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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Engenharia Agronômica
Camila de Menezes Watanabe
Edvana Thaís da Silva
Gabriela Gaspar Marthos
Jean Quintino da Silva Souza
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO E
PRODUTIVIDADE DA SOJA CONSORCIADA COM
Brachiaria brizantha cv. MARANDU
Sítio Nove Irmãos - Agrovila Central
Promissão – São Paulo
LINS - SP
2018
CAMILA DE MENEZES WATANABE
EDVANA THAÍS DA SILVA
GABRIELA GASPAR MARTHOS
JEAN QUINTINO DA SILVA SOUZA
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO E PRODUTIVIDADE DA SOJA
CONSORCIADA COM Brachiaria brizantha cv. MARANDU
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Engenharia Agronômica, sob a orientação do Prof. Dr. Carlos Suguitani.
LINS - SP
2018
CAMILA DE MENEZES WATANABE
EDVANA THAÍS DA SILVA
GABRIELA GASPAR MARTHOS
JEAN QUINTINO DA SILVA SOUZA
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO E PRODUTIVIDADE DA SOJA
CONSORCIADA COM Brachiaria brizantha cv. MARANDU
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Agronômica.
Aprovado em:
Banca Examinadora:
Professor Orientador: Carlos Suguitani.
Titulação: Doutor em Fitotecnia, pela Universidade de São Paulo
(ESALQ/USP).
Assinatura:_________________________________
1º Prof.ª: Mª. Elizete Peixoto de Lima.
Titulação: Mestre em Saúde Coletiva, pela Universidade do Sagrado Coração
(USC).
Assinatura:_________________________________
2º Prof.°: João Arthur Izzo
Titulação: Mestre em Comunicação, pela Universidade Paulista (UNIP).
Assinatura:_________________________________
“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.” – José de Alencar
AGRADECIMENTOS
Não poderia deixar de agradecer à todos que fizeram parte dessa etapa
de minha vida para que fosse concluída com muito êxito.
Primeiramente agradeço aos meus pais, Roberto Hideyuki Watanabe e
Maria Alice de Menezes Watanabe, pelo amor e o cuidado diário de vocês, que
sempre se empenharam e se sacrificaram por me dar o suporte necessário, e
por guiarem meu caminho tornando-me um ser humano de princípios e caráter.
Agradeço aos amigos de sala que passaram seus 5 anos de curso junto
à mim, em especial aos acadêmicos Edvana Thaís e Jean Quintino por
estarmos sempre juntos, ajudando um ao outro e dando o apoio e força
necessária nas horas difíceis, sou imensamente grata por estarem comigo
nesta jornada.
A minha queridíssima amiga de trabalho Caciana Braganholo que soube
pronunciar palavras certas nos momentos certos, nunca me deixando
desanimar, me incentivando a dar o melhor que podia nas mais diversas
situações. Mulher que me inspirou através de seus conselhos e puxões de
orelhas a superar todas as dificuldades. Deixo aqui uma promessa de gratidão
eterna.
Agradeço, também, ao Unisalesiano que me deu o incentivo e os meios
necessários para correr atrás do meu sonho. Ao corpo docente que me deu o
maior bem do mundo: o conhecimento.
Ao estimado coordenador do curso e orientador Carlos Suguitani, pela
paciência e dedicação, disponibilizando o pouco do seu tempo à solucionar
nossos problemas durante o trabalho, nos levando ao desenvolvimento de
muitas ideias.
A todos que contribuíram direta e indiretamente para esta conquista.
Meu muito obrigado!
Camila de Menezes Watanabe
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, pelo plano da Criação. Se estou aqui é
por Obra de Sua Mão. Pela sabedoria, por tua proteção, por seu amor
incondicional por mim.
Agradeço a minha família, que é meu ponto de saída e ponto de
chegada. Minha base, meu porto seguro. Na pessoa da minha mãe Maria, do
meu pai Vilson e do meu irmão Juninho. Apesar de nossas diferenças,
agradeço porque eu tenho uma família, formada pela vontade de Deus.
Agradeço aos meus amigos Camila e Jean, amigos com “A” maiúsculo.
“A” de amizade, de amor, de afeto, de animação, acolhedores, “A” de
Agrônomos. Enfim, amigos presentes em todas as horas. Amigos que
verdadeiramente me aceitaram e me acolheram do jeito que eu sou sem impor
condições. Amigos que marcaram minha vida e que sempre vão estar em meu
coração seja perto ou longe. Que Deus abençoe a cada passo de suas
caminhadas e os cumule de sabedoria em todas as decisões de suas vidas.
Agradeço aos nossos Mestres Educadores, que se empenharam em nos
encaminhar e nos preparar para uma vida profissional. Professores e
professoras que com respeito e paciência nos aturaram nesses longos anos de
formação profissional. Pedimos desculpas pelas vezes que não fomos
compreensivos quanto á uma correção ou outras situações quaisquer. Que
Deus dê cada vez mais sabedoria e os fortaleça ainda mais nessa profissão
abençoada e que os recompense em dobro por tudo de bom que nos
ensinaram. Muito obrigada.
“Melhor do que mil dias de estudo aplicado, é um dia com um grande professor.” (Provébio Japonês)
Edvana Thaís da Silva
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado força para passar por
tudo e concluir essa etapa tão desejada.
Agradeço aos meus pais Paulo Sérgio Marthos e Sirlene Gaspar de
Arruda, por terem depositado total apoio para minha formação, por todas as
orações que fizeram e terem passado pelas dificuldades ao meu lado, mas
nunca me deixando desanimar, e hoje, sendo motivo de orgulho, estou
retribuindo tudo que fizeram por mim.
Quero agradecer também as minhas irmãs Rafaela e Camila, meus
familiares, meus amigos Isabella, Bruno, Milena, Jaqueline e Julio, aos meus
companheiros desse trabalho, os Professores Carlos Suguitani e Clélia
Mardegan, ao corpo docente do curso, e aos demais que me ajudaram de
forma direta ou indireta, pois se cheguei até aqui cada um de vocês teve
contribuição.
Gabriela Gaspar Marthos
AGRADECIMENTOS
Aos meus amados pais, Elsa e Natalino, que me repreenderam quando
necessário, me incentivaram a prosseguir e não mediram esforços para que eu
concluísse essa etapa em minha vida. Aos meus irmãos e família, sempre
carinhosos e atenciosos, auxiliando-me nas mais diversas situações que
precisei.
Sou grato por todos os amigos que fiz nesse período, mas nada supera
o amor que levarei sempre em meu coração pelas minhas amigas Edvana
Thaís, Camila Watanabe e Gabriela Marthos. Muito obrigado pelo apoio,
carinho e dedicação.
Agradeço a todos meus professores, mestres com louvor, que com
paciência me encaminharam ao rumo certo de minha carreira profissional e até
mesmo pessoal. Em especial, ao professor orientador Carlos Suguitani, que me
ditou os nortes para a realização deste trabalho.
Obrigado, também, a toda equipe da Unisalesiano, docentes, direção,
administração, enfim, todos os funcionários que nos proporcionaram um
ambiente caloroso, amigável e cheio de oportunidades.
Neste momento quero fazer um agradecimento especial para a minha
segunda família. Obrigado tia Maria Silva e Nilson Pinto por me abrigarem
nesses cinco anos de minha vida. Se não fosse por vocês, meu sonho, talvez,
não tivesse se concretizado. Por todo esse tempo, foram os pilares que me
mantiveram em pé, me dando apoio, não deixando que o desânimo me
vencesse. Não permitindo que meus caminhos se desviassem do propósito.
Foram meus pais, meus amigos e meus irmãos em toda minha caminhada,
acalentando-me quando a tristeza da saudade batia firme em meu peito e me
fazia chorar, tendo vontade de regressar ao meu lar em Mato Grosso. Obrigado
pelo incentivo, força, carinho, amor, resignação e dedicação para comigo. O
que seria de mim sem vocês? Obrigado Thiago, Diego, Meireellen, Dayara,
Thayla, Adriano, vocês fizeram por mim mais do que poderiam, mais do que,
talvez, meus próprios irmãos fariam.
Enfim, só tenho a agradecer a Deus, porque me fez um Ser abençoado
e amado, colocando em minha jornada pessoas maravilhosas, cheias de luz, a
quem jamais deixarei de agradecer, amar e orar por elas.
Jean Quintino da Silva Souza
RESUMO
O cultivo da soja vem crescendo cada vez mais no mundo, este grão é muito procurado por indústrias de processamento tanto para o consumo humano e fabricação de ração animal quanto para atender a demanda crescente de biocombustível. A soja é muito cultivada em sistema de plantio direto sobre a palha no Brasil todo, mas a baixa quantidade de palhada deixada pela cultura é um dos problemas para esse tipo de cultivo. Uma das alternativas seria consorciá-la com uma gramínea. Essa opção já vem sendo pesquisada em outras culturas, como o milho, que vem obtendo bons resultados. Mas no caso da soja são pouquíssimos os trabalhos nessa área, em função disso esse experimento teve como objetivo foi avaliar o desenvolvimento e produção da soja consorciada com a forrageira Brachiaria brizantha cv. Marandu. O experimento foi realizado no Sitio “Nove Irmãos”, Município de Promissão/SP. O delineamento do experimento foi de blocos casualizados com 4 tratamentos e 4 repetições, cada parcela do experimento era composta por 7 linhas de 5 metros cada. Os tratamentos utilizados foram: soja sem braquiária; soja consorciada com capim na linha; soja consorciada com capim na linha controlado com herbicida e soja consorciado com capim na entrelinha da oleaginosa. Os tratamentos foram avaliados pelo teste Scott Knott a 5%. Os tratamentos consorciados apresentaram melhor desenvolvimento quando comparada com a soja sem a forrageira, sendo que o tratamento consorciado com aplicação de herbicida obteve melhores resultados de altura de plantas, peso das vagens e peso de mil sementes. Em relação ao número de vagens e produtividade, os maiores valores foram obtidos nos tratamentos com capim na linha. Palavras-chave: Integração lavoura pecuária. Consórcio. Plantio direto.
ABSTRACT
The soybean cultivation is rising in the world. This grain is highly demanded by process industries for human consumption and as raw material for animal feed, as well as to meet the demand for biofuel. Today, soybean is largely cultivated in no-till system – tillage with straw – throughout Brazil, however, the low quantity of straw left at the soil surface is one of the problems with regards to this type of farming. An alternative would be intercrop it with a forage grass. This option has already been researched in other types of agriculture, like the maize, which is achieving good results. However, there are very few studies about the soybean, and, based on this, the aim of this experiment was to evaluate the development and cultivation of the soybean intercropped with the forage plant Brachiariabrizantha cv. Marandu. The experiment was performed in a little farm called “Sítio Nove Irmãos”, located in the city of Promissão/SP. The experimental design was done using randomized blocks with 4 treatments and 4 replications. Each part of the experiment was composed of 7 lines measuring 5 meters each one. The treatments used were as follows: soybean without brachiaria; soybean intercropped with grass in the same field; soybean intercropped with grass in the same field controlled by herbicide application, and, soybean intercropped with grass in the interfield. The treatments were evaluated by the Scott Knott test at 5%. The intercropped treatments presented a better development when compared to the soybean without the forage grass; on the other hand, the intercropped treatment with herbicide application presented better results in the height of the plants, in the weight of the pods and in the thousand-Kernel weight. Concerning to the number of pods and to the productivity, the highest values were obtained in the treatment with grass in the same field.
Keywords: Integration of livestock farming. Consortium. Direct planting.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Dados mensais de precipitação pluvial do local do experimento
durante a condução do mesmo. ........................................................................ 25
Figura 2. Valores médios da altura das plantas (cm) da cultura da soja
consorciada e não consorciada com Brachiaria Brizantha cv. Marandu. .......... 29
Figura 3. Valores médios de número de galhos por planta na cultura da soja
nos diferentes tratamentos avaliados. .............................................................. 30
Figura 4. Número de vagens por planta e peso médio da vagem da soja
consorciada e não consorciada com Brachiaria Brizantha cv. Marandu. .......... 31
Figura 5. Valores médios de PMS por parcela da cultura da soja consorciada
com Brachiaria Brizantha cv. Marandu. ............................................................ 32
Figura 6. Produtividade da cultura da soja consorciada e não consorciada com
Brachiaria Brizantha cv. Marandu. .................................................................... 33
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Produção de soja no mundo, dos EUA, Brasil e dos maiores estados
produtores na safra 2016/2017. ........................................................................ 20
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
% Porcentagem
t Toneladas
MS/ ha Massa seca por hectare
M Metros
Kg Quilogramas
CONAB Companhia Nacional de Abastecimento
USDA Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
ILP Integração Lavoura Pecuária
G Gramas
Cm Centímetros
VC Valor Cultural
PMS Peso de Mil Sementes
B. brizantha Brachiaria brizantha
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 15
1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................... 17
1.1 Soja...................................................................................................... 17
1.2 Mercado da Soja no Brasil e no Mundo ............................................... 18
1.3 Biomassa ............................................................................................. 20
1.4 Brachiaria brizanta cv. Marandu .......................................................... 20
1.5 Cultivo Consorciado ............................................................................. 21
1.6 Consórcio Soja x Brachiaria ................................................................. 23
2 MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................... 25
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................... 28
4 CONCLUSÕES .......................................................................................... 34
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 35
APÊNDICES ..................................................................................................... 39
15
INTRODUÇÃO
A cultura da soja, originária da Ásia, chegou ao Brasil no ano de 1882 no
estado da Bahia por Gustavo Dutra. Devido ao clima quente, não se obteve
grandes produções nesse estado. Após este fracasso a soja foi levada para a
região de São Paulo, por imigrantes japoneses, que utilizaram variedades
adaptadas ao ambiente, obtendo sucesso na produção. Logo após, no ano de
1914, a soja foi introduzida no estado do Rio Grande do Sul, tendo
produtividade maior do que o esperado pelos agricultores locais. A partir
desses resultados, a cultura passou a ser plantada em outros solos brasileiros
fazendo com o que o país ganhasse destaque na produção mundial de soja.
As áreas de cultivo do grão vêm crescendo no mundo, isso está
associado aos avanços das pesquisas e o uso de novas tecnologias no setor,
que faz com que a cultura torne mais produtiva e competitiva a cada ano. Hoje
a soja está adaptada a várias regiões e climas, obtendo altas produtividades
nas mais diferentes localidades em que é plantada.
Em 1940 foi criado o programa de melhoramento genético da soja no
Brasil, que possibilitou o crescimento para as regiões de baixa latitude,
desenvolvendo cultivares resistentes a insetos, herbicidas e doenças, e
algumas variedades que atrasam o florescimento da cultura naquela região,
mesmo em condições de fotoperíodo favorável.
Os líderes mundiais na produção do grão são: os Estados Unidos, Brasil,
Argentina, China, Índia e Paraguai. Sendo o Brasil o maior exportador mundial
de soja. Na safra 2016/2017 produziu 227,9 milhões de toneladas tendo um
acréscimo de 22,1%, com um aumento de 41,3 milhões de tonelada a mais que
a safra do ano anterior de 2015/2016.
A soja é muito usada na agroindústria para produção de óleo vegetal,
ração para animais e alimentos humanos. Recentemente vem ganhando
importância como matéria prima para biocombustível.
No sistema de plantio direto, em função da quantidade pequena de
palhada que é deixada pela soja, se faz necessário o uso de gramíneas no
sistema, para aumentar a matéria seca sobre o solo. Nos plantios comerciais,
atualmente, utiliza-se o milho.
16
Outra modalidade que tem sido utilizada nos últimos anos é a de
culturas consorciadas. Tal categoria é caracterizada pela otimização de espaço
com o cultivo de duas ou mais espécies em uma mesma área e ao mesmo
tempo. Normalmente utilizam-se culturas com características diferentes quanto
a hábitos de crescimento, fisiologia, morfologia e estrutura vegetal.
Atualmente, tem se buscado novas alternativas que possam melhorar a
condição no plantio direto. Para isso, nos últimos anos, estudos com uso de
forrageira junto com a soja foram aplicados para melhorar a quantidade de
palha deixada no final da colheita do grão, sem que exista prejuízo na
produtividade. Para a soja o consórcio com a gramínea traz pontos positivos,
tais como: alta produção de biomassa, controle de altas temperaturas, melhor
absorção e retenção de água e nutrientes por guardar restos culturais no solo.
Mas um dos problemas apresentados é a possível perda de produtividade em
função da competição que ocorre entre as espécies. Ao contrário do que
acontece com o consórcio milho-forrageira, em que a forrageira tem seu
desenvolvimento reduzido pelo rápido crescimento e altura do milho, na soja,
em função do seu porte baixo, ocorre maior competição por luz, água e
nutrientes.
Dessa forma, para que seja possível entender melhor o desempenho da
soja nessas condições e pelo fato de existir poucos estudos sobre o assunto, o
presente trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos no desenvolvimento e
produtividade da soja quando plantada em consorciação com a forrageira.
17
1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1.1 Soja
Originária da China Antiga, a soja já era um importante produto agrícola
há 5.000 anos atrás, constituído na base alimentar do povo Chinês, sendo
considerado um dos cinco grãos sagrados essenciais a estabilidade desta
civilização, já demonstrava ser um produto de grande importância ao consumo
daqueles tempos.
A evolução da oleaginosa começou com o aparecimento de plantas
originadas de cruzamentos naturais entre duas espécies de soja selvagem.
Nesta época plantas rasteiras eram muito importantes na dieta alimentar da
civilização chinesa.
Foi somente no século XX que a cultura da soja começou a despertar o
interesse das indústrias mundiais e se tornar esta oleaginosa tão procurada no
mundo de hoje. Tentou-se, primeiramente, plantar a cultura da soja nas regiões
da Rússia, Inglaterra e Alemanha, por razões climáticas, porém, não houve
sucesso, por ser constantemente frio. Posteriormente foi cultivada no sudeste
dos Estados Unidos, como foi bem adaptada passou então a ser desenvolvida
uma cultura comercial para a oleaginosa. Os produtores deste país
introduziram o cultivo como forrageiras e somente depois da década de 1940, a
produção de grão passou a ser prioritária.
Esta oleaginosa é a base de muitos produtos fabricados, e diversos
outros como: alimentação animal feito da ração da soja, adubos, formulador de
espumas, fabricação de fibras.
Segundo Dubke (2006) a oleaginosa só começou a ter uma grande
produção no final da década de 1960. Neste período o agronegócio brasileiro
estava voltado para a produção de trigo. A soja entrou como uma alternativa à
safrinha de verão ao cultivo do trigo, que é realizado durante o inverno. O
aumento da produção de suínos, aves e gado gerou uma demanda maior por
farelo de soja na dieta dos animais.
Na década de 1970, o desenvolvimento da planta ainda estava
localizada na região sul do Brasil. Nesse período, São Paulo, Rio Grande do
Sul e Paraná eram os principais estados responsáveis pela produção de soja
18
no Brasil. A expansão da fronteira agrícola ainda era incerta, não se sabia se
os solos eram propícios para a produção da oleaginosa, além de falta de
infraestrutura.
Dubke (2006) fala ainda que em meados de 1970 o país começava a
investir em tecnologia para a adaptação da cultura nas diferentes condições
climáticas do país. O motivador para esse investimento foi a explosão dos
preços da soja no mercado mundial. Hoje, a soja está adaptada a várias
regiões e climas diferentes, obtendo altas produtividades nas diferentes
localidades em que é plantada. Expandiu-se por todo território brasileiro,
estabelecendo uma nova fronteira agrícola localizada na junção dos estados de
Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia, conhecido como “Mapitoba”.
A utilização de variedades transgênicas também resultou em maiores
produtividades, resistências da cultura a doenças e insetos, como forma de
aumentar a produção e qualidade das unidades de plantas. (PAULA E
FAVERET, 2005).
1.2 Mercado da Soja no Brasil e no Mundo
A soja é a principal oleaginosa cultivada e consumida do mundo, tendo
grande importância para a economia brasileira e mundial, devido ao fato de ser
muito utilizada para consumo animal, humano e também industrial como:
ração, óleo vegetal, leite de soja, em indústrias de tintas, biodiesel, cosméticos
e produtos farmacêuticos.
Da produção de soja em grão, são destinados 15% para a extração do
óleo e também para fabricação de temperos, margarinas, maioneses e gordura
vegetal.
Já o farelo da soja é destinado à fabricação de ração animal juntamente
com o milho. Após o processamento industrial dos grãos, obtém-se 80% de
farelo.
Em relação ao biodiesel, a soja é responsável por mais de 80% da
produção no país. É um produto renovável que contribui para reduzir a emissão
de gases poluentes no meio ambiente.
19
A cadeia produtiva é muito voltada para a exportação do produto bruto, e
também para a indústria esmagadora que processa a soja em óleo e após isso
faz farelo e ração para animais.
O Brasil é o segundo maior produtor desta cultura no mundo, ficando
apenas atrás dos Estados Unidos. Uma das vantagens do Brasil em relação
aos demais países produtores da oleaginosa deve-se ao fato do escoamento
da safra no Brasil ocorrer na entressafra americana, que faz com que os preços
atinjam as maiores cotações.
A região sul foi responsável até 1970 por ser a maior produtora do país,
sobretudo no Rio Grande do Sul e Paraná. Ainda hoje existem grandes
produtores de soja naquelas regiões. Porém, atualmente, o Mato Grosso
aparece como o principal estado produtor da soja. No Brasil, exportações do
agronegócio são constituídas principalmente de produtos da soja (grão, farelo e
óleo), tendo como consumidor principal o mercado chinês. A diferença é
extremamente significativa em comparação com outros países que compram a
mercadoria do nosso país.
A China consumiu, em 2017, quase 11 milhões de toneladas de soja
brasileira, enquanto o segundo maior comprador, a Holanda, adquiriu 890 mil
toneladas. Essas quantidades também revelam um grande impacto econômico
no país, já que refletem em uma quantia de 4,3 bilhões de dólares.
Na tabela 1 mostra os EUA como os maiores produtores de soja do
mundo, na safra 2016/2017 eles plantaram cerca de 33.482 milhões de
hectares de soja, tendo uma produtividade de 117.208 toneladas de soja. O
Brasil é o segundo maior produtor de soja, tem relatos que até no ano de 2.020
será o maior produtor de oleaginosa do mundo. Na safra de 2016/2017 o Brasil
plantou em média de 33.890 milhões de hectares tendo produtividade média
em 113.923 toneladas de soja. A região que mais se cultiva a soja é o estado
do Mato Grosso com pouco mais de 9.323 milhões de hectares, com colheita
de cerca de 55 sacas de soja por hectare, o estado do Paraná vem logo em
seguida com cultivo de 5.250 milhões de hectares com colheita de 62 sacos
por hectare, já o Rio Grande do Sul que foi a pioneira desta cultura tão
importante para o mundo não se destacou nessa mesma safra, cultivando
5.570 milhões de hectares de soja, colhendo 56 sacas de soja por hectare.
20
Tabela 1. Produção de soja no mundo, dos EUA, Brasil e dos maiores estados produtores na safra 2016/2017.
Soja EUA Brasil Mato Grosso
Paraná Rio Grande do Sul
Produção/ton 117.208 mi 113.923 mi 30.514 mi 19.534 mi 18.714 mi
Área Plantada 33.482 mi 33.890 mi 9.323 mi 5.250 mi 5.570 mi
Produtividade kg/ha
3.501 3.362 3.373 3.720 3.360
Fonte USDA CONAB CONAB CONAB CONAB
Fonte CONAB, 2017.
1.3 Biomassa
A soja é considerada uma das principais leguminosas da agricultura
devido ao seu potencial produtivo e sua versatilidade na alimentação humana e
animal (NUNES, 2011).
Estima-se que para cada hectare de soja se produz de 3 a 4 toneladas
de biomassa (NOGUEIRA, 2000). Na safra 2009/2010 foram produzidas no
Brasil 68,7 milhões de toneladas de soja (CONAB, 2012). Para cada tonelada
produzida são geradas, aproximadamente, 2,5 toneladas de palha de soja
(15% de umidade). A partir dessa relação estima-se a produção de 171,75
milhões de toneladas de palha por ano.
O milho, apesar de menor área de cultivo, comparado com a soja,
apresenta alta produtividade de biomassa com estimativa de 9 a 10 toneladas
por hectare.
Conforme estudos, a Brachiaria brizantha cv. Marandu com um solo bem
drenado e de boa fertilidade consegue produzir de 8 a 20 toneladas de
biomassa por hectare (ALVES, 2016).
1.4 Brachiaria brizanta cv. Marandu
A B. brizanta cv. Marandu é originária da África, ciclo perene, tem boa
adaptação climática, é tolerante ao sombreamento, tem grande valor nutricional
e grande produção de massa verde que varia entre 8 e 15 t de MS/ha (SANO
21
et al., 1999). Atinge altura de 1,5 a 2,0 m e é resistente a cigarrinha das
pastagens, uma praga que gera grandes prejuízos à cultura.
Atualmente, nos cerrados existem 50 milhões de hectares de pastagem.
O crescimento no cultivo mostra o resultado das inúmeras vantagens em
relação às outras cultivares de gramíneas (SANO et al., 1999). Ela mostra
grande viabilidade no pastejo de bovinos e apresentam ótimos resultados de
desenvolvimento, alto ganho de peso vivo por hectare, quando comparados à
outros pastos, resultando em excelente rentabilidade aos pecuaristas (DIAS et
al., 2000).
A braquiária produz grande quantidade de biomassa, o que melhora a
estruturação do solo e ciclagem de nutrientes (MENEZES E LEANDRO, 2004).
Ao contrário disso, a soja produz pouca biomassa. Ao juntar essas duas
culturas num cultivo consorciado pode-se chegar a um resultado positivo,
gerando boa quantidade de biomassa sem perder a produtividade da soja.
1.5 Cultivo Consorciado
O cultivo consorciado é realizado com duas ou mais espécies cultivadas
simultaneamente na mesma área, compartilhando entre elas os recursos do
solo, como a água, luz e nutrientes presentes. Não é necessária a semeadura
simultânea das culturas, apenas que as mesmas estejam integradas a um
sistema de rotação de culturas (KOLMANS E VÁSQUEZ, 1999). Dentre seus
benefícios, Lithurgidis et al. (2011) argumentam efetividade na utilização de
recursos e rendimento, conservação do solo das ações climáticas, avanço na
fertilidade do solo, produção de biomassa, redução de plantas invasoras,
doenças e pragas. Ainda, segundo eles, os malefícios de um consórcio mal
conduzido sofrerá em efeitos alelopáticos, podendo haver prejuízo no
rendimento final, dificuldade na colheita, limitação de produção, impureza nos
grãos.
Segundo Vieira (1989), há quatro tipos de sistemas consorciados, sendo
eles:
• Cultivos mistos: plantio sincrônico de duas ou mais espécies no
mesmo espaço, sem dispor em fileiras diversas.
22
• Cultivos intercalares: plantio sincrônico de duas ou mais espécies
no mesmo espaço, sendo que com uma ou mais culturas plantadas em fileiras.
• Cultivos em faixa: plantio sincrônico de duas ou mais espécies no
mesmo ambiente, porém em fileiras distintas. Assim usadas para obter o
manejo independentemente, mas bem afinas o suficiente para que não haja
interação entre elas.
• Cultivos de substituição: plantio de duas ou mais espécies no
mesmo ambiente, tendo um tempo de espera, sendo que uma é plantada
depois que a outra, já está na fase reprodutiva final ou que ainda não alcançou
o ponto de colheita.
No consórcio, a cultura principal se beneficia da forrageira, fornecendo o
acúmulo de matéria orgânica, traz melhoria na estrutura física, química e
biológica do solo, fixação de nitrogênio, produção de biomassa, favorece na
umidade do local e aumenta a biodiversidade com auxílio de seus resíduos
culturais, fazendo com que as plantas absorvam nutrientes de sua camada
subsuperficiais formado pela sua decomposição. A ciclagem de nutrientes
também é de extrema importância para um ambiente sustentável (CARVALHO
et al., 2010; MACIEL et al, 2003).
As forrageiras são espécies que podem ser cultivadas consorciadas com
enorme sucesso no sistema agrícola. Dentre as mais usadas para consórcio e
rotação de culturas com milho, milheto, sorgo e soja, o gênero Brachiaria se
destaca em relação às demais forrageiras (MACEDO, 2009).
Dentre os cultivos consorciados com forrageiras o mais conhecido é o da
cultura do milho com a braquiária, sendo esse sistema conhecido como
Integração Lavoura Pecuária (ILP), pela possibilidade de utilizar a forrageira
para pastejo de animais após a colheita do milho. Ou seja, nesse sistema a
forragem cultivada pode tanto servir para alimentação animal e ou para
formação de palhada no sistema de plantio direto. (NASCENTE E CRUSCIOL
2012).
Essa cultura vem sendo escolhida dentro do ILP devido à facilidade de
cultivo e sua boa adaptação quando se plantado em consórcio com forragens
(SILVA et al., 2004). O ILP é uma excelente alternativa para reforma e ou
implantação de pastagens. Os grandes benefícios que a braquiária proporciona
23
estão ligados ao sistema radicular profundo, que são a melhor absorção de
água e ciclagem de nutrientes do solo.
O sistema lavoura-pecuária promove a diversificação, rotação,
consorciação ou a continuidade de atividades agrícolas e pecuária, dando
proveito para que o solo seja usado durante todo ano ou na maior parte dele,
colaborando com o aumento de grãos, carne, leite e afins. (ALVARENGA et al.,
2007). Além disso, a integração lavoura-pecuária diversifica a atividade e
produção rural dando maior estabilidade a propriedade, diminuindo o custo
para o produtor, otimizando o uso de maquinários, reduzindo problemas com
pragas, doenças e plantas daninhas em função da rotação ou consorciação de
culturas, e consegue maior eficácia na utilização de corretivos e fertilizantes.
Aidar e Kluthcousski (2003) observaram que a competição
interespecífica não reduziu a produtividade dos grãos do milho em consórcio
com a braquiária. Averiguaram também que a partir da senescência do milho, o
desenvolvimento da forrageira torna-se rápido, sendo capaz de atingir até
2.000 kg.ha-1 de matéria seca.
Borghi et al. (2007), analisaram os dados produtivos da B. brizantha cv.
Marandu durante o período do consórcio com o milho e após a colheita de
grãos em sistema de plantio direto, concluiu que a forrageira minimizou sua
produção de colmos, folhas e bainha, entretanto após a colheita dos grãos,
mostrou-se um aumento significativo em sua rebrota, privilegiando a produção
de folhas em comparação à massa seca total.
1.6 Consórcio Soja x Brachiaria
A partir das experiências de sucesso que muitos produtores e
pesquisadores conseguiram no consórcio entre milho e forrageira, muitas
outras culturas passaram a ser estudadas nesse sistema. Recentemente,
alguns estudos começaram a ser realizados adaptando a técnica utilizada no
milho para uso na soja. Ao contrário do que acontece no milho a ideia principal
do consórcio soja braquiária não seria o pastejo posterior à colheita, o que
também seria possível, mas sim o aumento da biomassa da soja, já que essa
cultura não é uma boa produtora de matéria seca e já a forrageira traz em
quantidade superior que beneficia na palhada que ficará ao solo, melhorando
24
assim, de sobremaneira, o sistema de plantio direto atual, no qual o milho é
responsável por prover a palhada para equilíbrio do sistema (MACHADO,
2010).
O sucesso do consórcio não é tão claro e simples quanto a do milho,
pois a soja não tem rápido crescimento nem o porte do milho, isso faz com que
a cultura tenha problemas com competição de luz, água e nutrientes com a
forrageira consorciada.
Silva et al. (2006) cita que para possibilitar o consórcio entre a cultura da
soja e a B. brizanta cv. Marandu é indispensável o manuseamento da
forrageira, reduzindo a competição com a cultura, consentindo uma boa
produtividade da soja e de biomassa. A produção de grãos é a finalidade
principal na cultura de soja e é imprescindível o conhecimento de fatores que
possam interferir nesse consórcio, como por taxa de semeadura, fotoperíodo,
evapotranspiração, taxa de crescimento, fotossíntese, dentre outros.
Kichel et al., 2000, citam em seu trabalho que a rotação da soja com a
Brachiaria em uma área de três anos de cultivo simultâneo das duas culturas
proporciona melhorias como a diminuição de plantas invasoras, redução no
ciclo de pragas e doenças da soja, (como nematoides, murcha e cancro-da-
haste) e o crescimento da produtividade.
Quanto ao controle de plantas daninhas, que é um fator de grande
importância para o desenvolvimento da soja devido à competição, o consórcio
com a forrageira vem mostrando pontos positivos, pois o capim em consórcio
vai dificultando o crescimento das plantas daninhas, dando então um impulso
para o crescimento da leguminosa que também traz a vantagem da umidade
que o capim gera, devido a menor perca por evapotranspiração, usando todos
os benefícios cedidos pela forrageira para maior produção de grão da
oleaginosa.
A partir dessas informações é possível entender a complexidade do
consórcio da soja com a braquiária e os benefícios que esse tipo de cultivo
pode trazer para a cultura e também para o sistema de plantio direto.
25
2 MATERIAIS E MÉTODOS
O experimento foi instalado e conduzido no sítio “Nove Irmãos”, na
Agrovila Central, Município de Promissão/SP, cujas coordenadas são latitude
21º 25’ 3,65” S e longitude 49º 45’ 29,09” O.
O solo foi caracterizado como latossolo vermelho eutroférrico. E a
calagem e adubação do solo foram realizadas conforme análise química e
recomendação baseada no Boletim 100 (RAIJ, 1997).
No preparo da área experimental realizou-se uma subsolagem,
gradagem, e por fim aplicado 1.200kg/ha de calcário dolomítico e incorporado
com grade niveladora. Anteriormente essa área era ocupada por uma
pastagem degradada.
Na Figura 1 estão apresentados os dados de precipitação pluvial mensal
durante a condução do experimento, coletados na área mencionada.
Figura 1. Dados mensais de precipitação pluvial do local do experimento durante a condução do mesmo.
Fonte: Autores (2018).
No tratamento de sementes, foram inoculadas com Simbiose Nod líquido
e Turfoso que contém a bactéria Bradyrhizobium japonicum na dose de 4g por
kg de semente.
O delineamento experimental foi de blocos casualizados, com 4
tratamentos e 4 repetições, cada parcela foi composta por 7 linhas de 5 metros
0
50
100
150
200
250
300
Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março
Pre
cip
itaç
ão (
mm
)
26
cada. Os tratamentos utilizados foram: Testemunha (soja não consorciada),
soja consorciada com braquiária na mesma linha, soja consorciada com
braquiária na entre linha e soja consorciada com braquiária na linha e
controlada com herbicida na fase final.
O ensaio foi instalado no dia 04/11/2017, sendo o plantio da soja feito
mecanicamente, utilizando-se uma semeadora de precisão de 7 linhas com
espaçamento entrelinhas de 50 cm, com população de plantio de 15 sementes
por metro. Após a germinação, a população estabilizou em 12 plantas por
metro. A variedade utilizada no experimento foi NS 7300 IPRO da empresa
Nidera que tem como característica seu ciclo médio, com maturação de 128 a
138 dias, excelente combinação de peso de grãos, número de vagens e
arquitetura das plantas. É de ampla adaptação geográfica e sua época de
plantio é de setembro a novembro.
Para o plantio da braquiária na linha da soja, a semente da forrageira foi
depositada na mesma caixa da semente de soja. No tratamento com a
forrageira na entrelinha a braquiária foi plantada após cinco dias do plantio da
soja. E no tratamento braquiária na linha da soja controlada com herbicida, foi
feito o mesmo procedimento do tratamento com a aplicação do herbicida para
travar o metabolismo da forrageira, não matando o capim, mas sim,
controlando para não deixar que a mesma entre em competição com a cultura
soja por nutrientes e água.
O capim utilizado foi Brachiaria brizantha cv. Marandu, com pureza de
60% e germinação do capim a 60%, resultando em um valor cultural (VC) de
36%.
A germinação da soja começou no dia 08/11/2017, quatro dias após seu
plantio. Com cinco dias de germinação foi feito 50% de aplicação de cloreto de
potássio (KCL), onde o grão necessita de potássio para que tenha um sistema
radicular perfeito. E com 25 dias de germinação da soja foi aplicado os 50%
restante do adubo KCl.
As avaliações realizadas no experimento foram:
Altura das plantas: com régua graduada em centímetros;
Número de galhos por planta: determinado em 7 plantas que
representassem a parcela;
27
Número de vagens por planta: determinado em 7 plantas que
representassem a parcela;
Grãos/kg por parcela: pesagem do total de grãos das 7 plantas que foram
colhidas representando a parcela;
Massa de 1.000 grãos: Determinada pela contagem e pela média de
pesagem de quatro amostras de 1.000 grãos, em cada parcela.
As comparações entre as médias foram feitas utilizando o teste Scott Knott
a 5% de probabilidade, com o auxílio do programa SISVAR (FERREIRA, 2008).
28
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A seguir serão apresentados os resultados das avaliações realizadas no
ensaio.
Altura de plantas
Na Figura 2 estão apresentados os resultados de altura de plantas
coletadas durante o experimento. Os tratamentos com soja na linha
apresentaram os maiores resultados, diferindo dos demais. A soja com
braquiária na linha e aplicação de herbicida atingiram os maiores valores
chegando aos 84 cm de média, já o tratamento com braquiária na linha sem
herbicida atingiu, na média, 82 cm. Os menores valores de altura foram
encontrados no tratamento em que a soja não estava consorciada. Quando a
planta está consorciada com outra ocorre mudanças fisiológicas, estruturais,
morfológicas e bioquímicas que incidem quando a cultura é submetida a
qualquer alteração no cultivo. Ou seja, nos tratamentos consorciados as
espécies estavam competindo pela radiação luminosa entre eles, essa situação
fez com que a soja crescesse mais para captar a radiação solar. A soja sem
consorciação apresentou os valores mais baixos, não ocorrendo esse
estiolamento por causa da competição por luminosidade. Resultados
semelhantes foram observados por Silva et al. (2004) ao realizar o cultivo
consorciado da soja com braquiária implantada simultaneamente na entrelinha
da cultura.
Melges et al. (1989) também encontraram resultados semelhantes. Os
autores verificaram que a semeadura da forrageira na cultura da soja causou
incremento na altura nas plantas, devido ao maior alongamento dos entrenós e
aumento da dominância apical da planta da soja.
Redfearn et al. (1999) observaram que, no consórcio entre soja e
braquiária, a leguminosa apresentou alto grau de plasticidade morfológica,
aparentemente em resposta ao aumento da competição por luz. Apresentou
hastes mais finas e entrenós mais longos, tendo alturas de plantas mais altas
em competição com a forrageira.
29
Figura 2. Valores médios da altura das plantas (cm) da cultura da soja consorciada e não consorciada com Brachiaria Brizantha cv. Marandu.
Fonte: Autores (2018). Letras diferentes entre os tratamentos significam que os mesmos diferem pelo teste de Scott Knott a 5%.
Ramificação
Na figura 3 pode-se observar os valores de ramificação, ou seja, número
de galhos por planta. Os tratamentos da soja sem a braquiária e com a
braquiária na entrelinha foram as que apresentaram os maiores valores, não
diferindo significativamente entre si, mas diferindo dos demais. A soja não
consorciada apresentou um valor maior por aproveitar melhor o espaço e a
luminosidade, emitindo galhos com maior frequência. Nos tratamentos com a
braquiária na linha, situação de maior competição, as plantas de soja
estiolaram e não emitiram muitos galhos por priorizarem o crescimento vertical
para que pudessem competir por luz com a braquiária.
Crusciol et al. (2012) no estudo com cultivares de soja consorciadas com
forrageiras, não constatou aumento dos componentes na produção de grãos da
soja, vagens e galhos como nos consórcios em relação ao tratamento
testemunha.
O cultivo da soja precisa de água para seu desenvolvimento
principalmente na germinação. No ponto de vista fisiológico, a soja aumenta o
consumo de água na fase do canivete, onde vai precisar de maior quantidade
de água para produção das vagens, logo após a formação das vagens a soja
B
B
A A
50
55
60
65
70
75
80
85
90
Soja solteira Soja com capimna entrelinha
Soja com capimna linha
Soja com capimna linha
(herbicida)
Alt
ura
das
pla
nta
s (c
m)
67
75
82 84
Soja não consorciada
30
começa o preenchimento de grãos, onde o consumo de água será maior que
as outras fases vegetativas da oleaginosa (SANTOS et al., 2013).
Figura 3. Valores médios de número de galhos por planta na cultura da soja nos diferentes tratamentos avaliados.
Fonte: Autores (2018). Letras diferentes entre os tratamentos significam que os mesmos diferem pelo teste de Scott Knott a 5%.
Número de vagens por planta e peso por vagem.
Em relação ao número de vagens, apesar dos tratamentos consorciados
terem apresentado valores maiores, não houve diferenças significativas entre
os tratamentos (Figura 4). Em relação às vagens, os consorciados também
apresentaram pesos maiores, mas sem diferirem estatisticamente com a soja
sem braquiária. A partir desses resultados existe uma tendência de aumento no
número de vagens e peso nos tratamentos consorciados com forrageira na
linha.
Segundo o pesquisador André Lourenção (2017), o número de vagens
por planta tem aumentado de 25,7 para 55, após o plantio da soja em cima do
capim dessecado.
Em altas densidades também terá maior altura de inserção das primeiras
vagens e maior tendência a estiolar cada vez mais que estiver em competição
com alguma forrageira.
A
A
B B
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
Soja solteira Soja com capimna entrelinha
Soja com capimna linha
Soja com capimna linha
(herbicida)
Nú
me
ro d
e g
alh
os
po
r p
lan
ta
4,4
3,7
2,7
3,1
Soja não consorciada
31
Se a cultura da soja tiver densidades de plantas adequadas, o
rendimento do peso total de sementes pode ser dividido em três componentes:
o número total de vagens produzidas por planta, o número de sementes
produzidas por vagem e o peso por semente. Aumentos ou decréscimos de
rendimento podem ser justificados pelo aumento ou diminuição de um ou mais
desses três componentes.
Figura 4. Número de vagens por planta e peso médio da vagem da soja consorciada e não consorciada com Brachiaria Brizantha cv. Marandu.
Fonte: Autores (2018). Letras diferentes entre os tratamentos significam que os mesmos diferem pelo teste de Scott Knott a 5%.
Peso de mil sementes (PMS)
Verificou-se que apesar dos tratamentos com braquiária apresentarem
maiores valores de PMS, chegando a 190 gramas no tratamento com
braquiária na linha com e sem uso de herbicida, não houve diferenças
significativas entre os tratamentos avaliados para as características do peso de
mil sementes de soja (Figura 5).
Pariz (2009) em experimento com milho mostrou que o PMS foi
influenciado pelo consórcio com forrageira, devido a competição no período de
desenvolvimento obtendo 7.163 kg/ha de produtividade de grãos, sendo um
valor abaixo dos demais tratamentos.
67
79 82
76
0,35 0,37
0,44 0,49
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Soja sembraquiária
Soja combraquiária na
entrelinha
Soja combraquiária na
linha
Soja combraquiária na
linha e herbicida
Pes
o p
or
vage
m
Nú
mer
o d
e va
gen
s p
or
pla
nta
VAGENS POR PLANTA PESO POR VAGEM
32
Segundo Jakelaitis et al. (2005), ao avaliar o consórcio de Brachiaria e
milho, não obteve resultados significativos no peso das sementes. O autor
Tsumanuma (2004), explica então que o ocorrido se dá pelas condições
favoráveis edafoclimáticas, que pode ter influenciado no crescimento do capim,
criando uma competição. No caso do consórcio com a soja essas condições
foram favoráveis para o desenvolvimento da leguminosa sem ser atrapalhado
pelo capim.
Figura 5. Valores médios de PMS por parcela da cultura da soja consorciada com Brachiaria Brizantha cv. Marandu.
Fonte: Autores (2018). Letras diferentes entre os tratamentos significam que os mesmos diferem pelo teste de Scott Knott a 5%.
Produtividade
Na Figura 6 estão apresentados os valores de produtividade da soja.
Houve diferença significativa nos tratamentos de soja com capim na linha e
soja com capim na linha com herbicida. Esses tratamentos obtiveram maior
produtividade dos grãos, assim, mostrando que o sistema em consórcio tem
um rendimento superior ao plantio não consorciado. Silva et al. (2006) ao
contrário desse trabalho, observaram diminuição na produtividade da soja
utilizando B. brizantha em consorciação. Já Veronese et al. (2012) averiguaram
que ao introduzir brachiarias ou milhetos em sistemas de consorciação
aumentaria a produtividade dos grãos de soja, pelo fato que a cultivar Marandu
seja menos competitiva que outras forrageiras, tendo sua germinação e
100
110
120
130
140
150
160
170
180
190
200
Soja solteira Soja com capim naentrelinha
Soja com capim nalinha
Soja com capim nalinha (herbicida)
Pe
so d
e M
il Se
me
nte
s
157
180
190
173 A
A A
A
Soja não consorciada
33
crescimento tardio e porte baixo, beneficiando positivamente a cultura da soja.
(Silva et al. 2006)
Figura 6. Produtividade da cultura da soja consorciada e não consorciada com Brachiaria Brizantha cv. Marandu.
Fonte: Autores (2018). Letras diferentes entre os tratamentos significam que os mesmos diferem pelo teste de Scott Knott a 5%.
3.777
4.697
5.674 5.737
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
Soja sem braquiária Soja com braquiária naentrelinha
Soja com braquiária nalinha
Soja com braquiária nalinha e herbicida
Pro
du
tivi
dad
e (k
g.h
a-1
)
B
B
A A
34
4 CONCLUSÕES
A forrageira Brachiaria brizantha cv. Marandu mostrou grande potencial
para consórcio com a soja. A soja consorciada com capim apresentou
melhores resultados de desenvolvimento vegetativo e produtividade. O
tratamento soja com forrageira na linha controlado com herbicida se destacou
em altura de plantas, PMS e peso das vagens. E se tratando de soja com
capim na linha houve bom desempenho em número de vagens e na
produtividade.
A soja não consorciada apresentou maior número de ramificações para
aproveitar melhor a luminosidade.
35
REFERÊNCIAS
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APÊNDICES
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APÊNDICE A - Fotos do Experimento
Dia do plantio
4 dias 9 dias
41
14 dias 60 dias
65 dias 65 dias
42
67 dias 67 dias
90 dias 90 dias
43
90 dias 90 dias soja com capim na linha
110 dias 110 dias
44
110 dias
Soja não consorciada (esquerda) e soja com forrageira na linha (direita)
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