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1 2 3 4 5 6 COMI Presid Presid COMI Dr. Da Msc. A Dra. S Dra. R Dra. E Dr. Al Msc. G COMI Dr. Je Dr. M Dra. R Dr. Al Dra. E Dra. S Dra. P Dr. Da ORGA Internation APOIO 1. Listage 2. Listage 3. Resumo apresen 4. Resumo 5. Resumo 6. Índice d ISSÕES dente do Cong dente de Honr ISSÃO ORGAN anilo Boscolo Alexandre Ma Simone R. Frei Roseli Ferreira Erica Hasui (Un exandre Uezu Giordano Cioc ISSÃO CIENTÍF an Paul Metzg ilton Cezar Ri Rozely Ferreira exandre Uezu Erica Hasui (UF Simone R. Frei Paula Koeler L anilo Boscolo ANIZAÇÃO al Association for Landscape Ec O m de titu m de títu os Palestr ntador os de Com os de Pôs de Autore gresso: Dr. Da ra do Congress NIZADORA (UNIFESP) artensen (TAK itas (Universid a dos Santos (U niversidade Fe u (IPE) cheti (Univers FICA ger (USP) beiro (UNESP a dos Santos ( u (IPÊ) FA) itas (UFABC) Lira (USP) (UNIFESP) cology - Brasil los de Com los de Pôs ras e Simp municaçõe teres es nilo Boscolo ( so: Dr. Jean P KI Ambiental) dade Federal d Unicamp) ederal de Alfe sidade Federal P) (UNICAMP) municaçõ steres pósios em es Orais (Presidente da aul Metzger ( do ABC) enas) l de São Carlo es Orais ordem al a IALEBr) (USP) os) lfabética d de

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APOIO

1. Listage

2. Listage

3. Resumo

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4. Resumo

5. Resumo

6. Índice d 

ISSÕES dente do Congdente de Honr

ISSÃO ORGANanilo Boscolo Alexandre MaSimone R. FreiRoseli FerreiraErica Hasui (Unexandre UezuGiordano Cioc

ISSÃO CIENTÍFan Paul Metzgilton Cezar RiRozely Ferreiraexandre UezuErica Hasui (UFSimone R. FreiPaula Koeler Lanilo Boscolo 

ANIZAÇÃO 

  

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LISTAGEM DE TITULOS DE COMUNICAÇÕES ORAIS 

   CO.001  USO DE PARÂMETROS DE PAISAGEM MARINHA NA DEFINIÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA A CONSERVAÇÃO NA RESERVA BIOLÓGICA MARINHA DO ARVOREDO, SANTA CATARINA, BRASIL: RESULTADOS PRELIMINARES  Pereira MLM1, Bonetti J2 ‐ 1ICMBio ‐ UFSC ‐ REBIO Marinha do Arvoredo ‐ LOC, 2Laboratorio de Oceanografia Costeira ‐ UFSC ‐ Geociencias  CO.002  COMPENSAÇÃO DE RESERVA LEGAL E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. da Silva JS1, Ranieri VL2 ‐ 1EESC/ USP ‐ Programa de Pós‐Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental, 

2EESC/ USP ‐ Depto Hidráulica e Saneamento 

 CO.003  INDICADORES ESTRUTURAIS DA PAISAGEM NO PROCESSO DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE DO MUNICÍPIO DE IBATÉ, SÃO PAULO – BRASIL. TREVISAN DP1, DOS SANTOS RM2, MOSCHINI LE2, PINATTI J M1, DORICI M1, Lopes LE2 ‐ 1Universidade Federal de São Carlos ‐ Curso de Bacharelado em Gestão e Análise Ambiental, 2Universidade Federal de São Carlos ‐ Departamento de Ciências Ambientais  CO.004  A SUPRESSÃO DO Pinus elliottii NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE ANGATUBA E A MUDANÇA DA PAISAGEM  PRADO BHS1, Monteiro CB1, Petri L2 ‐ 1INSTITUTO FLORESTAL ‐ DFEE, 2Universidade Federal de São Carlos, Campus de Sorocaba ‐ Núcleo de Estudos em Ecologia de Paisagem e Conservação  CO.005  Rumo a conservação e uso sustentável dos Campos Sulinos através da abordagem funcional dos artrópodes terrestres  Podgaiski LR1, Goldas CS1, Ferrando CPR1, Dias CF1, David MZ1, Beledelli R1, Shizen TT1, DellAglio DD1, Bitencourt JA2, Cavalleri A2, Machado DB1, Cardoso RR1, Mendonça Jr MS1, Pillar VD1 ‐ 1UFRGS ‐ Departamento de Ecologia, 2UFRGS ‐ Departamento de Zoologia   CO.007  SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS PARA A AGRICULTURA: O PAPEL DAS MATAS NATIVAS EM BLOCO NO NÍVEL DA PAISAGEM  Mangabeira JAC1, Romeiro AR2, Grego CR3 ‐ 1Embrapa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ‐ Pesquisador, 2IE/Unicamp ‐ Professor, 3Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ‐ Pesquisadora  CO.008  AVALIAÇÃO DO HISTÓRICO DE REMANESCENTES FLORESTAIS PARA DETERMINAÇÃO DE SEU POTENCIAL NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS  Cassiano CC1, Ferraz SFB1, Ferraz KMPMB1 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" ‐ Ciências Florestais  CO.009  EXPLORANDO AS RELAÇÕES ENTRE ESTRUTURA DA PAISAGEM E ATRIBUTOS DE QUALIDADE DE FRAGMENTOS EM REGIÃO DE MATA ATLÂNTICA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO  Uzêda M1, Fidalgo ECCF2, Iguatemy MA3, Condé RA4 ‐ 1EMBRAPA AGROBIOLOGIA ‐ Agricultura orgânica, 2Embrapa Solos ‐ Laboratório de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto, 3Bolsista Faperj, UFRRJ ‐ Doutorado em Ciência Tecnologia e Inovação em Agropecuária, 4Bolsista IC ‐ Embrapa Agrobiologia  

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CO.010   AVALIAÇÃO DA FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL COM BASE NAS MÉTRICAS DA PAISAGEM NA FLORESTA NACIONAL DO IBURA E SEU ENTORNO EM NOSSA SENHORA DO SOCORRO/SE SILVA MSF1, MELO E SOUZA R2 ‐ 1Doutora em Geografia pelo NPGEO/UFS e Pesquisadora do GEOPLAN/UFS/CNPq., 2Pós‐doutora em Biogeografia e Profª Associada da UFS dos Cursos de Graduação e Pós‐Graduação em Geografia/NPGEO/UFS e do Programa de Pós‐Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA). Coordenadora do GEOPLAN/UFS/CNPq, e Bolsista de Produtividade  CO.011  EFFECTS OF HABITAT LOSS ON BEES ABUNDANCE AND RICHNESS  Ferreira PA1, Boscolo D2, Carvalheiro LG3, Biesmeijer JC3, Viana BF4 ‐ 1Universidade Federal da Bahia ‐ UFBA ‐ Ecologia e Biomonitoramento, 2Universidade Federal de São Paulo ‐ UNIFESP ‐ Ciências Biológicas, 3Leiden University ‐ NCB‐Naturalis, 4Universidade Federal da Bahia ‐ Instituto de Biologia  CO.012  COBERTURA FLORESTAL OU INTENSIFICAÇÃO DO MANEJO? CAUSAS PROXIMAIS DO DECLÍNIO DE MAMÍFEROS EM AGROFLORESTAS DE CACAU Cassano CR1,2,3, Barlow J4, Pardini R5 ‐ 1Universidade Estadual de Santa Cruz ‐ Dep. de Ciências Biológicas, 2IB/USP ‐ Dep. de Ecologia, 3Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia, 4Lancaster University ‐ Lancaster Environment Centre, 5IB/USP ‐ Dep. de Zoologia  CO.013  VARIATION IN POLLINATOR ASSEMBLAGES IN A FRAGMENTED LANDSCAPE HAS FEW EFFECTS ON REPRODUCTIVE STAGES OF A SELF‐INCOMPATIBLE TREELET, Psychotria suterella (RUBIACEAE)  Lopes LE1, Buzato S2 ‐ 1Universidade Federal de São Carlos ‐ Departamento de Ciências Ambientais ‐ DCAm, 2Universidade de São Paulo ‐ Departamento de Ecologia  CO.014  O SUBSISTEMA DE DECOMPOSIÇÃO PARA ANÁLISE DO ESTADO FUNCIONAL DE FRAGMENTOS FLORESTAIS DA MATA ATLÂNTICA  Pessoa FA1, Cesário FV2, Castro EJ1 ‐ 1UFRJ, 2UFRJ/EMBRAPA  CO.015  BIOTIC QUALITY IN THE ATLANTIC FOREST: 1. NEW SYSTEM OF QUANTITATIVE  INDICATORS FOR BIOTOPES COMPARATIVE EVALUATION.  Porto ML1,2, Wendel HH3 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande do Sul ‐ Ecologia, 2Laboratório de Ecologia de Paisagem ‐ [email protected], 3Universitaet Ulm ‐Alemanha ‐ wendel‐wuppertal@t‐online.de  CO.016  BIOTIC QUALITY IN THE ATLANTIC FOREST: 2. COMPARATIVE AND QUANTITATIVE EVALUATION METHOD OF LANDSCAPES.  Porto ML1,2, Wendel HH3, Zocche JJ4,5 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande do Sul ‐ Ecologia, 2Laboratório de Ecologia de Paisagem ‐ [email protected], 3Universitaet Ulm ‐Alemanha ‐ wendel‐wuppertal@t‐online.de, 4Universidade do Extremo Sul Catarinense‐UNESC ‐ Laboratório de Ecologia de Paisagem, [email protected]  CO.018  Estoque de carbono em unidades de paisagem na Amazônia: uma proposta de quantificação a partir da Ecologia da Paisagem  Pereira ICN1 ‐ 1Universidade Federal do Oeste Pará  CO.019  Utilização de métricas da paisagem e uso do solo para avaliar como as abelhas de orquídeas (Hymenoptera, Apidae, Euglossina) são afetadas por perturbações antrópicas  Aguiar WM1, Gaglianone MC2 ‐ 1UEFS ‐ DEXA, 2UENF ‐ CBB‐LCA  

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CO.020  UMA AVALIAÇÃO SOBRE O MÉTODO RAPPAM: UMA ANÁLISE DA LÓGICA GESTACIONAL DE ÁREAS PROTEGIDAS*  ALVES FS1, Castro Junior E1, ARAÚJO NM1, MARTINS ALL2 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ Geografia, 2Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro ‐ Economia do Instituto Multidisciplinar  CO.021  FORMAS DE HÚMUS COMO FERRAMENTA DE ANÁLISE DA QUALIDADE DE FRAGMENTOS FLORESTAIS NA PAISAGEM DA MATA ATLÂNTICA.  Cesário FV1, PessoaFA1, Balieiro FC2, Castro EJ1 ‐ 1UFRJ, 2EMBRAPA‐SOLOS  CO.022  DIMENSÃO FRACTAL EM PAISAGENS NATURAIS FRAGMENTADAS: COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS CAMBUI ECB1, VASCONCELOS RN1, Miranda JGV2, Boscolo D3, Da ROCHA PLB1 ‐ 1UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ‐ Pós Graduação ‐ Ecologia e Biomonitoramento, 2UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ‐ Instituto de Física, 3UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP)  CO.023  IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS EM MANANCIAL DE ABASTECIMENTO URBANO  Santos EN1, Rocha CH2, Barreto KT3 ‐ 1Universidade Estadual de Ponta Grossa‐UEPG ‐ Laboratório de Mecanização Agrícola(Lama), 2UEPG ‐ Docente do Departamento de Ciência do Solo e Engenharia Agrícola, 3UEPG ‐ Acadêmica de Agronomia/UEPG/Lama  CO.024  PAISAGEM CULTURAL DA BACIA DO RIO PITANGUI, PR, BRASIL  NIEDZIELSKI C1, MORO RS2 ‐ 1Universidade Estadual de Ponta Grossa ‐ Mestranda do Programa de Pós‐Graduação em Geografia, Mestrado em Gestão do Território, 2Universidade Estadual de Ponta Grossa ‐ Docente do Programa de Pós‐Graduação em Geografia, Mestrado em Gestão do Território  CO.025  MANEJO ECOHIDROLÓGICO DE PAISAGENS AGRÍCOLAS  Ferraz SFB1, Lima WP1, Ferraz KMPMB1, Cassiano CC2, Paula FR2 ‐ 1ESALQ/USP, 2PPGRF/ ESALQ‐USP  CO.026  ASSENTAMENTO DE REFORMA AGRÁRIA E SUAS POTENCIALIDADES PAISAGÍSTICAS  Costa RC1, Frazão BTM1 ‐ 1INPA ‐ Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia ‐ LAES ‐ Laboratório de Estudos Sociais  CO.027  PAISAGEM, USO DE RECURSOS E GESTÃO DO TERRITÓRIO EM SANTO ANTÔNIO DO ABONARI (AM)  Costa RC1, Frazão BTM1 ‐ 1INPA ‐ Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia ‐ LAES ‐ Laboratório de Estudos Sociais  CO.028  CONECTIVIDADE DE ÁREAS ÚMIDAS UTILIZANDO O CERVO‐DO‐PANTANAL COMO ESPÉCIE ALVO: UMA EXPERIÊNCIA NO RIO GRANDE DO SUL  Meneses BA1, Castilho CS2, Ximenes S1, Mähler Jr JKF1, Kindel A3, Krob A1 ‐ 1Instituto Curicaca ‐ Programa de Conservação do Cervo do Pantanal no Rio Grande do Sul, 2Universidade de São Paulo ‐ Laboratório de Ecologia da Paisagem e Conservação ‐ Departamento de Ecologia, 3Universidade Federal do Rio Grande do Sul ‐ Centro de Ecologia  CO.029  MOVEMENT ECOLOGY OF NEOTROPICAL BATS: WHAT WE ALREADY KNOW AND WHAT SHOULD WE LEARN?  Muylaert RL1, Bernard E2, Ribeiro MC1 ‐ 1UNESP ‐ Ecologia, 2UFPE ‐ Zoologia  

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CO.030  Sobre o desafio de avaliar a conectividade funcional e os padrões de movimentação de insetos polinizadores  Boscolo D1 ‐ 1Universidade Federal de São Paulo ‐ UNIFESP ‐ Ciências Biológicas  CO.031  EFEITOS DE DIFERENTES MATRIZES NO RISCO DE PREDAÇÃO E NA MOVIMENTAÇÃO DE UMA AVE FLORESTAL  Biz MR

1, Cornelius C

2, Metzger JP

1 ‐ 

1Universidade de São Paulo ‐ Instituto de Biociências ‐ Ecologia, 

2Universidade Federal do Amazonas ‐ Biologia  CO.032  USO DE MODELOS PROBABILÍSTICOS PARA AVALIAR A CAPACIDADE DE DESLOCAMENTO NA MATRIZ: FORMICIVORA LITTORALIS COMO ESTUDO DE CASO.  Navegantes AQ1, Lorini ML1, Crouzeilles R1, Rajão R2, Cerqueira R1 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ Departamento de Ecologia, 2PUC‐Rio  CO.033  EFEITO DA PERMEABILIDADE RELATIVA EM DIFERENTES TIPOS DE MATRIZES SOBRE A AVIFAUNA  Coelho MTP1, Pereira JAC1, Menezes GR, Silva MI1, Hasui É1 ‐ 1Universidade Federal de Alfenas‐ MG  CO.034  DELINEAMENTO E AVALIAÇÃO DE CORREDORES LINEARES MULTI‐HABITAT: ESTUDO DE CASO COM BUGIO‐RUIVO (ALOUATTA GUARIBA CLAMITANS) EM MOSAICO URBANO‐RURAL  Alonso AC1, Becker FG2 ‐ 1Núcleo de Extensão Macacos Urbanos ‐ UFRGS, 2Programa de Pós‐Graduação de Ecologia ‐ UFRGS  CO.035  DEFINIÇÃO DE ÁREAS NÚCLEO E TRAMPOLINS ECOLÓGICOS NO CORREDOR ECOLÓGICO DO MURIQUI  Bohrer CBA1,2 ‐ 1Claudio Belmonte da Athayde Bohrer ‐ Dpto. Geografia UFF, 2Rafael Magno Guimarães Mussi ‐ Instituto Estadual do Ambiente ‐ INEA  CO.036  EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE AS FLORESTAS NO MUNICÍPIO DE SOROCABA/SP  Castelli KR

1, Silva AM

2, BeltrãoMI

3 ‐ 

1UNESP ‐ Universidade Paulista Julio de Mesquita Filho ‐ Faculdade 

de Engenharia de Bauru, 2UNESP, 3PUC ‐ Pontificia Universidade Católica de São Paulo  CO.037  FRAGMENTAÇÃO DA PAISAGEM NA MICRORREGIÃO DE QUIRINÓPOLIS ‐ GOIÁS NO ANO DE 2010: UMA ANÁLISE ECOLÓGICA DA PAISAGEM1.  Carneiro GT1, Silva AA2, Castro SS3, Faria KMS2, Siqueira MN1 ‐ 1UFG ‐ CIAMB, 2UFG ‐ IESA, 3UFG ‐ CIAMB/IESA  CO.038  DINAMICA DOS TAMANHOS DE FRAGMENTOS NA BACIA DO RIO DIAMANTINO (MT) EM 25 ANOS  Siqueira MN1, Faria KMS2, Carneiro GT1, Nunes ED3, Castro SS2 ‐ 1Universidade Federal de Goiás ‐ Programa de Pós‐Graduação em Ciências Ambientais, 2Universidade Federal de Goiás ‐ Professora Doutora do Instituto de Estudos Sócio‐Ambientais, 3Universidade Federal de Goiás ‐ Programa de Pós‐Graduação do Instituto de Estudos Sócio‐Ambientais  CO.039  VARIAÇÕES PEDOBIOLÓGICAS NA TRANSIÇÃO FLORESTA‐PASTO NA BACIA DO RIO CAÇAMBE, MACIÇO DA PEDRA BRANCA – RJ.  Chirol AA1, Silva MYA2, Affonso GUM2, Montezuma RCM3 ‐ 1uerj ‐ geografia física, 2PUC‐Rio, 3PUC‐Rio ‐ geografia  CO.040  

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LANDSCAPE MOSAIC OF ATLANTIC FOREST AND EUCALYPTUS MONOCULTURE USED BY LOWLAND TAPIR IN SOUTHEAST BRAZIL  Centoducatte LD1,2, Moreira DO1,2, Seibert JB1,2, Gondim MFN3,2, Acosta ICL3,2, Gatti A1,2 ‐ 1Universidade Federal do Espírito Santo ‐ Ciências biológicas, 2Instituto Marcos Daniel, 3Universidade Vila Velha  CO.041  ESTUDO DA FRAGMENTAÇÃO DA VEGETAÇÃO COMO INDICADOR DA SUSCEPTIBILIDADE A DESERTIFICAÇÃO NO POLO DE IRECÊ‐BA  Nepomuceno MQ

1, Lobão JSB

2 ‐ 

1Universidade Estadual de Feira de Santana, 

2UEFS ‐ Departamento de 

Ciências Humanas e Filosofia ‐ DCHF  CO.042  FRAGMENTOS FLORESTAIS EM MATRIZ AGRÍCOLA: IMPORTÂNCIA DO HISTÓRICO DA PAISAGEM EM ESTUDOS DE BIODIVERSIDADE  Ferraz KMPMB1, Ferraz SFB1, Cassiano CC1, Luz DTA1, Alexandrino ER1, Azevedo TN2, Tambosi LR2, Metzger JP2 ‐ 1ESALQ/USP ‐ Depto de Ciências Florestais, 2USP ‐ Instituto de Biociências ‐ Depto de Ecologia  CO.043  ECOLOGIA DA PAISAGEM APLICADA À GESTÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTES NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO: ESTUDO DE CASO NO RIO SERIDÓ (CAICÓ‐RN) Santos TAA1,2, Souza CS1,3, Guedes JCF1,4, Medeiros LC1,5, Costa DFS6, Rocha RM7 ‐ 1Graduandos em Geografia / Laboratório de Ecologia do Semiárido, CERES‐Campus de Caicó, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. ‐ Geografia, [email protected][email protected][email protected][email protected], 6Prof. Colaborador do Departamento de Geografia/ Laboratório de Ecologia do Semiárido, CERES‐Campus de Caicó, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. ‐ Geografia, 7Prof. Adjunto do Departamento de Geografia/ Coordenador do Laboratório de Ecologia do Semiárido, CERES‐Campus de Caicó, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. ‐ Geografia  CO.044  ECOLOGIA DA PAISAGEM APLICADA À GESTÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE EM RESERVATÓRIOS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO – ESTUDO DE CASO NO AÇUDE ITANS (CAICÓ‐RN) Lobo JA

1, Araújo OC

2, Guedes JCF

2, Souza PM

2, Costa DFS

3, Rocha RM

4 ‐ 

1Universidade Federal do Rio 

Grande do Norte ‐ Graduanda em Geografia/Depto. de Geografia (CERES/Campus de Caicó) E‐mail: [email protected], 2Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ Graduandos em Geografia/Depto. de Geografia (UFRN/CERES/Campus de Caicó), 3Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ Prof. Colaborador do Depto. de Geografia (UFRN/CERES/Campus de Caicó), 4Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ Prof. Adjunto do Depto. de Geografia/ Coordenador do Laboratório de Ecologia do Semiárido, CERES ‐ Campus de Caicó  CO.045  Gestão de Áreas de Proteção Permanente na Bacia Hidrográfica do córrego Pito Aceso em Bom Jardim – RJ  Rangel LA1, Távora GSG2 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2Universidade Federal Fluminense ‐ Departamento de Geografia  CO.046  DELIMITAÇÃO DE APP NO ENTORNO DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE ANGATUBA ‐SP: ADEQUAÇÃO LEGAL E CORREDORES ECOLÓGICOS  Petri L1, Coelho JC1, Nalon MA2, Toppa RH1, Prado BHS do3 ‐ 1Universidade Federal de São Carlos campus SOROCABA ‐ NEEPC, 2Instituto Florestal ‐ Dasonomia/Seção de Manejo e Inventário Florestal, 3Instituto Florestal ‐ DFEE/Seção de Itapetininga  CO.047  Planejamento ambiental da bacia hidrográfica do rio Guapi‐Macacu, RJ: Estudo da paisagem e qualidade ecológica.  

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Oliveira AF1 ‐ 1Instituto Estadual do Ambiente ‐ Inea ‐ Gerencia de Geoprocessamento e Estudos Ambientais  CO.048  A CONFIGURAÇÃO DA PAISAGEM NA ÁREA DE INFLUÊNCIA GERENCIAL DA RESERVA BIOLÓGICA GUARIBAS / PB  Alencar HMQ

1,2, Villar V

3,2, Ranulpho R

4, Alves CH

1, Deiss I

5, Freitas G

2, Nascimento JL

2 ‐ 

1Universidade 

Federal da Paraíba ‐ Departamento de Engenharia e Meio Ambiente, 2ICMBio ‐ Reserva Biológica 

Guaribas, 3Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ Departamento de Botânica Ecologia e 

Zoologia, 4ICMBio ‐ Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento, 5ICMBio ‐ Coordenação Regional 6  CO.049  INCLUSION OF BIODIVERSITY CONSERVATION IN THE AGROENVIRONMENTAL ZONING FOR SUGARCANE SECTOR OF SÃO PAULO STATE, BRAZIL, BASED ON PRINCIPLES  OF LANDSCAPE ECOLOGY.  SILVA RAO1,2 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ USP ‐ Programa de Pós‐graduação em Ciências da Engenharia Ambiental, 2Victor Eduardo Lima Ranieri ‐ Universidade de São Paulo ‐ EESC  CO.050  PROPOSTA DE CONSERVAÇÃO DE REMANESCENTES FLORESTAIS EM TERRENOS CÁRSTICOS NA REGIÃO DO VALE DO RIBEIRA, SP. MARTINS RC1 ‐ 1Universidade de Sao Paulo ‐ Geography  CO.051  PROJETO ALIANÇA DAS ÁGUAS Falcão CA1, Gomes AR1, Fandi AC1, De Paula FC2 ‐ 1IESB, 2Universidade Estadual de Santa Cruz ‐ Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais  CO.052  Integrando área, forma e heterogeneidade de habitats em remanescentes florestais numa paisagem altamente fragmentada da Floresta Atlântica  Lins‐e‐Silva ACB1, Trindade MB, Ribeiro MC2, Scarano FR3 ‐ 1Universidade Federal Rural de Pernambuco ‐ Departamento de Biologia/ Área de Ecologia, 2Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP/ Rio Claro) ‐ Instituto de Biociências/ Departamento de Ecologia, 

3Conservação Internacional do 

Brasil/ Universidade Federal do Rio de Janeiro  CO.053  CA Apllied to Spatial Simulating Models in (LULUC) Multi‐Temporals Images  SUAREZ AF1, CANDEIAS A L B1 ‐ 1UFPE ‐ Engenharia Cartográfica  CO.054  ECOLOGIA DE PAISAGEM, SENSORIAMENTO REMOTO E GEOPROCESSAMENTO APLICADOS À ANÁLISE AMBIENTAL DA PLANÍCIE COSTEIRA DO MUNICÍPIO DE QUATIPURU, PARÁ.  BARBOSA JR JS1,2, SENNA CSF3,4 ‐ 1Museu Paraense Emilio Goeldi ‐ Coordenação de Ciência da Terra e Ecologia, [email protected], 3Museu Paraense Emilio Goeldi ‐ Coordenação de Cinência da Terra e Ecologia, 4csenna@museu‐goeldi.br  CO.055  TOOLS FOR STRATEGY CONSERVATION AND DECISION‐MAKING THROUGH LANDSCAPE ANALYSIS IN PINDARÉ BASIN, MARANHÃO STATE, BRAZIL  Barreto L1, Ribeiro MC2, Brito F3, Tannus R4, Lago C4, Rêbelo G5, Jongman R6, Schrool J7, Mendes I8 ‐ 1Universidade Federal do Maranhao ‐ Departamento de Oceanografia e Limnologia, 2UNESP/RIO CLARO ‐ LEEC, 3Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão ‐ Biologia, 4não tem, 5Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia ‐ INPA ‐ Dept. Ecologia, 6Wageningen University ‐ Alterra Institute ‐ (WUR)/ Landscape Ecology, 7Wageningen University ‐ Land Dynamic Department, 8Universidade Federal do Maranhão ‐ Departamento de Oceanografia e Limnologia  

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CO.056  EVOLUÇÃO DE UMA PAISAGEM PROTEGIDA NA MATA ATLÂNTICA: A CONSERVAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BONFIM, PETRÓPOLIS/RJ  Valverde Y1,2, Coutinho B3, Filho H1,2, Medeiros R1,2 ‐ 1Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas Estratégias e Desenvolvimento (INCT/PPED), 2Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro ‐ Laboratório de Gestão Ambiental do Departamento de Ciencias Ambientais e Florestais, 3Mosaico Conservação e Licenciamento Ambiental Ltda  CO.057  ANÁLISE TEMPORAL DA COBERTURA FLORESTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO FORTALEZA EM BLUMENAU/SC. RUDOLPHO LS1, SANTIAGO AG1, SABOYA RT1 ‐ 1UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA ‐ PROGRAMA DE PÓS‐GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO  CO.058  CONSTRUÇÃO DE UM SIG PARA APOIAR A GESTÃO DE SISTEMA DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO  Nilsson MST1, Lamberts AH2, Paludo D3 ‐ 1independente, 2Insituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) ‐ Coordenação Regional 9 (CR 9), 3Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) ‐ CR 9  CO.059  RETHINKING EDGE EFFECTS: THE UNACCOUNTED ROLE OF GEOMETRIC CONSTRAINTS  Prevedello JA1, Figueiredo MSL1, Grelle CEV2, Vieira MV2 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ Programa de Pós‐Graduação em Ecologia, 2Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ Depto. de Ecologia  CO.060  LUCAT ‐ UMA FERRAMENTA PARA ESTUDOS DE DINÂMICA DO USO DA TERRA  Ferraz SFB1, Cassiano CC2, Begotti RA2, Tranquilin A3 ‐ 1ESALQ/USP ‐ Depto. Ciências Florestais, 2PPGRF/ ESALQ‐USP, 3CIAGRI/ USP  CO.061  ANALYSING FUNCTIONAL CONNECTIVITY IN A LINEAR HABITAT:  IRONSTONE MOUNTAINTOPS IN SOUTHEAST BRAZIL  Jacobi CM

1, Carmo FF

1, Fortin M‐J

2, Saura S

3 ‐ 

1Universidade Federal de Minas Gerais ‐ Instituto de 

Ciências Biológicas, 2University of Toronto, Canada ‐ Dept. of Ecology and Evolutionary Biology, 

3Universidad Politécnica de Madrid, Spain ‐ E.T.S.I. Montes  CO.062  VARIAÇÃO TEMPORAL E ESPACIAL DOS ACIDENTES POR ATROPELAMENTO DE ANIMAIS NAS RODOVIAS FEDERAIS PAULISTAS  Freitas SR1, Lobo GS2 ‐ 1Universidade Federal do ABC ‐ Centro de Ciencias Naturais e Humanas, 2Universidade Federal de São Carlos  CO.063  BANHADOS CONSTRUÍDOS (WETLAND) EM ÁREAS DE MINERAÇÃO DE CARVÃO COMO ELEMENTO DE CONECTIVIDADE PARA A AVIFAUNA Viana IR1,2 ‐ 1Universidade do Extremo Sul Catarinense ‐ Ciências Biológicas, 2Jairo José Zocche ‐ Laboratório de Ecologia de Paisagem e de Vertebrados, Curso de Ciências Biológicas, Programa de Pós‐Graduação em Ciências Ambientais, Unidade Acadêmica Humanidades, Ciências e Educação, Universidade do Extremo Sul Catarinense  CO.064  CONECTIVIDADE DE FRAGMENTOS FLORESTAIS COMO SUBSÍDIO PARA A RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA NA SUB‐BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO POXIM‐SE Jesus EN1, Ferreira RA2, Aragão AG3, Santos TIS3, Rocha SL4 ‐ 1Universidade Federal de Sergipe, 2Universidade Federal de Sergipe ‐ Departamento de Engenharia Florestal, 3Projeto: Sergipe + Verde ‐ SEMARH/SE; Semear, 4Superintendência de Recursos Hídricos ‐ SRH/SE 

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 CO.065  AS MACROFISIONOMIAS DA PAISAGEM DO BIOMA PAMPA, NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL – BRASIL  Dutra da Silva M1 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande ‐ Instituto de Oceanografia/Programa de Pós‐Graduação em Gerenciamento Costeiro  CO.066  ANÁLISE DA CONECTIVIDADE FUNCIONAL EM TRES NIVEIS NA SUB‐BACIA DO RIO ZUTIUA, BACIA DO PINDARÉ, MARANHÃO  Tannús RM1, Barreto L2, Ribeiro MC3 ‐ 1Universidade Federal do Maranhão ‐ UFMA, 2Universidade Federal do Maranhão ‐ UFMA ‐ Departamento de oceanografia e limnologia, 3Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" ‐ UNESP Rio Claro ‐ Departamento de ecologia  CO.067  USO DE GEOTECNOLOGIAS PARA CRIAÇÃO DE CORREDORES ECOLÓGICOS URBANOS NA CIDADE DE PETROLINA, PERNAMBUCO Oliveira UR1, Alvarez IA2, Taura TA3, Santos SM4 ‐ 1Universidade Federal do Vale do São Francisco ‐ Univasf, 2Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ? Embrapa Monitoramento por Satélite, 3Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ? Embrapa Semiárido, 4Licenciado em Geografia, Universidade de Pernambuco ‐ UPE  CO.068  A PAISAGEM AO LONGO DE RODOVIAS DO EXTREMO SUL CATARINENSE E O ATROPELAMENTO ANIMAIS SILVESTRES  Zocche JJ1,2,3,4 ‐ 1Laboratório de Ecologia de Paisagem e de Vertebrados, Curso de Ciências Biológicas, Programa de Pós‐Graduação em Ciências Ambientais, Unidade Acadêmica Humanidades, Ciências e Educação, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC, Brasil, 2Samuel Costa ‐ Laboratório de Ecologia de Paisagem e de Vertebrados, Curso de Ciências Biológicas, Programa de Pós‐Graduação em Ciências Ambientais, Unidade Acadêmica Humanidades, Ciências e Educação, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC, Brasil, 3Ivan Réus Viana ‐ Laboratório de Ecologia de Paisagem e de Vertebrados, Curso de Ciências Biológicas, Unidade Acadêmica Humanidades, Ciências e Educação, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC, Brasil., 4Polliana Zocche de Souza ‐ Doutoranda no Programa de Pós‐Graduação em Ecologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)  CO.069  A RELAÇÃO ENTRE RPPN E ICMS ECOLÓGICO: O CASO DE LUIZIANA‐PR  Mezzomo MM1 ‐ 1Geógrafa/Professora Eng. Ambiental‐UTFPR/Doutoranda em Geografia‐UFPR  CO.070  Sistema de Informação do Banco de Áreas de Restauração (Sibar) do INEA/RJ.  Oliveira AF1,2 ‐ 1Instituto Estadual do Ambiente ‐ Inea ‐ Gerencia de Geoprocessamento e Estudos Ambientais, 2Mariana de Beauclair Domingues de Oliveira ‐ Gerencia de Geoprocessamento e Estudos Ambientais  CO.071  A RELAÇÃO ENTRE OS ASPECTOS ECOLÓGICOS E SOCIOECONÔMICOS PARA A SUSTENTABILIDADE DAS PAISAGENS NAS RESERVAS EXTRATIVISTAS TELES GC1, PIMENTEL MAS2 ‐ 1UFPA ‐ INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS, 2UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ ‐ INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS  CO.072  ANÁLISE HISTÓRICA DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO SETOR SUL DA ALTA BACIA DO RIO ARAGUAIA GO‐MT  Rodrigues HSMC1, Silva AL2, Casto SS3 ‐ 1Universidade Federal de Goiás ‐ Estudante de Pós‐graduação em Geografia do Instituto de Estudos Sócio‐ambientais, 2Universidade Federal de Goiás ‐ Ms. em Geografia do Instituto de Estudos Sócio‐ambientais, 3Universidade Federal de Goiás ‐ Prof. ª Dr.ª do Instituto de 

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Estudos Sócio Ambientais  CO.073  ANÁLISE HISTÓRICA E MULTICRITERIAL PARA RECUPERAÇÃO AMBIENTAL NA ÁREA PRIORITÁRIA PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE DA BACIA DO RIO CLARO/GO. Faria KMS1, Siqueira MN2, Castro SS1 ‐ 1Universidade Federal de Goiás ‐ Instituto de Estudos Sócio Ambientais, 

2Universidade Federal de Goiás 

 CO.074  CONSERVAÇÃO DE RECIFES DE CORAL DA BAHIA ATRAVÉS DE UMA REDE DE ÁREAS MARINHAS PROTEGIDAS  Carvalho RC1, Kikuchi RKP1 ‐ 1UFBA ‐ IGEO  CO.075  RPPN RIO DOS PILÕES (RESERVA IBIRAPITANGA – SANTA ISABEL – SP): EXEMPLO DE SUCESSO DE ESTRATÉGIA INTEGRADA (SOCIOECONÔMICO E ECOLÓGICO) PARA RECUPERAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE UMA PAISAGEM FRAGMENTADA.  Bevilacqua GA2,1, Gimenez ITR1 ‐ 1RPPN Rio dos Pilões ‐ Monitoramento e Manejo de Fauna Silvestre, 2Prefeitura de São Paulo ‐ Secretaria do Verde e do Meio Ambiente  CO.076  AÇÕES DE PROTEÇÃO DA FAUNA E FLORA DURANTE O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO DA RODOVIA SC ‐450, SANTA CATARINA  Amorim FH1, Reis A2, Bourscheid K3, Tortato MA4 ‐ 1PROSUL ‐ Projetos, Supervisão e Planejamento Ltda ‐ Meio Ambiente, 2Universidade Federal de Santa Catarina ‐ Botânica, 3Restauração Ambiental Sistêmica ‐ Sócio, 4Universidade Federal do Paraná  CO.077  MUDANÇAS DE USO EM ÁREAS PROTEGIDAS PROVOCAM RUPTURAS DE IDENTIDADE SOBRE OS TERRITÓRIOS TRADICIONAIS?  SABATINO V1, SANTOS RF1 ‐ 1FEC/UNICAMP ‐ Laboratório de Planejamento Ambiental (LAPLA/DRH/FEC)  CO.078  Avaliação do uso de observações em superfície real para análises geoecológicas  Fernandes MC

1, Miceli BS

1, Coura PHF

1 ‐ 

1GEOCART/UFRJ ‐ Geografia 

  CO.080  ANALISE ORIENTADA AO OBJETO E MODELAGEM DE CONHECIMENTO PARA CLASSIFICAÇÃO E CARTOGRAFIA DE UNIDADES DA PAISAGEM  Cronemberger F1, Vicens RS1, Rodriguez JM2 ‐ 1UFF ‐ Geografia, 2Universidad de La Habana ‐ Geografia  CO.081  BASE DE DADOS GEORREFERENCIADA PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PITANGUI, PARANÁ, BRASIL NIEDZIELSKI C1, MILAN E1, SANTANA AC, MORO RS2 ‐ 1Universidade Estadual de Ponta Grossa ‐ Mestranda do Programa de Pós‐Graduação em Geografia, Mestrado em Gestão do Território, 2Universidade Estadual de Ponta Grossa ‐ Docente do Programa de Pós‐Graduação em Geografia, Mestrado em Gestão do Território  CO.082  REMOTE SENSING TO IDENTIFY RIPARIAN ECOSYSTEMS WITHIN SUGARCANE DOMINATED LANDSCAPES  Santos JS1, Aguiar DA1, Borges BD2, Godinho JPM2, Rudorff BFT1, Ribeiro MC2, Crepani E1, Shimabukuro Y1 ‐ 1INPE ‐ National Institute for Space Research ‐ Remote Sensing Division, 2UNESP ‐ São Paulo State University ‐ Department of Ecology  

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CO.083  ÍNDICES DE VEGETAÇÃO CALCULADOS BASEADO EM IMAGEM DE SATÉLITE SÃO BONS DESCRITORES DE FISIONOMIAS SAVÂNICAS?  Moreira EF1, Santos RLS1, Cavalcante RB de O1, Neto EM1, Boscolo D2, Viana BF1 ‐ 1Universidade Federal da Bahia ‐ Instituto de Biologia, 2Universidade Federal de São Paulo ‐ Instituto de Ciências Ambientais  CO.084  IDENTIFICAÇÃO DE INDIVÍDUOS DE Butia odorata COM BASE EM IMAGENS DE SENSORIAMENTO REMOTO DO SISTEMA WORDVIEW‐2: SUBSÍDIOS PARA CONSERVAÇÃO IN SITU  Costa FA1, Barbieri RL2, Claudete M3 ‐ 1Embrapa Clima Temperado ‐ Laboratório de Planejamento Ambiental, 2Embrapa Clima Temperado ‐ Laboratório de Recursos Genéticos, 3Universidade Federal de Pelotas ‐ Programa de Pós‐Graduação em Agronomia  CO.085  Modelagem da Dinâmica da Mata Atlântica no Contexto de Transição Florestal  Guilen CML1, Soares‐Filho BS1, Garcia RA2 ‐ 1Universidade Federal de Minas Gerais ‐ Centro de Sensoriamento Remoto ‐ Instituto de Geociências, 2Universidade Federal de Minas Gerais ‐ Laboratório de Estudos Territoriais ‐ Instituo de Geociências  CO.086  Perda de habitat e limiar de extinção em plantas lenhosas (Myrtaceae) da Mata Atlântica.  Rigueira DMG1, Rocha PLB2, Mariano‐Neto E3 ‐ 1Universidade Federal da Bahia, 2Universidade Federal da Bahia ‐ Departamento de Zoologia, 3Universidade Federal da Bahia ‐ Departamento de Botânica  CO.087  IDENTIFICANDO SÍTIOS DE EXTINÇÕES IMINENTES DA FLORA NO BRASIL  Diniz MF1, Brito D2 ‐ 1Universidade Federal de Goiás ‐ Ecologia, 2Universidade Federal de Goiás ‐ Departamento de Ecologia  CO.088  O QUE DETERMINA A OCORRÊNCIA DO GÊNERO LEONTOPITHECUS, FATORES AMBIENTAIS NATURAIS OU ANTROPISMO NA PAISAGEM?   Alexandre BR1, Lorini ML1, Crouzeilles R1, Grelle CEV1 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil ‐ Departamento de Ecologia, Programa de Pós‐Graduação em Ecologia  CO.089  LINKING GENETICS TO LANDSCAPE: LARGE SCALE STUDY FOR Euterpe edulis ALONG  BRAZILIAN ATLANTIC RAINFOREST  Carvalho CS1, Galetti M2, Bernardo R2, Sanches A2, Collevatti RG1, Ribeiro MC2 ‐ 1Universidade Federal de Goiás ‐ Instituto de Ciências Biológicas, 2Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" ‐ Departamento de Ecologia  CO.090  DINÂMICA DE UMA FORMAÇÃO VEGETAL EM EXTINÇÃO: OS BUTIAZAIS DO LITORAL NORTE DO RS  Costa KM1,2, Kindel A1,2 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2Instituto Curicaca  CO.091  INFLUÊNCIA DA COMPLEXIDADE DA VEGETAÇÃO LOCAL E DA ESTRUTURA DA PAISAGEM EM DIFERENTES ESCALAS SOBRE A COMUNIDADE DE ABELHAS E VESPAS (HYMENOPTERA) EM UMA REGIÃO AGRONATURAL DA CHAPADA DIAMANTINA‐BA Santos RLS1, Moreira EF1, Viana BF1, Boscolo D2 ‐ 1Universidade Federal da Bahia ‐ Ciências Biológicas, 2Universidade Federal de São Paulo ‐ Ciências Ambientais / Campus Diadema  CO.092  ANÁLISE DA DIVERSIDADE COMPORTAMENTAL DE ARANHAS EM PAISAGENS COM DISTINTOS HISTÓRICOS BIOGEOGRÁFICOS 

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Tourinho LOP1, Mendonça AA1, Porto TJ1, Leite CMP1, Japyassú HF2 ‐ 1Universidade Federal da Bahia, 2Universidade Federal da Bahia ‐ Departamento de Zoologia  CO.093  GEOPROCESSAMENTO APLICADO À IDENTIFICAÇÃO DE CONFLITOS EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE NO MUNICÍPIO DE SÃO VICENTE (SÃO PAULO, BRASIL) Castro M

1, Toppa RH

2 ‐ 

1UFSCar ‐ Sorocaba, 

2UFSCar ‐ Sorocaba ‐ Núcleo de Estudos em Ecologia da 

Paisagem e Conservação  CO.094  A CALIGRAFIA DA SOCIEDADE NA PAISAGEM: INSTITUIÇÕES E TRANSFORMAÇÕES NO ENTORNO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA SERRA DO ESPINHAÇO, MG – PRIMEIRA APROXIMAÇÃO  Ribeiro AP1, Drummond JAL2 ‐ 1Universidade de Brasília ‐ UnB ‐ Centro de Desenvolvimento Sustentável ‐ CDS/Mestranda, 2Universidade de Brasília ‐ UnB ‐ Centro de Desenvolvimento Sustentável ‐ CDS/Professor Associado II  CO.095  ÁREAS POTENCIAIS PARA CRIAÇÃO DE CORREDORES ECOLOGICOS COMO SUBSÍDIO PARA A DELIMITAÇÃO DA ZONA DE AMORTECIMENTO DO PARQUE ESTADUAL MATA DO LIMOEIRO, ITABIRA, MG.  França LE1, Horta MB2, Schepop JV2, Alves DM3, Padilha GEV2 ‐ 1Bicho do Mato Instituto de Pesquisa ‐ Meio Ambiente/Engenharia Ambiental, 2Bicho do Mato Instituto de Pesquisa ‐ Meio Ambiente/Biologia, 3Bicho do Mato Instituto de Pesquisa ‐ Meio Ambiente/Geografia  CO.096  ÁREAS PROTEGIDAS NA PREVENÇÃO DE CATÁSTROFES: ESTUDO DO EVENTO NATURAL EXTREMO OCORRIDO NO VALE DO RIO CUIABÁ, PETRÓPOLIS – RJ   Valverde Y1,2, Coutinho B3, Graeff O, Tarin D4 ‐ 1Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro ‐ Laboratório de Gestão Ambiental do Departamento de Ciencias Ambientais e Florestais, 2Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas Estratégias e Desenvolvimento (INCT/PPED), 3Mosaico Conservação e Licenciamento Ambiental Ltda, 4Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ‐ Instituto Superior do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro  CO.097  ECOLOGIA DA PAISAGEM APLICADA À DELIMITAÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA A GESTÃO EM AÇUDES URBANOS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO  Araújo OC1, Lobo JA2, Medeiros LC2, Guedes JCF2, Costa DFS3, Rocha RM4 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ Graduanda em Geografia/Depto. de Geografia (UFRN/CERES/Campus de Caicó) E‐mail: [email protected], 2Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ Graduandos em Geografia/Depto. de Geografia (UFRN/CERES/Campus de Caicó), 3Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ Prof. Colaborador do Departamento de Geografia/ Laboratório de Ecologia do Semiárido, CERES‐Campus de Caicó, 4Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ Prof. Adjunto do Departamento de Geografia/ Coordenador do Laboratório de Ecologia do Semiárido, CERES ‐ Campus de Caicó  CO.098  INFLUÊNCIA DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS ÁREAS VERDES URBANAS NO MICROCLIMA E CONFORTO TÉRMICO: ESTUDO DE CASO NO PLANO PILOTO DE BRASÍLIA.  Costa LCC1, Sartorello R1 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ Departamento de geografia  CO.099  OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DE ÁREAS ÚMIDAS DO ESTUÁRIO HIPERSALINO DO RIO APODI‐MOSSORÓ NO LITORAL SETENTRIONAL DO RIO GRANDE DO NORTE (BRASIL)  Costa DFS1, De Medeiros Rocha R1 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Campus de Caicó) ‐ Departamento de Geografia  CO.100  

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MUDANÇAS NO USO E OCUPAÇÃO DA TERRA E COBERTURA VEGETAL NO MUNICIPIO DE BERTIOGA – SP  Richter M1, Fornelos LF2, Cruz CM2 ‐ 1UFRRJ ‐ DES, 2UFRJ ‐ Depto de Geografia  CO.101  PADRÃO ESPACIAL‐FUNCIONAL DE FLORESTAS RIPÁRIAS NO RIO PITANGUI, PARANÁ, BRASIL  MORO RS

1, PEREIRA TK

2 ‐ 

1Universidade Estadual de Ponta Grossa ‐ Biologia Geral, 

2UEPG ‐ Mestrado em 

Gestão do Território     

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LISTAGEM DE TITULOS DOS POSTERES  PT.001  A IMPORTÂNCIA DOS PARQUES URBANOS E DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE PARA A URBANIZAÇÃO DE FORMA SUSTENTÁVEL NO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA  Silva CCG1 ‐ 1IFPB: Campus João Pessoa ‐ COPEX  PT.002  Zoneamento da Silvicultura Econômica no Estado do Rio Janeiro: implantação de atividades econômicas sustentáveis para a restauração de paisagens e geração de renda  Napoleão PRM1,2,3,4,5,6 ‐ 1Instituto Estadual do Ambiente ‐ INEA ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA, 2Julia Bastos ‐ Secretaria de Estado do Ambiente ‐ SEA/RJ, 3Paulo Vinícius R. Fevrier ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA, 4Silvia Fins ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA, 5Ana Carolina Lima de Souza ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA, 6Rejane da Silva Souza ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA  PT.003  NOVO CENÁRIO DA PAISAGEM URBANA NO NORDESTE BRASILEIRO  Silva LF1, Carvalho AA1, Nascimento LR ‐ 1UFRPE/UAST ‐ Unidade Acadêmica de Serra Talhada  PT.004  ESTRADA CÊNICA NO JALAPÃO ‐ TO UM DESAFIO PARA A CONSERVAÇÃO DA PAISAGEM  SANTOS EM1 ‐ 1UFT  PT.005  ANÁLISE DO GEOSSISTEMA SERRA DA AREIA EM APARECIDA DE GOIÂNIA – GO  MENDONÇA NETO WL1 ‐ 1UFG ‐ IESA  PT.006  Influência da Morfologia e da Área de Entorno no Assoreamento Dos Lagos na Bacia do Alto rio Doce  Sarno CS, Castro PTA1 ‐ 1UFOP ‐ DEGEO  PT.007  Mapeamento e Avaliação Qualitativa da Paisagem da Bacia do Alto Rio Doce  Sarno CS1, Guilen C2, Lima T2, Fráguas L ‐ 1UFOP ‐ DEGEO, 2Universidade Federal de Minas Gerais ‐ IGC‐ Centro de Sensoriamento Remoto  PT.008  IMPACTOS NA FAUNA SILVESTRE EM TORNO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL Conceição AF1, Ronquim CC1 ‐ 1Embrapa Monitoramento por Satélite  PT.009  AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA DIVERSIFICADA COMO FERRAMENTA PARA ANÁLISE ECOLÓGICA DE PAISAGEM  PECHE FILHO A1, Ribeiro AI2, Medeiros GA3, Longo RM4, Storino M5, Fengler FH6, Freitas EP7, Marques BV8 ‐ 1Instituto Agronômico de Campinas ‐ Centro de Engenharia e Automação, 2Engenharia Ambiental ? UNESP Campus Sorocaba, 3Engenharia Ambiental UNESP Campus Sorocaba, 4Pontifícia Universidade Católica de Campinas ? PUCCAMP, 5Centro De Engenharia e Automação ‐ IAC, 6Pos Graduação Mestrado IAC, 7Pos Graduação IAC, 8gestor ambiental Autônomo  PT.010  SUBSÍDIOS PARA A PROTEÇÃO DA RESERVA BIOLÓGICA DA SERRA DO JAPI ATRAVÉS DA ANÁLISE DA PAISAGEM DE BORDA  FENGLER FH1, PECHE FILHO A2, STORINO M2, FREITAS EP3, MARQUES BV3 ‐ 1Instituto Agronômico de 

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Campinas ‐ Gestão de Recursos Agroambientais, 2Instituto Agronômico de Campinas ‐ Centro de Engenharia e Automação, 3Profissional Autônomo  PT.011  AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DA REDE DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA NA PROTEÇÃO DA AVIFAUNA DA CAATINGA DA BAHIA   Pinho MS

1, Saito CH

2 ‐ 

1Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos ‐ INEMA, 

2Universidade de 

Brasília ‐ UnB  PT.012  MUDANÇAS NA PAISAGEM RURAL SOB A PERSPECTIVA DO NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO: A REDUÇÃO DE APPS EM PROPRIEDADES SILVICULTURAIS DE SANTA CATARINA.  Karina V1, Carla S W1 ‐ 1Ministério Público do Estado de Santa Catarina  PT.013  Alteração do código Florestal e o impacto sobre as Áreas de Preservação Permanente em topos de morro no Município de Nova Friburgo, RJ.  Torres H, Mannheimer S1, Carvalho ACMG2 ‐ 1Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ‐ Grupo de Apoio Técnico Especializado, 2Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro ‐ Departamento de Engenharia Civil  PT.014  Landscape pattern diagnosis within the Carretão Reservation for natural resources use evaluation  Camelo de Castro E1, Queiroz JJR1, Moura MCO1 ‐ 1Pontifícia Universidade Católica de Goiás ‐ IGPA  PT.015  CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE PROTEÇÃO DA PAISAGEM LOCAL EM MARAPANIM/PA LIRA RS1, Costa AD2 ‐ 1Engª. Agrônoma, Secretaria de Estado de Meio Ambiente/SEMA, 2Turismóloga, Secretaria de Estado de Meio Ambiente/SEMA  PT.016  DINÂMICA DA PAISAGEM E ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE ÁREAS PROTEGIDAS PARA A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE NA BACIA DO RIO ALDEIA VELHA, RJ  Valle IC

1, Francelino MR

2 ‐ 

1Programa de Pós‐Graduação em Ciências Ambientais e Florestais‐ PPGCAF, 

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro‐ UFRRJ ‐ Doutoranda em Ecologia e Conservação da Biodiversidade‐ PPGECB, Universidade Estadual de Santa Cruz ‐ UESC, 2Universidade Estadual de Santa Cruz ‐ UESC ‐ Programa de Pós‐Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade‐ PPGECB  PT.017  VULNERABILIDADE ECOLÓGICA RELATIVA DA PAISAGEM DA ZONA DE AMORTECIMENTO DA FLORESTA NACIONAL DE PASSO FUNDO, RS.  SCARIOT EC1, FUSHITA T A1, SANTOS JE1, CARIDA N B2 ‐ 1UFSCar ‐ Departamento de Ciências Ambientais, Centro de Ciências biológicas e da saúde, 2UFSCar ‐ Departamento deCiências Ambientais, Centro de Ciências biológicas e da saúde  PT.018  Viabilidade da estrutura da paisagem para a conservação de habitat de abelhas silvestres.  Gomig EG1, Peres MP, Campos MJO1, Martins PTA2 ‐ 1UNESP‐Universidade Estatual Paulista, Campus Rio Claro‐SP ‐ Instituto de Biociências, Departamento de Ecologia, 2UEG‐Universidade Estadual de Goiás, Unidade Minaçu‐GO ‐ Departamento de Geografia  PT.019  ANÁLISE DA PAISAGEM COMO SUBSÍDIO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS EM UM TRECHO URBANO DO RIO APODI‐MOSSORÓ (MOSSORÓ‐RN)  Silva AA1, Costa DFS1, Lucena Filho MA1, De Medeiros Rocha R1 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Campus de Caicó) ‐ Departamento de Geografia 

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 PT.020  DIVERSIDADE GEOECOLÓGICA DA PAISAGEM NA BACIA DO RIBEIRÃO TAQUARUÇU GRANDE, PALMAS ‐ TO  Medeiros TCC1, Rocha YT2 ‐ 1PPG‐Geografia Física/FFLCH‐Universidade de São Paulo; Universidade Federal do Tocantins‐Bolsista de doutorado CNPq ‐ [email protected], 2Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo ‐ [email protected]  PT.021  Identificação de áreas‐chave para conservação de biodiversidade no estado do Espírito Santo utilizando um SIG. Crepaldi MOS1, Coelho ALN2, Mantovani W3 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ PROCAM, 2UFES ‐ DGeo, 3USP ‐ PROCAM  PT.022  APLICAÇÃO DA ECOLOGIA DA PAISAGEM NO ESTABELECIMENTO DE RESERVAS NA USP.  Delitti WBC1, Rodas JG2, Pivello VR3, Ricci HC1, Zorigian CM1, Moro ME4, Ribeiro MMLO4, Mattos WRS5, Varanda EM6 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ Superintendência de Gestão Ambiental, 2Universidade de São Paulo ‐ Reitoria, 3Universidade de São Paulo ‐ Departamento de Ecologia, IB, 4Universidade de São PAulo ‐ Prefeitura do Campus da USP ‐ Pirassununga, 5Universidade de São Paulo ‐ Prefeitura do Campus da USP ‐ Piracicaba, 6Universidade de São Paulo ‐ Departamento de Botânica, FFCL RP  PT.023  SELEÇÃO DE UNIDADES ECOTONAIS NA PAISAGEM DOS CAMPOS GERAIS DO PARANÁ, SUL DO BRASIL.  Moro RS1, Milan E2, Gomes IA ‐ 1Universidade Estadual de Ponta Grossa ‐ DEBIO, 2Universidade Estadual de Ponta Grossa  PT.024  ELEMENTOS DE PAISAGEM DO PARQUE NACIONAL DOS CAMPOS GERAIS, PARANÁ, BRASIL  MORO RS1, CARVALHO BHG, MASSUQUETO LL2, LOS TK, MORO RF ‐ 1Universidade Estadual de Ponta Grossa ‐ Biologia Geral, 2UEPG ‐ Mestrado em Gestão do Território  PT.025  ESTRUTURA DA PAISAGEM NA MICRORREGIÃO DO VALE DO RIO DOS BOIS (GO) 2010.  Rodrigues HMC1, Faria KMS2, Castro SS2 ‐ 1Universidade Federal de Goiás ‐ Estudante de Pós‐graduação em Geografia do Instituto de Estudos Sócio Ambientais, 2Universidade Federal de Goiás ‐ Prof. ª Dr.ª do Instituto de Estudos Sócio Ambientais  PT.026  CONSERVAÇÃO DE FRAGMENTOS FLORESTAIS NA ALTA BACIA DO RIO ARAGUAIA: UMA PROPOSTA DE MANEJO DA PAISAGEM  Araújo ACSC1, Cabacinha CD1, Nascimento CR1 ‐ 1Universidade Federal de Minas Gerais ‐ Instituto de Ciências Agrárias  PT.027  DIAGNÓSTICO DA COBERTURA VEGETAL E ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DA ZONA DE AMORTECIMENTO DO PARQUE ESTADUAL DE PORTO FERREIRA, SP. Moraes MCP1, Mello K1, Toppa RH1 ‐ 1Universidade Federal de São Carlos, Campus Sorocaba  PT.028  STREAM‐DWELLING AMPHIBIANS OF THE ATLANTIC FOREST AND THE CRITERIA FOR CONSERVATION STATUS: THE DANGER OF OVERESTIMATING THE AREA OF OCCUPANCY  Almeida‐Gomes M1, Lorini ML1, Rocha CFD2, Vieira MV1 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ Ecologia, 2Universidade do Estado do Rio de Janeiro ‐ Ecologia  PT.029  

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DESCRIÇÃO DAS FISIONOMIAS CONSTITUINTES DA PAISAGEM DO AMBIENTE COSTEIRO DO RIO GRANDE DO SUL‐BRASIL DE LIMA LT1, Dutra da Silva M1 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande ‐ FURG ‐ IO/PPGC ‐ Universidade Federal do Rio Grande  PT.030  ECOLOGIA DA PAISAGEM E AVALIAÇÃO ECOLÓGICA RÁPIDA APLICADAS À CONSERVAÇÃO DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO Guedes JCF

1, Sobrinho GF dos S

1, Chianca‐Silva IR

1, Santos Neto DE dos

1, Costa DFS

1, Rocha R de M

1 ‐ 

1Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ UFRN ‐ Geografia  PT.031  O USO DO SOLO NO ENTORNO DE REMANESCENTES DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA E A SUA INFLUÊNCIA SOBRE A VEGETAÇÃO  Schaadt SS1, Vibrans AC1 ‐ 1Universidade Regional de Blumenau ‐ FURB ‐ Departamento de Engenharia Florestal ‐ Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina  PT.032  EFFECTS OF DISTURBANCE ON THE STRUCTURE AND COMPOSITION OF VEGETATION IN THE NATURAL MONUMENT OF PEDRA GRANDE – ATIBAIA – SP ‐ BRASIL ‐ CONSERVATION AND RECOVERY OF THE SOIL ISLANDS VEGETATION  De Zorzi VG1,2, Meirelles ST1 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ Departamento de Ecologia, 2Associação S.I.M.Bi.O.S.E. ‐ Grupo de Pevenção e Combate a Incêndios Florestais  PT.033  Fragmentação da cobertura vegetal de caatinga no submédio São Francisco  Alvarez IA1, Pereira LA2, Taura TA2, Ronquim CC1, Gallo BC1 ‐ 1Embrapa Monitoramento por Satélite, 2Embrapa Semiárido  PT.034  ECOLOGIA DA PAISAGEM: DESESTRUTURAÇÃO MORFOLÓGICA DA PAISAGEM NO MUNICÍPIO DE MURIAÉ – MINAS GERAIS Almeida E

1, Cirino DS

2 ‐ 

1Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Marcelina, 

2Faculdade de 

Filosofia, Ciências e Letras Santa Marcelina ‐ Professor de Ecologia  PT.035  TAMANHO, FORMA E ANÁLISE DA BORDA EM FRAGMENTOS FLORESTAIS EM UM RECORTE DE PAISAGEM NA ZONA DA MATA SUL DE PERNAMBUCO, BRASIL.  Silva MFA1,2, Santos ARLS1, Nascimento DM3, Ribeiro MC4, Lins e Silva ACB5 ‐ 1Geosistemas Engenharia & Planejamento ‐ Gerência de Meio Ambiente e Projetos Especiais, 2Instituto de Ensino Especializado da Paraíba ‐ Pós‐Graduação em Geoprocessamento, 3Universidade Federal Rural de Pernambuco ‐ Laboratório de Ecologia Vegetal, 4Universidade Estadual Paulista ‐ Departamento de Ecologia, 5Universidade Federal Rural de Pernambuco ‐ Departamento de Biologia  PT.036  ANÁLISES DE FERTILIDADE DOS SOLOS DE FRAGMENTOS DA FLORESTA NACIONAL DO ARARIPE/APODI  Bezerra OB1, Alencar GSS2, Alencar FHH3, Souza GS4, Silva CA4, Santos CAA1 ‐ 1Graduando do Curso de Engenharia Ambiental IFCE/Juazeiro do Norte, 2Doutoranda do Programa de Pós‐Graduação em Geografia ‐ UNESP/Rio Claro, 3Doutorando do Programa de Pós‐Graduação em Zootecnia ‐ UFPB/Areia, 4Bolsista FUNCAP/CNPq  PT.037  ANÁLISE ESPACIAL DOS FRAGMENTOS FLORESTAIS EM SÃO GONÇALO DO RIO ABAIXO, QUADRILÁTERO FERRÍFERO ‐ MG  Lucas FL1, Fonseca BM2, Jesus JRP3, Santos LA4 ‐ 1IGC/UFMG ‐ Depto Cartografia, 2IGC/UFMG ‐ Departamento de Cartografia, 3Geotec Consultoria e Treinamento Ltda., 4Prefeitura Municipal de São 

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Gonçalo do Rio Abaixo‐MG ‐ Secretaria Municipal de Meio Ambiente  PT.038  O TAMANHO DO FRAGMENTO INFLUENCIA O SUCESSO REPRODUTIVO DE Bauhinia rufa (Bong.) Steud. (LEGUMINOSAE)?  Santos RA1, Uieda W2, Galetto L3, Guimarães E4 ‐ 1Instituto de Biociências ‐ Universidade Estadual Paulista ‐ Departamento de Botânica, 

2IBB, UNESP, Univ Estadual Paulista ‐ Departamento de Zoologia, 

3Universidad Nacional de Córdoba, Argentina. CONICET., 

4IBB, UNESP, Univ Estadual Paulista ‐ 

Departamento de Botânica  PT.039  Análise da Fragmentação da paisagem na Bacia Hidrográfica do Rio Darro, Querência ‐ Mato Grosso  Rossete AN1, Hochberger L ‐ 1MATO GROSSO STATE UNIVERSITY ‐ BIOLOGICAL SCIENCES  PT.040  A ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO NATIVA EM ÁREAS DE PASTOREIO INTENSIVO NO SEMI—ARIDO SERGIPANO  SANTOS FMS1, SANTOS F1, SANTOS LAS2, PEREIRA RF1 ‐ 1IBES ‐ REDE BIODIVERSIDADE BRASIL/FRUTOS DA FLORESTA, 2UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ‐ HERBARIO  PT.041  Como espécies dominantes e com ampla distribuição geográfica são afetadas pela fragmentação e perda de habitat? Estudo de caso com Euglossina (Hymenoptera, Apidae).  Aguiar WM1, Gaglianone MC2 ‐ 1UEFS ‐ DEXA, 2UENF ‐ CBB‐LCA  PT.042  A  IMPORTÂNCIA DOS REFÚGIOS FLORESTAIS NA CONSERVAÇÃO DA PAISAGEM NO MUNICÍPIO DE CAMPO MOURÃO  LIBERALI L1, MASSOQUIM NG2 ‐ 1UEM ‐ GEOGRAFIA, 2UNESPAR ‐ CAMPO MOURÃO ‐ DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA  PT.043  INFLUÊNCIA DO PORCENTUAL DE COBERTURA VEGETAL SOBRE A RIQUEZA DE ESPÉCIES AMEAÇADAS DE ODONATA  Rodrigues ME

1, Souza DC

2, Pena JCCP

2, Roque FO

3 ‐ 

1Universidade Federal de Mato Grosso do Sul ‐ 

Programa de Pós Graduação em Ecologia e Conservação, 2Universidade Federal da Bahia ‐ Programa de Pós Graduação em Ecologia e Biomonitoramento, 3Universidade Federal de Mato Grosso do Sul ‐ Departamento de Biologia  PT.044  ANÁLISE DO DESMATAMENTO NO MUNICÍPIO DE MARAGOGIPE‐BA  SUAREZ AF1, CANDEIAS A L B1 ‐ 1UFPE ‐ Engenharia Cartográfica  PT.045  ANÁLISE DA FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL E DO EFEITO DE BORDA CONSIDERANDO A INFLUÊNCIA DE ESTRADAS ‐ ESTUD DE CASO PARA SILVA JARDIM, RJ. BRASILEIRO RC1, DUARTE GS1, SANTOS RHL1, CARDOSO PV1, CRUZ CBM1 ‐ 1UFRJ ‐ Geografia  PT.046  Fragmentação da paisagem em Sorocaba – SP: situação reportada em 2011  Bortoleto LA1, Melo RV1, Silva AM1 ‐ 1Unesp ‐ Campus Experimental de Sorocaba ‐ Engenharia Ambiental  PT.047  ANALÍSE DA AVIFAUNA EM ÁREAS VERDES DA PAISAGEM URBANA DO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ, SP  BONANÇA RA1, SILVA AM1 ‐ 1UNESP Sorocaba  PT.048  

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PADRÕES DE FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL NATURAL NO PARQUE ESTADUAL DE VILA VELHA, CAMPOS GERAIS DO PARANÁ, BRASIL.  Milan E1, Lima CN1, Santana AC, Moro RS1 ‐ 1Universidade Estadual de Ponta Grossa  PT.049  EFFECTS OF FRAGMENTATION IN THE FOOD WEB: INTERFERENCES ON TROPHIC GUILDS AND INTERACTION STRENGTH  Silva CM

1,2, Santos C

3, Melo MM

1,2, Morais CM

3, D'Anunciação PER

3, Hasui E

3, Silva VX

3 ‐ 

1Laboratory of 

Ecology of Forest Fragments (ECOFRAG), 2Universidade Federal de Alfenas‐Minas Gerais, Brazil, 

3Universidade Federal de Alfenas‐Minas Gerais, Brazil ‐ Laboratory of Ecology of Forest Fragments (ECOFRAG)  PT.050  FRAGMENTAÇÃO ANTRÓPICA E INTER‐RELAÇÃO COM ASPECTOS DO MEIO FÍSICO NA SUB‐BACIA DO RIO CAIAPÓ (GO)  Faria KMS1, Siqueira MN2, Carneiro GT2, Cedro DAB3, Castro SS1 ‐ 1Universidade Federal de Goiás ‐ Instituto de Estudos Sócio Ambientais, 2Universidade Federal de Goiás ‐ Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais ‐ Nível Doutorado, 3Universidade Federal de Mato Grosso  PT.051  COMUNIDADES DE DIPTERA EM FRAGMENTOS FLORESTAIS: RELAÇÕES COM ÁREA E ENTORNO  Hardman L1, Sandonato DL1, Lopes LE2 ‐ 1Universidade Federal de São Carlos ‐ Bacharelado em Ciências Biológicas, 2Universidade Federal de São Carlos ‐ Departamento de Ciências Ambientais  PT.052  ASPECTOS ESTRUTURAIS DO ESTRATO ARBÓREO DE FRAGMENTOS FLORESTAIS EM FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL NO CORREDOR ECOLÓGICO BURARAMA‐PACOTUBA‐CAFUNDÓ, CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM, ES, BRASIL Correia GGS1, Magnago LFS1, Simonelli M2, Martins SV3, Kollmann JCK4 ‐ 1Universidade Federal de Viçosa ‐ Laboratório de Restauração Florestal ‐ UFV, 2Instituto Federal do Espírito Santo ‐ IFES ‐ Campus Vitória, 3Universidade Federal de Viçosa ‐ Departamento de Engenharia Florestal / Laboratório de Restauração Florestal ‐ UFV, 4Pesquisador associado ao Museu de Biologia Prof. Mello Leitão ‐ MBML  PT.053  ANÁLISE DA INTEGRIDADE DE FRAGMENTOS FLORESTAIS ATRAVÉS DE INDICADORES DE QUALIDADE DO SOLO NA APA DE CAIRUÇU – PARATY Rangel LA1, Guerra AJT2 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ Departamento Geografia  PT.054  ANÁLISE DA ESTRUTURA VERTICAL DA PAISAGEM DOS REMANESCENTES DE FLORESTA ATLÂNTICA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO  PIMENTA MLF1, VICENS RS2, CRUZ BMC1 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ Departamento de Geografia, 2Universidade Federal Fluminense ‐ Departamento de Geografia  PT.055  RELAÇÕES DO TAMANHO E DISTÂNCIA DA ÁREA FONTE NA RIQUEZA DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM UMA PAISAGEM DE FLORESTA ATLÂNTICA FRAGMENTADA, ES, BRASIL Magnago LFS1, Correia GGS1, Simonelli M2, Martins SV3, Kollmann LJC4 ‐ 1Universidade Federal de Viçosa ‐ Laboratório de Restauração Florestal ‐ UFV, 2Instituto Federal do Espírito Santo ‐ IFES ‐ Campus Vitória, 3Universidade Federal de Viçosa ‐ Departamento de Engenharia Florestal / Laboratório de Restauração Florestal ‐ UFV, 4Pesquisador associado ao Museu de Biologia Prof. Mello Leitão ‐ MBML  PT.057  ANÁLISE MULTITEMPORAL DE 15 REMANESCENTES DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA EM SANTA CATARINA 

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Schaadt SS1, Vibrans AC1 ‐ 1Universidade Regional de Blumenau ‐ FURB ‐ Departamento de Engenharia Florestal ‐ Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina  PT.058  MODELAGEM DE DISTRIBUIÇÃO DE ESPÉCIES COM DINAMICA EGO: COMPARAÇÃO COM GARP E MAXENT  Lima CMC

1, Lima TC

1, Jales LF

1, Hoffmann D

2 ‐ 

1Universidade Federal de Minas Gerais ‐UFMG ‐ Programa 

de Pós Graduação em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais, 2Programa de Pós Graduação em 

Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre  PT.059  MODIFICAÇÕES NA PAISAGEM DA REGIÃO DE PETROLINA/JUAZEIRO DO RIO SÃO FRANCISCO  Alvarez IA1, Pereira LA2, Taura TA2, Santos SM2, Andrade RG1 ‐ 1Embrapa Monitoramento por Satélite, 2Embrapa Semiárido  PT.060  MUDANÇA DE USO E COBERTURA DAS TERRAS E DINÂMICA DO CARBONO EM ÁREA DE EXPANSÃO DA CANA‐DE‐AÇÚCAR  Ronquim CC1, Conceição AF1, Alvarez IA1 ‐ 1Embrapa ‐ Pesquisa  PT.061  AVALIAÇÃO ESPAÇO‐TEMPORAL DO ALBEDO DE SUPERFÍCIE NO MUNICÍPIO DE MARACAJU, MS  Lopes AA1,2,3, Andrade RG1,4, Gomes D1,5, Carvalho DS1,6,7, Leivas JF1,8 ‐ 1Embrapa ‐ Pesquisa & Desenvolvimento, 2Estagiária ‐ Graduanda em Biologia ‐ Unicamp, [email protected], 4Pesquisador ‐ [email protected], 5Analista ‐ [email protected], 6Bolsista de Iniciação Científica ‐ PIBIC/CNPq ‐ Graduando em Eng. Ambiental ‐ PUC‐Campinas, [email protected], 8Pesquisadora ‐ [email protected]  PT.062  Comparação entre dois processos de mapeamento da cobertura do solo urbano  Pereira‐Rollo LC1, Couto HTZC1, Polizel LP1 ‐ 1Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz ‐ Ciências Florestais  PT.063  Análise das mudanças espaço‐temporais do uso da terra e cobertura vegetal no Estado do Rio de Janeiro: dinâmica da paisagem e desenvolvimento regional Napoleão PRM1,2,3,4,5 ‐ 1Instituto Estadual do Ambiente ‐ INEA ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA, 2Mariana de Beauclair Domingues de Oliveira ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA, 3Wilson Messias dos Santos Jr. ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA, 4Paulo Vinicíus Rufino Fevrier ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA, 5Silvia Fins ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA  PT.064  MUDANÇAS NA ESTRUTURA DA PAISAGEM DA BACIA DO RIO SETE DE SETEMBRO, MATO GROSSO, ENTRE 1984 – 2010  Gomig E G1, Martins PTA2 ‐ 1UNESP ‐ Universidade Estadual Paulista, Câmpus Rio Claro, SP ‐ Instituto de Biociências ‐ Departamento de Ecologia, 2Universidade Estadual de Goiás ‐ Unidade Universitária de Minaçu  PT.065  CARACTERIZAÇÃO DA DINÂMICA DA ESTRUTURA DA PAISAGEM DA RESERVA DE CERRADO DE CORUMBATAÍ (SP) E ENTORNO, NOS ANOS DE 1975, 1981 E 2010  Gomig EG1, Ferreira DNS1, Martins PTA2 ‐ 1UNESP ‐ Universidade Estadual Paulista, Câmpus Rio Claro, SP ‐ Instituto de Biociências ‐ Departamento de Ecologia, 2UEG ‐ Universidade Estadual de Goiás ‐ Unidade Universitária de Minaçu  

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PT.066  ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA PAISAGEM COMO SUBSÍDIO A PROGRAMAS DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL  Moraes FT1, Silva RS2, Jiménez‐Rueda JR3, Araújo LLS2 ‐ 1UFSCar ‐ GESTAU, 2UFSCar ‐ PPGEU ‐ GESTAU, 3UNESP ‐ IGCE  PT.067  ANÁLISE TEMPORAL DA ESTRUTURA DA PAISAGEM NA BACIA DO RIO AGUAPEÍ, MT: UMA ABORDAGEM EM ECOLOGIA DE PAISAGEM.  Neves LFS1, Neves SAS2, Neves RJ1, Mendes MF3 ‐ 1Unemat ‐ Geografia, 2Universidade do Estado de Mato Grosso ‐ Geografia, 3Unemat  PT.068  FASES DE EVOLUÇÃO E ESTRUTURA DA PAISAGEM INFLUEM NA CONSERVAÇÃO FLORESTAL?  UMA AVALIAÇÃO POR MÉTRICAS  Hackbart VCS1, Lima GTNP1, Santos RF1 ‐ 1UNICAMP ‐ Recursos Hídricos  PT.069  Dinâmica do uso do solo e a distribuição dos ecossistemas naturais no extremo sul do Brasil (1984‐2005) Matos DU1, Souza AF2, Moura RG3 ‐ [email protected], Universidade do Vale do Rio dos Sinos ‐ UNISINOS ‐ Centro de Ciências Biológicas, 2Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ UFRN ‐ Centro de Biociências, 3Universidade do Vale do Rio dos Sinos ‐ UNISINOS ‐ Centro de Ciências Biológicas  PT.070  EVOLUÇÃO DA PAISAGEM NA BACIA DO RIO DIAMANTINO (MT) NOS ANOS DE 1985 E 2010  Siqueira MN1, Faria KMS2, Carneiro GT1, Nunes ED3, Castro SS2 ‐ 1Universidade Federal de Goiás ‐ Programa de Pós‐Graduação em Ciências Ambientais, 2Universidade Federal de Goiás ‐ Professora Drª do Instituto de Estudos Socio‐Ambientais, 3Universidade Federal de Goiás ‐ Programa de Pós‐Graduação em Geografia  PT.071  ANÁLISE ESPAÇO‐TEMPORAL DO USO E COBERTURA DA TERRA NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS/RJ ENTRE 1985 E 2011  Weckmüller R

1, Slovinscki NC

2, Vicens RS

3 ‐ 

1Universidade Federal Fluminense ‐ Laboratório de Geografia 

Física, 2Universidade Federal Fluminense ‐ Programa de Pós‐Graduação em Geografia, 3Universidade Federal Fluminense ‐ Departamento de Geografia  PT.072  INFLUENCIA DE LOS SISTEMAS PRODUCTIVOS CAMPESINOS EN LA PROVISION DE SERVICIOS ECOSISTEMICOS PROPORCIONADOS POR BOSQUES DE LA REGIÓN CHAQUEÑA: UN ESTUDIO DE CASO EN SANTIAGO DEL ESTERO, ARGENTINA.  Guzman AV1, Giubergia MA1, Brassiolo M1, Zóttola L2 ‐ 1Facultad de Ciencias Forestales. Universidad Nacional de Santiago del Estero, Argentina ‐ Cátedra de Silvicultura, 2Universidad Nacional de Santiago del Estero, Argentina ‐ Facultad de Humanidades, Ciencias Sociales y de la Salud  PT.073  Um proposta metodologica para identificação dos serviços ecossitêmicos em uma bacia hidrográfica.  Távora GSG1 ‐ 1Universidade Federal Fluminense ‐ Departamento de Geografia  PT.074  PEOPLE, DEFORESTATION PATTERNS, AND FOREST ECOSYSTEM SERVICES: A CASE STUDY WITH BRAZILIAN NUT HARVESTING IN THE AMAZON  Camilotti VL1,2, Escada MIS1, Pinho P1 ‐ 1Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ‐ Centro de Ciência do Sistema Terrestre, 2Email: [email protected]  PT.075  

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COMPOSIÇÃO DE PAISAGEM INFLUENCIANDO A FAUNA ATROPELADA EM UMA ESTRADA SUDESTE DO PARÁ  Pereira LG1, Carvalho AS1, Dinucci KL1 ‐ 1Habtec Engenharia Sanitária e Ambiental ‐ Fauna  PT.076  O IMPACTO DAS RODOVIAS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO BRASIL  Botelho RGM

1, Morelli JCL

2, Bueno C

3, Bager A

4 ‐ 

1IBGE ‐ Coordenação de Recursos Naturais e Estudos 

Ambientais, 2IBGE ‐ Coordenação de Geografia, 

3UVA, 

4UFLA 

 PT.077  O RODOANEL MÁRIO COVAS (TRECHO SUL – REGIÃO METROPOLITANA DA GRANDE SÃO PAULO) – UM ESTUDO DE CASO MUITO PARTICULAR EM ECOLOGIA DE ESTRADAS.  Bevilacqua GA1, Santos SRB1 ‐ 1Prefeitura de São Paulo ‐ Secretaria do Verde e do Meio Ambiente  PT.078  ESTRADAS E CONECTIVIDADE NA MATA ATLÂNTICA: IDENTIFICANDO ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA APLICAÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS  Alves GA1, Freitas RS2, Zia CAI2, Bergallo HG1 ‐ 1Universidade do Estado do Rio de Janeiro ‐ PPGEE, 2Universidade Federal do ABC  PT.079  ANÁLISE DA CONECTIVIDADE FUNCIONAL ATRAVÉS DA CARACTERIZAÇÃO DO MOVIMENTO DA ESPÉCIE Heliconius erato.  Pinheiro JL1, Boscolo D1 ‐ 1Unifesp ‐ Campus Diadema  PT.080  IMPLANTAÇÃO DO TRECHO NORTE DO RODOANEL MÁRIO COVAS E ALTERAÇÕES NA CONECTIVIDADE DA PAISAGEM: SUBSÍDIOS PARA ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL  Ferreira AL1, Assis JC2 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ Departamento de Geografia ‐ FFLCH, 2Universidade de São Paulo ‐ PROCAM  PT.081  AVIFAUNA ASSOCIADA AS FORMAS DE USO E COBERTURA DA TERRA NAS MARGENS DE ESTRADAS NO EXTREMO SUL CATARINENSE Viana IR

1,2 ‐ 

1Universidade do Extremo Sul Catarinense ‐ Ciências Biológicas, 

2Jairo José zocche ‐ 

Laboratório de Ecologia de Paisagem e de Vertebrados, Curso de Ciências Biológicas, Programa de Pós‐Graduação em Ciências Ambientais, Unidade Acadêmica Humanidades, Ciências e Educação, Universidade do Extremo Sul Catarinense  PT.082  DESVENDANDO A MOVIMENTAÇÃO DE POLINIZADORES EM PAISAGENS HETEROGÊNEAS: UM ESTUDO DE MARCAÇÃO E RECAPTURA DE ABELHAS NO POLO AGRÍCOLA DE MUCUGÊ – BA  Souza TM1, Boscolo D1 ‐ 1Universidade Federal de São Paulo  PT.083  IMPORTÂNCIA DAS ÁRVORES ISOLADAS NA CONECTIVIDADE FUNCIONAL DA PAISAGEM Azevedo TN1, Tambosi LR2, Metzger JP2 ‐ 1USP ‐ IB, 2USP ‐ Ecologia  PT.084  AS ESTRADAS COMO AGENTES TRANSFORMADORES DA PAISAGEM E A FRAGMENTAÇÃO DO PAMPA, NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL ‐ BRASIL  Dutra da Silva M1 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande ‐ Instituto de Oceanografia/Programa de Pós‐Graduação em Gerenciamento Costeiro  PT.085  LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS RECURSOS GENÉTICOS DAS ESPÉCIES EXÓTICAS DO CANTEIRO CENTRAL DA AV. CAXANGÁ, RECIFE, PE  

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Omar AJS1, Da Silva AF1 ‐ 1UFRPE  PT.086  DIMENSÃO FRACTAL EM PAISAGENS NATURAIS FRAGMENTADAS: COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS CAMBUI ECB1, VASCONCELOS RN1, Miranda JGV2, Boscolo D3, Da ROCHA PLB1 ‐ 1UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ‐ Pós Graduação ‐ Ecologia e Biomonitoramento, 2UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ‐ Instituto de Física, 

3UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP) 

 PT.087  Análise quantitativa da Paisagem de uma região do Sertão Central Cearense com o auxílio de SIG e Sensoriamento Remoto.  Guimarães CCB1, Valladares GS2, Silva TA3 ‐ 1Universidade Fedral do Ceará, 2Universidade Federal do Piauí ‐ Geografia, 3Universidade Federal do Ceará ‐ Agronomia  PT.088  Elementos da paisagem como Geoindicadores.  FREITAS EP1,2,3,4,5 ‐ 1Autônomo, 2Afonso Peche Filho ‐ IAC, 3Jener Fernando Leite de Moraes ‐ IAC, 4Felipe Hashimoto Fengler ‐ IAC, 5Bruno Vicente Marques ‐ Gestor Ambiental  PT.089  INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE TECNOLÓGICOS NA ANÁLISE DA ECOLOGIA DE PAISAGEM EM PROPRIEDADES RURAIS  Marques BV1, Peche Filho A2, Freitas EP1, Queiroz DFA1, Fengler FH3, Sales C4 ‐ 1Autônomo, 2Instituto Agronômico de Campinas ‐ Centro de Engenharia e Automação, 3Instituto Agronômico de Campinas ‐ Pós‐Graduação, 4Xyztemas Consultoria e Serviços Ltda  PT.090  APLICAÇÃO DA LÓGICA "FUZZY" PARA MAPEAMENTO DE ÁREAS DE SENSIBILIDADE AMBIENTAL  Oliver M1, Mello F2 ‐ 1Mestranda no Programa de Pós‐Graduação em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo ? UFES, 2Mestrando no Programa de Pós Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro  PT.091  AVALIAÇÃO DO SALDO DE RADIAÇÃO DE SUPERFÍCIE EM ÁREAS DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA  Dias FRS

1,2,3, Andrade RG

1,4, Gomes D

1,5, Carvalho DS

1,6,7, Leivas JF

1,8 ‐ 

1Embrapa ‐ Pesquisa & 

Desenvolvimento, 2Estagiária ‐ Graduanda em Eng. Ambiental ‐ PUC‐Campinas, [email protected], 4Pesquisador ‐ [email protected], 5Analista ‐ [email protected], 6Bolsista de Iniciação Científica ‐ PIBIC/CNPq ‐ Graduando em Eng. Ambiental ‐ PUC‐Campinas, [email protected], 8Pesquisadora ‐ [email protected]  PT.092  Indice de Vegetação Padronizado a partir de imagens do SPOT‐Vegetation na detecção de estiagens na região sul do Brasil  Leivas JF1, Andrade RG1, Victória DC1, Torresan FE1, Bolfe E1 ‐ 1Embrapa ‐ Pesquisa e Desenvolvimento  PT.093  LANDSCAPE COMPLEXITY ANALYSIS BASED ON TEXTURE PATTERNS AND SATELLITE IMAGE FOR A SÃO PAULO'S CERRADO SITE Vedovato LB1, Vicente LE1, Piqueira JRC2, Filho AP3, Gomes D1, Mattos SHVL3 ‐ 1Embrapa Monitoramento por Satélite, 2Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 3Departamento Geografia, Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas  PT.094  UTILIZAÇÃO DO ÍNDICE DE CIRCULARIDADE DE AGREGADOS NA DIFERENCIAÇÃO DE UNIDADES EM PAISAGENS DEGRADADAS: ESTUDOS PRELIMINARES  PECHE FILHO A1, Fengler FH2, Ribeiro AI3, Bellemo AC4, Storino M5, Freitas EP2, Marques BV6 ‐ 1Instituto Agronômico de Campinas ‐ Centro de Engenharia e Automação, 2Mestrado, Instituto Agronômico de 

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Campinas, 3Engenharia Ambiental ? UNESP Campus Sorocaba, 4Estagiária IAC, 5Instituto Agronômico de Campinas ‐ Centro de Engrnharia e Automação, 6Gestor Ambiental Consultor autônomo  PT.095  UTILIZAÇÃO DO SIG COMO FERRAMENTA PARA O REGISTRO DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS RIBEIRINHOS DA CIDADE DE ALEGRE, ES  Gobbo SDA

1, Amaral AA

1, Garcia RF

2, Eugênio FC

3, Campos MM

3 ‐ 

1Instituto Federal de Educação 

Tecnológica do Espírito Santo, 2Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, 

3Universidade 

Federal do ES  PT.096  O SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG) COMO INSTRUMENTO DE PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS AGRICULTORES SOBRE O USO DO FOGO NO PARQUE NACIONAL DO CAPARAÓ Gobbo SDA1, Garcia RF2, Amaral AA1, Eugênio FC3 ‐ 1Instituto Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo, 2Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, 3Universidade Federal do Espírito Santo  PT.097  AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE IMAGEM DE ALTA RESOLUÇÃO ESPACIAL (QUICK BIRD) PARA AVALIAR O CUMPRIMENTO DO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO Almeida AP1, Lima GM1 ‐ 1UEFS  PT.098  MODELOS NEUTROS DE PAISAGENS: UMA COMPARAÇÃO ESTRUTURAL  Vasconcelos RN1, Cambui ECB2, Miranda JGV3, Boscolo D4, Da Rocha PLB5 ‐ 1UFBA ‐ Universidade Federal da Bahia ‐ Pós Graduação ‐ Ecologia e Biomonitoramento, 2UFBA ‐ Ecologia, 3UFBA ‐ Física, 4Unifesp, São Paulo ‐ Instituto Biologia, 5UFBA ‐ Instituto Biologia  PT.099  ANALÍSE DA EFICIÊNCIA DE TÉCNICAS DE RECUPERAÇÃO E MANEJO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DE BOFETE/SP  Castelli KR1, Silva AM2 ‐ 1UNESP ‐ Faculdade de Engenharia de Bauru, 2UNESP  PT.100  MODELAGEM DE DISTRIBUIÇÃO POTENCIAL COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO GRAU DE AMEAÇA DE ESPÉCIES  RODRIGUES AC1, HASUI É2 ‐ 1UNIFAL‐MG ‐ ECOFRAG, 2UNIFAL‐MG ‐ UNIFAL‐MG  PT.101  A INFLUÊNCIA DA RESOLUÇÃO ESPACIAL NO MAPEAMENTO DA PAISAGEM PARA ESTUDOS DE ÁREAS VERDES URBANAS.  Castro PR de1, Costa LCC1 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ Departamento de geografia  PT.102  DETERMINAÇÃO DA FRAGILIDADE POTENCIAL DA PAISAGEM COM BASE NA APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE CONCENTRAÇÃO DE RUGOSIDADE TOPOGRÁFICA (ICR). DOS SANTOS RM1, SANTOS JE1, MOSCHINI LE1, TREVISAN DP2, Lopes LE1 ‐ 1Universidade Federal de São Carlos ‐ Departamento de Ciências Ambientais, 2Universidade Federal de São Carlos ‐ Curso de Bacharelado em Gestão e Análise Ambiental  PT.103  ESTADO DA ARTE DA PESQUISA EM ECOLOGIA DE PAISAGEM. ESTUDO DE CASO: LAPA/UFSCAR (1986 – 2012)  Fushita AT1, Scariot EC1, Bataghin FA1, SANTOS JE1 ‐ 1Universidade Federal de São Carlos ‐ Departamento de Ciências Ambientais  PT.104  

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ANÁLISE DA PAISAGEM VISANDO A RESTAURAÇÃO POR CORREDORES ECOLÓGICOS SAITO NS1, MOREIRA MA1, SANTOS AR2 ‐ 1INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS ‐ DIVISÃO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 2UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO ‐ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS/DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL  PT.105  PADRÕES ESPACIAIS DA CAÇA NO RIO UNINI ‐ AMAZONAS: SUBSÍDIOS PARA A GESTÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS E CONSERVAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS Moreira MP

1, Iwanaga S

1, Borges SH

1, Saldanha F

1 ‐ 

1Fundação Vitória Amazônica ‐ Programa de 

Conhecimento e Conservação  PT.106  Dados de sensoriamento remoto para identificar áreas disponíveis para ICMS ecológico no Estado de São Paulo  Schultz B1, Bertani G1, Santos JS1, Formaggio AR1 ‐ 1INPE ‐ Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ‐ Divisão de Sensoriamento Remoto  PT.107  ANALISE DA PAISAGEM EM ASSENTAMENTOS RURAIS DE SERGIPE COMO ESTRATÉGIA PARA CONSERVAÇÃO FLORESTAL  PEREIRA RF1,2, SANTOS FMS2, SANTOS F2, PRADO MVP2 ‐ 1UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ‐ LABORATORIO DE BIOLOGIA MOLECULAR, 2IBES ‐ REDE BIODIVERSIDADE BRASIL/FRUTOS DA FLORESTA  PT.108  DANOS CAUSADOS PELO RISCO DE QUEDA DAS ÁRVORES NAS CIDADES  Silva LF1, Carvalho AA1, Lima AP1 ‐ 1UFRPE/UAST ‐ Unidade Acadêmica de Serra Talhada  PT.109  DINÂMICA DA COBERTURA ARBÓREA‐ARBUSTIVA EM BAIRROS DE INTERESSE SOCIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS ENTRE 1998 E 2011 Viana SM1, Fushita AT2, Santos JE2, Silva Filho DF3 ‐ 1ESALQ ‐ USP ‐ Departamento de Ciências Florestais, 2Universidade Federal de São Carlos ‐ Departamento de Ciências Ambientais, 3ESALQ ‐USP ‐ Departamento de Ciências Florestais  PT.110  Investigação de Áreas Prioritárias para a Recuperação Através da Análise Estrutural da Paisagem>  Gaspareto TC1, Barbiere PPG1 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ Departamento de Geografia  PT.111  PROPOSTAS DE MITIGAÇÃO PARA MINIMIZAR A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL ASSOCIADA À INSTALAÇÃO DO COMPLEXO INDUSTRIAL‐PORTUÁRIO DO AÇU EM SÃO JOÃO DA BARRA, RJ  LEITE VR1, PEDLOWSKI MA2, REZENDE CE3 ‐ 1Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro ‐ Laboratório de Estudos do Espaço Antrópico, Doutorando em Ecologia e Recursos Naturais, 2Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro ‐ Laboratório de Estudos do Espaço Antrópico, Professor Associado, 3Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro ‐ Laboratório de Ciências Ambientais, Professor Titular  PT.112  ÁREAS DE CONFLITO ENTRE MINERAÇÃO DE FERRO E PRESERVAÇÃO DE FANERÓGAMAS RARAS NO BRASIL Campos IC1, Carmo FF1, Jacobi CM1 ‐ 1Universidade Federal de Minas Gerais ‐ Laboratório de Interação Animal‐Planta ‐ [email protected]  PT.113  ANÁLISE DA PAISAGEM DE DUAS PROPRIEDADES AGRÍCOLAS FAMILIARES EM TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA  

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ZARNOTT DH1, SÓRIA M2, BARTELS GK3, TAVARES VEQ3, TIMM LC3 ‐ 1Universidade Federal de Pelotas ‐ Programa de Pós‐Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar, 2Universidade Federal de Pelotas ‐ Programa de Pós‐Graduação em Manejo e Conservação do Solo e da Água, 3Universidade Federal de Pelotas ‐ Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel  PT.114  ANÁLISE DA PAISAGEM: SUBSÍDIO PARA CONSERVAÇÃO E PLANEJAMENTO TERRITORIAL DA SUB‐BACIA ZUTIUA, BACIA PINDARÉ, MARANHÃO, BRASIL.  Brito MPL

1, Barreto LN

2, Ribeiro MC

3, Brito FL

1 ‐ 

1Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do 

Maranhão ‐ Campus CH, 2Universidade Federal do Maranhão ‐ Depto de Oceanografia e Limnologia, 3UNESP‐Rio Claro ‐ Depto Ecologia  PT.115  PRIORIZAÇÃO DE ÁREAS PARA CONSERVAÇÃO NO MUNICÍPIO DE SOROCABA  Mello K1, Coelho JC1, Cardoso‐Leite E1, Toppa RH1 ‐ 1UFSCar, campus Sorocaba  PT.117  IMPACTOS AMBIENTAIS ASSOCIADOS À DEFINIÇÃO DO TRAÇADO FERROVIÁRIO PARA O TREM DE ALTA VELOCIDADE DO BRASIL.  De Macau TPC1,2, Botelho RGM3 ‐ 1Ministério dos Transportes ‐ SEGES/NPAC‐RJ, 2Escola Nacional de Ciencias Estatísticas ‐ ENCE ‐ IBGE, 3IBGE ‐ ENCE  PT.118  PLANEJAMENTO DA PAISAGEM URBANA: O PAPEL DA CIDADE NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Júnior ARS1, Stürmer AB2, Soares ES2 ‐ 1Instituto Federal de Alagoas Campus: Palmeira dos Índios, 2Instituto Federal de Alagoas Campus: Palmeira dos Índios  PT.119  ECOLOGIA DE PAISAGENS E SUA CONTRIBUIÇÃO COM O PLANEJAMENTO AMBIENTAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS  Coelho JC1, Moraes MCP1, Mello K1, Toppa RH1 ‐ 1UFSCar, campus Sorocaba  PT.120  MAPEAMENTO E AVALIAÇÃO DE BIÓTOPOS NA ZONA URBANA DE ILHÉUS (BAHIA)  Moraes MEB

1, Oliveira EB

1, Silva MAB

1, Pereira MR

1 ‐ 

1Universidade Estadual de Santa Cruz ‐ Ciências 

Agrárias e Ambientais  PT.121  PROPOSTA DE ORDENAMENTO BIOFÍSICO PARA A PLANÍCIE COSTEIRA DO LITORAL SUL DE SERGIPE, BRASIL  OLIVEIRA ACCA1, MELO E SOUZA R1 ‐ 1UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ‐ NÚCLEO DE PÓS‐GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA  PT.122  PLANEJAMENTO AMBIENTAL E CONSERVAÇÃO DE ZONAS ÚMIDAS URBANAS NO SEMIÁRIDO – ESTUDO DE CASO NO RIO BARRA NOVA (CAICÓ‐RN) MENEZES RSS1, MACÊDO RM2, MEDEIROS LC2, GUEDES JCF2, COSTA DFS2, ROCHA RM2 ‐ 1UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE/ [email protected] ‐ DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA, 2UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ‐ DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA  PT.123  Metodologia GEO Cidades Apoiada em SIG para o Monitoramento do Plano Diretor do Município de Congonhas ‐ MG Cândido FR1, Picoli RA1 ‐ 1Universidade Federal de São João del‐Rei ‐ UFSJ ‐ Programa de Pós‐Graduação em Tecnologias para o Desenvolvimento Sustentável ‐ PPGTDS  PT.124  

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Caracterização espacial das APPs ripárias e estrutura da vegetação ciliar remanescente em uma paisagem de Mata Atlântica em Pernambuco, Brasil  Nascimento DM1, Silva MFA2, Sena PHA3, Ribeiro MC4, Lins‐e‐Silva ACB5 ‐ 1Universidade Federal Rural de Pernambuco ‐ Departamento de Biologia ‐ Bolsista PIBIC/ CNPq, 2Geosistemas Engenharia & Planejamento, 3Universidade Federal Rural de Pernambuco ‐ Departamento de Biologia/ Área de Ecologia ‐ Bolsista PET‐Ecologia, 4Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"/ Campus Rio Claro ‐ Instituto de Biociências/ Departamento de Ecologia, 

5Universidade Federal Rural de Pernambuco 

‐ Departamento de Biologia/ Bolsista‐Tutora PET (MEC/ SESu) ‐ Ecologia  PT.125  Frog distribution along a Neotropical elevational gradient: species richness and altitudinal range  Siqueira CC1,2, Vrcibradic D3, Rocha CFD1 ‐ 1Universidade do Estado do Rio de Janeiro ‐ UERJ ‐ Ecologia, 2Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ UFRJ ‐ Ecologia, 3Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro ‐ UNIRIO ‐ Zoologia  PT.126  VARIAÇÃO ESPACIAL DA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DE FRAGMENTOS DE FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL DO PARQUE ESTADUAL DA LAPA GRANDE E ENTORNO  Hoffmann PP1, Cabacinha CD1, Miranda‐Melo AA2, Gama AT1, Meira MR1 ‐ 1UFMG ‐ ICA, 2Instituto Estadual de Florestas ‐ Regional Norte  PT.127  INFLUENCIA DE VARIÁVEIS AMBIENTAIS NA  OCORRÊNCIA DE SCYTALOPUS NOVACAPITALIS (TAPACULO‐DE‐BRASÍLIA, AVES: RHINOCRYPTIDAE)  Santos LR1, Zimbres B2, Marini MA3 ‐ 1Universidade de Brasília ‐ Departamento de Ecologia, 2Universidade de Brasília ‐ De, 3Universidade de Brasília ‐ Departamento de Zoologia  PT.128  FENOLOGIA E ECOLOGIA REPRODUTIVA DA COMUNIDADE VEGETAL EM UNIDADES DE PAISAGEM NO SUDOESTE DA BAHIA: RESULTADOS PRELIMINARES  Vieira WA1, Silva TS2, Silveira BA2, Brito PHS2, Santos WRS2, Almeida HC2, Bonfim DJ2, Silva RM2, Reis TM2, Pinheiro MP2, Cara PAA2 ‐ 1Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia ‐ UESB/LECOR, 2Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia ‐ DEBI/LECOR  PT.129  MODELAGEM DE DISTRIBUIÇÃO DE ESPÉCIES APLICADA AO GÊNERO AEGLA (DECAPODA, ANOMURA) NO SUL DO BRASIL  Senra A1, Santos S1 ‐ 1Universidade Federal de Santa Maria ‐ Programa de Pós‐graduação em Biodiversidade Animal  PT.130  DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE BROMÉLIAS TANQUE TERRESTRES EM RESTINGA: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS  AZEVEDO NH1, MARTINI AMZ2 ‐ 1UNIVERSIDADE FEDERAL DE SAO PAULO ‐ CIENCIAS BIOLÓGICAS, 2Universidade de São Paulo ‐ Ecologia  PT.131  RELAÇÃO ESPÉCIE‐ÁREA NA MATA ATLÂNTICA DO ESTADO DE SÃO PAULO: O PAPEL DAS CARACTERÍSTICAS DA PAISAGEM NA RIQUEZA DE ESPÉCIES DE MAMÍFEROS  Chaves MLC1, Ciocheti G2, Freitas SR1 ‐ 1Universidade Federal do ABC ‐ Centro de Ciencias Naturais e Humanas, 2Universidade Federal de São Carlos ‐ Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva  PT.132  DIVERSITY AND DISTRIBUTION OF LIZARD SPECIES IN AN ATLANTIC FOREST FRAGMENTED LANDSCAPE IN SOUTHEASTERN BRAZIL  Almeida‐Gomes M1, Rocha CFD2 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ Ecologia, 2Universidade do Estado do Rio de Janeiro ‐ Ecologia 

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 PT.133  IMPORTÂNCIA DA ECOLOGIA DA PAISAGEM NA ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS MACRÓFITAS AQUÁTICAS EM RESERVATÓRIOS DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO MACÊDO RM1, SOUZA CS2, MEDEIROS LC2, TRINDADE JÚNIOR ED2, MEDEIROS DCS2, COSTA DFS2, ROCHA RM2 ‐ 1UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ‐ DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA ‐ e‐mail: [email protected]

2UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 

 PT.134  AS ESTRATÉGIAS DE RESTAURAÇÃO DE HABITAT VARIAM DE ACORDO COM A CAPACIDADE DE DISPERSÃO DAS ESPÉCIES?  Alexandre BR1, Crouzeilles R1, Lorini ML1 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil ‐ Departamento de Ecologia, Programa de Pós‐Graduação em Ecologia     

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RESUMOS DE PALESTRAS E SIMPÓSIOS  

A presença das APAs e a Manutenção dos Fragmentos de Mata Atlântica no Litoral Norte do Estado da 

Bahia. 

Adriana  Lúcia  Batista  de  Castro –  Bióloga; Mestre  em Desenvolvimento  Regional  e Meio  Ambiente; 

Gestora de Unidade de Conservação. 

 

O Litoral Norte do Estado da Bahia encontra‐se inserido em área de Domínio do Bioma Mata Atlântica e 

é  atualmente  considerado  um  dos  centros  de  grandes  investimentos  em  complexos  turísticos  e 

imobiliários  do  Brasil.  Pode‐se  sinalizar  o  advento  da  Linha  Verde  como  sendo  o  forte  vetor  de 

proporção do desenvolvimento para esta região. Desta forma foram criadas Unidades de Conservação 

no  grupo  Uso  Sustentável,  categoria  Área  de  Proteção  Ambiental,  com  o  intuito  de  ordenar  os 

desenvolvimentos  para  esta  localidade  e  com  o  objetivo  principal  de  salvaguardar  parte  da 

sociobiodiversidade ali presente. Em sequência, hoje temos a presença de um mosaico de Unidades de 

Conservação, não reconhecido institucionalmente: APA Lagoas e Dunas do Abaete; APA Joanes‐Ipitanga; 

APA Rio Capivara; APA Lagoas de Guarajuba; APA do Litoral Norte do Estado da Bahia; APA de Mangue 

Seco  e APA  da  Plataforma  Continental  do  Litoral Norte. Os  instrumentos  de  gestão  de Unidades  de 

Conservação como, seus planos de manejo, conselho gestor, condicionantes emitidos nos documentos 

de Anuência Prévia – AP, entre outros tem contribuído para a manutenção de fragmentos de vegetação 

pertencentes ao Bioma Mata Atlântica de grande expressividade e  importância para a  implementação 

futura de corredores de biodiversidade, na tentativa de garantir a continuidade destes remanescentes e 

com isso o fluxo gênico entre as espécies. 

 

   

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PAISAGENS INSULARES NO SEMIÁRIDO DO CEARÁ 

Arnóbio de Mendonça Barreto CAVALCANTE 

Ministério  da  Ciência  Tecnologia  e  Inovação  /  Instituto  Nacional  do  Semiárido  ‐  INSA 

[email protected] 

 

RESUMO 

A partir do descobrimento do Brasil secas na região Nordeste foram sendo rotineiramente registradas. A 

maior de todas as secas registrada, a chamada “Grande Seca” como identificada àquela transcorrida no 

período 1877‐1879, pereceu mais da metade das pessoas que, à época, residiam na área castigada pelo 

flagelo. Só no Estado do Ceará morreram 119 mil, em 1878. Como conseqüência dessa tragédia nacional 

teve  início  a  construção  de  grandes  açudes  públicos  na  região.  Essas  obras  valiosas  contribuição 

proporcionam,  oferecendo  água  para  o  abastecimento  humano,  animal  dentre  outras.  Contudo, 

também trazem prejuízos, sobretudo, para a paisagem. Aqui, é emblemático o processo conhecido por 

fragmentação da paisagem. Com o término da barragem e o alagamento em curso, os altos topográficos 

da paisagem que  pertencem  à  área de  inundação  são  isolados. Desse modo, o Homem  ao  construir 

açudes  fragmenta a paisagem e cria  ilhas. Atualmente, o Estado do Ceará detém 130 açudes públicos 

pouco prováveis de secar e por meio do Projeto Inventário das Ilhas Continentais do Ceará (2006‐2010), 

levantou‐se 822 ilhas artificiais. Essas ilhas artificiais apresentam tamanhos que variam de 0,001 (10 m2) 

a 78,64 ha e isolamentos de 2 a 943 m do continente.  

 

CNPq, CAPES, FUNCAP 

 

   

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Corredor da Mata Atlântica do Nordeste: definição, planejamento e ações piloto para a formulação de políticas públicas*  Bruno Paes Castelo Branco1 Maria das Dores de V. C. Melo1 Pedro F. Develey2 1Associação para a Proteção da Mata Atlântica do Nordeste ‐ AMANE 2 Sociedade para Conservação das Aves do Brasil – SAVE Brasil *Projeto executado com o apoio do Projetos Demonstrativos do Ministério doMeio Ambiente ‐PDA/MMA ‘ O  projeto  Corredor  da  Mata  Atlântica  do  Nordeste  tem  como  objetivo  articular  a  formulação  e implementação de políticas públicas para a conservação e restauração da Mata Atlântica do Nordeste através da definição do  território do Corredor de Biodiversidade do Nordeste  (CBNE). A AMANE  é  a executora  do  projeto,  proposto  pela  SAVE  Brasil  com  o  apoio  do  PDA/MMA.  Este  projeto  conta  a 

parceria da CI Brasil, BirdLife  International, Jensen Foundation, CEPAN,  IA‐RBMA e UFPE. As principais ações propostas são: (i) Definir os limites e realizar o planejamento e zoneamento do CBNE (ii) Articular atores  regionais  para  estabelecimento  do  Conselho  Gestor  do  projeto  com  representantes  dos  seis estados  abrangidos  pelo  Corredor  (RN,  PB,  PE,  AL,  SE  e  BA),  (iii)  Implementar  iniciativas modelo  de educação para conservação da biodiversidade, restauração  florestal e sistemas agroflorestais em duas áreas piloto, o Complexo Florestal de Murici/AL e o da Serra do Urubu/PE. Para atingir esses objetivos, o projeto  através  de  seminários  com  o  Conselho  Gestor  selecionou  os  critérios  para  delimitação, planejamento  e  zoneamento  do  CBNE.  Para  definição  dos  limites  do  Corredor  foram  levados  em consideração critérios políticos: limites da Mata Atlântica segundo a Lei 11.428/2006, da fase IV Reserva da  Biosfera  da  Mata  Atlântica,  do  Corredor  Central  da  Mata  Atlântica  e  dos  municípios  (IBGE); biológicos: a presença de Key Biodiversity Areas (KBA), de Importante Bird Areas (IBA), de Unidades de Conservação e de  fragmentos  florestais nas bases do Atlas da Mata Atlântica  (2008) e publicadas na literatura. No território de 9.820.000,00 ha do CBNE foram definidas 13 Áreas Focais abrangendo cerca de  3.526.000,00  ha,  contendo  66  KBAs  e  12  IBAs.  Espera‐se  que  a médio/longo  prazo  este  projeto influencie  a:  (i)  criação  de  novas  unidades  de  conservação,  (ii)  redução  do  isolamento  entre  os remanescentes florestais na paisagem da região, (iii) ampliação da permeabilidade da paisagem através de sistemas agroflorestais.    

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ZONEAMENTO  E  ESTABELECIMENTO DE  ÁREAS  PRIORITÁRIAS  PARA AMPLIAÇÃO DE UNIDADES DE 

CONSERVAÇÃO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO  

Camila Rezende¹,² & Eduardo Lardosa¹ 

¹ Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA) 

² [email protected] 

 

Unidades de conservação  (UC) são espaços territoriais e seus recursos ambientais, com características 

naturais relevantes,  legalmente  instituídos pelo Poder Público com objetivos de conservação e  limites 

definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. 

Atualmente, o Estado do Rio de Janeiro possui 3.568 km² protegidos por UC de proteção  integral, dos 

quais 2.028 km² são geridos pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA). 

O plano de manejo constitui o principal instrumento de gestão de uma UC. Neste documento técnico, se 

institui  o  zoneamento  e  as  normas  que  devem  presidir  o  uso  da  área  e  o manejo  de  seus  recursos 

naturais. O INEA, com base no Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo (INEA, 2010), 

define critérios específicos para o zoneamento das UC de proteção integral sob sua administração. Tais 

critérios visam o estabelecimento de gradações de uso, com base: i) em fatores físicos mensuráveis ou 

espacializáveis, tais como o grau de conservação da vegetação, a fragilidade do solo e a forma do relevo; 

ii) nas  singularidades da UC;  iii) nos  valores para  a  conservação,  tais  como  a ocorrência de  espécies 

ameaçadas ou invasoras, a presença de sítios históricos e a susceptibilidade ambiental; e iv) na vocação 

de uso, tais como o potencial para a visitação e educação ambiental, a  instalação de infraestrutura e a 

presença de atividades conflitantes com os objetivos da UC. 

O plano de manejo pode também estabelecer um projeto específico para a redelimitação da UC, a fim 

de: i) incorporar novas áreas de valor ambiental e turístico relevantes; ii) ampliar os serviços ambientais 

prestados pela UC;  iii) conservar a diversidade biológica e os patrimônios geológico e arqueológico;  iv) 

impedir  a  ocupação  de  áreas  de  risco;  e  v)  minimizar  os  conflitos  fundiários.  Neste  caso,  são 

considerados  aspectos  físicos,  biológicos,  culturais,  socioeconômicos,  fundiários  e  institucionais 

específicos de cada unidade.  

 

   

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Redes de interação plantas‐visitantes florais em mosaico vegetacional do nordeste brasileiro¹ 

Camila Magalhães Pigozzo²* & Blandina Felipe Viana³ 

 

 

Estudos das redes de interações plantas‐visitantes florais são fundamentais para conservação e manejo 

sustentável  da  biodiversidade.  O  estudo  da  estrutura  das  redes mutualísticas  encontra‐se  em  fase 

descritiva,  sendo  necessárias  investigações  que  testem  empiricamente  os  processos  subjacentes  aos 

padrões  encontrados.  Trabalhos  recentes  sugerem  que  mudanças  na  paisagem  influenciam  a 

composição de polinizadores, no entanto ainda são poucas as evidências que demonstram o efeito das 

mudanças  sobre as  redes de  interações. Assim, objetivando preencher essa  lacuna do  conhecimento 

testou‐se a influência das variáveis de composição e de configuração da paisagem na variação espacial 

de redes de interações entre abelhas e flores. O estudo foi realizado no entorno do Parque Municipal de 

Mucugê  (12°59'18"S  e  41°20'22"W),  Chapada  Diamantina,  Bahia.  Em  uma  área  de  143Km²,  foram 

selecionados 15 pontos com distância mínima de 1,5km e máxima de 8,0km. Em cada ponto, demarcou‐

se uma área de 0,25ha, dentro da qual foram  inventariadas as espécies vegetais floridas e as espécies 

visitantes, nos meses de maior intensidade de floração na região, com esforço amostral por área de 33 

horas. A partir dos dados de visitação foram obtidas as redes de interações locais, caracterizadas por 10 

parâmetros. O entorno das áreas amostradas  foram caracterizadas em buffers de 250, 500 e 750m, a 

partir  de  imagem  IKONOS  com  resolução  de  1m,  por  parâmetros  de  composição  e  de  configuração. 

Através  da  análise  de  componentes  principais  (PCA),  foram  extraídos  os  eixos  explicativos  para  os 

parâmetros de rede e de paisagem. A partir de regressão múltipla  foi verificado a associação entre as 

variáveis da paisagem e as de rede. A expectativa era que diferentes contextos, revelassem diferentes 

topologias  das  redes,  e  ainda  que  paisagens mais  heterogêneas  favorecessem  o  estabelecimento  de 

redes  mais  coesas  e  resilientes.  No  entanto,  nenhum  dos  parâmetros  da  paisagem  mostrou‐se 

explicativo para a estrutura das redes. 

 

1. Parte  da  Tese  de  Doutorado  desenvolvido  no  Programa  de  Pós‐Graduação  em  Botânica  da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), com apoio financeiro da FAPESB (nº 8308/2006) e do CNPq (nº 471694/2008 8). 2. Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, Rua Barão de Geremoabo, S/N, Campus de Ondina, Salvador, Bahia, Brasil. Cep. 40 170‐290. 3. Curso  de  Ciências  Biológicas,  Centro  Universitário  Jorge  Amado.  Av.  Luís  Viana  Filho  6775, Paralela. Salvador, BA, Brasil. CEP: 41745‐130.  * E‐mail contato: [email protected] 

   

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Redes de interação plantas‐visitantes florais em mosaico vegetacional do nordeste brasileiro¹ 

Camila Magalhães Pigozzo²* & Blandina Felipe Viana³ 

 

Estudos das redes de interações plantas‐visitantes florais são fundamentais para conservação e manejo 

sustentável  da  biodiversidade.  O  estudo  da  estrutura  das  redes mutualísticas  encontra‐se  em  fase 

descritiva,  sendo  necessárias  investigações  que  testem  empiricamente  os  processos  subjacentes  aos 

padrões  encontrados.  Trabalhos  recentes  sugerem  que  mudanças  na  paisagem  influenciam  a 

composição de polinizadores, no entanto ainda são poucas as evidências que demonstram o efeito das 

mudanças  sobre as  redes de  interações. Assim, objetivando preencher essa  lacuna do  conhecimento 

testou‐se a influência das variáveis de composição e de configuração da paisagem na variação espacial 

de redes de interações entre abelhas e flores. O estudo foi realizado no entorno do Parque Municipal de 

Mucugê  (12°59'18"S  e  41°20'22"W),  Chapada  Diamantina,  Bahia.  Em  uma  área  de  143Km²,  foram 

selecionados 15 pontos com distância mínima de 1,5km e máxima de 8,0km. Em cada ponto, demarcou‐

se uma área de 0,25ha, dentro da qual foram  inventariadas as espécies vegetais floridas e as espécies 

visitantes, nos meses de maior intensidade de floração na região, com esforço amostral por área de 33 

horas. A partir dos dados de visitação foram obtidas as redes de interações locais, caracterizadas por 10 

parâmetros. O entorno das áreas amostradas  foram caracterizadas em buffers de 250, 500 e 750m, a 

partir  de  imagem  IKONOS  com  resolução  de  1m,  por  parâmetros  de  composição  e  de  configuração. 

Através  da  análise  de  componentes  principais  (PCA),  foram  extraídos  os  eixos  explicativos  para  os 

parâmetros de rede e de paisagem. A partir de regressão múltipla  foi verificado a associação entre as 

variáveis da paisagem e as de rede. A expectativa era que diferentes contextos, revelassem diferentes 

topologias  das  redes,  e  ainda  que  paisagens mais  heterogêneas  favorecessem  o  estabelecimento  de 

redes  mais  coesas  e  resilientes.  No  entanto,  nenhum  dos  parâmetros  da  paisagem  mostrou‐se 

explicativo para a estrutura das redes. 

1. Parte  da  Tese  de  Doutorado  desenvolvido  no  Programa  de  Pós‐Graduação  em  Botânica  da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), com apoio financeiro da FAPESB (nº 8308/2006) e do CNPq (nº 471694/2008 8). 2. Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, Rua Barão de Geremoabo, S/N, Campus de Ondina, Salvador, Bahia, Brasil. Cep. 40 170‐290. 3. Curso  de  Ciências  Biológicas,  Centro  Universitário  Jorge  Amado.  Av.  Luís  Viana  Filho  6775, Paralela. Salvador, BA, Brasil. CEP: 41745‐130.  * E‐mail contato: [email protected] 

   

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Identificação e valoração de mosaicos em paisagens 

Carlos T. L. de Pablo 

Evaluación de elementos del paisaje y la perspectiva de los mosaicos  Resumen: La variación espacial en  las  interacciones entre  los componentes bióticos y abióticos de  los ecosistemas, origina  la heterogeneidad  espacial que  se manifiesta  en  el paisaje,  a diferentes  escalas espaciales y temporales. Dicha heterogeneidad,  se organiza en manchas y  fronteras. Las manchas  son homogéneas a  la escala observada y las fronteras son las transiciones entre las manchas. Manchas y fronteras son resultado de la  variación  espacial  de  las  interacciones  entre  los  componentes  de  los  ecosistemas.  Las  manchas difieren en sus componentes bióticos y abióticos y las fronteras son los lugares en que cambia el patrón de  interacciones  responsable  de  dicha  composición.  Manchas  y  fronteras  se  pueden,  por  tanto, considerar como elementos del paisaje, puesto que sintetizan  la variación espacial del funcionamiento ecológico del mismo.  La  evaluación  del  paisaje,  para  su  planificación  y  gestión,  considera  las  posibilidades  de aprovechamiento de los componentes de los ecosistemas (seres vivos, agua, nutrientes, frutos, etc.) que están condicionadas por  los tipos de manchas y fronteras y por su configuración espacial en el paisaje que los genera. Diferentes manchas ofrecen diferentes recursos. Pero las mismas manchas en diferentes configuraciones espaciales ofrecen también diferentes recursos según  la  funcionalidad de cada patrón de fronteras. Hace falta un tercer elemento del paisaje, el definido por los conjuntos de manchas con un patrón similar de fronteras. Cada uno de ellos es un mosaico, de manera que el paisaje está compuesto por los diferentes mosaicos que se pueden identificar en él.   Los mosaicos del paisaje sintetizan la información sobre su funcionamiento ecológico proporcionada por las manchas y  fronteras y ofrecen el marco de  referencia adecuado para  su evaluación.  Las manchas representan  los  recursos  aprovechados,  las  fronteras  la  funcionalidad  ecológica  subyacente  a  su producción  y  los  mosaicos  los  diferentes  patrones  de  aprovechamiento,  integrando  los  aspectos ecológicos y socioeconómico‐culturales implicados en el paisaje.    

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SIMPOSIO SCGIS SP09 ‐ Capacitação em análises espaciais para a conservação 

Carolina Guillen (representando prof. Britaldo Soares‐Filho) 

 

Modelagem Ambiental em Apoio a Políticas Públicas 

 

A integração entre ciência e políticas públicas é necessária para ajudar a solucionar os grandes desafios 

ambientais da atualidade. A experiência do Centro de Sensoriamento Remoto, da Universidade Federal 

de Minas Gerais (CSR‐UFMG),  tem  demonstrado  que  essa  integração  é  possível  e  promissora.  Serão 

apresentados exemplos, como os projetos SIMBrasil e SIMAmazonia, modelagem sobre Agricultura de 

Baixo Carbono e sobre o Código Florestal, dentre outros estudos desenvolvidos pelo CSR‐UFMG e seus 

resultados para a aplicação em políticas públicas. Serão ainda apresentados dados sobre o software de 

modelagem  ambiental  freeware  desenvolvido  pelo  Centro  e  as  iniciativas  de  treinamento  de 

modeladores  no  Brasil  e  no mundo,  com  objetivo  de  ampliar  a  capacidade  dos  pesquisadores  em 

fornecerem respostas úteis para a aplicação de estratégias viáveis de conservação ambiental. 

 

   

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“Capacitação  em  análises  espaciais  para  conservação  ‐  A  capacitação  em  geoprocessamento  no 

ICMBio” 

Cecilia Cronemberger de Faria 

 

A análise espacial é base para a gestão  territorial. No  caso da gestão de Unidades de Conservação e 

programas de conservação da biodiversidade o uso de  ferramentas de geoprocessamento é  requisito 

básico para todas as suas etapas de planejamento, execução e reavaliação de ações. 

A capacitação em geoprocessamento no ICMBio tem decorrência das ações do IBAMA antes de criação 

desta nova autarquia. 

Uma série de ações foram executadas desde 2007, ano da criação do ICMBio. Até o advento do 1º Plano 

Anual de Capacitação do ICMBio (PAC), publicado em 2009, as ações de capacitação ocorriam de forma 

descentralizada entre as diferentes diretorias, coordenações e mesmo com ações diretas por unidades 

de  conservação  e  centros  especializados.  Desde  2009  a  Coordenação  Geral  de  Pessoas  do  ICMBio 

centraliza os processos de capacitação, com ações diretas de planejamento e execução de cursos em 

todo o Brasil, com destaque para a Academia Nacional da Biodiversidade ‐ ACADEBio. O primeiro curso 

de geoprocessamento do ICMBio neste contexto de maior institucionalidade, ocorreu em SETEMBRO DE 

2009, tendo origem em demanda da Coordenação Geral de Proteção do ICMBio, para servidores lotados 

em unidades prioritárias para este  tema. Desde então, os principais  cursos  relacionados com o  tema 

foram: 

2010:  Atualização  em  Armamento,  Tiro  e  GPS;    Curso  de  Sistema  de  Rastreamento  de Embarcações Pesqueiras por Satélites – PREPS; Planejamento Sistemático para Conservação;   Curso de Modelagem  de  Diversidade  de  Espécies;  Cursos  de  Introdução  ao  Web‐Gis    Curso  de Geoprocessamento. 

2011:  Geoprocessamento básico, intermediário e avançado; Mosaico Áreas Protegidas; Curso Memorial Descritivo. 

2012:  A  Geoprocessamento  básico;    intermediário;  Atualização  de  Instrutores  de Goprocessamento; ERDAS. Até a elaboração do PAC 2010, haviam muitas demandas dispersas sobre cursos de geoprocessamento no ICMBio, oriundas, principalmente das diferentes coordenações gerais. Nesta ocasião se definiu uma maior padronização dos cursos de geoprocessamento, com o agrupamento da maioria das demandas em  um  cardápio  de  três  grupos  de  cursos:  com  currículo  básico  abordando  Cartografia,  GPS,  Track Maker e Google Earth, denominado GEO A ou Geoprocessamento Básico, com 60 horas aula; o GEO B, ou  Geoprocessamento  Intermediário,  contemplando  as  principais  ferramentas  de  análise  espacial  e georreferenciamento  e  interpretação  visual  de  imagens,  com  100  horas  aula;  Geo  Avançado,  com currículos  variados  com  conteúdos mais  específicos,  tais  como  análises  estatísticas  e  sensoriamento remoto. A construção dos cursos ocorre com base na análise das demandas das coordenações gerais e através de oficinas anuais de planejamento com a participação dos instrutores de geoprocessamento e, desde o início de 2012, tem a ACADEBio no papel de coordenação técnica deste tema. Considerando os cursos de geoprocessamento básicos e  intermediários realizados de 2010 a  junho de 2012 momento,  foram  realizados  8  cursos  de  geoprocessamento  de  forma  centralizada  no  ICMBio, totalizando 174 alunos, alguns participando de dois cursos.     

   

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Mapeamento dos centros mundiais de risco de extinção 

Clinton N Jenkin 

 

Um tipo de ameaça ambiental é muito mais grave os demais, a extinção de espécies. Ao contrário de 

outras ameaças, extinções são irreversíveis. Florestas podem regenerar‐se, rios podem ser despoluídos, 

mas as espécies não podem  ressuscitar. Por  isso, a prevenção de extinções é o maior desafio para a 

conservação. A  natureza  torna  este  desafio  interessante,  visto  que  as  espécies  estão  distribuídas  de 

forma heterogênea em nosso planeta. Alguns lugares têm literalmente milhares de vezes mais espécies 

do que outros. No entanto, esses lugares ricos em espécies não são necessariamente melhor podemos 

evitar extinções, porque as espécies em maior risco, muitas vezes, vivem em outras áreas. Aqui serão 

apresentados  os mapas mais  recentes  e mais  detalhados  da  diversidade  global  de  vertebrados  e  os 

centros de extinções potenciais para mamíferos, aves e anfíbios. É um guia detalhado mostrando onde 

exatamente salvar espécies. 

 

   

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The influence of landscape change on biodiversity conservation and ecosystem service provision 

Cristian Echeverria1, Rodrigo Fuentes1, James Rodriguez1, Pablo Pino1, Laura Nahuelhual2, Jorge León3 

1 Universidad de Concepción 

2 Universidad Austral de Chile 

3 Ministerio de Medio Ambiente, Chile 

 

Land  cover  and  land  use  change  (LUCC)  are  among  the  most  important  contributors  to  global 

environmental  change.  Chile,  and  particularly  its  south‐central  zone  (35º‐  43º  S),  is well  known  for 

exhibiting substantial LUCC as a result of human‐induced processes.   Our results show that temperate 

forests  in this zone are being rapidly transformed, exhibiting one of the highest rates of deforestation 

(5.4% per year)  in Latin America. The zone has also shown a progressive degradation and  loss of old‐

growth  forests  followed by a conversion  to pasture  lands and  forest plantation of exotic  species. The 

influence of  LUCC on  the persistence of  threatened  tree  species, nutrient export,  sediment  flow and 

timber yield were assessed using spatially explicit models and  field‐based works. Landscape processes 

determine  a  spatial  variation  in  the  provision  of  ecosystem  services  such  as water  quality,  erosion 

control and timer supply. At the same time, spatial patterns of LUCC are leading to a local extinction of 

threatened species by a decline of suitable habitat. We also provide new evidence on how  landscapes 

change by analysing  the spatial patterns and human processes  in  three  forest  landscapes  in southern 

Chile at different states of alteration. As a forest  landscape  is transformed, the extent and  intensity of 

human processes  vary  according  to  the  existing  state  of  landscape  alteration,  resulting  in distinctive 

landscape patterns in each phase.   A  wide  range  of  academic,  private  and  public  stakeholders  have 

emphasized the need to stop and reverse current trends of environmental degradation and to promote 

sustainable practices to conserve Chile’s natural resources. 

 

 

 

 

   

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Sobre  o  desafio  de  avaliar  a  conectividade  funcional  e  os  padrões  de movimentação  de  insetos 

polinizadores  

Boscolo D1 ‐ 1Universidade Federal de São Paulo ‐ UNIFESP ‐ Ciências Biológicas 

 

A estrutura de paisagens  fragmentadas e heterogêneas  tem grande  influência  sobre a  capacidade de 

dispersão de muitas espécies e modificações na disposição espacial dos ecossistemas existentes alteram 

fluxos  biológicos  essenciais  a  sua  manutenção.  Um  processo  ecológico  de  máxima  importância 

diretamente afetado por esses  fatores é a polinização  realizada por animais, especialmente  insetos, a 

qual  depende  diretamente  da  capacidade  dos  agentes  polinizadores  de  se  movimentarem  pela 

paisagem.  A  propensão  a  se movimentar  é  uma  característica  comportamental  passível  de  seleção 

natural e a heterogeneidade da paisagem onde os animais evoluíram deve oferecer forte  influência 

sobre  esse  processo.  Como  resultado,  mesmo  linhagens  aparentadas  que  se  desenvolveram  em 

paisagens com diferentes graus de heterogeneidade devem desenvolver padrões bastante distintos de 

movimentação  e,  consequentemente,  sensibilidade  a  fragmentação.  Estudos  sobre  a  conectividade 

funcional  em  paisagens  heterogêneas  permitem,  assim,  a  compreensão  ecologicamente  calibrada 

desses processos. No entanto, a movimentação de  insetos é de difícil observação em campo, pois são 

pequenos e muitas vezes rápidos demais para que se observe exatamente suas rotas. Essa dificuldade 

desafia  constantemente  estudos  que  visam  avaliar  a  conectividade  funcional  dos  processos  de 

polinização em paisagens heterogêneas. Meu objetivo é apresentar estudos em andamento que visam 

compreender  como  variações  na  estrutura  da  paisagem  influenciam  os  padrões  e  propensão  a 

movimentação  de  diferentes  espécies  de  polinizadores,  com  especial  atenção  aos  Hymenoptera  e 

Lepidoptera, com o principal  intuito de gerar discussões que  levem a  inovações metodológicas para a 

condução dessas pesquisas. Os estudos apresentados ocorrerão em paisagens agronaturais da Chapada 

Diamantina,  Bahia,  e  em  paisagens  fragmentadas  do  Planalto  Atlântico  Paulista.  O  foco  desta 

apresentação é nas metodologias disponíveis e as que estão  sendo desenvolvidas para acessar como 

variam  os  padrões  de movimentação  de  animais  tão  pequenos  e  difíceis  de  seram  observados  em 

campo. Dentre essas metodologias encontram‐se experimentos de translocação com observação ativa 

da  movimentação,  experimentos  de  marcação  e  recaptura   e  de  telemetria  utilizando  radares 

harmônicos.  Os  resultados  obtidos  por  esses  estudos  devem  gerar  subsídios  tecnológicos  para  o 

planejamento  e  manejo  inteligente  de  paisagens  com  grande  influência  antrópica,  visando  a 

conservação  de  fluxos  biológicos  essenciais  a manutenção  tanto  da  biodiversidade  local  como  dos 

serviços ambientais importantes para as atividades humanas. 

   

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A ecologia de paisagens no licenciamento ambiental: para além da escala local 

Dary M G Rigueira 

 

Demonstrar a viabilidade ambiental de empreendimentos ou atividades que  impliquem em supressão 

de vegetação nativa é um requisito para sua autorização previsto no ordenamento jurídico nacional e na 

legislação  ambiental  baiana.  Considerando  os  princípios  do  arcabouço  legislativo  nacional,  um 

empreendimento ou atividade somente pode ser considerado viável quando não afetar a manutenção 

da  biodiversidade.  Atualmente,  para  avaliar  as  solicitações  para  supressão  de  vegetação  nativa,  os 

órgãos ambientais exigem uma caracterização da área a  ser suprimida, através da descrição dos  seus 

atributos físicos, do  inventário florestal e de uma lista de espécies da fauna de ocorrência no  local. No 

entanto,  é  preciso  considerar  que  os  processos  ecológicos  responsáveis  pelo  funcionamento  dos 

ecossistemas e manutenção da biodiversidade emergem da  interação entre as partes destes sistemas 

em diferentes escalas espaciais. Assim, percebe‐se que a abordagem atualmente praticada tem um foco 

local inadequado para atingir o objetivo por não considerar processos ecológicos que, em grande parte, 

dependem e são influenciados por escalas espaciais mais amplas. O resultado desse descompasso é que 

o principal critério observado para a autorização de supressão de vegetação nativa tem sido a exclusão 

das APPs e das RLs dimensionadas a partir dos  limites mínimos previstos pelo Código Florestal. Além 

disso, as áreas passíveis de uso alternativo do solo, consideradas neste contexto como aquelas que não 

são  APP  ou  RL,  são  disponibilizadas  para  supressão  sem  que  nenhum  critério  técnico  seja  aplicado, 

impossibilitando  a  avaliação  da  viabilidade  ambiental  do  desmate  da  vegetação  em  áreas  nesta 

condição. Diante dessa constatação, é proposta uma análise hierárquica multi‐escalar que considera os 

aspectos  físicos  e  biológicos,  em  três  escalas  espaciais  distintas:  regional,  sub‐bacia  e  área  do 

empreendimento,  com a  indicação dos percentuais mínimos de vegetação necessários à manutenção 

dos processos ecológicos, visando à manutenção da biodiversidade, dos  serviços ecossistêmicos e do 

bem estar da população humana. 

 

   

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INFLUÊNCIA DAS CONDIÇÕES  LOCAIS, DA PAISAGEM CIRCUNDANTE E DO CONTEXTO REGIONAL NA 

ESTRUTURA DAS REDES DE INTERAÇÕES EM UM MOSAICO DE FISIONOMIAS AGRÍCOLAS E NATURAIS  

Moreira  EF1,  Santos  RLS1,  Viana  BF1,  Boscolo  D2 ‐ 1Universidade  Federal  da  Bahia  ‐  Instituto  de 

Biologia,2Universidade  Federal  de  São  Paulo  ‐  Instituto  de  Ciências  Ambientais  

 

As  interações  interespecíficas,  como as mutualísticas entre plantas e polinizadores,  têm um 

papel  chave,  na  manutenção  da  biodiversidade  e  no  funcionamento  dos  ecossistemas.  O 

conjunto  destas  interações  pode  conferir  às  comunidades  robustez  e  resiliência  a 

perturbações, como  flutuações nas populações e extinções. Considerando que alterações na 

qualidade  do  habitat,  bem  como  na  estrutura  das  paisagens  são  importantes  ameaças  a 

polinização e que poucos estudos avaliaram empiricamente tais efeitos o objetivo do presente 

trabalho foi investigar a influência das condições locais, da estrutura da paisagem circundante 

e do contexto regional sobre as características das redes de interação plantas‐visitantes‐florais. 

O estudo foi realizado no polo agrícola da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil onde os visitantes 

florais  foram  coletados  em  27  unidades  amostrais  distribuídas  ortogonalmente  em  um 

gradiente de proporção de agricultura, diversidade da paisagem e estrutura da vegetação. Foi 

realizado  um  procedimento  de  seleção  de modelos  utilizando  o  critério  de  informação  de 

Akaike para cada característica das redes com modelos aditivos que combinavam as variáveis 

de proporção de áreas antropizadas, média da forma dos elementos da paisagem, diversidade 

das paisagens, estrutura da vegetação local, calculados nas escalas com melhor ajuste com as 

métricas  das  redes,  além  do  contexto  regional.  Neste  estudo  alterações  na  qualidade  do 

habitat  em  conjunto  com  a  homogeneização  da  paisagem,  ocasionada  pela  redução  da 

complexidade  da  composição  (diversidade  da  paisagem)  e  da  configuração  (forma  dos 

elementos) da mesma, acarretaram na perda de espécies assim como na redução da robustez 

e da resiliência das redes de  interações planta‐visitante‐floral, através da perda de  ligações e 

da diminuição da assimetria das forças de  interação. Esses resultados corroboram a teoria da 

heterogeneidade e indicam que tais alterações podem comprometer o sucesso reprodutivo de 

plantas nativas e causar alterações na comunidade vegetal, extinções secundárias, bem como 

reduzir a disponibilidade de visitantes florais nas culturas agrícolas comprometendo o serviço 

de polinização. Além disso, apesar de proporções altas de agricultura causarem a simplificação 

da  paisagem,  proporções  moderadas  (<40%)  não  tiveram  efeito  nas  redes,  e  estão 

positivamente  correlacionadas  com  diversidade  da  paisagem,  indicando  que  distúrbios 

intermediários podem  favorecer a manutenção das redes em questão. Sendo assim, pode‐se 

concluir que o planejamento de paisagens com proporções de agricultura baixas e arranjo mais 

intrincado entre áreas agrícolas e naturais, não manejadas, pode aumentar  a  complexidade 

das paisagens em região agrícola favorecendo a manutenção dos polinizadores, das interações 

mutualísticas e do serviço de polinização, conciliando produção agrícola com conservação da 

biodiversidade. 

Entidades  Financiadoras:  Conselho  Nacional  de  Desenvolvimento  Científico  e  Tecnológico 

(CNPq); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). 

 

   

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Identificação e valoração de mosaicos em paisagens Elisa Hardt Alves Vieira 

 

A avaliação das fronteiras como premissa para valoração de mosaicos e paisagens 

Temas:  conceitos,  procedimentos  de  identificação  e  caracterização  de  fronteiras  para  valoração  de 

fluxos estruturais e funcionais. 

Resumo: Fronteiras são zonas de transição ou contato entre manchas na paisagem que funcionam como 

filtros de resistência e retenção de matéria, energia e  informação. Seu conhecimento é  importante na 

compreensão das interações ecológicas (tipo, sentido e magnitude) e dos processos que determinam o 

funcionamento  da  paisagem.  Apesar  das  pesquisas  destacarem  o  papel  essencial  das  fronteiras  no 

entendimento  da  paisagem,  muitas  vezes  são  desconsideradas  ou  seus  resultados  possuem  o 

inconveniente de  serem dependentes do  tamanho amostral. Nos últimos cinco anos, nosso grupo de 

pesquisa  (UCM‐UNICAMP)  tem desenvolvido  técnicas de  identificação e estudos de caracterização de 

fronteiras com o uso de sistema de  informação geográfica, tendo como base a detecção de pontos de 

convergência  entre  usos,  quantificados  em  relação  a  sua  presença,  frequência  e  comprimento.  As 

diferentes formas de análise têm em comum os mapas vetoriais de uso da terra como entrada de dados 

a partir do qual se seguem 3 passos principais: i). Criação de layers de limites para cada classe de uso; ii). 

Classificação  dessas  layers  de  acordo  com  os  tipos  de  contatos  entre  usos;  e  iii). Quantificação  dos 

atributos  das  fronteiras  (ex.  frequência),  tendo matrizes  de  dados  de manchas  por  fronteiras  como 

produto  final.  Ademais  da  relação  entre  descritores  quantitativos  de  fronteiras  e  o  grau  de 

fragmentação  descrito  na  literatura,  defendemos  que  esses  descritores  também  fundamentam  a 

identificação de unidades territoriais de organização da paisagem em mosaicos. Nessa abordagem, os 

mosaicos  são  definidos  como  um  conjunto  de  manchas  com  padrões  típicos  de  fronteiras  e, 

consequentemente,  de  interações  ecológicas.  Os  estudos  realizados  pelo  grupo  destacam  sua 

capacidade  descritiva  em  cenários  históricos  por  integrarem  informações  de  uso  e  fronteira 

simultaneamente. Também ficou evidente sua utilidade na identificação dos modelos de exploração dos 

recursos naturais e na gestão de uso da terra. 

   

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Ecologia de Paisagens: expansão e aplicação 

Jean Paul Metzger 

Departamento de Ecologia, IBUSP  

 

Apesar de ser uma disciplina relativamente recente, a Ecologia de Paisagens vem se expandindo muito 

rapidamente  nas  últimas  duas  décadas.  Parte  desta  expansão  pode  ser  explicada  por  questões 

históricas, em particular por  sua origem em disciplinas  com  referenciais  teóricos muito distintos. Por 

outro  lado, a Ecologia de Paisagens oferece um novo e atraente paradigma conceitual para a pesquisa 

em  ecologia,  que  certamente  favorece  a  sua  expansão.  Com  a  inclusão  explícita  do  espaço  e  a 

incorporação  de  análises multi‐escalares,  estudos  com  a  perspectiva  da  Ecologia  de  Paisagens  têm 

amplo potencial de aplicação para questões de ordenamento territorial e conservação de espécies em 

paisagens  modificadas  pelo  homem.  Nesta  apresentação,  são  discutidas  as  razões  para  a  rápida 

expansão da Ecologia de Paisagens, assim como as  implicações disto em termos práticos. Exemplos de 

trabalhos no Brasil são destacados,  ilustrando como o avanço da ciência pode ser combinado com sua 

aplicação, dentro de uma abordagem transdisciplinar.  

   

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Hotspots, planejamento ambiental regional e estratégias de conservação da biodiversidade na Bahia. Jean‐François Timmers  O Estado da Bahia tem potencialmente a maior diversidade biológica do Brasil, considerando Abrolhos, florestas  atlânticas,  Chapada  Diamantina,  grandes  extensões  de  Cerrado  e  Caatinga,  e  extensas cavernas. Esta riqueza ainda está desconhecida e em processo acelerado de destruição. São menos de 2%  de UCs  estaduais  e  federais  sob  proteção  integral, muito  abaixo  das metas mundiais  (16%).  Ao mesmo  tempo,  a  Bahia  está  prestes  a  receber  vultosos  investimentos  nas  áreas  de  infraestrutura, mineração,  turismo,  energia  eólica,  celulose  e  agroindústria.  Precisa  urgentemente  de  instrumentos permitindo estabelecer diretrizes adequadas a cada região do Estado e metas de proteção dos recursos naturais, garantindo os  serviços ambientais  imprescindíveis ao desenvolvimento  sustentável. Uma via promissora  é  de  planejamento  territorial  sistemático,  permitindo  dimensionar  e  especializar  as potencialidades e prioridades de conservação da biodiversidade e de outros projetos e interesses sociais e econômicos sobre o mesmo território. Esse método, a ser chamado de planejamento sistemático da sustentabilidade, permite delinear o melhor compromisso e construir uma base objetiva e equilibrada para negociação entre os vários setores envolvidos. Essa abordagem, a ser brevemente experimentada com  setores  de  energia  eólica, mineração,  agroindústria  e  imobiliário  costeiro,  visa  a  definição  de critérios práticos, seguros e objetivos para uma abordagem inovadora da gestão ambiental e de políticas públicas e privadas na Bahia.  

   

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Movimento animal em paisagens fragmentadas: borboletas tropicais como modelos 

Márcio Z. Cardoso 

Depto de Botânica, Ecologia e Zoologia, Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do 

Norte, Natal‐RN, [email protected] 

 

A maioria dos estudos sobre a disposição espacial dos habitats e sua influência na dinâmica ecológica e 

evolutiva das populações refletem insights conceituais advindos de estudos em ambientes temperados. 

Apesar de efeitos antropogênicos estarem presentes em virtualmente todos os ambientes do planeta, 

muitos processos ecológicos em ambientes tropicais são diferentes em grau e frequência de ambientes 

temperados.  Nossos  estudos  visam  desenvolver  teoria  e  dados  empíricos  que  usem  organismos 

tropicais como modelos experimentais e conceituais. Por serem de fácil trato, borboletas são modelos 

ideais  de  experimentação.  Neste  trabalho,  pretendo  apresentar  resultados  de  três  estudos  sendo 

desenvolvidos em ecologia do movimento usando borboletas como modelos. Os estudos referem‐se ao 

desenvolvimento  de modelos matemáticos  de  difusão  em matrizes  entre  fragmentos  florestais  em 

ambientes tropicais sazonais, em experimentos em campo para estimar a habilidade de direcionamento 

de  borboletas  em  paisagens  fragmentadas  e  estudos  de  estimativa  de  taxas  de  movimento  de 

borboletas  e  conectividade  funcional  entre  unidades  de  paisagem.  Todos  os  estudos  de  campo  são 

desenvolvidos em fragmentos e matrizes típicos da Mata Atlântica do nordeste brasileiro. 

 

financiamento: CNPq 

 

   

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Simpósio “Movimento animal e conectividade de habitats em paisagens” 

Marcus Vinícius Vieira (coordenador e palestrante) 

 “Probabilidade de movimentos entre habitats e distâncias de dispersão: abordagens complementares à 

inferência da conectividade em paisagens” 

 

A  compreensão  da  dinâmica  espacial  de  populações  e metapopulações  depende  de  estimativas  da 

probabilidade  movimento  entre  manchas  de  hábitat,  como  remanescentes  de  vegetação  original 

imersos em uma matriz de vegetação distinta. Entretanto, o foco principal dos estudos de movimento 

em  vertebrados  tem  sido área de  vida, uso de habitats, e em menor  grau,  capacidade de dispersão. 

Neste contexto, aspectos comportamentais inferidos a partir de rotas de movimento (movement paths) 

tornam‐se mais informativos que a área onde este movimento se encerra.  Inferências a partir das rotas 

de movimento de pequenos mamíferos neotropicais são apresentadas como estudos de caso. 

 

   

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SP.09 ‐ Capacitação em análises espaciais para conservação  

"Panorama  da  capacitação  em  análises  espaciais  em  programas  de  pós‐graduação  na  área  de 

biodiversidade"  

Maria Lucia Lorini / Milton Cezar Ribeiro 

 

Um  dos  maiores  desafios  da  humanidade  no  século  21  será  alcançar  metas  de  sucesso  para  a 

conservação da biodiversidade, considerando o atual cenário de crescimento da população humana que 

em  2050  totalizará  nove  bilhões  de  pessoas  no  planeta.  Contudo,  para  o  entendimento,  o 

monitoramento  e  a  gestão  de  biodiversidade,  desde  a  escala  local  até  a  global,  em  seus  distintos 

componentes e níveis de organização biológica, das unidades moleculares aos biomas, será fundamental 

a  análise  de  dados  espaciais.  Para  além  do  fato  de  que  a  espacialidade  do mundo  é  uma  condição 

inescapável,  sabe‐se que a maioria dos dados em biodiversidade exibe  fortes padrões espaciais, que 

muitas vezes são dirigidos por processos biológicos espacialmente estruturados. À medida que cresce o 

reconhecimento da natureza  complexa, hierárquica e multiescalar dos  sistemas em biodiversidade, 

evidencia‐se a necessidade de construir modelos mais poderosos e flexíveis para auxiliar o tratamento 

de  temas  relativos  a  sua  conservação  e  manejo.  Ness  sentido,  a  Geoinformática,  que  combina 

sensoriamento  remoto,  sistemas  de  navegação  e  posicionamento  global  (e.g.  GPS)  e  ambientes 

integrativos tais como Sistemas de  Informação Geográfica, pode constituir  importante  instrumentação 

para  complementar  estudos biológicos de  campo. A Geoinformática aliada  à modelagem ecológica  e 

estatística avançadas forma um dos arcabouços mais promissores para promover a integração e análise 

de dados de distintas escalas  (espacial e  temporal) e níveis organizacionais, em uma abordagem que 

poderia lidar com as relações hierárquicas inerentes à biodiversidade. Esse arcabouço pode tornar mais 

robusto  o  apoio  às  decisões,  auxiliando  a  otimizar  o  tempo  e  a  forma  de  obtenção  de  informação 

analítica  e/ou  sintética,    a  aumentar  a  capacidade  preditiva  de modelagem  e  a  gerar  informações 

simultaneamente precisas e de fácil compreensão, respeitando as diferenças entre os atores envolvidos 

e melhorando a cooperação institucional e privada. Recentemente, os coordenadores de programas de 

pós‐graduação na área de Ecologia e Meio Ambiente destacaram a necessidade de preencher lacunas na 

formação  de  recursos  humanos  no  sentido  de  incrementar  a  capacitação  teórico‐tecnológica  para  o 

acesso  e  análise  de  dados,  a  atuação  interdisciplinar  e  o  envolvimento  em  problemas  ambientais 

brasileiros,  sobretudo  ligados  ao manejo  e  conservação  da  biodiversidade.  Dentro  desse  contexto, 

apresentaremos  um  panorama  da  atual  situação  da  formação  de  recursos  humanos  em  análises 

espaciais nos programas de pós‐graduação em Biodiversidade, baseado no levantamento das disciplinas 

oferecidas nos últimos anos e em experiências de capacitação vivenciadas pelos autores no âmbito de 

pós‐graduação. 

 

   

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Identificação e valoração de mosaicos em paisagens Pilar Martín de Agar Valverde 

Procedimientos para la identificación y valoración de mosaicos del paisaje 

 

Temas:  Identificación  y  caracterización  de  mosaicos,  valoración  y  avances  en  la  interpretación  del 

paisaje. 

Resumen: Un mosaico se define como un patrón espacial característico de manchas –ecosistemas‐ y sus fronteras.  Diferentes  territorios  con  la  misma  composición  de  manchas,  pero  con  una  diferente disposición  espacial  de  éstas,  presentan  patrones  de  fronteras  distintos,  y  por  tanto  contienen diferentes mosaicos. Cada configuración espacial condiciona los flujos de materia, energía e información que  constituyen  el  funcionamiento  ecológico  del  territorio.  De  este  modo,  distintas  disposiciones espaciales de  las manchas del paisaje pueden presentar diferentes posibilidades de explotación  tanto del territorio como de los recursos naturales que ofrecen. Las actividades humanas y usos del suelo se basan en  las posibilidades de explotación de  los recursos naturales  que  contienen  los  ecosistemas,  considerando  diversos  aspectos  de  su  calidad  ambiental: productivos,  ecológicos,  recreativos,  naturalísticos,  estéticos,  y  culturales.  Cuando  se  modifican  los ecosistemas  –manchas‐  y  su disposición  espacial,  también  se modifican  los  recursos que poseen,  así como sus valores correspondientes. Por tanto, el valor ambiental de un paisaje está condicionado por los valores ambientales de sus ecosistemas y de las interacciones que se dan entre éstos. Se plantea un procedimiento para  la valoración ambiental de  los mosaicos del paisaje, basada en  las características de las manchas que comprenden y en los patrones de fronteras entre éstas. Los pasos a seguir  son:  i)  Valoración  de manchas  respecto  a  los  distintos  aspectos  de  la  calidad  ambiental;  ii) Valoración de fronteras, basada en los flujos estructurales y funcionales que pueden ocurrir en ellas; iii) Valoración de mosaicos en  función de sus patrones de manchas y  fronteras, y de  índices de mosaicos (heterogeneidad,  diversidad  de  fronteras,  complejidad,  riqueza  de manchas,  etc.);  iv)  Aplicación  de  técnicas de análisis multivariante y de GIS para  integrar y cartografiar  los valores ambientales de cada uno de los elementos del paisaje, y del paisaje en su conjunto.    

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Potencialidades da Ecologia de Paisagens no Licenciamento Ambiental 

Rafael Cavalcanti de Albuquerque Ajuz 

 

A ecologia de paisagens se apresenta como uma ferramenta eficaz em diferentes etapas do processo de 

licenciamento  ambiental  de  atividades  poluidoras,  as  quais  podem  ser  divididas  em  lineares  ou 

pontuais,  em  função  da  origem  de  seus  impactos.  A  avaliação  dos  impactos  ambientais  (AIA)  visa 

subsidiar  a  análise  da  viabilidade  ambiental  de  empreendimentos,  e  a  aplicação  das  análises  da 

paisagem é, também, fundamental para a escolha de alternativas locacionais menos impactantes. Outra 

etapa em que esta ferramenta pode ser útil é na discussão do desenho amostral proposto tanto para as 

etapas de  levantamento quanto para as de monitoramento dos componentes bióticos. Tendo em vista 

as  grande  áreas  impactadas  por  diversos  empreendimentos  licenciados  pelo  IBAMA  e  a  baixa 

intensidade amostral, a  localização adequada das parcelas de amostragem é condição primária para a 

realização de um trabalho o mais abrangente possível e que apresente dados necessários para a tomada 

de  decisão  tanto  quanto  sobre  a  viabilidade  ambiental  do  empreendimento  quanto  pela  correta 

mensuração dos  impactos oriundos de  tal atividade. Na etapa  final de  instalação de um determinado 

empreendimento, novamente a ecologia de paisagem possui grande potencial como uma  ferramenta 

auxiliar na escolha das áreas destinadas a receber as ações de mitigação e compensação dos  impactos 

dos empreendimentos. As escolhas e formações de corredores ecológicos, elementos de conectividade 

estrutural  e/ou  funcional,  áreas  prioritárias  para  a  restauração  ambiental,  recuperação  de  Áreas  de 

Preservação  Permanente,  dentre  outros,  são  mais  efetivas  quando  os  atributos  da  paisagem  são 

devidamente analisados e correlacionados com dados de biodiversidade (ocorrência, percolação, fluxo 

gênico). Portanto, a AIA depende da junção de dados biológicos para subsidiar a análise da ecologia da 

paisagem,  na  tentativa  de    conciliar  a  implantação  de  grandes  obras  à  conservação  de  alvos  da 

biodiversidade.  

 

Rafael Cavalcanti de Albuquerque Ajuz, Frederico Queiroga Amaral e Rodrigo Vasconcelos Koblitz 

Diretoria de Licenciamento Ambiental – IBAMA/Sede 

   

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Identificação das áreas prioritárias para conservação e restauração utilizando diferentes 

escalas 

Alexandre Uezu e Laury Cullen Jr. 

 

Seleção  de  áreas  prioritárias  para  conservação  e  restauração  em  paisagens  fragmentadas  da Mata 

Atlântica. 

A alocação apropriada de áreas para conservação e restauração florestal é fundamental para garantir a 

proteção  da  biodiversidade  e  garantir  a  efetividade  de  ações  de manejo  e  restauração  dos  habitats 

naturais. Este estudo  ilustra como podemos usar a  legislação ambiental, parâmetros biológicos (dados 

de avifauna) e a dinâmica da estrutura espacial da paisagem para priorização de áreas. Na  região do 

Pontal  do  Paranapanema,  os  desmatamentos  ocorridos  nos  últimos  50  anos  criaram  um  passivo 

ambiental de ~13.700 ha de áreas de proteção permanente (APPs) e ~58.100 ha de reserva  legal. Esse 

processo  produziu  uma  paisagem  altamente  fragmentada,  com  remanescentes  de  Floresta  Atlântica 

altamente  isolados,  fazendo  com  que  a  biodiversidade  se  concentre  especialmente  nos  fragmentos 

maiores  (>400 ha). Um  fator relevante é que a diversidade de avifauna, especialmente a parcela mais 

sensível, ainda responde a estrutura de paisagem passada (de 1978), em que a cobertura florestal era 

superior  a  atual,  indicando  que  os  processos  de  perda  ainda  não  se  estabilizaram.  Os  passivos 

ambientais das propriedades e os débitos de extinção ilustram a necessidade de reverter esse processo 

de perda florestal, ao mesmo tempo em que essas informações auxiliam na quantificação e alocação das 

áreas para  restauração. Para a  região de estudo, a priorização de áreas próximas aos  remanescentes 

maiores, próximas às APPs e próximas aos  limites das propriedades produzem a criação de paisagens 

com  grau  de  conectividade mais  elevado  e  remanescentes  com maiores  capacidades  de  suporte.  A 

espacialização e  integração de  critérios múltiplos podem  funcionar  como  indicadores para  criação de 

cenários mais  conservacionistas,  que  agregam  a  adequação  ambiental  das  propriedades  e  o manejo 

apropriado da paisagem. 

 

   

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Avaliação da primeira década de ensino de tecnologias geoespaciais para profissionais de biologia da 

conservação no IPÊ 

Alexandre Uezu e Clinton N. Jenkins 

 

Após  10  anos  de  ensino  de  cursos  de  Sistema  de  Informação Geográfica  ‐  SIG  no  IPÊ  (Instituto  de 

Pesquisas  Ecológicas),  observamos  um  panorama,  embora  enviesado,  do  uso  dessa  ferramenta  em 

biologia da conservação no Brasil. Durante esse período mais de 500 pessoas participaram desses cursos 

de curta duração, e através de uma amostra de 94 pessoas desse universo, provenientes de 21 estados e 

que  representam  85  instituições,  verificamos  a  influência  dessa  capacitação  na  atuação  desses 

profissionais.  Identificamos o perfil dos alunos, os desafios de capacitação e uso das  ferramentas e as 

lacunas de conhecimento. A maior parte dos alunos é das ciências biológicas (63%) e atuam na área de 

pesquisa, sejam em universidades  (40%) ou  institutos de pesquisa  (19%).   O uso da  ferramenta ocupa 

em média 35% do tempo de trabalho dos entrevistados e, em média, eles consideram que o uso do SIG 

aprimorou em 63% a efetividade de seus trabalhos em conservação. Embora várias pessoas trabalhem 

em mais de um bioma, a Mata Atlântica é o mais estudado entre os pesquisados  (47%), seguido pelo 

Cerrado (23%), Amazônia (17%), Caatinga (8%) e Pampas (5%). Em geral, os estudos acontecem no nível 

da paisagem (74%), abordando temas de Biologia da Conservação (63%), Ecologia da Paisagem (52%) e 

Restauração (27%). Os dados de campo é a fonte de informação mais frequentemente utilizada, seguida 

pelas  imagens de baixa e média  resolução. O uso de  imagens de alta  resolução é  restrito a 17% das 

pessoas. A dificuldade de aquisição dos programas é apontada como um dos maiores entraves para o 

uso do SIG. Em geral (57% dos casos), usa‐se apenas um programa de SIG, geralmente o ArcGIS.  Outras 

capacitações  em  SIG  reconhecidas  são  oferecidas  principalmente  em  universidades,  no  entanto, 

ressalta‐se a necessidade do  fortalecimento e expansão desses cursos, especialmente na graduação e 

pós‐graduação, com a inclusão de cursos mais avançados e temas específicos. 

 

   

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O Impacto das Rodovias em Unidades de Conservação no Brasil 

Rosangela Garrido M. Botelho (IBGE/CREN) 

 

Unidades de conservação (UCs) pressupõem maior proteção à biodiversidade e ao equilíbrio ecológico e 

que os recursos naturais mantidos nessas áreas não estão expostos a impactos antrópicos presentes em 

outras  localidades.  A  fragmentação  determinada  por  rodovias,  no  entanto,  tem mostrado  que  seus 

efeitos se prolongam por extensas áreas laterais.  

  Vegetação,  relevo,  solo,  água,  ar  e  fauna  são  alguns  aspectos  da  paisagem  que  podem  ser 

afetados pela construção, ampliação e funcionamento das rodovias.  

Assim,  pretende‐se  aqui  apresentar  dados  estatísticos  e  espaciais  sobre  as  pressões  e  os  impactos 

potenciais das rodovias dentro e no entorno das UCs federais de todo território brasileiro. 

  As  informações  de  rodovias  foram  obtidas  da  Carta  Internacional  ao  Milionésimo  (2009), 

gerada  pela  Fundação  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística,  e  as  poligonais  das  UCs  foram 

obtidas a partir do mapa do  Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade  (2009), sendo 

adicionadas as UCs disponibilizadas até 05 julho de 2012. As informações foram conjugadas no software 

Arc GIS 9.3, utilizando as  ferramentas  clip,  intersect e dissolve. Foi aplicado um buffer de 1.000m no 

entorno das rodovias, que permitiu estabelecer a área potencialmente afetada em cada UC. 

São  pouco  mais  de  15.700km  de  rodovias  atravessando  UCs  federais  no  Brasil.  Em  termos 

administrativos,  as  rodovias  estaduais  são  responsáveis  por  46%  da  área  total  afetada  das  UCs, 

enquanto as federais respondem por 13% do total. 

Do total de 313 UCs federais, 195 (62%) são cortadas por rodovias e 225 (72%) estão sob sua influência 

direta  e/ou  indireta. Do  total  de  rodovias  que  cortam UCs  federias,  28,4%  cortam UCs  de  Proteção 

Integral. Em termos de Biomas, a Amazônia concentra o maior número e a maior área de UCs federais 

no país. Contudo, a maior extensão de rodovias encontra‐se no Cerrado e as maiores densidades estão 

nos Biomas Pampa e Mata Atlântica.  

A área afetada pelas rodovias somou 30.237,54km², o que equivale a 5,56% do total das áreas das UCs 

afetadas e 3,85% da área de todas as UCs  federais no país. Proporcionalmente, o Bioma Caatinga é o 

mais afetado, tendo 21,6% da sua área protegida em UCs  federais comprometidos pela  influência das 

rodovias. 

A maioria das UCs (52%) são afetadas em até 10% da sua área, mas 61 UCs têm mais de 20% da sua área 

afetada por rodovias e duas ‐ Arie Mata de Santa Genebra (SP) e Flona de Sobral (CE) ‐ têm a totalidade 

do seu polígono na zona de efeito. Constatou‐se uma forte relação negativa entre o percentual da área 

afetada por rodovia e o tamanho da UC, mas três UCs ‐ APAs do Planalto Central (GO/DF), Chapada do 

Araripe  (PI/CE/PE)  e  Serra  da  Ibiapaba  (PI/CE)  ‐  se  diferenciaram  e,  apesar  das  suas  extensas  áreas 

(5.000 – 16.600km²), apresentaram alto percentual de área afetada (22 a 37%).  

  Apesar da pequena área  total  relativa afetada por estradas nas unidades de  conservação no 

Brasil,  vale  ressaltar  que  foram  consideradas  aqui  apenas  as  UCs  federais,  sendo  necessário  ainda 

adicionar  as  UCs  estaduais, municipais  e  particulares.  Além  disso,  é  preciso  considerar  a  escala  de 

análise  nacional,  a  malha  rodoviária  cartográfica  oficial  adotada  e  a  ênfase  no  país  ao  transporte 

rodoviário, que resulta em um número importante de estradas sendo planejadas e ampliadas. Tais fatos 

indicam que a área afetada por rodovias no país em breve será significativamente aumentada. 

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Proposta multiescalar para avaliação dos pedidos de supressão de vegetação nativa: estudos 

de 

caso‐ 

Samanta Coutinho 

 

Serão  apresentados  dois  exemplos  nos  quais  os  critérios  postos  na  primeira  apresentação  foram 

aplicados: (1) na avaliação da viabilidade da supressão de vegetação e (2) no  licenciamento ambiental 

de  empreendimento  que  implica  em  uso  alternativo  do  solo.  A  partir  dos  pressupostos  teóricos  da 

ecologia  de  paisagens  e  teoria  dos  limiares  ecológicos,  são  estimadas  quantidades  mínimas  de 

vegetação nativa (na paisagem) necessárias à manutenção dos processos ecológicos responsáveis pela 

conservação da biodiversidade. Tais  limites permitem demonstrar  com objetividade  se é possível e o 

quanto  de  vegetação  pode  ser  suprimida  numa  paisagem  (neste  caso,  sub‐bacia)  ou  evidenciar  a 

necessidade de restauração em sub‐bacias que  já excederam a quantidade máxima de vegetação que 

poderia  ser desmatada. No primeiro  caso, o posicionamento  técnico do órgão ambiental  responsável 

pela  autorização  para  supressão  de  vegetação  nativa  foi  embasado  na  análise  da  quantidade  de 

vegetação  que  deve  ser  conservada  (na  sub‐bacia  e  consequentemente  nas  propriedades  nela 

localizadas) frente aquela ainda existente na sub‐bacia onde está a área objeto da supressão pretendida: 

o  desmate  foi  possível  quando  ainda  havia  quantidade  de  vegetação,  na  propriedade,  superior  ao 

percentual mínimo  a  ser  conservado  na  sub‐bacia.  No  segundo  caso,  o  empreendimento  solicitava 

licença de localização e pretendia implantar monocultivo em áreas de mata atlântica já desmatadas em 

17 municípios do  sul da Bahia,  totalizando aproximadamente 100 mil hectares. O posicionamento da 

equipe  técnica  do  órgão  ambiental  responsável  pela  emissão  da  licença  foi  pautado  na  análise  da 

quantidade  de  vegetação  remanescente  de  todas  as  sub‐bacias  nos  17 municípios  envolvidos  e  nas 

quantidades mínimas de vegetação nativa que deveriam ser mantidas nas mesmas. Nas sub‐bacias que 

ainda apresentavam quantidade de vegetação superior ao  limite mínimo necessário à conservação da 

biodiversidade,  o  desmate  (mesmo  que  não  solicitado)  poderia  ser  autorizado,  desde  que  não 

ultrapassasse o limite mínimo para a sub‐bacia. Em sub‐bacias com uma quantidade de vegetação nativa 

remanescente inferior ao limite mínimo, foi sugerida a utilização das áreas desmatadas até o percentual 

permitido para a sub‐bacia mediante a condição de restauração da quantidade de vegetação necessária 

para que a sub‐bacia atingisse o seu percentual mínimo de vegetação. Por fim, naquelas sub‐bacias com 

quantidade de vegetação remanescente inferior a 10% foi proposta a utilização das áreas já desmatadas 

desde que o cultivo fosse menos intensivo e adotasse manejo que tornasse a paisagem mais favorável e 

adequada ao restabelecimento de processos ecológicos importantes para ações de restauração futuras, 

as quais deveriam, como condicionante da licença, ser implementadas na sub‐bacia para que a mesma 

atingisse  gradativamente  o  percentual  mínimo  de  vegetação  nativa  necessário  à  conservação  da 

biodiversidade. Neste  caso,  o  posicionamento  do  órgão  ambiental  apresentou  diretrizes  para  o  uso 

alternativo  do  solo  em  17 municípios,  o  que  pode  se  constituir  numa  análise  prévia  de  viabilidade 

ambiental  que  oriente  a  localização  de  empreendimentos  que  impliquem  em  intervenções  desta 

natureza.    

 

 

   

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O PAPEL DAS ESTRADAS NA MUDANÇA DA PAISAGEM: O CASO DAS FLORESTAS TROPICAIS 

Freitas, Simone R.* Universidade Federal do ABC (UFABC), [email protected] 

 

As  estradas  modificam  a  paisagem  florestal  através  do  desmatamento,  fragmentação  florestal  e 

aumento do acesso a veículos e a populações humanas que, por sua vez, acarretam outros efeitos como 

poluição sonora e atmosférica, aumento da incidência de caça e incêndios, além da dispersão de plantas 

exóticas trazidas pelos veículos. O objetivo dessa palestra é demonstrar os efeitos das estradas sobre as 

florestas tropicais, usando exemplos da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica, no Brasil. O padrão de 

desmatamento na  forma de espinha de peixe é um exemplo clássico de como as estradas podem ser 

agentes  do  desmatamento  na  Floresta  Amazônica.  Nas  florestas  tropicais  brasileiras  se  observa  a 

tendência de redução da cobertura florestal e menor proporção de desmatamento em áreas próximas 

de  estradas. Mesmo  nos  biomas  ocupados  desde  o  século  16,  por  exemplo,  a Mata  Atlântica,  as 

estradas desempenham um papel  relevante no padrão de  fragmentação  florestal,  funcionando  como 

cicatrizes  na  paisagem.  Dessa  forma,  a  construção  e  ampliação  de  estradas  na  Floresta  Amazônica 

podem representar uma ameaça à biodiversidade deste bioma, já que causa a perda e a fragmentação 

do habitat, além de atrair outros agentes do desmatamento convertendo a paisagem florestal para uma 

dominada pela agropecuária. Os efeitos sobre o ambiente podem atingir mais de 1 km de distância da 

estrada.  Muitas  unidades  de  conservação  sofrem  influência  das  estradas,  o  que  pode  reduzir  sua 

efetividade na conservação da biodiversidade. Para evitar os efeitos das estradas, a primeira solução é 

evitar sua construção ou incluir no planejamento de seus desenhos a estratégia de reduzir a supressão 

de vegetação nativa e  fragmentação  florestal ao máximo. Quando essa etapa não é possível, existem 

formas de mitigação dos efeitos das estradas como: passagens de  fauna,  sinalização ou  redutores de 

velocidade. 

 

   

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CONTRIBUIÇÕES DA ECOLOGIA DE PAISAGENS PARA O PLANEJAMENTO HIDROENERGÉTICO 

Verônica S. M. Gomes1; Alexandre C. Martensen2; Ana Dantas M. Mattos1; Hermani Vieira1; Marcos V. 

Amaral1; Carlos Frederico S. Menezes1 

1 Empresa de Pesquisa Energética – EPE; [email protected] 

2 Taki Consultoria Ambiental 

 

O país  conta  com  diferentes  instrumentos  de  planejamento  energético, utilizados de  acordo  com  as 

diferentes fases dos empreendimentos e abrangências de abordagem. Em especial o planejamento de 

usinas hidrelétricas inclui inventários hidrelétricos de bacias hidrográficas e, posteriormente, estudos de 

viabilidade, que são  realizados em paralelo aos estudos de  impacto ambiental  (EIA). Ao contrário dos 

EIAs, que são focados em uma hidrelétrica específica, os estudos de  inventário hidrelétrico abordam a 

bacia  hidrográfica  como  um  todo,  identificando  locais  propícios  à  instalação  de  usinas.  As  análises 

socioambientais dos estudos de inventário avaliam preliminarmente os potenciais impactos ambientais 

das usinas  identificadas, bem como os efeitos sinérgicos e cumulativos esperados para a bacia com a 

implantação  do  conjunto  de  hidrelétricas.  No  contexto  dos  inventários  hidrelétricos,  a  EPE  utilizou 

ferramentas  e  conceitos  da  ecologia  de  paisagens  para  a  análise  de  impactos  nas  bacias  dos  rios 

Juruena, Tibagi e Araguaia. Nesses estudos, foram atribuídos maiores valores de impactos aos projetos 

que potencialmente  afetariam  remanescentes de maior  relevância, bem  como  corredores  ecológicos 

importantes  para  a manutenção  da  conectividade  entre  os  principais  remanescentes  de  vegetação 

nativa.  Para  cada  bacia,  esses  valores  compuseram,  com  outros  critérios,  uma  avaliação  final  de 

impactos de diferentes combinações de projetos. Essas combinações  também  são avaliadas quanto a 

sua contribuição energética, que é ponderada com a avaliação final de  impactos. Dessa ponderação se 

obtém o  resultado  final do  inventário, que é a melhor combinação de projetos, denominada “melhor 

alternativa  de  divisão  de  queda”.  As  principais  diferenças  entre  os  resultados  encontrados  com  as 

análises de ecologia de paisagens das bacias estiveram relacionadas com o estado de conservação e a 

configuração dos remanescentes de vegetação. Esses exemplos de aplicação dos conceitos de ecologia 

de paisagens para o planejamento de hidrelétricas demonstram a preocupação da EPE em  incorporar 

ferramentas de vanguarda para a avaliação de impactos de projetos energéticos. Em última instância, o 

planejamento  é  beneficiado  com  previsões mais  realistas,  a  antecipação  de  questões  ambientais  e 

minimização  de  impactos  ambientais.  Pretende‐se  ampliar  a  utilização  dos  conceitos  e  ferramentas 

acerca  da  paisagem  em  outros  instrumentos  de  planejamento  do  setor  energético,  como  no 

planejamento de Linhas de Transmissão e nos Planos de Energia de médio e longo prazos. 

 

 

 

   

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RESUMOS DE COMUNICAÇÕES ORAIS  CO.001   USO DE PARÂMETROS DE PAISAGEM MARINHA NA DEFINIÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA A CONSERVAÇÃO NA RESERVA BIOLÓGICA MARINHA DO ARVOREDO, SANTA CATARINA, BRASIL: RESULTADOS PRELIMINARES  Pereira MLM1, Bonetti J2 ‐ 1ICMBio ‐ UFSC ‐ REBIO Marinha do Arvoredo ‐ LOC, 2Laboratorio de Oceanografia Costeira ‐ UFSC ‐ Geociencias Métodos de Planejamento Sistemático da Conservação têm sido utilizados contemporaneamente para a definição de áreas prioritárias para a conservação ambiental. Dentro dessa abordagem, o conceito de Paisagem Marinha, ou seascape, vem ganhando espaço como ferramenta nas tomadas de decisão destinadas à seleção e planejamento de Áreas Marinhas Protegidas, ora com enfoque em características bióticas e abióticas (biótopos e biocenose), ora com enfoque específico em características abióticas.  A Reserva Biológica Marinha do Arvoredo está localizada na ecorregião Sudeste do Brasil, na área de encontro entre as águas quentes da Corrente do Brasil com as águas frias da Corrente das Malvinas, gerando uma área ecótono e de alta biodiversidade. Os atrativos da região, com alta piscosidade e belas paisagens litorâneas, contrastam com ameaças relacionadas ao crescimento urbano desordenado e consequente poluição das águas em rios, praias, manguezais e estuários, além de sobrepesca, pesca predatória e criminosa dentro de áreas protegidas.  Neste trabalho, dados bióticos e abióticos são utilizados como variáveis de análise no programa MARXAN visando a determinação de áreas proritárias para subsidiar o manejo da referida Unidade de Conservação. Foram selecionados descritores relacionadas aos registros de biodiversidade marinha na UC, Autos de Infração lavrados na área , proximidade de colônias de pesca, proximidade de bases de fiscalização, distância de costa e relacionados à presença de cristas rasas, estreitas e locais no relevo do fundo marinho da Reserva , onde oportunidades e ameaças receberam notas e pesos distintos.  Os resultados apresentaram relação direta com o peso dado aos recursos e às ameaças (custos) determinados no modelo, mostrando a necessidade de adoção de critérios rigorosos na sua atribuição. A maioria das áreas sugeridas como prioritárias foram concentradas no entorno da Ilha do Arvoredo. Apesar dos resultados satisfatórios obtidos, a diferença de esforço de coleta de dados de biodiveersidade parece estar influenciando esses resultados, sugerindo a necessidade de mudança na abordagem, reduzindo o enfoque para fatores abióticos de baixa variabilidade temporal e que dêem sustentação à vida nesses ambientes.  A pesquisa prossegue através de refinamento em escala espacial de batimetria, fonte para a definição de feições morfológicas de fundo e de outras métricas da paisagem, além de coleta de dados sobre a natureza de fundo para posteriores correlações. 

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CO.002  COMPENSAÇÃO DE RESERVA LEGAL E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. da Silva JS1, Ranieri VL2 ‐ 1EESC/ USP ‐ Programa de Pós‐Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental, 2EESC/ USP ‐ Depto Hidráulica e Saneamento A reserva legal (RL), área em terras privadas onde a vegetação nativa deve ser mantida, é uma figura de proteção prevista nas normas brasileiras de reconhecida importância para a conservação da biodiversidade em escala de paisagem. Para regularizar o passivo gerado pelo desmatamento destas áreas, uma das alternativas previstas legalmente é a compensação de RL fora dos limites dos imóveis rurais. Após a recente revogação do Código Florestal (Lei Federal n° 4.771/1965), substituído pela nova Lei n° 12.651/2012 que trata do regime de proteção e exploração das florestas e demais formas de vegetação, as possibilidades de compensação de RL foram ampliadas. Pela nova norma, a compensação pode ocorrer entre áreas localizadas em diferentes bacias hidrográficas e até distintos Estados, considerando apenas a correspondência entre biomas. Este trabalho objetiva discutir os critérios legais utilizados para o norteamento das compensações de RL e suas implicações para a conservação da biodiversidade. Para tanto, realizou‐se uma revisão bibliográfica, analisando‐se a função intrínseca do instrumento RL sob a luz do conhecimento científico acerca de diferentes estratégias de conservação da natureza em terras privadas. As experiências práticas dos Estados de São Paulo e Paraná foram ressaltadas. O estudo sugeriu que o mecanismo de compensação pode trazer benefícios para a biodiversidade ao permitir manter áreas de vegetação nativa maiores e em estágios mais avançados de recuperação, além de possibilitar a proteção de áreas prioritárias para conservação. Por outro lado, a utilização de critérios genéricos e recortes geográficos amplos (“grandes bacias” ou “bioma”) para nortear as compensações pode reduzir o potencial da RL enquanto instrumento de conservação da biodiversidade. Na prática, fitofisionomias originais de cada região e bacias sob intensa demanda de uso de água podem deixar de ser protegidas. Áreas naturais compensadas muito distantes da propriedade com déficit de RL podem não ser interessantes, pois apresentam ecossistemas que não são equivalentes ecologicamente, ainda que pertençam ao mesmo bioma. Sendo assim, recomenda‐se a aplicação do mecanismo de compensação considerando recortes geográficos mais restritos (como grupos de municípios vizinhos, situados em uma mesma bacia hidrográfica e em regiões de ocorrência de um mesmo domínio fitogeográfico) e respeitando a equivalência ecológica das áreas envolvidas nas trocas a fim de garantir a representatividade das diferentes fitofisionomias e comunidades vegetais em uma escala regional. 

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CO.003  INDICADORES ESTRUTURAIS DA PAISAGEM NO PROCESSO DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE DO MUNICÍPIO DE IBATÉ, SÃO PAULO – BRASIL. TREVISAN DP1, DOS SANTOS RM2, MOSCHINI LE2, PINATTI J M1, DORICI M1, Lopes LE2 ‐ 1Universidade Federal de São Carlos ‐ Curso de Bacharelado em Gestão e Análise Ambiental, 2Universidade Federal de São Carlos ‐ Departamento de Ciências Ambientais Nas últimas décadas, o modelo agrícola brasileiro tem passado por profundas mudanças, influenciado, principalmente, pelo fortalecimento da cadeia produtiva do agronegócio, com intensa mecanização das atividades agrícolas. Embora esta intensificação da agricultura tenha contribuído para o aumento da produtividade e, consequentemente, aumento da produção de alimento, tem proporcionado mudanças significativas nos ecossistemas. Observa‐se um processo de substituição dos ecossistemas naturais pelos antrópicos, levando à fragmentação florestal e afetando a disponibilidade e a qualidade de recursos ambientais. A análise temporal e espacial das mudanças ocorridas na paisagem é fundamental para subsidiar e orientar o manejo dos ecossistemas e o planejamento ambiental da paisagem regional e local, considerando as demandas e os aspectos socioeconômico, culturais e os aspectos ambientais, visando o desenvolvimento econômico e a conservação da biodiversidade. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi quantificar as alterações da cobertura da terra ocorridas na paisagem do município de Ibaté durante o período de 1990 a 2010. As mudanças de cobertura da terra foram relacionadas com o uso do Índice de Urbanidade (IB), na perspectiva de evidenciar os efeitos da intensidade do uso da terra no padrão espacial e temporal e na condição da naturalidade da paisagem. Essas análises, foram realizadas com auxilio dos softwares MapInfo 10, ENVI 4.7 e IDRISI 15, com base na utilização de imagens LandSat 5 TM referentes aos anos de 1990, 2000 e 2010. Os resultados evidenciaram um decréscimo das áreas naturais ao longo do tempo, com intensa expansão da área agrícola, predominando o cultivo de cana‐de‐açúcar, silvicultura e laranja. Os resultados do IB evidenciaram o aumento da urbanidade e, consequentemente, a perda de naturalidade da paisagem ao longo de 20 anos. No entanto, esta transformação da paisagem, com a redução de 7,65% dos ecossistemas naturais, resultou principalmente da expansão da fronteira agrícola (com aumento de 6,39% em 20 anos), uma vez que o crescimento demográfico apresentou‐se incipiente no período (apenas 1,25 %). Estas mudanças temporais e espaciais são resultantes das ações desenvolvimentistas regionais prioritariamente relacionadas à expansão da atividade agrícola intensiva. O IB reflete aspectos–chave da interação sociedade‐natureza em termos das consequências da intensidade do uso da terra na perda de habitat, da naturalidade, da qualidade, e da resiliência da paisagem. Além disso, é uma ferramenta útil para divulgar os problemas relacionados à complexidade da sustentabilidade da paisagem do município Ibaté aos tomadores de decisão e ao público em geral. Agência Financiadora: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo ‐ FAPESP (Proc.: 2010/13126‐4) 

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CO.004   A SUPRESSÃO DO Pinus elliottii NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE ANGATUBA E A MUDANÇA DA PAISAGEM  PRADO BHS1, Monteiro CB1, Petri L2 ‐ 1INSTITUTO FLORESTAL ‐ DFEE, 2Universidade Federal de São Carlos, Campus de Sorocaba ‐ Núcleo de Estudos em Ecologia de Paisagem e Conservação A Estação Ecológica de Angatuba (EEcA), unidade do Instituto Florestal do Estado de São Paulo, está localizada na região sudoeste do Estado, onde se encontra um produtivo pólo florestal. No Plano Manejo da EEcA, o Pinus elliottii está descrito como a espécie exótica invasora mais evidente, presente em áreas savânicas, com recomendação de  eliminação em curto prazo. As espécies exóticas ao se estabelecerem, competem com as espécies nativas, levando à perda de biodiversidade, à modificação das características dos ecossistemas atingidos e da fisionomia da paisagem natural. O projeto, além de documentar as diferentes etapas do processo de supressão do P. elliottii através de registros fotográficos sistemáticos e avaliar a ação de manejo através do corte raso, objetivou avaliar a recomposição da paisagem. Presente estudo, utilizou‐se o método de pesquisa visual, aplicado em estudos de impactos causados pela visitação em Áreas Protegidas do National Park Service/USA; adaptado ao monitoramento da ação de manejo descrita. Foram definidos 15 pontos locados em bases fixas sobre as quais posicionou‐se câmera  digital Olympus Camedia 395 para realizar o registro das modificações da paisagem em decorrência da supressão do P. elliottii, conferindo‐se visualmente os impactos decorrentes do estabelecimento da espécie, da  eliminação desta,  da ação de manejo adotada e  da restauração da paisagem. Os pontos pré‐determinados foram georreferenciados e espacializados em foto aérea, ano 2.000, resolução 0,85m. A supressão do Pinus foi iniciada em janeiro/2008, com término em novembro/2009 em  área de 92,00ha. As imagens foram registradas semestralmente em três repetições, gerando 135 fotografias, permitindo a observação de uma alteração significativa da configuração espacial, evidenciando uma nova composição da estrutura de paisagem. Três sequências registraram, respectivamente: áreas de Cerrado ocupadas pelo P.elliottii, seguida do corte raso,  respeitando‐se a regeneração natural da vegetação nativa, sendo observadas as formações características da paisagem do Cerrado sendo recompostas e um novo ciclo de indivíduos regenerantes de P. elliottii estabelecendo‐se. Do monitoramento fotográfico, concluiu‐se que a vegetação de Cerrado mostrou capacidade de resiliência, porém minimizada pelo rápido crescimento do P.elliottii, advindo do banco de sementes das florestas implantadas nas áreas limítrofes da EEcA. Embora a ação de manejo tenha apresentado resultados positivos imediatos, acrescenta‐se que para uma duradoura e efetiva recomposição do ecossistema modificado e da paisagem, deve haver o controle permanente do Pinus elliottii na EEcA e  criterioso planejamento na implantação das florestas com esta espécie nas áreas do entorno, considerando o seu potencial agressivo e a eminente reinvasão. 

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CO.005   Rumo a conservação e uso sustentável dos Campos Sulinos através da abordagem funcional dos artrópodes terrestres  Podgaiski LR1, Goldas CS1, Ferrando CPR1, Dias CF1, David MZ1, Beledelli R1, Shizen TT1, DellAglio DD1, Bitencourt JA2, Cavalleri A2, Machado DB1, Cardoso RR1, Mendonça Jr MS1, Pillar VD1 ‐ 1UFRGS ‐ Departamento de Ecologia, 

2UFRGS ‐ Departamento de Zoologia 

 Os Campos Sulinos, que no Brasil se estendem sobre os biomas Pampa e Mata Atlântica, são ecossistemas campestres naturais detentores de uma biodiversidade ímpar ainda inexplorada e desprotegida. Estima‐se que metade de sua área de abrangência já tenha sido descaracterizada devido ao manejo inadequado da terra e negligência de políticas de conservação. Os campos nativos representam pastagens naturais valiosas e têm na pecuária, associada ao uso eventual do fogo, uma importante e tradicional atividade econômica potencialmente mantenedora da biodiversidade e dos serviços ambientais. Pesquisas científicas que levem em consideração a respostas de diferentes táxons, e suas interações, ao manejo da paisagem são requeridas para o ajuste e manutenção de seu uso sustentável. Tendo como ferramenta de estudo os artrópodes terrestres, os quais são megadiversos, demonstram respostas rápidas a distúrbios e desempenham funções essenciais nos ecossistemas, nós objetivamos avaliar como se organizam essas comunidades em termos funcionais frente a fatores relacionados ao manejo pastoril, uso do fogo, e outros aspectos como solo, relevo e uso da terra em diferentes escalas de observação nos campos sulinos. Para tanto estamos desenvolvendo três projetos independentes acerca destes tópicos, sendo dois com caráter experimental: (1) campo queimado x não‐queimado em Eldorado do Sul, RS e (2) pastejo tradicional x pastejo conservativo x exclusão do pastejo em cinco localidades do RS (PELD_CNPq), e outro de inventariamento (3), com âmbito regional, considerando 40 diferentes sistemas ecológicos no RS (conservados e não‐conservados) incluindo campos e ecossistemas associados (Sisbiota_CNPq). Os artrópodes estão sendo amostrados com armadilhas de solo e varredura da vegetação, contabilizados e identificados até o menor nível taxonômico possível. Os táxons (indivíduos e/ou morfoespécies) estão sendo descritos com relação a um conjunto de atributos, tais como dimensões do corpo, patas, antenas, asas, olhos, aparelho bucal e estratégias/ hábitos alimentares. Tendo em vista que atributos funcionais documentam a adaptação e função dos organismos em seu ambiente, essa abordagem funcional possui elevado poder preditivo e é considerada ideal para a caracterização da biodiversidade, e especialmente para revelar padrões de organização das comunidades frente a distúrbios. Nós avaliaremos como a diversidade funcional de artrópodes está respondendo aos filtros ambientais impostos pelo manejo do campo e, em uma avaliação integrada com outros grupos (e.g. plantas), buscamos um conhecimento que subsidie sua conservação e uso sustentável. Resultados preliminares já indicam que estratégias de manejo que sustentem heterogeneidade de hábitats são apropriadas para a conservação de comunidades de artrópodes funcionalmente mais diversas.    

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CO.007   SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS PARA A AGRICULTURA: O PAPEL DAS MATAS NATIVAS EM BLOCO NO NÍVEL DA PAISAGEM  Mangabeira JAC1, Romeiro AR2, Grego CR3 ‐ 1Embrapa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ‐ Pesquisador, 2IE/Unicamp ‐ Professor, 3Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ‐ Pesquisadora  Florestas nativas em bloco entremeadas com atividades agropecuárias limitam a produtividade agrícola? Este tipo de arranjo pode prestar serviços ecossistêmicos para a agricultura e os agricultores? Um estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) no estado de Rondônia, Brasil, tentou responder a essas perguntas. A partir de uma amostra de produtores que vem sendo acompanhada há 22 anos, foi feita uma tipologia destes quanto a seu nível de acumulação de capital e uma análise dos fatores que levaram a esta capitalização, bem como do papel desempenhado pelos serviços ambientais ao longo desta trajetória.   A pesquisa foi realizada em Machadinho d'Oeste, RO, em um projeto de assentamento diferenciado em relação a outros projetos na Amazônia quanto ao seu traçado: lotes agrícolas privados foram combinados com reservas florestais comuns, preservadas e distribuídas em blocos, criando possibilidades para a geração de serviços ambientais. A metodologia utilizada foi baseada em geotecnologias (imagens de satélite e geoestatística) e Estatística Multivariada. A Geoestatística foi usada para analisar a distribuição espacial dos tipos de produtores quanto ao seu nível de capitalização e a distância das propriedades em relação às reservas. O café, principal cultura na região, teve sua produtividade analisada em função da distância entre as propriedades e as reservas florestais. Os resultados mostram que as propriedades onde o café é plantado perto das florestas apresentam maior produtividade média, indicando a existência de serviços ecossistêmicos prestados pelas florestas. A produtividade é até 20% maior em comparação ao café que cresce em áreas distanciadas das reservas. No últimos dez anos, os agricultores mais capitalizados, que dependem do rendimento das culturas de café, têm tido problemas com a falta de chuvas durante o período de floração. Estes ‘veranicos’ têm causado perdas devido à queda de flores e de frutos em estágios iniciais de desenvolvimento. Os produtores de café localizados perto das reservas florestais sofrem menos com os veranicos, indicando que a cultura de café é fortemente favorecida pela disponibilidade de fragmentos florestais na paisagem, em termos de produtividade e de qualidade. O benefício advém da polinização realizada por abelhas e do microclima gerado pelas florestas. Este microclima oferece um ambiente de trabalho mais agradável e aumenta o bem‐estar dos trabalhadores. De modo inovador, esta pesquisa traz uma abordagem que permite a análise da acumulação de capital na trajetória dos agricultores, integrando geotecnologia, estatística multivariada e geoestatística, em um tipo de agricultura em sintonia com a paisagem. 

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CO.008   AVALIAÇÃO DO HISTÓRICO DE REMANESCENTES FLORESTAIS PARA DETERMINAÇÃO DE SEU POTENCIAL NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS  Cassiano CC1, Ferraz SFB1, Ferraz KMPMB1 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" ‐ Ciências Florestais  Processos de colonização e ocupação do solo alteraram inúmeras paisagens florestais ao redor do planeta. Nos últimos 30 anos países como Brasil têm implementado políticas ambientais relacionadas à conservação das florestas. Esses esforços garantiram a presença de remanescentes florestais em áreas de agricultura consolidada. Entretanto a prestação de serviços ecossistêmicos desses fragmentos pode ter sido comprometida devido a processos de desmatamento e regeneração sofridos ao longo do tempo. Nessas paisagens o uso do solo atual não é capaz de explicar os processos ecológicos observados, uma vez que alguns refletem o seu histórico. O objetivo desse estudo é avaliar a efetividade de remanescentes florestais na prestação desses serviços e identificar fatores que potencializam a sua permanência na paisagem. Para isso utilizou‐se uma série de fotografias aéreas obtidas dos últimos 50 anos em paisagens dominadas por cana‐de‐açúcar e por pastagem, localizadas na região sudeste do Brasil, onde foi realizado o mapeamento do uso do solo em cinco datas (1962, 1978, 1995, 2000 e 2008). Foram avaliadas as características do ambiente (declividade, distância do rio, tipo de solo) e da paisagem (composição do uso do solo, sua alteração ao longo dos anos e a trajetória de seus fragmentos florestais) através do software ArcGIS 9.3 e sua extensão LUCAT (Land‐Use Change Analysis Tools) para unidades da paisagem (quadrantes 100x100m). Os resultados mostram que os fragmentos florestais presentes na paisagem são compostos por um mosaico de condições, o que pode reduzir a sua funcionalidade. E a sua presença está relacionada diretamente à declividade do terreno, enquanto variáveis como a distância do rio e o tipo de solo não exerceram influência. Concluímos que a análise integrada do ambiente, do patrimônio histórico e o uso atual do solo é uma abordagem viável e mais eficiente para explicar a presença e as condições ecológicas de fragmentos florestais.     Entidade Financiadora: Processos FAPESP n⁰ 2010/13627‐3; FAPESP n⁰ 2011/19767‐4; FAPESP n⁰ 2011/06782‐5. 

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CO.009   EXPLORANDO AS RELAÇÕES ENTRE ESTRUTURA DA PAISAGEM E ATRIBUTOS DE QUALIDADE DE FRAGMENTOS EM REGIÃO DE MATA ATLÂNTICA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO  Uzêda M1, Fidalgo ECCF2, Iguatemy MA3, Condé RA4 ‐ 1EMBRAPA AGROBIOLOGIA ‐ Agricultura orgânica, 2Embrapa Solos ‐ Laboratório de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto, 3Bolsista Faperj, UFRRJ ‐ Doutorado em Ciência Tecnologia e Inovação em Agropecuária, 

4Bolsista IC ‐ Embrapa Agrobiologia 

 A manutenção ou criação de uma estrutura da paisagem que permita o manejo sustentável dos recursos naturais, a conservação da biodiversidade e a viabilidade socioeconômica de áreas rurais, embora necessária, carece de pesquisas que fundamentem seu planejamento. Visando subsidiar métodos de planejamento voltados a esse fim, este trabalho foi desenvolvido tendo como objetivo verificar as relações existentes entre a qualidade de fragmentos e as características estruturais da paisagem, considerando o uso da terra no seu entorno. A metodologia foi aplicada em seis fragmentos localizados na bacia hidrográfica dos rios Guapiaçu e Macacu, bacia contribuinte da baía de Guanabara, Estado do Rio de Janeiro. Foram selecionadas dez variáveis estruturais referentes à distribuição dos fragmentos na paisagem, sendo uma delas relacionada ao uso agrícola em seus limites; três referentes ao relevo; e 13 variáveis indicadoras de qualidade dos fragmentos, resultado de levantamentos florísticos e de estrutura fitossociológica. As variáveis foram divididas em dois grupos para análise da correlação entre pares: as variáveis explicativas, compostas pelas variáveis estruturais e de posição no relevo; e as variáveis de resposta, que são os indicadores de qualidade de fragmento. Uma análise de correlação univariada entre pares formados por esses dois grupos indicou a favorabilidade ao uso de métodos multivariados. Uma análise multivariada de ordenação canônica que permite testar a hipótese de correlação entre o conjuntos de variáveis, análise de redundância (do inglês, Redundancy Analysis, RDA), foi aplicada. Os resultados entre pares de variáveis mostraram haver maior correlação entre as variáveis de qualidade do fragmento e as variáveis explicativas: de forma, distância e limite com área agrícola. Na análise multivariada, apesar da não significância das variáveis explicativas, detectou‐se correlação significativa entre o uso agrícola nos limites dos fragmentos e as variáveis de resposta (p = 0,0460). Os resultados obtidos, seja na análise entre pares ou multivariada, apontam para a influência do uso da terra no entorno dos fragmentos sobre sua qualidade. Este resultado indica a importância de dar continuidade a estudos que avaliem esses efeitos para uma melhor compreensão do fenômeno. 

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CO.010    AVALIAÇÃO DA FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL COM BASE NAS MÉTRICAS DA PAISAGEM NA FLORESTA NACIONAL DO IBURA E SEU ENTORNO EM NOSSA SENHORA DO SOCORRO/SE  SILVA MSF1, MELO E SOUZA R2 ‐ 1Doutora em Geografia pelo NPGEO/UFS e Pesquisadora do GEOPLAN/UFS/CNPq., 

2Pós‐doutora em Biogeografia e Profª Associada da UFS dos Cursos de Graduação 

e Pós‐Graduação em Geografia/NPGEO/UFS e do Programa de Pós‐Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA). Coordenadora do GEOPLAN/UFS/CNPq, e Bolsista de Produtividade   As métricas da paisagem são consideradas como ferramenta para auxiliar na gestão ambiental de ambientes fragmentados. Esse trabalho objetiva analisar os efeitos da fragmentação florestal na Floresta Nacional do Ibura (Flonai), Nossa Senhora do Socorro‐SE e seu entorno à luz das métricas da paisagem: tamanho do fragmento, Área Core, efeito de borda, forma e isolamento. A pesquisa ocorreu mediante levantamento bibliográfico; pesquisa de campo; elaboração do mosaico e das métricas da paisagem, respaldada na ecologia da paisagem, usando ortofotocartas/2003 na escala 1:10.000 no software ArcGis 9.3 e a ferramenta Patch Analyst para calcular as métricas aplicando‐se um buffer de 50m; ordenamento, tabulação,  análise e interpretação das informações. A Flonai, Unidade de Conservação de Uso Sustentável, é um remanescente florestal de Mata Atlântica que resguarda potencial fitogeográfico usado pela comunidade, como o Aquífero Sapucari para abastecimento local. Esse potencial vem sendo ameaçado face aos usos atribuídos no seu entorno. A paisagem da área pesquisada é composta por unidades heterogêneas (pastagem, cultivos, indústrias, extração de minérios, adensamentos urbanos, carcinicultura) e pelos fragmentos florestais. Os resultados apontaram que 28,11% (1827ha) da área pesquisada (6.565ha)  encontra‐se coberta por 58 fragmentos florestais evidenciando alto índice de retalhamento da paisagem.  A métrica Área Core mostrou que 52,35% da área está menos propícia aos efeitos de bordas (relação interior‐margem da mancha). O Índice de Forma variou entre 1,0 e 3,33 demonstrando que parte das manchas possui formas mais alongadas e recortadas, não recomendadas para conservação. Os índices da Relação Perímetro Área oscilaram entre 0,004 e 14,062 cujos valores maiores representam fragmentos com formas complexas. O grau de isolamento na paisagem, considerando‐se a distância entre vizinhos mais próximos, variou de 0 a 1.552m, apontando alto índice de isolamento, podendo resultar na extinção dos fragmentos menores. Assim, as métricas permitiram avaliar o grau fragmentação e/ou retalhamento da paisagem, mostrando que a forma e o tamanho dos fragmentos não são indicados para a conservação ambiental, bem como a forte relação da Área Core com o efeito de borda, principalmente para aquelas manchas mais recortadas, e o alto grau de isolamento que compromete tanto a troca de material genético entre as espécies como à manutenção dos atributos biofísicos.  Essas métricas são de suma importância em estudos que tendem fundamentar propostas de corredores ecológicos e/ou outras estratégias de conectividade, identificando fragmentos prioritários para conservação ambiental que podem fazer parte de futuros corredores ecológicos de Mata Atlântica.   Entidades financiadoras: FAPITEC e CAPES. 

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CO.011   EFFECTS OF HABITAT LOSS ON BEES ABUNDANCE AND RICHNESS  Ferreira PA1, Boscolo D2, Carvalheiro LG3, Biesmeijer JC3, Viana BF4 ‐ 1Universidade Federal da Bahia ‐ UFBA ‐ Ecologia e Biomonitoramento, 2Universidade Federal de São Paulo ‐ UNIFESP ‐ Ciências Biológicas, 3Leiden University ‐ NCB‐Naturalis, 4Universidade Federal da Bahia ‐ Instituto de Biologia Loss and fragmentation of natural habitat is an ongoing process that threatens pollination, affecting sexual reproduction of plants, an essential ecological process in terrestrial ecosystems. This study aimed to empirically test the role of habitat loss on the abundance and richness of floral visitors in the understory of Atlantic Forest fragments in Bahia‐Brazil. We sampled bees in nine 3600ha landscapes, selected from “SOS Mata Atlântica” map data bases, within a gradient of forest loss from 5% to 60% and surrounded by non‐forested matrix. Each landscape included eight hexagonal plots of 25m sides (0.06ha) within the forest fragments. We used generalized linear mixed models ‐ GLMM to analyze the effects of explanatory variables (forest cover on plots at a small scale (36ha) and larger scale (3600ha) and number of visited plants in each plot as floral resources availability) on abundance and richness of bees, in each plot. Bees were the most important group of visitors (65% of a total of 743 individuals, and 70% of the 314 species of visitors). While forest cover on small scale negatively affected bees (abundance p value = 0.03 and richness p value = 0.02), forest cover at large scale increased species richness (p= 0.01) and bee richness was also positively affected by plants availability (p value = 0.005). These results indicate that habitat loss is leading to bee diversity losses but fragmentation is increasing bee abundance, possibly due to increased number of understory flowering species. However more abundance of bees does not reflect a greater richness of species. This may mean that generalist species may be more abundant in landscapes with less habitat cover. Ongoing analyses on other groups of floral visitors and on plant‐pollinator interaction network in these landscapes will help understand the impact of such changes on the reproductive success of native understory flora in Atlantic Forest.  

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CO.012  COBERTURA FLORESTAL OU INTENSIFICAÇÃO DO MANEJO? CAUSAS PROXIMAIS DO DECLÍNIO DE MAMÍFEROS EM AGROFLORESTAS DE CACAU Cassano CR1,2,3, Barlow J4, Pardini R5 ‐ 1Universidade Estadual de Santa Cruz ‐ Dep. de Ciências Biológicas, 2IB/USP ‐ Dep. de Ecologia, 3Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia, 4Lancaster University ‐ Lancaster Environment Centre, 5IB/USP ‐ Dep. de Zoologia Conciliar a crescente demanda por produtos agrícolas com a conservação da biodiversidade constitui um dos maiores desafios para a humanidade no século XXI. Um passo importante para o desenvolvimento de paisagens multifuncionais, que agreguem produção e conservação, é conhecer a importância relativa da intensificação dos agroecossistemas e da porcentagem de cobertura por vegetação nativa para a persistência de grupos biológicos. No presente estudo utilizamos armadilhas fotográficas para registrar mamíferos de maior porte em 30 agroflorestas de cacau e comparar a importância relativa da cobertura florestal e da intensificação do manejo sobre o valor de conservação dessas agroflorestas em uma paisagem da floresta Atlântica do sul da Bahia. As assembléias de mamíferos registradas nas agroflorestas foram bastante diversificadas, porém com pouca representatividade de espécies caçadas ou mortas por retaliação. Fatores relacionados à intensificação do manejo tiveram os principais efeitos negativos sobre a distribuição dos mamíferos de maior porte. O aumento de registros de cachorros domésticos, um efeito indireto da intensificação do manejo, influenciou negativamente seis espécies enquanto o aumento de conexão entre árvores de sombreamento influenciou positivamente espécies de interesse para a conservação. Já a limpeza da vegetação herbácea nas agroflorestas teve efeito positivo para uma espécie generalista. As respostas à redução de cobertura florestal no entorno das agroflorestas foram diferentes entre espécies, sendo observado um efeito negativo para duas espécies já vulneráveis à redução na conexão entre árvores. Nossos resultados são discutidos em função do contexto regional: uma paisagem bem florestada, porém defaunada. Nestas condições, reduzir os efeitos negativos da intensificação do uso da terra, tais como o controle de atividades de caça, o controle da população de cachorros domésticos e um planejamento cuidadoso do manejo de sombra, são ações importantes para ampliar o valor de conservação das agroflorestas. Tais ações devem resultar em maiores benefícios para os mamíferos de maior porte do que modificações na configuração da cobertura florestal. Porque a influência de variáveis locais depende da quantidade de habitat remanescente em escalas maiores, os fatores aqui avaliados podem ter efeitos diferentes para a manutenção de mamíferos em paisagens menos florestadas e sua importância relativa pode ser alterada. Ações visando conciliar produção agrícola e conservação de biodiversidade devem considerar características locais e regionais dos sistemas biológicos a serem mantidos. 

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CO.013   VARIATION IN POLLINATOR ASSEMBLAGES IN A FRAGMENTED LANDSCAPE HAS FEW EFFECTS ON REPRODUCTIVE STAGES OF A SELF‐INCOMPATIBLE TREELET, Psychotria suterella (RUBIACEAE)  Lopes LE1, Buzato S2 ‐ 1Universidade Federal de São Carlos ‐ Departamento de Ciências Ambientais ‐ DCAm, 2Universidade de São Paulo ‐ Departamento de Ecologia  Few studies of plant‐pollinator interactions in fragmented landscapes evaluate the consequences of floral visitor variation on multiple stages of plant reproduction. Given that fragmentation potentially has positive or negative effects on different organisms and that self‐incompatible plant species depend on pollinators for sexual reproduction, differences in floral visitor assemblages may affect certain plant reproductive stages. We evaluated how pollinator assemblage, availability of floral resources, pollination, reproductive output, as well as seed and seedling performance of Psychotria suterella Muell. Arg varied among three fragmentation categories: non‐fragmented habitats, fragments connected by corridors, and isolated fragments. Richness and frequency of floral visitors were greater in fragments than in non‐fragmented sites, resulting mainly from the addition of species typically found in disturbed areas. Although 24 species visited Psychotria suterella flowers, bumblebees were considered the most important pollinators because they showed the highest frequency of visits. The increased visitation in fragments seemed to enhance pollination slightly. However, fruit and seed output, germination, and seed and seedling mass were similar in non‐fragmented sites, connected and isolated fragments. Our results suggested that even for a self‐incompatible species, responses to habitat fragmentation at different stages of plant reproduction might be decoupled from the responses observed in floral visitors, if fruit set is not pollen limited. Considering all reproductive stages, within and between site variation were greater than the variation explained by fragmentation category, thus suggesting the importance of small‐scale variation in this plant‐pollinator system. In spite of its self‐incompatible breeding system, this plant‐pollinator system showed resilience to habitat fragmentation, mainly as a result of high availability of potential mates to P. suterella individuals, absence of pollen limitation, and the presence of  bumblebees (Bombus spp) throughout this highly connected landscape. Financial support was provided by FAPESP 99/12704‐3 and 99/05123‐4. 

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CO.014   O SUBSISTEMA DE DECOMPOSIÇÃO PARA ANÁLISE DO ESTADO FUNCIONAL DE FRAGMENTOS FLORESTAIS DA MATA ATLÂNTICA  Pessoa FA1, Cesário FV2, Castro EJ1 ‐ 1UFRJ, 2UFRJ/EMBRAPA Com o intuito de compreender o funcionamento de remanescentes florestais da Mata Atlântica inseridos no contexto da Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Rio de Janeiro, foram utilizados indicadores funcionais ‐ formas de húmus –, que permitam traçar inferências sobre os processos de produção e decomposição, numa perspectiva inter e intra‐fragmento. As formas de húmus compreendem a matéria orgânica pouco decomposta sobreposta ao solo mineral, bem como o material orgânico misturado às partículas minerais do horizonte A. Sua estrutura é o reflexo das interações entre os componentes bióticos (vegetação e organismos decompositores) e abióticos (tipos de solo, relevo, clima etc.), o que permite entender o papel da vegetação e do meio ambiente físico no processo de decomposição e, assim, no funcionamento do ecossistema. Para a execução da pesquisa, foram escolhidos 5 fragmentos em quatro diferentes contextos geográficos: rural, rururbano, silvestre e urbano, em que foram delimitados transectos de 130 metros, sempre com uma distância de 20 metros da borda, onde foram coletadas amostras em intervalos de 10 metros. Em cada parcela foram coletadas amostras do horizonte Ai (varia de 2 a 3 cm de espessura), e A (varia de 3 a 13 cm de espessura). Tais amostras foram submetidas a análises físicas e químicas em laboratório. Com isso, o trabalho possui como objetivo analisar os dados obtidos de maneira integrada, por sub‐horizonte do solo, a fim de definir até que profundidade do topo do solo ocorre o processo de concentração de nutrientes disponíveis para as plantas, ou seja, qual o sub‐horizonte que mais se aproximaria da camada H do húmus em sentido amplo. Os resultados obtidos sugerem uma descontinuidade entre os horizontes Ai e A em relação aos indicadores de fertilidade do solo, além de diferenças entre os fragmentos estudados, evidenciando a importância de tais indicadores na realização de estudos sobre biodiversidade ao nível do ecossistema, em que a abordagem sistêmica torna‐se cada vez mais relevante. Resultados encontrados em outros estudos mostram que as formas de húmus servem para caracterizar fragmentos florestais, evidenciando a heterogeneidade do seu funcionamento. Espera‐se, ao final da pesquisa, avaliar os sistemas estudados em termos de seu funcionamento. Diante disso, tendo em vista que a diversidade entre os ecossistemas se manifesta em escalas maiores, as relações e interpretações serão estabelecidas na escala da paisagem, a qual se apresenta, diante de uma abordagem geográfica e sistêmica, como a melhor unidade para a gestão dos remanescentes naturais.  Financiamento: Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ. 

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CO.015   BIOTIC QUALITY IN THE ATLANTIC FOREST: 1. NEW SYSTEM OF QUANTITATIVE  INDICATORS FOR BIOTOPES COMPARATIVE EVALUATION.  Porto ML1,2, Wendel HH3 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande do Sul ‐ Ecologia, 2Laboratório de Ecologia de Paisagem ‐ [email protected], 3Universitaet Ulm ‐Alemanha ‐ wendel‐wuppertal@t‐online.de  The novel index BQI ( Biotic Quality Index) is proposed for comparing the bios quality of small biotopes, in the Atlantic Forest region in Southern Brazil. It accounts for both the naturalness and diversity of the biotopes´ flora and fauna, on the hierarchical levels of plant community and of community (taxocene) of epigeic fauna, respectively. Based on springtime field studies of the phytosociology and diversity of the flora communities and of the density and diversity of epigeic community, BQI is calculated for five principal biotopes in the  landscape of the region under consideration. It is shown how species dominance, homogeneity or heterogeneity of species distribution as well as the presence of exotic species result in significantly differing values of BQI, for the five selected biotopes.    Fonte financiadora: Mineradora Criciuma , Mineradora Metropolitana, Grupo USITESC, SC 

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CO.016   BIOTIC QUALITY IN THE ATLANTIC FOREST: 2. COMPARATIVE AND QUANTITATIVE EVALUATION METHOD OF LANDSCAPES.  Porto ML1,2, Wendel HH3, Zocche JJ4,5 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande do Sul ‐ Ecologia, 2Laboratório de Ecologia de Paisagem ‐ [email protected], 3Universitaet Ulm ‐Alemanha ‐ wendel‐wuppertal@t‐online.de, 

4Universidade do Extremo Sul Catarinense‐UNESC ‐ Laboratório de 

Ecologia de Paisagem, [email protected] 

 A mathematical tool is proposed for comparing the quality of landscapes in the Atlantic Forest region in Southern Brazil, under the aspect of their respective bios. Remote sensing data, as usual, lead to a landscape being represented as a mosaic of patches. The biotic quality of any patch in that mosaic is related with the quality of the bios of only one generic biotope out of a finite number of generic biotopes existing in the geographic region under consideration. Thus the method of the previous paper of calculating the biotic quality of a biotope while accounting for its naturalness and its diversity, lends itself to being extended to a mosaic of patches, i.e. to landscape. The paper derives a simple formula which combines the landscape´s structural (area, perimeter) and biotic properties (naturalness, diversity) in a single equation. Using data of a field survey in two test areas (samples of the regional landscape) on the phytosociology and diversity of the flora communities and of the density and diversity of epigeic community, the biotic quality of the two different areas is compared. It is thus demonstrated how important it is to account for the landscape´s naturalness and diversity in assessing its ecological quality.   Fonte financiadora: Mineradora Criciuma , Mineradora Metropolitana, Grupo USITESC, SC     

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CO.018   Estoque de carbono em unidades de paisagem na Amazônia: uma proposta de quantificação a partir da Ecologia da Paisagem  Pereira ICN1 ‐ 1Universidade Federal do Oeste Pará A partir da perspectiva metodológica da Ecologia de Paisagem, o presente trabalho traz como discussão a aplicação dos princípios metodológicos inerentes a este ramo do saber na quantificação do estoque de carbono na Amazônia a partir da escala da paisagem. Considerando que na região a articulação entre atividades econômicas diversas, como agricultura mecanizada, pecuária e exploração madeireira, cria um mosaico diversificado na paisagem regional, caracterizando‐a pela coexistência de paisagens naturais e paisagens modificadas, torna‐se necessário o desenvolvimento e aplicação de novas metodologias e técnicas que incluam o potencial ambiental e econômico de paisagens em diferentes estágios de transformações, bem como a heterogeneidade das mesmas na região. Assim, de que forma a ecologia de paisagem pode ser aplicada nesse contexto é um dos principais pontos a ser discutido no presente trabalho, que visa, principalmente, propor uma metodologia quali‐quantitativa e indireta para realizar a quantificação do estoque de carbono em unidades da paisagem em uma área situada no município de Belterra, região oeste do Pará, que vem nos últimos anos sofrendo um intenso processo de expansão da agricultura mecanizada de grãos, sobretudo de soja. Para tanto, utilizou‐se como parâmetro para delimitação das unidades de paisagem a fitofisionomia da vegetação, a partir do uso de imagens de satélites, produtos cartográficos e técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, além de visitas de reconhecimento terrestre e análise laboratorial em ambiente ArcGIS; para a quantificação indireta do carbono, o uso de modelos de regressão e algumas métricas de análise da paisagem, correlacionados com dados radiometricos obtidos a partir de imagens NDVI. Dos resultados obtidos pode‐se observar que a Ecologia de Paisagem e todo o seu arcabouço teórico‐metodológico, mostra‐se como uma possibilidade potencial na investigação de dinâmicas e processos sócio‐ambientais e ecológicos na região. Por meio dessa abordagem pode‐se considerar tanto as paisagens modificadas quanto as paisagens naturais, possibilitando dessa forma, pensar estratégias de gestão e planejamento de florestas em médio e longo prazo, de forma a manter os serviços prestados pela mesma no que tange a concentração de CO2 na atmosfera em áreas submetidas a intensos processos antrópicos.   

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CO.019   Utilização de métricas da paisagem e uso do solo para avaliar como as abelhas de orquídeas (Hymenoptera, Apidae, Euglossina) são afetadas por perturbações antrópicas  Aguiar WM1, Gaglianone MC2 ‐ 1UEFS ‐ DEXA, 2UENF ‐ CBB‐LCA  Abelhas de orquídeas são importantes polinizadores em florestas tropicais e em áreas agrícolas. As perturbações de origem antropogênicas, como a fragmentação e perda de habitat resultam em  redução da riqueza e diversidade dessas abelhas. O objetivo deste estudo foi, avaliar como a fragmentação e as matriz dos fragmentos que envolvem os frgmentos estudados afetam as comunidades de abelhas de orquídeas. O estudo foi desenvolvido em 18 fragmentos florestais com tamanhos variando de 2 a 1200ha em dominio de mata Atlântica no sudeste do Brasil e em cinco tipos de matrizes (cana‐de‐açúcar, eucalipto, banana, pastagem e múltiplos usos da terra). As abelhas foram coletadas trimestralmente durante dois anos. A atração das abelhas foi realizada por armadilhas de aromáticas. Um total de 4691 indivíduos pertencentes a 14 espécies e quatro gêneros foram amostrados no experiemnto de fragmentação. Observamos uma forte correlação positiva entre da abundância e da riqueza com o tamanho e o índice de circularidade dos fragmentos (r = 0,55, p = 0,017; r = 0,70, p = 0,001; r = 0,81, p = 0,000 e r = 0,80, p = 0,000, respectivamente). Os parâmetros,  índice de diversidade e dominância, mostraram relações significativas com o isolamento dos fragmentos (r = ‐0,55, p = 0,049; r = 0,50, p = 0,034). No experimento com matrizes foram amostrados 3864 espécimes pertencentes quatro gêneros e 12 espécies. Foi obervada uma redução significativa na abundância e riqueza dessas albelhas (KW‐H3 40 = 17,4, p = 0,0006; KW‐H3, 40 = 13,30, p = 0,004, respectivamente) no sentido fragmento‐matriz, independenete do tipo de matriz estudada. Nossos resultados demonstraram que as comunidades de abelhas de orquídeas são significativamente ameaçadas pela fragmentação florestal e pela matriz ao redor dos fragmentos florestais. Assim, a composição de espécies em fragmentos maiores e mais preservados, bem como com maior índice de circularidade apresentam maior abundância e riqueza de espécies. Os dados da matriz mostram que esse grupo de importantes polinizadores não utilizam igualmente as áreas de matriz e, por conseguinte, ficam isoladas no interior dos fragmentos em uma  paisagem fragmentada. 

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CO.020   UMA AVALIAÇÃO SOBRE O MÉTODO RAPPAM: UMA ANÁLISE DA LÓGICA GESTACIONAL DE ÁREAS PROTEGIDAS*  ALVES FS1, Castro Junior E1, ARAÚJO NM1, MARTINS ALL2 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ Geografia, 2Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro ‐ Economia do Instituto Multidisciplinar  Um desafio dos tempos atuais é enfrentar o aparente paradoxo contido no binômio desenvolvimento/sustentabilidade. Para dar conta dessa tarefa novas teorias e modelos de conservação da natureza que apontem um caminho para a interação homem/natureza são cada vez mais prementes. Dificuldades de gestão dos ecossistemas florestais diante dos avanços das fronteiras agrícolas e expansão das áreas urbanas e rururbanas são as demonstrações das grandes dificuldades de governos no equacionamento da relação desenvolvimento e sustentabilidade. As áreas protegidas são uma forma adotada por diversos países para a conservação da natureza. No caso do Brasil essas áreas protegidas são conhecidas como Unidades de Conservação. Embora o Brasil não destoe da proposta internacional, nem sempre a boa intenção tem resultado em boas práticas. Isso pelo fato de uma série de princípios ecológicos e político‐institucionais não serem seguidos, tanto na criação, quanto na manutenção dessas áreas. A gestão ambiental deve envolver o diagnóstico, planejamento e gerenciamento. O diagnóstico representa a identificação das potencialidades e problemas que ocorrem em determinado sistema. O planejamento ambiental é um processo que busca identificar e hierarquizar alternativas de uso dos recursos naturais, privilegiando o potencial em detrimento da demanda. Esse trabalho busca avaliar a eficácia da Área de Proteção Ambiental de Petrópolis APA‐Petrópolis, localizada no estado do Rio de Janeiro, como modelo de gestão e sua eficiência na conservação de remanescentes florestais. Para isso, em termos protocolar será avaliado a gestão do método de Avaliação Rápida de Gestão de Áreas Protegidas (RAPPAM). Ou seja, será investigada a base do método RAPPAM é a aplicação de questionários junto aos gestores das UCs e à sociedade civil que se relaciona com a gestão das Unidades. Entretanto, o próprio método de avaliação será discutido, uma vez que este está sendo amplamente utilizado em diversos países e em diferentes categorias de áreas protegidas. As principais questões relacionadas à gestão da APA são: Quais políticas públicas foram implantadas no âmbito da APA nos últimos anos? Quais os conflitos sócio‐ambientais que ocorrem no contexto da APA de Petrópolis? Quais os atores sociais que estão envolvidos? Quais as principais questões referentes ao método RAPPAM debatidas internacionalmente? Quais as bases epistemológicas que o protocolo do RAPPAM se fundamenta? O que o diferencia de outros métodos de avaliação da gestão de áreas protegidas? 

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CO.021   FORMAS DE HÚMUS COMO FERRAMENTA DE ANÁLISE DA QUALIDADE DE FRAGMENTOS FLORESTAIS NA PAISAGEM DA MATA ATLÂNTICA.  Cesário FV1, PessoaFA1, Balieiro FC2, Castro EJ1 ‐ 1UFRJ, 2EMBRAPA‐SOLOS O histórico de devastação da Mata Atlântica, ancorado nos grandes ciclos de cana‐de‐açúcar e café, os atuais usos e manejos do solo e os fragmentos de floresta remanescentes produzem diferentes mosaicos na paisagem que recobre a Mata Atlântica. A floresta Atlântica é considerada um “hotspot” pela excepcional concentração de espécies endêmicas e pelo histórico de perda de habitats pelo processo de fragmentação, desta maneira, não podemos negligenciar o importante papel que os diferentes tipos de fragmentos florestais desempenham na qualidade ambiental, conectividade e serviços ambientais. Desta forma, investigar indicadores que possam reconhecer tanto na escala temporal quanto espacial, a dinâmica dos fragmentos florestais na paisagem, pode contribuir com conhecimento para a conservação da biodiversidade em mosaicos de paisagens como o da Mata Atlântica. Doravante, acreditamos que alguns indicadores geobioquímicos, como as Formas de Humus, que pode ser considerado como um horizonte diagnóstico da interação ecossistêmica é capaz de predizer a qualidade e a funcionalidade de fragmentos florestais. O objetivo foi utilizar as formas de humus, através de estatística multivariada, para diagnosticar a qualidade de fragmentos florestais. O estudo foi conduzido na APA de Petrópolis, onde foram selecionados quatro fragmentos de floresta, que possuem padrões similares quanto à classe de solo, vegetação e declividade, mas possuem diferentes matrizes e impactos humanos. Para caracterizar o impacto humano um index, que sumariza as interferências, foi proposto. Em cada fragmento foi estabelecido um transecto de 130 metros de comprimento por 5 metros de largura. Foi instituído a cada 10 metros um ponto amostral, onde foi coletado o material orgânico de superfície (MOS) e o horizonte organomineral subjacente. O MOS foi separado de acordo com estágios de decomposição e o horizonte organomineral foi submetido a análises químicas. Os dados foram analisados através de estatística multivariada. Os resultados mostram que a analise de componentes principais (PCA) conseguiu agrupar as variáveis analisadas em três eixos que sumarizam a ciclagem de nutrientes, e foram chamados de: “disponibilidade de macro nutrientes e capacidade de troca” (eixo I); “material orgânico de reserva e input de nutrientes” (eixo II) e “imobilização” (eixo III). Analises de correlação entre o index de qualidade ambiental proposto e os eixos da PCA apresentaram correlação de r² 0.89; 0.62 e 0.49, respectivamente eixos I, II e III. Por final, o teste de NMS ‐ nonmetric multidimensional scaling conseguiu separar os fragmentos e mostrou uma associação entre o index proposto e as variáveis de resposta.  Entidades financiadoras: Fundo de amparo a pesquisa do estado do rio de janeiro – FAPERJ.  

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PT.086   DIMENSÃO FRACTAL EM PAISAGENS NATURAIS FRAGMENTADAS: COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS  CAMBUI ECB1, VASCONCELOS RN1, Miranda JGV2, Boscolo D3, Da ROCHA PLB1 ‐ 1UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ‐ Pós Graduação ‐ Ecologia e Biomonitoramento, 2UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ‐ Instituto de Física, 

3UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP) 

O uso de métricas ou índices na Ecologia de Paisagens surgiu com uma necessidade de descrever a estrutura e configuração de paisagens. Especialmente a dimensão fractal tem um importante papel na representação da complexidade das bodas das manchas de habitat em paisagens antrópicas ou naturais. Geralmente esta mensuração é realizada através da relação área/perímetro das manchas de hábitat. No entanto existem outros métodos de dimensão fractal, que podem ser incorporados a Ecologia de Paisagem, como o “Método de Contagem de Caixas”, amplamente utilizado na Física. Este método consiste em um recobrimento de cada paisagem por uma sequência de caixas com diferentes tamanhos, contando‐se as mesmas que contenham a interface entre hábitat e não‐hábitat. O valor de dimensão fractal corresponde à inclinação da reta da regressão linear entre os logaritmos do número de caixas N(ε) e do tamanho da caixa. O objetivo deste estudo foi comparar a dimensão fractal através dos métodos de área/perímetro e contagem de caixas em paisagens com diferentes tamanhos e porcentagens de cobertura florestal. As paisagens naturais pertencem a Floresta Atlântica do estado da Bahia. De forma aleatória selecionamos paisagens com porcentagens de cobertura florestal entre 1‐99% e em três tamanhos (6x6km, 12x12km, 24x24km), totalizando mais de 140.000 paisagens. O cálculo de área/perímetro (PAFRAC) foi realizado no programa FRAGSTATS e o de contagem de caixas no programa FRACTAL SAMPLE desenvolvido pelo grupo de pesquisa. Os resultados demonstram que o método de contagem de caixas foi eficiente em medir todas as paisagens. Em contrapartida, o método de área/perímetro variou conforme o tamanho da paisagem e porcentagem de cobertura florestal. Do total de 76090 paisagens na escala de 6x6km, para apenas 35% foram calculadas a dimensão fractal. Nas escalas de 12x12km (52196 paisagens) e 24x24km (12356 paisagens) os valores aumentaram para 84% e de 97% respectivamente. Para uma mesma porcentagem de cobertura florestal, em média, a dimensão fractal através de contagem de caixas foi menor através da área perímetro, principalmente na escala de 6x6m. O método área/perímetro apresentou fortes limitações em não ser capaz de calcular todos os níveis de complexidade das paisagens naturais em diferentes escalas e porcentagens de cobertura florestal. O método de contagem de caixas apresentou maior generalização como métrica e o seu uso deve ser incentivado em estudos que avaliem complexidade de paisagens naturais. 

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CO.023   IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS EM MANANCIAL DE ABASTECIMENTO URBANO  Santos EN1, Rocha CH2, Barreto KT3 ‐ 1Universidade Estadual de Ponta Grossa‐UEPG ‐ Laboratório de Mecanização Agrícola(Lama), 2UEPG ‐ Docente do Departamento de Ciência do Solo e Engenharia Agrícola, 

3UEPG ‐ Acadêmica de Agronomia/UEPG/Lama 

A bacia hidrográfica tem‐se mostrado apropriada como unidade de planejamento para o manejo conservacionista dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável do território. Iniciativas de planejamento de conservação em escala global têm identificado grandes regiões onde à perda da qualidade e quantidade de recursos hídricos é eminente. No entanto, tais iniciativas não detalham sítios para ações concretas de conservação na escala da paisagem local, onde são tomadas as decisões de manejo de recursos. Deste modo visou‐se neste trabalho gerar respostas objetivas para definição de áreas prioritárias para a conservação dos recursos hídricos em bacia de abastecimento urbano de Carambeí, PR. Organizaram‐se informações da base cartográfica, a qual foi digitalmente integrada em formato matricial, referentes à: a) base geológica ‐ escala 1:250.000; b) solos – escala 1:100.000; c) curvas de nível – escala 1:50.000, equidistância vertical 20m.; d) hidrografia – escala 1:50.000 (digitalizada sobre carta topográfica); e) uso da terra através da interpretação visual da carta‐imagem SPOT 5 de 2005 (Folha 2824‐4); f) unidades de uso das terras em maio de 1990; e g) unidades de uso das terras em maio de 2000, ambas mapeadas com base na classificação automática das imagens multiespectrais TM (LANDSAT 5). Para cada classe de mapeamento destes componentes da paisagem foram atribuídos índices de conservação ‐ IC.  A partir da base cartográfica, através da ferramenta Map Algebra /Raster Calculator, da extensão Spatial Analyst Tolls do ArcGis 10.0, foram realizadas operações de álgebra de mapas através do somatório dos índices de conservação de cada atributo da paisagem. Os ICs obtidos foram agrupados em cinco classes de prioridade: alta, média‐alta, média, média‐baixa e baixa, distribuindo‐se equitativamente as terras da bacia entre as classes. São consideradas prioritárias as classes de alta e média‐alta prioridade, as quais compreendem 40% da superfície total. Entre as áreas prioritárias, 87% estão situadas em paisagens remanescentes, incluindo campos (26%), florestas (57%) e campos úmidos (4%); ressalta‐se o potencial de produção de serviços ambientais (SAs) destas unidades. Cerca de 7% das áreas prioritária são agricultadas e 4% são reflorestamentos com exóticas, as quais apresentam potencial de degradação dos SAs. A base digital e o mapa resultante são instrumentos básicos para subsidiar políticas públicas visando a restauração e monitoramento desta bacia, de modo a direcionar recursos financeiros e ações, contribuindo para a estabilidade dos padrões hidrológicos e índices desejáveis da qualidade das águas deste manancial urbano. 

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CO.024   PAISAGEM CULTURAL DA BACIA DO RIO PITANGUI, PR, BRASIL  NIEDZIELSKI C1, MORO RS2 ‐ 1Universidade Estadual de Ponta Grossa ‐ Mestranda do Programa de Pós‐Graduação em Geografia, Mestrado em Gestão do Território, 2Universidade Estadual de Ponta Grossa ‐ Docente do Programa de Pós‐Graduação em Geografia, Mestrado em Gestão do Território A bacia do Pitangui possui registros de ocupação e uso desde cerca de 9.000 anos AP, quando era zona de caça de populações ameríndias. A colonização européia se inicia no início do século XVIII, acompanhando a então Estrada Real, o fundamental Caminho das Tropas que unificou o sul do Brasil. Finalmente, levas sucessivas de imigrantes europeus em fins do século XIX até os anos de 1950 completam o quadro demográfico e as profundas perturbações da paisagem geradas por suas atividades. Atualmente a bacia, de 98.695,64 ha, se apresenta em quatro compartimentos naturais: Primeiro Planalto, Escarpa Devoniana I, Escarpa Devoniana II, e Segundo Planalto. Para relacionar as paisagens natural e cultural, aliou‐se o histórico de uso à características geológicas e pedogeomorfológicas. Definiu‐se uma matriz antrópica e três categorias de vegetação natural: várzeas, campos e florestas com araucária, classificadas em manchas, corredores e trampolins. Os dados atuais foram obtidos de imagens SPOT 5 (2005), geoprocessdas pelo software ArcGis 9.3. Através do software Fragstats foram calculadas métricas de área, forma (shape) e tamanho, índice de circularidade (IC) e dimensão fractal (FRACT). Dados históricos foram obtidos da literatura e mapas de vários períodos. No Primeiro Planalto, a extensa exploração madeireira alterou drasticamente a região que, após o declínio da atividade, é ocupada por grandes reflorestamentos com Pinus. O esvaziamento demográfico subseqüente contribuiu para o inchamento urbano de Castro e Ponta Grossa nos anos de 1970. Na Escarpa Devoniana I e II, bem como no Segundo Planalto, as áreas anteriormente ocupadas com gado foram substituídas pela cultura de grãos para exportação, com excessiva conversão de uso do campo nativo a antrópico. O tamanho médio das manchas campestres foi de 6,1‐51,9 ha, com shape de 1,87‐10,46, IC médio de 0,55 e FRACT médio de 1,44. O tamanho médio de fragmentos florestais foi de 8,49‐32,7 ha, com shape de 1,97‐6,48, IC médio de 0,49 e FRACT médio, de 1,45. Várzeas estão presentes apenas no Primeiro Planalto, com um tamanho médio de 4,89 ha, shape médio de 1,74, IC médio de 0,635 e FRACT médio de 1,40. O uso agro‐silvicultural contemporâneo determina padrões fractais e circularidade similares, independentes do relevo, porém os dados referentes as áreas campestres apontam sua maior vulnerabilidade, uma vez que há grande variação de tamanho nos fragmentos de campo.  Fonte financiadora: edital MCT/CNPq/MEC/CAPES/FNDCT – Ação Transversal/FAPs Nº 47/2010 – Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade ‐ SISBIOTA BRASIL. 

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CO.025   MANEJO ECOHIDROLÓGICO DE PAISAGENS AGRÍCOLAS  Ferraz SFB1, Lima WP1, Ferraz KMPMB1, Cassiano CC2, Paula FR2 ‐ 1ESALQ/USP, 2PPGRF/ ESALQ‐USP  A vegetação florestal é o componente vegetal de maior influência hidrológica, a qual passa a ser o componente biótico da paisagem de maior importância para a conservação dos processos hidrológicos em uma microbacia. Para descrever o papel da floresta nos processos hidrológicos, é necessário entender as funções específicas que a mesma pode oferecer, as quais fazem parte do conjunto de seus serviços ecossistêmicos. O manejo da paisagem visando à conservação da água deve estar baseado no planejamento do uso da terra com a preocupação de garantir o oferecimento destes serviços hidrológicos, buscando a melhor ocupação de áreas específicas importantes para os processos de infiltração, proteção do solo e interação com o ambiente aquático. A floresta nativa exerce reconhecidamente um papel importante para garantir tais processos, sendo a melhor opção para tais áreas. No entanto, florestas em diferentes estágios de conservação, desenvolvimento ou mesmo plantios florestais podem não desempenhar integralmente os serviços ecossistêmicos. Neste caso, o manejo destas florestas deverá ter como objetivo a recuperação de funções hidrológicas. Embora as florestas desempenhem papel fundamental nos processos hidrológicos, atualmente elas ocupam pequenas proporções da paisagem em áreas agrícolas. Neste caso, somente o adequado manejo do solo e da área agrícola será capaz de fazer com que os benefícios gerados pelas áreas florestais não sejam suprimidos pelos impactos causados na área agrícola. Neste trabalho, são apresentados os conceitos de manejo da paisagem que devem ser considerados em ações de conservação da água em paisagens agrícolas, bem como são apresentados resultados de projetos envolvendo manejo ecohidrológico da paisagem. Entidade Financiadora: FAPESP. Processos: 2010/13627‐3; 2011/19767‐4; 2011/06782‐5. 

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CO.026   ASSENTAMENTO DE REFORMA AGRÁRIA E SUAS POTENCIALIDADES PAISAGÍSTICAS  Costa RC1, Frazão BTM1 ‐ 1INPA ‐ Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia ‐ LAES ‐ Laboratório de Estudos Sociais  O presente trabalho foi efetuado no assentamento Tarumã‐Mirim (AM), com o objetivo de estudar os impactos e as condições naturais, econômicas e sociais, oriundas das atividades existentes no assentamento. Os procedimentos teórico‐metodológicos utilizados na pesquisa são relacionados a um conjunto coordenados de atividades, tais como: pesquisa bibliográfica, trabalho de campo e análises. Os processos de abordagem seguiram um enfoque da dinâmica espacial para uma identificação, análise e explicação da realidade empiricamente observada, feita por meio da dinâmica dos processos envolvendo sujeitos sociais, seus modos de vida em correlação aos processos naturais, e os processos produtivos com uso da biodiversidade pelos moradores e o sistema de comércio. Foi abordado o uso e ocupação do espaço vivido pelas atividades, principalmente as econômicas, analisando as estruturas vigentes de uso dos espaços naturais.  Utilizamos bases técnicas e científicas, da legislação e das condições sociais e econômicas, onde foram identificadas potencialidades paisagísticas e restrições especificas da gestão do território em estudo. Os impactos das atividades são de extrema relevância nas áreas do assentamento, pela sua própria natureza, em alguns casos de difícil assimilação pelos moradores quanto ao uso dos sistemas naturais, condições de infra‐estrutura e desmatamento de áreas naturais. Este trabalho tratou de identificar unidades de paisagem do assentamento, por meio de suas potencialidades e suas dinâmicas (sociais, econômicas, políticas) com o espaço natural, identificando um detalhamento par a fins de gestão do território e uso dos recursos naturais. Com isso, se tem um ideário de proposições para a proteção dos sistemas naturais com formas que destruam as bases naturais de reprodução das paisagens, incentivando processos interativos sociedade‐natureza, mas com apoio aos modos de vida locais e suas culturas. Abordados de modo integrado as bases naturais, obtivemos como resultados a diferenciação de áreas como unidades paisagísticas de análise, constituídas tanto pelas bases naturais quanto pelo trabalho territorializado pelas comunidades 

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CO.027   PAISAGEM, USO DE RECURSOS E GESTÃO DO TERRITÓRIO EM SANTO ANTÔNIO DO ABONARI (AM)  Costa RC1, Frazão BTM1 ‐ 1INPA ‐ Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia ‐ LAES ‐ Laboratório de Estudos Sociais  O trabalho trata das cadeias produtivas a partir do uso de produtos naturais da biodiversidade na comunidade de Santo Antônio de Abonari (AM), uma abordagem que leva em consideração as práticas de gestão do território pelos modos de vida das famílias das comunidades existentes e o uso do buriti (Mauritia flexuosa). Esta pesquisa foi feita com trabalhos de campo a respeito dos modos de vida e o uso dos conteúdos da paisagem, como suporte e substancias para as atividades das comunidades. Foram identificadas atividades ligadas ao uso das paisagens, inclusive da dinâmica existente pelo lago da hidroelétrica de Balbina que impacta a unidade paisagística de análise em estudo. Em Santo Antônio de Abonari há um desafio de trabalho comunitário, ainda que as propriedade sejam individuais, na forma de unidades territoriais de trabalho familiar, mas que utilizam o buriti como recurso para muitas famílias. Esta pesquisa é a respeito das formas de como a comunidade trabalha com o buriti (Mauritia flexuosa), e de como isso se insere no modo de vida e das potencialidades paisagísticas e de gestão dos territórios como recurso (econômico e natural) de uso comunitário, assim como as diversas formas de trabalho e metamorfose da mercadoria  pela comunidade e  de como a reprodução da paisagem é um elemento fundamental para a cadeia produtiva. A paisagem torna‐se um elemento constitutivo de uma atividade econômica, em que os processos da natureza são responsáveis pela reprodução da paisagem e pela distribuição espacial da atividade, assim como pela sua representatividade ecológica, econômica e social e territorial. 

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CO.028   CONECTIVIDADE DE ÁREAS ÚMIDAS UTILIZANDO O CERVO‐DO‐PANTANAL COMO ESPÉCIE ALVO: UMA EXPERIÊNCIA NO RIO GRANDE DO SUL  Meneses BA1, Castilho CS2, Ximenes S1, Mähler Jr JKF1, Kindel A3, Krob A1 ‐ 1Instituto Curicaca ‐ Programa de Conservação do Cervo do Pantanal no Rio Grande do Sul, 2Universidade de São Paulo ‐ Laboratório de Ecologia da Paisagem e Conservação ‐ Departamento de Ecologia, 

3Universidade Federal do Rio Grande 

do Sul ‐ Centro de Ecologia  A manutenção de áreas úmidas íntegras e funcionais é fundamental para a qualidade do abastecimento de água, a conservação da biodiversidade, e a manutenção destes e dos demais serviços ecossistêmicos. Na Bacia do Rio Gravataí, no Rio Grande do Sul (RS), começam a ser sentidos os efeitos da drenagem das áreas úmidas para lavouras de arroz e criação de gado, tais como a redução da quantidade de água, assoreamento de rios e canais e a erosão. Assim, surge a necessidade de proteger seus remanescentes e manter sua conectividade. Nesta região localizam‐se as Unidades de Conservação, RVS Banhado dos Pachecos e a APA do Banhado Grande, últimos locais no RS que mantém uma população relictual de cervo‐do‐pantanal (Blastocerus dichotomus). O objetivo deste trabalho foi indicar corredores prioritários para a manutenção e recuperação de fluxo entre áreas úmidas que conectem os principais remanescentes utilizando o B. dichotomus como espécie focal, devido a sua relevância e seu status de ameaça. Foi interpretado o uso e a cobertura do solo na área com altitude inferior a 40m dentro da APA e selecionadas as três áreas úmidas mais relevantes para ser alvo de conexão: os banhados dos Pachecos, da Fazenda Velha e do Chico Lomã. Foi utilizado o Método Hierárquico Analítico (AHP) para tomada de decisão comparando as classes de cobertura e uso do solo par a par de acordo com sua maior relevância para o uso pelo cervo. Para gerar o mapa de resistência ao uso/deslocamento pelo cervo, os valores de qualidade ambiental de cada classe foram decididos por consenso entre os técnicos colaboradores do Programa de Conservação do Cervo do Pantanal no Rio Grande do Sul (PROCERVO) e ranqueados utilizando uma escala de 0 a 100. Para as análises de conectividade foram utilizados os programas CIRCUITSCAPE e a ferramenta de caminho‐menos‐custoso do ARCGIS. Uma abordagem alternativa de desenho foi obtida ao incluir as ameaças na análise. Cinco tipos diferentes de ameaças foram espacializadas, considerando zonas ou classes de cobertura da paisagem, penalizadas nos valores de qualidade do raster original. Foi realizada nova execução dos programas com a imagem acrescida das ameaças. As diferentes abordagens obtiveram resultados consistentes, indicando a mesma tendência na localização dos melhores caminhos. Utilizando a espécie B. dichotomus como referência para a conectividade das áreas úmidas da APA do Banhado Grande, foram obtidas três regiões preferenciais onde devem ser aprofundados os estudos e discussões para a implantação de corredores ecológicos. 

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CO.029   MOVEMENT ECOLOGY OF NEOTROPICAL BATS: WHAT WE ALREADY KNOW AND WHAT SHOULD WE LEARN?  Muylaert RL1, Bernard E2, Ribeiro MC1 ‐ 1UNESP ‐ Ecologia, 2UFPE ‐ Zoologia Animal movement is attracting more attention in landscape ecology and is a useful tool for environmental decisions. As flying animals, bats reveal a different perspective in such approach, because they move in a highly mobile three‐dimensional way. Even with advances in technology, tracking bats is challenging: they are small and may cover long distances in short time. To evaluate the current knowledge on movement ecology of bats, we searched the literature using SciELO, Web of Science, and Scopus databases. We searched articles published between 1995 and 2012 that included the following words in title: bat, Chiroptera, morcegos, movement, telemetry, home range and landscape. We selected 186 articles, a third of them from the Neotropics. Twelve papers contained descriptive information about movement in Neotropics (36 species, in seven countries), while 30 were in temperate zones. Most  studies were related to recaptures of common bats and for most studied species there was description about use of day roosts (more than 70 species). Many gaps remain in movement of Neotropical bats and their response to landscape structure: with few exceptions, little is known on refined use of space, habitat requirements inside home ranges, drivers for roost selection and fidelity, flight speed and commuting distances. Also very little is known about long‐term spatial movement; a single paper addressed long‐term bat movements in this 17‐year period. Two papers focused on simulations of spatial movement, being one for Neotropical assemblages. Because of the lack of data, predictive models on landscape use for the species become difficult, so the role of bats as mobile links between landscapes features it still not well understood. More studies on bat movement ecology in Neotropics are necessary, taking advantage of new detecting and tracking methodologies. In North America more attention has been paid to maintain declining populations and to intervene in disease outbreaks due to a better comprehension on the economic importance of some species. One strategy for the Neotropics should be focusing on few species, but study them extensively. Immediate candidates are species already biologically well known, such as Carollia perspicilata, Artibeus jamaicensis (planirostris) and Desmodus rotundus. More and refined data will lead to better predictive inferences, allowing us to generate spatial movement simulation models, combined with habitat or suitability niche models. These information will allow us to more precisely identify the contribution of bats as models on aid decision‐making processes for conservation and restoration strategies within Neotropical ecosystems.         Cnpq 

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CO.030   Sobre o desafio de avaliar a conectividade funcional e os padrões de movimentação de insetos polinizadores  Boscolo D1 ‐ 1Universidade Federal de São Paulo ‐ UNIFESP ‐ Ciências Biológicas  A estrutura de paisagens fragmentadas e heterogêneas tem grande influência sobre a capacidade de dispersão de muitas espécies e modificações na disposição espacial dos ecossistemas existentes alteram fluxos biológicos essenciais a sua manutenção. Um processo ecológico de máxima importância diretamente afetado por esses fatores é a polinização realizada por animais, especialmente insetos, a qual depende diretamente da capacidade dos agentes polinizadores de se movimentarem pela paisagem. A propensão a se movimentar é uma característica comportamental passível de seleção natural e a heterogeneidade das paisagem onde os animais evoluíram deve oferecer forte influência sobre esse processo. Como resultado, mesmo linhagens aparentadas que se desenvolveram em paisagens com diferentes graus de heterogeneidade devem desenvolver padrões bastante distintos de movimentação e, consequentemente, sensibilidade a fragmentação. Estudos sobre a conectividade funcional em paisagens heterogêneas permitem, assim, a compreensão ecologicamente calibrada desses processos. No entanto, a movimentação de insetos é de difícl observação em campo, pois são pequenos e muitas vezes rápidos demais para que se observe exatamente suas rotas. Essa dificuldade desafia constantemente estudos que visam avaliar a conectividade funcional dos processos de polinização em paisagens heterogêneas. Meu objetivo é apresentar estudos em andamento que visam compreender como variações na estrutura da paisagem influenciam os padrões e propensão a movimentação de diferentes espécies de polinizadores, com especial atenção aos Hymenoptera e Lepidoptera, com o principal intúito de gerar discussões que levem a inovações metodológicas para a condução dessas pesquisas. Os estudos apresentados ocorrerão em paisagens agronaturais da Chapada Diamantina, Bahia, e em paisagens fragmentadas do Planalto Atlântico Paulista. O foco desta apresentação é nas metodologias disponíveis e as que estão sendo desenvolvidas para acessar como variam os padrões de movimentação de animais tão pequenos e difíceis de seram observados em campo. Dentre essas metodologias encontram‐se experimentos de translocação com observação ativa da movimentação, experimentos de marcação e recaptura  e de telemetria utilizando radares harmônicos. Os resultados obtidos por esses estudos devem gerar subsídios tecnológicos para o planejamento e manejo inteligente de paisagens com grande influência antrópica, visando a conservação de fluxos biológicos essenciais a manutenção tanto da biodiversidade local como dos serviços ambientais importantes para as atividades humanas. 

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CO.031   EFEITOS DE DIFERENTES MATRIZES NO RISCO DE PREDAÇÃO E NA MOVIMENTAÇÃO DE UMA AVE FLORESTAL  Biz MR1, Cornelius C2, Metzger JP1 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ Instituto de Biociências ‐ Ecologia, 2Universidade Federal do Amazonas ‐ Biologia  Além de alterar a estrutura da paisagem, a fragmentação florestal afeta a movimentação dos organismos pela paisagem. Ao se depararem com paisagens heterogêneas, com áreas de habitat e de não‐habitat (i.e. matriz), os animais precisam cruzar as matrizes a procura de recursos. A opção de movimento é feita, então, através de uma avaliação dos custos e benefícios de cada área. Entre os maiores custos está o risco de predação, que pode variar conforme a estrutura de cada matriz e as características comportamentais das espécies. Objetivando analisar o efeito de diferentes matrizes (pasto, milho e Eucaliptus) em relação ao risco de predação para uma espécie florestal, Pyriglena leucoptera (Tamnophillidae), analisamos: (1) a diferença na quantidade de aves de rapina, um dos principais predadores dessa espécie, na matriz, e (2) a percepção do risco de predação por meio dos padrões de movimentação. Foram escolhidas 10 matrizes experimentais de cada tipo (n=30 no total) e estimadas as densidades de aves de rapina utilizando curvas de detecção matriz‐específicas. Para estimar os padrões de movimentação de P. leucoptera, realizamos experimentos de translocação, que consistiam em liberar um indivíduo em cada matriz a 150 m da mata, monitorando‐o posteriormente por radiotelemetria. Encontramos maior densidade de aves de rapina no milho e no pasto do que na matriz de Eucaliptus. Com relação ao padrão de movimentação de P. leucoptera, obtivemos maior tempo de permanência nas matrizes de milho e Eucaliptus, igualmente. A tortuosidade do movimento da ave foi menor no pasto, intermediária no Eucaliptus e maior no milho. O sucesso das aves em alcançar a mata foi mais alto no Eucaliptus, intermediário no pasto e menor no milho. Concluímos que a matriz de milho apresenta o maior risco para Pyriglena leucoptera, tendo maior densidade de predadores e menor taxa de sucesso na chegada à mata por parte dos indivíduos, os quais apresentaram movimento mais tortuoso e maior tempo de permanência na matriz (i.e. maior exposição ao risco). O pasto tem risco intermediário, com grande quantidade de predadores, mas com animais soltos conseguindo fazer trajetos mais retilíneos e de menor duração, sendo mais bem sucedidos em chegar à mata. O Eucaliptus apresenta o menor risco, com baixa densidade de aves de rapina e o maior sucesso em chegar à mata. Ressaltamos a importância dos estudos sobre os efeitos de diferentes matrizes nos processos ecológicos, auxiliando a manutenção da conectividade funcional e o manejo das paisagens. 

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CO.032   USO DE MODELOS PROBABILÍSTICOS PARA AVALIAR A CAPACIDADE DE DESLOCAMENTO NA MATRIZ: FORMICIVORA LITTORALIS COMO ESTUDO DE CASO.  Navegantes AQ1, Lorini ML1, Crouzeilles R1, Rajão R2, Cerqueira R1 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ Departamento de Ecologia, 2PUC‐Rio  Atualmente os remanescentes de vegetação de restinga encontram‐se fragmentados, processo que pode levar à extinção de espécies, pois reduz e isola as áreas propícias à sobrevivência das populações, afetando fortemente os padrões de movimentação das espécies. Nesse contexto, conhecer o comportamento das espécies em relação à matriz inter‐habitat e as regras que definem seus movimentos torna‐se essencial para definir estratégias efetivas de conservação e manejo. Contudo, poucos estudos têm avaliado a capacidade de deslocamento das espécies na matriz, dada à dificuldade de coleta de dados sobre movimento animal. Tais investigações são particularmente raras nos ambientes de restinga. O presente estudo visa analisar os movimentos de Formicivora littoralis entre as manchas de habitat e modelar a sua capacidade de cruzar a matriz interveniente. Endêmica das restingas fluminenses, esta espécie encontra‐se globalmente em perigo crítico de extinção. Utilizamos a técnica de playback das vocalizações para estimular os indivíduos a cruzar a matriz entre 38 pares de fragmentos, separados por distâncias entre 9 e 70m, na Restinga de Massambaba, litoral fluminense. Através do Critério de Informação de Akaike (AIC), avaliamos a capacidade de F. littoralis para cruzar a matriz presente entre manchas de habitat segundo três modelos: (1) nulo, em que a probabilidade de cruzamento é constante e não varia com a distância entre as manchas; (2) exponencial negativo, onde a probabilidade de cruzamento decai exponencialmente com o aumento da distância e (3) logístico, em que a probabilidade de cruzamento decresce com a distância conforme uma função logística. F. littoralis foi capaz de cruzar áreas abertas entre manchas de habitat, sendo os movimentos fortemente influenciados pela distância entre as mesmas, já que o modelo nulo não foi empiricamente suportado (∆AICc=17.0, wi<0.001). No modelo de decaimento exponencial, embora com baixo suporte (∆AICc=3.4, wi=0.152), há uma diminuição da probabilidade de cruzamento com o aumento da distância entre manchas. Já o logístico teve forte suporte (∆AICc=0.0, wi=0.848), podendo ser considerado o modelo mais plausível para predizer as probabilidades da capacidade de deslocamento derivada de movimentos rotineiros para essa espécie. Nesse modelo, a probabilidade de cruzamento foi de 50% para distâncias de até 28m, decaindo para 10% em 45 m.   Apoio: FBPN, CNPq, CAPES, PNPD/CAPES.  

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CO.033   EFEITO DA PERMEABILIDADE RELATIVA EM DIFERENTES TIPOS DE MATRIZES SOBRE A AVIFAUNA  Coelho MTP1, Pereira JAC1, Menezes GR, Silva MI1, Hasui É1 ‐ 1Universidade Federal de Alfenas‐ MG A perda e fragmentação dos habitats naturais ocasionaram uma série de mudanças nas paisagens. Áreas anteriormente cobertas por vegetação natural foram substituídas principalmente por pastagens e monoculturas de café e cana‐de‐açúcar no sul de Minas Gerais. Essas áreas, que agora recobrem grande parte da paisagem, são denominadas de matrizes e influenciam de diversas maneiras a sobrevivência e persistência das espécies de aves dos remanescentes florestais. A matriz pode facilitar o fluxo da fauna o que proporciona dispersões efetivas entre os fragmentos. Além disso, a matriz pode funcionar como um habitat de qualidade inferior para as espécies e seriam importantes para as atividades diárias como: forrageio dispersão e nidificação. Avaliamos o impacto dos diferentes usos da terra sobre a biodiversidade de aves do Sul de Minas Gerais medindo diferenças no padrão de abundância da avifauna entre os diferentes tipos de matrizes e no interior dos remanescentes florestais. Para a quantificação da abundância das espécies utilizamos a técnica de ponto fixo em transectos distribuídos no interior de nove fragmentos e em matrizes de pasto, cana de açúcar e café localizados na região de Alfenas. Para a análise estatística utilizamos espécies que realizaram ao menos 20 contatos cada. Através do teste de kruskall wallis, dividimos as espécies em quatro grupos distintos, de acordo com o padrão de abundância apresentado: Grupo 1‐ exclusivos de mata (2 espécies P< 0,05); Grupo 2‐ Espécies com maior abundância em mata porém com abundância variável de acordo com a matriz (4 espécies P< 0,05); Grupo 3‐ Espécies com maior abundância nas matrizes, porém com variação no padrão de abundância entre elas (1 espécie P<0,05); Grupo 4‐ Espécies que não apresentaram padrão na variação de abundância entre os diferentes habitats (9 espécies P>0,05). Os dados apresentados demonstram uma variação na permeabilidade das matrizes de acordo com a espécie. Assim, ações que visam a conservação da avifauna deverão considerar os diferentes padrões de resposta condicionados pelas diferentes matrizes.   Entidades financiadoras: Vale do Rio Doce, CNPq. 

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CO.034   DELINEAMENTO E AVALIAÇÃO DE CORREDORES LINEARES MULTI‐HABITAT: ESTUDO DE CASO COM BUGIO‐RUIVO (ALOUATTA GUARIBA CLAMITANS) EM MOSAICO URBANO‐RURAL  Alonso AC1, Becker FG2 ‐ 1Núcleo de Extensão Macacos Urbanos ‐ UFRGS, 2Programa de Pós‐Graduação de Ecologia ‐ UFRGS    A fragmentação de habitats em muitos casos limita o potencial de dispersão das espécies. Por esta razão, muitas iniciativas visando à conservação de espécies em paisagens fragmentadas envolvem o delineamento de corredores ecológicos entre manchas de hábitat. Neste trabalho, foi modelado um sistema de corredores entre manchas de mata remanescentes no mosaico urbano‐rural de sul do Brasil (Porto Alegre, RS), tendo como organismo focal o primata Alouatta clamitans (bugio‐ruivo) que está ameaçado de extinção. Nossos objetivos são gerar uma rede de micro‐corredores de 30m de largura e propor um método para avaliação da qualidade desses, levando em consideração a variação do atrito à dispersão ao longo do traçado dos corredores e a existência de pontos críticos de vulnerabilidade ao longo dos corredores. A vulnerabilidade foi avaliada em função da paisagem vizinha a cada corredor, entendendo‐se como vulnerabilidade a probabilidade de futura modificação ou interrupção do corredor devido a mudanças na paisagem vizinha. Utilizou‐se dois parâmetros: grau de antropização que avalia o potencial de persistência dos corredores e o atrito que simula a resistência dos habitats ao deslocamento da espécie. Esses parâmetros foram utilizados nas análises de fracionamento para quantificar o número de interrupções no corredor e a qualidade do habitat interno. Os resultados da análise de fracionamento e a extensão foram usados na classificação de qualidade de cada corredor. Foram gerados 136 corredores com extensão entre 4 m e 4128 m. Observou‐se que corredores com mais de 1000 m tendem a ser potencialmente mais fracionados. Setenta e três corredores. mantiveram‐se contínuos segundo o potencial de persistência. A análise da qualidade do habitat revelou que 120 corredores foram fracionados. A área total de habitat efetivo (classes arbórea/arbustiva) para o deslocamento foi reduzida em 41%. A análise de qualidade global revelou que 32% dos corredores são bons, 51% são medianos e 16,2% são ruins. O potencial de persistência revelou‐se um método promissor de avaliar o potencial de alteração que o entorno tem em relação ao corredor. A análise de qualidade de habitat mostrou‐se eficiente para identificar os corredores lineares de hábitat ou íntegros. O método pode auxiliar na tomada de decisão do custo‐benefício para investir em gestão e manejo de corredores lineares multi‐habitat. 

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CO.035   DEFINIÇÃO DE ÁREAS NÚCLEO E TRAMPOLINS ECOLÓGICOS NO CORREDOR ECOLÓGICO DO MURIQUI  Bohrer CBA1,2 ‐ 1Claudio Belmonte da Athayde Bohrer ‐ Dpto. Geografia UFF, 2Rafael Magno Guimarães Mussi ‐ Instituto Estadual do Ambiente ‐ INEA  O Corredor Ecológico do Muriqui ‐ CEM é uma iniciativa de ONGs com apoio de setores públicos e privados, proposto como unidade espacial de planejamento com foco na conservação dos remanescentes florestais e a manutenção e melhoria da permeabilidade da paisagem. Abrange uma área de 392.500 ha e onze municípios do estado do Rio de Janeiro,  situada entre os Parques Estaduais do Desengano e dos Três Picos, e a REBIO União. O CEM tem como espécie bandeira o muriqui‐do‐sul (Brachytelles arachnoides), o maior primata das Américas e considerado como ameaçado de extinção, pelo fato de existirem populações em ambos os parques. Com base no mapeamento de uso e cobertura do solo e na análise quantitativa do estado de fragmentação florestal, utilizando geoprocessamento e sensoriamento remoto, foram identificadas as áreas núcleo e trampolins ecológicos primários e secundários, dispersos pela matriz agrícola da paisagem. Os “trampolins‐ecológicos” (stepping stones) são fragmentos florestais de tamanhos menores e que podem auxiliar espécies  a se deslocarem entre fragmentos maiores, além de servirem de banco de sementes para as áreas do entorno. A subdivisão entre primária e secundária está relacionada ao tamanho e à prioridade para a conservação. Áreas de ambas as classes foram indicadas para a criação de unidades de conservação (UCs) de proteção integral, pública ou privadas (RPPN), ou para serem definidas como zonas de conservação/preservação em UCs de uso sustentável. A identificação de áreas núcleo e trampolins ecológicos associados ao relevo (MDT), levou em consideração a informação de que o muriqui‐do‐sul tende a habitar florestas em estágio de sucessão avançada e em altitudes de 600 a 1800m. Foram identificadas 12 áreas núcleos (22% da área total do CEM), 120 trampolins ecológicos (8%) e 2.422 fragmentos com menos de 100 ha (5%). Os resultados estão expressos nos mapas de áreas núcleo e trampolins ecológicos e da proposta de implantação de corredores lineares, de modo a aumentar a conectividade funcional da paisagem, e consequentemente, a probabilidade de contato entre as populações do muriqui‐do‐sul atualmente isoladas. 

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CO.036   EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE AS FLORESTAS NO MUNICÍPIO DE SOROCABA/SP  Castelli KR1, Silva AM2, BeltrãoMI3 ‐ 1UNESP ‐ Universidade Paulista Julio de Mesquita Filho ‐ Faculdade de Engenharia de Bauru, 2UNESP, 3PUC ‐ Pontificia Universidade Católica de São Paulo  O desmatamento intensivo suprime progressivamente superfícies cobertas por vegetação arbórea contínua, ocasionando a formação de fragmentos isolados os quais funcionam como “ilhas” de mata cercadas por habitats não florestados. Esse parcelamento da vegetação pode ocasionar uma série de problemas às comunidades animais e vegetais que nele habitam. A fragmentação exerce pressão sobre a flora e a fauna levando à extinção e ao declínio das populações ao dividi‐las em duas ou mais subpopulações, favorecendo a perda de variabilidade genética. Outro efeito é o aumento na área total de bordas de habitat, uma vez que a alta relação perímetro/área dos fragmentos promove à criação de amplas zonas de contato entre o habitat original e os habitats alterados ao seu redor. O presente estudo verificou  o efeito da expansão urbana sobre a cobertura florestal no município de Sorocaba/SP, entre os anos de 1976 a 2006, a partir da análise de cartas do Instituto Geográfico e Cartográfico (IGC) Terrafoto e fotografias aéreas. Verificou‐se que em 1976 o município apresentava  11,40%  de área com cobertura vegetal natural e em 2006 esse total passou para 9,07%, verificou‐se ainda que suas áreas de vegetação atualmente se encontram mais fragmentadas, situações estas que freqüentemente não permitem o abrigo de fauna. Ainda, os locais compostos por cobertura florestal sofrem grande impacto pelo efeito de borda, o que resulta na desaceleração da regeneração natural da vegetação nativa nesses fragmentos. 

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CO.037   FRAGMENTAÇÃO DA PAISAGEM NA MICRORREGIÃO DE QUIRINÓPOLIS ‐ GOIÁS NO ANO DE 2010: UMA ANÁLISE ECOLÓGICA DA PAISAGEM1.  Carneiro GT1, Silva AA2, Castro SS3, Faria KMS2, Siqueira MN1 ‐ 1UFG ‐ CIAMB, 2UFG ‐ IESA, 3UFG ‐ CIAMB/IESA   A expansão da agricultura e da pecuária no Centro‐Oeste brasileiro ocorreu principalmente a partir da década de 1970, estimulada pelo II Plano Nacional de Desenvolvimento (1975‐1979), que resultou num intenso processo de desmatamento e subsequente fragmentação da cobertura original dede Cerrado. A mesorregião Sul do estado de Goiás foi um dos alvos desse processo, devido elevada aptidão agrícola de suas terras, e se caracteriza hoje como área de notável produção agropecuária. Inserida nesse contexto, a microrregião de Quirinópolis foi até recentemente uma importante produtora de grãos, especialmente soja e milho, alem de carne bovina, atividades que desde 2004 vem sendo substituídas pela cultura da cana‐de‐açúcar aliada a políticas de mercado, revelando a dinâmica da paisagem dessa microrregião. Este trabalho objetiva avaliar o estado da fragmentação da cobertura vegetal remanescente no município de Quirinópolis no ano de 2010, utilizando técnicas de geoprocessamento e de ecologia da paisagem, com o uso do software FRAGSTATS™ 3.3. Os resultados obtidos mostraram que a microrregião de Quirinópolis no ano de 2010 apresentava a pastagem como atividade predominante, cobrindo 64% da sua área total seguida pela agricultura com 16% da área, em que 7% destes já se referem às áreas de cana‐de‐açúcar e ,por fim, a vegetação remanescente que ocupava apenas 16% da paisagem, ai incluídas as Áreas de Preservação Permanente (APP), dados que se apresentam em desacordo com a legislação que reje os estados localizados no bioma Cerrado, onde a obrigatoriedade de Reserva Legal é de 20% da área na forma de remanescentes, além das áreas de APP. Quanto ao número de fragmentos remanescentes possuía 5.890 fragmentos, seguindo‐se a pastagem e agricultura com 1.560 e 1.472 fragmentos, respectivamente. Apesar do grau de fragmentação, observa‐se que os fragmentos de Cerrado ainda apresentam conectividade física, fator importante para conservação. Em síntese, a microrregião de Quirinópolis baseia‐se no uso agrícola e pecuário das suas terras, onde está em curso a expansão de cana‐de‐açúcar, mas os fragmentos de Cerrado, por apresentarem conectividade, ainda se encontrariam em bom estado de conservação, porém necessitam de planejamento e fiscalização com vistas à sua manutenção, além da recuperação das áreas desmatadas até que seja atendida a legislação ambiental. 

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CO.038   DINAMICA DOS TAMANHOS DE FRAGMENTOS NA BACIA DO RIO DIAMANTINO (MT) EM 25 ANOS  Siqueira MN1, Faria KMS2, Carneiro GT1, Nunes ED3, Castro SS2 ‐ 1Universidade Federal de Goiás ‐ Programa de Pós‐Graduação em Ciências Ambientais, 2Universidade Federal de Goiás ‐ Professora Doutora do Instituto de Estudos Sócio‐Ambientais, 3Universidade Federal de Goiás ‐ Programa de Pós‐Graduação do Instituto de Estudos Sócio‐Ambientais A fragmentação de ecossistemas tem sido uma das maiores ameaças a biodiversidade, acarretando em perda de habitat e redução da dimensão dos remanescentes de vegetação em pequenas manchas distantes umas das outras e inviabilizando a sobrevivência de diversos organismos. Nesse sentido, o objetivou‐se avaliar a dinâmica do tamanho e número de fragmentos de vegetação nativa e uso antrópico da bacia do Rio Diamantino (6.500 Km²), situada na porção nordeste da Alta Bacia do Rio Araguaia, com área aproximada de 62.400 Km², com o fim de caracterizar a dinâmica espaço‐temporal do processo de fragmentação. Utilizou‐se imagens de satélite Landsat TM dos anos de 1985, 1995, 2005 e 2010, posteriormente classificadas de acordo com uso da terra (Uso Antrópico) e a cobertura vegetal (e.g., Formações Campestres, Florestais e Savânicas). O tamanho (ha) e o número dos fragmentos (NP) foram obtidos através do Software Fragstats, cujos dados foram submetidos a uma análise de variância (ANOVA), testando se o tamanho dos fragmentos se alterou ao longo do período. Constatou‐se que o tamanho dos fragmentos da Formação Florestal (F = 524.58; P < 0.01), Savânica (F = 359.04; P < 0.001) e Uso Antrópico do solo (F = 469.73; P < 0.001) aumentaram consideravelmente ao longo do período analisado. Por outro lado, a Formação Campestre (F = 263.64; P<0.001) apresentou uma significativa redução no tamanho dos seus fragmentos, que afetou 88% do NP, especialmente os menores que 10 ha. As Formações Florestais perderam 54% do NP, destacando‐se também os menores que 10 ha e, secundariamente os maiores que 50 ha. As Formações Savânicas, considerada a matriz da área, apresentaram um aumento de 6,5% de NP ao longo dos anos analisados, especialmente dos fragmentos entre 1 a 50 ha, indicando uma fragmentação de remanescentes que eram superiores a 100 ha em 1985 e que correspondiam a uma matriz bem contínua. O uso antrópico apresentou redução de 19,5% no NP, porém, destaca‐se a redução dos fragmentos menores que 50 ha e aumento expressivo daqueles maiores que 100 ha, o que indica o avanço de áreas grandes e contínuas dessa categoria em comparação com as classes de vegetação natural. Complementarmente, o NP dos fragmentos de vegetação natural com área inferior a 1 ha, chamam a atenção, remetendo à discussão sobre o tamanho mínimo de área para ser considerado um fragmento, bem como as interferências negativas da ausência de conceito desta unidade nos estudos de fragmentação da paisagem. 

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CO.039   VARIAÇÕES PEDOBIOLÓGICAS NA TRANSIÇÃO FLORESTA‐PASTO NA BACIA DO RIO CAÇAMBE, MACIÇO DA PEDRA BRANCA – RJ.  Chirol AA1, Silva MYA2, Affonso GUM2, Montezuma RCM3 ‐ 1uerj ‐ geografia física, 2PUC‐Rio, 3PUC‐Rio ‐ geografia  O processo de fragmentação florestal vem se acelerando no planeta ao longo dos últimos anos, e vem tanto alterando processos ecossistêmicos fundamentais (como a ciclagem de nutrientes) e dando origem a uma heterogeneidade espacial muito grande, em função das relações entre diferentes tipos de matrizes com fragmentos florestais de diversos tamanhos e formas. Neste contexto o maciço da Pedra Branca apresenta‐se um laboratório privilegiado, tanto por ser o maior fragmento florestal inserido na cidade do Rio de Janeiro, assim como pela diversidade de características da matriz do entorno do fragmento. Outro fator que potencializa as transformações nesta área é a eminencia dos grandes eventos (Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas 2016), cujos efeitos já podem ser sentidos no planejamento urbano e na especulação imobiliária. A compreensão dos impactos desta fragmentação para a dinâmica do topo do solo, tanto do ponto de vista estrutural como ecológico, é ponto fundamental para o funcionamento ecossistêmico, uma vez que o topo do solo é o locus da decomposição e da redistribuição de água no ambiente montanhoso florestal como o do Maciço da pedra Branca. Assim o presente estudo observou a comunidade de microartrópodes ao longo de uma transição entre uma floresta secundária com mais de 80 anos e um pasto abandonado, assim como também foram realizados ensaios de penetrabilidade do solo. Em relação aos resultados de fauna, foram observadas diferenças significativas entre as diferentes coberturas, tanto em termos de composição como de densidade, com as maiores densidades na floresta e menores no pasto, porém estas diferenças não refletiram nas características dos solos. É importante destacar que as densidades encontradas em todas as áreas foram baixas se comparadas a estudos semelhantes em outras áreas de Mata Atlântica. Os ácaros oribátidos foram o grupo dominante em todas as áreas, seguidos dos ácaros gamasida. É importante destacar que este estudo ainda está em andamento, e faz parte de um projeto maior de monitoramento da área.  Apoio financeiro: PIBIC, PUC‐Rio, FAPERJ 

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CO.040   LANDSCAPE MOSAIC OF ATLANTIC FOREST AND EUCALYPTUS MONOCULTURE USED BY LOWLAND TAPIR IN SOUTHEAST BRAZIL  Centoducatte LD1,2, Moreira DO1,2, Seibert JB1,2, Gondim MFN3,2, Acosta ICL3,2, Gatti A1,2 ‐ 1Universidade Federal do Espírito Santo ‐ Ciências biológicas, 2Instituto Marcos Daniel, 3Universidade Vila Velha Large mammals, such as lowland tapir, Tapirus terrestris, are known to move across different habitats occupying extensive home ranges, especially because they demand large amount of resources to survive. Here, we report evidences of tapir movements across eucalyptus forests, unpaved roads and Atlantic Forest fragments in the state of Espírito Santo, Brazil, in an attempt to draw the attention of how mosaic landscapes may influence their ability to persist in this system. The survey was in RPPN Recanto das Antas, an area within the largest lowland forest remnants in the Atlantic Forest, but mostly consisted by discontinuous primary vegetation, interposed by extensive eucalyptus plantation and unpaved roads. We installed seven camera traps and three box traps, and made active searches for traces and sightings of tapir inside forest fragments and adjacent areas in fieldwork campaigns from January/2011 to May/2012. One individual of tapir was captured and over 250 pictures were taken. Furthermore, we recorded three sightings of tapir, one leaving the forest toward eucalyptus plantation, other in an unpaved road and another inside the eucalyptus eating a shrub. We also found several footprints on unpaved roads crossing eucalyptus and forest fragment. The records obtained so far show the displacement of individuals between forest fragments and areas of monoculture and open areas. We formulated three hypotheses: 1) tapir uses eucalyptus plantations between patches of Atlantic Forest to search for food; 2) tapir uses eucalyptus monoculture as a corridor; or 3) a combination of the two previous hypotheses, tapir uses eucalyptus plantations as a corridor and opportunistic feeding. These hypotheses suggest that monocultures are part of their home ranges in this particular fragmented landscape. Our finding suggests that the use of planted forest as corridors in protected areas could mitigate the effects of fragmentation and facilitate movement of tapirs in patches of Atlantic Forest. But it has often been debated whether and under which circumstances corridors actually facilitate animal movement across real landscapes and thus contribute to the functional connectivity of the landscape. Also, private reserves can provide important conservation benefits, particularly when such reserves maintain connections with other protected areas to ensure long‐term population viability.  Fund: Pró‐Tapir Project, FIBRIA CELULOSE S.A. 

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CO.041   ESTUDO DA FRAGMENTAÇÃO DA VEGETAÇÃO COMO INDICADOR DA SUSCEPTIBILIDADE A DESERTIFICAÇÃO NO POLO DE IRECÊ‐BA  Nepomuceno MQ1, Lobão JSB2 ‐ 1Universidade Estadual de Feira de Santana, 2UEFS ‐ Departamento de Ciências Humanas e Filosofia ‐ DCHF Durante o processo de reprodução social as ações humanas têm provocado profundas mudanças no espaço, perceptíveis, dentre outras maneiras, através do retalhamento e isolamento das paisagens. Assim, por meio da métrica da paisagem elaborou‐se nesta pesquisa o mapeamento do uso e cobertura da terra, a fim de analisar o processo de fragmentação e antropização do polo de Irecê. As medidas da estrutura da paisagem foram estudadas a partir de índices que avaliaram área, borda e vizinhança dos Fragmentos de Vegetação (FRAVE’s) e Polígonos Antrópicos (POLAN’s). A classificação da paisagem adotada é baseada na extensão dos fragmentos, sendo assim, é uma classificação específica aplicada a essa área de estudo. A análise da paisagem demonstra que 39,7% do polo é composto por alguma tipologia de vegetação, entretanto, esta última encontra‐se concentrada em alguns locais. Apesar dos FRAVE’s somarem uma área de 6.240,7 km², inferior à distribuição espacial dos POLAN’s com 9.467,41 km² (60,2%) a primeira mostra‐se mais recortada com a presença de 1.519 fragmentos em oposição aos 1.081 polígonos deste último. De modo geral, os 3 maiores fragmentos, entre 400 e 1.028 km², e que também apresentam maior conectividade entre habitats encontram‐se nas serras da Chapada Diamantina, a sudeste e sudoeste da área de estudo, e ao norte no vale do Rio Verde, próximo ao rio São Francisco. São fragmentos caracterizados por mosaicos paisagísticos com tamanho médio de 917,8 km² que devem ser conservados para manutenção de sua diversidade de fauna e flora. Imerso em uma matriz dominada pela agropecuária, encontram‐se maioria dos 1.432 FRAVE’s de dimensões abaixo de 5 km², localizados no Platô de Irecê. Em um ambiente dominado a mais de 40 anos por cultivos agrícolas de sequeiro, a proteção a esses fragmentos é importante, entre outros fatores, pelo controle de pragas. O mapeamento produzido na escala 1: 50.000 do uso e cobertura, revela que Irecê, Ibititá e Canarana são os municípios de maior predominância de Polígonos Antrópicos com respectivamente 95%, 94% e 93% em termos relativos a extensão territorial de cada um. A partir dos índices de métrica da paisagem foi possível indicar preliminarmente cinco corredores ecológicos que visam a proteção da biodiversidade nos Fragmentos da Paisagem. O trabalho inova ao buscar identificar indicadores de desertificação por meio de métricas utilizadas em ecologia de paisagens. Portanto, as POLAN’s concentram‐se nas áreas mais planas sobre relevo cárstico, ao mesmo tempo em que as áreas mais dissecadas da Chapada Diamantina apresentam‐se com maiores números de FRAVE’s, menor índice de borda e heterogeneidade. 

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CO.042   FRAGMENTOS FLORESTAIS EM MATRIZ AGRÍCOLA: IMPORTÂNCIA DO HISTÓRICO DA PAISAGEM EM ESTUDOS DE BIODIVERSIDADE  Ferraz KMPMB1, Ferraz SFB1, Cassiano CC1, Luz DTA1, Alexandrino ER1, Azevedo TN2, Tambosi LR2, Metzger JP2 ‐ 1ESALQ/USP ‐ Depto de Ciências Florestais, 2USP ‐ Instituto de Biociências ‐ Depto de Ecologia  O histórico de alteração do uso e cobertura do solo pode determinar diferentes padrões de diversidade em uma paisagem fragmentada. Compreender tais relações pode auxiliar o estabelecimento de estratégias adequadas de manejo e conservação da biodiversidade. Assim, este estudo teve como objetivo principal destacar a importância da análise do histórico da paisagem, elucidando a trajetória de degradação de remanescentes florestais, em estudos de biodiversidade. A dinâmica da paisagem de seis unidades amostrais (16 Km2) inseridas em matrizes agrícolas (três em cana‐de‐açúcar e três em pasto) (bacia do rio Corumbataí, SP) foi analisada a partir de fotografias aéreas disponíveis para os anos de 1962, 1978, 1995, 2000 e imagens de satélite (CBERS) de 2008. Métricas de dinâmica da paisagem (curva do perfil de mudança florestal, taxa anual de mudança, idade dos remanescentes, dentre outros) foram calculadas através da extensão LUCAT (Land‐use Change Analysis Tools). De uma forma geral, a estrutura de todas as unidades de paisagem apresentaram grandes modificações ao longo dos anos, com expansão das matrizes de cana‐de‐açúcar e pasto, retração de áreas de silvicultura e pequenos aumentos da área florestal. Os remanescentes florestais apresentaram diferentes trajetórias de degradação e regeneração, independentemente da matriz no qual estavam inseridos. A taxa anual de mudança e o perfil da curva de mudança florestal também mostraram grande variação entre os remanescentes existentes. Além disso, apresentaram grande diversidade de idades de trechos, formando mosaicos heterogêneos. Os resultados sugerem grande dinâmica espaço‐temporal na paisagem agrícola do sudeste do estado de São Paulo. A diversidade temporal dos remanescentes florestais, bem como sua trajetória de mudança, pode determinar e/ou explicar diferenças na estrutura de comunidades de vertebrados, ressaltando a necessidade de avaliação e inclusão desta variável em estudos de biodiversidade em paisagens fragmentadas, tanto na fase de planejamento (i.e., delineamento amostral) como na análise e interpretação dos resultados. Agência financiadora: FAPESP (Processo No. 2011/06782‐5)

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CO.043  ECOLOGIA DA PAISAGEM APLICADA À GESTÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTES NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO: ESTUDO DE CASO NO RIO SERIDÓ (CAICÓ‐RN) Santos TAA1,2, Souza CS1,3, Guedes JCF1,4, Medeiros LC1,5, Costa DFS6, Rocha RM7 ‐ 1Graduandos em Geografia / Laboratório de Ecologia do Semiárido, CERES‐Campus de Caicó, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. ‐ Geografia, [email protected][email protected][email protected]

[email protected]

6Prof. Colaborador do Departamento de 

Geografia/ Laboratório de Ecologia do Semiárido, CERES‐Campus de Caicó, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. ‐ Geografia, 

7Prof. Adjunto do Departamento de Geografia/ Coordenador do 

Laboratório de Ecologia do Semiárido, CERES‐Campus de Caicó, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. ‐ Geografia A conservação do recursos hídricos implica cada vez mais na necessidade de planejamento e gestão das Áreas de Preservação Permanente ‐ APPs. Principalmente na região semiárida do Brasil, as APPs representam um importante habitat para aves aquáticas e para afauna em geral, junto aos corpos d’água, margens de rios e áreas alagáveis (Áreas Úmidas). Considerando a importância da análise do gradiente espacial para avaliação de áreas prioritárias para conservação e/ou recuperação no semiárido, este trabalho teve por objetivo mapear a ocupação do solo e as unidades geoecológicas da paisagem ao longo do trecho urbano do Rio Seridó, no município de Caicó – RN (6°29’20”S e 37°04’00”W). A produção do material cartográfico foi realizada em ambiente de Sistema de Informação Geográfica (SIG), com o auxílio do software ARCGIS 10, envolvendo o processamento digital das imagens e a produção de mapas temáticos (escala de 1:2.500) com as diferentes classes de ocupação do solo e das unidades geoecológicas. Através da abordagem geoecológica, foi possível identificar os usos e ocupação do solo na APP em análise, com predominância das áreas com solo exposto e com vegetação nativa. A partir do mapeamento de uso do solo, foi efetuado um zoneamento e delimitação de áreas prioritárias para a conservação e/ou a recuperação em toda a APP. As áreas prioritárias definidas como de alta importância para a conservação envolveram as zonas de uso restrito (75,0% da APP), correspondendo a trechos com vegetação nativa e o leito do rio. Por sua vez, as áreas de elevada prioridade abrangeram a zona de risco (1,9% APP), correspondendo à zona urbana. Por fim, as áreas de extrema prioridade abrangeram as zonas de recuperação nos locais com ausência de cobertura vegetal (solo exposto/23,1% da APP). Constatou‐se que ocorreu uma ocupação desordenada da APP no trecho analisado, onde este trabalho indica uma série de áreas prioritárias, com estratégias diferenciadas para a gestão desse espaço (conservação, recuperação, campanhas de educação ambiental, etc.). Ressalta‐se que as áreas com vegetação nativa (zonas de uso restrito) desempenham um importante papel na conservação da biota local, podendo ser utilizadas como refúgios para várias espécies animais em virtude do forte impacto sobre o semiárido brasileiro. 

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CO.044  ECOLOGIA DA PAISAGEM APLICADA À GESTÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE EM RESERVATÓRIOS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO – ESTUDO DE CASO NO AÇUDE ITANS (CAICÓ‐RN) Lobo JA1, Araújo OC2, Guedes JCF2, Souza PM2, Costa DFS3, Rocha RM4 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ Graduanda em Geografia/Depto. de Geografia (CERES/Campus de Caicó) E‐mail: [email protected], 2Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ Graduandos em Geografia/Depto. de Geografia (UFRN/CERES/Campus de Caicó), 

3Universidade Federal do Rio Grande 

do Norte ‐ Prof. Colaborador do Depto. de Geografia (UFRN/CERES/Campus de Caicó), 4Universidade 

Federal do Rio Grande do Norte ‐ Prof. Adjunto do Depto. de Geografia/ Coordenador do Laboratório de Ecologia do Semiárido, CERES ‐ Campus de Caicó A conservação dos recursos hídricos implica cada vez mais na necessidade de planejamento e gestão das Áreas de Preservação Permanente (APP). Principalmente na região semiárida do Brasil, elas representam um importante habitat para aves aquáticas e para a fauna em geral, junto aos corpos d’água, margens de rios e áreas alagáveis (áreas úmidas). Considerando a importância da análise do gradiente espacial para avaliação de áreas prioritárias para conservação e/ou recuperação no semiárido, este trabalho teve por objetivo mapear a ocupação do solo e as unidades geoecológicas da paisagem na APP do Açude Itans (Caicó – RN: 6°29’20”S/37°04’00”W). A produção do material cartográfico foi realizada em ambiente de Sistema de Informação Geográfica (SIG), com o auxílio do software ARCGIS 10, envolvendo o processamento digital das imagens e a produção de mapas temáticos (escala de 1:2.500) com as diferentes classes de ocupação do solo e das unidades da paisagem. Através da abordagem geoecológica, foi possível identificar os usos e ocupação do solo das áreas em análise, com predominância do solo exposto, Caatinga rala e Caatinga densa, respectivamente. A partir do mapeamento de uso do solo, foi efetuado um zoneamento e delimitação de áreas prioritárias para a conservação e/ou a recuperação em toda a APP. As áreas prioritárias definidas como de alta importância para a conservação envolveram as zonas de uso restrito (35,7% da APP), correspondendo a trechos com vegetação densa e o corpo d’água. Por sua vez, as áreas de elevada prioridade abrangeram a zona de risco (36% da APP), correspondendo às áreas com Caatinga rala. Por fim, as áreas de extrema prioridade abrangeram as zonas de recuperação nos locais com ausência de cobertura vegetal (solo exposto/23,3% da APP). Constatou‐se que ocorreu uma ocupação desordenada da APP no trecho analisado, indicando‐se uma série de áreas prioritárias, com estratégias diferenciadas para a gestão desse espaço (conservação, recuperação, campanhas de educação ambiental, etc.).  

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CO.045   Gestão de Áreas de Proteção Permanente na Bacia Hidrográfica do córrego Pito Aceso em Bom Jardim – RJ  Rangel LA1, Távora GSG2 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2Universidade Federal Fluminense ‐ Departamento de Geografia Atividade agrícola é uma das principais atividades econômicas responsáveis pelas mudanças no padrão de uso e cobertura do solo e quando desenvolvida em áreas de encostas ou próxima aos canais fluviais pode impactar na paisagem. Este trabalho busca discutir a questão do conflito relacionado aos usos da terra e a determinação da legislação para áreas de preservação permanente, tendo como recorte uma bacia hidrográfica localiza em uma região montanhosa no município de Bom Jardim (RJ). O desenvolvimento da agricultura às margens de um canal fluvial pode aumentar os processos erosivos e gerar o assoreamento do canal, já que parte da água é desviada para irrigação das plantações. Foram feitos mapeamento de uso e cobertura do solo e das áreas de preservação permanente. O de uso da terra foi gerado a partir de imagens do satélite WorldView II do ano de 2010.  Os procedimentos de classificação foram realizados no software Definiens Developer versão 7.0. As classes de uso da terra foram adaptadas do Manual Técnico de Uso da Terra (IBGE, 1999), sendo definidas da seguinte forma: Afloramento, Área Construída, Culturas Anuais, Culturas Perenes, Mata Estágio Avançado, Mata Estágio Inicial, Pasto Sujo, Pasto Limpo, Solo Exposto e Sombra. O processo de pós‐classificação foi realizado no software ArcGis versão 10.0. A delimitação das áreas de preservação permanente foi baseada nos critérios estabelecidos pelo Código Florestal Brasileiro (Lei 4.771/65) e pela Resolução CONAMA nº 303/2002. Ao analisar o mapa de uso e ocupação do solo percebe‐se a montante, áreas com a presença de vegetação mais densa e mais preservada, pois além da altitude significativa – acima de 1050 metros ‐  são áreas de difícil acesso, com a presença de afloramentos rochosos. Na área mais a jusante da bacia, observa‐se certa concentração populacional, intensa atividade agrícola, e presença de solo exposto, que pode estar evidenciando o início de processos erosivos próximos as áreas agrícolas. Apesar das principais questões ambientais levantadas, a bacia do Pito Aceso possui um alto grau de preservação dos remanescentes florestais. Conclui‐se que como mais da metade da área total da bacia está inserida em APP a relação entre os agricultores, que necessitam continuar suas produções e a legislação ambiental vigente que, restringe o uso em determinadas áreas da bacia, acaba sendo conflituosa, uma vez que, há diferentes interesses sobre um mesmo espaço. Portanto, é necessário que a prática agrícola e a preservação de remanescentes se desenvolvam de forma igualitária na bacia hidrográfica.   

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CO.046   DELIMITAÇÃO DE APP NO ENTORNO DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE ANGATUBA ‐SP: ADEQUAÇÃO LEGAL E CORREDORES ECOLÓGICOS  Petri L1, Coelho JC1, Nalon MA2, Toppa RH1, Prado BHS do3 ‐ 1Universidade Federal de São Carlos campus SOROCABA ‐ NEEPC, 2Instituto Florestal ‐ Dasonomia/Seção de Manejo e Inventário Florestal, 3Instituto Florestal ‐ DFEE/Seção de Itapetininga A paisagem pode ser interpretada como um mosaico heterogêneo resultado da interação entre sociedade e processos ecológicos, levando em consideração fatores bióticos, abióticos, históricos, socioculturais e econômicos. O arranjo deste mosaico em manchas, matrizes e corredores, no espaço e no tempo, influencia a conservação da biodiversidade. A Estação Ecológica de Angatuba (EEcA), criada pelo Decreto Estadual no 23.790/85, ocupa uma superfície de 1.394,15 ha e está inserida na região sudoeste do Estado de São Paulo, em que a pastagem, a agricultura e o reflorestamento são as principais atividades econômicas. Por meio de ferramentas do Sistema de Informações Geográficas foram delimitadas as Áreas de Preservação Permanente de cursos d´água, nascentes e declividade (APP) no entorno de 10km da EEcA, com base na Lei nº12.651, de 25 de maio de 2012, revogando o Código Florestal. Dessa maneira, o presente trabalho teve como objetivo mensurar a perda de vegetação nativa em APP, visando discutir o restabelecimento dessas áreas para a resolução de conflitos legais e a criação de corredores ecológicos com a finalidade de subsidiar os objetivos da EEcA. Os vetores de cobertura vegetal, curvas de nível, hidrografia e APP foram adequados para interpretação supervisionada de imagens de satélite ALOS/PRISMA de 2008‐2009, com resolução espacial de 10 metros (1:10.000). O modelo digital de terreno foi gerado a partir das curvas de nível para obtenção do mapa clinográfico. Os mapas de clinografia e hidrografia foram utilizados para geração do plano de APP. Os mapas e análises foram elaborados com o uso do ArcGIS10. O entorno de 10km da EEcA incorpora um total 3.754,2ha de APP ao longo dos corpos d’água, sendo que apenas 0,5% encontra‐se nas zonas urbanas dos municípios de Angatuba e Guareí. Considerando apenas a APP em zona rural, há 53,52% de áreas com vegetação nativa, seguido de 43,85%, por usos e ocupação diversos da terra e 2,62%, por reflorestamentos. Na zona urbana, a APP ocupa 17,73ha, sendo que apenas 12,24% estão ocupados por vegetação nativa. Dessa maneira, para que haja o cumprimento da legislação vigente no entorno da EEcA será necessária a restauração de 2.012,11ha das APP. As APP são fundamentais na manutenção da diversidade biológica e minimização da endogamia em ambientes antropizados, pois são corredores ecológicos naturais na paisagem que permitem a conectividade de populações. A supressão destas áreas destinadas à proteção da vegetação nativa e que auxiliam na sustentação da biodiversidade regional, inviabiliza a manutenção da conectividade da paisagem. 

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CO.047   Planejamento ambiental da bacia hidrográfica do rio Guapi‐Macacu, RJ: Estudo da paisagem e qualidade ecológica.  Oliveira AF1 ‐ 1Instituto Estadual do Ambiente ‐ Inea ‐ Gerencia de Geoprocessamento e Estudos Ambientais  Os estudos de relação entre a paisagem e a água doce vêm sendo aprofundados pela comunidade científica e pelos propositores de políticas públicas para atender às demandas sobre as maneiras que este sistema ambiental pode ser alterado e na identificação das implicações políticas e ecológicas destas mudanças. O completo entendimento do funcionamento e dos processos ecológicos que ocorrem em uma bacia hidrográfica exige conhecimento simultâneo de seus sistemas aquáticos e terrestres, da biodiversidade, da fisiografia, da geologia e de sua conservação, temporal e espacial, de forma a garantir maior conectividade e integração entre água (doce, salobra e salgada) e terra, e seus múltiplos usos. O objetivo principal deste trabalho foi o desenvolvimento de processos para planejamento ambiental em bacias hidrográficas considerando o funcionamento e dinâmica da paisagem e de ecossistemas de rios e córregos, apoiados no uso de geotecnologias. A bacia do rio Guapi‐Macacu ocupa uma área de 1260,36 km² e 204,69 km² de perímetro. É uma bacia com forma mais alongada que circular (KC = 1,6144e IC =0,4747 km/km²) que indica uma menor susceptibilidade a enchentes em condições normais de precipitação exceto em eventos de intensidades anômalas. O mapeamento base (2007) realizado indicou que a bacia possuía 34,86% de uso antrópico e 64,04 % de remanescente florestal. Os dados de fitofisionomia potencial indicaram predominância da classe Florestas Ombrófila Densa Submontana (40%) e de Terras Baixas (39%). Foram estabelecidas para bacia 269 unidades de paisagem (integração da geomorfologia, geologia, fitofisionomia e uso da terra e cobertura vegetal (2007)) que junto com os dados de métrica de paisagem constituíram a proposta integrativa da tese para ecologia de paisagem. Em relação à qualidade ambiental foram adotados o índice de avaliação visual (IAV), o índice multimétrico físico‐químico bacteriológico e o índice biótico estendido (IBE). A comparação entre estes índices demonstrou a confirmação entre os seus resultados para a maioria dos pontos amostrados nas áreas de referência e de pelo menos dois índices para os pontos intermediários e impactados. Foram propostos também dois cenários para a bacia: um considerando as condicionantes e medidas compensatórias vinculadas à licença prévia do complexo petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (COMPERJ); e outro, sem considerar estas condições. O primeiro indicou a realização da restauração ecológica, seguindo as diretrizes do mapa síntese, integrada para restauração da paisagem. 

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CO.048   A CONFIGURAÇÃO DA PAISAGEM NA ÁREA DE INFLUÊNCIA GERENCIAL DA RESERVA BIOLÓGICA GUARIBAS / PB  Alencar HMQ1,2, Villar V3,2, Ranulpho R4, Alves CH1, Deiss I5, Freitas G2, Nascimento JL2 ‐ 1Universidade Federal da Paraíba ‐ Departamento de Engenharia e Meio Ambiente, 2ICMBio ‐ Reserva Biológica Guaribas, 

3Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ Departamento de Botânica Ecologia e 

Zoologia, 4ICMBio ‐ Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento, 

5ICMBio ‐ Coordenação Regional 

6 A REBIO Guaribas possui 4.051,62ha divididos em três áreas (Sema1, Sema2, Sema3). Sua biodiversidade é pouco conhecida tendo informações recentes apenas sobre aves (2010) e plantas (2011). Está inserida numa matriz de atividades humanas diversas como: cana‐de‐açúcar, estradas e comunidades rurais. Assim, torna‐se urgente uma análise da configuração da paisagem relacionando os polígonos da UC com outros fragmentos relevantes. A região geo‐administrativa Litoral Norte paraibano (LN) foi escolhida como área de estudo. Nela foram considerados fragmentos de vegetação nativa: Mata Atlântica e Caatinga. No LN encontram‐se outras cinco UCs e três Terras Indígenas, possibilitando análises dos padrões espaciais para a caracterização e quantificação de conectividade da paisagem. Foram utilizadas técnicas de SIG. Para isso, foram obtidos dados (shapefiles) de remanescentes (PROBIO), estradas (AESA/PB) e UCs (MMA, ICMBio e SUDEMA). Os municípios foram identificados como “Oportunidades” (presença de UCs e muitos remanescentes) e “Desafios” (ausência de UCs e poucos remanescentes) para a gestão da REBIO. Foram considerados os cenários de conexão com outras UC: otimista (fragmentos funcionalmente conectados por até 1000m de distância), intermediário (550m) e pessimista (100m). Em toda a região, há 24% de remanescentes, correspondendo ao dobro do que se encontra no Centro de Endemismo Pernambuco (12,1%). Trinta estradas dividem o LN em 37 polígonos. Em 11 deles não há fragmentos (sumidouros de biodiversidade). A AIS Mata do Rio Vermelho e APA Mamanguape estão conectadas/encostadas a Sema3. O cenário pessimista isolou a REBIO, o intermediário conectou a Sema2 e AIS e o otimista conecta também a ARIE Barra do Rio Camaratuba. ESEC Pau Brasil e REBIO estão isoladas em qualquer cenário. UCs cobrem 9,3% do LN. Seis dos onze municípios possuem percentual de remanescentes superior à média (sendo o maior 36,3% Marcação) aqui inclusos todos os que possuem UCs, mostrando seu papel decisivo na manutenção da vegetação nativa regional. Mamanguape possui maior área protegida (10.035,9ha). Todos os municípios que possuem remanescentes de Caatinga (10,9% dos remanescentes) não possuem UCs e possuem menos remanescentes (média: 13,2%) sendo considerados os “Desafios” para a gestão da REBIO. Por fim, seis municípios foram considerados “Oportunidades” para a REBIO: presença de UCs (Baía da Traição, Mamanguape, Marcação, Mataraca e Rio Tinto) ou muitos remanescentes (Capim). A ausência de gestão na ESEC Pau Brasil e crescente perda de habitat são as maiores preocupações. Parcerias institucionais, consolidação de reservas legais, estudos sobre estradas e conformação mais adequada para conectar fragmentos e UC são prioridades. 

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CO.049   INCLUSION OF BIODIVERSITY CONSERVATION IN THE AGROENVIRONMENTAL ZONING FOR SUGARCANE SECTOR OF SÃO PAULO STATE, BRAZIL, BASED ON PRINCIPLES  OF LANDSCAPE ECOLOGY.  SILVA RAO1,2 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ USP ‐ Programa de Pós‐graduação em Ciências da Engenharia Ambiental, 2Victor Eduardo Lima Ranieri ‐ Universidade de São Paulo ‐ EESC  The expansion of sugarcane crops for ethanol production in Brazil is considered a way to attract development, create jobs, increase tax revenue and boost local trades. However, the development does not occur without the use of natural resources or the competition for different forms of land use. Brazil has a number of environmental laws and regulations, as well as specific resolutions to environmental protection. The state of São Paulo, largest sugarcane producer in the country, has recently established a specific zoning for the sector, so called “Agroenvironmental Zoning for Sugarcane Sector of São Paulo (AEZSP)”. It has divided the state into four regions that show their suitability for expansion of crops (I. appropriate, II. appropriate with limitations, III. appropriate with restrictions and IV. inappropriate) and it has been an auxiliary tool for environmental licensing. The AEZSP had considered biophysical features in its elaboration, such as groundwater vulnerability, climate and soil suitability, protected areas and connectivity. However, its contributions for environment and, as focus of this research, for the conservation of biodiversity have been poorly evaluated. Thus, this work aims to discuss, through conceptual issues of Landscape Ecology (LE), the consequences of using AEZSP in environmental licensing process. LE gives the opportunity to assess environmental impacts based on spatial analysis and provides better conditions for decision‐making. The methodology was based in criteria applied for AEZSP elaboration, but it was made in a larger geographic scale, at a regional level. Two fictional crops expansion in two different areas of AEZSP (I and II) were made for landscape level analysis. The results shows that biodiversity conservation would not be considered appropriately if a state level environmental zoning becomes the main instrument for licensing process. Parameters such as connectivity, patches sizes and matrix change affects species livelihood and are being neglected in further analysis. Environmental Impact Assessments (EIA) systems, including licensing process, should include more instruments as possible to ease burden routines. In case of AEZSP it should be improved, given the relevance of sugarcane sector and the levels of crops expansion.  

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CO.050  PROPOSTA DE CONSERVAÇÃO DE REMANESCENTES FLORESTAIS EM TERRENOS CÁRSTICOS NA REGIÃO DO VALE DO RIBEIRA, SP. MARTINS RC1 ‐ 1Universidade de Sao Paulo ‐ Geography  O trecho de maior área contínua de mata atlântica encontra‐se na Serra do Mar desde o estado de Santa Catarina até o litoral sudoeste do estado do Rio de Janeiro, tombado pela UNESCO como reserva da biosfera. Destacamos no interior deste contínuo o Parque Estadual Intervales (PEI) e Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR), ambos no estado de São Paulo, que abrigam extensas áreas de florestas com baixa perturbação, entretanto com limites recortados e pouco favoráveis à conservação. Tais parques prevêem também a conservação de ambientes cársticos com ocorrência de cavernas, as maiores em florestas tropicais da América do Sul. Apesar dos limites destes parques serem contíguos, há uma área entre os mesmos que não está incluída em qualquer modalidade de unidade de conservação.  Esta pesquisa apresenta um estudo desta área vulnerável, com o objetivo de identificar remanescentes florestais com potencial para incorporação aos parques a partir do mapeamento e análise da estrutura da paisagem.  O Plano de Manejo do PEI indica a área definida como de fragilidade muitíssimo alta  e alta vulnerabilidade em terreno cárstico, cabeceira do rio Pilões que constitui recarga para importantes áreas cársticas do PETAR. O levantamento das estruturas da paisagem revela que 75% de manchas são de cobertura vegetal nativa e 25% de usos antrópicos, predominando as pastagens. A cobertura vegetal apresenta um mosaico de fisionomias florestais em diferentes estádios sucessionais e graus de perturbação, identificadas a partir da interpretação de fotografias aéreas e verificação em campo. O entorno da paisagem mapeada é composto quase totalmente pela extensa área florestada dos parques citados, configurando uma situação favorável para o fluxo de espécies. Dois trechos se destacam pela cobertura contínua – um ao sul da área que apresenta tal mosaico fisionômico, nascentes e feições cársticas – e outro à leste, bem afastado das vias de acesso que inclui morros de altitude superior a 800 m com vertentes de alta declividade e indícios de floresta ombrófila alto‐montana.  Em virtude dos aspectos qualitativos das estruturas mapeadas, sugere‐se que algumas áreas do recorte estudado sejam incorporadas a um dos parques. Tal proposição é reforçada pelo indicativo presente nas recomendações da zona de amortecimento do PEI, constituindo uma paisagem de um conjunto de fisionomias florestais e particularidades no sistema cárstico do sudeste brasileiro de alto interesse à conservação. A incorporação destas áreas é muito importante para a proteção dos remanescentes florestais e das características naturais dos terrenos cársticos.  Financiador: bolsa PRP/IC‐USP 

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CO.051  PROJETO ALIANÇA DAS ÁGUAS Falcão CA1, Gomes AR1, Fandi AC1, De Paula FC2 ‐ 1IESB, 2Universidade Estadual de Santa Cruz ‐ Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais  Este resumo aborda os resultados preliminares do Projeto Aliança das Águas, desenvolvido no Parque Nacional da Serra das Lontras localizado nos municípios de Una e Arataca no Sul da Bahia, Brasil. O principal objetivo do projeto é coletar informações para subsidiar uma futura proposta de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) que contemple a Unidade de Conservação (UC) reconhecendo e legitimando os Serviços Ambientais prestados pela Mata Atlântica atualmente protegida por esta UC. Para isso o projeto possui três linhas de ações. A primeira linha contempla informações levantadas sobre o uso do solo e cobertura vegetal das matas ciliares e do uso da água a partir do conhecimento local sobre a paisagem vivenciada pelas comunidades do entorno. Para isso são elaborados mapas mentais em oficinas participativas. Outra linha de ação possui como objetivo determinar a qualidade da água que a UC produz. Dessa forma existe um esforço de campo para realizar coletas sazonais de parâmetros quantitativos e qualitativos da água de sete rios que possuem suas nascentes dentro dos limites da UC.  E por fim são utilizadas técnicas de SIG, Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto para a elaboração de uma base de dados. Os resultados obtidos até o presente momento foram cinco mapas mentais, quatorze amostras de água coletadas em sete rios, elaboração de uma base de dados preliminar que contempla os acessos da UC, delimitação das microbacias de drenagem dos respectivos rios, elaboração da rede hidrográfica, e um acervo de imagens de satélite de diferentes sensores orbitais.  Todos os dados obtidos até o presente momento foram integrados em uma plataforma SIG. Tanto os mapas foram digitalizados através de uma máquina fotográfica digital e georreferenciados numa plataforma SIG quanto os dados hidrológicos foram sistematizados e integrados ao SIG. O detalhamento dos mapas mentais revela o nível de conhecimento sobre o lugar e a região que de certa forma são comuns ao cotidiano da vida de cada um. Os resultados dos mapas se complementam e nos revelam a dinâmica territorial do uso do solo além das principais vulnerabilidades em regiões distintas do entorno da UC deixando evidente que serão necessárias estratégias específicas para a consolidação de políticas públicas que contemplem o PSA como uma nova forma de proteção para o Parque Nacional das Serras das Lontras.  Fonte Financiadora: Fundação O Boticário de Proteção a Natureza.

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CO.052   Integrando área, forma e heterogeneidade de habitats em remanescentes florestais numa paisagem altamente fragmentada da Floresta Atlântica  Lins‐e‐Silva ACB1, Trindade MB, Ribeiro MC2, Scarano FR3 ‐ 1Universidade Federal Rural de Pernambuco ‐ Departamento de Biologia/ Área de Ecologia, 2Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP/ Rio Claro) ‐ Instituto de Biociências/ Departamento de Ecologia, 

3Conservação Internacional do 

Brasil/ Universidade Federal do Rio de Janeiro  Duas são as hipóteses principais que explicam a relação espécie‐área: a da área per se e da heterogeneidade de habitats, esta última menos pesquisada, devido à dificuldade em definir variáveis relevantes de habitats. Este estudo objetivou descrever a heterogeneidade de habitats e investigar sua relação com a área e forma de fragmentos florestais numa paisagem altamente fragmentada (19.200 ha) da Floresta Atlântica, em Pernambuco, Brasil. Com base em imagens de satélite de alta resolução espacial (4 m) e mapas topográficos (curvas de nível a cada 5 m), 80 fragmentos foram mapeados, nos quais os habitats foram classificados e quantificados de acordo a posição em relação à borda, relevo e presença de água, resultando em oito habitats possíveis. Para cada fragmento, calculou‐se área total (AT), índice de forma (IF), número (NH), diversidade de Simpson (DH) e equitabilidade de habitats (EH). Nas análises, utilizaram‐se regressões lineares e logarítmicas, sendo AT e IF as variáveis independentes, cujo efeito conjunto também foi analisado por regressão múltipla (stepwise). AT variou de 1,2 a 790 ha, sendo 77% <50 ha; IF variou de 1,11 a 5,03 e foi positivamente relacionado à área. Habitats de borda cobriram 40% da área florestal, sendo borda de encosta o habitat mais frequente, seguido pelo interior de encosta, que foi o mais importante em cobertura (44%). Quanto à topografia, 77% da área são de encosta, apenas 2% tabuleiros, e 21% são fundos de vale. Nesses, 72% são áreas ripárias permanentes. NH variou de 1 a 7, e DH de 1 a 3,32, sendo as duas variáveis positiva e significativamente relacionadas à TA, uma relação menor em fragmentos < 50 ha. AT e IF juntas explicaram 60% da variância de NH e 53% de DH, restando uma importante fração de NH e DH não explicadas. Os resultados reforçam a idéia que área e heterogeneidade são hipóteses mutuamente complementares e não exclusivas, com relação mais sincrônica em áreas maiores e menos previsível em áreas menores. Embora em pequenos fragmentos haja um aumento na proporção de habitats perturbados ou de relevo mais acidentado, a configuração espacial dos habitats remanescentes na paisagem deve ser considerada, principalmente no caso de fragmentos próximos entre si, com vistas à preservação dos habitats em proporções adequadas para manutenção da diversidade biológica na escala da paisagem.  Financiamento: CNPq/ BMBF, CAPES. 

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CO.053   CA Apllied to Spatial Simulating Models in (LULUC) Multi‐Temporals Images  SUAREZ AF1, CANDEIAS A L B1 ‐ 1UFPE ‐ Engenharia Cartográfica  This study proposes the development, calibration and outcomes analysis of a dynamic spatial modeling simulation Land‐Use/Land‐Use‐Change (LULUC), taking into consideration a time period (t1, t2 and t3) where t3 is used to assess quality of the simulated map from t2. Work is focused on reduction rate of the forest remaining of Atlantic Rainforest of Maragogipe‐BA. For so, a software was used: DINAMICA‐EGO.   Medium and high resolution satellite images (free) were researched and purchased. They were classified by using the supervised method and the Bhattacharya algorithm. The classes were grouped in rainforest and non‐rainforest. The thematic precision was assessed with the aid of 300 points acquired in technical visit and by high‐resolution images analyses, in both cases defined at random. The descriptive statistics of global accuracy reached the 89% ratio and the Kappa inter‐rater agreement: 0.864 number that represents a high acceptance level.   Basically, the model was structured in the software. An initial map (t2) has its classes changed according “Transition Matrix” (TM). Such changes happen in the most likely areas, defined by the likelihood map, resulting from the calculus of Weights of Evidence. Stains of change happened in quantity in accordance with TM and had their rate of appearance or aggregation according to the values arbitrated to certain software function operators, as well as the isometrics of stains. Applied to changes, the resulting landscape map was saved at every step of the model and retro‐fed as initial map in the next step until reaching a compatible time variation with t3, by making possible the validation of outcomes. Validation was performed by calculating the similarity between the simulated map and the real map (t3) based on fuzzy logic, applied to a context of pixel vicinity, by means of an exponential decay function with an 11‐pixel‐window.   By visual analysis, it was noted that the heuristic process was successfully designed, as the deforestation standard was respected and are congruent with the local probabilities according to the likelihood map. The similarity reached by comparison between the model outcome and the real map (t3) was 46% of minimal similarity and 77% of maximal similarity.   The outcomes reached in this paper show that the spatial model implemented and the software utilization, is a good tool for the analyzes of environmental complex systems and have robust potential to generate predictive or previous analyses within the ambit of LULUC studies, and the reliability level may also be assessed. 

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CO.054   ECOLOGIA DE PAISAGEM, SENSORIAMENTO REMOTO E GEOPROCESSAMENTO APLICADOS À ANÁLISE AMBIENTAL DA PLANÍCIE COSTEIRA DO MUNICÍPIO DE QUATIPURU, PARÁ.  BARBOSA JR JS1,2, SENNA CSF3,4 ‐ 1Museu Paraense Emilio Goeldi ‐ Coordenação de Ciência da Terra e Ecologia, [email protected], 3Museu Paraense Emilio Goeldi ‐ Coordenação de Cinência da Terra e Ecologia, 

4csenna@museu‐goeldi.br 

 A humanidade sempre teve necessidade de ocupar e transformar a natureza, extraindo energia e insumos de acordo com suas necessidades. As transformações ocorridas no ambiente natural originaram diferentes paisagens, frutos da manutenção do sistema econômico vigente, gerando em contrapartida, impactos ambientais os mais diversos, que precisam ser conhecidos e mensurados, possibilitando seu monitoramento e possível remediação. O que distingue a paisagem de outras unidades de organização ecológica é a interação espacial entre os seus atributos biológicos, abióticos e socioeconômicos, constituindo um sistema em constante retroalimentação. Neste particular, os processos geomorfológicos e de colonização da vegetação em paisagens costeiras, ocorrem rapidamente e sob a mesma escala de tempo. No entanto, estes mesmos processos são dificilmente observados concomitantemente, em paisagens continentais. Assim, o presente artigo mostra o resultado do mapeamento das unidades de paisagem costeira do município de Quatipuru – Pará, a partir do enfoque metodológico da Ecologia de Paisagem, utilizando o conceito de geossistema no âmbito da análise geográfica, aplicando‐se geotecnologias, como os programas de Geoprocessamento ARCGIS e ENVI 4.5 em imagens de satélites orbitais do Landsat 5, órbita/ponto 223/60 e 61 do ano de 2008. Os trabalhos de campo ocorreram com a observação das características fitofisionômicas, geomorfológicas, sedimentológicas e de usos sociais das unidades de paisagem, com registros fotográficos, gerando um mapa das unidades de paisagens com as suas características fisiográficas, relações espaciais e usos sociais. Deste modo, foram caracterizados e mapeados os manguezais, restingas costeiras, campos salinos, várzeas de maré e campos periodicamente inundáveis no contexto da planície fluviomarinha, entretanto, as características espectrais similares encontradas nos campos salinos e campos inundáveis, não permitiram sua individualização, o que foi possível verificando o uso social desses espaços costeiros. Na porção continental, que atinge cotas topográficas inferiores a 40 m, ocorrem capoeiras, em diferentes estágios de regeneração, em parte transformada em pastagem para o gado local, juntamente com a agricultura de subsistência, com pequeno excedente de produção, ocupando as áreas de interflúvio entre as bacias dos rios Quatipuru e Japerica, que desembocam no oceano Atlântico, drenando o município de sul para norte. Os resultados produzidos, certamente são de grande utilidade em ações de conservação e monitoramento da paisagem costeira, no âmbito das Reservas Extrativistas Marinhas.   Palavras chaves: Unidade de Paisagem, Geossistema, Ecologia de Paisagem. _____________________________________________ Entidades Financiadoras: Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPQ) e Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Pará 

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CO.055   TOOLS FOR STRATEGY CONSERVATION AND DECISION‐MAKING THROUGH LANDSCAPE ANALYSIS IN PINDARÉ BASIN, MARANHÃO STATE, BRAZIL  Barreto L1, Ribeiro MC2, Brito F3, Tannus R4, Lago C4, Rêbelo G5, Jongman R6, Schrool J7, Mendes I8 ‐ 1Universidade Federal do Maranhao ‐ Departamento de Oceanografia e Limnologia, 2UNESP/RIO CLARO ‐ LEEC, 

3Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão ‐ Biologia, 

4não tem, 

5Instituto 

Nacional de Pesquisas da Amazônia ‐ INPA ‐ Dept. Ecologia, 6Wageningen University ‐ Alterra Institute ‐ 

(WUR)/ Landscape Ecology, 7Wageningen University ‐ Land Dynamic Department, 

8Universidade Federal 

do Maranhão ‐ Departamento de Oceanografia e Limnologia  Landscape analysis can help to find solutions for adequate conservation planning in Pindaré River Basin (PRB) an area of high biological diversity between the Amazon and Cerrado biomes. PRB is subjected to heavy erosive processes related to the presence of pasture and crops as rice and watermelon. The rural developments occur unplanned and considerable effort are needed to evaluate and monitoring the impacts of environmental degradation and habitat fragmentation on biodiversity and natural ecosystems. The objective of this study was to propose a methodological approach by considering landscape analysis at the Zutiua sub‐basin (median‐pindaré), and to combine information and knowledge for policy decision‐making in natural resources management and monitoring of biodiversity. The impacts of the land use on the aquatic ecosystems were monitored by LAPSUS model, which allowed us to simulate erosion and sedimentation processes along the river. The biodiversity indicators (herpetofauna and vegetation) were sampled in eight points along the margin of the river in different distances of pasture, using species richness and abundance as response variables. Statistical analyses were conducted in R, and a multiple hypothesis comparison analyses was done by using Akaike’s Information Criterion (AIC) in order to test the relative contribution of forest amount, distance to nearest lake, distance to a great lake that occurs in the basin and distance from pasture areas. The functional analysis was done using only the forest polygons (from Landsat 5 tm images, at 1:50,000 scale) to calculate the shape index and core area by GRASS GIS 6.0. The results suggests that the central/north part of sub‐basin were more erosive and with high sedimentation accumulation. It occurs because that region presents large amount of degraded land cover, mainly railroad and livestock. We recorded more than 4,700 fragments (11 % of the area) within the region, from which many forest patches are small in size (< 50ha). By other side, fragments larger than 2500 ha were also observed, which represents 66% of all forests. Regarding the biodiversity, we observed that for herpetofauna was a moderate correlation between the distance of closest lake and richness (wAIC= 37% of the variation; r = 0.6131, p = 0.1955) and abundance (wAIC=47%, r = 0.6884, p = 0.1305. Aquatic ecosystems, important for subsistence fisheries could be related to high biodiversity. The understanding of the effects of railroad traffic and livestock growth on forest and aquatic ecosystems were important for decision‐making and for territorial planning. Acknowledgements: We are grateful to the Capes_Wageningen Cooperation, Universidade Federal do Maranhão (PPGSE master course), Wageningen University and Tufilândia Municipality by the support of the field work and the interchange program. 

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CO.056   EVOLUÇÃO DE UMA PAISAGEM PROTEGIDA NA MATA ATLÂNTICA: A CONSERVAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BONFIM, PETRÓPOLIS/RJ  Valverde Y1,2, Coutinho B3, Filho H1,2, Medeiros R1,2 ‐ 1Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas Estratégias e Desenvolvimento (INCT/PPED), 2Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro ‐ Laboratório de Gestão Ambiental do Departamento de Ciencias Ambientais e Florestais, 3Mosaico Conservação e Licenciamento Ambiental Ltda  O Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza (SNUC) inclui categorias de áreas protegidas divididas em dois grupos com características específicas: de proteção integral e de uso sustentável. As unidades de proteção integral têm como objetivo a preservação da natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos recursos naturais, e as de uso sustentável visam compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. Além dessas, existem as áreas de preservação permanente (APP) e as Reservas Legais  criadas pelo Código Florestal Brasileiro, categorias não incluídas no SNUC, mas que pela definição poderiam ser classificadas como de proteção integral e uso sustentável, respectivamente. Embora o SNUC tenha mais de dez anos de existência, a maioria dessas categorias não dispõem de uma regulamentação específica nem de uma avaliação sobre a sua real efetividade para a conservação. Nesse contexto, a presente pesquisa analisou a dinâmica da conservação florestal e ocupação do solo por quatro décadas na bacia hidrográfica do rio Bonfim, localizada no Corredor da Mata Atlântica da Serra do Mar, no Município de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro. Esta bacia configura‐se como uma paisagem protegida, pois a totalidade do seu território está inserido em unidades de conservação de proteção integral e de uso sustentável: o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, a Área de Proteção Ambiental de Petrópolis e a Reserva Particular do Patrimônio Natural Rogério Marinho, além de APPs e Reservas Legais. As análises destacam os problemas e conflitos gerados pela criação dessas unidades, particularmente, observando o avanço da ocupação sobre áreas definidas como de preservação e os programas de proteção desenvolvidos. O estudo se baseou em imagens de ortofotos aéreas dos anos 1965, 1975, 1994, 1999, 2003 e 2006, em mapeamentos e pesquisa de campo sobre o meio físico, o meio biológico e o uso e ocupação do solo. A partir dessa análise, procurou‐se avaliar a efetividade da conservação proporcionada pelas unidades e apontar diretrizes e propostas que contribuirão para o equacionamento dos conflitos socioambientais. As análises identificaram o aumento contínuo da ocupação desordenada em áreas de proteção integral a partir da década de 1980, quando houve a demarcação do Parque Nacional e a criação da APA Petrópolis. Observou‐se a desaceleração do processo de ocupação e degradação ambiental a partir da década de 1990, quando foram implementadas ações efetivas voltadas para a gestão da conservação desta área.  

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CO.057   ANÁLISE TEMPORAL DA COBERTURA FLORESTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO FORTALEZA EM BLUMENAU/SC. RUDOLPHO LS1, SANTIAGO AG1, SABOYA RT1 ‐ 1UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA ‐ PROGRAMA DE PÓS‐GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO Desde o início do processo de colonização do município de Blumenau até os dias atuais, ocorreram mudanças significativas na paisagem. Uma das mais radicais diz respeito às modificações nos padrões de uso e ocupação do solo, dando a cobertura florestal lugar à agricultura, pastagens e urbanização. Considerando a importância ambiental, social e econômica das florestas, e a ausência de informações temporais quantitativas sobre a sua situação, sente‐se a profunda necessidade de analisar este processo de transformação, servindo de base para propostas futuras de planejamento e gestão. Com base nestas premissas, a presente pesquisa teve como objetivo analisar temporalmente a cobertura florestal da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Fortaleza em Blumenau/SC, utilizando técnicas de geoprocessamento e métricas da paisagem. A metodologia adotada foi dividida em quatro etapas: a) revisão bibliográfica, a qual objetivou contextualizar a temática abordada, através da revisão dos conceitos e métodos de ecologia da paisagem, apresentação da legislação ambiental brasileira sob o aspecto da proteção da cobertura florestal, e contextualização dos aspectos socioeconômicos, físico‐naturais e históricos da área estudada; b) Coleta de dados, a qual buscou coletar os materiais disponíveis que pudessem servir de base para elucidar a transformação da paisagem da Bacia, tais como fotografias aéreas, ortofotos e imagem de satélite; c) Elaboração de mapas temáticos dos aspectos físico‐naturais, entre os quais mapas temáticos de ocupação do solo para os anos de 1972, 1981, 1993, 2003 e 2009, interpretados visualmente a partir de mosaicos fotogramétricos e de imagem de satélite, com auxílio do software ArcGis 10; e d) Análise quantitativa da estrutura da paisagem, a qual consistiu na submissão das classes temáticas de ocupação do solo ao software V‐LATE 2.0 para a quantificação das métricas da paisagem. Os resultados obtidos revelaram mudanças quantitativas importantes na cobertura florestal da Bacia e demonstraram o potencial das técnicas de geoprocessamento e das métricas da paisagem para a análise, planejamento e gestão dos recursos naturais. Entre os principais resultados encontrados destacam‐se: redução progressiva da cobertura florestal após 1981; melhora na soma e densidade das bordas florestais após 1981; melhora das formas florestais após 1993; e aumento no distanciamento das manchas florestais após 1981. Como resposta às questões detectadas, recomenda‐se além da conservação da cobertura florestal existente, a adoção de medidas capazes de minimizar os efeitos da fragmentação e do isolamento das manchas florestais da Bacia, tais como a implantação de uma rede de corredores verdes e uma maior permeabilidade da paisagem.   

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CO.058   CONSTRUÇÃO DE UM SIG PARA APOIAR A GESTÃO DE SISTEMA DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO  Nilsson MST1, Lamberts AH2, Paludo D3 ‐ 1independente, 2Insituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) ‐ Coordenação Regional 9 (CR 9), 3Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) ‐ CR 9  A Coordenação Regional da 9ª Região (CR9) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é responsável por apoiar a gestão das 39 Unidades de Conservação (UCs) federais da região Sul. Nesta região também somam‐se um conjunto de 95 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), espalhadas por toda a região. A tarefa de coordenar o esforço de proteção e gestão de ecossistemas ameaçados e fragmentados, tais como a mata Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica), A Floresta Ombrófila Mista e os campos sulinos, presentes nessa região, justifica a implantação de um sistema de informações geográficas (SIG) como ferramenta útil à gestão pública e monitoramento das ações desenvolvidas em cada UC em particular, bem como as ações coordenadas e conjuntas que lá também se desenvolvem, demonstrando um caráter de política pública de conservação, conforme preconiza o SNUC (Lei n° 9.985/2000). Esse trabalho relata a construção inicial de um Sistema de Informações Geográficas para a área de abrangência da CR9, apresentando assim, à guisa de resultados, o conjunto de bancos de dados, informações vetoriais e imagens orbitais que compõem o sistema, apresentados em ArcView (conversível para ArcGIS). No princípio foram organizadas as informações espaciais existentes sobre áreas protegidas abrangidas por essa região, tais como os polígonos delimitadores das UCs federais (responsabilidade do ICMBio) e outras áreas protegidas (Terras Indígenas e UCs estaduais), e georreferenciadas imagens de satélite Landsat 5TM com 30m de resolução espacial, preferencialmente para o ano 2011. Outras imagens de datas anteriores compuseram parte da abrangência permitindo uma análise histórica da evolução da paisagem. A lacuna principal encontrada estava no mapeamento das RPPNs dentro da área de abrangência da CR9, e para isso se utilizou de imagens fornecidas pelo sistema Google Earth para identificação precisa dos mapas e croquis existentes nos processos dessas UCs particulares. Potencialmente, o SIG CR9 permitirá a organização do banco de dados de informações referentes à área de abrangência, à área efetivamente protegida pelo SNUC podendo‐se ainda avaliar temas como fragmentação, quantificar área física dos ecossistemas dentro e no entorno de UCs, servindo como uma ferramenta de gestão e monitoramento por parte da equipe do ICMBio. 

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CO.059   RETHINKING EDGE EFFECTS: THE UNACCOUNTED ROLE OF GEOMETRIC CONSTRAINTS  Prevedello JA1, Figueiredo MSL1, Grelle CEV2, Vieira MV2 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ Programa de Pós‐Graduação em Ecologia, 2Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ Depto. de Ecologia  Edge effects strongly affect the abundance and distribution of organisms across landscapes, with vast implications in Ecology and Conservation Biology. The extensive literature on the subject has traditionally considered that edge effects result from the active avoidance or preference of organisms for certain portions of the habitat patch, assuming that abundance is uniform across a patch when environmental conditions are uniform. We demonstrate that this assumption is incorrect due to the so‐far ignored “geometric edge effect” (GEE). In the absence of environmental gradients, abundance of any organism living in a bounded habitat patch will tend to be lower in areas located near the edges compared to areas in the centre of the patch, simply because the areas in the centre receive individuals from all directions, whereas areas near the edge do not receive individuals from outside the patch. This geometric effect was already known for species richness at large geographic scales, the Mid‐Domain Effect, but its importance in the literature of edge effects remained neglected so far. Using simulations, we show that the GEE tends to reduce population abundance and community richness near the edges of bounded habitat patches, and that apparent neutral or negative responses to the edge may occur even when habitat quality is higher near the edges. A published study that detected significant edge effects is reanalyzed, demonstrating that interpreting observed abundance patterns without taking the GEE into account – as traditionally done in the vast literature on edge effects – could provide misleading conclusions. The incorporation of the GEE into sampling and analytical protocols of future studies could advance substantially our ability to understand and predict edge effects in heterogeneous landscapes. 

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CO.060   LUCAT ‐ UMA FERRAMENTA PARA ESTUDOS DE DINÂMICA DO USO DA TERRA  Ferraz SFB1, Cassiano CC2, Begotti RA2, Tranquilin A3 ‐ 1ESALQ/USP ‐ Depto. Ciências Florestais, 2PPGRF/ ESALQ‐USP, 3CIAGRI/ USP  Paisagens tropicais são muito dinâmicas devido às suas condicionantes físicas, ainda estão submetidas a processos de ocupação e degradação dos ecossistemas naturais e, alternam entre diferentes usos da terra em função de aspectos sócio‐econômicos e políticos, fazendo com que sejam menos estáveis que paisagens fora da região tropical. Na Amazônia por exemplo, desmatamentos antigos e recentes, diferentes modos de uso da terra, abandono e processos de regeneração formam uma paisagem complexa. Em áreas mais consolidadas de agricultura na região sul e sudeste do Brasil, os remanescentes florestais estão submetidos a pressões de degradação, ao mesmo tempo que a produtividade do ambiente tropical determina rápidos processos de regeneração, resultando em ecossistemas naturais com diferentes estágios de conservação. O conjunto destes processos atuantes em paisagens modificadas resulta em um ecossistema complexo que muitas vezes não pode ser totalmente compreendido observando‐se somente a estrutura da paisagem no tempo presente, mas que pode ser explicado pelo histórico do uso da terra. Utilizando‐se índices de dinâmica da paisagem que expressam a magnitude, velocidade e intensidade das mudanças temporais, é possível a distinção de paisagens com estruturas semelhantes no presente. Os índices são calculados em unidades menores da paisagem, com tamanho e formato definidos de acordo com diferentes questões ecológicas ligadas à biodiversidade, água e serviços ecossistêmicos. Neste trabalho, é apresentada extensão LUCAT (Land‐use Change Analysis Tools), uma ferramenta de análise histórica da paisagem baseada em índices de dinâmica da paisagem que auxilia o entendimento de trajetórias de uso da terra, permitindo melhor interpretação da paisagem atual. A ferramenta é gratuita, foi desenvolvida em ambiente ArcGIS e utiliza mapas históricos de uso da terra para efetuar os cálculos. São apresentados exemplos de aplicação em estudos de desmatamento e regeneração florestal em localizados nos estados de Rondônia e Pará. Entidade Financiadora: FAPESP. Processo: 2009/12318‐9. 

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CO.061   ANALYSING FUNCTIONAL CONNECTIVITY IN A LINEAR HABITAT:  IRONSTONE MOUNTAINTOPS IN SOUTHEAST BRAZIL  Jacobi CM1, Carmo FF1, Fortin M‐J2, Saura S3 ‐ 1Universidade Federal de Minas Gerais ‐ Instituto de Ciências Biológicas, 2University of Toronto, Canada ‐ Dept. of Ecology and Evolutionary Biology, 3Universidad Politécnica de Madrid, Spain ‐ E.T.S.I. Montes  The linear, broken nature of mountaintop landscapes may render their associated communities particularly prone to gene erosion and rapid extinctions in case of habitat alteration. In the Espinhaço Range, east Brazil, mountaintops and the plant communities established on them represent an important constituent of its renowned plant diversity. We examined the importance of individual patches as connectivity providers by using the three commensurable fractions that are derived from the habitat availability indices IIC (Integral Index of Connectivity) and PC (Probability of Connectivity). Specifically, we prioritized patches by their importance both in terms of their area and of their role as connecting elements or stepping stones. We focused on mountaintop ironstone outcrops (‘cangas’) from the southern Espinhaço Range situated in the Iron Quadrangle (‘Quadrilátero Ferrífero’), a highly urbanized region in SE Brazil. Databases were detailed geological surveys published in the 60’s, of which all three ironstone lithotypes (normal, rich, and chemical) were selected for analysis, resulting in 339 outcrops (patches) totaling ca. 18,000 ha. Most cangas on the east side belong to the Atlantic Rainforest biome, while virtually all cangas in the west side lie in the Cerrado biome. We adopted a threshold dispersal distance of 0.5 km, representing the range over which seed or pollen dispersal occurs for most plants in the community. Overall, outstanding habitat availability providers were patches with large areas, as confirmed by the high correlation between this variable and both habitat availability indices (roughly r=0.90). The small threshold distance, combined with the thread‐like node array, was evidenced by the high number of components, 107, the majority of which were singletons, and concentrated on the west side. Here is also where the smallest patches were found, many of which have an area below 0.5 ha. The five largest patches ranged from 1080 to 2396 ha. The largest component was the Capanema‐Chapada de Canga complex, with 29 exceptions patches, which ranked among the first in terms of area. Furthermore, the few in which the stepping‐stone contribution scored high belonged to this complex. These results are coherent with the natural vulnerability of plant communities on ironstone outcrops observed in the region, and highlight the need to preserve patches based chiefly on their size. Accordingly, efforts should also be made to sustain fluxes within the few large components, which might be dependent on the potential connecting role of some individual patches located in strategic positions within these local networks. 

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CO.062   VARIAÇÃO TEMPORAL E ESPACIAL DOS ACIDENTES POR ATROPELAMENTO DE ANIMAIS NAS RODOVIAS FEDERAIS PAULISTAS  Freitas SR1, Lobo GS2 ‐ 1Universidade Federal do ABC ‐ Centro de Ciencias Naturais e Humanas, 2Universidade Federal de São Carlos  As mortes de animais silvestres por colisões com veículos em rodovias podem ser relevantes na redução de populações de espécies raras ou que apresentam baixa densidade populacional, e no isolamento reprodutivo destas populações acarretando a extinção local dessas espécies. Por outro lado, as colisões entre veículos e animais podem causar acidentes graves, levando a perdas de vidas humanas e custos com a saúde dos feridos e com o conserto dos veículos, sendo uma questão relevante para a segurança do tráfego. Nos Estados Unidos, estima‐se que essas colisões já causaram 211 mortes de pessoas e deixaram mais de 29.000 feridos, além de custar ao país cerca de um bilhão de dólares, anualmente. Os objetivos deste estudo são: 1) avaliar a distribuição temporal e espacial dos acidentes causados por animais nas rodovias federais do Estado de São Paulo, e 2) avaliar a gravidade dos acidentes em relação ao número de mortos e feridos humanos. Os dados referentes aos acidentes com animais nas rodovias federais do Estado de São Paulo foram obtidas através dos relatórios do Departamento Nacional de Infra‐estrutura de Transportes e da Policia Rodoviária Federal de 7 rodovias (BR‐101, BR‐116, BR‐153, BR‐381, BR‐459, BR‐488 e BR‐610) durante 6 anos (2005 a 2010), cobrindo 1.098 km que representam 3,3% das rodovias do Estado. Cada acidente ocorrido nas rodovias federais tem os seguintes dados registrados pela PRF: rodovia, km, data, hora, tipo de acidente (ex. atropelamento de animal), gravidade (ex. com ferido), número de feridos e de mortos. Em 6 anos, nas rodovias federais do Estado de São Paulo, foram registrados 958 acidentes (0,87 acidentes/km) causados por atropelamento de animais que acarretaram 253 feridos e 8 mortos. Houve uma tendência de aumento no número de feridos nos últimos anos. Em geral, a maioria dos acidentes ocorreu à noite, no fim de semana e nos meses de Julho e Agosto. A BR‐116 apresentou o maior número de acidentes (612 acidentes), enquanto que a BR‐459 apresentou maior frequência de acidentes (0,22 acidentes/km/ano). A maior freqüência de acidentes envolvendo animais à noite pode estar relacionado à baixa visibilidade, enquanto que nos fins de semana e meses de Julho e Agosto podem ser explicados pelo aumento do tráfego nas rodovias no período de férias e recessos. Colisões entre veículos e animais causam acidentes graves com prejuízos materiais e à vida, sendo necessárias medidas mitigadoras para reduzi‐los (ex. redutores de velocidade). 

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CO.063   BANHADOS CONSTRUÍDOS (WETLAND) EM ÁREAS DE MINERAÇÃO DE CARVÃO COMO ELEMENTO DE CONECTIVIDADE PARA A AVIFAUNA Viana IR1,2 ‐ 1Universidade do Extremo Sul Catarinense ‐ Ciências Biológicas, 2Jairo José Zocche ‐ Laboratório de Ecologia de Paisagem e de Vertebrados, Curso de Ciências Biológicas, Programa de Pós‐Graduação em Ciências Ambientais, Unidade Acadêmica Humanidades, Ciências e Educação, Universidade do Extremo Sul Catarinense A avifauna se distribui entre unidades da paisagem de maneira heterogênea, havendo desde espécies restritas a uma unidade até aquelas que ocupam toda uma região. O estudo dessa distribuição é uma ferramenta útil no manejo de ecossistemas degradados, uma vez que espécies raras ou ameaçadas de extinção podem indicar sítios de alto valor para a conservação e a ausência destas, uma grande perda de hábitats. Este trabalho objetivou avaliar o potencial de um banhado construído para o tratamento passivo da drenagem ácida de mina, como elemento de conectividade para avifauna. O estudo foi realizado na Unidade Mineraria II da Carbonífera Criciúma S.A, município de Forquilhinha, Santa Catarina, do outono de 2011 ao verão de 2012, em dois dias por estação, cujas amostragens iniciavam antes do nascer do sol e se mantinham até as 12h00min, totalizando cerca de 50 horas nas quatro estações. Os registros foram efetuados por meio do método das listas de Mackinnon, sendo anotados também os ambientes onde as aves foram avistadas ou ouvidas, para a elaboração do mapa de distribuição espacial. O mapeamento do uso e cobertura da terra foi realizado a partir da interpretação de imagens orbitais de alta resolução, com auxílio do software ArcGIS 9.3. Foi realizada análise de componentes principais (PCA), utilizando‐se como algoritmo a frequência das espécies nas fitofisionomias. A paisagem apresentou‐se composta por cinco fitofisionomias: wetland (13,25%); vegetação secundária (18,85%); campo antrópico (14,76%); culturas de sequeiro (22,60%) e plantio de eucaliptos (18,05%), além de área de empréstimo (12,49%), não considerada na análise. Das 97 espécies de aves registradas, 80, 48, 47 e 34 foram registradas, respectivamente, na vegetação secundária, nas culturas de sequeiro, no campo antrópico e no plantio de eucaliptos. Destas, 40 utilizaram o wetland para algum tipo de atividade (forrageamento, descanso e reprodução), o que sugere que o mesmo esteja funcionando como elemento de conectividade para a avifauna. A análise de PCA revelou a existência de três grupos distintos: 1 ‐ composto por espécies que utilizam o wetland, 2 – espécies que utilizam a vegetação secundária e, 3 ‐ espécies que tanto utilizam o campo antrópico como as culturas de sequeiro. Ao analisarmos de forma global encontramos espécies que exploram todas as fitofisionomias, assim como, outras que são restritas a um tipo específico. Os resultados revelam a importância do wetland como elemento de conectividade, pela capacidade de atração e manutenção da avifauna que a ele se associa.  Financiamento: Programa de Iniciação Científica – Artigo 170 – UNESC, FAPESC (Chamada Pública 014/2009 – Valorização do Carvão Mineral). 

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CO.064  CONECTIVIDADE DE FRAGMENTOS FLORESTAIS COMO SUBSÍDIO PARA A RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA NA SUB‐BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO POXIM‐SE Jesus EN1, Ferreira RA2, Aragão AG3, Santos TIS3, Rocha SL4 ‐ 1Universidade Federal de Sergipe, 2Universidade Federal de Sergipe ‐ Departamento de Engenharia Florestal, 3Projeto: Sergipe + Verde ‐ SEMARH/SE; Semear, 4Superintendência de Recursos Hídricos ‐ SRH/SE A fragmentação florestal e perda da conectividade ecológica são processos fundamentais na diminuição da biodiversidade, cujos efeitos indicam a necessidade de se buscar o resgate da conectividade ecológica nas paisagens fragmentadas. A redução das florestas em consequência da fragmentação tem prejudicado a dispersão de inúmeras espécies, criando áreas isoladas e desconectadas em grandes escalas. O planejamento e gestão de áreas fragmentadas devem considerar principalmente ferramentas que possam traduzir as condições de conectividade dos fragmentos naturais. Dessa forma, o presente trabalho visou avaliar a conectividade dos fragmentos florestais da sub‐bacia hidrográfica do rio Poxim, como estratégia na seleção de áreas prioritárias para restauração. A sub bacia hidrográfica do rio Poxim é formada pelos rios: Poxim‐Mirim, Poxim‐Açu e Pitanga. Possui uma extensão de 397,95 km², abrange 6  municípios em todo o Estado de Sergipe, onde é possível encontrar um cenário de intensa degradação ambiental. Assim, analisou‐se o grau de conectividade entre 140 nós de unidades de fragmentos florestais da sub‐bacia hidrográfica do rio Poxim com o programa Conefor Sensinode, calculando‐se o ICC (Índice Integral de Conectividade) para um limiar de 500m. De acordo com o ICC calculado, a sub‐bacia apresenta apenas 0,02 de grau de conectividade em toda paisagem, com um total de 132 fragmentos de conectividade baixa; 7 fragmentos de  conectividade média e apenas 1 fragmento com conectividade alta. O nó (fragmento) mais importante da área em estudo abrange 5 municípios em toda sub‐bacia, fornecendo várias ligações para a vegetação na área. No entanto, de forma geral a baixa conectividade encontrada nos fragmentos da sub‐bacia, indica que existe uma maioria de fragmentos prioritários para os trabalhos de restauração de áreas degradadas, como tentativa de resgate da conectividade e maiores possibilidades na conservação da biodiversidade da área em estudo.   Palavras‐chave: fragmentação florestal; Conefor Sensinode; sub‐bacia hidrográfica 

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CO.065   AS MACROFISIONOMIAS DA PAISAGEM DO BIOMA PAMPA, NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL – BRASIL  Dutra da Silva M1 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande ‐ Instituto de Oceanografia/Programa de Pós‐Graduação em Gerenciamento Costeiro A Região dos Pampas compreende um complexo de paisagens e fisionomias que aos poucos vêm sendo ocupadas e transformadas pela presença humana. O Pampa é um sistema único que cobre uma área total aproximada de 700 mil km², compartilhada entre os países Argentina, Brasil e Uruguai. No Brasil, está presente, apenas, na região Sul, no sul do Rio Grande do Sul (RS), cobrindo cerca de 170 mil km² quadrados, algo próximo de 65% da área total do Estado. E mesmo que em melhores condições de preservação, quando comparado com o bioma Mata Atlântica, o Pampa apresenta valores significativos de áreas naturais perdidas ou alteradas, compondo um mosaico que mistura diferentes tipologias de uso rural, em meio a um vasto espaço natural. Inúmeras áreas desse bioma foram reconhecidas pelo Ministério do Meio Ambiente como prioritárias à conservação, com base na riqueza de espécies, endemismos e fatores abióticos específicos. No entanto, extensas áreas de campo natural vêm sendo convertidas em culturas anuais, como soja, trigo e arroz, além dos cultivos florestais que surgem como mais um elemento potencialmente transformador da paisagem. Os terrenos do RS reúnem quatro formações geológico‐geomorfológicas, compostas de origem, forma e materiais distintos. Essa intrincada composição física do espaço gaúcho repercute na sua fisiografia, compondo paisagens e organizações complexas. A paisagem do Pampa apresenta quatro macrofisionomias, cada uma delas, grosso modo, ajustadas ao tipo físico dos terrenos. A fisionomia que melhor caracteriza o Pampa corresponde aos campos da campanha, na fronteira oeste, onde predomina a cobertura vegetal do tipo estepe, de campos relativamente uniformes, sobre relevos suaves ou de coxilhas. Nessa paisagem, a pecuária se apresenta como o uso dominante e também como o tipo de uso que melhor se ajusta ou que menos compromete a paisagem aberta, quando realizado em pastagens naturais. O que não se pode esperar dos cultivos florestais, que representa a maior ameaça para o sistema campestre. Na Serra do Sudeste, no centro do Pampa, predomina o mosaico campo e floresta, que associado aos terrenos dobrados, rochosos, de solos rasos e pouco férteis compõe a fisionomia com melhor índice de conservação. Na encosta da Serra do Sudeste, em terrenos semelhantes, porém mais dobrados, o ambiente de floresta assume a cobertura dominante, porém bastante fragmentada e reduzida. E no litoral, sobre os terrenos planos e arenosos da Planície Costeira, volta a predominar o campo, incluindo áreas úmidas de banhado, dunas e matas de restinga. 

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CO.066   ANÁLISE DA CONECTIVIDADE FUNCIONAL EM TRES NIVEIS NA SUB‐BACIA DO RIO ZUTIUA, BACIA DO PINDARÉ, MARANHÃO  Tannús RM1, Barreto L2, Ribeiro MC3 ‐ 1Universidade Federal do Maranhão ‐ UFMA, 2Universidade Federal do Maranhão ‐ UFMA ‐ Departamento de oceanografia e limnologia, 3Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" ‐ UNESP Rio Claro ‐ Departamento de ecologia A porção leste do Estado do Maranhão é localmente conhecida como Região Pré‐Amazônia por ser a zona de transição entre os Biomas Amazônico e Cerrado. Possui várias bacias hidrográficas, com destaque para a do Rio Pindaré, cujo principal tributário é o Rio Zutiua. A vegetação original é ombrófila densa, com manchas de cerrado e áreas de transição. O processo de colonização estimulou a ocupação e integração econômica. Surgiram os assentamentos, madereiras, a agricultura intensiva e a pecuária, concomitantemente com a abertura de acesso (ex.: estradas). A sinergia dessas ações de ocupação e desenvolvimento econômico reduziu e fragmentou a floresta, afetando a fauna local através do isolamento populacional e da redução de habitats e recursos. Alguns animais superam essas limitações atravessando a matriz circundante e acessando outras manchas de floresta, promovendo assim, a conectividade funcional dos fragmentos florestais. O objetivo deste trabalho é visualizar a configuração espacial dos fragmentos florestais e a conectividade funcional, visando contribuir com a conservação e o planejamento ambiental da sub‐bacia do Rio Zutiua. Partindo do uso de imagens Landsat 5 TM e do processo de classificação supervisionada elaboramos um mapa de uso e cobertura do solo, onde localizamos os remanescentes de cobertura florestal e identificamos as principais matrizes como vegetação secundária ou como vegetação herbácea/pasto. Posteriormente calculamos a área de vida disponível para a fauna não tolerante e tolerante ao efeito de borda e por fim realizamos uma simulação da conectividade funcional para três grupos (animais que deslocam 60m, 240m e 480m numa matriz). A área total da sub‐bacia é 1.014.833 hectares e a área de cobertura florestal é 314.157 ha, distribuída de forma heterogênea, com forte concentração na porção sul devido a Terra Indígena Araribóia e escassez no norte, nos arredores da cidade de Santa Luzia.  Constatamos que animais que não toleram efeito de borda possuem somente 20% da área total e os que toleram tem 31% dispersos em 5045 fragmentos. A menor área é de 1 hectare e a maior área oscila entre os grupos, sendo de 144.684 ha para os não tolerantes a efeito de borda e de 192.140 ha para aqueles que deslocam 480m na matriz. Os resultados mostram o habitat bem reduzido e fragmentado. Apontam para um alto risco de perda de biodiversidade, principalmente para os grupos de animais não dispersivos na matriz. É necessária a recomposição da vegetação para conectar estruturalmente os fragmentos e assim manter as populações na região.     Entidade Financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CAPES, Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Cooperação Capes_Wageningen, Mestrado em Sustentabilidade de Ecossistemas da UFMA (PPGSE); Prefeitura de Tufilândia. 

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CO.067  USO DE GEOTECNOLOGIAS PARA CRIAÇÃO DE CORREDORES ECOLÓGICOS URBANOS NA CIDADE DE PETROLINA, PERNAMBUCO Oliveira UR1, Alvarez IA2, Taura TA3, Santos SM4 ‐ 1Universidade Federal do Vale do São Francisco ‐ Univasf, 2Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ? Embrapa Monitoramento por Satélite, 3Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ? Embrapa Semiárido, 4Licenciado em Geografia, Universidade de Pernambuco ‐ UPE O estudo de fenômenos ambientais e urbanos, aliado ao geprocessamento, fornece subsídios aos planos de conservação, manejo e recomposição de espaços verdes. Este trabalho tem por objetivo propor uma metodologia para a criação do banco de dados geográfico dos Corredores Ecológicos na cidade de Petrolina‐PE. A criação de corredores ecológicos visa contribuir com a manutenção e a recuperação das matas ripárias do rio São Francisco, áreas de preservação permanente, compondo assim a ligação entre fragmentos florestais dentro da área urbana. Os trabalhos foram conduzidos na Orla Fluvial/Avenida Cardoso de Sá, Travessa Dr. Júlio de Melo, Avenida Monsenhor Ângelo Sampaio, situadas no centro da cidade, Rua André Vidal de Negreiros no Bairro Maria Auxiliadora e Rua Cabrobó na Vila Eduardo, em Petrolina, Pernambuco (09º23'56''S, 40º30'02''O, 365 m de altitude) que unirão os fragmentos da Orla fluvial, Parque Municipal Josepha Coelho e o fragmento florestal do 72º Batalhão de Infantaria Motorizado. Estas atividades foram desenvolvidas a partir de estudos realizados entre 2009 a 2011 sobre a arborização do centro da cidade. A partir do estudo das imagens de satélites foram selecionadas áreas com grande potencial para compor um corredor. Todos os indivíduos arbóreos presentes foram georreferenciados e coletados informações que caracterizam cada indivíduo. Os dados foram armazenados no Sistema de Informações Geográficas (SIG) por meio do programa ArcGIS 9.1, fazendo parte de um banco de dados das espécies integrado à base cartográfica do município. A análise das imagens mostrou a viabilidade de formação de um corredor por meio da conexão dos fragmentos de vegetação natural, observando sua forma, área, perímetro e as espécies existentes no trajeto. Considerou‐se também a conservação da biodiversidade da área urbana e dos recursos hídricos. Foram encontrados 1440 indivíduos arbóreos, distribuídos em 13 famílias, 33 gêneros e 38 espécies, sendo 90% de exóticas. A geoespacialização das espécies mostrou que a diversidade de espécies apresentava‐se concentrada em alguns locais. As informações espacializadas e reunidas num banco de dados foram adequadas para representar os Corredores Ecológicos Urbanos que unirão os fragmentos da orla fluvial com o Parque Municipal Josepha Coelho e com o fragmento florestal do 72º Batalhão de Infantaria Motorizado, além de definirem aonde é prioritário introduzir espécies nativas e manejar as exóticas invasoras. 

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CO.068   A PAISAGEM AO LONGO DE RODOVIAS DO EXTREMO SUL CATARINENSE E O ATROPELAMENTO ANIMAIS SILVESTRES  Zocche JJ1,2,3,4 ‐ 1Laboratório de Ecologia de Paisagem e de Vertebrados, Curso de Ciências Biológicas, Programa de Pós‐Graduação em Ciências Ambientais, Unidade Acadêmica Humanidades, Ciências e Educação, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC, Brasil, 

2Samuel Costa ‐ 

Laboratório de Ecologia de Paisagem e de Vertebrados, Curso de Ciências Biológicas, Programa de Pós‐Graduação em Ciências Ambientais, Unidade Acadêmica Humanidades, Ciências e Educação, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC, Brasil, 3Ivan Réus Viana ‐ Laboratório de Ecologia de Paisagem e de Vertebrados, Curso de Ciências Biológicas, Unidade Acadêmica Humanidades, Ciências e Educação, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC, Brasil., 4Polliana Zocche de Souza ‐ Doutoranda no Programa de Pós‐Graduação em Ecologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)  As colisões com veículos são na atualidade uma das maiores causas de mortalidade de vertebrados em todo o mundo, passando nas últimas décadas a ser mais importantes do que a caça, como causa humana direta de mortalidade de vertebrados terrestres. Dados sobre atropelamentos de animais silvestres no Brasil são escassos e em Santa Catarina ainda são incipientes. Este estudo teve por objetivo relacionar a incidência de atropelamentos de animais silvestres com a estrutura da paisagem, num trecho da Rodovia Federal BR 101 e da Rodovia Estadual SC 354 no extremo sul catarinense. Entre janeiro e dezembro de 2003 foram realizados diariamente levantamentos nos trechos acima mencionados. As coordenadas geográficas de cada atropelamento foram registradas em GPS e lançadas em mapa de uso e cobertura da terra, georeferenciado. O mapa foi obtido a partir da fotointerpretação de ortofotocarta, escala 1:2.000, que abrangeu 1 km de largura em cada margem uma das rodovias inventariadas. Na poligonal mapeada verificou‐se a ocorrência de uma matriz na forma de mosaico composta por oito classes de uso e cobertura da terra, a saber: culturas irrigadas (1.524,6 ha; 24,67%), campo antrópico (1.385,98 ha; 22,43%), remanescentes florestais (1.151,29 ha; 18,63%), antrópico (734,16 ha, 11,88%), culturas de sequeiro (702,24 ha, 11,36%), vegetação exótica (285,34 ha, 4,62%), mineração de carvão (205,39 ha, 3,32%) e corpos d’água (190,34 ha, 3,08%). Foram registrados 139 espécimes atropelados, perfazendo uma frequência de 0,019 indivíduos/km, pertencentes a 31 espécies de 24 famílias. A classe Aves foi a mais rica (n = 16), seguida de Mammalia (n = 12), Reptilia (n = 02) e Amphibia (n = 01). Mamíferos foi o grupo mais atingido com 87 registros, seguido de aves com 41, répteis com nove e anfíbios com dois. As espécies mais atingidas foram Didelphis albiventris, Cerdocyon thous, Crotophaga ani, Tupinambis merianae, Galactis cuja, Procyon cancrivorus e Guira guira, as quais totalizam 67,63% dos atropelamentos observados. Dentre as espécies registradas, Hydrochaeris hydrochaeris é de grande porte e Leopardus tigrinus e L. wiedii estão na lista de espécies ameaçadas de extinção no Brasil. Os atropelamentos ocorreram com maior frequência em três locais ao longo das rodovias, cuja paisagem está representada por remanescentes florestais que ocupam uma maior área, em pelo menos uma das margens da rodovia. Os resultados obtidos vêm a contribuir para a geração de diretrizes básicas para o estabelecimento de políticas e programas de proteção à biodiversidade e mitigação de impactos ambientais provocados pelas rodovias. 

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CO.069   A RELAÇÃO ENTRE RPPN E ICMS ECOLÓGICO: O CASO DE LUIZIANA‐PR  Mezzomo MM1 ‐ 1Geógrafa/Professora Eng. Ambiental‐UTFPR/Doutoranda em Geografia‐UFPR O ICMS Ecológico é um instrumento econômico voltado para a gestão ambiental, que possibilita a integração entre os aspectos socioeconômicos e ecológicos. Tendo em vista sua importância, buscou‐se analisar a representatividade do ICMS Ecológico no município de Luiziana‐PR, o qual conta com 10 Unidades de Conservação, que promovem representativos repasse de valores. Luiziana está localizado na mesorregião centro‐ocidental paranaense em um ecótono entre Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Mista. Conta com 908,79 km2 de área e 7.317 habitantes. O valor acumulado desde a instituição do ICMS Ecológico soma R$ 3.537.299,75 (1997 a 2011). A geração deste valor está relacionada a 8 RPPNs (8,95 km2; R$ 1.523.626,43), 1 Parque Estadual e 1 Estação Ecológica Municipal (10,20 km2; R$ 2.013.673,32). Destacam‐se diante destes números as RPPNs, já que são áreas particulares e o fato delas serem classificadas, no Paraná, como unidades de proteção integral, o que limita o uso se comparada as de uso sustentável. As RPPN tem se apresentado como uma interessante opção para o município, já que apresenta custo baixo para criação e propicia retorno financeiro por meio do ICMS Ecológico. A existência destas RPPNs permite instiga questionar se a criação das áreas está inicialmente relacionada a critérios de biodiversidade e conservação da natureza ou ao repasse dos valores do ICMS Ecológico? Os resultados obtidos com o levantamento de informações e análises evidenciam que a criação das RPPNs não parece estar atrelada, primeiramente, a critérios ambientais, mas ao retorno que o ICMS Ecológico poderia proporcionar. As informações do Instituto Ambiental demonstram que estas RPPNs envolvem, na maioria dos casos, mais de 50% de áreas de APP (margem de rios) e RL (Zona de Amortecimento do Parque Estadual Lago Azul), indicando que elas já apresentavam proteção legal de parte de suas áreas por meio do Código Florestal. A análise dos aspectos ecológicos demonstrou que há problemas na configuração espacial (arranjo e forma dos fragmentos). Além disso, os repasses recebidos não são destinados para a área ambiental, já que o município não apresenta planejamento ou projetos direcionados. Diante disso, tecem‐se algumas considerações: a análise demonstrou que o ICMS Ecológico é considerado um instrumento econômico importante para o município, pois gerado repasses financeiros; embora receba importantes repasses, estes não são utilizados para ações na área ambiental; esta forma de tratar o ICMS Ecológico está atrelada ao atual modelo de sociedade, em que a racionalidade econômica domina o direcionamento das atividades ambientais. 

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CO.070   Sistema de Informação do Banco de Áreas de Restauração (Sibar) do INEA/RJ.  Oliveira AF1,2 ‐ 1Instituto Estadual do Ambiente ‐ Inea ‐ Gerencia de Geoprocessamento e Estudos Ambientais, 2Mariana de Beauclair Domingues de Oliveira ‐ Gerencia de Geoprocessamento e Estudos Ambientais  O projeto de implantação do Banco de Áreas de Restauração do INEA (BAR/INEA) objetiva o levantamento de processos e projetos de restauração, registro de seu estabelecimento e acompanhamento temporal da sua evolução. É composto por um cadastro para identificação dos processos e projetos de áreas restauradas/reflorestadas e monitoramento da atividade de restauração e da evolução temporal da cobertura vegetal e uso da terra, na escala 1:25000 dessas áreas, sistema de alerta, indicadores ambientais (métricas de paisagem e conectividade) e interface geo para espacialização e análise espacial dos eventos e dinâmica da paisagem. Teve por escopo o levantamento de processos (180) e projetos (04) em execução, com foco no estabelecimento e geração de áreas de restauração e dados espaciais, tendo como produto a criação do Sistema de Informação do Banco de Áreas de Restauração (Sibar). É importante destacar que os objetos de atividade de restauração considerados no desenvolvimento deste trabalho não se restringem só a processos/obras de restauração ecológica. Estende‐se também a reflorestamento para recuperação de áreas degradadas e de risco, a agrosilvicultura, consorciamentos florestais diversos e a silvicultura econômica. Os processos mapeados têm ou poderão ter (através de acompanhamento contínuo) a indicação de áreas de restauração como consequência de termos de ajustamentos de condutas (TAC), notificações, autos de constatação e infração, autorização de supressão de vegetação, averbação de reserva legal com áreas para restauração associadas, certidões ambientais, condicionantes de licenças, recomposição de APP, entre outros. Com relação a projetos, fazem parte do cadastro do Sibar o Projeto Macacu e o Projeto Replanta Guandu, que já possuem áreas de reflorestamento estabelecidas. Além do projeto Contador de Árvores, cujos dados serão repassados pelo Instituto Terra de Preservação Ambiental (ITPA), atual órgão fiscalizador e gestor das informações e dados gerados nesse projeto. Comporão ainda o Sibar, como projeto, os dados oriundos das áreas reflorestadas a partir do Termo de Compromisso de Restauração do COMPERJ e das áreas de restauração da Zona Tampão do COMPERJ já existentes. 

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CO.071  A RELAÇÃO ENTRE OS ASPECTOS ECOLÓGICOS E SOCIOECONÔMICOS PARA A SUSTENTABILIDADE DAS PAISAGENS NAS RESERVAS EXTRATIVISTAS TELES GC1, PIMENTEL MAS2 ‐ 1UFPA ‐ INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS, 2UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ ‐ INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS Aborda‐se parte dos resultados das pesquisas realizadas na Reserva Extrativista Marinha de São João da Ponta‐Pará. Visando contribuir ao plano de manejo dessa unidade de conservação e ao desenvolvimento da preservação ambiental, através do estudo da dinâmica das paisagens. Sabe‐se que para compatibilizar o uso das terras e sustentabilidade ambiental, social e econômica, é necessário planejar a ocupação e a conservação da paisagem como um todo, pois, por exemplo, a proteção de apenas um fragmento de vegetação ou um trecho do rio não é suficiente se o entorno do fragmento ou as cabeceiras estiverem comprometidas. Na “abordagem geográfica” da paisagem, mais do que uma análise detalhada de impactos locais, procura‐se entender as modificações estruturais, e, portanto funcionais, trazidas pelo homem na paisagem como um todo, incorporando de forma explícita toda a complexidade das inter‐relações espaciais de seus componentes, tanto naturais quanto sociais. A esse respeito, Jean Tricart (1979) apresentou considerável contribuição ao se referir à distinção entre os conceitos de paisagem e ecossistema, apontando que, embora ambos fossem analisados a partir da visão sistêmica, o primeiro é passível de espacialização, portanto, cartografável, enquanto que o segundo não possuindo dimensão definida, reflete principalmente a estrutura lógica existente entre os seus elementos. Assim, a associação metodológica entre as análises vertical (ecossistema) e a horizontal (paisagem) possibilitou o desenvolvimento no campo da ecologia da paisagem tanto da abordagem geográfica como, mais tarde, da abordagem ecológica. Com isso pode‐se dizer que a discussão sobre a paisagem é pertinente ao planejamento das unidades de conservação, pois a intersecção dos fatores natural, econômico e sociocultural é um excelente objeto de pesquisa para o planejamento ambiental, neste caso, contribuição ao plano de manejo da unidade, que possibilitará a população local dessas áreas, conhecer e colaborar para a utilização adequada dos recursos naturais, pois os diagnósticos revelam a degradação ambiental de alguns elementos da paisagem que podem contribuir para o desequilíbrio ecológico da área. 

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CO.072   ANÁLISE HISTÓRICA DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO SETOR SUL DA ALTA BACIA DO RIO ARAGUAIA GO‐MT  Rodrigues HSMC1, Silva AL2, Casto SS3 ‐ 1Universidade Federal de Goiás ‐ Estudante de Pós‐graduação em Geografia do Instituto de Estudos Sócio‐ambientais, 2Universidade Federal de Goiás ‐ Ms. em Geografia do Instituto de Estudos Sócio‐ambientais, 

3Universidade Federal de Goiás ‐ Prof. ª Dr.ª do Instituto de 

Estudos Sócio Ambientais O setor sul da alta bacia do rio Araguaia é uma região com elevado percentual de nascentes. É uma área importante para o abastecimento da bacia hidrográfica do rio Araguaia e passa por processo intenso de uso ocupação desde a década de 1970, com incentivos do governo federal, como o II PND – (Plano Nacional de Desenvolvimento). Diante do exposto o objetivo deste trabalho foi mapear e analisar em série histórica as APP (Áreas de Preservação Permanente) de drenagens e nascentes segundo a legislação que vigorava nas décadas selecionadas, 1977, 1989, 1997 e 2010. A análise foi quantitativa e qualitativa através das métricas (CA) – Área da Classe, (PLAND) – Percentual da Paisagem. Os números de Fragmentos, obtidos no software ArcGis, com base na análise do mapa de uso do solo extraído de interpretação da imagem Landsat 5TM do período de Agosto de 2010;  a segmentação e classificação não supervisionada foi realizada no software SPRING; seguido da classificação supervisionada no ArcGis, adotando‐se a chave de Classificação de fitofisionomias proposta por Ribeiro e Walter (1998). As APP possuem uma área aproximada de 11800ha, equivalente a 7,6% da área total do setor sul da alta bacia do rio Araguaia.   Os resultados da análise de PLAND e CA revelam que ocorre atividade antrópica nas APP, destacando‐se a classe de pastagem com 8,52% em 1977, 25,69% em 1989, 30,31% em 1997 mudando o cenário em 2010, com o aumento da classe de agricultura com 24,29% e pastagem reduz para 16,76%. Nesses mesmos períodos a classe de remanescente que mais se destacou foi Cerradão com 47,92% em 1977, 30,27% em 1989, 21,57% em 1997 mudando o cenário em 2010 com o aumento da classe de Mata Ciliar para 24,29 e Cerradão reduz drasticamente para 5,32%. Os dados de 1977 à 2010 evidenciam um crescimento contínuo do uso e ocupação das APP, quando comparado a 1977 e 2010 pode‐se constatar que a classe de remanescentes em 1977 representava 85% das APP e as classes com uso apresentavam 15%, enquanto em 2010 as classes de remanescentes representam 52% e as classes com uso apresentam 49%. Conclui‐se que as áreas de maior impacto na cobertura do solo são as APP de drenagens com até 10 metros de largura e as nascentes. A remoção da vegetação original pode provocar deterioração do solo de encostas, alterar as condições físicas das águas e provocar perda incalculável de biodiversidade. 

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CO.073   ANÁLISE HISTÓRICA E MULTICRITERIAL PARA RECUPERAÇÃO AMBIENTAL NA ÁREA PRIORITÁRIA PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE DA BACIA DO RIO CLARO/GO. Faria KMS1, Siqueira MN2, Castro SS1 ‐ 1Universidade Federal de Goiás ‐ Instituto de Estudos Sócio Ambientais, 2Universidade Federal de Goiás  A perda da biodiversidade do Bioma Cerrado resultante do processo de fragmentação da vegetação original vem conduzindo ações prioritárias para sua conservação e preservação. A seleção pelo Ministério de Meio Ambiente, de 431 Áreas Prioritárias para a Conservação Ambiental da Biodiversidade (APCB), nesse bioma, fundamenta‐se na proposta de conservação da diversidade biológica brasileira. Essas áreas, embora apresentem relevância ambiental, se encontram degradadas, fragmentadas e inseridas nas atividades econômicas regionais, o que favorece análises espaciais detalhadas fundamentadas em abordagens geoecológicas, com o propósito de auxiliar na avaliação ambiental das paisagens fragmentadas e gestão do território. A bacia hidrográfica do Rio Claro, integrante da Alta Bacia do Rio Araguaia, no estado de Goiás, com aproximadamente 1.207,6 ha, apresenta elevados índices de antropização (75,5% ocupados por áreas antrópicas e 23,8% por vegetação remanescente) e uma das APCB (22% da área da sub‐bacia). O objetivo deste trabalho é avaliar o histórico de degradação da APCB e propor, para esta área, com base nas fragilidades ambientais as localidades prioritárias para recuperação ambiental. Os procedimentos metodológicos envolveram análise histórica do uso da terra dos anos de 1975, 1985, 1996, 2005 e 2010, extraídos da interpretação de imagens LANDSAT, no software SPRING; avaliação dos mapas por meio de índices descritores da paisagem utilizado o FRAGSTAT; seleção de áreas prioritárias para recuperação através de análise multicriterial integrada com base no método de Analystic Hierarchy Process, sobre informações de Declividade, Erodibilidade, Erosividade e mapas de Uso da Terra. A métrica PLAND, indica que ao longo do período analisado ocorreu conversão de 15% das fitofisionomias nativas em áreas agropecuárias. Merece destaque o processo de conversão da classe Cerrado Denso: 1975 representava 20,22% da área e apenas 5,6% em 2010. As demais fitofisionomias mapeadas (Cerradão, Cerrado Rupestre, Mata Seca e Ciliar/Galeria), também apresentaram decréscimos. Essa informação é corroborada com a métrica NP, que indica aumento de 10.000 fragmentos no ano de 1985, e diminuição significativa de área, ficando entre 01 e 10 hectares. A avaliação multicriterial indica a viabilidade e necessidade de recuperação ambiental em 66% da APCB. São áreas que se localizam ao longo de canais de drenagem, de topo de morro e encostas, locais que apresentam alta suscetibilidade ao desenvolvimento de processos erosivos e, que se mantidas as atividades de pastagens, tenderão a níveis de degradações irreversíveis.  A recuperação das áreas selecionadas nesta APCB contribuirá para conservação ambiental das Unidades de Conservação existentes na bacia do rio Claro. 

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CO.074   CONSERVAÇÃO DE RECIFES DE CORAL DA BAHIA ATRAVÉS DE UMA REDE DE ÁREAS MARINHAS PROTEGIDAS  Carvalho RC1, Kikuchi RKP1 ‐ 1UFBA ‐ IGEO O presente trabalho tem por objetivo propor uma rede de áreas marinhas protegidas (AMPs) no estado da Bahia, que possibilite a conservação de recifes de corais e ecossistemas associados como os manguezais e os bancos de algas calcárias, de forma a manter a conectividade entre os mesmos, favorecendo o fluxo gênico entre as populações e uma maior resiliencia dos recifes.  Apoiado em princípios de desenho de rede de reservas marinhas existentes na literatura, no levantamento geoambiental da costa baiana, e na representatividade dos ambientes recifais, dos manguezais e dos bancos de algas calcárias, foi proposto uma rede composta por 28 áreas intangíveis (AIs), sendo 13 delas ao norte do rio Jequitinhonha e 15 ao sul. Dentre os princípios utilizados, foi sugerido que as AIs deveriam possuir tamanho entre 4 km (12,7 km2) e 6 km (28,3 km2) de diâmetro, localizarem‐se a uma distância máxima inferior a 20 km umas das outras, além de abranger o maior número de ambientes possíveis, levando‐se em conta a riqueza de espécies.  A criação de AIs, foi norteado pelas Unidades de Conservação e pelas áreas de restrição e exclusão já existentes no estado, e nos dados fornecidos de biodiversidade e cobertura de corais vivos, determinados através do protocolo Atlantic and Gulf Rapid Reef Assessment (AGRRA).  Para o desenho específico de cada uma das AIs propostas, levou‐se em consideração a proximidade dos ecossistemas associados, procurando‐se expandir ao máximo o desenho amostral, desde a plataforma continental interna, costa‐fora, incluindo áreas da plataforma continental externa com o intuito de se abranger o máximo de ecossistemas marinhos diferentes possíveis até alcançar os bancos de algas calcárias localizados na borda da plataforma continental.  Procurou‐se também, deixar áreas marinhas sem restrição de uso, incluindo ambientes recifais e recifes de coral de menor importância para conservação (menos biodiversos e com baixa cobertura de corais vivos), para continuidade da pesca tradicional costeira. Outro princípio seguido foi o da delimitação das AIs através de polígonos constituído de poucos vértices para facilitar o cumprimento da proposta e a possível fiscalização das áreas. 

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CO.075   RPPN RIO DOS PILÕES (RESERVA IBIRAPITANGA – SANTA ISABEL – SP): EXEMPLO DE SUCESSO DE ESTRATÉGIA INTEGRADA (SOCIOECONÔMICO E ECOLÓGICO) PARA RECUPERAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE UMA PAISAGEM FRAGMENTADA.  Bevilacqua GA2,1, Gimenez ITR1 ‐ 1RPPN Rio dos Pilões ‐ Monitoramento e Manejo de Fauna Silvestre, 2Prefeitura de São Paulo ‐ Secretaria do Verde e do Meio Ambiente As Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) são Unidades de Conservação que desempenham um papel fundamental para a preservação da biodiversidade em regiões onde os remanescentes florestais encontram‐se muito fragmentados e são, em sua maioria, propriedades privadas, mesmo que indiretamente, cumprindo papeis com o de compor mosaicos, servir como área de amortecimento a outras UCs, ou ainda fazendo parte de corredores ecológicos. A RPPN Rio dos Pilões, tema deste trabalho, foi reconhecida pelo IBAMA em 1999, com uma área de aproximadamente 500 ha e está localizada no município de Santa Isabel, estado de São Paulo. A RPPN foi criada como medida compensatória à implantação do Condomínio Residencial Reserva Ibirapitanga, no que havia sido a antiga fazendo Rio dos Pilões, com área total de cerca de 2.000 ha. A aprovação do condomínio condicionou a localização do mesmo na área totalmente degradada da antiga fazenda (utilizada como pastagem de gado leiteiro), sendo os fragmentos de mata mais preservados destinados à RPPN. Trata‐se de uma área de Mata Atlântica localizada em posição privilegiada e estratégica, nos limites entre a Região Metropolitana da Grande São Paulo e o Vale do Paraíba, dentro do corredor da Serra da Mantiqueira e com conectividade com o corredor da Serra do Mar e a Serra da Cantareira. Acreditamos que o sucesso do presente modelo se deve ao fato de terem sido superados neste caso alguns dos principais obstáculos ao sucesso das RPPNs no Brasil, a saber: a falta de garantia de aporte de recursos para administração e manejo e a questão da sucessão na posse da propriedade. No presente caso, ainda que se busquem fontes externas de financiamento, uma verba mensal mínima para administração de manejo da Reserva é garantida a partir de uma parcela da taxa de condomínio dos proprietários de lotes. De outra parte, qualquer novo comprador de um lote ou residência no Condomínio o fará plenamente consciente de que terá que conviver e auxiliar, ainda que apenas com parte da taxa de condomínio, na manutenção da UC. Acreditamos que os dados sobre o monitoramento de flora, fauna e meio abiótico, sobre o programa de enriquecimento florestal, sobre o programa de sustentabilidade e sobre os programas sociais com envolvimento da população do entorno que serão detalhados durante a apresentação do presente trabalho reforçarão a eficácia do presente modelo e, quem sabe, estimularão sua reprodução em outras áreas com características similares.   

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CO.076   AÇÕES DE PROTEÇÃO DA FAUNA E FLORA DURANTE O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO DA RODOVIA SC ‐450, SANTA CATARINA  Amorim FH1, Reis A2, Bourscheid K3, Tortato MA4 ‐ 1PROSUL ‐ Projetos, Supervisão e Planejamento Ltda ‐ Meio Ambiente, 2Universidade Federal de Santa Catarina ‐ Botânica, 3Restauração Ambiental Sistêmica ‐ Sócio, 

4Universidade Federal do Paraná 

 A paisagem de inserção da Rodovia SC 450, trecho entre Praia Grande/SC e divisa entre SC/RS encontra‐se em região de elevada riqueza biológica, inserida entre duas Unidades de Conservação de proteção integral, os Parques Nacionais de Aparados da Serra e Serra Geral. Buscando minimizar os impactos da pavimentação da rodovia, foram implantadas ações específicas para a flora e fauna local, realizadas entre  agosto 2008 até o presente. Para a proteção da flora, foram  como o plano de ação para erradicação das espécies exóticas invasoras da faixa de domínio da rodovia e, com a recomposição de taludes com espécies autóctones coletadas nas áreas de intervenção. Como medida de proteção da fauna foram implantadas oito passagens subterrâneas (12x1,5x1,5m) e duas passagens aéreas. As passagens de fauna subterrânea foram monitoradas com uso de armadilhas fotográficas e parcela de pegadas durante um ano. No mesmo período, efetuo‐se o monitoramento de grupos faunísticos (mastofauna, herpetofauna, ictio e avifauna) em 6 estações de coleta, distribuídas de forma a amostrar os diferentes habitats presentes ao longo da rodovia.O diagnóstico local detectou  nove  espécies contaminantes biológicos ao longo da rodovia e foram estabelecidos planos para a sua retirada; para a recomposição dos taludes foram coletadas sementes de  gramíneas e leguminosas que se desenvolviam sobre taludes mais antigos. Os dados obtidos durante os estudos da fauna são de relevante importância para o entendimento sobre a integração entre rodovias e áreas naturais protegidas. Um número representativo de mamíferos utilizou as estruturas de passagem subterrânea (45% das espécies ocorrentes), alguns com alta frequência de uso. Todos os resultados obtidos durante o período de trabalho foram disponibilizados aos Parques Nacionais como forma de subsídio para ações de planejamento e conservação das unidades. As ações de proteção da fauna e flora da Rodovia SC‐450 resultaram em avanço do conhecimento sobre a aplicabilidade de ações de manejo para a minimização de impactos negativos e o aumento da integração da rodovia com o meio. 

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CO.077   MUDANÇAS DE USO EM ÁREAS PROTEGIDAS PROVOCAM RUPTURAS DE IDENTIDADE SOBRE OS TERRITÓRIOS TRADICIONAIS?  SABATINO V1, SANTOS RF1 ‐ 1FEC/UNICAMP ‐ Laboratório de Planejamento Ambiental (LAPLA/DRH/FEC)  É razoável acreditar que as comunidades que romperam suas relações ou interesses relacionados aos recursos naturais e sua própria paisagem afetam, ao longo do tempo, as suas identidades tradicionais construídas pela sua cultura e seu modo de vida. Supondo essa proposição verdadeira, a cultura tradicional deve ser reconhecida a partir da determinação dos vínculos territoriais e históricos que elas evidenciam em seu próprio lugar. Para avaliar essa questão foram levantadas informações sobre a evolução das ocupações em mapas históricos e cadastros de três territórios tradicionais (caiçara, ribeirinho e extrativista), inseridos em uma das mais importantes Unidades de Conservação do Estado de São Paulo, a Estação Ecológica Juréia Itatins (EEJI) entre 1914 e 2009. Os resultados permitiram reconhecer, por exemplo, que no território ribeirinho, diferentemente dos territórios caiçara e extrativista, houve um processo de esvaziamento. O território extrativista, por sua vez, evidenciou territórios que dificilmente poderão ser reconhecidas por algum traço da cultura local.  Os resultados conduziram a conclusão de que as ações de planejamento e gestão em uma área protegida devem ter especificidade às comunidades, que não podem ser generalizadas ou enquadradas em uma mesma categorização e regime jurídico. 

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CO.078   Avaliação do uso de observações em superfície real para análises geoecológicas  Fernandes MC1, Miceli BS1, Coura PHF1 ‐ 1GEOCART/UFRJ ‐ Geografia  Os estudos ambientais de caráter integrativo são carregados de uma complexidade que cada vez mais os tornam indissociáveis de abordagens conceituais e operacionais capazes de atender estas necessidades de maneira coerente e rápida.  A partir deste quadro as análises geoecológicas pautadas em técnicas de geoprocessamento vêm sendo cada vez mais utilizadas na busca da resolução das necessidades complexas e integrativas destes estudos. Entretanto, a partir do processo de elaboração de modelos conceituais representativos da realidade, alguns questionamentos surgem e necessitam de investigações científicas para serem solucionados. Um destes é a não consideração da dimensionalidade dos dados e informações a serem trabalhados, os quais não são avaliados a partir de observações em superfície real, podendo mascarar a interpretação da estrutura, funcionalidade e dinâmica dos elementos geoecológicos de uma paisagem. Dessa forma, os elementos e análises são trabalhados em superfície planimétrica e não em superfície real, o que pode mascarar alguns resultados obtidos, principalmente em áreas de relevo acidentado. Em face ao exposto, o presente trabalho tem como finalidade avaliar o uso de observações em superfície real para análises geoecológicas de dinâmica da cobertura e uso da terra, estrutura e mapeamento da paisagem. A dinâmica da cobertura e uso foi analisada para o maciço da Tijuca (RJ) (1972‐1996), utilizando fotografias aéreas e base cartográfica na escala 1:10.000; a estrutura da paisagem foi avaliada a partir da análise de métrica de fragmentos florestais da APA Petrópolis (Área de Proteção Ambiental de Petrópolis ‐ RJ), utilizando mapeamentos pré‐existentes e base cartográfica nas escalas 1:10.000 e 1:100.000; o mapeamento da paisagem foi realizado a partir da definição de algumas categorias de Área de Preservação Permanente (APP) da APA Petrópolis, na escala 1:10.000. Os resultados obtidos, levando‐se em consideração as observações superfície real e a projetada com diferentes modelos digitais de elevação, foram comparados buscando avaliar a importância desse tipo de leitura em análises geoecológicas. Em relação a dinâmica da paisagem houve um incremento de 17,53% na taxa de retração florestal no maciço da Tijuca levando‐se em consideração as observações em superfície real. Na análise de métrica de fragmentos florestais os índices analisados apresentaram valores diferentes, ganhando destaque o índice de circularidade que mostrou que os fragmentos em superfície real são menos circulares do que em superfície planimétrica. O mapeamento das APPs apresentou delimitações bastante diferenciadas ao ser estabelecido em superfície real, com um decréscimo de área de até 19% no caso de nascentes.    

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CO.080   ANALISE ORIENTADA AO OBJETO E MODELAGEM DE CONHECIMENTO PARA CLASSIFICAÇÃO E CARTOGRAFIA DE UNIDADES DA PAISAGEM  Cronemberger F1, Vicens RS1, Rodriguez JM2 ‐ 1UFF ‐ Geografia, 2Universidad de La Habana ‐ Geografia  A cartografia de paisagem busca levantar e agrupar diversos fatores naturais correlacionados, de modo a sistematizar um conjunto de regras que agreguem uma miríade de possibilidades em unidades homogêneas de área, capazes de expressar as paisagens em suas tipologias e regionalidades especificas. De forma que a paisagem possa ser entendida em unidades, representações de um conjunto de fatores que em determinada escala e temática podem ser considerados homogêneos em certo grau. O presente trabalho busca desenvolver metodologia de classificação, através de uma análise orientada a objetos de dados temáticos e de sensoriamento remoto, onde a abordagem multi‐resolução e a modelagem do conhecimento permitam gerar regras de classificação de uma estrutura hierárquica da paisagem. É utilizada como área piloto, com diversidade de geossistemas, que inclui paissagens montanhosas da Serra do Mar, a depressão tectônica da bacia do Paraíba do Sul e planícies costeiras fluminenses. Utilizando dados espectrais, de elevação, clima, geologia e solos, foi realizada uma segmentação, correlacionando‐os entre si numa estrutura hierárquica e utilizando logica fussy para classificação, onde a borda das classes de menor ordem respeitam as borda das classes ordem superior, em uma abordagem Top‐Down.  A caracterização das unidades tipológicas da paisagem foi realizada em quatro níveis hierárquicos de classificação. Onde cada nível foi definido em função de índices diagnósticos específicos. No primeiro nível foram definidos os sistemas de relevo, que representam os três principais complexos paisagísticos, as montanhas, a depressão interplanáltica (vale) e as planícies costeiras. Para definição dos limites destas macro‐unidades foram utilizados índices diagnósticos que agrupassem os sistemas de relevo em função de sua gêneses, estrutura e morfologias. No segundo nível foram definidas as variações climáticas, em função da: temperatura, classes tropicais a subtropicais; e precipitação, classes super‐úmidos a secos. Onde foram encontrados um total de 8 tipologias climáticas. No terceiro nível foram definidas as mesoformas do relevo, classificadas em graus de rugosidade: planícies, colinas, morros, montanhas e escarpas; e em função de sua geologia. Os principais índices diagnósticos de classificação adotados foram: declividade, amplitude do relevo e litologia. No quarto nível foram classificadas a vegetação e solo. Os índices diagnósticos utilizados foram: variações de perda de folhas ao longo do ano, em função de índices de NDVI, zonalidade climática e azonalidade de solo. Apoiados sobre levantamento bibliográfico de formações vegetais. No total foram estabelecidas 50 tipologias de paisagem. Com um total de 27 tipologias de montanha, 10 de Vale e 13 de planícies. 

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CO.081   BASE DE DADOS GEORREFERENCIADA PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PITANGUI, PARANÁ, BRASIL NIEDZIELSKI C1, MILAN E1, SANTANA AC, MORO RS2 ‐ 1Universidade Estadual de Ponta Grossa ‐ Mestranda do Programa de Pós‐Graduação em Geografia, Mestrado em Gestão do Território, 2Universidade Estadual de Ponta Grossa ‐ Docente do Programa de Pós‐Graduação em Geografia, Mestrado em Gestão do Território Com o objetivo de verificar os principais temas, abordagens metodológicas e técnicas de análise desenvolvidas em Ecologia de Paisagens, realizou‐se uma revisão bibliográfica e documental acerca da bacia hidrográfica do Rio Pitangui (25°07’38” e 25°49’06” S; 49°46’40” e 50°17’38” W), com área de 927,3 km2 em parte dos municípios de Castro, Carambeí e Ponta Grossa, Paraná. Além das paisagens de singular beleza, a bacia do Pitangui se insere em uma região considerada de Alta e Extremamente Alta Importância para a Conservação. A bacia é caracterizada por intensa atividade agropecuária, bem como extensos reflorestamentos com espécies exóticas, provocando a contaminação biológica dos campos nativos remanescentes. A base cartográfica da bacia foi composta a partir de imagens SPOT 5 do ano de 2005 e em cartas oficiais, trabalhadas no software ArcGis 9.3. Organizar os dados num ambiente SIG permite a associação de dados gráficos (mapas) e bancos de dados alfanuméricos (tabelas) visando à gestão espacial. Além de oferecer mecanismos para combinar as várias informações, através de algoritmos de manipulação e análise, permite consultar, recuperar, transformar e visualizar o conteúdo da base de dados referenciados espacialmente e gerar mapas. O banco de dados permitiu a produção de seis mapas na escala 1:20.000, com dados dos diversos trabalhos levantados. Os temas produzidos foram: geologia, geomorfologia, planialtimetria (distância de 20 m entre as curvas de nível), solos, hidrografia e uso da terra/ evolução da vegetação natural. Neste último tema, foram georreferenciados dados da paisagem cultural da bacia, transformada em três fases históricas distintas interligadas: a) rotas ameríndias e a produção do espaço pelo elemento pré‐histórico; b) caminhos coloniais e a produção do espaço como elemento criador de uma identidade cultural; c) estradas modernas para exportação de commodities e a produção do espaço como definidor de uma hegemonia econômica. Predomina a abordagem observacional‐descritiva e o uso de técnicas qualitativas ou de quantificações métricas simples. A disponibilização do banco de dados permitirá, entre outras, formar uma baseline de informações espacializadas; identificar lacunas de conhecimento na bacia; fornecer subsídios para sua gestão integrada em termos de paisagem.  Fonte financiadora: edital MCT/CNPq/MEC/CAPES/FNDCT – Ação Transversal/FAPs Nº 47/2010 – Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade ‐ SISBIOTA BRASIL. 

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CO.082   REMOTE SENSING TO IDENTIFY RIPARIAN ECOSYSTEMS WITHIN SUGARCANE DOMINATED LANDSCAPES  Santos JS1, Aguiar DA1, Borges BD2, Godinho JPM2, Rudorff BFT1, Ribeiro MC2, Crepani E1, Shimabukuro Y1 ‐ 1INPE ‐ National Institute for Space Research ‐ Remote Sensing Division, 2UNESP ‐ São Paulo State University ‐ Department of Ecology  Riparian forests are defined by the Brazilian Forest Act (BFA) as Areas of Permanent Preservation (APPs). They are key elements for the conservation of forest fragments and other types of natural vegetation in the rural environment. They are also the main constituents of riparian ecosystems (wetlands and riparian forests), provide various ecosystem services. Furthermore, APPs provides not only habitat for numerous well adapted species but also ensure the necessary landscape connectivity among habitats. The majority of the rural properties do not have even the minimum APPs required by the BFA (i.e. 20% for Atlantic Forest and Cerrado biomes). The high deficit of APP could be attributed to the continental size of the Brazilian territory. However, the subjectivity of the parameters that define the APPs and the difficulty of its interpretation also corroborate to the APP deficit. The identification and quantification of riparian APPs are challenging, and rarely was done for large scale such as for the entire São Paulo state. The objective of this work is to propose a method to identify riparian ecosystems based the landscape physiography by using remote sensing imagery. The study area comprises the region in the state of São Paulo, Brazil where by far the predominant agricultural matrix is sugarcane cultivation. Remote sensing images with different spatial and temporal resolutions were used to identify the riparian ecosystem based on soil and vegetation characteristics. The parameters established in the BFA, such as the width of rivers and size of water bodies at peak seasonal flood level were considered during the visual and object‐oriented image classification and also to generate the distance maps. Extensive field work was carried out in March 2012, when 1,540 check points were recorded for the entire sugarcane dominated landscapes of São Paulo state. The wetland maps were performed with an overall accuracy of 87.9%. A comparison between riparian forests identified during field work and APPs mapped with remote sensing images showed high (79.9%) agreement. The field work data also revealed that 41% of the wetlands and 88.7% of the riparian forests were either degraded or in an initial‐medium stage of forest succession, respectively. The information derived from the remote sensing images indicate its relevance not only for the enforcement of the existing BFA, but also to guide new environmental conservation policies, to protect natural vegetation, to foster ecological restoration processes and to create and main the adequate functional ecological corridors. 

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CO.083   ÍNDICES DE VEGETAÇÃO CALCULADOS BASEADO EM IMAGEM DE SATÉLITE SÃO BONS DESCRITORES DE FISIONOMIAS SAVÂNICAS?  Moreira EF1, Santos RLS1, Cavalcante RB de O1, Neto EM1, Boscolo D2, Viana BF1 ‐ 1Universidade Federal da Bahia ‐ Instituto de Biologia, 2Universidade Federal de São Paulo ‐ Instituto de Ciências Ambientais Cada vez mais tem se utilizado índices de vegetação como ferramentas de sensoriamento remoto que permitem caracterizar diferentes aspectos da vegetação em ambientes naturais e antrópicos. Estas ferramentas tem ganhado destaque por possibilitar a análise de áreas extensas com um baixo custo relativo. No entanto, os resultados desses índices são sensíveis ao tipo vegetacional estudado e ao método empregado. Além disso, poucos trabalhos empíricos averiguaram a eficiência desses índices em fisionomias savânicas, com sazonalidade marcante, sendo assim o presente trabalho objetivou avaliar se os índices Two Band Enhanced vegetation index (EVI2) e Normalized Difference Vegetation Index (NDVI) são bons descritores da riqueza de plantas e da estrutura da vegetação, bem como comparar o desempenho desses índices nas estações seca e chuvosa em ambientes de savanas na Chapada Diamantina‐Ba. Para isso, estes índices foram calculados a partir dos valores físicos de reflectância obtidos através de duas cenas (seca e chuvosa) do satélite LANDSAT5. Esses valores foram relacionados com a riqueza de plantas e o desvio padrão da altura dos indivíduos com a circunferência a altura do solo > 5cm obtidos a partir de dados coletados em parcelas de 10x20m delimitadas em onze unidades amostrais. Os índices de vegetação para a cena do período úmido apresentaram desempenho similar e foram significativamente e positivamente relacionados com o desvio padrão da altura e com a riqueza de plantas (todos os R²≥0,53 e os p<0,05). Já para a cena do período seco não foi verificado um padrão. Uma possível explicação para estes resultados é que os índices de vegetação são influenciados pela quantidade de matéria orgânica fotossinteticamente ativa, cobertura do solo, variedade de pigmentos e posição das folhas, tais fatores são diretamente associados com a riqueza de plantas e com a complexidade estrutural da vegetação. Além disso, as diferenças dos índices encontradas entre as cenas devem‐se ao fato de que nos meses secos muitas espécies vegetais perdem as folhas para compensar a diferença entre a precipitação e a evapotranspiração, reduzindo os efeitos do estresse hídrico. Este processo causa uma grande redução na cobertura foliar e consequentemente uma tendência na diminuição dos valores de EVI2 e NDVI mesmo nas áreas com maior estratificação vertical da vegetação. Portanto, pode‐se concluir que os índices escolhidos baseados em sensoriamento remoto são representativos da estrutura e composição da vegetação de fisionomias de savanas, assim como da necessidade que os mesmos sejam calculados através de dados obtidos nos meses mais úmidos.   Agências financiadoras: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). 

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CO.084   IDENTIFICAÇÃO DE INDIVÍDUOS DE Butia odorata COM BASE EM IMAGENS DE SENSORIAMENTO REMOTO DO SISTEMA WORDVIEW‐2: SUBSÍDIOS PARA CONSERVAÇÃO IN SITU  Costa FA1, Barbieri RL2, Claudete M3 ‐ 1Embrapa Clima Temperado ‐ Laboratório de Planejamento Ambiental, 2Embrapa Clima Temperado ‐ Laboratório de Recursos Genéticos, 3Universidade Federal de Pelotas ‐ Programa de Pós‐Graduação em Agronomia  Entre os avanços ocorridos na área de Sensoriamento Remoto, pode‐se destacar o incremento nas resoluções espacial e espectral em dados de imagem. Estes avanços auxiliam na caracterização da estrutura dos ecossistemas, criando condições para a incorporação de informações adicionais, como caracterização de variáveis ecológicas importantes do local, possibilitando alcançar detalhes de identificação de indivíduos e sua distribuição para determinadas populações vegetais, fornecendo subsídios para conservação in situ. Dados de imagem de alta resolução espacial, como os fornecidos pelo sistema de satélite WorldView‐2, adicionado ao incremento da resolução espectral, torna possível o processo de classificação  de atributos para a  identificação de indivíduos distribuídos esparsamente em diferentes estratos de vegetação, como é o caso da espécie Butia odorata (Arecaceae). Neste contexto, o objetivo deste trabalho, foi avaliar o potencial das imagens Wordview‐2 na identificação e distribuição de uma população de Butia odorata.  A área em estudo encontra‐se em uma propriedade rural, localizada entre as coordenadas de latitude 30°31'01"S e 30°33'02"S, e longitude 51°20'46"W e 51°23'43"W, no município de Tapes (RS). A população de Butia odorata ocupa 750 hectares e apresenta‐se distribuída esparsamente entre fisionomias campestres, baixadas úmidas e mata de coxilha, compondo um mosaico da paisagem parte conservado, parte impactado pela pecuária, pastagens cultivadas e pela fragmentação ocasionada pela lavoura de arroz. Para este estudo, foi utilizado imagens, registrada em 17 de março de 2010, do sensor WorldView‐2: uma imagem pancromática (resolução espacial de 0,5 metros) e oito imagens multiespectral (2 metros), que correspondem a quatro bandas multiespectrais clássicas Blue (450‐510 nanômetros), Green (510‐560 nanômetros), Red (630‐690 nanômetros) e Near Infrared 1 (770‐895 nanômetros) e também inclui quatro novas bandas Coastal Blue (400‐450 nanômetros), Yellow (585‐625 nanômetros), Red Edge (705‐745 nanômetros), Near Infrared 2 (860‐1040 nanômetros). As técnicas de pré‐processamento, foram executadas em 3 etapas: geração do gráfico de análise espectral possibilitando a análise do comportamento espectral dos diferentes alvos nas 8 bandas; com base na análise espectral, definição da seleção das bandas‐chave para composição RGB 632 (Red, Green, Blue), destacando visualmente a espécie alvo de interesse (Butia odorata);  uso da técnica de fusão de imagens, refinando a detecção espacial de indivíduos de Butia odorata. O resultado evidenciou a influência das bandas Coastal Blue e Blue para discriminação de Butia odorata, associada a banda Red Edge que diferenciou os demais alvos (outras espécies ocorrentes na área, tanto arbóreas como herbáceas), facilitando as técnicas de classificação e o mapeamento dos indivíduos de Butia. 

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CO.085   Modelagem da Dinâmica da Mata Atlântica no Contexto de Transição Florestal  Guilen CML1, Soares‐Filho BS1, Garcia RA2 ‐ 1Universidade Federal de Minas Gerais ‐ Centro de Sensoriamento Remoto ‐ Instituto de Geociências, 2Universidade Federal de Minas Gerais ‐ Laboratório de Estudos Territoriais ‐ Instituo de Geociências  Apesar de sua reconhecida importância ecológica e de seu elevado grau de fragmentação, a dinâmica da Mata Atlântica tem sido pouco estudada por modeladores ambientais. Este trabalho traz como contribuição uma proposta de modelagem espacialmente explícita para o bioma, no contexto de transição florestal.  O modelo proposto é constituído de duas partes: i) a estimativa de taxas de desmatamento e regeneração com base em um modelo econométrico, e ii) a integração do modelo econométrico com variáveis espaciais, gerando um modelo espacialmente explícito. O modelo econométrico foi calibrado com dados geográficos e econômicos baseados no Censo Agropecuário (IBGE, 1998, 2006), obtendo‐se um modelo de auto‐regressão espacial no termo de erro. O modelo espacial foi calibrado com dados do convênio SOS Mata Atlântica/INPE (2000, 2008) de 1995 e 2005, e validado com base no mapa de mudanças de 2005 a 2008. Por fim, uma simulação para o ano 2030 avalia o comportamento do modelo a longo prazo. Os resultados mostraram que o modelo é capaz de representar a dinâmica contemporânea da Mata Atlântica, podendo ser utilizado para observar o fenômeno de transição florestal, para identificar áreas prioritárias para conservação e recuperação e para avaliar os impactos de alterações no Código Florestal para a conservação do bioma.  

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CO.086   Perda de habitat e limiar de extinção em plantas lenhosas (Myrtaceae) da Mata Atlântica.  Rigueira DMG1, Rocha PLB2, Mariano‐Neto E3 ‐ 1Universidade Federal da Bahia, 2Universidade Federal da Bahia ‐ Departamento de Zoologia, 3Universidade Federal da Bahia ‐ Departamento de Botânica  O uso e a ocupação das regiões tropicais pelo homem têm se baseado na substituição de paisagens florestadas por ambientes antropizados. Esforços visando à conservação desses ambientes têm sido fomentados com base no conhecimento ecológico, a exemplo dos limiares de extinção. A existência de limiares de extinção, através da relação não‐linear entre perda de habitat e a redução de espécies, pode ser uma ferramenta útil à  gestão ambiental através da identificação de valores mínimos de habitat na paisagem que sejam capazes de manter a biodiversidade local. Certos grupos de plantas apresentam características relevantes para a avaliação do modelo de limiares, a exemplo das Myrtaceae, uma das principais famílias de plantas para a Mata Atlântica. Porém, indivíduos adultos podem permanecer na paisagem durante um longo tempo mesmo após sua alteração devido ao retardo de tempo em suas respostas biológicas, diferente dos indivíduos jovens que foram estabelecidos recentemente na paisagem. Objetivamos nesse estudo avaliar se a ocorrência do limiar de extinção para a comunidade de plantas lenhosas (Myrtaceae) é possível num bioma extenso, representado por áreas com diferentes qualidades de habitat e matriz, como a Mata Atlântica; e se o padrão de perda de espécies ocorre de forma diferente entre indivíduos jovens e adultos.  Foram avaliadas nove paisagens com diferentes quantidades de habitat (entre 5‐55% de cobertura florestal), em diferentes trechos da Mata Atlântica da Bahia. Em cada paisagem foram implantadas oito parcelas de 10x25m e coletados os ramos de indivíduos com CAP ≥ 8cm, sendo divididos em quatro categorias diferentes: riqueza de jovens (CAP entre 8cm e 15cm), riqueza de jovens‐adultos (CAP entre  15cm e 30cm), riqueza de adultos (CAP ≥ 30cm) e riqueza total (CAP ≥ 8cm). Foi identificada uma relação em limiar entre quantidade de habitat e riqueza de Myrtaceae,  sendo observada uma redução de espécies somente após o  limiar em 39% (CAP entre 15cm e 30cm), em 27% (CAP ≥ 30cm)  e 35% (riqueza total).Porém, como esse grupo apresenta um retardo de resposta frente à perda de habitat, esse valor pode estar subestimado. Indivíduos jovens (CAP entre 8cm e 15cm)  não apresentaram limiar, mas a redução de espécies ocorreu ao longo de todo gradiente, reduzindo de 40 para 5 espécies quando comparada a paisagem com maior quantidade de habitat com a paisagem com menor quantidade de habitat.  Discutimos as diferenças observadas entre as diferentes categorias de plantas, suas possibilidades e limitações na aplicação dos resultados na gestão ambiental.   

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CO.087   IDENTIFICANDO SÍTIOS DE EXTINÇÕES IMINENTES DA FLORA NO BRASIL  Diniz MF1, Brito D2 ‐ 1Universidade Federal de Goiás ‐ Ecologia, 2Universidade Federal de Goiás ‐ Departamento de Ecologia      Como o tempo e os recursos para conservação são limitados, uma resposta sistemática para a escolha de áreas prioritárias constitui a melhor forma de maximizar os retornos dos investimentos conservacionistas. Apesar das iniciativas em escala global serem respostas efetivas, estratégias em escala nacional ou regional são mais compatíveis com a implementação de Unidades de Conservação. Nesse contexto, a identificação de áreas chaves para conservação da biodiversidade (KBAs) tem surgido como uma solução prática em escalas menores para a detecção de sítios prioritários. O extremo da metodologia de KBAs são os sítios AZE (Alliance for Zero Extinction), os quais contem a última população de uma espécie ameaçada. O objetivo deste trabalho constituiu na identificação de sítios AZE em escala nacional, tendo com grupo alvo as espécies ameaçadas da flora brasileira com distribuições restritas a locais únicos.          Foram considerados AZEs apenas os sítios que (i) continham pelo menos uma espécie ameaçada e restrita à localidade; (ii) sendo esse sítio uma unidade discreta e passível de manejo. Os dados sobre ameaça foram extraídos da Fundação Biodiversitas, a qual aplica os critérios da IUCN pra definição do status de conservação das espécies a nível nacional. Os dados sobre a distribuição geográfica das espécies foram retirados  da literatura científica e das seguintes bases de dados online: Plantas Raras do Brasil (http://www.plantasraras.org.br) e SpeciesLink (http://splink.cria.org.br/).      Foram selecionadas 519 espécies, sendo 499 angiospermas, 15 pteridófitas e 5 briófitas. As espécies estão distribuídas em 248 AZEs, predominantemente na Mata Atlântica, com 131 AZEs. O Cerrado e a Caatinga vêm em segundo e terceiro lugar, com 56 e 29 AZEs, respectivamente. Já a Amazônia, o Pampa e o Pantanal foram representados  por 16, 11 e 3 AZEs, respectivamente. O bioma Marinho foi coberto por apenas 2 AZEs. A região Sudeste teve o maior número de AZEs (114), seguida da região Nordeste (58), Sul (33), Centro‐Oeste (26) e Norte (17). Apenas nos estados do Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe não foram identificados nenhuma AZE.        O quadro de espécies e áreas identificadas neste trabalho fornece o cenário mais emergencial para a conservação da biodiversidade da flora brasileira. Porém, vale ressaltar que essas espécies são apenas uma fração daquelas ameaçadas pela atividade humana. E apesar da metodologia KBA não ser a única resposta para conservação da biodiversidade, ela fornecem alternativas bem eficazes para seleção de sítios de importância global.   Entidades Financiadoras: CNPq e UFG.     

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CO.088   O QUE DETERMINA A OCORRÊNCIA DO GÊNERO LEONTOPITHECUS, FATORES AMBIENTAIS NATURAIS OU ANTROPISMO NA PAISAGEM?   Alexandre BR1, Lorini ML1, Crouzeilles R1, Grelle CEV1 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil ‐ Departamento de Ecologia, Programa de Pós‐Graduação em Ecologia A ocorrência de uma espécie em um espaço geográfico é determinada por fatores abióticos, bióticos, condições de acessibilidade, capacidades evolutivas e distúrbios no ambiente. Além dos limitantes naturais (e.g. clima, topografia), que determinam a distribuição geográfica da espécie em escalas espaço‐temporais extensas, os efeitos sobrepostos da ação antrópica podem alterar a configuração da paisagem e a ocorrência da espécie de forma acelerada. Para investigar a importância destes dois grupos de determinantes sobre a ocorrência de espécies, o presente estudo busca avaliar o papel da adequabilidade ambiental e de variáveis da paisagem na distribuição atual do gênero Leontopithecus. Escolhemos este grupo de primatas endêmicos da Floresta Atlântica por ser monofilético, ter a distribuição atual das espécies (L.rosalia, L.chrysopygus, L.chrysomelas e L.caissara) conhecida em detalhe, ocupando paisagens distintas, com alta e baixa fragmentação florestal. Primeiramente preparamos um banco de dados atualizado com as localidades de ocorrência das espécies, mas apenas L. rosalia foi analisada até o momento. Para esta espécie realizamos a modelagem preditiva de distribuição utilizando o método de Máxima Entropia, gerando valores de adequabilidade ambiental com base em preditores climáticos e topográficos. Quantificamos as variáveis da paisagem aplicando operações espaciais sobre mapeamentos de cobertura/uso do solo. Como a acurácia do modelo pode variar com a resolução, dividimos a área de distribuição atual de L.rosalia em hexágonos de 4, 16, 32, 64 e 128km2, calculando para cada unidade a porcentagem de: área com adequabilidade ambiental >0,7; agricultura; cobertura florestal; área urbana; pastagem; área até 500m de rodovias e de vilarejos. Construímos modelos relacionando essas variáveis, usando o Critério de Informação de Akaike (AIC) para avaliar os modelos mais plausíveis para explicar a ocorrência atual da espécie. Somente em escala mais fina (4km2) detectamos efeitos das variáveis analisadas. Os modelos selecionados (∆AIC<2) incluíram cobertura florestal (∑wi=0,4) e entorno de vilarejos (∑wi=0,2) com efeitos posi vos para a ocorrência da espécie, além de agricultura (∑wi=0,9) e pastagem (∑wi=0,2) com efeitos nega vos. Esses resultados indicam que para L. rosalia as variáveis da paisagem são mais importantes do que a adequabilidade ambiental para explicar a ocorrência atual da espécie. Futuras análises com as outras espécies do gênero poderão apresentar resultados diferentes, já que os fatores biogeográficos e os efeitos da ação antrópica que influenciam suas ocorrências são distintos. Entidades Financiadoras: CAPES, CNPq e FAPERJ 

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CO.089   LINKING GENETICS TO LANDSCAPE: LARGE SCALE STUDY FOR Euterpe edulis ALONG  BRAZILIAN ATLANTIC RAINFOREST  Carvalho CS1, Galetti M2, Bernardo R2, Sanches A2, Collevatti RG1, Ribeiro MC2 ‐ 1Universidade Federal de Goiás ‐ Instituto de Ciências Biológicas, 2Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" ‐ Departamento de Ecologia   The Atlantic rainforest was already considered one of the largest rainforest of Americas, however it was reduced to 12%.  The Euterpe edulis is threatened of extinction due to reduction of habitats, overexploitation and defaunation (loss of large dispersers). These factors are suggested as the drivers of genetic structure of populations. Most studies were carrying out at local or regional scale, rarely in broad spatial scales such as for entire biome. We conducted a meta‐analysis of studies involving genetic parameters of E. edulis, trying to understand which factors may explain the genetic diversity of populations distributed through Atlantic Rainforest. Both published and unpublished data were used, totalizing 47 sites of studies ranging from Bahia to Rio Grande do Sul states. We evaluated the relative contribution of forest amount, defaunation, functional connectivity, drainage density, forest type, distance from the Atlantic coast, date of area settlement and latitude on three response genetic variables: He, Fis and alleles's number. On data analysis two approaches were performed: a)multiple competing hypothesis based on AIC (Akaike’s Information Criteria,  ΔAIC and wAIC) models comparisons, where each model was fitted using GAM; and b)sensitivity analysis where standardized regression coefficient (SRC) were estimated by using 10,000 bootstraps. As the studies used different molecular markers, the markers' effect were removed using GLM, and residual values were used as response variables for each genetic parameter. The most plausible models to explain He were drainage (wAIC=0.464,src=0.40±0.26) and distance from the coastal zone (wAIC=0.31,src=‐0.88±1.035); for alleles's number was latitude (wAIC=0,98,src=0,331±0,295); and for Fis was drainage (wAIC=0.783,src=0.354±0.321). The greatest He and smallest Fis were related to sites with high drainage density and it can be due to the fact that E. edulis is associated to wet areas; also the greatest drainage would provide more connectivity between populations through riparian forests, and therefore a greater gene flow can occurs between populations. The farther from the coast, the higher is the fragmentation, and forest changes from evergreen to seasonal. Therefore these factors may be contributing for reduction of genetic diversity for the interior ranges of continent. The largest allele´s number is associated with latitudes, where Atlantic Rainforest shows its major extension, and this could be linked to amount of available areas for E. edulis’s settlement. This study showed that to conserve the genetic diversity of E. edulis is necessary the riparian forest preservation, as its will ensure greater amount of habitat for this specie and guarantee the gene flow between population. 

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CO.090   DINÂMICA DE UMA FORMAÇÃO VEGETAL EM EXTINÇÃO: OS BUTIAZAIS DO LITORAL NORTE DO RS  Costa KM1,2, Kindel A1,2 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2Instituto Curicaca A conversão de uso do solo é uma das principais causas da perda e fragmentação do hábitat, que têm como conseqüências a redução da biodiversidade e da capacidade de manutenção dos ecossistemas. As alterações no uso do solo são causadas por agentes, que modificam direta ou indiretamente o uso e a cobertura do solo, ou por forças que direcionam essas mudanças (força direcionadora tecnológica, política, socioeconômica, cultural e espontânea). A descrição do estado atual da paisagem e a compreensão dos mecanismos de alteração do uso e cobertura do solo, identificando a relevância de ações antrópicas e processos espontâneos, são passos importantes para o planejamento e manejo da paisagem. Os butiazais do Litoral Norte do Rio Grande do Sul sofrem intenso processo de conversão e degradação, apesar de sua importância ecológica, como corredor entre UC’s, e do potencial econômico da exploração de folhas e frutos. Este trabalho objetivou caracterizar a situação atual e identificar os padrões de conversão da paisagem dos butiazais e a influência que a variação na área de cada uso do entorno teve sobre a alteração na área e fragmentação de butiazais. Para isso, os fragmentos e o uso e cobertura do entorno foram identificados por interpretação visual de fotografias aéreas e imagens e satélite, de 1974 e de 2011. Foi realizada seleção de modelos com base no critério de informação de Akaike (AIC) e, calculada a importância relativa das variáveis independentes para explicar a variação na fragmentação e área dos remanescentes. Observamos uma redução de 88% da área dos butiazais e a predominância de conversão total das manchas, com fragmentação principalmente nas manchas grandes. Os melhores modelos explicaram pouco da perda de área e da fragmentação. A variação na área das estradas não‐pavimentadas no entorno foi a variável com maior importância relativa para a redução dos butiazais. O aumento dessa classe facilita o acesso e expõe as áreas de butiazais à ocupação por outros usos do solo. Ações de proteção e fiscalização, que inibam ou paralisem o processo de conversão dos butiazais, são urgentes e necessárias para evitar o desaparecimento dessa formação vegetal. A recuperação do valor cultural e econômico, a partir da exploração de palha das folhas e dos frutos e do consórcio com outros usos, como pecuária e silvicultura, podem ser alternativas interessantes à conversão desse ambiente. 

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CO.091  INFLUÊNCIA DA COMPLEXIDADE DA VEGETAÇÃO LOCAL E DA ESTRUTURA DA PAISAGEM EM DIFERENTES ESCALAS SOBRE A COMUNIDADE DE ABELHAS E VESPAS (HYMENOPTERA) EM UMA REGIÃO AGRONATURAL DA CHAPADA DIAMANTINA‐BA Santos RLS1, Moreira EF1, Viana BF1, Boscolo D2 ‐ 1Universidade Federal da Bahia ‐ Ciências Biológicas, 2Universidade Federal de São Paulo ‐ Ciências Ambientais / Campus Diadema Estudos empíricos têm evidenciado que a comunidade de Hymenoptera é afetada pela estrutura do habitat e da paisagem, no entanto poucos averiguaram a variação desses aspectos conjuntamente em múltiplas escalas e em ambientes compostos por elementos naturalmente heterogêneos e antrópicos. Deste modo, este estudo visou avaliar o efeito da complexidade da vegetação local e da paisagem em múltiplas escalas espaciais sobre a comunidade de abelhas e vespas (Hymenoptera) em uma região agronatural da Chapada Diamantina, Bahia, onde predomina um mosaico de ambientes naturais de cerrado e diversos cultivos agrícolas. Foram utilizadas Armadilhas Coloridas de Água em quarenta unidades amostrais distribuídas de forma a abranger tanto um gradiente ortogonal de proporção de agricultura e de diversidade de ambientes quanto da variação da estratificação vertical vegetacional. A partir dos dados biológicos coletados foi caracterizada a comunidade quanto a sua composição e riqueza de espécies. As unidades amostrais foram descritas quanto às condições da vegetação local e por características da paisagem (métricas de composição e configuração) em diferentes escalas espaciais. A melhor escala explicativa foi selecionada através da média de melhor ajuste do valor de R². Foi também gerado um mapa de ampla escala espacial da estrutura da paisagem para a região de estudo. Para verificar a relação entre os fatores e os descritores da comunidade biológica foi utilizado o método de seleção de modelos (critério de Akaike). Os modelos selecionados apresentaram baixo peso de evidência, no entanto baseado na importância relativa de cada variável e na razão de evidência entre pares de modelos foi verificado que a composição da paisagem, indicada pela proporção de área antrópica obtida nas escalas ≤ 750m influenciaram positivamente algumas espécies de Hymenoptera. Isto pode ser um indício que  a proporção de área antrópica pode favorecer algumas espécies de abelhas e vespas por disponibilizar algumas fontes de recursos necessárias para sua manutenção na paisagem. Em contrapartida, esse efeito pode ser negativo para outros grupos de espécies que necessitem de outros tipos de recursos alimentares, assim como apresentem hábitos de nidificação diferentes. Isto pode ter implicação direta no sucesso da polinização de diversas espécies vegetais nativas e de cultivos agrícolas. No entanto, este resultado pode está fortemente influenciado tanto pela dinâmica da paisagem quanto pelo método de amostragem empregada e a classificação final do mapa utilizado. Sendo assim, conclui‐se a necessidade de novos estudos que avaliem os parâmetros da paisagem em diferentes escalas sobre a comunidade de Hymenoptera.   Entidades Financiadoras: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) 

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CO.092  ANÁLISE DA DIVERSIDADE COMPORTAMENTAL DE ARANHAS EM PAISAGENS COM DISTINTOS HISTÓRICOS BIOGEOGRÁFICOS Tourinho LOP1, Mendonça AA1, Porto TJ1, Leite CMP1, Japyassú HF2 ‐ 1Universidade Federal da Bahia, 2Universidade Federal da Bahia ‐ Departamento de Zoologia Segundo a Teoria dos Refúgios Florestais Tropicais, a disposição espacial dos biomas florestados modificou em resposta às alterações climáticas quaternárias, com a formação de manchas florestais (refúgios). Estudos têm avaliado a influência desse histórico sobre as diversidades específica e genética. Porém, apenas baseando‐se nessa informação não é possível supor a influência sobre a diversidade comportamental, pois esta não está relacionada somente à expressão gênica. Há, também, efeitos de outras variáveis como a plasticidade fenotípica comportamental. Nosso objetivo foi avaliar se há diferença na diversidade comportamental entre regiões com distintos históricos biogeográficos, baseado na análise do comportamento predatório de aranhas do gênero Micrathena (Araneae, Araneidae). Nós prevemos que a diversidade comportamental seja maior nos refúgios, pois a maior diversidade genética provavelmente está relacionada à maior diversidade comportamental. As paisagens localizadas nos refúgios também apresentam maior diversidade específica (devido ao efeito fundador), aumentando a ocorrência de interações interespecíficas e gerando maior diversidade fenotípica. Ainda, a instabilidade histórica ambiental fora do refúgio pode ter resultado na diminuição das diversidades específica, genética e comportamental, devido a eventos de extinção e dispersão. Filmamos 23 aranhas em quatro paisagens de refúgios e 14 em cinco paisagens fora dos refúgios, localizadas em áreas de Mata Atlântica, Bahia (modelo de refúgios adaptado de Carnaval & Moritz, 2008), com distintos graus de fragmentação. Utilizamos uma ANCOVA para testar a diferença entre as áreas de distintos históricos biogeográficos e controlar estatisticamente a influência da fragmentação.  Após analisarmos estas filmagens, diagnosticamos, ao todo, 24 categorias comportamentais (mônades). Analisamos a frequência relativa das categorias de cada indivíduo utilizando o Índice de Estereotipia (IE), que varia de zero a um. Quanto mais próximo de um, menor a diversidade comportamental. Encontramos, em média, valores menores do IE para áreas fora dos refúgios (média=0,3298; DP=0,0435) em relação aos refúgios (média=0,3905; DP=0,0359). A diversidade comportamental das aranhas Micrathena observadas nos refúgios, é menor quando comparada à de não refúgios (F1,8=14,608; R

2=0,771; p=0,009). A maior diversidade comportamental nas áreas fora dos refúgios pode estar relacionada à sua maior instabilidade histórica. Nestas áreas, a variação cíclica de recursos disponíveis pode impedir a seleção de indivíduos especialistas. Por outro lado, em áreas estáveis (refúgios) houve tempo suficiente para a seleção favorecer a especialização fenotípica em função do número de estratégias de exploração dos recursos, reduzindo a sobreposição de nichos. Assim, concluímos que a comunidade de Micrathena fora dos refúgios apresenta maior diversidade comportamental quando comparada às aranhas dos refúgios.  Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) 

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CO.093  GEOPROCESSAMENTO APLICADO À IDENTIFICAÇÃO DE CONFLITOS EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE NO MUNICÍPIO DE SÃO VICENTE (SÃO PAULO, BRASIL) Castro M1, Toppa RH2 ‐ 1UFSCar ‐ Sorocaba, 2UFSCar ‐ Sorocaba ‐ Núcleo de Estudos em Ecologia da Paisagem e Conservação As recentes transformações de uso da terra no município de São Vicente, localizado no Estado de São Paulo (Brasil), vêm provocando um grande impacto ambiental e social. A presença de ocupações irregulares na Serra do Mar provoca perda de biodiversidade, alteração da topografia e da permeabilidade do solo. Uma maneira de evitar esses riscos ambientais é respeitar as Áreas de Preservação Permanente (APP) previstas no Código Florestal (CF) Brasileiro (Lei Federal 12.651, 25 de maio de 2012). Ao espacializar as informações territoriais, o geoprocessamento permite com que seja mais eficiente o manuseio desses dados e o estabelecimento de faixas de influência (buffers). O objetivo desse trabalho foi delimitar as APP em São Vicente segundo a hidrografia e mapear a vegetação, vias de transporte e urbanização (ocupação industrial e habitacional), buscando áreas de ocorrência de conflitos legais. A base de dados para a interpretação digital foi um conjunto de fotografias áreas do ano de 2007 cedidas pelo 3° Batalhão de Polícia Ambiental do município do Guarujá. O processo de vetorização e análise espacial foi realizado com os softwares MapInfo e ARCGIS. Foram elaborados mapas temáticos referentes aos planos de informação e um mapa síntese apresentando os trechos de conflito correlacionando‐os com os diferentes usos da terra. Por meio do mapeamento do uso da terra foi realizada a quantificação de cada classe, sendo que o município apresenta um cenário ideal de 30% de Áreas de Preservação Permanente. Ainda que a urbanização (20% do território) seja responsável por uma perda de aproximadamente 10% de APP, 77% dessas áreas são ocupadas por vegetação. Esse fato se deve principalmente à presença do Parque Estadual da Serra do Mar e Parque Estadual Xixová‐Japuí em 46% da área total de São Vicente. Foram avaliados documentos técnicos e legislações com a finalidade de verificar possíveis inconformidades com a distribuição das APP. O Zoneamento Ecológico‐Econômico da Baixada Santista, por exemplo, ao permitir ocupação humana de baixo impacto e usos como mineração e assentamentos nas zonas onde se encontram as APP não está de acordo com o desenvolvimento de atividades de manejo sustentável, como estabelecido pelo CF. Por isso, foi considerado válido somente como fornecedor de diretrizes para ocupação, sendo que está submetido a normas mais restritivas, como os decretos de Unidades de Conservação. Além disso, a Lei de Uso do Solo de São Vicente não prevê o enquadramento das APP na categoria mais protegida, somente dos cursos de água. 

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CO.094   A CALIGRAFIA DA SOCIEDADE NA PAISAGEM: INSTITUIÇÕES E TRANSFORMAÇÕES NO ENTORNO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA SERRA DO ESPINHAÇO, MG – PRIMEIRA APROXIMAÇÃO  Ribeiro AP1, Drummond JAL2 ‐ 1Universidade de Brasília ‐ UnB ‐ Centro de Desenvolvimento Sustentável ‐ CDS/Mestranda, 2Universidade de Brasília ‐ UnB ‐ Centro de Desenvolvimento Sustentável ‐ CDS/Professor Associado II  Instituições podem ser entendidas como as regras formais e informais adotadas pela coletividade em cada circunstância. Quando as regras formais que regem a gestão do meio ambiente e dos recursos naturais são mal‐estruturadas, o acesso a estes recursos tende a ocorrer de forma descontrolada e com riscos de descontinuidade. Isso é agravado nos casos de recursos pressionados pela ação humana, circunstância que dificulta a sua conservação. O estudo de mudanças no uso da terra e dos recursos naturais conexos pode funcionar como um importante meio de avaliar a variação temporal dos estoques e da qualidade dos recursos naturais, ajudando na estimativa da eficácia das instituições de regulação do uso desses recursos. Tradicionalmente, áreas protegidas de proteção integral são consideradas modelos eficazes de conservação do meio ambiente, constando como uma das importantes metas da Convenção de Defesa da Biodiversidade. Alguns autores consideram esta afirmação mito, defendendo que o envolvimento da população no processo de proteção possibilita uma conservação mais efetiva. Quando a população não acredita que o governo tem o direito de regulamentar o uso dos recursos naturais, a organização comunitária pode optar entre resistir e sabotar as regras formais. Os Parques Estaduais do Rio Preto e de Serra Negra apresentam diferentes casos de implantação, regularização, gestão e condução dos conflitos entre as comunidades afetadas e os parques que as afetam. No caso do primeiro, houve uma convergência dos interesses de comunidades no sentido de proteger os recursos naturais com as metas do órgão responsável pela conservação da área. Já no segundo caso, poucas informações estão disponíveis em fontes acessíveis à pesquisa bibliográfica. Desde a sua criação, em 1998, o parque passa por um longo processo de regularização de seus limites. Os dois parques foram selecionados para este estudo, que objetiva analisar os efeitos das instituições sobre os padrões de uso da paisagem, através do estudo da mudança de cobertura da terra ao longo do tempo. O intuito é fazer uma comparação entre dois parques estaduais, da mesma categoria de proteção, com datas de implantação próximas, inseridas dentro do mesmo mosaico de unidades de conservação, mas com contextos institucionais completamente díspares, que alcançaram até agora diferentes resultados dentro do objetivo final de conservar o meio ambiente. A hipótese adotada neste projeto de pesquisa é de que instituições mais fortes e consolidadas, criadas e ratificadas num esquema bottom‐up têm um potencial maior de alcançar o objetivo de manutenção dos recursos naturais. 

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CO.095   ÁREAS POTENCIAIS PARA CRIAÇÃO DE CORREDORES ECOLOGICOS COMO SUBSÍDIO PARA A DELIMITAÇÃO DA ZONA DE AMORTECIMENTO DO PARQUE ESTADUAL MATA DO LIMOEIRO, ITABIRA, MG.  França LE1, Horta MB2, Schepop JV2, Alves DM3, Padilha GEV2 ‐ 1Bicho do Mato Instituto de Pesquisa ‐ Meio Ambiente/Engenharia Ambiental, 

2Bicho do Mato Instituto de Pesquisa ‐ Meio Ambiente/Biologia, 

3Bicho do Mato Instituto de Pesquisa ‐ Meio Ambiente/Geografia Corredores ecológicos têm sido utilizados como estratégia para conservação de ecossistemas fragmentados, funcionando como habitats e refúgios facilitadores ao deslocamento da fauna silvestre. Este estudo descreve os procedimentos adotados para a detecção de áreas potenciais para a criação de corredores ecológicos e delimitação da zona de amortecimento do Parque Estadual Mata do Limoeiro. Foram aplicadas ferramentas de SIG e sensoriamento remoto, incluindo álgebra de mapa e processamento de imagem de satélite Landsat. Os parâmetros utilizados para definição dos corredores compreenderam uso do solo e cobertura vegetal, áreas de preservação permanente, declividade e inserção em áreas protegidas. A delimitação da zona de amortecimento propriamente dita foi consolidada através da espacialização dos corredores ecológicos e de bacia hidrográfica, que se mostrou relevante para a conservação da ictiofauna. A área potencial obtida para a formação de corredores foi de 8.234ha, 5% dos quais inseridos na região leste do parque, onde o processo de fragmentação é mais intenso. Os corredores ecológicos representaram 21% da zona de amortecimento, que agregou área total de 30.113 ha. A seleção e adoção de análise espacial de parâmetros ambientais pode contribuir para delimitação de zonas de amortecimento e auxiliar na definição de critérios, que até o presente encontram‐se imprecisos na legislação brasileira concernente às unidades de conservação.  Palavras‐chave: corredores ecológicos, zona de amortecimento, conservação, SIG, sensoriamento remoto 

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CO.096   ÁREAS PROTEGIDAS NA PREVENÇÃO DE CATÁSTROFES: ESTUDO DO EVENTO NATURAL EXTREMO OCORRIDO NO VALE DO RIO CUIABÁ, PETRÓPOLIS – RJ   Valverde Y1,2, Coutinho B3, Graeff O, Tarin D4 ‐ 1Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro ‐ Laboratório de Gestão Ambiental do Departamento de Ciencias Ambientais e Florestais, 2Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas Estratégias e Desenvolvimento (INCT/PPED), 3Mosaico Conservação e Licenciamento Ambiental Ltda, 

4Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro 

‐ Instituto Superior do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro  No bioma Mata Atlântica vivem hoje mais de 100 milhões de pessoas e os impactos decorrentes da ocupação e das atividades humanas geram uma paisagem extremamente fragmentada, onde os ecossistemas remanescentes formam mosaicos com áreas de uso e de ocupação. Nesse contexto, existe uma relação de interdependência entre as sociedades humanas e a natureza, na qual, freqüentemente, eventos naturais são influenciados pelas ações humanas e, ao mesmo tempo, geram importantes efeitos sociais. Nesse caso enquadra‐se a tragédia gerada pelas chuvas que atingiram a Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro em 12 de janeiro de 2011, que ocasionou a morte e desaparecimento de cerca de 1.500 pessoas, além de prejuízos materiais incalculáveis para indivíduos e instituições. Como forma de regulamentar a relação entre homem e natureza e evitar ou minimizar problemas decorrentes desta relação, a Política Nacional de Meio Ambiente inclui instrumentos para ordenar o uso e a ocupação do território, a conservação dos ecossistemas, além de estimular uma gestão sustentável e participativa do ambiente. Entre tais instrumentos, relaciona‐se a criação de espaços especialmente protegidos, seja através das Áreas de Preservação Permanente (APPs), previstas no Código Florestal, ou através do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. O presente trabalho analisou a paisagem do Vale Rio do Cuiabá em Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, antes e depois da tragédia, e avaliou a influência da manutenção das suas áreas protegidas. As análises envolveram a observação em campo e o mapeamento a partir de bases cartográficas, imagens de satélite e aerofotos, antes e depois do evento.  Foram produzidos mapas com a delimitação das áreas protegidas e atingidas pelos movimentos de massa e avalanche de detritos. Observou‐se que parcela significativa das edificações atingidas (73%) estava localizada em APPs, na área de influência de Unidades de Conservação (Parque Nacional da Serra dos Órgãos e APA Petrópolis). O estudo demonstrou a importância da manutenção da qualidade dos fragmentos florestais e da gestão e manutenção das APPs e UCs para minimizar de forma significativa a tragédia. Os resultados reforçam o conceito, cada vez mais difundido, de que as APPs e UCs transcendem sua função de proteção da natureza, para se constituírem em áreas de segurança para o próprio ser humano. O estudo apontou, dentre outras, a necessidade de uma gestão ambiental efetiva, que busque consensos sobre a importância dos serviços ambientais prestados pela manutenção dos ecossistemas naturais na região. 

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CO.097  ECOLOGIA DA PAISAGEM APLICADA À DELIMITAÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA A GESTÃO EM AÇUDES URBANOS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO   Araújo OC1, Lobo JA2, Medeiros LC2, Guedes JCF2, Costa DFS3, Rocha RM4 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ Graduanda em Geografia/Depto. de Geografia (UFRN/CERES/Campus de Caicó) E‐mail: [email protected]

2Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ Graduandos em 

Geografia/Depto. de Geografia (UFRN/CERES/Campus de Caicó), 3Universidade Federal do Rio Grande 

do Norte ‐ Prof. Colaborador do Departamento de Geografia/ Laboratório de Ecologia do Semiárido, CERES‐Campus de Caicó, 4Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ Prof. Adjunto do Departamento de Geografia/ Coordenador do Laboratório de Ecologia do Semiárido, CERES ‐ Campus de Caicó A conservação dos recursos hídricos em áreas urbanas implica cada vez mais na análise da ocupação do solo nas margens destes reservatórios. Considerando a importância da análise do gradiente espacial para a avaliação de áreas prioritárias para a conservação e/ou recuperação no semiárido, este trabalho teve por objetivo mapear a ocupação do solo e as unidades geoecológicas da paisagem nas áreas de preservação permanente (APP) dos Açudes Penedo e Recreio (Caicó–RN: 6°29’20”S/37°04’00”W) e Comissão (Jardim do Seridó‐RN: 6°35'31,45"S/36°46'25,11"W). A produção do material cartográfico foi realizada em ambiente de Sistema de Informação Geográfica (SIG), com o auxílio do software ARCGIS 10, envolvendo o processamento digital das imagens e a produção de mapas temáticos (escala de 1:2.500) com as diferentes classes de ocupação do solo e das unidades geoecológicas. Através da análise da paisagem, foi possível identificar os usos e ocupação do solo destas APPs, com predominância das áreas com solo exposto, vegetação rala e zona urbana. A partir do mapeamento de uso do solo, foi efetuado um zoneamento e delimitação de áreas prioritárias para a conservação e/ou a recuperação em toda a APP. As áreas prioritárias definidas como de alta importância para a conservação envolveram as zonas de uso restrito (correspondendo a trechos com vegetação rala e o corpo d’água), nas quais apenas poderão ser realizadas atividades de recreação e educacionais, cuja edificação apenas poderá ser realizada mediante licenciamento ambiental. Por sua vez, as áreas de elevada prioridade abrangeram a zona de risco (zona urbana), pois apresentam uma maior susceptibilidade a doenças de veiculação hídrica e inundação sazonal. Por fim, as áreas de extrema prioridade abrangeram as zonas de recuperação nos locais com ausência de cobertura vegetal (solo exposto), as quais foram alteradas pelas atividades humanas, apresentando riscos de assoreamento e erosão. Verificou‐se que a porcentagem de ocupação urbana nas APPs dos reservatórios analisados é bastante elevada, superando as demais classes de uso do solo. Nesse sentido, foram indicadas uma série de áreas prioritárias com estratégias diferenciadas para a gestão dessas áreas (e.g. conservação, recuperação, campanhas de educação ambiental, etc.). Portanto, este trabalho vem a contribuir como uma ferramenta prática de consulta para a tomada de decisões em políticas de gestão pública, a fim de minimizar os processos de degradação nos reservatórios analisados. 

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CO.098   INFLUÊNCIA DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS ÁREAS VERDES URBANAS NO MICROCLIMA E CONFORTO TÉRMICO: ESTUDO DE CASO NO PLANO PILOTO DE BRASÍLIA.  Costa LCC1, Sartorello R1 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ Departamento de geografia  A presença de vegetação nos centros urbanos é um sinônimo de qualidade de vida para sua população. Entretanto os benefícios trazidos pela vegetação tem caráter apenas local, não exercendo influência sobre regiões muito além das áreas vegetadas, sendo recomendada sua distribuição pelas áreas de espaço construído. Brasília se destaca pelo planejamento de sua vegetação urbana, seguindo o modelo de “cidade parque”. Um dos elementos planejados foram a existência de cinturões verdes, faixas de 20 metros de vegetação arbórea, no entorno das superquadras residências, propiciando assim melhorias nas condições de conforto térmico dos seus habitantes. Este estudo tem como objetivo identificar a relação existente entre a cobertura vegetal e as condições microclimáticas e de conforto térmico na região do Plano Piloto de Brasília e se propõe também analisar a distribuição da vegetação nesta, visando identificar a atual situação da cobertura vegetal.  Para a realização deste estudo foi realizado um mapeamento das áreas verdes urbanas de Brasília a partir de imagens Ikonos do ano de 2010, com uma resolução espacial de 4 metros. A partir deste foi realizada uma análise da porcentagem de vegetação e sua distribuição por quadrícula de 2,5 ha. Em campo foram obtidos dados sobre as condições microclimáticas de temperatura e umidade, aplicados questionários sobre o conforto térmico em duas superquadras previamente selecionadas a partir de imagens de satélite com base na quantidade de vegetação presente em cada uma. A área avaliada da região do Plano Piloto apresenta 15.600 ha, desses 1.687 ha são recobertos por vegetação, correspondendo a aproximadamente 10% da área total analisada, evidenciando que o total do recobrimento para a região é baixo. Foi constatada ainda, uma má distribuição da cobertura vegetal, sendo essa concentrada principalmente na região das superquadras residenciais, e mesmo nesta região, a distribuição é irregular, sendo mais densa na Asa Sul com quadrículas variando entre 40% a 60%, enquanto na Asa Norte varia de 10% a 30%, tendo poucas áreas com cobertura superior a 40% e apresentando ainda áreas que ficam entre 0% a 10%. A análise dos dados de temperatura e umidade apresentou pouca variação entre as duas áreas, ainda assim essa variação foi suficiente para que superquadra localizada na área com maior porcentagem de vegetação ficasse mais próxima da zona de conforto térmico. Os dados dos questionários enfatizam esse resultado na medida em que os entrevistados com maior sensação de conforto térmico se encontravam na região mais arborizada. 

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CO.099   OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DE ÁREAS ÚMIDAS DO ESTUÁRIO HIPERSALINO DO RIO APODI‐MOSSORÓ NO LITORAL SETENTRIONAL DO RIO GRANDE DO NORTE (BRASIL)  Costa DFS1, De Medeiros Rocha R1 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Campus de Caicó) ‐ Departamento de Geografia As áreas úmidas são importantes ecossistemas de refúgio e alimentação para diversas espécies de aves migratórias e residentes. Além disso, estes ambientes prestam uma série de serviços ambientes para as populações humanas no seu entorno. No Brasil, tais zonas são alvo constante de especulação imobiliária e explotação dos seus recursos naturais. A pesquisa em questão tem por objetivo analisar a dinâmica de ocorrência e distribuição das áreas úmidas nas margens do estuário do Rio Apodi‐Mossoró (RN‐Brasil) no intervalo de 32 anos (1976 a 2008). Esse estuário está localizado no litoral setentrional do Estado do Rio Grande do Norte, nos municípios de Grossos, Areia Branca e Mossoró. O mapeamento foi elaborado por meio de interpretação visual das imagens dos sensores MSS/LANDSAT 1 (1976), TM/LANDSAT 5 (1989) e CCD/CBERS‐2B (2008), utilizando‐se o software ArcGIS 10. A partir do levantamento de ocupação do solo nos anos de 1976, 1989 e 2008, foram identificadas 05 tipologias de áreas úmidas: manguezal, campo salino, salinas, apicum e lagoas naturais temporárias. De acordo com a análise dessas classes de cobertura do solo, as salinas apresentam‐se como elemento dominante no recorte espacial delimitado, onde já em 1976 ocupavam 20,6% da área analisada, praticamente dobrando esse valor em 1989 (37,1%) e passando para 42,4% em 2008. Em termos de área, o campo salino em 1976 ocupava 18,1%, com uma redução em 1989 para 13% e 12,7% em 2008. Por sua vez, o manguezal apresentou uma redução em sua área a partir do segundo recorte temporal analisado. O aumento da área pelas salinas se deu em todo o estuário, principalmente à montante, ocupando grandes áreas que eram de campo salino e solo exposto em 1976. Um impacto preocupante foi a ocupação pela carcinicultura na zona antes dominada pelo campo salino, Caatinga rala e lagoas no alto estuário, após 1989. Esta atividade se traduz de forma preocupante para a gestão do estuário em virtude do seu potencial poluidor, principalmente através do descarte de águas ricas em nutrientes e metais pesados. Em virtude da dinâmica nas alterações da paisagem nesta zona estuarina, a sua gestão depende de um rígido processo de licenciamento e fiscalização ambiental, acompanhado de estudos de capacidade de suporte e o monitoramento constante para fins de identificação imediata de eventuais focos de degradação. 

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CO.100   MUDANÇAS NO USO E OCUPAÇÃO DA TERRA E COBERTURA VEGETAL NO MUNICIPIO DE BERTIOGA – SP  Richter M1, Fornelos LF2, Cruz CM2 ‐ 1UFRRJ ‐ DES, 2UFRJ ‐ Depto de Geografia O planejamento considerando a paisagem envolve decisões sobre alternativas futuras de uso e ocupação de forma criteriosa e sustentável visando acomodar as necessidades do homem. Neste sentido, as análises de mudança do uso da terra e cobertura vegetal são fundamentais para apontar em escala temporal e espacial, as pressões sobre os ecossistemas e as implicações ambientais, sendo uma das primeiras atividades a serem desenvolvidas no escopo do planejamento ambiental e da paisagem. Além disso, fornecem dados quantitativos descrevendo onde e quando essas mudanças ocorreram. Desta forma, pesquisas considerando os aspectos apontados são de grande importancia, visto permitirem o entendimento do processo de ocupação, ressaltando‐se a urbanização por ser irreversível, bem como orientando a elaboração e revalidação dos instrumentos de ordenamento territorial e de gestão ambiental. Na Baixada Santista, localizada no litoral de São Paulo, da totalidade das florestas de restinga originalmente existentes restam, com estrutura fisinômica e composição florística preservadas aproximadamente 22%. Deste total, a maior parte localiza‐se em mancha praticamente contínua na planície de Bertioga. Este municipio, além do enorme potencial ambiental, apresenta também considerável potencial turístico em função de sua proximidade com a orla e aspecto paisagístico, bem como facilidade de acesso principalmente proveniente da região metropolitana de São Paulo. A associação desses fatores tem causando rápido crescimento urbano e populacional, e conseqüentemente, grandes alterações em seu ambiente natural. Diante do exposto, a presente pequisa teve como objetivo mapear e quantificar as classes de uso e ocupação da terra e cobertura vegetal num intervalo de tempo de 20 anos contados a partir da década de 80, considerada como o marco das maiores transformações na paisagem do Município, apontando as áreas sob maior pressão, especialmente quanto à urbanização. Os resultados obtidos indicam que apesar da urbanização, principalmente nas áreas mais próximas a orla em função da demanda por segundas residências, Bertioga encontra‐se em razoável estado de conservação, sendo que das florestas convertidas para outros usos, 75% foi para áreas urbanas; e as formações florestais que mais perderam espaço foram as associadas aos terraços marinhos altos holocênicos e cordões arenosos holocênicos. Ou seja, é preciso haver garantias de que as áreas remanescentes com vegetação nativa serão devidamente tratadas, priorizando‐se as mais ameaçadas.  

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CO.101   PADRÃO ESPACIAL‐FUNCIONAL DE FLORESTAS RIPÁRIAS NO RIO PITANGUI, PARANÁ, BRASIL  MORO RS1, PEREIRA TK2 ‐ 1Universidade Estadual de Ponta Grossa ‐ Biologia Geral, 2UEPG ‐ Mestrado em Gestão do Território Na busca de parâmetros adequados para a modelagem ecológica em distribuições espaciais, este estudo analisou as zonas ripárias dos rios Pitangui e Jotuba, no Primeiro Planalto Paranaense, a fim de estabelecer um modelo para paisagens ripárias em ambientes de ecótono. As áreas da metacomunidade Floresta Ombrófila Mista Aluvial, com a fitocenose floresta ripária (FR), foram delimitadas a partir de ortofotos de 2001 (1:10.000), incluindo a vegetação arbórea nos limites de inundação dos canais lóticos dos rios. A partir de imagens geoprocessadas pelo software ArcGis 9.3, foram calculadas métricas da paisagem pelo software Fragstats para caracterizar manchas e corredores, adotando 30 metros de borda. O Rio Pitangui (1.072 ha) apresentou o dobro de FR que o Rio Jotuba (539 ha), porém a proporcionalidade foi equivalente (40%). Ambos os rios apresentaram um grande número de pequenas manchas e poucas áreas relativamente extensas, com tendência para formatos mais complexos e irregulares com o incremento de área. A correlação entre AREA/SHAPE e AREA/FRACT é forte em ambos os rios (Pitangui rs=0,85 e 0,80 e Jotuba rs=0,90 e 0,87 respectivamente). No Pitangui, o tamanho médio das manchas foi de 12,9 ha (±35,0) ‐ com LPI de 174,6 ha (16,2%); para o Jotuba o tamanho médio das manchas foi de 11,5 ha (±21,0), com LPI de 75,3 ha (19,4%). Há uma correlação muito forte entre as FR de ambos os rios quando comparadas a distribuição das áreas (rs=0,93) e o número de manchas em cada classe de tamanho (rs=0,98). Em ambos, as manchas menores mostraram maior heterogeneidade na disposição espacial que as maiores, mais agregadas, margeando os canais fluviais. No Pitangui, as manchas menores que 1,0 ha apresentaram SHAPE e FRACT médios de 1,51 e 1,09, respectivamente; as manchas com áreas maiores que 50 ha apresentaram SHAPE e FRACT médios de 6,56 e 1,27. No Jotuba, as manchas menores que 1,0 ha somam apresentaram SHAPE e FRACT médios de 1,42 e 1,08, respectivamente; as manchas com áreas maiores que 50 ha apresentaram SHAPE e FRACT médios de 5,31 e 1,25. Devido a linearidade das manchas, quase 60% das áreas de FR em ambos os rios está sob efeito de borda. No Pitangui 91 áreas nucleares estão ligadas por 69 corredores e no Jotuba, 53 áreas nucleares se ligam por 47 corredores. A espacialização das áreas naturais nas zonas ripárias foi considerada de origem marcadamente natural e, portanto, representativa de um modelo para a região.    

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RESUMOS DE PÔSTERES  PT.001   A IMPORTÂNCIA DOS PARQUES URBANOS E DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE PARA A URBANIZAÇÃO DE FORMA SUSTENTÁVEL NO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA  Silva CCG1 ‐ 1IFPB: Campus João Pessoa ‐ COPEX Este trabalho foi criado com o intuito de realizar uma discussão sobre o papel dos Parques Urbanos e das Áreas de Preservação Permanente (APPs) para a sustentabilidade urbana em João Pessoa ‐ PB. De início trabalha‐se o conceito de sustentabilidade visando a sustentabilidade urbana com o intuito de buscar melhorias que deve integrar com ações ou atividades de planejamento ambiental. A cidade de João Pessoa conta com 30% de sua área composta por vegetação remanescente da Mata Atlântica, com isso é considerada a segunda cidade mais verde do país. Pretende‐se avaliar a dificuldade de se aproveitar os Parques Urbanos e as Áreas de Preservação Permanente nas políticas voltadas para o planejamento urbano em João Pessoa. Para compreender tais questionamentos sobre a problemática levantada houve um levantamento bibliográfico.  

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PT.002   Zoneamento da Silvicultura Econômica no Estado do Rio Janeiro: implantação de atividades econômicas sustentáveis para a restauração de paisagens e geração de renda  Napoleão PRM1,2,3,4,5,6 ‐ 1Instituto Estadual do Ambiente ‐ INEA ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA, 2Julia Bastos ‐ Secretaria de Estado do Ambiente ‐ SEA/RJ, 3Paulo Vinícius R. Fevrier ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA, 

4Silvia Fins ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ 

GEOPEA/DIMAM/INEA, 5Ana Carolina Lima de Souza ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos 

Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA, 6Rejane da Silva Souza ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA  A silvicultura consiste no uso racional das florestas plantadas, visando atender às demandas de suprimento de matéria‐prima para o setor industrial. Procura regenerar e melhorar povoamentos florestais com vistas ao aproveitamento econômico, ecológico, científico, social. A Lei estadual n° 5067/2007 dispõe sobre o zoneamento ecológico‐econômico e, por meio de seus decretos regulamentadores, coloca a silvicultura como uma atividade que deve fomentar o desenvolvimento socioeconômico regional, a restauração florestal e os sistemas agroflorestais, reduzindo as pressões sobre as áreas protegidas e promovendo a recuperação de áreas degradadas nas propriedades.   O Estado do Rio de Janeiro possui 43.766 km2 de área total, dos quais 58,42% de seu território são ocupados por áreas de pastagens, conforme o monitoramento de uso da terra e cobertura vegetal realizado pela Geopea/Dimam/Inea‐RJ (2010). A promoção do desenvolvimento regional com bases sustentáveis colocam estas áreas como de interesse da política de incremento da silvicultura, necessitando de um zoneamento que defina as áreas mais adequadas para a atividade, considerando aspectos pedológicos, geomorfológicos, climáticos, as restrições legais e ambientais adotadas na legislação, tais como áreas florestadas, cursos d´água, centros urbanos e produtivos, áreas prioritárias para conservação e restauração florestal. Foram definidas cinco zonas de favorabilidade para a prática da silvicultura, considerando as características de cada região hidrográfica do Estado do Rio de Janeiro. A RH IX (Baixo Paraíba do Sul) é a que apresenta, em termos absolutos, a maior área favorável, com cerca de 705.000 hectares, o que representa 62% de seu território e pode indicar uma alternativa econômica às atividades de pequeno rebatimento econômico, como a cerâmica vermelha, mineração e fruticultura. A RH X (Itabapoana) tem 71% de seu terreno favorável à silvicultura, com a previsão da formação de distritos florestais com a RH IX. A RH III (Médio Paraíba do Sul) tem 44% de suas terras adequadas à silvicultura. Esta prática deve conciliar plantios de espécies exóticas com nativas, adotando um modelo que alavanque benefícios ambientais, como a captura de CO2, aumento da biomassa, melhoria da permeabilidade do fluxo gênico e a resiliência da paisagem regional, promovendo desenvolvimento social com a geração de empregos nas áreas rurais de baixa renda, podendo, desse modo, a silvicultura ser considerada uma das atividades da economia verde. 

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PT.003   NOVO CENÁRIO DA PAISAGEM URBANA NO NORDESTE BRASILEIRO  Silva LF1, Carvalho AA1, Nascimento LR ‐ 1UFRPE/UAST ‐ Unidade Acadêmica de Serra Talhada No Brasil a falta de planejamento urbano e a expansão desordenada trouxeram graves conseqüências para população, que convive com enchentes causadas pelo solo impermeabilizado; poluição sonora, que agrava o comportamento humano com irritabilidade e estresse; poluição do ar devido à quantidade de carros e calor intenso, ocasionado pela falta de árvores e podas drásticas.  Entretanto, com o aumento da temperatura nas cidades, a arborização urbana tornou‐se uma questão importante dentro das políticas públicas, principalmente na escolha da espécie arbórea adequada e o seu manejo. Diante deste contexto, o trabalho teve o intuito de avaliar a mudança de paisagem na cidade de Serra Talhada/PE. Na planilha de campo foram anotados o local, o gênero e espécie, a origem (exótica e nativa) e os tipos de podas (drástica, rebaixamento, levantamento, lateral, “V” ou “U” e limpeza). Foram escolhidos três bairros até o momento, que estão sendo analisados desde março de 2011.  Já foram observadas 2.526 árvores, com 34 espécies, das quais o Ficus benjamina L. (Moraceae) com 65,44%, Azadirachta indica A. Juss (Meliaceae) com 16,47% e a Senna siamea (Lam.) Irwin& Barneby (Fabaceae) com 10,06%. Estas espécies são exóticas, o que interfere na paisagem local, pois a cidade está inserida no Bioma Caatinga, cuja vegetação é totalmente diferente, com árvores e arvoretos, que perdem as folhas (caducas) no período de maior temperatura. Contudo, a prática de plantar espécies exóticas ocorre na maioria das cidades do nordeste (Campina Grande/PB, Natal/RN, Sobral/CE e Aracaju/SE). O plantio de única espécie proporciona baixa diversidade e perda dos exemplares quando ocorrer uma doença ou praga. Por exemplo, a espécie Ficus benjamina, que teve incidência de mosca branca Singhiella simplex (Singh.) e comprometeu a maioria dos exemplares (75%). Os tipos de podas com maior frequência foram levantamento (40%), rebaixamento (39,82%) e drástica (16%). A poda de rebaixamento é muito comum para evitar o contato da copa com a fiação, porém com manejo adequado seria possível não interferir na arquitetura da planta. Por outro lado, as concessionárias de energia recomendam arbustos para evitar esse problema, o que interfere totalmente na paisagem, além de diminuir área sombreada. A poda do tipo topiária é muito comum em quase todas as cidades do nordeste e a população alega a beleza, porém a questão ambiental fica prejudicada. Portanto, a educação ambiental vem sendo acompanhada para mostrar as espécies nativas, com ênfase no seu valor e contribuição para o clima e curso de podas. 

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PT.004   ESTRADA CÊNICA NO JALAPÃO ‐ TO UM DESAFIO PARA A CONSERVAÇÃO DA PAISAGEM  SANTOS EM1 ‐ 1UFT A estrada cênica passa por belas paisagens, podendo ou não ter estruturas de interpretação, recreação e planos de manutenção paisagística. Como estratégia para o ordenamento turístico e conservação da paisagem da região do Jalapão – TO está sendo implantada uma estrada‐cênica para a alça viária na rodovia TO 030 que liga os municípios de Novo Acordo e São Félix do Tocantins. Todavia, a região do Jalapão como uma área de relevante importância biológica do cerrado, vem sendo pressionada por usos turísticos de diferentes interesses. Suas estradas, ao serem usadas como roteiros turísticos para atividades de esportes de aventura e para a visitação de determinados atrativos acabam servindo como um indutor de percepções ambientais diante de suas paisagens (fitofisionomias, serras e rios), gerando uma visibilidade distorcida da região, desconsiderando a sua biodiversidade e a sua vocação ecoturística. Destacamos ainda como problemas ambientais dessa via os passivos gerados pela implantação da mesma, e que não sendo recuperados se agravam e degradam a paisagem. Além da prática de uso do fogo como renovação de pastagens nativas que é anualmente recorrente pelo uso do solo para pecuária. Neste estudo consideramos as fitofisionomias caracterizadas da paisagem ao longo da Rodovia TO 030 que dizem respeito às formações do cerrado florestal, savânica e campestre, as quais evidenciam o potencial cênico desta via. As variedades de espécies identificadas comprovam o valor biológico da região e reforça a necessidade da adoção de uma política ambiental de manejo.  Investigou‐se também a percepção da comunidade envolvida na qual os sujeitos, apesar de apresentarem uma relação topofílica com o lugar, não o percebem através da ação de contemplar, ou de valorar a natureza com sentimento bucólico, a relação topofílica com o lugar para eles é de sobrevivência. Sendo constatado maior cuidado e preocupação com as matas ciliares e matas de galerias por estarem próximas aos rios e córregos. Sendo assim, o uso desta rodovia como roteiro turístico deve aliar a conservação ambiental através de manejo, o envolvimento das comunidades locais e visitantes, em busca de estratégias de gestão que leve ao uso ordenado, contribuindo para a conservação dos recursos naturais existentes na região. 

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PT.005   ANÁLISE DO GEOSSISTEMA SERRA DA AREIA EM APARECIDA DE GOIÂNIA – GO  MENDONÇA NETO WL1 ‐ 1UFG ‐ IESA           O município de Aparecida de Goiânia possui em seu território, principalmente dentro dos limites do Parque Municipal Serra da Areia (PMSA), diversas nascentes de recursos hídricos tributários da Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte, como os Córregos Saco‐feio, Santo Antônio, Itapoã, Tamanduá, Almeida, Granada, Barreiro, da Lagoa, Grande, Palmito, da Mata, Galhardo e Córrego das Lajes.             Esse trabalho tem como objetivo realizar uma análise do PMSA a partir do entendimento de que essa região constitui um geossistema. Essa área de proteção ambiental (APA) possui 2.890 hectares e tem grande diversidade de fitofisionomias do cerrado, assim como de espécies de fauna e flora, e apresenta papel fundamental na dinâmica das águas superficiais e subterrâneas no município.           Em seu interior existe pelo menos quinze nascentes que sustentam em diversos níveis os recursos hídricos dentro da Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte. O PMSA possui 50,2 quilômetros quadrados e corresponde a 20% da área do município de Aparecida de Goiânia. Também em seu interior existe uma diversidade de tipologias de zonas úmidas que são: Mata de Galeria, Veredas e Campo Sujo Úmido. A área onde se localiza a Serra da Areia corresponde a uma zona de mananciais e é responsável pelo abastecimento de água para a maior parte da população de Aparecida de Goiânia, além de possuir papel fundamental na dinâmica de recarga do freático.              Ao observar a situação geográfica da Serra da Areia foi possível identificar diferentes pontos de pressão de diferentes impactos ambientais. Na região norte o PMSA sofre devido à proximidade das áreas urbanas, inclusive com alguns loteamentos dentro de seus limites. Na sua região sul, os impactos estão ligados à invasão da atividade agropecuária dentro dos limites do PMSA.            A metodologia adotada consistiu em utilizar uma base de dados de 1:50.000 para realizar a compartimentação e identificação de geofácies e geótopos, utilizando o software ArcGis 9.3. Também foram realizados trabalhos de campo para validação dos dados e a realização de entrevistas que tiveram como principal objetivo identificar os principais instrumentos legais utilizados para dar providência aos casos de impactos ambientais constatados. 

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PT.006   Influência da Morfologia e da Área de Entorno no Assoreamento Dos Lagos na Bacia do Alto rio Doce  Sarno CS, Castro PTA1 ‐ 1UFOP ‐ DEGEO  A Bacia do rio Doce representa um importante cenário para o entendimento das dinâmicas evolutivas das paisagens de regiões tropicais úmidas do período Quaternário, última principal subdivisão da coluna do tempo geológico marcada por rápidas e intensas modificações. A região apresenta um complexo sistema lacustre cuja característica geomorfológica principal é a presença de lagos barrados inseridos em uma depressão topográfica.  Diversos estudos destacam especialmente o sistema dos lagos (Fflug 1969, Meis 1977, Meis & Machado 1978, Meis & Monteiro 1979, Overloop 1981, Barbosa & Kohler 1992) e atribui a condicionante climática como o principal fator da evolução quaternária e da formação das lagoas, embora, a partir dos estudos de Mello (1999) ficou comprovado que a condicionante tectônica atuou na modelação da região no período Cenozoico com a formação da depressão onde ocorrem as lagoas, fato este, inquestionável para os estudiosos, contudo, a principal evidência foi a de que a região continua sofrendo ação tectônica e se encontra em subsidência promovendo a evolução do sistema lacustre.  Diante desse cenário pretende‐se com este estudo avaliar os padrões geomorfológicos que possibilitam o maior acúmulo de sedimentos ao longo das lagoas assoreadas do alto rio Doce utilizando técnicas de sensoriamento remoto, processamento digital imagens de satélite e cálculo de medidas morfométricas das lagoas, essa última é uma ferramenta empregada para ambientes fluviais e será adaptada para os ambientes lacustres que outrora já foram braços fluviais.  O estudo se baseia na hipótese de que as bacias de contribuição dos lagos assoreados que apresentem mesma área, porém, com perímetros diferentes possam ser mais susceptíveis aos processos de assoreamento, do que, lagos que possuem uma morfologia mais alongada e ainda, que a presença das rampas de colúvio das áreas de entorno possa conferir um maior aporte de sedimentos aos lagos, superando assim, o aporte proveniente da própria sedimentação lacustre. A classificação das imagens foi realizada através do software Spring do INPE e o método adotado foi a da classificação supervisionada. Foram separadas em cinco classes de uso e ocupação da terra onde o principal intuito foi destacar as lagoas assoreadas. As imagens de satélites escolhidas foram as Rapid‐Eye por apresentar uma alta resolução espacial de 5 metros e uma resolução espectral de cinco bandas. Os parâmetros morfométricos foram calculados através do Arcgis. 

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PT.007   Mapeamento e Avaliação Qualitativa da Paisagem da Bacia do Alto Rio Doce  Sarno CS1, Guilen C2, Lima T2, Fráguas L ‐ 1UFOP ‐ DEGEO, 2Universidade Federal de Minas Gerais ‐ IGC‐ Centro de Sensoriamento Remoto  A região do alto rio Doce apresenta a maior reserva de Mata Atlântica do estado de Minas Gerais, o Parque Estadual do Rio Doce, maior responsável por salvaguardar a riqueza e a diversidade florestal da região. De acordo com Fonseca (1997) a região abriga um grande número de espécies de distribuição restrita a esse grande ecossistema. Até o século XIX, florestas cobriam todo o vale do rio Doce, e hoje a maior preocupação é o isolamento do parque como consequência dos diversos processos de fragmentação ao longo da história de sua ocupação. A região apresenta uma diversidade de ambientes nos mais variados estágios de conservação, existindo desde áreas sistematicamente alteradas por plantações de Eucaliptus spp., minerações/garimpos, siderurgia, áreas de pastagem até áreas protegidas. A região apresenta um complexo sistema de lagos ao longo da depressão do rio Doce com características bem particulares, que a torna um ambiente perfeito para o estudo das dinâmicas de evolução das paisagens. As características que os tornam tão peculiares são os aspectos geomorfológicos como a presença de lagos barrados e lagos em diferentes estágios de assoreamento, formando ilhas naturais (fragmentos) em meio à vegetação de Floresta Estacional Semidecidual.   O estudo tem o intuito de caracterizar a atual paisagem da região, bem como a inserção dessas “ilhas naturais de lagoas assoreadas” e como elas podem influenciar os processos de distribuição da fauna. Para isso, foi realizado um mapeamento pelo método de classificação supervisionada através do software Spring do INPE, com o algoritmo de máxima verossimilhança. Foram criadas cinco classes de uso onde o principal intuito foi destacar as lagoas assoreadas. As imagens de satélites usadas foram Landsat, cuja resolução espectral de sete bandas garantiu uma classificação bastante satisfatória para essa escala de trabalho. Os resultados encontrados indicam que a paisagem é composta por 1% de corpos d’água, 27% florestas e 72% áreas antropizadas. A análise indica que, mesmo com a presença do Parque Estadual do Rio Doce, a paisagem está abaixo do limiar de 30% (Andrén 1994; Fahrig 2003), o que indica intensificação dos efeitos de fragmentação. Por outro lado, existem as fragmentações que são de origem natural, que correspondem em ilhas internas campestres formadas ao longo dos últimos 10.000 anos frutos da evolução histórica da área. Essas ilhas, porém, estando imersas numa matriz florestal, podem não estar aumentando o processo de fragmentação da paisagem, mas sim, contribuindo para a diversificação de nichos ecológicos disponíveis. 

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PT.008   IMPACTOS NA FAUNA SILVESTRE EM TORNO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL Conceição AF1, Ronquim CC1 ‐ 1Embrapa Monitoramento por Satélite  O ser humano como integrante desse planeta e usuário ativo dos recursos naturais torna‐se um importante agente para discutir os principais problemas e gerar soluções para o equilíbrio do meio ambiente. O objetivo deste trabalho é discutir sobre alguns impactos que a fauna silvestre sofre no entorno das Áreas de Proteção Ambiental (APA) tendo como área de estudo a Serra do Japi. A Serra possui uma área total de 350 km2 com uma das poucas porções de Mata Atlântica existentes no interior do Estado de São Paulo e se expande aos municípios de Jundiaí, Cabreúva, Bom Jesus de Pirapora e Cajamar. A Serra possui diversificadas formas de vida. Essa característica se deve à sua transição de formações florestais de Mata Atlântica da Serra do Mar e as florestas do interior paulista. (INSTITUTO SERRA DO JAPI, 1998) O avanço da presença antrópica neste local esta modificando cada vez mais sua paisagem natural. Além das várias indústrias e rodovias que se instalam no local, há também um forte avanço de condomínios fechados localizados cada vez mais próximos da área de preservação. Conforme as rodovias são implementadas em áreas de manchas de vegetação, elas podem se tornar um forte problema para os animais que vivem naquele local. Muitos são encontrados próximos a rodovias ou são atropelados gerando fraturas graves. A construção de residências próximas às áreas de habitat natural faz com que os animais entrem nas residências em busca de alimento, cortar caminhos para outras áreas de vegetação ou ao fugir de queimadas. Caso não haja uma maior proteção do entorno dessas áreas e uma maior conscientização da sociedade frente às questões ambientais, toda essa área de vegetação poderá entrar cada vez mais rápido por um processo de fragmentação gerando diversas perdas para a fauna silvestre. As várias redes que têm se instalado nesse território como as rodovias, expansão de condomínios, indústrias, ou seja, o sistema antrópico, se forem pensados separado do meio ambiente, pode ocasionar no seu desequilíbrio ambiental.     

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PT.009   AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA DIVERSIFICADA COMO FERRAMENTA PARA ANÁLISE ECOLÓGICA DE PAISAGEM  PECHE FILHO A1, Ribeiro AI2, Medeiros GA3, Longo RM4, Storino M5, Fengler FH6, Freitas EP7, Marques BV8 ‐ 1Instituto Agronômico de Campinas ‐ Centro de Engenharia e Automação, 2Engenharia Ambiental ? UNESP Campus Sorocaba, 

3Engenharia Ambiental UNESP Campus Sorocaba, 

4Pontifícia Universidade 

Católica de Campinas ? PUCCAMP, 5Centro De Engenharia e Automação ‐ IAC, 

6Pos Graduação Mestrado 

IAC, 7Pos Graduação IAC, 

8gestor ambiental Autônomo 

 A degradação do solo e da paisagem pela expansão urbana e das fronteiras agrícolas leva a necessidade de estudos abrangentes e que considerem as atividades biológicas diversificadas geradas a partir de diferentes intervenções na paisagem, podendo se tornar um instrumento de avaliação dos impactos e para a tomada de decisão de sua gestão ambiental. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência de diferentes formas de ocupação da paisagem, considerando elementos ecológicos e suas interações. O trabalho foi realizado em área do Instituto Agronômico, na cidade de Jundiaí, no estado de São Paulo, Brazil. A área em estudo foi submetida a diferentes usos e ocupação por um período de aproximadamente de 40 anos. Nesse período a paisagem sofreu transformações, sendo que o cenário atual pode ser classificado como uma área degradada de mineração; gramado; floresta de araucária e pastagem. Essas áreas foram avaliadas por meio de um transecto, a partir do qual foram selecionados dez locais de amostragem para a descrição das atividades biológicas diversificadas, as quais incluíram: avaliação e descrição da cobertura vegetal do solo, identificação da presença de fungos e espécies de insetos. Além disso, avaliou‐se nos referidos pontos o pH, a fertilidade e a porosidade da camada superficial do solo (0‐0,10 m). Os resultados demonstraram uma variação dos elementos analisados e uma relação entre o uso e ocupação do solo nos diferentes cenários da paisagem atual. A atividade biológica foi mais diversificada na floresta de araucária, consubstanciada pela abundância de serrapilheira, maior teor de matéria orgânica e nutrientes do solo, demonstrando a efetividade da técnica de avaliação do nível de degradação da paisagem utilizada, a qual é expedita e de baixo custo. PALAVRAS‐CHAVE: impacto ambiental, degradação, bioecologia, restauração.  

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PT.010   SUBSÍDIOS PARA A PROTEÇÃO DA RESERVA BIOLÓGICA DA SERRA DO JAPI ATRAVÉS DA ANÁLISE DA PAISAGEM DE BORDA  FENGLER FH1, PECHE FILHO A2, STORINO M2, FREITAS EP3, MARQUES BV3 ‐ 1Instituto Agronômico de Campinas ‐ Gestão de Recursos Agroambientais, 2Instituto Agronômico de Campinas ‐ Centro de Engenharia e Automação, 

3Profissional Autônomo 

 Resumo: A Reserva Biológica da Serra do Japi é um remanescente florestal da Mata Atlântica e como todo fragmento sofre com os efeitos da perturbação de borda em função da ocupação antrópica. Somente o entendimento das relações ecológicas ocorrentes no entorno dos fragmentos permite o desenvolvimento de politicas públicas de proteção e modelos de gestão eficientes. O trabalho teve como objetivo diagnosticar o potencial de perturbação ambiental pelo uso e ocupação do solo na região de borda utilizando a análise de paisagem como metodologia básica para interpretação e obtenção de métricas das diferentes unidades ecológicas. Inicialmente foi delimitada a área ocupada pela reserva biológica. Utilizando como referência a Resolução CONAMA nº 428/2010, que estabelece um raio de 3 km ao redor do perímetro, delimitou‐se da área de borda. Através da análise de uma imagem LANDSAT‐TM5 utilizando a rotina MAXVER do programa IDRISI© foram determinadas as classes e a identificação das unidades de paisagem. Para obtenção de métricas a paisagem de borda foi subdividida em quadrantes para entendimento da complexidade da ocupação; sendo determinado o potencial de perturbação para cada quadrante.  Para um estudo detalhado foram distribuídos ao longo do perímetro 15 pontos de referencia espaçados em 2 km com áreas circulares de 1 km de raio. Nestas áreas foram identificadas unidades de paisagem, sua dimensão e potencial de perturbação através do grau subjetivo de intensidade. A referência do ponto inicial teve coordenada 23°14’06’’S, 47° 24’06’’O seguindo a análise no sentido horário até retornar ao ponto de partida. Os resultados mostraram que o quadrante superior esquerdo apresenta alta intensidade de perturbação, o superior direito intensidade muito alta, o inferior direito intensidade média e o inferior esquerdo intensidade baixa.  Foram identificados 6 pontos com elevada fragilidade no perímetro. O estudo permitiu caracterizar a situação de risco e intensidade de perturbação da reserva, gerando subsídios suficientes para elaboração de politicas públicas de proteção e estratégias para adoção de um modelo de gestão mais ajustado a realidade local.  Conclui‐se que: a) A análise da paisagem de borda possibilitou o diagnostico eficiente; b) Foi possível classificar a paisagem de acordo com a intensidade de perturbação; c) A metodologia permitiu ainda a determinação de áreas com fragilidade. Palavras chave: SIG, gestão ambiental, diagnose, impacto.

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PT.011   AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DA REDE DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA NA PROTEÇÃO DA AVIFAUNA DA CAATINGA DA BAHIA   Pinho MS1, Saito CH2 ‐ 1Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos ‐ INEMA, 2Universidade de Brasília ‐ UnB O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência das Unidades de Conservação da Natureza (UC) na proteção da biodiversidade da caatinga no estado da Bahia. Para isto foram realizados estudos sobre a avifauna, grupo taxonômico que representa excelente indicador da qualidade ambiental e da biodiversidade. Assim foram selecionadas cinco espécies endêmicas e ameaçadas de extinção que ocorrem no bioma caatinga: Penelope Jacucaca, Anodoryhchus Leari   Augastes Lumachella, Herpsilochmus Pectorallis e Xiphocolaptes Falcirostris. A metodologia utilizada para avaliação da representatividade das UC seguiu as diretrizes mundiais para análises de lacunas. A primeira etapa do estudo constou de levantamento bibliográfico para conhecer a distribuição geográfica e os principais aspectos ecológicos das espécies selecionadas. Também foi pesquisada a descrição do bioma caatinga e suas diversas fitofisionomias, de modo a identificar suas relações com a avifauna e os principais ecossistemas utilizados para alimentação, abrigo e reprodução das espécies, inclusive nos períodos de seca. Ainda nesta fase, foram obtidos os mapeamentos necessários à análise de lacunas, incluindo as poligonais das UC, cobertura vegetal, distribuição geográfica das aves e as áreas prioritárias para conservação da biodiversidade. Na segunda etapa, por meio de técnicas de geoprocessamento, com sobreposição dos mapas de distribuição das espécies, unidades de conservação e usos do solo, foi possível identificar as lacunas na conservação das espécies escolhidas e avaliar o potencial e as principais ameaças para conservação das mesmas. Observou‐se que todas as espécies de aves estudadas não estão suficientemente protegidas pela atual rede de UC.Algumas espécies apresentaram situação de risco, estando menos de 1% de sua área de ocorrência coberta por UC de proteção integral e seus habitats estão ameaçados pela expansão de atividades socioeconômicas. Além da insuficiente cobertura, o tipo de proteção pode ser caracterizado como frágil, já que a maioria das UC é de uso sustentável e as de proteção integral têm área reduzida e se concentram em determinadas regiões. No entanto, verificou‐se que ainda existe potencial para conservação, se esta situação for absorvida na construção das políticas públicas de conservação da biodiversidade. Recomenda‐se a criação de novas UC de proteção integral no bioma enfocando principalmente as áreas de caatinga arbórea e floresta estacional, apontadas nos estudos como áreas potenciais, além da formação de corredores ecológicos e mosaicos onde estão concentradas as UC de proteção integral. Também se observou que a componente biológica deve ser enfocada nos processos de licenciamento ambiental e de planejamento de atividades econômicas e uso do solo. 

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PT.012   MUDANÇAS NA PAISAGEM RURAL SOB A PERSPECTIVA DO NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO: A REDUÇÃO DE APPS EM PROPRIEDADES SILVICULTURAIS DE SANTA CATARINA.  Karina V1, Carla S W1 ‐ 1Ministério Público do Estado de Santa Catarina  As novas regras acerca das Áreas de Preservação Permanente – APPs, em vigor a partir da Lei Federal 12.651/2012, implicam uma mudança quanto à exigibilidade de recomposição da vegetação nativa, em especial no entorno de nascentes e nas margens de cursos d'água. Como consequência, Ações Judiciais em andamento podem ser prejudicadas e novos Termos de Ajustamento de Conduta – TACs devem incorporar a nova realidade, favorecendo práticas anteriormente consideradas ilegais. Embora as medidas referenciais das APPs tenham sido mantidas, foi significativamente reduzida a proteção nas chamadas áreas rurais consolidadas, aquelas com ocupação antrópica preexistente a 22 de julho de 2008, comprovada a existência de edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris. De acordo com o Novo Código Florestal, nos imóveis rurais com áreas consolidadas, as APPs de nascentes e cursos d'água deixam de ter as medidas mínimas de 50 e 30 metros, respectivamente, para faixas a partir de 5 metros, dependendo dos tamanhos das propriedades. Nos últimos anos, o Ministério Público de Santa Catarina firmou alguns TACs com empresas exploradoras de recursos florestais madeireiros, em que foram estabelecidos prazos para a recuperação de APPs com plantios irregulares de Pinus e Eucalyptus spp., procurando assim garantir o cumprimento da legislação, possibilitar a restauração de ecossistemas, a formação de corredores ecológicos e a conservação dos recursos hídricos, da flora e da fauna. Esses TACs abrangem mais de 350 fazendas localizadas no interior do Estado, somando 5.923 hectares a serem recuperados até o ano de 2017. As empresas compromissárias foram responsáveis pelo mapeamento das áreas, as quais estão sendo monitoradas por imagens, através de ferramentas de geoprocessamento. Analisando 177 propriedades de uma única empresa, constatou‐se que, se aplicadas as novas regras, nas nascentes e cursos d'água: em 14% das propriedades as faixas de proteção passariam a ser de 5 metros, em 20%passariam para 8 metros, em 25% passariam para 15 metros, e em 41% das propriedades as APPs seriam de 20 metros ou até a metade da largura do rio, conforme critérios estabelecidos no Art. 61 do Código Florestal de 2012. Nota‐se, portanto, que a mudança da legislação não beneficia somente os pequenos proprietários rurais, mas também as grandes empresas. Conclui‐se pela necessidade de estudos quantitativos e também qualitativos das transformações na paisagem do meio rural, em especial em virtude da perda de habitats e outros efeitos da redução das áreas protegidas, com intuito de direcionar esforços para a melhor interpretação e aplicação da lei. 

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PT.013   Alteração do código Florestal e o impacto sobre as Áreas de Preservação Permanente em topos de morro no Município de Nova Friburgo, RJ.  Torres H, Mannheimer S1, Carvalho ACMG2 ‐ 1Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ‐ Grupo de Apoio Técnico Especializado, 2Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro ‐ Departamento de Engenharia Civil  As  Áreas de Preservação Permanente (APP) são importantes instrumentos da  conservação ambiental, na medida em que propiciam a preservação de florestas e a manutenção da conectividade entre fragmentos através das diferentes categorias de APP, como Faixas Marginais de Rios, Topo de Morro e Entorno de Nascentes. Essas áreas desempenham importantes serviços ecológicos, fornecendo refúgio e alimento para a fauna, propiciando a manutenção do fluxo gênico para diferentes elementos da fauna e flora e, portanto, contribuindo para a conservação da biodiversidade. As Áreas de Preservação Permanente também desempenham um papel fundamental para integridade do meio físico através da  preservação da paisagem, dos recursos hídricos, da estabilidade geológica. A nova concepção do Código Florestal Brasileiro, estabelecida pela Lei 12.651, de 25 de maio de 2012, apresentou alterações significativas em conceitos e critérios técnicos que norteiam a delimitação dessas áreas protegidas, em especial, no que tange às Áreas de Preservação Permanente em Topos de Morro.    O objetivo do presente trabalho é analisar o impacto da nova redação do Código Florestal sobre as Áreas de Preservação Permanente em Topo de Morro, no Município de Nova Friburgo, Estado Rio de Janeiro, com utilização de ferramentas de Geoprocessamento (ArcGis). Nessa análise propõem‐se avaliar as possíveis consequências das diretrizes da Lei 12.651/2012 na paisagem, na preservação dos ecossistemas naturais, bem como na ocupação de áreas de risco.  Os resultados encontrados evidenciam que a aplicação das diretrizes técnicas da nova lei levaram a uma redução de aproximadamente 80% de Áreas de Preservação Permanente de Topo de Morro, quando comparada aos critérios anteriormente vigentes. Essa redução de áreas protegidas pode ter conseqüências importantes no padrão de uso do solo na região, propiciando um aumento da ocupação em áreas de risco e diminuição de áreas de florestas. 

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PT.014   Landscape pattern diagnosis within the Carretão Reservation for natural resources use evaluation  Camelo de Castro E1, Queiroz JJR1, Moura MCO1 ‐ 1Pontifícia Universidade Católica de Goiás ‐ IGPA  Natural land cover types are essentially the providers of important resources associated to the Brazilian Native Americans’ culture. The Carretão Reservation is a Tapuio reservation area of roughly 1,800 ha, divided in two pieces, located between the municipalities of Rubiataba and Nova América in the State of Goiás.  A landscape pattern diagnosis of the reservation area was constructed in this work based on land cover mapping using high resolution remote sensing images from Google Earth.  The uses of natural resources, namely the ones from the native flora and fauna, were surveyed through interviews made with the reservation inhabitants.  Finally, associations of natural land cover types with the natural resources were made to help assess how the conservation/degradation state of the vegetation may affect the availability of these resources.  61.5% of the reservation has some sort of explicit land use change where 38.3% were converted into pasture.  A specific analysis was made with the permanent preservation area (APP) associated with the drainage system.  This analysis resulted in only 62% of the APP area apparently preserved.  Fragmentation is also an important issue mainly related to availability of game fauna for the hunting aspect of this indigenous culture.  These results reflect a historic occupation process of the area that is consequence of an unplanned development, careless with the sustainability of natural resources uses.  Through environmental education, new researches and technical support a local environmental and socioeconomic development plan is to be implemented aiming the assurance of a better life quality with sustainability and conservation of the natural resources within the reservation area. 

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PT.015  CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE PROTEÇÃO DA PAISAGEM LOCAL EM MARAPANIM/PA  LIRA RS1, Costa AD2 ‐ 1Engª. Agrônoma, Secretaria de Estado de Meio Ambiente/SEMA, 2Turismóloga, Secretaria de Estado de Meio Ambiente/SEMA As zonas costeiras por serem ambientes dinâmicos e extremamente frágeis, são alvos fáceis diante da implantação indiscriminada e desordenada dos processos de urbanização, especulação imobiliária e exploração dos recursos naturais, sofrendo efeito desestabilizador do equilíbrio ambiental, trazendo conseqüências negativas aos ecossistemas, como a ocupação desordenada do solo, mau saneamento básico, degradação de manguezais, poluição do solo e das águas, entres outros. Essa ocupação de forma desordenada como vem se processando atualmente tem sido motivos de preocupação por parte do governo estadual uma vez que compromete todo um ecossistema. Diante disso o governo do estado tem dado importância e especial ao ordenamento da ocupação destes espaços, como forma de minimizar os impactos e conflitos existentes neste ambientes por meio da criação e implementação de Unidades de Conservação (UC), uma ferramenta indispensável de governo, para que compromissos como as questões ambientais sejam firmados e cumpridos, dando continuidade aos processos de preservação e conservação dos recursos naturais, além da promoção da qualidade de vida da sociedade com sustentabilidade. Neste sentido a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, por meio da Diretoria de Áreas Protegidas/Coordenadoria de Ecossistemas objetiva remontar a paisagem com a criação legal de Unidade de Conservação de Proteção Integral, uma indicação do Macrozoneamento Ecológico‐Econômico (MZEE) por meio da Lei nº 6.475/2005. O presente trabalho toma como estudo uma área de13. 843,35 ha, constituída por quatro ilhas costeiras, inserida na Região do Salgado Paraense, no município de Marapanim/PA, a fim de garantir a proteção e preservação dos ecossistemas de manguezais, praias, restingas, campos e ilhas, além das espécies de fauna e flora ali existentes. A metodologia esta dividida em três partes: levantamento bibliográfico, confecção de carta imagem por meio de ferramentas de geoprocessamento e cartografia e levantamentos técnicos específicos em campo, caracterizando os impactos socioambientais em áreas de preservação permanentes decorrentes do crescimento urbano desordenado, modificando assim a paisagem natural. Os levantamentos enfocaram as necessidades da área estudada como: O reordenamento territorial e ambiental, a recuperação das áreas degradadas, além do grande potencial turístico. Os estudos realizados para criação serão posteriormente utilizados no projeto de plano de manejo da UC, com diretrizes básicas de desenvolvimento de acordo com sua finalidade. 

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PT.016  

 

DINÂMICA DA PAISAGEM E ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE ÁREAS PROTEGIDAS PARA A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE NA BACIA DO RIO ALDEIA VELHA, RJ Valle IC1,2, Francelino MR1 - 1Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro- UFRRJ - Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais- PPGCAF, 2Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC - Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade- PPGECB

As áreas protegidas constituem uma importante estratégia para a manutenção da biodiversidade in situ e das funções ambientais proporcionadas pelos fatores bióticos e abióticos em equilíbrio. Na bacia do rio Aldeia Velha, localizada na região das baixadas litorâneas fluminense, foi criada a primeira Reserva Biológica (REBIO) do Brasil em 1974, a REBIO Poço das Antas, com cerca de 5.000 hectares, como principal esforço para a preservação do mico-leão-dourado, espécie em risco de extinção. Posteriormente, foram criadas a Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio São João/ Mico-Leão-Dourado, em 2002, e duas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), em 1993 e 2006. Nesse sentido, o presente capítulo tem como objetivo a análise da dinâmica da paisagem na referida bacia hidrográfica, através do comportamento da cobertura florestal nos anos de 1970, 2000 e 2006, utilizando técnicas de Sensoriamento Remoto (SR) e Sistemas de Informação Geográfica (SIGs), para relacionar os processos espaciais de desmatamento/ regeneração florestal à criação e de Unidades de Conservação na região. Através das análises foi possível observar mudanças no âmbito das metas conservacionistas, expressados pela efetividade das áreas naturais protegidas. Foram caracterizados três cenários com tendências distintas nos intervalos temporais analisados, principalmente em relação à cobertura florestal nas áreas da REBIO e em sua Zonade Amortecimento inseridas na bacia. O estudo também constatou que 9% da área de estudo deveriam estar protegidas por mata ciliar, porém, 53% desta Área de Preservação Permanente na bacia e 66% nas margens do rio Aldeia Velha, necessitam ser recuperadas para atender a legislação ambiental. Apesar da deterioração da vegetação ripária e da grande área convertida em pastagens, os processos de conservação e regeneração florestal no entorno da Reserva Biológica se intensificaram nos últimos anos da análise, com um acréscimo de 554 hectares de cobertura florestal entre os anos 2000 e 2006, o que revela possíveis avanços nas estratégias para a conservação do habitat do mico-leão-dourado na bacia.    

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PT.017   VULNERABILIDADE ECOLÓGICA RELATIVA DA PAISAGEM DA ZONA DE AMORTECIMENTO DA FLORESTA NACIONAL DE PASSO FUNDO, RS.  SCARIOT EC1, FUSHITA T A1, SANTOS JE1, CARIDA N B2 ‐ 1UFSCar ‐ Departamento de Ciências Ambientais, Centro de Ciências biológicas e da saúde, 2UFSCar ‐ Departamento deCiências Ambientais, Centro de Ciências biológicas e da saúde  A fragmentação de habitats decorrente de atividades antrópicas constitui um cenário composto por remanescentes de vegetação nativa imersos em uma matriz com diferentes níveis de permeabilidade. Diversos estudos baseados na teoria do equilíbrio da biogeografia de ilhas, no modelo de fonte e sumidouro e na teoria de grafos têm sido desenvolvidos visando à compreensão desses efeitos na paisagem. Essas teorias abrangem a distribuição e a configuração espacial das unidades da paisagem; suas interações e os seus fluxos, relacionando paisagens e escalas. Este estudo analisou a vulnerabilidade da zona de amortecimento de uma unidade de conservação (UC) de uso sustentável, Floresta Nacional (FLONA) de Passo Fundo (RS), a fim de subsidiar medidas de manejo e conservação num raio de 10 km da paisagem do entorno. Os remanescentes de vegetação nativa foram identificados a partir do mapa de uso e ocupação da terra (obtido da classificação supervisionada da imagem LANDSAT 5 de 01 de setembro de 2011, órbita 222, pontos 79 e 80) e classificados quanto ao grau de Vulnerabilidade Ecológica Relativa (VER). Este índice considera a relação entre a razão interior/borda (I/B) e o índice de borda (InB), apontando para um valor de baixa vulnerabilidade (áreas fontes) para I/B <1; média vulnerabilidade (ilha) para 0=2, alta vulnerabilidade (ilha) para I/B=1 e InB<2 e alta vulnerabilidade (corredor) para I/B=1 e InB>=2. Foram identificados para a zona de amortecimento 346 fragmentos corredores (1.961ha) e 641 ilhas (1.391ha) com alta vulnerabilidade, correspondendo a 18% do total de remanescentes de vegetação nativa. Os fragmentos de vulnerabilidade média foram associados com 65 ilhas (483,33ha) e 185 corredores (11.097,15ha), totalizando 64% dos fragmentos. Com baixa vulnerabilidade foram identificadas 60 manchas (3.217,73ha) correspondendo a 18% dos remanescentes de vegetação nativa existentes na área de estudo. Estes remanescentes de vegetação natural representam áreas fonte de biodiversidade e áreas com menor suscetibilidade a interferência antrópica. Dentre esses fragmentos está contida a FLONA de Passo Fundo, que ocupa 1.281ha. Apesar dos fragmentos de média e alta vulnerabilidade não serem considerados áreas fonte de biodiversidade, os mesmos atuam como trampolins e corredores ecológicos, contribuindo para a conectividade entre as áreas fontes e atuando como sumidouros de organismos.  As atividades de manejo, conservação e restauração devem priorizar os fragmentos com alta vulnerabilidade, pois embora não sejam considerados áreas fontes de biodiversidade,  podem também atuar como trampolins ecológicos que mantém ou pelo menos contribuem com a conectividade das áreas naturais da zona de amortecimento.

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PT.018   Viabilidade da estrutura da paisagem para a conservação de habitat de abelhas silvestres.  Gomig EG1, Peres MP, Campos MJO1, Martins PTA2 ‐ 1UNESP‐Universidade Estatual Paulista, Campus Rio Claro‐SP ‐ Instituto de Biociências, Departamento de Ecologia, 2UEG‐Universidade Estadual de Goiás, Unidade Minaçu‐GO ‐ Departamento de Geografia O cerrado é o segundo bioma mais representativo do Brasil e atualmente, encontra‐se bastante fragmentado e degradado, devido, principalmente, ao avanço da urbanização e da agropecuária. A destruição e a fragmentação de áreas naturais têm alterado os padrões espaciais e a estrutura da paisagem que, por conseguinte, implica na modificação da distribuição dos habitats e na dinâmica de populações, alterando, assim, a biodiversidade. Este trabalho teve por objetivo discutir as possíveis relações entre a estrutura da paisagem em torno de uma área de cerrado preservado no Estado de São Paulo, Campus Experimental da USP, em Pirassununga SP, e a qualidade de habitat para comunidade de abelhas. Para a realização do estudo foi usado as imagens de satélite Landsat TM 5, bandas 2, 3, 4 de 30m. Todas as etapas de processamento digital de imagem foram realizadas no aplicativo SPRING 5.1.7. As imagens segmentadas foram recortadas de acordo com os limites de 10 km de raio em torno do fragmento de cerrado de interesse e classificadas conforme as classes de uso e ocupação presentes na área de estudo. A imagem classificada referente a área de estudo foi convertida em matricial (30m) e exportada no formato TIFF para o aplicativo Fragstat, onde foram realizadas rotinas de cálculo da paisagem em nível de classe de fragmento. Foram registradas sete classes para esta área, são elas: água, cultivos temporário, cultivos perenes, pastagem, remanescentes, solo exposto e área urbana. Considerando duas classes apenas, remanescentes florestais e uso antrópico, os valores de área total (CA) ocupada pela classe remanescentes florestais correspondem a apenas 6,3% (PLAND) da paisagem com 2523,6 ha, enquanto a área total (CA) ocupada pela classe uso antrópico é de 28278,4 ha ocupando 70,62% da área total. A classe remanescentes florestais apresentou elevado número de fragmentos (1507), já a classe uso antrópico apresentou apenas 179, indicando ser a matriz da área de estudo. Apesar do alto valor de fragmentação da classe remanescentes florestais, os fragmentos apresentam‐se relativamente conectados, mantendo um maior número de micro‐habitats e assim uma maior quantidade de locais propícios ao estabelecimento e colonização por abelhas, como barrancos em beiras de estradas, jardins e diversificados tipos de cultivos.             

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PT.019   ANÁLISE DA PAISAGEM COMO SUBSÍDIO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS EM UM TRECHO URBANO DO RIO APODI‐MOSSORÓ (MOSSORÓ‐RN)  Silva AA1, Costa DFS1, Lucena Filho MA1, De Medeiros Rocha R1 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Campus de Caicó) ‐ Departamento de Geografia O efeito de borda e a fragmentação ambiental criam perturbações no funcionamento dos ecossistemas por simplificação, ou por redução de processos biológicos importantes. Na região semiárida do Brasil, o entendimento da paisagem é de fundamental importância para o planejamento da gestão e recuperação de áreas degradadas, além de contribuir com a conservação dos recursos naturais. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo a identificação de áreas degradadas do Rio Apodi‐Mossoró ao longo do trecho urbano da cidade de Mossoró (maior cidade localizada na bacia). Foram realizadas a identificação e o mapeamento de áreas aleatoriamente ao longo de um trecho do rio Mossoró que fica entre as coordenadas (N681219,485 e S9421416,47 a N688435,73 e S9429542,54); os dados foram trabalhados em ambiente de um Sistema de Informação Geográfica (SIG). Obteve‐se um total de 50 áreas ao longo do trecho analisado, as quais apresentaram diversas classes de uso e ocupação do solo (cultivo temporário e/ou permanente, solo exposto, vegetação herbácea, edificações, vegetaçao arbórea exótica e vegetação arbórea de carnaúba (Copernicia prunifera Moore). Essas áreas variaram quanto ao seu tamanho, mas corresponderam a um total de 58 hectares. Verificou‐se que a reversão do quadro evidenciado nas áreas em análise é extremamente dependente de ações planejadas acerca dos recursos físicos e naturais do ambiente. 

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PT.020   DIVERSIDADE GEOECOLÓGICA DA PAISAGEM NA BACIA DO RIBEIRÃO TAQUARUÇU GRANDE, PALMAS ‐ TO  Medeiros TCC1, Rocha YT2 ‐ 1PPG‐Geografia Física/FFLCH‐Universidade de São Paulo; Universidade Federal do Tocantins‐Bolsista de doutorado CNPq ‐ [email protected], 2Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo ‐ [email protected] A paisagem é compreendida como uma determinada porção do espaço resultante da dinâmica física, biológica e antrópica, que fazem dela um conjunto único e indissociável, em constante evolução. O presente estudo tem como objetivo classificar a diversidade geoecológica da paisagem da bacia do ribeirão Taquaruçu Grande, no município de Palmas (TO), por meio de uma analise sintética, visando identificar seus geótopos e determinar sua espacialidade. O ribeirão Taquaruçu Grande constitui uma bacia de quarta ordem do rio Tocantins, entre 10º10’33” e 10º25’18” de Latitude Sul e 48º03’57” e 48º23’03” de Longitude Oeste. A análise da paisagem baseou‐se em bibliografia específica do estudo geográfico da paisagem, no mapeamento preliminar da cobertura vegetal pela imagem LANDSAT 5 TM ‐ resolução de 30 m ‐ de maio de 2011, utilizando‐se um Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas (software SPRING) e visitas à área de estudo. As unidades de paisagem classificadas foram: Zona (Intertropical); Domínio (Cerrado); Região Natural (Bacia do rio Tocantins); Geossistema (Planalto Residual do Tocantins – serra do Lageado); Geofácies (bacia do ribeirão Taquaruçu Grande com chapadões e vales encaixados onde ocorrem Formações florestais, savânicas e campestres do domínio paisagístico e fitogeográfico do Cerrado); e Geótopos (Mata de Galeria, Mata Ciliar, Mata Seca, Cerradão, Cerrado Sentido Restrito, Babaçual, Vereda e Campo Sujo). A espacialização dos geótopos, pelo mapeamento, foi unificada em alguns destes, resultando em: Sistema Mata de Galeria/Ciliar, no qual estão inclusos também Mata Seca, Babaçual e Vereda, com maior área (15.261,48 ha), o Cerradão ficou em segundo lugar (13.923,99 ha), seguido pelo Campo Sujo (8.488,98 ha) e o Cerrado Sentido Restrito (5.859,90 ha), além da área urbana (2.178,36 ha) e dos rios (463,86 ha), perfazendo um total de 46.176,570 ha.  A bacia do ribeirão Taquaruçu Grande tem uma paisagem que, pela diversidade de geótopos, se destaca no âmbito do Cerrado no sentido amplo (lato sensu). As famílias Fabaceae, Vochysiaceae, Bignoniaceae e Arecaceae tiveram mais ampla ocorrência entre os geótopos, sendo a Fabaceae de mais larga ocorrência e presente do Campo Sujo ao Sistema Mata de Galeria/Ciliar. Entidade Financiadora: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).   

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PT.021   Identificação de áreas‐chave para conservação de biodiversidade no estado do Espírito Santo utilizando um SIG. Crepaldi MOS1, Coelho ALN2, Mantovani W3 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ PROCAM, 2UFES ‐ DGeo, 3USP ‐ PROCAM A pergunta central deste trabalho é: Quais são as áreas‐chave para conservação de biodiversidade no estado do Espírito Santo? O seu objetivo é fazer a identificação e apontar áreas naturais em regiões com alta relevância biológica, para destinação de incentivos econômicos aos proprietários rurais que mantêm a biodiversidade. Para isso foi realizada uma categorização do estado do Espírito Santo utilizando um SIG, com planos de informações oficiais e acessíveis que representam vários níveis de relevância biológica nas suas diferentes regiões. Os Planos de Informação utilizados foram: Áreas prioritárias para conservação, uso sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade brasileira; Áreas‐chave para Biodiversidade ‐ Key Biodiversity Areas; Corredores Ecológicos Prioritários do Espírito Santo; Áreas prioritárias para Conservação da Biodiversidade no Espírito Santo; Unidades de Conservação Federais, Estaduais e Particulares; e Uso e Cobertura da Terra (2011). Após essa classificação, identificou‐se o uso e a cobertura da terra em cada um dos níveis distintos, visando apontar as áreas‐chave para conservação da biodiversidade no Estado. Distinguiu‐se cinco níveis de relevância biológica, de acordo com o número de intersecções entre os planos de informação utilizados, cobrindo 67,85% da área total do Estado, embora somente 27,7% deste total seja coberto por áreas naturais. Assim, foram identificados 1.040.668 ha. (22,6%) de áreas‐chave para conservação de biodiversidade, sendo 8,09% com nível de relevância (1), 7,37% com nível de relevância (2), 3,26% com nível de relevância (3), 2,84% com nível de relevância (4) e 1,03% do território com nível de relevância (5), sendo o restante das áreas naturais do Estado (5,10%) classificado como de relevância nula, de acordo com a metodologia utilizada. Para o planejamento de políticas públicas de incentivo à conservação da biodiversidade, é necessária a definição de áreas ou porções do território que agreguem mais atributos ambientais relevantes. Os resultados obtidos podem ser usados ao incentivo à conservação e à manutenção das áreas naturais em terras privadas, bem como auxiliar no planejamento ambiental. Sugere‐se que políticas públicas de Pagamento por Serviços Ambientais utilizem a classificação realizada neste trabalho para fins de cálculo do incentivo econômico em áreas‐chave para conservação da biodiversidade no Espírito Santo. 

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PT.022   APLICAÇÃO DA ECOLOGIA DA PAISAGEM NO ESTABELECIMENTO DE RESERVAS NA USP.  Delitti WBC1, Rodas JG2, Pivello VR3, Ricci HC1, Zorigian CM1, Moro ME4, Ribeiro MMLO4, Mattos WRS5, Varanda EM6 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ Superintendência de Gestão Ambiental, 2Universidade de São Paulo ‐ Reitoria, 3Universidade de São Paulo ‐ Departamento de Ecologia, IB, 4Universidade de São PAulo ‐ Prefeitura do Campus da USP ‐ Pirassununga, 

5Universidade de São Paulo ‐ Prefeitura do Campus 

da USP ‐ Piracicaba, 6Universidade de São Paulo ‐ Departamento de Botânica, FFCL RP 

A Universidade de São Paulo declarou como Reservas Ecológicas, mais de mil hectares de sua área total de quase 8 mil hectares. Foram destinadas à conservação, restauração, pesquisa, extensão e  ensino, áreas situadas em seis campi da USP, tendo como base os conceitos de ecologia da paisagem e a legislação vigente no Brasil, tais como as que regulamentam áreas de reserva legal e as áreas de preservação permanente. Todos os campi da USP estão inseridos em matriz altamente antropizada que caracteriza o Estado de São Paulo. Os principais conceitos científicos norteadores do projeto foram a presença de ecossistemas nativos, tamanho, forma e distância dos fragmentos, redes hidrológicas, estrutura da matriz da paisagem, conectividade e resistência das áreas de entorno. Além disso, foram considerados as demais diretrizes da própria universidade para o uso da terra, tais como áreas urbanizadas para ensino, pesquisa e administração dos campi. Outros tipos de uso foram também determinantes, uma vez que existem extensas áreas de agricultura e pecuária necessárias a alguns cursos da USP, como veterinária, agronomia, zootecnia, engenharia florestal, engenharia de alimentos e engenharia de biossistemas, entre outros. A rede de reservas resultante demonstra diversas áreas com potencial de regeneração natural devido aos atributos da paisagem, ao passo que outras exigem ações diretas de assistência à restauração, incluindo restauração das propriedades dos solos, aporte de sementes e mudas e facilitação para atração de dispersores. Em alguns casos, como as áreas de cerrados, não existe ainda um protocolo definitivo para restauração, mas algumas experiências em áreas similares serão utilizadas para estruturação de um programa de pesquisas destinado a esclarecer aspectos importantes para a gestão destas áreas. Os campi da USP em Pirassununga e em Piracicaba são os que apresentam maiores possibilidades de conservação e também a maior diversidade de tipos de uso da terra, frente à possibilidade de manejo de Cerrados, Matas Estacionais semidecíduais e Matas Ciliares. Destacam‐se também pela potencialidade de conservação de maior diversidade ecológica com grande riqueza em espécies, inclusive alguns animais de grande porte e predadores. O campi da USP de Ribeirão Preto possui uma reserva de quase 75 hectares dos quais 45 são voltados à formação de um banco genético in vivo. As reservas da USP contribuirão para conservação da biodiversidade e serviços ecossistêmicos, geração de conhecimentos e formação de recursos humanos, além de outras atividades de cultura e extensão de serviços à comunidade.   

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PT.023   SELEÇÃO DE UNIDADES ECOTONAIS NA PAISAGEM DOS CAMPOS GERAIS DO PARANÁ, SUL DO BRASIL.  Moro RS1, Milan E2, Gomes IA ‐ 1Universidade Estadual de Ponta Grossa ‐ DEBIO, 2Universidade Estadual de Ponta Grossa A região dos Campos Gerais, no planalto meridional brasileiro, apresenta um mosaico natural altamente biodiverso de campos e capões de florestas com araucária. Para estudar sua dinâmica, a equipe do Projeto Biodiversidade dos ecótonos campo‐floresta no sul do Brasil vem desenvolvendo um procedimento padronizado na seleção e classificação de áreas ecotonais. Foi aplicada uma abordagem sistemática de escolha das unidades amostrais, combinando estratificação e aleatorização, a partir do conhecimento espacializado sobre a distribuição atual e pretérita dos campos e ecótonos. No Paraná, este coincide com a delimitação da Área de Preservação Ambiental da Escarpa Devoniana, uma unidade de conservação estadual de uso extensivo de 392.363,38 ha. Os dados foram gerados utilizando imagens Landsat e SPOT 5 (PR/SEDU 2005) trabalhadas no software ArcGis 9,3. A área total da APA foi dividida numa grade de 4.647 polígonos de 1 km x 1 km, na qual foram sobrepostos arquivos atuais da tipologia da vegetação (SEMA, 2004) em uma classificação não‐supervisionada. Foram identificados 85.000 ha de vegetação nativa aos quais se aplicaram os seguintes critérios: (a) presença de 25% ou mais de remanescentes florestais; (b) presença de 25% ou mais de remanescentes campestres; (c) pelo menos 20% de contacto entre eles. Restaram 27.458 ha potenciais ecotonais, compreendendo 12.528 ha de Floresta com Araucaria e 14.930 ha de campos (podendo estar incluso savanas e várzeas). Uma vez que a base cartográfica original não oferecia uma boa resolução para o processamento das imagens na escala adequada, os ecótonos foram validados por meio de verificação visual qualitativa em imagens Google Earth, sempre pelo mesmo operador. Estes procedimento retificou classificações indevidas de áreas de silvicultura como sendo nativas, e excluiu áreas de cerrado e várzeas. Florestas profundamente encaixadas em cânions também foram descartadas, devido a pequena probabilidade de um contato efetivo com as áreas campestres acima. Ao final, cerca de 1.544 quadrículas (33,2% da área estimada inicialmente) potencialmente apresentam ecótonos campo/floresta  atendendo aos critérios de inclusão. As imagens das quadrículas foram convertidas em um arquivo .kmz, permitindo sua visualização na plataforma do Google Earth. Antes de ir a campo, no entanto, para cada polígono selecionado será necessário realizar uma avaliação prévia das reais condições das áreas ecotonais, dos acessos e da localização das sedes das propriedades, ainda usando a plataforma Google Earth.   Fonte financiadora: edital MCT/CNPq/MEC/CAPES/FNDCT – Ação Transversal/FAPs Nº 47/2010 – Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade ‐ SISBIOTA BRASIL. 

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PT.024   ELEMENTOS DE PAISAGEM DO PARQUE NACIONAL DOS CAMPOS GERAIS, PARANÁ, BRASIL  MORO RS1, CARVALHO BHG, MASSUQUETO LL2, LOS TK, MORO RF ‐ 1Universidade Estadual de Ponta Grossa ‐ Biologia Geral, 2UEPG ‐ Mestrado em Gestão do Território O Parque Nacional dos Campos Gerais (PNCG) foi criado em abril de 2006 para a proteção de remanescentes do Bioma Mata Atlântica, composto pelo mosaico de Floresta Ombrófila Mista e Estepe Gramíneo‐lenhosa. Situado na região centro‐leste do Paraná, na borda da Escarpa Devoniana, abrange áreas do Primeiro e Segundo Planaltos Paranaense, nos municípios de Ponta Grossa, Castro e Carambeí. Seus 21.289 ha estão divididos em duas porções pela PR 513: norte, com 18.103 ha e sul, com 3.138 ha. Os dados para a análise da estrutura da paisagem foram gerados utilizando imagens SPOT 5 (PR/SEDU 2005) trabalhadas nos softwares ArcGis 9,3, Guidos 1.3 e Fragstats. Há 601 fragmentos florestais, com densidade de 1,93/100 ha, frequentemente como manchas de matas, quase circulares (capões) ou matas de galeria. A área total de Floresta (CA) é de 11.442,0 ha (53,7%), com área nuclear de 5.592,2 ha, sendo que o maior fragmento (LPI), considerado uma área‐fonte, no Primeiro Planalto, corresponde a quase 60% (6.819 ha) das áreas florestais somadas. Há 1.578 ha de florestas sob efeito de borda (13,8%), considerando um buffer de 30 m. Áreas de estepe, predominantemente no Segundo Planalto, somaram 9.848,29 ha (46,3%). Portanto, a maior parte da cobertura vegetal do PCNG é composta por florestas, onde apenas um grande fragmento domina a paisagem. Embora fragmentos florestais pequenos sejam maioria na paisagem, a soma de suas áreas tem baixa contribuição na classe floresta. A área fonte apresentou elevado índice de forma (SHAPE 12,5) e baixo grau de isolamento. Para os demais capões, a maioria em mosaico ecotonal com áreas campestres do Segundo Planalto, o grau de isolamento foi, em geral, de baixo a médio. A análise da distribuição espacial dos fragmentos indicou que estes ocorrem em algumas áreas em função da ação antrópica e, em outras, pela dinâmica de ocupação da vegetação vinculada ao solo de natureza litólica da Escarpa Devoniana. Os resultados obtidos fornecem subsídios para estudos futuros sobre o manejo dos fragmentos de origem antrópica existentes na área. 

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PT.025   ESTRUTURA DA PAISAGEM NA MICRORREGIÃO DO VALE DO RIO DOS BOIS (GO) 2010.  Rodrigues HMC1, Faria KMS2, Castro SS2 ‐ 1Universidade Federal de Goiás ‐ Estudante de Pós‐graduação em Geografia do Instituto de Estudos Sócio Ambientais, 2Universidade Federal de Goiás ‐ Prof. ª Dr.ª do Instituto de Estudos Sócio Ambientais O processo de ocupação do Bioma Cerrado foi favorecido por políticas públicas governamentais, como o II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento), que promoveram desenvolvimento econômico da área, mas alteraram a estrutura das paisagens, através da fragmentação da vegetação original. No estado de Goiás a mesorregião Sul destacou‐se por intensa expansão agrícola, e tem sido alvo preferencial, a partir de 2004, também da expansão da cana, em consonância com o Plano Nacional de Agroenergia (PNAE), para a produção de biocombustíveis. Na posição relativamente central da MRS, a microrregião do Vale do Rio dos Bois (MRVRB) ocupa área aproximada de 15.589 ha e se destaca, por ter sido objeto da expansão da fronteira agrícola, já possuir usinas e investimentos, vinculadas  ao Próalcool na década de 1970, e por atualmente sofrer nova e recente expansão da área de cultivo da cana‐de‐açúcar.O objetivo deste trabalho foi mapear e analisar a fragmentação da paisagem na MRVRB no ano de 2010, que  já incorporar essa recente expansão. A análise da estrutura da paisagem foi quantitativa e qualitativa, através das métricas (CA) ‐ Área da Classe, (PLAND) ‐ Percentual da Paisagem e (NP) – Números de Fragmentos, obtidos no software ArcGis, com base na análise do mapa de uso do solo extraído de interpretação da imagem Landsat 5TM de Agosto de 2010. A segmentação e classificação não supervisionada foi realizada no software SPRING, e posteriormente classificação supervisionada no ArcGis, adotando‐se a chave de Classificação propostas por Ribeiro e Walter (1998). Os resultados das métricas PLAND e CA revelam a predominância das atividades antrópicas (67,7% da área), destacando‐se a classe de agricultura com 53,53% da área. Juntos os remanescentes correspondem a 32,27%, sendo que deste percentual destaca‐se a classe Formação Florestal com 17,86% da área, que se concentra ao longo das redes de drenagem em fragmentos de 1 a 10 hectares. Segue‐se a formação Campestre com 12,29% que apresenta maior número de fragmentos com área entre 1 e 10ha. Situação contrastante é representada pela formação Savânica, pela baixa participação em área (2,12%) e em NP, porém, concentra fragmentos com área maior que 100 ha. Conclui‐se que a MRVRB possui paisagem fragmentada e que o uso antrópico (uso agrícola) é dominante na paisagem, configurando‐se disperso por todo o território. A nova expansão de cana‐de‐açúcar nessa microrregião poderá afetar diretamente a manutenção da conservação dos remanescentes, sobretudo os maiores em área (formação Savânica) o que poderá afetar o restante dos remanescentes. 

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PT.026   CONSERVAÇÃO DE FRAGMENTOS FLORESTAIS NA ALTA BACIA DO RIO ARAGUAIA: UMA PROPOSTA DE MANEJO DA PAISAGEM  Araújo ACSC1, Cabacinha CD1, Nascimento CR1 ‐ 1Universidade Federal de Minas Gerais ‐ Instituto de Ciências Agrárias  É de fundamental importância para a geração de propostas de manejo voltado à conservação e recuperação de áreas perturbadas ou degradadas o entendimento da estrutura da paisagem e das mudanças ocorridas ao longo do tempo. O estudo intitulado “Caracterização física, estrutural e da diversidade florística de fragmentos florestais na alta bacia do Rio Araguaia” revelou que as mudanças nas métricas de área, área central, forma e isolamento no período de 1977 a 2006, indicavam que os remanescentes em relação a sua integridade, encontravam‐se sob forte ameaça. Diante disso, objetivou‐se com este trabalho propor ações de manejo para a paisagem da alta bacia do Rio Araguaia com o intuito de promover a sua conservação. A vegetação da alta bacia do Rio Araguaia, que nasce na serra do Caiapó, próximo ao Parque Nacional de Emas, sudoeste do estado de Goiás e sudeste do Mato Grosso, no Brasil Central encontra‐se bastante fragmentada devido a amplas transformações da paisagem associadas à expansão da fronteira agrícola e modernização da agricultura.  De acordo com o estudo supracitado, especificamente os fragmentos florestais na região, estão isolados por estarem inseridos em uma matriz caracterizada por culturas agrícolas e pastagem, a relação perímetro/área aumentou e houve um redução em área de 24% no período analisado, o que pode afetar a diversidade e a sustentabilidade de tais remanescente. As propostas de manejo foram focadas em cinco dimensões associadas aos principais problemas observados a saber: isolamento e conectividade dos fragmentos, tamanho e forma, efeito de borda, diversidade biológica e eliminação de agentes de perturbação. As principais ações recomendadas foram: formação de ilhas de vegetação, faixas ecológicas e corredores de vegetação unindo remanescentes mais isolados; formação de corredores que busquem uma conexão entre a área e o Parque Nacional de Emas e o Parque Estadual Nascentes do Taquari; recomposição de reserva legal e áreas de preservação permanente em propriedades onde verificou‐se passivo ambiental; união de fragmentos pequenos e próximos para a formação de áreas maiores e também mais circulares a partir da recomposição da vegetação; implantação de cortinas de vegetação com espécies nativas para diminuir os efeitos da fragmentação e contaminação química e biológica; uso de técnicas de nucleação tais como a transposição de serrapilheira, chuva de sementes, poleiros e abrigos para fauna visando o aumento da diversidade biológica; cercamento de fragmentos em propriedades que possuem gado; formação de aceiros para proteção contra incêndios e promoção de ações de educação ambiental. 

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PT.027  DIAGNÓSTICO DA COBERTURA VEGETAL E ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DA ZONA DE AMORTECIMENTO DO PARQUE ESTADUAL DE PORTO FERREIRA, SP. Moraes MCP1, Mello K1, Toppa RH1 ‐ 1Universidade Federal de São Carlos, Campus Sorocaba As constantes perturbações nos ecossistemas naturais causadas pelas atividades humanas ameaçam a conservação da biodiversidade e são responsáveis pela destruição de biomas, ocasionando a mudança da paisagem e acarretando o desequilíbrio entre espécies. Dentre essas ações destaca‐se o desmatamento que tem como principal consequência a perda e fragmentação de ecossistemas naturais. O Parque Estadual de Porto Ferreira (PEPF), uma Unidade de Conservação (UC) do interior do estado de São Paulo, localiza‐se em uma paisagem fragmentada cercada por atividades agropecuárias presentes em sua Zona de Amortecimento (ZA) e pela zona urbana de Porto Ferreira. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi estabelecer um diagnóstico da cobertura vegetal existente na ZA, bem como analisar a situação legal das Áreas de Preservação Permanente (APP) associada aos corpos d’água. O mapa de cobertura vegetal foi gerado por meio de vetorização em tela (1:15000) com base em imagens de satélite do ano de 2008 em escala 1:25000, com posterior checagem em campo. O mapa de hidrografia foi utilizado para gerar o mapa de APP. Observou‐se para a ZA apenas 745 ha de cobertura vegetal, o que representa 14% da área, que possui 5.277,13 ha. A ZA apresentou um total de 430,5 ha de APP de curso d’água, sendo que apenas 35% (149 ha) dessa extensão possui cobertura vegetal, o restante encontra‐se sob influência de atividades agrícolas ou ocupação urbana. A ZA de uma UC deveria minimizar o efeito de borda e os impactos exercidos pelo ambiente circunvizinho à unidade. No entanto, nota‐se que para o PEPF, sua função é comprometida devido ao alto grau de fragmentação de habitat da paisagem no entorno da unidade e à escassez de remanescentes florestais que provavelmente funcionariam como corredores e trampolins ecológicos para as espécies nativas que habitam a UC. A matriz agrícola predominante na ZA pode representar uma barreira para o deslocamento de espécies, sendo que a manutenção da conectividade no ambiente estudado deve ser implementada por meio de políticas públicas efetivas que incorporem estratégias para a priorização de áreas de interesse para os objetivos da UC.  Os resultados demonstram que, se restaurada toda a extensão da APP, a cobertura vegetal da ZA aumentaria em 38%, o que poderia favorecer a execução de diretrizes apresentadas nos programas de gestão do PEPF. 

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PT.028   STREAM‐DWELLING AMPHIBIANS OF THE ATLANTIC FOREST AND THE CRITERIA FOR CONSERVATION STATUS: THE DANGER OF OVERESTIMATING THE AREA OF OCCUPANCY  Almeida‐Gomes M1, Lorini ML1, Rocha CFD2, Vieira MV1 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ Ecologia, 2Universidade do Estado do Rio de Janeiro ‐ Ecologia  Stream‐dwelling frog species live restricted to the channel or banks of streams and rivers, hence the effective area occupied by them is much smaller than simply the area of forest patch where they occur. We propose the area effectively occupied by a species as a more realistic estimate of conservation status, using three endemic stream‐dwelling frog species of the Atlantic Forest as examples. The three species are endemic to the state of Rio de Janeiro, Hylodes charadranaetes, H. fredi and H. pipilans. First, we delimited the Extension of Occurrence (EO) tracing a minimum convex polygon around occurrence records. Within the EO, the Area of Occupancy (AO) was the area of rivers and streams plus 15, 30, and 50 m buffer zones. The AO/EO ratio was used to evaluate the conservation status of these species. The biology of this group of species is relatively similar regarding habitat preferences and requirements, allowing extrapolating the results to other Atlantic Forest areas. Compared to non‐rheophilic species, the AO of these three species was a small part of EO, with AO/EO ratio between 1.0 and 10.1%. These species are currently classified as Data Deficient according to IUCN criteria, but their restricted effective distribution would make them Endangered or Critically Endangered. If we consider that 49 out of 54 stream‐dwelling amphibians endemic to the Atlantic Forest biome are listed as non‐threatened in IUCN Red List, there is great potential of a larger number of endangered species in this group. More effective conservation strategies for stream‐dwelling amphibians must integrate knowledge on species biology and careful evaluation of the effective area they occupy. 

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PT.029   DESCRIÇÃO DAS FISIONOMIAS CONSTITUINTES DA PAISAGEM DO AMBIENTE COSTEIRO DO RIO GRANDE DO SUL‐BRASIL DE LIMA LT1, Dutra da Silva M1 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande ‐ FURG ‐ IO/PPGC ‐ Universidade Federal do Rio Grande  O presente trabalho busca descrever as principais fisionomias que compõe a paisagem do ambiente costeiro do Rio Grande do Sul (RS), no extremo sul do Brasil. O estado Gaúcho figura no litoral atlântico brasileiro como o estado que possui o litoral mais uniforme, onde são encontradas as terras mais planas e as maiores lagoas e lagunas do país. A Planície Costeira estende‐se desde a barra do Chuí, no município de Sta. Vitória do Palmar, ao sul, até a desembocadura do rio Mampituba, no município de Torres, ao norte. Sua extensão é de 620 km e possui uma superfície terrestre de cerca de 30.000 km², ou seja, 9,5% da área total do Estado. A uniformidade da paisagem é o que se destaca em toda a linha da costa, constituída por um vasto cordão de areia. Não apresenta elevações e rios grandiosos. Possui diversos lagos e pequenas lagoas, algumas com formas alongadas e paralelas à praia, caracterizadas pela pouca profundidade e frequentemente ligados por canais. O relevo é plano com pouca elevação, o solo é arenoso e o vento é abundante. Também marcam a sua fisionomia a presença de campos secos, campos úmidos, matas de restinga, dunas, banhados e marismas, além de uma fauna abundante, característica de áreas úmidas e abertas. O espaço costeiro do RS também é uma referência ecológica. É sítio de pouso, abrigo e alimentação de espécies migratórias e reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente como uma das regiões brasileiras prioritárias à conservação. No entanto, as fisionomias que compõem sua paisagem vêm sendo fortemente impactadas pela produção agrícola, silvicultura e a agropecuária extensiva. Entre os cultivos destaque para o arroz que se espraia sobre as áreas mais elevadas e secas da planície, muitas vezes associada à atividade pecuária. Também está bastante presente o cultivo do pinus, que traz uma série de mudanças na paisagem. O pinus dispersa, deleta ambientes, funciona como barreira, fragmenta áreas abertas, desorganiza processos, diminui a disponibilidade de água, prejudica o solo e compromete a diversidade biológica. Talvez o pinus e o arroz estejam entre as formas de pressão antrópica com maior poder de transformação da paisagem costeira. O desígnio deste trabalho, portanto, é facilitar a compreensão das fisionomias que compõe a paisagem costeira do RS, seus elementos e processos, bem como as pressões que vêm sofrendo e a construindo ao longo de um tempo histórico de ocupação e usos. 

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PT.030  ECOLOGIA DA PAISAGEM E AVALIAÇÃO ECOLÓGICA RÁPIDA APLICADAS À CONSERVAÇÃO DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO Guedes JCF1, Sobrinho GF dos S1, Chianca‐Silva IR1, Santos Neto DE dos1, Costa DFS1, Rocha R de M1 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ UFRN ‐ Geografia  RESUMO  A conservação do Bioma Caatinga é um desafio da ciência brasileira, onde a biodiversidade da fauna e flora terrestres tem sido a principal razão para o estabelecimento da maioria das áreas protegidas nas últimas três décadas. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a importância ecológica de uma pequena propriedade rural no semiárido brasileiro, com vistas à conservação da biodiversidade local. A “Fazenda Urbana Seridó” (26,4 ha) está localizada no entorno da cidade de Caicó‐RN (6°27'58,62"S / 37°4'27,21”O), na qual foi realizada uma Avaliação Ecológica Rápida, com levantamento de recursos biológicos (flora e fauna) e mapeamento das unidades geoecológicas. Ao longo das 25 campanhas de campo (2011 e 2012), realizou‐se a identificação das espécies (fauna e flora) com base na observação de campo, técnicas de prensagem (flora) e fotografias digitais (fauna e flora). A produção do material cartográfico foi realizada com o auxílio do software Arcgis 10, envolvendo o processamento digital das imagens e a produção de mapas temáticos (escala de 1:2.500) com as diferentes classes de ocupação do solo. Em termos de ecossistema, foi identificada a ocorrência de 07 unidades de habitats diferenciados (açude, rio, zona de inundação sazonal lacustre e ribeirinha, Caatinga densa, Caatinga rala e Caatinga herbácea). A partir do levantamento florístico, identificou‐se 32 espécies, subdivididas em 22 famílias botânicas. Por sua vez, o levantamento da fauna possibilitou a identificação de 62 espécies (aves: 33, insetos: 14, répteis: 9 e mamíferos: 6). Foi efetuado o mapeamento de 02 áreas de extrema importância ecológica: 1) Zona de pouso da arribaçã (Zenaida auriculata Des Murs, 1847 ‐ Aves, Columbidae), importante ave migratória; 2) Zona de pouso e reprodução da Asa‐branca (Patsgioenas picazuro Temminck, 1813‐Aves, Columbidae), identificando‐se 03 ninhos desta espécie carismática e típica na região Nordeste. Os resultados indicam uma área altamente prioritária para a conservação em nível local, de acordo com os diversos atributos ecológicos identificados sendo zonas de pouso e reprodução de Z. auriculata e P. picazuro. As áreas com vegetação nativa desempenham papel importante na manutenção da biodiversidade local, já que essas propriedades rurais podem ser utilizadas como refúgios para as espécies em virtude da crescente degradação ambiental no semiárido brasileiro.   Palavras‐chave: SIG; conservação; Caatinga; Seridó.  

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PT.031  O USO DO SOLO NO ENTORNO DE REMANESCENTES DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA E A SUA INFLUÊNCIA SOBRE A VEGETAÇÃO Schaadt SS1, Vibrans AC1 ‐ 1Universidade Regional de Blumenau ‐ FURB ‐ Departamento de Engenharia Florestal ‐ Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina A fragmentação florestal ocasiona uma redução na extensão da floresta, a qual fica restrita a fragmentos de diversos tamanhos e graus de isolamento. Este processo resulta em uma mudança na dinâmica da floresta, pois expõe os remanescentes a uma matriz diferente do habitat original, aumentando o efeito de borda. Este trabalho teve por objetivo analisar o uso do solo nos arredores de 143 remanescentes amostrados na Floresta Ombrófila Mista em Santa Catarina e verificar a possível relação do entorno da unidade amostral e da sua distância mínima até a borda do remanescente com o estado da vegetação arbórea descrito pelos levantamentos do Inventário Florístico Florestal do estado (IFFSC). Para isto, foi utilizado o mapeamento temático do estado de Santa Catarina, referente ao ano de 2005, e dados das variáveis da vegetação das 143 unidades amostrais analisadas, cedidos pelo IFFSC. A análise do entorno das 143 unidades amostrais consistiu na criação de buffers de 200 m, 500 m, 1.000 m, 2.000 m, 5.000 m, 10.000 m e 20.000 m de raio. Quanto maior a área analisada maior foi o percentual do uso do solo por agropecuária e reflorestamento, e menor a cobertura florestal. A cobertura florestal apresentou diferença significativa entre as áreas dos buffers; porém, verificou‐se uma tendência desta se estabilizar em cerca de 40%. A área com cobertura florestal apresentou correlação significativa com as variáveis da vegetação: áreas com maior cobertura florestal apresentaram um predomínio de espécies climácicas, mais exigentes quanto às condições ambientais, e de espécies com maior densidade e dominância na floresta. Espécies pioneiras estavam presentes em maior quantidade em áreas mais perturbadas e com menor cobertura florestal, com fragmentos isolados por uma matriz geralmente agropecuária. As espécies secundárias apresentaram uma tendência similar às espécies pioneiras. A distância mínima da unidade amostral à borda do remanescente também mostrou correlação significativa com as variáveis da vegetação: na vegetação mais próxima à borda do fragmento predominaram as espécies pioneiras e secundárias. Já no interior dos fragmentos, prevaleceram as espécies climácicas, com maior dominância na floresta e maior diâmetro do fuste. A diversidade de espécies não parece ser influenciada pela área de floresta no seu entorno e pela posição da unidade amostral no fragmento. Conclui‐se que paisagens com maior cobertura florestal permitem o desenvolvimento de florestas mais bem conservadas e com menor influência da matriz no entorno. 

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PT.032   EFFECTS OF DISTURBANCE ON THE STRUCTURE AND COMPOSITION OF VEGETATION IN THE NATURAL MONUMENT OF PEDRA GRANDE – ATIBAIA – SP ‐ BRASIL ‐ CONSERVATION AND RECOVERY OF THE SOIL ISLANDS VEGETATION  De Zorzi VG1,2, Meirelles ST1 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ Departamento de Ecologia, 2Associação S.I.M.Bi.O.S.E. ‐ Grupo de Pevenção e Combate a Incêndios Florestais Grasslands conservation initiatives in Brazil have gained importance recently due to the extensive destruction of habitats with a predominance of an herb layer. The easy removal of less lignified vegetation provides lower costs to create extensive pasture covers using exotic african grasses turning savanna vegetation in the preferred terrain to cattle ranching expansion. The high heterogeneity among field types regarding species composition and limiting factors points to a site specificity approach. Local vegetation requirements and peculiar sources of disturbance can be very distinctive, modulating the intensity of impacts. The “Pedra Grande” rock outcrop is an important natural monument located in Southeastern Brazil (UTM 23K 343713.60L ; 7436780.84S) the summit reaches 1450 m from the base at 800 m. The vegetation at the top of the outcrop is classified as a xeric relict and includes some endemic and micro‐endemic species with peculiar life‐forms and patterns of distribution. Most of the typical vegetation occurs as “soil islands” similar to those found in Southeastern United States. Plants in these “islands” thrive in very shallow soil and sometimes directly over bare rock. That plant formation is very sensitive to fire and trampling that frequently occurs since the population gained access to the summit area. Our work intends to analyze the vegetation species composition and the history of the site use detecting the sources of disturbance and the consequences to the local vegetation cover. Local censuses of vegetation and photographic records starting around 1960 were used to investigate the disturbance history and specific changes. A total of 111 species pertaining to 44 families occur in the Pedra Grande outcrop vegetation. The soil islands are almost exclusively composed of monocots among which Bromeliaceae dominates together with Amaryllidaceae, Alstroemeriaceae and Orchidaceae. Soil islands near the main public access show a lower richness and many even disappeared. Site observations along 6 years allow identifying causes of disturbance as soil island trampling by vehicles, use of soil islands as “natural bonfire” sources, selective extraction of plants with showy flowers and fire from surrounding vegetation. Disturbance of the soil around the outcrop affect the drainage channels alongside patches of vegetation removing soil islands during heavy rain. Suggested actions regarding conservation and recovery of the Pedra Grande natural monument are delimitation of activities of visitors, restrictions to the access of motor vehicles, recovery of damaged soil islands and re‐introduction of most common species to the most visited parts of the outcrop. 

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PT.033   Fragmentação da cobertura vegetal de caatinga no submédio São Francisco  Alvarez IA1, Pereira LA2, Taura TA2, Ronquim CC1, Gallo BC1 ‐ 1Embrapa Monitoramento por Satélite, 2Embrapa Semiárido  Em Florestas Tropicais a fragmentação de habitats é a causa principal da perda acentuada da biodiversidade. A interferência sobre a Caatinga elevou o nível de antropização em mais de 70% da área. Na calha principal do rio São Francisco as alterações na configuração original da cobertura vegetal foram intensas ao longo da exploração do rio, sendo mais intensa no submédio. O trabalho tem como proposta avaliar a dinâmica da fragmentação da caatinga de 1987 a 2008 nas margens do rio em 8 municípios da Bahia e Pernambuco pertencentes à RIDE Petrolina /Juazeiro. O estudo utilizou imagens Landsat TM5 de 1987 a 2008, entre setembro e novembro. As imagens foram corrigidas geometricamente, a partir de pontos de controle coletados em campo. Em seguida, realizou‐se um tratamento de realce e contraste para a classificação. O método utilizado para separação das fisionomias foi o da segmentação da imagem. A etapa de re‐classificação foi feita com base na interpretação visual, definindo uma classe para cada intervalo espectral. As classes de usos predominantes na área de estudo foram selecionadas com base no conhecimento prévio da área de estudo. O NDVI foi utilizado para auxiliar na discriminação dos diferentes tipos de vegetação. Os fragmentos foram formados a partir do processo de generalização automática e junção dos fragmentos obtidos no processamento de cada classe a partir de uma distância mínima de 20 pixeis (neste caso Landsat de 600m). Após os processamentos, os fragmentos de cada ano foram sobrepostos e observada a dinâmica da sua evolução. A análise dos resultados mostrou que na RIDE o número de fragmentos aumentou em 17%; o tamanho mínimo dos fragmentos diminui em 30% e a área média em 26%. Quando se compara por município, Juazeiro foi o que mais perdeu em cobertura vegetal (42%); aumentou em número de fragmentos (67%) e, embora diminuiu a área média de cada fragmento – 65%, o fragmento mínimo aumentou sua área em 170%. Tais dados apontam para uma diminuição crescente da cobertura vegetal, aliada a maior fragmentação das áreas remanescentes. Até quando houve aumento de cobertura vegetal como um todo, a área média dos fragmentos diminuiu. A Caatinga dependente mais de fatores intrínsecos ao local (fragmento) do que outros biomas e a expansão dos remanescentes depende mais do seu próprio potencial do que dos propágulos externos. Portanto, na análise da fragmentação desses habitats é mais importante o tamanho das áreas do que a distância entre fragmentos. 

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PT.034  ECOLOGIA DA PAISAGEM: DESESTRUTURAÇÃO MORFOLÓGICA DA PAISAGEM NO MUNICÍPIO DE MURIAÉ – MINAS GERAIS Almeida E1, Cirino DS2 ‐ 1Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Marcelina, 2Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Marcelina ‐ Professor de Ecologia O presente trabalho tem como propósito destacar a desestruturação morfológica da paisagem no município de Muriaé – Minas Gerais. Parte‐se do princípio que as principais configurações morfológicas da paisagem estruturam‐se em matrizes, corredores e manchas. No entanto, a análise da paisagem do município de Muriaé não permite a identificação desses três elementos morfológicos, apenas alguns deles, a saber: uma matriz extensa e uniforme se apresenta em todo o município segmentada pela mancha da sede urbana localizada na parte central do município, o que o divide entre a parte sul e norte. Esta matriz se caracteriza pela existência de áreas antropizadas, poucos vegetadas, ocupadas por pastagens e áreas agrícolas, sendo um dos problemas na sua estruturação morfológica a ausência de um desses elementos, o corredor ecológico, responsável pela integração entre as matrizes e manchas. Evidencia‐se que há uma desestruturação desta paisagem consequência do desmatamento que ocorre desde o século XIX, uma vez que as matas remanescentes apresentam‐se sob a forma de manchas vegetadas, salpicadas em toda a área. 

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PT.035   TAMANHO, FORMA E ANÁLISE DA BORDA EM FRAGMENTOS FLORESTAIS EM UM RECORTE DE PAISAGEM NA ZONA DA MATA SUL DE PERNAMBUCO, BRASIL.  Silva MFA1,2, Santos ARLS1, Nascimento DM3, Ribeiro MC4, Lins e Silva ACB5 ‐ 1Geosistemas Engenharia & Planejamento ‐ Gerência de Meio Ambiente e Projetos Especiais, 2Instituto de Ensino Especializado da Paraíba ‐ Pós‐Graduação em Geoprocessamento, 

3Universidade Federal Rural de Pernambuco ‐ 

Laboratório de Ecologia Vegetal, 4Universidade Estadual Paulista ‐ Departamento de Ecologia, 

5Universidade Federal Rural de Pernambuco ‐ Departamento de Biologia Na perspectiva que o estudo das paisagens fragmentadas pode auxiliar na compreensão do valor e importância e subsidiar a conservação de remanescentes florestais, este trabalho objetivou analisar a estrutura espacial da paisagem em uma região na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Foram utilizados dados espaciais provenientes de ortofotocartas compatíveis com a escala de 1:10.000. A paisagem foi mapeada e transformada em vetores para a formação de arquivos de polígonos do tipo shapefile. Após a vetorização, foi criado um banco de informações que continha, para cada fragmento, o tamanho, o perímetro, o seu índice de forma (IF), que estima o grau de circularidade de uma determinada forma geométrica, e áreas de interior e borda dos fragmentos. De acordo com este índice, os fragmentos foram classificados em: “Muito irregular” (IF < 0,4), “Irregular” (IF entre 0, 4 e 0,65) ou “Regular” (IF > 0,65). Os fragmentos foram ainda classificados em pequenos (<30 ha), médios (>30 a 200 ha) e grandes (>200 ha). As áreas de borda foram criadas para várias larguras, a partir de buffers entre 10 e 200 m. A área estudada possui 7.035 hectares, com um total de 270 fragmentos ocupando 2.160 ha (ca. 30% da área total). Os pequenos fragmentos foram maioria (259; 96%), seguidos por médios (9; 3,3%) e grandes (2; 0,7%). Já a área ocupada por esses fragmentos seguiu padrão inverso: os grandes ocuparam 849 ha (39,31% da área), os médios 675 ha (31,25%) e os pequenos 636 ha (29,44%). Os fragmentos muito irregulares foram maioria (159; 58,89%), seguidos por irregulares (72; 26,67%) e regulares (39; 14,44%). O mesmo padrão ocorreu com relação às áreas ocupadas por essas classes de forma, a classe “muito irregular” cobrindo 1.843 ha; a irregular, 209 ha; e a regular, 108 ha. À medida que a largura da borda aumentou, as áreas de interior decresceram rapidamente. A área total dos fragmentos foi excedida pelas áreas de borda quando a largura da borda ultrapassou os 75 metros. No momento em que a largura da borda ultrapassou os 200 metros, apenas 25% das áreas dos fragmentos restaram como áreas de interior. Os resultados revelam que os fragmentos estudados na mata sul de Pernambuco são, em sua maioria, pequenos, ocupando menos de 30% da paisagem e com predominância de formas irregulares.  Apoio: UFRPE, UNESP/ Rio Claro, Usina Trapiche 

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PT.036   ANÁLISES DE FERTILIDADE DOS SOLOS DE FRAGMENTOS DA FLORESTA NACIONAL DO ARARIPE/APODI  Bezerra OB1, Alencar GSS2, Alencar FHH3, Souza GS4, Silva CA4, Santos CAA1 ‐ 1Graduando do Curso de Engenharia Ambiental IFCE/Juazeiro do Norte, 2Doutoranda do Programa de Pós‐Graduação em Geografia ‐ UNESP/Rio Claro, 3Doutorando do Programa de Pós‐Graduação em Zootecnia ‐ UFPB/Areia, 4Bolsista FUNCAP/CNPq A Floresta Nacional (FLONA) do Araripe/Apodi foi criada em 1946, e regulamentada pelo Código Florestal de 1965 (Lei 4.771 de 15 de setembro de 1965), está localizada entre as latitudes 07°11’42’’ e 07°28’38’’ Sul e longitudes 39°13’28” e 39°36’33” Oeste, com uma área de 38.262,32 hectares, situada dentro da Chapada do Araripe sendo esta, essencial para a manutenção do equilíbrio climático hidrológico da região. O clima predominante é o Tropical Quente Subúmido, a precipitação média anual gira em torno de 1.061mm e a temperatura média é de 25ºC. Nesta área de conservação ambiental encontram‐se diversos tipos de solos: Argissolos, Latossolo Amarelo Acriférico e Latossolo Amarelo Distrófico e Neossolo Flúvico. A vegetação também é diversificada: Carrasco, Floresta subcaducifólia tropical xeromorfa e Floresta subperenifólia tropical plúvio‐nebular e mancha de Floresta ombrófila densa e estacional, de modo que essas variedades podem ter sido resultantes de diferentes períodos geológicos. Este trabalho tem como objetivo apresentar dados relativos às analises de fertilidade dos solos de quatro parcelas situadas na FLONA do Araripe/Apodi. A parcela 1 (P1) foi incendiada no ano de 2007, P2 sofre pouca interferência antrópica, e a P3 e P4 estão localizadas próximo ao acampamento dos coletores de pequi (Caryocar brasiliense). A P1, P2 e P4 estão situadas sob uma vegetação de Florestas subcaducifólia Tropical Xeromorfa (Cerradão) e a P3 no Carrasco. O solo da P1, P3 e P4 é o Latossolo amarelo distrófico e o da P2 é Latossolo amarelo acriférico. Para análise do solo, utilizou‐se um tubo de aço inox de 40 mm de diâmetro, um cepo de madeira e uma marreta. Foram coletadas amostras em zigue‐zague. Sendo cinco amostras simples para compor uma composta a duas profundidades de 0‐20 e a 20‐40 cm. Os parâmetros analisados foram os que influenciam na fertilidade, como: pH, Carbono (C), Fósforo (P) e Matéria Orgânica (M.O). A análise do solo da P2 apresentou‐se mais rico em matéria orgânica e carbono em relação às demais. Apresentando teores de 60,5 e 54,3g/Kg de matéria orgânica e 35,1 e 31,5g/Kg de carbono entre, a as profundidades de 20 e 40 cm respectivamente. A P1 apresentou elevados teores de Fósforos (28‐31mg/dm3) em relação às outras parcelas. Todos os solos apresentam‐se ácido com pH entre 4,3 e 5,2.   Palavras‐chave: FLONA, Solos, Fertilidade.  Agradecimento: Ao Laboratório de água, solos e tecidos vegetais ‐ LABAS do IFCE Campus Iguatu, pelas análises de solo.   Entidades financiadoras: FUNCAP/CNPq. 

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PT.037   ANÁLISE ESPACIAL DOS FRAGMENTOS FLORESTAIS EM SÃO GONÇALO DO RIO ABAIXO, QUADRILÁTERO FERRÍFERO ‐ MG  Lucas FL1, Fonseca BM2, Jesus JRP3, Santos LA4 ‐ 1IGC/UFMG ‐ Depto Cartografia, 2IGC/UFMG ‐ Departamento de Cartografia, 3Geotec Consultoria e Treinamento Ltda., 4Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Rio Abaixo‐MG ‐ Secretaria Municipal de Meio Ambiente A fragmentação florestal é uma das maiores causas da perda da biodiversidade, comprometendo a disponibilidade e qualidade de recursos naturais. Neste contexto, o mapeamento e análise de fragmentos florestais apresentam‐se como subsídio para o planejamento e conservação ambiental. A aplicação dos índices de Ecologia da Paisagem, através do uso de Sistemas de Informação Geográfica e Sensoriamento Remoto, permite rápida e eficiente análise da estrutura da paisagem na qual os fragmentos florestais estão inseridos. No município de São Gonçalo do Rio Abaixo/MG, a fragmentação florestal é resultado do uso predatório dos recursos naturais ao longo do tempo, condicionado pelo processo histórico de ocupação, tornando‐se necessário quantificar e monitorar as condições de cobertura florestal. Neste contexto, o objetivo deste estudo é analisar e mapear a estrutura da paisagem florestal no município de São Gonçalo do Rio Abaixo por meio de índice de ecologia da paisagem.  A classificação de imagens do satélite RapidEye foi realizada no software SPRING, enquanto o cálculo das métricas dos fragmentos foi realizada no software ArcGIS 9.3, por meio da extensão V‐LATE.  Num contexto geral, a paisagem florestal do município encontra‐se poupada, destacando‐se o percentual ocupado pela classe Floresta Estacional Semidecidual (37,5%), que somado ao percentual do Campo Rupestre (4,31%) representam mais de 40% de área preservada. Fato raro para um município que pertence à devastada bacia hidrográfica do rio Doce. No entanto, o grau de fragmentação da paisagem é elevado. Mais de 90% da cobertura florestal encontra‐se em fragmentos com área inferior a 10 hectares, gerando padrões de forma média mais regulares (1 a 2) e menor distanciamento dos fragmentos vizinhos (80,1% dos fragmentos encontram‐se a menos de 100 metros um do outro). O Campo Rupestre encontra‐se em maior fragilidade ambiental. Sua menor área e área central funcional em proximidade com monoculturas de eucalipto são agravantes que revelam a necessidade de políticas e ações de preservação, haja vista sua importância para a manutenção da biodiversidade no extremo nordeste do Quadrilátero ferrífero. Palavras‐chave: Fragmentação Florestal, Ecologia da Paisagem, SIG   

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PT.038   O TAMANHO DO FRAGMENTO INFLUENCIA O SUCESSO REPRODUTIVO DE Bauhinia rufa (Bong.) Steud. (LEGUMINOSAE)?  Santos RA1, Uieda W2, Galetto L3, Guimarães E4 ‐ 1Instituto de Biociências ‐ Universidade Estadual Paulista ‐ Departamento de Botânica, 2IBB, UNESP, Univ Estadual Paulista ‐ Departamento de Zoologia, 3Universidad Nacional de Córdoba, Argentina. CONICET., 

4IBB, UNESP, Univ Estadual Paulista ‐ 

Departamento de Botânica A relação entre a área de fragmentos de vegetação e a riqueza de espécies tem sido muito estudada, porém as consequências nas interações planta‐animal advindas da fragmentação têm recebido pouca atenção. Alterações nos remanescentes de vegetação podem afetar as interações mutualísticas entre plantas e animais. Dois aspectos podem determinar o grau de vulnerabilidade das populações de plantas ao processo de fragmentação: o sistema reprodutivo e o grau de especialização na polinização. Mais de 80% das plantas são zoófilas e dependem da atividade dos polinizadores para a sua reprodução. A fragmentação do ambiente e o isolamento espacial das plantas podem modificar a atividade dos animais pela redução dos recursos alimentares por área e/ou pela necessidade de aumento do raio de forrageio, o que frequentemente leva a um maior gasto energético. Além disso, a redução nas populações de polinizadores pode influenciar o desempenho das plantas auto‐incompatíveis devido ao declínio no número e/ou qualidade das visitas, acarretando numa alteração direta na produção de frutos e sementes. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de Bauhinia rufa em fragmentos de cerrado, três pequenos ≤ 60 ha e três grandes  ≥ 180 ha. O sucesso reprodutivo foi utilizado como uma medida de desempenho e foi estimado entre os meses de novembro de 2011 e fevereiro de 2012. Foram amostrados assistematicamente 30 botões, em 20 plantas, nas seis áreas (n = 3600 botões), os quais foram monitorados até a queda das flores e/ou formação dos frutos. O sucesso reprodutivo foi estimado a partir da proporção de frutos produzidos em relação ao total de flores marcadas por indivíduo. Os valores obtidos para os três fragmentos pequenos foram 0.0733, 0.0550 e 0.043; e para os fragmentos grandes 0.0150, 0.0817 e 0.0433. A comparação entre as médias da estimativa do sucesso reprodutivo não apresentou diferenças significativas (Mann‐Whitney U‐statistic = 1606.0, p = 0.3045). Bauhinia rufa é uma leguminosa auto‐incompatível e quiropterófila, que apresenta distribuição em fragmentos de cerrado de tamanhos variáveis. Animais capazes de transportar pólen entre os fragmentos podem ajudar a reduzir os efeitos negativos da fragmentação da paisagem. Neste sentido, os morcegos podem ser especialmente importantes para as plantas auto‐incompatíveis porque muitas espécies possuem a habilidade de transportar o pólen ao longo de grandes distâncias, favorecendo o intercruzamento entre plantas não aparentadas. Esta capacidade de deslocamento entre os fragmentos pode garantir uma taxa de frutificação semelhante em áreas de diferentes tamanhos e graus de isolamento.  Entidades financiadoras: CAPES e Biota ‐ FAPESP. 

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PT.039   Análise da Fragmentação da paisagem na Bacia Hidrográfica do Rio Darro, Querência ‐ Mato Grosso  Rossete AN1, Hochberger L ‐ 1MATO GROSSO STATE UNIVERSITY ‐ BIOLOGICAL SCIENCES  A grande extensão territorial brasileira abriga uma alta diversidade de espécies, mas com a expansão das atividades agropecuárias, principalmente nos Estados do Centro‐Oeste vem ocorrendo modificações na paisagem, acarretando na perda da biodiversidade e a destruição de ecossistemas. No Mato Grosso o desmatamento como prática usual na abertura de novas áreas para uso agrícola provoca a fragmentação da vegetação, processo este que afeta diretamente o grau de conservação da biodiversidade. O objetivo desse trabalho foi analisar a fragmentação da paisagem na Bacia Hidrográfica do rio Darro ‐ BHDA, localizada no município de Querência‐MT, baseada na análise qualitativa e quantitativa da fragmentação da paisagem natural. Através das cartas topográficas do IBGE (1981) na escala de 1: 100.000, utilizando os pontos altimétricos, rede de drenagem e curvas de nível, foi possível obter o limite da BHDA. A partir da interpretação de imagens orbitais para os anos de 1989, 1994, 1997, 2000, 2003 e 2006 foi realizada uma classificação visual em meio digital para delimitação das áreas desmatadas. Realizou‐se a análise quantitativa através do software FRAGSTAT 3.3 que calcula métricas ou índices que quantificam a composição e a configuração da paisagem. Neste trabalho foram utilizadas as métricas: área, percentagem da classe vegetação, índice de dimensão fractal, círculo circunscrito relacionado, área core, número de áreas core, índice de áreas core, índice de proximidade. Os resultados indicaram o avanço do desmatamento no decorrer da serie temporal, onde o ano de 1989 foi o que apresentou os menores índices de fragmentação enquanto que 2006 teve os maiores índices de mudança na paisagem, apresentando a menor área de vegetação, menor percentagem da classe vegetação, maior número de fragmentos e maior distância entre os fragmentos, sendo o ano com maior modificação da paisagem. Esses resultados poderão ser utilizados para definir medidas de manejo, conservação e recuperação da vegetação, importante para a manutenção e melhoria da qualidade ambiental da BHDA. 

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PT.040   A ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO NATIVA EM ÁREAS DE PASTOREIO INTENSIVO NO SEMI—ARIDO SERGIPANO  SANTOS FMS1, SANTOS F1, SANTOS LAS2, PEREIRA RF1 ‐ 1IBES ‐ REDE BIODIVERSIDADE BRASIL/FRUTOS DA FLORESTA, 2UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ‐ HERBARIO Os ambientes naturais têm sido modificados pelo homem com fins de criar condições ditas adequadas para o desenvolvimento social e econômico do país, fortalecendo a visão antroprocentrica em relação à gestão dos ecossistemas. Essa ação tem como resultado a formação de fragmentos florestais isolados e redução da diversidade biológica no meio de áreas produtivas. No caso do semi‐árido sergipano a matriz agrícola principal é a pecuária leiteira, que elimina áreas florestais para implantação de pastagem totalmente abertas. O objetivo desse trabalho foi avaliar propriedades rurais de pecuária e apícolas com fins de analisar as areas florestais remanescente e assim estruturar estratégias de conservação com foco em corredores ecológicos e enriquecimento florestal da paisagem. A área de estudo foram os povoados de Lagoa do Rancho e da Entrada, município de Porto da Folha. Foram analisadas a existência de fragmentos florestais, o tamanho e a composição floristica. Como resultado apontou‐se que 100% das propriedades (n=15) possuem mancha florestal em suas pastagens, o tamanho está entre 03 e 10 hectares, porém não existe limitações isolando o gado desses remanescentes. A analise floristica foi realizada no maior e mais antigo fragmento. A sua área foi de 10 hectares e segundo a entrevista possui mais de 30 anos de existência. Esse fragmento foi analisado pelo método do ponto quadrante, foram alocados 59 pontos, identificadas 23 espécies em 236 indivíduos. Os resultados mostram uma baixa diversidade. Das 23 espécies registradas cerca de 04 espécies dominam o fragmento com freqüência absoluta acima de 25%, sendo que Tabebuia áurea e Poincianella pyramidalis tiveram as maiores freqüências, em torno de 35% e 48% respectivamente. As demais espécies possuem freqüência inferior a 18%. Com analise na dominância e freqüência observou‐se que não há ingresso significativo de espécies na área. Essa analise mostra o alto nível de impacto no remanescente. Uma das causas deve ser a  presença do gado nos fragmentos. A não existência de uma consciência conservacionista pelos  proprietários rurais  faculta uma matriz de impacto constante. Com base nesses resultados o projeto Frutos da Floresta, conclui que a estruturação de um processo de recuperação florestal deve buscar enriquecer o ambiente com as espécies com menor índice de freqüência e com potencialidade apícola o forrageira, pois integra a matriz econômica local permitindo a conservação e gestão socioambiental da área. O Projeto Frutos da Floresta é financiado pelo programa Petrobras Ambiental, sob gestão do ICODERUS e executado técnicamente  pela Rede Biodiversidade Brasil (IBES). 

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PT.041   Como espécies dominantes e com ampla distribuição geográfica são afetadas pela fragmentação e perda de habitat? Estudo de caso com Euglossina (Hymenoptera, Apidae).  Aguiar WM1, Gaglianone MC2 ‐ 1UEFS ‐ DEXA, 2UENF ‐ CBB‐LCA  Abelhas Euglossina apresentam distribuição exclusivamente na região Neotropical. Euglossa cordata, Eulaema cingulata e Eulaema nigrita apresentam ampla distribuição e são dominantes, representando mais de 90% dos indivíduos amostrados nesse grupo. Vários autores sugerem que essas espécies sejam tolerantes a ambientes secos, abertos e alterados, por isso o objetivo desse estudo foi avaliar como espécies dominantes e com ampla distribuição geográfica são afetadas pela fragmentação e perda de habitat no estado do Rio de Janeiro. Essas abelhas foram amostradas trimestralmente entre abril/07 a maio/09 por meio de armadilhas com iscas aromáticas em 18 fragmentos florestais com tamanho variando de 2 a 1200 ha. Os dados foram analisados quanto a abundância relativa das espécies pelo tamanho dos fragmentos estudados. Os fragmentos estudados foram classificados quanto ao seu tamanho em cinco categorias; 1‐10ha, 10‐20ha, 20‐60ha, 60‐200ha e maior que 200ha. Foi realizada uma correlação linear simples entre a densidade de indivíduos (log(x)+1) e o tamanho dos fragmentos florestais analisados (log (x)+1). Foram amostrados 3910 indivíduos, sendo 1604 indivíduos de Eulaema nigrita, 1512 de Euglossa cordata e 794 indivíduos de Eulaema cingulata. Para Euglossa cordata a maioria dos indivíduos foi amostrada em fragmentos com tamanho entre 12 e 18 ha, com média 8,2 % (±2.8). E. cingulata e Eulaema nigrita apresentaram maior abundância relativa média nas áreas entre 12 e 57ha (7,3 ±9,5 e 6,2 ±4,6, respectivamente), contudo para E. cingulata  apresentou muita variação de abundância nas áreas amostradas. Quando avaliado quanto a densidade de indivíduos foi observado uma correlação negativa significativa para todos as espécies avaliadas, Eulaema nigrita (r= ‐ 0,95, p= 0,000); Euglossa cordata (r= ‐0,92, p=0,000) e Eulaema cingulata (r= ‐0,78, p= 0,000). Os dados deste estudo demonstram que estas espécies conseguem suportar os efeitos da fragmentação florestal e suas populações apresentam maiores densidades quando em fragmentos menores, representando assim um importante grupo de espécies polinizadoras para áreas de regeneração florestal. 

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PT.042   A  IMPORTÂNCIA DOS REFÚGIOS FLORESTAIS NA CONSERVAÇÃO DA PAISAGEM NO MUNICÍPIO DE CAMPO MOURÃO  LIBERALI L1, MASSOQUIM NG2 ‐ 1UEM ‐ GEOGRAFIA, 2UNESPAR ‐ CAMPO MOURÃO ‐ DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA A presente pesquisa trata da importância dos fragmentos de condições ambientais formada pelos enclaves ou refúgios geoecológico em áreas de ecossistema, de Cerrado, Floresta Ombrófila Mista e Estacional Semidecidual, no município de Campo Mourão, localizado na Região Centro Ocidental Paranaense. Pelas condições fisiográficas a paisagem do município é representado por diferentes ecossistemas. Pesquisas teóricos  que discutem essa temática são raros na região, e as poucas que se tem são bastante incipiente, especialmente ao que dizer a respeito da configuração original da paisagem. Estudos que abordem a paisagem ecológica atual e histórica (paleoclimática –Quaternário) que deu origem aos refúgios florestais da região, objeto de estudo, será de suma importância para entender a dinâmica da paisagem e a configuração de pequenos ecossistemas. Na discussão dessa temática a teoria dos refúgios é um importante mecanismo para explicar a dinâmica fitogeográfica, especialmente no Brasil que é um país de condições climática tropical, portanto de influencia direta na riqueza florística dos ecossistemas que são marcados, pela heterogeneidade de formações. Na área de estudo a dinâmica fitogeográfica apresenta uma disparidade de formação como vegetação de cerrado, bromélia de chão e cactáceas, que estão refugiadas em outras formações de ambientes adversos as suas condições ecológicas. O objetivo da pesquisa foi averiguar e mapear as áreas de refúgios ecológicos e relaciona‐la a cada nicho para extrair o princípio de sua origem e formação. Para Troppmair (2004), a teoria dos refúgios ecológicos é fundamentada nos processos evolutivos levando em consideração os mais recentes estudos de paleoclimas. Para Ab’ Saber, os enclaves  de sistema ecológicos de pequenos e médio porte encontrados no Brasil são os reflexos da dinâmica das mudanças climáticas e paleoecologicas. Considerando a abordagem dos autores já mencionados e a importância das áreas de refúgios para a proteção dos seres vivos e a conservação da biodiversidade, foi realizada a analise biogeográfica. Essa análise serviu para identificar os tipos de vegetação combinando com as unidades de paisagem que visam, o planejamento, a conservação e preservação dos refúgios ecológicas florestais. Para tanto, utilizou‐se do método sistêmico, bibliografia especializada e pesquisa de campo. O levantamento fitogeográfico foi realizado por meio da observação direta das diferentes espécies como bioindicadores de condições paleoclimática, plotagem dos pontos e fotografias. Considerou‐se que o estudo desenvolvido nas áreas com formação vegetal de cerrado, família da Bromeliaceae e Cactaceae no município de Campo Mourão, se enquadra no conceito de enclave que da origem aos refúgios ecológicos. 

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PT.043   INFLUÊNCIA DO PORCENTUAL DE COBERTURA VEGETAL SOBRE A RIQUEZA DE ESPÉCIES AMEAÇADAS DE ODONATA  Rodrigues ME1, Souza DC2, Pena JCCP2, Roque FO3 ‐ 1Universidade Federal de Mato Grosso do Sul ‐ Programa de Pós Graduação em Ecologia e Conservação, 2Universidade Federal da Bahia ‐ Programa de Pós Graduação em Ecologia e Biomonitoramento, 

3Universidade Federal de Mato Grosso do Sul ‐ 

Departamento de Biologia  Ações antrópicas são causa das alterações sobre a estrutura de paisagens em todo o mundo, resultando em modificação das comunidades biológicas, incluindo extinção de espécies. Ambientes de água doce sofrem diretamente e indiretamente os efeitos destas transformações, tendo repercussão nos organismos que são dependentes desse recurso. Muitas das abordagens são desenvolvidas tendo em vista o monitoramento ecológico dos sistemas de água doce. Parte deste desafio envolve encontrar relações entre os indicadores biológicos e variáveis preditoras de fácil mensuração. Odonata destaca‐se por ser um dos únicos grupos com avaliações globais quanto ao status de conservação, com 2657 espécies na Red List da União Internacional para Conservação da Natureza‐ IUCN. Desde 2010 somamos 45 pontos de amostragem distribuídos em córregos inseridos em áreas de Cerrado, Mata Atlântica e Chaco no Centro Oeste brasileiro. Dentre as 70 espécies identificadas 12 estão registradas na Red List sendo: 1 ‐ criticamente ameaçada; 10 ‐ menor preocupação; e 1 ‐ dados deficientes. Neste trabalho investigamos se as ocorrências de espécies ameaçadas podem ser previstas pela porcentagem de remanescentes florestais. Para isso, utilizamos o percentual de vegetação remanescente como representante da estrutura da paisagem. Ela foi definida por um raio de 1000 m, tendo como centro o ponto de coleta das amostras. Nesta área calculamos o percentual de vegetação. A partir dos dados coletados realizamos regressão linear generalizada (GLM), relacionando a riqueza de espécies ameaçadas e a porcentagem de remanescente florestal. O resultado obtido foi significativo (p<0,05). As espécies ameaçadas só ocorreram diante de percentuais de cobertura vegetal maior do que 20%. Sendo que, espécies que são dependentes de áreas florestadas como ‐ Argentagrion ambiguum, Epipleoneura metallica, Neoneura fulvicollis, Elga newtonsantosi – só ocorreram em locais com cobertura vegetal na paisagem acima 70%. Essas evidências destacam a importância do contexto da paisagem para a manutenção e persistência das espécies nos ecossistemas. Além disso, os maiores valores de riqueza foram encontrados em áreas com percentuais maiores de remanescentes de mata, reforçando a importância da configuração da paisagem para a representatividade do maior número de espécies ameaçadas. O trabalho adiciona mais evidencias sobre a importância de conservação de remanescentes florestais para conservação da biodiversidade.  

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PT.044   ANÁLISE DO DESMATAMENTO NO MUNICÍPIO DE MARAGOGIPE‐BA  SUAREZ AF1, CANDEIAS A L B1 ‐ 1UFPE ‐ Engenharia Cartográfica  Os processos antrópicos, impulsionados pela crescente necessidade mundial de alimento, água e abrigo, regem as mudanças de uso e cobertura do solo. A ocupação das áreas costeiras no Brasil vem acontecendo de forma acelerada. A detecção das mudanças de uso e cobertura do solo pode proporcionar um melhor entendimento das interações entre os fenômenos naturais e humanos.   Este estudo teve como objetivo, analisar a dinâmica do desmatamento através da quantificação de algumas métricas de paisagem realizadas em imagens multitemporais classificadas fruto de dados de sensoriamento remoto no município de Maragogipe‐BA, localizado aproximadamente 133 km a leste da capital Salvador, nos domínios do Bioma da Mata Atlântica, a direita do estuário do Rio Paraguaçu, onde se formou a baía do Iguape no fundo Baía de Todos os Santos.   O município foi divido por suas características geológicas e geomorfológicas em “partes altas” e “partes baixas”. Imagens de satélite classificadas do ano de 1986, 2000 e 2008  foram utilizadas como input em um modelo implementado no software DINAMICA EGO para calcular algumas métricas de paisagem.   Observando a dinâmica do desmatamento aproximadamente nas ultimas três décadas, concluímos que nas terras altas do município de Maragogipe, do ano de 1986 ao ano 2000, uma área de 2.063,54 hectares de Florestas foi desmatada. No período subsequente, do ano 2000 ao ano 2008, foi desmatada uma área de 750,39 hectares.   Ocorreu uma desaceleração considerável no desmatamento na ultima década, mas vale ressaltar que os remanescentes florestais observados na área alta do município hoje são a minoria do território e representam apenas 7% da área original equivalente a 1.635,65 hectares.   Esta redução observada no desmatamento das áreas altas do Município de Maragogipe, não é observada nas áreas baixas, onde a dinâmica acontece da seguinte forma: no primeiro período do ano de 1986 ao ano 2000, uma área de 563,08 hectares de Florestas equivalente a 3% da floresta remanescente. No período subsequente, do ano 2000 ao ano 2008, foi desmatada uma área de 488,94 hectares equivalente a 4% de floresta remanescente. A quantidade desmatada em hectares se manteve próxima, não se observou redução entre as décadas, mas a representatividade deste desmatamento no total dos remanescentes teve um aumento de 1%, ou seja, existiu um aumento de 3% para 4% no desmatamento da floresta remanescente na ultima década. A área total de floresta hoje, nas áreas baixas equivale a 64% do território original que ela ocupava equivalente a 9.879,53 hectares. 

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PT.045   ANÁLISE DA FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL E DO EFEITO DE BORDA CONSIDERANDO A INFLUÊNCIA DE ESTRADAS ‐ ESTUD DE CASO PARA SILVA JARDIM, RJ. BRASILEIRO RC1, DUARTE GS1, SANTOS RHL1, CARDOSO PV1, CRUZ CBM1 ‐ 1UFRJ ‐ Geografia A Mata Atlântica é considerada um dos biomas mais devastados do Brasil, sendo objeto de inúmeras pesquisas sobre perdas causadas por sua alta taxa de fragmentação, a maior entre todos os biomas brasileiros. Logo, sua representatividade através de fragmentos pequenos exige mais esforços para geração de mapeamentos em maiores escalas, dado que a percepção de formas, tamanhos e proximidade é profundamente dependente do nível de detalhamento alcançado. Uma linha de pesquisa que considera os efeitos de borda causados pelos cortes de rodovias e sua consequente interferência nos fluxos energéticos e biológicos internos aos fragmentos florestais , tem se consolidado com a denominação Road Ecology. Os trabalhos desenvolvidos nesta linha levantam questões que dependem da disponibilidade de dados sobre o arranjo espacial das estradas na área de interesse. Neste sentido, reforça‐se a realidade do país em termos de fraca oferta de mapeamentos atualizados e em escalas de detalhe, identificando‐se na realidade uma importante carência de dados estruturados para a realização das análises. A área de estudo é município de Silva Jardim, Rio de Janeiro, que se encontra totalmente inserido no bioma da Mata Atlântica e está englobado pela APA da Bacia do Rio São João Mico‐Leão‐Dourado, que foi criada com o intuído de garantir o uso racional de recursos hídricos, a proteção dos remanescentes da Mata Atlântica e também de seus valores culturais. O presente trabalho analisa o estado da fragmentação florestal no município de Silva Jardim, considerando a influência do corte de estradas no efeito de borda da vegetação. Para tal está estruturado um banco de dados geográficos, detalhado e atualizado, contendo o mapeamento da cobertura vegetal para 2010 na escala 1:25.000, além de uma base de referência com o sistema de transporte classificado em diferentes tipos. São utilizadas imagens Rapideye (2010), com resolução espacial de 5 metros e radiométrica de 12 bits. É adotada a técnica de classificação orientada a objetos para a extração do mapa temático da cobertura vegetal e da base de rodovias. A análise da fragmentação florestal foi efetuada em dois momentos, antes e após a consideração do efeito das rodovias através do uso de uma base em superfície planimétrica, na escala de 1:25.000. Assim tal estudo é importante como uma iniciativa para uma melhor compreensão dos impactos gerados pelas rodovias como também um melhor modelo de gestão do município Silva Jardim. 

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PT.046   Fragmentação da paisagem em Sorocaba – SP: situação reportada em 2011  Bortoleto LA1, Melo RV1, Silva AM1 ‐ 1Unesp ‐ Campus Experimental de Sorocaba ‐ Engenharia Ambiental Estudos da paisagem por meio de sensoriamento remoto são feitos principalmente com o objetivo de se obter informações que apóiem possíveis trabalhos de conservação em áreas onde a cobertura vegetal nativa foi modificada por fatores antrópicos. Neste trabalho avaliamos quantitativamente e qualitativamente a cobertura da terra no município de Sorocaba, utilizando a técnica de Sensoriamento Remoto. O município possui área de 448,9 km

2 e pouco mais de 586.000 habitantes. Tem grande 

importância no cenário sócio‐econômico paulista e brasileiro, devido ao forte setor industrial. Por outro lado, há uma carência de estudos ambientais sobre fragmentação da paisagem local, os quais podem prestar efetiva colaboração num planejamento de uso e ocupação da terra. Iniciamos o trabalho coletando informações de campo, utilizando um equipamento receptor GPS, para elaboração das áreas de treinamento. Posteriormente, foi dado início a etapa de classificação da imagem. Nesta classificação foram consideradas as seguintes classes de cobertura: Vegetação Natural Remanescente / Reflorestamento (VNR/Ref), Pastagem, Culturas, Área Urbana, Solo Exposto e Hidrografia. O mapa foi elaborado a partir de imagem do satélite Landsat‐5, órbita/ponto 220/76, de 03/09/2011 de 2011, bandas 3, 4 e 5. O software utilizado para o processamento da imagem foi o Idrisi. Optou‐se pela classificação supervisionada e o algoritmo que gerou o mapa com maior fidelidade aos dados da verdade de campo foi o MAXLIKE. Para este algoritmo o Índice Kappa resultante foi 0,9. Após a validação do mapeamento, gerou‐se um mapa bimodal e neste mapa contabilizou‐se o número de fragmentos de vegetação natural remanescente e a área de cada um deles. Dentre as informações obtidas até o momento cita‐se que na área de estudo a classe de remanescentes de vegetação natural ocorre em 13.466,7 ha, equivalendo a 30,0% da área total do município. Na área ocorrem 3.704 fragmentos, sendo que a larga predominância é de fragmentos com área menores que 1 ha (83,9% do total de fragmentos). Há somente dois fragmentos cuja área é maior que 1000 ha, dentre eles o maior possui área de 2.825,1 ha. Como próximas etapas do trabalho estão previstas a análise do tipo de vizinhança que circunda os fragmentos e da distância entre eles. Tais análises servirão para estabelecer áreas prioritárias para conservação e/ou recuperação, bem como quais métodos seriam mais indicados, em função de aspectos como área do fragmento e grau de percolação da paisagem. 

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PT.047   ANALÍSE DA AVIFAUNA EM ÁREAS VERDES DA PAISAGEM URBANA DO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ, SP  BONANÇA RA1, SILVA AM1 ‐ 1UNESP Sorocaba A expansão urbana, visando suprir as necessidades humanas altera a paisagem regional, tornando‐a uma paisagem multifuncional em termos ambientais e sociais. Esta alteração propicia o surgimento de novos ecossistemas, com características singulares de estrutura e funcionamento. É criada então, uma nova composição vegetal resultante da combinação de espécies oportunistas e exóticas, atraindo diferentes espécies da fauna. A região de Jundiaí insere‐se neste contexto. O município possui 43.200 ha, está localizado no estado de São Paulo, a aproximadamente 50 quilômetros ao norte da capital, entre as coordenadas 23°04'35"S e 23°19'34"S e 46°47'14"W e 47°01'43"W. Neste estudo identificamos, quantificamos e estimamos a área das áreas verdes existentes na área urbana do município de Jundiaí, SP através de consultas a bases de dados cartográficas digitais fornecidas pela Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente. Verificou‐se que a área urbana corresponde a 25,9% da área total do município. Existem 304 áreas verdes, totalizando uma área de 726,408 ha, que corresponde a 6,49% da área urbana e 1,68% do município. As áreas variam de 0,020ha a 24,390ha, sendo 172 com menos de 1 hectare, 116 entre 1 e 10 hectares e 16 maiores que 10 hectares. Após esta identificação, serão consideradas aquelas que ofereçam condições para o trabalho de campo (acesso, topografia, permissão de proprietário, região de risco, distribuição espacial) visando analisar a composição da avifauna, dentre outras variáveis indicadoras de qualidade ambiental, que poderão apresentar relações com esta estrutura florística característica da área urbana do município. Após a escolha, serão feitas visitas trimestrais, contemplando as quatro estações anuais, a cada fragmento, para levantamento da avifauna e caracterização da estrutura da vegetação. Em cada área será conduzida uma entrevista pré‐estruturada aos transeuntes, para investigação do histórico de perturbação da área (fogo, alteração da cobertura vegetal original, uso por animais domésticos, trânsito de pedestres, lixo, invasão de espécies exóticas). O banco de dados será organizado através de uma plataforma SIG. Com a utilização de programa específico, serão levantadas informações sobre proximidade entre fragmentos, proximidade à rede hidrográfica, proximidade às vias principais, proximidade com a Reserva Biológica da Serra do Japi (maior mancha de área com vegetação natural remanescente da região) e relação de área e perímetro para então analisar a influência dessas variáveis sobre a avifauna. Ao final, será gerado um mapa de classificação dos ambientes favoráveis à conservação e recuperação e confrontado com legislação vigente, o que poderá subsidiar a tomada de decisões pelo município. 

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PT.048   PADRÕES DE FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL NATURAL NO PARQUE ESTADUAL DE VILA VELHA, CAMPOS GERAIS DO PARANÁ, BRASIL.  Milan E1, Lima CN1, Santana AC, Moro RS1 ‐ 1Universidade Estadual de Ponta Grossa O Parque Estadual de Vila Velha (25o12'34" e 25o15'35" S, 49o58'04" e 50o03'37" W) é a unidade de conservação estadual mais antiga do estado do Paraná. Criado em 1953 com a finalidade de preservar as formações areníticas de grande valor cênico e geológico, o Parque de 3.122,11ha conserva também remanescentes expressivos da Floresta com Araucária (Floresta Ombrófila Mista) em mosaico com formações campestres (Estepe Gramíneo‐lenhosa). Apesar de seu tamanho ser considerado pequeno a luz dos recentes avanços da biologia da conservação, comporta uma alta diversidade alfa registrada através de 40 anos ininterruptos de pesquisas de flora, fauna e, recentemente, evolução da paisagem. Atualmente são raras as oportunidades de se analisar um padrão de fragmentação florestal natural na região, uma das mais ameaçadas pela expansão do agronegócio. Para isso, imagens do sensor SPOT 5 foram geoprocessadas no software ArcView‐GIS 9.3, e a estrutura da paisagem foi analisada através do software Guidos 1.3. A matriz campestre ocupa praticamente 70% da área e a análise da distribuição espacial dos fragmentos florestais aponta para capões mais ou menos arredondados, com índice de forma médio de 1,85 e área média de 23,6 ha, em rampas de exposição sul, alongados apenas quando ripários. Descontada uma faixa de borda de 30 metros em torno dos fragmentos (7,1%), os capões apresentam‐se em 63 áreas nucleares (core) disjuntas, que ocupam os demais 22,9% da paisagem. Apesar da expressiva representatividade relativa, há pouca conexão entre eles, uma vez que se observa apenas 67 corredores efetivos (bridges), predominantemente ripários, enquanto os falsos‐corredores (ramos e laços), que não ligam verdadeiramente duas áreas, são numerosos (662). Os capões pequenos e isolados (islets) são pouco expressivos na paisagem em termos de área (0,13%), mas bastante significativos pelas características de nucleação de espécies arbóreas sobre a estepe – das 10 ilhotas observadas, seis ocorrem no alto do platô da Fortaleza, ocupando as fendas entre os arenitos; uma é de origem antrópica (em Furnas); e as demais são encraves em encostas. Os resultados obtidos confirmam a evolução natural dos capões na região como entidades fundamentalmente isoladas, que ocupam porções do espaço com condições edáficas diferenciadas do restante da matriz. Sua conectividade parece ser altamente dependente das espécies vágeis. Este padrão deve ser levado em conta no manejo de áreas semelhantes nos Campos Gerais.    Fonte financiadora: edital MCT/CNPq/MEC/CAPES/FNDCT – Ação Transversal/FAPs Nº 47/2010 – Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade ‐ SISBIOTA BRASIL. 

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PT.049   EFFECTS OF FRAGMENTATION IN THE FOOD WEB: INTERFERENCES ON TROPHIC GUILDS AND INTERACTION STRENGTH  Silva CM1,2, Santos C3, Melo MM1,2, Morais CM3, D'Anunciação PER3, Hasui E3, Silva VX3 ‐ 1Laboratory of Ecology of Forest Fragments (ECOFRAG), 2Universidade Federal de Alfenas‐Minas Gerais, Brazil, 3Universidade Federal de Alfenas‐Minas Gerais, Brazil ‐ Laboratory of Ecology of Forest Fragments (ECOFRAG) Forest fragmentation may affects communities by changing species interactions. Species interactions are disrupted because of linkage strength is not exclusively dependent on predator and prey traits, but it also change by the context in which the interactions take place. In the light of interference of environmental change on species interactions this study sought to answer the following questions: i) What is the influence of forest fragmentation (patch metrics: area, shape, connectivity, and isolation) on food web, by considering both direct and indirect effects? ii) which patch metrics are most relevant in this process? We used structural equation modeling (SEM), composed by multiple species at each trophic level, to evaluate the effects of fragmentation (patch metrics: area, shape, connectivity, and isolation) on top‐down and bottom‐up control in trophic cascades in Atlantic Forest remnants. We selected nine forest fragments in Alfenas, Minas Gerais (45º 56’ 50’’ W). The sampling in the nine fragments, was at the same time (from January to November 2011). Sampling techniques included pitfall traps to collect rodent’s biomass, playback to owl species richness, and interviews of local informant to species richness of medium‐ and large‐sized mammals. Trophic guilds responded differently to remnant isolation and complexity, which interfered directly and indirectly in the strength of trophic linkages. Changes in bottom‐up and top‐down controls were mainly related to intermediate predator connections. Efforts to restore the connectivity among isolated remnants shall restore the equilibrium of trophic linkages by benefiting intermediate predators. 

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PT.050   FRAGMENTAÇÃO ANTRÓPICA E INTER‐RELAÇÃO COM ASPECTOS DO MEIO FÍSICO NA SUB‐BACIA DO RIO CAIAPÓ (GO)  Faria KMS1, Siqueira MN2, Carneiro GT2, Cedro DAB3, Castro SS1 ‐ 1Universidade Federal de Goiás ‐ Instituto de Estudos Sócio Ambientais, 2Universidade Federal de Goiás ‐ Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais ‐ Nível Doutorado, 

3Universidade Federal de Mato Grosso 

 Historicamente, fragmentação de origem antrópica acompanha as frentes pioneiras e fronteiras de expansão agrícola, incidindo especialmente em áreas com potencial para o desenvolvimento das atividades agrícolas, onde causaram perda de biodiversidade e extinção de espécies.  O processo de expansão agrícola ocorrido na década de 1970 sobre o Bioma Cerrado resultou em diversos impactos ambientais que se associam às ações de desmatamentos intensivos, inclusive de áreas frágeis e não agricultáveis. A bacia hidrográfica do Rio Caiapó, sub‐bacia integrante da Alta Bacia do Rio Araguaia, no estado de Goiás, com aproximadamente 12.860km², já revelou, em pesquisas anteriores, focos de erosão e assoreamento que comprometeram a cobertura vegetal e sustentabilidade ambiental da região. O objetivo deste trabalho é analisar o histórico da fragmentação da vegetação do alto curso dessa bacia, nos anos de 1985 e 2011 e reconhecer sua relação com os tipos de solos e declividade. A escolha dessa área advém da proximidade com a área de atuação direta das políticas de ocupação e desenvolvimento, em especial, do Programa de Desenvolvimento do Cerrado – Polocentro (1975‐1979). A metodologia baseou‐se em abordagem geoecológica envolvendo: elaboração de mapas de uso resultantes da interpretação de imagens LANDSAT TM, no software SPRING; avaliação da paisagem com base nas métricas do FRAGSTAT; tratamento estatístico com STATISTICA e avaliação integrada dos mapas de uso com informações de solo e declividade, através da sobreposição de overlays. Os resultados indicaram conversão de 28% da área de cobertura vegetal em áreas antrópicas, onde as fitofisionomias mais afetadas foram as de Cerradão e Cerrado Denso, com taxas de conversão de 11% e 10,24%, respectivamente. Constatou‐se que não houve aumento no número de fragmentos e que os mesmos ocupam áreas entre 50 e 100 hectares. A análise integrada dos mapas de uso com as informações de meio físico indica que os fragmentos em 1985 predominavam em áreas de Cambissolos e declives superiores a 25%, e que tal situação em 2011 permaneceu apenas para os fragmentos com área superior a 50 hectares. Durante o processo de ocupação houve desmatamento em áreas de solos altamente erodiveis (Neossolos), o que favoreceu a desenvolvimento de mais de 20 focos erosivos lineares de grande porte. A análise geoecológica permitiu constatar alta taxa de fragmentação e degradação dos remanescentes por manejos inadequados. Conclui‐se que em função do tamanho dos fragmentos são necessários estudos que avaliem a função social, econômica e ambiental da região para a proposição de alternativas para recuperação. 

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PT.051   COMUNIDADES DE DIPTERA EM FRAGMENTOS FLORESTAIS: RELAÇÕES COM ÁREA E ENTORNO  Hardman L1, Sandonato DL1, Lopes LE2 ‐ 1Universidade Federal de São Carlos ‐ Bacharelado em Ciências Biológicas, 2Universidade Federal de São Carlos ‐ Departamento de Ciências Ambientais A perda e fragmentação de habitats naturais resultam em diminuição da biodiversidade. Em paisagens de intensa fragmentação florestal, a quantidade de áreas de habitat e sua disposição podem ser importantes para a manutenção de populações e espécies, pois espera‐se que o deslocamento entre essas áreas de vegetação nativa facilite a obtenção de recursos. Os Diptera são insetos alados e, portanto, têm capacidade de se deslocar entre fragmentos de habitat separados por áreas agrícolas. Na região central do Estado de São Paulo, onde fragmentos pequenos são comuns, investigamos a diversidade de comunidades de Diptera em fragmentos de floresta estacional semidecidual, de 10 a 30 ha. Não observamos relações entre número de morfo‐espécies ou número de indivíduos com a área de habitat no entorno do fragmento, ou com a área total de habitat num raio de 800m a partir do fragmento. A estrutura da comunidade também não apresentou relação com a área total de habitat neste raio. Contudo, houve uma relação positiva da área do fragmento com a abundância de indivíduos. Fragmentos de maior tamanho apresentaram maiores densidades de Diptera. No entanto, a grande riqueza de espécies e a diferença na composição de espécies entre os fragmentos indica que mesmo pequenos remanescentes de vegetação nativa são importantes para a conservação da dipterofauna na paisagem. 

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PT.052  ASPECTOS ESTRUTURAIS DO ESTRATO ARBÓREO DE FRAGMENTOS FLORESTAIS EM FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL NO CORREDOR ECOLÓGICO BURARAMA‐PACOTUBA‐CAFUNDÓ, CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM, ES, BRASIL Correia GGS1, Magnago LFS1, Simonelli M2, Martins SV3, Kollmann JCK4 ‐ 1Universidade Federal de Viçosa ‐ Laboratório de Restauração Florestal ‐ UFV, 2Instituto Federal do Espírito Santo ‐ IFES ‐ Campus Vitória, 3Universidade Federal de Viçosa ‐ Departamento de Engenharia Florestal / Laboratório de Restauração Florestal ‐ UFV, 

4Pesquisador associado ao Museu de Biologia Prof. Mello Leitão ‐ MBML 

Este estudo analisou a estrutura do estrato arbóreo de quatro florestas semideciduais (Floresta Nacional de Pacotuba, Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Cafundó e dois fragmentos intersticiais) localizados no Corredor Ecológico Burarama‐Pacotuba‐Cafundó, no município de Cachoeiro de Itapemirim, sul do Estado do Espírito Santo. Foram alocadas 10 parcelas fixas de 10x10 m em cada área, com distanciamento de 20 m entre si. Todos os indivíduos com diâmetro a altura de 1,30 m do solo (DAP) ≥ 4,8 cm, foram marcados com plaquetas numeradas sequencialmente. Para os cálculos dos parâmetros estruturais foi utilizado o software FITOPAC. A FLONA de Pacotuba apresentou densidade de 2430 ind./ha, área basal total de 73,54 m2/ha e um total de 59 espécies, onde cabe ressaltar, que a elevada área basal pode decorrer do fato do estudo ter sido realizado em uma amostragem de 0,1 ha e depois estimado para 1 ha. Na RPPN Fazenda Cafundó foi encontrada densidade de 1340 ind./ha, área basal total de 27,477 m2/ha, sendo amostradas 40 espécies. O Fragmento 1 (1600 ind./ha; 20,664 m2/ha) apresentou maior densidade e área basal total em comparação ao Fragmento 2 (1260 ind./ha; 18,849 m2/ha), sendo amostradas, respectivamente, 55 e 35 espécies. O índice de diversidade de Shannon e a equabilidade foram maiores no Fragmento 1 (H’=3,636; J’=0,907), seguido do Fragmento 2 (H’=2,904; J’=0,817), RPPN (H’=2,72; J’=0,737) e FLONA (H’=2,683; J’=0,658). O valor de área basal da FLONA apresenta‐se muito superior ao de outras Florestas Estacionais Semideciduais do Brasil, demostrando um maior desenvolvimento estrutural deste fragmento em relação aos demais. No entanto, sua diversidade (H´) se mostrou baixa para padrões encontrados para outras florestas semelhantes. Este resultado ocorreu em função de uma baixa equabilidade J’, sendo Senefeldera verticillata a principal espécie colaboradora deste resultado. Já a diversidade encontrada para o Fragmento 1 corresponde aos valores amostrados em outros estudos nesta mesma região fitoecológica. A riqueza de espécies demonstrou relação com o tamanho do fragmento, onde a FLONA apresentou os maiores valores. Este resultado mostra que a FLONA de Pacotuba apresenta‐se em estágio mais avançado de regeneração (floresta madura) e em melhor estado de conservação em relação os demais fragmentos estudados, permitido inferir duas condições ecológicas importantes sobre esse fragmento: (i) o maior tamanho, o que minimiza os efeitos de borda e (ii) por ser uma UC os impactos da retirada de produtos florestais madeireiros e outros impactos como a presença de gado e incêndios é inexistente, refletindo na maior riqueza e desenvolvimento estrutural deste remanescente. Financiadores: Conservação Internacional (CI‐Brasil); Projeto Corredores Ecológicos‐IEMA: MMA.   Palavras‐chave: Fitossociologia, Floresta Estacional Semidecidual, Corredor Ecológico. 

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PT.053  ANÁLISE DA INTEGRIDADE DE FRAGMENTOS FLORESTAIS ATRAVÉS DE INDICADORES DE QUALIDADE DO SOLO NA APA DE CAIRUÇU – PARATY Rangel LA1, Guerra AJT2 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ Departamento Geografia A paisagem é um mosaico ambiental, de padrão heterogêneo e fragmentado em subsistemas ou unidades da paisagem denominadas de geoecossistemas, os quais são relativamente homogêneos. Assim, ao ocorrer um processo antrópico de fragmentação do habitat que apresenta recursos para as populações, a estrutura da paisagem é modificada. Logo, a fragmentação florestal pode ser originada tanto pelo desmatamento, onde formações florestais estão circundadas por diferentes tipos de habitats não florestados (CASTRO JR, 2002); quanto pode ocorrer quando um ecossistema é subdividido pela ação do homem ou por perturbações naturais, resultando em uma paisagem na qual permanecem alguns fragmentos da cobertura vegetal, originais inseridos em uma matriz totalmente diferente (KINDEL, 2001). Assim, a fragmentação florestal age reduzindo e isolando áreas propícias à sobrevivência das populações, provocando diminuição na heterogeneidade do habitat nas áreas remanescente com a exclusão de determinadas espécies dos fragmentos. Frente a esta perspectiva, a adoção de práticas de conservação da natureza está se tornando cada vez mais frequente e uma das formas mais comuns de tentar proteger a biodiversidade de uma determinada área é através da criação de APAs. Como as APAs são áreas em geral extensas, que visam proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais (BRITO e CÂMARA, 1998), é de suma importância que sejam feitas análises relacionadas à qualidade do solo. Sendo assim, os estudos analíticos de uso e cobertura do solo permitem o entendimento de processos de alteração que ocorrem tanto no aspecto das propriedades físicas e químicas, quanto na organização sócio‐política do espaço, o que favorece o planejamento ambiental. Nesse contexto, a presente proposta de trabalho se desenvolve em fragmentos florestais na APA de Cairuçu, no município de Paraty, situado no litoral sul do Estado do Rio de Janeiro. Ela foi escolhida por ser considerada estratégica para a conservação da biodiversidade, pois constitui um corredor ecológico entre a Reserva Ecológica Estadual de Juatinga, e o Parque Estadual da Serra do Mar (GOMES et al., 2004). O trabalho tem como objetivo avaliar a utilização de indicadores de qualidade do solo em fragmentos florestais, visando à conservação das áreas protegidas e recuperação das mesmas, quando necessário. Para isso, serão feitas comparações inter‐fragmentos e intra‐fragmentos (interior do fragmento, área da borda e trilha) utilizando como indicador de qualidade do solo a matéria orgânica e a estabilidade de agregados.   Esta proposta de pesquisa está vinculada ao projeto: "Diagnóstico de danos ambientais em unidades de conservação: Parque Estadual da Serra do Mar (núcleo Picinguaba) e Parque Nacional da Serra da Bocaina (Área de Proteção Ambiental do Cairuçu) e Reserva Ecológica da Juatinga" financiado pela FAPERJ e ao projeto “Diagnóstico de danos ambientais em Unidades de Conservação: Parque Nacional da Serra da Bocaina (Área de Proteção Ambiental do Cairuçu) e Reserva Ecológica da Juatinga” financiado pelo CNPq. 

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PT.054   ANÁLISE DA ESTRUTURA VERTICAL DA PAISAGEM DOS REMANESCENTES DE FLORESTA ATLÂNTICA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO  PIMENTA MLF1, VICENS RS2, CRUZ BMC1 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ Departamento de Geografia, 2Universidade Federal Fluminense ‐ Departamento de Geografia  O presente trabalho teve por objetivo investigar a distribuição das fitofisionomias vegetacionais originais de florestas ombrófila e estacional do estado do Rio de Janeiro em função dos principais aspectos estruturo‐naturais formadores das paisagens tropicais úmidas. Para tal, buscou‐se compreender uma macrorregionalização da área de estudo na escala 1:250.000 considerando os fatores‐delimitadores geológicos, geomorfológicos, pedogenéticos e climáticos. Considerando‐se ainda a estrutura vertical da matriz geoecológica, foi examinada a relevância destes aspectos da paisagem no atual arranjo das formações naturais em pesquisa. Desta forma, através de um Sistema de Informações Geográficas, foram realizadas interações espaciais e estabelecidos índices de frequência de relacionamentos da Floresta Atlântica com os demais componentes físicos do sistema ambiental, assim como o seu grau de conservação e fragmentação. Os resultados indicam que o fator que se destaca na distribuição da cobertura de florestas no estado é o geológico, com ampla dominância da cobertura em rochas cristalinas pré‐cambrianas (0,95), embora as alcalinas cenozóicas sejam as mais preservadas (0,78). Outra informação relevante é que ambas apresentam as menores taxas de fragmentação (1,27 e 0,21, respectivamente) quando comparadas às formações terciárias e aos depósitos sedimentares quaternários, estes últimos com os menores índices de conservação (0,03 e 0,04) e os maiores de fragmentação (5,55 e 5,92). Evidencia‐se ainda a importância da compartimentação geomorfológica na disposição da vegetação com uma proporcionalidade direta com os patamares do relevo: enquanto as florestas estão em sua maior parte sobre serras escarpadas e isoladas (0,63); morros, colinas e planícies apresentam os menores níveis de preservação (0,28; 0,16 e 0,08) e os maiores de fragmentação (2,56; 4,21 e 5,67), acompanhando a condicionante lito‐estrutural. Ademais, reforçando a distinção entre as baixadas e as encostas íngremes, encontrou‐se que as fitosionomias originais do estado estão compostas em sua maior parte por cambissolos (0,39) e latossolos (0,28), enquanto que os neossolos aluvais, planossolos e gleissolos possuem, da mesma maneira, menor nível de preservação (0,09; 0,08 e 0,08) e alta fragmentação (4,82; 5,49 e 5,42). Paralelamente, percebe‐se que esta ordenação acompanha um padrão climático, com predomínio das tipologias do subtropical super‐úmido e úmido (0,52) nos picos e escarpas do terreno e tropical úmido (0,24) em serras e morros em degrau inferior do relevo. A partir deste entendimento, salienta‐se a importância de estudos espaciais da biota com diagnóstico integrado da estrutura das paisagens como pressuposto ao planejamento ambiental, que possa garantir o mantenimento de suas principais funções pelo uso racional e sustentável da natureza. 

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PT.055  RELAÇÕES DO TAMANHO E DISTÂNCIA DA ÁREA FONTE NA RIQUEZA DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM UMA PAISAGEM DE FLORESTA ATLÂNTICA FRAGMENTADA, ES, BRASIL Magnago LFS1, Correia GGS1, Simonelli M2, Martins SV3, Kollmann LJC4 ‐ 1Universidade Federal de Viçosa ‐ Laboratório de Restauração Florestal ‐ UFV, 2Instituto Federal do Espírito Santo ‐ IFES ‐ Campus Vitória, 3Universidade Federal de Viçosa ‐ Departamento de Engenharia Florestal / Laboratório de Restauração Florestal ‐ UFV, 

4Pesquisador associado ao Museu de Biologia Prof. Mello Leitão ‐ MBML 

No contexto da conservação de paisagens fragmentadas vários fatores são levados em consideração para explicar os impactos sobre a biodiversidade. Diante disto, este estudo testou as seguintes hipóteses: (i) existe relação da riqueza de espécies arbóreas com o tamanho do fragmento e (ii) existe relação da riqueza de espécies arbóreas com a distância da área fonte. Para atender a essas hipóteses amostramos seis fragmentos, sendo a Reserva Biológica Córrego do Veado (REBIO) (2455,5 ha), considerada nesse estudo como a área fonte, já que em toda essa paisagem existem apenas fragmentos pequenos e relativamente isolados, Fragmento 1 (12,5 ha), Fragmento 2 (18,48 ha), Fragmento 3 (169,6 ha), Fragmento 4 (60,81 ha) e Fragmento 5 (65,2 ha). O levantamento das espécies foi realizado por meio do método de parcelas. Em cada fragmento foram demarcadas 10 parcelas com tamanho de 10x10 m, sendo amostrados os indivíduos com diâmetro a altura do peito maior ou igual a 5 cm. As hipóteses foram testadas por meio de análise de regressão simples em espaço duplo logarítmico e o teste de significância foi obtido pelo teste F. As relações foram consideradas significativas quando p≤0,05. Para a análise do isolamento foram tomadas medidas lineares de cada fragmento em relação à REBIO, portanto a REBIO foi considerada como 0.1km para ser possível realizar a transformação logarítmica. A riqueza de espécies na REBIO foi 81, seguida pelo Fragmento 4 (72 spp.), Fragmento 1 (68 spp.), Fragmento 2 (66 spp.), Fragmento 3 (58 spp.) e Fragmento 5 (55 spp.). A riqueza de espécies não se mostrou significativamente relacionada ao tamanho dos fragmentos analisados (F=0,85; R2=0,17; p>0,05), no entanto, a riqueza de espécies e a distância dos fragmentos da área fonte (REBIO) estiveram significativamente relacionadas (F=6,76; R2=0,63; p≤0,05). Desta forma ficou evidente nessa paisagem que o isolamento foi o fator mais forte na determinação da riqueza de espécies existentes nos fragmentos do que o tamanho dos mesmos. Esse resultado tem uma relevante importância em termos de planejamento de restauração da paisagem, já que o mais importante para a manutenção da riqueza de espécies arbóreas na paisagem estudada é a conexão entre os remanescentes e não apenas o tamanho das manchas. Financiadores: Conservação Internacional (CI‐Brasil); Projeto Corredores Ecológicos‐IEMA: MMA   Palavras‐chave: Fragmentação, Floresta Ombrófila Densa, Floresta de Tabuleiro. 

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PT.057  ANÁLISE MULTITEMPORAL DE 15 REMANESCENTES DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA EM SANTA CATARINA Schaadt SS1, Vibrans AC1 ‐ 1Universidade Regional de Blumenau ‐ FURB ‐ Departamento de Engenharia Florestal ‐ Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina A Floresta Ombrófila Mista constituía a região fitoecológica predominante em Santa Catarina. Porém, a intensa exploração dessa floresta durante a primeira metade do século XX reduziu drasticamente sua área de cobertura. Este estudo tem por objetivo quantificar e analisar as mudanças no uso do solo e na estrutura de fragmentos florestais na Floresta Ombrófila Mista em Santa Catarina entre os anos 1956 e 2005 e avaliar seu efeito sobre a vegetação. Para isto, foram utilizadas fotografias aéreas dos anos 1956 e 1979, mapeamento temático do estado do ano 2005 e dados das variáveis da vegetação de 15 unidades amostrais analisadas pelo Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC). A análise foi realizada num entorno de 2,8 km de raio a partir do ponto central da unidade amostral. A análise multitemporal do uso do solo apresentou redução da área de cobertura florestal e aumento da área ocupada por agropecuária entre os anos 1956 e 1979. Entre 1979 e 2005, ocorreu o inverso, ou seja, aumentou a área de cobertura florestal e diminuiu a área ocupada por agropecuária. Neste período surgiram os reflorestamentos com espécies exóticas em escala comercial. As mudanças ocorridas na cobertura florestal, entretanto, não foram estatisticamente significativas. Da mesma forma, estas mudanças não apresentaram influencia sobre a diversidade vegetal, composição, estrutura e estado de conservação da vegetação nos fragmentos amostrados. As mudanças ocorridas na estrutura da paisagem no período analisado foram coerentes com a dinâmica da cobertura florestal no mesmo período analisado, e apenas a métrica “Densidade das Bordas” apresentou diferença estatisticamente significativa, entre o período 1979 e 2005. Métricas cujos valores mais elevados indicam melhor conservação da floresta, tais como área total da classe e dos fragmentos, tamanho médio dos fragmentos e índice de área‐núcleo, tiveram uma redução entre 1956 e 1979, e aumentaram novamente entre 1979 e 2005. Já as métricas cujos valores mais elevados indicam maior fragmentação florestal, tais como número de fragmentos, densidade de bordas e grau de divisão da paisagem, apresentaram situação inversa, com aumento de 1956 para 1979 e redução de 1979 para 2005. As “novas florestas”, mesmo sendo secundárias, com muitos indivíduos de espécies pioneiras e secundárias, tem importância sob a perspectiva da conservação. Elas já cumprem importantes funções, entre outras a de aumentar a conectividade entre remanescentes mais antigos e de influenciar, de forma muito positiva, a recuperação da matriz florestal nas regiões analisadas. 

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PT.058   MODELAGEM DE DISTRIBUIÇÃO DE ESPÉCIES COM DINAMICA EGO: COMPARAÇÃO COM GARP E MAXENT  Lima CMC1, Lima TC1, Jales LF1, Hoffmann D2 ‐ 1Universidade Federal de Minas Gerais ‐UFMG ‐ Programa de Pós Graduação em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais, 2Programa de Pós Graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre  Uma forma de determinarmos áreas prioritárias para a conservação e preenchermos lacunas de conhecimento biológico é através do desenvolvimento de modelos preditivos de distribuição de espécies, considerando dados de ocorrência e variáveis ambientais. Em virtude desta demanda, este trabalho tem por objetivo avaliar o software de modelagem DINAMICA EGO como uma nova ferramenta na modelagem de distribuição de espécies. Os seus resultados serão comparados com os modelos obtidos por meio dos programas GARP e Maxent. Estes modelos trabalham com o conceito de nicho ecológico, e de uma forma geral utilizam algoritmos que procuram por condições ambientais semelhantes àquelas onde as espécies foram encontradas. O DINAMICA EGO por sua vez é um software concebido para modelos de simulação explicitamente espacial, tais como de mudanças de uso da terra, e apresenta o método de pesos de evidência. Este método, aqui proposto para estimar distribuição de espécies, produz um mapa de probabilidades, no qual o efeito de uma variável espacial sobre a ocorrência da espécie é calculado independentemente de uma solução combinada. Para fins de comparação modelamos a distribuição de duas espécies de aves endêmicas do Brasil E. longicauda e C. cristatellus considerando nove variáveis ambientais e 54 e 188 registros de ocorrência, respectivamente. Os modelos resultantes comparados entre si de acordo com a relação entre a taxa de Omissão dos registros de ocorrência e a fração da área prevista como favorável, critério da área sob a curva (AUC). Os resultados indicam que o DINAMICA EGO, assim como os demais modeladores, apresentaram resultados satisfatório, para as espécies modeladas, com AUCs maiores que 0,90 para os dados de calibração e de 0,78 para os de teste. O DINAMICA EGO de uma forma geral produz resultados mais próximos dos gerados pelo GARP, predizendo uma extensão maior de área em relação ao Maxent, podendo assim superestimar a distribuição de uma espécie. No entanto, este software apresenta como a principal vantagem para modelagem de nicho a possibilidade de ajuste das curvas de influência de cada variável ambiental a partir de conhecimento da biologia da espécie, e assim podendo vir a minimizar a superestimativa da área. Além disso, possibilita a integração direta a outros modelos, tais como de mudança de uso da terra e de mudanças climáticas, por ser uma plataforma de modelagem versátil já utilizada para projeção de uso do solo.   Palavras chave: modelagem de nicho; DINAMICA EGO, Maxent; GARP. Entidades financiadoras: FAPEMIG e CAPES 

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PT.059   MODIFICAÇÕES NA PAISAGEM DA REGIÃO DE PETROLINA/JUAZEIRO DO RIO SÃO FRANCISCO  Alvarez IA1, Pereira LA2, Taura TA2, Santos SM2, Andrade RG1 ‐ 1Embrapa Monitoramento por Satélite, 2Embrapa Semiárido  Ao longo do tempo, as alterações da paisagem às margens do rio São Francisco foram intensas. A análise da dinâmica do uso e cobertura da terra permite entender essas modificações. Neste trabalho objetivou‐se estudar a dinâmica da paisagem na Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE) do Pólo Petrolina‐PE e Juazeiro. Foram obtidas cenas Landsat 5 – TM dos anos de 1987 a 2008 para os municípios de Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Serra e Orocó (Pernambuco) e Juazeiro, Casa Nova, Sobradinho e Curaçá (Bahia). Para classificação, as cenas foram segmentadas e interpretadas em conjunto com informações complementares do PROBIO, NDVI, imagens de alta resolução espacial e visitas a campo. Os resultados mostram que 9,7% (2.900 km2) da Caatinga foi convertida em pastagem, agricultura irrigada e expansão urbana. A diminuição da conectividade entre fragmentos de vegetação são marcantes na região. Grande parte das chácaras ribeirinhas não preservam suas margens e utilizam intensamente suas terras principalmente para agricultura irrigada. Dentre os municípios da RIDE, Curaçá, BA, foi o município que manteve maior porcentagem de área preservada. 

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PT.060   MUDANÇA DE USO E COBERTURA DAS TERRAS E DINÂMICA DO CARBONO EM ÁREA DE EXPANSÃO DA CANA‐DE‐AÇÚCAR  Ronquim CC1, Conceição AF1, Alvarez IA1 ‐ 1Embrapa ‐ Pesquisa  Avaliou‐se a mudança de uso e cobertura das terras em uma área de 51.650 km

2, compreendendo 125 

municípios do nordeste do Estado de São Paulo. O mapeamento, baseado na interpretação de imagens de satélite, foi realizado para duas épocas distintas: 1988 e 2003, o que permitiu quantificar e analisar a dinâmica espacial e temporal das principais atividades agrossilvopastoris na região, além de disponibilizar dados importantes para a formulação de políticas públicas e apoio às decisões do agronegócio. As principais classes detectadas na região foram a cana‐de‐açúcar, as pastagens, as culturas anuais e a fruticultura. Os dados obtidos permitiram constatar a grande expansão das áreas cultivadas com cana‐de‐açúcar, de 21,0% da área mapeada em 1988 para 44,4% em 2003, substituindo principalmente as culturais anuais, as pastagens e a fruticultura. Por outro lado, as culturas anuais tiveram sua área reduzida de 17,6% para 4,4% e as pastagens de 27,2% para 15,4%. A citricultura foi registrada em aproximadamente 10% da região mapeada em ambos os anos, porém associada a uma forte mobilidade espacial, com deslocamento para o sul da área de estudo. A análise dos dados revelou um aumento de cerca de 60% no gás carbônico imobilizado na fitomassa dos agroecossistemas que compõem a região nordeste do estado de São Paulo. O CO2 retirado da atmosfera e incorporado na fitomassa que era de 170 milhões de toneladas no ano de 1988 saltou para mais de 271 milhões de toneladas no ano de 2003. A expansão da área cultivada com cana‐de‐açúcar além do eficiente acúmulo de CO2 por unidade de tempo e de área (107,2 t CO2 ha

‐1ano‐1) e o intenso processo de melhorias no manejo agrícola tornaram essa classe de uso e cobertura a maior retentora do CO2 atmosférico. Constata‐se com isso que o carbono pode, ao menos em parte, ser recomposto por alguns agroecossistemas em substituição a outros, durante o subsequente uso do solo. Os dados de uso e cobertura das terras apresentados neste trabalho serviram de base para diversas pesquisas realizadas na Embrapa Monitoramento por Satélite. 

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PT.061   AVALIAÇÃO ESPAÇO‐TEMPORAL DO ALBEDO DE SUPERFÍCIE NO MUNICÍPIO DE MARACAJU, MS  Lopes AA1,2,3, Andrade RG1,4, Gomes D1,5, Carvalho DS1,6,7, Leivas JF1,8 ‐ 1Embrapa ‐ Pesquisa & Desenvolvimento, 2Estagiária ‐ Graduanda em Biologia ‐ Unicamp, [email protected], 4Pesquisador ‐ [email protected], 5Analista ‐ [email protected], 6Bolsista de Iniciação Científica ‐ PIBIC/CNPq ‐ Graduando em Eng. Ambiental ‐ PUC‐Campinas, [email protected]

8Pesquisadora ‐ [email protected] 

 O albedo pode ser definido como a razão entre a radiação solar refletida e a radiação solar incidente em uma superfície. Ao longo dos anos, diversas pesquisas relatam a importância do albedo no entendimento de processos relacionados com mudanças climáticas, desertificação entre outros. O albedo está diretamente relacionado com as trocas de energia e afetam os regimes radiativos, ocasionando variações na temperatura, modificação no clima local e mudanças no calor latente e sensível, alterando significativamente o balanço energético da atmosfera. O presente trabalho objetivou avaliar espaço‐temporalmente o albedo de superfície no município de Maracaju, MS. Segundo a classificação de Köppen, o clima da região é do tipo Aw (tropical úmido), com precipitações médias anuais de 1200 mm; temperaturas máximas e mínimas de 33ºC e 19,6ºC, respectivamente. A região possui relevo levemente ondulado com altitude média de 400 m. Para o estudo, foram utilizadas imagens Landsat 5 ‐ TM nas datas de 05/04/1996, 07/06/1996, 12/09/1996, 12/04/2010, 15/06/2010 e 21/10/2010. As imagens foram registradas tendo por base o mosaico GeoCover 2000 da NASA. Posteriormente, o albedo foi determinado segundo procedimentos do Surface Energy Balance Algorithm for Land (SEBAL). Com base nos resultados obtidos, constataram‐se significativas variações espaço‐temporal nos valores de albedo tanto entre datas do mesmo ano quanto entre os anos de 1996 e 2010. De forma geral, os valores de albedo para o ano de 1996 foram menores do que aqueles encontrados para as datas avaliadas no ano de 2010. Uma possível justificativa para esses resultados pode está na significativa expansão agrícola ocorrida no município na ultima década. 

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PT.062   Comparação entre dois processos de mapeamento da cobertura do solo urbano  Pereira‐Rollo LC1, Couto HTZC1, Polizel LP1 ‐ 1Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz ‐ Ciências Florestais  A compreensão da influência da cobertura do solo urbano sobre as relações ecológicas dentro da paisagem das cidades depende do mapeamento acurado dessa cobertura. Para tanto devem ser utilizadas fotografias aéreas ou imagens de satélite de alta‐resolução e processos adequados de caracterização do solo. Neste trabalho serão apresentados e comparados dois desses processos: o Dot grid, que envolve a fotointerpretação da cobertura encontrada sob pontos distribuídos sistematicamente numa imagem da área; e a Classificação Automática Supervisionada, baseada em algoritmos que identificam tipos de cobertura pelas suas diferentes assinaturas espectrais informadas pelo usuário. A área de estudo corresponde ao bairro Alto do Santana situado em Rio Claro – SP (22º22’34” S; 47º34’21” O; 632 m de altitude) de uso residencial com 0,42 km2. O clima da região é mesotérmico com verões quentes e chuvosos (Cwa, segundo Köppen), precipitação média anual de 1.366,8 mm e temperatura média mensal de 15,1 Cº (julho) a 29,9 Cº (fevereiro). Uma imagem WorldView II multiespectral (bandas vermelha, verde, azul e infravermelho próximo) de resolução de 0,5 m, capturada em 27 de julho de 2011, foi utilizada para mapeamento das classes de cobertura: arbóreo‐arbustiva, grama, piscina, asfalto, piso cimento, solo exposto, telhado cerâmico, telhado cinza, telhado metálico e sombra. A Classificação Automática foi executada pelo software‐livre MultiSpec; para cada classe, foram selecionadas 10 amostras de treinamento compostas por cerca de 60 pixels (15 x 4 bandas) utilizadas para classificação por Maximum Likelihood. Para o Dot grid, utilizou‐se o software‐livre Quantum Gis; sobre a imagem foram dispostas uma grade de polígonos de 10 x 10 m e uma rede de pontos regulares marcando o centro das quadrículas; a classe sob o ponto caracterizou o polígono. Por fim, aplicou‐se a Estatística Kappa para avaliar a concordância entre as porcentagens das classes obtidas pelos processos. Observou‐se haver 86% de acordo, demonstrando que os processos apresentam boa precisão e são adequados para o mapeamento da cobertura do solo urbano quando aliados a imagens de alta‐resolução. Desde que corretamente utilizado, o MultiSpec fornecerá dados coerentes. 

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PT.063   Análise das mudanças espaço‐temporais do uso da terra e cobertura vegetal no Estado do Rio de Janeiro: dinâmica da paisagem e desenvolvimento regional Napoleão PRM1,2,3,4,5 ‐ 1Instituto Estadual do Ambiente ‐ INEA ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA, 2Mariana de Beauclair Domingues de Oliveira ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA, 

3Wilson Messias dos Santos Jr. ‐ 

Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA, 4Paulo Vinicíus Rufino 

Fevrier ‐ Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA, 5Silvia Fins ‐ 

Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais ‐ GEOPEA/DIMAM/INEA  O monitoramento da cobertura vegetal e uso da terra representa um instrumento estratégico ao planejamento regional e à gestão territorial. Indica a expansão antrópica, da regeneração ou perda de florestas e da ameaça aos recursos naturais, permitindo maior conhecimento sobre a dinâmica da paisagem e do desenvolvimento regional, facilitando a fiscalização e possibilitando maior eficiência no licenciamento ambiental, conservação e recuperação da biodiversidade. Esta atividade é desenvolvida pela Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais – GEOPEA/DIMAM/Inea e integra o Programa de monitoramento multi‐escalar da cobertura vegetal e uso da terra do Estado do Rio de Janeiro (PrMCVUT/RJ), utilizando imagens Landsat 5 para a escala 1:100.000 e tem como produtos os mapeamentos para os anos 2007 (mapa base) e 2010 e a detecção das mudanças espaciais, empregando a ferramenta “change detection”, no software Erdas 2011, utilizada para identificar alterações no estado de um objeto, considerando as variações espectrais e das formas e estrutura dos elementos da paisagem. Considerando o processo de ocupação do território fluminense, definido, muitas vezes pela topografia, verifica‐se que a permanência das florestas se deu nas áreas de serras e morros. O mapeamento de 2010 apontou 28,11% do território coberto por florestas ombrófilas densas, tanto inicial quanto médio‐avançada. Em termos absolutos, no período estudado, as áreas de floresta em estágio inicial incorporaram 2,85 km2 de área, enquanto que as em estágio médio‐avançado perderam 22,42 km2. Aplicando os índices de conectividade estrutural, permeabilidade das matrizes e métricas da paisagem, identificou‐se áreas prioritárias para restauração florestal. A área de pastagem foi reduzida (‐380 km2) em favorecimento do crescimento de cidades, como Rio das Ostras (incremento populacional de 19% de 2000 a 2010), para reflorestamento, solo exposto (como o COMPERJ) além do aumento de reservatórios de água, remoção de 1,8 km2 de restinga herbácea para a área do Porto do Açu, em São João da Barra. Desta forma, áreas inertes e refratárias à investimentos podem ser transformadas em dinâmicas e produtivas. Nesse sentido é que o monitoramento ambiental se faz necessário – tanto nas áreas de florestas quanto naquelas que representam o crescimento urbano – enquanto ferramenta de análise para o pesquisador, tendo em vista as transformações da paisagem. 

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PT.064   MUDANÇAS NA ESTRUTURA DA PAISAGEM DA BACIA DO RIO SETE DE SETEMBRO, MATO GROSSO, ENTRE 1984 – 2010  Gomig E G1, Martins PTA2 ‐ 1UNESP ‐ Universidade Estadual Paulista, Câmpus Rio Claro, SP ‐ Instituto de Biociências ‐ Departamento de Ecologia, 2Universidade Estadual de Goiás ‐ Unidade Universitária de Minaçu Os recursos naturais da região da Bacia do Rio Sete de Setembro, pertencente à Bacia do Xingu, Estado do Mato Grosso, têm sido, nas últimas décadas, alvo de uma intensa utilização, uma vez que se encontram no eixo de expansão agropecuária Mato‐grossense, denominado “arco do desmatamento” da Amazônia. Buscando entender o reflexo desta utilização na paisagem regional, o presente estudo tem como objetivo caracterizar as mudanças estruturais da paisagem na Bacia do Rio Sete de Setembro, nos anos de 1984 e 2010. Para tal, foram utilizadas imagens orbitais digitais obtidas pelo sensor TM do satélite LANDSAT‐5 para os anos de 1984 e 2010. No aplicativo SPRING 5.0, as imagens foram georreferenciadas, realçadas, com a aplicação do modelo linear de contraste, segmentadas, sendo utilizada a composição R3G5B4, e classificadas em duas classes: remanescentes florestais e áreas antrópicas. A Bacia do Rio Sete de Setembro encontra‐se inserida em uma região que apresenta um histórico de ocupação recente com uma conversão de cerca de 20% das áreas de vegetação de savana em pastagens e lavouras agrícolas, possuindo atualmente uma matriz de uso antrópico. O desmatamento ocorreu da montante à foz da Bacia, tendo, assim, parte das nascentes sem vegetação nativa. Houve o aumento do número de pequenos fragmentos e redução de grandes fragmentos. Nas áreas remanescentes se destaca a Reserva Indígena do Xingu e seu entorno, região que dificilmente terá reduzido o percentual de área vegetal num futuro próximo. O modelo de ocupação da bacia se deu pela implantação de atividade agropastoril e posterior abandono, devido ao elevado custo de produção. A falta de planejamento do uso da terra ocasionou o surgimento de voçorocas e erosões pré‐condicionadas, bem como a diminuição de nascentes com vegetação natural restrita principalmente as margens dos rios de médio e grande porte pertencentes à bacia. 

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PT.065   CARACTERIZAÇÃO DA DINÂMICA DA ESTRUTURA DA PAISAGEM DA RESERVA DE CERRADO DE CORUMBATAÍ (SP) E ENTORNO, NOS ANOS DE 1975, 1981 E 2010  Gomig EG1, Ferreira DNS1, Martins PTA2 ‐ 1UNESP ‐ Universidade Estadual Paulista, Câmpus Rio Claro, SP ‐ Instituto de Biociências ‐ Departamento de Ecologia, 2UEG ‐ Universidade Estadual de Goiás ‐ Unidade Universitária de Minaçu A fragmentação de habitats é um fenômeno amplamente distribuído e um processo que contribui para as atuais taxas de extinção de espécies e perdas de biodiversidade. Na bacia do Rio Corumbataí, a fragmentação florestal se deu basicamente a partir de um processo desordenado de ocupação e uso da terra por conta de sua importância econômica no Estado de São Paulo. O presente trabalho teve como objetivo a caracterização da estrutura da paisagem no entorno da Reserva de Cerrado de Corumbataí para os anos de 1975, 1981 e 2010. A caracterização se deu a partir do mapeamento da cobertura e uso da terra, o qual foi obtido com o emprego de técnicas de geoprocessamento às imagens orbitais Landsat 1/MMS, 2/MMS e 5/TM dos respectivos anos. O geoprocessamento das imagens foi realizado no aplicativo Spring 5.0 e compreendeu as seguintes etapas: aplicação de contraste (linear), correção geométrica (georreferenciamento), reamostragem (80m) para a imagem TM, composição colorida (R3G5B4), segmentação, classificação (não supervisionada) e edição matricial. Foram definidas três classes à classificação: (1) remanescentes florestais, (2) silvicultura e (3) outros. A área delimitada à classificação tomou como referência uma máscara circular com 10 km de raio, sendo o centro da circunferência o próprio fragmento de cerrado da Reserva. Às imagens classificadas foram calculadas, no aplicativo Fragstat, as métricas de manchas (patches). A Reserva de Cerrado de Corumbataí encontra‐se atualmente rodeada por uma matriz agrícola, pertecente à classe "outros", tendo pequena conectividade com os demais fragmentos de remanescentes florestais. Foi possível observar que a área da classe “outros” teve um aumento considerável no entorno, ao passo que a de remanescentes diminuiu e a de silvicultura cresceu relativamente pouco durante o período, refletindo, deste modo, na porcentagem da paisagem (PLAND), a qual é diretamente proporcional, e no número de fragmentos (NP), o qual diminuiu tanto para os remanescentes quanto para os “outros”, permanecendo estável à silvicultura. O índice de coesão (COHESION) indicou a conectividade física entre os fragmentos florestais, embora estes, em ambos os intervalos, tenham reduzido o índice de maior fragmento (LPI). 

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PT.066   ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA PAISAGEM COMO SUBSÍDIO A PROGRAMAS DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL  Moraes FT1, Silva RS2, Jiménez‐Rueda JR3, Araújo LLS2 ‐ 1UFSCar ‐ GESTAU, 2UFSCar ‐ PPGEU ‐ GESTAU, 3UNESP ‐ IGCE Os programas de restauração ambiental têm por objetivo propiciar condições para que a área degradada seja capaz de retomar condições de equilíbrio e de biodiversidade similares às que ocorriam antes do impacto. Porém, muitas áreas sofrem ações antrópicas recorrentes ao longo do tempo, dificultando que se identifique qual o seu ecossistema original. A determinação do tipo de vegetação original da área impactada é de extrema importância, pois define qual ecossistema se deseja reconstruir, seja por meio do plantio de mudas, condução da sucessão natural, ou qualquer outro método já consagrado. Considerando‐se que a vegetação se desenvolve em resposta às condições que o solo e a paisagem lhe proporcionam, desenvolveu‐se estudo preliminar no Planalto de Poços de Caldas (MG) com o objetivo de determinar qual sua formação vegetal original. Nesta região, pode‐se diferenciar a ocorrência da Floresta Estacional Semidecidual Montana nas encostas e vertentes elevadas acima de 1300m de altitude. Na porção abatida do planalto, que corresponde à porção central do maciço alcalino e cujas altitudes raramente ultrapassam 1300m, predominam campos, cuja vegetação é tipicamente herbácea, ficando os indivíduos arbóreos restritos às matas ciliares. Há um consenso geral, mesmo entre técnicos de recuperação de áreas degradadas (RAD), que a ocorrência destes campos no interior do planalto seja resultado de sucessão secundária após desmatamento de formações florestadas. Entretanto, por meio de análise pedoestratigráfica, detectou‐se a ocorrência de volumes de material orgânico recobertos por material mineral, ocorrendo em uma unidade fisiográfica classificada como Planície de Inundação Subatual do Ribeirão das Antas, delimitada por meio de fotointerpretação. No presente, esta área comporta‐se como planalto fracamente dissecado, porém a presença deste volume de solo orgânico aponta para a existência de uma paisagem pretérita típica de planície subatual, caracterizada pela acumulação de resíduos vegetais depositados superficialmente em solos com excesso de água, em um ecossistema tipicamente lacustre. Estes solos azonais possuem características químicas que representam empecilhos para o desenvolvimento da vegetação arbórea, sendo, portanto, recobertos por vegetação herbácea cujo sistema radicular, menos profundo, consegue se estabelecer. Estes resultados preliminares apontam que os campos configuram‐se como a fitofisionomia original destas áreas. Sendo assim, nos programas de restauração ambiental devem ser priorizadas metodologias que permitam o seu restabelecimento.   A primeira autora é bolsista do Programa Nacional de Pós Doutorado ‐ CAPES. 

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PT.067   ANÁLISE TEMPORAL DA ESTRUTURA DA PAISAGEM NA BACIA DO RIO AGUAPEÍ, MT: UMA ABORDAGEM EM ECOLOGIA DE PAISAGEM.  Neves LFS1, Neves SAS2, Neves RJ1, Mendes MF3 ‐ 1Unemat ‐ Geografia, 2Universidade do Estado de Mato Grosso ‐ Geografia, 3Unemat  A atividade pecuária constitui a principal atividade econômica do município de Porto Esperidião que tem aumentado continuadamente através dos anos, implicando na supressão da vegetação e no comprometimento dos cursos hídricos. A avaliação do estado de conservação da paisagem da Bacia Hidrográfica do Rio Aguapeí, contida neste município, por meio das Geotecnologias e métricas possibilitará o entendimento das mudanças de padrão da vegetação, os fatores das causas e as ligações entre os processos de perturbação. Neste contexto este estudo objetivou realizar análise espaço‐temporal da estrutura da paisagem da Bacia Hidrográfica do Rio Aguapeí, com apoio nas Geotecnologias e métricas. Está bacia abrange área de 1.887,79 Km2, totalmente contida no município de Porto Esperidião, região sudoeste do Estado de Mato Grosso.  Para elaboração do trabalho foi necessário classificar o de uso da terra e cobertura vegetal dos anos de 1991 e 2011, o qual requereu duas imagens do satélite Landsat 5,  órbita/ponto 228/71, disponibilizadas no sítio do INPE. Após a classificação as imagens foram utilizadas no programa Fragstats para geração dos cálculos as métricas relativas aos fragmentos individuais, tipo de classe e a paisagem como um todo. No que se refere à agropecuária na BHRA pode verificar que houve um crescimento contínuo, pois, no ano de 1991 representava 22% e em 2011 39 %. Relativo à vegetação ocorreu em ambos os anos na BHRA seu predomínio, ocupando em 1991 78% e em 2011 61%, pertencendo as classes de Floresta Aluvial e Savana (Cerrado). Referente a estrutura da paisagem dentro da BHRA constata‐se que mesmo tendo ocorrido modificações na paisagem manteve‐se o predominio da cobertura vegetal em sua área.  A floresta aluvial que em 1991 destacava apenas 4.200 hectares da area da bacia  até o ano de 2011 teve acréscimo para 15.303 este aumento pode estar associado as políticas ambientais. Referente a estrutura da paisagem dentro da BHRA constata‐se que mesmo tendo ocorrido modificações na paisagem manteve‐se o predominio da cobertura vegetal em sua área.  A floresta aluvial em 1991 destacava 4.200,48 hectares da area da bacia  até o ano de 2011 teve acréscimo para 15.303,87, este aumento pode estar associado as políticas ambientais. A utilização das geotecnologias possibilitou a identificação e a representação espaço‐temporal das alterações no uso e cobertura do solo da Bacia Hidrográfica do Rio Aguapeí entre os anos de 1991 e 2011. E com auxilio das métricas possibilitou elementos para a compreensão do processo resultante das ações antrópicas. 

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PT.068   FASES DE EVOLUÇÃO E ESTRUTURA DA PAISAGEM INFLUEM NA CONSERVAÇÃO FLORESTAL?  UMA AVALIAÇÃO POR MÉTRICAS  Hackbart VCS1, Lima GTNP1, Santos RF1 ‐ 1UNICAMP ‐ Recursos Hídricos  O uso e a ocupação da terra em zonas costeiras ao longo dos séculos imprimiram padrões diferentes em cada segmento do território, resultando em mosaicos que expressam diferentes estados de evolução da paisagem, de alto grau de preservação a total urbanização. É provável que cada estágio de evolução tenha uma forte relação entre estrutura da paisagem, fragmentação de habitats e qualidade florestal.  Nessa direção, este estudo teve por objetivo quantificar a heterogeneidade espacial de usos em cinco microbacias hidrográficas em diferentes fases de evolução histórica da Ilha de São Sebastião (SP), por meio da utilização de métricas que expressam a complexidade dos padrões da paisagem. Para tanto, foram selecionadas microbacias em fases históricas de preservação, conservação, regeneração, exploração e urbanização, que foram mapeadas a partir de imagem de satélite SPOT, de 2009, e segmentadas pela cota altimétrica de 100 metros nas zonas de alto e baixo curso de água.  Esses produtos serviram de base para aplicação de 15 métricas da paisagem. Os resultados mostraram que as melhores métricas para explicar a variação da qualidade ambiental ao longo do gradiente de fases históricas nas microbacias foram: Tamanho médio das manchas (MPS), Média do tamanho das fronteiras (MPE), Número de manchas (NumP), Índice de Diversidade de Shannon (SDI) e Densidade de fronteiras (ED). Essas métricas foram relacionadas à Índices de Conservação que representaram a qualidade e quantidade de florestas em cada segmento. A fase histórica da microbacia não apresentou correlação com a perda de quantidade e qualidade florestal quando ocorria um grande número de tipos de usos, como ocorreu nas áreas de baixo curso. A microbacia na fase de regeneração que, por definição, estaria restabelecendo ao longo de 22 anos um melhor estado de cobertura florestal, foi aquela que apresentou a maior perda de qualidade ambiental, inclusive na zona do alto curso, indicando que os processos e fluxos naturais podem estar comprometidos.  Instituição Financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) 

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PT.069  Dinâmica do uso do solo e a distribuição dos ecossistemas naturais no extremo sul do Brasil (1984‐2005) Matos DU1, Souza AF2, Moura RG3 ‐ [email protected], Universidade do Vale do Rio dos Sinos ‐ UNISINOS ‐ Centro de Ciências Biológicas, 2Universidade Federal do Rio Grande do Norte ‐ UFRN ‐ Centro de Biociências, 3Universidade do Vale do Rio dos Sinos ‐ UNISINOS ‐ Centro de Ciências Biológicas Alterações de origens diversas no uso e cobertura do solo implicam em uma dinâmica na estrutura das paisagens. No nordeste do Rio Grande do Sul (RS), sul do Brasil, a paisagem tem sofrido muitas alterações principalmente desde o século XIX e hoje requer atenção especial para os ecossistemas campestres e florestais da região. O objetivo deste trabalho foi quantificar e descrever as mudanças na paisagem do Nordeste do Rio Grande do Sul, quanto ao uso do solo ao longo de um período de 21 anos. Imagens de Satélite Landsat 5 TM  de 1984, 1994 e 2005 foram classificadas em seis classes de uso do solo (água, campo, floresta, agricultura, silvicultura e áreas urbanas) das quais foram extraídas as seguintes métricas de paisagem: CA, CWED, AI, IJI e Área_MN, e o índice de umidade NDMI a fim de caracterizar a dinâmica da paisagem na região no período estudado. A área de estudo também foi classificada segundo as regiões geoeconômicas que abrangem a mesma. A partir dos dados das regiões geoeconômicas, anos e as respectivas classes de uso do solo e áreas correspondentes, realizou‐se uma Análise Log‐linear (1). Para avaliar a variação do índice NDMI ao longo do tempo, realizou‐se um Teste G, relacionando os 15 níveis de umidade gerados com as suas respectivas áreas em cada ano. Através de outra análise Log‐linear (2) relacionou‐se as áreas representadas pelos níveis de umidade com os próprios níveis de umidade, anos e pluviosidade média dos 12 meses anteriores às imagens de satélite analisadas.  A análise Log‐linear (1) mostrou que diferentes classes de uso do solo tiveram aumentos e contrações diferenciados em diferentes regiões geoeconômicas ao longo do tempo. O Teste G foi significativo, mostrando a variação das áreas úmidas (NDMI) ao longo do tempo. A análise Log‐linear (2) com os dados pluviométricos refletiu a variação das áreas correspondentes aos níveis de umidade ao longo do tempo. O contraste (CWED) entre áreas naturais e antrópicas aumentou, sendo que áreas agrícolas apresentaram grande crescimento e áreas de campo e floresta foram reduzidas (CA), tornando‐se mais fragmentadas. Os resultados mostraram que a região nordeste do RS sofreu grande impacto no uso e cobertura do solo no período estudado, principalmente com a redução das áreas de campo e aumento das áreas agrícolas. 

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PT.070   EVOLUÇÃO DA PAISAGEM NA BACIA DO RIO DIAMANTINO (MT) NOS ANOS DE 1985 E 2010  Siqueira MN1, Faria KMS2, Carneiro GT1, Nunes ED3, Castro SS2 ‐ 1Universidade Federal de Goiás ‐ Programa de Pós‐Graduação em Ciências Ambientais, 2Universidade Federal de Goiás ‐ Professora Drª do Instituto de Estudos Socio‐Ambientais, 3Universidade Federal de Goiás ‐ Programa de Pós‐Graduação em Geografia O Cerrado foi alvo de políticas de incentivo à ocupação econômica desde a década de 1930, intensificadas especialmente na década de 70. Como conseqüência, perdeu a metade de sua cobertura vegetal original convertida em atividades agropecuárias. Diante disso, este estudo objetiva avaliar a dinâmica da paisagem na bacia do Rio Diamantino (6.500 Km²), integrante da Alta Bacia do Rio Araguaia, localizada em sua porção nordeste, e abrangendo uma área de 62.384,41 km². Para avaliar o processo de mudanças da paisagem contemplando o início das políticas de incentivo a ocupação do Bioma e a realidade recente, utilizou‐se imagens do satélite Landsat TM dos anos de 1985 e 2010, classificadas de acordo com o uso das terras e a cobertura vegetal. Para avaliar a dinâmica da paisagem utilizou‐se de métricas das classes fornecidas pelo Software Fragstats. Observou‐se que em 1985, as Formações Savânicas ocupavam 66% da área total da bacia (Nº de fragmentos (NP) = 2.458; Área Central dos Fragmentos (CA) = 201.141 ha; Total de Borda (TE) = 19.400.000 m; Distâncias euclidiana média de vizinho mais próximo (Emn_Mn) = 85); enquanto as Formações Florestais ocupavam 17% (NP = 700; CA dos Fragmentos = 48.963 ha; Borda = 13.900.000 m; Emn_Mn= 132). O uso antrópico ocupava 14% (NP = 4.270; CA dos Fragmentos = 36.366 ha; Borda = 7.648.860 m; Emn_Mn = 166), e as Formações campestres representando apenas 2% (NP = 1.448; CA dos Fragmentos = 4.442 ha; Borda = 1.943.900 m; Distâncias euclidiana (Emn_Mn) = 270). Em 2010, as Formações Savânicas perderam 25% de sua área comparativamente a 1985, logo o número de fragmentos (6.5%) e a distância Euclidiana (24%) aumentaram, enquanto a área central (50%) e a borda (10%) diminuíram. As áreas das Formações Florestais e Campestres diminuíram cerca de 54% e 74%, respectivamente. As demais métricas da paisagem referentes a estas formações também apresentaram reduções em seus valores. Como causa da perda da cobertura vegetal original, o uso antrópico ganhou 180% de área, reduziu cerca de 20% do número de fragmentos, ganhou 231% a mais em área central, dobrou em borda e reduziu a distância entre fragmentos. Isso significa que houve certa inversão da situação no período estudado, ou seja, os fragmentos antrópicos tornaram‐se maiores e mais contínuos e os savânicos que eram contínuos estão mais fragmentados, embora ainda dominem a paisagem com 49,8%. As formações florestais e campestres sofreram as maiores mudanças, porém negativas. 

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PT.071   ANÁLISE ESPAÇO‐TEMPORAL DO USO E COBERTURA DA TERRA NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS/RJ ENTRE 1985 E 2011  Weckmüller R1, Slovinscki NC2, Vicens RS3 ‐ 1Universidade Federal Fluminense ‐ Laboratório de Geografia Física, 2Universidade Federal Fluminense ‐ Programa de Pós‐Graduação em Geografia, 3Universidade Federal Fluminense ‐ Departamento de Geografia  INTRODUÇÃO Nos últimos anos tem sido constantes os estudos de modificações entre o usos e cobertura da terra, através de mapeamentos e análises espaço‐temporais. Elas permitem a avaliação de diferentes dinâmicas espaciais, através da identificação de alterações na superfície terrestre, por meio da análise de imagens da mesma área coletadas em diferentes datas. O presente trabalho utiliza três cenários temporais de uso e cobertura da terra com o objetivo de determinar as principais trajetórias evolutivas que resumem as mudanças em paisagens montanhosas do Estado do Rio de Janeiro. Os objetivos fazem parte de uma estratégia de análise do estado da paisagem e dos principais vetores de transformação no município de Petrópolis/RJ, que está há aproximadamente 60 quilômetros da capital, possui uma área de 79.500 hectares, e pertence à Região Serrana do estado. Este município está localizado entre o Parque Estadual da Serra dos Órgãos, a Reserva Biológica de Araras e a APA de Petrópolis, e convive com conflitos socioambientais e desastres naturais.   METODOLOGIA Os mapeamentos de uso e cobertura da terra foram gerados a partir de imagens Landsat TM 5, datadas de 1985, 1994 e 2011, visando atender a escala 1:50.000. As imagens foram submetidas à classificação orientada a objetos, implementada no software eCognition 8.0, com base numa segmentação das imagens em vários níveis hierárquicos segundo critérios de heterogeneidade e descritores. Foi dada ênfase à modelagem Fuzzy sobre descritores espectrais apoiada na seleção de áreas de treinamento (amostras). Depois dos mapas de uso e cobertura gerados, os mesmos foram inseridos em ambiente SIG, no software ArcGis 9.3, onde foram processadas análises e cruzamentos de dados, através de ferramentas de análises espaciais, que forneceram subsídios para traçar as trajetórias evolutivas de uso e cobertura de Petrópolis, com o objetivo de traçar um histórico para cada uso e identificar qual a trajetória mais marcante da paisagem.   RESULTADOS E DISCUSSÕES O cruzamento dos três cenários temporais mostrou que 96,59% da área de Petrópolis se manteve invariante, ou seja, as mudanças ocorreram em apenas 3,41% da área, o que corresponde à 2.621 ha. É importante destacar a importância do vetor de transformação de Florestas para Pastagens, correspondente a 40% do total de mudanças. O desmatamento mais antigo em pro da pastagem, acontecido há pelo menos 22 anos (F‐P‐P), responde sozinho por 32% das modificações em Petrópolis. A formação de pasto mais recente, com menos de 13 anos (F‐F‐P), representa 8% do total. 

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PT.072   INFLUENCIA DE LOS SISTEMAS PRODUCTIVOS CAMPESINOS EN LA PROVISION DE SERVICIOS ECOSISTEMICOS PROPORCIONADOS POR BOSQUES DE LA REGIÓN CHAQUEÑA: UN ESTUDIO DE CASO EN SANTIAGO DEL ESTERO, ARGENTINA.  Guzman AV1, Giubergia MA1, Brassiolo M1, Zóttola L2 ‐ 1Facultad de Ciencias Forestales. Universidad Nacional de Santiago del Estero, Argentina ‐ Cátedra de Silvicultura, 

2Universidad Nacional de Santiago 

del Estero, Argentina ‐ Facultad de Humanidades, Ciencias Sociales y de la Salud  Desde el enfoque del modelo convergente de organización territorial, se promueve que los modos de producción campesinos tienen un impacto menor sobre la transformación del paisaje, debido a que en sus predios es posible identificar sinergias espaciales y temporales que resultan en  mosaicos complejos de usos de la tierra y bosques manejados en diferentes intensidades. Estas prácticas promoverían paisajes continuos y heterogéneos, coexistiendo conservación, producción y soberanía alimentaria, mantenimiento de servicios ecosistémicos y resiliencia.  Estudios realizados acreditan que la producción campesina, en comparación con otros usos de la tierra, tiene un mayor potencial para formar  paisajes cultivados ambiental, social y económicamente sustentables; existiendo antecedentes locales que asocian  el mantenimiento de la cobertura forestal con la presencia de las comunidades campesinas, aportando indicios a favor del modelo mencionado. Esta investigación busca reconocer el vínculo entre sistemas productivos campesinos y provisión de servicios ecosistémicos proporcionados por el bosque, comparando su aporte al mantenimiento de los mismos con respecto a otros sistemas productivos presentes, en un gradiente de paisaje en la provincia de Santiago del Estero, Argentina. El enfoque metodológico transdisciplinar incluirá la valoración por parte de los actores locales, la caracterización de los sistemas y modos de producción, la caracterización de la estructura del paisaje, el análisis de la conectividad funcional y el modelado de escenarios futuros. Se analizarán los cambios en el paisaje durante el período 1990‐2011 y los procesos atribuidos a la disminución de superficie de bosque y su consecuencia en la provisión de servicios ecosistémicos; se elaborarán mapas de vegetación basados en configuraciones bióticas distinguibles, se calcularán índices para caracterizar la estructura del paisaje generado por los diferentes sistemas productivos y se describirá los servicios ambientales del bosque mantenidos por cada uno. Se analizará la conectividad funcional  para las especies arbóreas basada en rangos de distancia de dispersión que presenten mayor dependencia y se beneficien de la presencia de elementos conectores del paisaje. Finalmente la modelación de escenarios futuros se realizará en base a la tendencia definida durante el período de análisis, y empleando el concepto de inercia espacial, que supone que la probabilidad de la expansión de la deforestación depende de la deforestación previa; determinando la importancia de conservación de teselas de bosque basado en la provisión de servicios ecosistémicos.    Entidades Financiadoras: Este trabajo forma parte del proyecto de investigación denominado “Manejo forestal por pequeños productores en Santiago del Estero. Una oportunidad para mejorar la estabilidad del ecosistema forestal y la calidad de vida” entre la Red Agroforestal Chaco Argentino (REDAF) y la Universidad Nacional de Santiago del Estero (UNSE). El mismo cuenta con el financiamiento de la Secretaria de Ambiente y Desarrollo Sustentable de la Nación (SAyDS), en el marco de los Proyectos para la Conservación y Manejo de los Bosques Nativos‐Convocatoria Año 2009. Programa de Protección de los Bosques Nativos. Además, se cuenta con una beca doctoral financiada por la Agencia Nacional de Cooperación Científica y Tecnológica (ANPCyT) en el marco del Proyecto de Fortalecimiento de Recursos Humanos en Ciencias Forestales como Estrategia para la Sustentabilidad de los Recursos Boscosos.    

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PT.073   Um proposta metodologica para identificação dos serviços ecossitêmicos em uma bacia hidrográfica.  Távora GSG1 ‐ 1Universidade Federal Fluminense ‐ Departamento de Geografia A crescente demanda por recursos naturais têm impactos diretossobre a cobertura vegetal, e estes têm impactos significativossobre os serviços ecossistêmicos.A agricultura éuma dasprincipais atividades responsáveis pelas mudanças no uso daterra e, por conseguinte, na paisagem.Assim,iniciativas que contribuam parao planejamentosustentáveldessa atividade são relevantes para a sociedade. Desta forma, esta pesquisa terá como objetivo a elaboração de uma proposta metodológica para identificação dos serviços ecossistêmicos,tendo como recorteuma bacia hidrográfica localizada na região serrana do Estado do Rio de Janeiro. Para isso será utilizada a proposta de investigação metodológica elaborada por Rodriguez (et. al., 2004), que tem como enfoque a analise integrada da paisagem. Ao longo do trabalho delimitar‐se‐ão as unidades de paisagens para área de estudos, se buscará o entendimento das funções e relações entre os componentes da paisagem, e identificação os serviços ecossistêmicos na área de estudo. Além disso, dar suporte ao planejamento e gestão agroambiental do uso das terras e à tomada de decisão sobre práticas de manejo sustentável que contribuam para potenciais benefícios gerados pelos serviços ecossistêmicos Desta forma,esta pesquisa parte da premissa que o estudo dos serviços ecossistêmicos pode vir a contribuir metodologicamente para balizar as decisões de agricultores, gestores, e outros usuários dos recursos naturais, além disso, com a produção de mais e melhores informações cientificas, sobre recursos naturais e melhores formas de uso e manejo da terra, será possível contribuir com a tomada de decisões práticas, de modo, que promovam melhorias ambientais e contribuam para desenvolvimento sustentável.Para tanto, é que este estudo se balizará como um estudo da paisagem geográfica e terá como caminho teórico metodológico na abordagem sistêmica e na Ecologia da Paisagem, uma vez que, esta disciplina permite a análise complexa dos elementos que compõem o espaço geográfico e suas interações e funções ecológicas, além do que, contribui para construção do conceito de paisagem. 

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PT.074   PEOPLE, DEFORESTATION PATTERNS, AND FOREST ECOSYSTEM SERVICES: A CASE STUDY WITH BRAZILIAN NUT HARVESTING IN THE AMAZON  Camilotti VL1,2, Escada MIS1, Pinho P1 ‐ 1Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ‐ Centro de Ciência do Sistema Terrestre, 2Email: [email protected] World’s tropical forests are disappearing at high rates mainly due to human settlements, agriculture intensification and predatory forest products trade. Ecosystems around the world create and maintain suitable environments for different life species maintenance, but also providing services and goods for human well‐being. The Amazon basin is considered one of the most important ecological system and responsible for the provision of crucial ecosystems services and goods with economic and social values. Brazilian nut (Bertholletia excelsa H.&B. 1808) is responsible for about 10% of household income from extractivism in the Amazon. Land use changes have significant negative impacts on ecosystems and, consequently, on the services they provide. Until 2010 approximately 15% of the Amazon forest was deforested and figured as a major cause of nut trees loss in the region. In order to understand the relationship between land cover and Brazilian nut harvesting, a multi‐set of methodologies were employed.  Using GIS techniques and multiple regression models, we analyzed data of deforestation and forest cover, and deforestation patterns associated to different agents in 23 counties in the BR‐163 region, Pará, Brazil. Deforestation data was more important to analyze nut harvesting than forest cover. The counties showed two responses for the relationship between nut harvesting and deforestation: five counties showed a positive correlation (positive group) and seven a negatively (negative group). The multiple regression model showed a strong and significant relationship between deforestation and nut harvesting the positive group (R2 = 0.96; p < 0.001), but the same was not observed in the negative group (R2 = 0,45; p < 0.05). Deforestation patterns related to the increase in nut harvesting in the positive group were those classified as less intensive and were caused by small farmers in the beginning of the land occupation and deforestation process, who are responsible for the most part of the nut harvesting in the region. Patterns related to the decrease in nut harvesting were those classified as more intensive, suggesting that the increase in the intensity of land use may configure as an important factor for the decrease in the nut harvesting due to the abandonment of harvesting activity and/or the reduction in the number of nut trees by the deforestation (even this species being protected by law). With these results we hope to provide subsidies to understand how deforestation processes can affect the use of ecosystem services and goods by households in the Amazon. 

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PT.075   COMPOSIÇÃO DE PAISAGEM INFLUENCIANDO A FAUNA ATROPELADA EM UMA ESTRADA SUDESTE DO PARÁ  Pereira LG1, Carvalho AS1, Dinucci KL1 ‐ 1Habtec Engenharia Sanitária e Ambiental ‐ Fauna Estradas de rodagens representam uma fonte de impactos para a fauna silvestre, em especial quando atravessam áreas florestadas, onde além de fragmentarem o ambiente, criam o risco de atropelar animais. Para avaliar este impacto obtendo informações relevantes para ações de mitigação efetivas, foi implantado no Projeto Salobo o Programa de Monitoramento da Fauna em Dispersão. Este trabalho apresenta resultados do monitoramento de atropelamentos de fauna em uma estrada no sudeste do Pará passa por algumas unidades de conservação e apresenta marcante variação na cobertura vegetal do entorno. Foi realizada análise das taxas de atropelamento de fauna relacionando com as diferentes paisagens encontradas ao longo da estrada. O percurso monitorado (Pêra Ferroviária de Parauapebas até o Acampamento 3 ALFA do Projeto Salobo) tem 102 km de extensão e é realizado de carro a 40 km/h duas vezes por dia. A cada animal encontrado é registrada a coordenada, são tiradas fotos, e o animal é recolhido para destinação científica quando possível. Entre fevereiro de 2008 e maio de 2012 foram registrados 1.568 animais atropelados em um total de 1.287 dias de monitoramento (ca. 1,20 atropelamentos por dia). A estrada foi dividida em dois grandes trechos baseando‐se no tipo de cobertura vegetal do seu entorno: i) TRECHO 1 tem ca. 40 km de extensão e corta duas Florestas Nacionais (Carajás e Tapirapé‐Aquiri), apresentando cobertura florestal em ambos os lados da estrada; ii) TRECHO 2 tem ca. 60 km de extensão e corta a Área de Proteção Ambiental do Igarapé Gelado, apresentando áreas de pastagens e fazendas em ambos os lados da estrada. O TRECHO 1 apresentou 1.181 (75%) registros (154 aves, 226 anfíbios, 259 mamíferos, 540 répteis e dois sem identificação), já o TRECHO 2 apresentou 378 (25%) registros (54 mamíferos, 42 anfíbios, 89 aves, 192 répteis e um sem identificação). O TRECHO 2 começou a ter mais registros a partir de outubro/2010, quando a estrada começou a ser pavimentada, o que aumentou a velocidade e quantidade de veículos, mas com taxa mantendo‐se inferior à do TRECHO 1. Com a diferença na taxa de atropelamentos entre os trechos, é possível inferir que uma vegetação mais densa e preservada na beira da estrada pode elevar o número de atropelamentos da fauna. Como medidas mitigadoras existem no TRECHO 1: placas sinalizadoras, controle de velocidade (40 km e 60 km) para veículos da mina de cobre, e ações de educação ambiental para evitar acidentes com animais. 

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PT.076   O IMPACTO DAS RODOVIAS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO BRASIL  Botelho RGM1, Morelli JCL2, Bueno C3, Bager A4 ‐ 1IBGE ‐ Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, 2IBGE ‐ Coordenação de Geografia, 3UVA, 4UFLA Pressupõe‐se que unidades de conservação (UCs) determinam maior proteção à biodiversidade e que espécies mantidas nessas áreas não estão expostas a impactos antrópicos presentes em outras localidades. A fragmentação determinada por rodovias é conhecida e diversos trabalhos têm mostrado que seus efeitos se prolongam por extensas áreas laterais. O objetivo deste trabalho é avaliar o impacto potencial da presença de rodovias dentro e no entorno das UCs federais de todo território brasileiro. As informações de rodovias foram obtidas da Carta Internacional ao Milionésimo (2009), gerada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e as poligonais das UCs foram obtidas a partir do mapa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (2009), sendo adicionadas as UCs disponibilizadas até 05 julho de 2012. As informações contidas nos dois mapeamentos foram conjugadas no software Arc GIS 9.3, utilizando as ferramentas clip, intersect e dissolve.  Foi aplicado um buffer de 1000m no entorno das rodovias, que permitiu estabelecer a área potencialmente afetada em cada UC. Do total de 313 UCs federais, 194 (62%) são cortadas por rodovias e 225 (72%) estão sob sua influência direta e/ou indireta. A área afetada das UCs variou de 0,02 a 3744,91km², totalizando 30237,54km², o que equivale a 5,56% do total das áreas das UCs afetadas e 3,85% da área de todas as UCs federais no país. Constatou‐se uma forte relação negativa entre o percentual da área afetada por rodovia e o tamanho da UC, mas três UCs ‐ APAs do Planalto Central (GO/DF), Chapada do Araripe (PI/CE/PE) e Serra da Ibiapaba (PI/CE) ‐ se diferenciaram e, apesar das suas extensas áreas (5000 – 16600km²), apresentaram alto percentual de área afetada (22 a 37%). A maioria das UCs (52%) são afetadas em até 10% da sua área, mas 61 UCs têm mais de 20% da sua área afetada por rodovias e duas ‐ Arie Mata de Santa Genebra (SP) e Flona de Sobral (CE) ‐ têm a totalidade do seu polígono na zona de efeito. São mais de 15500km de rodovias atravessando UCs federais no Brasil. Em termos administrativos, as rodovias estaduais são responsáveis por 46% da área total afetada das UCs, enquanto as federais respondem por 13% do total. A maioria das rodovias afeta apenas uma UC ao longo do seu trajeto, mas rodovias mais extensas afetam várias UCs, como a BR‐101, que se estende de norte a sul do Brasil, e afeta 16 UCs, totalizando 343,96km² de impactos potenciais.    

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PT.077   O RODOANEL MÁRIO COVAS (TRECHO SUL – REGIÃO METROPOLITANA DA GRANDE SÃO PAULO) – UM ESTUDO DE CASO MUITO PARTICULAR EM ECOLOGIA DE ESTRADAS.  Bevilacqua GA1, Santos SRB1 ‐ 1Prefeitura de São Paulo ‐ Secretaria do Verde e do Meio Ambiente O desenvolvimento recente de um novo ramo da Ecologia de Paisagens, a Ecologia de Estradas, tem aprofundado o debate em torno de questões que envolvem os impactos ambientais decorrentes da abertura de estruturas lineares em meio a áreas florestais, tais como a destruição e fragmentação de habitats, interrupção de fluxos gênicos, efeitos de borda como a alteração de microclimas, afugentamento e atropelamento de fauna, entre outros. O Rodoanel Mário Covas é uma Rodovia em formato circular, que, quando concluída, objetiva desviar o trânsito de veículos pesados que circulam pelas principais rodovias do Estado com destino a grandes centros produtores e consumidores e aos principais portos do país, impedindo a passagem destes veículos pelas vias já saturadas no interior dos municípios que compõem a Região Metropolitana da Grande São Paulo, em especial a Capital do Estado. O Trecho Sul do Rodoanel possui um total de 61 km de extensão, foi iniciado em 2007 e entrou em operação em 2010, passando pelos territórios de sete municípios: São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo, Mauá, Ribeirão Pires, Embu das Artes e Itapecerica da Serra. O presente trabalho pretende demonstrar, através da análise crítica de pesquisas científicas e de dados fornecidos pelos próprios órgãos governamentais envolvidos, os erros e acertos na consecução da presente obra rodoviária e, em particular, das medidas mitigatórias adotadas durante sua construção e após sua entrada em funcionamento. Serão discutidos, entre outros, levantamentos prévios que apontavam a área escolhida para o traçado da rodovia como uma das mais sensíveis e ricas em biodiversidade na região, sugerindo que a decisão por tal traçado quase certamente passou por questões econômicas muito mais que ambientais. Trataremos também de como algumas das medidas mitigatórias implementadas, ainda que aprovadas pelos órgãos ambientais licenciadores, podem não estar cumprindo uma função ecológica adequada e como outras medidas (como a desapropriação de terras para criação de Unidades de Conservação), ainda que executadas de forma protocolar e sem o devido embasamento científico, podem acabar cumprindo um papel fundamental na preservação de fragmentos florestais na região em decorrência da grande complexidade das questões geopolíticas e socioeconômicas envolvidas. Esperamos que este trabalho contribua para a discussão do quadro  atual em que o Brasil se encontra refém da matriz rodoviária de transporte, em detrimento de outras matrizes viáveis e muito menos impactantes ambientalmente. 

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PT.078   ESTRADAS E CONECTIVIDADE NA MATA ATLÂNTICA: IDENTIFICANDO ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA APLICAÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS  Alves GA1, Freitas RS2, Zia CAI2, Bergallo HG1 ‐ 1Universidade do Estado do Rio de Janeiro ‐ PPGEE, 2Universidade Federal do ABC  As estradas são um dos principais fatores que levam a fragmentação florestal e, consequentemente a um aumento do efeito de borda e isolamento populacional. A fragmentação e isolamento das manchas de habitats naturais na paisagem somados a repulsa da fauna pelas estradas podem levar a uma descontinuidade das populações. Quando as estradas representam “ralos” (“sink”) ou barreiras para as populações, devido, respectivamente, aos atropelamentos ou à repulsa, medidas mitigadoras são indicadas para aumentar a conectividade entre as manchas de habitat separadas por essas estradas. O objetivo é propor áreas prioritárias para implantação de medidas mitigadoras do efeito das estradas sobre a fauna, visando aumentar a conectividade entre fragmentos florestais cortados por estradas no bioma Mata Atlântica. Para isso, o bioma foi recortado em paisagens hexagonais, de 1.000 km², usando a extensão “Repeating Shapes” no programa ArcGIS 9.3. Em cada hexágono foram calculados: área de floresta, de agropecuária, urbana, de Unidade de Conservação; além de densidade de estradas e de hidrografia. Apenas os hexágonos cobertos por no mínimo 45% pela Mata Atlântica foram incluídos nas análises. A ordenação das áreas prioritárias incluiu os hexágonos com mais de 50% de cobertura florestal e mais de 1% de Unidades de Conservação em sua área. Estes hexágonos foram ordenados por densidade de hidrografia (decrescente) e por densidade de estradas (crescente), de forma que os hexágonos prioritários para aplicar medidas mitigadoras serão aqueles com mais rios e menos estradas. Para avaliar a relação entre cobertura florestal, densidade de estradas e área de Unidades de Conservação foi feito um teste de correlação de Pearson. A cobertura florestal apresentou correlação positiva e fraca, mas significativa com a área de Unidades de Conservação (R=0,397; p=0,005), mas não houve uma correlação com a densidade de estradas (R=‐0,270; p=0,072). Em todo o bioma da Mata Atlântica foram selecionados e ordenados 41 hexágonos prioritários para instalação de medidas mitigadoras para conexão das manchas de hábitats cortadas por estradas. Apenas um hexágono localizado no Estado de São Paulo apareceu entre os dez primeiros em ambas as ordenações por densidade de estradas e por de hidrografia. A próxima etapa desse estudo será analisar os 41 hexágonos selecionados em escalas de maior detalhe através de hexágonos menores, executando uma análise hierárquica multi‐escala. Acreditamos que essa metodologia simples pode auxiliar na tomada de decisões para seleção de áreas prioritárias para mitigação dos efeitos das estradas em florestas tropicais. 

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PT.079   ANÁLISE DA CONECTIVIDADE FUNCIONAL ATRAVÉS DA CARACTERIZAÇÃO DO MOVIMENTO DA ESPÉCIE Heliconius erato.  Pinheiro JL1, Boscolo D1 ‐ 1Unifesp ‐ Campus Diadema A influência antrópica em habitats naturais ao longo de séculos causou e ainda causa a fragmentação florestal. Esta, por sua vez, altera a quantidade de espécies, pois causa a alteração da dinâmica entre flora e fauna, comprometendo a conservação de ambientes naturais. Os efeitos da fragmentação irão depender, entre outras características, da conectividade entre os fragmentos. A conectividade funcional depende de como um organismo percebe e responde à estrutura da paisagem. Assim, a partir da caracterização do movimento de indivíduos da espécie de borboletas Heliconius erato, será possível inferir a respeito da sua capacidade de dispersão e, assim, analisar a conectividade funcional. O estudo será realizado na região de Caucaia do Alto (SP) que possui como vegetação original uma floresta atlântica ombrófila densa de montanha, muito ameaçada. Será realizada a translocação dos indivíduos para a matriz a oito distâncias distintas em relação à floresta, e em cada uma serão soltos e observados 10 indivíduos, totalizando 80 translocações. O movimento dos indivíduos na matriz será então rastreado visualmente, observando‐se o tempo e a tortuosidade do seu caminho de retorno para a floresta. Bandeiras numeradas serão colocadas em cada ponto de mudança de direção ou local de pouso. A tortuosidade dos trajetos executados por cada indivíduo será avaliada através da análise de Passos Aleatórios Correlacionados (Correlated Random Walks). Para relacionar esse índice com a distância à floresta serão utilizados modelos lineares generalizados com diferentes distribuições de probabilidade. Esses modelos serão comparados perante uma perspectiva de seleção de modelos baseada na teoria da informação utilizando‐se o Critério de Informação de Akaike. Adicionalmente, a taxa de retorno dos indivíduos translocados ao seu fragmento de origem em função da distância será avaliada pela análise de sobrevivência de Cox. Ao aplicar o método descrito, é possível inferir a respeito da capacidade de percepção ambiental da espécie. Isso ocorre porque espécies com alta capacidade de percepção do ambiente em que vivem estarão propensas a retornarem mais linear e agilmente ao seu habitat. Enquanto, espécies que possuem essa capacidade reduzida, provavelmente terão mais dificuldade de retornar à floresta, e isso se reflete no tempo e na tortuosidade do seu caminho. Como a estrutura da paisagem possui grande influência sobre a percepção ambiental e capacidade de dispersão de muitas espécies, e esta molda a conectividade, também será possível inferir a respeito da conectividade funcional para a espécie no ambiente de Mata Atlântica em estudo. 

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PT.080   IMPLANTAÇÃO DO TRECHO NORTE DO RODOANEL MÁRIO COVAS E ALTERAÇÕES NA CONECTIVIDADE DA PAISAGEM: SUBSÍDIOS PARA ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL  Ferreira AL1, Assis JC2 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ Departamento de Geografia ‐ FFLCH, 2Universidade de São Paulo ‐ PROCAM As rodovias são empreendimentos lineares que conectam centros urbanos, desconectam e dividem ecossistemas naturais e humanos, criam bordas e, desta forma, influenciam a heterogeneidade espacial da paisagem e o padrão de usos da terra. Nos limites da Região Metropolitana de São Paulo, onde a urbanização está se consolidando, encontram‐se remanescentes florestais significativos de Mata Atlântica, alguns contidos em áreas protegidas. Iniciou‐se em 1999, nessa área de contato entre a conservação e a urbanização, a construção do Rodoanel Mário Covas (SP‐021), rodovia de classe 0 que circunda a metrópole e propõe‐se a integrar o tráfego proveniente das diversas rodovias que atravessam São Paulo. As obras foram divididas em quatro trechos, sendo que o Oeste e o Sul estão em operação e o Leste está em fase de instalação. O Trecho Norte já possui a licença de instalação, e cruzará o maciço da Cantareira na zona Norte da cidade de São Paulo. No contexto regional, trata‐se da ligação entre o contínuo Cantareira‐Mantiqueira e as serras do Japi e dos Cristais. Em seu processo de avaliação ambiental foram inicialmente levantadas algumas alternativas de traçado de acordo com estudos realizados desde a década de 1970. O agrupamento de todos os traçados propostos resultou em três macrodiretrizes e posteriormente em duas alternativas de traçado. Alguns fatores restritivos para a definição destas alternativas foram: a presença de Unidades de Conservação, aspectos geomorfológicos, áreas de proteção aos mananciais e a expansão urbana da metrópole. O objetivo deste trabalho é analisar como a implantação do Trecho Norte do Rodoanel Mário Covas afetará a conectividade estrutural da paisagem. Para isso, foram considerados os argumentos descritos no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e os dados obtidos com um mapeamento de uso da terra, resultado da interpretação de imagem Landsat 5. Este mapeamento resultou em um diagnóstico da distribuição dos remanescentes florestais. Além disso, outras métricas foram calculadas considerando as estradas como barreiras. Embora o EIA localize os principais impactos sobre a cobertura vegetal ao longo das duas alternativas, não apresenta de forma sistemática uma comparação entre os impactos decorrentes de ambas, sendo suas colocações acerca da conectividade da paisagem embasadas apenas em dados de composição, sem considerar a configuração dos elementos da paisagem. Somente o diagnóstico da distribuição dos remanescentes florestais considerando a inserção do eixo rodoviário forneceu indicativos sobre as consequências para a conectividade dos remanescentes e permitiu identificar os impactos potenciais de maneira objetiva na escala regional.  

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PT.081   AVIFAUNA ASSOCIADA AS FORMAS DE USO E COBERTURA DA TERRA NAS MARGENS DE ESTRADAS NO EXTREMO SUL CATARINENSE Viana IR1,2 ‐ 1Universidade do Extremo Sul Catarinense ‐ Ciências Biológicas, 2Jairo José zocche ‐ Laboratório de Ecologia de Paisagem e de Vertebrados, Curso de Ciências Biológicas, Programa de Pós‐Graduação em Ciências Ambientais, Unidade Acadêmica Humanidades, Ciências e Educação, Universidade do Extremo Sul Catarinense As aves apresentam uma alta especificidade em relação ao uso do hábitat, podendo este ser determinado pelas fisionomias presentes pela heterogeneidade e complexidade. A qualidade do hábitat (alimento e abrigo) leva a diferentes respostas comportamentais e adaptativas, as quais caracterizam a forma pela qual as espécies exploram os diferentes micro‐hábitats, traduzindo‐se na ocupação de nichos variados. Este trabalho teve por objetivo inventariar a sazonalidade da riqueza da avifauna que explora os biótopos das margens de estradas não pavimentadas, em matriz agrícola no extremo sul Catarinense. O mapeamento das formas de uso e cobertura da terra foi executado numa extensão de 10200 x 2000 m (totalizando de 2.282,87 ha), a partir da individualização dos polígonos em tela com auxílio do software ArcGIS 9.3, utilizando fotografias aéreas na escala de 1:25.000, datadas de 2006 como bacdrop. Os registros da avifauna foram realizados diariamente, no período da manhã e no entardecer, de 09/2010 a 08/2011, ao longo de 10,20 Km. Durante o percurso foram anotadas todas as espécies vistas ou ouvidas. As amostragens foram agrupadas sazonalmente e as espécies registradas classificadas em guildas tróficas. Foram identificadas 13 classes de uso e cobertura da terra, as quais foram agrupadas de acordo com o seu grau de naturalidade em: Antrópico, agroecossistemas, ambiente aquático e vegetação arbórea. O agrupamento de classes denominado agroecossistemas correspondeu a 59,80% da poligonal, enquanto que os agrupamentos: vegetação arbórea, ambiente aquático e antrópico, corresponderam respectivamente, a 24,23, 11,08 e 4,89% da área mapeada. Foram registradas 95 espécies de aves, as quais ocuparam preferencialmente agroecossistemas (48,75%), vegetação arbórea (23,50%), ambiente aquático (27,75%), distribuindo‐se nas guildas onívoros (35,80%), insetívoros (30,20%), granívoros (12,30%) e outras (21,70%) refletindo assim as inter‐relações existentes entre avifauna a matriz paisagística. Os resultados obtidos mostram fortes correlações entre os hábitats, às espécies e a oferta de recursos alimentares, em virtude do predomínio de áreas alteradas, espécies onívoras, insetívoras e granívoras. Alterações na paisagem implicam que o ambiente natural pode tornar‐se impróprio as espécies mais exigentes, o que torna a composição e a estrutura da paisagem características ambientais importantes para a determinação da composição da avifauna presente. Ainda que muito alterada a área estudada guarda consigo elevada complexidade, haja vista a ocorrência de fragmentos florestais, capoeiras, campo antrópico e áreas alagáveis, o que possibilita a ocupação sazonal de diferentes grupos avifaunísticos, como foi observado.   

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PT.082   DESVENDANDO A MOVIMENTAÇÃO DE POLINIZADORES EM PAISAGENS HETEROGÊNEAS: UM ESTUDO DE MARCAÇÃO E RECAPTURA DE ABELHAS NO POLO AGRÍCOLA DE MUCUGÊ – BA  Souza TM1, Boscolo D1 ‐ 1Universidade Federal de São Paulo  A polinização é um dos serviços ambientais com maior relevância econômica para o Homem, sendo essencial para grande parte da produção de alimentos. No entanto, há mundialmente déficit de polinizadores. As principais causas disto são a perda e fragmentação de hábitats, ameaçando a abundância e riqueza de polinizadores. Em paisagens fragmentadas, seu comportamento de forrageio e movimentação entre as manchas de hábitats são alterados, assim como a conectividade funcional da paisagem. Na Chapada Diamantina (Bahia), existe uma grande diversidade de ambientes naturais e o Agropolo de Mucugê‐Ibicoara oferece um mosaico de fitofisionomias naturais e cultivos agrícolas ideal para pesquisar padrões de movimentação de polinizadores em ambientes heterogêneos. O objetivo deste trabalho é avaliar como o mosaico ambiental e a disponibilidade de recursos influenciam a acessibilidade dos polinizadores da macieira a diferentes ambientes na paisagem e sua conectividade funcional. Para isto, serão instalados 10 ninhos artificiais de Melipona quadrifasciata alocados dentro de três tipos de ambientes: 1‐áreas de cultivo com recursos, 2‐áreas de cultivo sem recursos, 3‐áreas naturais: recursos presentes no ano todo, mas em menor quantidade. As abelhas serão coletadas na saída das colônias e marcadas com placas coloridas e numeradas de opalita coladas na face dorsal do tórax, que identificarão seu local e data de marcação. Então, as abelhas serão soltas e recapturadas com o auxilio de Armadilhas Coloridas de Água (ARCAs) colocadas a diferentes distâncias dos ninhos. As armadilhas serão colocadas em quatro tipos de ambientes: 1‐ áreas naturais (campos sujos e campos cerrados); 2‐ áreas de borda das culturas; e as próprias áreas agrícolas, sendo estas divididas em 3‐ áreas com ausência de recursos florais e 4‐ áreas com presença desses recursos. Os dados de recaptura das ARCAs serão utilizados para calcular as diversidades alfa e beta em cada um dos quatro ambientes estudados, utilizando‐se a colônia de origem como o equivalente a as espécies em cálculos tradicionais de diversidade. As frequências de recaptura serão utilizadas para ordenar os pontos de recoleta por similaridade através do escalonamento multidimensional não métrico (NMDS) com o índice quantitativo de Morisita‐horn. A partir destes dados será possível estabelecer quais são as áreas mais favoráveis para a coleta de pólen, esclarecendo sobre a acessibilidade desses ambientes com o intuito de tornar as plantações mais acessíveis aos polinizadores nativos, reduzindo o custo de produção e gerando benefícios as comunidades naturais adjacentes. 

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PT.083  IMPORTÂNCIA DAS ÁRVORES ISOLADAS NA CONECTIVIDADE FUNCIONAL DA PAISAGEM Azevedo TN1, Tambosi LR2, Metzger JP2 ‐ 1USP ‐ IB, 2USP ‐ Ecologia Introdução: Árvores isoladas podem facilitar o fluxo biológico de algumas espécies, funcionando como stepping‐stones. Essa função é particularmente importante em paisagens mais intensamente modificadas, compostas por poucos fragmentos isolados, onde a conectividade estrutural é baixa. Este estudo avalia, para paisagens altamente modificadas, o benefício de árvores isoladas para a conexão funcional de fragmentos florestais conforme a capacidade de deslocamento dos organismos. Métodos: Considerando três paisagens de 16 km

2 situadas na bacia do Corumbataí, São Paulo, foi analisada, a 

partir de simulações em computador, a conectividade funcional das paisagens em dois cenários: i) paisagens reais; e ii) paisagens reais modificadas pela remoção das árvores isoladas na matriz. As três paisagens em estudo apresentam baixa cobertura florestal (média 13%), com poucos fragmentos florestais (média 44) inseridos na matriz de cana‐de‐açúcar. Nos dois cenários, foram calculados o número de fragmentos funcionalmente conectados e a área de vegetação funcionalmente conectada para diferentes capacidades de deslocamento pela matriz: 30, 60, 90, 150, 300 e 500 metros. Resultados: Para organismos com uma capacidade de deslocamento baixa (30 m), as árvores isoladas não exerceram um grande incremento no número de fragmentos e na área de vegetação florestal funcionalmente conectada. A presença de árvores isoladas resultou em um maior incremento de conectividade funcional para organismos que apresentavam uma capacidade de deslocamento médio (60 a 300 metros). Para uma capacidade de deslocamento de 300 m, no cenário sem as árvores isoladas, somente 60% dos fragmentos foram conectados, enquanto que no cenário real todos os fragmentos foram conectados. Quando a capacidade de deslocamento das espécies era muito alta (500 m), os stepping‐stones não eram mais necessários para a conexão dos fragmentos, uma vez que estes apresentavam um espaçamento menor do que a capacidade de dispersão das espécies. Discussão: As árvores isoladas são importantes para a conservação de algumas espécies, pois aumentam a conectividade da paisagem agindo como stepping‐stones. No caso das paisagens estudadas, este benefício ocorre principalmente para organismos com capacidade de deslocamento entre 60 a 300 metros. O corte de árvores em uma paisagem fragmentada com baixa quantidade de vegetação pode gerar a ruptura dos fluxos biológicos entre os remanescentes de vegetação, afetando a conservação das espécies nos fragmentos remanescentes. 

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PT.084   AS ESTRADAS COMO AGENTES TRANSFORMADORES DA PAISAGEM E A FRAGMENTAÇÃO DO PAMPA, NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL ‐ BRASIL  Dutra da Silva M1 ‐ 1Universidade Federal do Rio Grande ‐ Instituto de Oceanografia/Programa de Pós‐Graduação em Gerenciamento Costeiro As estradas surgem com a civilização, permitindo o acesso, o contato e a conexão entre grupos humanos distantes ou isolados. As estradas nascem com a ideia de domínio do espaço e da natureza. As estradas são fundamentais para o desenvolvimento humano, para a economia de uma região e permitem integrar o campo e a cidade. É por meio das estradas que se escoa a produção, que se transporta a riqueza e que se chega a um lugar. Entretanto, as estradas transformam o espaço, alteram a estrutura da paisagem e servem de conduto para o deslocamento de pragas e doenças, e facilitam o estabelecimento de exóticas com alto poder de dispersão. As estradas dividem fisionomias, formam barreiras e modificam o comportamento da fauna, além de elevar a mortalidade de animais quando o seu traçado intersecciona hotspots de biodiversidade em trânsito. No Pampa, no sul do Rio Grande do Sul, a estrutura viária reflete a história de ocupação dos terrenos. Em destaque, os primeiros habitantes a ocupar o espaço, a disputa de fronteiras, as primeiras cidades, os primeiros assentamentos coloniais, a múltipla divisão das terras e a projeção econômica de escoar a produção para o porto e para os centros industrializados, sobretudo a Capital. Mais tarde, a política de concentração dos investimentos em centros urbanos estratégicos e o privilégio econômico da capital moldaram o traçado das principais rodovias sobre os terrenos do Pampa. Assim, quanto mais próximo de um grande centro urbano maior é a riqueza envolvida ou transformada, ou seja, maior é o fluxo nas estradas. Também é maior a transformação do espaço, pelo número de rodovias e conexões. Mas não é exclusividade do urbano. Espaços rurais, densamente ocupados, também apresentam índices de fragmentação elevados. É o caso da encosta da Serra do Sudeste, que concentra pequenas propriedades, produzindo uma intrincada rede de conexões e acessos. Mas é apenas uma mostra do traçado rodoviário do Pampa, distribuído de forma desigual entre as quatro macrofisionomias. Resultante, talvez, das características naturais que as constituem, somadas a políticos e estratégias que marcaram as formas de uso e desenvolvimento humano do sul gaúcho. A importância de conhecer a distribuição do traçado, a conectividade e o fluxo rodoviário, se revela na oportunidade de definir estratégias de manejo e na complementação de propostas de planejamento e gestão dos espaços naturais fragmentados por estradas. 

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PT.085   LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS RECURSOS GENÉTICOS DAS ESPÉCIES EXÓTICAS DO CANTEIRO CENTRAL DA AV. CAXANGÁ, RECIFE, PE  Omar AJS1, Da Silva AF1 ‐ 1UFRPE Os recursos e variabilidade genética de plantas medicinais podem ser divididos em dois grandes grupos: o das plantas exóticas e o das plantas nativas. Alguns indivíduos de espécies de plantas exóticas surgiram em meio à vegetação nativa, devido principalmente à sua forma de dispersão. O desenvolvimento deste trabalho teve como objetivo de constatar o número de espécies existente na Avenida Caxangá, Recife/PE, identificando as plantas arbóreas e estudando os meios de recursos genéticos das espécies exóticas. A Região onde foi concretizado o trabalho é a Oeste‐RPA 4, situa‐se na parte oeste da cidade, limitando‐se com o município de São Lourenço da Mata e Camaragibe à oeste; ao norte com a RPA 3 e Rio Capibaribe; ao sul com a RPA 5 e à leste com o braço morto do rio Capibaribe. É formada por 12 bairros: Cordeiro, Ilha do Retiro, Iputinga, Madalena, Prado, Torre, Zumbi, Engenho do Meio, Torrões, Caxangá, Cidade Universitária e Várzea. O trabalho foi realizado a partir do reconhecimento da Região Político‐Administrativa (RPA), na qual pode‐se fazer a coleta de informações sobre as espécies arbóreas encontradas ao longo do logradouro. O inventário foi realizado no canteiro central da Avenida Caxangá, durante o período dos meses de Julho e Agosto de 2011 por meio de visitas. Foram coletados ramos com folhas e/ou flores das diferentes espécies, a identificação botânica foi feita através das fotografias tiradas e do material coletado e levado devidamente ao herbário Sergio Tavares do Departamento de Ciência Florestal, da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Com base nos dados adquiridos foram feitas tabelas para a organização das espécies encontradas durante a análise. Foram inventariadas um total de 454 indivíduos, sendo 326 de origem exótica e 128 de origem nativa, onde apenas 60 indivíduos eram frutíferas. Foram identificadas árvores das famílias Myrtaceae, Anacardiaceae, Fabacaceae, Moraceae, Mimosaceae, Arecaceae, por exemplo. A quantidade de indivíduos da mesma espécie variou de 1 a 131. Diante desse contexto conclui‐se que no logradouro estudado a quantidade de plantas exóticas existentes é bem diversa, porem, mal distribuída em uma quantidade muito grande de indivíduos.   

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PT.086   DIMENSÃO FRACTAL EM PAISAGENS NATURAIS FRAGMENTADAS: COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS CAMBUI ECB1, VASCONCELOS RN1, Miranda JGV2, Boscolo D3, Da ROCHA PLB1 ‐ 1UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ‐ Pós Graduação ‐ Ecologia e Biomonitoramento, 2UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ‐ Instituto de Física, 3UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP) O uso de métricas ou índices na Ecologia de Paisagens surgiu com uma necessidade de descrever a estrutura e configuração de paisagens. Especialmente a dimensão fractal tem um importante papel na representação da complexidade das bodas das manchas de habitat em paisagens antrópicas ou naturais. Geralmente esta mensuração é realizada através da relação área/perímetro das manchas de hábitat. No entanto existem outros métodos de dimensão fractal, que podem ser incorporados a Ecologia de Paisagem, como o “Método de Contagem de Caixas”, amplamente utilizado na Física. Este método consiste em um recobrimento de cada paisagem por uma sequência de caixas com diferentes tamanhos, contando‐se as mesmas que contenham a interface entre hábitat e não‐hábitat. O valor de dimensão fractal corresponde à inclinação da reta da regressão linear entre os logaritmos do número de caixas N(ε) e do tamanho da caixa. O objetivo deste estudo foi comparar a dimensão fractal através dos métodos de área/perímetro e contagem de caixas em paisagens com diferentes tamanhos e porcentagens de cobertura florestal. As paisagens naturais pertencem a Floresta Atlântica do estado da Bahia. De forma aleatória selecionamos paisagens com porcentagens de cobertura florestal entre 1‐99% e em três tamanhos (6x6km, 12x12km, 24x24km), totalizando mais de 140.000 paisagens. O cálculo de área/perímetro (PAFRAC) foi realizado no programa FRAGSTATS e o de contagem de caixas no programa FRACTAL SAMPLE desenvolvido pelo grupo de pesquisa. Os resultados demonstram que o método de contagem de caixas foi eficiente em medir todas as paisagens. Em contrapartida, o método de área/perímetro variou conforme o tamanho da paisagem e porcentagem de cobertura florestal. Do total de 76090 paisagens na escala de 6x6km, para apenas 35% foram calculadas a dimensão fractal. Nas escalas de 12x12km (52196 paisagens) e 24x24km (12356 paisagens) os valores aumentaram para 84% e de 97% respectivamente. Para uma mesma porcentagem de cobertura florestal, em média, a dimensão fractal através de contagem de caixas foi menor através da área perímetro, principalmente na escala de 6x6m. O método área/perímetro apresentou fortes limitações em não ser capaz de calcular todos os níveis de complexidade das paisagens naturais em diferentes escalas e porcentagens de cobertura florestal. O método de contagem de caixas apresentou maior generalização como métrica e o seu uso deve ser incentivado em estudos que avaliem complexidade de paisagens naturais. 

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PT.087   Análise quantitativa da Paisagem de uma região do Sertão Central Cearense com o auxílio de SIG e Sensoriamento Remoto.  Guimarães CCB1, Valladares GS2, Silva TA3 ‐ 1Universidade Fedral do Ceará, 2Universidade Federal do Piauí ‐ Geografia, 3Universidade Federal do Ceará ‐ Agronomia Neste trabalho, fez‐se uso do SIG para criação de um mapa temático de uso e cobertura das terras sobre o qual foram aplicadas métricas de paisagens. Construiu‐se o mapa a partir de imagens de Satélite Landsat 5 TM de uma região localizada no Sertão Central Cearense (45.239 km² de área). As classes contidas no mapa foram: Mata Ciliar, Área Urbana, Corpo Hídrico, Caatinga, Pastagem, Agricultura e Solo Exposto. A matriz de confusão do mapa mostrou acurácia de 85,6% e índice Kappa (K) 0,77, classificando‐o como de muito boa qualidade (0,60 < K ≤ 0,80). Calculou‐se a área de cada classe e métricas de análise de fragmento no Fragstats (área, perímetro, relação perímetro‐área, forma e distância euclidiana) que quantificaram o processo de fragmentação e quais classes predominam no mosaico. A maior classe encontrada foi Agricultura com 13.056,72 km² (~29%) seguida da Caatinga com 10.954,13 km² (~24%). Agricultura, Pastagem, Área Urbana e Solo Exposto somam, aproximadamente, 74% da área. Com relação à área dos fragmentos de cada classe, fragmentos de pequena área prevalecem sobre os de áreas maiores, isso indica que a região encontra‐se bastante subdividida em fragmentos de pequeno tamanho. As classes Agricultura e Pastagem possuem um número de fragmentos maior que as demais (~23%, cada). O perímetro foi calculado para se computar as reentrâncias. Fragmentos de mesma área com maior perímetro significa aumento de reentrâncias. Todas as classes mostram aumento do perímetro em fragmentos de mesma área. Na classe caatinga, os fragmentos de menor área apresentam muitas reentrâncias, ou seja, fragmentos pequenos se tornam cada vez mais fragmentados, mais fragilizados e devem sofrer mais o efeito de borda. Calculou‐se o efeito de borda a partir da relação perímetro/área (maior valor = maior efeito de borda). Comprovou‐se que os fragmentos de menor área apresentam maior efeito de borda (perímetro/área 27,2). O índice de forma e distância euclidiana quantificaram quantos fragmentos encontram‐se estáveis (shape > 1) e em equilíbrio ambiental (mais próximos), respectivamente. Foi encontrado índice de forma 1 em 76% dos fragmentos, quantidade significativa com áreas instáveis. A menor distância euclidiana (2.934 m) foi encontrada em 46% dos fragmentos e, na classe caatinga, apenas 33% apresentam‐se com menor índice. A grande quantidade de pequenos fragmentos com muitas reentrâncias, sofrendo efeito de borda, principalmente na classe caatinga, resulta em instabilidade e fragmentação crescente. O predomínio das classes Pastagem, Solo Exposto e Agricultura demonstram as alterações significativas que vêm ocorrendo na região.   

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PT.088   Elementos da paisagem como Geoindicadores.  FREITAS EP1,2,3,4,5 ‐ 1Autônomo, 2Afonso Peche Filho ‐ IAC, 3Jener Fernando Leite de Moraes ‐ IAC, 4Felipe Hashimoto Fengler ‐ IAC, 5Bruno Vicente Marques ‐ Gestor Ambiental  Apesar da conscientização em relação às questões ambientais, existe uma crescente pressão sobre os recursos naturais. O levantamento e análise do uso das terras é o ponto de partida para adequação da ocupação antrópica em função da capacidade de suporte do ambiente, portanto, fundamental para criação de modelos de gestão que resultem em menores impactos ambientais. A ecologia de paisagens aborda o estudo de elementos do ambiente e como estes configurados em relação aos outros, sua estrutura, influência e dinâmica nos processos ecológicos. O uso de indicadores ambientais georeferenciados vem a auxiliar nos estudos de ecologia de paisagem para monitorar e diminuir as pressões antrópicas no ambiente em busca de uma melhor qualidade ambiental. O trabalho trata de uma pesquisa que utiliza o geoprocessamento e a gestão de informações do uso e ocupação para estudos ambientais. O objetivo foi selecionar indicadores para gestão das Áreas de Preservação Permanente (APP) e aprimoramento do uso de informações de uso e ocupação das terras. O estudo foi realizado na bacia hidrográfica do rio Jundiaí‐Mirim, Jundiaí SP e utilizou os dados de um levantamento prévio das suas condições de pressão antrópica. A técnica empregada permitiu a seleção indicadores que se mostraram capazes de caracterizar o estado de conservação das áreas avaliadas. Os indicadores selecionados foram de “Uso da terra”, “Proximidade da vegetação nativa”, “Proximidade de áreas urbanas”, “Proximidade à malha viária”, “Risco a erosão”, “Capacidade de sustentação a vegetação nativa”, “Ordem dos canais de drenagem”, e Categoria das áreas de preservação permanente”. Os resultados obtidos mostraram que somente 44,6% da APP encontram‐se em conformidade com a legislação e que a as informações de diagnósticos ambientais podem ser melhor aproveitas como subsidio para toma de decisão relativa as questões ambientais  

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PT.089   INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE TECNOLÓGICOS NA ANÁLISE DA ECOLOGIA DE PAISAGEM EM PROPRIEDADES RURAIS  Marques BV1, Peche Filho A2, Freitas EP1, Queiroz DFA1, Fengler FH3, Sales C4 ‐ 1Autônomo, 2Instituto Agronômico de Campinas ‐ Centro de Engenharia e Automação, 3Instituto Agronômico de Campinas ‐ Pós‐Graduação, 

4Xyztemas Consultoria e Serviços Ltda 

 RESUMO: Com o avanço do conhecimento e da ecovalorização da paisagem o planejamento para uso e ocupação solo em áreas de exploração agrícola passa a ser mais complexo, devendo utilizar da integração de dados como forma de assessorar na tomada de decisões. Neste contexto análise da ecologia de paisagem passa ser uma ferramenta importante para o entendimento das dinâmicas ambientais nas propriedades agrícolas. A inserção das variáveis ambientais no planejamento e nos modelos de gestão para diferentes tipos de exploração agrícola requer novas estratégias e tecnologias modernas. Com o advento da informática nas propriedades é possível avançar na atividade de integração de dados espaciais utilizando programas de monitoramento e gestão agrícola. O trabalho mostra os resultados da utilização do programa MONITORxyzt Agro WEB, desenvolvido pela empresa Xystemasa, operando com dados obtidos através da proposta metodológica para analise de paisagens desenvolvida no IAC. Os dados de campo foram obtidos analisando 34 paisagens da Fazenda Maringá, localizada no município de Cristalina, GO. As informações foram processadas gerando um banco de dados contendo informações estatísticas e espaciais. Os relatórios fornecidos pelo programa permitiram estabelecer uma nova proposta de planejamento e a construção de um novo modelo de gestão para a fazenda Maringá, onde ocorre a inserção da variável ambiental e tecnológica na dinâmica operacional do sistema de produção. PALAVRAS‐CHAVE: planejamento agrícola, gestão ambiental, informática, automação. 

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PT.090   APLICAÇÃO DA LÓGICA "FUZZY" PARA MAPEAMENTO DE ÁREAS DE SENSIBILIDADE AMBIENTAL  Oliver M1, Mello F2 ‐ 1Mestranda no Programa de Pós‐Graduação em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo ? UFES, 2Mestrando no Programa de Pós Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro  A APA de Praia Mole está inserida no bioma de Mata Atlântica, representada por seus ambientes costeiros, como a restinga e lagoas, e contribui para a conservação da floresta atlântica costeira. É também considerada zona de amortecimento da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica do Espírito Santo, que tem por objetivos minimizar os impactos negativos sobre suas áreas núcleo e promover a qualidade de vida das populações nela inseridas, especialmente as comunidades tradicionais. O presente trabalho utilizou ferramenta de análise espacial e aplicação da lógica Fuzzy, em conjunto com o modelo de Pesos de Evidência (Weights of Evidence), apoiada ao procedimento de tomada de decisão por Critérios Múltiplos, de ranqueamento e decisão entre objetivos conflitantes, para a elaboração do mapa de sensibilidade ambiental, na APA de Praia Mole, Vitória‐ES, servindo como premissa para a elaboração do Zoneamento Ambiental, item fundamental no desenvolvimento do Plano de Manejo da referida Unidade de Conservação. A metodologia contou com a interpretação de fotografia aérea e elaboração de mapas temáticos de acordo com os planos de informação: declividade, solos e vegetação e a análise espacial com sobreposição dos principais planos de informação mencionados. Na avaliação dos critérios múltiplos, foi utilizada técnica de pares de comparação que são executados para determinar as prioridades desses critérios de acordo com o seu objetivo e o grau de importância. Foi possível verificar a eficácia da análise espacial e a aplicação da lógica Fuzzy na elaboração do mapa de sensibilidade ambiental, permitindo a identificação desde áreas com baixa sensibilidade ambiental (onde apresentam áreas urbanas consolidadas, não havendo presença de floresta secundária e áreas com declividade considerada como áreas de risco ou com percentual acima do permitido), até áreas com Alta Sensibilidade (que compreende toda a área das lagoas de Carapebus e Baú, áreas com presença de Vegetação de Florestas Secundárias e restinga). A sensibilidade ambiental é o principal plano de informação para a elaboração do zoneamento ambiental, possibilitando estabelecer distintos tipos e intensidades de ocupação e uso do solo e dos recursos naturais, através da definição de um conjunto de zonas ambientais com seu respectivo corpo normativo.  

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PT.091   AVALIAÇÃO DO SALDO DE RADIAÇÃO DE SUPERFÍCIE EM ÁREAS DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA  Dias FRS1,2,3, Andrade RG1,4, Gomes D1,5, Carvalho DS1,6,7, Leivas JF1,8 ‐ 1Embrapa ‐ Pesquisa & Desenvolvimento, 2Estagiária ‐ Graduanda em Eng. Ambiental ‐ PUC‐Campinas, [email protected], 4Pesquisador ‐ [email protected], 5Analista ‐ [email protected]

6Bolsista de Iniciação Científica ‐ PIBIC/CNPq ‐ Graduando em Eng. 

Ambiental ‐ PUC‐Campinas, [email protected]

8Pesquisadora ‐ [email protected] 

 Nas ultimas décadas foram significativos os avanços tecnológicos voltados para produção agropecuária com sustentabilidade econômica e ambiental. Um exemplo disso foi o uso de técnicas como a do plantio direto que permite produzir com menor revolvimento do solo, minimizando processos de degradação das terras. No entanto, vários são os fatores que podem colocar em risco a sustentabilidade da produção agropecuária, entre esses, os fatores climáticos são relevantes. Nesse sentido, o presente trabalho objetivou avaliar o saldo de radiação de superfície em áreas de produção agropecuária. Para tanto, foram utilizadas áreas de seis fazendas localizadas no estado de Mato Grosso do Sul. Nesse estudo, estimou‐se o saldo de radiação por meio da aplicação do Surface Energy Balance Algorithm for Land (SEBAL) e imagens Landsat 5 – TM de órbita/ponto 225/074 e 224/074 e datas de 12/04/2010 e 21/04/2010, respectivamente. A obtenção do saldo de radiação por meio do algoritmo SEBAL requer radiância espectral nas bandas do visível, infravermelho próximo e termal. Além disso, são necessários dados de estações meteorológicas, nesse caso, foram utilizados dados de temperatura do ar, radiação solar e velocidade do vento proveniente de estações automáticas do INMET próximas às áreas de estudo. Os resultados obtidos mostraram a existência de variação espacial do saldo de radiação tanto nas áreas de agricultura e de pecuária da mesma fazenda quanto entre fazendas, ou seja, o saldo de radiação variou conforme o uso e cobertura da terra e com as condições ou estado da vegetação em cada fazenda. Para melhor elucidar questões inerentes à essa variabilidade, em estudos complementares, recomenda‐se avaliação temporal do saldo de radiação. 

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PT.092   Indice de Vegetação Padronizado a partir de imagens do SPOT‐Vegetation na detecção de estiagens na região sul do Brasil  Leivas JF1, Andrade RG1, Victória DC1, Torresan FE1, Bolfe E1 ‐ 1Embrapa ‐ Pesquisa e Desenvolvimento  Estiagens são fenômenos meteorológicos associados a prejuízos na agricultura, acarretando quebra de safras agrícolas. A ocorrência de estiagens na região sul do Brasil é frequente no período crítico para a cultura da soja devido à elevada demanda da atmosférica na primavera‐verão. Diante disso, o monitoramento de estiagens tem fundamental importância para o setor agrícola, em especial para a cultura soja, devido à forte influência econômica da cultura para a região. O objetivo deste estudo foi avaliar o Índice de Vegetação Padronizado (IVP) no monitoramento da ocorrência de estiagem no período crítico da soja em municípios da região Sul do Brasil que plantam mais de 7000 ha da leguminosa. Para tanto, foram utilizados dados decendiais do produto V2KRNS10 decendial do satélite SPOT‐Vegetation, referente ao NDVI (Normalized Difference Vegetation Index) do período de 1998 a 2012 para avaliar o vigor da vegetação no período compreendido entre o 1° decêndio de dezembro ao 3° decêndio de fevereiro do ano agrícola 2011/2012. Foi aplicada a metodologia proposta por Park et al (2008) com a finalidade de padronizar os dados e possibilitar avaliar o vigor da cobertura vegetal  na Região Sul do Brasil. Foram obtidas áreas com anomalias negativas de vegetação, ou seja, com baixo vigor vegetativo na Região Sul do Brasil. Os resultados obtidos corroboram com as baixa produtividade da soja no ano agrícola 2011/2012, conforme dados da CONAB (2012), cuja estimativas apontam para a redução da colheita de soja em torno de 8,95 milhões de toneladas. Os resultados evidenciam o potencial do IVP para o monitoramento de estiagens, podendo auxiliar na tomada de decisão para o setor agrícola.  

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PT.093  LANDSCAPE COMPLEXITY ANALYSIS BASED ON TEXTURE PATTERNS AND SATELLITE IMAGE FOR A SÃO PAULO'S CERRADO SITE Vedovato LB1, Vicente LE1, Piqueira JRC2, Filho AP3, Gomes D1, Mattos SHVL3 ‐ 1Embrapa Monitoramento por Satélite, 2Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 3Departamento Geografia, Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas We analysed the spatial heterogeneity complexity of Cerrado vegetation of São Paulo. Spatial heterogeneity was obtained by quantity texture patterns on ASTER images for Jataí Ecological Station (JES; Luiz Antônio ‐ SP) conservation unit. Two hillsides of JES where cerradão physiognomy was present were analysed, and for each of them we sampled three positions: base, medium and top. Vertical structure and canopy cover density varied along hillsides. For each site, we extracted the texture pattern for two spatial scales (150x150m and 75x75m). Spatial  complexity were estimated by two landscape metrics, both based on informational entropy: a) maximum entropy (H/Hmax), in which high values of complexity are assigned to patterns more disordered; and b) convex function of entropy (LMC), which attribute high values of complexity to patterns situated in intermediate range between order and disorder. Comparing different sites of the same hillside, both metrics had identical results in relation to greatest and smallest values of complexity. In hillside 1, the top side showed greater values. In these area, the cerradão shows high trees with less density of canopy in comparison to others sites of this hillside, which provides more spatial heterogeneity.  For the smaller values of complexity, there was difference in comparison of analyzed extensions in hillside 1: for 150 x 150m spatial scale, was attributed medium hillside site to smaller values of complexity; for 75 x 75m, the base had the smallest values. However, the value of complexity of medium and low hillsides for the same spatial extension were very close. In hillside 2, on the base of site, which shows a cerradão with shorter trees and lesser canopy cover density in relation to others sites of hillside, texture patterns had highest values of complexity for both entropy measures.  The most homogeny site, located in medium position of hillside and with presence of high trees and canopy density, smallest values were recorded. Based on our findings we can concluded that there is a tendency of sites situated in the top and in the  base of hillside showed great values of complexity, while sites located in medium hillside tend to be less complex in terms of spatial heterogeneity. Also, for local scale, the canopy density is more relevant than tree vertical structure on determining the complexity of texture patterns of vegetation. 

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PT.094   UTILIZAÇÃO DO ÍNDICE DE CIRCULARIDADE DE AGREGADOS NA DIFERENCIAÇÃO DE UNIDADES EM PAISAGENS DEGRADADAS: ESTUDOS PRELIMINARES  PECHE FILHO A1, Fengler FH2, Ribeiro AI3, Bellemo AC4, Storino M5, Freitas EP2, Marques BV6 ‐ 1Instituto Agronômico de Campinas ‐ Centro de Engenharia e Automação, 2Mestrado, Instituto Agronômico de Campinas, 

3Engenharia Ambiental ? UNESP Campus Sorocaba, 

4Estagiária IAC, 

5Instituto Agronômico de 

Campinas ‐ Centro de Engrnharia e Automação, 6Gestor Ambiental Consultor autônomo 

 Entre as dificuldades encontradas na gestão de paisagens degradadas está a caracterização das diferentes unidades ecológicas dentro de uma mesma área. Estes estratos possivelmente necessitam de ações distintas de recuperação, compatível com a forma da degradação. Partindo dessa premissa, o trabalho propõe uma estratificação inicial com base na percepção visual das diferentes formas de ocorrência da degradação na paisagem local.  Dessa maneira, busca‐se um melhor entendimento paisagem e as necessidades de amostragem para fins de confirmação das diferenças. Assim, o objetivo do trabalho foi identificar os diferentes estratos numa área degradada, utilizando amostragem de solo para fins da análise de agregação e determinação do índice de circularidade dos diferentes agregados do solo.  O experimento foi realizado em uma área degradada do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA‐IAC), na cidade de Jundiaí – SP. O local foi estratificado em cinco ambientes de degradação e para cada um deles foi retirada quatro amostras para fins de análise do estado de agregação. Após o peneiramento da amostra de solo retirou‐se uma subamostra de agregados retidos na peneira de 4mm para determinação do índice de circularidade. Utilizando 40 amostras por estrato obteve‐se medidas de estatística descritiva e o histograma de freqüência. Os resultados permitiram comprovar que através da análise de agregados, do processamento estatístico do índice de circularidade e da confecção de histogramas de freqüência podemos estabelecer critérios confiáveis para diferenciação de estratos em áreas degradadas. PALAVRAS CHAVE: Estratificação, RAD, variabilidade, agregação de solo. 

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PT.095   UTILIZAÇÃO DO SIG COMO FERRAMENTA PARA O REGISTRO DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS RIBEIRINHOS DA CIDADE DE ALEGRE, ES  Gobbo SDA1, Amaral AA1, Garcia RF2, Eugênio FC3, Campos MM3 ‐ 1Instituto Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo, 2Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, 3Universidade Federal do ES A percepção ambiental é dos temas mais significativos o qual vem ocupando espaço na agenda internacional. A própria UNESCO reconhece que uma das dificuldades para preservação do ambiente está nos diferentes modos como os sujeitos sociais percebem tais ambientes, com isso, torna‐se importante instrumento utilizado em diversas áreas do conhecimento, para a melhoria da qualidade de vida. A cidade de Alegre/ES, abriga um grande percentual de ribeirinhos do rio Alegre, que possui forte valor simbólico para o município. A pesquisa propõe conhecer a percepção ambiental dessa população, buscando interpretar como percebem, interpretam e se relacionam com o rio, identificando os principais problemas. A pesquisa foi realizada em diferentes bairros de Alegre/ES, localizado nas coordenadas geográficas centrais de 20º46’19” Sul e 41º32’3” Oeste, consistindo uma amostra de 73 moradores ribeirinhos do rio Alegre. Para a coleta de dados utilizou‐se a técnica do questionário e adotado o modelo transacional. As perguntas contemplaram variáveis de natureza antropológica: sensibilidade, pertencimento, importância e compromisso. Esses parâmetros foram mensurados por meio da escala Likert. A análise espacial dos dados foi realizada por meio de mapa temático gerado no aplicativo computacional ArcGIS 10.0®. Com o uso do aplicativo, foi possível realizar as interpolações usando o procedimento IQD. A análise comparativa dos resultados apresentou insatisfação da população em relação à qualidade da água, ao lançamento de efluentes domésticos além de resíduos sólidos. Reconheceram a importância da vegetação ciliar. Atribuíram relevante valor aos possíveis projetos de preservação, manifestando um elevado grau de pertencimento e sentem‐se corresponsáveis pelo ambiente de onde retiram bases para sua convivência social e para a construção de suas subjetividades. A comunidade é formada por diferentes grupos culturalmente heterogêneos e apresenta um elevado grau de sensibilidade, mas aponta um resultado preocupante em relação à expectativa futura: não acreditam na sobrevivência do rio por muitos anos. É preciso mudar a concepção de que o rio é sinônimo de lixo e doenças. Torna‐se urgente investir em educação ambiental nesta comunidade, além de inserí‐los em projetos de recuperação ambiental.   Palavras‐chave: georeferenciamento, pertencimento, preservação ambiental  

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PT.096  O SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG) COMO INSTRUMENTO DE PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS AGRICULTORES SOBRE O USO DO FOGO NO PARQUE NACIONAL DO CAPARAÓ Gobbo SDA1, Garcia RF2, Amaral AA1, Eugênio FC3 ‐ 1Instituto Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo, 2Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, 3Universidade Federal do Espírito Santo Este estudo tem como objetivo conhecer o uso do fogo no entorno capixaba do PARNA‐Caparaó por meio da percepção dos proprietários rurais. O relatório de focos de incêndios gerados pelo INPE no triênio 2008‐2010 foi base para o cálculo amostral. A percepção ambiental possibilita conhecer os sujeitos envolvidos nesse contexto e ainda a forma como o percebem. Os dados foram analisados quali‐quantitativamente, e a entrevista o instrumento utilizado para sua coleta. Foi estruturada em quatro partes: família e sociedade; atividades agropecuárias; uso do fogo e ocorrência de incêndios, e Meio Ambiente e Unidade de Conservação. Esses parâmetros foram mensurados por meio da escala Likert. As questões abertas foram interpretadas com base na análise de conteúdo. Foram gerados mapas temáticos que garantem a espacialização dos dados para visualização dos fenômenos perceptivo‐sócio‐ambiental‐produtivos de cada entrevistado, por meio de sistemas de informação geográfica (SIG). A análise espacial dos dados foi realizada por meio de mapas temáticos gerados no aplicativo computacional ArcGIS 10.0®. Com o uso do aplicativo, foi possível realizar as interpolações usando o procedimento IQD. Observou‐se que as causas dos incêndios florestais são variadas, sendo a ação antrópica intencional a mais percebida. Reconhecem que o fogo causa sérios danos ao meio ambiente, destacando o empobrecimento do solo e a perda de nutrientes. Os incêndios florestais têm características sazonais, exigindo um planejamento diferenciado ao longo do ano. Os agricultores sentem‐se corresponsáveis na conservação ambiental e na preservação do parque, reconhecendo a sua importância no desenvolvimento local. As campanhas educativas e medidas coercitivas são fatores que colaboram para a redução dos focos de incêndios. O registro das ocorrências de incêndios florestais permite o gerenciamento dos dados referentes a esses eventos e serviram para gerar as estatísticas apresentadas neste trabalho, resultando em novos e importantes dados para os gestores do parque.  Palavras‐chave: educação ambiental, incêndio florestal, unidade de conservação. 

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PT.097   AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE IMAGEM DE ALTA RESOLUÇÃO ESPACIAL (QUICK BIRD) PARA AVALIAR O CUMPRIMENTO DO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO Almeida AP1, Lima GM1 ‐ 1UEFS  A conservação do bioma da Mata Atlântica traz questões sobre o uso e ocupação das terras e a proteção das Áreas de Preservação Permanente (APPs). Este trabalho propõe avaliar o potencial de imagem de alta resolução espacial para elaboração de uma metodologia de zoneamento ambiental. O recorte espacial estudado compreende uma área na Zona da Mata Sul de Pernambuco, inserida em sua maioria no município de Escada. A partir da utilização de ferramentas das geotecnologias, foram analisadas imagens dos períodos de 1970 e 2006, buscando‐se verificar nas alterações temporais existentes o cumprimento ou não do Código Florestal Brasileiro (CFB). Utilizou‐se imagens de alta resolução espacial do satélite Quick Bird, obtida do Google Earth, no sistema de projeção UTM WGS 1984. Foram feitas delimitações das APPs com a interpretação visual e digitalizou‐se a imagem no software ArcGis 9.2. A cobertura vegetal foi interpretada em função do CFB. Constatou‐se que em 1970, a área de mata ocupava 9.494,56 ha e em 2006, foi reduzida para 2.935,56 ha, representando uma perda aproximada de 31%. Observou‐se que entre 1970 e 2006 mais de 6.000 ha podem ter sido cobertos indevidamente por cana‐de‐açúcar ou desmatados. No tocante aos cursos d’água, verificou‐se que os rios com até 10 metros de largura ocupavam 421,3 ha, cerca de 12,6 ha tinham cobertura de mata como APP, ficando com 29,9% de mata na área de preservação permanente. A área total das lagoas e reservatórios na zona rural é, aproximadamente, 98,62 ha, dos quais, nenhum apresentou mata preservada na faixa de 100 metros de APP, deixando assim uma área vulnerável a impactos ambientais negativos. O Rio Ipojuca, que corta a área de estudo no sentido Oeste‐Leste, com até 50 metros de largura apresentou uma área de 259,94 ha, e tendo uma área de 8,73 ha de APP’s, ficando com 3,35% de mata preservada num buffer de 50 metros das duas bordas do rio. Os resultados indicaram também, que o aporte de sedimentos e poluentes nos cursos d’água e lagoas do município pode estar em níveis alarmantes. A avaliação dos momentos (1970 e 2006) da vegetação de Mata Atlântica mostrou que apenas 716,9 ha são de matas formadas em anos posteriores a 1970. Cerca de 70% do desmatamento ocorreu em áreas de relevo plano e suave ondulado, este com aptidão boa ao cultivo da cana‐de‐açúcar, cultura que mais se expandiu na área. Palavras chaves: Cobertura vegetal; Mata Atlântica; Zoneamento Ambiental.  

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PT.098   MODELOS NEUTROS DE PAISAGENS: UMA COMPARAÇÃO ESTRUTURAL  Vasconcelos RN1, Cambui ECB2, Miranda JGV3, Boscolo D4, Da Rocha PLB5 ‐ 1UFBA ‐ Universidade Federal da Bahia ‐ Pós Graduação ‐ Ecologia e Biomonitoramento, 2UFBA ‐ Ecologia, 3UFBA ‐ Física, 4Unifesp, São Paulo ‐ Instituto Biologia, 5UFBA ‐ Instituto Biologia Paisagens neutras são constituídas por uma matriz com tamanho determinado LxL, cuja configuração e arranjo dos hábitats são determinados por algoritmos analíticos e não por processos biológicos e físicos. O conhecimento atual sobre os diferentes aspectos da configuração espacial de paisagens neutras estão voltadas em sua grande maioria aos modelos com distribuição aleatória de pixels. Entretanto pouco se sabe sobre as diferenças estruturais entre as paisagens fractais, que exibem uma auto‐similaridade entre escalas e diferentes níveis de agregação das manchas de hábitat. O presente estudo realizou uma análise da estrutura espacial de paisagens neutras aleatórias e paisagens fractais sob três níveis de agregação espacial com expoentes de Hurst (H) 0.1, 0.5 e 0.9. Para isso simulamos 50 réplicas de paisagens a cada 1% de quantidade de hábitat e em nove tamanhos de paisagem entre 2x2km e 14x14km. Avaliamos a estrutura das paisagens simuladas através dos índices (Ps)  probabilidade de percolação, (IHP) Interior habitat percolation ambos através de dois softwares PS sample e IHP Sample, (LPI) Largest patch index e (NP) Number of patchs calculados no FRAGSTATS. Realizamos a análise de Correlação de Spearman para cada métrica da paisagem a fim de comparar os quatro tipos de paisagens neutras. Nosso resultamos demonstram que as paisagens aleatórias apresentaram maior correlação com as paisagens fractais com H=0.1, em todas as escalas, para as métricas (Ps), (LPI) e (NP). Em especial, as paisagens aleatórias apresentaram redução dos valores de correlação com o fractal H=0.9 conforme se amplia a escala da paisagem. Em se tratando de (IHP) as maiores correlações ocorreram entre os fractais H=0.1 e H=0.9. Em geral as paisagens aleatórias apresentaram maior similaridade estrutural com os fractais com menor agregação das manchas de hábitat (H=0.1), se comparados com os outros dois modelos neutros de paisagem. Os resultados mostram que a utilização e comparação de modelos neutros de paisagens devem ser consideradas com cautela, uma vez que suas diferenças estruturais dependem fortemente da escala e das métricas utilizadas nas análises. 

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PT.099   ANALÍSE DA EFICIÊNCIA DE TÉCNICAS DE RECUPERAÇÃO E MANEJO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DE BOFETE/SP  Castelli KR1, Silva AM2 ‐ 1UNESP ‐ Faculdade de Engenharia de Bauru, 2UNESP O método clássico de recuperação ambiental através do plantio de mudas é demasiado custoso e frequentemente ineficiente. Muitos modelos não consideram a concepção dos processos ecológicos, ou são desenvolvidos baseados em experiências com plantações agrícolas e na silvicultura. Contudo, as metodologias alternativas de recuperação ambiental ainda apresentam poucos estudos e em geral não se aplicam em todas as áreas onde há necessidade de recuperação. Neste trabalho caracterizamos os tipos de cobertura da terra existentes na propriedade visando avaliar a eficiência de dois métodos de recuperação ambiental: transposição de solo e implantação de poleiros artificiais, além de um método de manejo de floresta plantada (abandono de eucalipto para condução da regeneração). A área de estudo, denominada Fazenda Santa Terezinha, tem área de 3.883,66ha e está localizada na área rural do município de Bofete‐SP. Segundo a classificação climática proposto por Köppen, a região de estudo apresenta clima do tipo Cwa, o que caracteriza clima subtropical de altitude com chuvas de verão e verões rigorosos, temperatura média entre 19°C e 27°C e pluviosidade média anual inferior a 2.000mm. Encontra‐se na transição das Cuestas Arenítico‐Basálticas e da Depressão Periférica Paulista. No contexto hidrográfico na Bacia do Paraná, a vegetação predominante é de contato/transição entre Floresta Estacional e Savana (Mata Atlântica e Cerrado). Dentre as etapas do trabalho já executadas, analisou‐se a cobertura da terra da propriedade através da fotointerpretação de fotografias aéreas de 2005. Adicionalmente, foram estruturadas 3 parcelas, de 10 x 10 metros, nos locais de aplicação de cada uma das metodologias de recuperação existentes e ainda uma área controle com vegetação nativa. Para cada parcela um estudo fitossociológico está em andamento. Também serão avaliados a formação de serrapilheira e as propriedades fisicas e químicas do solo. Das informações levantadas até o momento, destaca‐se aquelas referentes cobertura da terra, sendo que as classes de cobertura, bem como seus respectivos percentuais de ocorrência, foram as seguintes: Área de Preservação Permanente 518,02ha (13,34%), com as seguintes subclasses: 421,34 ha (10,85%) de vegetação natural remanescente, 51,86ha (1,34%) áreas em recuperação, 36,36ha (0,94%) área de plantio comercial abandonado, 8,46ha (0,22%) áreas com outros usos. Áreas fora de APP: somam 773,93ha (19,93%), sendo 421,24ha (10,85%) de remanescentes naturais, 198,35ha (5,11%) com áreas em recuperação, 154,34ha (3,97%) área de eucalipto abandonado. O restante 2591,71ha (66,73%) área com uso agrícola e outras ocupações. Verifica‐se então que a área que está sob investigação neste trabalho corresponde a 33,27% da área total. 

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PT.100   MODELAGEM DE DISTRIBUIÇÃO POTENCIAL COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO GRAU DE AMEAÇA DE ESPÉCIES  RODRIGUES AC1, HASUI É2 ‐ 1UNIFAL‐MG ‐ ECOFRAG, 2UNIFAL‐MG ‐ UNIFAL‐MG  Este trabalho teve como objetivo analisar a situação atual dos locais potencialmente ocupados por três espécies de cracídeos (grupo de aves ameaçado de extinção), em termos de quantidade de habitat e de configuração espacial da cobertura florestal nativa. Para tanto, foram estabelecidos modelos de distribuição potencial das espécies, com base no cruzamento de informações biológicas e ambientais, utilizando o algoritmo de máxima entropia (MAXENT). A seguir, foram extraídas informações sobre os remanescentes de mata atlântica dentro da distribuição potencial, a partir da sobreposição destes mapas. O intuito foi identificar a perda de habitat com a fragmentação, e analisar qual a situação atual dos remanescentes em termos de área, regularidade das formas e grau de proteção. Nossos resultados sugerem que Aburria jacutinga (Spix 1825), a única espécie considerada ameaçada pela IUCN, está em condições bem melhores que as outras duas quanto à cobertura florestal em sua ocorrência histórica. O modelo de distribuição desta espécie indicou uma área de distribuição preferencial nas formações da Serra do Mar, com uma perda potencial de 34% de habitat histórico. Neste local, estão as maiores Unidades de Conservação e grande parte dos remanescentes atuais. Por outro lado, os modelos mostraram ampla distribuição histórica para Penelope obscura (Temminck, 1815) e Penelope superciliares (Temminck, 1815), que sofreram perda de habitat potencial de 88% e 98,5%, respectivamente. Isto aconteceu por que elas ocorrem no interior do continente, onde restam poucas Unidades de Conservação e o relevo é propício para a mecanização e conversão em pastagens. Portanto, espécies com necessidades ecológicas semelhantes àquelas preferencialmente escolhidas para a conversão em áreas agricultáveis, podem ser ainda mais vulneráveis à extinção, sendo importante realizar uma reavaliação no status de ameaça sob esta perspectiva. 

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PT.101   A INFLUÊNCIA DA RESOLUÇÃO ESPACIAL NO MAPEAMENTO DA PAISAGEM PARA ESTUDOS DE ÁREAS VERDES URBANAS.  Castro PR de1, Costa LCC1 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ Departamento de geografia  Muitos dos atuais problemas socioambientais que ocorrem no município de São Paulo demonstram que a cidade cresceu acima de suas condições de absorver os impactos oriundos de sua urbanização. Atualmente tem havido esforços por parte do poder publico para contornar os problemas ambientais que a supressão da vegetação vem causando no município. Técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento são ferramentas importantes, pois auxiliam na identificação de elementos presentes no tecido urbano, em especial nos estudos de vegetação possibilitando diversas análises qualitativas e quantitativas. No entanto a eficiência desses estudos depende da adoção de uma escala adequada à resolução espacial e nível de detalhamento em que se esta trabalhando. O objetivo do estudo é avaliar comparativamente a porcentagem de vegetação, em dois distritos do município de São Paulo, quantificada em imagens de satélite de media e alta resolução. Com base na classificação de unidades climáticas urbanas do Atlas Ambiental do município de São Paulo, onde são relacionados os fatores de cobertura vegetal e temperatura aparente da superfície terrestre, foram escolhidos: um distrito que apresentasse maior quantidade de vegetação, Alto de Pinheiros, e um que apresentasse uma menor quantidade, São Miguel Paulista. Para este estudo foi utilizada uma imagem do satélite Resourcesat‐1 (IRS P‐6) sensor LISS‐3, com resolução espacial de 23,5 e uma imagem ALOS, sensor AVNIR‐2, com resolução de 10 metros. Realizou‐se uma classificação das imagens, sendo estabelecidas três classes: não vegetado, vegetação parque (campo antrópico/capoeirinha, parques e várzea) e vegetação arbórea (mata secundária, bosques e silvicultura). Os resultados apresentam significativa variação na porcentagem das classes entre as imagens. O distrito de Alto de Pinheiros, na imagem ALOS, apresentou aproximadamente 55% de áreas não vegetadas 45% de vegetação parque e menos de 5% de vegetação arbórea, enquanto na imagem LISS apresentou respectivamente 15%, 75%, e mais de 5% para as classes. Já São Miguel Paulista em relação à imagem ALOS apresentou os seguintes dados: 85% de área não vegetada, 13% de vegetação parque e 2% de vegetação arbórea, enquanto na imagem LISS apresentou respectivamente 65%, 30% e 5%. Os resultados mostram uma diferença em relação aos dados que cada imagem pode fornecer. Uma resolução média como a da imagem LISS mostra‐se inadequada para escalas de trabalho de maior detalhe em áreas urbanas pela generalização das informações dos alvos nos pixels, enquanto uma imagem de alta resolução como a ALOS se mostra mais adequada por possibilitar uma maior precisão dos resultados. 

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PT.102  DETERMINAÇÃO DA FRAGILIDADE POTENCIAL DA PAISAGEM COM BASE NA APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE CONCENTRAÇÃO DE RUGOSIDADE TOPOGRÁFICA (ICR). DOS SANTOS RM1, SANTOS JE1, MOSCHINI LE1, TREVISAN DP2, Lopes LE1 ‐ 1Universidade Federal de São Carlos ‐ Departamento de Ciências Ambientais, 2Universidade Federal de São Carlos ‐ Curso de Bacharelado em Gestão e Análise Ambiental As intervenções antrópicas têm alterado consideravelmente a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas globais, simplificando e reduzindo a resistência intrínseca dos mesmos em relação às mudanças. Nesta perspectiva o planejamento territorial tem o compromisso de analisar a dinâmica destas mudanças, com a proposta de minimizar estes impactos sobre os ecossistemas naturais, considerando as potencialidades dos seus recursos ambientais e, sobretudo, suas fragilidades perante as diferentes ações antrópicas. A abordagem geomorfológica constitui uma ferramenta fundamental ao planejamento territorial na elaboração de prognósticos ambientais relacionados à fragilidade ambiental dos ecossistemas. O presente trabalho teve como objetivo a aplicação do Índice de Concentração de Rugosidade Topográfica (ICR) para avaliar a fragilidade potencial, com relação ás áreas potencialmente instáveis, da APA Corumbataí‐Botucatu‐Tejupá (perímetro Corumbataí), localizada na região centro‐oeste do estado de São Paulo, Brasil. Os valores do ICR foram obtidos com base nos aspectos morfométricos (hipsometria, sombreamento do relevo e clinografia) da área de estudo, utilizando imagens ASTER (Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer), cartas topográficas (1:50.000) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com auxilio dos softwares ArcGis 10, IDRISI 15 e MAPINFO 10. O ICR apresentou alta correlação com a declividade e a amplitude altimétrica. Quantitativamente, os valores de rugosidade topográfica demonstrados indicaram que 66% da área de estudo apresenta uma condição Fraca e Muito Fraca de rugosidade; 24% apresenta uma condição Média de rugosidade e apenas 11% a condição Forte e Muito Forte de rugosidade. Estes valores indicam que a APA Corumbataí‐Botucatu‐Tejupá tem a maior predominância de áreas pouco onduladas, caracterizadas por baixas amplitudes altimétricas e declividades pouco acentuadas. Em contraposição, as áreas com valores de ICR categorizados como Forte ou Muito forte, apresentam‐se potencialmente instáveis, restritas as condições de maior amplitude altimétrica e declividade mais acentuada, representadas pelas Cuestas Basálticas e “morros testemunhos”, formações estruturais características desta área de estudo. A aplicação do ICR permite evidenciar que a paisagem da APA possui uma baixa fragilidade potencial, com relação aos fatores morfométricos. A aplicação do ICR representa um importante instrumento indicativo da susceptibilidade potencial do sistema físico‐ambiental, de modo a subsidiar o (re)ordenamento adequado das áreas indicativas de maior e/ou menor fragilidade potencial do relevo, bem como uma ferramenta extremamente útil à implantação de políticas públicas de planejamento e gestão territorial. Agência Financiadora: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP (Proc.:2011/07429‐7) 

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PT.103   ESTADO DA ARTE DA PESQUISA EM ECOLOGIA DE PAISAGEM. ESTUDO DE CASO: LAPA/UFSCAR (1986 – 2012)  Fushita AT1, Scariot EC1, Bataghin FA1, SANTOS JE1 ‐ 1Universidade Federal de São Carlos ‐ Departamento de Ciências Ambientais Com os constantes avanços das técnicas e equipamentos que dão suporte às análises em Ecologia de Paisagem, esta ciência vem apresentando um dinamismo próprio em abordagens, métodos e temáticas. Considerando a existência de diversas interpretações sobre o seu conceito, foi elaborado o estado da arte da pesquisa em Ecologia de Paisagem, no período entre 1986 – 2012, tendo como estudo de caso o LAPA/UFSCar. Foram identificadas e analisadas publicações acadêmicas em Ecologia da Paisagem de pesquisadores vinculados ao LAPA/UFSCar, excetuando aquelas relacionadas a resumos em anais de congressos e trabalhos de outra natureza. O total de publicação foi classificado: quanto à abrangência temática proposta por Wiens (1992) e a por Pivello e Metzger (2007); quanto à abordagem metodológica proposta por Wiens (1992), e quanto à técnica de análise de dados proposta por Pivello e Metzger (2007). Foi elaborado um banco de dados georreferenciados com a abrangência geográfica nacional do total de publicação. Entre 1986 e 2012 foram produzidos 19 livros, 79 capítulos de livros, 52 teses, 26 dissertações, 59 trabalhos de conclusão de curso e/ou de iniciação científica, 49 artigos em periódicos científicos, 58 trabalhos completos e 25 resumos expandidos em anais de eventos. O primeiro artigo científico foi publicado em 1986, abordando fluxos de materiais e energia em ecossistemas, relacionados com padrões e processos na paisagem. As temáticas predominantes baseadas na proposta de Wiens (1992) foram relacionadas com descrição de padrões espaciais (46%) e fluxos de organismos, matéria ou energia (37%); na proposta de Pivello e Metzger (2007) foram relacionadas com padrões espaciais e processos ecológicos (35%) e com planejamento ambiental (23%). Quanto à abordagem metodológica proposta por Wiens (1992) 40% dos trabalhos utilizaram SIG e 24% foram descritivos. Quanto à técnica de análise proposta por Pivello e Metzger (2007) 47% das publicações envolveram dados qualitativos e 40% quantitativos sem utilização de métricas da paisagem. A abrangência geográfica nacional do total de publicações incluiu as unidades federativas brasileiras: SP, MG, PR, SC, RS, MS, GO, MT, RO, AC, TO, BA, MA, CE e AL. Até 2000 as publicações estão predominantemente associadas com a descrição e análise qualitativa da paisagem, característica do enfoque geográfico da Ecologia de Paisagem. A partir de 2001, ampliaram‐se a temática, a abordagem e a técnica de análise, incluindo aspectos funcionais da paisagem, planejamento ambiental, relações entre padrões espaciais e processos ecossistêmicos, demonstrando a tendência à integração dos enfoques geográfico e ecológico na Ecologia de Paisagem. 

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PT.104   ANÁLISE DA PAISAGEM VISANDO A RESTAURAÇÃO POR CORREDORES ECOLÓGICOS SAITO NS1, MOREIRA MA1, SANTOS AR2 ‐ 1INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS ‐ DIVISÃO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 2UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO ‐ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS/DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL Vários indicadores contribuem para a melhor compreensão dos padrões e comportamento da paisagem ao longo do tempo. Dessa forma, objetivou‐se com este trabalho obter um diagnóstico multitemporal e uma análise da conectividade estrutural da paisagem fragmentada do entorno da Reserva Particular do Patrimônio Nacional de Cafundó, no Espírito Santo, visando a restauração por meio de corredores ecológicos. Foram utilizadas fotografias aéreas dos anos de 1970 e 2007 para realização do mapeamento de uso e cobertura da terra, detecção de mudanças e análise de métricas da paisagem. A descrição quantitativa da estrutura da paisagem foi realizada com o plugin GeoDMA, tendo por base os mapas temáticos de cobertura da terra. Aplicou‐se também o método Analytical Hierarquical Process para definição de pesos e custos para a geração de corredores ecológicos interligando seis fragmentos na área de estudo com a Unidade de Conservação. As análises demonstraram que a evolução da degradação ambiental pode ser verificada com o aumento do número de polígonos, de 704 para 1264, bem como da área de algumas classes, como solo exposto, que passou de 0,5 km² para 3,1 km² entre os anos analisados. A distância média dos polígonos em relação à Unidade de Conservação passou de 2,06 Km para 2,12 Km, demonstrando um avanço em direção às extremidades da área. Os remanescentes florestais menores que 1 ha representaram cerca de 49% dos polígonos dessa classe em 1970 e cerca de 65% em 2007, ou seja, houve um aumento da fragmentação reduzindo a área dos polígonos. A degradação da área também foi confirmada com as métricas perímetro/área e índice de forma que indicaram polígonos mais irregulares, exceto para as classes pastagem e agricultura. A regularidade dos polígonos da classe agricultura pode estar relacionada com os plantios que normalmente são realizados em forma de talhões regulares para facilitar a mecanização e da classe pastagem por essa representar a matriz, com cerca de 60% da área total. A cobertura florestal representou apenas 20% da área total justificativa para implantação dos corredores, onde priorizaram áreas que já possuíam fragmentos para minimizar os custos de implantação e para aproveitá‐los como Stepping Stones acelerando o processo de restauração. Diante disso, ao longo dos 37 anos foi observada, por meio da ecologia da paisagem, uma grande transformação da área de estudo, o que confirma a necessidade da aplicação de políticas voltadas à restauração e a importância desses estudos para análise das condições da paisagem. 

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PT.105  PADRÕES ESPACIAIS DA CAÇA NO RIO UNINI ‐ AMAZONAS: SUBSÍDIOS PARA A GESTÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS E CONSERVAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS Moreira MP1, Iwanaga S1, Borges SH1, Saldanha F1 ‐ 1Fundação Vitória Amazônica ‐ Programa de Conhecimento e Conservação A caça de subsistência é uma prática comum entre as populações tradicionais da Amazônia, fornecendo uma importante fonte alimentar de proteína animal. Porém, pouco se sabe se a atividade está comprometendo a conservação das espécies caçadas. O monitoramento do uso dos recursos naturais pelas comunidades tradicionais como ferramenta de diagnóstico associado às ferramentas de SIG, pode gerar de forma rápida e eficaz, informações georeferenciadas sobre a prática da caça. O principal objetivo deste trabalho foi espacializar temporalmente os dados de caça de mamíferos abatidos das famílias residentes na bacia do rio Unini, Amazônia Central, obtidos pelo Sistema de Monitoramento Participativo do Uso de Recursos Naturais no Rio Unini (SM). Aproximadamente 170 famílias residem na bacia do rio Unini, distribuídas em 10 comunidades localizadas dentro dos limites de três unidades de conservação (uma de proteção integral e duas de uso sustentável). Os dados de caça utilizados são baseados em declarações familiares, coletadas por meio da aplicação periódica de protocolo específico. O estudo apresenta resultados de três anos de monitoramento (julho de 2008 a junho de 2011). Neste período, foram registrados 2.466 indivíduos abatidos em atividades de caça (considerando somente mamíferos). Entre os mamíferos, as quatro espécies mais abatidas foram Tayassu pecari (queixada, 873/35%), Cuniculus paca (paca, 453/18%), Dasyprocta fuliginosa (cutia, 316/13%) e Tapirus terrestris (anta, 226/9%), que juntas responderam por 75% do total de indivíduos abatidos. Cerca de 49% (1.210) do total de indivíduos foram abatidos na unidade de proteção integral e 51% (1.254) nas unidades de uso sustentável. O aumento anual no número médio de indivíduos abatidos/família/ano foi observado para queixadas em algumas comunidades. Grande parte dos indivíduos (1.900/~80%) foi abatida no raio de 10 km das comunidades. A distância média linear total comunidade‐local de caça, diminuiu ao longo dos três anos em 70% das comunidades. A soma das distâncias aos locais de caça foram maiores nos meses de maio, junho, julho e agosto. A distância média percorrida para os locais de caça foi de 8,8 km para antas, 6,4 km para pacas, 5,9 km para queixadas, 5,0 km para cutias e 3,6 km para veados (Mazama spp.). Em geral, os resultados desta análise identificaram alguns padrões e tendências do uso da caça de subsistência pelas comunidades da bacia do rio Unini, que serão úteis para subsidiar a gestão e tomadas de decisões para conservação e uso sustentável de recursos naturais nas unidades de conservação da região. 

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PT.106   Dados de sensoriamento remoto para identificar áreas disponíveis para ICMS ecológico no Estado de São Paulo  Schultz B1, Bertani G1, Santos JS1, Formaggio AR1 ‐ 1INPE ‐ Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ‐ Divisão de Sensoriamento Remoto  As unidades de conservação são espaços protegidos, que, por seus insubstituíveis serviços ambientais, devem ser mantidos visando ampliar as possibilidades de sustentabilidade. Contudo, municípios podem considerá‐los como impecilhos à geração de recursos fiscais para sua sobrevivência. Desta forma, foi proposto o ICMS‐Ecológico, como forma de pagamento por serviços ambientais prestados pelas unidades de conservação. Assim, as áreas verdes em ambientes urbanos, exceto as áreas classificadas como Áreas de Preservação Permanente (APPs), podem ser consideradas fontes de ICMS ecológico (ICMSE), devido aos serviços ecossistêmicos que oferecem, sendo também um meio de lazer à população local e servindo de habitat para pequenas espécies. Neste contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a porcentagem de remanescentes florestais presentes nos municípios de Ribeirão Preto, São José dos Campos e Campinas, disponíveis para ICMSE. Para isso, foram utilizados dados de sensoriamento remoto, como imagens do sensor Thematic Mapper do satélite Landsat 5, das datas de 15/08 a 29/08 de 2010 para obter um mapa temático do uso e cobertura da terra. O mapa temático foi gerado a partir da classificação não supervisionada Battacharya, sendo definidos quatro tipos de uso e cobertura da terra: solo exposto, agricultura, vegetação remanescente e área urbana. Para quantificar as APPs foram considerados os dados de hidrografia dos municípios e gerados automaticamente mapas de distância em SIG, considerando 30 metros a partir do leito regular dos cursos d'água. Na sequência foi calculada, dentro do perímetro urbano, a porcentagem de área verde presente exceto as áreas classificadas como APPs. O município de Ribeirão Preto, que tem como principal matriz agrícola a área de cana‐de‐açúcar, possui 3 % de áreas verdes no perímetro urbano, com R$ 92.000,00 de ICMSE repassado em 2010. O município de Campinas tem 9% de áreas verdes e arrecadou R$ 150.000,00 de ICMS ecológico, enquanto que, o município de São José dos Campos possui 4,5 % de áreas verdes e nenhum registro de ICMSE arrecadado. As informações obtidas a partir de dados de sensoriamento remoto comprovam‐se como  eficientes meios na fiscalização das APPs e na quantificação das áreas disponíveis para ICMSE,  mas também servem como importantes meios para o desempenho de políticas que incentivem a manutenção das áreas verdes, devido aos serviços ecossistêmicos oferecidos e como uma alternativa de renda extra aos municípios que, quando bem utilizada, pode contribuir para o aumento da qualidade de vida e bem estar da população.   Orgão financiador: CNPQ 

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PT.107   ANALISE DA PAISAGEM EM ASSENTAMENTOS RURAIS DE SERGIPE COMO ESTRATÉGIA PARA CONSERVAÇÃO FLORESTAL  PEREIRA RF1,2, SANTOS FMS2, SANTOS F2, PRADO MVP2 ‐ 1UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ‐ LABORATORIO DE BIOLOGIA MOLECULAR, 2IBES ‐ REDE BIODIVERSIDADE BRASIL/FRUTOS DA FLORESTA  Os ambientes naturais têm sido modificados pelo homem com fins de criar condições ditas adequadas para o desenvolvimento social e econômico do país, fortalecendo a visão antroprocentrica em relação à gestão dos ecossistemas. Essa ação tem como resultado a formação de fragmentos florestais isolados, os quais acabam por perder sua capacidade de manter populações biologicamente viáveis, ameaçando de forma direta a manutenção da biodiversidade. Embora a legislação brasileira seja uma das melhores em termos de conservação, proteção e gestão ambiental a sua efetividade no contexto de respeito às leis é uma das falhas e o resultado é uma matriz ambiental fragmentada, entre áreas naturais, agrícolas e humanas. Frente a essa visão política, onde o foco prioritário é o desenvolvimento social, comunidades rurais em especial assentamentos rurais são áreas potenciais à conservação das florestas. O objetivo desse trabalho foi avaliar a situação de assentamos rurais em termos de remanescentes florestais, a ocupação produtiva dos lotes agrícolas avaliando sua potencialidade na conservação dos ambientes florestais. A metodologia utilizada foram imagens satélites, visitas in loco aos assentamentos, georreferenciamento das áreas, entrevistas com moradores e analise de utilização via matriz de impacto causa e efeito. Foram analisados 07 assentamentos rurais totalizando 6520 hectares dessa área cerca de 2086,40 ha estão em florestas naturais, sendo que termos gerais 13% se encontram em estádio sucessional mais  avançado. Dos lotes agrícola apenas 30% são utilizados pelos assentados de forma produtiva, o restante não é utilizado ou quando cultivado ocupam no maximo  60% dos lotes. Ainda, as áreas naturais são utilizadas pela comunidade para caça de animais ou catação de madeira com fins energético. A exploração das florestas ocorrem tanto pelos assentados como por comunidades vizinhas. Analisando mapas e imagens observa‐se que todos os assentamentos possuem áreas ciliares degradadas e a legislação no contexto de mata ciliar vem sendo respeitada pelos assentados. Com base nos resultados obtidos o projeto Frutos da Floresta, conclui que os assentamentos rurais são unidades ecológicas e adequadas para construção de modelos de corredores ecológicos socioambientais devido a proximidade entre deles, a baixa taxa de ocupação produtiva dos lotes que permite a formação de florestas produtivas, com fins de suprir as populações em  madeira, reduzindo a pressão sobre os ambientes florestais. Esse modelo de gestão ecológica já vem sendo estruturada em 04 assentamentos. O Projeto Frutos da Floresta é financiado pelo programa Petrobras Ambiental, sob gestão do ICODERUS e executado técnicamente  pela Rede Biodiversidade Brasil (IBES). 

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PT.108   DANOS CAUSADOS PELO RISCO DE QUEDA DAS ÁRVORES NAS CIDADES  Silva LF1, Carvalho AA1, Lima AP1 ‐ 1UFRPE/UAST ‐ Unidade Acadêmica de Serra Talhada A grande preocupação mundial com as questões ambientais aumenta a cada dia, principalmente em relação às mudanças climáticas. A mídia reporta para o aquecimento global, enquanto que pesquisadores discutem se realmente acontecerá ou se já é fato real. Entretanto, o que se constata são eventos extremos com intensidades de chuvas e secas pontuais em várias regiões do Brasil. As chuvas intensas provocam transtornos, principalmente nas cidades, onde habita maior contingente de pessoas. Desta forma, o assunto é preocupante, pois muitas pessoas são levadas pela enxurrada ou soterradas pelo solo encharcado. Nesse sentido, a arborização urbana torna um fator fundamental para amenizar esse problema, principalmente no manejo adequado oferecido às árvores para que possam suportar essa intempérie. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar visualmente o risco de queda das árvores plantadas na cidade de Serra Talhada/PE. Para esse fim, a planilha de campo constava o local, a espécie arbórea, as avaliações do risco de queda (alto e médio) e as pragas. Foram observados 2.526 indivíduos distribuídos em três bairros da cidade, com médio (3,4%) e alto (1,9%) risco de queda, o que pode apresentar baixa incidência com acidentes por causa da chuva, além de ser o local com índice pluviométrico em torno de 700mm. A espécie Ficus benjamina L. apresentou alto índice de queda (47,92%), seguida de Senna siamea (Lam.) Irwin & Barneby (20,83%) e Azadirachta indica A. Juss (14,58%). Para o risco médio de queda, também foram às mesmas espécies pelo fato de serem as de maior frequência. O Ficus benjamina é uma espécie não recomendada para arborização viária por apresentar raízes agressivas, que danificam tubulações e encanamentos. A prática do plantio em manilhas é muito comum nessa espécie pelas pessoas, porém elas desconhecem que a maior porcentagem das raízes concentra na superfície e, quando ocorrem ventos de alta intensidade, podem cair pela falta de sustentação que a manilha oferece. As três espécies apresentaram túneis de cupim (20,83%), o que comprova que a árvore está oca por dentro, pois os cupins já atuaram no interior e deixaram os túneis no caule. Desta forma, torna‐se risco quando os ventos e as chuvas forem com alta intensidade. A quantidade de broca (10,42%) encontrada foi mínima, mas é necessário controle com algum inseticida menos agressivo ao Homem, pois nas cidades é proibido. Portanto, a arborização urbana requer manejo adequado, pois quando mal planejada, as árvores podem causar danos econômicos irreparáveis às pessoas. 

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PT.109  DINÂMICA DA COBERTURA ARBÓREA‐ARBUSTIVA EM BAIRROS DE INTERESSE SOCIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS ENTRE 1998 E 2011 Viana SM1, Fushita AT2, Santos JE2, Silva Filho DF3 ‐ 1ESALQ ‐ USP ‐ Departamento de Ciências Florestais, 2Universidade Federal de São Carlos ‐ Departamento de Ciências Ambientais, 3ESALQ ‐USP ‐ Departamento de Ciências Florestais Estima‐se que atualmente mais de 80% da população brasileira vive em áreas urbanizadas. Muitas delas com graves problemas ambientais advindos da ocupação desordenada dos espaços e a falta de um planejamento baseado nos princípios ecológicos. Considerando as cidades como complexos sistemas heterotróficos, buscar uma compreensão deste espaço é uma tarefa desafiadora e urgente na construção de novos paradigmas de planejamento e uso da terra. Dentro deste contexto, esta pesquisa comparou a cobertura arbustivo arbórea entre 1998 e 2011 em relação à urbanização de três grandes bairros da região periférica sul do município de São Carlos. As informações sobre a cobertura arbórea foram obtidas por meio da vetorização manual de fotografias aéreas de 1998 e de uma imagem de satélite ortorretificada WorldView 2, coletada em 2011. A cobertura arbustivo arbórea total da área estudada passou de 260,04 ha (44,44%) em 1998 para 149,88 ha (25,61%) em 2011. O Jardim Social Presidente Collor, que já era o bairro menos arborizado em 1998, ainda sofreu a maior redução, de 11,2% para 1,87% em 2011, comparado com os demais. O Loteamento de Interesse Social Cidade Aracy foi o que teve maior porcentagem de substituição da cobertura arbórea (21,05%). E em comparação com os outros bairros onde a ocupação urbana está consolidada, também foi onde ocorreu a maior redução (27,92%) da cobertura das áreas com remanescentes de vegetação nativa e sem ocupação. Este fato é de alta relevância por se tratar de um dos últimos remanescentes de cerrado dentro do perímetro urbano do município de São Carlos, por ser uma região declivosa, com solos de alta fragilidade à erosão, além de englobar áreas de preservação permanente do Córrego da Água Quente. Esses bairros, classificados como de baixa renda, já apresentavam em 1998 uma arborização deficitária e todos tiveram redução em área ocupada no intervalo estudado. Concluímos que é necessária a continuidade de estudos que tratem de levantamentos mais detalhados de áreas potenciais para o incremento da vegetação, tanto em áreas efetivamente urbanizadas, com destaque para a arborização viária, nos parques e praças, quintais, tanto quanto nas áreas de proteção ambiental e nos remanescentes de vegetação nativa. A ocupação desordenada dessa região demonstra a importância de associar estudos da paisagem e o planejamento, com base em pressupostos ecológicos, com vistas na manutenção das funções e serviços ecossistêmicos, garantindo a qualidade ambiental das áreas urbanas.  Entidades financiadoras: FAPESP (processo 2010/09400‐3) e CAPES  

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PT.110   Investigação de Áreas Prioritárias para a Recuperação Através da Análise Estrutural da Paisagem>  Gaspareto TC1, Barbiere PPG1 ‐ 1Universidade de São Paulo ‐ Departamento de Geografia O histórico de ocupação interior do estado de São Paulo gerou uma paisagem com a cobertura vegetal remanescente extremamente fragmentada e com baixos índices de conectividade. Ações de restauração dessas florestas, principalmente das matas ciliares, são apontadas como fundamentais para o restabelecimento destas conexões entre os fragmentos florestais.  Este trabalho tem como objetivo identificar Áreas de Preservação Permanente (APP) hídricas estratégicas para ações de restauração florestal dentro da Unidade de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (UGRHI) do Mogi‐Guaçu, visando o restabelecimento da conectividade da vegetação.  As bases para a elaboração desse estudo foram as cartas topográficas IBGE 1:50.000 e o Inventário Florestal do Estado de São Paulo 2010. A partir da base topográfica, foram delimitadas as Áreas de Proteção Permanente de 30m das margens dos rios e 50m das nascentes. O Inventário foi utilizado para a análise espacial da classe vegetação. Da combinação entre as informações, foram identificadas as APPs que não possuem cobertura vegetal, foco do estudo.  A área de estudo fora subdividida em unidades menores, por meio grade de hexágonos, onde calculou‐se a proporção de habitat que aliado a Teoria dos Limiares e a identificação de possíveis áreas fontes proporcionou a identificação de áreas potencialmente com níveis intermediários de resiliência e propícias para ações de restauração. A partir da escolha de uma destas áreas focais foram desenvolvidas análises específicas de conectividade para identificar as Áreas de Preservação Permanente hídricas estratégicas para restauração e o aumento da conectividade.  O resultado do estudo aponta de forma cartográfica, quais são a áreas de preservação permanente hídricas estratégicas para o aumento da conectividade, baseado no contexto da paisagem. Avaliando cenários de restauração nos pontos indicados, nota‐se sensível incremento tanto em área, quanto em porcentagem de vegetação e na potencial conectividade da paisagem alvo.  Embora seja consenso entre a comunidade científica a importância da restauração de APPs hídricas, sabemos que as ações necessitam de critérios e prioridades para o seu estabelecimento devido a limitação de recursos. Entendemos que este estudo tem o papel de construir a discussão sobre a orientação dessas ações baseada em critérios espaciais e ecológicos. 

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PT.111  PROPOSTAS DE MITIGAÇÃO PARA MINIMIZAR A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL ASSOCIADA À INSTALAÇÃO DO COMPLEXO INDUSTRIAL‐PORTUÁRIO DO AÇU EM SÃO JOÃO DA BARRA, RJ LEITE VR1, PEDLOWSKI MA2, REZENDE CE3 ‐ 1Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro ‐ Laboratório de Estudos do Espaço Antrópico, Doutorando em Ecologia e Recursos Naturais, 2Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro ‐ Laboratório de Estudos do Espaço Antrópico, Professor Associado, 

3Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro ‐ Laboratório 

de Ciências Ambientais, Professor Titular Diferentes estudos têm destacado uma alta biodiversidade associada às restingas existentes no território fluminense. No município de São João da Barra, a supressão deste ecossistema se tornou mais evidente desde o ano de 2007, devido ao início do processo de instalação do Complexo Industrial‐Portuário do Açu (CPIA). Num esforço de mitigação foi prevista a criação de três unidades de conservação (UCs) no entorno deste empreendimento industrial. O objetivo deste estudo foi verificar a ocorrência de impactos antrópicos que possam dificultar a implantação e manutenção destas áreas protegidas. A metodologia utilizada consistiu de um mapeamento da cobertura vegetal e dos usos da terra no interior do Parque Estadual da Lagoa do Açu, e em um trecho de interligação lagunar‐terrestre na Área de Proteção Ambiental do Complexo Lagunar de Grussaí. Os principais usos da terra mapeados foram loteamentos urbanos, estradas, pastagens, cultivos agrícolas e canais de drenagem. A ocorrência destes usos no interior do Parque Estadual indica uma influência direta sobre as comunidades vegetais da restinga, como é o caso da Formação Florestal, Formação de Clusia e Brejo Herbáceo. Esta situação ocorre devido ao fato de estas estarem sendo impactadas pela extração de recursos vegetais e pela alteração na dinâmica hídrica devido à construção de canais. A análise da paisagem no trecho compreendido na APA de Grussaí indicou a supressão da vegetação ciliar, e uma impossibilidade para a mobilidade da fauna devido à presença de estrada pavimentada, pastagens e atividades industriais. O fato do shape desta unidade incluir uma faixa estreita (300 metros) resulta numa interferência no fluxo da fauna entre o ambiente terrestre e o aquático, já que muitas espécies utilizam os recursos hídricos para alimentação e reprodução. A atual forma das UCs indica um processo superficial de planejamento, o que é demonstrado por fragilidades existentes nos limites administrativos propostos. Esta situação sugere a necessidade da realização de um mapeamento e do ordenamento do uso da terra, para possibilitar uma maior sustentabilidade no uso dos recursos naturais.  Uma possibilidade de melhoria no plano de manejo das UCs seria a implantação de corredores ecológicos, que incorporassem o uso de cercas‐vivas para melhor a delimitação física. Outra possibilidade seria a recomposição da vegetação nativa a partir do resgate de flora e produção de mudas da restinga. A ausência destas medidas sugeridas deverá dificultar a redução do nível vulnerabilidade ambiental causada pela implantação das unidades industriais previstas para o CPIA. 

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PT.112  ÁREAS DE CONFLITO ENTRE MINERAÇÃO DE FERRO E PRESERVAÇÃO DE FANERÓGAMAS RARAS NO BRASIL Campos IC1, Carmo FF1, Jacobi CM1 ‐ 1Universidade Federal de Minas Gerais ‐ Laboratório de Interação Animal‐Planta ‐ [email protected]  Ecossistemas metalíferos abrigam uma grande diversidade de espécies vegetais e são alvos da ação de mineradoras. Devido às grandes reservas disponíveis e ao seu alto valor comercial no mercado internacional, o minério de ferro sofre intensa exploração no Brasil. Os distúrbios causados pela mineração modificam a paisagem, comprometem o ecossistema e podem acarretar perda da diversidade florística local em um curto prazo. No presente estudo, avaliou‐se a ameaça que as atividades de mineração de ferro representam para a flora e a eficiência do Sistema Nacional de Unidades de Conservação na proteção dos ecossistemas ferruginosos. Para isto, realizou‐se a compilação de informações de bancos de dados nacionais em ambiente SIG, onde foram mapeadas e mensuradas as áreas de distribuição de fanerógamas raras (as chamadas Áreas‐Chave para a Biodiversidade) que se sobrepõem a regiões de exploração de ferro no Brasil. Foram encontradas 43 Áreas‐Chave para a Biodiversidade de fanerógamas ocupadas por títulos minerários de ferro, distribuídas nos estados do Pará (Serra dos Carajás), Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero e Norte do Estado) e Mato Grosso do Sul (Morro do Urucum). Apesar da área ocupada por jazidas de ferro corresponder a menos de 2% do total das Áreas‐Chave apontadas nesse estudo, 160 espécies, distribuídas em 44 famílias, (7% das espécies raras listadas para o Brasil) foram encontradas nos municípios alvo da exploração mineral. Em contrapartida, apenas duas Unidades de Conservação de Proteção Integral, localizadas em Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero), abrangem regiões de interesse para a mineração de ferro no Brasil. Esta realidade reflete as disparidades entre o crescente interesse econômico e as escassas medidas para a conservação destes ambientes. A exploração de recursos minerais ao longo de Áreas‐Chave para a Biodiversidade representa uma ameaça à sobrevivência de populações de espécies raras, tornando a conservação de ambientes ferruginosos uma necessidade real e urgente. 

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PT.113   ANÁLISE DA PAISAGEM DE DUAS PROPRIEDADES AGRÍCOLAS FAMILIARES EM TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA  ZARNOTT DH1, SÓRIA M2, BARTELS GK3, TAVARES VEQ3, TIMM LC3 ‐ 1Universidade Federal de Pelotas ‐ Programa de Pós‐Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar, 2Universidade Federal de Pelotas ‐ Programa de Pós‐Graduação em Manejo e Conservação do Solo e da Água, 

3Universidade 

Federal de Pelotas ‐ Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel  A discussão sobre a importância da agricultura familiar tem ganhado relevância nos últimos anos, impulsionada pelo debate sobre o desenvolvimento sustentável. Muitos agricultores familiares têm modificado suas práticas de maneira a torná‐las mais ecológicas, introduzindo‐se em um processo de transição agroecológica.  A pesquisa foi realizada em duas propriedades familiares, localizadas no estado do Rio Grande do Sul, no município de Morro Redondo, inseridas na Rede de Referência para Transição Agroecológica. O Objetivo deste trabalho foi analisar a paisagem de duas propriedades e a sua relevância para a preservação dos recursos naturais. Foram realizadas saídas de campo na propriedade tendo assim contato com as famílias e a verificação das áreas. Logo após com ajuda de ferramentas do geoprocessamento foram construídos mapas de uso da terra dessas propriedades dividindo‐se em classes: campo, mata nativa, produção vegetal, recursos hídricos, solo exposto e construções. Verificou‐se que as duas áreas estudadas caracterizam‐se pela família que nesse e desse espaço constroem suas vidas produzindo alimentos, criando animais, tornando daquela área, sua produção e sobrevivência. A agroecologia tem em seus princípios a relação entre o homem e a natureza levando em conta aspectos sociais, econômicos e ecológicos. A paisagem da propriedade familiar “A” é composta por uma diversidade dos elementos. Através do manejo e produção ecológica a família compromete‐se a melhorar a qualidade de seus produtos e conservar o meio contribuindo para a biodiversidade do local. Já a propriedade “B”, possui menor diversidade dentro de sua área, apresenta maiores dificuldades em termos de sustentabilidade econômica e ambiental. Para os agricultores que se sustentam da terra, a paisagem é utilizada também para indicar condições favoráveis ou não para suas atividades, existindo dessa forma, uma relação de benefício entre a paisagem e a família que dela depende. 

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PT.114   ANÁLISE DA PAISAGEM: SUBSÍDIO PARA CONSERVAÇÃO E PLANEJAMENTO TERRITORIAL DA SUB‐BACIA ZUTIUA, BACIA PINDARÉ, MARANHÃO, BRASIL.  Brito MPL1, Barreto LN2, Ribeiro MC3, Brito FL1 ‐ 1Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão ‐ Campus CH, 2Universidade Federal do Maranhão ‐ Depto de Oceanografia e Limnologia, 3UNESP‐Rio Claro ‐ Depto Ecologia Um planejamento ambiental eficaz depende da identificação dos fatores de degradação e dos padrões de fragmentação e conservação aos quais os habitats estão sujeitos. Esta pesquisa analisou a estrutura da paisagem para dar subsídios para o planejamento territorial e estratégias de conservação para a sub‐bacia hidrográfica do rio Zutiua, bacia do Pindaré, MA. A área possui 12 mil ha, é formada por um mosaico de floresta ombrófila, vegetação secundária e pecuária bovina. Utilizou‐se análise em multi‐escala, considerou‐se hexágonos de 10.000 como a unidade de escala local e como regional, acrescentou‐se as células de entorno da unidade de análise, totalizando uma área de 50.000 ha. Os hexágonos foram analisados quanto a cobertura de vegetação nativa, cobertura de florestas, integridade dos habitat e foram sugeridas estratégias conforme a porcentagem de vegetação nativa nas escalas local regional. A sub‐bacia do Zutiua encontra‐se em estado crítico de fragmentação, com aproximadamente 60% da cobertura vegetal nativa menor que 10%, apontando para urgente  implementação de manejo em escala local e global. De acordo com as porcentagens de cobertura em ambas escalas determinamos estratégias: para valores menores que 25% sugeriu‐se aplicação da legislação vigente; de 25 a 100% e regional menores que 10%, valores locais entre 80 e 100% e regional de 0 a 50%, e valores locais de 25 a 50% e regionais de 25 a 50%  sugeriu‐se o manejo a nível regional;  locais entre 25 e 80% e regionais de 0 a 25% e locais de 0 a 25 e regionais de 25 a 50% sugeriu‐se o manejo regional e local; para local entre 0 e 50% e regionais de 50 a 100% sugeriu‐se o manejo local e áreas com cobertura local variando de 50 a 100% e regionais entre 50 a 100%  classificou‐se como áreas prioritárias à conservação, grande parte da área prioritária está dentro dos limites da T. I. Araribóia. Dessa forma, faz‐se necessária a demarcação legal da área indígena para garantia dos direitos das populações indígenas, diminuição de conflitos e manejo sustentável dos recursos locais. Esta região representa a maior porção contínua de vegetação nativa na sub‐bacia e representa provavelmente o maior refúgio da vida silvestre , assim como pode representar grande influência no clima a nível local. A avaliação em multi‐escala mostrou que pode‐se apontar diferenças estratégicas de conservação quando se amplia a dimensão da análise e os resultados puderam dar base para futuras medidas de conservação na área de estudo.Um planejamento ambiental eficaz depende da identificação dos fatores de degradação e dos padrões de fragmentação e conservação aos quais os habitats estão sujeitos. Esta pesquisa analisou a estrutura da paisagem para dar subsídios para o planejamento territorial e estratégias de conservação para a sub‐bacia hidrográfica do rio Zutiua, bacia do Pindaré, MA. A área possui 12 mil ha, é formada por um mosaico de floresta ombrófila, vegetação secundária e pecuária bovina. Utilizou‐se análise em multi‐escala, considerou‐se hexágonos de 10.000 como a unidade de escala local e como regional, acrescentou‐se as células de entorno da unidade de análise, totalizando uma área de 50.000 ha. Os hexágonos foram analisados quanto a cobertura de vegetação nativa, cobertura de florestas, integridade dos habitat e foram sugeridas estratégias conforme a porcentagem de vegetação nativa nas escalas local regional. A sub‐bacia do Zutiua encontra‐se em estado crítico de fragmentação, com aproximadamente 60% da cobertura vegetal nativa menor que 10%, apontando para urgente  implementação de manejo em escala local e global. De acordo com as porcentagens de cobertura em ambas escalas determinamos estratégias: para valores menores que 25% sugeriu‐se aplicação da legislação vigente; de 25 a 100% e regional menores que 10%, valores locais entre 80 e 100% e regional de 0 a 50%, e valores locais de 25 a 50% e regionais de 25 a 50%  sugeriu‐se o manejo a nível regional;  locais entre 25 e 80% e regionais de 0 a 25% e locais de 0 a 25 e regionais de 25 a 50% sugeriu‐se o manejo regional e local; para local entre 0 e 50% e regionais de 50 a 100% sugeriu‐se o manejo local e áreas com cobertura local variando de 50 a 100% e regionais entre 50 a 100%  classificou‐se como áreas prioritárias à conservação, grande parte da área prioritária está dentro dos limites da T. I. Araribóia. Dessa forma, faz‐se necessária a demarcação legal da área indígena para garantia dos direitos das populações indígenas, diminuição de conflitos e manejo sustentável dos recursos locais. Esta região representa a maior porção contínua de vegetação nativa na sub‐bacia e representa provavelmente o maior refúgio da vida silvestre , assim como pode representar grande influência no clima a nível local. A avaliação em multi‐escala mostrou que pode‐se apontar diferenças estratégicas de conservação quando 

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se amplia a dimensão da análise e os resultados puderam dar base para futuras medidas de conservação na área de estudo. 

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PT.115   PRIORIZAÇÃO DE ÁREAS PARA CONSERVAÇÃO NO MUNICÍPIO DE SOROCABA  Mello K1, Coelho JC1, Cardoso‐Leite E1, Toppa RH1 ‐ 1UFSCar, campus Sorocaba O quadro atual de fragmentação dos remanescentes de vegetação natural no interior de São Paulo gera a necessidade de ações urgentes para a manutenção dos ecossistemas dessa região. A priorização de áreas é o primeiro passo para a elaboração de estratégias para conservação da biodiversidade, pois permite o direcionamento dos esforços e recursos, além de subsidiar a elaboração de políticas públicas de ordenamento territorial. Nesse sentido, o presente estudo objetivou analisar a distribuição espacial dos fragmentos de vegetação natural e identificar áreas prioritárias para a conservação no Município de Sorocaba/SP. Elaborou‐se o mapa de remanescentes de vegetação natural (escala 1:2.000) por meio de vetorização em tela utilizando‐se fotografias aéreas de 2006 com escala 1:20.000. Para cada fragmento florestal foram empregadas as seguintes métricas: Área (em hectares); PROX (conectividade entre os fragmentos) e SHAPE (relação entre perímetro e área). As métricas foram valoradas e atribuiu‐se peso a cada uma delas, com peso maior para Área, uma vez é o parâmetro mais importante em ecologia para explicar as variações de riqueza das espécies. Os resultados apresentaram um alto grau de fragmentação de habitat, com apenas 16,68% do território municipal com cobertura florestal e 62% dos fragmentos menores que 1 ha, e o maior fragmento apresentando cerca de 300 ha. Os fragmentos que apresentaram prioridade muito alta somam 2038,41 ha, e os fragmentos com alta prioridade, 2092,92 ha, totalizando uma área de 4131,33 ha. As áreas com maior prioridade para conservação apresentam‐se na região Leste do município, maior parte nas áreas rurais ainda existentes. Outra área com alta prioridade é a margem do rio Pirajibú, importante manancial da região. Com exceção da área pública denominada Parque Mário Covas, as demais áreas com prioridade muito alta encontram‐se em propriedades particulares, o que deve levar a um incentivo de criação de Unidades de Conservação (UC) particulares. O atual quadro de escassez de remanescentes florestais do município gera uma demanda por ações imediatas de conservação e restauração ecológica. As estratégias devem envolver a parada e se possível a reversão do processo de degradação dos ecossistemas naturais. Desse modo, o município deve assegurar a manutenção dos remanescentes por meio de UC públicas ou particulares, e deve implantar um programa de restauração ecológica. Considerando que a expansão da cidade é um processo contínuo, o planejamento territorial deve ser feito de forma a conciliar as demandas por infraestrutura com a preservação de áreas naturais. 

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PT.117   IMPACTOS AMBIENTAIS ASSOCIADOS À DEFINIÇÃO DO TRAÇADO FERROVIÁRIO PARA O TREM DE ALTA VELOCIDADE DO BRASIL.  De Macau TPC1,2, Botelho RGM3 ‐ 1Ministério dos Transportes ‐ SEGES/NPAC‐RJ, 2Escola Nacional de Ciencias Estatísticas ‐ ENCE ‐ IBGE, 3IBGE ‐ ENCE  A construção do primeiro sistema ferroviário de alta velocidade do Brasil não só representa a retomada do transporte ferroviário de passageiros de longa distância, mas também a oportunidade de levar o país ao seleto grupo de países detentores desta moderna tecnologia que muito contribui para a preservação do meio ambiente. A definição do traçado ferroviário considerando as interfaces com os meios físico, biótico e antrópico, aliados aos parâmetros limitantes da geometria ferroviária e dos custos é fundamental para a busca da melhor solução de engenharia. Após uma breve revisão bibliográfica sobre o modal ferroviário e sua evolução para o transporte de passageiros em alta velocidade, este trabalho dedicou‐se a analisar os estudos ambientais contidos no estudo de viabilidade elaborado para orientar a definição do traçado preliminar do TAV‐Brasil, principalmente quanto à interferência em unidades de conservação e alinhamento aos preceitos da Ecologia de Estradas. Foi elaborado um mapa com utilização de Sistema de Informações Geográficas, permitindo uma visão geral da interface do traçado do TAV Brasil com Unidades de Conservação, seja quando o traçado corta estas áreas de proteção ambiental ou quando delas o eixo de projeto está numa distância inferior a 2km. Desse modo, identificaram‐se dez Unidades de Conservação sob influência do eixo projetado, sendo apenas uma de Proteção Integral, o Parque Estadual da Cantareira em São Paulo e duas efetivamente atravessadas pelo traçado preliminar: a APA do Paraíba do Sul e a APA de Jundiaí, também no estado de SP. Nas áreas de proteção situadas próximas ao eixo projetado podem ser encontrados fragmentos de Mata Atlântica e espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção tais como: Notholebias mininus, o Peixe Anual; Physalaemus soaresi, a Rãzinha; Chrysocyon brachyurus, o Lobo‐guará; Piprites pileata, o Caneleirinho‐de‐chapéu‐preto e Leopardus pardalis mitis, a Jaguatirica. Analisando o conteúdo dos estudos ambientais que fazem parte do estudo de viabilidade do empreendimento, identificaram‐se oportunidades de melhoria nas avaliações de impactos ambientais de forma que o empreendimento, na etapa de detalhamento dos projetos, possa levar em consideração os preceitos da Ecologia de Estradas, como, por exemplo, nos aspectos relacionados a fauna e flora expostas aos efeitos da construção e operação do novo sistema ferroviário com propostas de soluções de engenharia que venham mitigar impactos, como evitação e isolamento de espécies, atropelamento de aves, ou ruídos e deslocamento de massas de ar em áreas não urbanas. 

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PT.118  PLANEJAMENTO DA PAISAGEM URBANA: O PAPEL DA CIDADE NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Júnior ARS1, Stürmer AB2, Soares ES2 ‐ 1Instituto Federal de Alagoas Campus: Palmeira dos Índios, 2Instituto Federal de Alagoas Campus: Palmeira dos Índios Entende‐se por planejamento urbano a idealização de soluções viáveis que visem melhorar ou revitalizar certos aspectos dentro de um território em uma determinada região, tendo como objetivo primordial a garantia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, que se reflita na melhoria da qualidade de vida da população. A cidade, “objeto de estudo desse projeto” tem papel preponderante na sustentabilidade social, uma vez que essa é um meio gerador de atividade, e consequentemente disseminadora de resíduos, que por sua vez deve estar integrada ao planejamento urbanístico sustentável. A gestão da paisagem urbana é um desafio para a sociedade atual, e representa uma maneira viável de assegurar as condições básicas de vida e trabalho à população que depende do comércio, incluindo esta no processo de desenvolvimento sustentável da cidade. O objetivo desse projeto consiste em identificar as causas dos problemas decorrentes do desenvolvimento desordenado do centro comercial da cidade de Palmeira dos Índios. Propondo políticas de reordenamento territorial e restauração das paisagens fragmentadas, no sentindo de contribuir para elaboração de  projetos para uma futura reurbanização do centro comercial da cidade, diminuindo assim os impactos socioambientais. A Metodologia utilizada consiste em capacitar as lideranças locais no tocante ao desenho arquitetônico, leitura cartográfica e outros, segundo os parâmetros do saneamento ambiental. Ressaltam‐se como resultados parciais a adesão dos comerciários (lojistas, feirantes, camelôs, ambulantes) à proposta de se efetuar mudanças no sentido de minimizar os efeitos da fragmentação do espaço urbano tendo sempre em vista que a correta gestão da paisagem urbana implica na elaboração de uma política onde o município determine, organize e pratique ações que visem à preservação e o melhoramento ambiental da sociedade como um todo. 

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PT.119   ECOLOGIA DE PAISAGENS E SUA CONTRIBUIÇÃO COM O PLANEJAMENTO AMBIENTAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS  Coelho JC1, Moraes MCP1, Mello K1, Toppa RH1 ‐ 1UFSCar, campus Sorocaba A paisagem é constituída por diversos elementos, originados por processos naturais, por atividades humanas, e por suas inter‐relações. Assim, a Ecologia de Paisagens, diferente de outros ramos da Ecologia, não se baseia apenas nas dimensões biológicas e físicas de um ambiente, mas também nos aspectos históricos, culturais e sócio‐econômicos. Entender a modificação da paisagem como um processo de dimensão temporal é essencial para o subsídio de políticas públicas voltadas ao planejamento ambiental, pois esses estudos podem balizar ferramentas para uma gestão adequada a realidade daquele meio. Sendo assim, para o presente trabalho, foi realizado um levantamento bibliográfico sobre os estudos da ecologia da paisagem com o objetivo de entender e expor como e com quais ferramentas os mesmos têm contribuído para subsidiar políticas públicas. As métricas da paisagem são reconhecidas como bons indicadores de biodiversidade, e usadas em diferentes etapas do planejamento em conservação. Estudos de caso apontam que a utilização de métricas da paisagem como ferramenta no zoneamento ambiental permite uma análise fundamentada não somente na legislação, mas em parâmetros ambientais que irão identificar áreas frágeis e prioritárias para a conservação. Neste sentido, as técnicas de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) vêm sendo amplamente utilizadas, pois facilitam a visualização e manipulação dos dados com base em imagens e mapas, transformando dados em informações destinadas ao apoio à decisão. As ferramentas do SIG ajudam em avaliações multicriteriais, permitindo o processo de tomada de decisões complexas, como no manejo de áreas agrícolas e naturais incluindo a modelagem de práticas de manejo e produção de mapas de aptidão agrícola, de áreas susceptíveis a incêndio e a erosão; bem como ações visando a recuperação de ecossistemas. Além disso, essas ferramentas minimizam a necessidade de obtenção de dados em campo, possibilitando avaliações em escalas maiores, em nível regional, continental e global. Estudos indicam que uma caracterização adequada da paisagem e suas alterações ao longo do tempo podem indicar alterações climáticas do planeta. Com o uso dessas ferramentas, a Ecologia de Paisagens norteia o zoneamento territorial, Planos Diretores, planejamento e Gestão territorial, pois constata as mudanças de ciclos e as compreende tanto no passado quanto no presente, estimando assim suas tendências futuras. Com o estudo foi possível observar que a Ecologia de Paisagens contribui para a melhoria na eficiência da implantação de políticas de conservação ambiental, suprindo a necessidade do planejamento ambiental e ordenamento do uso da terra, bem como indicando áreas prioritárias para conservação. 

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PT.120   MAPEAMENTO E AVALIAÇÃO DE BIÓTOPOS NA ZONA URBANA DE ILHÉUS (BAHIA)  Moraes MEB1, Oliveira EB1, Silva MAB1, Pereira MR1 ‐ 1Universidade Estadual de Santa Cruz ‐ Ciências Agrárias e Ambientais A adoção dos conceitos da Ecologia da Paisagem nos estudos ambientais tem suscitado um número crescente de metodologias de análise e planejamento ambiental. Destaca‐se, em particular, o desenvolvimento de abordagens de diagnóstico voltadas ao planejamento de áreas urbanas. Nesse contexto, o presente trabalho trata da questão do mapeamento e avaliação de biótopos na zona urbana de Ilhéus com o objetivo de contribuir para o seu planejamento ambiental. De forma a possibilitar um diagnóstico detalhado da área de estudo, inicialmente foi feito o mapeamento dos biótopos que formam as áreas verdes da cidade de Ilhéus, a partir de fotografias aéreas e utilizando‐se o Sistema de Informação Geográfica ArcGIS 9. Posteriormente, foi realizada a avaliação da qualidade ambiental dos biótopos mapeados, através da aplicação de fichas de campo em trinta pontos amostrais e, considerando‐se suas características estruturais e funcionais.  Analisa‐se as vantagens e desvantagens da abordagem metodológica adotada e, por meio de um conjunto de produtos cartográficos, apresenta‐se um diagnóstico ambiental com informações relevantes ao planejamento da área de estudo. 

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PT.121   PROPOSTA DE ORDENAMENTO BIOFÍSICO PARA A PLANÍCIE COSTEIRA DO LITORAL SUL DE SERGIPE, BRASIL  OLIVEIRA ACCA1, MELO E SOUZA R1 ‐ 1UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ‐ NÚCLEO DE PÓS‐GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA A investigação das interações entre os elementos naturais e antrópicos de uma paisagem possibilita a compreensão dos níveis de organização e funcionamento, da dinâmica envolvida, bem como, permite a detecção de processos de natureza degradante a partir da análise das alterações dos mecanismos de formação e regulação sistêmica. Na paisagem costeira, a atuação de condicionantes biofísicos e humanos e a distribuição espacial de fenômenos a eles relacionados fazem revelar mosaicos de coberturas vegetais, de tipos de solos, de formações geológicas, geomorfológicas, de formas de uso e ocupação humanas, caracterizados pela manifestação de processos dinâmicos que condicionam mudanças espaço‐temporais permanentes. Na planície costeira de Estância‐SE, usos indevidos e formas de ocupação desordenadas determinam a rapidez e a intensidade das transformações verificadas. As atividades de veraneio somadas ao adensamento de equipamentos humanos, ao crescente processo de especulação imobiliária e ao desenvolvimento da atividade turística vêm induzindo, ao longo do tempo, empreendimentos em quase toda a porção sul promovendo a descaracterização de ambientes naturais a níveis de vulnerabilidade e degradação acentuados. Nessa perspectiva, considerando a problemática que envolve os ambientes biofísicos sob a atuação de processos de ocupação desordenada, e numa ótica voltada ao ordenamento dos usos e ao planejamento da ocupação territorial, o presente trabalho objetivou desenvolver uma proposta de uso recomendado para a planície costeira de Estância‐SE a partir da análise dos componentes geoecológicos da paisagem, da sua estrutura espacial, de suas modificações no tempo, visando à indicação de alternativas de manejo. A metodologia abrangeu a delimitação e classificação de unidades e subunidades e a identificação dos níveis de ocupação de cada compartimento identificado. O uso recomendado para a área de estudo contemplou quatro classes: de Preservação; de Conservação; de Recuperação e de Ocupação direcionada que abrangem respectivamente a preservação, mediante a manutenção da integridade funcional dos ambientes naturais devido à importância biológica/ecológica; a conservação, buscando a conciliação do desenvolvimento com as vocações das unidades paisagísticas respeitando‐se a capacidade de suporte; a recuperação das principais funções dos ambientes naturais para manutenção e melhora da qualidade ambiental; a orientação  dos usos em áreas que podem ser ocupadas tendo como referência os níveis básicos de sustentação da qualidade ambiental. Nesse contexto, o entendimento da configuração da paisagem, a análise das mudanças verificadas e a proposição das classes de uso recomendado permitiram o reconhecimento das prioridades de ação a fim de orientar os usos em função do controle das pressões antrópicas e da manutenção da integridade biofísica.  

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PT.122  PLANEJAMENTO AMBIENTAL E CONSERVAÇÃO DE ZONAS ÚMIDAS URBANAS NO SEMIÁRIDO – ESTUDO DE CASO NO RIO BARRA NOVA (CAICÓ‐RN) MENEZES RSS1, MACÊDO RM2, MEDEIROS LC2, GUEDES JCF2, COSTA DFS2, ROCHA RM2 ‐ 1UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE/ [email protected] ‐ DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA, 2UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ‐ DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA Os vastos recursos hídricos do Brasil têm grande significado ecológico, econômico e social. O gerenciamento, a conservação e a recuperação desses sistemas são de importância fundamental, devido à sua grande importância para o microclima local, com reflexos na economia, na área social e nos usos dos sistemas aquáticos e principalmente por a água ser um recurso não renovável. Considerando a importância da análise do gradiente espacial para avaliação de áreas prioritárias para conservação e/ou recuperação no semiárido, este trabalho teve por objetivo mapear a ocupação do solo e as unidades geoecológicas da paisagem ao longo do trecho urbano do Rio Barra Nova, no município de Caicó‐RN (6°29’20”S e 37°04’00”W). A produção do material cartográfico foi realizada em ambiente de Sistema de Informação Geográfica (SIG), com o auxílio do software ARCGIS 10, envolvendo o processamento digital das imagens e a produção de mapas temáticos (escala de 1:2.500) com as diferentes classes de ocupação do solo e das unidades da paisagem. Essa análise abrangeu uma área total de usos da área de preservação permanente (APP) de 533,94 ha. Com o mapeamento, foram definidas cinco zonas para a divisão do uso e ocupação do solo; após o zoneamento, foram delimitados os tipos de atividades representadas por classes de uso do solo: Caatinga densa e corpo hídrico (35,7%), Caatinga rala e zona urbana (36%) e solo exposto (28,3%). A Caatinga rala e a zona urbana são consideradas como zonas de risco; a Caatinga densa e os corpos hídricos como zonas de uso restrito, e o solo exposto como zonas de recuperação. Através do uso e ocupação do entorno do Rio Barra Nova, constatou‐se que as APPs foram invadidas pelo crescimento urbano e algumas áreas são utilizadas para a agricultura (plantação de capim para ração animal), podendo ocasionar doenças por veiculação hídrica e se tornando o maior potencial poluidor, sendo necessário estabelecer políticas de gestão para essas áreas. 

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PT.123   Metodologia GEO Cidades Apoiada em SIG para o Monitoramento do Plano Diretor do Município de Congonhas ‐ MG Cândido FR1, Picoli RA1 ‐ 1Universidade Federal de São João del‐Rei ‐ UFSJ ‐ Programa de Pós‐Graduação em Tecnologias para o Desenvolvimento Sustentável ‐ PPGTDS  O ordenamento territorial por meio do Plano Diretor do município de Congonhas ‐ MG, inserido em cenários de elevado crescimento econômico e distribuição irregular das atividades econômicas advindas do setor minero‐siderúrgico, é um desafio imposto aos tomadores de decisão quanto aos impactos negativos sobre a dinâmica demográfica e características estruturais da paisagem, no entanto, o tempo sistêmico da política nem sempre está sincronizado com os tempos dos outros sistemas sociais e naturais. O verdadeiro potencial do Sistema ArcGIS como ferramenta holística para a análise e gestão da paisagem é capaz de fomentar um gerenciamento pró‐ativo, com visão e planejamento temporal, desde que aplicada corretamente as capacidades metodológicas. Geodados e análise vertical da paisagem resultam em elevado nível de complexidade devido às manifestações espaciais de processos que ocorrem constantemente em diferentes planos, e o simples realce de mosaicos heterogêneos se tornam ineficientes na elaboração e monitoramento de políticas públicas em áreas de elevada dinâmica demográfica. Como forma de simplificar a complexidade das manifestações estruturais da paisagem e avaliação da sustentabilidade através de um sistema de indicadores em nível local, a aplicação se dá através da metodologia GEO (Global Environment Outlook) Cidades, dentro da matriz P.E.I.R. (Pressão. Estado. Impacto. Resposta), com parâmetros adequados ao estabelecimento de uma ponte para projetar os desdobramentos futuros das condições do ambiente, incluindo o exercício de análise das consequências possíveis de intervenções atuais. 

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PT.124   Caracterização espacial das APPs ripárias e estrutura da vegetação ciliar remanescente em uma paisagem de Mata Atlântica em Pernambuco, Brasil  Nascimento DM1, Silva MFA2, Sena PHA3, Ribeiro MC4, Lins‐e‐Silva ACB5 ‐ 1Universidade Federal Rural de Pernambuco ‐ Departamento de Biologia ‐ Bolsista PIBIC/ CNPq, 2Geosistemas Engenharia & Planejamento, 

3Universidade Federal Rural de Pernambuco ‐ Departamento de Biologia/ Área de 

Ecologia ‐ Bolsista PET‐Ecologia, 4Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"/ Campus Rio 

Claro ‐ Instituto de Biociências/ Departamento de Ecologia, 5Universidade Federal Rural de Pernambuco 

‐ Departamento de Biologia/ Bolsista‐Tutora PET (MEC/ SESu) ‐ Ecologia  A proteção de áreas de grande relevância ambiental depende de modelos legais que permitam a manutenção de processos ecológicos. Neste sentido, as áreas de preservação permanente ripárias e de nascentes (APPs) exercem um papel fundamental na estabilidade e funcionalidade dos ecossistemas. O presente estudo foi realizado em um recorte de paisagem de 247 Km2 e fundamentou‐se em dois objetivos: realizar o mapeamento e análise das APPs ripárias e de nascentes; e descrever a vegetação nativa nessas áreas. Na primeira etapa do estudo, foram selecionadas imagens do satélite Ikonos II e do Google Earth Pro® para a formação de um mosaico, sendo este georreferenciado, vetorizado e classificado, com base nas interpretações visuais, em: floresta nativa, construções e monocultura. Com o auxílio das curvas de nível, foi elaborado o plano de informação dos recursos hídricos, pontuando as áreas de nascentes e delimitando ambientes ripários de acordo com resolução nº 303/2002 do CONAMA. Na caracterização da vegetação, foi atribuída a amostragem por pontos quadrantes, utilizando‐se 30 pontos, nos quais foram selecionadas árvores com diâmetros ≥15 cm a 1,30 m do solo, que tiveram diâmetro e altura medidos e foram identificadas em nível de espécie. As análises mostraram que as APPs totalizam 1953,35 ha, destes 8,90% em nascentes e 91,09% ripárias. Nas APPs das nascentes, 72,26% (125,67 ha) estão cobertas por florestas, restando 27,74% (48,24 ha) usadas para agricultura/construção. Nas APPs ripárias, as florestas cobrem 67,10% (1194,04 ha) e 32,90% (585,41 ha) estão sendo usadas irregularmente perante a legislação. O dossel foi caracterizado por amostragem de 120 árvores, registrando‐se 21 espécies em 13 famílias botânicas. Destas, apenas três (Annonaceae, Clusiaceae e Melastomataceae) foram mais abundantes, englobando mais da metade (62,50%) dos indivíduos observados. Annonaceae (6 spp.) e Fabaceae (3 spp.) encontram‐se no grupo de famílias com maior riqueza. As espécies mais abundantes foram: Symphonia globulifera (Clusiaceae), Tapirira guianensis (Anacardiaceae) e Henriettea succosa (Melastomataceae). Nesse estrato florestal, a densidade foi estimada em 1373 ind.ha

‐1 e a área basal de 34,98 m

2.ha

‐1. O índice de diversidade de 

Shannon (H’) foi de 2,52 e a equitabilidade (J) 0,82. Como resultado deste estudo, registraram‐se 633,65 ha de APPs ripárias e de nascentes ocupados por uso irregular e, portanto, prioritários para restauração. O estudo da vegetação pode subsidiar o planejamento desta recuperação, cujos benefícios ambientais justificam o investimento.   Apoio e financiamento: PIBIC/ CNPq, UFRPE, UNESP‐Rio Claro e Usina São José/ Grupo Cavalcanti Petribú.

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PT.125   Frog distribution along a Neotropical elevational gradient: species richness and altitudinal range  Siqueira CC1,2, Vrcibradic D3, Rocha CFD1 ‐ 1Universidade do Estado do Rio de Janeiro ‐ UERJ ‐ Ecologia, 2Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ UFRJ ‐ Ecologia, 3Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro ‐ UNIRIO ‐ Zoologia  We evaluated the relationship between frog richness and elevation along an altitudinal gradient in the Brazilian Atlantic Rainforest, and tested if the area effect, the mid‐domain effect, and the Rapoport effect explain the observed pattern. Samplings for frogs were carried out at four sites within the eastern portion of the Serra dos Órgãos mountain range, in central Rio de Janeiro state, southeastern Brazil. We sampled frogs from November 2007 to March 2010 at 14 altitudes ranging from 100 m to 1900 m. We tested the influences of altitude and of area on frog richness along the altitudinal gradient. We examined the fit in the relationship between the empirical richness and the species richness predicted by the mid‐domain effect along elevations. The Rapoport effect was evaluated by both the midpoint method and the specimen method. Frog richness had a significant monotonic decrease with the increase in elevation, but the intensity of this decrease was stronger in the drier season. There was a monotonic decrease in richness with altitude for species that breed in aquatic habitats, whereas species with water‐independent reproduction attained a plateau of richness between 400 and 1100 m of altitude, followed by a monotonic decrease with elevation. Both the effects of elevation and area significantly affected frog richness. Predicted curves of 95% of simulations had a high adjustment to the predictions of the null model. Species with higher elevational midpoints did not have significantly wider altitudinal ranges, a result that does not fit the predictions of the Rapoport effect. The decrease in frog richness with altitude can be explained mainly by the mid‐domain effect, by altitude‐related habitat characteristics (e.g. availability of water bodies, temperature, vegetation structure) and, in a smaller scale, by area. Season and reproductive mode may produce different results in a fine spatial scale and should be considered in environmental gradient analyses of frog assemblages. As far as we know, the results of the present study represent the first detailed demonstration for a monotonic decrease in frog species richness along an altitudinal gradient in a tropical environment. 

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PT.126   VARIAÇÃO ESPACIAL DA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DE FRAGMENTOS DE FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL DO PARQUE ESTADUAL DA LAPA GRANDE E ENTORNO  Hoffmann PP1, Cabacinha CD1, Miranda‐Melo AA2, Gama AT1, Meira MR1 ‐ 1UFMG ‐ ICA, 2Instituto Estadual de Florestas ‐ Regional Norte  A ecologia de paisagens vem se consagrando como área do conhecimento voltada ao estudo da interferência do homem nas paisagens naturais. No norte de Minas Gerais encontramos a floresta estacional decidual, ecótono que tem sofrido forte pressão antrópica. Diante disto o presente estudo teve por objetivo estudar fragmentos de floresta estacional decidual do interior e entorno do Parque Estadual da Lapa Grande, Montes Claros, MG com a finalidade de identificar padrões espaciais da variação florística como subsídio para estratégias de conservação e restauração desta formação florestal. Em cada fragmento foram alocadas 1 ou 2 parcelas de 20 x 20m, dependendo da acessibilidade ao local e da sua extensão. No total foram estabelecidas 25 parcelas dentro e 25 no entorno do PELG de forma a se obter a área amostral desejada (1 hectare) em ambas as áreas. Foram amostrados todos os indivíduos vivos com diâmetro à altura do peito ≥ 3 cm. O material vegetal coletado foi herborizado e identificado de acordo com APG III. Para analisar a variação florística dos fragmentos foi realizada uma análise de componentes principais (PCA), utilizando a matriz de covariância e para verificar a similaridade entre os fragmentos do interior e do entorno foi realizada uma análise de agrupamento UPGMA, utilizando o coeficiente de Bray‐Curtis no FITOPAC 2. No interior do parque foram amostradas 122 espécies pertencentes a 92 gêneros e 39 famílias e no entorno foram amostradas 119 espécies pertencentes a 91 gêneros e 34 famílias. Os dois primeiros eixos da PCA explicaram 46,47% da variância dos autovalores. No eixo 1 num extremo ocorreram Myracrodruon urundeuva, Schinopsis brasiliensis e Machaerium scleroxylon  e no outro extremo Leucena sp e Aspidosperma pyrifolium separando os fragmentos mais conservados e com vegetação mais característica da floresta estacional decidual daqueles menos conservados. No eixo 2 houve separação dos fragmentos com maior presença de afloramentos rochosos num extremo com ocorrência de Anadenanthera colubrina e Bauhinia cheilantha e no outro ocorrência de Psidum sartorianum. O resultado da análise de UPGMA também demonstrou que as maiores similaridades ocorreram entre fragmentos com graus de conservação similares, e agrupou aqueles adjacentes a fitofisionomias semelhantes, ou seja, aqueles próximos a cerrado, mata ciliar ou mata seca foram mais similares entre si (valores de Bray Curtis < 0,5). Portanto, houve variação florística entre os fragmentos, sendo esta possivelmente influenciada principalmente pelo estado de conservação dos mesmos como também pela formação vegetacional mais próxima a estes. 

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PT.127   INFLUENCIA DE VARIÁVEIS AMBIENTAIS NA  OCORRÊNCIA DE SCYTALOPUS NOVACAPITALIS (TAPACULO‐DE‐BRASÍLIA, AVES: RHINOCRYPTIDAE)  Santos LR1, Zimbres B2, Marini MA3 ‐ 1Universidade de Brasília ‐ Departamento de Ecologia, 2Universidade de Brasília ‐ De, 3Universidade de Brasília ‐ Departamento de Zoologia  Scytalopus novacapitalis (Tapaculo‐de‐Brasília, Rhinocryptidae) é um pássaro endêmico do Cerrado, de distribuição restrita, que vive em matas de galeria, muitas vezes inundáveis. A espécie é considerada como proximamente ameaçada, mas as informações sobre sua biologia são escassas. O objetivo deste estudo foi identificar, através de uma seleção de modelos, variáveis ambientais, no nível de paisagem, que influenciam a ocorrência de S. novacapitalis nas matas de galeria. As áreas amostradas foram selecionadas com base na distribuição potencial da espécie. Em cada ponto, foram realizados cinco censos pontuais de 10 minutos cada, com uma distancia mínima de 200m entre eles. Ao final de cada censo foi realizada indução sonora (playback), com o objetivo de diminuir erros de detecção dos indivíduos. Ao todo foram utilizados 41 pontos nas análises (27 presenças e 14 ausências). Destes, seis foram retirados de fontes da literatura. Para a classificação não supervisionada da cobertura vegetal foram utilizadas imagens de satélite com 30 m de resolução (LANDSAT TM5) e o software ENVI 4.7. Foram consideradas três classes de cobertura vegetal: floresta, cerrado e área aberta (campo + antrópica). As variáveis utilizadas nas análises (Índice de forma médio ponderado pela área (AWMSI), Classe de área (CA), Tamanho médio do fragmento (MPS) e o desvio‐padrão do MPS (PSSD)) foram consideradas em diferentes escalas (buffers concêntricos de 500, 1000 e 2000m). As variáveis da paisagem foram medidas por meio da extensão PatchAnalist no software ArcGis 9.3. Para identificar a melhor escala para cada variável preditiva, foram utilizados Modelos Lineares Generalizados (GLMs) simples, com distribuição binomial. A seleção de modelos, utilizando‐se todas as combinações possíveis entre as variáveis preditivas, foi realizada com base no critério de informação de Akaike corrigido para pequenos tamanhos de amostras(AICc). Os modelos com Δ AICc menor do que 2 foram considerados para a realização de inferências. Por meio das analises, encontrou‐se que as variáveis que influenciaram na ocorrência de S. novacapitalis nas matas de galeria foram a quantidade de Cerrado (CA cerrado ,2000m), quantidade de área alterada (CA área aberta, 500m) e o índice de forma (AWMSI, 1000m).  

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PT.128   FENOLOGIA E ECOLOGIA REPRODUTIVA DA COMUNIDADE VEGETAL EM UNIDADES DE PAISAGEM NO SUDOESTE DA BAHIA: RESULTADOS PRELIMINARES  Vieira WA1, Silva TS2, Silveira BA2, Brito PHS2, Santos WRS2, Almeida HC2, Bonfim DJ2, Silva RM2, Reis TM2, Pinheiro MP2, Cara PAA2 ‐ 1Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia ‐ UESB/LECOR, 2Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia ‐ DEBI/LECOR  A fragmentação florestal gera perda de biodiversidade e degradação de paisagens. Este trabalho pretende contribuir para a conservação e restauração da paisagem na região sudoeste da Bahia, micro região de Itapetinga. Para isto está sendo estudada a fenologia reprodutiva, as síndromes de polinização e de dispersão de sementes da comunidade arbustiva e arbórea em fragmentos de Mata Atlântica e remanescentes de Mata Ciliar do Rio Catolé. Este é o primeiro trabalho desta natureza realizado na área estudada. Os fragmentos foram escolhidos através de imagens de satélite, com posteriores visitas para escolha das áreas de coleta. A coleta de dados teve inicio em agosto de 2011, com a delimitação de 11 parcelas de 10 x 100 m.. Em cada área, indivíduos com CAP ≥ 20 cm foram marcados e estão sendo registrados sua altura, fenofase, além da coleta de material botânico para fins taxonômicos. Até o momento foram demarcadas 6 parcelas em fragmentos de Mata Atlântica e 5 parcelas na Mata Ciliar do perímetro urbano, totalizando 911 e 117 indivíduos marcados em cada área respectivamente. Na Mata Ciliar, 68 indivíduos foram identificados, sendo eles: Schinus terenbinthifolia Raddi (Anacardiaceae) (N=32), Leucaena sp (Fabaceae) (N=31), Bauhinia longifolia (Bong.) Steud. (Caesalpinioidea) (N=3) e duas espécies de Caesalpinoideae. Além destas, foram observadas Cnidosculus pubescens (Pax.) Pax. & K. Hoffm. (Euphorbiaceae) e espécies da família Leguminosae. A identificação das espécies e o acompanhamento fenológico e das síndromes continuarão sendo realizados pelos próximos dois anos. É possível verificar a pressão da criação bovina sobre as unidades de paisagem, sendo que as áreas preservadas pelos proprietários são as estritamente exigidas por lei, como as áreas de topo de morro. Nos resquícios de Mata Ciliar no perímetro urbano observa‐se a presença de espécies exóticas (ex. Leucaena sp.), o impacto do fogo e ausência de animais, principalmente mamíferos. Na paisagem local, observa‐se a ocorrência de uma vegetação típica de Mata de Cipó, com clareiras no interior e a presença de espécies de bromélias, cactos, lianas, epífitas e plantas com espinhos. A paisagem observada aponta para um ecótono Mata Atlântica‐Caatinga. Desde já alertamos para a urgência de implementação de ações de conservação e restauração ecológica nesta paisagem tão impactada pela pressão da especulação imobiliária e agropecuária. Tais ações devem envolver não só o incremento da biodiversidade através da restauração florestal e conexão de fragmentos, como também o resgate de serviços ecológicos, principalmente os prestados por animais polinizadores e dispersores de sementes. UESB. FAPESB. 

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PT.129   MODELAGEM DE DISTRIBUIÇÃO DE ESPÉCIES APLICADA AO GÊNERO AEGLA (DECAPODA, ANOMURA) NO SUL DO BRASIL  Senra A1, Santos S1 ‐ 1Universidade Federal de Santa Maria ‐ Programa de Pós‐graduação em Biodiversidade Animal  No Rio Grande do Sul são descritas 24 espécies do gênero Aegla Leach, 1820, sendo muitas com distribuição restrita. Os objetivos deste estudo foram: (i) analisar a riqueza de espécies nas delimitações do Estado do Rio Grande do Sul (RS), (ii) determinar regiões com condições favoráveis para as espécies ocorrerem e (iii) determinar os fatores abióticos que podem regular a distribuição destas espécies. Os pontos de registros no RS, das espécies do gênero, foram obtidos de artigos científicos e de coleções científicas da Pontifícia  Universidade  Católica  do  Rio  Grande  do  Sul, Fundação ZooBotânica do Rio Grande do Sul, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade Federal de Santa Maria. Para modelagem utilizou‐se o algoritmo MaxEnt, apenas com registros de presença. A base de dados ambientais totalizaram 28 variáveis, provenientes do projeto WorldClim, do Harmonized World Soil Database e do Hydro1K. Espécies com área < 3000 km2 foram consideradas micro‐endêmicas e espécies com > 3000 km2 foram consideradas endêmicas em relação ao RS. Foram computados 1092 registros, sendo a região com maior riqueza o nordeste do RS, onde estão presentes 15 espécies. A espécie com a maior distribuição foi Aegla platensis (91790.38 km2), seguida por Aegla uruguayana (69860.35 km2) e Aegla longirostri (18891.96 km2). As espécies com menor distribuição foram Aegla manuinflata (190.86 km2), Aegla jarai (90.92 km), Aegla odebrechtii (212.31 km), Aegla renana (2.81 km) e Aegla spinosa (69.91 km). As variáveis mais relacionadas aos padrões de distribuição, em ordem de importância, foram a precipitação no mês mais seco, a sazonalidade da precipitação  e a amplitude média diurna da temperatura. Como estas espécies são frequentemente encontradas em corpos d’água de primeira, segunda e terceira ordens, isto pode contribuir para os padrões de distribuição restritos e muitas vezes micro‐endêmicos registrados neste estudo. Apoio: CAPES‐REUNI/CNPq 

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PT.130   DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE BROMÉLIAS TANQUE TERRESTRES EM RESTINGA: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS  AZEVEDO NH1, MARTINI AMZ2 ‐ 1UNIVERSIDADE FEDERAL DE SAO PAULO ‐ CIENCIAS BIOLÓGICAS, 2Universidade de São Paulo ‐ Ecologia O padrão de distribuição espacial de plantas resulta da ação conjunta dos fatores bióticos e abióticos, compreendendo desde a competição por espaço à disponibilidade de nutrientes, luz e água. Analisar os fatores que variam no espaço, tais como a incidência de luz e as características edáficas, é fundamental para a compreensão do controle que estes fatores podem ter sobre a distribuição espacial das espécies vegetais em ambientes naturais. O presente estudo teve como objetivo avaliar possíveis fatores determinantes da distribuição de bromélias terrestres, grupo de plantas extremamente abundante em ambientes de restinga, dominando o estrato herbáceo por grandes extensões. Por outro lado, a presença das bromélias no estrato inferior pode dificultar o estabelecimento de espécies arbóreas e afetar a estrutura da vegetação. Dessa forma, também foram analisadas nesse estudo, as consequências da presença das bromélias sobre a estrutura da vegetação. O estudo foi conduzido num trecho de Floresta Alta de Restinga, no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, litoral sul do Estado de São Paulo. Foram amostrados 5,76 ha, em 144 parcelas contíguas de 20 x 20m, nas quais foram registrados o número total de rosetas das bromélias tanque terrestres presentes bem como a porcentagem de cobertura de solo de cada espécie. Foram encontradas sete espécies de bromélias terrestres: Bromelia antiacantha, Canistrum cyanthiforme, Nidularium innocentii, Nidularium procerum, Quesnelia arvensis, Vriesea carinata e Vriesea ensiformis e aproximadamente 50% dos 5,76ha de floresta de restinga amostrados estavam cobertos por bromélias. As espécies que apresentaram os maiores número de rosetas e de área de cobertura foram N. procerum, N. innocentii e C. cyanthiforme. Os resultados indicam que a distribuição de bromélias terrestres está positivamente relacionada com a abertura de dossel e que o aumento da porcentagem de areia grossa entre 5 e 20m de profundidade está relacionada  a uma diminuição do número de rosetas por parcela. Não foi observada relação entre a presença de bromélias e a abundância de espécies arbóreas adultas nas parcelas, sugerindo que as bromélias não interferem na estrutura do dossel da floresta e parecem estar utilizando o espaço não ocupado pelas espécies arbóreas. Entretanto, a presença das bromélias parece interferir na riqueza de arbóreos, revelando que onde há mais rosetas de bromélias, a riqueza de espécies arbóreas tende a ser menor. Palavras‐chave: distribuição espacial, bromélias tanque terrestres, restinga, ecologia de bromélias. Financiador: Petróleo Brasileiro ‐ Rio de Janeiro (Projeto: Conserva Restinga ‐ Recuperação e Conservação dos Ecossistemas de Restingas do Litoral Sul de São Paulo)  

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PT.131   RELAÇÃO ESPÉCIE‐ÁREA NA MATA ATLÂNTICA DO ESTADO DE SÃO PAULO: O PAPEL DAS CARACTERÍSTICAS DA PAISAGEM NA RIQUEZA DE ESPÉCIES DE MAMÍFEROS  Chaves MLC1, Ciocheti G2, Freitas SR1 ‐ 1Universidade Federal do ABC ‐ Centro de Ciencias Naturais e Humanas, 2Universidade Federal de São Carlos ‐ Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva  A relação entre riqueza de espécies e área de habitat tem sido comprovada em ilhas oceânicas. No entanto, em fragmentos florestais, características da paisagem, como conectividade, podem incrementar modelos explicando a riqueza de espécies. Como uma das maiores causas da perda de biodiversidade é a mudança do uso e cobertura da terra, inclusive a construção de estradas, considerar essas características da paisagem para explicar a riqueza de espécies representa aplicações para a conservação. O objetivo desse estudo é avaliar a riqueza de espécies de mamíferos com a área de habitat e com características da paisagem na Mata Atlântica do Estado de São Paulo. Usando uma abordagem de paisagem, recortamos o Estado de São Paulo em hexágonos, onde medimos por meio do programa ArcGIS: área de floresta, área de Unidades de Conservação Integral, densidade de rios e de estradas, área de agropecuária e área urbana. Para avaliar o efeito da escala, foram usados três tamanhos de hexágonos: 100 km2, 1.000 km2 e 10.000 km2. A riqueza de espécies de mamíferos foi calculada em cada hexágono com base nos dados do Programa BIOTA/FAPESP contendo a ocorrência de espécies em diversos locais de coleta no Estado de São Paulo. Para avaliar o efeito do esforço de coleta, incluímos nos modelos os locais de coleta como variável independente. As análises foram feitas usando modelos de regressão linear, onde a variável dependente foi a riqueza de espécies de mamíferos e as variáveis independentes foram a área de habitat florestal e as características da paisagem. Posteriormente os modelos foram selecionados pelo Critério de Informação de Akaike. Em todas as escalas, a riqueza de espécies foi melhor explicada pelo esforço de coleta, ou seja, paisagens com maior riqueza de espécies de mamíferos foram aquelas com maior densidade de locais de coleta (100 km2) ou mais locais de coleta (1.000 km2 e 10.000 km2). Removendo o esforço de coleta da análise, a riqueza de espécies foi melhor explicada pela maior área de Unidades de Conservação nos hexágonos de 100 km2; pela maior área de habitat florestal nos hexágonos de 1.000 km2; e, pela menor área de agropecuária nos hexágonos de 10.000 km2. Dessa forma, a relação espécie‐área foi encontrada na escala de 1.000 km2, enquanto que nas demais escalas as características da paisagem foram mais relevantes para explicar a riqueza de espécies, indicando que a escala de análise deve ser considerada para compreender padrões de riqueza. 

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PT.132   DIVERSITY AND DISTRIBUTION OF LIZARD SPECIES IN AN ATLANTIC FOREST FRAGMENTED LANDSCAPE IN SOUTHEASTERN BRAZIL  Almeida‐Gomes M1, Rocha CFD2 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ Ecologia, 2Universidade do Estado do Rio de Janeiro ‐ Ecologia  Habitat loss and fragmentation are the main causes of declines and extinctions of species, and significantly contribute to the reduction of diversity in different types of environments. In this study we evaluated how different lizard species were distributed in a fragmented landscape of Atlantic forest. The specific goals were:  i) to assess which species occur in an area of continuous forest, in the forest fragments and in the surrounding matrix and, ii) to investigate whether there is a relationship between species richness and landscape metrics. Sampling was carried out between July 2007 and March 2010 in the area of continuous forest of the Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA), in 12 forest fragments of different sizes, and in the surrounding matrix (composed mainly of pasture areas), municipality of Cachoeiras de Macacu, state of Rio de Janeiro. We used two different methodologies for sampling the lizards: pitfall traps with drift fences and visual encounter surveys. The landscape metrics used to understand the structure of lizards communities in the fragmented landscape were the area (ha) and two spatial parameters related to connectivity: the minimum distance of the focal fragment to the nearest fragment and the minimum distance of fragments from the continuous forest (both in meters). In total, we recorded eight lizard species, and the most abundant were Ecpleopus gaudichaudii and Enyalius brasiliensis (Tables 1 and 2). The species richness found in the area of continuous forest (N = 4) was lower than that pooled found in the set of fragments (N = 8), which can be explained by the set of fragments harboring both species typical of forest habitat (e.g. Enyalius brasiliensis) and species adapted to open areas (e.g. Mabuya macrorhyncha). The forested areas differed in their composition of lizard species, with larger fragments having a composition similar to each other and to that of the continuous forest area, whereas smaller fragments showed greater similarity to each other. Multiple regression analysis between lizard species richness found in fragments and landscape metrics was significant (R2 = 0.68, F3, 8 = 5.590, P = 0.023), and the size of fragments (P = 0.004) explained an additional part of the relationship, after removing the effect of other variables. Our data suggest that conservation of lizard diversity in the study area would require the preservation of large continuous forest areas and large forest fragments, together with promoting an increase in connectivity between forested areas. 

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PT.133  IMPORTÂNCIA DA ECOLOGIA DA PAISAGEM NA ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS MACRÓFITAS AQUÁTICAS EM RESERVATÓRIOS DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO MACÊDO RM1, SOUZA CS2, MEDEIROS LC2, TRINDADE JÚNIOR ED2, MEDEIROS DCS2, COSTA DFS2, ROCHA RM2 ‐ 1UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ‐ DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA ‐ e‐mail: [email protected], 2UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE No Brasil, a conservação da fauna e flora terrestres tem sido a principal razão para o estabelecimento da maioria das áreas protegidas nas ultimas três décadas; muitas dessas áreas protegem corpos d’água e importantes áreas alagáveis, porém sua flora e fauna terrestres e aquáticas têm sido pouco inventariadas/estudadas. Dentro de um ecossistema natural e equilibrado, as macrófitas e outras plantas aquáticas oferecem um importante habitat para aves aquáticas, invertebrados e peixes. Formas submersas, emergentes ou flutuantes de macrófitas podem ser encontradas nas margens de lagos e em toda zona eufótica. Considerando a importância da análise do gradiente espacial para explicar a ocorrência e distribuição da biodiversidade em ecossistemas lênticos, este trabalho teve por objetivo analisar a variação espacial da diversidade  de macrófitas aquáticas encontradas no Açude Itans. Este reservatório está localizado no município de Caicó‐RN (6°29’20”S e 37°04’00”W), região semiárida do Brasil. A partir das amostragens realizadas em 07 pontos escolhidos aleatoriamente, foi efetuado o enquadramento sistemático/taxonômico das famílias de angiospermas no sistema  APG II;  analisando‐se os resultados através do índice de diversidade de Shannon‐Weaver e a distribuição espacial em ambiente de Sistema de Informações Geográficas. Foram identificadas 04 formas biológicas de macrófitas aquáticas (emersas, folhas flutuantes, submersas livres e flutuantes). Apenas foram identificadas 08 espécies (Echinodorus sp. Egeria densa Planch, Eichhornia crassipis Mart. Solms, Eleocharis sp., Lemna sp., Nymphaea elegans Hook., Pistia stratiotes L. e Salvinia auriculata Aubl.). Comparando os sete pontos de amostragem, observou‐se que o ponto 05 foi o mais diverso (0,8451). A heterogeneidade foi maior nos pontos 03 e 04 (0,6667 e 0,4717, respectivamente), e os pontos 05 (0,9358) e 06 (0,8617) foram os que apresentaram maior homogeneidade. Os dados obtidos com este trabalho possibilitaram a identificação de espécies bioindicadoras de ambientes aquáticos poluídos (E. crassipes, P. stratiotes e S. auriculata), o que implicará na necessidade de novas estratégias para a gestão e conservação do reservatório. 

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PT.134   AS ESTRATÉGIAS DE RESTAURAÇÃO DE HABITAT VARIAM DE ACORDO COM A CAPACIDADE DE DISPERSÃO DAS ESPÉCIES?  Alexandre BR1, Crouzeilles R1, Lorini ML1 ‐ 1Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil ‐ Departamento de Ecologia, Programa de Pós‐Graduação em Ecologia  A intensidade e forma de uso da terra afetam diretamente a disponibilidade de habitat das espécies através da fragmentação. Simulações indicam que em paisagens com mais de 30% de habitat remanescente as populações são afetadas principalmente pela perda de habitat, abaixo desse limiar o tamanho e o isolamento dos remanescentes ganham importância. Devido a distintos efeitos da estrutura e configuração da paisagem, a conectividade/disponibilidade de habitat pode variar entre espécies com diferentes capacidades de dispersão. Visando maximizar a disponibilidade de habitat para as espécies, o governo e ONGs tem aplicado conceitos de conectividade na gestão e manejo da biodiversidade. Abordagens como a dos Corredores Ecológicos visam facilitar o fluxo biológico entre remanescentes de mesmo ecossistema formando redes de habitats disponíveis. Nesse estudo analisamos os Corredores Ecológicos Prioritários do Espírito Santo – CEPES buscando avaliar: (1) se existem associações entre propriedades da paisagem e o tamanho da maior rede de habitats para espécies com diferentes capacidades de dispersão na matriz e (2) se diferentes estratégias de restauração deveriam ser adotadas. Em cada CEPES quantificamos: % cobertura florestal, número (NF), tamanho médio (TF) e isolamento dos fragmentos (IF) e tamanho do maior fragmento (TMF). O tamanho da maior rede de habitat disponível ou componente (TMC) foi computado para espécies hipotéticas com capacidades de dispersão baixa, intermediária e alta (300,1000 e 3000m, conforme a literatura para espécies de Mata Atlântica). Oito CEPES apresentaram menos de 30% de cobertura florestal e nesses avaliamos que associações eram mais importantes para definir TMC em cada espécie, através do Critério de Informação de Akaike (AIC). Para espécies com baixo deslocamento encontramos associação positiva com TMF (∑wi=0,57); com deslocamento intermediário detectamos associação negativa com IF (∑wi=0,38) e posi va com NF (∑wi=0,58); com espécies capazes de grande deslocamento houve associação negativa com IF (∑wi=0,58) e posi va com NF (∑wi=0,85). Assim, se o objetivo for restaurar o habitat para espécies com baixa capacidade de dispersão na matriz, é importante aumentar o tamanho do maior fragmento, permitindo que pelo menos uma mancha seja capaz de suportar populações mínimas viáveis. Para espécies com capacidade de dispersão intermediária e alta é importante investir em stepping stones, visto que o aumento desses elementos de ligação aumentarão a chance das espécies alcançarem outros remanescentes maximizando a disponibilidade de habitat na rede. Dessa forma, os CEPES avaliados precisam de estratégias de restauração diferentes para atender as necessidades de espécies com diferentes capacidades de dispersão. Entidades Financiadoras: CAPES,CNPq    

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Índice de Autores   

Acosta ICL  CO.040

Affonso GUM  CO.039

Aguiar DA  CO.082

Aguiar WM  CO.019, PT.041

Alencar FHH  PT.036

Alencar GSS  PT.036

Alencar HMQ  CO.048

Alexandre BR  CO.088, PT.134

Alexandrino ER  CO.042

Almeida AP  PT.097

Almeida E  PT.034

Almeida HC  PT.128

Almeida‐Gomes M  PT.028, PT.132

Alonso AC  CO.034

Alvarez IA  CO.067, PT.033, PT.059, PT.060 

Alves CH  CO.048

Alves DM  CO.095

ALVES FS  CO.020

Alves GA  PT.078

Amaral AA  PT.095, PT.096

Amorim FH  CO.076

Andrade RG  PT.059, PT.061, PT.091, PT.092

Aragão AG  CO.064

Araújo ACSC  PT.026

Araújo LLS  PT.066

ARAÚJO NM  CO.020

Araújo OC  CO.044, CO.097

Assis JC  PT.080

AZEVEDO NH  PT.130

Azevedo TN  CO.042, PT.083

Bager A  PT.076

Balieiro FC  CO.021

Barbiere PPG  PT.110

Barbieri RL  CO.084

BARBOSA JR JS  CO.054

Barlow J  CO.012

Barreto KT  CO.023

Barreto L  CO.055, CO.066

Barreto LN  PT.114

BARTELS GK  PT.113

Bataghin FA  PT.103

Becker FG  CO.034

Begotti RA  CO.060

Beledelli R  CO.005

Bellemo AC  PT.094

BeltrãoMI  CO.036

Bergallo HG  PT.078

Bernard E  CO.029

Bernardo R  CO.089

Bertani G  PT.106

Bevilacqua GA  CO.075, PT.077

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Bezerra OB  PT.036

Biesmeijer JC  CO.011

Bitencourt JA  CO.005

Biz MR  CO.031

Bohrer CBA  CO.035

Bolfe E  PT.092

BONANÇA RA  PT.047

Bonetti J  CO.001

Bonfim DJ  PT.128

Borges BD  CO.082

Borges SH  PT.105

Bortoleto LA  PT.046

Boscolo D  CO.011, CO.030, CO.083, CO.091, PT.079, PT.082, PT.086, PT.098 

Botelho RGM  PT.076, PT.117

Bourscheid K  CO.076

BRASILEIRO RC  PT.045

Brassiolo M  PT.072

Brito D  CO.087

Brito F  CO.055

Brito FL  PT.114

Brito MPL  PT.114

Brito PHS  PT.128

Bueno C  PT.076

Buzato S  CO.013

Cabacinha CD  PT.026, PT.126

CAMBUI ECB  PT.086, PT.098

Camelo de Castro E  PT.014

Camilotti VL  PT.074

Campos IC  PT.112

Campos MJO  PT.018

Campos MM  PT.095

CANDEIAS ALB  CO.053, PT.044

Cândido FR  PT.123

Cara PAA  PT.128

CARDOSO PV  PT.045

Cardoso RR  CO.005

Cardoso‐Leite E  PT.115

CARIDA N B  PT.017

Carla S W  PT.012

Carmo FF  CO.061, PT.112

Carneiro GT  CO.037, CO.038, PT.050, PT.070 

Carvalheiro LG  CO.011

Carvalho AA  PT.003, PT.108

Carvalho ACMG  PT.013

Carvalho AS  PT.075

CARVALHO BHG  PT.024

Carvalho CS  CO.089

Carvalho DS  PT.061, PT.091

Carvalho RC  CO.074

Cassano CR  CO.012

Cassiano CC  CO.008, CO.025, CO.042, CO.060 

Castelli KR  CO.036, PT.099

Castilho CS  CO.028

Casto SS  CO.072

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Castro EJ  CO.014, CO.021

Castro Junior E  CO.020

Castro M  CO.093

Castro PR de  PT.101

Castro PTA  PT.006

Castro SS  CO.037, CO.038, CO.073, PT.025, PT.050, PT.070

Cavalcante RB de O  CO.083

Cavalleri A  CO.005

Cedro DAB  PT.050

Centoducatte LD  CO.040

Cerqueira R  CO.032

Cesário FV  CO.014, CO.021

Chaves MLC  PT.131

Chianca‐Silva IR  PT.030

Chirol AA  CO.039

Ciocheti G  PT.131

Cirino DS  PT.034

Claudete M  CO.084

Coelho ALN  PT.021

Coelho JC  CO.046, PT.115, PT.119

Coelho MTP  CO.033

Collevatti RG  CO.089

Conceição AF  PT.008, PT.060

Condé RA  CO.009

Cornelius C  CO.031

Correia GGS  PT.052, PT.055

Costa AD  PT.015

Costa DFS  CO.043, CO.044, CO.097, CO.099, PT.019, PT.030, PT.122, PT.133 

Costa FA  CO.084

Costa KM  CO.090

Costa LCC  CO.098, PT.101

Costa RC  CO.026, CO.027

Coura PHF  CO.078

Coutinho B  CO.056, CO.096

Couto HTZC  PT.062

Crepaldi MOS  PT.021

Crepani E  CO.082

Cronemberger F  CO.080

Crouzeilles R  CO.032, CO.088, PT.134

CRUZ BMC  PT.054

CRUZ CBM  PT.045

Cruz CM  CO.100

Da Rocha PLB  PT.086, PT.098

Da Silva AF  PT.085

da Silva JS  CO.002

D'Anunciação PER  PT.049

David MZ  CO.005

DE LIMA LT  PT.029

De Macau TPC  PT.117

De Medeiros Rocha R  CO.099, PT.019

De Paula FC  CO.051

De Zorzi VG  PT.032

Deiss I  CO.048

Delitti WBC  PT.022

Page 294: Baixe aqui os trabalhos do II Congresso do IALE BR

DellAglio DD  CO.005

Dias CF  CO.005

Dias FRS  PT.091

Diniz MF  CO.087

Dinucci KL  PT.075

DORICI M  CO.003

DOS SANTOS RM  CO.003, PT.102

Drummond JAL  CO.094

DUARTE GS  PT.045

Dutra da Silva M  CO.065, PT.029, PT.084

Escada MIS  PT.074

Eugênio FC  PT.095, PT.096

Falcão CA  CO.051

Fandi AC  CO.051

Faria KMS  CO.037, CO.038, CO.073, PT.025, PT.050, PT.070

Fengler FH  PT.009, PT.010, PT.089, PT.094

Fernandes MC  CO.078

Ferrando CPR  CO.005

Ferraz KMPMB  CO.008, CO.025, CO.042

Ferraz SFB  CO.008, CO.025, CO.042, CO.060 

Ferreira AL  PT.080

Ferreira DNS  PT.065

Ferreira PA  CO.011

Ferreira RA  CO.064

Fidalgo ECCF  CO.009

Figueiredo MSL  CO.059

Filho AP  PT.093

Filho H  CO.056

Fonseca BM  PT.037

Formaggio AR  PT.106

Fornelos LF  CO.100

Fortin M‐J  CO.061

Fráguas L  PT.007

França LE  CO.095

Francelino MR  PT.016

Frazão BTM  CO.026, CO.027

Freitas EP  PT.009, PT.010, PT.088, PT.089, PT.094 

Freitas G  CO.048

Freitas RS  PT.078

Freitas SR  CO.062, PT.131

Fushita AT  PT.103, PT.109

FUSHITA T A  PT.017

Gaglianone MC  CO.019, PT.041

Galetti M  CO.089

Galetto L  PT.038

Gallo BC  PT.033

Gama AT  PT.126

Garcia RA  CO.085

Garcia RF  PT.095, PT.096

Gaspareto TC  PT.110

Gatti A  CO.040

Gimenez ITR  CO.075

Giubergia MA  PT.072

Gobbo SDA  PT.095, PT.096

Godinho JPM  CO.082

Page 295: Baixe aqui os trabalhos do II Congresso do IALE BR

Goldas CS  CO.005

Gomes AR  CO.051

Gomes D  PT.061, PT.091, PT.093

Gomes IA  PT.023

Gomig EG  PT.018, PT.064, PT.065

Gondim MFN  CO.040

Graeff O  CO.096

Grego CR  CO.007

Grelle CEV  CO.059, CO.088

Guedes JCF  CO.043, CO.044, CO.097, PT.030, PT.122 

Guerra AJT  PT.053

Guilen C  PT.007

Guilen CML  CO.085

Guimarães CCB  PT.087

Guimarães E  PT.038

Guzman AV  PT.072

Hackbart VCS  PT.068

Hardman L  PT.051

Hasui E  PT.049

Hasui É  CO.033, PT.100

Hochberger L  PT.039

Hoffmann D  PT.058

Hoffmann PP  PT.126

Horta MB  CO.095

Iguatemy MA  CO.009

Iwanaga S  PT.105

Jacobi CM  CO.061, PT.112

Jales LF  PT.058

Japyassú HF  CO.092

Jesus EN  CO.064

Jesus JRP  PT.037

Jiménez‐Rueda JR  PT.066

Jongman R  CO.055

Júnior ARS  PT.118

Karina V  PT.012

Kikuchi RKP  CO.074

Kindel A  CO.028, CO.090

Kollmann JCK  PT.052

Kollmann LJC  PT.055

Krob A  CO.028

Lago C  CO.055

Lamberts AH  CO.058

Leite CMP  CO.092

LEITE VR  PT.111

Leivas JF  PT.061, PT.091, PT.092

LIBERALI L  PT.042

Lima AP  PT.108

Lima CMC  PT.058

Lima CN  PT.048

Lima GM  PT.097

Lima GTNP  PT.068

Lima T  PT.007

Lima TC  PT.058

Lima WP  CO.025

Lins e Silva ACB  PT.035

Page 296: Baixe aqui os trabalhos do II Congresso do IALE BR

Lins‐e‐Silva ACB  CO.052, PT.124

LIRA RS  PT.015

Lobão JSB  CO.041

Lobo GS  CO.062

Lobo JA  CO.044, CO.097

Longo RM  PT.009

Lopes AA  PT.061

Lopes LE  CO.003, CO.013, PT.051, PT.102 

Lorini ML  CO.032, CO.088, PT.028, PT.134 

LOS TK  PT.024

Lucas FL  PT.037

Lucena Filho MA  PT.019

Luz DTA  CO.042

MACÊDO RM  PT.122, PT.133

Machado DB  CO.005

Magnago LFS  PT.052, PT.055

Mähler Jr JKF  CO.028

Mangabeira JAC  CO.007

Mannheimer S  PT.013

Mantovani W  PT.021

Mariano‐Neto E  CO.086

Marini MA  PT.127

Marques BV  PT.009, PT.010, PT.089, PT.094

MARTINI AMZ  PT.130

MARTINS ALL  CO.020

Martins PTA  PT.018, PT.064, PT.065

MARTINS RC  CO.050

Martins SV  PT.052, PT.055

MASSOQUIM NG  PT.042

MASSUQUETO LL  PT.024

Matos DU  PT.069

Mattos SHVL  PT.093

Mattos WRS  PT.022

MEDEIROS DCS  PT.133

Medeiros GA  PT.009

Medeiros LC  CO.043, CO.097, PT.122, PT.133 

Medeiros R  CO.056

Medeiros TCC  PT.020

Meira MR  PT.126

Meirelles ST  PT.032

Mello F  PT.090

Mello K  PT.027, PT.115, PT.119

MELO E SOUZA R  CO.010, PT.121

Melo MM  PT.049

Melo RV  PT.046

Mendes I  CO.055

Mendes MF  PT.067

Mendonça AA  CO.092

Mendonça Jr MS  CO.005

MENDONÇA NETO WL  PT.005

Meneses BA  CO.028

Menezes GR  CO.033

MENEZES RSS  PT.122

Metzger JP  CO.031, CO.042, PT.083

Mezzomo MM  CO.069

Page 297: Baixe aqui os trabalhos do II Congresso do IALE BR

Miceli BS  CO.078

MILAN E  CO.081, PT.023, PT.048

Miranda JGV  PT.086, PT.098

Miranda‐Melo AA  PT.126

Monteiro CB  CO.004

Montezuma RCM  CO.039

Moraes FT  PT.066

Moraes MCP  PT.027, PT.119

Moraes MEB  PT.120

Morais CM  PT.049

Moreira DO  CO.040

Moreira EF  CO.083, CO.091

MOREIRA MA  PT.104

Moreira MP  PT.105

Morelli JCL  PT.076

Moro ME  PT.022

MORO RF  PT.024

MORO RS  CO.024, CO.081, CO.101, PT.023, PT.024, PT.048

MOSCHINI LE  CO.003, PT.102

Moura MCO  PT.014

Moura RG  PT.069

Muylaert RL  CO.029

Nalon MA  CO.046

Napoleão PRM  PT.002, PT.063

Nascimento CR  PT.026

Nascimento DM  PT.035, PT.124

Nascimento JL  CO.048

Nascimento LR  PT.003

Navegantes AQ  CO.032

Nepomuceno MQ  CO.041

Neto EM  CO.083

Neves LFS  PT.067

Neves RJ  PT.067

Neves SAS  PT.067

NIEDZIELSKI C  CO.024, CO.081

Nilsson MST  CO.058

Nunes ED  CO.038, PT.070

OLIVEIRA ACCA  PT.121

Oliveira AF  CO.047, CO.070

Oliveira EB  PT.120

Oliveira UR  CO.067

Oliver M  PT.090

Omar AJS  PT.085

Padilha GEV  CO.095

Paludo D  CO.058

Pardini R  CO.012

Paula FR  CO.025

PECHE FILHO A  PT.009, PT.010, PT.089, PT.094

PEDLOWSKI MA  PT.111

Pena JCCP  PT.043

Pereira ICN  CO.018

Pereira JAC  CO.033

Pereira LA  PT.033, PT.059

Pereira LG  PT.075

Pereira MLM  CO.001

Page 298: Baixe aqui os trabalhos do II Congresso do IALE BR

Pereira MR  PT.120

PEREIRA RF  PT.040, PT.107

PEREIRA TK  CO.101

Pereira‐Rollo LC  PT.062

Peres MP  PT.018

Pessoa FA  CO.014

PessoaFA  CO.021

Petri L  CO.004, CO.046

Picoli RA  PT.123

Pillar VD  CO.005

PIMENTA MLF  PT.054

PIMENTEL MAS  CO.071

PINATTI J M  CO.003

Pinheiro JL  PT.079

Pinheiro MP  PT.128

Pinho MS  PT.011

Pinho P  PT.074

Piqueira JRC  PT.093

Pivello VR  PT.022

Podgaiski LR  CO.005

Polizel LP  PT.062

Porto ML  CO.015, CO.016

Porto TJ  CO.092

PRADO BHS  CO.004

Prado BHS do  CO.046

PRADO MVP  PT.107

Prevedello JA  CO.059

Queiroz DFA  PT.089

Queiroz JJR  PT.014

Rajão R  CO.032

Rangel LA  CO.045, PT.053

Ranieri VL  CO.002

Ranulpho R  CO.048

Rêbelo G  CO.055

Reis A  CO.076

Reis TM  PT.128

REZENDE CE  PT.111

Ribeiro AI  PT.009, PT.094

Ribeiro AP  CO.094

Ribeiro MC  CO.029, CO.052, CO.055, CO.066, CO.082, CO.089, PT.035, PT.114, PT.124 

Ribeiro MMLO  PT.022

Ricci HC  PT.022

Richter M  CO.100

Rigueira DMG  CO.086

Rocha CFD  PT.028, PT.125, PT.132

Rocha CH  CO.023

Rocha PLB  CO.086

Rocha R de M  PT.030

Rocha RM  CO.043, CO.044, CO.097, PT.122, PT.133 

Rocha SL  CO.064

Rocha YT  PT.020

Rodas JG  PT.022

RODRIGUES AC  PT.100

Rodrigues HMC  PT.025

Page 299: Baixe aqui os trabalhos do II Congresso do IALE BR

Rodrigues HSMC  CO.072

Rodrigues ME  PT.043

Rodriguez JM  CO.080

Romeiro AR  CO.007

Ronquim CC  PT.008, PT.033, PT.060

Roque FO  PT.043

Rossete AN  PT.039

RUDOLPHO LS  CO.057

Rudorff BFT  CO.082

SABATINO V  CO.077

SABOYA RT  CO.057

Saito CH  PT.011

SAITO NS  PT.104

Saldanha F  PT.105

Sales C  PT.089

Sanches A  CO.089

Sandonato DL  PT.051

SANTANA AC  CO.081, PT.048

SANTIAGO AG  CO.057

SANTOS AR  PT.104

Santos ARLS  PT.035

Santos C  PT.049

Santos CAA  PT.036

SANTOS EM  PT.004

Santos EN  CO.023

SANTOS F  PT.040, PT.107

SANTOS FMS  PT.040, PT.107

SANTOS JE  PT.017, PT.102, PT.103, PT.109

Santos JS  CO.082, PT.106

Santos LA  PT.037

SANTOS LAS  PT.040

Santos LR  PT.127

Santos Neto DE dos  PT.030

Santos RA  PT.038

SANTOS RF  CO.077, PT.068

SANTOS RHL  PT.045

Santos RLS  CO.083, CO.091

Santos S  PT.129

Santos SM  CO.067, PT.059

Santos SRB  PT.077

Santos TAA  CO.043

Santos TIS  CO.064

Santos WRS  PT.128

Sarno CS  PT.006, PT.007

Sartorello R  CO.098

Saura S  CO.061

Scarano FR  CO.052

Scariot EC  PT.017, PT.103

Schaadt SS  PT.031, PT.057

Schepop JV  CO.095

Schrool J  CO.055

Schultz B  PT.106

Seibert JB  CO.040

Sena PHA  PT.124

SENNA CSF  CO.054

Page 300: Baixe aqui os trabalhos do II Congresso do IALE BR

Senra A  PT.129

Shimabukuro Y  CO.082

Shizen TT  CO.005

Silva AA  CO.037, PT.019

Silva AL  CO.072

Silva AM  CO.036, PT.046, PT.047, PT.099 

Silva CA  PT.036

Silva CCG  PT.001

Silva CM  PT.049

Silva Filho DF  PT.109

Silva LF  PT.003, PT.108

Silva MAB  PT.120

Silva MFA  PT.035, PT.124

Silva MI  CO.033

SILVA MSF  CO.010

Silva MYA  CO.039

SILVA RAO  CO.049

Silva RM  PT.128

Silva RS  PT.066

Silva TA  PT.087

Silva TS  PT.128

Silva VX  PT.049

Silveira BA  PT.128

Simonelli M  PT.052, PT.055

Siqueira CC  PT.125

Siqueira MN  CO.037, CO.038, CO.073, PT.050, PT.070 

Slovinscki NC  PT.071

Soares ES  PT.118

Soares‐Filho BS  CO.085

Sobrinho GF dos S  PT.030

SÓRIA M  PT.113

Souza AF  PT.069

Souza CS  CO.043, PT.133

Souza DC  PT.043

Souza GS  PT.036

Souza PM  CO.044

Souza TM  PT.082

STORINO M  PT.009, PT.010, PT.094

Stürmer AB  PT.118

SUAREZ AF  CO.053, PT.044

Tambosi LR  CO.042, PT.083

Tannus R  CO.055

Tannús RM  CO.066

Tarin D  CO.096

Taura TA  CO.067, PT.033, PT.059

TAVARES VEQ  PT.113

Távora GSG  CO.045, PT.073

TELES GC  CO.071

TIMM LC  PT.113

Toppa RH  CO.046, CO.093, PT.027, PT.115, PT.119 

Torres H  PT.013

Torresan FE  PT.092

Tortato MA  CO.076

Tourinho LOP  CO.092

Tranquilin A  CO.060

Page 301: Baixe aqui os trabalhos do II Congresso do IALE BR

TREVISAN DP  CO.003, PT.102

TRINDADE JÚNIOR ED  PT.133

Trindade MB  CO.052

Uieda W  PT.038

Uzêda M  CO.009

Valladares GS  PT.087

Valle IC  PT.016

Valverde Y  CO.056, CO.096

Varanda EM  PT.022

VASCONCELOS RN  PT.086, PT.098

Vedovato LB  PT.093

Viana BF  CO.011, CO.083, CO.091

Viana IR  CO.063, PT.081

Viana SM  PT.109

Vibrans AC  PT.031, PT.057

Vicens RS  CO.080, PT.054, PT.071

Vicente LE  PT.093

Victória DC  PT.092

Vieira MV  CO.059, PT.028

Vieira WA  PT.128

Villar V  CO.048

Vrcibradic D  PT.125

Weckmüller R  PT.071

Wendel HH  CO.015, CO.016

Ximenes S  CO.028

ZARNOTT DH  PT.113

Zia CAI  PT.078

Zimbres B  PT.127

Zocche JJ  CO.016, CO.068

Zorigian CM  PT.022

Zóttola L  PT.072