aventuras em sÉrie – livro 1: invasÃo dos robÔs

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Lucas não poderia imaginar que, entre seus colegas de classe, um era um androide. Essa descoberta desencadeia a fúria do invasor, que tinha planos para dominar todos do colégio. Faria dele, então, seu quartel general, do qual passaria a dominar a cidade que mais cresce no país, para desta ganhar o mundo. Começa então uma guerra, e Lucas e seus amigos recebem poderes especiais, sem os quais as chances de vitória seriam nulas. Ao longo das batalhas, surgem novos amigos para enfrentar as forças inimigas, que se consideram invencíveis, nesta que se tornaria uma guerra hercúlea, sem precedentes.

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O Começo

Era um dia normal no colégio. Lucas tinha as aulas de sempre. Porém, algo o incomodava: era Magio, o garoto mais esperto da classe. Nunca tirou uma nota vermelha; o único que o superava era Lucas, mas só em Biologia.

Magio estava com o comportamento muito estranho, ficava repetindo palavras e números. Na aula de Matemática, por exemplo, a professora pediu para Magio responder uma pergunta em que a resposta era dois e meio, e Magio res-pondeu da seguinte forma:

– Dois... Dois... Dois... Dois... Dois...De repente, desmaiou por cinco segundos e logo acordou

dizendo:– A resposta é dois e meio...No entanto, algo ainda mais estranho aconteceu antes do

lanche. Magio olhou para Lucas e disse com voz metálica:– Eliminar testemunha! Mas o sinal do lanche toca. Lucas segura Oliveira e

Henrique e diz que precisam conversar com eles. Então vão para o pátio e começam a analisar:

– Magio está muito estranho – disse Lucas.– Então você também percebeu? – concordou Oliveira.– Do que vocês estão falando? – Henrique indagou perdido.

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– Henrique, seu lesado, não percebeu? – perguntou Lucas.Antes de Lucas chegar a explicar tudo para Henrique,

Magio chegou e estalou os dedos.Quando ele fez isso, o sinal explodiu em chamas, que

se espalharam por todo o corredor. A mangueira de incên-dio também explodiu, mas alguém tinha parado o fluxo de água, assim não saía nem uma gota.

Magio chutou Lucas contra o parapeito da janela que dava para a quadra. As redes de segurança se romperam e Lucas começou a cair. Felizmente, as cordas prenderam em algum lugar e Lucas saiu da rede.

Oliveira e Henrique correram para ver Lucas; Magio estava logo atrás.

– Lucas, você está bem? – quis saber Oliveira.– Sim, só um arranhão – disse Lucas.Magio veio atrás de Oliveira e Henrique.– Pessoal, tomem cuidado! – gritou Lucas.Quando os dois se viraram, Magio deu um soco na cara

deles. Os dois saíram cambaleando para trás, e caíram ao lado de Lucas.

– Vocês estão bem? – perguntou Lucas.– Sim – respondeu Henrique e Oliveira.– Quem é você? – indagou Lucas.– Ué, eu sou o Magio, o seu amigo.– Eu sei que você não é o Magio – disse Lucas.– Bom, já que você já sabe que eu não sou o Magio, acho

que não preciso mais desse disfarce.– Que disfarce? – perguntou Henrique.– A pele humana, minha verdadeira forma é essa! – gri-

tou Magio.

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A pele de Magio fica reluzente e parafusos saem de suas orelhas, seu uniforme torna-se prata e seus pés viram foguetes.

– Sou o androide de captura Magio, unidade dois.– Eu sabia! – disse Lucas.– Qualquer resistência será inútil – alerta Magio.Magio dispara um raio nos pés de Lucas e de seus amigos

e eles ficam imóveis.– Mas o quê? – perguntou Oliveira.– Estamos paralisados! – exclama Henrique.Magio corre furioso para cima de Lucas e de seus ami-

gos, acerta um soco em Henrique, que sai voando para a arquibancada e depois faz o mesmo com Oliveira, que com o impacto arrebenta as redes da arquibancada.

Lucas leva um chute, que parece não surtir efeito, porém Magio liga as turbinas de suas botas foguetes fazendo Lucas voar de cara contra a parede da arquibancada no alto.

– Que força! – impressiona-se Henrique.– Henrique, antes do Magio de dar um soco, o que você

ouviu? – perguntou Oliveira.– Que o Magio é um androide – disse Henrique.– Isso, então você não precisa ficar surpreso com a força

do Magio – falou Oliveira.Enquanto a discussão de Oliveira e Henrique continua,

Lucas começa a cair da altura em que fora jogado, com um pouquinho de sangue em seu lábio inferior e as mangas de seu uniforme rasgadas.

Quando Lucas cai de costas no chão a primeira coisa que ele faz é limpar o sangue em seu lábio e depois grita para Magio:

– Venha aqui, seu covarde!

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Magio aciona as botas foguetes e vai para a arquiban-cada. Depois de chegar lá, ele bate no chão e uma barreira elétrica se forma.

– Droga – reclamou Oliveira.– Uma barreira elétrica – alertou Henrique.– Agora estamos em meu território – disse Magio.Lucas joga uma pedra na barreira de energia e a pedra é

reduzida a pó.– O único jeito de me vencerem é me jogando na barreira

elétrica, mas duvido que consigam fazer isso – provocou Magio.

– Não nos subestime! – gritou Lucas.– Ah! Esqueci de avisar, o único que vai conseguir des-

fazer a barreira é aquele que conseguir o elemento trovão – lembrou-se Magio.

– Como assim, seria o elemento Luz? – questionou Oliveira.

– Quando fui criado, colocaram seis elementos da natu-reza em mim – explicou Magio.

– Então foi por isso que o alarme explodiu! – gritou Henrique.

– Henrique, seus gritos danificam meus circuitos – disse Magio.

– Todo mundo reclama – disse Henrique.– Tá, tanto faz! – falou Lucas enquanto começava a dar

socos em Magio.– Lucas, precisamos de um plano! – gritou Oliveira.Lucas estava socando praticamente o ar; Magio se esqui-

vava como se os socos de Lucas fossem em câmera lenta. Apesar da velocidade de Lucas, Magio simplesmente o chu-tou para longe.

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– Tá legal, aceito um plano.Depois de explicado o plano, todos assumem suas posi-

ções e começam a executá-lo. Henrique começa a chutar Magio, que desvia indo para trás, então Lucas soca sua nuca e ele cambaleia para trás enquanto Oliveira abre sua mochila e tira metais e ferramentas para construir alguma coisa...

– O que você está construindo? – perguntou Lucas.– É surpresa – responde Oliveira.Nesse momento, Henrique leva um soco e cai.– Não deixa ele vir para cá! – gritou Oliveira.– Tá! – respondeu Lucas.– Lucas chuta Magio que cai, mas se levanta e acerta um

soco em Lucas.Henrique se levanta e bate em Magio, mas o golpe foi

sem efeito.– Como vamos vencê-lo se os nossos golpes não têm

efeito? – perguntou Lucas.– Precisamos de um plano – sugeriu Henrique.– E o que estou fazendo? – perguntou Oliveira, pegando

circuitos de sua mochila.– Qualquer coisa, só não está ajudando – concluiu Lucas.– Só esperem mais um pouco, já estou terminando o que

quero fazer – solicitou Oliveira.– Ficaríamos mais confiantes se você contasse o que está

fazendo! – gritou Henrique.– É surpresa – disse Oliveira, mas Lucas insiste:– Que surpresa? – Se é surpresa eu não posso contar – defendeu-se

Oliveira.Lucas bufou de raiva, mas disse para Henrique continuar

distraindo Magio.

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– Qualquer resistência é inútil – reafirmou o robô Magio.– Já ouvimos isso – disse Lucas.Henrique pula e tenta acertar um chute no robô Magio,

mas este o segura e o arremessa, que bate na barreira elé-trica e leva um choque.

– Você está bem? – perguntou Lucas.– Sim – respondeu Henrique.– Vá logo, Oliveira! – Lucas já estava furioso.– Já estou terminando! – avisou Oliveira.– Então vai logo! – insistiu Henrique.Magio avança rapidamente para cima dos dois e tenta

acertá-los, porém eles desviam.– Estamos nos acostumando com a velocidade dele –

comentou Lucas.– É – concorda Henrique.– E aí, Oliveira, como é que está? – perguntou Lucas.– Sério, já estou terminando – disse Oliveira.– Que seja rápido – apressou Lucas, tentando chutar

Magio, em vão.Depois Lucas consegue empurrar Magio para a barreira

elétrica que o eletrocuta e o faz cair...– Consegui! – gritou Lucas.Porém, eles veem Magio se levantando...– Eu não acredito – disse Lucas.– Terminei! – gritou Oliveira.– O que é? – perguntou Lucas.– Vejam! – mostrou Oliveira jogando duas coisas que

construiu para Lucas e Henrique.– O que é isso? São só pedaços de metais! – gritou Lucas.– Lucas, fale o nome de uma arma branca – disse Oliveira.– Espada! – gritou Lucas.

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O pedaço de metal se transforma em uma espada.– Nossa! – exclamou Lucas.– Lança... – pediu Henrique.–...O machado para mim! – completou Oliveira.– Dano irreparável... dez por cento – repetiu Magio robô.– Só dez por cento? – questionou Henrique.– Isso vai mudar – assegurou Lucas confiante.– É! – confirmou Oliveira.– Sim, agora a batalha muda – disse Henrique.Lucas acerta Magio, que bate na barreira elétrica. – Dano irreparável... Vinte por cento... trinta por cento...

quarenta por cento... cinquenta por cento...O androide repete constantemente seu dano irreparável

durante os ataques de Henrique e Oliveira, cada um com seus aparatos.

Então Magio ataca e acerta socos e chutes nos três. Nesse momento, Lucas vê o ponto fraco de Magio; os três abrem um buraco no chão, com um chute. Logo, as coisas se com-plicam, pois a boca de Lucas começa a sangrar de novo, o joelho de Oliveira está machucado e ficando à mostra e Henrique com a bochecha ferida...

– O que vamos fazer, Lucas? – perguntou Oliveira.– Eu vi o ponto fraco dele – revelou Lucas.– Onde é? – perguntou Oliveira.– É na barriga, onde ele guarda os elementos – explicou

Lucas.Do lado de fora do buraco, Magio disse:– Eu sei que vocês estão vivos...

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– Talvez um golpe de nossas armas resolva – disse Henrique.– Pode ser – supôs Oliveira.– Talvez – disse Lucas.– É melhor do que não tentar nada – tentou convencer

Henrique.– É – concordam Lucas e Oliveira.Os três saem do buraco, pulando.– Você vai ver – disse Lucas.– Vamos acabar com você! – ameaçou Henrique.Lucas acerta o robô Magio em sua barriga; imediata-

mente, os símbolos de elementos da natureza aparecem: trovão, gelo, fogo, água, vento e ouro.

– Olha! – apontou Lucas.– Os elementos! – completou Oliveira.– Vamos pegá-los! – gritou Henrique.Lucas acerta com a espada os elementos do gelo e da luz

e Magio robô sofre defeitos nos braços.Oliveira acerta o fogo e o símbolo da água em Magio cau-

sando defeitos nas pernas e na barriga do robô. Henrique, logo em seguida, atinge os símbolos do vento e do ouro fazendo com que Magio sofra danos na cabeça. Então, com um ataque final, Lucas empurra Magio robô para a barreira elétrica, e golpeia a cabeça dele com a espada.

– É isso aí! – gritou Oliveira e Henrique em coro.Então do corpo de Magio robô saem luzes e os três ami-

gos começam a ficar estranhos. Então Lucas gritou:– Trovão, gelo!Então duas luzes entram em Lucas.Depois Oliveira entoou:– Fogo, água!

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As luzes também entram em Oliveira.Finalmente Henrique completou:– Vento, ouro.E as luzes penetram em Henrique.– Não me sinto diferente – comentou Lucas.– Nem eu – disse Henrique.– E você, Oliveira? – perguntou Lucas.– Não, nem uma diferença, mas tem uma coisa que quero

mostrar a vocês – falou Oliveira.Ele pega seis esferas de metal do bolso e mostra-as para

Lucas e Henrique.– Isso aqui são esferas de animais; cada uma tem um ani-

mal que você pode usar com a arma que você tem...Ele entrega duas para cada um – Lucas e Henrique –, e

duas ficam para ele.As de Lucas tem o formato do dragão e de um pinguim.– Por que de um dragão, Oliveira? – perguntou Lucas.– Eu achei que o elemento trovão fosse ficar para mim –

disse Oliveira.As de Henrique assumiram formas de cavalo e águia.– Uau! Que legal...E as de Oliveira a de um lobo e de um tubarão...– Nós também podemos usar os elementos para dar gol-

pes mais fortes, é só concentrar o elemento que você quiser na arma e, pronto, você tem um ataque final. Já para acionar os animais você precisa colocar as esferas no buraco, que se abre ao puxar o cabo das armas.

– Legal! – exclamou Lucas e, em seguida, Henrique tam-bém concorda.

Então Lucas se lembra de uma coisa que não podia ter esquecido...

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– Pessoal, o pátio ainda está pegando fogo.– É mesmo – confirmou Henrique.A cabeça de Magio robô abre de repente e dela saem mais

seis luzes que atingem o céu. E após as luzes terem saído da cabeça do robô um chip aparece em sua cabeça e Lucas pega-o.

Quando Henrique tenta sair da arquibancada leva um choque e reclama:

– Lucas, ainda não se livrou da barreira elétrica? – per-guntou Henrique.

– Foi mal.Lucas se aproxima da barreira, então dá um toque suave

nela e ela desaparece.– Pronto...Em seguida todos vão para o pátio, que está pegando

fogo.– E agora? – indagou Henrique.– Não olhe para mim, olhe para o garoto de fogo – incli-

nou-se Lucas olhando para Oliveira.– Não sei como parar o fogo – disse Oliveira.– Mas pode tentar? – perguntou Henrique.– Posso – garantiu.Oliveira caminha até o fogo e quando o toca, ele se apaga...– Continua, Oliveira! – gritou Lucas.Oliveira faz isso com todas as outras chamas, depois a

secretária liga para os pais das crianças e logo vão todos embora. Porém Lucas e seus amigos nem podem imaginar o que acontecerá no dia seguinte...

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