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UTFPR, Curitiba, 11-13 junho 2015 Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental Universidade Federal de Minas Gerais AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE WETLANDS CONSTRUÍDOS E DE OUTROS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTOS Marcos von Sperling

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UTFPR, Curitiba, 11-13 junho 2015

Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental

Universidade Federal de Minas Gerais

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE

WETLANDS CONSTRUÍDOS E DE

OUTROS SISTEMAS DE TRATAMENTO

DE ESGOTOS

Marcos von Sperling

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INTRODUÇÃO

Amostras simples x amostras compostas

Eficiências de remoção

Distribuições de frequência

Medidas de tendência central

Comparação entre fases e entre unidades

Regressão entre carga aplicada e carga removida

Determinação de coeficientes cinéticos

Ajuste de modelos matemáticos

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AMOSTRAS SIMPLES X AMOSTRAS COMPOSTAS C

ON

CE

NTR

ÃO

2 41 26 1 80

h o ra s d o d ia

AMOSTRA SIMPLES

lab

lab

CO

NC

EN

TR

ÃO

2 41 26 1 80

h o ra s d o d ia

DIVERSAS AMOSTRAS SIMPLESGERANDO UM PERFIL DE CONCENTRAÇÕES

lab

lab lab

lab

amostra

composta

lab

lab

lab

lab

CO

NC

EN

TR

ÃO

2 41 26 1 80

h o ra s d o d ia

ALÍQUOTAS DE MESMO VOLUMEGERANDO UMA AMOSTRA COMPOSTA

CO

NC

EN

TR

ÃO

2 41 26 1 80

h o ra s d o d ia

ALÍQUOTAS DE VOLUME PROPORCIONAL À VAZÃOGERANDO UMA AMOSTRA COMPOSTA

VA

O

2 41 26 1 80

h o ra s d o d ia

amostracomposta

CO

NC

EN

TR

ÃO

2 41 26 1 80

h o ra s d o d ia

MEDIÇÃO CONTÍNUAPOR SENSORES

lab

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AMOSTRAS SIMPLES X AMOSTRAS COMPOSTAS C

ON

CE

NTR

ÃO

2 41 26 1 80

h o ra s d o d ia

AMOSTRA SIMPLES

lab

lab

CO

NC

EN

TR

ÃO

2 41 26 1 80

h o ra s d o d ia

DIVERSAS AMOSTRAS SIMPLESGERANDO UM PERFIL DE CONCENTRAÇÕES

lab

lab lab

lab

amostra

composta

lab

lab

lab

lab

CO

NC

EN

TR

ÃO

2 41 26 1 80

h o ra s d o d ia

ALÍQUOTAS DE MESMO VOLUMEGERANDO UMA AMOSTRA COMPOSTA

CO

NC

EN

TR

ÃO

2 41 26 1 80

h o ra s d o d ia

ALÍQUOTAS DE VOLUME PROPORCIONAL À VAZÃOGERANDO UMA AMOSTRA COMPOSTA

VA

O

2 41 26 1 80

h o ra s d o d ia

amostracomposta

CO

NC

EN

TR

ÃO

2 41 26 1 80

h o ra s d o d ia

MEDIÇÃO CONTÍNUAPOR SENSORES

lab

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AMOSTRAS SIMPLES X AMOSTRAS COMPOSTAS WETLANDS HORIZONTAIS COM ALIMENTAÇÃO CONTÍNUA

Afluente às wetlands: efluente de qual processo de tratamento?

Eventual amortecimento da variabilidade no tratamento a montante?

Efluente das wetlands: amortecimento de variações horárias

Potencial redox no efluente de wetlands de escoamento horizontal subsuperficial

(plantado e não plantado)

Fonte: Vasconcellos (2015)

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AMOSTRAS SIMPLES X AMOSTRAS COMPOSTAS

EFLUENTE DE WETLANDS VERTICAIS COM ALIMENTAÇÃO EM PULSO

Necessidade de

amostras

proporcionais à

vazão

Fonte: Manjate e García Zumalacarregui (2015)

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EFICIÊNCIAS DE REMOÇÃO Interpretar concentrações efluentes E eficiências de remoção

Altas concentrações afluentes Baixas concentrações afluentes

Altas concentrações efluentes Baixas concentrações efluentes

Alta eficiência de remoção Baixa eficiência de remoção

Concentração (mg/L) Eficiência Concentração (mg/L) Eficiência

DATA Afluente Efluente (%) Afluente Efluente (%)

28/07/2003 1000 100 90,0% 100 40 60,0%

05/08/2003 980 85 91,3% 98 34 65,3%

23/09/2003 1120 88 92,1% 112 35,2 68,6%

30/09/2003 1090 79 92,8% 109 31,6 71,0%

07/10/2003 1030 83 91,9% 103 33,2 67,8%

28/10/2003 970 87 91,0% 97 34,8 64,1%

29/12/2003 1010 88 91,3% 101 35,2 65,1%

30/03/2004 1050 92 91,2% 105 36,8 65,0%

13/04/2004 950 86 90,9% 95 34,4 63,8%

20/04/2004 930 91 90,2% 93 36,4 60,9%

Média 1013 88 91,3% 101 35 65,2%

Ruim? Bom? Bom? Ruim?

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EFICIÊNCIAS DE REMOÇÃO

Eficiência média x Média das eficiências

Concentrações (mg/L) Eficiência

Data Afluente Efluente (%)

28/07/2003 120 10 92%

05/08/2003 60 25 58%

12/08/2003 140 30 79%

30/09/2003 75 40 47%

07/10/2003 90 60 33%

30/03/2004 130 40 69%

06/04/2004 100 20 80%

13/04/2004 85 25 71%

20/04/2004 100 60 40%

Média: 100 34 63%

Eficiência média: 66%

(Afluente-Eluente)/Afluente

Média das eficiências

(Média afluente - Média efluente)/Média afluente

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EFICIÊNCIAS DE REMOÇÃO Eficiência em termos de concentração e de carga

Influência da perda de água

Evapotranspiração

Sem infiltração

Q0

C0

Qe

Ce

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EFICIÊNCIAS DE REMOÇÃO Eficiência em termos de concentração e de carga

Os valores são diferentes quando há perda de água no sistema

Concent. corrigida = Concent. medida x (1 – fração de perda de água)

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ATENDIMENTO A PADRÕES OU METAS DE LANÇAMENTO

• 20 amostras

• 2 fora do padrão (10% de inconformidade)

• 18 dentro do padrão (90% de atendimento ou de conformidade)

Padrão

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ESTABILIDADE DE ETEs

Processo estável e confiável LA 11

0

10

20

30

40

50

60

70

Período

Concentr

ação D

BO

(mg/L

)

Média histórica Padrão de lançamento

LA 07

0

20

40

60

80

Período

SS

T e

fluen

te (

mg/L

)

Processo instável, mas confiável

Processo instável e não confiável

LA 06

0

50

100

150

200

Período

DB

O e

fluen

te (

mg/L

)

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DISTRIBUIÇÕES DE FREQUÊNCIA

0

2

4

6

8

10

12

5 10 15 20 25 30

Fre

qu

ên

cia

ab

so

luta

DBO (mg/L)

DBO EFLUENTE - WETLAND HORIZ. SUBSUPERFICIAL

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DISTRIBUIÇÕES DE FREQUÊNCIA Distribuição normal x distribuição não normal

(b)(a) (c)

Média

Média Média Mediana Mediana Mediana

Moda

Moda Moda

Concentrações Eficiências

de remoção

• Estudo em 206 ETEs no Brasil

• Cerca de 50.000 dados analisados

• Mais de 3.000 testes individuais de ajuste a distribuições

A distribuição log-normal foi a predominante para concentrações

afluentes e efluentes, e também para vazões

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DISTRIBUIÇÕES DE FREQUÊNCIA Distribuição lognormal

0,00

0,01

0,02

0,03

0,04

0,05

0,06

0,07

0,08

0,09

0,10

0 30 60 90 120 150

BOD effluent concentration (mgL-1

)

Ab

so

lute

fre

qu

en

cy

CV = 0.1

CV = 0.5

CV = 1.0

CV = 2.0

CV = 3.3

Distribuição lognormal: diferenças na forma, para uma média aritmética fixa (55 mgL-1)

e diferentes valores de CV, variando de 0,1 a 3,3

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Coeficientes de variação (CV)

Resultados da avaliação das concentrações efluentes de 166

ETEs no Brasil

Tecnologias Coeficiente de variação – CV

DBO DQO SS NT PT Colif.

TS + FAn 0.61 0.53 0.66 0.34 0.47 1.10

LF 0.58 0.38 0.58 0.5 0.44 1.05

Lan+LF 0.55 0.33 0.47 0.38 0.36 1.03

LA 0.96 0.95 1.10 0.78 0.58 3.29

UASB 0.61 0.57 0.71 0.21 0.29 1.86

UASB + PÓS 0.67 0.58 0.76 - 0.57 1.83

DISTRIBUIÇÕES DE FREQUÊNCIA

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Obs: CV = desvio padrão / média aritmética

DBO efluente

FS+FALF

LAN+LFLA

UASBUASB+POS

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

CF efluente

FS+FALF

LAN+LFLA

UASBUASB+POS

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

DBO efluente Coli termo efluente

Coeficientes de variação (CV)

DISTRIBUIÇÕES DE FREQUÊNCIA

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ANÁLISE DE CONFIABILIDADE

Porcentagem do tempo em que se conseguem as

concentrações esperadas no efluente para cumprir com os

padrões de lançamento

Confiabilidade de um sistema

CV Nível de

confiabilidade 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0

90% 1,00 0,79 0,66 0,57 0,52 0,49 0,47 0,45 0,45 0,44 0,44

95% 1,00 0,74 0,57 0,47 0,40 0,36 0,33 0,31 0,30 0,29 0,28

99% 1,00 0,64 0,44 0,32 0,25 0,20 0,17 0,15 0,14 0,13 0,12

Valores de CDC em função do CV, considerando diferentes níveis de confiabilidade

)1(lnexp1 2

12 CVZCVCDC

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ANÁLISE DE CONFIABILIDADE

Concentrações de projeto para alcance da meta de 60 mg/L para DBO,

para diferentes níveis de confiabilidade

0

10

20

30

40

50

60

70

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 3,2 3,4 3,6 3,8 4

CV (desvio padrão/média)

Concentr

ação e

fluente

de p

roje

to (

mg/L

)

80%

90%

95%

99%

Com CV = 2,0 e Confiabilidade de 90% CDC = 0,44 (equações não

exibidas) Média aritmética a ser obtida = CDC . Xs = 0,44 x 60 = 26 mg/L

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Coeficiente de confiabilidade

Nível de

confiabi-

lidade

CV

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0

50% 1,00 1,02 1,08 1,17 1,28 1,41 1,56 1,72 1,89 2,06 2,24 2,69 3,16 3,64 4,12

60% 1,00 0,97 0,98 1,01 1,07 1,15 1,23 1,32 1,42 1,52 1,62 1,88 2,15 2,42 2,69

70% 1,00 0,92 0,88 0,87 0,89 0,91 0,95 1,00 1,04 1,10 1,15 1,29 1,43 1,57 1,71

80% 1.00 0.86 0.78 0.73 0.71 0.70 0.71 0.72 0.73 0.75 0.77 0.82 0.88 0.94 1.00

90% 1.00 0.79 0.66 0.57 0.52 0.49 0.47 0.45 0.45 0.44 0.44 0.44 0.45 0.46 0.48

95% 1.00 0.74 0.57 0.47 0.40 0.36 0.33 0.31 0.30 0.29 0.28 0.27 0.26 0.26 0.26

99% 1.00 0.64 0.44 0.32 0.25 0.20 0.17 0.15 0.14 0.13 0.12 0.10 0.09 0.09 0.08

ANÁLISE DE CONFIABILIDADE

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MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL Distribuição lognormal

• Evitar pensar em termos simétricos (difícil mas necessário)

(ex: % de atendimento a padrões ou metas de lançamento)

• Média geométrica melhor que média aritmética (mas

estamos preparados para isto?)

• Mediana é próxima à média geométrica (para facilitar a

compreensão: expressar em média e mediana)

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Evitar usar a forma média ± 1 desvio padrão (x ± s) em tabelas

e gráficos eles implicam simetria que tal expressar como

x (s)

Gráficos box-plot são melhores que gráficos de desvio padrão

_

_

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL Distribuições não normais

_

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Expressando médias em tabelas

Valores da média não podem ter mais casas decimais que os dados

originais (idem para desvio padrão)

Ao expressar dados originais, atenção com os algarismos significativos:

SS = 83,92 mg/L (???)

Date BOD (mg/L)

28/07/2003 107

05/08/2003 67

12/08/2003 135

30/03/2004 126

06/04/2004 98

13/04/2004 85

20/04/2004 112

Mean: 104,29 (?)

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL

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COMPARAÇÕES ENTRE UNIDADES

1

2

Comparação usando o teste t (assume normalidade)

Usar testes não paramétricos

Comparação entre unidades (monitoradas simultaneamente)

(e.x.: teste de medianas de Wilcoxon para amostras pareadas (dependentes)

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COMPARAÇÕES ENTRE FASES

Fase

1

Fase

2

Comparação entre fases operacionais

(monitoradas em períodos diferentes)

(e.x.: Mann-Whitney U teste para medianas (amostras independentes)

Comparação entre fases ou unidades: testar para

concentrações efluentes e eficiências de remoção

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REGRESSÃO: CARGA APLICADA X CARGA REMOVIDA

Lr = a.La + b

Lr = carga superficial removida (kgBOD5/ha.d)

La = carga superficial aplicada (kgBOD5/ha.d)

a, b = coeficiente de regressão

Inclinação = média das eficiências

(se b=0)

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REGRESSÃO: CARGA APLICADA X CARGA REMOVIDA

Lr = a.La + b

Lr = carga superficial removida (kgBOD5/ha.d)

La = carga superficial aplicada (kgBOD5/ha.d)

a, b = coeficiente de regressão

Mas Lr = La – Le. Assim:

(La – Le) = a . La + b

La não é independente, porque está em ambos os lados da equação

Comentário similar para a regressão: E = a . La + b

Já que: E = (La-Le)/La

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Sistema La (kgBOD5/ha.d) Le (kgBOD5/ha.d) Lr (kgBOD5/ha.d)

1

2

3

4

5

100

200

300

400

500

50

75

100

75

50

50

125

200

325

450

Lr = 0,0xLa + 70

R2=0,000

EFFLUENT

LOAD Le (k

gBOD5/ha.d

)

Lr = 1,0xLa - 70

R2 = 0,982

REMOVED

LOAD Lr (kg

BOD5/ha.d)

Carga removida x Carga aplicada

Lr = 1.0La - 70

R2 = 0.982

Carga efluente x Carga aplicada

Le = 0.0La + 70

R2 = 0.000

(comentários similares podem ser feitos para eficiências de remoção)

REGRESSÃO: CARGA APLICADA X CARGA REMOVIDA

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ESTIMATIVA DO COEFICIENTE K EM FUNÇÃO DAS

CONCENTRAÇÕES AFLUENTE E EFLUENTE

(uso em pesquisa, com base no monitoramento de reatores existentes)

Q

C0

Q

C

t=V/Q

V

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FÓRMULAS PARA ESTIMATIVA DO COEFICIENTE K EM

FUNÇÃO DAS CONCENTRAÇÕES AFLUENTE E EFLUENTE

(uso em pesquisa, com base no monitoramento de reatores existentes)

Fluxo em pistão

Mistura completa

Fluxo disperso

Co = concentração afluente (mg/L)

C = concentração efluente (mg/L)

K = coeficiente de reação (d-1)

t = tempo de detenção hidráulica (d)

d = número de dispersão (adimensional)

t

)(C/Cln K 0

t

1/C)(CK 0

K não é explícito. Resolver por iteração.

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CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS COEFICIENTES

Cuidado na obtenção do coeficiente K com base em

monitoramento!

O valor de K deveria representar a real cinética da reação.

No entanto, devido a imperfeições no regime hidráulico, o valor

de K é distorcido quando se assumem reatores idealizados:

• Adoção do modelo de mistura completa ideal conduz a

valores de K superiores aos do fluxo disperso

• Adoção do modelo de fluxo em pistão ideal conduz a

valores de K inferiores aos do fluxo disperso

• Fluxo disperso (desde que corretamente caracterizado)

deve conduzir a valores de K próximos à real cinética

• Não usar coeficiente K obtido segundo um regime hidráulico

para outro regime.

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CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS COEFICIENTES

Exemplo (usando as equações para obtenção de K com

base em monitoramento de reatores existentes):

Co = 600 mg/L

C = 38 mg/L

t = 5 d

Mistura completa: K = 2,96 d-1

Fluxo em pistão: K = 0,55 d-1

Fluxo disperso (obtido por iteração): K = 0,81 d-1

Qual é o correto?

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CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS COEFICIENTES

,100

1,00

10,00

100,00

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

K / K

dis

pe

rso

Kdisp . t

Relação Kmistcompl/Kdisp and Kpistão/Kdisp

Kmistcompl / Kdisperso

∞ 4

1

0.5

0.1

~0

0.2

0.1 0.2

0.5 1

4 ∞

MISTURA COMPLETA

d

PISTÃO Kpistão / Kdisperso

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AJUSTE DE MODELOS

Resposta difícil: quão bom é o meu modelo?

Há várias estatísticas para se analisar a qualidade do

ajuste do modelo (dados estimados) aos dados

observados (medidos)

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Não usar regressão entre dados estimados e observados

(muito comum em trabalhos de modelagem)

AJUSTE DE MODELOS

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Não usar regressão entre dados estimados e observados

tempo Yobs Yest

1 4 2

2 10 5

3 6 3

(valores estimados são metade dos

valores observados ajuste ruim)

Resultados do modelo

em série temporal Regressão Yest x Yobs

y = 0,5xR² = 1

0

2

4

6

8

10

0 2 4 6 8 10

Ye

st

Yobs

0

2

4

6

8

10

0 1 2 3 4

Co

nc

t

Yest

Yobs

AJUSTE DE MODELOS

Exemplo:

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AJUSTE DE MODELOS

Boa estatística para avaliação de ajuste de modelos

Coeficiente de Determinação (CD):

2

2

)(

)(1

médio obsii

ii

YY

YYCD

obs

estobs

CD varia de – infinito a + 1

• CD < 0: ajuste pior que uma linha reta passando pela média dos valores observados

• CD = 0: ajuste igual ao de linha reta passando pela média dos valores observados

• CD entre 0 e 1: % da variância dos dados observados que é explicada pelo modelo

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AJUSTE DE MODELOS

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

0 10 20 30 40 50 60

Distância (km)

Co

nc (

mg

/L)

Y est

Y obs

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

0 10 20 30 40 50 60

Distância (km)

Co

nc (

mg

/L)

Y est

Y obs

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

0 10 20 30 40 50 60

Distância (km)

Co

nc (

mg

/L)

Y est

Y obs

CD = 1,000 CD = 0,734

CD = 0,000

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AJUSTE DE MODELOS

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

0 10 20 30 40 50 60

Distância (km)

Co

nc (

mg

/L)

Y est

Y obs

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

0 10 20 30 40 50 60

Distância (km)

Co

nc (

mg

/L)

Y est

Y obs

Séries muito estáveis (com pouca variação dos dados):

difícil de se obter um bom CD

CD = 0,039 CD = - 23,039

(negativo)

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CONCLUSÃO GERAL

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OBRIGADO, E SUCESSO

EM SUAS PESQUISAS!!!