ii.6 – identificaÇÃo e avaliaÇÃo dos impactos...

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Atividade de Produção e Escoamento de Petróleo e Gás Natural do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos – Etapa 3 Identificação e Avaliação de Impactos Ambientais II.6 Pág. 1/814 II.6 – IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS Este capítulo apresenta a identificação e avaliação dos impactos ambientais passíveis de ocorrerem nas fases de planejamento, instalação, operação e desativação das Atividades de Produção e Escoamento de Petróleo e Gás Natural do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos – Etapa 3. As principais diretrizes foram estabelecidas pelo Termo de Referência (TR) nº 11/2015, sendo seu atendimento baseado nas premissas contidas nos capítulos II.2 – Caracterização da Atividade e II.5 – Diagnóstico Ambiental. A organização das informações se dá em dois itens principais, II.6.1 – Análise dos Impactos Ambientais e II.6.2 – Modelagem da Dispersão de Óleo e da Dispersão de Efluentes. Na Análise dos Impactos Ambientais, é apresentada a Metodologia (II.6.1.1), que foi baseada nos critérios da Nota Técnica IBAMA nº 10/2012 e do TR nº 11/2015; a descrição dos aspectos ambientais (II.6.1.2); a avaliação dos impactos identificados no meio físico e biótico (II.6.1.3) e no meio socioeconômico (II.6.1.4), organizados em efetivos e potenciais (em função da probabilidade de ocorrência) e subdivididos pelas fases do empreendimento; e por fim, no subitem II.6.1.5, foram apresentados os impactos previstos sobre as Unidades de Conservação. No item de modelagem da dispersão de óleo e da dispersão de efluentes (II.6.2), são apresentados os resultados das simulações, que auxiliam na avaliação dos impactos. II.6.1 – Análise dos Impactos Ambientais Este item tem como objetivo identificar e avaliar os impactos que incidem sobre os meios físico, biótico e socioeconômico. Foram consideradas todos os tipos de atividades que serão desenvolvidas no Projeto Etapa 3: TLD/SPAs, Piloto de Curta Duração (neste capítulo chamado de PCD), Piloto de Longa Duração, DPs e seus sistemas de escoamento. Para o conjunto dos 12 projetos de longa duração que serão realizados pelo Projeto Etapa 3, na presente avaliação de impacto foram consideradas as EIA PEP01R02 Revisão 00 09/2017 Coordenador da Equipe Técnico Responsável

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Atividade de Produo e Escoamento de Petrleo e Gs Natural do Polo Pr-Sal da Bacia de Santos

Etapa 3

Identificao e Avaliao de Impactos Ambientais

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II.6 IDENTIFICAO E AVALIAO DOS IMPACTOS

AMBIENTAIS

Este captulo apresenta a identificao e avaliao dos impactos ambientais passveis de ocorrerem nas fases de planejamento, instalao, operao e desativao das Atividades de Produo e Escoamento de Petrleo e Gs Natural do Polo Pr-Sal da Bacia de Santos Etapa 3.

As principais diretrizes foram estabelecidas pelo Termo de Referncia (TR) n 11/2015, sendo seu atendimento baseado nas premissas contidas nos captulos II.2 Caracterizao da Atividade e II.5 Diagnstico Ambiental.

A organizao das informaes se d em dois itens principais, II.6.1 Anlise dos Impactos Ambientais e II.6.2 Modelagem da Disperso de leo e da Disperso de Efluentes.

Na Anlise dos Impactos Ambientais, apresentada a Metodologia (II.6.1.1), que foi baseada nos critrios da Nota Tcnica IBAMA n 10/2012 e do TR n 11/2015; a descrio dos aspectos ambientais (II.6.1.2); a avaliao dos impactos identificados no meio fsico e bitico (II.6.1.3) e no meio socioeconmico (II.6.1.4), organizados em efetivos e potenciais (em funo da probabilidade de ocorrncia) e subdivididos pelas fases do empreendimento; e por fim, no subitem II.6.1.5, foram apresentados os impactos previstos sobre as Unidades de Conservao.

No item de modelagem da disperso de leo e da disperso de efluentes (II.6.2), so apresentados os resultados das simulaes, que auxiliam na avaliao dos impactos.

II.6.1 Anlise dos Impactos Ambientais

Este item tem como objetivo identificar e avaliar os impactos que incidem sobre os meios fsico, bitico e socioeconmico.

Foram consideradas todos os tipos de atividades que sero desenvolvidas no Projeto Etapa 3: TLD/SPAs, Piloto de Curta Durao (neste captulo chamado de PCD), Piloto de Longa Durao, DPs e seus sistemas de escoamento.

Para o conjunto dos 12 projetos de longa durao que sero realizados pelo Projeto Etapa 3, na presente avaliao de impacto foram consideradas as

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embarcaes FPSO Replicante e Terico. Estas embarcaes representam todas as UEPs que realizaro os DPs e piloto de longa durao.

Ressalta-se ainda que foram preconizados os cenrios mais crticos na anlise dos impactos ambientais, para todas as atividades observadas.

II.6.1.1 Metodologia

A identificao dos impactos foi desenvolvida atravs da utilizao de estudos de caso, listagens de controle, opinies de especialistas, revises de literatura, matrizes de interao, sobreposio de dados, resultados de modelagens ambientais e estudos pretritos.

A partir da identificao e avaliao, previamente, dos impactos ambientais associados ao planejamento, instalao, operao e desativao do Projeto Etapa 3, considerando os impactos efetivos e os potenciais, possvel fundamentar a tomada de deciso quanto viabilidade ambiental do empreendimento, definindo a alternativa mais adequada do ponto de vista ambiental.

Com base na classificao dos impactos ambientais, so elaboradas e dimensionadas medidas mitigadoras, compensatrias e/ou de monitoramento e controle.

Ao incio do Estudo de Impacto Ambiental, foram definidas premissas para identificao da rea de Estudo, que abrange o territrio no qual se observe continuidade dos fatores ambientais fsicos, biticos e socioeconmicos que se julguem relevantes ao entendimento dos impactos preliminarmente previstos. A partir das informaes constantes no captulo II.2 Caracterizao da Atividade e no II.5 Diagnstico Ambiental, possvel refinar essa rea, com vistas a identificar a rea de influncia, onde esperada efetivamente a ocorrncia de impactos ambientais.

Por fim, mas no menos importante, a avaliao de impactos corrobora para fornecer sociedade informaes tcnicas sobre os impactos ambientais do atual empreendimento, para possibilitar a participao social de forma qualificada no processo de licenciamento ambiental, sobretudo nas etapas formais de participao popular, como audincias pblicas.

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De acordo com o apresentado no TR, foram estabelecidas as seguintes definies:

Impacto ambiental: diferena entre a qualidade de um fator ambiental antes da incidncia de uma ao/matria/energia em relao qualidade deste mesmo fator ambiental durante e/ou aps a incidncia desta. Este conceito complementar definio apresentada na resoluo CONAMA N 01/1986: qualquer alterao das propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matria ou

energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente,

afetam: I a sade, a segurana e o bem-estar da populao; II as

atividades sociais e econmicas; III a biota; IV as condies estticas e

sanitrias do meio ambiente; V a qualidade dos recursos ambientais. Segundo Sanchez (2006), o impacto ambiental o resultado de uma determinada ao humana ou atividade. Ao identificar os impactos, nota-se que cada um associado a um aspecto ambiental e um fator ambiental.

Aspecto Ambiental: Ao e/ou matria e/ou energia, associada a qualquer fase do empreendimento (planejamento, instalao, operao e desativao), cuja ocorrncia resulta em um ou mais impactos ambientais.

Fator ambiental: componente do ecossistema e/ou componente do sistema socioeconmico e/ou processo ambiental sobre o qual incide um impacto.

Processos ambientais: processos naturais (modificados ou no por ao antrpica) e sociais que ocorrem na rea de Estudo. Compreendem processos geolgicos, geoqumicos, hidrolgicos, hidroqumicos, atmosfricos, ecolgicos, socioeconmicos, etc.

Identificao e Avaliao de Impactos Ambientais: o processo multidisciplinar de identificao e previso das consequncias (impactos) de cada aspecto ambiental do empreendimento, as quais foram sistematizadas, detalhadas e apresentadas no respectivo captulo dos estudos ambientais elaborados no mbito do processo administrativo de licenciamento ambiental. Complementarmente, foi considerada a definio elaborada por Snchez (2006): o processo de avaliao de impacto ambiental um conjunto de procedimentos concatenados de maneira

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lgica, com a finalidade de analisar a viabilidade ambiental de projetos,

planos e programas, e fundamentar uma deciso a respeito. Sensibilidade ambiental: medida da susceptibilidade de um fator

ambiental a impactos, de modo geral, e da importncia deste fator no contexto ecossistmico ou socioeconmico. Portanto, observa-se que a sensibilidade intrnseca ao fator ambiental. Dessa forma, no relativa a um impacto que incide sobre o fator ambiental. A sensibilidade avaliada, qualitativamente, considerando as propriedades e caractersticas do fator ambiental relacionadas sua resilincia e sua relevncia:

o No ecossistema e/ou bioma do qual parte. o Nos processos ambientais. o Socioeconmica. o Para conservao da biodiversidade. o Cientfica.

No mbito da socioeconomia a sensibilidade se refere tambm vulnerabilidade social. Um grupo socialmente vulnervel, segundo a ABNT (2010), um grupo de indivduos que compartilham uma ou vrias caractersticas que so a base para discriminao ou circunstncias adversas sociais, econmicas, culturais, polticas ou de sade, e que os priva de meios para gozar seus direitos ou igualdade de oportunidades. Exemplos de grupos vulnerveis: mulheres e meninas, pessoas com deficincia, crianas, povos indgenas, migrantes e trabalhadores migrantes, pessoas discriminadas com base em sua descendncia (inclusive casta), pessoas discriminadas com base em raa, idosos, pessoas deslocadas, pobres, analfabetos, portadores de HIV-AIDS e grupos minoritrios e religiosos.

Resilincia ambiental: " a medida da capacidade dos sistemas ecolgicos absorverem alteraes de suas variveis de estado ou operacionais e de seus parmetros e, ainda assim, persistirem. A resilincia determina a persistncia das relaes internas do sistema" (HOLLING, 1973). De modo complementar, tambm pode ser compreendida como a capacidade de um sistema restabelecer seu equilbrio aps este ter sido rompido por um distrbio (GUNDERSON, 2000). Para cada fator ambiental, a resilincia foi avaliada considerando-se as relaes ecolgicas

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e processos ambientais nos quais o fator ambiental em questo foi parte diretamente envolvida.

Propriedades cumulativas (de um impacto): capacidade de um determinado impacto de sobrepor-se, no tempo e/ou no espao, a outro impacto (no necessariamente associado ao mesmo empreendimento ou atividade) que esteja incidindo ou ir incidir sobre o mesmo fator ambiental. Conforme observado por Snchez (2006), uma srie de impactos irrelevantes pode resultar em relevante degradao ambiental se concentrados espacialmente ou caso se sucedam no tempo.

Propriedades sinrgicas (de um impacto): capacidade de um determinado impacto de potencializar outro(s) impacto(s) (no necessariamente associado ao mesmo empreendimento ou atividade) e/ou ser potencializado por outro(s) impacto(s).

Propriedades indutoras (de um impacto): capacidade de um impacto de induzir a ocorrncia de outros impactos, sendo que estes somente ocorrem devido ocorrncia do primeiro.

Atributo (de um impacto): caracterstica ou propriedade do impacto, foi utilizado para descrev-lo ou qualific-lo (SNCHEZ, 2006).

Diversidade biolgica (biodiversidade): a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquticos e os complexos ecolgicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espcies, entre espcies e de ecossistemas (CONVENO SOBRE A DIVERSIDADE BIOLGICA, 2000).

II.6.1.1.1 Detalhamento Metodolgico e Forma de Apresentao dos Resultados

A Identificao e Avaliao dos Impactos Ambientais foi dividida em duas partes, sendo a primeira referente aos impactos que incidem sobre os meios fsico e bitico e a segunda parte referente aos impactos que incidem sobre o meio socioeconmico. Esta diviso fundamenta-se nas diferenas e semelhanas entre

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as caractersticas inerentes de cada meio, e nas formas com que o empreendimento interage com cada um destes meios.

Em cada uma das partes mencionadas no pargrafo anterior, os impactos do tipo efetivo/operacional e os do tipo potencial foram apresentados e organizados em subitens distintos. Ressalta-se que, com relao aos impactos potenciais, foram identificados e avaliados todos os impactos passveis de ocorrer em decorrncia de incidentes, acidentes e situaes de contingncia operacional, independente de sua probabilidade de ocorrncia.

Cada impacto ambiental identificado est associado a um aspecto ambiental (origem do impacto) e um fator ambiental (componente ambiental que afetado pelo impacto). Dessa forma, foram numerados os impactos para cada fase do empreendimento, referenciados pelas letras P (planejamento), I (fase de instalao), O (operao) e D (desativao).

Em cada um dos itens de cada parte, e para cada fase do empreendimento, foram descritos, avaliados e interpretados os impactos identificados. A sntese da relao entre aspecto ambiental, fator ambiental e impacto ambiental apresentada no incio do item.

Ainda neste item, tambm foi elaborada uma matriz de interao, sendo representados no eixo horizontal os fatores ambientais, no vertical os aspectos ambientais e nas intersees os nmeros dos respectivos impactos identificados. O objetivo dessa matriz permitir a visualizao rpida dos diferentes impactos sobre cada fator ambiental e os associados a cada aspecto ambiental do empreendimento.

Os impactos ambientais so discutidos a partir da seguinte organizao: Apresentao (nmero e descrio resumida do impacto); Descrio sucinta do aspecto ambiental gerador do impacto; Descrio sucinta do modo como o aspecto interfere no fator ambiental em

questo; Descrio das medidas mitigadoras a serem adotadas, incluindo uma

avaliao quanto ao seu grau de eficcia; Descrio do impacto ambiental, incluindo a avaliao do impacto,

devidamente justificada, quanto aos seguintes atributos: classe; natureza; forma de incidncia; tempo de incidncia; abrangncia

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espacial; durao; permanncia; reversibilidade; cumulatividade; frequncia (sendo esse atributo aplicvel somente para impactos do tipo efetivo/operacional); impacto em UC; magnitude; e importncia; devendo ser informada, na respectiva justificativa, se h incerteza na avaliao de algum dos atributos utilizados, indicando quais os atributos, o nvel de incerteza e sua causa.

Identificao de parmetros e/ou indicadores que possam ser utilizados para o monitoramento do impacto, incluindo uma avaliao quanto necessidade e/ou pertinncia de monitoramento. Quando possvel e pertinente, foram identificados os limiares dentro dos quais o impacto mantm-se conforme avaliado;

Identificao da legislao diretamente relacionada ao impacto (considerando tanto o aspecto quanto o fator ambiental), assim como os planos e programas governamentais que tambm guardam relao direta com este.

Conforme disposto no TR, necessrio que os atributos dos impactos sejam definidos de forma clara e inequvoca, possibilitando que a avaliao seja elaborada de maneira concisa e consistente. Assim, seguem as definies adotadas para os atributos:

Classe

efetivo: quando o impacto tem probabilidade de ocorrncia de 100%. potencial: quando se trata de um impacto com probabilidade de ocorrncia

inferior a 100%.

Natureza

negativo: quando representa deteriorao da qualidade do fator ambiental afetado;

positivo: quando representa melhoria da qualidade do fator ambiental afetado.

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A fim de minimizar o carter subjetivo desta anlise, adotou-se a premissa que impactos sobre os meios fsico ou bitico que representem alteraes nas condies originalmente presentes antes da instalao/operao/desativao do empreendimento devem, a princpio, ser avaliados como negativos.

Impactos sobre o meio socioeconmico que dependam de condies externas para avaliao de sua natureza, so descritos com esta contingncia e com a indicao dos cenrios que caracterizam o impacto como positivo ou negativo.

Forma de incidncia

direto: quando os efeitos do aspecto gerador sobre o fator ambiental em questo decorrem de uma relao direta de causa e efeito;

indireto: quando seus efeitos sobre o fator ambiental em questo decorrem de reaes sucessivas no diretamente vinculadas ao aspecto ambiental gerador do impacto.

Tempo de incidncia

imediato: quando os efeitos no fator ambiental em questo se manifestam durante a ocorrncia do aspecto ambiental causador;

posterior: quando os efeitos no fator ambiental em questo se manifestam aps decorrido um intervalo de tempo da cessao do aspecto ambiental causador.

Abrangncia espacial

local: quando os efeitos sobre o fator ambiental em questo esto restritos em um raio de cinco quilmetros; para o meio socioeconmico a abrangncia espacial local quando o impacto restrito a um municpio;

regional: quando os efeitos sobre o fator ambiental em questo ultrapassam um raio de cinco quilmetros; para o meio socioeconmico a abrangncia espacial regional quando o impacto afeta mais de um municpio;

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suprarregional: quando os efeitos sobre o fator ambiental em questo ultrapassam um raio de cinco quilmetros e apresentam carter nacional, continental ou global; para o meio socioeconmico a abrangncia suprarregional quando o impacto afeta mais de um municpio e apresenta carter nacional, continental ou global.

Durao

imediata: quando os efeitos sobre o fator ambiental em questo tm durao de at cinco anos;

curta: quando os efeitos do impacto sobre o fator ambiental em questo tm durao de cinco at quinze anos;

mdia: quando os efeitos do impacto sobre o fator ambiental em questo tm durao de quinze a trinta anos;

longa: quando os efeitos do impacto sobre o fator ambiental em questo tm durao superior a trinta anos.

Cabe observar que, no obstantes possveis incoerncias semnticas entre a nomenclatura dos intervalos e sua efetiva durao, so os mesmos que esto estabelecidos no decreto n 6.848/2009 (que regulamenta a compensao ambiental estabelecida pelo Art. 36 da lei n 9.985/2000 SNUC) para o clculo do grau de impacto do empreendimento. Ressalta-se que os impactos avaliados como cclicos ou intermitentes (com relao ao atributo frequncia) tiveram a durao avaliada considerando-se o somatrio das duraes dos efeitos de cada ocorrncia e, ainda, as propriedades cumulativas e sinrgicas do impacto entre cada ocorrncia.

A durao dos impactos avaliados no presente estudo foi definida em consonncia com os tempos de recuperao (indicativo de resilincia) estabelecidos e justificados para os CVAs (Componentes de Valor Ambiental) na AGRA deste EIA.

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Permanncia

O atributo de permanncia diretamente relacionado ao atributo durao. Os impactos de imediata, curta ou mdia durao so avaliados como temporrios, e os de longa durao so considerados como permanente.

Reversibilidade

reversvel: quando existe a possibilidade do fator ambiental afetado retornar condies semelhantes as que apresentava antes da incidncia do impacto;

irreversvel: quando a possibilidade do fator ambiental afetado retornar condies semelhantes as que apresentava antes da incidncia do impacto no existe ou desprezvel.

Cumulatividade

Na descrio detalhada do impacto foram descritas e analisadas as interaes associadas a cada impacto, considerando: a variedade nas caractersticas dos fatores ambientais sob influncia do empreendimento; a possibilidade de interao com os impactos oriundos de outras atividades e/ou empreendimentos; e as possibilidades de interao entre os impactos ambientais e suas consequncias para os fatores ambientais afetados. luz desta anlise, o impacto foi classificado conforme as categorias abaixo descritas, podendo ser classificado em mais de uma categoria:

no-cumulativo: nos casos em que o impacto no acumula no tempo ou no espao; no induz ou potencializa nenhum outro impacto; no induzido ou potencializado por nenhum outro impacto; no apresenta interao de qualquer natureza com outro (s) impacto (s); e no representa incremento em aes passadas, presentes e razoavelmente previsveis no futuro (EUROPEAN COMISSION, 2001);

cumulativo: nos casos em que o impacto incide sobre um fator ambiental que seja afetado por outro (s) impacto (s) de forma que haja relevante

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cumulatividade espacial e/ou temporal nos efeitos sobre o fator ambiental em questo;

indutor: nos casos que a ocorrncia do impacto induza a ocorrncia de outro (s) impacto (s);

induzido: nos casos em que a ocorrncia do impacto seja induzida por outro impacto;

sinrgico: nos casos em h potencializao nos efeitos de um ou mais impactos em decorrncia da interao espacial e/ou temporal entre estes.

Frequncia

pontual: quando ocorre uma nica vez durante a etapa em questo (planejamento, instalao, operao ou desativao);

contnuo: quando ocorre de maneira contnua durante a etapa em questo (ou durante a maior parte desta);

cclico: quando ocorre com intervalos regulares (ou seja, com um perodo constante) durante a etapa em questo;

intermitente: quando ocorre com intervalos irregulares ou imprevisveis durante a etapa em questo.

Sempre que possvel, na descrio detalhada de cada impacto foi informado: o momento de ocorrncia dos impactos pontuais (relativo a uma data ou a um fator externo identificvel); os momentos previstos para incio e trmino dos impactos contnuos; o perodo (intervalo de tempo entre as ocorrncias) dos impactos cclicos; e o nmero de ocorrncias previstas ou estimadas para os impactos intermitentes, informando tambm, quando possvel, o momento de cada ocorrncia.

Este atributo se aplica somente aos impactos da classe efetivo/operacional.

Impacto em UC

Na descrio detalhada do impacto foi indicado se h interferncia ou no sobre as UCs e no subitem especfico de avaliao dos impactos sobre as UCs (II.6.1.5) foi avaliada e descrita sua influncia indicando: quais unidades sero

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afetadas; de que forma cada uma ser afetada; as consequncias previstas para cada unidade; e se h populaes tradicionais que dependem dos recursos naturais da UC.

Magnitude

Conceitualmente a Magnitude definida como a estimativa qualitativa ou quantitativa do porte ou extenso do impacto (SNCHEZ, 2008). a grandeza de um impacto em termos absolutos, podendo ser definida como a medida de alterao de um atributo ambiental. considerado um dos atributos principais de um impacto ambiental, podendo ser definida como a medida de alterao nos valores de um fator ou parmetro ambiental, ao longo do tempo, em termos quantitativos ou qualitativos (FISHER & DAVIES, 1973, ENVIRONMENTAL PROTECTION SERVICE, 1978, apud. SPADOTTO, 2002; MOREIRA, 1985; CCA, 2016).

Nesse sentido, o IBAMA define este atributo como sendo a intensidade da alterao provocada pelo aspecto ambiental sobre o fator ambiental afetado. Tambm pode ser compreendida como a medida da diferena entre a qualidade do fator ambiental antes da incidncia do impacto e durante e/ou aps a incidncia deste, devendo ser avaliada, qualitativamente, como baixa, mdia ou alta (IBAMA, 2015).

Dentre os atributos considerados para definir a Magnitude destacam-se Tempo de incidncia, Abrangncia espacial, Durao, Permanncia, Reversibilidade e Frequncia (este apenas para os impactos efetivos). um indicativo da severidade do impacto, que ser utilizada, juntamente como a sensibilidade do fator ambiental afetado para definir a importncia do impacto.

Para o Meio Fsico o conceito de magnitude abrange alteraes nas caractersticas hidrodinmicas, sedimentolgicas, bem como nas concentraes dos elementos orgnicos e inorgnicos na gua, no sedimento e no ar. Desta forma, a magnitude de um impacto no Meio Fsico pode ser classificada como:

Magnitude Baixa: quando se espera uma alterao da qualidade do fator ambiental pouco perceptvel atravs de medies tradicionais.

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Magnitude Mdia: quando se espera uma alterao nas caractersticas hidrodinmicas ou sedimentolgicas perceptvel atravs de medies tradicionais. No que tange aos aspectos qumicos, quando for esperada uma alterao nas concentraes dos elementos orgnicos e inorgnicos na gua, no sedimento ou no ar.

Magnitude Alta: quando se espera uma alterao expressiva nas caractersticas hidrodinmicas ou sedimentolgicas. Ou quando for esperada uma alterao drstica nas concentraes dos elementos orgnicos e inorgnicos na gua, no sedimento ou no ar.

No meio bitico, para a classificao da Magnitude do impacto nas classes

baixa, mdia e alta, adotou-se o critrio abaixo, modificado a partir do adotado pela Camara Federal de Compensao Ambiental (CCA, 2016):

Baixa magnitude - mnima severidade do impacto sobre o fator ambiental refletida pela sua durao, permanncia, reversibilidade e frequncia.

Mdia magnitude severidade intermediria do impacto ambiental sobre o fator ambiental, refletida pela sua durao, permanncia, reversibilidade e frequncia.

Alta magnitude severidade elevada do impacto ambiental sobre o fator ambiental refletida pela sua durao, permanncia, reversibilidade e frequncia.

No Meio Socioeconmico o conceito utilizado para classificar a magnitude abrange as modificaes que podem ocorrer sobre as populaes afetadas (comunidades locais, sociedade civil organizada, rgo pblicos, dentre outros).

Considerou-se possveis alteraes na dinmica das atividades econmicas por setores de servios, no uso e ocupao do solo e gerao de conflitos de interesse econmico, social e ambiental.

Considera-se as possveis alteraes decorrentes do planejamento, implantao, operao e desativao do Projeto Etapa 3 sobre os fatores sociais (atividade pesqueira artesanal e gerao de renda e emprego por exemplo). Com o intuito de nortear as anlises atribuem-se os seguintes critrios avaliao da magnitude dos impactos sobre este meio:

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Magnitude Baixa: a magnitude baixa quando se espera que a alterao decorrente das atividades do empreendimento afete a realizao de atividades sociais, econmicas e culturais num grau que no implique em alterao no modo de vida do grupo social afetado.

Magnitude Mdia: a magnitude mdia quando se espera que a alterao decorrente das atividades do empreendimento afete a realizao das atividades sociais, econmicas e culturais num grau que implique em alterao significativa no modo de vida do grupo social afetado.

Magnitude Alta: a magnitude alta quando se espera que a alterao decorrente das atividades do empreendimento afete a realizao das atividades sociais, econmicas e culturais num grau que altere completamente o modo de vida do grupo social afetado.

Importncia

A interpretao da importncia de cada impacto pode ser considerada como a etapa crucial do processo de avaliao de impactos ambientais, o que largamente reconhecido (LAWRENCE, 2007). Esta etapa corresponde a um juzo da relevncia do impacto, o que pode ser entendido como interpretar a relao entre: a alterao no fator ambiental, representada pela magnitude do impacto; a relevncia deste fator ambiental no nvel de ecossistema/bioma e no nvel socioeconmico; e as consequncias da ocorrncia do impacto. A importncia interpretada por meio da conjugao entre a magnitude do impacto e a sensibilidade do fator ambiental afetado, conforme demonstrado no quadro a seguir:

Quadro II.6.1.1.1-1 Avaliao da importncia do impacto.

Sensibilidade Ambiental

Magnitude

Baixa Mdia Alta Baixa Pequena Mdia Mdia Mdia Mdia Mdia Grande Alta Mdia Grande Grande

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Quanto sensibilidade do fator ambiental, esta avaliada de forma qualitativa como baixa, mdia ou alta, de acordo com as especificidades, propriedades e condies do fator ambiental. Tambm considerada a funo e relevncia do fator ambiental nos processos ambientais dos quais parte. A seguir, so apresentados os fatores ambientais considerados para este estudo:

No Meio Fsico:

o Sedimento o gua ocenica o gua costeira o Clima o Ar

No Meio Bitico:

o Comunidade bentnica o Comunidade planctnica o Ncton o Aves marinhas o Biota marinha o Costes rochosos o Praias arenosas o Manguezais o Marismas

No meio socioeconmico:

o Populao o Infraestrutura de Servios Essenciais o Dinmica Econmica o Infraestrutura de Transportes o Atividade Pesqueira Industrial o Atividade Pesqueira Artesanal o Atividade de Navegao o Uso e Ocupao do Solo o Atividade Turstica o Conhecimento Tcnico-Cientfico

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Em cada captulo, para cada etapa do empreendimento, os resultados da avaliao de cada impacto identificado foram sistematizados na forma de uma matriz de impactos, contemplando os aspectos ambientais, os fatores ambientais, os impactos e suas respectivas avaliaes em relao aos seguintes atributos: natureza; forma de incidncia; tempo de incidncia; abrangncia espacial; durao, permanncia; reversibilidade; cumulatividade; impacto em UC (indicando apenas se causa impacto em Unidades de Conservao ou no); magnitude; e Importncia. Nos captulos dedicados aos impactos do tipo efetivo/operacional, na referida matriz, tambm foi avaliado o atributo de frequncia.

A partir da identificao e avaliao dos impactos ambientais decorrentes das atividades do Projeto Etapa 3, a equipe multidisciplinar prope aes que visam reduo ou eliminao dos impactos negativos e tambm aes objetivando a maximizao dos impactos positivos.

Alm da apresentao das medidas mitigadoras e potencializadoras, este subitem contempla aes que sero parte dos planos/programas e projetos ambientais a serem apresentados no captulo II.7 Medidas Mitigadoras e Compensatrias, os quais visam a implantao das medidas mitigadoras e corretivas, de controle e monitoramento, bem como o acompanhamento e avaliao da eficcia dessas medidas propostas para a reduo ou maximizao dos impactos. Para os impactos classificados como de Importncia pequena no so propostas medidas mitigadoras.

Sempre que possvel, associa-se ao impacto uma ou mais medidas, sejam elas mitigadoras, potencializadoras ou de monitoramento e controle, conforme definies apresentadas no Quadro II.6.1.1.1-2.

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Quadro II.6.1.1.1-2 Resumo de classificao das medidas.

CLASSIFICAO DAS MEDIDAS DEFINIO

Mitigadora Pr

even

tiva Medida que tem como objetivo minimizar ou eliminar eventos adversos que se

apresentam com potencial para causar prejuzos aos itens ambientais destacados nos meios fsico, bitico e socioeconmico. Este tipo de medida procura anteceder a

ocorrncia do impacto negativo. C

orre

tiva Consiste em uma medida que visa restabelecer a situao anterior ocorrncia de

um evento adverso sobre o item ambiental destacado nos meios fsico, bitico e socioeconmico, atravs de aes de controle ou da eliminao/controle do fato

gerador do impacto.

Potencializadora Consiste em uma medida que visa otimizar ou maximizar o efeito de um impacto positivo decorrente, direta ou indiretamente, da implantao do empreendimento.

Compensatria Consiste em uma medida que procura repor bens socioambientais perdidos em decorrncia de aes diretas ou indiretas do empreendimento.

Controle e Monitoramento

A finalidade do monitoramento constatar com a ajuda de indicadores pr-definidos, se os impactos previstos no EIA se manifestam na prtica e verificar se

as atividades do empreendimento ocorrem dentro de critrios aceitveis de desempenho, atendendo

a padres legais e condicionantes das licenas. Servir de subsdio para proposio de mitigao.

Fonte: Sanchez, 2008 (adaptado).

Alm da classificao das medidas quanto s suas categorias, elas podem ser separadas em funo do grau de resoluo (eficcia) que apresentam, de maneira a causar alteraes nos efeitos de cada impacto.

A eficincia das medidas pode ser classificada em trs nveis: alto, mdio e baixo. necessrio distinguir a classificao entre as medidas mitigadoras e potencializadoras. Desse modo, a classificao das medidas, quanto sua eficincia apresentada no Quadro II.6.1.1.1-3.

Quadro II.6.1.1.1-3 Grau de eficcia das medidas.

Grau de Resoluo

Tipo de Medida

Medida Mitigadora Medida Potencializadora

Alto A medida anula o impacto ou favorece uma

reduo relevante na avaliao final do impacto negativo

A medida provoca relevante aumento dos efeitos do impacto positivo

Mdio A medida provoca reduo parcial dos efeitos do impacto negativo A medida provoca aumento parcial dos

efeitos do impacto positivo

Baixo A medida provoca reduo pouco relevante dos efeitos do impacto negativo A medida provoca aumento pouco

relevante do impacto positivo

Fonte: PETROBRAS/ICF, 2010 (adaptado).

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No presente estudo, as medidas mitigadoras propostas foram baseadas na previso de eventos adversos (efetivos e potenciais) sobre os fatores ambientais destacados, tendo por objetivo a atenuao ou eliminao de tais eventos ou o efetivo controle e monitoramento de seus efeitos. As medidas potencializadoras propostas visam maximizar os efeitos positivos relacionados aos empreendimentos do Projeto Etapa 3.

Em cada captulo, foi apresentada uma sntese dos impactos por fator ambiental, indicando seu estado de qualidade atual, as possveis interaes entre os diferentes impactos (incidindo sobre o mesmo fator ambiental) e as tendncias, com relao qualidade do fator, em decorrncia da efetivao do empreendimento e comparando-as com as tendncias em um cenrio de no efetivao do empreendimento.

Ao final da segunda parte (relativa aos impactos no meio socioeconmico), no subitem II.6.1.4.4, foi apresentada uma avaliao da distribuio dos nus e benefcios sociais do empreendimento ou atividade, fundamentada na prpria avaliao de impactos ambientais. No subitem II.6.1.5 foram sintetizados os impactos previstos sobre as Unidades de Conservao, fundamentado na anlise qualiquantitativa dos impactos nos meios fsico, bitico e socioeconmico das Unidades de Conservao.

Quando pertinente, so apresentadas as dificuldades e condies adversas encontradas para a avaliao de impactos ambientais.

II.6.1.2 Descrio dos Aspectos Ambientais

O Quadro II.6.1.2-1 apresenta os aspectos ambientais considerados para os meios fsico, bitico e socioeconmico associados aos impactos efetivos, enquanto que o Quadro II.6.1.2-2 relaciona os aspectos ambientais associados aos impactos potenciais. A seguir, esses aspectos ambientais so descritos resumidamente com base nas informaes apresentadas no captulo II.2 Caracterizao da Atividade.

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Quadro II.6.1.2-1 Aspectos ambientais considerados para os meios fsico, bitico e

socioeconmico associados aos impactos efetivos.

Aspecto Ambiental Meio Fsico/Bitico Meio

Socioeconmico Pr-Ancoragem dos FPSOs e das linhas de coleta X

Instalao dos Sistemas de Coleta e Escoamento X

Trnsito de embarcaes de apoio X

Gerao de rudos X

Gerao de luminosidade X

Descarte do efluente de teste estanqueidade X

Descarte de efluentes sanitrios e resduos alimentares X

Descarte de gua produzida X

Descarte de efluente de unidade de remoo de sulfato X

Presena dos FPSOs e equipamentos submarinos X X*

Emisses atmosfricas X

Remoo das estruturas submarinas X

Divulgao do empreendimento X

Demanda por mo de obra X

Demanda/Aquisio de bens e servios X

Gerao de resduos slidos X

Trfego areo X

Pagamento de royalties e participao especial X

*Apenas presena de FPSOs.

Quadro II.6.1.2-2 Aspectos ambientais considerados para os meios fsico, bitico e socioeconmico associados aos impactos potenciais.

Aspecto Ambiental Meio Fsico/Bitico Meio

Socioeconmico Vazamento acidental de produtos qumicos no mar X

Vazamento acidental de combustvel e/ou leo no mar X X

Trnsito de embarcaes de apoio X X

Transporte dos FPSOs X

II.6.1.2.1 Meios Fsico e Bitico

I) Trns ito de embarcaes de apoio

O trnsito das embarcaes desde o litoral at a rea das atividades do Projeto Etapa 3 ocorre durante as fases de instalao, operao e desativao.

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A partir das bases de apoio martimas previstas em todas as fases do Projeto Etapa 3, foi analisado no captulo II.4 rea de Estudo que a maior parte das embarcaes utilizar o complexo porturio do Rio de Janeiro (RJ) e Niteri (RJ). Com isso a rea de maior densidade de navegao ocorre entre o PPSBS e a Baa de Guanabara.

Durante a instalao so utilizadas embarcaes de apoio para as seguintes finalidades: transporte de cargas, suprimentos e estruturas submarinas. No se espera que o nmero de viagens seja superior a 10 embarcaes a cada 10 dias.

Na fase de operao esse aspecto ambiental est relacionado com as embarcaes de apoio para transporte de cargas ou suprimentos. Ocasionalmente, pode ocorrer o trnsito de embarcaes para manuteno das unidades. Alm dos empreendimentos do Projeto Etapa 3, as embarcaes esto planejadas para atender unidades relacionadas a outras atividades na Bacia de Santos. Ressalta-se que o nmero de viagens esperado inferior a 10 viagens a cada 10 dias para atendimento aos empreendimentos na Bacia de Santos.

Apesar de acomodar vrias atividades martimas, de vrios setores, no decorrer de longo perodo, em estudo recente (fevereiro de 2016) realizado pelo Centro de Pesquisas Leopoldo A. Miguez de Mello da PETROBRAS (CENPES), no foram encontrados registros de coral-sol em nenhuma das 20 estaes investigadas tanto em ambientes naturais quanto artificiais.

II) Pr-Ancoragem dos FPSOs e das linhas de coleta e escoamento

Este aspecto ambiental consiste no lanamento de ncoras no sedimento marinho atravs de estacas torpedo, estando associado a fase de instalao do Projeto Estapa 3. Mesmo fazendo parte da instalao dos empreendimentos, importante tratar separadamente este aspecto do instalao dos sistemas de coleta e escoamento, para melhor entendimento dos impactos ambientais relacionados a esses fatores.

Conforme apresentado no subitem II.2.4.6.1, o TLD e SPAs sero realizados pelo FPSO Cidade de So Vicente, com ancoragem do tipo Turret (com sete linhas de ancoragem).

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Os demais FPSOs esto projetados para apresentar um sistema de ancoragem do tipo spread mooring. A ancoragem com spread mooring tem 24 (vinte e quatro) linhas de ancoragem distribudas em 04 (quatro) clusters.

As linhas flexveis (produo, injeo, servio e umbilical) so ancoradas atravs de estacas torpedos menores, cujo processo de ancoragem mais simples. Considerando que o nmero de linhas a serem instaladas proporcional ao nmero de poos, o TLD e SPAs a serem realizados com o Cidade de So Vicente e o Piloto de Jpiter lanam menos estacas que o Piloto de Libra e DPs.

Para lanamento da estaca torpedo a estaca descida at uma profundidade calculada, quando ento o sistema liberado caindo por gravidade, cravando no solo marinho.

As estacas torpedo tm 0,76 m de dimetro e 0,75 cm da aleta e que so necessrias 24 torpedos por FPSO e um torpedo por linha, ou seja, 60 por Piloto de longa durao ou DP. Extrapolando e considerando um metro de raio por torpedo, cada projeto tem de 80 m de raio, considerando os 13 projetos, soma-se cerca de 1 km de raio.

O lanamento das estacas torpedo duram em mdia 14 dias para projetos com o FPSO Cidade de So Vicente e 56 dias para os Pilotos e DPs.

Quanto a durao do aspecto, esta atividade est associada principalmente a fixao do FPSO e interligao dos primeiros poos. Considerando o incio do primeiro projeto em 2018 e o ltimo em 2023, so estimados cinco anos de durao deste aspecto.

III) Instalao dos sistemas de coleta e escoamento

Este aspecto ambiental est associado instalao das linhas, equipamentos submarinos e gasodutos correspondendo fase de instalao do Projeto Etapa 3.

As atividades de TLD e SPAs envolvem a conexo a um nico poo, enquanto que para o Piloto de Jpiter a conexo ocorre a dois poos, o que limita a quantidade de estruturas fixadas no fundo marinho.

Para os DPs e Piloto de Longa Durao o nmero de poos por projeto est descrito na seo II.2.1, assim as reas submetidas a instalao de sistemas de Coleta e Escoamento nos DPs e PLDs so maiores.

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No captulo II.2 Caracterizao da atividade, so apresentados os arranjos submarinos dos empreendimentos do Projeto Etapa 3. De forma conservativa, foram calculadas as reas a serem ocupadas pelas estruturas submarinas considerando um raio de 5 km por projeto (ou 80 km). Ao se espacializar os arranjos de todos os DPs, considerando a interseco entre as instalaes de diferentes unidades de produo, tem-se um cenrio ampliado com a incorporao de todas as reas, sendo assim so considerados 960 km.

A instalao de cada linha de cada poo por DP tem durao de cerca de 20 dias. Com isso, considerando-se at 18 poos e que sero instaladas trs linhas por poo, estima-se que o tempo de instalao por DP seja cerca de 36 meses. Esse perodo de instalao distribui-se de forma intermitente ao longo do projeto, podendo ocorrer concomitantemente em mais de um DP.

Para avaliao da durao desta atividade, na avaliao de cada impacto so considerados quatro anos de operao do TLD e SPAs, pois sero operados com dois FPSOs em pararelo com trs anos para cada e um ano do Piloto de Curta Durao. Para o Piloto de Longa Durao e DPs foi considerado entre cinco e quinze anos para instalao das linhas.

IV) Presena dos FPSOs e dos sistemas de coleta e escoamento

A presena do FPSO e equipamentos submarinos est associada apenas fase de operao do Projeto Etapa 3. Os FPSOs e seu arranjo submarino e interferem em toda coluna dgua, da superfcie ao sedimento marinho.

A interao com a superfcie ocorre atravs da presena do prprio FPSO com a avifauna e biota marinha. Em relao a coluna dgua, a interao com a biota marinha ocorre atravs da presena dos risers e linhas que conectam os equipamentos submarinos ao FPSO. As diversas estruturas e equipamentos como linhas de produo, de injeo de gua e gs, de servio, umbilicais de controle, manifolds e gasodutos de exportao interagem localmente com o sedimento e biota marinha, especialmente a comunidade bentnica.

Conforme descrito nos aspectos ambientais Instalao dos sistemas de coleta e escoamento e Remoo das estruturas, de forma conservativa, foi estimada a rea ocupada por cada arranjo submarino, sendo estimadas as

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estruturas e equipamentos num raio de 5 km, que equivale a cerca de 80 km. Conforme descrito anteriormente, considerada uma rea de 1040 km, considerando um Piloto de longa durao e 11 DPs.

Em relao rea na superfcie ocupada pelo FPSO terico, que neste projeto o maior, a rea mxima de aproximadamente 22.000 m. Na fase de instalao, os impactos gerados pelo FPSO e sistemas de coleta e escoamento esto associados aos Aspectos Gerao de Luminosidade, Gerao de Rudos e Descarte de Efluentes Sanitrios.

V) Gerao de rudo

Este aspecto ambiental est associado a rudos que ocorrero durante as fases de instalao, operao e desativao de todas as atividades do Projeto Etapa 3 provenientes dos FPSOs e das embarcaes de apoio.

As atividades de perfurao, produo, instalao, inspeo e interveno, com inmeras embarcaes especializadas de posicionamento dinmico (DP), com embarcaes de apoio e com equipamentos submarinos de produo, acarretam um aumento do rudo ambiente nas proximidades dos campos (HECKMAN, 1977; GENESYS, 2010; MACHADO, 2011; ROLLAND et. al., 2012). Durante a fase de operao, o motor do FPSO no estar em funcionamento, portanto no so esperados rudos provenientes das hlices, sendo provenientes do prprio maquinrio do FPSO e das embarcaes de apoio.

Outras fontes de rudo esto presentes dentro das embarcaes, como o caso de compressores e geradores. Estes sons so geralmente transmitidos como sons contnuos de banda larga atravs dos cascos das embarcaes (SAKHALIN ENERGY, 2003).

No caso do Projeto Etapa 3, haver diversos tipos de embarcaes que prestaro apoio s atividades, responsveis por auxiliar na instalao destas, assim como abastecer os FPSOs com os suprimentos necessrios (alimentao, combustvel, equipamentos, produtos qumicos, etc.) e encaminhar os resduos gerados at as bases de apoio.

As atividades offshore, como o TLD, SPAs, Pilotos e DPs, nas fases de comissionamento e desativao geram rudos (sons de baixa frequncia e altos

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decibis) que podem se propagar em um raio da ordem de centenas de quilmetros (GORDON et. al., 1998 apud. SIMMONDS et. al., 2004). Projetos de monitoramento acstico, recentemente implantados pela PETROBRAS, traro informaes mais precisas e locais sobre as reais dimenses do rudo gerado pela atividade.

Para fase de instalao considerado o mesmo perodo da pr-ancoragem, sendo perodo inferior a cinco anos para TLD, SPAs, Pilotos e DPs.

Em relao durao, foram considerados quatro anos de operao do TLD e SPAs e Piloto de curta durao, pois sero operados com dois FPSOs em pararelo com trs anos para cada, alm de um ano do Piloto de curta durao. Para o Piloto de longa durao e DPs foi considerado 30 anos de operao.

VI) Gerao de luminosidade

Um dos aspectos a serem considerados no Etapa 3 a gerao de luminosidade artificial do FPSO e das embarcaes de apoio sobre o meio ambiente. As embarcaes de apoio tambm so capazes de interferir com a biota, mas em menor intensidade do que os FPSOs.

Durante a fase de instalao e desinstalao esta luminosidade gerada pelas embarcaes de apoio. A luminosidade gerada pelos FPSOs ocorre apenas entre duas e quatro semanas, que perodo da amarrao do FPSO s ancoras e nas linhas dos poos.

Durante a operao esse aspecto maior, pois inclui o tempo da operao do empreendimento, que varia de seis meses no TLD, SPAs a cerca de 30 anos nos projetos de Piloto de Longa Durao e DP. Alm da iluminao artificial do FPSO, na fase de operao considerada a gerao de luminosidade do flare em funo da queima de gs. Esta queima ocorre durante toda operao para o TLD, SPAs e Piloto de Curta Durao e durante o comissionamento para Piloto de Libra e DPs.

Para fase de instalao considerado o mesmo perodo da pr-ancoragem, sendo perodo inferior a cinco anos para TLD, SPAs, Pilotos e DPs.

Em relao a durao, foram considerados quatro anos de operao do TLD e SPAs, pois sero operados com dois FPSOs em pararelo com trs anos para

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cada e um ano do Piloto de curta durao. Para o Piloto de longa durao e DPs foi considerado 30 anos de operao.

VII) Descarte do efluente do teste de estanqueidade

O teste de estanqueidade realizado em linhas de coleta e escoamento no Piloto de longa durao e DPs com o objetivo de garantir a integridade destes, detectando possveis fissuras estruturais ou falhas ocorridas durante a instalao/conexo das linhas e gasodutos.

Para as linhas flexveis, normalmente so feitos testes a bordo das embarcaes de instalao e, aps instaladas so realizados novos testes, que so realizados preferencialmente com gua, no entanto uma das opes de teste base de fluorescena. Para este teste so gerados em torno de 200 m de efluente por linha.

O maior gasoduto (Lula Sul 3) possui 20,4 km de extenso e 9,13 de dimetro interno, totalizando volume de aproximadamente 860 m3, sendo este o maior volume de descarte do efluente contendo fluorescena previsto para gasodutos.

Para o teste de estanqueidade utilizada uma soluo de gua do mar com corante orgnico a base de fluorescena a 20% (Fluorene R2) em uma concentrao de 40 ppm. O fluorene uma substncia no inica, solvel em gua, biodegradvel. Os ensaios ecotoxicolgicos so apresentados no subitem II.2.4.13 referente caracterizao dos efluentes (apresentados na ntegra no Anexo II.2.4-3). Destaca-se que no ponto de desalagamento, a concentrao de Fluorene R2 no efluente (i.e. 40 mg/L) j inferior CENO de 200 mg/L obtida nos testes de ecotoxicidade realizados em laboratrio, no sendo aplicado o conceito de zona de mistura relativa toxicidade crnica para este efluente, tampouco realizada uma modelagem especfica.

Depois de concludo o teste de estanqueidade, o fluido ser descartado no mar por uma das duas extremidades do trecho de linha e/ou gasoduto .

O desalagamento realizado durante a execuo da operao de secagem. As operaes de secagem podem ser realizadas atravs da passagem de plugs

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de glicol (Monoetilenoglicol MEG) separados por pigs, ao longo de toda a extenso do duto ou pela utilizao de pigs bombeados com ar seco. medida que estes pigs avanam promovendo a secagem do duto tem-se o desalagamento do fluido de TH. Os plugs de glicol sero recolhidos na embarcao, no sendo previsto o descarte de MEG no mar.

O descarte do fluido do teste de estanqueidade est previsto para ocorrer prximo ao substrato marinho, na extremidade mais profunda das linhas e dos gasodutos. Considerando a baixa toxicidade, o ponto de lanamento e o fato de ser um evento pontual e localizado, no so considerados impactos sobre os fatores ambientais do meio bitico (necton, plncton e aves marinhas) .

VIII) Descarte de efluentes sanitrios e resduos alimentares

Durante as atividades a serem desenvolvidas no Projeto Etapa 3, tanto em fase de instalao, operao e desativao, as embarcaes de apoio (instalao, suprimentos e operaes de alvio) e as unidades de produo geram efluentes sanitrios e resduos alimentares, que so lanados ao mar, posteriormente ao tratamento adequado, quando necessrio.

Para instalao e desativao considerado apenas o descarte dos efluentes sanitrios e resduos alimentares gerados pelas embarcaes de apoio. O FPSO no considerado, pois ao longo de toda fase de instalao do projeto, o FPSO permanece na locao antes de iniciar a operao por at um ms, os demais meses o FPSO est no estaleiro ou em rea de ancoragem, onde limitado o descarte. Na fase de operao so consideradas as embarcaes e os FPSOs.

Para estes descartes de resduos e efluentes sero consideradas a Conveno MARPOL 73/78 (que versa sobre conveno internacional para a preveno da poluio por navios) e a NT IBAMA 01/11 (que versa sobre a implementao do Projeto de Controle da Poluio PCP, exigido nos processos de licenciamento ambiental dos empreendimentos martimos de explorao e produo de petrleo e gs).

Assim, os resduos orgnicos alimentares devem ser triturados em partculas com tamanho inferior a 25 mm, sendo descartado a partir de 12 mn da costa para FPSOs e a partir de 3 mn para embarcaes de apoio.

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Quanto ao descarte dos efluentes sanitrios e guas servidas, varia em funo do tipo de Unidade Martima ou embarcao:

FPSOs: s podem ser descartados aps tratamento e a partir de 3 mn. Embarcaes de apoio com tripulao superior a 15 pessoas e

continuadas (embarcaes lanadoras de linhas, lanadoras de ncoras, apoio a ROV e apoio a mergulho): aps passagem por sistema de tratamento, os efluentes podem ser descartados entre trs e 12 milhas nuticas da costa. Sem tratamento, o descarte s poder ocorrer aps 12 milhas nuticas da costa, desde que a embarcao esteja em movimento.

Embarcaes de apoio com tripulao inferior a 15 pessoas: sem restrio. Destaca-se que os FPSOs do Projeto Etapa 3 esto a mais de 170 km da

costa (ou 92 mn) e que o trnsito das embarcaes de apoio ocorre principalmente entre o PPSBS e Baa de Guanabara.

Considerando-se que o descarte deste efluente sem tratamento no ocorrer em distncia menor que 12 milhas nuticas da costa, este aspecto no foi considerado para o fator guas costeiras.

Para este impacto foram considerados que o efluente dispersado por poucos metros ao redor de cada FPSO e das embarcaes de apoio, mesmo na rea de navegao entre a Baa de Guanabara e o Plo Pr-Sal da Bacia de Santos, em distncias superiores a 12 milhas nuticas.

Para fase de instalao considerado o mesmo perodo da pr-ancoragem, sendo perodo inferior a cinco anos para TLD, SPAs, Pilotos e DPs.

Em relao a durao, foram considerados quatro anos de operao do TLD e SPAs, pois sero operados com dois FPSOs em pararelo com trs anos para cada e um ano do Piloto de curta durao. Para o Piloto de longa durao e DPs foi considerado 30 anos de operao.

IX) Descarte de gua produzida

A gua produzida composta primariamente pela gua de formao, ou seja, gua naturalmente associada ao petrleo. Essa gua descartada pelos FPSOs, no caso dos empreendimentos do Pr-Sal, cerca de dois anos aps incio da operao. Apresentam uma grande variedade de produtos qumicos a ela

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associados, os quais so adicionados durante o processamento do petrleo (WASHBURN et. al., 1999 apud. GUERRA, 2009).

A caracterizao fsico-qumica e ecotoxicolgica da gua produzida e produtos qumicos associados apresentada no captulo II.2 Caracterizao da Atividade. No est prevista a gerao de gua produzida em nenhum dos TLD, SPAs e Piloto de curta durao. Portanto, este aspecto ambiental est associado atividade do Piloto de longa durao e dos DPs.

Toda gua produzida na planta de processo ser encaminhada para um sistema de tratamento que visa essencialmente diminuio do teor de leos e graxas, utilizando-se para isso um sistema de tratamento.

O tratamento, descarte e monitoramento da gua produzida seguir o preconizado pela Resoluo CONAMA n 393/07, devendo ser descartada com a concentrao mdia aritmtica simples mensal de leos e graxas de at 29 mg/L e com valor mximo dirio de 42 mg/L. Este descarte ser monitorado continuamente por um sensor de Teor de leo e Graxas (TOG) localizado na linha de descarte, que interrompe o lanamento caso o efluente esteja fora de especificao. Nesse caso contingencial, a gua desenquadrada enviada para o tanque de slop sujo, com tempo de residncia suficiente para garantir que o teor de leos e graxas (TOG) seja enquadrado como gua oleosa, cujo descarte para o mar apresenta TOG inferior a 15 ppm, conforme determinao MARPOL 73/78 e a NT IBAMA 01/11.

O efluente normal do tanque de slop oriundo das guas de lavagem da planta industrial, da rea de armazenamento de insumos combustveis e do setor de lavagem de peas e equipamentos, alm de guas pluviais, que incidem sobre estas reas, podendo carrear resduos oleosos.

Para fins de caracterizao do aspecto ambiental foi elaborada uma modelagem de disperso de gua produzida. Visto que os FPSOs esto em fase de planejamento e suas especificaes no so definitivas, foi utilizada a configurao mais comum nos ltimos FPSOs em operao no PPSBS e o maior volume descartado previsto, ou seja, a capacidade da planta de processo do FPSO terico com 24.000 m/d. Assim o resultado ser extrapolado para os demais FPSOs e, no momento do requerimento da Licena de Operao do Piloto de longa durao e de cada DP, ser apresentada uma modelagem especfica. A

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composio do efluente foi baseada nos dados do FPSO Cidade de Angra dos Reis, primeiro projeto do PPSBS a descartar gua produzida. Conforme observado nos resultados da modelagem no Anexo II.6.2-2, os resultados mostram que a diluio da pluma no campo distante efetiva, com diluies prximas de 1000 vezes a distncias prximas a 100 m e que as plumas se mantm entre 20 e 25 metros de profundidade.

Estes resultados mostram ainda que, dentro do campo prximo, a diluio mnima alcanada foi de 79,2 vezes no inverno. Este quadro mostra ainda que a profundidade mxima obtida ao final do campo prximo foi de 22,7 m no outono e comprimento mximo de 83,7 m no vero.

X) Descarte do efluente da unidade de remoo de sulfato

A gua utilizada no sistema de tratamento da gua de injeo ser captada do mar atravs de bombas de captao e passar pelo processo de dessulfatao para a reduo do teor de sulfatos. Como no h injeo de gua nas atividades de TLD, SPAs e Piloto de Jpiter, os efluentes da Unidade Removedora de Sulfatos URS so aplicveis somente para o Piloto de Libra e DPs.

A URS gera dois tipos de efluentes: o efluente regular da URS e o efluente da limpeza das membranas. O rejeito regular constitudo de gua do mar concentrada de ons bivalentes comuns gua do mar natural, alm de produtos qumicos, tais como inibidor de incrustao, sequestrante de cloro e biocida, conforme apresentado no captulo II.2 Caracterizao da Atividade.

Para analisar o impacto do descarte de todos os projetos Piloto e DP do Projeto Etapa 3, foi realizada uma modelagem do efluente regular da URS, considerando o pior caso, extrapolando o resultado para coordenada dos demais FPSOs. Visto que os FPSOs esto em fase de planejamento e suas especificaes no so definitivas, para realizao da modelagem foi utilizada a configurao esperada para o FPSO terico, que tem a maior capacidade e injeo, sendo planta de processamento semelhante ao FPSO Cidade de Itagua (Etapa 2). De acordo com o subitem II.2.4.11 Efluentes Gerados durante a Operao das Unidades de Produo, o volume mximo do rejeito da URS a

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ser descartado por unidade de 13.990 m/d ou 582,92 m/h e a composio do efluente semelhante aos demais projetos do PPSBS.

Destaca-se que a operao contnua da URS resulta no acmulo de impurezas nas membranas, com isso, para sua limpeza so utilizadas solues cidas e alcalinas. Inicialmente a operao de limpeza poder ocorrer de uma a duas vezes por ms. Aps cerca de 12 meses de operao, se considerado nenhum imprevisto, a limpeza ocorrer trimestralmente. O descarte do efluente da lavagem adicionado ao efluente regular de um trem da URS, para lanamento no corpo receptor, por cerca de 90 min, com uma vazo resultante de 326,5 m3/h. Este descarte do efluente da limpeza das membranas da URS tambm foi modelado para apoiar a avaliao deste impacto.

Para avaliar o impacto do efluente da URS foi modelado o descarte de efluente da URS a partir do FPSO de Spia. Foram realizadas simulaes utilizando a vazo total de 13.990,0 m/dia (i.e. 582,92 m3/h) de efluente. O lanamento realizado entre 1,0 e 12,0 m abaixo da linha dgua, em funo do calado da unidade, por uma tubulao com 0,6604 m de dimetro, com orientao horizontal.

A URS do FPSO de Spia composta por dois trens de tratamento, com trs bancos de membranas em cada um. O sistema de limpeza das membranas do FPSO de Spia foi dimensionado para realizar a limpeza de um trem de cada vez, ou seja, durante a limpeza de um trem o outro continua operando normalmente.

O processo de lavagem de cada um destes bancos ocorre em cinco etapas, das quais duas correspondem lavagem das membranas com produtos qumicos. A lavagem de cada trem dura, aproximadamente, 62 horas, sendo que o lanamento dos efluentes com produtos qumicos dura 90 minutos para cada produto, com 10 horas de intervalo entre os dois descartes. Todo o processo (i.e. incio da limpeza alcalina) repetido 49 h aps o ltimo descarte.

O efluente da lavagem membranas descartado com uma vazo de 35 m3/h de efluente de limpeza que so incorporados ao efluente do trem de membranas em operao do FPSO (291,46 m3/h) com um volume resultante de 489,69 m3 aps um descarte realizado por 90 min (326,46 m3/h).

As caractersticas do efluente fornecidas pela PETROBRAS, os produtos de limpeza correspondem a uma soluo aquosa com uma concentrao de 1%

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(produto cido) a 2% (produto alcalino) em cada uma das etapas do processo de lavagem das membranas.

Os resultados das simulaes numricas so apresentados em duas fases de diluio: campo prximo e campo distante.

A Tabela II.6.1.2.1-1 mostra os resultados das simulaes no campo prximo de lanamento de efluentes da URS, contemplando a diluio, comprimento, espessura, largura e profundidade da pluma gerada.

Tabela II.6.1.2.1-1 Resultados das simulaes de campo prximo para o lanamento

de efluentes da URS a partir do FPSO de Spia.

PARMETROS EFLUENTE DA URS

PRIMAVERA VERO OUTONO INVERNO Diluio no final do campo prximo 91,4 188,1 146,4 149,1 Comprimento do campo prximo (m) 23,0 66,4 47,8 51,1 Espessura mxima da pluma (m) 9,6 11,3 13,0 12,3 Espessura final da pluma (m) 9,6 11,3 13,0 12,3 Largura final da pluma (m) 9,6 11,3 13,0 12,3 Profundidade mxima da pluma (m) 21,9 19,9 26,1 23,7 Profundidade terminal da pluma (m) 21,9 19,9 26,1 23,7

Fonte: Tetratech (2016).

As diluies obtidas para os descartes dos efluentes da URS a partir do

FPSO de Spia, durante os perodos de primavera, vero, outono e inverno, para o campo distante, so apresentadas na Tabela II.6.1.2.1-2, a seguir, em funo das distncias de 100, 200, 300, 400, 500 e 600 m do ponto de lanamento. Na Tabela II.6.1.2.1-3 so apresentados os demais dados referentes s plumas.

Tabela II.6.1.2.1-2 Diluies mdias e mnimas calculadas para os efluentes da URS

do FPSO de Spia, a 100, 200, 300, 400, 500 e 600 m do ponto de lanamento, nos perodos de primavera, vero, outono e inverno.

EFLUENTE DA URS

DILUIO (vezes) PRIMAVERA VERO OUTONO INVERNO

Mnima Mdia Mnima Mdia Mnima Mdia Mnima Mdia

Dis

tnc

ia d

e: 100 m 1.589,0 2.449,0 1.716,0 3.143,0 1.316,0 2.364,0 1.351,0 2.571,0

200 m 2.173,0 3.664,0 2.369,0 4.652,0 1.895,0 3.651,0 1.816,0 3.669,0 300 m 2.663,0 4.605,0 2.973,0 5.298,0 2.410,0 4.462,0 2.234,0 4.081,0 400 m 3.098,0 5.499,0 3.546,0 5.699,0 2.775,0 4.877,0 2.632,0 4.901,0 500 m 3.599,0 5.881,0 4.137,0 6.131,0 3.181,0 5.328,0 3.044,0 5.685,0 600 m 4.004,0 5.663,0 4.580,0 6.334,0 3.507,0 5.818,0 3.489,0 6.073,0

Fonte: Tetratech (2016).

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Tabela II.6.1.2.1-3 Demais parmetros das plumas nas simulaes para os efluentes da URS do FPSO de Spia, nos perodos de primavera, vero, outono e inverno.

PARMETROS EFLUENTE DE URS

PRIMAVERA VERO OUTONO INVERNO

Comprimento do campo afastado (m) 2.097,0 1.942,0 2.345,0 1.875,0

Espessura da pluma (m) 5,0 5,0 5,0 5,0

Profundidade mnima da pluma (m) 20,0 20,0 20,0 20,0

Profundidade mxima da pluma (m) 25,0 25,0 25,0 25,0

Fonte: Tetratech (2016).

Os resultados para as simulaes da diluio dos efluentes da URS mostram que em 100 m de distncia da fonte os efluentes sofrem diluio mnima superior 1.300 vezes, mostrando o grande potencial de diluio do meio. Na coluna dgua, a pluma gerada atinge profundidade mxima de 25 m.

Para os efluentes provenientes das operaes de limpeza das membranas da URS, a Tabela II.6.1.2.1-4 apresenta os resultados das simulaes no campo prximo, considerando as caractersticas do FPSO de Spia. Tabela II.6.1.2.1-4 Resultados das simulaes de campo prximo para o lanamento

dos efluentes da lavagem das membranas da URS a partir do FPSO de Spia.

PARMETROS EFLUENTE DA LAVAGEM DAS MEMBRANAS DA URS

PRIMAVERA VERO OUTONO INVERNO Diluio no final do campo prximo 2,5 3,2 2,5 2,5 Comprimento do campo prximo (m) 0,4 3,9 3,0 2,6 Espessura mxima da pluma (m) 1,4 0,6 1,5 1,4 Espessura final da pluma (m) 1,4 0,6 1,5 1,4 Largura final da pluma (m) 1,4 2,6 1,5 1,4 Profundidade mxima da pluma (m) 1,0 1,0 1,0 1,0

Profundidade terminal da pluma (m) 0,0 (superfcie) 0,0

(superfcie) 0,0

(superfcie) 0,0

(superfcie)

Fonte: Tetratech (2016).

Para o campo distante, as diluies obtidas para os descartes dos efluentes

de lavagem das membranas da URS a partir do FPSO de Spia, durante os perodos de primavera, vero, outono e inverno, so apresentadas na Tabela II.6.1.2.1-5, a seguir, em funo das distncias de 100, 200, 300, 400, 500 e 600

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m do ponto de lanamento. Na Tabela II.6.1.2.1-6 so apresentados os demais dados referentes s plumas.

Tabela II.6.1.2.1-5 Diluies mdias e mnimas calculadas para os efluentes de

lavagem das membranas da URS do FPSO de Spia, a 100, 200, 300, 400, 500 e 600 m do ponto de lanamento, nos perodos de primavera, vero, outono e inverno.

EFLUENTE DA LAVAGEM

DAS MEMBRANAS DA URS

DILUIO (vezes) PRIMAVERA VERO OUTONO INVERNO

Mnima Mdia Mnima Mdia Mnima Mdia Mnima Mdia

Dis

tnc

ia d

e:

100 m 1.716,0 3.473,0 2.341,0 3.809,0 1.727,0 3.498,0 1.719,0 3.279,0 200 m 2.226,0 5.261,0 3.177,0 5.367,0 2.258,0 4.777,0 2.368,0 4.668,0 300 m 2.647,0 5.981,0 3.797,0 6.233,0 2.734,0 5.752,0 2.983,0 5.652,0 400 m 3.063,0 6.353,0 4.400,0 6.643,0 3.184,0 6.172,0 3.345,0 6.035,0 500 m 3.494,0 6.783,0 4.800,0 7.229,0 3.684,0 6.854,0 3.685,0 6.518,0 600 m 3.964,0 7.173,0 5.564,0 7.533,0 4.178,0 6.963,0 3.981,0 6.316,0

Fonte: Tetratech (2016).

Tabela II.6.1.2.1-6 Demais parmetros das plumas nas simulaes para os efluentes

de lavagem das membranas da URS do FPSO de Spia, nos perodos de primavera, vero, outono e inverno.

PARMETROS EFLUENTES DA LAVAGEM DAS MEMBRANAS DA URS

PRIMAVERA VERO OUTONO INVERNO

Comprimento do campo afastado (m) 2.231,0 1.752,0 2.299,0 2.324,0

Espessura da pluma (m) 10,0 10,0 10,0 10,0

Profundidade mnima da pluma (m) 0,0 0,0 0,0 0,0

Profundidade mxima da pluma (m) 10,0 10,0 10,0 10,0

Fonte: Tetratech (2016).

Assim como o modelado para os efluentes da URS, os efluentes provenientes

das operaes de limpeza das membranas da URS tambm mostram que em 100 m de distncia da fonte os efluentes sofrem grande diluio (mnima de 1.700 vezes aproximadamente), mostrando o grande potencial de diluio do meio. Na coluna dgua, a pluma gerada atinge profundidade mxima de 10 m.

Considerando que aps a URS estar operacional, o efluente da lavagem da membrana descartado trimestralmente. Sendo assim, a avaliao de impacto abordar os impactos em subsuperfcie.

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XI) Emisses atmosfricas

Conforme apresentado no captulo II.2 Caracterizao da Atividade, as principais fontes de emisses atmosfricas identificadas no TLD, SPAs, Pilotos e DPs so os processos de combusto para gerao de energia (motriz, trmica e eltrica) e queima de gs em tocha nas fases de instalao, operao e desativao.

As principais emisses atmosfricas nestas atividades so os xidos de nitrognio (NOx) e de enxofre (SOx), monxido de carbono (CO), material particulado (MP), hidrocarbonetos totais (HCT) e os seguintes gases de efeito estufa: dixido de carbono (CO2), metano (CH4) e xido nitroso (N2O).

As atividades de instalao do TLD, SPAs, Pilotos e DPs envolvem a operao temporria (da ordem de dias) de embarcaes que realizam o lanamento de ncoras, rvores de natal, lanamento de gasodutos, navegao do FPSO e ligao das linhas de escoamento. Durante a navegao at o incio da operao, os FPSOs usam motogeradores para gerao essencial de energia eltrica. Portanto, as emisses de poluentes regulados durante a instalao so oriundas dos motores das embarcaes de apoio e geradores de energia diesel.

A fase de operao envolve a produo, tratamento e exportao de leo e gs em FPSOs, que geram emisses de poluentes regulados devido ao consumo de gs combustvel nos turbogeradores, turbocompressores e caldeiras, e queima de gs produzido em tocha em operao contnua. Outra atividade vital para operao dos FPSOs envolve embarcaes e helicpteros que fazem a logstica de materiais, produtos e pessoas emitindo poluentes atmosfricos devido a queima de combustvel em operao intermitente.

Nesta fase os projetos de TLD/SPAs geram principalmente emisses de poluentes regulados na queima de gs produzido em tocha, seguidos pelos turbogeradores e motogeradores, mas restritas aos seis meses de operao.

Para Pilotos e DPs a fase de operao bem definida entre comissionamento e operao. Durante o comissionamento existem grandes taxas de emisses dos poluentes regulados na queima de gs produzido na tocha, enquanto a plataforma leva alguns meses para iniciar e estabilizar o processamento do leo e gs produzido at injetar o excedente do gs produzido ou exportar para o mercado

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consumidor. Alm destas emisses durante o comissionamento, os turbogeradores (inicialmente acionados por diesel e posteriormente por gs combustvel) e turbocompressores comeam a operar progressivamente de acordo com o aumento de carga processada e gs reinjetado. Ao atingir a fase de operao normal, as emisses de poluentes regulados sofrem redues significativas (pelo menos de 50%) para nveis a serem mantidos por toda a durao dos empreendimentos (20-32 anos), exportando ou reinjetando pelo menos 97% do gs produzido pelo FPSO.

Assim como para instalao, a fase de desativao envolve a operao temporria (da ordem de dias) de embarcaes que realizam a remoo das linhas de escoamento, remoo das linhas de ancoragem e navegao do FPSO para novo destino. Portanto, as emisses de poluentes regulados durante a desativao so oriundas dos motores das embarcaes e geradores de energia diesel.

XII) Substituio de linhas flexveis e umbilicais de controle

Durante a fase de operao da atividade, fato ocasional a necessidade de substituio de trechos das linhas flexveis de coleta e escoamento (riser e/ou flowline) por outros de caractersticas iguais ou superiores devido ao atingimento do pleno perodo de vida til destas estruturas. Isto se d por envelhecimento ou desgaste natural dos componentes polimricos e/ou por processos corrosivos nos componentes metlicos das linhas flexveis, disparados por causas associadas instalao e operao dos dutos. Ambos os cenrios so previstos no projeto destas estruturas, o que resulta, com aplicao de um fator de segurana, na determinao da 'vida til' da linha, o que pode ser inferior 'vida produtiva' do sistema de coleta.

O mesmo pode ocorrer em relao aos umbilicais eletro-hidrulicos (UEHs), os quais podero eventualmente necessitar de substituio em caso de dano causado durante a instalao ou por agente externo posterior.

As operaes de substituio sero realizadas de maneira procedimentada, utilizando tecnologias amplamente empregadas ao longo da fase de instalao da unidade.

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XIII) Remoo das estruturas submarinas

Na fase de desativao est prevista a retirada dos FPSOs e das estruturas submarinas como linhas de produo, linhas de injeo de gua, linhas de servio (gs lift), umbilicais eletro-hidrulicos. Em relao ao sistema de ancoragem do FPSO, previsto que as ncoras tipo estaca torpedo e os trechos de amarras de fundo sejam abandonados nas posies originais, bem como as estacas torpedo e rabichos de amarras de fundo utilizadas para ancoragem das linhas flexveis.

A retirada das estruturas submarinas tem interface com o sedimento e a biota marinha, especialmente com a comunidade bentnica.

Considerando que o processo de desativao est previsto para um cenrio futuro, a efetiva operao de desativao ser descrita e submetida a apreciao do rgo ambiental competente para devida autorizao. Conforme condicionantes de Licenas de Operao de projetos j em operao no PPSBS, previamente ao incio da desativao ser encaminhada uma atualizao do Projeto de Desativao, sendo ento atualizada a avaliao de impactos.

XIV) Vazamento acidental de produtos qumicos no mar

Este aspecto ambiental est ligado a vazamentos acidentais de produtos qumicos que sero utilizados e armazenados nos FPSOs.

Os produtos qumicos, quando vazados acidentalmente no mar, esto sujeitos ao intemperismo. Nestes casos, o impacto no ambiente est associado quantidade vazada, s caractersticas do produto quanto ao seu grau de solubilidade na gua, densidade, volatilidade e capacidade de disperso (IPIECA, 2000). As condies do mar no perodo do acidente (agitao ocenica), e as condies atmosfricas e meteorolgicas so importantes para se dimensionar o grau do impacto. A partir do conhecimento destes fatores possvel avaliar a extenso e a durao e/ou persistncia destes produtos no ambiente marinho.

Os produtos e substncias qumicas (Anexo II.2.4-2) se enquadram em uma grande variedade de classes de risco, destacando-se os lquidos inflamveis e corrosivos (tanto cidos, como alcalinos). Os principais produtos utilizados so os inibidores de incrustao, inibidores de parafina, inibidores de asfaltenos,

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sequestrantes de cloro, biocidas/bioestticos, sequestrantes de H2S, desinfetantes, desemulsificantes, antiespumantes, corante, traador, sequestrantes de oxignio e inibidores de hidrato.

Cabe ressaltar que estes produtos so acondicionados em conformidade com a legislao vigente, respeitando a classificao de perigo tanto para transporte quanto para estocagem nos FPSOs.

Durante fase de instalao e desativao as embarcaes de apoio transportam somente fluido hidrulico e tintas, que so transportados em reas contidas.

Os riscos de vazamento de produto qumico no mar reportados na Anlise Preliminar de Perigos esto associados aos FPSOs durante a fase de operao, com cenrios que podem causar vazamentos de at 8 m. Merece destaque o fato de no ter se relatado at o momento nenhum evento acidental com vazamento de produtos qumicos relacionados ao transporte para as unidades do PPSBS. Importante tambm o fato de que os qumicos so armazenados e transportados em unidades estanques que, mesmo em caso de acidente e tombamento no mar, no acarretariam em vazamentos.

XV) Vazamento acidental de combustvel e/ou leo no mar

Este aspecto ambiental est relacionado a vazamentos de combustvel e leo cru no mar, proveniente de acidentes das embarcaes de apoio, dos FPSOs e navios aliviadores. Para a descrio dos impactos associados a este Aspecto Ambiental, considerando que as tipologias dos efeitos so bastante similares entre vazamentos de diferentes tipos de leo (leo combustvel e leo cr), e que as diferenas mais significativas so nos volumes associados s fases (instalao, operao, desativao), sero tratados com o termo leo, tanto para leo combustvel como para leo cr. As diferenas inerentes a cada fase (tipo do leo, volume, distncia da costa) sero consideradas individualmente quando necessrio. Os cenrios de possveis acidentes esto detalhados no captulo II.10 Anlise de Risco.

De acordo com os cenrios levantados para embarcaes de apoio e na fase de instalao, todos so de pequeno volume (at 4 m). Os cenrios que

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envolvem volumes maiores dependem de duas instalaes de linha em paralelo, o que ocorreria quando um dos projetos j estivesse em operao e na regio do PPSBS. Com isso, o cenrio de pior caso considerado na fase de operao e no na de instalao e desativao.

Conforme a CONAMA n 398/2008 os acidentes so classificados em trs faixas de volume: 8 m, 200 m e volume de pior caso (VPC), que neste estudo equivale ao afundamento do FPSO de maior tancagem, a saber 450.000 m.

Para avaliar a variabilidade ao longo do ano, foram modelados dois perodos de seis meses, janeiro a junho e julho a dezembro nas extremidades dos empreendimentos do Projeto Etapa 3.

Assim, foram obtidos mapas de probabilidade de presena de leo para dois cenrios ambientais (primeiro e segundo semestres), para sete pontos de vazamentos, com trs volumes vazados, totalizando 42 cenrios distintos. Aqui nesta avaliao, em forma de resumo, so apresentados resultados de probabilidade e tempo de deslocamento do leo da Figura II.6.1.2.1-1 Figura II.6.1.2.1-4 somente os mapas de vazamentos de pior caso, considerando o cenrio integrado para os sete pontos de modelagem, em ambos semestres dos anos. Os mapas para todos os volumes e pontos, individualmente, esto disponveis no Anexo II.6-1 deste documento.

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Figura II.6.1.2.1-1 rea total com probabilidade de leo (%)na superfcie da gua para o Polo Pr-Sal da Bacia de Santos, decorrente de vazamento de volume de pior caso (450.000 m), durante os meses de janeiro a junho.

Fonte: TETRATECH (2017).

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Figura II.6.1.2.1-2 Tempo de deslocamento de leo (horas) na superfcie da gua para

o Polo Pr-Sal da Bacia de Santos, decorrente de vazamento de volume de pior caso (450.000 m), durante os meses de janeiro a junho.

Fonte: TETRATECH (2017).

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Figura II.6.1.2.1-3 rea total com probabilidade de leo (%)na superfcie da gua para

o Polo Pr-Sal da Bacia de Santos, decorrente de vazamento de volume de pior caso (450.000 m), durante os meses de julho a dezembro.

Fonte: TETRATECH (2017).

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Etapa 3

Figura II.6.1.2.1-4 Tempo de deslocamento de leo (horas) na superfcie da gua para o Polo Pr-Sal da Bacia de Santos, decorrente de vazamento de volume de pior caso (450.000 m), durante os meses de julho a dezembro.

Fonte: TETRATECH (2017).

Resumindo os resultados probabilsticos, para o cenrio de pior caso do

perodo de janeiro a junho, o menor tempo de toque na costa foi calculado em 262 horas na Ilha Cabo Frio (Arraial do Cabo-RJ). Para o perodo de julho a dezembro o menor tempo foi de 145 horas nas Ilhas Maricas (Maric-RJ).

Com relao probabilidade de toque na costa, os maiores valores foram observados no Municpio de Florianpolis, sendo de 25% no perodo de janeiro a

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09/2017 Coordenador da Equipe Tcnico Responsvel

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Etapa 3

Identificao e Avaliao de Impactos Ambientais

II.6

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junho (nas Ilhas Moleques do Sul) e de 36% no perodo de julho a dezembro (na Ilha do Xavier).

Atravs da integrao dos resultados foi calculada as extenses mximas de linha de costa com probabilidade de toque, sendo de 1.781,04 km em janeiro a junho e de 2.182,52 km em julho a dezembro. Avaliando o resultado de forma integrada, considerada como rea suscetvel ao vazamento de leo a costa entre Quissam (Rio de Janeiro) e So Jos do Norte (Rio Grande do Sul).

XVI) Trans porte dos FPSOs

Este aspecto ambiental est relacionado fase de planejamento e representa a navegao dos cascos dos FPSOs da regio de origem para o Brasil. Todos os cascos dos FPSOs que sero operados no Projeto Etapa 3 sero importados, seja totalmente montados e finalizados no local de origem ou podendo ainda ser importados em mdulos para posterior montagem e finalizao em estaleiros no Brasil. Alguns dos mdulos vm sendo tambm construdos em estaleiros no Brasil para posterior montagem final em outros stios, no Brasil ou no exterior.

Conforme apresentado no captulo II.2, est prevista a utilizao de estaleiros em Macei em Alagoas (Tom/Ferrostal), em Aracruz no Esprito Santo (Jurong), em Angra dos Reis e Niteri no Rio de Janeiro (Brasfels e Brasa), em Pontal do Paran no Paran (UOT Techint), em Itaja em Santa Catarina (Oceana) e em So Jos do Norte e Rio Grande no Rio Grande do Sul (Estaleiro do Brasil, Rio Grande e Queiroz Galvo IESA).

II.6.1.2.2 Meio Socioeconmico

I) Divulgao do empreendimento

Refere-se a toda e qualquer forma de divulgao do empreendimento, incluindo tanto manifestaes oficiais do empreendedor ou de outros rgos e entidades autorizados por ele, como a divulgao de informaes por terceiros, em especial notcias veiculadas na mdia escrita e falada rdio, televiso, jornais, internet. Acrescenta-se que a divulgao do desenvolvimento do Polo

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