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AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DA ELEVAÇÃO DA TEMPERATURA PARA A CULTURA DO CAFÉ CONILON NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Rosembergue Bragança 1 , Alexandre Rosa dos Santos 2 , João Batista Esteves Peluzio 3 , Elias Fernandes de Sousa 4 , Almy Júnior Cordeiro de Carvalho 5 , Telma Machado de Oliveira Peluzio 6 1 Engº Agrônomo, Professor Adjunto do Depto. Engenharia Rural, CCA-UFES, Alegre-ES, [email protected] 2 Engº Agrônomo, Professor Associado II do Depto. Engenharia Rural, CCA-UFES, Alegre-ES, [email protected] 3 Engº Agrônomo, Professor, Ifes/campus de Alegre, Alegre-ES, [email protected] 4 Engº Agrícola, Professor Titular do Centro de Ciências e Tec. Agropecuárias, UENF, Campos dos Goytacazes-RJ, [email protected] 5 Engº Agrônomo, Professor Titular do Centro de Ciências e Tec. Agropecuárias, UENF, Campos dos Goytacazes-RJ, [email protected] 6 Engenheira Florestal, Professora, Ifes/campus de Alegre, Alegre-ES, [email protected] RESUMO: O agronegócio no Brasil tem crescido de forma estruturada e constante nos últimos anos. Dentre os vários produtos, tem-se o café, fortemente cultivado no Sudeste, especialmente em Minas Gerais e no Espírito Santo. No estado do Espírito Santo, o café destaca-se como grande gerador de emprego e distribuidor de renda, especialmente na lavoura de conilon. Apesar de sua conhecida capacidade de se desenvolver em ambientes mais quentes e com maior déficit hídrico que o arábica, o conilon encontra dificuldades vegetativas e produtivas quando os valores ultrapassam as faixas ideais. Assim, qualquer alteração nas condições climáticas comprometem de forma variada a viabilidade econômica da lavoura em regiões tradicionais de cultivo. Com o advento do aquecimento global, mudanças poderão ocorrer e alterar a geografia da produção, em função de alterações no zoneamento agroclimático. Assim, com o acréscimo de temperatura, observou-se a ampliação do porcentual de áreas inaptas ao cultivo, isoladamente, por défice hídrico e por temperatura; o mesmo ocorreu com o zoneamento agroclimatológico, onde somente o Sul do estado possuiria áreas aptas. PALAVRAS-CHAVE: Zoneamento agroclimatológico, climatologia, mudanças climáticas. INTRODUÇÃO: O agronegócio tem sido, sistematicamente, o setor de produção com crescimento constante ao longo dos últimos anos da economia brasileira. Independentemente dos números de sua participação, variáveis em função da metodologia de cálculo e da taxa de câmbio, responde por 1/3 dos empregos nacionais. Dentre os produtos de relevância que compõem a cesta do agronegócio, tem- se o café. O Espírito Santo é o 2º maior produtor de café do Brasil, com cerca de 24% da produção nacional. É responsável por aproximadamente 3/4 da produção de café conilon e ocupa a 2ª posição nacional na produção de café arábica (CONAB, 2014). No ES, o café responde por aproximadamente 400 mil empregos, diretos e indiretos, contribuindo para a manutenção do estado como um dos melhores da República quanto a distribuição fundiária. A participação do café conilon, globalmente identificado por robusta, tem crescido ao longo dos anos atingindo, aproximadamente, 45% do consumo mundial. Apesar de sua conhecida capacidade de cultivo em ambientes com condições agroclimáticas diferentes das do arábica, também sofre com deficiências hídricas e temperaturas excessivas, mesmo em regiões tradicionais de cultivo, conforme descrito por Assad et al. (2004). Sabe-se que mudanças climáticas globais poderão alterar a produção e produtividade das culturas agrícolas, por alterações, principalmente, nas variações térmicas e no balanço hídrico. De acordo com o relatório de 2007 do IPCC (IPCC, 2007) a temperatura do planeta está em ascensão, sendo que as projeções até o final deste século apontam para aumentos de 1,1 a 6,4°C na temperatura média do ar. Uma das formas de avaliar o efeito das alterações agroclimáticas na cafeicultura é por meio de zoneamento agroclimático, sendo considerado por Camargo (1985) como importante instrumento no planejamento e consolidação da atividade. Desse modo, o objetivo principal deste trabalho foi avaliar as condições de aptidão agroclimática para a cafeicultura de conilon para o ES por meio do zoneamento agroclimatológico atual e considerando acréscimos nas temperaturas médias de 1 a 3ºC. Anais do Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto - GEONORDESTE 2014 Aracaju, Brasil, 18-21 novembro 2014 193

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AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DA ELEVAÇÃO DA TEMPERATURA PARA A CULTURA DO CAFÉ CONILON NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Rosembergue Bragança1, Alexandre Rosa dos Santos2, João Batista Esteves Peluzio3, Elias Fernandes de Sousa4

, Almy Júnior Cordeiro de Carvalho5, Telma Machado de Oliveira Peluzio 6

1Engº Agrônomo, Professor Adjunto do Depto. Engenharia Rural, CCA-UFES, Alegre-ES, [email protected] 2Engº Agrônomo, Professor Associado II do Depto. Engenharia Rural, CCA-UFES, Alegre-ES, [email protected]

3Engº Agrônomo, Professor, Ifes/campus de Alegre, Alegre-ES, [email protected] 4Engº Agrícola, Professor Titular do Centro de Ciências e Tec. Agropecuárias, UENF, Campos dos Goytacazes-RJ, [email protected]

5Engº Agrônomo, Professor Titular do Centro de Ciências e Tec. Agropecuárias, UENF, Campos dos Goytacazes-RJ, [email protected] 6Engenheira Florestal, Professora, Ifes/campus de Alegre, Alegre-ES, [email protected]

RESUMO: O agronegócio no Brasil tem crescido de forma estruturada e constante nos últimos anos. Dentre os vários produtos, tem-se o café, fortemente cultivado no Sudeste, especialmente em Minas Gerais e no Espírito Santo. No estado do Espírito Santo, o café destaca-se como grande gerador de emprego e distribuidor de renda, especialmente na lavoura de conilon. Apesar de sua conhecida capacidade de se desenvolver em ambientes mais quentes e com maior déficit hídrico que o arábica, o conilon encontra dificuldades vegetativas e produtivas quando os valores ultrapassam as faixas ideais. Assim, qualquer alteração nas condições climáticas comprometem de forma variada a viabilidade econômica da lavoura em regiões tradicionais de cultivo. Com o advento do aquecimento global, mudanças poderão ocorrer e alterar a geografia da produção, em função de alterações no zoneamento agroclimático. Assim, com o acréscimo de temperatura, observou-se a ampliação do porcentual de áreas inaptas ao cultivo, isoladamente, por défice hídrico e por temperatura; o mesmo ocorreu com o zoneamento agroclimatológico, onde somente o Sul do estado possuiria áreas aptas. PALAVRAS-CHAVE: Zoneamento agroclimatológico, climatologia, mudanças climáticas. INTRODUÇÃO: O agronegócio tem sido, sistematicamente, o setor de produção com crescimento constante ao longo dos últimos anos da economia brasileira. Independentemente dos números de sua participação, variáveis em função da metodologia de cálculo e da taxa de câmbio, responde por 1/3 dos empregos nacionais. Dentre os produtos de relevância que compõem a cesta do agronegócio, tem-se o café. O Espírito Santo é o 2º maior produtor de café do Brasil, com cerca de 24% da produção nacional. É responsável por aproximadamente 3/4 da produção de café conilon e ocupa a 2ª posição nacional na produção de café arábica (CONAB, 2014). No ES, o café responde por aproximadamente 400 mil empregos, diretos e indiretos, contribuindo para a manutenção do estado como um dos melhores da República quanto a distribuição fundiária. A participação do café conilon, globalmente identificado por robusta, tem crescido ao longo dos anos atingindo, aproximadamente, 45% do consumo mundial. Apesar de sua conhecida capacidade de cultivo em ambientes com condições agroclimáticas diferentes das do arábica, também sofre com deficiências hídricas e temperaturas excessivas, mesmo em regiões tradicionais de cultivo, conforme descrito por Assad et al. (2004). Sabe-se que mudanças climáticas globais poderão alterar a produção e produtividade das culturas agrícolas, por alterações, principalmente, nas variações térmicas e no balanço hídrico. De acordo com o relatório de 2007 do IPCC (IPCC, 2007) a temperatura do planeta está em ascensão, sendo que as projeções até o final deste século apontam para aumentos de 1,1 a 6,4°C na temperatura média do ar. Uma das formas de avaliar o efeito das alterações agroclimáticas na cafeicultura é por meio de zoneamento agroclimático, sendo considerado por Camargo (1985) como importante instrumento no planejamento e consolidação da atividade. Desse modo, o objetivo principal deste trabalho foi avaliar as condições de aptidão agroclimática para a cafeicultura de conilon para o ES por meio do zoneamento agroclimatológico atual e considerando acréscimos nas temperaturas médias de 1 a 3ºC.

Anais do Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto - GEONORDESTE 2014Aracaju, Brasil, 18-21 novembro 2014

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MATERIAL E MÉTODOS: O presente estudo foi realizado no estado do Espirito Santo (Figura 1). O clima no estado é influenciado pela altitude, com relevo predominantemente montanhoso e grande diversidade de ambientes. Nas montanhas ao Sul, predomina o café arábica; enquanto nos demais ambientes do estado, principalmente no Norte, predomina o conilon.

OC

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NO

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BAHIA

MINAS GERAIS

RIO DE JANEIRO

Estados

Espírito SantoMunicípios

Projeção Universal Transversade Mercator

Elipsóide: SIRGAS 2000ZONA 24 K

ESPÍRITOSANTO

BRASIL

0 4020 km

ESPÍRITO SANTO 3D

MINAS GERAIS

BA

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RIO

DE

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IRO

OCEANO ATLÂNTICO

ESPÍRITOSANTO

Figura 1 - Localização da área de estudo. Fonte: Santos, 2011.

Foram utilizadas séries históricas de temperatura média do ar e deficiência hídrica (1976-2006) considerando 110 estações pertencentes ao INCAPER, INMET e a ANA. Foram utilizadas projeções futuras de temperatura média do ar, preditas por modelos do IPCC, considerando acréscimos de 1 a 3ºC e o modelo digital de elevação com resolução de 90 m, desenvolvido pela NASA e NIMA nos EUA, no ano de 2000. Todas as informações foram processadas no aplicativo computacional ArcGIS

10.0 (ESRI, 2011).

Para o desenvolvimento do zoneamento agroclimatológico atual do café conilon no ES, foram utilizados os dados de temperatura média do ar e deficiência hídrica da macro planilha, sem nenhuma modificação. Enquanto para o desenvolvimento do zoneamento agroclimatológico com valores alterados, foram obtidas novas deficiências hídricas (Equação 1) em função da modificação da temperatura, bem como da evapotranspiração potencial (Equação 2).

ETRETPDEF −= (1)

K*N*0Q*01,0*TETP* = (2)

Em que: ETP é a evapotranspiração potencial e ETR a evapotranspiração real; T é a temperatura média diária do ar; Q0 a radiação solar extraterrestre (mm equivalentes); N o número de dias; K o fator de ajuste dependente de temperatura média do período.

De posse dos dados de deficiência hídrica, realizou-se a interpolação por Krigagem esférica através da função de interpolação do aplicativo computacional ArcGIS 10.0.

Para obtenção dos mapas de temperatura média anual atual e com adição de 1 a 3ºC, foram criados novos bancos de dados a partir de uma equação de regressão linear múltipla, equação 3.

LONGZLATWALTYXTEMP ⋅+⋅−⋅−= (3)

Em que: TEMP é a temperatura média anual; ALT a altitude (MDE); LAT a Latitude; LONG a longitude; X, Y, W e Z os coeficientes estatísticos (aplicativo computacional Microsoft Office Excel, 2003).

Após a criação dos quatro mapas de deficiência hídrica e de temperatura média do ar, estes foram reclassificados de acordo com as faixas de aptidão e para esse fim foram utilizadas as faixas de aptidão desenvolvidas por Matiello (1991).

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RESULTADOS E DISCUSSÃO: Há um aumento crescente na deficiência hídrica média anual com a elevação da temperatura em comparação com a condição atual. Ocorrendo aquecimento, será necessário ampliar a utilização de irrigação e, paralelamente, o armazenamento de água. Dessa forma, poderá haver o comprometimento dessa cultura no estado e, ou, migração da mesma para a região Sul do mesmo. É importante destacar que não foram realizadas ilações com a qualidade dos grãos e da bebida, muito afetadas pelas condições climáticas, o que certamente complicariam os cenários em questão. Na Figura 2, tem-se os mapas de temperatura média anual atual e com adição de 1 a 3ºC reclassificados para o café conilon no ES. Observa-se ampliação da área inapta, variando de 67,68% (condição atual) a 83,82% (+3ºC). Quanto às áreas aptas, verifica-se redução de 17,56% (condição atual) para 5,94% (+3ºC). Ocorreu também redução nas áreas restritas.

Pólo Linhares

Caparaó

Noroeste I

Litoral Norte

Noroeste II

Pólo Colatina

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Sudoeste Serrana

Central Serrana

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Metropolitana

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0 20 4010 Km

TEMPERATURA MÉDIA ANUAL RECLASSIFICADA PARA O CAFÉ CONILONNO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Classes de AptidãoAPTO

RESTRITO

INAPTO

Microrregiões do ES

Espírito Santo

EstadosE: 1:1.900.000RIO DE JANEIRO

MINAS GERAIS

BAHIA

Pólo Linhares

Caparaó

Noroeste I

Litoral Norte

Noroeste II

Pólo Colatina

Pólo Cachoeiro

Sudoeste Serrana

Central Serrana

Extremo Norte

Metropolitana

Metrópole Expandida Sul

40°0'0"W

40°0'0"W

40°50'0"W

40°50'0"W

41°40'0"W

41°40'0"W

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OC

EA

NO

AT

NT

ICO

0 20 4010 Km

TEMPERATURA MÉDIA ANUAL COM ADIÇÃO DE 1°C, RECLASSIFICADA PARA O CAFÉ CONILONNO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Classes de AptidãoAPTO

RESTRITO

INAPTO

Microrregiões do ES

Espírito Santo

EstadosE: 1:1.900.000RIO DE JANEIRO

MINAS GERAIS

BAHIA

Pólo Linhares

Caparaó

Noroeste I

Litoral Norte

Noroeste II

Pólo Colatina

Pólo Cachoeiro

Sudoeste Serrana

Central Serrana

Extremo Norte

Metropolitana

Metrópole Expandida Sul

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40°0'0"W

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40°50'0"W

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NO

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NT

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0 20 4010 Km

TEMPERATURA MÉDIA ANUAL COM ADIÇÃO DE 2°C, RECLASSIFICADA PARA O CAFÉ CONILONNO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Classes de AptidãoAPTO

RESTRITO

INAPTO

Microrregiões do ES

Espírito Santo

EstadosE: 1:1.900.000RIO DE JANEIRO

MINAS GERAIS

BAHIA

Pólo Linhares

Caparaó

Noroeste I

Litoral Norte

Noroeste II

Pólo Colatina

Pólo Cachoeiro

Sudoeste Serrana

Central Serrana

Extremo Norte

Metropolitana

Metrópole Expandida Sul

40°0'0"W

40°0'0"W

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40°50'0"W

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°10

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20

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'0"S

OC

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NO

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NT

ICO

0 20 4010 Km

TEMPERATURA MÉDIA ANUAL COM ADIÇÃO DE 3°C, RECLASSIFICADA PARA O CAFÉ CONILONNO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Classes de AptidãoAPTO

RESTRITO

INAPTO

Microrregiões do ES

Espírito Santo

EstadosE: 1:1.900.000RIO DE JANEIRO

MINAS GERAIS

BAHIA

Figura 2- Temperatura média anual atual e com adição de 1 a 3ºC para o café conilon no ES.

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As porcentagens de área em função da aptidão do zoneamento agroclimatológico para a cultura do café conilon na atualidade e com acréscimos de 1 a 3ºC, para o estado do Espirito Santo, encontram-se na Figura 3. Assim, verifica-se aumento nas áreas com menores porcentagens de aptidão (0 e 25%) e redução nas áreas com maiores porcentagens de aptidão (50, 75 e 100%). As poucas áreas aptas no Norte do estado desaparecem com acréscimo de 3ºC, concentrando-se no Sul, que também tem redução nas áreas 100% aptas.

39°30'0"W

39°30'0"W

40°0'0"W

40°0'0"W

40°30'0"W

40°30'0"W

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41°0'0"W

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41°30'0"W

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0 25 5012,5 km

PORCENTAGEM DE APTIDÃO DO ZONEAMENTO AGROCLIMATOLÓGICOPARA A CULTURA DO CAFÉ CONILON NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Porcentagem de Aptidão0%

25%

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Espírito Santo

EstadosE: 1:1.500.000

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TIC

O

0 25 5012,5 km

PORCENTAGEM DE APTIDÃO DO ZONEAMENTO AGROCLIMATOLÓGICO COM ADIÇÃO DE 3°C PARA A CULTURA DO CAFÉ CONILON NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Porcentagem de Aptidão0%

25%

50%

75%

100%

Espírito Santo

EstadosE: 1:1.500.000

MINAS GERAIS

RIO DE JANEIRO

BAHIA

Figura 3- Porcentagem de aptidão do zoneamento agroclimatológico para a cultura do café conilon na atualidade e com acréscimo de 1 a 3ºC, para o ES.

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CONCLUSÕES:

O aumento na temperatura promoveu redução nas áreas com maiores porcentuais de aptidão e acréscimo nas áreas com menores porcentagens de aptidão.

As áreas com maiores porcentuais de aptidão, considerando aumento de 3ºC, passam a existir exclusivamente no Sul do estado.

AGRADECIMENTOS: Ao Programa de Pós-graduação em Produção Vegetal da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro; ao Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Espirito Santo campus de Alegre; a Universidade Federal do Espirito Santo.

REFERÊNCIAS: ASSAD, E.D. PINTO, H. S.; ZULLO JUNIOR, J.; ÁVILA, A. M. H. Impacto das mudanças climáticas no zoneamento agroclimático do café no Brasil. PAB, Brasília, v.39, n.11, p.1057-1064, 2004. CAMARGO, A.P.C. Clima e a cafeicultura no Brasil. Informe Agropecuário, n.126, p.13-26, 1985. CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra brasileira: café. Safra 2014. 2º levantamento, maio de 2014. Disponível em: <http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/ uploads/arquivos/14_05_20_08_49_17_boletim_maio-2014.pdf>. Aceso em: 6 ago 2014. ESRI 2011. ArcGIS Desktop: Release 10. Redlands, CA: Environmental Systems Research Institute. INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE. Climate Change 2007. Cambridge University Press, Cambridge, United Kingdom and New York, NY, USA, 2007, 996 p. MATIELLO, J. B. O café: do cultivo ao consumo. São Paulo: Globo, 1991. 320 p. NASA. Shuttle Radar Topography Mission. Disponível em: <http://www2.jpl.nasa.gov/srtm/ index.html>. Acesso em: 08 jul. 2014. SANTOS, E. C.; SOUZA. A. L. F.; AMARAL, G. M.; SOUSA, A. O.; PIFFER, T. R. O.; SOUZA, L. M. M.; OLIVEIRA, C. C. Mapeamento da cultura do café na microrregião de Afonso Cláudio – Espírito Santo, com imagens de aerofotogrametria. Anais... XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Curitiba, PR, 2011.Pág. 4055-4061. CD-ROM, On-line. ISBN 978-85-17-00057-7. Disponível em: < http://www.dsr.inpe.br/sbsr2011/files/p0682.pdf>. Acesso em: 07 julho 2014.

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