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Tavares Queijo ERMESINDE N.º 905 ANO LIII/LV JUNHO de 2013 DIRETORA: Fernanda Lage PREÇO: 1,00 Euros (IVA incluído) • Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 • Fax: 229759006 • Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde • E-mail: [email protected] A VOZ DE A VOZ DE ERMESINDE MAIS DE 50 ANOS – E MAIS DE 900 NÚMEROS ! MENSÁRIO TAXA PAGA PORTUGAL 4440 VALONGO DESTAQUE FUTEBOL Assembleia Geral do Ermesinde SC terminou com resultados inconclusivos DESPORTO “A Voz de Ermesinde” - página web: http://www.avozdeermesinde.com/ Visitas de trabalho de vários partidos ao Centro Social de Ermesinde PÁG. 10 Acompanhe também “A Voz de Ermesinde” online no facebook Instalação da empresa holandesa EDC em Ermesinde, além de resolver o impasse de oito anos do Edifício Faria Sampaio, vem criar expetativas de emprego qualificado jovem PÁG. 3 Apresenta-se de novo às urnas para disputar a Junta de Freguesia de Ermesinde em luta direta com Luís Ramalho. Só que, desta vez, diz Tavares Queijo, ultrapassada uma situação anómala, é para ganhar! Entrevista nas PÁGs. 4, 5 e 6 A situação social é a minha prioridade absoluta! URSULA ZANGGER

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Jornal "A Voz de Ermesinde", de junho de 2013.

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Page 1: AVE_905

TavaresQueijo

ERMESINDEN.º 905 • ANO LIII/LV JUNHO de 2013 DIRETORA: Fernanda Lage PREÇO: 1,00 Euros (IVA incluído)• Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 • Fax: 229759006 • Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde • E-mail: [email protected]

A VOZ DEA VOZ DEERMESINDEMAIS DE 50 ANOS – E MAIS DE 900 NÚMEROS! M E N S Á R I O

TAXA PAGAPORTUGAL

4440 VALONGO

DESTAQUE

FUTEBOLAssembleiaGeraldo Ermesinde SCterminoucom resultadosinconclusivos

DESPORTO

“ A V o z d e E r m e s i n d e ” - p á g i n a w e b : h t t p : / / w w w . a v o z d e e r m e s i n d e . c o m /

Visitasde trabalhode váriospartidosao Centro Socialde Ermesinde

PÁG. 10

Acompanhe também “A Voz de Ermesinde” onl ine no facebook

Instalaçãoda empresaholandesa EDCem Ermesinde,além de resolvero impasse de oitoanos do EdifícioFaria Sampaio,vem criarexpetativasde empregoqualificado jovem

PÁG. 3

Apresenta-se de novo às urnas para disputar a Junta de Freguesia deErmesinde em luta direta com Luís Ramalho. Só que, desta vez, diz Tavares Queijo,ultrapassada uma situação anómala, é para ganhar! Entrevista nas PÁGs. 4, 5 e 6

A situaçãosocialé a minhaprioridadeabsoluta!

URSULA ZANGGER

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2 A Voz de Ermesinde • JUNHO de 2013Destaque

FERNANDA LAGEDIRETORA

Ultrapassar a criseem democracia

ED

ITO

RIA

L

não do que está dentro de nós, certamente com menosdinheiro mas por isso mesmo com mais atenção à dignidadee à vida das pessoas, com solidariedade e susten-tabilidade». (1)

Também a nível autárquico temos de saber quais são asnecessidades da nossa terra e quais os fundos com quepodemos contar.

Aproximam-se as eleições e com elas toda uma atividadede visitas e reconhecimento dos problemas das terras e dasinstituições locais. São momentos que aproximam os go-vernantes dos governados, o diálogo é facilitado e podenalguns casos ser motivo para aprofundar e debater pontos

de vista diferentes.A Carta Europeia da Autono-

mia Local aprovada em 1985 noConselho da Europa considerouno seu preâmbulo que as autar-quias locais são um dos princi-pais fundamentos de todo o re-gime democrático.

Em Portugal as autarquias lo-cais são desde 1976 dignidadeconstitucional, pessoas coletivasda população e território de todosos órgãos representativos queunem a prossecução dos inte-resses de todos.

Fala-se muito em democraciamas muitas vezes não aprovei-tamos os momentos certos paraa exercer.

As eleições e a sua prepa-ração podem ser a altura certa

para descobrirmos e estreitarmos os laços que nos ligam àcomunidade e compreendermos os ideais de liberdade, odireito à diferença, a necessidade de racionalizar as opções.

Aproveitemos de uma forma positiva e ativa os momentosde diálogo e reflexão que a preparação das eleiçõesautarcas nos proporcionam.

(1) António Nóvoa, intervenção na Aula Magna, 30/5/2013.

á quem pense que não é possívelultrapassar esta crise em democracia ecom um Estado social que garanta aopovo português uma vida com dig-nidade.

Vivemos num Estado de DireitoH

Democrático e Social. Desde o 25 de Abril de 1974que Portugal investiu muito na construção do EstadoSocial que hoje temos.

Já ninguém tem dúvidas que não é com mais emais austeridade que vamos ultrapassar esta crisecujos resultados estão à vista de todos: recessão,desemprego, aumento dadívida, empobrecimentoe desânimo.

Considerar que a criseé apenas resultado doEstado Social que temos,é pouco, muito pouco. Ascausas são muitas e devárias ordens, desde umazona euro mal construída,investimentos mal orien-tados, um sistema finan-ceiro especulativo e des-controlado, uma promis-cuidade entre o público eo privado, a que não foiestranha uma crise inter-nacional.

É importante e neces-sário pensar que Estadoqueremos, como torná-losustentável e só depois falar em cortes, se foremnecessários.

Primeiro temos de libertar Portugal desta aus-teridade, é uma questão de liberdade, como diz AntónioNóvoa, reitor da Universidade de Lisboa. Temos deultrapassar este desalento, construir uma esperança,«de nada nos serve um desenvolvimento ilusório dasúltimas décadas, um desenvolvimento vindo de fora e

IMAGEM DE ARQUIVO

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JUNHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 3Destaque

• PROTOCOLO ENTRE CÂMARA DE VALONGO E EDC•

LC

João Paulo Baltazar (pelaCâmara Municipal de Valongo,que lidera), e João Mena de Ma-tos (pela European DesignCenter, a que surpreendentemen-te preside), assinaram um proto-colo pelo qual se dá início à insta-lação desta empresa holandesaem Ermesinde. A cerimónia tevelugar no corpon B do EdifícioFaria Sampaio, precisamenteaquele que vai ser ocupado erequalificado pela EDC.

Além das mais valias tec-nológicas trazidaspelo projeto da EDC,e das boas pers-petivas que abrepara o trabalho qua-lificado jovem, oacordo agora celebra-do vem resolver a si-tuação lamentável deoito anos de abando-no e inutilidade aque esteve sujeito oEdifício Faria Sam-paio, um autêntico“elefante branco”que muitos reconhe-cem, fruto de tem-pos de abundância edo financiamento doPrograma Polis, emque foi construído,embora não tivesse ne-nhum projeto a ele as-sociado.

À cerimónia da assinaturadeste protocolo quiseram asso-ciar-se o atual presidente da Co-missão de Coordenação e Desen-volvimento Regional do Norte(CCDRN), Carlos Neves, e opresidente da Associação Por-tuguesa de Designers, (APD),

Intervenção deCarlos Neves

Foi Carlos Neves o primei-ro dos oradores a intervir, ten-do elogiado a vontade concreti-zada quer do município de Va-longo, quer da EDC, em avan-çar com o empreendimento.

Carlos Neves chamou de-pois a atenção para a impor-tância de bem utilizar os fun-dos estruturais nos anos que seavizinham, já que quer o inves-timento público, quer o inves-timento privado não deverão

com certreza, crescer nos pró-ximos tempos.

Carlos Neves elencou de-pois um conjunto de valores queorientam a ação da CCDRN, asaber a valorização (engloban-do os recursos endógenos e aaspessoas), a capacitação (certoinvestimento, público ou priva-

do, torna mais capazes os recur-sos que se têm), a interna-cionalização (com base numaexperiência portuguesa de maisde 500 anos de globalização), aespecialização (ter clareza noinvestimento – saber onde va-mos ter pesca, agricultura ou ci-ências da saúde, por exemplo), aindustrialização (temos que vol-tar a produzir e voltar à fábrica,à terra e ao mar), a cooperação(aproveitar os recursos em redee as parcerias como resposta àcarência de acesso a capitais) e,finalmente, a comunicação (ter

capacidade de mar-keting territorial, emarticulação com osplanos operacionais.

No projeto emconcreto, CarlosNeves destacou aexpetativa de maisemprego e de cres-cimento económico.

Intervençãode JoãoMenade Matos

O presidente daEDC começou porapresentar a sua his-tória. Tendo ido es-tudar para a Holan-da nos anos 80, porlá ficou. Por issoalém do interesse

estratégico e racional da empre-sa em investir em Portugal, étambém para ele um prazerpoder fazê-lo.

João Mena de Matos apre-sentou depois a EDC, uma em-presa com o foco na inovação ena interseção entre design e

Um importante protocolo decooperação, pelo qual a empresaholandesa European DesignCenter (EDC), se irá instalar emErmesinde, no até agora abando-nado Edifício Faria Sampaio, foiassinado no passado dia 31 demaio, trazendo muitas expetativasde abertura de trabalho jovem equalificado para o concelho.Numa fase inicial fala-se em qua-se 100 postos de trabalho, masestima-se que possam vir a che-gar a cerca de 800 diretos e sensi-velmente o dobro de indiretos.

Câmara de Valongo celebra protocolocom empresa tecnológica holandesaque se vai instalar no Faria Sampaio

FOTOS MANUEL VALDREZ

Nuno Sá Leal. tecnologia.

Deu depois algumas ideiasdas atividades em que esta em-presa está envolvida, como a daprodução de moda sustentável,das ferramentas para a influên-cia no processo de design dehabitações a custos controlados,ou como o dos simuladores des-tinados às equipas médicas(num processo semelhante aodos simuladores de voo quetanto têm contribuído para me-lhorar os níveis de segurança).

Neste domínio entram osSerious Games, jogos de ades-tramento profissional.

João Mena de Matos des-creveu a experiência dos qua-dros holandeses como muita di-ficuldade de comunicação como tecido empresarial brasileirose destacou as potencialidadesde Portugal, onde é vulgar a exis-tência de facilidade de comuni-cação em várias línguas.

Anunciou depois, para umaprimeira fase, a criação de 50 a100 novos postos de trabalhoqualificados, sendo o preço damão de obra qualificada emPortugal substancialmente maisatrativo do que no mercado ho-landês ou noutros europeus.Para uma segunda fase podere-se-iam vir a criar quase um mi-lhar de postos de trabalho dire-tos, e umas ou três vezes mais,de postos de trabalho indiretos.

Nuno Sá Leal fez uma bre-víssima intervenção a pedido eno meio da comunicação de JoãoMena de Matos, para destacaro interesse da criação de um Mu-seu Português do Design, para oqual era necessário um grandetrabalho prévio de catalogaçãovisando a abertura ao público.

O presidente da AssociaçãoPortuguesa de Designers deixou,

por fim, no ar, a ideia de que iri-am brevemente seguir-se váriasiniciativas, nas quais a EDC te-ria um papel importante.

Intervenção deJoão Paulo Baltazar

Interveio, por fim, o presi-dente da Câmara Municipal deValongo, João Paulo Baltazar,que agradeceu aos elementoscom assento na mesa e demaispersonalidades presentes (,como por exemplo o vice-reitorda Universidade do Porto.

Apontou depois a necessi-dade do concelho reforçar osseus fatores de competitividadee, passando ao caso concreto daEDC, narrou que logo desde osprimeiros contactos, se identi-ficaram interesses mútuos econdições de atratividade paraa empresa (acessibilidade ao ae-roporto, disponibilidade de re-cursos humanos, situação char-neira entre litoral e interior). Aproximidade das universidadesdo Porto, Aveiro e Minho eraoutro fator favorável ao recru-

Falando depois das capaci-dades e da imagem do concelho,João Paulo Baltazar referiu queeste precisa de ser positivamen-te agressivo, e numa alegoria fu-tebolística, apontou que não seesperando muitos passes a ras-gar a área, «teremos que ser bonspontas de lança».

Apontou depois que tantoa EDC como a Câmara de Va-longo têm largas margens deprogressão. «A marca Valongonão tem sido bem tratada aolongo dos anos», reconheceu.Por isso seria agora urgente,depois de credibilizada, que elapossa começar a ser projetada.

Referiu a necessidade de sercriativo, a importância de criaremprego no concelho, com osganhos de tempo e de qualida-de de vida daí advindos.

E terminou apontando queesperava que a EDC fosse umfarol de competitividade e ino-vação no concelho, com o Edi-fício Faria Sampaio, a partir deagora, uma referência, mas porvalores positivos.

O restante programa

Após a intervenção do pre-sidente da Câmara de Valongoseguiu-se uma apresentação di-gital, com vários exemplo daatividade e projetos da EDC,como nos materiais ecológicospara a indústria de vestuário, aprodução de simuladores paraatividades médicas ou de jogos.

Abordada nesa apresenta-ção foi também o modelo denegócio da empresa, que assen-ta não sobretudo na oferta deprodutos, mas antes na de so-luções e serviços.

A sessão protocolar teve oseu encerramento com umapassagem de modelos no exte-rior do Edifício Faria Sampaio,modelos estes que refletiam al-guns dos projetos da EDC,como a título de exemplo, en-tre muitos, o vestido feito apartir de carvalho.tamento de jovens licenciados.

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4 A Voz de Ermesinde • JUNHO de 2013Destaque

Tavares Queijo

LC

“A Voz de Ermesinde”(AVE) – Como aconteceu oseu envolvimento com a po-lítica e com o Partido Socia-lista?

TQ – Logo a seguir ao 25de Abril comecei a interessar-me pela atividade política e aca-bei por me filiar no PS. Não foiuma decisão imediata, porqueainda senti uma primeira inde-cisão entre o PSD e o PS. Am-bos eram social-democratas esegui sempre com muito respei-to a atuação do Dr. FranciscoSá Carneiro. Mas também era,já nessa altura, amigo do Dr.Afonso Lobão e acabei por acei-tar o seu convite para aderir aoPartido Socialista.

Fi-lo e mantive-me semprecom inteira consciência e liber-dade, sempre fiel ao meu ideáriosocial-democrata.

Não quer dizer que, em vá-rias vezes, não estivesse em de-sacordo com alguns aspetos dalinha oficial do partido.

AVE – Já se confrontoucom algumas situações emque esteve claramente emdesacordo com essa linha ofi-cial?

TQ – Sim, nalgumas inter-venções que fiz a nível do par-tido defendi que a posição dopartido não era a mais correta,por exemplo a nível das leislaborais. Acho que muitas ve-zes o partido afasta-se um bo-cadinho da linha da social-de-mocracia.

Uma empresa é constituí-da não só pelos empresários,mas também pelos trabalhado-res e eu entendo que os lucrosdevem ser repartidos por ambasas partes. Os trabalhadorestambém são um capital ativo dasempresas. E devem todos rumar

plo, relativamente à qual tenhoas minhas ideias próprias équanto à reforma da segurançasocial, relativamente à qual,

como as coisas hoje estão, nãose prevê a sustentabilidade.

Mas há aqui um grande erroque está a ser cometido. Hoje emdia quem fatura milhões são asempresas que recorrem atecnologia intensiva, não aquelasque têm um maior número de tra-balhadores. Mas são estas quemmais contribuem para a seguran-ça social. Ora há que arranjar aquiuma situação em que as empre-sas que empreguem um maiornúmero de trabalhadores possampor isso ser mais financiadas.

Mas, pelo contrário, as em-presas de alta tecnologia é queconseguem os maiores incenti-vos fiscais, sem depois darem acontrapartida que lhes seriaexigível.

AVE – Porque se candi-data? Tendo sido derrotadohá quatro anos atrás, pensaque terá hoje outras condi-ções para vencer as eleições?

TQ – A situação de há qua-tro anos atrás era completamen-te diferente e anormal. Com aentão recente criação da Cora-gem de Mudar o Partido Socia-lista em Valongo estava de mo-mento muito fragilizado, e emErmesinde, além do mais, hou-ve a candidatura, pela Coragemde Mudar, do Jorge Videira, um

Membro destacado da vida pública ermesindense,dirigente do Centro Social de Ermesinde e dos Bom-beiros Voluntários de Ermesinde, militante local naprimeira linha dos socialistas de Ermesinde, TavaresQueijo volta a ser apontado como o candidato do PS àJunta de Freguesia de Ermesinde. Mas desta vez, paraganhar, é essa a sua convicção.

• GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA •

As empresasde alta tecnologia

não dão a contrapartidaque seria exigívelà segurança social

antigo presidente de Junta so-cialista. O eleitorado do PS fi-

– Espero ganhara Junta de Freguesiade Ermesinde...com maioria absoluta

Por Ermesinde, Mais e MelhorTavares Queijo, 63 anos de idade, transmontano de nascimento, ermesindense do

coração, cidade onde vivo há 60 anos. Fui técnico superior da Segurança Social.Fundei e dirigi a Casa do Pessoal do Centro Regional da Segurança Social do Porto.Fui dirigente da Federação das Casas de Pessoal de Saúde e da Segurança Social.Pertenço aos corpos sociais de várias instituições de Ermesinde, destacando-se osBombeiros Voluntários de Ermesinde, o Centro Social de Ermesinde, Ermesinde Cida-de Aberta e a Associação Desportiva e Recreativa da Gandra. Militante do PartidoSocialista.

Em conclusão, um percurso de solidariedade.E de solidariedade se fará o meu mandato.Por iniciativa dos membros do Partido Socialista eleitos para o executivo da

Junta de Freguesia de Ermesinde, criou-se o Fundo de Emergência Social no valorde 25 000 euros, com o qual apoiámos os mais carenciados da cidade. Como partidoda oposição não nos foi possível fazer mais.

Como presidente da Junta de Freguesia farei mais e melhor. Reforçarei o Gabi-nete de Ação Social para mais rapidamente identificarmos os problemas que social-mente afligem a população, ao mesmo tempo que estabelecerei parcerias com insti-tuições e associações de cariz social, para criarmos uma frente ampla de modo atornar mais eficaz a resolução das carências sociais que tanto nos afligem.

Terei o meu gabinete de presidente sempre aberto para receber os ermesindensese com eles resolver os seus problemas.

Tudo farei para tornar Ermesinde uma cidade mais solidária para com aquelesque sofrem, para com aqueles que precisam de uma palavra, de um gesto, de umaajuda para voltarem a sorrir.

Através das redes sociais peço-vos que comigo colaborem para oportunamenteapresentar o programa da minha candidatura.

Prometo-vos trabalho, para convosco, por Ermesinde, fazer Mais e Melhor.

Email: [email protected]: www.tavaresqueijo2013.comFacebook: https://www.facebook.com/tavares.queijopara o mesmo lado.

Outra questão, outro exem-

cou então um bocado dividido.É de notar que o atual presi-

dente da Junta de Freguesia deErmesinde foi o presidente deJunta eleito com menos votos.

Por isso a situação é hojecompletamente diferente. Espe-ro ganhar... e com uma maioriaabsoluta., para poder ajudar amudar a vida da população deErmesinde.

AVE – Mas mudar o quê?No geral as políticas da Jun-ta atual têm tido o apoio doPS. O próprio presidente daJunta, Dr. Luís Ramalho, re-feriu, em entrevista a “A Vozde Ermesinde” que tinha di-ficuldade em demarcar-se desi, que sempre tem com elecolaborado.

TQ – É um facto que muitodo trabalho da Junta atual tam-bém tem tido a marca do PS.

Mas há muita coisa a me-lhorar. Sobretudo na área soci-al, que é onde mais quero atuar.

Há fome em Ermesinde!Há que trazer para o terre-

no as assistentes sociais, só as-sim o Gabinete de Ação Socialpode ser mais ativo e com ca-pacidade para intervir.

AVE – Além da questãosocial, quais entende seremhoje os maiores problemas deErmesinde?

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JUNHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 5Destaque

• GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA •

Há que trazerpara fora dos gabinetesas assistentes sociais,

fazer trabalhono terreno

TQ – A cidade está adorme-cida, Ermesinde não tem vida.Eu quero pôr a cidade a mexer epara isso conto muito com asassociações culturais – a Asso-ciação Académica e outras, que-ro dinamizar a cidade, organizarconcertos, ações de rua...

Um outro dossier entre osque mais preocupavam a cida-de de Ermesinde era a polui-ção do rio Leça, essa está hojemais ou menos resolvida, o

Leça está despoluído a 80%,mas preocupa-me a existênciade alguns esgotos que ainda vãoparar ao Leça.

Há aqui uma responsabili-dade indireta da Junta, que de-verá pressionar naquilo que pu-der a Câmara e a Veolia.

E ainda subsistem os chei-ros nauseabundos na ETAR.

AVE – Estando os proble-mas na área da saúde razoa-

AVE – É a segunda vezque refere o Dr. AfonsoLobão. Pensa que ele, nasatuais circunstâncias, pode-ria avançar com uma candi-datura?

TQ – Penso que não, o Dr.Afonso Lobão lá terá tido as suasrazões para se afastar do PS, de-siludido, mas estou convencidoque, mais ano menos ano, aca-

AVE – Mas como conse-guir isso, se a Junta não temmeios próprios em condições,e a situação é de crise geral,incluindo na autarquia ca-marária?

TQ – A Junta terá de fazertudo para angariar recursos,por exemplo através do apoiodos comerciantes, mas apesarde tudo, também com o apoioda própria Câmara. Nem sem-

pre é preciso muito dinheiro,por vezes o que é mais preci-so é saber reorganizar servi-ços e estabelecer laços de coo-peração.

AVE – Já que fala em re-organização de serviços, oque pensa da atual reorga-nização administrativa, coma fusão e extinção de fregue-sias?

TQ – Acho que foi um dis-parate, que fez diminuir aindamais os serviços de proximida-de às populações.

AVE – E tem solução?TQ – Os atuais dirigentes

do PS já disseram que a serGoverno o PS não iria deixaras coisas como estão. A reorga-nização que foi feita não trazquaisquer vantagens. Mas sequisessem eliminar freguesias,então podiam eliminar tantasfreguesias quantos os municí-pios que existem, porque nãofaz sentido existir uma Juntade Freguesia onde existe umMunicípio. Deste modo elimi-navam-se logo trezentas e talfreguesias.

AVE – Defende essa so-lução?

TQ – Defendo! Em algunsconcelhos isso chega a ser ridí-culo, porque alguns municípi-os do interior são tão peque-nos que existir Câmara e Juntanão faz mesmo qualquer senti-do. Assim eliminavam estasfreguesias e resolviam o corteque queriam fazer. Nas outrashá que conversar com as po-pulações, porque muitas vezesa dimensão pode ser pequenamas os problemas podem sermuito grandes e portanto fazeresta reorganização lá a partirdo gabinete de Lisboa não émuito curial.

AVE – E quanto aos con-celhos, acha que há margempara muitas fusões?

TQ – Sim sim! Muitas nãodirei, mas há alguns concelhos

velmente resolvidos em rela-ção a outras freguesias, aacessibilidade e transportescontinuam com muitos pon-tos fracos.

TQ – Eu acho fundamentale prioritário concluir a ligaçãode 500 metros aos Montes daCosta que permitam aos auto-carros o acesso ao bairro. Nostransportes este é um dos pon-tos de intervenção mais neces-sária.

AVE – E quanto ao es-trangulamento no acesso àcidade pela A4, concorda coma solução proposta pelo pre-sidente da Câmara?

TQ – Não conheço essasolução atual do presidente daCâmara, mas há quatro anos oPS, com o Dr. Afonso Lobão,apresentou uma proposta parauma melhor acessibilidade e aresolução desse problema deestrangulamento.

bará por voltar ao partido.

AVE – Competindo àsJuntas de Freguesia a ges-tão das escolas básicas, há al-gumas questões que enten-da prioritárias?

TQ – Como já referi, preo-cupa-me sobretudo a questãosocial. E será sempre nesse sen-tido que irei atuar.

Acho muito positiva a atu-al cooperação entre as autar-quias, as escolas e as IPSSs.Além das refeições a servir nasescolas, ao abrigo dos protoco-los já acordados, quero que aJunta, através do seu Gabinetede Ação Social possa contribuirpara fazer chegar às famílias umreforço das refeições.

FOTOS URSULA ZANGGER

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6 A Voz de Ermesinde • JUNHO de 2013Destaque

• ENTERRO DO JOÃO • ENTERRO DO JOÃO • ENTERRO DO JOÃO •• GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA •• GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA •

que podem ser fundidos unsnos outros. Se isto fosse o mai-or problema do País!... E se for-mos ver, isto, se calhar, em vezde trazer poupanças, vai trazercustos. Isto porquê? Não sei seisto vai acontecer, mas dou-lheum exemplo, aqui em Campo eSobrado. Cada qual tinha umadimensão pequena, mas agora,com a fusão, terão uma dimen-são maior, já irá haver maismembros na Junta de Fregue-sia, se calhar o presidente já vaipoder auferir uma verba maiordo que até agora recebia. Isto é,se calhar, em vez de reduzirem,ainda vão ter mais custos. Masdigo isto sem eu ter apro-fundado muito...

AVE – Em termos daqui-lo que será, depois, a compo-sição da Assembleia de Fre-guesia de Ermesinde, se foreleito com maioria absoluta,qual será o seu relaciona-mento com a oposição?

TQ – Mesmo tendo maio-ria absoluta, para mim a oposi-ção conta, porque eu acho que

as opiniões são todas válidas e,por isso, eu terei com a oposi-ção, o maior relacionamento enada me repugna poder fazertambém alguns acordos pontu-ais, mesmo tendo maioria abso-luta. Sou contra as ditaduras e oquero, posso e mando. E porisso estarei sempre a ouvir emesmo a atuar de acordo comos conselhos da oposição, se eleforem bons, porque não tomá-los como meus?!

AVE – Além de dirigentenuma IPSS, o Centro Socialde Ermesinde, é também di-rigente associativo nos Bom-beiros. Neste trabalho de pro-teção civil e auxílio às pesso-as, entende que há algumacoisa em que a Junta possavir a intervir?

TQ – Embora na Junta poragora ainda não tenha poderesexecutivos, entendo que ela deveser um parceiro privilegiado des-tas instituições, e portanto, es-tarei disponível para ouvir sem-pre as associações, para tentarcom elas encontrar as melhores

soluções para os seus proble-mas. É evidente que muitos dosproblemas das associações, hoje,passam pela parte financeira, quenão será muito fácil de resolver,mas penso que poderemos en-contrar pontos de convergênciaque poderão ajudar à resoluçãodos problemas.

AVE – Isto não depende-rá, evidentemente, da Junta,mas um último tema que gos-tava de abordar consigo é o doDesporto em Ermesinde e,sobretudo a situação difícilporque passam as duas prin-cipais instituições desportivasna cidade. O que é que a Jun-ta pode fazer no sentido deapoiar o CPN, o ErmesindeSC e outras coletividades?

TQ – É evidente que hojeem dia, a situação das associa-ções desportivas e, nomeada-mente das associações despor-tivas já com alguma dimensão,é problemática. O Ermesinde SCtem um problema do estádio,tanto quanto eu sei, à beira daresolução pelo atual presidente

da Câmara ou por quem vier aser eleito, através de uma nego-ciação que foi feita com o pro-prietário do terreno para que o

ro se possa manter na Divisãode Honra da Associação de Fu-tebol do Porto. Mas essencial-mente deve apostar no despor-

Eu apoiarei o desportode massas voltado

para as camadas jovense não o gastar dinheiro em

atletas para o desportosemprofissional

Em relação ao CPN, que éuma instituição que efetivamen-te é uma marca de Ermesinde,eu acho que, com a ajuda domunicípio, porque aí a Juntaapenas poderá dar uma forçamoral, penso que vai recuperare voltar a ser uma instituiçãoque orgulhe os ermesindenses.

AVE – Deixo-lhe uma pa-lavra final...

TQ – Eu só queria dizer oseguinte: como candidato à pre-sidência da Junta de Freguesia deErmesinde, não prometo nada àpopulação, não gosto de fazerpromessas. A única é que sereium presidente para todos osermesindenses, que a minha açãoprincipal será na área social, omeu gabinete estará aberto a todaa hora e a todo o momento parareceber os munícipes e tentar comeles resolver os seus problemas,esta é a minha mensagem para osermesindenses. Se entenderemque eu sou a pessoa que mereceestar nos próximos anos à frenteda Junta... Se entenderem quenão, paciência, o mundo não cai!“.

Estádio de Sonhos venha a serpropriedade da Câmara. Se istovier a ser concretizado, como es-pero, o Ermesinde tem uma par-te do seu problema resolvido.Depois, eu tenho um conceitomuito pessoal do Desporto. Euacho que o desporto deve ser feitopara massas e não para elites, epor isso o Ermesinde SC deve-se dedicar ao desporto de mas-sas, evidentemente sem com issodescurar a sua equipa que espe-

to de massas e nas camadas jo-vens, porque o futuro está aí e odinheiro não abunda. Hoje aspessoas não têm dinheiro paraas suas necessidades básicas e,por isso, também não têm di-nheiro para o futebol ou outrasmodalidades semiprofissionais.Ermesinde terá que apostar nes-sa vertente. Eu apoiarei o des-porto jovem e de massas e não ogastar dinheiro em atletas para

FOTOS URSULA ZANGGER

o desporto semiprofissional.

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JUNHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 7Destaque

Realizou-se no Largo do Passal, em Sobrado, nospassados dias 24 e 25 de maio (sexta e sábado) a Confe-rência “Património Imaterial, Identidade, Recurso e Ris-co”, conferência esta que marcou um importante passono reconhecimento público da Bugiada e Mouriscadacomo jóia do património imaterial, e que contou com apresença, entre outras personalidades, do secretário deEstado da Cultura, Jorge Barreto Xavier. Durante o eventofoi assinada uma Carta de Compromisso a favor do traba-lho para o reconhecimento (nacional e pela UNESCO) daBugiada e Mouriscada como Património Cultural Imaterial.A Carta foi assinada por João Paulo Baltazar (CâmaraMunicipal de Valongo), Carlos Mota (Junta de Freguesiade Sobrado), Melchior Moreira (Turismo do Porto e Nortede Portugal) e António Pinto (Casa do Bugio). Váriosconferencistas pontuaram com as suas intervenções aimportância da festa de S. João de Sobrado.

Bugiada e Mouriscada prepara pedidode registo no Inventário Nacionalde Património Cultural Imaterial

LC

Ao referir que a candidaturada Bugiada e Mouriscada deSobrado a património culturalimaterial da Humanidade nãopode fazer-se a qualquer preço,pondo a tónica na sua salvaguar-da, João Paulo Baltazar, presi-dente da Câmara Municipal deValongo, deu a nota fundamen-tal da cerimónia. A qual ficou ain-da mais precisa quando apon-tou que «o reconhecimento nãoé um aumento de valor [daBugiada...], ele já lá está, bastaagora dizê-lo à UNESCO».

Neste primeiro dia, e apósuma breve apresentação dacerimónia, na abertura, PedroFélix (da Equipa Científica daCandidatura da Bugiada eMouriscada), foi o primeiroconferencista a intervir, dirigin-do a sua atenção para a explica-ção do significado do reconhe-cimento do valor patrimonialimaterial. Após uma breve re-ferência à candidatura bem su-cedida do Fado e do atual traba-lho de reconhecimento da DietaMediterrânica, fê-lo tentandoexplicar a história do conceitode património cultural imaterial,nomeadamente na relação entreos patrimónios dos Hemisféri-os Norte e Sul, numa compre-ensão cultural que ultrapassavafinalmente o muito prevalecen-te culto dos monumentos.

Referiu como marco funda-mental a assinatura da Conven-ção para a Salvaguarda do Pa-trimónio Imaterial (UNESCO,2003).

Salientou depois algunsaspetos fundamentais – o sen-timento de identidade e perten-ça gerado pela tradição, o seu

impacto na comunidade.O conferencista dirigiu se-

guidamente a sua atenção para ainserção de Portugal nestaperspetiva da UNESCO e apon-tou, no presente, mais algumascandidaturas em curso ao reco-nhecimento como patrimóniocultural imaterial da Humanida-de, como o Cante Alentejano, oGalaico-Português, as Festas doEspírito Santo.

Tentou depois definir asqualidades destes eventos cul-turais que lhes permitiam pode-rem ser considerados patrimó-nio cultural imaterial: serem for-mas culturais vivas, tradicionais,envolventes de toda a comuni-dade e nos quais ela se reveja. Atradição não tem que ser imutá-vel, mas a sua mudança tem queresultar de um processo natural.Devem ainda constituir ativida-des regulares que condicionem avida das comunidades.

Apontou depois algumasexigências aos atores externos:que respeitem as práticas e osprocessos destas tradições semnelas minimamente interferir.

Por fim, apontou algunsriscos: o da folclorização, o daalienação da comunidade dotodo ou de parte do processo, atentação de regularizar a festa.

A intervençãode Manuel Pinto

Interveio depois o investi-gador Manuel Pinto, da Univer-sidade do Minho, mas tambémfilho da terra, que começou mo-destamente por dizer que o apre-sentava ali era a partilha do sa-ber de toda a gente. Lembrou aseguir o diplomata e etnógrafoinglês Rodney Gallop, que tes-

temunhou ser a Bugiada eMouriscada, «um dos mais no-táveis rituais que sobrevivem naEuropa moderna».

E esclareceu melhor o enten-dimento da festa de Sobrado: aBugiada não era um arraial, nemuma festa de padroeiro. Festaentrosada com a vida dos sobra-denses, constituía uma narrativaentre forças diversas (de um ladouma força disciplinada, exterior...do outro uma força espontânea efolgazã). Mas para além dasantinomias (várias outras referi-das), não havia, como noutras fes-tas conhecidas, uma demonizaçãodos mouros entendidos como «osmaus» e de tudo afastados. Eramuito interessante que na festa deSobrado fossem os mourosa pegar nos andores. Nãohaveria um derrotado nasBugiadas, antes uma con-vivência...

Manuel Pinto referiutambém os ensaios públi-cos e abertos a toda a co-munidade, culminando noúltimo, o dia dos tremoços.

Referiu o rio Ferrei-ra, que com os seus alu-viões de cheia, permitiaa abundância da planície de So-brado e a existência de váriasabastadas casas de lavoura ou-trora, cada uma das quais man-dando um dos seus mais garbo-sos rapazes para a sua função demourisco.

Apontou depois a origem dafesta perdida na bruma do tem-po, apelando a uma maior inves-tigação, mas ligando-a provavel-mente às festas de CorpusChristis, que floresciam antiga-mente em vários lugares, mas que

mais recente e a ligação entre aagricultura e a indústria e a tragé-dia social que aquela amenizou,por exemplo quando uma grandefábrica, como a Cifa, fechou.

E terminou dizendo (e ape-lando...) que faltava um museue que faltava investigação.

Outras intervenções

Foi depois apresentado onovo site, ainda em construção,Bugiada e Mouriscada, porManuela Ribeiro, da Câmara deValongo. A estrutura deste e asua interatividade encorajada. Equase no fim seguiu-se a assina-tura da Carta de Compromissoentre a Casa do Bugio, a Câmara

Municipal de Valongo, a Juntade Freguesia e a Entidade Regi-onal do Turismo Porto e Nortede Portugal. Este documentoassinalava assim oficialmente omomento do pedido de registono Inventário Nacional do Pa-trimónio Cultural Imaterial, con-forme com os critérios defini-dos pela UNESCO.

Interveio ainda antes MelchiorMoreira, do Turismo do Porto eNorte de Portugal, que insistiu naimportância do Festival do Norte(este ano com a tónica nos conce-lhos de Guimarães, Espinho e San-

ta Maria da Feira, além deValongo), como instrumento pro-motor dos concelhos, e um proje-to de criação contemporânea. Sali-entou o diálogo em rede, a coesãocultural, a memória e identidade, eainda a necessidade de estudo, va-lorização e divulgação. Por fim fezressaltar a importância desta tradi-ção sobradense, cuja vivência ereinvenção permanentes fazem delaum processo muito específico, como qual se comprometeu a um«apoio incondicional».

João Paulo Baltazar, o pre-sidente da autarquia valonguensecompletou as intervenções des-te dia, antes da Banda Musicalde Campo fazer o encerramentoda sessão.

E destacou a impor-tância do papel da comu-nidade dos dirigentesassociativos e da comuni-dade escolar. Elogiou oempenho de MelchiorMoreira. E afirmou quenão há que ter pressa. Eque tudo decorrerá coma tranquilidade e a forçaque a festa merece. Re-feriu, para o tornar maisclaro, a relação avassala-

dora entre a população de So-brado, cerca de sete mil habi-tantes e aqueles que na festa dire-tamente participam, cerca de mil!

Referiu depois a paixão comque a comunidade de Sobradodiscute a festa. E enquanto o fi-zer, a festa vai viver.

E referiu depois a questãoda ética, que no início do textoapontámos.

de Estado da Cultura, JorgeBarreto Xavier, que destacou oseu gosto em estar pessoalmen-te nesta Conferência e apresen-tou a disponibilidade total daSecretaria de Estado da Culturaem apoiar em tudo aquilo que aEquipa Científica da Candida-tura precisasse no processo dedefesa do reconhecimento daBugiada e Mouriscada de So-brado como património cultu-ral imaterial da Humanidade.

Destaque também, neste se-gundo dia, para a intervenção dePaulo Lima, coordenador da equi-pa Científica da Candidatura daBugiada e Mouriscada, que afir-mou a inviolabilidade da tradiçãocultural de Sobrado, tranquilizandotodos os sobradenses e tornandoclaro que as mais valias seriam sem-pre exteriores à festa, por exem-plo na sua visibilidade, na acessi-bilidade, na capacidade e qualida-de de acolhimento dos visitantes.

Intervieram ainda HélderFerreira, da Progestur, que abor-dou o tema da Influência da Bu-giada e Mouriscada no Projetoda Máscara Ibérica, Sofia Fer-reira, administradora delegada daTouring Cultural e PaisagísticoCity e Short Breaks, que falousobre “Turismo, Cultura eOportunidades – o Caso daBugiada e Mouriscada”, MiguelAreosa Rodrigues, diretor deServiços e Bens Culturais daDireção Regional de Cultura doNorte, que falou sobre “Patri-mónio Imaterial e Papel das Ins-tituições Públicas de Salvaguar-da” e ainda Jacinta Oliveira, vo-gal do Conselho de Administra-ção da Fundação Inatel, queabordou o tema “A FundaçãoInatel na Defesa e Preservaçãoda Identidade Nacional”.

FOTO URSULA ZANGGER

• HONRA À BUGIADA E MOURISCADA DE SOBRADO •

entretanto se foram extinguindo.E referiu ainda a história

Segundo dia

O segundo dia contariacom a presença do secretário

Um dos maisnotáveisrituais

que sobrevivemna Europamoderna

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8 A Voz de Ermesinde • JUNHO de 2013Destaque

MIGUEL BARROS

Assinala-se neste ano ocentenário do nascimento deuma figura incontornável da his-tória de Portugal, ÁlvaroCunhal. Ao longo deste 2013realizar-se-ão um pouco portodo o país inúmeras iniciati-vas visando evocar a obra e vidado político, do artista, do escri-tor, e sobretudo do homem quepassou a maior parte da suavida – senão mesmo toda a suaexistência – a lutar pela liberda-de e pela democracia. Mais doque uma figura histórica do nos-so país Álvaro Cunhal é umícone do partido que ele próprioajudou a edificar, o Partido Co-munista Português (PCP). Con-tudo a obra construída porCunhal ultrapassa em muito asfronteiras desta força partidá-ria, sendo a prova o facto de aolongo deste ano largas dezenasde instituições públicas – comescolas e universidades à cabe-ça –, bem como figuras ligadasa outros quadrantes políticos,estarem, ou irão estar, a evocaro trajeto de vida desta persona-

lidade (desaparecida em 2005),conforme aliás ficou vincadoem Ermesinde na noite de 10de maio no lançamento de “Ál-varo Cunhal, uma obra multifa-cetada”. Organizado pelaConcelhia de Valongo do PCPeste debate decorrido no audi-tório da junta de freguesia localcontou com a presença de inú-meros militantes e simpatizan-tes comunistas, alguns maisconhecidos do que outros, quenão perderam a oportunidadepara recordar o histórico líderdo seu partido pelas vozes deJosé António Gomes e de Da-niel Vieira, os dois oradoresconvidados a dar vida a esta ini-ciativa. Um evento aberto comuma exposição – no exterior doauditório – onde estavam re-tratados vários capítulos davida ativista de uma figura nas-cida a 10 de novembro de 1913,uma vida que não se confinasomente ao passado, mas igual-mente com lições para o pre-sente e o futuro, como com-provava o primeiro painel quedava vida a esta exposição – aqual dias antes havia atraído a

si centenas de curiosos olharesaquando da sua estadia na Esta-ção de Ermesinde – onde a parda imagem de Cunhal se lia“vida, pensamento, e luta: exem-plo que se projeta na atualidadee no futuro”.

Já dentro do auditório A-delino Soares, o moderador dodebate, dava o mote para o queem seguida se iria passar, umaviagem analítica pela vida e obrada histórica figura comunista, oqual para o coordenador doPCP/Valongo deixou às atuais efuturas gerações «muita coisapara pensar».

Álvaro Cunhal– o construtordo PCP

Em seguida a palavra foidada ao primeiro orador da noi-te, Daniel Vieira, militante co-munista licenciado em História,e atualmente presidente da Jun-ta de Freguesia de S. Pedro daCova, que no decorrer da suaintervenção revelou um porme-nor curioso que atestava a suaproximidade ao lendário líder do

seu partido: o seu avô havia sidocompanheiro de cela de Cunhalem Peniche! Daniel Vieira quecomeçaria por sublinhar que ofacto de ao longo deste ano Ál-varo Cunhal estar a ser – ou queainda irá ser – evocado por po-líticos de outras forças partidá-rias, por escolas, e outras insti-tuições públicas era sinal de-monstrativo não só da grande-za mas também de respeito eadmiração pelo histórico líder.Posteriormente o jovem mili-tante comunista deu início à suaoração, centrada em ÁlvaroCunhal enquanto construtor doPCP, tendo para isso recorridoa uma análise pormenorizada dolivro “O partido com paredesde vidro”, obra escrita porCunhal onde este procurou deuma forma sintetizada mostrara forma como os comunistas de-sejavam que fosse o seu parti-do. Neste livro, escrito em1985, o líder comunista procu-rou dar a conhecer a naturezado PCP, os objetivos e o con-ceito deste. Num ensaio ondenão escondeu sequer os traçosnegativos do partido, numa es-pécie auto crítica, Cunhal retra-ta um partido cujas raízes alu-dem à classe operária, um parti-do filho da classe operária, comoele próprio defende. Dado esta-tístico curioso que atesta a im-portância desta filosofia, porassim dizer, é que na altura emque Álvaro Cunhal escreveu estelivro 77 por cento dos militan-tes do PCP eram oriundos dasclasses operárias. “O partidocom paredes de vidro” sublinhaigualmente a democracia comoalavanca fundamental para ofuncionamento do partido, ondeimpera o trabalho coletivo, e nãoa ação centrada num líder, poiscomo diz Cunhal nestas pági-nas «o mestre é um verdadeiromestre quando os seus discípu-los não fazem dele um Deus».Em suma, e tal como DanielVieira frisou, esta foi das obrasde cariz técnico mais profun-

Obra e vida de Álvaro Cunhal visitadasem Ermesinde no ano do seu centenário

das que alguma vez foi escritasobre a essência do PCP, umaobra que retrata os comunistas,a forma como se organizam, enesse sentido não se estranhaser vista tanto a nível nacionalcomo internacional como umaobra de referência para todosaqueles que querem conhecer afundo o partido.

Álvaro Cunhal– o artista

Álvaro Cunhal passou gran-de parte da sua vida nas prisõese no exílio, período este apro-veitado para colocar em práticaa sua veia artística e cultural.Leu, escreveu, e desenhou, tra-zendo ao mundo nestes últimosdois campos inúmeras obras queficaram perpetuadas na histó-ria. E foi em volta desta temáticaque girou a intervenção do se-gundo orador da noite, JoséAntónio Gomes, poeta, escri-tor, professor universitário, e

também ele um afetoao PCP. Lançariapara a atenta plateiauma profunda refle-xão sobre a obra ar-tística e literária docarismático secretá-rio-geral do partido.Na literatura desfioude fio a pavio algumasdas obras que ficaramcélebres, com destaquepara “Até amanhã ca-maradas”, que Cunhalescreveu sob o pseudó-nimo de Manuel Ti-ago, e que para o ora-dor é um livro com ocondão de abalarconsciências, pautadopor uma narração em-polgante, rotulando-ode “Os Lusíadas” douniverso do PartidoComunista. «É um li-vro interessante para

todos aqueles que se aproximamde nós (comunistas), para os jo-vens militantes que iniciam a suavida em volta do partido, já queé uma obra que explica o que sãoos comunistas, e em sequênciadisso faz ruir ideias (negativas)sobre os afetos ao nosso parti-do. É uma obra simples, clara,direta, e viva, fácil de ser inter-pretada mesmo para aqueles quenão têm hábitos de leitura», ex-plicou.

Traçaria Cunhal não apenascomo um notável escritor de fic-ção – destacando ainda, entre ou-tros livros, a “Casa de Eulália”,outro popular, por assim dizer,livro de Manuel Tiago, este a re-tratar as incidências da GuerraCivil Espanhola – mas igualmen-te como um talentoso ensaísta etradutor! É verdade, neste últimoaspeto recordou que foi na prisãoque Cunhal traduziu – para por-tuguês – uma das obras maisemblemáticas de William Sha-kespeare, o “Rei Lear”.

O terror da tortura, da o-pressão, causados pelo regimefascista estão bem implícitos namaioria dos desenhos – sombri-os – concebidos pelo líder co-munista durante a sua “estadia”nas prisões. Desenhos e livrosque mostravam um ser inquietoe multifacetado, que ao ler, es-crever e desenhar colocava emliberdade o espírito de um cor-po prisioneiro, conforme subli-nharia no término da sua inter-venção José António Gomes.

Posteriormente seguiu-seum pequeno debate entre os ora-dores e a plateia, ou melhor, umconjunto de troca de opiniões,ou visões, sobre a obra de Álva-ro Cunhal.

A noite terminou com a lei-tura de um poema – distribuídoa todos os presentes – da auto-ria de João Pedro Mésseder, opseudónimo do orador JoséAntónio Gomes.

Eduardo Valdrez,para sempre!

Eduardo Valdrez, diri-gente do Sindicato dos Tra-balhadores da Saúde, Solida-riedade e Segurança Social, ex-dirigente distrital do Bloco deEsquerda do Porto, fundadorda UDP, anti-fascista, ex-candidato à presidência daCâmara Municipal de Va-longo, ex-deputado munici-pal, autor do livro de poe-mas “Na Direcção do Olhar”(Lugar da Palavra, 2010), eirmão do foto-repórter de “AVoz de Ermesinde” ManuelValdrez, faleceu no passado

dia 1 de maio, vitimado porum cancro.

Viveu grande parte dasua vida em Ermesinde, emcuja Igreja Matriz se celebroumissa de corpo presente e deonde a urna com o seu cor-po, coberta por uma bandei-ra do Bloco de Esquerda eoutra do Sindicato dos Tra-balhadores da Saúde, Solida-riedade e Segurança Social,partiu para ser cremado nocemitério do Prado do Re-

fúnebre os seus colegas da Dire-ção do Sindicato saudaram-no,lendo comovidos textos de home-nagem.

Eduardo Valdrez tinha 63anos e era funcionário administra-tivo da Santa Casa da Misericór-dia do Porto. Ativista incansáveldo movimento laboral portuense,viveu a sua vida intensamente atéao fim, e já doente, ajudou a orga-nizar a Comissão de Trabalhado-res do Centro Social deErmesinde, tendo um texto seu,devido à impossibilidade da suapresença física, sido lido em ple-nário de trabalhadores. Morreu –quase se diria simbolicamente –no 1º de Maio!

URSULA ZANGGER

pouso, no Porto.Durante a cerimónia

FOTOS MANUEL VALDREZ

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JUNHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 9

• CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO •Sérgio Bessa encabeça listados Unidos por Valongoà Assembleia de Freguesia

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entral

Belmiro Ferreira de Sousa

Sérgio Bessa, deputado in-dependente na AssembleiaMunicipal de Valongo, onde foieleito pelo Partido Socialista nasúltimas eleições autárquicas, éo cabeça de lista dos Unidos PorValongo à Assembleia de Fre-guesia de Valongo (e por isso,candidato à presidência da Jun-ta de Freguesia de Valongo).

O deputado municipal inde-pendente assumiu agora a suacandidatura e apresentou aosmunícipes da cidade de Valongo,via infomail, algumas das pro-postas que o movimento de ci-dadãos por si encabeçado pre-tende promover.

Os Unidos Por Valongo a-presentam-se como «um movi-mento de cidadãos de váriosquadrantes políticos preocupa-dos com a forma como a cida-de/freguesia tem sido gerida»,e apontam como prioridadespara a cidade de Valongo , «oapoio ao comércio tradicionallocal, o apoio "com coerência"às colectividades e aos bombei-ros voluntários, a dinamizaçãodas tradições, encontrar umasolução definitiva para o cemi-tério, a promoção da Serra deSanta Justa, e a aposta no apoio

social às famílias».Conforme já an-

tes anunciado (emabril passado), estemovimento de cida-dãos «junta cerca deuma centena de pes-soas de vários qua-drantes políticos, in-cluindo alguns dissi-dentes do Partido So-cialista que saíram emruptura com o líderconcelhio e candida-to à Câmara Mu-nicipal de Valongo».

Os Unidos porValongo apontamainda na mesma infor-mação agora tornadapública: «a lista dosUnidos Por Valongoà Junta de Freguesiade Valongo, já está emfase de conclusão edeverá ser apresenta-da em breve. Para já prossegue arecolha de assinaturas, é um pro-cesso que está a decorrer muitobem, ultrapassando as expecta-tivas mais optimistas, sendotambém um meio de divulgaçãodo movimento " Unidos Por

Breveresumobiográficodo candidato

Sérgio de Sousa MoreiraBessa é natural da freguesia econcelho de Valongo, municí-

pio onde reside há 50anos.

É licenciado emAdministração Públi-ca Regional e Autár-quica.

É técnico oficialde contas inscrito naOrdem dos TécnicosOficiais de Contabi-lidade, desde 1996.

É auditor internoinscrito no InstitutoPortuguês de Audito-ria Interna.

É formador certi-ficado pelo Institutode Emprego e Forma-ção Profissional.

De 1983 até 1994exerceu a sua ativida-de profissional naACICV – AssociaçãoComercial e Industri-al de Valongo.

De 1991 até 2010exerceu a atividade de con-sultadoria fiscal, auditoria, con-tabilidade e financeira de váriasempresas.

A partir de 2010 exerce aatividade profissional de técni-co superior no Centro Hospi-talar do Tâmega e Sousa.Valongo" à cidade».

Aindaa propósitodo Regulamentode Publicidade

LC

Foi o jornal “A Voz deErmesinde” contactado em car-ta à sua diretora pelo deputadomunicipal eleito pela Coragemde Mudar, João Castro Neves,o qual, em seu entender apon-tava um erro grave na reporta-gem da sessão da AssembleiaMunicipal do dia 29 de abril,na qual, segundo ele, nãotransparecia um fiel retrato doaí acontecido a propósito dadiscussão do Regulamento dePropaganda e Publicidade, o quecontrastaria com a usual serie-dade e isenção que o eleito daCoragem de Mudar reconheciacomo prática do nosso jornal.

Na edição a que se refere apeça citada, de 30 de abril de2013, o jornalista de “A Voz deErmesinde” escrevera:

«Finalmente o Regulamen-to de Propaganda e Publicida-de, depois de muita discussão eacertos, lá seria aprovado semoposição».

Segundo João Castro Ne-ves, e tendo em conta que namesma edição se dá nota da dis-cussão ocorrida em sessão daCâmara Municipal de Valongo

na qual é apontada a eventualexistência de inconstituciona-lidades na proposta aí votada,poder-se-ia concluir estar-se emface da mesma proposta e nãode uma nova proposta, resul-tante do trabalho de consen-sualização surgido na reuniãode líderes e para a qual em mui-to contribuiu o próprio JoãoCastro Neves, responsável pelaredação do novo articulado, oqual viria já à Assembleia Mu-nicipal limpo dessas situaçõesde muito provável inconstitu-cionalidade.

Sendo um facto que a pro-posta trazida à Assembleia ti-nha já o acordo dos deputadosmunicipais das várias bancadase que, por pequenos pormeno-res insignificantes, estes fize-ram demorar uma eternidadeuma decisão que era muito fácilde tomar, como o comprovouuma proposta de consenso deRogério Palhau, e foi isso quefez o jornalista, por contraste,dar-lhe o espaço que deu, ad-mitimos que a crítica de JoãoCastro Neves é razoável, e quenão se inferia da nossa repor-tagem a correção dessas in-constitucionalidades.

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10 A Voz de Ermesinde • JUNHO de 2013

Visitas de trabalho de vários partidoscom Direção do Centro Social de Ermesinde

LC

Várias reuniões de traba-lho juntaram recentementedelegações de vários parti-dos – CDS/PP, Partido Soci-alista e Bloco de Esquerda –com a Direção do CentroSocial de Ermesinde

As delegações foram li-deradas pelas direções con-celhias dos respetivos parti-dos, no caso do CDS e PS(Alexandre Teixeira e JoséManuel Ribeiro, respetiva-mente) e pela coordenadoranacional do Bloco de Esquer-da, Catarina Martins, mas to-das elas foram sobretudoreuniões de trabalho enqua-dradas na preparação dascandidaturas autárquicas.

A reunião de trabalhodos candidatos do PS à Câ-mara Municipal de Valongoe Junta de Freguesia de Er-mesinde ocorreu no passa-do dia 15 de maio.

Durante esta reunião, esegundo relato posterior dopresidente da Comissão Con-celhia de Valongo do PS, e si-

multaneamente cabeça de lis-ta à presidência da CâmaraMunicipal de Valongo, JoséManuel Ribeiro, estiveram nareunião com a Direção doCentro Social de Ermesinde,além de si próprio, o cabeçade lista à Junta de Freguesia

• NOTÍCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE •

CONDURIL - CONSTRUTORA DURIENSE, S.A.

de Ermesinde, Tavares Quei-jo, que é simultaneamentemembro da Direção do Cen-tro Social de Ermesinde e queé objeto de entrevista nestenúmero do nosso jornal.

Durante a reunião detrabalho «foi possível deba-

Destaque

ter todas as problemáticasque afetam hoje as IPSS, emuito em particular o Cen-tro Social de Ermesinde e oseu papel no quadro da ci-dade de Ermesinde, em par-ticular», relatou ainda José

Por sua vez, a delega-ção do CDS/PP, na qualtambém se incluía ArturPais, ex-presidente da Juntade Freguesia de Ermesinde,realizou também, segundoAlexandre Teixeira, uma reu-nião de trabalho no sentidode conhecer melhor a reali-dade do Centro Social, ten-do este partido em vista rea-lizar uma nova visita a estaIPSS, mas já com o proces-so das candidaturas maisavançado.

A reunião com a delega-ção do Bloco de Esquerda,única que foi objeto deanúncio público por partedo partido, realizou-se, porsua vez, no passado dia 25de maio, tendo nela tambémparticipado, além da coor-denadora nacional CatarinaMartins, os cabeças de lis-ta por este partido à Câma-ra Municipal de Valongo,Eliseu Pinto Lopes, o cabe-ça de lista à AssembleiaMunicipal, Nuno Monteiroe o entretanto conhecidocabeça de lista à Assembleia

de Freguesia de Valongo,Daniel Faria.

Nesta reunião de traba-lho, a delegação do Blocode Esquerda visitou o Larde S. Lourenço, onde tam-bém foi acompanhada peladiretora técnica AnabelaSousa, a Empresa de Inser-ção da Lavandaria e o jor-nal “A Voz de Ermesinde”.

Henrique Rodrigues a-presentou a história e cará-ter desta IPSS, a sua situa-ção atual e os seus desafi-os face a vários constrangi-mentos externos e às res-ponsabilidades assumidas.

Por sua vez, CatarinaMartins defendeu a pers-petiva de intervenção soci-al do Bloco de Esquerda,segundo o qual, além dasnecessárias e urgentes me-didas de política redistribu-tiva, faz todo o sentido umalinha de intervenção assis-tencial, rápida e eficaz, naqual instituições como oCentro Social de Ermesindecontinuam a ter um papelmuitíssimo relevante.

FOTO PS/VALONGO

Manuel Ribeiro.

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JUNHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 11Literatura

Contracorpo

RICARDOSOARES (*)

Os corpos. Talvez sejam os corpos, moídosdo sonho, desligados ainda. Os cereais caemdas tijelas e espalham-se pelo chão. O cãorejubila».

De um dos lados constata-se que falarcom um adolescente se assemelha a dar ba-nho a um peixe.

A saída é uma estrada, uma longa via-gem de carro de Lisboa a Roma: a ideia écomer quilómetros mas poder trazer o conta-dor a zeros. O cão fica em casa. Durante aviagem, os intervenientes lidam com a cul-pa, a frustração, e a incapacidade de mostra-rem o que sentem um pelo outro. Maria nãoconsegue chegar a Pedro, enquanto ele va-gueia em pensamentos confusos. De formasdiferentes, ambos sentem-se perdidos e,consequentemente, necessitados de se re-

tidade mais complexa. A de alguém na de-pendência do outro. Ela é sempre em rela-ção a alguém: a Pedro, a Simão, o filho maisnovo, à mãe, ao pai, aos dois irmãos, Rodrigoe Miguel, ao marido, Francisco, que morreuantes de tempo. Pedro é um eu. Tem umaidentidade própria. Ele conta: «A mulher estámorta e eu, mesmo dentro do sono, sei queela está morta. A morte não se diz, sente-se eeu sei que, apesar de tudo, é evidente que ocoração dela parou e que os seus olhos nãome vêem. Não se apercebe da minha presen-ça. Mas estou ali. Tal como ela. Um corpo. Amulher é apenas um corpo». A mulher é amãe num sonho mau. E tanto a mãe comoPedro andam a lidar com o mesmo medo semque um saiba do medo do outro – a perda.

Os capítulos de Maria vão de “a arma-dura” à “janela”. Os títulos vão dando indi-cações do tom e da revolução tranquila que

está em marcha. De um pesoopressivo a um descomprimir deuma leveza diáfana.

Os capítulos de Pedro come-çam sempre por “Pedro conta”.É uma homenagem ao estilo diá-rio, caderno de segredos, queassociamos a todos os adoles-centes.

A viagem é imensa. «Para queserve esta viagem?», perguntaPedro a Maria. «Para negociar-mos», responde-lhe ela. Negoci-ar o espaço comum que terão departilhar, sozinhos, para já numcarro em silêncio. A viagem ser-ve, essencialmente, como meca-nismo de introspeção e au-todescoberta.

As paragens em Marselha eem Roma, destino final num ins-pirado improptu, são as mais im-portantes. E aí é a literatura e arte,de Alexandre Dumas a Rafael, deque ambos se nutrem, o que vaicolar estes dois seres.

O final – ou melhor, o quasefinal, para não estragar a desco-berta – apesar de ser ao lusco-fusco, é luminoso: «Ali estavam,em plena Roma, ele na rua e elaali, à janela, a rir de um palhaçode Verão. Podia ser outra coisa.O palhaço despediu-se e um ho-mem vestido de preto surgiu comuma coluna de som independen-

te. Começou a cantar Nessun Dorma. Mui-tas pessoas gritaram e aplaudiram. Mariafechou a janela. Dali a pouco já não estariasozinha».

A angústia gerada no leitor deve-se aessa enorme contenção. São muitos os es-paços em branco, os parêntesis que se abreme que cada um dos que leem preenche comosabe ou pode, como os que narram. O silên-cio deles também é o de cada um que lê enunca chega a ser insuportável. Apenasincómodo.

(*) [email protected]

• Acho vergonhosa a nãorealização da Feira do Livro doPorto. Por isso, em sinal de pro-testo, opto por deixar este "Bre-ves" em branco. Peço descul-pa ao Jornal "A Voz de Er-mesinde" e a todos os leitoresque acompanham esta coluna.

Ricardo Soares

• A VOZ DAS PALAVRAS • A VOZ DAS PALAVRAS • A VOZ DAS PALAVRAS •

Breves

o abrirmos o livro encon-tramos uma citação deMarguerite Duras: – «Soua única a amar o meu filho,a compreendê-lo verda-deiramente, e mesmo atra-

vés das cenas, dos gritos, continua a seramor. Se eu morrer, ele será muito infeliz. Comele, partilho a mesma loucura, a mesma vio-lência, o mesmo amor».

“Contracorpo”, sexto roman-ce de Patrícia Reis, é um livromarcante, aparentemente sobre amorte, mas no fundo sobre a re-cuperação, sobre quem sobrevi-ve à morte. Acima de tudo é umadolorosa reaproximação entreMaria, de 40 anos, mãe e recém-viúva, e Pedro, de 15 anos, o maisvelho dos seus dois filhos.

O parto marca o início da se-paração entre mãe e filho. A par-tir desse momento, a figura ma-terna será sempre exterior à vidaque criou dentro de si própria.

Se na infância a criança an-seia pela mãe, na adolescência o“quase-homem” tenta, atrapa-lhado numa confusão de senti-mentos para si indefiníveis, rom-per com essa dependência. O fi-lho deixou de ser criança, masainda não é adulto.

É no interior desta in-definição que Patrícia Reis abor-da a complexa relação entre uma“mulher-mãe” e o seu filho “qua-se-homem”. É essa luta, a maiore a mais violenta: a de dois cor-pos, da mãe e do seu filho, quedesaprenderam de se conhecer.

Quando “Contracorpo” ar-ranca, os campos estão exalta-dos: «Maria diz que são horasdo jantar, e é o início de outrapequena batalha. Ele põe a mesa, o cão fare-ja os pés na esperança de comer e ir à rua.Então – pode ser que seja assim –, otelemóvel toca e Maria prepara a massa e omolho com um certo automatismo, ele já sen-tado sem ligar a nada, esperando obediente,especado em frente do prato».

Maria e Pedro. Mãe e filho. Uma só casa.Um cresce e a outra definha – uma viagempara gerir o medo da perda entre uma mãe eum filho que estão a deixar de se conhecer.

Estamos num impasse, com o quotidia-no estreito, macerado com força em cima deuma bigorna: «As manhãs são duras, afinal.

FOTO ALFREDO CUNHA

encontrarem.

Com uma simples focagem tudo muda:«Faço zoom junto aos olhos, as pequenasrugas, as sobrancelhas, um sinal junto aonariz, os cantos da boca descaídos, quaseseveros, um traço que já vi anteriormentena boca da minha avó. Sempre considerei aminha mãe uma mulher bonita».

Patrícia Reis optou por uma estrutura aduas vozes, sendo que cada uma delas sedesdobra em polifonia. A mãe fala do filhona terceira pessoa, como se o contasse ecom isso se contasse a ela nessa relaçãoque quer aprender a gerir. Ela fala de si comdistanciamento, não é um eu. Há uma iden-

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12 A Voz de Ermesinde • JUNHO de 2013História

teve como o único baluarte doliberalismo em Portugal, no pe-ríodo das guerras liberais, umavez que nunca se submeteu àautoridade de D. Miguel.

O novo texto constitucional(Carta Constitucional de 1826)baseava-se na Constituição Bra-sileira que, nalgum do seu articu-lado, se filiava no texto constitu-cional francês de 1814. A CartaConstitucional de 1826 evidenci-ava também influência da 1ª cons-tituição portuguesa (Constituiçãode 1822) e da Constituição Se-tembrista (1838) Tratava-se deum texto moderado, que repre-sentava um compromisso entreos revolucionários vintistas (cujoideário é consagrado na Consti-tuição de 1822) e os defensoresde um reforço do poder régio. Orei passava a ter o poder modera-dor que anexava ao poder execu-tivo e ainda nomeava os mem-bros, vitalícios e hereditários, daCâmara dos Pares.

O poder legislativo era en-tregue a duas câmaras: dos Pares(de nomeação régia) e de Depu-tados (eleitos). O sufrágio era in-direto e censitário (só podiamvotar os homens com mais de25 anos e que tivessem de rendi-

EFEMÉRIDES DE ERMESINDE - MAIO

mento líquido anual 100$000 réisou mais). Este novo texto cons-titucional garantia aos cidadãosos direitos à liberdade, seguran-ça individual e propriedade. ACarta (cartismo) esteve em vigorem Portugal Continental e Insu-lar (à exceção da Ilha Terceira):de 31 de julho de 1826 a 3 demaio de 1828 (regência de D. Isa-bel Maria); de 27 de maio de 1834a 9 de setembro de 1836 (D. Ma-ria II) e de 1842 (golpe de CostaCabral) a 1910 (implantação daRepública).

Com o regresso da CartaConstitucional de 1826, após avitória liberal na Guerra Civil(1834), Mouzinho da Silveira,enquanto Ministro da Fazendae da Justiça (1832) produziu umconjunto de decretos que per-mitiram transformar o velho“Portugal feudal” num país,progressista e liberal.

Em termos político-sociaisgarantiu a salvaguarda jurídica daliberdade individual em todos ossetores (código penal, administra-ção, ensino, pensamento, propri-edade, segurança e trabalho); emtermos económicos procuroucompensar o país pela perda doBrasil, liberalizando a economia:

e todos os textosconstitucionais,a Carta Consti-tucional de 1826foi, sem dúvida,a que mais tem-

po vigorou em Portugal, atéhoje. Outorgada a 29 de abril de1826, por D. Pedro IV (D. Pe-dro I, do Brasil), a Portugal,quase logo após a morte deD. João VI, seu pai, a 10 demarço de 1826, seria suspensaa 3 de maio de 1828, na conjun-tura da aclamação de D. Miguel.

Mas na Ilha Terceira (Ar-quipélago dos Açores) ela seriarestaurada, no dia 22 de maiode 1828, fez, há escassos oitodias, precisamente 185 anos.Em boa verdade, poder-se-á di-zer que a Ilha Terceira se man-

libertou a propriedade agrária dosantigos direitos senhoriais, abo-liu alguns morgadios (os de ren-dimento inferior a 200$000 réis),aboliu todos os dízimos (queeram pagos à Igreja), limitou opagamento da sisa à transação dosbens imóveis; acabou com as por-tagens, aboliu os direitos de pes-ca e reduziu as taxas alfandegári-as para as exportações a 1%.

Era, efetivamente, um tex-to constitucional mais conser-vador do que aqueles em que seinspira, mas, mais adaptado àrealidade portuguesa, e daí a sualongevidade, até à proclamaçãoda República, em 1910, comapenas três revisões, noutrostantos Atos Adicionais (1852,1855 e 1896).

Entre os valorosos liberaisdo período vintista, refira-se onome de D. António José deSousa Manuel de MenesesSeverim de Noronha, 1º Duqueda Terceira, que se bateu cora-josamente nas lutas liberaiscontra o Absolutismo, que ti-veram o seu epílogo, precisa-mente aqui (recordo a lápidetumular que existe à entrada daIgreja de Santa Rita e que guar-da os restos mortais de muitos

A Rainha D. Maria II e o seu séquito real almoçaramna Travagem (Ermesinde) no dia 18 de Maio de 1852

MANUELAUGUSTO DIAS

O 185º aniversário da restauraçãoda Carta Constitucional

Como se sabe, as guerrascivis terminaram com o triunfode D. Pedro e dos Liberais. Em1836, pouco tempo após a der-rota de D. Miguel e dos Abso-lutistas, foi criado o concelho

«Mouzinho da Silveira produziu um conjunto de decretos que permitiramtransformar o velho “Portugal feudal” num país, progressista e liberal»

Na sua última viagem aoNorte do País, D. Maria IIalmoçou na Travagem.

soldados que tombaram nessasguerras liberais) na região doGrande Porto, entre 1832 e1834, tendo a vitória sorrido àcausa liberal.

Nos anos seguintes, de-sempenhou vários cargos polí-ticos: foi Par do Reino e Gover-nador das Armas da Provínciado Alentejo (reprimindo algu-mas movimentos militares quese levantaram a favor do Abso-

lutismo). Mais tarde, iria para aIlha Terceira onde a sua açãotambém é relevante, na expan-são do liberalismo a outras ilhasdaquele arquipélago, antes de virpara o continente, onde partici-pou nas guerras liberais, ao ladode D. Pedro. O Duque de Sal-danha, o Duque de Palmela eMouzinho da Silveira são ou-tros nomes insignes do libera-lismo português.

O teor da carta é o seguinte:«Governo Civil do Dis-

tricto do Porto / Ill.mo e Ex.moSr. = Tenho a honra de partici-par a V. Ex.ª, que tendo SuasMagestades e Altezas saído hojede Santo Thyrso ás oito horasda manhã, e tendo-se dignadoacceitar um bem servido almo-ço que tinha feito preparar, elhes ofereceu na ponte daTravage a Camara de Val-lango (sic), a sua entrada severificou nesta cidade pelasduas horas da tarde, dirigin-do-se Suas Magestades á Realcapella de Nossa Senhora daLapa, aonde assistiram a umsolemne e pomposo Te-Deum,preparado e dirigido pela ir-mandade da mesma capella, noqual celebrou S. Ex.ª o Bispoda diocese. (...) / Deos guardea V. Ex.ª / Porto 18 de Maio de1852, ás quatro horas da tar-de. = Ill.mo e Ex.mo Sr. Ro-drigo da Fonseca Magalhães,Ministro e Secretario de Esta-do dos negocios do Reino. =Governador civil, Visconde dePodentes».

de Valongo, como justa home-nagem e gratidão ao povovalonguense que terá ajudado osliberais nesta contenda fratri-cida, como manifesta a própriaRainha D. Maria II que, ao pro-

mover Valongo a concelho, re-fere expressamente que esta ter-ra lhe merece gloriosa recorda-ção por ter sido daí que D.Pedro IV, seu pai, dirigiu a vito-riosa Batalha da Ponte Ferreira.

Na sua última viagem aoNorte do País, D. Maria II al-moçou na Travagem

O Diario do Governo, dodia 24 de maio de 1852, na pri-meira página, publica uma cartado Governador Civil do Porto,Visconde de Podentes, dirigidaao Ministro e Secretário de Es-tado dos Negócios do Reino,Rodrigo da Fonseca Magalhães,relativamente à visita que a Co-mitiva Real (Rainha D. MariaII, seu marido com o título deRei, D. Fernando II, e os prín-cipes, que, mais tarde, viriam aser reis de Portugal, D. Pedro eD. Luís) fez ao Norte do Reino,e onde se faz referência ao al-moço que foi oferecido a SuasMajestades, nesta cidade, nolugar da Travagem, por parte daCâmara de Valongo em formade gratidão pela criação do novoconcelho de Valongo.

FOTOS ARQUIVO MAD

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JUNHO de 2013 • A Voz de Ermesinde Desporto

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Suplemento de "A Voz de Ermesinde" N.º 905 • JUNHO de 2013 • Coordenação: Miguel Barros

Ermesinde Sport Clubeem busca de um novo rumo diretivo

Foi inconclusiva quanto a um novo rumo diretivo aAssembleia Geral que o Ermesinde levou a efeito nanoite de 31 de maio. Na ausência de lista de candidatu-ras ficou marcada para o próximo dia 21 uma novaassembleia, onde caso voltem a não surgir candidatosa suceder ao desaparecido atual presidente José Araújoterão de ser encontrados elementos para formar umaComissão Administrativa para guiar os destinos doclube no futuro imediato. No plano desportivo o emble-ma da nossa freguesia encerrou uma época negativacom um triunfo caseiro sobre o Alpendorada.

FOTO MANUEL VALDREZ

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A Voz de Ermesinde • JUNHO de 2013DesportoII

Suplemento de “A Voz de Ermesinde” (este suplemento não pode ser comercializadoseparadamente) .Coordenação: Miguel Barros; Fotografia: Manuel Valdrez.Colaboradores: Agostinho Pinto e Luís Dias.

FUTEBOL

Ermesinde SC encerra épocanegativa com um triunfo caseiro

Ponto final. Chegou ao fim o calvário da equipa principal do Ermesinde no escalão maior da Associação deFutebol do Porto (AFP). O campeonato da Divisão de Honra chegou ao fim no passado dia 19 de maio, tendo aturma da nossa cidade feito as despedidas de uma época negra com um triunfo caseiro sobre o Alpendorada,por 1-0. Em termos de classificação final os ermesindistas ficaram então no 17º lugar, despromovidos portanto,com 28 pontos, de um certame que foi ganho pelo Lixa, que contabilizou 66 pontos. Acompanham o emblema danossa freguesia no regresso à 1ª Divisão Distrital da AFP o Perosinho (18º), o Alpendorada (16º), e o Baião (15º).Entretanto, a AFP penalizou com uma derrota o Ermesinde e o Sobrado, em virtude de o jogo entre estas duasequipas - alusivo à ronda número 29 - não ter chegado ao fim em face das agressões protagonizadas entrejogadores de ambos os emblemas.

Em seguida passamos em revista os três derradeiros encontros do Ermesinde Sport Clube na temporadaque agora chega ao fim.

Na tarde de 19 de maio oErmesinde despediu-se dasua massa associativa comuma vitória diante do Alpen-dorada, em jogo a contar paraa 34ª e última jornada doCampeonato da Divisão deHonra da AFP. Partida estapresenciada por pouca gente,onde os primeiros minutosforam de domínio da equipada casa, a qual durante o pri-meiro quarto de hora cons-truiu as suas primeiras opor-tunidades de golo, tendo amais flagrante ocorrido aos 10minutos, altura em que Fláviodispôs de duas chances degolo na mesma jogada, masque o guardião Dida soubedefender com eficácia.

Do lado do Alpendora-da, o primeiro remate à bali-za de Rui Manuel teve lugaraos 20 minutos, protago-nizado por Coelho, contudoa bola saiu ao lado direitoda baliza ermesindista.

Após este lance, o jogoconheceu minutos de futebol

muito fraco, jogado predomi-nantemente a meio campo ecom os atletas da casa a per-derem muitas bolas.

À meia hora de jogo, Sou-sa, do Ermesinde esteve no-vamente muito perto de mar-car, adivinhando-se a qual-quer momento o golo, quesurgiria aos 35 minutos, apon-tado de cabeça pelo capitãoDelfim, na sequência de umpontapé de canto, cobradopor Hélder Borges.

Ainda antes do interva-lo, Rui Manuel foi posto àprova e só à segunda conse-guiu manter intactas as re-des da sua baliza.

Na segunda parte, as ca-racterísticas do jogo não sealteraram, nem o resultado,mas o Alpendorada bateu-sesempre muito bem, acreditan-do, até ao fim, que poderiapontuar, o que acabou pornão acontecer.

No fim, o técnico e os jo-gadores do Ermesinde feste-jaram o resultado, com a

claque, quase como se tives-sem alcançado os objetivosdesta época desportiva.

No último encontro datemporada o Ermesinde ali-nhou com: Rui Manuel, VítorGato, Hélder Borges, Stam,Delfim, Guedes, Leça (Hu-guinho, aos 45m), Sousa (Pau-lo, aos 82m), Miguel (Pedrin-ho, aos 82m), Hemery e Flá-vio (André Ribeiro, aos 60m).LUÍS DIAS/MB

Trambolhãoem casado comandante

Já sem nada a ganhar oErmesinde visitou no passa-do 12 de maio o reduto do co-mandante, e já campeão, daDivisão de Honra da AFP, oLixa, em partida da penúltimaronda (33ª) da competição.

Não foi na verdade umbom jogo de futebol, antespelo contrário, embora tenhasido o conjunto da casa aestar mais forte durante os90 minutos, e é em conse-quência disso que se expli-ca o resultado final de 3-0 aseu favor. Ao intervalo, eapenas a perder por um go-lo, o treinador ermesindistaJorge Abreu colocou emcampo mais dois avançados,mas de nada adiantou, jáque o Lixa ainda viria a mar-car por mais duas ocasiõespara delírio dos adeptos dacasa que no final do encon-tro fizeram a festa de umasubida há muito anunciada.

Neste encontro o Erme-sinde alinhou com: Rui Manu-el, Tiago Silva (Sousa, aos45m), Hélder Borges (An-drezinho, aos 66m), Rui Stam,

Delfim, Vítor Gato, RicardoLeça (Paulo, aos 76m), Hu-guinho (Rivaldo, aos 45m),Hemery, Miguel (Pedrinho,aos 76m) e Flávio.

MÁRCIO CASTRO/MB

Valonguenseleva trêspontosde Ermesinde

Foi com a presença dopresidente da Câmara Muni-cipal de Valongo, João Pau-lo Baltazar, que Ermesinde eValonguense subiram ao rel-vado do Estádio de Sonhosno dia 5 de maio para dispu-tar um dos desafios da 32ªjornada do Campeonato daDivisão de Honra da AFP.Dérbi (na imagem) onde osermesindistas apenas joga-vam pela honra, já que a des-cida de divisão havia sidoconfirmada na jornada ante-rior, em Rio Tinto. As duasequipas do nosso concelhonão realizaram uma boa par-tida de futebol, foi na ver-dade um jogo fraco, assisti-do por pouca gente, pois amassa associativa da equi-pa da casa já está resignadacom a descida à 1ª Distrital.

O relvado também se a-presentava em mau estado(soubemos que o motor deelevação da água avariou eportanto não foi possívelregar a relva, o número devezes que era suposto fazê--lo), fator que ajudou ao mauespetáculo.

Relativamente ao jogo,propriamente dito, pouco háa registar. Com um golo emcada parte de um jogo de fra-co recorte técnico, o Valon-

guense superiorizou-se aoErmesinde, que só se podequeixar de si próprio, poisa falta de concentração noseu reduto defensivo mos-trou-se determinante para oresultado final. No primei-ro golo, Guedes, num cortena pequena área, acaboupor isolar o adversário Bi-fes, que não se fez rogadoe bateu Rui Manuel pelaprimeira vez.

No reatamento, JorgeAbreu procedeu a uma su-bstituição, depois ainda fezmais duas, que de nada va-leram. É verdade que o Er-mesinde também criou algu-mas oportunidades, masinsuficientes para alterar orumo do jogo, em termos demarcador. O segundo golodo Valonguense teve comoautor o ermesindista Mo-rangos, que, acabadinhode entrar, teve azar numcorte que deu mais um golopara a equipa da sede doconcelho.

Fora das quatro linhasnão houve qualquer proble-ma e até surpreendeu o re-forço policial a que se as-sistiu no momento da saídado recinto de jogo. A arbi-tragem não teve problemasde maior e não tem qualquerresponsabilidade no resul-tado do encontro, que aca-ba por ser justo.

Na derrota por 0-2 ante oValonguense o Ermesindealinhou com: Rui Manuel,Gato, Hélder Borges, Stam,Delfim, Guedes, Leça (Hu-guinho, aos 45m), Sousa(Morangos, aos 61m), Mi-guel, Hemery e Flávio (Pau-lo, aos 71m). LUÍS DIAS/MB

A opiniãodotécnicoJorgeAbreu

Substituiu, à 5ª jorna-da, Luís Magalhães nocomando da principal tur-ma ermesindista, mas a"prematura chicotadapsicológica" acabou pornão surtir o efeito dese-jado, e Jorge Abreu (naimagem) não evitou aqueda ao segundo esca-lão do futebol distrital.Contactado pelo nossojornal o técnico subli-nhou que é redutor expli-car-se a descida do clubeapenas pela questão ma-temática, ou seja, só pelofacto de o Ermesinde tersido das equipas que me-nos pontos fez no cam-peonato.

A razão (da descida)vai muito mais além doque uma mera visão damatemática. Na sua opi-nião o clube não tinhauma ideia adequada emrelação à competição(Campeonato da Divi-são de Honra) em que iriaparticipar, não foi capazde criar uma estrutura,uma gestão desportivacapaz para participarnuma prova deste nível.Sobre a sua continuida-de, ou não, no comandotécnico do emblema danossa freguesia JorgeAbreu diz não ter pensa-do nisso ainda, até por-que o clube prepara-separa ser conduzido poruma nova Direção, ecomo tal há que esperarque o Ermesinde SportClube primeiro se orga-nize e só depois falar-senuma eventual continui-dade. MB

FOTOS JOANA FITAS

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JUNHO de 2013 • A Voz de Ermesinde Desporto

ASSEMBLEIA GERAL DO ERMESINDE SPORT CLUBE

III

Solução diretiva ausente numa noiteem que as contas apareceram incompletas

Mais de uma centena de associados do Ermesinde marcaram presença na Assembleia Geral (AG) que o clube levou a cabo nosalão nobre dos bombeiros voluntários locais na noite de 31 de maio na expetativa de saber quem seria o próximo elenco diretivoa guiar os destinos da nau ermesindista, a qual por estes dias navega em águas bastante agitadas. Expetativas que no entantosairiam goradas, já que cedo se percebeu que nenhuma lista se havia apresentado, deixando assim o clube à beira de um vaziodiretivo, já que é sabido que a atual Direção liderada por José Araújo - que estranhamente continua desaparecido, sem darqualquer explicação quer aos seus pares, quer aos associados ermesindistas - não irá continuar em funções. Numa sessão aindamarcada pela apresentação de contas mascaradas (!) - isto é, que não traduzem a realidade financeira do clube - ficou ainda asaber-se que afinal o problema do estádio pode ainda não estar resolvido!

MIGUEL BARROSMIGUEL BARROSMIGUEL BARROSMIGUEL BARROSMIGUEL BARROS

Foi pois com profundarevolta que a esmagadoramaioria dos associados semanifestou contra odesaparecido aindapresidente da Direção,responsabilizando-o peladelicada situação em queo Ermesinde está mer-gulhado. E se a revolta jáera grande à entrada paraa AG, maior ficou quandoo presidente da Mesa daAssembleia, Isidro Vaz,colocou em cima da mesaas contas referentes adois dos três anos do atualmandato, as quaisestariam muito longe derefletir a delicada sit-uação financeira doclube. Convém explicarque o Ermesinde levou acabo duas AG's na mesmanoite, uma para a-presentar, discutir, evotar o referido Relatóriode Contas e outra paraentão eleger uma nova Di-reção. No entanto, nemuma nem outra seriamlevadas a termo, ou seja,nenhuma Direção foieleita, pois nenhuma listase apresentou a sufrágio,nem as Contas foram

votadas, já que refletiamapenas os números dos anosde 2011 e 2012. Na verdade orelatório apresentado mos-trava um saldo positivo - entreproveitos e despesas - de 18euros e 52 cêntimos, o quelevou muitos associados aironizarem que com aquelascontas qualquer um teriacoragem para ser presidentedo Ermesinde, acusando emseguida a atual Direção - emais uma vez com JoséAraújo a ser o principal visado- de estar a mascarar arealidade financeira do clube,ao apresentar um saldopositivo, pequeno, maspositivo, quando toda a gentesabe que o saldo global dascontas do clube é altamentenegativo. Confrontados pelosassociados sobre o porquê deo Relatório de Contas seapresentar digamos queincompleto, alguns elementosda atual Direção optaram pelosilêncio, dando a entenderque para uma explicaçãomais aprofundada teria deser necessário ouvir o desa-parecido José Araújo.

Albino Rodrigues - quena ausência de elementos pa-ra acompanhar Isidro Vaz nacomposição da Mesa da AGaceitou o convite endereçado

por este último aos associ-ados para desempenhar ocargo de vicepresidente des-te órgão - propôs que pelo fac-to de as contas apresentadasnão estarem completas, jáque nas mesmas não estavarefletido o passivo do clube,as dívidas às Finanças, ou àSegurança Social (SS), porexemplo, se adiasse este pon-to para a próxima AG, onde aías contas seriam apresenta-das de forma detalhada - comos valores exatos do passivo,e das tais dívidas à SS, Fi-nanças, e demais credores -já que um conceituado técni-co oficial de contas local es-taria já encarregue de apre-sentar a realidade contabi-lística do Ermesinde. Peseembora alguns associados semostrassem preocupadoscom o timing da apresenta-ção de um novo documento - apróxima AG ficou agendadapara dia 21 de junho, por seresta a única data em que osBombeiros Voluntários deErmesinde terão disponibili-dade para voltar a ceder o seusalão nobre - uma vez que nãotarda a nova temporada des-portiva está aí à porta, sendopois necessário prepará-laatempadamente, contraria-mente ao que se fez na época

de 2012/13. No seguimentodesta preocupação AlbinoRodrigues acautelou os só-cios de que primeiro é pre-ciso saber se existe aquilo"com que se compram osmelões", por outras pala-vras, dinheiro, não podendoo clube partir em aventurassem primeiro conhecer arealidade das suas finan-ças, pelo que a sua propostade adiar este ponto para apróxima sessão seria maistarde votada favoravelmen-te por todos os associados.

E na convocatória da pró-xima AG irá novamente cons-tar o ponto alusivo à eleiçãode novos dirigentes, sendo queIsidro Vaz explicou que casonão volte a aparecer nenhu-ma lista de candidatura a so-lução - de emergência - passapor encontrar elementos queformem uma Comissão Admi-nistrativa que tome conta doclube enquanto não surja umanova Direção. Até lá, até ao diada próxima AG, o Ermesindecontinua a ser gerido pelaatual Direção, já que o seu pre-sidente apesar de desapareci-do não apresentou oficialmen-te a sua demissão do cargo.

No sentido de apelar àunião de todos os ermesin-distas neste momento delica-do algumas vozes se fizeramouvir, entre outros o presiden-

te honorário do clube, Au-gusto Mouta, que começandopor lamentar a situação doemblema, apelou à união dosassociados, que todos se res-peitassem, e que dessem asmãos, «porque acima de tudoestá o Ermesinde. Vamos, comcalma, arranjar uma Direção.Vejo aqui muita gente nova,com capacidade para ajudar oclube. Por isso peço, não dei-xem morrer o Ermesinde»,apelo sentido que originou umasalva de palmas da compostaassembleia. Embalado - quiçá -por este apelo o próprio presi-dente da Mesa da AG deixariaa promessa de que se na próxi-ma sessão aparecer uma listade candidatos ele própriodoaria ao clube 500 euros!

Problemado estádioainda porresolver?

Promessa que poderá nãoser suficiente para motivaralguém a "embarcar" naaventura de ser presidente doErmesinde, até porque no pon-to destinado a outros assun-tos os níveis de preocupaçãovoltaram a subir assim queum dos diretores ermesin-distas presentes, no casoAntónio Borges, revelou querecentemente o clube havia

recebido uma carta regis-tada de Abílio de Sá, oprincipal credor doErmesinde, na qual esteexigia que o clube lhe en-tregasse de imediato o Es-tádio de Sonhos - que seencontra penhorado, comoé sabido - caso contrárioavançaria com uma provi-dência cautelar! Ora, estanotícia apanhou de sur-presa todos os presentes,até porque recentemente aCâmara de Valongo anun-ciou que este problemaestaria resolvido, já que a so-lução encontrada passariapela permuta dos terrenosdo campo dos Montes daCosta, que ficarão com ca-pacidade construtiva e do Es-tádio de Sonhos, que seriamunicipal e requalificado.No sentido de clarificar asituação foi eleita uma co-missão composta porIsidro Vaz, Augusto Mouta,Bruno Barbosa, e o pró-prio António Borges quejunto da autarquia vai en-tão tentar perceber o por-quê desta carta de Abíliode Sá quando publica-mente já havia sido anun-ciado que a Câmara tinhachegado a um acordo como credor do Ermesindepara este libertar a pe-nhora do estádio.

FOTOS MANUEL VALDREZ

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A Voz de Ermesinde • JUNHO de 2013Desporto

DAMAS

Sérgio Bonifácio ficou à porta da fase finaldo Campeonato Nacional individual de damas clássicas

O ermesindense Sérgio Bonifácio (na imagem) foi umdos 24 damistas que no passado fim de semana de 18 e 19 demaio marcou presença na fase preliminar do CampeonatoNacional individual de damas clássicas, evento decorrido naSociedade Musical Capricho Setubalense. Integrado na Sé-rie C da competição o damista do Núcleo de Damas deErmesinde/Café Avenida não foi além do terceiro lugar doseu grupo, ficando assim à porta da qualificação para a fasefinal do certame, a qual irá decorrer entre os próximos dias 6e 10 de junho, novamente em Setúbal. Saliente-se que para afase final se apuravam os dois primeiros classificados decada grupo, sendo que pelo facto de ser um dos terceirosposicionados Bonifácio ficou na condição de suplente, ou seja,avança para a fase final caso algum dos finalistas não possacomparecer.

E para a fase final classificaram-se os seguintesdamistas: Manuel Vaz Vieira, Paulo Lapa, Tiago Manuel,Victor Nédio, Fernando Gonçalves, Santos Deodato, LuísSá, Manuel Custódio (todos eles apurados via fase prelimi-nar), Veríssimo Dias (na qualidade de campeão nacional de2012) e Idalino Lopes (garante presença como anfitrião).

Ainda relativamente a Sérgio Bonifácio refira-se quedias antes desta fase preliminar o damista da nossa fre-guesia venceu o Torneio Nacional de Damas "25 de Abril",ocorrido em Oliveira de Azeméis, e no qual participarammeia centena de jogadores. Além de Bonifácio o Núcleo deDamas de Ermesinde/Café Avenida levou a este torneiomais quatro atletas, nomeadamente Ricardo Araújo (foi28º), Manuel Silva (31º), Nélson Monteiro (33º), e HenriqueMoreira (48º)

SETAS

Pedro's Bar marca passo rumo à subida de divisãoMBMBMBMBMB

A duas jornadas do final do Campeonato da 2ª Divisão da Associação de Setas doPorto (ASP) os ermesindenses do Pedro's Bar continuam a comprometer seriamenteas suas possibilidades em alcançar o segundo lugar da classificação geral e destaforma garantirem a promoção ao escalão principal do citado organismo desportivo. Napassada sexta-feira (10 de maio) a turma ermesindense foi derrotada por 4-5 em casado primeiro classificado e já promovido Inter Cludis Darts.

Esta derrota teve como consequência a aproximação do grande rival da equipaermesindense na luta pela subida, o Bar dos Bombeiros 2, conjunto este que ao vencerem casa o Nova Era Darts por claros 7-2 passou a somar 62 pontos, os mesmos que oPedro's Bar.

No escalão principal da ASP, isto é, a 1ª Divisão, o grande destaque da 6ª jornada dasegunda fase vai para o facto dos maiatos do TNT/Quinta da Caverneira terem assegu-rado o título de campeões. Um facto consumado em casa, após um triunfo dianteAlvarelhos por 5-4. Na classificação a equipa de Águas Santas passou a somar 39pontos, mais cinco que a dupla de segundos classificados formada por Latitude e Bardos Bombeiros 1, isto quando restam duas jornadas para o final do certame.

E na Série B da 1ª Divisão, onde se luta - ou lutava após a realização desta ronda -desesperadamente pela manutenção na 1ª Divisão, a 6ª jornada foi fatal para duasequipas, uma delas de Ermesinde. Ao perderem em casa ante os vizinhos dos ArrebolaSetas os Darts Carneiro confirmaram matematicamente a descida de divisão, terrível"viagem" na qual se farão acompanhar pelos Dragões de Vale do Ave, a outra equipa jámatematicamente despromovida à 2ª Divisão.

BASQUETEBOL

Cadetes cepeenistas apuram-separa a fase final do CampeonatoNacional de forma… invicta

A equipa de cadetes femininos do CPN apurou-separa a fase final de forma invicta! As pupilas de Agosti-nho Pinto somaram 14 vitórias noutros tantos jogosdisputados, marcando assim presença na citada fase fi-nal da competição que irá ter lugar entre os próximosdias 7, 8, e 9 de junho em Almada. O derradeiro encon-tro da fase zonal norte ocorreu no passado 25 de maio, diaem que o CPN foi à Póvoa do Varzim derrotar o Desportivo

local por 77-44. Tratou-se de uma partida jogada a umritmo interessante, onde cedo as ermesindenses se afas-taram no marcador, dominando o encontro em todos osaspetos. Com este triunfo o CPN aumentou para 31 onúmero de vitórias - somando os encontros do campeona-to nacional e do campeonato distrital - obtidas em… 31partidas realizadas! Impressionante.

Na classificação da fase zonal norte do campeonatonacional a turma de Ermesinde foi primeira com 28pontos, mais dois que as vizinhas do Núcleo Cultural eRecreativo de Valongo, equipa esta que também irá lu-tar pelo título de campeão nacional da categoria, umavez que para a fase final se apuram os dois primeirosclassificados das fases zonais. Os rivais das duas equi-pas do nosso concelho na luta pelo título são o Algés e oESSA.

Ainda relativamente ao CPN nunca é demaisrelembrar que já nesta temporada as cadetescepeenistas deram uma alegria à massa associativa doclube, ao vencer pelo segundo ano consecutivo o Cam-peonato Distrital. Agora, segue-se o Nacional, e a vervamos o que as pupilas de Agostinho Pinto conseguemfazer.

NATAÇÃO

Escalão masterdo CPN volta aentrar em açãotrês anos depois

Três anos depois da sua última aparição o esca-lão master da natação do CPN voltou a participarnuma competição.

Facto ocorrido a 4 de maio passado, dia em que osceepenistas marcaram presença no I Meeting Inter-nacional de Natação Master (competição para atle-tas maiores de 25 anos), certame organizado peloClube Fluvial Portuense. Luís Rato, Miguel Valen-te, e Francisco Figueiredo foram os três nadadoresque defenderam as cores do emblema da nossa cida-de, tendo a sua prestação sido muito positiva. LuísRato alcançou mesmo um pódio, fruto do segundolugar conquistado nos 100m estilos (com um regis-to de 1:08:82), enquanto que Francisco Figueiredoalcançou dois "top tens", isto é, um sétimo lugarnos 100m bruços (com o registo de 1:28:86), e umoitavo posto nos 50m livres (com um tempo de00:34:33).

Já Miguel Valente conseguiu um sétimo lugarnos 100m bruços (com a marca de 1:35:39).

FOTO ARQUIVO

FOTO BASQUETEBOL/CPN

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JUNHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 13Património

A delimitação de Alfena com Água Longa – 1690 (2)

• TEMAS ALFENENSES •

RICARDORIBEIRO (*)

de Riba de Ave] o coal fiqua tambem seruindo dedeuizam.

E logo foram elles louuados na mesma for-ma medimdo p.ª a p.te do norte sempre pelo Ribr.ºasima q he a deuizam destasfrg.as the domde chamamcouas e logo ahi junto ao Ribr.ºdiserão era nesessr.º leuantaroutro marco o que elle juismandou leuantar e dar prégamna forma do mais e fiqua dedistancia do outro atras doscom.os a estes setecemtassesenta e oito uaras.

E logo forma medimdoelles louuados pelo Ribr.ºasima direito p.ª o nortte tre-zentas oitenta e sete uaras theo sima de couas junto ao Ri-beiro e ahi diseram eranesessr.º leuantar outro mar-co o coal elle juis mandouleuantar e dar pregám na for-ma dos mais.“E logo elleslouuados foram medimdo namesma forma pela deuizão deemtre as frg.as sempre augasuertentes the Saínhas em o altoda serra trezentas oitemtauaras e ahi disseram era nesessr.º leuantar ou-tro marco o coal elle juis mandou leuantar e darpregám na forma dos mais.

E logo elles louuados foram medimdo emdir.to p.ª o norte pela deuizam de emtre asfreiguezias athe Sainhas aonde estaua leuantadoo p.ro marco que deuiza a frg.ª de Folgoza e ficade distancia do outro atras a este trezentassetemta e sinco uaras.“E por este modo diseramelles louuados tinham feito e acabado a d.ªmediçam e demarquaçam bem e uerdadei-ramente comforme emtendião em suas con-siensias sem odio nem affeiçam alguma pelojuram.to que elle juis lhe tinha dado e logo pelo

omplementando o artigo anterior,vamos tratar hoje do limite deAlfena com Água Longa, a nortedo Rio Leça. Limite, esse, bastan-te claro por fazer uso de elemen-tos geográficos perfeitamente de-

finidos como sendo linhas de água e de cumeada,e onde, ainda hoje, podemos encontrar vários dosmarcos erigidos em 1690.

Mas vamos pois ao texto histórico de 1690,retomando-o no ponto em que ficamos no artigoanterior, ou seja, na travessia do Leça:

Tombo da Igrejade São Vicente de Alfena

«Título da mediçam e demarcação da frgª.de Alffena

Demarquaçam de Alffena com a frgª de AugaLongua

Aos noue dias do mes de Fr.º de mil seissentos e nouenta annos (…)

E logo foram elles louuados medimdo da ou-tra p.te dalem do Rio comesando junto a elle ema rregueira do ualo dos moradores do Ribr.ºdesta frg.ª de Alffena direito p.ª o norte cemto esetemta e noue u.as athe adomde está o marcoque deuiza o com. [N.R.: concelho] de Reffoyosdo da Maya [N.R.: Até à reforma administrativade 1836, a freguesia de Alfena pertencia ao Con-celho da Maia e a de Água Longa ao de Refojos

d.º Manoel de Oliua procurador do d.ºComendador B.er Ferras e Manoel de Payua pro-curador do d.º Coll.º que elles em nome de seusconstetuintes e na forma de suas procurassois

estauam pela d.ª deuizam, mediçam e de-marquaçam e nam duuidauam que asim nestaforma se lance em Tombo de que fis este termoque elles asignaram, Manoel de Souza Barbozaescriuam das sizas neste com.º da Maya e desteTombo que o escreuj, Manoel de Payua Barro,Manoel de Oliua, Fran.co da Costa, de PedroFran.co louuado»

Recomeçando no ponto onde havíamos fica-do no artigo anterior, atravessando o Rio Leça, olimite segue pela regueira dos moradores do lu-gar do Ribeiro até encontrar o marco que separa-va os concelhos da Maia do de Refojos e que se

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ALFENAArmazém:R. das Passarias, 4644445-171 AlfenaZONA INDUSTRIALDE ALFENATEL: 22 967 0005

FOTOS AL HENNA

Marco existente no “alto da serra de Saínhas”.

situaria junto à antiga estrada real Porto - Gui-marães (nas traseiras da antiga serração de ma-deiras).

A partir daqui o limite muda de orientaçãopara norte seguindo pelo Ribeirode Covas até ao lugar de Covas,onde ainda hoje encontramos ummarco do Carmo, e depois, sem-pre pelo ribeiro acima até ao lu-gar de «Cima Covas» no pontoem que o ribeiro é transposto pelaEN 318 (aliás, terão sido as obrasde construção, ou de alargamen-to, da estrada nos anos 30 do sé-culo XX que terão feito desapa-recer o marco ali implantado).

Deste ponto o limite seguepelo caminho de cumeada até aoalto da serra de Saínhas, onde ain-da hoje podemos encontrar o mar-co original, o último a ser coloca-do e aquele que se encontra emmelhor estado de conservação.

Do alto da Serra, o limite desceaté ao sítio de Saínhas onde en-contra o primeiro marco comFolgosa, implantado em 25 de Ju-nho de 1689, e que ainda hoje lá

permanece.Na leitura destes textos históricos há que

ter presente que até 1836, das várias freguesiasconfinantes, Alfena, Folgosa, São Pedro Fins,Asmes [Ermesinde] e Valongo-Jusão pertenci-am ao antigo concelho da Maia, Sobrado per-tencia ao julgado do Aguiar de Sousa e ÁguaLonga pertencia ao concelho de Refojos de Ribade Ave.

Também devemos tomar nota que o Tombonão é um simples texto, mas antes a transcriçãodos procedimentos de levantamento da delimi-tação da freguesia de Alfena levados a cabo porum Juiz nomeado por Provisão Régia, na pre-

sença de representantes e lou-vados das várias freguesias en-volvidas, dando assim ao texto«força de Lei».

Mais do que limites histó-ricos, os limites transcritos noTombo de São Vicente deAlfena são os limites legais dafreguesia de Alfena, e não po-dem ser afastados por errosgrosseiros de entidades admi-nistrativas…

Concluído este trabalho delevantamento dos limites his-tóricos de Alfena, vamos, ago-ra em próximos artigos, debru-çarmo-nos sobre outros temasrelacionados com a História eo Património alfenenses.

(*) Membro da AL HENNA –Associação para a Defesa doPatrimónio de Alfena.

Marco existente em Saínhas (o primeiro a ser colocado, em 25.06.1689.

Marco existente em “Covas”.

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14 A Voz de Ermesinde • JUNHO de 2013Emprego

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JUNHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 15Crónicas

Um erro criativo“Trabalho de menino é poucoMas quem o despreza é louco”-Assim diz o povo, e com razãoPois de geração em geração,A realidade sustenta a teoria.

Por um vidro partido, nessa manhã de inverno,Soprando, o vento arrepiava as folhas dum cadernoQue o menino abandonara na carteiraE onde deixara escrita mensagem certeiraDe um tema proposto que, em breve, interrompia.

Sequência de palavras que um erro intercalava:- “Entre parêntesis” - a mestra ensinava.O meu pai (tralha ) trabalhaSegmento inconcluso, que o contexto nos valhaNa compreensão do que o menino pretendia.

Ríamo-nos, tolos, daquele ato falhadoInconscientes do seu significado:Mais do que erro ortográfico, erro de escolhaDo rumo a seguir na vida, inscrito ali na folhaNão apenas exercício, profecia.

NUNOAFONSO

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ÀBraço de menino é curto, longo o cabo da enxada,Duro o manejo da charrua na vessadaE o largo quarto de lua descrito p’la gadanha,Mas pode segar a gabela de ferranhaEstrumar a loja, dar de comer à cria.

margem dum sonho pequenino,A sombra crua do viver antigoDe trabalho insano e frugal sustento.Que um homem não vive só do ventoNem se governa com letra e fantasia.

O rapaz cresceu, entre aldeia e serraParco no convívio, amanhando a terra.Adiante foi chamado à vida militarE, como tantos outros, seguiu p’ro “ultramar”Porque era assim que, em regra, acontecia.

Do seu canto europeu, nem um ligeiro apeloA lembrança fagueira de um antigo anelo,Pais falecidos, herança minguadaEntre irmãos repartida … quase nada.Era só o que a vida prometia.

Angola era uma luz mais promissoraPensava dia a dia, hora a hora,E, enquanto não findava a comissão,Retomava o estudo na intençãoDe alcançar o objetivo que antevia.

Fez a primária, o ciclo, o quinto anoVenceu o erro, corrigiu o enganoDa frase que deixara interrompidaE concluiu que em tudo, nesta vida,A força de vontade é nossa guia.

GILMONTEIRO (*)

Guarda-sol

guarda-sol será uma espécie deguarda-chuva?!

No conceito de menino só podia darno mesmo, pois desconhecia outrosmodos, ou outros usos, de proteger acabeça do sol, na falta de chapéu ou

lenço. Mais: o “artista”, do tipo latoeiro, em digressãopela aldeia, era designado por compõe louças e guarda-sóis e não guarda-chuvas! Montava a “oficina” no largo,em frente da minha casa, depois de se fazer anunciadona única rua, do fundo ao cimo do povo, batendo asorelhas de um martelo no fundo duma velha sertã. Asmatracas da Semana Santa não conseguiam convocar

tanta catraiada! Quando começava a trabalhar, ficava rodeadode mirones, e de olhos vivaços da pequenada! Os ensinamentospara aulas práticas não podiam ser mais eficientes por professorefetivo. Ainda hoje seria capaz de unir uma tijela partida,aplicando uns “gatos” de arame! ...

– António, vai levar o guarda-chuva ao guarda-soleiro,para pôr uma vara nova – dizia a Elisa para o filho, ainda semidade de frequentar a escola.

O António só conhecia o arrieiro a desmontar a avó daMagalhã da cadeirinha da égua baia, protegida dos raios solaresde junho, pelo guarda-chuva (sol) até entrar para a casa devisita. Nunca vira uma praia! Só o Sr. Ferreira e o Sr. ProfessorAntunes iam para as termas do Vidago. Os chapéus de palha,comprados pelo Santo António, protegiam do sol toda a gente,até os malhadores do centeio nas eiras.

Tantos anos a residir no Porto e nunca tinha visto, domingode manhã, ao ir comprar o jornal, dois guarda-chuvas abertosa secarem na varanda de um andar do bairro! Como o tempotem sido muito invernoso é preciso poupar o pano do bolor.Raramente se ouve a gaita do amolador de tesouras e navalhas(facas), a passar pelas ruas. Mas mais adiante, encontrei umstand de automóveis ao ar livre, com os carros todos decapot e malas abertos para secarem.

No tempo de crise os roubos, os crimes, enfim, todo o malsocial aumenta. Diria: sofre mais o pobre e há menostranquilidade para o remediado ou rico.

Passaram longas décadas, desde o tempo de aJoaquina ter ido para Paris fazer uma tese de mestrado.Os colegas, sem direito a essa regalia de complemento deinstrução, resolveram ir visitá-la e conhecer a Cidade Luz.Quando à noite passeavam pela Concórdia e pontes sobreo Sena, um ladrão de esticão, rouba a carteira à Joaquina!Perplexos, todos gritam e correm atrás do gatuno,enquanto a estimada amiga ria, ria!...

– A carteira era velha, só continha papéis... Já erapara ser furtada!

Recordei o acontecimento quando, na bonita cidadedo Porto, com pontes modernas de nível mundial, meroubaram, na semana passada, um guarda-chuvabaratucho e velho. Andava com ele no carro, servindopara uma emergência, o que se veio a verificar na Rua deCosta Cabral. Necessitando de dar um recado breve aoJoão, a trabalhar numa sala de um rés-do-chão elevado, ecomo tinha de usar um truque, a fim de manter o guarda-chuva aberto, não o fechei, e meti-o dentro da porta abertapara a rua, subindo os poucos degraus. Nem um minutodemorou. O guarda-chuva foi roubado!

Apanhei uns pingos de água até ao carro, malestacionado, e sorri:

O guarda-chuva já foi deitado ao lixo pelo ladrão!

(*) [email protected]

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16 A Voz de Ermesinde • JUNHO de 2013

GLÓRIALEITÃO

A. N. A.

um pequeno papel estavaescrito uma pergunta –porque é que “separado” seescreve tudo junto, e “tudojunto” se escreve separado?Lá andava eu a magicar sobre

isso (sem me prender às questõesgramaticais) quando, pouco tempo depois,li o seguinte: «…ele disse para ela se irtratar, e então foi isso que ela fez. Tratou ocabelo, tratou a pele, tratou de conhecergente nova, tratou de viajar, tratou de rir,tratou de se divertir… E foi tratando-se quepercebeu que não precisava dele para seramada. E sem ele, tratou de ser feliz».Diz-se que “para um bom entendedor meiapalavra basta” e cá estava o nome para estareflexão: ANA (Amor Não Aceite).

O coração é a tal máquina que não temcontrolo remoto nem obedece a uma qualquervoz de comando. Quando se pensa que estátranquilo e feliz, de repente lá começa ele apulsar descompassado e a seguir outro destino,procurando outro tipo de afagos, que duram otempo que a emoção (muitas vezesmomentânea e até passageira) lhes destina. Àsvezes também acontece que esta “máquinahumana” só sabe bater dessa forma – cheio deadrenalina, porque há corações que se cansamrapidamente do mesmo, daí que os seus donosou donas acionem o “clique”, ligam o GPS e lávão na procura de novos rumos, novas direções(que às vezes até podem ser a solidão e osilêncio, em pessoas que querem e gostam dese guardar para si mesmas). Não existem moldespróprios para fabricar corações e o sentimento

que deles emana sempre será diferente de pessoapara pessoa. E também não existem barómetrospróprios para medir a forma de sentir de cada um.

Quando esta “devolução” do amor é feitasomente por uma das partes o desafio que seenfrenta é mais duro - os caminhos divergem: ouse tem a capacidade para enfrentar a dor comentendimentos, ou as pessoas ficam ali especadascomo os “copos sempre em pé”, não se movendodo sítio, “alimentando-se” de desentendimentos evarejando sempre à volta do mesmo. A análiseindividual, profunda, fria e objetivaé crucial na decisão de tomar umnovo rumo e um novo destino. Hátempos atrás ouvia uma pessoalamentar-se da sua vida, que elatinha desmoronado. Isto levou-mea pensar no que tinha aprendidocom a vida – o tempo urge e cadavez é mais escasso, daí que, até parachorar tem que se ser rápido, eficaze eficiente. Esta rapidez éfundamental para que as pessoasque passam por estas experiênciasse organizem e escolham um novocaminho, pois a tendência natural éperderem-se na procura de razõesque a própria razão desconhece.Cada um quer construir as suasverdades e arranjar desculpas, nemque sejam “esfarrapadas”, deixan-do-se ensombrar por vidas que jánão são as suas.

No tempo de hoje e nestasrelações desavindas o hábito éculpar-se a crise, dizendo-se queaté os valores fundamentados em sentimentos nãosão a mesma coisa e “quebram” facilmente pelasdificuldades que os casais enfrentam. Nem sempreserá o caso, porque certamente que todosconhecemos situações de rutura que não seprendem forçosamente com falta de meioseconómicos. Contudo, quando o motivo é esse, oteste de força é realmente muito elevado e só umsentimento elevado ao mesmo nível, o supera.Neste caso não se aplicaria a “razão do povo”, quecostuma dizer: «Quando a miséria entra pela porta,o amor salta logo pela janela». Agora, a crise está émesmo a fragilizar os sentimentos e a levar aspessoas para um “jogo do empurra”, silenciadodentro de muitos lares. Às vezes, demasiado tarde,

é que se percebe que se romperam os tais “laçossagrados” (mesmo que não testemunhadossocialmente), arrastando consigo danos colateraisgrandes, porque o “empurra” a que me refiro é:empurra para os pais, empurra para sogros, etc.,etc., com responsabilidades e encargos queinjustamente lhes são imputados.

Volta-se à estaca zero, voltam-se a encher ascasas de gente que já tinha abandonado os seusninhos, ainda que, quando se volta, já não é amesma coisa, para uns e para outros. Ao voltarem

“à comunhão da casa e da mesa” (diferente de seser visita), as pessoas são “estranhas” em meiosque já não sentem como seus, e isso culpabilizatodos por culpas que não são de ninguém, porque,por hábito, ninguém responsabiliza a sociedade,aquela a quem quisemos “fazer ver” – não temrosto e nós adoramos dar rostos à nossa culpa.Este silêncio, o silêncio profundo de coisas quenão são ditas e que abriga angústias e incerteza(para uns e para outros), com o tempo pesa einteletualmente desgasta e atrasa a felicidade, quenunca se sabe quando se vai reencontrar, aindamais que, com esse terrível silêncio e sem se daremconta, as pessoas vão construindo muros que lhesencerram os sonhos onde quase sempre se trazem

Crónicas

de mãos dadas filhos que só querem mesmoser felizes.

Claro que se o ideal do sentimento existir etiver a tal força que cada um defende para si – “oamor de uma vida” ou mesmo o “amor por umavida” as pessoas não escapam por entre os dedose os laços afetivos não quebram (mesmo emcasos em que seja preciso enfrentar a emigração),só que dificilmente se dá à vida esse voto deconfiança, pois até dela desconfiamos. Portendência queremos amarrar a nós (às vezes até

de forma sufocante), as pessoasque dizemos amar, ligando-aspor um fio invisível de depen-dência que depois quase sempreacaba por nos rebentar na mão.Em qualquer laço afetivo que nosuna é duro encarar de frente umarealidade nua e crua: se alguémnos escapar, não é porque nosfoi “tirado”, somente não nosestava destinado; e isto porque,se calhar, os moldes, mesmo comos ajustes da vida, não “encai-xaram”. Noutras situações,poderá também ter chegado ahora de cortar amarras e deixarpartir “os nossos” - na busca denovas vidas e até na construçãode novas famílias, que levarão omelhor das nossas obras primas:o “esboço” que cada um faz dosseus.

Fez-me todo o sentido ler“Laço e o Abraço”, em que auma dada altura, se diz:

« … Ah! Então, é assim o amor, a amizade.Tudo é sentimento. Como um pedaço de fita.Enrosca, segura um pouquinho, mas podedesfazer-se a qualquer hora, deixando livre asduas pontas do laço. Por isso é que se diz: laçoafetivo, laço de amizade.

E quando alguém briga, então diz-se:romperam-se os laços. E saem as duas partes,iguais aos meus pedaços de fita, sem perdernenhum pedaço.

Então o amor e a amizade são isso…Não prendem, não escravizam, não apertam,não sufocam.

Porque quando vira nó, já deixou de serum laço».

FOTO ARQUIVO GL

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Comunica-se aos Senhores Assinantes

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• Depósito bancário- Conta Montepio Geral nº 090-10006947-6

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JUNHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 17Opinião

s tempos na Europa emesmo no mundo revelaminstabilidades múltiplas comreflexos negativos na eco-nomia, no social, nas famí-lias, parecendo que os ú-nicos que estarão longe e

alheados destes problemas são os detentoresde grandes fortunas, que têm encontradosoluções para aumentarem os seus pa-trimónios, furtando-se ao cumprimento dasobrigações sociais, designadamente, as rela-cionadas com o pagamento de impostos,sempre encontrando nos decisores políticosos seus melhores aliados, ao revelarem totalincapacidade para se libertarem da capturado capital e passarem a tratar os seusdetentores com idênticas práticas às usadaspara com os rendimentos do trabalho.

A este propósito será oportuno recordaro que é referido na edição do semanário“Expresso” na sua edição de 25/05, sob otítulo “Offshore Leaks deteta ligações aPortugal”, de cuja leitura se pode recolherinformações como: que a organização Oxfamdivulgou um relatório onde conclui haver 14biliões de euros escondidos em paraísosfiscais no mundo, contornando o pagamentode impostos, e que dois terços do dinheirovêm de pessoas e empresas da UniãoEuropeia; que o terramoto provocado peloOffshore Leks teve como consequência

imediata incluir na agenda da reunião do passadodia vinte e dois, o tema evasão e fraude fiscalmas, não obstante, depreende-se do texto danotícia que os líderes da UE prometem vir a gastarmais algum do seu tempo a discutir o assunto.Todavia, as reservas de muitos deles fazemadmitir que qualquer coisa de concreto não

ocorrerá para além de reuniões e mais reuniões àespera que o tema esqueça e que tudo continuena mesma.

Prova do que acabamos de admitir é o contrasteentre as declarações de François Hollande à entradada referida reunião, segundo as quais é seuentendimento que «em vez de aumentar osimpostos, é melhor ir buscar a matéria coletávelonde ela hoje se esconde», determinação, aliás, querapidamente esmoreceu quando ouviu do primeiro-

ministro luxemburguês que não cederá enquanto aUE não assinar acordos com as maiores praçasfinanceiras vizinhas, desiderato que dificilmenteserá alcançado e, assim, se manterá o “status quo”e a não tributação de capitais equivalentes ao PIBde todos os 17 países da zona euro juntos. Osamericanos, mais práticos que os europeus,

dispõem já de um poderoso instrumento depersuasão, o Foreign Account Tax Compliance Actque obriga qualquer banco que opere no seuterritório a declarar ao fisco os ativos detidos porcidadãos norte-americanos no estrangeiro, casocontrário pagará uma sobretaxa de 30%. Estamedida não poderia ser rapidamente imposta aosbancos operando no espaço da OCDE?

Enquanto os europeus não se põem de acordoquanto à forma de combater, efetivamente, a

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FOTO ARQUIVO

fraude e a evasão fiscal, pelo menos quanto a estaúltima, julgamos que poderíamos legislar nosentido de taxar fiscalmente os lucros produzidospelos negócios efetuados em Portugal de so-ciedades com sedes sociais no estrangeiro, medidaque produziria avultados impostos arrecadadospela tesouraria pública nacional e, não menosimportante, atenuaria a sangria de dinheiros dosportugueses para outras paragens detentoras deparaísos fiscais.

Relacionado com esta circunstância, osdetentores do poder deveriam refletir no que vemacontecendo a Portugal e aos portugueses com aprática das sociedades deslocarem as sedes sociaispara paraísos fiscais mantendo o negócio ondesempre o tiveram e continuam a ter e que se traduzna sangria da massa monetária circulante que écada vez menor na medida em que as mais-valiassão sugadas para o estrangeiro, sendo legítima aseguinte conclusão: endividamo-nos para pagarsalários e serviços; as grandes empresas, comdestaque para os setores de distribuição e energia,operam praticamente em regime de monopólio ouoligopólio, com margens confortáveis e re-tribuições aos quadros superiores tidos por algunscomo obscenas; a bolsa dos portugueses é quemtudo paga e, no fim da linha, os generosos lucrossaem do perímetro económico português paraenriquecer Estados e cidadãos que em nadacontribuíram para a riqueza produzida cá, masdistribuída lá.

Num tempo em que o Governo não dormepara inventar formas de aumentar os impostosaos portugueses, de cortar nos salários, nas pen-sões e nas prestações sociais, manda a seriedadepolítica e a equidade, de que tanto fala, que ocapital seja chamado, também ele, a contribuirpara o equilíbrio das contas públicas. Neste en-quadramento, a sugestão atrás referida seria umbom e volumoso contributo para esse objetivo,sem que se possa dizer que nos tornaremos menoscompetitivos, antes pelo contrário, ficaremosmenos pobres.

(*) [email protected]

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18 A Voz de Ermesinde • JUNHO de 2013

• 13 batatas doces;• 1 chávena de soja grossa (cubos);• 1 punhado de algas hiziki;• 2 folhas grandes de couveportuguesa;• ½ chouriço de soja;• 1 cebola;• 2 dentes de alho;• ½ alho-francês grande ou 1

pequeno;• ½ beringela grande ou 1

pequena;• ½ chávena de polpa tomate;• 3 colheres de sopa de molho

vegano para burritos;• azeite q.b.;• 1 folha louro.

Hidrata-se a soja 30 minutos, emágua quente. Faz-se o mesmo com as algas, noutro recipiente. Entretanto, corta-se acebola em cubos pequenos, pica-se o alho e corta-se a beringela em fatias finas. Corta-selongitudinalmente o alho-francês, em pedaços de comprimento de um dedo, eposteriormente em tiras.

Rega-se esta mistura com um fio de azeite, juntam-se especiarias a gosto e aloura-senum tacho grande.

Retira-se a soja da água e escorre-se o excesso de água apertando um pouco oscubos com a mão.Retiram-se as algas e reserva-se a água.

Colocam-se no tacho as algas, a soja, o chouriço em pedaços e a folhas de couveportuguesa em tiras. Junta-se o molho de tomate, o molho para burritos, a água dehidratar as algas, e ajustam-se as especiarias.

Deixa-se cozinhar 5 minutos em lume brando. Junta-se a batata doce em cubos.Está pronto quando a batata doce estiver cozida.Pode-se deixar um pouco a “repousar” depois de confecionado o prato, pois apura

o sabor do mesmo.

Lazer

15 JUNHO 1813 – Simon Bolívar promulga em Trujillo, na Venezuela, o decreto deguerra e morte aos espanhóis e seus colaboradores.

SOLUÇÕES:

Coisas Boas

Palavras cruzadas

DiferençasDescubra as10 diferençasexistentesnos desenhos

SOLUÇÕES:

Efemérides

Veja se sabe

Descubra que rua de Ermesinde se esconde dentro destas palavras com as letrasdesordenadas: PINHO DE NOVEREIAS.

Rua Nova de Espinheiro.

Anagrama

01 - Jornalista alemão, Prémio Nobel da Paz em 1936.02 - Povo escandinavo que dominou o Atlântico Norte no século XI.03 - Realizador de “Viagem de Finalistas” (2012).04 - Afluente do Sorraia que nasce perto de Arraiolos.05 - A que classe de animais pertence a lavandisca?06 - A que país pertence a região da Vestefália?07 - Em que país fica a cidade de Osnabruque?08 - Qual é a capital de Nagorno-Carabaque?09 - A abreviatura Mic corresponde a qual constelação?10 - Elemento metálico prateado, n.º 71 da Tabela Periódica (Lu).

Provérbio

SOLUÇÕES:

01 – Carl von Ossietzky.02 – Vikings.03 – Harmony Korine.04 – Rio Almansor.05 – Aves.06 – Alemanha.07 – Alemanha.08 – Stepanakert.09 – Microscópio.10 – Lutécio.

Em junho, frio como punho. (Provérbio português)

HORIZONTAIS

VERTICAIS

HORIZONTAIS

1. Árvore. 2. Nome masculi-no; voltar a ler. 3. Esforçam--se (fig.); quatro (rom.). 4. Po-nha o nome. 5. Despidas; fra-ção de tempo terrestre. 6.Dois mil e noventa e nove(rom.); acolá. 7. Piedade;charruas. 8. Limpeza. 9. O-fertou; interjeição. 10. Relativoà escola; pedra de moinho.

1. Tranquilidade. 2. Olá; artigodefinido. 3. Bombeiam; anti-go partido político. 4. Braço demar; samário (s.q.); transpiro.5. Ruim; partias. 6. Partir; emsegredo. 7. Monarcas; sus-piro. 8. Esquecidos. 9. Granderio africano; unidade. 10.Fantasiosos; sozinho.

SOLUÇÕES:

VERTICAIS

1. Serenidade. 2. Ole; os. 3.Bombam; AOC. 4. Ria; Sm;suo. 5. Ma; ias. 6. Ir; secreta.7. Reis; ai. 8. Olvidados. 9.Nilo; um. 10. Irreais; so.

Sudoku (soluções)

Sudoku

162 162 162 162 162

16

21

62

16

21

62

16

2

Em cada linha,horizontal ou vertical,têm que ficar todos osalgarismos, de 1 a 9,sem nenhuma repeti-ção. O mesmo paracada um dos nove pe-quenos quadrados emque se subdivide oquadrado grande.

Alguns algaris-mos já estão coloca-dos no local correcto.

01. Testa.02. Estrela.03. Cauda.04. Ervas.05. Estribo.06. Crina.07. Sela.08. Olho.09. Narina.10. Casco.

Caldeirada de soja com algas

ILUSTRAÇÃO EXTRAÍDA DE FREE-COLORING-PAGES

1. Sobreiro. 2. Eloi; reler. 3.Remam; IV. 4. Assine. 5. Nuas;dia. 6. MMIC; ali. 7. Do; arados.8. Asseio. 9. Doou: sus. 10.Escolar; mo.

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“A Voz de Ermesinde” prossegue neste número uma série de receitas vegetarianas degrau de dificuldade “muito fácil” ou “média”.

A reprodução é permitida por http://www.centrovegetariano.org/receitas/, de acordocom os princípios do copyleft.

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JUNHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 19Tecnologias

NASA migra computadoresdo Windows para Linux (*)

A NASA, agência espacial norte-americana,decidiu migrar os sistemas dos computadores daEstação Espacial Internacional (ISS, na sigla eminglês) do Windows para Linux. O objetivo, diz aagência, é «ter um sistema operativo confiável, combom desempenho e de baixo custo».

Segundo a Linux Foundation, a intenção daNASA em mudar o sistema das máquinas já não énova. Mas só agora a migração foi colocada emprática.

A NASA acredita que os funcionários precisamde um sistema estável e confiável que possa sermodificado conforme as necessidades. Além disso,considera difícil ter suporte técnico a quase 400quilómetros da Terra, onde está a ISS.

Os astronautas da ISS e funcionários da área deTI usarão computadores portáteis com Debian 6,codinome "Squeeze" desta distribuição livre do Linux.

A NASA assinou uma parceria com a LinuxFoundation para criar dois cursos e, assim,introduzir o Linux aos astronautas e ensinar comodesenvolver aplicações para o sistema. Apesarde já estar confirmado o uso do Debian 6, asformações irão preparar os funcionários paravárias distribuições, entre elas o Scientific Linux.

Além dos equipamentos pessoais dosastronautas, o Linux será o sistema operativo dorobot Robonaut (R2), projetado para assumirdeterminadas tarefas dos astronautas. A NASAacredita que a capacidade do Linux ajudará osdesenvolvedores a garantir que o R2 possa serprodutivo na ISS.

Sobre o Debian

Debian é simultaneamente o nome de umadistribuição não comercial livre (gratuita e de códigofonte aberto) de GNU/Linux (amplamente utilizada)e de um grupo de voluntários que o mantêm à volta domundo. Uma vez que o Debian se baseia fortementeno projeto GNU, é usualmente chamado DebianGNU/Linux. O Debian é especialmente conhecidopelo seu sistema de gestão de pacotes, chamado APT,que permite atualizações relativamente fáceis a partirde versões realmente antigas; instalações quase semesforço de novos pacotes e remoções limpas dospacotes antigos. Atualmente o Debian Stableencontra-se na versão 7.0, codinome "Wheezy".

O Debian Stable procura sempre manter ospacotes mais estáveis, assim, ele mantém oGnome 2.30 e o KDE 4.4 por padrão. O fato deconter pacotes mais antigos, garantindo aestabilidade, é o grande foco para servidores.

O projeto Debian é mantido por doaçõesatravés da organização sem fins lucrativos Softwarein the Public Interest (SPI).

Várias distribuições comerciais baseiam-se (oubasearam-se) no Debian, incluindo: Linspire (antigoLindows), Xandros, Knoppix, Kurumin e Ubuntu.

Está atualmente a decorrer trabalho paraportar o Debian para outros núcleos livres paraalém do Linux, incluindo o Hurd e o BSD. Parajá, no entanto, ainda é muito mais precisodescrever o Debian como uma "DistribuiçãoLinux", sem mais qualificações.

História

O Debian foi lançado em 16 de agosto de1993 por Ian Murdock, ao tempo estudanteuniversitário, que escreveu o Manifesto Debianque apelava à criação de uma distribuição Linuxa ser mantida de uma maneira aberta, segundo oespírito do Linux e do GNU. O nome Debianvem do nome de Ian Murdock e de sua ex-mulher,Debra. A palavra "Debian" é pronunciada emPortuguês como Débian.

O Projeto Debian cresceu vagarosamente elançou as suas versões 0.9x em 1994 e 1995, quandoo dpkg ganhou notoriedade. Os primeiros portspara outras arquiteturas iniciaram-se em 1995, e aprimeira versão 1.x do Debian aconteceu em 1996.

Bruce Perens substituiu Ian Murdock comolíder do projeto. Ele iniciou a criação de váriosdocumentos importantes (o contrato social e o freesoftware guidelines) e a legítima umbrellaorganization (SPI), assim como liderou o projetoatravés dos lançamentos das versões da ELF/libc5(1.1, 1.2, 1.3).

Bruce Perens deixou a liderança do projetoem 1998 antes do lançamento da primeira versãoDebian baseada em glibc, a 2.0. O Projetocontinuou a eleger novos líderes e fez mais duasversões 2.x, cada qual incluindo mais ports emais pacotes. APT foi lançada durante estetempo e o Debian GNU/Hurd também se iniciou.

distros em linha...Esta semana o site dedicado às

distribuições de software livre Dis-trowatch anunciou o lançamento dasseguintes distribuições:

LINUX MINT 15http://linuxmint.com/Clement Lefebvre anunciou o

lançamento do Linux Mint 15, codinome"Olivia". Vem com ambientes dedesktop MATE 1.6 e Cinnamon 1.8.Duas novas aplicações, 'SoftwareSources' e 'Driver Manager' fazem o seuaparecimento no Linux Mint. Imagensotimizadas para arquiteturas 64 bits,com MATE (1 000MB, torrent) eCinnamon (915MB, torrent).

SUPERB MINI SERVER 2.0.4http://sms.it-ccs.com/Foi lançado um novo update do

Superb Mini Server (SMS), uma dis-tribuição Linux baseada em Slack-ware e destinada a servidores. Estanova versão (2.0.4) vem com o kernelLTS Linux 3.4.47 e diversas melho-rias na estabilidade e compatibilidadedo sistema. Imagem CD .iso (697MB).

FEDORA 19 BETAhttp://fedoraproject.org/Dennis Gilmore anunciou a dispo-

nibilidade da versão beta de desen-volvimento do Fedora 19. Vem comambientes de desktop GNOME 3.8,KDE 4.10, MATE 1.6 e ainda LXDE eXFCE. Imagens .iso live CD otimizadaspara arquiteturas 64 bits, com GNOME(951MB, torrent), KDE (888MB, torrent),LXDE (712MB, torrent), MATE (693MB,torrent) e XFCE (630MB, torrent).

ELIVE 2.1.42 (UNSTABLE)http://www.elivecd.org/Samuel Baggen lançou um novo

update – o 2.1.42 – de desenvolvimentodo Elive, distribuição Linux baseada emDebian, com um muito trabalhadoambiente de desktop Enlightenment0.17. Entre outras, vem com melhoriasno suporte a Wifi e correção de bugs.Imagem DVD .iso (1 615MB).

PARSIX GNU/LINUX 5.0 TEST 1http://www.parsix.org/Alan Baghumian anunciou a

disponibilidade da primeira versãode desenvolvimento do Parsix GNU/Linux 5.0 (uma distribuição baseadaem Debian ("Wheezy"), com ambi-ente de desktop GNOME 3.8.2. Vemcom o kernel Linux 3.8.13. ImagemDVD .iso otimizada para arquiteturas64 bits (1 075MB).

PINGUY OS 13.04 BETAhttp://www.pinguyos.com/Antoni Norman anunciou a dispo-

nibilidade da versão beta de desen-volvimento do Pinguy OS 13.04, umadistribuição Linux baseada emUbuntu 13.04 com ambiente dedesktop GNOME 3.8 desktop. Estaversão é já basicamente uma versãofinal (a Pinguy considera betas todasas versões não LTS). Imagem DVD.iso otimizada para arquiteturas 64bits (2 438MB, MD5).

O ano de 1999 trouxe as primeiras dis-tribuições GNU/Linux baseadas em Debian,Corel Linux e Stormix's Storm Linux, hojedescontinuadas mas que iniciaram o que é hojeuma notável tendência para distribuiçõesbaseadas em Debian.

Perto do ano 2000, o projeto direcionou-separa o uso de repositórios de pacotes e à distribuição"testing", alcançando um marco maior no que serefere aos arquivos e ao gerenciamento delançamentos. Em 2001, os desenvolvedoresiniciaram as conferências anuais Debconf, comconversas, workshops e a receção aos utilizadorestécnicos. A versão 3.0 de 2002 incluiu mais do queo dobro do número de pacotes da versão anterior eestava disponível para cinco novas arquiteturas.

Versões do Debian

O ciclo de desenvolvimento das versões doDebian passa por três fases: "Unstable" – instável,"Testing" – teste, e "Stable" – estável. Quando asversões estão na fase "testing" elas são identificadaspor codinomes tirados dos personagens do filme“Toy Story”. Ao se tornarem "stable" as versõesrecebem um número de versão (ex: 5.0).

Versões, codinomes e datas em que setornaram "stable":

7.0—Wheezy 4 de maio de 20136.0—Squeeze 6 de fevereiro de 20115.0—Lenny 15 de fevereiro de 20094.0—Etch, 8 de abril de 20073.1—Sarge, 6 de junho de 20053.0—Woody, 19 de julho de 20022.2—Potato, 15 de agosto 20002.1—Slink, 9 de março de 19992.0—Hamm, 24 de julho 19981.3—Bo, 2 de junho de 19971.2—Rex, 19961.1—Buzz, 1996.

A versão "testing" atual é a "Jessie" (8.0).A versão "unstable" terá sempre o nome Sid

(também um personagem do filme Toy Story).

(*) Fontes: Vanessa Daraya, de INFO Online,

e Wikipedia.

FOTO NASA

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20 A Voz de Ermesinde • JUNHO de 2013Arte Nona

FestivalInternacional de BDde Beja

Decorre entre 1 e 16 de junho de2013 a 9ª edição do FestivalInternacional de Banda Desenhadade Beja. É uma grande edição, queconta com vinte e uma exposiçõesindividuais e coletivas, nove núcleosexpositivos no centro histórico deBeja, a presença de autores daArgentina, Brasil, Estados Unidos,França, Grécia, Japão e Portugal, 16dias de programação paralela,apresentação de projetos, lança-mentos, conversas, oficinas,sessões de autógrafos, cinema emúsica e ainda um mercado do livro.

As exposições individuais, esteano, são de:

André Ferreira (Portugal), AndréLima Araújo (Portugal), AndreiaRechena (Portugal), David Campos– Kassumai (Portugal), FranciscoPaixão - Arte e História na BD(Portugal), Jean-Claude Mézières(França), João Amaral (Portugal),Jorge González (Argentina), JoséRuy – Um Mestre da Banda Dese-nhada Portuguesa (Portugal), Pe-dro Zamith – " Hell Come To My World" (Portugal), Sama (Brasil).

E são as seguintes as expo-sições coletivas:

Heróis de Barro (Portugal),Gibanda: Do Paraná ao Baixo Alen-tejo (Brasil), Heróis de BandaDesenhada no Século XXI (Portugal),Ilan Manouach & Pedro Moura –Variações Sobre o Anjo da História(Grécia / Portugal), Joana Afonso &Nuno Duarte – O Baile (Portugal),João Sequeira & Miguel CostaFerreira – Psicose (Portugal),Prémios Profissionais de BD(Portugal), Stan Lee – Just Imagine…Stan Lee Tem 90 Anos ( EstadosUnidos), Sakura & Banzai (Japão /Portugal), Tó Trips & Pedro Gonçalves– Dead Combo Sound Files (Portugal).

Isto além de várias mostras naBedeteca...

Página do facebook: https://www.facebook.com/festivalbdbeja

Entretanto Terceiras Conferênciasde Banda Desenhada em Portugal

Embora previamente anunciadas como anuladasem 2013, os dinamizadores das Conferências deBanda Desenhada em Portugal, avaliando que,entretanto, as condições se mostram benéficas paraa sua realização, vêm agora anunciar a realizaçãoeste ano das Terceiras Conferências (3CBDPT).

Estas serão organizadas através do Centrode Estudos Comparatistas, que tem uma páginasobre o evento.

As 3CBDPT terão lugar na Faculdade deLetras de Lisboa, Sala 5.2, dias 18 e 19 (quarta equinta) de setembro de 2013.

Todas as comunicações devem ser enviadas parao seguinte email: [email protected]

Os dinamizadores das Conferências de BDagradecem também a todos aqueles que tornarampossível este evento, com uma palavra especial aMarta Monteiro, Rita Correia, Cláudia Dias e KellyBasílio (professora).

O cartaz da chamada é da autoria deMarta Monteiro.

Estrutura

Organização: Centro de Estudos Com-paratistas, FLUL.

Coordenação: Pedro Vieira de Moura,CEC, com o apoio de Ana Matilde Sousa eHugo Almeida.

Apoio: Laboratório de Estudos de BandaDesenhada, Oficina do Cego, Artes Gráficas,Festival Internacional de Banda Desenhadada Amadora.

Patrocínio: Nouvelle Librairie Française.

Apresentação

Depois dos dois primeiros encontros dasCBDPT em 2011 e 2012, cuja participação foimuito variada em termos de temas e me-todologias, a sua organização no seio daFaculdade de Letras, através do Centro deEstudos Comparatistas, vem trazer um novofôlego e presença a este evento, que contatambém, mais uma vez, com o patrocínio daNouvelle Librairie Française, e os apoios doFestival Internacional de Banda Desenhada daAmadora e da Oficina do Cego.

No desejo da continuidade e aprofundamentoda investigação multidisciplinar em torno dabanda desenhada e de outras áreas que lhe estãointrinsecamente associadas (a ilustração, acaricatura, o cartoon editorial, ou mesmo aanimação), o objetivo das CBDPT continua aser tornar-se o fórum de referência no estudoacadémico desta mesma área em Portugal.

A Banda Desenhada, independentemente doseu papel no concerto das artes ou do prestígiocultural angariado, pode ser entendida enquantoarte e disciplina artística, meio e modo deexpressão, mas também uma rede específica derelações sociais e uma tecnologia, um conjuntode instituições e uma relação económica. Issopermite que possa, a um só tempo, ser estudadapor disciplinas tão variadas quanto a estética, ateoria da cultura, a economia, a sociologia, asemiologia, a narratologia, a análise do discurso,a mediologia, a psicanálise, os estudos pós-coloniais, os estudos feministas, a queer theory,a história da arte, a história do livro, assim comoestruturações muito específicas dos discursosdesenvolvidos no interior da área dos jáchamados Estudos de Banda Desenhada (ComicsStudies) como do cruzamento interdisciplinarentre as disciplinas indicadas ou além delas.

Existindo desde pelo menos o final dos anos

1970 uma bibliografia especializada que se temcomplementado e construído internamente nestaárea de estudos (para não mencionarmos váriostrabalhos percursores, que poderiam recuar até1845 com o “Essai de Physiognomonie”, deRodolphe Töpffer), os últimos dez anos têmtestemunhado um crescimento acelerado não sóno número de livros monográficos, coleções deensaios, colóquios e conferências, e traduções(que permitem um cada vez mais intenso diálogointernacional), como também de blogs, fórums elistservs na internet, de natureza académica, osquais respondem de uma forma especial e ne-cessária a uma forma de construir o seu saber,em larga medida ainda à margem da academiamais convencional. O escopo de todos estestrabalhos tem também crescido exponencial-mente, o que se alia igualmente à cada vez maior

disponibilidade dos textos primários, uma vezque os processos de recuperação da memóriahistórica da banda desenhada têm sido des-fasados dos de outras artes. Mas verifica-se,paulatinamente. Por todas estas razões, importaresponder a esta tradição em particular no seiodos estudos já tecidos sobre a banda desenhada,e não imaginá-la desprovida de discursosespecíficos.

É nesse contexto que um dos desejosprincipais das CBDPT é dar a conhecer aopúblico português algumas das personalidadesmais influentes da investigação internacional dabanda desenhada, pelo que se tentará semprecontar com a presença de um ou dois convidadosde referência. O ano de 2011 contou com DavidKunzle, um dos primeiros grandes proponentesdo estudo específico da banda desenhada,mormente numa perspetiva histórica marxista, eThierry Groensteen, autor de “Système de labande dessinée”, incorporação da abordagemsemiológica a esta disciplina artística, bem comode muitos outros volumes, e que proporcionoualguns princípios de análise rapidamenteadotados ou criticados no campo. Se em 2012não conseguimos assegurar um convidado, esteano está já confirmada uma presença internacional,e aguardamos a hipótese de uma segunda.Anunciaremos estes nomes assim que possível.

Participação

Estão abertas as inscrições a todos aquelesque desejem apresentar uma comunicação emtorno destes objetos artísticos. Não há quaisquerrestrições de tipo académico, sendo possível aqualquer pessoa, independentemente do seu grauacadémico, apresentar a sua proposta, assim comode qualquer área disciplinar. Os temas sãototalmente livres, não se fazendo qualquerrestrição, ainda que seja desejável procurar umamaior incidência em matérias relacionadas com aprodução portuguesa ou de expressão portuguesa.

Apenas a título de exemplo, apresentam-sealguns temas que poderão ser abordados:

— Contextualização histórica-crítica de autoresnacionais;

— Levantamento bibliográfico e tratamentocrítico de obras desconhecidas, secundarizadasou marginais;

— Representações coloniais e/ou pós--coloniais, do colonizador e do colonizado, doOutro na banda desenhada portuguesa;

— Políticas de representação sexual, étnica,e social;

— Tendências estéticas, literárias e temáticas;— Estratégias de representação e de

comunicação na banda desenhada;— Respostas, elaborações ou críticas às

teorias formalistas de banda desenhada (Th.Groensteen, B. Peeters, R. Chavanne, S.McCloud, N. Cohn, M. Saraceni, D. Barbieri, ououtros);

— Novas abordagens da visualidade eplasticidade da banda desenhada;

— Práticas editoriais históricas e con-temporâneas;

— Integração sócio-económica da bandadesenhada nos seus vários contextos históricosou contemporâneos;

— A materialidade da obra dos autoresportugueses (ou outros)

— Transmedialidade e/ou Intertextualidadesliterárias e visuais;

— Teorias da receção ou mediológicaspróprias à área;

— A resposta das artes plásticas à bandadesenhada (dos modernistas a R. Bértholo, dosHomeostéticos à contemporaneidade);

— A porosidade entre a prática da bandadesenhada e outras atividades (ilustração, animação,cartoon) em termos criativos, sociais e económicos.

Apreciação de propostas

A organização das CBDPT está totalmentedisponível para o aconselhamento, acompanhamentoe/ou uma primeira abordagem crítica das propostas,caso o ou a proponente julgar necessário.

Todas as propostas serão lidas por umaComissão de Apreciação. A Comissão reserva-seao direito de declinar propostas, no caso de estasnão cumprirem regras mínimas de clareza,pertinência e metodologia na abordagem dos temaspropostos, à semelhança do procedimento habitualna seleção de comunicações para qualquer congressoou conferência. Existe já hoje em dia uma bibliografiaconsolidada em torno de variadíssimos temas,autores, contextos editoriais, momentos históricos,tendências artísticas e tratamentos disciplinares, ea Comissão poderá aconselhar a leitura ou consultade bibliografia especializada caso não esteja essamesma referência indicada pelas propostas. Nocaso das propostas aceites, os autores deverão fazera sua inscrição completa, submetendo alguns dadosbiográficos complementares.

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JUNHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 21Arte Nona

autor:PA

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PIN

TOA

Quadrilha (11/12)

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22 A Voz de Ermesinde • JUNHO de 2013Serviços

A VOZ DEERMESINDEJORNAL MENSAL

Jul 2013Jul 2013Jul 2013Jul 2013Jul 2013 LLLLLua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: 2222222222; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: 2929292929;;;;;LLLLLua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: 88888; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: 1616161616.....

EmpregoCentro de Emprego de Valongo .............................. 22 421 9230Gabin. Inserção Prof. do Centro Social Ermesinde .. 22 975 8774Gabin. Inserção Prof. Ermesinde Cidade Aberta ... 22 977 3943Gabin. Inserção Prof. Junta Freguesia de Alfena ... 22 967 2650Gabin. Inserção Prof. Fab. Igreja Paroq. Sobrado ... 91 676 6353Gabin. Inserção Prof. CSParoq. S. Martinho Campo ... 22 411 0139UNIVA ............................................................................. 22 421 9570

TelefonesCENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

TelefonesERMESINDE CIDADE ABERTA

• SedeTel. 22 974 7194Largo António Silva Moreira, 9214445-280 Ermesinde

• Centro de Animação Saibreiras (Manuela Martins)

Tel. 22 973 4943; 22 975 9945; Fax. 22 975 9944Travessa João de Deus, s/n4445-475 Ermesinde

• Centro de Ocupação Juvenil (Manuela Martins)

Tel. 22 978 9923; 22 978 9924; Fax. 22 978 9925Rua José Joaquim Ribeiro Teles, 2014445-485 Ermesinde

ECA

LLLLLua Cheia: 2ua Cheia: 2ua Cheia: 2ua Cheia: 2ua Cheia: 233333 ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: 3030303030;;;;;LLLLLua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: 88888; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: 1616161616.....

Tiragem Médiado Mês Anterior: 1100

Sousa Torres (Maiashop.)

Maia (Alto Maia)

Hosp. S. João (Circunv.)

Oliveiras (Areosa)

Sousa Reis (Brás Oleiro)

Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Areosa (Areosa) )

Maia (Alto Maia)

Oliveiras (Areosa)

Alírio Barros (Costa Cabral)

Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Giesta (Areosa)Sousa Torres (Maiashop.)Oliveiras (Areosa)Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Dias Farmácias de Serviço

FFFFFases da Lases da Lases da Lases da Lases da LuauauauauaJun 20Jun 20Jun 20Jun 20Jun 201111133333

Locais de vendade "A Voz de Ermesinde"

• Papelaria Central da Cancela - R. Elias Garcia;

• Papelaria Cruzeiro 2 - R. D. António Castro Meireles;

• Papelaria Troufas - R. D. Afonso Henriques - Gandra;

• Café Campelo - Sampaio;

• A Nossa Papelaria - Gandra;

• Quiosque Flor de Ermesinde - Praça 1º de Maio;

• Papelaria Monteiro - R. 5 de Outubro.

• Educação Pré-Escolar (Teresa Braga Lino)(Creche, Creche Familiar, Jardim de Infância)

• Infância e Juventude (Fátima Brochado)(ATL, Actividades Extra-Curriculares)

• População Idosa (Anabela Sousa)(Lar de Idosos, Apoio Domiciliário)

• Serviços de Administração (Júlia Almeida)

Tel.s 22 974 7194; 22 975 1464; 22 975 7615;22 973 1118; Fax 22 973 3854Rua Rodrigues de Freitas, 22004445-637 Ermesinde

• Formação Profissional e Emprego (Albertina Alves)(Centro de Formação, Centro Novas Oportunidades, Empresasde Inserção, Gabinete de Inserção Profissional)

• Gestão da Qualidade (Sérgio Garcia)

Tel. 22 975 8774Largo António Silva Moreira, 9214445-280 Ermesinde

• Jornal “A Voz de Ermesinde” (Fernanda Lage)

Tel.s 22 975 7611; 22 975 8526; Fax. 22 975 9006Largo António da Silva Moreira Canório, Casa 24445-208 Ermesinde

• N.º ERC 101423• N.º ISSN 1645-9393Diretora:Fernanda Lage.Redação: Luís Chambel (CPJ 1467), MiguelBarros (CPJ 8455).Fotografia:Editor – Manuel Valdrez (CPJ 8936), UrsulaZangger (CPJ 1859).Maquetagem e Grafismo:LC, MB.Publicidade e Asssinaturas:Aurélio Lage, Lurdes Magalhães.Colaboradores: Afonso Lobão, A. Álvaro Sou-sa, Ana Marta Ferreira, Armando Soares, Cân-dida Bessa, Chelo Meneses, Diana Silva, Fariade Almeida, Filipe Cerqueira, Gil Monteiro, GlóriaLeitão, Gui Laginha, Jacinto Soares, Joana Gon-çalves, João Dias Carrilho, Sara Teixeira, JoanaViterbo, José Quintanilha, Luís Dias, Luísa Gon-çalves, Lurdes Figueiral, Manuel Augusto Dias,Manuel Conceição Pereira, Marta Ferreira, Nu-no Afonso, Paulo Pinto, Reinaldo Beça, RuiLaiginha, Rui Sousa, Sara Amaral.Propriedade, Administração, Edição, Publicidade eAssinaturas: CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE• Rua Rodrigues de Freitas, N.º 2200 • 4445-637ERMESINDE • Pessoa Coletiva N.º 501 412123 • Serviços de registos de imprensa e publi-cidade N.º 101 423.Telef. 229 747 194 - Fax: 229733854Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2,4445-280 Ermesinde.Tels. 229 757 611, 229 758 526, Tlm. 93 877 0762.Fax 229 759 006.E-mail: [email protected]:www.avozdeermesinde.comImpressão: DIÁRIO DO MINHO, Rua Cidadedo Porto – Parque Industrial Grundig, Lote 5,Fração A, 4700-087 Braga.Telefone: 253 303 170. Fax: 253 303 171.Os artigos deste jornal podem ou não estarem sintonia com o pensamento da Dire-ção; no entanto, são sempre da responsabili-dade de quem os assina.

FICHA TÉCNICA

Farmácias de ServiçoPermanente

Nome_______________________________________________________________Morada___________________________________________________________________________________________________________________Código Postal ____ - __ _____________________________________________Nº. Contribuinte _________________Telefone/Telemóvel______________E-mail______________________________

Ermesinde, ___/___/____(Assinatura) ___________________

Ficha de Assinante

Assinatura Anual 12 núm./ 9 eurosNIB 0036 0090 99100069476 62R. Rodrigues Freitas, 2200 • 4445-637 ErmesindeTel.: 229 747 194 • Fax: 229 733 854

ERMESINDEA VOZ DE

AdministraçãoAgência para a Vida Local ............................................. 22 973 1585Câmara Municipal Valongo ........................................22 422 7900Centro de Interpretação Ambiental ................................. 93 229 2306Centro Monit. e Interpret. Ambiental. (VilaBeatriz) ...... 22 977 4440Secção da CMV (Ermesinde) ....................................... 22 977 4590Serviço do Cidadão e do Consumidor .......................... 22 972 5016Gabinete do Munícipe (Linha Verde) ........................... 800 23 2 001Depart. Educ., Ação Social, Juventude e Desporto ...... 22 421 9210Casa Juventude Alfena ................................................. 22 240 1119Espaço Internet ............................................................ 22 978 3320Gabinete do Empresário .................................................... 22 973 0422Serviço de Higiene Urbana.................................................... 22 422 66 95Ecocentro de Valongo ................................................... 22 422 1805Ecocentro de Ermesinde ............................................... 22 975 1109Junta de Freguesia de Alfena ............................................ 22 967 2650Junta de Freguesia de Sobrado ........................................ 22 411 1223Junta de Freguesia do Campo ............................................ 22 411 0471Junta de Freguesia de Ermesinde ................................. 22 973 7973Junta de Freguesia de Valongo ......................................... 22 422 0271Serviços Municipalizados de Valongo ......................... 22 977 4590Centro Veterinário Municipal .................................. 22 422 3040Edifício Polivalente Serviços Tecn. Municipais .... 22 421 9459

ServiçosCartório Notarial de Ermesinde ..................................... 22 974 0087Centro de Dia da Casa do Povo .................................. 22 971 1647Centro de Exposições .................................................... 22 972 0382Clube de Emprego ......................................................... 22 972 5312Mercado Municipal de Ermesinde ............................ 22 975 0188Mercado Municipal de Valongo ................................. 22 422 2374Registo Civil de Ermesinde ........................................ 22 972 2719Repartição de Finanças de Ermesinde...................... 22 978 5060Segurança Social Ermesinde .................................. 22 973 7709Posto de Turismo/Biblioteca Municipal................. 22 422 0903Vallis Habita ............................................................... 22 422 9138Edifício Faria Sampaio ........................................... 22 977 4590

Auxílio e EmergênciaAvarias - Água - Eletricidade de Ermesinde ......... 22 974 0779Avarias - Água - Eletricidade de Valongo ............. 22 422 2423B. Voluntários de Ermesinde ...................................... 22 978 3040B.Voluntários de Valongo .......................................... 22 422 0002Polícia de Segurança Pública de Ermesinde ................... 22 977 4340Polícia de Segurança Pública de Valongo ............... 22 422 1795Polícia Judiciária - Piquete ...................................... 22 203 9146Guarda Nacional Republicana - Alfena .................... 22 968 6211Guarda Nacional Republicana - Campo .................. 22 411 0530Número Nacional de Socorro (grátis) ...................................... 112SOS Criança (9.30-18.30h) .................................... 800 202 651Linha Vida ............................................................. 800 255 255SOS Grávida ............................................................. 21 395 2143Criança Maltratada (13-20h) ................................... 21 343 3333

SaúdeCentro Saúde de Ermesinde ................................. 22 973 2057Centro de Saúde de Alfena .......................................... 22 967 3349Centro de Saúde de Ermesinde (Bela).................... 22 969 8520Centro de Saúde de Valongo ....................................... 22 422 3571Clínica Médica LC ................................................... 22 974 8887Clínica Médica Central de Ermesinde ....................... 22 975 2420Clínica de Alfena ...................................................... 22 967 0896Clínica Médica da Bela ............................................. 22 968 9338Clínica da Palmilheira ................................................ 22 972 0600CERMA.......................................................................... 22 972 5481Clinigandra .......................................... 22 978 9169 / 22 978 9170Delegação de Saúde de Valongo .............................. 22 973 2057Diagnóstico Completo .................................................. 22 971 2928Farmácia de Alfena ...................................................... 22 967 0041Farmácia Nova de Alfena .......................................... 22 967 0705Farmácia Ascensão (Gandra) ....................................... 22 978 3550Farmácia Confiança ......................................................... 22 971 0101Farmácia Garcês (Cabeda) ............................................. 22 967 0593Farmácia MAG ................................................................. 22 971 0228Farmácia de Sampaio ...................................................... 22 974 1060Farmácia Santa Joana ..................................................... 22 977 3430Farmácia Sousa Torres .................................................. 22 972 2122Farmácia da Palmilheira ............................................... 22 972 2617Farmácia da Travagem ................................................... 22 974 0328Farmácia da Formiga ...................................................... 22 975 9750Hospital Valongo .......... 22 422 0019 / 22 422 2804 / 22 422 2812Ortopedia (Nortopédica) ................................................ 22 971 7785Hospital de S. João ......................................................... 22 551 2100Hospital de S. António .................................................. 22 207 7500Hospital Maria Pia – crianças ..................................... 22 608 9900

Ensino e FormaçãoCenfim ......................................................................................... 22 978 3170Colégio de Ermesinde ........................................................... 22 977 3690Ensino Recorrente Orient. Concelhia Valongo .............. 22 422 0044Escola EB 2/3 D. António Ferreira Gomes .................. 22 973 3703/4Escola EB2/3 de S. Lourenço ............................ 22 971 0035/22 972 1494Escola Básica da Bela .......................................................... 22 967 0491Escola Básica do Carvalhal ................................................. 22 971 6356Escola Básica da Costa ........................................................ 22 972 2884Escola Básica da Gandra .................................................... 22 971 8719Escola Básica Montes da Costa ....................................... 22 975 1757Escola Básica das Saibreiras .............................................. 22 972 0791Escola Básica de Sampaio ................................................... 22 975 0110Escola Secundária Alfena ............................................. 22 969 8860Escola Secundária Ermesinde ........................................ 22 978 3710Escola Secundária Valongo .................................. 22 422 1401/7Estem – Escola de Tecnologia Mecânica .............................. 22 973 7436Externato Maria Droste ........................................................... 22 971 0004Externato de Santa Joana ........................................................ 22 973 2043Instituto Bom Pastor ........................................................... 22 971 0558Academia de Ensino Particular Lda ............................. 22 971 7666Academia APPAM .......... 22 092 4475/91 896 3100/91 8963393AACE - Associação Acad. e Cultural de Ermesinde ........... 22 974 8050Universidade Sénior de Ermesinde .............................................. 93 902 6434

BancosBanco BPI ............................................................ 808 200 510Banco Português Negócios .................................. 22 973 3740Millenium BCP ............................................................. 22 003 7320Banco Espírito Santo .................................................... 22 973 4787Banco Internacional de Crédito ................................. 22 977 3100Banco Internacional do Funchal ................................ 22 978 3480Banco Santander Totta ....................................................... 22 978 3500Caixa Geral de Depósitos ............................................ 22 978 3440Crédito Predial Português ............................................ 22 978 3460Montepio Geral .................................................................. 22 001 7870Banco Nacional de Crédito ........................................... 22 600 2815

ComunicaçõesPosto Público dos CTT Ermesinde ........................... 22 978 3250Posto Público CTT Valongo ........................................ 22 422 7310Posto Público CTT Macieiras Ermesinde ................... 22 977 3943Posto Público CCT Alfena ........................................... 22 969 8470

TransportesCentral de Táxis de Ermesinde .......... 22 971 0483 – 22 971 3746Táxis Unidos de Ermesinde ........... 22 971 5647 – 22 971 2435Estação da CP Ermesinde ............................................ 22 971 2811Evaristo Marques de Ascenção e Marques, Lda ............ 22 973 6384Praça de Automóveis de Ermesinde .......................... 22 971 0139

CulturaArq. Hist./Museu Munic. Valongo/Posto Turismo ...... 22 242 6490Biblioteca Municipal de Valongo ........................................ 22 421 9270Centro Cultural de Alfena ................................................ 22 968 4545Centro Cultural de Campo ............................................... 22 421 0431Centro Cultural de Sobrado ............................................. 22 415 2070Fórum Cultural de Ermesinde ........................................ 22 978 3320Fórum Vallis Longus ................................................................ 22 240 2033Nova Vila Beatriz (Biblioteca/CMIA) ............................ 22 977 4440Museu da Lousa ............................................................... 22 421 1565

DesportoÁguias dos Montes da Costa ...................................... 22 975 2018Centro de Atletismo de Ermesinde ........................... 22 974 6292Clube Desportivo da Palmilheira .............................. 22 973 5352Clube Propaganda de Natação (CPN) ....................... 22 978 3670Ermesinde Sport Clube ................................................. 22 971 0677Pavilhão Paroquial de Alfena ..................................... 22 967 1284Pavilhão Municipal de Campo ................................... 22 242 5957Pavilhão Municipal de Ermesinde ................................ 22 242 5956Pavilhão Municipal de Sobrado ............................... 22 242 5958Pavilhão Municipal de Valongo ................................. 22 242 5959Piscina Municipal de Alfena ........................................ 22 242 5950Piscina Municipal de Campo .................................... 22 242 5951Piscina Municipal de Ermesinde ............................... 22 242 5952Piscina Municipal de Sobrado ................................... 22 242 5953Piscina Municipal de Valongo .................................... 22 242 5955Campo Minigolfe Ermesinde ..................................... 91 619 1859Campo Minigolfe Valongo .......................................... 91 750 8474

Telefones de Utilidade Pública

0102030405060708091011121314151617181920212223242526272829300102030405

Sáb.Dom.Seg.Ter.Qua.Qui.Sex.Sáb.Dom.Seg.Ter.Qua.Qui.Sex.Sáb.Dom.Seg.Ter.Qua.Qui.Sex.Sáb.Dom.Seg.Ter.Qua.Qui.Sex.Sáb.Dom.Seg.Ter.Qua.Qui.Sex.

De 01/06/13 a 05/07/13

Vilardell (Campo)MAG (Erm.)Marques Cunha (Val.)Nova Alfena (Alf.)Palmilheira (Erm.)Outeiro Linho (Val.)Sampaio (Erm.)Santa Joana (Erm.)Bemmequer (Alf.)Travagem (Erm.)Bessa (Sobr.)Ascensão (Erm.)Central (Val.)Confiança (Erm.)Alfena (Alf.)

Marques Santos (Val.)Formiga (Erm.)Sobrado (Sobr.)Vilardell (Campo)MAG (Erm.)Marques Cunha (Val.)Nova Alfena (Alf.)Palmilheira (Erm.)Outeiro Linho (Val.)Sampaio (Erm.)Santa Joana (Erm.)Bemmequer (Alf.)Travagem (Erm.)Bessa (Sobr.)Ascensão (Erm.)Central (Val.)Confiança (Erm.)Alfena (Alf.)Marques Santos (Val.)Formiga (Erm.)

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JUNHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 23Serviços

AgendaAgendaAgendaAgendaAgenda 01 jun - 01 jul01 jun - 01 jul01 jun - 01 jul01 jun - 01 jul01 jun - 01 jul

Ambiente e Património5, 12 E 26 JUNHO, 09H30 E 10H30Museu da Lousa e EmprMuseu da Lousa e EmprMuseu da Lousa e EmprMuseu da Lousa e EmprMuseu da Lousa e Empresa das Lousas de esa das Lousas de esa das Lousas de esa das Lousas de esa das Lousas de VVVVValongalongalongalongalongooooo– – – – – RRRRROOOOOTEIRTEIRTEIRTEIRTEIRO DO DO DO DO DAS MINAS MINAS MINAS MINAS MINAS - MÊS DOS PAS - MÊS DOS PAS - MÊS DOS PAS - MÊS DOS PAS - MÊS DOS PARARARARARCEIRCEIRCEIRCEIRCEIROSOSOSOSOSVisitas guiadas.

1 E 13 JUNHO, 09H30PPPPParararararque Pque Pque Pque Pque Paleoaleoaleoaleoaleozóico de zóico de zóico de zóico de zóico de VVVVValongalongalongalongalongooooo– – – – – RRRRROOOOOTEIRTEIRTEIRTEIRTEIRO DO DO DO DO DAS MINAS MINAS MINAS MINAS MINAS - MÊS DOS PAS - MÊS DOS PAS - MÊS DOS PAS - MÊS DOS PAS - MÊS DOS PARARARARARCEIRCEIRCEIRCEIRCEIROSOSOSOSOSVisita de campo.

15 DE ABRIL A 5 DE MAIOFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de Ermesinde“O TEMPO”“O TEMPO”“O TEMPO”“O TEMPO”“O TEMPO”- - - - - EEEEEXPOSIÇÃOXPOSIÇÃOXPOSIÇÃOXPOSIÇÃOXPOSIÇÃO FOFOFOFOFOTTTTTOGRÁFICAOGRÁFICAOGRÁFICAOGRÁFICAOGRÁFICA COMEMORACOMEMORACOMEMORACOMEMORACOMEMORATIVTIVTIVTIVTIVAAAAA DEDEDEDEDE 10 10 10 10 10ANOSANOSANOSANOSANOS DODODODODO BANCO DO TEMPO BANCO DO TEMPO BANCO DO TEMPO BANCO DO TEMPO BANCO DO TEMPO

Encontra-se patente no Fórum Cultural de Ermesinde, atéao próximo dia 5 de maio, uma exposição fotográficacomemorativa dos 10 anos de existência do Banco de Tempoem Portugal.O Banco de Tempo é um sistema de organização de trocassolidárias a nível local que promove o encontro entre a ofertae a procura de serviços disponibilizados pelos seus mem-bros, tendo o tempo – e não o euro – como moeda de trocados serviços trocados.

(Agenda Metroplitana da Cultura).

Exposições

Espetáculos

DESDE 17 MAIO A 16 JUNHOCentro Cultural de AlfenaCentro Cultural de AlfenaCentro Cultural de AlfenaCentro Cultural de AlfenaCentro Cultural de Alfena– – – – – EXPOSIÇÃO COLETIVEXPOSIÇÃO COLETIVEXPOSIÇÃO COLETIVEXPOSIÇÃO COLETIVEXPOSIÇÃO COLETIVA DE PINTURAA DE PINTURAA DE PINTURAA DE PINTURAA DE PINTURACOM COM COM COM COM AAAAAUGUSTUGUSTUGUSTUGUSTUGUSTA RA RA RA RA ROCHA E IDOCHA E IDOCHA E IDOCHA E IDOCHA E IDALINALINALINALINALINA DIONÍSIOA DIONÍSIOA DIONÍSIOA DIONÍSIOA DIONÍSIOAugusta Rocha faz a recolha de elementos na observação danatureza, os quais abstratiza e representa em acrílico sobretela ou em aguarela sobre papel.Idalina Dionísio recorre ao imaginário onde recolhe os temasque desenvolve e transporta para a tela.

8 JUNHO, 16H00 E 21H00Fórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de Ermesinde– – – – – ESPETÁCULESPETÁCULESPETÁCULESPETÁCULESPETÁCULOS DE SOLIDOS DE SOLIDOS DE SOLIDOS DE SOLIDOS DE SOLIDARIEDARIEDARIEDARIEDARIEDADEADEADEADEADEDDDDDA ESCOLA EB 2/3 DA ESCOLA EB 2/3 DA ESCOLA EB 2/3 DA ESCOLA EB 2/3 DA ESCOLA EB 2/3 D..... ANTÓNIOANTÓNIOANTÓNIOANTÓNIOANTÓNIOFERREIRA GOMESFERREIRA GOMESFERREIRA GOMESFERREIRA GOMESFERREIRA GOMESNo âmbito da sua Campanha de Solidariedade afavor das famílias mais carenciadas da escola, aEB 2/3 D. António Ferreira Gomes promovedois espetáculos de solidariedade. As professorasresponsáveis, Maria Helena Ferreira e Rosa MaryManso explicam como tudo funciona: «Temosum grupo organizado de alunos, os GUNAS(Grupo Unido Na Ajuda Solidária) que estãosempre disponíveis para dar novas ideias ecolaborar na execução deste nosso projeto quetanto “amparo” tem dado a algumas famílias.Alguns dos seus encarregados de educação fazemparte do nosso grupo “GUNAS Seniors” que setem revelado não só um importante suporte paraa formação de cidadãos responsáveis e inter-venientes na nossa sociedade, como também umamais-valia na concretização deste projeto.Nos anos letivo 2010/2011, 2011/2012 e 2012/2013 fizemos parte do projeto “EscolasSolidárias”, promovido pela “Energia com Vida”da EDP, Gás, tendo sido, nestes três anosconsecutivos, distinguidos com o título de“Escola Solidária”, o que nos deu ainda mais forçapara continuar».

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24 A Voz de Ermesinde • JUNHO de 2013

Bugiada e Mouriscadaa caminho

do reconhecimento

Última

A recente Conferência “Património Imaterial, Identidade,Recurso e Risco” levantou com acuidade muitas das questõesque importa refletir no processo de reconhecimento daBugiada e Mouriscada de Sobrado como património cultural

FOTOS URSULA ZANGGER

imaterial. O que aqui se reúne são momentos desse evento,alguns cruciais e outros quase como um fait divers.

Mas a vida é mesmo assim, feita de todos esses momentos,e a Bugiada e Mouriscada de Sobrado está bem viva . LC