baixa estatura por deficiência do hormônio de ... · baixa estatura por deficiência do hormônio...

8
1 Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina O Projeto Diretrizes, iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, tem por objetivo conciliar informações da área médica a fim de padronizar condutas que auxiliem o raciocínio e a tomada de decisão do médico. As informações contidas neste projeto devem ser submetidas à avaliação e à crítica do médico, responsável pela conduta a ser seguida, frente à realidade e ao estado clínico de cada paciente. Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de Crescimento: Tratamento Autoria: Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Elaboração final: 31 de agosto de 2004 Participantes: Setian N, Jorge AAL

Upload: vumien

Post on 21-Oct-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de ... · Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de Crescimento: Tratamento Autoria: Sociedade Brasileira de ... aumentar os riscos

1

Projeto DiretrizesAssociação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

O Projeto Diretrizes, iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira e Conselho Federalde Medicina, tem por objetivo conciliar informações da área médica a fim de padronizar

condutas que auxiliem o raciocínio e a tomada de decisão do médico. As informações contidasneste projeto devem ser submetidas à avaliação e à crítica do médico, responsável pela conduta

a ser seguida, frente à realidade e ao estado clínico de cada paciente.

Baixa Estatura por Deficiência doHormônio de Crescimento: Tratamento

Autoria: Sociedade Brasileira dePediatria e Sociedade Brasileira de

Endocrinologia e Metabologia

Elaboração final: 31 de agosto de 2004

Participantes: Setian N, Jorge AAL

Page 2: Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de ... · Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de Crescimento: Tratamento Autoria: Sociedade Brasileira de ... aumentar os riscos

Projeto DiretrizesAssociação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

2 Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de Crescimento: Tratamento

DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIA:Os dados para realização desta diretriz foram coletados durante ampla revi-são da literatura (PubMed) pertinente ao tema: Tratamento da baixa estatura(BE) por deficiência do hormônio de crescimento (DGH).

GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA:A: Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência.B: Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência.C: Relatos de casos (estudos não controlados).D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos

fisiológicos ou modelos animais.

OBJETIVO:Padronizar esquemas de tratamento e monitorização da DGH.

CONFLITO DE INTERESSE:Nenhum conflito de interesse declarado.

Page 3: Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de ... · Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de Crescimento: Tratamento Autoria: Sociedade Brasileira de ... aumentar os riscos

3Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de Crescimento: Tratamento

Projeto DiretrizesAssociação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

INTRODUÇÃO

A deficiência de hormônio de crescimento (DGH) é caracte-rizada por uma combinação de anormalidades antropométricas,clínicas, bioquímicas e metabólicas, causadas, diretamente, pelasecreção deficiente de hormônio de crescimento (GH) e, indire-tamente, pela redução na geração de hormônios e fatores decrescimento GH dependentes, que são corrigidas pela adequadareposição com GH recombinante humano (hGH)1(D).

TRATAMENTO E ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS COM DGH

O tratamento da baixa estatura (BE) por DGH tem comoobjetivo:

• Atingir boa altura na vida adulta;• Permitir uma rápida normalização (catch-up) do crescimento;• Atingir pico de massa óssea satisfatório;• Permitir à criança qualidade de vida satisfatória;• Permitir que a criança entre na puberdade (induzida ou espon-

taneamente) com uma altura normal, ou atingir uma alturaque permita uma puberdade normal.

Estes objetivos, atualmente considerados, não incluem outrascondições importantes, como perfil lipídico e composição corpórea.

Recomendações para o Tratamento• O tratamento deve ser individualizado de acordo com as ne-

cessidades de cada criança. A dose inicial recomendada de hGHé de 0,67 mg/m2 de superfície corpórea (equivalente a 2 U/m2)2(D) ou 33 µg/kg de peso (equivalente a 0,1 U/kg)3(D),administrado diariamente por via subcutânea, à noite(3U=1mg). A dose de hGH pode ser aumentada caso nãohaja compensação (catch-up) do crescimento nos primeiros doisanos de tratamento ou em pacientes com baixa estatura maisgrave e idade mais avançada.

• Como as respostas individuais ao tratamento são variáveis4(B),tem-se sugerido também individualizar as doses de hGH parao tratamento da DGH. Na prática, um acompanhamento

Page 4: Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de ... · Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de Crescimento: Tratamento Autoria: Sociedade Brasileira de ... aumentar os riscos

Projeto DiretrizesAssociação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

4 Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de Crescimento: Tratamento

freqüente dos aspectos clínicos (ganhoestatural) e laboratoriais (níveis de IGF-Ie IGFBP-3) pode descartar, ou não, anecessidade de alteração das dosesadministradas5(D).

• As seguintes variáveis correlacionam-sepositivamente com a altura final de pacien-tes com DGH tratados com hGH: tempode duração do tratamento com hGH6(A), oZ da altura ao iniciar o tratamento6(A), oatraso na idade óssea ao iniciar o trata-mento7(B), a altura ao iniciar a puber-dade8(B), altura dos pais6(A) e a velocidadede crescimento no primeiro ano detratamento6(A).

• As seguintes variáveis correlacionam-senegativamente com a altura final de pacien-tes com DGH tratados com hGH: idade aoiniciar o tratamento6(A) e o máximo valorde GH obtido em testes de estímulo7(B).

• Por estes motivos, o diagnóstico precoce daDGH e o início imediato do tratamento comhGH em doses adequadas são essenciais paraque a criança possa alcançar seu potencialgenético de altura.

• Mesmo crianças com DGH que iniciam otratamento com baixa estatura importante(Z da altura < -3), com o tratamentoadequado, obtêm altura adulta dentro danormalidade (Z da altura final = - 0,7 ±1,3), o que corresponde à altura adulta de171,6 ± 8,2 cm para homens e 158,5 ±7,1 cm para mulheres6(A). O ganho de Zda altura com o tratamento com hGH empacientes com DGH é de 2,3 a 2,7DP7,9(B).

• No controle do tratamento, avaliaçõesclínicas rotineiras, com intervalo de 3 a 6meses, são recomendadas para determinar aresposta ao tratamento com hGH, avalia-

ção de efeitos colaterais e ajuste da dose3(D).Além dos dados antropométricos, deve-seavaliar, a cada seis meses, os valores de IGF-I, IGFBP-3, função tireoideana e homeos-tase da glicose10(D).

• Associar a terapia com análogos do GnRH(aGnRH), se houver sinais de puberdade e aprevisão de altura final for ruim, a fim deaumentar o período de tratamento com hGHe ganho de altura final11(B)12(A). Entre-tanto, tal abordagem, além dos efeitos ain-da não avaliados sobre as relações psicos-sociais da criança, acarreta significantediminuição na densidade mineral óssea13(A),com conseqüências a curto e a longo prazonão esclarecidas.

Segurança e Efeitos Adversos do Usodo hGH

A família deve ser sempre orientada cuida-dosamente para os efeitos colaterais do trata-mento com hGH 2(D):

• Efeitos colaterais em curto prazo são raros.Queixas de cefaléia e náuseas que podemindicar hipertensão intracraniana. Nestecaso, a medicação é suspensa e restabelecidaapós cessarem os sintomas14(C).

• Diversos trabalhos têm demonstrado que ouso do hGH na infância não aumenta osriscos de aparecimento15(D) ou aumento dorisco de recorrência de neoplasias adequa-damente tratadas15(D). No entanto, é reco-mendado, durante o tratamento com hGH,controlar os níveis de IGF-I e IGFBP-3,evitando a utilização de doses elevadas dehGH que poderiam, em semelhança aoobservado em pacientes com acromegalia,aumentar os riscos de neoplasias duranteterapias prolongadas15(D).

Page 5: Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de ... · Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de Crescimento: Tratamento Autoria: Sociedade Brasileira de ... aumentar os riscos

5Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de Crescimento: Tratamento

Projeto DiretrizesAssociação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

• A terapia com hGH acarreta, de formadose-dependente, resistência à insulina epode desencadear diabetes mellitus tipo 2em pacientes predispostos16(C). No entan-to, a prevalência de diabetes mellitus tipo1 nas crianças com DGH em tratamento écomparável com a da população geral16(C).Como as conseqüências sobre a resistênciainsulínica em longo prazo são desconhe-cidas, deve-se estar atento a eventuaisconseqüências.

• Pacientes adultos criticamente enfermosque receberam doses altas de GH tiveramaumento da taxa de mortalidade. Taispacientes estavam em grave estadocatabólico pós-traumático, cirurgias car-díacas ou insuficiência respiratóriaaguda17(D). Estas considerações devem sercuidadosamente avaliadas em crianças querecebendo GH tornam-se criticamenteenfermas2(D).

• Ginecomastia18(C), aparecimento ou desen-volvimento de nevos19(C) e aparecimento detraços acromegalóides20(B) são outras açõesadversas relacionadas ao uso do hGH.

• O risco de encefalopatia espongiforme fatal(doença de Creutzfeldt-Jakob, relacionada aoGH extraído de pituitária) não existe com oGH recombinante humano21(C).

Quando se Deve Parar o Tratamento?• Recomenda-se que o tratamento seja inter-

rompido quando a velocidade de cresci-mento é < 2cm/ano, em geral, com idadeóssea de 14 anos, na menina e 16 anos, nomenino22(D).

• Esta orientação sugere uma interrupção dotratamento antes que o pico de massa óssea

seja atingido. Alguns autores propõem queo tratamento deva ser mantido até aproxi-madamente dois anos após o fechamentoda cartilagem de crescimento, para que secomplete o efeito metabólico do GH23(B).

• A transição para a vida adulta deve merecercuidados especiais. O paciente deve ser enco-rajado para manter-se sob cuidados doEndocrinologista Pediatra até que cesse ocrescimento linear e a maturação sexual eque a secreção de GH seja reavaliada24(D).

• Nos pacientes com DGH de causa idio-pática, 1 a 3 meses após suspensão dohGH, a secreção de GH deve ser retestadapor meio do ITT (teste de tolerância àinsulina)25(B). Valores de pico de GH, de-terminados por ensaios que utilizamanticorpos policlonais, > 5 ng/ml afastama DGH e valores < 3 ng/ml indicam amanutenção da DGH e a necessidade dedar continuidade ao tratamento26(B). Pa-cientes com causas genéticas ou orgâni-cas bem estabelecidas de DGH na infân-cia podem passar do tratamento da infân-cia/adolescência para o da fase adulta, semnecessidade de reteste.

• No entanto, a decisão de parar o tratamen-to varia com circunstâncias particulares,como limitações sociais e financeiras. De-vemos lembrar que além do efeito sobre ocrescimento, o GH possui efeitos metabóli-cos que continuam sendo importantes, du-rante toda a vida. A reposição de GH emadultos traz diversos benefícios: aumento dadensidade mineral óssea27(C), aumento damassa óssea27(C), perda de gorduracorpórea28(B), aumento da massamuscular29(B), melhor interação social ebem-estar30(A).

Page 6: Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de ... · Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de Crescimento: Tratamento Autoria: Sociedade Brasileira de ... aumentar os riscos

Projeto DiretrizesAssociação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

6 Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de Crescimento: Tratamento

REFERÊNCIAS

1. GH Research Society. ConsensusGuidelines for the Diagnosis and Treatmentof Adults with Growth HormoneDeficiency: summary statement of theGrowth Hormone Research SocietyWorkshop on Adult Growth HormoneDeficiency. J Clin Endocrinol Metab1998;83:379-81.

2. Saggese G, Ranke MB, Saenger P,Rosenfeld RG, Tanaka T, Chaussain JL, etal. Diagnosis and treatment of growthhormone deficiency in children andadolescents: towards a consensus. Ten yearsafter the Availability of RecombinantHuman Growth Hormone Workshop heldin Pisa, Italy, 27-28 March 1998. HormRes 1998;50:320-40.

3. GH Research Society. Consensus guidelinesfor the diagnosis and treatment of growthhormone (GH) deficiency in childhood andadolescence: summary statement of the GHResearch Society. GH Research Society. JClin Endocrinol Metab 2000;85:3990-3.

4. Ranke MB, Lindberg A, Chatelain P,Wilton P, Cutfield W, Albertsson-WiklandK, et al. Derivation and validation of amathematical model for predicting theresponse to exogenous recombinant humangrowth hormone (GH) in prepubertalchildren with idiopathic GH deficiency.KIGS International Board. Kabi Pharma-cia International Growth Study. J ClinEndocrinol Metab 1999;84:1174-83.

5. Lee KW, Cohen P. Individualizing growthhormone dosing in children. Horm Res2001;56(Suppl 1):29-34.

6. Blethen SL, Baptista J, Kuntze J, Foley T,LaFranchi S, Johanson A. Adult height ingrowth hormone (GH)-deficient childrentreated with biosynthetic GH. TheGenentech Growth Study Group. J ClinEndocrinol Metab 1997;82:418-20.

7. Carel JC, Ecosse E, Nicolino M, TauberM, Leger J, Cabrol S, et al. Adult heightafter long term treatment with recombinantgrowth hormone for idiopathic isolatedgrowth hormone deficiency: observationalfollow up study of the French populationbased registry. BMJ 2002;325:70.

8. Bourguignon JP, Vandeweghe M,Vanderschueren-Lodeweyckx M, MalvauxP, Wolter R, Du Caju M, et al. Pubertalgrowth and final height in hypopituitaryboys: a minor role of bone age at onset ofpuberty. J Clin Endocrinol Metab1986;63:376-82.

9. Cutfield W, Lindberg A, AlbertssonWikland K, Chatelain P, Ranke MB, WiltonP. Final height in idiopathic growthhormone deficiency: the KIGS experience.KIGS International Board. Acta PaediatrSuppl 1999;88:72-5.

10. Wetterau L, Cohen P. Role of insulin-likegrowth factor monitoring in optimizinggrowth hormone therapy. J PediatrEndocrinol Metab 2000;13(Suppl6):1371-6.

11. Saggese G, Federico G, Barsanti S,Fiore L. The effect of administeringgonadotropin-releasing hormone agonistwith recombinant-human growthhormone (GH) on the final height of

Page 7: Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de ... · Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de Crescimento: Tratamento Autoria: Sociedade Brasileira de ... aumentar os riscos

7Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de Crescimento: Tratamento

Projeto DiretrizesAssociação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

girls with isolated GH deficiency: resultsfrom a control led study. J Cl inEndocrinol Metab 2001;86:1900-4.

12. Mericq MV, Eggers M, Avila A, Cutler GBJr, Cassorla F. Near final height in pubertalgrowth hormone (GH)-deficient patientstreated with GH alone or in combinationwith luteinizing hormone-releasinghormone analog: results of a prospective,randomized trial. J Clin Endocrinol Metab2000;85:569-73.

13. Yanovski JA, Rose SR, Municchi G,Pescovitz OH, Hill SC, Cassorla FG, etal. Treatment with a luteinizing hormone-releasing hormone agonist in adolescentswith short stature. N Engl J Med2003;348:908-17.

14. Malozowski S, Tanner LA, WysowskiDK, Fleming GA, Stadel BV. Benignintracranial hypertension in children withgrowth hormone deficiency treated withgrowth hormone. J Pediatr 1995;126:996-9.

15. Critical Evaluation of the Safety ofRecombinant Human Growth Hormo-ne Administration: Statement fromthe Growth Hormone Research Society.J Cl in Endocr ino l Metab 2001;86:1868-70.

16. Cutfield WS, Wilton P, Bennmarker H,Albertsson-Wikland K, Chatelain P, RankeMB, et al. Incidence of diabetes mellitusand impaired glucose tolerance in childrenand adolescents receiving growth-hormonetreatment. Lancet 2000; 355:610-3.

17. Ruokonen E, Takala J. Dangers of growthhormone therapy in critically ill patients.Curr Opin Clin Nutr Metab Care2002;5:199-209.

18. Malozowski S, Stadel BV. Prepubertalgynecomastia during growth hormonetherapy. J Pediatr 1995; 126:659-61.

19. Bourguignon JP, Pierard GE, Ernould C,Heinrichs C, Craen M, Rochiccioli P, etal. Effects of human growth hormonetherapy on melanocytic naevi. Lancet1993;341:1505-6.

20. Carvalho LR, Faria ME, Osório MG,Estefan V, Jorge AA, Arnhold IJ, et al.Acromegalic features in growth hormone-deficient patients after long-term GHtherapy. Clin Endocrinol (Oxf)2003;59:788-92.

21. Fradkin JE, Schonberger LB, Mills JL,Gunn WJ, Piper JM, Wysowski DK, et al.Creutzfeldt-Jakob disease in pituitarygrowth hormone recipients in the UnitedStates. JAMA 1991;265:880-4.

22. Ranke MB. Growth hormone therapy inchildren: when to stop? Horm Res1995;43:122-5.

23. Saggese G, Baroncelli GI, Bertelloni S,Barsanti S. The effect of long-termgrowth hormone (GH) treatment on bonemineral density in children with GHdeficiency. Role of GH in the attainmentof peak bone mass. J Clin EndocrinolMetab 1996;81:3077-83.

Page 8: Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de ... · Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de Crescimento: Tratamento Autoria: Sociedade Brasileira de ... aumentar os riscos

Projeto DiretrizesAssociação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

8 Baixa Estatura por Deficiência do Hormônio de Crescimento: Tratamento

24. Chernausek SD. Managing the transitionof adolescents with GH deficiency. JEndocrinol Invest 2001;24:676-80.

25. Longobardi S, Merola B, Pivonello R, DiRella F, Di Somma C, Colao A, et al.Reevaluation of growth hormone (GH)secretion in 69 adults diagnosed as GH-deficient patients during childhood. J ClinEndocrinol Metab 1996;81:1244-7.

26. Nicolson A, Toogood AA, Rahim A, ShaletSM. The prevalence of severe growthhormone deficiency in adults who receivedgrowth hormone replacement in childhood.Clin Endocrinol (Oxf) 1996;44:311-6.

27. Binnerts A, Swart GR, Wilson JH,Hoogerbrugge N, Pols HA, BirkenhagerJC, et al. The effect of growth hormoneadministration in growth hormone deficientadults on bone, protein, carbohydrate and

lipid homeostasis, as well as on bodycomposition. Clin Endocrinol (Oxf)1992;37:79-87.

28. Salomon F, Cuneo RC, Hesp R, SonksenPH. The effects of treatment withrecombinant human growth hormone onbody composition and metabolism in adultswith growth hormone deficiency. N Engl JMed 1989;321:1797-803.

29. Bengtsson BA, Eden S, Lonn L, Kvist H,Stokland A, Lindstedt G, et al. Treatmentof adults with growth hormone (GH)deficiency with recombinant human GH. JClin Endocrinol Metab 1993;76:309-17.

30. Jorgensen JO, Pedersen SA, Thuesen L,Jorgensen J, Ingemann-Hansen T,Skakkebaek NE, et al. Beneficial effectsof growth hormone treatment in GH-deficient adults. Lancet 1989;1:1221-5.