av 02 problemas resolvidos

20
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA LABORATÓRIO DE AR CONDICIONADO E CONFORTO TÉRMICO Rua Augusto Corrêa, 01 Campus Universitário do Guamá Setor Profissional - Belém PA / CEP: 66.075 - 010 LABEM Laboratório de Engenharia Mecânica / Sala 203 / (91) 3201 7962 / [email protected] PROBLEMAS RESOLVIDOS CONVECÇÃO FORÇADA EM ESCOAMENTOS EXTERNO E INTERNO Prof. Dr. Jorge E. Corrêa (1) O motor de automóvel pode ser considerado um bloco retangular de dimensões 40cm × 40cm × 80cm (altura × largura × profundidade). Sua superfície inferior está à 100ºC e apresenta emissividade de 0,95. A temperatura do ar ambiente é de 20ºC e a da pista de rolamento 25ºC. Admite-se que o ar escoa na direção da maior dimensão do motor. Determine a taxa de transferência de calor a partir de superfície inferior do bloco se o carro viaja a velocidade de 80 km/h. Passo 1: Declaração do problema O motor de um veículo é representado por um bloco retangular de faces planas, com temperatura e emissividade conhecidas na face inferior (voltada para a pista de rolamento). São fornecidas sua velocidade, a temperatura do ar e a temperatura da pista de rolamento. A transferência de calor na superfície inferior do bloco deve ser determinada. Passo 2: Esboço Passo 3: Hipóteses simplificadoras a) Processo em regime permanente; b) Propriedades constantes para o ar; c) Coeficiente de transferência de calor por convecção constante e uniforme na superfície inferior do bloco; d) A superfície inferior do bloco será tratada como uma placa plana e os efeitos de borda serão desconsiderados; e) Admite-se que as superfícies do bloco e da pista são cinzentas; f) Admite-se o ar como meio transparente à radiação. Passo 4: Leis Físicas A superfície inferior do bloco troca calor por convecção com o ar e por radiação com a pista de rolamento. Assim, a transferência total de calor é a soma dessas duas parcelas: total conv rad Q Q Q A parcela convectiva é calculada pela lei do resfriamento de Newton, dada por: ( ) conv s s Q hA T T onde: área da superfície inferior do bloco, m²; coeficiente de transferência de calor por convecção, W/m²·ºC; temperatura da superfície inferior do bloco (constante e uniforme), ºC; e temperatura do ar, ºC. O valor de deve ser obtido por correlações em função de características do escoamento e geometria da superfície. A transferência de calor por radiação entre a superfície inferior do bloco e a da pista é dada por: 4 4 ( ) rad s s p Q A T T onde: temperatura da pista de rolamento, K; emissividade das superfícies; 8 2 4 5, 67 10 WmK , constante de Stefan-Boltzmann. Passo 5: Propriedades termofísicas As propriedades do ar devem ser avaliadas na temperatura de película: 100 20 60 2 2 s m T T C C T C

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    LABORATRIO DE AR CONDICIONADO E CONFORTO TRMICO

    Rua Augusto Corra, 01 Campus Universitrio do Guam Setor Profissional - Belm PA / CEP: 66.075 - 010

    LABEM Laboratrio de Engenharia Mecnica / Sala 203 / (91) 3201 7962 / [email protected]

    PROBLEMAS RESOLVIDOS CONVECO FORADA EM ESCOAMENTOS EXTERNO E INTERNO

    Prof. Dr. Jorge E. Corra

    (1) O motor de automvel pode ser considerado um bloco retangular de dimenses 40cm 40cm 80cm (altura largura profundidade). Sua superfcie inferior est 100C e apresenta emissividade de 0,95. A temperatura do ar ambiente de 20C e a da pista de rolamento 25C. Admite-se que o ar escoa na direo da maior dimenso do motor. Determine a taxa de transferncia de calor a partir de superfcie inferior do bloco se o carro viaja a velocidade de 80 km/h. Passo 1: Declarao do problema O motor de um veculo representado por um bloco retangular de faces planas, com temperatura e emissividade conhecidas na face inferior (voltada para a pista de rolamento). So fornecidas sua velocidade, a temperatura do ar e a temperatura da pista de rolamento. A transferncia de calor na superfcie inferior do bloco deve ser determinada. Passo 2: Esboo

    Passo 3: Hipteses simplificadoras

    a) Processo em regime permanente; b) Propriedades constantes para o ar; c) Coeficiente de transferncia de calor por conveco constante e uniforme na superfcie inferior do bloco; d) A superfcie inferior do bloco ser tratada como uma placa plana e os efeitos de borda sero desconsiderados; e) Admite-se que as superfcies do bloco e da pista so cinzentas; f) Admite-se o ar como meio transparente radiao.

    Passo 4: Leis Fsicas A superfcie inferior do bloco troca calor por conveco com o ar e por radiao com a pista de rolamento. Assim, a transferncia total de calor a soma dessas duas parcelas:

    total conv radQ Q Q

    A parcela convectiva calculada pela lei do resfriamento de Newton, dada por:

    ( )conv s sQ hA T T

    onde: rea da superfcie inferior do bloco, m; coeficiente de transferncia de calor por conveco, W/mC; temperatura da superfcie inferior do bloco (constante e uniforme), C; e temperatura do ar, C. O valor de deve ser obtido por correlaes em funo de caractersticas do escoamento e geometria da superfcie. A transferncia de calor por radiao entre a superfcie inferior do bloco e a da pista dada por:

    4 4( )rad s s pQ A T T

    onde: temperatura da pista de rolamento, K; emissividade das superfcies; 8 2 45,67 10 W m K , constante

    de Stefan-Boltzmann. Passo 5: Propriedades termofsicas As propriedades do ar devem ser avaliadas na temperatura de pelcula:

    100 20

    602 2

    sm

    T T C CT C

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    Da tabela de propriedades termofsicas do ar (presso atmosfrica de 101,325 kPa):

    -50,02808W/m.C 1,89610 m/s Pr 0,7202k

    Passo 6: Clculos Inicialmente, vamos calcular as trocas por radiao. Substituindo os valores conhecidos, teremos:

    -8 4 4 4 4(0,8m0,4m)(0,95)(5,6710 W/m.K )[(100+273) - (25+273) ]K = 198 WradQ

    Para calcular as trocas por conveco, devemos antes determinar . Para isso, vamos verificar o regime de escoamento predominante na superfcie, atravs do Reynolds:

    5

    -5

    (80km/h1.000m/km1/3600h/s)(0,8m)Re 9,4 10

    1,89610 m/s

    VL

    Na placa plana, o Reynolds crtico . Assim, teremos escoamento turbulento a partir de:

    5 -5(510 )(1,89610 m/s)=0,43m

    80km/h1.000m/km1/3600h/scrx

    A transio ocorre praticamente na metade do comprimento da superfcie e uma correlao para escoamento combinado em placa plana deveria ser usada. Entretanto, decorrente da vibrao do motor, pode-se admitir, sem perda considervel de preciso, que o escoamento turbulento em toda a superfcie. Da, usando a correlao para escoamento turbulento, teremos:

    e o coeficiente de transferncia de calor por conveco:

    0,2808W/m.C

    (1.988) = 70 W/m.C0,8m

    kh Nu

    L

    Substituindo os valores na lei do resfriamento de Newton, teremos:

    (0,4m0,8m)(70W/m.C)(100-20)C = 1.792 WconvQ

    Finalmente, podemos calcular a taxa total de transferncia de calor por:

    1.792W+198W = 1.990 Wtotal conv radQ Q Q

    Passo 7: Comentrios

    - A troca de calor por radiao prxima de 9% do total. Se a velocidade do veculo variasse esse valor continuaria o mesmo, pois as temperaturas superficiais no sofrem influncia da velocidade;

    - As trocas por conveco variam diretamente com a velocidade, pois esta tem influencia direta nos coeficientes convectivos.

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    (2) Considere um escoamento laminar com velocidade da corrente livre , paralelo a uma placa plana mantida em

    temperatura constante . Se a velocidade da corrente livre for duplicada, mantendo ainda o escoamento laminar,

    determine nas duas situaes consideradas: (a) A razo entre as foras de arrasto na placa; e (b) A razo entre as taxas de

    transferncia de calor do fluido para a placa.

    Passo 1: Declarao do problema

    Placa plana com escoamento laminar e temperatura constante. Obter a fora de arrasto e a taxa de TRC se a velocidade

    do escoamento laminar for duplicada.

    Passo 2: Esboo

    Passo 3: Hipteses simplificadoras a) Escoamento laminar em regime permanente; b) Temperatura da superfcie da placa constante e uniforme; c) Propriedades do fluido constante. Passo 4: Leis Fsicas

    Para escoamento laminar sobre placa plana, a fora de arrasto na superfcie DF dada por:

    2

    2D f s

    VF C A

    onde

    1,33

    RefC

    e a taxa de transferncia de calor sQ por:

    s s sQ Ah T T onde 0,5 1/3Nu 0,664 Re Pr

    hL

    k

    onde Re VL v . Observe que nessas equaes os coeficientes de atrito fC e de transferncia de calor h so dependentes

    do nmero de Reynolds, e, portanto, da velocidade do escoamento.

    Passo 5: Propriedades termofsicas Como a soluo do problema literal, no h necessidade de valores numricos de propriedades termofsicas. Passo 6: Clculos

    Item (a): Na situao 1, com velocidade do escoamento V , teremos a fora de arrasto dada por:

    0,52 2 2 0,50,5 1,5

    1 0,51,33Re 1,33 0,664

    2 2 2D f s s s s

    V V VL V vF C A A A V A

    v L

    e, de modo idntico, na situao 2, com velocidade de escoamento 2V , teremos: 0,52 2 2 0,5

    0,5 1,5

    2 0,5

    (2 ) (2 ) 2 (2 )1,33Re 1,33 0,664(2 )

    2 2 2D f s s s s

    V V VL V vF C A A A V A

    v L

    da,

    1,51,52

    1,5

    1

    (2 )2 2,8284D

    D

    F V

    F V

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    Item (b): Na situao 1, com velocidade do escoamento V , teremos a taxa de transferncia de calor dada por:

    0,5 1/3

    1

    0,5

    1/3

    0,5 1/3

    0,5 0,5

    ( ) ( ) (0,664 Re Pr ) ( )

    0,664 Pr ( )

    0,664 Pr ( )

    s s s s s s

    s s

    s s

    kNu kQ hA T T A T T A T T

    L L

    k VLA T T

    L

    kV A T T

    L

    e, de modo idntico, na situao 2, com velocidade de escoamento 2V , teremos:

    0,5 1/3

    2 0,5 0,50,664(2 ) Pr ( )s s

    kQ V A T T

    L

    da, 0,5

    2

    0,5

    1

    (2 )2 1,4142

    Q V

    Q V

    Passo 7: Comentrios - No escoamento laminar a fora de arrasto aumenta bem mais com a velocidade do que a taxa de transferncia de calor.

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    (3) A superfcie externa do teto de um vago de passageiros, que viaja a 70 km/h, tem 8,0 m de comprimento e 2,8 m de largura. A temperatura do ar ambiente de 30 C. Um fluxo uniforme de 200 W/m de radiao solar que incide sobre esta superfcie completamente absorvido pela mesma. Admitindo a superfcie interna do teto do vago perfeitamente isolada, e que as trocas de calor por radiao com a vizinhana podem ser desprezadas frente conveco, determine a temperatura nessa superfcie.

    Passo 1: Declarao do problema

    Superfcie externa de um teto de vago de passageiros com velocidade conhecida recebe radiao solar e troca calor por conveco com o ar ambiente. Determinar a temperatura nessa superfcie. Passo 2: Esboo

    Passo 3: Hipteses simplificadoras a) Escoamento em regime permanente sobre placa plana; b) Temperatura da superfcie constante e uniforme; c) Propriedades do ar constante; d) Desprezam-se as trocas de calor por radiao com a vizinhana. Passo 4: Leis Fsicas Como a radiao solar completamente absorvida, um balano de energia em regime permanente na superfcie mostra que:

    ,,,, ,, ( ) radrad conv s s

    qq q h T T T T

    h

    onde o valor de h deve ser obtido em funo de caractersticas do escoamento e da geometria da superfcie. Passo 5: Propriedades termofsicas As propriedades devem ser avaliadas na temperatura de pelcula. Entretanto, a temperatura da superfcie a incgnita do

    problema. Nesse caso, as propriedades do ar sero avaliadas inicialmente 30CT . Das tabelas de ar, tem-se: 5 20,02588W m C 1,608 10 m s Pr 0,7282k .

    Passo 6: Clculos O nmero de Reynolds baseado no comprimento do vago dado por:

    6

    5 2

    (70km/h)(8m) 1.000m/kmRe 9,674 10

    (1,608 10 m / s) 3.600s/hL

    VL

    Com o 5Re Re 5 10L cr verificamos que a mudana para escoamento turbulento ocorre em:

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    5 5 2(5 10 )(1,608 10 m /s)0,41m

    (70 1000 / 3600)m/scrx

    Nesse caso, somente (0,41 8 ) 100 5%m m do comprimento da superfcie apresenta escoamento laminar. Portanto, admite-se escoamento turbulento sobre toda a superfcie. Alm disso, a vibrao do vago ajuda a manter essa condio. Portanto, o nmero de Nusselt ser:

    0,8 1/3 6 0,8 1/30,037 Re Pr 0,037(9,674 10 ) (0,7828) 13.220L

    hLNu

    k

    e o coeficiente de TRC por conveco:

    20,02588 W/mCNu (13.220) 42,7 W/m C

    8m

    kh

    L

    Substituindo, os valores na equao do balano de energia, teremos:

    ,, 2

    2

    200W/m30 34,7C

    42,7W/m C

    rads

    qT T C

    h

    Passo 7: Comentrios Observe que as propriedades foram obtidas na temperatura do ar, quando deveriam ser obtidas na temperatura de filme. Entretanto, como a temperatura da superfcie calculada no muito diferente da temperatura do ar, refazer os clculos no implicar em ganho significante de preciso.

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    (4) Numa instalao industrial, verificou-se que uma seo de 12 m de comprimento de uma tubulao de vapor, com 10 cm de dimetro externo, est completamente exposta ao ar ambiente, cuja temperatura 5C. Medies com um termmetro de radiao mostram que a temperatura da superfcie externa da tubulao 75C, e um anemmetro indica que os ventos na rea esto a 10 km/h, e que sua direo dominante perpendicular ao eixo da tubulao. A emissividade da superfcie da tubulao 0,8 e a vizinhana est a uma temperatura radiante mdia de 0C. Determine a quantidade de calor perdido na tubulao durante o perodo de 10 horas de trabalho. Passo 1: Declarao do problema Tubulao de vapor com temperatura superficial conhecida exposta ao vento com velocidade e temperatura conhecidas. Determinar a perda de calor na tubulao, durante determinado perodo de horas. Passo 2: Esboo

    Passo 3: Hipteses simplificadoras a) Propriedades termofsicas uniformes e constantes; b) Processo em regime permanente; c) Fluxo de ar na direo perpendicular ao eixo do tubo. Passo 4: Leis Fsicas Na superfcie do tubo as trocas de calor ocorrem por conveco e radiao. Assim, a taxa total de transferncia de calor ser dada por:

    4 4( ) ( )total conv rad s s s s vizQ Q Q hA T T A T T

    onde, a temperatura da vizinhana, vizT , corresponde temperatura do cu, e o coeficiente de TRC por conveco h deve ser

    determinado em funo da geometria e de caractersticas do escoamento. Passo 5: Propriedades termofsicas

    Para o ar, a temperatura de filme dada por: 75 5

    402 2

    sm

    T T C CT C

    . Da, das tabelas para o ar na

    presso atmosfrica padro (1 atm) tem-se: 5 20,02662W/mC =1,702 10 m /s Pr=0,7255k .

    Passo 6: Clculos O nmero de Reynolds baseado no dimetro do tubo dado por:

    5 2

    (10km/h)(0,1m) 1.000m/kmRe 16.320

    (1,702 10 m / s) 3.600s/hL

    VD

    Re Pr 0,7255 16.320 11.840 0,2L

    e o nmero de Nusselt correspondente ser (correlao de Churchill & Bernstein), vlida para RePr 0,2 :

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    e o coeficiente de TRC por conveco:

    20,02662 W/mCNu (71,2) =19W/m C

    0,1m

    kh

    L

    A rea superficial de troca de calor dada por:

    2(0,1m)(12m)=3,77msA DL

    Assim, a taxa total de TRC ser:

    4 4

    -8 4 4 4

    ( ) (19 W/m C)(3,77 m)(75- 5)C = 5.014 W

    ( )

    (0,8)(3,77m)(5,6710 W/mK )[(75+273K) - (0+273K) ] = 1.558 W

    5.014W+1.558W = 6.572 W

    conv s s

    rad s s viz

    total conv rad

    Q hA T T

    Q A T T

    Q Q Q

    E o calor perdido na tubulao em 10 horas de trabalho:

    5

    10 (6.752 W)(10 h/dia3.600 s/h) = 2,4310 kJ/diahs totalQ Q t

    Passo 7: Comentrios - Como reduzir as perdas de calor?

    - Existe outra correlao disponvel que pode ser usada?

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    (5) Coletores solares de placa plana cobrem o telhado de uma casa (vide figura). Nas superfcies dos coletores a temperatura de 15C, enquanto o ar escoa paralelamente s superfcies dos coletores e na direo longitudinal do telhado, velocidade de 2 m/s com 10C de temperatura. Determine a taxa de transferncia de calor por conveco para o ar externo: (a) No primeiro coletor; (b) No terceiro coletor. Passo 1: Declarao do problema Determinar as taxas de TRC por conveco em superfcies de coletores solares com temperatura conhecida instalados no telhado de uma casa, com escoamento de ar atmosfrico sobre a superfcie do coletor de velocidade e temperatura conhecidas. Passo 2: Esboo

    Passo 3: Hipteses simplificadoras a) Propriedades termofsicas uniformes e constantes; b) Escoamento permanente sobre placa plana; c) Fluxo de ar na direo longitudinal do telhado paralelo superfcie dos coletores; d) Trocas de calor por radiao e efeitos de borda desprezados; e) Presso atmosfrica ao nvel do mar. Passo 4: Leis Fsicas Nesse caso, como as trocas de calor por radiao so desprezadas, ocorre somente trocas de calor por conveco entre as superfcies dos coletores e o ar, dadas por:

    , ( )m coletor m s sQ h A T T

    onde os coeficientes mdios de TRC por conveco, no primeiro e no terceiro coletor, precisam ser determinados em funo da geometria e de caractersticas do escoamento. Passo 5: Propriedades termofsicas

    Para o ar, a temperatura de filme dada por: 15 10

    12,52 2

    sm

    T T C CT C

    . Da, interpolando

    linearmente na tabela de ar na presso atmosfrica normal, tem-se: 50,02458W/mC 1,448 10 m/s Pr 0,733k

    Passo 6: Clculos

    Na placa plana Re 500.000cr . De modo que, sobre o telhado, o escoamento turbulento inicia em:

    5 -5Re (510 )(1,44810 m/s)3,62 m

    2 m/s

    crcrx

    V

    e tanto o primeiro, como o terceiro coletor, esto em contato com escoamento laminar. Como todos os coletores tm as mesmas

    dimenses, a rea de troca de calor por conveco em qualquer um deles ser: (4m)(1m)= 4 msA .

    Daqui em diante, os clculos podem ser feitos de dois modos: primeiro, usando os coeficientes locais e integrando no comprimento do coletor para obter o coeficiente mdio no coletor; segundo, usando as expresses das mdias dos coeficientes para obter o coeficiente em cada coletor.

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    PRIMEIRO MODO:

    Em qualquer coletor, o coeficiente mdio de TRC por conveco dado por: 1

    x b

    x

    c x a

    h h dxL

    . Para escoamento

    laminar, a funo xh obtida a partir de: 0,5

    0,5 1/3 1/30,332 Re Pr 0,332 Prxx xh x Vx

    Nuk

    Explicitando xh , substituindo na integral, e integrando, teremos:

    0,5

    1/3

    0,5 0,5

    1/3 0,5 1/3 0,5

    0,5 0,50,51/3 1/3 0

    1 10,332 Pr

    1 10,332 Pr 0,332 Pr

    1 10,332 Pr 0,664 Pr

    0,5

    x b x b

    x

    c cx a x a

    x b x b

    c cx a x a

    x b

    c cx a

    k Vxh h dx dx

    L L x

    V Vk x dx k x dx

    L L

    V x Vk k x

    L L

    ,5x b

    x a

    Item (a): No primeiro coletor, 0 e 1ma b . Da, substituindo os valores: 0,5

    1/3 0,5

    1

    0,5

    1/3 0,5 0,5

    1 -5

    1

    10,664 Pr

    2m/s 10,664(0,02458W/mC) (0,733) (1m) -(0m)

    1,44810 m/s 1m

    5,47 W/mC

    x b

    x ac

    Vh k x

    L

    h

    h

    Da, a perda de calor por conveco no primeiro coletor ser:

    1, 1 ( ) (5,47W/ m C)(4m)(15 10) C 109Wcoletor s sQ h A T T

    Item (b): No terceiro coletor, 2m e 3ma b . Da, substituindo os valores: 0,5

    1/3 0,5

    3

    0,5

    1/3 0,5 0,5

    3 -5

    3

    10,664 Pr

    2m/s 10,664(0,02458W/mC) (0,733) (3m) -(2m)

    1,44810 m/s 1m

    1,74 W/mC

    x b

    x ac

    Vh k x

    L

    h

    h

    Da, a perda de calor por conveco no terceiro coletor ser:

    3, 1 ( ) (1,74W/ m C)(4m)(15 10) C 34,8Wcoletor s sQ h A T T

    SEGUNDO MODO:

    Item (a): No primeiro coletor:

    511 -5

    1/2 1/3 5 1/2 1/3

    1

    1 1

    (2m/s)(1m)Re =1,38110

    1,44810 m/s

    0,664 Re Pr 0,664(1,381 10 ) (0,7330) 222,5

    0,02458 W/m.C(222,5)=5,47 W/m.C

    1m

    VL

    Nu

    kh Nu

    L

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    Assim, a taxa de TRC por conveco no coletor 1 ser:

    1 1 1( ) (5,47 W/m.C)(4 m)(15-10)C=109 WsQ h A T T

    Item (b): Do mesmo modo, at o final do segundo coletor ( 2mL ), teremos:

    522 -5

    1/2 1/3 5 1/2 1/3

    2

    2 2

    (2m/s)(2m)Re =2,76210

    1,44810 m/s

    0,664 Re Pr 0,664(2,762 10 ) (0,7330) 314,7

    0,02458 W/m.C(314,7)=3,87 W/m.C

    2m

    VL

    Nu

    kh Nu

    L

    e do terceiro ( 3mL ):

    533 -5

    1/2 1/3 5 1/2 1/3

    3

    3 3

    (2m/s)(3m)Re =4,14410

    1,44810 m/s

    0,664 Re Pr 0,664(4,144 10 ) (0,7330) 385,4

    0,02458 W/m.C(385,4)=3,16 W/m.C

    3m

    VL

    Nu

    kh Nu

    L

    Assim, no terceiro coletor, o coeficiente mdio de TRC por conveco ser:

    3 3 2 22 3

    3 2

    (3,16 W/m.C)(3m)-(3,87 W/m.C)(2m)=1,74 W/m.C

    3m-2m

    h L h Lh

    L L

    e sua taxa de TRC por conveco:

    3 2 3 3( ) (1,74 W/m.C)(4 m)(15-10)C=34,8 WsQ h A T T

    Passo 7: Comentrios - Observar a reduo da TRC do terceiro coletor em relao ao primeiro; - Deve-se evitar posicionar os coletores no incio da regio laminar e em toda a regio turbulenta, pois as perdas por conveco aumentam.

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    (6) Um escoamento de gua, com velocidade de 0,8 m/s, deve ser aquecido de 15C para 65C, passando num banco de resistncias eltricas cilndricas de 1cm de dimetro e 4m de comprimento com arranjo em linha (vide figura). A temperatura na superfcie das resistncias de aquecimento de 90C. Determine o nmero de fileiras na direo do escoamento para obter a elevao de temperatura desejada.

    Passo 1: Declarao do problema gua escoando aquecida num banco de resistncias tubulares. So conhecidas a velocidade e as temperaturas de entrada e sada da gua, a temperatura na superfcie dos tubos, e detalhes geomtricos do banco de tubos. Determinar o nmero de fileiras na direo longitudinal (mesma do escoamento) para obter o aquecimento desejado. Passo 2: Esboo Fornecido no problema. Passo 3: Hipteses simplificadoras a) Propriedades termofsicas e temperaturas superficiais uniformes e constantes; b) Escoamento permanente em bancos de tubos circulares; c) Fluxo de gua na direo transversal ao eixo longitudinal dos tubos. Passo 4: Leis Fsicas A taxa de TRC por conveco entre a gua e o banco de tubos dada por:

    ln ( )s p e iQ hA T mc T T

    onde, o coeficiente de TRC por conveco no banco de tubos deve ser obtido em funo da geometria e de caractersticas do escoamento. A mdia logartmica da diferena de temperaturas dada por:

    ln( ) ( )

    ln[( ) / ( )]

    s i s e

    s i s e

    T T T TT

    T T T T

    onde T refere-se temperatura e os subscritos: s superfcie dos tubos, i entrada do banco de tubos, e e sada do banco de tubos. A rea superficial dos tubos obtida por:

    ( )s tubos T LA DLN DL N N

    onde TN nmero de fileiras transversal e LN nmero de fileiras longitudinal (incgnita do problema).

    Passo 5: Propriedades termofsicas Para avaliao das propriedades termofsicas, a temperatura mdia dada por:

    15 65

    402 2

    entrada sadam

    T T C CT C

    .

    Da tabela da gua, tem-se:

    3=0,631W/m.K; 992,1kg/m; 0,653 10 kg/m.s

    4,179kJ/kg.K; Pr 4,32p

    k

    c

    Passo 6: Clculos De acordo com Zukauskas, as correlaes em bancos de tubos so da forma:

    0,25Re Pr (Pr/ Pr )m nD D s

    hDNu C

    k

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    onde os valores de , e dependem do nmero de Reynolds: Re mxDV D

    com Tmx

    T

    SV V

    S D

    .

    So dados: 0,01m; 0,04m ; 0,03m 0,8m/sL TD S S e V . Da, teremos:

    0,03m

    (0,8m/s)=1,20m/s0,03m-0,01m

    Tmx

    T

    SV V

    S D

    e

    -3

    (992,1kg/m)(1,20m/s)(0,01m)Re =18.232

    0,65310 kg/m.s

    mxD

    V D

    Observe que Pr e ReD calculado satisfazem as faixas de validade da correlao. Assim, da Tabela 7-2, teremos:

    0,63 0,36 0,25 60,27 Re Pr (Pr/ Pr ) 0,7 Pr 500 e 0 Re 2 10D D s DNu .

    Substituindo valores, com Pr 1,96s (avaliado 90 CsT ): 0,63 0,36 0,25 0,63 0,36 0,250,27 Re Pr (Pr/ Pr ) 0,27(18.232) (4,32) (4,32 /1,96) 269,3D D sNu

    As correlaes da Tabela 7-2 so para bancos de tubos com mais de 16 fileiras longitudinais. Caso contrrio, devem ser

    corrigidos pelos fatores da Tabela 7-3. Como o nmero de fileiras longitudinal a incgnita do problema, admitiremos inicialmente

    que o banco de tubos tem mais de 16 fileiras longitudinal. Assim, com ,1 269,3LD N DF Nu Nu , e o coeficiente

    mdio de TRC ser dado por:

    , (269,3)(0,631W/m.C)

    =16.966 W/m.C0,01m

    LD NNu k

    hD

    Em termos de fileiras transversal, o que acontece em uma delas se repete nas outras. Assim, analisando somente uma

    fileira transversal, ou seja, fazendo 1TN , a rea de TRC torna-se:

    (0,01 )(4 ) 0,1257 ms L L LA DLN m m N N

    Com os valores dados de temperatura, tem-se:

    ln

    ( ) ( ) (90 15) C (90 65) C=45,5C

    ln[( ) / ( )] ln[(90 15) C/ (90 65) C]

    s i s e

    s i s e

    T T T TT

    T T T T

    Assim, a taxa de TRC torna-se:

    ln (16.966 W/m.C)(0,1257 m)(45,5C)=9.034 Ws L LQ hA T N N

    A vazo mssica de gua numa fileira transversal de tubos dada por:

    (999,1kg/m)(4m)(0,03m)(0,8m/s)=95,9kg/si c i Tm AV LS V

    com i avaliado 15 CiT . No escoamento, a taxa de TRC dada por:

    7( ) (96kg/s)(4.179J/kg.C)(65-15)C=2,00610 Wp e iQ mc T T

    Finalmente, igualando os resultados das taxas de TRC, teremos:

    797.034 W 2,006 10 W 207L LN N fileiras longitudinais.

    Passo 7: Comentrios

    - 16LN , portanto nossa considerao inicial quanto ao nmero de fileiras longitudinal est correto.

    - Como poderamos obter a temperatura da gua em qualquer fileira de tubos longitudinal?

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    ( )exp

    (0,1257207m)(16.966W/m.C)= 90C-(90-15)C exp - 65C

    (95,9kg/s)(4.179J/kg.C)

    se s s i

    p

    e

    A hT T T T

    mc

    T

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    (7) gua, razo de 5 litros por minuto, escoa por dentro de um tubo liso com dimetro interno de 20 mm e comprimento de 13 m. Resistncias eltricas so instaladas em toda a extenso da superfcie externa do tubo, de modo que em condies de regime permanente geram um fluxo de calor constante e uniforme, que aquece a gua de 10C para 80C, sem perdas de calor para o ambiente. Determine: (a) A taxa de transferncia de calor para a gua, em W; e (b) A temperatura da superfcie interna na sada do tubo, em C. Passo 1: Declarao do problema gua aquecida com resistncias eltricas ao escoar no interior de um tubo. So conhecidas as temperaturas de entrada e sada no escoamento. Determinar a taxa de TRC para o fluido e a temperatura na superfcie interna do tubo na sada. Passo 2: Esboo

    Passo 3: Hipteses para simplificaes (a) Escoamento em regime permanente, (b) Fluxo de calor, na superfcie interna do tubo, constante e uniforme, (c) Tubo liso. Passo 4: Leis fsicas Um balano de energia no VC fornece a taxa de TRC para a gua:

    ( )p e iQ mc T T

    e, em termos de temperatura local, teremos:

    ,( )s s e es

    Qq h T T

    A

    onde o coeficiente de TRC por conveco h deve ser determinado em funo da geometria e de caractersticas do escoamento. Passo 5: Propriedades termofsicas No caso de escoamento interno, as propriedades so determinadas na temperatura mdia entre a de entrada e a de

    sada, dada por: ( ) / 2 (80 10) C/ 2 45m e iT T T C . Portanto, da tabela de propriedades termofsicas da gua,

    tem-se:

    6990,1kg/m 0,602 10 m/s Pr 3,91

    0,637W/m.C 4.180J/kg.Cpk c

    Passo 6: Realizar os clculos Item (a): A vazo mssica obtida por:

    3 3(990,1kg/m )(5L/min)(0,001m /L)(1/ 60 min/s) 0,0825kg/sm V

    da, a taxa de TRC para a gua ser:

    ( ) (0,0825 kg/s)(4.180 J/kg.C)(80-10)C=24.140 Wp e iQ mc T T

    Item (b): A velocidade mdia do escoamento dada por:

    3 3

    2

    (5 10 / 60)m /s0,2653m/s

    (0,02m) / 4c

    VV

    A

    e o nmero de Reynolds, por:

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    6 2

    (0,2653m/s)(0,02m)Re 8.813

    0,602 10 m /s

    hVD

    v

    Embora o nmero de Reynolds esteja na faixa de escoamento de transio, seu valor esta prximo do Reynolds para

    escoamento turbulento, Re 10.000 . Assim, podemos assumir o escoamento como turbulento, e, nesse caso, o comprimento de entrada hidrodinmico ser igual ao trmico, dados por:

    10 10(0,02m)=0,20mh tL L D

    Como o comprimento de entrada muito menor do que o comprimento do duto assume-se escoamento completamente

    desenvolvido em todo o duto. Nesse caso, o nmero de Reynolds dado pela correlao de Ditus-Boelter, com 0,4n , pois o fluido aquecido:

    0,8 0,4 0,8 0,40,023Re Pr 0,023(8.813) (3,91) 56,85h

    hDNu

    k

    Da, o coeficiente de TRC por conveco ser:

    0,637 W/m.C

    (56,85)=1.811 W/m.C0,02mh

    kh Nu

    D

    No escoamento completamente desenvolvido, o coeficiente de TRC por conveco constante. Assim, a temperatura da superfcie interna do tubo na sada ser:

    , ,

    24.140W( ) (1.811W/ m . C)( 80 C)

    0,02m 13m

    96,3C

    s s e e s e

    s

    se

    Qq h T T T

    A

    T

    Passo 7: Comentrios - Essa temperatura deve ser sempre superior do escoamento na sada.

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    (8) Ar quente, em presso atmosfrica normal e temperatura de 85C, escoa a razo de 0,10 m/s por dentro de um duto quadrado com superfcie interna lisa de 15 cm de lado e 10 m de comprimento, localizado no tico de uma residncia. O duto no est isolado termicamente de modo que sua superfcie isotrmica est 70C. Determine: (a) Temperatura do ar na sada do duto, em C; (b) A taxa de transferncia de calor do ar no duto, em W. Passo 1: Declarao do problema Ar quente escoa no interior de um duto liso de seo quadrada com temperatura superficial interna conhecida. Obter a temperatura do ar na sada e a taxa de TRC para o escoamento com resfriamento. Passo 2: Esboo

    Passo 3: Hipteses para simplificaes a) Escoamento em regime permanente; b) Propriedades termofsicas do ar constantes, 1 atm de presso; c) Duto com superfcies internas lisas. Passo 4: Leis fsicas

    Um balano de energia no VC fornece a taxa de TRC para o ar, dada por: p e iQ mc T T onde, eT a temperatura do ar na sada do duto. Como a temperatura na superfcie do duto constante e uniforme, essa temperatura dada por:

    ( )exp se s s ip

    hAT T T T

    mc

    onde, o coeficiente de TRC por conveco h deve ser determinado em funo da geometria e de caractersticas do escoamento. Passo 5: Propriedades termofsicas

    As propriedades do ar devem ser obtidas na temperatura mdia ( ) 2m i eT T T . Entretanto, no conhecemos a

    temperatura de sada. Assim, vamos admitir inicialmente uma temperatura mdia de 80C, pois o ar ser resfriado. Da:

    50,9994kg/m 2,097 10 m/s Pr 0,7154

    0,02953W/m.C 1.008J/kg.Cpk c

    Passo 6: Clculos

    Item (a): O nmero de Reynolds dado por: Re hVD

    v

    com: 24 / 4 0,15mhD a a a e

    3 2/ (0,10m /s) / (0,15m) 4,444m/scV V A

    da, substituindo valores, teremos:

    -5

    (4,444m/s)(0,15m)Re =31.788

    2,09710 m/s

    hVD

    Como Re 10.000 o escoamento turbulento, e os comprimentos de entrada so:

    10 10(0,15m)=1,5mh t hL L D

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    Os comprimentos de entrada correspondem a 15% do comprimento total do duto. Assim, podemos considerar o escoamento completamente desenvolvido. Nesse caso, o nmero de Nusselt dado por:

    0,8 0,3 0,8 0,30,023Re Pr 0,023(31.788) (0,7154) 83,16Nu

    onde 0,3n para resfriamento e o coeficiente de TRC por:

    0,02953 W/m.C

    (83,16)=16,37 W/m.C0,15mh

    kh Nu

    D

    e a temperatura de sada do ar pode ser calculada como:

    4 4(0,15m)(10m) = 6 m

    (0,9994kg/m)(0,10m/s) = 0,09994 kg/s

    16,37W/mC6m( )exp 70C-(70-85)C exp - 75,7C

    0,09994kg/s1.008J/kgC

    s

    se s s i

    p

    A aL

    m V

    hAT T T T

    mc

    Item (b): Substituindo valores, a taxa de resfriamento do ar ser:

    (0,09994kg/s)(1.008 J/kg. C)(85 75,7 C) 937Wp e iQ mc T T Outra forma de calcular a taxa de TRC de calor usa a mdia logartmica da diferena de temperatura, dada por:

    ln(75,7 85) C

    = 9,61Cln[( ) / ( )] ln[(70 75,7) C/ (70 85) C]

    e i

    s e s i

    T TT

    T T T T

    da, teremos:

    ln (16,37 W/m.C)(6 m)(9,61C) = 944 WsQ hA T

    Passo 7: Anlise, verificao e discusso - A pequena diferena entre as duas formas de clculo deve-se aos arredondamentos.

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    (9) Os componentes de um dispositivo eletrnico geram 180 W de calor, e esto localizados dentro de um duto com 1 m de comprimento e seo transversal quadrada com 16 cm de lado. O resfriamento dos componentes realizado por ar forado, que entra no duto com vazo de 0,65 m/min e temperatura de 27C. Admitindo 85 % do calor gerado removido pelo ar de resfriamento, determine: (a) A temperatura do ar na sada do duto, C; (b) A temperatura mxima na superfcie interna do duto, C. Passo 1: Declarao do problema Duto quadrado contm dispositivos eletrnicos que geram calor numa taxa conhecida. Obter temperatura do ar na sada e a temperatura mxima na superfcie interna do duto se o resfriamento feito com ar forado, para o qual so conhecidas vazo e temperatura. Passo 2: Esboo

    Passo 3: Hipteses simplificadoras a) Escoamento do ar em regime permanente, b) Duto com superfcies internas lisas, c) Ar com propriedades constantes, presso de 1 atm, d) Desconsiderar a resistncia trmica do duto. Passo 4: Leis Fsicas A temperatura do fluido na sada do duto pode ser obtida atravs da taxa de TRC da superfcie para o fluido, dada por:

    ( )p e i e ip

    QQ mc T T T T

    mc

    A temperatura mxima na superfcie interna do duto ocorre na sada. Para um fluxo de calor uniforme e constante na superfcie do duto, tem-se:

    , ,( )s s e e s e es s

    Q Qq h T T T T

    A hA

    Passo 5: Propriedades termofsicas

    Para o ar as propriedades termofsicas devem ser avaliadas na temperatura mdia ( ) 2m i eT T T . Entretanto, no

    se conhece a temperatura de sada. Assim, admite-se inicialmente 35 CmT pois o ar ser aquecido. Da tabela de ar presso

    de 1 atm, tem-se:

    Passo 6: Clculos Item (a): A vazo mssica de ar dada por:

    27( ) (1,176kg/m)(0,65m/min)(1/60min/s) = 0,01274 kg/s Cm V

    (0,85)(180W)

    27 = 39 C(0,01274kg/s)(1.007J/kg.C)

    e i

    p

    QT T C

    mc

    Item (b): A velocidade mdia do escoamento e o dimetro hidrulico do duto so obtidos por:

    (0,65m/min)(1/60min/s)

    = 0,4232 m/s(0,16m)(0,16m)c

    VV

    A

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR FACULDADE DE ENGENHARIA MECNICA

    LABORATRIO DE AR CONDICIONADO E CONFORTO TRMICO

    Rua Augusto Corra, 01 Campus Universitrio do Guam Setor Profissional - Belm PA / CEP: 66.075 - 010

    LABEM Laboratrio de Engenharia Mecnica / Sala 203 / (91) 3201 7962 / [email protected]

    4 4(0,16m)(0,16m) = 0,16 m

    4(0,16m)

    ch

    AD

    p

    e o nmero de Reynolds:

    -5

    (0,4232m/s)(0,16m)Re = 4.091

    1,65510 m/s

    hVD

    Embora Re 10.000 , os componentes eletrnicos na superfcie interior do duto provocaro turbulncia, de modo que o escoamento pode ser considerado completamente desenvolvido e turbulento em todo o comprimento do duto. Assim, a correlao para o nmero de Nusselt ser:

    0,8 0,4 0,8 0,40,023Re Pr 0,023(4.091) (0,7268) 15,7Nu

    com

    0,02625 W/m.C

    (15,7) = 2,58 W/m.C0,16mh

    hh Nu

    D

    e

    ,

    (0,85)(180W)39C + = 92,7 C

    (2,58W/m.C)(40,16m1m)s e e

    s

    QT T

    hA

    Passo 7: Comentrios - Observe que a temperatura da superfcie do duto na sada bem maior que a do ar; - A temperatura na superfcie do duto pode ser reduzida se sua superfcie externa tambm for ventilada.