avaliaÇÃo da viabilidade econÔmica na … · o grupo exal (2008) relata que diariamente as...
TRANSCRIPT
ISBN: 978-972-9171-86-4
INDUSTRIALIZAÇÃO DO CO2 PRODUZIDO EM DORNAS DE FERMENTAÇÃO,
ATRAVÉS DA REAÇÃO DE CONVERSÃO DOS AÇÚCARES EM ETANOL:
AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DO
INVESTIMENTO
Daniela da Silva Gumieiro1
Ângelo Alves da Silva 2
Área Temática: A2| Contabilidade de Gestão/Planejamento e Controle da Gestão
Palavras chave: CO2; Destilaria; Viabilidade Econômico-Financeira; Etanol; Investimento.
Metodologia: M2| Caso/Estudo de Caso
1 E-mail: [email protected]. Autor Correspondente.
2 E-mail: [email protected].
1
INDUSTRIALIZAÇÃO DO CO2 PRODUZIDO EM DORNAS DE FERMENTAÇÃO,
ATRAVÉS DA REAÇÃO DE CONVERSÃO DOS AÇÚCARES EM ETANOL:
AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DO
INVESTIMENTO
Resumo
O presente trabalho tem a finalidade de analisar a viabilidade econômico-financeira em uma
destilaria autônoma localizada no noroeste do Paraná para o investimento em uma planta de
capturação de CO2 em dornas de fermentação. A comercialização deste produto tem foco no
mercado de refrigerantes, uma vez observada à potencialidade do Brasil na produção deste
produto que utiliza como insumo o CO2 em grau alimentício para a carbonatação na bebida. A
obtenção de resultados na tomada de decisão se deu através de indicadores financeiros, dentre
eles Taxa Mínima de Atratividade (TMA), Valor Presente Líquido (VPL), Taxa de Retorno
(TIR), Índice de Beneficio Custo Descontado (IBCD) e o Pay-Back Descontado (PBD). Os
valores se mostraram satisfatórios, pois o VPL foi de R$ 5.819.160, 04 superior a R$ 0,00, a
TIR ficou em 21,14% maior que a TMA de 8%, o IBCD obteve 1,83 superior a 1 e o PBD
resultou em 5 anos, 7 meses e 2,1 dias para empatar com o investimento, tempo este bem
menor que o estipulado de 12 anos para análise. Dessa forma, conclui-se que o projeto se
torna viável atingindo retornos significativos, além de proporcionar uma otimização do
subproduto gerado na empresa e auxiliar em um processo sustentável de fonte de créditos de
carbono no mercado.
Palavras chave: CO2; Destilaria; Viabilidade Econômico-Financeira; Etanol; Investimento.
CO2 OF INDUSTRIALIZATION PRODUCED IN FERMENTATION REACTORS,
THROUGH THE REACTION CONVERSION OF SUGAR IN ETHANOL:
EVALUATION OF INVESTMENT ECONOMIC AND FINANCIAL VIABILITY
Abstract
This study aims to analyze the economic and financial viability in an autonomous distillery
located in northwestern Paraná for investment in plant capture CO2 in the fermentation
reactors. The marketing of this product is focused in the soft drinks market since seen the
potential of Brazil in the production of this product is used as raw material in food grade CO2
for carbonation in the drink. The achievement of results in decision-making was through
financial indicators, including Minimum Rate Attractiveness (TMA), Net Present Value
(VPL), Rate of Return (TIR), Discounted Cost Benefit Index (IBCD ) and the Discounted Pay
Back (PBD). Values were satisfactory, because the VPL was R$ 5.819.160, 04 exceeding R $
00.00, the TIR was 21.14% higher than in the TMA of 8%, the IBCD obtained 1,84 exceeding
1 and PBD resulted in 5 years, 7 months and 2,1 days to break even on the investment, this
time much smaller than the stipulated 12 years for analysis. Thus, it is concluded that the
project becomes viable reaching significant returns, and provides an optimization of a
byproduct generated in the company and assists in a sustainable process source of carbon
credits in the market.
Key words: CO2; Distillery; Economic and Financial Viability Investments; Ethanol
Investment.
2
1 INTRODUÇÃO
A rentabilidade do negócio depende da forma como se aplica os recursos e extrai os
resultados de forma segura, confiável, com qualidade e principalmente com custos adequados.
As maneiras que essas operações se comportam variam de acordo com a flexibilidade que as
empresas possuem em se adaptar a mudanças, agindo de acordo com a estabilidade e desvios
dos ambientes de interferência. Dentre esses, pode-se mencionar: governo, economia, cultura,
concorrência e os recursos tais quais: matéria prima, capital, tecnologia e humanos.
Quando se fala em otimização de todas as atividades existentes dentro de uma
organização, pode-se citar o cenário sucroalcooleiro. Este setor, a partir da matéria prima cana
de açúcar e seu processo de produção de etanol e açúcar geram vários subprodutos
reaproveitáveis e de lucratividade. Pontua-se: bagaço (geração de energia elétrica, térmica,
álcool de segunda geração entre outras), vinhaça (fertirrigação nas lavouras e produção de
biogás), torta de filtro (aplicada na lavoura), levedura (secagem para nutrição animal), óleo
fúsel (indústrias químicas e de cosméticos) e o gás carbônico (CO2). Este último é formado
nas reações químicas, pela ação de microorganismos (leveduras) sobre os açúcares, contidos
no caldo de cana, produzindo etanol e gás carbônico.
De acordo com a Agência Efe (2011 apud KNOWTEC, 2013, p. 5)
O Brasil é o segundo maior produtor de etanol no mundo, atrás dos Estados Unidos.
Na América Latina, Brasil, Argentina e Colômbia são os únicos países a constarem
entre os principais produtores de etanol e de biodiesel no mundo.
A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2013 apud BRASIL, 2005)
contabiliza um processamento total de 649,3 milhões de toneladas e um volume de 27,7
bilhões de litros de etanol produzido até o final de dezembro. O montante se divide em 11,7
bilhões ao etanol anidro e 15,9 bilhões em etanol hidratado.
Apesar dos dados apresentados para o ramo serem bons, observa-se uma vasta crise
no ano de 2013. Assim a União de Produtores de Bioenergia (2014) pontua:
[...] que o problema do setor não é a dificuldade de produzir, mas a falta de
competitividade. O atual governo excluiu o setor de etanol da sua política
energética. As intervenções do governo na Petrobrás, que subsidiou o preço da
gasolina e o manteve artificialmente baixo, impediram que o etanol conquistasse
mercado.
Identifica-se e justifica-se com esse conjunto de informações, ao pensar em otimização
de processos versus lucratividade versus gerenciamento de riscos, uma nova oportunidade de
negócio. Sendo o Brasil o segundo maior produtor de etanol, considera-se o país também
como o segundo maior em liberar o CO2 proveniente do processo fermentativo. Percebe-se
3
que seria uma forma de ter ganhos significativos em meio a crises dos principais produtos do
setor, além de “fatiar” um outro nicho de mercado.
A aplicação do gás carbônico (CO2) é descrita por Silva (2012, p. 38), tal como:
efervescência de refrigerantes, cervejas e vinho, bem como para proteção contra o
crescimento microbiológico e processo de congelamento de alimentos. Na área medicinal em
cirurgias videolaparoscopia e misturas gasosas para laboratórios, clínicas, cultivos de culturas
anaeróbicas, na produção de carbonatos de suplementos e medicamentos para consumo
humano. Nos processos industriais de solda mig e mag. Santos (2012, p. 67) ainda acrescenta
a utilidade no estado gasoso na carbonatação em água, no estado líquido para cilindros de
extintores de incêndio ou de propulsão nas armas de paintball. No estado sólido para a
produção de pellets de gelo seco, no processo de jateamento de peças metálicas. Cita-se
também no tratamento de efluentes líquidos, para rebarbação de artefatos de borracha,
expansão de poliuretano na indústria de refrigeradores, na produção de fertilizantes, na
pigmentação de peças plásticas e na produção de algas.
A Associação dos Fabricantes de Refrigerantes no Brasil registrou a produção de 15,6
bilhões de litros de refrigerantes em 2013. E Godinho et al. (2008) aponta o país como o
terceiro maior produtor. UOL Economia (2013) diz que “O Brasil é o terceiro maior produtor
de cerveja do mundo, atrás apenas de China e EUA. A produção nacional é de cerca de 13
bilhões de litros por ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja”. Assim,
em relação a todos os rankings apresentados, pode-se considerar a implantação de uma planta
de beneficiamento de CO2 um projeto viável. Santos e Zotes, 2012 apud Santos, 2012
abordam a literatura financeira como uníssona em assegurar que o propósito de todo
investimento é agregar valor ao detentor do capital. Com isso, essa avaliação só se torna
atrativa se os números se mostrarem rentáveis através de indicadores concretos.
Portanto, objetiva-se com o estudo diagnosticar a viabilidade econômica da construção
de uma planta de recuperação de CO2 em uma destilaria autônoma. A empresa em questão
está localizada no noroeste do Estado do Paraná. Pontua-se que essa unidade produtiva, faz
parte de um grupo cuja representação no Brasil em 2013 foi de aproximadamente 2,5% em
relação à moagem e 1,5% em etanol. Dentro do grupo, em que está inserida, possui uma
representatividade de 21,5% do etanol produzido.
O estudo analisará o produto obtido nessa unidade fabril, com visão nos clientes para
os efervescentes não alcoólicos já que sua demanda é de 100% no processo. O fluxograma
dessa atividade possui as seguintes etapas: captação nas dornas de fermentação, lavagem com
água, lavagem com permanganato, desodorização, secagem e liquefação. Chama-se a atenção
4
para o mercado cervejeiro, pois em suas etapas de fabricação também há formação de CO2, e
apesar da autossuficiência, pode-se necessitar da compra devido ao limite gerado/consumido.
Dessa forma essa atividade pode ser vista como uma alternativa no processo de
industrialização desta bebida. Os indicadores a serem analisados para a tomada de decisão
será realizado através de números que consideram o valor do dinheiro no tempo, ou seja, a
Taxa Mínima de Atratividade (TMA) juntamente ao Valor Presente Líquido (VPL), a Taxa de
Retorno (TIR), índice de Beneficio Custo Descontado (IBCD) e o Pay-Back Descontado
(PBD).
2 REVISÃO DE LITERATURA
O setor sucroenergético passou por grandes mudanças nos últimos anos, de acordo
com o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Brasil registrava 440
unidades de Usinas em operação no ano 2010, número este que caiu para 388 em 2013,
ocasionados devidos às reestruturações com fusões, aquisições e redução de investimentos em
novas unidades e encerramentos de outras. A produção da safra 2014/15 será igual ou
levemente inferior a de 2013/2014, não só pela redução da sacarose total, mas também pelo
excedente de açúcar no mercado mundial. Assim o direcionamento do mix do ATR (Açúcar
Total Recuperado) será voltado para o etanol (BRASIL, 2014).
Nos últimos três anos, a frota de carros subiu 20%, sendo quase todos com motor flex.
E o que aconteceu? O consumo de gasolina cresceu 50% e o do álcool caiu 50%
(VERSIGNASSI e RESENDE, 2013). “A crise da indústria de etanol é resultado da
combinação de preço baixo, em grande medida provocado pelo controle do preço”
(FRANCO, 2014).
Com a previsão do novo etanol chegar ao mercado já no ano que vem, o consultor
internacional da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), Alfred Szwarc, diz
que, pelo menos a curto prazo, o produto não deve refrescar a crise do setor. Porém,
ressalta, deve abrir novas portas para o mercado. “Existe interesse no produto.
Quando lidamos com novas tecnologias existe um misto de curiosidade, ceticismo,
otimismo e alguém que puxa a fila. A largada foi dada, agora precisamos de
apostadores. (FRANCO, 2014)
O Grupo Exal (2008) relata que diariamente as usinas, lançam uma grande quantidade
de dióxido de carbono para a atmosfera. No entanto, isso faz com que pelos ares também
sejam desperdiçados uma possibilidade de faturamento, além de contribuir com o meio
ambiente, pois o CO2 em excesso colabora com a mudança do planeta. Com isso, os
investidores do setor poderão produzir, servir e atuar de maneira mais sustentável e expandir
5
seus negócios tanto na venda de CO2, quanto na comercialização dos créditos de carbono, um
mercado com grande potencial, mas pouco explorado pelo setor.
Os créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissões (RCE) são emitidos
quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE), como: dióxido de
carbono, óxido nitroso, metano, enxofre, hidrofluorcarbonetos, perfluorcabonetos,
hexafluoreto de enxofre (MAIA e BOZZO, 2007). Uma tonelada de CO2 equivale a um
crédito de carbono. A ideia do mercado é que cada tonelada emitida por um país desenvolvido
na atmosfera pode ser negociada no mercado mundial (PORTAL BRASIL, 2012). O
protocolo de Kyoto, em 1997, estabeleceu metas de redução dessas emissões para os países
mais industrializados. E para alcançar essas metas este protocolo permite comprar os créditos
de carbono de outras nações, como o Brasil, que também é signatário, de acordo com o
SEBRAE (2012) apud Silva, (2012).
Silva (2012, p. 13) aponta que em 2009 os créditos eram negociados na faixa de
US$20,00 e desde então sofreram uma redução em seu valor de venda chegando a serem
leiloados por US$ 3,30, pela Caixa Econômica Federal em 2012.
No mundo, o dióxido de carbono gerado é obtido como subproduto, ou seja, não
existem processos de produção nem matérias primas, mas sim fontes de recuperação e
posterior purificação. Esta atividade é realizada principalmente em fabris de amoníaco e
hidrogênio (ALEXANDRE, 2011). Outras fontes importantes são: gases de escape emitidos
de centrais termoelétricas (sendo a matéria prima carvão ou gás natural), unidades de
fermentação de açúcares, poços que devido atividade vulcânica armazena CO2 gasoso (origem
natural), poços de gás natural e fornos de cal (TOPHAM, 2005 apud ALEXANDRE, 2011).
No processo de fermentação, as quantidades são apreciáveis de CO2, podendo chegar a
80% de recuperação (ALEXANDRE, 2011, p. 6). O CO2 de alta pureza (99%) emitido pelas
usinas de produção de etanol tornou-se uma opção atrativa para a indústria de CO2. Nos EUA
houve um salto de 20% para 33% entre 1990 e 2007. Assim espera-se contínuo incremento
desse mercado na medida em que novos projetos de CO2 provenientes do etanol estão em
curso (XU et al., 2010 apud LOPES, 2012).
Silva (2012) aborda o processamento da cana de açúcar até a conversão dos açúcares
contidos nessa matéria prima em etanol e gás carbônico:
a) Recebimento e Extração: Nesta etapa a matéria prima passa por uma mesa
alimentadora, onde é lavada, visando à remoção de impurezas vegetais e minerais. O sistema
de preparo consiste em um conjunto com facas, cortando a cana em pedaços menores e em
seguida é enviado ao desfibrador (martelos) que irá promover o rompimento da célula. A
6
extração do caldo se dá por sucessivos esmagamentos da camada de cana. É importante a
adição de água em torno de 30% para embeber o interior das células. Este procedimento conta
com uma eficiência na ordem de 96%.
b) Tratamento do caldo: visando eliminar impurezas grosseiras e minimizar
contaminantes microbianos. Este fluxo segue passando por uma peneira rotativa, adição de
produtos químicos (cal e polímero) para promover a floculação. Há o processo de
aquecimento em torno de 105ºC para acelerar as reações. Vale salientar que essas reações
ocorrem dentro do decantador, o qual por ação gravitacional separa as impurezas. É
importante concentrar o caldo, ou seja, elevar o teor de açúcar e em consequência o teor
alcoólico.
c) Fermentação: descrita por CRISPIM et. al., 2004 apud SILVA, 2012 é como a “ [...]
oxidação anaeróbia parcial da glicose e frutose, por ação de leveduras (Saccharomyces
cerevisiae), com a produção final de álcool etílico e gás carbônico. As reações envolvidas
segue abaixo, de acordo com Savato et. al (2008):
C12H22O11 → C6H12O6 + C6H12O6 (1)
C6H12O6 → 2C2H5OH + 2CO2 (2)
Na reação 01, a sacarose, através da invertase se transforma em glicose e frutose,
enquanto que na reação 02 a zimase faz a função da conversão em etanol e gás carbônico.
Nrigri et al. (2011) cita que a produção de etanol libera aproximadamente 380 litros
CNTP de gás carbônico para cada litro de etanol. Silva (2012, p. 30) demonstra através da
equação de Clapeyron a quantidade em Kg de CO2 produzido por m³ de etanol:
P.V = n RT (3)
1 x 380 = n x 0,082 x 300
n = 15,45 mols de CO2
m = n. MM (4)
m = 15, 45 x 44
m = 679, 8 Kg de CO2
7
Santos (2012) diz que o CO2 é perdido pelas usinas alcooleiras na atmosfera,
independente do tipo de dorna, fechada ou aberta. As primeiras correspondem na ordem de 1
a 2%.
O processo de beneficiamento do CO2, ocorrido após essas reações nos fermentadores
também é descrito por Silva (2012):
a) Captação do CO2: Por diferença de pressão, o gás se desloca para um
reservatório, denominado de balão, o qual passa por um lavador de espuma. Este processo
auxilia na minimização de contaminantes.
b) Lavagem com água: é realizada em contra corrente, em forma de “chuveiro”,
para a eliminação de compostos solúveis, tais como: etanol, alcoóis superiores (propanol e
butanol) e dióxido de enxofre.
c) Lavagem com permanganato de potássio (KMnO4): alguns ésteres não são
removidos na lavagem com água. Dessa forma a lavagem com permanganato de potássio se
faz necessário para que se alcance uma pureza de grau alimentício. É realizado por meio de
borbulhamento do CO2 nesta solução, ou passar este gás em um leito impregnado.
d) Secagem: consiste na obsorção da umidade da corrente de alimentação do CO2.
Emprega-se agentes secantes como exemplo: sílica gel, alumina ativa (AL2O3) e peneira
molecular. Esta etapa é importante para aumentar a pressão do fluxo de alimentação e calor.
e) Desodorização: utilizam-se filtros de carvão ativado para adsorção de compostos
insolúveis, como: ésteres, diacetil e álcoois. Os tipos de carvão podem ser: pulverizado,
granulado e o extrudado.
f) Condensação: Nesta etapa removem-se alguns gases incondensáveis, tais quais:
oxigênio, nitrogênio, gás hidrogênio, helio e argônio. Essa retirada se dá através de purgas,
pois o dióxido de carbono ao passar por refrigeração condensa-se.
Freire (2008) menciona que uma planta de beneficiamento do CO2 deve apresentar
boas práticas de laboratório, deve-se atentar para contaminações que prejudicam a segurança
alimentar e problemas sensoriais. Após beneficiamento o produto deve alcançar de 90 à 99%
de pureza, para isso deve-se possuir uma capacidade para remoção dos contaminantes. Dentre
as impurezas podem-se citar: aldeídos, compostos de enxofre e álcoois, além da presença de
água, oxigênio, nitrogênio e compostos orgânicos.
O CO2 é o único gás apropriado para conseguir refrescos espumantes (VARMAM,
1997 apud Pacheco, 2009). O nível de efervescência é provavelmente a propriedade mais
importante das bebidas refrescantes carbonatadas. Uma variação nesse volume afeta o sabor e
aroma do refrigerante (FRACIS et al., 1993; TOCCHINI et al. 1995 apud PACHECO 2009).
8
Celestino (2010) ressalta entre as matérias primas dos refrigerantes o anidrido
carbônico (CO2) que é carbonatados nos refrigerantes está ordem de 3,1 a 3,5 volumes de
CO2.
Kramer (2010, p. 28) aponta que a quantidade de CO2 gerada na fermentação do
processo cervejeiro é em torno de 2 Kg/hl e a consumida é de 1,8 à 2 Kg/hl. Já a Companhia
de Tecnologia de Saneamento Ambiental (2005, p. 34) aponta o consumo na ordem de 3 à 4
Kg/hl, ou seja, valor inferior ao gerado pelo processo da cerveja. Lopes (2012, p. 75) diz, com
base em consultas realizadas em 11 empresas consumidoras do produto, que os preços do
quilograma variam de um limite inferior de R$ 0,75 a um limite superior de R$ 5,00, já com o
frete incluso. O autor para ser mais conservador adota R$ 0,60/kg.
Silva (s.d) aponta a comercialização do CO2 em todo o território nacional por diversas
empresas, tais como: White Martins, Linde BOC, Air Products, Air Liquide, etc. O CO2 é
fornecido em cilindros, que variam de 25 a 45 Kg. Para grandes quantidades, o CO2 também
poderá ser fornecido em mini tanques equipados com bombas de líquido, que podem ser
conectadas diretamente ao sistema.
Lopes (2012, p. 68) avalia que:
No Brasil, não existem dados disponíveis, porque a captura de CO2 a partir do
processo de fermentação do mosto pelas usinas produtoras de etanol não é uma
prática desenvolvida no país. Pairam dúvidas sobre a viabilidade econômica de
projetos desse tipo no Brasil, tanto para o setor industrial quanto para a comunidade
acadêmica. Há certo grau de incerteza quanto ao preço do CO2, pois os custos de
transporte são muito difíceis de serem contabilizados a priori, uma vez que não se
pode precisar a localização da planta fornecedora de CO2, tampouco o local dos seus
possíveis clientes.
A principal dificuldade na avaliação de projetos está na compreensão da tradicional
relação risco versus retorno, inerentes aos investimentos de capital, pois todos estão sujeitos
às incertezas quanto às projeções futuras (DAMODARAN, 1997). Os indicadores de análise
definidos por Baptista (2002, p. 35), o qual realizou um trabalho no mesmo Grupo, objeto de
estudo, para avaliar a decisão de um novo projeto de co-geração se dá:
Taxa mínima de atratividade (TMA): entende-se como àquela remuneração média
que está sendo paga na economia para cada unidade monetária, nela aplicada,
acrescendo-se um ganho adicional que deve acompanhar a capacidade e o risco
empresarial
Taxa Interna de Retorno (TIR): representa a eficiência marginal do capital e
corresponde, em última análise, à taxa de lucratividade esperada dos projetos de
investimento. Está é dada por:
9
TIR = 0)1(0
t
nni
doFluxolíqui (3)
Em que:
i = taxa mínima de atratividade;
n = período
Valor Presente Líquido (VPL): estima o valor de hoje, de um fluxo de caixa,
usando para isso uma TMA do capital. O VPL é compreendido como a
quantia equivalente, na data zero, de um fluxo financeiro, descontando-se à
taxa de juros determinada pelo mercado. Logo, deve-se trazer os valores
(custos e receitas) de cada período de tempo para o valor de hoje e somar-se
ao investimento inicial do projeto, através dos modelos que se segue:
VPL =
t
nni
CnRn
0
0)1(
(4)
No qual:
i = taxa mínima de atratividade;
n = período;
Rn = receitas ;
Cn = custos operacionais
Pay Back Descontado: mede o tempo necessário para que o somatório das parcelas
anuais seja igual ao investimento inicial.
Sanches (2013, p.12), além de todos os indicadores acima também define o Índice
Benefício Custo Descontado (IBCD) como uma ferramenta no processo decisório.
Define-se como a relação entre os fluxos de caixas incrementais (compreende valor
líquido da receita) e o fluxo de caixa do investimento inicial. Assim pontua que, com a
aplicação de todas essas ferramentas, espera-se, para o projeto ser aceito, que os
indicadores atendam as relações:
TIR > =TMA
VPL> = R$ 00,00
Pay back Descontado< = padrão da empresa
IBCD < = 1
10
3 METODOLOGIA
A metodologia científica visa delimitar o tipo e a estrutura do projeto. Esta fornece
meios para o entendimento de como o conteúdo será fundamentado e organizado. Partindo de
caminhos adequados para um sequenciamento lógico no qual se cumpre o objetivo do estudo.
Prodanov (2013, p. 12) apresenta a definição etimológica do termo, em que a palavra
Metodologia vem do grego “meta” = ao largo; “odos” = caminho; “logos” = discurso, estudo.
Este autor explica de maneira objetiva, definindo como a aplicação de procedimentos e
técnicas devem ser observados para construção do conhecimento, com o propósito de
comprovar sua validade e utilidade nos diversos âmbitos da sociedade. Silva (2001) diz que a
função é mostrar como andar no “caminho das pedras” da pesquisa, é ajudar a refletir e
instigar um novo olhar sobre o mundo: um olhar curioso, indagador e criativo.
3.1 DEFINIÇÃO DO TIPO DA PESQUISA
Para a realização do trabalho foi realizado uma pesquisa descritiva, uma vez que há a
necessidade da explicação de todo processo produtivo do etanol, bem como o cenário em que
se encontra este produto. E assim chegar à produção de CO2 na etapa final do processo,
demonstrando as diversas aplicações e participação no mercado do subproduto. Isso se faz
necessário pelo fato desta abordagem, retratada por Prodanov (2013, p. 52), fazer o
pesquisador descrever as situações sem interferência, ou seja, o pesquisador apenas observa,
registra, analisa e ordena os dados sem alterá-los. Não se pode deixar de mencionar que este
trabalho também possui objetivos de caráter exploratório. Assim, todo o ambiente da unidade
produtiva foi analisado sob a ótica de extrair informações e familiarizar o tema, enquadrando-
o na unidade de produção. Gil (2008, p. 27) diz que pesquisas exploratórias deve, ser
realizada, sobretudo, quando o tema escolhido é pouco explorado. Cita-se:
As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e
modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais
precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. De todos os tipos de
pesquisa, estas são as que apresentam menor rigidez no planejamento.
Habitualmente envolvem levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não
padronizadas e estudos de caso. Procedimentos de amostragem e técnicas
quantitativas de coleta de dados não são costumeiramente aplicados nestas pesquisas
(GIL, 2008, p. 7).
Quanto à natureza da pesquisa a mesma se classifica em aplicada, já que seus dados
foram conduzidos a práticas reais no ambiente, fornecendo dados concretos através de
11
indicadores que nortearam a tomada de decisão. Prodanov (2013, p. 20) pontua que essa
função “[...] objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de
problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais”.
Frisa-se que a abordagem foi mista, pois necessitou de aspectos quantitativos e
qualitativos, nos quais, Prodanov (2013, p. 20) destaca o primeiro como tudo que se traduz
em números, ou seja, quantificáveis. E o segundo como um vínculo indissociável entre o
mundo objetivo e a subjetividade que não podem ser traduzidos. Esses elementos foram vistos
em toda parte da análise, pois as tomadas de decisão de aceite ou não da viabilidade
econômico-financeira, foi analisada sob esta ótica.
Tecnicamente, os procedimentos foram bibliográficos, uma vez que o tema foi visto
sob diferentes pontos de vistas, para a explicação e afirmação dos métodos e resultados. Por
sua vez documental, visto que relatórios e planilhas foram gerados a partir da consolidação
dos dados. Gil (2008, p. 50) diz que “[...] a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de
material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Enquanto a
documental é elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico. O
método pode ser indutivo ou dedutivo, no caso exposto o que coube foi o primeiro, pois
diversas situações levou a um único resultado. Gil (2008, p. 10) afirma que “[...] a
generalização não deve ser buscada aprioristicamente, mas constatada a partir da observação
de casos concretos suficientemente confirmadores dessa realidade”.
O ambiente analisado foi a pesquisa de campo:
[...] utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca
de um problema para o qual procuramos uma resposta, ou de uma hipótese, que
queiramos comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre
eles. Consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem
espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que
presumimos relevantes, para analisá-los (PRODANOV, 2013, p. 60).
Uma natureza de classificação de campo retrata o “mundo real”, ou seja, todos os
dados e informações foram explorados de uma situação existente na empresa. Com isso
possibilitou todos os valores de entrada para se mensurar e chegar ao objetivo final.
3.2 MÉTODO DE COLETA DE DADOS
A coleta de dados foi via documental, proporcionada por dados reais da planta
industrial e fornecidos tanto pela empresa estudada bem como a executora do projeto, a qual
fornece o total do custo no ativo. Essas informações produziram números para se decidir o
12
quanto destinar à capturação de CO2 na fermentação. Ressalta-se um seqüenciamento lógico,
ou seja, a entrada, a transformação e a saída do produto. E assim, foi possível a produção de
outros documentos gerados através de indicadores financeiros para a finalização do estudo.
Ressalta-se para dados inicias capacidade de produção de 500.000 litros de etanol/dia. Essa
ferramenta, de acordo com Prodanov (2013, p. 97), define onde e como foi realizada a
pesquisa. Será definido: a população (universo da pesquisa), a amostragem, os instrumentos
de coleta de dados e a forma como se pretende tabular e analisar seus dados.
3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
A análise e interpretação dos dados se fazem muito importante uma vez que nortearam
a conclusão da pesquisa. Os dados foram documentais, pois a partir de relatórios foi possível
questionar, investigar e criticar os resultados, chegando a um resultado único. Sendo assim,
Beuren et a.l (2010, p. 139), afirma que “[...] todos os estudos que envolvem dados
quantitativos, independentemente das questões, hipóteses ou pressupostos elaborados para a
pesquisa requerem análises descritivas”. Os números devem ser traduzidos para discussões
onde chama-se a atenção para o ponto estudado. A classificação documental é definida por
Beuren et al. (2010, p. 140) como “[...] uma técnica para abordar dados quantitativos e
qualitativos. Utiliza como suporte subsidiários a construção do diagnóstico de uma pesquisa,
informações coletadas em documentos e materiais escritos”.
4 ESTUDO DE CASO
O projeto da planta com todos os equipamentos e acessórios necessários foi realizado
pela empresa EXAL 2013, a qual menciona um custo no ativo entre R$ 6.000.000,00 e R$
7.000.000,00. Assume-se para efeito de cálculos o segundo valor, visto riscos que podem
ocorrer ao longo da execução. Ressalta-se que 30,06% se atribui a parte de instalações gerais
(elétrica, instrumentação, caldeiraria e civil), transporte e montagem. Assim destina-se R$
2.104.000,00 para essas áreas afins.
O sistema consiste em uma capacidade de produção de 1000 kg/h de produção, como
o rendimento se dá em 90%, a captação nas dornas de fermentação será em 1111,11 Kg/h. A
empresa possui operação sazonal, devido à entressafra, cujo período é destinado às
manutenções. Assim estimam-se 220 dias efetivos para a safra. Todas as bases de cálculos
estão na Tabela 01, na qual se pode observar uma receita total de R$ 4.001.991,84 composta
13
pela comercialização do CO2 no mercado e também como fonte geradora de créditos de
carbono. Para receita, adotaram-se pesquisas da literatura, onde R$ 0,75 é o limite inferior do
trabalho de Lopes (2012, p. 75) e os créditos de carbono é dado por Silva (2012, p. 13). O
valor do dólar foi conforme cotação do dia pesquisado.
Tabela 01: Dados de Base para Cálculos
Atividades Valores Unidades
Dias de Safra Efetivos 220 dias
Produção de etanol empresa 500 m3
Fator 680 Kg de CO2/m3 de
etanol
Capacidade empresa 339.900 Kg/dia
Capacidade empresa 74.778.000 Kg/Safra
Produção Estimada Planta CO2 1.000 Kg/h
Produção Diária 24.000 Kg/dia
Produção Safra 5.280.000 Kg/Safra
Comercialização CO2 R$ 0,75 R$/kg
Dólar R$ 2,41 R$
Crédito de Carbono R$ 3,30 $/ton
Total Receita Venda CO2 R$ 3.960.000,00 R$/Safra
Total Receita Crédito Carbono R$ 41.991,84 R$/Safra
Total Receita R$ 4.001.991,84 R$/Safra
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de: EXAL (2013), Silva (2012) e Lopes (2012)
Os equipamentos necessários se encontram na Tabela 02. Os valores unitários foram
fornecidos apenas dos equipamentos opcionais, visto que os demais entram em um pacote do
projeto.
14
Tabela 02: Equipamentos e Acessórios
Equipamentos Custo
Filtro de carvão com pressão de 100 - 300 mca
R$ 3.410.000,00
Torre de recuperação de álcool e remoção de espuma com água limpa e sem cloro
Torre de lavagem de CO2 com permanganato de potássio - KmnO4 - Aço inoxidável
juntamente a acessórios
Torre de lavagem (conjugada com água)
Booster/Blower
Compressor de CO2 - 2 un - mehhrer mod. Tzm 70
Secador de CO2
Equipamentos de liquefação com torre de destilação
Painel de controle elétrico
Analisadores de O2 em CO2
Balança Eletrônica
Isolamento térmico e pintura
Desenhos de obras civis
Tanque de armazenagem de CO2 (Opcional) R$ 1.200.000,00
Bomba de transferência de CO2 liquido (Opcional) R$ 33.000,00
Estação de enchimento de cilindros (Opcional) R$ 103.000,00
Supervisão e Montagem por oito semanas - Posta em Marcha (Start up) e treinamento
por 14 dias (Opcional) R$ 150.000,00
Total Geral R$ 4.896.000,00
Fonte: EXAL 2013 - E- 0001/13 BR
A necessidade de funcionários para nova planta seriam um supervisor geral e dois
colaboradores em cada turno, há três horários de jornada de trabalho na empresa estudada. A
Tabela 03 retrata as despesas fixas com funcionários. Não se pode deixar de mencionar que
no período das 22h00min até às 05h00min do dia posterior há adicional noturno, ou seja, 20%
sobre as horas trabalhadas. O chamado turno A (07h00min até 15h30min) recebe normal, o
turno B (15h30min até 23h30min) recebe 1,5 horas de adicional e o turno C (23h30min até
07h00min) um total de 5,5 horas. O valor da hora para os colaboradores da operação foi
estipulado em R$ 4,55/h com base de cálculo em 220 horas mês. Para a supervisão estima-se
valor de R$ 6.000,00 ao mês.
15
Tabela 03: Funcionários - Despesas Fixas Anuais
Salário R$ 148.636,56
Férias R$ 12.386,38
1/3 de Férias R$ 4.128,79
13º Salário R$ 12.386,38
INSS - 11% R$ 19.529,19
FGTS - 8% R$ 14.203,05
Totais Funcionários R$ 211.270,35
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de informações da empresa
A água utilizada em toda planta se dá em 21,2 m3/h, a qual não será contabilizada no
projeto pelo fato da empresa utilizar outorga de água para captação na utilização industrial. A
energia elétrica foi calculada com base de consumo da Companhia Paranaense de Energia
(Copel), pois a caldeira da unidade produtiva opera no limite, não atendendo a demanda de
uma nova planta. Foram calculados o consumo em horário de ponta (três horas por dia) e
normal para uma operação de 220 dias efetivos. O valor total da despesa para a atividade na
safra foi de R$ 432.432,00 (Tabela 04).
Tabela 04: Energia elétrica - Despesas Fixas
KWh utilizado na planta 280
Custo horário ponta (R$/h) R$ 0,45
Horário normal (R$/h) R$ 0,27
Total de horas (220 dias efetivos) 5.280
Total KWh 1.478.400
Total horário ponta-12,5% das horas R$ 83.160,00
Total horário Normal-87,5% das horas R$ 349.272,00
Total Geral R$ 432.432,00
Fonte: Elaborada pelos autores à partir de informações da empresa
O fluxo de caixa livre teve como base os fatores apresentados na Tabela 05:
16
Tabela 05: Base de cálculo para Fluxo de Caixa
Parâmetros Unidades Condições
80 % Financiável
7,5 % a.a Taxa Variável de financiamento
6 meses Carência
42 meses Amortização
20 % Valor residual do projeto sobre custo total do ativo
12 anos Análise da viabilidade
6 % a.a Custo de oportunidade sob capital próprio
15 % a.a Depreciação sob custo total do ativo
Fonte: Elaborado pelos autores a partir de: Empresa estudada (2014) e BNDS (2014)
As condições de capital financiável, taxa de financiamento, carência e amortização
foram estimadas, segundo informações disponíveis ao público pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES, 2014). Pontua-se que a Taxa variável foi
composta de Custo Financeiro + Remuneração Básica do BNDES + Taxa de Intermediação
Financeira + Remuneração da Instituição Financeira Credenciada. O Custo financeiro é
composto pela Taxa de Juros a Longo Prazo (TJLP), a qual em 2014 está em 5% a.a. A
remuneração básica do BNDES é 1 % a.a, enquanto a Taxa de Intermediação Financeira é 0,5
a.a. A Remuneração da Instituição Financeira Credenciada é negociável entre cliente e
instituição financeira, para finalidade de cálculos adota-se 1% a.a. Somando-se todas as taxas
chega-se a 7,5 % a.a.
A carência se dá da assinatura do contrato até o pagamento da primeira parcela e a
amortização inicia-se após a vigência da carência até encerramento do contrato do
financiamento. A vida econômica do projeto é o tempo de duração considerado para análise.
Enquanto o valor residual se trata do valor do projeto em seu último dia de análise. Este ainda
possui 15% de imposto de renda sobre o ganho de capital, ou seja, representa a diferença entre
o custo de compra e o valor recebido na venda. O custo de oportunidade de estar utilizando o
dinheiro aplicado em outras fontes está estimado em 6% a.a, visto que os rendimentos da
poupança nos últimos 365 dias têm como média 0,50% ao mês (FINANCEONE, 2014).
Adotou-se a quantidade de meses vezes o valor da poupança. Com todos esses dados é
possível verificar na Tabela 06, através do método de Sistema de Amortização Constante
(SAC), o comportamento desse sistema ao longo dos 42 meses. Isso significa que o saldo
devedor será reembolsado em valores iguais de amortização, as prestações são decrescentes e
os juros vão diminuindo a cada prestação. As equações abaixo expressam os cálculos:
17
meses
devedorSaldooAmortizaçã
_42
_ (5)
devedorSaldomeses
TaxaJuros _
_12
(6)
Prestação= Amortização + Juros (7)
Tabela 06: Sistema de Amortização Constante
N º de Parcelas Amortização (R$) Juros (R$) Prestação (R$) Saldo Devedor (R$)
0
5.600.000,00
1
35.000,00 35.000,00 5.600.000,00
2
35.000,00 35.000,00 5.600.000,00
3
35.000,00 35.000,00 5.600.000,00
4
35.000,00 35.000,00 5.600.000,00
5
35.000,00 35.000,00 5.600.000,00
6
35.000,00 35.000,00 5.600.000,00
7 133.333,33 35.000,00 168.333,33 5.466.666,67
8 133.333,33 34.166,67 167.500,00 5.333.333,33
9 133.333,33 33.333,33 166.666,67 5.200.000,00
10 133.333,33 32.500,00 165.833,33 5.066.666,67
11 133.333,33 31.666,67 165.000,00 4.933.333,33
12 133.333,33 30.833,33 164.166,67 4.800.000,00
13 133.333,33 30.000,00 163.333,33 4.666.666,67
14 133.333,33 29.166,67 162.500,00 4.533.333,33
15 133.333,33 28.333,33 161.666,67 4.400.000,00
16 133.333,33 27.500,00 160.833,33 4.266.666,67
17 133.333,33 26.666,67 160.000,00 4.133.333,33
18 133.333,33 25.833,33 159.166,67 4.000.000,00
19 133.333,33 25.000,00 158.333,33 3.866.666,67
20 133.333,33 24.166,67 157.500,00 3.733.333,33
21 133.333,33 23.333,33 156.666,67 3.600.000,00
22 133.333,33 22.500,00 155.833,33 3.466.666,67
23 133.333,33 21.666,67 155.000,00 3.333.333,33
24 133.333,33 20.833,33 154.166,67 3.200.000,00
25 133.333,33 20.000,00 153.333,33 3.066.666,67
26 133.333,33 19.166,67 152.500,00 2.933.333,33
27 133.333,33 18.333,33 151.666,67 2.800.000,00
28 133.333,33 17.500,00 150.833,33 2.666.666,67
29 133.333,33 16.666,67 150.000,00 2.533.333,33
30 133.333,33 15.833,33 149.166,67 2.400.000,00
18
31 133.333,33 15.000,00 148.333,33 2.266.666,67
32 133.333,33 14.166,67 147.500,00 2.133.333,33
33 133.333,33 13.333,33 146.666,67 2.000.000,00
34 133.333,33 12.500,00 145.833,33 1.866.666,67
35 133.333,33 11.666,67 145.000,00 1.733.333,33
36 133.333,33 10.833,33 144.166,67 1.600.000,00
37 133.333,33 10.000,00 143.333,33 1.466.666,67
38 133.333,33 9.166,67 142.500,00 1.333.333,33
39 133.333,33 8.333,33 141.666,67 1.200.000,00
40 133.333,33 7.500,00 140.833,33 1.066.666,67
41 133.333,33 6.666,67 140.000,00 933.333,33
42 133.333,33 5.833,33 139.166,67 800.000,00
43 133.333,33 5.000,00 138.333,33 666.666,67
44 133.333,33 4.166,67 137.500,00 533.333,33
45 133.333,33 3.333,33 136.666,67 400.000,00
46 133.333,33 2.500,00 135.833,33 266.666,67
47 133.333,33 1.666,67 135.000,00 133.333,33
48 133.333,33 833,33 134.166,67 0,00
Total 5.600.000,00 962.500,00 6.562.500,00
Fonte: Elaborada pelos autores
Com todos esses dados mensurados foi possível à construção do fluxo de caixa livre,
demonstrado na Tabela 07, para a análise do estudo. Este remeteu a receita total subtraindo
todas as despesas, custos e depreciação antes Imposto de Renda e após subtraindo os custos
de oportunidade e adicionando a depreciação. Os fluxos de caixa livre foram elaborados até o
ano 5, pois do 6º até o 12º ano o valor de R$ 1.730.171,06 se repete, uma vez que o
pagamento de juros já finaliza no ano 4. O valor de 34% de imposto de renda tributável
remete a 25% mais 9% de contribuição social, de acordo Brasil (1996) apud Lopes (2012 p.
78).
19
Tabela 07: Fluxo de caixa Livre
Fluxo de Caixa Ano 1 (R$) Ano 2 (R$) Ano 3 (R$) Ano 4 (R$) Ano 5 (R$)
Lucro antes dos impostos 4.001.991,84 4.001.991,84 4.001.991,84 4.001.991,84 4.001.991,84
( - )Seguros -5.000,00 -5.000,00 -5.000,00 -5.000,00 -5.000,00
( - ) Mão de Obra -211.270,35 -211.270,35 -211.270,35 -211.270,35 -211.270,35
( - ) Juros do Financimanto -407.500,00 -305.000,00 -185.000,00 -65.000,00
( - ) Energia Elétrica -432.432,00 -432.432,00 -432.432,00 -432.432,00 -432.432,00
( - ) Depreciação 1.050.000,00 -1.050.000,00 -1.050.000,00 -1.050.000,00 -1.050.000,00
Lucro ajustado antes do IR 1.895.789,49 1.998.289,49 2.118.289,49 2.238.289,49 2.303.289,49
( - ) Impostos sobre a Renda (34%) -644.568,42 -679.418,42 -720.218,42 -761.018,42 -783.118,42
Resultado Líquido 1.251.221,06 1.318.871,06 1.398.071,06 1.477.271,06 1.520.171,06
( +) Depreciação 1.050.000,00 1.050.000,00 1.050.000,00 1.050.000,00 1.050.000,00
( - ) Custo de Oportunidade -840.000,00 -840.000,00 -840.000,00 -840.000,00 -840.000,00
Fluxo de Caixa Livre 1.461.221,06 1.528.871,06 1.608.071,06 1.687.271,06 1.730.171,06
Fonte: Elaborada pelos autores
O fluxo de caixa livre permite realizar a análise da viabilidade econômica representado
nas Tabela 08 e Tabela 09. Ressalta-se que a Taxa Mínima de Atratividade foi fornecida pela
empresa em estudo, ou seja, a partir desta taxa que se diagnosticará a atração do novo projeto.
Fonte: Elaborada pelos autores
Tabela 08: Análise da Viabilidade Econômica e Financeira
Períodos Fluxos (R$) TMA VP acumulado (R$)
0 -7.000.000,00 8,00%
1 1.461.221,06 1.352.982,46
2 1.528.871,06 2.663.742,97
3 1.608.071,06 3.940.281,63
4 1.687.271,06 5.180.476,23
5 1.730.171,06 6.358.001,58
6 1.730.171,06 7.448.302,83
7 1.730.171,06 8.457.841,03
8 1.730.171,06 9.392.598,61
9 1.730.171,06 10.258.114,90
10 1.730.171,06 11.059.518,87
11 1.730.171,06 11.801.559,58
12 2.562.491,06 12.819.160,04
20
Tabela 09: Análise dos indicadores do Projeto
Indicadores Resultados Análise Decisão
Pay-back Descontado 5 anos, 7 meses e 2,1 dias < 12 anos Aceita Projeto
IBC Descontado 1,83 >1 Aceita Projeto
VPL R$ 5.819.160,04 > R$ 00,00 Aceita Projeto
TIR 21,14% > TMA Aceita Projeto
Fonte: Elaborada pelos autores
Com a aplicação dos indicadores, fornecidos pela literatura, fica evidente a viabilidade
econômico-financeira do projeto, pois seu tempo de recuperação entre o que foi investido e
seu retorno se apresenta menor que o tempo padrão estipulado. Além de poder observar um
retorno rápido em menos de 6 anos. O IBCD descontado retrata que cada R$ 1,00 investido a
obtenção de retorno é R$ 0,83 a mais, além de apresentar um VPL de grande valor indicando
quantos pagamentos somados a um custo estariam valendo atualmente. Observa-se a TIR
superior, com uma diferença em relação à TMA de 13,14%. O mercado a ser buscado para
essa finalidade seria o de refrigerantes, uma vez observada a potencialidade no Brasil nesta
atividade, bem como a efetividade desta capturação do CO2 contido nas reações químicas da
conversão dos açúcares na produção de etanol.
5 CONCLUSÃO
Com base nos estudos chega-se a conclusão que a construção de uma planta de
recuperação de CO2 para industrialização do mesmo se torna um projeto viável em todos os
indicadores analisados com valores significativos de retorno. O Pay Back Descontado é
inferior a 6 anos (5 anos, 7 meses e 2,1 dias), IBCD maior que 1 (1,83) , VPL maior que R$
00,00 (R$ 5.819.160,04) e TIR (21,14%) superior a TMA (8%). Dessa forma, pode
mencionar que a otimização de processos nas usinas sucroaalcoleiras ainda tem grande
potencial para uma nova tecnologia a ser explorada. Apesar de todo aproveitamento das
unidades produtivas em relação a subprodutos, ainda há o CO2 produzido no processo
fermentativo, uma fonte geradora de investimento que ao longo de todo trabalho se mostrou
vantageoso. Além de sua comercialização como produto, pode ser negociado como créditos
de carbono no mercado, já que o beneficiamento do CO2 auxilia em uma ação sustentável,
pois evita que estes sejam lançados na atmosfera. Frisa-se também que a abertura de um novo
produto nas Usinas, pode contribuir para uma receita em períodos de crise, conforme o
observado em 2013, onde o etanol e açúcar tiveram uma queda no mercado. Assim as
21
empresas que utilizassem esse processo teriam um fluxo de caixa a mais em suas contas
perante os riscos de seus principais produtos de comercialização.
REFERÊNCIAS
ALEXANDRE, A.F. F. Projecto de recuperação CO2 a partir das unidades de Steam
Methane Reforming da refinaria de Sines. 2011, p. 112 p. Trabalho de Conclusão de Curso
(Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Química)- Instituto Superior
Técnico de Lisboa. Disponível em: < https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/
395143133378/Tese%20-%20Vers%C3%A3o %20Publica.pdf> . Acesso em: 25 set. 2014.
ASSOCIAÇÃO DOS FABRICANTES DE REFRIGERANTES NO BRASIL. AFREBRAS.
Produção Nacional Refrigerante. Guarapuava, 2013. Disponível em: <
<http://afrebras.org.br/setor/refrigerante/producao/>. Acesso em Acesso em 05 abr. 2013.
BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. BNDES.
Programa BNDES Finame de Aquisição de Peças, Partes e Componentes de Fabricação
Nacional, por Fabricantes de Bens de Capital. Rio de Janeiro, (s.d). Disponível em: <
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Apoio_Financeiro/Progra
mas_e_Fundos/finame_componentes.html> Acesso em: 10 nov. 2014.
BAPTISTA, E. I. Viabilidade Econômica da Co-Geração de energia no Setor
Sucroalcooleiro. 2002. 50 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-Graduação em
Engenharia de Produção) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
BEUREN, M I. et. al. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade. 3. ed. São
Paulo: Editora Atlas, 2010.
BRASIL. Ministério de Minas e Energia. (2014) Análise de Conjuntura dos
Biocombustíveis. São Paulo: Companhia de Saneamento Ambiental – CETESB. Empresa de
Pesquisa Energética – EPE, 2014
CELESTINO, S. M. C. Produção de Refrigerantes de Frutas. Documentos 279, EMBRAPA,
Planaltina, DF, 2010.
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Cervejas e
Refrigerantes, Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo, 2005. Disponível em: <
http://www.crq4.org.br/downloads/cervejas_refrigerantes.pdf. >. Acesso em: 25 set. 2014.
DAMODARAN, A. Avaliação de Investimentos: ferramentas e técnicas para determinação
do valor de qualquer ativo. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997.
GRUPO EXAL. Piracicaba: Exal Brasil News. 1. ed., ano 01, ago. 2008. Disponível em:
<http://www.grupoexal.com.br/fotos/informativo/info_1.pdf> Acesso em 25 Set., 2014.
FINANCEONE. Rendimentos e histórico da poupança. Disponível em:
<http://financeone.com.br/investimentos/rendimento-e-historico-da-poupanca/>. Acesso em
19 Nov. 2014.
22
FRANCO, G. A Crise do Setor de Etanol só aumenta. Gazeta do povo, 26 abr. 2014.
Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?id =146 4 581>
Acesso em: 25 set. 2014.
FREIRE, C. C. Balanço de CO2 para uma unidade industrial produtora de bebidas. 2008.
39 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Florestal) – Universidade
Federal do Rio de Janeiro de Soropédica, Seropédica, 2008. Disponível em:
<http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2007II/Camila%20Campos%20Freire.pdf>. Acesso
em: 25 set. 2014.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 3. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2008.
GODINHO, M. S. et al. Classificação de refrigerantes através de análise de imagens e análise
de componentes principais. Quím. Nova São Paulo, v.31, n. 6, 2008. Disponível em: <
http://www.posselt.com.br/wpbr/wp-content/uploads/ 2013/09/A naliseMultivariada_s1.pdf >.
Acesso em 05 Abr. 2013.
KNOWTEC. Relatório de Inteligência do bagaço ao posto. Instituto CNA - Relatório de
exposição na mídia, 2013. Disponível em: <http://www.icna.org.br/sites/default/files/
relatorio/RELA T%C3%93RIO%20DO%20AGRONEG%C3%93CIO%20-0janeiro%20de%
202013.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2013.
KRAMER, G. V. Recuperação de CO2 em microcervejaria. 2010. 52 p. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Alimentos) – Universidade Federal do Rio
Grande do Sul de Porto Alegre, Porto Alegre 2010. Disponível em:
<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/28420/000769971.pdf.>. Acesso em: 25
set. 2014.
LOPES, D. F. et. al. Análise da Viabilidade Econômica de uma Planta para Captura de
CO2na Indústria Alcooleira. Revista Gestão & Tecnologia Pedro Leopoldo, v. 12, n. 2, p.
64-88, jul./nov. 2012. Disponível em: <file:///C:/Users/Usuario/Downloads/387-1935-1-
PB.pdf>. Acesso em 25 Set., 2014.
MAIA, S; BOZZO, S. Créditos de Carbono. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de São Paulo. Disponível em: <http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/
arq_urbanismo/disciplinas/aut0221/Trabalhos_Finais_2007/Creditos_de_Carbono.pdf>.
Acesso em: 25 set. 2014.
NRIGRI, A. et al. Produção Integrada: Aplicação de Novas Tecnologias e Formas de Gestão
Para Diminuição de Custos e Impactos Ambientais no Processo de Produção de Cachaça
COF11-0427. In: VI CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO,
6, 2011, Caxias do Sul. Anais eletrônicos... Caxias do Sul: UFSC, 2011. Disponível em:
<http://alvarestech.com/temp/cobef2011/grima.ufsc.br/cobef2011/media/trabalhos/COF11-
0427.pdf>. Acesso em: 25 Set., 2014.
PACHECO, A. R. et al. Influência da carbonatação no sabor de refrigerantes tipo cola.
Estudos v. 36 n. 5/6, maio/jun. 2009. Disponível em: <file:///C:/Users
/Usuario/Downloads/1127-3624-1-PB%20(1).pdf> Acesso em: 25 set. 2014.
23
PORTAL BRASIL. Entenda como funciona o mercado de crédito de carbono. abr. 2012.
Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2012/04/entenda-como-funciona-o-
mer cado -de-credito-de-carbono.>. Acesso em: 25 set. 2014.
PRODANOV, C. C. et. al. Metodologia do trabalho científico: Métodos e técnicas de
pesquisa e do trabalho. 2. ed. Novo Hamburgo. Editora Feevale, 2013.
SALVATO, F.; CHIAVEGATO, M. B. Biocombustíveis a partir de biomassa vegetal e
sebo de animais. Disciplina: Biocombustíveis e Mudanças Climáticas, 2008.
SANCHES, S. L. R. Análise de Investimentos. Apostila de Pós Graduação Latu Sensu:
Controladoria e Finanças na Gestão do Negócio – Turma II. Cianorte, 2013.
SANTOS, D. F. L. et al. Análise da viabilidade econômica de uma planta para captura de
CO2 na indústria alcooleira. Revista Gestão e Tecnologia, Pedro Leopoldo, v. 12, n. 2,
jul./nov. 2012. Disponível em: < http://revistagt.fpl.edu.br/get/ article/view/ 387/429 >.
Acesso em: 08 fev. 2014.
SILVA, A. R. A. Estudo sobre a captação do gás carbônico nas dornas de fermentação
das indústrias sucroalcooleiras. 2012. 53 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnologia
em Biocombustíveis) – Faculdade de Tecnologia de Araçatuba, Araçatuba, 2012. Disponível
em: <http://www.fatecaracatuba.du.br/ suporte/ upload/Biblioteca/BIO%2017721207178% 20
Autor%20Antonio%20Reginaldo %20de%20Andrade%20Silva.pdf>. Acesso em: 01 fev.
2014.
SILVA, A. Mitos e fatos sobre o CO2. Bitzer Brasil, São Paulo, (s.d.). Disponível em:
<http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/mudancasclimaticas/prozonesp/file/docs/folhetos-
cartilhas/mitos_e_fatos_do_co2.pdf. > Acesso em: 25 set., 2014.
SILVA, E. L. et al. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 3. ed.
Florianópolis, 2001.
UOL ECONOMIA. Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo. Disponível
em: <http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/10/ 25/brasil-e-o-3-maior-produtor-
de-cerveja-do-mundo-veja-como-se-faz-a-bebida.htm>. Acesso em: 09 abr. 2013.
UNIÃO DE PRODUTORES DE BIOENERGIA. UDOP. Crise do setor leva usinas de
etanol a fecharem as portas. Araçatuba, 2014. Disponível em: <
http://www.udop.com.br/index/download/consecana/sp/safra_13_14/index.php?item=noticias
&cod=1110823 >. Acesso em 05 abr. 2013.
VERSIGNASSI, A; RESENDE, R. A extinção do etanol. Nova Cana.com, 15 jan. 2013
Disponível em: <http://www.novacana.com/n/etanol/mercado/futuro/extincao-etanol-150113/
>. Acesso em: 25 set. 2014.