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AnÆlise do conforto tØrmico em galpıes avícolas com diferentes sistemas de acondicionamento Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.7, n.3, p.559-564, 2003 Campina Grande, PB, DEAg/UFCG - http://www.agriambi.com.br Dermeval A. Furtado 1 , Pedro V. de Azevedo 2 & Ilda de F. F. Tinôco 3 1 DEAg/CCT/UFCG. Fone: (83) 310-1486. E-mail: [email protected] (Foto) 2 DCA /CCT/UFCG. Fone: (83) 310-1189. E-mail: [email protected] 3 DEA/UFV. Fone: (31) 3899-1884. E-mail: [email protected] Resumo: A base deste trabalho foi a anÆlise da influŒncia da tipologia e das condiçıes de conforto tØrmico ambiental em sete sistemas de acondicionamento de aviÆrios de frangos de corte, localizados na mesorregiªo do Agreste paraibano. Os sistemas foram os seguintes: telha de amianto sem ventilaçªo artificial; telha de barro sem ventilaçªo artificial; telha de amianto com ventilaçªo artificial; telha de barro com ventilaçªo artificial; telha de amianto com ventilaçªo artificial e nebulizaçªo; telha de barro com ventilaçªo artificial e nebulizaçªo e telha de amianto com ventilaçªo artificial e aspersªo sobre a cobertura. A avaliaçªo foi feita com base na temperatura do ar (TA), na umidade relativa (UR), no índice de temperatura de globo negro e umidade (ITGU) e na carga tØrmica de radiaçªo (CTR) em diferentes horÆrios, durante o período de verªo. Constatou- se influŒncia da tipologia nas condiçıes de conforto tØrmico e que em todos os sistemas os índices de conforto variaram ao longo do dia, sendo que a TA, o ITGU e a CTR, apresentaram valores considerados acima do ideal, enquanto a UR ficou dentro da zona de conforto tØrmico. Palavras-chave: tipos de cobertura, ambiŒncia, conforto tØrmico, avicultura Thermal comfort analysis in poultry houses with different acclimatization systems Abstract: The study had the objective of analyzing the influence of seven types of roofs on thermal comfort in poultry-house, in the region of Paraíba Agreste. The systems were: asbestos tiles and clay tiles without forced ventilation, asbestos tiles and clay tiles with forced ventilation, asbestos tiles and clay tiles with artificial ventilation and fogging and asbestos tiles with forced ventilation, fogging and sprinkling on the roof. The evaluation was based on the results of air temperature (AT), relative humidity (RH), black globe temperature (BGT) and the radiation thermal charge (RTC), measured at different diurnal times during the summer. Influence of the roof types on the thermal comfort was observed. In all systems the comfort index evaluated varied during the day and that AT, BGT and RTC showed values higher than those considered optimum. The RH values were within the thermal comfort zone. Key words: roof type, thermal comfort, poultry Protocolo 84 - 7/5/2003 - Aprovado em 31/10/2003 INTRODUÇÃO A avicultura mundial apresentou, no ano 2002, uma produção de 46.097 milhões de toneladas, sendo que no Brasil ela foi de 7,2 milhões de toneladas de carne de frango (ABEF, 2003), o que mantém o País como segundo maior produtor mundial, em que as exportações de carne de frango trouxeram divisas de mais de um bilhão de dólares e, atualmente, mais de 60 países compram nosso produto. O consumo interno per capita de carne de frango alcançou 29,4 kg ano -1 , colocando os brasileiros entre os grandes consumidores mundiais dessa carne. Para o aprimoramento da produção avícola intensiva em países tropicais como o Brasil, precisa-se aperfeiçoar os abrigos e equacionar o manejo para superar os efeitos prejudiciais provenientes de alguns fatores ambientais críticos. No País, nota-se aumento da criação de aves confinadas, as quais exigem abrigos específicos para fazer frente a determinadas condições ambientais e, certamente, irão refletir na produtividade do sistema (Moura, 2001). Em climas tropicais e subtropicais, a exemplo do Brasil, os elevados valores de temperatura e umidade relativa do ar encontram-se entre os principais fatores que interferem negativamente nesta atividade (Tinôco, 1998). Dentre os fatores do ambiente, os térmicos são os que afetam mais diretamente a ave, pois comprometem sua função vital mais importante, que é a manutenção de sua homeotermia (Baêta & Souza, 1997). Se essas condições estão próximas das ideais, é grande a probabilidade de se obter alta produtividade.

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    Anlise do confortotrmico em galpes avcolas

    com diferentes sistemas de acondicionamento

    Revista Brasileira de Engenharia Agrcola e Ambiental, v.7, n.3, p.559-564, 2003Campina Grande, PB, DEAg/UFCG - http://www.agriambi.com.br

    Dermeval A. Furtado1, Pedro V. de Azevedo2 & Ilda de F. F. Tinco3

    1 DEAg/CCT/UFCG. Fone: (83) 310-1486. E-mail: [email protected] (Foto)2 DCA /CCT/UFCG. Fone: (83) 310-1189. E-mail: [email protected] DEA/UFV. Fone: (31) 3899-1884. E-mail: [email protected]

    Resumo: A base deste trabalho foi a anlise da influncia da tipologia e das condies deconforto trmico ambiental em sete sistemas de acondicionamento de avirios de frangos decorte, localizados na mesorregio do Agreste paraibano. Os sistemas foram os seguintes: telhade amianto sem ventilao artificial; telha de barro sem ventilao artificial; telha de amianto comventilao artificial; telha de barro com ventilao artificial; telha de amianto com ventilaoartificial e nebulizao; telha de barro com ventilao artificial e nebulizao e telha de amiantocom ventilao artificial e asperso sobre a cobertura. A avaliao foi feita com base na temperaturado ar (TA), na umidade relativa (UR), no ndice de temperatura de globo negro e umidade (ITGU)e na carga trmica de radiao (CTR) em diferentes horrios, durante o perodo de vero. Constatou-se influncia da tipologia nas condies de conforto trmico e que em todos os sistemas osndices de conforto variaram ao longo do dia, sendo que a TA, o ITGU e a CTR, apresentaramvalores considerados acima do ideal, enquanto a UR ficou dentro da zona de conforto trmico.

    Palavras-chave: tipos de cobertura, ambincia, conforto trmico, avicultura

    Thermal comfort analysis in poultry houseswith different acclimatization systems

    Abstract: The study had the objective of analyzing the influence of seven types of roofs onthermal comfort in poultry-house, in the region of Paraba Agreste. The systems were: asbestostiles and clay tiles without forced ventilation, asbestos tiles and clay tiles with forced ventilation,asbestos tiles and clay tiles with artificial ventilation and fogging and asbestos tiles with forcedventilation, fogging and sprinkling on the roof. The evaluation was based on the results of airtemperature (AT), relative humidity (RH), black globe temperature (BGT) and the radiation thermalcharge (RTC), measured at different diurnal times during the summer. Influence of the roof typeson the thermal comfort was observed. In all systems the comfort index evaluated varied duringthe day and that AT, BGT and RTC showed values higher than those considered optimum. TheRH values were within the thermal comfort zone.

    Key words: roof type, thermal comfort, poultry

    Protocolo 84 - 7/5/2003 - Aprovado em 31/10/2003

    INTRODUOA avicultura mundial apresentou, no ano 2002, uma

    produo de 46.097 milhes de toneladas, sendo que no Brasilela foi de 7,2 milhes de toneladas de carne de frango (ABEF,2003), o que mantm o Pas como segundo maior produtormundial, em que as exportaes de carne de frango trouxeramdivisas de mais de um bilho de dlares e, atualmente, mais de60 pases compram nosso produto. O consumo interno percapita de carne de frango alcanou 29,4 kg ano-1, colocando osbrasileiros entre os grandes consumidores mundiais dessacarne.

    Para o aprimoramento da produo avcola intensiva empases tropicais como o Brasil, precisa-se aperfeioar os abrigos

    e equacionar o manejo para superar os efeitos prejudiciaisprovenientes de alguns fatores ambientais crticos. No Pas,nota-se aumento da criao de aves confinadas, as quaisexigem abrigos especficos para fazer frente a determinadascondies ambientais e, certamente, iro refletir naprodutividade do sistema (Moura, 2001).

    Em climas tropicais e subtropicais, a exemplo do Brasil, oselevados valores de temperatura e umidade relativa do arencontram-se entre os principais fatores que interferemnegativamente nesta atividade (Tinco, 1998). Dentre os fatoresdo ambiente, os trmicos so os que afetam mais diretamente aave, pois comprometem sua funo vital mais importante, que a manuteno de sua homeotermia (Bata & Souza, 1997). Seessas condies esto prximas das ideais, grande aprobabilidade de se obter alta produtividade.

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    R. Bras. Eng. Agrc. Ambiental, Campina Grande, v.7, n.3, p.559-564, 2003

    D.A. Furtado et al.

    A zona de termoneutralidade est relacionada a um ambientetrmico ideal, onde as aves encontram condies perfeitas paraexpressar suas melhores caractersticas produtivas. Bata &Souza (1997) e Tinco (2001) consideram o ambiente confortvelcom temperaturas entre 18 e 28 C e umidade relativa entre 50 e70%. Teixeira (1983) pesquisando instalaes para frangos decorte na regio de Viosa e Visconde do Rio Branco, MG, concluiuque da terceira sexta semana, os ambientes cujos valores dendice de temperatura do globo negro e umidade (ITGU) variaramentre 65,0 e 77,0, no afetaram o desempenho dos frangos e,portanto, foram considerados confortveis para produo; naltima semana, os ambientes com valores de ITGU variando entre73,3 e 80,5 foram considerados desconfortveis em virtude dascondies trmicas desfavorveis. Em trabalho realizado porRosa (1984) foram obtidos, s 14 h, em um dia tpico de cu clarocom 12,3 h de insolao, em Viosa, MG, valores de carga trmicade radiao (CTR) de 515,4 W m-2 para galpes com telhas decimento amianto e 498,3 W m-2 para telhas de barro (francesa).

    Do ponto de vista bioclimtico, um dos principais fatoresque influenciam na carga trmica de radiao incidente so ostelhados, principalmente em decorrncia dos materiais decobertura (Silva & Sevegnani, 2001). Para Ns et al. (2001) otelhado o elemento construtivo mais significativo em umainstalao avcola, quanto ao controle da radiao solarincidente. Rosa (1984) concluiu que o fluxo de calor atravsdas coberturas, juntamente com as elevadas temperaturas naface inferior das telhas, a causa principal do desconforto nointerior das instalaes.

    A ventilao necessria para eliminar o excesso deumidade do ambiente e da cama, provenientes da gua liberadapela respirao das aves e dos dejetos, permitir a renovaodo ar e eliminar odores (Tinco,1998), e que uma das alternativaspara melhorar as condies trmicas e promover a renovaodo ar, a ventilao forada. Quando no h problemas com asaturao do ar dentro dos avirios, pode-se utilizar o sistemade resfriamento evaporativo, constitudo basicamente pelo usode nebulizadores, permitindo que o ar no saturado do ambienteentre em contato com a gua em temperatura mais baixa,ocorrendo ento a troca de calor entre o ar e a gua. Parareduzir a temperatura da telha e circunvizinhana nas horas decalor intenso, pode-se utilizar asperso sobre a cobertura.

    As pesquisas realizadas no Brasil sobre conforto trmicopara avirios foram, na maioria, realizadas nas regies Sul eSudeste, havendo poucas informaes sobre essas condiesna regio Nordeste. Ante o exposto, este trabalho teve comoobjetivo analisar sete sistemas de acondicionamento trmicoambiental de avirios para frangos de corte, em condies devero.

    MATERIAL E MTODOSEste trabalho foi realizado nas granjas de frangos de corte

    localizadas na Mesorregio do Agreste do Estado da Paraba,que representa 23,11% do Estado e responsvel poraproximadamente 50% da produo avcola paraibana, realizadono perodo de setembro de 2001 a maro de 2002, quando ocorrea estao seca e so registradas as maiores temperaturas. Asgranjas utilizadas pertenciam empresa GUARAVES

    Guarabira Aves S.A. e as granjas integradas empresa agrcolaSantssimo, localizadas nas microrregies de Campina Grande(coordenadas geogrficas: 7o1518 S, 35o5228 O e altitudemdia de 550 m) e Guarabira (coordenadas geogrficas 60 5118 S; 350 29 24 O e altitude mdia de 98 m). O clima da regio,de acordo com a classificao de Koppen adaptada ao Brasil(Brasil, 1972) do tipo climtico As, quente e mido.

    Estudou-se a influncia da tipologia dos galpes e de setediferentes sistemas de acondicionamento, baseados princi-palmente no tipo de material de cobertura por ser este um dosprincipais fatores que influenciam nos ndices ambientais, e napresena ou no de ventiladores e nebulizadores, nos ndicesde conforto trmico, utilizando-se trs repeties por trata-mento. Avaliaram-se os ndices de conforto trmico com basena temperatura ambiente (TA), umidade relativa do ar (UR),ndice de temperatura do globo negro e umidade (ITGU) e cargatrmica de radiao (CTR) obtidos em intervalos regulares deduas horas, das 8 s 16 h, pelo perodo de dez dias, em cadatratamento.

    Caracterizao dos aviriosTodos os galpes estavam orientados no sentido Leste-

    Oeste, no possuam lanternins, tinham piso concretado,laterais protegidas com telas de arame galvanizado, cortinasmanuais, cama com 10 cm de espessura, composta de palha dearroz ou bagao de cana-de-acar; analisaram-se os seguintestratamentos:

    Telha de amianto sem ventilao artificial (TASV): galpescom mdia de 72,0 m de comprimento por 11,0 m de largura, pdireito de 3,0 m e beiral de 1,8 m, muretas com 0,30 m, alm decomedouros e bebedouros pendulares. A distncia entre osgalpes era, em mdia, de 60 m e densidade de alojamento de10 aves m2. Neste tratamento prevaleceram as condiesclimticas naturais do ambiente.

    Telha de barro sem ventilao artificial (TBSV): galpes commdia de 60,0 m de comprimento por 8,0 m de largura, p direitode 3,0 m e beiral de 2,2 m, muretas com 0,40 m, alm decomedouros e bebedouros pendulares. A distncia entre osgalpes era, em mdia, de 40 m e densidade de alojamento de10 aves m2. Neste tratamento prevaleceram as condiesclimticas naturais do ambiente.

    Telha de cimento amianto com ventilao artificial (TACV):galpes com mdia de 72,0 m de comprimento por 11,0 m delargura, p direito de 3,0 m e beiral de 1,8 m, muretas com 0,30 m,alm de comedouros e bebedouros pendulares. A distnciamdia entre os galpes era de 70 m e densidade de alojamentode 10 aves m2. O sistema de ventilao se compunha de quatroventiladores helicoidais, que eram acionados quando atemperatura do ar atingia 25 oC.

    Telha de barro com sistema de ventilao artificial (TBCV):galpes com mdia de 75,0 m de comprimento por 9,0 m delargura, p direito de 2,30 m e beiral de 0,50 m, muretas com0,30 m. A distncia entre os galpes era em mdia de 12 m. Oscomedouros eram automticos e pendulares e bebedouros

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    Horrios Sistemas

    8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 TASV TBSV TACV TBCV TAVN TBVN TAVA

    26,13 c 26,23 bc 26,36 bc 28,96 a 27,97 ab 25,79 c 26,40 bc

    29,06 ab 28,63 bc 29,66 ab 30,53 a 30,07 ab 27,06 c 28,90 ab

    30,87 a 30,40 ab 30,60 a 31,83 a 30,20 ab 28,69 b 30,94 a

    30,77 a 30,67 a 30,50 ab 30,90 a 29,41 ab 28,80 b 30,46 ab

    28,70 a 29,53 a 29,20 a 29,60 a 27,83 a 28,21 a 27,86 a

    R. Bras. Eng. Agrc. Ambiental, Campina Grande, v.7, n.3, p.559-564, 2003

    Anlise do conforto trmico em galpes avcolas com diferentes sistemas de acondicionamento

    pendulares e densidade de alojamento de 10 aves m2. O sistemade ventilao se compunha de trs ventiladores helicoidais,que eram acionados quando a temperatura do ar atingia 25 oC.

    Telha de cimento amianto com ventilao artificial enebulizao (TAVN): galpes com mdia de 105,0 m decomprimento por 11,0 m de largura, p direito de 3,2 m e beiralde 1,2 m, muretas com 0,22 m, alm de comedouros e bebedourosautomticos. A distncia entre os galpes era em mdia de 60m e densidade de alojamento de 12 aves m2. A ventilaoartificial era composta por dezoito ventiladores posicionadosem duas linhas, os quais eram acionados quando a temperaturado ar atingia valores iguais ou superiores a 25 oC. O sistema denebulizao era constitudo de duas linhas eqidistantes,entrando em funcionamento para temperaturas do ar superioresa 29 oC, e desligados quando a umidade relativa do ar alcanava80% ou quando se presenciava condensao sobre a cama.

    Telha de barro com ventilao artificial e nebulizao (TBVN):galpes com mdia de 105,0 m de comprimento por 11,0 m delargura, p direito de 3,2 m e beiral de 1,2 m; as muretas com0,22 m, alm de comedouros e bebedouros automticos. Adistncia entre os galpes era, em mdia, de 50 m e densidadede alojamento de 13 aves m2. A ventilao se compunha dedezoito ventiladores posicionados em duas linhas, que eramacionados quando a temperatura do ar atingia 25 oC. O sistemade nebulizao constitua-se de duas linhas eqidistantes doeixo do galpo, entrando em funcionamento para temperaturasdo ar acima de 29 oC, e desligados quando a umidade era superiora 80% ou, ento, quando se presenciava condensao sobre acama.

    Telha de cimento amianto com ventilao artificial e aspersosobre a cobertura (TAVA): galpes com mdia de 50,0 m decomprimento por 9,0 m de largura, p direito de 3,0 m, beiral de1,8 m e muretas com 0,40 m, alm de comedouros automticose bebedouros pendulares. A distncia entre os galpes era, emmdia, de 45 m e densidade de alojamento de 10 aves m2. Osistema de ventilao se compunha de ventiladores que eramacionados quando a temperatura do ar atingia 25 oC. O sistemade asperso sobre a cobertura era constitudo de dois tubosde polietileno, um em cada lateral do telhado, aos quais foramintroduzidos os aspersores, que eram acionados quando atemperatura do ar atingia 25 oC.

    Instrumentos e mediesAs leituras foram feitas durante dez dias experimentais, a

    cada duas horas, no intervalo das 8 s 16 h, sendo realizadasas seguintes medies: temperatura de bulbo seco, bulbomido, globo negro e velocidade do vento, a 0,35 m acima donvel da cama, correspondendo ao centro de massa das aves.Com esses dados encontrou-se o valor da tempe-ratura doambiente e se calcularam os valores da UR, do ITGU e da CTR,nos horrios considerados, sendo que estes dois ltimosndices foram calculados pelas equaes proposta porBuffington et al. (1997) e Esmay (1969), respectivamente. Essasmedies foram iniciadas quando as aves tinham idade acimade 30 dias. O experimento foi montado no delineamento emblocos casualizados (DBC), com sete sistemas de acondicio-namento trmico (tratamentos), cinco horrios (8, 10, 12, 14 e 16

    h) e trs repeties. As mdias foram comparadas utilizando-se oteste de Tukey, adotando-se o nvel de 5% de significncia. Paraanlise estatstica dos resultados utilizou-se o programa SAEG7.0 (Sistemas de Anlises Estatsticas e Genticas) desenvolvidona Universidade Federal de Viosa, MG.

    RESULTADOS E DISCUSSOTemperatura ambiente

    Os resultados mdios dirios da temperatura ambienteencontram-se relacionados na Tabela 1, na qual se verifica, demaneira geral, diferena significativa (P < 0,05) na temperaturaambiente para os sistemas de acondicionamento, nos horriosde observao. s 8 h, embora com os sistemas de acondicio-namento desligados ou iniciando seu funcionamento, ocorreudiferena significativa entre eles e o tratamento TBCV; mesmono diferindo estatisticamente do tratamento TAVN, apresentouvalor superior a 28,0 oC. Tomando-se como base este valor esegundo as recomendaes de Bata & Souza (1997) e Tinco(2001), pode-se concluir que as aves estavam fora da zona deconforto trmico.

    Tabela 1. Valores mdios* da temperatura ambiente interna, emoC, para os diferentes horrios e sistemas de coberturaanalisados

    * As mdias seguidas de pelo menos uma mesma letra na coluna no diferem a nvel de 5% deprobabilidade, pelo teste de Tukey

    No horrio das 10 h observa-se que apenas o tratamentoTBVN, mesmo no indicando diferena com o sistema TBSV,foi o nico que apresentou valor de TA inferior a 28,0 oC,demonstrando a eficincia do sistema de acondicionamentodo ambiente. No horrio das 12 h, um dos mais quentes, aTBVN, apesar de no diferir estatisticamente da TAVN nem daTBSV, foi a mais eficiente na reduo da temperatura, seguidada TAVN, mostrando os efeitos benficos dos sistemas emque se utiliza a ventilao e a nebulizao.

    No horrio das 14 h os sistemas TACV, TAVN, TBVN eTAVA no diferiram, mas os sistemas TBVN e TAVNcontinuaram propiciando uma temperatura mais baixa que osoutros sistemas. Nos horrios das 12 e 14 h, todos ostratamentos tiveram valores de TA superiores a 28,0 oC e,portanto, fora das condies ideais de produo. No horriodas 16 horas, perodo em que a temperatura foi menor e novariou dentro dos avirios, independente do sistema deacondicionamento, observou-se que os tratamentos TAVN eTAVA mostraram valores inferiores a 28,0 oC, com o sistemaTBVN tambm muito prximo deste valor. No caso do sistemaTBVN, este fato pode ser justificado pela maior densidade deaves criadas neste sistema, com liberao de uma quantidade

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    Horrios Sistemas

    8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 TASV TBSV TACV TBCV TAVN TBVN TAVA

    76,57 bc 77,95 abc 78,11 abc 79,93 a 79,28 ab 76,78 bc 76,00 c

    79,33 bc 79,27 bc 80,01 abc 82,14 a 81,02 ab 78,54 c 78,90 bc

    81,16 ab 80,97 ab 82,11 ab 82,84 a 80,40 ab 79,34 b 80,80 ab

    80,61 a 80,72 a 80,95 a 80,92 a 79,83 a 78,36 a 80,00 a

    78,08 abc 79,73 abc 79,41 abc 80,01 ab 80,56 a 77,38 bc 77,08 c

    Horrios Sistemas

    8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 TASV TBSV TACV TBCV TAVN TBVN TAVA

    71,94 bc 62,95 c 75,60 ab 69,36 bc 70,49 bc 84,02 a 64,79 c

    59,50 b 61,19 b 62,27 b 62,47 b 61,57 b 79,10 a 55,35 b

    53,63 bc 54,58 bc 56,68 bc 57,58 bc 60,67 ab 67,96 a 47,87 c

    52,10 c 52.45 c 55.57 bc 57,80 bc 63,38 ab 68,50 a 49,44 c

    59,07 bc 55,37 bc 59,75 bc 61,40 abc 69,30 ab 71,37 a 57,96 bc

    R. Bras. Eng. Agrc. Ambiental, Campina Grande, v.7, n.3, p.559-564, 2003

    D.A. Furtado et al.

    maior de calor para o meio ambiente, propiciando temperaturamais elevada.

    Esses elevados valores da temperatura no interior dosavirios foram semelhantes aos encontrados por Hardoin (1989)o qual verificou que a temperatura interna de avirios com esem lanternins, ultrapassa o valor considerado confortvel paraas aves, a partir das 9:30 h, ficando o ambiente desconfortvelpor um perodo dirio superior a 6 h. Ns et al. (2001) tambmconstataram, em avirios de frangos de corte, no horrio das14:30 h, valores superiores a 28,0 oC. Essas elevadastemperaturas esto de acordo com as descritas por Perdomo(1998) para a regio Nordeste, e Furtado et al. (2002) queconcluram que na microrregio de Campina Grande, PB, comonas diversas mesorregies do Estado da Paraba, para osperodos diurnos as aves estavam, a partir da terceira semana,em situao de desconforto trmico.

    Os menores valores de TA para todos os sistemas deacondicionamento de ambiente ocorreram pela manh,crescendo gradualmente at o valor mximo, entre 12 e 14 h, edecrescendo at o final do dia, em razo da diminuio daumidade relativa do ar e do aumento da carga trmica deradiao. Com base na TA, o sistema TBVN apresentou asmenores temperaturas, seguido do TAVN. Os sistemas TASV,TACV e TAVA foram semelhantes, em termos de TA, e o sistemaTBCV mostrou as temperaturas mais elevadas. No caso da altatemperatura no sistema TBCV, a justificativa para tal fato queas medies realizadas neste tipo de galpo ocorreram apenasna microrregio de Guarabira, j que era onde se localizavam osgalpes, com pequena distncia entre eles, telhas j bastanteenegrecidas pelo tempo, p-direito muito baixo (2,30 m) e umbeiral reduzido (0,5 m), fatos que contriburam para que estendice fosse o mais elevado.

    Umidade relativa do ar (UR)Os resultados mdios dirios internos da umidade relativa

    do ar encontram-se relacionados na Tabela 2, na qual se verificadiferena significativa (P < 0,05) na umidade relativa do ar,entre os sistemas de acondicionamento ambiental nos diferenteshorrios de observao. s 8 h, os sistemas de acondiciona-mento apresentaram diferena significativa, mesmo com ossistemas desligados ou entrando em funcionamento, sobretudoaqueles com nebulizadores, sendo que o sistema TBVN indicouumidade mais elevada, mostrando que a influncia dessesistema de acondicionamento se estende durante o perodonoturno, refletindo nos valores de UR, nas primeiras horas.Observa-se, tambm, que o sistema foi, neste horrio, o nicoa ter uma UR considerada acima da zona de conforto trmicoque, segundo as recomendaes, deve ficar entre 50 e 70%(Bata & Souza, 1997 e Tinco, 2001). No horrio das 10 horaso sistema TBVN manteve uma umidade mais elevada, diferindoestatisticamente das demais mas ainda acima da recomendadapelos autores mencionados, embora j dentro dasrecomendaes mximas citadas por Moura (2001). No horriodas 12, 14 e 16 horas, os sistemas em que se utilizaram sistemasadiabticos evaporativos (TAVN e TBVN) mantiveram umaumidade mais elevada, mostrando a eficincia dos sistemas deresfriamento evaporativo.

    Observa-se que, em todas as situaes, a umidade relativado ar mdia dentro dos avirios esteve, na maioria dos horriospesquisados, de acordo com o recomendado, apresentando,nos horrios da 12 e 14 h no sistema TAVA, valor inferior a 50%e o sistema TBVN mostrou valor superior a 70% nos horriosde 8 e 10 hs.

    Verifica-se, em todos os sistemas, que os valores de UR foramdecrescentes at as 12 e 14 h aproximadamente, crescendo apartir deste horrio, conforme esperado, seguindo uma curvacom concavidade inversa ao ITGU. Esta tendncia tambm foiverificada por Tinco (1996), Moraes et al. (1999), Zanolla et al.(1999) e Matos (2001). Com base na UR, principalmente noshorrios mais quentes do dia, os sistemas TBVN e TAVNapresentaram os maiores valores, seguidos dos sistemas TBCV,TACV, TBSV, TASV e TAVA. Esta maior umidade relativa do arnos sistemas TBVN e TAVN pode ser justificada pela presenados nebulizadores, que injetam certa quantidade de gua noambiente, em forma de vapor, elevando a umidade relativa do ar.

    ndice de temperatura de globo negro e umidade (ITGU)Os resultados mdios dirios internos do ndice de tempe-

    ratura do globo negro e umidade encontram-se relacionadosna Tabela 3, na qual se verifica, de maneira geral, diferenasignificativa (P < 0,05) no ITGU para os sistemas deacondicionamento ambiental, nos diferentes horrios deobservao.

    Observa-se tambm, no horrio das 8 h, que os sistemas deacondicionamento apresentaram diferena significativa, mesmocom os sistemas desligados ou entrando em funcionamento,

    Tabela 2. Valores mdios* da umidade relativa do ar interna, em%, para os diferentes horrios e sistemas de coberturaanalisados

    * As mdias seguidas de pelo menos uma mesma letra na coluna no diferem a nvel de 5% deprobabilidade, pelo teste de Tukey

    * As mdias seguidas de pelo menos uma mesma letra na coluna no diferem a nvel de 5% deprobabilidade, pelo teste de Tukey

    Tabela 3. Valores mdios* do ndice de temperatura de globonegro e umidade interna, para os diferentes horrios e sistemasde cobertura analisados

  • 563

    Horrios Sistemas

    8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 TASV TBSV TACV TBCV TAVN TBVN TAVA

    479,66 b 487,65 ab 506,04 a 508,03 a 498,26 ab 496,68 ab 479,69 b

    497,82 b 500,17 b 506,79 b 533,30 a

    3,94 ab 489,04 b 503,60 b

    509,46 bc 512,62 bc 542,05 a 529,86 ab 501,88 c 501,31 c 517,30 bc

    505,31 ab 508,71 a 525,20 a 508,98 a 501,64 ab 480,20 b 508,76 a

    485,23 ab 504,35 a 510,04 a 509,58 a 492,07 a 464,60 b 485,89 ab

    R. Bras. Eng. Agrc. Ambiental, Campina Grande, v.7, n.3, p.559-564, 2003

    Anlise do conforto trmico em galpes avcolas com diferentes sistemas de acondicionamento

    sendo que os sistemas TBCV e TAVN indicaram valores maiselevados para o ITGU. No horrio das 10 h constatou-se queos sistemas TBCV e TAVN continuaram mostrando valoreselevados de ITGU e, no horrio das 12 e 14 h, houve pequenasvariaes estatsticas, com os valores de ITGU os maiselevados registrados, demonstrando que nos horrios maisquentes do dia os sistemas de acondicionamento trmicoutilizados no foram suficientes para reduzir este ndice.

    Considerando-se que o ITGU com valor de at 77 noinfluencia no desempenho das aves (Teixeira, 1983) v-se queapenas o tratamento TASV apresentou, no horrio das 8 h,valor dentro do recomendado, embora diferindo apenas dostratamentos TACV e TBVN. Esses dados demonstram anecessidade de se melhorar os sistemas de acondicionamentoutilizados, j que estes se mostraram ineficientes na diminuiodo ITGU. Outro aspecto a se considerar que, em condiesde campo, uma significativa parcela de sobreaquecimentoadvm do prprio calor gerado pelas aves, agravando mais asituao de desconforto trmico no interior das instalaes.

    Altos valores de ITGU tambm foram verificados nostrabalhos realizados por Hardoin (1989) em avirios com e semlanternins, onde o autor verificou que as aves estiveramexpostas ao ambiente termicamente desconfortvel a partir das8 h 11 min, por um perodo superior a 7 h. Lopes (1999) empesquisa realizada com matrizes de frangos de corte na regiodo Tringulo Mineiro, no perodo matinal, obteve valores deITGU oscilando em torno de 80. Ns et al. (2001) emexperimentos realizados com modelos em escala reduzidaencontraram, no horrio das 14 h, valores de ITGU tambmsuperiores aos recomendados.

    Os valores de ITGU atingiram o mximo entre as 12 e 14 h(perodo mais quente do dia), devido elevao dastemperaturas das vizinhanas do globo negro, principalmentedas temperaturas do solo aquecido e da superfcie inferior dacobertura, que so mais elevadas quando a irradincia solarglobal tambm elevada (Rosa, 1984). O aumento da temperaturadas seces da vizinhana do globo faz com que ele recebamais calor do ambiente, acarretando elevao da suatemperatura com conseqente elevao nos valores de ITGU.

    Observa-se que os valores mdios de ITGU aumentaram apartir das 10 h, atingindo um mximo entre 12 e 14 h,decrescendo em seguida, at as 16 h. Este comportamentodiurno dos valores de ITGU tambm foi verificado por Piasentin(1984), Rosa (1984), Campos (1986), Tinco (1996), Fonseca(1998), Zanolla et al. (1999), Moraes et al. (1999) e Matos (2001).

    Por sua vez, o ITGU mostra, nos sete sistemas deacondicionamento do ambiente, diferena mais acentuada nohorrio das 12 h e, tambm, que os sistemas TBVN, TAVA,TACV e TBSV apresentaram menores valores de ITGU,sobretudo nos horrios mais quentes do dia, e os mais elevadosno TBCV. Alm disso, no sistema TAVN no ocorreu diferenasignificativa entre os horrios, demonstrando que o ITGU semanteve constante ao longo do dia, com o sistema funcionandoperfeitamente. No caso especfico do sistema TBCV, o ITGUseguiu a tendncia da temperatura ambiente, pelos motivos jcitados.

    Carga trmica de radiao (CTR)Os resultados mdios dirios internos da carga trmica de

    radiao encontram-se relacionados na Tabela 4, na qual severifica, de maneira geral, diferena significativa (P < 0,05) naCTR, entre os sistemas de acondicionamento ambiental, nosdiferentes horrios de observao. V-se que, no horrio das 8h, quando os sistemas estavam desligados ou entrando emfuncionamento, ocorreu diferena significativa entre eles e queo sistema TBCV apresentou os valores mais elevados,demonstrando a influncia das instalaes utilizadas. Nosoutros horrios constatam-se variaes estatsticas entre eles,em que os sistemas TBCV e TACV apresentaram valores maiselevados de CTR nos horrios das 10 e entre 12 e 14 h, respecti-vamente.

    Tabela 4. Valores mdios* da carga de radiao interna, em W m-2, para os diferentes horrios e sistemas de cobertura anali-

    sados

    * As mdias seguidas de pelo menos uma mesma letra na coluna no diferem a nvel de 5% deprobabilidade, pelo teste de Tukey

    Considerando-se como referncia os valores de CTR = 498,3W m-2, indicados por Rosa (1984) para o sistema com telha debarro, observa-se que os valores encontrados nos tratamentoscom este tipo de telha, foram inferiores apenas no horrio das8 h, no sistema TBSV, e nos horrios das 8, 10, 14 e 16 h, nosistema TBVN. Quanto aos abrigos em que se utilizaram telhasde cimento amianto (CTR = 515,4 W m-2), observa-se que noshorrios das 8, 10 e 16 h todos os tratamentos tiveram valoresinferiores e, no horrio das 12 h, os tratamentos TACN e TAVAapresentaram valor superior a este. No horrio das 14 h, apenaso tratamento TACV mostrou valor superior ao de referncia.

    Em todos os tratamentos, com exceo do TAVN, os menorese maiores valores de CTR ocorreram s 8 e s 16 h e s 12 e 14h, respectivamente. Este comportamento diurno da CTRtambm foi verificado por Piasentin (1984), Rosa (1984), Campos(1986), Tinco (1996), Fonseca (1998), Zanolla et al. (1999),Ns et al. (2001) e Matos (2001); isto pode ser explicado pelofato de que os valores que definem a CTR ocorrem em funoprincipalmente da irradiao solar direta, a qual atinge os valoresmais elevados prximos de 12 h, quando o sol se posicionade forma mais perpendicular ao plano do horizonte local e,tambm, em funo da radiao de ondas longas emitidas pelavizinhana (Fonseca, 1998).

    O sistema TBVN foi o que apresentou os menores valoresde CTR, seguido do TAVN, enquanto os sistemas TACV eTBCV apresentaram maiores valores de carga trmica radiante.No caso especfico dos sistemas TBVN e TAVN, a CTR seguiua tendncia da temperatura ambiente e do ITGU, j que a CTR influenciada por esses dois ndices, baseando-se nas conclu-ses feitas anteriormente.

  • 564

    R. Bras. Eng. Agrc. Ambiental, Campina Grande, v.7, n.3, p.559-564, 2003

    D.A. Furtado et al.

    CONCLUSESNas condies de realizao do experimento, conclui-se

    que:1. H forte influncia da tipologia nas condies ambientais

    no interior dos galpes, devendo-se observar as normastcnicas para se obter um bom acondicionamento trmico

    2. A temperatura do ar, o ndice de temperatura de globonegro e umidade e a carga trmica de radiao apresentaram,nos horrios mais quentes, valores mdios considerados acimado ideal para frangos de corte. Os valores da umidade relativado ar permaneceram dentro da faixa considerada ideal.

    3. O sistema com telha de barro, ventilao artificial enebulizao apresentou, na regio do Agreste Paraibano, osmelhores valores de acondicionamento trmico para aves decorte.

    LITERATURA CITADA

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