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0 FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS CURSO INTENSIVO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO AVALIAÇÃO DE ÓRGÃOS GESTORES DO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL DE TRANSPORTE COLETIVO POR ÔNIBUS por Marina Cabreira Bastos Rio de Janeiro 2008

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FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS

CURSO INTENSIVO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

AVALIAÇÃO DE ÓRGÃOS GESTORES DO SERVIÇO PÚBLICO

MUNICIPAL DE TRANSPORTE COLETIVO POR ÔNIBUS

por

Marina Cabreira Bastos

Rio de Janeiro

2008

1

AVALIAÇÃO DE ÓRGÃOS GESTORES DO SERVIÇO PÚBLICO

MUNICIPAL DE TRANSPORTE COLETIVO POR ÔNIBUS

por

Marina Cabreira Bastos

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso Intensivo de Pós-Graduação em Administração Pública,

Pós-Graduação lato sensu, Nível de Especialização.

Julho / 2008

2

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS

CURSO INTENSIVO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

O Trabalho de Conclusão de Curso

AVALIAÇÃO DE ÓRGÃOS GESTORES DO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL DE

TRANSPORTE COLETIVO POR ÔNIBUS

elaborado por Marina Cabreira Bastos

e aprovado pela Coordenação Acadêmica do Curso Intensivo de Pós-Graduação em

Administração Pública, foi aceito como requisito parcial para a obtenção do certificado do

curso de pós-graduação, nível de especialização.

Data:

__________________________________ Coordenador Acadêmico:

__________________________________ Professor:

3

TERMO DE COMPROMISSO

A aluna Marina Cabreira Bastos, abaixo assinada, do Curso Intensivo de Pós-Graduação em

Administração Pública, realizado nas dependências da Fundação Getulio Vargas (FGV), no

período de novembro de 2006 a março de 2008, declara que o conteúdo do trabalho de

conclusão de curso intitulado: AVALIAÇÃO DE ÓRGÃOS GESTORES DO SERVIÇO

PÚBLICO MUNICIPAL DE TRANSPORTE COLETIVO POR ÔNIBUS, é autêntico,

original e de sua autoria exclusiva.

Rio de Janeiro, 23 de julho de 2008.

______________________________________ Marina Cabreira Bastos

4

Dedico este trabalho à TURMA 3 do

CIPAD/TCE pela amizade e companheirismo

ao longo deste curso. Dedico, também, ao meu

PAI, à minha MÃE e ao meu IRMÃO pelo

incentivo e apoio incondicional.

5

RESUMO

No Brasil, a responsabilidade sobre o planejamento, a organização e o controle do

serviço público de transporte coletivo por ônibus é municipal, e tal atribuição geralmente é

delegada a um determinado órgão, devendo este se responsabilizar pela gestão do serviço.

Sabendo das responsabilidades e atribuições citadas, o objetivo deste estudo foi propor

um critério de medição que permitisse avaliar o nível de capacidade tecnológica dos órgãos

gestores municipais responsáveis pelo serviço público de transporte coletivo por ônibus.

Sendo assim, os diversos níveis e fatores de capacidades tecnológicas que interferem

na gestão de órgãos municipais responsáveis pelo serviço público de transporte coletivo por

ônibus, foram identificados e hierarquizados para alcançar o objetivo final seguindo uma

lógica de pensamento, ou seja, um método.

A partir da avaliação do nível de capacidade tecnológica destes órgãos por meio do

critério de medição estabelecido será possível, entre outros, a identificação dos investimentos

que precisarão ser realizados em um fator ou conjunto de fatores e o planejamento das ações

para melhorar a performance dos organismos de modo a alcançar o nível de capacidade

tecnológica adequado à realidade de um determinado município.

6

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................07

1.1 Objetivo Final..............................................................................................................07

1.2 Objetivos Intermediários ...........................................................................................08

1.3 Relevância do Estudo..................................................................................................08

2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................10

2.1 Serviço Municipal de Transporte Coletivo por Ônibus ..........................................10

2.2 Órgãos Gestores Municipais Responsáveis pelo Serviço Público de Transporte Coletivo por Ônibus ...............................................................................12

2.3 Avaliação de Órgãos Gestores do Serviço de Transporte.......................................13

2.4 Capacidade Tecnológica.............................................................................................14

3 METODOLOGIA ...............................................................................................................17

4 RESULTADOS ..................................................................................................................22

5 CONCLUSÕES...................................................................................................................

39

6 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................40

7

1 INTRODUÇÃO

De acordo com o artigo 30, inciso V, da Constituição Federal Brasileira de 1988,

compete aos municípios organizar e prestar o serviço público de transporte coletivo. Na

maioria dos casos este serviço é ofertado por meio de concessão, cabendo às Prefeituras,

conforme artigo 175, também da Constituição de 1988, sancionar lei municipal que disponha

sobre as questões contratuais inerentes à concessão, incluindo as condições de fiscalização, os

direitos dos usuários, a política tarifária e a obrigação de manter o serviço adequado.

Como a responsabilidade sobre o planejamento, a organização e o controle do sistema

de transporte é municipal, verifica-se que tal atribuição geralmente é delegada a um

determinado órgão, devendo este se responsabilizar pela gestão do serviço.

Observa-se que a reduzida alocação de recursos específica para o setor de transportes e

a incipiente regulamentação do serviço de transporte coletivo por ônibus levam a escassez de

investimentos em capital humano, físico e organizacional e na prestação dos serviços, ou seja,

nas dimensões da capacidade tecnológica do órgão gestor. Com isso, os usuários do serviço

tendem a ficar à mercê dos concessionários e, o que é pior, dos transportadores informais.

Sabendo das responsabilidades e atribuições dos órgãos responsáveis pelo transporte

de passageiros por ônibus, é relevante desenvolver um critério de medição que permita a

avaliação do nível de capacidade tecnológica destes órgãos.

1.1 Objetivo Final

O objetivo deste estudo é propor um critério de medição que permita avaliar o nível de

capacidade tecnológica dos órgãos gestores municipais responsáveis pelo serviço público de

transporte coletivo por ônibus.

8

1.2 Objetivos Intermediários

É necessário alcançar os seguintes objetivos intermediários:

� Descrever o serviço público de transporte coletivo por ônibus em municípios;

� Caracterizar os órgãos gestores responsáveis pelo serviço de transporte coletivo por ônibus;

� Identificar e analisar técnicas de avaliação de órgãos gestores do serviço de transporte;

� Pesquisar e definir o que vem a ser capacidade tecnológica.

1.3 Relevância do Estudo

Para Borghetti (1985), o Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP) é um

conjunto de infra-estrutura física, equipamentos, funções, normas e organizações públicas e

privadas que atuam visando dotar uma área urbana específica de condições satisfatórias de

circulação de passageiros em seus vários modos, entre eles o ônibus.

O planejamento, a gestão e a execução dos serviços de transporte de passageiros são

funções básicas do Poder Executivo Municipal, geralmente delegadas a um órgão gestor.

Diversos estudos foram desenvolvidos com o intuito de mensurar os níveis de

desempenho dos serviços de transporte coletivo por ônibus e das concessionárias operadoras

destes serviços. Mas, após exaustivas pesquisas e consultas a especialistas em transportes,

verificou-se a existência de apenas um conjunto de estudos desenvolvidos na década de 80,

por consultores da extinta Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU), vinculada, na

época, ao Ministério dos Transportes, que trata de questões institucionais e organizacionais de

órgãos gestores. Tal fato revela a carência de pesquisas a cerca da avaliação dos órgãos

gestores do serviço municipal de transporte coletivo por ônibus.

Tacla (2003, p. 107) apresenta uma “Estrutura Descritiva dos Tipos e Níveis de

Competência Tecnológica” baseada na categorização das capacidades tecnológicas por

dimensões e níveis de dificuldade. Partindo da distinção entre capacidades rotineiras e de

9

inovação, é possível, por meio da adaptação da estrutura desenvolvida, verificar a acumulação

destas capacidades em níveis que variam entre básico, extra-básico, intermediário e avançado.

O nível de capacidade tecnológica de órgãos gestores para garantir um desempenho

satisfatório varia em função do grau de consolidação dos fatores que compõem a estruturação

da instituição. A partir do enquadramento desses fatores nas dimensões da capacidade

tecnológica, quais sejam: capital humano, capital físico, capital organizacional e prestação de

serviços, observando o grau de consolidação dos mesmos e sua distribuição em níveis é

possível avaliar o órgão gestor e conhecer as possibilidades de evolução.

Avaliar o nível de capacidade tecnológica destes órgãos a partir de um critério de

medição preestabelecido possibilitará, entre outros, a identificação dos investimentos que

precisarão ser realizados em um fator ou conjunto de fatores e o planejamento das ações para

melhorar a performance dos organismos de modo a alcançar o nível de capacidade

tecnológica adequado à realidade de um determinado município.

Notadamente a variação dos níveis de capacidade tecnológica dos órgãos gestores

municipais responsáveis pelo serviço público de transporte coletivo por ônibus se reflete na

qualidade do serviço prestado, pois a estrutura da instituição é determinante para que se

atenda aos anseios da população.

Contudo, o caráter essencial da oferta de um serviço de transporte coletivo por ônibus

com qualidade para o desenvolvimento dos municípios indica a relevância deste estudo para a

população em geral, e, especificamente, para os usuários do serviço, para os empresários do

setor e para os responsáveis por sua gestão.

10

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Sabendo da relevância do entendimento de alguns conceitos relacionados ao objetivo

para interpretação e contextualização do estudo, neste capítulo são apresentadas definições

relativas a órgãos gestores do serviço de transporte e a capacidade tecnológica.

2.1 Serviço Municipal de Transporte Coletivo por Ônibus

Para Bastos (2006), a experiência demonstra que a caracterização do transporte

coletivo de passageiros, como um serviço público essencial, delegado à iniciativa privada e

gerenciado pelo governo, é a forma mais transparente de garantir um transporte seguro, de

qualidade e com modicidade tarifária, para atender os anseios da população usuária.

O usuário do transporte público de passageiros pode ser visto, ao mesmo tempo, como

o gerador e o receptor destes serviços. Os usuários distribuem-se no espaço e no tempo em

função da estrutura urbana existente e dos deslocamentos que se fizerem necessários. Além

disto, a posição social, econômica e política destes cidadãos determinam as condições de tais

deslocamentos. Portanto, estas características devem ser obrigatoriamente conhecidas e

avaliadas, no seu todo, e levadas em consideração na gestão e execução das atividades dos

sistemas de transportes urbanos (BORGHETTI, 1985).

Na grande maioria das cidades o meio de transporte público disponível é o ônibus, e

de acordo com as características da gestão deste serviço, o mesmo proporciona acréscimo ou

decréscimo à qualidade de vida de seus usuários. Ferraz (2001) afirma que das 90 milhões de

viagens terrestres realizadas pelo transporte coletivo urbano de passageiros, diariamente, no

Brasil, 94% utilizam o ônibus como meio de transporte, cabendo ao metrô 4% e ao transporte

ferroviário 2%. Para o transporte por ônibus, são mobilizados cerca de 175 mil veículos,

11

distribuídos entre 4.600 empresas, responsáveis pela geração de mais de 800 mil postos de

trabalho.

Os principais modelos de ônibus disponibilizados pela indústria nacional ao mercado

são: microônibus, convencional, articulado e bi-articulados, que apresentam características

diversificadas em termos de tamanhos, raios de curvatura, potências do motor, combustíveis

alternativos e, principalmente, variações quanto à capacidade. Verifica-se que o ônibus

convencional é empregado como o principal veículo da frota dos municípios brasileiros.

Em comparação com os outros modais coletivos, o ônibus se destaca por proporcionar

acessibilidade e atender mais diretamente os desejos de viagens dos usuários. Entretanto, o

crescimento das cidades e da frota rodoviária faz com que o serviço de transporte coletivo por

ônibus se torne mais lento e menos confiável, perdendo demanda e, conseqüentemente,

receita. Com menos investimentos em melhorias o serviço piora em qualidade fazendo com

que os usuários cativos sejam prejudicados e os potenciais desestimulados (LEITE, 2002).

Além disso, o usuário do transporte coletivo está mais exigente, devido aos atuais

concorrentes (motos, carros populares, kombis, vans e etc.) que oferecem serviços mais

confortáveis e personalizados.

O censo brasileiro de 2000 mostra que a população dos centros urbanos continua a

crescer em relação à população total. Esse crescimento percentual foi em torno de 5% na

última década. Entretanto, verifica-se no estudo desenvolvido pela Associação Nacional de

Transportes Públicos, em 2001, que a quantidade de passageiros transportados nos ônibus

urbanos está diminuindo a cada ano (OLIC, 2001).

Assim, a gestão competente do serviço, verificando, entre outros, a qualidade, a

produtividade e os custos operacionais, de modo a atender a uma demanda que

comprovadamente existe devido ao surgimento do transporte informal e ao crescimento do

12

número de veículos particulares, é um meio para recuperar o desempenho, e,

conseqüentemente, atrair antigos e novos usuários para o transporte coletivo por ônibus.

2.2 Órgãos Gestores Municipais Responsáveis pelo Serviço Público de Transporte

Coletivo por Ônibus

Tendo em vista os princípios gerais da delegação dos serviços públicos estabelecidos

na Constituição Federal, as Constituições Estaduais e Leis Orgânicas Municipais detalham a

responsabilidade do Poder Público em relação ao transporte coletivo, sobre seu planejamento,

tarifação, organização, regulamentação e fiscalização. Estas atividades são, muitas vezes,

executadas por órgãos das prefeituras, como superintendências, autarquias, secretarias ou

departamentos, visando o atendimento dos anseios da população, para definir, criar, modificar

e extinguir linhas, itinerários, freqüências e pontos de parada, além de apresentar diretrizes ao

setor privado sobre deslocamentos urbanos, quantidade de veículos e seus horários, de acordo

com a demanda (CARDOSO, 1998).

Portanto, em cada Município o poder executivo, por meio do órgão gestor, tem

autonomia para gerir o serviço de transporte coletivo urbano de passageiros por ônibus. De

modo geral, as funções básicas da administração municipal em relação a este serviço são o

planejamento, o gerenciamento e a execução do mesmo.

De acordo com Borghetti (1985), as funções básicas de planejamento incluem: fixação

de diretrizes e objetivos de curto, médio e longo prazos, segundo as políticas de

desenvolvimento urbano; decisões sobre a disposição de meios e recursos para alcançar os

objetivos fixados; definições sobre a organização e estruturação do sistema de transportes;

proposição e aprovação de ajustamentos institucionais (leis, normas e regulamentos) aos

objetivos do planejamento; monitoramento do sistema; promoção do funcionamento integrado

do sistema local. O gerenciamento do serviço envolve: planejamento operacional;

13

regulamentação e administração das delegações; fiscalização da operação; administração

tarifária; informação e pesquisa; desenvolvimento técnico e relacionamento com os usuários.

E, finalmente, as funções de execução englobam: a operação dos serviços de transporte

coletivo urbano de passageiros por ônibus; a gerência de terminais e interconexões; além de

venda antecipada de bilhetes, distribuição de passes livres e outros.

Destaca-se que várias tentativas são realizadas no sentido de melhorar a gestão deste

serviço. No entanto, face à um modelo institucional pouco habituado a uma integração entre

planejadores, gerenciadores e executores a eficácia das propostas tende a ser baixa, levando a

uma real situação de desestruturação da gestão do serviço.

2.3 Avaliação de Órgãos Gestores do Serviço de Transporte

A pesquisa bibliográfica realizada e os especialistas em transportes consultados,

conforme citado na seção 1.3, indicaram que o foco da maioria dos estudos desenvolvidos a

cerca do serviço municipal de transporte coletivo por ônibus está voltado para a prestação do

serviço propriamente dito e para as empresas operadoras do mesmo.

Sendo assim, identificou-se apenas um conjunto de estudos desenvolvidos por

consultores da extinta Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU) que levaram em

consideração os órgãos gestores do serviço de transporte. Tais estudos visavam a análise

institucional dos Sistemas Locais de Transportes Urbanos (SLTU) tanto para Cidades de Porte

Médio quanto para Regiões Metropolitanas e Aglomerados Urbanos. A partir de idéias,

experiências e práticas, cerca de 20 anos atrás, foram elaborados e publicados os guias de

procedimentos para o desenvolvimento institucional e organizacional dos SLTU.

Para Borghetti (1985), os SLTU são muito complexos, pois envolvem uma elevada

quantidade de agentes e variáveis e, sobretudo, abrigam uma grande variedade de situações e

interesses, refletindo também, inúmeros conflitos e inconsistências, podendo ser este o motivo

14

para que o foco dos estudos raramente sejam os órgãos gestores. Por tudo isso, o objetivo

proposto constitue uma tarefa complexa e difícil, mas essencial para o desenvolvimento de

estratégias e planos que levem as organizações a atenderem às necessidades da população.

2.4 Capacidade Tecnológica

Para Tacla (2003), Capacidade Tecnológica incorpora os recursos necessários para

gerar e gerir mudanças tecnológicas, sendo que estes recursos estão armazenados não apenas

nas mentes das pessoas (habilidades, experiências, qualificações formais), mas,

principalmente, no sistema organizacional, rotinas e procedimentos da organização.

O desenvolvimento de critérios de medição para avaliação da Capacidade Tecnológica

de uma organização passa, necessariamente, pela discussão dos conceitos que os suportam,

bem como suas métricas e metodologias envolvidas. Assim, verificou-se nos trabalhos

publicados por Figueiredo (2003, 2004, 2005, 2006) e Tacla (2002, 2003) a versatilidade e o

potencial adaptativo da “Estrutura Descritiva dos Tipos e Níveis de Competência

Tecnológica” aplicada a empresas de países emergentes, citada na seção 1.3, além da

pertinência e aplicabilidade da reestruturação desta métrica para o alcance do objetivo deste

estudo.

Tal estrutura se baseia na categorização das dimensões da capacidade tecnológica

descritas na Figura 1 a seguir, em função dos níveis de dificuldade (básico, intermediário e

avançado) de acumulação em termos de capacidades rotineiras e de inovação.

15

Fonte: Adaptado de Figueiredo (2005, p. 56). Figura 1 Dimensões da Capacidade Tecnológica.

Na “Estrutura Descritiva dos Tipos e Níveis de Competência Tecnológica”, as colunas

apresentam as capacidades tecnológicas por dimensões e as linhas por níveis de dificuldade.

Estes níveis de dificuldade distinguem as competências de rotina das inovadoras.

As competências de rotina – ou competências para usar certa tecnologia – são

definidas como os recursos para produzir bens e serviços com determinado nível de

eficiência, usando-se uma combinação de fatores: habilidades, equipamentos, especificações

de produtos e de produção, sistemas e métodos organizacionais. As competências inovadoras

são os recursos adicionais e distintos para gerar e gerir atividades tecnológicas inovadoras

(TACLA, 2003).

No que tange as dimensões da Capacidade Tecnológica, tem-se que o Capital Físico

refere-se a máquinas, equipamentos, base de dados, sistemas e softwares; o Capital Humano

reflete as aptidões, os conhecimentos e a experiência dos indivíduos; o Capital organizacional

abrange as estratégias gerenciais, os procedimentos, as rotinas (fluxos de produções) e as

Dimensões da Capacidade Tecnológica

Capacidade Tecnológica

(conhecimento específico àorganização)

Capital Físico:bases de dados, softwares, máquinas e equipamentos

Capital Humano / Intelectual:conhecimento tácito, qualificação

formal, experiência, talento, cultura e valores

Capital Organizacional:estratégias gerenciais,

procedimentos, rotinas e regulamentações

Produtos e Serviços

16

regulamentações do setor; e os Produtos e Serviços refletem o conhecimento tácito das

pessoas e da organização e dos seus sistemas físicos e organizacionais, sendo a parte mais

visível da capacidade tecnológica. Tacla (2003) afirma que existe uma relação simbiótica

entre estes quatro componentes e que a capacidade tecnológica é intrínseca ao contexto da

organização, da região ou do país onde é desenvolvida.

Assim, à partir da avaliação das dimensões é que são identificadas as Capacidades

Tecnológicas acumuladas ao longo do tempo nas organizações.

Figueiredo (2003), se referindo às empresas de países emergentes onde foram

estabelecidas “Estruturas Descritivas dos Tipos e Níveis de Competência Tecnológica”,

afirma que a estas, ao iniciarem suas atividades, faltam-lhes até mesmo as capacidades

tecnológicas básicas. Observando os órgãos gestores do serviço municipal de transporte

coletivo por ônibus, podemos afirmar que, de modo geral, também faltam-lhes as capacidades

básicas, mostrando-se pertinente a adaptação da métrica aplicada a tais empresas para avaliar

estes órgãos.

17

3 METODOLOGIA

Sabendo-se que diversos níveis e fatores de capacidades tecnológicas interferem na

gestão de órgãos municipais responsáveis pelo serviço público de transporte coletivo por

ônibus, foi necessário identificar e hierarquizar os mais relevantes para alcançar o objetivo

final seguindo uma lógica de pensamento, ou seja, um método.

Baseando-se nos tipos de pesquisa descritos em Vergara (2007), têm-se que quanto

aos fins foram combinadas pesquisas exploratória e descritiva, e quanto aos meios foram

realizadas pesquisas bibliográfica e de campo.

Cabe afirmar que foi realizada pesquisa exploratória por não ter sido verificada a

existência de estudos que abordem a avaliação do nível de capacidade tecnológica em órgãos

gestores municipais responsáveis pelo serviço público de transporte coletivo por ônibus.

A pesquisa descritiva foi realizada com o intuito de caracterizar tanto o serviço

público de transporte coletivo por ônibus em municípios, quanto seus órgãos gestores.

A realização da pesquisa bibliográfica foi necessária para apoiar as conceituações e as

análises referentes à capacidade tecnológica e a gestão do serviço em estudo.

A pesquisa de campo fundamentou a elaboração e a validação do critério de medição

proposto por meio de pesquisas qualitativas, pois a definição de tal critério exigiu a

determinação de níveis exaustivos, mutuamente exclusivos, objetivos e pertinentes, sem

considerar hipóteses preconcebidas.

Conciliando as visões de mundo dos sujeitos que responderam à pesquisa, tornou-se

possível a proposição do critério de medição que permite avaliar o nível de capacidade

tecnológica dos órgãos gestores municipais responsáveis pelo serviço público de transporte

coletivo por ônibus, conforme descrito no Capítulo 4.

18

Os sujeitos, que forneceram os dados necessários à elaboração e validação do critério

de medição, foram selecionados intencionalmente, levando em consideração questões

relativas à tipicidade e acessibilidade. Sendo assim, foram aplicados questionários em

profissionais especialistas em transportes reconhecidamente experientes por seus pares, que

tenham trabalhado em órgãos municipais responsáveis pelo transporte público de passageiros

por ônibus.

A coleta de dados de campo foi efetuada em duas fases. Na primeira fase foi aplicado

um questionário aberto pouco estruturado, solicitando o preenchimento do quadro apresentado

a seguir. Na segunda fase foram realizadas entrevistas com 3 sujeitos para validação do

critério de medição proposto à partir das respostas dos questionários aplicados na fase

anterior.

Destaca-se que o quadro utilizado no questionário aplicado na primeira fase da

pesquisa de campo retrata a adaptação da “Estrutura Descritiva dos Tipos e Níveis de

Competência Tecnológica” desenvolvida por Tacla (2003), onde as colunas apresentam as

capacidades tecnológicas por dimensões e as linhas por níveis de dificuldade, inserindo um

esquema de pontuação em termos percentuais para auxiliar na mensuração dos quesitos

abordados em cada nível.

19

Descrição % Descrição % Descrição % Descrição %

FATORES

Figura 2 Quadro utilizado no questionário aplicado na primeira fase da pesquisa de campo.

GR

AU

S

CA

PA

CID

AD

ES

T

EC

NO

GIC

AS

DIMENSÕES DA CAPACIDADE TECNOLÓGICA

Capital Organizacional Capital Humano Capital Físico ServiçoIn

ovaç

ão Inte

rmed

iári

oA

vanç

ado

Fontes: Adaptado de Tacla (2003); elaboração própria com base na pesquisa.

Níveis de Capacidades Tecnológicas

Cap

acid

ade

de U

so (

Rot

ina)

Bás

ico

Ext

ra-b

ásic

o

20

No tratamento dos dados, a partir das respostas do questionário aberto pouco

estruturado, foram identificados os conceitos emergentes utilizando expressões como

unidades de análise. Os conceitos similares, tratados neste estudo como fatores, foram

agrupados em categorias e identificados conforme suas propriedades. Para tal foi utilizada a

análise por grade aberta, onde as categorias são identificadas conforme vão surgindo ao

pesquisador e então procede-se o rearranjo das categorias durante o andamento da pesquisa

para o enquadramento nos níveis de análise.

Baseando-se nas ponderações percentuais feitas pelos respondentes dos questionários,

foram identificados os relacionamentos entre os fatores estabelecidos por nível de capacidade

tecnológica, para que fosse realizado o refinamento e a integração dos resultados, definindo-

se o critério de medição.

Levando em consideração o objetivo do estudo e as pesquisas realizadas, foi efetuada

uma análise de conteúdo apoiando-se em procedimentos interpretativos para a validação do

critério desenvolvido por meio da checagem dos resultados com os entrevistados.

Para finalizar, confrontaram-se os resultados obtidos com as teorias que deram suporte

à investigação a fim de identificar diferenças e contribuições e formular a conclusão.

Com isso espera-se ter obtido o grau de influência de cada um dos fatores no seu

respectivo nível de capacidade tecnológica.

Cabe citar que a metodologia utilizada apresenta certas limitações, pois podem ser

questionados, entre outros, os seguintes aspectos:

� Se a coleta e a análise dos dados por parte do pesquisador foram tendenciosas,

ou seja, involuntariamente contaminadas por teorias existentes;

� Se o pesquisador possui habilidade para identificar os dados relevantes e dar-

lhes significado (sensibilidade teórica);

21

� Se a definição de quando os dados, tratados por meio de análises de cunho

interpretativo, foram suficientemente explorados é adequada; e

� Se o grupo de especialistas pesquisados é representativo.

Mas em função do tempo para realização da pesquisa e dos recursos disponíveis, esta

metodologia se apresentou como a mais apropriada para alcançar o objetivo final, buscando-

se, contudo, neutralizar os aspectos citados.

22

4 RESULTADOS

O critério de medição proposto a partir da metodologia descrita no Capítulo anterior

está apresentado na Figura 3.

Para avaliar o nível de capacidade tecnológica de um órgão gestor municipal

responsável pelo serviço municipal de transporte coletivo por ônibus deverão ser observados

os fatores consolidados no quadro da Figura 3 e de acordo com a descrição apresentada em

seguida deverão ser somados os percentuais relativos a cada fator avaliado por nível.

A partir de então, deverá se proceder uma análise a cerca do enquadramento do órgão

avaliado e do nível de capacidade tecnológica desejável para este órgão, para enfim iniciar o

processo de definição da estratégia de investimentos nas quatro dimensões.

23

Descrição % Descrição % Descrição % Descrição %

Especialistas em transportes 50 Computadores 40Estruturação do serviço (itinerários, quadros de horários, alocação da frota e critérios de gratuidades)

40

Softwares convencionais 40Organização de banco de dados com as informações disponíveis

20

Práticas informais e intermitentes 30 Implantação do serviço de vale-transporte 10Legislação a cerca da implantação e comercialização de vale-transporte

30 Advogados 30Determinação do valor da tarifa do transporte público de passageiros

30

Critérios para monitoramento ativo do serviço prestado (fiscalização)

30 Fiscais 40 Sistemas de controle de receitas 30Implantação de rotinas para fiscalização do serviço e combate ao transporte clandestino

20

Normas, padrões e sistema de controle de documentos 10 Gerenciadores 20Reestruturação do serviço com adequação da oferta à demanda, com renovação da frota e com utilização de GPS nos veículos

20

Diretrizes e objetivos de curto, médio e longo prazo 20Restauração/manutenção do sistema viário, prevendo o aumento da acessibilidade

20

Política tarifária 20Adaptação de tecnologias desenvolvidas por terceiros

20Determinação dos critérios de cálculo e reajuste da tarifa

30

Ajustamentos institucionais (leis, normas e regulamentos)

20 Articuladores institucionais 20Peças e equipamentos para manutenção e reposições de rotina

20Regulamentação e autorização para comércio de vale-transporte por meio da internet

10

Práticas operacionais orientadas por pré-requisitos e especificações

20 Pesquisadores 30 Equipamentos padronizados 10Realização de pesquisas para ampliar as informações do banco de dados, permitindo avaliações qualitativas

20

Estratégias para redução de custos operacionais 20 Cooperadores técnicos 30Tecnologia para controle da receita no ato da prestação do serviço

30Diversificação modal e a integração por meio da bilhetagem eletrônica

20

Procedimentos para o uso de canais de comunicação em rede

20 Comunicadores 20Tecnologia para disponibilizar informações à população

20 Divulgação dos serviços 20

Promoção do desenvolvimento técnico 20Especificação de equipamentos de segurança a serem utilizados na prestação dos serviços

30Implantação de medidas de priorização do transporte coletivo

20

Estratégias para manutenção do serviço adequado 20Reforma de equipamentos sem contar com a assistência técnica

10Implantação de terminais e de faixas seletivas para o transporte coletivo

20

Critérios e meios para compartilhamento de informações com outros órgãos

20Implantação de cartões tarifários chipados com armazenamento e transmissão de dados

25

Integração entre planejadores, gerenciadores, executores e usuários

20Ampliação do sistema viário com investimentos em infra-estrutura para transporte coletivo de massa

25

Incentivo à participação em programas educacionais e treinamentos

20

Incentivo ao desenvolvimento de estudos de viabilidade para a implantação de equipamentos de segurança e ambientalmente corretos nos veículos

20

Criação de mecanismos institucionais para desoneração dos custos de transporte com a redução dos tributos e encargos

20 Auditores internos 30Especificação de equipamentos para redução da emissão de poluentes a serem utilizados na prestação dos serviços

20Incentivo a inovações, principalmente em logística e modelos de remuneração (rateio dos custos e receitas vinculados à prestação dos serviços)

25

Tecnologias pré-existentes 20

30

Equipe para acompanhar a instalação dos equipamentos

20

Legislação a cerca das questões contratuais inerentes à concessão do serviço

40

Equipe para manutenção dos equipamentos

20

Incentivo a redução da emissão de poluentes como: a utilização de combustíveis alternativos e veículos com motorização eletrônica

25Softwares desenvolvidos especificamente para tratamentos dos dados armazenados

Equipamentos para captação e armazenamento dos dados obtidos por meio da bilhetagem eletrônica

40

4030

40

Equipamentos para aumento da segurança e acessibilidade (pontos de ônibus cobertos, elevadores e etc)

Inte

rmed

iári

oA

vanç

ado

Gestores de projetos interdisciplinares

20

Técnicos ambientais

Profissionais de informática: programadores, analistas e engenheiros

Níveis de Capacidades Tecnológicas

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Figura 3 Critério de medição para avaliar o nível de capacidade tecnológica dos órgãos gestores municipais do serviço de transporte coletivo por ônibus.

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AS

DIMENSÕES DA CAPACIDADE TECNOLÓGICACapital Organizacional Capital Humano Capital Físico Serviço

Inov

ação

Fontes: Adaptado de Tacla (2003); elaboração própria com base na pesquisa.

24

Observando o enquadramento dos fatores nos níveis de capacidade tecnológica é

possível verificar certa coerência entre os fatores classificados nas quatro dimensões

estudadas, conforme descrito abaixo.

NÍVEL BÁSICO: Os fatores classificados no nível básico foram definidos partindo

do princípio de que o órgão gestor foi instituído para tratar do serviço público de transporte

coletivo por ônibus, que, até então, era disponibilizado informalmente à população, devendo,

em fim, assumir a responsabilidade pela sua regulamentação e fiscalização.

NÍVEL EXTRA-BÁSICO: Os fatores descritos no nível extra-básico visam

basicamente a otimização dos insumos relacionados à prestação do serviço público de

transporte coletivo por ônibus, quais sejam, qualidade, custo e tempo, pois estes são

fundamentais nas escolhas do usuário e necessários para o planejamento dos serviços.

NÍVEL INTERMEDIÁRIO: Evoluindo em relação ao nível extra-básico, os fatores

classificados no nível intermediário além de inovar em questões relativas à qualidade, custo e

tempo do transporte coletivo por ônibus, consideram ainda questões relativas aos hábitos de

viagem da população e à priorização do transporte coletivo de passageiros.

NÍVEL AVANÇADO: Os fatores classificados no nível avançado e seus respectivos

percentuais foram estabelecidas levando em consideração evoluções de questões tratadas nos

níveis anteriores, itens relacionados a preservação do meio ambiente e incentivo a inovações.

25

Na dimensão do Capital Organizacional foram considerados os seguintes fatores:

a) Nível Básico

a.1) Legislação a cerca das questões contratuais inerentes à concessão do serviço (40%)

Deve-se somar 40% na avaliação de municípios que tenham legislação dispondo sobre

questões contratuais, incluindo, entre outros, os seguintes itens:

� Prazo da concessão;

� Características dos veículos (capacidade, idade, localização da catraca, pintura

e etc.);

� Valor da tarifa e critérios de gratuidade;

� Itinerários e quadros de horários, incluindo critérios para alteração das

condições estabelecidas; e

� Qualificação da equipe operacional.

a.2) Práticas informais e intermitentes (30%)

Os órgãos avaliados, que mesmo informalmente e de forma descontínua buscam

controlar os serviços concedidos e planejar as atividades sob sua responsabilidade deverão ser

contemplados com 30%.

a.3) Legislação a cerca da implantação e comercialização de vale-transporte (30%)

30% deverão ser somados na avaliação dos órgãos que apresentarem legislação a cerca

dos critérios para implantação e comercialização de vale-transporte, tais como: tipo de bilhete

26

a ser comercializado, descrição dos dispositivos de segurança a serem inseridos nos bilhetes,

locais para venda e prazo de validade.

b) Nível Extra-básico

b.1) Critérios para monitoramento ativo do serviço prestado (fiscalização) (30%)

Deve-se atribuir 30% aos organismos que dispuserem de critérios para fiscalizar os

serviços concedidos, principalmente com o intuito de garantir a segurança dos usuários, de

verificar o cumprimento do quadro de horários e itinerários e inibir o transporte clandestino.

b.2) Normas, padrões e sistema de controle de documentos (10%)

Na avaliação de órgãos que apresentam normas, padrões e sistemas de controle de

documentos que tramitam internamente ou externamente às suas dependências, devem ser

somados 10%.

b.3) Diretrizes e objetivos de curto, médio e longo prazo (20%)

Diante de uma organização que apresente documentos a cerca das diretrizes e

objetivos da mesma deve-se somar 20% na avaliação.

b.4) Política tarifária (20%)

Para um órgão que tenha formalizado os critérios para cálculo da tarifa a ser praticada,

incluindo critérios de correção e reajuste, deve-se atribuir 20%.

b.5) Ajustamentos institucionais (leis, normas e regulamentos) (20%)

27

Nos casos em que as leis, normas e regulamentos em vigência estiverem em

consonância com as especificidades relativas ao contexto ao qual a organização está inserida,

deve-se adicionar 20% na avaliação.

c) Nível Intermediário

c.1) Práticas operacionais orientadas por pré-requisitos e especificações (20%)

À avaliação de órgãos que estabelecem os critérios para operação dos serviços (quadro

de horários, itinerários, pontos de parada, plano de fiscalização e etc) a partir da tabulação e

análise de dados de campo pesquisados e atualizados regularmente deve-se somar 20%.

c.2) Estratégias para redução de custos operacionais (20%)

Deve-se somar 10% nas avaliações dos órgãos que implementam medidas para

redução dos custos operacionais, tais como: incentivos fiscais, revisão do quadro de horários

com redução da freqüência de viagens nos períodos de menor demanda, incentivo a realização

de manutenção preventiva no veículo, promoção de cursos de direção defensiva etc.

c.3) Procedimentos para o uso de canais de comunicação em rede (20%)

Nos casos em que são estabelecidos procedimentos para o uso de canais de

comunicação em rede, deve-se incluir na avaliação 20%.

c.4) Promoção do desenvolvimento técnico (20%)

Na avaliação de órgãos que promovem o desenvolvimento técnico, por meio da

formação e aperfeiçoamento das competências técnicas e gerenciais da equipe, envolvendo os

28

funcionários nas decisões a cerca da disponibilização de cursos, seminários, visitas técnicas

ou outros, deve-se somar 20%.

c.5) Estratégias para manutenção do serviço adequado (20%)

A fim de manter a oferta de um serviço público municipal de transporte coletivo por

ônibus em consonância com os anseios da população, os órgãos gestores deste serviço devem,

entre outros, estabelecer estratégias para garantir o cumprimento do quadro de horários,

incentivar a redução da idade média da frota e viabilizar uma análise constante da relação

oferta/demanda. Nestes casos deve-se somar 20% na avaliação.

d) Nível Avançado

d.1) Critérios e meios para compartilhamento de informações com outros órgãos (20%)

O compartilhamento da informação é essencial para melhorar a capacidade das

organizações e para a aprendizagem organizacional, pois a informação e o conhecimento

adquiridos passam a representar um ativo organizacional estratégico. Para que ocorra este

compartilhamento é necessário, entre outros, a existência de um contexto social de

comunicação, a existência de códigos compartilhados e reconhecidos pelos atores e a

existência de canais, meios ou mecanismos de comunicação múltiplos que propiciem os

vários fluxos de conhecimento. Os órgãos que apresentam tais condições devem ter somados

em sua avaliação 20%.

d.2) Integração entre planejadores, gerenciadores, executores e usuários (20%)

29

Os órgãos que incentivam ações com o intuito de promover a integração entre

planejadores, gerenciadores, executores e usuários, devem ter 20% somados em sua avaliação.

d.3) Incentivo à participação em programas educacionais e treinamentos (20%)

No caso de haver no órgão avaliado a prática de incentivo aos funcionários à

participação em programas educacionais e treinamentos com, por exemplo, o pagamento de

bolsas de estudo e a liberação em horários comercial para dedicação aos estudos, deve-se

somar 20% à avaliação.

d.4) Incentivo ao desenvolvimento de estudos de viabilidade para a implantação de

equipamentos de segurança e ambientalmente corretos nos veículos (20%)

Os estudos de viabilidade possibilitam informar sobre a existência de eventuais

limitações que poderão inviabilizar um projeto e fornecer aconselhamento ao nível de

redefinições e alternativas a serem consideradas, de modo a evitar futuros problemas. Sendo

assim, este é um instrumento importante na gestão dos serviços prestados, principalmente no

que tange a implantação de equipamentos de segurança e ambientalmente corretos nos

veículos, devendo ser atribuído 20% na avaliação de organismos que incentivam esta prática.

d.5) Criação de mecanismos institucionais para desoneração dos custos de transporte com a

redução dos tributos e encargos (20%)

Com o objetivo de promover a redução da tarifa, buscando, entre outros, o

conseqüente aumento de demanda, a desoneração pode se dar no âmbito municipal, estadual

ou federal, dependendo do tributo ou encargo. Neste sentido, atualmente estão em tramitação

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Projetos de Lei na esfera Federal e em alguns Estados. Mas, o que efetivamente já aconteceu,

em poucas cidades, foi a redução da alíquota do ISS. Caso tenha ocorrido este ou outro tipo de

desoneração, no âmbito municipal, que impacte na redução da tarifa cobrada pelo serviço em

análise, deve-se atribuir 20% na avaliação.

Na dimensão do Capital Humano foram considerados os fatores descritos a seguir,

enquadrados nos diversos níveis de capacidade tecnológica, devendo ser somados os

percentuais de avaliação nos casos em que a equipe disponível seja compatível com a

demanda de serviços a serem prestados.

a) Nível Básico

a.1) Especialistas em transportes (50%)

a.2) Equipe para acompanhar a instalação dos equipamentos (20%)

a.3) Advogados (30%)

b) Nível Extra-básico

b.1) Fiscais (40%)

b.2) Gerenciadores (20%)

b.3) Equipe para manutenção dos equipamentos (20%)

b.4) Articuladores institucionais (20%)

c) Nível Intermediário

c.1) Pesquisadores (30%)

c.2) Cooperadores técnicos (30%)

c.3) Comunicadores (20%)

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c.4) Gestores de projetos interdisciplinares (20%)

d) Nível Avançado

d.1) Técnicos ambientais (30%)

d.2) Profissionais de informática: programadores, analistas e engenheiros (40%)

d.3) Auditores internos (30%)

Na dimensão do Capital Físico, deve ser avaliada a disponibilização, em quantidade

adequada, dos equipamentos e/ou soluções descritos a seguir com os respectivos percentuais

de avaliação, enquadrados nos diversos níveis de capacidade tecnológica.

a) Nível Básico

a.1) Computadores (40%)

a.2) Softwares convencionais (40%)

a.3) Tecnologias pré-existentes (20%)

b) Nível Extra-básico

b.1) Sistemas de controle de receitas (30%)

b.2) Equipamentos para aumento da segurança e acessibilidade (pontos de ônibus cobertos,

elevadores e etc) (30%)

b.3) Adaptação de tecnologias desenvolvidas por terceiros (20%)

b.4) Peças e equipamentos para manutenção e reposições de rotina (20%)

c) Nível Intermediário

c.1) Equipamentos padronizados (10%)

c.2) Tecnologia para controle da receita no ato da prestação do serviço (30%)

c.3) Tecnologia para disponibilizar informações à população (20%)

32

c.4) Especificação de equipamentos de segurança utilizados na prestação dos serviços (30%)

c.5) Reforma de equipamentos sem contar com a assistência técnica (10%)

d) Nível Avançado

d.1) Equipamentos para captação e armazenamento dos dados obtidos por meio da bilhetagem

eletrônica (40%)

d.2) Softwares desenvolvidos especificamente para tratamentos dos dados armazenados (40%)

d.3) Especificação de equipamentos para redução da emissão de poluentes a serem utilizados

na prestação dos serviços (20%)

Na dimensão da Prestação do Serviço foram considerados os seguintes fatores:

a) Nível Básico

a.1) Estruturação do serviço (itinerários, quadros de horários, alocação da frota e critérios de

gratuidades) (40%)

Este fator pode ser avaliado, observando-se a existência de descrição dos itinerários

das linhas de transporte (10%), do estabelecimento de um quadro de horários para que os

veículos partam de um ponto pré-determinado por linha (10%), da alocação da frota adequada

ao cumprimento do quadro de horários (10%), e da regulamentação dos critérios de

gratuidades, se possível estabelecendo formas de controle e fonte de recursos para subsidiar o

benefício concedido (10%).

33

a.2) Organização de banco de dados com as informações disponíveis (20%)

Tendo em vista o caráter básico do nível de avaliação, a simples existência de um

banco de dados, alimentado com as informações disponibilizadas pelos operadores e demais

unidades do município, capaz de gerar indicadores básicos, tais como: índice de passageiros

por quilômetro – IPK, percurso médio mensal – PMM e quantidade de passageiros

transportados por veículo por dia, faz com que essa atividade seja considerada atendida

plenamente, devendo-se somar 20% na avaliação do órgão. Destaca-se que para cálculo destes

indicadores básicos é necessário o conhecimento das seguintes informações: quantidade de

passageiros pagantes transportados por dia útil; quantidade de passageiros não-pagantes

transportados por dia útil; frota em operação por dia útil; extensão de cada linha; número de

viagens realizadas por linha e por dia útil.

a.3) Implantação do serviço de vale-transporte (10%)

A existência deste serviço, mesmo que apresentando problemas no processo de

distribuição como filas, falta de segurança, falta de atendimento especial para grandes clientes

e falta de informações, é considerada básica e deve ser avaliada para atribuição de 10%.

a.4) Determinação do valor da tarifa do transporte público de passageiros (30%)

De acordo com dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos –

NTU, os gastos com transporte coletivo podem comprometer até 22% (vinte e dois por cento)

da renda de famílias que ganham até cinco salários mínimos, contra 16% (dezesseis por cento)

despendidos com alimentação. Portanto, o valor fixado pelo gestor municipal para o

transporte coletivo deve levar em consideração, além dos interesses dos empresários, o

potencial de pagamento da população a cerca do serviço prestado, sendo a determinação do

valor da tarifa, por parte do município, fundamental para inibir cobranças abusivas.

34

Por se tratar do nível básico, a tarifa pode ser definida por comparação com outros

municípios do mesmo porte ou outra estratégia, mesmo que sem embasamento técnico, mas é

extremamente importante que o Poder Executivo valide legalmente o valor cobrado pelo

serviço. Portanto, quando houver esta validação, como, por exemplo, com a publicação de

decreto ou lei, deve-se contabilizar 30% na avaliação.

b) Nível Extra-básico

b.1) Implantação de rotinas para fiscalização do serviço e combate ao transporte clandestino

(20%)

Esta atividade deve ser avaliada atribuindo-se 10% para os municípios que

implantaram rotinas para fiscalização do serviço de transportes coletivo, tais como: visitas às

empresas para verificar as condições dos veículos, avaliação de discos de tacógrafos por

amostragem para verificação do cumprimento dos limites de velocidades, fiscais para

verificar o cumprimento do quadro de horários, do itinerário e do pagamento da tarifa etc.

Devem ser atribuídos mais 10% para aqueles órgãos que paralelamente às rotinas de

fiscalização, realizam trabalhos para combate ao transporte clandestino, tais como: trabalhos

educativos, parceria com autoridades policiais para verificação das habilitações em blitz etc.

b.2) Reestruturação do serviço com adequação da oferta à demanda, com renovação da frota e

com utilização de GPS nos veículos (20%)

Prevê-se a atribuição de 10% para os órgãos gestores que, baseados em pesquisas de

demanda, revêem os critérios de operação dos serviços, como, por exemplo, efetuando

adequação dos itinerários e quadro de horários.

Se forem estabelecidos critérios para renovação da frota ou concedidos incentivos, tais

como incentivos fiscais, para tal fim, somam-se 5% à avaliação. E, nos casos em que seja

35

obrigatória a implantação de GPS nos veículos, a fim de viabilizar o monitoramento do

serviço, acrescenta-se 5% ao somatório.

b.3) Restauração/manutenção do sistema viário, prevendo o aumento da acessibilidade (20%)

À existência de planos para restauração/manutenção do sistema viário em consonância

com as estratégias do órgão gestor de transportes no município, no que diz respeito a

sinalização, iluminação, arborização, circulação dos veículos etc., bem como à realização da

obra propriamente dita, ou sua fiscalização por representantes deste órgão, deve-se atribuir

10% na avaliação. Se estes planos e intervenções levarem em conta as questões relacionadas a

acessibilidade, deve-se somar mais 10% à avaliação do fator.

b.4) Determinação dos critérios de cálculo e reajuste da tarifa (30%)

Devem ser atribuídos 30% à avaliação de órgãos que apresentam regulamentação a

cerca dos critérios de cálculo e reajuste da tarifa sob embasamento técnico.

b.5) Regulamentação e autorização para comércio de vale-transporte por meio da internet (10%)

À comercialização do vale-transporte via internet, incentivada, autorizada e

regulamentada pelo órgão gestor do serviço de transporte público deve-se somar 10% na

avaliação.

c) Nível Intermediário

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c.1) Realização de pesquisas para ampliar as informações do banco de dados, permitindo

avaliações qualitativas (20%)

Sabe-se que é pertinente a confrontação dos dados pesquisados com os já armazenados

conforme definições do nível básico, para a verificação da confiabilidade das informações

disponíveis, refutando-as quando não forem confiáveis ou dando-lhes credibilidade a fim de

reduzir gastos em levantamento futuros. Além disso, a ampliação dos dados armazenados, de

tal modo que seja possível realizar avaliações tanto quantitativas quanto qualitativas do

serviço, torna possível definir adaptações no planejamento dos serviços, para melhor atender

aos anseios da população. Sendo assim, deve-se atribuir 20% à avaliação do órgão que realiza

tais pesquisas.

c.2) Diversificação modal e a integração por meio da bilhetagem eletrônica (20%)

Conhecendo os hábitos de viagem da população, é factível a reestruturação do sistema

de transportes por meio da diversificação modal, como, por exemplo, com a utilização de vans

ou microônibus em linhas de baixa demanda, atendendo a quesitos tratados em outras

atividades, como questões relacionadas a qualidade e custo, e também efetivando a

diversificação modal. Para aqueles municípios que apresentam dois ou mais meios de

transporte coletivo de passageiros, deve-se atribuir 10%.

Já para os que implantaram o sistema de bilhetagem eletrônica, a fim de incentivar a

integração física, operacional e tarifária, seja no serviço tradicional operado por ônibus, ou em

sistemas em que há diversificação modal, deve-se somar mais 10% na avaliação.

c.3) Divulgação dos serviços (20%)

Se a organização promove algum tipo de divulgação dos serviços de transportes

públicos, tais como: disponibilização do quadro de horários das linhas na internet ou em

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cartilhas de bolso, elaboração de cartazes para colar nos ônibus e pontos de parada com

informações sobre mudanças de itinerários, realização de palestras para incentivo ao uso do

transporte coletivo etc., deve-se atribuir 20% na avaliação.

c.4) Implantação de medidas de priorização do transporte coletivo (20%)

Em municípios onde há priorização do transporte coletivo, por meio da revisão da

sinalização para garantir espaço nos pontos de paradas, da alteração do tempo dos semáforos

para permitir o aumento da velocidade nas vias utilizadas pelo transporte coletivo, da

realização de estudos que visem implantar sistemas de transporte de massa, da cobrança de

tarifas de veículos particulares para estacionar em áreas publicas adensadas, ou qualquer outro

meio com este fim, deve-se acrescentar 20% na avaliação.

c.5) Implantação de terminais e de faixas seletivas para o transporte coletivo (20%)

Devem ser atribuídos 20% na avaliação dos órgãos que tenham estudado e promovido

a implantação de terminais e faixas seletivas para o transporte coletivo, e mantenham em

operação esta infra-estrutura.

d) Nível Avançado

d.1) Implantação de cartões tarifários chipados com armazenamento e transmissão de dados

(25%)

38

Para os organismos que implantaram a cobrança da tarifa do serviço público de

transporte coletivo por ônibus por meio de cartões chipados que armazenam e transmitem

dados, deve-se somar 25% na avaliação.

d.2) Ampliação do sistema viário com investimentos em infra-estrutura para transporte

coletivo de massa (25%)

A ampliação do sistema viário para comportar serviços de transporte coletivo de massa

deve ser fomentada e defendida pelo órgão gestor do serviço de transportes, que pode atuar,

também, na captação dos recursos externos para viabilizar os investimentos.

As obras realizadas neste sentido devem estar previstas nas estratégias do órgão uma

vez que estas acarretarão a necessidade de reformulação do sistema como um todo e que este

órgão poderá ser o responsável pela manutenção e operação do serviço implantado.

Portanto, se tiverem ocorrido investimentos em consonância com as questões

supracitadas deverá ser atribuído 25% na avaliação.

d.3) Incentivo a redução da emissão de poluentes como: a utilização de combustíveis

alternativos e veículos com motorização eletrônica (25%)

Se o município promover medidas de incentivo a redução da emissão de poluentes,

deverá ser atribuído um percentual que poderá variar entre 0% (zero por cento) e 25% (vinte

por cento) de acordo com o “sucesso” da inovação percebido pelo avaliador.

39

d.4) Incentivo a inovações, principalmente em logística e modelos de remuneração (rateio dos

custos e receitas vinculados à prestação dos serviços) (25%)

Tendo em vista a necessidade de inovações quanto a questões logísticas e modelos de

remuneração percebida por atores do poder público, dos operadores dos serviços de

transportes e da comunidade em geral, caso o município ofereça incentivos para pesquisas que

levem a inovações neste sentido, ou mesmo que sejam incentivadas inovações em outras

questões benéficas aos usuários, o sucesso atribuído a(s) inovação(ões) deverá ser avaliado

com a atribuição de percentuais entre 0% (zero por cento) e 20% (vinte por cento).

40

5 CONCLUSÕES

O objetivo deste estudo foi propor um critério de medição que permita avaliar o nível

de capacidade tecnológica dos órgãos gestores municipais responsáveis pelo serviço público

de transporte coletivo por ônibus.

No primeiro Capítulo, além da contextualização do problema, foram estabelecidos o

objetivo final e os objetivos intermediários e descrita a relevância do estudo. No Capítulo 2, a

partir de uma revisão da literatura, apresentou-se o referencial teórico onde foram abordados

conceitos que nortearam o desenvolvimento do estudo, tais como: o Serviço Municipal de

Transporte Coletivo por Ônibus, seus Órgãos Gestores e Capacidade Tecnológica. Em

seguida, no Capítulo 3, foi descrita a metodologia adotada para viabilizar o alcance do

objetivo. E, no Capítulo 4, foram apresentados os resultados das pesquisas realizadas, por

meio da descrição da métrica proposta.

Na estrutura proposta, as colunas apresentam as capacidades tecnológicas (fatores) por

dimensões (Capital Organizacional, Capital Humano, Capital Físico e Serviço) e as linhas por

níveis de dificuldade (Básico, Extra-básico, Intermediário e Avançado).

Destaca-se que esta abordagem retrata apenas a existência ou não dos fatores, sem

apreciar o mérito qualitativo. Essa é uma limitação da métrica. Desse modo, a relevância da

avaliação proposta está em identificar a presença de tais fatores, verificando o nível de

capacidade tecnológica acumulada, sinalizando aos municípios que não obtiverem resultados

satisfatórios mecanismos que podem ser implantados para atender as demandas da sociedade.

Há ainda que se considerar que a diversificação dos municípios em termos

populacionais e econômicos demanda serviços diferenciados, portanto a métrica apresentada é

útil, no mínimo, para uma avaliação preliminar e pode ser adaptada de acordo com o porte de

cada município.

41

6 BIBLIOGRAFIA

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