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1 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA Nome da tecnologia: Sistema de produção da melancia na região centro-norte de Roraima. Ano base da avaliação: 2013 Equipe de Avaliação: Admar Bezerra Alves Analista A Alcides Galvão dos Santos Analista A Leslie Valery Thome Bantim da Silva Analista B Liliane Barbosa dos Santos Gadelha Analista B Lourenço de Souza Cruz Analista B Boa Vista Roraima, 31 de Janeiro de 2014.

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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

Nome da tecnologia: Sistema de produção da melancia na região centro-norte de Roraima.

Ano base da avaliação: 2013 Equipe de Avaliação: Admar Bezerra Alves – Analista A Alcides Galvão dos Santos – Analista A Leslie Valery Thome Bantim da Silva – Analista B Liliane Barbosa dos Santos Gadelha – Analista B Lourenço de Souza Cruz – Analista B

Boa Vista – Roraima, 31 de Janeiro de 2014.

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 GANHOS LÍQUIDOS UNITÁRIOS. ................................................................... 9

TABELA 2 - BENEFÍCIOS ECONÔMICOS NA REGIÃO. ................................................... 9 TABELA 3 - GANHOS LÍQUIDOS. .....................................................................................10 TABELA 4 - BENEFÍCIOS ECONÔMICOS NA REGIÃO. ..................................................10 TABELA 5 DIFERENÇA ENTRE OS CUSTOS DE PRODUÇÃO: .....................................11 TABELA 6 - NÚMERO DE CONSULTAS REALIZADAS POR MUNICÍPIO. .....................13

TABELA 7 - IMPACTOS SOCIAIS – ASPECTO EMPREGO .............................................14 TABELA 8 -IMPACTOS SOCIAIS – ASPECTO RENDA. ..................................................15

TABELA 9 - IMPACTOS SOCIAIS – ASPECTO SAÚDE. ..................................................16 TABELA 10 - IMPACTOS SOCIAIS – ASPECTO GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO. ..........16 TABELA 11 - NÚMERO DE EMPREGOS GERADOS. ......................................................17 TABELA 12 - EFICIÊNCIA TECNOLÓGICA. .....................................................................18 TABELA 13 -CONSERVAÇÃO AMBIENTAL. ....................................................................19

TABELA 14 - RECUPERAÇÃO AMBIENTAL. ...................................................................19 TABELA 15 - ESTIMATIVA DOS CUSTOS DE GERAÇÃO DE TECNOLOGIA ................24 TABELA 16 – BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DA TECNOLOGIA ......................................25

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LISTAS DE QUADROS

QUADRO 1 BENEFÍCIOS PARA O PÚBLICO ALVO ............................................... 5 QUADRO 2 ANO DE LANÇAMENTO E DE ADOÇÃO DA TECNOLOGIA .............. 6 QUADRO 3 ABRANGÊNCIA DA TECNOLOGIA ...................................................... 6 QUADRO 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................ 17

QUADRO 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................ 19 QUADRO 6 IMPACTO SOBRE O CONHECIMENTO ............................................. 20

QUADRO 7 IMPACTO SOBRE CAPACITAÇÃO .................................................... 20 QUADRO 8 IMPACTO POLÍTICO-INSTITUCIONAL............................................... 21 QUADRO 9 ANÁLISE BENEFICIO/CUSTO ............................................................ 26 QUADRO 10 VALOR PRESENTE LÍQUIDO (em Mil reais) ................................... 26

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SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA ............................................................................ 5 1.1. Nome/Título ................................................................................................................ 5

1.2. Objetivo Estratégico PDE/PDU ................................................................................... 5 1.3. Descrição Sucinta ....................................................................................................... 5 1.4. Beneficiários ............................................................................................................... 7 2. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS NA CADEIA PRODUTIVA .................................... 7 2.1. Descrição da Cadeia Produtiva .................................................................................. 7

3. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS ............................................................ 8 3.1. Avaliação dos Impactos Econômicos ......................................................................... 9

3.1.1. Impacto sobre a Produtividade (Incremento de Produtividade) ............................... 9 3.1.2. Expansão da Produção ..........................................................................................10 3.2. Análise dos impactos econômicos: ............................................................................10 3.2.1. Analise do Incremento de Produtividade: ...............................................................10 3.2.2. Analise sobre a Expansão da Produção: ................................................................11

3.3. Fonte de dados ..........................................................................................................13 3.4. Níveis de Adoção Tecnológica: .................................................................................13

4. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIAIS .....................................................................14 4.1. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ................................................14

4.2. ANÁLISE DOS RESULTADOS ..................................................................................17 4.3. Impactos sobre o Emprego ........................................................................................17 5. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ..............................................................18

5.1. Avaliação dos impactos ambientais ...........................................................................18

5.1.1. Alcance da Tecnologia ...........................................................................................18 5.1.2. Conservação Ambiental .........................................................................................19 5.1.3. Recuperação Ambiental .........................................................................................19

5.2. Índice de Impacto Ambiental ......................................................................................19 6. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOBRE CONHECIMENTO, CAPACITAÇÃO E POLÍTICO-INSTITUCIONAL ...............................................................................................20 6.1. Impactos sobre o Conhecimento ...............................................................................20 6.2. Impactos sobre Capacitação .....................................................................................20

6.3. Impactos Político-institucional ....................................................................................21 6.4. Fonte de dados ..........................................................................................................22

7. AVALIAÇÃO INTEGRADA E COMPARATIVA DOS IMPACTOS GERADOS ..............22

8. CUSTOS DA TECNOLOGIA ........................................................................................24

8.1. Estimativa dos Custos ...............................................................................................24 8.2. Análise dos Custos ....................................................................................................24 9. AÇÕES SOCIAIS .........................................................................................................27 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................29 11. EQUIPE RESPONSÁVEL ..........................................................................................29

12. ANEXOS: ...................................................................................................................30

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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

1. IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA 1.1. Nome/Título

Sistema de produção da melancia na região centro-norte de Roraima.

1.2. Objetivo Estratégico PDE/PDU QUADRO 1 BENEFÍCIOS PARA O PÚBLICO ALVO

Consolidação do Brasil como líder na produção de alimentos, fibras e agroenergia

Ampliação contínua da competitividade da agricultura, com foco na agregação de valor aos produtos

Alimentos seguros e segurança alimentar

Produção sustentável nos biomas, conservação, valoração e uso eficiente dos recursos e da biodiversidade

Redução dos desequilíbrios regionais entre as regiões do País

X Inserção social e econômica da agricultura familiar, das comunidades tradicionais e dos pequenos e médios empreendimentos

Não se aplica

1.3. Descrição Sucinta

A melancia é cultivada em várias regiões do território brasileiro, aparecendo com

destaque nos Estados do Nordeste (Bahia, Pernambuco, Maranhão e Rio Grande do

Norte); Sudeste (São Paulo), Sul (Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e no Centro-Oeste

(Goiás) (MEDEIROS, 2006, p.1).

A cultura da melancia, em Roraima, foi impulsionada a partir de 1990, destacando-

se nos municípios de Normandia, Bonfim, Mucajaí, Iracema, Alto Alegre e Boa Vista,

segundo dados da Produção Agrícola Municipal – PAM de 2009, que representam 85% da

área plantada estimada no Estado de 984 hectares de melancia. Os cinco primeiros

municípios estão localizados em áreas de transição da savana / floresta, diferentemente do

Município de Boa Vista, localizado em área de savana. Ambas “áreas apresentam grande

potencial agrícola para a produção de melancia, visto que as condições agroclimáticas

(solo, temperatura média alta, intensidade de luz/dia e disponibilidade de água para

irrigação) são favoráveis ao desenvolvimento da planta e à qualidade dos frutos”

(MEDEIROS et. al., 2004).

A cultivar que se destaca no cenário roraimense é a Charleston Gray, pois se

adapta às condições de savana, bem como, em áreas de transição savana / floresta. No

entanto, as pesquisas realizadas pela Embrapa Roraima contemplaram outras cultivares

como “Fairfax, Crimson Sweet e Omaru Yamatu” (MEDEIROS et. al., 2007), das quais a

Crimson Sweet ocupando muito espaço nos últimos anos em função da preferência do

consumidor, justificado pelas características de alto brix e firmeza dos frutos desta cultivar.

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Apesar do grande potencial agroclimático do Estado, notou-se que os sistemas de

exploração da atividade, nas áreas predominantes da cultura, foram prejudicados pela

baixa adoção de tecnologia, “manejo fitotécnico inadequado, limitação da fertilidade do

solo e, principalmente, a disponibilidade de água no solo” (MEDEIROS, et. al., 2004.)

Os estudos para o sistema de produção da melancia na região centro-norte do

Estado visam oferecer recomendações de nutrição mineral, correção e a adubação do

solo, indicações de sistema e/ou método de irrigação e propicionar o melhor

desenvolvimento e produtividade da cultura. As indicações de solo para cultivo são “solos

férteis, profundos, bem drenados, sem camadas compactadas” (MEDEIROS et. al., 2004),

que contribuam para o desenvolvimento ramador da planta. Mas também são bem

desenvolvidas em “solos de baixadas úmidas ou de terra firme com baixa fertilidade

natural” (MEDEIROS et. al., 2004), onde se recomenda a drenagem do excesso de água e

a correção da “baixa fertilidade natural, tornando-se imprescindível a correção de sua

acidez e adubação com macro e micronutrientes” (MEDEIROS, 2006)

“Pode-se adotar qualquer sistema e/ou método de irrigação no sistema de produção

da melancia, ambos terão suas vantagens e limitações. A depender dos fatores técnicos,

econômicos e sociais concernentes a cada condição específica. Durante o período de

1996 a 2000 foram testados diferentes manejos de água na cultura da melancia cultivar

Charleston Gray, irrigada por sulcos em área de cerrado. Foram comparados os efeitos de

diferentes manejos de água sobre o peso médio de frutos, a produtividade e o consumo de

água de irrigação” (MEDEIROS, 2004).

Além das pesquisas voltadas para a seleção do sistema de irrigação e o manejo de

água, à nutrição mineral, correção e adubação do solo. Temos ainda pesquisas aplicadas

à identificação dos insetos comuns à cultura que influenciam na “redução da produtividade

da melancia” (MARSARO, 2006).

QUADRO 2 ANO DE LANÇAMENTO E DE ADOÇÃO DA TECNOLOGIA

Ano de Lançamento: Ano de Início de adoção:

2000 2007

QUADRO 3 ABRANGÊNCIA DA TECNOLOGIA

Nordeste Norte Centro Oeste Sudeste Sul AL AC DF ES PR

BA X AM GO X MG RS X

CE AP MS RJ SC X

MA X PA MT SP X

PB RO

PE X RR X

PI TO

RN X

SE

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1.4. Beneficiários

Os principais beneficiários da tecnologia são os pequenos produtores da agricultura familiar, comunidades tradicionais e indígenas, pequenos e médios empreendimentos rurais.

2. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS NA CADEIA PRODUTIVA

O cultivo da melancia é uma das atividades agrícolas recomendadas em Roraima

visando a promoção econômica e a inserção social da agricultura familiar, das

comunidades tradicionais e dos pequenos e médios empreendimentos. No âmbito desta

avaliação identificou-se produtores rurais (indígenas, pequenos e médios), ambos

atendidos pelo setor de fornecimentos de insumos do comércio local.

O sistema de produção adotado requer o uso de máquinas e equipamentos para

preparação do solo e manutenção do plantio, bem como o uso de mão-de-obra contratada

além da familiar para serviços de aplicação de defensivos, adubação, manejo da irrigação

e para colheita, refletindo positivamente na geração de mão de obra local.

A melancia é de boa aceitação no mercado local e no mercado inter-estadual. É

uma atividade que proporciona um rápido retorno econômico, quando comparado a outras

culturas, e tem despertado interesse de muitos produtores pelo seu cultivo. Em boas

condições de cultivo a colheita pode ocorrer entre 60 a 75 dias, portanto, com exceção do

período chuvoso entre os meses de abril a julho, o cultivo pode ocorrer por várias etapas e

estimular o comércio local de fornecimento de insumos, na geração de emprego e renda.

2.1. Descrição da Cadeia Produtiva

Diversos autores têm abordado estudos de cadeias produtivas com enfoque

sistêmico, de acordo com Castro et al., (2002) os primeiros trabalhos no Brasil surgiram na

década de 80 e ampla expansão na década de 90. Neste sentido se destacaram alguns

autores (Castro et al., 1995 e 1998; Zylberztajn, 1994; Batalha, 1998) os quais

contribuíram para este desenvolvimento, por meio de ferramentas analíticas consistentes.

Define-se Cadeia produtiva, como sendo o conjunto de atividades econômicas que

se articulam progressivamente desde o conhecimento do mercado de fatores, passando

pelo processamento produtivo até chegar ao mercado de produtos. Isso inclui desde as

matérias primas, insumos básicos, maquinas e equipamentos, componentes, produtos

intermediários até o produto acabado, a distribuição, a comercialização e a colocação do

produto final junto ao consumidor, constituindo elos de uma corrente.

A cadeia produtiva da melancia está disposta na seguinte forma:

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Fornecedores de Insumos: são os fornecedores de sementes, adubos,

fertilizantes, defensivos controladores de pragas e doenças, e recebem as embalagens dos

químicos entre outros itens necessários ao manejo.

Produtores: produtores rurais familiares e patronais.

Classificamos os produtores conforme o tamanho da área e nível de tecnologia

adotado para produção:

Pequeno produtor ou produtor familiar: disponibiliza uma área de até 2 hectares, e

adota baixo nível tecnológico na produção, e mão de obra familiar.

Médio produtor: disponibiliza até 80 hectares de área produtiva, com média adoção

de tecnológica, mão de obra familiar e temporária.

Grande produtor: disponibiliza até 200 hectares de área produtiva, com alto nível de

adoção tecnológica, mão de obra fixa, regime societário de produção.

Figura-se aqui a atravessador – que estabelece o comercialização da produção de

melancia das áreas de média produção ( com considerando até 80 hectares)

Pontos de Venda: A comercialização do produto é realizada por intermédio (figura

do atravessador), que em comum acordo com o produtor estabelece preço por fruto. A

distribuição é feita por atacado em feiras, pontos de venda e estabelecimentos comerciais

no mercado local e inter-estadual.

Figura-se aqui o atravessador – o individuo que estabelece a intermediação da

comercialização produção de melancia.

Consumidores: são consumidores diretos, ou seja, buscam o fruto nos pontos de

venda e suas preferências são por frutos inatura.

Consumidor atacadista, oriundo da produção de pequenos produtores.

OBS: Um fato que chama atenção na análise da comercialização é a indicação que

a melancia se apresenta como um produto de demanda elástica em relação a preços,

significando que na entressafra, em função da baixa oferta do produto sempre ocorre

aumento dos preços, sendo mais recomendada a sua exploração neste período.

3. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS

As unidades de medidas utilizadas para estimar o incremento de produtividade

estão baseadas nos dados da Produção Agrícola Municipal – PAM/IBGE, na qual

apresenta uma serie histórica de área plantada, quantidade produzida e valor da produção

da cultura da Melancia para o Estado de Roraima.

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Outro fator a considerar é a unidade de medida (UM) em que se baseiam as

estimativas de produção da cultura do PAM/IBGE, onde a estimativa de produção está

medida em quilos por hectare (kg/ha).

Os preços estão baseados nas informações divulgadas no rendimento de produção

do IBGE. Anteriormente na analise dos preços pagos aos produtores não apresentam

grandes variações, e a forma de comercialização do produto é a venda direta por fruto

(unidade). Considerando o padrão do IBGE, a UM (unidade) é dada em kg/hectare e

optou-se pela conversão em preço pago por quilo do produto, obtido através da relação

entre o valor da produção/quantidade produzida dos dados apresentados pelo PAM/IBGE.

3.1. Avaliação dos Impactos Econômicos A tecnologia gera impactos econômicos? sim ( X ) não ( ) 3.1.1. Impacto sobre a Produtividade (Incremento de Produtividade) TABELA 1 GANHOS LÍQUIDOS UNITÁRIOS.

Ano

Rendimento Anterior/UM Rendimento Atual/UM Preço Unitário R$/UM

Custo Adicional R$/UM

Ganho Unitário R$/UM

(A) (B) (C) (D) E=[(B-A)xC]-

D

2007 7486 42.000 2,22 4.942 71.679

2008 7575 44.100 2,22 7.647 73.439

2009 7575 46.305 2,13 3.247 79.248

2010 7657 48.620 2,04 4.750 78.815

2011 7657 48.800 2,00 6.258 76.028

2012 7800 48.950 1,89 4.998 72.776

2013 7800 28.667 4,62 1.168 95.236

TABELA 2 - BENEFÍCIOS ECONÔMICOS NA REGIÃO.

Ano Participação da Embrapa

% Ganho Líquido

Embrapa R$/UM Área de Adoção Benefício Econômico

(F) G=(ExF) (H) I=(GxH)

2007 25% 17.920 932 16.701.274

2008 25% 18.360 944 17.331.489

2009 25% 19.812 944 18.702.479

2010 25% 19.704 955 18.816.993

2011 25% 19.007 955 18.151.574

2012 25% 18.194 1.000 18.193.921

2013 10% 9.524 33 314.280

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3.1.2. Expansão da Produção TABELA 3 - GANHOS LÍQUIDOS.

Ano

Renda com Produto Anterior -R$ Renda com Produto

Atual - R$ Renda Adicional Obtida R$

(A) (B) C=(B-A) 2007 16.619 93.240 76.621

2008 16.817 97.902 81.086

2009 16.135 98.630 82.495

2010 15.620 99.185 83.565

2011 15.314 97.600 82.286

2012 14.742 92.516 77.774

2013 36.036 132.440 96.404

TABELA 4 - BENEFÍCIOS ECONÔMICOS NA REGIÃO.

Ano

Participação da Embrapa %

Ganho Líquido Embrapa R$/UM Área de Adoção

Benefício Econômico

(D) E=(CxD) (F) G2=(ExF)

2007 25% 19.155 932 17.852.712

2008 25% 20.271 944 19.136.178

2009 25% 20.624 944 19.468.796

2010 25% 20.891 955 19.951.151

2011 25% 20.572 955 19.645.783

2012 25% 19.443 1.000 19.443.375

2013 10% 9.640 33 318.133

3.2. Análise dos impactos econômicos: 3.2.1. Analise do Incremento de Produtividade:

Os sistemas de cultivos da melancia diferenciam-se por seus fatores técnicos, tais como disponibilidade de recursos hídricos, solo, topografia e clima, e as condições de uso dependem do nível tecnológico combinado a esses fatores. Para efeitos comparativos formulamos um sistema de cultivo de Melancia em condições mínimas e comparamos ao sistema de produção recomendado pela Embrapa Roraima.

A série histórica obtida para analise do incremento de produtividade entre os sistemas foi extraída da base de dados do IBGE do relatório de Produção Agrícola Municipal – PAM do período de 2000 a 2012 que apresentam dados que se aproximam da produtividade obtida com o sistema de produção de baixa adoção tecnológica. Para analisarmos o sistema de produção que atende as recomendações foram realizadas entrevistas com produtores de médio e grande nível de adoção tecnológica.

Os parâmetros de analise comparam a produção de melancia com baixo nível de tecnologia com o sistema de produção da melancia recomendado. No sistema de condições mínimas de cultivo obtivemos uma redução dos insumos e/ou a não adoção

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segundo as recomendações, baixa disponibilidade de mão de obra e sistema de irrigação inadequado, o conjunto desses fatores implicam na baixa produtividade e preço de venda.

A produtividade por hectare da melancia com baixa adoção tecnológica é em média 7,8 ton, e o com alta adoção tecnológica alcança em média 30 ton. . Esse incremento na produtividade de um sistema para outro obteve uma variação de 368%, quando se adota as recomendações de sistema de irrigação, manejo e tratos específicos da cultura.

Os custos de nesses sistemas é diferenciado. Quanto maior o uso de insumos e mão de obra maior o custo, e o retorno esperado é o incremento de produtividade e melhores preços de venda.

3.2.2. Analise sobre a Expansão da Produção:

Ao analisar o impacto sobre a expansão da produção obtivemos a renda gerada por

cada sistema e multiplicamos com o preço médio obtido durante as entrevistas. Obtivemos

um preço médio de R$ 4,62. A renda adicional gerada de R$ 96.404 demonstra o retorno

da tecnologia em forma de renda por hectare com a adoção da tecnologia. A participação

de Embrapa Roraima em relação a adoção tecnologia já foi muito expressiva pois já

proporcionou pesquisas que subsidiaram o planejamento e exploração racional do cultivo

da melancia em Roraima.

Atualmente os trabalhos seguem em menor impacto em forma de orientações sobre

recomendação de cultura, desta forma, estabelecemos um percentual de 10 % de

participação da Embrapa Roraima para o ano de 2013. O ganho líquido expressa o ganho

da Embrapa Roraima em relação a adoção tecnologia em 2013 foi de R$ 9.640 por hectare

produzido, a área adicional desta analise foi de 33 hectares assim o retorno econômico

para Embrapa Roraima alcançou o montante de R$318.313 no ano de 2013.

O custo adicional da tecnologia foi obtido pela diferenciação dos custos dos

sistemas para serie histórica dos anos 2005 a 2012 através da correção da inflação

conforme apresentação na TABELA 6:

TABELA 5 DIFERENÇA ENTRE OS CUSTOS DE PRODUÇÃO:

Ano Total do custo de produção do sistema baixa tecnologia

Total do custo de produção do sistema recomendado

Diferença entre os custos de produção

2005 933,61 3.564,07 2.630,45 2006 1.269,26 4.845,39 3.576,13 2007 1.153,68 4.404,17 3.250,49 2008 1.785,22 6.815,06 5.029,84 2009 758,05 2.893,85 2.135,80 2010 1.109,00 4.233,60 3.124,60 2011 1.461,06 5.577,60 4.116,54 2012 1.166,76 4.454,10 3.287,34 2013 8.833,00 10.500,00 1.166,67

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A metodologia aplicada para atualizarmos o valor do custo de produção da serie histórica 2005 a 2012, foi aplicação dos Índices de Preço por Atacado – IPA para o valor de R$ 4.233,60 do custo de produção publicado em abril de 2012. A correção foi realizada da seguinte forma:

1. O valor atual é divido pela variação percentual do IPA-DI do ano = VA / %IPA-DI a.a.

2. O resultado obtido é somado pelo valor de referência, e assim tem-se o valor corrigido.

3. Tabela 3 apresenta os valores corrigidos para os sistemas analisados e a diferença entre eles é o custo adicional de referência para analises de impactos.

A participação da Embrapa Roraima para modernização do sistema de produção da

melancia foi estimada em 25% no período de 2005 a 2012. E para o ano base de avaliação

considerou – se o percentual de 10% que reflete a atuação de Transferência de Tecnologia

no acompanhamento de áreas produtivas nos projetos de Valorização da Agricultura

Indígena – VAI e nas recomendações de cultura pós analise de solo. Com esse percentual

de atuação estimasse a geração de benefício econômico de R$ 314.280 para área

adicional do cultivo de melancia que segue as recomendações da Embrapa Roraima.

A partir de 2013 o parâmetro para estimar o custo de produção adicional em será a

atualização do custo de produção recomendado pela Embrapa Roraima a preços vigentes,

para se obter o custo por cova. O custo obtido foi de R$ 6,30. Adotamos o indicador custo

da cova por ser essa a referência de custo utilizada entre os produtores, e nas entrevistas

obtivemos um custo unitário médio R$5,60 por cova. Com esses valores de referencia

podemos estimar o custo adicional da seguinte forma:

Calculamos o número de covas pelo espaçamento utilizado para 1 hectare

(10.000m²)

As recomendações da Embrapa utiliza o espaçamento de 3 m o espaço entre linhas

e 2 m o espaço entre covas, multiplicando-se o espaço entre linhas pelo espaço entre

covas tem-se 3 m x 2 m = 6 m² .

Dividimos área de 1 hectare (10.000 m²) pelo resultado da multiplicação do

espaçamento e temos o número de covas que é igual a 1666 covas / hectare.

Assim para estimarmos o custo entre os sistemas multiplica-se o número de covas

pelos valores de referencia obtidos:

Custo do Sistema recomendado pela Embrapa Roraima = 1666 * 6,30 = R$

10.500,00

Custo médio dos sistemas adotados pelos produtores = 1666 * 5,30 = R$8.833,00

A diferença entre os custos nos dá o custo adicional de R$ 1.166,67 pela da

adoção tecnológica.

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3.3. Fonte de dados TABELA 6 - NÚMERO DE CONSULTAS REALIZADAS POR MUNICÍPIO.

Municípios Estado

Produtor Familiar

Produtor Patronal Total

Pequeno Médio Grande Comercial

Boa Vista RR 9 9

Alto Alegre RR 4 4

Cantá RR 3 3

Bonfim RR 1 1

Normandia RR 1 1

TOTAL 18 Fonte: entrevistas com produtores

3.4. Níveis de Adoção Tecnológica:

O médio produtor adota níveis de tecnologia de baixo custo de investimento,

inicialmente conta com conjunto de motobomba para distribuição da água através de

sulcos, o nível de capacitação da mão de obra contratada para operação e manutenção do

sistema de irrigação exige apenas conhecimento básico. Identificamos também médios

produtores que adotam a irrigação por localização que é o sistema de distribuir água

através de gotejamento nas covas. Para operação do sistema de gotejamento seu

investimento inicial é alto, e ainda exige mão de obra qualificada para o manejo do

sistema.

O grande produtor adota altos níveis de tecnologia com o sistema de irrigação por

gotejamento, pois desenvolvem grandes áreas e possuem quadro funcional maior e mais

qualificado para atender o manejo da cultura.

As comunidades indígenas que desenvolvem a cultura da melancia estão

classificadas como médios produtores. Identificamos comunidades com adoção de sistema

de irrigação em sulcos e gotejamento, que contam com parceria familiar para desenvolver

a cultura e com orientação técnica da Embrapa Roraima.

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14

4. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIAIS

4.1. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS

A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC-Social? sim ( X ) não ( )

TABELA 7 - IMPACTOS SOCIAIS – ASPECTO EMPREGO

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Média Tipo 1 (*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Capacitação Sim 1,25 1,25 1,25

Oportunidade de emprego local qualificado Sim 0,45 1,13 0,79

Oferta de emprego e condição do trabalhador Sim 0,80 1,00 0,90

Qualidade do emprego Sim 0,00 2,50 1,25 * Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial ).

Capacitação pondera os impactos quanto ao tipo de capacitação e nível da

capacitação:

Pode-se verificar que o nível de conhecimento dos médios e grandes produtores

está no âmbito do conhecimento empírico, ou seja, prevalecem as trocas de experiências.

Desta forma percebe-se uma fragilidade de atuação da assistência técnica e da adoção

tecnológica de modo eficiente e sustentável. Nesse aspecto o item foi pontuado como nível

básico, pois, a exigência está no conhecimento de praticas básicas sobre o

desenvolvimento do plantio, e em seguir a adubação e os demais tratos estabelecidos

pelos produtores.

Oportunidade de emprego local: pondera os impactos quanto à origem do

trabalhador e a qualificação para atividade.

No âmbito do médio produtor os impactos quanto à adoção da tecnologia foi

ponderado a oferta de emprego nos limites da unidade produtiva com exigência mínima de

esforço braçal. Promovendo assim, a interação e a remuneração entre as famílias. O

impacto da participação da mão de obra familiar é alto, pois quando se apura o custo de

produção da tecnologia, deve-se atribuir o valor de mão de obra contratado na condição

temporária (homem/dia). Valorizando assim as horas trabalhadas na adoção tecnológica,

já que os membros familiares dividem-se em diversas atividades na propriedade.

No âmbito do grande produtor os impactos quanto ao desenvolvimento da cultura da

melancia ponderam-se no entorno da propriedade, pois demanda de mão de obra é maior

e impactando na oferta de trabalho no município, havendo exigência de mão de obra

braçal, porem impactou em maior escala na mão de obra braçal especializada com a

presença de um gerente da propriedade.

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15

Oferta de Emprego e condição do trabalhador: pondera os efeitos da adoção

tecnológica na condição do trabalhador

No âmbito do médio produtor percebeu-se que o vinculo empregatício não reflete a

geração de emprego formal, há contratação de pessoas em maior número sempre no final

do ciclo, na fase de colheita.

No âmbito do grande produtor, verificamos que há contratação de mão de obra

temporária na fase de colheita. Sendo que a ponderação mais impactante está na

contratação formal de mão de obra, nos quais o grande produtor atende a legislação

trabalhista.

Qualidade do Emprego pondera a aplicação da legislação trabalhista e os benefícios

ao trabalhador:

No âmbito do médio produtor não houve alteração.

No âmbito do grande produtor o efeito é maior pelo fato que produtor possuir

potencial para formalizar a contratação com carteira assinada, atendendo os requisitos de

obrigatoriamente das leis do trabalho e oferecendo as condições essências para

permanência de seus trabalhadores.

TABELA 8 -IMPACTOS SOCIAIS – ASPECTO RENDA.

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Média Tipo 1 (*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Geração de Renda do estabelecimento Sim 2,50 2,50 2,50

Diversidade de fonte de renda Sim 1,75 1,75 1,75

Valor da propriedade Sim 1,25 1,25 1,25 * Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

Geração de renda do estabelecimento pondera fatores como retorno da tecnologia

para segurança, estabilidade, distribuição e montante.

Os impactos na geração de renda foram iguais para os produtores o que nos levar a

avaliar que as recomendações mínimas seguidas para a produção asseguram a renda

esperada, quando não há fatores que inviabilizam a produtividade como a falta de controle

pragas e doenças e adubação inadequada. A estabilidade é percebida em ambos os

produtores, pois o planejamento estabelecido por eles garantem a distribuição temporal da

renda.

Diversidade de fonte de renda ponderou a diversidade de atividades agropecuárias: A exploração da cultura da melancia ocorre no período de estiagem, que os levar a avaliar que há impacto quanto à diversidade de fonte de renda: tanto o médio e o grande produtor costumar intercalar sua área de produção, com culturas aptas a serem desenvolvidas no

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inverno: como milho, feijão-caupi. O beneficio dessa rotação de cultura é a redução de insumos, o controle de pragas e doenças e garantia de renda.

Valor da Propriedade:

O incremento do valor da propriedade também é percebido quando o retorno econômico

auferido pelos produtores proporciona o investimento em benfeitorias na propriedade.

TABELA 9 - IMPACTOS SOCIAIS – ASPECTO SAÚDE.

Indicadores Se aplica (Sim/Não) Média Tipo 1 (*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Saúde ambiental e pessoal Sim 0,00 0,00 0,00

Segurança e saúde ocupacional Sim -0,30 -0,30 -0,30

Segurança alimentar Sim 1,00 2,00 1,50 * Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

Saúde Ambiental e pessoal: sem efeito em relação à condição anterior. Destaca-se

que a adoção tecnológica não propõe riscos eminentes ou possa interferir de formar

degradativa ao meio ambiente.

Segurança e Saúde Ocupacional: de todos os fatores relacionados nesse item,

enfatizamos apenas a intensa exposição ao sol, característico da região norte. Quanto a

agentes químicos os mesmos já tem conhecimento dos perigos e fazem uso de EPI.

Segurança Alimentar: esse fator é garantido não só pela produção em si, mas

também pela renda gerada pela tecnologia, que garante adquirir outros produtos que não

são cultivados na propriedade, assim passam a possuir quantidade e qualidade nutricional.

TABELA 10 - IMPACTOS SOCIAIS – ASPECTO GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO.

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Média Tipo 1 (*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Dedicação e perfil do responsável Sim 0,75 1,50 1,13

Condição de comercialização Sim 0,25 0,30 0,28

Reciclagem de resíduos Sim 0,00 0,00 0,00

Relacionamento institucional Sim 0,00 0,75 0,38 *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

Dedicação e Perfil do Responsável:

Nesse aspecto os perfis são diferentes:

Na área do médio produtor figura-se o proprietário como o administrador, e o custo

relativo de se manter essa mão de obra é o custo de oportunidade de se contratar um

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administrador no mercado local. O impacto proporcionando pela adoção tecnológica é no

engajamento familiar.

Na área de grande produtor figura-se o perfil gerencial com o uso de sistema

contábil e um modelo formal de planejamento.

As condições de comercialização do médio produtor impactaram na venda direta e

na cooperação entre outros produtores. No grande produtor o impacto deu-se na venda

direta e no transporte próprio, demonstrando o potencial em distribuir o produto.

A reciclagem de resíduos: sem efeito em relação à condição anterior.

Quanto ao aspecto de relacionamento institucional impactou apenas na área do

grande produtor por contar com mão de obra gerencial.

4.2. ANÁLISE DOS RESULTADOS QUADRO 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Média Tipo 1 Média Tipo 2 Média Geral 0,62 1,12 0,87

Os impactos sociais da adoção do pacote tecnológico do Sistema de Produção da

Melancia no centro-norte de Roraima foram positivos tanto no âmbito do pequeno produtor

quanto no produtor patronal. O resultado reflete os efeitos da adoção diferenciada do

pacote tecnológico recomendado pela Embrapa Roraima, proporcionando a geração de

renda, a oferta de empregos e o engajamento familiar na atividade produtiva. A média

geral expressa que a atividade é uma boa alternativa para inserção social e econômica da

agricultura familiar, das comunidades tradicionais e dos pequenos e médios

empreendimentos.

4.3. IMPACTOS SOBRE O EMPREGO TABELA 11 - NÚMERO DE EMPREGOS GERADOS.

Ano

Emprego adicional por unidade de área

Área adicional Não se aplica

Quantidade de emprego gerado

(A) (B) C= (AXB)

2007 3,20 0

2008 3,20 12 38,4

2009 3,20 0 0

2010 3,20 11 35,2

2011 3,20 0 0

2012 3,20 45 144

2013 6,00 33 198

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18

A série histórica de 2007 a 2012 manteve uma relação de geração de emprego em

3,20 empregos por hectare. Essa média de geração de empregos foi obtida em entrevistas

com produtores de médio nível de adoção tecnológica, que conta com mão de obra familiar

e parceria (comunidades indígenas). Para analise de 2013 a relação de empregos passou

de 3,20 a 6,00 empregos por hectare. O incremento deste fator deu-se pela verificação de

propriedades que mantém seu quadro funcional de empregados devidamente registrados e

utilizam áreas de até 200 hectares para o cultivo da melancia. A demanda de mão de obra

varia de ciclo da cultura. A área adicional no ano base foi de 33 hectares, estima-se que

cerca de 198 empregos foram ofertadas no período de produção da cultura e ao longo da

cadeia produtiva.

5. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

5.1. Avaliação dos impactos ambientais

A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC? sim ( X ) não ( )

5.1.1. Alcance da Tecnologia TABELA 12 - EFICIÊNCIA TECNOLÓGICA.

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Média Tipo 1 (*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Uso de agroquímicos/insumos químicos e ou materiais

Sim -0,75 -0,75 -0,75

Uso de energia Sim -0,50 -0,50 -0,50

Uso de recursos naturais Sim -2,00 -2,00 -2,00 Tipo 1 - Produtor familiar (pequeno). **Tipo 2 - Produtor patronal (médio e grande, comercial)

A atual forma de produção adotada pelos pequenos e médios produtores diminuiu a

eficiência pacote tecnológica, por ter sido observado que o uso de insumos (agroquímicos

e combustíveis) não segue parâmetros adequados, com a adoção parcial das práticas

preconizadas no pacote tecnológico do sistema de produção desenvolvido pela Embrapa

Roraima. Os impactos sobre os recursos naturais (solo e água) também incidiram com

moderado aumento, pela utilização intensiva destes recursos.

Impactos que poderiam ser minimizados se os produtores rotineiramente adotassem

técnicas como: a análise do solo e sua correta interpretação, adequando dosagem e a

época de aplicação de fertilizantes e pesticidas, diminuindo custos, evitando contaminação,

propiciando segurança ao produtor e ao consumidor. A adoção de técnicas de irrigação

localizada e a determinação de turnos de rega e volume água adequados, diminuem o

consumo de energia, como a queima de combustíveis fósseis, uma vez que o sistema de

irrigação tem melhor rendimento frente aos convencionais (aspersão).

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5.1.2. Conservação Ambiental

TABELA 13 -CONSERVAÇÃO AMBIENTAL.

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Média Tipo 1 (*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Atmosfera 0 0 0

Capacidade produtiva do solo 0 0 0

Água 0 0 0

Biodiversidade 0 0 0 *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

Nos indicadores sobre a conservação ambiental não foi perceptível nenhuma

alteração nos critérios atmosfera, capacidade produtiva do solo, água e biodiversidade.

5.1.3. Recuperação Ambiental TABELA 14 - RECUPERAÇÃO AMBIENTAL.

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Média Tipo 1 (*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Recuperação Ambiental Sim 0 0 0 *’Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

A adoção parcial do pacote tecnológico para savana de Roraima, em solos

tipicamente arenosos, proporciona o incremento da fertilidade e a manutenção de

cobertura vegetal que aliada aos métodos de controle da água de irrigação, que impactam

na recuperação ambiental, já que as áreas adotadas para o plantio são naturais, sem

notificação de degradação. O maior efeito foi na média do pequeno produtor - tipo 1, que

expressão a uma redução de áreas anteriormente impróprias para cultivo.

5.2. Índice de Impacto Ambiental

QUADRO 5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Média Tipo 1 Média Tipo 2 Média Geral - 0,41 - 0,41 - 0,41

De modo geral, a adoção parcial do pacote tecnológico pelos produtores

entrevistados não foi suficiente para proporcionar uma significativa redução dos impactos

sobre os recursos naturais, o que ocorreria caso os produtores adotassem totalmente as

técnicas preconizadas pela Embrapa Roraima. As tecnologias desenvolvidas e aplicadas

pelo sistema de produção transferido proporcionariam a racionalização no uso de insumos,

de energia, do solo e da água. Observou-se que o pequeno produtor, por utilizar

intensamente suas áreas de produção, foi quem mais proporcionalmente causou impactos

sobre o meio ambiente, uma vez o produtor mais capitalizado buscou informações

necessidade de utilizar técnicas adequadas à cultura para obter maior rendimento de suas

áreas.

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6. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOBRE CONHECIMENTO, CAPACITAÇÃO E POLÍTICO-INSTITUCIONAL

6.1. Impactos sobre o Conhecimento QUADRO 6 IMPACTO SOBRE O CONHECIMENTO

Indicadores Se aplica

(Sim/Não)

Avaliador 1

Avaliador 2

Avaliador 3

Média

Nível de geração de novos conhecimentos 1 1 1 1,00

Grau de inovação das novas técnicas e métodos gerados

1 0 1 0,67

Nível de intercâmbio de conhecimento 3 1 0 1,33

Diversidade dos conhecimentos aprendidos 3 1 1 1,67

Patentes protegidas 0 0 0 0,00

Artigos técnico-científicos publicados em periódicos indexados

1 0 1 0,67

Teses desenvolvidas a partir da tecnologia 1 0 0 0,33 Escala: Muito negativo (-3): redução de mais de 75%; Negativo (-1): redução de mais de 25% e menos de 75%; Sem mudança (0): sem alteração ou alterações que representam reduções ou aumentos menos de 25%; Positivo (1): aumento de mais de 25% e menos de 75%; Muito positivo (3): aumento de mais de 75%.

Atualmente a Embrapa Roraima vem desenvolvendo novos experimentos sobre a

consorciação da melancia com a mandioca em parceria com produtores. O que possibilita

manter a analise quanto aos impactos sobre o conhecimento:

Os impactos sobre o conhecimento foram positivos, expressando que as pesquisas voltadas à

cultura da melancia no Estado de Roraima oferecem vantagens pela orientação de manejo na

aplicação dos insumos e pelo controle da irrigação. Estabelece-se, também, um intercâmbio de

conhecimento entre instituições de ensino, como a Universidade Federal de Roraima - UFRR, a

Escola Técnica Agrícola – EAGRO e a Universidade de Estado de Roraima – UERR, com a

oferta de cursos de graduação e mestrados na área de agronomia. (Relatório de Impactos,

2012.)

6.2. Impactos sobre Capacitação QUADRO 7 IMPACTO SOBRE CAPACITAÇÃO

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Avaliador 1

Avaliador 2

Avaliador 3

Média

Capacidade de se relacionar com o ambiente externo

1 1 1 1,00

Capacidade de formar redes e de estabelecer parcerias

1 0 1 0,67

Capacidade de compartilhar equipamentos e instalações

1 1 0 0,67

Capacidade de socializar o conhecimento gerado 3 1 1 1,67

Capacidade de trocar informações e dados codificados

0 0 0 0,00

Capacitação da equipe técnica 3 1 1 1,67

Capacitação de pessoas externas 3 1 1 1,67 Escala: Muito negativo (-3): redução de mais de 75%; Negativo (-1): redução de mais de 25% e menos de 75%; Sem mudança (0): sem alteração ou alterações que representam reduções ou aumentos menos de 25%; Positivo (1): aumento de mais de 25% e menos de 75%; Muito positivo (3): aumento de mais de 75%.

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Atualmente a Embrapa Roraima vem desenvolvendo novos experimentos sobre a

consorciação da melancia com a mandioca em parceria com produtores. O que possibilita

manter a analise quanto aos impactos sobre a capacitação:

As pesquisas voltadas ao sistema de produção da melancia, têm efeitos positivos quanto à

socialização do conhecimento, a capacitação da equipe técnica e de pessoas externas, devido

ao grande empenho de estudantes, técnicos e dos produtores na formação do conhecimento.

(Relatório de Impactos, 2012.)

6.3. Impactos Político-institucional

QUADRO 8 IMPACTO POLÍTICO-INSTITUCIONAL

Indicadores Se aplica (Sim/Não)

Avaliador 1

Avaliador 2

Avaliador 3

Média

Mudanças organizacionais e no marco institucional

0 0 0 0

Mudanças na orientação de políticas públicas 0 0 0 0

Relações de cooperação público-privada 0 0 0 0

Melhora da imagem da instituição 1 1 1 1

Capacidade de captar recursos 1 0 1 0,67

Multifuncionalidade e interdisciplinaridade das equipes

1 0 1 0,67

Adoção de novos métodos de gestão e de qualidade

1 0 0 0,33

Escala: Muito negativo (-3): redução de mais de 75%; Negativo (-1): redução de mais de 25% e menos de 75%; Sem mudança (0): sem alteração ou alterações que representam reduções ou aumentos menos de 25%; Positivo (1): aumento de mais de 25% e menos de 75%; Muito positivo (3): aumento de mais de 75%.

Atualmente a Embrapa Roraima é referência nas indicações entre as instituições de

assistência técnica e ensino. O que possibilita manter a analise quanto aos impactos sobre

a capacitação:

Os impactos político-institucionais decorrentes dos resultados gerados com o desenvolvimento e

adoção do pacote tecnológico foram percebidos quanto à melhora da imagem da instituição,

pois o conhecimento gerado chega ao campo, às instituições de ensino e pesquisa. E demonstra

boa capacidade de captar recursos junto aos programas de desenvolvimento de pesquisas

envolvendo em suas atividades o caráter multifuncional e interdisciplinar dos pesquisadores da

Embrapa Roraima. Além de contribuir, juntamente com toda carteira de tecnologias

desenvolvidas pela Unidade, contribui positivamente para melhora de imagem da instituição.

(Relatório de Impactos, 2012.)

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6.4. Análise Agregada dos Impactos sobre o Conhecimento, Capacitação e Político-institucionais:

O pacote tecnológico em avaliação foi adotado a partir de 2005, assim, os quesitos

propostos na avaliação apresentaram impactos positivos quanto ao nível de intercâmbio de

conhecimento e a diversidade de conhecimentos aprendidos devido à busca dos

conhecimentos ofertados com as pesquisas.

Já com relação aos impactos sobre capacitação e aprendizagem, apresentaram

impactos muito positivos quanto à capacidade de socializar o conhecimento gerado,

capacitação da equipe técnica e a capacitação de pessoas externas. Os impactos político-

institucionais foram positivos por proporcionar a instituição uma melhora da imagem da

instituição junto à comunidade agrícola, instituições de ensinos. Quanto à

multifuncionalidade e interdisciplinaridade das equipes, os impactos foram positivos,

expressando a abrangência de estudos em diversas áreas de pesquisa, que vão desde a

fitossanidade, solos, manejo até a comercialização.

A cultura da melancia no Estado apresenta grande habilidade em estabelecer redes

de capacitação e aprendizagem, por ser requisito de estudos nos cursos ofertados em

instituições públicas e privados com foco no agronegócio, com o maior intercâmbio advindo

de parcerias com essas instituições. Tais fatos induzem o aumento da produção de ciência

e tecnologia e de habilidades e competências nos atores envolvidos no processo

agropecuário, tendo como consequência o impacto positivo na qualidade e quantidade de

conhecimento à disposição dos produtores e da comunidade acadêmica, fomentando a

inovação (dentro e fora da Unidade).

6.5. Fonte de dados

A avaliação dos impactos sobre conhecimento, capacitação e político-institucional

foi realizada no âmbito da pesquisa, com o pesquisador responsável pelo sistema de

produção, e no âmbito da transferência de tecnologia, com analistas da Unidade.

7. AVALIAÇÃO INTEGRADA E COMPARATIVA DOS IMPACTOS GERADOS

Historicamente cultura da melancia, em Roraima, ganhou destaque no Estado a

partir de 1998, com maior expressão os municípios de Normandia, Bonfim, Mucajaí,

Iracema, Alto Alegre e Boa Vista. Nesta avaliação dos impactos da tecnologia foram

estimados para área total de produção, conforme dados publicados no SIDRA/IBGE, no

contexto destacamos a expressiva participação dos produtores familiares na região centro-

norte do Estado, e das comunidades indígenas e também a participação de um produtor

patronal. Ressalte-se que a estabilidade no sistema de produção da melancia reflete a

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segurança do produto em resposta ao incremento de tecnologias e ao advento das

parcerias entre a pesquisa e a iniciativa privada.

A cultura da melancia propicia rápido retorno do investimento, alta liquidez e

mercado consumidor confiável, tornando-se uma alternativa para viabilizar negócios na

agricultura familiar, bem como assume função relevante nos aspectos sociais, como renda,

gestão e administração do negócio e segurança alimentar. Outro aspecto observado é o

número de empregos gerados pela atividade, no qual foi possível identificar uma grande

demanda por mão de obra braçal nas áreas produtivas. Devido a exigência da cultura em

dispor de mão-de-obra desde o processo de implantação, aos tratos culturais até a colheita

dos frutos. Na grande maioria das propriedades de agricultura familiar percebeu-se que a

condição desses trabalhadores é temporária, não atendendo aos critérios trabalhistas,

avaliados na metodologia Ambitec.

O índice de impacto ambiental negativo da forma de produção adotada pelos

pequenos e médios produtores, diminuiu a eficiência tecnológica do segmento, por

observar-se que o uso de insumos (agroquímicos e combustíveis) não segue parâmetros

adequados, com a adoção parcial das práticas preconizadas no pacote tecnológico do

sistema de produção desenvolvido pela unidade. Os impactos sobre os recursos naturais

(solo e água) também incidiram negativamente, pela utilização intensiva destes recursos.

Foi registrada a recuperação ambiental de áreas anteriormente impróprias para cultivo,

com solos tipicamente arenosos, que receberam incrementos de fertilidade e a

manutenção de cobertura vegetal por um período mais prolongado.

Os impactos sobre o conhecimento, capacitação e político-institucionais foram

positivos expressando o nível de intercâmbio e a diversidade de conhecimentos ofertados

com as pesquisas. Que alcançam o nível de capacitação e aprendizagem dos técnicos e

equipes de estudos, bem como a capacidade de socializar o conhecimento gerado,

capacitação da equipe técnica e a capacitação de pessoas externas. Proporcionaram a

instituição uma melhora da imagem da instituição, e a ampliação da capacidade de captar

recursos devido à inserção produtiva no ambiente socioeconômico de caráter fortemente

mercadológico, atraindo mais investimentos de parcerias com o setor privado, superando a

capacidade de financiamento do setor público (principal fonte de recursos da Embrapa).

Quanto à multifuncionalidade e interdisciplinaridade das equipes e a adoção de novos

métodos de gestão e de qualidade, por ser objeto em maior constância de trocas entre a

Unidade e as outras instituições de interesse, entre ela e a própria Embrapa (outras

Unidades, por exemplo) e dentro mesmo da Unidade.

A cultura da melancia no Estado apresenta grande habilidade em estabelecer redes

de capacitação e aprendizagem, com estímulo a pesquisas aos cursos ofertados por

instituições públicas e privadas com foco no agronegócio, com o maior intercâmbio advindo

de parcerias com essas instituições. Tais fatos induzem o aumento da produção de ciência

e tecnologia e de habilidades e competências nos atores envolvidos no processo

agropecuário, tendo como consequência o impacto positivo na qualidade e quantidade de

conhecimento à disposição dos produtores e da comunidade acadêmica, fomentando a

inovação (dentro e fora da Unidade).

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8. CUSTOS DA TECNOLOGIA 8.1. Estimativa dos Custos TABELA 15 - ESTIMATIVA DOS CUSTOS DE GERAÇÃO DE TECNOLOGIA

Ano Custos de Pessoal

Custeio de Pesquisa

Depreciação de Capital

Custos de Administração

Custos de Transferência Tecnológica Total

2000 16.138,05 10.000,00 150,00 3.000,00 5.000,60 34.288,65

2001 16.783,56 10.000,00 150,00 3.000,00 5.000,61 34.934,17

2002 17.563,93 10.000,00 190,00 3.000,00 5.300,65 36.054,58

2003 18.388,33 10.000,00 220,00 3.000,00 5.549,88 37.158,21

2004 20.073,81 10.000,00 245,00 3.000,00 6.077,11 39.395,92

2005 21.915,21 4.200,00 268,40 1.800,00 5.178,42 33.362,04

2006 25.159,96 5.746,05 331,59 1.800,00 6.448,22 39.485,82

2007 29.295,49 4.200,00 417,23 1.800,00 7.539,66 43.252,38

2008 41.787,73 4.200,00 597,96 1.800,00 8.339,11 56.724,80

2009 45.643,80 4.200,00 674,79 1.800,00 13.615,58 65.934,17

2010 37.272,29 5.100,00 575,41 900,00 13.815,57 57.663,28

2011 35.475,17 5.000,00 614,55 750,00 14.506,35 56.346,07

2012 30.500,00 5.000,00 710,60 750,00 15.231,67 52.192,27

2013 0,00 0,00 0,00 0,00 6.092,67 6.092,67

Total Geral 552.503,70

8.2. Análise dos Custos

A metodologia para estimarmos os custos da tabela 14 preconizou o

estabelecimento de uma série histórica a partir do ano de adoção da tecnologia (2005) ao

ano base de avaliação (2010). A estimativa do custo de pessoal foi baseada no salário

médio liquido anual da equipe de pesquisadores da Unidade no respectivo ano.

Considerando como tempo de dedicação do pesquisador 20 % do salário médio anual dos

respectivos anos.

O custeio de pesquisa expressa o recurso anual recebido para o desenvolvimento

dos trabalhos de pesquisas no pacote tecnológico não foram contabilizados para o ano

base. Existem experimentos que apresentarão resultados em 2014, mas que seus custos

não são oriundos de projetos e não entram na conta da unidade. Esses experimentos

estão sendo desenvolvidos pela iniciativa e ônus de produtores.

A depreciação de capital corresponde ao percentual de 0,1% do saldo de

depreciação anual de Unidade – informação fornecida pelo Setor de Orçamento e

Finanças. O custo de administração foi estipulado em 30% do custeio de pesquisa durante

os anos 2005 a 2009, esse percentual caiu para 15%, a partir de 2010.

O custo de transferência está estimada pelo tempo dedicado de um analista em

relação a um dia para eventos de transferência de tecnologia, e o percentual de 20% das

atividades desenvolvidas por um assistente de campo e ainda o consumo de 55 litros de

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25

combustível o que totalizou em 2013 o valor de R$ 6.092,67. O total de custo com a

tecnologia em 2013 é igual ao custo de transferência de tecnologia.

O fluxo de benefícios expressa diferença entre os benefícios adquiridos com a

adoção tecnológica e os custos da pesquisa. Apresentamos na TABELA 15 o custo de

geração de Tecnologia e na TABELA 16 os benefícios econômicos auferidos. No QUADRO

9 a representação das diferença entre os custos e os benefícios. Com essas informações

obtemos a rentabilidade dos investimentos, através da taxa interna de retorno (TIR),

relação benefício/custo (B/C) ou valor presente líquido (VPL).

TABELA 16 – BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DA TECNOLOGIA

Ano

TOTAL DOS BENEFÍCIOS DE IMPACTO ECONÔMICO

T=(I+G1+G2+G3) 2001 R$ (145.160,19)

2002 R$ (166.273,90)

2003 R$ (194.604,98)

2004 R$ (880.610,71)

2005 R$ (1.229.813,04)

2006 R$ (1.623.491,89)

2007 R$ 34.553.985,27

2008 R$ 36.467.667,45

2009 R$ 38.171.275,11

2010 R$ 38.768.143,83

2011 R$ 37.797.356,84

2012 R$ 37.637.295,83

2013 R$ 632.413,09

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QUADRO 9 ANÁLISE BENEFICIO/CUSTO

ANO 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

FLUXO DE BENEFICIOS 0 -145.160 -166.274 -194.605 -880.611 -1.229.813 -1.623.492 34.553.985 36.467.667 38.171.275 38.768.144 37.797.357 37.637.296 632.413

FLUXO DE

CUSTOS 34.289 34.934 36.055 37.158 39.396 33.362 39.486 43.252 56.725 65.934 57.663 56.346 52.192 6.093

FLUXO DE

BENEFÍCIOS LÍQUIDOS -34.289 -180.094 -202.328 -231.763 -920.007 -1.263.175 -1.662.978 34.510.733 36.410.943 38.105.341 38.710.481 37.741.011 37.585.104 626.320

TAXA INTERNA

DE RETORNO 120,3%

QUADRO 10 VALOR PRESENTE LÍQUIDO (em Mil reais)

- -

- - Relação B/C

4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18%

R$144.598 R$118.299 R$97.010 R$80.085 R$66.387 R$55.249 R$46.154 R$38.695 2,91

Analise dos Resultados:

No período de 2000 a 2006 o fluxo de benefício da tecnologia foi negativo, representando o período de desenvolvimento da pesquisa e seus resultados. A partir de 2007 começa haver equilíbrio entre despesas com pesquisa e resultados de produtividade com adoção tecnológica. A TIR representa a taxa interna de retorno representa a taxa de desconto que iguala os fluxos de entrada com os fluxos de saída de caixa, em um dado momento, produzindo um VPL igual à zero. No ano de 2013 a TIR foi de 120,3% representado a viabilidade da adoção tecnológica e a TMA de 6% o VPL de R$ 118.299 um saldo positivo para áreas adicional de produção. A relação beneficio/custo demonstra que para cada R$1,00 o retorno com adoção tecnológica é de R$2,91.

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9. AÇÕES SOCIAIS

Valorização da Agricultura Indígena (VAI) - Viabilização de aprendizado

prático em tecnologias sustentáveis para agricultura indígena na comunidade da Taba

Lascada, Cantá-RR

Este projeto teve início em 2011 e foi dado sequência em 2012, sendo este projeto

voltado à capacitação de mulheres, jovens e grupos indígenas organizados, no sentido de

viabilizar o aprendizado prático em tecnologias sustentáveis para a agricultura indígena.

Tal ação deve resultar em uma maior diversificação na fonte alimentar, no uso didático

deste espaço, na ampliação e compartilhamento dessas informações, na replicação de

tecnologias agrícolas, no aumento da quantidade e qualidade destes alimentos, da auto-

estima e também na geração de renda junto às comunidades envolvidas no processo, este

projeto está sendo viabilizado em vários municípios do Estado. Na comunidade da Taba

Lascada localizada no Município do Cantá, foram trabalhadas as cultura de melancia,

milho, mandioca e feijão, sendo realizadas ainda trabalhos de plantio de culturas com a

finalidade de resgate de sementes como milho e melancia, além da produção de mudas de

buriti. Também houve capacitação em plantio de tomate, piscicultura, plantio de culturas

anuais, sistemas de produção agroecológicpo, e produção de mudas em viveiro para 25

pessoas todos sócios da APIT. Após a realização dos trabalhos pudemos verificar a

produção de 7t de melancia, 500Kg de milho, 5t de mandioca e 250Kg de feijão na área do

VAI da Comunidade.

Valorização da Agricultura Indígena (VAI) - Viabilização de aprendizado

prático em tecnologias sustentáveis para agricultura indígena na comunidade de Campo

Alegre, Boa Vista – RR

Este projeto teve início em 2011 e foi dado sequência em 2012, sendo este projeto voltado

à capacitação de mulheres, jovens e grupos indígenas organizados, no sentido de

viabilizar o aprendizado prático em tecnologias sustentáveis para a agricultura indígena.

Tal ação deve resultar em uma maior diversificação na fonte alimentar, no uso didático

deste espaço, na ampliação e compartilhamento dessas informações, na replicação de

tecnologias agrícolas, no aumento da quantidade e qualidade destes alimentos, da auto-

estima e também na geração de renda junto às comunidades envolvidas no processo, este

projeto está sendo viabilizado em vários municípios do Estado. Na Comunidade de Campo

Alegre foram trabalhadas as culturas da melancia, milho, mandioca e feijão, além de

plantio de culturas com a finalidade de resgate de sementes de milho, cabaça, balde e

melancia, e produção de mudas de buriti. Foram feitas também capacitação para produção

de mudas em viveiro e plantio de culturas anuais para 15 pessoas sendo membros e

coordenadores dos trabalhos do VAI na Comunidade e Alunos da Comunidade, vale

ressaltar que este ano houve a produção de 250Kg de feijão e 500kg de milho no projeto

da comunidade

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Valorização da Agricultura Indígena (VAI) - Viabilização de aprendizado

prático em tecnologias sustentáveis para agricultura indígena na comunidade de Tachi II,

Pacaraima-RR

Este projeto teve início em 2011 e foi dado sequência em 2012, sendo este projeto voltado

à capacitação de mulheres, jovens e grupos indígenas organizados, no sentido de

viabilizar o aprendizado prático em tecnologias sustentáveis para a agricultura indígena.

Tal ação deve resultar em uma maior diversificação na fonte alimentar, no uso didático

deste espaço, na ampliação e compartilhamento dessas informações, na replicação de

tecnologias agrícolas, no aumento da quantidade e qualidade destes alimentos, da auto-

estima e também na geração de renda junto às comunidades envolvidas no processo, este

projeto está sendo viabilizado em vários municípios do Estado. Na comunidade de Tachi II,

localizado no Município de Pacaraima foram trabalhadas as culturas de melancia, milho,

mandioca e feijão, além de plantios de culturas com a finalidade de resgate de sementes

de milho, cabaça, balde e melancia, ale, de trabalhar a produção de mudas de buriti.

Nessa comunidade foram capacitadas 25 pessoas, sendo alunos do curso de auxiliar

agrícola e associados da cooperativa.

Valorização da Agricultura Indígena (VAI) - Viabilização de aprendizado

prático em tecnologias sustentáveis para agricultura indígena na comunidade do Aratanã,

Normandia –RR

Este projeto teve início em 2011 e foi dado sequência em 2012, sendo este projeto

voltado à capacitação de mulheres, jovens e grupos indígenas organizados, no sentido de

viabilizar o aprendizado prático em tecnologias sustentáveis para a agricultura indígena.

Tal ação deve resultar em uma maior diversificação na fonte alimentar, no uso didático

deste espaço, na ampliação e compartilhamento dessas informações, na replicação de

tecnologias agrícolas, no aumento da quantidade e qualidade destes alimentos, da auto-

estima e também na geração de renda junto às comunidades envolvidas no processo, este

projeto está sendo viabilizado em vários municípios do Estado. Na comunidade do

Aratanã, localizado no Município de Normandia foram trabalhadas as culturas de milho e

mandioca, além de capacitação para produção de mudas em viveiro e plantio de culturas

anuais. Nessa comunidade foram capacitadas 10 pessoas, entre mulheres membros da

OMIR e coordenação local do VAI.

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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORCHARDT, I. Desenvolvimento de metodologia para elaboração de custos de produção das principais culturas exploradas em Santa Catarina. Florianópolis : Instituto Cepa/SC, 2004. 67 p. disponível em http://cepa.epagri.sc.gov.br/Publicacoes/metodologia%20custos%20produ%E7%E3o.pdf data consulta: 12 de janeiro de 2014.

GUIDUCCI, R. do C. N.; LIMA FILHO, J. R. de; MOTA, M. M. (Ed.). Viabilidade econômica de sistemas de produção agropecuários: metodologia e estudos de caso. Brasília, DF: Embrapa, 2012. Disponível em < http://www.bdpa.cnptia.embrapa.br/busca?b=ad&id=959077&biblioteca=vazio&busca=GUIDUCCI,%20R&qFacets=GUIDUCCI,%20R&sort=&paginacao=t&paginaAtual=1> data da consulta: 12 de janeiro de 2014

MEDEIROS, R.D.; HALFELD-VIEIRA, B. de A. (Ed.). Cultura da Melancia em Roraima. Boa Vista: Embrapa Roraima; Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2007.

MEDEIROS, R.D.; FARIAS, W.D. Irrigação. Boa Vista: Embrapa Roraima, 2007. p. 51-61.

MEDEIROS, R.D.; ARAÚJO, W.F.; ALVEZ, A.B. Manejo e métodos de controle da água irrigada. Boa Vista: Embrapa Roraima, 2007. p. 33-49

MEDEIROS, R.D.; ALVEZ, A.B. Plantio e tratos culturais. Boa Vista: Embrapa Roraima, 2007. p. 11-21

MEDEIROS, R.D.; COSTA, M.C.G.; CPAF-RR; ALVEZ, A.B. Solos: Correção e adubação. Boa Vista: Embrapa Roraima, 2007. p. 23-32

MARSARO JÚNIOR, A.L.; PERREIRA, P.R.V.S.; MOREIRA, M.A.B. Insetos-praga associados à cultura da melancia em Roraima: características, biologia e danos. Boa Vista: Embrapa Roraima, 2007. Documentos,10.

11. EQUIPE RESPONSÁVEL Admar Bezerra Alves – Analista A Alcides Galvão dos Santos – Analista A Leslie Valery Thome Bantim da Silva – Analista B Liliane Barbosa dos Santos Gadelha – Analista B Lourenço de Souza Cruz – Analista B

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12. ANEXOS: Síntese do Relatório de Impactos Ano base da Avaliação: 2013 1.- IDENTIFICAÇÃO Nome/título da tecnologia: Avaliação da sistema de produção da melancia na região norte de Roraima. Ano de Lançamento: 2000 Ano de início da Adoção: 2005 2.- IMPACTOS 2.1.- Avaliação Dos Impactos Econômicos 2.1.1. - Incremento de Produtividade se Aplica:

Ano

Rendimento Anterior/UM

Rendimento Atual/UM

Preço Unitário R$/UM

Custo Adicional R$/UM

Ganho Unitário R$/UM

Participação da Embrapa %

Ganho Líquido

Embrapa R$/UM Área de Adoção

Benefício Econômico

(A) (B) (C) (D) E=[(B-A)xC]-D (F) G=(ExF) (H) I=(GxH)

2000 565 0,67 10% 0 413 0

2001 3990 0,67 -2.673 10% -267 543 -145.160

2002 4316 0,67 -2.892 10% -289 575 -166.274

2003 4746 0,67 -3.180 10% -318 612 -194.605

2004 6486 1,67 -10.832 10% -1.083 813 -880.611

2005 6513 1,70 3.999 -15.071 10% -1.507 816 -1.229.813

2006 6513 2,22 5.437 -19.896 10% -1.990 816 -1.623.492

2007 7486 42.000 2,22 4.942 71.679 25% 17.920 932 16.701.274

2008 7575 44.100 2,22 7.647 73.439 25% 18.360 944 17.331.489

2009 7575 46.305 2,13 3.247 79.248 25% 19.812 944 18.702.479

2010 7657 48.620 2,04 4.750 78.815 25% 19.704 955 18.816.993

2011 7657 48.800 2,00 6.258 76.028 25% 19.007 955 18.151.574

2012 7800 48.950 1,89 4.998 72.776 25% 18.194 1.000 18.193.921

2013 7800 28.667 4,62 1.168 95.236 10% 9.524 33 314.280

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2.1.2 .– Redução de Custos 368% Não se Aplica

Ano

Custos Anterior Kg/UM Custo Atual

Kg/UM Economia Obtida

R$/UM Participação da

Embrapa % Ganho Líquido

Embrapa R$/UM Área de Adoção Benefício

Econômico

(A) (B) C=(A-B) (D) E=(CxD) (F) G1=(ExF)

2010 0 0% 0 0

2.1.3 – Expansão da Produção Se Aplica

Ano

Renda com Produto Anterior -R$

Renda com Produto Atual -

R$ Renda Adicional

Obtida R$ Participação da

Embrapa % Ganho Líquido

Embrapa R$/UM Área de Adoção Benefício

Econômico

(A) (B) C=(B-A) (D) E=(CxD) (F) G2=(ExF)

2000 379 -379 0 0

2001 2.673 -2.673 0 0

2002 2.892 -2.892 0 0

2003 3.180 -3.180 0 0

2004 10.832 -10.832 0 0

2005 11.072 -11.072 0 0

2006 14.459 -14.459 0 0

2007 16.619 93.240 76.621 25% 19.155 932 17.852.712

2008 16.817 97.902 81.086 25% 20.271 944 19.136.178

2009 16.135 98.630 82.495 25% 20.624 944 19.468.796

2010 15.620 99.185 83.565 25% 20.891 955 19.951.151

2011 15.314 97.600 82.286 25% 20.572 955 19.645.783

2012 14.742 92.516 77.774 25% 19.443 1.000 19.443.375

2013 36.036 132.440 96.404 10% 9.640 33 318.133

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2.1.4 – Agregação de Valor Não se Aplica

Ano

Renda com Produto sem Agregação R$

Renda com Produto com

Agregação R$ Renda Adicional

Obtida R$ Participação da

Embrapa % Ganho Líquido

Embrapa R$/UM Área de Adoção Benefício

Econômico

(A) (B) C=(B-A) (D) E=(CxD) (F) G3=(ExF)

2010 0 0% 0 0

2.1.5. Benefícios Econômicos Totais

Ano

TOTAL DOS BENEFÍCIOS DE IMPACTO ECONÔMICO

T=(I+G1+G2+G3)

1995

1996

1997

1998

1999

2000 R$ -

2001 R$ (145.160,19)

2002 R$ (166.273,90)

2003 R$ (194.604,98)

2004 R$ (880.610,71)

2005 R$ (1.229.813,04)

2006 R$ (1.623.491,89)

2007 R$ 34.553.985,27

2008 R$ 36.467.667,45

2009 R$ 38.171.275,11

2010 R$ 38.768.143,83

2011 R$ 37.797.356,84

2012 R$ 37.637.295,83

2013 R$ 632.413,09

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2.2.- CUSTO DE GERAÇÃO DA TECNOLOGIA

Ano Custos de Pessoal Custeio de Pesquisa Depreciação de

Capital Custos de

Administração

Custos de Transferência Tecnológica Total

1995

1996

1997

1998

1999

2000 16.138,05 10.000,00 150,00 3.000,00 5.000,60 34.288,65

2001 16.783,56 10.000,00 150,00 3.000,00 5.000,61 34.934,17

2002 17.563,93 10.000,00 190,00 3.000,00 5.300,65 36.054,58

2003 18.388,33 10.000,00 220,00 3.000,00 5.549,88 37.158,21

2004 20.073,81 10.000,00 245,00 3.000,00 6.077,11 39.395,92

2005 21.915,21 4.200,00 268,40 1.800,00 5.178,42 33.362,04

2006 25.159,96 5.746,05 331,59 1.800,00 6.448,22 39.485,82

2007 29.295,49 4.200,00 417,23 1.800,00 7.539,66 43.252,38

2008 41.787,73 4.200,00 597,96 1.800,00 8.339,11 56.724,80

2009 45.643,80 4.200,00 674,79 1.800,00 13.615,58 65.934,17

2010 37.272,29 5.100,00 575,41 900,00 13.815,57 57.663,28

2011 35.475,17 5.000,00 614,55 750,00 14.506,35 56.346,07

2012 30.500,00 5.000,00 710,60 750,00 15.231,67 52.192,27

2013 0,00 0,00 0,00 0,00 6.092,67 6.092,67

Total Geral 552.503,70

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2.3.- AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIAIS 2.3.1- Ambitec – Social

Indicadores Não Se Aplica Coeficiente

1. Emprego

Capacitação 1,25

Oportunidade de emprego local qualificado 0,79

Oferta de emprego e condição do trabalhador 0,90

Qualidade do emprego 1,25

2. Renda

Geração de Renda do estabelecimento 2,50

Diversidade de fonte de renda 1,75

Valor da propriedade 1,25

3. Saúde

Saúde ambiental e pessoal 0,00

Segurança e saúde ocupacional -0,30

Segurança alimentar 1,50

4. Gestão e administração

Dedicação e perfil do responsável 1,13

Condição de comercialização 0,28

Reciclagem de resíduos 0,00

Relacionamento institucional 0,38

Índice de Impacto Social 0,87

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2.3.2.- Geração De Empregos Se Aplica:

Ano

Emprego adicional por unidade de área

Área adicional Não se aplica

Quantidade de emprego gerado

(A) (B) C= (AXB)

2007 3,20 0

2008 3,20 12 38,4

2009 3,20 0 0

2010 3,20 11 35,2

2011 3,20 0 0

2012 3,20 45 144

2013 6,00 33 198

2.4.- Avaliação dos Impactos Ambientais

Indicadores Não Se Aplica Coeficiente

4.1. Eficiência Tecnológica

Uso de agroquímicos/ insumos químicos e ou materiais -0,75

Uso de energia -0,50

Uso de recursos naturais -2,00

2. Conservação Ambiental

Atmosfera 0

Qualidade do solo 0

Qualidade da água 0

Biodiversidade 0

Geração de resíduos sólidos x 3. Recuperação Ambiental 0

4. Qualidade do Produto x

5. Bem - Estar e saúde do animal x

6. Capital Social x

Índice de Impacto Ambiental - 0,41