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BANCO ITAÚ EUROPA, SA Relatório e Contas 31 de Dezembro de 2007

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BANCO ITAÚ EUROPA, SA Relatório e Contas 31 de Dezembro de 2007

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BANCO ITAÚ EUROPA, SA Relatório e Contas 31 de Dezembro de 2007 CONTEÚDO

• Relatório do Conselho de Administração

• Demonstrações Financeiras Individuais

• Notas às Demonstrações Financeiras Individuais

• Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a Informação Financeira Individual

• Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Dezembro de 2007 Senhores Accionistas, Em 2007, o Banco Itaú Europa S.A. (Itaú Europa ou BIE) fortaleceu a sua posição no fluxo de negócios entre a União Europeia e o Brasil. De facto, o total de activos alcançou a marca dos 5,4 mil milhões de euros, aí somados os activos, garantias e compromissos, o que corresponde a um crescimento de 45% face ao ano anterior. Embora tendo havido crescimento em todas as áreas de negócio, foi no segmento de private banking que se verificaram as maiores taxas de crescimento. Neste sentido, assinala-se, em relação a 2006, um crescimento de 72% nos activos sob gestão, chegando a 4,3 mil milhões de euros ao final do exercício. Com efeito, o ano de 2007 foi positivamente marcado pela aquisição ao Bank of America Corporation das operações de private banking do BankBoston International – redenominado Banco Itaú Europa International –, com sede em Miami, e do BankBoston Trust Company Ltd. – redenominado BIE – Bank & Trust Bahamas Ltd., com sede em Nassau, além da aquisição ao ABN AMRO Bank N.V da carteira (activos sob gestão) de clientes private banking afectos às suas sucursais em Miami e no Luxemburgo. Tais aquisições, que traduzem o fortalecimento da estratégia de internacionalização do Grupo Itaú, representaram, em conjunto, um total de activos sob gestão de 1,6 mil milhões de euros, equivalentes a um acréscimo de 63% em relação ao total de activos administrados pelo Itaú Europa no exercício anterior. Esta significativa expansão, em volume de negócios e em cobertura geográfica – com destaque, neste ano de 2007, para o acesso ao mercado financeiro norte-americano – vem consolidar a posição do Itaú Europa como plataforma financeira internacional do Grupo Itaú, evidenciando a sua importância estratégica na articulação e no apoio ao fluxo de negócios cross border entre o Brasil e os mercados europeu e norte-americano. Neste contexto, o Itaú Europa assume uma posição privilegiada como fornecedor de uma ampla gama de produtos financeiros desenvolvida especialmente para os seus clientes e os do Grupo Itaú em geral, beneficiando de uma actividade cada vez mais diversificada e geradora de negócios e proveitos que permitem um crescimento forte, sólido e sustentado. De facto, o Banco tem apresentado consistentes taxas de crescimento desde a sua criação, tendo alcançado em 2007 a 8ª posição no ranking dos bancos portugueses e tendo sido avaliado como o maior wholesale bank em Portugal em termos de capitais próprios, de acordo com a edição de Julho da revista especializada The Banker. O expressivo crescimento dos activos foi suportado pelos depósitos interbancários das instituições e investidores com quem vimos mantendo relacionamentos há largos anos, assim como pela evolução dos depósitos de clientes corporate. Digna de nota foi a celebração, em Agosto de 2007, de um empréstimo sindicado no valor de 230 milhões de euros pelo prazo de 5 anos, que contou com a participação de um amplo conjunto de investidores e instituições financeiras europeias. Adicionalmente, a actividade de private banking, pela via das aquisições acima referidas, trouxe uma ainda maior diversificação e mais estabilidade para o passivo do Banco, na medida em que os depósitos dos clientes private passaram a corresponder a 42% do passivo total consolidado. Em 2007, o Itaú Europa apresentou resultados líquidos consolidados de 50,9 milhões de euros. O produto bancário do Banco registou um aumento de 82,3 milhões de euros para 113,1 milhões de euros, um crescimento de 37% face ao exercício de 2006. Conforme já referido, contribuíram para este resultado o desenvolvimento e a diversificação das nossas receitas, provenientes das actividades de (i) tesouraria, (ii) financiamento e comissões de garantias e serviços financeiros voltados às empresas de médio e grande porte, (iii) mercado de capitais e (iv) private banking.

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A postura conservadora do Banco relativamente à assunção e à gestão de riscos (v.g. riscos de mercado, crédito e operacional) resultou em mais um ano em que nenhuma perda digna de referência se verificou. Acresce que, ao final do período, o Banco não apresentou qualquer situação relevante de crédito vencido, tampouco de não pagamento. Estes factos tornam-se ainda mais assinaláveis diante do cenário de elevada instabilidade e incerteza que se tem verificado nos mercados financeiros internacionais desde meados de 2007, com origem na crise do mercado imobiliário subprime nos EUA. Cumpre referir, a propósito, que o Itaú Europa não possui qualquer exposição relacionada àquele negócio, o mesmo se verificando para a generalidade das unidades do Grupo Itaú. Ao final do exercício, os capitais próprios consolidados do Banco situavam-se em 625,2 milhões de euros, aí incluídos os capitais próprios atribuíveis aos accionistas de 441,3 milhões de euros. Ao final de 2007, estes valores traduzem-se em fundos próprios elegíveis de 409,5 milhões de euros, situando os rácios de solvabilidade em 11,3% e 15,2%, considerando, respectivamente, os Fundos Próprios Elegíveis ou apenas os Fundos Próprios de Base. Nos primeiros dias de 2008, por decorrência de um aumento de capital realizado por novas entradas em dinheiro e integralmente subscrito pelo seu accionista único, o capital social do Banco foi aumentado em 65 milhões de euros. Desta forma, computando-se o aumento de capital de 65 milhões já realizado, os rácios de solvabilidade sobem para 13,7% e 18,8%, considerando, respectivamente, os Fundos Próprios Elegíveis ou apenas os Fundos Próprios de Base. Esta forte base de capital, somada a uma expressiva liquidez, bem como a atitude conservadora na gestão dos riscos inerentes à sua actividade e o seu posicionamento estratégico de sucesso são aspectos fundamentais que têm atestado, desde a sua constituição, a marcante solidez financeira da nossa instituição. Em reconhecimento da consistência destes fundamentos, os ratings do Itaú Europa foram revistos e confirmados pelas agências internacionais Moody´s (Baa1/P2/C-/Outlook Estável) e Fitch Ratings (BBB+/F2/B-C/Outlook Estável), tendo no início de 2007 a Fitch Ratings elevado a nota de suporte do Banco de 4 para 3.

Proposta de Aplicação dos Resultados Nos termos da lei e dos estatutos do Banco, propomos que o resultado líquido da nossa Instituição apurado no seu balanço individual correspondente a um prejuízo de 1.849.056,91 euros (no consolidado o lucro foi de 50,9 milhões de euros) seja aplicado em resultados transitados.

Agradecimentos A actividade desenvolvida e os resultados atingidos demonstram que em 2007 o Itaú Europa, uma vez mais, pôde contar com equipas motivadas e comprometidas com a organização e com os seus clientes. Além disso, o crescimento verificado, com destaque para a aquisição ao Bank of America Corporation do Banco Itaú Europa International, nos EUA, constituiu eloquente demonstração da reiterada confiança dos accionistas no nosso projecto. O Conselho exprime ainda o seu agradecimento pelo apoio recebido por parte dos clientes, cuja satisfação com o atendimento, o serviço ou o produto contratado confere sustentabilidade aos resultados do Banco Itaú Europa. Lisboa, 28 de Março de 2008

O Conselho de Administração

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Banco Itaú Europa , S.A.

Balanço individual em 31 de Dezembro de 2007

(Montantes expressos em milhares de Euros)

31.12.2007 31.12.2006

Valor bruto de Valor líquido de Valor bruto de provisões, Provisões, provisões, provisões,imparidade imparidade e imparidade imparidade

ACTIVO Nota e amortizações amortizações e amortizações e amortizações

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 5 7.889 7.889 15.408Disponibilidades em outras Instituições de Crédito 6 28.055 28.055 21.331Activos financeiros detidos para negociação 7 76.659 76.659 45.835Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 9 2.892 2.892 -Activos financeiros disponíveis para venda 10 487.968 487.968 632.751Aplicações em Instituições de Crédito 11 861.424 861.424 1.093.203Crédito a Clientes 12 798.621 (1) 798.620 579.734Outros activos tangíveis 13 5.098 (2.405) 2.693 2.904Activos intangíveis 14 1.008 (471) 537 404Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 15 484.935 484.935 274.416Activos por impostos correntes 16 - - 18Activos por impostos diferidos 16 6.256 6.256 3.790Outros activos 17 7.224 7.224 2.516

Total do Activo 2.768.029 (2.877) 2.765.152 2.672.310

PASSIVO

Passivos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados 18 59.740 59.740 38.882Recursos de outras Instituições de Crédito 19 1.483.108 1.483.108 1.347.221Recursos de Clientes e outros empréstimos 20 25.351 25.351 70.236Responsabilidades representadas por títulos 21 495.969 495.969 696.907Provisões e imparidade 25 13.257 13.257 10.558Passivos por impostos correntes 22 97 97 239Passivos por impostos diferidos 22 146 146 637Passivos subordinados 23 236.923 236.923 122.888Outros passivos 24 75.858 75.858 6.367

Total do Passivo 2.390.449 - 2.390.449 2.293.935

CAPITAIS PRÓPRIOS

Capital 26 317.924 317.924 317.924Reservas de reavaliação de justo valor 27 (884) (884) 472Outras reservas e resultados transitados 28 59.512 59.512 48.193Resultado líquido (1.849) (1.849) 11.786

Total dos Capitais Próprios 374.703 - 374.703 378.375

Total do Passivo e dos Capitais Próprios 2.765.152 - 2.765.152 2.672.310

RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS

Garantias prestadas e outros passivos eventuais 29 298.839 272.992Compromissos 29 329.549 209.761Responsabilidades por prestação de serviços 29 46.642 51.969

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.A Administração,

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Banco Itaú Europa , S.A.

Demonstração individual de resultados para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007

(Montantes expressos em milhares de Euros)

Nota 31.12.2007 31.12.2006

Juros e rendimentos similares 107.534 91.341Juros e encargos similares (99.112) (73.628)

Margem financeira 30 8.422 17.713

Rendimentos de instrumentos de capital - 5.563

Comissões recebidas 6.818 6.234Comissões pagas (2.556) (1.695)

Comissões líquidas 31 4.262 4.539

Rendimentos e receitas operacionais 6.295 3.548Encargos e gastos operacionais (344) (359)Outros impostos (1.008) (735)

Ganhos e perdas não correntes 32 4.943 2.454

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 3.665 3.534Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 5 286Resultados de reavaliação cambial (2.409) (4.855)Outros resultados em operações financeiras 18 166

Resultados em operações financeiras 33 1.279 (869)

Produto bancário 18.906 29.400

Custos com pessoal 34 (11.727) (9.315)Gastos gerais administrativos (7.858) (7.988)Depreciações e amortizações 13/14 (663) (638)

Custos de estrutura (20.248) (17.941)

Imparidade e outras provisões líquidas 25 (3.121) (1.239)

Resultado antes de impostos (4.463) 10.220

Impostos sobre os lucros Impostos correntes 35 (371) (453) Impostos diferidos 35 2.985 2.019

Resultado após impostos (1.849) 11.786

Resultados por acção (expressos em Euros): (0,03) 0,19

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.A Administração,

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Banco Itaú Europa , S.A.

Demonstração de alterações do capital próprio para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006

(Montantes expressos em milhares de Euros)

Reservas de Outras reservas e Total dereavaliação resultados Resultado Capitais

Capital justo valor transitados do Exercício Próprios

Saldos em 31 de Dezembro de 2005 (Proforma NCA) 317.924 3.435 46.718 1.272 369.349

Incorporação em reservas do resultado líquido de 2005 - - 108 (108) -Pagamento de dividendos em 2006 - - - (100) (100)Incorporação em resultados transitados dos ajustamentos de transição de 2005 - - 1.064 (1.064) -Utilização/(Reforço) da Provisão Risco-País sobre o investimento no BIE Bank & Trust - - 307 - 307Resultado gerado no exercício de 2006 - - - 11.786 11.786Reavaliação de activos disponíveis para venda - (2.963) - - (2.963)Variações cambiais e outros movimentos - - (4) - (4)

Saldos em 31 de Dezembro de 2006 (NCA) 317.924 472 48.193 11.786 378.375

Incorporação em reservas do resultado líquido de 2006 - - 6.699 (6.699) -Pagamento de dividendos em 2007 - - - (5.087) (5.087)Reversão da Provisão Risco-País sobre o investimento no BIE Bank & Trust - - 5.367 - 5.367Resultado gerado no exercício de 2007 - - - (1.849) (1.849)Reavaliação de activos disponíveis para venda - (1.356) - - (1.356)Variações cambiais e outros movimentos - - (747) - (747)

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 (NCA) 317.924 (884) 59.512 (1.849) 374.703

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.A Administração,

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Banco Itaú Europa , S.A.

Demonstração individual dos fluxos de caixa para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006

(Montantes expressos em milhares de Euros)

31.12.2007 31.12.2006

Fluxos de caixa das actividades operacionais

Juros e comissões recebidos 111.066 95.107Juros e comissões pagos ( 88.444) ( 65.563)Pagamentos a empregados e fornecedores ( 11.473) ( 8.531)

Resultados operacionais antes de alterações nos fundos operacionais 11.149 21.013

(Aumentos)/diminuições dos activos operacionaisActivos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda 113.410 (466.488)Aplicações em Instituições de Crédito 228.707 117.577Depósitos em bancos centrais 7.512 ( 8.593)Créditos sobre clientes ( 216.139) 247.859Outros activos operacionais ( 4.187) ( 950)

Aumentos/(diminuições) dos passivos operacionaisPassivos financeiros detidos para negociação 20.858 ( 13.372)Recursos de outras Instituições de Crédito 133.057 ( 64.796)Recursos de Clientes e outros empréstimos ( 44.837) 57.642Responsabilidades representadas por títulos ( 199.700) 161.778Outros passivos operacionais 66.151 ( 9.963)

Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionaisantes do pagamento de impostos sobre os lucros 115.981 41.707

Impostos pagos sobre os lucros ( 923) ( 232)

Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais 115.058 41.475

Fluxos de caixa das actividades de investimento

Compra/reforço de participações ( 205.152) ( 30.600)Dividendos recebidos - 5.563Valores recebidos na venda de participações - -Compra de imobilizações ( 594) ( 850)Valores recebidos na venda de imobilizações 91 23

Fluxos de caixa líquidos das actividades de investimento ( 205.655) ( 25.864)

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Dividendos pagos ( 5.087) ( 100)Emissões de Dívida Subordinada 139.257 -Amortizações de Dívida Subordinada ( 22.765) -Juros pagos das actividades de financiamento ( 10.261) ( 4.798)

Fluxos de caixa líquidos das actividades de financiamento 98.144 ( 4.898)

Efeitos da alteração da taxa de câmbio em caixa e seus equivalentes ( 830) ( 703)

Aumento/(diminuição) em caixa e seus equivalentes 6.717 10.010

Caixa e seus equivalentes no início do período 21.344 11.334Caixa e seus equivalentes no fim do período 28.061 21.344

6.717 10.010

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeirasA Administração,

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

NOTA 1 - ACTIVIDADE E ESTRUTURA O Banco Itaú Europa, SA (BIE ou Banco), constituído em 28 de Outubro de 1994, tem como único accionista a Itaúsa Portugal, SGPS, SA (Itaúsa Portugal), sociedade que integra o Grupo Itaúsa (Brasil). Em 31 de Dezembro de 2007 o capital do Banco, integralmente subscrito e realizado, ascende a €317.924 milhares (ver Nota 26). O Banco está autorizado, pelo Ministério das Finanças, a desenvolver actividade bancária nos termos das directrizes reguladoras vigentes em Portugal. A actividade do Banco orienta-se, preferencialmente, para a realização de operações no mercado interbancário, no mercado de capitais e para o financiamento de operações de comércio externo. A partir de Fevereiro de 1995, o Banco passou a desenvolver a generalidade das operações envolvendo não residentes através da sua Sucursal Financeira Exterior (SFE), situada na Zona Franca da Madeira. Em Junho de 1999 iniciaram-se as operações na Sucursal Financeira Internacional (SFI), também situada na Zona Franca da Madeira. Em Janeiro de 2003, o Banco passou a operar em Londres através de uma Sucursal. Em 31 de Dezembro de 2007, as dotações de capital atribuídas a estas três sucursais são de €48.385 milhares, de €6.000 milhares e de €8.800 milhares, respectivamente. Em Maio de 2007, o Banco adquiriu 100% do capital social do Banco Itaú Europa International (Miami) por cerca de USD 150 milhões e procedeu a um aumento do capital social da sua subsidiária BIE Luxemburgo no montante de USD 40 milhões. Em Junho de 2007, o Banco efectuou um aumento do capital social da sua subsidiária Banco Itaú Europa International (Miami) em cerca de USD 112 milhões.

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Em 31 de Dezembro de 2007, o Banco detém as seguintes participações em empresas subsidiárias e na associada Banco BPI –

99,998%

100,0%

51,0%

18,30% 99,98% 100,00% 98,00% 99,99% 99,99%

100,0%

98,30% 99,99999% 100,00%

99,98% 99,00% 99,29% 50,00% 50,00% 100,0% 100,0% 100,0%

50,00%

50,00% 50,00% 100% *

50,00%

* Capital votante

Banco Itaú Europa, SA

Banco Itaú Europa Luxembourg, SA Itaú Europa, SGPS, Lda. - Madeira

BIE Bank & Trust, Ltd - Cayman

Itaúsa Portugal, SGPS, SA

IPI - Itaúsa Portugal Investimentos, SGPS, Lda

Banco BPI, SAItaú Europa Representações, Lda -

São Paulo

BIE, Directors, Ltd - Cayman BIE, Nominees, Ltd - Cayman BIE - Cayman, Ltd BIE Fund Management Company, SA -

Luxembourg

Itaúsa Europa Investimentos, SGPS, Lda

Itaú Europa Luxembourg Advisory Holding

Company

BIEL Holding, AG - SuiçaBIELUX Representações, Lda -

São Paulo

Itaú Europa Luxembourg SICAV Fund

BIEL Fund Management Company, SA -

Luxembourg

Itaú Madeira Investimentos SGPS, Lda - Madeira

Moselle

Investment Fund LTD

Alef Fund

Investments LTD

Beit Fund

Investments LTD

Banco Itaú Europa International

BIE - Bank & Trust Bahamas Ltd.

Bay State Corporation

Limited (Bahamas )

Cape Ann Corporation

Limited (Bahamas )

Kennedy Director International Services,

SA

Federal Director International Services,

SA

Onix

Investment Fund LTD

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I. A sociedade Itaú Europa, Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda (Itaú Europa - SGPS), com sede na Zona Franca da Madeira. Em 31 de Dezembro de 2007 o capital social da sociedade ascende a €68.126 milhares, integralmente subscrito e realizado, encontrando-se representado por 2 quotas, de valor nominal de €68.125.860,42 e €139,58, detidas pelo Banco e pela Itaúsa Portugal, respectivamente. A actividade desta subsidiária consiste na gestão de participações financeiras do Banco no estrangeiro. A Itaú Europa – SGPS detém a 100% a seguinte sociedade com sede nas Ilhas Caimão –

I.1. O BIE - Bank & Trust Ltd, constituído em Julho de 1996 com um capital social de USD 21 milhões. Em 27 de Maio de 2003, o capital social, que totalizava USD 80 milhões, foi redenominado de USD para EUR, tendo sido atribuído o valor de €67.200 milhares, com base no câmbio indicativo do Banco de Portugal da referida data. Em 31 de Dezembro de 2007, o capital social do BIE – Bank & Trust Ltd está representado por 80.000.000 acções de €0,84 cada, integralmente subscrito e realizado pela Itaú Europa – SGPS. Este banco está licenciado para praticar todos os actos e negócios próprios das instituições bancárias e de “trust” nos termos da “Banks and Trust Companies Law” das Ilhas Caimão e posiciona preferencialmente a sua actividade na realização de operações de comércio externo.

O BIE – Bank & Trust detém a 100% as seguintes subsidiárias com sede nas Ilhas Caimão – I.1.1. A sociedade BIE - Cayman Ltd, constituída em Abril de 1996 com um capital social de USD 1, representado por 1 acção. Em 2004, o seu capital social foi aumentado para USD 600.000, representado por 600.000 acções. Em 31 de Outubro de 2007, a sociedade procedeu à redenominação do seu capital de USD 600.000 para EUR 415.311,14 à taxa de câmbio de EUR/USD 1,4447. seu objecto social consiste na colocação dos seguintes fundos de investimento – ° Onix Investment Fund, Ltd ° Moselle Investment Fund, Ltd ° Alef Fund Investment, Ltd ° Beit Fund Investment, Ltd Em 31 de Dezembro de 2007, as Demonstrações Financeiras preliminares dos referidos fundos apresentam activos líquidos totais no montante de USD 275 milhões (31.12.2006: USD 184 milhões, com inclusão do Lamed Fund Investment, Ltd, que foi encerrado em Maio de 2007). I.1.2. A sociedade BIE - Nominees Ltd, constituída em Fevereiro de 1997 com um capital social realizado de USD 1, representado por 1 acção. O seu objecto social consiste na prestação de serviços de Private Banking ao BIE - Bank & Trust Ltd ou a clientes desse banco. Os estatutos da sociedade prevêem que o seu capital social possa ser aumentado até ao montante de USD 50.000.

I.1.3. A sociedade BIE - Directors Ltd, constituída em Fevereiro de 1997 com um capital social realizado de USD 1, representado por 1 acção. O seu objecto social consiste na prestação de serviços de Private Banking ao BIE - Bank & Trust Ltd ou a clientes desse banco. Os estatutos da sociedade prevêem que o seu capital social possa ser aumentado até ao montante de USD 50.000.

II. A sociedade Itaú Europa Representações, Lda, com sede em São Paulo, Brasil, foi constituída em Dezembro de 2000 com um capital social de BRL 1 milhão (€510 milhares, convertidos ao câmbio histórico), representado por 1.000.000 quotas de 1 BRL cada, das quais 999.999 foram subscritas e realizadas pelo Banco e 1 pela Itaúsa Export, SA (Grupo Itaúsa Brasil). A actividade desta subsidiária consiste na representação do Banco junto de clientes locais. III. O Banco Itaú Europa Luxembourg, SA (BIE Luxemburgo), com sede no Luxemburgo, tem como principal actividade a realização de operações nas áreas do Private Banking, mercados de capitais e interbancários. O BIE Luxemburgo pode ainda realizar todas as demais operações que sejam ou possam vir a ser permitidas no âmbito das directrizes reguladoras emitidas pelas entidades reguladoras competentes. Em 27 de Março de 2003, a Itaúsa Portugal entregou a sua participação de 99,95% no capital do BIE Luxemburgo ao BIE para realização do aumento de capital em espécie desta última entidade, tendo-lhe atribuído um valor de €27,3 milhões.

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Em Maio de 2007, o BIE Luxemburgo aumentou o seu capital social em USD 40 milhões, sendo que em 31 de Dezembro de 2007 este se encontrava integralmente subscrito e realizado, ascendendo a USD 60 milhões, representado por 6.000 acções ordinárias de USD 10.000 cada, das quais 5.999 são detidas pelo Banco e 1 por entidades terceiras. A actividade e os principais accionistas das subsidiárias do BIE Luxemburgo são como segue - III.1. A sociedade BIEL Holding AG com sede em Zurique, Suíça, foi constituída em 19 Dezembro de 1999 com um capital social de CHF 150.000 que foi aumentado em 23 de Dezembro de 1999 para CHF 4,12 milhões (cerca de €2.490 milhares, ao câmbio de 31 de Dezembro de 2007), representado por 412 quotas de CHF 10.000 cada, das quais 405 foram subscritas e realizadas pelo BIE Luxemburgo. A actividade desta subsidiária consiste na gestão de participações sociais, sendo de salientar as seguintes entidades – III.1.1. A sociedade Banco Itaú Europa Fund Management Company, SA, com sede no Luxemburgo, foi constituída em Outubro de 1995 com um capital social de LUF 5 milhões (cerca de €124 milhares, convertidos ao câmbio histórico). Em 19 de Setembro de 2003, foi decidido em assembleia geral de accionistas extraordinária a redenominação do capital social da sociedade de Euro (EUR) para Dólar (USD), com efeitos retroactivos desde 1 de Julho de 2003 (ao câmbio de 1,1563 EUR/USD), bem como o aumento do capital social em USD 19.180,36. Em 31 de Dezembro de 2007, o capital social da sociedade ascende a USD 162.500, representado por 5.000 acções com o valor nominal unitário de USD 32,50, das quais 4.999 são detidas pela BIEL Holding AG e 1 pela Itaúsa Portugal. A actividade desta subsidiária consiste na gestão de fundos de investimento. Em 31 de Dezembro de 2007, não se encontravam quaisquer fundos sob gestão desta sociedade. Em 31 de Dezembro de 2006, encontrava-se sob gestão desta sociedade o fundo Banco Itaú Europa Fund que era composto pelo sub-fundo US Short Bond com um activo líquido total no montante de USD 37 milhões, que encerrou em Agosto de 2007. III.1.2. A sociedade Itaú Europa Luxembourg Advisory Holding Company SA, com sede no Luxemburgo, foi constituída em Janeiro de 2001 com um capital social de USD 100 milhares, representado por 100 acções de USD 1.000 cada, das quais 99 são detidas pela BIEL Holding AG e 1 pela Itaúsa Portugal. A actividade desta subsidiária consiste na prestação de serviços de consultoria de gestão ao fundo de investimento Luxemburguês Itaú Europe Luxembourg SICAV. Em 31 de Dezembro de 2007, as demonstrações financeiras preliminares do referido fundo apresentam um activo líquido total no montante de USD 6,42 milhões (31.12.2006: USD 5 milhões). III.1.3. A sociedade Banco Itaú Europa Luxembourg Fund Management Company, SA, com sede no Luxemburgo, foi constituída em Dezembro de 2002 com um capital social de USD 125 milhares e em Janeiro de 2003 o seu capital social foi aumentado para USD 140 milhares, representado por 140 acções de USD 1.000 cada, das quais 139 são detidas pela BIEL Holding AG e 1 pelo BIE Luxemburgo. A actividade desta subsidiária consiste na gestão de fundos de investimento. Em 31 de Dezembro de 2007, não se encontravam quaisquer fundos sob gestão desta sociedade. Em 31 de Dezembro de 2006, encontrava-se sob gestão desta sociedade o fundo Itaú International Private Bank 3-D Fund of Funds com um activo líquido total no montante de USD 4 milhões, que encerrou em Março de 2007. III.2. A sociedade BIELUX Representações, Lda, com sede em São Paulo, Brasil, foi constituída em 1 de Dezembro de 1999 com um capital social de BRL 1,5 milhões (cerca de €827 milhares, convertidos ao câmbio histórico), representado por 1.500.000 quotas de 1 BRL cada, das quais 1.499.999 foram subscritas e realizadas pelo BIE Luxemburgo. A actividade desta subsidiária consiste na representação do BIE Luxemburgo junto de clientes locais.

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III.3. O BIE Bank & Trust Bahamas Limited, com sede em Nassau, Bahamas, tem como principal actividade a realização de operações na área do Private Banking. Foi adquirido em 31 de Maio de 2007 através de um acordo com o Bank of America Corporation. O seu capital social de USD 1 milhão encontra-se representado por 1 milhão de acções de USD 1 cada, integralmente subscritas e realizadas pelo BIE Luxemburgo. A actividade das subsidiárias desta entidade resumem-se como segue: III.3.1. A Bay State Corporation Limited, com sede em Nassau, Bahamas, é uma sociedade financeira de serviços auxiliares que tem como principal actividade a prestação de serviços de accionista de sociedades por conta e em nome de terceiros. O seu capital social de USD 10 milhares encontra-se representado por 10.000 acções de USD 1 cada, sendo detido em partes iguais pelo BIE Bank & Trust Bahamas Limited e pela Cape Ann Corporation Limited. III.3.2. A Cape Ann Corporation Limited, com sede em Nassau, Bahamas, é uma sociedade financeira de serviços auxiliares que tem como principal actividade a prestação de serviços de accionista de sociedades por conta e em nome de terceiros. O seu capital social de USD 10 milhares encontra-se representado por 10.000 acções de USD 1 cada, sendo detido em partes iguais pelo BIE Bank & Trust Bahamas Limited e pela Bay State Corporation Limited. III.3.2.1. A Kennedy Director International Services, SA., com sede em Nassau, Bahamas, é uma sociedade financeira de serviços auxiliares que tem como principal actividade a prestação de serviços de accionista de sociedades por conta e em nome de terceiros. O seu capital social de USD 2 encontra-se representado por 2 acções de USD 1 cada, sendo detido em partes iguais pela Cape Ann Corporation Limited e pela Bay State Corporation Limited. III.3.2.2. A Federal Director International Services, SA., com sede em Nassau, Bahamas, é uma sociedade financeira de serviços auxiliares que tem como principal actividade a prestação de serviços de accionista de sociedades por conta e em nome de terceiros. O seu capital social de USD 2 encontra-se representado por 2 acções de USD 1 cada, sendo detido em partes iguais pela Cape Ann Corporation Limited e pela Bay State Corporation Limited. IV. A sociedade IPI - Itaúsa Portugal Investimentos – SGPS, Lda (IPI), sedeada na Zona Franca da Madeira, foi constituída em 22 de Fevereiro de 2000 e tem por objecto a gestão de participações sociais, como forma indirecta de exercício de actividades económicas, em conformidade com os Decretos-Lei nº 495/88 e nº 318/94, de 30 de Dezembro e 24 de Dezembro, respectivamente. Na data da sua constituição, o seu capital social foi subscrito em 60% pela Itaúsa Portugal e em 40% pela Afinco Américas Madeira – SGPS, Lda (Afinco)(Grupo Itaúsa Brasil). Em 31 de Dezembro de 2003, a sócia Itaúsa Portugal entregou a participação de 51% detida a essa data no capital da IPI ao BIE para a realização do aumento de capital em espécie desta última entidade, tendo-lhe sido atribuído um valor de €137,9 milhões. Em Fevereiro de 2006 a IPI aumentou o seu capital social em €60.000 milhares, sendo que a 31 de Dezembro de 2007, o capital social realizado e subscrito pelos sócios ascendia a €229.844 milhares e era detido em 51% pelo BIE e em 49% pela Afinco. À data do presente balanço, a IPI detinha uma participação de 18,3% no Banco BPI, SA (Banco BPI), sendo a actividade e os principais accionistas desta entidade como segue – IV.1. O Banco BPI é a entidade principal de um Grupo Financeiro, centrado na actividade bancária, multi-especializado, que oferece um extenso conjunto de serviços e produtos financeiros para empresas, investidores institucionais e particulares. O Banco BPI está cotado na Euronext Lisbon desde 1986. Em 31 de Dezembro de 2007, a IPI detém uma participação de 18,3% no capital social do Banco BPI. Nesta data, o principal accionista individual do Banco BPI é o Grupo catalão La Caixa com uma participação efectiva de 25,0%.

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V. A sociedade Itaú Madeira Investimentos SGPS, Lda, com sede na Zona Franca da Madeira, foi constituída em Dezembro de 2004 com um capital social de €5.000 integralmente subscrito e realizado, encontrando-se representado por 2 quotas, de valor nominal de €4.900 e €100, detidas pelo Banco e pela Itaúsa Portugal, respectivamente. VI. O Banco Itaú Europa International, com sede em Miami, tem como principal actividade a realização de operações na área do Private Banking. Foi adquirido em 31 de Maio de 2007 através de um acordo com o Bank of America Corporation. O seu capital social de USD 3.877.600 encontra-se representado por 38.776 acções de USD 100 cada, integralmente subscritas e realizadas pelo BIE. NOTA 2 - BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras individuais do Banco foram preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) estabelecidas pelo Banco de Portugal no Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e definidas na Instrução nº 9/2005 e nº 23/2004. As NCA correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas pela União Europeia (EU) no âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, excepto quanto às seguintes matérias, aplicáveis ao nível do Banco: - Valorimetria dos créditos a clientes e outros valores a receber – Na data do reconhecimento inicial são registados pelo valor nominal, sendo a componente de juros, comissões e custos externos imputáveis às respectivas operações subjacentes reconhecida segundo a regra de pro rata temporis, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês; - Provisionamento de créditos a clientes e outros valores a receber – O provisionamento para esta classe de activos financeiros encontra-se sujeito a um quadro mínimo de referência para constituição de provisões específicas, gerais e risco-país, nos termos definidos no Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal, com as alterações introduzidas pelos Avisos n.º 8/2003 e n.º 3/2005; e - Activos tangíveis – Serão mantidos ao custo de aquisição, salvo quando se verifiquem reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais-valias daí resultantes serão incorporadas em sub-rubrica apropriada da conta "Reservas legais de reavaliação”. Estas demonstrações financeiras foram aprovadas para emissão pelo Conselho de Administração em 28 de Março de 2008. Em 31 de Dezembro de 2007, o Banco apresentou em separado as demonstrações financeiras consolidadas, preparadas segundo as IAS/IFRS. 2.2. Principais Políticas Contabilísticas As políticas contabilísticas que se seguem são aplicáveis às demonstrações financeiras individuais do Banco.

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2.2.1. Participações financeiras em subsidiárias e associadas O Banco detém, directa e indirectamente, participações financeiras em empresas subsidiárias e associadas. São consideradas empresas subsidiárias aquelas em que o Banco assume controlo sobre as suas actividades até ao momento em que o controlo cessa. Presume-se a existência de controlo quando o Banco detém o poder de exercer a maioria de voto. Existe também controlo quando o Banco detém o poder, directa ou indirectamente, de gerir a política financeira e operacional de determinada empresa de forma a obter benefícios das suas actividades, mesmo que a percentagem que detém sobre os seus capitais próprios seja inferior a 50%. Empresas associadas são aquelas em que o Banco exerce, directa ou indirectamente, uma influência significativa sobre a sua gestão e a sua política financeira mas não detém o controlo da empresa. Presume-se que o Banco exerce influência significativa quando detém o poder de exercer mais de 20% dos direitos de voto da associada. Mesmo quando os direitos de voto sejam inferiores a 20%, o Banco pode exercer influência significativa através da participação na gestão ou na composição dos Conselhos de Administração com poderes executivos. Nas demonstrações financeiras individuais do Banco, as empresas subsidiárias e associadas são valorizadas ao custo histórico. O Banco regista as participações em subsidiárias em moeda estrangeira ao câmbio histórico, excepto no que diz respeito às participações designadas pelo Banco como itens cobertos em operações de cobertura de risco cambial (ver Nota 2.2.5.). Os dividendos de empresas subsidiárias e associadas são reconhecidos nos resultados individuais do Banco na data em que são atribuídos ou recebidos. Em caso de evidência objectiva de imparidade, a perda por imparidade é reconhecida em resultados. 2.2.2. Activos e Passivos Financeiros Os activos e passivos financeiros são reconhecidos no balanço do Banco na data de negociação ou contratação, salvo se decorrer de expressa estipulação contratual ou de regime legal ou regulamentar aplicável que os direitos e obrigações inerentes aos valores transaccionados se transferem em data diferente, casos em que será esta última a data relevante. No momento inicial, os activos e passivos financeiros são reconhecidos pelo justo valor acrescido de custos de transacção directamente atribuíveis, excepto para os activos e passivos ao justo valor através de resultados em que os custos de transacção são imediatamente reconhecidos em resultados. Entende-se por justo valor o montante pelo qual um determinado activo ou passivo pode ser transferido ou liquidado entre contrapartes de igual forma conhecedoras e interessadas em efectuar essa transacção. Na data de contratação ou de início de uma operação, o justo valor é geralmente o valor da transacção. O justo valor é determinado com base em: - preços de um mercado activo; ou - métodos e técnicas de avaliação (quando não há um mercado activo), que tenham subjacente: - cálculos matemáticos baseados em teorias financeiras reconhecidas; ou,

- preços calculados com base em activos ou passivos semelhantes transaccionados em mercados activos ou com base em estimativas estatísticas ou outros métodos quantitativos.

Um mercado é considerado activo, e portanto líquido, se transacciona de uma forma regular. Em geral, existem bons preços de mercado para títulos e derivados (futuros e opções) negociados em bolsa.

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a) Activos financeiros de negociação e ao justo valor através de resultados e Passivos financeiros de negociação e ao justo valor através de resultados Os activos financeiros de negociação e ao justo valor através de resultados incluem essencialmente: - títulos de rendimento fixo e títulos de rendimento variável classificados como detidos para negociação, ou seja, que foram adquiridos com objectivo de venda num futuro próximo; - títulos de rendimento fixo e títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos e que o Banco optou, no reconhecimento inicial, por registar e avaliar ao justo valor através de resultados (opção de justo valor); e - derivados de negociação. Os passivos financeiros de negociação e ao justo valor através de resultados incluem essencialmente: - passivos financeiros suportados com o objectivo de venda ou de recompra num futuro próximo; - Structured Linked Notes que o Banco optou, no reconhecimento inicial, por registar e avaliar ao justo valor através de resultados; e - derivados de negociação. Apenas podem ser designados na opção de justo valor os activos ou passivos financeiros que cumpram um dos seguintes requisitos: - eliminar ou reduzir significativamente uma inconsistência na mensuração ou no reconhecimento (por vezes denominada “uma falta de balanceamento contabilístico”); - um grupo de activos financeiros, passivos financeiros ou ambos é gerido e o seu desempenho avaliado numa base de justo valor, de acordo com uma estratégia documentada de gestão do risco ou de investimento, e a informação sobre o grupo é fornecida internamente ao pessoal chave da gerência da entidade nessa base; ou - se um contrato contiver um ou mais derivados embutidos, que segundo a IAS 39 têm de ser bifurcados. A avaliação destes activos e passivos é efectuada diariamente com base no justo valor. No caso das obrigações e outros títulos de rendimento fixo, o valor de balanço inclui o montante dos juros corridos e não cobrados. Os ganhos e perdas resultantes da alteração de justo valor são reconhecidos em resultados, tal como o rendimento de juros e dividendos. b) Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que: (i) o Banco tem intenção de manter por tempo indeterminado; (ii) são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial; ou (iii) não se classificam como: empréstimos concedidos ou contas a receber, investimentos detidos até à maturidade ou activos financeiros ao justo valor através de resultados.

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Os activos classificados como disponíveis para venda são avaliados ao justo valor. Os ganhos e perdas resultantes de alterações no justo valor são reconhecidos directamente nos capitais próprios na rubrica reservas de reavaliação de justo valor, excepto no caso de perdas por imparidade e de ganhos e perdas cambiais de activos monetários, que são reconhecidos directamente em resultados. No momento em que os activos sejam vendidos, os ganhos ou perdas ainda reconhecidos no capital próprio são removidos e registados em resultados. Os juros corridos de obrigações e outros títulos de rendimento fixo e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são registados em resultados, de acordo com o método da taxa de juro efectiva. No que se refere à análise de perdas por imparidade, esta é efectuada de forma periódica no sentido da identificação de potenciais situações de imparidade, utilizando como indicadores (i) para os títulos cotados, uma desvalorização continuada ou de valor significativo na sua cotação, e (ii) para títulos não cotados, a existência de um evento que tenha impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, que possa ser estimado com razoabilidade. Em caso de evidência objectiva de imparidade, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida em resultados. Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminuir, a perda de imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição, excepto no que se refere a acções ou outros instrumentos de capital, caso em que a reversão da imparidade é reconhecida em reservas. Em 31 de Dezembro de 2007, o Banco não dispõe de activos financeiros disponíveis para venda designados como activos cobertos. c) Créditos e outros valores a receber Esta rubrica abrange os créditos concedidos pelo Banco a Clientes e a Instituições de Crédito, participações em empréstimos sindicados e créditos titulados (papel comercial e obrigações emitidas por empresas) que não sejam transaccionados num mercado activo e para os quais não haja intenção de venda. No momento inicial, os créditos e valores a receber são registados ao justo valor. Em geral, o justo valor no momento inicial corresponde ao valor de transacção e inclui comissões, taxas ou outros custos e proveitos associados às operações de crédito. Posteriormente, são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva e sujeitos a testes de imparidade. Os juros, comissões e outros custos e proveitos associados a operações de crédito são periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. As provisões para riscos de crédito e para risco-país foram determinadas nos termos do Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho. O Banco classifica como crédito vencido as prestações vencidas de capital e juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Em 31 de Dezembro de 2007, existiam no Banco pequenas parcelas remanescentes de crédito e juros vencidos, as quais se encontram devidamente provisionadas pelo Banco de acordo com o definido no Aviso nº 3/95. Foi ainda constituída uma provisão para riscos gerais de crédito, apresentada no passivo, equivalente a 1% do total de crédito concedido e não vencido, incluindo aquele representado por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga, mas excluindo o relativo a operações com instituições de crédito das Zonas A e B ou por elas garantidas e, no caso de países da Zona B, com prazo de vencimento residual inferior a um ano.

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Nas demonstrações financeiras individuais da sua filial BIE – Bank & Trust Ltd, as quais são elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Reporte Financeiro (IFRS), as perdas por imparidade para crédito são apuradas segundo a IAS 39. A partir de 1 de Janeiro de 2004 e de acordo com instruções recebidas do Banco de Portugal (BdP), o BIE passou a provisionar para risco-país os riscos detidos pela sua filial BIE - Bank & Trust Ltd com características idênticas às previstas na respectiva regulamentação vigente em Portugal (nº12 do Aviso nº 3/95), na proporção dos financiamentos concedidos pelo BIE àquela filial, incluindo o próprio investimento de capital. A referida provisão foi constituída nas contas individuais do Banco como provisão a deduzir à rubrica do activo de Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos. No âmbito da regra em causa, ficou ainda definido que apenas seriam efectuados reforços dessa provisão afectando os resultados de cada exercício se o montante global de provisões necessário em determinado momento for superior ao montante global de provisões que estivesse então constituído por contrapartida de reservas. As reposições de provisões que, em termos acumulados viessem a exceder o valor inicialmente constituído por contrapartida de reservas, afectariam os resultados do respectivo exercício. Na sequência da Carta Circular 46/07/DSBDR, emitida pelo Banco de Portugal em 22 de Junho de 2007, o nível de provisionamento para risco-país aplicado ao Brasil passou a ser de 0%. Sendo que todas as provisões constituídas neste âmbito tinham risco Brasil, o Banco procedeu, em 30 de Junho de 2007, à reversão da totalidade do montante destas provisões constituídas por contrapartida de reservas. Em 31 de Dezembro de 2007, o Grupo não dispõe de créditos designados como activos cobertos. d) Activos cedidos com acordo de recompra Os títulos vendidos com acordo de recompra (repos) são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificado o valor de juros. Os títulos comprados com acordo de revenda (reverse repos) não são registados na carteira de títulos. Os fundos entregues são registados, na data de liquidação, como um crédito, sendo periodificado o valor de juros. 2.2.3. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em contas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. 2.2.4. Dívida titulada emitida pelo Banco As emissões de obrigações do Banco estão registadas nas rubricas passivos subordinados, responsabilidades representadas por títulos e passivos financeiros detidos para negociação (no caso das Structured Linked Notes). Exceptuando as Structured Linked Notes, as obrigações emitidas são relevadas, na data de emissão, pelo justo valor (valor de emissão), incluindo despesas e comissões de transacção, sendo posteriormente valorizadas ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva. Em 31 de Dezembro de 2007, o Banco não dispõe de obrigações designadas como passivos cobertos.

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2.2.5. Contabilidade de cobertura Pela IAS 39 - Instrumentos Financeiros - Reconhecimento e Mensuração, uma relação de cobertura existe quando: - à data de início da relação existe documentação formal da cobertura; - se espera uma cobertura altamente eficaz; - a eficácia da cobertura pode ser fielmente mensurada; e - a cobertura é altamente efectiva ao longo do período de relato financeiro. Os relacionamentos de cobertura são de 3 tipos: - cobertura de justo valor – numa operação de cobertura de justo valor de um activo ou passivo (fair value hedge), o valor de balanço desse activo ou passivo, determinado com base na respectiva política contabilística, é ajustado por forma a reflectir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos activos ou dos passivos cobertos, atribuíveis ao risco coberto. Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, o instrumento financeiro derivado é transferido para a carteira de negociação e a contabilidade de cobertura é descontinuada prospectivamente. Caso o activo ou passivo coberto corresponda a um instrumento de rendimento fixo, o ajustamento de revalorização é amortizado até à sua maturidade pelo método da taxa efectiva. - cobertura de fluxos de caixa – numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade (cash flow hedge), a parte efectiva das variações de justo valor do derivado de cobertura são reconhecidas em reservas, sendo transferidas para resultados nos períodos em que o respectivo item coberto afectar resultados. Se for previsível que a operação coberta não se efectuará, os montantes ainda registados em capital próprio são imediatamente reconhecidos em resultados e o instrumento de cobertura é transferido para a carteira de negociação. - cobertura de investimento líquido em unidade operacional estrangeira – as coberturas de investimento líquido em operações estrangeiras são registadas da mesma forma que as coberturas de fluxos de caixa. Ganhos ou perdas no instrumento de cobertura relacionados com a parte eficaz da cobertura são reconhecidos em reservas; a ineficácia da cobertura é reconhecida imediatamente em resultados. Os ganhos ou perdas acumuladas em reservas são incluídos em resultados quando a unidade operacional estrangeira é vendida. Em 31 de Dezembro de 2007, o Banco efectua nas suas contas individuais uma cobertura de justo valor do risco cambial do investimento efectuado em duas das suas filiais em moeda estrangeira. Numa cobertura de justo valor de um activo ou passivo, o valor desse activo ou passivo, determinado com base na respectiva política contabilística, é ajustado por forma a reflectir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos instrumentos de cobertura e as variações do justo valor dos activos ou dos passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto são reconhecidas em resultados. Os testes de eficácia de cobertura são devidamente documentados numa base regular, assegurando-se a existência de comprovativos durante a vida das operações cobertas. Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos pela contabilidade de cobertura, esta deverá ser descontinuada prospectivamente. 2.2.6. Activos e Passivos financeiros em moeda estrangeira Os activos e passivos financeiros em moeda estrangeira são registados de acordo com os princípios do sistema multi-currency, isto é, nas respectivas moedas de denominação. Os proveitos e custos apurados nas diferentes moedas são convertidos para euros ao câmbio do dia em que são reconhecidos.

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Os procedimentos contabilísticos diferem em função do efeito que as operações têm sobre a posição cambial: - Posição à vista A posição à vista em cada moeda é dada pelo saldo líquido dos activos e passivos expressos nessa moeda, acrescido dos montantes das operações à vista a aguardar liquidação e das operações a prazo que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. A posição cambial à vista é reavaliada diariamente com base nos câmbios indicativos do dia divulgados pelo Banco de Portugal, dando origem à movimentação da conta de posição cambial (moeda nacional), por contrapartida de resultados. - Posição a prazo (Forward) A posição cambial a prazo em cada moeda é dada pelo saldo líquido das operações a prazo a aguardar liquidação, com exclusão das que se vençam dentro dos dois dias úteis subsequentes. Todos os contratos relativos a estas operações são reavaliados às taxas de câmbio a prazo do mercado ou, na ausência destas, através do seu cálculo com base nos diferenciais de taxas de juro aplicáveis ao prazo residual de cada operação. As diferenças entre os respectivos contravalores em euros às taxas contratadas e às taxas de reavaliação a prazo, que representam o proveito ou o custo de reavaliação da posição a prazo, são registadas numa conta de reavaliação da posição cambial por contrapartida de resultados. 2.2.7. Activos tangíveis Os activos tangíveis estão contabilizados ao custo de aquisição, salvo quando se verifiquem reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que serão incorporadas em Reservas Legais de Reavaliação. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem, correspondente ao período em que se espera que o activo esteja disponível para uso:

Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Mobiliário e material 8 Equipamento informático 3 Instalações interiores 5 - 10 Material de transporte 4 Outro equipamento 3 - 12

2.2.8. Activos intangíveis O Banco regista nesta rubrica essencialmente o custo de aquisição de software. Os activos intangíveis são amortizados pelo método das quotas constantes, ao longo do período de vida útil estimado do bem o qual, em geral, corresponde a um período de três anos.

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2.2.9. Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos da demonstração de fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em outras Instituições de Crédito. 2.2.10. Impostos sobre os lucros O Banco está sujeito ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC) e no Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF). A Sucursal Financeira Exterior beneficia, nos termos dos artigos 33º e 33º-A do EBF, de isenção de IRC até 31 de Dezembro de 2011. Para efeitos da aplicação desta isenção considera-se que pelo menos 85% do lucro tributável da actividade global do Banco é resultante de actividades exercidas fora do âmbito institucional da Zona Franca da Madeira e, para as entidades que exercem predominantemente a sua actividade na Zona Franca da Madeira (o que se verifica quando a proporção entre o valor dos activos líquidos afectos à Sucursal Financeira Exterior e o valor total dos activos líquidos do Banco seja superior a 50%), considera-se que 40% do lucro tributável resultante da sua actividade global corresponde às actividades exercidas fora do âmbito institucional da Zona Franca da Madeira. Este regime é aplicável desde 1 de Janeiro de 2006. Os impostos correntes são calculados com base nas taxas de imposto legalmente em vigor, para o período a que reportam os resultados. Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros, resultante de diferenças temporárias entre o valor de um activo ou passivo no balanço e a sua base de tributação. Os prejuízos fiscais reportáveis e os créditos fiscais são também registados como impostos diferidos activos. Os impostos diferidos activos são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que acomodem as diferenças temporárias dedutíveis. Os impostos diferidos activos e passivos foram calculados com base nas taxas fiscais decretadas para o período em que se prevê que seja realizado o respectivo activo ou passivo. Os impostos correntes e os impostos diferidos são relevados em resultados excepto os que se relacionam com valores registados directamente em capitais próprios (nomeadamente activos financeiros disponíveis para venda). 2.2.11. Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas Na elaboração das demonstrações financeiras do Banco, são utilizadas estimativas e valores futuros esperados, nomeadamente nas seguintes áreas: a) Justo valor de derivados e de activos financeiros não cotados O justo valor dos derivados e dos activos financeiros não cotados é estimado com base em métodos de avaliação e teorias financeiras, cujos resultados dependem dos pressupostos utilizados. b) Impostos diferidos O reconhecimento de impostos diferidos pressupõe a existência de resultados e matéria colectável futura. Os impostos diferidos activos e passivos foram determinados com base na legislação fiscal actualmente em vigor para o Banco, ou em legislação já publicada para aplicação futura. Alterações na legislação fiscal podem influenciar o valor dos impostos diferidos.

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2.2.12. Provisões para outros riscos e encargos Esta rubrica inclui as provisões constituídas para fazer face a outros riscos específicos, nomeadamente contingências fiscais, processos judiciais e outras perdas decorrentes da actividade do Banco. 2.2.13. Responsabilidades com pensões de reforma Em virtude de não ter aderido ao Acordo Colectivo de Trabalho do sector bancário, o Banco não tem responsabilidades relativas a pensões de reforma dos seus empregados e administradores, os quais estão abrangidos pelo regime de segurança social. NOTA 3 - GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO 3.1. Estratégia na utilização de instrumentos financeiros Pela sua natureza, as actividades do Banco estão principalmente relacionadas com o uso de instrumentos financeiros, incluindo derivados. O Banco aceita depósitos de instituições financeiras e de clientes, a taxas fixas e variáveis e por períodos diversos, e procura obter margens acima da média investindo estes fundos em activos de elevada qualidade. O Banco procura aumentar estas margens consolidando fundos de curto prazo e emprestando por períodos mais longos a taxas de juro mais elevadas, enquanto assegura liquidez suficiente para fazer face às responsabilidades. O Banco também procura aumentar as suas margens através da concessão de crédito a clientes. Estas exposições envolvem também garantias e outros compromissos. O Banco transacciona instrumentos financeiros, incluindo derivados, para beneficiar de movimentos cambiais de curto prazo, variações de taxas de juro e de preços. A Comissão Executiva impõe limites ao nível de exposição ao mercado que pode ser assumido overnight e intraday. 3.2. Risco de Crédito O Banco assume exposição ao risco de crédito, ou seja, ao risco de incumprimento efectivo por parte da contraparte. Mudanças significativas na economia ou num determinado segmento em que esteja concentrado crédito concedido pelo Banco, poderão resultar em perdas distintas das provisões evidenciadas à data de balanço. Assim sendo, a Comissão Executiva regula criteriosamente a sua exposição ao risco de crédito e risco-país. Os activos financeiros que potencialmente expõem o Banco a concentrações de risco de crédito consistem essencialmente no crédito a clientes, nas aplicações em outras instituições financeiras, nas obrigações e outros títulos de rendimento fixo e nos derivados. Para além desta exposição de risco de crédito em balanço, o Banco assume exposição a risco de crédito em elementos classificados em rubricas extrapatrimoniais, garantias e compromissos irrevogáveis de concessão de crédito. Estes riscos agregados expõem o Banco a concentrações geográficas de risco de crédito, sendo que destas destacam-se os riscos junto de instituições financeiras e clientes residentes em Portugal (21,4%), Brasil (17,1%) e EUA (13,5%). O risco de crédito remanescente é composto na quase totalidade por riscos junto de instituições financeiras e clientes de outros países da OCDE.

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Em 31 de Dezembro de 2007, a concentração geográfica do risco de crédito do Banco, apresenta-se como segue:

País Rating Exposição 1 %Alemanha AAA 271.450 8,2%Áustria AAA 20.720 0,6%Bélgica AA+ 86.147 2,6%Brasil BB+ 563.883 17,1%Canadá AAA 1.448 0,0%Escandinávia 2 AAA 125.135 3,8%Espanha AAA 386.123 11,7%EUA AAA 444.980 13,5%França AAA 75.050 2,3%Holanda AAA 50.222 1,5%Itália AA- 60.943 1,8%Japão AA 50.950 1,5%Luxemburgo AAA 60.274 1,8%Outros 3 - 60.296 1,8%Portugal AA 707.030 21,7%Reino Unido AAA 159.377 4,8%Suíça AAA 175.997 5,3%

3.300.025 100,00%

1 Corresponde ao total de activos, garantias e compromissos.2 Corresponde aos seguintes países: Dinamarca, Noruega e Suécia.3 Corresponde aos seguintes países: Bermudas, Singapura, Irlanda e Chile.

O Banco estrutura os níveis de risco de crédito que assume através da colocação de limites ao risco aceite em relação a um cliente ou grupo de clientes, a um segmento de negócio e a instituições financeiras e clientes brasileiros. Estes riscos são acompanhados numa base recorrente e sujeitos a revisão periódica. A Comissão Executiva aprova limites ao nível de risco de crédito e risco-país. Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o crédito e juros vencidos no Banco apresentam a seguinte decomposição por classe de incumprimento:

31.12.2007 31.12.2006

Crédito e juros vencidos Classe I - até 3 meses 119 599 Classe II - de 3 até 6 meses - - Classe III - de 6 até 9 meses - - Juros vencidos a regularizar 1 58

Provisões para crédito vencido (1) (7)

Crédito com incumprimento líquido 119 650

Crédito com incumprimento líquido / Crédito total líquido 0,01% 0,11%

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O Banco tem apresentado valores residuais de crédito com incumprimento. A exposição ao risco de crédito é gerida através de uma análise regular da capacidade dos clientes para cumprir com as suas responsabilidades de pagamento de capital e juros, da alteração dos limites de financiamento sempre que necessário, e pela obtenção de colaterais e garantias. A análise às carteiras de negociação, de títulos disponíveis para venda, de aplicações em instituições de crédito e de crédito a clientes encontra-se nas Notas 7, 10, 11 e 12. 3.3. Risco de Mercado O risco de mercado corresponde à probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos desfavoráveis no preço de mercado dos instrumentos financeiros que compõem as carteiras da instituição, como, por exemplo, o risco de oscilações nas taxas de juro e de câmbio ou no preço das acções. O Banco assume exposição a riscos de mercado, ou seja, a riscos provenientes de posições em aberto em taxas de juro, moeda estrangeira e outros produtos expostos a movimentos gerais e específicos do mercado. O Banco estima as perdas potenciais que poderão advir de alterações nas condições de mercado. O Banco aplica a metodologia de VaR - value at risk - stress testing, que se baseia em modelos estatísticos que estimam o risco de perda através de padrões históricos de preços e volatilidade. A abordagem utiliza conceitos estatísticos que estimam a probabilidade do valor de um instrumento financeiro situar-se acima ou abaixo de determinado montante. A Comissão Executiva determina limites para o valor do risco que pode ser aceite, sendo monitorizado numa base diária. A maioria da exposição ao risco de mercado no Banco está concentrada na actividade da Mesa Proprietária, que se dedica a transaccionar instrumentos financeiros derivados e a gerir posições com o objectivo de beneficiar da evolução dos mercados financeiros. No cálculo dessa exposição, o Banco utiliza o VaR paramétrico com um intervalo de confiança de 99% e um holding period de 90 dias, assumindo-se uma distribuição de retornos normal. O Banco também calcula o 99% DeaR (Daily Earnings at Risk). Estes indicadores são calculados pelo Departamento de Gestão de Risco e monitorizados pela Comissão Executiva numa base regular. Em 31 de Dezembro de 2007, os riscos de mercado da Mesa Proprietária em termos individuais apresentavam um DEaR (perda potencial esperada (VaR) para um dia, calculado com um intervalo de confiança de 99%), conforme segue em milhares de EUR:

DEaR 99% 1º Semestre 2º Semestre 2007 2006

Taxa de juro 251,71 302,14 276,07 240,25

Mesa Proprietária

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3.4. Risco cambial O Banco assume exposição aos efeitos de flutuações cambiais nas suas posições financeiras e cash flows. Aplicações e recursos de instituições financeiras, títulos, crédito a clientes e derivados de moeda expõem o Banco a risco cambial. O Banco gere este risco colocando limites ao mismatch entre activos, passivos e extrapatrimoniais em cada moeda. A Comissão Executiva aprova os limites ao nível de exposição ao risco cambial. Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os activos, passivos e extrapatrimoniais do Banco denominados em moeda estrangeira, apresentam-se como segue:

Dólares Outras moedas Dólares Outras moedasamericanos estrangeiras Total americanos estrangeiras Total

Activo líquidoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais - 4 4 3 10 13Disponibilidades em outras Instituições de Crédito 11.709 2.021 13.730 5.885 7.361 13.246Activos financeiros detidos para negociação 38.408 14.246 52.654 - - -Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - - - 31.155 - 31.155Activos financeiros disponíveis para venda 304.483 - 304.483 335.718 - 335.718Aplicações em Instituições de Crédito 390.918 21.668 412.586 258.559 4.986 263.545Crédito a Clientes 505.840 22.510 528.350 332.652 17.692 350.344Outros activos tangíveis - - - - - -Activos intangíveis - - - - - -Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação 205.152 - 205.152 - - -Activos por impostos correntes - - - - 1 1Activos por impostos diferidos - - - - - -Outros activos 866 630 1.496 393 469 862

1.457.376 61.079 1.518.455 964.365 30.519 994.884

PassivoPassivos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados 52.616 - 52.616 29.279 15 29.294Recursos de outras Instituições de Crédito 736.969 19.004 755.973 696.778 11.749 708.527Recursos de Clientes e outros empréstimos 2.169 - 2.169 34.235 - 34.235Responsabilidades representadas por títulos - - - - - -Provisões e imparidade - - - - - -Passivos por impostos correntes - - - - - -Passivos por impostos diferidos - - - - - -Passivos subordinados 139.920 - 139.920 22.895 - 22.895Outros passivos 1.249 3.483 4.732 446 2.847 3.293

932.923 22.487 955.410 783.633 14.611 798.244

Rubricas extrapatrimoniais Currency options (5.658) - (5.658) 41.445 - 41.445 Currency futures - - - - - - Foreign exchange forwards - (13) (13) 91 (87) 4 Currency swaps (621.718) (25.778) (647.496) (190.290) (18.193) (208.483)

Posição global operacional (102.923) 12.801 (90.122) 31.978 (2.372) 29.606

31.12.2007 31.12.2006

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No que diz respeito ao risco cambial a que o Banco se encontra exposto, este não poderá ser observado pelas posições líquidas de balanço, devido ao tipo de estruturas de produtos financeiros negociados. Desta forma, e com referência a 31 de Dezembro de 2007, as posições líquidas em moedas estrangeiras de exposição a risco cambial, bem como o impacto em resultados antes de impostos resultante de uma apreciação de 10% do Euro face a essas moedas, apresenta-se no quadro que se segue:

Longa Curta Impacto

Dólares americanos - (4.014) (364,91)Reais do Brasil - (1.829) (166,30)Libra estrelina 1.216 - 110,54 Outras moedas 583 - 52,96

Total 1.799 (5.843) (367,71)

Posição

3.5. Risco de taxa de juro Risco de taxa de juro é o risco de flutuação a que estão sujeitos os cash flows de um instrumento financeiro, devido a alterações nas taxas de juro do mercado. Aplicações e recursos em instituições financeiras, crédito a clientes, obrigações e outros títulos de rendimento fixo e derivados de taxa de juro estão sujeitos a risco de taxa de juro. O Banco gere o seu risco de taxa de juro colocando limites no nível de mismatch de refixação de taxa de juro que pode ser suportado. A Comissão Executiva aprova limites ao nível de exposição a risco de taxa de juro. O quadro seguinte resume a exposição do Banco ao risco de taxa de juro, em 31 de Dezembro de 2007 e 2006. Estão incluídos no quadro seguinte os activos e passivos do Banco, ao valor de balanço, categorizados pela mais recente entre as datas de refixação de taxa de juro e de maturidade. Os valores de balanço dos instrumentos financeiros derivados, que são essencialmente utilizados para reduzir a exposição do Banco a movimentos de taxa de juro, estão incluídos nas rubricas “Activos financeiros detidos para negociação” e “Passivos financeiros detidos para negociação”, sob o título “sem risco de taxa de juro”.

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Até 1 1-3 3-12 1-5 Mais de 5 Sem risco de31 de Dezembro de 2007 mês meses meses anos anos taxa de juro Total

Activos

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais - - - - - 7.889 7.889Disponibilidades em outras Instituições de Crédito - - - - - 28.055 28.055Activos financeiros detidos para negociação - 2.937 - - 6.937 66.785 76.659Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - - - 2.892 - - 2.892Activos financeiros disponíveis para venda 45.898 170.247 130.419 98.585 42.819 - 487.968Aplicações em Instituições de Crédito 829.847 9.615 19.554 2.408 - - 861.424Crédito a Clientes 307.833 285.860 185.246 14.580 5.101 - 798.620Outros activos - - - - - 501.645 501.645

Total de activos 1.183.578 468.659 335.219 118.465 54.857 604.374 2.765.152

Passivos

Passivos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados - 2.073 4.462 677 6.876 45.652 59.740Recursos de outras Instituições de Crédito 539.632 584.016 359.460 - - - 1.483.108Recursos de Clientes e outros empréstimos - 8.385 5.715 377 - 10.874 25.351Responsabilidades representadas por títulos 290.526 207.380 - - - (1.937) 495.969Passivos subordinados - 97.115 139.920 - - (112) 236.923Outros passivos - - - - - 89.358 89.358

Total de passivos 830.158 898.969 509.557 1.054 6.876 143.835 2.390.449

353.420 (430.310) (174.338) 117.411 47.981

31 de Dezembro de 2006

Total de activos 978.949 728.227 479.583 105.875 13.229 366.447 2.672.310

Total de passivos 1.220.661 762.597 226.438 1.500 - 82.739 2.293.935

(241.712) (34.370) 253.145 104.375 13.229

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as taxas de juro máxima e mínima, para activos e passivos (que não de negociação) em EUR e USD, apresentam-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006Taxa de Juro Taxa de Juro Taxa de Juro Taxa de Juro

Máxima Mínima Máxima MínimaEURActivos (excepto negociação): 12,02% 3,30% 7,00% 2,84%Passivos (excepto negociação): 5,35% 3,78% 4,26% 3,14%USDActivos (excepto negociação): 10,40% 4,30% 10,37% 5,25%Passivos (excepto negociação): 5,75% 4,20% 5,90% 4,55%

Em relação aos activos e passivos de negociação, é de salientar que devido às características específicas de alguns destes produtos, estes podem atingir taxas de juro elevadas. Em substância, estas taxas não reflectem a rendibilidade efectiva das operações já que existem operações de derivados que proporcionam uma cobertura económica de parte dessa mesma rendibilidade. O Banco utiliza a técnica da análise de sensibilidade que mede as alterações estimadas nos resultados e capitais próprios de um aumento imediato de 1% (100 basis points) em taxas de juro de mercado. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as taxas de mercado raramente se alteram isoladamente. A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos:

- Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os rendimentos ou despesas de juros em relação a instrumentos financeiros com taxas de juro fixas se estes estiverem reconhecidos ao justo valor;

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- Alterações nas taxas de juro de mercado afectam o justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros activos e passivos financeiros;

- Alterações no justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros activos e passivos

financeiros são estimados descontando os fluxos de caixa futuros de valores actuais líquidos, utilizando taxas de mercado do final do ano.

Sob estes pressupostos, um aumento de 1% em taxas de juro de mercado para todas as moedas nas quais o Banco tem instrumentos financeiros a 31 de Dezembro de 2007, resultaria num aumento do lucro antes de imposto de aproximadamente €2.443 milhares e uma diminuição do capital próprio de €3.845 milhares. 3.6. Risco de liquidez O Banco está exposto a risco de liquidez. A Comissão Executiva estabelece limites à proporção mínima de fundos disponíveis para cobrir níveis inesperados de procura. A gestão do risco de liquidez é realizada pelo Banco segundo os parâmetros recomendados pelas Autoridades de Supervisão e em conformidade com as boas práticas emanadas pelo Bank for International Settlements – BIS. Desta forma, a análise do risco de liquidez é elaborada com base em projecções para diversos cenários, avaliando-se os respectivos planos de contingência e projectando-se, em função destes cenários, a evolução do índice de liquidez do Banco. Adicionalmente, com base num sistema de gestão financeira integrada, capaz de produzir diariamente informação sobre os fluxos de caixa, são devidamente monitorizados os limites que vinculam as actividades da instituição (v.g. limites máximos de mismatch por maturidades, limite mínimo de fundos disponíveis para cobrir níveis inesperados de procura, entre outros). O quadro seguinte analisa os activos e passivos financeiros e extrapatrimoniais do Banco por grupos relevantes de maturidade, sendo os montantes compostos pelo valor de activos, passivos e extrapatrimoniais tendo em conta a data em que será efectuado o pagamento, recebimento ou vencimento das operações. No que diz respeito a instrumentos financeiros derivados, estes têm em consideração todos os cash flows futuros existentes.

31 de Dezembro de 2007 Até 1 mêsDe 1 a 3 meses

De 3 a 12 meses De 1 a 5 anos

Mais de 5 anos Total

Activos

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 7.889 - - - - 7.889 Disponibilidades em outras instituições de crédito 28.055 - - - - 28.055 Activos financeiros detidos para negociação - - - 2.937 11.309 14.246 Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - - - 2.892 - 2.892 Activos financeiros disponíveis para venda 35.849 142.271 130.419 120.870 58.559 487.968 Instrumentos financeiros derivados 3.814 15.080 2.181 - - 21.075 Aplicações em instituições de crédito 818.374 8.189 12.421 22.440 - 861.424 Crédito a clientes 112.072 106.925 79.410 388.926 106.919 794.252

Total activos financeiros 998.164 272.465 224.431 538.065 176.787 2.209.912

Passivos

Passivos financeiros detidos para negociação - 677 2.963 3.571 6.876 14.087 Instrumentos financeiros derivados - - - 806 78 884 Recursos de outras Instituições de crédito 539.644 190.418 363.046 390.000 - 1.483.108 Recursos de clientes 11.125 8.385 5.464 377 - 25.351 Responsabilidades representadas por títulos 2.526 380 - 495.000 - 497.906 Passivos subordinados - 115 663 139.257 97.000 237.035

Total passivos financeiros 553.295 199.975 372.136 1.029.011 103.954 2.258.371

Gap de Liquidez por Intervalo 444.869 72.490 (147.705) (490.946) 72.833 (48.459)

Gap de Liquidez acumulado 444.869 517.359 369.654 (121.292) (48.459)

Extrapatrimoniais

Garantias Prestadas 500 34.323 38.224 132.276 - 205.323 Compromissos de crédito Linhas de crédito irrevogáveis - 6.852 38.997 258.496 25.204 329.549

Total extrapatrimoniais 500 41.175 77.221 390.772 25.204 534.872

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3.7. Justo valor de activos e passivos financeiros O justo valor dos activos e passivos financeiros é estimado com base nos preços de mercado disponíveis. Na ausência de preços de mercado, o justo valor dos instrumentos financeiros é medido utilizando o método do Net Present Value (NPV) e modelos de cálculo do preço de opções que envolvem parâmetros verificados no mercado. O justo valor dos activos e passivos financeiros que não se encontram mensurados ao justo valor nas demonstrações financeiras apresenta-se como segue, com as respectivas diferenças para o seu valor contabilístico:

31.12.2007 31.12.2006

Justo Valor Justo ValorValor Contabilístico Diferença Valor Contabilístico Diferença

Activos financeiros

Aplicações em Instituições de crédito 861.566 861.424 142 1.093.197 1.093.203 (6)Crédito a clientes 801.482 798.620 2.862 582.253 579.734 2.519

Passivos Financeiros

Recursos de outras Instituições de Crédito 1.484.668 1.483.108 1.560 1.347.542 1.347.221 321Recursos de Clientes e outros empréstimos 25.359 25.351 8 70.232 70.236 (4)Responsabilidades representadas por títulos 496.440 495.969 471 697.189 696.907 282Passivos subordinados 237.553 236.923 630 123.062 122.888 174 a) Aplicações em instituições de crédito O justo valor de aplicações a taxa variável e depósitos overnight é o seu valor de balanço. O justo valor estimado para os depósitos a taxa fixa é baseado nos cash flows descontados às taxas de mercado monetário prevalecentes para aplicações com risco de crédito e prazo residual semelhante. b) Crédito a clientes O crédito a clientes apresenta-se líquido de provisões específicas. O justo valor estimado do crédito representa o montante descontado dos cash flows futuros cujo recebimento é expectável. Os cash flows esperados são descontados a taxas actuais de mercado para determinar o justo valor. c) Recursos de instituições de crédito e de clientes O justo valor estimado dos depósitos sem maturidade definida, que incluem depósitos à ordem, é o montante de reembolso. O justo valor estimado dos depósitos a taxa fixa é baseado em cash flows descontados utilizando taxas de juro para novos recursos com prazo residual similar. d) Responsabilidades representadas por títulos e Passivos subordinados O justo valor estimado das emissões representa o valor descontado dos cash flows esperados a serem pagos. Os cash flows esperados são descontados a taxas actuais de mercado para determinar o justo valor.

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NOTA 4 - RELATO POR SEGMENTOS 4.1. Segmentos de negócio Os segmentos de negócio constituem a base de segmentação principal das demonstrações financeiras, coincidente com o primeiro nível de desagregação da gestão e da informação do Banco. Um segmento de negócio é uma componente identificável do Banco que se destina a fornecer um produto ou serviço individual ou um conjunto de produtos ou serviços relacionados, e que está sujeita a riscos e benefícios diferenciáveis dos restantes segmentos de negócio. O Banco encontra-se organizado nos seguintes segmentos de negócio: - Tesouraria & Mercado de Capitais – Este segmento agrupa todas as actividades desenvolvidas pelo Banco nos mercados financeiros, de capitais e derivados, quer para suprir as necessidades de financiamento das restantes actividades do Banco quer desenvolvendo actividades de intermediação financeira e de gestão de activos próprios. Tais actividades envolvem nomeadamente a captação e aplicação de fundos nos mercados interbancários, a emissão de títulos de dívida e produtos estruturados de captação próprios, a intermediação (montagem e distribuição) de títulos de dívida por conta de clientes, sobretudo grandes empresas e grupos brasileiros, o investimento e negociação por conta própria de títulos, derivados e produtos estruturados, quer com investidores institucionais quer com empresas clientes. - Banca Comercial - O segmento de Banca Comercial apoia as necessidades financeiras de empresas com actividade e presença internacional, sendo um importante player no nicho de mercado das operações financeiras internacionais associadas ao financiamento das relações comerciais e de investimento entre o Brasil e a Europa. Entre os diversos serviços prestados destaca-se a originação de operações de financiamento estruturadas, o financiamento de exportações entre as melhores empresas brasileiras e empresas europeias, a prestação de serviços de consultoria e financiamento a empresas europeias que investem no Brasil, assim como a empresas brasileiras no seu processo de internacionalização. - Outros - Este segmento é um segmento residual e engloba, entre outros, as diversas participações financeiras do Banco. Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o reporte de segmentos de negócio do Banco reparte-se da seguinte forma:

Tesouraria & Banca31 de Dezembro de 2007 Mercado de capitais comercial Outros Eliminações Total

Proveitos externos 55.943 63.053 - - 118.996Proveitos intra-segmento 1.577 - - (1.577) -Total de proveitos 57.520 63.053 - (1.577) 118.996

Custos do segmento (51.420) (50.247) - 1.577 (100.090)Resultado do segmento 6.100 12.806 - - 18.906

Custos não alocados (23.369)Resultado antes de impostos (4.463)

Impostos sobre os lucros 2.614Resultado após impostos (1.849)

Activos por segmento 1.464.887 798.620 484.935 2.748.442Activos não alocados - - - 16.710Total de activos 1.464.887 798.620 484.935 2.765.152

Passivos por segmento 1.542.848 495.969 236.923 2.275.740Passivos não alocados - - - 114.709Total de passivos 1.542.848 495.969 236.923 2.390.449

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Tesouraria & Banca31 de Dezembro de 2006 Mercado de capitais comercial Outros Eliminações Total

Proveitos externos 52.175 55.951 - - 108.126Proveitos intra-segmento 1.550 - - (1.550) -Total de proveitos 53.725 55.951 - (1.550) 108.126

Custos do segmento (39.052) (40.489) (735) 1.550 (78.726)Resultado do segmento 14.673 15.462 (735) - 29.400

Custos não alocados (19.180)Resultado antes de impostos 10.220

Impostos sobre os lucros 1.566Resultado após impostos 11.786

Activos por segmento 1.808.528 579.734 274.416 2.662.678Activos não alocados - - - 9.632Total de activos 1.808.528 579.734 274.416 2.672.310

Passivos por segmento 1.386.103 696.907 122.888 2.205.898Passivos não alocados - - - 88.037Total de passivos 1.386.103 696.907 122.888 2.293.935

4.2. Segmentos geográficos Um segmento geográfico é uma componente identificável do Banco que se destina a fornecer um produto ou serviço individual ou um conjunto de produtos ou serviços relacionados, dentro de um ambiente económico específico, e que está sujeita a riscos e benefícios diferenciáveis de outras que operem em ambientes económicos diferentes. O reporte de segmentos geográficos do Banco é baseado na localização geográfica dos clientes / activos e, em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, reparte-se da seguinte forma:

Total de Total de Investimento31 de Dezembro de 2007 activos passivos Extrapatrimoniais Proveitos em Capital Fixo

Portugal 254.843 243.219 67.142 19.769 594Resto da UE 899.664 793.035 170.322 43.677 -Resto da Europa 202.761 1.540 52.442 7.741 -América do Norte 103.681 286.842 159.059 8.802 -América Central e Caraíbas 271.391 407.422 18.468 2.894 -América do Sul 532.862 3.529 143.546 34.920 -Resto do Mundo 1.537 630.492 (*) 17.409 1.193 -

Investimentos em associadas 484.935 -Activos / Passivos não alocados 13.478 24.370

Total 2.765.152 2.390.449 628.388 118.996 594

(*) Este saldo corresponde essencialmente a títulos colocados em múltiplos países.

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Total de Total de Investimento31 de Dezembro de 2006 activos passivos Extrapatrimoniais Proveitos em Capital Fixo

Portugal 385.035 454.626 35.689 21.798 851Resto da UE 1.198.020 713.028 92.153 43.089 -Resto da Europa 96.159 195 52.618 4.114 -América do Norte 54.074 103.652 142.726 12.227 -América Central e Caraíbas 242.057 181.427 - 5.243 -América do Sul 414.805 1.957 159.567 21.196 -Resto do Mundo 113 820.101 (*) - 459 -

Investimentos em associadas 274.416 -Activos / Passivos não alocados 7.631 18.949

Total 2.672.310 2.293.935 482.753 108.126 851

(*) Este saldo corresponde essencialmente a títulos colocados em múltiplos países.

NOTA 5 - CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Caixa 6 13Depósitos à ordem no Banco de Portugal 7.883 15.395

7.889 15.408

A rubrica Depósitos à ordem em Bancos Centrais corresponde a depósitos de carácter obrigatório no Banco de Portugal, efectuados pelo BIE, que têm por objectivo satisfazer os requisitos legais de disponibilidades mínimas de caixa. NOTA 6 - DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Quanto à sua natureza, as Disponibilidades em outras Instituições de Crédito analisam-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Disponibilidades sobre Instituições de Crédito no País Depósitos à ordem 668 128Disponibilidades sobre Instituições de Crédito no Estrangeiro Depósitos à ordem 27.387 21.203

28.055 21.331

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NOTA 7 - ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006Activos financeiros detidos para negociação

Instrumentos de dívida Obrigações de emissores públicos estrangeiros 9.873 -

Acções e títulos de capital Acções de empresas estrangeiras 4.372 -

Intrumentos derivados com justo valor positivo (Nota 8) 62.414 45.835

76.659 45.835

O detalhe dos activos financeiros detidos para negociação, que não instrumentos derivados, é apresentado de seguida:

Natureza e espécie dos títulosMoeda original

Quantidade Nominal Cotação/PreçoValor balanço/

justo valor

Mercado organizado relevante

Instrumentos de dívida

Emitidos por não residentes

De emissores públicos estrangeiros

Obrigações

REP.FED.BRASIL 15-05-2015 BRL 11 500 385 155,83% 6.936 S. Paulo

REP.FED.BRASIL 16-08-2010 BRL 4 595 385 165,95% 2.937 S. Paulo

9.873

Instrumentos de capital

Emitidos por não residentes

Acções

BANCO PANAMERICANO SA BRL 512 500 4 3,4 1.757 S. Paulo

IGUATEMI EMP. DE SHOPPING BRL 49 900 12 11,2 557 S. Paulo

BOVESPA HOLDING SA BRL 50 000 12 13,2 661 -

BOLSA DE MERCADORIAS E FUT BRL 75 000 8 9,6 722 S. Paulo

POSITIVO INFORMATICO, SA BRL 20 000 17 16,8 335 S. Paulo

WEG SA BRL 35 000 10 9,7 340 S. Paulo

4.372

14.245

Valores unitários

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NOTA 8 - DERIVADOS DE NEGOCIAÇÃO O Banco contrata derivados financeiros no âmbito da sua actividade, gerindo posições próprias com base em expectativas de evolução dos mercados, satisfazendo as necessidades dos seus clientes ou cobrindo posições de natureza estrutural. O Banco transacciona derivados financeiros, nomeadamente sob a forma de contratos sobre taxas de câmbio, taxas de juro, acções ou índices de acções, sobre a inflação ou sobre uma combinação destes subjacentes. Estas transacções são efectuadas em mercados de balcão (OTC – Over-The-Counter) e em mercados organizados. A negociação de derivados em mercados organizados rege-se pelas normas e regulamentação própria desses mercados. A negociação de derivados no mercado de balcão (OTC) baseia-se, normalmente, num contrato bilateral standard, que engloba o conjunto das operações sobre derivados existentes entre as partes. Todos os derivados são reconhecidos contabilisticamente pelo seu justo valor. A evolução do justo valor dos derivados é reconhecida nas contas relevantes do balanço (Ver Notas 7 e 18) e tem impacto imediato em resultados. O valor nocional é o valor de referência para efeito de cálculo dos fluxos de pagamentos e recebimentos originados pela operação e é registado em contas extrapatrimoniais.

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Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Valor Valor de Balanço Valor Valor de BalançoNocional Activo Passivo Nocional Activo Passivo

Contratos sobre taxa de juro

Swaps 918.866 4.583 (4.458) 1.620.334 4.230 (9.216)

Opções - Mercado organizado

Opções de compra

Compra - 65.980 - - 60 (15)

Venda - -

Opções de venda

Compra - - - - - (26)

Venda - (42.711)

Forwards

Compra - 2.278 - - 1 (1)

Venda - (2.278)

Futuros

Compra - 100.911 - - 1.180 (1.050)

Venda - (80.536)

Contratos sobre taxa de câmbio

Opções - Mercado de balcão

Opções de compra

Compra 6.385 20.78778 (46) 99 (99)

Venda (6.385) (20.787)

Opções de venda

Compra 6.354 64130 (130) 28 (28)

Venda (6.354) (64)

Forwards

Compra 156.977 194.05619.468 (19.484) 23.515 (23.512)

Venda (156.985) (194.052)

Swaps

Compra 1.517.145 298.93723.066 (6.485) 13.714 (1.938)

Venda (1.497.641) (287.880)

Contratos sobre cotações

Opções - Mercado de balcão

Opções de compra

Compra 18.081 1015.475 (5.475) 198 (198)

Venda (18.081) (101)

Opções de venda

Compra 174.574 7218.278 (8.278) 381 (381)

Venda (182.032) (721)

Contratos sobre outro tipo de subjacente

Credit Default Swaps 105.292 1.336 (1.297) 62.453 2.360 (2.360)

Futuros sobre Crude

Compra - 3.797 - - 69 (58)

Venda - (3.797)

62.414 (45.653) 45.835 (38.882)

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NOTA 9 - OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Instrumentos de dívida Obrigações de outros emissores estrangeiros Dívida não subordinada 2.892 -

2.892 -

O detalhe dos outros activos financeiros ao justo valor através de resultados é apresentado de seguida:

Natureza e espécie dos títulosMoeda original

Quantidade Nominal Cotação/PreçoValor balanço/

justo valor

Mercado organizado relevante

Instrumentos de dívida

De outros não residentes

Dívida não subordinada

Obrigações

BARCLAYS BANK_LONDON 07-06-2010 EUR 3 000 1.000 96,41% 2.892 -

2.892

2.892

Valores unitários

NOTA 10 - ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006Instrumentos de dívida

Emitidos por residentes

Obrigações de emissores públicos nacionais 92.001 130.153Obrigações de Instituições de Crédito nacionais Dívida não subordinada - - Dívida subordinada 3.046 3.026Obrigações de empresas nacionais Dívida não subordinada 23.087 25.279Papel comercial de empresas nacionais 28.590 135.935

Emitidos por não residentes

Obrigações de Emissores Públicos estrangeiros 26.920 -Obrigações de Instituições de Crédito estrangeiras Dívida não subordinada 2.015 2.011 Dívida subordinada 13.586 13.083Obrigações de empresas estrangeiras Dívida não subordinada 28.882 26.978Papel comercial de empresas estrangeiras 269.841 296.286

487.968 632.751

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Em 31 de Dezembro de 2007, os cupões mínimo e máximo observados na carteira de títulos disponíveis para venda são de 3,75% (TELEFÓNICA SA – 02.02.2011) e 7,875% (CCSA FINANCE LTD – 17.05.2016). O detalhe dos activos financeiros disponíveis para venda é apresentado de seguida:

Natureza e espécie dos títulosMoeda original

Quantidade Nominal Cotação/PreçoValor

AquisiçãoValor balanço/

justo valorValias (+/-)

Mercado organizado relevante

Instrumentos de dívida

Emitidos por residentes

De dívida pública portuguesa Obrigações do Tesouro

DIRECÇÃO GERAL TESOURO 20-05-2010 EUR 1 000 000 000 0,01 103,73% 10.302 10.734 71 Euronext-LisboaDIRECÇÃO GERAL TESOURO 15-07-2009 EUR 8 000 000 000 0,01 99,75% 79.442 81.267 356 Euronext-Lisboa

89.744 92.001 427 De outros residentes

Outros

Dívida não subordinada

Obrigações

PORTUCEL SA 29-03-2010 EUR 1 000 000 10 100,71% 10.000 10.222 71 Euronext-LisboaSONAE INDÚSTRIA, SA 27-04-2008 EUR 1 000 000 10 100,08% 10.000 10.109 8 Euronext-LisboaBRISA SA 05-12-2016 EUR 60 50.000 91,55% 2.998 2.756 (251) Múltiplos

22.998 23.087 (172)

Papel Comercial

REFRIGOR 06-06-2008 EUR 1 1.000.000 97,93% 955 979 (1) -WELLAX FOOD LOGISTICS LDA 27-03-2008 USD 1 27.172.067 101,61% 27.172 27.611 23 -

28.127 28.590 22

Dívida subordinada

Obrigações

BANIF-LISBOA 30-12-2015 EUR 3 000 1.000 101,51% 3.000 3.046 45 Luxemburgo3.000 3.046 45

Emitidos por não residentes

De dívida pública estrangeira Obrigações

REPUBLIC OF ITALY 01-08-2017 EUR 25 000 1.000 105,50% 26.708 26.920 (333) Múltiplos26.708 26.920 (333)

De outros não residentes

Outros

Dívida não subordinada

Obrigações

BOTTLING HOLDINGS INV 08-11-2010 EUR 10 50.000 99,64% 500 502 (2) NYSEGAMA RECEIVABLES FUNDING PLC 26-12-2011 EUR 10 000 000 1 100,41% 10.000 10.049 41 -FRANCE TELECOM 23-12-2009 EUR 2 000 1.000 103,86% 2.126 2.080 (48) MúltiplosTELEFÓNICA SA 02-02-2011 EUR 1 000 1.000 96,07% 997 995 (37) MúltiplosCCSA FINANCE LTD 17-05-2016 USD 10 000 679 102,61% 7.034 7.033 (63) -OBRASCON HUARTE LAIN SA 18-05-2012 EUR 60 50.000 97,10% 2.994 3.006 (81) LondresMORGAN STANLEY INC_NEW YOR 12-10-2016 EUR 3 000 1.000 88,95% 2.908 2.698 (240) LondresWURTH FINANCE INTERNATIONA 12-06-2014 EUR 2 500 1.000 98,13% 2.494 2.519 (41) MúltiplosBANIF FINANCE LTD 03-11-2010 EUR 2 000 1.000 99,95% 1.999 2.015 - Luxemburgo

31.052 30.897 (471)

Papel Comercial

USINA CORURIPE ACUCAR E AL 09-01-2008 USD 1 3.396.508 103,30% 3.397 3.509 - -CIA SUZANO PAPEL CELULOSE 22-02-2008 USD 1 6.793.017 102,56% 6.793 6.967 6 -PERDIGAO AGROINDUSTRIAL SA 25-02-2008 USD 1 33.965.084 102,35% 33.965 34.763 28 -CIA SUZANO PAPEL CELULOSE 25-02-2008 USD 1 6.793.017 102,54% 6.793 6.966 6 -PERDIGAO AGROINDUSTRIAL SA 25-02-2008 USD 1 16.982.542 102,35% 16.983 17.381 14 -KLABIN SA 13-03-2008 USD 1 33.965.084 102,25% 33.965 34.731 49 -ACOS VILLARES SA 25-03-2008 USD 1 13.586.034 101,96% 13.586 13.853 10 -CIA SUZANO PAPEL CELULOSE 31-03-2008 USD 1 20.379.050 101,77% 20.379 20.740 20 -CENIBRA - CELULOSE NIPO BR 11-04-2008 USD 1 40.758.101 101,60% 40.758 41.410 52 -KLABIN SA 14-01-2008 USD 1 13.586.034 101,39% 13.586 13.775 2 -COSIPA OVERSEAS LTD 15-04-2008 USD 1 22.643.389 101,54% 22.643 22.992 30 -COMMON INDUSTRIES 24-11-2008 USD 1 33.965.084 100,66% 33.965 34.188 54 -COTEMINAS S/A 22-01-2008 USD 1 18.526.409 100,21% 18.526 18.566 4 -

265.339 269.841 275

Dívida subordinada Obrigações

ERSTE CAPITAL FINANCE 28-09-2049 EUR 1 000 1.000 87,91% 990 893 (111) MúltiplosCAIXA GERAL DEPÓSITOS CAYMAN 18-12-2049 EUR 2 000 1.000 97,50% 2.087 1.955 (137) LuxemburgoSANTANDER ISSUANCES, S.A. 03-03-2016 EUR 60 50.000 96,51% 2.998 2.907 (102) LuxemburgoBANCO SANTANDER TOTTA LOND 09-12-2015 EUR 3 000 1.000 98,53% 2.999 2.965 (44) LuxemburgoDEUTSCHE BANK-DEU 22-09-2015 EUR 5 000 1.000 97,21% 4.998 4.866 (137) Luxemburgo

14.072 13.586 (531)

481.040 487.968 (738)

Valores unitários Valores em EUR'000

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NOTA 11 - APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Aplicações em Instituições de Crédito no País Mercado Monetário Interbancário / Depósitos a prazo 59.477 49.959 Juros a receber 177 149

Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro Mercado Monetário Interbancário / Depósitos a prazo 767.615 1.005.572 Aplicações Vinculadas a Depósitos Caucionados 11.863 18.900 Aplicações Vinculadas a Comércio Externo 19.360 15.000 Juros a receber 2.932 3.623

861.424 1.093.203

Em 31 de Dezembro de 2007, a taxa de juro máxima e mínima, para aplicações em EUR, é de 4,90% e de 3,30%, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2007, a taxa de juro máxima e mínima, para aplicações em USD, é de 10,40% e de 4,30%, respectivamente. NOTA 12 - CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Crédito não titulado

Crédito Interno Conta corrente a curto prazo 2.900 2.211 Empréstimos a médio e longo prazo 5.368 11.272 Crédito a Empregados 8.376 7.577 Juros a receber 120 125

16.764 21.185 Crédito ao Exterior Desconto de saque importação 52.688 49.524 Juros antecipados - Desconto de saque importação ( 1.486) ( 1.264) Conta corrente a curto prazo 207.642 123.844 Empréstimos a médio e longo prazo 514.697 380.327 Juros a receber 8.713 5.643

782.254 558.074

Crédito e Juros Vencidos 120 657

Comissões associadas ao custo amortizado (líquidas) ( 517) ( 175)

Valor bruto do crédito a clientes 798.621 579.741

Provisões para crédito vencido ( 1) ( 7)

Valor líquido do crédito a clientes 798.620 579.734

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Em 31 de Dezembro de 2007, a estrutura sectorial da carteira de crédito a clientes do Banco (excluindo crédito e juros vencidos, juros a receber, juros antecipados, comissões e provisões) é a seguinte:

31.12.2007 % 31.12.2006 %

Energia 94.365 11,9% 108.160 18,8%Indústria siderúrgica e metalúrgica 59.643 7,5% 36.334 6,3%Distribuição 39.206 5,0% 40.814 7,1%Alimentação, bebidas e tabaco 95.974 12,1% 38.771 6,7%Açúcar e álcool 29.825 3,8% 12.648 2,2%Mineração 11.008 1,4% 60.744 10,6%Telecomunicações 30.681 3,9% 27.831 4,8%Transportes 2.093 0,3% 4.363 0,8%Automóvel 25.054 3,2% 28.012 4,9%Celulose e papel 10.000 1,3% 10.000 1,7%Indústria química 79.971 10,1% 39.925 6,9%Construção Civil 20.027 2,5% 21.299 3,7%Fabricação e comércio de material eléctrico 14.320 1,8% 11.493 2,0%Têxtil e calçado 15.804 2,0% 17.635 3,1%Reparação Naval / Const. Aeronaves 7.975 1,0% 15.908 2,8%Instituições Financeiras 143.587 18,1% 12.050 2,1%Holdings e serviços 3.958 0,5% 8.958 1,6%Crédito a particulares "Private Banking" 9.376 1,2% 7.577 1,3%Outros sectores 98.804 12,4% 72.233 12,6%

791.671 100,0% 574.755 100,0%

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NOTA 13 - OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS O movimento ocorrido nos outros activos tangíveis durante o exercício de 2007 foi o seguinte:

Valor bruto Amortizações acumuladasSaldo em Transfe- Alienações / Saldo em Saldo em Amortizações Transfe- Alienações / Saldo em Saldo em Saldo em31.12.06 Aquisições rências Abates 31.12.07 31.12.06 do exercício rências Abates 31.12.07 31.12.06 31.12.07

Outros activos tangíveis° Imóveis 2.800 - - - 2.800 (707) (123) - - (830) 2.093 1.970° Mobiliário e material 216 8 - (12) 212 (96) (23) - 10 (109) 120 103° Máquinas e ferramentas 97 2 - - 99 (64) (10) - - (74) 33 25° Equipamento informático 930 212 - - 1.142 (620) (194) - - (814) 310 328° Instalações interiores 793 - - - 793 (464) (68) - - (532) 329 261° Material de transporte 79 - - (79) - (72) - - 72 - 7 -° Equipamento de segurança 42 - - - 42 (34) (5) - - (39) 8 3° Outro equipamento 10 - - - 10 (6) (1) - - (7) 4 3

Total 4.967 222 - (91) 5.098 (2.063) (424) - 82 (2.405) 2.904 2.693

O movimento ocorrido nos outros activos tangíveis durante o exercício de 2006 foi o seguinte:

Valor bruto Amortizações acumuladas Valor líquidoSaldo em Transfe- Alienações / Saldo em Saldo em Amortizações Transfe- Alienações / Saldo em Saldo em Saldo em31.12.05 Aquisições rências Abates 31.12.06 31.12.05 do exercício rências Abates 31.12.06 31.12.05 31.12.06

Outros activos tangíveis° Imóveis 2.800 - - - 2.800 (584) (123) - - (707) 2.216 2.093° Mobiliário e material 209 7 - - 216 (71) (25) - - (96) 138 120° Máquinas e ferramentas 97 - - - 97 (53) (11) - - (64) 44 33° Equipamento informático 699 231 - - 930 (458) (162) - - (620) 241 310° Instalações interiores 732 61 - - 793 (385) (79) - - (464) 347 329° Material de transporte 171 - - (92) 79 (136) (25) - 89 (72) 35 7° Equipamento de segurança 42 - - - 42 (28) (6) - - (34) 14 8° Outro equipamento 10 - - - 10 (4) (2) - - (6) 6 4

Total 4.760 299 - (92) 4.967 (1.719) (433) - 89 (2.063) 3.041 2.904

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NOTA 14 - ACTIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nos activos intangíveis durante o exercício de 2007 foi o seguinte:

Valor bruto Amortizações acumuladasSaldo em Transfe- Alienações / Saldo em Saldo em Amortizações Transfe- Alienações / Saldo em Saldo em Saldo em31.12.06 Aquisições rências Abates 31.12.07 31.12.06 do exercício rências Abates 31.12.07 31.12.06 31.12.07

Activos intangíveis° Sistemas de tratamento automático de dados (software) 636 372 - - 1.008 (232) (239) - - (471) 404 537

Total 636 372 - - 1.008 (232) (239) - - (471) 404 537

O movimento ocorrido nos activos intangíveis durante o exercício de 2006 foi o seguinte:

Valor bruto Amortizações acumuladas Valor líquidoSaldo em Transfe- Alienações / Saldo em Saldo em Amortizações Transfe- Alienações / Saldo em Saldo em Saldo em31.12.05 Aquisições rências Abates 31.12.06 31.12.05 do exercício rências Abates 31.12.06 31.12.05 31.12.06

Activos intangíveis° Sistemas de tratamento automático de dados (software) 84 552 - - 636 (27) (205) - - (232) 57 404

Total 84 552 - - 636 (27) (205) - - (232) 57 404

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NOTA 15 - INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Esta rubrica analisa-se como segue:

Participação Custos Participação Custosno capital da no capital da

Directa Indirecta participação Directa Indirecta participação

° IPI 51,00% - 183.824 51,00% - 183.824° BIE Luxembourg 99,98% - 54.490 99,95% - 27.318° Itaú Europa - SGPS 99,99% - 68.126 99,99% - 68.126° Itaú Europa Representações 100,00% - 510 100,00% - 510° Itaú Madeira Investimentos 98,00% - 5 98,00% - 5° BIE International 100,00% - 177.980 - - -

Valor bruto 484.935 279.783º Provisão (Ver Nota 2.2.2. c)) - (5.367)

Valor líquido 484.935 274.416

31.12.2007 31.12.2006

Em Maio de 2007, o Banco adquiriu 100% do capital social do BIE International por cerca de USD 150 milhões. Na mesma data, o Banco procedeu a um aumento do capital social da sua subsidiária BIE Luxemburgo no montante de USD 40 milhões, o que permitiu um reforço da sua participação para 99,98%. Em Junho de 2007, o Banco efectuou um aumento do capital social da sua subsidiária BIE International em cerca de USD 112 milhões. NOTA 16 - ACTIVOS POR IMPOSTOS Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Activos por impostos correntesPagamentos de IRC por conta - 18

- 18

Activos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 6.256 3.790

6.256 3.790

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NOTA 17 - OUTROS ACTIVOS Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Devedores e outras aplicações Sector Público Administrativo 374 47 Outros Devedores 203 205

577 252Rendimentos a receber Por compromissos irrevogáveis assumidos com terceiros 205 Por serviços bancários prestados 288 491 Por operações realizadas por conta de terceiros 1.462 58 Outros rendimentos a receber Comissões sobre garantias prestadas 34 24 Reembolso de despesas 632 822

2.621 1.395Despesas com encargo diferido Compromissos irrevogáveis 159 122 Rendas e alugueres 146 111 Seguros 40 22 Manutenção de sistemas e equipamentos 211 109 Serviços de informações 306 158 Outras despesas com encargo diferido 33 72

895 594Outras contas de regularização Operações Cambiais a liquidar 2.783 - Outras operações a regularizar Valores cobrados 164 233 Títulos em negociação 184 6

3.131 239Outros activos Outros - 36

- 36

7.224 2.516

NOTA 18 - PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO E AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Passivos Financeiros Detidos para negociação

Structured Linked Notes 14.087 -

Intrumentos derivados com justo valor negativo (Nota 8) 45.653 38.882

59.740 38.882

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O detalhe dos passivos financeiros detidos para negociação é apresentado de seguida:

JuroDesignação Moeda corrido +/- Valias Taxa actual Maturidade

BIE - Londres Currency Constraint and Credit Linked Notes 26-01-2007 USD 998.762 678 - 14 159 851 5,62% 18-08-2010 -BIE - Londres Currency Constraint and Credit Linked Notes 26-10-2007 USD 3.000.000 2.038 - 20 19 2.077 5,62% 18-08-2010 -BIE - Londres Currency Constraint and Equity Participation Note 31-10-2007 USD 173.698 118 - - 15 133 - 06-02-2008 -BIE - Londres Currency Constraint and Equity Participation Note 06-11-2007 USD 187.852 128 - - 5 133 - 11-02-2008 -BIE - Londres Currency Constraint and Equity Participation Note 13-11-2007 USD 857.626 583 - - (24) 559 - 17-11-2008 -BIE - Londres Currency Constraint and Equity Participation Note 13-11-2007 USD 595.476 405 - - (7) 398 - 15-02-2008 -BIE - Londres Currency Constraint and Equity Participation Note 21-11-2007 USD 1.609.195 1.093 - - (132) 961 - 21-11-2008 -BIE - Londres Currency Constraint and Equity Participation Note 21-11-2007 USD 321.839 219 - - (27) 192 - 21-11-2008 -BIE - Londres Currency Constraint and Equity Participation Note 04-12-2007 USD 281.215 191 - - 1 192 - 08-12-2008 -BIE - Londres Currency Constraint and Equity Participation Note 04-12-2007 USD 292.464 199 - - 1 200 - 08-12-2008 -BIE - Londres Currency Constraint and Equity Participation Note 05-12-2007 USD 340.339 231 - - 1 232 - 08-12-2008 -BIE - Londres Currency Constraint and Credit Linked Notes 19-12-2007 USD 10.010.865 6.800 - - 75 6.875 - 19-05-2015 -BIE - Londres Currency Constraint and Equity Participation Note 27-12-2007 USD 86.763 59 - - (2) 57 - 12-12-2008 -BIE - Londres Currency Constraint and Equity Participation Note 27-12-2007 USD 909.036 618 - - (68) 550 - 15-12-2008 -BIE - Londres Currency Constraint and Equity Participation Note 31-12-2007 USD 506.579 344 - - (3) 341 - 05-01-2010 -BIE - Londres Currency Constraint and Equity Participation Note 31-12-2007 USD 499.715 339 - - (3) 336 - 05-01-2010 -

14.087

Registo em bolsaEntidade emitente

Montante da emissão em

moeda

Montante da emissão em

EUR'000Data de emissão

Saldo em 31.12.2007Recompras

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NOTA 19 - RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Recursos de Instituições de Crédito no PaísMercado Monetário Interbancário / Depósitos a Prazo 117.000 348.063Empréstimos Sindicados 11.500 13.500Juros a pagar 490 785

128.990 362.348

Recursos de Instituições de Crédito no EstrangeiroDepósitos à ordem 4.261 294Mercado Monetário Interbancário / Depósitos a Prazo 905.918 728.205Empréstimos Sindicados 368.500 186.500Operações de venda com acordo de recompra (Nota 29) 60.878 62.091Outros Recursos 3.653 -Juros a pagar 10.908 7.783

1.354.118 984.873

1.483.108 1.347.221

Em 31 de Dezembro de 2007, a taxa de juro máxima e mínima, para recursos de outras instituições de crédito em EUR, é de 5,35% e de 3,78%, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2007, a taxa de juro máxima e mínima, para recursos de outras instituições de crédito em USD, é de 5,75% e de 4,20%, respectivamente.

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NOTA 20 - RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Recursos de clientes no PaísDepósitos à vista 10.419 27.654Depósitos a prazo 12.581 38.875Juros de depósitos a prazo 71 95

23.071 66.624

Recursos de clientes no EstrangeiroDepósitos à vista 455 439Depósitos a prazo 1.781 3.105Juros de depósitos a prazo 44 68

2.280 3.612

25.351 70.236

Em 31 de Dezembro de 2007, a rubrica Recursos de clientes no Estrangeiro - depósitos a prazo, inclui dois depósitos no montante de USD 530 milhares e USD 1.010 milhares que se encontram a colateralizar operações de crédito ou extrapatrimoniais. NOTA 21 - RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Euro Medium Term Notes 495.000 694.700Juros a pagar 2.905 4.118Encargos com as emissões ( 1.936) ( 1.911)

495.969 696.907

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O detalhe das responsabilidades representadas por títulos é apresentado de seguida:

Responsabilidades representadas por títulos em 31 de Dezembro de 2007

Taxa de JuroEntidade emitente Designação Moeda Quantidade Indexante Spread Taxa actual Maturidade

Cotação em bolsa

BIE - SFE EMTN Programme (a) Fev-05 EUR 8.000 8.000.000 8.000 - 8.000 Euribor 6m + 0.47% 5,04% Semestral Fev-12 LuxemburgoBIE - SFI EMTN Programme (b) Jul-06 EUR 300.000 300.000.000 300.000 (12.000) 288.000 Euribor 3m + 0.32% 4,93% Trimestral Jul-11 LuxemburgoBIE - SFE EMTN Programme (a) Jun-05 EUR 200.000 200.000.000 200.000 (1.000) 199.000 Euribor 3m + 0.375% 5,17% Trimestral Jun-10 Luxemburgo

495.000

(a) O montante global do Euro Medium Term Note Programme é de EUR 750 milhões.(b) O montante global do Euro Medium Term Note Programme é de EUR 1.000 milhões.

Responsabilidades representadas por títulos em 31 de Dezembro de 2006

Taxa de JuroEntidade emitente Designação Moeda Quantidade Indexante Spread Taxa actual Maturidade

Cotação em bolsa

BIE - SFE EMTN Programme (a) Jul-04 EUR 200.000 200.000.000 200.000 (13.300) 186.700 Euribor 3m + 0.45% 3,93% Trimestral Jul-07 LuxemburgoBIE - SFE EMTN Programme (a) Fev-05 EUR 8.000 8.000.000 8.000 - 8.000 Euribor 6m + 0.47% 3,89% Semestral Fev-12 LuxemburgoBIE - SFI EMTN Programme (b) Jul-06 EUR 300.000 300.000.000 300.000 - 300.000 Euribor 3m + 0.32% 3,86% Trimestral Jul-11 LuxemburgoBIE - SFE EMTN Programme (a) Jun-05 EUR 200.000 200.000.000 200.000 - 200.000 Euribor 3m + 0.375% 4,08% Trimestral Jun-10 Luxemburgo

694.700

(a) O montante global do Euro Medium Term Note Programme é de EUR 750 milhões.(b) O montante global do Euro Medium Term Note Programme é de EUR 1.000 milhões.

Data de emissão

Montante da emissão em

moeda

Montante da emissão em

EUR'000 RecomprasSaldo em

31.12.2006

Periodicidade de pagamento

de juros

Data de emissão

Montante da emissão em

moeda

Montante da emissão em

EUR'000 RecomprasSaldo em

31.12.2007

Periodicidade de pagamento

de juros

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44

NOTA 22 - PASSIVOS POR IMPOSTOS Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Passivos por impostos correntes

IRC a pagar 97 23997 239

Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 146 637146 637

NOTA 23 - PASSIVOS SUBORDINADOS Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Passivos Subordinados - Titulados 97.000 122.779 - Não Titulados 139.257 -Juros a pagar 778 235Encargos com as emissões ( 112) ( 126)

236.923 122.888

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O detalhe dos passivos subordinados é apresentado de seguida:

Passivos subordinados em 31 de Dezembro de 2007

Entidade Data de Taxa de juro "Call Option"emitente Designação emissão Moeda Quantidade Indexante Spread TxActual Cupão Maturidade aos cupões Cotadas

BIE - SFI Madeira Subordinated Floating Rate Notes (a) Dez-05 EUR 100.000 100.000.000 100.000 (3.000) 97.000 Euribor 3m + 0,550% 5,3400% 1º ao último Dez-15 10º e seguintes LuxemburgoBIE - SFI Madeira Subordinated Loan Agreement (b) Mai-07 USD n.a. 205.000.000 139.257 - 139.257 Libor 6m + 0,45% 5,3563% Semestral Mai-12 - -

236.257

(a) Estes títulos foram colocados e tomados firme por um sindicato bancário constituído pelo Bayerische Hypo-Vereinsbank AG, BIE Bank & Trust Limited and Landesbank Baden-Württemberg(b) Este empréstimo subordinado foi celebrado com a sociedade Zux Cayman Company Limited.

Passivos subordinados em 31 de Dezembro de 2006

Entidade Data de Taxa de juro "Call Option"emitente Designação emissão Moeda Quantidade Indexante Spread TxActual Cupão Maturidade aos cupões Cotadas

BIE - SFI Madeira Subordinated Floating Rate Notes (a) Dez-05 EUR 100.000 100.000.000 100.000 - 100.000 Euribor 3m + 0,550% 4,25700% 1º ao último Dez-15 10º e seguintes LuxemburgoBIE - SFE Madeira Subordinated Floating Rate Notes (b) Nov-98 USD 30.000 30.000.000 22.779 - 22.779 Libor 6m + 0,375% 5,72938% 1º ao último Nov-08 10º e seguintes -

122.779

(a) Estes títulos foram colocados e tomados firme por um sindicato bancário constituído pelo Bayerische Hypo-Vereinsbank AG, BIE Bank & Trust Limited and Landesbank Baden-Württemberg(b) Estes títulos foram subscritos por uma instituição de crédito pertencente ao Grupo Itaúsa (Brasil)

Montante da emissão em

moeda

Montante da emissão em

EUR'000 RecomprasSaldo em

31.12.2006

Montante da emissão em

moeda

Montante da emissão em

EUR'000 RecomprasSaldo em

31.12.2007

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NOTA 24 - OUTROS PASSIVOS Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Credores e outros recursos Sector Público Administrativo 336 257 Outros Credores 67.233 269

67.569 526Encargos a pagar Gastos com pessoal 4.228 2.459 Gastos gerais administrativos Auditoria 38 30 Consultoria e suporte técnico 675 1.419 Outros serviços especializados 146 443 Outros 760 595 Outros encargos a pagar 33 42

5.880 4.988Receitas com rendimento diferido Compromissos irrevogáveis assumidos perante terceiros 1.152 580 Garantias prestadas e outros passivos eventuais 517 213

1.669 793Outras contas de regularização Operações passivas a regularizar 54 60 Outras operações a regularizar Títulos em negociação 686 -

740 60

75.858 6.367

A rubrica de Outros credores a 31 de Dezembro de 2007 reflecte a deliberação da Assembleia Geral do Banco de 7 de Dezembro de 2007, de proceder a um aumento de capital no valor de €65.000 milhares. A Itaúsa Portugal, accionista único do Banco, entregou os fundos ainda em Dezembro de 2007, por conta do aumento de capital que se formalizou apenas em Janeiro de 2008.

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NOTA 25 - PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões do Banco durante o exercício de 2007 foi o seguinte:

Saldo em Saldo em31.12.2006 Anulações / 31.12.2007

NCA Dotações Utilizações Reposições NCA

Activo:- Para crédito de cobrança duvidosa - - - - -- Para crédito vencido 7 911 - (917) 1- Para risco-país: - - de crédito ao exterior - - - - - - de participações financeiras 5.367 - (5.367) - -

5.374 911 (5.367) (917) 1Passivo:- Para risco-país: - de operações extrapatrimoniais - - - - -- Para riscos gerais de crédito 9.165 5.157 - (2.947) 11.375- Para outros riscos e encargos: - para contingências fiscais 1.393 917 (428) - 1.882

10.558 6.074 (428) (2.947) 13.257

Total de Provisões 15.932 6.985 (5.795) (3.864) 13.258

O montante de €5.367 milhares corresponde à provisão para risco-país dos riscos detidos pela filial Bank & Trust, revertida na sequência da Carta Circular 46/07/DSBDR, emitida pelo Banco de Portugal em 22 de Junho de 2007, através da qual o nível de provisionamento para risco-país aplicado ao Brasil passou a ser de 0% (Ver Nota 2.2.2. c)).

O movimento ocorrido nas provisões do Banco durante o exercício de 2006 foi o seguinte:

Saldo em Saldo em31.12.2005 Anulações / 31.12.2006

Proforma NCA Dotações Utilizações Reposições NCA

Activo:- Para crédito de cobrança duvidosa - 96 - (96) -- Para crédito vencido 175 110 - (278) 7- Para risco-país: - de crédito ao exterior 98 49 - (147) - - de participações financeiras 5.987 2.918 (307) (3.231) 5.367

6.260 3.173 (307) (3.752) 5.374Passivo:- Para risco-país: - de operações extrapatrimoniais 57 2 - (59) -- Para riscos gerais de crédito 8.682 2.729 - (2.246) 9.165- Para outros riscos e encargos: - para contingências fiscais - 1.393 - - 1.393

8.739 4.124 - (2.305) 10.558

Total de Provisões 14.999 7.297 (307) (6.057) 15.932

NOTA 26 - CAPITAL Durante o exercício de 2007 não existiram quaisquer alterações ao capital subscrito. Em 31 de Dezembro de 2007, o capital do Banco é representado por 63.584.832 acções nominativas, com o valor nominal de €5 cada, integralmente subscritas e realizadas pela Itaúsa Portugal.

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NOTA 27 - RESERVAS DE REAVALIAÇÃO DE JUSTO VALOR Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Reservas de reavaliação de justo valor

Reservas resultantes da valorização ao justo valor de activos financeiros disponíveis para venda Instrumentos de dívida (738) 589 Impostos diferidos passivos (146) (117)

(884) 472

NOTA 28 - OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Reserva legal 12.012 10.833Outras reservas e

resultados transitados 47.500 42.727Reservas para provisão risco-país (Ver Nota 2.2.2. c)) - (5.367)

59.512 48.193

A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. A legislação portuguesa aplicável ao sector bancário (Artigo 97º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras) exige que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até à concorrência do capital. A aplicação de resultados do Banco referentes ao exercício de 2006 foi como segue:

EUR'000

Reservas legais 1.179Reservas livres 5.520Dividendos 5.087

11.786

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NOTA 29 - CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Garantias recebidasGarantias e avales 274.929 236.857Cartas de crédito "stand-by" 844.107 497.544Fianças e indemnizações 232.825 6.683Activos recebidos em garantia 190.514 13.411Outras garantias recebidas 9.986 8.594

1.552.361 763.089

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisTítulos dados em garantia 78.928 81.541Outros activos dados em garantia 14.588 18.900Garantias institucionais 205.323 172.551

298.839 272.992

Compromissos perante terceirosLinhas de crédito irrevogáveis Residentes 10.000 13.789 Não residentes 319.549 195.972

329.549 209.761

Responsabilidades por prestação de serviçosValores administrados pela instituição 46.642 51.969

46.642 51.969

Em 31 de Dezembro de 2007, os títulos dados em garantia correspondem a activos financeiros disponíveis para venda (Ver Notas 10 e 19) e encontram-se detalhados abaixo:

31.12.2007

Quantidade Valor

Títulos dados em garantia em operações de venda com acordo de recompra (Nota 19)DIRECÇÃO GERAL TESOURO 3.95% JUL 1999/2009 6.050.000.000 60.878

Títulos dados em penhorDIRECÇÃO GERAL TESOURO 5.85% MAI 2000/2010 305.000.000 3.050DIRECÇÃO GERAL TESOURO 3.95% JUL 1999/2009 1.500.000.000 15.000

7.855.000.000 78.928

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NOTA 30 - MARGEM FINANCEIRA Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Juros e Rendimentos Similares

Juros de disponibilidades 515 483Juros de aplicações em instituições de crédito 34.661 30.257Juros de crédito 39.400 28.711Juros de crédito vencido 92 34Juros de títulos detidos para negociação 646 1.137Juros de títulos disponíveis para venda 32.220 30.718Outros juros e rendimentos similares - 1

107.534 91.341Juros e Encargos Similares

Juros de captações de instituições de crédito ( 58.658) ( 46.216)Juros de depósitos de clientes ( 2.012) ( 1.095)Juros de emissão de obrigações ( 27.638) ( 21.423)Juros de vendas a descoberto - -Juros de emissão de obrigações subordinadas ( 10.804) ( 4.837)Outros juros e encargos similares - ( 57)

( 99.112) ( 73.628)

8.422 17.713

NOTA 31 - COMISSÕES LÍQUIDAS Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Rendimentos de Serviços e ComissõesPor Garantias Prestadas 780 941Por Compromissos Assumidos Perante Terceiros 2.344 4.669Por Operações sobre Instrumentos Financeiros 162 -Por Serviços Bancárias Prestados 155 34Por Operações Realizadas por Conta de Terceiros 2.825 590Outras 552 -

6.818 6.234

Encargos com Serviços e ComissõesPor Garantias Recebidas ( 1.375) ( 783)Por Compromissos Assumidos Por Terceiros - -Por Operações sobre Instrumentos Financeiros ( 8) -Por Serviços Bancários Prestados ( 574) ( 765)Por Operações Realizadas por Terceiros ( 220) ( 147)Outras ( 379) -

( 2.556) ( 1.695)

4.262 4.539

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NOTA 32 - GANHOS E PERDAS NÃO CORRENTES Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Rendimentos e receitas operacionaisProveitos pela prestação de serviços 1.960 1.834Reembolso de despesas 4.102 1.517Outros proveitos 233 197

6.295 3.548Encargos e gastos operacionaisQuotizações e Donativos ( 54) ( 85)Outras perdas operacionais ( 146) ( 176)Impostos sobre Lucro exercícios anteriores ( 144) ( 98)

( 344) ( 359)Outros ImpostosImpostos indirectos ( 930) ( 660)Impostos directos ( 78) ( 75)

( 1.008) ( 735)

4.943 2.454

NOTA 33 – RESULTADOS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Resultados de Activos e Passivos avaliados ao justo valor através de resultadosResultados de activos financeiros detidos para negociação 882 ( 272)Resultados de passivos financeiros detidos para negociação ( 176) ( 268)Resultados de instrumentos derivados 2.959 4.074

3.665 3.534

Resultados de activos disponíveis para vendaTítulos de dívida 5 286

5 286

Resultados de reavaliação cambial ( 2.409) ( 4.855)

Outros resultados em operações financeirasResultados de alienação de outros activos 18 166

18 166

1.279 ( 869)

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NOTA 34 - CUSTOS COM O PESSOAL Esta rubrica analisa-se como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Remuneração orgãos gestão e fiscalização 2.204 548Remuneração empregados 8.065 7.460Encargos sociais 1.109 906Outros custos com pessoal 349 401

11.727 9.315

Os membros dos Órgãos Sociais e os empregados ao serviço do Banco distribuem-se pelas seguintes categorias como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Órgãos sociais Administração 14 13 Conselho Fiscal 3 2

Quadro de pessoal Direcção 32 30 Técnicos e chefias intermédias 72 72 Administrativos 10 9 Auxiliares 3 3

134 129

NOTA 35 - IMPOSTOS SOBRE OS LUCROS O pagamento dos impostos sobre os lucros apurados em entidades com sede em Portugal é efectuado com base em declarações de auto liquidação, que ficam sujeitas a inspecções e eventual ajustamento pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos contado a partir do ano a que respeitam os impostos apurados. No entanto, é convicção da Administração do Banco que não ocorrerão quaisquer liquidações adicionais de valor significativo no contexto das demonstrações financeiras. O Banco tem reconhecido como dedução à base tributável de IRC, nas respectivas demonstrações de resultados individuais, os montantes calculados com base nos valores a pagar e/ou pagos em Portugal, os quais incluem o respectivo encargo do lucro gerado no período pela subsidiária sedeada nas Ilhas Caimão. Adicionalmente, o encargo acima referido incluía o efeito inerente às deduções fiscais reportáveis, as quais resultam de situações de dupla tributação.

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A análise do encargo com IRC é como segue:

31.12.2007 31.12.2006

Impostos correntes

Da Subsidiária nas Ilhas Caimão (613) (745)Do resultado sujeito a Tributação no exercício em análise 470 (1.277)De deduções especificas - dupla tributação - 1.224Outros (228) 345

(371) (453)

Impostos diferidos

Instrumentos Financeiros Derivados 1.180 (520)Imputação Lucros da Subsidiária nas Ilhas Caimão 1.805 2.539

2.985 2.019

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NOTA 36 - PARTES RELACIONADAS Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, não há qualquer montante de crédito concedido a membros do Conselho de Administração do Banco. Nestas datas, o Banco regista os seguintes saldos com partes relacionadas:

31.12.2007

Entidades subsidiárias Entidades relacionadasItaúsa Portugal Banco Itaú Europa Itaúsa Europa Itaú Madeira Itaúsa Europa Itaúsa Grupo Itaúsa

Itaú Europa, SGPS BIE Bank & Trust BIE Luxembourg Invest., SGPS International Representações Invest., SGPS Invest., SGPS Portugal, SGPS Grupo BPI (Brasil) (1) Total

Activos:Disponibilidades em outras Instituições de Crédito - - 13 - - - - - - 668 21 702Activos financeiros detidos para negociação - 16.659 1.325 - 1.931 - - - - - - 19.915Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - - - - - - - - - - - -Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - - - - - -Aplicações em Instituições de Crédito - 93.407 2.041 - 22.738 - - - - 19.530 - 137.716Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 68.126 - 54.490 183.824 177.980 510 5 - - - - 484.935Outros activos 40 288 - 57 - 1 4 92 40 - 5 527

68.166 110.354 57.869 183.881 202.649 511 9 92 40 20.198 26 643.795Passivos:Passivos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados - 26.129 30 - - - - - - - 1.271 27.430Recursos de outras Instituições de Crédito - 248.083 62.169 - 141.959 - - - - 20.082 61.429 533.722Recursos de Clientes e outros empréstimos 8.285 - - 8.156 - - - 384 4.735 - 1.430 22.990Responsabilidades representadas por títulos - 100.298 - - - - - - - - - 100.298Passivos subordinados - 23.408 - - - - - - - - - 23.408Outros passivos - - - - - 393 - - - - 260 653

8.285 397.918 62.199 8.156 141.959 393 - 384 4.735 20.082 64.390 708.501ProveitosJuros e rendimentos similares - 3.606 22 - 297 - - - - 1.210 8 5.143Lucros em operações financeiras - 15.665 2.298 - - - - - - - 14 17.977Comissões recebidas - - 1 - 20 - - - - - - 21Outros proveitos - 1.778 - - - - - - - - - 1.778

- 21.049 2.321 - 317 - - - - 1.210 22 24.919CustosJuros e encargos similares 71 336 10.907 599 3.772 - - - 104 583 12.082 28.454Prejuízos em operações financeiras - 43.817 2.623 - - - - - - - 1.789 48.229Comissões pagas - 16 - - - - - - - 26 1.079 1.121Outros custos - - - - - - - - - - - -

71 44.169 13.530 599 3.772 - - - 104 609 14.950 77.804Extrapatrimoniais:Garantias recebidas - 462 - - - - - - 476 366.260 367.198Garantias prestadas - - - - - - - - - - - - 49.117 49.117Operações cambiais e outros instrumentos derivados Compra - 919.586 40.038 - 102.593 - - - - - - - 465 1.062.682 Venda - (520.118) (1.447) - (100.585) - - - - - (31.865) (654.015)

- 399.468 39.053 - 2.008 - - - - 476 383.977 824.982

(1) Inclui as empresas Afinco Américas Madeira, Banco Itaú BBA Nassau, Banco Itaú BBA S. Paulo, Banco Itaú Cayman, Banco Itaú New York, Banco Itaú S. Paulo, Itaú Bank Cayman, Zux Madeira, Itaú Securities, Banco Itaú Chile, Zux Cayman.

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55

31.12.2006

Entidades subsidiárias Outras entidades relacionadasItaúsa Portugal Itaúsa Europa Itaú Madeira Itaúsa Europa Itaúsa Grupo Itaúsa

Itaú Europa, SGPS BIE Bank & Trust BIE Luxembourg Invest., SGPS Representações Invest., SGPS Invest., SGPS Portugal, SGPS Grupo BPI (Brasil) (1) Total

Activos:Disponibilidades em outras Instituições de Crédito - - 15 - - - - - 128 - 143Activos financeiros detidos para negociação - e ao justo valor através de resultados - 950 949 - - - - - - - 1.899Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - - - - -Aplicações em Instituições de Crédito - 107.665 - - - - - - 25.046 - 132.711Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 68.126 - 27.318 183.824 510 5 - - - - 279.783Outros activos - 260 - - 1 4 - - - 5 270

68.126 108.875 28.282 183.824 511 9 - - 25.174 5 414.806Passivos:Passivos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados - 27.989 - - - - - - - 1 27.990Recursos de outras Instituições de Crédito - 25.278 30.457 - - - - - 39.975 214.280 309.990Recursos de Clientes e outros empréstimos 8.178 - - 25.777 - - 208 100 - 32.189 66.452Responsabilidades representadas por títulos - 118.955 - - - - - - - - 118.955Passivos subordinados - 12.465 - - - - - - - - 12.465Outros passivos - - - - 363 - - - - 1.154 1.517

8.178 184.687 30.457 25.777 363 - 208 100 39.975 247.624 537.369ProveitosJuros e rendimentos similares - 1.445 9 - - - - - 502 12 1.968Lucros em operações financeiras - 2.509 3.226 - - - - - - 41 5.776Comissões recebidas - - - - - - - - - - -Outros proveitos - 1.538 - - - - - - - - 1.538

- 5.492 3.235 - - - - - 502 53 9.282CustosJuros e encargos similares 45 3.729 7.852 373 - - - 5 392 10.010 22.406Prejuízos em operações financeiras - 5.403 3.242 - - - - - - 13 8.658Comissões pagas - 11 - - - - - - 14 420 445Outros custos - - - - 586 - - - - - 586

45 9.143 11.094 373 586 - - 5 406 10.443 32.095Extrapatrimoniais:Garantias recebidas - 7.593 516 - - - - - 10.943 124.828 143.880Garantias prestadas - - - - - - - - - 72.524 72.524Operações cambiais e outros instrumentos derivados Compra - 398.163 48.029 - - - - - - 182 446.374 Venda - (363.632) (47.923) - - - - - - (82) (411.637)

- 42.124 622 - - - - - 10.943 197.452 251.141

(1) Inclui as empresas Afinco Américas Madeira, Banco Itaú BBA Nassau, Banco Itaú BBA S. Paulo, Banco Itaú Cayman, Banco Itaú New York, Banco Itáu S. Paulo, Itaú Bank Cayman, Zux Madeira, Itaú Securities

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NOTA 37 – EVENTOS SUBSEQUENTES Os acontecimentos relevantes ocorridos após 31 de Dezembro de 2007 são descritos abaixo:

• Aumento de capital: conforme deliberado em Assembleia Geral de 7 de Dezembro de 2007, foi efectuado em Janeiro de 2008 um aumento de capital no Banco Itaú Europa no valor de €65.000.000. O Banco passou a deter um capital social no valor de €382.924.160, representado por 76.584.832 acções com o valor nominal de €5 cada, totalmente subscrito e realizado pelo accionista único – Itaúsa Portugal.

• Itaú Europa Securities Durante o ano de 2007, e em linha com a procura pela crescente diversificação dos negócios e fontes de receitas, iniciou-se o processo de registo e aprovação junto das autoridades relevantes para a constituição da Itaú Europa Securities Inc., uma corporation constituída ao abrigo da legislação do Estado norte-americano de Delaware. A empresa, com sede em Miami, será uma subsidiária integral do Banco Itaú Europa e terá como objectivo o exercício de actividades acessórias ao negócio de private banking internacional do BIEI, o qual recomendará à sua base de clientes a utilização da Itaú Europa Securities Inc. em tudo quando se referir a serviços de corretagem abrangidos pela respectiva licença desta filial. O processo de obtenção das aprovações necessárias junto das autoridades competentes já foi iniciado sendo estimada a sua conclusão durante o primeiro semestre de 2008.

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PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Inscrita na lista dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº 183

Sede: Palácio Sottomayor – Rua Sousa Martins, 1 – 3º., 1050-217 Lisboa NIPC 506628752 Capital Social Euros 245.500

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial sob o nº 506 628 752 (ex nº 11912) Inscrita na Comissão de Valores Mobiliários sob o n. 9077

PricewaterhouseCoopers

& Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda Palácio Sottomayor

Rua Sousa Martins, 1 – 3º 1069-316 Lisboa Portugal

Tel +351 213 599 000 Fax +351 213 599 999

Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a Informação Financeira Individual

Introdução 1 Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório de gestão e nas demonstrações financeiras anexas do Banco Itaú Europa, SA, as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2007, (que evidencia um total de €2.765.152 milhares e um total de capital próprio de €374.703 milhares, incluindo um resultado líquido negativo de €1.849 milhares), as Demonstrações dos resultados, de alterações no capital próprio e dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e as correspondentes Notas explicativas. Estas demonstrações financeiras foram preparadas em conformidade com as Normas de Contabilidade Ajustadas (Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal), as quais têm por base as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) em vigor tal como adoptadas, em cada momento, pela União Europeia com as excepções referidas nos Avisos nº 1/2005 e nº 4/2005 do Banco de Portugal. Responsabilidades 2 É da responsabilidade do Conselho de Administração do Banco (i) a preparação do Relatório de gestão e de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Banco, as alterações no capital próprio, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada em conformidade com as Normas de Contabilidades Ajustadas emitidas pelo Banco de Portugal e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) a divulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados. 3 A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame. Âmbito 4 O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras não contêm distorções

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Banco Itaú Europa, SA

materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração utilizadas na sua preparação; (ii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iii) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (iv) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e (v) a apreciação se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. 5 O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas. 6 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 7 Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do Banco Itaú Europa, SA em 31 de Dezembro de 2007, as alterações no capital próprio, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas de Contabilidade Ajustadas emitidas pelo Banco de Portugal e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. Lisboa, 31 de Março de 2008 PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, representada por ____________________________________ António Alberto Henriques Assis, R.O.C.

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Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

Senhores Accionistas, 1 Nos termos da lei e do mandato que nos conferiram, apresentamos o relatório sobre a actividade fiscalizadora desenvolvida e damos parecer sobre o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras apresentados pelo Conselho de Administração do Banco Itaú Europa, SA relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2007. 2 No decurso do exercício acompanhámos, com a periodicidade e a extensão que considerámos adequada, a actividade do Banco. Verificámos a regularidade da escrituração contabilística e da respectiva documentação. Vigiámos também pela observância da lei e dos estatutos. 3 Acompanhámos igualmente os trabalhos desenvolvidos pela PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda e apreciámos a Certificação Legal das Contas emitida por esta Sociedade, em anexo, com a qual concordamos. Tomámos também conhecimento do teor do Relatório sobre a Fiscalização endereçado por aquela Sociedade ao Conselho de Administração. 4 No âmbito das nossas funções verificámos que: i) o Balanço e as Demonstrações de resultados, de alterações no capital próprio, dos

fluxos de caixa e o correspondente Anexo, complementados com o teor da Certificação Legal das Contas, permitem uma adequada compreensão da situação financeira do Banco, das alterações no capital próprio, dos seus resultados e dos fluxos de caixa;

ii) as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados são adequados; iii) o Relatório de Gestão é suficientemente esclarecedor da evolução dos negócios e

da situação do Banco evidenciando os aspectos mais significativos; iv) a proposta de aplicação de resultados se encontra devidamente fundamentada.

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Banco Itaú Europa, SA

5 Nestes termos, tendo em consideração as informações recebidas do Conselho de Administração e Serviços do Banco e as conclusões constantes da Certificação Legal das Contas, somos do parecer que: i) seja aprovado o Relatório de Gestão; ii) sejam aprovadas as Demonstrações Financeiras; iii) seja aprovada a proposta de aplicação de resultados. Lisboa, 31 de Março de 2008 O Presidente do Conselho Fiscal ____________________________ Dr. José Mata Sousa Mendes O Vogal ____________________________ Dr. João Manuel Ricardo Catarino O Vogal _________________________________ Dr. Manuel Carlos Teixeira de Abreu