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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL AVALIAÇÃO DE MÉTODOS PARA SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA EM SEMENTES DE Brachiaria (SYN. Urochloa) brizantha CV. MARANDU BACHAREL EM ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL NAHYARA BATISTA CAIRES GALLE Rondonópolis, MT 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

AVALIAÇÃO DE MÉTODOS PARA SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA EM SEMENTES DE Brachiaria (SYN.

Urochloa) brizantha CV. MARANDU

BACHAREL EM ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

NAHYARA BATISTA CAIRES GALLE

Rondonópolis, MT – 2018

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AVALIAÇÃO DE MÉTODOS PARA SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA EM SEMENTES DE Brachiaria (SYN.

Urochloa) brizantha CV. MARANDU

por

Nahyara Batista Caires Galle

Monografia apresentada à Universidade Federal de Mato Grosso como parte dos requisitos do Curso de Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental para

obtenção do título de Bacharel em Engenharia Agrícola e Ambiental.

Orientador: Profª. Drª. Niédja Marizze Cézar Alves

Rondonópolis, Mato Grosso – Brasil

2018

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Aos meus pais Zilma Batista da Silva e Ginalvo Caires da Silva e ao meu esposo

Juliano Morais Galle,

DEDICO.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me sustentado, amparado e me guiado

durante todos esses anos de graduação.

A todos os meus professores pela paciência e dedicação que tiveram ao longo

do curso. Em especial a professora Drª. Niedja Marizze Cezar Alves, pela paciência e

orientação que fizeram o diferencial em minha vida acadêmica, além dos inúmeros

conselhos que levarei para o resto da vida.

Ao meu esposo Juliano Morais Galle, pelo incentivo, carinho, compreensão e

fidelidade ao longo de toda a graduação e por toda minha vida.

A minha família, e em especial os meus pais, que mesmo distantes se fizeram

presentes de forma ímpar durante esses cinco anos.

Ao meu avô, Alvino dos Santos Caires (in memoriam), por me ensinar que

devemos sempre lutar por nossos sonhos, e esse sonho era nosso.

Agradeço a coordenação vigente durantes os meus 5 anos de curso, pois

sempre estiveram à disposição para meu auxilio.

Aos meus sogros, que me acolheram quando eu mais precisei, auxiliando em

todos os momentos difíceis.

Ao grupo de pesquisa, pela troca de conhecimentos, auxílio e pelos momentos

de descontração, em especial aos amigos Maria Isabel Postil, Rayane Letícia de

Oliveira Castro e Thiago Aurélio de Arruda.

Aos amigos que ganhei na graduaçaõ, pela cumplicidade em todos os

momentos, sempre unidos, não só na Universidade como na vida. Em especial as

amigas Rackel Danielly de Souza Alves, Gabriela Castro Pires e Evelyn de Souza

Custódio, meu sincero obrigado pela amizade e companheirismo. Vocês foram

presentes que Deus me deu aqui em Rondonópolis

A todos os meus amigos, em especial aqueles que me acompanham por toda

minha vida, Celina Eiko Makino, Suzan de Fátima Giolo, Valter Kazuo Makino, Sulivan

Cristina Giolo Makino, Fábio Nicoletti e Nilson Flausino, que mesmo estando longe,

nunca deixaram de me apoiar e torcerem por mim nessa jornada.

A técnica Simone Oliveira e a professora Drª Salete Ozaki pelos auxílios

sempre que necessário.

E por fim, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso, pela

concessão da bolsa de estudos, que me auxiliou durante essa pesquisa.

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“Talvez não tenha conseguido fazer o

melhor, mas lutei para que o melhor fosse

feito. Não sou o que deveria ser, mas

Graças a Deus, não sou o que era antes”.

(Marthin Luther King)

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RESUMO

O uso de sementes de Brachiária brizanta cv Marandu no estabelecimento de pastagens faz com que o Brasil ocupe destaque no cenário econômico agrícola. Porém para seu uso é importante a superação de uma barreira imposta pelas sementes: a dormência. Diante destas considerações, objetiva-se como referido trabalho, encontrar metodologias para superação de dormência das sementes, analisar o melhor tipo de substrato e avaliar a influência do armazenamento no processo de superação de dormência de sementes bem como em sua qualidade fisiológica. O experimento foi dividido em duas etapas: A primeira etapa consistiu em submeter as sementes a tratamentos com imersão em ácido sulfúrico e água quente por diversos períodos. Foi utilizado neste experimento dois tipos de substratos, o papel mata borrão e areia lavada e esterilizada. Inicialmente as sementes foram caracterizadas quanto à germinação (%), teor de água (%), micoflora (%), primeira contagem (%) e teste de tetrazólio. Na segunda etapa, foi escolhido o melhor tratamento de superação de dormência e em seguida as sementes de Brachiária brizantha foram acondicionadas em embalagens de papel multifoliado por seis meses em condições não controladas de armazenamento e avaliadas mensalmente quanto à germinação (%), teor de água (%), micoflora (%), primeira contagem (%) e teste de tetrazólio. O tratamento utilizando imersão em ácido sulfúrica foi eficiente na superação da dormência. O tempo de armazenamento influenciou na redução da dormência e não interferiu na qualidade das sementes, características essas que também não foram alteradas pela embalagem. Palavras-chave: ácido sulfúrico; água destilada aquecida; germinação;

armazenamento de sementes.

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ABSTRACT

The use of seeds of Brachiária Brizanta in the establishment of pastures It does With which Brazil occupies prominence in the agricultural economic. However For your use is importing you the overrun of a barrier imposed by the seeds: the numbness. In view of these considerations Objective of this work is to find methodologies for overcoming seed dormancy, to analyze the best substrate type and to evaluate the influence of storage on the process of overcoming seed dormancy as well as its physiological quality. The first step was to submit the seeds (a) treatments using immersion in sulphuric acid and hot water for several periods. Was Used In this experiment Two types of substrates, the paper Kill Blur and washed and sterilized sand. Initially the seeds were characterized as to germination (%), water content (%), micoflora (%), first count (%) and tetrazolium test. was chosen the best treatment of numbness overrun and then the seeds of Brachiária Brizantha They were packed in multileaf paper packaging for six months under non-controlled storage conditions and evaluated monthly for: germination (%), water content (%), micoflora (%), first count (%) and tetrazolium test. The results were analyzed With the Computational Program sisvar 5.6 (Ferreira,1998). The Treatment Using immersion in sulfuric acid It was efficient in overcoming numbness. The use of sand induced the overrun of the seeds ' numbness significantly higher than the other treatments. The Storage time influenced the decrease in numbness And Did not modify the Quality of the seeds, these features that have also not been altered by the packaging. Keywords: Sulfuric acid; heated distilled water; germination; seed storage.

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SÚMARIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 7 2. OBJETIVOS ................................................................................................... 9

2.1 Objetivo geral .......................................................................................... 9

2.2 Objetivos específicos ............................................................................. 9

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 10 3.1 Brachiaria (syn. Urochloa) brizantha cv. Marandu ............................. 10

3.2 O uso de Brachiária Urochloa cv Marandu para o estabelecimento de

pastagens .................................................................................................... 10

3.3 Dormência de Sementes ...................................................................... 11

3.4 Mecanismos de Superação de Dormência em sementes de

Brachiária brizanta cv Marandu. ................................................................ 13

3.5 Testes para verificação da Qualidade do Lote de Sementes. ........... 14

3.5.1 Teste de Germinação ....................................................................... 15

3.5.2 Viabilidade pelo teste de tetrazólio ................................................... 16

3.6.1 Massa de Mil Sementes .................................................................... 17

3.6.2 Micoflora ........................................................................................... 17

3.6.3 Teor de Água .................................................................................... 17

3.7 Armazenamento .................................................................................... 18

3. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................ 20 3.1 Obtenção da Matéria Prima .................................................................. 20

4.2 Caracterização do Lote ......................................................................... 21

4.2.1 Massa de mil sementes .................................................................... 21

4.2.2 Micoflora ........................................................................................... 21

4.2.3 Teor de Água .................................................................................... 22

4.2.4 Teste de Tetrazólio ........................................................................... 23

4.2.5 Teste de Germinação ....................................................................... 25

4.3 Testes Para Superação de Dormência ................................................ 26

4.4 Testes realizados pós tratamento para superação de dormência .... 27

4.5 Análise Estatística ................................................................................ 29

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................... 30 6 CONCLUSÕES ............................................................................................. 38 7 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 39

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1 INTRODUÇÃO

No Brasil a pecuária é uma das principais atividades econômicas devido a sua

vasta extensão territorial e o clima favorável (ABIEC, 2016). Esse fato motiva a

ocupação de cerca de 30% do território nacional com pastagens, o que corresponde

a uma parcela de 30% do PIB do agronegócio (SOUSA, 2017)

Quando se trata do estabelecimento de um bom pasto inúmeras gramíneas

podem ser utilizadas. Para tanto, deve-se levar em conta vários fatores, que vão desde

a qualidade da semente, até mesmo o manejo adequado do solo. Atualmente o

procedimento para determinar a qualidade de um lote de sementes é de fundamental

importância, pois é através desse que será considerado seu valor comercial.

A Brachiaria brizantha cv Marandu é uma espécie de gramínea forrageira

amplamente utilizada, sendo que uma das principais características para facilitar sua

adoção é a adaptabilidade as diversas condições ambientais, além da sua facilidade

de manejo e seu porte robusto.

Embora possua uma ampla utilização, a semente de Brachiaria possui um fator

limitante em sua utilização, a dormência. Este fenômeno é oriundo da adaptação das

sementes mediante as condições ambientais e seu processo reprodutivo, fazendo

com que as mesmas só germinem no melhor momento para seu desenvolvimento.

O mecanismo de dormência se manifesta de forma diferente de acordo com

cada tipo de espécie não sendo possível determinar uma forma geral de superação.

(PREVIERO et al., 1998)

Existem atualmente diversos métodos de superação de dormência, como a

escarificação química e física, e imersão em água quente. Esses tratamentos

consistem em desenvolver estrias ou minúsculas fendas no tegumento ou até mesmo

o seu amolecimento, desde que não atinjam o embrião, com o intuito de facilitar a

entrada de água e gases no interior da semente, promovendo dessa forma o início do

processo germinativo.

O uso de ácido sulfúrico pode ser utilizado no processo de quebra de dormência

de algumas espécies de Brachiaria, sendo empregado em uma grande parte dos

testes realizados atualmente. Em contrapartida a utilização desse mecanismo pode

causar danos ao embrião, e automaticamente prejudicar a germinação. Um outro

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método menos nocivo é a utilização da imersão das sementes em água quente, no

entanto inúmeros estudos relatam que tal mecanismo não possui uma grande

eficiência no processo de quebra de dormência, quando comparado com os demais

métodos disponíveis no mercado.

Dessa forma, a escolha de um bom método de superação de dormência, aliado

com sementes de qualidade e formas de armazenamento correta são de grande valia

no processo de estabelecimento ou recuperação de uma área de pastagem. Diante

do exposto, esse trabalho tem como objetivo avaliar metodologias para obtenção de

máxima germinação de sementes Brachiária brizanta cv Marandu.

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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Avaliar métodos de superação de dormência para obtenção de máximo

potencial de germinação das sementes Brachiária brizantha cv Marandu durante o

armazenamento.

2.2 Objetivos específicos

a) Determinar qual o melhor método de quebra de dormência entre os

tratamentos propostos;

b) Analisar qual o melhor substrato para a realização do teste de geminação,

entre o experimento realizado em areia e o experimento realizado em papel;

c) Analisar a influência do armazenamento em conjunto com os procedimentos

para quebra de dormência.

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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Brachiaria (syn. Urochloa) brizantha cv. Marandu

A gramínea pertencente ao gênero Brachiaria, é uma forrageira perene, da

família Poaceae (Gramineae), tendo como classificação botânica Brachiaria brizantha

(Hoch s t ex A.RICH.) STAPF. cv. Marandu (NUNES et al., 1984), é originária de uma

região com solos férteis, em uma área vulcânica da África, tendo sido trazida para

Brasil, por volta de 1967, pelo produtor de sementes Paul Rankin Rayman (RAYMAN,

1983; NUNES et al, 1984;).

Foi estudada pelo Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte (CNPGC)

em Campo Grande, MS em 1977 e pelo Centro de Pesquisa Agropecuária dos

Cerrados (CPAC) em Planaltina, DF em 1979, sendo lançada na mesma época e

recomendada para regiões que continham o bioma do Cerrado. As qualidades

encontradas nessa forrageira foram importantes para a sua adoção na formação de

pastagens, já que demonstrou ser resistente a pragas, como a cigarrinha-das-

pastagens, alta produção de massa verde, produção de sementes viáveis, adaptação

as condições climáticas e não apresenta casos de fotossensibilização hepatógena em

bezerros (NUNES et al, 1984).

A Brachiaria brizantha cv. Marandu permitiu a exploração da pecuária em vários

tipos de solo, pois apresenta uma boa adaptabilidade até mesmo em solos ácidos e

com pouca fertilidade, predominantes nos cerrados (SOUZA FILHO e DUTRA, 1991;

COSTA, 2006). Este fato explica o grande interesse dos pecuaristas pelas espécies,

já que as essas possuem uma alta produção de massa seca, apresentando poucos

problemas de doenças e mostram bom crescimento durante a maior parte do ano,

inclusive no período seco (SOUZA FILHO e DUTRA, 1991).

3.2 O uso de Brachiária Urochloa cv Marandu para o estabelecimento de

pastagens

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O cultivo de pastagens tropicais no Brasil é relativamente recente, tendo sido

iniciado a partir da década de 70, proporcionando uma grande contribuição com a

pecuária (BARBOSA, 2006). A substituição do plantio por mudas pela propagação de

sementes fez com que as áreas de pastagens no Cerrado aumentassem de 30

milhões para 100 milhões de hectares (ZIMMER e EUCLIDES, 2000). Esse processo

de formação proporciona uma cobertura mais homogênea do solo, além de diminuir a

quantidade de plantas invasoras e reduzir os processos erosivos (KICHEL et al.,

1999).

A expansão das regiões de pastagens brasieliras possibilitou que o país fosse

inserido em um sistema extensivo de criação de animais, tendo atualmente uma área

de 172 milhões de hectares (TIMBÓ et al., 2014). Nesse sentido o gênero Brachiária,

corresponde a aproximadamente 75% das áreas de produção, a referida gramínea é

responsável por 84% da produção de forragem nacional (PEREIRA, 2016).

A utilização dessa forrageira obteve destaque devido as suas propriedades

nutricionais na alimentação animal, sendo responsável pelo fornecimento de fibras,

energia, proteínas, minerais e vitaminas (PEREIRA,2016).

Os benefícios da Brachiária também podem ser expandidos no processo de

comercialização. O Brasil é atualmente o maior produtor, consumidor e exportador de

sementes de forrageiras tropicais (ANDRADE, 2005; SOUZA et al., 2006).Todavia as

sementes de Braquiária brizanta cv Marandu possuem dificuldade de germinação

tanto em testes realizados em laboratório como em testes realizados em campo. Tal

aspecto pode ser justificado tanto pela maturação desigual e o processo de degana,

quanto por uma característica inerente a algumas sementes, denominada dormência.

Quanto a ultima, sua forma de manifestação, natureza, intensidade e persistência não

existem estudos suficientes que podem esclarece-la (MARTINS e SILVA, 2003).

3.3 Dormência de Sementes

A dormência é uma caracterisca inerente a algumas sementes, em que ocorre

a ausencia de germinação, mesmo com todas as condições fisicas e ambientais

favoráveis(CARVALHO e NAKAGAWA, 2000). Pode ocorrer devido a algumas

combinações específicas do ambiente ou com a combinação de vários fatores,

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ocosionando dessa forma a interferencia ou até mesmo o bloqueio nas sequencias

metabólicas que desencadeiam a germinação. Nesse sentido, afirma-se que a

dormência está relacionada a informação genética contida na semente antes mesmo

do período de maturação (MARCOS FILHO, 2005).

Dentre os inúmeros processos que ocorrem no interior da semente, este é o

que possui os aspectos biológicos menos conhecidos. Tal fato, nem sempre está

relacionado a uma única causa, mais sim a várias (FINKELSTEIN et al. 2008).

Ao analisar os fatores que desencadeiam a dormência, características da

semente como a presença de embriões imaturos, substâncias que podem inibir a

germinação e principalmente a impermeabilidade do tegumento, são as mais comuns.

Existem também causas extrinsecas como temperatura, luz, umidade e substrato que

podem afetar diretamente esse mecanismo da semente. (BEWLEY e BLACK, 1994).

Sabe-se que existem dois tipos de mecanismos de dormência, sendo um

inerente a processos internos ocorridos dentro da semente, ligado diretamente ao

embrião, denominados dormência embrionária ou endógena e o outro atrelado a

características externas, como o tegumento ou o endosperma, por exemplo,

nomeados como dormência tegumentar ou exógena (FOWLER e BIANCHETTI,

2000).

Nesse sentido, Nikolaeva (1969) subdividiu a dormência em outros seis

mecanismos, estando relacionados as diversas condições as quais a semente se está

submetida, tanto interna quanto externamente.

Dentre os tipos de dormência tem-se: a fisiológica, que ocorre quando a raiz

primária é impedida de nascer por algum mecanismo interno do embrião; a dormência

morfológica devido a imaturidade ou aspecto rudimentar do embrião; a dormência

física, normalmente relacionada a sementes grandes, com embrião contendo grande

parte do material de reserva, e também a dificuldade da entrada de água e trocas

gasosas; dormência química, referente a presença de inibidores químicos que são

produzidos ou transportados para a semente (BASKIN e BASKIN, 1998); dormência

mecânica, alusiva a restrição mecânica de partes da semente pela presença de frutos

duros ou com paredes lenhosas e ainda a combinação da dormência física com a

fisiológicas, indicando que além da barreira física o embrião também se encontra

dormente (NIKOLAEVA, 1969).

Existe ainda uma simples divisão relacionada ao momento em que a dormência

é estabelecida, que é denominada primária ou secundária. A dormência primária

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ocorre no momento em que a semente está sendo desenvolvida dentro da planta mãe

e a dormência secundária ocorre em sementes que não dependem mais

fisiologicamente da planta genitora (CARDOSO, 2009)

As sementes de Brachiaria brizantha cv. Marandu, tem como uma de suas

características a dormência, que diminui consideravelmente o percentual de

germinação (GARCIA e CÍCERO, 1992). A dormência associada a essa espécie pode

estar ligada a fatores fisiológicos ou a dificuldade de entrada de oxigênio e água no

tegumento da espécie (WHITEMAN e MENDRA, 1982). Nos primeiros meses logo

após a colheita a mesma apresenta dormência embrionária, a partir do momento em

que estas vão ficando mais velhas elas adquirem a dormência física (POPINIGS,

1985)

As gramíneas forrageiras não possuem causa generalizada para a dormência,

podendo ocorrer de forma isolada ou combinada (MONTÓRIO et al, 1997). De acordo

com experiencias relatadas por Cícero (1986), as espécies de Panicum spp. e de

Brachiaria spp. apresentavam combinações de causas de fatores de dormência,

embriões imaturos, impermeabilidade a gases e inibidores de germinação, sendo que

nesses casos causas diferentes implicam em métodos diferentes de superação de

dormência, e estudos no sentido de identificar e superar os referidos mecanismos são

essenciais.

3.4 Mecanismos de Superação de Dormência em sementes de Brachiária

brizanta cv Marandu.

Os mecanismos de superação de dôrmencia tem por finalidade romper a

barreira que algumas espécies apresentam em relação a germinação. Estudos

relacionados aos métodos existentes no mercado, e aos impactos que esses causam

na semente são relevantes, pois a semente poderá ser utilizada de acordo com seu

máximo poder germinativo. A aplicação e a forma de como irão interagir dentro da

semente irá variar de acordo com as espéies (ALVES et al., 2000).

Atualmente inumeros tratamentos tem obtido destaque para a superação de

dôrmencia em sementes de Brachiaria brizantha cv. Marandu, dentre esses destaca-

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se: escarificação quimica, escarificação mecânica, tratamento térmico, peletização e

polimerização (SENRA et al., 2005).

Para a superação de dormência física, é necessário um método que remova ou

que possa causar pequenas trincas no tegumento para a entrada de água e trocas

gasosas, sendo que o mais comum é feito com a utilização de ácido sulfúrico (H2SO4),

tanto no ramo industrial, como no ramo laboratorial, e seu uso está diretamente ligado

ao tempo em que a semente é exposta ao ácido (ALBUQUEQUE et al,2006;

HOPKINSON et al., 1996). A maior dificuldade em utilizar o ácido sulfurico está

relacionado principalmente ao perigo de queimaduras que esse pode causar nas

pessoas que o manipulam, durante a escarificação, devido ao fato de seu alto poder

corrosivo e pela violenta reação com a água, além de possibilitar a inviabilidade da

semente (BIANCHETTI,1981).

Outro método comumente utilizado para quebra de dormência física é o

tratamento que utiliza a imersão das sementes em água quente, que assim como o

método químico, tem sua eficiência relacionada ao tempo de imersão ao qual a

semente ficou submetida. O tratamento térmico, através de água quente, possui a

vantagem de que além de superar a dormência ele também elimina patógenos do

material vegetal podendo levar a diminuição de uso de pesticidas e a redução de

novas espécies patogênicas em áreas isentas (TENENTE et al., 2005).

Diversas pesquisas apontam que a superação da dormência em sementes de

gramíneas forrageiras tem obtido bons resultados considerados a ação de

temperaturas elevadas, devido a melhor adaptação as condições climáticas (MAEDA

et al, 1997). No entanto, um problema relacionado a esse método é que ainda restam

dúvidas no que diz respeito a quantidade de calor relacionada para diferentes

espécies e o tempo em que elas devem ficar submersas (LACERDA et al., 2010).

Dessa forma a busca de mecanismos para superação de dormencia, implica

em conhecer todos prós e contras dos métodos utilizados. Na área agrícola o uso

métodos de superação de dormência acarretam em uma maior exploração do poder

germinativo da semente. Bons resultados nesse sentido acarretam em uma maior

uniformidade e, principalmente, contribuem em uma melhor comercialização de

sementes com dormência eliminada de forma parcial ou total (MUNHOZ et al, 2009).

3.5 Testes para verificação da Qualidade do Lote de Sementes.

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Sabe-se que o que determina a qualidade de um lote des sementes são

atributos genéticos, fisicos e sanitários característicos de cada cultivar (MENTEN et

al., 2006). Para que seja possível a obtenção de uma plantação homogênea é

imprenscindível a utilização de sementes de qualidade (MANBRIN et al,2015).

Para se conhecer a qualidade de um lote de sementes é necessário que elas

sejam submentidas a uma análise fisica, fisiológica e sanitária.Os resultados devem

ser baseados segundo as caracteristicas de cada espécie, buscando a padronização

com o intuito de constituir um controle de qualidade eficiente. As análises das

sementes devem ser realizadas antes e durante o período de armazenamento para

indicar se o processo esta sendo feito de forma correta. (MUNIZ et al., 2004; LIMA JR,

2010).

A Regra de Análises de sementes (BRASIL, 2009), elaborada pelo MAPA

(Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), tendo como base Internacional

Seed Testing Association (ISTA), estabelece parâmetros para a realização de testes

e averigua a qualidade de um lote. Quando se trata de sementes de plantas forrageiras

as principais avaliações de são: germinação e viabilidade da semente através do teste

de tetrazólio (LOPES et al,2009).

3.5.1 Teste de Germinação

O teste de germinação é o mais utilizado no que diz respeito a análise de um

lote de sementes. O seu objetivo é a determinação do potencial germinativo da

semente . Através dele é possível obter informações a respeito da qualidade das

sementes e esses dados podem ser utilizados para comparar o potencial de diferentes

lotes além de estimar o valor para a semeadura em campo (BARROS et al., 2002;

BRASIL,2009). Nesse sentido o teste de germinação tem que ser padronizado, e

necessita de condições específicas de temperatura, quantidade de água, tipo de

substrato, formas de avaliação e até mesmo métodos de superação de dormência de

acordo com cada espécie. O teste então faz com que os resultados obtidos em

laboratório possam ser reproduzidos e comparados entre si, generalizando seu uso

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no processo de avaliação da qualidade fisiológica das sementes (MARCOS FILHO et

al., 1987).

Segundo Brasil (2009) a germinação de uma semente pode ser definida pela

emergência das estruturas essências do embrião, demonstrando sua propensão para

produzir uma planta normal mediante as condições favoráveis de campo.

Ao analisar o poder germinativo das sementes é computada a porcentagem de

plantas normais, sendo que esse valor representa o maior valor que a amostra pode

oferecer, em condições ótimas e padronizadas, sendo normalmente fornecida de

forma artificial, para cada espécie avaliada (BRASIL, 2009; MACHADO, 2002).

3.5.2 Viabilidade pelo teste de tetrazólio

O teste de tetrazólio é um teste de vigor que permite avaliar a viabilidade de um

lote de sementes. Todavia essa não é a sua única utilização, pois, por permitir ver o

interior da semente, o mesmo consegue fornecer diagnósticos sobre possívies causas

que afetam a qualidade do lote, como por exemplo, danos causados por percevejo,

danos mecânicos, danos no processo de secagem, de estresse hídrico e até mesmo

danos causados por geadas. Essas inúmeras utilidades para esse teste faz com que

ele tenha obtido grande destaque e que seja cada vez mais utilizado no Brasil. Um

outro benefício é que esse teste pode ser aplicado em diversas etapas do processo

de produção, indo desde da verificação inicial da viabilidade do lote até mesmo a

verificação do motivo da não germinação de sementes em um teste previamente

instalado.(FRANÇA NETO,1998)

3.6 Análises complementares para verificação da qualidade do lote de sementes

Existe a possibilidade de avaliar outros testes que podem influenciar,

diretamente ou indiretamente, na qualidade do lote de sementes, bem como seu

processo de armazenamento, tais como massa de mil sementes, micoflora e teor de

água.

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3.6.1 Massa de Mil Sementes

A massa de mil sementes é um parâmetro que permite a comparação da

qualidade de diferentes lotes de sementes, determinação do rendimento de cultivos,

cálculo da densidade de semeadura, número de sementes por embalagem e o peso

da amostra de trabalho para análise de pureza, quando não determinado pela Regra

de Análise de Sementes. Essa informação permite conhecer o estado de maturidade

da semente e sua sanidade, permitindo também se ter uma idéia do seu

dimensionamento (CUNHA, 2004; BRASIL, 2009).

3.6.2 Micoflora

A análise da micoflora é obtida através do teste de sanidade. Esse determina o

estado sanitário de uma amostra, e por sua vez indica a qualidade de todo um lote. O

conheciemento do número de possíveis patógenos contidos na amostra se faz

necessário, pois a presença destes, além de causar a deterioração na semente, é

reponsável por servir de inóculo inicial para desenvolvimento de doenças, além de

que em alguns casos, as sementes podem levar patógenos ou patótipos em àreas

isentas, contaminando-as.

A identificação da micoflora presente no lote pode esclarecer as causas da

baixa germinação e vigor bem como ajudar na elucidação de alguns problemas nas

plântulas. Auxilia também a identificação e na escolha de melhor forma de tratamento

para fungos no armazenamento e a presença de toxigênicos, sem desconsiderar que

o resultado desse teste pode agregar valor ao lote ao demosntrar a ausencia de

microorganismos ( BRASIL, 2009).

.

3.6.3 Teor de Água

Um dos aspectos mais impotantes para se ter um lote de sementes de

qualidade é a umidade, pois um alto teor de água pode afetar o armazenamento e as

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operaçoes de colheita e beneficiamento, tornando o manejo difícil de ser executado e

prejudicando a eficiencia das máquinas utilizadas em ambos os processos

(CARVALHO e NAKAGAWA, 2000).

A quantidade de água presente na semente pode interferir também no

momento correto da colheita, nas injúrias causadas pelo calor ou por baixas

temperaturas, na fumigação, na processo de causa de danos mecânicos e danos

causados por pragas, além de ter grande influência no armazenamento e em

possíveis pré-tratamentos que a semente possa vir a receber antes do processo de

germinação (GRABE, 1989).

A verificação periódica do grau de umidade de sementes submetidas ao

armazenamento permite a identificação de problemas e a adoção de procedimentos

adequados para solução destes (MARCOS FILHO et al., 1987). Sabendo disso sua

determinação em testes oficiais de qualidade de sementes é sempre empregada

(GRABE,1989).

3.7 Armazenamento

O grande objetivo do armazenamento é fazer com que a qualidade fisiológica

da semente seja mantida, sendo esse aspecto de fundamental importância no

processo produtivo das espécies (CARVALHO e NAKAGAWA, 2012; OLIVEIRA et

al., 1999).

A forma correta de se conduzir o armazenamento é aquela que busque reduzir

ao máximo as reações bioquímicas que fazem com que a perda da qualidade

fisiológica ocorra, levando em consideração também o impedimento de condições

favoráveis para o desenvolvimento de fungos, insetos e outras pragas (VILLA e ROA,

1979).

Sabe-se então que com o passar do tempo as sementes perdem seu vigor de

acordo com as taxas de variação das condições as quais estão submetidas no perído

de armazenamento (ELLIS, 1990).Os principais fatores que influenciam na viabilidade

da semente são a temperatura, umidade relativa do ar e o teor de água na semente

(SMANIOTTO et al., 2014).

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No caso de sementes de Brachiária, o período de armazenamento pode fazer

com que a dormência seja superada por um período de tempo, fazendo com que seu

percentual de germinação aumente. Conforme observado por Conde e Garcia (1985),

que analisaram o efeito de época de colheita de sementes de Brachiaria decumbens

cv IPEAN e seu comportamento quando submetida ao armazenamento, observaram

que a dormência pode ocorrer em qualquer período e que o armazenamento permitiu

a superação da dormência de forma natural, por um período de quatro meses.

Resultado semelhante foi encontrado por Vieira et al. (1998), no trabalho desenvolvido

com de sementes de Brachiaria brizantha cv. Marandu, onde eles observaram o efeito

do armazenamento na viabilidade dessas sementes e concluíram que a porcentagem

de germinação aumentou com o tempo de armazenamento, e atinge um máximo de

98,9% entre onze e doze meses.

Para sementes dormentes armazenadas, observa-se que à medida em que a

dormência vai sendo enfraquecida o teor de germinação vai aumentando, até atingir

o valor máximo, onde este começa a decair conforme a semente vai envelhecendo. O

valor máximo de germinação e o momento em que ocorrem são variáveis, e através

de armazenamento convencional e alguns testes, pode ocorrer dentro de alguns dias

ou até mesmo após vários anos de acordo com a espécie e as condições de

armazenamento (HOPKINSON et al., 1996).

É Importante salientar que a qualidade das sementes não pode ser melhorada

pelo armazenamento, mas sim preservada com o intuito de que a mesma tenha a

menor deterioração possível (POPINIGIS, 1985; GOLDFARB E QUEIROGA, 2013).

As sementes quando são armazenadas em embalagens que permitem algum

grau de troca de vapor de água e gases com a atmosfera, podem fazer com que a

mesma ganhe ou perca umidade, dependendo de fatores como temperatura e

umidade relativa do meio ambiente (HARRINGTON, 1973).

A tomada de decisão durante o processo de armazenamento é feita de acordo

com o comportamento das sementes em relação as condições climáticas e a forma

como a estocagem está sendo conduzida, tendo por fundamento a relação de custo

benefício do produto para sanar possíveis problemas que possam surgir

(SMANIOTTO et al., 2014).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no Laboratório de Química Geral e no Laboratório

de Bromatologia, ambos do Instituto de Ciências Agrárias e Tecnológicas da

Universidade Federal de Mato Grosso, no Campus de Rondonópolis – MT. O

experimento foi realizado nos meses de dezembro de 2017 a junho de 2018.

3.1 Obtenção da Matéria Prima

As sementes de Brachiaria brizantha cv. Marandu, foram oriundas de doação

da Laboratório de Análise de Sementes da Associação dos Produtores de Sementes

de Mato Grosso - APROSMAT no município de Rondonópolis – MT. As sementes

chegaram ao laboratório previamente limpas, sendo somente necessária a passagem

dessas pelo soprador para limpeza de torrões de terra e sementes chochas (marca

Syntron, modelo F-TO-C- Magic Filder), com o intuito de estabelecer um lote

totalmente limpo, (Figura 1).

Figura 1– Aparelho para limpeza de torrões e sementes chochas (marca Syntron, modelo F-TO-C-

Magic Filder).

Fonte: O autor

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4.2 Caracterização do Lote

Inicialmente para analisar a qualidade fisiológica das sementes foram

efetuadas as seguintes avaliações: massa de mil sementes, porcentagem de

germinação, microflora, teor de água, viabilidade do teste de tetrazólio. Os testes de

germinação, massa de mil sementes, teor de água foram realizados seguindo as

recomendações da Regra de Análises de Sementes (BRASIL,2009) e o teste de

micoflora foi efetuado de acordo com a metodologia descrita por Neergaard (1979).

Segue abaixo os procedimentos utilizados em cada avaliação aqui narrada.

4.2.1 Massa de mil sementes

Para a análise da massa de mil sementes, foi pesada oito repetições de 100

sementes, sendo que o resultado foi obtido através do peso médio das oito repetições

e multiplicando esse valor por 10, e obtido um valor de 8,44 gramas .

4.2.2 Micoflora

O teste de micoflora foi realizado através de quatro repetições de 10 sementes,

colocadas sobre papel mata borrão, estéril umedecido com 2,5 vezes o seu peso,

usando água destilada, em placa de Petri, mantidas em incubadora a 25ºC por sete

dias (Figura 2). Após a incubação ocorreu a identificação da porcentagem de

incidência de fungos nas sementes bem como a identificação dos mesmos.

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Figura 2 – Preparo do teste de micoflora.

Fonte: O autor

4.2.3 Teor de Água

O teste realizado através do método de estufa a 105 ± 3°C, durante 24 h, com

quatro repetições de 4,5 g ± 0,5 g de sementes (Figura 3). Após esse período as

amostras foram levadas ao dessecador por um período de 30 minutos, sendo

posteriormente pesadas e o cálculo do teor ocorre segundo equação descrita por

Brasil (2009):

% 𝑑𝑒 𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑈) =100 ∗ ( 𝑀𝑖 − 𝑀𝑓)

𝑀𝑖 − 𝑡

Onde:

𝑀𝑖 = massa inicial, massa do recipiente mais o peso da semente úmida;

𝑀𝑓= massa final, massa do recipiente mais o peso da semente seca;

p = Massa final, massa do recipiente mais o peso da semente seca;

t = tara, massa do recipiente.

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Figura 3 – Amostras na estufa para teste de umidade

Fonte: O autor

4.2.4 Teste de Tetrazólio

Com o intuito de avaliar o vigor das sementes este teste foi realizado através

da embebição de quatro sub-amostras de 100 sementes envoltas em papel germitest,

com 2,5 vezes o peso do papel, com água destilada. Após este, as mesmas foram

colocadas em estufa BOD, regulada à temperatura de 30º C, por 18 h. Decorrido esse

período as sementes foram seccionadas longitudinalmente e medianamente, através

do embrião. Depois do corte foram analisadas as duas partes da semente, para

analisar qual apresentava as estruturas do embrião mais visíveis, sendo dessa forma

a outra metade descartada (Figura 4).

Figura 4 – Secção das sementes longitudinalmente e medianamente através do embrião

Fonte: O autor

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Em seguida, as melhores metades das sementes foram colocadas em copos

descartáveis de 180 mL e submergidos em solução de 2,3,5 trifenil cloreto de tetrazólio

com a concentração de 1% (Figura 5). Os copos foram levados a BOD a uma

temperatura de 30ºC por um período de 4 horas. Após a coloração dos embriões, a

solução foi descartada e as sementes lavadas e mantidas imersas em água destilada,

para avaliação. O exame das estruturas das sementes foi realizado com o auxílio de

uma lupa. O critério de avaliação ocorreu de acordo com as recomendações de Grabe

(1976).

Figura 5 - Sementes de Brachiaria brizanta após coloração com solução de 2,3,5 trifenil cloreto

de tetrazólio com a concentração de 1%.

Fonte: O autor

Após a análise as sementes foram classificadas em viáveis, não viáveis e

deterioradas (Figura 6), sendo os resultados expressos em percentagem de sementes

viáveis.

Figura 6 – Classificação das sementes utilizada nos testes

Fonte: O autor

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4.2.5 Teste de Germinação

Este teste foi realizado em dois tipos de substratos: areia e papel (Figura 7),

sendo que para o primeiro foi utilizado quatro repetições de 50 sementes distribuídas

sobre areia previamente esterilizada a 200 graus por 2 horas, e umedecidas com a

quantidade de água destilada referente a 50% da capacidade de retenção da areia. A

realização do teste em papel se deu de forma similar, sendo a única diferença o tipo

de substrato e a quantidade de água utilizada, sendo nesse caso, umedecido com a

quantidade equivalente a 2,5 vezes a massa do papel não hidratado. Os testes foram

acondicionados em caixas plástica do tipo “gerbox” e levadas a estufa incubadora

(BOD), com 12 horas de exposição à luz branca e 12 horas de escuro. No período em

que o teste era submetido a luz branca a temperatura era de 35ºC e no caso de

ausência de luz a temperatura era de 20ºC. A duração do teste foi de 21 dias e teve o

resultado expresso em porcentagem de plântula normal.

Os testes realizados na areia e no papel foram efetuados segundo orientações

da Regra de Análises de Sementes (BRASIL, 2009), sendo que no caso da utilização

do substrato areia as recomendações se deram para sementes de outras espécies,

pois não existia metodologia descrita para o ecotipo de Brachiária brizanta

Figura 7 – Teste de germinação de Sementes de Brachiaria brizanta em dois tipos de

substratos: areia e papel

Fonte: O autor

A realização dos testes em dois tipos de substrato ocorreu com o intuito de

comparar um método diferente do recomendado pela Regra de Análises de Sementes

(BRASIL,2009).

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4.3 Testes Para Superação de Dormência

Após o processo de caracterização do lote de sementes as mesmas foram

separadas e submetidas a seis procedimentos para superação de dormência.

Os três primeiros consistiam em imergir as sementes em béquers de 50 mL

contendo água aquecida a 60º C, por um período de 5, 10 e 15 minutos para cada

tratamento (Figura 8).

Figura 8 – Teste de germinação de Sementes de Brachiaria brizanta após tratamentos de

superação de dormência

Fonte: O autor

Os outros três procedimentos implicavam cobrir as sementes, disposta em

béquers de vidro, com ácido sulfúrico concentrado (H2SO4) por um período de 5, 10 e

15 minutos, para cada tratamento. Decorrido esse tempo as mesmas foram lavadas

por 5 minutos em água corrente (Figura 9).

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Figura 9 – Teste de germinação de Sementes de Brachiaria brizanta após tratamentos de

superação de dormência. a- Sementes imergidas por 5 minutos em ácido sulfúrico concentrado. b-

Sementes imergidas por 10 minutos em ácido sulfúrico concentrado. c- Sementes imergidas por 15

minutos em ácido sulfúrico concentrado

Fonte: O autor

Em ambos os casos, após os referidos tratamentos de superação de

dormências as sementes foram submetidas ao teste de germinação, nos dois

substratos aqui estudados, conforme narrados anteriormente. Foi realizado também o

procedimento de germinação com sementes sem nenhum tipo de tratamento, com o

intuito de verificar e comparar o comportamento dessas.

4.4 Testes realizados pós tratamento para superação de dormência

Realizado tais procedimentos para análise dos métodos de superação de

dormência, foram escolhidos os três melhores em virtude dos resultados encontrados

nessa primeira fase do trabalho, sendo que eles tiveram sua eficiência estudada a

cada dois meses, juntamente com as análises referentes ao armazenamento.

As sementes de Brachiária brizantha foram acondicionadas em embalagem de

papel multifoliado (Figura 10), e armazenadas em ambiente sem controle de umidade

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e temperatura, por um período de seis meses, sendo avaliada bimestralmente. As

avaliações foram efetuadas no sentido de determinar a qualidade fisiológica e verificar

a eficiência do método de superação de dormencia ali empregado. As análises nesses

períodos foram as seguintes: porcentagem de germinação (%), teor de água (%),

microflora (%), primeira contagem (%) e teste de tetrazólio.

Figura 10 – Sementes acondicionadas após tratamentos para quebra de dormência

Fonte: O autor

Sempre que transcorria um período de dois meses, as sementes eram tratadas

com os melhores métodos selecionados e dispostas no teste de germinação,

conforme descrito anteriormente. Durante o período em que estava ocorrendo o teste

de germinação alguns testes eram feitos de forma conjunta, como o teste de primeira

contagem e índice de velocidade de germinação.

O teste de primeira contagem ocorreu após 7 dias da instalação da germinação,

tendo sido contada a quantidade de plântulas germinadas e o resultado foi expresso

em porcentagem, segundo orientação de NAKAGAWA (1999).

Para a realização do teste do índice da velocidade de germinação foi feita a

contagem diária das plântulas germinadas e para determinação desse índice foi

utilizada a equação delineada por Maguire (1962):

𝑉𝐺 = ∑𝑁𝑖

𝐷𝑖

𝑛

𝑖=1

Onde:

VG = velocidade de germinação;

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Ni = número de plântulas germinadas;

Di = número de dias após a semeadura.

Decorrido o período do teste de germinação, as sementes que não germinaram

foram submetidas ao teste de tetrazólio para identificação de sua viabilidade.

4.5 Análise Estatística

O delineamento experimental utilizado, foi inteiramente casualizado com quatro

repetições em esquema fatorial 7 x 2, sendo 7 tratamentos para superação de

dormência, compostos por ácido sulfúrico em três diferentes tempos (5 min, 10 min e

15 min), água quente a uma temperatura de 60º C , com três diferentes períodos de

imersão (5 min, 10 min e 15 min) e a testemunha, sem nenhum tipo de tratamento,

além dos 2 fatores, sendo esses os tipos de substratos, no caso, papel e areia. Os

três melhores tratamentos foram avaliados a cada dois meses, buscando analisar o

efeito do armazenamento, ainda com esquema fatorial 4x2, sendo 4 tratamentos,

incluindo a testemunha e dois tipos de substrato, sendo que as médias obtidas foram

comparadas pelo teste Tukey a 5% de nível de significância. Para as análises de

caracterização quanto a microflora, umidade e viabilidade pelo teste de tetrazólio, bem

como as análises mensais para verificar a qualidade fisiológica da sementes, sem

tratamento foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado com

quatro repetições, sendo que as médias obtidas também foram comparadas pelo teste

Tukey a 5% de nível de significância Os resultados foram analisados através do

Programa Computacional Sisvar 5.6. (Ferreira,1998).

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em observação aos dados contidos na Tabela 1, é possível observar diferença

significativa entre todas as variáveis analisadas. O melhor tratamento para a

superação de dormência foi o de imersão das sementes em ácido sulfúrico (H2SO4),

sendo que os melhores resultados foram encontrados nos tempos de 10 e 15 min em

ambos os substratos e em 5 min no substrato areia. Os autores Martins e Silva (2001),

Almeida e Silva (2004), Gaspar-Oliveira et al. (2007) e Munhoz et al. (2011) ao

comparar o efeito da escarificação química utilizando o ácido sulfúrico (H2SO4) como

tratamento para superação de dormência em sementes de Brachiária brizanta cv

Marandu, concluíram que as sementes apresentavam um maior percentual de

germinação frente as sementes que não receberam tratamentos.

Tabela 1 - Dados médios obtidos no teste de germinação das sementes de Brachiaria brizantha cv. Marandu e no teste de tetrazólio das sementes remanescentes.

POTENCIAL DE GERMINAÇÃO

TRATAMENTOS

Plântulas Normais (%)

Sementes dormentes

(%)

Sementes não

viáveis (%)

Sementes deterioradas

(%)

Métodos para superação de

dormência Substrato

Testemunha Papel 61,50 bc 25,00 def 4,50 a 9,00 a

Areia 64,50 c 21,00 cde 5,50 a 9,00 a

H2O- 5 min Papel 52,50 a 27,00 f 11,00 bc 9,50 a

Areia 59,00 bc 25,50 ef 8,00 abc 7,50 a

H2O – 10min Papel 49,00 a 23,50 def 7,50 abc 20,00 c

Areia 55,50 ab 19,50 cd 8,50 abc 16,50 cd

H2O – 15min Papel 50,50 a 23,50 de 11,50 c 15,00 bc

Areia 63,75 cd 16,50 bc 7,25 abc 12,50 abc

H2SO4 -5 min Papel 61,00 bc 13,00 b 7,50 abc 18,50 d

Areia 70,50 de 3,00 a 8,50 abc 18,00 d

H2SO4 -10 min Papel 73,50 e 5,00 a 5,00 a 16,50 cd

Areia 77,50 e 2,50 a 4,50 a 15,50 bcd

H2SO4 -15 min Papel 72,00 e 5,00 a 7,00 abc 16,00 bc

Areia 78,00 e 4,50 a 6,50 ab 11,00 ab

DMS 7,86 5,74 4,64 5,11

CV% 8,68 26,74 40,85 26,38

Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

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Analisando ainda os dados da Tabela 1, é possível observar que os menores

valores para a superação de dormência foram encontrados nos tratamentos utilizando

a imersão em água quente, em ambos os substratos, com exceção do período de 15

minutos no substrato areia, porém esse aumento pode ser justificado pelo uso do

substrato, que obteve melhor teor de germinação na maioria dos tempos para esse

tratamento, só não apresentando diferença significativa para o período de 10 minutos

de imersão.

Estudos feitos com escarificação térmica, de acordo com Souza e Filho (1998),

para sementes de espécies de jurubebão, salsa, rinchão, Hyptis mutabilis e capim-

navalha apresentaram uma tendência de redução ou perda do potencial de

germinação com o aumento do tempo de imersão na água quente. Ainda conforme

Silva e Souza (2014), com trabalhos realizados com B. brizanta cv Marandu, o

tratamento utilizando o ácido sulfúrico (H2SO4), apresentou um maior teor de

germinação quando comparado ao tratamento térmico com a imersão em água

quente, por diversos períodos. Cardoso et al.(2014) também relatam que ao comparar

os dois métodos aqui descritos, também em sementes de Brachiária Brizanta cv

Marandu, que o tratamento que obteve maior valor germinativo foi o utilizando o ácido

sulfúrico.

É importante salientar que todos os tratamentos utilizando ácido sulfúrico, e o

tratamento usando água destilada aquecida a 60º C por 15 minutos no substrato areia,

atingiram o percentual de germinação mínima permitida para comercialização,

conforme a legislação vigente (Instrução Normativa do MAPA nº 30/2008) a

porcentagem permitida para todas as categorias é de 60%. Todavia as sementes

tratadas com água destilada aquecida, com exceção do caso descrito anteriormente,

não estariam aptas a comercialização.

Desta forma, foi eleito para a segunda parte do trabalho os tratamentos de

imersão em ácido sulfúrico (H2SO4), nos períodos de 5, 10 e 15 minutos, sendo

observada a influência deles no período de armazenamento (Tabela 2).

Segundo informações contidas na Tabela 2, é possível observar que quanto

maior o período de imersão das sementes, maior é seu percentual de germinação e

em contrapartida, menor são os números de sementes dormentes e os valores do

índice de velocidade de germinação indicando que embora o tempo de imersão tenha

sido efetivo na quebra de dormência o vigor da semente pode ter sido afetado por tal

procedimento. De acordo com Munhoz et al., (2009) o ácido sulfúrico teve efeito

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positivo na germinação de Brachiária brizanta cv. MG5, sendo mais efetiva no tempo

de 15 minutos, seguida pelos tempos de 10 e 5 minutos, assim como o ocorrido neste

experimento. Em contrapartida, estudos elaborados por Goedert (1985) e Macedo et

al. (1994), comprovaram que a utilização de H2SO4 para superação de dormência em

sementes Brachiaria humidicola, inibiu a germinação das sementes dessa gramínea.

Tabela 2 - Médias obtidas nos testes de germinação de sementes de Brachiaria brizanta submetidos ao tratamento de imersão em ácido sulfúrico por 5, 10 e 15 minutos.

Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade

Os testes foram realizados em dois tipos de substratos, sendo que os

resultados do desempenho, estão descritos na Tabela 3. Logo, o substrato areia

apresentou-se favorável a um maior percentual de germinação, bem como um menor

número de sementes dormentes e um maior índice de velocidade de germinação.

Embora a Regra de Análises de Sementes (BRASIL, 2009) recomende que testes

com esse tipo de gramínea sejam realizados sobre papel, a diferença dos percentuais

de germinação ocorridos nos substratos podem ser explicados pelo fato de que as

sementes reconhecem na areia um substrato mais parecido com o que elas teriam no

habitat natural, todavia a ausência de pesquisas nesse sentido, para esse tipo de

gramínea, não permite afirmar tal fato.

POTENCIAL DE GERMINAÇÃO

TEMPO Plântulas

Normais (%)

Sementes Dormentes

(%)

Sementes Não

Viáveis (%) IVG

Testemunha 70,06 a 16,53 b 6,50 ab 5,81 b

5 min 72,75 ab 5,00 a 8,06 b 5,82 b

10 min 75,06 bc 3,06 a 6,56 ab 5,52 ab

15 min 76,37 c 4,12 a 6,00 a 4,39 a

DMS 3,12 2,35 2,01 1,28

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Tabela 3 - Médias obtidas nos testes de germinação de sementes de Brachiaria brizanta em dois tipos de substratos.

Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Durante o período de armazenamento foi possível observar a influência dos

tratamentos nas sementes juntamente com o desempenho da germinação e vigor das

mesmas nos substratos papel e areia

Nota-se através dos dados expostos na Tabela 4, que o armazenamento

influenciou de forma positiva no processo de superação de dormência, sendo obtido

um aumento no percentual de germinação com o passar dos meses estudados,

diminuindo dessa forma a quantidade de sementes dormentes. Vieira et al. (1998) ao

estudar a germinação de sementes de Brachiária Brizanta cv. Marandu, observou o

mesmo comportamento aqui descrito, ou seja, a porcentagem de germinação

aumentou durante o armazenamento, sendo que as sementes atingiram o máximo

poder germinativo de 98,9% durante o 11º e 12º mês. Ainda nesse sentido, Alves et

al, (2017), notou um crescimento linear no armazenamento dessa mesma espécie,

tendo atingido o máximo poder germinativo de 56,24% entre o nono e décimo mês.

Analisando inicialmente as médias dos tratamentos da superação de dormência

contidos na tabela 4, é possível verificar que os maiores valores obtidos no teste de

germinação, bem como o menor percentual de sementes dormentes, ocorrem nas

sementes que estão a mais tempo armazenadas e submetidas ao tratamento de

superação de dormência por um período de imersão mais longo. Demonstrando

assim, que a atuação desses dois tipos de mecanismos juntos, possibilitam uma maior

superação de dormência. Este fato pode ser justificado de acordo com informações

de Taiz e Zeiger (2004), alegando que existem basicamente dois tipos de dormência

para sementes forrageira: a imposta pelo embrião e a imposta por tecidos que

circundam o embrião sendo que a dormência superada pelo armazenamento é

POTENCIAL DE GERMINAÇÃO

SUBSTRATO Plântulas Normais

(%)

Sementes Dormente

s (%)

Sementes Não

Viáveis (%) IVG

Areia 75,56 b 5,69 a 6,75 a 12,56 a

Papel 71,56 a 8,67 b 7,81 a 5,01 a

DMS 1,67 1,26 1,08 14,20

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imposta pelo embrião e a superada pela imersão em ácido sulfúrico se deve a

dormência tegumentar.

Tabela 4 - Médias obtidas, através das variáveis plântulas normais e sementes dormentes, para os tratamentos utilizados para superação de dormência das sementes de Brachiaria brizanta nos substratos papel e areia.

Tempo MÉTODOS

Plântulas Normais (%) Sementes Dormentes

(%)

Substrato Substrato

Papel Areia Papel Areia

Caracterização Testemunha 61,50 aA 64,50 aA 25,00 eB 21,00 dA

H2SO4 -5min 61,00 aA 70,50 abB 13,00 cB 3,00 aA

H2SO4 -10min 73,50 bA 77,50 bA 5,00 abA 2,50 aA

H2SO4 -15min 72,00 bA 78,00 bB 5,00 abA 4,50 aA

2 meses Testemunha 68,50 bA 70,00 aA 20,50 deA 18,00 cdA

H2SO4 -5min 69,00 bA 75,00 bB 10,00 bB 3,50 aA

H2SO4 -10min 74,00 bcA 76,50 bA 4,50 abA 3,00 aA

H2SO4 -15min 72,00 bcA 78,00 bB 4,50 abA 1,50 aA

4 meses Testemunha 73,00 bcA 71,00 aA 14,00 cdB 4,50 aA

H2SO4 -5min 75,50 bcA 75,50 bA 5,00 abA 5,50 abA

H2SO4 -10min 71,50 bcA 76,00 bB 1,50 aA 3,00 aB

H2SO4 -15min 75,00 bcA 78,00 bA 2,00 abA 3,50 aA

6 meses Testemunha 72,50 bcA 71,00 aA 14,50 cA 12,00 bcA

H2SO4 -5min 75,50 bcA 76,50 bA 6,00 abB 2,50 aA

H2SO4 -10min 78,00 cA 76,00 bA 4,50 abA 2,00 aA

H2SO4 -15min 78,50 cA 78,00 bA 2,00 aA 1,50 aA

DMS coluna 4,15 3,01

DMS linha 8,82 6,66

CV% 8,06 59,88 Médias seguidas da mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste

Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

As sementes não viáveis tiveram diferença significativa em relação ao teor de

sementes germinadas (Tabela 5), ou seja, quanto maior o teor de germinação, menor

a quantidade de sementes não viáveis. Todavia, cabe salientar, de acordo com

Munhoz et al. (2009), que embora o uso de tratamentos de superação de dormência

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ocorra de forma eficaz, a viabilidade do embrião só pode ser constatada através de

uma maior investigação bioquímica e genética.

Tabela 5 - Médias obtidas, através das variáveis plântulas normais e sementes não viávies, para os tratamentos utilizados para superação de dormência das sementes de Brachiaria brizanta nos substratos papel e areia.

Tempo MÉTODOS

Plântulas Normais (%) Sementes Não Viáveis

(%)

Substrato Substrato

Papel Areia Papel Areia

Caracterização Testemunha 61,50 aA 64,50 aA 4,50 abA 5,50 abA

H2SO4 -5min 61,00 aA 70,50 abB 7,50 abcA 8,50 abA

H2SO4 -10min 73,50 bA 77,50 bA 5,00 abcA 4,50 aA

H2SO4 -15min 72,00 bA 78,00 bB 7,00 abcA 6,00 abA

2 meses Testemunha 68,50 bA 70,00 aA 8,00 abcA 8,00 abA

H2SO4 -5min 69,00 bA 75,00 bB 6,00 abcA 7,00 abA

H2SO4 -10min 74,00 bcA 76,50 bA 10,00 bcB 6,50 abA

H2SO4 -15min 72,00 bcA 78,00 bB 10,50 cB 4,00 aA

4 meses Testemunha 73,00 bcA 71,00 aA 5,00 abcA 8,00 abB

H2SO4 -5min 75,50 bcA 75,50 bA 6,00 abcA 10,50 bB

H2SO4 -10min 71,50 bcA 76,00 bB 8,50 abcA 7,50 abA

H2SO4 -15min 75,00 bcA 78,00 bA 8,50 abcA 8,00 abA

6 meses Testemunha 72,50 bcA 71,00 aA 6,50 abcA 6,50 abA

H2SO4 -5min 75,50 bcA 76,50 bA 4,00 a A 6,50 abB

H2SO4 -10min 78,00 cA 76,00 bA 4,50 abA 7,00 abB

H2SO4 -15min 78,50 cA 78,00 bA 5,50 abcA 4,00 aA

DMS coluna 4,15 2,20

DMS linha 8,82 4,64

CV% 8,06 46,43

Médias seguidas da mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste

Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Ao observar os dados expostos na tabela 6, nota-se que a quantidade de

sementes deterioradas aumentou de acordo com o período de imersão em ácido

sulfúrico, sendo que quanto maior o período, maior também é a quantidade de

sementes deterioradas e menor o número de sementes dormentes. Previeiro et al.

(1998) e Dias e Alves (2008), concluíram que o tratamento com o ácido sulfúrico em

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sementes de Brachiária brizanta cv Marandu, embora seja responsável pela quebra

de dôrmencia dessa ele promove grandes danos ao material, sendo que quanto maior

o tempo de imersão maior os danos causados nas sementes. É possível observar

também que o substrato areia detém uma maior quantidade de sementes

deterioradas. Isso ocorre, pois, o mesmo consegue reter uma quantidade maior de

água e esse alto índice, associado a ao dano provocado no tegumento pelo ácido

pode vir a apodrecer a semente antes que a mesma germine. Todavia a escassez de

estudos relacionados a esse tipo substrato não permite a afirmação de tal fato.

Tabela 6 - Médias obtidas, através das variáveis plântulas normais e sementes deterioradas, para os tratamentos utilizados para superação de dormência das sementes de Brachiaria brizanta nos substratos papel e areia.

Tempo MÉTODOS

Plântulas Normais (%) Deterioradas

(%)

Substrato Substrato

Papel Areia Papel Areia

Caracterização Testemunha 61,50 aA 64,50 aA 4,50 abA 9,00 abcB

H2SO4 -5min 61,00 aA 70,50 abB 7,50 abcA 18,00 dB

H2SO4 -10min 73,50 bA 77,50 bA 5,00 abcA 15,50bcdB

H2SO4 -15min 72,00 bA 78,00 bB 7,00 abcA 11,50 bcdB

2 meses Testemunha 68,50 bA 70,00 aA 8,00 abcB 4,00 abA

H2SO4 -5min 69,00 bA 75,00 bB 6,00 abcA 15,00 cB

H2SO4 -10min 74,00 bcA 76,50 bA 10,00 bcA 12,00 bcdA

H2SO4 -15min 72,00 bcA 78,00 bB 10,50 cA 18,00 dB

4 meses Testemunha 73,00 bcA 71,00 aA 5,00 abcA 12,00 bcdB

H2SO4 -5min 75,50 bcA 75,50 bA 6,00 abcA 13,00 cdB

H2SO4 -10min 71,50 bcA 76,00 bB 8,50 abcA 11,50 bcdB

H2SO4 -15min 75,00 bcA 78,00 bA 8,50 abcA 13,00 cd

6 meses Testemunha 72,50 bcA 71,00 aA 6,50 abcA 5,50 aba

H2SO4 -5min 75,50 bcA 76,50 bA 4,00 aA 9,50 abcB

H2SO4 -10min 78,00 cA 76,00 bA 4,50 abA 11,00bcdB

H2SO4 -15min 78,50 cA 78,00 bA 5,50 abcA 13,5 cdB

DMS coluna 4,15 2,65

DMS linha 8,82 5,11

CV% 8,06 32,46

Médias seguidas da mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste

Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

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Ao analisar ainda fatores como teor de umidade e viabilidade pelo teste de

tetrazólio, além da micoflora, nota-se através das médias expostas na Tabela 7, que

não houve diferença significativa entre esses, indicando que o armazenamento não

influenciou de forma negativa as sementes armazenadas, bem como o tipo de

embalagem utilizada (Tabela 7).

Tabela 7 - Resultados das análises de teor de água, viabilidade pelo teste de tetrazólio e micoflora das

sementes armazenadas durante seis meses em embalagens de papel multifoliado.

Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Ainda é possível observar através dos resultados do teste de micoflora a

incidência do fungo Rhizopus ssp, esses fungos podem ocorrer no processo de

beneficiamento e colheita. Segundo Farias et al. (2002) o aparecimento desses fungos

está ligado às práticas na colheita e pós-colheita, bem como à umidade relativa do ar

e demais cuidados durante o período de armazenamento. As sementes de gramíneas

forrageiras tropicais, tendem a ter uma grande concentração de fungos principalmente

vinculada a colheita realizada por varredura do chão no campo de produção após a

dispersão (Quadros et al., 2012).

ANÁLISES

TEMPO Teor de Água (%) Viabilidade pelo

tetrazólio (%) Micoflora (%)

Caracterização 11,81 a 72,00 a 30,0 a 2 meses 9,82 a 68,50 a 17,5 a 4 meses 10,00 a 69,50 a 32,5 a 6 meses 11,88 a 66,00 a 42,5 a

DMS 3,58 7,02 28,60 CV% 15,65 4,84 44,46

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6 CONCLUSÕES

Os tratamentos que melhor superaram a dormência das sementes foram os

que utilizaram a escarificação química com ácido sulfúrico concentrado, nos períodos

de imersão de 10 e 15 minutos.

Os testes de germinação conduzidos sobre o substrato areia, foram os que

apresentaram um maior percentual.

O tipo de embalagem utilizada no teste, papel multifoliado, não influenciou de

forma negativa o material armazenado, tendo mantido as qualidades fisiológicas das

sementes.

O tempo de armazenamento atuou de forma positiva no processo de superação

de dormência das sementes.

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