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POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA BALANÇO SOCIAL 2007

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POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA

BALANÇO SOCIAL

2007

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA 

 

BALANÇO SOCIAL 2007  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Elaborado por: Departamento de Recursos Humanos – DN/PSP 

 

 

 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

“The police are the public and the public are the police.”

Sir Robert Peel

(1788 – 1850)

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

O Balanço Social, criado pelo DL nº 190/96, de 9 de Outubro, foi concebido como um relevante instrumento privilegiado de informação, planeamento gestão, nas áreas sociais e dos recursos humanos. Actualmente, passada cerca de uma década, sendo corrente o uso de sistemas informáticos na gestão destes recursos, deve este instrumento ser perspectivado não apenas nessa dimensão, mas essencialmente como uma base de trabalho para a caracterização e conhecimento interno das instituições como um instrumento.

Considera-se, pois, que a leitura do Balanço Social não se deve ficar pela mera observação dos dados estatísticos e dos indicadores gráficos. A análise mais apurada permite aquilatar importantes aspectos de natureza quantitativa e qualitativa, fundamentais para uma melhor gestão provisional de recursos humanos numa conjuntura em que a instituição se encontra numa reestruturação interna que lhe trará novas e relevantes responsabilidades, devendo fazê-lo sem diminuição dos seus padrões de qualidade de serviço e eficácia operacional.

Actualmente prestam serviço na PSP mais de 23.000 profissionais, uns com funções policiais, outros com funções não policiais, mas todos eles contribuindo de forma relevante para os objectivos gerais desta instituição. A sua implantação nacional e os seus objectivos específicos conferem-lhe características distintas das restantes entidades públicas.

A PSP é uma instituição centenária, cuja história, cada vez, mais se escreve através das imagens da comunicação social, que chegam a todos os lares através dos ecrãs televisivos. No entanto, esses rostos anónimos, vistos no cumprimento da sua missão de segurança e protecção dos cidadãos, são a parte visível de uma instituição constituída por muitos milhares de homens e mulheres

que todos os dias, com a discrição e empenho que a missão policial carece, se esforçam empenhadamente ao serviço da segurança e bem estar dos seus concidadãos

Numa era digital e mediática, que tende a esquecer com frequência o passado, importa que a história das instituições seja registada em “retratos”, cada vez mais detalhados, que devem levar ao público aquilo que a instituição é internamente, no conjunto daqueles que integram os seus efectivos, e para além das imagens anónimas dos jornais e da televisão.

É também com esse objectivo, o de caracterizar os recursos humanos da PSP, numa altura de mudança interna e externa, que este documento é elaborado; essencialmente como um contributo relevante para o ajustamento das políticas de pessoal aos desafios e novas missões que se colocam à PSP, enquanto instituição, e aos seus elementos enquanto servidores da comunidade, e igualmente, como documento que, num futuro, mais ou menos próximo, permita um olhar analítico sobre os sucessivos retratos internos de uma instituição que se espera venha a ser multissecular.

Francisco Oliveira Pereira Director Nacional da PSP.

 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

Índice 

1. Natureza, Missão, Competências e Estrutura da PSP .......................................................... 4 1.1. Natureza ...................................................................................................................................... 4 1.2. Missão .......................................................................................................................................... 4 1.3. A estrutura da PSP ....................................................................................................................... 5 2. Recursos Humanos ..................................................................................................................... 8 2.1. Distribuição de efectivos por relação jurídica de emprego ......................................................... 8 2.2. A caracterização dos recursos humanos da PSP ........................................................................ 10 2.2.1. O pessoal com funções não policiais ...................................................................................... 10 2.2.1.1. Colocação ............................................................................................................................. 10 2.2.1.2. Sexo ..................................................................................................................................... 11 2.2.1.3. Estrutura etária .................................................................................................................... 11 2.2.1.4. Categorias profissionais ....................................................................................................... 12 2.2.1.5. Habilitações literárias .......................................................................................................... 12 2.2.1.6. Mobilidade funcional interna .............................................................................................. 13 2.2.2. O pessoal com funções policiais ............................................................................................. 14 2.2.2.1. Evolução de efectivos .......................................................................................................... 15 2.2.2.2. Distribuição dos efectivos por sexos ................................................................................... 15 2.2.2.3. Estrutura etária .................................................................................................................... 15 2.2.2.4. Estrutura de antiguidades ................................................................................................... 18 2.2.2.5. Estrutura habilitacional ....................................................................................................... 20 2.2.2.6. Outra caracterização do efectivo policial ............................................................................ 20 2.2.2.6.1. O Estado civil .................................................................................................................... 20 2.2.2.6.2. Origem dos elementos policiais ....................................................................................... 22 2.2.2.6.3. Mobilidade interna ........................................................................................................... 22 2.2.2.7. Admissões (em carreira) e regressos ................................................................................... 24 2.8. Saídas ......................................................................................................................................... 24 2.9. Promoções e progressões .......................................................................................................... 25 3 Ausências ao trabalho ............................................................................................................... 26 4. Encargos com o pessoal .......................................................................................................... 30 4.1. Encargos com pessoal ................................................................................................................ 30 4.2. Encargos com prestações sociais ............................................................................................... 31 5. Relações profissionais .............................................................................................................. 32 5.1. Disciplina .................................................................................................................................... 32 5.2. A Formação profissional ............................................................................................................ 33 6. Higiene e segurança ................................................................................................................. 36 6.1. Acidentes em serviço ................................................................................................................. 36 6.2. Juntas médicas ........................................................................................................................... 39 

CONCLUSÕES....................................................................................................................... 42 ANEXOS   ............................................................................................................................... 0 

 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

Nota introdutória 

 

O presente trabalho tem como objectivo principal apresentar o Balanço Social (BS) relativo à Polícia de Segurança Pública (PSP) para o ano de 2007. Este documento foi elaborado tendo em consideração o disposto no Decreto-Lei n.º 190/96, de 9 de Outubro bem como as orientações da Circular n.º 2/DGAP/97, de 17 de Março de 1997.

Contudo, estes documentos, foram utilizados como base de trabalho, nomeadamente quanto à informação base a reportar. Como tal, e embora a estrutura do documento se baseie em redor da informação definida naquele diploma legal, pretendeu criar-se algo mais do que um importante instrumento de gestão, tendo sido aprofundada a análise de alguns aspectos não considerados em documentos anteriores, mas considerados relevantes para a descrição da PSP enquanto instituição. Com o Balanço Social de 2006 efectuou-se uma análise comparativa acerca da evolução da instituição policial com base nos dados inseridos nos sucessivos Balanços Sociais. Com o presente documento objectiva-se ir um pouco mais além, sendo intenção desenvolver gradualmente um documento analítico que, integrando informação relevante adicional, sirva, anualmente, de base a “retratos” sociais da instituição, enquanto instrumentos que num futuro, mais ou menos próximo, permita a análise histórica da evolução das dinâmicas sociais e institucionais da PSP no âmbito dos recursos humanos.

Assim, para além dos quadros que contêm a informação estatística nos termos das normas acima citadas, este trabalho é complementado com informação gráfica e com indicadores relativos ao ano de 2007, mantendo, sempre que possível, uma perspectiva comparativa

com os anos anteriores e adicionando alguma análise de cariz sociológica relativamente a informação caracterizadora da instituição, a qual passou estar acessível com a implementação de um novo sistema informático de gestão de recursos humanos (Gestão Integrada de Vencimentos e Recursos Humanos” – “GIVeRH”).

A PSP é uma instituição com um efectivo global superior a 23.000 elementos, apenas sendo superada em efectivos pelas forças militarizadas. Legalmente as suas missões estendem-se por um amplo conjunto de actividades reguladoras da vida social, as quais, consequentemente, implicam um intenso e inevitável contacto entre os efectivos policiais e os cidadãos. Apesar do crescente recurso à novas tecnologias, enquanto instrumentos potenciadores da eficácia policial, os recursos humanos de uma instituição deste tipo são o recurso mais valioso, pois, apesar da capacidade em utilizar de forma inovadora todas essas novas tecnologias, o êxito do serviço policial depende fundamentalmente do desempenho e do contacto humano entre os homens e mulheres que prestam serviço na PSP e os seus concidadãos, sejam eles funcionários da própria instituição, sejam eles o comum cidadão que os procura para uma mera informação ou à procura de apoio ou solução para os seus problemas.

Departamento de Recursos Humanos da PSP

Abril de 2008

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

1. Natureza, Missão, Competências e Estrutura da PSP

1.1. Natureza 

A PSP é uma força de segurança, uniformizada e armada, com natureza de  serviço público e dotada  de  autonomia  administrativa,  com  a missão de assegurar a legalidade democrática, garantir a segurança  interna e os direitos dos cidadãos, nos termos da Constituição e da lei.  

A  PSP  depende  da  tutela  da  Administração Interna. A sua organização é única para todo o território  nacional  e  está  organizada hierarquicamente  em  todos  os  níveis  da  sua estrutura  com  respeito  pela  diferenciação entre  funções  policiais  e  funções  gerais  de gestão e administração públicas, obedecendo quanto às primeiras à hierarquia de comando e  quanto  às  segundas  às  regras  gerais  de hierarquia da função pública.  

1.2. Missão 

A PSP exerce a sua actividade de acordo com os  objectivos  e  finalidades  da  política  de segurança  interna  e  dentro  dos  limites  do respectivo  enquadramento  orgânico.  As  suas atribuições, definidas na Lei n.º 53/2007 de 31  de  Agosto  (LO‐PSP),  que  aprova  a  sua orgânica,  são,  em  situações  de  normalidade institucional,  as  decorrentes  da  legislação  de segurança  interna  e,  em  situações  de excepção,  as  resultantes  da  legislação  sobre defesa  nacional  e  sobre  estado  de  sítio  e estado de emergência.  

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

Constituem atribuições da PSP (artº 3º da LO‐PSP):  a)  Garantir  as  condições  de  segurança  que 

permitam  o  exercício  dos  direitos  e liberdades e o respeito pelas garantias dos cidadãos,  bem  como  o  pleno funcionamento  das  instituições democráticas, no respeito pela legalidade e pelos princípios do Estado de direito;  

b) Garantir a ordem e a tranquilidade públicas e a segurança e a protecção das pessoas e dos bens;  

c)  Prevenir  a  criminalidade  em  geral,  em coordenação  com  as  demais  forças  e serviços de segurança;  

d)  Prevenir  a  prática  dos  demais  actos contrários à lei e aos regulamentos;  

e)  Desenvolver  as  acções  de  investigação criminal  e  contra‐ordenacional  que  lhe sejam  atribuídas  por  lei,  delegadas  pelas autoridades  judiciárias ou solicitadas pelas autoridades administrativas;  

f)  Velar  pelo  cumprimento  das  leis  e regulamentos relativos à viação terrestre e aos  transportes  rodoviários  e  promover  e garantir  a  segurança  rodoviária, designadamente através da fiscalização, do ordenamento e da disciplina do trânsito;  

g)  Garantir  a  execução  dos  actos administrativos  emanados  da  autoridade competente  que  visem  impedir  o incumprimento  da  lei  ou  a  sua  violação continuada;  

h) Participar no controlo da entrada e saída de pessoas e bens no território nacional;  

i)  Proteger,  socorrer  e  auxiliar  os  cidadãos  e defender  e  preservar  os  bens  que  se encontrem  em  situações  de  perigo,  por causas  provenientes  da  acção  humana  ou da natureza;  

j) Manter a vigilância e a protecção de pontos sensíveis,  nomeadamente  infra‐estruturas rodoviárias,  ferroviárias,  aeroportuárias  e portuárias,  edifícios  públicos  e  outras instalações críticas;  

l)  Garantir  a  segurança  nos  espectáculos, incluindo  os  desportivos,  e  noutras actividades  de  recreação  e  lazer,  nos termos da lei;  

m) Prevenir e detectar  situações de  tráfico e consumo  de  estupefacientes  ou  outras substâncias proibidas, através da vigilância e  do  patrulhamento  das  zonas 

referenciadas  como  locais  de  tráfico  ou consumo;  

n)  Assegurar  o  cumprimento  das  disposições legais  e  regulamentares  referentes  à protecção  do  ambiente,  bem  como prevenir e investigar os respectivos ilícitos;  

o)  Participar,  nos  termos  da  lei  e  dos compromissos  decorrentes  de  acordos, tratados  e  convenções  internacionais,  na execução  da  política  externa, designadamente  em  operações internacionais de gestão civil de crises, de paz,  e  humanitárias,  no  âmbito  policial, bem  como  em  missões  de  cooperação policial internacional e no âmbito da União Europeia  e  na  representação  do  País  em organismos e instituições internacionais;  

p)  Contribuir  para  a  formação  e  informação em matéria de segurança dos cidadãos;  

q)  Prosseguir  as  demais  atribuições  que  lhe forem cometidas por lei.  

Constituem ainda atribuições da PSP:  a)  Licenciar,  controlar  e  fiscalizar  o  fabrico, 

armazenamento,  comercialização,  uso  e transporte  de  armas,  munições  e substâncias  explosivas  e  equiparadas  que não  pertençam  ou  se  destinem  às  Forças Armadas  e  demais  forças  e  serviços  de segurança, sem prejuízo das competências de  fiscalização  legalmente  cometidas  a outras entidades;  

b)  Licenciar,  controlar  e  fiscalizar  as actividades  de  segurança  privada  e respectiva  formação,  em  cooperação  com as demais forças e serviços de segurança e com  a  Inspecção‐Geral  da  Administração Interna;  

c) Garantir a segurança pessoal dos membros dos  órgãos  de  soberania  e  de  altas entidades  nacionais  ou  estrangeiras,  bem como de outros cidadãos, quando sujeitos a situação de ameaça relevante;  

d) Assegurar o ponto de contacto permanente para  intercâmbio  internacional  de informações  relativas  aos  fenómenos  de violência associada ao desporto.  

1.3. A estrutura da PSP 

De acordo com a sua Lei Orgânica, esta Polícia encontra‐se  organizada  conforme  o seguinte diagrama: 

 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DIRECÇÃO NACIONAL

UNIDADES ESPECIAIS 

Corpo de Intervenção 

Grupo de Operações Especiais 

Corpo de Segurança Pessoal 

Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em 

Subsolo 

ESTABELECIMENTOS DE ENSINO 

Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna 

Escola Prática de Polícia 

Aveiro Beja Braga  Bragança

Castelo  Coimbra Évora  Faro

Guarda Leiria Portalegre  Santarém

Setúbal Viana do Castelo  Vila Real  Viseu

COMANDOS DISTRITAIS

COMANDOS METROPOLITANOS

Lisboa Porto 

Serviços Sociais 

COMANDOS REGIONAIS

MADEIRAAÇORES Angra do Heroísmo

Ponta Delgada

Horta

Unidades Operacionais

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

 

 

 

 

 

 

2. Recursos Humanos  Para  a  elaboração  da  caracterização  dos Recursos  Humanos  que  prestam  serviço  na PSP  foram  utilizados  os  dados  extraídos  do sistema “Gestão de Integrada de Vencimentos e  Recursos  Humanos”  (“GIVeRH”), implementado nesta Polícia ao longo de 2007. 

Dado  que  em  anos  anteriores  a  informação era  extraída  de  outro  sistema  informático constataram‐se  algumas  situações relativamente  às  quais  não  é metodologicamente  adequado  efectuar quaisquer  comparações.  Assim,  apenas  são efectuadas  comparações  nas  situações  em que se verifica coerência da informação. 

 

2.1. Distribuição de efectivos por relação jurídica de emprego

Actualmente o efectivo de funcionários da PSP integra  dois  Quadros  de  pessoal  distintos:  o “Quadro  de  Pessoal  com  Funções  Não Policiais”  e  o  “Quadro  de  pessoal  com Funções  Policiais”.  Para  além  deste  pessoal, prestam  ainda  serviço  na  PSP  outros trabalhadores,  funcionários  e  agentes  ao abrigo  de  diversos  regimes  jurídicos  de emprego  e  que  se  encontram  a  executar tarefas  específicas,  a  desempenhar  funções dirigentes  ou  em  formação  nos estabelecimentos  de  ensino  da  PSP.  Alguns destes  funcionários  são  originários  de  outras instituições  públicas,  aí  regressando  após  a cessação das suas tarefas na PSP 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

De  igual  modo,  um  número  significativo  de elementos  pertencente  aos  Quadros  de pessoal  da  PSP,  encontram‐se  a  prestar serviço noutras  instituições públicas e órgãos de soberania em regime de destacamento ou de  requisição,  sendo que o maior efectivo  se encontra destacado nas Polícias Municipais de Lisboa e do Porto. 

Em  31  de  Dezembro  de  2007  o  pessoal  em serviço na PSP da PSP distribuía‐se, de acordo com a relação  jurídica de emprego, conforme mostrado na Tabela 1. 

Salienta‐se  o  facto  de  que  na  categoria “Dirigentes”  se  encontram  incluídos  Oficiais de Polícia que integram o “Quadro de Pessoal Com  Funções  Policiais”  com  funções  de Comando  e  Direcção  até  ao  nível  de  2º Comandante  de  Comando,  os  quais,  desse 

modo,  foram  subtraídos  das  categorias correspondentes aos seus postos. A nomeação é o vínculo mais  representativo, com 22.938  efectivos nesta  situação, ou  seja 98,5% do universo de servidores da PSP. Esta percentagem,  semelhante  à  verificada  em 2006, resulta do facto de que, tendo em conta a  natureza  específica  desta  força  de segurança,  a  quase  totalidade  dos  seus servidores  pertencem  aos  respectivos Quadros, o qual integraram por nomeação. As  restantes  formas  de  relação  jurídica  de emprego  constituem  percentagens  muito pouco  significativas,  sendo  que  se  referem  a situações  relativamente  concretas.  Os contratos  administrativos  de  provimento (0,8%)  referem‐se  sobretudo  ao  pessoal médico que presta serviço nos postos clínicos da  PSP,  aos  docentes  do  I.S.C.P.S.I.,  e  aos Cadetes‐alunos  e  Aspirantes  a  Oficial  de 

 Tabela 1. Distribuição dos servidores da PSP por relação jurídica de emprego

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

10 

Polícia que  frequentam o Curso de Formação de  Oficiais  de  Polícia  (CFOP)  e  que  não  são oriundos directamente do “Quadro de Pessoal Com Funções Policiais”. Quanto aos contratos de  prestação  de  serviço  (0,5%)  referem‐se  a contratos  de  avença  para  desempenho  de funções  de  assessoria  técnica.  Relativamente a outros tipos de relação  jurídica de emprego referem‐se  os  contratos  individuais  relativos ao  pessoal  afecto  a  tarefas  de  limpeza  de instalações policiais e apoio a messes. 

2.2. A caracterização dos recursos humanos da PSP

Considerando a natureza e ampla diversidade das  funções desempenhadas pelo efectivo da PSP, e conforme já referido, o efectivo policial encontra‐se  dividido  em  dois  Quadros: “Pessoal  com  funções  policiais”  e  “Pessoal com  funções  não  policiais”.  O  primeiro  tipo constitui  a  grande  maioria  dos  efectivos  da PSP  (cerca  de  96,9%),  enquanto  o  segundo 

constitui  3,1%.  Se  considerarmos  o  pessoal civil  não  pertencente  aos  Quadros  e  que presta  serviço  na  PSP,  a  percentagem  de pessoal  não  policial  é  de  4,2%,  valor  inferior ao  de  2006,  e  que  se  insere  na  tendência verificada nos últimos anos de diminuição do pessoal com funções não policiais. 

Para efeitos da caracterização do pessoal que presta  serviço  na  PSP  considerou‐se  apenas aqueles  que  integram  o  “Quadro  de  Pessoal Com  Funções  Policiais”  e  o  “Quadro  Com Funções não Policiais”, distribuídos pela várias situações  em  relação  ao  serviço  conforme indicado na Tabela 1. 

2.2.1. O pessoal com funções não policiais

No  final  de  2007  o  “Quadro  de  Pessoal  com Funções  Não  Policiais”  integrava  719 elementos.  Considerando  o  pessoal  não policial não integrado nos Quadros, verifica‐se a  existência  de  um  total  de  942  elementos (Gráfico 1), significando, relativamente ao ano anterior,  uma  diminuição  de  10,8%..  Esta diminuição  insere‐se  na  tendência decrescente  verificada  em  anos  anteriores mais  recentes.  Constata‐se,  assim,  que  este efectivo é o mais baixo existente nos últimos 7 anos. 

2.2.1.1. Colocação Uma  percentagem  significativa  do  pessoal com  funções  policiais  presta  serviço  na Direcção  Nacional  (36%),  distribuindo‐se  os restantes  pelo  dispositivo  policial  da  forma indicada na Tabela 2. 

Tabela 2 – Efectivos por Quadro de Pessoal e Situação em relação ao Serviço

 Gráfico 1 – Evolução dos efectivos com funções

não policiais

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

11 

 Tabela 4 – Pessoal com funções não

policiais (Distribuição por sexos)

2.2.1.2. Sexo O  efectivo  com  funções  policiais  é predominantemente  feminino  (81,2%),  sendo esta desproporção entre  sexos uma das  suas características principais. 

2.2.1.3. Estrutura etária O  efectivo  que  integra  o  quadro  do  pessoal com  funções  não  policiais  distribui‐se  forma 

diferenciada  segundo  o  respectivo  sexo (Tabela  4).  Embora,  relativamente  aos funcionários masculinos, haja um distribuição relativamente  equilibrada  entre  os  diversos escalões  etários  correspondentes  às  idades entre  os  35  e  os  54  anos,  no  caso  das funcionárias  verifica‐se  uma  maior concentração nos escalões correspondentes à idades  entre  os  45  e  os  59  anos,  com  uma incidência destacada no escalão dos 50 aos 54 anos  (Gráfico  2).  Quanto  a  este  aspecto salienta‐se o  facto de que  60,4% do  efectivo feminino  tem  50  anos  ou  mais  de  idade  e 79,8% tem mais de 45 anos. 

A média de idades é de 50,2 anos, sendo que para  os  homens  a média  é  de  46,1  anos  e para as mulheres de 51,1 anos. 

O  pessoal  com  funções  não  policiais caracteriza‐se,  portanto,  como  um  Quadro relativamente  envelhecido,  já  que  a  maior parte  dos  funcionários  que  o  integram  se enquadra  nos  escalões  etários  acima  dos  45 anos,  onde  se  encontra  mais  de  75%  deste efectivo. 

8

30

23

22

31

19

2

0

17

32

69

113

151

120

62

20

0 50 100 150

30 ‐ 34 anos

35 ‐ 39 anos

40 ‐ 44 anos

45 ‐ 49 anos

50 ‐ 54 anos

55 ‐ 59 anos

60 ‐ 64 anos

65 ‐ 69 anos Feminino

Masculino

Gráfico 2 - Pessoal com funções não policiais (Distribuição por sexo e escalão etário)

 Tabela 3 - Pessoal com funções não

policiais - Colocação

Tabela 5 – Pessoal com funções não policiais (Estrutura etária)

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

12 

A  distribuição  do  efectivo  com  funções  não policiais  pelas  idades  mostra  uma  ruptura nítida  resultante  entre  os  43  e  47  anos (Gráfico  3),  resultante  de  um  período relativamente  extenso  em  que  não  se verificou  entrada  de  efectivos  com  funções não policiais. Esta situação tem sido, de algum modo,  colmatada  com  a  requisição  de funcionários  noutras  instituições  e  a reclassificação  de  pessoal  licenciado  da carreira policial para técnico superior. 

Esta  situação  apresenta,  contudo,  algumas questões  relativamente  preocupantes  já  que face  à  caracterização  etária  do  pessoal  que integra  o  “Quadro  de  pessoal  com  Funções Não Policiais” se torna necessário considerar a perspectiva  de  iniciar  a  renovação  destes Quadros  com  efectivos  relativamente  jovens, pois a proximidade da aposentação de muitos deles  irá  a  curto  prazo  depauperar  alguns Serviços,  já  com  escassez  de  efectivos,  daí resultando  uma  afectação  significativa  da produtividade e do apoio à actividade policial, já que muitos deles estão  ligados a tarefas na área  da  gestão  de  recursos  humanos, vencimentos e administração financeira. 

2.2.1.4. Categorias profissionais Quanto à distribuição por  categorias  verifica‐se uma distribuição diferente entre ambos os sexos,  sendo  que  os  homens  se  distribuem principalmente  pelas  categorias  de  Técnico superior  e  Administrativo,  as  mulheres concentram‐se  principalmente  nas  categorias de Administrativo e Auxiliar (Tabela 6). 

2.2.1.5. Habilitações literárias Relativamente  às  habilitações  literárias observa‐se que  enquanto  45,9% dos homens tem  habilitações  literárias  de  nível  superior, apenas  6,3%  das  mulheres  têm  esse  nível (Tabela 7). Esta  situação  resulta  essencialmente  das diferenças  funcionais  entre  ambos  os  sexos, sendo  que  39,8%  do  efectivo  masculino  é técnico  superior  (67,9%  do  total  de  técnicos superiores em serviço na PSP), e apenas 4,3% das mulheres têm igual categoria profissional. O  nível  habilitacional  tem  estabilizado  nos anos  mais  recentes  já  os  funcionários administrativos, pelo que pelos níveis etários 

 Tabela 7 - Pessoal com funções não

policiais (Habilitações literárias) Tabela 6 – Pessoal com funções não policiais (Categorias profissionais)

 Gráfico 3 - Pessoal com funções não policiais (Efectivo por idades)

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

13 

elevados em que se encontram e pelo tempo de  serviço prestado,  se poderá  inferir que os mesmos  se encontram menos predispostos a investir  na  melhoria  das  suas  habilitações literárias.  Por  outro  lado,  os  técnicos superiores,  sendo  já  detentores  de licenciatura, têm investido essencialmente em segundas licenciaturas. Não existindo carreiras de  investigação  ou  incentivos  curriculares,  a procura  de  habilitações  de  nível  superior (mestrado ou doutoramento) é relativamente reduzida. 

2.2.1.6. Mobilidade funcional interna De uma  forma geral verifica‐se uma  reduzida mobilidade entre o pessoal  com  funções não policiais1.  Cerca  de  66,3%  das  funcionárias  e 42,2% dos  funcionários  (61% do efectivo com funções não policiais) mantêm‐se em  funções no mesmo Serviço há 7 anos ou mais  (Tabela 9), sendo que o  tempo médio desde a última colocação é de 11,8 anos; média mais elevada no  caso  das  funcionárias  (12,6  anos)  do  que dos funcionários (8,1 anos). 

Esta  situação  resulta  sobretudo  do  facto  de grande  parte  dos  “Administrativos”  e “Auxiliares”  se manterem  no mesmo  Serviço há  10  ou mais  anos.  Os  técnicos  superiores são  aqueles  que  apresentam  menores períodos de tempo desde a última colocação. 

                                                            1  Em virtude de não ter sido possível extrair os

dados acerca desta situação no final do ano de 2007, optou-se por considerar as situações de mudança interna de Serviço ocorridas no início de 2008. 

Note‐se,  contudo,  que  a  maioria  destes elementos  foram  reclassificados,  tendo  saído do “Quadro de Pessoal Com Funções Policiais” a partir de 2003. Por outro  lado, dado que o número  de  funcionários  com  funções  não policiais  nos  Comandos  é  relativamente reduzido,  estando  afectos  a  um  conjunto  de funções  relativamente  delimitado, dificilmente  se  pode  verificar  mobilidade funcional  ou  de  local  de  serviço,  excepto quando  ocorrem  promoções  com  alteração significativa de conteúdo funcional. 

Em média, o pessoal com funções não policiais entrou  ao  serviço  da  PSP  nas  respectivas carreiras há 13,3 anos, sendo a média relativa a  funcionários  e  funcionárias  pouco significativa;  12,6  e  13,9  anos, respectivamente.  Note‐se,  no  entanto  que  o facto  de  uma  parte  significativa  dos  técnicos superiores  serem originários do efectivo  com funções  policiais  por  reclassificação profissional,  leva  a  que  estes  valores  sejam menos elevados,  já que não é  considerado o tempo na sua carreira anterior,. 

 Tabela 8 - Pessoal com funções não policiais

(Habilitações literárias e categorias)

 Tabela 9 - Pessoal com funções não policiais

(Tempo de colocação no Serviço)

Tabela 10 - Pessoal com funções não policiais (Categoria e tempo de colocação)

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

14 

Considerando  o  tempo  de  serviço  e  a  idade média  do  pessoal  com  funções  não  policiais verifica‐se que este efectivo iniciou funções na PSP  com  um  nível  etário  relativamente elevado.  Efectivamente  a  idade  média  de entrada nesta instituição é de 36,6 anos; mais elevada  para  as  funcionárias  (37,2  anos)  do que para os funcionários (33,8 anos). 

Esta  situação  resulta  do  facto  de  a  PSP  não efectuar  recrutamento  directo  desde  1976, tendo este quadro sido provido, desde então, e principalmente, de pessoal excedentário de outros  Serviços  da  Administração  Publica  ou pessoal  requisitado  a  outras  entidades  e organismos, conforme referido atrás. 

2.2.2. O pessoal com funções policiais O efectivo policial da PSP reparte‐se por três carreiras  distintas:  “Agente”, “Subchefe/Chefe”  e  “Oficial”,  num  total  de 

22.214  elementos  (onde  se  encontram incluídos os elementos adidos ao Quadro). 

A  primeira  destas  carreiras,  que  integra  os postos  de  “Agente”  e  “Agente  Principal”, apresentava  em  31DEZ2007  um  total  de 18.833  efectivos,  sendo  17.590  do  sexo masculino  (93,4%)  e  1.242  do  sexo  feminino (6,6%). No  seu  conjunto  constituem  cerca de 85% do efectivo policial (Tabela 12). 

Os efectivos da  carreira de  “Subchefe/Chefe” constituem cerca de 12% do efectivo policial, num total de 2.647 elementos; 2.408 homens (90,9%) e 240 mulheres (9,1%) (Tabela 12). 

Na  carreira  de  “Oficial”  encontram‐se  734 elementos,  sendo  666  homens  (90,7%)  e  68 mulheres  (9,3%),  distribuídos  pelos  6  postos que a constituem (Tabela 12), sendo que estas se  encontram  na  sua maioria,  por  enquanto, pelos  postos  mais  baixos,  ao  nível  de Subcomissário e Comissário). 

Comparando  a  situação  com  o  QAL  (e retirando  os  elementos  que  se  encontram adidos  ao  Quadro  ou  na  situação  de supranumerário) constata‐se que a carreira de “Agente”  é  a  única  que  se  encontra actualmente  preenchida.  As  restantes encontram‐se  em  situação  deficitária,  com faltas  significativas:  7,1%  dos “Subchefes/Chefes”,  e  percentagens  ainda mais  significativas  no  caso  da  carreira  de “Oficial”  com  faltas  que  variam  de  1,3%  nos Subcomissários  a  50,8%  dos  “Intendentes”. Nesta carreira, e particularmente significativo, 

é o  caso do posto de “Superintendente”. 

Onde  apenas  está preenchida  1  das  36 vagas  existentes. Contudo,  esta situação  tem  sido suprida,  sendo  as 

funções correspondentes  às vagas  dos  postos  em falta  asseguradas  por oficiais  de  postos subalternos.  Tal situação  resulta essencialmente  da aposentação  gradual no  final  de  carreira 

 Tabela 11 - Pessoal com funções não policiais

(Tempo de entrada ao serviço da PSP)

Tabela 12 – Pessoal com funções policiais (Distribuição por Sexo e Postos)

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

15 

Gráfico 4 - Pessoal com funções policiais (Evolução de efectivos)

dos  oficiais  oriundos  das  Forças  Armadas  e que  haviam  integrado  o  “Quadro  de  Pessoal Com Funções Policiais”, na carreira de Oficiais de  Polícia,  enquanto que os oficiais oriundos do  I.S.C.P.S.I.  ainda  não  alcançaram  esses postos. 

Os  concursos  de  promoção  que  se  iniciaram em 2007 foram terminados em 2008, tendo‐se já  verificado promoções de oficiais de polícia que atenuaram a situação acima referida. 

Relativamente  à  taxa de enquadramento dos diversos  postos  pode  observar‐se  que  em 31DEZ2007  existia  1  Subchefe/Chefe  para cada  7,1  Agentes,  e  1  Oficial  para  cada  3,6 Subchefe/Chefes e 25,7 Agentes. Estes valores apresentam  um  agravamento  das  taxas  de enquadramento  hierárquico  relativamente  a 2006,  sendo  um  dos  factores  que contribuíram  de  forma  relevante  para  esta situação o facto de em DEZ2007 ter terminado um  Curso  de  Formação  de  Agentes,  do  qual resultou a admissão de 993 novos Agentes. 

Salienta‐se,  contudo  que  a  taxa  de enquadramento  de  oficiais  é substancialmente diminuída em consequência do  amplo  conteúdo  funcional  dos  diversos postos,  o  qual  implica  que  uma  parte significativa  destes  desempenhem  funções docentes,  técnicas  ou  de  assessoria,  não directamente  ligadas  a  funções  de coordenação e enquadramento de efectivos. 

2.2.2.1. Evolução de efectivos Os 22.214 efectivos existentes em 31DEZ2007, constituem  um  aumento  de  3,3% relativamente ao efectivo existente no final de 

2006.  Este  aumento  insere‐se  na  tendência crescente  verificada  desde  1999,  e  deve‐se, conforme  referido  à  entrada  de  993  novos Agentes  no  final  de  2008  e  à  contenção  do número  de  elementos  que  têm  saído  para  a pré‐aposentação e aposentação. 

2.2.2.2.  Distribuição  dos  efectivos  por sexos 

O  efectivo  policial  da  PSP  é predominantemente  masculino,  sendo constituído por 93% de elementos masculinos e 7% femininos. 

O ano de 2007 confirmou a ligeira tendência e aumento  percentual  dos  efectivos  policiais femininos  verificada  nos  últimos  anos anteriores,  já  que  em  2006  o  efectivo feminino era de 6,8%. Note‐se, quanto a esta questão  que  dos  agentes  saídos  dos  últimos cursos  de  formação  de  Agentes,  a percentagem  de  elementos  femininos  foi, sucessivamente  de  8,3%  e  7,4%. Relativamente  ao  Cursos  de  Formação  de Oficiais,  as  Aspirantes  e  Cadetes  femininas constituem 12,2% dos alunos daquele Curso 

2.2.2.3. Estrutura etária 

Relativamente à distribuição de cada sexo por escalões  etários  verifica‐se  uma  diferença significativa entre homens e mulheres (Tabela 12),  consequência  da  forma  como,  ao  longo dos  anos  foram  efectuados  os  alistamentos para  as  “Escolas  de  Alistados”  e  “Cursos  de Formação de Agentes”. 

Quando se atenta na incidência percentual de cada  escalão  etário  nota‐se  que  o  escalão etário masculino  com maior percentagem de homens  é  os  “30  a  34”  anos  (21,6%), concentrando‐se  aí  mais  de  1/5  do  efectivo policial.  Entre  os  35  e  os  49  anos,  as percentagens  dos  três  escalões  considerados mantêm‐se  relativamente  aproximadas,  não se  verificando  diferenças  significativas, concentrando‐se  neste  intervalo  cerca  de metade do efectivo policial masculino (50,3%). Note‐se,  no  entanto,  que  os  escalões  mais jovens (até aos 29 anos) constituem apenas de 15,3%  dos  efectivos masculinos  e  16,9%  dos femininos. 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

16 

Gráfico 5 -Pessoal com funções policiais (Sexo e escalões etários)

Relativamente  ao  sexo  feminino,  o  escalão etário  percentualmente  mais  elevado continua  a  ser  “40  a  44”  anos,  com  28,3%. Comparativamente  ao  efectivo  masculino, observam‐se  percentagens  similares  no efectivo feminino nos escalões etários até aos 34  anos.  Contudo  nos  escalões correspondentes  aos  “35  a  49  anos” concentram‐se  49,5%  do  efectivo  feminino, podendo  constatar‐se,  pois,  um envelhecimento  mais  acentuado  no  efectivo feminino,  cujas  consequências  poderão verificar‐se  a  curto  médio  sendo  que  neste caso  se  verificará  uma  quebra  relativamente significativa no efectivo feminino aquando das aposentações destas. 

Cerca de 15,3% do efectivo policial tem  idade entre os 20 e os 30 anos, 39% tem entre 30 e os  40,  33,4%  têm  entre  40  e  50  anos  e  os restantes  12,  3%  estão  acima  dessa  idade. Perante estes valores pode considerar‐se que o  efectivo  policial  se mantêm  numa  fase  em 

que a  relação conhecimento vs  rendimento é relativamente  equilibrada,  como  se  pode constatar  dos  diversos  índices  operacionais divulgados através do Relatório de Segurança Interna  e  Relatório  de  Actividades  da  PSP. Importa contudo ter em consideração o facto de que quase 1/3 do  efectivo ultrapassou os 45  anos,  período  a  partir  do  qual  diversos estudos científicos têm demonstrado ter início alterações  fisiológicas  com  impacto significativo  na  saúde  e  desempenho  fisco  e intelectual dos  indivíduos,  sobretudo  quando se sabe que o desempenho de algumas tarefas e  funções de natureza policial exige um grau razoável de destreza, capacidade e resistência físicas. 

 Gráfico 6 - Pessoal com funções policiais

(Distribuição por idades)

Tabela 13 – Pessoal com funções policiais (Sexo e escalões etários)

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

17 

 Gráfico 7– Pessoal com funções policiais

(Escalões etários)

A  distribuição  do  efectivo  policial  pelas respectivas  idades  apresenta  alguma irregularidade,  consequência,  sobretudo,  dos períodos de realização de Cursos de formação de  Agentes,  com  como  da  duração  dos mesmos2,  sendo que este último  factor  foi  já regularizado. 

Distribuição  das  carreiras  pelos  escalões etários 

A distribuição das três carreiras policiais pelos respectivos  escalões  etários  apresenta  uma distribuição diferenciada entre as mesmas 

Relativamente  aos Agentes observa‐se que o escalão etário com percentagem mais elevada de  efectivos  é  ”30‐34  anos”,  diminuindo gradualmente até aos 54 anos, sendo que daí em  diante  as  percentagens  dos  restantes escalões são pouco significativas. 

Quanto aos Subchefes/Chefes, cerca de 56,2% dos  efectivos  desta  carreira  enquadram‐se entre  os  40  e  49  anos,  sendo  que  os  dois escalões  adjacentes,  acima  e  abaixo apresentam  igualmente  percentagens similares. 

Esta  situação,  relativamente  aos  Agentes/ Agentes  principais  e  Subchefes/Chefes,  é característica  de  carreiras  com  reduzidos níveis de progressão e cuja evolução se faz de 

                                                            2  Há alguns anos era relativamente comum a conclusão de duas Escolas de Alistados num mesmo ano civil, bem como a realização de cursos de formação de Guardas apenas para elementos femininos. 

forma gradual ao fim de determinado período de  tempo,  não  havendo  diferenças significativas  nos  conteúdos  funcionais  das mesmas. 

Diferente situação se verifica quanto à carreira de  Oficiais,  com  conteúdos  funcionais específicos  e  distintos  em  cada  posto. Neste caso observa‐se uma maior concentração nos escalões  etários  mais  elevados  sendo  que apenas  cerca de 1/3  têm menos de 40 anos, 

resultando  essencialmente  de  algum retardamento nas situações de promoção, que tendem  a  elevar  as  idades  médias  dos efectivos  de  cada  posto,  não  apenas  em consequência de gestão de efectivos oriundos de  percursos  profissionais  diferentes  para  os mesmos  postos,  mas  igualmente  pelos períodos prolongados de cada concurso. 

Em  consequência  dessa  situação  as  idades médias dos diversos postos são relativamente aproximadas,  quando  teoricamente  se deveriam  verificar  distinções  relativamente 

 Gráfico 8 - Pessoal com funções policiais)

(Carreiras e escalões etários)

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

18 

nítidas,  normalmente  superiores  a  4  anos. Note‐se que a diferença da idade média entre oficiais  dos  opostos  de  subcomissário  e Intendente,  estatutariamente  separadas  por, pelo menos 9 anos, é de 4,2 anos. 

A continuidade desta  situação poderá  levar a um envelhecimento dos postos  intermédios e superiores  com  impacto  a  médio  prazo aquando estes oficiais alcançarem a  idade de aposentação,  levando  a  que  no  espaço  de pouco  anos  grande  parte  do  topo  da hierarquia saia do activo, deixando um amplo hiato  para  a  geração  seguinte,  ainda  com postos do nível intermédio. 

A idade média do efectivo policial feminino é de 37,96 anos e do efectivo policial masculino 

é  de  38,7  anos,  resultando  numa média  de idades  do  efectivo  policial  de  38,6  anos.  A ligeira diminuição da  idade média do efectivo policial  relativamente  a  2006  resultou essencialmente da entrada dos novos Agentes no  final  de  2007  e  do  reduzido  número  de elementos  saídos  para  a  pré‐aposentação  e aposentação. 

A  idade  média  relativamente  elevada  dos elementos policiais deverá ser uma constante a  curto  médio  prazo  em  consequência  das alterações  verificadas  nas  regras  de aposentação  já  que  o  número  de  saídas continuará  a  ser  relativamente  reduzido, enquanto  que  as  entradas  de  novos elementos,  face  à  dimensão  do  efectivo global,  tem  um  impacto  relativamente reduzido neste factor. Será, pois, necessária a conjugação  de  vários  anos  com  novos alistamentos e a entrada num ritmo regular de aposentações  para  que  possa  ocorrer  uma regressão  significativa  na  idade  média  dos elementos  policiais.  Relativamente  às carreiras,  será  igualmente  necessário  que  as promoções mantenham  um  carácter  regular, adequado  ao  preenchimento  das  vagas  de cada  posto  de  forma  a  permitir  a  normal progressão  nas  carreiras,  estabilizando  a estrutura  hierárquica,  factor  essencial  ao desempenho  eficaz  e  eficiente  das organizações policiais. 

Quanto  a  este  aspecto  salienta‐se  a  idade média  dos  elementos  policiais  em  cada Comando  apresenta  variações  significativas, conforme  se  poderá  depreender  da distribuição  pelos  escalões  etários  em  cada um deles (Anexo 1). 

2.2.2.4. Estrutura de antiguidades 

Na  distribuição  dos  efectivos  pelo  escalão correspondente  ao  seu  tempo  de  serviço  na PSP, a categoria mais representativa é os “15 a 19  anos”,  onde  se  integra  22,2%  do  pessoal com  funções  policiais.  Este  dado  representa um  agravamento  à  situação  observada  em 2006,  em  que  o  escalão mais  representativo era o dos “10 a 14 anos”, o que constitui um outro  indício  do  gradual  envelhecimento  do efectivo policial. 

Tabela 14 - Pessoal com funções policiais (Carreiras e escalões etários)

 Tabela 15 - Pessoal com funções policiais

(Idade média por carreira/posto)

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

19 

Ano Tempo médio de serviço (anos) 

2002  13 

2003  13 

2004  14 

2005  14 

2006  14,6 

2007  15 

Agentes 13,5 Subchefes/ Chefes 19,6

Oficiais 19.1 Subcomissários 17,7

Comissários 20,1 Subintendentes 22,7

Intendentes 23.7 Superintendentes 19,3

Tabela 17 - Pessoal com funções policiais (Tempo médio de serviço

por posto)

A  distribuição  dos  escalões  de  antiguidade pelo  sexo  dos  elementos  apresenta  algumas variações  sendo  de  referir  uma  distribuição mais  irregular  no  caso  dos  elementos femininos,  em  consequência  da  reduzida percentagem de efectivos no escalão dos “10 a  14  anos”  de  serviço;  situação,  aliás, constatada  em  anos  anteriores  e que  resulta sobretudo  de  factores  exógenos  à  PSP aquando dos alistamentos ocorridos há alguns 

anos,  em  que  se  verificou  uma  reduzida adesão  feminina;  factor  esse,  em  princípio ultrapassado  face  ao  ligeiro,  mas  gradual  e consistente,  aumento  percentual  do  efectivo feminino  na  PSP,  mais  visível  no  caso  dos Oficiais. 

Por  outro  lado  note‐se  que  nos  últimos  10 anos  de  alistamentos  a  média  de  idades  à entrada  na  PSP  aumentou  cerca  de  1  ano, sendo  em  2007  de  23,9  anos,  podendo  tal significar  que  a  idade  de  entrada  na  PSP  é igualmente afectada pelo  fenómeno social de entrada  cada  vez mais  tardia no mercado de trabalho.  Contudo,  esta  é  uma  situação  que, de  momento  não  constitui  factor  de preocupação  tendo  em  consideração  a existência de limites de idade no acesso à PSP (18 anos para o Curso de Formação de Oficiais de Polícia  ‐ CFOP) e 25 anos para o Curso de Formação de Agentes ‐ CFA). 

O tempo médio de serviço é de 15 anos, valor que  tem vindo a aumentar gradualmente nos últimos  anos.  À  semelhança  do  verificado quanto  às  idades  dos  elementos  policiais, também  aqui  se  verifica,  relativamente  aos oficiais,  uma  proximidade  entre  tempos médios  de  serviço  por  posto,  esbatendo  as diferenças geradas pelos períodos mínimos de permanência em cada posto. 

Tabela 16 - Pessoal com funções policiais (Tempo de alistamento/serviço)

 Gráfico 9 - Pessoal com funções policiais)

(Tempo de alistamento/serviço)

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

20 

 

 

2.2.2.5. Estrutura habilitacional 

O  nível  de  habilitações  mais  frequente  em ambos os sexos do efectivo da PSP é o 12º ano de  escolaridade  (34,8%),  abrangendo  34,2% dos homens e 43,5% das mulheres. O 9º ano de  escolaridade  (29,9%)  é  igualmente relevante já que abrange 30,1% dos homens e 26,9% das mulheres. 

De  uma  forma  geral,  verifica‐se  que actualmente  47%  do  efectivo  policial  tem habilitações  abaixo das mínimas  actualmente exigidas para  ingresso na PSP (11º ano para o CFA).  Tal  situação  deve‐se  ao  facto  de  no efectivo  policial  existir  ainda  um  elevado número  de  elementos  que  entraram  para  a PSP  em  períodos  em  que  as  habilitações mínimas  exigidas  eram  inferiores  ao  exigido actualmente. 

No entanto, comparando com valores de anos anteriores  nota‐se  uma  nítida  melhoria relativamente  às  habilitações  literárias  do pessoal,  na  continuidade  do  que  se  tem verificado  ao  longo  dos  últimos  anos.  Tal situação  resulta,  sobretudo  do  nível  de habilitações  exigido  para  acesso  ao  CFA,  e também  ao  facto  de  a  avaliação  curricular considerar  este  factor;  facto  que  tem motivado  muitos  elementos  na  procura  de habilitações mais elevadas 

De  salientar  ainda  que,  neste  aspecto,  o efectivo  feminino  apresenta  níveis  de 

habilitações superiores ao efectivo masculino. Note‐se  do  efectivo  policial  feminino  (7%  do 

total  do  efectivo  policial),  cerca  de  4% apresentam  detêm  habilitações  de  nível superior,  enquanto  apenas  2,2%  do  efectivo masculino  têm  esse  nível  de  habilitações. Note‐se  ainda  do  total  de  elementos  com habilitações  superiores  12,2%  são  mulheres, percentagem,  essa,  superior  ao  seu  peso  no efectivo policial. 

2.2.2.6. Outra caracterização do efectivo policial 

A  PSP  é  actualmente  uma  das  maiores instituições públicas da Administração Pública em  Portugal,  cujo  efectivo  se  encontra disperso por todo o país. Trata‐se, pois, de um amplo  universo  de  funcionários  com características  diferenciadas,  conforme  se pode  apurar  pelos  dados  expostos  atrás. Como tal, e para além dos dados referidos no DL nº 190/96, de 9 de Outubro, inclui‐se neste documento  alguma  informação  adicional, caracterizadora  dos  funcionários  que  servem nesta instituição. 

2.2.2.6.1. O Estado civil 

O  efectivo  da  PSP  distribui‐se  por  sexo  e estado  civil  da  forma  descrita  na  Tabela  18. Embora  numa  primeira  análise  pareçam  não existir diferenças significativas entre ambos os Quadros  de  pessoal, deve, neste  caso,  ter‐se em  conta  as  diferenças  entre  os  elementos que  integram  os mesmos,  sobretudo  quanto ao  género  e  à  distribuição  pelos  escalões etários. 

Tabela 18 - Pessoal com funções policiais (Sexo e habilitações literárias)

Gráfico 10 - Pessoal com funções policiais e não policiais (Evolução das habilitações literárias)

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

21 

Uma primeira constatação é o facto de que o pessoal  com  funções não policiais  apresenta, relativamente  ao  pessoal  com  funções policiais,  percentagens  mais  elevadas  na categoria  de  “solteiro”  e menos  elevadas  na categoria  de  “casado”,  para  escalões  etários similares; evidenciando tratar‐se de universos com  características  relativamente  distintas neste  aspecto.  Em  qualquer  dos  casos,  as percentagens  apuradas  indiciam  que  as características  demográficas  dos  elementos que  prestam  serviço  na  PSP  diferem  das características  gerais  da  população portuguesa, tendo como referência os dados publicados  nos  Censos  2001,  pelo  Instituto Nacional de Estatística. 

Focalizando a análise no pessoal que  integra o Quadro  com  funções policiais,  já que pelo universo  em  questão,  permite  uma  análise mais  coerente  verificam‐se  algumas diferenças  significativas  relativamente  às características  da  população  em  geral, conforme se pode verificar na seguinte tabela  

Como  se  pode  constatar  os  elementos  com funções  policiais  da  PSP  apresentam diferenças  percentuais  significativas relativamente à população em geral, as quais 

apontam  para  que  os mesmos  casem  mais tardiamente,  estimando‐se esse atraso entre 3 a 6 anos. Como  tal,  a  constituição  de famílias  em  idades  mais tardias,  poderá  levar  a  uma redução  do  número  de filhos;  logo  à  existência  de agregados  familiares relativamente reduzidos. 

Esta  situação  é  em  grande parte  resultante do  facto de no  início  das  suas  carreiras os elementos policiais serem colocados  normalmente  nas áreas  metropolitanas  de Lisboa  e  Porto,  deslocados dos seus distritos de origem, e  aí  permanecerem  por longos  períodos.  Por  outro lado,  a  permanente expectativa  de  regresso  aos 

distrito  de  origem  acaba  por  constituir igualmente  um  factor  que  auto‐restringe muitos  elementos  policiais  a  constituírem  e implantarem  os  seus  núcleos  familiares relativamente  cedo,  sob  risco  de  penosas deslocações  de  residências  e  ambientes sociais  e  amizades  por  parte  dos  filhos aquando  da  sua  transferência  para  outro Comando. 

Note‐se  ainda  que  as  percentagens  de elementos  policiais  divorciados,  pelo  menos no  escalão  dos  45  aos  49  anos,  são significativamente  superior  à  população  em geral, sobretudo no caso das mulheres. 

 

 Tabela 19– Escalões etários e estado civil

 Tabela 20 – Comparação do estado civil do pessoal

com funções policiais e população portuguesa (Censos 2001)

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

22 

Não  existem  actualmente  dados  fiáveis  que permitam caracterizar os agregados familiares dos  elementos  policiais,  bem  como  as  suas dinâmicas  estruturais  e  evolutivas,  ou  o impacto  de  factores  indissociáveis  da prestação  de  serviço  policial  (“stress” profissional,  desgaste  físico  e  emocional, trabalho  por  turnos,  etc.)  sobre  as mesmas. No entanto, parece evidente apenas por estes dados,  a  existência  de  um  conjunto  de factores  associados  à  prestação  de  serviço policial  (que, aliás  se encontram actualmente bem  identificados  em  diversos  estudos efectuados  noutros  países)  os  quais, inquestionavelmente,  afectam  o  bem‐estar profissional  e  familiar  dos  profissionais  de polícia. Quanto  a  este  aspecto  atente‐se  nas percentagens  de  divorciados,  distintas  por sexo,  sempre,  significativamente  superiores à população em geral. 

2.2.2.6.2. Origem dos elementos policiais 

Pode‐se  considerar  que  a  PSP  é  uma instituição  cujos  elementos  têm  raízes  em todo  o  país.  A  análise  dos  distritos  de natalidade  dos  elementos  com  funções policiais  mostra  um  universo  diversificado quanto  às  suas  origens,  mas  mostra igualmente que o Comando Metropolitano de Lisboa  é,  essencialmente,  um  local  de permanência  temporária  para  a maioria  dos que escolhem servir nesta instituição, já que a 

maior parte dos elementos policiais opta por regressar ao distrito de nascença. 

O distrito de Lisboa, onde se concentra cerca de 46,4% do efectivo policial, distribuído pelo Comando  Metropolitano  de  Lisboa  (37,4%), Direcção  Nacional  (3,3%),  ISCPSI  (0,8%)  e Unidades Especiais – CI, GOE e CSP (4,9%), é o distrito  de  natalidade  de  apenas  10,9%  do efectivo policial, percentagem essa inferior ao distrito  do  Porto,  do  qual  são  originários 11,1% do efectivo policial (Anexo 2A) 

Constata‐se,  no  entanto,  a  existência  de alguns  distritos  com  percentagens relativamente  significativas,  quando comparados  com  outros  distritos  com população  mais  numerosa.  Note‐se,  por exemplo,  os  casos  de  Viseu  (6,1%),  Vila  Real (5,4%) ou Bragança (5,7%)  

Embora nem todos os elementos que prestam serviço  sobretudo  nos  Comandos Metropolitanos tenham vindo dos distritos de origem,  já  que  muitos  deles  já  aí  poderiam residir devido  a migrações  familiares para os centros  urbanos  anteriores  à  sua  entrada  na PSP,  esta  situação  constitui  um  indício caracterizador  da  grande  mobilidade territorial causada pela condição de elemento policial. 

O  fluxo  de  regresso  aos  distritos  de nascimento e origem é visível no facto de que dos  elementos  colocados  em  cada  Comando Distrital, uma elevada percentagem nasceu no Comando onde presta serviço. Por outro lado, note‐se  que  um  número  significativo  de elementos,  sobretudo  dos  que  prestam serviço no Comando Metropolitano de Lisboa, Unidades  Especiais  e  ISCPSI,  mantêm  como local  de  residência  os  distritos  de  residência (Anexo 2B) (facto que evidencia a perspectiva de  uma  colocação  futura  no  distrito  de origem, e onde muitos deles mantêm os seus núcleos  familiares)  sendo  que  se  verificam elevadas  percentagens  de  coincidência  entre os distritos de  residência e os de nascimento (Anexo 2C). 

2.2.2.6.3. Mobilidade interna 

Na  PSP  a mobilidade  interna  (colocação  em Unidade ou Serviço diferente) ocorre  sempre que  se  verifiquem  transferências,  na  maior parte das situações de promoção e pode ainda 

Tabela 21 -Distribuição do efectivo policial por sexo e estado civil

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

23 

ocorrer  por mudança  de  conteúdo  funcional dos elementos. 

Considerando  a  amplitude  do  conteúdo funcional  da  função  policial,  a  dimensão  do efectivo  e  a  dispersão  do  dispositivo policial, seria  de  esperar  uma  elevada  mobilidade interna.  Verificou‐se,  no  entanto,  que  os períodos  desde  a  última  colocação  são relativamente  prolongados3,  embora  não atingindo  os  valores  percentuais  observados relativamente ao pessoal não policial. 

Apesar das diferenças percentuais observadas relativamente  a  cada  um  dos  sexos,  não  se pode  considerar  existirem  diferenças significativas entre homens e mulheres. 

Situação  diferente  ocorre  quando  se consideram  os  postos  dos  elementos,  sendo notório  a maior mobilidade  entre  os  oficiais, 

                                                            3A semelhança do verificado com o pessoal co

Quadro com funções não policiais, também neste caso foram considerados os elementos transferidos em 2008. 

principalmente nos postos superiores. Atente‐se que em  todos os postos mais de 60% dos oficiais  foram  movimentados  após  2004. Considerando  os  conteúdos  funcionais  de cada  posto  e  o  seu  enquadramento  na estrutura  hierárquica,  as  promoções  e  as mudanças de funções implicam quase sempre a mudança de Serviço. 

Constata‐se  ainda  que  no  caso  dos  postos terminais das carreiras de “Subchefe/Chefe” e “Agente” a mobilidade é bastante reduzida, já que  48,9%  dos  Chefes  e  45,1%  dos  Agentes principais não muda de Serviço há mais de 10 anos. 

Quando  se considera a colocação do efectivo policial  verifica‐se  que  a  mobilidade  do pessoal varia entre os vários Comandos, sendo factor  relevante,  quanto  a  este  aspecto  as características  organizacionais  dos mesmos  e o número e dimensão de subunidades. 

Tabela 22 - Pessoal com funções policiais (Período desde a última colocação – por sexo)

 Tabela 24 - Pessoal com funções policiais

(Período desde a última colocação – por Comando)

 Tabela 23 - Pessoal com funções policiais

(Período desde a última colocação – por posto) 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

24 

2.2.2.7. Admissões (em carreira) e regressos 

Quanto  à  entrada  de  efectivos  na  PSP,  pode observar‐se  que  em  2007  se  registou  a admissão de 1.047 elementos.  

A  maior  parte  destas  situações  resultam  da admissão  de  novos Agentes  no  final  do  CFA, em DEZ2007. As  restantes situações  resultam de  situações  de  promoção  e  provimento  em nova  carreira.  Assim,  por  exemplo,  estão neste  caso  os  Aspirantes,  promovidos  a Subcomissários,  ou  Agentes  promovidos  a Subchefes, que saindo das carreiras em que se encontravam, são admitidos/providos noutra. 

Relativamente aos anos anteriores observa‐se que em 2007, e relativamente ao ano anterior, se  verificou  uma  acentuada  diminuição  nas admissões, verificando‐se valores similares ao período de 2002 a 2005. De uma  forma geral constata‐se,  quanto  a  esta  questão,  uma tendência decrescente nos últimos anos. 

Relativamente ao  índice de admissões (4,5%), constata‐se  igualmente  o  retorno  a  valores similares  anos  anteriores.  Considera‐se  este valor  razoável  já  que  teoricamente  indicia  a renovação  do  efectivo  num  período  de aproximadamente  23  anos.  Contudo,  face  às alterações  verificadas  no  regime  de aposentações  aplicável  ao  pessoal  da  PSP,  é previsível  que  a médio  prazo,  e  atingidos  os limites  de  idade  e  tempo  de  serviço  se verifique  a  saída  de  um  elevado  número  de efectivos com impacto significativo no efectivo global  da  PSP,  situação  que,  actualmente, deverá constituir uma preocupação quanto ao pessoal  com  funções  não  policiais,  o  qual, conforme  referido,  apresenta  uma  idade média superior a 50 anos.

2.8. Saídas  

Relativamente  aos  efectivos  saídos  que  se encontravam  integrados  no  quadro  ou  fora dele, observa‐se que em 2007  saíram da PSP um total de 298 elementos. À semelhança dos anos  anteriores  a  pré‐aposentação  e  a aposentação (73,2%) são os principais motivos da saída de efectivos, seguidos do falecimento (9,1%). 

 Gráfico 12 – Evolução anual das saídas

 Tabela 25- Admissões em carreira

Tabela 26 - Evolução das admissões em carreira na PSP

 Gráfico 11 – Evolução anual das admissões em

carreira

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

25 

Para  além  do  pessoal  que  integrava  os Quadros  de  pessoal  da  PSP  verificou‐se igualmente  a  saída de 11 professores e de 2 médicos. 

Comparativamente  com  o  2006,  constata‐se que  o  número  de  pré‐aposentações/ aposentações diminuiu ligeiramente (menos 6 situações),  sendo as diferenças  relativamente aos  restantes  motivos  pouco  significativos face à dimensão do efectivo policial. 

Verificando  a  evolução  do  índice  de  saídas (1,3%),  constata‐se  uma  diminuição  face  ao valor do ano anterior. Esta diminuição gradual do volume de elementos saídos da PSP resulta principalmente  das  normas  que  regulam  a pré‐aposentação  e  a  aposentação  dos elementos da PSP. 

Face aos  índices da saída verificados nos anos mais  recentes,  é  previsível  um  aumento relativamente acentuado da  idade média dos elementos  policiais  até  ao  longo  da  próxima década;  período  após  o  qual  deverá estabilizar‐se  novamente  o  equilíbrio  entre entradas e saídas. 

2.9. Promoções e progressões 

Em  2007,  verificaram‐se  um  total  de  1.051 promoções nos Quadros da PSP,  abrangendo cerca de 2,9% dos efectivos com  funções não policiais  e  4,6%  dos  efectivos  com  funções policiais.  Salienta‐se,  contudo  que, relativamente  a  este  último  Quadro,  as promoções dos Agentes e dos Subcomissários resultaram  exclusivamente  da  entrada  nas respectivas  carreiras,  resultantes, respectivamente da passagem de “Aspirantes” a “Subcomissário” e de “Agente provisório” a Agente”. Embora se tivessem iniciado diversos concursos  de  promoção  em  2007  para  o pessoal  com  funções  policiais,  apenas  o concurso para promoção a ”Superintendente‐chefe”,  foi concluído, em virtude do  reduzido número de candidatos. 

Quanto ao pessoal  com  funções não policiais efectuadas  algumas  promoções  mediante concurso, bem como algumas nomeações em cargos dirigentes. 

 

 Tabela 28 – Evolução anual do índice de

saídas

 Tabela 27 - Motivos das saídas do pessoal

Tabela 29 – Promoções e progressões

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

26 

3 Ausências ao trabalho

Ao  longo  de  2007,  foi  iniciada  a implementação  gradual  de  um  sistema  de registo  informatizado  de  assiduidade  do pessoal.  Para  esse  efeito  foi  definido  um conjunto  detalhado  de  tipos  de  ausências, tendo  em  consideração  o  enquadramento legal  das  mesmas,  bem  como  as consequências  legais  e  administrativas  das mesmas.  Como  tal,  e  por  uma  questão metodológica  e  de  adequação  ás  normas vigentes  sobre  o  Balanço  Social,  foram  os diversos  tipos  de  faltas  consideradas  para  o registo  informatizado  da  PSP  no  “GIVeRH” agregadas de  forma a serem enquadradas no elenco  de  faltas  definido  pelo DL  nº  190/96, de 9MAR. Essa agregação é visível no Anexo 3. 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

27 

A  assiduidade  registada  em  2007 relativamente  ao  pessoal  com  funções policiais  e  ao  pessoal  com  funções  não policiais encontra‐se sumarizada na Tabela 30. 

Assim,  ao  longo  de  2007,  o  efectivo  da  PSP registou o equivalente a 317.507 ausências ao serviço4. Tendo em  conta a dimensão da PSP estes  valores  devem  ser  encarados  numa perspectiva diferente. Assim, considerando as idades médias  e  tempo médio  de  serviço  de ambos os Quadros de pessoal calcula‐se que, 

                                                            4 Dado que o efectivo da PSP, sobretudo o pessoal

policial, trabalha em grande parte em regime de escalas de serviço, independentes de dias úteis, feriados ou fins de semana, considerou-se para efeitos de contabilização as “ausências efectivas ao serviço”, ou sejam, o nº de dias que o elemento ausente deveria ter trabalhado de acordo com a respectiva escala de serviço a que se encontra adstrito  

relativamente  a  2007  o  pessoal  da  PSP realizou cerca de 5.450.000 dias de trabalho 5. 

Note‐se que os  tipos de ausência ao  trabalho se  encontram  relativamente  dispersos  pelas várias  situações  do  quadro  de  Ausências  ao serviço  previstas  no  Balanço  Social.  Tal situação,  deve‐se  essencialmente  à conjugação de diversos factores. 

Por  um  lado,  e  conforme  já  referido,  os elementos  que  integram  o  efectivo  policial apresentam  características  sócio‐demográficas  diversificadas,  pelo  que  é 

                                                            5 Para esta estimativa considerou-se para o pessoal

policial e não policial com horários administrativos a ocorrência de 252 dias úteis aos quais se subtraíram 26 dias de féria. Para o pessoal policial a prestar serviço por turnos (cerca de 80% do efectivo) considerou-se um regime de escala de 1 folga semanal/5 mensais. 

 

 Tabela 30 - Ausências ao serviço 2007

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

28 

natural a ocorrência de uma ampla variedade de tipos de faltas, ao contrário de  instituições de  menor  dimensão  ou  cujos  Quadros  com características mais específicas que potenciem apenas um conjunto de faltas mais delimitado. 

Por  outro  lado,  a  implementação  de  normas específicas  para  o  registo  informatizado  das ausências  ao  serviço  permite  registar praticamente  a  totalidade  das  situações, sendo  quase  inexistentes  situações  de  não registo.  

Além  destes  factores  importa  ainda  referir que sendo a actividade policial uma profissão de  risco  acrescido,  face  à  natureza  das  suas missões  e  do  tipo  de  intervenções  do  seu efectivo, não só se verifica uma probabilidade elevada  de  acidente  em  serviço,  como  as condições  em que o  trabalho é desenvolvido (em permanência, 24 horas por dia em regime de turnos,  independentemente das condições climatéricas e sanitárias) potencia não apenas o surgimento mais frequente de problemas de saúde, mas também um maior desgaste físico e psicológico. Ainda assim,  considerando que os efectivos da PSP ascendem a quase 23.000 elementos,  grande  parte  deles  sujeitos  com alguma  intensidade  aos  factores  acima referidos,  considera‐se  que  os  valores aparentemente  elevados  relativamente  a alguns  tipos  de  falta  apresentam  níveis relativamente satisfatórios, verificando‐se que  os  índices de assiduidade  são, de uma  forma geral,  inferiores  aos  da  generalidades  das restantes  instituições  públicas,  com  efectivos mais  reduzidos  e  desempenhando  o  seu serviço em condições bastante menos severas. 

Numa  primeira  abordagem  constata‐se alguma  proporcionalidade  relativamente  às faltas  de  ambos  os  Quadros  de  pessoal.  O Pessoal do Quadro com funções não policiais, sendo cerca de 3,2% do total dos efectivos da PSP  pertencentes  aos  Quadros,  regista  4,8% das  ausências  ao  serviço,  e  o  pessoal  do Quadro  com  funções  policiais,  constituindo cerca de 96,7%,  regista 95,2% das  ausências. Considerando as diferenças entre os universos de  ambos  os  Quadros,  de  modo  algum  se pode  considerar  que  estas  diferenças  sejam significativas. 

Por  outro  lado  constata‐se  igualmente  uma divergência  quanto  às  percentagens  das 

ausências  por  sexo.  E  enquanto  que  no  caso do  pessoal  com  funções  policiais  existe  uma proporção relativamente aproximada entre as percentagens  das  ausências  registadas  de homens  e  mulheres,  semelhante  à  sua proporção no universo deste Quadro,  tal não sucede com o pessoal não policial. 

Efectivamente,  no  caso  do  pessoal  policial,  a diferença  verificada  deve‐se  sobretudo  às ausências  de  licença  de  maternidade, exclusivas das mães6. Por outro  lado, quanto ao  pessoal  não  policial,  o  efectivo  feminino (81,2% do  total)  regista 94,2% das ausências. Tal  situação  deve‐se  em  grande  parte  às ausências por “Doença” à diferença de  idades entre os homens e mulheres que  constituem este  efectivo.  Ainda  assim,  não  se  pode considerar  que  o  factor  género  seja significativo na questão da assiduidade. 

Em  qualquer dos Quadros de pessoal, o  tipo de  ausência mais  significativa  é  a  “Doença”, 90,1%  e  75%,  respectivamente,  do  pessoal com  funções  não  policiais  e  do  pessoal  com funções  policiais.  Relativamente  ao  pessoal policial,  assumem  ainda  alguma  relevância  a assistência  a  familiares  (27.646  dias  –  9,1% das ausências) e as dispensas para actividade sindical (12.998 dias – 4,3% das ausências). As restantes  situações  de  ausências  apresentam percentagens inferiores a 3% do total. 

Relativamente  à  caracterização  das  faltas verifica‐se  a  existência  de  padrões  de ocorrência em alguns casos  

O mês de início da ausência 

Considerando  os  tipos  de  ausência  mais significativos,  observa‐se  que  a  assiduidade varia  percentualmente  ao  longo  do  ano  de duas  formas diferentes; algumas são sazonais e outras mantêm‐se relativamente constantes ao  longo  do  ano.  Assim,  verifica‐se  que  as faltas dos trabalhadores estudantes coincidem 

                                                            6  Se for excluído o tipo de ausência

“Maternidade/Paternidade”, por forma a retirar um tipo de ausência associado quase totalmente às mães, o efectivo feminino policial (7% do total) regista pouco mais de 8% das ausências; uma diferença não significativa face ao universo em questão e ao volume de ausências registadas.

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

29 

com  os  períodos  lectivos,  com  um  pico  em JAN/FEV,  na  preparação  e  realização  das provas  do  1º  semestre,  e  em  JUN/JUL, aquando  dos  exames  de  avaliação  finais. Relativamente  as  faltas  por  casamento  os meses de JUL e AGO são os preferidos. 

Relativamente  aos  restantes  tipos  de  faltas observa‐se uma relativa estabilidade ao  longo do ano (parecendo haver oscilações de acordo com  o  número  de  dias  do mês),  embora  no caso  das  faltas  em  consequência  do nascimento de  filhos apresente percentagens mais elevadas em ABR e MAI, diminuindo nos meses de OUT a DEZ. 

O dia de início da ausência 

Relativamente  ao  dia  em  que  se  inicia  a ausência constata‐se que a Segunda feira é, na maior parte dos  tipos de  falta o dia útil  com percentagem mais elevada. Como  tal, grande parte dos tipos de falta tendem a diminuir ao longo da  semana. Nota‐se,  contudo, um pico nas  Quintas‐feiras,  mais  pronunciado relativamente  às  faltas  para  actividade 

sindical,  doença  e  por  trabalhadores estudantes.  Destacando‐se  dos restantes  tipos  de  ausência,  quase metade  das  faltas  por  casamento iniciam‐se  nas  Sextas‐feiras.  Nos  fins de  semana  incidem  essencialmente  o início das  faltas para  casamento  (com 42,8%  a  iniciarem‐se no  Sábado)  e  as faltas  para  actividade  sindical  (50,2% entre  Sexta‐feira  e  Domingo).  Neste período,  e  pelo  contrário,  diminuem acentuadamente  as  faltas  para realização  de  provas  de  avaliação (trabalhador estudante). 

Índice de absentismo 

Relativamente  às  taxas  de  absentismo  ao serviço,  verifica‐se  que  a  percentagem  mais elevada  corresponde  à  carreira  de  auxiliar (11,9%),  seguida  das  carreiras  de Administrativo  (8,2%)  e  de  Chefia  (9,2%). Relativamente  às  carreiras  policiais,  as  de “Subchefe/Chefe”  e  “Agente”,  apresentam valores similares, respectivamente com 5,6% e 5,5%.  A  carreira  de  “oficial”  apresenta  uma percentagem de 2,7%. 

Estes  valores  são  superiores  aos  verificados em 2006. Contudo, em virtude de  terem sido inseridas  alterações  nos  instrumentos  de recolha  e  forma  de  registo  não  é metodologicamente  correcto  efectuarem‐se comparações  com  os  dados  de  anos anteriores. 

Tabela 31 – Taxa de

absentismo  

 Gráfico 13 – Distribuição das ausências ao serviço por meses

 Gráfico 14 – Distribuição das ausências ao serviço por dias

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

30 

4. Encargos com o pessoal

4.1. Encargos com pessoal 

Em  2007  a  PSP  despendeu  um  total  de 451.936968€  em  encargos  com  o  pessoal,  o que  constituiu  um  aumento  de  4,9% relativamente  ao  ano  anterior,  no  entanto para tal aumento contribui a entrada de cerca de  1.000  novos  agentes.  Deste  quantitativo, os  encargos  com  a  remuneração  base constituem 79,5% do total. Os encargos com a disponibilidade  permanente  (11,1%)  e  o “trabalho  por  turnos”  (6,5%)  constituem igualmente parcelas  relevantes, sendo que as restantes abrangem apenas 2,8% do total dos encargos com pessoal. 

Os  valores  correspondentes  às  rubricas  que integram  a  remuneração  base  aumentaram 4,5%  remuneração  base.  Relativamente  às restantes  rubricas  verificam‐se  diferenças mais  significativas,  resultando  estas, principalmente do reajustamento dos códigos e  respectivas  rubricas  entre  o  sistema informático utilizado até ao início de 2007 e o sistema implementado nesse ano. 

 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

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4.2. Encargos com prestações sociais 

Relativamente a prestações sociais, a PSP teve um  encargo  de  25.834.164€,  valor  este  que constituiu  uma  aumento  de  5,7% relativamente  ao  ano  anterior,  percentagem essa  inferior  ao  aumento  verificado  em  cada um dos últimos sete anos. 

 

 

 

 

 

 

 

 

O  subsídio  de  refeição  mantém‐se  como  a parcela mais  significativa,  com  81%  do  total dos  subsídios,  enquanto  que  o  subsídio familiar a crianças e jovens constitui 16,7%. Os restantes  itens  representam menos  de  2,3% do total deste tipo de encargos. 

 

 Tabela 32– Encargos com o pessoal

 Tabela 33 – Encargos com prestações sociais

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

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5. Relações profissionais

5.1. Disciplina 

A área da ética e disciplina constituiu um dos vectores mais  relevantes  de  uma  instituição policial,  constituindo  a  base  fundamental  do funcionamento  deste  tipo  de  instituições, normalmente  caracterizadas  por  estruturas hierárquicas e de comando bem estruturadas, as quais  são  imprescindíveis ao cumprimento das missões e execução das competências que estão adstritas à PSP. 

Pela  existência  de  dois  Quadros  de  pessoal distinto,  as  regras  disciplinares  aplicáveis  ao pessoal  que  presta  serviço  nesta  Polícia assentam  igualmente  em  normas  legais distintas.  No  caso  do  pessoal  com  funções policiais, os normativos  legais sobre disciplina encontram‐se  prescritos  na  Lei  nº  7/90,  de 20FEV  –  Regulamento  Disciplinar  da  PSP. Quanto ao pessoal com funções não policiais, rege‐se  pelas  disposições  do  Decreto‐lei  nº 

 Tabela 34 - Processos disciplinares

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

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24/84,  de  16JAN,  ‐  Estatuto  Disciplinar  dos Funcionários  da  Administração  Central, Regional e Local. 

Embora  em  2007  se  tivesse  verificado  uma ligeira  diminuição  (‐1,3%)  do  número  de processos  disciplinares  instaurados  face  a 2006, este valor era  já previsível,  inserindo‐se na  tendência de anos anteriores para alguma estabilização nesta questão. 

De  igual  modo,  e  à  semelhança  do  ano anterior,  o  número  de  processos  transitados para  o  ano  seguinte  é  menor  do  que  os transitados  do  ano  anterior,  observando‐se igualmente uma estabilidade na relação entre estes dois valores.  

Tendo‐se  verificado  uma  diminuição  de  6,5% no número de processos decididos, constata‐se  igualmente  uma  diminuição  de  todos  os itens relativos às consequências dos processos disciplinares. 

Na PSP, a ética e disciplina não  se  limita aos processos  disciplinares,  estando  também 

previstas  formas  de  recompensar  os elementos  que  prestam  serviço  nesta instituição  (com  funções  policiais  e  não policiais)  pela  sua  dedicação  ao  serviço  e  à causa  pública,  muitas  vezes  com  risco,  e mesmo sacrifício, da própria vida. 

5.2. A Formação profissional 

O ano de 2007  foi  relativamente empenhado nesta área. 

A  PSP  desenvolveu  formação  em  duas  áreas distintas.  No  âmbito  da  formação  inicial, realizou‐se  na  Escola  Prática  de  Polícia  um Curso  de  Formação  de  Agentes,  o  qual terminou em Dezembro. Também no Instituto Superior de Ciências Policiais e de  Segurança Interna se iniciou um novo Curso de Formação de  Oficiais.  Relativamente  à  formação profissional  dos  elementos  já  em  serviço,  foi desenvolvida  uma  intensa  actividade  quer pela  realização  de  cursos  de  especialização técnica, quer no âmbito do POAP. 

Assim,  excluindo  a  formação  referente  ao CFOP  e  CFA,  foram  realizadas  as  acções  de formação indicadas na Tabela 37. 

41794236

4117

3727

3251

25342694

252625672717

41344175

42364117

3727

2000

2500

3000

3500

4000

4500

20072006200520042003Processos disciplinares transitados do ano anteriorProcessos instaurados durante o anoProcessos transitados para o ano seguinte

Gráfico 15 – Evolução anual dos processos disciplinares

 Tabela 35 - Consequências dos processos

disciplinares

 Tabela 36 – Evolução anual de

recompensas

Tabela 37 – Formação profissional

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

34 

Destas  acções  82,2%  foram  desenvolvidas internamente,  com  recorrendo  a  recursos  e formadores internos. 

Relativamente aos elementos do Quadro com funções  não  policiais  foram  dadas  15.976 horas de  formação  repartidas por 102 acções de  formação,  correspondendo,  portanto,  a 1,2% do efectivo empenhado em permanência em formação. 

Quanto  ao  pessoal  do  Quadro  com  Funções Policiais  foram  dadas  306.394  horas  de formação  em  9.126  acções  de  formação, correspondendo  ao  empenho  em permanência  de  0,8%  do  efectivo  policial. Relativamente  às  carreiras  policiais  verificou‐se  uma  maior  incidência  relativamente  aos oficiais já que, destes, estiveram empenhados em permanência 1,6% dos efectivos.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Relativamente  às  restantes  carreiras, verificou‐se a afectação permanente de cerca de  1%  dos  oficiais  e  de  0,7%  dos  Agentes. Embora  se  tratem  de  percentagens aparentemente  reduzidas,  as  mesmas demonstram  que  durante  2007  estiveram empenhados permanentemente em formação o correspondente a 8,5 elementos do Quadro não  policial,  9,4  oficiais,  25,8 Subchefes/Chefes  e  128,5  Agentes,  ou  seja, em  2007  a PSP manteve  em permanência o equivalente  a  172  elementos  afectos  a actividades de formação. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Tabela 38– Formação - pessoal com funções não policiais – Participantes e nº de horas

 Tabela 39 – Formação - pessoal com funções

não policiais – Participantes e nº de horas

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

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 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

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6. Higiene e segurança

6.1. Acidentes em serviço 

A  actividade  policial  é,  reconhecidamente, uma actividade de risco, não apenas pela sua natureza  de  prevenção  e  combate  da criminalidade  e  manutenção  da  ordem  e tranquilidade  públicas,  sempre  geradoras  de confrontação  interpessoal,  mas  igualmente pelo  risco  inerente a algumas das actividades desempenhadas  pelo  efectivo  policial  no cumprimento da sua missão, designadamente, trabalho  por  turnos,  actividade  física, condução  de  viaturas,  manuseio  de  armas, entre outras. 

Tabela 40 – Acidentes em serviço

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

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Em 2007, foram registadas 1.430 situações de acidentes em serviço, sendo que apenas 1,3% dos  mesmo  (17)  estão  relacionados  com pessoal  com  funções  não  policiais,  sendo  os restantes  98,7%  relacionados  com  pessoal com funções policiais (Tabela 36) 

Dos  tipos  de  acidente  referenciados,  e excluindo a categoria “Outro tipo”, verifica‐se que  são  as  agressões  (24%)  as  mais frequentes, embora as  “Quedas” apresentem igualmente  uma  percentagem  significativa (19,5%). 

O  CM  de  Lisboa  é  a  aquele  em  que  se verificam  mais  acidentes  registados  (41,9%). Dos  restantes, o CD de  Setúbal  (11,9%), o CI (9%) e o CM do Porto (8,7%), são aqueles que apresentam percentagens mais significativas. 

Os  homens,  aparentemente,  apresentam maior  propensão  para  os  acidentes,  pois sendo 90,7% do efectivo de ambos os Quadros de  pessoal,  a  eles  se  referem  94,1%  dos acidentes.  Relativamente  à  distribuição  por tipo  de  acidente,  constata‐se  uma percentagem  similar  de  agressões  em  cada um dos  sexos. Contudo, no  caso das quedas, estas  constituem  cerca  de  37,6%  dos 

acidentes  com  mulheres,  e  18,1%  dos acidentes  com  homens. No  entanto,  no  caso do pessoal  com  funções não policiais, dos 19 acidentes  registados,  apenas  1  ocorreu  com um elemento masculino. 

Pelo  número  reduzido  e  pelas características  homogéneas  dos acidentes envolvendo pessoal com funções  policiais  optou‐se  por incluir  numa  análise  mais pormenorizada  apenas  os  1.411 acidentes envolvendo pessoal com funções policiais. Estes distribuem‐se  pelas  carreiras  policiais  de acordo  com  o  disposto  na  Tabela 38. 

Verifica‐se,  assim,  um  índice  de acidentes  em  serviço  de  2,9%  para  Oficiais, 4,6%  para  “Subchefes/Chefes,  e  6,7%  para Agentes. 

Os  acidentes  em  serviço  ocorrem principalmente  entre  os  25  a  39  anos,  com maior incidência no escalão dos 30 a 34 anos, com  quase  1/3  dos  acidentes.  Note‐se contudo  que  as  agressões  parecem  ocorrer em  escalões  etários  mais  baixos  que  os 

 Tabela 41 – Acidentes em serviço por sexo

Tabela 42 – Acidentes em serviço por escalões etários

Gráfico 16 – Acidentes em serviço por período do dia

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

38 

restantes  tipos  de  acidentes;  65,8%  dos acidentes ocorrem até aos 34 anos, enquanto que  até  essa  idade  se  verificam  43,9%  das quedas,  47%  dos  acidentes  com  viaturas policiais  e  44,6%  dos  acidentes  com  viaturas particulares. 

Situação  similar  se  verifica  relativamente  ao tempo  de  serviço  dos  elemento  policiais,  já que  57,8%  das  agressões  são  relativas  a pessoa  com  tempo  de  serviço  até  9  anos, sendo  que  os  restantes  escalões  apresentam percentagens  relativamente  homogéneas, enquanto  que  no  caso  das  quedas  ou  dos acidentes de viação as percentagens  relativas aos escalões de menor  tempo de  serviço  são significativamente menos elevadas. 

Esta  situação  deve‐se  fundamentalmente  ao facto de que os elementos mais novos estão predominantemente  afectos  a  actividades de carácter mais operacional, logo mais sujeitos a 

interacções  violentas  no  decurso  das  suas missões. Por outro lado, a execução desse tipo de  actividades  operacionais  é,  também  ela, potenciadora  de  acidentes  pessoais  e acidentes com viaturas. 

A maioria  das  agressões  verificam‐se  na  Via pública  (80,8%),  sendo  10%  no  interior  de instalações policiais. Relativamente às quedas verificam‐se  sobretudo  no  interior  de instalações  (34,7%  e  na  via  pública  (46,9%). Quanto  aos  acidentes  com  viaturas  policiais, estes  decorrem  quase  totalmente  na  via pública  (94,9%),  enquanto  que  no  caso  de acidentes  com  viaturas  particulares,  61,5% ocorre no percursos casa serviço. 

Relativamente  ao  momento  em  que ocorreram  os  acidentes, verifica‐se  que  93,5%  das agressões,  85,9%  das quedas, 98,3% dos acidentes com  viaturas  policiais  e 91,1%  dos  acidentes  de “Outro  tipo”  ocorreram dentro do horário normal de serviço  e  86,2%  dos acidentes  com  viaturas particulares  ocorreram  fora 

do horário normal de trabalho, nos percursos casa trabalho ou noutro local. 

Relativamente  ao  dia  da  semana  em  que ocorrem os acidentes, constata‐se que, parece existir uma associação directa com a natureza das  actividades  desempenhadas  pelos elementos  policiais.  No  caso  das  agressões, destacam‐se  os  dias  de  fim  de  semana, durante  os  quais  ocorreram  38,3%  das situações.  Pelo  contrário,  esse  período,  é aquele em que se registam menos quedas ou acidentes de “Outro tipo”. 

O  período  do  dia  constitui  igualmente  um factor relevante quanto a esta questão, já que 

no  caso  das  quedas,  32,1% ocorrem  no  período  da manhã  ou  da  tarde  (27,5%), enquanto  que  as  agressões ocorrem  predominante‐mente  durante  a  tarde  ou noite  (Gráfico  18).  Os acidentes  com  viaturas policiais  ocorrem  de  forma distribuída  ao  longo  do  dia, 

 Tabela 43 – Acidentes em serviço por

carreiras policiais

 Tabela 44 – Acidentes em serviço - Baixas médicas

 Tabela 45 – Acidentes em serviço - Consequências

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

39 

enquanto  que  os  acidentes  com  viaturas policiais acontecem principalmente durante a noite;  situação  já  constatada  relativamente a outras  profissões  exercidas  em  trabalho  de turnos, e normalmente associado a cansaço. 

Quanto  ao  tipo  de  serviço  executado  pelo elemento  policial  aquando  do  acidente, verifica‐se  que  as  agressões  ocorrem principalmente  em  situações  de patrulhamento  auto  (40,7%),  patrulhamento apeado  (27,1%), serviços  remunerados  (7,4%) ou serviços de manutenção da ordem  (6,5%). As quedas ocorrem principalmente durante o patrulhamento  apeado  (22,9%),  policiamento auto  (14,5%)  ou  formação/instrução  (12,2%). No caso dos acidentes com viatura policial, os acidentes ocorreram em grande parte durante o policiamento auto (81,2%). 

De uma forma geral, em actividades de índole operacional  ocorreram  52,4%  dos  acidentes (cabendo ao patrulhamento ‐ auto e apeado ‐ 42,9%);  em  formação/instrução  17,6%;  às actividades  de  manutenção  e  serviços administrativos  4,9%,  e  a  outros  serviços  ou situações 29,8%. 

Destes  acidentes,  em  57,3%  dos  casos resultaram  situações  de  baixa,  sendo  que apenas  em  4,9%  se  verificou  internamento, sendo, neste  caso, os  acidentes de  viação os principais motivadores dessas situações. 

Em  53,7%  dos  acidentes  registados  não resultaram consequências para os elementos, para além de eventuais dores, hematomas ou equimoses.  Em  42%  dos  casos  resultaram ferimentos  ligeiros  e  em  3,8%  ferimentos graves. Apenas em 0,5% resultaram mortes. 

Dos  acidentes  registados  em  2007,  55,3% foram considerados como sendo em serviço e 5,8% não foram homologados como tal; 38,9% aguardavam homologação no  início de Março de 2008. Os  índices de homologação positiva situam‐se  acima  dos  50%,  excepto  nas situações de acidentes com viatura particular, onde  se verifica a percentagem mais elevada relativamente a aguardar homologação. 

Pelas  circunstâncias  bastante  diversificadas em  que  ocorrem  os  acidentes  com  os elementos policiais, a avaliação dos processos 

de  sanidade  pode  demorar  um  período  de tempo  relativamente prolongado, pelo que  a contabilização  dos  dias  de  baixa  por  estes motivo não se torna fiável.  

6.2. Juntas médicas 

Em  2007  foram  registadas  2.966  Juntas médicas,  predominantemente  a  elementos com  funções  policiais  (98,5%),  e  também  a elementos  com  funções  não  policiais  (1,5%). Dado  que  diversos  elementos  estiveram presentes por diversas vezes a Juntas médicas verifica‐se  que  estiveram  presentes  às mesmas  um  total  de  20  elementos  com 

funções não policiais e 1.431 elementos  com funções policiais. 

Dado  que  as  juntas  médicas  policiais  estão dependentes  de  factores  exógenos  à  PSP, designadamente, a dificuldade na obtenção de médicos  com disponibilidade para  participar nas  Juntas  de Saúde, observa‐se alguma irregularidade na  realização das  mesmas. Assim,  as Juntas  médicas distribuíram‐se ao  longo  do ano da seguinte forma:  Tabela 47– Juntas médicas –

Distribuição

Tabela 46 – Juntas médicas – Motivo

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

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A maioria  das  Juntas  são  realizadas  ao  nível dos  Comandos,  sendo  87,3%  por  Juntas  de Comando  em  uso  de  competências  próprias das,  e  10,53%  em  uso  de  competência delegada da  Junta Superior. Apenas 2,2% das Juntas  registadas  foram  realizadas pela  Junta Superior da PSP.  

O motivo mais frequente das Juntas de saúde são  as  situações  de  “Doença”  (83,5%), seguidas  das  situações  de  “Acidente  ou doença  profissionais”  (8,3%)  e  de  “Acidente” pessoal7  (5,65).  Os  outros motivos  assumem um carácter residual (2,6%). 

As  juntas  registadas  referem‐se maioritariamente  a  homens  (91,3%),  sendo 8,7%  relativas  a  mulheres.  Face  a  estas percentagens,  relativamente  aproximadas  às percentagens de ambos os sexos no total dos efectivos,  constata‐se  não  existir,  portanto, uma  predominância  real  por  qualquer  dos sexos.  Mesmo  em  relação  à  distribuição  de sexos pelo motivo das Juntas não se denotam grandes divergências, sobretudo em função da elevada  percentagem  de  situações  de “Doença. 

                                                            7  Inclui situações relativas a acidentes em

serviço ainda não homologados. 

Relativamente  às  carreiras  dos elementos  sujeitos  a  Junta  médica, verifica‐se  que  85,9%  se  referem  a “Agentes”,  11,2%  a “Subchefes/Chefes”, 1,4% a “Oficiais”, 0,6%  a  “Administrativos”  e  0,9%  a “Auxiliares”. 

Relativamente  às  idade,  são  os elementos dos escalões etários  “45 a 49  anos”  (21,1%)  e  “50  a  54  anos” (31,3%) os mais afectados. 

Coincidindo com estes dados verifica‐se  que  quase  de  metade  dos  elementos sujeitos  ajunta médica  têm  20  a  24  anos  de serviço  (20,5%)  e  25  a  29  anos  (29,3%), situação  que  resulta  essencialmente  das situações  de  “Doença,  já  que  nos  restantes motivos das  Juntas as  incidências percentuais mais  elevadas  se  referem  a  outros  escalões etários. 

As  Juntas  médicas  constituem‐se  sobretudo como  uma  forma  de  justificar  ausências prolongadas  ao  serviço,  não  susceptíveis  de justificação  por  atestado  médico,  em consequência  dos  actuais  regimes  legais  em vigor.  Tal  conclusão  resulta  do  facto  de  que 82,7% das  Juntas prescreveram “Licença para tratamento”  e  12,8%  “Serviços  moderados”. Em  3,9%  das  Juntas,  os  elementos  foram considerados  “Aptos  para  o  serviço”,  e  em 0,5% “Incapazes para o serviço”. 

Em 40,2% das Juntas, o elemento voltou a ser proposto  para  comparecer  a  nova  Junta enquanto  que  em  45%  dos  casos  tal  não  foi concretizado. 

 

 

Tabela 48 – Juntas médicas – Idades

 Tabela 49 – Juntas médicas – Resultados

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

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 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

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CONCLUSÕES

1. Aspectos a considerar

- Idade média do efectivo com funções

não policiais superior a 50 anos,

levantando algumas preocupações

relativamente ao rejuvenescimento

do respectivo Quadro face à

perspectiva de um número elevado

de aposentações a médio prazo.

- O efectivo policial, apesar da entrada

de 993 novos Agentes, mantém

uma média etária relativamente

elevada (38,6 anos), constituindo

um factor crítico para a eficácia da

actuação policial.

- Reflexo das características do

serviço policial na assiduidade e nos

acidentes em serviço. Algumas

situações relativas à assiduidade

podem condicionar a eficácia

policial, apesar de, pelo volume do

efectivo policial, serem

aparentemente pouco significativas.

- Enquadramento hierárquico

deficiente, carecendo de

reajustamento.

2. Aspectos a realçar

- Continuidade da melhoria do nível

das habilitações literárias.

- Aumento da percentagem de

elementos policiais femininos,

embora ainda ronde os 7%.

- Grande empenho institucional na

formação profissional do efectivo.

- O aumento dos encargos com

prestações sociais cresceu abaixo

do valor fixado para o aumento de

vencimentos da função pública.

- Contenção dos encargos com o

pessoal, pois embora se tenha

verificado um aumento dos mesmos

(4,5%), houve igualmente um

reforço significativo de pessoal.

- Índices de assiduidade relativamente

baixos, apesar das condições de

trabalho inerentes à missão policial

e das características diversificadas

do efectivo.

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

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 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

ANEXOS

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

BALANÇO SOCIAL - 2007

POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA

DIRECÇÃO NACIONAL

DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS

 BALANÇO SOCIAL ‐ 2007   

 

 

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