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ANÁLISE DE RISCOS NA ATIVIDADE DE PODA DE ÁRVORES NA ÁREA URBANA PRÓXIMO À REDES ENERGIZADAS Kaline Araujo de Oliveira (UTFPR) [email protected] BIANCA BREKAILO SILVEIRA NUNES (UTFPR) [email protected] Ariel Orlei Michaloski (UTFPR) [email protected] Antonio Augusto de Paula Xavier (UTFPR) [email protected] Este trabalho teve como objetivo identificar e analisar os riscos que o operador de moto-poda está exposto direta e indiretamente, na operação de poda de árvores próxima a redes energizadas na cidade de Andradina, Estado de São Paulo. Após a observação, foram identificados os riscos físicos, químicos, ergonômicos e de acidentes aos quais ele estava exposto no decorrer de sua atividade. Foi avaliado o POP (Procedimento Operacional Padrão), o uso de EPIs (Equipamento de Proteção Individual) e EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva). A partir disso, foi realizado um mapa de riscos e uma a análise. Os principais riscos que os operadores de moto-poda estão expostos são: Riscos físicos - ruído e vibração; Riscos químicos - aerossóis sólidos e poeiras; Riscos ergonômicos - postura inadequada, esforço físico e desconforto acústico e os Riscos de acidente - queda do XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção”

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ANÁLISE DE RISCOS NA ATIVIDADE

DE PODA DE ÁRVORES NA ÁREA

URBANA PRÓXIMO À REDES

ENERGIZADAS

Kaline Araujo de Oliveira (UTFPR)

[email protected]

BIANCA BREKAILO SILVEIRA NUNES (UTFPR)

[email protected]

Ariel Orlei Michaloski (UTFPR)

[email protected]

Antonio Augusto de Paula Xavier (UTFPR)

[email protected]

Este trabalho teve como objetivo identificar e analisar os riscos que o

operador de moto-poda está exposto direta e indiretamente, na

operação de poda de árvores próxima a redes energizadas na cidade

de Andradina, Estado de São Paulo. Após a observação, foram

identificados os riscos físicos, químicos, ergonômicos e de acidentes

aos quais ele estava exposto no decorrer de sua atividade. Foi avaliado

o POP (Procedimento Operacional Padrão), o uso de EPIs

(Equipamento de Proteção Individual) e EPCs (Equipamentos de

Proteção Coletiva). A partir disso, foi realizado um mapa de riscos e

uma a análise. Os principais riscos que os operadores de moto-poda

estão expostos são: Riscos físicos - ruído e vibração; Riscos químicos -

aerossóis sólidos e poeiras; Riscos ergonômicos - postura inadequada,

esforço físico e desconforto acústico e os Riscos de acidente - queda do

XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

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trabalhador e de galhos, fios e corrente elétrica, corte. Foi observado

que o ambiente de trabalho é razoavelmente favorável em relação à

segurança do operador e que os trabalhadores receberam treinamento

a respeito do uso de EPIs e EPCs. Os operadores receberam

treinamentos, porém, o ambiente estava sem sinalização e faltavam

alguns EPIs necessários para o trabalho, como o rádio de

comunicação e o higrômetro. Ao ser questionado sobre as causas

possíveis dos acidentes no trabalho, o motivo principal foi à falta de

atenção (sono e fadiga), às vezes a falta do uso de EPIs e a pressão

para cumprimento da meta. Por fim, foram recomendadas algumas

medidas preventivas de segurança para o operador.

Palavras-chave: Riscos de acidentes, operador de moto-poda, redes

energizadas

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1. Introdução

A arborização urbana contribui notavelmente para a qualidade de vida e o bem-estar da

população, pois, há melhoria do microclima, um abrandamento da poluição sonora, redução

do impacto das chuvas e purificação do ar pela fixação de poeiras (FIEDLER et al, 2006).

Para o serviço de poda são utilizados diversos tipos de ferramentais auxiliadores ao ser

humano na execução do trabalho, como por exemplo, as máquinas mais utilizadas estão as

moto-podas e as motosserras.

Segundo Fiedler et al. (2006), as motosserras apresentam deficiências de projeto que podem

levar a problemas de segurança e conforto para o operador, por isso, hoje muitos operadores

usam a moto-poda que diminui um pouco das vibrações que causam esse desconforto e assim

diminuem os riscos de acidentes.

A atividade de poda exige muita atenção para que se possam evitar os acidentes, pois

necessita, às vezes, de que o operador trabalhe sobre caminhões e cestas, escadas ou mesmo

sobre as próprias árvores, manuseando as máquinas e equipamentos. Diversos fatores podem

agravar os riscos de acidentes nestes casos, como ambiente de trabalho inadequado, elevada

exigência de esforço físico, longas jornadas de trabalho, ineficiência no projeto de concepção

das máquinas, operador não esteja utilizando os equipamentos de proteção individual (EPIs)

apropriados, falta de sinalização do local de trabalho (EPCs) (FIEDLER et al, 2006).

Fiedler et al. (2006), cita que, a avaliação dos riscos de acidentes é de suma importância para

as atividades de poda, pois seus resultados poderão ser empregados na prática com o intuito

de melhorar e garantir a segurança e o bem-estar do trabalhador, aumentando assim, a

eficiência do trabalho.

Dentre os riscos avaliados estão os riscos físicos, ergonômicos, químicos e de acidentes

inclusive relacionados a trabalho em altura e choques elétricos. Neste contexto, torna-se

imprescindível que a sinalização do local também esteja adequada as normas de segurança do

trabalho exigidas para a realização dessa atividade.

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Este trabalho teve como objetivo geral identificar e analisar os riscos que o operador de moto-

poda está exposto direta e indiretamente, na operação de poda de árvores próxima a redes

energizadas no estado de São Paulo.

2. Referencial teórico

2.1 Atividade de poda de árvores em setores urbanos

Existem diversos tipos de poda possíveis e a escolha mais adequada será aquela que permita o

desenvolvimento saudável da planta considerando entre outros, o seu estágio de

amadurecimento, capacidade de recuperação, estádio fenológico e equilíbrio estrutural. A

eliminação de ramos deverá seguir uma técnica de corte que considere o tamanho do galho e a

posição adequada, de modo que não cause lesões em outras partes da árvore e ocorra a

cicatrização completa da casca (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE, 2015).

2.1.1 Tipos de poda

Segundo a Secretaria do Meio Ambiente (2015), existem sete tipos de poda de árvore e são

essas:

- Poda de formação: a poda de formação é essencial, pois condiciona todo o

desenvolvimento da árvore e sua adaptação às condições em que vai ser plantada

definitivamente. É realizada no viveiro. No viveiro as mudas são produzidas dentro de

padrões técnicos, sendo conduzidas no sistema denominado “haste única”, que

consiste na desbrota permanente num caule único e ereto, até atingir a altura mínima

de 2,0 metros;

Poda de condução: quando a muda já está plantada no local definitivo, a intervenção

deve ser feita com precocidade, aplicando-se a poda de condução. Visa-se, com esse

método, conduzir a planta em seu eixo de crescimento, retirando os ramos indesejáveis

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e ramificações baixas, direcionando o desenvolvimento da copa para os espaços

disponíveis, sempre levando em consideração o modelo arquitetônico da espécie. É

um método útil para compatibilização das árvores com os fios da rede aérea e demais

equipamentos urbanos, prevenindo futuros conflitos;

Poda de limpeza: é realizada para eliminação de ramos secos, senis e mortos, que

perderam sua função na copa da árvore e representam riscos devido a possibilidade de

queda e por serem foco de problemas fitossanitários. Também devem ser eliminados

ramos ladrões e brotos de raiz, ramos epicórmicos, doentes, praguejados ou infestados

por ervas parasitas, além da retirada de tocos e remanescentes de podas mal

executadas. Estes galhos podem em algumas circunstâncias ter dimensões

consideráveis, tornando o trabalho mais difícil do que na poda de formação;

Poda de correção: visa eliminar problemas estruturais, removendo partes da árvore em

desarmonia ou que comprometam a estabilidade do indivíduo, como ramos cruzados,

codominantes e aqueles com bifurcação em V, que mantém a casca inclusa e formam

pontos de ruptura. Também é realizada com o objetivo de equilibrar a copa;

Poda de adequação: é empregada para solucionar ou amenizar conflitos entre

equipamentos urbanos e a arborização, como por exemplo, rede de fiação aérea,

sinalização de trânsito e iluminação pública. É utilizada para remover ramos que

crescem em direção a áreas edificadas, causando danos ao patrimônio público ou

particular. Entretanto, antes de realizar essa poda, é importante verificar a

possibilidade de realocação dos equipamentos urbanos que interferem com a

arborização (troca de rede elétrica convencional por rede compacta, isolada ou

subterrânea, deslocamento de placas e luminárias, redução da altura dos postes de

iluminação, cerca elétrica, etc.);

Poda de levantamento: consiste na remoção dos ramos mais baixos da copa.

Geralmente é utilizada para remover partes da árvore que impeçam a livre circulação

de pessoas e veículos. É importante restringir a remoção de ramos ao mínimo

necessário, evitando a retirada de galhos de diâmetro maior do que um terço do ramo

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no qual se origina, bem como o levantamento excessivo que prejudica a estabilidade

da árvore e pode provocar o declínio de indivíduos adultos;

Poda de emergência: é realizada para remover partes da árvore como ramos que se

quebram durante a ocorrência de chuva, tempestades ou ventos fortes, que apresentam

risco iminente de queda podendo comprometer a integridade física das pessoas, do

patrimônio publico ou particular. Apesar do caráter emergencial, sempre que possível

deve ser considerado o modelo arquitetônico da árvore, visando um restabelecimento

do desenvolvimento da copa e minimizando riscos posteriores.

2.1.2 Ferramentas de poda e equipamentos de segurança

Ainda segundo a Secretaria do Meio Ambiente (2015), nas atividades de poda em logradouros

públicos é imprescindível que ferramentas e equipamentos de segurança utilizados garantam,

simultaneamente, a segurança do podador e a integridade dos indivíduos arbóreos. Além

disso, deve-se garantir a segurança de transeuntes e outros bens, como veículos e imóveis, por

meio de sinalizadores de trânsito.

Os equipamentos de proteção individual - EPIs incluem capacetes, óculos de proteção e

protetores auriculares. Nos capacetes, deve-se dar preferência àqueles com abas menores ou

ausentes, facilitando a visualização da copa da árvore, combinado com óculos de proteção

escuros, devido à incidência direta da luz do sol, uma vez que o podador volta sua visão

constantemente para cima. Os protetores auriculares podem ser de inserção ou circum-

auricular, este último de maior eficiência no isolamento do som, principalmente para

operadores de motosserras, que podem contar com protetores auriculares acoplados ao

capacete e também com protetor facial acoplado ao mesmo (SECRETARIA DO MEIO

AMBIENTE, 2015).

As vestimentas têm a finalidade de manter a integridade do tronco e membros do trabalhador,

protegendo-os contra riscos de origem mecânica e contra a incidência de raios solares. São

itens obrigatórios: calças e blusas com adesivos refletores, luvas de couro e sapatos de solado

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reforçado. Além destes, utiliza-se protetor solar para proteção das áreas do corpo expostas à

luz. Para os operadores de motosserra, é obrigatório o uso de calças de náilon anti-corte e

calçados com biqueira de aço (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE, 2015).

Quando a poda é realizada em vias públicas, a equipe de poda deve contar com os

equipamentos de proteção coletiva- EPCs, entre eles, fitas de cores chamativas para

isolamento da área, cones e placas de sinalização para proteger os trabalhadores, e garantir a

segurança de pedestres e veículos. As equipes devem contar com cordas para escoramento da

queda de partes significativas do vegetal e apitos para comunicação entre os trabalhadores,

devido ao barulho das máquinas e à utilização dos protetores auriculares. Em situações

emergenciais, quando os trabalhos são realizados à noite, é necessário que as equipes utilizem

faroletes para a iluminação e faixas refletivas para sinalização do local (SECRETARIA DO

MEIO AMBIENTE, 2015).

2.2 Normas regulamentadoras

No caso de poda em altura, que apresenta risco de queda ao trabalhador, em níveis acima de

dois metros do piso, a execução desta atividade deve seguir a NR18 – Condições e Meio

Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, e a NR 35 – Trabalho em Altura.

A utilização de cestos elevatórios, andaimes e escadas são opções mais seguras para a

atividade de poda, porém, podem encontrar dificuldades devido à estrutura das copas e

inclinação de terreno e, nestes casos, utiliza-se técnicas de escalada. A técnica de escalada

(progressão em corda) consiste na instalação de uma corda a partir do solo e utilização de um

dispositivo de subida definido em função da configuração da árvore, mas também em função

da altura. E, uma vez em posição, o podador deve estar equilibrado, confortável e seguro para

realização da poda. Neste caso, trabalhadores treinados para escaladas são essenciais, e devem

contar com os equipamentos obrigatórios como cordas especiais de escalada (cordas

dinâmicas de poliamida ou poliéster) para levantamento, talabartes e cintas de ancoragem para

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posicionamento e talabartes com absorvedores de energia para segurança (linha da vida), além

de mosquetões, capacete de escalada e cinto de segurança (tipo paraquedista).

É importante salientar que trabalhos de poda em árvores altas muitas vezes envolvem fiação

elétrica. Nestes casos, deve-se seguir a NR 10 – Instalações e Serviços em Eletricidade,

lembrando que a execução e custos (inclusos nas tarifas de energia) do serviço são

responsabilidades da concessionária.

2.3 Riscos na atividade de poda

Segundo Meyer (2005), a palavra risco em latim, riscum, conota algo inesperado, mas no

sentido desfavorável ao indivíduo. Ainda segundo o autor, o grau do risco é função do efeito

adverso que pode resultar de uma ação particular, ou seja, risco não é sinônimo de perigo,

pois, descer de uma escada, por exemplo, representa um risco real de acidentes, porém é um

exagero considerar este ato perigoso.

Ainda segundo o autor, a análise de risco tem o objetivo de minimizar a possibilidade e a

probabilidade de ocorrência de incidentes e acidentes, melhorando a segurança e reduzindo os

gastos com seguros.

Conforme De Cicco e Fantazzini (2003):

Riscos físicos: são as diversas formas de energia que os trabalhadores podem estar

expostos em seu ambiente de trabalho, por exemplo, ruídos, vibrações, temperaturas

extremas e entre outras (NR 15);

Riscos químicos: são produtos ou compostos nas formas de poeiras, fumos, névoas,

gases que podem penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória;

Riscos biológicos: são bactérias, fungos, bacilos, vírus, parasitas entre outros que

podem penetrar no organismo por via respiratória ou pela pele;

Riscos ergonômicos: são resultantes de relações de trabalho, organização do trabalho,

mobiliário e relações ligadas ao conforto no ambiente de trabalho;

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Riscos de acidente ou mecânicos: envolvem proteção de máquinas, arranjo físico,

ordem e limpeza.

2.4 Mapa de risco

Segundo Sherique (2004), o Mapa de Riscos é uma representação gráfica de todos os pontos

de riscos encontrados em cada setor da empresa. É uma metodologia fácil e rápida e apresenta

benefícios na utilização como a identificação prévia, conscientização quanto ao uso de

equipamentos de proteção coletiva e individual, redução de gastos com acidentes, melhoria do

clima organizacional, maior produtividade, competitividade e lucratividade.

2.4.1 Elaboração do mapa de risco

De acordo com Sherique (2004), para a elaboração do mapa do risco deve-se conhecer o

processo de trabalho no local analisado por meio de instrumentos e materiais de trabalho,

atividades exercidas e o ambiente. Após isso, categoriza-se em risco leve, médio e grave e

para a representação gráfica usam-se círculos de diferentes cores e tamanhos, como na Figura

1.

Risco leve: fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem um incômodo

sem ser uma fonte de risco para a saúde ou integridade física;

Risco médio: fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem um

incômodo podendo ser de baixo risco para a saúde ou integridade física;

Risco Grave (alto e/ou crítico): fatores do ambiente ou elementos materiais que

constituem um risco para a saúde e integridade física do trabalhador, com uma

probabilidade de acidente ou doença, elevada.

Figura 1 - Demonstração dos diferentes tamanhos de círculos e seus respectivos riscos

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Fonte: Sherique (2004)

Convencionou-se por meio da NR 15 atribuir uma cor para cada tipo de risco e isso será

mostrado na Figura 2 a seguir.

Figura 2 – Cores dos Riscos

Autores: Adaptado da NR 15

3. Estudo de caso

Com base no Ministério do Trabalho (2017), a profissão de podador de árvore possui:

Descrição da real da atividade: podador de árvores próximas a redes energizadas;

Descrição do local de trabalho e máquinas, equipamentos do posto de trabalho (etapa

do processo): ambiente externo, próximo a residências que contem árvores. O trabalho

(a poda) é feito com a moto-poda e com a presença de dois caminhões (um para a

movimentação da cesta e o outro para a trituração dos galhos cortados) e com três

profissionais (o podador, o motorista e o limpador de rua);

Descrição da atividade: atuam nos serviços de conservação e manutenção de rodovias,

estradas, avenidas e ruas, como empregados com carteira assinada. Organizam-se em

equipe, com supervisão permanente, em ambiente a céu aberto, no período diurno. No

desenvolvimento de suas atividades podem permanecer em posições desconfortáveis

durante longos períodos e expostos à ação de ruído intenso.

A coleta de dados foi efetuada em uma área residencial da cidade de Andradina, estado de São

Paulo. Na área havia três trabalhadores: o operador da moto-poda, o motorista e o limpador de

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galhos, porém foi observada apenas a condição de trabalho do operador de moto-poda e com

isso foram identificados os riscos físicos, químicos, ergonômicos e de acidentes aos quais ele

estava exposto no decorrer de sua atividade. Foi avaliado o POP (Procedimento Operacional

Padrão), o uso de EPIs (Equipamento de Proteção Individual) e EPCs (Equipamentos de

Proteção Coletiva).

A Figura 3 ilustra o operador de moto-poda realizando sua atividade com o auxílio de um

cesto elevatório e a Figura 4 o caminhão com cesto elevatório e sinalização.

Figura 3 – Trabalhador executando atividade de poda

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Fonte: Autores (2017)

Figura 4 – Caminhão com o cesto elevatório e sinalização

Fonte: Autores (2017)

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No Quadro 1 foi realizado a identificação e separação dos riscos que o operador de moto-

poda está exposto, na operação de poda de árvores próxima a redes energizadas. Quadro 1- Mapa de risco para atividade desempenhada

PERIGO/FATOR DE RISCO Classificação

Pequeno Médio Grande Risco

Local e condições físicas do poste

Acidente

Animais

Acidente

Eletricidade

Acidente

Altura

Acidente

Apoio em fios

Acidente

Sinalização e isolamento da área

Acidente

Exigência de esforço físico – força e

ritmo de trabalho com serviços

repetitivos

Ergonômico

Posturas extremas/ forçadas

Ergonômico

Desconforto Acústico

Ergonômico

Desconforto Térmico Ergonômico

Uso excessivo da voz Ergonômico

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Ruído

Físico

Calor Físico

Vibrações de mãos e braços

Físico

Radiação não ionizante Físico

Aerossóis sólidos e poeira

Químico

Fonte: Adaptado De Cicco; Fantazzini (2003) e Sherique (2004)

No Quadro 2 foi realizada a análise dos riscos que o operador de moto-poda está exposto,

direta e indiretamente, na operação de poda de árvores próxima a redes energizadas.

Quadro 2 – Análise de riscos

AGENTE FATOR DE

RISCO DANO

FONTE

GERADOR

A

EPC

e/ou

POP

EPI

AVALIAÇÃO DO

RISCO

RISCO AÇÕES

De

acidente

Local e

condições

físicas do poste

O não

reconhecimen

to do local

pode

acarretar

acidentes

com toda a

equipe

Ambiente

ou nesse

caso o

‘layout’

POP

Vestimenta

especial,

capacete,

óculos,

protetor

auricular,

luva, botina,

cinto de

segurança.

Médio

Tomar

conhecimento

do tipo de

tarefa, local,

roteiro,

acesso,

código do

alimentador,

a corrente, as

condições

climáticas.

(Ação já

realizada)

De

acidente Animais

Alergias e o

incomodo da

roupa própria

por ser muito

abafada pode

provocar

Insetos e

répteis. POP

Vestimenta

especial Médio

Certificar-se

da

inexistência

de

insetos/anima

is agressivos

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taquicardíaca. e se caso

existam

providenciar

remoção. Ter

acesso fácil a

remédios.

(Ação já

realizada)

De

acidente Eletricidade

Probabilidade

de choques,

curtos,

acidentes

com fratura,

queimaduras

e os mais

graves são

eletrocussão,

traumatismo

e morte.

Fios

condutores

Análise

da

distribui

ção de

energia

Luvas

isoladas de

borracha e

botas

Crítico

Certificar-se

que o local

tem boas

condições de

trabalho.

(Ação já

realizada)

De

acidente Altura

Quedas,

fraturas,

cortes,

mutilação,

contusão e

morte.

Altura Cesta Uso de cinto Alto

Ajuste de

uma altura

boa, ter a

cesta em boas

condições e

cinto próprio

ser usado de

forma correta.

De

acidente Apoio em fios

Fraturas e

choques que

podem levar a

morte

Cesta

colocada

em lugar

indevido

Cesta Cinto Alto

Ajustar o

caminhão que

conduz a

cesta de

forma

propícia para

a realização

do trabalho

De

acidente

Sinalização e

isolamento da

área

Queda de

galho e

choques

A poda em

si Cones - Baixo

Fazer

passarela com

cones e fitas

de sinalização

para

pedestres.

(Ação já

realizada)

Ergonômi

co

Exigência de

esforço físico –

força e ritmo de

trabalho com

serviços

Queda ou

danos na

musculatura

do

trabalhador,

fadiga e

Esforço

inadequado - - Médio

Ter um apoio

de subida:

escada. Ter

descanso

entre as

árvores que

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“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

avançadas de produção”

Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

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repetitivos diminuição

de eficiência

do trabalho.

vão ser

podadas.

Ergonômi

co

Posturas

extremas/

forçadas

A cesta pode

inclinar

bruscamente

acarretando a

caída e danos

na

musculatura

Cesta com

inclinação

inferior ou

superior a

35º

Cesto Cinto de

segurança Médio

Posicionamen

to de altura

certa

Ergonômi

co

Desconforto

acústico

Problemas

com

audiometria

Moto-poda

(De 85 a

115dB)

- Protetor

auricular Alto

Exames

periódicos de

audiometria.

(Ação já

realizada)

Ergonômi

co

Desconforto

Térmico

Fadiga,

cansaço,

fraqueza,

pressão baixa,

ansiedade.

Ambiente

(Cálculos

IBUTG)

-

Protetor solar,

roupa

especial,

capacete e

óculos.

Alto

Abasteciment

o de água

para os

trabalhadores,

que só

conseguem

saciar sua

sede pedindo

água em

residências

próximas.

Ergonômi

co

Uso excessivo

da voz

Problemas

com a voz e

falha na

comunicação

e possíveis

erros

Não ter

rádios de

comunicaçã

o

- - Baixo

Prover rádios

para

comunicação

Físico Ruído

Problemas

com

audiometria

85dB/8h

diária -

Protetor

auricular Alto

Exames

periódicos de

audiometria.

(Ação já

realizada)

Físico

Calor

Fadiga,

cansaço,

fraqueza,

pressão baixa,

ansiedade e

erros de

percepção e

36°

(sensação

de 39°) –

dia da

análise.

Trabalho

intenso com

-

Protetor solar,

roupa

especial,

capacete e

óculos.

Médio

Abasteciment

o de água

para os

trabalhadores,

que só

conseguem

saciar sua

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raciocínio. pausa só

para o

almoço

sede pedindo

água em

residências

próximas.

Físico

Vibração de

mãos e braços

Problemas

circulatórios,

artrose do

cotovelo,

cansaço,

irritação nos

membros,

dores na

coluna e

doença dos

movimentos.

Insalubrida

de: média - - Médio

Fazer

pequenas

paradas.

(Ação já

realizada)

Físico Radiação não

ionizante

Queimaduras

na pele, nos

olhos e outros

órgãos. Mais

grave:

problemas

neurológicos

(ondas

eletromagnéti

cas)

Sol -

Vestimenta

especial,

bonés

(capacetes),

óculos,

protetor solar.

Baixo

Ensinar os

trabalhadores

que o uso do

protetor solar

é essencial.

Químico Aerossóis

sólidos e poeira

Alergias,

doenças

pulmonares,

irritação no

nariz, dores

de cabeça e

asma.

Poeiras de

madeira e

poeiras em

geral

- - Médio

Prover

proteção ao

nariz,

utilização de

máscara

facial.

Fonte: Autores (2017)

Há EPIs necessários para o trabalho, porém falta o rádio de comunicação e o higrômetro

(instrumento que serve para medir a umidade presente nos gases, mais especificamente na

atmosfera). É utilizado principalmente em estudos do clima, mas também em locais fechados

onde à presença de umidade excessiva ou abaixo do normal poderia causar danos.

O único EPC não disponibilizado aos operadores é a placa sinalizadora. Realizou-se também

uma entrevista com o operador de moto-poda a fim de coletar informações básicas sobre seus

conhecimentos em saúde e segurança do trabalho que pode ser verificada no Anexo A.

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4. Considerações finais

Os principais riscos que o operador de moto-poda está exposto são: riscos físicos - ruído e

vibração; riscos químicos - poeiras; riscos ergonômicos - postura inadequada e esforço físico;

e os riscos de acidente – eletricidade, quedas, apoio em fios e ataques de animais. Foi

observado que o ambiente de trabalho é razoavelmente favorável em relação à segurança do

operador e que os trabalhadores receberam treinamento a respeito do uso de EPIs e EPCs.

Quando questionado sobre as causas possíveis dos acidentes no trabalho, o motivo principal

foi à falta de atenção (sono e fadiga), às vezes a falta do uso de EPIs e a pressão para

cumprimento da meta.

Foram recomendadas algumas medidas preventivas de segurança para o operador,

como descritos na tabela, para que ele tenha mais segurança durante sua atividade, reduzindo

ainda mais a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais. Notou-se que o conceito

prevencionista e técnicas específicas de gerenciamento dos riscos apresentados na atividade

de poda de árvores podem ser explorados em trabalhos futuros para elucidar os perigos e

riscos relacionados a uma atividade que exige treinamento e atenção na execução das

manobras realizadas.

As observações realizadas, ainda servirão como base para elaboração do Programa de

Prevenção de Riscos Ambientais- PPRA, o qual visa à preservação da saúde e da integridade

dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequentemente o

controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de

trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Dessa

forma, conforme especifica a Norma Regulamentadora 09, o PPRA deve estar articulado com

o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional- PCMSO. Evidenciando, uma íntegra

correlação e complementação entre os programas no campo da segurança e medicina do

trabalho, sendo que o PPRA servirá de embasamento na elaboração do PCMSO.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério do Trabalho. CBO podador de árvore. Disponível em:

<http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorTituloResultado.jsf>. Data de acesso: 29 abril

2017.

BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM

ELETRICIDADE. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr10.htm>. Acesso em: 01

maio 2017.

BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES. Disponível em:

<http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-15-1.htm>. Acesso em: 01 maio 2017.

BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr18.htm

>. Acesso em: 01 maio 2017.

BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 35 - TRABALHO EM ALTURA. Disponível em: <

http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr35.htm>. Acesso em: 01 maio 2017.

BRASIL. Secretaria do Meio Ambiente. Manual Técnico de Poda de Árvores. São Paulo: Secretaria do Meio

Ambiente do Estado de São Paulo, 2015. Disponível em:

<http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/MPODA.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2017.

DE CICCO, Francesco; FANTAZZINI, Mário Luiz. Tecnologias consagradas de gestão de riscos [Livro]. – São

Paulo: Risk Tecnologia, 2003.

FIEDLER, Nilton César et al. Avaliação dos riscos de acidentes em atividades de poda de árvore na arborização

urbana do Distrito Federal. Viçosa-MG, v.30, n.2, p.223-233, 2006.

MEYER, Mariana da Cruz. Análise de Risco qualitativa em projetos industrial de unidade de cogeração de

vapor. 2005. 106 p. Dissertação (Mestrado) – Curso de Ciência e Tecnologia Ambiental, Universidade do Vale

do Itajaí, Itajaí, 2005.

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RODRIGUES, Paolo Monte Cruz. Levantamento dos riscos dos operadores de motosserra na exploração de uma

floresta nativa. Mato Grosso: Cuiabá, 2004.

SHERIQUE, Jaques. Aprenda como fazer: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, Programa de

Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMT, Mapas de Riscos Ambientais -

MRA. 2. ed. São Paulo: Ltr, 2004.

Anexo A - Entrevista rápida com o trabalhador para obter as seguintes informações

1) Registrado na carteira de trabalho/autônomo?

2) Conhece real da sua função? Qual é?

3) Conhece alguma coisa sobre saúde e segurança do trabalho?

4) Já realizou/realiza exames médicos ocupacionais?

5) Teve treinamento para o desempenho da sua atividade e na área de prevenção de

acidentes?

6) Já sofreu algum incidente ou acidente do trabalho?

7) Quais produtos utilizam para desempenhar sua função (entradas/processo/saída)?

8) Há atuação do sindicato e acordo coletivo?