avaliaÇÃo da maturidade em gerenciamento de projetos

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE LABCEO - NÚCLEO DE COMPETITIVIDADE, ESTRATÉGIA E ORGANIZAÇÕES PÓS-GRADUAÇÃO EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS ROSINA ANGELA PERROTTA DE OLIVEIRA ESTUDO DE CASO: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS DO NÚCLEO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NITERÓI 2010

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Page 1: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

 

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

LABCEO - NÚCLEO DE COMPETITIVIDADE, ESTRATÉGIA E ORGANIZAÇÕES 

PÓS-GRADUAÇÃO EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

 

 

 

 

 

ROSINA ANGELA PERROTTA DE OLIVEIRA

 

 

 

ESTUDO DE CASO:

 

AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS DO NÚCLEO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

 

 

 

 

 

NITERÓI

2010

Page 2: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  2

ROSINA ANGELA PERROTTA DE OLIVEIRA

 

 

 

ESTUDO DE CASO

 

AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS DO NÚCLEO DE

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

 

 

 

Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do grau de Pós-Graduação. Área de concentração: Gerenciamento de Projetos.

Orientador:

Profº José Rodrigues de Farias Filho

 

Co-orientador:

Profº Luiz Cláudio B. Meuren

 

Niterói

2010

Page 3: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  3

D E D I C A T Ó R I A

Dedico esta monografia aos meus filhos, ao

meu esposo, aos meus pais, por sua

compreensão, apoio e incentivo em todos os

momentos.

Page 4: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  4

A G R A D E C I M E N T O S

Agradeço ao Profº Luiz Cláudio B. Meuren por ter me fornecido a orientação

necessária para a elaboração deste trabalho.

Agradeço aos amigos e colegas do Núcleo de Tecnologia da Informação e

Comunicação e em especial aos que responderam o questionário que possibilitou o

desenvolvimento da pesquisa.

Agradeço a todos que direta ou indiretamente me ajudaram neste

aprendizado.

Agradeço a toda minha família pela paciência que tiveram com as minhas

ausências.

Page 5: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  5

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi o de avaliar o nível de maturidade em

Gerenciamento de Projetos do Núcleo de Tecnologia da Informação e Comunicação

da Universidade Federal Fluminense. O Gerenciamento de Projetos tem sido um

caminho adotado para se conseguir alinhar, com efetividade, os projetos aos

objetivos estratégicos. Saber qual o nível de maturidade em Gerenciamento de

Projetos é saber se a empresa faz o balanceamento de seus recursos disponíveis

adequadamente. É também apontar seu nível de preparo para a competitividade.

Existem atualmente diversos modelos de maturidade no mercado. A maioria deles

está alinhada a um guia de conhecimento que é utilizado como medida comparativa

na avaliação do nível de maturidade da organização e classifica o estágio de

maturidade da organização em cinco níveis. O presente trabalho baseou-se no

Modelo de Maturidade em Gerenciamento de Projetos – MMGP criado por Darci

Prado.

Palavras-Chaves: Gerenciamento de Projetos, Modelos de Maturidade, Nível de

Maturidade.

Page 6: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  6

ABSTRACT

The objective of this work was to evaluate the maturity level in Projects

Management of the Núcleo de Tecnologia da Informação e Comunicação of

Universidade Federal Fluminense. The Projects Management has been a way to

align, with efectiveness, the projects to the strategical objectives. Knowing the

maturity level in Projects Management is knowing if the company did rightly the

balancing of its avaiable resources. It’s also indicating the level of preparation to

competitivity. Nowadays, there are many models of maturity on the market. Most

part of them is aligned to a knowledge guide, which is used as comparative measure

on the evaluation of the maturity level of the organization and classifies the stage of

the maturity in five levels. This work was based on the Maturity in Projects

Management Model created by Darci Prado, the MMGP.

Key-words: Projects Management, Maturity Models, Maturity Levels.

Page 7: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  7

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Fases do GP – Page Jones .......................................................... 22

Quadro 2 Fases do GP – Valeriano ............................................................. 22

Quadro 3 Mapeamento entre os processos em GP e as áreas de

conhecimento ............................................................................... 27

Quadro 4 Grau de dificuldade para atingir excelência em GP segundo

KPMMM ........................................................................................ 39

Quadro 5 Relação da dimensão com o nível de maturidade ....................... 46

Quadro 6 Características dos cinco níveis de maturidade e expectativa de

sucesso ........................................................................................ 47

Quadro 7 Perfil de Aderência a cada nível ................................................... 49

Page 8: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  8

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Metodologia de desenvolvimento da pesquisa ............................. 18

Figura 2 Interação de grupos de processos em um projeto ....................... 24

Figura 3 Relacionamento entre os grupos de processos ........................... 25

Figura 4 Processo integrado de gerenciamento de projeto com destaque

para as nove áreas de conhecimento .......................................... 26

Figura 5 Estrutura do Modelo CMMI com representação contínua ............ 32

Figura 6 Estrutura do Modelo CMMI com representação estagiada .......... 33

Figura 7 Níveis de Capacidade CCMI contínuo ......................................... 34

Figura 8 Níveis de Maturidade CMMI por estágios .................................... 36

Figura 9 Modelo de Maturidade KPMMM ................................................... 38

Figura 10 Domínios em que se aplica o OPM3 ............................................ 41

Figura 11 Aumento do grau de maturidade em GP na Organização ........... 41

Figura 12 Os três elementos que constituem o conjunto do OPM3 ............. 42

Figura 13 Ciclo do OPM3 ............................................................................. 43

Figura 14 Dimensões e Níveis de Maturidade – Modelo Prado-MMGP ....... 44

Figura 15 Perfil de Aderência às dimensões ................................................ 50

Figura 16 Estrutura Organizacional do NTI .................................................. 56

Figura 17 Perfil de Aderência inicial aos níveis de maturidade do modelo

MMGP .......................................................................................... 62

Figura 18 Perfil de Aderência inicial das dimensões de maturidade do

modelo MMGP .............................................................................. 62

Page 9: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  9

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuição das dimensões de maturidade entre as questões do

Modelo MMGP ............................................................................. 50

Tabela 2 Perfil de Aderência inicial aos níveis de maturidade do Modelo

MMGP .......................................................................................... 60

Tabela 3 Perfil de Aderência inicial às dimensões de maturidade do

Modelo MMGP .............................................................................. 61

Page 10: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  10

LISTA DE SIGLAS AFM – Avaliação Final de Maturidade

AIPM – Australian Interntional Project Management

CMM – Capacity Maturity Model

CMMI – Capacity Maturity Mode Integration

EGP – Escritório de Gerenciamento de Projetos

GP – Gerenciamento de Projetos

IPMA – International Project Management Association

ISO – International Organization for Standardization

KPMMM – Kerzner Project Management Maturity Model

MBA – Master Business Administration

MMGP – Modelo de Maturidade em Gerenciamento de Projetos

NPD – Núcleo de Processamento de Dados

NTI – Núcleo de Tecnologia da Informação e Comunicação

OPM3 – Organizational Project Management Maturity Model

PDTIC – Plano Diretor de Tecnologias da Informação e Comunicação

PMBoK – Project Management Body of Knowledge

PMI – Project Management Institute

SEI – Software Engineering Institute

TI – Tecnologia da Informação

TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação

UFF – Universidade Federal Fluminense

VoIP – Voice over Internet Protocol

Page 11: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  11

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................... 13

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO............................................................................ 13

1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA.......................................................................... 15

1.3 OBJETIVOS............................................................................................. 16

1.3.1 Geral........................................................................................................ 16

1.3.2 Específicos............................................................................................... 16

1.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO.................................................................. 17

1.5 RELEVÂNCIA DO ESTUDO.................................................................... 17

1.6 METODOLOGIA DO TRABALHO............................................................ 17

1.7 QUESTÕES DA PESQUISA.................................................................... 18

1.8 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO................................................................ 19

2. REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................... 20

2.1 DEFINIÇÃO DE PROJETO...................................................................... 20

2.2 DEFINIÇÃO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS............................ 21

2.3 CICLO DE VIDA E ÁREAS DE CONHECIMENTO EM GERENCIAMENTO DE

PROJETOS....................................................................................................... 23

2.4 MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS........................ 28

2.5 MODELOS DE MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS 30

2.5.1 CMMI – Capacity Maturity Mode Integration ………………………........... 31

2.5.2 KPMMM – Kerzner Project Management Maturity Model ……………...... 36

2.5.3 OPM3 – Organizational Project Management Maturity Model................. 39

2.5.4 PRADO-MMGP – Modelo de Maturidade em Gerenciamento de Projetos 43

2.6 Escolha do Modelo a ser utilizado........................................................... 51

3. ESTUDO DE CASO................................................................................. 53 3.1 A EMPRESA - CARACTERÍSTICAS E ATUAÇÃO DO NTI.................... 53

3.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO NTI ............................................ 56

3.3 CONTEXTUALIZAÇÃO............................................................................ 57

3.4 O CASO – SITUAÇÃO PROBLEMA........................................................ 58

 

 

Page 12: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  12

 

4. APLICAÇÃO PRÁTICA DO MODELO NO SETOR................................ 59 4.1 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS................................................. 59

4.2 PROPOSTA DE PASSOS A SEGUIR..................................................... 63

5. CONCLUSÃO.......................................................................................... 65 5.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS................................................................... 65

5.2 RESPOSTA ÀS QUESTÕES DE PESQUISA......................................... 66

5.3 RECOMENDAÇÕES DE TRABALHOS FUTUROS................................ 67

5.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 67

REFERÊNCIAS................................................................................................... 68 ANEXO................................................................................................................ 71 APÊNDICE.......................................................................................................... 85

Page 13: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  13

1 INTRODUÇÃO 1.1 Contextualização

Atualmente, o mercado de trabalho vive um momento de constantes

mudanças e desafios no ambiente de negócios. As empresas competem muito entre

si, visando o consumidor que a cada dia se torna mais exigente e seletivo. Toda

essa pressão no mercado externo repercute no mercado interno e assim, cada setor,

divisão e departamento de uma empresa é mais cobrado para atingir suas metas.

Hoje, nas organizações, existe uma crescente demanda pela qualidade da

prestação de serviço ao cliente, pois o cliente é o que importa.

Cada vez mais os projetos tendem a crescer em importância para as

organizações e quanto mais alinhados estiverem aos negócios das empresas,

certamente, mais vantagens estas obterão na competição (KING,1993).

A necessidade de estabelecer diferenciais competitivos é um dos principais

motivadores da utilização do gerenciamento de projetos nas organizações. Como

disciplina, engloba um poderoso conjunto de técnicas e ferramentas, que tem

contribuído para um controle mais eficiente dos projetos.

Motivados pela acirrada concorrência entre as empresas que investem em

técnicas e novas ferramentas de gerenciamento de projetos para terem em seus

quadros os melhores profissionais da área, o número de pessoas que busca ampliar

seus conhecimentos e habilidades bem como entender e se profissionalizar em

gerenciamento de projetos cresce a cada dia.

Isto pode ser percebido pelo número de associados do Project Management

Institute – PMI, associação profissional que agrega e dissemina informações sobre

gerenciamento de projetos, que cresce de forma consistente nos Estados Unidos e

em mais de cem países, inclusive o Brasil.

Há também um crescimento de associações profissionais fora do continente

americano, destacando entre elas o International Project Management Association –

IPMA que agrega diversos países europeus e, o Australian International Project

Management – AIPM que representa a Austrália e países vizinhos.

Page 14: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  14

Atualmente, o PMI mantém um Guia do Conjunto de Conhecimentos

do Gerenciamento de Projetos, o Project Management Body of Knowledge –

PMBoK, que é o principal documento normativo do PMI, considerado padrão

mundial em conhecimentos e práticas da área de gerenciamento de projetos no

mercado global mundial.

No entanto, administrar projetos com sucesso não tem sido uma prática

constante, é muito mais que adotar um guia referencial. É preciso planejamento e

visão de conjunto. São muitos os motivos que levam as empresas a tomarem

decisões pouco efetivas em relação ao gerenciamento dos seus projetos: a falta de

conhecimento sobre o assunto e a inexistência de procedimentos e métodos, são

dois exemplos que podem ser citados.

As organizações estão sempre buscando seu crescimento interno, a maneira

pela qual elas podem avaliar seus principais pontos fracos se dá pela identificação e

avaliação do grau de padronização, do nível de eficiência e da eficácia da

metodologia de gerenciamento de projetos da organização aplicada em seus

diferentes projetos, o que define seu nível de maturidade em gerenciamento de

projetos. A avaliação desses pontos fracos possibilita futuras ações corretivas

e quanto maior for a percepção dessa eficiência e padronização, maior será o nível

de maturidade e consequentemente, maior poderá ser o crescimento da empresa.

Segundo Kerzner (2003a), os resultados da simples utilização do

gerenciamento de projetos, sem controle e padronização pode ser representado por

uma sucessão de erros e fracassos, fazendo com que a empresa passe por um

lento e duro aprendizado mediante as ações de seus próprios erros e não mediante

os erros e as melhores práticas de outras empresas. Ou seja, sem a avaliação do

grau de padronização, do nível de eficiência e da eficácia de sua metodologia,

mesmo que por um longo tempo, a simples utilização do gerenciamento de projetos

não eleva o nível de excelência da empresa com relação ao gerenciamento de

projetos.

É em circunstâncias como as acima descritas, que um modelo de maturidade

em gerenciamento de projetos busca fornecer suporte para que a organização possa

definir, avaliar e desenvolver seus processos de gerenciamento de projetos,

objetivando atingir vantagens competitivas num mercado onde a concorrência está

cada vez mais acirrada. A adoção de um modelo de maturidade seria o diferencial

favorável para o desempenho da empresa.

Page 15: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  15

Os modelos de maturidade vêm representando um papel cada vez mais

importante nas organizações; sua grande contribuição reside na formação de um

alicerce por onde o gerenciamento de projetos, dependendo do seu domínio e

escopo de atuação, passa por um processo de amadurecimento e posterior

crescimento, buscando alinhar-se à estratégia organizacional da empresa.

Um maior nível de maturidade em gerenciamento de projetos trará melhorias

em termos das entregas dentro dos prazos, custos e escopo para os clientes e

consequentes benefícios para a organização.

Com o aumento da importância da maturidade e da necessidade de

crescimento contínuo (por meio da melhoria da qualidade e da eficiência na entrega

dos projetos, no maior controle dos processos internos, na redução dos custos e

retrabalhos, no aumento da satisfação do cliente e sua fidelização, etc.), diversos

modelos de maturidade surgiram na busca do crescimento organizacional. Entre

eles destacam-se o Capability Maturity Mode Integration – CMMI, desenvolvido pela

Software Engineering Institute – SEI, para a área de software e os voltados para o

gerenciamento de projetos; o Modelo de Maturidade em Gerenciamento de

Projetos – MMGP, desenvolvido por Darci Prado; o Organizational Project

Management Maturity Model – OPM³, concebido pelo PMI e o Kerzner Project

Management Maturity Model – KPMMM. Com exceção do MMGP, os demais

modelos não possuem grande abrangência no mercado nacional.

1.2 Situação Problema

Atualmente, o termo gerenciamento de projetos pode ser entendido como " a

aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do

projeto a fim de atender seus requisitos". (PMI, 2004, p.8).

O Núcleo de Tecnologia da Informação e Comunicação – NTI é um Órgão da

Universidade Federal Fluminense – UFF, e desenvolve projetos sem, contudo,

utilizar as ferramentas de gerenciamento de projetos: há pouca ou nenhuma

padronização dos seus processos e os controles dos mesmos são feitos com os

esforços individuais dos seus desenvolvedores.

Page 16: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  16

Como definir qual a melhor estratégia para definir um padrão para o

gerenciamento dos projetos do NTI que venha a ser utilizado por todos e que, ao

longo do tempo, possa ser incrementado de acordo com o avanço conseguido pela

instituição?

Para responder a esta questão é que será realizada a pesquisa para avaliar o

nível de maturidade em gerenciamento de projetos do NTI.

1.3 Objetivos

1.3.1 Geral

Focando as práticas de gerenciamento de projetos, o objetivo deste

trabalho é identificar o panorama atual da maturidade em gerenciamento de projetos

do Núcleo de Tecnologia da Informação – NTI, da Universidade Federal Fluminense,

para, a partir dessa avaliação, propor passos a serem seguidos para a implantação

da gerência de projetos na Instituição.

1.3.2 Específicos

Analisar o referencial bibliográfico sobre modelos de maturidade em

gerenciamento de projetos;

Aplicar questionário do modelo selecionado;

Apresentar os resultados obtidos;

Propor passos a seguir de acordo com o modelo escolhido.

Page 17: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  17

1.4 Delimitação do Estudo

O escopo do presente estudo restringiu a aplicação do modelo de maturidade

escolhido a um único órgão da organização, o NTI, tendo em vista o grande número

de órgãos que constituem a Universidade e, a grande variedade das atividades

desenvolvidas pelos mesmos.

1.5 Relevância do Estudo

A relevância deste estudo se justifica na medida em que a área de

gerenciamento de projetos tem se destacado como disciplina autônoma, conforme

apontado por Cleland e Ireland (2002, p.9), pela sua multidisciplinaridade, disposição

natural em inserir processos inovadores (COTEC, 1998), que demanda por novas

competências e produção de novos conhecimentos para o desenvolvimento de

produtos.

O resultado encontrado no final da pesquisa, posicionará o órgão focado em

termos de sua maturidade em gerenciamento de projetos.

1.6 Metodologia do Trabalho

Segundo Haguette (1995), "o problema sob investigação é que dita o método

a ser utilizado".

De acordo com Yin (2001), deve-se optar pela estratégia de estudo de caso

quando as questões de pesquisa são do tipo "como" e "por que", quando o

pesquisador tem pouco ou nenhum controle sobre os eventos comportamentais e

quando o foco da pesquisa é sobre os eventos contemporâneos inseridos num

contexto real.

Para atingir os objetivos deste estudo, o primeiro passo foi desenvolver uma

Page 18: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  18

revisão bibliográfica sobre os modelos de maturidade já desenvolvidos e poder

assim escolher o modelo que será aplicado.

Para responder às questões da pesquisa, será feita uma pesquisa de

natureza aplicada, com distribuição do questionário referente ao modelo escolhido.

Após a devolução do questionário e compilação das notas atribuídas, será calculada

a média geral, que por sua vez será considerada como sendo o nível de maturidade

em gerenciamento de projetos do setor pesquisado. A figura 1 ilustra o plano de

desenvolvimento do trabalho.

 

 

Figura 1 – Metodologia de Desenvolvimento da Pesquisa Fonte: Autor do trabalho

1.7 Questões da Pesquisa

O estudo de caso para esta monografia apresenta questões que serão

trabalhadas ao longo deste trabalho, com o objetivo de melhor suportar e respaldar

os objetivos anteriormente descritos.

As questões que deverão ser respondidas são:

Por que aplicar um modelo de maturidade em gerenciamento de projetos?

Como melhor selecionar e aplicar um modelo de maturidade em

gerenciamento de projetos?

Que passos deverão ser seguidos para a implantação?

Revisão Bibliográfica

Escolha do Modelo

Distribuição do

questionário

Retorno do

questionário Diagnóstico Tabulação/

Análise

Page 19: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  19

1.8 Organização do Estudo

O presente trabalho está organizado conforme os capítulos abaixo e seus

respectivos conteúdos.

No capítulo 1 é apresentada a contextualização do trabalho, a situação

problema que originou a pesquisa, bem como os objetivos (geral e específicos), a

relevância do estudo e a metodologia utilizada.

O capítulo 2 é composto da Pesquisa Bibliográfica sobre o tema do trabalho e

os assuntos relacionados ao mesmo. O capítulo está dividido em 6 (seis) partes:

definição de projeto; definição de gerenciamento de projetos; ciclo de vida e áreas

de conhecimento em gerenciamento de projetos; maturidade em gerenciamento de

projetos; modelos de maturidade em gerenciamento de projetos e modelo escolhido

para ser aplicado no trabalho.

O capítulo 3 divide-se em três partes: apresentação do setor pesquisado;

estrutura organizacional e apresentação do problema que originou o estudo de caso.

No capítulo 4 apresenta-se análise dos resultados obtidos, após o

processamentos das respostas do questionário, e apontará o nível de maturidade

em gerenciamento de projetos do setor pesquisado.

No capítulo 5 encontram-se as considerações finais do trabalho, a análise

das questões de pesquisa e recomendações de ações futuras.

Page 20: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  20

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Este capítulo apresenta os principais conceitos necessários para o

entendimento do estudo. Inicialmente são expostos os conceitos básicos sobre

projetos, gerenciamento de projetos, áreas de conhecimento do gerenciamento de

projetos e em seguida os conceitos referentes à maturidade em gerenciamento de

projetos. É realizado então, um detalhamento sobre alguns modelos de maturidade

em gerenciamento de projetos e finalmente, a escolha do modelo que será aplicado

no trabalho.

2.1 Definição de Projeto

Um projeto pode ser definido como "um esforço temporário realizado com

objetivo de criar um produto ou serviço único" (PMBoK, 2000).

Neste contexto, entende-se que temporário significa que cada projeto deve

ter um início e um fim bem definidos e único significa que não existem dois projetos

iguais, ou seja, os produtos, serviços ou resultados gerados pelo projeto são

diferentes de todos os outros produtos ou serviços já produzidos.

Kerzner (2002) define projeto como “... um empreendimento com objetivo

identificável, que consome recursos e opera sob pressões de prazos, custos e

qualidade”. O Guia PMBOK, (PMI, 2004), enfatiza a necessidade de o gerente ter

uma atenção especial em relação aos fatores que constituem a restrição tripla:

Escopo, tempo e custo do projeto. Segundo o guia, a qualidade do projeto é

diretamente afetada pelo balanceamento desses três fatores, ou seja, a relação

entre esses fatores.

Segundo o PMI (2000), projetos são realizados em todos os níveis da

organização. Podem envolver uma única pessoa ou milhares. Sua duração vai de

um período de poucas semanas a mais de cinco anos.

Ainda segundo o PMI (2003), os projetos são geralmente implementados para

que o plano estratégico de uma organização seja cumprido.

Page 21: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  21

Para Kerzner (2002), o desafio não está em gerenciar atividades repetitivas

baseadas em padrões históricos, mas em gerenciar atividades nunca antes tentadas

que podem jamais vir a se repetir no futuro.

Limmer (1997) define projeto "...como empreendimento singular, com objetivo,

ou objetivos bem definidos, a ser materializado segundo um plano pré-estabelecido

e dentro de condições de prazo, custo, qualidade e risco previamente

estabelecidos".

Definição de projeto segundo Vargas (2005):

Projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma sequência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade.

2.2 Definição de Gerenciamento de Projeto

De acordo com o PMI (2004), gerenciamento de projetos é definido como o

uso de ferramentas, técnicas, conhecimentos e habilidades nas tarefas do projeto a

fim de satisfazer os seus requisitos. O gerenciamento de projetos é realizado através

da aplicação e da integração dos seguintes processos de gerenciamento de

projetos: iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle e

encerramento. A responsabilidade do gerente de projetos é a realização e o

cumprimento dos objetivos do projeto.

Segundo Prado e Matos (2005), a prática com sucesso de gerenciamento de

projetos produz bons resultados nas organizações como: diminuição do custo e do

prazo de desenvolvimento de novos produtos; maior tempo de vida dos novos

produtos; aumento de vendas e receita; aumento da satisfação e do número de

clientes e aumento da chance da empresa em ter sucesso nos projetos.

Kerzner (2002) descreve gerenciamento de projetos como “... o planejamento,

programação e controle de uma série de tarefas integradas de forma a atingir seu

objetivo com êxito, para benefício dos participantes do projeto”.

Page 22: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  22

O gerenciamento de projetos na norma ISO 10006 (1997) inclui o

planejamento, organização supervisão e controle de todos os aspectos do projeto,

em um processo contínuo, para alcançar seus objetivos.

A gerência por projeto pode ser definida " como o processo de planejamento,

organização, direção e controle de recursos da companhia para um objetivo

relativamente de curto prazo, que seja estabelecido para a conclusão dos objetivos,

seja de caráter geral como específico" (Litterer, 1973).

Para Page-Jones (1990), o gerenciamento de projetos é "...a execução

repetida das atividades: planejar, organizar, integrar, medir e revisar até que sejam

alcançados os objetivos". No quadro 1 estão representadas as fases do GP pela

visão de Page-Jones.

Atividade Descrição

Planejar É estabelecer sub-objetivos claros e detalhados

Organizar

Tem a ver com recursos necessários para executar o trabalho

planejado numa estrutura eficaz

Integrar É a manutenção durante a execução

Medir É a obtenção contínua sobre o andamento do que foi planejado

Revisar

É acomodar as discrepâncias reveladas pela medição, modificando

o plano e os objetivos Quadro 1 – Fases do GP Fonte: Adaptado de Page-Jones (1990)

Pela ótica de Valeriano (2005), estes grupos de processos finitos de início,

meio e fim são compostos conforme o quadro 2, abaixo:

Processos Descrição

Iniciação Processos que compreendem o estímulo à autorização do projeto

Planejamento

Momento em que se estabelece o que fazer, como, quando, por

quem, por quanto, em que condições, etc.

Execução Etapa em que se realiza o que foi planejado

Monitoramento

e controle

Etapas em que a execução é acompanhada ou monitorada, e, se

necessário, ajustada ao plano (também pode haver a necessidade

de se executar ajustes no plano)

Page 23: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  23

Encerramento

O projeto é formalmente concluído junto ao cliente, aos

executantes, aos patrocinadores, aos contratados e à organização

responsável Quadro 2 – Fases do GP Fonte: Valeriano (2005, p. 46)

2.3 Ciclo de Vida e Áreas de Conhecimento em Gerenciamento de Projetos

Para Dinsmore e Cavalieri (2003) o ciclo de vida do gerenciamento do projeto

"descreve o conjunto de processos que devem ser seguidos para que o projeto seja

bem gerenciado". De acordo com o PMBoK (2000), os processos de gerenciamento

de projetos podem ser classificados em cinco grupos: iniciação, planejamento,

execução, monitoramento/controle e encerramento. Dinsmore e Cavalieri (2003)

frisam que os processos não seguem esta sequência linear, ou seja, eles se

sobrepõem conforme o andamento do projeto.

Descrição dos 05 grupos de processos (adaptação do PMBoK, 2004):

Processos de Iniciação – esse grupo é constituído pelos processos que

facilitam a autorização formal para iniciar um novo projeto ou uma fase do projeto.

Nessa fase, a missão e o objetivo do projeto são definidos, bem como as melhores

estratégias são identificadas e selecionadas.

Processos de Planejamento – esse grupo de processos de planejamento

ajuda a coletar informações de muitas fontes, algumas delas mais completas e

confiáveis que outras. Esses processos definem e aprimoram os objetivos e a

escolha das melhores alternativas de ação para atingir as metas e o escopo do

projeto. Os processos de planejamento desenvolvem o plano de gerenciamento do

projeto.

Processos de execução – o grupo de processos de execução é constituído

pelos processos usados para terminar o trabalho definido no plano de

gerenciamento do projeto a fim de cumprir os requisitos do projeto. Integra pessoas

e outros recursos para realizar o plano de gerenciamento do projeto para o projeto.

Page 24: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  24

Este grupo de processos também aborda o escopo definido na declaração do

escopo do projeto e implementa as mudanças aprovadas

Processos de monitoramento e controle – o grupo de processos de

monitoramento e controle é constituído pelos processos realizados para observar a

execução do projeto, de forma que possíveis problemas possam ser identificados no

momento adequado e que possam ser tomadas ações corretivas, quando

necessário, para controlar a execução do projeto.  Esse grupo inclui o controle de

mudanças e a recomendação de ações preventivas, antecipando possíveis

problemas.

Processos de encerramento – Formaliza a aceitação do produto, serviço ou

resultado e conduz o projeto ou uma fase do projeto a um final ordenado.

Os grupos de processos de gerenciamento de projetos estão ligados pelos

objetivos que produzem. Em geral, as saídas de um processo se tornam entradas

para outro processo ou são entregas do projeto, conforme está representado nas

figuras 2 e 3 abaixo.

Figura 2 – Interação de grupos de processos em um projeto Fonte: PMBoK (2004)

Page 25: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  25

Figura 3 – Relacionamento entre os grupos de processos Fonte: Adaptado do PMI (2004)

De acordo com o PMBoK (2004), não existe uma única maneira de

estabelecer um ciclo de vida ideal do projeto. Algumas organizações definiram

políticas que padronizam todos os projetos com um único ciclo de vida, enquanto

que em outras, a equipe de projeto pode optar pelo ciclo de vida mais adequado

para seu próprio projeto.

Para o gerenciamento de projetos, o PMI (2004) propõe nove áreas de

conhecimento: integração, escopo, tempo, custo, qualidade, recursos humanos,

comunicações, risco e aquisições, abaixo resumidas e representadas na figura 4.

Gerenciamento de Integração - inclui os processos e as atividades

necessárias para identificar, definir, combinar, unificar e coordenar os diversos

processos e atividades de gerenciamento de projetos dentro dos grupos de

processos de gerenciamento de projetos.

Gerenciamento do Escopo – engloba os processos necessários para

assegurar que o projeto inclua todo o trabalho necessário, e somente ele, para

concluí-lo de maneira bem sucedida.

Gerenciamento de Tempo – inclui os processos necessários para

garantir que o projeto será concluído no prazo previsto. É importante definir as

atividades que compõem o projeto, sequênciá-las e estimar suas durações,

elaborando um cronograma que deve ser cumprido de acordo com o prazo do

projeto.

Gerenciamento de Custos – inclui os processos envolvidos em planejamento

Page 26: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  26

estimativa, orçamentação e controle de custos, de modo que seja possível

terminar o projeto dentro do orçamento aprovado.

Gerenciamento da Qualidade – inclui todas as atividades da organização

executora que determinam as responsabilidades, os objetivos e as políticas de

qualidade, de modo que o projeto atenda às necessidades que motivaram sua

realização.

Gerenciamento de Recursos Humanos – inclui os processos que

organizam e gerenciam a equipe de projetos. Essa área engloba os processos

requeridos para tornar mais efetivo o uso dos recursos humanos envolvidos no

projeto. Inclui todas as partes envolvidas no projeto: patrocinadores, clientes.

Gerenciamento das Comunicações – abrange um conjunto de processos

exigidos para assegurar a geração, coleta, distribuição, armazenamento apropriado,

recuperação e destinação final das informações sobre o projeto de forma oportuna e

adequada.

Gerenciamento de Risco – engloba os processos requeridos para

identificação, análise, qualificação, quantificação, respostas, monitoramento e

controle do planejamento do plano de riscos em um projeto, objetivando maximizar a

probabilidade de eventos positivos e minimizar a probabilidade de eventos adversos

aos objetivos do projeto.

Gerenciamento de Aquisições – inclui os processos para comprar ou

adquirir os produtos, serviços ou resultados necessários de fora da equipe do projeto

para realizar o trabalho. É também conhecido como gerenciamento de suprimentos

ou contratos.

Figura 4 – Processo integrado de Gerenciamento de Projetos com destaque para as nove áreas de conhecimento Fonte: Vargas (2005)

Page 27: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  27

O Mapeamento entre os processos de gerenciamento de projetos e as áreas

de conhecimento, pode ser visto na figura abaixo:

Grupos de Processos Áreas de

Conhecimento Processos

de Iniciação

Processos de Planejamento

Processos de Execução

Processos de Monitoramento

e Controle Processos de Enceramento

Integração do Gerenciamento

de Projetos

- desenvolver os termos de abertura do

projeto

- desenvolver a declaração do

escopo do projeto

- desenvolver o plano de

gerenciamento do projeto

- orientar e gerenciar a

execução do projeto

- monitorar e controlar o trabalho do

projeto

- encerrar o projeto

Gerenciamento do Escopo do

Projeto

- planejamento do

escopo

- definição do escopo

- criar estrutura

analítica do projeto

- verificação do

escopo

- controle do escopo

Gerenciamento do Tempo do

Projeto

- definição da

atividade

- sequenciamento de atividades

- estimativa de

recursos da atividade

- estimativa de

duração da atividade

- desenvolvimento

do cronograma

- controle do cronograma

Gerenciamento de Custos do

Projeto

  

- estimativa de

custos

- orçamentação

- controle de

custos

Gerenciamento da Qualidade do

Projeto

 - planejamento da

qualidade

- realizar a garantia

da qualidade

- realizar o controle da qualidade

Gerenciamento de Recursos Humanos do

Projeto

 

- planejamento de

Recursos Humanos

- controlar ou

mobilizar a equipe do projeto

- desenvolver a

equipe do projeto

- gerenciar a

equipe do projeto

Page 28: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  28

Gerenciamento das

Comunicações do Projeto

 

- planejamento das

comunicações

- distribuição das

informações

- relatório de desempenho

- gerenciar as

partes interessadas

Gerenciamento de Riscos do

Projeto

  - planejamento do gerenciamento de

riscos

- identificação dos riscos

- análise qualitativa e quantitativa dos

riscos

- planejamento de respostas a riscos

- monitoramento e controle de riscos

Gerenciamento de Aquisições do

Projeto  

- planejar compras

e aquisições

- planejar contratações

- solicitar respostas

de fornecedores

- solicitar fornecedores

- administração de contrato

- encerramento do contrato

Quadro 3 – Mapeamento entre os processos em Gerenciamento de Projetos e as áreas de conhecimento

Fonte: PMBoK (2004)

2.4 Maturidade em Gerenciamento de Projetos

Segundo o dicionário Aurélio (2008) maturidade significa " estado ou condição

de maduro, de plenamente resolvido".

Para Anderson (2003), " o conceito de maturidade aplicado a uma

organização é o estado alcançado quando ela se encontra em condições perfeitas

para atingir os seus objetivos".

Segundo o PMI (2003), " ....a maturidade organizacional em gerenciamento

de projetos pode ser definida como o grau através do qual a organização pratica o

gerenciamento organizacional de projetos".

Carvalho e Rabechini Junior (2005) destacam a maturidade como um plano

de crescimento que deve ser estruturado para o médio e longo prazo. "O processo

de maturação é lento e, portanto, gradual".

Page 29: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  29

Para Rabechini Junior (2005), " o conceito de maturidade em gerenciamento

de projetos está estritamente ligado às possibilidades de sucesso/fracasso em

projetos". O autor continua discorrendo sobre o tema e as diferentes abordagens

sobre Maturidade:

O conceito de maturidade pode ser visto como um processo de aquisição de competências que ocorre gradualmente ao longo do tempo. No contexto das organizações, a maturidade precisa ser conquistada através do planejamento e ações tomadas para o aperfeiçoamento dos processos da empresa, de forma a conduzi-la para a realização de seus objetivos.

Kerzner (2005) definiu maturidade em gerenciamento de projetos como sendo:

O desenvolvimento de sistemas e processos que são por natureza repetitivos e garantem uma alta probabilidade de que cada um deles seja um sucesso. Entretanto, processos e sistemas repetitivos não são, por si, garantia de sucesso. Apenas aumentam a probabilidade.

Para Prado (2008), a "maturidade em gerenciamento de projetos é ligada a

quão hábil uma organização está em gerenciar seus projetos".

Todas as empresas percorrem seus próprios processos de maturidade que

deve anteceder à excelência. A curva do processo de maturidade é mensurada em

anos; portanto, muitos cuidados devem ser tomados com decisões gerenciais que

visem à obtenção de resultados da implantação de gestão de projetos em poucos

meses (Yamasaki e Amaral, 2003).

Kerzner (2006) aponta que " ...as empresas comprometidas com a utilização

da gestão de projetos poderão atingir a maturidade em cerca de dois anos, enquanto

outras podem levar até 5 anos".

Page 30: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  30

2.5 Modelos de Maturidade em Gerenciamento de Projetos

Não há atualmente um consenso em relação a um modelo específico que

possa servir de referência para identificar a real maturidade de uma empresa.

Prado (2008) " ....as empresas estão cada vez mais conscientes tanto da

importância do gerenciamento de projetos para concretizar suas estratégias como

de que existe um caminho de amadurecimento para se atingir a excelência" e, ainda

segundo o autor, "um modelo de maturidade seria, então, um mecanismo capaz de

quantificar numericamente esta habilidade".

De acordo com Oliveira (2006) a avaliação dos modelos de maturidade pode

levar em consideração os seguintes pontos: disponibilidade, formato do questionário,

avaliação, aderência ao planejamento estratégico e plano e medição de melhorias.

Juntamente com o conceito de maturidade em gerenciamento de projetos,

surgiram os modelos de maturidade em gerenciamento de projetos. Existem hoje

diversos modelos de maturidade que indicam caminhos pelos quais a

implementação de padrões pode tornar uma organização mais produtiva e

competitiva. Todos se utilizam normalmente de quatro ou cinco passos para medir a

capacidade em gerenciamento de projetos de uma organização.

Agnello (2006, p.1) aponta que:

Os modelos de maturidade em gerenciamento de projetos funcionam como um guia para a organização, de tal maneira que ela possa localizar onde está e como está, espelhando-se nele para, em seguida, realizar um plano para que ela possa chegar a algum ponto melhor do que o atual, na busca da excelência.

Abaixo serão apresentados quatro modelos de maturidade que estão entre os

mais conhecidos e utilizados atualmente.

Page 31: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  31

2.5.1 CMMI (Capacity Maturity Mode Integration) - SEI

O CMMI é o mais recente modelo de maturidade para desenvolvimento de

software do Software Engineering Institute – SEI.

Em 1987, para avaliar a qualidade dos softwares desenvolvidos pelas

empresas, foi criado por Watts Humphrey, pela Universidade Carnegie Mellon,

ligada ao Software Engineering Institute – SEI, o CMM (Capacity Maturity Mode).

Desde 1991, surgiram diversos CMMs, voltados para assuntos específicos,

como desenvolvimento de sistemas, engenharia de software, desenvolvimento de

produtos e processos, aquisição de software, entre outros; mas apesar desses

modelos serem úteis para as organizações, a diversificação tornou-se um problema,

foram surgindo diversas inconsistências entre eles, e cada um desses modelos tinha

de ser avaliado separadamente.

O CMMI foi desenvolvido para integrar todos os CMMs. Segundo Couto

(2007), o modelo é baseado nas experiências reais de organizações bem sucedidas,

por isso as práticas recomendadas são eficientes e eficazes, refletem a realidade,

não sendo um modelo meramente teórico.

O CMMI é um conjunto de práticas de gerenciamento e de melhoria da

qualidade a serem aplicadas criteriosamente no processo de desenvolvimento de

software.

Segundo o SEI (2007), o objetivo do CMMI é proporcionar uma orientação

para melhorar os processos da organização e auxiliar no desenvolvimento, na

aquisição e na manutenção de produtos e serviços de tecnologia da informação. O

CMMI organiza as práticas que já são consideradas efetivas, em uma estrutura que

visa auxiliar a organização a estabelecer prioridades para melhoria e também

fornece um guia para a implementação dessas melhorias.

Segundo Couto (2007) o CMMI possui duas representações: “contínua” e “por

estágios”.

Essas representações permitem à organização utilizar diferentes caminhos

para a melhoria de acordo com seu interesse.

As características da representação Contínua e sua representação

encontram-se abaixo:

Page 32: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  32

Enfoque de melhoria do processo de forma sistemática e estruturada;

Atingir cada um dos estágios garante a base fundamentada necessária

para o próximo estágio;

Áreas de processos organizadas em níveis de maturidade;

Permite à organização ter um caminho evolutivo pré-definido para melhoria;

Apropriado para quem não sabe como iniciar um processo de melhoria ou

qual processo deve ser prioridade;

Possui grande número de casos de estudo e dados históricos de práticas

bem sucedidas.

Figura 5 – Estrutura do modelo CMMI com representação contínua Fonte: SEI (2001a)

As características da representação estagiada e sua representação

encontram-se abaixo:

Melhorar o desempenho em um processo único;

Melhorar o desempenho em várias áreas alinhadas aos objetivos de

negócio da organização;

Níveis de capacidade utilizados para medir as melhorias;

Melhorar diferentes processos com diferentes classificações;

É apropriado para quem sabe que o processo deve ser melhorado.

Page 33: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  33

Figura 6 – Estrutura do modelo CMMI com representação estagiada Fonte: SEI (2001a)

Estas duas representações têm muitas similaridades: ambas têm os mesmos

componentes (áreas de processos, objetivos específicos e genéricos, práticas

específicas e genéricas). No entanto, a ênfase da representação contínua reside na

capacidade das áreas de processo, medida nos níveis de capacidade. A ênfase da

representação estagiada reside na maturidade da organização, medida em níveis de

maturidade. Estas dimensões (capacidade/maturidade) do modelo CMMI são

utilizadas para atividades de benchmarking e avaliações, bem como para guia de

orientação na melhoria de processos.

Os níveis de capacidade (pertencem à representação contínua) e são

aplicados à melhoria dos processos da organização realizados em áreas de

processo individuais (conjunto de práticas que, quando aplicadas conjuntamente,

contribuem para a melhoria de processos).

Os níveis de maturidade (pertencem à representação estagiada) e são

aplicados à melhoria dos processos da organização, realizados através de múltiplas

áreas de processo (residentes em cada nível de maturidade).

Na representação contínua o enfoque ou componentes principais são as

áreas de processo. O nível de capacidade de cada área de processo pode ser

classificado em níveis de zero a cinco (SEI, 2007). A figura 7 ilustra essa

representação.

Page 34: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  34

Os níveis de capacidade são abaixo descritos:

Nível 0 – Incompleto

Processo não executado ou executado parcialmente.

Nível 1 – Executado

Satisfaz metas específicas da área de processo.

Nível 2 – Gerenciado

Processo executado e também planejado, monitorado e controlado para

atingir um objetivo (em projetos individuais, grupos ou processos isolados).

Nível 3 – Definido

Processo gerenciado, adaptado de um conjunto de processos padrão

da organização.

Nível 4 – Gerenciado Quantitativamente

Processo definido, controlado utilizando estatística ou outras técnicas

quantitativas.

Nível 5 – Otimizado

Processo gerenciado quantitativamente para a melhoria contínua do

desempenho do processo.

Figura 7 – Níveis de Capacidade CMMI contínuo

Fonte: Departamento de Produção POLI (2004)

Page 35: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  35

A representação por estágios oferece uma abordagem estruturada e

sistemática para a melhoria de um estágio por vez. Atingir um estágio significa que

uma estrutura de processo adequada foi estabelecida como base para o próximo

estágio.

As áreas de processo são organizadas por níveis de maturidade de um a

cinco, que definem o caminho de melhoria que uma organização deve seguir do

nível inicial ao nível otimizado. (SEI, 2007). A figura 8 ilustra essa representação.

Nível 1 – Inicial

Processos em geral ad hoc e caóticos.

Nível 2 – Gerenciado

Requisitos são gerenciados e processos são planejados, executados,

medidos e controlados.

Nível 3 – Definido

Processos são bem caracterizados e entendidos e são descritos por

padrões, procedimentos, ferramentas e métodos.

Nível 4 – Gerenciado Quantitativamente

Seus processos são controlados usando técnicas estatísticas ou

quantitativas.

Nível 5 – Otimizado

Processos são continuamente melhorados baseando-se no entendimento

estatístico das causas comuns de variação.

Page 36: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  36

Figura 8 – Níveis de Maturidade CMMI por estágios Fonte: Departamento de Produção POLI (2004)

Em resumo, o CMMI pode ser definido como:

Conjunto de melhores práticas.

Método comprovado de melhoria de processos na organização.

Um framework para organizar e priorizar as atividades de melhoria.

Suporte para a coordenação de atividades multidisciplinares que são

necessárias para se constituir um produto ou serviço com sucesso.

Uma forma de garantir o alinhamento entre as atividades de melhoria de

processo e os objetivos de negócio da organização.

2.5.2 KPMMM (Kerzner Project Management Maturity Model)

O KPMMM foi um dos primeiros e mais reconhecidos modelos de maturidade

em gerenciamento de projetos. Criado por Harold Kerzner em 1998 está alinhado ao

guia PMBoK do PMI e a exemplo de outros modelos, é composto de cinco níveis de

maturidade que são: Linguagem Comum, Processos Comuns, Metodologia Singular,

Benchmarking e Melhoria Contínua, cuja representação pode ser vista na figura 9.

Page 37: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  37

Nível 1 – Linguagem Comum

É o nível em que a organização reconhece a importância do gerenciamento

de projetos como metodologia útil para atingir sucesso em projetos. Neste nível, em

geral a organização sente a necessidade de ter um bom entendimento e

conhecimento básico na disciplina, com condições, ao menos, para estabelecer uma

terminologia.

Nível 2 – Processos Comuns

Refere-se ao reconhecimento da organização da necessidade de

estabelecimento de processos comuns para projetos. Os projetos comuns visam

repetir o sucesso obtido de um projeto para todos os outros na organização.

Nível 3 – Metodologia Singular

É quando a organização reconhece a possibilidade de obter sinergia dada

a combinação de várias metodologias dentro de uma única, sendo que seu eixo

central é o gerenciamento de projetos.

Nível 4 – Benchmarking

É formado por um processo contínuo de comparação das práticas de

gerenciamento de projetos desenvolvidas por uma organização, com outras. O

objetivo desta fase é a obtenção de informações que ajudem a organização a

melhorar seu desempenho.

Nível 5 – Melhoria Contínua

É aproveitada a informação aprendida, advinda do nível anterior

(benchmarking) para implementar as mudanças necessárias visando o

melhoramento contínuo nos processos de gerenciamento de projetos.

Page 38: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  38

Figura 9 – Modelo de Maturidade KPMMM

Fonte: Adaptado de Kerzner (2001)

Kerzner (2001) conceitua a maturidade em gerenciamento de projetos como a

implementação de uma metodologia padrão e processos acompanhados com alta

probabilidade de sucesso repetitivo. Cabe à organização a busca por padronizar,

capturar, reter e disseminar a cultura e melhoria contínua das suas melhores

práticas gerenciais, com o objetivo de atingir a maturidade em gerenciamento de

projetos.

A forma de avaliação de maturidade no modelo KPMMM é feita por meio de

um questionário com 183 questões de múltipla escolha. Essas questões são

divididas em cinco etapas: a primeira contém as 80 primeiras questões; a segunda

compreende as 20 seguintes; a terceira etapa é composta pelas outras 42 seguintes

e a quinta engloba as 16 últimas questões.

Kerzner (2001a) ao apresentar seu modelo ressalta que a conquista da

excelência em gerência de projetos só acontece com o reconhecimento, por parte

das empresas, de que o planejamento estratégico para gerência de projetos é

essencial e que os gerentes de nível médio são os principais responsáveis pela

execução da estratégia planejada. O autor ressalta que estes devem ser auxiliados

pela alta gerência de forma a garantir que não ocorram mudanças indesejadas na

cultura corporativa.

Kerzner (2001a) ressalta que quando se fala sobre níveis de maturidade

geralmente se pensa que o processo deve ser em sequência e, segundo o mesmo,

esta visão não está totalmente correta, uma vez que pode existir a sobreposição dos

níveis de maturidade numa organização.

Page 39: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  39

Essa sobreposição depende da quantidade de riscos que a organização

pretende tolerar. Contudo, não pode haver alteração na ordem que os níveis devem

ser completados.

Na implantação de um modelo de maturidade existem riscos associados ao

impacto sobre a cultura organizacional, ou seja, qual o grau de dificuldade para

atingir a excelência no gerenciamento de projetos por nível.

Podem ocorrer riscos em cada nível do KPMMM. O nível 3 é o que apresenta

maiores dificuldades de ser alcançado pois é o que necessita de maiores mudanças

na cultura corporativa, enquanto os níveis 1 e 2 apresentam graus médios de

dificuldade e os níveis 4 e 5 apresentam baixo grau de dificuldade para serem

alcançados, conforme quadro abaixo.

NÍVEL DE MATURIDADE

GRAU DE DIFICULDADE

1 – Linguagem Comum Médio

2 – Processos Comuns Médio

3 – Metodologia Singular Alto

4 – Benchmarking Baixo

5 – Melhoria Contínua Baixo Quadro 4 – Grau de dificuldade para atingir excelência em GP Fonte: Adaptado de Kerzner (2001a)

2.5.3 OPM3 (Organizational Project Management Maturity Model)

Em 1998, o PMI deu início à sua proposta de desenvolvimento de um modelo

de maturidade em gerenciamento de projetos. Esse projeto reuniu e envolveu no seu

desenvolvimento centenas de voluntários ao redor do mundo, em sua maioria

gerente de projetos.

Schlinchter (2002) apresenta o OPM3 como um padrão para o gerenciamento

de projetos a ser utilizado por organizações de vários portes, segmentos, culturas e

estruturas.

Page 40: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  40

Esse modelo é baseado nas melhores práticas em gerenciamento de projetos

e as mesmas são utilizadas para que as organizações possuam capacidades, que

são verificadas através de resultados e indicadores de desempenho. Segundo o PMI

(2003), a aplicação do OPM3 auxilia as empresas a estabelecer políticas e

processos padrões para assegurar que suas operações estão consistentes com

seus objetivos estratégicos..

Segundo Fahrenkrog et al (2003), a maioria dos modelos de maturidade se

apóia no clássico modelo de níveis ou estágios de melhoria. O OPM3, além de se

basear nesta lógica, possui seu grande diferencial na existência dos processos de

gerenciamento de projetos organizacionais, envolvendo a análise dos grupos de

processos tanto para o domínio de projeto quanto para programa e portfólio.

A progressão do aumento de maturidade dentro do OPM3 consiste de várias

dimensões ou diferentes maneiras de se observar a maturidade de uma

organização. Para o PMI (2003), múltiplas perspectivas para avaliar a maturidade

permitem flexibilidade em se aplicar o modelo às singularidades de uma

organização, ou seja, é possível identificar cada melhor prática em cada estágio e

grupo de processo no domínio, revelando os pontos de melhoria em função da

organização estratégica de cada empresa.

As três dimensões do modelo OPM3 são o domínio do gerenciamento, o

estágio do processo de aperfeiçoamento e os processos de gerenciamento de

projetos.

O domínio do gerenciamento refere-se ao nível de gerenciamento de projetos

de uma organização. O gerenciamento pode ocorrer em três níveis (figura 10):

Projeto – esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço

ou resultado único.

Programa – grupo de projetos relacionados gerenciados de modo

coordenado para a obtenção de benefícios e controle que não estariam disponíveis

se eles fossem gerenciados individualmente.

Portfólio – coleção de projetos e/ou programas e atividades de rotina que

são agrupados para facilitar o seu gerenciamento efetivo de modo a atingir os

objetivos estratégicos da organização. Os projetos e/ou programas não

necessariamente são interdependentes dentro de um mesmo portfólio.

Page 41: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  41

Figura 10 – Domínios nos quais se aplica o OPM3 Fonte: Prado (2008)

O estágio do processo de aperfeiçoamento se refere à escala seqüencial de

aperfeiçoamento: Padronização, Medição, Controle e Melhoria Contínua. A

sequência implica em um inter-relacionamento entre os estágios em que o estágio

mais avançado Melhoria Contínua é dependente do estágio anterior e assim por

diante, conforme figura abaixo.

    

                                ‐‐‐‐‐ E S T Á G I O ‐‐‐‐‐ 

Figura 11 – Aumento do Grau de Maturidade em GP na Organização Fonte: Adaptado de Prado (2008)

A última dimensão se refere aos processos de gerenciamento de projetos

definidos no guia PMBoK: Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento e

Controle e Finalização.

A maturidade organizacional em gerenciamento de projetos é descrita no

OPM3 através da existência das Melhores Práticas. Entende-se como Melhor

Page 42: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  42

Prática, no modelo OPM3, como um modo ideal reconhecido pela indústria de

alcançar uma determinada meta ou objetivo.

O modelo OPM3 é constituído por um conjunto de três elementos interligados

(figura 12):

Conhecimento – relacionado com as melhores práticas e como utilizar o

modelo.

Avaliação – métodos de avaliação das melhores práticas e capacidades

Melhoria – define a sequência de capacidades a serem desenvolvidas

agrupadas às melhores práticas.

Figura 12 – Os 3 elementos que constituem o conjunto do OPM3 Fonte: Adaptado do PMI (2003)

O ciclo de aplicação do modelo em uma organização é composto por cinco

passos: Preparação para Avaliação; Avaliação; Planejamento das Melhorias;

Execução das Melhorias e Repetição do Processo.

A figura abaixo mostra como os passos do ciclo se inserem dentro dos três

elementos.

Page 43: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  43

Figura 13 – Ciclo do OPM3 Fonte: Adaptado PMI (2003)

A avaliação do OPM3 consiste em coletar informações diversas da empresa,

nas áreas de gerenciamento de projetos; planejamento estratégico e estratégia

organizacional. Essa coleta de informações é feita através do preenchimento de um

questionário com 151 questões. A análise das informações se dá por meio do

fornecimento das respostas do tipo Sim ou Não, usando como ferramenta um CD-

ROM. O produto da avaliação é uma lista com os pontos fortes e fracos em relação

ao conjunto das melhores práticas.

2.5.4 Prado-MMGP (Modelo de Maturidade em Gerenciamento de Projetos)

Os modelos Prado-MMGP foram lançados por Darci Prado entre 2002

(Setorial) e 2004 (Corporativo) e se propunham a avaliar a maturidade de uma

organização e se aplicam tanto a setores isolados da organização como também à

corporação como um todo.

Será apresentado neste trabalho o Modelo Prado-MMGP Setorial.

O modelo Setorial Prado-MMGP parte da premissa que numa organização

existem diversos setores com diferentes graus de maturidade.

Page 44: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  44

De acordo com Prado (2008), este modelo apresenta cinco níveis de

maturidade: Inicial; Conhecido; Padronizado; Gerenciado e Otimizado. Para cada um

dos cinco níveis de maturidade em gerenciamento de projetos, o modelo apresenta

seis dimensões (ou aspectos fundamentais) da maturidade: Conhecimento de

gerenciamento; Uso prático de metodologias; Informatização; Relacionamentos

humanos; Estrutura organizacional e Alinhamento com os negócios da organização

(figura 14).

Este modelo deve ser aplicado separadamente a cada setor de uma mesma

organização e assim verifica-se que uma organização pode possuir setores com

diferentes níveis de maturidade.

  Figura 14 – Dimensões e Níveis de Maturidade Fonte: Prado (2008)

Prado (2008) apresenta nesse modelo as seguintes dimensões:

Conhecimentos de Gerenciamento – nesta dimensão estão contidos os

conhecimentos de gerenciamento de projetos e os conhecimentos de outras práticas

de gerenciamento empregadas habitualmente na empresa. Esses conhecimentos

devem estar difundidos nos setores que estão envolvidos com projetos.

Uso de Metodologia – uma metodologia de gerenciamento de projetos

contém uma série de passos e rituais a serem seguidos para garantir a aplicação

Page 45: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  45

correta dos métodos, técnicas e ferramentas, de preferência, deve existir uma

metodologia única na empresa.

Informatização – nesta dimensão é necessário ter um Sistema de

Gerenciamento de Projetos pois vários aspectos da metodologia necessitarão estar

informatizados; esse sistema pode ser desenvolvido ou adquirido.

Estrutura Organizacional – para maximizar os resultados e minimizar os

conflitos, é necessário que a estrutura organizacional seja a mais adequada

possível.

Relacionamentos Humanos – a motivação é essencial para que as pessoas

executem seu trabalho da melhor maneira possível. Conflitos entre os integrantes

das equipes afetam o trabalho desenvolvido e prejudicam de alguma forma a

empresa.

Alinhamento com os negócios – é fundamental que os projetos estejam

alinhados com os negócios da empresa.

De acordo com Prado (2008), os cinco níveis de maturidade e a definição do

estágio da organização podem ser descritos da seguinte maneira:

Nível 1 – Inicial ou Embrionário ou ad hoc

A empresa está no estágio inicial de gerenciamento de projetos e estes são

executados na base do "melhor esforço" individual. Geralmente não há planejamento

e o controle é inexistente. Não existem procedimentos padronizados e

consequentemente as possibilidades de atraso, estouro de orçamento e não

atendimento às especificações técnicas são grandes.

Nível 2 – Conhecido

A empresa investe regularmente em treinamentos e adquiriu software de

gerenciamento de projetos. Pode ocorrer a existência de iniciativas isoladas de

padronização de procedimentos, mas seu uso é restrito. Percebe-se melhor a

necessidade de se efetuar planejamento e controle e, em algumas iniciativas

isoladas, alguma melhoria é percebida. No restante os fracassos "teimam" em

continuar ocorrendo.

Page 46: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  46

Nível 3 – Padronizado

Foi feita uma padronização de procedimentos, a mesma foi difundida e

utilizada por todos os projetos sob a liderança de um Escritório de Gerenciamento

de Projetos (EGP). Metodologia disponível e praticada por todos e parte dela já está

informatizada. Foi implementada uma estrutura organizacional adequada e procura-

se efetuar um alinhamento com as estratégias organizacionais. Tenta-se obter o

maior comprometimento possível dos principais envolvidos. Os processos de

planejamento e controle são praticados pelos principais envolvidos. Os gerentes de

projetos evoluem em competências técnicas, comportamentais e contextuais.

Nível 4 – Gerenciado

Processos consolidados. Existência de um banco de dados sobre projetos

executados que possibilita o acesso às melhores práticas. O Ciclo de Melhoria

Contínua é aplicado sempre que se percebe alguma deficiência. A estrutura

organizacional foi revista e evoluiu para outra que permite um relacionamento mais

eficaz com as áreas envolvidas. Há um forte alinhamento dos projetos com os

negócios da organização. Os gerentes de projetos dominam melhor os aspectos

comportamentais de suas equipes, tais como relacionamentos humanos, conflitos,

negociações. A aplicação de processos de gerenciamento de projetos é reconhecida

como fator de sucesso para os projetos.

Nível 5 – Otimizado

Otimização na execução dos projetos com base na larga experiência, nos

conhecimentos e atitudes das pessoas (disciplina, liderança) e no excelente banco

de dados de "melhores práticas". O nível de sucesso é próximo de 100%. A

organização tem alta confiança em seus profissionais e aceita desafios de alto risco.

O relacionamento existente entre as dimensões e os níveis de maturidade é

mostrado abaixo.

Nível de Maturidade Dimensão da Maturidade 1

Inicial 2

Conhecido3

Padronizado4

Gerenciado 5

OtimizadoCompetências

Técnicas Dispersos Básicos Básicos Avançados Avançados

Metodologia Não há Tentativas isoladas

Padronizada e implantada

Estabilizada Otimizada

Page 47: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  47

Informatização Tentativas isoladas

Software tempo

Padronizada e implantada

Estabilizada Otimizada

Estrutura Organizacional Não há Não há Padronizada

e implantada Estabilizada Otimizada

Competências Comportamentais

e Contextuais Boa

vontade Algum avanço

Algum avanço

Forte avanço

Maduros

Alinhamento com estratégias Não há Não há Iniciado Alinhado Otimizado

Quadro 5 – Relação da dimensão com o nível de maturidade Fonte: Prado (2008, p.30)

É possível verificar as principais características de cada um dos cinco níveis

de maturidade do modelo MMGP, juntamente com a expectativa de índice de

sucesso associado aos projetos, no quadro abaixo:

Resumo das principais características de cada Nível do Modelo MMGP

Aspectos Básicos

Índice de Sucesso

1 Inicial

- Nenhuma iniciativa da organização - Iniciativas pessoais isoladas -Resistência à inclusão de uma nova

cultura

Desalinhamento

total Baixo

2 Conhecido

- Treinamento básico de gerenciamento para os principais envolvidos com projetos

- Estabelecimento de uma linguagem comum

Alinhamento de negócios

Alguma melhoria

3 Padronizado

- Metodologia desenvolvida, implantada e testada

- Informatização de partes da metodologia - Estrutura organizacional implantada

Alinhamento de

metodologia

Melhoria acentuada

4 Gerenciado

- Treinamento avançado - Alinhamento com os negócios da

organização -Comparação com benchmarks - Identificação de causas de desvios da

meta - Melhorias na metodologia - Relacionamentos humanos eficientes e

harmônicos

Alinhamento de estratégias Conhecimento do ambiente

Melhoria mais

acentuada

5 Otimizado

- Grande experiência em gerenciamento de projetos

- Sabedoria - Capacidade para assumir riscos maiores - Preparo para um novo ciclo de mudanças

Uso da experiência acumulada

Próximo de 100%

Quadro 6 – Características dos cinco níveis de maturidade e expectativa de sucesso Fonte: Adaptado de Prado (2008, p.40)

Page 48: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  48

A avaliação da maturidade é feita por meio de um questionário, disponível no

site www.maturityresearch.com, pode ser utilizado por qualquer pessoa e é gratuito.

O questionário é dividido em quatro seções, contendo perguntas para

avaliação dos níveis 2, 3, 4 e 5. Todas as perguntas possuem 5 opções, com

exceção do nível 5 que possui somente duas opções de resposta.

As opções têm os seguintes valores:

A = 10 pontos

B = 7 pontos

C = 4 pontos

D = 2 pontos

E = 0 (zero) pontos.

As cinco opções correspondem aos diferentes estágios em que o setor se

encontra em relação àquela pergunta. As perguntas estão relacionadas com as

dimensões da maturidade. Cada pergunta contém um aspecto da maturidade de

uma dimensão válida para aquele nível.

Após todo questionário ter sido respondido no site, o resultado da avaliação é

informado da seguinte forma:

Avaliação Final da Maturidade (escalar)

Aderência aos níveis (gráfico)

Aderência às dimensões (gráfico)

A Avaliação Final da Maturidade (AFM) é o resultado final da maturidade.

Essa avaliação é obtida através da seguinte fórmula:

AFM = (100 + total de pontos) / 100

O resultado gráfico (quadro 7) mostra o Percentual de Aderência a cada nível

(ou seja, o número de pontos obtidos). O conceito Percentual de Aderência deve ser

utilizado em conjunto com a Avaliação Final da Maturidade para que se possa

entender melhor o estágio de maturidade do setor. Esse estágio de maturidade pode

variar de setor para setor. Quanto maior forem os valores de pontos obtidos em

Page 49: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  49

determinado nível, melhor é o posicionamento do setor naquele nível. Os valores

obtidos (percentuais) devem ser utilizados da seguinte forma:

Aderência de 20%: nula ou fraca

Aderência de 20% até 60%: regular

Aderência de 60% até 90%: boa

Aderência acima de 90%: completa

Perfil de Aderência Nível Pontos

Obtidos 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

2 40

3 20

4 20

5 0 Quadro 7 – Perfil de Aderência a cada nível Fonte: Prado (2008)

Pontos Obtidos

Nível 2 = 40

Nível 3 = 20

Nível 4 = 20

Nível 5 = 0

Total de Pontos Obtidos = 80

Neste modelo, Prado (2008) estabelece Planos de Crescimento a partir da

Avaliação Final da Maturidade e do Percentual de Aderência aos níveis.

É também através de resultado gráfico (figura 15) que é mostrado o

percentual de aderência a cada dimensão. Os valores obtidos devem ser utilizados

para cada dimensão de maneira semelhante à aderência aos níveis.

Aderência de 20%: nula ou fraca

Aderência de 20% até 60%: regular

Aderência de 60% até 90%: boa

AFM = (100 + 80) / 100 = 1,8

Page 50: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  50

Aderência acima de 90%: completa

Figura 15 – Perfil de Aderência às dimensões Fonte: www.maturityresearch.com (2008)

O perfil de aderência inicial das dimensões de maturidade após a aplicação

do questionário é obtido através do site www.maturityresearch.com. Ele aponta a

consolidação e a distribuição da maturidade para cada uma das seis dimensões.

A tabela abaixo representa a distribuição de cada uma das seis dimensões

em cada questão.

Tabela 1 - Distribuição das dimensões de maturidade entre as questões do modelo MMGP Nível 2 - Conhecido

Dimensão 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 – Conhecimentos X X X X X X X X X X

2 – Metodologia

3 – Informatização X

4 – E.Organizacional X

5 – R. Humanos

6 - Alinhamento

Nível 3 - Padronizado

Dimensão 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 – Conhecimentos

2 – Metodologia X X X X X X X

3 – Informatização X X

4 – E.Organizacional X X X

5 – R. Humanos

6 - Alinhamento X

Page 51: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  51

Nível 4 – Gerenciado

Nível 5 - Otimizado

Dimensão 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 – Conhecimentos X X

2 – Metodologia X X X X

3 – Informatização X X X

4 – E.Organizacional X X X X X

5 – R. Humanos X X X X X

6 - Alinhamento X X

______________________________________________________________________ Fonte: Autor do trabalho

Segundo Prado (2006), pelo uso do questionário MMGP obtém-se tanto o

valor global da maturidade como também o perfil de aderência aos diversos níveis.

Logo após, obtém-se o perfil de aderência às dimensões. Todos esses dados são

utilizados para estabelecer um plano de ação para o crescimento futuro.

2.6 Escolha do Modelo a ser utilizado

Após a apresentação dos quadro modelos de maturidade selecionados

(CMMI; Kerzner; OPM3 e Prado-MMGP), alguns fatores foram levados em

consideração para a escolha do modelo, são eles:

Número de questões

Simplicidade do modelo

Abrangência das questões

Facilidade para obtenção do modelo

Dimensão 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 – Conhecimentos X X

2 – Metodologia X X X X X

3 – Informatização X

4 – E.Organizacional X X X X X

5 – R. Humanos X X X

6 - Alinhamento X X X

Page 52: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  52

Acesso a dados de aplicações anteriores do mesmo modelo

Custo para aplicação do modelo

Analisando os modelos supracitados, verificou-se que o modelo Prado-MMGP

atende a todos esses fatores, além de ser o único modelo nacional e desenvolvido

de acordo com a nossa cultura organizacional.

Esse modelo possui um alto grau de aplicabilidade, quando comparados aos

demais modelos, por ser de cunho setorial e pelo longo período de exposição do

modelo no cenário empresarial brasileiro.

Outro ponto positivo encontrado no modelo escolhido, é a possibilidade de

realização de benchmarking por meio de resultados obtidos pela pesquisa de Prado

e Archibald (2006) anualmente realizada e divulgada.

Resumindo, o modelo Prado-MMGP foi selecionado pela simplicidade da

linguagem do modelo, clareza de seu questionário, disponibilidade no benchmarking

mediante validação e aprovação por outras indústrias e permissão formal do autor

do modelo e sem custos para as empresas e acesso a dados históricos

possibilitando comparação com outras indústrias.

Page 53: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  53

3 ESTUDO DE CASO

Todas as informações contidas neste capítulo foram elaboradas a partir de

consultas feitas ao Regimento Interno do Núcleo de Tecnologia da Informação e

Comunicação (NTI) e ao Plano Diretor de Tecnologias da Informação e

Comunicação – PDTIC.

3.1 A Empresa – Características e atuação do NTI

Em 1971, com a instalação de um computador IBM 1130, a Universidade

Federal Fluminense – UFF criou as bases de seu Centro de Informações – Núcleo

de Processamento de Dados - NPD que, em consonância com os demais centros de

processamento existentes, utilizava a filosofia de processamento centralizado, ou

seja, um computador geral com grande capacidade de processamento, ligando uma

rede de terminais.

Com o rápido crescimento tecnológico da área, surgiram os computadores de

pequeno porte (microcomputadores) que ainda não suportavam cálculos complexos

e processamentos “pesados”, porém, inauguravam uma nova filosofia de tratamento

de dados.

A demanda dos serviços requisitados pela Universidade era relativamente

atendida numa estrutura organizacional em que analistas e programadores

desenvolviam os grandes sistemas.

Mas, alguns fatores começaram a modificar a realidade do NPD: os

computadores de pequeno porte multiplicaram sua capacidade de processamento, a

UFF ligou-se à internet, gerando novas expectativas para informática, além da

criação dos cursos de graduação em Informática e pós-graduação em Ciência da

Computação.

Mudanças estruturais foram ocorrendo sem nenhum planejamento que

pudesse prever os rumos da informática. Somado a isso, faltou ao NPD um

Page 54: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  54

programa de treinamento contínuo que capacitasse seus técnicos para acompanhar

os avanços tecnológicos.

Assim, as transformações na sociedade brasileira, as mudanças econômicas

e as variáveis tecnológicas são fatores que estimulam o desenvolvimento de novas

formas de administração e de modelos organizacionais. A microinformática, a

tecnologia de redes e as telecomunicações baratearam o processamento de dados e

viabilizaram sua proliferação nas organizações, priorizando a automação das

atividades relacionadas com o objetivo final e como estratégia institucional.

Com todo esse avanço tecnológico, o NPD precisou adequar-se às novas

exigências internas e externas, além do fato de que o NPD ser o órgão técnico

responsável por dar um suporte estratégico na área de informática para a

Universidade como um todo.

Diante dessa realidade, por intermédio da Portaria 34.192 de 12 de setembro

de 2005, o NPD transforma-se em Núcleo de Tecnologia da Informação e

Comunicação – NTI, com uma estrutura reformulada e pronta para o domínio de

técnicas avançadas de redes e comunicação.

O NTI é um órgão técnico e tem por finalidade assessorar o Reitor e os

órgãos competentes quanto a assuntos relacionados a políticas, diretrizes e

supervisão dos recursos e das atividades internas de informática, comunicação de

dados e de voz no âmbito da Universidade Federal Fluminense.

O NTI tradicionalmente implanta e opera os sistemas de informação

corporativos da UFF, em todas as áreas requeridas pela Administração.

Adicionalmente fornece apoio de Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC

para as atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade, por meio de

laboratórios de computadores instalados nos diferentes campi..

Desde 1990, provê serviços de comunicação em rede à comunidade UFF em

Niterói, inicialmente através de computador central, depois por meio da RedeUFF,

que dá acesso à Internet. Em 2003 assumiu também a gestão dos serviços de

telefonia da UFF, que passaram a usar a mesma infra-estrutura de cabeamento que

a RedeUFF.

Para os campi fora de Niterói, o NTI também atua na sua integração aos

serviços de Internet, telefonia e sistemas acadêmicos e administrativos, nos mesmos

níveis providos em Niterói. Dessa forma garante-se o acesso de todos os

professores, estudantes e funcionários aos recursos que estes serviços

Page 55: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  55

proporcionam de maneira plena, para que estes possam desenvolver seus trabalhos

de forma prática, ágil, produtiva e econômica. Na RedeUFF interligam-se atualmente

10 unidades do interior, incluindo uma em Oriximiná – PA.

Para cumprir estes objetivos, o NTI mantém e opera uma coleção complexa

de equipamentos e sistemas.

Dentre os serviços oferecidos, podem ser destacados:

Atendimento técnico especializado a usuários com manutenção de

hardware e software.

Telefonia VoIP - Administra um moderno sistema de comunicação de

voz, em ambiente de rede IP, permitindo eliminar completamente os custos de

tarifas telefônicas entre as unidades da UFF, inclusive as do interior.

WEB - Oferece suporte aos sistemas corporativos, projetos acadêmicos e

serviços de rede diversos, tais como: e-mail, listas eletrônicas, home page, banco de

dados e etc.

Consultoria técnica em projeto, desenvolvimento e manutenção em

softwares de aplicações computacionais em atendimento às áreas de graduação e

pós-graduação; pesquisa e extensão; gestão de pessoas; planejamento e gestão; e

interiorização.

Rede - Administra a conectividade, projeta novas soluções, cuida da

qualidade de serviço, gerencia a infra-estrutura lógica e física, forma grupos capazes

de monitorar a infra-estrutura de forma prática e soluciona problemas rotineiros que

ocorram com a RedeUFF.

Software Básico administra serviços e servidores da RedeUFF.

Laboratórios Acadêmicos de informática - gestão tecnológica, dos

Laboratórios de Graduação baseada em soluções de software livre.

O quadro técnico do NTI é composto de 70 servidores técnico-administrativos,

sendo que atualmente 61 estão atuando no setor e os outros 09 estão alocados em

outras Unidades.

Page 56: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  56

3.2 Estrutura Organizacional do NTI

Em 2005, com a transformação do NPD em NTI, houve uma mudança na

sua estrutura organizacional representada na figura 16 abaixo.

Figura 16 – Estrutura Organizacional do NTI Fonte: Adaptação do Regimento Interno do NTI

Cabe informar que alguns setores não "saíram" do papel e assim a leitura do

organograma acima não reflete a realidade.

Por ser parte integrante de uma Instituição Federal de Ensino, o NTI não gera

receita, não desenvolve projetos para outras organizações e tampouco utiliza-se do

modelo de gerência de projetos. Como todos os órgãos do Governo Federal, sua

estrutura organizacional é funcional.

Direção Geral

Gerência Técnica

Gerência Desenvolvimento de

Sistemas

Assessoria Novas Tecnologias

Secretaria Comissão

Apoio

Divisão Divisão Divisão Divisão

Serviço

Serviço

Serviço

Serviço

Serviço

Serviço

Serviço

Serviço

Serviço

Serviço

Serviço

Serviço

Serviço

Assessoria

Divisão Divisão

Serviço

Serviço

Serviço

Serviço

Serviço

Page 57: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  57

3.3 Contextualização

Em muitas empresas, a área de Tecnologia da Informação – TI é um dos

prestadores de serviço mais criticado tendo em vista que interage com todas as

áreas da empresa, fornecendo-lhes ferramentas que possibilitem o aumento de

produtividade e crescimento.

O NTI conta com um número insuficiente de servidores para atender todas as

demandas que vão surgindo e seu nível de capacidade técnica está aquém das

necessidades do setor.

Com bastante frequência os técnicos do NTI não conseguem planejar suas

ações com antecedência; isso ocorre porque a documentação dos processos não

está atualizada ou sequer existe. Os processos estáveis existentes são em sua

grande maioria, decorrentes de esforços individuais dos seus responsáveis, tendo

em vista que não existe padronização a ser seguida ou, quando existe, foi criada

pelo técnico envolvido no projeto.

A utilização de ferramentas de controle é mínima, praticamente não existem,

sendo geralmente usadas de maneira aleatória, ao acaso.

A falta de metodologia, de padronização dos seus processos e a grande falta

de conhecimento das boas práticas de gerenciamento de projetos faz com que os

técnicos do NTI atuem muitas vezes como bombeiros, passando a apagar pequenos

incêndios, sem conseguir prever os resultados dessas ações, ou seja, a urgência da

necessidade de fazer correções nos sistemas existe justamente porque não houve

um planejamento, um padrão e uma metodologia a serem seguidos. Não seria

errado dizer que o sucesso dos projetos depende diretamente da dedicação dos

profissionais envolvidos nos mesmos.

Os pequenos "sopros" de conhecimento na área de gerenciamento de

projetos tem sido "dados" pelos analistas e técnicos em tecnologia da informação

que passaram no último concurso e trouxeram para o NTI a experiência adquirida na

empresa privada e assim, vão transmitindo seus conhecimentos aos colegas, bem

como imprimindo um pouco de metodologia e padronização no gerenciamento dos

projetos em que atuam.

Embora não utilize uma metodologia formal em gerenciamento de projetos, os

técnicos do NTI seguem uma metodologia própria criada para gerenciar seus

Page 58: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  58

projetos e assim pode-se dizer que os projetos do NTI alcançam os resultados

esperados, pois atendem às expectativas e às demandas dos seus usuários.

3.4 O Caso – Situação Problema

No NTI, os avanços tecnológicos na área de informática não foram

acompanhados de investimentos em treinamentos de pessoal ao longo dos últimos

anos; a grande maioria desses técnicos trabalha no órgão há mais de vinte anos,

tendo formação da época dos computadores de grande porte. Com a mudança do

panorama tecnológico da área que evolui em alta velocidade e com a falta de

treinamentos continuados, o corpo técnico do NTI enfrenta grandes desafios para

gerenciar seus projetos além de não ter ferramentas que possam auxiliá-los no

controle e acompanhamento dos seus projetos.

Por ser um setor de uma instituição pública, consolidar uma cultura de

gerenciamento de projetos ainda é um desafio pois os custos desse tipo de

investimento emperram nos trâmites legais; as normas para licitações e contratos

engessam o processo para aquisição de ferramentas e softwares necessários.

Page 59: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  59

4 APLICAÇÃO PRÁTICA DO MODELO NO SETOR

O capítulo 4 mostrará a aplicação prática da avaliação do modelo de

maturidade no setor e a apresentação dos resultados obtidos. Neste capítulo

também serão propostos passos a seguir para obtenção da melhoria da maturidade

em gerenciamento de projetos.

4.1 Apresentação dos Resultados

A metodologia utilizada para a coleta de dados necessários para a pesquisa

concentrou-se na aplicação do questionário setorial do Modelo de Maturidade em

Gerenciamento de Projetos Prado-MMGP.

Inicialmente foi feita pesquisa para identificar os técnicos que poderiam

responder ao questionário. Após esse levantamento, os técnicos selecionados foram

contatados pessoalmente e lhes foi explicado o propósito da pesquisa bem como a

mesma seria desenvolvida; após essas explicações, foi feito convite para

participarem da mesma.

Foram distribuídos 18 questionários com a recomendação de que os mesmos

fossem devolvidos no prazo de 30 dias e com todas as perguntas respondidas, caso

contrário, o questionário incompleto não seria aceito e portanto não seria

computado. Ao fim do prazo estipulado, 13 questionários foram devolvidos e todos

corretamente respondidos.

Para avaliar a maturidade em gerenciamento de projetos do setor, foram

adotados os seguintes critérios:

Critério 1 – Submeter os 13 questionários respondidos no site já mencionado e,

assim, verificar qual seria o resultado obtido de cada um para então calcular qual a

média do nível de maturidade em gerenciamento de projetos e os perfis de

aderência aos níveis e às dimensões. Para obter a média do nível de maturidade em

gerenciamento de projetos foi adotada a seguinte fórmula:

Page 60: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  60

Nível de maturidade = 100 + (soma dos pontos dos níveis 2, 3, 4 e 5 de cada um)

100

Foi encontrado o nível de maturidade segundo a visão de cada um dos

participantes. Para achar a média geral, o seguinte cálculo foi adotado:

Média Geral do Nível de maturidade

100 + ((soma da média obtida de cada um dos participantes)/13))

100

Ou seja:

100 + ((1,32+1,52+1,68+1,76+1,80+1,80+1,92+1,92+2,02+2,27+2,62+3,29+3,39)/13)

100

Média Geral = 100 + (27,3/13) = 2,1

100

O valor médio de maturidade em gerenciamento de projetos medida entre os

13 selecionados é de 2,1. O processamento das informações submetidas no site

www.maturityresearch.com forneceu os perfis de aderência aos níveis e às

dimensões de cada questionário submetido e os resultados foram englobados em

duas tabelas:

Aderência aos Níveis Tabela 2 – Perfil de Aderência inicial aos níveis de maturidade do modelo MMGP

Percentual de aderência aos níveis de maturidade Nível de Maturidade Inicial

P.1 P.2 P.3 P.4 P.5 P.6 P.7 P.8 P.9 P.10 P.11 P.12 P.13 Média

2 – Conhecido 4 13 32 36 44 44 43 41 66 53 58 48 55 41

3 - Padronizado 18 27 16 26 30 30 41 33 30 44 67 59 72 37

4 - Gerenciado 10 12 20 14 6 6 8 18 6 20 37 62 72 22

5 - Otimizado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 60 40 8

Nível de Maturidade Inicial 1,32 1,52 1,68 1,76 1,80 1,80 1,92 1,92 2,02 2,27 2,62 3,29 3,39 2,1

Fonte: Adaptado do resultado obtido no site

Page 61: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  61

Aderência às Dimensões Tabela 3 – Perfil de Aderência inicial às dimensões de maturidade do modelo MMGP

Fonte: Adaptado do resultado obtido no site

Critério 2 – Reunir os 13 respondentes para uma análise em conjunto de cada

pergunta e escolher, por consenso, a resposta que melhor retratasse a realidade do

setor. Para cada resposta foi atribuído o número de pontos seguindo o modelo

MMGP e após obter o total de pontos em cada um dos níveis, foi aplicada a

fórmula já mencionada anteriormente, a saber:

Nível de maturidade = 100 + (soma dos pontos dos níveis 2, 3, 4 e 5)

100

Ou seja: 100 + (40 + 30 + 10 + 10) = 100 + 80 = 1,8 100 100

A avaliação final do nível de maturidade do NTI de acordo com as respostas

dadas, em consenso, pelos técnicos respondentes é de 1,8.

Após preencher as respostas do questionário no site

www.maturityresearch.com, o processamento dessas informações fornece os

seguintes resultados representados pelas figuras 17 (aderência aos níveis) e 18

(aderência às dimensões):

Percentual de aderência às dimensões Dimensão - Inicial

P.1 P.2 P.3 P.4 P.5 P.6 P.7 P.8 P.9 P.10 P.11 P.12 P.13 Média

Competência Técnica 3 9 26 27 31 31 31 29 47 38 43 46 42 31

Metodologia 15 22 11 16 20 20 23 25 15 34 44 54 62 27,7

Informatização 10 12 13 10 18 18 27 20 17 23 30 58 40 22,7

Estrutura Organizacional 1 6 6 16 1 1 15 13 14 31 36 45 70 19,6

Competência Comportamental 0 5 5 3 0 0 0 0 0 21 11 49 51 11,1

Alinhamento Estratégico 10 12 27 20 10 10 18 15 7 13 22 68 67 23

Page 62: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  62

Aderência aos Níveis

40%

30%

10%

0%0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

CONHECIDO (2)

PADRONIZADO (3)

GERENCIADO (4)

OTIMIZADO (5)

NÍVEIS

PON

TOS

PONTOS

Figura 17 – Perfil de Aderência inicial aos níveis de maturidade do modelo MMGP Fonte: Adaptado do resultado obtido no site

Aderência às Dimensões

29%

23%

13%

1% 0%

10%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

Dimensões

Perc

entu

al d

e A

derê

ncia

PERCENTUAL DE ADERÊNCIA

Figura 18 – Perfil de Aderência inicial das dimensões de maturidade do modelo MMGP Fonte: Adaptado do resultado obtido no site

O critério adotado para definir qual o nível de maturidade do setor, foi o de

número 2. Após contato mantido com o Profº Darci Prado, para dirimir dúvidas

quanto à maneira de aplicar o questionário e seu processamento, o mesmo explicou

Page 63: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  63

que no modelo de maturidade por ele criado, não há como se processar a média

geral, ou seja, o site não faz essa consolidação; segundo Darci Prado, quando se

pretende avaliar a maturidade de um determinado setor de uma organização,

apenas um questionário é preenchido na internet e a resposta a cada pergunta

representa um consenso entre os participantes envolvidos. O primeiro critério foi

apresentado apenas para traçar o perfil de diferença entre as duas análises da

aplicação do questionário.

Então, pela análise de resultados referente ao critério 2, conclui-se que não

existe cultura de gerenciamento de projetos no setor e consequentemente não

existem ferramentas adequadas que auxiliem no gerenciamento de projetos; o

gerenciamento de projetos é feito de forma intuitiva, resultante de esforço individual

das pessoas envolvidas e os poucos conhecimentos nessa área são resultantes de

iniciativas pessoais isoladas. Este cenário representa perfeitamente o nível 1 de

maturidade em gerenciamento de projetos de acordo com o modelo MMGP.

4.2 Proposta de passos a seguir

Com o objetivo de elevar a média do nível de maturidade do setor, que hoje é

de 1,8, é necessário que sejam tomadas algumas medidas para atingir essa

melhoria; para isso, estão relacionados abaixo alguns passos a serem seguidos e

considerados para passagem ao nível 2 de maturidade do modelo MMGP.

Levantamento do nível de conhecimento em gerenciamento de projetos

dos gerentes de projetos;

Levantamento do nível de conhecimento em gerenciamento de projetos

dos profissionais que trabalham nos projetos;

Organização de palestras com representantes de outras

Organizações/Empresas para contar suas experiências;

Treinamento básico de gerenciamento de projetos aos principais

envolvidos. Os treinamentos podem ser feitos por meio de cursos de pós-graduação,

MBAs ou ainda sob a forma de cursos encomendados para os funcionários

encarregados de atuar na gerência e coordenação dos projetos;

Page 64: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  64

Os conhecimentos adquiridos dos treinamentos devem ser multiplicados

aos demais integrantes das equipes, como forma de sedimentar a constituição de

uma cultura de gerenciamento de projetos no setor;

Aquisição de software de gerenciamento de tempo e treinamento aos

envolvidos para utilização do mesmo;

Adoção de uma ferramenta para controle e acompanhamento dos projetos;

Definição das prioridades da implantação, áreas responsáveis e prazos

para implantação das melhorias;

Após todos esses passos e medidas terem sido tomados, repetir a avaliação

de maturidade do modelo MMGP para verificar se o objetivo foi alcançado, ou seja,

passar para o nível 2 de maturidade.

Page 65: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  65

5 CONCLUSÃO

Este capítulo faz considerações sobre o objetivo geral e específicos e os

compara com os resultados obtidos bem como responde às questões de pesquisa e

aponta sugestões para trabalhos futuros.

5.1 Considerações Gerais

Quanto aos objetivos específicos, pode-se dizer para cada elemento

proposto:

→ Analisar o referencial bibliográfico sobre modelos de maturidade em

gerenciamento de projetos: foi feito levantamento do referencial bibliográfico sobre

os modelos atuais que dessem suporte à pesquisa e chegou-se a quatro modelos.

Obedecendo a um critério de seleção, optou-se pelo modelo MMGP – Prado.

→ Aplicar questionário do modelo escolhido: o questionário foi aplicado a 18

profissionais do setor sendo que apenas 13 o responderam de acordo com as

instruções recebidas.

→ Analisar os resultados obtidos: as respostas do questionário aplicado

foram tabuladas e submetidas à processamento no site www.maturityresearch.com.

→ Propor passos a seguir: foram listadas algumas ações para alcançar a

melhoria do nível de maturidade do setor.

A constatação da realização dos objetivos específicos e o produto final da

pesquisa confirmam e evidenciam o cumprimento do objetivo Geral – "Identificar o

panorama atual da maturidade em gerenciamento de projetos do Núcleo de

Tecnologia da Informação – NTI".

Isto posto, constata-se que a pergunta inicial - "Como definir qual a

melhor estratégia para definir um padrão para o gerenciamento dos projetos do

NTI que venha a ser utilizado por todos e que, ao longo do tempo, possa ser

Page 66: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  66

incrementado de acordo com o avanço conseguido pela instituição?" - também foi

respondida quando do cumprimento dos objetivos específicos e geral.

5.2 Resposta às questões de pesquisa

Com relação às questões de pesquisa as seguintes análises foram

consideradas:

→ Por que aplicar um modelo de maturidade em gerenciamento de projetos: a

questão foi respondida quando foi feito todo levantamento bibliográfico sobre

conceitos de maturidade (item 2.4) e os modelos de maturidade (item 2.5) em que

fica bem claro que, para saber como o gerenciamento de projetos é desempenhado

numa empresa/setor, é importante que esse diagnóstico seja feito pois assim lhes é

possível entender seus pontos fracos e fortes, ou seja, ao aplicar um modelo de

maturidade, descobre-se a situação em que a empresa se encontra em relação aos

seus processos de gerenciamento de projetos e a partir daí definir como evoluir.

→ Como melhor selecionar e aplicar um modelo de maturidade em

gerenciamento de projetos: a questão foi respondida quando foi realizado

levantamento dos modelos de maturidade existentes (item 2.5) e quando foram

definidos os critérios utilizados para a escolha do modelo (item 2.6).

→ Que passos deverão ser seguidos para a implantação: a resposta a esta

pergunta encontra-se parcialmente respondida nos itens 2.5 e 2.6 no que concerne a

bibliografia dos modelos existentes e aos fatores que devem ser levados em

consideração antes da escolha do modelo a ser implantado e passa a totalmente

respondida no item 4.2 que fala sobre a proposta dos passos a seguir, ou seja,

adoção de política passo a passo

Page 67: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  67

5.3 Recomendações de trabalhos futuros

Como forma de ampliar novos estudos relacionados ao tema, foram listadas

duas sugestões:

Manter a pesquisa anual para formar histórico e visualizar as melhorias e

tendências;

Aplicar o questionário do modelo MMGP a outros setores da Universidade,

tentando abranger uma parcela maior do universo pesquisado, para obter um retrato

mais completo de como se encontra a maturidade em gerenciamento de projetos

nos demais setores envolvidos com projetos.

5.4 Considerações Finais

Consolidar uma cultura de gerenciamento ainda é um desafio para o setor

público brasileiro. É preciso trabalhar com entraves, inclusive legais, que engessam

o processo. O problema é agravado por uma característica enraizada no setor

público: a descontinuidade administrativa que costuma recomeçar tudo praticamente

do zero a cada mudança de poder.

Somado a isso, existe a burocracia da própria legislação brasileira que ao

instituir normas para licitações e contratos emperra o desenvolvimento dos projetos:

eles perdem o ritmo e muitas vezes acabam não acontecendo.

Page 68: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  68

REFERÊNCIAS

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Page 70: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

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YIN, R. K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. Porto Alegre: Bookman, 2001.

 

   

Page 71: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

  71

ANEXO QUESTIONÁRIO MMGP

 

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APÊNDICE

Nível 2 2.1. Em relação à aceitação do assunto Gerenciamento de Projetos por parte da alta administração do setor (ou seja, as chefias superiores que têm alguma influência nos projetos do setor), assinale a opção mais adequada:

a) O assunto é aceito como uma boa prática de gerenciamento há, pelo menos, um ano. A alta administração estimula fortemente o uso correto desses conhecimentos.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Está sendo iniciado um trabalho de conscientização junto à alta administração.

e) O assunto parece ser ignorado pela alta administração. 2.2. Em relação à aceitação do assunto Gerenciamento de Projetos por parte dos gerentes de projetos do setor, assinale a opção mais adequada:

a) O assunto é bastante aceito como uma boa prática de gerenciamento há, pelo menos, um ano. Os gerentes de projetos se sentem fortemente estimulados a utilizar esses conhecimentos.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Está se iniciando um trabalho de conscientização junto aos gerentes de projetos.

e) Os gerentes desconhecem o assunto ou existe algum receio, por parte dos gerentes, quanto ao uso desses assuntos. 2.3. Em relação à aceitação do assunto Gerenciamento de Projetos por parte dos clientes dos projetos do setor (ou seja, dos setores internos ou externos à organização que recebem o produto ou serviço criado pelo projeto), assinale a opção mais adequada:

a) O assunto é bastante aceito como uma boa prática de gerenciamento há, pelo menos, um ano.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Está se iniciando um trabalho de conscientização junto aos clientes.

e) Os clientes desconhecem o assunto ou existe algum receio, por parte dos gerentes, quanto ao uso desses assuntos. 2.4. Em relação ao nível de conhecimento contextual (ou da área do negócio) pela equipe de gerenciamento de cada projeto, assinale a opção mais adequada:

a) O conhecimento de assuntos técnicos (ou da área de negócio) pela equipe é adequado e suficiente para contribuir para o sucesso dos projetos.

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE MATURIDADE DO SETOR – RESPOSTAS

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b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) O nível de conhecimento é fraco, e estão sendo feito esforços para disponibilizar treinamentos.

e) O nível de conhecimento é inexistente e não há nenhuma perspectiva de melhoria. 2.5. Em relação aos treinamentos internos (efetuados dentro da organização), relativos a gerenciamento de projetos, assinale a opção mais adequada:

a) São realizados cursos internos há algum tempo, abordando assuntos metodológicos e softwares, com freqüência e regularidade.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Estão se iniciando esforços internos para se ter um programa de treinamento.

e) A organização não dá importância a este aspecto e não realizou nenhum curso interno no último ano. 2.6. Em relação aos treinamentos efetuados fora da organização (tais como cursos de aperfeiçoamento, mestrado, MBA, certificação, etc.) para profissionais do setor envolvidos com gerenciamento de projetos, nos últimos doze meses, assinale a opção mais adequada

a) A organização aceita tais iniciativas desde que adequadamente justificadas.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) A organização está analisando o assunto e pretende divulgar normas para este assunto.

e) A organização desconhece ou desestimula tais iniciativas. 2.7. Em relação ao tipo e abrangência do treinamento fornecido aos gerentes de projetos, assinale a opção mais adequada:

a) O treinamento abordou todos os grupos de processos e áreas de conhecimento, conforme o PMBOK em nível adequado aos gerentes de projetos. Praticamente todos os gerentes de projetos foram treinados.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Está se iniciando um programa de treinamento.

e) Não foi realizado nenhum treinamento para os gerentes de projetos e não existe nenhuma iniciativa neste sentido. 2.8. Em relação ao tipo e abrangência do treinamento fornecido à alta administração do setor (ou seja, as chefias superiores que têm alguma influência nos projetos do setor), assinale a opção mais adequada:

a) O treinamento abordou aspectos relevantes à alta administração, em nível e duração adequados. Praticamente toda a alta administração do setor que necessita do treinamento foi treinada.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Está sendo elaborado um programa de treinamento para a alta administração.

e) Não foi fornecido nenhum treinamento à alta administração do setor e não existe nenhuma iniciativa neste sentido.

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  87

2.9. Em relação ao entendimento da importância de aspectos organizacionais (Escritório de Gerenciamento de Projetos, Comitê, Estrutura Matricial, Sponsor, etc.) para o bom andamento dos projetos, podemos afirmar que:

a) As principais lideranças do setor e da alta administração da organização conhecem o assunto, sabem da sua importância para o sucesso de projetos e dão força para sua implementação e aperfeiçoamento.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Foi iniciado um esforço no sentido de divulgação do assunto junto às lideranças.

e) As principais lideranças de gerenciamento de projetos do setor e da alta administração da organização desconhecem o assunto. 2.10. Em relação ao treinamento em softwares para gerenciamento de tempo (seqüenciamento de tarefas, cronogramas, Gantt, etc.), assinale a opção mais adequada:

a) Foi fornecido treinamento introdutório a quase todos profissionais que necessitam deste recurso.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Foi feito um plano de treinamento para software de gerenciamento de tempo.

e) Não existem softwares para gerenciamento de tempo no setor da organização.

Nível 3 3.1. Em relação ao uso de metodologia de gerenciamento de projetos por pessoas envolvidas com projetos, no setor, assinale a opção mais adequada:

a) Existe uma metodologia aparentemente completa, implantada e que aborda os cinco grupos de processos e as áreas de conhecimento, tidas como necessárias, do PMBOK. Seu uso é rotineiro por todos os principais envolvidos com projetos há, pelo menos, um ano.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Estão sendo feitos estudos para se implementar uma metodologia.

e) Não existe metodologia implantada e não se tem plano de implementação 3.2. Em relação à informatização da metodologia, assinale a opção mais adequada

a) Existe um sistema informatizado para os diversos tipos de projetos do setor, em uso por todos os principais envolvidos há, pelo menos, um ano.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Estão sendo feitos estudos para implementação.

e) Não existe informatização implantada e não existe nenhuma iniciativa neste sentido. 3.3. Em relação ao mapeamento e padronização dos processos que envolvem as etapas para a criação do produto/serviço, abrangendo o surgimento da idéia, o estudo de viabilidade e suas aprovações (Planejamento Estratégico) e o ciclo do projeto, podemos afirmar que:

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  88

a) Todos os processos acima foram mapeados, padronizados e, alguns, informatizados. O material produzido está em uso há mais de um ano.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Estão sendo feitos estudos para se iniciar o trabalho citado.

e) Ainda não existe uma previsão de quando as tarefas acima serão iniciadas. 3.4. Em relação ao planejamento de cada novo projeto e conseqüente produção do Plano do Projeto, podemos afirmar que:

a) Este processo é feito conforme padrões estabelecidos, cria envolvimento entre as principais partes interessadas e o modelo possui diferenciações entre projetos pequenos, médios e grandes. Ele é bem aceito e está em uso há mais de um ano.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Estão sendo feitos estudos para se planejar os novos projetos.

e) Não existe nenhum padrão em uso e não existem planos para desenvolver nenhum novo modelo. O atual processo é intuitivo e depende de cada um. 3.5. Quanto à estrutura organizacional implementada (projetizada, matricial forte, balanceada ou fraca), relativa ao relacionamento entre o Gerente do Projeto e outras áreas da organização (também chamadas de "fornecedores internos"), podemos afirmar que:

a) Foi feita uma avaliação do tipo de estrutura mais adequada e possível no momento e foi definida e acordada uma estrutura com os "fornecedores internos" com regras claras. Ela está em uso pelos principais envolvidos há mais de um ano.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Estudos foram iniciados para atacar este assunto.

e) Nada foi feito. 3.6. Em relação ao Escritório de Gerenciamento de Projetos (EGP) do setor, assinale a opção mais adequada

a) Foi implantado e possui forte envolvimento com o planejamento e acompanhamento dos projetos do setor. Está operando há mais de um ano e influencia todos os projetos importantes do setor.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Estão sendo feitos estudos para implantação de um EGP.

e) Não existe EGP e não existem planos para sua implantação. 3.7. Em relação ao uso de Comitês para acompanhamento de projetos, assinale a opção mais adequada:

a) Foram implantados, reúnem-se periodicamente e têm forte influência no andamento dos projetos importantes do setor que foram escolhidos para serem acompanhados pelo comitê. Estão operando há mais de um ano.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

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  89

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Estão sendo feitos estudos para sua implantação.

e) Não existem Comitês e não existem estudos para sua implantação. 3.8. Em relação às reuniões de avaliação do andamento de cada projeto efetuadas pelo gerente do projeto com sua equipe, assinale a opção mais adequada:

a) São organizadas segundo uma disciplina pré-estabelecida que prevê horário, local, pauta, participantes, relatórios, etc. e permitem que todos os membros da equipe percebam o andamento do projeto. Está em uso por todos os projetos há mais de um ano.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Estão sendo feitos estudos para implementação de reuniões de avaliação do andamento.

e) Não existem. Ao que parece, os projetos ficam à deriva. 3.9. Em relação ao acompanhamento da execução de cada projeto, assinale a opção mais adequada:

a) Os dados adequados são coletados periodicamente e comparados com o plano baseline. Em caso de desvio da meta, contramedidas são identificadas e implementadas pelos responsáveis. O modelo funciona e está em uso por todos os projetos há mais de um ano.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Estão sendo feitos estudos para implementar o acompanhamento dos projetos.

e) Nada é feito e não existe nenhuma iniciativa neste assunto. Ao que parece, os projetos ficam à deriva. 3.10. Com relação ao planejamento técnico do produto ou serviço que está sendo desenvolvido (ou seja, a documentação técnica) e que é utilizado pelo Líder Técnico, pelo Gerente do Projeto e outros que dele necessitam, podemos afirmar que:

a) A documentação técnica produzida em cada projeto é de muito boa qualidade e todos os principais envolvidos no setor conhecem o assunto e o tem praticado com muita propriedade há mais de um ano.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Estão sendo feitos estudos para implementação do assunto.

e) Nada existe, assim como não existe nenhuma iniciativa no assunto.

Nível 4 4.1. Em relação ao histórico de projetos já encerrados, no que toca aos aspectos (caso sejam aplicáveis): retorno do investimento; qualidade do produto/serviço que foi criado; qualidade do gerenciamento; armazenamento de Lições Aprendidas, podemos afirmar que:

a) Foi criado um banco de dados para coletar estes dados e existe uma quantidade adequada de dados que são de ótima qualidade. O sistema está em uso há mais de dois anos pelos principais envolvidos, para planejar novos projetos e evitar erros do passado.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

Page 90: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

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d) Estão sendo feitos estudos para se criar um banco de dados tal como acima.

e) Existem alguns dados, mas estão dispersos e não existe um arquivamento informatizado central. Não existe a prática do uso. Não existe um plano para se atacar o assunto. 4.2. Em relação à gestão de portfólio e de programas identificados no Planejamento Estratégico para o setor, assinale a opção mais adequada:

a) Todos os porftólios e programas recebem um atendimento especial, tendo o seu próprio gerente, além dos gerentes de cada projeto. Este gerenciamento é feito em fina sincronia com o responsável pelas metas estratégicas da organização há mais de 2 anos.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Está sendo criada uma abordagem para dar prioridade a portfólios e programas identificados pelo Planejamento Estratégico

e) Desconhece-se a importância deste assunto. 4.3. Em relação à Melhoria Contínua no modelo de gerenciamento de projetos existente no setor, praticada por meio de controle e medição da metodologia e do sistema informatizado, assinale a opção mais adequada:

a) Existe um sistema de melhoria contínua pelo qual os processos são permanentemente avaliados e os aspectos que mostram fragilidade ou inadequabilidade são discutidos e melhorados. É bem aceito e praticado pelos principais envolvidos há mais de 2 anos.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Está sendo implementado um programa de melhoria contínua.

e) O assunto ainda não foi abordado. 4.4. Em relação às anomalias em tarefas que estão em andamento ou que acabaram de ser executadas (início muito fora do previsto, duração muito além da prevista, estouro de orçamento, etc.), assinale a opção mais adequada:

a) Existe um procedimento praticado por todos os gerentes de projeto pelo qual se coletam dados de anomalias de tarefas e se efetua uma análise para identificar os principais fatores ofensores. Está em uso com sucesso há mais de dois anos.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Está sendo implantado um sistema com o objetivo citado na primeira opção.

e) O assunto não foi abordado. 4.5. Em relação às causas de fracasso de projetos já encerrados (atrasos, estouro de orçamento, não obediência ao escopo previsto, não atendimento às exigências de qualidade) oriundas do próprio setor ou de setores externos, assinale a opção mais adequada:

a) Todas as principais causas de fracasso foram identificadas. Foram estabelecidas e implantadas contramedidas para evitar que estas causas se repitam. Todos os principais envolvidos utilizam estes conhecimentos há mais de dois anos.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Estão sendo feitos estudos para se implantar um sistema tal como o acima.

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  91

e) Ainda não existe um trabalho nesta direção. 4.6. Em relação à estrutura organizacional existente, é possível afirmar que a estrutura implementada anteriormente para governar o relacionamento entre os gerentes de projetos e os "fornecedores internos" (veja questão 5 do nível 3):

a) Evoluiu para uma nova forma realmente correta e eficiente. Os gerentes de projetos possuem e exercem a autoridade necessária e adequada para as suas funções. A nova forma é praticada por todos os gerentes de projeto com sucesso há mais de dois anos.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Os estudos para a evolução foram concluídos e está se iniciando a implantação da nova estrutura.

e) Nada foi feito. Não se conhece adequadamente o assunto para se traçar um plano de evolução. 4.7. Em relação ao acompanhamento do trabalho efetuado pelos gerentes de projetos e ao estímulo que lhes é concedido no sentido de atingirem as metas de seus projetos, assinale a opção mais adequada:

a) Existe um Sistema de Avaliação dos gerentes de projetos, pelo qual se estabelecem metas e, ao final do período, se avalia quão bem eles se destacaram, podendo, eventualmente, obter bônus pelo desempenho. O sistema funciona com sucesso há pelo menos dois a

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Foram feitos estudos nesta direção e estão sendo implementados.

e) Não existe nenhuma iniciativa nessa direção. 4.8. Em relação ao aperfeiçoamento da capacidade dos gerentes de projetos do setor, com ênfase em relacionamentos humanos (liderança, negociação, conflitos, motivação, etc.), assinale a opção mais adequada:

a) Existe um plano estruturado formal de treinamento e praticamente todos os gerentes de projeto já passaram por este treinamento. Os cursos são de ótima qualidade, são bem avaliados e modelo tem funcionado com sucesso nos últimos dois anos.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Estão sendo feitos estudos para se fornecer treinamento avançado de qualidade.

e) Não existe nenhuma iniciativa nessa direção. 4.9. Em relação ao estímulo para a obtenção de certificação pelos gerentes de projetos do setor, assinale a opção mais adequada:

a) Existe um plano em execução para estimular os gerentes de projetos a obter uma certificação PMP, IPMA ou equivalente. Este plano está em funcionamento há mais de dois anos e uma quantidade significativa de gerentes de projetos já obteve certificação

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) O assunto é visto com seriedade e pretende-se montar um plano neste sentido.

e) Não existe nenhuma iniciativa neste sentido.

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  92

4.10. Em relação ao alinhamento dos projetos executados no setor com os negócios da organização (ou com o Planejamento Estratégico), assinale a opção mais adequada:

a) Foram criados critérios enérgicos para que os novos projetos somente sejam aceitos se alinhados com os negócios da organização e eles têm sido respeitados. O sistema funciona eficientemente há mais de dois anos.

b) A situação existente é levemente inferior ao apresentado no item A.

c) A situação existente é significativamente inferior ao apresentado no item A.

d) Estão sendo feitos estudos para a criação dos critérios.

e) Não existem critérios enérgicos de alinhamento com os negócios da organização para que os novos projetos.

Nível 5

5.1. Em relação ao histórico de projetos já encerrados, no que toca aos seguintes aspectos (caso aplicáveis): retorno do investimento; qualidade do gerenciamento; qualidade técnica e desempenho do produto/serviço obtido, assinale a opção mais adequada:

a) Existe um amplo e excelente banco de dados (ou algo semelhante), que é utilizado rotineiramente pelos gerentes de projetos há, pelo menos, 2 anos.

e) Existe um banco de dados (ou algo semelhante), que não pode ser classificado de amplo e excelente ou não é utilizado rotineiramente pelos gerentes de projetos. 5.2. Em relação ao histórico de projetos já encerrados, no que toca a Lições Aprendidas, assinale a opção mais adequada:

a) Existe um amplo e excelente banco de dados (ou algo semelhante), que é utilizado rotineiramente pelos gerentes de projetos há, pelo menos, 2 anos.

e) Existe um banco de dados (ou algo semelhante), que não pode ser classificado de amplo e excelente ou não é utilizado rotineiramente pelos gerentes de projetos. 5.3. Em relação à avaliação da estrutura organizacional implementada no setor (Comitês, Escritório de Gerenciamento de Projetos, Gerentes de Projetos, Sponsors, Estrutura Projetizada, Estrutura Matricial, etc.), assinale a opção mais adequada

a) A estrutura implementada é perfeitamente adequada ao setor e funciona de forma totalmente convincente há, pelo menos, 2 anos.

e) O cenário da opção anterior ainda não foi atingido. 5.4. Em relação à visibilidade de nossa organização na comunidade empresarial, assinale a opção mais adequada:

a) Nossa organização é vista e citada como benchmark em gerenciamento de projetos há, pelos menos, 2 anos. Recebemos freqüentes visitas de outras organizações para conhecer nosso sistema de gerenciamento de projetos.

e) Ainda estamos muito longe de ser reconhecidos como benchmark. 5.5. Em relação à capacidade dos gerentes de projetos do setor em relacionamentos humanos (negociação, liderança, conflitos, motivação, etc.), assinale a opção mais adequada:

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a) Quase a totalidade de nossos gerentes é altamente avançada nesses aspectos há pelos menos 2 anos.

e) Ainda estamos muito longe de atingir o nível acima. 5.6. Em relação ao clima existente no setor, relativamente a gerenciamento de projetos, assinale a opção mais adequada:

a) O assunto gerenciamento de projetos é visto como "algo natural" no setor há, pelo menos, 2 anos. Os projetos são planejados com rapidez e eficiência e a execução ocorre em um clima de baixo stress, baixo ruído e alto nível de sucesso.

e) Ainda não atingimos o cenário acima. 5.7. Em relação ao programa de certificação PMP, IPMA ou equivalente para os gerentes de projetos do setor, assinale a opção mais adequada:

a) A quantidade adequada e necessária de gerentes certificados foi atingida.

e) Ainda não atingimos a quantidade adequada e necessária. 5.8. Em relação às causas de fracasso dos projetos (atrasos, estouro de orçamento, não obediência ao escopo previsto, não atendimento a exigências de qualidade), tanto internas como externas ao setor, assinale a opção mais adequada:

a) Todas as causas foram mapeadas e ações de correção já são executadas com sucesso quase total há, pelo menos, 2 anos.

e) Ainda existe muito trabalho a ser feito neste sentido. 5.9. Em relação à informatização implantada no setor, assinale a opção mais adequada:

a) Ela é totalmente adequada ao setor, aborda todos os aspectos necessários ao gerenciamento, pode ser utilizada por diferentes tamanhos de projeto e é utilizada rotineiramente durante todo o ciclo de vida de cada projeto há, pelo menos, 2 anos.

e) Ainda não atingimos o cenário acima. 5.10. Em relação ao alinhamento dos projetos executados no setor com os negócios da organização (ou com o planejamento estratégico), assinale a opção mais adequada:

a) O alinhamento é de 100% há muito tempo (acima de 2 anos).

e) Ainda não temos um alinhamento de 100%.

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PESQUISA MPCM - RESULTADO

Empresa: UFF Setor avaliado: Tecnologia da Informação Resultado da avaliação segundo o modelo de maturidade (MMGP) Avaliação final: 1.8

Nível Pontos 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

2 40

3 30

4 10

5 0 Aderência às Dimensões

Dimensão % Aderência (%) 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Competência Técnica 29

Metodologia 23

Informatização 13

Estrutura Organizacional 1

Competência Comportamental 0

Alinhamento Estratégico 10