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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE PROCESSAMENTO DE MADEIRA DE Pinus taeda L. RELATÓRIO DE ESTÁGIO Denise Andréia Szymczak Santa Maria, RS, Brasil 2010

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS

CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE PROCESSAMENTO

DE MADEIRA DE Pinus taeda L.

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Denise Andréia Szymczak

Santa Maria, RS, Brasil 2010

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE PROCESSAMENTO DE

MADEIRA DE Pinus taeda L.

por

Denise Andréia Szymczak

Relatório apresentado ao Curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria, como parte das exigências da disciplina EFL 1001 – Estágio Supervisionado em Engenharia Florestal

Orientador: Prof. Airton dos Santos Alonço (Dr. Eng.)

Supervisor: Eng. Ftal Davi Rauen

Santa Maria, RS, Brasil 2010

Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Rurais

Curso de Engenharia Florestal

A Comissão examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório de Estágio

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE PROCESSAMENTO DA MADEIRA DE Pinus taeda L.

elaborado por

Denise Andréia Szymczak

como parte das exigências da disciplina EFL 1001 – Estágio Supervisionado em Engenharia Florestal,

e como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheira Florestal

Comissão Examinadora:

________________________________________ Prof. Dr. Eng. Airton dos Santos Alonço

(Presidente/Orientador)

___________________________________ Davi Rauen, Eng. Ftal., (Rigesa Ltda)

(Supervisor)

___________________________________ Robson Schaff Correa, Eng. Ftal., M. Sc.

___________________________________ Vilnei de Oliveira Dias, Eng. Agr., M. Sc.

Santa Maria, 22 de Novembro de 2010

AGRADECIMENTOS

A Deus, por guiar meus passos.

Agradeço a minha família pelo amor, educação e por sempre me apoiarem nas

decisões tomadas.

Ao meu orientador Professor Airton dos Santos Alonço pela amizade, oportunidade e

confiança depositada.

Ao professor Mauro Valdir Schumacher, pelos ensinamentos e oportunidades, durante

todo o período da faculdade.

A empresa Rigesa soluções em embalagem MeadWestVaco, pela oportunidade e

confiança em meu trabalho.

Aos Gerentes Altair, Ronaldo e Edson Jaremtchuk.

A todo o pessoal do setor de colheita e logística pela receptividade, colaboração e

amizade.

Aos amigos da comercialização de madeiras e ao Tetê que está em todos os setores.

Aos meus colegas de sala, Rogério e Neuza, pelas conversas e desabafos nos

intervalos de atendimento do rádio e telefone.

As meninas, Greyci, Gislaine, Sônia, Simone e Janaína pela amizade e pelas conversas

divertidas e inteligentes no horário do almoço, com pautas sempre muito variadas. Sentirei

saudade. E não me falem de trabalho, por favor!

Aos queridos amigos do setor de Meio Ambiente Saúde e Segurança do Trabalho,

Minoru, Zilda, Marco Brito, Márcio, Williann, Balila.

Ao setor de Manutenção Mecânica, sempre muito agitado, pela amizade e pela

instalação e conserto do objeto deste estudo.

Ao José Carlos Droczak, pela amizade e pelo auxílio na coleta de dados deste trabalho

“gurizada”.

Aos amigos da classe dos estagiários, Juliana morena, Tatiana, Luís, Tiago, Nathalia,

Juliana loira, Daniel, Luis Gustavo, Mariela e Vilson.

Ao meu namorado, Eduardo, pelos conselhos, compreensão, companhia e amor.

A todos que me esqueci de agradecer aqui, meu muito obrigado.

RESUMO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE PROCESSAMENTO DE MADEIRA DE Pinus

taeda L.

Autor: Denise Andréia Szymczak Orientador: Prof. Dr. Eng. Agrícola Airton dos Santos Alonço

Supervisor: Eng. Ftal., Davi Rauen Local e data da defesa: Santa Maria, 22 de Novembro de 2010.

O objetivo deste trabalho foi caracterizar e avaliar a operação de processamento da madeira

de celulose com o uso de um cabeçote multiprocessador modelo GF 1295 em área de colheita

de Pinus sp e avaliar a produtividade no processo de toras com o uso do Cabeçote Harvester.

O estudo foi realizado na empresa Rigesa, papel e soluções em embalagens Ltda, localizado

no município de Três Barras, SC. O procedimento adotado para a coleta dos dados foi à

observação da máquina em operação, em três turnos e com três operadores. O ciclo de

trabalho do multiprocessador consistiu no tempo gasto para processar cada árvore o qual, foi

dividido em atividades parciais: Pegar a madeira de celulose, processar (desgalhar e cortar no

sortimento da celulose) e arrumar o estaleiro. Também foi computado o número de árvores

processadas em cada ciclo. No processamento de toras os elementos do ciclo foram: pegar a

árvore e processar a tora. No processo de adaptação da máquina-base ao cabeçote

multiprocessador, houve um excesso de altura de aproximadamente 1 metro no momento de

seu transporte em vias estaduais. O número de quebras nos primeiros 30 dias de uso foi

bastante elevado, indicando que o material utilizado para a sua fabricação não é apropriado. A

produtividade esperada para o multiprocessador e para o processo de toras não foi alcançada

nos primeiros 30 dias de utilização. A Eficiência Operacional variou nos turnos de trabalho,

sendo a média 47%.

Palavras-chave: Engenharia Florestal, Cabeçote multiprocessador, Colheita Florestal.

ABSTRACT

TRAINEESHIP REPORT

FOREST ENGINEERING COURSE FEDERAL UNIVERSITY OF SANTA MARIA

ACTIVITY EVALUATION OF WOOD PROCESSING OF Pinus taeda L.

Author: Denise Andréia Szymczak

Adviser: Prof. Dr. Eng. Agrícola Airton dos Santos Alonço Supervisor: Eng. Ftal., Davi Rauen

Place and date defense: Santa Maria, November 22, 2010

This study aimed to caracterize and to avalue the processing pulp wood operation

with the use of a multiprocessor head model GF 1295 in harvest of Pinus sp and to avalue the

productivity in logs process with Harvester head. This study was realized at Rigesa, paper and

packaging solutions Ltda, in Três Barras, SC. The methodology adopted for data collection

was o observes the machine in operation, in three shift and three operators. The duty cycle of

the multiprocessor consisted of time spent to process each tree which was divided into partial

activities: Take the pulp wood, process (breaks down and cut the pulp in the assortment) and

tidy up the yard. We also computed the number of trees processed in each cycle. In the

process of timber elements of the cycle were to catch and process the tree log. In the process

of adaptation of the machine based multiprocessor to the head, there was an excess of about

one meter tall at the time of its transportation routes states. The number of breaks in the first

30 days of use was fairly high, indicating that the material used for its manufacture is not

good quality. The expected productivity for the multiprocessor and the process of logs was not

reached within the first 30 days of use. The Operational Efficiency in varied work shifts, the

average being 47%.

Key-words: Forest Engineer; Multiprocessor head, Harvesting.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Máquina Florestal Feller Buncher. .......................................................................... 15 

Figura 2 - Máquina Florestal Skidder. ...................................................................................... 16 

Figura 3 - Máquina base de Escavadeira Hidráulica com cabeçote Harvester. ....................... 17 

Figura 4 - Máquina base de Escavadeira Hidráulica com garra de carregamento. .................. 18 

Figura 5 - Localização do Município de Três Barras, SC. Fonte: Wikipédia, 2010. ................ 21 

Figura 6 - Divisão da atividade de Processamento da madeira partindo do uso de uma

máquina. ................................................................................................................................... 22 

Figura 7 - Aspecto do Multiprocessador de árvores. ................................................................ 23 

Figura 8 - Cronômetro marca Herweg. ..................................................................................... 24 

Figura 9 - Aspecto dos principais problemas de montagem do cabeçote e no decorrer de sua

operação. A) quebra dos pinos de sustentação; B) trinca na base da primeira garra; C) excesso

de altura no transporte, e D) estrutura desmontada para obedecer a legislação ....................... 26 

Figura 10 - Produtividade média durante o período avaliado. ................................................. 27 

Figura 11 - Dificuldade de desgalhe em feixes que contenham árvores curtas ou bifurcadas. 30 

Figura 12 - Qualidade do estaleiro. .......................................................................................... 31 

Figura 13 - Cabeçote harvester. ............................................................................................... 35 

Figura 14 - Produtividade no processamento de toras pelo cabeçote harvester. ...................... 36 

Figura 15 - Toras de Pinus após o processamento com cabeçote harvester. ............................ 36 

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Comparativo do número de árvores processadas pelo multiprocessador. ............... 28 

Tabela 2 – Tempo, em segundos, dos elementos de um ciclo operacional do multiprocessador,

média de 40 ciclos em 3 observações. ...................................................................................... 29 

Tabela 3 - Acompanhamento da Produção e Eficiência Operacional do Cabeçote

Multiprocessador no primeiro turno de trabalho, em horas...................................................... 32 

Tabela 4 - Acompanhamento da Produção e Eficiência operacional do Cabeçote

Multiprocessador, no segundo turno de trabalho, em horas. .................................................... 32 

Tabela 5 - Acompanhamento da Produção e Eficiência operacional do Cabeçote

Multiprocessador, no terceiro turno de trabalho, em horas. ..................................................... 33 

Tabela 6 - Comparação da Eficiência Operacional (%) do multiprocessador entre os três

turnos de trabalho. .................................................................................................................... 34 

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 10 

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 11 

2.1 Histórico da Empresa ......................................................................................................... 11 

2.2 A espécie ............................................................................................................................. 12 

2.3 Colheita Florestal no Brasil ................................................................................................ 13 

2.4 Colheita Florestal na Rigesa ............................................................................................... 14 

2.4.1 Derrubada ........................................................................................................................ 15 

2.4.2 Arraste .............................................................................................................................. 16 

2.4.3 Processamento ................................................................................................................. 17 

2.4.4 Carregamento .................................................................................................................. 18 

3 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 19 

3.1 Objetivo Geral .................................................................................................................... 19 

3.2 Objetivos específicos: ......................................................................................................... 19 

4 HIPÓTESE ........................................................................................................................... 20 

5 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................. 21 

5.1 Caracterização do Local ..................................................................................................... 21 

5.2 Materiais ............................................................................................................................. 22 

5.3 Metodologia Específica ...................................................................................................... 23 

6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................................... 26 

6.1 Cabeçote Multiprocessador ................................................................................................ 26 

6.2 Cabeçote Harvester ............................................................................................................ 34 

7 CONCLUSÕES .................................................................................................................... 37 

8 SUGESTÕES ....................................................................................................................... 38 

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 39 

ANEXOS ................................................................................................................................. 40 

10 1 INTRODUÇÃO

No Brasil, dentre as principais atividades do agronegócio, está a atividade florestal,

que vem se consolidando com um desenvolvimento crescente e competitivo, fortalecendo a

investigação incessante de conhecimento e de novas tecnologias.

Atualmente, a maior parte das grandes empresas florestais, que possuem plantios em

áreas com declividades não acentuadas utilizam técnicas de colheita e processamento da

madeira que oferecem melhor produtividade, ou seja, empregam a mecanização dessas

atividades, proporcionando um grande aumento da eficiência operacional.

Porém, para que esse resultado seja alcançado, é fundamental um bom planejamento

silvicultural. Diante disso, a aquisição de máquinas empregadas na colheita florestal dispende

de alto investimento financeiro, o que implica em definir a máquina, ou o conjunto delas,

mais preconizado para a racionalização dessa operação, o que compete a cada empresa

deliberar conforme as suas necessidades, tendo por objetivo atingir o menor custo possível e

sustentação em longo prazo, adotando-se práticas economicamente viáveis.

Através do conhecimento dos custos operacionais das máquinas florestais, a tomada de

decisões em projetos futuros torna-se mais confiável economicamente, o que possibilita um

planejamento adequado, que resultará na maximização operacional e minimização dos custos

de colheita. Nesse sentido tornam-se imprescindíveis estudos para a obtenção dos

rendimentos operacionais e dos custos de colheita florestal, devida essa operação despender o

maior percentual dos custos de produção de florestas comerciais (SIMÕES, 2008).

Hoje, a preocupação com a sustentabilidade ambiental é muito preconizada no setor

florestal. Por isso o planejamento de máquinas e equipamentos deve visar uma menor

compactação do solo pelo seu sistema de rodado, menor problema com vazamentos de óleo e

graxas, equipamentos que façam o maior aproveitamento possível da matéria prima, evitando

perda de valor agregado ao produto.

O planejamento das atividades florestais também envolve o conceito de segurança e

ergonomia. Máquinas mais seguras e confortáveis aumentam a produção e reduzem

problemas de saúde e melhoram a vida do trabalhador. Esses fatores devem ser analisados em

máquinas florestais que são pesadas e utilizam muita força em suas operações, necessitando

de um contrapeso de conforto e segurança.

11 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Histórico da Empresa

A Rigesa é subsidiária da MeadWestvaco Corporation e atua desde 1942 no Brasil com

duas fábricas de papel, quatro fábricas de embalagens de papelão ondulado e uma fábrica de

embalagem de papelcartão. Atualmente possui 54 mil hectares de terras em Santa Catarina e

19 escritórios de vendas e representantes comerciais estrategicamente localizados em todas as

regiões do País, possui mais de 2.300 funcionários e ocupa o segundo lugar no mercado

nacional de papelão ondulado. Sua sede corporativa fica na cidade de Campinas, no interior

do estado de São Paulo.

Nasceu em Valinhos, no interior de São Paulo, com uma pequena fábrica de

embalagens, que em 1953 a Rigesa passou a fazer parte da WestVaco, empresa norte-

americana. Em 2002 ocorreu a fusão da WestVaco com a Mead. Com resultado da fusão, a

matriz da Rigesa passa a ser a MeadWestvaco Corporation, uma produtora global, líder em

embalagens, papéis revestidos e especiais, produtos ao consumidor e materiais de escritório e

produtos químicos especiais. Em 2002, ocorreu a inauguração da fábrica de embalagens de

Feira de Santana, BA.

A partir de 2009 a Rigesa produz embalagens certificadas pela Cadeia de Custódia -

CERFLOR (Programa Brasileiro de Certificação Florestal), certificação desenvolvida e

gerenciada pelo INMETRO. O CERFLOR é reconhecido pelo PEFC (Programme for the

Endorsement of Forest Certification Schemes), maior sistema de certificação florestal do

mundo, presente em mais de 30 países. Essa certificação garante a utilização de matéria-prima

proveniente de florestas 100% plantadas e um processo de fabricação baseado em princípios

sustentáveis e em boas práticas ambientais, do plantio da matéria-prima até a chegada ao

consumidor final.

Essa certificação é renovada a cada ano quando auditores designados pelo CERFLOR

visitam a empresa e analisam se os procedimentos descritos nas normas internas, padrões de

segurança e também a legislação vigente estão sendo cumpridas pela empresa. O que não tiver

em acordo gera uma não conformidade que deve ser sanada em até 90 dias.

12 2.2 A espécie

O Pinus taeda L., introduzido no Brasil em 1948, através do Serviço Florestal do

Estado de São Paulo, se destaca por apresentar facilidade nos tratos culturais e rápido

crescimento, abrangendo um milhão de hectares no planalto da Região Sul do Brasil

(SHIMIZU, 2005). O Pinus taeda se desenvolve adequadamente nas regiões com clima

ameno e inverno frio, em solo bem drenado, sem déficit hídrico, incluindo localidades como

as partes serranas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, e áreas mais chuvosas

do sul dos estados de São Paulo e de Minas Gerais (EMBRAPA, 2005).

Segundo Barrichelo et al. (1977), a madeira do Pinus sp é considerada uma importante

fonte de matéria-prima para fabricação de produtos manufaturados. É utilizado na produção

de celulose, de papel, de madeira serrada, de chapas e de madeira reconstituída.

O desenvolvimento industrial gerou uma crescente busca por produtos florestais, uma

vez que a madeira é considerada a principal fonte de matéria-prima para atender os vários

processos produtivos. O estabelecimento e o manejo de florestas plantadas com Pinus vem

possibilitando o abastecimento de madeira que, anteriormente, era suprido com a exploração

da araucária. Essa prática é importante para ecossistemas florestais nativos, pois vem suprindo

uma parcela cada vez maior da necessidade atual de madeira (SHIMIZU & MEDRADO). As

condições de adaptação do Pinus aos solos ligeiramente ácidos, que constituem a grande

maioria dos solos do país, permitiram a implantação de extensas áreas que, juntamente com a

adoção de práticas silviculturais adequadas, tornam as espécies deste gênero importante fonte

de matéria-prima, proveniente de florestas estabelecidas dentro dos padrões de

sustentabilidade (KRONKA et al., 2005).

A floresta de Pinus é diferenciada pelo seu “multi-uso” porque, após o corte, sua

madeira pode ser destinada à indústria laminadora, que a utiliza para fabricação de

compensados; para a indústria de serrados, que a transforma em madeira beneficiada ou é

convertida em móveis; para a indústria de papel e celulose; para a indústria de MDF e, mesmo

o seu resíduo, tem sido aproveitado como biomassa para geração de vapor e energia

(CARGNIN, 2005).

Na área de papel e celulose, que só trabalha com árvores de reflorestamento, o Pinus

representa 30% das plantações. Ele é importante porque contribui com as fibras longas,

imprescindíveis na fabricação de papéis, que exigem maiores resistências e melhor absorção

de tinta (AGROPAUTA, 2005).

13 2.3 Colheita Florestal no Brasil

No setor florestal, a colheita e o transporte de madeira são as etapas mais importantes,

economicamente, dada a sua alta participação no custo final do produto e os riscos de perdas

envolvidos nessas atividades. Segundo Andrade (1998), em torno de 40 a 50% dos custos de

produção de celulose são devidos ao produto florestal e, destes, cerca de 50% referem-se aos

custos de colheita e transporte.

Como a redução dos custos da colheita é vital para qualquer empresa, uma análise

detalhada e por partes dos custos nos diferentes métodos de colheita, em cada atividade, tem

um papel importante no entendimento dos mesmos, além de facilitar os estudos com o

objetivo de reduzi-los (REZENDE et al., 1997).

No Brasil, os sistemas manuais e semimecanizados de colheita foram amplamente

utilizados por falta de alternativas, empregando-se grande número de mão-de-obra, tornando a

operação onerosa e muito perigosa (EQUIPE TÉCNICA DA DURATEX, 1997). Com o

aumento da demanda por produtos florestais, necessidade de maior rendimento das operações,

escassez da mão-de-obra, aumento dos custos sociais e a abertura do mercado às importações

de máquinas de alta tecnologia, houve uma intensificação da mecanização do setor florestal.

A modernização das operações de colheita teve início na década de 70, quando a

indústria nacional começou a produzir maquinário de portes leves e médio. Além do mais,

nesse período o país passou também a importar maquinários mais específicos e mais robustos

dos Estados Unidos e do Canadá, onde a atividade da colheita estava mais fortificada.

De acordo com Seixas (1998), a mecanização das atividades de colheita e de

transporte florestal é importante no fornecimento da matéria-prima para as indústrias do setor.

Um dos obstáculos, para que o desenvolvimento florestal sustentável seja alcançado, está

relacionado ao trânsito de máquinas durante a realização das atividades de colheita e de

transporte florestal.

A seleção de máquinas e o desenvolvimento de sistemas operacionais constituem o

grande desafio para a redução dos custos e da dependência de mão-de-obra nas operações de

colheita e transporte florestal (EQUIPE TÉCNICA DA DURATEX, 1997). A escolha da

máquina, ou sistema a ser empregado, varia em função de vários fatores, como topografia do

terreno, declividade, solo, clima, comprimento da madeira, incremento da floresta, uso da

madeira e, por último, o nível de tecnologia que se deseja (MACHADO, 2002).

14 Com o desenvolvimento tecnológico, passou-se a buscar o aperfeiçoamento das

relações custo/beneficio e homem/máquina, com as finalidades de adequar o sistema de

colheita ao local específico de trabalho e proporcionar ao homem uma carga de trabalho mais

suave, visando à redução na fadiga e, conseqüentemente, ao aumento na produtividade do

sistema (MENEZES et al., 1985).

No Brasil existem ainda poucos dados a respeito da capacidade produtiva que se pode

esperar das máquinas e dos operários em determinadas condições de trabalho. As estimativas

de produtividade e custos baseados em dados fornecidos pelos fabricantes das máquinas ou

obtidas em trabalhos realizados em outros países não são confiáveis, uma vez que refletem

dados obtidos em condições totalmente diversas, no que diz respeito ao sistema silvicultural,

ao clima e à formação profissional do operador, ficando clara a necessidade de realização de

estudos específicos para as condições brasileiras (BRAMUCCI, 2001).

A escolha do sistema de colheita deve levar em considerações variáveis como a

experiência e habilidade da mão-de-obra, espécie florestal, produtividade, distância de arraste,

transporte, desempenho da máquina, capital requerido e característica do terreno. A exclusão

de algumas dessas variáveis resultará em problemas operacionais e ineficiência na análise do

processo de colheita (CONWAY, 1976; SALMERON, 1980; MACHADO, 1984). Esses

autores também citaram algumas formas de expressar a eficiência da atividade de colheita no

que se refere ao maquinário, dentre as quais estão: o consumo de potência diário para produzir

e transportar determinado volume de madeira ou, ainda, a relação do consumo de combustível

para dada potência demandada.

Depois de implantado o sistema de colheita nada impede que no decorrer dos anos e

da necessidade o mesmo seja aperfeiçoado e até revisto. Muitas vezes o sistema de colheita

deve atender aos novos negócios da empresa. O investimento em um novo sistema requer

muitos estudos de viabilidade econômica.

2.4 Colheita Florestal na Rigesa

O sistema de colheita florestal pode ser definido como um conjunto de atividades,

integradas entre si, que permitem o fluxo constante de madeira, evitando-se os pontos de

estrangulamento, levando os equipamentos a sua máxima utilização.

O sistema de Colheita utilizado pela Rigesa é o sistema de Toras Inteiras (full-tree).

Neste modelo a árvore é derrubada e arrastada para a margem da estrada, onde é processada.

15 As principais máquinas utilizadas neste sistema de colheita dentro da empresa são descritas

abaixo.

A empresa usa o sistema totalmente mecanizado, com máquinas florestais e outras

adaptadas da construção civil. O uso de motosserras se dá em empresas terceirizadas que

fazem a colheita de madeira de eucalipto e de Pinus de APP.

2.4.1 Derrubada

A derrubada é realizada com o Feller direcional (sabre) e com Feller Buncher. O tipo

de rodado é esteira. A empresa dispõe de dois Feller Buncher e dois Feller de sabre.

O Feller Buncher (figura 1) marca Tigercat®1 é uma máquina florestal (derrubador e

acumulador) que corta, acumula várias árvores e tomba-as, formando um feixe de árvores. O

cabeçote é uma peça de construção rígida, onde estão localizados os órgãos de corte composto

por um disco de vídia e os braços acumuladores, ambos acionados por um sistema hidráulico.

A produtividade é de 160 ton/hora de trabalho. Além desta questão de produtividade, a

ergonomia da cabine é muito superior quando comparada com a escavadeira hidráulica.

Figura 1 - Máquina Florestal Feller Buncher.

1Nota da Autora: A citação de marcas e modelos comerciais não implica nenhuma forma de recomendação ou aprovação dos mesmos.

16 Já o Feller de sabre tem uma produtividade muito inferior, 60 ton/hora. É composto

por uma máquina base de Escavadeira Caterpillar 320 - motor ATAAC Caterpillar (Diesel),

potência nominal de 95,5 kW, esteiras vedadas, lubrificadas com graxa e sapatas com 43

seções e um cabeçote de Feller de Disco direcional – cabeçote de 33”, realiza o corte e o

empilhamento das árvores.

2.4.2 Arraste

É realizado com o Skidder, marca Tigercat® (figura 2), um trator florestal arrastador,

articulado com tração 6 x 6 e com pneus e esteiras, desenvolvido exclusivamente para o

arraste de madeira.

Na parte traseira possui uma garra telescópica acionada pelo sistema hidráulico. Esta é

acionada para abrir e, em seguida, abaixar sobre os feixes de árvores e, depois, suspendê-los e

arrastá-los até a margem da estrada, colocando-os perpendicularmente a esta.

Figura 2 - Máquina Florestal Skidder.

17 A produtividade gira em torno de 160 ton/hora. Já os Skidders 4 x 4 marca Caterpillar,

modelo 525, 168 Kw de potência, tem uma produtividade de 50 – 65 ton/hora. Apesar de a

empresa dispor de 4 skidders 525 estes são utilizados quando ocorre algum problema em um

dos dois Skidders 6x6.

2.4.3 Processamento

Atualmente, depois de o Skidder arrastar as árvores inteiras próximo à estrada, o

processador florestal é responsável por desgalhá-las e cortá-las de acordo com o sortimento

especificado. Essa máquina é formada por uma base de escavadeira hidráulica onde é

acoplado um cabeçote de harvester (figura 3). Hoje, o sortimento se resume em: toras grossas

(acima de 24 cm de diâmetro), toras finas (de 18 a 24 cm de diâmetro) e celulose (de 18 a 8

cm de diâmetro) abaixo de 8 cm de diâmetro é considerado resíduo.

Figura 3 - Máquina base de Escavadeira Hidráulica com cabeçote Harvester.

A produtividade destas máquinas gira em torno de 36 ton/hora. A empresa possui 8

18 máquinas deste tipo para esta atividade.

2.4.4 Carregamento

O carregamento é realizado por uma máquina base de escavadeira hidráulica com uma

grua acoplada (figura 4), que é a responsável por pegar as toras, arrumar e carregar no

caminhão.

Figura 4 - Máquina base de Escavadeira Hidráulica com garra de carregamento.

A produtividade fica em torno de 90 a 100 ton/hora. A empresa possui 5 máquinas

destas atuando nesta atividade. Tem um alcance médio de 7,5 m. No estaleiro realiza o

carregamento das toras no caminhão.

19 3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Caracterizar e avaliar a operação de processamento da madeira de Pinus sp. com o uso

de um cabeçote multiprocessador modelo GF 1295 e cabeçote Harvester.

3.2 Objetivos específicos:

• Acompanhar o processo de adaptação do cabeçote multiprocessador na máquina base;

• Estimar o tempo médio de processamento de madeira de Pinus sp;

• Obter a Eficiência Operacional do multiprocessador;

• Avaliar a produtividade do processo de toras pelo cabeçote Harvester.

20 4 HIPÓTESE

Se for avaliado e conhecido o efetivo funcionamento do cabeçote multiprocessador

realizando o processamento apenas de madeira de celulose e do cabeçote harvester apenas

processando toras, então será possível planejar com eficiência o processo de colheita florestal

com a utilização deste equipamento.

21 5 MATERIAL E MÉTODOS

5.1 Caracterização do Local

A Divisão Florestal da Rigesa está localizada no município de Três Barras, SC.,

latitude 26º 06' 23" Sul e longitude 50º 19' 20" Oeste, estando a uma altitude de 802 metros

em relação ao nível do mar.

O clima da região é caracterizado por Mesotérmico úmido, com verão quente e

temperatura média de 17,1°C cfb (koppen), com precipitação média anual de 1429,29 mm, e

temperatura média anual em torno de 19,3 °C.

A figura 5 demonstra a localização do município no estado de Santa Catarina.

Figura 5 - Localização do Município de Três Barras, SC. Fonte: Wikipédia, 2010.

22 5.2 Materiais

Com a aquisição de um Cabeçote Multiprocessador de árvores, o processamento das

toras continuou sendo realizado com o cabeçote harvester, sendo que a celulose foi deixada

no estaleiro para que o multiprocessador desgalhesse e cortasse várias árvores ao mesmo

tempo. Na figura 6 tem-se um fluxograma de como foi dividido a atividade de processamento

de Pinus.

O multiprocessador avaliado é constituído por uma máquina-base e um cabeçote para

o processamento da madeira cujas principais características técnicas são:

• A máquina-base de escavadeira hidráulica marca CATERPILLAR®; modelo ATAAC

engine 3066; massa de operação 21760 kg.

• O cabeçote é da marca MSU modelo GF 1295 (figura 7), com 2 facas que envolvem o

feixe e se deslocam em um comprimento de 3 metros; 1 garra de sustentação com

capacidade de 0,36 m2 de área útil; peso aproximado de 3500 kg; 1 motor de giro; 1

motor para o conjunto de Corte; 1 motor para o deslocamento do Carro desgalhador;

velocidade de desgalhamento de 2,5 m s-1.

   Processamento

Cabeçote Harvester Cabeçote Multiprocessador 

Somente Toras Somente Celulose  

Figura 6 - Divisão da atividade de Processamento da madeira partindo do uso de uma

máquina.

23

Este cabeçote é mais barato que os atuais cabeçotes harvesters, a manutenção exige

peças simples e mão-de-obra barata. Possui poucos comandos elétricos. O cabeçote também

consome menos lubrificante e menos combustível. Em relação às peças, estas são de

fabricação nacional e custam em média 50% menos que as do cabeçote harvester.7

Figura 7 - Aspecto do Multiprocessador de árvores.

5.3 Metodologia Específica

O procedimento adotado para a coleta dos dados foi a observação da máquina em

operação. Em uma planilha foi anotado a rotina da máquina, ou seja, todas as ações da

máquina foram descritas anotando-se o tipo de acontecimento, o segundo inicial e o segundo

final deste. Logo, o instante final do primeiro acontecimento é igual ao instante inicial do

próximo acontecimento, criando assim uma linha de tempo contínua mapeando as atividades

daquele turno.

O ciclo de trabalho do multiprocessador consistiu no tempo gasto para processar cada

árvore, o qual foi dividido em atividades parciais. Identificaram-se quatro elementos do ciclo

24 operacional: pegar a madeira, processar (desgalhar e cortar no sortimento da celulose) e

arrumar o estaleiro. Também foi computado o número de árvores processadas em cada ciclo.

A medição dos tempos foi realizada pelo método dos tempos individuais, em que o

tempo de cada atividade do ciclo operacional é obtido diretamente, já que o cronômetro é

zerado a cada leitura. Para a medição dos tempos, utilizaram três cronômetros de minuto

decimal, de duplo ponteiro e três botões, dispostos na prancheta (figura 8).

Figura 8 - Cronômetro marca Herweg.

Por meio da metodologia de BARNES (1977), determinou-se o número mínimo de

observações necessárias para se estimar o tempo médio do ciclo operacional, para um nível de

5% de probabilidade de erro. Foi cronometrado um total de 460 ciclos operacionais do

multiprocessador. Em cada ida ao campo (observações) foram coletados 40 ciclos, resultando

em 12 observações. Estas observações foram tomadas nos três turnos de trabalho e com os

três operadores da máquina, de maneira aleatória.

As interrupções do trabalho não foram cronometradas, ou seja, foi considerado como

se os operadores tivessem uma eficiência operacional de 100%.

A Eficiência Operacional (E.O.) do cabeçote multiprocessador foi obtida pelo

25 preenchimento de uma folha ponto (Anexo A) pelos 3 operadores do mesmo. A E.O foi

calculada pela razão entre as horas de Efetivo Trabalho e as Horas Totais Operadas.

No processo de toras, também foram cronometrados o tempo de o cabeçote harvester

pegar a árvore e de processar a tora, seguindo a mesma metodologia proposta por Barnes

(1977).

A empresa adota um procedimento que trata das máquinas e equipamentos novos. O

período de treinamento dura 90 dias só depois disso são tiradas conclusões sobre a

produtividade da máquina. Este trabalho foi realizado nos primeiros 30 dias do treinamento.

Além dos dados levantados por este estudo a empresa dispõe de um relatório diário de

produção. Este relatório é alimentado pelo “ponto” que cada funcionário preenche no final de

seu turno de trabalho. Deste são retiradas informações como: horas trabalhadas, horas

operadas, horas paradas, informações da fazenda, número de árvores processadas, toneladas,

árvore/hora, tonelada/hora e principais motivos das paradas. Com base nesse relatório todos

os funcionários acompanham a produção de todas as máquinas e operadores em todas as

atividades da colheita.

26 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

6.1 Cabeçote Multiprocessador

Em relação à adequação da máquina base, a mesma passou por alguns ajustes antes de

ser acoplado o novo equipamento. Mesmo assim, houve um excesso de altura de 1 m quando

submetido ao transporte nas rodovias estaduais, de acordo com a instrução normativa n° 011

do DER do estado do Paraná.

O total de quebras que a máquina sofreu durante o período estudado pode se resumem

em: 2 pinos de sustentação, uma trinca na estrutura do cabeçote, perda de um pino de

estrutura e substituição de uma mangueira de óleo hidráulico.

Figura 9 - Aspecto dos principais problemas de montagem do cabeçote e no decorrer de sua operação. A) quebra dos pinos de sustentação; B) trinca na base da primeira garra; C) excesso de altura no transporte, e D) estrutura desmontada para obedecer a legislação

A B

C D

Diâm. 8 cm

27

A maioria dos problemas estruturais ocorridos nas peças se deve a baixa qualidade do

material usado na fabricação do equipamento. A empresa fabricante foi procurada e as peças

foram substituídas no período de garantia do produto, porém esse fato resolveu em partes os

problemas.

O excesso de altura de 1 m foi resolvido desacoplando o equipamento da máquina-

base quando o seu transporte obrigatoriamente for realizado por rodovias estaduais. O

translado que ocorrer pelo interior das fazendas não necessitará desse procedimento. O tempo

médio gasto para realizar o procedimento de desmontagem e montagem levou em torno de 40

min, tempo este que compromete a eficiência operacional do equipamento.

Na figura 10 tem-se a produtividade do novo equipamento usado. A empresa estipulou

uma produtividade média de 44 ton/hora para o multiprocessador das madeiras de celulose.

37,4

28,624,8 25,7

38,3 41,034,0 40,3

44

05

10

1520

25

3035

4045

1° Semana 2° Semana 3° Semana 4° Semana

Ton/h

Treinamento

Relatório Diário Observação/Cronômetro Goal

Figura 10 - Produtividade média durante o período avaliado.

A produtividade do multiprocessador obtida via tomada de tempo

(observação/cronômetro), foi maior em todo o período avaliado. Isso se deve principalmente

pela desconsideração das paradas por motivos fisiológicos, deslocamento dentro da fazenda,

paradas por problemas mecânicos, etc, ou seja, foram considerados 100% de eficiência na

operação.

28

Já no relatório diário foram constatados problemas no preenchimento do ponto,

especialmente no que se trata tipo de madeira processada (Celulose, Madeira de cortina, etc.),

pois o fator de conversão árvore/hora em tonelada/hora pode ter sido usado de maneira

equivocada. Além disso, a contagem das árvores processadas é realizada visualmente pelos

operadores, e é uma grande dificuldade e fonte de erros no momento do cálculo da

produtividade.

Houve um pico de produtividade na 2° semana (41 ton/h). Isso se deve principalmente

as madeiras estarem mais secas e consequentemente têm um rendimento maior no que se

refere ao desgalhamento. Na última semana de avaliação a meta de 44 ton/hora não foi

alcançada, porém, acredita-se que a máquina e os seus operadores ainda não demonstraram o

potencial que possuem.

Na tabela 1, é apresentado o número médio de árvores processadas pelo novo

equipamento adquirido pela empresa Rigesa.

Tabela 1 – Comparativo do número de árvores processadas pelo multiprocessador.

Fonte 1° Semana 2° Semana 3° Semana 4° Semana

Árvore/hora Observação/Cronômetro 134,0 161,7 135,9 161,1

Relatório Diário 119,5 115,0 100,3 103,8

Não podendo ser diferente, observou-se um pico de processamento de árvores na

segunda semana, pois como já comentado as árvores estavam à tempo paradas esperando para

serem processadas e vendidas, com isso perderam umidade, o que facilitou o trabalho na hora

do processamento. Também fica evidente a dificuldade dos operadores em contar o número de

árvores que estão processando.

Na Tabela 2 tem-se o tempo médio dos elementos do ciclo operacional. Foram

realizadas três observações em cada semana. Em cada uma destas observações foram

cronometrados 40 ciclos operacionais. Entende-se um ciclo por: pegar a madeira, processar e

arrumar o estaleiro. Juntamente com isso eram contadas as árvores que o cabeçote

multiprocessador “apanhava”.

A média de número de árvores processadas por observação variou de 4 – 5, sendo que

a média mensal, média de todo período avaliado, ficou em 5 árvores processadas.

29 O tempo em segundos de cada elemento do ciclo variou entre as semanas observadas.

A 2° semana teve os tempos mais baixos comparada as outras. Nesta semana o processamento

foi realizado em árvores secas, facilitando o mesmo e reduzindo o tempo de cada elemento do

ciclo.

Tabela 2 – Tempo, em segundos, dos elementos de um ciclo operacional do multiprocessador, média de 40 ciclos em 3 observações.

Pegar a Madeira Processar Arrumar o estaleiro Número de árvores 1° semana

20,7 111,5 27,7 5 2° semana

9,6 109,1 19,3 5 3° semana

14,0 105,4 26,0 5 4° semana

11,1 64,7 21,4 4

O elemento “processar” é o mais demorado, visto que envolve movimentos de

desgalhe e de corte no sortimento de celulose. Este elemento do ciclo operacional foi muito

observado e medidas de correção e melhorias foram implantadas. Árvores curtas no meio do

feixe que o cabeçote abraça, atrapalham durante movimento do carrinho para desgalhar, o

feixe se desarruma e o operador tem dificuldades de soltar esta árvore e continuar seu trabalho

(figura 11).

Além disso, outro problema operacional se refere ao número de árvores que o

operador tenta processar. A máquina tem um limite para abraçar as árvores e quando excede

este limite acaba perdendo tempo para tentar largar a excedente na pilha e também para

rearranjar o feixe.

30

Figura 11 - Dificuldade de desgalhe em feixes que contenham árvores curtas ou bifurcadas.

No período estudado, uma das preocupações da empresa foi com a qualidade do

estaleiro. Esse parâmetro é muito importante, pois o cliente dessa madeira é a Fábrica de

Papel de Três Barras e a mesma é muito exigente em relação a qualidade do produto recebido.

A altura do estaleiro não pode ultrapassar 1,5m, pois dificulta o carregamento dos caminhões

e torna a operação perigosa por causa dos movimentos da máquina que carregam. Além disso,

o estaleiro precisa ser orientado, para evitar o “chuveirinho”, operação onde a máquina bate o

feixe no chão para arrumar as madeiras e assim empilhar no caminhão sem ocorrer perda de

espaço e consequentemente carga transportada.

A quantidade de galhos também foi alvo de críticas nas primeiras semanas de

atividade da máquina, sendo amenizadas nas seguintes. Alta incidência de galhos na madeira

atrapalha o processo de fabricação de papel. O descascamento das madeiras se torna difícil e

assim a polpa de celulose perde qualidade pela presença de cascas. Galhos grossos podem

danificar o picador de madeira do fábrica de papel e/ou obstruí-lo. No final dos primeiro 30

dias de operação, esse parâmetro já ficou em conformidade com aquilo que o cliente da

madeira de celulose precisa (figura 12).

31

Figura 12 - Qualidade do estaleiro.

Em relação ao aproveitamento máximo da madeira, nas primeiras semanas de

observações por causa da pouca habilidade dos operadores, muita madeira foi desperdiçada e

deixada no talhão. Com o passar das semanas, e com um maior confiança e treinamento

destes, houve uma redução dos resíduos deixados pelo processamento.

Em relação a Eficiência Operacional, foram coletados os dados de um ponto (anexo A)

elaborado especificamente para o acompanhamento da produção do novo cabeçote

processador.

Na avaliação do primeiro turno, que trabalha das 05h00min da manhã às 14h42min da

tarde com uma hora de intervalo para almoço, a média de horas totais fica em torno de 8,2

horas, porém, a média de horas de efetivo trabalho é de 3,9 horas. Com isso a Eficiência

Operacional é de 48, 3% no período avaliado (tabela 3). Dentre os principais motivos de

paradas está a manutenção corretiva do cabeçote e da máquina base e deslocamento entre

talhões.

1° Semana 2° Semana

3° Semana 4° Semana

32 Tabela 3 - Acompanhamento da Produção e Eficiência Operacional do Cabeçote Multiprocessador no primeiro turno de trabalho, em horas.

Data Turno Operador HT HE HP Eficiência (%) Região Talhão Fc N°

árvore Ton Produtividade Arv/h Ton/h

20 1 A 7,7 4,2 3,5 54,2 31 42 0,29 410 118,1 98,3 28,3 22 1 A 7,7 4,3 3,4 55,4 31 58 0,27 416 112,3 97,8 26,4 26 1 B 7,7 6,0 1,7 78,2 31 58 0,27 558 150,7 93,0 25,1 27 1 B 8,7 3,8 4,8 44,2 31 58 0,27 495 133,7 129,1 34,9 29 1 B 8,7 5,7 2,9 66,3 31 58 0,27 615 166,1 107,0 28,9 30 1 A 7,7 2,6 5,1 33,8 31 58 0,27 326 88,0 125,4 33,9 1 1 C 8,7 2,8 5,8 32,8 31 58 0,27 314 84,8 110,6 29,9

10 1 A 8,7 1,9 6,8 21,6 31 52 0,51 134 68,3 71,4 36,4 Total 65,4 31,3 34,1 3268 921,9

Média 8,2 3,9 4,3 48,3 409 115,2 104,1 30,5 CV (%) 6,4 37,3 39,3 39,0 37,4 29,4 17,8 13,5

Onde: HT: horas totais, HE: horas efetivas, HP: horas paradas, Fc: Fator Celulose (60% da árvore), CV: coeficiente de variação.

Com esta avaliação mais precisa da máquina, levando em consideração todas as

paradas, a média de produtividade fica em torno de 30,5 ton/hora. Além disso, está fonte é

bastante confiável uma vez que se observou o comprometimento dos operadores com o

preenchimento correto de tudo o que aconteceu com a máquina durante seu turno de trabalho.

Tabela 4 - Acompanhamento da Produção e Eficiência operacional do Cabeçote Multiprocessador, no segundo turno de trabalho, em horas.

Data Turno Operador HT HE HP Eficiência (%) Região Talhão Fc N°

árvore Ton ProdutividadeArv/h Ton/h

20 2 C 5,7 3,3 2,3 58,9 31 42 0,29 310,0 89,3 93,0 26,8 26 2 A 6,7 3,3 3,3 50,0 31 58 0,27 463,0 125,0 139,0 37,5 28 2 A 6,7 2,0 4,7 30,0 31 58 0,27 304,0 82,1 152,0 41,0 1 2 B 6,8 2,5 4,3 37,0 31 58 0,27 369,0 99,6 147,6 39,9 4 2 B 6,7 1,8 4,9 27,2 31 58 0,27 190,0 51,3 103,6 28,0

29 2 A 6,7 2,4 4,2 36,4 31 58 0,27 442,0 119,3 182,3 49,2 9 2 C 6,7 1,9 4,7 28,8 31 52 0,51 173,0 88,2 90,1 46,0

10 2 C 7,2 2,5 4,7 34,8 31 52 0,51 291,0 148,4 116,6 59,4 Total 53,0 19,8 33,1 2542 803,3

Média 6,6 2,5 4,1 37,9 318 100,4 128,0 41,0 CV (%) 6,4 23,7 21,3 29,2 33,1 29,8 25,4 26,4

Onde: HT: horas totais, HE: horas efetivas, HP: horas paradas, Fc: Fator Celulose (60% da árvore), CV: coeficiente de variação.

Os dados de produção do segundo turno, das 09h50min às 17h36min, são apresentados

33 na tabela 4. É um turno mais curto se comparado aos demais, o mesmo fica parado no campo

esperando o primeiro turno terminar sua jornada, logo a média de horas de efetivo trabalho é

de 2,5 horas. A Eficiência Operacional em média, foi de 37,9 %, o menor rendimento entre os

turnos.

Os principais motivos de paradas neste turno foram superaquecimento da máquina

base e consequente perda de força no cabeçote processador. Para amenizar este efeito a

máquina foi lavada para reduzir o aquecimento. Além disso, foi gasto tempo esperando

mecânico e também nas mudanças de um talhão para outro. A produtividade foi de 41

ton/hora.

Na tabela 5 pode ser observada a produção e a eficiência operacional dos operadores

do terceiro turno de trabalho.

Tabela 5 - Acompanhamento da Produção e Eficiência operacional do Cabeçote Multiprocessador, no terceiro turno de trabalho, em horas.

Data Turno Operador HT HE HP Eficiência (%) Região Talhão Fc N°

árvore Ton ProdutividadeArv/h Ton/h

20 3 B 8,0 6,8 1,3 84,4 31 58 0,27 785,0 212,0 116,3 31,4 21 3 B 7,7 4,0 3,7 52,2 31 58 0,27 405,0 109,4 101,3 27,3 25 3 C 8,3 5,4 2,9 65,0 31 58 0,27 645,0 174,2 119,1 32,2 26 3 C 8,6 4,3 4,4 49,3 31 58 0,27 635,0 171,5 149,2 40,3 29 3 C 8,7 4,3 4,3 50,1 31 58 0,27 402,0 108,5 92,7 25,0 1 3 A 8,7 5,3 3,4 60,6 31 58 0,27 727,0 196,3 138,5 37,4

10 3 B 8,7 4,2 4,5 48,1 31 52 0,51 505,0 257,6 121,2 61,8 11 3 B 8,6 2,6 6,0 30,1 31 58 0,51 240,0 122,4 93,0 47,4

Total 67,2 36,8 30,4 4344 1351,7 Média 8,4 4,6 3,8 55,0 543 169,0 116,4 37,9

CV (%) 4,5 26,7 36,3 28,6 34,3 31,5 17,6 31,9 Onde: HT: horas totais, HE: horas efetivas, HP: horas paradas, Fc: Fator Celulose (60% da árvore), CV: coeficiente de variação.

Este turno tem inicio às 15h30min e término às 01h06min da madrugada. Neste turno

a Eficiência Operacional superou os demais turnos ficando em torno dos 55%. O número de

horas trabalhadas foi superior aos demais turnos, visto que à noite são eliminados

procedimentos de manutenção preventiva, lavação de máquina, abastecimento, demonstração

para visitas, etc.

A produtividade média não se mostrou superior ao segundo turno, principalmente as

dificuldades operacionais devido a pouca iluminação. A contagem do número de árvores

34 processadas pode ter sido subestimada. Durante o dia, já existe dificuldades quanto a isso, de

noite isso pode ter sido agravado.

Na tabela 6, foi realizado um teste t para comparar as médias das eficiências

operacionais nos 3 turnos de trabalho realizados na empresa.

Houve diferença estatística significativa (p<0,05) entre os turnos de trabalho. Isso se

deve especialmente a jornada de trabalho realizado pelo primeiro ser maior do que a do

segundo turno.

Tabela 6 - Comparação da Eficiência Operacional (%) do multiprocessador entre os três turnos de trabalho.

Turnos E.O. (%) 1 48,31 ab* 2 37,90 b 3 54,97 a

Média 47,06 *Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem estatisticamente pelo teste t a 5% de probabilidade de erro.

Além disso, o segundo turno tem mais paradas no decorrer do dia. Nesse período a

máquina é abastecida, lavada, engraxada e geralmente quando tem demonstração de seu

funcionamento ocorre á tarde que corresponde a este turno.

6.2 Cabeçote Harvester

O cabeçote Harvester é utilizado agora apenas no processamento de toras de Pinus

para venda no comércio da região para empresas laminadoras, serraria, indústrias moveleiras,

etc. Nesta atividade, foi estipulado um aumento de 10% na produtividade atual de 36 ton/hora

produzindo toda a árvore, ou seja, essa atividade deverá produzir cerca de 40 ton/hora.

Na figura 13 tem-se o aspecto do cabeçote atualmente utilizado para processar toras.

35

Figura 13 - Cabeçote harvester.

Como se pode observar na figura 14, a produtividade esta muito aquém do Goal de

produtividade. Uma das possíveis causas é a mudança das madeiras no estaleiro. Atualmente

no processamento de toras todas as árvores são modificadas do lugar, independentemente se

não servem para tirar toras (diâmetro inferior a 18 cm). Se estas madeiras permanecerem no

estaleiro haverá uma redução no tempo da operação e consequentemente maior produtividade.

Outra possibilidade a ser considerada futuramente é da de selecionar as árvores finas

na derrubada formando feixes finas e feixes de árvores grossas. Ou seja, pela experiência do

operador ele selecionaria as árvores finas, que não servem para tora, que são a minoria e faria

feixes distintos para o skkider arrastar.

O skkider levaria para a beira da estrada e formaria estaleiros diferenciados para o

processador Harvester. O rendimento no processamento seria maior, pois o tempo de

movimentação das árvores seria eliminado.

36

17,6 16,4

21,0

13,5

28,0

22,5

20,9

29,2

40

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

1° Semana 2° Semana 3° Semana 4° Semana

Ton/h

Treinamento

Relatório Diário Observação/Cronômetro Goal

Figura 14 - Produtividade no processamento de toras pelo cabeçote harvester.

Na última semana de estudo de tempos e movimentos, o processamento de toras não

atingiu a meta de 40 ton/hora. Além da falta de habilidade dos operadores, esse fato também

pode ser associado a problemas como timidez do operador. O mesmo pode ter ficado nervoso,

pois sabia que estava sendo observado e sua produção cronometrada.

Figura 15 - Toras de Pinus após o processamento com cabeçote harvester.

37 7 CONCLUSÕES

O número de quebras estruturais nos primeiros 30 dias de uso foi bastante elevado,

num total de 3, indicando que o material utilizado para a sua fabricação não é de boa

qualidade, dando indicação de falha do projeto do equipamento assim como erro de têmpera

dos pinos de sustentação.

A qualidade visual do estaleiro teve uma evolução muito acentuada estando dentro dos

padrões exigidos pelo cliente (fábrica de papel).

A produtividade esperada de 44 ton/hora para o multiprocessador não foi alcançada

nos primeiros 30 dias de utilização. No processo de toras, a produtividade não se deu como o

planejado.

Durante o período de estágio tive a experiência de trabalhar com profissionais de

outras áreas e formação diferente da minha, sendo isto importante, pois com união de diversas

áreas do conhecimento torna-se mais fácil a resolução de problemas encontrados no dia-a-dia.

O contato com o os trabalhadores do campo, os operadores das máquinas florestais, foi

de grande importância, pois desmistificou um pouco do preconceito da presença feminina na

área de colheita. A receptividade, o respeito, a colaboração nos trabalhos e amizade foram

surpreendentes para mim. Com certeza termino o estágio com uma impressão muito diferente

(muito melhor) daquela com a qual iniciei.

Levo daqui à importância que a segurança do trabalho tem em todas as atividades da

empresa. Na minha profissão e na minha vida sempre terei esse conceito em primeiro lugar.

A preocupação e a responsabilidade com a sustentabilidade ambiental foi outra grande

surpresa boa no decorrer do estágio. Sempre tive um conceito, talvez distorcido, do

relacionamento de empresas e o meio ambiente, mas a Rigesa realmente cuida e protege os

recursos naturais. Assim também é no cuidado com as comunidades vizinhas. Sinto orgulho

de ter feito parte desta equipe.

O conhecimento técnico adquirido foi grande, não apenas na área de colheita e de

logística, mas também aqueles de administração, de comportamento dentro de uma

organização, de organização do tempo, do planejamento e negociação, etc.

Enfim, o estágio de conclusão de curso realizado na Rigesa foi muito além das minhas

expectativas como acadêmica, foi uma escola de conduta pessoal e profissional.

38 8 SUGESTÕES

Processar madeira com menor teor de umidade, o que pode aumentar a produtividade

do cabeçote multiprocessador. Com madeira mais seca o desgalhamento se torna mais

eficiente e aumenta a produtividade.

Técnicas para melhorar a visualização do operador e com isso corrigir as falhas na

contagem de árvores. Uma das alternativas seria um espelho acoplado na máquina de forma

que se possa contar as árvores. Também existe a possibilidade de contagem das mesmas no

momento do primeiro corte, assim enquanto as madeiras vão caindo sobre o estaleiro pode-se

fazer a contagem.

Processar madeiras curtas pelo cabeçote Harvester, evitando o rearranjo do feixe pelo

multiprocessador. Estas madeiras mais curtas atrapalham o multiprocessador no momento do

desgalhamento, pois o feixe se desarruma e ele perde tempo para arranjar novamente.

No caso do processamento de toras, evitar a mudança das árvores do lugar, ou seja,

aquelas que não possuem diâmetro para tora devem ser deixadas no estaleiro do

multiprocessador.

39 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGROPAUTA. PINUS: Qual o potencial dessa madeira para o Brasil. Disponível em : http://www.agropauta.com.br/miudos.asp?todo=id&id=67. Consultado em 19/12/2005. ANDRADE, S. da C. Avaliação técnica, social, econômica e ambiental de dois sistemas de colheita florestal no litoral Norte da Bahia.1998. 125 p. Tese (Doutorado em Silvicultura) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1998. BARNES, R. M. Estudo de Movimentos e de Tempos: projeto e medida do trabalho. Tradução da 6 ed. Americana. São Paulo: Edgard Blucher, 1977. 635 p. CARGNIN,O. Alternativas das florestas de pinus. Disponível em: http://www.valeverde.org.br/html/clipp2.php?id=3752&categoria=Biodiversidade%20. Consultado em 28/09/05. EQUIPE TÉCNICA DA DURATEX. Sistemas de colheita e transporte na Duratex. In: SIMPÓSIO BRASIELIRO SOBRE COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL, 3., 1997, Vitória. Anais... Vitória: UFV/SIF, 1997. KRONKA, F. J. N.; BERTOLANI, F.; PONCE, R. H. A cultura do Pinus no Brasil. São Paulo: Sociedade Brasileira de Silvicultura, 2005. REZENDE, J. L.; FIEDLER, N. C.; MELLO, J. M.; SOUZA, A. P. Análise técnica e de custos de métodos de colheita e transporte florestal. Lavras: UFLA, 1997. 50 p. (Boletim Agropecuário, 22) SHIMIZU, J. Y.; MEDRADO, M. J. S. Cultivo do Pinus: Disponível em : http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/. Consultado em 07/01/2006. SIMÕES, D. Avaliação econômica de dois sistemas de colheita florestal mecanizada de eucalipto. 2008. 59 f. Dissertação (Dissertação de mestrado) - Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP – Campus de Botucatu, Botucatu, 2008.

40

ANEXOS Anexo A – Acompanhamento diário de Produção.

Processo de: ( ) árvores inteiras ( ) Celulose ( ) Madeira APP Prefixo Horôm. Inicial Horôm. Final Operador Turno Data

41

Saída Sede: Chegada

Campo: Saída Campo: Chegada

Sede:

Talhão/Região Número de árvores Fator Tipo de solo

1 - Arenoso 3 - Banhado 2 - Argiloso 4 - Rochoso

Hora Ínicio

Hora Fim

Tipo Serviço Descrição do Problema Hora

Ínicio Hora Fim Tipo Serviço Descrição do Problema

CONSUMOS

Horômetro: Quant. Litros Descrição

Assinatura Responsável pela área

Data:

TIPO DE SERVIÇO 1 Corte ou Processo 75 Chuva 3 Manut. Corretiva Escavadeira 80 Transporte Região 4 Manut. Corretiva Cabeçote 85 Deslocamento Campo

10 Verificação Diária 90 Demonstração/ Visita 15 Manut. Preventiva Escavadeira 95 Treinamento 16 Manut. Preventiva Cabeçote 96 Auditoria de segurança 20 Abastecimento/ Lubrificação 97 Encalhado 40 Aguardando Peças/ Mecânico 98 Reunião 50 Refeição 99 Troca de Turno 51 Café da Manhã 100 Limpeza 52 Ginástica Laboral 101 Outros (descreva) 65 Manut. Conjunto de Corte