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B. Amin Aur Belém, novembro de 2012

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B. Amin Aur

Belém, novembro de 2012

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Parecer CNE/CEB nº 05/2011 Resolução CNE/CEB nº 02/2012

O grande começo:

Parecer CNE/CP nº 11/2009

Proposta de experiência curricular inovadora do Ensino Médio

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ENSINO MÉDIO INOVADOR ou

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS?

Vivo interesse da sociedade

Repercussão na mídia com amplo tratamento

Reveladora de amplo interesse da sociedade

Abordagem de pontos sensíveis que aguardavam novos encaminhamentos e soluções (o Ensino Médio ainda não garantiu a universalização, a permanência e a aprendizagem significativa para a maioria de seus estudantes)

Interpretação equivocada difundida: equivalente a novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio

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Conclusões do Parecer CNE/CP nº 11/2009

Estimular, na sua implementação pelas escolas, a diversidade de modelos, com formas várias e contextualizadas, concebidos com flexibilidade e com ênfases e percursos variados que atendam à diversidade de interesses dos diferentes alunos, mas garantindo a necessária orientação da preparação geral/básica para o trabalho preconizada pela LDB.

Estimular a construção de currículos flexíveis, que permitam itinerários formativos diversificados aos alunos e que melhor respondam à heterogeneidade e pluralidade de suas condições, interesses e aspirações, com previsão de espaços e tempos para utilização aberta e criativa.

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Promover a inclusão dos componentes centrais obrigatórios previstos na legislação e nas normas educacionais, e componentes flexíveis e variáveis de enriquecimento curricular que possibilitem, eletivamente, desenhos e itinerários formativos que atendam aos interesses e necessidade dos estudantes.

Orientar, para a concepção de currículo composto por disciplinas e ações, situações e tempos diversos, bem como diferentes espaços intraescolares e da comunidade e de outras instituições que possam intercomplementar o projeto da unidade na realização de atividades educacionais e socioculturais que possibilitem iniciativa, autonomia e protagonismo social.

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Incentivar a cooperação e intercomplementaridade entre escolas, para que constituam “comunidades interescolares”, sobretudo para possibilitar aos alunos um maior leque de opções para acolher a diversidade de interesses que surgirem para os componentes flexíveis e variáveis que integrem o mínimo de 20% de atividades optativas.

Promover o desenvolvimento integrado, multi e interdisciplinar dos componentes curriculares, nas dimensões estruturantes propostas: trabalho, ciência, tecnologia e cultura, considerando as áreas de conhecimento indicadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio e assumidas pelo ENEM.

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Propiciar formação continuada dos gestores, professores e demais profissionais da educação, inclusive com capacitação no processo de forma direcionada para a implementação do novo currículo, para o planejamento conjunto interdisciplinar e contextualizador e das atividades diversificadas, assim como para o relacionamento e diálogo com adolescentes e jovens, para contatos com as famílias, para acompanhamento individual e para recuperação continuada da aprendizagem.

Estimular projetos que contemplem não só currículo adequado, mas que prevejam infraestrutura condizente e apropriada para jovens e adultos, com gestores, docentes, técnicos e demais funcionários selecionados e capacitados para construir uma cultura organizacional e pedagógica voltada para a constituição de Escola da Juventude.

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Parecer CNE/CEB nº 05/2011 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (substitui

Parecer CNE/CEB no 15/98 e Resolução nº 3/98)

Ensino Médio: destaque nas discussões sobre educação brasileira.

Estrutura, conteúdos, condições estão longe de atender às necessidades dos estudantes, na formação para a cidadania e para o mundo do trabalho.

Dois marcos legais: FUNDEB e ampliação da obrigatoriedade de escolarização até 17 anos (Emenda Constitucional no 59/2009).

Novas exigências educacionais decorrentes da aceleração da produção de conhecimentos, da ampliação do acesso às informações, da criação de novos meios de comunicação, das alterações do mundo do trabalho, e das mudanças de interesse das “juventudes”.

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Direito à Educação Educação como direito social

Educação escolar reflete um direito e é componente necessário para o exercício da cidadania e para as práticas sociais.

Constituição Federal: Emenda Constitucional nº 59/2009, que assegura Educação Básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, o que significa que, regularizado o fluxo escolar no Ensino Fundamental, o Ensino Médio também estará incluído na faixa de obrigatoriedade, constituindo-se em direito público subjetivo.

Na LDB, destaca-se o inciso VI do art. 10: os Estados incumbir-se-ão de “assegurar o Ensino Fundamental e oferecer, com prioridade, o Ensino Médio a todos que o demandarem” (Redação dada pela Lei nº 12.061/2009).

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PROJETO DE LEI QUE CRIA O NOVO PNE Metas voltadas diretamente ou que têm relação com o Ensino Médio: I – Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de

15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio para 85%, nesta faixa etária.

II – Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.

III – Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de Educação Básica.

IV – Atingir as médias nacionais para o IDEB já previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

V – Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar o mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.

VI – Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas da Educação de Jovens e Adultos na forma integrada à Educação Profissional nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

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VII – Duplicar as matrículas da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, assegurando a qualidade da oferta.

VIII – Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que todos os professores da Educação Básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

IX – Formar 50% dos professores da Educação Básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.

X – Valorizar o magistério público da Educação Básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.

XI – Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.

XII – Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.

XIII – Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

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ENSINO MÉDIO NO BRASIL

PERSPECTIVA HISTÓRICA *

LDB, Lei Federal nº 9.394/96, define o E. M. como etapa final do nível da Educação Básica.

Destaque de alteração na LDB: Lei nº 11.741/2008, que redimensionou, institucionalizou e integrou as ações da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, da Educação de Jovens e Adultos e da Educação Profissional e Tecnológica. Alterados os artigos 37, 39, 41 e 42, e acrescido o Capítulo II do Título V com a Seção IV-A, denominada “Da Educação Profissional Técnica de Nível Médio”, e com os artigos 36-A, 36-B, 36-C e 36-D.

Esta lei incorporou o essencial do Decreto nº 5.154/2004, sobretudo, revalorizando a possibilidade do Ensino Médio integrado com a Educação Profissional Técnica, contrariamente ao que o Decreto nº 2.208/97 anteriormente havia disposto.

* AUR, B. A. Integração entre o ensino médio e a educação profissional. In: REGATTIERI, M. e CASTRO, J.M. (orgs.) Ensino médio e educação profissional: desafios da integração, Brasília: UNESCO, 2009.

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Anteriores Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – 1998 (Resolução CNE/CEB nº 3/1998)

- as ações administrativas e pedagógicas dos sistemas de ensino e das escolas devem ser coerentes com princípios estéticos, políticos e éticos, abrangendo a estética da sensibilidade, a política da igualdade e a ética da identidade.

- as propostas pedagógicas devem ser orientadas por competências básicas, conteúdos e formas de tratamento dos conteúdos previstos pelas finalidades do Ensino Médio.

- princípios pedagógicos estruturadores dos currículos: identidade, diversidade e autonomia, interdisciplinaridade e contextualização.

- a base nacional comum organiza-se em três áreas de conhecimento: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias; e Ciências Humanas e suas Tecnologias.

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Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a

Educação Básica Parecer CNE/CEB nº 7/2010 e Resolução CNE/CEB nº 4/2010

- definição e gestão do currículo: lógica dirigida, predominantemente, para os jovens, com suas singularidades, em um tempo determinado.

- currículos flexíveis, com diferentes alternativas, para que os jovens tenham a oportunidade de escolher o percurso formativo que atenda seus interesses, necessidades e aspirações.

- procedimentos que guardem maior relação com o projeto de vida dos estudantes.

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AS JUVENTUDES

Juventude: condição sócio-histórico-cultural, produzindo múltiplas culturas juvenis ou muitas juventudes.

Etapa de transitoriedade e como um tempo de liberdade, de experimentação e não responsabilidade.

Maioria dos jovens brasileiros: o trabalho já faz parte de seu presente.

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ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO NOTURNO

Maioria dos estudantes do ensino noturno são adolescentes e jovens, trabalhadores antes de serem estudantes.

Os que estudam e trabalham enfrentam dificuldades para conciliar as duas tarefas.

Constituição Federal, no inciso VI do art. 208, determina: garantia da oferta do ensino noturno regular adequado às condições do educando.

A LDB, no inciso VI do art. 4º, reitera.

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Oferta e organização adequadas às suas condições, para efetivo acesso, permanência e sucesso do estudante trabalhador, que já cumpriu longa jornada laboral, com: - ampliação da duração para mais de 3 anos, com

redução da carga horária diária e da anual, garantindo o mínimo total de 2.400 horas, ou

- Inclusão de atividades não presenciais, até 20% da carga horária diária ou de cada tempo de organização escolar (excluída da Resolução).

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ESTUDANTES DE EJA

Constituição Federal

Inciso I do art. 208:

dever do Estado para com a educação é efetivado mediante a garantia da Educação Básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade,

assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiverem acesso na idade própria.

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LDB

Inciso VII do art. 4º: oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se, aos que forem trabalhadores, as condições de acesso e permanência na escola.

Art. 37: atribui ao poder público a responsabilidade de estimular e viabilizar o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si e mediante oferta de cursos gratuitos aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, proporcionando-lhes oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.

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Organização curricular e metodológica com: ampliaçao da duração do curso, com redução da

carga horária diária e da anual, garantindo o mínimo total de 1.200 horas, ou

Inclusão de atividades não presenciais, até 20% da carga horária diária ou de cada tempo de organização escolar (excluída da Resolução).

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Estudantes indígenas, do campo e quilombolas

Estudantes da Educação Especial

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Pressupostos e fundamentos para Ensino Médio de qualidade social

Dimensões da formação humana:

• Trabalho,

• Ciência,

• Tecnologia

• Cultura Instituídas como base da proposta e do desenvolvimento curricular no Ensino Médio

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TRABALHO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO

O trabalho é base para a organização e desenvolvimento curricular na medida em que:

- proporciona a compreensão do processo histórico de produção científica e tecnológica, como conhecimentos desenvolvidos e apropriados socialmente para a transformação das condições naturais da vida e a ampliação das capacidades, das potencialidades e dos sentidos humanos.

- coloca exigências específicas para o processo educacional, visando à participação direta no trabalho socialmente produtivo.

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PESQUISA COMO PRINCÍPIO PEDAGÓGICO

A sociedade de informação requer aprendizado contínuo ao longo de toda a vida, para além da aquisição de determinadas informações e desenvolvimento de habilidades para certas tarefas, o que requer aprender a aprender, para continuar aprendendo.

Estimulo à realização de pesquisas e à produção de conhecimentos.

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A pesquisa deve estar presente em toda a educação escolar dos que vivem/viverão do próprio trabalho, possibilitando que o estudante seja protagonista na busca de informações e de saberes.

A pesquisa, associada a projetos contextualizados e interdisciplinares/articuladores de saberes, ganha maior significado para os estudantes. Se objetivarem conhecimentos para atuação na comunidade, terão maior relevância, além de forte sentido ético-social.

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DIREITOS HUMANOS COMO PRINCÍPIO NORTEADOR

Constituição: Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos. Estabelece os direitos e garantias fundamentais, afirmando, discriminadamente, os direitos e deveres individuais e coletivos.

Programas Nacional (Decreto nº 7.037/2009), Estaduais e Municipais de Direitos Humanos, Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH), Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Estatuto do Idoso, Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (que tem status constitucional), leis de combate à discriminação racial e à tortura, bem como as recomendações das Conferências Nacionais de Direitos Humanos e instrumentos internacionais, sob a inspiração da Declaração Universal de Direitos Humanos, de 1948.

Educar para os direitos humanos: fomentar processos que contribuam para a construção da cidadania, do conhecimento dos direitos fundamentais, do respeito à pluralidade e à diversidade de nacionalidade, etnia, gênero, classe social, cultura, crença religiosa, orientação sexual e opção política, ou qualquer outra diferença, combatendo e eliminando toda forma de discriminação.

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SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL COMO META UNIVERSAL

Questões socioambientais despertam o interesse das juventudes de todos os meios

Educação Ambiental está amparada pela Constituição Federal e pela Lei nº 9.795/99, que dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), bem como pela legislação dos demais entes federativos.

É componente essencial e permanente da Educação Nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, seja formal ou não formal. Na educação formal e, portanto, também no Ensino Médio, deve ser desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente sem que constitua componente curricular específico.

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DESAFIOS DO ENSINO MÉDIO A apropriação de conhecimentos científicos se efetiva por práticas

experimentais, com contextualização que relacione os conhecimentos com a vida, em oposição a metodologias pouco ou nada ativas e sem significado para os estudantes.

A LDB aponta para a possibilidade de ofertar distintas modalidades de organização, inclusive a formação técnica, com o intuito de tratar diferentemente os desiguais, conforme seus interesses e necessidades, para que possam ser iguais do ponto de vista dos direitos.

Dentre os grandes desafios do Ensino Médio:

- organizar formas de enfrentar a diferença de qualidade reinante nos diversos sistemas educacionais, garantindo uma escola de qualidade para todos.

- indicar alternativas de organização curricular que, com flexibilidade, deem conta do atendimento das diversidades dos sujeitos.

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MARCO LEGALDO ENSINO MÉDIO

LDB

Art. 35 O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidade:

I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

III – o aprimoramento do educando como pessoa humana incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

IV – a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

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Leis que alteraram a LDB, relacionadas direta ou indiretamente com o Ensino Médio, e cujas alterações estão

em vigor atualmente Lei nº 12.061/2009: alterou o inciso II do art. 4º e o inciso VI do art. 10 da LDB, para assegurar o acesso de

todos os interessados ao Ensino Médio público. Lei nº 12.020/2009: alterou a redação do inciso II do art. 20, que define instituições de ensino comunitárias. Lei nº 12.014/2009: alterou o art. 61 para discriminar as categorias de trabalhadores que se devem considerar

profissionais da Educação Básica. Lei nº 12.013/2009: alterou o art. 12, determinando às instituições de ensino obrigatoriedade no envio de

informações escolares aos pais, conviventes ou não com seus filhos. Lei nº 11.788/2008: alterou o art. 82, sobre o estágio de estudantes. Lei nº 11.741/2008: redimensionou, institucionalizou e integrou as ações da Educação Profissional Técnica de

nível médio, da Educação de Jovens e Adultos e da Educação Profissional e Tecnológica. Lei nº 11.769/2008: incluiu parágrafo no art. 26, sobre a Música como conteúdo obrigatório, mas não

exclusivo. Lei nº 11.684/2008: incluiu Filosofia e Sociologia como obrigatórias no Ensino Médio. Lei nº 11.645/2008: alterou a redação do art. 26-A, para incluir no currículo a obrigatoriedade do estudo da

História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Lei nº 11.301/2006: alterou o art. 67, incluindo, para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e no § 8º do art.

201 da Constituição Federal, definição de funções de magistério. Lei nº 10.793/2003: alterou a redação do art. 26, § 3o, e do art. 92, com referência à Educação Física nos

Ensinos Fundamental e Médio. Lei nº 10.709/2003: acrescentou incisos aos art. 10 e 11, referentes ao transporte escolar. Lei nº 10.287/2001: incluiu inciso no art. 12, referente à notificação ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz

competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Publico da relação dos estudantes que apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido em lei.

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Identidade e diversificação no Ensino Médio

Compromisso de atender:

– todos e com qualidade, – a diversidade nacional com sua heterogeneidade cultural, – as necessidades, anseios e aspirações das diversas

juventudes – a realidade da escola e do seu meio

Necessidade de adotar diferentes formas de organização: – unitário em seus princípios e objetivos, mas com

itinerários formativos diversificados que contemplem as diferenças e necessidades socioculturais e econômicas dos estudantes.

– simultaneidade das dimensões trabalho, ciência, tecnologia e cultura.

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ENSINO MÉDIO E PROFISSIONALIZAÇÃO

Superação do dualismo entre propedêutico e profissional.

A LDB, modificada pela Lei nº 11.741/2008, prevê formas de articulação entre o Ensino Médio e a Educação Profissional: a articulada (integrada ou concomitante) e a subsequente, atribuindo a decisão de adoção às redes e instituições escolares.

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A profissionalização no EM é uma das formas possíveis de diversificação, que atende a contingência de milhares de jovens que têm o trabalho como perspectiva mais imediata.

A profissionalização no EM pode responder a uma condição social e histórica em que os jovens trabalhadores precisam obter uma profissão qualificada já nesta etapa de ensino.

Não pode se constituir em modelo hegemônico ou única vertente para o Ensino Médio, pois é uma opção para os que, por uma ou outra razão, a desejarem ou necessitarem.

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FORMAÇÃO E CONDIÇÃO DOCENTE

Necessário repensar a formação dos professores para que possam enfrentar as novas e diversificadas tarefas que lhes são confiadas na sala de aula e além dela.

A função docente e a concepção de formação que deve ser adotada nos cursos de Licenciatura.

LDB, Parágrafo único do art. 61: associação entre teorias e práticas entre os fundamentos da formação dos profissionais da educação.

Desafio: política efetiva de formação inicial e continuada de docentes

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Gestão democrática

O projeto político-pedagógico da escola traduz a proposta educativa construída pela comunidade escolar no exercício de sua autonomia, com base no diagnóstico dos estudantes e nos recursos humanos e materiais disponíveis, sem perder de vista as orientações curriculares nacionais e as orientações dos respectivos sistemas de ensino.

O desenvolvimento de todo o processo democrático depende, em muito, dos gestores dos sistemas, das redes e de cada escola, aos quais cabe criar as condições e estimular sua efetivação.

Gestão democrática do ensino público: um dos princípios explícitos em que se baseia o ensino (inciso VIII do art. 3º da LDB, completado pelo seu art. 14).

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Gestão democrática indicada implicitamente para todas as instituições educacionais nos arts. 12 e 13, entre as quais as privadas.

Organização dos sistemas de ensino: seus órgãos gestores devem contribuir e apoiar as escolas nas tarefas de organização dos seus projetos na busca da melhoria da qualidade da educação

Foco no sucesso do estudante, colocado este no centro do planejamento curricular.

Os estudantes devem tomar parte ativa nas discussões para a definição das regras da escola, sendo estimulados à auto-organização e devem ter acesso a mecanismos que permitam se manifestar sobre o que gostam e o que não gostam na escola e a respeito da escola a que aspiram.

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Avaliação do Ensino Médio

Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica:

- três dimensões básicas de avaliação:

avaliação da aprendizagem,

avaliação institucional interna e externa

avaliação de redes de Educação Básica.

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Projeto político-pedagógico e organização curricular

Projeto político-pedagógico

As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica tratam do projeto político-pedagógico, de construção coletiva, como elemento constitutivo para a operacionalização da Educação Básica e, portanto, do Ensino Médio.

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O projeto político-pedagógico aponta um rumo, uma direção, mas, principalmente, um sentido específico para um compromisso ético-político de adequação intencional entre o real e o ideal, assim como um equilíbrio entre os interesses individuais e coletivos.

Com fundamento no princípio do pluralismo de

ideias e de concepções pedagógicas e no exercício de sua autonomia, o projeto político-pedagógico deve traduzir a proposta educativa construída coletivamente, garantida a participação efetiva da comunidade escolar e local, bem como a permanente construção da identidade entre a escola e o território no qual está inserida.

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Currículo e trabalho pedagógico

Seleção dos conhecimentos historicamente acumulados, considerados relevantes e pertinentes em um dado contexto histórico, e definidos tendo por base o projeto de sociedade e de formação humana que a ele se articula;

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Duas dimensões:

I –dimensão prescritiva, na qual se explicitam as intenções e os conteúdos de formação, que constitui o currículo prescritivo ou formal; e

II – dimensão não explícita, constituída por relações entre os sujeitos envolvidos na prática escolar, tanto nos momentos formais, como informais das suas atividades e nos quais trocam ideias e valores, constituindo o currículo oculto, mesmo que não tenha sido pré-determinado ou intencional.

Ambas geram uma terceira, real, que concretiza o currículo vivo ou em ação, que adquire materialidade a partir das práticas formais prescritas e das informais espontâneas vivenciadas nas salas de aula e nos demais ambientes da escola.

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Mais que acúmulo de informações e conhecimentos, há que se incluir no currículo um conjunto de conceitos e categorias básicas. Não se pretende, então, oferecer ao estudante um currículo enciclopédico, repleto de informações e de conhecimentos, formado por disciplinas isoladas, com fronteiras demarcadas e preservadas, sem relações entre si. A preferência, ao contrário, é que se estabeleça um conjunto necessário de saberes integrados e significativos para o prosseguimento dos estudos, para o entendimento e ação crítica acerca do mundo.

Além de uma seleção criteriosa de saberes, em termos de quantidade, pertinência e relevância, e de sua equilibrada distribuição ao longo dos tempos de organização escolar, possibilitar ao estudante condições para desenvolvimento da capacidade de busca autônoma do conhecimento e formas de garantir sua apropriação.

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Também importantes metodologias de ensino inovadoras,

distintas das que se encontram nas salas de aula mais

tradicionais, que ofereçam a oportunidade de uma

atuação ativa, interessada e comprometida no processo

de aprender, que incluam não só conhecimentos, mas,

também, sua contextualização, experimentação,

vivências e convivência em tempos e espaços escolares

e extraescolares, mediante aulas e situações diversas,

inclusive nos campos da cultura, do esporte e do lazer.

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Organização curricular do Ensino Médio

Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica: A interdisciplinaridade é entendida como abordagem teórico-metodológica com ênfase no trabalho de integração das diferentes áreas do conhecimento. Estratégias e metodologias desafiadoras nas práticas de

organização curricular, pois exigem articulação e diálogo entre os conhecimentos, rompendo com a forma fragmentada como historicamente tem sido organizado o currículo do Ensino Médio.

“A interdisciplinaridade pressupõe a transferência de métodos de uma disciplina para outra. Ultrapassa-as, mas sua finalidade inscreve-se no estudo disciplinar. Pela abordagem interdisciplinar ocorre a transversalidade do conhecimento constitutivo de diferentes disciplinas, por meio da ação didático-pedagógica mediada pela pedagogia dos projetos temáticos”.

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BASE NACIONAL COMUM E A PARTE DIVERSIFICADA: INTEGRALIDADE

A organização da BNC e da PD tem base na LDB.

Cada escola/rede de ensino pode e deve buscar o diferencial que atenda as necessidades e características sociais, culturais, econômicas e a diversidade e os variados interesses e expectativas dos estudantes, possibilitando formatos diversos na organização curricular, garantindo sempre a simultaneidade das dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura.

A base nacional comum e a parte diversificada constituem um todo integrado e não podem ser consideradas como dois blocos distintos.

Os conteúdos sistematizados que fazem parte do currículo são denominados componentes curriculares, os quais, por sua vez, se articulam com as áreas de conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas.

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COMPONENTES OBRIGATÓRIOS PELA LDB

I – o estudo da Língua Portuguesa e da Matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil; II – o ensino da Arte, especialmente em suas expressões regionais, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos estudantes, com a Música como seu conteúdo obrigatório, mas não exclusivo; III – a Educação Física, integrada à proposta pedagógica da instituição de ensino, sendo sua prática facultativa ao estudante nos casos previstos em Lei; IV – o ensino da História do Brasil, que leva em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia; V – o estudo da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras; VI – a Filosofia e a Sociologia em todos os anos do curso; VII – uma língua estrangeira moderna na parte diversificada, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição.

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Em termos operacionais

Os componentes curriculares obrigatórios pela LDB que integram as áreas de conhecimento são os referentes a:

I – Linguagens: Língua Portuguesa. Língua Materna, para populações indígenas. Língua Estrangeira moderna. Arte, em suas diferentes linguagens: cênicas, plásticas e, obrigatoriamente, a musical. Educação Física.

II – Matemática.

III – Ciências da Natureza: Biologia; Física; Química.

III – Ciências Humanas: História; Geografia; Filosofia; Sociologia.

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Obrigatórios por Legislação Específica

I – Língua Espanhola, de oferta obrigatória pelas unidades escolares, embora facultativa para o estudante (Lei nº 11.161/2005).

II – Tratados transversal e integradamente, permeando todo o currículo, no âmbito dos demais componentes curriculares: a educação alimentar e nutricional (Lei nº 11.947/2009, que dispõe sobre

o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da Educação Básica, altera outras leis e dá outras providências);

o processo de envelhecimento, o respeito e a valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria (Lei nº 10.741/2003: Estatuto do Idoso);

a educação ambiental (Lei nº 9.795/99: Politica Nacional de Educação Ambiental);

a educação para o trânsito (Lei nº 9.503/97: Código de Trânsito Brasileiro).

a educação em direitos humanos (Decreto nº 7.037/2009: Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH 3).

Outros componentes complementares, a critério dos sistemas de ensino e das unidades escolares e definidos em seus projetos político-pedagógicos, podem ser incluídos no currículo, sendo tratados ou como disciplinas ou com outro formato, preferencialmente, de forma transversal e integradora.

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Formas de oferta e de organização I – O Ensino Médio pode organizar-se em tempos escolares no formato de séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.

II – No Ensino Médio regular, a duração mínima é de 3 anos, com carga horária mínima total de 2.400 horas, tendo como referência uma carga horária anual de 800 horas, distribuídas em pelo menos 200 dias de efetivo trabalho escolar.

III – O Ensino Médio regular diurno, quando adequado aos seus estudantes, pode se organizar em regime de tempo integral, com no mínimo 7 horas diárias;

IV – No Ensino Médio regular noturno, adequado às condições de trabalhadores e respeitados os mínimos de duração e carga horária, o projeto pedagógico deve atender com qualidade a sua singularidade, especificando uma organização curricular e metodológica diferenciada, e pode, para garantir a permanência e o sucesso destes estudantes:

– ampliar a duração para mais de 3 anos, com menor carga horária diária e anual, garantido o mínimo total de 2.400 horas para o curso;

– incluir atividades não presenciais, até 20% da carga horária diária e de cada tempo de organização escolar, desde que haja suporte tecnológico e seja garantido o atendimento por professores e monitores (possibilidade excluída).

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V – Na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, observadas suas Diretrizes específicas, a duração mínima é de 1.200 horas, sendo que o projeto pedagógico deve atender com qualidade a sua singularidade, especificando uma organização curricular e metodológica diferenciada que pode, para garantir a permanência e o sucesso de estudantes trabalhadores:

– ampliar seus tempos de organização escolar, com menor carga horária diária e anual, garantida sua duração mínima;

– incluir atividades não presenciais, até 20% da carga horária diária e de cada tempo de organização escolar, desde que haja suporte tecnológico e seja garantido o atendimento por professores e monitores (possibilidade excluída)..

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VI – Atendida a formação geral, incluindo a preparação básica para o trabalho, o Ensino Médio pode preparar para o exercício de profissões técnicas, por articulação na forma integrada com a Educação Profissional e Tecnológica, observadas as Diretrizes específicas, com as cargas horárias mínimas de:

3.200 horas*, no Ensino Médio regular integrado com a Educação Profissional Técnica de Nível Médio;

2.400 horas, na Educação de Jovens e Adultos integrada com a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, respeitado o mínimo de 1.200 horas de educação geral;

1.400 horas, na Educação de Jovens e Adultos integrada com a formação inicial e continuada ou qualificação profissional, respeitado o mínimo de 1.200 horas de educação geral;

*As novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio (Parecer CNE/CEB nº 11/2012), posteriores às Diretrizes para o Ensino Médio, permitiram que, nas formas integrada ou concomitante em instituições de ensino distintas com projeto pedagógico unificado, as cargas horárias totais podem ter o mínimo de 3.000, 3.100 ou 3.200 horas, conforme a habilitação profissional ofertada

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VII – Na Educação Especial, Educação do Campo, Educação Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola, de pessoas em regime de acolhimento ou internação e em regime de privação de liberdade, e na Educação a Distância, devem ser observadas as respectivas Diretrizes e normas nacionais.

VIII – Os componentes curriculares que integram as áreas de conhecimento podem ser tratados ou como disciplinas, sempre de forma integrada, ou como unidades de estudos, módulos, atividades, práticas e projetos contextualizados e interdisciplinares ou diversamente articuladores de saberes, desenvolvimento transversal de temas ou outras formas de organização.

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IX – Tanto na base nacional comum quanto na parte diversificada a organização curricular do Ensino Médio deve oferecer tempos e espaços próprios para estudos e atividades que permitam itinerários formativos opcionais diversificados, a fim de melhor responder à heterogeneidade e pluralidade de condições, múltiplos interesses e aspirações dos estudantes, com suas especificidades etárias, sociais e culturais, bem como sua fase de desenvolvimento. * X – Formas diversificadas de itinerários formativos podem ser organizadas, desde que garantida a simultaneidade das dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura, e definidas pelo projeto político-pedagógico, atendendo necessidades, anseios e aspirações dos sujeitos e a realidade da escola e de seu meio.

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XI – A interdisciplinaridade e a contextualização devem assegurar a transversalidade e a articulação do conhecimento de diferentes componentes curriculares, propiciando a interlocução entre os saberes das diferentes áreas de conhecimento.

* O Projeto de Lei do Plano Nacional de Educação para o

decênio 2011-2020 indica, na sua Meta 3, a estratégia de diversificação curricular do Ensino Médio, incentivando abordagens interdisciplinares estruturadas pela relação entre teoria e prática, discriminando conteúdos obrigatórios e eletivos articulados em dimensões tais como ciência, trabalho, tecnologia, cultura e esporte.

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IMPLEMENTAÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS E COMPROMISSO COM SUCESSO DOS ESTUDANTES

A Emenda Constitucional nº 59/2009, incluiu na Constituição Federal justamente a prescrição de que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem organizar em regime de colaboração seus sistemas de ensino (art. 211), e que será articulado o sistema nacional de educação em regime de colaboração, o qual é um objetivo do Plano Nacional de Educação, de duração decenal, a ser estabelecido por lei (art. 214).

Níveis: – Federal – Estadual – Municipal – Escolas – Gestores, professores, especialistas, técnicos, monitores e

outros

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DESTAQUES DA RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 02/2012 Art. 5º O Ensino Médio em todas as suas formas de oferta e organização, baseia-se em:

I - formação integral do estudante;

II - trabalho e pesquisa como princípios educativos e pedagógicos, respectivamente;

III - educação em direitos humanos como princípio nacional norteador;

IV - sustentabilidade ambiental como meta universal;

V - indissociabilidade entre educação e prática social, considerando-se a historicidade dos conhecimentos e dos sujeitos do processo educativo, bem como entre teoria e prática no processo de ensino-aprendizagem;

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VI - integração de conhecimentos gerais e, quando for o caso, técnico-profissionais realizada na perspectiva da interdisciplinaridade e da contextualização;

VII - reconhecimento e aceitação da diversidade e da realidade concreta dos sujeitos do processo educativo, das formas de produção, dos processos de trabalho e das culturas a eles subjacentes;

VIII - integração entre educação e as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como base da proposta e do desenvolvimento curricular.

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§ 1º O trabalho é conceituado na sua perspectiva ontológica de transformação da natureza, como realização inerente ao ser humano e como mediação no processo de produção da sua existência.

§ 2º A ciência é conceituada como o conjunto de conhecimentos

sistematizados, produzidos socialmente ao longo da história, na busca da compreensão e transformação da natureza e da sociedade.

§ 3º A tecnologia é conceituada como a transformação da

ciência em força produtiva ou mediação do conhecimento científico e a produção, marcada, desde sua origem, pelas relações sociais que a levaram a ser produzida.

§ 4º A cultura é conceituada como o processo de produção de

expressões materiais, símbolos, representações e significados que correspondem a valores éticos, políticos e estéticos que orientam as normas de conduta de uma sociedade.

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Art. 6º O currículo é conceituado como a proposta de

ação educativa constituída pela seleção de

conhecimentos construídos pela sociedade,

expressando-se por práticas escolares que se

desdobram em torno de conhecimentos

relevantes e pertinentes, permeadas pelas

relações sociais, articulando vivências e saberes

dos estudantes e contribuindo para o

desenvolvimento de suas identidades e

condições cognitivas e sócio-afetivas.

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Art. 20. Visando a alcançar unidade nacional, respeitadas as diversidades, o Ministério da Educação, em articulação e colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, deve elaborar e encaminhar ao Conselho Nacional de Educação, precedida de consulta pública nacional, proposta de expectativas de aprendizagem* dos conhecimentos escolares e saberes que devem ser atingidos pelos estudantes em diferentes tempos de organização do curso de Ensino Médio.

* Direitos de aprendizagem

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Art. 21. O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) deve, progressivamente, compor o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), assumindo as funções de:

I - avaliação sistêmica, que tem como objetivo subsidiar as políticas públicas para a Educação Básica;

II - avaliação certificadora, que proporciona àqueles que estão fora da escola aferir

seus conhecimentos construídos em processo de escolarização, assim como os conhecimentos tácitos adquiridos ao longo da vida;

III - avaliação classificatória, que contribui para o acesso democrático à Educação Superior.

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Art. 22. Estas Diretrizes devem nortear a elaboração

da proposta de expectativas de aprendizagem,

a formação de professores, os investimentos

em materiais didáticos e os sistemas e

exames nacionais de avaliação.

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Recomendações:

1. Mobilizar a sociedade para a efetivação da Educação Básica para todos, com a universalização do acesso ao Ensino Médio, expandindo o ingresso e criando condições para a permanência e o sucesso dos estudantes, visando a garantir o direito a uma educação de qualidade.

2. Ampliar as estratégias de comunicação com a sociedade, visando à sensibilização e à conscientização dos seus direitos e de sua responsabilidade na construção de uma educação pública de qualidade.

3. Incentivar estratégias para promover efetiva aprendizagem e reduzir a evasão e a repetência na etapa anterior, do Ensino Fundamental, para que o Ensino Médio abranja os jovens de até 17 anos, idade final da escolaridade obrigatória constitucional.

4. Estimular a diversidade de ofertas de Ensino Médio, para que contemple a heterogeneidade dos sujeitos, mediante tratamento e estratégias flexíveis e com tempos apropriados, em diferentes períodos do dia, com adequação às diferenças de idade, com condições de vida e de trabalho, e às características e interesses dos estudantes.

5. Estimular alternativas de currículos concebidos com flexibilidade e com ênfases e percursos variados que permitam itinerários formativos diversificados, para melhor responder à heterogeneidade e pluralidade de necessidades, anseios e aspirações dos sujeitos.

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6. Ter como pressupostos de toda proposta curricular do Ensino Médio o desenvolvimento de conhecimentos, atitudes, valores e capacidades básicas para o exercício de todo e qualquer tipo de trabalho.

7. Ouvir os estudantes e propiciar-lhes condições de atuação como protagonistas na formulação, execução, acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico da escola, para que sejam responsáveis por sua formação e por seu projeto de futuro.

8. Fortalecer estratégias para articulação das políticas educacionais e de trabalho voltadas para a juventude com as políticas de redução das desigualdades sociais e econômicas, e com as políticas de saúde, a segurança, a cultura e lazer.

9. Articular ações de cooperação para promoção da valorização profissional dos professores, nos aspectos de jornada, condições de trabalho, remuneração e formação – seja a inicial, seja a continuada e em serviço, referida ao projeto pedagógico da escola.

10. Estabelecer interlocução com as instituições de ensino superior, visando à construção de propostas curriculares para os cursos e programas de formação inicial de professores que os preparem para as múltiplas e diversificadas exigências de atuação na educação básica, não só em sala de aula, mas também nos demais ambientes e atividades escolares, assim como na comunidade e junto às famílias.

11. Fortalecer e rever o papel dos órgãos intermediários das Secretarias de Educação, principalmente no que se refere ao acompanhamento e ao apoio pedagógico às escolas, não restritos a ações burocráticas.

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