balanço patrimonial em 31/12/2013

15
quinta-feira, 26 de junho de 2014 Diário Oficial Empresarial São Paulo, 124 (117) – 5 Senhores Acionistas, Submetemos à apreciação de Vossas Senhorias as demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013, acompanhadas dos pareceres dos Auditores Independentes, do Conselho Fiscal e do Conselho de Administração. 1. APRESENTAÇÃO O equacionamento da questão habitacional configura um dos mais complexos desafios para as políticas públicas, por envolver, simultaneamente, dimensões e inter-relações do desenvolvimento urbano, ambiental, econômico e social. Para enfrentar esse desafio torna-se necessário não apenas promover e fomentar a produção de novas moradias, como também ações corretivas e de recuperação urbana e ambiental de assentamentos irregulares, que compõem o passivo gerado pelo crescimento urbano intenso e desigual que se acumula por décadas. Promover condições dignas de moradia para a população de baixo poder aquisitivo constitui a principal atribuição da Secretaria de Estado da Habitação (SH) e da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Tendo como público-alvo as famílias com rendimento mensal médio de um a dez salários mínimos, com atendimento preferencial até cinco salários, de acordo com o previsto na Lei Estadual nº 12.801/08, a CDHU, além de promover a provisão de moradia para a demanda geral, atua nas questões urbanísticas e socioambientais que envolvem urbanização de favelas, ações em áreas de risco, cortiços e áreas centrais degradadas, melhorias habitacionais e regularização fundiária. Nesse sentido, a SH/CDHU tem empreendido iniciativas que impulsionam e alavancam investimentos para a construção de moradias voltadas à população de baixa renda, a urbanização de favelas e a promoção de ações preventivas e corretivas em áreas de risco. Cinco linhas estratégicas orientam as ações que visam, sobretudo, o atendimento das necessidades habitacionais e urbanas do Estado e a qualidade de vida da população, dos quais quatro contam com a ativa participação direta da CDHU. 1.1. Ação estratégica em áreas de risco Visa ao atendimento de famílias que configuram demanda habitacional de interesse social e que moram em áreas de risco. Para combater esse problema que afeta a quase 40% dos municípios paulistas, principalmente nas regiões metropolitanas, Vale do Ribeira, Vale do Paraíba e Litoral Norte, são desenvolvidas ações em parceria com os municípios e outros órgãos do Estado. Tais ações são atreladas à fiscalização das áreas em conjunto com a sociedade civil, apoiadas em informações do Instituto Geológico (IG) e da Defesa Civil do Estado e amparadas por medidas legais de prevenção a novas ocupações. 1.2. Habitação, proteção ambiental e recuperação urbana de favelas e cortiços Em diversos projetos e ações a SH/CDHU promove ações continuadas de recuperação de áreas de proteção ambiental (Código Florestal – várzeas, encostas e topos de morros), unidades de conservação (Lei Federal 9.985/ 00), de mananciais (Lei Estadual 9866/97), assentamentos precários (favelas e cortiços) e áreas centrais degradadas, de forma articulada a projetos de requalificação urbana e ambiental. 1.3. Habitação sustentável no litoral paulista O litoral paulista, que abriga o maior trecho contínuo de Mata Atlântica preservada no Brasil, é região em franco desenvolvimento econômico e social, entre outros fatores em virtude da perspectiva da exploração da camada do Pré-Sal e a expansão dos portos de Santos e São Sebastião. Com isso, novos trabalhadores são atraídos para a região e esse quadro pressiona os recursos naturais e exige intervenções públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável, ao ordenamento territorial, urbano e habitacional da região. Uma importante ação encontra-se em estruturação para responder a essa necessidade para a qual a SH/CDHU obteve recursos adicionais em parceria do Governo do Estado de São Paulo com o Banco do Brasil. 1.4. Cidade Legal e Planejada: apoio à regularização fundiária e aos planos habitacionais locais A CDHU constitui agente técnico de apoio à SH para suporte técnico e administrativo aos municípios, que têm papel fundamental e competência específica na promoção da regularização urbanística e fundiária e no desenvolvimento urbano e habitacional. Por meio do Programa Cidade Legal e Planejada, o Estado apoia as cidades na legalização de bairros e núcleos habitacionais de interesse social, o que traz benefícios aos moradores das áreas regularizadas e a toda cidade. Soma-se a esse apoio às prefeituras, um novo vetor de ações destinadas a assessorar o planejamento do desenvolvimento habitacional das cidades, por meio de suporte técnico para a elaboração dos planos locais de Habitação de Interesse Social (PLHIS), que deverão favorecer a identificação das necessidades habitacionais, a qualificação das demandas e o equacionamento de recursos para o desenvolvimento habitacional e urbano sustentado. Essas linhas estratégicas, somadas à provisão habitacional, orientaram a elaboração da proposta do PPA 2012-2015, estabelecendo para a CDHU a meta de promover a construção de 60 mil novas moradias populares voltadas ao atendimento de famílias que ganham até cinco salários mínimos e as que moram em cortiços, favelas e áreas de risco, com ênfase para as Regiões Metropolitanas. Além de novas unidades habitacionais, as metas incluem ações de aquisição de moradias no mercado, melhorias de conjuntos habitacionais, obras de urbanização de favelas e regularização de conjuntos habitacionais. 2. AVANÇOS INSTITUCIONAIS E AÇÕES PARA O APERFEIÇOAMENTO DA POLÍTICA PÚBLICA HABITACIONAL E URBANA. Dentre os avanços institucionais que contribuem para o bom desempenho das políticas públicas, destacam-se os seguintes, que contam com o apoio técnico e participação da CDHU: 2.1. Funcionamento do Conselho Estadual de Habitação (CEH) Em 2013, o Conselho Estadual da Habitação – contando com a representação e secretaria executiva a cargo da CDHU, realizou três reuniões ordinárias: • Na primeira, ocorrida em 13/05/2013, foi apresentado o Balanço dos principais programas e ações da Secretaria da Habitação em 2013 e relatado sobre os Encontros Regionais e a reformulação do modelo de funcionamento do Programa de Parceria com os Municípios; • Na segunda, em 22/08/2013, além de novo Balanço das ações da SH/ Casa Paulista e CDHU foi avaliado e aceito documento de propostas estaduais para a Conferência Nacional das Cidades, debatido e avalizado pela Câmara Técnica de Planejamento-CT-PLAN do CEH, em 16/08/2013. Esse documento foi enviado posteriormente à 5ª Conferência Estadual das Cidades–SP, que se realizou nos dias 26, 27 e 28 de setembro no Memorial da América Latina e, com deliberação do plenário da Conferência, compôs a pauta do Estado de São Paulo na Conferência Nacional; • Na última reunião, em 13/11/2013, foram apresentados o Balanço da SH/ Casa Paulista e CDHU, o Resultado da 5ª Conferência Estadual das Cidades e o andamento dos trabalhos do Plano Metropolitano de Desenvolvimento Habitacional, Sistema Integrado de Demanda Habitacional, SIHab Município e SIHab Metrópole (parceria SH/CDHU/ EMPLASA). 2.2. Ações de Qualidade e Sustentabilidade Dentre as ações de qualidade e sustentabilidade promovidas com a participação da CDHU, destacam-se nesse período: • A continuidade da parceria entre SH e o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), que contribui para a melhoria das ações da CDHU e promove práticas sustentáveis na habitação de interesse social. Tal medida proporcionou a participação na Iniciativa para Habitação Social Sustentável (SUSHI), da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Programa de Meio Ambiente/ONU-PNUMA, no contexto da Sustainable Buildings and Climate Initiative (SBCI); • A CDHU, desde 2009, adota a metodologia mundialmente reconhecida do “Global Reporting Initiative” (GRI), como forma de apresentar seu relatório de sustentabilidade e possibilitar uma progressiva incorporação da agenda da sustentabilidade na rotina da Companhia. No ano de 2012 foi publicado o terceiro relatório, com clara evolução de indicadores, bem como, com a auditoria externa da GRI e atribuição de classificação “C+” ao relatório. Em 2013, foi elaborado o quarto relatório GRI, obtendo-se o Nível de Aplicação B+ em virtude da ampliação do número de indicadores; • Foi dado prosseguimento a ações voltadas à eficiência energética, com instalação de cerca de 40 mil Sistemas de Aquecedor Solar (SAS) em empreendimentos da CDHU; • Foi homologada em 23/08/13 a licitação na modalidade Pregão Eletrônico cujo objeto é a aquisição e instalação de Sistemas de Aquecimento Solar de água (SAS). A estimativa de quantidade de SAS a serem instalados segue a programação de entrega dos empreendimentos habitacionais, num total de aproximadamente 15.000 unidades. 2.3. Apoio ao Planejamento e Gestão da Política Habitacional nas Regiões Metropolitanas – Atuação como agente técnico nas parcerias da SH com a Empresa Paulista de Desenvolvimento Metropolitano (Emplasa) Em continuidade aos trabalhos desenvolvidos no Plano Estadual de Habitação e atendendo à diretriz estratégica de ação nas regiões metropolitanas do Estado, que concentram os mais significativos desafios habitacionais no Estado, marcados pelo porte, intensidade e complexidade social, urbana e ambiental, a CDHU atua como agente técnico de suporte à SH nas parcerias com a Emplasa para promover suporte ao planejamento e gestão municipal e regional para desenvolvimento habitacional nos 106 municípios das 4 regiões metropolitanas paulistas, incluindo: Concepção e Estruturação do Sistema Integrado de Demanda Habitacional/SIHAB Previsto para funcionamento com 3 módulos municipais – Sistema de Beneficiados; Sistema de Demanda e SIHAB-Município (que espacializa os assentamentos precários, a oferta habitacional e demais informações de interesse, integrando-as aos sistemas anteriores para visão regional),trata-se de instrumento para dar suporte à identificação da demanda para os diferentes programas habitacionais de interesse social e permitir aos gestores públicos o compartilhamento de informações indispensáveis à focalização das ações, dentre as quais os dados de famílias interessadas nos programas habitacionais, informações sobre famílias moradoras em assentamentos precários e áreas de risco, e compartilhamento de dados de famílias efetivamente beneficiadas pelos diversos agentes da política habitacional de interesse social. Desenvolvimento dos Planos Metropolitanos de Desenvolvimento Habitacional para as regiões da Baixada Santista, Campinas, São Paulo e Vale do Paraíba / Litoral Norte. Tais planos, contarão com a participação dos diversos atores da política habitacional e pretendem aprofundar o diagnóstico habitacional e urbano das metrópoles, apontando diretrizes e novos instrumentos para aplicação nos territórios metropolitanos. 2.4. Ações gerenciais da CDHU para captação de recursos e diminuição dos índices de inadimplência A CDHU deu continuidade aos esforços para captação de novas fontes de recursos e incremento de receitas próprias. Como resultado, registrou-se em 2012 a redução em 9% da inadimplência (de 25% para 16%), de setembro de 2011 a dezembro de 2012, com repercussões no incremento da arrecadação. Em 2013, até outubro, o índice médio de inadimplência foi de 18,03% e a arrecadação total de R$ 447 milhões (até novembro/2013). Tais esforços redundam em importante complemento à destinação continuada de recursos do Tesouro. 2.5. Ações Sociais em Habitação Trabalho Técnico-social em Urbanização de Favelas e Áreas Urbanas Degradadas O trabalho técnico social contribui para a sustentabilidade urbanística, socioeconômica, ambiental e cultural das intervenções promovidas pela CDHU em favelas. Está ancorado nos princípios de construção do pacto social preliminar como subsídio para a proposta de intervenção, apoio à intervenção físico-urbanística e organização comunitária com desenvolvimento local. Em consonância com essas macro-ações, 15 projetos de organização comunitária e desenvolvimento local foram implantados ou estão em andamento. Na Capital, o Projeto Pantanal, nos municípios da Região Metropolitana de São Paulo, tais como Guarulhos, Santo André e São Bernardo (Projetos Pimentas, Jardim Santo André e Vila Ferreira, respectivamente), no município de Hortolândia e, ainda, na Baixada Santista, o Programa Serra do Mar, em Cubatão. As ações têm o desafio de serem captadoras e indutoras das potencialidades locais, tornando-se orgânicas na medida em que a intervenção urbanística está acontecendo, entendendo-se que essa relação é sistêmica e condição básica para sustentabilidade. Assim, os projetos podem ser entendidos em 5 grandes frentes: (1) Participação e Organização Comunitária: Formação de 304 agentes comunitários; reuniões de acompanhamento de obras no Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar e Projeto Guarulhos C - Pimentas por meio do Núcleo Operacional de Urbanização. (2) Mundo do Trabalho e Geração de Trabalho e Renda – no Programa Serra do Mar está em desenvolvimento o Núcleo de Economia Solidária e Desenvolvimento Local, com dois espaços para produção coletiva nas áreas de alimentação e artesanato; o Ateliê Arte nas Cotas com a criação e de uma linha de 34 produtos próprios em papelaria e confecção. No Projeto Pantanal, a Cooperativa de Reciclagem Nova Esperança é hoje uma central de triagem vinculada ao serviço municipal de limpeza urbana, com média de processamento mensal de 50 toneladas. (3) As Práticas Culturais de Intervenção Urbana e Apropriação do Novo Espaço fomentam a arte-educação por meio das técnicas de mosaico, desenho, pintura, estêncil e intervenções de arte urbana nos espaços públicos projetados nos bairros urbanizados. O Projeto Arte nas Cotas já realizou cerca de 850 atividades e mais de 4.200 moradores já passaram pelo Ateliê. Em 2013 o trabalho de arte-educação também está sendo replicado em Guarulhos e, atualmente, está em processo de formação de turma e estruturação de suas atividades. (4) As ações de Educação Socioambiental têm como objetivo promover a geração de renda, realizar ações de plantio e manutenção das áreas verdes dos bairros. O Projeto Viveiro Escola do Projeto Pantanal já capacitou 105 moradores nas áreas de jardinagem, paisagismo e agricultura urbana e o Projeto Cota Viva, iniciado no segundo semestre de 2013, em Cubatão, já certificou 33 alunos. (5) Protagonismo e Comunicação Comunitária: o Projeto ComCom promove a formação básica em diferentes técnicas em comunicação comunitária, por meio da apropriação, produção e difusão da informação pela própria comunidade, tendo já alcançado mais de 3.100 moradores e realizado mais de 500 atividades na Serra do Mar. Em abril de 2013 iniciou suas atividades no Projeto Guarulhos C- Pimentas, onde já conta com a publicação de um jornal comunitário, um programa de rádio veiculado em uma rádio local e formação técnica para cerca de 30 alunos. Além dos projetos de urbanização de favelas, tem sido crescente a participação da CDHU em intervenções integradas com outras secretarias e órgãos da administração pública, como é o caso das parcerias estabelecidas com o Metrô e a CPTM. Para viabilizar os projetos de mobilidade urbana, coube à equipe técnica social a pactuação e obtenção de adesão para a remoção de 500 famílias que ocupavam a área de influência das obras da Linha 17 do Metrô e cerca de 400 famílias da Linha 9 da CPTM, cujas ações ainda estão em curso. No segundo semestre de 2013, uma importante parceria entre a Secretaria da Cultura, Secretaria da Habitação e CDHU viabilizou a remoção de 319 famílias que residiam no Quadrilátero Helvétia, região bastante degradada na área central. Tal remoção permitirá a implantação de três projetos da maior relevância para o Governo do Estado de São Paulo: um Grupamento do Corpo de Bombeiros, um Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (CRATOD) e o Complexo Cultural Luz. Apoio à Gestão Condominial Essa modalidade de serviço contratado pela CDHU tem por objetivo orientar os moradores quanto às questões atinentes ao novo modelo de moradia e apoiá-los nas questões relacionadas às regras de convivência em condomínio, bem como exercer a administração do condomínio na forma da lei e capacitar o Corpo Diretivo para a gestão financeira e desenvolvimento de suas funções e atribuições, visando o cumprimento de suas obrigações e direitos, à melhoria da qualidade de vida, fortalecendo os valores relacionados à cidadania e à harmonia no convívio condominial. A necessidade de incremento do apoio do estado à prestação desse serviço tem como fatores principais a tendência à verticalização das habitações de interesse social, a complexidade da gestão de condomínios por moradores de baixa escolaridade e baixa renda e o incremento das parcerias com a União e organismos financeiros externos, nas quais é requisito a contrapartida da CDHU na prestação de serviços técnico- sociais. Os impactos e benefícios dessa ação são observados a atuação do serviço técnico especializado de organização social e condominial, que contribui para proporcionar condições para o exercício da participação comunitária e para a elevação da qualidade de vida das famílias beneficiárias. O conjunto de ações desenvolvidas promove a integração social, a participação cidadã, o fortalecimento dos vínculos sociais, a autonomia e empoderamento dos sujeitos e promoção do exercício pleno de direitos e deveres, de forma a favorecer a sustentabilidade do empreendimento, gerando impactos significativos e permanentes na vida dos beneficiários e da comunidade onde se encontram inseridos. Destacam-se os resultados em 2013: » Administração Condominial profissionalizada, que tem por objetivo fazer com que os condôminos vivam na forma da lei, da convenção e do regulamento interno – total de 15.241 famílias beneficiadas com capacitação para gestão condominial e pós-ocupação; » A finalização das responsabilidades jurídica, administrativa e financeira da CDHU, pelo pagamento de cotas condominiais, tarifas de Concessionárias e abastecimento de gás, a partir da instalação dos condomínios; » A obtenção do CNPJ e abertura de conta corrente em nome do condomínio - fornecidas 40 cartas para obtenção do CNPJ; » A obtenção da tarifa social, proporcionando redução de 60% no valor mensal das contas -fornecidas 448 cartas para obtenção da Tarifa Social (sendo 423 do NOS e 25 do NGSPF); » A redução das taxas de inadimplência, através do monitoramento constante e dos plantões condominiais de renegociação de débitos - realizado 2 plantões pelo Consórcio Organiza (Itaquaquecetuba B2/B3); » O trabalho social crescentemente concentrado em atividades de desenvolvimento social: oficinas, cursos, eventos socioculturais - Organiza / Diagonal/ Projetos Amigos do Esporte: • 27 oficinas sobre regras de convivência; • 74 oficinas com crianças (Regulamento Interno, recreação e socia- lização); • 8 encontros com adolescentes; • 16 oficinas com mulheres / pais; • 16 oficinas - reuniões com grupos de interesse (atividades relacionadas com educação ambiental / saúde / novos hábitos de consumo / geração de renda); • 33 eventos - atividades socioculturais. » Parcerias ativas com organizações públicas e privadas; » A conscientização do síndico e corpo diretivo com relação as suas responsabilidades jurídicas, administrativas e financeiras; atividades relacionadas à informação, sensibilização e mobilização realizadas mensalmente com os empreendimentos entregues (em torno de 20 reuniões/mês - total de 300/ano); » Projeto Serra do Mar (Pós-ocupação) - 92 reuniões com os representantes do Corpo Diretivo; » A fixação das famílias nos novos empreendimentos, reduzindo o comércio informal de venda/troca de unidades habitacionais; » A proximidade das equipes com o síndico/corpo diretivo permite identificar prontamente eventuais irregularidades na ocupação das unidades habitacionais, informação esta que é transmitida à CDHU, para que realize as providências necessárias e; » A captação e consolidação de novas parcerias. Parcerias com AlfaSol, SENAC, SUTACO e Fábrica da Comunidade Cubatão. Operação de Auxílio Moradia Provisório Auxílio-Moradia Emergencial (AME) e Novo Começo Têm tido continuidade as ações adotadas para enfrentar situações emergenciais. O equacionamento dessas situações dá-se por meio de um conjunto de medidas, entre elas a concessão do AME (Decretos n° 55.370/ 10 e n° 55.664/11) e do Programa Novo Começo (Decretos n° 55.432/10 e n° 55.665/11), a construção de empreendimentos habitacionais em regime de emergência e a destinação de UHs em empreendimentos prontos às vítimas. No ano de 2013, a CDHU operou a concessão de auxílios moradia emergencial a 2.294 famílias. Auxílio Moradia Provisório No ano de 2013, foram concedidos e operados pela CDHU auxílios moradia, de forma provisória, a 11.983 famílias removidas em função de obras de urbanização ou necessidade de reassentamento para execução de obras públicas. Tais famílias deverão ter seu atendimento habitacional equacionado nos próximos anos. A seguir, quadro com os totais de beneficiários e os recursos em 2013: Benefício x Origem Recursos Valor R$ Beneficiários AUXILIO MORADIA CONTRATADO - HABITAÇÃO 39.547.948,67 9.862 AUXILIO MORADIA CONTRATADO - PARCEIROS 7.676.750,00 2.121 AUXILIO MORADIA EMERGENCIAL CONVENIADO - HABITAÇÃO 5.419.095,00 2.294 TOTAL 2013 52.643.793,67 14.277 Fonte: DAH, 03/01/2014. continua... COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULO C.N.P.J. 47.865.597/0001-09 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2013

Upload: lydieu

Post on 07-Jan-2017

234 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: balanço patrimonial em 31/12/2013

quinta-feira, 26 de junho de 2014 Diário Ofi cial Empresarial São Paulo, 124 (117) – 5

Senhores Acionistas,Submetemos à apreciação de Vossas Senhorias as demonstraçõesfinanceiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013,acompanhadas dos pareceres dos Auditores Independentes, do ConselhoFiscal e do Conselho de Administração.

1. APRESENTAÇÃOO equacionamento da questão habitacional configura um dos maiscomplexos desafios para as políticas públicas, por envolver,simultaneamente, dimensões e inter-relações do desenvolvimento urbano,ambiental, econômico e social. Para enfrentar esse desafio torna-senecessário não apenas promover e fomentar a produção de novasmoradias, como também ações corretivas e de recuperação urbana eambiental de assentamentos irregulares, que compõem o passivo geradopelo crescimento urbano intenso e desigual que se acumula por décadas.Promover condições dignas de moradia para a população de baixo poderaquisitivo constitui a principal atribuição da Secretaria de Estado daHabitação (SH) e da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano(CDHU). Tendo como público-alvo as famílias com rendimento mensalmédio de um a dez salários mínimos, com atendimento preferencial atécinco salários, de acordo com o previsto na Lei Estadual nº 12.801/08, aCDHU, além de promover a provisão de moradia para a demanda geral, atuanas questões urbanísticas e socioambientais que envolvem urbanizaçãode favelas, ações em áreas de risco, cortiços e áreas centraisdegradadas, melhorias habitacionais e regularização fundiária.Nesse sentido, a SH/CDHU tem empreendido iniciativas que impulsionam ealavancam investimentos para a construção de moradias voltadas àpopulação de baixa renda, a urbanização de favelas e a promoção deações preventivas e corretivas em áreas de risco. Cinco linhasestratégicas orientam as ações que visam, sobretudo, o atendimento dasnecessidades habitacionais e urbanas do Estado e a qualidade de vida dapopulação, dos quais quatro contam com a ativa participação direta daCDHU.

1.1. Ação estratégica em áreas de riscoVisa ao atendimento de famílias que configuram demanda habitacional deinteresse social e que moram em áreas de risco. Para combater esseproblema que afeta a quase 40% dos municípios paulistas, principalmentenas regiões metropolitanas, Vale do Ribeira, Vale do Paraíba e LitoralNorte, são desenvolvidas ações em parceria com os municípios e outrosórgãos do Estado. Tais ações são atreladas à fiscalização das áreas emconjunto com a sociedade civil, apoiadas em informações do InstitutoGeológico (IG) e da Defesa Civil do Estado e amparadas por medidaslegais de prevenção a novas ocupações.

1.2. Habitação, proteção ambiental e recuperação urbana de favelas ecortiçosEm diversos projetos e ações a SH/CDHU promove ações continuadas derecuperação de áreas de proteção ambiental (Código Florestal – várzeas,encostas e topos de morros), unidades de conservação (Lei Federal 9.985/00), de mananciais (Lei Estadual 9866/97), assentamentos precários(favelas e cortiços) e áreas centrais degradadas, de forma articulada aprojetos de requalificação urbana e ambiental.

1.3. Habitação sustentável no litoral paulistaO litoral paulista, que abriga o maior trecho contínuo de Mata Atlânticapreservada no Brasil, é região em franco desenvolvimento econômico esocial, entre outros fatores em virtude da perspectiva da exploração dacamada do Pré-Sal e a expansão dos portos de Santos e São Sebastião.Com isso, novos trabalhadores são atraídos para a região e esse quadropressiona os recursos naturais e exige intervenções públicas voltadas aodesenvolvimento sustentável, ao ordenamento territorial, urbano ehabitacional da região. Uma importante ação encontra-se em estruturaçãopara responder a essa necessidade para a qual a SH/CDHU obteverecursos adicionais em parceria do Governo do Estado de São Paulo como Banco do Brasil.

1.4. Cidade Legal e Planejada: apoio à regularização fundiária e aosplanos habitacionais locaisA CDHU constitui agente técnico de apoio à SH para suporte técnico eadministrativo aos municípios, que têm papel fundamental e competênciaespecífica na promoção da regularização urbanística e fundiária e nodesenvolvimento urbano e habitacional. Por meio do Programa CidadeLegal e Planejada, o Estado apoia as cidades na legalização de bairros enúcleos habitacionais de interesse social, o que traz benefícios aosmoradores das áreas regularizadas e a toda cidade. Soma-se a esse apoioàs prefeituras, um novo vetor de ações destinadas a assessorar oplanejamento do desenvolvimento habitacional das cidades, por meio desuporte técnico para a elaboração dos planos locais de Habitação deInteresse Social (PLHIS), que deverão favorecer a identificação dasnecessidades habitacionais, a qualificação das demandas e oequacionamento de recursos para o desenvolvimento habitacional eurbano sustentado.Essas linhas estratégicas, somadas à provisão habitacional, orientaram aelaboração da proposta do PPA 2012-2015, estabelecendo para a CDHU ameta de promover a construção de 60 mil novas moradias popularesvoltadas ao atendimento de famílias que ganham até cinco saláriosmínimos e as que moram em cortiços, favelas e áreas de risco, com ênfasepara as Regiões Metropolitanas. Além de novas unidades habitacionais, asmetas incluem ações de aquisição de moradias no mercado, melhorias deconjuntos habitacionais, obras de urbanização de favelas e regularizaçãode conjuntos habitacionais.

2. AVANÇOS INSTITUCIONAIS E AÇÕES PARA O APERFEIÇOAMENTODA POLÍTICA PÚBLICA HABITACIONAL E URBANA.Dentre os avanços institucionais que contribuem para o bom desempenhodas políticas públicas, destacam-se os seguintes, que contam com oapoio técnico e participação da CDHU:

2.1. Funcionamento do Conselho Estadual de Habitação (CEH)Em 2013, o Conselho Estadual da Habitação – contando com arepresentação e secretaria executiva a cargo da CDHU, realizou trêsreuniões ordinárias:• Na primeira, ocorrida em 13/05/2013, foi apresentado o Balanço dosprincipais programas e ações da Secretaria da Habitação em 2013 erelatado sobre os Encontros Regionais e a reformulação do modelo defuncionamento do Programa de Parceria com os Municípios;• Na segunda, em 22/08/2013, além de novo Balanço das ações da SH/Casa Paulista e CDHU foi avaliado e aceito documento de propostasestaduais para a Conferência Nacional das Cidades, debatido e avalizadopela Câmara Técnica de Planejamento-CT-PLAN do CEH, em 16/08/2013.Esse documento foi enviado posteriormente à 5ª Conferência Estadual dasCidades–SP, que se realizou nos dias 26, 27 e 28 de setembro no Memorialda América Latina e, com deliberação do plenário da Conferência, compôsa pauta do Estado de São Paulo na Conferência Nacional;• Na última reunião, em 13/11/2013, foram apresentados o Balanço da SH/Casa Paulista e CDHU, o Resultado da 5ª Conferência Estadual dasCidades e o andamento dos trabalhos do Plano Metropolitano deDesenvolvimento Habitacional, Sistema Integrado de DemandaHabitacional, SIHab Município e SIHab Metrópole (parceria SH/CDHU/EMPLASA).

2.2. Ações de Qualidade e SustentabilidadeDentre as ações de qualidade e sustentabilidade promovidas com aparticipação da CDHU, destacam-se nesse período:• A continuidade da parceria entre SH e o Conselho Brasileiro deConstrução Sustentável (CBCS), que contribui para a melhoria das açõesda CDHU e promove práticas sustentáveis na habitação de interessesocial. Tal medida proporcionou a participação na Iniciativa para HabitaçãoSocial Sustentável (SUSHI), da Organização das Nações Unidas (ONU) edo Programa de Meio Ambiente/ONU-PNUMA, no contexto da SustainableBuildings and Climate Initiative (SBCI);• A CDHU, desde 2009, adota a metodologia mundialmente reconhecida do“Global Reporting Initiative” (GRI), como forma de apresentar seu relatóriode sustentabilidade e possibilitar uma progressiva incorporação da agendada sustentabilidade na rotina da Companhia. No ano de 2012 foi publicadoo terceiro relatório, com clara evolução de indicadores, bem como, com aauditoria externa da GRI e atribuição de classificação “C+” ao relatório. Em2013, foi elaborado o quarto relatório GRI, obtendo-se o Nível de AplicaçãoB+ em virtude da ampliação do número de indicadores;• Foi dado prosseguimento a ações voltadas à eficiência energética, cominstalação de cerca de 40 mil Sistemas de Aquecedor Solar (SAS) emempreendimentos da CDHU;• Foi homologada em 23/08/13 a licitação na modalidade Pregão Eletrônicocujo objeto é a aquisição e instalação de Sistemas de Aquecimento Solarde água (SAS). A estimativa de quantidade de SAS a serem instaladossegue a programação de entrega dos empreendimentos habitacionais, numtotal de aproximadamente 15.000 unidades.

2.3. Apoio ao Planejamento e Gestão da Política Habitacional nasRegiões Metropolitanas – Atuação como agente técnico nas parceriasda SH com a Empresa Paulista de Desenvolvimento Metropolitano(Emplasa)Em continuidade aos trabalhos desenvolvidos no Plano Estadual deHabitação e atendendo à diretriz estratégica de ação nas regiõesmetropolitanas do Estado, que concentram os mais significativos desafioshabitacionais no Estado, marcados pelo porte, intensidade e complexidadesocial, urbana e ambiental, a CDHU atua como agente técnico de suporteà SH nas parcerias com a Emplasa para promover suporte ao planejamentoe gestão municipal e regional para desenvolvimento habitacional nos 106municípios das 4 regiões metropolitanas paulistas, incluindo:

• Concepção e Estruturação do Sistema Integrado de DemandaHabitacional/SIHABPrevisto para funcionamento com 3 módulos municipais – Sistema deBeneficiados; Sistema de Demanda e SIHAB-Município (que espacializa osassentamentos precários, a oferta habitacional e demais informações deinteresse, integrando-as aos sistemas anteriores para visãoregional),trata-se de instrumento para dar suporte à identificação dademanda para os diferentes programas habitacionais de interesse social epermitir aos gestores públicos o compartilhamento de informaçõesindispensáveis à focalização das ações, dentre as quais os dados defamílias interessadas nos programas habitacionais, informações sobrefamílias moradoras em assentamentos precários e áreas de risco, ecompartilhamento de dados de famílias efetivamente beneficiadas pelosdiversos agentes da política habitacional de interesse social.

• Desenvolvimento dos Planos Metropolitanos de DesenvolvimentoHabitacional para as regiões da Baixada Santista, Campinas, São Pauloe Vale do Paraíba / Litoral Norte.Tais planos, contarão com a participação dos diversos atores da políticahabitacional e pretendem aprofundar o diagnóstico habitacional e urbanodas metrópoles, apontando diretrizes e novos instrumentos para aplicaçãonos territórios metropolitanos.

2.4. Ações gerenciais da CDHU para captação de recursos e diminuiçãodos índices de inadimplênciaA CDHU deu continuidade aos esforços para captação de novas fontes derecursos e incremento de receitas próprias. Como resultado, registrou-seem 2012 a redução em 9% da inadimplência (de 25% para 16%), desetembro de 2011 a dezembro de 2012, com repercussões no incrementoda arrecadação. Em 2013, até outubro, o índice médio de inadimplência foide 18,03% e a arrecadação total de R$ 447 milhões (até novembro/2013).Tais esforços redundam em importante complemento à destinaçãocontinuada de recursos do Tesouro.

2.5. Ações Sociais em Habitação• Trabalho Técnico-social em Urbanização de Favelas e Áreas UrbanasDegradadasO trabalho técnico social contribui para a sustentabilidade urbanística,socioeconômica, ambiental e cultural das intervenções promovidas pelaCDHU em favelas. Está ancorado nos princípios de construção do pactosocial preliminar como subsídio para a proposta de intervenção, apoio àintervenção físico-urbanística e organização comunitária comdesenvolvimento local. Em consonância com essas macro-ações, 15projetos de organização comunitária e desenvolvimento local foramimplantados ou estão em andamento. Na Capital, o Projeto Pantanal, nosmunicípios da Região Metropolitana de São Paulo, tais como Guarulhos,Santo André e São Bernardo (Projetos Pimentas, Jardim Santo André e VilaFerreira, respectivamente), no município de Hortolândia e, ainda, naBaixada Santista, o Programa Serra do Mar, em Cubatão.As ações têm o desafio de serem captadoras e indutoras daspotencialidades locais, tornando-se orgânicas na medida em que aintervenção urbanística está acontecendo, entendendo-se que essarelação é sistêmica e condição básica para sustentabilidade. Assim, osprojetos podem ser entendidos em 5 grandes frentes:(1) Participação e Organização Comunitária: Formação de 304 agentescomunitários; reuniões de acompanhamento de obras no Programa deRecuperação Socioambiental da Serra do Mar e Projeto Guarulhos C -Pimentas por meio do Núcleo Operacional de Urbanização.(2) Mundo do Trabalho e Geração de Trabalho e Renda – no Programa Serrado Mar está em desenvolvimento o Núcleo de Economia Solidária eDesenvolvimento Local, com dois espaços para produção coletiva nasáreas de alimentação e artesanato; o Ateliê Arte nas Cotas com a criaçãoe de uma linha de 34 produtos próprios em papelaria e confecção. NoProjeto Pantanal, a Cooperativa de Reciclagem Nova Esperança é hojeuma central de triagem vinculada ao serviço municipal de limpeza urbana,com média de processamento mensal de 50 toneladas.(3) As Práticas Culturais de Intervenção Urbana e Apropriação do NovoEspaço fomentam a arte-educação por meio das técnicas de mosaico,desenho, pintura, estêncil e intervenções de arte urbana nos espaçospúblicos projetados nos bairros urbanizados. O Projeto Arte nas Cotas járealizou cerca de 850 atividades e mais de 4.200 moradores já passarampelo Ateliê. Em 2013 o trabalho de arte-educação também está sendoreplicado em Guarulhos e, atualmente, está em processo de formação deturma e estruturação de suas atividades.(4) As ações de Educação Socioambiental têm como objetivo promover ageração de renda, realizar ações de plantio e manutenção das áreasverdes dos bairros. O Projeto Viveiro Escola do Projeto Pantanal jácapacitou 105 moradores nas áreas de jardinagem, paisagismo eagricultura urbana e o Projeto Cota Viva, iniciado no segundo semestre de2013, em Cubatão, já certificou 33 alunos.(5) Protagonismo e Comunicação Comunitária: o Projeto ComCom promovea formação básica em diferentes técnicas em comunicação comunitária,

por meio da apropriação, produção e difusão da informação pela própriacomunidade, tendo já alcançado mais de 3.100 moradores e realizado maisde 500 atividades na Serra do Mar. Em abril de 2013 iniciou suas atividadesno Projeto Guarulhos C- Pimentas, onde já conta com a publicação de umjornal comunitário, um programa de rádio veiculado em uma rádio local eformação técnica para cerca de 30 alunos.Além dos projetos de urbanização de favelas, tem sido crescente aparticipação da CDHU em intervenções integradas com outras secretariase órgãos da administração pública, como é o caso das parceriasestabelecidas com o Metrô e a CPTM. Para viabilizar os projetos demobilidade urbana, coube à equipe técnica social a pactuação e obtençãode adesão para a remoção de 500 famílias que ocupavam a área deinfluência das obras da Linha 17 do Metrô e cerca de 400 famílias da Linha9 da CPTM, cujas ações ainda estão em curso. No segundo semestre de2013, uma importante parceria entre a Secretaria da Cultura, Secretaria daHabitação e CDHU viabilizou a remoção de 319 famílias que residiam noQuadrilátero Helvétia, região bastante degradada na área central. Talremoção permitirá a implantação de três projetos da maior relevância parao Governo do Estado de São Paulo: um Grupamento do Corpo deBombeiros, um Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas(CRATOD) e o Complexo Cultural Luz.

• Apoio à Gestão CondominialEssa modalidade de serviço contratado pela CDHU tem por objetivoorientar os moradores quanto às questões atinentes ao novo modelo demoradia e apoiá-los nas questões relacionadas às regras de convivênciaem condomínio, bem como exercer a administração do condomínio naforma da lei e capacitar o Corpo Diretivo para a gestão financeira edesenvolvimento de suas funções e atribuições, visando o cumprimentode suas obrigações e direitos, à melhoria da qualidade de vida,fortalecendo os valores relacionados à cidadania e à harmonia no convíviocondominial.A necessidade de incremento do apoio do estado à prestação desseserviço tem como fatores principais a tendência à verticalização dashabitações de interesse social, a complexidade da gestão de condomíniospor moradores de baixa escolaridade e baixa renda e o incremento dasparcerias com a União e organismos financeiros externos, nas quais érequisito a contrapartida da CDHU na prestação de serviços técnico-sociais.Os impactos e benefícios dessa ação são observados a atuação doserviço técnico especializado de organização social e condominial, quecontribui para proporcionar condições para o exercício da participaçãocomunitária e para a elevação da qualidade de vida das famíliasbeneficiárias. O conjunto de ações desenvolvidas promove a integraçãosocial, a participação cidadã, o fortalecimento dos vínculos sociais, aautonomia e empoderamento dos sujeitos e promoção do exercício plenode direitos e deveres, de forma a favorecer a sustentabilidade doempreendimento, gerando impactos significativos e permanentes na vidados beneficiários e da comunidade onde se encontram inseridos.Destacam-se os resultados em 2013:

» Administração Condominial profissionalizada, que tem por objetivo fazercom que os condôminos vivam na forma da lei, da convenção e doregulamento interno – total de 15.241 famílias beneficiadas comcapacitação para gestão condominial e pós-ocupação;» A finalização das responsabilidades jurídica, administrativa e financeirada CDHU, pelo pagamento de cotas condominiais, tarifas deConcessionárias e abastecimento de gás, a partir da instalação doscondomínios;» A obtenção do CNPJ e abertura de conta corrente em nome docondomínio - fornecidas 40 cartas para obtenção do CNPJ;» A obtenção da tarifa social, proporcionando redução de 60% no valormensal das contas -fornecidas 448 cartas para obtenção da Tarifa Social(sendo 423 do NOS e 25 do NGSPF);» A redução das taxas de inadimplência, através do monitoramentoconstante e dos plantões condominiais de renegociação de débitos -realizado 2 plantões pelo Consórcio Organiza (Itaquaquecetuba B2/B3);» O trabalho social crescentemente concentrado em atividades dedesenvolvimento social: oficinas, cursos, eventos socioculturais -Organiza / Diagonal/ Projetos Amigos do Esporte:• 27 oficinas sobre regras de convivência;• 74 oficinas com crianças (Regulamento Interno, recreação e socia-lização);• 8 encontros com adolescentes;• 16 oficinas com mulheres / pais;• 16 oficinas - reuniões com grupos de interesse (atividades relacionadascom educação ambiental / saúde / novos hábitos de consumo / geração derenda);• 33 eventos - atividades socioculturais.» Parcerias ativas com organizações públicas e privadas;» A conscientização do síndico e corpo diretivo com relação as suasresponsabilidades jurídicas, administrativas e financeiras; atividadesrelacionadas à informação, sensibilização e mobilização realizadasmensalmente com os empreendimentos entregues (em torno de 20reuniões/mês - total de 300/ano);» Projeto Serra do Mar (Pós-ocupação) - 92 reuniões com osrepresentantes do Corpo Diretivo;» A fixação das famílias nos novos empreendimentos, reduzindo ocomércio informal de venda/troca de unidades habitacionais;» A proximidade das equipes com o síndico/corpo diretivo permiteidentificar prontamente eventuais irregularidades na ocupação dasunidades habitacionais, informação esta que é transmitida à CDHU, paraque realize as providências necessárias e;» A captação e consolidação de novas parcerias. Parcerias com AlfaSol,SENAC, SUTACO e Fábrica da Comunidade Cubatão.

• Operação de Auxílio Moradia Provisório

• Auxílio-Moradia Emergencial (AME) e Novo ComeçoTêm tido continuidade as ações adotadas para enfrentar situaçõesemergenciais. O equacionamento dessas situações dá-se por meio de umconjunto de medidas, entre elas a concessão do AME (Decretos n° 55.370/10 e n° 55.664/11) e do Programa Novo Começo (Decretos n° 55.432/10 en° 55.665/11), a construção de empreendimentos habitacionais em regimede emergência e a destinação de UHs em empreendimentos prontos àsvítimas. No ano de 2013, a CDHU operou a concessão de auxílios moradiaemergencial a 2.294 famílias.

• Auxílio Moradia ProvisórioNo ano de 2013, foram concedidos e operados pela CDHU auxíliosmoradia, de forma provisória, a 11.983 famílias removidas em função deobras de urbanização ou necessidade de reassentamento para execuçãode obras públicas. Tais famílias deverão ter seu atendimento habitacionalequacionado nos próximos anos.

A seguir, quadro com os totais de beneficiários e os recursos em 2013:Benefício x Origem Recursos Valor R$ BeneficiáriosAUXILIO MORADIA CONTRATADO -HABITAÇÃO 39.547.948,67 9.862

AUXILIO MORADIA CONTRATADO -PARCEIROS 7.676.750,00 2.121

AUXILIO MORADIA EMERGENCIALCONVENIADO - HABITAÇÃO 5.419.095,00 2.294

TOTAL 2013 52.643.793,67 14.277Fonte: DAH, 03/01/2014.

continua...

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULOC.N.P.J. 47.865.597/0001-09

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2013

Page 2: balanço patrimonial em 31/12/2013

6 – São Paulo, 124 (117) Diário Ofi cial Empresarial quinta-feira, 26 de junho de 2014

continua...

• Assistência Técnica aos Municípios – Capacitação para o trabalhosocialAté dezembro de 2013, 65 municípios foram beneficiados pelos trabalhosde Capacitação de Agentes Sociais de Habitação, realizados pela CDHUcomo suporte ao desenvolvimento do Programa de Parceria comMunicípios.

2.6. Parcerias Internacionais de Cooperação e Apoio Técnico2.6.1. Missão AngolaFoi assinado Protocolo de Cooperação entre a CDHU e o Governo deAngola para cooperação técnica nas ações de habitação social, emespecial nos programas de construção de moradias e reassentamento defavelas. A primeira missão ocorreu em dezembro de 2013 envolvendo cincogestores da CDHU em visita e participação de seminário e workshops naCidade de Luanda.

2.6.2. Acordo Internacional de cooperação habitacional com a EtiópiaA Secretaria de Estado da Habitação e o Ministério de DesenvolvimentoUrbano e Construção da República Federal Democrática da Etiópiaassinaram, em 10 de dezembro 2013, Protocolo de Intenções no setortécnico para cooperação na área de habitação social, estabelecendo umarelação entre o Estado de São Paulo e a Etiópia nas áreas relacionadas àhabitação social, construção e sustentabilidade, planejamento edesenvolvimento urbano, políticas sociais e modelos de Parcerias Público-Privadas (PPPs).

2.7. Planejamento EstratégicoTeve impulso em 2013 o trabalho de planejamento estratégico para apreparação da CDHU e da pasta da Habitação para os desafios da próximadécada. Iniciado no final de 2012 o trabalho envolveu, em um primeiromomento, o grupo de lideranças da CDHU e contou com o apoio deconsultoria externa.A visão, objetivos estratégicos, diretrizes e ações definidas foramelaborados a partir do Macroproblema da Habitação de Interesse Social doEstado de São Paulo, identificado pelo Grupo –”Elevado e desigual déficithabitacional de interesse social do Estado com a dificuldade deassociação das políticas habitacionais ao desenvolvimento urbano einclusão social”.O Planejamento Estratégico da CDHU apontou diretrizes gerais e açõesprioritárias a partir das cinco Linhas Programáticas estabelecidas no Plano

Plurianual 2012 - 2015: Recuperação Urbana de Assentamentos Precários,Favelas e Áreas de Risco; Provisão de Moradias; Assistência Técnica eDesenvolvimento Institucional; Regularização Fundiária e RequalificaçãoUrbana e Habitacional.O prosseguimento dos trabalhos envolverá a formação de novos grupospara o desenvolvimento de planos de trabalho específicos, com processode monitoramento e avaliação contínuo, de forma a implementar e revisarperiodicamente as ações propostas.

3. RESUMO DA ATUAÇÃO HABITACIONAL 2013

Total de Atendimentos em 2013 - CDHU:

Unidades Habitacionais Entregues - CDHU1 8.143Famílias Beneficiadas por Obrasde Urbanização de Favelas - CDHU2 1.022

Cartas de Crédito - CDHU3 85Auxílio Moradia Emergencial e Auxílio-Moradia - CDHU4 14.277Unidades Habitacionais em Obras - CDHU5 32.443Urbanizações de Favelas em Obras - CDHU 5.070Total de Atendimentos CDHU (1) 61.040

Outros dados da atuação da CDHU também merecem destaque, entre eles:- Empreendimentos Iniciados até 19/12/2014: 53 empreendimentos com5.161 UHs.- Convênios assinados para produção de UHs: 45 empreendimentos com4.169 UHs.- Contratos assinados para produção de UHs: 53 empreendimentos com6.704 UHs.- Empreendimentos com Projeto Básico Concluído: 93 empreendimentoscom 10.156 UHs.- Melhorias em Conjuntos Habitacionais CDHU: 77 empreendimentos com22.000 UHs.- Desapropriação de terrenos para viabilização de empreendimentos doPMCMV-Entidades / Operação SH/Casa Paulista: (1) Transferidos: 7terrenos com potencial de 1.232 UHs. (2) Com previsão de transferência: 2terrenos com potencial de 1.310 UHs.

Atendimentos CDHU 2013 por Unidades, Urbanizações, e Cartas deCrédito 2013 – por Programa PPA, Ação PPA e Programa Habitacional3.1. Melhorias em Conjuntos Habitacionais CDHUEm 2013, deverão ser totalizados 75 empreendimentos habitacionais daCDHU beneficiados por melhorias urbanas. Além disso, 16.446 unidadeshabitacionais foram beneficiadas por obras de melhorias habitacionais,com destaque para a ação de individualização de medição de água.

3.2. Regularização Fundiária de Empreendimentos da CDHUEm 2013, 103 empreendimentos foram averbados, compreendendo 19.645UHs regularizadas.

4. PARCERIAS GOVERNAMENTAIS E PROJETOS PRIORITÁRIOS4.1. PAC destinado à Habitação e UrbanizaçãoProsseguem os trabalhos de articulação de recursos federais e estaduaisque envolvem uma ampla gama de projetos visando à intervenção emfavelas e assentamentos precários – envolvendo ações de urbanização,reassentamentos habitacionais para apoio a urbanização, remoção ereassentamento de famílias moradoras de áreas de risco ou afetadas porobras públicas, e ações na área central do município de São Paulo - comprovisão ou requalificação de moradias na área central, visando àqualificação urbana e incremento da qualidade de vida, por meio de açõesnas Subprefeituras Sé e Mooca. Essa parceria atende mais de 30 milfamílias na Região Metropolitana de São Paulo, na Baixada Santista e nasRegiões de Campinas e Ribeirão Preto.

4.2. Produção habitacional por meio de parcerias com Entidades doTerceiro SetorAtuação direta da CDHU na promoção de empreendimentos habitacionaisem parceria com entidades organizadoras, ou por meio de apoio a ações daSH/Casa Paulista na parceria PMCMV-Entidades, incluindo a viabilização/transferência de terrenos desapropriados pela Cia. Nos programasdesenvolvidos diretamente pela Cia., a parceria com as entidadesabrange, entre outros, orientação social ao grupo alvo, participaçãosociocomunitária/inserção social/cidadania e orientação para gestão emanutenção da unidade e do condomínio.

4.3. Parceria com a DERSA - Rodoanel, Complexo Viário Jacu-Pêssegoe Duplicação TamoiosPor meio dos Convênios nº 316/2011 e nº 191/2011 foram firmadasparcerias com a DERSA para a viabilização de soluções de atendimentohabitacional para o Rodoanel Sul/ Complexo Jacu-Pêssego e RodoanelNorte, respectivamente.Até 2010 já haviam sido construídas e entregues 510 unidades emempreendimentos habitacionais construídos pela CDHU nos municípios deSão Bernardo do Campo e Mauá, voltados ao atendimento de famíliasremovidas de áreas no traçado do Rodoanel, trecho Sul. Em 2013,merecem destaque:• Atendimento complementar ao Rodoanel - Trecho Sul e ComplexoJacu-Pêssego, com estimativa de inicial de atendimento a 1.600famílias - atualizada a demanda habitacional para atendimento a 1.072famílias, sendo a redução decorrente de adesão de famílias a outrostipos de indenização pela DERSA, das quais recebiam Auxílio Moradia1.061 famílias.

Para atendimento a essa parceria estão em prospecção e aquisição pelaCDHU terrenos nos municípios de São Paulo, Mauá e Embu, que têmcapacidade para atendimento de toda a demanda. A DERSA indicoudiversos terrenos, dos quais apenas um localizado em São Bernardo doCampo, ainda tem possibilidades de uso, estando em verificação dependências pela CDHU.O convênio nº 0316/11 foi aditado em 04/06/2013 – TRR 0758/12 - e estáprevisto atendimento complementar por meio de Cartas de Crédito. Mais de1.000 famílias foram convocadas e estão sendo atendidas pela CDHU,com suporte da DERSA para viabilização dessa alternativa. Já foramemitidas mais de 422 cartas de crédito, 20 famílias apresentaram imóveispara vistoria e estão na fase de apresentação de documentação do imóvele do vendedor, sendo que a primeira contratação/ aquisição de imóvelocorreu em dezembro de 2013.

• Atendimento de apoio ao Rodoanel - Trecho Norte, com estimativa inicialde atendimento a 600 famílias, ampliada, conforme indicação da DERSA,em 2012, para 800 atendimentos.Para o atendimento a essa demanda, foram viabilizados os seguintesempreendimentos no Município de São Paulo: SP/Freguesia do Ó “A” – 118UHs; SP/Perus “D” – 140 UHs e SP/Jaraguá “Q” – 273 UHs.No que diz respeito ao Município de Guarulhos, o atendimento está sendoviabilizado através da Casa Paulista, no empreendimento ClariceLispector, com 360 UHs.As famílias encontram-se em atendimento por Auxílio Moradia. Essebenefício poderá ser estendido por 36 meses a partir da remoção dasáreas de obras, até a entrega definitiva das unidades habitacionais queserão construídas pela CDHU e repassadas com devida titularidade –escritura pública com registro. Após a remoção o trabalho social tambémserá de responsabilidade da CDHU.

• Duplicação Tamoios Contorno Sul - a demanda de atendimento estimadaé de 600 famílias.No processo de licenciamento do empreendimento rodoviário deduplicação da rodovia Tamoios-Contorno Sul no CONSEMA, em 2012, foiapresentada pela DERSA a solicitação de parceria com a CDHU para oatendimento habitacional às famílias afetadas pelas obras. A DERSAiniciou tratativas em 2013 com a CDHU e faz-se necessário oestabelecimento de meta de atendimento, prazos e condições da parceriaem instrumento específico a ser firmado.A CDHU está estudando a viabilidade de terrenos, em prospecção naregião, em ações articuladas com o Projeto Litoral Sustentável e aPrefeitura de Caraguatatuba.

4.4. Programa MananciaisO Programa Mananciais-Guarapiranga e Billings abrange um conjunto deintervenções nas áreas das bacias hidrográficas dos mananciaisGuarapiranga e Billings no Município de São Paulo, voltadas para aurbanização de favelas, o reassentamento populacional e a expansão deinfraestrutura básica. O Programa prevê o reassentamento de 5.300famílias, cabendo ao Governo do Estado, por meio da SH/CDHU, oatendimento de 2.548 famílias que serão removidas da APRM - Áreas deProteção e Recuperação Ambiental das Bacias Hidrográficas Billings eGuarapiranga, viabilizando as obras de urbanização sob responsabilidade

da Prefeitura do Município de São Paulo (2ª etapa da intervenção). Total de1.303 atendimentos em viabilização:• Cidade Ademar C (96 UHs) – obras em andamento;• Capão Redondo E (118 UHs) – contratado aguardando aprovação daPMSP;• Capão Redondo I (60 UHs) – contratado aguardando aprovação da PMSP;• Parelheiros D (184 UHs) – contratado aguardando aprovação da PMSP;• Grajaú B (517 UHs) – contratado aguardando aprovação da PMSP;• Jardim Ângela A (328 UHs) – contratado aguardando aprovação da PMSP.Saldo de unidades para atendimento – em estudo proposta para captaçãode recursos do BIRD por meio da Secretaria de Saneamento e RecursosHídricos.

4.5. Convênios Município de São Bernardo do CampoTendo como partícipes a SH, a CDHU e o município de São Bernardo doCampo, foi assinado em 10/11/2011 o Protocolo de Intenções n° 325/2011,com vigência até 10/10/2014, que resultou nas seguintes ações/formalizadas na celebração dos seguintes Convênios:Ação 1 - Produção de 1.868 UHs para reassentamentos: Convênio 0135/2012 que prevê repasse de recursos financeiros para a execução de 540UHs; Convênio 0142/2012 que prevê repasse de recursos financeiros paraa execução de 366 UHs; Convênio 0318/2011, de 22/12/11 que prevêrepasse de recursos financeiros para a construção de 778 UHs e;Convênio 442/2012, que prevê repasse de recursos financeiros para aexecução de 184 unidades no Jardim Lavínia - 2ª etapa.Ação 2 - Obras de Urbanização beneficiando 1.763 domicílios: Convênio0318/2011 - Projeto de Urbanização Integrada do Parque São Bernardo,Alto da Bela Vista e Novo Parque.Em 2013 foram entregues 180 unidades em obras de reassentamento emais 196 famílias foram beneficiadas com obras de urbanização.Ação 3 - Complementação de recursos para a produção de 460 UHs (estaação não gerou convênio) no Empreendimento Residencial Tiradentes, noâmbito do PMCMV, para reassentamento de famílias a serem removidaspara obras de urbanização dos córregos Saracantan e Colina, famílias queocupam faixa de domínio rodovia Anchieta e outras famílias que serãoatendidas segundo os critérios do PMCMV.

4.6. Convênio Município de SantosFavela Santa Casa: parceria CDHU/COHAB/Santos em formatação paraviabilização de empreendimento habitacional Vila Santa Casa pelaCDHU, com a doação do terreno pela COHAB/Santos à CDHU e trabalhosocial pela COHAB/Santos. Terreno de propriedade da COHAB/Santos.Projeto arquitetônico e urbanístico aprovados na PM Santos. Projetoexecutivo em elaboração com previsão de término em dezembro/2013.Demanda: 120 famílias.

4.7. Convênios Município de São PauloConvênio Lidiane - Convênio entre CDHU/PMSP/SEHAB para execução de235 unidades habitacionais previstas para serem concluídas em 2014 peloPrograma Urbanização de Favelas, denominado como Lidiane “Limão C”,visando atendimento futuro às famílias que se encontra em situaçãotransitória oriundas das Favelas: Ilha Verde, Sampaio Correa e Aldeinha.Valor do Convênio: R$ 14.696.957,24.Convênio Jardim Pabreu - Convênio entre CDHU/PMSP/SEHAB de 1.055urbanizações de domicílios nos loteamentos JD PABREU/PRAINHA eexecução de 560 unidades habitacionais para serem concluídas em 2015no empreendimento Chácara do Conde “Grajaú D”, quadras B, F e H,relativos ao programa denominado Mananciais Billings/Guarapiranga. Valordo Convênio: R$ 56.348.450,09.Convênio Heliópolis - Convênio entre CDHU/PMSP/SEHAB para execuçãode 1.050 unidades previstas para serem concluídas em 2015 peloPrograma Urbanização de Favelas, denominado como Heliópolis –“Sacomã H” e “Sacomã I” – área Sabesp 2, sendo 186 unidadeshabitacionais para Sacomã H – entrega iniciada em 2013 - e 864 unidadeshabitacionais para Sacomã I, com vistas à relocação e reassentamentodas famílias ocupantes da Favela Heliópolis na Capital de São Paulo. Valordo Convênio: R$ 98.642.364,10.

4.8. Convênios MetrôLinha 17-Ouro – Em andamento: Conjugação de esforços entre a CDHU eo METRÔ com vistas a viabilizar o atendimento habitacional e social dosmoradores vulneráveis localizados nas áreas atingidas pelas obras daLinha 17 - Ouro, desenvolvido pelo METRÔ, bem como nas áreasadjacentes necessárias, com transferência de recursos do METRÔ àCDHU. Convênio assinado em 26 de janeiro de 2012. Recurso já repassadoà CDHU no valor total estimado para as ações do convênio de R$81.289.706,60. Empreendimentos vinculados ao atendimento da demandaconveniada: Campo Belo A (216 UHs), Campo Belo B (108 UHs) e CampoBelo C (162 UHs).Linhas 5-Lilás e 15-Prata – Em programação: Conjugação de esforçosentre a CDHU e o METRÔ com vistas a viabilizar o atendimentohabitacional e social dos moradores vulneráveis localizados nas áreasatingidas pelas obras das Linhas 5 – Lilás e 15 - Prata, desenvolvido peloMETRÔ, bem como nas áreas adjacentes necessárias, com transferênciade recursos do METRÔ à CDHU. Convênio em elaboração.

4.9. Convênios CPTMLinha 9-Esmeralda – Em andamento: Parceria entre a CDHU e a CPTMcom vistas a viabilizar o atendimento habitacional e social dos moradoresvulneráveis localizados nas áreas atingidas pelas obras da reativação doserviço ferroviário do Trecho Grajaú a Varginha, Linha 9 – Esmeralda, daCPTM, bem como nas áreas adjacentes necessárias para o escopo dopresente Convênio, com transferência de recursos da CPTM à CDHU.Convênio assinado em 29 de dezembro de 2011. Recurso já repassado àCDHU no valor total estimado para as ações do convênio de R$48.935.596,00. Empreendimentos vinculados ao atendimento da demandaconveniada: Grajaú E (320 UHs) e Grajaú F (160 UHs).Linha 12-Safira – Em andamento: Parceria entre a CDHU e a CPTM comvistas a viabilizar o atendimento habitacional dos indivíduos e famíliasvulneráveis assentados irregularmente nas áreas atingidas por obras demodernização e expansão da CPTM, correspondente à realização doReassentamento da população afetada pelas obras da Estação São MiguelPaulista, Linha 12 SAFIRA, com transferência de recursos da CPTM àCDHU. Convênio assinado em 06 de agosto de 2013. Recurso já repassadoà CDHU no valor de R$ 1.520.127,40.

4.10. Convênios DAEE• Ribeirão Vermelho - parceria CDHU/DAEE/PM Osasco em estruturaçãopara repasse de recursos financeiros do DAEE para pagamento de auxíliomoradia a 250 famílias que ocupam área de abrangência de obras decanalização do córrego Ribeirão Vermelho em Osasco;• Parque Várzeas:• Reassentamento habitacional necessário para a implantação do ParqueLinear Várzeas do Tietê, obra da Secretaria de Saneamento e Energia(SSE) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE). ConformeConvênio firmado em 02 de julho de 2010, a SH/CDHU é responsável peloatendimento habitacional a 3.000 famílias a serem removidas na primeiraetapa do projeto, sendo 2.500 oriundas do município de São Paulo e 500 domunicípio de Guarulhos.• O montante de atendimentos previsto inicialmente é de 5 mil famílias,sendo que a demanda total será definida durante a elaboração do projetodo Parque, que se estenderá ao longo das margens do rio entre São Pauloe Salesópolis (parte do Projeto Nova Marginal).

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULOC.N.P.J. 47.865.597/0001-09

Page 3: balanço patrimonial em 31/12/2013

quinta-feira, 26 de junho de 2014 Diário Ofi cial Empresarial São Paulo, 124 (117) – 7

continua...

• A CDHU já atendeu 340 famílias nos empreendimentos ItaquaquecetubaA, C e V. Estão em programação os empreendimentos: Guarulhos AA,Guarulhos AB, Guarulhos AC e Guarulhos AD, totalizando 1.263 unidadeshabitacionais.• Para atendimento à demanda de Guarulhos, estão destinadas 600 UH noempreendimento Lavras, em viabilização por meio de aporte de recursosdo FPHIS – SH/Casa Paulista.• Baquirivu - parceria CDHU/DAEE em estruturação para repasse derecursos financeiros do DAEE para atendimento habitacional de famílias aserem removidas da área de abrangência de obras de canalização docórrego Baquirivu em Guarulhos (estimativa de 1.800 famílias);• Pirajussara - parceria CDHU/DAEE em estruturação para repasse derecursos financeiros do DAEE para atendimento habitacional de famílias aserem removidas da área de abrangência de obras de canalização doCórrego Pirajussara (primeira fase / estimativa 78 famílias - Embu);• Córrego Oratório - parceria CDHU/DAEE em estruturação para repassede recursos financeiros do DAEE para atendimento habitacional defamílias a serem removidas da área de abrangência de obras decanalização do Córrego Oratório (1.260 famílias, sendo 1.000 em SãoPaulo e 260 em Santo André).

4.11. Convênio Diadema - ImigrantesConvênio 054/2013 assinado em 18/06/2013. Parceria entre a CDHU e omunicípio de Diadema, visando o aporte de recursos da CDHU para aelaboração de projetos de urbanização das áreas inseridas na faixa dedomínio da rodovia dos Imigrantes.Os projetos envolvem o atendimento de cerca de 1.360 famílias e serãorealizados para os seguintes núcleos: Parque Reid, Serra do Acarai, MariaLeonor, Mulford, Quito/Pequim, Pré-Moldados, Barbosinha, Arco Íris I e II,Piratininga, Jardim Ruyce e Barão de Uruguaiana. Valor do repasseprevisto: R$ 2.259.669,98 (data base março/2013).

4.12. Outras AçõesÁrea Central do Município - Empreendimentos no âmbito do Projeto ÁreaCentral, originados no Programa Atuação em Cortiços / PAC-BID encerradoem dezembro de 2010. A continuidade do programa conta com recursos dogoverno federal e compreende os seguintes empreendimentos: Belém J,Belém H, República A e B, Bela Vista E, Bela Vista G, Sé A, Santa CecíliaD. Empreendimentos em obras: Bela Vista E – 31 UHs; Bela Vista G – 104UHs e Belém H – 44 UHs.Projeto Marginais Leste - Produção de 2.076 unidades habitacionais nosempreendimentos Cidade Líder E, Ermelino Matarazzo K, ErmelinoMatarazzo J, Penha A, Penha C, Penha D, Penha E, Vila Maria B e VilaMaria C para atendimento de famílias.

4.13. Projetos Prioritários – Assentamentos Precários e RecuperaçãoAmbiental e Urbana» Urbanização Jardim Santo AndréNa região sul do município de Santo de André, fazendo divisa com área deproteção aos mananciais da Bacia Billings e com o Parque MunicipalPedroso, a CDHU adquiriu em 1977 uma área com topografia bastanteacidentada e com encostas íngremes, composta por seis glebasperfazendo uma área total de cerca de 1.470.000m². Na década de 1980 aárea sofreu um intenso processo de ocupação irregular gerando umcomplexo de seis favelas denominadas: Toledanos, Lamartine,Dominicanos, Cruzados, Missionários e Campineiros.Com o objetivo inicial de promover a substituição total da ocupação, apartir de 1987 tem início a primeira fase do projeto com a construção naprópria área de 3.031 novas unidades habitacionais, o que possibilitou aremoção de 2.220 famílias de áreas de risco e a liberação de novas frentesde obras.A segunda fase do projeto, iniciada no final da década de 1990, assumiu oprincípio de promover a urbanização integrada dos assentamentos,visando à regularização fundiária de toda a gleba, à recuperação ambientaldas áreas degradadas e à erradicação de situações de risco, comatendimento global de aproximadamente 9.100 famílias. Como parte doatendimento proposto no projeto, foram implantados no local equipamentospúblicos de educação, saúde e lazer e já estão em atividade.As atuais ações envolvem cerca de 6.000 edificações arroladas nasfavelas. Aproximadamente 4.000 remoções são necessárias para aerradicação das situações de risco e viabilização das obras deurbanização, destas 1.600 ainda serão realizadas; todas as famíliasremovidas serão reassentadas em novas unidades habitacionais queserão construídas no Jardim Santo André e em outros bairros do município.Cerca de 2.000 famílias serão beneficiadas com as obras de urbanizaçãoque compreendem a implantação de infraestrutura adequada, recuperaçãoambiental e regularização fundiária. Estima-se a conclusão de obras decontenção geotécnica em 2014.» Urbanização Favela PimentasTem como objetivo viabilizar a recuperação urbana e ambiental e aregularização urbanística e fundiária de assentamento localizado no bairroPimentas, no município de Guarulhos, com atendimento global deaproximadamente 6.500 famílias. As ações em execução abrangem aprodução de cerca de 2.000 novas unidades habitacionais, na área deintervenção e no entorno, urbanização de 1.492 moradias e regularizaçãode 3.074 unidades entregues, com implantação de infraestrutura urbana ea implantação de parque regional (8,5 hectares).O projeto é caracterizado como uma intervenção de grande porte, comquestões ambientais relevantes, cujas obras dependem do licenciamentoambiental condicionado ao Plano de Regularização Fundiária Sustentável,ensejando um processo de aprovação complexo. Recentemente ematuação integrada da CDHU com a Secretaria do Planejamento e SMA/CETESB foi estabelecido procedimento inovador para licenciamento deações de regularização de urbanizações em áreas do Estado, com açõesda CDHU, o que além de agilizar o início das obras de urbanização poderácontribuir para o aperfeiçoamento dos licenciamentos de ações similaresnos diversos órgãos do Estado e do Município.» Parque JequitibáO Parque Urbano de Conservação Ambiental e de Lazer – “Parque Tizo” -foi criado pelo Decreto Estadual nº 50.597, de 27 de março de 2006, emárea da Fazenda Tizo, com implantação por meio de parceria entre a CDHUe a SMA, sendo a execução de obras de responsabilidade da CDHU e ocusteio e administração do futuro parque de responsabilidade daSecretaria do Meio Ambiente (SMA). O Decreto nº 59.259, de 05/06/2013alterou sua denominação para “Parque Jequitibá”.Localiza-se em área da CDHU de 1.308.319 m², na confluência entre osmunicípios de São Paulo, Osasco, Cotia e Taboão da Serra. A gleba abrigaum fragmento com cerca de um milhão de metros quadrados de florestaremanescente de Mata Atlântica, com espécies da fauna e floraameaçadas de extinção. A área apresenta também três platôs internos,que formam área de empréstimo de solo para as obras do Rodoanel.O objetivo dessa parceria é transformar a área em local de lazer erecreação para a população dessa área da Região Metropolitana de SãoPaulo, além de laboratório vivo de pesquisas e palco para projetos deeducação ambiental.

4.14. Regularização técnica e fundiária de intervenções em favelasAlém da urbanização, a CDHU tem desenvolvido estudos e projetos pararegularização técnica dos assentamentos beneficiados por essasintervenções, com destaque para:

• Projeto Pantanal (Vila Jacuí A e B) - População a ser atendida: 7.108famílias;

• Projeto Sumaré C - População a ser atendida: 1.100 famílias;• Projeto Hortolândia A1 e A2 - População a ser atendida: 1.720 famílias.

4.15. Recuperação da Serra do Mar e Litoral Sustentável4.15.1. Serra do MarO Programa visa à recuperação do Parque Estadual da Serra do Mar -PESM, maior área contínua da Mata Atlântica preservada no Brasil, quesofre ameaça de ocupação por assentamentos habitacionais precários. Asintervenções habitacionais são articuladas às da Política Estadual deMeio Ambiente no programa, que configura um conjunto de ações eintervenções da SH e da SMA, envolvendo o Parque Estadual da Serra doMar - PESM e outros remanescentes do bioma da Mata Atlântica. Osprincipais números são:• Abrange 23 municípios cujas áreas territoriais têm interseção com oPESM;• Atualmente estima-se beneficiar em torno de 8.628 famílias, sendo que7.228 residentes nos Bairros Cota no município de Cubatão (5.191Remoções e Reassentamentos e 2.037 Obras de Urbanização) e 1.400famílias residentes no interior do PESM dos demais municípios abrangidospelo Programa, com o reassentamento em unidades habitacionais.

Executado• Já foram viabilizadas 4.081 moradias, sendo 398 em empreendimentosnos municípios da Baixada Santista (Praia Grande, São Vicente ePeruíbe), 66 em São Paulo e Região Metropolitana, 23 Cartas de Créditoe outras 3.594 em Cubatão (Rubens Lara, Bolsão VII e Bolsão IX) dasquais 56 unidades no Bolsão IX foram entregues administrativamente em05/12/13;• Aquisição de terreno denominado Cubatão K com potencial de edificaçãode 800 UHs;• Aquisição de terreno denominado Ubatuba G com potencial de edificaçãode 376 UHs;• Aquisição de terreno denominado São Sebastião F com potencial deedificação de 166 UHs;• Aquisição de terreno denominado Pedro de Toledo C com potencial deedificação de 116 UHs;• Atualmente, das 5.191 famílias que compõem o processo de remoção ereassentamento, 4.412 famílias (85%) já foram reassentadas, das quais556 com atendimento provisório, através do pagamento de auxílio moradia,até a conclusão dos empreendimentos previstos.

Em execução• Obras de Urbanização nos Bairros Pinhal do Miranda e Cota 200 domunicípio de Cubatão, que atenderão em torno de 2037 famílias das quais1023 já foram beneficiadas (50,22%);• Aquisição do terreno denominado Cubatão Y com potencial de edificaçãode 500 unidades habitacionais, prevista para dez/13;• Trabalho Técnico Social: Diagnóstico Socioeconômico, Pactuação deProjetos e apoio às remoções de moradores em risco e áreas do PESM –Contratado, com Ordem de Início de Serviço - OIS em Dez/13;• Sistema de Monitoramento Físico-Financeiro - Contratado, com OIS emNov/13;• Serviços especializados de Mediação de Controvérsias – Contratado,com OIS em Nov/13;• Elaboração de Diagnóstico Físico, Urbanístico e Socioambiental,Estudos Preliminares, Projetos Básicos e Executivos: – Contratado, comOIS prevista para Jan/14.

A executar• Contratação de edificação de 360 unidades habitacionais no município deSão Vicente (São Vicente H) – Licitação Vazia, reestudando forma deaquisição ou substituição pela aquisição junto à CAIXA (FAR) dosEmpreendimentos Penedo e Primavera (500 unidades habitacionais) nomunicípio de São Vicente, aquisição com cláusulas resolutivas delegalização efetuada e obras a executar pela CAIXA. Previsão deassinatura de contrato em Fev/14 com conclusão das UHs em 18 meses;• Para cumprimento das metas do programa há a contratação de 800 emárea já adquirida denominada Cubatão K – em processo de elaboração deprojeto, início previsto para Dez/14, com prazo estimado de 24 meses;• Contratação da edificação de 166 unidades habitacionais no municípiode São Sebastião (São Sebastião F) – em processo de publicação deedital para licitação – início previsto para Set/14, com prazo estimado de24 meses;• Contratação da edificação de 376 unidades habitacionais no município deUbatuba (Ubatuba G) – em processo de publicação de edital para licitação– início previsto para Set/14, com prazo estimado de 24 meses;• Contratação da edificação de 116 unidades habitacionais no municípiode Pedro de Toledo (Pedro de Toledo C) – em processo de publicação deedital para licitação – início previsto para Set/14, com prazo estimado de24 meses;• Apoio Operativo das Unidades de Gestão (UGP) e de Execução (UEP-Habitação): serviço de consultoria especializada exigida pelas normativasdo BID. Em processo de elaboração de termo de referência para compor oprocesso de licitação. Início previsto para Jun/14 com prazo estimado de30 meses.

4.15.2. Litoral SustentávelTrata-se de um conjunto de ações e intervenções das Secretarias do MeioAmbiente-SMA e da Habitação-SH, a serem implementadas na regiãolitorânea do Estado de São Paulo, notadamente na Baixada Santista eLitoral Norte, envolvendo o Parque Estadual da Serra do Mar, o Mosaico deIlhas e Áreas Marinhas Protegidas, o Parque Estadual Restinga deBertioga, as respectivas zonas de amortecimento e influência dessasunidades de conservação, além de desenvolver estudos e projetosdestinados a futuras intervenções socioambientais nos MosaicosJacupiranga e Paranapiacaba, importantes remanescentes do bioma MataAtlântica no Vale do Ribeira e Alto Paranapanema, com o objetivo dereplicar as experiências e as ações exitosas de recuperaçãosocioambiental formuladas e desenvolvidas durante a execução doPrograma “Recuperação Socioambiental da Serra do Mar e Sistema deMosaicos da Mata Atlântica”.Tem como objetivo gerar benefícios sociais com a eliminação de passivoshabitacionais e ambientais em áreas de risco socioambiental, promovendoa efetiva proteção da biodiversidade e dos mananciais na zona litorâneado Estado de São Paulo, notadamente na Baixada Santista e Litoral Norte,melhorando as condições habitacionais de interesse social e consolidadoa gestão efetiva das Unidades de Conservação, estendendo as ações derecuperação socioambiental às zonas de amortecimento e de influênciadessas unidades. No âmbito questão habitacional o Programa prevê:• Reassentamento em novas unidades habitacionais de 16.000 famílias,das zonas de amortecimento das UC e áreas de risco fora das zonas deamortecimento identificadas no plano de ação e gestão do zoneamentoecológico. As unidades habitacionais previstas serão através de repassede recursos às Prefeituras Municipais através do Programa CasaPaulista da Secretaria da Habitação e Produção de UnidadesHabitacionais pela CDHU;• Urbanização e regularização fundiária de assentamentos subnormaispara um total estimado de 9.000 famílias;• Assistência Técnica, suporte e capacitação aos municípios envolvidospelo Programa para gerenciamento da situação habitacional de interessesocial e controle socioambiental do território.

O Programa conta com recursos externos de financiamento firmado peloGoverno do Estado junto ao Banco do Brasil (Contrato nº 20/00005-7) eprevê para o 1º período contratual (Set/13 a Ago/14) os seguintesinvestimentos:• Aquisição de terreno denominado Ubatuba H com potencial de edificaçãode 440 UHs;• Aquisição de terreno denominado São Sebastião G com potencial deedificação de 640 UHs;• Aquisição de terreno denominado Guarujá I com potencial de edificaçãode 520 UHs;• Aquisição de terreno denominado Guarujá Santo Amaro com potencial deedificação de 3.000 UHs;• Aquisição de terreno na região Sul de São Sebastião para atendimento dedemanda estimada de 986 famílias;• Convênio com a Prefeitura Municipal de Santos / COHAB Santista,para repasse de recursos para compor contrapartida dosempreendimentos Tancredo Neves III (1.120 UHs) e Caneleira IV (680UHs) de contrato firmado com o Fundo de Arrendamento Residencial –FAR, gerenciado pela CAIXA.

5. CRITÉRIOS DE ATENDIMENTOA CDHU promove a seleção dos beneficiários por sorteio público paraatendimento em empreendimentos destinados à demanda aberta de acordocom a legislação vigente. Os contratos são celebrados em nome da mulhere são reservadas cotas para atendimentos de demandas especiais, quaissejam: 5% das UHs para idosos, 7% das UHs para deficientes e 4% dasUHs para policiais. A seguir, alguns esclarecimentos importantes.Destinam-se 5% das UHs para idosos desde 1.999. É preciso 60 anos oumais e renda entre 1 e 5 salários mínimos. Por entender que a presença ea convivência com familiares é muito importante para o idoso, quegeralmente necessita de apoio e assistência, é permitido que, caso obeneficiado seja viúvo (a), até 4 familiares morem na mesma unidade. E, nocaso de casais de idosos, outros 3 familiares podem residir no imóvel.Destinam-se 7% das UHs para deficientes desde 2001, de acordo com oprevisto na Lei Estadual n° 10.844, sendo que essa destinação iniciou-secom 5% em 1.996. A referida Lei foi atualizada pela Lei Estadual n° 12.907/08, sem alteração do percentual de destinação de unidades para essepúblico. Promove-se o atendimento às famílias em cuja composiçãoexistam pessoas com deficiência, sendo que as famílias participam dedois sorteios: um para todas as famílias inscritas e outro especial para asfamílias com pessoas com deficiência. Para os cadeirantes, as moradiassão adaptadas de forma a garantir conforto, autonomia e acessibilidade e,a partir do Decreto Estadual nº 53.485/08, instituiu-se a política deimplantação do conceito de Desenho Universal.Além disso, destinam-se 4% da UHs para policiais civis, militares,agentes de segurança penitenciária e agentes de escolta e vigilânciapenitenciária. A seleção dos candidatos é feita por sorteio público,conforme a Lei Estadual n° 11.023/01, na redação que lhe foi dada pelaLei Estadual n° 11.818/05.A realização dos sorteios segue a orientação da Lei Estadual n° 13.094/08, em que se destaca a necessidade de inscrição prévia dosinteressados, o estabelecimento pelo Poder Executivo dos critérios deinscrição, seleção e atendimento da demanda, mediante proposta da SHque considere como critérios de prioridade de atendimento, o tempo demoradia ou de trabalho dos titulares do financiamento no Município e adispensa da classificação da demanda por meio de sorteio nas situaçõesque envolvam (1) risco de vida iminente ou à qualidade ambiental e urbana,(2) vítimas de calamidade pública ou outra demanda por atendimentohabitacional, provisório ou definitivo, que se caracterize como deinteresse público e (3) membros de associações, cooperativas ousindicatos credenciados na SH ou na CDHU, que disponham de terrenopara a execução de empreendimento habitacional, ou que utilizem terrenode propriedade da CDHU ou de prefeituras ou, ainda, adquiridos comrecursos públicos para essa finalidade, desde que atendidos os demaiscritérios de seleção previstos nos programas promovidos pela políticaestadual para a habitação de interesse social.

ANEXO – RELAÇÃO DE PROGRAMAS E AÇÕES HABITACIONAIS

A Ação PPA n° 2006 e a Ação PPA n° 2002, explicitadas a seguir, sãovinculadas ao Programa PPA n° 2508 – Provisão de Moradias:

Ação PPA nº 2006: Produção de Moradias. Esta ação é composta pelosseguintes programas:• Programa Parceria com Municípios - Demanda Aberta• Programa Parceria com Associações e Cooperativas• Programa Moradia Indígena• Programa Moradia Quilombola• Programa Vila Dignidade

Ação PPA nº 2002: Aquisição de Moradias• Programa Servidor Público EstadualA Ação PPA n° 2431, a Ação PPA n° 2003 e a Ação PPA n° 5057,explicitadas a seguir, são vinculadas ao Programa PPA n° 2509 –Requalificação Habitacional e Urbana:

Ação PPA nº 2431: Revitalização de Áreas Centrais• Atuação em Cortiços

Ação PPA n° 2003: Melhorias Habitacionais• Melhorias em conjuntos CDHU

Ação PPA n° 5057: Melhorias Urbanas• Programa Especial de Melhorias (PEM)• São Paulo de Cara NovaA Ação PPA n° 2005 e a Ação PPA n° 2004, explicitadas a seguir, sãovinculadas ao Programa PPA n° 2510 – Urbanização de Favelas eAssentamentos Precários:

Ação PPA nº 2005: Urbanização de Favelas

Ação PPA nº 2004: Reassentamento Habitacional de Risco e FavelasA Ação PPA n° 1440, a Ação PPA n° 1998 e a Ação PPA n° 2432,explicitadas a seguir, são vinculadas ao Programa PPA n° 3906 –Saneamento Ambiental de Interesse Regional:

Ação PPA nº 1440: Mananciais do Alto Tietê

Ação PPA nº 1998: Recuperação Socioambiental da Serra do Mar• Programa Serra do Mar e Sistemas de Mosaicos da Mata AtlânticaAção PPA nº 2432: Habitação Sustentável no Litoral PaulistaA Ação PPA n° 5702 e a Ação PPA n° 5703, explicitadas a seguir, sãovinculadas ao Programa PPA n° 2507 – Regularização Fundiária deInteresse Regional:

Ação PPA n° 5702: Apoio à Regularização Fundiária• Programa Cidade Legal

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULOC.N.P.J. 47.865.597/0001-09

Page 4: balanço patrimonial em 31/12/2013

8 – São Paulo, 124 (117) Diário Ofi cial Empresarial quinta-feira, 26 de junho de 2014

continua...

Ação PPA nº 5703: Regularização Fundiária de EmpreendimentosHabitacionaisA Ação PPA n° 2276 e a Ação PPA n° 2277, a Ação PPA n° 5758, a AçãoPPA n° 1443 e a Ação PPA n° 5700, explicitadas a seguir, são vinculadasao Programa PPA n° 2505 – Fomento à Habitação de Interesse Social:

Ação PPA n° 2276: Ações do Fundo Paulista de Habitação de InteresseSocial (FPHIS) - Casa Paulista

Ação PPA n° 2277: Ações do Fundo Garantidor Habitacional (FGH)

Ação PPA n° 5758: Ações de Concessão de Subsídios Habitacionais

Ação PPA n° 1443: Fomento à Organização Sociocomunitária,Condominial e Inclusão Social

Ação PPA n° 5700: Assistência Técnica aos Municípios e à Moradia

CARTEIRA DE CRÉDITO HABITACIONAL

A Carteira de Crédito Habitacional da Companhia, conta no final doexercício de 2013 com mais de 356 mil mutuários em cobrança,representando um patrimônio de 4,8 bilhões de reais. Esses mutuáriosforam contemplados com subsídios concedidos pela CDHU, destinados àredução do valor de suas prestações mensais, representando durante oexercício, recursos líquidos no montante de R$ 256 milhões. Leva-se emconta a possibilidade de comprometimento mensal da família,considerando-se a parcela excedente como subsídios habitacionais, nãoimportando o valor de financiamento da moradia.Dessa forma, famílias com renda mensal entre um e três salários mínimos,têm suas prestações limitadas a 15% da renda mensal. Famílias com rendamensal entre três e cinco salários mínimos têm suas prestações limitadasa 20% da renda mensal. Famílias com renda mensal entre cinco e oito emeio salários mínimos têm suas prestações limitadas a 25% da rendamensal. E, famílias com renda mensal entre oito e meio e dez saláriosmínimos, têm suas prestações limitadas a 30% da renda mensal.A concessão de subsídios (bônus) tem sido praticada diretamente pelaCompanhia, fato que provoca os resultados negativos. Para o exercício de2009 e seguintes, a Companhia estabeleceu convênio com a Secretaria daHabitação para aporte de recursos não onerosos.A Companhia conta com uma população mutuária, constituída em suamaioria por famílias com renda mensal de até três salários mínimos, muitosensíveis às questões de conjuntura econômica, decorrentes de pouca

especialização profissional, muitas delas enfrentando problemas dedesemprego, saúde e desagregação familiar. Em razão disso, durante oexercício social, foram adotadas medidas objetivando a retomada e oincentivo à regularidade no pagamento de suas prestações definanciamento habitacional, tais como:

1. ATENDIMENTO ATRAVÉS DA INTERNETA CDHU oferece a seus mutuários e ao público em geral, considerando-seque todos os municípios deste Estado dispõem de equipamentos quepermitem o acesso à internet, a possibilidade de solução imediata dequestões rotineiras, relacionadas às condições da moradia e dofinanciamento habitacional, bem como informações em geral, sem anecessidade de deslocamento às unidades da CDHU.

2. CAMPANHA “FIQUE EM DIA”No âmbito da Campanha, as negociações de débitos, por meio de acordo,serão contempladas, excepcionalmente, com as seguintes condições:- Sem exigência de amortização inicial;- Desconsiderar o valor dos juros de mora, na apuração do valor a sernegociado;- Possibilitar o parcelamento pelo prazo remanescente do contrato.

3. PARCERIAS COM AS PREFEITURAS MUNICIPAISA partir de 2013, a CDHU vem intensificando sua atuação em parceria comtodas as Prefeituras do Estado, por meio de encontros realizados (12regiões geográficas) realizados com os Agentes Municipais de Habitação,nomeados pelo Executivo Municipal. Tais encontros, além de aproximar ocorpo técnico da CDHU, tem como objetivo, propiciar treinamento aosAgentes, acesso a ferramentas de gestão da carteira e, principalmente,aproximar as famílias mutuárias à Companhia, viabilizando a solução deproblemas inerentes aos financiamentos e, por conseguinte, agilizandosoluções.Ao concluir este relatório, manifestamos nossos agradecimentos aosSenhores Acionistas, ao Conselho de Administração, ao Conselho Fiscal,ao Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado da Habitação e aoExcelentíssimo Senhor Governador do Estado, pela confiança ecolaboração recebidas.Ao final, devemos registrar nossos agradecimentos à competente equipede funcionários da CDHU.

A ADMINISTRAÇÃO

BALANÇOS PATRIMONIAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012(Valores expressos em milhares de reais)

NotaATIVO explicativa 31/12/2013 31/12/2012

CIRCULANTE

Caixa e equivalentes de caixa 4 237.398 298.592Prestações a receber 5 1.186.218 1.109.376Impostos a recuperar 6 3.900 2.559Depósitos e cauções 45.366 80.044Adiantamentos diversos 2.057 1.638Outros créditos 7 7.969 5.325

TOTAL DO CIRCULANTE 1.482.908 1.497.534

NÃO CIRCULANTE

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Devedores por vendascompromissadas 8 4.848.623 4.653.911Terrenos 9 698.440 617.869Projetos em fasede desenvolvimento 10 1.665.815 1.516.615Imóveis a comercializar 11 1.472.326 1.250.944Desapropriações em andamento 9 153.121 110.463FCVS a receber 12 325.924 273.034Depósitos judiciais 13 81.636 73.051Outros créditos 4.871 4.863

TOTAL DO REALIZÁVELA LONGO PRAZO 9.250.756 8.500.750

Investimentos 14 3.265 3.671Imobilizado 15 2.236 3.054Intangível 16 2.137 2.125

7.638 8.850

TOTAL DO NÃO CIRCULANTE 9.258.394 8.509.600

TOTAL DO ATIVO 10.741.302 10.007.134

NotaPASSIVO explicativa 31/12/2013 31/12/2012

CIRCULANTE

Fornecedores e prestadoresde serviços 17 193.167 179.885Obrigações com pessoale encargos 4.186 6.235Impostos e contribuições a recolher 7.147 8.122Seguros a pagar 3.235 2.794Prestações de empréstimos a pagar 20 15.135 22.828Provisão para férias e encargos 11.876 11.003Convênios a repassar 19 149.458 151.894Outras exigibilidades 23 37.410 23.817

TOTAL DO CIRCULANTE 421.614 406.578

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Empréstimos e financiamentos 20 189.782 187.045Fundo de Recuperação Residual 21 156.027 149.041Provisão para contingências 18 505.620 492.829Provisão para desapropriações 9 153.121 110.463FCVS a recolher 22 9.779 9.211Outras exigibilidades 23 37.365 30.012

TOTAL DO NÃO CIRCULANTE 1.051.694 978.601

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 24

Capital social 10.722.800 9.824.500Reserva de capital 16.599 16.599Prejuízos acumulados (2.396.459) (2.117.444)Recursos para futuro aumentode capital 925.054 898.300

9.267.994 8.621.955

TOTAL DO PASSIVO 10.741.302 10.007.134

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

Reservas de capital

Capital Doações (Prejuízos) Recursos para futuro Total dosocial e subvenções acumulados aumento de capital patrimônio líquido

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 8.801.409 16.599 (2.185.864) 1.023.091 7.655.235

Recursos para aumento de capital - - - 898.300 898.300Aumento de capital – AGO de 25/04/2012 1.023.091 - - (1.023.091) -Lucro do exercício - - 68.420 - 68.420

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 9.824.500 16.599 (2.117.444) 898.300 8.621.955

Recursos para aumento de capital - - - 925.054 925.054Aumento de capital – AGO de 24/07/2013 898.300 - - (898.300) -Prejuízo do exercício - - (279.015) - (279.015)

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 10.722.800 16.599 (2.396.459) 925.054 9.267.994

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E RECURSOS PARA FUTURO AUMENTODE CAPITAL PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Valores expressos em milhares de reais)

2013 2012

RECEITAS DE ATIVIDADES OPERACIONAIS 791.378 1.053.079

Receitas financeiras 340.130 321.357Receitas de produção e comercialização 107.392 145.495Gestão de créditos 93.075 85.232Variações monetárias ativas 108.847 94.491Outras receitas operacionais 141.934 406.504

DESPESAS DE ATIVIDADES OPERACIONAIS (818.120) (754.188)

Despesas financeiras (8.981) (9.680)Despesas com subsídios concedidos(bônus na prestação) (255.918) (238.315)Despesas de produção e comercialização (496.035) (457.730)Despesas de desenvolvimento comunitário (26.908) (10.979)Gestão de créditos (16.354) (15.879)Variações monetárias passivas (13.517) (18.492)Outras despesas operacionais (407) (3.113)

RESULTADO BRUTO (26.742) 298.891

DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS (252.273) (230.471)

Despesas com pessoal (93.898) (91.940)Encargos sociais (61.555) (65.986)Serviços de terceiros (69.163) (56.085)Materiais (1.443) (1.305)Encargos diversos (22.845) (13.176)Despesas tributárias (3.369) (1.979)

LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO (279.015) 68.420

Lucro (Prejuízo) por ação em R$ (0,030) 0,008

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DOS EXERCICIOS FINDOSEM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Valores expressos em milhares de reais, exceto prejuízo por ações)

2013 2012ATIVIDADES OPERACIONAIS

Lucro (Prejuízo) do exercício (279.015) 68.420Ajustes para reconciliar o prejuízo líquidocom caixa gerado pelas operações:Depreciação e amortização 1.928 2.113Provisão (reversão) para créditosde liquidação duvidosa (8.589) 2.879Provisão (Reversão de provisões) 12.791 (116.609)Baixa do ativo imobilizado e intangível (1) 218

(272.886) (42.979)

Redução (aumento) nos ativos:

Prestações a receber (76.842) (94.451)Impostos a recuperar (1.341) 572Depósitos e cauções 34.678 (11.266)Outros créditos (3.071) 46.992Devedores por vendas compromissadas (194.712) (660.002)Terrenos destinados para projetos (80.571) (68.475)Projetos em fase de desenvolvimento (149.200) (13.482)Imóveis a comercializar (221.382) 18.856FCVS a receber (44.301) (17.407)Depósitos judiciais (8.585) (18.180)

(745.327) (816.843)Aumento (redução) nos passivos:

Fornecedores e prestadores de serviços 13.282 (35.726)Obrigações com pessoal e encargos (2.049) 2.549Impostos e contribuições a recolher (975) (229)Seguros a pagar 441 (1.229)Provisão para férias e encargos 873 634Convênios a repassar (2.436) (76.315)Fundo de Recuperação Residual 6.986 11.250FCVS a recolher 568 535Outras exigibilidades 20.946 12.561

37.636 (85.970)RECURSOS LÍQUIDOS PROVENIENTESDAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (980.577) (945.792)

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Atualização Ações 407 (3.626)Adições ao ativo imobilizado e intangível (1.122) (1.482)

RECURSOS LÍQUIDOS PROVENIENTESDAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (715) (5.108)

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Aumento de capital 925.054 898.300Prestações de empréstimos a pagar /Empréstimos e financiamentos (4.956) (12.458)

RECURSOS LÍQUIDOS PROVENIENTESDAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO 920.098 885.842

CAIXA LÍQUIDO GERADO NAS ATIVIDADESOPERACIONAIS, DE INVESTIMENTOSE DE FINANCIAMENTO (61.194) (65.058)

Caixa e equivalentes no inicio do exercício 298.592 363.650

Caixa e equivalentes no final do exercício 237.398 298.592

VARIAÇÃO DO CAIXA E EQUIVALENTES (61.194) (65.058)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOSFINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Valores expressos em milhares de reais)

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULOC.N.P.J. 47.865.597/0001-09

Page 5: balanço patrimonial em 31/12/2013

quinta-feira, 26 de junho de 2014 Diário Ofi cial Empresarial São Paulo, 124 (117) – 9

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASREFERENTE AOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 e 2012

(Valores expressos em milhares de reais)

1. CONTEXTO OPERACIONALA Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de SãoPaulo - CDHU é uma empresa de economia mista, com sede em São Paulo,que, por meio de recursos provenientes do seu acionista majoritário,Fazenda Pública do Estado de São Paulo, mediante aportes de capital oupor intermédio de financiamentos bancários, tem como objetivosprincipais:1. Elaborar ou contratar a elaboração de projetos e suas implantações, epromover medidas de apoio à realização de planos e programas estaduaise/ou municipais de habitação prioritários para o atendimento à populaçãode baixa renda, em conformidade com as diretrizes estabelecidas pelaSecretaria da Habitação do Estado de São Paulo mediante:a. Aquisição, urbanização e parcelamento de áreas para finshabitacionais.b. Comercialização de lotes urbanizados.c. Implantação de equipamentos comunitários.d. Comercialização de habitações.e. Locação social de habitações.f. Ampliação e/ou melhoria de habitações existentes.g. Recuperação de sub-habitações em assentamentos humanosespontâneos.h. Aquisição e venda de materiais de construção e unidades pré-fabricadas.i. Prestação de serviços de assistência técnica, jurídico legal, comunitáriae financeira aos programas estaduais e municipais de habitação.j. Promoção de estocagem estratégica de terrenos para assegurar aexecução de programas habitacionais, considerando as diretrizes locaisde uso de solo e a conveniência de maximizar os investimentos públicosem serviços urbanos básicos.2. Acompanhar, fiscalizar e controlar o cumprimento de obrigaçõescontratuais pelos adquirentes de lotes e habitações financiadas pelaCompanhia.

2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASAs demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendoapresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, emconformidade com os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações doComitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, conjugadas com as normasexpedidas pela Caixa Econômica Federal (CEF) e com o Plano de Contasdas Companhias de Habitação Popular, tendo em vista que a CDHU éagente do Sistema Financeiro da Habitação – SFH.

3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS3.1. Caixa e equivalentes de caixaCaixa representa numerários em espécie e contas bancárias disponíveis.Equivalentes de caixa estão representados pelas aplicações financeiras,registradas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data dobalanço.

3.2. Prestações a receberRepresentam as prestações emitidas contra os mutuários e a provisão dossaldos devedores no curto prazo.

3.3. Devedores por vendas compromissadasCorrespondem a valores financiados aos mutuários. A atualização do saldodevedor é realizada em conformidade com os dispositivos legais vigentes,utilizando-se os índices de atualização da caderneta de poupança.

3.4. TerrenosCompreendem glebas desapropriadas, adquiridas ou recebidas em doaçãopara futura urbanização. São registrados ao custo de aquisição ou valorsimbólico nos casos de doações e acrescidos dos valores de benfeitoriasefetuadas.Os valores foram corrigidos até 31 de dezembro de 1995, nos termos dalegislação vigente à época.

3.5. Projetos em fase de desenvolvimentoRepresentam todos os custos destinados ao empreendimento, comoterrenos incorporados, projetos, terraplenagem, infraestrutura,construção, além dos encargos relativos aos financiamentos obtidos paraaquisição de glebas e construção dos conjuntos habitacionais.Os valores foram corrigidos até 31 de dezembro de 1995, nos termos dalegislação vigente à época.

3.6. Imóveis a comercializarRepresentam as unidades habitacionais concluídas, sendo registradaspelos custos transferidos da conta de projetos em fase dedesenvolvimento e acrescidas da correção monetária até 31 de dezembrode 1995.

3.7. ImobilizadoRegistrado ao custo de aquisição e corrigido monetariamente até 31 dedezembro de 1995. A depreciação é calculada pelo método linear, deacordo com as taxas anuais permitidas pela legislação vigente, conformenota explicativa nº 15.

3.8. IntangívelRegistrado ao custo de aquisição e corrigido monetariamente até 31 dedezembro de 1995. A amortização é calculada pelo método linear, deacordo com as taxas anuais permitidas pela legislação vigente, conformenota explicativa nº 16.

3.9. EmpréstimosEstão demonstrados pelos valores liberados à Companhia, corrigidosmonetariamente e acrescidos dos juros incorridos até a data do balanço.

3.10. Provisão para desapropriaçõesConstituída em função de uma estimativa de desembolsos para pagamentode áreas desapropriadas a seu favor. A contrapartida está registrada naconta desapropriações em andamento, no realizável a longo prazo.

3.11. Provisão para contingênciasConstituída de acordo com as probabilidades de perda, informada pelosassessores jurídicos da Companhia, para os processos cíveis,trabalhistas e tributários em andamento.

3.12. Recursos para futuro aumento de capitalRepresentados pelos recursos dos acionistas para futuro aumento decapital demonstrados pelos valores originais recebidos em dinheiro.

4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

2013 2012

Caixa 136 125Depósitos bancários à vista 15.841 22.302

15.977 22.427

O valor registrado como caixa representa numerários em espécie,disponibilizados para os escritórios regionais, a fim de cobrir pequenosgastos. Depósitos bancários à vista representam os recursos disponíveis.

4.1. APLICAÇÕES FINANCEIRAS2013 2012

reclassificado

Caixa Econômica Federal - 39.008Banco do Brasil - Vila Dignidade (a) 21.630 26.240Banco do Brasil - Cidade Legal (b) 36.596 23.022Banco do Brasil - São Paulo de Cara Nova (c) 21.550 31.097Banco do Brasil - CPTM L9 - Esmeralda (d) 49.939 52.075Banco do Brasil - METRÔ L17 - Ouro (e) 52.129 62.558Banco do Brasil - demais convênios (f) 39.577 42.165

221.421 276.165

Referem-se basicamente a aplicações em fundos de investimentofinanceiro e em cotas de fundos de investimento. Os saldos com a CaixaEconômica Federal referem-se a aplicações em fundos de investimento,sendo que os valores foram reclassificados para a rubrica “depósitosconta bloqueada”.

Os valores aplicados no Banco do Brasil em fundos de investimentoreferem-se ao saldo remanescente do montante recebido por conta dediversos convênios celebrados, em sua maioria, entre a CDHU e SecretariaEstadual da Habitação, conforme descrito abaixo:

(a) - Vila Dignidade: Decreto nº 54.285, de 29 de abril de 2009, queautoriza as Secretarias Estaduais da Habitação e de Assistência eDesenvolvimento Social, representando o Estado, a celebrar convênioscom a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado deSão Paulo – CDHU.O propósito do convênio visa à implementação do Programa Vila Dignidadee tem por objeto a transferência de recursos financeiros da Secretaria daHabitação (SH) para CDHU, para que esta proceda à construção demoradias e áreas de convivência social, projetadas para pessoas idosas,em núcleos habitacionais horizontais, de acordo com o plano de trabalhoaprovado pela Secretaria da Habitação.

(b) - Cidade Legal: Convênio celebrado entre o Estado de São Paulo, porintermédio de sua Secretaria da Habitação e a Companhia deDesenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo – CDHU,tendo por objeto a transferência de recursos financeiros destinados àimplementação do Programa de Regularização de Núcleos Habitacionais.

(c) - São Paulo de Cara Nova: O presente convênio tem por objeto atransferência de recursos financeiros do Estado para a CDHU, no âmbitodo Programa São Paulo de Cara Nova, na modalidade melhorias emconjuntos habitacionais da CDHU, para intervenções consistentes emobras de infraestrutura, obras de equipamentos sociais, ações derecuperação de áreas condominiais (recuperação de prédios e execuçãode portais), em diversos conjuntos habitacionais localizados no Estado deSão Paulo.

(d) – CPTM LINHA 9 – ESMERALDA: Tem como objeto a conjugação deesforços entre a CDHU e a CPTM, com vistas a viabilizar o atendimentohabitacional e social dos moradores vulneráveis localizados nas áreasatingidas pelas obras da reativação do serviço ferroviário do Trecho Grajaúa Varginha, bem como, nas áreas adjacentes necessárias para o escopodo presente Convênio.

(e) - METRÔ LINHA 17 – OURO: Elaborado com as mesmascaracterísticas do convênio descrito acima (CPTM).

(f) - Demais convênios: Objetiva o repasse de recursos financeiros daSecretaria da Habitação (SH) para a CDHU, para implementação dediversos programas, como: provisão de moradias, urbanização de favelase assentamentos precários, requalificação de moradias, regularizaçãofundiária de interesse social, etc.

5. PRESTAÇÕES A RECEBER

2013 2012

Prestações a vencer 48.501 46.655Prestações vencidas 829.459 769.201Projeção no curto prazo 308.258 293.520

1.186.218 1.109.376

Essa conta registra as parcelas emitidas contra os mutuários, a projeçãopara as amortizações a serem realizadas pelos mutuários nos próximos 12meses.

6. IMPOSTOS A RECUPERAR

2013 2012

Imposto de renda a compensar 3.900 2.5593.900 2.559

Movimentação:

Saldo anterior 2012 2.559Atualização monetária - taxa Selic 223Compensação impostos devidos -IR s/aplicações 2013 1.118

3.900

O resultado dessa rubrica em 2013 refere-se basicamente ao saldoremanescente do imposto de renda retido na fonte (IRRF) incidente sobreas aplicações financeiras da Companhia em 2012, bem como, ao longo doexercício atual, atualizados mensalmente pela taxa Selic.

7. OUTROS CRÉDITOS

2013 2012

Faturas à receber 4.568 2.568Outros créditos 3.401 2.757

7.969 5.325

continua...

A variação ocorrida em relação ao exercício anterior refere-sebasicamente às notas de débito emitidas de setembro a dezembro de2013, para a DERSA- Desenvolvimento Rodoviário, por conta dosseguintes convênios celebrados: 191/2011, que tem como objeto aconjugação de esforços entre a CDHU e DERSA, com vistas a viabilizar oPrograma de Reassentamento específico, voltado à realocação dosmoradores de assentamentos habitacionais irregulares localizados nasáreas atingidas pelas obras do Trecho Norte do Rodoanel Mário Covas e,316/2011 que visa definir regras sobre o atendimento habitacionalprovisório e definitivo de 1.600 famílias atingidas pelas obras do RodoanelTrecho Sul e Jacu Pêssego. Os recursos desembolsados pela Companhiapara o atendimento dos convênios, serão repassados pelo DERSA, nodecorrer de 2014.

8. DEVEDORES POR VENDAS COMPROMISSADAS (AJUSTE A VALORPRESENTE)O ajuste a valor presente (AVP) da conta Devedores por VendasCompromissadas, que representa os recebíveis da Carteira de Mutuárioscom vencimentos a partir de 360 dias, foi realizado de acordo com aseguinte metodologia:

a. Inicialmente, foi desenvolvido um Indicador de Desempenho daCarteira (IDC) para determinar o perfil da inadimplência e risco de créditode cada contrato, tomando como base o Fluxo Efetivamente Realizado e oFluxo Teórico de cada contrato, nos últimos 23 anos. Foram consideradastodas as amortizações realizadas em cada contrato, pagamentos deencargos moratórios, bem como renegociações de parcelas em atrasopagas ou incorporadas ao saldo devedor, em suas respectivas datas-base. Então, o IDC foi obtido pelo Valor Presente Realizado (VPR)dividido pelo Valor Presente Teórico (VPT). O valor presente foi calculadocom base na taxa da poupança. O período estudado foi o movimentofinanceiro de cada contrato entre a data de 01 janeiro de 1989 e a data-base da avaliação, 31 de dezembro de 2013.

b. Também foi obtida a Taxa Real de Retorno calculada pelo conceito detaxa interna de retorno, que representa uma taxa de juros ideal para aquelecontrato, levando em consideração o nível de inadimplência apurado nohistórico estudado em moeda constante. Esse valor resulta na taxa real derecuperação do crédito de cada contrato, remunerado com base na taxa dacaderneta de poupança.

c. A Taxa Real da CDHU foi estabelecida no conceito de custo de capitalem moeda constante da data-base da avaliação. Foi fixada analisando ataxa real da caderneta de poupança acima da inflação medida pelo IPC daFIPE no período de fevereiro de 1991 e dezembro de 2013.

d. A partir dos resultados de b e c, foi determinado o Spread deInadimplência de cada contrato, calculado com base na fórmula abaixo:

1 + Taxa Real de RetornoSpread Inad. = ________________________ - 1

1 + Taxa Real CDHU

e. A partir do Spread de Inadimplência foi determinada a Taxa de Descontode 4,35% (4,50% em 2012) para cada contrato, calculada da forma abaixo:Taxa de Desconto Base Mercado de Baixo Risco + Spread deInadimplência CDHU

f. Na sequência, foi calculado o Valor Presente do Fluxo Futuro Antes doSubsídio, que se refere ao valor presente dos fluxos de benefícios doscontratos descontado na data-base da avaliação pela Taxa de Descontodescrita no item anterior.A Companhia demonstra a seguir o resultado dessa metodologia decálculo, com a finalidade apenas de divulgação:

2013 2012

Devedores por vendas compromissadas 6.942.991 6.777.930Ajuste a valor presente (338.872) (644.456)

6.604.119 6.133.474

g. Em seguida, calculamos o Valor Presente do Fluxo Futuro ApósSubsídio, que se refere ao valor presente dos fluxos de benefícios doscontratos, excluídos o subsídio, descontado na data-base da avaliaçãopela mesma Taxa de Desconto descrita anteriormente.O efeito dessa metodologia de cálculo está apresentado abaixo,ressaltando que ela foi adotada para fins de ajuste da carteira demutuários:

2013 2012

Devedores por vendas compromissadas 6.942.991 6.777.930Ajuste a valor presente (2.094.368) (2.124.019)

4.848.623 4.653.911

Em relação ao exercício de 2012, houve uma pequena reversão no cálculodo ajuste a valor presente, devido à redução na taxa de desconto de0,15%.Os recursos destinados a financiar a carteira de mutuários no longo prazo,após o ajuste a valor presente, podem ser demonstrados da seguinteforma:

2013 2012

Secretaria da Fazenda do Estadode São Paulo 4.606.074 4.383.256Empréstimos junto aos bancos estatais 242.549 270.655

4.848.623 4.653.911

Para os financiamentos realizados com recursos oriundos da Secretaria daFazenda do Estado de São Paulo, integrava o valor das prestaçõesmensais uma parcela de Fundo de Recuperação Residual (FRR),demonstrada sob a forma de provisão para fazer face às coberturasfuturas dos saldos residuais de mutuários (nota explicativa nº 21).Até o ano de 1994, as construções das unidades habitacionais eramfinanciadas com recursos da Caixa Econômica Federal e do Banco doBrasil, para os quais os saldos residuais devedores estão amparados pelacobertura do FCVS - Fundo de Compensação de Variações Salariais (notaexplicativa nº 22).

8.1. Concessão de subsídios - aspectos legaisA Lei Estadual nº 7.646/91, que tratava dos programas habitacionaisdestinados à construção e financiamento de casas populares à populaçãode baixa renda (até cinco salários mínimos), determinava que os valoresdas prestações não poderiam comprometer a renda familiar dos mutuários,na amortização de suas prestações, em níveis superiores a 15% ou 20%das referidas rendas.

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULOC.N.P.J. 47.865.597/0001-09

Page 6: balanço patrimonial em 31/12/2013

10 – São Paulo, 124 (117) Diário Ofi cial Empresarial quinta-feira, 26 de junho de 2014

continua...

A desvinculação dos recursos adicionais do ICMS em 1997, tornou osrepasses à CDHU, para a promoção de suas ações no setor habitacionalpara a população de baixa renda do Estado de São Paulo, um compromissodo Poder Executivo.

8.2. Histórico dos subsídiosAo longo dos anos a Companhia tem adotado diferentes políticas para aconcessão de subsídios aos mutuários com financiamento obtido por meiode recursos da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, adotandoas mesmas diretrizes contidas na Lei Estadual nº 7.646/91, a despeito danão obrigatoriedade legal.Para os contratos celebrados até setembro de 1996, havia um estudotécnico, que previa a concessão de subsídio em escala anual decrescenteaté o 8º ano de financiamento e do 9º ao 25º ano, o estudo previa umamelhora na renda familiar dos mutuários, de forma que os mutuários seriamcapazes de amortizar integralmente o valor da prestação.Com base nessas premissas, a Companhia registrou à época uma provisãopara subsídios, para que a sua carteira de recebíveis estivessedemonstrada ao valor provável de realização.A partir de 1996 houve uma forte demanda de mutuários, condicionando àCompanhia a manutenção dos subsídios nas bases contratadasinicialmente.Em decorrência daquele cenário, a Companhia optou por suspender aregressão anual dos subsídios, mantendo-os até o final dos contratos.Para os novos conjuntos habitacionais comercializados a Companhiaadotou procedimentos visando à diminuição do valor dos financiamentos edos encargos incidentes, assim como à adequação da regressão dossubsídios e das correções de distorções nos níveis de comprometimentopor faixa de renda familiar.O registro efetivo dos subsídios passou a ser no ato da emissão do boletopara pagamento das prestações mensais. No ano de 2013 os subsídiosconcedidos sobre as prestações a receber de curto prazo totalizaram R$255.918 mil.

8.3. InadimplênciaImperativo ressaltar que a atuação da CDHU prioriza o atendimento àsfamílias de baixa renda, em sua grande maioria na faixa de 1 a 3 saláriosmínimos e tendo como foco estrito o aspecto social.Sua atuação segue as diretrizes emanadas pelo Governo do Estado deSão Paulo, no que concerne às políticas para viabilizar formas deatendimento habitacional.Essa população, por certo, é mais vulnerável à perda de renda, problemasde saúde, desarranjo familiar, dentre outros e, por conseguinte, o esforçoda cobrança para manter o recebimento das prestações em dia é muitomaior.À medida que o processo de cobrança administrativa se frustra e avançapara a esfera judicial, o desgaste pode ser ainda maior, pois para apopulação que não responde às oportunidades de saneamento dasdívidas, as consequências são a rescisão contratual e reintegração deposse do imóvel.

8.3.1. POSIÇÃO DA CARTEIRA EM 2013Em dezembro de 2013 a carteira posicionava 334.891 contratos ativos,dos quais 17,71% (59.326) estavam inadimplentes. Dos outros 82,29%(291.214) adimplentes, 63,98% (214.280) apresentavam rigorosapontualidade nos pagamentos das prestações.Os valores arrecadados em 2013 apresentaram um crescimento de 6,58%em relação a 2012, conforme segue:

ARRECADAÇÃO 2012 ARRECADAÇÃO 2013

Total Anual: R$ 543.459 mil Total Anual: R$ 579.212 mil

8.4. AÇÕES PARA SANEAMENTO DA CARTEIRA

8.4.1. PLANTÕES DE ATENDIMENTOO atendimento aos inadimplentes se deu por meio da realização deplantões de cobranças, visitas domiciliares e campanhas específicas pararegularização contratual e financeira. Os plantões ocorreram nos formatosfixo ou domiciliar, num total de 314 eventos, registrando atendimentos a13.678 interessados.

8.4.2. CONCILIAÇÃO JUDICIÁRIA E ACORDOS JUDICIAISAmpliando a atuação geográfica da parceria com o Poder Judiciário, pormeio do CEJUSC - Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadaniado Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, as audiências passaram aocorrer em diversas cidades do interior.Dessa parceria, além das negociações realizadas com os advogadoscredenciados, resultaram 11.208 acordos judiciais.

8.4.3. SERVIÇO CENTRAL DE PROTEÇÃO AO CREDITO - SCPCEssa medida consiste na inclusão do CPF do cliente (mutuário)inadimplente no SCPC - Serviço Central de Proteção ao Crédito. Esteserviço é conveniado com a Boa Vista Serviços que disponibiliza aos seusclientes informações sobre inadimplência (pessoa física e jurídica).Nossos registros apontam que, do total de 51.287 clientes negativados,5.827 débitos foram quitados e/ou repactuados, significando aregularização da situação financeira no importe de R$6.075 mil no ano.

8.4.4. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA - AF (LEILÕES)A Alienação Fiduciária se constitui de fato, com o efetivo registro docontrato no Cartório de Registro de Imóveis, pois, assim dá-se publicidadea garantia.Na inadimplência financeira, quando o mutuário não responde às inúmerastentativas de regularização ofertadas pela CDHU, a execução destamodalidade de garantia é mais ágil, em comparação com a hipoteca, tendoem vista a possibilidade de forma extrajudicial, por meio do CRI - Cartóriode Registro de Imóveis, no caso da não purgação da mora, findando nosleilões públicos.A adoção desse procedimento na Companhia se deu em 2013 e teve iníciocom a seleção de 2000 contratos com inadimplência contumaz.Os primeiros resultados deram conta que 57% dos mutuários acionados,na fase de intimação pelo Cartório de Registro de Imóveis, regularizarama situação. Por outro lado, inicialmente, 42 imóveis foram levados a leilãopúblico, sendo 26 arrematados e 16 reintegrados à CDHU pararecomercialização.

8.4.5. CONTRATOS ENCERRADOS, PORÉM COM DÍVIDAS (NOVAÇÃODE DÍVIDA)Trata-se de débitos anteriores ao evento motivador do encerramento:término do prazo, nulidade do saldo devedor, quitação por sinistro eoutros.As prestações em aberto são relativas ao financiamento original do imóvele devem ser regularizadas pelos mutuários e/ou seus herdeiros/sucessores.Nessa situação encontram-se cerca de 7.000 contratos.A intensificação da cobrança, em 2013, propiciou a negociação de valoresdesses financiamentos, conforme segue:Amortizações e/ou quitações 3.689 R$ 2.280 milRefinanciamento/Confissão de dívidas 233 R$ 1.632 mil

8.4.6. CONTRATOS COM DÍVIDAS CONTUMAZESA partir de um plano de metas estabelecido, por meio da “Campanha Fiqueem Dia”, no segundo semestre de 2011, a CDHU intensificou a realizaçãode plantões em todas as regiões do Estado em complemento a um forteprocesso de expedição de notificações extrajudiciais.Não obstante as ações que a CDHU vêm desenvolvendo desde então,cerca de 30 mil contratos (base julho/2013) não registraram manifestaçãodos respectivos interessados.Desse universo, mais de 11 mil estão sendo acionados judicialmente epodem culminar com a reintegração de posse das unidades habitacionais.Outros 12 mil contratos, ainda sem acionamento judicial, apresentamdébitos significantemente expressivos e, considerando que o prazoremanescente dos contratos, a propositura de acordo resulta numaparcela de valor alto, muito fora das possibilidades de pagamento pelasfamílias devedoras.Outros 7.000 contratos estão encerrados, mas remanescem resíduosdecorrentes de prestações não pagas e cujos valores importam em maisde R$ 60 milhões.A simples adoção de medidas judiciais, cabíveis aos casos (19.000 milcontratos), por certo resultaria numa avalanche de rescisões contratuaise, por conseguinte, retomadas dos imóveis, frustrando assim o maiorpropósito dos “Programas Habitacionais de Interesse Social do GovernoEstadual”.Diante desse cenário, após estudos realizados, a fim de ultimar condiçãoextraordinária para regularização e evitar um processo desenfreado deretomadas de imóveis, a CDHU publicou edital para contratação de apoiotécnico e operacional. Esse trabalho consistirá em proceder ao inventárioda situação de ocupação desses imóveis (realizar censo em todas asunidades), levantando informações básicas sobre:• Situação física das unidades habitacionais (estado de conservação);• Situação de ocupação das famílias – mutuários, ocupantes comcontratos de gaveta, ocupantes sem contratos, herdeiros, etc.• Composição da família, da renda familiar e determinação da capacidadede pagamento;• Situação do contrato quanto a acionamento judicial, dívida não paga,prazo remanescente do financiamento, etc.O que se pretende, a partir da identificação das diversas situações acimacontempladas, é propiciar meios, em consonância aos preceitos legais enormativos, para o saneamento das irregularidades e evitar a perda dosimóveis pelas famílias afetadas.

8.4.7. AÇÕES COMPLEMENTARESObjetivando buscar o pleno saneamento da carteira imobiliária, em 2013, aCDHU firmou contratos com as empresas vencedoras nos certameslicitatórios para as demandas atinentes à “regularização de contratos degaveta”; “emissão de escrituras de contratos quitados” e “conversão deinstrumentos contratuais” (termo provisório para contrato de venda ecompra). Esse trabalho deverá contemplar mais de 60.000 contratos.

8.5. PREJUÍZO DO EXERCÍCIOO prejuízo verificado no exercício, assim como os prejuízos acumulados,são em grande parte decorrentes da diretriz da política habitacional doGoverno do Estado de São Paulo, de conceder subsídios às famílias comrenda familiar entre 1 e 10 salários mínimos, beneficiárias do atendimentohabitacional realizado pela Companhia.Para o exercício de 2013, o valor do bônus concedido é de R$ 255.918 milque deduzido do prejuízo de R$ 279.015 mil sobra um prejuízo de R$23.097 mil.Nos últimos 5 anos, o montante de subsídios levados à conta deresultados da Companhia é superior a 1,14 bilhões de reais.Outro fato relevante que contribuiu para a formação do prejuízo acumuladodeveu-se a adequação do plano de contas da Companhia, decorrente daconvergência das normas contábeis brasileiras às normas internacionaisde contabilidade nos termos da Lei Federal nº 11.638/2007, cujo impactolíquido foi de 1,48 bilhões.

9. TERRENOS E DESAPROPRIAÇÕES EM ANDAMENTO2013 2012

Terrenos 698.440 617.869Desapropriações em Andamento 153.121 110.463

851.561 728.332

Terrenos: Representam os custos de aquisição e despesas combenfeitorias nos terrenos destinados a futuros empreendimentos. Após aconclusão das obras esses custos são reclassificados para a conta deimóveis a comercializar. Em 2013, o valor de novas aquisições, maisbenfeitorias, foi de R$ 75.290mil (R$ 77.557 mil em 2012).Desapropriações em andamento: Conta destinada a registrar o valor dospossíveis desembolsos que a Companhia fará para desapropriações denovas áreas declaradas de interesse social que, futuramente incorporar-se-ão ao valor dos terrenos.

10. PROJETOS EM FASE DE DESENVOLVIMENTO2013 2012

Recursos da COHAB 1.643.615 1.462.092Empreitada Integral 22.200 54.523

1.665.815 1.516.615

11. IMÓVEIS A COMERCIALIZAR2013 2012

Unidades concluídas e não comercializadas 368.174 309.813Unidades para revenda 15.102 19.300Concessão onerosa 1.089.050 921.831

1.472.326 1.250.944

12. FCVS A RECEBER2013 2012

FCVS a receber 374.385 330.084Provisão para Perdas (48.461) (57.050)

325.924 273.034O Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) tem a finalidadede cobrir eventuais saldos devedores de mutuários ao final dos prazos definanciamento, que será ressarcido pela Caixa Econômica Federal (CEF).A provisão para perdas foi constituída tomando-se por base contratos demutuários, inicialmente glosados pela Caixa Econômica Federal.No decorrer do exercício de 2013, a Companhia, após a primeira negativade cobertura do saldo dos contratos, entrou com recurso administrativojunto à Caixa Econômica Federal – CEF, que passou a reconhecer o direitode ressarcimento sobre alguns contratos, resultando em R$ 8.589 mil dereversão da provisão constituída.O valor é atualizado mensalmente pela variação da Taxa Referencial (TR).

13. DEPÓSITOS JUDICIAIS2013 2012

Depósitos Judiciais 4.229 4.356Depósitos Judiciais - causas cíveis 37.533 31.842Depósitos Judiciais - causas trabalhistas 36.404 33.752Depósitos Judiciais - causas tributárias 3.470 3.101

81.636 73.051

14. INVESTIMENTOS2013 2012

Companhia Paulista de Força e Luz - CPFL 3.243 3.622Outros Investimentos 22 49

3.265 3.671

A Companhia possui participação societária junto à Companhia Paulista deForça e Luz - CPFL (169.900 ações ordinárias). A variação ocorreu porqueda no valor das ações, de aproximadamente 10,45% em relação aoexercício anterior.

15. IMOBILIZADOSaldo em Saldo em

IMOBILIZADO 31/12/12 Adição Baixa 31/12/13

Equipamentosde informática 6.348 57 - 6.405Móveis e utensílios 6.018 105 (5) 6.118Instalações 32 - - 32Máquinas eequipamentos 355 - - 355Equipamentospara ambulatório 3 - - 3

12.756 162 (5) 12.913

Taxa deDEPRECIAÇÕES depreciACUMULADAS ação a.a%

Equipamentosde informática 20% (5.233) (527) - (5.760)Móveis e utensílios 10% (4.109) (436) 3 (4.542)Instalações 10% (17) (1) - (18)Máquinas eequipamentos 10% (341) (14) - (355)Equipamentospara ambulatório 10% (2) - - (2)

(9.702) (978) 3 (10.677)

IMOBILIZADO LÍQUIDO 3.054 1.140 (8) 2.236

16. INTANGÍVELSaldo em Saldo em31/12/12 Adição Baixa 31/12/13

Taxa dedepreci

ação a.a%Direitos de uso 8.854 961 - 9.815

Amortizaçõesacumuladas 20% (6.729) (949) - (7.678)

2.125 12 - 2.137

17. FORNECEDORES E PRESTADORES DE SERVIÇOS

2013 2012

Empreiteiros 157.718 153.845Prestadores de serviços 24.508 14.304Cauções e retenções contratuais 10.882 11.651Fornecedores 59 85

193.167 179.885

18. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS(a) Processos com probabilidade de perda provável:

2013 2012

Não circulanteCausas trabalhistas 65.509 47.676Causas cíveis 288.319 301.262INSS 22.805 22.206FNDE 2.471 2.406PIS/PASEP - COFINS 116.118 106.636Demais causas tributárias 10.398 12.643

Total 505.620 492.829

A Companhia, com base na posição de seus assessores jurídicos, estádiscutindo judicialmente a legitimidade de vários processos trabalhistas,fiscais e cíveis. A Companhia constitui provisão referente a processosjudiciais para os quais é provável que uma saída de recursos seja feitapara liquidar a obrigação e o valor possa ser razoavelmente estimado.Em caso de desfecho desfavorável dessas demandas, não são previstosônus adicionais que excedam os valores já provisionados.

Causas Trabalhistas: compreendem os processos trabalhistas movidoscontra a Companhia por ex-empregados, funcionários da Conesp e dasdiversas empresas que prestaram serviços na Companhia. Os valoresestão registrados a título de provisão, e são atualizados mensalmente deacordo com tabela do TRT.

Causas Cíveis: aproximadamente 95% compreendem os processos dediversas empreiteiras contra a Companhia, pleiteando o pagamentocorrespondente à diferença de correção monetária da conversão da moedapara o Plano Real, conforme orientação dos consultores jurídicos daCDHU. A partir do exercício de 2005, para os processos com condenaçãojudicial de Primeira Instância, os valores foram provisionadoscontemplando as verbas indenizatórias atualizadas de acordo com aTabela do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo; o restante refere-sea diversos processos condominiais e perdas e danos.

INSS/FNDE: visa assegurar o direito à compensação das parcelasindevidamente pagas a título de salário-educação. O valor estimado foiprovisionado sob a orientação dos consultores jurídicos e é atualizadomensalmente pela taxa Selic.

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULOC.N.P.J. 47.865.597/0001-09

Page 7: balanço patrimonial em 31/12/2013

quinta-feira, 26 de junho de 2014 Diário Ofi cial Empresarial São Paulo, 124 (117) – 11

continua...

Causas Tributárias: Utilizamos desde o exercício de 2003, a sistemática deinstituições financeiras para apuração e recolhimento das contribuiçõespara o PIS (0,65%) e para a Cofins (4%), considerando como base decálculo a somatória das receitas de Produção, Comercialização, Gestãode Crédito e das Receitas não Operacionais.Cabe salientar que, devido ao procedimento adotado acima mencionado,constituímos uma provisão de contingências de PIS e Cofins, de janeiro de2009 a dezembro de 2013, equivalente a R$16.215 mil e R$99.781 mil,respectivamente (valores atualizados até 31/12/2013, pela taxa Selic).Tal provisão foi constituída pela sistemática de apuração para o PIS e aCofins utilizada pelas Incorporadoras Imobiliárias com base na totalidadedas receitas auferidas, porém com utilização das alíquotas aplicáveis àsinstituições financeiras.Mantemos provisionados apenas os últimos 05 (cinco) anos, em virtude dadecisão pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), quejulgou inconstitucional o artigo de lei que autorizava a autarquia a apurar econstituir créditos pelo prazo de 10 anos, como consta nos incisos I e II doartigo 45 da Lei nº 8.212/91.Com a decisão da Corte Especial - por unanimidade - a retroatividade dascobranças do INSS fica limitada em cinco anos, de acordo com oestabelecido no Código Tributário Nacional (CTN).Demais Causas Tributárias: referem-se à ação cautelar, Seguro deAcidente do Trabalho (SAT), débito previdenciário junto ao INSS e,execuções fiscais relativas ao ISS e IPTU, também provisionados deacordo com orientações dos consultores jurídicos.Os valores são atualizados mensalmente pela tabela prática para cálculode atualização monetária dos débitos judiciais.

(b) Processos com probabilidade de perda possível

A Companhia é parte integrante em ações cíveis, as quais sãoconsideradas pela Administração como sendo possíveis de perda e quenão estão registradas contabilmente. O montante das contingênciaspassivas, classificadas como perda possível é de R$ 298.210 mil.

19. CONVÊNIOS A REPASSAR2013 2012

Companhia Paulistade Trens Metropolitanos - CPTM 54.535 53.714Desenvolvimento Rodoviário S/A - DERSA 603 564Programa de Arrendamento Residencial - PAR - 12.924Programa Vila Dignidade 20.029 24.399Programa Cidade Legal 34.920 17.120Programa São Paulo de Cara Nova 20.928 28.279Convênios CDHU X SH e SEDPD 2.736 1.958Programa Novo Começo - 2.993Auxilio Moradia Emergencial -AME 6.558 5.191Metrô - Linha 17 Ouro 7.790 4.434BID - Serra do Mar 1.359 318

149.458 151.894

CPTM: Convênio celebrado em dezembro de 2011, objetivando definirregras para o atendimento social e habitacional aos indivíduos ou famíliasvulneráveis atingidas pela reativação dos serviços ferroviários do trechoGrajaú à Varginha, linha 9 – Esmeralda.

DERSA: O convênio tem como objeto estabelecer as regras acerca dopagamento pela Dersa do valor das unidades habitacionais, viabilizadaspela CDHU por meio de empreendimentos ou pela concessão de cartas decrédito, bem como, da transferência pela CDHU, das respectivas unidadeshabitacionais às famílias cadastradas no programa de reassentamento dapopulação afetada pelas obras do Rodoanel desenvolvido pela Dersa.

PAR: Os contratos foram efetivados por instrumentos particulares devenda e compra de imóvel no âmbito do PAR – Programa de ArrendamentoResidencial, com pagamento único, celebrados entre a CDHU e o Fundo deArrendamento Residencial (FAR), representado pela Caixa EconômicaFederal (CEF), tendo por objeto os seguintes empreendimentos:• Raposo Tavares – quadra 33 lote 02 – 140 unidades; Raposo Tavares –quadra 33 lote 03 – 100 unidades; Residencial Cidade Líder - Itaquera 1A– 58 unidades e Residencial Arthur Alvim A –Itaquera 1B – 105 unidades.Em 2013 o montante foi transferido para a rubrica “projetos em fase dedesenvolvimento”, onde foram registrados os valores desembolsados comos custos dos empreendimentos.

VILA DIGNIDADE: O propósito do convênio visa a implementação doPrograma Vila Dignidade e tem por objeto a transferência de recursosfinanceiros da Secretaria da Habitação (SH) para CDHU, para que estaproceda à construção de moradias e áreas de convivência social,projetadas para pessoas idosas, em núcleos habitacionais horizontais, deacordo com o plano de trabalho aprovado pela Secretaria da Habitação.

CIDADE LEGAL: Convênio celebrado entre o Estado de São Paulo, porintermédio de sua Secretaria da Habitação e a Companhia deDesenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo – CDHU,tendo por objeto a transferência de recursos financeiros destinados àimplementação do Programa de Regularização de Núcleos Habitacionais.

SÃO PAULO DE CARA NOVA: O presente convênio tem por objeto atransferência de recursos financeiros do Estado para a CDHU, no âmbitodo Programa São Paulo de Cara Nova, na modalidade melhorias emconjuntos habitacionais da CDHU, para intervenções consistentes emobras de infraestrutura, obras de equipamentos sociais, ações derecuperação de áreas condominiais (recuperação de prédios e execuçãode portais), em diversos conjuntos habitacionais localizados nomunicípio de São Paulo.

CDHU X SH: Objetiva o repasse de recursos financeiros da Secretaria daHabitação (SH) para a CDHU, para implementação de diversos programas:• Provisão de moradias;• Urbanização de favelas e assentamentos precários;• Requalificação de moradias;• Regularização fundiária de interesse social;• Saneamento ambiental de mananciais de interesse regional e• Desenvolvimento institucional e social para habitação.

PROGRAMA NOVO COMEÇO: Instituído por meio do Decreto 55.432 de12 de fevereiro de 2010, o Programa “Novo Começo”, destinado àconcessão, para pessoas físicas, de benefícios eventuais, com oobjetivo de atender necessidades advindas de situações devulnerabilidade temporária, nos casos de emergência e calamidadepública, provocadas pelas intensas chuvas que incidiram de formaconcentrada, desde o final de 2009 sobre as áreas de diversosmunicípios do Estado de São Paulo, encerrado em 2013.

AUXÍLIO MORADIA EMERGENCIAL - AME: Instituído pelo Decreto nº55.334 de 11 de janeiro de 2010, posteriormente pelo Decreto 56.664 de 11de janeiro de 2011, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional eUrbano do Estado de São Paulo - CDHU, respeitadas as formalidadeslegais, ficou autorizada a celebrar convênios com municípios que tenhamdeclarado estado de calamidade pública, homologado por decreto doGovernador do Estado, após análise da Coordenadoria Estadual de DefesaCivil, visando à transferência de recursos para a concessão de benefícioeventual denominado auxílio-moradia emergencial.O auxílio-moradia emergencial corresponde ao valor mensal de R$ 300,00(trezentos reais) por família beneficiada, com prazo de vigência de 06meses, passível de renovação.

METRÔ – LINHA 17 -OURO: Convênio celebrado em janeiro de 2012,objetivando definir regras para o atendimento social e habitacional aosindivíduos ou famílias vulneráveis atingidas pelo empreendimento,linha 17 – Ouro.

20. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

2013 2012

Circu Longo Circu Longolante prazo Total lante prazo Total

CEF 3.977 34.132 38.109 3.970 38.059 42.029Banco do Brasil 11.158 15.614 26.772 18.858 24.842 43.700CEF - Pró-Moradia - 140.036 140.036 - 124.144 124.144

15.135 189.782 204.917 22.828 187.045 209.873

Os financiamentos com a Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco doBrasil estão garantidos por hipoteca, transferível a terceiros, e cessãofiduciária dos direitos decorrentes dos contratos de promessa de comprae venda das unidades habitacionais construídas com os recursos dosfinanciamentos. Sobre o financiamento com a CEF incide variação da UPRe juros de 3,8% a 7,6% ao ano, com vencimento final em 2029, e para oBanco do Brasil incide variação da UPR e juros 0,1% a 6% ao ano, comvencimento final em 2015.Foi celebrado contrato de financiamento e repasse junto à CaixaEconômica Federal, destinado à execução de obras, serviços, estudos eprojetos no Estado de São Paulo, no âmbito do Pró-Moradia (programa comações integradas e articuladas com outras políticas setoriais que resultemna melhoria da qualidade de vida da população de baixa renda). O valor do empréstimo é de R$ 350.000.000,00 (trezentos e cinquentamilhões de reais), sob a forma de financiamento concedido pela Caixa,lastreado em recursos do FGTS, repassados pelo agente operador e serádividido em 06 (seis) subcréditos. Sobre o saldo devedor dofinanciamento, inclusive no período de carência e até o vencimento dadívida, incidirão juros à taxa anual nominal de 5% ao ano, capitalizadosmensalmente e cobrados também mensalmente.Incidirá ainda a taxa de administração correspondente à taxa nominalanual de 1,3% ao ano, bem como, a taxa de risco correspondente à taxanominal de 1% ao ano, incidentes sobre o saldo devedor atualizado,durante toda vigência do contrato, a serem cobradas junto com os juros nafase de carência e com a prestação na fase de amortização.

21. FUNDO DE RECUPERAÇÃO RESIDUAL2013 2012

Fundo de Recuperação Residual - FRR 156.027 149.041

156.027 149.041

O Fundo de Recuperação Residual (FRR) tem a finalidade de cobrireventuais saldos contratuais apurados ao final dos prazos definanciamentos aos mutuários contratados até dezembro de 2006. Pordeliberação da Diretoria, por meio da RD nº 049 de 28 de novembro de2006, devido a mudanças de critérios no cálculo das prestações, noscontratos assinados a partir de janeiro de 2007, os mutuários nãosofrerão mais a cobrança do FRR em suas prestações, portanto,havendo algum resíduo contratual ao término do financiamento, o mesmoserá cobrado do mutuário.

22. FCVS A RECOLHER2013 2012

Fundo de compensaçãoe variação salarial (FCVS) 9.779 9.211

9.779 9.211

O Fundo de Compensação e Variação Salarial (FCVS) a recolher registra acontribuição trimestral de responsabilidade da Companhia, criada peloDecreto-Lei nº 2164/84, reclassificado para o longo prazo para melhoradequação contábil, visto que não se tem previsão de recolhimento.Com base na isenção prevista no artigo 12 da Lei nº 10.150, de 21 dedezembro de 2000, a Companhia, desde 1º de janeiro de 2001, não vemrecolhendo as contribuições trimestrais ao FCVS, apenas apurando suasbases de incidência, por exigência contida no manual do FCVS. Ascontribuições trimestrais devidas e não recolhidas ao FCVS referentes àscompetências compreendidas entre o 4º trimestre de 1986 e o 4º trimestrede 2000 foram atualizadas mensalmente pela variação da Taxa Referencial(TR), com acréscimo de juros de 0,5% ao mês.

23. OUTRAS EXIGIBILIDADES2013 2012

Circulante 37.410 23.817Não Circulante 37.365 30.012

74.775 53.829

Circulante: A principal variação ocorrida nessa rubrica, refere-se àprovisão de desapropriação do terreno Guarujá I, no valor de R$ 12.419mil, devidamente pago em 15/01/2014. Também estão provisionadasdiversas obrigações a pagar (água, luz, telefone, ajuda de custo, auxiliomoradia, etc.), de competência do exercício ora encerrado e que serãopagas em 2014.

Não circulante: Refere-se basicamente a parcela de amortização pagapelas famílias ocupantes dos imóveis em caráter de aluguel social,denominada taxa de concessão de uso (TCU).As famílias que atendam às exigências da Companhia poderão tornar-semutuários e, nessa ocasião os valores pagos pelas mesmas serãoabatidos do saldo devedor.

24. PATRIMÔNIO LÍQUIDO24.1. Capital socialO capital autorizado da Companhia em 31 de dezembro de 2013 é de R$11.350.000 mil.O aumento do capital subscrito até o limite do capital autorizado dar-se-ápor deliberação do Conselho de Administração, independentemente demodificações do Estatuto Social.

O capital subscrito e integralizado é representado por 14.013.054.316ações ordinárias e nominativas sem valor nominal (12.690.846.546 açõesem 2012).

25. COBERTURA DE SEGUROSA Companhia contratou seguros para proteção de seu patrimônio, deacordo com as características dos bens, a relevância e o valor dereposição dos ativos, e os riscos a que estejam expostos, observando-seos fundamentos de ordem legal, contratual e técnica. Os montantes sãoconsiderados suficientes pela Administração para a cobertura dos riscosenvolvidos.

26. INSTRUMENTOS FINANCEIROS E DERIVATIVOSEm 31 de dezembro de 2013 e 2012, a Companhia possuía instrumentosfinanceiros representados, substancialmente, por aplicações financeiras.Os valores desses instrumentos reconhecidos nos balanços patrimoniais,levantados naquelas datas, não divergem dos valores de mercado.Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a Companhia não possui operaçõesenvolvendo instrumentos financeiros derivativos.

27. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIALA posição, em 31 de dezembro de 2013, é a seguinte:

Imposto deContribuição Social R$ mil renda R$ mil

Saldo base de cálculo 1.362.192 Saldo prejuízo 1.362.192negativa em 31/12/09 fiscal em 31/12/09

Base de cálculo negativa 109.253 Prejuízo fiscal 109.253no exercício de 2010 exercício 2010

Saldo base de cálculo 1.471.445 Saldo prejuízo 1.471.445negativa em 31/12/10 fiscal em 31/12/10

Base de cálculo negativa 18.353 Prejuízo fiscal 18.353no exercício de 2011 exercício 2011

Saldo base de cálculo 1.489.798 Saldo prejuízo 1.489.798negativa em 31/12/11 fiscal em 31/12/11

Base de cálculo negativa 44.324 Prejuízo fiscal 44.324no exercício de 2012 exercício 2012

Saldo base de cálculo 1.534.122 Saldo prejuízo 1.534.122negativa em 31/12/12 fiscal em 31/12/12

Base de cálculo negativa 273.957 Prejuízo fiscal 273.957no exercício de 2013 exercício 2013

Saldo base de cálculo 1.808.079 Saldo prejuízo 1.808.079negativa em 31/12/13 fiscal em 31/12/13

Para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social sobreo lucro líquido, a Companhia optou pelo RTT, desde o exercício de 2009,que permite à pessoa jurídica eliminar os efeitos contábeis da Lei 11.638/07 e da MP 449/08, convertida na Lei 11.941/09, por meio de registros nolivro de apuração do lucro real – LALUR ou de controles auxiliares, semqualquer modificação da escrituração mercantil.A Companhia adota as mesmas práticas tributárias desde 2009, uma vezque o RTT passou a ser obrigatório e terá vigência até a entrada em vigorde lei que discipline os efeitos fiscais dos novos métodos contábeis,buscando a neutralidade tributária.

EVENTOS SUBSEQUENTESPara o exercício de 2014, já estão aprovados no Orçamento do Estadorecursos da ordem de R$850.245 mil, os quais serão destinados parainvestimentos em projetos habitacionais.

JOSÉ MILTON DALLARI SOARESDiretor-presidente

MARCOS RODRIGUES PENIDO AMÉRICO CALANDRIELLO JÚNIORDiretor Diretor

SOLANGE APARECIDA GUARACY FONTESMARQUES MONTEIRO FILHO

Diretora Diretor

MÁRIO KENJI MARUYAMATC CRC 1SP 127.707/O-5

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTESSOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Aos Acionistas e Administradores daCompanhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de SãoPaulo - CDHUSão Paulo – SP

Examinamos as demonstrações financeiras da Companhia deDesenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo – CDHU,que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2013 e asrespectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimôniolíquido, dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assimcomo o resumo das principais práticas contábeis e demais notasexplicativas.

RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO SOBRE AS DEMONS-TRAÇÕES FINANCEIRASA Administração da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbanodo Estado de São Paulo - CDHU é responsável pela elaboração e adequadaapresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com aspráticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que eladeterminou como necessários para permitir a elaboração dedemonstrações financeiras livres de distorção relevante, indepen-dentemente se causada por fraude ou erro.

RESPONSABILIDADE DOS AUDITORES INDEPENDENTESNossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essasdemonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida deacordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essasnormas requerem o cumprimento das exigências éticas pelos auditores eque a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obtersegurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres dedistorção relevante.Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados paraobtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentadosnas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionadosdependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos dedistorção relevante nas demonstrações financeiras, independentementese causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditorconsidera os controles internos relevantes para a elaboração e adequadaapresentação das demonstrações financeiras da entidade para planejar osprocedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, masnão para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULOC.N.P.J. 47.865.597/0001-09

Page 8: balanço patrimonial em 31/12/2013

12 – São Paulo, 124 (117) Diário Ofi cial Empresarial quinta-feira, 26 de junho de 2014

internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação daadequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade dasestimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação daapresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriadapara fundamentar nossa opinião.

OPINIÃOEm nossa opinião as demonstrações financeiras acima referidas, quandolidas em conjunto com as notas explicativas que as acompanham,apresentam adequadamente, em seus aspectos relevantes, a posiçãopatrimonial e financeira da Companhia de Desenvolvimento Habitacional eUrbano do Estado de São Paulo - CDHU, em 31 de dezembro de 2013, odesempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para oexercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeisadotadas no Brasil.

ÊNFASEO principal ativo da Companhia está concentrado na carteira definanciamentos aos mutuários, cujos valores a receber em 31 de dezembrode 2013, somando-se as prestações a receber no curto prazo, nomontante de R$1.186.218 mil, e o saldo no longo prazo registrado narubrica de devedores por vendas compromissadas no montante de R$4.848.623 mil, representam aproximadamente 56% do seu ativo total. Háfatos relevantes relacionados à sua atividade operacional que refletem aincerteza na realização desse ativo, como descrevemos a seguir:a. Restrições legais que garantem aos mutuários o não comprometimentoda sua renda familiar, além de determinado teto na amortização de suasprestações (vide nota explicativa nº 8.1).b. Adoção de diferentes políticas de subsídios ao longo dos anos (videnota explicativa nº 8.2). Vale ressaltar que somente em 2013 os subsídiosconcedidos sobre as prestações de curto prazo foram da ordem de R$255.918 mil e que, mesmo com esse benefício, os níveis de inadimplênciasituam-se na faixa de 17% do total das parcelas a receber no curto prazoem 31 de dezembro de 2013 (vide nota explicativa nº 8.3).A Administração e seus assessores jurídicos entendem que esses ativossão recuperáveis e estão garantidos, portanto nenhuma provisão foiconstituída.

OUTROS ASSUNTOSAuditoria dos valores referentes ao exercício anteriorOs valores correspondentes ao exercício findo em 31/12/2012,apresentados para fins de comparação foram anteriormente por nósauditados e emitimos relatório, datado de 18 de junho de 2013, com ênfasesemelhante a aqui apresentada e sem modificação na opinião.

São Paulo, 07 de abril de 2014.

MACIEL AUDITORES S/S2 CRC RS – 005460/0-O – “S” – SP

ROGER MACIEL DE OLIVEIRA1CRC RS – 71.505/O-3– “S” - SP

Responsável Técnico

ROSANGELA PEREIRA PEIXOTO1CRC RS – 65.932/O-7– “S” - SP

Responsável Técnica

continua...

PARECER DO CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal da Companhia de Desenvolvimento Habitacional eUrbano do Estado de São Paulo – CDHU, que este subscreve, emcumprimento às determinações legais e estatutárias, examinou asDemonstrações Financeiras da Companhia relativas ao exercício social de2013, constituídas de Balanço Patrimonial, Resultado do Exercício,Mutações do Patrimônio Líquido e Fluxo de Caixa. Louvando-se ainda, nosexames que procedeu frente aos documentos apresentados ao longo doexercício, nos esclarecimentos da Diretoria e no Parecer dos AuditoresIndependentes, deliberou que as referidas Demonstraçõescomplementadas pelas “Notas Explicativas”, estão em condições deserem submetidas à apreciação da Assembléia Geral Ordinária.

São Paulo, 09 de abril de 2014.

CLAUDIA POLTO DA CUNHA - TZUNG SHEI UE

ENIO MARRANO LOPES

SILVIO FRANÇA TORRES JOÃO CARLOS DE SOUZA MEIRELLESPresidente Conselheiro

JOSÉ SALLES DOS SANTOS CRUZ JOÃO PAULO DE JESUS LOPESConselheiro Conselheiro

JOÃO VICENTE FERREIRA TELLES GUARIBAConselheiro

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE2013

1. MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO(GRI 1.1; 1.2)1.1. MENSAGEM DO PRESIDENTEA apresentação do quinto Relatório Anual de Sustentabilidade - GRI –Global Reporting Initiative da CDHU - Companhia de DesenvolvimentoHabitacional e Urbano é o resultado da conduta determinada de suaDireção com relação à adoção dos princípios da sustentabilidadeaplicados à política pública de habitação social no Estado de São Paulo.Ressalta-se a responsabilidade de suas ações com a execução de obrase conjuntos habitacionais que efetivamente atendem a parcela maisvulnerável da população paulista, minimizando impactos ambientais epotencializando o uso sustentável do território.Foram valorizados os atendimentos às famílias em áreas de risco, comprojetos de reassentamento, urbanização de favelas e apoio às obraspúblicas. Nessa perspectiva, a CDHU tem assumido seu papel de agentede desenvolvimento social que, além de construir casas e oferecerestrutura urbana, promove a vida comunitária e estimula a geração deemprego e renda para a sociedade.Na condição de gestora de recursos públicos, a CDHU cumpre comeficiência o papel de agente financeiro na área de habitação, com políticasque respeitam a capacidade de pagamento das famílias e, ao mesmotempo, recuperam os recursos para novos investimentos, com eficácia esustentabilidade.Em 2013, revigoramos iniciativas de ações pós-obras, a exemplo dacontratação inovadora da gestão condominial, melhoria da qualidade dasáreas comuns e atividades de capacitação e acompanhamento dasfamílias beneficiadas, reforçando o conhecimento técnico e experiência da

equipe interna no tocante às questões sociais da habitação. Do mesmomodo, a qualidade dos projetos arquitetônicos e urbanísticos prosseguecom a incorporação crescente de dispositivos de racionalidadeconstrutiva, economia de recursos hídricos e energéticos e respeito àsnormas de qualidade, acessibilidade e habitabilidade.Na cooperação com os municípios, firmamos compromissos por meio deconvênios para a construção de obras com parcerias eficientes eduradouras, assumindo-se também a responsabilidade de articulação dasações da política habitacional com os demais setores de saneamento,recursos hídricos, mobilidade urbana e planejamento territorial.Tudo isso, acompanhado de melhorias nos processos de gestão interna daCompanhia, que tem seguido diretrizes reconhecidas internacionalmentepara guiar sua atuação e suas decisões corporativas.Neste contexto, é com grande satisfação que divulgamos, ao público emgeral e aos clientes da política pública de habitação social, os resultadose avanços alcançados no ano de 2013, bem como as perspectivas para osanos futuros.

José Milton Dallari SoaresDiretor Presidente

2. CARACTERÍSTICAS DO RELATÓRIO(GRI 3.1; 3.2; 3.3; 3.4; 3.5; 3.6; 3.7; 3.8; 3.9; 3.13)Este é o quinto ano consecutivo em que a Companhia de DesenvolvimentoHabitacional e Urbano (CDHU) do Estado de São Paulo publica seu relatóriode sustentabilidade com base na metodologia GRI (Global ReportingInitiative).O conteúdo continua destacando as principais práticas adotadas pelaempresa, alinhadas com o planejamento estratégico da atual gestão eseus respectivos resultados nos aspectos econômico, social e ambientalcompreendidos entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2013.Os indicadores GRI são apresentados ao longo do texto; os dadosinseridos foram baseados em levantamentos periódicos realizados pelasdiferentes áreas da CDHU e da Secretaria da Habitação, órgão ao qual aCDHU é vinculada.Com o objetivo de observar a continuidade das ações e os resultados daempresa, também foram considerados os dados e levantamentosrealizados para os relatórios anteriores, muitas vezes utilizados comobase de comparação para avaliação e análise.Foram respondidos 46 indicadores, onde atingimos o nível B+ deaplicação.Eventuais comentários ou esclarecimentos sobre este relatório podem serenviados para [email protected] os próximos relatórios de sustentabilidade, a CDHU reforça seucompromisso de ampliar a descrição de seus processos e ferramentas degestão.

3. PARTICIPAÇÃO NA POLÍTICA HABITACIONAL(GRI 2.2; 4.12; 4.13; 4.14, 4.15; 4.16; 4.17; SO5)A política de habitação do governo de São Paulo avançou nos últimos anoscom base em uma estrutura institucional que a conecta com as diretrizesfederais do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS) e,na escala regional, com agentes municipais, entidades promotoras,movimentos sociais e setor produtivo. A Secretaria da Habitação (SH)conta com o Conselho Estadual de Habitação (CEH), de caráter consultivo,que promove a discussão da política estadual de habitação e omonitoramento de sua ação, com a participação dos segmentos dasociedade civil organizada envolvidos com a habitação social. ACompanhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e a AgênciaPaulista de Habitação Social (Casa Paulista) são os agentes,respectivamente, técnico e de fomento dos programas da Secretaria daHabitação.

Como uma sociedade de economia mista diretamente vinculada àSecretaria da Habitação, a CDHU participa da concepção e implantação dediretrizes estratégicas, atuando na consecução das políticas públicasestaduais voltadas para habitação de interesse social. Para garantir aarticulação entre as diversas esferas governamentais, a Companhiaparticipa da política federal por meio, por exemplo, de parcerias com oPrograma de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Fundo Nacional deHabitação de Interesse Social (FNHIS), e também apoia municípios emsuas políticas locais, promovendo a capacitação de suas equipes para aviabilização de programas habitacionais e parcerias.É importante ressaltar que o conjunto de propostas estaduais para aConferência Nacional das Cidades foi debatido e aprovado pela CâmaraTécnica de Planejamento do CEH (CT-PLAN), em agosto de 2013, e,posteriormente, encaminhado à 5ª Conferência Estadual das Cidades - SP,realizada em setembro no Memorial da América Latina. Com deliberação doplenário da Conferência, as propostas compuseram a pauta do Estado deSão Paulo na Conferência Nacional e caracterizam-se como umaimportante contribuição da CDHU no objetivo de qualificar e ampliar asrelações institucionais no setor. A assessoria técnica da Companhiatambém promoveu a sistematização das propostas advindas dasConferências Municipais e a elaboração do relato final das propostas daConferência Estadual das Cidades.Além disso, a CDHU participa do Sistema Nacional de Habitação por meiode representação técnica na Associação Brasileira de Cohabs (ABC) quereúne as companhias de habitação popular do Brasil e se faz representarno Conselho Nacional das Cidades (ConCidades). O presidente da CDHUparticipou em 2013 dos fóruns e eventos da ABC, como representante dosetor Sudeste (RJ/SP/MG/ES), eleito em 2011 e reconduzido em 2012,com o objetivo de fortalecer as possibilidades de parcerias entre ascompanhias de habitação e o governo federal. Essa união de esforçospermitiu obter avanços nos interesses dos Estados e das Cohabs,aumentando a participação e a responsabilidade das entidades regionais elocais na produção de habitação social.A atuação da CDHU, bem como a aplicação de recursos para reduzir ascarências habitacionais do Estado, é orientada pelo Plano Estadual deHabitação (PEHSP) 2012-2023, finalizado em 2011. Previsto pela LeiEstadual nº 12.801/08 e pelo Decreto Estadual nº 53.823/08, esse plano

atende às diretrizes do SNHIS e constitui um importante instrumentoarticulador das ações do setor no âmbito do território do Estado de SãoPaulo. Os indicadores fornecem bases para a integração dos planos locaisde habitação com os de desenvolvimento regional, servindo ainda comoreferências para a implantação de programas e políticas habitacionais.Durante 2013, a CDHU, enquanto agente técnico vinculado à Secretaria daHabitação, acompanhou e monitorou a execução do Plano Estadual deHabitação de forma integrada com o acompanhamento do Plano Plurianualde Investimentos – PPA 2012-2015.Para que seja possível minimizar as necessidades habitacionais maisprementes no Estado e encontrar soluções inovadoras e duráveis, aSecretaria da Habitação e a CDHU seguem as diretrizes do PPA 2012-2015, aprovado pela Lei Estadual nº 14.676/2011 e que estabeleceobjetivos, indicadores, valores e metas da Administração Estadual para operíodo.O plano prevê a articulação de ações em parceria com municípios,entidades associativas, governo federal e iniciativa privada, com atençãoespecial às Regiões Metropolitanas. O PPA 2012-2015 inclui açõestécnicas, legais, institucionais e administrativas que, de acordo com asdiretrizes do Plano Estadual, têm se desenvolvido por meio das seguinteslinhas programáticas:1. Recuperação Urbana de Assentamentos Precários;2. Provisão de Moradia;3. Requalificação Urbana e Habitacional;4. Regularização Fundiária;5. Assistência Técnica e Desenvolvimento Institucional.Em 2013, a CDHU elaborou seu Planejamento Estratégico Institucional,iniciado no final de 2012, apontando diretrizes gerais e ações prioritárias apartir das cinco linhas programáticas estabelecidas no PPA 2012-2015. Otrabalho envolveu, em um primeiro momento, o grupo de lideranças daCompanhia e contou com o apoio de consultoria externa. A visão, objetivosestratégicos, diretrizes e ações foram elaborados a partir doMacroproblema da Habitação de Interesse Social do Estado de São Paulo,identificado pelo Grupo: “elevado e desigual déficit habitacional deinteresse social do Estado com a dificuldade de associação das políticashabitacionais ao desenvolvimento urbano e inclusão social”.Foram iniciadas ações prioritárias com a formação de novos grupos para odesenvolvimento de planos de trabalho específicos. A proposta doPlanejamento Estratégico da CDHU consiste em um processo demonitoramento e avaliação contínuo, de forma a implantar e revisarperiodicamente as ações propostas.Prosseguiram também em 2013 os trabalhos para estruturação do SIHAB(Sistema de Informações Habitacionais), com três módulos municipais:Sistema de Beneficiados, Sistema de Demanda e SIHAB-Município – queespacializa os assentamentos precários, a oferta habitacional e demaisinformações de interesse, integrando-as aos sistemas anteriores e aoSIHAB-Metrópole. Trata-se de importante instrumento de planejamentoregional e gestão habitacional que estabelece procedimentospadronizados de identificação da demanda para os diferentes programashabitacionais de interesse social, nos três níveis de governo, e permiteaos gestores públicos o compartilhamento de informações indispensáveisà focalização das ações.Ainda nesta linha, a Secretaria de Habitação e a CDHU contam com o apoiotécnico da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano)para dar suporte ao planejamento e à gestão municipal e regional para odesenvolvimento habitacional nos 106 municípios das quatro regiõesmetropolitanas paulistas que concentram os mais significativos desafioshabitacionais no Estado, marcados pelo porte, intensidade e complexidadesocial, urbana e ambiental.

4. PERFIL ORGANIZACIONAL(GRI 2.1; 2.2; 2.3; 2.5; 2.7; 2.8)A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) doEstado de São Paulo, empresa do governo estadual vinculada à Secretariada Habitação, configurou-se a partir de 1990 como o mais expressivoagente promotor de habitação de interesse social no Brasil e uma dasmaiores companhias habitacionais da América Latina. Com sede na cidadede São Paulo, empregava 682 pessoas diretamente em dezembro de 2013,contando com nove Escritórios Regionais, onze Núcleos de AtendimentoHabitacional e quatro Postos de Atendimento no interior do Estado, alémde dois Núcleos Regionais na capital paulista e Região Metropolitana.O principal objetivo da Companhia é executar programas habitacionais noEstado de São Paulo, voltados para o atendimento da população de baixarenda, concentrada na faixa de um a três salários mínimos. Vale ressaltarque ações como a Atuação em Favelas e Áreas de Risco extrapolam asimples provisão de moradias e destacam-se em um processo derenovação urbana.Criada em 1949 como uma autarquia, a Caixa Estadual de Casas para oPovo (Cecap) passou a atuar, a partir de 1964, como agente promotor naprodução e comercialização de habitações, com recursos do BNH. Em1975, foi fundada a empresa de economia mista Companhia Estadual deCasas Populares (Cecap), que teve as seguintes denominações:Codespaulo (1981) e CDH, em 1983, quando se vincula à recém-criadaSecretaria Executiva de Habitação. Em 1987, a Secretaria Executivatransformou-se na Secretaria Estadual da Habitação, e, no ano seguinte,a CDH passou a ter sua denominação atual, Companhia deDesenvolvimento Habitacional e Urbano.Desde sua criação até dezembro de 2013, a empresa construiu ecomercializou por volta de 496 mil habitações, em 636 municípios,atingindo 98% do número de municípios do Estado.Mais informações sobre o histórico da Companhia, bem como a Lei deCriação e seu Estatuto, estão presentes no website (www.cdhu.sp.gov.br).

4.1. Capital Social(GRI 2.6; 2.8; 4.1; 4.2; 4.3)A CDHU é uma sociedade de economia mista, cuja participação dogoverno do Estado de São Paulo representa 99,9% e cujo capital totalsubscrito somava mais de dez bilhões de reais (R$ 10.722.799.640,00)em dezembro de 2013.A empresa é regida por um corpo diretivo constituído por Presidência ecinco Diretorias: Administrativo-Financeira, de Planejamento eFomento, de Atendimento Habitacional, Técnica e de AssuntosJurídicos e de Regularização Fundiária, às quais se subordinamsuperintendências e gerências, com funções específicas relacionadasàs suas áreas de atuação.

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULOC.N.P.J. 47.865.597/0001-09

Page 9: balanço patrimonial em 31/12/2013

quinta-feira, 26 de junho de 2014 Diário Ofi cial Empresarial São Paulo, 124 (117) – 13

continua...

4.2. Principais ExecutivosCompunham, em dezembro de 2013, o corpo diretivo da CDHU osseguintes executivos:Presidência: José Milton Dallari SoaresDiretoria Administrativo-Financeira: José Milton Dallari SoaresDiretoria de Atendimento Habitacional: Guaracy Fontes Monteiro FilhoDiretoria de Planejamento e Fomento: Américo Calandriello JúniorDiretoria Técnica: Marcos Rodrigues PenidoDiretoria de Assuntos Jurídicos e de Regularização Fundiária: SolangeAparecida Marques

4.3. Compromissos da OrganizaçãoA CDHU acredita que uma atuação responsável deve ser acompanhada porum direcionamento claro e formal em suas atividades diárias, garantindoque seus posicionamentos e suas políticas estejam de acordo com osmais altos padrões internacionais. Com base nas diretrizes traçadas pelaSecretaria da Habitação, promove uma política de qualidade esustentabilidade por meio de ações estruturadas em quatro eixos:reversão do passivo, sustentabilidade do produto, proatividade eparcerias externas, e desenvolvimento institucional. Assim, a Companhiaassume os compromissos que norteiam o relacionamento com seusdiversos públicos.

4.3.1. Direitos Humanos(HR1; HR2; HR3; HR4; HR6; HR7; HR8; HR11)A CDHU reconhece e apoia os direitos humanos como parte de seusvalores organizacionais. Apesar de não identificar operações efornecedores com risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ouanálogo ao escravo, a empresa reforça uma atuação responsável em suacadeia produtiva ao inserir cláusulas relacionadas ao tema em todos oscontratos voltados à execução de obras e serviços de engenharia,visando à implantação de empreendimentos habitacionais e à manutençãoou reforma de edificações.Em 2013, foram firmados 116 contratos nessas categorias, incluindocláusulas que coíbem o trabalho infantil, a prestação de serviço emdescompasso com as normas relativas à segurança e à medicina dotrabalho, as práticas discriminatórias que visam impedir admissão oupermanência da mulher ou homem no emprego, as práticas maculadoras doexercício do direito à maternidade e o preconceito de qualquer natureza(raça, cor, sexo ou estado civil).Empresas que possuam débitos inadimplentes perante a Justiça doTrabalho não podem ser contratadas pela Companhia, que obriga, por meiodos contratos, que seus fornecedores atendam às seguintes exigências:- Cumprir e fazer cumprir, por todos no canteiro de obras, os regulamentosdisciplinares de segurança e de higiene existentes no local de trabalho, asexigências emanadas da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes(Cipa) e o disposto nas leis trabalhistas, incluindo as normasregulamentadoras relativas à segurança e à medicina do trabalho;- Propiciar a seus empregados condições adequadas para o perfeitodesenvolvimento dos serviços, fornecendo-lhes os equipamentos e osmateriais necessários ao bom desempenho e ao controle de suas tarefas.Na área de segurança, a empresa conta apenas com profissionaisterceirizados, totalizando 727 em dezembro de 2013. Todos eles foramtreinados de acordo com as políticas da organização quanto aosprocedimentos específicos relativos a questões de direitos humanos e suaaplicação na segurança. Na área de vigilância, a CDHU exige, por contrato,que seja comprovada a periodicidade e a realização do curso de formaçãotécnica específica para a categoria.A empresa também capacita seu corpo funcional para respeitar, acolher evalorizar a diversidade dos públicos com os quais se relaciona. Em 2013,foram realizadas atividades de valorização da mulher e da diversidadeétnico-racial, incluindo palestras sobre os temas.A valorização da diversidade e o respeito aos direitos humanos tambémfazem parte do treinamento de integração dos colaboradores e doPrograma de Capacitação Profissional do Adolescente. Em 2013, foramtreinados 686 colaboradores1, o que representa todo o quadro funcional,em políticas e procedimentos da organização relativos a questões dedireitos humanos, totalizando 1.378 horas de atividades. Percebe-se umaumento expressivo em relação ao ano anterior, quando essestreinamentos somaram 146 horas, atingindo 73 colaboradores. Talincremento deve-se principalmente à realização de curso obrigatório atodos os empregados sobre condutas adequadas para se evitar o assédiomoral e sexual no ambiente de trabalho.

Além disso, em 2013, outras ações voltadas à valorização da diversidadee ao respeito aos direitos humanos foram viabilizadas pela área de Gestãode Pessoas, sob a marca “CDHU Diversidade - Diferenças são riquezas”,com destaque para palestras sobre programas habitacionais daCompanhia destinados às populações indígenas e quilombolas, atividadesde valorização das competências do gênero feminino e exibiçõesperiódicas de filmes com temáticas relacionadas aos direitos humanos e àcidadania.Não existe um canal formal para denúncias relacionadas a direitoshumanos na empresa. O Núcleo de Atendimento Social trata os casos quechegam ao conhecimento da área de Gestão de Pessoas, orientando osenvolvidos na busca de soluções. Para os casos mais relevantes sãoinstaurados processos ou elaborados relatórios internos, nos quais sãoregistrados os encaminhamentos, com acompanhamento do procedimentoaté o resultado final da apuração e notificação das instâncias superiores.Em 2013, não houve denúncia de assédio sexual e ocorreu umareclamação trabalhista de assédio moral, julgada improcedente pelaJustiça do Trabalho.

4.3.2. Meio Ambiente(EC2; EC8; EN26)A produção de empreendimentos habitacionais e as obras de urbanizaçãogeram impactos consideráveis na paisagem urbana e no meio ambiente.Por isso, a Secretaria da Habitação do Estado de São Paulo (SH) e a CDHUelaboraram uma agenda ambiental para a habitação, que deu origem a umconjunto de iniciativas em diversas áreas, incluindo o alinhamento daspolíticas ambiental e habitacional e a otimização do uso dos recursosnaturais na construção civil.Alguns dos principais compromissos assumidos pela CDHU sob esseaspecto são:- Promover o uso racional dos recursos naturais e selecionar materiaisadequados ao ambiente;- Minimizar a geração de resíduos de obras;- Adotar a concepção de espaços e instalações prediais flexíveis parareformas futuras, sempre que possível;- Adotar soluções arquitetônicas que favoreçam a iluminação e aventilação natural;- Utilizar energia proveniente de fontes renováveis;- Preservar a vegetação;- Promover a arborização urbana;- Regulamentar e tornar mais ágeis os trâmites de licenciamento ambiental.Considerando essas diretrizes, a CDHU participa da Política de MudançasClimáticas (PEMC), instituída pelo governo do Estado de São Paulo, como objetivo principal de estabelecer seu compromisso diante dos desafiosglobais relacionados ao clima, dispondo sobre as condições paraadaptações necessárias aos impactos derivados das mudançasclimáticas e buscando contribuir para a redução da concentração dosgases de efeito estufa na atmosfera, por meio das seguintes ações:

- Programa Estadual de Construção Civil Sustentável;- Plano de Ação Setorial;- Plano Estratégico para Ações Emergenciais e Mapeamento de Áreas deRisco.A CDHU atua na remoção e no reassentamento de famílias e na ordenaçãoe na consolidação de muitas áreas invadidas e ocupadas ilegalmente porparcelas carentes da população e caracterizadas como de proteçãoambiental, risco ambiental ou grande biodiversidade.Por meio da parceria com o Conselho Brasileiro de ConstruçãoSustentável, a CDHU também participa das seguintes iniciativas:- Sustainable Buildings and Climate Initiative (SBCI): iniciativa doPrograma das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) com oobjetivo de unir os atores do setor de construção civil e da indústria,empresários, governos, institutos de pesquisa, academia e terceiro setorpara discutir e criar planos de ação para minimizar os impactos ambientaisdo setor;- Sustainable Urban Social Housing Initiative (Sushi): iniciativa doPnuma no contexto da SBCI para, junto com os parceiros, desenvolvermetodologias e ferramentas para minimizar impactos ambientais e buscara sustentabilidade na construção de habitação social urbana em paísesem desenvolvimento. O projeto trabalha com dois cenários de análise:Brasil (Estado de São Paulo/SH-CDHU) e Tailândia (Bangcoc).Mais informações sobre a participação da CDHU no Projeto Sushi podemser encontradas nos endereços eletrônicos: http://www.cbcs.org.br/sushi/projeto_sushi.html e http://www.unep.org/sustainablesocialhousing/why_sushi/project_bg.asp.Em 2013, no âmbito do Qualihab (veja informações no item 5.2.2),iniciaram-se as atividades de cooperação com a Associação Brasileirapara Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon),que inclui ações para qualificação de agregados reciclados e paragerenciamento de resíduos de obras e de demolição (triagem, descarte,transporte e destinação), critérios para reuso de materiais reciclados eorientação sobre a britagem de materiais para reciclagem.

4.3.3. Responsabilidade Empresarial(GRI 4.4; SO4; SO7)A CDHU mantém diretrizes formais com o objetivo de prevenir e monitorarcasos de corrupção relacionados ao seu negócio. Nesse contexto, aCompanhia possui canais para recebimento de denúncias (Ouvidoria) e éfiscalizada pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, pelo MinistérioPúblico Estadual e pela Corregedoria Geral da Administração do Governodo Estado, por meio da sua Setorial Habitação. Qualquer denúnciaeventualmente recebida é investigada mediante instauração de comissãode sindicância específica para esse fim, que apura a veracidade e apropriedade da denúncia, indicando responsáveis e eventuais prejuízos.No caso de contratos julgados irregulares pelo Tribunal de Contas doEstado, a Companhia possui uma comissão de apuração preliminar e,posteriormente, se for o caso, é constituída uma comissão de sindicânciaque, quando detectada a existência de danos e responsáveis, aplica aspenalidades às partes envolvidas, nos termos da lei, encaminhando seusrelatórios e documentos para o Tribunal de Contas e o Ministério Público.Durante o ano de 2013, dentre os casos apurados pela Comissão deApuração Preliminar (CAP) não houve nenhum caso de corrupçãorelacionado à CDHU e, portanto, não houve nenhuma ocorrência depunição ou demissão de empregados ou de interrupção de contratos comparceiros comerciais em decorrência de violações sob esse aspecto.

• Multas e Sanções(SO8; EN28)Por meio de um intenso trabalho para garantir o cumprimento das diversasdiretrizes legais relacionadas ao desenvolvimento das atividades daCompanhia, a execução da multa referente ao empreendimento PresidenteVenceslau E2, reportada em 2013, foi objeto de negociação com oMinistério Público, resultando em um Acordo Homologado Judicialmentepara a finalização das obras, que ocorrerá no início de 2014.Com relação à multa diária de R$ 3 mil referente ao descumprimento doprazo de dois anos para regularização do empreendimento Hortolândia A,como relatado em 2012, a penalidade continua não sendo executada emrazão do grande trabalho realizado pela Companhia na região, que promovea melhoria da qualidade de vida da população local.Em 2013, a CDHU foi citada em ação civil pública, por inobservância de leise regulamentos ambientais com relação ao empreendimento Marília T,apesar do mesmo ter sido executado em regime de empreitada integral emgleba adquirida pela Companhia após o parcelamento e encontrar-sedevidamente averbado junto ao Cartório de Imóveis. O processo, emandamento, está sendo avaliado pelo IBAMA e Ministério Público Federalquanto à eventual possibilidade de compensação ambiental.Em 2013, a CDHU conseguiu recuperar o valor de R$ 1.096.139,66 queestava depositado em juízo, como garantia da execução da multareferente ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com oMinistério Público Estadual para a regularização do EmpreendimentoItaquera B, tendo em vista a obtenção do parcelamento do solo da áreaem questão.

4.4. Público Atendido(GRI 2.7)A carência habitacional urbana é um dos maiores desafios do governo doEstado de São Paulo. O último censo demográfico identificou que oterritório paulista agrega 41,2 milhões de habitantes (Fonte: IBGE, Censo2010), distribuídos em cerca de 14 milhões de domicílios.O Plano Estadual de Habitação do Estado de São Paulo, elaborado para operíodo 2012-2023, considerou as necessidades habitacionais deinteresse social, classificadas como déficit e inadequação habitacional,sendo 1,16 milhões de domicílios correspondentes ao déficit(necessidades de novas unidades habitacionais) e 3,19 milhões para asinadequações (unidades que não necessitam ser repostas, mas queprecisam de ações de regularização e/ou de infraestrutura).A CDHU tem o objetivo de oferecer habitação e melhorias urbanas visandoproporcionar mais qualidade de vida às famílias com renda de um a dezsalários mínimos residentes no Estado de São Paulo. O órgão já atendeucerca de dois milhões de pessoas, por meio de seus projetos de habitaçãopopular, urbanização de favelas e regularização de áreas. Em dezembro de2013, foram contabilizadas outras 32,4 mil unidades habitacionais emobras, às quais se somavam 5.070 domicílios a serem beneficiados porobras de urbanização de favelas promovidas pela Companhia de acordocom o Relatório das Ações SH/CDHU-Exercício 2013.A CDHU tem direcionado seus esforços, desde o início de sua atuação,para atender famílias que recebem mensalmente até três salários mínimos,pois esse público representa uma das demandas mais prementes dasociedade. Das 51,4 mil unidades habitacionais comercializadas pelaCompanhia no período de 2007 a 2011, 90,5% destinaram-se a famíliascom esse tipo de rendimentos, proporção reafirmada nas 20,9 mil unidadescomercializadas nos exercícios de 2012 e 2013, totalizando 89,2% defamílias neste perfil.Seguindo as mesmas diretrizes, o direcionamento das ações daCompanhia em 2013 buscou a regularização fundiária e as melhoriashabitacionais e urbanas de conjuntos habitacionais entregues em períodosanteriores, somadas às ações de urbanização de favelas ereassentamento habitacional, com destaque para o apoio às obraspúblicas de ampliação da infraestrutura urbana, como metrô, linhas daCPTM, Rodoanel com o corredor viário Jacu-Pêssego, e Parque Várzeasdo Tietê, na Região Metropolitana de São Paulo.

4.5. Atuação Geográfica(GRI 2.3; 2.5; 2.8)A CDHU é atuante em todo o Estado de São Paulo, com área total de248.000 km², que abriga 645 municípios. A Companhia aloca esforços nasaglomerações e nos centros urbanos do Estado e, especialmente, nasquatro regiões metropolitanas: da Baixada Santista (nove municípios), deCampinas (19 municípios), São Paulo (39 municípios) e do Vale do Paraíbae Litoral Norte (39 municípios), que somam 68% do déficit habitacional doEstado e 67% das moradias em condições inadequadas.

Os municípios interessados em atendimento para construção de unidadeshabitacionais encaminham seus pleitos à Secretaria da Habitação,responsável no âmbito do Sistema Estadual pela definição dasautorizações para as quais a CDHU oferece suporte com as informações eanálises técnicas pertinentes, considerando as avaliações dasnecessidades e carências habitacionais das regiões e dos municípiospaulistas de acordo com os estudos do Plano Estadual de Habitação,dentre outros.Os atendimentos habitacionais realizados em 2013 abrangem todas asregiões do Estado, sendo expressiva a incidência nas RegiõesMetropolitanas (RMs), com mais de 40% do total de unidades entregues noperíodo. Verificam-se proporções semelhantes nas unidades em obra,somando empreendimentos habitacionais e obras de urbanização defavelas, conforme quadro a seguir.

Atendimentos – entregues e canteiro - 2013

4.6. Relacionamento com as Partes Interessadas(GRI 4.12; 4.13; 4.14; 4.15; 4.16; 4.17)Ao estabelecer uma relação de transparência, a CDHU considera asespecificidades das demandas na construção de um diálogo permanentecom seu público estratégico, atuando de modo articulado com todos ossegmentos com os quais se relaciona, promovendo ações de diálogo einteração entre eles. Seu público estratégico é representado por diversosórgãos do governo, mutuários (clientes), funcionários, entidades dasociedade civil organizada, mídia, formadores de opinião e fornecedores.

4.6.1. Órgãos do GovernoEspecialmente por se tratar de uma instituição que aplica recursospúblicos, a CDHU mantém um relacionamento constante com as diversasesferas de governo, por meio de parcerias com o governo federal, comoutros órgãos do governo estadual e os governos municipais.Mereceram destaque em 2013 as parcerias internacionais de cooperaçãoe apoio técnico. Foi assinado Protocolo de Cooperação entre a CDHU e oGoverno de Angola para cooperação técnica nas ações de habitaçãosocial, em especial nos programas de construção de moradias ereassentamento de favelas. A primeira missão ocorreu em dezembro de2013 envolvendo cinco gestores da Companhia em visita e participação deseminário e workshops na Cidade de Luanda.Além disso, a Secretaria de Estado da Habitação e o Ministério deDesenvolvimento Urbano e Construção da República Federal Democráticada Etiópia assinaram, em 10 de dezembro de 2013, Protocolo de Intençõesno setor técnico para cooperação na área de habitação social,estabelecendo uma relação de diálogo nas áreas relacionadas à habitaçãosocial, construção e sustentabilidade, planejamento e desenvolvimentourbano, políticas sociais e modelos de Parcerias Público-Privadas (PPPs).

4.6.2. Ministério Público e Defensoria PúblicaA Gerência de Assuntos do Ministério Público e da Defensoria Pública daDiretoria Jurídica tem como atribuição promover maior interação entre aCDHU, o Ministério Público e a Defensoria Pública, na busca de soluçõespara questões jurídicas, viabilizando Termos de Ajustamento de Conduta(TACs) e outros acordos referentes a conflitos e controvérsias entre aCDHU e esses órgãos. Com a atuação dessa gerência, a relação entre aspartes tornou-se ainda mais transparente e eficiente.

4.6.3. Entidades OrganizadasA CDHU deu continuidade, em 2013, ao programa Parceria comAssociações e Cooperativas Habitacionais – Gestão Compartilhada, que,a partir de seleção por edital público, apoia as instituições civis(associações, sindicatos ou cooperativas) atuantes no setor de habitaçãode interesse social por meio da incorporação imobiliária e do apoio técnicopara execução dos empreendimentos.

4.6.4. Beneficiários(PR5)A CDHU mantém uma relação direta com as famílias que estão sendoatendidas pelas políticas habitacionais em todos os municípios paulistas.Promove ações de relacionamento com os beneficiários como eventos nomomento de sorteio e entrega de empreendimentos, distribuição dematerial informativo e educacional, reuniões e eventos de integraçãosocial e condominial. Após a entrega das unidades, a empresa continuamantendo uma atuação próxima às famílias beneficiadas, com diversasações pós-obra, conforme descrito neste relatório.Para estar ainda mais próxima de seus mutuários, a CDHU disponibilizacanais de atendimento por meio de sua Ouvidoria e está presente em dezunidades do Poupatempo, e três Centros de Integração da Cidadania(CIC), além dos Escritórios Regionais e Núcleos de AtendimentoHabitacional próprios, localizados nos grandes centros regionais doEstado. Os serviços prestados nestes locais vão desde a entrega das viasde contratos de financiamento e plantas das unidades habitacionais até opagamento de débitos vencidos e em atraso. Em 2013, a CDHU realizoudiretamente 203.910 atendimentos, quantidade bastante significativa jáque os financiamentos ativos em dezembro de 2013 totalizavam 356 mil.No site da CDHU há o “Portal do Mutuário” onde se encontra o “Guia deServiços” com as condições e os documentos necessários para solicitarqualquer um dos serviços que a Companhia oferece, o “Fale Conosco”,

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULOC.N.P.J. 47.865.597/0001-09

Page 10: balanço patrimonial em 31/12/2013

14 – São Paulo, 124 (117) Diário Ofi cial Empresarial quinta-feira, 26 de junho de 2014

continua...

uma das formas de consulta sobre vários assuntos em que o interessadorecebe uma resposta personalizada via e-mail, e o “Sistema de Consulta eRegularização de Prestações”, que permite consultas e possibilita que obeneficiário realize pelo computador alguns serviços para regularizardébitos.Para ampliar os canais de relacionamento com o público-alvo da CDHU, foicontratada uma empresa de telemarketing que fará o atendimentotelefônico. O projeto piloto será implantado em 2014 em seis cidades doEstado: Matão, Limeira, Ourinhos, Jaboticabal, Mogi das Cruzes eOsasco, que contam com população de cerca de 1,6 milhões de pessoase aproximadamente 13 mil unidades habitacionais comercializadas. Acentral de atendimento funcionará de segunda a sexta-feira das 7h às 20he aos sábados das 7h às 13h. Serão 30 pontos de atendimento, quepoderão chegar a 50, quando houver campanhas específicas.

4.6.5. Fornecedores e Prestadores de Serviços(EC6)A CDHU contrata todo fornecedor ou prestador de serviços por meio delicitações, conforme prevê a Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993.Esse processo não permite que a Administração Pública selecione umfornecedor local, mas sim aquele que apresentar a proposta maisvantajosa para o interesse público. Qualquer empresa brasileira,independentemente da sua localização, poderá sagrar-se vencedora dalicitação e fornecer o material ou serviço licitado para quaisquer dos 645municípios que compõem o Estado de São Paulo.Em projetos financiados com recursos externos, como é o caso, porexemplo, do Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar,Sistemas de Mosaicos da Mata Atlântica e Litoral Sustentável, oscontratos também podem ser firmados com empresas estrangeiras. OBanco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que financia parte doprojeto, impõe, tanto por meio do acordo de empréstimo firmado, quantopor meio de suas políticas para seleção e contratação de consultores, quea Administração divulgue a licitação em mídia internacional, além danacional, e aceite empresas dos países membros do Banco.

4.6.6. Público Interno(GRI 2.8; LA4; LA5; LA6; LA7; LA8; LA9)Com amplo conhecimento na condução e produção de moradiashabitacionais, a experiência da equipe da CDHU permite implantar apolítica habitacional do governo do Estado de forma responsável eeficiente, e a Companhia tem aprimorado suas ferramentas e políticas degestão de pessoas para subsidiar atividades que ampliem ainda mais acapacitação, o aperfeiçoamento e o desenvolvimento de seusfuncionários.Todas as contratações da empresa seguem as normas da Consolidaçãodas Leis do Trabalho (CLT) e as prerrogativas da OrganizaçãoInternacional do Trabalho (OIT) e abrangem Acordos de NegociaçãoColetiva. Todos os 682 empregados estão atualmente localizados naRegião Sudeste do País, onde funciona a empresa.No processo de negociação coletiva referente ao período 2013/2014, osprincipais acordos foram: correção salarial de 5,37%, a partir de 1/05/2013, extensivo a todos os benefícios; aumento real de 2,50%, extensivoaos benefícios; piso salarial da categoria de R$ 1.220,92; e valor do vale-refeição corrigido em 12,24%. Os funcionários recebem notificações com13 semanas de antecedência sobre a implantação de possíveis mudançasoperacionais significativas que possam afetá-los.A Companhia possui canais para recebimento de denúncias (Ouvidoria) eé fiscalizada pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e peloMinistério Público Estadual também nos assuntos relacionados ao seupúblico interno.

• Saúde e SegurançaOs acordos entre a Companhia e os sindicatos abrangem aspectos desegurança e saúde, incluindo uso obrigatório de equipamentos desegurança, condições sanitárias e profissionais adequadas para oexercício da função, treinamentos em segurança do trabalho, proteçãocoletiva e individual e adaptação do empregado acidentado ou portador dedoença ocupacional.Apesar de não existirem trabalhadores envolvidos em atividadesocupacionais em que haja uma alta incidência ou alto risco de doençasespecíficas, a empresa conta com o Programa de Controle Médico deSaúde Ocupacional (PCMSO), estabelecido conforme a NormaRegulamentadora nº 7, que tem caráter de prevenção, rastreamento ediagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho,inclusive de natureza subclínica.O programa trabalha na constatação da existência de casos de doençasprofissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores, mantidosno prontuário clínico dos empregados, com as devidas prescrições eencaminhamentos para tratamento, quando necessário. O programaatende todos os funcionários da CDHU e segue a legislação trabalhistavigente, auxiliando também nos encaminhamentos para tratamento peloconvênio médico.O PCMSO faz parte do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais(PPRA), que, de acordo com a Norma Regulamentadora no9, prevê olevantamento de riscos ambientais e demais casos correlatos comsugestões de medidas corretivas, preventivas e de controle. O Programacontempla as seguintes etapas: antecipação e reconhecimento dosriscos; estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; implantação demedidas de controle e avaliação de sua eficácia; monitoramento daexposição aos riscos; e registro e divulgação dos dados.Vale mencionar que a CDHU também oferece apoio psicossocial paraacompanhamento de casos de saúde e segurança, disponibilizandoaconselhamento e internação, quando necessário. O atendimentopsicológico é feito por psicóloga e assistente social, e os serviços deaconselhamento e internação são feitos a partir de avaliação preliminar naqual o colaborador é encaminhado ao médico especialista. Feito isso, faz-se o acompanhamento do tratamento e sua evolução. Em caso deinternação, todo o processo é monitorado pelo Núcleo de AtendimentoSocial, Segurança e Medicina do Trabalho da Companhia.A empresa conta ainda com a Comissão Interna de Prevenção deAcidentes (Cipa), que representa todos os colaboradores e também éatrelada ao Núcleo de Atendimento Social, Segurança e Medicina doTrabalho. Dentre as ações de prevenção, a Cipa promoveu, em 2013, aSemana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat), incluindo palestras ecampanhas sobre colesterol e glicemia.Como resultado de todo esse trabalho, não foram registrados, de 2011 a2013, casos de lesões sem afastamento. As pequenas lesões comafastamento totalizaram apenas quatro casos em 2013, três em 2012 edois em 2011. A taxa de lesão em relação ao total de horas trabalhadas foide 0,61 em 2013, 0,41 em 2012 e de 0,25 em 2011.Em 2013, a taxa de absenteísmo (dias perdidos em relação ao total de diastrabalhados) foi de 0,99 e as horas com falta totalizaram 13.212. Tambémfoi registrado durante o ano um caso de doença ocupacional e quatroóbitos entre os funcionários da CDHU, não relacionados com as atividadesocupacionais.

• Remuneração e Benefícios(LA3; LA11; EC5)As políticas de remuneração da Companhia estão atreladas às diretrizes eaos parâmetros estabelecidos pelo Conselho de Defesa de Capitais doEstado de São Paulo (Codec), restringindo sua atuação no que diz respeitoàs políticas de premiações e planos de carreira. Em 2013, o menor salário

mensal praticado foi de R$ 1.674,39, que representa 161,71% do saláriomínimo local, de R$ 755,00.A CDHU oferece a todos os seus empregados seguro de vida, assistênciamédica, assistência odontológica, vale-refeição, complementação doauxílio previdenciário nos casos de afastamento por doença ou acidentedo trabalho, auxílio-creche, auxílio-funeral, licença-maternidade e licença-paternidade e, para alguns funcionários, vale-alimentação e vale-transporte. Em 2013, todos esses benefícios oferecidos pela empresa aosseus funcionários somaram mais de R$ 26 milhões de investimento.A Companhia também mantém uma parceria direta com a Associação dosFuncionários da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano(Ascecap) do Estado de São Paulo, para o desenvolvimento de atividadessociais, culturais, assistenciais e desportivas de seus funcionários. Emdezembro de 2013, do universo de 682 funcionários da CDHU, 574 eramassociados à Ascecap.No Acordo Coletivo de Trabalho, há previsão de períodos sabáticos comreinserção profissional garantida, da seguinte forma: “a CDHU estudará aconcessão de licença sem vencimentos aos empregados que solicitarempor motivos de saúde de ascendentes diretos (pai, mãe), cônjuge edescendentes diretos (filhos), como também no caso de viagem paraestudos ou aperfeiçoamento profissional, desde que haja comprovaçãodos motivos”.A Companhia conta com projetos e ações voltadas à transição paraaposentadoria, em vista da elevada idade média dos funcionários. Damesma forma, há indenização por demissão considerando a idade e otempo de serviço do trabalhador, conforme previsto no Acordo Coletivo deTrabalho: “Aos empregados com dois anos ou mais de serviços contínuosna CDHU, quando desta ocorrer o desligamento após a aposentadoria,terão direito ao pagamento de dois salários, equivalentes ao últimorecebido”.

• Perfil do Quadro de Funcionários(LA1; LA2; LA13; LA14; LA15; EC5)A CDHU finalizou 2013 com 682 empregados. Seu quadro foi reduzido em2% e continuou predominantemente masculino, mantendo-se a distribuiçãodos anos anteriores: 39% de mulheres e 61% de homens. Com relação àfaixa etária, observa-se a tendência de envelhecimento do quadrofuncional: empregados acima de 50 anos eram 49% do corpo funcional em2011, 55% em 2012 e 60% em 2013, quando apenas um empregado tinhamenos de 30 anos. Na composição dos órgãos de governança essascaracterísticas são ainda mais evidentes: atualmente 11 dos 13 membrossão homens e 69% estão acima dos 50 anos de idade.As pessoas portadoras de necessidades especiais representaram, em2013, 4% dos empregados. A maior parte do corpo funcional, 41%, exerceudurante o ano atividades sem exigência de nível superior, 32% ocuparamcargos de nível universitário e 27% ocuparam cargos gerenciais. Essespercentuais não apresentaram alteração significativa em relação aoobservado nos dois anos anteriores.O grupo étnico com maior representação (80%) é o de brancos, seguidopelos pardos (10%), negros e amarelos, ambos com 5% de participação nototal de empregados.Ao comparar as médias salariais de 2013 entre homens e mulheres,verifica-se que os salários femininos são ligeiramente inferiores noscargos gerenciais e nos cargos com exigência de nível universitário, emque as médias femininas representam, respectivamente, 96% e 97% damédia masculina, mas são superiores para as mulheres em atividades semexigência de nível superior – neste caso, a média dos salários femininosrepresenta 111% da média dos masculinos.

Em 2013, a CDHU contratou cinco novos funcionários para cargos de livreprovimento, todos homens, quatro com mais de 50 anos e o mais jovem nafaixa de 31 a 40 anos.Deixaram o emprego, durante o ano, 16 pessoas, sendo 11 homens (69%)e cinco mulheres (31%), gerando uma taxa de rotatividade de 1%. Poucomenos da metade (44%) dos que deixaram o emprego em 2013 tinha menosde 50 anos.

• Treinamentos(LA10; LA11)A CDHU investe no desenvolvimento de seus colaboradores com oPrograma de Treinamento, Desenvolvimento e Formação Continuada queprevê a realização de ações internas oferecendo treinamentos ecapacitações relevantes à atuação profissional, bem como concedendosubsídio para participação em cursos e eventos técnico-científicosexternos, promovidos por empresas públicas e privadas, que, de acordocom o tempo de atuação na empresa e as categorias funcionais, podemchegar a 100% do valor do curso pago pela Companhia.Em 2013, houve 2.351 participações em treinamentos oferecidos pelaCDHU, representando um aumento significativo em relação ao número doano anterior, que foi de 722. A carga horária total também cresceu,alcançando 10.558 horas.

O aumento da média de horas de treinamento anual por empregado,observado nos últimos três anos, é resultado do Programa de Treinamento,Desenvolvimento e Formação Continuada, elaborado em 2011, que vemembasando as ações de capacitação e treinamento da Companhia.O programa tem como objetivo institucionalizar uma cultura deaprendizagem contínua, que propicie a aquisição e o compartilhamento decompetências (conhecimentos, habilidades e atitudes) vinculadas àestratégia da CDHU. Voltado a todo o público interno (diretores,funcionários, estagiários, aprendizes, menores conveniados eprestadores de serviço), tem foco em quatro grandes temas (macro gruposdo conhecimento): liderança, negócio, cultura organizacional e gestão doconhecimento. Além disso, pressupõe a ampliação das ações decapacitação e treinamento presenciais e à distância, realizadas poriniciativa da Companhia por meio da área de Gestão de Pessoas. Em 2013,podemos citar algumas ações que mobilizaram grande parte dosfuncionários:- Curso sobre assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, com 629participações;

- Palestras sobre temas ligados ao negócio da empresa, realizadas comoparte das atividades do processo de Planejamento Estratégico, com 416participações;- Cursos online sobre temas profissionais diversos, com 242participações;- Atividades de gestão do conhecimento, realizadas sob a marca CDHUSaberBem, com registro de 562 participações.Ao todo, essas quatro ações contaram com 1.849 participantes.Também merecem destaque as seguintes ações envolvendo o treinamentodos colaboradores:

CDHU Atualiza: o projeto reúne diversas ações, sugeridas por membrosdo Comitê de Treinamento, pelos gestores das diversas áreas ou a partirde diagnóstico da Superintendência de Gestão de Pessoas, voltadas àatualização profissional dos colaboradores em temas ligados ao seu dia adia de trabalho, à sua formação e à sua carreira. Em 2013, foramrealizadas ações de capacitação e treinamento sobre sustentabilidade,software Autocad, assédio moral e sexual, gestão de contratos de obras eserviços de engenharia, competências dos profissionais deassessoramento, inovação, habitação de interesse social e reflexos daconjuntura econômica na qualidade de vida.

CDHU OnLine: para implantar a cultura do e-learning, a partir do mês deagosto de 2013, foi oferecido aos funcionários um pacote, contratadojunto a empresa especializada, contendo 50 cursos à distância sobretemas de interesse comum a todos os profissionais, como negociação,marketing, orçamento, redação empresarial, gestão do tempo,apresentações em público, gestão de projetos etc. O retorno dosfuncionários superou as expectativas: em cinco meses foram realizados242 cursos, uma média de 48 por mês.

CDHU SaberBem: o projeto de gestão do conhecimento visa à captação,sistematização e difusão dos conhecimentos acumulados pelosprofissionais da empresa. No primeiro semestre de 2013 foi dadacontinuidade ao ciclo de palestras sobre a CDHU Pelo Mundo, nas quais osprofissionais que representaram a empresa em eventos técnico-científicosdentro e fora do País falaram sobre a experiência e o aprendizado obtido.A partir de agosto, as palestras passaram a tratar de assuntosrelacionados aos trabalhos e ao momento atual da empresa. Ao longo doano foram realizadas também cinco visitas técnicas a empreendimentos daCompanhia.O SaberBem foi o canal utilizado para realizar um resgate da história daCDHU (por ocasião do Dia da Habitação, comemorado em 21 de agosto) epara abordar as ações da empresa a favor da inclusão e da diversidade.

Viva Bem CDHU: é um programa de Qualidade de Vida no Trabalho com oobjetivo de promover ações que estimulem os colaboradores daCompanhia a um novo pensar sobre escolhas e hábitos saudáveis,levando em consideração sete dimensões da saúde: física, emocional,profissional, financeira, social, espiritual e intelectual. Com apoio daassociação de funcionários foram disponibilizados serviços visando àreeducação alimentar e a avaliação física dos funcionários, incluindopalestra sobre alimentação saudável; palestras, cursos e plantões dedúvidas sobre finanças pessoais; apresentações musicais, performancesartísticas e gincanas para promover momentos de integração entre oscolaboradores e impactar positivamente o clima organizacional; além depalestra que propôs uma reflexão sobre as competências do gênerofeminino na empresa.

Integração de Novos Colaboradores: treinamento voltado para promover aintegração dos novos colaboradores, apresentando o funcionamento daempresa, as características da relação contratual do colaborador com aCDHU e dicas de postura profissional. Também representa umaoportunidade para os colaboradores manifestarem suas impressões sobreo processo de contratação. Em 2013, foram realizadas 18 integrações,sendo 14 voltadas para estagiários e quatro para aprendizes.No encerramento do ano, aproximadamente 200 colaboradoresparticiparam da apresentação das ações que aconteceram durante operíodo, evidenciando os avanços e as dificuldades encontradas nagestão da Companhia. As metas e desafios para o próximo ano reforçam anecessidade de motivação, planejamento e foco para o alcance dosobjetivos estabelecidos. Assim, o evento corporativo de encerramentocontou com apresentação pelo CEO da Companhia dos resultados de 2013e metas para 2014, seguida de palestra motivacional sobre gestão demudanças.Pelo terceiro ano consecutivo foi organizado o Encontro de Estagiários,Aprendizes e integrantes do Programa de Capacitação Profissional doAdolescente da CDHU, que busca preparar esses colaboradores para osdesafios do mercado de trabalho, contribuir com sua formaçãosocioprofissional e ressaltar as práticas sociais da Companhia. Em 2013,o Encontro contou com palestra sobre as profissões mais promissoras nospróximos anos, incluindo espetáculo teatral sobre comunicação noambiente corporativo, com a participação de 166 colaboradores,totalizando 332 horas de treinamento.

• Programa de Participação nos Resultados (PPR)(GRI 2.8; LA4; LA5; LA6; LA7; LA8; LA9)Como forma de reconhecer a importância da atuação dos empregados naobtenção de resultados e com vistas ao aperfeiçoamento contínuo daperformance empresarial, a CDHU desenvolveu em 2013, pelo terceiro anoconsecutivo, o Programa de Participação nos Resultados (PPR).O instrumento oferece bonificação financeira aos empregados, atrelada aocumprimento de metas estabelecidas para indicadores econômico-financeiros, de satisfação do cliente ou qualidade do serviço, vinculadosao planejamento estratégico e operacionais.O Programa está previsto na Constituição Federal de 1988 e os termos,diretrizes e procedimentos são regulamentados pelo Decreto nº 56.877, de24 de março de 2011, revogado e substituído em 16 de outubro de 2013pelo Decreto nº 59.598.Em 2013, foi destinado o montante de R$ 3,5 milhões para os 674funcionários com direito a essa premiação, relativa ao exercício de 2012.A CDHU mantém unidades de atendimento ao público, distribuídasestrategicamente no Estado de São Paulo, nas quais o mutuário e opúblico em geral podem obter informações sobre as ações da Companhiae encaminhar suas demandas específicas. Para avaliar a satisfação como atendimento a CDHU realiza pesquisa interna. Até 2013, o estudo foi feitocom metodologia própria e, em 2014, está prevista a contratação deinstituição terceirizada, com o objetivo de garantir a isenção e aconfiabilidade dos resultados. Com isso, espera-se obter importantessubsídios para o aprimoramento dos serviços prestados à comunidade,tanto para o público beneficiado com atendimento habitacional, como parao cidadão em busca de informações. O edital para contratação da pesquisaencontra-se em fase final de elaboração.A partir de 2014, a pesquisa de satisfação realizada nas unidades deatendimento ao público passa a ser uma das metas do PPR, reforçando aimportância que o atendimento adequado às necessidades da sociedaderepresenta para o negócio.

4.7. Comunicação e Marketing(PR6; PR7)A Superintendência de Comunicação Social da CDHU participa do Sistemade Comunicação do Governo do Estado de São Paulo (Sicom), coordenadopela subsecretaria de Comunicação da Casa Civil. Entre outras atribuiçõesrelacionadas à administração direta e indireta do Estado, o sistema

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULOC.N.P.J. 47.865.597/0001-09

Page 11: balanço patrimonial em 31/12/2013

quinta-feira, 26 de junho de 2014 Diário Ofi cial Empresarial São Paulo, 124 (117) – 15

continua...

supervisiona os gastos com serviços de publicidade e divulgação dasações governamentais com base nos dados obrigatoriamente fornecidospelos órgãos setoriais ou por empresas por eles contratadas, coordena asações de marketing e propaganda e supervisiona as ações pertinentes àimprensa desenvolvidas pelos órgãos e entidades do governo estadual.4.8. Desempenho Econômico-Financeiro(GRI 3.11; EC4)Por se tratar de uma empresa que aplica recursos públicos para finssociais, a Companhia não visa ao lucro e investe grande parte de suareceita em benefícios diretos para a comunidade. Suas maiores despesasestão concentradas em custos operacionais, salários e benefícios a seuquadro funcional e na política de concessão de bônus nas prestações desua carteira imobiliária.Em 2012, a Diretoria Administrativo-financeira obteve êxito na diminuiçãoda inadimplência dos mutuários. Após o levantamento realizado peloCenso, publicado em 2009, a Companhia passou a ter informaçõesrelevantes para acompanhar a situação contratual dos mutuários e cobrardaqueles que possuem melhores condições, gerando benefícios paratodos. A inadimplência entre os mutuários da Companhia caiu nove pontospercentuais entre setembro de 2011 e novembro de 2012, de 25% para16%, com um expressivo incremento da arrecadação, que chegou a R$540 milhões.Imperativo ressaltar que a atuação da Companhia prioriza o atendimentoàs famílias de baixa renda, em sua grande maioria na faixa de 1 a 3salários mínimos e tendo como foco estrito o aspecto social.Sua atuação segue as diretrizes emanadas pelo Governo do Estado deSão Paulo, no que concerne às políticas para viabilizar formas deatendimento habitacional.

4.8.1. Fontes de Recursos(GRI 3.11; EC4)A CDHU tem como principal fonte de recursos o aporte de capital doTesouro do Estado, por meio de subscrição de ações vinculada àexecução de seu programa de investimentos e repasses por meio daSecretaria da Habitação do Estado de São Paulo, à qual a empresa évinculada. A Companhia tem envidado esforços para diversificar suasfontes de recursos para investimentos, por meio de parcerias com osdemais níveis de governo e órgãos internacionais, como o BancoInteramericano de Desenvolvimento e o Banco do Brasil.

(1) em 31 de dezembro do ano de referência

4.8.2. Resultados Econômico-Financeiros(GRI 2.8; EC1)O prejuízo verificado no exercício está fortemente impactado pela diretrizda política habitacional do Governo do Estado de São Paulo, de concedersubsídios às famílias com renda familiar entre 1 e 10 salários mínimos,beneficiárias do atendimento habitacional realizado pela Companhia.No ano de 2013, a CDHU apresentou como resultado econômico osseguintes valores:

(1) em 31 de dezembro do ano de referência

4.9. Presença no Mercado(GRI 2.8; 3.9; EC9)Além dos benefícios diretos pelo oferecimento de serviços habitacionais eurbanos, a ação da CDHU promove grande dinamismo econômico nosmunicípios e regiões onde atua, contribuindo para a solução de diversasdificuldades sociais. A importância da CDHU no mercado de construçãocivil no Brasil e, especificamente, em sua região de atuação (Estado deSão Paulo), fica evidenciada pelo número de unidades em canteiro e pelomontante de recursos investidos especificamente em obras. O efeitomultiplicador desses investimentos no setor da construção civil ficapatente quando se observa o número de empregos criados.Para o presente relatório, optou-se pela fórmula de cálculo do impactoeconômico na sociedade, com base na metodologia utilizada pelo BNDES,que estabelece um cenário mais apurado do impacto econômico indiretodos investimentos habitacionais.Assim, estima-se que em 2013 a média de 32,4 mil unidades em canteiro eos R$ 867 milhões investidos em obras tenham gerado cerca de 46 milempregos em todo o Estado de São Paulo, sendo 33% em empregosdiretos, 16% em empregos indiretos e 51% em empregos induzidos,gerados a partir do efeito renda.

5. ATUAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO(GRI 2.8)O impacto das atividades da CDHU no desenvolvimento habitacional eurbano, descrito neste capítulo, fica evidente quando observamos que osatendimentos habitacionais da Companhia em 2013 beneficiaram mais de61 mil famílias:- 8.228 com unidades habitacionais;

- 1.022 com obras de urbanização;- 14.277 com auxílio-moradia;- 39.115 com obras de regularização fundiária.Ao fim do período, outras 32.443 unidades já estavam em obras, assimcomo ações de urbanização que beneficiam 5.070 famílias.5.1. Seleção de Terrenos(EC8; EC9)Tradicionalmente, as construções de habitação de interesse social(HIS) eram realizadas em setores urbanos periféricos, não integrados àmalha urbana. Dessa maneira, os beneficiários dessas moradias sãoinstalados em regiões sem serviços e equipamentos sociais e públicosou em terrenos não apropriados em função de suas característicasgeomorfológicas.O valor relativamente baixo desses terrenos foi o que justificou suaseleção nas últimas décadas. Esse fato gerou custos sociais e urbanoselevados, além de passivos socioambientais até hoje presentes na maioriadas cidades brasileiras e paulistas.Romper com esse padrão de seleção de terrenos para a construção de HISsignifica assumir as diretrizes do Estatuto da Cidade e garantir umambiente urbano sustentável para todos os seus habitantes. Dessa forma,a CDHU busca escolher terrenos para empreendimentos que atendamconcomitantemente a aspectos técnicos, sociais, ambientais eeconômicos, levando em consideração os seguintes critérios:- Oferecer à futura população moradora dos empreendimentoshabitacionais não somente o benefício da unidade habitacional e suaqualidade construtiva, mas também o acesso a equipamentos públicos,comércio e serviços inerentes à função de moradia, integrando essasfamílias à estrutura urbana dos municípios;- Minimizar os investimentos do poder público, seja na execução de obrasde infraestrutura (drenagem, redes de água e esgoto, iluminação pública)ou na implementação de equipamentos sociais;- Otimizar o aproveitamento dos terrenos, respeitando sua integração coma ocupação e o uso do entorno, as características regionais e suascaracterísticas fisiográficas específicas;- Subsidiar a elaboração dos empreendimentos habitacionais a partir dadisponibilização de informações técnicas, urbanísticas, fisiográficas,regionais, ambientais, legais e fundiárias que contribuam para aelaboração do programa de intervenção e a maior agilidade dos processosde aprovação e averbação dos empreendimentos.Como resultado dos avanços em padronização e controle de qualidade dasatividades desenvolvidas para seleção de terrenos, foi disponibilizado noPortal da Companhia, em 2013, o Manual Técnico – Análise de Viabilidadede Terrenos.Do total de terrenos aprovados e liberados no último ano, 74% estão emmunicípios do Interior do Estado, 8% no Litoral e 18% na RegiãoMetropolitana. O potencial de unidades habitacionais a serem construídasnestes terrenos é de 43% no Interior do Estado, 19% no Litoral e 38% naRegião Metropolitana.

5.2. Moradia de Qualidade(EN26)Qualidade de vida e valorização da população assistida pela CDHU sãoalgumas das prioridades da Companhia, que, para isso, investe de formaconstante no aprimoramento de seus produtos, buscando novas opçõesconstrutivas, tecnológicas e dos materiais utilizados em suasintervenções habitacionais, levando em conta também os aspectosurbanísticos e ambientais de cada empreendimento.As diversidades regionais, a qualidade da paisagem urbana e asespecificidades familiares são pontos que a CDHU observa em todas assuas ações. Por isso, busca-se a diversificação de tipologiashabitacionais, beneficiando mutuários e sociedade.O conceito de Moradia Digna tem sido valorizado pela CDHU, visandodesenvolver melhorias nos produtos que a Companhia oferece àpopulação, como forma de atuar de acordo com as diretrizessocioambientais de sua atual gestão.

5.2.1. Melhorias nos Conjuntos HabitacionaisEssa atividade visa realizar intervenções físicas que resultem emmelhorias urbanas e dos serviços nos conjuntos habitacionais ou nosassentamentos em processo de urbanização, sob a responsabilidade daCDHU, a fim de proporcionar à população residente melhores condições deacessibilidade, segurança, salubridade, habitabilidade e autoestima.Pelo Decreto nº 53.846, de 19 de dezembro de 2008, a Secretaria daHabitação está autorizada a transferir recursos financeiros destinados aobras de infraestrutura, reforma ou ampliação de equipamentos sociais,construção, reforma ou implantação de instalações e equipamentos emáreas condominiais ou áreas comuns de núcleos habitacionais, execuçãode obras e serviços de reparo de edificações, melhoria de acessibilidade,cercamentos, sistema de individualização de água e sistemas de melhoriade eficiência energética, bem como ações de capacitação de moradores,a fim de habilitá-los à realização de serviços de manutenção condominial ede melhorias urbanas.Para contribuir com o aperfeiçoamento da implantação de conjuntos, foramdisponibilizados, durante o ano de 2013, espaços para uso imediato dapopulação, como áreas verdes ou outros usos institucionais, comdestaque para os seguintes:

Da mesma forma, foram promovidas obras de melhorias habitacionais quecontribuiram para a regularização de 72 empreendimentos, beneficiandocerca de 22 mil unidades habitacionais.

5.2.2. Qualihab(PR1)Instituído pelo Decreto Estadual nº 41.337, de 25 de novembro de 1996, oPrograma Qualihab (Qualidade da Construção Habitacional do Estado deSão Paulo) tem o objetivo de melhorar a qualidade das habitações noEstado. Um de seus pressupostos é a atenção à qualidade evolutiva,obtida por meio da melhoria contínua dos níveis de desempenho dasempresas fornecedoras de produtos e serviços em empreendimentos daCompanhia.Por meio da parceria com o setor público, firmada em acordos com a CDHU,as entidades setoriais participantes do Programa assumem o compromissode desenvolver Programas Setoriais da Qualidade (PSQ) com as empresasque representam, a fim de implantar um sistema único de gestão daqualidade que compreende a implantação do processo de qualificação desistemas e produtos, auditados por empresas independentes.Além de realizar discussões técnicas e promover projetos e serviçostecnológicos nas áreas de controle, homologação e certificação demateriais, componentes e sistemas construtivos alternativos, o Programatem inserido conceitos e critérios socioambientais na definição dosconteúdos de qualidade. Essas iniciativas buscam articular as premissasda qualidade aos requisitos de sustentabilidade e ecoeficiência dosprodutos e sistemas, considerando todas as etapas do ciclo de vida doempreendimento e os benefícios da redução dos custos de construção,manutenção e operação para o atendimento habitacional.

Em 2013, foram qualificadas 16 construtoras e 16 empresasgerenciadoras de obras, assim como 2.956 produtos, nos programassetoriais para prestação de serviços. Atualmente, são 45 acordosvigentes, com 56 entidades signatárias, em 23 PSQs (ProgramasSetoriais de Qualidade) em andamento.Mais informações sobre o Programa Qualihab são encontradas noendereço eletrônico: http://www.cdhu.sp.gov.br/producao-new/qualihab.asp.

5.2.3. Desenho Universal e Acessibilidade(PR1)Outra medida importante para aumentar a qualidade de vida da populaçãoatendida foi a adoção das premissas do Desenho Universal nas unidadeshabitacionais construídas pela CDHU, em cumprimento à Lei no 12.907 de15 de abril de 2008.Com acréscimo médio de 10% da área construída, a incorporação destesprincípios aos projetos traz ganhos significativos à adequabilidade damoradia ao ciclo de vida dos beneficiários e à qualidade de vida daquelesque se enquadram no grupo de pessoas com deficiência, por meio dasdiretrizes de uso flexível, equitativo, simples e intuitivo.

5.2.4. Melhorias no AcabamentoA melhoria no acabamento das unidades proporciona maior bem-estar paraseus moradores, além de beneficiar o desenho urbano e promover aintegração dos empreendimentos da CDHU com seu entorno. As moradias-modelo entregues contam com as seguintes melhorias:- Aumento do pé-direito: ampliado de 2,40 m para 2,60 m, que proporcionamaior salubridade, com a melhoria da iluminação e ventilação dasmoradias;- Melhoria nos acabamentos: alguns itens de acabamento, antes feitospelo morador, passaram a ser incorporados aos imóveis entregues pelaCDHU, que agora contam com laje ou forro, azulejos nas áreas molhadas,piso em todos os cômodos e melhorias externas. Além disso, adotou-se,como padrão, o uso de esquadrias de alumínio nas regiões litorâneas;- Muros e coberturas externos: as novas casas são entregues com murosdivisórios, para maior segurança e privacidade das famílias, cobertura naárea de serviço e abrigo para botijão de gás;- Valorização da paisagem urbana: os novos projetos preocupam-se emevitar o excesso de padronização e de monotonia na paisagem. Para isso,diversificam as moradias pela forma e pela cor. O tratamento paisagísticode ruas, calçadas e espaços livres e a arborização também valorizam osespaços públicos.

5.2.5. Ecoeficiência(EN6; EN26)Atenta a questões ambientais, a CDHU investe em soluções tecnológicasque visam aumentar a ecoeficiência de seus empreendimentos e reduzir oscustos na pós-ocupação, com destaque para a utilização de energia solare a instalação de medidores individualizados de água, conforme descrito aseguir.

Energia SolarA CDHU incentiva a implantação de sistemas de aquecimento solar emseus conjuntos habitacionais como forma de minimizar impactosambientais e diminuir custos com eletricidade para os moradores. Em 2013,foram instalados 5.171 sistemas de aquecimento solar por meio deconvênios entre a Companhia e as concessionárias de energia, totalizando35.071 equipamentos instalados até o momento.

Medidores IndividualizadosAo possibilitar o pagamento individualizado das contas de água emcondomínios, a instalação de tais medidores diminui sensivelmente osconflitos entre os condôminos e os transtornos com interrupção nofornecimento, além de promover o uso econômico da água.Até o fim de 2013 foram concluídas instalações de medidoresindividualizados em 12.012 unidades habitacionais, com a implantaçãodesta tecnologia em mais seis empreendimentos: Caçapava D2, GuarujáE-Azaléia, Jales C1 e C2, Igarapava D, Taquaravaí e Valentim Gentil.

5.3. Regularização e Legalização de Empreendimentos(EC9)A regularização fundiária de interesse social é uma obrigação do poderpúblico, que deve implantá-la como uma das formas de concretizar olegítimo direito dos cidadãos à moradia digna, previsto na ConstituiçãoFederal.Nesse contexto, nos últimos anos, as diretrizes da CDHU sofreram ajustessignificativos. A empresa ampliou o conceito de responsabilidade social e,com isso, seu foco de trabalho na edificação do maior número de moradiasa fim de diminuir o déficit habitacional atrelou-se obrigatoriamente àregularização e à legalização de todas as moradias entregues.Com o objetivo de dinamizar os processos de regularização, muitas vezescomplexos e morosos, a CDHU promoveu processo licitatório paracontratação de empresas especializadas para que, junto com sua equipeinterna, realizassem os serviços necessários, descritos a seguir:• Diagnóstico da situação atual e estratégia de regularização;• Elaboração de elementos técnicos necessários;• Execução de ações perante os órgãos competentes do município e doEstado;• Elaboração de elementos técnicos e providências cartorárias em meio aoCartório de Registro de Imóveis;• Regularização do CNPJ dos condomínios dos empreendimentos.Em 2013, foram averbados, nos Cartórios de Registro de Imóveis, 103empreendimentos, com 19.645 unidades habitacionais.

5.4. Acompanhamento Social e Engajamento da Comunidade Local(GRI 4.15; 4.16; 4.17; SO1)As operações da Companhia, de modo geral, promovem o engajamento dacomunidade local em programas de desenvolvimento, fomentando aorganização sociocomunitária e condominial e a inclusão social. Nasoperações em parceria com os municípios, esses trabalhos sãodesenvolvidos pela Companhia de forma complementar, enquanto nosdemais casos são executados pela CDHU, diretamente ou por meio deempresas contratadas especificamente para esse fim. Trimestralmente, asinformações das áreas gestoras sobre as ações de fomento à organizaçãosociocomunitária e condominial e à inclusão social são atualizadas noSistema de Acompanhamento do Plano Plurianual (PPA), da Secretaria dePlanejamento e Desenvolvimento Regional.Todas as intervenções da CDHU contam com acompanhamento social, deforma contínua e permanente, por um período mínimo de seis meses (nosempreendimentos horizontais) ou um ano (nos verticais). O principalobjetivo dessas ações é preparar a população beneficiária para o usoadequado dos novos espaços adquiridos, sejam eles privados ou públicos.As ações de acompanhamento social e engajamento da comunidade localrealizadas durante 2013 e vinculadas às operações de recuperaçãourbana estão descritas detalhadamente nos itens 5.2 a 5.8 deste relatório.Seguindo recomendação do Ministério das Cidades, do BID, do BIRD ede outros agentes parceiros, o trabalho é realizado por técnicossociais, que atuam como interlocutores entre a CDHU e a populaçãobeneficiária ou seus representantes, como prefeituras municipais eassociações de moradores.Durante o ano de 2013, foram realizadas as atividades relacionadas nostópicos a seguir.

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULOC.N.P.J. 47.865.597/0001-09

Page 12: balanço patrimonial em 31/12/2013

16 – São Paulo, 124 (117) Diário Ofi cial Empresarial quinta-feira, 26 de junho de 2014

continua...

5.4.1. Manuais e Guias para Novas Unidades Habitacionais(PR3)Com o intuito de orientar os novos beneficiários que adquirem as unidadeshabitacionais da CDHU, são distribuídos manuais e guias informativos paraestabelecer uma convivência coletiva solidária e participativa, atendendoà demanda da nova população.Assim surgiu o CDHU Orienta, um informativo com formato de revista emquadrinhos que trata do lixo doméstico, de como instalar um fogão comsegurança, do uso do gás (os botijões são proibidos dentro doapartamento) e da vaga de estacionamento (que, além de ser coletiva,não é fixa).Durante o processo de produção dos empreendimentos são coletadasinformações sobre a inserção do conjunto habitacional no ambiente urbanoe seu impacto, e esses dados são transformados em um Guia de Comércioe Serviços, entregue aos novos moradores. Nesse guia constam escolas,postos de saúde, linhas de ônibus, outros equipamentos, serviçospróximos e um mapa com a localização do conjunto, ruas do entorno eentidades que prestam atendimentos voltados à segurança e à saúde dacriança e dos idosos, bem como os centros esportivos e de lazer.Esses materiais são disponibilizados aos mutuários na entrega daschaves da nova moradia, que na maioria das vezes coincide com amudança da família para o empreendimento. Os manuais são entreguesconforme a tipologia construtiva:Para as unidades verticais• Guia de Comércio e Serviços;• Manual do Morador: o Condomínio;• Manual de Conservação e Melhorias;• Manual do Elevador – regras e explicações sobre o funcionamento doelevador, adequadas aos empreendimentos da CDHU;• CDHU Orienta – estacionamento, lixo doméstico, gás em apartamentos einstruções para ligar o fogão com segurança.Para as unidades horizontais:• Guia de Comércio e Serviços;• CDHU Orienta – lixo doméstico e orientações para ligar o fogão comsegurança.

5.4.2. Programas de SustentabilidadeRealizados em alguns empreendimentos, com prioridade para os projetosespeciais de grande intervenção, os programas contam com ações deeducação, capacitação e orientação à população em diversas áreas,como:- Economia e uso racional de água e eficiência energética;- Uso e manutenção das áreas comuns;- Instalação e uso do gás;- Uso e manutenção dos equipamentos públicos e de uso condominial(Centro de Apoio ao Condomínio – CAC, playground, quadra esportiva eestacionamentos);- Reciclagem e reaproveitamento de óleo de cozinha;- Cessão de área da CDHU para a instalação de galpão de reciclagem delixo para a cooperativa de catadores, da qual participam moradores dasintervenções da SH/CDHU.

5.4.3. Administração de CondomíniosO novo modelo de Trabalho Social em Pós-Ocupação da CDHU foidesenvolvido na capital paulista, Grande São Paulo e Baixada Santista, etem como objeto a prestação de serviços técnicos especializados deorganização social e condominial dos moradores de empreendimentos deinteresse social da CDHU que serão registrados como Condomínio Edilício,definido pela Lei Federal 4.591/64 e pelo Novo Código Civil, capítulo VII daLei Federal 10.406/02.O Trabalho Pós-ocupação nos empreendimentos habitacionais parafamílias de baixa renda é um conjunto de ações que visa promover aautonomia, o protagonismo social e o desenvolvimento da populaçãobeneficiária, de forma a favorecer a sustentabilidade doempreendimento, mediante a abordagem dos seguintes temas:mobilização e organização comunitária, educação sanitária e ambiental egeração de trabalho e renda.A Organização Social foi desenvolvida com a participação dosmoradores, parceiros e apoiadores, ações e projetos voltados para áreasde: Inclusão Social (Ensino Público; Cultura, Esporte, Lazer eAssistência Social e Saúde); Educação (Ambiental e Sanitária; SaúdePreventiva; Patrimonial e Segurança Pública e Cidadania);Empreendedorismo (Capacitação Profissional e Geração de Trabalho eRenda); Monitoramento e Avaliação; e Organização Social e Condominial(Preparação para a Vida em Condomínio e Participação e Mobilização),visando uma boa adaptação dos moradores na nova moradia e a melhoriada qualidade de vida das famílias.O trabalho de organização social e condominial realizado teve comoobjetivo esclarecer as responsabilidades a serem assumidas pelosmoradores quanto ás normas de convivência, á manutenção do seu novoespaço físico coletivo, á manutenção predial, equipamentos condominiaise áreas comuns, visando garantir a autonomia desses moradores.Concomitantemente, o eixo de Gestão Condominial visa apoiar osmoradores na organização e na Instalação de Condomínio e Eleição doCorpo Diretivo (Síndico, Subsíndico e Conselheiros), bem como realizarassembléias ordinárias e extraordinárias para deliberação de assuntosde interesse da população atendida e garantir os serviçosadministrativos e financeiros.São eles: obtenção de CNPJ na receita federal; abertura e movimentaçãode conta bancária; precisão orçamentária para a definição da taxacondominial (pagamento de água e gás, emissão mensal de boletobancário, pagamento de fornecedores e prestadores de serviços); calculare realizar recolhimento de taxas e tributos; check list de manutenção;contratação de mão de obra especializada; avaliação de contratos;aplicação de notificações e multas visando a conscientização documprimento do Regulamento Interno; obtenção de tarifa social eelaboração da prestação de contas.A gestão condominial, em conjunto com as ações de organização social,engloba ainda reuniões de orientação e capacitação do Corpo Diretivoeleito, e trabalha constantemente para a conscientização dos direitos eobrigações dos condôminos.Esta experiência inovadora de trabalho de organização social articuladoe desenvolvido de forma complementar à administração condominial foitão positiva que o modelo está sendo replicado em 2014 para todo oEstado de São Paulo.

5.4.4. Geração de Emprego e RendaUm dos aspectos levantados pelo diagnóstico social realizado com osmutuários da Companhia foi a necessidade de complementação da rendafamiliar. Nesse contexto, a empresa passou a incluir, nas ações de pós-obra, atividades de capacitação e treinamento para as famílias residentesem suas unidades habitacionais. Por meio de parcerias com diferentesinstituições, os moradores têm a chance de iniciar atividades quecomplementem a renda familiar. Além disso, ampliar conhecimentosmelhora a autoestima e prepara a comunidade para defender seus direitose compreender o sentido do cumprimento de seus deveres como cidadãos.Em 2013, 209 pessoas foram beneficiadas por meio de tais ações nosmunicípios de São Paulo, Espírito Santo do Turvo, Catanduva,Jaboticabal e Ilhabela.

5.4.5. Remoções EmergenciaisDiante de situações de risco iminente, que geram a necessidade deremoção emergencial de famílias, a CDHU atua em parceria com osmunicípios de modo a garantir o envolvimento da população nos projetos

de remanejamento e reassentamento provisório, providenciando opagamento do auxílio-moradia quando necessário, colhendo os termos deadesão, acompanhando as famílias no retorno às suas moradias eincentivando-as a promover autonomamente melhorias de vida na novainstalação construída ou reformada.Em 2013, foram acompanhadas 404 novas famílias em situações deremoções emergenciais nos municípios de Cubatão, Santa Cruz do RioPardo, São Sebastião e Taquarituba, com disponibilização de 375auxílios-moradia emergenciais, chegando ao fim do ano com 2.294famílias beneficiadas com, pelo menos, uma parcela do auxílio-moradia emergencial.A redução do número de famílias acompanhadas pelo Estado em relaçãoao exercício 2012 se deu pela baixa incidência de chuvas e fenômenosnaturais no ano de 2013, associada às ações do Programa Estadual dePrevenção de Desgastes Naturais e de Redução de Riscos Geológicos. Oprograma implantado pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio doDecreto Estadual nº 57.512 de 11 de novembro de 2011, tem o objetivo deindicar formas de evitar, reduzir, gerenciar e mitigar situações de risco noEstado e busca oferecer soluções habitacionais por meio de uma dasesferas de Governo, contando com representantes de diversassecretarias estaduais.

5.4.6. Apoio ao ReassentamentoQuando a atuação da CDHU está vinculada a intervenções urbanas,principalmente no apoio a obras de maior porte, como projetos viários esaneamento ambiental, muitas vezes, para liberar áreas para obras hánecessidade de remoção de famílias que não ocupam áreas de risco.Nesses casos, é oferecido aos moradores o auxílio-moradia provisório,como o Apoio ao Reassentamento. Em 2013, esse tipo de ação beneficiou11.983 famílias.

5.4.7. Esporte, Lazer e CidadaniaPara minimizar a vulnerabilidade social, a Companhia desenvolveu no anode 2013 diversas atividades nas áreas de esporte, lazer eentretenimento. As escolinhas de futsal, futebol e voleibol do ProgramaCDHU - Esporte, Lazer e Cidadania atenderam aproximadamente 600crianças da capital e interior do Estado. Também foram incentivadosfestivais, campeonatos, torneios e gincanas recreativas e esportivas,totalizando cerca 1.350 atendimentos.

5.4.8. Capacitação de técnicos sociais das prefeiturasNos convênios para execução de empreendimentos habitacionais noPrograma Parceria com Municípios (PPM), a prefeitura parceira indicaobrigatoriamente um profissional da área social para orientar as famíliasbeneficiadas durante o período de obras e também na fase de ocupaçãodas moradias. Para melhor atender as prefeituras, a CDHU desenvolveu umprograma de capacitação para estes técnicos, no qual são apresentadosconceitos, técnicas e ferramentas de planejamento e monitoramento dotrabalho de orientação social.O treinamento acontece em encontros regionais intensivos através detécnicas expositivas e oficinas que incluem a apresentação de técnicos deoutros programas estaduais como Via Rápida e Banco do Povo. Em 2013,também houve a participação da Gerência de Administração e CréditosImobiliários da CDHU vinculada à Diretoria Administrativa e Financeira,expondo benefícios financeiros e políticas de redução da inadimplência.Durante o ano foram treinados, em três grupos, profissionais de 65municípios, o que resultou na atuação de agentes multiplicadores,avaliados positivamente por todos os participantes.

5.5. Gestão Social nas Intervenções de Recuperação de AssentamentosPrecários(EC8; EC9; SO1)Cada vez mais a CDHU tem assumido seu papel de operadora estadual daspolíticas públicas de habitação, graças a seu conhecimento e experiência.Nas ações de urbanização integrada de favelas, a gestão dos trabalhoscom a população contribui de modo significativo para a sustentabilidadedas intervenções.Um dos destaques dessa atuação é a formação de agentes comunitáriosde urbanização, representantes das quadras abrangidas pelas ações. Pormeio de cursos de formação desses agentes, busca-se consolidar oprocesso de organização comunitária em torno da participação naconstrução e discussão do projeto, capacitando as lideranças a atuaremcomo multiplicadores de conceitos relacionados ao desenvolvimentourbano e à cidadania.O trabalho técnico-social, tanto na recuperação de assentamentosprecários como em todas as ações pós-obra realizadas pela Companhia,busca criar mecanismos que viabilizem o exercício da participação diretae representativa da população. Com isso, é possível promoverassembleias gerais com os moradores, enquanto espaço privilegiado paraas deliberações coletivas, e criar e promover comissões temáticas, emfunção do estágio das ações, para garantir que os beneficiários conheçama intervenção física e os projetos sociais, propostos e em curso, econtribuam para a sua elaboração ou complementação.

6. AÇÕES E PROGRAMAS(GRI 2.8)Para cumprir seus objetivos e oferecer soluções que atendam àsnecessidades habitacionais e urbanas do Estado de São Paulo, comresponsabilidade social, ambiental e viabilidade econômica, a CDHUdesenvolve diversos projetos, de acordo com as normas, diretrizes epolíticas de atuação descritas anteriormente. A seguir, serão detalhadosos projetos de maior relevância, incluindo seus impactos na sociedade eno meio ambiente.

6.1. Urbanização de FavelasAs intervenções de urbanização integrada de favelas podem serexecutadas integralmente pela CDHU ou em parceria com os municípios.Esse programa beneficia diretamente a população dos assentamentos ede seu entorno e, indiretamente, a cidade como um todo. Em 2013, tiveramcontinuidade as intervenções relatadas a seguir.

6.1.1. Parceria com Municípios(GRI EN11; EN12; EN13; SO1)O Programa Parceria com Municípios (PPM) busca unir forças do governodo Estado de São Paulo e de seus municípios para oferecer à populaçãode baixa renda a oportunidade de adquirir a casa própria emempreendimentos produzidos nos terrenos urbanos doados pelosmunicípios, providos de infraestrutura, serviços e equipamentos coletivos.Nessa parceria, o governo do Estado, por meio da CDHU, disponibilizarecursos para as obras necessárias. Em 2013, foram 43 convêniosfirmados com 38 municípios, para construção de 3.912 unidades, cominvestimento de R$ 305,77 milhões. Destacam-se as seguintes parcerias:

6.1.1.1. Município de DiademaO convênio assinado com o município de Diadema visa à elaboração deprojetos de urbanização das áreas próximas à Rodovia dos Imigrantes,envolvendo o atendimento de cerca de 1.360 famílias nos seguintesnúcleos: Parque Reid, Serra do Acarai, Maria Leonor, Mulford, Quito/Pequim, Pré-Moldados, Barbosinha, Arco Íris I e II, Piratininga, JardimRuyce e Barão de Uruguaiana, com repasse previsto de R$ 2.259.669,98.Foi firmado também novo termo de cooperação para continuidade dasações iniciadas em 2008, visando à regularização urbanística e fundiáriado empreendimento Diadema E-Morro do Samba, que se caracteriza porocupação irregular em área patrimonial da CDHU.

Além disso, está sendo elaborado convênio entre Diadema e a Ecovias(Concessionária que opera o sistema de rodovias Anchieta-Imigrantes)para o desenvolvimento de projetos de urbanização que atenderão 822famílias moradoras em áreas às margens da Rodovia dos Imigrantes, bemcomo para a produção de unidades habitacionais para atendimento deoutras 540 famílias.

6.1.1.2. Município de São Bernardo do CampoPor meio de protocolo de intenção com vigência até outubro de 2014, aparceria entre a Secretaria da Habitação, CDHU e o município de SãoBernardo do Campo contemplará ações como obras de urbanizaçãobeneficiando 1.763 domicílios e Projeto de Urbanização Integrada doParque São Bernardo, Alto da Bela Vista e Novo Parque. Em 2013, 196famílias foram beneficiadas.

6.1.2. Projeto Pantanal – União de Vila Nova(EN11; EN12; EN13; SO1)O Projeto Pantanal está localizado em uma Área de Preservação Ambiental(APA) de aproximadamente um milhão de metros quadrados ao longo davárzea do Rio Tietê, na zona leste do município de São Paulo.O programa, desenvolvido e implementado pela Secretaria da Habitação eCDHU, tem em vista a requalificação urbana e socioambiental da área pormeio de ações de abrangência local e metropolitana, que proporcionamsaneamento básico, drenagem e infraestrutura viária, acesso aequipamentos e serviços públicos, implantação de projetos sociais deorganização e participação comunitária e de desenvolvimento local esustentável do novo bairro.O programa beneficiou 8.275 famílias por meio do atendimentohabitacional, sendo 5.265 em lotes urbanizados e 3.010 em novasunidades habitacionais. A área encontra-se atualmente em processo deregularização fundiária.Paralelamente, a SH/CDHU desenvolve ações sociais para envolver eestimular a participação popular no processo de transformação eapropriação do novo bairro. Cursos para formação de agentes comunitáriose de capacitação profissional e oficinas de arte-educação são ferramentasutilizadas para promover a geração de renda da comunidade. Osdestaques, nesse contexto, são: a Cooperativa de Reciclagem NovaEsperança, iniciada em 2007 e o Viveiro Escola.

Cooperativa de Reciclagem Nova EsperançaA Cooperativa de Reciclagem faz parte do Projeto de UrbanizaçãoIntegrada do Pantanal, gerando trabalho e renda para a população decatadores que vivem na região e promovendo uma série de açõesestruturantes do processo de urbanização e recuperação ambiental,como:- Recuperação da várzea do Rio Tietê;- Implantação da coleta seletiva;- Promoção de campanhas e atividades socioeducativas voltadas àconscientização ambiental da comunidade;- Extensão dos benefícios da coleta seletiva aos bairros do entorno.O projeto foi iniciado em abril de 2007, com a formação de catadores emcurso promovido pela CDHU em parceria com o Instituto GEA - Ética eCidadania.A Cooperativa de Reciclagem Nova Esperança, localizada na zona leste dacidade de São Paulo, é reconhecida, atualmente, como referência deprojeto ambiental desenvolvido no Estado.Além do Instituto GEA, a cooperativa de reciclagem vem obtendo váriosapoios e parceiros, como o Compromisso Empresarial pela Reciclagem(Cempre), a Fundação Nestlé Brasil, o projeto Saúde do Catador, oMovimento Nacional de Catadores de Recicláveis (MNCR), o Banco doBrasil, o Condomínio Conjunto Nacional, a Owens Illinois do Brasil (OI), aAbividro e o Consulado da Mulher. Vale destacar também a parceria com aPrefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Amlurb, que, em dezembrode 2010, conveniou a Cooperativa, inserindo-a na política municipal decoleta seletiva.É importante ressaltar o amplo reconhecimento desse projeto, que járecebeu os seguintes prêmios: Prêmio Deutsche Bank Urban Age Award2008 (DBUAA), Convênio da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), em2010, e o Prêmio Fundo Zona Leste Sustentável, promovido pela FundaçãoTide Setubal, em 2011.

Viveiro EscolaO Viveiro Escola é um espaço de formação em educação ambiental voltadoaos moradores e representantes do bairro de União de Vila Nova. Além deseu caráter educativo, o projeto promove a geração de renda e realizaações de plantio e manutenção das áreas verdes do bairro. Além disso,desenvolve formações em jardinagem e paisagismo comunitário, por meiode parcerias com a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente,Secretaria Estadual do Meio Ambiente, SENAC, Subprefeitura de SãoMiguel Paulista, Instituto GEA e ONGs locais.

6.1.3. Favela México 70(EN11; EN12; EN13; SO1)Localizada no município de São Vicente, próximo à Ponte do Mar Pequeno,a Favela México 70 era um dos maiores assentamentos precários daBaixada Santista e apresentava condições de degradação ambiental epobreza.A Secretaria da Habitação e CDHU, em parceria com a Prefeitura de SãoVicente, está promovendo a recuperação, o saneamento, a urbanização ea regularização fundiária do local, com a implementação de novassoluções de moradia para o reassentamento das famílias. As obras, queestão revertendo as condições de degradação socioambiental da região,incluem construção de casas e apartamentos, instalação de redes deabastecimento de água e de coleta de esgotos, canaletas de drenagem deáguas pluviais, canal de acumulação, pavimentação das ruas, drenagem,aterro e plantio de espécies nativas. Já foram atendidas 2.385 famílias,sendo 1.599 com a produção de novas moradias e 786 beneficiadas comobras de infraestrutura.As ações em andamento estão voltadas ao processo de regularizaçãofundiária que transformará essa área da Baixada Santista em um bairrocom infraestrutura completa, contribuindo para a melhoria sanitária eambiental de toda a orla vicentina e santista.

6.1.4. Vicente de Carvalho II(EN11; EN12; EN13; SO1)A intervenção no Bairro Vicente de Carvalho II, situado à margem daRodovia Manoel Hipólito do Rego, no km 224, em uma área de 362.941,00m2, em Bertioga, litoral norte do Estado, atenderá 1.753 famílias, sendo400 em novas moradias. O projeto proverá condições de habitabilidade etítulos de propriedade aos moradores e ações que envolvem a urbanizaçãoe recuperação de áreas de preservação permanente ocupadasirregularmente, a construção de novas moradias e a remoção e oreassentamento de famílias que moram em áreas de risco.O trabalho técnico-social desenvolvido com a população local visa, entreoutros aspectos, subsidiar a elaboração dos projetos socioambientaisprevistos no Plano de Trabalho Técnico Social. Em 2013, o trabalho estevefocado no equacionamento dos grupos para a remoção das famílias quehabitam áreas previstas para construção de novas unidades habitacionaise reassentamento das primeiras 71 famílias.

6.1.5. Hortolândia(SO1)O projeto executivo de urbanização da área prevê a implantação deinfraestrutura (drenagem, água, esgoto, paisagismo e pavimentação),

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULOC.N.P.J. 47.865.597/0001-09

Page 13: balanço patrimonial em 31/12/2013

quinta-feira, 26 de junho de 2014 Diário Ofi cial Empresarial São Paulo, 124 (117) – 17

continua...

além de parcelamento do solo com regularização fundiária. Considerandoas peculiaridades encontradas no local, sempre que possível, a divisão emlotes contempla unidades habitacionais unifamiliares. O projeto prevêtambém o reassentamento de famílias de áreas de risco.Após o término da implantação do Projeto de Urbanização da GlebaHortolândia A2, em 2012, foi necessária a contratação do levantamentoplanialtimétrico cadastral para subsidiar o processo de regularização doparcelamento e posterior averbação junto ao Registro Imobiliário, o quepermitirá a comercialização dos lotes com garantia do título de propriedadepara os moradores da área. Esse levantamento foi elaborado e finalizadono ano de 2013. As demais etapas já foram contratadas e estão emdesenvolvimento.Quanto à Gleba Hortolândia A1, o projeto de urbanização teve 94% dasobras concluídas em 2013 e o levantamento planialtimétrico cadastral estáem elaboração.Além disso, em 2013, a CDHU iniciou a implantação de uma creche em áreacom 929,60m2 além de outra edificação para uso comunitário que poderáservir como posto policial para o bairro.

6.1.6. Jardim Santo André(EN11; EN12; EN13; SO1)Na região sul do município de Santo de André, divisa com área de proteçãoaos mananciais da Bacia Billings e com o Parque Municipal Pedroso, aCDHU adquiriu em 1977 uma área com topografia bastante acidentada ecom encostas íngremes, composta por seis glebas perfazendo uma áreatotal de cerca de 1.470.000 m². Na década de 1980 a área sofreu umintenso processo de ocupação irregular gerando um complexo de seisfavelas denominadas: Toledanos, Lamartine, Dominicanos, Cruzados,Missionários e Campineiros.Com o objetivo inicial de promover a substituição total da ocupação, apartir de 1987 teve início a primeira fase do projeto com a construção naprópria área de 3.031 novas unidades habitacionais, o que possibilitou aremoção de 2.220 famílias de áreas de risco e a liberação de novas frentesde obras.A segunda fase do projeto, iniciada em 2008, promoveu a urbanizaçãointegrada dos assentamentos, buscando a regularização fundiária de todaa gleba, a recuperação ambiental das áreas degradadas e a erradicação desituações de risco, com atendimento global de aproximadamente 9.100famílias. Como parte do atendimento proposto no projeto, foramimplantados no local equipamentos públicos de educação, saúde e lazer,que já estão em atividade.As atuais ações envolvem cerca de 6.000 edificações nas favelas.Aproximadamente 4.000 remoções são necessárias para a erradicaçãodas situações de risco e viabilização das obras de urbanização, destas,1.600 ainda serão realizadas. Todas as famílias removidas serãoreassentadas em novas unidades habitacionais a serem construídas noJardim Santo André e em outros bairros do município. Cerca de 2.000famílias serão beneficiadas com as obras de urbanização quecompreendem a implantação de infraestrutura adequada, recuperaçãoambiental e regularização fundiária. Estima-se a conclusão das obras decontenção geotécnica para o 1º trimestre de 2014.O trabalho da equipe técnico-social da CDHU com os moradores do JardimSanto André em 2013 deu continuidade ao plano realizado no ano anterior,com foco na retirada das famílias que residiam em áreas de risco e frentede obras, informando a população e mediando conflitos decorrentes dessaetapa da intervenção.

6.1.7. Projeto Pimentas(EN11; EN12; EN13; SO1)A área de intervenção Bairro dos Pimentas está situada a sudeste domunicípio de Guarulhos, compreendendo 243.900 m². Delimitada a lestepor uma malha urbana contígua, a oeste tem como limite a Zona de UsoPredominantemente Industrial (Zupi). Ao sul, a área tem como limite oParque Ecológico do Tietê. As porções norte, sudeste e noroeste estãodelimitadas pelas faixas de domínio da Eletropaulo e da Petrobras, que seconstituem, respectivamente, em linha de transmissão elétrica e oleoduto.Nos anos 80, a área dos Pimentas surge sob a influência da expansão daRegião Metropolitana de São Paulo, sobretudo do crescimento industrialàs margens das vias de acesso que cortam a região. A proximidade dasrodovias dos Trabalhadores, Dutra e Fernão Dias tornou o bairro um poloatrativo, pois ao longo dessas vias se instalaram inúmeras indústrias,gerando empregos na localidade. Sua ocupação ocorreu de formadesordenada e descontínua, apresentando níveis incipientes deurbanização e infraestrutura, com a predominância da população debaixa renda.Com o propósito de viabilizar o processo de intervenção no Bairro dosPimentas e promover sua sustentabilidade, a CDHU desenvolve trabalhotécnico-social no local seguindo dois eixos de ações: Remoção eReassentamento, e Organização Comunitária e Sustentabilidade. Ambosse apoiam em metodologia que visa garantir a participação efetiva dapopulação em todas as etapas da urbanização e promover o atendimentohabitacional de todas as famílias envolvidas no projeto.Como apoio às atividades do primeiro eixo, Remoção e Reassentamento, aCompanhia instalou um Escritório de Apoio Técnico (EAT), propiciando umlocal de referência e diálogo permanente entre os técnicos sociais e apopulação e uma base estruturada para a realização dos trabalhos deArrolamento e Caracterização de Edificações e de Atendimento IndividualProgramado das famílias dos setores de remoção.Quanto ao eixo Organização Comunitária e Sustentabilidade, o trabalhosocial está estruturado para valorizar, fomentar e legitimar arepresentação popular e as formas de organização comunitária, e tambémimplementar projetos sociais que promovam a sustentabilidade do novobairro em seus aspectos urbanísticos, socioculturais, ambientais eeconômicos.Os Agentes Comunitários de Urbanização do Projeto Pimentas, enquantoelos entre a comunidade e o poder público, participam dos debates sobrea formulação dos projetos executivos de urbanização e de execução dasobras, dos critérios de atendimento habitacional e dos projetos sociaisvoltados para a organização comunitária e para o desenvolvimento localsustentável. Continuam em 2013 as atividades com os agentescomunitários de urbanização por meio de reuniões do Fórum deDesenvolvimento Sustentável e Núcleo Operacional de Urbanização.O projeto tem como objetivo viabilizar a recuperação urbana e ambiental ea regularização urbanística e fundiária de assentamento localizado nobairro Pimentas, com atendimento global de aproximadamente 6.500famílias. As ações em execução abrangem a produção de cerca de 2.000novas unidades habitacionais na área de intervenção e no entorno,urbanização de 1.492 moradias e regularização de 3.074 unidadesentregues, com implantação de infraestrutura urbana e a implantação deparque regional (8,5 hectares).A ação é caracterizada como uma intervenção de grande porte, comquestões ambientais relevantes, cujas obras dependem do licenciamentoambiental condicionado ao Plano de Regularização FundiáriaSustentável, passando por um processo de aprovação complexo.Recentemente, em atuação integrada da CDHU com a Secretaria doPlanejamento e Secretaria do Meio Ambiente / Companhia de Tecnologiade Saneamento Ambiental (SMA/CETESB), foi estabelecidoprocedimento inovador para licenciamento de intervenções deurbanização e regularização em áreas de propriedade do Estado, comações da CDHU, o que vai agilizar o início das obras de urbanização epoderá contribuir para o aperfeiçoamento dos licenciamentos de açõessimilares nos diversos órgãos do Estado e do Município.

6.2. Reassentamento de Moradores de Favelas e Áreas de RiscoA CDHU desenvolve a produção de unidades habitacionais para famíliasremovidas em ações articuladas de recuperação e nova destinação de usodas áreas de risco, ambientalmente protegidas, ou de favelas objeto dedesocupação. Desde 2013, a empresa faz gestão dos empreendimentosem municípios com áreas de risco geológico no Estado de São Paulo. Dos163 municípios identificados, 135 (82,8%) têm empreendimentos em obrasou em planejamento. Em 47 destes municípios, 51.703 unidades sãodestinadas especificamente para atendimento a áreas de risco: 8.024estão em obras, 18.344 nas etapas de projeto ou contração e 25.335unidades em planejamento. Até dezembro de 2013 já foram entregues2.130 unidades e outras 1.022 em áreas de risco foram beneficiadas comobras de urbanização.Essa ação pertence ao Programa de Urbanização de Favelas eAssentamentos Precários e pode ser executada diretamente pela CDHU noâmbito das intervenções de urbanização integrada ou viabilizada por meiode parcerias com municípios como:

6.2.1. Município de SantosFavela Santa Casa (parceria CDHU/COHAB/Santos): execução deempreendimento habitacional Vila Santa Casa pela CDHU, com a doaçãodo terreno e trabalho social pela COHAB/Santos. O projeto arquitetônico eurbanístico aprovado pela prefeitura, com previsão de conclusão em 2014,atenderá 120 famílias.

6.2.2. Município de São Bernardo do CampoOs convênios firmados vão possibilitar a produção de 1.868 unidadeshabitacionais para reassentamentos em São Bernardo do Campo. Em 2013foram entregues 180 unidades em obras desse tipo nas áreas JardimNaval/Silvina, Vila Esperança, Parque São Bernardo e Jardim Lavínia.

6.2.3. Município de São PauloConvênio Lidiane (parceria entre CDHU/PMSP/SEHAB): execução de 235unidades habitacionais previstas para serem concluídas em 2014 peloPrograma Urbanização de Favelas, denominado Lidiane “Limão C”, visandoao atendimento futuro às famílias em situação transitória oriundas dasfavelas Ilha Verde, Sampaio Correa e Aldeinha.

Convênio Heliópolis (parceria entre CDHU/PMSP/SEHAB): execução de1.050 unidades previstas para serem concluídas em 2015 pelo ProgramaUrbanização de Favelas, denominado Heliópolis “Sacomã H” e “Sacomã I”área Sabesp 2, sendo 186 unidades habitacionais para Sacomã H –entrega iniciada em 2013 – e 864 unidades habitacionais para Sacomã I,com vistas à realocação e reassentamento das famílias ocupantes dafavela Heliópolis na capital paulista.

Trecho 3 da Linha 17-Ouro do METRÔ (convênio entre o Governo doEstado e a Prefeitura de São Paulo): realização de 2.100 atendimentoshabitacionais para o reassentamento das famílias vulneráveis da região deVia Parque, atingidas pelas obras de implantação da Linha 17-Ouro, aserem indicadas pela Secretaria Municipal de Habitação. A SEHABformalizará a cessão à CDHU de seis áreas com potencial para milunidades habitacionais.

6.3. Desenvolvimento Sustentável do Litoral Paulista(EN11; EN12; EN13; SO1)As intervenções habitacionais planejadas para a região costeira e asáreas de influência da Serra do Mar mereceram destaque na elaboração doplano plurianual de investimentos 2012-2015 do Estado de São Paulo,resultando na criação da Habitação Sustentável no Litoral Paulista, umanova ação da CDHU em conjunto com a Secretaria da Habitação. Essaação abrange 40 municípios da Baixada Santista, Litoral Norte/Vale doParaíba e Litoral Sul/Vale do Ribeira.Dentro deste contexto, o Governo do Estado de São Paulo assinou em2013 o contrato de operação de crédito com o Governo Federal, através doBanco do Brasil, para financiar as ações do Programa denominado“Desenvolvimento Sustentável do Litoral Paulista”, que será executadopela Secretaria da Habitação, CDHU e a Secretaria de Meio Ambiente,complementando as ações de recuperação socioambiental formulada edesenvolvida pelo Programa “Recuperação Socioambiental da Serra doMar e Sistema de Mosaicos da Mata Atlântica”.O Programa desenvolverá um conjunto de ações e intervenções a seremimplantadas em 13 municípios da região litorânea do Estado de São Paulo,principalmente na Baixada Santista e Litoral Norte, envolvendo o ParqueEstadual da Serra do Mar, o Mosaico de Ilhas e Áreas MarinhasProtegidas, o Parque Estadual Restinga de Bertioga, e as respectivaszonas de amortecimento e influência dessas unidades de conservação.Enquanto a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA) ea Fundação Florestal (FF) tratam da recuperação das áreas degradadas,da estruturação das unidades de conservação, do monitoramento e dafiscalização ambiental, cabem à Secretaria da Habitação e à CDHU aelaboração dos projetos de urbanização e reassentamento e outras açõesde promoção e fomento habitacional.O principal objetivo é gerar benefícios sociais com a eliminação depassivos habitacionais e ambientais em áreas de risco socioambiental,promovendo a efetiva proteção da biodiversidade e dos mananciais nazona litorânea do Estado, melhorando as condições habitacionais deinteresse social e consolidando a gestão efetiva das Unidades deConservação, estendendo as ações de recuperação socioambiental paraas zonas de amortecimento e de influência.No âmbito das demandas habitacionais o Programa prevê:- Reassentamento em novas unidades habitacionais de 16.000 famílias,pertencentes às zonas de amortecimento das Unidades de Conservação eáreas de risco fora das zonas de amortecimento identificadas no plano deação e gestão do zoneamento ecológico. As unidades habitacionaisprevistas serão construídas mediante repasse de recursos às PrefeiturasMunicipais através do Programa “Casa Paulista”, da Secretaria daHabitação e da CDHU.- Urbanização e regularização fundiária de assentamentos subnormaispara um total estimado de 9.000 famílias;- Assistência técnica, suporte e capacitação aos municípios envolvidospelo Programa para gerenciamento da situação habitacional de interessesocial e controle socioambiental do território;- Gerenciamento e fiscalização de obras e serviços, bem como a execuçãode trabalho técnico social.

6.4. Recuperação Socioambiental da Serra do MarPor mais de 40 anos, as encostas da Serra do Mar, Área de PreservaçãoAmbiental (APA) que representa um importante reduto da biodiversidadeglobal, vêm sendo ocupadas irregularmente às margens das rodovias quecortam a região, como a Via Anchieta.O crescimento populacional e urbano deu origem a núcleos habitacionaisirregulares em áreas que pertencem ao Parque Estadual da Serra do Mar(PESM), considerada a maior área contínua de Mata Atlântica preservadano Brasil.O crescimento dos assentamentos na Serra do Mar, alguns precários eoutros consolidados, ameaça esse importantíssimo ecossistema epotencializa o risco de acidentes geológicos, como deslizamento de terrae rochas, que põem em perigo a vida de milhares de pessoas. Além disso,o processo de ocupação irregular resultou na poluição do Rio Cubatão, queabastece boa parte das cidades da Baixada Santista.Nesse contexto, foi desenvolvido o Programa de RecuperaçãoSocioambiental da Serra do Mar e dos Sistemas de Mosaicos da MataAtlântica. O Programa é composto de intervenções integradas nas áreas

de habitação e de meio ambiente, entre outras, para promover moradiasseguras em bairros com infraestrutura completa, preservando o parque edemais remanescentes da Mata Atlântica, além de desenvolver ações desustentabilidade nos novos bairros onde estão sendo reassentadas asfamílias e áreas que serão urbanizadas.O Programa teve início em 2009 e foi caracterizado como a maior açãodesse tipo em andamento no mundo, de acordo com o BancoInteramericano de Desenvolvimento (BID), um dos agentes financiadores,que forneceu um empréstimo de US$ 162,4 milhões, ao qual se somou umaporte de US$ 307,7 milhões de contrapartida do Estado, sendo que US$96,8 milhões do BID são destinados às ações sob a responsabilidade daCDHU.Os recursos do BID direcionados à CDHU visam atender um total de 9.100famílias, por meio de ações de reassentamento de cerca de 7.100 famílias,das quais cerca de 5.700 se encontram em situação irregular, expostas ariscos geotécnicos em áreas do município de Cubatão. Contempla também1.400 famílias que residem em outros municípios dentro da área de açãodo Programa e inclui ações de urbanização e regularização fundiária deassentamentos localizados em áreas desafetadas, que beneficiarão cercade duas mil famílias.Além disso, foram elaborados projetos de urbanização ou reassentamentopara cerca de 12 mil famílias assentadas no entorno do Parque Estadualda Serra do Mar (setores sul e norte), previstos na expansão econtinuidade do Programa.As intervenções habitacionais e urbanas em Cubatão são desenvolvidasem parceria com a prefeitura local e, em 2013, 1.206 famílias foramreassentadas em novas unidades habitacionais e 195 foram atendidascom obras de urbanização.

• Organização Comunitária e Sustentabilidade SocioambientalO trabalho social de organização comunitária e de sustentabilidade daintervenção pauta-se na adoção de um processo participativo que garantea legitimação da representação comunitária, a constituição de canais dediálogo e de ações conjuntas e a apropriação de conhecimentos relativosao programa pela comunidade, de modo a instrumentalizar e qualificar asdiscussões e o acompanhamento de todas as etapas da intervenção.O Núcleo de Urbanização da Serra do Mar, composto por agentescomunitários e representantes das áreas técnicas da CDHU, visa debatere acompanhar a elaboração dos projetos, bem como as obras deurbanização. Em 2013 o Núcleo continuou com suas atividades, realizandocerca de 14 reuniões com equipes técnicas e população, além de dezenasde vistorias e atendimentos para esclarecimentos.O projeto ComCom é fundamental para garantir efetivamente a participaçãocomunitária em todo o processo de intervenção da CDHU, uma vez quepromove o protagonismo na produção e difusão de informações e garantea coautoria da narrativa do programa. Em 2013 foram realizados no projetoComCom: 99 oficinas de comunicação comunitária (jornal, rádio, vídeo,fotografia e internet), 150 programas da rádio comunitária Voz do Morro,cinco edições do jornal comunitário Morro Vivo, Viva o Morro (informativocomunitário dos moradores da Serra do Mar), 32 vídeos comunitários e oitoprogramas de TV Comunidade em Ação, com inserção na programação daTV Polo de Cubatão.Outra grande produção do ComCom foi o vídeo institucional sobre oPrograma de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar. Odocumentário é um grande registro do trabalho que vem sendo realizadonos Bairros Cotas e contém depoimentos da comunidade, da equipetécnica, dos gestores e dos dirigentes da CDHU envolvidos no programa.Além disso, há o registro de atividades dos projetos sociais e reuniõescom agentes comunitários de urbanização no Núcleo Operacional deUrbanização, inlcuindo eventos e encontros. O vídeo foi apresentado pelaprimeira vez no workshop Strategies for Social Insertion in Urban andSocioenvironmental Recovery Projects, ocorrido na sede do BID, emWashington/USA. Também foi veiculado no congresso Les Favelas de SãoPaulo-Brésil – L’intelligence est Collective, promovido pelo Club VilleAménagemant, em Paris (França).A iniciativa Arte nas Cotas também é muito importante no processo deintegração dos beneficiários do projeto urbanístico dos Bairros Cotas, comoficinas de arte-educação cujo objetivo é elevar a autoestima dosmoradores e promover uma nova identidade comunitária ao longo doprocesso de intervenção. Em 2013, foram realizadas 248 oficinas deIntervenção Artística Urbana, nas quais foram trabalhadas técnicas dedesenho, estêncil e pintura mural e mosaica, com a participação demoradores maiores de 16 anos. Como resultado desse projeto, 38residências já tiveram intervenções em suas fachadas, além de 50fachadas na Cota 200 e dez espaços públicos, entre praças, vielas eespaços de lazer, dos Núcleos Pinhal de Miranda e Cota 200.O Núcleo de Economia Solidária e Desenvolvimento Local (NESDEL)articulam-se com outras ações e projetos desenvolvidos pela equipetécnico-social da CDHU para garantir a sustentabilidade socioambientaldo programa Serra do Mar. Com a realização de atividades paraidentificar, debater e estimular práticas de geração de renda baseadasnos princípios da economia solidária, da preservação do meio ambiente edo trabalho decente, o grupo tem se fortalecido e os participantespropuseram duas frentes de trabalho: estabelecer parcerias quepromovam cursos de formação e capacitação profissional e organizarfeiras locais de economia solidária.Em 2013, o NESDEL consolidou-se. Atualmente o projeto conta com umacozinha experimental, equipada para a produção coletiva do grupo decozinheiras, localizado na Cota 200. Com esse espaço foi possível umamaior profissionalização do grupo e a prestação de serviços na área dealimentação. Hoje, o grupo de cozinheiras do NESDEL – as“Empreendedoras da Serra” – atende a variados tipos de encomendas noramo da alimentação para eventos corporativos e refeições diárias, alémda produção do doce típico da Serra, a cocada.Vale ressaltar que as “Empreendedoras da Serra” estão inseridas, juntocom mais seis grupos formados por mulheres empreendedoras de baixarenda e pouca escolaridade, na Rede de Alimentação União dosSabores Solidários, iniciativa do Consulado da Mulher com o apoio daFundação Getúlio Vargas. Por meio da rede, os grupos passam porcapacitações constantes nas áreas de gastronomia, produçãocooperada e comércio justo.O grupo “Fabricoteiras”, também vinculado ao NESDEL, reúne-sediariamente para a produção coletiva e já dispõe de espaço fixo paraexposição e comercialização de seus produtos no Parque Anilinas, emCubatão. Além dos trabalhos específicos de cada grupo, o Núcleo mantémsuas reuniões de planejamento e avaliação do trabalho.

6.5. Atuação em CortiçosO Programa de Atuação em Cortiços (PAC) foi implantado pela CDHU, emparceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com oobjetivo de intervir no território de áreas centrais do município de SãoPaulo, com a eliminação paulatina dos cortiços e o atendimento àpopulação moradora e trabalhadora do centro, por meio da oferta dealternativas dignas de habitação, com base em uma política sustentávelde financiamento subsidiado.Dessa forma, contribui-se também para a implantação de políticas públicasfocadas na reabilitação e revitalização das áreas centrais das cidades,incluindo restauração do seu patrimônio construído, melhoria da qualidadeambiental e renovação urbana, com a intensificação das atividadeseconômicas formais e da recuperação do uso residencial na área.As vantagens urbanísticas e econômicas do Programa vão desde aredução da pressão sobre o sistema de transportes e a otimização dainfraestrutura e dos equipamentos instalados até a prevenção daexpansão excessiva da malha urbana das cidades, especialmente sobreas áreas de proteção ambiental.

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULOC.N.P.J. 47.865.597/0001-09

Page 14: balanço patrimonial em 31/12/2013

18 – São Paulo, 124 (117) Diário Ofi cial Empresarial quinta-feira, 26 de junho de 2014

continua...

Em oito anos, o Programa atendeu 2.745 famílias, das quais 1.841 comapartamentos produzidos diretamente pela Companhia, em 23empreendimentos, e 903 por meio de Cartas de Crédito. Em parceria com oPrograma, a Prefeitura de São Paulo, por sua vez, intimou os responsáveispor 1.927 imóveis, dos quais 319 foram reformados de acordo com osparâmetros da Lei Moura (Lei no 10.928, de 8 de janeiro de 1991), 678foram erradicados e 120 tiveram o uso alterado.Ao todo, entre soluções habitacionais financiadas diretamente peloPrograma e famílias beneficiadas por melhores condições urbanísticas,pode-se afirmar que o PAC afetou positivamente as condiçõeshabitacionais de cerca de cinco mil famílias.A continuidade do Programa na área central da cidade conta com recursosdo Governo Federal. Em 2013 havia 174 unidades habitacionais em obras.

6.6. Parceria de Apoio a Obras Públicas(EN11; EN12; EN13; SO1)Esse programa tem por objetivo criar soluções de moradia para famílias debaixa renda que devam necessariamente ser removidas por estaremassentadas em áreas de influência de obras de infraestrutura promovidaspelo Poder Público, como canalização de córregos e implantação ouampliação de projetos viários e de saneamento ambiental, minimizando osimpactos negativos decorrentes de sua remoção compulsória. As ações daCDHU são desenvolvidas a partir de convênios específicos firmados comórgãos do Estado ou municípios, como os relacionados a seguir:

6.6.1. DERSAPor meio de convênios foram firmadas parcerias com a DERSA(Desenvolvimento Rodoviário S.A.) para a viabilização de soluções deatendimento habitacional para o Rodoanel Sul-Complexo Jacu-Pêssego eRodoanel Norte.Em 2013, destacam-se as seguintes ações:

A. Atendimento complementar ao Rodoanel-Trecho Sul e Complexo Jacu-Pêssego, com estimativa inicial de atendimento a 1.600 famílias. Ademanda habitacional foi atualizada para 1.072 atendimentos, devido àadesão de famílias a outros tipos de indenização pela DERSA. Nessasáreas, 1.061 famílias recebem o auxílio-moradia.Para atender a essa demanda, a CDHU realiza prospecção e aquisição deterrenos nos municípios de São Paulo, Mauá e Embu, que têm capacidadepara atendimento.Outro convênio, aditado em junho de 2013, prevê atendimentocomplementar por meio de Cartas de Crédito. Mais de 1.000 famílias foramconvocadas e estão sendo atendidas pela CDHU, com suporte da DERSApara viabilização dessa alternativa. Já foram emitidas mais de 422 Cartasde Crédito.

B. Atendimento de apoio ao Rodoanel-Trecho Norte, com estimativa deatendimento a 800 famílias. Para atender a essa demanda, foramviabilizados os seguintes empreendimentos na cidade de São Paulo:SP/Freguesia do Ó “A” – 118 UHs; SP/Perus “D” – 140 UHs e SP/Jaraguá “Q” – 273 UHs.

C. No que diz respeito ao município de Guarulhos, o atendimento éviabilizado através da Casa Paulista, no empreendimento ClariceLispector, com 360 UHs. As famílias são atendidas pelo auxílio-moradia,que poderá se estender por 36 meses a partir da remoção das áreas deobras, até a entrega definitiva das unidades habitacionais que serãoconstruídas pela CDHU e repassadas com devida titularidade – escriturapública com registro. Após a remoção, o trabalho social também será deresponsabilidade da CDHU.

D. Duplicação da Rodovia Tamoios Contorno Sul, municípios deCaraguatatuba e São Sebastião, com atendimento estimado a 600 famílias.No processo de licenciamento do empreendimento rodoviário noCONSEMA (Conselho Estadual do Meio Ambiente), em 2012, a DERSAapresentou a solicitação de parceria com a CDHU para o atendimentohabitacional às famílias afetadas pelas obras. A empresa rodoviária inicioutratativas com a CDHU em 2013, para estabelecer metas de atendimento,prazos e condições da parceria.A CDHU estuda a viabilidade de terrenos em prospecção na região por meiode ações articuladas com o Projeto Litoral Sustentável e a Prefeitura deCaraguatatuba.

6.6.2. METRÔ- Linha 17-Ouro (em andamento): parceria entre a CDHU e o METRÔ(Companhia do Metropolitano de SP) para viabilizar o atendimentohabitacional e social dos moradores localizados nas áreas atingidas pelasobras da Linha 17-Ouro, bem como nas áreas adjacentes, comtransferência de recursos do METRÔ à CDHU. O convênio foi assinado noinício de 2012, com recursos já repassados e atendimento nas unidadeshabitacionais de Campo Belo A/B (324 UHs) e Campo Belo C (108 UHs).

- Linha 17-Ouro (em programação do trecho 2: Morumbi-CPTM-AméricoMaurano): convênio firmado com o objetivo de disponibilizar unidadeshabitacionais em número equivalente à perda do potencial habitacionaldecorrente da adequação do viário na Avenida Hebe Camargo. As unidadesdeverão ser construídas e entregues às famílias da região deParaisópolis, atingidas pelas obras de implantação da linha metroviária.

- Linhas 5-Lilás e 15-Prata (em programação): o convênio paraatendimento habitacional e social na região das obras destas linhas demetrô está em fase de elaboração e pretende atender 53 famílias.

- Linha 2-Verde (em programação): o convênio para esta linha está sendoelaborado pelo Metrô e CDHU e visa o atendimento de 200 famílias.

6.6.3. CPTM- Linha 9-Esmeralda (em andamento): por meio de parceria com a CPTM(Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), a CDHU pretende realizaratendimento habitacional e social dos moradores das áreas atingidas pelasobras de reativação do serviço ferroviário do Trecho Grajaú-Varginha(Linha 9-Esmeralda) e áreas adjacentes. O convênio, assinado emdezembro de 2011, prevê o atendimento com os empreendimentos GrajaúE (320 UHs) e Grajaú F (160 UHs).

- Linha 12-Safira (em andamento): viabilização do atendimentohabitacional de famílias vulneráveis assentadas irregularmente nas áreasatingidas por obras de modernização e expansão da CPTM na Estação SãoMiguel Paulista. Já houve repasse de valores à CDHU.

- Convênio Metropolitano: as negociações estão na fase inicial e o projetopretende atender 700 famílias atingidas por obras da CPTM, incluindoáreas de reintegração de posse.

- Convênio Areião: esta parceria entre a CPTM e a CDHU visa oatendimento estimado de 1.000 famílias localizadas no entorno de obrasda companhia ferroviária.

6.6.4. DAEE- Parque Várzeas: reassentamento habitacional necessário para aimplantação do Parque Linear Várzeas do Tietê, obra da SSE (Secretariade Saneamento e Energia) e do DAEE (Departamento de Águas e EnergiaElétrica). De acordo com o convênio firmado em julho de 2010, a Secretariada Habitação e CDHU responsabilizam-se pelo atendimento habitacional a3.000 famílias a serem removidas na primeira etapa do projeto, sendo2.500 em São Paulo e 500 em Guarulhos.O total de atendimentos previsto inicialmente é de 5.000 famílias, sendoque a demanda total será definida durante a elaboração do projeto doParque, que se estenderá ao longo das margens do rio Tietê, entre SãoPaulo e Salesópolis (parte do Projeto Nova Marginal).A CDHU já atendeu 340 famílias nos empreendimentos Itaquaquecetuba A,C e V. Atualmente estão sendo programados atendimentos às unidadeshabitacionais Guarulhos AA, Guarulhos AB, Guarulhos AC e Guarulhos AD,totalizando 1.263 habitações.Para atender à demanda de Guarulhos foram destinadas 600 unidadeshabitacionais no empreendimento Lavras, em viabilização por meio deaporte financeiro do FPHIS (Fundo Paulista de Habitações de InteresseSocial), Secretaria da Habitação e Casa Paulista.

- Ribeirão Vermelho: a parceria entre CDHU, DAEE e PM Osasco está emprocesso de elaboração e tem o objetivo de fornecer auxílio-moradia a 250famílias que ocupam área em torno das obras de canalização do córregoRibeirão Vermelho, em Osasco, mediante repasse de recursos do DAEE.

- Baquirivu: atendimento habitacional estimado de 1.100 famílias a seremremovidas da região das obras de canalização do córrego Baquirivu, emGuarulhos.

- Pirajussara: atendimento habitacional estimado de 80 famíliasremovidas do entorno das obras de canalização do Córrego Pirajussara,em Embu.

- Córrego Oratório: convênio firmado para atender 1.260 famílias (sendo1.000 em São Paulo e 260 em Santo André), que serão removidas da áreadas obras de canalização do Córrego Oratório.

6.6.5. CMCP- Linha 6-Laranja (METRÔ): parceria entre a CDHU e a CMCP (Comissão deMonitoramento das Concessões e Permissões) para viabilizar oreassentamento estimado de 60 famílias que serão atingidas peladesapropriação dos imóveis necessários à implantação desta linhametroviária.

6.6.6. Mananciais: Billings e GuarapirangaO Programa de Recuperação de Mananciais, coordenado pela Secretariade Saneamento e Energia (SSE), tem como foco obras de saneamentoambiental, expansão da infraestrutura e urbanização de favelas na RegiãoMetropolitana de São Paulo.O Programa prevê o reassentamento de 5.300 famílias, cabendo aoGoverno do Estado, por meio da SH/CDHU, o atendimento de 2.548famílias que serão removidas das Áreas de Proteção e RecuperaçãoAmbiental (APRM) das Bacias Hidrográficas Billings e Guarapiranga,viabilizando as obras de urbanização sob responsabilidade da Prefeiturade São Paulo (2ª etapa da intervenção).A CDHU vinculou seis empreendimentos totalizando 1.303 atendimentosem viabilização, e para o saldo das unidades previstas está em estudoproposta para captação de recursos do Banco Internacional paraReconstrução e Desenvolvimento (BIRD) por meio da Secretaria deSaneamento e Recursos Hídricos.No âmbito das responsabilidades do município de São Paulo foi firmado oConvênio Jardim Pabreu, entre a CDHU, Prefeitura e Secretaria Municipalde Habitação (SEHAB), para viabilização de 1.055 urbanizações dedomicílios nos loteamentos Jd. Pabreu/Prainha. O convênio também prevêexecução de 560 unidades habitacionais a serem concluídas em 2015 noempreendimento Chácara do Conde “Grajaú D”, quadras B, F e H.Em 2013, foram contratadas as obras dos empreendimentos CapãoRedondo E (118 UHs), Capão Redondo I (60 UHs), Parelheiros D (184 UHs),Jardim Ângela A (328 UHs) e Grajaú B (517 UHs).

6.7. Gestão Compartilhada com EntidadesPor meio do Programa Parceria com Associações e Cooperativas –Modalidade Gestão Compartilhada, a CDHU tem como objetivo atender àdemanda organizada em associações e cooperativas. Em 2013, foramviabilizados, por meio da publicação de Decreto de Interesse Social,quatro novos terrenos que permitirão a produção de 865 unidadeshabitacionais. Além disso, 759 unidades foram colocadas em licitação e152 foram entregues para beneficiários de associações.

6.8. Atendimentos a Demandas Específicas(SO1)Para melhorar a qualidade de seus empreendimentos, a CDHU atuaalinhada às necessidades de atendimento às demandas de públicosespecíficos com projetos especiais no âmbito de programas de provisãode moradias.

6.8.1. Moradia Indígena(HR9)Desenvolvido para garantir melhores condições de vida à populaçãoindígena que reside em áreas pertencentes à União, em comunidadesreconhecidas pela Fundação Nacional do Índio (Funai), o Programa deAtendimento à Moradia Indígena da CDHU promove um impacto positivosobre a comunidade indígena por meio da construção de moradiasespecíficas para esse público, respeitando seus costumes e sua cultura.Em 2013, foram iniciadas atividades para atendimento das aldeias RioSilveira, no município de Bertioga, com estimativa de 120 unidades, eTakuri, no município de Eldorado. Vale ressaltar que, na produção dasconstruções, nenhum desses empreendimentos foi considerado comoviolação aos direitos dos povos indígenas.

6.8.2. Moradia QuilombolaAs moradias voltadas para comunidades quilombolas foram construídasdiretamente pela CDHU ou por meio de repasse de recursos às prefeituras,que assumem a responsabilidade da licitação e contratação das obras. Opúblico-alvo é composto de famílias moradoras em áreas remanescentesde quilombos, já com o processo de titulação concluído, assistidas pelaFundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp). Atualmente,41 unidades estão em obras na Comunidade Galvão, município deEldorado, com previsão de entrega em 2014.Nesse mesmo município, no Quilombo de Ivaporunduva, houve o início deatividades para construção de 98 unidades habitacionais.

6.8.3. Cotas para IdososA CDHU, desde 1999, destina percentual das unidades dos conjuntoshabitacionais para idosos com 60 anos ou mais, acompanhados defamiliares com renda familiar de um a dez salários mínimos e que não sejam

proprietários de imóveis, por meio da reserva de 5% do total de unidadesdestinadas a sorteio, procedimento instituído por resolução da diretoria daCompanhia (RD nº 4 de 24/09/1999). A Lei Federal nº 10.741, queregulamenta o Estatuto do Idoso, institui cota de 3% das unidadeshabitacionais para idosos, percentual inferior ao já praticado pela CDHU.No período entre 1999 e 2013, 6% das unidades entregues pela Companhiaforam destinadas a famílias com idosos, como mostra o quadro a seguir.

Além da cota de atendimento e considerando todo o universo deempreendimentos habitacionais produzidos pela empresa, o censorealizado com as unidades habitacionais comercializadas até abril de 2008com financiamento ativo, complementado por pesquisa realizada em 2012,revelou que a CDHU promoveu acesso à moradia a mais de 12% de famíliascom idosos, sejam eles titulares ou componentes do núcleo familiar.

6.8.4. Vila DignidadeO Programa Vila Dignidade é voltado ao atendimento de idosos e promovea construção de moradias especialmente projetadas para esse público emcondomínios horizontais de até 28 unidades, com área de convivênciasocial e integração com a rede social de proteção e defesa do idoso.Atende idosos com 60 anos ou mais, independentes para a realização dastarefas diárias, com até um salário mínimo de renda, sem vínculosfamiliares sólidos ou sozinhos. O Programa, instituído pelo Decreto nº54.285, de abril de 2009, e com nova redação no decreto nº 56.448, denovembro de 2010, tem como participantes a Secretaria da Habitação, aCDHU, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e as prefeiturasdos municípios paulistas.Seis municípios do Estado já foram atendidos pelo Programa VilaDignidade, somando 124 unidades: Avaré, Caraguatatuba, Itapeva,Limeira, Presidente Prudente e Ribeirão Preto. Em outros 12 municípioscom convênios assinados, mais de 234 unidades estão em processo deobras ou licitação: Araraquara, Botucatu, Itapetininga, Ituverava, Jau,Jundiaí, Laranjal Paulista, Mogi das Cruzes, Mogi Mirim, São José do RioPreto, Sorocaba e Tupã.Em 2013, mais um empreendimento foi entregue, somando 124 unidades;outros 12 estão com obras em andamento, totalizando 234 unidades. Alémdisso, outros 14 municípios iniciaram ações visando assinatura deconvênio para implantação do Programa, com estimativa de mais de 392unidades, considerando o potencial máximo para cada município.

6.8.5. Moradia para Pessoas com DeficiênciaDesde 1996, a CDHU atende com atenção especial as famílias compessoas com deficiência motora, visual, auditiva ou mental, reservandopara elas 5% das moradias construídas em todo o Estado. Em 2001, essepercentual foi elevado para 7% e consolidado pela Lei Estadual no 12.907,de 15 de abril de 2008, que legisla sobre o atendimento a pessoas comdeficiência no Estado de São Paulo. Esses imóveis são adaptados paraproporcionar conforto, autonomia e acessibilidade, de acordo com o grau etipo de deficiência. A partir de 2009, os projetos habitacionais daCompanhia passaram a incorporar os conceitos do Desenho Universal, quepermite a adaptação da moradia, com facilidade, para o atendimento aesse público.As demandas selecionadas por sorteio representam 61% dosatendimentos oferecidos pela CDHU entre janeiro de 2001 e outubro de2013, e 7,8% destas famílias incluem pessoas com deficiência. Asdemandas originadas por dispensa de sorteio representam os outros 39%dos atendimentos da Companhia e, neste grupo, 3,3% das famíliascontempladas tem pessoas com deficiência.

6.8.6. Moradia para PoliciaisPoliciais civis, militares e científicos, agentes de segurança penitenciáriae agentes de escolta e vigilância penitenciária têm reservada uma cota de4% dos imóveis comercializados pelo Estado. A medida é fruto de parceriacom a Secretaria de Segurança Pública do Estado, conforme as LeisEstaduais no 11.023/01 e no 11.818/05, e a seleção são feitas seguindoos critérios de elegibilidade previstos no artigo 5º da lei, que prevêpreferência na aquisição dos policiais residentes há mais tempo nomunicípio. Havendo empate serão aplicados os critérios de maior idade,maior número de filhos menores ou incapazes e sorteio, nessa ordem.

7. PERSPECTIVAS 2014(GRI 1.2; 2.9; 3.11)A CDHU é uma empresa motivada a crescer e a cumprir seus objetivossociais, de acordo com as diretrizes voltadas ao desenvolvimentohabitacional e urbano do Estado de São Paulo. Diante disso, as metas e osobjetivos da CDHU para o ano de 2014 encontram-se garantidos com aaprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2014, lei nº 15.265/13, queprevê recursos da ordem de R$ 1,5 bilhão para investimentos por parte daSecretaria da Habitação e da própria Companhia.De igual modo, as parcerias com o governo federal e outros agentesmultiplicam as oportunidades de investimentos e de um atendimentomais amplo das necessidades habitacionais paulista, como descritoneste relatório.

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA O SETOR DE HABITAÇÃO 2014

8. INFORMAÇÕES INSTITUCIONAIS(GRI 2.4; 2.10; 3.13)A Companhia publica informações, editais, avisos, convocações edemonstrações financeiras no Diário Oficial do Estado de São Paulo e emjornais de grande circulação, além de jornais regionais, quando é o caso.A empresa que auditou as demonstrações financeiras em 2013 foi a MacielAuditores S/S.O projeto Ações Integradas de Requalificação Urbana e Socioambiental noBairro Cota 200, município de Cubatão, vinculado ao Programa deRecuperação Socioambiental da Serra do Mar (parceria entre o governo doEstado de São Paulo, Secretaria da Habitação-CDHU e Secretaria do MeioAmbiente do Estado-SMA), recebeu o Selo de Mérito 2013 na categoriaProjeto Ambiental e Socialmente Sustentável. O prêmio é promovido pelaAssociação Brasileira de Cohabs e Agentes Públicos de Habitação (ABC)e o Fórum Nacional de Secretários de Habitação e DesenvolvimentoUrbano (FNSHDU) e tem como objetivo estimular e difundir as experiênciasbem sucedidas desenvolvidas pelos órgãos públicos estaduais emunicipais no âmbito da habitação de interesse social.Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de SãoPaulo – CDHURua Boa Vista, 170 – Centro, CEP: 01014-930 – São Paulo. Telefone: 2505-2000 Site: www.cdhu.sp.gov.br.

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULOC.N.P.J. 47.865.597/0001-09

Page 15: balanço patrimonial em 31/12/2013

quinta-feira, 26 de junho de 2014 Diário Ofi cial Empresarial São Paulo, 124 (117) – 19

RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO DOS AUDITORES INDEPENDENTES RELACIONADO COM INFORMAÇÕES SOBRE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL

Ao Conselho de Administração e Acionistas daCompanhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de SãoPaulo - CDHUSão Paulo - SP

IntroduçãoFomos contratados pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional eUrbano do Estado de São Paulo - CDHU para apresentar nosso relatório deasseguração sobre a compilação das Informações relacionadas comSustentabilidade e Responsabilidade Social da COMPANHIA DEDESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃOPAULO - CDHU, relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013.Responsabilidades da administração da CompanhiaA administração da CDHU responsável pela elaboração e apresentação deforma adequada das informações constantes do Relatório desustentabilidade de acordo com os critérios da Global Reporting Initiative(GRI) e pelos controles internos que ela determinou como necessáriospara permitir a elaboração dessas informações livres de distorçõesrelevantes, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentesNossa responsabilidade é expressar concluso sobre as informaçõesconstantes do Relatório de Sustentabilidade, com base no trabalho deasseguração conduzido de acordo com o Comunicado Técnico CTO 01/12,aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade e elaborado tomando porbase a NBC TO 300 Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria eRevisão, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), queequivalente norma internacional ISAE 3000, emitida pela FederaçãoInternacional de Contadores, aplicáveis informações não históricas. Essasnormas requerem o cumprimento de exigências típicas, incluindorequisitos de independência e que o trabalho seja executado com oobjetivo de obter segurança de que as informações constantes doRelatório de Sustentabilidade, tomadas em conjunto, estão livres dedistorções relevantes.O trabalho de asseguração, foi conduzido de acordo com a NBC TO300(ISAE 3000) consiste principalmente de indagações à administração daCompanhia e outros profissionais da Companhia que estão envolvidos naelaboração das informações constantes do Relatório de Sustentabilidade,assim como pela aplicação de procedimentos analíticos para obterevidências que nos possibilite concluir na forma de asseguração sobre asinformações tomadas em conjunto.

Os procedimentos selecionados basearam-se na nossa compreensão dosaspectos relativos a compilação e apresentação das informaçõesconstantes do Relatório de Sustentabilidade e de outras circunstâncias dotrabalho e da nossa consideração sobre reais onde distorções relevantespoderiam existir.

Os procedimentos compreenderam(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância, o volume deinformações quantitativas e qualitativas e os controles internos queserviram de base para a elaboração das informações constantes doRelatório de Sustentabilidade da COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTOHABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULO - CDHU;(b) o entendimento da metodologia de cálculos e dos procedimentos paraa compilação dos indicadores por meio de entrevistas com os gestoresresponsáveis pela elaboração das informações;(c) a aplicação de procedimentos analíticos sobre as informaçõesquantitativas e indagações sobre as informações qualitativas e suacorrelação com os indicadores divulgados nas informações constantes doRelatório de Sustentabilidade; e(d) o confronto dos indicadores de natureza financeira com asdemonstrações contábeis e/ou registros contábeis.Os trabalhos de asseguração compreenderam, também, a aderência,diretrizes e critérios da estrutura de elaboração conforme demonstrado naplanilha I Sustainability Report, aplicáveis na elaboração das informaçõesconstantes do Relatório de Sustentabilidade.Acreditamos que a evidência obtida em nosso trabalho é suficiente eapropriada para fundamentar a nossa conclusão.

Alcance e limitaçõesEm um serviço de asseguração limitada, os procedimentos de obtenção deevidências são mais limitados do que em um serviço de asseguraçãorazoável; portanto, obtém-se um nível de asseguração menor do que seriaobtido em um serviço de asseguração razoável. Os procedimentosselecionados dependem do julgamento do auditor independente, incluindoa avaliação dos riscos do Relatório de Sustentabilidade não cumprirsignificativamente com os critérios descritos abaixo (Escopo e limitações).Dentro do escopo do nosso trabalho, realizamos os seguintesprocedimentos, entre outros: (i) o planejamento dos trabalhosconsiderando a relevância e o volume das informações apresentadas noRelatório Anual de Sustentabilidade 2013; (ii) a obtenção do entendimentodos controles internos; (iii) a constatação, com base em testes, das

evidências que suportam os dados quantitativos e qualitativos doRelatório de Sustentabilidade; (iv) entrevistas com os gestoresresponsáveis pelas informações; e (v) confronto das informações denatureza financeira com os registros contábeis. Dessa forma, osprocedimentos aplicados foram considerados suficientes para permitir umnível de segurança limitada e, por conseguinte, não contemplam aquelesrequeridos para emissão de um relatório de asseguração mais ampla, comoconceituado na referida norma.Os dados não financeiros estão sujeitos a algumas limitações dada anatureza e a diversidade dos métodos utilizados para determinar, calcularou estimar esses dados. Interpretações qualitativas de materialidade,relevância e precisão dos dados estão sujeitos a pressupostos individuaise a julgamentos.

ConclusãoCom base nos procedimentos realizados, descritos neste relatório, nadachegou ao nosso conhecimento que nos leve a acreditar que asinformações constantes no Relatório de Sustentabilidade não foramcompiladas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com as diretrizesdo Comunicado Técnico CTO 01/12, aprovado pelo Conselho Federal deContabilidade e elaborado tomando por base a NBC TO 300 Trabalho deAsseguração Diferente de Auditoria e Revisão, emitida pelo ConselhoFederal de Contabilidade (CFC), que equivalente norma internacional ISAE3000, emitida pela Federação Internacional de Contadores, aplicáveis àsinformações não históricas.

São Paulo, SP, 29 de abril de 2014.

MACIEL AUDITORES S/S - EPP2CRC RS – 5460 – “S” – SP

ROSANGELA PEREIRA PEIXOTO1CRC RS – 65.932/O-7– “S” - SP

Responsável Técnica

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULOC.N.P.J. 47.865.597/0001-09

Data, Hora e Local: Aos 28 dias do mês de abril de 2014, às 14:30h, na sede social localizada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Estela, nº 268, Bloco A, sala A 31, CEP 04011-001. Publicações: Aviso aos Acionistas publicado no jornal Diário Ofi cial do Estado de São Paulo (“DOESP”) e no jornal Diário de Notícias, em suas edições de 28, 29 de março e 1º de abril de 2014, nas páginas 385, 250 e 47, e nas páginas 14, 7 e 12, res-pectivamente, nos termos do art. 133 da Lei nº 6.404/76. Demonstrações fi nanceiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2013 publicadas nas edições de 18 a 22 de abril de 2014 do DOESP, nas pá-ginas 73 e 74, e no jornal Diário de Notícias, na página 10, nos termos do art. 133 e seu §3º da Lei nº 6.404/76. Edital de convocação publicado nas edições de 17, 18 a 22 e 23 de abril de 2014 do DOESP, nas páginas 139, 117 e 152 e do jornal Diário de Notícias, nas páginas 11, 6 e 6. Presença: Acionistas titulares de ações ordiná-rias nominativas representativas de 97,36% do capital social da Sociedade, conforme se verifi ca no Livro de Re-gistro de Presença de Acionistas. Mesa: Mauro de Salles Aguiar, Presidente da Mesa; Mauro Takahashi Mori, Secretário da Mesa. Ordem do Dia: I. na assembleia geral ordinária: deliberar acerca (a) das contas dos admi-nistradores, exame, discussão e votação das demonstrações fi nanceiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2013; (b) da destinação dada ao resultado do exercício social encerrado em 31 de dezem-bro de 2013; (c) da extinção do cargo de Diretor Administrativo e Financeiro da Sociedade; (d) da criação do car-go de Diretor de Operações da Sociedade; (e) da eleição e a reeleição dos membros da Diretoria da Sociedade; II. na assembleia geral extraordinária: deliberar acerca da autorização dos votos (a) para aprovação das contas do Colégio Bandeirantes Ltda. e da Educare Tecnologia da Informação Ltda.; (b) para reforma da administra-ção do Colégio Bandeirantes Ltda. e da Educare Tecnologia da Informação Ltda.; (c) para reeleição e eleição dos membros da Diretoria do Colégio Bandeirantes Ltda. e da Educare Tecnologia da Informação Ltda. Deli-berações: I - Todos os acionistas presentes aprovaram a lavratura da presente ata em forma de sumário das de-liberações; II - Em Assembleia Geral Ordinária: O Diretor Presidente comentou o envio aos acionistas das ex-planações acerca do desempenho dos negócios sociais da Sociedade e de suas sociedades controladas duran-te o exercício social de 2013. Em ato subsequente, consignado o impedimento legal do acionista Mauro de Sal-les Aguiar, os acionistas presentes, por unanimidade, aprovaram: (a) as demonstrações fi nanceiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2013 e, por conseguinte, as contas dos administradores; (b) que o lucro líquido apurado no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2013 seja compensado contra a conta de prejuízos acumulados da Sociedade; (c) ratifi car a distribuição desproporcional de dividendos realiza-da no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2013 em favor do Espólio de Jorge Barifaldi Hirs à conta de “dividendos a pagar” declarados em exercícios anteriores; (d) a extinção do cargo de “Diretor Administrativo e Financeiro” da Sociedade; (e) a criação do cargo de “Diretor de Operações” da Sociedade, o qual terá as seguin-tes principais atribuições: (i) substituir o Diretor Presidente em suas faltas e impedimentos; (ii) assinar com o Di-retor Presidente os documentos a que se referem as letras “d” e “e” do artigo 15 do Estatuto Social da Socieda-de; (iii) apresentar com o Diretor Presidente à Assembleia Geral o relatório da administração e as demonstrações fi nanceiras da Sociedade; e (iv) participar da elaboração e da execução da estratégia corporativa; formular, junta-mente com o Diretor Presidente, as diretrizes para o planejamento das atividades fi ns da Sociedade; planejar, or-ganizar, dirigir e controlar as atividades das áreas administrativas e fi nanceiras da Sociedade, participar da fi xa-ção da política de gestão dos recursos fi nanceiros juntamente com o Diretor Presidente e quanto aos planos de desenvolvimento, assegurar nos estudos administrativos o estabelecimento de normas gerais para os trabalhos das áreas subordinadas a fi m de assegurar o cumprimento dos objetivos e metas da Sociedade. (f) consignar que a administração da Sociedade é, nos termos do Estatuto Social e das deliberações desta assembleia, exercida por uma Diretoria composta por 03 (três) membros, acionistas ou não, sendo 01 (um) Diretor Presidente, 01 (um) Diretor de Operações e 01 (um) Diretor sem designação específi ca, passando, portanto, os artigos 10, 12, 13, 15, 16 e 17 do Estatuto Social da Sociedade, a vigorarem com as seguintes novas redações: “Artigo 10 As delibera-ções das Assembleias Gerais serão adotadas por maioria absoluta de votos, cabendo a cada ação um voto nas deliberações sociais. Entretanto, se as Assembleias Gerais tiverem por objeto as matérias a seguir enumeradas, as deliberações só poderão ser tomadas por acionistas representando pelo menos 2/3 (dois terços) das ações com direito a voto: (a) qualquer dos casos previstos no artigo 136 da Lei nº 6.404/76; (b) alteração das normas de preferência para aquisição das ações; (c) alteração das normas pertinentes à administração, inclusive quanto aos requisitos para preenchimento dos cargos administrativos da Sociedade; (d) deliberação acerca das matérias descritas neste artigo no âmbito das sociedades direta ou indiretamente controladas; (e) deliberação acerca da eleição dos Diretores Presidente e de Operações da Sociedade e dos diretores que ocuparem estes cargos nas sociedades direta ou indiretamente controladas; (f) aquisição de participações societárias, alienação ou oneração das participações societárias direta ou indiretamente detidas pela Sociedade; e (g) transformação do tipo jurídico da Sociedade.” “Artigo 12 A Administração e a gerência da Sociedade serão exercidas por uma Diretoria, com-posta por 03 (três) membros, acionistas ou não, eleitos pela Assembleia Geral na forma do artigo 10, sendo 01 (um) Diretor Presidente, 01 (um) Diretor de Operações e 01 (um) Diretor sem designação específi ca, os quais de-verão preencher os requisitos do artigo seguinte.” “Artigo 13 Somente poderão ser eleitas para os cargos de Di-retores desta Sociedade, as pessoas que preencham os seguintes requisitos: (a) possuam formação universitária completa; (b) com relação aos cargos a serem ocupados, experiência profi ssional em instituições no mínimo do mesmo porte da Sociedade, ainda que de ramos distintos, de, no mínimo, 07 (sete) anos, sendo 03 (três) anos de vivência em outra sociedade que não esta própria ou nas sociedades direta ou indiretamente controladas; e (c) tenham completado, no máximo, 67 (sessenta e sete) anos à época de sua eleição, defi nida a idade de 70 (seten-ta) anos como idade máxima para permanência no cargo, quando então o Diretor será compulsoriamente aposen-tado de suas funções.” “Artigo 15 Ao Diretor Presidente compete, além da representação ativa e passiva, judicial e extrajudicial da Sociedade: (a) convocar e presidir as Assembleias Gerais; (b) assinar isoladamente, quando de-vidamente autorizado pela Assembleia Geral, instrumentos públicos ou particulares de aquisição, alienação ou oneração de bens imóveis da Sociedade; (c) apresentar com os demais Diretores, à Assembleia Geral, o relató-rio da administração e as demonstrações contábeis da Sociedade; (d) outorgar mandatos em nome da Socieda-de, assinando em conjunto com outro Diretor; (e) elaborar as metas e diretrizes operacionais e praticar em con-junto com o Diretor de Operações os demais atos necessários ao desenvolvimento das atividades da Sociedade, assinando em conjunto com o Diretor de Operações ou com o Diretor sem designação específi ca, cheques, con-tratos, inclusive contratos de fi nanciamento, de arrendamento mercantil e semelhantes, com qualquer instituição

BCMD Participações S.A.CNPJ/MF nº 55.363.469/0001-87 - NIRE 35.300.188.373

Ata das Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária Realizadas em 28 de abril de 2014fi nanceira, inclusive o Banco do Brasil S.A., pedidos de compra, ordens de pagamento, contratos de venda de bens móveis da Sociedade, podendo, ainda, retirar vales postais, abrir e encerrar contas bancárias, promover a cobrança e receber, dando quitação, de toda e qualquer importância devida à Sociedade; e (f) substituir o Diretor de Operações em suas faltas e impedimentos.” “Artigo 16 Ao Diretor de Operações compete, além de represen-tação ativa e passiva, judicial e extrajudicial da Sociedade: (a) substituir o Diretor Presidente em suas faltas e im-pedimentos; (b) assinar com o Diretor Presidente os documentos a que se referem as letras “d” e “e” do artigo 15 do Estatuto Social da Sociedade; (c) apresentar com o Diretor Presidente, à Assembleia Geral, o relatório da ad-ministração e as demonstrações fi nanceiras da Sociedade; e (d) participar da elaboração e da execução da estra-tégia corporativa; formular, juntamente com o Diretor Presidente, as diretrizes para o planejamento das atividades fi ns da Sociedade; planejar, organizar, dirigir e controlar as atividades das áreas administrativas e fi nanceiras da Sociedade, participar da fi xação da política de gestão dos recursos fi nanceiros juntamente com o Diretor Presi-dente e quanto aos planos de desenvolvimento, assegurar nos estudos administrativos o estabelecimento de nor-mas gerais para os trabalhos das áreas subordinadas a fi m de assegurar o cumprimento dos objetivos e metas da Sociedade.” “Artigo 17 Ao Diretor sem designação específi ca compete, além da representação ativa e passiva, judicial e extrajudicial da Sociedade, assinar com o Diretor Presidente os documentos a que se referem as letras “d” e “e” do artigo 15 e exercer as funções que lhe forem atribuídas pelo Diretor Presidente e pelo Diretor de Ope-rações.” (f) reeleger como membros da Diretoria, os Srs. Mauro de Salles Aguiar, brasileiro, divorciado, adminis-trador de empresas, portador da Cédula de Identidade RG nº 4.864.783-4 SSP/SP, inscrito no Cadastro de Pes-soas Físicas do Ministério da Fazenda (“CPF/MF”) sob o nº 571.250.408-10, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Tibiriçá, nº 282, casa D-1, CEP 04622-010, para o cargo de Diretor Pre-sidente, e Pedro Fregoneze, brasileiro, casado, professor, portador da Cédula de Identidade RG nº 3.096.265-1 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 272.092.708-25, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Onze de Junho, nº 977, apto. 182, Vila Clementino, para o cargo de Diretor sem desig-nação específi ca, reeleito em caráter excepcional e não obstante o disposto no artigo 13, alínea “c” do Estatuto Social, consignados os votos contrários das acionistas BLAM Participações Ltda. e Beatriz Salles Aguiar, os quais foram recebidos pela mesa e arquivados na sede social da Companhia; bem como eleger, para o cargo de Dire-tor de Operações, o Sr. Eduardo Tambor Júnior, brasileiro, casado, engenheiro, portador da Cédula de Identida-de RG nº 7.631.673 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 039.709.978-95, residente e domiciliado na Cidade de São Caetano do Sul, Estado de São Paulo, na Rua Piauí, nº 800, apto. 121, CEP 09541-150, todos com manda-to até a assembleia geral ordinária de 2017, mantidos a atual remuneração e os parâmetros de reajuste para to-dos os Diretores, conforme documentos entregues aos acionistas nesta assembleia; e (g) registrar que o Diretor Presidente e o Diretor de Operações, ora eleitos, aceitaram o cargo, e assinaram a presente ata que, dessa for-ma, substitui os respectivos termos de posse no livro próprio da Sociedade, e declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos por lei especial de exercer os cargos para os quais foram eleitos, nem condenados ou sob os efeitos da condenação, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema fi nanceiro nacional, contra normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, contra a fé pública ou a propriedade. III - Em Assembleia Geral Extraordinária: Após a leitura da ordem do dia, todos os acionistas presentes, representando mais de 2/3 (dois terços) das ações com direito a voto, aprovaram, por una-nimidade: (a) integralmente as demonstrações fi nanceiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de de-zembro de 2013 do Colégio Bandeirantes Ltda. e da Educare Tecnologia da Informação Ltda., como corolá-rio dos votos de aprovação das demonstrações fi nanceiras da Sociedade e, consequentemente, o voto a ser pro-ferido nas respectivas reuniões de sócios a serem realizadas nesta data, fi cando consignada a abstenção de voto do acionista Mauro de Salles Aguiar acerca dessa matéria, em razão de seu impedimento legal; (b) o voto afi r-mativo para fi ns de reforma da administração do Colégio Bandeirantes Ltda. e da Educare Tecnologia da In-formação Ltda., no intuito de extinguir o cargo de “Diretor Administrativo e de Tecnologia”, criar o cargo de “Dire-tor de Operações” nas diretorias do Colégio Bandeirantes Ltda. e da Educare Tecnologia da Informação Ltda., bem como criar o cargo de “Diretor de Tecnologia Educacional” exclusivamente para a diretoria do Colégio Bandeirantes Ltda.; (c) o voto afi rmativo para reeleição e eleição dos membros da Diretoria do Colégio Bandei-rantes Ltda. com mandato até a reunião anual de sócios de 2017, composta pelos seguintes membros: Diretor Presidente, Sr. Mauro de Salles Aguiar; Diretor de Operações, Sr. Eduardo Tambor Júnior; e Diretor Pedagógi-co, Pedro Fregoneze, a ser eleito em caráter excepcional, consignados os votos contrários das acionistas BLAM Participações Ltda. e Beatriz Salles Aguiar, os quais foram recebidos pela mesa e arquivados na sede social da Companhia, e não obstante o disposto no artigo 13, alínea “c” do Contrato Social da referida sociedade, todos aci-ma qualifi cados; e Diretor de Tecnologia Educacional, Sr. Emerson Bento Pereira, brasileiro, casado, administra-dor, portador da Cédula de Identidade RG nº 15.967.918-7 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 136.033.318-50, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Carlos Weber, nº 790, Apto. 92A, Vila Leopoldina, CEP 05303-000, mantidos os mesmos critérios de remuneração anteriormente praticados para os membros da referida Diretoria, conforme documentos entregues aos acionistas nesta assembleia; (d) o voto afi rmativo para reeleição dos atuais membros da Diretoria da Educare Tecnologia da Informação Ltda., com mandato até a reunião anual de sócios de 2017, composta pelos seguintes membros: Diretor Presidente, Sr. Mau-ro de Salles Aguiar, e Diretor de Operações, Sr. Eduardo Tambor Júnior, ambos acima qualifi cados, mantidos os mesmos critérios de remuneração anteriormente praticados para os membros da referida Diretoria, conforme documentos entregues aos acionistas nesta assembleia; e (e) autorizar a Diretoria da Sociedade a tomar todas as providências necessárias à implementação das deliberações ora aprovadas. Encerramento: Nada mais ha-vendo a tratar, a assembleia foi suspensa para lavratura da presente que, lida, foi por todos assinada. Assinatu-ras: Mauro de Salles Aguiar, Presidente da Mesa, Acionista e Diretor Presidente reeleito; Mauro Takahashi Mori, Secretário da Mesa; BCMD Material Didático S.A., por Mauro de Salles Aguiar, Acionista; ACVH Empreendimen-tos e Participações S.A., p.p. Mauro Takahashi Mori, Acionista; BLAM Participações Ltda., por Luiz Alvaro Salles Aguiar de Menezes e Mauro Salles Aguiar de Menezes, Acionista; Beatriz Salles Aguiar, Acionista, p.p. Mauro Salles Aguiar de Menezes; e Eduardo Tambor Júnior, Diretor de Operações eleito. Esta ata é cópia fi el da lavra-da em livro próprio. São Paulo, 28 de abril de 2014. Mauro Takahashi Mori - Secretário da Mesa. JUCESP nº 220.550/14-1 em 10.06.2014. Flávia Regina Britto - Secretária Geral em Exercício.