avaliaÇÃo pÓs- ocupaÇÃo do ambiente contruÍdo · níveis de apo • processual ou de longo...

23
AVALIAÇÃO PÓS- OCUPAÇÃO DO AMBIENTE CONTRUÍDO Antonio Pedro Alves de Carvalho

Upload: trandieu

Post on 03-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO DO AMBIENTE

CONTRUÍDO

Antonio Pedro Alves de Carvalho

2

Definição

• Metodologia para diagnosticar aspectos positivos e negativos do ambiente construído a partir da avaliação de fatores técnicos-construtivos, econômicos, funcionais, estéticos e comportamentais, tendo em conta o ponto de vista dos diversos agentes, mas, principalmente, dos projetistas, clientes e usuários.

3

Generalidades• Teve início no final dos anos 40, nos Estados

Unidos e Europa, quando da avaliação de conjuntos habitacionais construídos no pós-guerra.

• No Brasil os primeiros estudos datam de fins da década de 70.

• Prioriza aspectos de uso, operação e manutenção, considerando essencial o ponto de vista dos usuários.

• Está baseada em princípios de Avaliação de Desempenho, Controle de Qualidade e Psicologia Ambiental.

4

Ambiental

Funcional

Tecnológico

Alternativas Técnico-

Administrativas

Avaliação Pós-Ocupação e Interfaces

Custo/Benefício ePré-orçamento

Projetos

Planejamento

Análises de Desempenho

5

Análise de Desempenho• Ambiental

– Higrotérmico– Luminoso– Acústico

• Funcional– Serviços– Acessibilidade– Interação Funcional– Capacidade– Flexibilidade– Humanização

• Tecnológico– Confiabilidade dos materiais– Estrutura– Instalações

6

Níveis de APO

• Indicativa ou de curto prazo– Visitas exploratórias– Entrevistas com usuários-chave– Indicações de aspectos negativos e positivos

• Investigativa ou de médio prazo– Ações da do tipo anterior mais:– Inspeções detalhadas– Entrevistas com vários tipos de usuários– Uso de padrões de desempenho

7

Níveis de APO

• Processual ou de longo prazo– Envolve ações investigativas em períodos

diversos, com comparações de modificações físicas e administrativas adotadas, inclusive com acompanhamento estatístico. Ideal para acompanhamento de implementação e atualização de Plano Diretor.

8

Ênfases possíveis

• Acessibilidade• Conservação de energia• Segurança• Sinalização• Informatização• Controle geral (edifício inteligente)• Aspectos ergonômicos

9

Ênfases possíveis

• Aspectos técnicos, funcionais e comportamentais

• Fluxos em ambiente complexos (hospitais)• Reformas e ampliações• Revitalização• Especificação de materiais• Diretrizes estéticas

10

Ênfases possíveis

• Modificação de mobiliário/equipamento• Aumento de produtividade• Impacto ambiental• Urbanismo e sistema viário• Modernização de instalações• Diminuição de custos de funcionamento• Investigação de acidentes, crimes ou falha em

produtos• Outros

11

Vantagens

• Recomenda melhoras em processos construtivos• Envolve projetistas• Conscientiza usuários-chave• Controla a qualidade do ambiente construído• Auxilia no desenvolvimento de manuais de

manutenção, operação e projeto• Auxilia na elaboração de Plano Diretor

12

Problemas usuais

• Comunicação difícil com usuários• Controle da qualidade da informação• Falta de imparcialidade do avaliador• Envolve processos estatísticos• Produto final pouco atrativo

– Formas de apresentação: Matriz de Descobertas; Matriz de Recomendações; Fichas de Registro

13

Prazos

• De uma semana a dez anos

14

Equipe

• Coordenador• Especialistas nas diversas áreas envolvidas• Técnicos para trabalho de campo• Técnicos para trabalho em escritório• Consultores

– Psicologia ambiental– Custos– Estatística

15

Etapas Básicas

• Levantamento de dados• Diagnóstico• Recomendações para o ambiente• Insumos para novos projetos

16

Levantamento de dados• Cadastro atualizado dos ambientes construídos• Cadastro atualizado de mobiliário e equipamentos• Levantamento e tabulação de dados das

informações coletadas junto aos usuários• Levantamento técnico-funcional da construção• Levantamento de normas, códigos e

especificações existentes• Determinação de índices comparativos e padrões

referenciais quando não existirem normas para efeito comparativo

17

Diagrama de Paretto(ou curva abc)

Média mínima aceitável

Fonte:http://gestaodeprojetos10.blogspot.com/2010/06/diagrama-de-pareto.html

18

Diagnóstico

• Com base nos levantamentos efetuados, são atribuídos juízos de valor a distintas variáveis e sub-variáveis, diagnosticando-se aspectos positivos e negativos

19

Recomendações para o Ambiente

• Elaboração de planilha-matriz e intervenções necessárias a curto, médio e longo prazos

20

Insumos para Novos Projetos

• Geração de diretrizes e critérios para futuros projetos, construções, operação e manutenção de ambientes semelhantes

• Ajuda no estabelecimento de normas e suas adequações

21

Aplicações

• Reformas e ampliações• Planos Diretores• Controle de qualidade• Auxiliar de manutenção• Segurança• Análise de custos de intervenções• Índice de satisfação• Memória de projeto• Determinação de parâmetros construtivos

22

• O processo de Avaliação Pós-Ocupação deve ser uma rotina no trabalho de projetistas e construtores, constituindo-se em ferramenta de conhecimento, aprendizado, e constante aumento da qualidade de atuação profissional.

23

Referências • CASTRO, Jorge; LACERDA, Leonardo; PENNA, Ana Cláudia

(Org.). Avaliação Pós Ocupação: APO: Saúde nas Edificações da FIOCRUZ. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2004.

• ORNSTEIN, Sheila Walbe; ROMERO, Marcelo. Avaliação Pós Ocupação do ambiente construído. São Paulo: Studio Nobel Edusp, 1992.

• PREISER, Wolfgang F. E. (Ed.) Building evaluation. New York: Plenum Presser, 1989. Tradução: Frederico Flósculo Pinheiro Barreto. Aprendendo com Nossos Edifícios. FAU-UnB. Brasília, 2001. Disponível em: <http://groups.google.com.br/group/prof-frederico-flosculo-material-didatico/files?grid=1> Acessado em: 11 de março de 2010.

• RHEINGATZ, Paulo Afonso et al. (Org.). Observando a qualidade do lugar: Procedimentos para a avaliação pós-ocupação. Rio de Janeiro: Proarq, 2009. 117 p. Disponível em: <http://www.fau.ufrj.br/prolugar/arq_pdf/livros/obs_a_qua_lugar.pdf>. Acesso em: 04 maio 2010.