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ÁREA DE PRÁTICA DE DIREITO IMOBILIÁRIO Legislação publicada no Diário da República | 1/2 Recentes decisões dos tribunais superiores: - Acórdãos do Supremo Tribunal de Justiça | 3/5 - Acórdãos do Tribunal da Relação de Lisboa | 5 - Acórdãos do Tribunal da Relação do Porto | 6/7 - Acórdãos do Tribunal da Relação de Coimbra | 8 - Acórdãos do Tribunal da Relação de Guimarães | 9 Concursos Públicos: Timor-Leste, Brasil e São Tomé e Príncipe | 10 Novidades do Mercado | 11/13 Janeiro | 2014 aware LEGISLAÇÃO PUBLICADA NO DIÁRIO DA REPÚBLICA Janeiro 2014 I Série - Procede à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março, que aprova o regime jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos - Decreto-Lei n.º 15/2014, de 23/01. Link: >>> II Série - Abertura do procedimento de classificação do bem imóvel sito à Travessa de S. Carlos, n.os 3 a 7, como Imóvel de Interesse Municipal (Município do Porto) - Aviso n.º 423/2014, de 09/01. Link: >>> - Abertura do período de discussão pública da proposta de plano de pormenor de reabilitação urbana do Campus de Campolide Município de Lisboa - Aviso n.º 497/2014, de 10/01. Link: >>>

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ÁREA DE PRÁTICA DE DIREITO IMOBILIÁRIO

Legislação publicada no Diário da República | 1/2

Recentes decisões dos tribunais superiores:- Acórdãos do Supremo Tribunal de Justiça | 3/5- Acórdãos do Tribunal da Relação de Lisboa | 5- Acórdãos do Tribunal da Relação do Porto | 6/7 - Acórdãos do Tribunal da Relação de Coimbra | 8- Acórdãos do Tribunal da Relação de Guimarães | 9

Concursos Públicos: Timor-Leste, Brasil e São Tomé e Príncipe | 10

Novidades do Mercado | 11/13

Janeiro | 2014

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LEGISLAÇÃO PUBLICADA NO DIÁRIO DA REPÚBLICA

Janeiro 2014

I Série

- Procede à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março, que aprova o regime jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos - Decreto-Lei n.º 15/2014, de 23/01.Link: >>>

II Série

- Abertura do procedimento de classificação do bem imóvel sito à Travessa de S. Carlos, n.os 3 a 7, como Imóvel de Interesse Municipal (Município do Porto) - Aviso n.º 423/2014, de 09/01.Link: >>>

- Abertura do período de discussão pública da proposta de plano de pormenor de reabilitação urbana do Campus de Campolide Município de Lisboa - Aviso n.º 497/2014, de 10/01.Link: >>>

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II Série (CONTINUAÇÃO)

- Abertura do período de discussão pública da proposta de plano de pormenor do eixo urbano Luz Ben-fica Município de Lisboa - Aviso n.º 498/2014, de 10/01.Link: >>>

- Abertura do período de discussão pública da proposta de alteração do Plano de Pormenor das Antas (Município do Porto) - Aviso n.º 593/2014, de 13/01.Link: >>>

- Abertura do período de discussão pública da proposta do Plano de Pormenor do Dallas (Município do Porto) - Aviso n.º 594/2014, de 13/01.Link: >>>

- Abertura do período de discussão pública da proposta de alteração simplificada do Plano Diretor Municipal do Porto (PDM) (Município do Porto) - Aviso n.º 595/2014, de 13/01.Link: >>>

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LEGISLAÇÃO PUBLICADA NO DIÁRIO DA REPÚBLICA (CONTINUAÇÃO)

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I - Acórdãos do Supremo Tribunal de Justiça

Contrato de arrendamento, obras urgentes, suspensão de contrato – Acórdão de 23-01-2014:

“O facto de o arrendatário, depois de receber uma notificação avulsa requerida pelo senhorio, não proceder à entrega do imóvel arrendado, a fim de serem realizadas obras de recuperação profunda do prédio que exigiam a sua desocu-pação por um período dilatado de tempo, não configura uma situação de incumprimento da obrigação de “tolerar as reparações urgentes” a que alude o art. 1038º, al. e), do CC, geradora de responsabilidade civil.No domínio da Lei nº 2.088, de 3-6-1957 (en-tretanto revogada e substituída pelo Dec. Lei nº 157/06, de 8-8), na falta de acordo entre o arrendatário e o senhorio para a suspensão do contrato de arrendamento para realização de obras de reconstrução do edifício, tal efeito apenas poderia ser obtido através de decisão ju-dicial, não bastando a mera notificação judicial avulsa”.Link: >>>.

Caminho público, pessoa pública – Acórdão 21-01-2014:

“No sentido de pôr termo à referida divergên-cia jurisprudencial, o Assento do STJ, de 19-04-1989, hoje com valor de jurisprudência uniformizada, firmou a seguinte jurisprudência: “São públicos os caminhos que, desde tempos imemoriais, estão no uso directo e imediato do público”.Não pode interpretar-se aquele Assento no sen-tido de excluir a dominialidade de um caminho que, tendo sido construído ou legitimamente apropriado, em data recente por pessoa colecti-va de direito público, foi por ela afectado ao uso público, servindo o interesse colectivo que lhe é inerente. Nestes casos, desde que se prove que o caminho foi construído ou foi legitimamente apropriado por uma autarquia, que exerce sobre ele jurisdição, administrando-o, melhorando-o e conservando-o, não pode duvidar-se que se trata de um caminho público pertencente àquela entidade pública.O uso directo e imediato do público em geral, quando imemorial, bastará para caracterizar um caminho como público, mas é ainda necessário acrescentar que esse uso público deve reflectir a sua afectação à utilidade pública, ou seja, à satisfa-ção de interesses colectivos de significativo grau ou relevância”.Link: >>>.

RECENTES DECISÕES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES

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I - Acórdãos do Supremo Tribunal de Justiça

Contrato de arrendamento, aplicação da lei no tempo, direito de preferência – Acórdão de 21-01-2014:

“O regime instituído pelo NRAU aplica-se às re-lações contratuais constituídas que subsistam nessa data, nomeadamente, aos contratos de arrendamento para habitação celebrados antes da entrada em vigor do RAU, e ao exercício do direito de preferência, por parte de arrenda-tário, que dele seja titular aquando da entrada em vigor daquela lei.A eficácia real do direito de preferência atribuído ao arrendatário habitacional, caracterizando o direito real de preferência como um verdadeiro direito real de aquisição, confere àquele o di-reito de adquirir o locado, atribuindo-lhe, como preferente, o direito de exigir a coisa das mãos de qualquer terceiro adquirente, em razão da sua eficácia absoluta e da sua inerência a certo objecto.Aquele que compra uma coisa, sujeita ao direito de preferência de outrem, não pode considerar-se como seu verdadeiro proprietário, enquanto não decorrer o prazo para o exercício daquele direito ou enquanto este não é definido, judi-cialmente, ficando numa situação semelhante aquele que contrata sob condição resolutiva ou que é sujeito de um negócio jurídico inválido.O direito real de preferência atribuído ao arren-datário habitacional não carece de ser registado para produzir os seus efeitos, em relação a ter-ceiros, a quem é oponível, podendo respetivo titular exercer o seu direito, não apenas contra o primitivo adquirente da coisa sujeita à preferência, mas, também, contra qualquer terceiro sub-ad-quirente que sobre a mesma venha a adquirir, posteriormente, um direito real de gozo confli-tuante.A circunstância de ter decorrido um prazo supe-rior a vinte anos, desde a data do ato determi-nante da preferência, isto é, a compra e venda realizada, em 1981, entre os réus, e a data da proposição da ação, em 2004, não represen-ta, no contexto fático considerado, um exercí-cio, desequilibradamente, desproporcional, emrelação à posição jurídica de que a autora preferente era titular, sendo o arrastamento no tempo da clarificação da situação de imputar, em exclu-sivo, ao obrigado à preferência, que vendeu, ilicitamente, o locado a terceiro”.Link: >>>.

Extinção da servidão de passagem - Acórdão de 16-01-2014:

“A desnecessidade susceptível de permitir a extin-ção judicial de uma servidão de passagem há-de ser aferida em função do prédio dominante e não do respectivo proprietário.A jurisprudência dominante vai no sentido de que só deve ser declarada extinta por desnecessidade uma servidão que deixou de ter qualquer utilidade para o prédio dominante.O ónus da prova da desnecessidade incumbe à parte que requer a extinção.Salvaguardadas evidentemente hipóteses de abu-so de direito ou semelhantes, bastará ao proprietário do prédio serviente provar que a servidão deixou de proporcionar utilidade ao prédio dominante para que consiga obter a sua extinção; mas tem de estar demonstrada a desnecessidade”.Link: >>>.

Servidão de passagem, servidão aparente - Acórdão de 18-12-2013:

“Tratando-se de direitos disponíveis, a extinção de uma servidão predial por não uso não é de conhecimento oficioso; tem de ser invocada por aquele a quem aproveita.Entre as causas de extinção das servidões, figura a da “reunião dos dois prédios, dominante e ser-viente, no domínio da mesma pessoa” (al. a) do nº 1 do artigo 1569º do Código Civil); excluiu-se portanto a possibilidade de manutenção da ser-vidão no interesse do proprietário.A falta de indicação da existência de servidão no contrato de arrendamento do prédio onerado, acompanhada da ignorância da sua existência por parte dos arrendatários, não prejudica o prédio dominante; antes se traduzirá num even-tual vício do contrato de arrendamento.O arrendatário do prédio serviente continua ob-rigado a dar passagem, se o proprietário do pré-dio dominante adquirir o direito de propriedade sobre o prédio serviente.As servidões de passagem podem constituir-se por contrato de doação.

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RECENTES DECISÕES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (CONTINUAÇÃO)

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I - Acórdãos do Supremo Tribunal de Justiça

Servidão de passagem, servidão aparente - Acórdão de 18-12-2013 (Continuação):

A circunstância de estar demonstrado que os arrendatários do prédio serviente autorizaram passagens repetidas pelo prédio não releva para considerar não usada a servidão de passagem. Não pode atribuir-se a essa autorização a eficá-cia de apagar a relevância da efectiva passagem pelo prédio arrendado aos réus – e muito me-nos, a eficácia indirecta de conduzir à extinção de uma servidão de passagem pré-existente.As servidões aparentes não deixam de produzir efeitos relativamente a terceiros por não serem levadas ao registo; a aparência que agora interessa destina-se a garantir que se trate de uma ser-vidão que se mostre exteriormente, em termos de poder ser conhecida publicamente, tal como se constasse do registo predial”.Link: >>>.

II - Acórdãos do Tribunal da Relação de Lisboa

Contrato de arrendamento, caducidade – Acórdão de 12-12-2013:

“A norma do art.º 1057º do Código Civil não é ab-soluta e conhece os mesmos limites, para tutela dos credores e adquirentes – terceiros relativamente à relação locatícia – que os próprios direitos reais sofreriam em hipótese de venda executiva.Assim, o arrendamento de imóvel, posterior à constituição de garantia como a hipoteca do mesmo, destarte prioritária, caduca com a ven-da, ex vi do art.º 824º, n.º 2, Código Civil”.Link: >>>.

Loteamento Urbano, propriedade horizontal – Acórdão de 12-12-2013:

“Os projectos de loteamento podem prever a existência de diversas infraestruturas integradas no projecto que permanecem integradas na propriedade privada, como partes comuns.A estas partes comuns é aplicável o disposto nos artigos 1420.º a 1438.º-A, do CC, por força do artigo 43.º do RJUE.Tal remissão não implica a constituição de uma situação de propriedade horizontal na globali-dade do regime, mas apenas o «aproveitamento de um regime legal pré-definido» em algumas das suas dimensões”.Link: >>>.

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RECENTES DECISÕES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (CONTINUAÇÃO)

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III - Acórdãos do Tribunal da Relação do Porto

Servidão aparente, usucapião – Acórdão de 28-01-2014:

“Servidões aparentes, são aquelas cuja existên-cia ou exercício se manifesta através de sinais exteriores reveladores da própria servidão. Não aparentes são aquelas que não se revelam por sinais visíveis e aparentes, cfr. art.º 1548.º n.º2 do C.Civil.As servidões não aparentes, por não se revelarem por sinais visíveis e permanentes, confundem-se, por isso, muitas vezes com actos de mera tolerância do proprietário do prédio serviente. Por não haver nestas servidões sinais visíveis e permanentes, elas podem estar a ser exercidas na ignorância do dono do prédio serviente e tal ignorância obsta à usucapião.A visibilidade dos sinais, que deve ser objectiva, evidenciada “erga omnis”, constitui condição in-dispensável à apreciação de determinados actos, como constituindo um exercício “jure servitutus”, e não um exercício “jure familiaritatis”, um acto de favor, de mera tolerância, característico das relações de boa vizinhança, ou ainda, de um acto clandestino e intencionalmente usurpador.Mas não é necessário que toda a obra ou todos os sinais estejam à vista: pode bastar perfeitamente que esteja visível apenas uma parte da obra ou do sinal, desde que suficiente para revelar aos olhos do observador o exercício da servidão”.Link: >>>.

Contrato de arrendamento, denúncia para habitação do senhorio - Acórdão de 21-01-2014:

“No domínio do Regime do Arrendamento Urba-no, aprovado pelo D.L. nº 321-B/90, de 15/10, a denúncia para habitação do senhorio, além do mais, não dispensa a prova de não ter, na respectiva localidade, casa própria que satisfaça as suas ne-cessidades de habitação ou casa arrendada, há mais de um ano, em idênticas circunstâncias”.Link: >>>.

Propriedade horizontal, responsabilidade do condomínio - Acórdão de 16-01-2014:

“Para que o condomínio esteja obrigado a reparar os danos causados numa fracção autónoma em virtude de uma ruptura na rede comum de águas residuais, é necessário que se verifiquem os requi-sitos da responsabilidade civil.

Comete uma omissão ilícita e incorre na obriga-ção de indemnizar o condomínio que, indepen-dentemente da causa da ruptura, tem conhe-cimento desta e da necessidade de a reparar, mas, apesar de interpelado a fazer a reparação, permite que a situação se mantenha e que por força dela o titular da fracção autónoma continue impedido de a usar.A pura privação do uso da fracção constitui um dano indemnizável, independentemente da demonstração de que em virtude dessa priva-ção o titular da fracção perdeu um rendimento (renda) ou teve de suportar uma despesa (com a substituição da fracção).O valor dessa indemnização deve ser fixado com recurso à equidade, usando como critério, mas não necessariamente como medida exacta, o valor de mercado do uso da fracção para o fim a que era destinada”.Link: >>>.

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III - Acórdãos do Tribunal da Relação do Porto

Registo predial, escritura pública, força probatória - Acórdão de 14-01-2014:

“A força probatória plena das escrituras públicas não abrange as confrontações e delimitações dos prédios nelas declarados comprar e vender.O artº 7º CRegPred, ao preceituar que “o registo definitivo constitui presunção de que o direito existe e pertence ao titular inscrito, nos preci-sos termos em que o registo o define” propõe-se apenas firmar uma dupla presunção, a saber: a) a de que o direito registado existe; b) a de que o mesmo pertence ao titular inscrito, nos precisos termos em que o registo o define; a presunção resultante do registo deixa assim de fora necessaria-mente quer a área, quer as confrontações do pré-dio”.Link: >>>.

Contrato de arrendamento, ilegitimidade do exer-cício do direito de resolução, obras no locado - Acórdão de 14-01-2014:

“É ilegítimo o exercício do direito, por parte do senhorio, de resolução do contrato de arrenda-mento com base na falta de pagamento das ren-das, após ter sido o mesmo notificado pela arrendatária de que iria deixar de pagar as rendas, invocando, para o efeito, o instituto da excepção do incum-primento do contrato, com base no incumpri-mento do mesmo, por parte do senhorio.Sendo da responsabilidade do senhorio fazer as obras no locado, a fim de o inquilino poder usu-fruiu do gozo do imóvel para os fins contratados, deve aquele proceder também a todas as obras que contendam com a reparação do mesmo, no-meadamente retirando do local todos os equipa-mentos que ali foram colocados pela arrendatária e voltando a colocá-los no seu local, findas as obras”.Link: >>>.

Contrato de arrendamento, direito de preferência dos arrendatários e subarrendatários - Acórdão de 13-01-2014:

“No caso de venda ou dação em cumprimento do prédio arrendado, aos respectivos arrendatários (rurais) com, pelo menos, três anos de vigência do contrato, assiste o direito de preferirem na transmissão (artº 28º, nº 1, do RAR, e artº 31º, nº 2, do NRAR).Não estando demonstrada a autorização expressa da proprietária na sua celebração, o contrato de subarrendamento rural é nulo, por se tratar de um negócio jurídico proibido pelo art. 13º, nº

1, do RAR, vigente aquando da sua celebração (cf. art. 280º, do CC).O contrato de subarrendamento não é fonte do direito legal de preferência na transmissão do prédio, até porque o proprietário é terceiro em relação ao subarrendatário, que caduca com este acto (artº 1051º, c), do CC)”.Link: >>>.

Contrato-promessa, interpretação - Acórdão de 09-01-2014:

“A cláusula do contrato-promessa segundo a qual o contrato prometido será celebrado quando o promitente-comprador o deseje só aparente-mente é uma cláusula cum voluerit a favor do credor, uma vez que a natureza jurídica do con-trato-promessa e a sua qualidade de fonte es-pecífica de obrigações em sentido técnico não é compatível com cláusulas que permitam a um dos contraentes, arbitrariamente, libertar-se das consequências do não cumprimento da promessa.A posição de promitente-comprador de um imóvel num contrato-promessa celebrado em vida pelo de cujus e no qual se declarou paga a quase to-talidade do preço integra a herança aberta por óbito daquele.A circunstância de após a celebração da promessa o promitente-comprador ter passado a dispor do bem objecto desta como sua habitação impede que o contrato-promessa possa ser interpretado, na falta de disposição contratual expressa, como contrato intuitu personae”.Link: >>>.

Contrato de arrendamento, pagamento de rendas, renúncia tácita - Acórdão de 18-12-2013:

“O pagamento da renda é co-natural do arrenda-mento, pelo que não cabia à locatária condicionar o pagamento das rendas devidas até ao fim da relação contratual, por denúncia da locatária, à devolução de uma garantia bancária, que tinha por objecto as referidas rendas, na sua totali-dade, garantia essa prevista no contrato.Não implica renúncia tácita ao direito a receber indemnização pela mora no pagamento das ren-das a recíproca entrega de coisas, titulando di-reitos no âmbito de determinado contrato, pois não posterga o exercício ou a exigência de outras prestações, derivadas do contrato.Designadamente, o recebimento de rendas ven-cidas, não implica renúncia tácita à indemnização por mora a que alude o disposto no artº 1041º nº1 CCiv”.Link: >>>.

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IV - Acórdãos do Tribunal da Relação de Coimbra:

Prédio confinante, direito de preferência - Acórdão 14-01-2014:

“O proprietário confinante tem o direito de preferir, mesmo que a área do seu prédio iguale ou exceda a da unidade de cultura, desde que o prédio alienado tenha uma dimensão inferior a essa unidade, o mesmo direito assistindo ao pro-prietário do prédio confinante com área inferior à unidade de cultura, ainda que o prédio objecto de alienação tenha uma área igual ou superior a essa mesma unidade.Se o direito de preferência pertencer a ambos os cônjuges, a comunicação para o seu exercício deve ser dirigida a ambos.Não é admissível - ao menos no tocante às preferências legais – a renúncia antecipada ao direito de preferir, e pertencendo este direito a ambos os cônjuges deve exigir-se, para que seja eficaz, a renúncia de ambos.O preço que o preferente está vinculado ao ónus de depositar restringe-se ao valor em dinheiro a pagar por aquele como contrapartida da aqui-sição do bem sujeito a preferência, valor que corresponde ao sacrifício económico ajustado entre o sujei-to passivo e adquirente, como contrapartida da alienação do bem, não abrangendo, por isso, as despesas realizadas pelo adquirente em vista dessa alienação nem os impostos pagos por força dela”.Link: >>>.

Direito de propriedade, defesa, acção directa, indemnização - Acórdão de 21-01-2014:

“O art. 1366º, nº 1, do C.C. limita-se a conceder ao proprietário do prédio a faculdade – e não a obrigação – de defender o seu direito, mediante recurso a “acção directa” e independentemente da verificação ou não de qualquer prejuízo, arrancando e cortando as raízes, troncos e ramos das árvores existentes em prédio vizinho e que se introduzam no seu prédio, desde que previa-mente o solicite ao dono das árvores e este o não faça dentro do prazo ali referido.Se o proprietário do prédio invadido, podendo cortar – facilmente e sem grandes custos – as raízes, ramos e troncos que se introduzem no seu prédio, omite tal actuação, não poderá exi-gir ao dono das árvores qualquer indemnização dos danos que aquele facto lhe venha a causar, porquanto podia e devia ter actuado com vista a evitar a sua verificação.O mesmo não acontece nas situações em que o proprietário não tem a possibilidade de cortar as

raízes, ramos ou troncos que se estendem para o seu prédio, de forma a evitar a produção do dano, bem como nas situações em que essa actuação – apesar de possível e apesar de permitida pela norma acima citada – não lhe é exigível, desig-nadamente, por ser demasiada onerosa; nestas situações, recairá sobre o dono das árvores a obrigação de indemnizar os danos que por elas sejam causados no prédio vizinho, seja por força do disposto no art. 483º do C.C., seja por força do disposto no art. 493º do mesmo diploma.O citado art. 1366º, nº 1, apenas concede ao proprietário do prédio afectado a faculdade de cortar os ramos, troncos e raízes que se intro-duzirem no seu prédio, não lhe facultando a possibili-dade de entrar no prédio vizinho e arrancar as ár-vores que neste se encontram plantadas; assim, se o dano apenas podia ser evitado com o arranque das árvores, o proprietário lesado nada poderia ter feito para evitar a sua verificação e, como tal, tem o direito de exigir ao dono as árvores a respectiva indemnização”.Link: >>>.

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V - Acórdãos do Tribunal da Relação de Guimarães:

Contrato-promessa de compra e venda, nulidade, abuso de direito – Acórdão de 17-12-2013:

“A falta de reconhecimento presencial das assi-naturas dos outorgantes em contrato-promessa a que alude o artigo 410º nº 3 do Código Civil acarreta a invalidade do negócio, sujeita embora a um regime especial que permite qualificá-la como uma nulidade atípica ou mista, invocável a todo o tempo, em regra apenas pelo promitente-comprador.A parte final do artº 410º nº 3 do Código Civil - não impede que o promitente vendedor demonstre a existência duma situação de abuso do direito de arguir a nulidade do contrato promessa por inobservância das formalidades legais.E não apenas quando a falta tenha sido inten-cionalmente causada pelo promitente-comprador que agora a invoca em juízo, mas também sem-pre que o seu comportamento posterior à con-clusão do contrato tenha sido de molde, por um lado, a não pôr em questão a validade do negócio e, por outro, a criar na contraparte a fundada confiança de que ele seria integralmente cum-prido.Para haver abuso do direito, na modalidade de “venire contra factum proprium”, é necessário saber se a conduta do pretenso abusante … foi no sentido de criar, razoavelmente, na contraparte uma expectativa factual, sólida, que poderia con-fiar na execução dos contratos-promessa”.Link: >>>.

Arrendamento, cessão de exploração de estabelecimento comercial – Acórdão de 10-12-2013:

“O contrato de cessão de exploração comercial, também dito de locação de estabelecimento, traduz-se numa cedência temporária do gozo e fruição de estabelecimento comercial, mediante retribuição.Não obsta á qualificação como cessão de explo-ração o contrato que, titulado por escritura públi-ca, e denominado de arrendamento de prédio, se traduziu, afinal, na cedência da exploração de um estabelecimento hoteleiro.Para que se verifique uma cessão de exploração de estabelecimento comercial não é necessário que o estabelecimento esteja a ser explorado, bastando que se trate duma organização com aptidão para funcionar”.Link: >>>.

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Timor-Leste

- Projecto de Resiliência Climática de Estradas de Timor-Leste – Melhoramento e manutenção da estrada de Díli-Ainaro.Link: >>>

- Plano Director e Design Detalhado para pro-tecção ecológica e melhoramento de Tasitolu.Link: >>>

- Serviços de consultoria no âmbito de contrato para zonamento espacial do território de Timor-Leste.Link: >>>

Brasil

- Concurso Nacional de Arquitetura para a Requali-ficação Urbanística dos trechos 1 e 2 e do Centro Histórico de São José, em Santa Catarina.Link: >>>

- Concurso destinado a selecionar e indicar os projetos mais adequados para a construção de um Centro Cultural, de Eventos e Exposições em cada uma das seguintes cidades: Cabo Frio, Nova Friburgo e Paraty, no Rio de Janeiro.Link: >>>

- Concurso Nacional Ensaios Urbanos: desenhos para o Zoneamento de São PauloLink: >>>

- Concurso de Ideias Re-Perimetral para reaproveitamento das vigas metálicas do Elevado da Perimetral, no Rio de Janeiro, cuja demolição faz parte do projeto de modernização da área portuária conhecida como Porto Maravilha.Link: >>>

São Tomé e Príncipe

- Concurso para consultor para a Elaboração de Estudos e Cadernos de Encargos para a execução de obras de benfeitorias e fiscalização da reabili-tação das maternidades de Neves, de Angolares, de Porto Alegre e da sala de partos da materni-dade do Hospital Ayres de Menezes.Link: >>>

- Serviços de consultoria para controlo de obras a serem efectuadas no domínio das pescas através do projecto PRIASA.Link: >>>

- Concurso para a licitação de 2 blocos da Zona Económica ExclusivaLink: >>>

- Concurso para construção e reabilitação de dezenas de estradas.Link: >>>

CONCURSOS PÚBLICOS

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NOVIDADES DO MERCADO

I – IMOBILIÁRIO– Jornal “O Público”

Dia 8 de Janeiro- Golden Visa vão duplicar investimento imobiliário de 2013.- Novas regras para o uso do solo chegam já em 2014.- Vendas de imóveis do Millennium BCP cresceram 50% em 2013.Link: >>>

Dia 15 de Janeiro- Escritórios e comércio portugueses voltam a atrair capital.- Prémio IHRU distingue projectos de reabilitação em seis cidades.- Millennium BCP aposta em Gaia com preços de campanha competitivos.Link: >>>

Dia 22 de Janeiro- RE/MAX cresce 30% em 2013 e mantém-se otimista para 2014.- Hotel inovador e centro produtivo reactivam Hospital do Desterro.- Millennium BCP aposta em oferta diversificada de imobiliário logístico e industrial.Link: >>>

Dia 29 de Janeiro- Há muito para crescer na venda de imóveis a chineses.- Startups podem encontrar instalações em Leiria a partir de €5.000,00.- Depois de 2013, expectativas positivas para o novo ano.Link: >>>

II –Outras notícias

Dia 2 de Janeiro- Os nascimentos e transferências de fundos imobiliários em 2013.Link: >>>

Dia 13 de Janeiro- O ano começa bem para o imobiliário. Já se investiram 22,5 milhões.Link: >>>

- Portugueses entregaram 2504 casas aos bancos em 2013.Link: >>>

- Queda do preço dos imóveis promete estabilizar em 2014.Link: >>>

Dia 14 de Janeiro - Portugal está a receber novos players de inves-timento no imobiliário de escritórios.Link: >>>

Dia 15 de Janeiro- Mercado Imobiliário comercial marcado por in-vestimento estrangeiro.Link: >>>

Dia 16 de Janeiro- Construção e Imobiliário com menos 17% de in-solvências.Link: >>>

- Sector da construção propõe-se recuperar 70 mil empregos este ano se Governo cooperar.Link: >>>

- Construção e Imobiliário com menos 17% de in-solvências.Link: >>>

Dia 17 de Janeiro- Grupo imobiliário chinês vai promover projectos imobiliários com a China Southern.Link: >>>

Dia 20 de Janeiro- QREN ainda tem 2,8 mil milhões para o sector da construção.Link: >>>

- Certificados energéticos com queda de 18,3%.Link: >>>

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NOVIDADES DO MERCADO (CONTINUAÇÃO)

Dia 23 de Janeiro- 11 projectos portugueses entre os melhores do mundo.Link: >>>

- Sanções a partir do dia 22 de Fevereiro – Aloja-mento local.Link: >>>

- Já há imobiliárias chinesas e pedreiras estão na calha.Link: >>>

- Crescimento do retalho de luxo eleva rendas no Chiado para 90 euros por m2.Link: >>>

Dia 24 de Janeiro

- Valor sob gestão nos fundos imobiliários cresceu 2% em Dezembro.Link: >>>

Dia 29 de Janeiro

- Fundos de investimento imobiliário crescem 1,6% em Dezembro.Link: >>>

Dia 31 de Janeiro

- Saiba em que zonas os preços das casas já sobem.Link: >>>

III – Âmbito Internacional

Dia 2 de Janeiro- Saudi crackdown on expat workers pushing property prices up.Link: >>>

Dia 4 de Janeiro- House price rises slowing in Hong Kong.Link: >>>

Dia 8 de Janeiro- Qatar takes major initiatives in U.S. property market.Link: >>>

Dia 13 de Janeiro- Cushman & Wakefield Anounces The Sale Of Liberdade 108 On Behalf Of Espírito Santo Property To German Investor Gll Real Estate Partners Gmbh For €10 Million.Link: >>>

Dia 15 de Janeiro- Os negócios milionários da SLN/grupo Galilei em Angola.Link: >>>

Dia 17 de Janeiro- Edinburgh real estate returns rise.Link: >>>

Dia 27 de Janeiro- Scottish housing market conditions ‘strengthen.Link: >>>

Dia 28 de Janeiro- Tinsa recomenda que Espanha volte a construir casas em 2015.Link: >>>

Dia 29 de Janeiro- Preços das casas no Reino Unido avançam para máximos de 2008.Link: >>>

Dia 30 de Janeiro- Valorização do mercado imobiliário pode despertar consumo no Japão.Link: >>>

- Vendas pendentes de moradias nos EUA caem 8,7% em Dezembro.Link: >>>

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NOVIDADES DO MERCADO (CONTINUAÇÃO)

Dia 31 de Janeiro- Resultado líquido do grupo BBVA sobe 32,9% potenciado pela diversificação geográfica.Link: >>>

- Vietnam halts slow-moving housing projects.Link: >>>

- How to give Indonesia’s booming property sector a headache.Link: >>>