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Balanço Social e Ambiental 2004

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Balanço Social e Ambiental2004

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Ser a energia e a luz da Bahia.

Rentabilizar a Coelba acima da referência da ANEEL no ciclo 2003-2008, e atender às expectativas da sociedade.

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81. Anexos82. Balanço Social Ibase 2004

84. Reconhecimentos

Apresentação . 9Mensagem do Presidente .10

Perfi l do Empreendimento .12

O Setor Elétrico em 2004 .14

17. A Empresa18. A Trajetória da Coelba

20. Responsabilidade Social e Cultura Organizacional

24. Planejamento Estratégico e Gestão da Responsabilidade Social

28. Governança Corporativa

A Atividade Empresarial .33Relacionamento com o Público Interno .34

Os Fornecedores como Parceiros Estratégicos .44

O Cliente Integrado ao Sistema de Gestão .48

Energia, Educação e Cultura nas Comunidades .56

Gerenciando o Impacto Ambiental .70

Balanço Social e Ambiental2004

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Apresentação Mensagem do Presidente .10

Perfi l do Empreendimento .12

O Setor Elétrico em 2004 .14

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Mensagem do Presidente

Uma visão renovada

A publicação do Balanço Social e Ambiental 2004 da Coelba tem como fi o condutor o negócio da empresa, e registra os atos e fatos relevantes do exercício, os objetivos alcançados e os desafi os para o futuro no que diz respeito ao seu programa de responsabilidade social empresarial.

Publicado anualmente desde 2001, o Balanço Social e Ambiental apresenta nesta edição uma estrutura totalmente reformulada, re-sultado do trabalho do Comitê de Responsabilidade Social – que en-volve diversos segmentos da empresa –, da comissão de elaboração do Balanço e de reuniões públicas com os principais stakeholders.

O documento é a síntese de um processo iniciado com o diagnósti-co da gestão da organização, seguido pelas fases de planejamento, implementação e avaliação das ações. Foram utilizados como base critérios de avaliação de mercado, como os modelos do Institu-to Ethos e do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas - Ibase, visando proporcionar uma compreensão mais clara da fi nali-dade das ações de responsabilidade social e dos impactos sociais e ambientais gerados pela cadeia produtiva da empresa.

Outro objetivo da publicação é apresentar o modelo gerencial da Coelba para responsabilidade social, atendendo à amplitude e à diversidade de públicos com os quais a empresa se rela-ciona. O programa de RSE agrega valor ao negócio, permeia o sistema de gestão e está inserido na sua estratégia empresarial, sendo de relevante importância para balizar o diálogo com os diferentes públicos.

Assim, o Balanço Social e Ambiental se consolida como um instru-mento de gestão, promovendo mais um salto qualitativo a partir da

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Balanço Social e Ambiental 2004

cultura de ética e transparência praticada pela Coelba. Da mesma forma, o programa de responsabilidade social vem se consolidando como uma fi losofi a, uma crença e uma po-lítica integradas à estratégia de negócios da empresa e ao seu sistema de gestão.

Compromisso com a Sociedade

A Coelba adota o princípio de que o acesso à energia é in-clusão social. Assim, o primeiro passo para a integração da responsabilidade social ao seu sistema de gestão é priorizar programas relativos à universalização de energia, satisfação de clientes, modernização do sistema elétrico, segurança, efi ciência energética, qualidade no fornecimento e redu-ção de perdas de energia. Além disso, o programa de Res-ponsabilidade Social da empresa agrega ações educacio-nais, ambientais e culturais, e integra aos seus serviços as peculiaridades das diversas regiões da Bahia, um estado de dimensões tão amplas e realidades tão distintas.

O Balanço Social e Ambiental da Coelba retrata os princi-pais aspectos do desempenho social, ambiental e econô-mico da empresa, e reafi rma o seu compromisso de aten-der aos clientes com qualidade e efi ciência, consciente do dever de contribuir para o desenvolvimento sustentável do Estado da Bahia.

Diretor Presidente

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Perfil do Empreendimento

Sociedade por ações de capital aberto, a Companhia de Eletrici-dade do Estado da Bahia – Coelba, é uma das três concessioná-

rias de serviço público de energia elétrica pertencentes ao Grupo Neoenergia. Suas atividades são regulamentadas e fi scalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia.

A empresa é a terceira maior distribuidora de energia elétrica do país em número de clientes e a décima em volume de energia comercializada, com 9.419 GWh/ano1, sendo a primeira do Norte-Nordeste nos dois itens. Atua no Estado da Bahia, com mais de 3.653.000 clientes, em uma área de concessão de 563.374 quilô-metros quadrados e 13,5 milhões de habitantes.

A empresa conta com uma força de trabalho própria de 2.772 co-laboradores e 106 estagiários, além de cerca de 5 mil empregados de empresas terceirizadas.

A sua sede, em Salvador, ocupa uma área de 130 mil metros quadra-dos. A empresa também possui sedes regionais nas cidades de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Juazeiro, Barreiras e Itabuna, além de 26 agências e 21 postos de atendimento nos principais municípios baia-nos. A rede Coelba Serviços complementa a estrutura de atendimento, com 963 postos avançados para pagamento de contas e solicitação de serviços, marcando presença nos 415 municípios atendidos.

A empresa foi a primeira concessionária de energia da América La-tina a construir, em 1994, uma subestação totalmente digitalizada, a SE Candeal, localizada em Salvador. Hoje, conta com 121 subes-tações automatizadas, sendo 85 digitalizadas.

Desde 1997, a Coelba investiu mais de R$ 1,8 bilhão na moder-nização e expansão do seu sistema elétrico, incorporando novas

(1) dados fornecidos pela ABRADEE relativos a 2003.

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tecnologias e aumentando a efi ciência. O quadro a seguir mostra quantitativos de instalações básicas dos sistemas de transmissão e distribuição:

2004 1997

Linhas de Transmissão 69 a 230 kV (km) 8.200 7.270

Nº Subestações 258 222

Linhas de Distribuição Primárias (km) 94.557 75.642

Linhas de Distribuição Secundárias (km) 55.342 52.652

A Coelba distribui 54,1% da energia elétrica total consu-mida no Estado. O restante é atendido pela Chesf (35,7%), Braskem (4,9%) e por comercializadores que operam no mercado livre (5,3%), congregando indústrias com grande demanda de energia. O município de Salvador representa 28% do mercado total da Coelba, que está segmentado em classes de consumo, de acordo com a estrutura tarifária de-fi nida pela ANEEL.

Por prestar um serviço essencial, a Coelba se relaciona com a comunidade buscando sempre maximizar a quali-dade do fornecimento de energia e aumentar a satisfação dos clientes. O compromisso com o desenvolvimento da sociedade está expresso em sua Missão e ratifi cado em suas realizações.

Edifício Sede da Coelba, em Salvador

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O Setor Elétrico em 2004

O ano de 2004 foi marcado por grandes alterações na indús-tria de energia elétrica em decorrência da regulamentação

do novo modelo para o setor, que modifi cou as regras de comer-cialização, criou ambientes separados para contratação visando o atendimento aos clientes dos mercados livre e cativo, e estabele-ceu a segregação das atividades das empresas de energia.

Os impactos das mudanças ainda não foram sentidos plenamen-te pelas distribuidoras, visto que sua implantação vem sendo fei-ta de forma gradual, à medida em que a estrutura regulatória está sendo desenvolvida.

O novo modelo tem como focos principais a modicidade tarifária e a segurança do suprimento, que são princípios de interesse social convergentes com o negócio de distribuição de energia.

Em busca da modicidade tarifária, o modelo estimulou a competi-ção, adotando as licitações – os chamados leilões de energia – para a concessão dos serviços, em particular da geração. A conjuntura atual é favorável à aplicação deste mecanismo pois há excedente de oferta e os preços da energia estão abaixo dos contratos exis-tentes e, portanto, do custo de exposição.

Além de proporcionarem a competição pelo mercado, os leilões de energia estão contribuindo, neste primeiro momento, para evi-tar impactos nos reajustes das tarifas do consumidor fi nal, rever-tendo-se em benefícios para a economia.

Atualmente, o mercado brasileiro de distribuição de energia elé-trica é atendido por 64 concessionárias, estatais ou privadas. A dis-tribuição e a transmissão são típicos monopólios naturais, com in-tensa regulamentação pelo poder concedente. A tarifa é regulada, com reajustes anuais e revisões em períodos defi nidos.

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Balanço Social e Ambiental 2004

Por outro lado, a implementação do Programa Luz para To-dos, instituído pelo Ministério das Minas e Energia no âmbi-to do Programa de Universalização, representa um grande desafi o para o setor elétrico brasileiro. O Programa visa pro-ver energia elétrica à população rural do país que ainda não tem acesso a este benefício, sendo que as regiões Norte e Nordeste apresentam os quadros mais críticos.

A competição e a responsabilidade social presentes nas questões inerentes ao setor elétrico brasileiro traz refl exos positivos para toda a sociedade, e faz com que as empresas de energia tenham sempre novos desafi os de gestão.

Linha de transmissão em 230kV

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A Trajetória da Coelba .18

Responsabilidade Social e Cultura Organizacional .20

Planejamento Estratégico e Gestão da Responsabilidade Social .24

Governança Corporativa . 28

A Empresa

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A Trajetória da Coelba

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A Empresa

A Coelba foi constituída em 28 de março de 1960 com a missão de fornecer energia para promover o desenvolvimento da Bahia.

Era controlada pelo Governo do Estado e atendia a 21 localidades.

Ao longo de sua trajetória, a empresa incorporou os serviços pres-tados pelas prefeituras e demais concessionárias existentes, como a Companhia Elétrica Rio de Contas (CERC) e a Companhia de Energia Elétrica da Bahia (CEEB), antes responsáveis pelo forneci-mento de energia elétrica.

Em 31 de julho de 1997, a Coelba foi privatizada através de leilão, tendo o seu controle acionário sido transferido para o Grupo Gua-raniana – consórcio formado pela empresa espanhola Iberdrola, fundo de pensão Previ, BB Investimentos, Brasil CAP e BB Ações Price – pelo valor de R$ 1,73 bilhão.

Também através de leilão, em 12 de dezembro de 1997, a Coelba adquiriu o controle acionário da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern).

Em janeiro de 1999, foi constituída a Itapebi Geração S.A., para construção e exploração do aproveitamento hidrelétrico de Itape-bi, localizado no extremo sul da Bahia, sendo a Coelba acionista majoritária do empreendimento.

Em 2004, a Guaraniana passou por um proceso de reformulação es-trutural, passando a denominar-se Grupo Neoenergia, reconfi gurando o modelo de gestão das suas empresas. Neste processo, o controle acionário da Itapebi Geração S.A. foi transferido para a holding.

Consciente de seu papel de agente de desenvolvimento do Estado e do Nordeste, a Coelba vem investindo cada vez mais para con-solidar sua atuação como Empresa Cidadã, ampliando suas ações

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Prédio da Coelba no Centro Histórico de Salvador

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Balanço Social e Ambiental 2004

junto a colaboradores, acionistas, fornecedores, clientes e comunidades. O refl exo disso pôde ser comprovado com os dados apresentados nos Relatórios Anuais e Balanços Sociais e Ambientais publicados.

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Responsabilidade Social e Cultura Organizacional

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A Empresa

A responsabilidade social empresarial na Coelba é mais do que um programa. Ela está inserida na gestão da empresa e tem

como base um conjunto de valores que são constatados em sua Missão, Visão, Sistema de Liderança, Políticas de Gestão e, princi-palmente, no seu Código de Ética.

Código de Ética

O sucesso da Coelba depende de uma orientação voltada para o futu-ro e da disposição para assumir compromissos com acionistas, clien-tes, colaboradores, fornecedores e sociedade.

O Código de Ética é o instrumento que sustenta a Missão e a Visão da Coelba, orientando suas ações, guiando a atuação de seus pro-fi ssionais num contexto global, complexo e dinâmico, e explicitan-do sua postura social a todos com quem mantém relações.

Além de ser amplamente divulgado, o Código de Ética é tema obrigatório nos programas de treinamento da empresa. Todos os colaboradores assinam um Termo de Compromisso aceitando os princípios, valores e normas de conduta profi ssional contidos no documento, assumindo a responsabilidade de ler, conhecer e cumprir.

Além dos princípios e valores, o Código de Ética aborda os seguin-tes pontos:

Princípio de não-discriminação e igualdade de opor-tunidades;

Direito a intimidade; Segurança e saúde no trabalho; Seleção e avaliação; Política de formação;

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Capa do Código de Ética da Coelba

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Balanço Social e Ambiental 2004

Política de informação; Favores e presentes; Confl ito de interesses; Recursos e meios da Coelba; Informação reservada e confi dencial; Relacionamento com clientes nas questões de

confi dencialidade e redação de contratos sim-ples e claros;

Relacionamento com fornecedores e prestado-res de serviços nas questões de política de sele-ção e confi dencialidade da informação;

Relacionamento com concorrentes quanto às questões de lealdade, informação de terceiros e defesa da concorrência;

Relacionamento com o Governo e a sociedade quanto às questões de autoridades, órgãos re-guladores e administração, informação verda-deira e adequada, defesa do meio ambiente e ação social;

Relacionamento com os acionistas.

PrincípiosA Coelba busca fornecer aos seus clientes os melhores ser-viços ao menor custo. Para isto, adota os seguintes princí-pios básicos:

Maximizar a rentabilidade empresarial; Satisfazer as necessidades dos clientes em con-

dições competitivas, com qualidade adequada, mínimo custo e excelente relacionamento;

Perseguir a melhoria contínua dos processos; Desenvolver políticas que atendam as expecta-

tivas pessoais e profi ssionais dos colaboradores,

estimulando um ambiente de trabalho agradá-vel, seguro e produtivo.

A Coelba acredita que esses princípios são uma referência para assegurar, da melhor forma, o seu futuro e contribuir para o desenvolvimento dos seus profi ssionais, do Grupo Neoenergia, dos clientes, fornecedores e da sociedade como um todo.

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Reunião de trabalho do Departamento de Clientes Corporativos

A Empresa

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ValoresPara nortear o comportamento da Coelba foram selecio-nados os valores fundamentais considerados mais repre-sentativos da sua cultura organizacional, que refl etem com fi delidade o perfi l desejado pela empresa:

Respeito às pessoas, Foco no cliente, Honestidade, Compromisso, Atitude competitiva, Capacidade de realização, Trabalho em equipe.

A convergência e a integração entre os valores individuais e os eleitos pela Coelba constituem referências necessárias

às atividades dos seus profi ssionais e contribuem para as-segurar o compromisso com os objetivos defi nidos.

Sistema de Liderança

O Sistema de Liderança da Coelba é caracterizado por sua natureza participativa e abrangente. Envolve e comprome-te todo o corpo de executivos da empresa, e foca a contí-nua melhoria do atendimento às necessidades das partes interessadas, dentro de um espírito de permanente busca da excelência.

O slogan Coelba sempre ao seu lado inspira o envolvimen-to e o comprometimento da força de trabalho no contínuo processo de aprimoramento dos produtos, serviços e das ações de responsabilidade social.

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Reunião de Coordenação da Superintendência de Operações

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Balanço Social e Ambiental 2004

Política de Gestão

Em todo o âmbito da organização são realizadas auditorias internas para verifi cação da prática efetiva das Diretrizes Orga-

nizacionais. Comitês específi cos realizam análises críticas da integração entre os processos organizacionais e as diretrizes.

Em comlemento, por iniciativa da Presidência, em 2004, foi instituído o Dia do Aprendizado Estratégico, para uma refl e-xão mensal de todos os executivos e colaboradores sobre as suas contribuições para a melhoria do desempenho glo-bal da organização.

Visando incorporar essa mesma fi losofi a ao padrão de tra-balho das empreiteiras, a Coelba fi rmou contratos de Com-promissos Éticos, nos quais estimula e apóia a capacitação

dos fornecedores como fator de melhoria da competiti-vidade e qualidade dos serviços prestados. Por sua vez, o contratado se responsabiliza, com o apoio e o acompanha-do da Coelba, pela promoção de uma cultura de responsa-bilidade social e preservação do meio ambiente em todos os seus relacionamentos.

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Planejamento Estratégico e Gestão da Responsabilidade Social

O principal objetivo do Planejamento Estratégico da Coelba é garantir a continuidade da empresa com equilíbrio e criativi-

dade, de maneira a cumprir a Missão e atingir a Visão, defi nidas a partir de um processo de avaliação do desempenho em relação a outras empresas do setor elétrico.

No Planejamento para 2004, a Coelba incorporou pela primeira vez o modelo de empresa de referência – ou empresa virtual –, adota-do pela ANEEL para efeito de revisão tarifária, considerando-o na defi nição das metas empresariais.

Com o propósito de dar coerência ao processo de planejamento, as suas etapas foram sistematizadas através de uma seqüência ló-gica de procedimentos, com a participação de todos os executi-vos, incluindo a alta direção.

O Planejamento Estratégico da Coelba se inicia a partir de um diag-nóstico do desempenho no ciclo anterior, considerando-se a iden-tifi cação das necessidades das partes interessadas (stakeholders) e diversas informações gerenciais.

O trabalho é desenvolvido através de uma série de reuniões setoriais, envolvendo representantes de todos os níveis hierár-quicos. Através deste mecanismo obtêm-se informações im-portantes para o processo, que refletem o ponto de vista da força de trabalho.

A Visão é, então, traduzida em objetivos mensuráveis, de forma a se poder avaliar a evolução da organização. A partir dela, são defi -nidas as Macroestratégias, ou seja, as linhas de orientação básicas para a sua consecução. Neste processo, utiliza-se a metodologia do Balanced Scorecard e, para cada uma das Estratégias, é nomeado um superintendente como responsável.

Page 25: Balanço Social e Ambiental

Encontro dos sete grupos de RSE

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Balanço Social e Ambiental 2004

Na revisão do planejamento para 2004, as macroestraté-gias defi nidas foram: Aumentar a Eficiência, Rentabilizar

os Ativos e Ser Empresa Cidadã, sendo esta incorporada ao Planejamento, com o objetivo de tornar a responsabilidade social um tema que permeia todas as decisões e todo o sistema de gestão da organização.

A nova macroestratégia contribui para a materialização da Missão e da Visão da Coelba, refl -etindo, ao mesmo tempo, uma estratégia corporativa e uma tendência mundial, cujos desdobramentos contribuem para a melhoria da socieda-de como um todo, do relacionamento com as partes inte-ressadas, do clima organizacional e da imagem corporati-va, confi rmando o compromisso com a sustentabilidade e com o desenvolvimento sócio-econômico do Estado.

Gestão da Responsabilidade Social

Em decorrência da macroestratégia Ser Empresa Cidadã a Coelba iniciou o processo de estruturação do programa de responsabilidade social, com a realização da etapa de sen-sibilização de todos os stakeholders, na qual foram apre-sentados o conceito de Responsabilidade Social Empresa-rial (RSE) e o Balanço Social e Ambiental 2003.

Foram formados sete grupos, compostos por represen-tantes das diversas áreas da empresa, para tratar os temas propostos pela Agenda de Responsabilidade Social do Ins-tituto Ethos:

Valores e Transparência, Público Interno, Consumidores e Clientes,

Meio Ambiente, Fornecedores, Comunidade, Governo e Sociedade.

A partir do ponto de vista dos stakeholders, os grupos identi-fi caram e analisaram as ações e projetos que vinham sendo desenvolvidos pela empresa. Depois disso, utilizando-se dos Indicadores Ethos como ferramenta de auto-avaliação do es-tágio das ações de RSE, realizaram o diagnóstico, e defi niram a educação, o meio ambiente e a cultura, além dos projetos ligados à distribuição de energia, como focos de atuação para o desenvolvimento do programa. Além disso, decidiu-se intensifi car as ações de RSE para o interior do Estado.

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Encontro dos stakeholders para avaliação do Balanço Social

A Empresa

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Os líderes dos grupos formam o Comitê de Responsabilida-de Social da Coelba, que defi ne as diretrizes e acompanha as ações de RSE promovidas pela empresa.

Como mecanismos de monitoramento e avaliação dos resultados, foram adotados o Sistema de Pontuação dos Indicadores Ethos, o ranking do Prêmio ABRADEE de Res-ponsabilidade Social, a pesquisa anual de imagem e o cumprimento das metas estabelecidas.

Como resultado dos trabalhos, após auditoria da ABRADEE, em 2004, a Coelba obteve 3.086, dos 3.875 pontos possí-veis, dos indicadores Ethos-ABRADEE de RSE.

Ao se tornar uma Empresa Cidadã, a Coelba está certa de que, ao contribuir para o desenvolvimento sustentável, está construindo a base para a melhoria do seu desempenho operacional e econômico, e promovendo condições para uma melhor qualidade de vida da sociedade.

Page 27: Balanço Social e Ambiental

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Balanço Social e Ambiental 2004

Page 28: Balanço Social e Ambiental

A articulação de todas as ações da Coelba se estabelece a partir dos seus Valores e Princípios, considerando-se sempre a rentabilidade,

os stakeholders e o compromisso com a responsabilidade social.

As práticas de Governança Corporativa adotadas pela administra-ção da Coelba asseguram o monitoramento do desempenho da empresa, demonstrando ética, transparência, prestação de contas (accountability) e eqüidade.

As instâncias superiores da empresa são o Conselho de Adminis-tração, o Conselho Fiscal, a Diretoria, formada por executivos da Neoenergia, e um conjunto de Superintendências, que têm a res-ponsabilidade defi nir e garantir a realização das principais ações.

O Conselho de Administração é composto por seis membros e seus respectivos suplentes, eleitos pela Assembléia Geral. Aos cola-boradores é assegurado o direito de eleger um dos membros e seu suplente. Os conselheiros têm mandato de um ano, fi xado entre as Assembléias Gerais Ordinárias, sendo permitida a reeleição. A transparência do processo e o acesso público às informações são garantias da Coelba aos acionistas e ao mercado.

Cabe à área de Relações com Investidores prestar informações aos acionistas, investidores e mercado, com qualidade, consistência, transparência e rapidez nas respostas, de acordo com a legislação e as regras exigidas pelos órgãos reguladores.

Para disponibilizar informações, são utilizados diversos Canais de

Relacionamento, sendo os principais o site; um informativo, sem periodicidade defi nida, sobre os principais acontecimentos da or-ganização, enviado por e-mail aos acionistas, Conselhos de Admi-nistração e Fiscal, e analistas de mercado; e o Por Dentro da Coelba, um programa de visitas de acionistas e analistas à empresa.

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Governança Corporativa

Page 29: Balanço Social e Ambiental

A ética e a responsabilidade social são compromissos de todos os colaboradores da Coelba

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Balanço Social e Ambiental 2004

Page 30: Balanço Social e Ambiental

Geração de Riqueza 2004 2003

A) Receita Bruta 2.977.948 2.381.038

B) Bens e Serviços adquiridos de Terceiros 1.248.904 1.075.477

C) Valor Adicionado (A – B) 1.729.044 1.305.561

D) Retenções (depreciação / amortização / exaustão) 156.183 145.263

E) Valor Adicionado Liquído (C – D) 1.572.861 1.160.298

F) Transferências (resultados da equivalência patrimonial,

de participações societárias e receitas fi nanceiras) 515.649 597.738

G) Valor Adicionado a Distribuir (E + F) 2.088.510 1.758.036

Distribuição por Partes Interessadas (R$ Mil) 2004 2003

Governo

Impostos expurgadosos / subsídios (isenções) 990.908 670.368

Colaboradores

Salários (pessoal + administradores) 113.801 106.442

Encargos Previdenciários 8.360 7.642

Previdência Privada 9.066 6.199

Benefícios 31.527 23.469

Participação nos Resultados 11.739 7.426

Financiadores

Remuneração de Capital de Terceiros 627.927 806.798

Acionistas

Juros sobre Capital Próprio e Dividendos 249.219 157.455

Lucros retidos / Prejuízo do exercício 94.944 8.287

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Indicadores de Desempenho Econômico

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A Empresa

Page 31: Balanço Social e Ambiental

Produtividade 2004 2003

Margem Bruta (%) 37,94 38,03

Margem Liquída (%) 16,66 9,31

Giro dos Ativos (%)

(receita líquida / ativo total) 50,26 43,04

Retorno sobre Ativo Médio (ROA) (%)

(resultado do serviço2 / ativo médio) 12,02 9,72

Índice de Endividamento

(empréstimos + fi nanciamentos / patrimônio liquído) 0,92 0,93

Índice de Liquidez 1,33 0,48

Investimentos 2004 2003

Público Interno 44.100 29.492Público Externo 55.225 13.299 Educação 8.210 6.879

Comunidade 1.736 1.388

Desenvolvimento Social 34.284 ND

Cultura 2.311 589

Saúde e Saneamento 1.015 ND

P & D 7.549 4.443

Esporte 120 ND

Meio Ambiente 9.292 8.470

2 Resultado do Serviço = Receita Líquida - Custo Produtos - Despesas de Operação, Administrativas, Manutenção31

Balanço Social e Ambiental 2004

Page 32: Balanço Social e Ambiental
Page 33: Balanço Social e Ambiental

Relacionamento com o Público Interno .34

Os Fornecedores como Parceiros Estratégicos .44

O Cliente Integrado ao Sistema de Gestão .48

Energia, Educação e Cultura nas Comunidades .56

Gerenciando o Impacto Ambiental .70

A Atividade Empresarial

Page 34: Balanço Social e Ambiental

A Atividade Empresarial

34

A Coelba adota um modelo de organização do trabalho que propicia, ao mesmo tempo, a qualidade dos serviços e o in-

centivo à inovação e à melhoria.

As atribuições de todas as áreas estão defi nidas, bem como as res-ponsabilidades e autoridades dos cargos executivos, além dos res-pectivos perfi s exigidos para os seus ocupantes.

As ações relativas aos colaboradores e aos procedimentos técnicos são desenvolvidas de modo a atender aos requisitos de qualidade, segurança e proteção ambiental, tendo sempre como referência o Código de Ética.

A comunicação e a cooperação entre as pessoas é estimulada pela empresa, que utiliza diversos canais buscando uma relação direta e transparente com o seu público interno.

Seleção e Contratação das Pessoas

A admissão de colaboradores é realizada através do recrutamento, interno ou externo, e do Programa Trainee.

O recrutamento interno é realizado em etapas, de acordo com critérios divulgados aos colaboradores. No caso do recrutamento para cargos executivos foi desenvolvido, em 2004, um Plano de Su-

cessão, com o objetivo de identifi car e preparar profi ssionais para esses cargos.

O recrutamento externo é efetuado através de empresas espe-cializadas em seleção e contratação de pessoas. Para os novos contratados existe o Programa de Acompanhamento do Colabo-

rador Recém-admitido, que tem como objetivo observar e apoiar o desempenho destes profi ssionais. Neste programa, cada novo

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Relacionamento com o Público Interno

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Rosangela RochaColaboradora da Faelba

“A preocupação com o colaborador pode ser demonstrada indepen-dentemente de valores monetários. É o que a Coelba demonstra, mantendo viva a Faelba, que vai garantir a tranqüilidade não só do seu colaborador, mas da sua família, num futuro que a maioria não consegue vislumbrar”.

Visita de trainees à SE Amaralina, em Salvador

Balanço Social e Ambiental 2004

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colaborador tem um tutor que, juntamente com o gerente da área, avalia, de três em três meses, o seu desempenho, comparando com o exigido pelo posto de trabalho. Em 2004, foram contratados 142 novos colaboradores.

O Programa Trainee é composto das etapas de Integração, ou de conhecimento da estrutura da empresa através de um ciclo de treinamento; Rodízio, quando os trainees passam por todos os departamentos com o objetivo de conhecer os principais processos; Estágio Técnico, quan-do são encaminhados para as áreas em que irão traba-lhar defi nitivamente e desenvolver o Projeto Desafi o, cujo objetivo é criar processos ou aprimorar os existentes, promovendo ganho de produtividade. O trainee é acom-panhado por um tutor e pela área de Gestão de Pessoas durante o período de 6 meses. Em 2004, foram selecio-nados no mercado quatro trainees de Engenharia, Econo-mia e Administração para atuarem nas áreas de Operação, Gestão de Pessoas e Finanças.

Além disso, há 17 anos, a Coelba contribui com a formação de futuros profi ssionais, através do Programa de Estágio

Curricular, um trabalho de parceria com instituições de en-sino da capital e do interior. O estágio, destinado a estudan-tes dos níveis médio e superior, possibilita o aprendizado prático de atividades que complementam a formação te-órica da escola ou da faculdade. Em dezembro de 2004, a Coelba contava com 106 estagiários.

Capacitação e Desenvolvimento

Para manter o padrão de qualidade dos serviços, a Coelba investe na formação dos seus profi ssionais. Em 2004, a em-

presa deu continuidade aos programas de capacitação e de-senvolvimento de pessoal, dentre os quais destacam-se:

Programa de Desenvolvimento de Postos Valorados: propicia conhecimentos, técnicas e ferramentas, pro-porcionando mudanças signifi cativas na qualidade do desempenho profi ssional dos ocupantes de postos va-lorados. Em 2004 foram realizados cursos, seminários e workshops em consonância com as diversas estra-tégias da empresa, tendo participado deste programa 2.376 colaboradores.

Programa Bolsa de Estudos: direcionado à realização de cursos técnicos e de graduação, contou, em 2004, com um investimento de R$ 250 mil na formação de

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Colaboradores em aula do Canal Educativo

A Atividade Empresarial

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Programa de Formação: como forma de incentivar co-laboradores e executivos a participar de congressos, se-minários e cursos de pós-graduação, a empresa efetua o pagamento de parte dos custos. Dentro deste programa há, ainda, o Tele-supletivo, que oferece os cursos supleti-vos dos ensinos fundamental e médio para colaborado-res e empregados das empresas terceirizadas, com ava-liação fi nal realizada pelo Ministério da Educação (MEC).

Ações Visando a Preparação de Colaboradores para a Aposentadoria: em 2004, foi realizado um workshop com o tema Aposentadoria: Construindo o futuro, quan-do aconteceu uma palestra seguida de depoimentos de profi ssionais aposentados, relatando projetos e ati-vidades que estão desenvolvendo.

Para o desenvolvimento dos treinamentos presenciais, a Coelba conta com instalações próprias na capital e nas principais cidades do interior. Determinados treinamentos, como os MBAs, ocorrem em locais defi nidos caso a caso. Para os telecursos, a empresa conta com salas especiais, do-tadas de sistema de comunicação via satélite.

O quadro resumo das participações de colaboradores em atividades de capacitação e desenvolvimento, em 2004, é apresentado a seguir:

Cursos de Capacitação e Desenvolvimento

benefi ciados turmas participações horas/particip.postos valorados 868 4.489 115.209

executivos 4 98 6.908

Total 872 4.587 122.117

192 colaboradores. Desde o seu início, em 2002, já fo-ram investidos R$ 600 mil.

Canal Educativo: através de telecursos, estimula o au-todesenvolvimento, oferecendo um grande número de temas, divulgados semanalmente para todos os colabo-radores via Notes, a exemplo de Qualidade Total como

suporte aos Sistemas de Gestão, Círculo da Inovação, Cria-

tividade Corporativa, Visão Estratégica e A Nova Gestão Fo-

cada na Liderança. No fi nal de 2004, o programa contava com mais de 900 colaboradores cadastrados, tendo sido concluídos mais de 1.800 cursos.

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Balanço Social e Ambiental 2004

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Sistema de Gestão de Postos Valorados e Política de Remuneração: o crescimento funcional e salarial do colaborador está vinculado à aplicação dos seus co-nhecimentos e competências adquiridos. Esse sistema de gestão prevê:

• Participação nos Lucros ou Resultados (PLR): a Coelba distribui um percentual predetermi-nado do lucro líquido a seus colaboradores. Em 2004, o valor compartilhado foi da ordem de R$ 11,7 milhões. A verba da PLR é dividida em duas parcelas: uma fi xa, rateada em partes iguais entre todos os colaboradores, e uma referente aos objetivos estabelecidos, paga de acordo com os resultados obtidos pela equipe.

• Incremento Salarial por Promoção Funcional: a promoção funcional ou vertical.

• Incremento Salarial por Promoção por Mérito: a progressão horizontal.

Programa de Pesquisa & Desenvolvimento

O programa destina recursos ao desenvolvimento de projetos de P&D, em parceria com entidades de reconhecida experiên-cia, e inclui MBAs e Mestrados. Além de capacitar os colabora-dores no desenvolvimento de projetos de P&D, o programa também contribui para aumentar a capacitação das equipes de trabalho nos temas específi cos dos projetos.

Em março de 2004, a ANEEL aprovou a proposta da Coelba para o ciclo 2003-2004. A empresa investiu R$ 7,65 milhões

Avaliação do Desempenho das Pessoas

O processo de avaliação do desempenho das pessoas na Coelba é realizado em função do cargo, e está fundamen-tado no seu Modelo de Gestão por Competência. Nele, há três vertentes: Competências Funcionais, Competências de

Resultado e Competências de Liderança.

A avaliação de Competências Funcionais é realizada anual-mente e tem como base as habilidades, conhecimentos e atitudes de cada colaborador, vinculados aos postos de trabalho. A avaliação de Competências de Resultado também é aplicada anualmente com base nos objetivos estratégicos dos departamentos, tendo como impacto a remuneração variável para todos os colaboradores. A avaliação de Competências de Liderança se subdivide em dois grupos:

Avaliação 360º: tem o objetivo de identifi car e desen-volver os pontos de melhoria dos executivos. Em 2004, foram avaliados 208 executivos.

Programa de Desenvolvimento de Potenciais de Liderança: tem o objetivo de identifi car e desenvol-ver o talento de colaboradores que possuem poten-cial para serem futuros líderes. Em 2004, o programa selecionou 21 colaboradores.

Reconhecimento das Pessoas

A Coelba pratica uma série de mecanismos de reconheci-mento das pessoas, focando o resultado de várias vertentes de trabalho:

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José Benedito de Lima, autor da melhor idéia do Canal Criativo em 2004

A Atividade Empresarial

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no programa composto por 8 novos projetos e pela conti-nuação de outros 8 pertencentes ao ciclo anterior.

Canal Criativo

Este programa estimula os colaboradores a propor idéias inovadoras que resultem em melhoria de procedimentos e aumento da produtividade. A partir dos critérios aplica-

bilidade, segurança, produtividade, qualidade dos serviços, economia e impacto junto ao público interno, as três melho-res idéias são premiadas em um evento que conta com a presença dos superintendentes e colaboradores.

Até dezembro de 2004, já foram encaminhadas ao Canal

Criativo 1.374 idéias, sendo implantadas 62. Desde o seu iní-cio, em 2002, o programa já proporcionou uma economia de R$ 15 milhões ao ano.

Saúde, Segurança e Qualidade de Vida

A participação dos colaboradores na definição de me-tas e indicadores de desempenho relacionados às con-dições de trabalho, saúde e segurança são fatores de-cisivos para a implementação de diversas campanhas e programas. Em 2004, a Coelba investiu R$ 850.157,00 em programas voltados para a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores. Alguns dos instrumentos ado-tados pela empresa para balizar o desenvolvimento das ações são:

a Pesquisa de Clima Organizacional, que fornece um feedback da percepção dos colaboradores;

o Perfi l de Saúde, desenhado anualmente, após a rea-lização dos Exames Médicos Periódicos, que aponta a necessidade de implantação de novas campanhas ou intensifi cação de existentes;

os Comitês de Saúde e Segurança e as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAs), que registram sugestões e solicitações dos colaboradores, e servem para um aperfeiçoamento contínuo dos pro-cessos do Departamento de Saúde e Segurança.

Como produtos da participação dos colaboradores podem ser destacadas as campanhas de conscientização que fo-

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Sessão de massagem do Programa Anti-Stress

Balanço Social e Ambiental 2004

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ram desenvolvidas nas áreas de Saúde Ocupacional e Se-gurança do Trabalho:

A Vacinação Contra a Gripe, que imunizou 84% dos profissionais, contribuindo para reduzir o índice de absenteísmo e melhorar a qualidade de vida dos co-laboradores.

O Programa Anti-Stress, que visa promover, através de sessões quinzenais de massagem terapêutica, o bem-es-tar físico e mental dos profi ssionais, reduzindo o estresse e auxiliando na prevenção de problemas musculares cau-sados por vícios de postura ou esforços repetitivos. Em 2004, foram benefi ciados 498 colaboradores das cidades de Salvador, Vitória da Conquista e Feira de Santana.

O Programa de Ginástica na Empresa visa prevenir doenças osteomusculares, através da realização de exercícios diários, com supervisão de técnicos do SESI. No fi nal do ano, 400 colaboradores participavam de 22 turmas, sendo 19 em Salvador, uma em Feira de Santa-na, uma em Barreiras e uma em Itabuna.

Para a Campanha 30 Minutos de Segurança foram elaboradas as publicações Trabalho em Altura, Con-

trolando os Riscos, Acidentes de Trabalho da COELBA

em 2003, Acidentes com Empregados de Empresas Con-

tratadas em 2003, Estresse e Trânsito, Sono e Qualidade

de Vida, Dia da Prevenção de Acidentes e Riscos Elétri-

cos, com uma linguagem clara e objetiva, contendo dicas e informações sobre como evitar acidentes do trabalho. Os textos foram distribuídos para todos os colaboradores e debatidos em 129 reuniões nas áreas

operacionais. O programa foi estendido aos emprega-dos de empreiteiras.

A Campanha de Combate ao Tabagismo, inicia-da em 2002, já benefi ciou mais de 40 colabo-radores que deixaram de fumar. Para a 3ª turma, foram for-necidos a medica-ção específi ca e os suportes de pneumologista e psicólogo.

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Gustavo dos Anjos, participante da Campanha de Combate ao Tabagismo

A Atividade Empresarial

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As Inspeções de Segurança têm o objetivo principal de identifi car situações inadequadas de trabalho quan-to ao cumprimento das normas e procedimentos de segurança, tais como o uso de equipamentos de pro-teção, individuais e coletivos (EPI e EPC), e sinalização. Em 2004, foram realizadas 2.464 horas de inspeção de segurança em turmas de colaboradores e de empresas prestadoras de serviços. Essas inspeções buscam efetu-ar ações de correção, bem como uma melhoria do pro-cesso educativo da prevenção.

A Sala de Orientação de Segurança realiza um trabalho de cons-cientização e reeduca-ção de colaboradores e n v o l v i d o s em aciden-

tes de trabalho com afastamento e/ou que causaram danos materiais ao patrimônio ou às instalações da empresa. Em 2004, oito colaboradores passaram pela Sala de Orientação de Segurança antes de retornarem às suas atividades de rotina.

O Projeto Veja Vídeo apresenta filmes de curta du-ração, com conteúdo educativo, orientando e dan-do dicas de segurança associadas aos ambientes de trabalho dos colaboradores. Em 2004, foram realiza-das 13 edições deste projeto, com a participação de 190 colaboradores.

A Coelba também promove Campanhas de Preven-ção da Saúde para reforçar, junto aos colaboradores, as campanhas públicas realizadas com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população. Em 2004, destacam-se as ações de suporte às campanhas de combate à dengue, e de prevenção do câncer, AIDS e hipertensão arterial.

Além dessas campanhas, duas ações contribuem para o equilíbrio da relação trabalho-família:

As Caminhadas Saúde e Energia, além de integrar os colaboradores e contribuir para a prática de um hábi-to saudável, estimulam a solidariedade. Nas caminha-das realizadas em 2004, que reuniram mais de 5 mil pessoas, entre colaboradores, familiares e amigos, nas cidades de Salvador, Feira de Santana, Vitória da Con-quista, Itabuna e Barreiras, foram arrecadadas mais de 3 toneladas de alimentos doados para obras e entida-des assistenciais.

Page 41: Balanço Social e Ambiental

Caminhada Saúde e Energia, em Salvador

Balanço Social e Ambiental 2004

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O Programa de Assistência aos Portadores de Ne-cessidades Especiais visa atender a colaboradores e/ou dependentes, proporcionando tratamento nas áreas educacional, médica, odontológica, psicológica, fi sioterápica, de terapia ocupacional, prótese, órtese, e exames especializados direcionados para diagnóstico ou tratamento. A empresa investiu R$ 52.826,00 para atender 25 pessoas em 2004.

Clima Organizacional

O fortalecimento do clima organizacional é um dos objeti-vos estratégicos da empresa. Envolve todas as superinten-dências e tem suas diretrizes defi nidas no âmbito do Co-mitê de Clima Organizacional. A Coelba conta com vários mecanismos para identifi cação dos fatores que infl uenciam o bem-estar, a satisfação e a motivação das pessoas:

A Pesquisa de Clima Organizacional, realizada anu-almente, é segmentada de acordo com os tópicos Identificação com a Empresa, Conhecimento e Identi-

ficação com Gestão Estratégica, Relacionamento com

o Superior Hierárquico, Comunicação Interna e Externa, Trabalho em Equipe, Formação e Desenvolvimento, Im-

portância e Satisfação com o Posto de Trabalho, Orga-

nização do Trabalho, Sistema de Recompensa, Benefí-

cios, Segurança no Trabalho e Qualidade da Pesquisa

de Clima Organizacional. Em 2004, a pesquisa revelou que 88,46% dos colaboradores consideram a Coelba uma boa empresa para se trabalhar, e que 97,65% dos entrevistados afirmaram sentir-se comprometidos e dispostos a dar o melhor de si em suas atividades. A participação dos colaboradores foi espontânea e atingiu 93% do quadro total.

O Plano de Integração congrega uma série de ações de comunicação e relacionamento visando maior aproximação entre a empresa, os colaborado-

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Marlon Lopes, atleta patrocinado pela Coelba

A Atividade Empresarial

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res e seus familiares. Inclui eventos em datas come-morativas, reconhecimento aos colaboradores com 25 e 30 anos de serviço, cafés-da-manhã itinerantes, e o Programa Fale Francamente, canal de comunicação direto entre o colaborador e o superintendente.

Programas de Benefícios

Com relação aos benefícios, a Coelba oferece assistên-cia médica, previdência privada, participação nos lu-cros, clube recreativo, convênios diversos, empréstimo pessoal, vale-refeição, auxílio-creche, ajuda de custo para colaboradores transferidos para outras cidades, restaurante e cantina, entre outros. Em 2004, o inves-timento anual da Coelba em programas de benefícios foi de R$ 35 milhões.

Participação de Colaboradores em Sindicato

A Coelba mantém a liberação de sete colaboradores elei-tos para cargos de diretoria do Sindicato dos Eletricitários, com ônus para a empresa, além de um delegado sindical para cada 200 colaboradores, assegurando a estabilidade provisória nos termos da Lei, e a liberação dos serviços, sem prejuízo da remuneração, durante dois dias por mês. Tam-bém são liberados os delegados de base, na proporção de 1 para 50 colaboradores. Em dezembro de 2004, encontra-vam-se liberados 58 colaboradores.

A Coelba cede um espaço no seu Edifício Sede para o funcio-namento de um escritório do sindicato, com a infra-estrutu-ra necessária, inclusive equipado com computador. No local, também são homologadas rescisões de contrato.

Reestruturação do Quadro de Colaboradores

Visando a reestruturação do quadro de colaboradores, foram implantados, em junho de 2004, os programas de Desligamento Voluntário para os Colaboradores Aposentá-

veis (PDVa) e de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PDVi), possibilitando a contratação de novos profi ssionais e, desta forma, preparando a organização para o futuro. A adoção de programas desta natureza é importante para que não se verifi quem tratamentos diferenciados entre os profi ssionais que se encontram na mesma condição em relação à apo-sentadoria, uma vez que promovem a todos o acesso às vantagens concedidas. A Coelba investiu R$ 7,98 milhões nestes programas e, ao fi nal do exercício, 218 colaborado-res foram desligados e 142 admitidos.

Patrocínio Esportivo

A Coelba investe no patrocínio a co-laboradores e/ou dependentes que são desportistas, nas áreas de atle-tismo, natação, ginástica rítmica, judô, caratê e tênis. O apoio ocorre em parceria com o Governo do Esta-do, através da Lei de Incentivo FazAtleta, e inclui a cobertu-ra de despesas com viagens, hospedagem, treinamento, alimentação, aprimoramen-to técnico e material espor-tivo. Em 2004, a empresa investiu R$ 158.946,00 no pa-trocínio de 25 atletas.

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Balanço Social e Ambiental 2004

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Indicadores de Desempenho Social: Público Interno

Perfi l dos Colaboradores

% em cargos de liderança % em relação em relação ao ao total de total de cargosColaboradores colaboradores de liderança

Mulheres 21,90 18,05

Mulheres negras e pardas ND3 ND

Homens negros e pardos ND ND

Pessoas acima de 45 anos 50,32 ND

Comparação Salarial

Salários 2004 2003Divisão da maior remuneração pela menor remuneração

em espécie paga pela empresa (inclui PL e bônus) 24,53 28,12

Divisão do menor salário da empresa pelo salário

mínimo vigente (inclui PL e bônus) 4,15 3,32

Saúde e Segurança

Acidentes (pessoal próprio) 2004 2003Com afastamento 25 24

Sem afastamento 25 23

Saúde Ocupacional 2004 2003Exames periódicos concluídos no prazo (%) 100 ND

Vacinação contra a gripe - pessoal próprio (%) 84 ND

Educação e Treinamento

Investimentos 2004 2003% em relação à receita total 0,04 0,08

% em relação ao total de despesas operacionais 0,07 0,14

% em relação ao total de gastos com pessoal 0,63 1,44

Taxas de Atração e Retenção de Profi ssionais

2004 2003Rotatividade no período (turn over) (%) 7,76 5,93

Nº candidatos em relação ao nº de vagas oferecidas 61 121

Aproveitamento de pessoal interno em vagas oferecidas

Oferecidas 7 36

Aproveitadas 3 13

3 Todos os itens onde as letras ND aparecem signifi cam Não Disponível, ou seja, na empresa ainda não existe o controle do indicador.

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A Atividade Empresarial

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Es Para que seja bem sucedido, um programa de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) precisa envolver, também, os fornece-

dores, entendendo-os como uma extensão dos compromissos e ações da empresa.

Na Coelba, os fornecedores são classifi cados conforme a sua nature-za: materiais ou serviços. Em 2004, havia um total de 7.772 fornece-dores nacionais, estrangeiros e agentes credenciados cadastrados na empresa, sendo que destes, 1.220 estavam ativos no sistema de compras eletrônicas. Não foi registrado qualquer contrato com valor superior a 10% do total contratado no ano.

A coerência com o pensamento que norteia as diretrizes do pro-grama de RSE da Coelba em relação aos fornecedores e prestado-res de serviços pode ser verifi cada nos programas específi cos que a empresa desenvolve direcionados para este segmento.

Canais de Relacionamento

Para o relacionamento com os fornecedores, a Coelba dispõe de diversos canais, sendo os principais o seu site, o Sistema de Com-pras Eletrônicas e os contatos pessoais.

Cadastramento e Contratação

Um sistema para cadastro, qualifi cação e avaliação dos fornecedo-res, e uma relação de produtos aprovados para utilização, garan-tem que a empresa conte com materiais e serviços em conformi-dade com as suas especifi cações, a custos adequados.

Durante a fase de cadastro, a Coelba exige formalmente dos forne-cedores que aceitem as condições constantes do termo Compro-

missos Éticos do Contratante.

Os Fornecedores Como Parceiros Estratégicos

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Turma do curso de Formação de Eletricistas em Redes de Distribuição

Balanço Social e Ambiental 2004

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Rafael Barbosa(Barbosa, Barbosa & Cia. Ltda) Fornecedor da Coelba há mais de 25 anos

“Acompanhando a Coelba todos estes anos percebemos a evolução em todos os setores, principalmente no social e ambiental. Falta ainda um acompanhamento mais incisivo nos fornecedores nas questões sociais e de meio ambiente, e também a falta de reconhecimento a fornecedores com ISO 14000, por exemplo, que gera um aumento de custo das empresas, mas não há por parte da Coelba nenhum tratamento diferenciado a estas empresas”.

No momento da contratação, os fornecedores assumem o compromisso formal de atendimento às Condições Gerais

de Fornecimento, que incluem questões éticas, sociais e ambientais. Há, também, um Plano de Saúde e Segurança contendo procedimentos e exigências a serem cumpridos pelas empresas contratadas.

Além disso, os fornecedores de serviços críticos relaciona-dos à gestão da energia elétrica, assumem o compromisso de cumprir objetivos coincidentes com os das áreas opera-cionais da empresa.

Capacitação

O Programa de Capacitação de Empreiteiros envolve uma série de cursos destinados ao pleno desempenho das ativi-dades destes parceiros. A Coelba realiza cursos e seminários no seu Centro de Treinamento ou através de convênio fi r-mado com o SENAI. Além dos cursos técnicos específi cos, o programa inclui treinamentos relativos à saúde, segurança e meio ambiente.

Em 2004, registrou-se um total de 45.671 horas/partici-pações em treinamento para terceiros, com 2.525 parti-cipações distribuídas em 348 cursos. Alguns destaques são os seguintes:

• O Projeto Instalador de Padrão de Entrada, ofereci-do à comunidade através da parceria SENAI/Coelba, que visa capacitar os participantes para a construção e reforma do padrão de entrada de energia elétrica nas unidades consumidoras ligadas em baixa tensão e au-mentar o número de ligações na primeira visita.

• O Projeto Formação de Eletricistas em Redes de Distribuição, com carga de 476 horas, tem como requisitos básicos de participação a conclusão do ensino fundamental, a maioridade e a aprovação nos exames médicos. Em 2004, a Coelba investiu R$ 81.393,21 na formação de 45 jovens para o exercício da profissão de eletricista.

• O Projeto Formação de Agente de Negócios, que treina pessoas para efetuar a cobrança domiciliar de faturas de energia elétrica em débito, processo que antecede a sus-pensão do fornecimento, após o vencimento do prazo legal de cobrança. No caso de contratos suspensos, o Agente de Negócios também está apto a oferecer um parcelamento, promovendo a recuperação do cliente. Em 2004, a Coelba contou com 305 agentes atuando em todo o Estado.

Page 46: Balanço Social e Ambiental

Entrega de certfi cados do curso de Formação de Eletricistas em Redes de Distribuição

A Atividade Empresarial

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Avaliação

Na Coelba, os fornecedores são avaliados a partir de indica-dores de resultados globais. Para os fornecedores de mate-riais são utilizados os índices relativos a Qualidade dos Mate-

riais e Cobertura de Estoque. Para os fornecedores de serviços críticos, um indicador consistente é a pontuação obtida na avaliação de desempenho, da qual surgem oportunidades de melhoria no relacionamento. As empreiteiras são avalia-das trimestralmente com base em um conjunto de objeti-vos contratuais, obtendo-se um ranking das melhores, de acordo com a performance. Já os empregados das emprei-teiras têm o seu desempenho avaliado diariamente, a partir da identifi cação das conformidades encontradas no desen-volvimento do serviço operacional.

Há também uma auditoria do Sistema de Gestão da Qualidade dos fornecedores dos principais materiais. A responsabilidade social do fornecedor também é verifi cada quanto aos aspec-tos: compromisso ético, meio ambiente, legislação tributária, fi scal, trabalhista, saúde e segurança.

Reconhecimento

O processo de parceria com os fornecedores se completa com os projetos desenvolvidos pela Coelba para reconhe-cer as suas contribuições.

Reconhecimento às Melhores SoluçõesNa busca contínua da melhoria dos processos, a empresa estimula os grupos de trabalho das empreiteiras a darem idéias criativas e inovadoras sobre o desempenho de suas funções. Em 2004, as contribuições foram condensadas em um livro, lançado em um evento que homenageou os au-tores das idéias publicadas.

Projeto ChipsEstimula a melhoria do trabalho, com a avaliação diária de cada turma de colaboradores de empresas parceiras, quanto aos aspectos qualidade, segurança, custos e cor-dialidade na realização dos serviços. Os resultados são tabulados e colocados no Sistema de Gestão Integrada da Fiscalização de Serviços, sendo as melhores turmas classificadas como de excelência, tornando-se referências para as outras.

Reconhecimento às Melhores Empreiteiras Às empreiteiras melhores colocadas no ranking trimestral é oferecido um bônus de até 6% sobre o seu faturamento.

Page 47: Balanço Social e Ambiental

Fornecedor realizando serviço de manutenção em linha viva

Balanço Social e Ambiental 2004

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Indicadores de Desempenho Social: Público Externo

Fornecedores

2004 2003Quantidade de fornecedores locais desenvolvidos 2.525 3.609

Quantidade de treinamento no ano (em horas) 16.810 ND

Geração de emprego (para as empreiteiras) 2.681 2.383

Premiação terceiros de referência 279 137

Os 20 Maiores Fornecedores em 2004

Actaris Atento Brasil Companhia Brasileira de Soluções e Serviços Elenge Eletricidade Projetos e Construções Eletec Plan. Com. Rep. e Construções Elétricas Elster Medição de Energia EPCL Empreendimentos Projetos e Construções IBM Brasil Indústria, Máquinas e Serviços Indústria Santa Clara JF Servicos Técnicos Especializados Meta Eletrifi cação Rural Morel Montagens de Redes Elétricas Phelps Dodge Brasil Pirelli Energia Cabos e Sistemas do Brasil Prefaz Pré-fabricados de Concreto Premium Construções Elétricas Qualita’s Tecnologia e Serviços Tracol Serviços Elétricos Transluz Serviços Projetos e Construções Elétricas Xerox Comércio e Indústria

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A Atividade Empresarial

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O Cliente Integrado ao Sistema de Gestão

A política de atendimento da Coelba é construída a partir da identifi cação das necessidades dos clientes, que estão seg-

mentados de acordo com as seguintes categorias, segundo crité-rios técnicos de fornecimento de energia:

Industrial, Comercial, Residencial, Rural, Poderes Públicos, Serviços Públicos.

Esta segmentação orienta os canais de atendimento e a gestão do faturamento, arrecadação e cobrança.

A empresa desenvolve uma série de instrumentos no sentido de conhecer o seu mercado e as necessidades específi cas de cada uma das classes. Alguns deles são:

os Canais de Atendimento, o Sistema de Gestão das Reclamações, Orientações sobre Conservação de Energia, as Pesquisas ABRADEE e ANEEL, a Pesquisa de Satisfação dos Clientes, o Projeto Agente Coelba, o Projeto Coelba ao seu Lado, Relatórios do Teleatendimento, Reuniões com a comunidade, Visitas a clientes.

As informações provenientes destes instrumentos desdobram-se, no planejamento da empresa, em uma série de ações que comprome-tem todos os colaboradores e dirigentes. A partir daí são implemen-

Page 49: Balanço Social e Ambiental

Av. Tancredo Neves, em Salvador

Balanço Social e Ambiental 2004

49

tadas as melhorias necessárias na estrutura e nos processos comerciais, de forma a atender às demandas dos clientes.

Um cliente da classe industrial, por exemplo, exige da em-presa prioridade no atendimento às emergências, além de uma qualidade técnica elevada. O atendimento aos clientes residenciais de baixa renda, por sua vez, tem sido precedi-do por trabalhos de cunho social, com adoção de padrões mais baratos e seguros.

Para consolidar a relação com clientes e mercado, e divulgar suas ações, a empresa também utiliza os canais de comunica-ção, além da mídia espontânea e campanhas publicitárias.

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Operadora do Teleatendimento

A Atividade Empresarial

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Avaliação da Imagem

A Coelba utiliza as pesquisas realizadas pela ABRADEE e ANEEL, além de pesquisa própria, realizada por instituto es-pecializado, como referências para nortear seus processos de avaliação de imagem. Tem destaque especial a pesquisa própria realizada anualmente junto aos clientes, que ava-lia a imagem da empresa sob quatro aspectos: confi ança, relação comercial, qualidade do serviço e ação social. Já em relação aos colaboradores (que também são clientes) a empresa se utiliza da Pesquisa de Clima Organizacional e do Programa Fale Francamente para avaliar sua imagem e aferir o conhecimento sobre a própria organização.

Canais de Relacionamento

A Coelba dispõe de vários canais de atendimento que têm como objetivo principal facilitar o relacionamento com os clientes, que contam com a possibilidade de adquirir produ-tos e serviços, reclamar, sugerir ou solicitar outras providên-

cias. Eles foram defi nidos de forma a atender às necessidades específi cas de cada uma das classes. Todos os atendimentos realizados têm o suporte do Sistema de Informação Comer-

cial, disponível on line para toda a empresa.

Central de Atendimento Telefônico (0800-71-0800)Através das 151 posições de atendimento da Central, to-dos os clientes podem ter acesso aos serviços e produtos oferecidos pela empresa, além de obter informações sobre seu contrato e a legislação do setor. Podem ser feitas, ainda, reclamações e sugestões.

InternetAtravés da Agência Virtual disponibilizada no site da em-presa, os clientes podem ter acesso a informações sobre suas faturas e solicitar serviços. Em 2004, foi registrado um total de 2.865.771 acessos.

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Loja credenciada da Rede Coelba Serviços

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Vale ressaltar que, pela sua qualidade, o site da Coelba recebeu três vezes o Prêmio IBEST, um dos mais importantes do Brasil, que avalia conteúdo, design e navegabilidade. O portal tam-bém foi premiado com o Top Cadê e com o Top Web, pela Asso-ciação dos Dirigentes de Marketing e Vendas da Bahia (ADVB).

Auto-AtendimentoA empresa encerrou o ano de 2004 com 100 pontos de auto-atendimento instalados nas áreas de maior circulação de pessoas, em 17 municípios. Através destes terminais, os clientes podem solicitar serviços, realizar reclamações e su-gestões, e ter acesso a informações sobre a empresa e a legislação do setor elétrico.

Atendimento Através de Consultores ComerciaisProfi ssionais especializados foram treinados para a pres-tação de atendimento a clientes cujos processos tenham características técnicas que exijam um atendimento di-ferenciado. Para o desempenho desta atividade a Coelba possuia, em dezembro de 2004, seis profi ssionais.

Rede Coelba ServiçosConfi gura-se como uma rede de mais de 900 empresas – tais como farmácias, minimercados, padarias e outras –, creden-ciadas para realizar serviços de atendimento a clientes e ar-recadação de contas de energia e de outras concessionárias de serviços públicos. Todas elas possuem pessoal treinado e terminais on-line para facilitar a prestação dos serviços.

Atendimento PróprioAlém das opções descritas acima, a Coelba dispõe de 26 agências e 22 pontos de atendimento distribuídos pelo Estado da Bahia.

Conselho de Consumidores de Energia da Coelba (CCEC) Um dos principais canais para tratar de assuntos relaciona-dos ao serviço de energia elétrica é o Conselho de Consumi-dores de Energia da Coelba. Criado em 02 de dezembro de 1993, tem caráter consultivo, estando voltado para orienta-ção, análise e avaliação das questões ligadas a fornecimento, tarifas e adequação dos serviços prestados aos clientes de forma individual ou coletiva. O Conselho conta com repre-sentações das classes de consumidores residencial, comer-cial, industrial, rural, poder público e defesa do consumidor, tendo como membros representantes das seguintes insti-tuições: Movimento das Donas de Casa e Consumidores da

Bahia (MDCCB), União das Prefeituras do Estado da Bahia

(UPB), Federação da Agricultura do Estado da Bahia (FAEB),

Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Fede-

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ração do Comércio do Estado da Bahia (FCEB), Superinten-

dência de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON-BA) e da Coelba.

Tratamento das Reclamações

A Coelba considera que as reclamações dos clientes constituem signifi cativo feedback para o aprimoramento dos seus processos. Para o tratamento das reclamações, a Coelba possui, em seu organograma, uma Unidade de

Gestão das Reclamações, além de Coordenações de Recla-

mações, incorporadas às agências. Esta estrutura, baseada no Sistema Comercial, possibilita a uniformização de pro-cedimentos, gerando qualidade e rapidez às respostas e o controle do processo.

Em 2004, foi registrado um total de 27.294 reclamações e/ou críticas de clientes, sendo todas elas devidamente aten-didas ou solucionadas.

Acompanhamento de Novos Clientes

A Coelba conecta mensalmente, em média, 13 mil novos clientes à sua rede elétrica. Aqueles que, pela complexi-dade de seus projetos, necessitam de atendimentos espe-cializados – a exemplo de indústrias ou grandes empreen-dimentos –, são acompanhados de forma personalizada por consultores comerciais, que supervisionam todo o processo desde a solicitação da ligação até o fornecimen-to da energia.

Os principais instrumentos desenvolvidos para o atendi-mento aos novos clientes são os seguintes:

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Guia do Cliente Cada um dos novos clientes recebe este manual, que con-tém informações importantes sobre o uso adequado da energia elétrica, direitos e deveres, solicitação de produtos e serviços, cálculo da conta de energia e locais de paga-mento, entre outras.

Atendimento através da Rede de Lojas Certifi cadasÉ uma rede de 308 lojas de materiais elétricos e de cons-trução, credenciadas e certifi cadas pela Coelba, com pro-fi ssionais treinados e orientados para prestar serviços de qualidade visando facilitar a ligação de novos clientes.

Resultados das Ações de Relacionamento

Segmento de Grandes ClientesA área de captação passou a monitorar, de forma sistemá-tica, 46 novos empreendimentos com demanda de 60 MW prevista até 2009.

Com o objetivo de identifi car e diferenciar os clientes mais rentáveis e os que têm maior probabilidade de migração para a concorrência, foi desenvolvida uma ferramenta de avaliação denominada de matriz da Margem de Lucro na

Comercialização versus Risco de Perda do Cliente. A sua apli-cação tem subsidiado a gestão mais efi caz da carteira, de forma que 100% dos clientes que migraram para o merca-do livre em 2004, optaram pela NC Energia S.A., empresa pertencente ao grupo Neoenergia.

Foram realizadas mais de 200 visitas a grandes clientes, cul-minando com o Seminário Soluções Inteligentes Coelba, que teve como objetivos a fi delização do segmento e a

apresentação do novo Portifólio de Produtos e Serviços. O evento contou com a participação expressiva de 60% dos clientes da carteira.

Segmento de Clientes IntermediáriosOs clientes-rede constituem o grupo principal deste segmen-to, formado por supermercados, empresas de telecomunica-ção, saneamento e água, bancos, entre outros. Ao longo do ano, foram realizadas 3.626 visitas, correspondendo a 58% do total da carteira. Mais de 8 mil contratos de clientes-rede pas-saram por um processo de reestruturação. A regularização dos contratos desta carteira atingiu o índice de 98%.

Segmento de Poderes PúblicosForam realizadas palestras e visitas a prefeituras municipais com o objetivo de assessorá-las na implantação da Contribui-

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ção de Iluminação Pública (COSIP), já efetivada em 132 muni-cípios, gerando uma arrecadação mensal, para a Coelba, de R$ 6,8 milhões.

Os poderes públicos federal e estadual tiveram seus cadastros comerciais reestruturados e organizados, sendo a inadim-plência reduzida de R$ 29,5 milhões para R$ 11,2 milhões, com destaque para a posição de devedores duvidosos, que diminuiu de R$ 8 milhões para R$ 500 mil.

Novos Produtos e ServiçosO serviço de telemedição foi implantado em 16 grandes clientes, permitindo que tenham um completo conheci-mento do comportamento dinâmico de suas cargas.

Os clientes do Grupo A passaram a contar com a opção de pagamento de conta através de créditos de ICMS, que além de facilitar a quitação de débitos com a Coelba, per-mite o aproveitamento desse ativo.

Venda de EnergiaEm 2004, a Coelba superou em mais de 3 GWh o valor pre-visto da meta de vendas de Energia Mais, um excedente que é comercializado para o horário de ponta. No total fo-ram celebrados mais de 350 contratos.

Indicadores de Desempenho Social: Público Externo

Clientes

Valores 2004 2003Total de ligações atendidas pelo SAC 7.091.314 6.282.226

Reclamações em relação ao total

de ligações atendidas pelo SAC (%) 1,03 1,61

Reclamações não atendidas pelo SAC (%) 5,82 3,98

Tempo médio de espera no telefone do SAC

até o início do atendimento (segundos) 19 40

Quantidade de inovações implantadas em razão

do Conselho de Consumidores e/ou SAC 13 11

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Unidade de processamento de soja da Cargill, cliente de grande porte da Coelba, em Barreiras

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Além de fomentar o crescimento econômico, a Coelba, através do seu Programa de Responsabilidade Social, contribui para o desen-

volvimento sustentável, investindo cada vez mais no conceito de em-

presa-cidadã, aliando o seu crescimento ao desenvolvimento social.

Para contribuir com a sociedade, a Coelba estabeleceu como focos de atuação, a educação, o meio ambiente e a cultura. A empresa também investe na realização de projetos sociais relacionados à distribuição de energia elétrica.

Identifi cação de Necessidades das Comunidades

O processo de definição das ações e projetos realizados junto às comunidades inclui a participação das partes interessadas, se-jam lideranças comunitárias, conselhos de consumidores, asso-ciações de bairros e de classes, poder público ou empresas de diversos portes. A Coelba conta com uma rede de mecanismos para identificação de necessidades das comunidades, entre os quais destacam-se:

Os eventos Coelba ao seu Lado, realizados em bairros perifé-ricos dos grandes centros urbanos e em pequenos municípios do interior do Estado. Neles são identifi cadas necessidades e solicitações das comunidades, executados serviços na rede elé-trica e apresentadas palestras sobre uso efi ciente e seguro da energia elétrica, educação ambiental e diversos temas nas áreas de saúde e cidadania. Em 2004, a Coelba investiu R$ 318.995,00 na realização de mais de 270 eventos, dos quais participaram cerca de 135 mil pessoas.

A realização de reuniões e formação de comitês ligados à res-ponsabilidade social empresarial, envolvendo e considerando os stakeholders.

Energia, Educação e Cultura nas Comunidades

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Família benefi ciada pelo Programa Luz para Todos, no oeste da Bahia

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A promoção de encontros com organizações de di-versos portes e setores, e de eventos de mobilização empresarial para atuação na área social e expansão de investimentos sociais privados, através da liderança, em 2004, do grupo de empresas associadas ao Instituto Ethos na Bahia.

A realização de pesquisas incluindo itens relacionados à Responsabilidade Social Empresarial, sendo as neces-sidades identifi cadas, trabalhadas no âmbito do Comitê de Responsabilidade Social.

Projetos Sociais Relacionados à Distribuição de Energia Elétrica

Programa Luz para TodosA importância da energia elétrica como vetor de desen-volvimento e de qualidade de vida fez com que a Coelba desse um destaque à sua atuação no Projeto Luz no Cam-po, e hoje, ao Programa Luz para Todos, que vêm rever-tendo o quadro de carência das comunidades rurais do Estado da Bahia.

O Programa Luz Para Todos foi instituído pelo Ministério das Minas e Energia, em novembro de 2003, com o objetivo de levar energia elétrica à população do meio rural que ainda não dispõe deste serviço.

Na Bahia, até 2008, serão atendidos cerca de 358 mil do-micílios, com prioridade para os municípios com Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH), menor que a média esta-dual. Nos anos de 2004 e 2005, somente a Coelba aplicará R$ 94,3 milhões neste programa.

Até dezembro de 2004 foram realizadas 5.227 ligações, benefi ciando mais de 25 mil pessoas. Foram concluídas 91 obras, com 10.557 postes, 915 quilômetros de rede e 9.065 kVA instalados. Até a sua conclusão, em 2008, será investido R$ 1,9 bilhão, sendo 20% participação da Coelba, 30% do Governo Estadual e 50% do Governo Federal.

Além de proporcionar ganhos de qualidade de vida aos morado-res da zona rural, que podem dispor de escolas no turno da noi-te, de uma melhor conservação de alimentos e mais conforto, o programa contribui para a geração de renda, além de empregos diretos e indiretos. Estima-se que nas empreiteiras, apenas com as obras de ampliação da rede elétrica e realização de novas liga-ções, serão gerados 8 mil empregos diretos.

Programa Tarifa Social de Energia Este programa veio favorecer clientes com ligação monofási-ca e consumo até 220 kWh, com descontos na tarifa de ener-

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gia que variam entre 2,99% e 65,97%. Os descontos são au-tomáticos para as residências com consumo médio mensal inferior a 80 kWh. Quem consome entre 80 kWh e 220 kWh pode ter direito ao benefício desde que efetue o cadastra-mento no programa. Neste caso, o cliente precisa compro-var que também está cadastrado no programa social Bolsa

Família, do Governo Federal. Cerca de 2 milhões de clientes da Coelba estão classifi cados como baixa renda.

Este benefício foi concedido pelo Governo Federal e imple-mentado de acordo com a Resolução 246/02 da ANEEL, de 30 de abril de 2002.

Gestão Energética MunicipalO projeto fornece equipamentos de informática e capacita funcionários municipais para acompanhar, de forma deta-lhada, o consumo de energia elétrica das diversas unida-des do município e identifi car o potencial de redução do consumo através do uso racional da energia elétrica. Em 2004, a Coelba investiu R$ 400 mil nos municípios de São Desidério, Correntina, Pintadas e Itapicuru.

Projeto de Efi ciência Energética em Padarias A Coelba selecionou duas padarias para participar deste projeto-piloto, em que fornos elétricos inefi cientes foram substituídos por outros de alta efi ciência. Para o desen-volvimento e implementação do projeto foram investidos R$ 50 mil, incluindo o diagnóstico energético, a aquisição de equipamentos e a mão-de-obra.

Projeto de Efi ciência Energética do Hospital Iperba O projeto tem como objetivo identifi car ações e implemen-tar medidas de efi ciência energética consideradas viáveis

para as instalações do Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba). A Coelba investiu R$ 160 mil em diagnóstico, equi-pamentos e mão-de-obra.

Escritório de Arquitetura Visa colocar a experiência técnica e a força de trabalho de professores e alunos à disposição de segmentos da popu-lação que não têm acesso a determinados serviços nem a informações sobre uso racional de energia elétrica. O Escri-

tório contempla o atendimento prioritário aos moradores de favelas e ocupações da Região Metropolitana de Salva-dor, com renda familiar mensal de até 3 salários mínimos.

O projeto, que recebeu no ano de 2004 um investimento de mais de R$ 130 mil, vem sendo desenvolvido pela Coelba em parceria com a Coordenação do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Salvador (Unifacs).

Projetos com Foco na Educação

Agente CoelbaDirecionado para clientes de baixo poder aquisitivo, o Agen-te Coelba tem o objetivo de adequar o valor da conta de energia elétrica à capacidade de pagamento desses usuá-rios, através do uso racional de energia. O agente, que é es-colhido entre os moradores da comunidade, presta ainda o atendimento comercial através da oferta de serviços como fi nanciamento de padrão de entrada, cadastramento na tari-fa social, ligação nova, religação, parcelamento de débitos e alteração de cadastro, entre outros.

Os agentes visitam, em média, dez residências por dia, infor-mando quanto ao uso racional da energia elétrica, e realizam,

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Agente Coelba em atendimento

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em algumas delas, serviços de reforma nas instalações elétri-cas internas e substituição de lâmpadas incandescentes por fl uorescentes compactas. Os serviços também sinalizam as irregularidades no fornecimento de energia elétrica.

O projeto também fortalece a parceria com as comunida-des, através da realização de palestras sobre a utilização racional de energia elétrica e segurança nas instalações in-ternas. Em 2004, foram realizadas 85 palestras, sendo aten-didas diversas solicitações da parte dos clientes.

A receptividade do Projeto Agente Coelba nas comunida-des é classifi cada como muito boa, conforme apontado por pesquisa que registrou o índice de 93,64% de satisfação com o atendimento dos agentes.

Durante todo o ano, a Coelba investiu R$ 5,65 milhões para atender a aproximadamente 254 mil domicílios, através da atuação dos 127 Agentes Coelba nas 78 comunidades selecionadas das cidades de Salvador e Feira de Santana. Como resultados, obteve-se a redução de 15% no consu-mo de energia elétrica e a recuperação de 51% dos clientes que tiveram ligações cortadas nessas comunidades. Foram substituídas 2 mil lâmpadas incandescentes de 60W por fl uorescentes compactas de 15W e reformadas mais de mil instalações elétricas internas.

Pela sua efi cácia, o Projeto Agente Coelba foi escolhido pela Agência Norte-americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), como modelo mundial de eletrifi -cação em áreas carentes, tendo sido apresentado em se-minário promovido pelas Nações Unidas, em março, na África do Sul.

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Crianças participando do Projeto Energia Amiga

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O projeto também recebeu o prêmio Top Social da Associa-ção dos Dirigentes de Marketing e Vendas da Bahia (ADVB).

Energia AmigaCom o objetivo de desenvolver, junto ao público infanto-juvenil, uma nova consciência sobre o uso seguro da ener-gia elétrica, abordando o tema com uma linguagem lúdi-ca, personagens e material paradidático, o Projeto Energia Amiga foi criado em 2003, através de uma parceria com a ONG Fala Menino. Para estabelecer uma aproximação com o seu público, foi criado um mascote - Edinho - para as campanhas educativas institucionais de segurança.

O lançamento do projeto aconteceu na Bienal do Livro, com a participação de um público de 214 mil pessoas, in-cluindo 91 mil estudantes.

As ações deste projeto são desenvolvidas junto aos profes-sores do ensino médio e fundamental, resultando na reali-zação de trabalhos sobre o uso seguro da energia elétrica com seus alunos.

Em 2004, foi realizado o Concurso Cultural Energia Amiga para a criação de um novo personagem - Aninha - e histó-rias em quadrinhos sobre o tema segurança com eletrici-dade. Participaram mais de 5 mil estudantes de 402 escolas das redes pública e privada, tendo sido editado o livro Ener-

gia Amiga em Quadrinhos, reunindo os melhores trabalhos apresentados. Os livros foram distribuídos para as bibliote-cas das escolas que participaram do concurso. No exercício, o investimento da Coelba no projeto foi de R$ 76.336,00.

Pela sua repercussão, o projeto foi associado a diversas ini-ciativas educacionais e levado a vários municípios baianos, buscando expandir para o interior os conceitos sobre os cuidados com o uso da energia elétrica.

O sucesso do programa teve como desdobramento a apre-sentação de uma proposta de convênio com o Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria da Educação, para a inserção do tema Segurança no uso da Energia Elétrica na disciplina Meio Ambiente. Foram formados 120 multiplica-dores para divulgação do projeto.

Além disso, o Energia Amiga foi incorporado ao Projeto

Crescendo, desenvolvido pela Agência Reguladora de Ser-viços Públicos de Energia, Transportes e Comunicação da Bahia (Agerba), que tem como objetivo divulgar, nas esco-las baianas de ensino fundamental e médio, os direitos e deveres dos consumidores de energia elétrica e usuários

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Laboratório do Projeto Inclusão Digital, no Bairro da Paz, em Salvador

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Nilzete dos Santos FerreiraProfessora da Escola Pequeno Davi/ Ilhéus

“O Projeto foi de grande importância, tanto para mim quanto para meus alunos. Para ensinar a economizar, precisei aprender também. Para mim, o que era difícil passou a ser uma conquista”.

dos transportes intermunicipais de passageiros. Esta parce-ria, que também contou com o Circo Picolino e a Secretaria da Educação, foi fi rmada em 2004, formando 500 multipli-cadores nas escolas municipais para divulgação e produ-ção de trabalhos. Como resultado, foram capacitadas mais de 20.000 pessoas no tema Uso Seguro da Energia Elétrica.

Inclusão DigitalHá algum tempo, a Coelba vinha constatando altos índi-ces de inadimplência e ligações clandestinas no Bairro da Paz, uma das comunidades mais carentes da capital baiana, com cerca de 40 mil pessoas. Em setembro de 2004, a em-presa realizou reuniões com lideranças comunitárias, quan-do foram demandadas ações de qualifi cação profi ssional na área da informática. O resultado foi o Projeto Inclusão

Digital, que tem como objetivos possibilitar o acesso ao ensino básico dos recursos de informática aos moradores do bairro, capacitar para o primeiro emprego, atender ao princípio da inclusão digital, com acesso à Internet, e ser um complemento educacional.

O modelo de gestão do projeto envolve a Coelba, duas or-ganizações não-governamentais e a comunidade, cabendo à empresa adequar a infra-estrutura da Associação de Mo-radores, custear educadores, capacitar os multiplicadores, fornecer equipamentos de informática e material didático, e realizar palestras abordando temas como meio ambiente, adimplência, ligações clandestinas, auto-religação, uso efi -ciente de energia e segurança com a energia elétrica.

A organização não-governamental Cooperação para o

Desenvolvimento da Morada Humana e a Comunidade

(CDM) é responsável por instalar a Internet, custear o seu

uso e fazer palestras sócio-educativas. Já outra ONG, o Co-

mitê de Democratização da Informática (CDI), certifi ca os alunos, treina os multiplicadores e licencia os programas dos computadores.

Ao Conselho de Moradores cabe disponibilizar os locais para reuniões e instalação dos computadores, selecionar os alunos, cuidar da limpeza, conservação e vigilância, e auxiliar a comunidade a cumprir metas de adimplência.

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Os cursos são ministrados pela manhã e à tarde, com duas horas/dia por turma. Aos sábados as aulas são des-tinadas, preferencialmente, aos adultos que trabalham nos dias úteis. As sextas-feiras foram reservadas para au-las de revisão e trabalhos escolares, com acesso aberto à comunidade.

Em novembro de 2004 foram formadas as primeiras quatro turmas de inclusão digital, com entrega de certifi cados aos 40 participantes. No fi nal do mesmo mês, outras 9 turmas iniciaram as aulas.

Resultados do Projeto Inclusão Digital

dez 2004 set 2004Clientes Inadimpentes 31% 65%

Regularização de Ligações 1.350/mês 150/mês

Valores Recuperados (R$) 162 mil/mês 10 mil/mês

Investimento da Coelba (R$) 14.132 0

Medições Fiscais Instaladas 51 0

Palestras 6 0

Substituição de Fiação Interna 120 0

SOS Energia - A Corrente da VidaO objetivo deste projeto é capacitar educadores da rede pública de ensino, segundo a perspectiva da educação ambiental, para conscientizar seus alunos quanto à impor-tância da utilização da energia elétrica e dos recursos am-bientais sem desperdício.

Desde 1999, a empresa vem aprimorando uma proposta pedagógica de formação de educadores, visando capacitá-los a transmitir os conceitos e disseminar novos hábitos de

uso efi ciente da energia elétrica aos seus alunos. Os temas abordados são os seguintes:

Produção de Energia Elétrica e Meio Ambiente, Visão Ética da Relação Coelba-Cliente, Cidadania, Combate ao Desperdício de Energia Elétrica, Segurança com Energia Elétrica.

A obtenção de economia de energia elétrica nos domicílios dos alunos os qualifi ca como multiplicadores desse conhe-cimento, diante da família e da comunidade de origem.

Todos os profi ssionais treinados recebem um certifi cado atribuindo-lhes o título de multiplicadores do projeto SOS

Energia - A Corrente da Vida.

Entre 1999 e 2004, o projeto atendeu em torno de 67 mil educadores e estudantes de 265 escolas de 12 municípios. Em 2005, serão contemplados os municípios de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas, Dias D’Ávila, Feira de Santana, Pintadas, Luís Eduardo Magalhães, Terra Nova, Cachoeira, Va-lença, Lagedo do Tabocal e Lençóis, com previsão de aten-dimento a 50 escolas, 14 mil alunos e 450 educadores.

Em 2004, o projeto benefi ciou 500 professores e coorde-nadores do ensino fundamental de 50 escolas da rede mu-nicipal de ensino, e cerca de 12 mil alunos, contando com um investimento de R$ 1,65 milhão.

Jovem CidadãoEste projeto, premiado com o Top RH 2003, pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-BA), é uma evolução do

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O Projeto Jovem Cidadão promove o desenvolvimento pessoal e profi ssional de menores carentes

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Programa Aprendendo a Trabalhar, implantado pela Coelba há 13 anos, com o objetivo de promover o desenvolvimento pes-soal e profi ssional de menores carentes, oferecendo a primeira oportunidade de trabalho formal. Em 2004 fi cou entre os três melhores programas do Prêmio Fundação Coge, na categoria Capacitação e Desenvolvimento de Pessoas.

Os jovens, além de aprender as atividades que desenvol-vem, recebem treinamento nas áreas de informática e ele-tricidade, e permanecem na Coelba por um ano, receben-do uma bolsa mensal equivalente a 75% do salário mínimo, vale-transporte, tíquetes para lanche, fardamento e seguro de vida em grupo. Em 2004, a Coelba investiu R$ 457.221,54 no projeto, que benefi ciou a 126 adolescentes, sendo 57 da capital e 69 do interior.

Central do VestibularO projeto tem o objetivo de contribuir para a inclusão social de jovens procedentes de famílias de baixa renda, matriculados em escolas da rede pública, criando condi-ções para facilitar o seu acesso à universidade, através da oferta de cursos preparatórios para o vestibular em bairros populares. É realizado em parceria com a ONG Arquitetos

do Futuro, que trabalha com professores qualifi cados, re-munerados a um valor de hora-aula reduzido, e conta com a colaboração, em regime de voluntariado, em aulas espe-ciais, de renomados mestres do pré-vestibular baiano. Isto possibilita que seja cobrada dos alunos uma mensalidade de apenas R$38,00, a título de manutenção.

Em 2004, a Coelba investiu R$ 120 mil no projeto que teve a participação de mil alunos, dos quais, 126 ingressaram em cursos de nível superior.

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Projeto Todo Mundo Vai ao Circo patrocinado pela Coelba há sete anos

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Vida Brasil A atenção com a prevenção de acidentes causados pela utilização inadequada da energia elétrica e/ou pela falta de esclarecimento da população, motivaram as concessioná-rias de energia elétrica a desenvolver o Projeto Vida Brasil, que busca criar condições para reduzir os índices de aci-dentes com eletricidade.

Em 2004, a Coelba assumiu a coordenação do projeto, que foi dividido nos grupos Ação Educacional, Campanha Na-

cional, Engenharia e Padrões, Fabricantes e Fornecedores, Institucional e Usinas e Barragens.

Internet na ComunidadeEste projeto possibilita o acesso de populações de baixa renda às novas tecnologias, contribuindo para reduzir a

diferença social e cultural entre as classes. Oferece micro-computadores ligados à Internet em sedes de associa-ções de bairro, promovendo condições para a melhoria da qualidade de vida através do acesso a informações globalizadas, serviços públicos e privados, e entreteni-mento, contribuindo para o pleno exercício da cidadania. Além disso, a comunidade é estimulada a utilizar os ca-nais de relacionamento da empresa, acessando os ser-viços disponíveis no site, sem precisar se deslocar até as unidades de atendimento.

Em 2004, a Coelba aplicou R$ 11.859,40 no projeto, que estimulou a pesquisa escolar e contribuiu para melhorar o nível de aprendizado em sete bairros de Feira de Santana e Juazeiro.

Projetos com Foco na Cultura

Mais de 100 projetos já foram contemplados desde que a Coelba começou a investir em patrocínios culturais, em 1997. Ao incentivar a cultura, os objetivos da empresa são levar os projetos ao maior número possível de pessoas e, principalmente, ao interior baiano. Como pré-requisitos, os projetos devem oferecer espetáculos gratuitos ou con-trapartidas sociais.

Os investimentos vêm sendo concentrados em es-petáculos locais de teatro e música, na formação de produtores e grupos artísticos, e no resgate de mani-festações culturais. Os projetos recebem o patrocínio da empresa, que atua em parceria com o Governo do Estado, através do FazCultura, e do Governo Federal, pela da Lei Rouanet.

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Apresentação da Orquestra Sinfônica da UFBa no Farol da Barra, em Salvador

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Em 2004, foram investidos R$ 2,3 milhões em diversos pro-jetos que foram assistidos por mais de 290 mil pessoas em 27 municípios baianos.

Todo Mundo Vai ao Circo Desenvolvido pela Escola Picolino de Artes Circenses, este proje-to comemorou a sua 7ª edição, em 2004, sempre em parceria com a Coelba. Dirigido a crianças da faixa etária de 7 a 14 anos, da rede pública de ensino de Salvador, com a fi nalidade de levar a arte circense ao público infanto-juvenil. O projeto tam-bém insere no conteúdo de suas apresentações conceitos e lições de segurança, e de uso adequado da energia elétrica, e já atendeu a mais de 100 mil alunos de 250 escolas.

Hoje Tem Espetáculo O objetivo da iniciativa é levar o conteúdo e a essência do projeto Todo Mundo Vai ao Circo às crianças das cidades do interior do Estado. O projeto Hoje Tem Espetáculo inclui tam-bém em sua programação a realização de outras atividades como palestras educativas nas unidades escolares e o desen-volvimento, pelas crianças, de trabalhos relativos ao assunto. Em 2004, foi apresentado nos municípios de Juazeiro, Vitória da Conquista, Itabuna, Barreiras e Camaçari.

Domingueiras O projeto é um resgate das genuínas manifestações cul-turais da expressão artística na Bahia. Em 2004, as Domin-

gueiras foram realizadas em 10 municípios, incluindo, entre suas atividades, desfi les de manifestações culturais, feiras de artesanato, apresentações de músicos populares, corais, workshops e ofi cinas, e apresentações de fi larmônicas e fanfarras locais. Pela sua importância, a Coelba manteve o patrocínio deste projeto em 2005.

Concertos Populares da Orquestra Sinfônica da UFBaMúsicos consagrados mostraram um repertório rico, le-vando à população baiana um pouco da beleza da música clássica. Ao longo do ano foram realizadas 19 apresenta-ções gratuitas assistidas por cerca de 20 mil pessoas, em praças, escolas públicas e espaços culturais de Salvador, Itabuna, Feira de Santana e Vitória da Conquista.

Teatro de Cabo a Rabo Pelo segundo ano consecutivo, a Coelba patrocinou este projeto, no qual profi ssionais e técnicos qualifi cados do mercado baiano transmitem, através de ofi cinas no interior do estado, os seus conhecimentos para profi ssionais e ama-dores das áreas de teatro, dramaturgia, música e dança. Em 2004, o projeto foi realizado nas cidades de Madre de Deus, Valença, Alagoinhas e Cachoeira.

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Encenação do espetáculo Lampião e Maria Bonita

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Lampião e Maria Bonita O espetáculo, que apresenta uma versão da história do Cangaço, encenando o último amanhecer de Lampião e Maria Bonita, fi cou em cartaz por 5 meses em Salvador, e percorreu, em 2004, as cidades de Feira de Santana, Jequié, Vitória da Conquista, Itabuna, Ilhéus e Mata de São João, onde também aconteceram ofi cinas para jovens da comu-nidade, ministradas pelos atores.

Vamos ao Teatro Este projeto teve como proposta levar ao interior os espetáculos R$ 1,99, Isto é Bom Demais, Brancos e

Augustos, Não Vamos Falar Nisso Agora, Zéu Bitto em

Saliva-me, Mistura e Banda, Donzelos Anônimos e Ban-

da de Boca. Os ingressos foram trocados por 1 quilo de alimento não-perecível, tendo sido arrecadados 2,5 toneladas de alimentos, revertidos em benefício de 12 instituições sociais dos municípios de Itabera-ba, Alagoinhas e Santo Antônio de Jesus.

Quarta Que Dança Pelo segundo ano consecutivo, a Coelba patrocinou este projeto que contou com apresentações quinzenais, ao longo do ano, atraindo visibilidade e público para a dança, estimulando o surgimento de novos profi ssionais e a for-mação de platéia.

A Princesa e o Unicórnio Ética, auto-respeito, tolerância, não-corrupção e integri-dade norteiam este espetáculo infanto-juvenil, que fi cou em cartaz, em Salvador, durante 6 meses, possibilitando uma refl exão sobre os valores de uma sociedade-cidadã. Indo ao espetáculo, os jovens também tiveram a oportu-

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Fatura em Braille

Balanço Social e Ambiental 2004

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nidade de aprender sobre os direitos e deveres relaciona-dos à utilização segura e efi ciente da energia elétrica.

Outros Projetos

Além dos projetos inseridos nos focos de atuação adota-dos, a Coelba também desenvolve, segundo critérios espe-cífi cos, ações direcionadas para determinados segmentos da sociedade:

Fatura de Energia Elétrica em Braille: A Coelba des-tacou-se no Brasil como a primeira concessionária a disponibilizar, desde setembro de 2004, a Fatura de

Energia Elétrica em Braille. Este projeto contou com a parceria do Instituto de Cegos da Bahia, responsável pelo cadastramento dos defi cientes visuais e obtenção dos dados para emissão das contas, e da Xerox do Brasil, responsável pela impressão e envelopamento das fatu-ras em tinta e em Braille, que seguem juntas para a casa do cliente. Ao fi nal do ano, 22 clientes haviam aderido a este tipo de fatura.

Esta nova opção de conta rendeu à Coelba o Prêmio Destaque no Marketing 2004, da Associação Brasileira de Marketing & Negócios (ABMN), com o case vencedor na categoria Indústria de Energia.

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Hospital Aristides Maltez, uma das instituições sociais apoiadas pela Coelba

A Atividade Empresarial

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Apoio a Parceiros Sociais: Há mais de dez anos, a Coelba apóia entidades fi lantrópicas de reconhecida importância no Estado, que trabalham pela melhoria da qualidade de vida de camadas carentes da população. O acompanhamento das ações é feito através de visitas periódicas a essas instituições, quando são avaliados os desempenhos dos projetos. Em 2004, as doações atin-giram o montante de R$ 807 mil.

São instituições como as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), o Instituto de Cegos da Bahia, a Liga Bahiana Contra o Câncer (Hospital Aristides Maltez), o Centro Projeto Axé de Defesa e Proteção à Criança e ao Ado-lescente, o Centro Espírita Caminho da Redenção, a Organização Auxílio Fraterno (OAF), a Casa de Apoio e Assistência ao Portador do Vírus HIV (CAASAH), a Creche Escola Allan Kardec, o Instituto das Irmãs Franciscanas da Imaculada e a Catedral Basílica do Salvador.

Comodato de Imóveis: A Coelba mantém 11 contratos em regime de comodato, benefi ciando instituições como a Sociedade Brasileira de Eubiose, no município de Bre-jões; a Associação Comunitária Irmandade DES (ACIDES), no município de Jacobina; o Centro Projeto Axé de Defe-sa e Proteção à Criança, o Centro de Recursos Ambientais (CRA) e o Instituto Benefi cente Conceição Macedo (IBCM), em Salvador; a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, em Rui Barbosa; a Associação dos Moradores de Central (AMOC), no município de Central, além das prefei-turas municipais de Candeias, Cachoeira, Morro do Cha-péu e Senhor do Bonfi m, que pagam apenas o consumo de energia, água, impostos e em alguns casos, o condomí-nio, pela utilização dos imóveis.

Além destes, foi assinado com a Vitalmed um contrato em comodato para cessão de uma área de 30 metros quadrados, para instalação de uma base médica. Em contrapartida, a empresa de assistência médica presta-rá serviços para colaboradores, terceirizados e clientes que se encontrem nas dependências do Edifício Sede, durante o horário de funcionamento.

Documentação: O acervo histórico textual e foto-gráfico da Coelba tem despertado o interesse de empresas e instituições como fonte de pesquisas e memória da energia elétrica no Estado da Bahia. A Coelba possui um acervo técnico bibliográfico e au-dio-visual composto por 4.699 livros, 2.636 materiais de referência, 148 títulos de periódicos, 7.731 catálo-gos de equipamentos, móveis, vestuários, hotelaria e simbologia, 17 mapas, 480 separatas, 554 fitas de vídeo e 230 CDs.

Maria Rita Pontes Superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce - OSID

“A Coelba é um exemplo de empresa na prática da responsabilidade social, que deveria ser copiada pelas demais empresas privadas e públicas. Seu modelo de gestão participativa, integrando e envolvendo comunidade, clientes, fornecedores e público interno, demonstra a ética, a transparência e a responsabilidade social da Coelba. As Obras Sociais Irmã Dulce têm or-gulho de ser parceiras da Coelba pela afi nidade de princípios e valores”.

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Indicadores de Desempenho Público Externo: Comunidade

Investimentos Sociais

Valores 2004 2003% do faturamento bruto destinado à totalidade das ações sociais (sem os benefícios trabalhistas) 4% 2%

% do total destinado à área social, correspondentea investimentos em projetos sociais próprios4 6% 9%

% do faturamento bruto gasto em patrocínio ou realização de campanhas de interesse público 0,14% 0,14%

4 Embora o volume total de recursos em projetos sociais próprios tenha aumentado em 2004, o valor percentual caiu, em função do aumento do investimento total em ações sociais, de R$ 51,3 milhões para R$ 108,6 milhões.

Crianças do Projeto Axé

Balanço Social e Ambiental 2004

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Cesare de Florio La RoccaPresidente do Projeto Axé

“A característica fundamental do relacionamento da Coelba com o Projeto Axé é o respeito da empresa pela ação político-pedagógica do Axé”.

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A Atividade Empresarial

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A atenção com o meio ambiente, pela sua relevância, é um dos focos de atuação da Coelba na área de responsabilidade so-

cial. A empresa entende que deve ir além do cumprimento das demandas legais relativas a esta questão, que está submetida à fi scalização do Centro de Recursos Ambientais, no âmbito esta-dual; do Ibama, no federal; do Ministério Público, tanto no esta-dual quanto no federal; e das prefeituras, no municipal.

Com a estruturação do Programa de Responsabilidade Social, em 2003, foi criado o Comitê de Responsabilidade Social, do qual faz parte o Grupo de Meio Ambiente, composto por profi ssionais de diferentes áreas que possuem o perfi l ideal para introduzir as questões ambientais em suas respectivas atividades.

Além das estruturas formais, a Coelba possui representantes am-bientais nas cidades de Feira de Santana, Itabuna, Vitória da Con-quista, Barreiras e Juazeiro.

Produção Mais Limpa

A Coelba vem agindo de forma a evitar ou minimizar os impactos e compensar eventuais danos causados por suas atividades. Nesse sentido, a empresa deu início, em 2002, à prática da produção mais

limpa em obras de distribuição. De acordo com a United Nations

Environment Programme (UNEP), esta técnica consiste na aplica-ção contínua de uma estratégia econômica e ecológica integrada aos processos e produtos, a fi m de aumentar a efi ciência no uso de matérias-primas, água e energia, através da não-geração, mini-mização ou reciclagem de resíduos gerados em todos os setores produtivos.

O grande volume de obras de eletrifi cação rural realizado em função do Programa Luz no Campo fez com que a empresa aplicasse os

Gerenciando o Impacto Ambiental

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Balanço Social e Ambiental 2004

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Emanuel MendonçaSuperintendente da Secretaria de

Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMARH

“Destaco o caráter inovador e transparente do Balanço Social e Ambiental da Coelba, atendendo simultaneamente às demandas internas de gestão efi ciente, e utilizando-o como instrumento de ´prestação de contas´ à so-ciedade em geral.”

conceitos da produção mais limpa para executá-las, de modo que não fosse necessário licenciá-las individualmente.

Diversas medidas foram tomadas para isto: a primeira de-las foi o levantamento das obras que estavam paralisadas devido à necessidade de licenciamento ambiental, pelo fato de passarem por áreas de mata nativa ou por estarem em áreas de preservação permanente. Do total de obras levantadas, 63% poderiam ser liberadas para construção, alterando-se o traçado projetado, de modo a não passar pelas matas nativas.

Outra medida foi o treinamento de topógrafos, eletricistas, projetistas, coordenadores, supervisores e gestores, colabora-dores da empresa ou de empreiteiras, de forma a mudar os

paradigmas existentes. Um formulário de Inspeção Ambien-

tal Prévia foi elaborado e implementado, de modo que as obras, ainda na fase de levantamento inicial, tivessem as suas situações ambientais contempladas e defi nidas, eliminando-se a necessidade de visitas a cada uma delas.

Os resultados obtidos superaram as expectativas: do total de 1.374 obras em projeto, construção e concluídas, em 2004, apenas 11 necessitaram de Autorização para Supres-

são Vegetal, por não haver outra alternativa de traçado.

Este projeto, por seu caráter de prevenção e visão de fu-turo, foi o 3º colocado no Prêmio Bahia Ambiental 2004, promovido pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado, na categoria Idéia Sustentável.

Fator X Ambiental

O Fator X Ambiental, criado a partir da Equação Mista de Impacto Ambiental de Ehrlich, vem sendo utilizado por grandes organizações, e até por países comprometidos com o desenvolvimento sustentável do planeta. Em 2004, como resultado de um projeto de pesquisa e desenvolvi-mento, a Coelba, de forma pioneira, aplicou os conceitos do Fator X Ambiental aos seus processos, diagnosticando o nível de impacto atual sobre os recursos naturais, prevendo a necessidade de mantê-lo.

Para que a Coelba alcance o Fator X Ambiental de 3,62, considerado adequado para uma concessionária de distri-buição de energia elétrica, ela terá que reduzir, durante os próximos 50 anos, os impactos das suas atividades sobre o meio ambiente em 2,6% ao ano.

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Cadastramento de árvore em Salvador

A Atividade Empresarial

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A Árvore Urbana Como um Ativo do Sistema Elétrico

A ocupação simultânea de espaço entre redes de distribui-ção e árvores urbanas constitui um antigo problema para as concessionárias de energia elétrica. Buscando uma solu-ção, a Coelba estabeleceu parcerias para desenvolver pes-quisas no sentido de encontrar novas abordagens para tra-tar as questões de poda e identifi cação das espécies mais adequadas às características regionais.

Uma das iniciativas foi a parceria com a Prefeitura Munici-pal de Salvador para o cadastramento de árvores da cida-de. Foram cadastradas 80.072 árvores, sendo 50.072 pela

Coelba, e 30.000 pela Superintendência de Parques e Jar-dins. Deste total, encontram-se inseridas no Sistema de Ca-dastro da concessionária 74.429 árvores georreferenciadas, cujas informações como medidas de diâmetro, fenologia, aspectos fi tossanitários, época de fl oração e frutifi cação das espécies arbóreas, foram levantadas em campo, auxi-liando para uma melhor gestão da atividade de poda na capital baiana. Neste convênio, a participação da Coelba foi de R$ 116.536,00.

Por sua vez, a Prefeitura de Salvador possui dados confi áveis do seu patrimônio arbóreo. Sabe-se, por exemplo, que das árvores cadastradas pela Coelba, 6,53% precisam ser erra-dicadas por apresentarem risco de tombamento, podendo causar acidentes com terceiros e com a rede.

A Coelba também concluiu, em 2004, um projeto de pes-quisa e desenvolvimento para identifi cação de espécies nativas do cerrado e da caatinga, adequadas ao plantio em zonas urbanas. O investimento foi de R$ 7,5 mil e os municípios de Luís Eduardo Magalhães, no Oeste , e Eucli-des da Cunha, na região central do estado, foram escolhi-dos como áreas-piloto.

Foram coletadas 150 espécies no semi-árido, tendo sido re-comendadas 20 para serem usadas na arborização urbana dos municípios localizados naquele bioma. Similarmente para o cerrado, foram coletados 309 exemplares e reco-mendadas 43 espécies.

Um dos produtos deste projeto foi a elaboração de uma su-gestão para o Plano Diretor dos municípios, incorporando a arborização urbana e rural.

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Projeto de pesquisa para identifi cação de espécies nativas no oeste baiano

Balanço Social e Ambiental 2004

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Reduzindo a Pressão Pelo Uso de Recursos Naturais

Um dos materiais utilizados pela Coelba nas obras que realiza para levar energia aos seus clientes é a cruzeta de madeira, que serve para a fixação e sustentação dos cabos aos postes das redes elétricas. Produzida a partir de árvores nativas procedentes, na maioria das vezes, do Estado do Pará, a sua utilização em larga escala, no entanto, exerce uma pressão pelo uso dos recursos das florestas da região amazônica.

Apesar da empresa ter como padrão principal a cruzeta de concreto, o uso da cruzeta de madeira, mais fácil de manusear e de melhor desempenho técnico, apresenta-va, historicamente, consumos muito superiores aos das cruzetas de concreto.

Visando a redução e a substituição gradual da cruzeta de madeira nativa na empresa, em 2004, foram tomadas as se-guintes medidas:

adotar o padrão da cruzeta de concreto para todas as novas obras, limitando o uso da cruzeta de madeira às áreas próximas ao mar ou em situações específi cas,

exigir do fornecedor da cruzeta de madeira a certifi ca-ção FSC, do Conselho de Manejo Florestal, a única que garante a procedência e o processo produtivo susten-tado da cruzeta,

propor um novo projeto de pesquisa para o desenvol-vimento de uma cruzeta de madeira refl orestada.

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A Atividade Empresarial

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to, permitindo um uso econômico para as populações do entorno. Em caso de vegetações nativas de pequeno porte, como na caatinga, a limpeza ou reabertura são feitas apenas em 4 metros, distância suficiente para o acesso dos técnicos.

Através das práticas de produção mais limpa nas novas obras de distribuição, a empresa está contribuindo para reduzir a pressão sobre o uso de recursos naturais. Ao abrir 4 m de faixa de servidão ao invés dos 15 m tradi-cionais, reduzirá em cerca de 70% a quantidade de mata nativa a ser suprimida para implantação do Programa

Luz para Todos.

Em 2004, a empresa aplicou R$ 3,26 milhões para realizar a poda de 173.283 árvores, e a limpeza e reabertura de, respec-tivamente, 1.140,55 km e 195,60 km de faixas de servidão.

Um dos primeiros resultados constatados foi a redução em 37% do consumo de cruzetas de madeira, em relação a 2003.

Já em relação às atividades de limpeza e reabertura de fai-xas de servidão de linhas de distribuição e transmissão, a empresa vem adotando o método do corte seletivo em faixas situadas em áreas de Mata Atlântica, e a poda sele-tiva em linhas situadas em áreas de manguezais, sempre solicitando a autorização do Ibama, mesmo para pequenas podas. Além disso, a largura das faixas, que variava de 15 a 40 metros, a depender da tensão da linha, foi padronizada em 15 metros, inclusive para tensões de 138 kV, o que re-duz o impacto sobre a vegetação local.

A empresa também incentiva o plantio, sob as linhas, de espécies como cacau, banana, cana-de-açúcar e outras de pequeno porte, o que evita invasões e assoreamen-

Poda de árvore

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Balanço Social e Ambiental 2004

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Licenciamento do Sistema Elétrico em Operação

A Coelba assinou um Termo de Compromisso com o CRA, no qual se compromete a licenciar, até o fi nal de 2005, todo o sistema elétrico implantado até 1997. Em 2004, a empresa obteve cinco Licenças de Operação, relativas ao Extremo Sul, Irecê, Litoral Sul, Chapada Diamantina e Piemonte da Dia-mantina. Também foram iniciados os estudos ambientais das regiões da Serra Geral e do Sudoeste. Dessa forma, 53% do sistema elétrico da Coelba já está regularizado. Como resul-tado desse licenciamento, diversas medidas compensatórias estão sendo implementadas, resultando em benefícios para o meio ambiente. Um destaque foi a recuperação de uma área de 4 hectares de mata ciliar do Rio Santo Onofre, um afl uente do Rio São Francisco, no município de Ibotirama.

O gráfi co ao lado mostra o quantitativo das licenças am-bientais dos empreendimentos da Coelba, excetuando-se as licenças do sistema elétrico em operação, que foram destacadas acima.

Vale salientar que, desde dezembro de 2002, com a publi-cação do Decreto Estadual 8.398, a Coelba fi cou isenta do licenciamento ambiental de linhas até 230 kV. Entretanto, a empresa continuou a fazer os estudos ambientais de todas as linhas a partir de 69 kV, e a obter as autorizações para su-pressão vegetal, anuência prévia para obras situadas em uni-dades de conservação e resgate de fauna, entre outras.

Maiores detalhes das licenças ambientais constam do Relatório Técnico de Garantia Ambiental, disponível no site da empresa.

Implantação do Sistema de Gestão Ambiental

Em março de 2004, a empresa deu início à implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), alicerçado na ISO 14001, envolvendo, inicialmente, as atividades de poda de árvores, construção de rede e limpeza, abertura e reaber-tura de faixa de servidão. Essas atividades foram escolhidas por serem as mais impactantes, conforme resultado de um diagnóstico realizado em 2003.

Um dos primeiros resultados do novo sistema foi a ela-boração do Manual de Gestão Ambiental, contendo 19 procedimentos, sendo 8 relacionados ao Meio Ambiente e 11 ao Sistema de Gestão. Os procedimentos estão re-lacionados à gestão de emissões atmosféricas, produtos químicos, resíduos sólidos, emissões sonoras, gerencia-mento de impactos na fauna e fl ora para abertura, limpe-

Mônica Sobral Assessora do Centro de Recursos Ambientais - CRA

“A Coelba vem participando de muitos encontros e programas ambientais liderados pela SEMARH/CRA – tais como círculo de palestras, cursos, se-minários, projetos de divulgação de trabalhos na área de produção mais limpa –, constituindo-se num parceiro fundamental. Não se pode esquecer do compromisso da instituição com a regularização ambiental das suas atividades”.

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A Atividade Empresarial

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za e reabertura de faixa de servidão. A Coelba investiu R$ 42 mil neste sistema, em 2004.

Instalação de Redes Ecológicas

Em 2004, a empresa investiu R$ 2,39 milhões na instalação de novas redes ecológicas e substituição de existentes, e instalou ou substituiu 45 mil metros de redes cobertas ou isoladas de média tensão, além de 136 mil metros de redes secundárias isoladas.

Treinamento em Meio Ambiente

Além de treinar colaboradores e empreiteiros, a Coelba in-veste na formação de segmentos específi cos da comuni-

dade. Um exemplo é a aplicação de R$ 40 mil no Curso de Pós-graduação em Gestão Ambiental Municipal, promovi-do pelo Centro de Recursos Ambientais, em 2004, para 30 técnicos ambientais de diversos municípios baianos. Cabe ressaltar, também, que as questões ambientais vêm sendo introduzidas nos Cursos de Projetos de Redes de Distribui-ção, e de Formação de Eletricistas de Distribuição, entre outros promovidos pela empresa.

Proteção à Fauna

A Coelba desenvolve um programa de instalação de prote-tores de equipamentos em subestações, com o objetivo de evitar interrupções de energia devido a curto-circuitos pro-vocados por pássaros, roedores e outros animais, e preser-var as suas vidas. Em 2004, a empresa investiu R$ 55.620,00 para instalar 412 protetores de buchas.

Rede ecológica

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Está localizado em um fragmento de Mata Atlântica de 11 mil e 500 metros quadrados, entre as sedes da Coelba e da Odebrecht, em Salvador, onde existe uma trilha ecológica. Desde o seu início, o programa já recebeu 4.593 visitantes de 104 escolas públicas e privadas, e ins-tituições carentes e filantrópicas. Em 2004, contou com R$ 27.255,35 da Coelba.

Balanço Social e Ambiental 2004

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Programa de Educação Ambiental Ecoestações

Este programa foi criado em 2002 e é desenvolvido em parceria com a Odebrecht e a Universidade do Estado da Bahia. Tem como objetivo sensibilizar jovens e adultos so-bre a importância do uso e conservação dos recursos natu-rais, fundamentados no desenvolvimento sustentável.

Estudantes em visita à Trilha Ecológica

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A Atividade Empresarial

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Indicadores de Desempenho Ambiental

Uso de Recursos Naturais

Uso de Recursos 2004 2003Consumo anual de energia (kWh)5 16.246.446,87 16.736.973,66

Consumo anual de água (m3) 6 79.937 90.240

Cons. anual de combust. fósseis – gasolina (l) 1.676.644,79 2.244.037

Consumo anual de combust. fósseis – diesel (l) 247.657,74 478.668

Óleo combustível para Usinas Térmicas (l) 7 276.754 257.512

Cruzetas de Madeira de Lei (pç) 8 29.969 47.770

Reciclagem de Materiais

Material 2004 2003Transformadores de Distribuição (un) 1.135 496

Medidores de Energia (un) 37.443 53.895

Cartuchos de impressoras (un) 14.113 7.000

Óleo Mineral Isolante (l) 211.544 ND

Papel de Escritório (kg) 10.855 6.295

Baterias chumbo-ácidas de subestações,

código 2794 (ONU) (kg) 210,8 3.100

Lâmpadas de descarga (un) 1.487 ND

Baterias de Celulares (un) 60 57

Religadores isolados a óleo substituídos por SF6 (un) 41 ND

Disjuntores isolados a óleo substituídos por SF6 (un) 5 ND

Geração de Resíduos 9

Tipo/Unidade Destino 2004 2003Aço galvanizado (kg) Sucata 102.127,90 59.964,69

Ferro puro (kg) Sucata 2.080,55 11.491,71

Cobre (kg) Sucata 122.226,43 93.641,02

Bronze (kg) Sucata 1.249,30 854,55

Alumínio (kg) Sucata 174.162,50 147.086,40

Cabo de alumínio com

alma de aço (kg) Sucata 79.278,85 80.828,13

Chumbo (kg) Sucata 178,50 122,90

Plástico (kg) Sucata 235,00 132,00

PVC (kg) Sucata 573,00 429,35

Isoladores (kg) Sucata 60.455,14 3.3811,57

Transformadores de

distribuição e força (kg) Sucata 4.227 1.251

Transformadores de

corrente e potencial (un) Sucata 1.160 622

Capacitores de

alta tensão (un ) Sucata 6 75

Cruzetas de madeira (un) Sucata 4.047 2.755

Lâmpadas queimadas (un) Descont. / recicl. 1.483 ND

Postes de madeira (un) Sucata 273 251

Postes de concreto (un) Sucata 4.607 4.458

Postes de ferro/ Trilho (kg) Sucata 13.130,00 6.798,00

Resíduos de podas (ton) 10 ND 48,37 99,81

5 Consumo de energia próprio. 6 No Edifício Sede, a água utilizada para descargas e molhação de jardins é obtida via captação de chuva. 7 Usina de Ilha Grande. 8 Vide explicação detalhada no sub-item “Reduzindo a Pressão Pelo Uso de Recursos Naturais”. 9 Apesar de o ideal ser a geração zero de resíduos, pois eles signifi cam, em última análise, uma matéria-prima não utilizada, no atual estágio de tecnologia disponível, e considerando

a natureza dos serviços prestados pela Coelba, a geração de resíduos é inevitável, pois as instalações elétricas necessitam de manutenção, e isso resulta em um resíduo. 10 Valores obtidos de julho de 2003 a junho de 2004.

Page 79: Balanço Social e Ambiental

Balanço Social e Ambiental 2004

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Outros Indicadores e Resultados Relacionados ao Meio Ambiente

Multas / Autuações

Ano Multa /Autuação Quant Gravidade Órgão Autuador Estágio

2003 multa por não-solicitação de licença ambiental de

um pequena extensão de rede

01 Infração formal, não houve

dano ao meio ambiente

Prefeitura Municipal de

Mata do São João

A Coelba apresentou defesa e aguarda

decisão administrativa em 1ª instância

2004 multas por executar ligação de energia elétrica (re-

gularização de ligações clandestinas) em residências

construídas ilegalmente em áreas de manguezal.

02 - Ibama A Coelba apresentou defesa e aguarda

decisão administrativa em 1ª instância

Flor do cajueiro

Page 80: Balanço Social e Ambiental
Page 81: Balanço Social e Ambiental

Balanço Social Ibase 2004 . 82

Reconhecimentos . 84

Anexos

Page 82: Balanço Social e Ambiental

Balanço Social Ibase 2004

2004 20031. Base de Cálculo (R$ mil) (R$ mil)

Receita Líquida (RL) 2.065.672 1.781.053 Resultado Operacional (RO) 252.656 135.151Folha de Pagamento Bruta (FPB) 204.328 176.511Valor Adicionado Total (VAT) 2.088.510 1.758.036

Valor % % % Valor % % %2. Indicadores Sociais Internos (R$ mil) sobre FPB sobre RL sobre VAT (R$ mil) sobre FPB sobre RL sobre VAT

Alimentação 6.542 3,20 0,32 0,31 6.569 3,72 0,37 0,37Encargos sociais compulsórios 37.248 18,23 1,80 1,78 32.071 18,17 1,80 1,82Previdência privada 9.066 4,44 0,44 0,43 6.199 3,51 0,35 0,35Saúde 6.258 3,06 0,30 0,30 7.364 4,17 0,41 0,42Segurança e medicina do trabalho 850 0,42 0,04 0,04 114 0,06 0,01 0,01Educação 250 0,12 0,01 0,01 142 0,08 0,01 0,01Cultura 4 0,00 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0,00Capacitação e desenvolvimento profi ssional 736 0,36 0,04 0,04 1.535 0,87 0,09 0,09Creches ou auxílio-creche 92 0,04 0,00 0,00 143 0,08 0,01 0,01Esporte 159 0,08 0,01 0,01 ND ND ND NDIncentivo à aposentadoria (PDV) 7.981 3,91 0,39 0,38 ND ND ND NDParticipação nos lucros ou resultados 11.739 5,75 0,57 0,56 7.426 4,21 0,42 0,42Outros 424 0,21 0,02 0,02 ND ND ND NDTotal Indicadores Sociais Internos 81.348 39,81 3,94 3,90 61.563 34,88 3,46 3,50

Valor % % % Valor % % % 3. Indicadores Sociais Externos (1) (R$ mil) sobre RO sobre RL sobre VAT (R$ mil) sobre RO sobre RL sobre VAT

Educação 8.210 3,25 0,40 0,39 6.879 5,09 0,39 0,39Jovem Cidadão 457 0,18 0,02 0,02 654 0,48 0,04 0,04Projeto SOS Energia - Corrente de Vida 1.651 0,65 0,08 0,08 1.483 1,10 0,08 0,08Projeto Agente Coelba 5.654 2,24 0,27 0,27 4.284 3,17 0,24 0,24Outros 447 0,18 0,02 0,02 458 0,34 0,03 0,03

Comunidade 1.736 0,69 0,08 0,08 1.388 1,03 0,08 0,08Projeto Coelba ao Seu Lado 319 0,13 0,02 0,02 - - - -Doações e contribuições 807 0,32 0,04 0,04 1.145 0,85 0,06 0,07Conservação de Energia 610 0,24 0,03 0,03 243 0,18 0,01 0,01

Desenvolvimento Social 34.284 13,57 1,66 1,64 ND ND ND NDLuz no Campo 6.351 2,51 0,31 0,30 ND ND ND NDUniversalização - Luz para Todos 27.933 11,06 1,35 1,34 ND ND ND ND

Cultura 2.311 0,91 0,11 0,11 589 0,44 0,03 0,03Projeto Faz Cultura 1.451 0,57 0,07 0,07 297 0,22 0,02 0,02Lei Rouanet 860 0,34 0,04 0,04 292 0,22 0,02 0,02

Saúde e Saneamento 1.015 0,40 0,05 0,05 ND ND ND NDPesquisa e Desenvolvimento Tecnológico 7.549 2,99 0,37 0,36 4.443 3,29 0,25 0,25Combate à Fome e Segurança Alimentar 0 0,00 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0,00Esporte 120 0,05 0,01 0,01 ND ND ND NDTotal das Contribuições para a Sociedade 55.225 21,86 2,67 2,64 13.299 9,84 0,75 0,76

Tributos (Exceto Encargos Sociais) 729.833 288,86 35,33 34,95 520.766 385,32 29,24 29,62Total - Indicadores sociais externos 785.058 310,72 38,00 37,59 534.065 395,16 29,99 30,38

Valor % % % Valor % % % 4. Indicadores Ambientais (1) (R$ mil) sobre FPB sobre RL sobre VAT (R$ mil) sobre FPB sobre RL sobre VAT

Relacionados com a operação da empresa 9.062 3,59 0,44 0,43 8.163 6,04 0,46 0,46Manejo da Vegetação 3.256 1,29 0,16 0,16 2.792 2,07 0,16 0,16Licenciamento Ambiental 1.068 0,42 0,05 0,05 1.449 1,07 0,08 0,08Redes Ecológicas 2.389 0,95 0,12 0,11 3.863 2,86 0,22 0,22Outros 2.349 0,93 0,11 0,11 59 0,04 0,00 0,00

Em programas e/ou projetos externos 230 0,09 0,01 0,01 307 0,23 0,02 0,02Total dos investimentos em meio ambiente 9.292 3,68 0,45 0,44 8.470 6,27 0,48 0,48

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Anexos

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Balanço Social e Ambiental 2004

Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/ ( ) não posui metas ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) não posui metas ( ) cumpre de 51 a 75% operação e aumentar a efi cácia na utilização ( ) cumpre de 0 a 50% (X) Cumpre de 75 a 100% ( ) cumpre de 0 a 50% (X) Cumpre de 75 a 100%de recursos naturais, a empresa:

5. Indicadores do Corpo Funcional 2004 2003

Nº de empregados ao fi nal do período 2.772 2.848Nº de admissões durante o período 142 134Nº de desligamentos durante o período 218 170Nº de empregados terceirizados (1) 5.000 3.608Nº de empregados estagiários (1) 106 159Nº de empregados acima de 45 anos (1) 1.395 1.041Nº de mulheres que trabalham na empresa (1) 607 652% de cargos de chefi a ocupados por mulheres (1) 18,05% 13,95%Nº de negros(as) que trabalham na empresa (1) 361 ND% de cargos de chefi a ocupados por negros(as) (1) 1,45% NDNº de empregados portadores de defi ciência ou necessidades especiais (1) 141 141

6. Informações Relevantes quanto ao Exercícioda Cidadania Empresarial (1) 2004 2003

Relação entre a maior e a menor remuneração 18,33 18,33 Número total de acidentes de trabalho 25 24Os projetos sociais e ambientais ( ) pela (X) direção ( ) todos ( ) pela (X) direção ( ) todosdesenvolvidos pela empresa foram defi nidos: direção e gerências os empregados direção e gerências os empregadosOs padrões de segurança e salubridade ( ) pela (X) direção ( ) todos ( ) pela (X) direção ( ) todosno ambiente de trabalho foram defi nidos: direção e gerências os empregados direção e gerências os empregadosQuanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna ( ) não se (X) segue as ( ) incentiva ( ) não se (X) segue as ( ) incentivados(as) trabalhadores(as), a empresa: envolve normas da OIT e segue a OIT envolve normas da OIT e segue a OITA previdência privada contempla: ( ) a direção ( ) direção (X) todos a direção ( ) ( ) direção (X) todos e gerências os empregados e gerências os empregadosA participação nos lucros ( ) a direção ( ) direção (X) todos a direção ( ) ( ) direção (X) todosou resultados contempla: e gerências os empregados e gerências os empregadosNa seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social ( ) não são ( ) são (X) são ( ) não são ( ) são (X) sãoe ambiental adotados pela empresa: considerados sugeridos exigidos considerados sugeridos exigidosQuanto à participação dos empregados ( ) não se (X) apóia ( ) organiza ( ) não se (X) apóia ( ) organizaem programas de trabalho voluntário, a empresa: envolve e incentiva envolve e incentivaNúmero total de reclamações na empresa: no Procon: na Justiça: na empresa: no Procon: na Justiça:e críticas de consumidores(as): 27.294 59 4.392 28.500 59 4.392% de reclamações e críticas na empresa: no Procon: na Justiça: na empresa: no Procon: na Justiça:atendidas ou solucionadas: 100% 100% 41,75% 100% 100% 41,75%Valor adicionado total a distribuir (em mil R$) 2.088.510 1.758.036Distribuição do Valor Adicionado (DVA): 47,45% governo 38,13% governo 6,01% colaboradores(as) 6,55% colaboradores (as) 11,93% acionistas 8,96% acionistas 30,07% terceiros 45,89% terceiros 4,55% retido 0,47% retido

7. Outras Informações

Responsável pelas informações: André Luiz Margalháo Gondim, tel: 71 3370 5141, e-mail: [email protected]

Esta empresa não utiliza mão-de-obra infantil ou trabalho escravo

(1) Informações não auditadas

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Reconhecimentos

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Anexos

O reconhecimento das ações em 2004 foi verifi cado internamen-te pelo crescimento da satisfação dos colaboradores, detectado

em pesquisa de clima organizacional, que indicou que 88,46% consi-deram a Coelba uma boa empresa para se trabalhar. Externamente, o reconhecimento deu-se pelos seguintes prêmios:

Top Social 2004, pelo projeto Agente Coelba, conferido pela Associação Baiana de Agências de Publicidade e Propagan-da (ABAPP) em conjunto com a Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas da Bahia (ADVB) e a Associação Comercial da Bahia (ACB);

Prêmio Gestão Qualidade Bahia 2004 - Troféu Prata;

Prêmio Destaque no Marketing 2004, pelo case Fatura de Ener-gia em Braille, conferido pela Associação Brasileira de Marke-ting & Negócios (ABM&N);

Colocação como fi nalista do Troféu Prêmio Fundação COGE 2004, com o case Jovem Cidadão;

Prêmio Bahia Ambiental – 3º Colocado;

Site da Coelba – Prêmio IBEST por três vezes, Top Cadê e o Top Web pela ADVB-BA.

Estes são estímulos para aprimorar o relacionamento com os diver-sos públicos e gerir a empresa de forma socialmente responsável.

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Balanço Social e Ambiental 2004

Top Social 2004 – ABAPP/ADVB/ACB – Agente Coelba

Prêmio Gestão Qualidade Bahia 2004 - Troféu Prata

Prêmio Bahia Ambiental – 3º Colocado

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Anexos

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Balanço Social e Ambiental 2004

Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia – Coelba

Balanço Social e Ambiental 2004

CoordenaçãoDepartamento de Comunicação InstitucionalUnidade de Responsabilidade Socioambiental

ColaboraçãoComitê de Responsabilidade Social da CoelbaComissão de Colaboradores para Elaboração do Balanço SocialStakeholders

Centro de Recursos Ambientais da BahiaCirco PicolinoComitê para Democratização da InformáticaCooperação para o Desenvolvimento da Morada Humana e da ComunidadeFaelbaIbama LogistechMorelMovimento das Donas de Casa e Consumidores do Estado da BahiaNatureza BelaObras Sociais Irmã DulcePlatina EventosProjeto Axé Propeg Romagnole Postes (Barbosa, Barbosa Cia Ltda)Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos HídricosSindicato dos Jornalistas Profi ssionais do Estado da Bahia (Sinjorba)Superintendência Municipal de Parques e Jardins da Prefeitura de Salvador

Consultoria TécnicaDamicos Consultoria e Negócios

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Anexos

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Edição e ProduçãoMediArte Design & Comunicação

Projeto Gráfi coEduardo LandulfoVirgílio Neto

Fotografi asAristides Alves (pags 6, 7, 8, 13, 15, 16, 29, 36, 38, 39, 40, 42, 47, 49, 50, 51,53, 55, 57, 59, 61, 63, 67, 68, 69, 71, 72, 73, 74, 76, 79 e 80)

Shirley Stolze (pags 23, 27, 32, 41, 46, 60, 64, 65, 66 e 77)

Roberto Furtado (pag 45)

Marcelo Reis (pags 22, 25 e 85 - fotos 1 e 2)

Andrea Viana (pags 35 e 85 - foto 3)

Arquivo Coelba (pag 19)

Companhia de Eletricidade do Estado da BahiaAv. Edgard Santos, 300 - NarandibaAv. Edgard Santos, 300 - Narandiba

Salvador – BaSalvador – Ba41181-90041181-900

Fone: (71) 3370 5130Fone: (71) 3370 5130Fax: (71) 3370 5132Fax: (71) 3370 5132

Teleatendimento: 0800 71 0800Teleatendimento: 0800 71 0800www.coelba.com.brwww.coelba.com.br

ImpressãoGráfi ca Santa Marta

PapelCapa: Papel Reciclato 240g Miolo: Papel Reciclato 150g

Tiragem1.500 exemplares

Ficha Técnica