2

Dr. Vitor Manuel Farinha Nunes 2

Vogal Suplente: Dr. Fernando José Inverno da Piedade

1 O administrador, Dr. Nuno José Roquette Teixeira foi cooptado, ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 3 do artigo 393º do Código das Sociedades Comerciais,

para membro do Conselho de Administração, em reunião deste órgão de 30 de Junho de 2010. No entanto, em conformidade com o disposto no n.º 3 do artigo 69º do

Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, apenas iniciou funções em 27 de Julho de 2010, após conclusão do processo de registo junto do

Banco de Portugal. 2 Através de proposta dos accionistas RENTIPAR FINANCEIRA e AUTO INDUSTRIAL SGPS, os administradores, Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal

Fabbro e o Dr. Vitor Manuel Farinha Nunes foram eleitos em reunião de Assembleia Geral de Accionistas em 15 de Abril de 2011 para exercício de funções no

Conselho de Administração da EMITENTE até ao final do mandato em curso (2009-2011), com os demais membros desse órgão, anteriormente designados.

Page 123: BANIF

123

O Conselho de Administração da EMITENTE integra membros dos Conselhos de Administração das

principais empresas do GRUPO, nomeadamente das áreas da banca comercial, da banca de investimento,

actividade internacional e seguradora assegurando a coordenação e gestão centralizada do conjunto das

empresas do BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

Tendo em conta a específica natureza de sociedade holding da EMITENTE não se encontram constituídas

quaisquer comissões internas ao nível do Conselho de Administração, designadamente não existe

Comissão Executiva. Deste modo, todos os membros do Conselho de Administração são considerados

executivos.

C. Conselho Fiscal

Presidente: Prof. Doutor Fernando Mário Teixeira de Almeida

Vogais Efectivos: Dr. António Ernesto Neto da Silva

Dr. José Lino Tranquada Gomes

Vogal Suplente: Dr. José Pedro Lopes Trindade

D. Secretário da Sociedade

Efectivo: Dr. Bruno Miguel dos Santos de Jesus

Suplente: Dra. Vanda Maria Marcelino de Melo

E. Conselho Consultivo

- Eng.º António Fernando Couto dos Santos

- Professor Doutor António Soares Pinto Barbosa

- Dr. Fernando José Inverno da Piedade

- Comendador João Francisco Justino

- Dr. Joaquim Filipe Marques dos Santos

- Comendador Jorge Sá

- Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal Fabbro

- Dr. Mário Raúl Leite Santos

- Miguel José Luís de Sousa

- Dra. Paula Cristina Moura Roque

- Dr. Roberto de Sousa Rocha Amaral

- Dr. Rui Alberto Faria Rebelo

Para os efeitos decorrentes do exercício das funções de membros de órgãos sociais da EMITENTE, o seu

domicílio profissional é o da sede social da própria EMITENTE.

Quanto aos membros do Conselho de Administração da EMITENTE, indicam-se, de seguida, as funções

desempenhadas por estes noutras sociedades (à excepção das exercidas na EMITENTE):

Dr. Joaquim Filipe Marques dos Santos

A) Sociedades do Grupo Rentipar Financeira, SGPS, S.A.

Presidente do Conselho de Administração

Page 124: BANIF

124

- Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A.

- Banif Comercial, SGPS, S.A.

- Banif (Açores) - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

- Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A.

- Banco Mais, S.A.

- Banif Investimentos SGPS, S.A.

- Banif International Holdings, Ltd.

- Banif – Banco de Investimento, S.A.

- Banif – Banco de Investimento (Brasil), S.A.

- Banif - Corretora de Valores e Câmbio, S.A.

- Banif Go - Instituição Financeira de Crédito, S.A.

- Banif Imobiliária, S.A.

- Banif Brasil (Holdings), S.A.

Presidente da Mesa da Assembleia Geral

- Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A.

- Banif – Banco de Investimento (Brasil), S.A.

- Banif – Corretora de Valores e Câmbio, S.A.

Presidente da Mesa da Assembleia Geral e Membro da Comissão de Vencimentos

- Banco Caboverdiano de Negócios, S.A. (em representação da Banif - SGPS, S.A.)

Presidente do Conselho de Supervisão

Banif Plus Bank Company, Ltd.

Membro da Comissão de Vencimentos

- Banif Açor Pensões, Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. (em representação do Banif –

Banco Internacional do Funchal, S.A.)

- Banif Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.

- Banif Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A.

Membro do Conselho Consultivo

Banif – Banco de Investimento, S.A.

B) Outras Entidades

Presidente do Conselho de Administração

- Centaurus Realty Group – Investimentos Imobiliários, S.A.

- Companhia de Seguros Açoreana, S.A.

Membro do Conselho de Governadores

- St. Dominic‟s International School

Conselheiro

- Conselho Económico e Social (CES), em representação da Associação Portuguesa de Bancos

Dr. Carlos David Duarte de Almeida

A) Sociedades do Grupo Rentipar Financeira, SGPS, S.A.

Presidente do Conselho de Administração

Page 125: BANIF

125

- Banif Forfaiting Company, Ltd.

- Banif Finance (USA) Corp.

- Banif Financial Services, Inc.

- Banif Trading, Inc.

- Banif Holding (Malta), Ltd.

- BanifServ – Empresa de Serviços, Sistemas e Tecnologias de Informação, ACE

- Banif Finance, Ltd.

- Banif International Bank, Ltd.

- Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman) Ltd.

Presidente da Comissão Executiva e Vice-Presidente do Conselho de Administração

- Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

Vice-Presidente do Conselho de Administração

- Banif International Holdings, Ltd.

- Banif Imobiliária, S.A.

Vogal do Conselho de Administração

- Banif Comercial, SGPS, S.A.

- Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A.

- Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A.

- Banif - Corretora de Valores e Câmbio, S.A.

- Banif (Açores) - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

- Banif Investimentos, SGPS, S.A.

- Banif Plus Bank Company, Ltd.

- Banif Bank (Malta) Plc.

- Banif Brasil (Holdings), S.A.

Membro da Comissão de Vencimentos

- Banif Açor Pensões, Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. (em representação do Banif –

Banco Internacional do Funchal, S.A.)

- Banif Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.

- Banif Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A.

B) Outras Entidades

Vice-Presidente do Conselho de Administração

- Centaurus Realty Group – Investimentos Imobiliários, S.A.

Vogal da Direcção

- Associação Portuguesa de Bancos, em representação do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

Dr. António Manuel Rocha Moreira

A) Sociedades do Grupo Rentipar Financeira, SGPS, S.A.

Presidente do Conselho de Administração

- Banif Rent – Aluguer, Gestão e Comércio de Veículos Automóveis, S.A.

Vice-Presidente do Conselho de Administração

- Banco Caboverdiano de Negócios, S.A.

Page 126: BANIF

126

- Banco Mais, S.A.

Vogal do Conselho de Administração

- Banif Comercial, SGPS, S.A.

- Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A.

- Banif Go – Instituição Financeira de Crédito, S.A.

- Banif (Açores) - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

- Banif International Bank, Ltd.

- Banif Plus Bank Company, Ltd.

Membro da Comissão de Vencimentos

- Investaçor SGPS, S.A. (em representação do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.)

B) Outras entidades

Presidente do Conselho Fiscal

- Zon TV Cabo Madeirense, S.A., em representação do Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A.

Dr. Artur Manuel da Silva Fernandes

A) Sociedades do Grupo Rentipar Financeira, SGPS, S.A.

Presidente do Conselho de Administração

- Banif Multifund, Ltd.

- Banif Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A.

- Banif International Asset Management, Ltd.

- Banif Securities, Inc.

- Banif Açor Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.

- Gamma – Sociedade de Titularização de Créditos, S.A.

- Banif Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.

- Banif Securities Holdings, Ltd.

- Banif Ecoprogresso Trading, S.A.

- Banif Gestão de Ativos (Brasil), S.A.

- Beta Securitizadora, S.A.

- Econofinance, S.A.

Presidente da Comissão Executiva e Vice-Presidente do Conselho de Administração

- Banif - Banco de Investimento, S.A.

Vice-Presidente do Conselho de Administração

- CentroVenture – Sociedade de Capital de Risco, S.A.

- Banif – Banco de Investimento (Brasil), S.A.

Vogal do Conselho de Administração

- Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A.

- Banif Corretora de Valores e Câmbio, S.A.

- Banif Investimentos, SGPS, S.A.

- Banif Financial Services, Inc.

- Banif Bank (Malta), Plc.

- Banif Brasil (Holdings), S.A.

Page 127: BANIF

127

B) Outras entidades

Presidente do Conselho de Administração

- Inverpyme SCR de Regimen Comum, S.A.

Vice-Presidente do Conselho de Administração

- Banco de la Pequeña y Mediana Empresa, S.A.

- Centaurus Realty Group – Investimentos Imobiliários, SA

Vogal da Direcção

Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira

Vice-Presidente do Conselho Geral

ELO – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico e a Cooperação

Dr. José Marques de Almeida

A) Sociedades do Grupo Rentipar Financeira, SGPS, S.A.

Vogal do Conselho de Administração

- Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

- Rentipar Financeira SGPS, S.A.

Presidente da Mesa da Assembleia Geral

- Banif Comercial, SGPS, S.A.

- Banif Rent – Aluguer, Gestão e Comércio de Veículos Automóveis, S.A.

- Banif Go - Instituição Financeira de Crédito, S.A.

B) Outras entidades

Presidente da Mesa da Assembleia Geral

- Rentipar Investimentos SGPS, S.A.

- Rentiglobo SGPS, S.A.

- Renticapital – Investimentos Financeiros, S.A.

- Rentipar Indústria SGPS, S.A.

- Soil – SGPS, S.A.

Presidente do Conselho de Administração

- Vestiban – Gestão e Investimento, S.A.

Eng.º Diogo António Rodrigues da Silveira

A) Sociedades do Grupo Rentipar Financeira, SGPS, S.A.

Vogal do Conselho de Administração

- Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

- Banif Imobiliária, S.A.

- Sociedade Imobiliária Piedade, S.A.

Page 128: BANIF

128

Membro da Comissão de Vencimentos

- Banif Açor Pensões, Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. (em representação do Banif –

Banco Internacional do Funchal, S.A.)

Presidente da Comissão Executiva

- Companhia de Seguros Açoreana, S.A.

B) Outras entidades

Vogal da Direcção

- Associação Portuguesa de Seguradores, em representação da Companhia de Seguros Açoreana, S.A.

Membro do Conselho Consultivo

- Conselho Consultivo da Reditus SGPS, S.A.

Sócio

- Firma Shiling Capital Partners, SGPS, S.A

Dr. Nuno José Roquette Teixeira

A) Sociedades do Grupo Rentipar Financeira, SGPS, S.A.

Vogal do Conselho de Administração

- Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

- Banif Corretora de Valores e Câmbio, S.A.

- Banif – Banco de Investimento (Brasil), S.A.

- Banif Securities, Inc.

- Banif Finance, Ltd.

- Banieuropa Holdings, S.L.

- Banif – Banco de Investimento, S.A.

- Banif – Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd

Membro da Comissão de Vencimentos

- Banif Imobiliária, S.A.

- Banif Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.

- Banif Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A.

Vogal do Conselho de Administração

- Companhia de Seguros Açoreana, S.A.

B) Outras entidades

Membro do Conselho Directivo

- APC – Associação Portuguesa de Sociedade Corretoras Financeiras de Corretagem

Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal Fabbro

A) Sociedades do Grupo Rentipar Financeira, SGPS, S.A.

Vice-Presidente do Conselho de Administração

Page 129: BANIF

129

- Rentipar Financeira, SGPS, S.A.

- Fundação Horácio Roque – Instituição Particular de Solidariedade Social, S.A.

Vogal do Conselho de Administração

- Renticapital - Investimentos Financeiros, S.A.

Presidente da Mesa da Assembleia Geral

- Banif Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.

- Banif Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A.

Membro do Conselho Consultivo

- Banif – Banco de Investimento, S.A.

B) Outras Entidades

Presidente do Conselho de Administração

- Sociedade Imobiliária de Empreendimentos Turísticos Savoi, S.A.

Vice-Presidente do Conselho de Administração

- Empresa Madeirense de Tabacos, S.A.

- Rama - Rações para Animais, S.A.

- Vitecaf – Fábrica de Rações da Madeira, S.A.

- Aviatlântico – Avicultura, S.A.

Presidente da Mesa da Assembleia Geral

- Rentimédis - Mediação Seguros, S.A.

- Génius - Mediação Seguros S.A.

- Mundiglobo - Habitação e Investimentos, S.A.

- Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

- Câmara de Comércio Luso - Sul Africana

- Câmara de Comércio Luso – Namíbia

- EPIS – Empresários pela Inclusão Social

Vogal do Conselho de Administração

- Soil – SGPS, S.A.

- Rentipar Investimentos, SGPS, S.A.

- Rentimundi - Investimentos Imobiliários, S.A.

- Siet - Savoi S.A.

- Câmara de Comércio Luso-Britânica

Membro da Direcção

- St. Julian‟s School - Carcavelos

Membro do Conselho Consultivo

- Confederação da Indústria Portuguesa, S.A.

Dr. Vitor Manuel Farinha Nunes

A) Sociedades do Grupo Rentipar Financeira, SGPS, S.A.

Page 130: BANIF

130

Vogal do Conselho de Administração

- Banif Mais, SGPS, S.A.

- Banco Mais, S.A.

- Banif – Banco Internacional do Funchal. S.A.

- Banif Rent – Aluguer, Gestão e Comércio de Veículos Automóveis, S.A.

- Tecnicrédito ALD – Aluguer de Automóveis, S.A.

- Banif Plus Bank Company, Ltd.

- TCC Investments Luxembourg, SARL

Gerente

- Margem – Mediação de Seguros, Lda

B) Outras Entidades

Gerente

- Core Investimentos, Consultoria e Serviços, Lda

Administrador Único

- FN Participações, SGPS, S.A.

Os cargos desempenhados noutras sociedades pelos membros do Conselho Fiscal da EMITENTE são os

seguintes:

Prof. Doutor Fernando Mário Teixeira de Almeida

A) Sociedades do Grupo Rentipar Financeira, SGPS, S.A.

Presidente do Conselho Fiscal

- Banif Comercial SGPS, S.A.

- Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

- Banif – Banco de Investimento, S.A.

B) Outras entidades

Presidente da Mesa da Assembleia Geral

- Advancer – Soluções de Gestão, S.A.

Presidente do Conselho Fiscal

- Companhia de Seguros Açoreana, S.A.

Dr. António Ernesto Neto da Silva

A) Sociedades do Grupo Rentipar Financeira, SGPS, S.A.

Vogal do Conselho Fiscal

- Banif Comercial SGPS, S.A.

- Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

B) Outras entidades

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131

Presidente do Conselho de Administração

- Deimos Engenharia, S.A.

Director-Geral

- Financetar – Sociedade de Serviços Financeiros, Empresariais e Imobiliários, S.A.

Dr. José Lino Tranquada Gomes

A) Sociedades do Grupo Rentipar Financeira, SGPS, S.A.

Vogal do Conselho Fiscal

- Banif Comercial SGPS, S.A.

- Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

B) Outras entidades

Gerente

- Tranquada Gomes & Coito Pita – Sociedade de Advogados

- Imolapeira – Imobiliária da Madeira, Lda.

- Netanarium – Consultadoria e Gestão, Unipessoal, Lda.

Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral

- Cooperativa Agrícola do Funchal

F. Quadros superiores

A EMITENTE, sua natureza de sociedade holding, não dispõe de quadro próprio de trabalhadores, pelo que

não possui quadros superiores.

Quanto às restantes sociedades do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, dada a sua diversidade e a

especificidade, dificilmente será possível estabelecer um critério uniforme e coerente para definir “quadro

superior”.

Não obstante o disposto nos parágrafos supra, importa referir que ao nível do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO, os responsáveis já designados para o exercício de funções, a nível corporativo, ou seja, com

funções de coordenação transversais a todo o GRUPO são os seguintes:

José António Vinhas Mouquinho;

Susana Helena Gomes de Figueiredo Ribeiro Reis;

Ana Margarida da Costa P. Pinto;

Fernando Manuel Coimbra de Paula;

Luís Filipe das Neves Lounet Costa;

Luís Filipe Telles de Almeida Capela;

Manuel Francisco Mendes;

Ana Maria Fernandes Amaro;

Jorge Manuel dos Santos Matos;

Carla Sofia Pereira Dias Rebelo;

José Manuel Piriquito Costa.

O endereço profissional dos quadros superiores supra apresentados é o da sede da EMITENTE.

Page 132: BANIF

132

Refira-se igualmente, que o BANIF – GRUPO FINANCEIRO dispõe de um vasto conjunto de quadros

técnicos, não se prevendo quaisquer constrangimentos para a sua actividade, caso se veriquem eventuais

saídas de qualquer dos seus técnicos mais qualificados.

6.5.2. Conflitos de interesses de membros dos órgãos de administração, de fiscalização e quadros

superiores da EMITENTE

Não são conhecidos actualmente potenciais conflitos de interesse entre as obrigações de qualquer um dos

membros dos órgãos de administração, de fiscalização e quadros superiores para com a EMITENTE e os

seus interesses privados e/ou outras obrigações.

Eventuais conflitos de interesse que possam surgir de qualquer uma das pessoas que integram os órgãos

de administração, de fiscalização e de quadros superiores para com a EMITENTE ou para com qualquer

uma das suas filiais e os seus interesses privados ou outras obrigações serão resolvidos por via das

disposições legais.

Ao abrigo do disposto no Código das Sociedades Comerciais, nenhum membro do Conselho de

Administração da BANIF SGPS pode votar sobre assuntos em que tenha, por conta própria ou de terceiro,

um interesse em conflito com o da BANIF SGPS, devendo, caso se verifique uma situação de conflito de

interesses, informar o Presidente do Conselho de Administração sobre o mesmo.

6.6. Informações sobre a Comissão de Remunerações e de Auditoria da EMITENTE

Nos termos do disposto no n.º 1 do art.º 31 dos estatutos da EMITENTE, as remunerações dos membros dos

seus órgãos sociais e estatutários poderão ser fixadas pela Assembleia Geral de Accionistas ou por uma

Comissão de Remunerações, composta por três membros eleitos, pelo período de três anos, pela

Assembleia Geral. No caso específico da BANIF SGPS as remunerações dos órgãos sociais e estatutários

são fixadas por uma Comissão de Remunerações.

A Comissão de Remunerações da BANIF SGPS é composta pelos seguintes elementos:

Dr. Deodato Nuno de Azevedo Coutinho

Dr. António Gonçalves Monteiro

Dr. Enrique Santos

A Comissão de Remunerações da BANIF SGPS tem as competências que lhe são conferidas pelos números

1 e 5 do artigo 31.º dos estatutos da sociedade, ou seja, de fixar as remunerações dos órgãos sociais e

estatutários, e, em caso de delegação expressa da Assembleia Geral, estabelecer o regime de eventuais

pensões de reforma e de sobrevivência ou pensões complementares de reforma e de sobrevivência, que a

Assembleia Geral delibere conceder a membros dos órgãos sociais.

Importa igualmente referir que, de acordo com o n.º 2 do art.º 31 dos estatutos da EMITENTE, os membros

da Comissão de Remunerações não poderão integrar qualquer outro órgão social, e não podem ser

cônjuges, parentes e afins em linha recta, até ao 3º grau, inclusive, de Administradores da EMITENTE.

Nos termos do disposto no n.º 6. do artigo 31º dos estatutos, a Assembleia Geral da EMITENTE pode, em

qualquer altura, conceder aos membros dos órgãos sociais o direito a pensões de reforma e de

sobrevivência ou a pensões complementares de reforma e de sobrevivência, estabelecendo o respectivo

regime ou delegando na Comissão de Remunerações poderes para o efeito.

A EMITENTE, pela natureza e especificidade do seu objecto social (sociedade holding), não possui

qualquer Comissão de Auditoria. Não obstante, importa referir que as sociedades que asseguram a

Page 133: BANIF

133

actividade operacional no BANIF – GRUPO FINANCEIRO possuem órgãos próprios de auditoria interna, em

linha com as exigências das autoridades supervisoras, os quais assumem um papel relevante na avaliação

e validação do controlo interno instituído. Por outro lado, importa ainda sublinhar que, no âmbito do novo

modelo de governo adoptado pela EMITENTE, em processo de implementação, foi criada uma função

corporativa de auditoria interna destinada a criar uma perspectiva e responsabilidade integrada no

domínio da auditoria, transversal a todo o BANIF - GRUPO FINANCEIRO.

6.7. Regime do Governo das Sociedades

A EMITENTE é uma Sociedade Aberta, cujas acções estão admitidas à negociação no mercado

regulamentado gerido pela Euronext Lisbon, cumprindo com a legislação e regulamentação relativa ao

governo das sociedades em vigor em Portugal. A BANIF SGPS procede à publicação de um relatório sobre

a estrutura e as práticas de governo societário, em cumprimento do disposto no Regulamento n.º 1/2010

da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e no artigo 245º-A do Código dos Valores Mobiliários.

O Relatório de Gestão e Contas da EMITENTE referente ao exercício de 2010 inclui um capítulo relativo à

estrutura e práticas de governo societário sob o título “07. Relatório sobre o Governo da Sociedade”, o

qual consubstancia o cumprimento das regras então vigentes em matéria de Governo das Sociedades

Cotadas, pronunciando-se sobre a adopção das recomendações emitidas pela CMVM.

Apresenta-se o quadro resumo das recomendações adoptadas, não adoptadas e não aplicáveis à

EMITENTE, no exercício de 2010:

CAPÍTULO N.º TOTAL DE

RECOMENDAÇÕES

RECOMEND.

ADOPTADAS

RECOMEND.

NÃO

ADOPTADAS

RECOMEND.

NÃO

APLICÁVEIS

I. Assembleia Geral 11 9 - 2

II. Órgãos de Administração e Fiscalização 36 19 9 8

III. Informação e Auditoria 5 4 1 -

IV. Conflitos de Interesses 2 1 1 -

SUB-TOTAL 54 33 11 10

Fonte: R&C da EMITENTE relativo ao exercício de 2010

Adicionalmente, em conformidade com o Capítulo 0 do Anexo I ao Regulamento n.º 1/2010 da CMVM,

procede-se à indicação discriminada das recomendações adoptadas e não adoptadas, entendendo-se, para

este efeito, como não adoptadas as recomendações que não sejam seguidas na íntegra. A não adopção de

recomendações por parte da EMITENTE é devidamente fundamentada e complementada com as

observações que a EMITENTE entende relevantes.

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134

CAPÍTULO 0

Declaração de cumprimento

0.1. Indicação do local onde se encontram disponíveis ao público os textos dos códigos de governo

das sociedades aos quais o emitente se encontre sujeito e, se for o caso, aqueles a que tenha

voluntariamente escolhido sujeitar-se. Além do Código de Governo das Sociedades emitido pela CMVM, a sociedade não se encontra sujeita a

quaisquer códigos de governo das sociedades ou códigos de conduta específicos, a cujo cumprimento se

tenha voluntariamente obrigado.

0.2. Indicação discriminada das recomendações contidas no Código de Governo das Sociedades da

CMVM adoptadas e não adoptadas. 8

Entende-se, para este efeito, como não adoptadas as recomendações que não sejam seguidas na íntegra.

0.3. Sem prejuízo do disposto no número anterior, a sociedade pode igualmente fazer uma avaliação

global, desde que fundamentada, sbre o grau de adopção de grupos de recomendações entre si

relacionadas sobre o seu tema.

0.4. Quando a estrutura ou as práticas de governo da sociedade divirjam das recomendações da

CMVM ou de outros códigos a que a sociedade se sujeite ou tenha voluntariamente aderido,

devem ser explicitadas as partes de cada código que não são cumpridas ou que a sociedade

entenda não serem aplicáveis, respectiva fundamentação e outras observações relevantes, bem

como a indicação clara da parte do Relatório onde a descrição dessa situação pode ser

encontrada.

I. ASSEMBLEIA GERAL

I.1 MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

I.1.1 “O presidente da mesa da assembleia geral deve dispor de recursos humanos e logísticos de apoio

que sejam adequados às suas necessidades, considerada a situação económica da sociedade”.

Recomendação adoptada

I.1.2 “A remuneração do presidente da mesa da assembleia geral deve ser divulgada no relatório anual

sobre o governo da sociedade”.

Recomendação adoptada

I.2 PARTICIPAÇÃO NA ASSEMBLEIA

I.2.1 “A antecedência imposta para a recepção, pela mesa, das declarações de depósito ou bloqueio das

acções para a participação em assembleia geral não deve ser superior a cinco dias úteis”.

Recomendação não aplicável

Com a entrada em vigor do artigo 23.º-C do Código dos Valores Mobiliários (aditado pelo Decreto-Lei

n.º 49/2010, de 19 de Maio), o bloqueio das acções para participar e exercer direitos de voto em

assembleia geral deixou de ser exigível.

8 Nas situações tidas por relevantes referem-se esclarecimentos adicionais.

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135

Têm direito a participar em assembleia geral, e aí discutir e votar, o accionista que, na data de registo,

correspondente às 00.00 horas (GMT) do quinto dia de negociação anterior ao da realização da

assembleia, for titular de acções que lhe confiram pelo menos um voto.

Para esse efeito cada accionista deverá declarar, por escrito, a intenção de participar na assembleia

geral, ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral e ao intermediário financeiro onde a conta de registo

individualizado esteja aberta, o mais tardar, até ao dia anterior ao quinto dia de negociação anterior ao

da realização daquela assembleia.

I.2.2 “Em caso de suspensão da reunião da assembleia geral, a sociedade não deve obrigar ao bloqueio

durante todo o período até que a sessão seja retomada, devendo bastar-se com a antecedência ordinária

exigida na primeira sessão”.

Recomendação não aplicável

Com a entrada em vigor do artigo 23.º-C do Código dos Valores Mobiliários (aditado pelo Decreto-Lei

n.º 49/2010, de 19 de Maio), o bloqueio das acções para participar e exercer direitos de voto em

assembleia geral deixou de ser exigível (cfr. comentário à recomendação antecedente).

I.3 VOTO E EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO

I.3.1 “As sociedades não devem prever qualquer restrição estatutária do voto por correspondência e,

quando adoptado e admissível, ao voto por correspondência electrónico”.

Recomendação adoptada

I.3.2 “O prazo estatutário de antecedência para a recepção da declaração de voto emitida por

correspondência não deve ser superior a três dias úteis”.

Recomendação adoptada

I.3.3 “As sociedades devem assegurar a proporcionalidade entre os direitos de voto e a participação

accionista, preferencialmente através de previsão estatutária que faça corresponder um voto a cada

acção. Não cumprem a proporcionalidade as sociedades que, designadamente: i) tenham acções que não

confiram o direito de voto; ii) estabeleçam que não sejam contados direitos de voto acima de certo

número, quando emitidos por um só accionista ou por accionistas com ele relacionados”.

Recomendação adoptada

I.4 QUÓRUM DELIBERATIVO

“As sociedades não devem fixar um quórum deliberativo superior ao previsto por lei”.

Recomendação adoptada

I.5 ACTAS E INFORMAÇÃO SOBRE DELIBERAÇÕES ADOPTADAS

“Extractos de acta das reuniões da assembleia geral, ou documentos de conteúdo equivalente,

devem ser disponibilizados aos accionistas no sítio na Internet da sociedade, no prazo de cinco dias após

a realização da assembleia geral, ainda que não constituam informação privilegiada. A informação

divulgada deve abranger as deliberações tomadas, o capital representado e os resultados das votações.

Estas informações devem ser conservadas no sítio na Internet da sociedade durante pelo menos três

anos”.

Recomendação adoptada

I.6 MEDIDAS RELATIVAS AO CONTROLO DAS SOCIEDADES

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136

I.6.1 “As medidas que sejam adoptadas com vista a impedir o êxito de ofertas públicas de aquisição

devem respeitar os interesses da sociedade e dos seus accionistas. Os estatutos das sociedades que,

respeitando esse princípio, prevejam a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos

por um único accionista, de forma individual ou em concertação com outros accionistas, devem prever

igualmente que, pelo menos de cinco em cinco anos, será sujeita a deliberação pela assembleia geral a

alteração ou a manutenção dessa disposição estatutária – sem requisitos de quórum agravado

relativamente ao legal – e que, nessa deliberação, se contam todos os votos emitidos sem que aquela

limitação funcione.”.

Recomendação adoptada

Não existem medidas adoptadas com vista a impedir o êxito de ofertas públicas de aquisição.

Os estatutos não prevêm qualquer limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por

um único accionista, de forma individual ou em concertação com outros accionistas.

I.6.2 “Não devem ser adoptadas medidas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente

uma erosão grave no património da sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da

composição do órgão de administração, prejudicando dessa forma a livre transmissibilidade das acções

e a livre apreciação pelos accionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração”.

Recomendação adoptada

II. ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

II.1. TEMAS GERAIS

II.1.1. ESTRUTURA E COMPETÊNCIA

II.1.1.1 “O órgão de administração deve avaliar no seu relatório anual sobre o Governo da Sociedade o

modelo adoptado, identificando eventuais constrangimentos ao seu funcionamento e propondo medidas

de actuação que, no seu juízo, sejam idóneas para os superar”.

Recomendação adoptada

II.1.1.2 “As sociedades devem criar sistemas internos de controlo e gestão de riscos, em salvaguarda do

seu valor e em benefício da transparência do seu governo societário, que permitam identificar e gerir o

risco. Esses sistemas devem integrar, pelo menos, as seguintes componentes: i) fixação dos objectivos

estratégicos da sociedade em matéria de assumpção de riscos; ii) identificação dos principais riscos

ligados à concreta actividade exercida e dos eventos susceptíveis de originar riscos; iii) análise e

mensuração do impacto e da probabilidade de ocorrência de cada um dos riscos potenciais; iv) gestão

do risco com vista ao alinhamento dos riscos efectivamente incorridos com a opção estratégica da

sociedade quanto à assunção de riscos; v) mecanismos de controlo da execução das medidas de gestão

de risco adoptadas e da sua eficácia; vi) adopção de mecanismos internos de informação e comunicação

sobre as diversas componentes do sistema e de alertas de riscos; vii) avaliação periódica do sistema

implementado e adopção das modificações que se mostrem necessárias”.

Recomendação adoptada

O sistema de controlo interno está descrito no ponto 2. 5. do Relatório do Governo da Sociedade

relativamente ao exercício de 2010.

II.1.1.3 “O órgão de administração deve assegurar a criação e funcionamento dos sistemas de controlo

interno e de gestão de riscos, cabendo ao órgão de fiscalização a responsabilidade pela avaliação do

funcionamento destes sistemas e propor o respectivo ajustamento às necessidades da sociedade”.

Recomendação adoptada

A Banif – SGPS, S.A., é uma sociedade holding sujeita à supervisão do Banco de Portugal, nos termos do

n.º 1 do art.º 117.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, encontrando-

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137

se integrada, para efeitos de supervisão por aquela entidade, no Grupo Banif/Rentipar Financeira. Neste

contexto, e em obediência ao disposto, designadamente, no Aviso 5/2008 do Banco de Portugal, o Grupo

tem implementado, ao nível da “empresa-mãe” e das diversas filiais, sistemas de controlo interno e de

gestão de riscos. Ainda em conformidade com o previsto no Aviso n.º 5/2008 (arts.º 25.º e 26.º) , a

Rentipar Financeira, SGPS, S.A. (enquanto “empresa-mãe” para efeitos de supervisão do Banco de

Portugal), bem como as instituições de crédito suas filiais produzem e enviam àquele supervisor um

relatório anual de controlo interno, no âmbito do qual é emitido um parecer pelo órgão de fiscalização

da instituição, contendo uma opinião detalhada sobre a adequação e a eficácia do sistema de controlo

interno implementado.

Embora não esteja obrigada à produção de tal relatório, a Banif – SGPS, S.A., enquanto entidade

integrada no perímetro de supervisão do Grupo Financeiro e enquanto holding dominante de todas as

instituições de crédito do mesmo, tem instituído um sistema de controlo interno, em conformidade com as

exigências do referido Aviso, o qual é objecto de acompanhamento/avaliação pelo seu Conselho Fiscal.

II.1.1.4 “As sociedades devem, no relatório anual sobre o Governo da Sociedade: i) identificar os

principais riscos económicos, financeiros e jurídicos a que a sociedade se expõe no exercício da

actividade; ii) descrever a actuação e eficácia do sistema de gestão de riscos.”

Recomendação adoptada

II.1.1.5 “Os órgãos de administração e fiscalização devem ter regulamentos de funcionamento os quais

devem ser divulgados no sítio na Internet da sociedade”.

Recomendação adoptada

II.1.2 INCOMPATIBILIDADES E INDEPENDÊNCIA

II.1.2.1 “O conselho de administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta

efectiva capacidade de supervisão, fiscalização e avaliação da actividade dos membros executivos”.

Recomendação não adoptada

Dada a específica natureza de sociedade holding da Banif – SGPS, SA, consubstanciada na gestão das

suas participações sociais e na definição das principais linhas estratégicas do Banif – Grupo Financeiro,

sem um núcleo substancial de actividades de gestão corrente/administração quotidiana, o Conselho de

Administração não dispõe de uma Comissão Executiva e, em consequência, todos os administradores são

executivos.

II.1.2.2 “De entre os administradores não executivos deve contar-se um número adequado de

administradores independentes, tendo em conta a dimensão da sociedade e a sua estrutura accionista,

que não pode em caso algum ser inferior a um quarto do número total de administradores”.

Recomendação não adoptada

Esta recomendação considera-se não adoptada, na sequência da não adopção da Recomendação n.º

II.1.2.1, ou seja, a inexistência de administradores não executivos, no órgão de administração.

II.1.2.3 “A avaliação da independência dos seus membros não executivos feita pelo órgão de

administração deve ter em conta as regras legais e regulamentares em vigor sobre os requisitos de

independência e o regime de incompatibilidades aplicáveis aos membros dos outros órgão sociais,

assegurando a coerência sistemática e temporal na aplicação dos critérios de independência a toda a

sociedade. Não deve ser considerado independente administrador que, noutro órgão social, não pudesse

assumir essa qualidade por força das normas aplicáveis.”

Recomendação não adoptada.

Esta recomendação considera-se não adoptada atenta a inexistência de Administradores Não Executivos.

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138

II.1.3 ELEGIBILIDADE E NOMEAÇÃO

II.1.3.1 “Consoante o modelo aplicável, o presidente do conselho fiscal, da comissão de auditoria ou da

comissão para as matérias financeiras deve ser independente e possuir as competências adequadas ao

exercício das respectivas funções”.

Recomendação adoptada

II.1.3.2 “O processo de selecção de candidatos a administradores não executivos deve ser concebido de

forma a impedir a interferência dos administradores executivos.”

Recomendação não aplicável

Esta recomendação considera-se não aplicável atenta a inexistência de Administradores Não Executivos.

Sem prejuízo do referido, informa-se que a escolha de (quaisquer) Administradores é um processo

exclusivamente conduzido pela estrutura Accionista da sociedade (a quem cabe a apresentação e o

sufrágio das listas tendentes à respectiva eleição), sem qualquer intervenção de membros do órgão de

administração, enquanto tal.

II.1.4 POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES

II.1.4.1 “A sociedade deve adoptar uma política de comunicação de irregularidades alegadamente

ocorridas no seu seio, com os seguintes elementos: i) indicação dos meios através dos quais as

comunicações de práticas irregulares podem ser feitas internamente, incluindo as pessoas com

legitimidade para receber comunicações; ii) indicação do tratamento a ser dado às comunicações,

incluindo tratamento confidencial, caso assim seja pretendido pelo declarante”.

Recomendação adoptada

A política de comunicação de irregularidades da Sociedade é objecto de descrição no ponto 2.35 do

Relatório do Governo da Sociedade relativamente ao exercício de 2010.

II.1.4.2 “As linhas gerais desta política devem ser divulgadas no relatório sobre o governo das

sociedades”.

Recomendação adoptada

As linhas gerais da política de comunicação de irregularidades estão descritas no ponto 2.35 do Relatório

do Governo da Sociedade relativamente ao exercício de 2010.

II.1.5 REMUNERAÇÃO

II.1.5.1 “A remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada de forma a

permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses de longo prazo da sociedade, basear-se

em avaliação de desempenho e desincentivar a assunção excessiva de riscos. Para este efeito, as

remunerações devem ser estruturadas, nomeadamente, da seguinte forma:

(i) a remuneração dos administradores que exerçam funções executivas deve integrar uma componente

variável cuja determinação dependa de uma avaliação de desempenho, realizada pelos órgãos

competentes da sociedade, de acordo com critérios mensuráveis prédeterminados, que considere o real

crescimento da empresa e a riqueza efectivamente criada para os accionistas, a sua sustentabilidade a

longo prazo e os riscos assumidos, bem como o cumprimento das regras aplicáveis à actividade da

empresa.

(ii) a componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação à componente fixa

da remuneração, e devem ser ficados limites máximos para todas as componentes.

Page 139: BANIF

139

(iii) Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a

três anos, e o seu pagamento deve ficar dependente da continuação do desempenho positivo da sociedade

ao longo desse período.

(iv) Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos, quer com a sociedade, quer

com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes

for fixada pela sociedade.

(v) Até ao termo do seu mandato, devem os administradores executivos manter as acções da sociedade a

que tenham acedido por força de esquemas de remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor

da remuneração total anual, com excepção daquelas que necessitem ser alienadas com vista ao

pagamento de impostos resultantes do benefício dessas mesmas acções.

(vi) Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do período de

exercício deve ser diferido por um prazo não inferior a três anos.

(vii) Devem ser estabelecidos os instrumentos jurídicos adequados para que a compensação estabelecida

para qualquer forma de destituição sem justa causa de administrador não seja paga se a destituição ou

cessação por acordo é devida a desadequado desempenho do administrador.

(viii) A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração não deverá incluir

nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho ou do valor da sociedade.

Recomendação não adoptada

A Banif – SGPS, S.A. considera esta Recomendação não adoptada, uma vez que a remuneração dos

membros do órgão de administração, ao nível da Banif – SGPS, S.A., é efectuada, exclusivamente, em

função das presenças nas reuniões do Conselho de Administração.

No entanto, deverá ter-se presente que a componente mais substancial da remuneração dos membros do

órgão de administração/gestores do Banif – Grupo Financeiro não decorre das funções exercidas por

estes na Banif – SGPS, S.A., individualmente considerada, mas sim das funções que igualmente exercem

nas várias sociedades ditas “operacionais” do Grupo, estas sim intervindo directamente no mercado.

Esta circunstância está relacionada com o facto de que a Banif - SGPS, S.A., enquanto sociedade gestora

de participações sociais, não tem uma actividade empresarial directa, isto é, não comercializa

directamente produtos e serviços financeiros, fazendo-o apenas através de outras sociedades do Grupo.

Os proveitos da Banif - SGPS, S.A. são gerados exclusivamente por via dos dividendos recebidos, directa

e indirectamente, das sociedades operacionais, ou seja, dependem, em absoluto, dos resultados destas

entidades em cuja estrutura accionista exerce uma posição dominante.

Pela razão descrita, e como referido, a remuneração auferida pelos administradores da Banif - SGPS,

S.A. directamente associada às funções espcificamente desempenhadas na sociedade representa uma

parte reduzida da totalidade da remuneração auferida pelos mesmos no Banif – Grupo Financeiro, uma

vez que a maior parte resulta das funções que aqueles desempenham nas sociedades operacionais.

É em cada uma destas sociedades operacionais que a componente variável de remuneração está

dependente da performance da empresa.

Esta política remuneratória permite, segundo o entendimento da Banif – SGPS, S.A., alinhar a

remuneração (globalmente considerada, ao nível de todo o Banif – Grupo Financeiro) de cada

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140

administrador pelo desempenho e pelos resultados das sociedades operacionais que estão sob a sua

administração e sob a sua responsabilidade directa, uma vez que estes condicionarão os próprios

dividendos a receber pela Banif - SGPS, S.A. e, consequentemente, os seus próprios resultados.

II.1.5.2 “A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização, a

que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, deve além do conteúdo ali referido, conter

suficiente informação: i) sobre quais os grupos de sociedades cuja política e práticas remuneratórias

foram tomadas como elemento comparativo para a fixação da remuneração; ii) sobre os pagamentos

relativos à destituição ou cessação por acordo de funções de administradores”.

Recomendação não adoptada

A Comissão de Remunerações não entendeu conveniente a divulgação de eventuais elementos

comparativos que hajam sido considerados na definição da política e práticas remuneratórias da

sociedade.

II.1.5.3 “A declaração sobre a política de remunerações a que se refere o art. 2.º da Lei n.º 28/2009 deve

abranger igualmente as remunerações dos dirigentes na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código

dos Valores Mobiliários e cuja remuneração contenha uma componente variável importante. A

declaração deve ser detalhada e a política apresentada deve ter em conta, nomeadamente, o desempenho

de longo prazo da sociedade, o cumprimento das normas aplicáveis à actividade da empresa e a

contenção na tomada de riscos.”

Recomendação não aplicável

Atenta a sua específica natureza de sociedade holding, apenas os órgãos de administração e fiscalização,

nos termos legal e estatutariamente previstos, participam nas decisões sobre a gestão e estratégia

negocial da Banif – SGPS, S.A., pelo que o entendimento na Sociedade é o de que não existem outros

“dirigentes” nos termos e para os efeitos do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários.

II.1.5.4 “Deve ser submetida à assembleia geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição

de acções, e/ou de opções de aquisição de acções ou com base nas variações do preço das acções, a

membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo

248.º-B do Código dos Valores Mobiliários. A proposta deve conter todos os elementos necessários para

uma avaliação correcta do plano. A proposta deve ser acompanhada do regulamento do plano ou, caso o

mesmo ainda não tenha sido elaborado, das condições a que o mesmo deverá obedecer. Da mesma forma

devem ser aprovadas em assembleia geral as principais características do sistema de benefícios de

reforma estabelecidos a favor dos membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais

dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários”.

Recomendação não aplicável

Não estão em vigor, nem estão previstos, planos de atribuição de acções, e/ou de opções de aquisição de

acções ou com base nas variações do preço das acções, a membros dos órgãos de administração e

fiscalização, nem existe um sistema de benefícios de reforma de que beneficiem os membros dos órgãos

de administração e fiscalização.

II.1.5.5 “Pelo menos um representante da comissão de remunerações deve estar presente nas

assembleias gerais de accionistas”.

Recomendação adoptada

II.1.5.6 “Deve ser divulgado, no relatório anual sobre o Governo da Sociedade, o montante da

remuneração recebida, de forma agregada e individual, em outras empresas do grupo e os direitos de

pensão adquiridos no exercício em causa.”

Recomendação adoptada

II.2. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Page 141: BANIF

141

II.2.1 “Dentro dos limites estabelecidos por lei para cada estrutura de administração e fiscalização, e

salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração deve delegar a

administração quotidiana da sociedade, devendo as competências delegadas ser identificadas no

relatório anual sobre o Governo da Sociedade”.

Recomendação não adoptada

Como se referiu anteriormente, dada a específica natureza de sociedade holding da Banif – SGPS, SA,

consubstanciada na gestão das suas participações sociais e na definição das principais linhas

estratégicas do Banif – Grupo Financeiro, sem um núcleo substancial de actividades de gestão

corrente/administração quotidiana, entende-se que carece de sentido a delegação de tais funções numa

Comissão Executiva. No entanto, a delegação de funções do Conselho de Administração numa Comissão

Executiva, é prática seguida em todas as sociedades do Banif – Grupo Financeiro com administração

quotidiana significativa.

II.2.2 “O conselho de administração deve assegurar que a sociedade actua de forma consentânea com os

seus objectivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita a: i) definir a

estratégia e as políticas gerais da sociedade; ii) definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões

que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características

especiais”.

Recomendação adoptada

II.2.3 “Caso o presidente do conselho de administração exerça funções executivas, o conselho de

administração deve encontrar mecanismos eficientes de coordenação dos trabalhos dos membros não

executivos, que designadamente assegurem que estes possam decidir de forma independente e informada,

e deve proceder-se à devida explicitação desses mecanismos aos accionistas no âmbito do relatório sobre

o governo da sociedade”.

Recomendação não aplicável

Conforme anteriormente referido, pelas razões oportunamente mencionadas, o Conselho de Administração

da sociedade não é integrado por administradores não executivos.

II.2.4 “O relatório anual de gestão deve incluir uma descrição sobre a actividade desenvolvida pelos

administradores não executivos referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados”.

Recomendação não aplicável

Conforme anteriormente referido, pelas razões mencionadas, o Conselho de Administração da sociedade

não é integrado por administradores não executivos.

II.2.5. “A sociedade deve explicitar a sua política de rotação dos pelouros no Conselho de

Administração, designadamente do responsável pelo pelouro financeiro, e informar sobre ela no

relatório anual sobre o Governo da Sociedade”.

Recomendação não adoptada

II.3 ADMINISTRADOR DELEGADO, COMISSÃO EXECUTIVA E CONSELHO DE

ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

II.3.1 “Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos

órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles

requeridas”.

Recomendação adoptada

O Conselho de Administração procura criar as melhores condições para que o Conselho Fiscal exerça a

sua actividade de fiscalização na posse de toda a informação relevante e com a maior proximidade

possível às matérias tratadas. Neste sentido, o Presidente do Conselho Fiscal está presente em todas as

Page 142: BANIF

142

reuniões do Conselho de Administração, o Conselho Fiscal tem conhecimento das Agendas das reuniões

do Conselho de Administração, bem como dos documentos analisados no âmbito das mesmas, de todas as

deliberações ali tomadas e das respectivas actas. Adicionalmente, o Conselho de Administração está

disponível para responder a questões, prestar esclarecimentos ou fornecer informações complementares,

quer no âmbito das reuniões, quer no contexto de qualquer solicitação que o Conselho Fiscal entenda

promover.

II.3.2 “O presidente da comissão executiva deve remeter, respectivamente, ao presidente do conselho de

administração e, conforme aplicável, ao presidente da conselho fiscal ou da comissão de auditoria, as

convocatórias e as actas das respectivas reuniões”.

Recomendação não aplicável

A Recomendação é considerada não aplicável na medida em que a sociedade não dispõe de uma

Comissão Executiva. No entanto, importa referir que, de acordo com a prática seguida na sociedade, o

Presidente do Conselho Fiscal está presente em todas as reuniões do Conselho de Administração,

recebendo, antecipadamente e relativamente a cada reunião, a respectiva convocatória e a respectiva

agenda, bem como, subsequentemente, a respectiva acta. Pelo exposto, considerando que o Presidente do

Conselho de Administração tem funções executivas, considera-se esta Recomendação como

materialmente cumprida.

II.3.3 “O presidente do conselho de administração executivo deve remeter ao presidente do conselho

geral e de supervisão e ao presidente da comissão para as matérias financeiras, as convocatórias e as

actas das respectivas reuniões”.

Recomendação não aplicável Recomendação não aplicável no contexto do Modelo de Governação adoptado, que não prevê as figuras

do “Presidente do Conselho de Administração Executivo nem do “Presidente do Conselho Geral e de

Supervisão”. Relevam, no entanto, as considerações desenvolvidas a respeito da recomendação

imediatamente anterior.

II.4. CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO, COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS

FINANCEIRAS, COMISSÃO DE AUDITORIA E CONSELHO FISCAL

II.4.1 “O conselho geral e de supervisão, além do cumprimento das competências de fiscalização que

lhes estão cometidas, deve desempenhar um papel de aconselhamento, acompanhamento e avaliação

contínua da gestão da sociedade por parte do conselho de administração executivo. Entre as matérias

sobre as quais o conselho geral e de supervisão deve pronunciar-se incluem-se: i) a definição da

estratégia e das políticas gerais da sociedade; ii) a estrutura empresarial do grupo; e iii) decisões que

devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais”.

Recomendação não aplicável

Recomendação não aplicável no contexto do Modelo de Governação adoptado, que não prevê a

existência de um “Conselho Geral e de Supervisão”.

II.4.2 “Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo conselho geral e de supervisão, a

comissão para as matérias financeiras, a comissão de auditoria e o conselho fiscal devem ser objecto de

divulgação no sítio da Internet da sociedade, em conjunto com os documentos de prestação de contas”.

Recomendação adoptada

II.4.3 “Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo conselho geral e de supervisão, a

comissão para as matérias financeiras, a comissão de auditoria e o conselho fiscal devem incluir a

descrição sobre a actividade de fiscalização desenvolvida referindo, nomeadamente, eventuais

constrangimentos deparados”.

Recomendação adoptada

Page 143: BANIF

143

II.4.4 “O conselho geral e de supervisão, a comissão de auditoria e o conselho fiscal, consoante o

modelo aplicável, devem representar a sociedade, para todos os efeitos, junto do auditor externo,

competindo-lhe, designadamente, propor o prestador destes serviços, a respectiva remuneração, zelar

para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços, bem

assim como ser o interlocutor da empresa e o primeiro destinatário dos respectivos relatórios”.

Recomendação adoptada

II.4.5 “O conselho geral e de supervisão, a comissão de auditoria e o conselho fiscal, consoante o

modelo aplicável, devem anualmente avaliar o auditor externo e propor à assembleia geral a sua

destituição sempre que se verifique justa causa para o efeito”.

Recomendação adoptada

II.4.6 “Os serviços de auditoria interna e os que velem pelo cumprimento das normas aplicadas à

sociedade (serviços de compliance) devem reportar funcionalmente à Comissão de Auditoria, ao

Conselho Geral e de Supervisão ou, no caso das sociedades que adoptem o modelo latino, a um

administrador independente ou ao Conselho Fiscal, independentemente da relação hierárquica que esses

serviços mantenham com a administração executiva da sociedade.”

Recomendação não adoptada

A Banif – SGPS, SA, enquanto sociedade gestora de participações sociais, não tem uma actividade

empresarial directa, isto é, não comercializa directamente produtos e serviços financeiros, fazendo-o

apenas através de outras sociedades do Grupo, ditas operacionais, estas sim intervindo directamente no

mercado. Pelo exposto, a Banif – SGPS, SA não dispõe de uma significativa estrutura de pessoal e,

consequentemente, as funções da Auditoria Interna Corporativa são, no essencial, de estabelecimento de

directrizes para as auditorias internas de outras sociedades do Grupo e de coordenação transversal da

actividade de auditoria do Grupo. Esta definição de directrizes e coordenação da actividade dos diversos

serviços de auditoria pretende concretizar a “supervisão dos negócios (...) com uma organização e

funcionamento interno mais estruturados”, o que é uma tarefa do Conselho de Administração da

holding, com vista a promover o “relacionamento mais profundo entre a holding e as demais sociedades,

de modo a que estas actuem concertadamente na implementação de estratégias transversais”. Uma vez

que a Auditoria Interna Corporativa concretiza uma incumbência do Conselho de Administração da

holding, entende-se que é a este que aquele órgão deve reportar.

II.5. COMISSÕES ESPECIALIZADAS

II.5.1 “Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração e o conselho

geral e de supervisão, consoante o modelo adoptado, devem criar as comissões que se mostrem

necessárias para: i) assegurar uma competente e independente avaliação do desempenho dos

administradores executivos e para a avaliação do seu próprio desempenho global, bem assim como das

diversas comissões existentes; ii) reflectir sobre o sistema de governo adoptado, verificar a sua eficácia e

propor aos órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua melhoria”; iii) identificar

atempadamente potenciais candidatos com o elevado perfil necessário ao desempenho de funções de

administrador”.

Recomendação não adoptada

Tendo em consideração a específica natureza de sociedade holding da Banif – SGPS, SA, a inexistência,

pelas razões anteriormente descritas (cfr. v.g. comentário à Recomendação n.º II.2.1), de

administradores não executivos e a própria dimensão do Conselho de Administração (composto por sete

elementos), tem sido entendimento deste órgão que não estão reunidas as condições ou os pressupostos

para a criação das comissões previstas na presente Recomendação.

Page 144: BANIF

144

II.5.2 “Os membros da comissão de remunerações ou equivalente devem ser independentes

relativamente aos membros do órgão de administração e incluir pelo menos um membro com

conhecimentos e experiência em matérias de política de remuneração”.

Recomendação adoptada

Os membros da Comissão de Remunerações, eleitos na Assembleia Geral de Accionistas de 31 de Março

de 2009 para o triénio 2009-2011, são independentes, designadamente tendo em consideração os

requisitos de independência previstos no art.º 414.º, n.º 5 do Código das Sociedades Comerciais.

Considera-se que os três membros da Comissão de Remunerações têm, em virtude do seu curriculum

profissional, conhecimentos e experiência em matéria de política de remuneração, designadamente, no que

se refere ao Dr. Deodato Nuno de Azevedo Coutinho, em virtude das funções desempenhadas em órgãos

sociais de grandes empresas nacionais nas áreas financeiras e das obras públicas, no que se refere ao Dr.

António Gonçalves Monteiro, em virtude de cerca de 30 anos de actividade profissional, exercida nos

domínios da auditoria, revisão legal de contas e consultoria de gestão e, no que se refere a D. Enrique

Santos, em virtude das funções de administração que desempenhou em diversas empresas, financeiras e

não financeiras, bem como em associações empresariais.

II.5.3 “Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de Remunerações no desempenho das suas

funções qualquer pessoa singular ou colectiva que preste ou tenha prestado, nos últimos três anos,

serviços a qualquer estrutura na dependência do Conselho de Administração, ao próprio Conselho de

Administração da sociedade ou que tenha relação actual com consultora da empresa. Esta

recomendação é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular ou colectiva que com aquelas se

encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação de serviços”.

Recomendação adoptada

II.5.4 “Todas as comissões devem elaborar actas das reuniões que realizem”.

Recomendação adoptada

III. INFORMAÇÃO E AUDITORIA

III.1 DEVERES GERAIS DE INFORMAÇÃO

III.1.1 “As sociedades devem assegurar a existência de um permanente contacto com o mercado,

respeitando o princípio da igualdade dos accionistas e prevenindo as assimetrias no acesso à informação

por parte dos investidores. Para tal deve a sociedade manter um gabinete de apoio ao investidor”.

Recomendação adoptada

III.1.2 “A seguinte informação disponível no sítio da Internet da sociedade deve ser divulgada em inglês:

a) A firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e os demais elementos mencionados no artigo 171.º

do Código das Sociedades Comerciais;

b) Estatutos;

c) Identidade dos titulares dos órgãos sociais e do representante para as relações com o mercado;

d) Gabinete de Apoio ao Investidor, respectivas funções e meios de acesso;

e) Documentos de prestação de contas;

f) Calendário semestral de eventos societários;

g) Propostas apresentadas para discussão e votação em assembleia geral;

h) Convocatórias para a realização de assembleia geral”.

Recomendação adoptada

III.1.3 “As sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim de dois ou três mandatos, conforme

sejam respectivamente de quatro ou três anos. A sua manutenção além deste período deverá ser

Page 145: BANIF

145

fundamentada num parecer específico do órgão de fiscalização que pondere expressamente as condições

de independência do auditor e as vantagens e os custos da sua substituição”.

Recomendação não adoptada

A sociedade não tem definida uma política específica de rotação do auditor externo. A nomeação do

auditor externo é efectuada pela Assembleia Geral, de acordo com recomendação/proposta do Conselho

Fiscal.

III.1.4 “O auditor externo deve, no âmbito das suas competências, verificar a aplicação das políticas e

sistemas de remunerações, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e reportar

quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da sociedade”.

Recomendação adoptada

Conforme anteriormente referido, a Banif – SGPS, SA, é uma sociedade holding sujeita à supervisão do

Banco de Portugal, nos termos do n.º 1 do art.º 117.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e

Sociedades Financeiras, encontrando-se integrada, para efeitos de supervisão por aquela entidade, no

Grupo Banif/Rentipar Financeira. Em obediência ao disposto, designadamente, no Aviso 5/2008 do Banco

de Portugal, o Grupo tem implementado, ao nível da “empresa-mãe” e das diversas filiais, sistemas de

controlo interno e de gestão de riscos, que são periodicamente avaliados pelos órgãos de fiscalização e

por aquele regulador. O auditor externo, no âmbito das suas competências e do apoio que presta ao órgão

de fiscalização, passou também a ter como atribuições a verificação da aplicação das políticas e sistemas

de remunerações, já com referência ao exercício de 2010, a par da verificação da eficácia e

funcionamento dos mecanismos de controlo interno. De acordo com os procedimentos definidos

internamente na sociedade, o Conselho Fiscal é o primeiro interlocutor do auditor externo,

designadamente no que se refere ao reporte de deficiências ou anomalias detectadas.

III.1.5 A sociedade não deve contratar ao auditor externo, nem a quaisquer entidades que com eles se

encontrem em relação de participação ou que integrem a mesma rede, serviços diversos dos serviços de

auditoria. Havendo razões para a contratação de tais serviços – que devem ser aprovados pelo órgão de

fiscalização e explicitadas no seu relatório anual sobre o Governo da Sociedade – eles não devem

assumir um relevo superior a 30% do valor total dos serviços prestados à sociedade”.

Recomendação adoptada

A sociedade não contratou ao auditor externo, em 2010, serviços diversos dos serviços de auditoria, sem

prejuízo dos serviços de consultoria contratados por outras entidades do Grupo, os quais representam 2%

do total dos honorários pagos, conforme explicitados no ponto 3.17 infra.

IV. CONFLITOS DE INTERESSES

IV.1 RELAÇÕES COM ACCIONISTAS

IV.1.1 “Os negócios da sociedade com accionistas titulares de participação qualificada, ou com

entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20º do Código dos Valores

Mobiliários, devem ser realizados em condições normais de mercado”.

Recomendação adoptada

Actualmente, as únicas operações em curso susceptíveis de ser consideradas para efeito da presente

Recomendação são dois financiamentos obtidos pela Banif – SGPS, S.A. junto da sua accionista Rentipar

Financeira, SGPS, SA, os quais estão realizados e são remunerados em condições que se consideram

“normais de mercado”.

IV.1.2 “Os negócios de relevância significativa com accionistas titulares de participação qualificada, ou

com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20º do Código dos Valores

Mobiliários, devem ser submetidos a parecer prévio do órgão de fiscalização. Este órgão deve

estabelecer os procedimentos e critérios necessários para a definição do nível relevante de significância

destes negócios e os demais termos da sua intervenção”.

Page 146: BANIF

146

Recomendação não adoptada

Conforme referido no ponto IV.1.1, os únicos “negócios com relevância significativa com accionistas

titulares de participação qualificada” são duas operações de natureza estritamente financeira

(financiamentos) cujas condições foram estabelecidas de acordo com taxas normais de mercado.

6.8. Acordos parassociais

No Contrato de Integração celebrado em 10 de Julho de 2009 entre a BANIF SGPS e os antigos accionistas

controladores da TECNICRÉDITO (aos quais se substituiu a AUTO-INDUSTRIAL SGPS, por aditamento de 7

de Agosto de 2009) estão previstas restrições à alienação, por parte da AUTO-INDUSTRIAL SGPS, das

acções e dos VMOCs que esta subscreveu por contrapartida das acções representativas do capital social

da TECNICRÉDITO. As restrições são as seguintes:

Até 30 de Junho de 2011, a AUTO-INDUSTRIAL SGPS comprometeu-se a não alienar, ou de qualquer

outro modo transferir ou onerar, no todo ou em parte, directa ou indirectamente, as acções e os

VMOCs ou os direitos que lhes são inerentes;

Após 30 de Junho de 2011, e até à data de efectiva conversão dos VMOCs, a AUTO-INDUSTRIAL SGPS

comprometeu-se a não reduzir, seja de que forma for, o seu interesse económico para uma

percentagem inferior a dois terços do interesse económico adquirido na BANIF SGPS aquando da

concretização das transacções previstas naquele contrato.

Excluiram-se do referido Contrato quaisquer transacções de acções e de VMOCs efectuadas entre a

AUTO-INDUSTRIAL SGPS e sociedades dominadas directa ou indirectamente por si e entre aquelas

sociedades entre si, desde que o adquirente se vincule ao Contrato celebrado.

Além do acordo supra mencionado, não existem quaisquer outros acordos parassociais que sejam do

conhecimento da EMITENTE.

6.9. Representante para as relações com o mercado

O representante da EMITENTE para as relações com o mercado é o Senhor Dr. Carlos David Duarte de

Almeida, Vice-Presidente do Conselho de Administração da EMITENTE, com endereço profissional na

Av. José Malhoa, n.º 22 - 5º, 1099-012 Lisboa e mail para contacto [email protected].

Page 147: BANIF

147

CAPÍTULO VII – INFORMAÇÕES RELATIVAS À ACTIVIDADE DA EMITENTE

7.1. Principais actividades da EMITENTE

7.1.1. Natureza das principais actividades da EMITENTE

A BANIF SGPS é uma SGPS que exerce, em exclusivo, as funções de holding e de comando estratégico do

BANIF – GRUPO FINANCEIRO, tanto a nível nacional como internacional. A sua actividade encontra-se

centrada na gestão das suas participações financeiras, sendo complementada com a gestão da sua

tesouraria e a definição e dinamização de estratégias a serem implementadas nas diferentes sociedades

que compõem o BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO é composto por sociedades de competência especializada nos sectores

bancário e segurador, apoiadas num conjunto de outras sociedades que operam em diversas áreas do

sector financeiro. Encontra-se organizado por áreas autónomas de negócio através de sub-holdings: a

BANIF COMERCIAL SGPS, a BANIF INVESTIMENTOS SGPS e o BANIF MAIS SGPS. Refira-se que a actividade

seguradora é desenvolvida ao nível das sociedades participadas pela RENTIPAR SEGUROS SGPS, na qual a

BANIF SGPS detém uma participação de 47,69% no capital social.

A BANIF COMERCIAL SGPS agrega, exclusivamente, a gestão das participações financeiras ligadas à

actividade da banca comercial e crédito especializado.

A actividade da sub-holding BANIF INVESTIMENTOS SGPS compreende fundamentalmente a gestão das

participações sociais que estão predominantemente ligadas à banca de investimento, áreas de mercado de

capitais e de gestão de activos, a nível nacional e internacional.

O BANIF MAIS SGPS, anteriormente com a denominação social de Tecnicrédito SGPS, S.A., foi integrado

como uma sub-holding do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, a partir de 30 de Setembro de 2009, e a sua

actividade consiste, exclusivamente, na gestão das participações financeiras ligadas à actividade do

crédito especializado e do cross-selling de produtos associados.

No seguimento da política de crescimento do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, quer no sector financeiro,

quer no sector segurador, procedeu-se em 2009 a uma reorganização, através de um rearranjo da estrutura

de detenção das participações sociais na CSA, por forma a posicionar a RENTIPAR SEGUROS como

holding do BANIF – GRUPO FINANCEIRO para o sector da actividade seguradora.

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO detém ainda uma unidade autónoma que se dedica exclusivamente à

gestão dos imóveis do GRUPO.

Actualmente, o negócio do BANIF – GRUPO FINANCEIRO é desenvolvido essencialmente em torno das

seguintes áreas: (i) banca comercial e crédito especializado, (ii) banca de investimento, (iii) seguros e (iv)

outras actividades.

(i) Banca Comercial e Crédito Especializado

A actividade comercial do BANIF – GRUPO FINANCEIRO em Portugal afecta à banca comercial é

desenvolvida pelo Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A., que a partir de 2009 passou também a

englobar o Banco Banif e Comercial dos Açores, S.A. (instituição detida a 100% pela BANIF COMERCIAL

SGPS), após a concretização da fusão entre as duas instituições. A fusão entre o BANIF e o BBCA tornou-

se efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009.

Page 148: BANIF

148

No que respeita ao crédito especializado, esta área de negócio é desenvolvida pelo BANIF MAIS e pela

Banif Rent – Aluguer, Gestão e Comércio de Veículos Automóveis, S.A.. Refira-se que está

perspectivada, no decurso de 2011, a extinção da Banif Go, Instituição Financeira de Crédito, S.A.,

enquanto entidade jurídica, com a integração de alguns dos seus activos e passivos no BANIF MAIS e dos

restantes no BANIF.

Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

O BANIF é uma entidade integrada no BANIF – GRUPO FINANCEIRO que se dedica à actividade da banca

comercial, actuando nos segmentos de empresas, médio/alto de particulares, retalho, crédito imobiliário,

crédito ao consumo, crédito pessoal e crédito especializado.

Refira-se que com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2009, o BANIF incorporou por fusão o BBCA,

instituição do BANIF – GRUPO FINANCEIRO que actuava na área de banca comercial na Região Autónoma

dos Açores.

Importa ainda salientar que foi recentemente concluído o processo de reestruturação da actividade de

locação financeira imobiliária do BANIF – GRUPO FINANCEIRO em Portugal, até agora desenvolvida

exclusivamente pela BANIF GO e que, a partir de 2011, passou a ser realizada através do BANIF. Para

tanto, o BANIF integrou toda a carteira de leasing imobiliário daquela instituição financeira de crédito,

através de uma operação de cisão-fusão cujo projecto mereceu a aprovação do Banco de Portugal em 28

de Dezembro de 2010. A conclusão deste processo permitiu ampliar a oferta de produtos de

financiamento imobiliário disponibilizada pelo banco.

No final de Dezembro de 2010, o BANIF apresentava um total de 417 pontos de venda, dos quais 409 em

Portugal (311 em Portugal Continental, 43 na RAM e 55 na RAA) e 8 no estrangeiro. O quadro seguinte

representa uma síntese da presença do BANIF nas diversas áreas geográficas onde desenvolve a sua

actividade.

PONTOS DE VENDA (31-12-2010) CONTINENTE MADEIRA AÇORES ESTRANGEIRO TOTAL

Agências 276 38 46 0 360

Centros de Empresas 20 1 4 0 25

Centros de Clientes Institucionais 0 0 1 0 1

Banif Privado 14 1 1 0 16

Call Centre 1 0 0 0 1

S.F.E. 0 2 1 0 3

Lojas de Habitação 0 1 1 0 2

Escritórios de Representação / Outros 0 0 1 8 9

TOTAL 311 43 55 8 417

Fonte: Relatórios e Contas da EMITENTE

No final de 2010, e como resultado da actividade comercial, as principais variações ocorridas no balanço

do BANIF, foram as seguintes:

o activo líquido aumentou 7,4% para 12.402,7 milhões de Euros;

o crédito sobre clientes bruto subiu 4,8% para 10.419,1 milhões de Euros;

os recursos de clientes (incluindo resp. representadas por títulos) subiram 10,7% para 7.918,6

milhões de Euros;

Os capitais próprios do BANIF registaram um aumento de 226,0 milhões de Euros (+32,3%) para 925,4

milhões de Euros.

Page 149: BANIF

149

Como já referido, o activo líquido apresentou um acréscimo de 7,4% relativamente ao final de 2009,

ascendendo a 12.402,7 milhões de Euros, mais 856,1 milhões de Euros.

O crédito a clientes apresentou, no final de 2010, um saldo bruto de 10.419,1 milhões de Euros, mais

4,8% do que no exercício anterior. Cerca de 41,8% do total do crédito está concedido a particulares, do

qual 74% é crédito imobiliário. O crédito imobiliário ascendia, em 31 de Dezembro de 2010, a 3.223,0

milhões de Euros, dos quais 2.774,4 milhões de Euros se encontravam titularizados. Comparativamente a

2009, o saldo do crédito imobiliário aumentou na globalidade 4,4%, e o titularizado 11,8%. Para este

último aumento contribuiu a realização, em 2010, de uma operação de securitização, a Atlantes

Mortgages 7, que ascendeu a 397,8 milhões de Euros.

Ainda no crédito a particulares, o crédito ao consumo ascendia no final de 2010 a 375,1 milhões de Euros,

contra 391,2 milhões de Euros um ano antes, ou seja, desceu 4,1%. Em 2010, também foi concretizada

uma operação de titularização de crédito ao consumo, a Atlantes Finance 3, que abrangeu 240,5 milhões

de Euros de créditos.

O crédito a empresas, que no final de 2010 representava cerca 57,7% do crédito total, ascendia a 6.013,9

milhões de Euros, mais 6,1% do que no final de 2009.

Em finais de 2009 e 2010, a carteira de crédito do BANIF encontrava-se distribuída do seguinte modo:

Unidade: milhões de Euros

CRÉDITO A CLIENTES 31-12-2009 31-12-2010

Particulares 4.237 4.352

Crédito Imobiliário 3.086 3.223

do qual titularizado 2.480 2.774

Crédito ao Consumo 391 375

Outro 759 195

Empresas 5.670 6.014

Desconto 333 293

Empréstimos 2.366 2.706

Contas Correntes 2.472 2.260

Outros 498 755

Juros a receber e vencidos 35 54

TOTAL DE CRÉDITO BRUTO 9.941 10.419

Imparidade de Crédito 304 347

TOTAL DE CRÉDITO LÍQUIDO 9.637 10.072

Fonte: Relatórios e Contas do BANIF

Além das operações de titularização atrás referidas, o BANIF realizou, em 2010, cessões de crédito com

outras empresas do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, desreconhecidas do Balanço, no total de 83,0 milhões

de Euros, pelo preço de 65,8 milhões de Euros, valores semelhantes às cessões realizadas em 2009, que

somaram 75,3 milhões de Euros, pelo preço de 68,1 milhões de Euros.

O rácio de “imparidade/crédito total” situou-se, no final de 2010, em 3,33% (3,05% em 31 de Dezembro

de 2009), reflexo da actual conjuntura económica adversa.

Os activos financeiros disponíveis para venda ascendiam, em 31 de Dezembro de 2010, a 451,4 milhões

de Euros, mais 327,1 milhões de Euros do que em 2009. Neste aumento, cerca de 248,7 milhões de Euros

correspondem a variações nas obrigações adquiridas no âmbito das operações de securitização,

nomeadamente pela aquisição da totalidade das obrigações decorrentes das operações concretizadas em

2010, a Atlantes Mortgages 7 e Atlantes Finance 3. O restante aumento corresponde a aquisições de

diversas obrigações e de OT‟s.

Page 150: BANIF

150

Relativamente à carteira de activos financeiros ao justo valor através de resultados, verificou-se um

aumento de 69,9 milhões de Euros, aumento influenciado principalmente pela aquisição de UP‟s e de

obrigações Rentipar Seguros 2015.

Relativamente ao passivo, a estrutura do funding do BANIF alterou-se ligeiramente entre os períodos em

análise. Esta alteração configura-se favorável no actual contexto financeiro e foi conseguida devido a uma

maior captação de recursos de clientes.

Unidade: milhões de Euros

ESTRUTURA DE RECURSOS FINANCEIROS DO BANIF 2009 2010

Recursos de Bancos Centrais 1.103,4 1.651,0

Recursos de Outras Instituições de Crédito 1.621,0 1.012,5

Recursos de Clientes 7.155,1 7.918,6

Passivos Financeiros 8,8 17,0

Passivos Subordinados 434,4 428,9

TOTAL DE FUNDING 10.322,8 11.028,0

Fonte: Relatórios e Contas da EMITENTE

O total do funding aumentou 705,3 milhões de Euros entre Dezembro de 2009 e Dezembro de 2010, ou

seja, subiu 6,8%. Os recursos de clientes foram os que apresentaram maior subida, com um aumento de

763,5 milhões de Euros, mais 10,7%, passando a representar 71,8% do total do funding, contra 69,3% um

ano antes.

Os recursos de bancos centrais, nomeadamente do Banco Central Europeu, apresentam um aumento de

saldo de 547,5 milhões de Euros, mais 49,6% do que estava registado em 31 de Dezembro de 2009,

passando a representar 15,0% do total do funding, contra 10,7% no ano anterior. O aumento verificado

nestes recursos foi potenciado com o aumento da disponibilidade de colaterais resultantes das operações

de securitização efectuadas no ano.

Os recursos de outras instituições de crédito evoluíram em sentido contrário, diminuindo 608,5 milhões

de Euros face a Dezembro de 2009, menos 37,5%, reduzindo o seu peso no total do funding, no final de

2010, para cerca de 9,2%, em comparação com 15,7% no final de 2009.

Os recursos de clientes, que incluem depósitos de clientes, responsabilidades representadas por títulos e

passivos financeiros ao justo valor, apresentaram a seguinte evolução face ao final de 2009:

Unidade: milhões de Euros

ESTRUTURA DE RECURSOS DE CLIENTES DO BANIF 2009 2010

Depósitos de Clientes 6.606,4 7.158,3

À ordem 1.189,6 1.311,3

A prazo 4.773,3 5.303,6

Poupança 600,1 503,4

Outros 43,4 39,9

Respons. repres. por Títulos 528,3 755,3

Passivos financeiros ao justo valor 20,4 5,0

TOTAL DE RECURSOS DE CLIENTES 7.155,1 7.918,6

Fonte: Relatórios e Contas da EMITENTE

Os depósitos de clientes subiram 8,4%, no período em análise, representando um aumento de 551,9

milhões de Euros. Os depósitos a prazo aumentaram 530,4 milhões de Euros, mais 11,1%, e os depósitos

Page 151: BANIF

151

à ordem mais 121,7 milhões de Euros, uma subida de 10,2%. Os restantes tipos de depósitos, poupança e

outros, diminuíram 96,7 milhões de Euros e 3,5 milhões de Euros, respectivamente.

No final de 2010, os passivos financeiros ao justo valor apresentavam um saldo de 5,0 milhões de Euros,

que representava na sua totalidade obrigações de caixa BCA 2006/2011. A diferença de saldo para 2009

(15,4 milhões de Euros), corresponde ao reembolso das obrigações de caixa Banif Euro Multiactivos

2005/2010 e Banif Eurostoxx 2005/2010.

Em Junho de 2010, o BANIF emitiu Obrigações Banif 2010 Float Euromedium Term Program, no

montante de 150,0 milhões de Euros, com vencimento em Junho de 2011, registados na rubrica

“responsabilidades representadas por títulos”. A restante variação nesta rubrica decorre do aumento de

certificados de depósito.

Os Capitais Próprios do BANIF, em base IAS/IFRS, atingiram 925,4 milhões de Euros no final de 2010,

um aumento de 32,3% face ao registado no final de 2009, devido ao aumento do capital social do Banco,

de 214,0 milhões de Euros, realizado pela BANIF COMERCIAL SGPS em Dezembro de 2010.

Como resultado do reforço de capitais próprios, acima referido, o rácio de solvabilidade, calculado nos

termos regulamentares do Banco de Portugal, subiu para 14,00%, no final de 2010, face a 13,23% no final

de 2009. O rácio de solvabilidade, em contas IAS/IFRS e determinado de acordo com as Core Criteria de

Basileia, situava-se em 14,54% no final de 2010 (13,10% em 31 de Dezembro de 2009), enquanto o rácio

Core Tier I atingiu 10,76% (8,93% em 31 de Dezembro de 2009).

Os resultados líquidos de 36,2 milhões de Euros, conjugados com o aumento verificado ao nível da base

de capital, proporcionaram um Return on Equity de 5,19% (4,84% em 2009) e um Return on Assets de

0,30% (0,25% em 2009), ambos calculados a valores médios dos capitais próprios e dos activos do

Banco.

Os principais indicadores financeiros do BANIF para os exercícios de 2009 e de 2010 encontram-se

reflectidos nos quadros abaixo apresentados.

Page 152: BANIF

152

Unidade: milhares de Euros

INDICADORES FINANCEIROS (ANÁLISE COMPARATIVA EM BASE IAS/IFRS) 31-12-2009 31-12-2010

Balanço

Activo Líquido 11.546.621 12.402.714

Crédito a Clientes (Bruto) 9.940.935 10.419.117

Recursos de Clientes (incluindo respons. repres. por títulos) 7.155.098 7.918.592

Capitais Próprios 699.391 925.380

Demonstração de Resultados

Margem Financeira 213.320 231.818

Produto da Actividade 324.595 328.822

Custos Administrativos (191.481) (185.671)

Provisões / Imparidade (97.385) (85.604)

Resultado do Exercício 28.495 36.176

Outros Indicadores

Imparidade de Crédito / Crédito Total 3,05% 3,33%

Cost to Income 63,78% 60,86%

ROE 4,84% 5,19%

ROA 0,25% 0,30%

Rácio de Solvabilidade (Core Criteria de Basileia) 13,10% 14,54%

Tier 1 (Core Criteria de Basileia) 8,93% 10,76%

Fonte: Relatórios e Contas da EMITENTE

Sendo uma instituição de origem madeirense, o mercado regional da RAM assume uma particular

relevância na actividade bancária desenvolvida pelo BANIF, sendo importante referir que esta última tem

vindo a ser definida pelo objectivo estratégico de manutenção do crescimento do negócio e consolidação

da posição de liderança alcançada neste mercado regional.

A actividade do BANIF na RAM durante o exercício de 2010, foi desenvolvida num contexto marcado por

dois factores de ordem e grandeza distintos, embora ambos com implicações directas no desenvolvimento

da actividade. Por um lado, verificou-se um agravamento da conjuntura macro e micro-económica e, por

outro lado, foram sentidas as consequências da catástrofe natural que assolou a região em Fevereiro de

2010 e, que a nível regional agravou as consequências de tal conjuntura adversa.

Não obstante os factores supra mencionados, a actividade do BANIF na RAM e RAA tem sido pautada

pela manutenção da evolução e consolidação da posição de liderança nestas regiões, em linha com o seu

plano estratégico.

De um modo geral, o BANIF tem desenvolvido a sua actividade num contexto particularmente complexo,

que impõe dificuldades transversais a todo o sector bancário, entre as quais se destacam os níveis cada

vez mais exigentes de regulamentação e de supervisão, bem como as adversas condições de mercado,

caracterizadas por contrangimentos de liquidez, pelo aumento do custo de funding e pela deterioração da

qualidade das carteiras de crédito.

Recentemente, a crise das finanças públicas dos países do Sul da Europa, entre os quais Portugal, levou à

subida dos spreads das respectivas dívidas soberanas e ao downgrade das suas notações de rating,

agravando as dificuldades de acesso aos mercados monetários e de capitais internacionais por parte dos

bancos nacionais, os quais se viram, assim, limitados a recorrer às operações de refinanciamento do

Banco Central Europeu e à captação de recursos dos seus clientes. Factor menos recente mas igualmente

inibidor do desempenho dos bancos, a deterioração da qualidade das carteiras de crédito, que se vem

sentindo sobretudo ao nível das empresas, em consequência da persistência da crise económica que teve

início em meados de 2008.

Existe a percepção dos riscos que a actual conjuntura de mercado pode acarretar para o BANIF,

nomeadamente ao nível da liquidez, da compressão da margem financeira e de um eventual agravamento

Page 153: BANIF

153

da deterioração na qualidade dos activos, factores com potencial impacto negativo nos resultados da

instituição, razão pela qual se tem procurado assegurar a sua mitigação, nomeadamente através da revisão

das políticas de funding, de captação de recursos e de originação de activos, de manutenção de recursos

de clientes, da adequação do pricing e das garantias a esta nova realidade económica e do reforço dos

mecanismos de supervisão e de controlo interno.

Em Portugal Continental, a actividade do BANIF encontra-se estruturada por segmento de negócio

nomeadamente empresas, particulares de médio/alto rendimento, retalho, crédito imobiliário e crédito ao

consumo.

Segmento de empresas e de particulares de médio/alto rendimento

A Direcção de Empresas e Banca Privada (“DEP”) é o orgão responsável pela coordenação e

desenvolvimento das áreas de negócio, em Portugal Continental, de pequenas e médias empresas,

institucionais e particulares de médio-alto rendimento. Refira-se ainda que este segmento integra ainda a

actividade desenvolvida pelo núcleo de factoring, órgão que assegura a gestão do negócio de factoring e

confirming do Banco.

No que concerne ao negócio no segmento de particulares de médio/alto rendimento, importa informar que

esta actividade de banca privada é assegurada no Continente pela presença de gestores especializados no

aconselhamento e gestão do património de clientes institucionais e particulares de alto rendimento.

O segmento Empresas da DEP é responsável por gerir e desenvolver a área de negócio do Banco

relacionada com pequenas e médias empresas.

O ano de 2010 continuou a reflectir a conjuntura económico-financeira adversa que marcou o ano de

2009, com consequências directas na deterioração da carteira de crédito. Adicionalmente, as pressões

internacionais sentidas ao nível da dívida soberana tiveram implicações no acesso ao financiamento

internacional. Neste contexto, a DEP focou a sua actividade quer na consolidação do negócio de bom

risco, quer na captação e manutenção de recursos de clientes.

O abrandamento da actividade económica e o aumento dos custos de financiamento levaram à adopção de

políticas de crédito progressivamente mais restritivas, através da aplicação de critérios de risco

prudenciais, rigorosos e selectivos. Tendo sempre presente a solidez do negócio, os níveis de liquidez e os

rácios de solvabilidade do Banco, a DEP utilizou o pricing do crédito e dos recursos como ferramenta de

gestão, recorrendo, nomeadamente, ao repricing de operações de crédito. Conseguiu-se assim, apesar do

aumento dos custos de financiamento, uma melhoria de 1,41% na margem financeira do crédito, que

ascendeu a 3,75% em 2010. Por forma a garantir um acompanhamento estrito e sempre actualizado dos

clientes e dos respectivos negócios, antecipando, nomeadamente, situações de incumprimento, definiu-se

em 2010 uma política de visitas trimestrais. Ainda neste âmbito, destaca-se o funcionamento dos comités

de vigilância, que têm sido um importante instrumento na efectivação deste controlo.

No que se refere à gestão de custos operacionais e de estrutura, prosseguiu-se a política de controlo

anteriormente implementada, continuando-se a apostar na racionalização e optimização das unidades de

negócio. Consequentemente, a DEP encerrou o ano findo em 31 de Dezembro de 2010 com uma rede de

13 Centros de Empresas e 45 Gestores.

No que concerne ao segmento de particulares da DEP, refira-se que o ano de 2010 foi marcado pela

aposta na área de institucionais como estratégia para aumento da capacidade de captação e diversificação

de recursos. Pretende-se assegurar uma gestão de liquidez activa, com os recursos de clientes a

representarem uma fonte crescente de financiamentoque permita ao Banco adaptar-se e reagir aos

Page 154: BANIF

154

condicionalismos dos mercados financeiros. À data de 31 de Dezembro de 2010, o segmento de

particulares da DEP encontrava-se estruturado em 22 gestores.

Segmento de retalho

O BANIF actua no segmento de retalho através da Direcção da Rede de Agências (“DRA”), sendo de

realçar que o principal alvo da banca de retalho consiste na captação de recursos e colocação de produtos

estratégicos de crédito e na prestação de serviços junto de particulares, pequenas empresas e profissionais

liberais no Continente.

Com uma atitude de venda multiproduto cada vez mais enraizada, a DRA assume-se como o canal

principal da comercialização dos produtos estratégicos da banca comercial no Continente (crédito pessoal,

crédito imobiliário, conta gestão de tesouraria e cartões), mantendo uma posição de destaque na captação

de recursos e na colocação de produtos de outras empresas do GRUPO, promovendo em simultâneo, o

crescimento da carteira de clientes activos.

Em 2010, iniciou-se um processo gradual de racionalização de algumas agências, adaptando alguns

quadros de pessoal à dimensão da actividade, tendo em vista incrementar a produtividade por empregado.

O processo de racionalização conduziu ao encerramento de 5 agências, de pequena dimensão, em

situações nas quais a existência de outras unidades de negócios próximas permitiram a realocação dos

clientes sem qualquer perda de qualidade no serviço prestado.

Simultaneamente, continuou o programa de expansão, com a abertura de 11 novos postos de venda, dos

quais 6 com um empregado apenas, em parceria com juntas de freguesia e mediadores da CSA.

Em finais do ano de 2010, a rede de retalho do BANIF era constituída por 273 agências, com um rácio de

3,91 empregados por balcão, um dos mais baixos da banca portuguesa.

Refira-se ainda que a DRA prosseguiu com o “Programa de Gestão de Clientes” que, apesar da

conjuntura desfavorável, apresentou resultados bastante satisfatórios no exercício de 2010: cerca de

59.000 novos clientes captados, colocando 126.000 produtos nesses clientes e terminando o ano com

quase 300.000 clientes activos a evidenciarem um rácio de 3,29 produtos por cliente activo.

Ao longo do ano de 2010, manteve-se o reforço dos 3 grandes projectos estruturantes do negócio

iniciados no 2º semestre de 2008, nomeadamente:

A rede de empresas e empresários, que pretende representar uma nova oferta de qualidade para as

pequenas empresas e respectivos empresários, com produtos inovadores e gestores de negócio

dedicados ao cliente, instalados em agências do Banco com maior dimensão. Esta rede terminou o

ano de 2010 com 52 gestores de negócios registando um aumento de 8 gestores face ao final do

ano de 2009.

O projecto assurfinance, que se traduz numa rede de promotores de negócio para o Banco assente

em agentes da CSA previamente seleccionados, canalizadores de clientes e negócio para a rede de

agências, atingindo já o número de 369 mediadores assurfinance em finais de 2010.

Agências Associadas: das 11 agências abertas em 2010, 9 são agências associadas, mais pequenas

e com um quadro de pessoal mais reduzido. São agências universais, quanto aos serviços

prestados e produtos vendidos e estão dependentes do gerente de uma agência maior, do tipo

standard.

Page 155: BANIF

155

Importa igualmente referir que uma das ferramentas de apoio ao funcionamento da actividade de retalho

do BANIF advém da banca electrónica, a qual permite uma maior aproximação do banco ao cliente e vice-

versa, contribuindo ainda para uma diminuição dos seus custos operacionais. No final de 2010, 77% dos

clientes do Banco já tinham aderido ao Banif@st e, destes, 19% utilizam regularmente este serviço, com

particular incidência o canal de internet.

Crédito imobiliário

A Direcção de Crédito Imobiliário (“DCRI”) é o órgão do BANIF responsável pela gestão e

desenvolvimento dos produtos destinados ao financiamento da aquisição de habitação e espaços

comerciais, bem como ao financiamento destinado ao desenvolvimento de projectos imobiliários.

Este ramo de actividade desenvolvido pelo BANIF tem como principal alvo clientes ao nível do retalho,

mediante a apresentação de opções de financiamento para crédito imobiliário para clientes do banco, ou

através do encaminhamento de clientes de um segmento médio/alto para soluções imobiliárias junto de

outras empresas do BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

No ano de 2010 o sector da construção evoluiu de forma desfavorável, sendo marcado por uma forte

retracção da procura, que se traduziu numa quebra dos preços e consequente esmagamento das margens, e

pela retracção da dinâmica de novos projectos, traduzida na redução do número de pedidos de novos

licenciamentos.

Esta conjuntura, que se agudizou no segundo semestre, marcou toda a actividade da DCRI, que se viu

obrigada a monitorizar de forma sistemática as carteiras e o mercado, com o objectivo de identificar

tendências, antecipar possíveis situações de incumprimento, adaptar a oferta às necessidades dos clientes

e à manutenção da qualidade creditícia.

Exemplos do acima referido foram a reformulação da oferta de financiamento à aquisição de habitação

pelo segmento de não residentes e o alargamento da oferta dos produtos de crédito fomento à construção,

com a introdução de financiamentos destinados ao arrendamento ou exploração.

Apesar dos condicionalismos externos, a carteira de crédito imobiliário (crédito habitação e espaços

comerciais), incluindo os créditos securitizados, cresceu 4%, atingindo no final de 2010 um valor de

3.345 milhões de Euros (Continente: 2.194 milhões de Euros; Madeira: 488 milhões de Euros e Açores:

663 milhões de Euros), o que representa um aumento de 129 milhões de Euros face ao final de Dezembro

de 2009. Tal facto permitiu ao BANIF manter a sua quota de mercado neste produto (2,95%) e registar

uma quota na produção de 3,63%, superior à da carteira.

A produção realizada atingiu um valor de 363 milhões de euros, com um spread médio de 1,97%, o que

teve um reflexo positivo no spread médio da carteira, que atingiu um valor de 1,07% (face a 0,94% em

Dezembro de 2009).

Em termos de originação, a rede comercial do BANIF representou 70% do negócio, sendo o canal

agenciado responsável por 30% da produção em 2010.

Relativamente ao crédito a não residentes, a carteira em 2010 aumentou 10% face ao ano anterior. No

entanto, a produção nova neste segmento em 2010 teve um decréscimo de 44% face a 2009.

No que respeita à carteira de crédito fomento à construção, a mesma apresentou um valor de 426 milhões

de Euros (sendo o valor contratado de 661 milhões de Euros) o que representou uma variação negativa de

Page 156: BANIF

156

1% face a 2009. Tal facto é explicado não só pela conjuntura, mas também pelo estreitamento dos

critérios de aprovação das novas operações.

Também nesta carteira se observou um crescimento dos spreads aplicados, que atingiram um valor médio

de 3,23% (face a 2,32% em 2009).

As obras em carteira apresentam um grau de execução médio de 65%, havendo um claro predomínio de

edifícios para habitação colectiva. Observa-se ainda uma concentração nas regiões de Lisboa (13% em

número de operações e 21% no valor), Porto (16% em número de operações e 10% no valor), Algarve

(20% em número de operações e 22% no valor) e Madeira (20% em número de operações e 18% no

valor), que globalmente representam 70% do negócio.

Encontra-se em curso um processo de reestruturação da actividade de locação financeira imobiliária do

BANIF – GRUPO FINANCEIRO em Portugal, até agora desenvolvida exclusivamente pela BANIF GO e que, a

partir de 2011, passará a ser realizada através do BANIF. Para tanto, o BANIF integrará toda a carteira de

leasing imobiliário daquela instituição financeira de crédito, através de uma operação de cisão-fusão cujo

projecto mereceu a aprovação do Banco de Portugal em 28 de Dezembro de 2010. A conclusão deste

processo, que se encontra pendente de aprovação por parte da Administração Fiscal, irá permitir ampliar a

oferta de produtos de financiamento imobiliário disponibilizada pelo Banco.

Crédito ao consumo

Este segmento compreende a prestação de serviços de aquisição a crédito, com um carácter de consumo,

instrumentada por cartões de pagamento para movimentos a crédito e a débito. Além da componente

relativa aos cartões de pagamento, inclui ainda os sub-núcleos de crédito pessoal, de crédito especializado

e de contas de depósitos e produtos de poupança.

O segmento de crédito especializado compreende a área de crédito a pequenos negócios e empresas

através da rede de retalho, sendo importante referir que o produto estratégico utilizado pelo BANIF na

abordagem a este segmento tem sido a solução “Conta Gestão de Tesouraria”, que consiste no produto

âncora do segmento, tentando a partir deste produto fidelizar os clientes com o lançamento de novos

produtos e acções de up e cross selling.

Durante o ano 2010, o BANIF centrou a sua actividade no processo de migração da carteira de cartões de

crédito para a operativa própria implementada no Banco, e na mudança de centro autorizador dos cartões

de débito, processos que concluiu com êxito, tornando o Banco totalmente autónomo em todos os

domínios da gestão do produto cartão débito e crédito. Não obstante este processo de natureza

operacional, o Banco continuou a dar primazia à sua aposta no aumento da qualidade de serviço aos

clientes, com o lançamento de novos produtos ou iniciativas, entre os quais, se destacam:

Cartões Hello Kitty para não clientes: Foi lançado o Cartão de Crédito Hello Kitty para não clientes,

através do qual se pretendeu atingir um novo segmento de mercado, alargando o âmbito deste produto

já fortemente implantado na base de clientes do BANIF;

Programa de Fidelização para Cartões de Crédito Hello Kitty: Foi lançado no segundo semestre um

programa de fidelização para os Cartões de Crédito Hello Kitty, dirigido a clientes e a não clientes.

Este programa teve por objectivo a fidelização destes cartões e teve por base de cálculo a acumulação

de pontos que se traduz num posterior desconto na compra de artigos com a marca Hello Kitty;

Cartões Contactless: O piloto do Cartão Contactless, iniciado no primeiro semestre de 2010, que teve

por objectivo apresentar a inovadora solução de pagamentos contactless paywave a consumidores e

comerciantes na zona de Lisboa, terminou no segundo semestre de 2010.

Page 157: BANIF

157

No que respeita à carteira, o BANIF registou, face ao final de 2009, um decréscimo global da carteira de

cartões de -3,33%, justificado pelo facto da carteira de cartões de crédito ainda residente na Unicre ter

migrado na sua totalidade no 2º semestre de 2010 para o Banco. Esta migração teve por consequência

directa a normalização da carteira de cartões de crédito, eliminando todos os cartões inactivos da base

(cartões sem transaccionar há mais de 3 meses), do que resultou a sua redução de 91.763 cartões no final

de 2009 para 66.892 cartões no final de 2010. Em cartões de débito, o BANIF registou um ligeiro aumento

em 2010, traduzido numa variação de 4,68% face ao ano anterior.

Os proveitos decorrentes da actividade de cartões de débito do BANIF fixaram-se nos 8,07 milhões de

Euros, o que representa um acréscimo de 21,88% face ao ano anterior. Destaca-se a rubrica de comissões,

na qual se verificou um aumento de 15,60%.

Os proveitos relativos à actividade de cartões de crédito do BANIF fixaram-se nos 9,78 milhões de Euros,

verificando-se um decréscimo de 5,96% face ao ano anterior. Este decréscimo justifica-se pela

normalização da carteira de cartões de crédito decorrente da migração ocorrida no segundo semestre de

2010. Não obstante a redução dos proveitos directos, em termos globais, verificou-se um aumento em

15,70% na rubrica de comissões, obtidas com cartões de crédito, face ao ano anterior.

No contexto da gestão e distribuição multicanal de produtos de depósitos a prazo e poupança, na

contratação de aplicações a prazo, destaca-se o crescimento verificado nos produtos de poupança, na

sequência do alargamento do número de produtos disponibilizados pelo BANIF através da “soluções

poupança”. Em 2010, o montante total de contratação cresceu 71% face a 2009. A par destes valores, o

reforço de poupanças através da banca electrónica teve também um aumento significativo de 88%.

A carteira de crédito ao consumo, na modalidade de crédito pessoal, registou em 2010 um decréscimo em

saldo, consequência do contexto económico envolvente.

Em 2010, verificou-se um crescimento de 7% no número de contratos em carteira e um decréscimo de 4%

no volume de crédito sob gestão, em resultado da contratação de empréstimos com montantes de

financiamento inferiores, em média, aos registados no ano anterior.

Deste modo, a carteira de crédito pessoal, no final do período em análise, cifrou-se em 307 milhões

de Euros de crédito, correspondentes a 56.763 contratos, com um valor médio unitário de 5,4 milhares de

Euros e uma taxa média de 10,49%.

Com o intuito de atenuar a evolução negativa esperada na produção de crédito pessoal, realizaram-se

algumas iniciativas de dinamização da produção, entre as quais se destacam, o lançamento de produtos de

crédito ao consumo com finalidade pré-definida, “Crédito Pessoal Multimédia”, bem como a revisão das

condições de comercialização do Crédito Pessoal Formação Académica.

No âmbito do apoio às vítimas da intempérie ocorrida na Região Autónoma da Madeira, foi criada uma

linha de crédito com condições de financiamento bonificado, com o objectivo de apoiar a recuperação de

infra-estruturas e fazer face às necessidades financeiras dos clientes daquela Região.

No período em referência, de acordo com a regulamentação do Banco de Portugal, procedeu-se ainda à

revisão do preçário praticado na generalidade dos produtos de crédito pessoal.

Em 2010, foi revalidada a certificação de qualidade do processo de crédito pessoal, segundo a norma ISO

9001:2008.

Relativamente aos produtos de concessão de crédito a pequenos negócios através da rede de retalho,

desenvolveu-se, em 2010, uma oferta sectorial atractiva e relevante, apostando na captação de clientes,

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158

gerando, simultaneamente, mecanismos de fidelização e sustentabilidade da relação, suportada por

diversas iniciativas de dinamização comercial.

Deste modo, a partir da oferta de pacotes de produtos e serviços do BANIF – GRUPO FINANCEIRO,

específicos para pequenas empresas e empresários em sectores de actividade económica considerados

estratégicos, desenvolveram-se as Soluções Business: Turismo e Saúde e Bem-Estar.

De igual forma e com o intuito de se flexibilizar a oferta associada ao segmento de pequenos negócios,

promoveu-se o lançamento de um novo produto: o crédito investimento agrícola. Este produto destina-se

a apoiar empresas que actuem essencialmente no sector primário, através do financiamento de

investimentos em explorações agrícolas (aquisição de terrenos, projectos de modernização, diversificação

e reconversão de explorações) e de projectos relacionados com actividades de produção animal,

explorações florestais, caça e pesca.

Estas novas ofertas sectoriais constituem, assim, um instrumento para alavancar a captação de negócio,

nomeadamente de forma a satisfazer as necessidades muito específicas dos diversos sectores, através de

uma oferta agregada de produtos e serviços.

A carteira de crédito, composta pelas diversas soluções que integram a oferta da conta de gestão de

tesouraria, registou um decréscimo de 3% face ao ano anterior, cifrando-se em 295 milhões de Euros. Não

obstante, verificou-se um aumento do número de contratos em carteira, num total de 334, que corresponde

a um incremento de 1,75% do número de contratos face ao ano anterior. No que respeita ao

comissionamento directamente gerado pelas contas de gestão de tesouraria, o aumento foi de 37%, face a

2009, totalizando 2,6 milhões de Euros. No que respeita aos recursos associados à conta de gestão de

tesouraria, registou-se um acréscimo de 9% relativamente ao final de 2009, atingindo-se o valor de 44

milhões de Euros no final de 2010.

No âmbito da gestão da carteira de produtos para captação e aplicação de recursos de clientes particulares,

assistiu-se, em 2010, à reestruturação global da oferta de contas de depósito à ordem e ao lançamento de

novas soluções de poupança.

Atendendo a critérios específicos para segmentação dos clientes, foram desenvolvidos dois novos

produtos de depósito à ordem as contas Plus e Platinum, as quais, a par do ajustamento de outros

produtos em carteira, permitiram criar uma carteira completa, com características específicas e adequadas

a clientes mass-market, affluent e private.

Com o intuito de continuar a incentivar a poupança das famílias, foram lançados no segundo semestre de

2010, o depósito a prazo comemorativo do Dia Mundial da Poupança e a campanha Soluções de

Poupança, esta última suportada na comercialização de novos depósitos a prazo com estrutura de taxa de

juro crescente e numa ampla divulgação nos meios de comunicação.

No que concerne à dinamização de produtos de passivo para o segmento jovem, implementaram-se várias

iniciativas de dinamização da conta nova geração, nomeadamente, campanhas de captação de novos

clientes no Dia Mundial da Criança e de Contas Poupança no período de Natal.

No seguimento da integração do BANIF MAIS no BANIF – GRUPO FINANCEIRO, e com o intuito de tirar

partido de sinergias entre as duas entidades, o BANIF lançou ainda uma campanha de dinamização de

captação de novos clientes, suportada na atribuição de condições promocionais aos clientes daquela

instituição na abertura de conta e domiciliação de vencimentos e de débitos directos.

Page 159: BANIF

159

Canais de distribuição

Refira-se que ao nível de canais de distribuição e de apoio às áreas de negócio, o BANIF conta ainda com a

actividade de call center e de banca electrónica, com a rede de canais agenciados e com os canais e meios

de pagamento electrónicos (cartões, caixas multibanco (ATM‟s) e terminais de pagamento automático).

A rede de canais agenciados representa, na estrutura comercial do BANIF, um importante canal de

angariação de negócio, sobretudo no negócio estratégico do Banco, na captação de recursos e ainda de

novos clientes. Esta rede conta com 1.346 promotores, sob a coordenação da Direcção de Canais

Agenciados (“DCA”). Refira-se ainda o desempenho da rede Assurfinance, vocacionada para a venda de

produtos bancários através dos mediadores de seguros agentes da CSA, e consolidada através da

constituição de uma rede de cerca de 369 promotores assurfinance, a qual contribui para a promoção e

dinamização do negócio bancário do BANIF junto dos seus clientes.

Banco Mais, S.A.

O BANIF MAIS desenvolve a sua actividade na área do crédito ao consumo, actuando em diversas áreas de

financiamento, como o automóvel, máquinas agrícolas, crédito pessoal, saúde e lar, através da

disponibilização de produtos e serviços de acordo com as necessidades e expectativas dos clientes.

A nível internacional, o BANIF MAIS opera ainda em Espanha, na Eslováquia (desde 2005) e na Polónia

(desde 2007), através da presença de sucursais.

O ano de 2009 ficou marcado pela integração do BANIF MAIS no BANIF - GRUPO FINANCEIRO, cujo

objectivo estratégico assentou num potencial de desenvolvimento do crédito ao consumo, na obtenção de

sinergias a vários níveis entre os grupos e no reforço dos capitais próprios permitindo um forte

desenvolvimento da actividade bancária do BANIF - GRUPO FINANCEIRO. Desta integração resultou

igualmente uma mudança de marca do Banco Mais, S.A. (rebranding), tendo esta sido alinhada com a

imagem corporativa do BANIF - GRUPO FINANCEIRO, e em resultado o Banco Mais, S.A. passou a adoptar

a marca comercial “Banif Mais”.

Importa igualmente assinalar que a actividade desenvolvida pelo BANIF MAIS no decurso do exercício de

2010 foi marcada pelos seguintes acontecimentos:

O reforço da posição do BANIF MAIS no mercado de concessão de crédito para aquisição de veículos

em Portugal;

Preparação para o processo de fusão por incorporação no BANIF MAIS da actividade de crédito e

leasing mobiliário da BANIF GO, cujo projecto de cisão-fusão foi entregue ao Banco de Portugal no

final do primeiro semestre e aprovado no final do ano de 2010;

Entrada do BANIF MAIS no “Crédito de Marca” com o desenvolvimento da parceria com a Chevrolet

e o início da parceria com a Hyundai.

Em 2010 o BANIF MAIS foi o operador que apresentou maior crescimento, atingindo, no último trimestre

do ano, a 2ª posição no mercado de veículos usados, com 12,9% de quota anual (7,6% em 2009).

Também no mercado de veículos novos, o BANIF MAIS aumentou a quota de mercado para 3,3% (1,1%

em 2009). No mercado de financiamento de motos o BANIF MAIS é um dos dois operadores que lideram o

mercado, tendo atingido uma quota de mercado de 29,0% em 2010.

No ano em análise, o BANIF MAIS desenvolveu trabalhos de relevo no sentido de obter maiores níveis de

sinergia e eficiência operacional, tirando partido da dinâmica de integração no BANIF – GRUPO

FINANCEIRO. Neste âmbito, há a assinalar as campanhas de cross-selling de produtos Banif/Banco Mais e

a passagem progressiva para o BANIF MAIS das novas operações de crédito e de leasing mobiliário,

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160

anteriormente efectuadas pela BANIF GO. Uma parte importante destas operações diz respeito a

financiamentos para aquisição de equipamentos, o que levou à criação de uma nova direcção a Direcção

Comercial Cross Selling e Equipamentos.

Em Dezembro de 2010, o Banco de Portugal aprovou o processo de fusão dos activos afectos às

actividades de crédito e leasing mobiliário da BANIF GO no BANIF MAIS, tendo esta fusão reproduzido os

seus efeitos contabilísticos a partir de 1 de Janeiro de 2011.

Em Portugal, 2010 foi um ano de incremento da actividade comercial do BANIF MAIS, mantendo-se,

contudo, critérios de análise muito restritivos. Assim, foram celebrados 21.013 contratos, aos quais

correspondeu um volume de crédito de 169,2 milhões de Euros. Apesar do forte incremento da originação

de novos contratos face ao ano anterior, a carteira de crédito, líquida de imparidade, em Portugal,

apresentou ainda uma redução de cerca de 6%.

Ao nível da actividade internacional desenvolvida pelo BANIF MAIS, importa referir que o desempenho

comercial das sucursais da Eslováquia e da Polónia revelou sinais de abrandamento no decurso de 2010.

Na Eslováquia, em 2010, o mercado automóvel registou um abrandamento acentuado, tendo o segmento

de veículos ligeiros de passageiros novos decrescido 14%, face a 2009.

Na Polónia, o mercado automóvel melhorou o seu desempenho em 2010 face ao ano anterior, com o nível

de vendas de automóveis ligeiros de passageiros novos a apresentar um aumento de 4,2%.

Neste contexto, e dada restritividade mantida na concessão de crédito, as sucursais do BANIF MAIS na

Eslováquia e Polónia celebraram, no ano em análise, 1.579 contratos, com um total de crédito concedido

de 6,5 milhões de Euros, o que representa um decréscimo de 23,2% e de 26,3%, respectivamente, face a

2009.

No que concerne à sucursal do BANIF MAIS em Espanha, e face aos níveis de risco existentes e ao

agravamento da situação económica naquele país, foi mantido um total enfoque na actividade de gestão

da carteira de crédito, com particular destaque para a recuperação de crédito em mora, não tendo

praticamente havido lugar à concessão de novos créditos.

Banif Plus Bank, Zrt

Em 2006, a Tecnicrédito Hungria recebeu a autorização formal do Banco Nacional da Hungria e da

PSZAF (entidade de supervisão da Hungria) para proceder à sua transformação em Banco. Na sequência

desta decisão, em Setembro de 2006, foi alterada a denominação social da sociedade, passando esta a

denominar-se Bank Plus Bank Zártkörüen Múködó Részvénytársaság. Actualmente, a sua denominação

social é BANIF PLUS.

O BANIF PLUS actua no mercado do crédito automóvel da Hungria.

A actividade da subsidiária do BANIF MAIS na Hungria acompanhou a tendência negativa do mercado

automóvel húngaro em 2010, que registou um decréscimo de 28% do volume de vendas. No entanto, a

quebra no número de contratos celebrados pela filial foi de apenas 5,4% (e de 1,1% em termos de valor de

crédito concedido) uma vez que, no ano de 2009, havia tido uma diminuição bastante acentuada na

concessão de crédito.

Na sequência da crise financeira internacional e do panorama macroeconómico, as autoridades húngaras

introduziram medidas que impõem restrições ao crédito para compra de veículos, com a introdução de

limites legais ao loan-to-value e a obrigação da introdução de modelos para aferição das taxas de esforço

Page 161: BANIF

161

dos proponentes. Estas medidas são no sentido de limitar o risco de crédito das operações, o que impôs

maior disciplina ao mercado, tendendo a favorecer a qualidade das novas carteiras de crédito e indo de

encontro àquela que é a estratégia do BANIF PLUS em termos de política de concessão de crédito.

Os novos critérios de loan-to-value impostos são diferentes em função da moeda de referência do

empréstimo, tornando mais difícil o acesso aos empréstimos concedidos em moeda estrangeira. Em

resultado destas novas regras, e acompanhando a tendência geral do mercado, a penetração dos

empréstimos na moeda local, o forint, subiu de cerca de 8% em 2009 para 83% em 2010.

Banif Go, Instituição Financeira de Crédito, S.A.

A BANIF GO, anteriormente denominada por Banif Leasing, S.A., resulta da operação de fusão, ocorrida

em 28 de Setembro de 2007, em que esta incorporou a Banif Crédito – Sociedade Financeira para

Aquisições a Crédito, S.A.. Esta entidade do BANIF - GRUPO FINANCEIRO era a entidade que até finais do

exercício de 2010 se dedicava à actividade de locação financeira, através da disponibilização de

todas e quaisquer modalidades de financiamento sob a forma de crédito e leasing auto, leasing mobiliário

e leasing imobiliário.

O mercado do financiamento automóvel assumiu particular realce no projecto que esteve na base do

surgimento da BANIF GO, disponibilizando esta última soluções de financiamento nas modalidades de

leasing e crédito.

Ao nível do leasing mobiliário, a BANIF GO assegurou o financiamento para a aquisição de equipamentos

necessários à actividade das empresas, de empresários em nome individual, de profissionais liberais, de

particulares e de organismos estatais (Administração Central e Autarquias Locais).

No leasing imobiliário, a BANIF GO prestou financiamento à aquisição ou construção de imóveis

(armazéns, instalações fabris, escritórios, lojas, consultórios, etc.) necessários à actividade das empresas,

dos empresários em nome individual, dos profissionais liberais e dos particulares.

Em 31 de Dezembro de 2010, a BANIF GO possuía 1 delegação em Portugal Continental (Lisboa) e 1

delegação na RAM.

Em 2010, a produção global da BANIF GO ascendeu a 102,5 milhões de Euros, dos quais 70,1 milhões de

Euros (68,4% do total) referem-se a contratos de locação financeira mobiliária, 30,0 milhões de Euros

(29,3% do total) a contratos de locação financeira imobiliária e 2,4 milhões de Euros (2,3% do total) a

contratos de crédito.

Em relação ao exercício anterior, no ano de 2010 verificou-se um decréscimo de 32,6% na produção

global da BANIF GO. Esta situação explica-se, basicamente, por dois motivos distintos: em primeiro lugar,

a contínua degradação da conjuntura económica, com reflexo nas políticas de maior contenção e restrição

de crédito, tendencialmente seguidas ao nível de todo o sistema bancário, e em segundo lugar, a

transferência directa de negócio da BANIF GO para a nova estrutura do BANIF MAIS. Em termos

parcelares, há a referir que, em relação ao mesmo período, a locação financeira mobiliária decresceu

26,8%, a locação financeira imobiliária decresceu 41,1% e os contratos de crédito decresceram 55,5%.

Refira-se que em termos de originação no ano de 2010, as redes de distribuição do BANIF contribuíram

com 60,6% da produção de leasing mobiliário, com 37,5% para a produção dos contratos de crédito e

com a totalidade da produção de leasing imobiliário.

Page 162: BANIF

162

No final de 2010, a carteira de crédito, antes de imparidade, ascendeu a 490 milhões de Euros, o que

representa um decréscimo de 16% face ao ano anterior.

Importa salientar que em 25 de Junho de 2010, foi subscrito pelos Conselhos de Administração das

Sociedades BANIF, da BANIF GO e do BANCO MAIS um projecto de cisão-fusão, no âmbito do qual foi

projectada a cisão da BANIF GO em dois patrimónios distintos, o primeiro, „Património A‟, constituído

por todos os activos e passivos que consubstanciam os ramos de actividade “leasing mobiliário” e

“financiamento de aquisições a crédito”, a incorporar por fusão no BANCO MAIS, e o segundo,

„Património B‟, constituído por todos os activos e passivos que consubstanciam o ramo de actividade

“leasing imobiliário”, a incorporar por fusão no BANIF.

Na sequência do projecto cisão-fusão supra mencionado, em 2011, verificou-se a extinção da BANIF GO,

enquanto entidade jurídica, com a integração de alguns dos seus activos e passivos no BANIF MAIS e os

restantes no BANIF.

Banif Rent – Aluguer, Gestão e Comércio de Veículos Automóveis, S.A.

A actividade de locação operacional do BANIF - GRUPO FINANCEIRO, como locador, encontra-se afecta à

BANIF RENT.

A BANIF RENT tem como missão apoiar as empresas clientes das redes comerciais do BANIF na definição

e implementação de uma política de gestão da sua frota automóvel, fornecendo-lhes os meios financeiros

e logísticos para a sua concretização.

No exercício de 2010, foram celebrados pela BANIF RENT 2.800 novos contratos (3.125 contratos no ano

anterior), o que se traduziu num decréscimo de 10%, num valor total de investimento de 26 milhões de

Euros. O referido decréscimo deveu-se, em grande parte, à decisão da redução da exposição a clientes do

segmento “rent-a-car”, bem como à situação macroeconómica que se viveu em 2010.

Refira-se ainda que a BANIF RENT encerrou o ano de 2010 com uma frota total sob gestão de 4.671

veículos (4.387 veículos no final de 2009), dos quais 3.138, incluem serviços (manutenção, pneus, viatura

de substituição e seguro CSA), o que representa um acréscimo de 21% face a 2009.

Durante o ano, manteve-se a estratégia de proceder ao realuguer de viaturas, o que permitiu uma maior

rentabilidade das mesmas antes da sua alienação.

O crescimento verificado no mercado de veículos ligeiros de passageiros foi, em grande parte,

impulsionado pelas vendas a particulares, para as quais contribuiu o incentivo especial para o abate de

viaturas com mais de 10 anos.Para 2011, em termos de produção, o objectivo passa por um crescimento

de aproximadamente 18%. Para o efeito, a BANIF RENT irá manter a estratégia de apoio junto das redes

comerciais do BANIF, tendo em consideração a integração dos parceiros do BANIF MAIS (Rede de

Concessionários Chevrolet, Hyundai e Concessionários do Grupo Auto Industrial). Irão ainda ser

privilegiados os pontos de venda (concessionários de marca) e alargar a base de trabalho junto de clientes

directos. Contrariamente às expectativas económicas futuras do país, o mercado de aluguer operacional de

viaturas deverá crescer em 2011, uma vez que o renting se apresenta como um produto atractivo,

sobretudo em alturas de crise para as empresas Portuguesas.

Em Abril de 2010, a BANIF RENT procedeu ao reforço da sua estrutura organizacional, com a integração

nos seus quadros de 13 colaboradores oriundos da BANIF GO. Este aumento pretendeu dar resposta ao

crescimento que a sociedade tem vindo a registar no passado recente com o objectivo de dotar a estrutura

organizacional da empresa dos profissionais necessários para alcançar os objectos que se propõe atingir

no futuro próximo. Procedeu-se ainda à abertura de uma delegação comercial no Porto, o que permitiu

Page 163: BANIF

163

reforçar o apoio disponibilizado às redes comerciais do BANIF e ainda prestar um acompanhamento mais

próximo dos clientes da região norte.

No que concerne à actividade internacional no segmento da banca comercial do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO, esta é desenvolvida pelas sociedades: Banif – Banco Internacional do Funchal (Cayman),

Ltd., Banif International Bank, Ltd, Banif Finance (USA), Corp., Banif Financial Services, Inc., Banif –

Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A., Banca Pueyo, S.A., Banco Caboverdiano de Negócios,

S.A. e Banif Bank (Malta), Plc..

Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd.

O BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (CAYMAN) é uma instituição bancária constituída em

1993 que assenta a sua actividade na (i) captação de recursos junto de particulares e empresas, através da

oferta de produtos de poupança, (ii) financiamento de operações de tesouraria, crédito imobiliário e trade

finance, (iii) operações de mercado interbancário e (iv) aplicações em instrumentos de dívida.

Desenvolve o seu modelo de negócio em estreita ligação com as redes comerciais do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO situadas no Continente Americano, em especial no Brasil e na Venezuela, com o objectivo

de incrementar a angariação de funding para o GRUPO através de recursos captados junto de clientes

residentes nessas localizações.

O desenvolvimento de algumas funções operativas, compliance, auditoria interna e gestão de riscos é

assegurado pelo GRUPO no âmbito de um acordo de prestação de serviços. Por outro lado, e dada a

natureza limitada das operações desenvolvidas pelo BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL

(CAYMAN), o controlo dos riscos de natureza reputacional e legal (cumprimento das leis e

regulamentações aplicáveis e em vigor no país, regras de controlo e detecção de lavagem de dinheiro

"AML rules and regulations") e as regras de identificação de clientes "KYC rules"), são devidamente

assumidos e assegurados pela Direcção Geral do BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL

(CAYMAN) nas Ilhas Caimão, que reporta directamente ao Conselho de Administração.

Importa salientar no decurso do exercício de 2010 a alienação da totalidade das participações detidas pelo

BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (CAYMAN) no capital social da Banif International

Holdings, Ltd. (85%) e na FINAB (60%).

Banif International Bank, Ltd.

O BANIF INTERNATIONAL BANK é um banco subsidiário com sede em Nassau, Bahamas, que foi

constituído no final do 1º semestre de 2005, mediante autorização do Banco Central das Bahamas, no

âmbito da estratégia de alargamento da actividade internacional do BANIF – GRUPO FINANCEIRO. A sua

actividade assenta na (i) captação de recursos junto de particulares e empresas, através da oferta de

produtos de poupança e serviços bancários, (ii) em operações de mercado interbancário e (iii) no

financiamento de operações de crédito imobiliário e tesouraria.

O capital social do BANIF INTERNATIONAL BANK é detido pela BANIF INVESTIMENTOS SGPS em 99,9% e

pela BANIF COMERCIAL SGPS em 0,1%. Contudo, e na medida em que a participação social detida pela

BANIF INVESTIMENTOS SGPS encontra-se representada por acções ordinárias e a participação social detida

pela BANIF COMERCIAL SGPS encontra-se representada por acções preferenciais sem voto, actualmente a

BANIF INVESTIMENTOS SGPS detém 100% dos direitos de voto do BANIF INTERNATIONAL BANK.

Este banco beneficia de isenção total de impostos locais e dispõe de uma licença para o exercício da

actividade bancária com quaisquer clientes, desde que não sejam residentes naquele território. Procurou-

Page 164: BANIF

164

se através da constituição desta sociedade diversificar a oferta de produtos e de serviços bancários do

GRUPO, principalmente no Continente Americano.

No que respeita ao total do crédito concedido, o portfólio de crédito do BANIF INTERNATIONAL BANK

ascendeu a 469 milhões de dólares em 31 de Dezembro de 2010 comparativamente a 143 milhões de

dólares em 31 de Dezembro de 2009.

O desenvolvimento de algumas funções operativas, compliance, auditoria interna e gestão de riscos é

assegurado pelo GRUPO no âmbito de um acordo de prestação de serviços. Por outro lado, e dada a

natureza e montantes das operações desenvolvidas pelo BANIF INTERNATIONAL BANK, o controlo dos

riscos de natureza reputacional e legal (cumprimentos das leis e regulamentações aplicáveis e em vigor no

país, regras de controlo e detecção de lavagem de dinheiro "AML rules and regulations") e as regras de

identificação de clientes "KYC rules"), são devidamente assumidos e assegurados pela Direcção Geral do

Banco nas Bahamas, que reporta directamente ao Conselho de Administração.

Banif Finance (USA) Corp.

A BANIF FINANCE (USA), anteriormente designada por Banif Mortgage Company, é uma instituição de

crédito hipotecário licenciada no Estado da Flórida, nos Estados Unidos da América, cuja actividade

principal consiste na concessão de crédito imobiliário para habitação e comércio e na concessão de

financiamentos ao comércio internacional, a importadores e exportadores com sede nas Américas.

De acordo com a regulamentação do Florida Office of Financial Regulation, Division of Securities and

Finance, a BANIF FINANCE (USA) está sujeita a fiscalização governamental e correspondente legislação.

A verificação ao nível de compliance local é também levada a efeito anualmente por uma terceira

entidade independente, a fim de reduzir os riscos legais e operacionais a que possa estar exposta.

Esta sociedade iniciou a sua actividade em Fevereiro de 2002. Em 31 de Dezembro de 2008, alterou a sua

denominação social de Banif Mortgage Company para Banif Finance (USA), Corp. com o objectivo de

reflectir a expansão das suas actividades, as quais incluem actualmente os financiamentos de comércio

internacional, como resultado da fusão com a Banif Forfaiting (USA), Inc..

No que diz respeito ao crédito imobiliário, a BANIF FINANCE (USA) não só financia a compra e/ou

construção de habitação própria ou imóveis para investimento a clientes do BANIF – GRUPO FINANCEIRO,

mas também financia a compra e/ou construção de imóveis comerciais a clientes institucionais. Todas as

decisões sobre operações de crédito imobiliário são fundamentadas numa análise de crédito e/ou de

viabilidade de projecto, para além de uma avaliação de imóveis feita por uma firma independente

especializada. Todos os projectos imobiliários financiados pela BANIF FINANCE (USA) estão garantidos

por hipoteca sobre o activo financiado.

Durante o ano de 2010 e sob condições de mercado particularmente adversas, a BANIF FINANCE (USA)

financiou um total de 13 novas operações, num montante total de 20,3 milhões de dólares,

comparativamente a um montante de 56 milhões de dólares financiados em 2009. Esta redução ficou a

dever-se a critérios de concessão de créditos muito restritivos.

Banif Financial Services, Inc.

A BANIF FINANCIAL SERVICES é uma sociedade constituída em Novembro de 2000, registada no Estado

da Flórida, licenciada como Registered Investment Adviser, que fornece aos seus clientes serviços de

aconselhamento ao investimento. Como entidade regulada pelo Governo e sob a jurisdição do Florida

Office of Financial Regulation, Division of Securities and Finance, a BANIF FINANCIAL SERVICES segue

Page 165: BANIF

165

todos os procedimentos operacionais, códigos de ética e políticas anti-branqueamento de capitais a que

está sujeita, assim reduzindo os riscos legais e operacionais da actividade.

A BANIF FINANCIAL SERVICES actua nos E.U.A. como US Investment Adviser e tem como missão:

Desenvolver e apoiar os negócios do Banif - Private Wealth Management, contando para tal, com

uma equipa de investment advisers que, a partir de Miami, cobre os mercados do Brasil,

Venezuela e Argentina;

Articular com a sede do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, em Lisboa, com o BANIF – BANCO

INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL), com o BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL

(CAYMAN), com o BANIF INTERNATIONAL BANK e outros prestadores de serviços, todo o

processo de criação, implementação e manutenção de serviços e produtos do Banif – Private

Wealth Management.

No final de 2010, o Banif – Private Wealth Management contava com um total de 265 clientes e um total

de activos sob gestão de 154 milhões de dólares (118 milhões de dólares no final de 2009).

Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A.

O BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL) é uma instituição de direito Brasileiro,

vocacionada para a área da banca comercial com enfoque em operações de crédito comercial,

financiamento imobiliário, tesouraria, câmbio e de comércio externo com empresas de média e grande

dimensão.

Refira-se ainda a criação da “Financeira Banif” no início do ano de 2008, a qual dotou o BANIF – BANCO

INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL) da capacidade de competir no mercado de bens de consumo, com

empréstimos pulverizados e de boas margens de rendibilidade.

Das 15 maiores economias do mundo, o Brasil foi um dos países que apresentou uma menor queda do

Produto Interno Bruto em 2009, conseguindo mitigar o impacto da crise de 2008. O Brasil foi ainda o país

que, no ano de 2010, conseguiu o maior crescimento do Produto Interno Bruto, de entre o referido

conjunto de países, alcançando 7,5% de crescimento. Este desempenho resultou de um clima político de

cariz marcadamente social, mas que também tem permitido o crescimento do sector privado, melhorando

a distribuição de rendimentos e incentivando o desenvolvimento das suas infra-estruturas. Foi ainda o

resultado de um conjunto de medidas de redução de impostos sobre a indústria, principalmente a

automóvel, que atingiu vendas de 3,6 milhões de unidades, levando o Brasil a ser o quarto maior produtor

automóvel mundial. Por outro lado, a forte expansão do crédito ao consumo e imobiliário para a

população de baixo rendimento e de classe média, o que promoveu uma forte competição - entre os

bancos privados, pelo referido segmento de mercado.

O BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL) manteve-se fiel ao objectivo de se vir a tornar

num importante banco de média dimensão, aumentando progressivamente a sua quota de mercado e

oferecendo um serviço personalizado aos clientes de classe média e alta. O banco aposta num conceito de

“banca de relacionamento”, oferecendo produtos de “private banking”. Mantém ainda uma importante

área de crédito ao consumo, com a Banif Financeira – e o BanifCard, e de serviços de apoio à exportação,

capitalizando a vocação internacional do GRUPO e fazendo uso da sua importante rede comercial a nível

internacional. Por fim, a actividade do banco é ainda complementada pelos serviços do BANIF - BANCO

DE INVESTIMENTO (BRASIL), principalmente na venda de serviços da Banifinvest e nas operações de

mercado de capitais e asset management.

No ano de 2010, no contexto do crescimento do país e das fortes medidas económicas implementadas, o

BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL) cresceu significativamente, sendo reconhecido

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166

como um banco de grande dinâmica, com uma estratégia definida e de grande envolvimento com o Brasil.

O BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL) é já uma marca brasileira reconhecida e

continua melhorando a sua posição no ranking das instituições bancárias daquele país. De acordo com as

estatísticas das associações bancárias e do Banco Central do Brasil, o BANIF – BANCO INTERNACIONAL

DO FUNCHAL (BRASIL) é, actualmente, o 20º em operações do comércio exterior e câmbio, o 62º em

depósitos e o 79º em activos.

O ano de 2010 iniciou-se com relativa estabilidade nos mercados externos, pelo que, considerando que a

crise internacional não teve um impacto forte no Brasil, o Banco procurou manter o seu crescimento

orgânico e ganhar quota de mercado. No ano em referência, o BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO

FUNCHAL (BRASIL) aumentou os seus activos em 33%, atingindo 1.978 milhões de reais, e apresentou a

excelente marca de crescimento de 39% nos recursos captados junto a clientes, atingindo 1.042 milhões

de reais.

A Banif Financeira, brand para o sector do crédito automóvel e ao consumo, que funciona em parceria

com a promotora Lusicred, já se classifica entre as dez mais dinâmicas do país no crédito automóvel e

apresenta, nestes quatro anos de operação, um dos melhores indicadores de qualidade de risco, quando

comparada com outras empresas do sector, atingindo em 2010 um crescimento de 183%, fechando o ano

com 362,8 milhões de reais de carteira de crédito.

A área de Comércio Exterior e Câmbio tem sido, ao longo dos anos, de uma importância vital e

estratégica no desenvolvimento da actividade, o que levou o banco a ser apontado como “dealer” pelo

Banco Central durante os últimos seis anos. No que respeita aos financiamentos ao comércio exterior que

no passado tinham uma participação relativa mais significativa, actualmente ascendem a 125 milhões de

reais, em função do redireccionamento da actividade do banco para activos mais rentáveis e das

dificuldades no acesso a linhas de crédito externas para financiamento da referida actividade.

Com o decorrer de 2010, o agravamento da crise internacional, que fortemente abalou a economia dos

países europeus e dos Estados Unidos da América, afectou fortemente o sector do comércio externo

brasileiro, pois houve uma redução substancial das linhas de crédito externo, principalmente para os

bancos de menor dimensão, e a utilização de reais para o financiamento de operações de exportação,

aumentou fortemente os custos de produção de alguns sectores, como o do agro business, que continuou a

sofrer impactos negativos na sua performance, obrigando grandes exportadores de “commodities” a

renegociar as suas dívidas, o que provocou um aumento das provisões na generalidade do sector bancário.

Apesar do recrudescimento da crise internacional, o BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL

(BRASIL) encontra-se agora mais salvaguardado, dispondo de activos mais diversificados e pulverizados,

que o expõem a um menor risco. Adicionalmente, a estratégia prosseguida permitiu ao banco estabelecer

melhores spreads nas suas operações e aumentar as suas receitas. Contando com o apoio do BANIF –

GRUPO FINANCEIRO, as operações de crédito consignado em folha de pagamento do funcionalismo

público cresceram 54%, atingindo um montante na ordem dos 253 milhões de reais.

Dentro deste cenário, o resultado líquido do BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL)

continuou fortemente impactado pelo critério conservador na constituição de provisões. Porém, o lucro

líquido cresceu 115%, atingindo 1,9 milhões de reais, destacando-se a forte evolução do produto bancário,

em 38%, que atingiu 94,7 milhões de reais, quando comparados aos 68,8 milhões de reais do ano anterior.

Os referidos indicadores justificam a continuidade do trabalho desenvolvido e a estratégia seguida nos

últimos 14 anos, de constituir o BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL) como um banco

comercial com uma presença marcante no mercado brasileiro.

Page 167: BANIF

167

Em 2010, o contributo do BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL) para o resultado

consolidado do BANIF – GRUPO FINANCEIRO foi de 12,2 milhões de Euros (contra 8,2 milhões de Euros

em 2009).

Banca Pueyo, S.A.

Em 12 de Junho de 2007, a BANIF SGPS adquiriu uma participação de 33,32% na instituição financeira

espanhola BANCA PUEYO.

A BANCA PUEYO é a sociedade-mãe de um grupo de empresas, entre as quais se encontram, como mais

significativas, uma sociedade gestora de fundos de pensões (a Pueyo Pensiones EGFP, S.A.) e uma

sociedade agente de seguros (a Pueyo Mediación, S.A.).

Desenvolve a actividade típica de um banco comercial destinado a clientes de retalho, abrangendo não só

os produtos típicos bancários, contas correntes e de depósitos, depósitos a prazo, contratos de crédito e de

leasing, mas também outros, como os depósitos e a intermediação de valores mobiliários e ainda a

comercialização de seguros de diferentes ramos, de fundos de investimento e planos de pensões.

A BANCA PUEYO contava, em finais de 2010, com 88 agências bancárias nas Comunidades Autónomas

da Estremadura, Madrid e Sevilha. Refira-se que durante esse ano, o Banco manteve a sua estratégia de

expansão da rede de agências, tendo inaugurado 4 novas agências na Estremadura.

A actividade do sector bancário espanhol, em 2010, esteve marcada pela crise económica internacional e

pela reestruturação das Caixas de Aforro. A necessidade de liquidez por parte do sector financeiro,

suscitou uma elevada concorrência por recursos financeiros de clientes, o que manteve a remuneração dos

depósitos dos clientes em níveis elevados, com a consequente redução da margem financeira. Por este

motivo, um dos principais objectivos a que se propôs a BANCA PUEYO durante o ano de 2010 foi o de

conseguir obter um crescimento equilibrado entre o crédito e os recursos de clientes, a fim de não fazer

depender o seu crescimento de outro tipo de recursos, mantendo os seus bons rácios de liquidez. Desta

política, resultou um crescimento de 3,41% no crédito concedido e de 4,13% nos depósitos de clientes,

valores muito positivos dada a conjuntura económica verificada durante o exercício económico de 2010.

O crédito concedido a clientes atingiu, em 31 de Dezembro de 2010, o montante de 664 milhões de Euros,

sendo que cerca de 70% deste montante se encontra coberto por garantias reais, quase exclusivamente

hipotecárias.

Todos estes dados de crescimento estão acompanhados de um rácio de crédito vencido de 2,12% sobre o

total da carteira de crédito, muito abaixo da média do sector em Espanha, com uma cobertura por

provisões de 159%.

Quanto a resultados, o GRUPO BANCA PUEYO obteve, em 2010, um lucro líquido de 5,8 milhões de Euros,

o que representa uma diminuição de 23,41% em relação ao resultado do exercício anterior. Esta

diminuição resulta, essencialmente, da redução da margem financeira e dos montantes destinados ao

fortalecimento do balanço através da constituição de provisões para imparidade.

Banco Caboverdiano de Negócios, S.A.

Em Fevereiro de 2007, a BANIF SGPS adquiriu uma participação de 46% do capital social do BCN, tendo

em 2008 reforçado a sua participação para 51,69%.

Page 168: BANIF

168

No que diz respeito especificamente à actividade comercial, no final do exercício de 2010, o BCN

dispunha de um total de 21 agências beneficiando da abertura de 1 nova agência face ao período

homólogo do ano de 2009. Actualmente, o BCN passou a contar com uma rede de cobertura geográfica

de âmbito nacional, em todas as 9 ilhas do Arquipélago de Cabo Verde.

Depois de um assinalável crescimento em 2006 e 2007, os anos seguintes foram de forte desaceleração da

actividade económica, em Cabo Verde, em virtude da crise financeira mundial que afectou negativamente

o turismo, a construção e os fluxos de investimento directo estrangeiro, conforme se constata da evolução

das taxas de crescimento real do PIB, com valores próximos de 10% p.a. em 2006 e 2007, que foram

reduzidos para cerca de 4 a 5% p.a. nos anos de 2008 e 2010, sendo que, em 2011, as previsões apontam

para 5,5% p.a.

A taxa média de inflação tem registado valores moderados nos últimos anos com excepção do período

compreendido entre 2006 e 2008, em virtude do elevado crescimento da economia sobretudo em

resultado da política cambial que liga o Escudo Cabo-Verdiano (“CVE”) ao Euro. As perspectivas de

evolução para a economia de Cabo Verde mantêm-se positivas, baseadas no aumento do investimento

directo estrangeiro e do investimento público, em especial ligado aos sectores do turismo e da construção.

Para o BCN, o ano de 2010 foi marcado por uma expansão selectiva da carteira de crédito, que apresentou

uma variação (em termos líquidos) de cerca de 10%, e por uma redução da carteira de recursos de

clientes, em cerca de 17%, o que está associado à saída de fundos de um conjunto de clientes

institucionais e empresas internacionais ligadas ao turismo e à construção. Em termos de quota de

mercado, o BCN detém cerca de 12% no crédito e de 9% em recursos, o que compara com 12% e 11%

em 2009, respectivamente.

A nível da conta de resultados, os resultados líquidos aumentaram cerca de 22%, o que decorre dos

seguintes contributos: (1) redução da margem financeira em cerca de 7%, o que espelha o aumento do

custo de funding local, num mercado com taxas de transformação crescentes e elevados requisitos de

disponibilidades mínimas de caixa; (2) aumento de 43% nas comissões líquidas, o que reflecte a revisão

de preçário e a introdução de novos serviços (p.ex., Western Union); (3) aumento do produto bancário em

cerca de 4%; (4) aumento dos custos com pessoal em 6%, em resultado da estabilização do quadro de

pessoal, após os últimos anos de expansão da rede de agências; (5) redução dos gastos gerais

administrativos em 12%, em virtude da continuidade da política de contenção de custos decorrente do

PCC - Plano de Controlo de Custos iniciado em 2009; (6) aumento das imparidades do exercício em cerca

de 53%, reflectindo também a manutenção do grau de cobertura da carteira de crédito vencido em níveis

próximos aos evidenciados em 2009.

O ano de 2010 foi ainda marcado pelo aumento da carteira de crédito em incumprimento (segundo

Circular E125.30 do BCV, corresponde a crédito com mais de 90 dias e de cobrança duvidosa), que

passou de 1,30% para 2,24% da carteira total, apesar dos esforços das áreas comerciais e do reforço do

gabinete de recuperação de crédito. Contudo, é de salientar que os valores apresentados ainda se situam

claramente abaixo da média do mercado (cerca de 3,5%). O grau de cobertura do crédito em

incumprimento pela imparidade é de 166% vs. 174% em 2009.

Banif Bank (Malta), Plc.

O BANIF BANK (MALTA) foi constituído pelo BANIF - GRUPO FINANCEIRO em 27 de Março de 2007, data

em que obteve a licença para operar como instituição de crédito nos termos do Banking Act, Cap 371 das

Leis de Malta, tendo iniciado

oficialmente as suas operações comerciais, no mercado bancário local, em 21 de Janeiro de 2008, pelo

que o ano de 2009 consubstancia o segundo ano de actividade do BANIF BANK (MALTA). Ainda em

Page 169: BANIF

169

Janeiro de 2008, o BANIF BANK (MALTA) conheceu uma alteração na sua estrutura de capital, a qual

passou a contar com a participação de investidores locais. No total, quatro accionistas investiram, em

partes iguais, um montante total de 7 milhões de Euros correspondentes a 28% (7% cada). Actualmente, o

capital social do BANIF BANK (MALTA) ascende a 25 milhões de Euros.

Não obstante o contexto de abrandamento da economia mundial e o agudizar da crise financeira, no

decurso do exercício de 2010, o BANIF BANK (MALTA) manteve em execução a sua estratégia de

crescimento, tendo implementado uma infra-estrutura sólida, com o objectivo de se tornar um player de

referência no mercado bancário local. Com efeito, o Banco apresentou um crescimento considerável,

principalmente quando comparado com os seus pares, tanto a nível local como a nível internacional.

Em 2010, o BANIF BANK (MALTA) apresentou um crescimento significativo na sua carteira, tanto em

termos de empréstimos como de depósitos, o que se reflectiu de igual forma no correspondente produto

da actividade. A carteira de crédito cresceu para 157 milhões de Euros, representando um aumento de

162% quando comparado com os 59,5 milhões de Euros alcançados no final de 2009, enquanto a carteira

de depósitos cresceu para 433,7 milhões de Euros, representando um aumento de 197% quando

comparado os 146,1 milhões de Euros alcançados no final de 2009.

Em 2010, o BANIF BANK (MALTA) obteve um produto da actividade total de 5,126 milhões de Euros,

representando um aumento de 176% relativamente aos 1,855 milhões de Euros registados em 2009. No

total, o produto da actividade cobriu 60,26% (27,64% em 2009) das despesas. Os custos operacionais

totais, incluindo gastos com pessoal, depreciação de activo imobilizado e amortização de activos

intangíveis totalizaram 8,507 milhões de Euros (6,712 milhões de Euros em 2009). As despesas com

pessoal representaram 43,63% (42,22% em 2009) do total dos custos operacionais. Atendendo ao

exposto, o BANIF BANK (MALTA) registou um resultado líquido negativo de 2,675 milhões de Euros em

2010, o que representou uma redução de 855 milhões de Euros quando comparado com o prejuízo de

3,530 milhões de Euros registado em 2009.

No ano em análise, o BANIF BANK (MALTA) recebeu o prémio de Melhor Grupo Bancário em Malta em

2010, atribuído pela World Finance. Este prémio foi atribuído em reconhecimento do desempenho

financeiro do Banco, do seu corporate governance e da qualidade e inovação da sua oferta de produtos e

serviços, que proporcionam valor aos clientes. Esta foi uma importante conquista e uma clara

demonstração da confiança de que o BANIF BANK (MALTA) dispõe por parte dos seus clientes,

colaboradores e accionistas.

Actualmente, o BANIF BANK (MALTA) disponibiliza uma completa gama de serviços a residentes e não

residentes, contando para o efeito, em finais de 2010 com uma rede de 8 agências de retalho, 1 centro de

empresas e 1 centro privado. Atendendo à evolução da actividade e o plano de negócios do banco

delineado, espera-se que o BANIF BANK (MALTA) venha a atingir no final do corrente ano o 1º ano de

“break-even operacional”.

Merecem ainda destaque outras actividades internacionais off-shore desenvolvidas pelas sociedades do

BANIF – GRUPO FINANCEIRO: Banif International Holdings, Ltd. e Banif Forfaiting Company, Ltd.

Banif International Holdings, Ltd.

A BANIF INTERNATIONAL HOLDINGS é uma sociedade holding constituída em 2004 nas Ilhas Caimão, que

possui 100% das acções ordinárias das subsidiárias: BANIF FINANCE (USA), BANIF FINANCIAL SERVICES

e BANIF FORFAITING COMPANY. A BANIF INTERNATIONAL HOLDINGS, detém ainda uma participação de

10% no capital social do BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL).

Page 170: BANIF

170

O objectivo da BANIF INTERNATIONAL HOLDINGS consiste na gestão das participações no capital das suas

subsidiárias, para que estas possam desenvolver os respectivos negócios, responder às suas obrigações

financeiras e cumprir todos os requisitos regulamentares, de acordo com as licenças e jurisdições no

âmbito das quais desenvolvem as suas actividades.

Banif Forfaiting Company, Ltd.

A BANIF FORFAITING COMPANY, empresa constituída nas Bahamas em Novembro de 2005, iniciou a sua

actividade durante o segundo trimestre de 2007. A BANIF FORFAITING COMPANY fornece apoio adicional

às operações de trade finance do GRUPO no Continente Americano. Especificamente, conserva nos seus

livros uma carteira de instrumentos de trade finance (letras, promissórias, aceites, etc) para posterior

venda/distribuição a terceiros.

(ii) Banca de investimento

Banif – Banco de Investimento, S.A.

O BANIF INVESTIMENTO é a instituição do BANIF – GRUPO FINANCEIRO que centraliza e coordena toda a

actividade, nacional e internacional, do GRUPO na área da banca de investimento.

A actividade de banca de investimento do BANIF INVESTIMENTO abrange ainda a actividade desenvolvida

nos Estados Unidos da América, mais concretamente em(Miami pela BANIF SECURITIES e no Brasil, pelo

BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL) e suas participadas, a que acresce a actividade desenvolvida

em Espanha pelo BANKPIME, no qual o GRUPO detém uma participação.

O BANIF INVESTIMENTO tem como primeiro objectivo a geração de valor crescente e sustentado para o

accionista, servindo primordialmente instituições do designado “second tier” nacional, sem abdidar da

procura de mandatos junto do “first tier”, para o qual as exigências de capital o tornam, naturalmente,

menos concorrencial. O banco tem vindo a centrar a sua actuação na satisfação das necessidades de

clientes de vários segmentos – institucionais, corporate e, em menor escala, private – através dos

produtos e serviços criados nas suas áreas de negócio especializadas: Mercado de Capitais (que integra as

actividades de corretagem, proprietary trading, estruturação e securitização), Gestão de Activos através

das suas participadas (incluindo a gestão de fundos de investimento e a gestão de fundos de pensões),

Capital de Risco e Advisory Services (compreendendo, em sentido lato, as actividades de M&A e

corporate finance e as actividades relacionadas com project & leverage finance).

Refira-se que a actividade de gestão de activos foi desenvolvida pelo BANIF INVESTIMENTO, na gestão de

patrimónios de clientes particulares e institucionais, pela BANIF GESTÃO DE ACTIVOS, nos fundos de

investimento mobiliário e imobiliário e nos fundos especiais de investimento e pela BANIF AÇOR

PENSÕES, nos fundos de pensões.

A actividade de capital de risco e private equity é desenvolvida na BANIF GESTÃO DE ACTIVOS e,

principalmente, na BANIF CAPITAL.

A BANIF CAPITAL é actualmente a principal sociedade de capital de risco do BANIF INVESTIMENTO e o

veículo fundamental para desenvolver a actividade de private equity. Actualmente, o BANIF

INVESTIMENTO já detém 100% da BANIF CAPITAL, na sequência da aquisição da participação de 20%

anteriormente detida pela Associação Empresarial Portuguesa no decurso de 2010. Refira-se ainda a

existência de outra sociedade de capital de risco do BANIF INVESTIMENTO: a Centro Venture – Sociedade

de Capital de Risco, S.A., na qual o BANIF INVESTIMENTO detém uma participação de 51% no capital

social.

Page 171: BANIF

171

A presença do BANIF INVESTIMENTO no Brasil e em Miami, a que acresce a participação de 27,5% no

BANKPIME, pelo GRUPO, dão consistência ao foco no eixo estratégico Ibéria/América Latina, criando

condições para uma diversificação geográfica da actividade do banco de investimento, que complementa

a diversificação de áreas de negócio. Com uma pequena presença em Londres, o BANIF INVESTIMENTO

potencia uma diversificação de actividade ainda mais lata, procurando capitalizar as competências

instaladas no desenvolvimento de uma actividade de nicho na capital financeira europeia.

Perante a grave situação financeira que eclodiu nos mercados financeiros em 2008, traduzida numa crise

de valor e liquidez sem precedentes e num forte surto de “desalavancagem” financeira, que se

materializou numa forte e transversal recessão económica, o BANIF INVESTIMENTO reconstruiu a sua

estratégia para 2009 e 2010 integrando uma forte componente de racionalização de recursos (”dynamic

rightsizing”), optimizando a capacidade instalada, e um elemento transversal de focalização, almejando a

geração de valor em circunstâncias particularmente difíceis em termos de liquidez e capital.

Os resultados do BANIF INVESTIMENTO evoluíram de forma vincadamente positiva em 2010 e de tal

forma que:

No plano individual, o resultado líquido passou de 1,7 milhões de Euros para 5,8 milhões de Euros,

graças a um aumento do produto bancário de quase 5 milhões de Euros que, contrastando com uma

redução dos custos operacionais de quase 5%, permitiu baixar o cost to income ratio para 53%;

No plano consolidado, o resultado líquido atingiu 8,2 milhões de Euros, avançando cerca de 4,5

milhões de Euros (+120%) sobre o resultado de 2009 e elevando o retorno sobre capitais próprios

para 12,2%. O cost to income ratio caiu de 72% para 61% graças à conjunção de maiores proveitos

(+8%) e menores custos operacionais (-9%).

O crescimento do produto bancário consolidado foi impulsionado pelo acréscimo de 3 milhões de Euros

(+26%) registado no agregado “Margem Financeira e Resultados de Operações Financeiras”, enquanto as

Comissões Líquidas decresciam de 21,8 milhões de Euros para 21,4 milhões de Euros. Nos custos

operacionais destaca-se uma forte correcção nos serviços e fornecimentos de terceiros (-3 milhões de

Euros) que compensou largamente os acréscimos (muito menos significativos) nos custos com o pessoal e

nas amortizações.

Banif Securities, Inc.

A BANIF SECURITIES é uma sociedade de corretagem especializada na negociação de acções e de títulos

de dívida de emitentes latino-americanos.

Em 2008, esta sociedade foi fortemente afectada pelas condições adversas de mercado, tendo sido

implementado um plano de reestruturação para esta unidade de negócio, o qual passou no plano

operacional, por uma redução de custos, na diminuição de efectivos e na concentração das operações no

escritório de Miami (descontinuando a presença em Nova Iorque). No plano estratégico, o objectivo

pretendido é o de uma total integração da BANIF SECURITIES no universo do BANIF – BANCO DE

INVESTIMENTO (BRASIL), abrangendo não só a gestão como também a própria estrutura accionista.

O ano de 2010 trouxe uma evolução importante e muito positiva para a BANIF SECURITIES.

A decisão estratégica de transferir a infra-estrutura de trading e vendas para o escritório de Miami foi

essencial para o sucesso da BANIF SECURITIES em 2010, assim como o investimento em novos

colaboradores profissionais experientes e talentosos que mostraram resultados importantes,

principalmente em renda fixa.

Page 172: BANIF

172

Por outro lado e, não obstante, o processo de renegociação da parceria com o grupo mexicano IXE ter

sido desenvolvido em 2009, em 2010 a BANIF SECURITIES optou pela conclusão e encerramento desta

joint venture.

As medidas de racionalização operacional, justapostas à formação dos colaboradores optimizando a sua

eficiência e eficácia e potenciando o cross selling dentro do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, muito

contribuíram para que a BANIF SECURITIES obtivesse o melhor resultado dos últimos 5 anos.

Importa ainda realçar que, em 2010, a BANIF SECURITIES foi auditada pela FINRA, principal reguladora

de broker-dealers dos Estados Unidos, tendo recebido um relatório limpo.

Banif – Banco de Investimento (Brasil), S.A.

O BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL) ocupa-se exclusivamente das actividades de banca de

investimento desenvolvidas no Brasil. Actua nas áreas de mercado de capitais, advisory services,

corporate banking, private banking, tesouraria, renda fixa internacional, asset management, corretagem e

private equity. Em virtude do seu posicionamento no mercado e de reputação adquirida, o BANIF –

BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL) consolidou a sua participação no mercado de operações estruturadas,

oferecendo, para além de debentures e notas promissórias, soluções como a estruturação de fundos de

investimento em direitos creditórios (“FIDC”) e a emissão e distribuição de certificados de recebíveis

imobiliários (“CRI”).

O desempenho financeiro do BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL) em 2009 foi significativamente

afectado por circunstâncias de mercado, designadamente, pela necessidade de manter uma onerosa

reserva de liquidez ao longo desse exercício e também por condicionantes externas, nomeadamente a

reestruturação empreendida ao longo do ano em vários sectores da instituição.

Em Março de 2007, fruto de uma associação entre o BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL) e a

Nitor, uma empresa gestora com forte actuação em fundos multimercados, resultou a Banif Nitor Asset

Management, S.A., a qual é actualmente denominada por BANIF GESTÃO DE ACTIVOS (BRASIL) e na qual

o BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL) detém uma participação de 100% no capital social.

A actividade de private equity no Brasil é desenvolvida pela Banif Private Equity, S.A., a qual foi

incorporada em 2010 na BANIF GESTÃO DE ACTIVOS (BRASIL) através de uma operação de aumento de

capital social.

De referir ainda a BANIF CORRETORA DE VALORES E CÂMBIO que presta serviços de corretagem a clientes

individuais e institucionais e ainda serviços de assessoria nomeadamente aconselhamento individualizado

para gestores de portfólios, na qual o BANIF - BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL) detém uma posição de

100% no capital social. Importa ainda apontar a existência da plataforma homebroker BanifInvest da

BANIF CORRETORA DE VALORES E CÂMBIO, cuja qualidade do serviço prestado tem vindo a possibilitar

que esta se assuma como uma referência no mercado brasileiro para operações de bolsa através do home

broker.

No início de Junho de 2010, o BANIF - BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL) estabeleceu um acordo com o

Grupo Caixa Geral de Depósitos (especificamente com as entidades Banco Caixa Geral Brasil, S.A. e

indirectamente o Caixa Banco de Investimento, S.A.), com vista à alienação de 70% do capital social da

BANIF CORRETORA DE VALORES E CÂMBIO (a qual integra ainda a Banifinvest, broker on-line do BANIF –

GRUPO FINANCEIRO no Brasil), no montante de cerca de 129 milhões de Reais (58 milhões de Euros). A

este propósito, importa salientar que a referida venda não se chegou a materializar no ano de 2010, por

razões meramente processuais, estimando-se a sua conclusão durante o corrente exercício de 2011. A

Page 173: BANIF

173

prevista venda da participação maioritária na BANIF CORRETORA DE VALORES E CÂMBIO levou a uma

reorganização do modelo de negócio, obrigando o BANIF – GRUPO FINANCEIRO a incorrer em custos

extraordinários e quebras de negócios em 2010.

O BANIF - BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL) pretende continuar a assegurar a titularidade de 30% do

capital da BANIF CORRETORA DE VALORES E CÂMBIO, após a concretização desta transacção.

A concretização da referida tomada de participação está dependente da verificação de determinadas

condições, nomeadamente da obtenção das aprovações ou declarações de não oposição pelas autoridades

portuguesas e brasileiras.

Banco de la Pequeña y Mediana Empresa, S.A. (Bankpime)

Em Julho de 2007, a BANIF SGPS adquiriu uma participação de 27,5% no capital social do BANKPIME,

tornando-se o maior accionista desta instituição financeira espanhola. À presente data, a referida

participação é de 28,662% do capital social e direitos de voto da instituição, na qual figuram ainda, como

accionistas de referência, a Agrupación Mútua (26,196%) e a Barcelonesa de Inversiones Inmobiliarias,

S.A (18,005%).

A actividade do BANKPIME está essencialmente centrada na gestão de activos e na banca de retalho na

região da Catalunha.

A entrada da BANIF SGPS no capital do BANKPIME traduziu-se numa reestruturação organizativa do banco

espanhol nomeadamente na constituição de um novo Conselho de Administração e na incorporação de

novos quadros directivos, bem como na definição de um Plano de Negócios para o período 2008-2011.

O exercício de 2010 caracterizou-se por um continuar de grandes dificuldades sentidas pela generalidade

do sector financeiro espanhol e catalão, num cenário de recessão espanhol, com níveis de crescimento

agudo de desemprego e do número de insolvências, a par de uma forte crise imobiliária. Em resultado, o

BANKPIME sofreu um agravamento das situações de mora e do crédito vencido e um expressivo aumento

das dotações para provisões de crédito, com reflexo expressivo nos seus resultados.

Num ano particularmente difícil para o sector financeiro em Espanha, o BANKPIME não foi excepção.

O negócio corrente foi afectado pela intensa competitividade nos depósitos, conduzindo a uma queda de

quase 3 milhões de Euros na margem financeira. O aumento de 12% verificado nas comissões resultante

do bom desempenho dos fundos, aliás com a Bankpyme SGIIC a ser considerada uma das gestoras mais

rentáveis nos últimos 15 anos, foi insuficiente para contrabalançar a referida quebra no diferencial de

juros, tal como insuficiente foi o esforço realizado na racionalização de custos, no âmbito da qual se

destacou a mudança da sede do BANKPIME para a Calle Pedro i Pons, medida com um efeito muito

positivo no resultado operacional e no cash flow de exploração.

A situação económica e financeira vivida em Espanha reflectiu-se no aumento das provisões de crédito do

BANKPIME, como no resto do sector financeiro, condicionando os resultados da conta de exploração.

Assim, durante o exercício de 2010, o resultado do Grupo BANKPIME foi de -29.473 milhares de Euros

(do qual 27,5% atribuídos ao BANIF – GRUPO FINANCEIRO) devido, basicamente, às provisões

extraordinárias realizadas na carteira de crédito, de acordo com as novas exigências normativas do Banco

de Espanha.

Page 174: BANIF

174

(iii) Seguros

Companhia de Seguros Açoreana, S.A.

Fundada em 1892, a CSA tem por objecto o exercício da actividade de seguro e resseguro, desenvolvendo

a sua actividade exclusivamente em Portugal.

A RENTIPAR SEGUROS, detentora da CSA, reforçou o seu posicionamento no mercado, com a aquisição,

em Março de 2010, das companhias de seguros GLOBAL da GLOBAL VIDA à CNP Assurances. Ambas as

referidas seguradoras vieram a ser incorporadas, por fusão, na CSA já em Janeiro de 2011, menos de um

ano após a sua aquisição.

A aquisição da GLOBAL e da GLOBAL VIDA por parte da RENTIPAR SEGUROS marcou o início de uma

nova etapa para o sector segurador do GRUPO. Neste contexto, a performance das três seguradoras da

RENTIPAR SEGUROS consolidou a dinâmica e a capacidade de desenvolvimento sustentado que a

sociedade apresenta, afirmando-a como um player incontornável no sector segurador português,

merecendo destaque:

O crescimento obtido nos produtos estratégicos do ramo vida, nomeadamente o plano poupança

reforma (“PPR”), com um incremento de 3,7% face a 2009 e os produtos de risco, com uma variação

positiva de 0,5% face ao exercício anterior;

A evolução do volume de negócios em não vida registou um decréscimo de 2,4% face ao ano

anterior, tendo a RENTIPAR SEGUROS uma quota de mercado de 7,4% (considerando os dados

provisórios disponibilizados pela APS - Associação Portuguesa de Seguradoras);

O exercício de 2010 foi marcado pelo processo de integração da GLOBAL e da GLOBAL VIDA na

CSA, que viria a culminar com a fusão por incorporação das duas primeiras nesta última. A dinâmica

e a celeridade que se verificaram neste processo constituíram uma das suas principais marcas.

Salienta-se a este nível, a celeridade com que foram realizadas a migração tecnológica, para uma

única plataforma de sistemas de informação, a oferta comercial única e os acordos de produção

firmados entre 95% dos agentes da GLOBAL e CSA, concluídos em onze meses;

Em termos de reforço do alinhamento organizacional, deu-se seguimento ao ciclo orçamental

descentralizado, construído a partir do input das diversas Direcções da CSA para obtenção de uma

melhor interacção e trabalho de equipa para atingir os objectivos globais. Controlo, rigor e

transparência, são as palavras-chaves deste modelo de construção do orçamento, que foi estendido à

realidade da GLOBAL e da GLOBAL VIDA, tendo o Plano Trienal 2011-2013 e o orçamento de 2011 já

sido efectuados numa perspectiva agregada.

Entretanto, já no decorrer do mês de Janeiro de 2011, foi concretizada, conforme estava planeado, a fusão

jurídica das três companhias, na modalidade de fusão por incorporação da GLOBAL e da GLOBAL VIDA na

CSA, com extinção da GLOBAL e da GLOBAL VIDA e com a transferência global dos respectivos

patrimónios, activos e passivos para a sociedade incorporante. Desta forma, desde o dia 24 de Janeiro de

2011 do ponto de vista jurídico, existe apenas uma companhia de seguros ao nível do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO, a CSA, que assume todos os direitos e obrigações das sociedades incorporadas. Do ponto de

vista contabilístico, as operações são consideradas como feitas por conta da sociedade incorporante desde

o dia 1 de Janeiro de 2011.

Após a quebra registada em 2009, o sector segurador português recuperou em 2010 o ritmo de

crescimento de produção. O segmento vida, apesar de enquadrado numa grande instabilidade dos

mercados financeiros, sofreu uma expansão positiva, fruto da aposta em produtos de risco reduzido. O

segmento não vida começou a apresentar uma recuperação face à performance negativa dos anos

anteriores.

Page 175: BANIF

175

O mercado segurador nacional ascendeu a cerca de 16,3 mil milhões de Euros em volume de negócio,

que, segundo dados provisórios da APS, estima-se corresponderem a cerca de 10% do PIB. Verificou-se

um aumento de 0,9% do volume de negócios não vida. O ramo automóvel cresceu cerca de 0,4%,

enquanto que o ramo acidentes de trabalho sofreu uma quebra de cerca de 4%. O negócio do ramo vida

cresceu cerca de 17,2%, tendência essa especialmente evidenciada pelos planos poupança reforma.

Um dos vectores de actuação privilegiado em 2010 no âmbito do negócio segurador do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO foi o do seguimento do aprofundamento da interligação entre as companhias de seguros e as

demais empresas do GRUPO. A nível comercial, e na continuidade do projecto assurfinance, que permite

aos mediadores da CSA comercializarem produtos das demais empresas do GRUPO, foi dado seguimento

à abertura de mais “Lojas Financeiras”. Esta iniciativa resulta da vontade, quer por parte da CSA, quer

por parte do BANIF, em prestar um serviço cada vez mais completo e eficaz aos seus clientes, projectando

as duas marcas no mercado de forma cada vez mais assertiva e dinâmica.

Em termos de evolução económica, o volume de produção consolidada da RENTIPAR SEGUROS, medido

através dos prémios brutos emitidos, em 2010, ascendeu os 509 milhões de Euros, o que representa um

acréscimo de 14,2% face ao ano transacto.

O ramo vida da RENTIPAR SEGUROS registou uma produção consolidada de 235,9 milhões de Euros

(decréscimo de 11,3% face a 2009). O volume de prémios consolidados não vida ascendeu a 274 milhões

de Euros (crescimento de 51,9% face ao ano transacto).

A quota global de mercado agregada, considerando os dados provisórios disponibilizados pela APS e

incluindo contratos de investimento, era de 3,4%, sendo de 7,4% nos ramos não vida e 2% no ramo

vida(data de referência: 31 de Dezembro de 2010).

Os resultados líquidos consolidados da RENTIPAR SEGUROS obtidos em 2010, no valor de 4,4 milhões de

Euros, representam um crescimento de 121,1% face aos valores consolidados do ano transacto.

A evolução do cash flow operacional consolidado acompanhou o aumento dos resultados líquidos

consolidados e atingiu cerca de 7,9 milhões de Euros em 2010, o que representa um crescimento de 134%

face a 2009.

O activo líquido consolidado da RENTIPAR SEGUROS atingiu os 1.472,9 milhões de Euros e os capitais

próprios consolidados alcançaram os 134,2 milhões de Euros, o que representam crescimentos acima dos

68% e 160% respectivamente, face a 2009.

Tendo em conta as necessidades de financiamento para a aquisição das participações da GLOBAL e da

GLOBAL VIDA, bem como o reforço dos níveis da margem de solvência, os accionistas da RENTIPAR

SEGUROS procederam ao reforço dos capitais próprios desta sociedade em 95 milhões de Euros,

respeitante a cerca de 70 milhões de Euros do aumento do capital social e 25 milhões de Euros de reforço

em prestações suplementares de capital.

Ao longo dos últimos anos, a distribuição dos produtos de seguros da CSA tem vindo a ser assegurada

através da rede de mediação das agências do BANIF e por 52 delegaçõesA rede de mediação, que integra

cerca de 3.071 mediadores com apólices em vigor, representava, no final de 2010, 46,1% na estrutura de

distribuição da CSA.

O canal bancário foi responsável pela distribuição de 70,9% da produção do ramo vida e por 4,6% da

produção dos ramos não vida.

Page 176: BANIF

176

A oferta de produtos por parte da CSA é direccionada quer para particulares quer para empresas, e visa

dar cobertura a necessidades de protecção pessoal e patrimonial, assim como rentabilizar o património

financeiro das diversas entidades através de produtos de poupança e de capitalização.

A nível comercial, e dando seguimento ao projecto Assurfinance, que permite aos mediadores da CSA

comercializarem produtos das demais empresas do GRUPO, prestando um serviço financeiro global aos

clientes e permitindo simultaneamente potenciar as sinergias dentro do GRUPO, foi introduzido em 2009 o

conceito de “Loja Financeira”. Esta iniciativa colocou à disposição do BANIF o canal de distribuição da

CSA, ou seja, passou a ser possível efectuar operações bancárias em alguns dos melhores agentes da

CSA, fortalecendo-se a parceria entre a CSA e o BANIF e obtendo um alargamento da carteira de clientes.

O volume de produção da CSA, medido através dos prémios brutos emitidos em 2010, ascendeu os 405,9

milhões de Euros, o que representa um decréscimo de 9,1% face ao ano transacto. O ramo vida registou

uma produção de 218,4 milhões de Euros (decréscimo de 17,9% face a 2009), não obstante a produção de

produtos poupança reforma cresceu cerca de 15,4% face a 2009. O volume de prémios não vida ascendeu

a 187,5 milhões de Euros (crescimento de 3,9%).

A quota global de mercado da CSA, considerando os dados provisórios disponibilizados pela APS e

incluindo contratos de investimento, era de 2,5%, sendo de 4,5% nos ramos não vida e 1,8% no ramo vida

(data de referência: 31 de Dezembro de 2010).

Os resultados líquidos obtidos, no valor de -2,5 milhões de Euros, embora negativos, revelam uma

excelente recuperação face a 2009. Não obstante, reflectem ainda o contexto económico adverso em que a

actividade se desenvolveu, acrescido de uma grande volatilidade dos mercados financeiros.

O activo líquido da CSA atingiu os 846,9 milhões de Euros e os capitais próprios alcançaram os 34,5

milhões de Euros, cujo decréscimo em relação ao ano anterior está directamente relacionado com a

desvalorização da carteira de activos financeiros, por consequência da instabilidade da performance dos

mercados de capitais.

Em Novembro de 2009, a RENTIPAR SEGUROS, entidade na qual a BANIF SGPS detém uma participação

de 47,69% do capital social, procedeu a um acordo com a CNP Assurances tendo em vista à aquisição de

uma participação de 83,52% no capital social e direitos de voto da GLOBAL e de 83,57% no capital social

e direitos de voto da GLOBAL VIDA.

Refira-se que já em 2010, e após a aquisição das participações sociais detidas pela CNP Assurances na

GLOBAL e GLOBAL VIDA em 2009, a RENTIPAR SEGUROS avançou para aquisição do capital social

remanescente destas companhias de seguros, pelo que actualmente detém 100% do respectivo capital.

O objectivo subjacente a esta aquisição por parte do BANIF – GRUPO FINANCEIRO teve por base a

necessidade de expansão deste segmento de negócio, conseguindo-se obter benefícios óbvios em termos

de custos mas ainda ao nível da capacidade de renegociação com os resseguradores.

O volume de produção da GLOBAL, medido através dos prémios brutos emitidos, alcançou, em 2010, os

119,7 milhões de Euros, o que representa um decréscimo de 10,9% face ao ano transacto.

A quota de mercado, considerando os dados provisórios disponibilizados pela APS é de 2,9%. Os

resultados líquidos obtidos, no valor de 3,20 milhões de Euros, são bastante superiores em cerca de 150%

face aos registados no exercício anterior.

O activo líquido da GLOBAL atingiu os 251,5 milhões de Euros, e os capitais próprios alcançaram os 37,8

milhões de Euros, o que representa uma variação de 4% e -0,7% respectivamente face a 2009.

Page 177: BANIF

177

Em termos de evolução económica, o volume de produção da GLOBAL VIDA, medido através dos prémios

brutos emitidos, alcançou, em 2010, os 23,0 milhões de Euros, o que representa um decréscimo de 58%

face ao ano transacto.

A quota de mercado, considerando os dados provisórios disponibilizados pela APS e incluindo contratos

de investimento é de 0,2% no ramo vida.

Os resultados líquidos obtidos, no valor de 374 milhares de Euros, inferiores aos registados no exercício

anterior, reflectem o impacto negativo em resultados financeiros da desvalorização da carteira de activos.

O activo líquido da GLOBAL VIDA atingiu os 283,3 milhões de Euros, e os capitais próprios alcançaram os

16,3 milhões de Euros, em linha com os níveis registados no ano anterior.

Em 21 de Janeiro de 2011 foi outorgada a escritura pública de fusão da CSA, da GLOBAL e da GLOBAL

VIDA na modalidade de incorporação da GLOBAL e da GLOBAL VIDA (sociedades incorporadas) na CSA

(sociedade incorporante), com extinção das duas sociedades e com a transferência global dos respectivos

patrimónios, activos e passivos para a sociedade incorporante.

(iv) Outras actividades

Banif Imobiliária, S.A.

A BANIF IMOBILIÁRIA tem desenvolvido a sua actividade centrada na gestão de imóveis de propriedade

própria ou de outras sociedades integradas no BANIF – GRUPO FINANCEIRO, particularmente no ramo da

BANIF COMERCIAL SGPS. Essencialmente, a sua actividade encontra-se dividida em duas áreas distintas:

(i) a aquisição de imóveis para arrendamento a entidades do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, denominados

por “imóveis afectos à exploração”;

(ii) a gestão, orientada fundamentalmente para a alienação e valorização, de património próprio ou de

outras entidades do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, activos esses designados por “imóveis não afectos à

exploração”.

Importa ainda referir que a BANIF IMOBILIÁRIA assegura, igualmente, a gestão de aspectos processuais e

administrativos de imóveis detidos por três Fundos de Investimento Imobiliário tendo, para o efeito,

celebrado contratos de prestação de serviços com a BANIF GESTÃO DE ACTIVOS, esta última na qualidade

de sociedade gestora dos referidos fundos.

O valor dos imóveis afectos à exploração tem diminuído à medida que os imóveis têm vindo a ser

vendidos a um fundo imobiliário especializado e foi reduzido o ritmo de abertura de novas agências.

Desta vez, durante 2010, a BANIF IMOBILIÁRIA não procedeu à venda de qualquer imóvel afecto à

exploração, sendo que as receitas provenientes do arrendamento deste tipo de imóveis baixaram de 2.637

milhares de Euros em 2009, para 1.133 milhares de Euros em 2010. Não obstante, a BANIF IMOBILIÁRIA

mantém em sua propriedade imóveis arrendados a empresas do GRUPO no valor de 18.021 milhares de

Euros, continuando a proceder a aquisições pontuais conforme os planos de expansão das redes

comerciais.

Conforme supra mencionado, a BANIF IMOBILIÁRIA desenvolve igualmente a sua actividade no âmbito

dos “imóveis não afectos à exploração”, de propriedade própria ou de outras sociedades do BANIF –

GRUPO FINANCEIRO, assumindo-se como objectivo prioritário a sua venda, arrendamento ou valorização

para essas finalidades.

A BANIF IMOBILIÁRIA tem desenvolvido um conjunto de acções, em diferentes domínios, tendentes à

valorização, alienação e arrendamento dos imóveis com maior expressão financeira, tendo, para o efeito,

Page 178: BANIF

178

estabelecido contratos com as entidades competentes e com potenciais interessados, encontrando-se

actualmente em negociações alguns imóveis de elevado montante.

De realçar que, tendo em vista a optimização da gestão dos activos do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, a

BANIF IMOBILIÁRIA, colabora na gestão dos aspectos processuais e administrativos de dois fundos de

investimento imobiliário fechados, o Banif Renda Habitação e o Banif Gestão Imobiliária que são geridos

pela BANIF GESTÃO DE ACTIVOS.

Em 2010, tendo em vista a optimização da gestão dos activos do BANIF - GRUPO FINANCEIRO, a BANIF

IMOBILIÁRIA adquiriu um conjunto de imóveis no valor de 29.891 milhares de Euros, dos quais 1.004

milhares de Euros referentes a imóveis para instalações de agências do BANIF e os remanescentes, no

valor de 28.888 milhares de Euros, classificados como mercadorias cujo principal objectivo será a venda.

Adicionalmente, a BANIF IMOBILIÁRIA negociou e sinalizou a aquisição futura de um outro conjunto de

imóveis, no valor total de 68.339 milhares de Euros, operação que se encontra em curso, tendo já sido

concluídas algumas transacções no valor de 23.898 milhares de Euros.

Durante o exercício de 2010, a sociedade alienou imóveis adquiridos para revenda, no total de 745

milhares de Euros.

O activo total da BANIF IMOBILIÁRIA aumentou de 46.359 milhares de Euros para 138.926 milhares de

Euros. Em consequência, o seu passivo aumentou, sobretudo através do recurso a empréstimos da sua

accionista única cujo montante cresceu em cerca de 102 milhares de Euros, passando de 33 milhares de

Euros em 2009 para 135.000 milhares de Euros no final de 2010.

O valor total do conjunto dos activos imobiliários, próprios e alheios, sob gestão directa da BANIF

IMOBILIÁRIA evoluiu do seguinte modo:

Unidade: milhares de Euros

2009 2010

Imóveis Próprios 35.069 66.002

Imóveis em processo de aquisição - 68.339

Imóveis propriedade de outras entidades do GRUPO “não afectos à exploração 49.345 88.239

TOTAL 84.414 222.580

Assim, o valor total de todos os activos geridos pela BANIF IMOBILIÁRIA aumentou em cerca de 138

milhões de Euros do final de 2009 para o final de 2010, correspondendo, na sua maioria, a imóveis “não

afectos à exploração”.

Também, conforme já atrás referido, a BANIF IMOBILIÁRIA assegura a gestão processual e administrativa

de vários imóveis detidos por fundos de investimento imobiliário. Em resultado da actividade descrita, a

sociedade obteve proveitos, durante o exercício de 2010, no montante de 2.321 milhares de Euros, dos

quais 745 milhares de Euros provenientes das vendas de mercadorias e de 1.147 milhares de Euros

decorrentes de serviços prestados (essencialmente de receitas do arrendamento do seu património

imobiliário). No que concerne aos custos, no total de 3.175 milhares de Euros, são de sublinhar sobretudo

os referentes ao custo das mercadorias vendidas, no valor de 821 milhares de Euros, e aos juros pagos, no

valor de 1.456 milhares de Euros.

Comparativamente a 2009, os custos incorridos pela sociedade diminuíram substancialmente: menos 35%

nos gastos com o pessoal, menos 32% nos fornecimentos e serviços externos e menos 20% nos encargos

financeiros.

Page 179: BANIF

179

Salienta-se ainda que, o volume de receitas baixou substancialmente por a Sociedade, nos últimos anos,

ter vindo a alienar a maior parte dos imóveis mais rentáveis. Adicionalmente, não tem sido possível obter

resultados a partir da alienação de imóveis. Como consequência, o resultado líquido do exercício foi

negativo em 884 milhares de Euros, face a um resultado positivo de 980 milhares de Euros em 2009.

Banifserv – Empresa de Serviços, Sistemas e Tecnologias de Informação, ACE

A BANIFSERV foi constituída em 2004, fruto da necessidade de adaptação dos sistemas de informação da

actividade financeira do BANIF – GRUPO FINANCEIRO aos requisitos derivados dos acordos de Basileia II

e das novas regras derivadas das IAS/IFRS.

Assume a forma de um agrupamento complementar de empresas integrado pelas sociedades agrupadas

BANIF, BANIF GO, BANIF INVESTIMENTO e CSA, através do qual são desenvolvidas importantes

actividades de âmbito transversal às principais empresas do BANIF – GRUPO FINANCEIRO,

designadamente ao nível dos sistemas e das tecnologias de informação.

A tecnologia continuou a ser encarada enquanto meio para aportar valor acrescentado ao negócio,

promovendo a optimização de processos e a racionalização dos recursos ao dispor.

O plano de actividades da BANIFSERV assenta num conjunto de linhas de orientação estruturadas,

definidas para promover uma melhoria do suporte, da disponibilidade, da ergonomia e da fiabilidade das

ferramentas ao dispor do negócio desenvolvido, da redução de custos, da melhoria dos processos de

controlo e da qualidade da informação de gestão ao dispor.

O plano de actividades da BANIFSERV para 2010 comportou 40 projectos, dos quais transitaram 17 foram

concluídos, 2 anulados e 6 novos incluídos já no decorrer do ano, o que representa uma taxa de

concretização bastante significativa em virtude do carácter plurianual do plano.

Destes projectos, alguns englobando mais do que uma agrupada, merecem referência os seguintes:

Desenvolvimento de uma nova solução de suporte aos balcões do BANIF, reforçando os níveis de

ergonomia, navegabilidade e qualidade da informação ao dispor dos utilizadores internos e

clientes - projecto concluído e instalado em Maio de 2011;

Desenvolvimento de uma nova operativa de depósitos à ordem para o BANIF, melhorando o nível

de funcionalidades, operacionalidade, integração e flexibilidade do sistema, criando um novo

patamar de cobertura dos requisitos de negócio - concluído e em produção em Março de 2011;

Reformulação do modelo e do processo de consultas do BANIF, disponibilizando uma visão

completa sobre contratos, relações contratuais e indicadores de rendibilidade dos clientes –

concluído e em produção em Agosto de 2010;

Desenvolvimento da segunda fase do sistema de recuperação de crédito, incluindo as agrupadas

BANIF e a BANIF GO na componente de agendas judiciais – concluído e em produção em Julho de

2010;

Participação no processo de cisão-fusão da agrupada BANIF GO, através da integração dos seus

sistemas de informação e respectiva carteira no BANIF e no BANIF MAIS - desenvolvimento do

projecto concluído, aguardando-se autorização da Administração Fiscal para processo de cisão-

fusão, a componente de leasing imobiliário já se encontra em produção no BANIF;

Desenvolvimento de um novo sistema de gestão de terminais de pagamento automático e caixas

automático para o BANIF, reforçando o controlo operacional e melhorando o nível de serviço

prestado aos clientes - em fase de certificação, com previsão de produção em Agosto de 2011;

Disponibilização de novas funcionalidades na banca electrónica, alargando dessa forma o leque

de operações ao dispor dos clientes, das quais se referem, a titulo de exemplo, a corretagem on-

line, o extracto por e-mail ou a disponibilização de notas de lançamento em formato electrónico –

Page 180: BANIF

180

projectos concluídos, encontrando-se em produção as duas primeiras funcionalidades enumeradas

desde Setembro de 2010, a desmaterialização das notas de lançamento deverá ter início de

produção em Julho de 2011;

Continuação do desenvolvimento do sistema de informação de gestão do BANIF, com a

incorporação dos módulos de risco de crédito, ALM e marketing, reforçando a qualidade e o tipo

de informação ao dispor da actividade - projecto concluído e em produção em Dezembro de 2010,

à excepção do módulo de risco de crédito ALM cuja previsão é Agosto de 2011;

Desenvolvimento da vertente “débito” no sistema SEPA, disponibilizando aos clientes um

conjunto de novos serviços transfronteiriços – projecto concluído e em produção, o qual

acompanha as alterações que têm vindo a ser introduzidas pelo sistema financeiro (SIBS e Banco

de Portugal);

Migração dos cartões de crédito para a operativa própria, reforçando por essa via a qualidade do

serviço ao cliente e a redução do time-to-market no lançamento de novos produtos – projecto

concluído e em produção em Setembro de 2010;

Implementação de uma nova aplicação de Garantias Prestadas – previsão de produção em Julho

de 2011;

Cartões Pré-Pagos – projecto em fase de certificação com previsão de produção em Setembro de

2011;

Implementação de uma nova aplicação de controlo de Linhas e Limites de Crédito – projecto em

fase de certificação com previsão de produção em Setembro de 2011;

Cofres de Aluguer – projecto em fase de certificação com previsão de produção em Setembro de

2011.

A tecnologia continuou a ser encarada enquanto meio para aportar valor acrescentado à actividade, quer

através da disponibilização de novas ferramentas orientadas às necessidades das empresas do GRUPO e

dos seus clientes, quer através da racionalização de custos e recursos. Nesta vertente infraestrutural

realça-se, entre outras, o estudo realizado de viabilidade técnica e financeira de evolução do actual

sistema central do BANIF para ambiente mainframe Z OS.

No final de 2010, o número de colaboradores da BANIFSERV era de 58, dos quais 1 em regime de contrato

a termo. Destes elementos, 29 estão afectos à manutenção, ao desenvolvimento de projectos e ao órgão de

relacionamento com os clientes, 24 aos sistemas e à gestão da produção, 2 ao suporte administrativo e 3

são elementos de gestão.

No ano de 2010, a BANIFSERV apresentou proveitos de 13.221 milhares de Euros, dos quais 11.957

milhares de Euros são respeitantes à prestação de serviços às agrupadas, 1.184 milhares de Euros de

trabalhos para o próprio ACE, 79 milhares de Euros de outros rendimentos e ganhos e 666,17 Euros de

proveitos financeiros. O imobilizado total, no termo do ano de 2010, era de 35.518 milhares de Euros, dos

quais 5.490 milhares de Euros referentes a imobilizados em curso.

7.1.2. Novos produtos e/ou serviços significativos eventualmente lançados

A EMITENTE, enquanto sociedade que actua somente ao nível da gestão das suas participações sociais,

não desenvolve nem procede ao lançamento de quaisquer produtos e/ou serviços. Contudo, e na qualidade

de holding líder de um grupo financeiro que actua nas mais diversas áreas ao nível da banca comercial,

do crédito especializado, da banca de investimento e do sector segurador, apoia as suas sociedades

participadas no lançamento de novos produtos e/ou serviços com vista a incrementar a respectiva

performance das associadas nos diversos mercados onde actuam, a potenciar a sua rentabilidade e a

reforçar a sua posição concorrencial.

Page 181: BANIF

181

Apresenta-se de seguida um breve descritivo dos novos produtos e/ou serviços significativos lançados

pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO no decurso do exercício de 2010 classificados por sociedade

responsável pelo seu lançamento.

Seguidamente apresenta-se igualmente um breve descritivo dos novos produtos e/ou serviços

significativos lançados pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO no ano de 2010:

Novos produtos e/ou serviços significativos lançados pelo BANIF

Abertura da primeira conta de solidariedade para com as vítimas do temporal que assolou a RAM

a 20 de Fevereiro de 2010 e disponibilização de duas linhas de crédito com condições

excepcionais: Crédito Habitação – Ajuda à Reconstrução e Crédito Pessoal – Apoio às Primeiras

Necessidades. Refira-se ainda a garantia de um período de carência de capital e juros durante um

período de 12 meses, sem qualquer encargo adicional, para os seus clientes com crédito, empresas

e particulares;

Parceria estabelecida com o Governo Regional da RAM e do Ministério da Economia, da

Inovação e do Desenvolvimento, através da Linha de Crédito de 50 milhões de Euros de Apoio à

Recuperação Empresarial, tendo instalado um gabinete de apoio aos comerciantes do Funchal,

nas instalações da ACIF – Associação de Comércio e Indústria do Funchal, com o propósito de

facilitar o recurso, a nível processual e burocrático, de todas as pequenas e médias empresas,

clientes ou não clientes do BANIF, a essa linha de crédito;

Inauguração pela Direcção Comercial da RAA, em 16 de Abril de 2010, de um espaço dedicado

especialmente aos mediadores imobiliários que passam a dispor de um único e exclusivo

interlocutor, onde se pretende assegurar ainda toda a gestão decorrente dos processos de crédito

imobiliário, desde a elaboração das propostas à produção de minutas para as escrituras;

Celebração, em 26 de Maio de 2010, de um protocolo de colaboração institucional com o

Governo Regional dos Açores, denominado Linha de Crédito Açores Empresas II, que visa

assegurar o financiamento às empresas junto das quais os Municípios ou Empresas Municipais

registam dívidas;

Celebração de protocolo de cooperação com a Atlânticoline (à semelhança do que aconteceu em

2006 com a SATA), de incentivo à utilização dos cartões de crédito do BANIF;

Desenvolvimento de parcerias junto de concessionários automóvel locais, com vista à

comercialização de viaturas, através de financiamento BANIF, agora realizado através do BANIF

MAIS;

Lançamento de duas novas funcionalidades no serviço de banca electrónica Banif@st,

nomeadamente a disponibilização via internet das opções de compra e venda de acções e

subscrição e resgate de fundos e a possibilidade de os clientes subscreverem o envio do extracto

integrado por e-mail, podendo, desta forma, solicitar o cancelamento do envio do documento por

via postal;

Lançamento do cartão de crédito Hello Kitty para não clientes, através do qual se conseguiu

captar um novo segmento de clientes para este produto;

Lançamento no 2º semestre de 2010 de um programa de fidelização para os Cartões de Crédito

Hello Kitty, dirigido a clientes e a não clientes. Este programa teve por objectivo a fidelização

destes cartões e teve por base de cálculo a acumulação de pontos que se traduz num posterior

desconto na compra de artigos com a marca Hello Kitty;

Lançamento de campanha com a ZON Açores e a TOSHIBA, com o objectivo de dinamizar a

venda de um pacote de alta definição (TV+BOX), com recurso ao crédito BANIF, no contexto das

transmissões televisivas referentes ao campeonato do Mundo de Futebol da África do Sul;

Desenvolvimento do piloto do cartão contactless, iniciado no 1º semestre de 2010, que teve por

objectivo apresentar a inovadora solução de pagamentos contactless paywave a consumidores e

comerciantes na zona de Lisboa, terminou no 2º semestre de 2010;

Page 182: BANIF

182

Lançamento da campanha Soluções Poupança, com o objectivo de captação significativa de

recursos para o Banco. Esta campanha contou com uma taxa promocional atractiva e teve uma

divulgação mass mediática assinalável;

Dinamização da Conta Nova Geração em todos os seus sub-segmentos, com recurso a taxas

atractivas (Nova Geração - Especial Dia Mundial da Criança), e à oferta de brindes promocionais

na constituição/reforço da poupança Nova Geração;

Lançamento de campanhas pontuais de Crédito Pré-concedido;

Dinamização das Soluções Emigrante, através de campanha promocional de verão;

Desenvolvimento das soluções business “Turismo” e “Saúde e Bem-Estar” no segmento de

crédito especializado, com vista à oferta de produtos e serviços do BANIF – GRUPO FINANCEIRO,

específicos para pequenas empresas e empresários em sectores de actividade económica

considerados estratégicos;

Desenvolvimento de dois novos produtos de depósitos à ordem – as contas Plus e Platinum –

atendendo a critérios específicos de segmentação dos clientes, no segmento das contas de

depósitos e produtos de poupança, com características específicas e adequadas a clientes mass-

market, affluent e private;

Lançamento de campanha de dinamização do produto de crédito ao consumo Crédito Pessoal

Multimédia, com a finalidade de financiar a aquisição de equipamentos informáticos e

multimédia;

Dinamização do segmento universitário, a partir do lançamento de uma campanha, com o

objectivo de promover a captação e a activação de contas de depósitos à ordem universitário e

respectivos produtos associados, nomeadamente: o Crédito Universitário Garantia Mútua e o

Crédito Formação Académica;

Lançamento de campanhas mensais de captação de recursos, via disponibilização do depósito a

prazo promocional – Super DP Banif@st, no canal de banca electrónica;

Disponibilização de um novo produto, o Crédito Investimento Agrícola, no âmbito do

desenvolvimento da oferta sectorial para o segmento de pequenos negócios;

Lançamento no 2º semestre de 2010 do Depósito a Prazo comemorativo do Dia Mundial da

Poupança e a campanha Soluções de Poupança, esta última suportada na comercialização de

novos depósitos a prazo com estrutura de taxa de juro crescente e numa ampla divulgação nos

meios de comunicação.

Novos produtos e/ou serviços significativos lançados pelo BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL

(BRASIL), S.A.

Desenvolvimento dos cartões “private label” da Lusa, do Palmeiras e da Proteste. Os dois

primeiros foram desenvolvidos para atingir o público de clubes de futebol e o último visa atingir

os 350.000 associados da Proteste, entidade que optou pela parceria com o BANIF no que respeita

ao cartão de crédito.

Novos produtos e/ou serviços significativos lançados pelo BANIF MAIS

Entrada no segmento de “crédito de marca” com o desenvolvimento da parceria com a Chevrolet

e o início da parceria com a Hyundai;

Novos produtos e/ou serviços significativos lançados pela BANIF RENT

Implementação do serviço 1 Link Service Network, uma solução de Market Intelligence, que

consiste numa plataforma online para a gestão das autorizações relacionadas com intervenções de

manutenção. Esta aplicação permitiu agilizar as intervenções oficinais e reduzir o seu custo.

Page 183: BANIF

183

Novos produtos e/ou serviços significativos lançados pelo BCN

Lançamento de novos produtos de poupança e introdução do factoring no mercado de Cabo

Verde.

Novos produtos e/ou serviços significativos lançados pelo BANIF BANK (MALTA)

Lançamento dos produtos: Banif Green Energy Loan (produto de crédito ao consumo destinado à

aquisição de equipamentos de energia renovável, lançado ao abrigo de um programa do Governo

maltês de promoção deste tipo de equipamento; Banif Cash-Back Loan (produto de crédito ao

consumo com uma vertente de poupança associada no final do termo); Banif Salary Package

(pacote de produtos e serviços para aqueles que domiciliem vencimentos no BANIF BANK

(MALTA); Banif Campus Package (pacote de produtos e serviços para estudantes); Banif Special

3-year Flexi-Term (produto de captação de depósito com possibilidade de mobilização antecipada

de fundos sem perda total de juros) e Banif Corporate Credit Card (cartão de crédito para

empresas).

Lançamento da funcionalidade de pagamento de contas via Banif@st.

Novos produtos e/ou serviços significativos lançados pela BANIF GESTÃO DE ACTIVOS

Constituição de fundos imobiliários de arrendamento habitacional e alargamento das respectivas

redes e canais de colocação, nomeadamente através da introdução da funcionalidade internet na

comercialização de fundos de investimento, através do serviço de banca electrónica Banif@ast;

Assumpção da gestão dos fundos de investimento FICA – Fundo de Investimento para o Cinema

e Audiovisual e FEI - Fundo de Gestão Passiva.

Alteração da política de investimento dos fundos de investimento Banif Euro Financeiras, Banif

Europa de Leste, Banif Gestão Activa, Banif Gestão Patrimonial e Banif América Latina, tendo,

neste último caso, acompanhado a alteração do foco de investimento (em mais de 50% geografia

Brasil) pela alteração da denominação do próprio fundo, passando este a denominar-se Banif

Brasil.

Novos produtos e/ou serviços significativos lançados pela BANIF AÇOR PENSÕES

Lançamento de 4 novos Fundos de Pensões Abertos, de comercialização conjunta, para empresas

e particulares, em parceria com a Optimize Investment Partners - SGFIM, S.A. com a Optimize –

Mediação de Seguros Unipessoal, Lda e e com a MDS – Corretores de Seguros, S.A..

Novos produtos e/ou serviços significativos lançados pela BANIF CAPITAL

Lançamento do Global Private Equity Fund, um novo fundo de fundos de private equity, lançado

em Julho de 2010, composto por 3 activos internacionais de private equity que investem

essencialmente nos mercados Europeu e Norte Americano.

7.2. Principais mercados

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO encontra-se organizado por áreas autónomas de negócio, através de duas

sub-holdings: BANIF COMERCIAL SGPS, que agrega a actividade de banca comercial e de crédito

especializado, e BANIF INVESTIMENTOS SGPS, que engloba a área da banca de investimentos e outras

actividades financeiras. O GRUPO detém ainda uma unidade autónoma que se dedica exclusivamente à

gestão dos imóveis do GRUPO, que não tem materialidade.

Page 184: BANIF

184

A EMITENTE e as suas sociedades têm desenvolvido as suas actividades em várias áreas geográficas e nos

mais diversos segmentos de negócio do sector financeiro.

No relato por segmentos, a divulgação por semento operacional do BANIF – GRUPO FINANCEIRO

corresponde à forma como a informação é analisada pela equipa de gestão do GRUPO.Assim sendo, no

exercício de 2010, a segmentação por área de negócio foi efectuada entre os segmentos de banca

comercial, banca de investimento, gestão de activos e holdings e outros. Refira-se a este propósito o

seguinte:

Banca comercial: Inclui a captação de recursos e produtos de crédito específicos para particulares,

empresas e instituições, como sendo crédito à habitação, crédito ao consumo, produtos para empresários

em nome individual e pequenas empresas, factoring, facilidades de tesouraria e créditos de importação e

exportação.

Banca de investimento: Inclui a actividade de intervenção no mercado primário e secundário de capitais,

por conta própria ou por conta de terceiros, como sendo transacções, corporate finance e aquisições e

fusões.

Gestão de activos: Inclui a oferta de produtos de investimento e respectivos serviços de gestão a

particulares e empresas, assim como outros serviços financeiros prestados. Este segmento inclui fundos

de investimento geridos por entidades do GRUPO, nos quais o GRUPO detém a maioria das suas unidades

de participação.

Holdings e outros: Inclui todas as operações efectuadas pelas holdings do GRUPO e segmentos não

enquadráveis em nenhum dos segmentos operacionais definidos acima.

O reporte por áreas geográficas é efectuado em função das regiões nas quais o GRUPO desenvolve a sua

actividade, nomeadamente: Portugal, resto da União Europeia, América do Norte (E.U.A.), América

Latina (Brasil) e resto do Mundo.

Refira-se ainda que os reportes utilizados pela equipa de gestão do BANIF – GRUPO FINANCEIRO têm

como base informação contabilística de acordo com as IAS/IFRS, excluindo operações não recorrentes.

Para uma melhor visualização do contributo de cada área negocial e de cada região para a formação do

produto da actividade do BANIF – GRUPO FINANCEIRO bem como da sua respectiva evolução ao longo do

período do historial financeiro apresentam-se os seguintes quadros.

Unidade: milhares de Euros

SEGMENTO OPERACIONAL DE NEGÓCIO PRODUTO DA

ACTIVIDADE EM 2009

PRODUTO DA

ACTIVIDADE EM 2010

Banca Comercial 409.626 475.311

Banca de Investimento 50.427 62.054

Gestão de Activos 18.007 13.476

Holdings e Outros 6.367 (8.207)

TOTAL 484.427 542.634

Fonte: Relatórios e Contas da EMITENTE

O contributo de cada área de negócio para a formação do produto da actividade do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO no 1º trimestre de 2011 por comparativo ao período homólogo do ano anterior encontra-se

evidenciado no quadro abaixo apresentado.

Page 185: BANIF

185

Unidade: milhares de Euros

SEGMENTO OPERACIONAL DE NEGÓCIO

PRODUTO DA ACTIVIDADE

EM 31 DE MARÇO DE 2010

PRODUTO DA ACTIVIDADE

EM 31 DE MARÇO DE 2011

Banca Comercial 98.544 108.762

Banca de Investimento 11.441 10.660

Gestão de Activos 5.879 5.056

Holdings e Outros 4.970 (4.357)

TOTAL 120.834 120.121

O reporting por áreas geográficas para o período do historial financeiro encontra-se reflectido no quadro

abaixo apresentado: Unidade: milhares de Euros

SEGMENTO GEOGRÁFICO DE NEGÓCIO PRODUTO DA ACTIVIDADE EM

2009

PRODUTO DA ACTIVIDADE EM

2010

Portugal 386.526 437.632

América do Norte 14.851 6.964

América Latina 70.341 78.035

Resto da União Europeia 2.004 4.709

Resto do Mundo 19.350 15.354

TOTAL 493.073 542.695

Fonte: Relatórios e Contas da EMITENTE

7.3. Fundamentos de eventuais declarações prestadas pela EMITENTE acerca da sua posição

concorrencial

Não aplicável na medida em que não houve lugar a quaisquer declarações prestadas pela EMITENTE

acerca da sua posição concorrencial.

7.4. Estrutura organizativa

7.4.1. Descrição sucinta do BANIF – GRUPO FINANCEIRO

A EMITENTE encontra-se integrada num grupo financeiro composto por empresas de competência

especializada nos sectores bancário e segurador, apoiadas num conjunto de outras sociedades que operam

em diversas áreas do sector financeiro e que permitem prestar um serviço financeiro global.

O BANIF - GRUPO FINANCEIRO é um grupo financeiro de vocação universal, com uma rede de distribuição

multi-canal e internacional, procurando assumir-se como uma referência quanto à qualidade de serviço e

excelência na gama de produtos e serviços disponibilizados.

A actividade internacional do BANIF - GRUPO FINANCEIRO assenta na presença estratégica (i) em

mercados com potencial de negócios que representem sinergias para o GRUPO, nomeadamente no Brasil,

nos Estados Unidos da América, em Malta, em Espanha, no Reino Unido e, desde Novembro de 2009, em

Hong Kong, (ii) em mercados onde a comunidade emigrante portuguesa (em especial da Madeira e

Açores) tem uma forte presença, como nos Estados Unidos da América, Canadá, Venezuela e África do

Sul, e, ainda, (iii) em mercados que consubstanciem uma especial atenção ao acompanhamento das

relações de negócio com países de expressão portuguesa, como Cabo Verde. Destaca-se ainda a aposta

nos mercados da Hungria, Eslováquia e Polónia onde o BANIF - GRUPO FINANCEIRO passou a dispor de

uma presença significativa, após a integração do GRUPO TECNICRÉDITO.

Page 186: BANIF

186

A estrutura organizativa do BANIF - GRUPO FINANCEIRO é a seguinte (data de referência: 31 de Março de

2011):

Page 187: BANIF

187

Page 188: BANIF

A EMITENTE actua como gestora de participações sociais, pelo que, no desenvolvimento do seu objecto social, é

relativamente àquelas responsável pela gestão das suas participações sociais, pela definição de uma estratégia

global e pela coordenação da sua actuação, de modo a garantir o cumprimento das atribuições que lhes estejam

cometidas e a assegurar a representação conjunta dos interesses comuns a todas as sociedades que se encontram

integradas no BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

Conforme diagrama de participações do BANIF – GRUPO FINANCEIRO supra apresentado, na dependência da

BANIF SGPS encontram-se as seguintes sociedades gestoras de participações sociais: (i) a BANIF COMERCIAL

SGPS, sub-holding para a área da banca comercial, a (ii) BANIF INVESTIMENTOS SGPS, sub-holding para a área

da banca de investimento e actividade internacional e (iii) a BANIF MAIS SGPS, anteriormente denominada por

TECNICRÉDITO, sub-holding para a actividade de crédito especializado.

Com efeito, a partir de Setembro de 2009, o GRUPO passou a integrar a holding TECNICRÉDITO, actualmente

com a denominação social de BANIF MAIS SGPS, e as respectivas sociedades participadas, cujo âmbito de

actividade compreende o crédito especializado e o cross-selling de produtos associados, dedicando-se

essencialmente ao financiamento de bens e serviços (v.g. crédito ao consumo e leasing), a par de outras

actividades conexas, como o aluguer de automóveis e a mediação de seguros.

Por outro lado, na sequência de uma reorganização efectuada em 2009 no sector segurador do GRUPO, a BANIF

SGPS passou a deter uma participação directa de 47,69% do capital social da RENTIPAR SEGUROS, sub-holding

que integra as participações detidas pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO que desenvolvem a actividade

seguradora, nomeadamente a CSA, a GLOBAL e a GLOBAL VIDA. Em 21 de Janeiro de 2011 foi outorgada a

escritura pública de fusão da CSA, da Global e da Global Vida na modalidade de incorporação da Global e da

Global Vida (sociedades incorporadas) na CSA (sociedade incorporante), com extinção das duas sociedades e

com a transferência global dos respectivos patrimónios, activos e passivos para a sociedade incorporante.

O Conselho de Administração da BANIF SGPS integra membros do Conselho de Administração das principais

empresas do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, das suas áreas de actividade mencionadas nos parágrafos supra,

assegurando a coordenação e gestão centralizada do conjunto das empresas do GRUPO.

Seguidamente apresenta-se uma síntese das restantes sociedades que se encontram actualmente integradas no

BANIF - GRUPO FINANCEIRO, à excepção da EMITENTE.

BANIF COMERCIAL SGPS

A BANIF COMERCIAL SGPS é uma sub-holding da BANIF SGPS e a sua actividade consiste, exclusivamente, na

gestão das participações financeiras do GRUPO ligadas à actividade da banca comercial e do crédito

especializado. Possui um capital social de 280.000.000 Euros e apresenta a seguinte estrutura accionista:

ACCIONISTA % CAPITAL SOCIAL

BANIF SGPS

84,80%

BANIF INVESTIMENTOS SGPS

15,20%

Fonte: EMITENTE

BANIF INVESTIMENTOS SGPS

A BANIF INVESTIMENTOS SGPS é uma sub-holding da BANIF SGPS e a sua actividade consiste, exclusivamente,

na gestão das participações financeiras do GRUPO predominantemente ligadas às áreas da banca de

investimento, mercado de capitais e gestão de activos, a nível nacional e internacional. Possui um capital social

Page 189: BANIF

189

de € 10.000.000 (dez milhões de Euros), detido em 99,9% pela BANIF SGPS e em 0,1% pela Banif Holding

(Malta), Ltd.. Refira-se, contudo, que o capital social da BANIF INVESTIMENTOS SGPS encontra-se representado

por 1.998.000 acções ordinárias, com o valor nominal unitário de € 5 (cinco Euros), detidas pela BANIF SGPS, e

por 2.000 acções preferenciais sem voto, com o valor nominal unitário de € 5 (cinco Euros), detidas pela Banif

Holding (Malta), Ltd.), pelo que a BANIF SGPS detém 100% dos direitos de voto da BANIF INVESTIMENTOS

SGPS.

BANIF

Desenvolve a sua actividade no âmbito da banca comercial, com uma oferta de produtos e serviços para

particulares e empresas. Possui um capital social de € 780.000.000 (setecentos e oitenta milhões de Euros) e é

detido em 100% pela BANIF COMERCIAL SGPS.

BANIF MAIS SGPS (anteriormente denominada por TECNICRÉDITO)

O BANIF MAIS SGPS, com a anterior denominação social de TECNICRÉDITO , representa a sub-holding do BANIF

– GRUPO FINANCEIRO, que integra as sociedades do Grupo TECNICRÉDITO que actuam no âmbito da actividade

de crédito especializado. Passou a integrar o BANIF – GRUPO FINANCEIRO a partir de Setembro de 2009, e, em

resultado, a BANIF SGPS detém actualmente 100% do seu capital social, o qual ascende a € 17.500.000

(dezassete milhões e quinhentos mil Euros).

A BANIF MAIS SGPS, sub-holding da BANIF SGPS, integra o seguinte conjunto de empresas subsidiárias:

Unidade: Euros

EMPRESA SUBSIDIÁRIA SEDE ACTIVIDADE CAPITAL % PARTICIPAÇÃO

DIRECTA INDIRECTA

Banco Mais, S.A. Lisboa Bancária € 100.000.000 100% -

Tecnicrédito ALD – Aluguer de

Automóveis, S.A. Lisboa ALD € 1.000.000 100% -

Margem – Mediação de Seguros, Lda Lisboa Mediação

Seguros € 6.235 100% -

Banif Plus Budapeste Bancária HUF

3.000.000.000 - 100%

Tcc Investments Luxembourg SARL Luxemburgo Invest.

Financeiros € 125.000 10% 90%

Fonte: EMITENTE

A entidade com maior notoriedade no BANIF MAIS SGPS é o BANIF MAIS, o qual se assume como um dos

principais operadores de mercado no sector do financiamento automóvel. Não se tratando de um banco

vocacionado para a captação de depósitos e demais serviços bancários associados, a actividade do BANIF MAIS

assenta essencialmente no crédito no ponto de venda, para o que dispõe de uma rede de parcerias comerciais.

Possui um capital social de € 100.000.000 (cem milhões de Euros) e é detido a 100% pela BANIF MAIS SGPS.

BANIF GO

A BANIF GO, resultou da fusão por incorporação da Banif Crédito – Sociedade Financeira para Aquisições a

Crédito, S.A. na Banif Leasing, S.A., ocorrida em Setembro de 2007. Possui um capital social de

€ 20.000.000 (vinte milhões de Euros) e é detida em 100% pela BANIF COMERCIAL SGPS. Em 25 de Junho

de 2010, foi subscrito pelos Conselhos de Administração das Sociedades BANIF, da BANIF GO e do BANCO

MAIS um projecto de cisão-fusão, no âmbito do qual foi projectada a cisão da BANIF GO em dois

patrimónios distintos, o primeiro, „Património A‟, constituído por todos os activos e passivos que

consubstanciam os ramos de actividade “leasing mobiliário” e “financiamento de aquisições a crédito”, a

incorporar por fusão no BANCO MAIS, e o segundo, „Património B‟, constituído por todos os activos e

Page 190: BANIF

190

passivos que consubstanciam o ramo de actividade “leasing imobiliário”, a incorporar por fusão no BANIF.

A concretização do presente processo encontra-se ainda pendente de aprovação por parte da Administração

Fiscal, de requerimento efectuado ao abrigo do artigo 60.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais.

BANIF RENT

A BANIF RENT é a sociedade do BANIF – GRUPO FINANCEIRO que tem como missão apoiar as empresas clientes

do BANIF na definição e implementação duma política de gestão da sua frota automóvel, fornecendo-lhes os

meios financeiros e logísticos para a sua concretização. Possui um capital social de € 300.000 (trezentos mil

Euros) e é detida em 100% pela BANIF COMERCIAL SGPS.

BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (CAYMAN)

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO opera no centro financeiro das Ilhas Caimão através do BANIF – BANCO

INTERNACIONAL DO FUNCHAL (CAYMAN). Este último possui um capital social de USD 42.000.000 (quarenta e

dois milhões de dólares), representado por 26 milhões de acções ordinárias, com valor nominal unitário de USD

1 (um dólar), e por 16 milhões de acções preferenciais sem voto, com valor nominal unitário de USD 1 (um

dólar). A BANIF INVESTIMENTOS SGPS possui 100% dos direitos de voto do BANIF – BANCO INTERNACIONAL

DO FUNCHAL (CAYMAN).

BANIF INTERNATIONAL BANK

O BANIF INTERNATIONAL BANK é um banco subsidiário com sede em Nassau (Bahamas), que foi constituído

no final do 1º semestre de 2005, mediante autorização do Central Bank of Bahamas, no âmbito da estratégia de

alargamento da actividade internacional do BANIF – GRUPO FINANCEIRO. Possui um capital social de

€ 25.000.100 (vinte e cinco milhões e cem Euros) e apresenta a seguinte estrutura accionista:

ACCIONISTA % CAPITAL SOCIAL

BANIF INVESTIMENTOS SGPS 99,9%

BANIF COMERCIAL SGPS

0,1%

Fonte: EMITENTE

Refira-se que o capital social do BANIF INTERNATIONAL BANK encontra-se representado por 25 milhões de

acções ordinárias, com valor nominal unitário de € 1 (um Euro), e por 10.000 acções preferenciais, com valor

nominal unitário de € 0,01 (um cêntimo). A BANIF INVESTIMENTOS SGPS possui 100% dos direitos de voto do

BANIF INTERNATIONAL BANK.

BANIF FINANCE (USA) (anteriormente denominada por Banif Mortgage Company)

A BANIF FINANCE (USA) é uma instituição de crédito hipotecário licenciada no Estado da Flórida, nos Estados

Unidos da América, desenvolvendo a sua actividade na concessão de crédito imobiliário para habitação e

comércio. Possui um capital social de USD 6.280.105,09 (seis milhões, duzentos e oitenta mil, cento e cinco

dólares e nove cêntimos) e é detida em 100% pela BANIF INTERNATIONAL HOLDINGS.

BANIF FINANCIAL SERVICES

A BANIF FINANCIAL SERVICES é uma sociedade registada no Estado da Flórida, que fornece aos seus clientes

serviços de aconselhamento ao nível de investimentos, actuando nos Estados Unidos da América como US

Investment Adviser. Possui um capital social de USD 371.000 (trezentos e setenta e um mil dólares) e é detida

em 100% pela BANIF INTERNATIONAL HOLDINGS.

Page 191: BANIF

191

BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL)

O BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL) é um banco comercial, de direito brasileiro, que

presta serviços a empresas de média e grande dimensão nas áreas de crédito comercial, financiamento

imobiliário, tesouraria, câmbio e comércio externo, entre outras. Possui um capital social de R$ 173.461.366,49

(cento e setenta e três milhões, quatrocentos e sessenta e um mil, trezentos e sessenta e seis reais e quarenta e

nove centavos) e apresenta a seguinte estrutura accionista:

ACCIONISTA % CAPITAL SOCIAL

BANIF COMERCIAL SGPS 90%

BANIF INTERNATIONAL HOLDINGS

10%

Fonte: EMITENTE

BANCA PUEYO

Em 12 de Junho de 2007, a BANIF SGPS adquiriu uma participação de 33,32% na BANCA PUEYO, banco de

direito espanhol que possui um capital social de € 4.800.000 (quatro milhões e oitocentos mil Euros).

A BANCA PUEYO desenvolve a actividade típica de um banco comercial destinado a clientes de retalho,

abrangendo não só os produtos típicos bancários, contas correntes e de depósitos, depósitos a prazo, contratos

de crédito e de leasing, mas também outros, como os depósitos e a intermediação de valores mobiliários, a

comercialização de seguros de diferentes ramos, de fundos de investimento e planos de pensões. Refira-se ainda

que a BANCA PUEYO é a sociedade-mãe de um grupo de empresas, entre as quais se encontram, como mais

significativas, uma sociedade gestora de fundos de pensões e uma sociedade agente de seguros.

BCN

Em Fevereiro de 2007, a BANIF SGPS adquiriu uma participação de 46% do capital social do BCN, instituição de

crédito caboverdiana, tendo durante o exercício de 2008 aumentado a sua participação para 51,69%. O capital

social do BCN é de CVE 900.000.000 (novecentos milhões de escudos cabo-verdianos).

BANIF INTERNATIONAL HOLDINGS

A BANIF INTERNATIONAL HOLDINGS é uma sociedade holding constituída nas Ilhas Caimão, que possui 100%

de participação no capital social das subsidiárias: BANIF FINANCE (USA), BANIF FINANCIAL SERVICES, BANIF

TRADING e BANIF FORFAITING COMPANY. Refira-se ainda que a BANIF INTERNATIONAL HOLDINGS investiu

também no BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL) em Junho de 2006, tendo adquirido 10%

do seu capital.

Possui um capital social de USD 17.657.498 (dezassete milhões, seiscentos e cinquenta e sete mil, quatrocentos

e noventa e oito dólares) e é detida em 85% pela BANIF INVESTIMENTOS SGPS INVESTIMENTOS SGPS. Refira-se

que esta participação social de 85% no capital social da BANIF INTERNATIONAL HOLDINGS foi alienada pelo

BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (CAYMAN) à BANIF INVESTIMENTOS SGPS no decurso do

exercício de 2010.

BANIF TRADING

A BANIF TRADING foi constituída no Estado da Flórida, Estados Unidos da América em Novembro de 2006

com o objectivo de actuar como corretora das operações de trade finance do GRUPO nas Américas. A sua

actividade compreende a compra e venda de instrumentos de trade finance (letras, promissórias, aceites, etc.) a

Page 192: BANIF

192

investidores institucionais, principalmente bancos e hedge funds. Possui um capital social de USD 350.000

(trezentos e cinquenta mil dólares) e é detida em 100% pela BANIF INTERNATIONAL HOLDINGS.

BANIF INVESTIMENTO

É a instituição do BANIF – GRUPO FINANCEIRO que actualmente centraliza e coordena toda a actividade,

nacional e internacional, do GRUPO na área da banca de investimento. As actividades, em Portugal, de gestão de

fundos (mobiliários, imobiliários e de pensões) e de capital de risco são desenvolvidas pelas sociedades

participadas do BANIF INVESTIMENTO, enquanto todas as restantes actividades são desenvolvidas no âmbito do

próprio banco. Possui um capital social de € 55.000.000 (cinquenta e cinco milhões de Euros) e é detido em

100% pela BANIF INVESTIMENTOS SGPS.

BANIF SECURITIES

A BANIF SECURITIES é uma sociedade broker dealer de direito americano, com sede em Nova Iorque e

escritório em Miami. Possui um capital social de USD 8.532.707 (oito milhões, quinhentos e trinta e dois mil,

setecentos e sete dólares) e é detida em 100% pela BANIF SECURITIES HOLDINGS, que possui um capital social

de USD 2.108.000 (dois milhões, cento e oito mil dólares) e que, por sua vez, é detida a 100% pela BANIF

INVESTIMENTOS SGPS.

BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL)

O BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL) desenvolve a sua actividade no âmbito da banca de investimento

no Brasil. Possui um capital social de R$ 80.785.158,21 (oitenta milhões, setecentos e oitenta e cinco mil, cento

e cinquenta e oito reais e vinte e um centavos) e a sua actual estrutura accionista é a seguinte:

ACCIONISTA % CAPITAL SOCIAL

BANIF INVESTIMENTOS SGPS 75%

BANIF SECURITIES

25%

Fonte: EMITENTE

BANKPIME

Em Julho de 2007, a BANIF SGPS adquiriu uma participação no capital social do BANKPIME, tornando-se o

maior accionista desta instituição financeira espanhola. À presente data, a referida participação é de 28,662% do

capital social e direitos de voto da instituição, na qual figuram ainda, como accionistas de referência, a

Agrupación Mútua (26,196%) e a Barcelonesa de Inversiones Inmobiliarias, S.A (18,005%). Refira-se ainda

que o BANKPIME possui um capital social de € 24.851.374,78 (vinte e quatro milhões oitocentos e cinquenta e

um mil trezentos e setenta e quatro Euros e setenta e oito cêntimos).

RENTIPAR SEGUROS

No seguimento da política de crescimento do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, quer no sector financeiro, quer no

sector segurador, procedeu-se a uma reorganização, através de um rearranjo da estrutura de detenção das

participações sociais na CSA, por forma a posicionar a RENTIPAR SEGUROS como holding para o sector da

actividade seguradora, de modo que esta última passou a deter directamente 100% do capital daquela sociedade

anónima de seguros, passando a BANIF SGPS e o BANIF a participar directamente no capital da RENTIPAR

SEGUROS, em proporção igual à que anteriormente participavam na CSA (33,62% e 14,07%, respectivamente),

mantendo assim, nesta sociedade, o mesmo nível de participação, embora de forma indirecta.

Page 193: BANIF

193

A referida reorganização consubstanciou-se na entrega, pela BANIF SGPS e BANIF, respectivamente, de

3.849.569 acções e 1.610.897 acções representativas de 33,62% e 14,07% do capital social da CSA, para

realização de um aumento do capital da RENTIPAR SEGUROS, que, desta forma, passou de 34,30 milhões de

Euros para 65,57 milhões de Euros.

A fim de reforçar os capitais próprios da RENTIPAR SEGUROS, de modo a financiar as aquisições das

participações nas companhias seguros GLOBAL e GLOBAL VIDA, a RENTIPAR SEGUROS voltou a proceder, já em

2010, a um aumento do seu capital social, no montante de 70 milhões de Euros, que foi subscrito e realizado

pelos seus accionistas SOIL SGPS, BANIF SGPS e BANIF, na proporção das respectivas participações. Em virtude

desta operação, o capital social da RENTIPAR SEGUROS passou para 135,57 milhões de Euros.

Actualmente a RENTIPAR SEGUROS possui um capital social de € 135.570.000 (cento e trinta e cinco milhões,

quinhentos e setenta mil Euros) e a sua actual estrutura accionista é a seguinte:

ACCIONISTA % CAPITAL SOCIAL

SOIL 52,31%

BANIF SGPS 47,69%

Fonte: EMITENTE

CSA

A CSA é uma das entidades que desenvolve a actividade seguradora do BANIF – GRUPO FINANCEIRO. Possui

um capital social de € 82.500.000 (oitenta e dois milhões e quinhentos mil Euros), detido a 100% pela

RENTIPAR SEGUROS.

Em 21 de Janeiro de 2011 foi outorgada a escritura pública de fusão da CSA, da GLOBAL e da GLOBAL VIDA na

modalidade de incorporação da GLOBAL e da GLOBAL VIDA (sociedades incorporadas) na CSA (sociedade

incorporante), com extinção das duas sociedades e com a transferência global dos respectivos patrimónios,

activos e passivos para a sociedade incorporante.

Em 31 de Março de 2011, as sociedades do BANIF – GRUPO FINANCEIRO incluídas no perímetro de

consolidação eram as seguintes:

SOCIEDADE SEDE DETENTOR DE CAPITAL % PARTICIPAÇÃO

EFECTIVA

INTERESSES

MINORITÁRIOS

BANIF COMERCIAL SGPS PORTUGAL BANIF SGPS

BANIF INVESTIMENTOS

SGPS

100,00% 0,00%

BANIF PORTUGAL BANIF COMERCIAL SGPS

SGPS COMERCIAL SGPS

100,00% 0,00%

BANIF AÇORES SGPS PORTUGAL BANIF COMERCIAL SGPS 100,00% 0,00%

BANIF FINANCE ILHAS CAYMAN BANIF

NUMBERONE SGPS, LDA

100,00% 0,00%

Banif e Comercial Açores, Inc. San José E.U.A. BANIF 100,00% 0,00%

Banif e Comercial Açores, Inc. Fall River E.U.A. BANIF 100,00% 0,00%

Investaçor SGPS, S.A. PORTUGAL BANIF AÇORES SGPS 59,20% 40,80%

Investaçor Hóteis, S.A. PORTUGAL Investaçor SGPS, S.A. 59,20% 40,80%

Açortur Investimentos Turísticos dos

Açores, S.A.

PORTUGAL Investaçor SGPS, S.A. 49,37% 50,63%

Turotel, Turismo e Hóteis dos Açores, S.A. PORTUGAL Investaçor SGPS, S.A. 58,07% 41,93%

Investimentos Turísticos e Similares e

Apart-Hotel Pico, Lda

PORTUGAL Açortur Investimentos

Turísticos dos Açores,

S.A.

49,37% 50,63%

Page 194: BANIF

194

BANIF GO PORTUGAL BANIF COMERCIAL SGPS 100,00% 0,00%

BANIF RENT PORTUGAL BANIF COMERCIAL SGPS 100,00% 0,00%

BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO

FUNCHAL (BRASIL)

BRASIL BANIF COMERCIAL SGPS

BANIF INTERNATIONAL

HOLDINGS

98,50% 1,50%

BANIF INVESTIMENTOS SGPS PORTUGAL BANIF SGPS 100,00% 0,00%

BANIF INVESTIMENTO PORTUGAL BANIF INVESTIMENTOS

SGPS

100,00% 0,00%

BANIF GESTÃO DE ACTIVOS PORTUGAL BANIF INVESTIMENTO 100,00% 0,00%

BANIF AÇOR PENSÕES PORTUGAL BANIF e BANIF

INVESTIMENTO

61,89% 38,11%

BANIF CAPITAL PORTUGAL BANIF INVESTIMENTO 100,00% 0,00%

Centro Venture – Sociedade de Capital de

Risco, S.A.

PORTUGAL BANIF INVESTIMENTO 51,00% 49,00%

Gamma – Sociedade de Titularização de

Créditos, S.A.

PORTUGAL BANIF INVESTIMENTO 100,00% 0,00%

Numberone SGPS, Lda PORTUGAL BANIF 100,00% 0,00%

Banif International Asset Management Ltd ILHAS CAYMAN BANIF INVESTIMENTO 100,00% 0,00%

Banif Multifund, Ltd ILHAS CAYMAN Banif International

Asset Management Ltd

100,00% 0,00%

BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO

FUNCHAL (CAYMAN)

ILHAS CAYMAN BANIF INVESTIMENTOS

SGPS

100,00% 0,00%

BANIF INTERNATIONAL HOLDINGS, LTD ILHAS CAYMAN BANIF INVESTIMENTOS

SGPS

85,00% 15,00%

Banif Financial Services, Inc. E.U.A. BANIF INTERNATIONAL

HOLDINGS

85,00% 15,00%

Banif Finance (USA) Corp. E.U.A. BANIF INTERNATIONAL

HOLDINGS

85,00% 15,00%

Banif Forfaiting Company BAHAMAS BANIF INTERNATIONAL

HOLDINGS

85,00% 15,00%

Banif Trading, Inc. E.U.A. BANIF INTERNATIONAL

HOLDINGS

85,00% 15,00%

Banif Securities, Inc. E.U.A. BANIF SECURITIES

HOLDING

100,00% 0,00%

Econofinance, S.A. BRASIL BANIF SECURITIES

HOLDING

100,00% 0,00%

Banif Securities Holding, Ltd. ILHAS CAYMAN BANIF INVESTIMENTOS

SGPS

100,00% 0,00%

Banif (Brasil), Ltd. BRASIL BANIF INVESTIMENTOS

SGPS E BANIF

100,00% 0,00%

Banif International Bank, Ltd. BAHAMAS BANIF COMERCIAL SGPS

e BANIF

INVESTIMENTOS SGPS

100,00% 0,00%

Banif – Banco de Investimento (Brasil),

S.A.

BRASIL BANIF INVESTIMENTOS

SGPS e BANIF

SECURITIES HOLDING

100,00% 0,00%

Banif Corretora de Valores e Câmbio S.A. BRASIL BANIF – BANCO DE

INVESTIMENTO (BRASIL)

100,00% 0,00%

Banif Gestão de Activos (Brasil) S.A. BRASIL BANIF – BANCO DE

INVESTIMENTO (BRASIL)

100,00% 0,00%

Pithecia Participações, S.A. BRASIL BANIF – BANCO DE

INVESTIMENTO (BRASIL)

94,00% 6,00%

Luzie Empreendimentos Imobiliários SPE,

S.A.

BRASIL BANIF – BANCO DE

INVESTIMENTO (BRASIL)

100,00% 0,00%

Banif Imobiliária S.A. PORTUGAL BANIF SGPS 100,00% 0,00%

Sociedade Imobiliária Piedade, S.A. PORTUGAL Banif Imobiliária S.A. 100,00% 0,00%

Page 195: BANIF

195

BANIFSERV PORTUGAL ACE 100,00% 0,00%

Banif Bank (Malta) Plc. MALTA BANIF SGPS 72,00% 28,00%

Banco Caboverdiano de Negócios S.A. CABO VERDE BANIF SGPS 51,69% 48,31%

Banif Holding (Malta) Plc. MALTA BANIF SGPS 100,00% 0,00%

Banif Mais SGPS, S.A. PORTUGAL BANIF SGPS 100,00% 0,00%

Tecnicrédito ALD PORTUGAL BANIF MAIS SGPS 100,00% 0,00%

Banco Mais, S.A. PORTUGAL BANIF MAIS SGPS 100,00% 0,00%

BANIF PLUS HUNGRIA Banco Mais 100,00% 0,00%

Margem Mediação de Seguros, Lda PORTUGAL BANIF MAIS SGPS 100,00% 0,00%

TCC Investments Luxembourg LUXEMBURGO BANIF MAIS SGPS /

BANIF MAIS

100,00% 0,00%

Ecoprogresso Trading, S.A. PORTUGAL BANIF INVESTIMENTO 50,00% 0,00%

Banifeuropa Holding, SL ESPANHA BANIF SGPS 100,00% 0,00%

Banif US Real Estate BRASIL BANIF INVESTIMENTO 100,00% 0,00%

Beta Securitizadora BRASIL FIP Banif Real Estate 99,25% 0,75%

FIP Banif Real Estate BRASIL BANIF - BANCO

INTERNACIONAL DO

FUNCHAL (BRASIL) e

BANIF – BANCO DE

INVESTIMENTO (BRASIL)

99,25% 0,75%

SPE Panorama BRASIL FIP Banif Real Estate 94,29% 5,71%

Art Invest PORTUGAL BANIF INVESTIMENTO 62,58% 37,42%

Banif Fortuny PORTUGAL BANIF INVESTIMENTO 100,00% 0,00%

Infra Invest FEIA PORTUGAL BANIF e BANIF

INVESTIMENTO

100,00% 0,00%

Banif Nitor FI Acções BRASIL BANIF – BANCO DE

INVESTIMENTO (BRASIL)

82,23% 17,77%

Banif Nitor Maestro FIM BRASIL BANIF – BANCO DE

INVESTIMENTO (BRASIL)

95,02% 4,98%

Banif Nitor Institucional FIM BRASIL BANIF – BANCO DE

INVESTIMENTO (BRASIL)

66,17% 33,83%

Imogest PORTUGAL BANIF e BANIF

INVESTIMENTO

63,02% 36,98%

Capven BANIF,

BANIF CAPITAL e BANIF

INVESTIMENTO

67,98% 32,02%

Banif Inv. Conservador PORTUGAL BANIF INVESTIMENTO 60,81% 39,19%

Banif Inv. Moderado PORTUGAL BANIF INVESTIMENTO 58,96% 41,04%

Banif Iberia PORTUGAL BANIF INVESTIMENTO 49,52% 50,48%

Banif Renda Habitação PORTUGAL BANIF – BANCO

INTERNACIONAL DO

FUNCHAL (BRASIL)

100,00% 0,00%

Banif Gestão Imobiliária PORTUGAL BANIF – BANCO

INTERNACIONAL DO

FUNCHAL (BRASIL)

100,00% 0,00%

Banif Gestão Patrimonial PORTUGAL BANIF INVESTIMENTO 71,43% 28,57%

Banif Equity Hedge FIM BRASIL BANIF – BANCO DE

INVESTIMENTO (BRASIL)

87,20% 12,80%

Gestarquipark PORTUGAL IMOGEST 63,02% 36,98%

Page 196: BANIF

196

ZACF – Participações Ltda BRASIL BANIF – BANCO

INTERNACIONAL DO

FUNCHAL (BRASIL)

98,50% 1,50%

Banif Gestão Activa PORTUGAL BANIF INVESTIMENTO 56,02% 43,98%

Gavea Empreend. e Participações BRASIL BANIF – BANCO

INTERNACIONAL DO

FUNCHAL (BRASIL)

98,50% 1,50%

Fonte: EMITENTE

Em 31 de Dezembro de 2010 e em 31 de Março de 2011, as entidades de propósito especiais incluídas na

consolidação foram as seguintes:

SOCIEDADE NATUREZA DEZ-10

% PARTICIPAÇÃO

MAR-11

% PARTICIPAÇÃO

Atlantes Mortgage n.º 1 plc Veículo de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes Mortgage n.º 2 plc Veículo de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes Mortgage n.º 3 plc Veículo de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes Mortgage n.º 4 plc Veículo de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes Mortgage n.º 5 plc Veículo de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes Mortgage n.º 6 plc Veículo de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes Mortgage n.º 7 plc Veículo de Securitização 100,00% 100,00%

Azor Mortgage n.º 1 Veículo de Securitização 100,00% 100,00%

Azor Mortgage n.º 2 Veículo de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes Finance n.º 3 Veículo de Securitização 100,00% 100,00%

Euro Invest Series 3A, 3B, 8 e 9 Emissão de Dívida Estruturada 100,00% 100,00%

Trade Invest Series 14 Emissão de Dívida Estruturada 100,00% -

Fonte: EMITENTE

As sociedades em que a EMITENTE detém uma parte do capital susceptível de ter um efeito significativo na

avaliação do seu próprio activo e passivo, situação financeira ou lucros e prejuízos são as abaixo indicadas.

Refira-se que os valores constantes dos quadros infra apresentados reportam-se à data de 31 de Dezembro de

2010 (fonte: EMITENTE).

Page 197: BANIF

197

Actividade em Portugal:

BANIF COMERCIAL SGPS

Sede Avenida José Malhoa, n.º 22, Lisboa

Área de Actividade Sociedade Gestora de Participações Sociais ligadas à actividade da banca

comercial e crédito especializado.

Capital Social 280.000.000 Euros

Capital Subscrito 280.000.000 Euros

% de Participação 84,80%

% de Participação directa e indirecta 100%

Valor contabilístico da participação 643.974.647 Euros, 60.784.800 (BANIF INVESTIMENTOS SGPS)

Outras Reservas + Resultados

Transitados

13.876.809 Euros

Resultado Líquido (4.499.888) Euros

Créditos à EMITENTE Suprimentos obtidos: 32.900.000 Euros

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos -

BANIF INVESTIMENTOS SGPS

Sede Rua João Tavira, 30 Funchal

Área de Actividade Sociedade Gestora de Participações Sociais ligada à actividade de banca de

investimento e actividade internacional.

Capital Social 10.000.000 Euros

Capital Subscrito 10.000.000 Euros

% de Participação directa 99,9%

% de Participação directa e indirecta 100%

Valor contabilístico da participação 29.968.963 Euros

Outras Reservas + Resultados

Transitados

3.637.214 Euros

Resultado Líquido (778.750) Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE Empréstimo: 80.700.000 Euros

Dividendos recebidos -

Page 198: BANIF

198

BANIF MAIS SGPS (EX-TECNICRÉDITO)

Sede Av. 24 de Julho, 98, Lisboa

Área de Actividade Sociedade Gestora de Participações Sociais ligada à actividade crédito

especializado

Capital Social 17.500.000 Euros

Capital Subscrito 17.500.000 Euros

% de Participação directa 100%

% de Participação directa e indirecta 100%

Valor contabilístico da participação 216.741.739 Euros

Outras Reservas + Resultados

Transitados (consolidados)

223.312.506 Euros

Resultado Líquido (consolidado) 23.495.904 Euros

Créditos à EMITENTE 36.200.000 Euros

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos -

BANIF

Sede Rua João Tavira, n.º 30 9004-509 Funchal

Área de Actividade Banca Comercial

Capital Social 780.000.000 Euros

Capital Subscrito 780.000.000 Euros

% de Participação directa 0%

% de Participação directa e indirecta 100%

Valor contabilístico da participação 775.338.574 Euros (Banif Comercial SGPS)

Outras Reservas + Resultados

Transitados

58.267.628 Euros

Resultado Líquido (563.685) Euros

Créditos à EMITENTE 3.375.129 Euros (DO)

Débitos à EMITENTE 192.000.000 Euros (Empréstimos), 4.167.733 Euros (Outros)

Dividendos recebidos 17.189.698 Euros

Page 199: BANIF

199

BANIF GO

Sede Avenida Columbano Bordalo Pinheiro n.º 75 2º Piso Sala 2.04 – Lisboa

Área de Actividade Crédito especializado ao consumo e locação financeira

Capital Social 20.000.000 Euros

Capital Subscrito 20.000.000 Euros

% de Participação directa 0%

% de Participação directa e indirecta 100%

Valor contabilístico da participação 37.651.707 Euros (Banif Comercial SGPS)

Outras Reservas + Resultados

Transitados

(2.166.893) Euros

Resultado Líquido (2.003.239) Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos -

BANIF RENT

Sede Avenida Columbano Bordalo Pinheiro n.º 75 2º - Sala 2.02 – 1070-061 Lisboa

Área de Actividade Aluguer de veículos automóveis

Capital Social 300.000 Euros

Capital Subscrito 300.000 Euros

% de Participação directa 0%

% de Participação directa e indirecta 100%

Valor contabilístico da participação 1.902.500 Euros (Banif Comercial SGPS)

Outras Reservas + Resultados

Transitados

(1.035.367) Euros

Resultado Líquido 320.427 Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos -

Page 200: BANIF

200

BANIF INVESTIMENTO

Sede Rua Tierno Galvan, Torre 3, 14º Piso, 1070-274 Lisboa

Área de Actividade Banca de Investimento

Capital Social 55.000.000 Euros

Capital Subscrito 55.000.000 Euros

% de Participação directa 0%

% de Participação directa e indirecta 100%

Valor contabilístico da participação 56.878.625 Euros (Banif Investimentos SGPS)

Outras Reservas + Resultados

Transitados

9.245.732 Euros

Resultado Líquido 5.835.850 Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos 2.725.823 Euros

RENTIPAR SEGUROS SGPS

Sede Av. Barbosa du Bocage, 85 Lisboa

Área de Actividade Sociedade Gestora de Participações Sociais ligada à actividade seguradora

Capital Social 135.570.000 Euros

Capital Subscrito 135.570.000 Euros

% de Participação directa 47,69%

% de Participação directa e indirecta 47,69%

Valor contabilístico da participação 84.166.300 (Banif – SGPS, S.A.)

Outras Reservas + Resultados

Transitados (consolidados)

2.262.773 Euros

Resultado Líquido (consolidado) 4.438.002 Euros

Créditos à EMITENTE 5.000.000 Euros (Empréstimo)

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos -

Page 201: BANIF

201

Actividade internacional:

BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (CAYMAN)

Sede PO BOX 30124 Georgetown – Grand Cayman

Área de Actividade Banca de Investimento

Capital Social USD 42.000.000

Capital Subscrito USD 42.000.000

% de Participação directa 0%

% de Participação directa e indirecta 100%*

Valor contabilístico da participação 19.638.078 Euros (Banif Investimentos SGPS)

Outras Reservas + Resultados

Transitados

1.030.582 Euros

Resultado Líquido 83.638 Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos 116.091 Euros

* A percentagem de controlo de capital votante é de 100%, sendo o capital social constituído por: 26.000.000 de acções ordinárias de valor nominal USD

1 e 16.000.000 de acções preferenciais sem voto, de valor nominal de USD 1.

BANIF INTERNATIONAL BANK

Sede Center of Commerce 2nd Floor 1 Bay Street, Nassau, Bahamas

Área de Actividade Banca Comercial

Capital Social 25.000.100 Euros

Capital Subscrito 25.000.100 Euros

% de Participação directa 0%

% de Participação directa e indirecta 100%

Valor contabilístico da participação 24.975.000 Euros (Banif Investimentos SGPS), 25.000 (Banif Comercial SGPS)

Outras Reservas + Resultados

Transitados

(2.211.180) Euros

Resultado Líquido (178.559) Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos -

Page 202: BANIF

202

BANIF FINANCE (USA)

Sede 1001 Brickell Bay Drive Suite 1804 Miami, Florida 33131 - USA

Área de Actividade Banca comercial especializada em crédito hipotecário

Capital Social USD 6.280.105

Capital Subscrito USD 6.280.105

% de Participação directa 0%

% de Participação directa e indirecta 85%

Valor contabilístico da participação 4.566.034 Euros (Banif International Holdings)

Outras Reservas + Resultados

Transitados

3.229.331 Euros

Resultado Líquido 1.803.472 Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos -

BANIF FINANCIAL SERVICES

Sede 1001 Brickell Bay Drive Suite 1804 Miami, Florida 33131 USA

Área de Actividade Assessoria financeira na área de investimentos

Capital Social USD 371.000

Capital Subscrito USD 371.000

% de Participação directa 0%

% de Participação directa e indirecta 85%

Valor contabilístico da participação 96.180 Euros (Banif International Holdings)

Outras Reservas + Resultados

Transitados

(10.248) Euros

Resultado Líquido 3.102 Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos -

BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL)

Sede Rua Minas de Prata, n.º 10, 16º São Paulo – Brasil

Área de Actividade Banca comercial

Capital Social R$ 173.461.366,49

Capital Subscrito R$ 173.461.366,49

% de Participação directa 0%

% de Participação directa e indirecta 98,5%

Valor contabilístico da participação 68.049.912 Euros (Banif Comercial SGPS); 8.072.798 Euros (Banif International

Holdings)

Outras Reservas + Resultados

Transitados

1.143.634 Euros

Resultado Líquido 355.646 Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos 2.649 Euros

Page 203: BANIF

203

BANCA PUEYO

Sede Espanha

Área de Actividade Banca comercial

Capital Social 4.800.000 Euros

Capital Subscrito 4.800.000 Euros

% de Participação directa 33,32%

% de Participação directa e indirecta 33,32%

Valor contabilístico da participação 49.363.498 Euros

Outras Reservas + Resultados

Transitados

75.434.000 Euros

Resultado Líquido 5.761.000 Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos -

BCN

Sede Cabo Verde

Área de Actividade Banca Comercial

Capital Social 900.000.000$00

Capital Subscrito 900.000.000$00

% de Participação directa 51,69%

% de Participação directa e indirecta 51,69%

Valor contabilístico da participação 5.129.647 Euros

Outras Reservas + Resultados

Transitados

1.458.712 Euros

Resultado Líquido 716.009 Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos 92.695 Euros

BANIF SECURITIES

Sede 40 Wall Street 33rd Floor New York 10005-1304 USA

Área de Actividade Serviços de corretagem

Capital Social USD 8.532.707

Capital Subscrito USD 8.532.707

% de Participação directa 0%

% de Participação directa e indirecta 100%

Valor contabilístico da participação 4.490.346 Euros (Banif Securities Holding)

Outras Reservas + Resultados

Transitados

(2.636.775) Euros

Resultado Líquido (208.719) Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos -

Page 204: BANIF

204

BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL)

Sede Rua Minas de Prata, n.º 30 15º São Paulo – Brasil

Área de Actividade Banca de investimento

Capital Social R$ 80.785.158

Capital Subscrito R$ 80.785.158

% de Participação directa 0%

% de Participação directa e indirecta 100%

Valor contabilístico da participação 27.006.211 Euros (Banif Investimentos SGPS), 46.876.703 (Banif Securities

Holdings)

Outras Reservas + Resultados

Transitados

26.646.170 Euros

Resultado Líquido (11.835.959) Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos -

BANKPIME

Sede Espanha

Área de Actividade Gestão de Activos e Banca de Retalho

Capital Social 24.852.000 Euros

Capital Subscrito 24.852.000 Euros

% de Participação directa 28,66%

% de Participação directa e indirecta 28,66%

Valor contabilístico da participação 35.397.652 Euros

Outras Reservas + Resultados

Transitados

(30.481.000) Euros

Resultado Líquido (29.474.000) Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos -

BANIF BANK (MALTA)

Sede Malta

Área de Actividade Banca Comercial

Capital Social 25.000.000 Euros

Capital Subscrito 25.000.000 Euros

% de Participação directa 72%

% de Participação directa e indirecta 72%

Valor contabilístico da participação 18.000.000 Euros

Outras Reservas + Resultados

Transitados

(7.912.298) Euros

Resultado Líquido (2.800.360) Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos -

Page 205: BANIF

205

BANIF FORFAITING COMPANY

Sede Bahamas

Área de Actividade Angariação negócio

Capital Social 250.000 USD

Capital Subscrito 250.000 USD

% de Participação directa 0%

% de Participação directa e indirecta 85%

Valor contabilístico da participação 187.098 Euros (Banif International Holdings)

Outras Reservas + Resultados

Transitados

324.929 Euros

Resultado Líquido (986.304) Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos -

BANIF TRADING INC

Sede Bahamas

Área de Actividade Angariação negócio

Capital Social 350.000 USD

Capital Subscrito 350.000 USD

% de Participação directa 0%

% de Participação directa e indirecta 85%

Valor contabilístico da participação 261.937 Euros (Banif International Holdings)

Outras Reservas + Resultados

Transitados

(115.145) Euros

Resultado Líquido (13.066) Euros

Créditos à EMITENTE -

Débitos à EMITENTE -

Dividendos recebidos -

7.4.2. Dependência de outras entidades do BANIF – GRUPO FINANCEIRO

A EMITENTE é uma sociedade gestora de participações sociais cuja actividade se encontra centrada na gestão

das suas participações financeiras. Na medida em que não desenvolve directamente qualquer outra actividade

além de assegurar a gestão das suas participadas, o cumprimento das obrigações assumidas pela EMITENTE

encontra-se directamente associado aos cash-flows gerados pelas suas participadas. Com efeito, as receitas da

pela EMITENTE são provenientes da distribuição de dividendos por parte das sociedades suas participadas, do

pagamento de juros, do reembolso de empréstimos concedidos (operações remuneradas: suprimentos e/ou

operações não remuneradas: prestações suplementares), do pagamento de serviços prestados às sociedades

participadas e de outros cash-flows gerados por essas sociedades.

Seguidamente apresenta-se informação referente a dividendos recebidos de participadas e proveitos financeiros

obtidos por via da concessão de apoio financeiro pela EMITENTE às suas sociedades participadas nos últimos

dois exercícios económicos:

Page 206: BANIF

206

31-12-2009

IFRS AUDITADA

31-12-2010

IFRS AUDITADA

Recebimento de Dividendos 48.497 36.772

Banif Comercial, SGPS, S.A. 17.401 -

Banif Mais SGPS, S.A. 26.250 36.200

Banif Imobiliária, S.A. 2.346 -

Zon Madeira 685 -

Zon Açores 235 -

Banca Pueyo, S.A. 207 210

Inmobiliária Vegas Altas 14 18

Banif Investimentos, SGPS, S.A. 1.359 -

Finibanco Holding, SGPS, S.A. - 344

Juros de Suprimentos 2.220 1.889

Fonte: EMITENTE

Em 31 de Dezembro de 2010, os suprimentos respeitavam a 32.900 milhares de Euros à BANIF COMERCIAL

(igual montante em 31 de Dezembro de 2009), 135.000 milhares de Euros à BANIF IMOBILIÁRIA (33.000

milhares de Euros em 31 de Dezembro de 2009), à BANIF INVESTIMENTOS (13.260 milhares de Euros em 31 de

Dezembro de 2009) e 4.707 milhares de Euros à CSA (igual montante em 31 de Dezembro de 2009).

Além da dependência supra descrita no que concerne à relação de capital estabelecida entre a EMITENTE e as

suas sociedades participadas, não existem quaisquer dependências que tenham uma importância significativa na

actividade ou rentabilidade da EMITENTE.

7.5. Investimentos da EMITENTE

7.5.1.Descrição dos principais investimentos em cada um dos exercícios do período abrangido pelo

historial financeiro

Nos últimos anos, o percurso do BANIF – GRUPO FINANCEIRO tem sido pautado por uma dinâmica de expansão

e crescimento, o que lhe tem permitido consolidar a sua posição no mercado financeiro nacional e internacional.

Em termos domésticos, importa referir o plano de expansão da rede de agências do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO que se tem vindo a traduzir ao longo dos últimos anos em investimentos na aquisição de

equipamento e obras em instalações e ainda o esforço de investimento na modernização da infra-estrutura

tecnológica do GRUPO, especialmente no que no que concerne à actualização das redes tecnológicas, dos

principais sistemas aplicacionais e operativos e nos projectos em curso.

No plano internacional a actividade do BANIF – GRUPO FINANCEIRO conheceu igualmente importantes

desenvolvimentos nos últimos anos, sendo de realçar o crescimento da actividade internacional do GRUPO quer

através da aquisição da participações financeiras em instituições de crédito internacionais e da constituição de

novas instituições de crédito internacionais, a pari passu com o reforço de fundos próprios de algumas

sociedades nas quais o GRUPO já possui uma participação financeira. Neste domínio, é de sublinhar os

investimentos efectuados durante o ano de 2007, com a aquisição das participações de 27,5% no BANKPIME

(35,4 milhões de Euros) e de 33,32% na BANCA PUEYO (49,4 milhões de Euros), ambos em Espanha, de 46%

no BCN (3,4 milhões de Euros) em Cabo Verde, e a constituição do BANIF BANK (MALTA) (9,0 milhões de

Euros) em Malta. Em 2008, ocorreu o reforço da participação no BCN para 51,69% e a participação no aumento

do capital do BANIF BANK (MALTA), passando a deter 72% do capital social deste banco.

É de sublinhar ainda os investimentos efectuados pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO em 2009 e em 2010, os

quais culminaram com a integração do Grupo TECNICRÉDITO, através da aquisição de 100% do capital social da

Page 207: BANIF

207

TECNICRÉDITO por parte da BANIF SGPS em Setembro de 2009 e com as aquisições das companhias de seguros

GLOBAL e GLOBAL VIDA em Março de 2010. Consumada que foi a aquisição da GLOBAL e GLOBAL VIDA, o

início de 2010 foi caracterizado pelo processo de incorporação de ambas as entidades na CSA.

Não obstante a exigência e o rigor dos processos de reestruturação implementados, que levaram ao

encerramento de 7 pontos de atendimento no crédito especializado e de 29 escritórios de seguradoras, a rede

comercial do BANIF – GRUPO FINANCEIRO aumentou, durante o ano de 2010, de 593 para 601 unidades,

privilegiando-se, no entanto, unidades de menor dimensão, com estruturas mais flexíveis e menos onerosas.

O crescimento da rede de distribuição pretende acompanhar, de forma prudente, o expressivo aumento da base

de clientes do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, resultante das ambiciosas campanhas de captação e fidelização

desenvolvidas nos últimos anos. Este crescimento da actividade, agora moderado e adaptado ao contexto

económico, continua a ser alinhado com o correspondente crescimento dos fundos próprios do GRUPO.

O activo tangível consolidado do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, com base em contas consolidadas para o período

do historial financeiro, encontra-se evidenciado no quadro abaixo apresentado.

Unidade: milhares de Euros

ACTIVO IMOBILIZADO

2009

IFRS

AUDITADA

2010

IFRS

AUDITADA

ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Imóveis 65.923 143.416

Equipamento 2.068 2.166

Outros activos tangíveis 2.151 9.926

Participações 1 15.410 11.948

Sub-Total 85.552 167.456

PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Edifícios e Terrenos 199.808 272.591

Sub-Total 199.808 272.591

OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

Imóveis 151.149 149.927

Equipamento 33.638 31.053

Activos em locação operacional 75.642 77.171

Activos tangíveis em curso 26.046 11.530

Outros activos tangíveis 207 276

Sub-Total 286.682 269.957

TOTAL 572.042 710.004

Fonte: Relatórios e Contas da EMITENTE 1 A rubrica Participações corresponde à participação de 30% no Banco Pecúnia, já alienado em Janeiro de 2010

O GRUPO classifica como activos não correntes detidos para venda sempre que se determine que o seu valor de

balanço será recuperado através da venda. Esta condição apenas se verifica quando a venda seja altamente

provável e o activo esteja disponível para venda imediata no seu estado actual. A operação de venda deverá

verificar-se até um período máximo de um ano após a classificação nesta rubrica. Uma extensão do período

durante o qual se exige que a venda seja concluída não exclui que um activo (ou grupo para alienação) seja

classificado como detido para venda se o atraso for causado por acontecimentos ou circunstâncias fora do

controlo do GRUPO e se mantiver o compromisso de venda do activo. O GRUPO regista nesta rubrica

essencialmente imóveis recebidos reembolso de crédito próprio. Os activos registados nesta categoria são

valorizados ao menor do custo de aquisição e do justo valor, determinado com base em avaliações de peritos

independentes, deduzido de custos a incorrer na venda. Estes activos não são amortizados. Nos casos em que os

activos classificados nesta categoria deixem de reunir as condições de venda imediata, nomeadamente por o

Page 208: BANIF

208

GRUPO não ter recebido ofertas razoáveis, estes activos são reclassificados para a rubrica “Propriedades de

Investimento”.

As propriedades de investimento são reconhecidas inicialmente pelo custo, incluindo custos de transacção. O

montante escriturado inclui os custos de investimento adicionais nas propriedades de investimento existentes, se

estiverem cumpridos os critérios de reconhecimento, mas exclui os custos correntes de manutenção.

Subsequente ao reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são registadas ao justo valor, que

reflecte as condições de mercado na data de balanço. Os ganhos e perdas resultantes das alterações no justo

valor das propriedades de investimento são incluídos nos resultados do ano a que respeitam. As propriedades de

investimento são desreconhecidas quando forem alienadas ou quando deixam de ser esperados benefícios

económicos futuros com a sua detenção. Na alienação a diferença entre o valor líquido da alienação e o

montante do activo registado é reconhecido em resultados no período da alienação.

As transferências de e para propriedades de investimento são efectuadas quando se verifica uma alteração no

uso. Na transferência de propriedades de investimento para imóveis de serviço próprio, o custo estimado para

contabilização subsequente é o justo valor à data da alteração do uso. Se um imóvel de serviço próprio é

classificado em propriedades de investimento, o GRUPO regista esse activo de acordo com a política aplicável a

imóveis de serviço próprio até à data da sua transferência para propriedades de investimento.

O justo valor das propriedades de investimento e de imóveis de serviço próprio, classificados em Outros

Activos Tangíveis, são determinados com base em avaliações efectuadas por peritos independentes, tendo por

base estimativas de rendimento e de custos de manutenção ou substituição e ainda valores comparáveis de

mercado.

As valorizações das propriedades de investimento são registadas por peritos especializados e independentes, de

acordo com os critérios e metodologias geralmente aceites para o efeito, que integram análises pelo método do

custo e pelo método de mercado, sendo o justo valor definido pelo montante que pode ser razoavelmente

esperado pela transacção entre um comprador e um vendedor interessados, com equidade entre ambos, nenhum

deles estando obrigado a vender ou a comprar e ambos estando conhecedores de todos os factores relevantes a

uma determinada data.

A rubrica de outros activos fixos tangíveis inclui os imóveis de serviço próprio, veículos e outros equipamentos.

São classificados como imóveis de serviço próprio, os imóveis utilizados pelo GRUPO no desenvolvimento das

suas actividades. Os imóveis de serviço próprio são valorizados ao justo valor, determinado com base em

avaliações de peritos independentes, deduzido de subsequentes amortizações e perdas por imparidade. Os

imóveis de serviço próprio do GRUPO são avaliados com a regularidade necessária, para que os valores

contabilísticos não difiram significativamente do seu justo valor na data do balanço, utilizando-se como

referência um período de três anos entre reavaliações.

Os restantes activos fixos tangíveis encontram-se registados pelo seu custo, deduzido de subsequentes

amortizações e perdas por imparidade. Os custos de reparação, e manutenção e outras despesas associadas ao

seu uso, são reconhecidos como custo quando ocorrem.

As transacções relacionadas com investimentos financeiros mais relevantes realizados pelo BANIF – GRUPO

FINANCEIRO no exercício de 2009, foram as seguintes:

Aquisição de um total de 6.097.420 acções e 12.492 direitos de voto do Finibanco Holding SGPS, S.A.

pela BANIF SGPS pelo montante de 7,7 milhões de Euros. Em consequência desta aquisição, a BANIF SGPS

passou a deter 9,84% do capital social do Finibanco Holding SGPS, S.A., representativa de um custo de

aquisição na ordem dos 43,6 milhões de Euros.

Page 209: BANIF

209

Aumentos do capital social do BANIF no montante global de 200 milhões de Euros (50 milhões de Euros

em Março e 150 milhões de Euros em Setembro de 2009). Estes aumentos foram integralmente subscritos

e realizados pela BANIF COMERCIAL SGPS.

Alienação das participações detidas pela BANIF SGPS nas sociedades Zon TV Cabo Madeirense (97.147

acções) e Zon TV Cabo Açoreana (66.000 acções), pelos montantes de 13,8 milhões de Euros e 5,9

milhões de Euros, respectivamente. De referir ainda a alienação da participação detida na sociedade Via

Litoral. O montante líquido de mais valias obtidas pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO resultante da

alienação das participações detidas na Zon TV Cabo Madeirense, Zon TV Cabo Açoreana e Via Litoral,

ascendeu a cerca de 15,2 milhões de Euros.

Aumento do capital social da BANIF FINANCE por via da emissão de acções preferenciais no montante de

10 milhões de Euros e de 15 milhões de Dólares Americanos.

Aumento do capital social do BANIF INTERNATIONAL BANK por via da emissão de acções preferenciais

no montante de 10 milhões de Euros, o qual foi integralmente subscrito pela BANIF FINANCE.

Aquisição pela Banif (Açores) SGPS, S.A. da participação detida pelo BANIF na INVESTAÇOR pelo

montante de 9,376 milhões de Euros.

Aquisição pelo BANIF da participação detida pelo BANIF INVESTIMENTO na Numberone SGPS, Lda pelo

montante de 350 milhares de Euros.

Aquisição pelo BANIF INVESTIMENTO da Banif International Asset Management à Numberone SGPS,

Lda pelo montante de 231 milhares de Euros.

Constituição da sociedade Banieuropa, Holding, SL, em Espanha, cujo capital social foi integralmente

subscrito e realizado pela BANIF SGPS, o que representou um investimento na ordem dos 0,1 milhões de

Euros.

Aumento do capital social do BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL) no montante de

29.457 milhares de Reais, subscrito e realizado pelos seus accionistas BANIF COMERCIAL SGPS e BANIF

INTERNATIONAL HOLDINGS.

Aumento do capital social do BANIF INVESTIMENTO no montante de 15 milhões de Euros, o qual foi

integralmente subscrito e realizado pela BANIF INVESTIMENTOS SGPS.

Aumento do capital social do BANIF – BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL) no montante de 27,5 milhões

de Reais, o qual foi subscrito e realizado pela BANIF INVESTIMENTOS SGPS e pela BANIF SECURITIES.

Aumento do capital social da BANIF INTERNATIONAL HOLDINGS no montante de 5,5 milhões de Dólares

Americanos, subscrito em 85% pelo BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (CAYMAN).

Aquisição pela Banif sgps de 100% das acções representativas do capital social da Tecnicrédito em

Setembro de 2009. Na sequência desta aquisição, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO passou a integrar no seu

perímetro de consolidação as entidades que constituíam o Grupo TECNICRÉDITO, nomeadamente:

Tecnicrédito SGPS, S.A., Tecnicrédito ALD, Banif Mais (marca do Banco Mais), Banif Plus, Margem

Mediação de Seguros, Lda, TCC Investments Luxembourg e o Banco Pecúnia. A aquisição do Grupo

Tecnicrédito foi tratada de acordo com a IFRS3 - Concentração de actividades empresariais, tendo sido

apurada uma diferença de consolidação negativa no montante de 41.533 milhares de Euros, determinada

do seguinte modo:

Page 210: BANIF

210

Unidade: milhares de Euros

Descrição Montante

Justo valor das acções emitidas 95.900

Justo valor dos VMOCs emitidos 103.049

Montante adicional a pagar 17.793

216.742

Capital Social -17.500

Reservas de reavaliação 6.385

Outras reservas e resultados transitados -225.529

Resultado do exercício -19.498

Total capital da TECNICRÉDITO -256.142

Ajustamento imóveis -3.801

Ajustamento Passivos Subordinados 1.668

Total valor TECNICRÉDITO -258.275

DIFERENÇA DE CONSOLIDAÇÃO NEGATIVA -41.533

Fonte: Relatório e Contas da EMITENTE

O custo de aquisição da TECNICRÉDITO é composto da seguinte forma:

- Justo valor da emissão de 70.000.000 acções, valorizadas pela cotação das acções da BANIF SGPS em

30/09/2009 (1,37 Euros/ acção).

- Justo valor dos VMOCs emitidos pela BANIF SGPS, que correspondem a: 70.000.000 VMOCs

valorizados pela cotação das acções da BANIF SGPS em 30/06/2009 (1,37 Euros/acção) e à componente de

passivo relativa à remuneração fixa deste instrumento, actualizado à taxa de 6,78%, tendo sido

determinado um montante de 7.149 milhares de Euros.

- O montante de 17.793 milhares de Euros corresponde ao valor a pagar pela BANIF SGPS aos antigos

accionistas da TECNICRÉDITO pelo facto do factor de conversão ser superior a 1.

A diferença de consolidação negativa justifica-se com as condições actuais de mercado e com o prémio

pago face às expectativas sustentadas de rendibilidade futura que o BANIF – GRUPO FINANCEIRO, de

maior dimensão e em crescimento, proporciona aos antigos accionistas da TECNICRÉDITO. Caso a

TECNICRÉDITO tivesse sido integrada no BANIF – GRUPO FINANCEIRO em 1 de Janeiro de 2009, a

margem financeira e o produto bancário reconhecidos teriam sido de 65.640 milhares de Euros e de

76.496 milhares de Euros, respectivamente.

Alienação das participações detidas, directa e indirectamente, pela TECNICRÉDITO nas sociedades

Tecnicrédito Cayman, Inc. e Tcc Investments, Ltd.. Estas participações foram adquiridas por outra

sociedade do Grupo TECNICRÉDITO, a Tcc Investments Luxembourg, SARL, que, em Junho de 2009,

procedeu à fusão por incorporação das sociedades adquiridas, com o objectivo de promover a eficiência

do Grupo TECNICRÉDITO.

Aumento do capital social do BANIF BANK MALTA para 25 milhões de Euros, tendo a BANIF SGPS

procedeu à subscrição e realização do montante de 7,2 milhões de Euros, na proporção da sua

participação.

Aumento do capital social da RENTIPAR SEGUROS, através da entrada em espécie da participação

financeira de 47,69% que o BANIF – GRUPO FINANCEIRO detinha no capital social da CSA. Após essa

operação, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO passou a deter uma participação também de 47,69% no capital

social da RENTIPAR SEGUROS.

Aquisição de 50% da sociedade Ecoprogresso Trading, S.A. pelo BANIF INVESTIMENTO pelo montante de

150 milhares de Euros.

Acordo de aquisição pela RENTIPAR SEGUROS de uma participação de 83,52% no capital social da

GLOBAL e de 83,57% no capital social da GLOBAL VIDA, pelo montante global de 114,6 milhões de

Euros. O acordo foi celebrado no último trimestre de 2009, tendo esta aquisição sido concluída em Março

de 2010.

Page 211: BANIF

211

As transacções relacionadas com investimentos financeiros mais relevantes realizados pelo BANIF – GRUPO

FINANCEIRO até ao final 2010, foram as seguintes:

Alienação em 10 de Fevereiro de 2010 da participação de 30% detida pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO

no Banco Pecúnia, S.A. (Brasil) ao Banco Société Générale Brasil, S.A.. Após esta venda, o Banco

Pecúnia, S.A. deixou de ser detido pela TECNICRÉDITO, tendo passado a ser detido em 100% pelo Banco

Société Générale Brasil, S.A.. O valor da venda ascendeu a 38,7 milhões de Reais, e representou um

encaixe financeiro para o GRUPO na ordem dos 15,2 milhões de Euros.

Reforço da participação da RENTIPAR SEGUROS no capital social da GLOBAL e da GLOBAL VIDA, tendo

passado a ser titular de 100% do capital destas companhias de seguros.

Aumento do capital social da RENTIPAR SEGUROS no montante de 70 milhões de Euros, subscrito e

realizado pelos accionistas SOIL SGPS, BANIF SGPS e BANIF, na proporção das suas respectivas

participações, tendo em vista o apoio à aquisição das participações financeiras nas companhias de seguros

GLOBAL e GLOBAL VIDA. Em virtude desta operação, o capital social da RENTIPAR SEGUROS passou a

ascender a 135,57 milhões de Euros.

Reforço da participação do BANIF INVESTIMENTO no capital social da BANIF CAPITAL, tendo passado a

deter 100% do capital desta sociedade.

Aumento do capital social da BANIF GESTÃO DE ACTIVOS (BRASIL) para 7,786 milhões de Reais por via

da incorporação da Banif Private Equity, S.A..

Aumento do capital social do BANIF no montante de 214 milhões de Euros para 780 milhões de Euros,

subscrito pela BANIF COMERCIAL.

Em 2 de Dezembro de 2010, no âmbito da OPA lançada pela Associação Mutualista Montepio Geral, a

BANIF SGPS alienou integralmente a sua participação na Finibanco Holding, SGPS, S.A., (17.217.294

acções, correspondentes a 9,84% do capital social e respectivos direitos de voto).

Aumento de capital no montante de 10 milhões de euros no BANIF BANK (MALTA).

Aumento de capital no montante de 15 milhões de BRL no BANIF - BANCO INTERNACIONAL DO

FUNCHAL (BRASIL), subscrito pela BANIF COMERCIAL SGPS (90%) e BANIF INTERNATIONAL HOLDINGS

(10%).

Aumento de capital no montante de 15 milhões de BRL no BANIF - BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL),

subscrito pela BANIF INVESTIMENTOS SGPS (75%) e BANIF SECURITIES HOLDINGS (25%).

Aumento de capital no montante de 3,9 milhões de euros na BANIF GESTÃO DE ACTIVOS (BRASIL),

subscrito pelo BANIF - BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL).

Diminuição de capital no BANKPIME, por incorporação de reservas, no montante de 66,7 milhões de

Euros.

Venda de 31.814.651 acções (14,7%) da RENTIPAR SEGUROS SGPS do BANIF - BANCO INTERNACIONAL

DO FUNCHAL à BANIF SGPS, pelo montante de 26.664 milhares de Euros.

Aquisição de 100% da sociedade ZACF pelo BANIF - BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL),

investimento de 293 milhares de Euros.

Aquisição de 100% da sociedade Gavea Empreend. e Participações pelo BANIF – BANCO

INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL).

Importa referir que não se registaram transacções relevantes relacionadas com investimentos financeiros

realizados pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO no decurso do 1º trimestre de 2011 e até à presente data.

Em síntese, a rubrica de investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação apresentou a seguinte

evolução ao longo dos dois últimos anos e no 1º trimestre de 2011: Unidade: milhares de Euros

2009

IFRS

AUDITADA

2010

IFRS

AUDITADA

MAR-11

IFRS NÃO

AUDITADA

Investimento em associadas e filiais excluídas da consolidação 115.257 151.280 148.655

Fonte: Relatórios e Contas da EMITENTE

Page 212: BANIF

212

De seguida apresenta-se a decomposição da rubrica de investimentos em associadas e filiais para os exercícios

findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2010 e ainda para o período findo em 31 de Março de 2011:

Unidade: milhares de Euros

2009 - IFRS AUDITADA

SOCIEDADE DETENTOR DE CAPITAL % PART. VALOR DA

PARTICIPAÇÃO GOODWILL

CAP.

PRÓPRIO

RESULTADO

LÍQUIDO

RENTIPAR SEGUROS BANIF SGPS / BANIF 47,69% 24.675 834 51.505 (16.784)

BANCA PUEYO BANIF SGPS 33,32% 28.788 28.400 86.397 7.521

BANKPIME BANIF SGPS 27,50% 15.125 14.795 54.999 (12.840)

Imobiliária Vegas Altas BANIF SGPS 33,33% 2.560 - 7.680 102

Espaço Dez – Sociedade

Imobiliária, Lda

BANIF INVESTIMENTOS

SGPS

25,00% - - (896) (222)

MCO2 BANIF INVESTIMENTO 25,00% 80 - 405 (45)

71.228 44.029 200.090 (22.268)

Fonte: Relatórios e Contas da EMITENTE

Unidade: milhares de Euros

2010 - IFRS AUDITADA

SOCIEDADE DETENTOR DE CAPITAL % PART. VALOR DA

PARTICIPAÇÃO GOODWILL

CAP.

PRÓPRIO

RESULTADO

LÍQUIDO

RENTIPAR SEGUROS BANIF SGPS 47,69% 64.017 834 134.239 4.438

BANCA PUEYO BANIF SGPS 33,32% 27.963 27.449 83.922 5.761

BANKPIME BANIF SGPS 27,50% 6.903 7.067 25.101 (29.474)

Imobiliária Vegas Altas BANIF SGPS 33,33% 2.589 - 7.766 112

Espaço Dez – Sociedade

Imobiliária, Lda

BANIF INVESTIMENTOS

SGPS

25,00% - - (941) (46)

MCO2 BANIF INVESTIMENTO 25,00% 1.338 - 5.351 (254)

Pedidos Liz IMOGEST 31,30% 2 - 6 (2)

Centaurus Reality Group

BANIF HOLDING MALTA;

BANIF INTERNATIONAL

HOLDINGS

41,77% 12.036 - 29.602 (30)

Banif Europa Leste BANIF INVESTIMENTO 40,29% 1.082 - 2.686 169

115.930 35.350 287.732 (19.326)

Fonte: Relatórios e Contas da EMITENTE

Page 213: BANIF

213

Unidade: milhares de Euros

31 DE MARÇO DE 2011 - IFRS NÃO AUDITADA

SOCIEDADE DETENTOR DE

CAPITAL % PART. VALOR DA

PARTICIPAÇÃO GOODWILL

CAP. PRÓPRIO RESULTADO

LÍQUIDO

RENTIPAR

SEGUROS

BANIF SGPS 47,69% 62.597 834 131.261 444

BANCA PUEYO BANIF SGPS 33,32% 28.775 27.449 86.359 2.201

BANKPIME BANIF SGPS 27,50% 5.982 7.067 20.871 (4.051)

Imobiliária Vegas

Altas

BANIF SGPS 33,33% 2.598 - 7.794 28

Espaço Dez –

Sociedade

Imobiliária, Lda

BANIF

INVESTIMENTOS SGPS 25,00% - - (963) (23)

MCO2 BANIF INVESTIMENTO 25,00% 1.335 - 5.340 15

Pedidos Liz IMOGEST 31,30% 2 - 6 (2)

Centaurus Reality

Group

BANIF HOLDING

MALTA; BANIF

INTERNATIONAL

HOLDINGS

37,65% 10.829 - 29.670 1.181

Banif Europa

Leste

BANIF INVESTIMENTO 44,38% 1.187 - 2.676 33

113.305 35.350 283.014 (174)

Fonte: EMITENTE

Em 2009, a rubrica “Investimentos em Associadas e Filiais excluídas da Consolidação” registou um incremento

na ordem dos 6,84% justificada por variações positivas da situação líquida das associadas. De salientar que em

2009 o GRUPO subscreveu um aumento de capital da RENTIPAR SEGUROS SGPS através da entrada em espécie

da participação financeira de 47,69% que detinha no capital social da CSA. Após esta operação o GRUPO

passou a deter uma participação de 47,69% no capital social da RENTIPAR SEGUROS SGPS.

Em 2010, a rubrica “Investimentos em Associadas e Filiais excluídas da Consolidação” registou um acréscimo

na ordem dos 31,3% justificado pelos seguintes factores:

Aquisição por parte da RENTIPAR SEGUROS de uma participação de 100% do capital social e direitos de

voto da GLOBAL e da GLOBAL VIDA pelo montante de 137,2 milhões de Euros, cujo processo ficou

concluído em Março de 2010;

Aumento do capital social da RENTIPAR SEGUROS de 65,57 milhões de Euros para 135,57 milhões de

Euros no exercício de 2010.

No 1º trimestre de 2011, a rubrica “Investimentos em Associadas e Filiais excluídas da Consolidação” registou

um decréscimo na ordem dos 1,7% relativamente a 31 de Dezembro de 2010, em consequência de diminuições

registadas no valor de algumas das suas participações designadamente RENTIPAR SEGUROS (-1,4 milhões de

Euros e Realty Group (-1,2 milhões de Euros).

7.5.2. Principais investimentos em curso

Nos últimos tempos, o plano de investimentos do BANIF – GRUPO FINANCEIRO tem sido pautado por uma

contenção na política de crescimento das redes de distribuição do GRUPO que havia sido seguida nos últimos

três anos, em face da conjuntura altamente desfavorável sentida, em especial, em Portugal e noutros países

europeus onde o BANIF – GRUPO FINANCEIRO desenvolve a sua actividade.

Page 214: BANIF

214

Ao nível da actividade de banca comercial do BANIF – GRUPO FINANCEIRO no estrangeiro, foi seguida uma

política de consolidação dos investimentos efectuados.

Para mais informação relativa a investimentos e projectos no âmbito das tecnologias de informação,

actualmente em curso, integrados no plano de actividades da BANIFSERV deve consultar-se o ponto 7.1.1. (iv)

do Capítulo VII do Prospecto.

7.5.3. Principais investimentos futuros em relação aos quais os órgãos directivos tenham já assumido

compromissos firmes

Não existem compromissos firmes em relação a investimentos futuros de montante relevante que tenham sido

assumidos pelo órgão de administração da EMITENTE.

A estratégia do BANIF – GRUPO FINANCEIRO em matéria de investimentos tem vindo a pautar-se pela

consolidação dos investimentos realizados ao longo dos últimos anos, a pari passu com um esforço de

racionalização e optimização dos seus recursos. Neste sentido, encontra-se em curso o projecto para integração

da actividade de crédito especializado da BANIF GO no BANIF MAIS.

Além dos investimentos supra mencionados, não existem quaisquer outros em relação aos quais o órgão de

administração da EMITENTE tenha assumido um compromisso firme.

7.5.4 Informações relativas às fontes de financiamento previstas para honrar os compromissos

referidos no ponto 7.5.3. do Capítulo VII

Os investimentos futuros da EMITENTE em relação aos quais os seus órgãos directivos já assumiram

compromissos firmes referidos no ponto 7.5.3. do Capítulo VII do prospecto serão financiados com recurso a

capitais próprios das sociedades que integram o BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

Por outro lado, compete referir que as instituições bancárias, no que se refere ao investimento em imobilizado,

regem-se, quer pelo regime específico, quer pelas instruções emitidas pelo Banco Central. Assim sendo, o

investimento em imobilizado não tem expressão significativa no activo líquido das instituições que constituem o

BANIF – GRUPO FINANCEIRO, pelo que o seu financiamento é, em geral, assegurado pelos capitais próprios das

sociedades que o compõem.

Page 215: BANIF

215

CAPÍTULO VIII – DADOS FINANCEIROS SELECCIONADOS DA EMITENTE

Os presentes dados financeiros seleccionados da EMITENTE foram preparados a partir das demonstrações

financeiras consolidadas da EMITENTE relativas aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2010,

devendo ser lidos em conjunto com essa mesma informação.

As demonstrações financeiras consolidadas da EMITENTE são preparadas em conformidade com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IFRS – Internacional Financial Reporting Standards) tal como adoptadas

na União Europeia, no âmbito das disposições do Regulamento do Conselho e do Parlamento Europeu nº

1606/02, e no pressuposto da continuidade das operações.

As demonstrações financeiras supra referidas foram preparadas numa base de custo histórico, com excepção

dos activos e passivos financeiros detidos para negociação (incluindo derivados), activos e passivos ao justo

valor através de resultados, activos financeiros disponíveis para venda, imóveis registados em activos tangíveis

e propriedades de investimento que são mensurados ao justo valor.

Os presentes dados financeiros relativos a períodos intercalares da EMITENTE foram preparados a partir das

demonstrações financeiras consolidadas da EMITENTE relativas ao período findo em 31 de Março de 2011 não

auditadas, devendo ser lidos em conjunto com essa mesma informação.

As demonstrações financeiras do período findo em 31 de Março de 2011 estão elaboradas de acordo com a IAS

34 – Relato Financeiro Intercalar.

As demonstrações financeiras consolidadas intercalares da EMITENTE não incluem todas as informações e

divulgações necessárias nas demonstrações financeiras anuais, e devem ser lidas em conjunto com as

demonstrações financeiras anuais em 31 de Dezembro de 2010.

Para informação mais detalhada, recomenda-se consulta dos anexos às demonstrações financeiras consolidadas

da EMITENTE relativas ao 1º trimestre de 2011 e aos exercícios económicos findos em 31 de Dezembro de 2009

e 2010.

Page 216: BANIF

216

Unidade: milhares de Euros

BALANÇO CONSOLIDADO (SÍNTESE)

2009

IFRS

AUDITADA

2010

IFRS

AUDITADA

MAR-2011

IFRS NÃO

AUDITADA

ACTIVO

Caixa e disponibilidades em bancos centrais e disponibilidades em outras

instituições de crédito 507.176 336.548 443.860

Activos financeiros detidos para negociação 352.487 461.311 382.754

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 470.314 393.508 437.631

Activos financeiros disponíveis para venda 105.371 294.410 313.704

Aplicações em instituições de crédito 322.114 491.022 140.067

Crédito a clientes 11.487.864 12.206.254 12.065.008

Investimentos detidos até à maturidade 80.399 63.939 60.060

Activos com acordo de recompra 36.500 51.004 53.870

Derivados de Cobertura 884 - -

Activos não correntes detidos para venda 85.552 167.456 202.747

Propriedades de investimento 199.808 272.591 289.899

Outros activos tangíveis 286.682 269.957 266.524

Activos intangíveis 28.522 23.063 22.605

Invest. em associadas e filiais excluídas da consolidação 115.257 151.280 148.655

Outros activos 1 363.275 528.349 638.546

Total do Activo 14.442.205 15.710.692 15.465.960

PASSIVO

Recursos de Bancos Centrais 1.196.559 1.938.147 1.798.012

Passivos financeiros detidos para negociação 84.330 145.259 113.486

Outros passivos financ. ao justo valor através de resultados 220.249 118.886 117.560

Recursos de outras instituições de crédito 1.813.496 1.286.879 1.368.055

Recursos de clientes e outros empréstimos 6.801.474 7.840.050 7.632.817

Responsabilidades representadas por títulos 2.256.935 2.380.021 2.392.186

Derivados de Cobertura 2.606 1.303 658

Provisões 14.881 15.230 15.902

Outros passivos subordinados 322.483 268.178 263.965

Instrumentos representativos de capital 47.975 45.651 45.745

Outros passivos 2 501.291 392.211 458.353

Total do Passivo 13.262.279 14.431.815 14.206.739

CAPITAL PRÓPRIO

Capital 490.000 570.000 570.000

Outros instrumentos de capital 95.900 95.900 95.900

Reservas e resultados transitados 3 302.812 336.870 349.887

Acções próprias -1.035 -1.043 -1.091

Resultado do exercício 54.075 33.426 6.303

Interesses minoritários 238.174 243.724 238.222

Total do Capital Próprio 1.179.926 1.278.877 1.259.221

Total do Capital Próprio e Passivo 14.442.205 15.710.692 15.465.960

Fonte: Relatórios e Contas da EMITENTE 1 Inclui activos por impostos correntes, activos por impostos diferidos e outros activos 2 Inclui passivos por impostos correntes, passivos por impostos diferidos e outros passivos 3 Inclui prémios de emissão, reservas de reavaliação, outras reservas e resultados transitados

Page 217: BANIF

217

Unidade: milhares de Euros

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS (SÍNTESE)

2009

IFRS

AUDITAD

A

2010

IFRS

AUDITAD

A

MAR-2010

IFRS NÃO

AUDITADA

MAR-2011

IFRS NÃO

AUDITADA

Margem Financeira (incluindo rend. instrumentos de capital) 290.018

349.037 81.477 78.218

Rendimentos de serviços e comissões (líquidos) 111.117 122.075 28.838 28.489

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de

resultados

-28.377 452 7.274 -6.918

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 22.508 13.130 - 115

Resultados de reavaliação cambial 41.577 10.778 481 10.051

Resultados de alienação de outros activos 5.544 2.895 501 3.493

Outros resultados de exploração 66.666 54.097 3.737 6.663

Produto da Actividade 509.053 552.464 121.896 119.813

Custos com pessoal -170.407 -184.906 -46.089 -45.138

Gastos gerais administrativos -127.130 -144.176 -32.210 -32.896

Amortizações do exercício -34.668 -37.327 -9.493 -9.126

Provisões e imparidade -135.672 -123.941 -19.388 -22.244

Diferenças de consolidação negativas 41.533 - - -

Resultado de Exploração 82.709

62.114 14.716 10.409

Equivalência Patrimonial -16.042

-4.039 1.874 251

Resultado antes de impostos e de interesses minoritários 66.667

58.075 16.590 10.660

Impostos -471 -13.904 -4.238 -2.189

Interesses minoritários -12.121 -10.745 -1.608 -2.168

Resultado consolidado do exercício 54.075 33.426 10.744 6.303

Resultado por Acção básico (€/acção) 0,14 0,07 0,02 0,01

Resultados por Acção diluído (€/acção) 0,13 0,06 0,02 0,01

Fonte: Relatórios e Contas da EMITENTE

Page 218: BANIF

218

Unidade: milhões de Euros

OUTROS INDICADORES (SÍNTESE) 2009

IFRS

2010

IFRS

Activos sob gestão 2.491 2.885

Imparidade de Crédito / Crédito Total 4,35% 4,73%

Indicadores calculados nos termos regulamentares do Banco de Portugal

Fundos Próprios de Base 838,7 987,1

Fundos Próprios Totais 1.185,3 1.177,4

Total de Requisitos de Fundos Próprios 956,9 1.018,9

Rácio de Requisitos 9,91% 8%

Rácio de Solvabilidade 9,91% 9,24%

Core Tier 1 5,45% 6,60%

Tier 1 7,01% 7,75%

Tier 2 3,02% 1,64%

Indicadores em base IAS/IFRS e Basileia I

Fundos Próprios Elegíveis 1.231,9 1.281,9

Activos Ponderados Totais 12.279,9 12.736,4

Rácio de Solvabilidade 10,03% 10,07%

Core Tier 1 6,24% 7,33%

Tier 1 8,14% 8,47%

Tier 2 2,66% 1,59%

Outros Indicadores

Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) 8,10% 3,5%

Rendibilidade do Activo (ROA) 0,40% 0,22%

Resultado antes de impostos e interesses minoritários / Activo Líquido Médio 0,49% 0,38%

Produto da Actividade / Activo Líquido Médio 3,76% 3,64%

Resultado antes de impostos e interesses minoritários / Cap. Próprios Médios 1 7,20% 4,9%

Cost to Income 2 67,0% 66,4%

Custos com pessoal / Produto da Actividade 33,40% 33,4%

Resultado Líquido por Acção (Euros) 0,14 0,07

Dividendo Bruto por Acção (Euros) 0,040 *

Dividendo Líquido por Acção (Euros) 0,032 *

Prémios de Seguros (total) 446,3 509,9

- Prémios Vida 266,0 235,8

- Prémios Não Vida 180,3 274,0

Fonte: Relatórios e Contas da EMITENTE e EMITENTE 1 Capitais próprios médios incluindo interesses minoritários

2 Custos de funcionamento + Depreciações e Amortizações / Produto da Actividade (exclui as actividades não financeiras e auxiliares e o produto da

actividade inclui o resultado de investimento em associadas excluídas da consolidação)

* Em reunião de Assembleia Geral de Accionistas da EMITENTE de 15 de Abril de 2011 foi aprovada uma

proposta do Conselho de Administração para distribuição aos Accionistas e titulares de VMOCs um montante

total de 12.800.000 Euros, sob a forma de dividendos, correspondente a um valor de 0,02 Euros por acção /

VMOC (“Dividendo Extraordinário”), o qual será pago durante o exercício de 2011, mediante a verificação

cumulativa das seguintes condições:

(i) concretização da transacção comunicada ao mercado em 2 de Junho de 2010, nos termos da qual será

alienada uma participação de 70% no capital social da sociedade BANIF CORRETORA DE VALORES E

CÂMBIO, com o consequente registo contabilístico da mais-valia extraordinária de 28,1 milhões de Euros,

líquida de importo, nos capitais próprios da EMITENTE;

(ii) reconhecimento, expresso em deliberação do Conselho de Administração, de que a distribuição do

Dividendo Extraordinário, à data da verificação do facto referido em (i) não prejudica os níveis de

Page 219: BANIF

219

capitalização e liquidez impostos e recomendados pelas autoridades a cuja supervisão a EMITENTE se

encontra sujeita;

(iii) parecer favorável do Conselho Fiscal da EMITENTE.

Terão direito ao Dividendo Extraordinário os accionistas que sejam titulares de acções da EMITENTE e os

titulares de VMOCs que o sejam 30 dias após a data da verificação cumulativa das condições supra. Para o

efeito, o Conselho de Administração publicitará, nos termos legais, a data da distribuição do Dividendo

Extraordinário.

Page 220: BANIF

220

Unidade: milhares de Euros

INDICADORES FINANCEIROS (SÍNTESE)

31-03-2010

IFRS

NÃO AUDITADA

31-03-2011

IFRS

NÃO AUDITADA

INDICADORES DE BALANÇO (SÍNTESE)

Activo Líquido 14.728.696 15.465.960

Crédito Concedido Bruto 1 12.138.727 12.500.410

Depósitos de Clientes 6.933.034 7.632.817

Recursos totais de Clientes (balanço) 7.635.795 8.668.541

Capitais Próprios (deduzidos de interesses minoritários) 942.565 1.020.999

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (SÍNTESE)

Margem Financeira 81.065 77.920

Lucros em Operações Financeiras (líq.) 10.478 5.047

Outros Proveitos (líq.) 30.353 36.846

Produto da Actividade 121.896 119.813

Custos com pessoal 46.089 45.138

Gastos gerais administrativos 32.210 32.896

Cash Flow 43.597 41.779

Amortizações do exercício 9.493 9.126

Provisões e Imparidade (líq.) 19.388 22.244

Equivalência Patrimonial 1.874 251

Resultado antes de Impostos 16.590 10.660

Impostos (correntes e diferidos) 4.238 2.189

Interesses minoritários 1.608 2.168

Resultado Consolidado do Exercício 10.744 6.303

OUTROS INDICADORES (SÍNTESE)

Activos sob gestão (milhões de Euros) 109.623 154.046

Imparidade de Crédito / Crédito total 50.347 62.962

Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) 59.276 91.084

Rendibilidade do Activo (ROA) 3.084 3.982

Resultado antes de impostos e interesses minoritários / Activo Líquido Médio 4,42% 4,89%

Produto da Actividade / Activo Líquido Médio 5,8% 2,6%

Resultado antes de impostos e interesses minoritários / Cap. Próprios Médios 2 0,31% 0,16%

Cost to Income 3 0,48% 0,28%

Custos com pessoal / Produto da Actividade 3 3,51% 3,12%

Prémios de Seguros (Total) 6,7% 3,5%

Prémios Vida 70,1% 71,8%

Prémios Não Vida 37,6% 37,4%

Fonte: Relatório de Actividades do BANIF – GRUPO FINANCEIRO consolidado relativo ao 1º trimestre de 2011 1 Deduzidos de títulos de dívida registados em empréstimos concedidos e contas a receber

2 Capitais próprios médios incluindo interesses minoritários 3 Excluem as actividades não financeiras e auxiliares e o produto da actividade inclui o resultado de investimento em associadas excluídas da consolidação

Page 221: BANIF

221

INDICADORES DE SOLVABILIDADE

BANIF SGPS (CONSOLIDADO)

31-12-2009

IFRS

AUDITADA

31-12-2010

IFRS

AUDITADA

31-03-2010

IFRS

NÃO AUDITADA

31-03-2011

IFRS

NÃO

AUDITADA

Indicadores calculados de acordo com o Core

Criteria de Basileia

Rácio de Solvabilidade 10,03% 10,07% 10,39% 10,35%

Core Tier 1 6,24% 7,33% 6,96% 8,09%

Tier 1 8,14% 8,47% 8,19% 8,74%

Tier 2 2,66% 1,59% 2,20% 1,60%

Fonte: EMITENTE

Análise da exploração da EMITENTE

A presente análise da exploração e da situação financeira da EMITENTE foi preparada a partir dos relatórios e

contas consolidadas auditadas do BANIF – GRUPO FINANCEIRO relativos aos exercícios findos em 31 de

Dezembro de 2009 e 2010 e da informação financeira consolidada não auditada relativa ao trimestre findo em

31 de Março de 2011do BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

Análise da exploração da EMITENTE referente ao exercício de 2009

A margem financeira aumentou 7,1% em 2009, para 288,5 milhões de Euros. Esta rubrica beneficiou do

crescimento da actividade creditícia (+ 5,6 %, excluindo os efeitos da integração da TECNICRÉDITO, com uma

carteira de 897 milhões de Euros no final de 2009), e de um custo do funding interbancário e junto do Banco

Central Europeu bastante favorável. No entanto, viria também a ser fortemente afectada por uma redução da

margem de intermediação total (margem da carteira de crédito adicionada da margem da carteira de recursos de

clientes de balanço) que desceu em termos médios, ao nível da actividade em Portugal, de 2,25% para cerca de

1,85% ao longo de 2009, em resultado de uma forte concorrência na captação de depósitos a prazo, que levou a

que o seu custo médio não tivesse acompanhado a descida verificada nas taxas de mercado.

Os lucros em operações financeiras passaram de 70,0 milhões de Euros, no exercício de 2008, para 68,8

milhões de Euros, no exercício de 2009. Em 2009, o GRUPO realizou mais-valias na venda das participações

financeiras que detinha na Zon Madeira, Zon Açores e Via Litoral, no montante de 20,5 milhões de Euros e na

recompra de passivos emitidos pelo GRUPO, num montante de 31,6 milhões de Euros. Por sua vez, em 2008

tinham sido registadas mais-valias significativas em participações financeiras detidas pela BANIF CORRETORA

DE VALORES E CÂMBIOS (BRASIL) no montante de 64,0 milhões de Euros.

Os outros proveitos (líquidos), que incluem os rendimentos de serviços e comissões, aumentaram 16,1%, para

151,7 milhões de Euros, representando 29,8% do produto de actividade do GRUPO, contra 27,8% em 2008. Este

agregado foi favorecido pelo aumento da actividade da banca comercial e de investimento do GRUPO, apesar da

redução do nível de actividade das áreas de corretagem e gestão de activos, consequência da crise que se

registou nos principais mercados financeiros ao longo de 2009, em especial no 1.º semestre de 2009.

Os custos de funcionamento, que compreendem os gastos gerais administrativos e os custos com pessoal,

totalizaram 297,5 milhões de Euros, o que traduz um crescimento de apenas 0,2% relativamente a 2008, apesar

da expansão das redes de distribuição em Portugal, Brasil, Malta e Cabo Verde.

O cash flow de exploração consolidado do BANIF – GRUPO FINANCEIRO ascendeu a 211,5 milhões de Euros (+

22,1% relativamente ao exercício de 2008), enquanto o rácio cost to income (custos de funcionamento +

amortizações / produto da actividade) desceu de 68,9%, no exercício de 2008, para 67,0%, no exercício de

2009.

Page 222: BANIF

222

As provisões e imparidade líquidas do exercício apresentam um acréscimo de 114,5%, elevando-se a 135,7

milhões de Euros, no exercício de 2009, reflexo da deterioração da actual conjuntura macroeconómica nacional

e internacional, que obrigou, inclusive, a uma política de maior prudência na avaliação da imparidade da

carteira de crédito, que originou, no corrente exercício, um reforço da imparidade líquida no montante de 112,2

milhões de Euros (mais 108,9% que no ano anterior). De referir o registo, no presente exercício, de uma

imparidade no montante de 17,3 milhões de Euros, relativa à participação financeira no Finibanco Holding,

SGPS, S.A..

Os resultados de associadas (equivalência patrimonial) apresentam um prejuízo para o resultado consolidado de

16,0 milhões de Euros em 2009, face a um resultado positivo de 3,3 milhões de Euros no ano anterior,

correspondentes à quota-parte do GRUPO nos resultados das associadas RENTIPAR SEGUROS (-8,0 milhões de

Euros), CSA (-3,9 milhões de Euros), BANKPIME (-3,5 milhões de Euros), Banco Pecúnia (-3,1 milhões de

Euros) e BANCA PUEYO (+2,5 milhões de Euros).

Em diferenças de consolidação negativas foram contabilizados 41,5 milhões de Euros, apuradas com a operação

de aquisição da TECNICRÉDITO, e que resultam da diferença entre o justo valor pago, de 216,7 milhões de

Euros, face ao justo valor dos activos e passivos do Grupo TECNICRÉDITO, à data de aquisição, que ascendiam a

258,2 milhões de Euros.

Os resultados atribuídos a interesses minoritários aumentaram 4,6 milhões de Euros, para 12,1 milhões de Euros

em 2009, devido principalmente ao aumento dos dividendos preferenciais pagos às acções preferenciais

emitidas pela BANIF FINANCE.

No que se refere apenas aos resultados recorrentes (e considerando a totalidade dos resultados recorrentes de

2009 da TECNICRÉDITO) a evolução entre os exercícios de 2009 e 2008 apresenta uma diminuição de 2,04%,

passando os resultados líquidos consolidados de 40,3 milhões de Euros, em 2008, para 39,5 milhões de Euros,

em 2009. Esta ligeira descida reflecte, em especial ao nível da banca comercial, a redução da margem de

intermediação financeira, o aumento das provisões da imparidade do crédito e os custos inerentes ao

alargamento das redes comerciais.

Ainda em termos de resultados recorrentes, apresenta-se a sua evolução pelas grandes áreas de negócio do

GRUPO:

a) Banca Comercial, com um resultado líquido recorrente de 41,5 milhões de Euros em 2009, contra 50,4

milhões de Euros em 2008 (- 17,6%);

b) Banca de Investimento, com um resultado líquido recorrente de 3,6 milhões de Euros em 2009, contra 3,0

milhões de Euros em 2008 (+ 19,8%);

c) Seguros, com um contributo para os resultados consolidados recorrentes de 1,2 milhões de Euros em

2009, contra 1,5 milhões de Euros em 2008 (- 16,7%);

d) Impacto da consolidação das “holdings” do GRUPO, com um contributo negativo de – 6,9 milhões de

Euros em 2009, contra -14,6 milhões de Euros em 2008 (-52,7%).

No que respeita à actividade seguradora do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, prosseguida pela CSA, o volume de

prémios emitidos apresentou um valor total de 446,4 milhões de Euros (-0,2% relativamente a 2008),

destacando-se o ramo não vida com um crescimento de 4,0%.

De salientar que, em 2009, o GRUPO havia obtido ganhos de 21,3 milhões de Euros com a recompra de passivos

emitidos pelo GRUPO (contra 3,8 milhões de Euros no 1º semestre de 2010) e realizado mais-valias na venda das

participações na Zon Madeira, Zon Açores e Via Litoral, no montante de 20,5 milhões de Euros.

Page 223: BANIF

223

Análise da exploração da EMITENTE referente ao exercício de 2010

A margem financeira aumentou 20,7% em 2010, para 348,1 milhões de Euros, sobretudo em resultado da

integração do BANIF MAIS SGPS, ocorrida em Setembro de 2009, e que representou um contributo de 57,2

milhões de Euros para a margem financeira do BANIF – GRUPO FINANCEIRO em 2010. Assumindo o contributo

a 100% do BANIF MAIS SGPS para o ano de 2009, em vez de apenas o último trimestre, esse incremento ter-se-ia

situado em 3,7%, traduzindo, por um lado, o crescimento da carteira de crédito e, por outro, a recuperação da

margem de intermediação total (entenda-se margem da carteira de crédito adicionada da margem da carteira de

recursos de clientes de balanço) da actividade bancária comercial em Portugal. Este indicador aumentou 20

pontos base, em termos médios anuais, para cerca de 2,02% no fim de 2010, em resultado de uma política de

progressivo ajustamento dos spreads do crédito, nomeadamente no segmento empresarial, e paralelamente a um

adequado controlo do custo de captação de depósitos a prazo.

As comissões líquidas registaram um incremento na ordem dos 9,9%, para 122,1 milhões de Euros, em linha

com o crescimento da actividade comercial e de banca de investimento do BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

Os resultados de operações financeiras registaram uma redução de 42%, de 68,8 milhões de Euros em 2009 para

39,8 milhões de Euros em 2010. No entanto, importa salientar que, em 2009, foram contabilizados ganhos

brutos de 31,6 milhões de Euros com a recompra de passivos emitidos pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO, (que

comparam com apenas 14,8 milhões de Euros registados em 2010), e ainda de 20,5 milhões de Euros com as

mais-valias na venda das participações na Zon Madeira, Zon Açores e Via Litoral. Por outro lado, em 2010, o

GRUPO registou um ganho de 12,1 milhões de Euros na alienação da participação na Finibanco - Holding SGPS,

S..A em resultado da Oferta Pública de Aquisição lançada pelo Montepio Geral Associação Mutualista.

Relativamente à estrutura de custos, os gastos gerais administrativos e os custos com pessoal (custos de

funcionamento) totalizaram 329,1 milhões de Euros, subindo 10,6% face a 2009, essencialmente devido à

integração do BANIF MAIS SGPS. Assumindo o contributo a 100% do BANIF MAIS SGPS para o ano de 2009, em

vez de apenas o último trimestre, os custos de funcionamento teriam apresentado um acréscimo homólogo de

4,1%. Este aumento é essencialmente explicado pela componente internacional, nomeadamente a actividade no

Brasil, onde o GRUPO tem vindo a investir aproveitando o bom momento económico do país. Efectivamente, os

custos de funcionamento domésticos apresentaram uma queda de 2%, um número revelador do forte esforço de

contenção de custos, quer em termos de pessoal, quer de gastos administrativos, e que é particularmente

relevante tendo em conta que o GRUPO abriu 9 agências bancárias em Portugal durante o ano de 2010.

Globalmente, o rácio cost to income (custos de funcionamento + amortizações / produto da actividade) desceu

de 67,0%, no final do exercício de 2009, para 66,4%, no final do exercício de 2010.

Atendendo ao atrás exposto, o produto da actividade do GRUPO atingiu 552,5 milhões de Euros no final do

exercício 2010, registando um aumento de 8,5% em termos homólogos.

O cash flow de exploração consolidado do BANIF - GRUPO FINANCEIRO ascendeu a 223,4 milhões de Euros, o

que representa um incremento de 5,6% relativamente ao final do exercício de 2009.

No que diz respeito às provisões e imparidade líquidas do exercício, registou-se, em 2010, uma queda homóloga

de 8,6% para 123,9 milhões de Euros. Contudo, importa salientar que o resultado de 2009 havia sido afectado

por uma imparidade no montante de 16,1 milhões de Euros relativa à participação financeira no Finibanco -

Holding SGPS, S.A., que compara com apenas 4,8 milhões de Euros contabilizados em 2010 para esse efeito.

Assim, a participação detida no Finibanco - Holding SGPS, S.A.teve um impacto global líquido de 7,2 milhões

de Euros em 2010, entre a imparidade registada e a mais-valia (bruta) obtida na respectiva venda.

Foram ainda registados cerca de 9,1 milhões de Euros em imparidades referentes ao goodwill em participações

financeiras, dos quais se destaca a imparidade de 7,7 milhões de Euros relativa à participação de 27,5% detida

no BANKPIME (Espanha).

Page 224: BANIF

224

Relativamente à avaliação das imparidades da carteira de crédito, e atendendo à actual conjuntura económica, o

BANIF - GRUPO FINANCEIRO manteve uma política prudente e conservadora, de que resultou um reforço da

imparidade no montante de 107,9 milhões de Euros no final do exercício de 2010, face a 112,2 milhões de

Euros no final do exercício de 2009.

Assim o GRUPO registou um resultado líquido antes de impostos de 58,1 milhões de Euros, uma queda de 13%

relativamente ao ano transacto. A carga fiscal média suportada em 2010 atingiu 13,9 milhões de Euros (23,9%

dos resultados antes de impostos). No ano anterior, a carga fiscal média foi apenas de 0,4 milhões de Euros

(0,7%), decorrente, essencialmente, do facto de as diferenças de consolidação negativas registadas nesse ano

(+41,5 milhões de Euros) não estarem sujeitas a imposto.

Os resultados líquidos consolidados da BANIF SGPS, holding do BANIF - GRUPO FINANCEIRO, atingiram 33,4

milhões de Euros no final do exercício de 2010, representando uma queda de 38,2% em termos homólogos.

Importa salientar que o lucro obtido em 2009 beneficiou de ganhos extraordinários associados a vendas de

activos e recompra de dívida num montante total de 52,1 milhões de Euros.

Considerando os resultados numa base recorrente, o resultado líquido consolidado relativo a 2010 ter-se-ia

situado em 35,2 milhões de Euros, cerca de 11% abaixo do nível obtido em 2009.

Face ao resultado líquido de 33,4 milhões de Euros obtido pelo BANIF - GRUPO FINANCEIRO em 31 de

Dezembro de 2010, o retorno dos capitais próprios (“ROE”) fixou-se em 3,5%, contra 8,1% no final do

exercício de 2009, enquanto o retorno sobre os activos (“ROA”) atingiu 0,22%, face a 0,40% a Dezembro de

2009. Ambos os rácios foram calculados em termos anualizados e com base em valores médios dos capitais

próprios e dos activos do GRUPO, atendendo à ocorrência de aumentos de capital no ano transacto.

Análise da exploração da EMITENTE referente ao 1º trimestre de 2011 (informação não auditada)

O produto da actividade do BANIF – GRUPO FINANCEIRO atingiu 119,8 milhões de Euros no final do 1º trimestre

de

2011, registando uma diminuição de 1,7% em termos homólogos. Para este desempenho contribuíram vários

factores, nomeadamente:

Uma diminuição de 3,9% na margem financeira, para 77,9 milhões de Euros, devido ao aumento dos custos

de financiamento e à redução da actividade creditícia, em especial no 1º trimestre de 2011. Com efeito, o

aumento dos spreads de crédito registado ao nível do segmento de empresas não foi suficiente para

compensar o aumento do custo médio dos depósitos a prazo de clientes, pelo que a margem de

intermediação sofreu uma ligeira redução.

Uma diminuição de 0,9% nas comissões líquidas, para 28,2 milhões de Euros.

Os resultados de operações financeiras reduziram-se de 10,5 milhões de Euros no final do 1º trimestre de

2010 para 5,0 milhões de Euros no final do 1º trimestre de 2011, reflectindo as desfavoráveis condições do

mercado de capitais observadas neste período.

Relativamente à estrutura de custos, os gastos gerais administrativos e os custos com pessoal (custos de

funcionamento) totalizaram 78,0 milhões de Euros, descendo 0,3% face ao final do 1º trimestre de 2010. A

tendência divergente entre as unidades de negócio domésticas e internacionais, visível em trimestres anteriores,

manteve-se, com a redução dos custos de funcionamento domésticos (-1,75% relativamente ao período

homólogo do ano anterior) a ser contrariada por um incremento dos custos administrativos nas unidades

internacionais (+3,8% em termos homólogos). Apesar dos esforços em termos de contenção de custos, o rácio

cost to income (custos de funcionamento + amortizações / produto da actividade) foi prejudicado pela redução

do produto bancário, tendo subido ligeiramente de 70,1%, no final do 1º trimestre de 2010, para 71,8%, no final

1º trimestre de 2011.

Page 225: BANIF

225

Assim, o cash flow de exploração consolidado do BANIF – GRUPO FINANCEIRO ascendeu a 41,8 milhões de

Euros, o que representa uma diminuição de 4,2% relativamente ao final do 1º trimestre de 2010.

No que diz respeito às provisões e imparidade líquidas do exercício, registou-se, no final do 1º trimestre de

2011, um aumento de 14,7% para 22,2 milhões de Euros. Atendendo à actual conjuntura económica, o GRUPO

manteve uma política prudente e conservadora no que respeita à avaliação da imparidade da carteira de crédito,

que resultou num reforço da imparidade no montante de 20,5 milhões de Euros no final do 1º trimestre de 2011,

face a 16,6 milhões de Euros no final do 1º trimestre de 2010. Esse montante representou um custo de risco

anualizado de 0,66% face a 0,55% no 1.º trimestre de 2010.

Os resultados líquidos consolidados da BANIFSGPS, “holding” do BANIF – GRUPO FINANCEIRO, ascenderam a

6,3 milhões de Euros no final do 1º trimestre de 2011, representando uma queda de 41,3% em termos

homólogos relativamente ao ano anterior. Considerando os resultados numa base recorrente, o resultado líquido

atingiu cerca de 6,8 milhões de Euros, face a 10,6 milhões de Euros no 1º trimestre de 2010, traduzindo uma

queda de 36%.

Tendo em conta o resultado líquido de 6,3 milhões de Euros obtido pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO em 31 de

Março de 2011, o retorno dos capitais próprios (“ROE”) fixou-se em 2,6%, contra 5,8% no final do 1º trimestre

2010, enquanto o retorno sobre os activos (“ROA”) atingiu 0,16%, face a 0,31% a 31 de Março de 2010. Ambos

os rácios foram calculados em termos anualizados e com base em valores médios dos capitais próprios e dos

activos do GRUPO.

Análise da situação financeira da EMITENTE

Análise da situação financeira da EMITENTE referente ao exercício de 2009

O activo líquido do BANIF – GRUPO FINANCEIRO totalizava 14.442,2 milhões de Euros, em 31 de Dezembro de

2009, registando um crescimento de 12,2% face ao final do exercício de 2008.

O saldo da rubrica “caixa e disponibilidades em bancos centrais e OIC´s” ascendeu a 507,1 milhões de Euros,

um acréscimo de 9,7% quando comparado com o final de 2008, resultado do decréscimo do saldo dos depósitos

à ordem em Bancos Centrais no montante de 6,6 milhões de Euros e do aumento dos saldos junto das outras

instituições de crédito no valor de 51,4 milhões de Euros.

Relativamente à rubrica “aplicações em instituições de crédito”, esta apresentou um saldo de 322,1 milhões de

Euros, um acréscimo de 115,2%, entre as datas em análise, devido ao aumento de empréstimos no montante de

248 milhões de Euros.

Por seu turno, o crédito concedido a clientes (bruto), deduzido de títulos classificados em empréstimos

concedidos e contas a receber, elevou-se a 11.889,5 milhões de Euros, superior em 14,2% ao valor registado em

31 de Dezembro de 2008.

No mesmo período, o rácio de imparidade do crédito/crédito total subiu de 2,44% para 4,35%, influenciado em

especial por um agravamento do nível de incumprimento do crédito às empresas, resultante de uma conjuntura

económica bastante desfavorável e pela integração da TECNICRÉDITO.

Os recursos de bancos centrais apresentaram um acréscimo de 23,9% face a 2008, aumentando ligeiramente o

seu peso como fonte de financiamento, tendo passado de 7,5% em 2008 para 8,3% em 2009, no conjunto do

passivo e situação líquida. Nesta rubrica incluem-se as tomadas de fundos em operações de refinanciamento do

Banco Central Europeu, realizadas pela banca comercial do GRUPO, que utilizou, como colateral, obrigações

detidas em carteira, resultantes das operações de securitização de crédito à habitação, concretizadas em 2009, no

Page 226: BANIF

226

valor global de 1.675,5 milhões de Euros. Em 31 de Dezembro de 2009 o GRUPO tinha junto do Banco Central

Europeu, activos elegíveis no montante de 1,149 milhões de Euros.

Os recursos em instituições de crédito cifraram-se em 1.813,5 milhões de Euros, um decréscimo de 12,9% face

ao final de 2008, como resultado da falta de liquidez ocorrida nos mercados.

Os depósitos de clientes cresceram 2,1% relativamente a 31 de Dezembro de 2008, ascendendo a 6.743,0

milhões de Euros no final de 2009, enquanto os recursos totais de clientes de balanço passaram de 8.223,9

milhões de Euros para 9.278,7 milhões de Euros, o que representa um crescimento de 12,8%. Por sua vez, os

recursos “fora de balanço”, ascendiam a 2.491 milhões de Euros (+16,9% que o valor registado no final do

exercício de 2008).

Os capitais próprios (deduzidos de interesses minoritários) registaram um aumento de 61,4%, de 583,4 milhões

de Euros para 941,8 milhões de Euros entre os finais dos exercícios de 2008 e 2009, essencialmente em

resultado das seguintes situações:

Aumento do capital no montante de 70 milhões de Euros por entrada em dinheiro reservado a accionistas;

Aumento do capital e prémios de emissão no montante de 95,9 milhões de Euros por entrada em espécie

(parte do pagamento da aquisição de 100% do capital social da TECNICRÉDITO);

Emissão de VMOCs valorizados em 95,9 milhões de Euros por entrada em espécie (parte do pagamento

da aquisição de 100 % do capital social da TECNICRÉDITO);

Resultado do exercício de 2009 de 54,1 milhões de Euros;

Aumento da reserva de reavaliação da carteira de títulos classificada em “activos financeiros disponíveis

para venda” em 19,9 milhões de Euros;

Ganhos na recompra de acções preferenciais emitidas por empresas do GRUPO no montante de 16,6

milhões de Euros;

Variações cambiais positivas no montante de 15,9 milhões de Euros;

Distribuição de dividendos relativos ao exercício de 2008 no montante de 22,8 milhões de Euros.

Os Fundos Próprios de Base do GRUPO (Tier 1), em base IAS/IFRS e Basileia, totalizavam 1001,1 milhões de

Euros, enquanto os Activos Ponderados (Risk Weighted Assets) ascendiam a 12.279,9 milhões de Euros, a que

correspondia um rácio de Tier 1 no final de 2009 de 8,14% (6,84% no final do ano anterior). O Core Tier 1 do

GRUPO, também em base IAS/IFRS e Basileia, era, no final de 2009, de 6,24% (contra 5,34% no final de 2008).

Por seu turno, os Fundos Próprios Totais do GRUPO elevavam-se a 1.231,9 milhões de Euros, a que

correspondia um rácio de solvabilidade total de 10,03% (9,22 % no final de 2008).

Face ao resultado líquido obtido pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO em 31 de Dezembro de 2009, de 54,1

milhões de Euros, o ROE (Return on Equity) fixou-se em 8,1% e o ROA (Return on Assets) atingiu 0,40%

contra 10,1% e 0,50% respectivamente, no ano anterior.

Análise da situação financeira da EMITENTE referente ao exercício de 2010

O activo líquido do BANIF – GRUPO FINANCEIRO totalizava 14.442,2 milhões de Euros, em 31 de Dezembro de

2009, registando um crescimento de 12,2% face ao final do exercício de 2008.

O activo líquido do BANIF – GRUPO FINANCEIRO totalizava 15.710,7 milhões de Euros, em 31 de Dezembro de

2010, registando um crescimento de 8,8% face ao final do exercício de 2009.

Neste âmbito, o crédito bruto concedido a clientes, deduzido de títulos classificados em empréstimos

concedidos e contas a receber, atingiu 12.586,3 milhões de Euros a 31 de Dezembro de 2010, subindo cerca de

5,9% em termos homólogos. Este incremento não reflecte, no entanto, alguma diferenciação no padrão de

evolução intra-anual, já que o stock de crédito bruto total (incluindo títulos classificados em empréstimos

Page 227: BANIF

227

concedidos e contas a receber) se manteve praticamente inalterado em torno de 12.800 milhões de Euros

durante a segunda metade do ano.

O peso do crédito no total do activo líquido era de 77,7% no final de 2010 contra 79,6% no final de 2009. Por

segmentos, o crédito vivo concedido a empresas, que representava 48,3% da carteira de crédito vivo, no final de

2010 (51,2% no final de 2009), apresentou um decréscimo de 0,8%. Por sua vez, o crédito a particulares, que

representava, no final de 2010, 48,0% da carteira de crédito vivo (46,6% no final de 2009), aumentou 8,3%, no

período em análise.

No mesmo período, o rácio de imparidade do crédito/crédito total subiu de 4,35% para 4,73%, influenciado

sobretudo pelo agravamento dos níveis de incumprimento do crédito às empresas, por sua vez resultante de uma

conjuntura económica bastante desfavorável. Considerando apenas a actividade de banca comercial doméstica,

correspondente grosso modo ao universo do BANIF e que representa cerca de 80% da actividade creditícia do

BANIF – GRUPO FINANCEIRO, o rácio de imparidade do crédito/crédito total situou-se em 3,35%, que compara

com 3,05% em 2009.

Na actual conjuntura de escassez de liquidez, os recursos de bancos centrais têm assumido maior

representatividade como fonte de financiamento. Face ao final de 2009, apresentam um aumento de 741,6

milhões de Euros, ascendendo a 1.938,1 milhões de Euros, no final de 2010. Em termos líquidos, isto é,

deduzidos de aplicações feitas pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO junto do Banco Central Europeu, o

financiamento situava-se em 1.688 milhões de Euros a 31 de Dezembro de 2010. Este crescimento decorre da

tomada de fundos em operações de refinanciamento do Eurosistema, realizada pela banca comercial do GRUPO,

que utilizou como colateral obrigações no âmbito de operações de securitização de crédito à habitação e de

crédito ao consumo, que no final de 2010 totalizavam cerca de 3.300 milhões de Euros.

Os recursos de instituições de crédito caíram 29,0% face ao final de 2009, reflectindo a falta de liquidez

verificada nos mercados, cifrando-se em 1.286,9 no final de 2010.

Em termos de recursos, merece referência o crescimento anual de 15,3% registado nos depósitos de clientes e

de 18,5% nos recursos de clientes de balanço, que atingiram 8.815 milhões de Euros no final de 2010. A

evolução bastante positiva deste agregado ficou a dever-se a uma política agressiva de captação de depósitos,

assente na prospecção activa da base de clientela do GRUPO, em especial ao nível da rede de agências do

continente, que concentrou a sua acção comercial na obtenção de recursos de clientes em detrimento da venda

de produtos associados ao crédito. Assim, o rácio de transformação do GRUPO (considerando a totalidade de

recursos de clientes em balanço) situou-se em 145% a Dezembro de 2010, uma queda de 16 pontos percentuais

face ao ano anterior.

Considerando mais uma vez apenas a actividade de banca comercial doméstica, que agrega cerca de 80% dos

recursos totais de clientes em balanço do GRUPO, o rácio de transformação fechou o ano de 2010 em 144%, face

a 150% no fim de 2009.

Os activos sob gestão da banca de investimento do GRUPO ascendiam a 2.885 milhões de Euros a 31 de

Dezembro de 2010, reflectindo um incremento de 15,8%, que ficou a dever-se, sobretudo, à integração dos

fundos de gestão passiva do Banco Privado Português e do Fundo de Cinema e Audiovisual (“FICA”), bem

como da carteira de activos da seguradora GLOBAL e GLOBAL VIDA.

Os capitais próprios, deduzidos de interesses minoritários, registaram um aumento de 9,9%, de 941,8 milhões

de Euros para 1.035,2 milhões de Euros entre o final dos exercícios de 2009 e 2010, essencialmente em

resultado dos seguintes factores (aumentos (+); diminuições (-):

(+) Aumento de capital no montante de 80 milhões de Euros, totalmente realizado em Dezembro de 2010;

(+) Resultado do exercício de 2010 de 33,4 milhões de Euros;

Page 228: BANIF

228

(+) Ganhos na recompra de acções preferenciais emitidas por empresas do GRUPO no montante de 1,4

milhões de Euros;

(+) Variações cambiais positivas no montante de 15,7 milhões de Euros;

(-) Diminuição das reservas de reavaliação em 17,2 milhões de Euros;

(-) Distribuição de dividendos relativos ao exercício de 2009 no montante de 19,6 milhões de Euros.

Os fundos próprios de base do BANIF – GRUPO FINANCEIRO (Tier 1), em base IAS/IFRS e Basileia, totalizavam

1.147,2 milhões de Euros a Dezembro de 2010, enquanto os Activos Ponderados (Risk Weighted Assets)

ascendiam a 12.736,4 milhões de Euros, resultando num rácio de Tier 1 de 8,47%, que compara com 8,14% no

final do exercício de 2009. O Core Tier 1 do GRUPO, também em base IAS/IFRS e Basileia, era, no final do

exercício de 2010, de 7,33% (contra 6,24% no final do exercício de 2009).

Por seu turno, os fundos próprios totais do BANIF – GRUPO FINANCEIRO elevavam-se a 1.281,9 milhões de

Euros, a que correspondia um rácio de solvabilidade total de 10,07% (contra 10,03% no final do exercício de

2009).

Análise da situação financeira da EMITENTE referente ao 1º trimestre de 2011 (informação não auditada)

O activo líquido do BANIF - GRUPO FINANCEIRO totalizava 15.466,0 milhões de Euros, em 31 de Março de

2011, registando um crescimento de 5,0% face ao final do 1º trimestre de 2010.

Por seu turno, o crédito concedido a clientes (bruto), deduzido de títulos classificados em empréstimos

concedidos e contas a receber, elevou-se a 12.500,4 milhões de Euros, superior em 3,0% ao valor registado em

31 de Março de 2010, mas registando uma ligeira diminuição quando comparado com 31 de Dezembro de 2010

(12.586 milhões de Euros) e até mesmo quando comparado com 30 de Setembro de 2010 (12.260,4 milhões de

Euros). No mesmo período, o rácio de Imparidade do crédito/crédito total subiu de 4,42% para 4,89%,

influenciado em especial por um agravamento do nível de incumprimento do crédito às empresas, resultante de

uma conjuntura económica bastante desfavorável.

Os depósitos cresceram10,1% relativamente a 31 de Março de 2010, ascendendo a 7.633 milhões de Euros no

final do 1º trimestre de 2011, enquanto os recursos totais de clientes de balanço (incluindo, além dos depósitos,

os certificados de depósitos e outros títulos de dívida) passaram para 8.669 milhões de Euros, o que representa

um crescimento de 14%, traduzindo um rácio de transformação de 139% contra 153% em Março de 2010

(calculado sobre crédito líquido de imparidade).

Por sua vez, os recursos “fora de balanço”, ascendiam a 3.982 milhões de Euros (+29,1% que o valor registado

no 1º trimestre de 2010). Esta evolução representa ainda o efeito da integração dos activos sob gestão da

unidade de banca de investimento, associados ao fundo de gestão passiva do Banco Privado Português e à

carteira da GLOBAL e GLOBAL VIDA, entretanto adquiridas pela unidade seguradora do BANIF - GRUPO

FINANCEIRO, a CSA, eventos ocorridos no 2º e 3º trimestre de 2010.

A rede de pontos de venda do BANIF - GRUPO FINANCEIRO, passou de 626 para 588, entre 31 de Março de 2010

e 31 de Março de 2011 , essencialmente em resultado da racionalização da rede de escritórios da área de seguros

do GRUPO, que passou de 94 para 58 unidades entre as referidas datas. O número de agências bancárias em

Portugal manteve-se em 375 nos últimos 12 meses, já que as aberturas ainda ocorridas durante o ano de 2010

foram compensadas pelos encerramentos registados já no decurso do 1º trimestre de 2011. Face à conjuntura

económica altamente desfavorável sentida em especial em Portugal e noutros países europeus onde o BANIF –

GRUPO FINANCEIRO desenvolve a sua actividade, o GRUPO continuará a avaliar de forma criteriosa a dimensão

da sua rede de pontos de venda em Portugal, com base em estritos critérios de produtividade e eficiência.

Page 229: BANIF

229

Os capitais próprios (deduzidos de interesses minoritários) registaram um aumento de 8,3%, de 942,6 milhões

de Euros para 1.021,0 milhões de Euros entre o final dos 1.os trimestres de 2010 e 2011, essencialmente em

resultado das seguintes situações (aumentos (+); diminuições (-)):

(+) Aumento de capital no montante de 80 milhões de Euros, totalmente realizado em Dezembro de 2010;

(+) Resultado acumulado nos últimos 9 meses de 2010 de 22,7 milhões de Euros;

(+) Resultado acumulado do 1º trimestre de 2011 de 6,3 milhões de Euros;

(-) Diminuição da reserva de reavaliação em 29 milhões de Euros;

(-) Variações cambiais negativas de 1,4 milhões de Euros.

Os Fundos Próprios de Base do BANIF - GRUPO FINANCEIRO (Tier 1), em base IAS/IFRS e Basileia, totalizavam

1.115,4 milhões de Euros, enquanto os Activos Ponderados (Risk Weighted Assets) ascendiam a 12.756,9

milhões de Euros, a que correspondia um rácio de Tier 1 a Março de 2011 de 8,74%, contra 8,19% no final de

Março de 2010. O Core Tier 1 do BANIF - GRUPO FINANCEIRO, também em base IAS/IFRS e Basileia, era, no

final do 1º trimestre de 2011, de 8,09%, contra 6,96% no final do 1º trimestre de 2010. Por seu turno, os Fundos

Próprios Totais do BANIF - GRUPO FINANCEIRO elevavam-se a 1.319,9 milhões de Euros, a que correspondia

um rácio de solvabilidade total de 10,35% contra 10,39% no final do 1º trimestre de 2010.

Page 230: BANIF

230

CAPÍTULO IX – INFORMAÇÃO SOBRE TENDÊNCIAS

No que respeita às tendências recentes mais significativas, observadas entre o final do último exercício e a data

do Prospecto remete-se para a informação financeira consolidada para o mês de Março de 2011, elaborada de

acordo com as IFRS e ainda para a informação apresentada de seguida.

O enquadramento macroeconómico em que o sector bancário português e, logo, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO

tem vindo a desenvolver a sua actividade tem-se caracterizado por um crescente nível de complexidade,

decorrente, por um lado, de uma maior e mais exigente regulamentação ao nível da supervisão do sector

financeiro, e, por outro, de condições de mercado particularmente adversas, consubstanciadas, designadamente

em importantes constrangimentos de liquidez, no aumento do custo de funding e na deterioração da qualidade

da carteira de crédito.

Recentemente, estas condições de mercado foram agravadas pela crise das finanças públicas dos países do Sul

da Europa, que levou à subida dos spreads das respectivas dívidas soberanas, ao downgrade das suas notações

de rating e ao agravamento das dificuldades, por parte dos bancos destes países, de acesso aos mercados

monetários e de capitais internacionais, os quais se viram, assim, limitados a recorrer às operações de

refinanciamento do Banco Central Europeu e à captação de recursos junto dos seus clientes.

A deterioração persistente e continuada das condições de financiamento da República Portuguesa,

particularmente visível durante o mês de Março, veio a resultar num pedido de auxílio financeiro às instâncias

europeias por parte do Governo Português no início de Abril, na sequência do qual foram assinados as LoI, o

MEFP, o TMoU e o MoU com a CE, o BCE e o FMI já em Maio. Os MEFP, TMoU e MoU contemplam um

pacote de ajuda de 78 mil milhões de euros e estabelecem, entre outras medidas abrangentes para toda a

economia, um novo enquadramento estratégico para o sector financeiro durante o período de vigência do

Acordo (2011-2014), com enfoque específico sobre requisitos de capital e liquidez.

Neste contexto, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO está, presentemente, a proceder a uma reavaliação profunda e

exaustiva de todo o seu portfólio de negócios, doméstico e internacional, com o intuito de optimizar a sua

alocação de capital pelos vários segmentos de negócio e geografias, de forma a atingir de forma eficiente, os

requisitos de capital definidos pelo Banco de Portugal, de 9% em 2011 e de 10% em 2012, relativamente ao

rácio Core Tier 1.

Adicionalmente, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO continua comprometido com os esforços de desalavancagem de

balanço para níveis que permitam, a breve prazo, um regresso normalizado a fontes de mercado tradicionais, o

que passará por uma aposta reforçada na captação de depósitos mas também por uma redução selectiva da

carteira de crédito doméstica, quer por via do abrandamento dos actuais níveis de produção, quer por via de

vendas em mercado secundário, caso as condições de mercado o permitam.

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO está igualmente empenhado em melhorar de forma substancial os seus níveis de

eficiência operacional, através de medidas efectivas de redução de custos, entre as quais se incluem a fusão das

unidades de banca comercial e de banca de investimento detidas no Brasil e o lançamento de uma plataforma de

serviços partilhada em Portugal, que deverá abranger as unidades de retalho (BANIF), de crédito especializado

(BANIF MAIS) e de banca de investimento (BANIF INVESTIMENTO).

Importa salientar que as exigências colocadas no âmbito dos MEFP, TMoU e MoU se focam sobretudo ao nível

de Portugal, pelo que o GRUPO continua apostado em preservar a capacidade de geração de valor dos seus

negócios internacionais, de forma a acomodar potenciais menores níveis de rentabilidade no mercado

doméstico. Por outro lado, o impacto esperado do severo ajuste orçamental e de contas externas a que a

economia portuguesa será sujeita nos próximos trimestres obriga a uma monitorização apertada dos

Page 231: BANIF

231

desenvolvimentos operacionais, que poderão implicar reavaliações regulares das medidas que venham a ser

tomadas.

Não existiram alterações significativas às referidas tendências entre a data da referida informação e a data do

Prospecto.

Page 232: BANIF

232

CAPÍTULO X – INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ACERCA DO ACTIVO E DO PASSIVO, DA

SITUAÇÃO FINANCEIRA E DOS LUCROS E PREJUÍZOS DA EMITENTE

10.1. Historial financeiro

(a) Balanço BANIF SGPS e subsidiárias

Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

(montantes expressos em milhares de Euros)

31-12-2010 31-12-2009

Notas

Valor antes de

Imparidade e

Amortizações

Imparidade e

Amortizações Valor Líquido Valor Líquido

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 6 118.734

118.734

- 118.734 306.519 Disponibilidades em outras instituições de crédito 7 217.814 - 217.814 200.657

Activos financeiros detidos para negociação 8 461311 - 461.311 352.487

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 9 393.508

1.11.

- 393.508 470.314

Activos financeiros disponíveis para venda 10, 42 298.529 (4.119) 294.410 105.371

Aplicações em instituições de crédito 11 491.022 - 491.022 322.114

Crédito a clientes 12, 42 12.801.111 (594.857) 12.206.254 11.487.864

Investimentos detidos até à maturidade 13 63.939 - 63.939 80.399

Activos com acordo de recompra 14 51.004 - 51.004 36.500

Derivados de cobertura 15 - - - 884

Activos não correntes detidos para venda 16, 42 172.835 (5.379) 167.456 85.552

Propriedades de investimento 17 272.591 272.591 199.808

Outros activos tangíveis 18 432.629 (162.672) 269.957 286.682

Activos intangíveis 19 91.620 (68.557) 23.063 28.522

Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação 20, 42 160.320 (9.040) 151.280 115.257

Activos por impostos correntes 21 27.104 - 27.104 24.829

Activos por impostos diferidos 21 72.697 - 72.697 59.535

Provisões técnicas de resseguro cedido - - - -

Outros activos 435.720 (7.172) 428.548 278.911

Devedores por seguro directo e resseguro - - - -

Outros activos 22 435.720 (7.172) 428.548 278.911

Total do Activo 16.562.488 (851.796) 15.710.692 14.442.205

Recursos de Bancos Centrais 23 - - 1.938.147 1.196.559

Passivos financeiros detidos para negociação 24 - - 145.259 84.330

Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 25 - - 118.886 220.249

Recursos de outras instituições de crédito 26 - - 1.286.879 1.813.496

Recursos de clientes e outros empréstimos 27 - - 7.840.050 6.801.474

Responsabilidades representadas por títulos 28 - - 2.380.021 2.256.935

Passivos financeiros associados a activos transferidos - - - -

Derivados de cobertura 15 - - 1.303 2.606

Passivos não correntes detidos para venda - - - -

Provisões 39 - - 15.230 14.881

Provisões técnicas - - - -

Passivos por impostos correntes 21 - - 10.850 8.448

Passivos por impostos diferidos 21 - - 32.211 24.687

Instrumentos representativos de capital 30 - - 45.651 47.975

Outros passivos subordinados 31 - - 268.178 322.483

Outros passivos - - 349.150 468.156

Credores por seguro directo e resseguro - - - -

Outros passivos 32 - - 349.150 468.156

Total do Passivo - - 14.431.815 13.262.279

Capital 33 - - 570.000 490.000

Prémios de emissão 33 - - 104.114 104.114

Outros instrumentos de capital 33 - - 95.900 95.900

Acções próprias 33 - - (1.043) (1.035)

Reservas de reavaliação 33 - - (10.572) 6.645

Outras reservas e resultados transitados 33 - - 243.328 192.053

Resultado do exercício 33 - - 33.426 54.075

Dividendos antecipados 33 - - - -

Interesses que não controlam 34 - - 243.724 238.174

Total do Capital - - 1.278.877 1.179.926

Total do Passivo + Capital - - 15.710.692 14.442.205

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 233: BANIF

233

(b) Demonstração de resultados

BANIF SGPS e subsidiárias

Demonstração de Resultados Consolidada

em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

(montantes expressos em milhares de Euros)

Notas 31-12-2010 31-12-2009

Juros e rendimentos similares 35 750.988 772.926

Juros e encargos similares 35 (402.856) (484.432)

Margem financeira 348.132 288.494

Rendimentos de instrumentos de capital 36 905 1.524

Rendimentos de serviços e comissões 37 145.218 125.975

Encargos com serviços e comissões 37 (23.143) (14.858)

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 38 452 (28.377)

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 38 13.130 22.508

Resultados de reavaliação cambial 38 10.778 41.577

Resultados de alienação de outros activos 39 2.895 5.544

Prémios líquidos de resseguro - -

Custos com sinistros líquidos de resseguros - -

Variação das provisões técnicas líquidas de resseguro - -

Outros resultados de exploração 39 54.097 66.666

Produto da actividade 552.464 509.053

Custos com pessoal 40 (184.906) (170.407)

Gastos gerais administrativos 41 (144.176) (127.130)

Amortizações do exercício 18,190 (37.327) (34.668)

Provisões líquidas de reposições e anulações 29 1.121 (2.993)

Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 42 (107.944) (112.178)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 42 (5.113) (19.244)

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 42 (12.005) (1.257)

Diferenças de consolidação negativas 41.533

Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (equivalência patrimonial) 20 (4.039) (16.042)

Resultado antes de impostos e de interesses que não controlam 58.075 66.667

Impostos (13.904) (471)

Correntes 21 (13.022) (12.555)

Diferidos 21 (882) 12.084

Resultado após impostos e antes de interesses que não controlam 44.171 66.196

Da qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas - -

Interesses que não controlam 34 (10.745) (12.121)

Resultado liquido do exercício 33.426 54.075

Resultado liquido por acção (básico) 0,07 0,14

Resultado liquido por acção (diluído) 0,06 0,13

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 234: BANIF

234

(c) Demonstração do rendimento integral

BANIF SGPS e subsidiárias

Demonstração do Rendimento Integral Consolidada

em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

(montantes expressos em milhares de Euros)

Notas 31-12-2010 31-12-2009

Resultado apos imposto e antes de interesses que não controlam 44.171 66.196

Outro Rendimento Integral

Activos financeiros disponíveis para venda

Ganhos / (perdas) no justo valor 33 (11.244) (8.930)

Impostos/ (perdas) no justo valor 33 3.082 1.441

Ganhos/ (perdas) em activos de entidades que consolidam por equivalência

patrimonial 33 (14.039) 36.436

Imposto ganhos/ (perdas) em activos de entidades que consolidam por equivalência

patrimonial 33 3.284 (9.016)

Ganhos em reavaliações imóveis 33 1.226 15.421

Impostos ganhos por reavaliações imóveis 33 (988) (1.273)

De instrumentos de cobertura no âmbito de coberturas de fluxos de caixa 33 1.474 (2.895)

Impostos de instrumentos de cobertura no âmbito de coberturas de fluxos de caixa 33 (12) -

(17.217) 31.184

Variações cambiais 33 15.726 9.172

Total do rendimento integral liquido de impostos, antes de interesse que não

controlam 42.680 106.552

Interesses que não controlam 34 (10.745) (12.121)

Total do Rendimento integral, líquido de impostos 31.935 94.431

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 235: BANIF

235

(d) Mapa incluindo todas as alterações do capital ou as alterações do capital não resultantes de operações

de capital com sócios, nem de distribuição a sócios

BANIF SGPS e subsidiárias

Demonstração de Variações em Capitais Próprios

em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

(montantes expressos em milhares de Euros)

Notas Capital Acções

Próprias

Prémios

de

emissão

Outros

Instrumentos

de Capital

Reservas de

Reavaliação

Resultados

Transitados

Outras

Reservas

Resultado

do

exercício

Interesses

que não

controlam

Total

Saldos em 31-12-

2009

33 490.000 (1.035) 104.114 95.900 6.645 328.715 (136.662) 54.075 238.174 1.179.926

Transferência para

reservas

33 - - - - - 45.745 - (45.745) - -

Distribuição de

dividendos

33 - - - - - - (11.270) (8.330) - (19.600)

Rendimento

integral

33 - - - - (17.217) - 15.726 33.426 - 31.935

Aumento do

Capital

33 80.000 - - - - - - 80.000

Aquisição/alienaç

ão de acções

próprias

33 - (8) - - - - - - - (8)

Recompra de

acções

preferências

33 - - - - - - 1.401 - (2.754) (1.353)

Remuneraçoes de

VMOC‟S

33 - - - - - - (2.100) - (2.100)

Operações com

interesses que não

controlam

34 - - - - - - - - 8.304 8.304

Outras variações

em capital próprio

33 - - - - - - 1.773 - - 1.773

Saldos em 31-12-

2010

570.000 (1.043) 104.114 95.900 (10.572) 374.460 (131.132) 33.426 243.724 1.278.877

Saldos em 31-12-

2008

33 350.000 (764) 78.214 - (24.539) 292.228 (171.007) 59.237 279.401 862.770

Transferência para

reservas

33 - - - - - 36.487 - (36.487) - -

Distribuição de

dividendos

33 - - - - - - - (22.750) - (22.750)

Rendimento

integral

33 - - - - 31.184 - 9.172 54.075 - 94.431

Aumento do

Capital

33 140.000 (271) 25.900 95.900 - - - - - 261.529

Aquisição/alienaç

ão de acções

próprias

33 - - - - - - - - - -

Correcções CP

associadas:

operações com IM

33 - - - - - - 7.809 - (7.809) -

Recompra acções

preferenciais

33 - - - - - - 15.600 - (45.108) (29.508)

Operações com

interesses que não

controlam

34 - - - - - - - - 11.690 11.690

Outras variações

em capital próprio

33 - - - - - - 1.764 - - 1.764

Saldos em 31-12-

2009

490.000 (1.035) 104.114 95.900 6.645 328.715 (136.662) 54.075 238.174 1.179.926

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 236: BANIF

236

(e) Mapa de fluxos de tesouraria

BANIF SGPS e subsidiárias

Demonstração de Fluxos de Caixa

em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

(montantes expressos em milhares de Euros)

Page 237: BANIF

237

Notas 31-12-2010 31-12-2009

ACTIVIDADE OPERACIONAL Resultado de Exploração:

Resultado líquido do exercício 33 33.426 54.075

Imparidade em Crédito Concedido 42 107.944 112.178

Outras perdas por imparidade 42 17.118 20.501

Provisões do exercício 29 (1.121) 2.993

Amortizações do exercício 18, 19 37.327 34.668

Dotação para impostos do exercício 21 13.904 471

Interesses minoritários 34 10.745 12.121

Derivados (líquido) 38 25.644 69.416

Resultados de empresas excluídas da consolidação 20 4.039 16.042

Dividendos reconhecidos 36 (905) (1.524)

Juros pagos de passivos subordinados

35 14.706 12.183

Juros pagos de passivos não subordinados

- 18.402

Ganhos não realizados em propriedades de investimento 39 (11.853) 6.254

Diferenças de consolidação negativas - (41.533)

269.016 297.845

Variação dos Activos e Passivos Operacionais:

(Aumento)/Diminuição de Activos financeiros detidos para negociação 8 (78.234) (57.412)

(Aumento)/Diminuição de Activos financeiros ao justo valor através de resultados 9 76.806 (209.803)

(Aumento)/Diminuição de Activos financeiros disponíveis para venda 10 (194.147) 24.403

(Aumento)/Diminuição de Aplicações em Outras Instituições de Crédito 11 (168.908) (78.448)

(Aumento)/Diminuição de Investimentos detidos até à maturidade 13 16.460 3.604

(Aumento)/Diminuição de Empréstimos a clientes 12 (826.334) (474.542)

(Aumento)/Diminuição de Activos não correntes detidos para venda 16 (84.403) (12.315)

(Aumento)/Diminuição de Activos com acordo de recompra 14 (14.504) 54.783

(Aumento)/Diminuição de Outros activos - (182.127) 99.066

(Aumento)/Diminuição de Recursos de Bancos Centrais 23 741.588 230.716

(Aumento)/Diminuição de Passivos financeiros detidos para negociação 24 4.276 24.092

(Aumento)/Diminuição de activos financeiros ao justo valor através de resultados 25 (101.363) (46.947)

(Aumento)/Diminuição de Recursos de Outras Instituições de Crédito 26 (526.617) (536.812)

(Aumento)/Diminuição de Recursos de Clientes 27 1.038.576 283.733

(Aumento)/Diminuição de Responsabilidades representadas por títulos 28 (26.914) (55.516)

(Aumento)/Diminuição de Outros Passivos - (113.427) (45.890)

Fluxos das actividades operacionais (439.272) (797.288)

(170.256) (499.443)

ACTIVIDADE DE INVESTIMENTO

Investimento em Subsidiárias e associadas 20 (47.744) (250)

Aquisição de Activos Tangíveis 18 (36.181) (50.688)

Alienação de Activos Tangíveis 18 14.128 27.531

Aquisição de Activos Intangíveis 19 6.119 (8.473)

Aquisição de Propriedades de Investimento 17 (47.654) (51.477)

Alienação de Propriedades de Investimento 17 11.000 8.525

Dividendos recebidos 36 905 1.524

Caixa e equivalentes na subsidiaria e associada - 92.804

Fluxos das actividades de investimento (111.665) 19.496

ACTIVIDADE DE FINANCIAMENTO

Aumento do Capital Social 33 80.000 70.000

Dividendos pagos de acções ordinárias e VMOC‟S 33 (22.400) (22.750)

Aquisição de Acções próprias 33 (8) (1.176)

Alienação de Acções próprias - - 905

Emissão de Passivos subordinados 31 - 107.606

Reembolso de Passivos subordinados 31 (54.141) (111.146)

Juros pagos de Passivos subordinados - (14.706) (15.061)

Emissão de obrigações não subordinadas 28 150.000 500.000

Reembolso de obrigações não subordinadas - - (34.544)

Instrumentos representativos de capital 30 - 40.826

Dividendos pagos de acções preferenciais (9.410) (9.967)

Juros pagos de obrigações não subordinadas (18.042)

Fluxos das actividades de financiamento 111.293 524.693

(170.628) 44.746

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

Caixa e seus equivalentes no início do período 6,7 507.176 462.430

Efeito das diferenças de câmbio nas rubricas de caixa e seus equivalentes - -

Caixa e seus equivalentes no fim do período 6,7 336.548 507.176

(170.628) 44.746

Valor de Balanço das rubricas de Caixa e Seus Equivalentes, em 31 de Dezembro

Caixa 6 57.923 65.821

Depósitos à Ordem em Bancos Centrais 6 60.490 240.698

Depósitos à Ordem em Outras Instituições de Crédito 7 137.031 117.227

Cheques a cobrar 7 26.865 28.750

Outros 7 54.239 54.680

336.548 507.176

Caixa e seus equivalentes não disponíveis para utilização pela entidade - -

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 238: BANIF

238

(f) Notas explicativas e políticas contabilísticas

Os anexos às demonstrações financeiras consolidadas relativas aos exercícios findos em 31 de Dezembro de

2009 e 2010 do BANIF – GRUPO FINANCEIRO são inseridos mediante a remissão para os Relatórios e Contas de

2010 (pág. 226 a pág. 358) e Relatórios e Contas de 2009 (pág. 175 a pág. 278), respectivamente.

Os referidos relatórios poderão ser consultados na sede social da EMITENTE sita na Rua de João Tavira, 30, no

Funchal e ainda através do Gabinete de Relações com Investidores e Institucionais do seguinte modo:

Pela Morada: Av. José Malhoa, n.º 22, 5º - 1099-012 Lisboa

Pelo Telefone: +351 21 721 1532

Através do Fax: +351 21 721 1584

Através do e-mail: [email protected] ou [email protected]

Através do website da EMITENTE na Internet: www.grupobanif.pt

Através do website da CMVM na Internet: www.cmvm.pt

10.2. Mapas financeiros

Remissão para o ponto 10.1. constante do presente Capítulo.

10.3. Auditoria de informações financeiras históricas anuais

As demonstrações financeiras consolidadas relativas aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2010,

foram objecto de auditoria pela Ernst & Young Audit & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de

Contas, S.A..

As certificações legais de contas e relatórios de auditoria e relatório e parecer do Conselho Fiscal relativos aos

exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 são inseridas mediante a remissão para os Relatórios e

Contas de 2010 (a partir da pág. 492 à pág. 499) e Relatórios e Contas de 2009 (a partir da pág. 397 à pág. 401),

respectivamente.

10.4. Período coberto pelas informações financeiras mais recentes

O último exercício completo coberto por informação financeira auditada terminou em 31 de Dezembro de 2010.

Após a data a que se referem as últimas demonstrações financeiras auditadas, a EMITENTE publicou informação

financeira consolidada não auditada relativa ao trimestre findo em 31 de Março de 2011, a qual foi elaborada

com base na aplicação dos IFRS, encontrando-se a informação financeira consolidada não auditada relativa ao

trimestre findo em 31 de Março de 2011, reproduzida no ponto 10.5. seguinte.

10.5. Informações financeiras intercalares e outras

Desde já se reproduz a informação financeira intercalar consolidada não auditada da EMITENTE para o trimestre

findo em 31 de Março de 2011, elaborada de acordo com as IAS/IFRS.

Page 239: BANIF

239

(a) Balanço

BANIF SGPS e subsidiárias

Balanço Consolidado

em 31 de Março de 2011 e em 31 de Dezembro de 2010

(montantes expressos em milhares de Euros)

Page 240: BANIF

240

31-03-2011 31-12-2010

Notas

Valor antes de

Imparidade e

Amortizações

Imparidade e

Amortizações Valor Líquido Valor Líquido

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 6 249.175 - 249.175 118.734

Disponibilidades em outras instituições de crédito 7 194.685 - 194.685 217.814

Activos financeiros detidos para negociação 8 382.754 - 382.754 461.311

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 9 437.461 - 437.461 393.508

Activos financeiros disponíveis para venda 10, 17 317.823 (4.119) 313.704 294.410

Aplicações em instituições de crédito 140.067 - 140.067 491.022

Crédito a clientes 11, 17 12.676.632 (611.624) 12.065.008 12.206.254

Investimentos detidos até à maturidade 60.060 - 60.060 63.939

Activos com acordo de recompra 53.870 - 53.870 51.004

Derivados de cobertura - - - -

Activos não correntes detidos para venda 17 208.922 (6.175) 202.747 167.456

Propriedades de investimento 12 289.899 - 289.899 272.591

Outros activos tangíveis 13 433.919 (167.395) 266.524 269.957

Activos intangíveis 14 92.890 (70.285) 22.605 23.063

Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação 15, 17 157.695 (9.040) 148.655 151.280

Activos por impostos correntes 22.675 - 22.675 27.104

Activos por impostos diferidos 94.353 - 94.353 72.697

Provisões técnicas de resseguro cedido - - - -

Outros activos 529.226 (7.508) 521.718 428.548

Devedores por seguro directo e resseguro - - - -

Outros activos 16, 17 529.226 (7.508) 521.718 428.548

Total do Activo 16.342.106 (876.146) 15.465.960 15.710.692

Recursos de Bancos Centrais 18 - - 1.798.012 1.938.147

Passivos financeiros detidos para negociação - - 113.486 145.259

Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 19 - - 117.560 118.886

Recursos de outras instituições de crédito 20 - - 1.368.055 1.286.879

Recursos de clientes e outros empréstimos 21 - - 7.632.817 7.840.050

Responsabilidades representadas por títulos 22 - - 2.392.186 2.380.021

Passivos financeiros associados a activos transferidos - - - -

Derivados de cobertura - - 658 1.303

Passivos não correntes detidos para venda - - - -

Provisões 23 - - 15.902 15.230

Provisões técnicas - - - -

Passivos por impostos correntes - - 10.101 10.850

Passivos por impostos diferidos - - 51.591 32.211

Instrumentos representativos de capital 24 - - 45.745 45.651

Outros passivos subordinados 25 - - 263.965 268.178

Outros passivos - - 396.661 349.150

Credores por seguro directo e resseguro - - - -

Outros passivos 26 - - 396.661 349.150

Total do Passivo - - 14.206.739 14.431.815

Capital 27 - - 570.000 570.000

Prémios de emissão 27 - - 104.114 104.114

Outros instrumentos de capital 27 - - 95.900 95.900

Acções próprias 27 - - (1.091) (1.043)

Reservas de reavaliação 27 - - (18.888) (10.572)

Outras reservas e resultados transitados 27 - - 264.661 243.328

Resultado do exercício 27 - - 6.303 33.426

Dividendos antecipados - - - -

Interesses minoritários 28 - - 238.222 243.724

Total do Capital - - 1.259.221 1.278.877

Total do Passivo + Capital - - 15.465.960 15.710.692

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 241: BANIF

241

(b) Demonstração de resultados

BANIF SGPS e subsidiárias

Demonstração de Resultados Consolidada

em 31 de Março de 2011 e de 2010

(montantes expressos em milhares de Euros)

Notas 31-03-2011 31-03-2010

Juros e rendimentos similares 204.353 170.603

Juros e encargos similares (126.433) (89.538)

Margem financeira 77.920 81.065

Rendimentos de instrumentos de capital 298 412

Rendimentos de serviços e comissões 34.253 32.773

Encargos com serviços e comissões (6.062) (4.347)

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados (6.918) 7.274

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 115 -

Resultados de reavaliação cambial 10.051 481

Resultados de alienação de outros activos 3.493 501

Prémios líquidos de resseguro - -

Custos com sinistros líquidos de resseguros - -

Variação das provisões técnicas líquidas de resseguro - -

Outros resultados de exploração 6.663 3.737

Produto da actividade 119.813 121.896

Custos com pessoal (45.138) (46.089)

Gastos gerais administrativos (32.896) (32.210)

Amortizações do exercício 13, 14 (9.126) (9.493)

Provisões líquidas de reposições e anulações 23 (440) 104

Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 17 (20.529) (16.585)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 17 - (1.550)

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 17 (1.275) (1.357)

Diferenças de consolidação negativas - -

Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (equivalência patrimonial) 15 251 1.874

Resultado antes de impostos e de interesses minoritários 10.660 16.590

Impostos (2.189) (4.238)

Correntes (4.112) (2.819)

Diferidos 1.923 (1.419)

Resultado após impostos e antes de interesses minoritários 8.471 12.352

Da qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas - -

Interesses minoritários 28 (2.168) (1.608)

Resultado consolidado do exercício 6.303 10.744

Resultado por acção básico (expresso em € por acção) acções ordinárias em circulação 0,01 0,02

Resultados por acção diluído (expresso em € por acção) 0,01 0,02

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 242: BANIF

242

(c) Demonstração do rendimento integral

BANIF SGPS e subsidiárias

Demonstração do Rendimento Integral Consolidada

em 31 de Março de 2011 e 2010

(montantes expressos em milhares de Euros)

31-03-2011 31-03-2010

Resultado após impostos e antes de interesses que não controlam 8.471 12.352

Outro Rendimento Integral

Activos Financeiros Disponíveis para Venda

Ganhos / (perdas) no justo valor (10.409) 969

Impostos ganhos / (perdas) no justo valor 3.001 (259)

Ganhos / (perdas) em activos de entidades que consolidam por equivalência patrimonial (2.289) 3.914

Impostos ganhos / (perdas) em activos de entidades que consolidam por equivalência patrimonial 768 (1.316)

Ganhos em reavaliações imóveis 55 516

De instrumentos de cobertura no âmbito de coberturas de fluxos de caixa 695 (450)

Impostos de instrumentos de cobertura no âmbito de coberturas de fluxos de caixa (137) 89

(8.316) 3.463

Variações cambiais (12.219) 4.919

Total do rendimento integral, líquido de impostos, antes de interesses que não controlam (12.064) 20.734

Interesses que não controlam (2.168) (1.608)

Total do Rendimento integral, líquido de impostos (14.232) 19.126

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 243: BANIF

243

(d) Mapa incluindo todas as alterações do capital ou as alterações do capital não resultantes de

operações de capital com sócios, nem de distribuição a sócios

BANIF SGPS e subsidiárias

Demonstração de Variações em Capitais Próprios

em 31 de Março de 2011 e 2010

(montantes expressos em milhares de Euros)

Capital

Outros

Instrumentos

de Capital

Acções

Próprias

Prémios

de

Emissão

Reservas de

Reavaliação

Resultados

Transitados

Outras

Reservas

Resultado

do

exercício

Interesses

que não

controlam Total

Saldos em 31-

12-2010

570.000 95.900 (1.043) 104.114 (10.572) 374.460 (131.132) 33.426 243.724 1.278.877

Aplicação do

resultado

liquido do

exercício

anterior

Transferência

para reservas

- - - - - 33.426 - (33.426) - -

Aumento de

Capital

- - - - - - - - - -

Rendimento

Integral

- - - - (8.316) - (12.219) 6.303 - (14.232)

Acções Próprias - - (48) - - - - - - (48)

Operações com

Interesses que

não Controlam

- - - - - - - - (5.502) (5.502)

Outras

Variações em

Capital Próprio

- - - - - - 126 - - 126

Saldos em 31-

03-2011

570.000 95.900 (1.091) 104.114 (18.888) 407.886 (143.225) 6.303 238.222 1.259.221

Saldos em 31-

12-2009

490.000 104.114 (1.035) 95.900 6.645 328.715 (136.662) 54.075 238.174 1.179.926

Transferências

para reservas

- - - - - 45.745 - (45.745) - -

Distribuição de

dividendos

- - - - - - (11.270) (8.330) - (19.600)

Rendimento

Integral

- - - - 3.463 - 4.919 10.744 - 19.126

Operações com

Interesses que

não Controlam

- - - - - - - - 12.948 12.948

Outras

Variações em

Capital Próprio

- - - - - - 1.287 - - 1.287

Saldos em 31-

03-2010

490.000 104.114 (1.035) 95.900 10.108 374.460 (141.726) 10.744 251.122 1.193.687

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 244: BANIF

244

(e) Mapa de fluxos de tesouraria

BANIF SGPS e subsidiárias

Demonstração de Fluxos de Caixa

em 31 de Março de 2011 e 2010

(montantes expressos em milhares de Euros)

Page 245: BANIF

245

31-03-2011 31-03-2010

ACTIVIDADE OPERACIONAL

Resultado de Exploração:

Resultado líquido do exercício 6.303 10.744

Imparidade de Crédito Concedido 20.529 16.585

Outras perdas por imparidade 1.275 2.907

Provisões do exercício 440 (104)

Amortizações do exercício 9.126 9.493

Dotação para impostos do exercício 2.189 4.238

Interesses que não controlam 2.168 1.608

Derivados (líquido) (207) (1.878)

Resultados de empresas excluídas da consolidação (251) (1.874)

Dividendos reconhecidos (298) (412)

Juros pagos de passivos subordinados 4.151 5.135

Juros pagos de passivos não subordinados 4.796 4.161

Ganhos não realizados em propriedades de investimento (40) -

50.181 50.603

Variação dos Activos e Passivos Operacionais:

(Aumento)/Diminuição de Activos financeiros detidos para negociação 111.965 (18.254)

(Aumento)/Diminuição de Activos financeiros ao justo valor através de resultados (43.953) (8.813)

(Aumento)/Diminuição de Activos financeiros disponíveis para venda (19.299) (10.935)

(Aumento)/Diminuição de Aplicações em Outras Instituições de Crédito 350.955 27.134

(Aumento)/Diminuição de Investimentos detidos até à maturidade 3.879 9.706

(Aumento)/Diminuição de Empréstimos a clientes 120.717 (245.773)

(Aumento)/Diminuição de Activos não correntes detidos para venda (36.087) 9.230

(Aumento)/Diminuição de Activos com acordo de recompra (2.866) (5.288)

(Aumento)/Diminuição de Outros activos (88.670) (62.926)

Diminuição/(Aumento) de Recursos de Bancos Centrais (140.135) (107.176)

Diminuição/(Aumento) de Passivos financeiros detidos para negociação (65.619) 12.608

Diminuição/(Aumento) de Outros Passivos financeiros ao justo valor através de resultados (1.326) (17.505)

Diminuição/(Aumento) de Recursos de Outras Instituições de Crédito 81.176 102.585

Diminuição/(Aumento) de Recursos de Clientes (207.233) 131.560

Diminuição/(Aumento) de Responsabilidades representadas por títulos 12.165 68.378

Diminuição/(Aumento) de Outros Passivos 24.028 81.792

99.697 (33.677)

Fluxos das actividades operacionais 149.878 16.926

ACTIVIDADE DE INVESTIMENTO

Investimento em Subsidiárias e associadas - (33.382)

Aquisição de Activos Tangíveis (7.501) (8.794)

Alienação de Activos Tangíveis 2.485 77

Aquisição de Activos Intangíveis (1.487) (949)

Aquisição de Propriedades de Investimento (24.313) -

Alienação de Propriedades de Investimento 5.357 -

Dividendos recebidos 298 68

Fluxos das actividades de investimento (25.161) (42.980)

ACTIVIDADE DE FINANCIAMENTO

Aquisição de Acções Próprias (48) -

Reembolso de Passivos Subordinados (6.470) (8.267)

Juros Pagos de Passivos Subordinados (4.151) (5.135)

Instrumentos Representativos de Capital - 827

Juros Pagos de Obrigações Não Subordinadas (4.796) (4.161)

Dividendos Pagos de Acções Preferenciais (1.940) (1.872)

Fluxos das actividades de financiamento (17.405) (18.608)

107.312 (44.662)

Variação de Caixa e seus Equivalentes

Caixa e seus equivalentes no início do período 336.548 507.176

Efeito das diferenças de câmbio nas rubricas de caixa e seus equivalentes - -

Caixa e seus equivalentes no fim do período 443.860 462.514

Page 246: BANIF

246

107.312 (44.662)

Valor de Balanço das rubricas de Caixa e Seus Equivalentes, em 31 de Março

Caixa 43.610 64.646

Depósitos à Ordem em Bancos Centrais 205.565 213.268

Depósitos à Ordem em Outras Instituições de Crédito 123.616 107.193

Cheques a cobrar 23.608 25.036

Outros 47.461 52.371

443.860 462.514

Caixa e seus equivalentes não disponíveis para utilização pela entidade -

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

f) Notas explicativas e políticas contabilísticas

Os anexos às demonstrações financeiras consolidadas relativas ao 1º trimestre findo em 31 de Março de 2011 do

BANIF – GRUPO FINANCEIRO são inseridos mediante a remissão para a Informação Trimestral referente ao

período intercalar findo em 31 de Março de 2011 (pág. 10 a pág. 58). A referida Informação Trimestral poderá

ser consultada na sede social da EMITENTE sita na Rua de João Tavira, 30, no Funchal e ainda através do

Gabinete de Relações com Investidores e Institucionais do seguinte modo:

Pela Morada: Av. José Malhoa, n.º 22, 5º - 1099-012 Lisboa

Pelo Telefone: +351 21 721 1532

Através do Fax: +351 21 721 1584

Através do e-mail: [email protected] ou [email protected]

Através do website da EMITENTE na Internet: www.grupobanif.pt

Através do website da CMVM na Internet: www.cmvm.pt

10.6. Acções judiciais e arbitrais

Nos últimos doze meses, não existiram, nem se encontram em curso, quaisquer procedimentos administrativos,

judiciais ou arbitrais que se considerem susceptíveis de terem tido, ou de virem a ter, uma incidência

significativa sobre a situação financeira ou sobre a rentabilidade da EMITENTE (incluindo acções pendentes ou

susceptíveis de serem empreendidas de que a EMITENTE tenha conhecimento).

No final de 2004, foi celebrado entre o BANIF e os CTT – Correios de Portugal, S.A. (“CTT”) um Memorandum

of Understanding, tendo em vista a criação de um banco comercial especializado em retalho para particulares e

pequenas empresas, o qual disporia de uma rede de balcões inseridos em estações de correio já existentes. Com

vista à distribuição dos seus produtos, este novo banco comercial iria apoiar-se na rede dos CTT e, em termos

operacionais, na infra-estrutura do BANIF, quer para as funções centrais, quer para o back office dos seus

produtos e serviços. Este acordo não se executou em virtude de os CTT terem declarado unilateralmente como

extinto o Memorandum of Understanding.

Em 2006, o BANIF – GRUPO FINANCEIRO propôs acção judicial contra os CTT por incumprimento do referido

Memorandum of Understanding nos termos do art.º 830 do Código Civil. A acção encontra-se pendente nas

varas cíveis do Tribunal da Comarca de Lisboa.

Até à presente data, mantém-se o diferendo que opõe o BANIF à Comissão Europeia, no contexto da decisão

desta entidade relativa à adaptação do Sistema Fiscal às especificidades da Região Autónoma dos Açores, e que

excluiu o sector financeiro do âmbito da aplicação da taxa reduzida de IRC nos Açores. Em 2007, o BANIF

prosseguiu com o provisionamento relativo à diferença de taxas, pelo que não há exposição a qualquer

contingência nesta matéria. A este respeito, refira-se que na rubrica “provisões para contingências fiscais”,

encontrava-se registado em 31 de Dezembro de 2010, o montante de 1.076 milhares de Euros (1.714 milhares

de Euros em 2009), relativo ao diferendo que opõe o BANIF à Comissão Europeia no contexto da decisão desta

entidade relativamente à adaptação do Sistema Fiscal às especificidades da Região Autónoma dos Açores, que

exclui o sector financeiro do âmbito da aplicação da taxa reduzida de IRC nos Açores.

Page 247: BANIF

247

No decurso normal da sua actividade algumas sociedades integradas no BANIF – GRUPO FINANCEIRO são

autoras, rés ou co-rés em várias acções administrativas, judiciais ou de arbitragem que surgem no curso normal

da sua actividade bancária. Contudo, o possível resultado final destas acções não é anormal para as instituições

bancárias e as mesmas não deverão ter um impacto significativo na situação financeira ou na rentabilidade do

BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

10.7. Alteração significativa na situação financeira ou comercial da EMITENTE

Não ocorreram quaisquer alterações significativas na posição financeira ou comercial do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO desde o final do último período financeiro em relação ao qual foram publicadas informações

financeiras auditadas e ainda desde o final do último período financeiro intercalar em relação ao qual foram

publicadas informações financeiras consolidadas, não auditadas.

Page 248: BANIF

248

CAPÍTULO XI – CONTRATOS SIGNIFICATIVOS

Contrato de integração da TECNICRÉDITO na BANIF SGPS

Em 10 de Julho de 2009, foi celebrado entre a BANIF SGPS e os antigos accionistas controladores da

TECNICRÉDITO um contrato com vista a estabelecer as condições para a integração da TECNICRÉDITO na

EMITENTE.

Em 30 de Setembro de 2009, a EMITENTE procedeu à aquisição da totalidade das acções representativas do

capital social da TÉCNICRÉDITO oferecendo em contrapartida por cada acção TECNICRÉDITO, 4 (quatro) novas

acções da EMITENTE e 4 (quatro) VMOCs.

O Factor de Conversão dos VMOCs em acções da EMITENTE foi determinado e fixado em 1, nos termos

contratualmente previstos, em 28 de Fevereiro de 2010, em função do valor das situações líquidas da

TECNICRÉDITO e da BANIF SGPS.

Do apuramento deste factor de conversão de 1, e em conformidade com o estipulado contratualmente, a BANIF

SGPS procedeu, adicionalmente, ao pagamento aos anteriores accionistas da TECNICRÉDITO, como contrapartida

final das suas acções, do montante global de 17,8 milhões de Euros, tendo este ocorrido em 24 de Março de

2010.

Até 30 de Junho de 2011, a AUTO-INDUSTRIAL SGPS teve direito de preferência em caso de transmissão das

acções representativas do capital social da TECNICRÉDITO.

Os VMOCs têm uma remuneração anual, paga postecipadamente a 30 de Setembro de cada ano, a qual

corresponde ao somatório de uma componente fixa e variável. A componente fixa é equivalente a 0,03 Euros

por VMOC por ano e a componente variável encontra-se indexada ao valor do dividendo do ano anterior à data

de pagamento. No exercício de 2010, a remuneração dos VMOCs correspondeu ao somatório de uma

componente fixa, equivalente a 0,03 Euros (três centimos) por VMOC, e variável equivalente a € 0,04 (quatro

cêntimos) por VMOC, indexada ao valor do dividendo que foi objecto de aprovação em reunião de Assembleia

Geral da EMITENTE de 31 de Março de 2010. Refira-se que a componente variável da remuneração dos VMOCs

correspondeu a 0,04 Euros (quatro cêntimos) por VMOC, pelo que o montante global pago aos titulares dos

VMOCs representativo da remuneração fixa e variável dos VMOCs relativa ao exercício de 2010 ascendeu a

4,9 milhões de Euros.

As acções resultantes da conversão dos VMOCs serão da mesma categoria das acções já admitidas à negociação

em mercado regulamentado, sendo igualmente solicitada a respectiva admissão à negociação, aquando da

conversão dos VMOCs.

Na sequência da celebração do Contrato de Integração, a BANIF SGPS adquiriu a totalidade do capital da

TECNICRÉDITO representado por 17.500.000 acções, as quais foram relevadas na respectiva contabilidade por

216.742 milhares de Euros.

Outros contratos decorrentes do âmbito normal da actividade

A BANIF SGPS e as sociedades que compõem o BANIF – GRUPO FINANCEIRO estabeleceram ao longo dos

exercícios de 2009 e 2010 no decurso normal das suas actividades alguns contratos significativos no âmbito da

actividade que desenvolvem.

Page 249: BANIF

249

Com efeito, e com vista a dinamizar a actividade financeira, as sociedades integrantes do BANIF – GRUPO

FINANCEIRO outorgaram contratos de emissão de dívida, de titularização e de dívida subordinada nos referidos

exercícios económicos. A existência destes contratos justifica-se pela necessidade de financiamento tendo em

vista o desenvolvimento de operações de carácter financeiro, bem como para sustentar o crescimento da

actividade do BANIF – GRUPO FINANCEIRO.

Importa ainda mencionar que no âmbito dos contratos significativos celebrados pelo BANIF – GRUPO

FINANCEIRO, foram assumidos diversos compromissos perante terceiros, conforme explicitado nos quadros

relativos às “Garantias prestadas” e “Outros Passivos Eventuais” constante do ponto 8.2. do Capítulo VIII.

Por outro lado, na sua actividade corrente, o GRUPO utiliza alguns instrumentos financeiros derivados quer para

satisfazer as necessidades dos seus clientes, quer para gerir as suas próprias posições de risco de taxa de juro ou

outros riscos de mercado. Estes instrumentos envolvem graus variáveis de risco de crédito (máxima perda

contabilística potencial devida a eventual incumprimento das contrapartes das respectivas obrigações

contratuais) e de risco de mercado (máxima perda potencial devida à alteração de valor de um instrumento

financeiro em resultado de variações de taxas de juro, câmbio e cotações).

Os instrumentos derivados têm sido utilizados no BANIF – GRUPO FINANCEIRO, principalmente, nas seguintes

situações:

1) Cobertura de passivos com indexação a activos de referência: na prática o GRUPO emite passivos

financeiros cuja remuneração e pagamento de capital estão ligados à performance de um activo de

referência (acções, crédito e taxa de juro, etc.) e faz a cobertura contratando derivativos OTC para

transformar estes passivos em operações indexadas à Euribor. Estes derivados embutidos são valorizados

em conjunto com o passivo financeiro (“A opção do justo valor”), classificados na categoria de passivos

financeiros ao justo valor através de resultados.

2) Cobertura do risco de operações de derivativos com clientes: o GRUPO contrata derivativos OTC (cross

currency swap, interest rate swap, equity swap, etc.) com clientes cujo risco é coberto com operações de

back-to-back com contrapartes no mercado.

3) Cobertura de risco de activos financeiros com derivados embutidos e cuja valorização é efectuada, de

uma forma global, ao justo valor por contrapartida de resultados: o GRUPO contrata operações de back-to-

back (cross currency swap, interest rate swap, etc.) com contrapartes no mercado de derivativos OTC,

para cobertura do risco subjacente a estes activos.

4) Operações de swap de taxa de juro relacionadas com as operações de titularização de créditos e de

contratos de leasing efectuadas pelo BANIF – GRUPO FINANCEIRO, encontrando-se os swaps com risco

significativo (taxa fixa contra taxa variável) cobertos na integra com contrapartes no mercado.

Derivados de Negociação

Os instrumentos financeiros derivados, em que o BANIF – GRUPO FINANCEIRO é contraparte com as variações

do justo valor reconhecidas por contrapartida de resultados, correspondem aos seguintes tipos de instrumentos:

Page 250: BANIF

250

Unidade: milhares de Euros

DESCRIÇÃO Valores

Nocionais

31-12-2009

Justo Valor

31-12-2010

Justo Valor

Positivo Negativo Positivo Negativo

Contratos sobre taxas de câmbio

Swap FX 3.054.552 6.238 3.375 2.172 6.949

Divisas 296.132 8.732 4.616 10.207 7.950

Contratos sobre taxas de juro

Interest Rate Swap 4.330.937 23.240 29.313 44.919 52.377

Contratos sobre acções / índices

Equity Swap

Contratos sobre crédito

Credit Default Swap 128.749 38.165 42.707 54.783 68.406

Futuros e outras operações a prazo

Operações a prazo divisas 279.459 7.412 228 2.942 1.222

TOTAL 8.089.829 84.433 80.251 115.023 136.904

Fonte: Relatório e Contas da EMITENTE

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reconhecido no balanço em rubricas separadas do Activo

e do Passivo da BANIF SGPS. O justo valor positivo é reconhecido em “Activos financeiros detidos para

negociação” e o justo valor negativo em “Passivos financeiros detidos para negociação”.

Derivados de Cobertura

Unidade: milhares de Euros

31-12-2009 31-12-2010

Activo

Interest Rate Swap 884 -

Passivo (2.606) (1.303)

Interest Rate Swap (1.722) (1.303)

Fonte: Relatório e Contas da EMITENTE

O BANIF – GRUPO FINANCEIRO contrata instrumentos financeiros derivados para cobrir a sua exposição ao risco

de taxa de juro. O tratamento contabilístico depende da natureza do risco coberto, nomeadamente se o GRUPO

está exposto às variações de justo valor, ou a variações de cash flows ou se se encontra perante coberturas de

transacções futuras. O GRUPO, à data de 31 de Dezembro de 2010 e de acordo com os critérios contabilísticos

aplicáveis, apresentava na sua carteira de passivos emitidos um conjunto de emissões a taxa variável para as

quais existiam àquela data instrumentos financeiros derivados (IRS) com o objectivo de efectuarem a cobertura

do risco de taxa de juro associado a essas emissões.

O GRUPO, para aquelas relações de cobertura que se enquadram nos requisitos obrigatórios da IAS 39, adoptou

a contabilidade de cobertura formal, nomeadamente o modelo de cobertura de exposição à variabilidade nos

fluxos de caixa (Cash flow hedge) e apresenta na sua carteira de derivados, swaps de taxa de juro, que estão a

cobrir o risco de variações nos fluxos de caixa dos recursos de outras instituições de crédito e responsabilidades

representadas por títulos. Por outro lado, importa ainda realçar que realiza periodicamente testes de efectividade

das relações de cobertura existentes. No exercício em análise está registado por contrapartida de Reservas de

Reavaliação o montante de 1.706 milhares de Euros, correspondendo à parte efectiva do justo valor dos

derivados de cobertura de cash flow. O efeito no exercício de 2010 foi de 1.474 milhares de Euros.

As operações de cobertura de justo valor em 31 de Dezembro de 2010 podem ser analisadas como segue:

Page 251: BANIF

251

Unidade: milhares de Euros

PRODUTO COBERTO

RISCO

COBERTO NOCIONAL

VALOR

MERCADO

Interest Rate Swap Bullets Taxa de Juro 35.000 (251)

Interest Rate Swap Obrigações Taxa de Juro 30.000 (776)

Interest Rate Swap Obrigações Securitização Taxa de Juro 27.329 (276)

92.329 (1.303)

Fonte: Relatório e Contas da EMITENTE

Refira-se ainda que nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e em 31 de Dezembro de 2009, o BANIF

– GRUPO FINANCEIRO foi parte integrante em contratos de locação operacional.

Apresenta-se nos quadros abaixo o valor dos activos fixos tangíveis do GRUPO em regime de locação

operacional para os exercícios de 2010 e de 2009.

Valor de activos tangíveis do GRUPO em regime de locação operacional no exercício de 2010

Unidade: milhares de Euros

MATURIDADE RESIDUAL VALOR BRUTO

PAGAMENTOS FUTUROS EM

LOCAÇÃO OPERACIONAL

NÃO CANCELÁVEL

RENDAS CONTINGENTES

RECONHECIDAS EM

RESULTADOS

Inferior a 1 ano 291 28 -

Entre 1 e 5 anos 76.880 21.811 -

Superior a 5 anos - - -

TOTAL 77.171 21.839 -

Fonte: Relatório e Contas da EMITENTE

Valor de activos tangíveis do GRUPO em regime de locação operacional no exercício de 2009

Unidade: milhares de Euros

MATURIDADE RESIDUAL VALOR BRUTO

PAGAMENTOS FUTUROS EM

LOCAÇÃO OPERACIONAL

NÃO CANCELÁVEL

RENDAS CONTINGENTES

RECONHECIDAS EM

RESULTADOS

Inferior a 1 ano - - -

Entre 1 e 5 anos 75.642 28.903 -

Superior a 5 anos - - -

TOTAL 75.642 28.903 -

Fonte: Relatório e Contas da EMITENTE

Refira-se que os activos fixos em regime de locação operacional constantes dos quadros supra correspondem

essencialmente a viaturas.

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CAPÍTULO XII - INFORMAÇÕES DE TERCEIROS, DECLARAÇÕES DE PERITOS E

DECLARAÇÕES DE EVENTUAIS INTERESSES

12.1. Nome, endereço profissional, qualificações e, se for caso disso, os interesses do perito em causa na

EMITENTE, caso uma declaração ou um relatório atribuído a um perito seja incluído no prospecto

Refira-se a Sociedade de Revisores Oficiais de Contas responsável pela certificação legal das contas da

EMITENTE referentes aos exercícios de 2009 e 2010, a qual assumiu ainda a qualidade de Auditor da EMITENTE,

registado na CMVM, responsável pela elaboração dos relatórios de auditoria às demonstrações financeiras da

EMITENTE referentes aos exercícios de 2009 e 2010.

Remete-se para o ponto 1.4. do Capítulo I, o Capítulo III e o ponto 10.3. do Capítulo X do Prospecto.

12.2. No caso de a informação ter sido obtida junto de terceiros, confirmação de que a informação foi

rigorosamente reproduzida

A EMITENTE confirma que a informação obtida junto de terceiros, incluída no prospecto, foi rigorosamente

reproduzida e que, tanto quanto é do seu conhecimento a até onde se pode verificar com base em documentos

publicados pelos terceiros em causa, não foram omitidos quaisquer factos cuja omissão possa tornar a

informação menos rigorosa ou susceptível de induzir em erro.

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CAPÍTULO XIII – DOCUMENTAÇÃO ACESSÍVEL AO PÚBLICO

O prospecto encontra-se à disposição, para consulta pelos interessados, nos seguintes locais:

Na sede, em suporte físico, e no website da BANIF SGPS (www.grupobanif.pt), em formato electrónico

Rua de João Tavira, 30, no Funchal

Na sede, em suporte físico, e no website do BANIF INVESTIMENTO (www.banifib.pt), em formato

electrónico

Rua Tierno Galvan, Torre 3, 14º piso, em Lisboa

Na sede, em suporte físico, e no website da Euronext Lisbon (www.euronext.com), em formato

electrónico

Avenida da Liberdade, n.º 196 - 7º, em Lisboa

No website da CMVM (www.cmvm.pt), em formato electrónico

Os estatutos da EMITENTE, os Relatórios e Contas da EMITENTE relativos aos exercícios findos em 31 de

Dezembro de 2009 e 2010, incluindo nomeadamente, as Certificações Legais das Contas e os Relatórios de

Auditoria, a informação financeira intercalar consolidada não auditada relativa ao trimestre findo em 31 de

Março de 2011 e quaisquer outros documentos inseridos no prospecto por remissão, poderão ser consultados

pelo público, mediante solicitação e sem encargos, na sede social da EMITENTE sita na Rua de João Tavira, 30,

no Funchal.

A documentação referida no parágrafo supra poderá ainda ser solicitada ou consultada através do Gabinete de

Relações com Investidores e Institucionais através das seguintes formas:

Por correio: Av. José Malhoa, n.º 22 - 5º, 1099-012 Lisboa

Pelo Telefone: +351 21 721 15 32

Através do Fax: +351 21 721 15 84

Através do email: [email protected] ou [email protected]

Através do website da EMITENTE na Internet: www.grupobanif.pt

Refira-se que a informação financeira atrás mencionada poderá ser ainda consultada através do sítio da CMVM

na internet em www.cmvm.pt.

O representante da EMITENTE para as relações com o mercado é o Senhor Dr. Carlos David Duarte de Almeida,

Vice-Presidente do Conselho de Administração da EMITENTE.

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CAPÍTULO XIV – DOCUMENTOS INSERIDOS POR REMISSÃO

Os documentos abaixo indicados são inseridos por remissão (na sua totalidade) e, nessa medida, fazem parte

integrante do presente prospecto fornecendo parte da informação requerida ao abrigo do ponto 13.1 do Anexo

IV ao Regulamento (CE) nº 809/2004 da Comissão, de 29 de Abril, na sua redacção de 16 de Junho:

O Relatório e Contas da EMITENTE relativo ao exercício de 2009, incluindo os balanços individuais

(pág.148) e consolidados (pág. 175), as demonstrações de resultados individuais (pág. 149) e

consolidadas (pág. 176), as demonstrações do rendimento integral individuais (pág 150) e consolidadas

(pág. 177), as demonstrações de variações em capitais próprios a nível individual (pág. 151) e a nível

consolidado (pág. 178), demonstração de fluxos de caixa a nível individual (pág. 152) e a nível

consolidado (pág. 179) e os respectivos anexos às demonstrações financeiras individuais (pág. 153 à pág.

174) e consolidadas (pág. 180 à pág. 278), bem como as certificações legais de contas e os relatórios de

auditoria às contas individuais (pág. 397 à pág. 398) e às contas consolidadas (pág. 399 à pág. 401);

O Relatório sobre o Governo da Sociedade da EMITENTE relativo ao exercício de 2009, objecto de

publicação em capítulo autónomo do Relatório e Contas da EMITENTE (pág. 279 à pág. 347);

O Relatório e Contas da EMITENTE relativo ao exercício de 2010, incluindo os balanços individuais (págs.

196 e 197) e consolidados (págs. 226 e 227), as demonstrações de resultados individuais (pág. 198) e

consolidadas (pág. 228), as demonstrações do rendimento integral individuais (pág 199) e consolidadas

(pág. 229), as demonstrações de variações em capitais próprios a nível individual (pág. 200) e a nível

consolidado (pág. 230), demonstração de fluxos de caixa a nível individual (pág. 201) e a nível

consolidado (págs. 231 e 232) e os respectivos anexos às demonstrações financeiras individuais (pág. 202

à pág. 225) e consolidadas (pág. 233 à pág. 358), bem como as certificações legais de contas e os

relatórios de auditoria às contas (pág. 494 à pág. 499);

O Relatório sobre o Governo da Sociedade da EMITENTE relativo ao exercício de 2010, objecto de

publicação em capítulo autónomo do Relatório e Contas da EMITENTE (pág. 360 à pág. 434);

A Informação Trimestral da EMITENTE relativa à actividade e resultados do BANIF – GRUPO FINANCEIRO

no 1º trimestre de 2011, incluindo o balanço consolidado (pág. 5), a demonstração de resultados

consolidados (pág. 6), a demonstração do rendimento integral consolidada (pág. 7), a demonstração de

variações em capitais próprios (pág. 8), a demonstração de fluxos de caixa (pág. 9) e os respectivos

anexos às demonstrações financeiras consolidadas (pág. 10 à pág. 58).

Cópias dos documentos inseridos por remissão no prospecto encontram-se disponíveis para consulta, mediante

solicitação e sem encargos nos locais indicados nas alíneas (f) dos pontos 10.1. e 10.5 do Capítulo X supra.