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AutorasLudmilla Teixeira Barreto CaldasEnfermeira formada no Centro Universitário de Brasília. Especialista em Enfermagem do Trabalho e Docência do Ensino Superior. Foi professora no Centro Profissionalizante de Saúde de Planaltina durante cinco anos, atuando na teoria e nas práticas de estágio supervisionado. Atuante no ensino a distância há dois anos como tutora. Atualmente trabalha em uma instituição de ensino superior como professora e como enfermeira em um posto de saúde da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

Soraya Pires Pinheiro Enfermeira formada pela Universidade de Brasília (UnB), possui licenciatura em Enfermagem pela UnB, pós--graduanda em Saúde Pública pela Unisam. Atuante no ensino a distância como tutora. Atualmente trabalha como professora da Secretaria de Educação do GDF (SEEDF) para os cursos na área da Saúde (teoria e práti-ca) e também atua como enfermeira na Secretária de Saúde do GDF (SESDF) no Centro de Atenção Psicossocial referenciado para Álcool e Drogas (CAPS III AD).

Copyright © 2014 por NT Editora.Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por

qualquer modo ou meio, seja eletrônico, fotográfico, mecânico ou outros, sem autorização prévia e escrita da NT Editora.

Caldas, Ludmilla Teixeira Barreto; Pinheiro, Soraya Pires.

Fundamentos de Enfermagem / Ludmilla Teixeira Barreto Cal-das; Soraya Pires Pinheiro – 1. ed. – Brasília: NT Editora, 2014.

182 p. il. ; 21,0 X 29,7 cm.

ISBN 978-85-8416-040-2

1. Enfermagem. 2. Cuidados.

I. Título

Design InstrucionalNT Editora

RevisãoFernanda Gomes

Editoração EletrônicaNT Editora

Projeto GráficoNT Editora

CapaNT Editora

IlustraçãoDaniel Motta

NT Editora, uma empresa do Grupo NT SCS Quadra 2 – Bl. C – 4º andar – Ed. Cedro IICEP 70.302-914 – Brasília – DFFone: (61) [email protected] e www.grupont.com.br

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LEGENDA

ÍCONES

Prezado(a) aluno(a),Ao longo dos seus estudos, você encontrará alguns ícones na coluna lateral do mate-rial didático. A presença desses ícones o(a) ajudará a compreender melhor o conteúdo abordado e a fazer os exercícios propostos. Conheça os ícones logo abaixo:

Saiba maisEsse ícone apontará para informações complementares sobre o assunto que você está estudando. Serão curiosidades, temas afins ou exemplos do cotidi-ano que o ajudarão a fixar o conteúdo estudado.

ImportanteO conteúdo indicado com esse ícone tem bastante importância para seus es-tudos. Leia com atenção e, tendo dúvida, pergunte ao seu tutor.

DicasEsse ícone apresenta dicas de estudo.

Exercícios Toda vez que você vir o ícone de exercícios, responda às questões propostas.

Exercícios Ao final das lições, você deverá responder aos exercícios no seu livro.

Bons estudos!

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Sumário

1. PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO ..................................................... 91.1 Biossegurança. Fontes comuns de infecção, formas de transmissão e prevenção ao controle de infecção ..........................................................................................91.2 Higienização das mãos ........................................................................................................ 141.3 Princípios para o calçamento das luvas ........................................................................ 221.4 Cuidados com a unidade do paciente – limpeza e desinfecção .......................... 271.5 Preparo da cama hospitalar ............................................................................................... 30

2. PROMOÇÃO DE HIGIENE E CONFORTO ...................................................... 352.1 Higiene corporal .................................................................................................................... 362.2 Movimentação e transporte do paciente ..................................................................... 43

3. VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS .................................................................. 593.1 Temperatura ............................................................................................................................ 603.2 Pulso ........................................................................................................................................... 633.3 Respiração ................................................................................................................................ 653.4 Pressão arterial ....................................................................................................................... 673.5 Dor .............................................................................................................................................. 71

4. EXAME FÍSICO ................................................................................................ 754.1 Inspeção ................................................................................................................................... 774.2 Palpação ................................................................................................................................... 794.3 Percussão.................................................................................................................................. 804.4 Ausculta .................................................................................................................................... 814.5 Medidas antropométricas ................................................................................................. 82

5. REGISTROS DE ENFERMAGEM ..................................................................... 865.1 Prontuário do paciente ....................................................................................................... 875.2 Anotações de enfermagem ............................................................................................... 885.3 Admissão .................................................................................................................................. 905.4 Transferência ........................................................................................................................... 915.5 Alta .............................................................................................................................................. 92

6. COLETA DE MATERIAL PARA EXAMES ........................................................ 956.1 Sangue ...................................................................................................................................... 966.2 Urina ........................................................................................................................................... 986.3 Exame parasitológico de fezes (EPF) ............................................................................101

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5Fundamentos de Enfermagem

6.4 Escarro .....................................................................................................................................1016.5 Glicemia capilar ....................................................................................................................102

7. CURATIVO E ATADURAS ............................................................................. 1077.1 Curativo ..................................................................................................................................1077.2. Retirada de pontos ............................................................................................................1147.3 Ataduras..................................................................................................................................115

8. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS .................................................... 1208.1 Regras básicas ......................................................................................................................1208.2 Vias de administração dos medicamentos .................................................................1228.3 Venóclise ................................................................................................................................144

9. CÁLCULO DE MEDICAMENTOS .................................................................. 1509.1 Regra de três .........................................................................................................................1519.2 Cálculo de gotejamento ...................................................................................................1529.3 Transformação .....................................................................................................................154

10. CUIDADOS ESPECIAIS .............................................................................. 16010.1 Tricotomia ............................................................................................................................16010.2 Cateterismo ou sondagem vesical .............................................................................16110.3 Lavagem intestinal ...........................................................................................................16510.4 Oxigenioterapia .................................................................................................................16610.5 Sondagem gastrointestinal ...........................................................................................16910.6 Aplicação de calor e frio .................................................................................................17210.7 Cuidados pós-morte ........................................................................................................175

GLOSSÁRIO ...................................................................................................... 180

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 182

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APRESENTAÇÃO

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Seja bem-vindo(a) aos Fundamentos de Enfermagem!

A enfermagem é a ciência e a arte de assistir o ser humano (indivíduo, família e comunidade). Mas assistir como? Assistir, na enfermagem, é estar ao lado e fazer tudo aquilo que o indivíduo não é capaz de fazer, ajudando-o ou auxiliando-o quando impossibilitado de realizar o autocuidado. Sendo assim, você sabe qual é o papel do técnico em enfermagem? Como futuro profissional nesta área, ele prestará cuidados ao paciente em todo o seu ciclo vital, desde o abrir dos olhos até o último suspiro, ficará ao lado do indivíduo o tempo todo para promoção da saúde, do bem-estar e do conforto, sen-do capaz de identificar os problemas e as possíveis intervenções. Ao longo desta disciplina, o aluno será capacitado a exercer os procedimentos e as técnicas de enfermagem necessárias para a atenção integral à saúde da pessoa, família e coletividade, tais como banho, administração de medicamentos, curativos entre outros.

Importante

A palavra-chave da enfermagem é cuidar, e, para isso, é preciso muito amor e carinho com próximo. É necessário se colocar no lugar do outro para entender a verdadeira essência da en-fermagem e desempenhar a sua função e seu papel com sucesso e sabedoria.

Não perca tempo! Aproveite esta oportunidade para se tornar um excelente profissional na área de enfermagem e se destacar no mercado de trabalho.

Bons estudos!

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1. PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO

Objetivos Ao finalizar esta lição, você deverá ser capaz de:

• Aprender as técnicas para prevenir a transmissão de microrganismos e a proliferação de doenças.

• Compreender a importância da prevenção e do controle de infecção.

• Conhecer os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

• Realizar a higienização das mãos e ser capaz de calçar luvas.

• Preparar cama hospitalar.

• Promover um ambiente limpo, iluminado, ventilado, organizado dentro dos cuidados com a unidade do paciente.

1.1 Biossegurança. Fontes comuns de infecção, formas de transmissão e prevenção ao controle de infecção

Olá, agora vamos estudar alguns conceitos importantes que regem a biossegurança.

A palavra biossegurança envolve características relacionadas a microrganismos, pois muitos destes podem adentrar no organismo humano, surgindo, assim, patologias (doenças). Por isso de-vemos adotar precauções para que não haja o desenvolvimento delas. Logo, na área de saúde, ado-tamos medidas de segurança, tais como: higienização das mãos, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), limpeza e desinfecção de materiais hospitalares, dentre outros. Para surgir uma in-fecção, alguns fatores devem ser considerados. São chamados de cadeia de infecção, dentre os quais destacamos alguns: agente infeccioso, reservatório, portal de saída, modo de transmissão, portal de entrada e hospedeiro.

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Veja a figura:

AGENTE INFECCIOSO

MODO DE TRANSMISSÃO

RESERVATÓRIOHOSPEDEIRO

PORTAL DE SAÍDAPORTAL DE ENTRADA

Fonte: Elaboração própria.

Para facilitar o seu entendimento a respeito da figura acima, vamos exemplificar melhor com al-gumas situações do nosso cotidiano. No Brasil, vemos em algumas cidades surtos da dengue. Essa doen-ça é transmitida pela picada (Modo de Transmissão) de um mosquito fêmea (Vetor/Reservatório) chama-do Aedes Aegypti. Esse mosquito, após picar uma pessoa já infectada com o vírus da dengue, adquire o sangue contaminado. Esse sangue pode conter quatro tipos diferentes do vírus. Após a picada do Aedes Aegypti, o vírus é introduzido (Portal de Saída) no corpo (Portal de Entrada) do homem (Hospedeiro).

Compreendeu? Resumindo...

• Agente Infeccioso: Vírus da Dengue.

• Reservatório: O mosquito fêmea que leva o vírus no organismo.

• Portal de Saída: A picada do mosquito fêmea, no qual o vírus sairá do mosquito e será inoculado no homem.

• Modo de transmissão: A picada do mosquito fêmea.

• Portal de entrada: Após a picada, forma-se uma pequena lesão na pele do homem, e por meio dela o vírus adentrará no organismo do indivíduo.

• Hospedeiro: Homem.

A partir desse exemplo, podemos observar como se estabelece uma infecção. Para que ela não seja concretizada, devemos quebrar essa cadeia de transmissão, utilizando métodos preventivos. Fi-cou claro o que é infecção?

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Reforçando: infecção é quando qualquer microrganismo pode adentrar, desenvolver-se e reproduzir-se (multiplicar) no organismo vivo, causando, assim, as doenças infecciosas.

Quais seriam esses métodos preventivos?

• Higienização das mãos.

• Uso de Equipamentos de Proteção Individual (luvas, máscaras, calçados adequados, den-tre outros).

• Utilização de técnicas assépticas.

• Limpeza, desinfecção e esterilização de materiais utilizados na área da saúde.

Vamos estudar esses conceitos?

• Limpeza: É um procedimento que visa à remoção da sujidade visível de uma matéria (orgâ-nica ou inorgânica) e deve preceder os processos de desinfecção e esterilização, pois caso não haja a limpeza correta de um determinado material, os processos posteriores poderão ficar prejudicados. Produtos utilizados: detergentes. escovas, jatos de água, limpadores enzimáticos que removem a ma-téria orgânica.

• Desinfecção: É um processo que visa eliminar microrganismos, mas essa eliminação não en-globa todas as formas microbianas, nessas podemos destacar os esporos. A desinfecção envolve três níveis (nível baixo. nível intermediário e nível alto). A utilização dos níveis apresentados vai depender do tipo de ação utilizada para eliminação/diminuição das formas microbianas. Produtos utilizados: álcoois, amônia, cloro, iodo e glutaraldeído.

• Esterilização: É um procedimento que destrói todas as formas de vida microbiana, principal-mente os esporos. Caso haja microrganismo no objeto que foi esterilizado, o procedimento não foi correto. Dizemos que o objeto está estéril quando não há presença de microrganismo. Equipamentos utilizados: Autoclave.

• Técnicas assépticas: São medidas empregadas para impedir a contaminação de um ambiente que esteja estéril (livre de microrganismos).

Exercitando o conhecimento

Agora para revisar esses conceitos, responda as perguntas a seguir:

1. Procedimento que destrói todas as formas de vida microbiana, principalmente os es-poros: .

2. Procedimento que precede os processos de desinfecção e esterilização: .

3. Procedimento que envolve três níveis (nível baixo, nível intermediário e nível alto): .

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A sequência correta é: 1. Esterilização. 2. Limpeza. 3. Desinfecção.

Conseguiu responder as questões corretamente? Espero que sim.

Você sabia que, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o vírus do HIV pode sobreviver em superfície por até três dias e o vírus da Hepatite B por até uma semana? Por isso a limpeza e desinfecção de superfícies são importantes para manter um ambiente livre de micror-ganismos indesejados.

De acordo com a Anvisa, existem alguns fatores que favorecem a contaminação do ambiente nos serviços de saúde:

• Mãos dos profissionais de saúde em contato com as superfícies.

• Ausência da utilização de técnicas básicas pelos profissionais de saúde.

• Manutenção de superfícies úmidas ou molhadas.

• Manutenção de superfícies empoeiradas.

• Condições precárias de revestimentos.

• Manutenção de matéria orgânica.

Segundo Rutala (2004), as superfícies limpas e desinfetadas conseguem reduzir em cerca de 99% o número de microrganismos, enquanto as superfícies que foram apenas limpas os reduzem em 80%.

As superfícies em serviços de saúde compreendem: mobiliários, pisos, paredes, divisórias, por-tas e maçanetas, tetos, janelas, equipamentos para a saúde, bancadas, pias, macas, ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segu-rança e a saúde no trabalho.

Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

De acordo com a Norma Regulamentadora (NR 6), considera-se Equipamento de Proteção In-dividual (EPI) todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Toda empresa deve fornecer gratuitamente esses equipamentos a seu empregador. Na área da saúde, destacamos alguns:

Luvas Máscara

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Gorro Óculos acrílico

CapoteSapato fechado

Máscara PFF2/N95

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Exercitando o conhecimento

Fixou os materiais acima? Então vamos responder a questão a seguir:

Não é considerado um Equipamento de Proteção Individual:

a) Máscara.

b) Luvas de borracha.

c) Tesoura.

d) Gorro.

......

Se você marcou letra “c”, acertou a questão. A tesoura não é considerada um Equipamento de Proteção Individual. Os EPIs são de extrema importância para proteção do profissional, vis-to que protegem de diversos agentes biológicos que podem adentrar no organismo do traba-lhador e desenvolver um quadro patológico (doença).

1.2 Higienização das mãos

Quantas vezes você costuma lavar as mãos durante o dia?

Você sabia que as mãos são o maior veículo de transmissão de microrganismos durante os cui-dados prestados ao paciente? Por isso a importância de higienizá-las.

O termo “lavagem das mãos” foi substituído por higienização das mãos, que é uma maneira simples e indispensável para prevenção da proliferação de possíveis doenças causadas por agen-tes infecciosos.

Com isso você vai:

• Remover a sujidade e oleosidade.

• Diminuir, eliminar ou inativar a microbiota das mãos.

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Em nossas mãos temos duas floras de microrganismos: a transitória ou contaminante, que co-loniza as camadas superficiais das mãos e que é adquirida nos cuidados com pacientes, e a residente ou colonizadora, que coloniza as camadas mais profundas da pele e geralmente não é removida com a higienização simples das mãos.

Quando sujamos as mãos com secreção, corremos para lavá-las, pois a sujidade está visível. Po-rém existem inúmeras bactérias, vírus, fungos que são invisíveis e, dessa forma, podemos nos contami-nar simplesmente tocando o paciente, trocando as roupas de cama, pegando na maçaneta da porta, tocando equipamentos próximos, mudando o paciente de posição, administrando medicamentos etc.

Fica a pergunta: se a sujidade for invisível, você sai correndo para lavar as mãos? Caso não tenha o hábito de higienização, os “bichinhos” vão mudar de posição, da sua mão para a população, poden-do causar uma contaminação, infestação e manifestação de várias doenças. O que você acha disso?

Diante disso, quem deve higienizar as mãos?

Todos que têm contato direto ou indireto com pacientes, que atuam na preparação de medica-mentos, manipulação de alimentos e materiais esterilizados ou contaminados. Portanto todos os pro-fissionais de saúde, visitantes e acompanhantes devem higienizar as mãos para evitar a disseminação de microrganismos.

Exercitando o conhecimento

Josefina, uma técnica de enfermagem, trocou a fralda de várias crianças da unidade de pediatria e depois foi auxiliar na alimentação. No outro dia, na unidade, foi detectado um surto de diarreia. Algumas crianças que já estavam de alta permaneceram internadas. Devido ao pouco tempo que dispõe para as tarefas, ela lavava as mãos somente ao final do plantão. Você, como futuro profissional de saúde, o que faria no lugar de Josefina?

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Bastaria Josefina higienizar as mãos com mais frequência, entre os procedimentos, entre uma criança e outra. Poderia primeiro ter auxiliado a alimentação, higienizado as mãos com álcool gel 70% e depois trocado as fraldas.

Portanto, quando devemos higienizar as mãos?

Os profissionais de saúde podem higienizar as mãos com água e sabão, preparação alcoólica e antissépticos. Então, afinal, o que você deve utilizar?

Vai depender da situação, conforme descrito a seguir:

• Água e sabão

- No início e término dos turnos de trabalho.

- Antes e depois das refeições.

- Após ir ao banheiro.

- Antes de manipular alimentos.

- Antes do preparo de medicamentos.

- Após contato com fluídos ou secreções, como sangue, urina, fezes entre outros, mesmo tendo usado luvas.

• Preparação alcoólica

Poderá ser utilizada quando as mãos não estiverem com sujidades visíveis, nas seguintes situações:

- Antes e após contato com pacientes.

- Antes e após realização dos procedimentos.

- Antes de calçar luvas e após a sua remoção.

- Ao mudar de uma superfície corporal contaminada para outra, limpa, como foi o caso de Josefina, teria que utilizar a preparação alcoólica para higienizar as mãos após trocar as fraldas, antes de iniciar a alimentação.

- Após ter contato com objetos próximos ao paciente.

• Antissépticos

Estes são para a higienização antisséptica das mãos, degermação da pele e assepsia cirúrgica das mãos. Antes dos procedimentos cirúrgicos e invasivos deve ser realizada a antissepsia cirúrgica ou o preparo pré-operatório das mãos.

Degermação: Remoção ou redução de bactérias da pele, por lim-peza mecânica e/ou agentes químicos, especialmente das mãos.

Assepsia: Conjunto de medidas, para impedir a penetração de microrga-nismos em superfícies inanimadas.

Antissepsia: Aplicação de antissépticos sobre a pele ou mucosa, íntegra ou com ferimentos, com a finalida-de de remover microrganis-mos.

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Atenção!

Fique atento e não se esqueça de higienizar as mãos!

Você já pode começar adquirindo esse hábito, até mesmo em casa.

Higienização simples das mãos

E o que é preciso para higienizar as mãos?

Materiais:

• Água e sabão ou antissépticos (álcool, clorexidina entre outros).

• Papel toalha.

Equipamentos:

• Lavatórios.

• Dispensadores de sabão e antissépticos.

• Porta-papel toalhas.

• Lixeira para descarte do papel-toalha.

Saiba mais

Você sabe lavar corretamente as suas mãos? Vamos verificar logo adiante!

Então vamos começar a treinar?

• Primeiramente, as unhas devem estar limpas e cortadas.

• É necessário retirar os adornos (anéis, pulseiras, relógios).

1. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se à pia

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2. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabão líquido para cobrir todas as superfícies das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante).

3. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si.

4. Esfregar a palma da mão direita sobre o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa.

5. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais.

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6. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vaivém e vice-versa.

7. Esfregar o polegar esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se movimento circular e vice-versa.

8. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa.

9. Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento circular e vice-versa.

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10. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabão, no sentido dos dedos para os punhos. Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira.

11. Secar as mãos com papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. Desprezar o papel-toalha na lixeira para resíduos comuns.

Fonte: Anvisa (2007).

Segundo o código de ética dos profissionais de enfermagem, quando estes colocam em risco a saúde dos pacientes, podem ser responsabi-lizados por imperícia, negligência ou impru-

dência. Neste caso, seria negligência você deixar de higienizar as mãos, sabendo que tal

procedimento dever realizado.

A duração e técnica empregada são fundamentais para eficácia da higienização das mãos, que deve ser de 40 a 60 segundos.

A higienização antisséptica das mãos é a mesma descrita acima, porém substituindo-se o sabão por um antisséptico. a higienização com a preparação alcoólica ou fricção das mãos com álcool tem o objetivo de diminuir os microrganismos, mas não vai retirar a sujidade e, ao final, não é necessário secar com papel toalha. Esse procedimento dura de 20 a 30 segundos.

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Fique atento!

• Se a torneira fechar manualmente, deve ser fechada com papel-toalha.

• Não se devem utilizar toalhas de tecido e uso coletivo, pois a umidade pode favorecer a pro-liferação de microrganismos.

• Deve-se evitar água quente para prevenir o ressecamento da pele.

Como já falamos, as técnicas de higienização das mãos podem variar de acordo com a necessidade.

Para relembrar...

A higienização simples das mãos tem como finalidade remover sujidades, oleosidades, células descamativas e microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, reduzindo a proliferação de doenças. É realizada com água e sabão.

A higienização com a preparação alcoólica ou fricção antisséptica das mãos tem o objeti-vo de diminuir os microrganismos, mas não vai retirar a sujidade.

Exercitando o conhecimento

Vamos reforçar o conteúdo estudado?

Josefina agora já sabe de tudo isso. Ela vai verificar a temperatura de uma criança que está com febre e preparar o medicamento. Com base nisso, ela não pode esquecer-se de ?

......

Higienizar as mãos com preparação alcoólica antes e depois que verificar a temperatura da criança e logo após higienizar suas mãos com água e sabão para preparar o medicamento.

Depois dessa explicação, Josefina não vai mais esquecer a importância de se lavar as mãos. E você, vai se esquecer?

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1.3 Princípios para o calçamento das luvas

Você já aprendeu a higienizar as mãos, agora vai aprender a

calçar as luvas.

Independentemente se o procedimento vai utilizar luvas, é importante sempre higienizar as mãos antes de calçá-las e após a sua remoção.

Você sabe quando deve utilizar luvas?

Temos quatro tipos de luvas:

• Luvas de borracha: Utilizadas pela equipe da limpeza.

• Luvas cirúrgicas de látex estéreis: Utilizadas para procedimentos cirúrgicos e invasivos que requerem técnica asséptica (livre de microrganismos).

• Luvas descartáveis de látex: Utilizadas para contato direto com mucosa, por exemplo, para realizar higiene oral do paciente, contato com superfície do corpo contaminado, como uma troca de fralda, e quando for administrar medicamentos injetáveis. Você sabe por quê? As luvas não vão impe-dir a perfuração pela agulha, porém reduzirão a penetração de sangue.

• Luvas descartáveis de vinil: São para profissionais que têm alergia do látex e pode ser utilizada nas mesmas situações da luva de látex, como foi descrito acima.

Vamos aprender a técnica para calçamento de luvas estéreis. Se puder, compre uma luva estéril para seguir o passo a passo. Pode ser? Então vamos lá.

Separe o material a ser utilizado:

• Luva estéril.

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Você vai:

1. Higienizar as mãos.

2. Colocar o pacote de luvas em local apropriado (mesa de cabeceira e/ou bandeja) em uma superfície limpa.

3. Abrir a embalagem externa das luvas.

Obs.: Não abrir o pacote de luvas sobre o leito do paciente ou em local inadequado (sujo ou molhado).

4. Abrir a embalagem interna por meio das abas existentes nas dobras internas da embalagem das luvas.

5. Abrir as abas delicadamente, sem tocar as luvas para não contaminá-las.

6. Calçar primeiro a mão dominante, então, com a outra mão, vai pegar na parte interna da luva.

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7. Colocar os dedos da mão dominante, tranquilamente, procurando ajustar os dedos internamente sem tocar a parte externa da luva, para não contaminá-la. Não se preocupar caso os dedos fiquem mal posicionados dentro da luva.

8. Após inserir os dedos, empurrar até que a mão entre completamente na luva, segurando sempre pela parte interna.

9. Colocar a primeira luva estéril (na mão dominante), deve-se colocar a luva na mão não dominante. Lembre-se de que agora estamos com uma luva estéril na mão dominante, e não podemos tocar em lugares que não sejam estéreis, seja a nossa pele, superfícies ou objetos ao nosso redor.

10. Com a mão já enluvada, segurar na parte externa da luva, ou seja, por dentro da dobra. Esta servirá de apoio para segurar.

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11. Segure sempre pela dobra do punho da luva para introduzir tranquilamente sua mão esquerda (não dominante) na luva, de forma semelhante ao realizado na primeira luva.

12. Se houver necessidade de posicionar os dedos corretamente, ou até mesmo melhorar o calçamento da luva, evitar manipulá-la na região dos punhos para não haver contaminação.

Conseguiu? Treine quantas vezes forem necessárias até conseguir.

Atenção!

• Para contato social, as luvas são dispensáveis, por exemplo: para aferir a pressão, verificar a temperatura, exame físico etc.

• Quando estiver de luvas, não se pode tocar em locais fora da área de tratamento, como pegar em objetos próximos, pegar na maçaneta da porta.

• Não se deve sair de luva pelas enfermarias e pelo hospital, a luva deve ser retirada logo após o procedimento.

• São utilizadas individualmente, devem ser trocadas entre diferentes pacientes e desprezadas. Não podem ser reutilizadas.

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Você já colocou as luvas, não é mes-mo? E para retirá-las, são necessários

cuidados? Pense um pouco!

Vejamos alguns cuidados ao se retirar as luvas:

1. Retirar a mão dominante, segurar a extremidade superior pela parte externa na região do punho, esticar e puxar a extremidade superior da luva para baixo enquanto a inverte duran-te a remoção.

2. Inserir os dedos da mão sem luva dentro da parte interna da luva ainda vestida e puxar a outra luva de dentro para fora enquanto encapsula a primeira luva na palma da mão.

3. Higienizar imediatamente as mãos após a remoção das luvas.

As luvas descartáveis de látex ou vinil são chamadas rotineiramente de luvas de procedimento. Devem-se higienizar as mãos antes de calçar e após a sua remoção. Não há um procedimento especí-fico para calçá-las.

Vamos ver se você compreendeu?

Exercitando o conhecimento

Imagine que Josefina vai aferir a pressão arterial de um paciente. Ela vai precisar usar luva? Por quê?

.....

Não, porque não vai ter contato direto com secreções ou fluidos corporais.

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E se ela fosse auxiliar uma cirurgia. Ela iria precisar usar luvas? Se sim, qual? Por quê?

.....

Sim. Luvas estéreis, porque as cirurgias requerem técnicas assépticas.

Entendido? Espera-se que sim.

1.4 Cuidados com a unidade do paciente – limpeza e desinfecção

Quando fazemos uma viagem, quere-mos encontrar um ambiente acon-

chegante, limpo e organizado. Afinal vamos passar alguns dias neste local. Se porventura encontrarmos um am-biente sujo, bagunçado e desorgani-zado, nosso sentimento de frustração

será muito grande, não é verdade?

O que você faria/sentiria em uma si-tuação como essa?

Se você gosta de ter um ambiente agradável na sua casa, em hotéis, dentre outros, imagine uma pessoa que está fragilizada, doente, em cuidados paliativos no hospital! Assim que o paciente é admitido em hospitais, centros de saúde, clínicas, laboratórios, é de grande importância mostrar o ambiente onde ele será acolhido. Para isso, tudo deve estar limpo com ausência de sujidades, fatores determinantes para prevenção e controle de infecção. Assim todos os profissionais da área da saúde devem manter um ambiente limpo e organizado.

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O que é a unidade do paciente/cliente?

É aquela na qual o paciente permanecerá no ambiente hospitalar (internação/ consultas). Exis-tem três tipos de unidades do paciente. Você sabe quais são elas? Veja no quadro a seguir:

Tipos Conceitos

Enfermaria Compreende três ou mais leitos (camas).

Apartamento Pode compreender um ou dois leitos.

Alojamento conjunto Mantém o binômio (mãe e filho).

A unidade do paciente é composta por alguns objetos, são eles:

• Leito do paciente.

• Mesa de cabeceira.

• Mesa auxiliar.

• Armário ou guarda-roupa (apartamento).

• Cadeira.

• Escadinha.

Você se lembra do que é limpeza? É um procedimento que visa à remoção da sujidade visível de uma matéria (orgânica ou inorgânica).

Há dois tipos de limpeza na unidade do paciente. Temos a limpeza concorrente e a terminal.

Limpeza concorrente: É aquela que deve ser feita diariamente. Higienizando todo mobiliário no sentido horizontal que compõe a unidade do paciente.

Material a ser utilizado:

• Pano limpo ou compressa.

• Álcool a 70% ou água e sabão.

• Luvas.

• Hamper.

Procedimento:

1. Higienização das mãos.

2. Separar material.

3. Calçar luvas.

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4. Retirar objetos/utensílios desnecessários e guardá-los em locais apropriados. Remoção de roupas de cama e colocá-las no hamper (local destinado a desprezar roupas/lençóis sujos/contaminados).

5. Começar a limpeza removendo as sujidades dos objetos mais limpos para os mais sujos, na seguinte ordem:

- Mesa de cabeceira.

- Mesa auxiliar.

- Cadeira.

- Leito (Cama).

6. Dobrar o colchão da cabeceira da cama para os pés. Limpar a cabeceira, os estrados laterais da cama e o colchão (parte de baixo).

7. Limpar todo o colchão (parte de cima) e dobrá-lo para a cabeceira e realizar a limpeza (col-chão, estrado e pés).

8. Limpar a escadinha.

9. Manter o ambiente organizado.

10. Higienizar as mãos novamente.

Limpeza terminal: É uma limpeza mais completa, que envolve superfícies horizontais e ver-ticais. É feita quando o paciente recebe alta, transferência, internações prolongadas (superiores a 15 dias) e óbitos. Geralmente são realizadas pela equipe de limpeza, pois utilizam equipamentos espe-ciais (máquinas, escadas).

Exercitando o conhecimento

Vamos ver se você compreendeu?

Joaquim, 52 anos, teve um acidente vascular encefálico (AVC), e por esse motivo ficou internado por dois meses no hospital. Quantas vezes devem ser feitas a limpeza terminal e a concorrente?

.....

A limpeza concorrente deve ser feita diariamente, portanto durante os 60 dias, e a limpeza terminal deve ser realizada, no mínimo, a cada 15 dias de internação, ou seja, quatro vezes.

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1.5 Preparo da cama hospitalarAgora que já fizemos a limpeza da unidade do paciente, vamos arrumar a cama.

Você tem o hábito de arrumar a sua cama diariamente? No ambiente hospitalar, isso deve ser feito todos os dias.

Arrumando o leito, você vai promover um ambiente de conforto e bem-estar para o paciente, com objetivo de tornar o ambiente seguro e agradável.

Para arrumação do leito, são necessários os seguintes materiais:

• Três lençóis (protetor do colchão, móvel e do paciente).

• Impermeável.

• Cobertor.

• Toalha de rosto e banho.

• Fronha.

Você sabia que existem diversos tipos de cama

no ambiente hospitalar? Vamos conhecê-las?

Cama fechada: é para receber um novo paciente.

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Cama aberta: é aquela que está ocu-pada pelo paciente que deambula (que anda).

Cama para operado: é aquela ocupa-da pelo paciente pós-operatório.

Cama com cliente acamado: é ocupada por um paciente que não se locomove.

Exercitando o conhecimento

Para reforçar:

Marinalva fez uma cirurgia para retirar o útero (histerectomia). Quando chegou à sala de recuperação anestésica, foi recebida em uma cama .

......

Para operado, que é aquela ocupada pelo paciente no pós-operatório.

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Parabéns,

você finalizou esta lição!

Agora responda às questões ao lado.

ResumindoAo final desta lição, você foi capaz de conhecer medidas profiláticas para o controle de infec-

ções no ambiente de saúde. Identificamos a importância da biossegurança que envolve características relacionadas a microrganismos. Por isso, devemos adotar medidas de precauções para que não haja o desenvolvimento de infecções. A biossegurança traz algumas medidas de segurança para evitar ex-posições a agentes físicos, químicos, biológicos, ergométricos. Algumas dessas medidas foram citadas ao longo desta lição, você se lembra? São elas:

• A utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como luvas, máscaras, óculos, que são fundamentais para segurança tanto do profissional de saúde quanto do paciente.

• Higienização simples das mãos, que tem como finalidade remover sujidades, oleosidades, células descamativas e microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, reduzindo a proliferação de doenças. É realizada com água e sabão.

• Cuidados com a unidade do paciente e preparo da cama.

Todos esses procedimentos são essenciais na rotina dos profissionais de saúde para promover a prevenção e o controle de infecções.

Veja se você se sente apto a:

• Compreender a importância da prevenção e controle de infecção.

• Conhecer os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

• Realizar a higienização das mãos e ser capaz de calçar luvas.

• Preparar uma cama hospitalar.

• Promover um ambiente limpo, iluminado, ventilado, organizado dentro dos cuidados com a unidade do paciente.

Exercícios

Questão 01 – A biossegurança envolve:

a) Medidas de segurança relacionadas com as formas microbianas.

b) Medidas preventivas sem o uso de Equipamentos de Proteção Individual.

c) Medidas de anotações no prontuário do paciente.

d) Medidas não preventivas no cuidado ao paciente.

Questão 02 – Na cadeia de infecção, existem os seguintes elementos:

a) Agente infeccioso. Moradia. Portal de saída. Modo de transmissão. Portal de entrada e Hospedeiro.

b) Agente infeccioso. Reservatório. Portal de saída. Picada. Portal de entrada e Hospedeiro.

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c) Agente infeccioso. Reservatório. Animal. Modo de transmissão. Portal de entrada e Hospedeiro.

d) Agente infeccioso. Reservatório. Portal de saída. Modo de transmissão. Portal de en-trada e Hospedeiro.

Questão 03 – O que é limpeza?

a) É um procedimento que visa à remoção da sujidade visível de uma matéria (orgânica ou inorgânica) e deve preceder os processos de desinfecção e esterilização.

b) É um processo que visa eliminar microrganismos, mas nessa eliminação não engloba todas as formas microbianas. Nesta podemos destacar os esporos.

c) É um procedimento que destrói todas as formas de vida microbiana, principalmente os esporos.

d) Nenhuma das anteriores.

Questão 04 – É considerado um Equipamento de Proteção Individual na área da Saúde:

a) Tesoura. c) Celular.

b) Anéis e pulseiras. d) Gorro.

Questão 05 – As mãos constituem o principal veículo de transmissão de microrganis-mos durante os cuidados prestados aos pacientes, sendo a higienização das mãos a medi-da mais simples e indispensável para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. Marque a alternativa incorreta:

a) Antes de realizar a higienização das mãos, devem-se retirar adornos, cortar e limpar as unhas.

b) A higiene das mãos com água e sabão remove as sujidades e a maioria das microbio-tas residentes das mãos.

c) A fricção com álcool 70% elimina ou inativa a microbiota transitória das mãos, porém não elimina sujidade.

d) A higienização das mãos tem como objetivo a remoção de sujidade, suor, oleosidade, pelos, células descamativas e de alguns microrganismos da pele, interrompendo a trans-missão de infecções veiculadas ao contato.

Questão 06 – A Biossegurança é definida como sendo um conjunto de medidas pre-ventivas que envolve a desinfecção do ambiente, a esterilização do instrumental e o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), pelo profissional e equipe, sendo funda-mental para manutenção da saúde dos profissionais e necessárias para prevenção de in-fecções hospitalares.

I – A técnica de calçar luvas estéreis não deve precedida da higienização adequada das mãos.

II – O interior do pacote da luva constitui um campo estéril, podendo ser trocada a qualquer momento do processo para calças as luvas.

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III – Para remoção das luvas, primeiro estique e puxe a extremidade superior pelo lado externo da luva, posteriormente insira os dedos da mão sem luva dentro da extremidade interna da luva ainda vestida e puxe a segunda luva de dentro para fora enquanto encap-sula a primeira luva na palma da mão.

IV – As luvas estéreis devem ser utilizadas sempre que ocorrer a necessidade de manipu-lação de áreas estéreis. Existem vários procedimentos que exigem a utilização de luvas esté-reis, entre eles verificação de sinais vitais, banho no leito, mudança de posição do paciente.

Podemos afirmar que:

a) Apenas o item III está correto. c) Os itens I e II estão corretos.

b) Os itens III e IV estão corretos. d) Todos os itens estão corretos.

Questão 07 – A unidade do paciente é aquela na qual o paciente permanecerá no am-biente hospitalar, por isso é necessário manter o ambiente limpo e organizado. Sendo as-sim, que limpeza é realizada quando o paciente vai a óbito?

a) Limpeza concorrente. c) Desinfecção.

b) Limpeza terminal. d) Esterilização.

Questão 08 – Arrumar o leito vai promover um ambiente de conforto e bem-estar para o paciente, com objetivo de tornar o ambiente seguro e agradável. Qual tipo de cama de-verá ser arrumada para um paciente que está deambulando?

a) Cama fechada. c) Cama para operado.

b) Cama aberta. d) Nenhuma das anteriores.

Questão 09 – Imagine que fosse realizar coleta de sangue para exame. Qual tipo de luva teria que usar?

a) Luva estéril. c) Luva de borracha.

b) Luva descartável de látex. d) Nenhuma das anteriores.

Questão 10 – A limpeza concorrente é aquela que deve ser feita diariamente, higieni-zando todo mobiliário no sentido horizontal que compõe a unidade do paciente. Qual a sequência de limpeza do mobiliário?

a) Mesa de cabeceira, mesa auxiliar, cadeira, cama, escada.

b) Escada, mesa de cabeceira, mesa auxiliar, cadeira, cama.

c) Mesa auxiliar, cadeira, cama, escada, mesa de cabeceira.

d) Nenhuma das anteriores.