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UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E SECRETARIADO EXECUTIVO
INDÚSTRIA QUÍMICA
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE UM FABRICANTE
DE INTERMEDIÁRIOS TÊXTEIS
Autor: Fábio Soares Duarte
Monografia apresentada à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade de Taubaté, como parte dos requisitos para obtenção do Certificado de Especialização pelo Curso de Pós-Graduação em Gerência Empresarial / MBA.
Orientador: Prof. Mestre Paulo Gastão Silva Coordenador: Prof. Dr. Edson Aparecida de Araújo Querido Oliveira
Taubaté - SP 1999
COMISSÃO JULGADORA
DATA: _____/______/ 1999
RESULTADO:_________________________
Prof. Mestre Paulo Gastão Silva
Assinatura: _______________________________________
Prof. Mestre Julian Jaime Cervantes
Assinatura: _______________________________________
Prof. Dr. Edson Aparecida de Araújo Querido Oliveira
Assinatura: _______________________________________
2
Dedico este trabalho à minha esposa
Bernadete, incentivadora maior
à realização do MBA e que
compartilhou comigo
todos os momentos.
Aos meus filhos,
Patrícia e Vinícius.
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AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Gastão, que mostrou-se um orientador dedicado e profundo conhecedor do
assunto estudado, com o qual compartilho a autoria deste trabalho.
Aos colegas do MBA, pelo companheirismo demonstrado ao longo do curso.
Ao amigo Francisco, também formando do MBA, que me indicou à feitura do curso e
incentivou minha participação desde o início.
Aos proprietários da empresa química que serviu de base à elaboração do trabalho.
Ao amigo Lourival, que em diversos momentos contribuiu decisivamente para que a
monografia fosse realizada, oferecendo informações interessantes.
A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a elaboração deste trabalho.
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SUMÁRIO
LISTA DE QUADROS 05
INTRODUÇÃO 07
BREVE RELATO SOBRE A EMPRESA E A CADEIA TÊXTIL 11
MISSÃO DA EMPRESA 13
DIAGÓSTICO ESTRATÉGICO E VISÃO DA EMPRESA 13
INTEGRAÇÃO COM O AMBIENTE 18
CENÁRIOS 19
ANÁLISE INTERNA 26
PARÂMETROS 28
QUADROS SINTÉTICOS 29
OPORTUNIDADES 30
AMEAÇAS 31
PONTOS FORTES 32
PONTOS FRACOS 33
POSTURA ESTRATÉGICA E FIXAÇÃO DE METAS 34
AÇÕES PROPOSTAS 37
CONCLUSÃO 48
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 49
ANEXOS 50
ABSTRACT 67
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LISTA DE QUADROS
QUADRO 01 - BALANÇA COMERCIAL 20
QUADRO 02 - PARTICIPAÇÃO NO PIB 21
QUADRO 03 - CONSUMO PER CAPITA 22
QUADRO 04 - EMPRESAS POR REGIÃO 24
QUADRO 05 - EMPRESAS POR RAMO 24
QUADRO 06 - PARTICIPAÇÃO POR EMPRESA 25
QUADRO 07 - OPORTUNIDADES 30
QUADRO 08 - AMEAÇAS 31
QUADRO 09 - PONTOS FORTES 32
QUADRO 10 - PONTOS FRACOS 33
QUADRO 11 – POSTURA ESTRATÉGICA BÁSICA E
SUPLEMENTARES 35
QUADRO 12 - METAS 36
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DUARTE, F.S. Indústria química: planejamento estratégico de um fabricante de
intermediários têxteis. Monografia apresentada ao Departamento de Economia,
Administração, Contabilidade e Secretariado Executivo, UNITAU, 1999.
RESUMO
O trabalho enfoca o Planejamento Estratégico de uma indústria química que produz
intermediários para a indústria têxtil. São produtos químicos destinados
exclusivamente a atender o segmento têxtil, que, por ser suprido por empresas
multinacionais e nacionais de porte variável, reveste-se de uma gama de
peculiaridades que devem ser observadas no planejamento. Foi adotada uma
metodologia mista, com muita ênfase no levantamento de dados internos, análise de
cenários e informações sobre a concorrência, considerada a forma mais adequada
para equacionar e propor solução para os problemas levantados, tomando-se como
horizonte o quinqüênio 1999/2003. O resultado foi a proposta de um plano de ações,
num total de nove, abrangendo os aspectos pertinentes aos objetivos pretendidos para
que a empresa obtivesse êxito nos seus negócios atuais e futuros. O trabalho é ponto
de partida para outros mais abrangentes e que objetivem a elaboração de metodologia
específica para o planejamento estratégico de indústrias químicas.
69
69
ABSTRACT
The present work focus on the strategical planning of a chemical industry which
produces intermediaries for a textile industry. These chemical products are just
assigned to attend the textile segment, which, for being supplied by national and
multinational companies of variable size, assumes a range of peculiarities to be
observed during the planning. A mixed methodology, which has been considered to be
the most adequate way to solv and to propose solutions to the raised problems,
considering the quinquennium 1999/2003 as horizon, was adopted, emphasizing the
inner data survey and the information and scenery analysis about the competitors. As a
result, a plan of actions, in a total of nine, was proposed, including the pertinent
aspects to the aimed targets so the company succeeded in its present and future
business. This work is the starting point for more inclusive others, which aim to develop
specific methodology for the strategical planning of chemical industries.
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INDÚSTRIA QUÍMICA
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE UM FABRICANTE
DE INTERMEDIÁRIOS TÊXTEIS
1. INTRODUÇÃO
A indústria têxtil envolve um grande número de fornecedores para que seja
operacionalmente viável. Estes vão desde produtores agrícolas, como no caso do
algodão, até empresas produtoras de botões e fechos, de grandes e pequeníssimos
portes. Existe toda uma cadeia complexa, vasta e numerosa, susceptível às mais
diversas influências, quer sejam de mercado, quer sejam emanadas do governo. A
indústria têxtil como um todo, apesar de representar para nosso país uma fonte de
recursos e empregos, nunca recebeu um tratamento condizente com a importância
que possui. Este fato, e suas conseqüências, serão abordadas ao longo do trabalho.
Dentro desse contexto de fornecedores, a indústria química é uma das mais
importantes, pois atua em todas as fases do processo produtivo têxtil. Como o
envolvimento é, via de regra, direto, existe uma constante movimentação de empresas
químicas entrantes no mercado, aumentando a competitividade e trazendo os preços
médios para níveis muito baixos.
Uma das categorias de empresas de muita importância para a indústria têxtil é a dos
fabricantes de intermediários, que em suma são aqueles produtos considerados
auxiliares para a estamparia e tinturaria de tecidos e fios.
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Para a elaboração do trabalho, buscamos uma empresa de porte médio, participante
do mercado e unicamente produtora de intermediários. A definição de suas atividades,
bem como os destinos e aplicações de seus produtos, serão aqui bem explorados.
Objetivamos elaborar o planejamento estratégico de uma empresa fabricante de
produtos químicos intermediários para têxteis, para o quinquênio 1999/2003.
Existem formas clássicas de elaboração do planejamento estratégico, e aqui
estudamos três diferentes modelos:
- o primeiro foi o de Oliveira [1989], em que é dada muita ênfase ao levantamento de
dados, para que sejam tabulados e transformados em formulários pré elaborados.
Assim, para o autor, o planejamento assume um rito sumário, com passos
concatenados, embasados na elaboração de formulários e planilhas, sendo pouco
dependente do porte da empresa, de seu ramo de atuação, se é, por exemplo,
industrial ou comercial. Ressalta-se que o formato dirigido confere à elaboração
uma sistemática fácil de ser compreendida e possivelmente aplicável, como fonte
de levantamento de dados. Porém, no tocante à implantação e ao
acompanhamento, a literatura não apresenta informações suficientemente
criteriosas, que sejam facilmente aplicáveis;
- o segundo foi o de Bethlem [1997], cuja base de elaboração está voltada para os
aspectos econômicos e sua influência nas empresas. O autor traça um perfil
generalista das empresas, enfocando aspectos mais voltados à implantação de
novos empreendimentos, sua interface com o mercado e, principalmente, quais as
inferências que os fatores econômicos podem trazer para as corporações. Assim,
ele procura enfatizar que a adoção de uma estratégia empresarial está voltada
para o dia a dia da empresa, seu relacionamento com fornecedores e clientes, sua
defesa dos possíveis envolvimentos externos de ordem econômica, que podem
afetar a empresa. Aspectos de ordem tecnológica, de estrutura interna, etc.,
deixam de ser relevantes, quando comparados com as influências externas a que
9
a empresa está sujeita. Ressalta-se a proposta de modelos de portfólio e ciclo de
vida dos produtos, que, embora tenham sido originalmente elaboradas por Porter
[1986], são apresentadas por Bethlem [1997] de maneira sintética e bastante
fáceis de serem entendidos e aplicados;
- o terceiro modelo estudado foi o de Porter [1986], cuja ênfase do planejamento
estratégico é a monitoração da empresa e de seus concorrentes. Ele aborda as
técnicas adequadas à análise da indústria e da concorrência. Suas técnicas,
consideradas por especialistas como as mais bem fundamentadas para a indústria,
são facilmente entendidas, revestindo-se de um arcabouço de informações
mercadológicas e matrizes de aplicação, que direcionam o planejamento para um
modelo mais simplista e, via de regra, com menor utilização de formulários e
tabelas. Para o autor, a indústria é o estimulador de eventos tecnológicos e
mercadológicos mais viável que existe, devendo seu planejamento, em qualquer
instância, ser estratégico e considerar a concorrência. Assim, os produtos, os
volumes, os preços, o ciclo de vida e os portfólios são fatores preponderantes e
objeto de exaustivas análises em seu modelo. Ressalta-se o fato de toda a
estratégia proposta estar voltada para a indústria, o que o diferencia de outros
autores. Outrossim, releva-se também o fato de que o modelo administrativo
proposto foi comprovadamente aplicado com sucesso, tanto que as publicações do
autor estão normalmente entre as mais vendidas no mundo.
Como nossa intenção não é a de fazer um compêndio que extrapole o objetivo do
trabalho desejado, optamos por adotar a metodologia clássica proposta por Oliveira
[1989], naquilo que se refere à elaboração dos dados, levantamentos de campo e
apontamento em formulários. Para os métodos de aplicação, fixação de metas e
adoção de controles desejados, optamos por utilizar a metodologia de Porter [1986],
de forma a atender aos anseios de tornar aplicável o trabalho proposto, já que a
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empresa estudada é uma indústria. Assim, pudemos elaborar um trabalho sintético,
objetivo e que atende à nossa expectativa inicial, ficando dentro da dimensão mais
adequada.
Ao adotarmos uma sistemática mista, aproveitando aquilo que julgamos melhor
explorado pelos autores, não estamos colocando em dúvida os métodos por eles
elaborados. Estamos tão somente viabilizando a realização do trabalho, dentro dos
moldes desejados e em concordância com o tipo de indústria analisada.
Pelo tipo de trabalho elaborado, diversas informações acessadas são consideradas
confidenciais e impróprias para publicação. Assim, optamos por declinar da menção
do nome da empresa, a fim de preservar o grau de confidencialidade.
Entretanto, podemos afiançar que o nível das informações cedidas foi bastante
elevado, sendo que em nenhum momento a empresa se furtou em oferecer dados,
abrir arquivos e fornecer informações financeiras. Em todas as oportunidades de
contato, seus diretores e gerentes estiveram sempre disponíveis para atender-nos da
melhor maneira possível.
Dentro do modelo adotado, optamos por utilizar formas de exposição as mais
sintéticas possível, tentando evidenciar informações que são privilegiadas e
fundamentais para o entendimento. Tomássemos como forma de apresentação a
simples dissertação, teríamos um trabalho extenso e que, embora aplicável, talvez não
contemplasse aspectos importantes ou mais relevantes. Apesar dessa sistemática, um
planejamento estratégico, por mais simplório que seja, exige uma grande quantidade
de informações. Tentamos de todas as maneiras transformar as informações em
apontamentos práticos, para que o objetivo de síntese não ficasse perdido e
dispersasse aqueles principais.
Ainda há de se considerar dois aspectos fundamentais: em primeiro lugar, que
adotamos a data de 31 de Maio de 1999 como limite para a apuração dos dados e
informações pertinentes, em segundo, que, ao mencionarmos o setor têxtil, estaremos
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refletindo a posição de que toda a cadeia têxtil se move com a mesma velocidade,
sendo alavancada igualmente nos diversos ramos de atividade, inclusive os auxiliares
químicos.
2. BREVE RELATO SOBRE A EMPRESA E A CADEIA TÊXTIL
A empresa que estudamos fabrica produtos químicos utilizados no beneficiamento de
substratos têxteis. Para esse processo de beneficiamento de têxteis, é necessária uma
vasta gama de produtos químicos e apenas algumas empresas multinacionais
possuem a linha completa desses produtos.
O beneficiamento de têxteis é feito em empresas chamadas comumente de tinturarias
e estamparias, dependendo da necessidade final do produto têxtil. Desta maneira,
podemos dividir os produtos químicos necessários em: corantes, pigmentos, auxiliares
para tinturaria e auxiliares para estamparia.
Para um esclarecimento preliminar, beneficiamento de têxteis é o processo pelo qual
um substrato, seja fio, tecido plano ou malha, passa para chegar ao consumidor com a
qualidade que requeremos.
Por exemplo, quando imaginamos tingir um produto de amarelo, não bastam apenas
os corantes, mas sim uma série de produtos e processos que sejam capazes de
remover as impurezas do tecido, a fim de prepará-lo para o tingimento, outra série de
produtos químicos que auxiliem em um tingimento uniforme e bem fixado, e ainda,
após tinto, este substrato necessita de novos tratamentos, os chamados acabamentos
com amaciantes, resinas, etc. e máquinas que proporcionem um aspecto físico final
diferenciado.
A empresa possui a linha de produtos auxiliares para tinturaria e alguns outros
auxiliares utilizados em estamparias. Esses são produtos que auxiliam o processo de
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tingimento ou estampagem dos substratos têxteis. No Anexo 1, apresentamos alguns
produtos e suas aplicações, para que o leitor visualize o procedimento.
As indústrias de beneficiamento podem ou não ser as fabricantes dos tecidos, sendo
muito comum no mercado a terceirização desse processo. Em geral, somente as
grandes empresas têxteis brasileiras possuem o ciclo completo, com suas próprias
tinturarias ou estamparias. É também muito comum as empresas utilizarem suas
capacidades excedentes para beneficiar produtos de terceiros, além dos seus próprios
tecidos.
As grandes empresas do mercado são: o grupo Vicunha, o grupo Coteminas, Hering e
Sulfabril, que são fabricantes de substratos de pouco valor agregado, onde o custo de
produção é essencial para sua rentabilidade. As empresas que possuem substratos de
alto valor agregado, por exemplo, Santaconstância e TDB, trabalham com tecidos de
alta moda. Existe ainda um grande número de beneficiadores grandes, médios e
pequenos, com um vasto universo de substratos têxteis, exigindo diferentes produtos,
serviços e relacionamentos com seus fornecedores.
Em comum nessas empresas, podemos citar a sua origem nacional.
Não existem empresas têxteis multinacionais atuando no mundo. As empresas são
regionais e seu contato com o mercado externo ocorre em feiras, eventos e
congressos. A grande diferença entre elas, e motivo de alta competitividade no setor,
está na capacidade, instalações e eficiência produtiva, que ocasionam diferenças
grandes de custos de produção e fazem com que empresas semelhantes, com
produtos de qualidade similar, possuam rentabilidade muito diferente.
No Anexo 2, podemos observar o fluxo de produção da cadeia têxtil, mostrando em
que etapa nossa empresa está atuando.
Para fixarmos a magnitude da empresa estudada, cabe mencionar que ela atua no
mercado há 12 anos, tem fábrica e sede próprias e uma capacidade de produção
superior a seiscentas toneladas por mês. Possui atualmente 63 colaboradores e teve
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um faturamento de U$11,6 milhões em 1998. Sua área de atuação é todo o território
nacional, mas como a indústria têxtil possui pólos bem definidos, neles está sua maior
atuação (São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, e mais recentemente o Nordeste).
3. MISSÃO DA EMPRESA
A empresa tem como missão: fabricar, comercializar e desenvolver métodos de
aplicação de produtos químicos, unicamente destinados ao beneficiamento de
substratos têxteis.
Não existe o interesse em contemplar outras áreas de atuação ou de desenvolvimento
de produtos ou negócios, senão aqueles relacionados com a atividade-fim da
empresa. Essa definição preliminar faz-se fundamental, para situar nossa esfera de
ação dentro do estudo estratégico, evitando assim que dispersemos o objetivo.
Mais à frente, dentro dos instrumentos de elaboração, os aspectos relativos à missão
serão abordados de maneira formal.
4. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO E VISÃO DA EMPRESA
4.1 IDENTIFICAÇÃO DA VISÃO DA EMPRESA - SEUS ANSEIOS
A empresa busca incessantemente superar as expectativas e necessidades de seus
clientes, através da excelência no atendimento, procurando fazer seus colaboradores
atuarem de forma responsável quanto à qualidade dos serviços e produtos oferecidos.
Buscar trazer a voz do cliente a todos os níveis da empresa, para que ela direcione o
envolvimento de toda a equipe em benefício do cliente.
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Oferecer qualidade, criatividade, inovação, flexibilidade, assumindo atitudes
responsáveis, transparentes e éticas.
Buscar que as decisões alcancem eficácia, fazendo escolhas acertadas, e êxito dos
planos.
Objetivar ser a empresa líder de satisfação e atendimento, com parcerias duradouras
com clientes, fornecedores e colaboradores, e obter elevada rentabilidade para o
financiamento de novos projetos e diversificação de seu portfólio.
4.2 ANÁLISE EXTERNA
Após muitos debates com o pessoal da empresa, especialmente os técnicos externos
que estão em contato direto com clientes e concorrentes, enumeramos os aspectos
mais relevantes que envolvem as oportunidades e ameaças aos seus negócios.
Estabelecemos como forma a sistemática de apresentar os fatores sem ordem de
importância, critério esse que será aplicado mais tarde quando da análise.
Sem dúvida, os fatores mercadológicos foram considerados por todos como os que
apresentam melhores oportunidades à empresa.
4.2.1 CONCORRENTES
No ramo de atividade, a análise dos concorrentes é fundamental, devido à alta
competitividade a que nos referimos. Aqui procuramos identificar o perfil da resposta
dos concorrentes e o que os levaria a realizar mudanças estratégicas para obter
sucesso.
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4.2.1.1 MULTINACIONAIS
São aquelas empresas de grande porte, que possuem todos os produtos utilizados no
beneficiamento têxtil. Via de regra, os atuais donos de empresas nacionais produtoras
de intermediários são oriundos de multinacionais. Procuramos identificar
didaticamente as metas que elas perseguem, suas estratégias em curso, capacidades
e formular hipóteses de ações futuras. Vamos listar sumariamente os pontos principais
por concorrente:
BASF - Empresa alemã de grande diversificação, sendo hoje a maior do mercado.
Não tem postura de assumir riscos, terceiriza serviços e a venda para clientes
duvidosos ou mau pagadores. Atende preferencialmente grandes clientes, com força
de venda concentrada. A filial Brasil atende toda a América do Sul. Possui política de
formação de pessoal e atualmente passa por profundas alterações internas,
reestruturando diversos departamentos.
Além de concorrer no mercado, é fornecedor de matérias-primas, o que lhe confere
uma certa capacidade de formação de preços. Sendo formador de opinião, atua no
mercado para ser referência de qualidade, embora não possua uma estrutura
compatível de assistência técnica. Como pontos fortes podemos citar: reputação dos
produtos, diversificação e amplitude dos produtos, habilidade de pesquisa de mercado,
treinamento e capacitação da força de vendas, economia de escala, equipamentos e
instalações atualizados, acesso e custo de matérias-primas, acesso a fontes externas
de pesquisa e desenvolvimento, clareza de propósitos da organização, consistência de
atuação, capacidade financeira e alta rentabilidade.
Como pontos fracos podemos citar: fraco relacionamento com pequenos clientes, não
oferecer atendimento personalizado, alta rotatividade de funcionários, falta de
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adaptabilidade e flexibilidade da administração e baixa velocidade de mudança
estratégica em caso de necessidade de mercado.
CLARIANT - Multinacional suíça, igualmente bastante diversificada. É um grupo
recém formado pela cisão da parte química da Sandoz e Ciba, incluindo uma pequena
participação da Hoechst. Toda a coordenação dos negócios americanos é feita do
Brasil. O grupo fatura cerca de U$ 6 bilhões por ano. Ela opera com seis divisões de
negócios, cobrindo todas as áreas em que a química possa ser relevante. Assim,
podemos citar como pontos fortes: reputação dos produtos, amplitude das linhas de
produção, habilidade de pesquisa de mercado, capacitação da força de vendas, baixa
rotatividade de funcionários, economia de escala, boas instalações e equipamentos,
acesso a fontes externas de pesquisa e desenvolvimento, clareza de propósitos,
excelente rentabilidade e capacidade financeira.
Como pontos fracos relacionamos: baixo relacionamento com pequenos e médios
clientes, força de campo muito jovem, falta de flexibilidade e adaptabilidade da
administração, baixa velocidade de mudança estratégica e pouca atuação de
propaganda.
HENKEL - Empresa igualmente diversificada, cuja base brasileira é um dos pólos de
pesquisa e desenvolvimento. Tem metas bem definidas quanto a qualidade e meio
ambiente. Cerca de 7% do seu pessoal está envolvido em desenvolvimentos. Seus
produtos possuem uma marca de qualidade excelente. Como pontos fortes
destacamos: reputação dos produtos, amplitude da linha de produtos, capacidade de
desenvolvimento, economia de escala, excelentes instalações, baixo custo de
matérias-primas, clareza de propósitos, boa rentabilidade, boa penetração
mercadológica e muita capacidade financeira. Como pontos fracos identificamos:
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excesso de rigidez de valores, pouca capacitação da força de vendas, pouca interação
com clientes pequenos, pouca capacidade de adaptação e administração etnocêntrica.
Poderíamos enumerar outros concorrentes multinacionais de porte semelhante, mas
os três citados são amplamente determinantes do mercado.
4.2.1.2 PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Aqui, procuraremos mencionar os pontos julgados fortes e fracos, entre os principais
participantes do mercado. Nos quadros de avaliação, eventuais metas e
posicionamentos, quando relevantes, serão mencionados:
ERTEX - Pontos fortes: economia de escala, bons equipamentos e instalações,
acesso a fontes externas de pesquisa e desenvolvimento, capacidade financeira, bem
conhecidos no mercado e bom poder de negociação com fornecedores e clientes.
Pontos fracos: empresa relativamente nova, ainda buscando seu posicionamento no
mercado, sem nome e tradição e realizando um gasto muito grande com campanha de
reconhecimento.
SINTEQUÍMICA - Pontos fortes: acesso a fontes externas de pesquisa e
desenvolvimento, diversificação do portfólio, moderna e sofisticada, bom poder de
negociação, boa capacidade de colocar produtos substitutos, agressividade nas
vendas, bom desempenho de marketing e gerência ativa.
Pontos fracos: pouco treinamento da força de vendas e técnicos, falta de atendimento
personalizado, missão e estratégias não divulgadas, com posicionamento pouco
definido.
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RESITEX - Pontos fortes: diversificação do portfólio, bons profissionais de campo,
tanto técnicos como de venda, boa capacidade financeira e agressividade de
campanhas.
Pontos fracos: falta de atendimento personalizado, pouco treinamento de pessoal e
nenhuma divulgação sobre a missão e estratégia da empresa no mercado.
5. INTEGRAÇÃO COM O AMBIENTE
Como subsídio à elaboração, cabe-nos averiguar quais os objetivos da empresa
naquilo que se refere ao relacionamento de negócios com agentes anteriores, no
mesmo nível e posteriores da cadeia produtiva têxtil e química em geral.
5.1 INTEGRAÇÃO VERTICAL
Não faz parte dos planos da empresa efetivar qualquer tipo de integração vertical e
isso está bem definido em sua missão.
5.2 INTEGRAÇÃO HORIZONTAL
Identificamos os diversos grupos estratégicos que podem servir de posicionamento
quanto à integração horizontal. Assim, podemos relacionar:
- CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: a estratégia é a de buscar, nas mais diversas
regiões de atuação, pessoal capacitado e influente para ser contratado ou alçado à
condição de representante.
- CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO: existe uma estrutura de logística definida,
basicamente terceirizada, para atender de maneira competitiva todas as regiões.
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5.2.1 FORNECEDORES
Os produtos consumidos pela empresa são abundantemente encontrados no
mercado, seja interno ou externo, e não exigem por isso grandes estoques. O
fornecedor mais significativo é a OXITENO S/A, seguido pela HENKEL e DOW
CORNING. Existe uma relação de fornecedores de matérias-primas bastante
diversificada, muito concorrida e com pressão de preços. Assim, suas compras são
facilmente feitas com custos compatíveis, não exigindo maior negociação. O fator
compras não é um aspecto significativo da composição de custos dos produtos da
empresa e de seus concorrentes, visto que o mercado está bastante competitivo e
abundantemente servido.
6. CENÁRIOS
6.1 CENÁRIO ECONÔMICO
Sem dúvida que as melhores condições econômicas para o setor são a estabilidade e
o crescimento. Como veremos a seguir, a condição sociocultural brasileira faz com
que tenhamos um consumo baixo de fibras têxteis, quando comparado com o de
outros países, principalmente desenvolvidos.
A última grande movimentação de cenário econômico foi favorável ao setor, a
desvalorização cambial. Além de reduzir a competitividade de produtos estrangeiros,
melhorou muito a competitividade da indústria nacional. No Quadro 1, observamos a
balança de pagamentos do setor nos últimos anos.
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QUADRO 01 - BALANÇA COMERCIAL TÊXTIL
FONTE: ABIT / SINDITÊXTIL
Observe-se que, desde 1995, ocorre déficit comercial, o que espera-se que seja
revertido em 1999.
Apesar da iniciativa de globalização ter acarretado resultados ruins, ao longo dos
últimos cinco anos o setor investiu cerca de U$ 10 bilhões na modernização do seu
parque fabril.
6.2 CENÁRIO POLÍTICO
Está em curso uma grande campanha de revitalização do setor têxtil. Apesar de ter
sido politicamente relegado a um plano inferior, o setor é e continuará sendo um
grande empregador de mão-de-obra.
O primeiro passo de revitalização foi a adoção, em meados de 1998, de um sistema
de cotas que, embora usual em outros países, não havia sido implantado no país.
BALANÇA COMERCIAL TÊXTIL DO BRASIL
ANO EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO SALDO1975 535 114 4211980 916 120 7961985 1001 72 9291990 1248 463 7851995 1441 2286 -8451996 1292 2308 -10161998 1131 1625 -494
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Ocorre que fabricantes de qualidade duvidosa e mão-de-obra barata, principalmente
asiáticos, corromperam o mercado, inundando-o com produtos estrangeiros de baixo
valor. Toda a cadeia de produção foi muito prejudicada e a adoção das cotas foi um
alento favorável e necessário. Agora, implementa-se um sistema de investimento para
geração de emprego. O Anexo 3 é um artigo assinado pelo Dr. Benjamim Steinbruch,
publicado no Jornal A Folha de São Paulo, em 11 de Maio de 1999, que traça um bom
diagnóstico do nível de empregos do setor.
A fim de demonstrar a importância do setor, apresentamos, no Quadro 2, a
participação no PIB dos últimos anos.
QUADRO 2 - PARTICIPAÇÃO NO PIB
FONTE: IBGE / BANCO CENTRAL
ELABORADO POR ABIT/SINDITÊXTIL
Observamos que está existindo uma queda na participação e esta tendência deve ser
revertida com as medidas adotadas.
PARTICIPAÇÃO DA INDÚSTRIA TÊXTIL NO PIB
ANO % PIB TOTAL % PIB INDUST.1990 2,9 101991 2,3 8,71992 1,9 7,51993 1,9 7,71994 1,7 7,31995 1,4 6,41996 1,4 6,41997 1,3 5,9
1998(*) 1,1 5,9
(*) previsão
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6.3 CENÁRIO SOCIOCULTURAL
O consumo per capita de fibras têxteis no Brasil é ainda bem inferior ao de outros
países, principalmente os mais desenvolvidos. O Quadro 3 mostra os valores
brasileiros.
QUADRO 3 - CONSUMO PER CAPITA
FONTE- ABIT/SINDITÊXTIL
Observe-se que, além de ser variável, este está distante de centros mais evoluídos.
Nos países europeus, esta média é de 15,3 kg/habitante e, nos EUA, cerca de 14
kg/habitante. Apesar desse valor ser influenciado por fatores como clima, renda e
moda, ainda assim existe uma boa tendência de crescimento.
CONSUMO PER CAPITA DE FIBRAS TEXTEIS
ANO CONSUMO
1980 71985 5,61990 6,31991 6,71992 5,81993 7,21994 7,91995 9,11996 8,61997 8,3
kg / habitante
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Quanto às limitações oriundas da área ambiental, não existem projetos específicos
para o setor. As regras são gerais para todos os ramos de atividade. Normalmente a
indústria produtora de auxiliares, assim como a maioria dos beneficiadores, já estão
enquadrados nas normas vigentes.
6.4 CENÁRIO TECNOLÓGICO
Observa-se, através de dados estatísticos, o crescimento do consumo de fibras
sintéticas e artificiais, em detrimento das fibras naturais. Em 1992, a participação das
fibras sintéticas e artificiais no mercado consumidor era de 49%; em 1997, esse
volume já correspondeu a 53,5%, sobrepujando assim a fibra natural.
Esse fato é decorrente dos altos investimentos em desenvolvimento feitos por grandes
empresas do setor, que estão obtendo tecidos sintéticos tão bons como os naturais.
Por exemplo, alguns tecidos sintéticos permitem a transpiração da pele como se
fossem de algodão.
Esta situação apresenta-se como uma ameaça a longo prazo, uma vez que o
beneficiamento de substratos sintéticos exige uma quantidade muito menor de
produtos químicos auxiliares. Na abordagem da análise externa esse fato está
contemplado.
Quanto aos produtos próprios, serão estudados na análise interna.
6.5 O MERCADO
As alterações mercadológicas, já mencionadas, fizeram com que muitas empresas
fechassem. Apesar de ocorrer recentemente uma tendência de deslocamento da
atividade fabril de beneficiamento para a região nordeste, foi lá que ocorreram as
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maiores quebras. Observe-se o Quadro 4, que mostra o total de empresas por região
brasileira.
QUADRO 4 - QUANTIDADE DE EMPRESAS POR REGIÃO
FONTE: IEMI / SINDITÊXTIL
INCLUI INDÚSTRIAS DE FIAÇÃO, TECELAGEM, MALHARIA E BENEFICIAMENTO
Observe-se que, entre 94 e 96, ocorreu uma significativa redução na quantidade de
empresas, de 14,7%, mostrando de maneira enfática o pouco envolvimento político
existente e as enormes dificuldades do setor.
QUADRO 5 - QUANTIDADE DE EMPRESAS POR RAMO
FONTE: IEMI / SINDITÊXTIL
EMPRESAS TÊXTEIS POR REGIÃO DO BRASIL
REGIÃO 1994 1996 % 94/96
NORTE 48 37 -22,9NORDESTE 477 276 -42,1SUDESTE 3117 2642 -15,2
SUL 795 823 3,5CENTRO-OESTE 32 36 12,5
BRASIL 4469 3814 -14,7
EMPRESAS TÊXTEIS POR RAMO DE ATUAÇÃO
ÁREA 1994 1997 %94/97
Fiação 939 550 -41,4
Tecelagem 1083 700 -35,4
Malharia 2147 2960 37,8
Beneficiamento 687 380 -44,7
TOTAL 4469 4210 -5,82
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O Quadro 5 mostra as áreas da cadeia, com o número de empresas envolvidas,
destacando a nossa área de atuação, que como dissemos é o beneficiamento.
Os dados são os de entidades e associações representativas da classe, uma vez que
a empresa não possui um departamento específico de Marketing, que levante dados
qualitativos.
Como fabricantes, o Quadro 6 mostra a participação dos fabricantes de auxiliares
químicos exclusivamente para as beneficiadoras.
QUADRO 6 - PARTICIPAÇÃO POR EMPRESA
BASE 1996
FONTE: BAYER
Observe-se que, nos 69,8% de participação de outros fabricantes, é que se encaixa a
empresa em estudo.
PARTICIPAÇÃO NO MERCADO TOTAL
FABRICANTE %
CLARIANT 9,5%
BASF 3,0%
BAYER 2,0%
BOEHME 1,6%
CHT 1,1%
CIBA 6,5%
HENKEL 2,4%
HOECHST 6,1%
OUTROS (*) 69,8%
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7. ANÁLISE INTERNA
A empresa é estruturada em quatro departamentos: Vendas, Técnico, Produtos e
Desenvolvimento e Administrativo e Financeiro. A atividade de produção está
vinculada ao Departamento de Produtos e Desenvolvimento.
Para a elaboração da análise interna, objetivando levantar os pontos fortes e fracos,
fizemos diversas reuniões com o pessoal, nos mais diversos níveis da empresa.
Não nos cabe relatar as rotinas adotadas, porém alguns aspectos merecem
comentários pormenorizados.
7.1 TÉCNICOS
A empresa treina seus técnicos, pois não existem profissionais disponíveis no
mercado. O departamento é considerado a vitrine da empresa, uma vez que é através
de trabalhos técnicos que a empresa busca alavancar seus negócios. Em conjunto
com o Departamento de Vendas, eles são o diferencial que a empresa possui em
relação aos seus concorrentes.
O diferencial de atuação está no fato de que a assistência técnica extrapola o nível da
aplicação dos produtos próprios, sendo usual a consultoria de processos, otimização,
organização, auditorias, etc.
7.2 VENDAS
O Departamento de Vendas tem o papel fundamental de manter contato com os
clientes atuais, de gerar contato com os novos clientes e de promover testes de
produtos e de oportunidades de serviços técnicos.
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Existe um grande esforço no sentido de que, aliado ao produto fornecido, agregue-se
um serviço técnico compatível, gerando um diferencial de atendimento e de preço de
venda.
Existem tanto vendedores contratados como representantes comerciais. A empresa
geralmente exige exclusividade de representação.
7.3 PRODUTOS
Tecnologicamente, a empresa possui produtos de vanguarda, atualizados em relação
ao mercado. É claro que, por ser exclusivamente produtora de auxiliares, alguns
produtos ficam órfãos de aplicação, se não forem conjugados com os produzidos por
concorrentes. Este fato ocorre geralmente na fase de acabamento, onde os corantes,
pigmentos, etc. necessitam ser agregados.
A empresa, apesar de manter um grupo bem formado de profissionais para
desenvolvimento e atualização tecnológica, não é detentora de tecnologias
revolucionárias para o mercado. Assim como a maioria das pequenas e médias
empresas nacionais, ela adapta produtos e tecnologia, desenvolvidos por empresas de
maior porte e poder de desenvolvimento, às necessidades de seus produtos e clientes.
7.4 QUALIDADE
Uma empresa do porte da estudada possui uma característica muito marcante no
tocante a qualidade. Os produtos têm que ser muito bons e bem controlados, para que
não pairem dúvidas sobre suas qualidades de aplicação. Um resultado negativo,
principalmente se repetitivo, cria uma imagem ruim no mercado e pode prejudicar
todos os seus negócios.
No Anexo 4 apresentamos a "Política de Qualidade" da empresa.
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8. PARÂMETROS
Como embasamento para a busca dos pontos fortes e fracos, através de
questionários, podemos formular as seguintes:
- a empresa busca parcerias com os clientes, diferenciando-se dos concorrentes,
pois estes estão muito mais preocupados com os produtos que vendem, ao invés
de conhecerem profundamente o dia a dia das tinturarias;
- a empresa busca treinar seu corpo de vendas em locais de aplicação, para
adotarem como prática diária a investigação de oportunidades dentro de clientes e
potenciais compradores;
- a empresa busca conhecer profundamente o funcionamento das máquinas
utilizadas nos processos produtivos de seus clientes. Recentemente, diversos
técnicos foram participar de um congresso de maquinário na França, buscando
sempre a atualização nas tecnologias de aplicação existentes;
- a empresa está estruturada para absorver crescimentos não planejados, sem que
sejam necessários grandes investimentos;
- a empresa busca tratar cada cliente de maneira personalizada;
- a empresa faz com que seus produtos sejam igualmente personalizados, pois são
acompanhados dos serviços de assistência técnica de aplicação, quaisquer que
sejam eles;
- a empresa possui uma velocidade de resposta muito superior à média do mercado;
- a empresa mantém sua filosofia de trabalho bastante bem definida para todo o
grupo de trabalho;
- a empresa não está em posição de empresa global, por não possuir parcerias com
empresas multinacionais;
- a empresa não obtém vantagem competitiva tecnológica;
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- a empresa não tem conseguido, apesar dos esforços direcionados, antever a
maioria das alterações tecnológicas oriundas da modernização das máquinas
utilizadas nos processos de beneficiamento;
- a empresa não é diversificada, dependendo unicamente do desenvolvimento do
setor têxtil par seu próprio crescimento;
- a empresa eventualmente não disponibiliza as combinações (mix) de produtos
desejados pelos consumidores;
- a empresa não mantém uma monitoração estratégica do mercado;
- a empresa não possui capacidade financeira que lhe permita realizar
investimentos vultosos;
- a empresa não faz investimento analisado formalmente, utilizando somente as
necessidades mercadológicas como baliza; e
- a empresa não mantém estrutura de atendimento personalizado em centros mais
distantes.
Deixamos premeditadamente de analisar as funções de finanças da empresa em um
capítulo distinto, pois as informações pertinentes estão sendo lançadas ao longo do
trabalho. O Capítulo 11 contém os indicadores econômicos e as metas financeiras a
serem alcançada.
9. QUADROS SINTÉTICOS
Os quadros a seguir sintetizam o conteúdo dos fatores do diagnóstico da empresa
como um todo:
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9.1 OPORTUNIDADES
Estão relacionadas as principais oportunidades existentes no ambiente externo à
empresa e que podem ser aproveitadas.
QUADRO 7 - OPORTUNIDADES E CONTEÚDO
OPORTUNIDADES CONTEÚDO
Assistência Técnica Os concorrentes não concedem assistência integral
aos clientes aos seus clientes. Na maioria das vezes, acompanham
somente os seus produtos, sem se importarem com os
outros agregados, máquinas, "lay-out", etc.
Nicho da pequenas O mercado composto pelos pequenos benefiadores
empresas não é atendido por empresas detentoras de melhor
tecnologia. Geralmente são encaminhados aos repre-
sentantes, pagando preços muito elevados e tendo
atendimento ruim.
Aumento do mercado A projeção de crescimento é grande, mas a empresa
projetado para os pró- possui ociosidade de instalações, podendo estar apta
ximos 5 anos sem maiores investimentos.
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9.2 AMEAÇAS
Estão relacionados os conteúdos das principais ameaças ao desenvolvimento dos
negócios da empresa.
QUADRO 8 - AMEAÇAS E CONTEÚDO
AMEAÇAS CONTEÚDO
Aumento do consumo de O uso de produtos químicos em substratos
fibras sintéticas sintéticos é muito menor do que no algodão.
Instabilidade na política Recessão ou variações cambiais descontroladas
econômica adotada que venham a inibir o consumo de maneira geral
pelo governo e especialmente dos têxteis.
Vencimento do acordo A adoção de cotas foi um incentivo para a
de cotas implantado indústria, mas a legislação é temporária, pois os
em 1998, por exigência participantes do Mercosul querem acabar com
dos parceiros do as barreiras limitantes, principalmente a
Mercosul Argentina.
Instalação de máquinas Existem diversas tentativas em estudo para
mais modernas, viabilizar a tinturaria por maquinário de menor
inibindo a utilização de consumo. No caso da estampagem, esse
produtos químicos processo já está bem adiantado, porém sem
substituir nos volumes previstos inicialmente.
Novas tecnologias Desenvolvimento de métodos revolucionários não
assimiláveis por empresas pequenas, por
exemplo, através da limitação do acesso às
matérias-primas essenciais.
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9.3 PONTOS FORTES
QUADRO 9 - PONTOS FORTES E CONTEÚDO
PONTOS FORTES CONTEÚDO
Relacionamentos co- A empresa mantém com seus clientes um vínculo muito
merciais fortes forte, de extrema confiança e fidelidade, sendo cada
cliente tratado de maneira personalizada.
Velocidade de res- A empresa possui uma estrutura que facilita a rapidez na
posta busca de soluções para os mais diversos problemas
técnicos apresentados.
Filosofia de trabalho Todos os membros da equipe sabem com exatidão quais
as metas a serem atingidas e quais meios deverão ser
empregados para alcançá-las.
Qualidade dos produ- Todos os produtos de linha são reconhecidamente de
tos qualidade, modernos e aplicáveis dentro dos moldes
usuais utilizados pelas tinturarias nacionais.
Escala de produção Dentro dos concorrentes de tamanho próximo, possui a
escala de produção adequada, inclusive podendo diversi-
ficar linhas em batelada, sem prejuízo ou aumento de
custos (flexibilidade).
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9.4 PONTOS FRACOS
QUADRO 10 - PONTOS FRACOS E CONTEÚDO
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PONTOS FRACOS CONTEÚDO
Linha imcompleta Não possuir todos os produtos consumidos pelos be-
neficiadores, restringindo-se àqueles auxiliares de
tinturaria e estamparia (diversificação).
Tecnologia de Não dispor de meios de acompanhar em tempo real
produtos os avanços tecnológicos implantados por grandes
corporações, capazes de gerar novos produtos em
volume elevado (competitividade tecnológica).
Exclusividade Dependência integral do mercado têxtil, pois possui
têxtil produtos exclusivos para essa aplicação, dependen-
do do seu crescimento para também crescer.
Marketing Não existe procedimento padrão de marketing e de
coleta de informações mercadológicas de forma
rotineira.
Capacidade Indisponibilidade de recursos, por incapacidade de
financeira gerá-los pela simples comercialização dos produtos
fabricados; margens pouco atraentes.
Monitoração Dificuldade de antever as modificações de consumo
ambiental oriundas da modernização do maquinário utilizado
pelas tinturarias.
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10. POSTURA ESTRATÉGICA E FIXAÇÃO DE METAS
Parece-nos bastante claro que a missão da empresa está definida e seus objetivos
têm sido alcançados. Estrategicamente, é o momento de propor uma postura que seja
adequadamente limitada por:
- missão da empresa;
- a relação entre as oportunidades e ameaças;
- a relação entre os pontos fortes e fracos e sua capacidade de alavancar os
negócios da empresa.
Está claro também que os anseios da empresa não são os de manutenção ou
sobrevivência nos negócios, e sim de crescimento e desenvolvimento.
Objetivamos então efetuar uma combinação das posturas adequadas, que aproveitem
as oportunidades ambientais, alicerçadas preferencialmente nos pontos fortes da
empresa. Também, fixar metas e planos de ação que minorem os impactos
decorrentes das ameaças ambientais e reforcem a recuperação de seus pontos
fracos.
As metas financeiras fixadas, conforme já abordamos anteriormente, referem-se
àquelas fornecidas pela empresa e fruto de trabalhos internos em andamento.
O objetivo de estarem em moeda americana, já foi explicado e envolve uma proteção
contra eventuais influências inflacionárias no país.
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10.1 POSTURA ESTRATÉGICA
QUADRO 11 - POSTURA ESTRATÉGICA BÁSICA E SUPLEMENTARES
BÁSICA JUSTIFICATIVA
Aumentar as vendas e lucra- Existe o nicho de mercado composto por clientes de tividade, através do atendimen- porte reduzido, não assistidos por grandes corpora-to aos clientes, com assistência ções e cujos consumos tendem a aumentar. A em-integral ao processo presa obterá bons resultados embutindo no preço
dos produtos a assistência técnica indispensávelao pequeno consumidor.
SUPLEMENTARES JUSTIFICATIVA
Incentivar a qualidade diferen- No mercado, a qualidade dos produtos, aliada àciada dos seus produtos qualidade do atendimento, é que pode fazer o
diferencial de marca, tornando a empresa reconhe-cida e facilmente participante.
Buscar no mercado todas as Devido à grande gama de clientes, produtos de apli-informações sobre o seu negó- cação diferenciados, amplitude de regiões, tamanhocio de empresas díspares, etc., o perfeito mapeamento
do mercado torna-se ferramenta fundamental.
Buscar preços competitivos Apesar de incrementar a rentabilidade, não diferen-entre os fabricantes de porte ciar muito o preço é fator preponderante.semelhante
Buscar a participação nos Existe toda uma malha de comunicação, ostensivaprincipais meios de divulgação ou informal, que faz com que os produtos e as em-
presas se tornem divulgados no mercado.
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10.2 METAS
Avaliando-se as curvas de faturamento, rentabilidade e os indicadores econômicos,
bem como os dados financeiros internos, a empresa pode fixar as seguintes metas,
considerando a inflação zero:
QUADRO 12 - METAS GOVERNAMENTAIS E DE DESEMPENHO INTERNO
Observe-se que os valores foram utilizados em moeda americana, para atenuar a
influência da inflação no estudo realizado.
METAS 1999 2000 2001 2002 2003
GOVERNO
Projeção do PIB nacional 0% 3% 4% 5% 5%
Crescimento Anual Real 5% 10% 15% 20% 20%
Taxa anual de crescimento 7,1% 13,3% 19,6% 26,0% 26,0%
EMPRESA
Volume de vendas ( t x 1000 ) 4,3 4,9 5,8 7,3 9,2
Faturamento bruto (US$ x 1000) 12.370 14.000 16.760 21.100 26.600
Custos fixos (%do faturamento) 22% 22% 22% 20% 18%
U$ x 1000 2.721 3.080 3.687 4.220 4.788
Investimento(%do faturamento) 2% 2% 2% 3% 3%
U$ x 1000 247 280 335 633 800
Margem de Lucro (Fat-CV-CF/5) 20% 20% 20% 22% 24%
U$ x 1000 2.474 2.800 3.520 5.064 6.916
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11. PLANOS DE AÇÃO
As ações aqui propostas consistem em uma série de etapas para a operacionalização
e sucesso da implantação da estratégica da empresa. A metodologia adotada é aquela
sugerida por Porter[1986].
As ações propostas irão envolver principalmente a aplicação de esforços no âmbito
mercadológico e a formalização e estudo profissionalizado nas tomadas de decisão
internas.
Não podemos esquecer, no entanto, que o trabalho está sendo desenvolvido para as
pequenas e médias empresas, que trabalham com recursos financeiros muito
limitados. Portanto, são planos tangíveis para o porte da empresa.
As ações devem ser desenvolvidas em etapas e baseadas em um cronograma
preestabelecido. O cumprimento do cronograma é essencial para o sucesso do plano,
visto que o planejamento estratégico tem um tempo de vida, devendo ser
rotineiramente revistos pelos executivos da empresa. As ações são fundamentais para
o cumprimento da visão da empresa, devendo ser a bandeira que a empresa erguerá
no mercado.
O trabalho de implantação do Planejamento Estratégico, através das ações propostas,
está disposto no cronograma que consta do Anexo 5.
Para o desenvolvimento da estratégia proposta, as seguintes ações devem ser
realizadas com prioridade:
AÇÃO 01 - SEGMENTAÇÃO DOS CLIENTES E IDENTIFICAÇÃO DOS NICHOS DE
MERCADO
AÇÃO 02 - PESQUISA DE MARKETING
AÇÃO 03 - PRODUTOS X MERCADO (SERVIÇOS DIFERENCIADOS)
AÇÃO 04 - ALOCAÇÃO ESTRATÉGICA DO PESSOAL DE CAMPO
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AÇÃO 05 - VELOCIDADE DE RESPOSTA AO CLIENTE
AÇÃO 06 - BUSCA DE BENEFÍCIOS DE PRODUTOS SUBSTITUTOS
AÇÃO 07 - PLANEJAMENTO DE INVESTIMENTOS E RESULTADOS
AÇÃO 08 - COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO INTENSIVA NOS MEIOS
AÇÃO 09 - SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE MERCADO E CONTROLES
11.1 AÇÃO 01 - SEGMENTAÇÃO DOS CLIENTES E IDENTIFICAÇÃO DOS
NICHOS DE MERCADO
A segmentação do mercado deve ser feita nos moldes tradicionalmente mostrados,
através do conhecimento e da formalização das diferenças relevantes entre os
clientes. Com a segmentação adequada efetuada, a empresa poderá melhor adaptar
sua oferta ao mercado, o que realmente representa vantagem competitiva. A
segmentação tem como objetivo primordial maximizar a demanda, procurando atingir o
pleno potencial do mercado.
A identificação dos nichos de mercado consiste na identificação dos grupos de clientes
que eventualmente seriam mais rentáveis para a empresa, grupos estes que poderiam
servir de alavancadores de novos projetos, pois serão eles que financiarão, através
das suas compras usuais, o desenvolvimento da empresa para atingir os nichos pouco
explorados pela mesma.
Esses nichos de mercado identificados serão essenciais na decisão de qual grupo
deve ser primeiramente atendido, a fim de maximizar a eficiência do plano no tempo.
Operacionalização - Esta etapa deve ser realizada pelo pessoal interno do
departamento de vendas e monitorado pela gerência de vendas e gerência técnica
(isto porque existirão diferentes segmentos provenientes dos dados técnicos da
produção do cliente). É uma etapa de compilação das informações dos beneficiadores
em um banco de dados, constituído de forma que eles possam ser quantificados de
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acordo com o tipo de segmentação desejada. A maioria dos dados já existe na
empresa, mas eles não estão classificados e nem sendo usados para esse fim.
A atualização dos dados pode ser realizada pelo pessoal de campo da empresa e por
pesquisa em publicações de entidades correlatas.
Após a identificação dos nichos de mercado, a empresa deve dimensioná-los
quantitativamente de acordo com o poder de compra de cada um. Isto mostrará à
empresa quanto poderá ser investido em cada nicho especificamente. É essencial
que, além das quantidades envolvidas, os clientes sejam identificados pelo motivo de
compra, para viabilizar a oferta de serviços complementares aos produtos.
11.2 AÇÃO 02 - PESQUISA DE MARKETING
Segundo Siqueira[1992], " ...... pesquisa de marketing industrial é a coleta sistemática,
bem como o registro, a classificação, a análise e a representação objetiva de dados
sobre o comportamento, necessidades, atitudes, opiniões e motivações de
organizações industriais." (p. 82)
Ela é fundamental na monitoração do mercado, isto porque costuma existir uma
grande diferença entre o que a empresa pensa que está oferecendo aos seus clientes
e o que os clientes realmente percebem estar recebendo. Esta diferença cria uma
lacuna, e quando esta lacuna for identificada, cria-se uma ótima oportunidade de
vantagem competitiva.
A pesquisa é um modo objetivo de obter informações, por isso ela deve ser realizada
através de fontes confiáveis, exigindo também a monitoração constante e sistemática.
A pesquisa pode ser realizada pelo pessoal de campo (vendedores e técnicos), que
teriam com maior rapidez a resposta à empresa, embora isto possa gerar distorções
na resposta quando o "entrevistado" responde procurando não ofender o vendedor,
que geralmente é seu amigo. Pode também ser realizada usando-se um meio de
41
transmissão, tipo carta, e-mail, fax, etc., mas neste caso a resposta é mais lenta e às
vezes inexistente. Esta é a forma mais profissional de obter dados.
Operacionalização - Em uma primeira etapa, definir exata e claramente os objetivos
da pesquisa, quais os dados que serão relevantes e quais serão aproveitados nos
relatórios desejados. Todos os departamentos da empresa devem listar dados que
devem ser formulados. No Anexo 6 relacionamos alguns itens que serão
indispensáveis e deverão constar do formulário a ser elaborado.
Em uma segunda etapa, devemos iniciar a distribuição (envio) dos formulários aos
beneficiadores nacionais.
Na terceira etapa, acompanhar as respostas e buscar os formulários não respondidos.
Finalmente, na quarta, etapa os dados seriam tabulados e a monitoração retomada.
Eventualmente, com pequenas mudanças de enfoque, a pesquisa poderá ser enviada
aos concorrentes, através de seus departamentos de marketing. As respostas dos
concorrentes podem demonstrar o quanto eles são acurados em suas hipóteses e
conseqüentemente abrir um certa vantagem competitiva para a empresa.
Mais importante do que as informações recebidas é saber trabalhar com elas. Os
relatórios finais devem ser feitos de forma a responder questões vitais para o
andamento do planejamento estratégico, ou sejam:
- como os clientes e os concorrentes estão percebendo a empresa no mercado?
- a percepção dos concorrentes é a mesma dos clientes?
- qual a participação relativa da empresa em cada região geográfica?
- quais os critérios qualitativos mais importantes para os clientes?
- o que a empresa tem oferecido para os clientes?
11.3 AÇÃO 03 - PRODUTOS X MERCADO (SERVIÇOS DIFERENCIADOS)
Após a identificação dos nichos de mercado e já com a pesquisa em mãos, pode-se
repensar o portfólio da empresa. Neste caso, exigem-se definições de investimento,
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que serão tratadas na AÇÃO 07. Quando identificado um nicho pouco ou não
explorado pela empresa, deve-se repensar a possibilidade de contratação de técnicos
ou vendedores, tal como a AÇÃO 04 propõe.
Como o objetivo da empresa nos novos nichos não é somente o fornecimento de
produtos, mas toda uma estratégia de fornecimento diferenciada, ela deve estar apta a
fornecer um atendimento técnico diferenciado, disponibilizando os meios necessários.
Operacionalização - O processo de escolha de produtos x mercados é uma
conseqüência direta das pesquisas e da segmentação realizada. Deve-se levar em
conta que a empresa possui maiores condições de obter retornos rápidos nos
segmentos em que tem boa reputação e é reconhecida, apesar de não ter grande
participação relativa, do que em um segmento completamente novo. O pessoal de
campo deve participar dessa decisão, pois estarão envolvidos em possíveis
remanejamentos.
Estando atuando em um nicho especificado, deve-se treinar o pessoal técnico para
que possa oferecer o diferencial de atendimento, que é a proposta estratégica da
empresa.
Os produtos eventualmente desejados nos nichos identificados devem ser separados
em dois tipos:
- aqueles que a empresa já possui e o pessoal interno de desenvolvimento pode
adequar para atender o mercado novo, e
- aqueles que a empresa não possui e para os quais, se necessário, deve contratar
pessoal técnico que possua a tecnologia alvo.
Preferencialmente, o pessoal de atuação em novos nichos geográficos deve ser da
região, com penetração e reconhecidos, para facilitar a performance. Assim,
treinamento e monitoração deverão ser constantes.
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11.4 AÇÃO 04 - ALOCAÇÃO ESTRATÉGICA DO PESSOAL DE CAMPO
A alocação de pessoal de campo deve ser feita a fim de se atingirem os resultados
com maior rapidez e eficiência, isto porque, uma vez que todos os esforços foram
dirigidos a um nicho específico, é muito difícil que o segmento não responda
positivamente.
Assim, a distribuição dos técnicos e vendedores para o atendimento dos diferentes
nichos identificados deve estar bem clara. É um processo que deve ser realizado logo
após a segmentação, a pesquisa e conjuntamente com o processo decisório produtos
x mercado.
Operacionalização - Esta é uma etapa que pode ou não gerar grande impacto na
empresa, dependendo da maneira como o pessoal será alocado e distribuído nos
mercados específicos. Assim, é primordial que se estabeleçam prazos reais e factíveis
para a obtenção de resultados, para que o trabalho não caia em descrédito.
Apesar da importância deste trabalho, observar as necessidades individuais pode
resultar em performances muito melhores. Observar também que um mesmo
profissional pode eventualmente atender dois ou mais nichos, desde que o
planejamento de atividades seja bem feito.
11.5 AÇÃO 05 - VELOCIDADE DE RESPOSTA AO CLIENTE
Este é um ponto forte da empresa, que precisa ser melhor explorado. Como a
qualidade de atendimento é um fator fundamental, este ponto forte precisa ser
efetivamente comprovado e utilizado como vantagem competitiva.
Dois fatores são relevantes quando necessitamos de velocidade nas respostas:
- o treinamento dos vendedores e
- o aparelhamento interno dos laboratórios.
Geralmente as solicitações vêm através dos vendedores que, se possível, já devem
atendê-las antes que cheguem à empresa. Eventualmente as respostas exigem testes
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de aplicação ou analíticos e, neste caso, os laboratórios devem estar aparelhados
para o atendimento em tempo condizente.
Não discorreremos sobre esse tema, pois é a essência do planejamento estratégico da
empresa; apenas vale lembrar que deve ser tratado como fator de surpresa para o
cliente, ou seja, a agilidade da empresa.
Operacionalização - Em duas frentes distintas:
- LABORATÓRIOS - devem ser aparelhados para que, no âmbito das análises
inerentes à atividade da empresa, estejam aptos a realizar e fornecer resultados
confiáveis. Aparelhos de análises químicas, equipamentos de aplicação, para
tingimento, estampagem, etc. e demais equipamentos técnicos devem estar
disponibilizados. O pessoal deve estar adequadamente treinado para, além de
realizar análises, estar apto a gerar relatórios para os clientes, em linguagem e
dimensão adequadas. O tempo de resposta ideal deverá sempre ser estipulado
pela Gerência e o pessoal envolvido deve estar ciente da importância da ação para
a empresa. Como é um fator fundamental, a velocidade deve sempre estar sendo
monitorada e com pessoal reciclado. Quando a empresa tiver dimensão suficiente,
estudos mais apurados deverão ser feitos para implantação de laboratório móvel, o
que aumentaria mais ainda a velocidade de resposta para alguns nichos mais
distantes.
- TREINAMENTO DE VENDEDORES - não estamos falando do treinamento
convencional para vendedores, mas sim do treinamento técnico, que propicie
condições de solucionar problemas antes destes chegarem ao departamento
técnico. Eles devem passar por um período de treinamento em laboratório,
convivendo com as práticas do pessoal interno, para "aprender" a encontrar
soluções adequadas e implantá-las quando repetitivas. Este foco deve ser bem
identificado para que os profissionais envolvidos tenham consciência da filosofia e
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visão da empresa, que será difundida para o campo. Aqui são válidos os mesmos
parâmetros de monitoração já mencionados.
11.6 AÇÃO 06 - BUSCA DE BENEFÍCIOS DE PRODUTOS SUBSTITUTOS
Esta ação busca reduzir a ameaça ambiental dos produtos substitutos, quer sejam as
máquinas de beneficiamento, quer sejam os substratos sintéticos, ambos que utilizam
menos auxiliares químicos no processamento.
A empresa já possui muitos contatos com fabricantes de máquinas modernas e
automatizadas. A proposta portanto é a de formalização desses contatos, gerando
benefícios para ambos os lados. A tentativa é de estabelecer uma relação ganha x
ganha entre a empresa e os fabricantes.
Operacionalização - A empresa pode utilizar-se dos contatos já feitos com os
fabricantes e principalmente de seu conhecimento técnico sobre beneficiamento em
diferentes tipos de máquinas e substratos. A oportunidade seria a de oferecer ao
fabricante de máquinas a experiência de seus técnicos, na otimização e utilização dos
equipamentos em seus clientes. Esta oportunidade é real, pois o pós-venda dos
fabricantes de máquinas é muito fraco, principalmente para as máquinas importadas
que chegaram em grande quantidade ao país.
Esta ação necessitará de muita negociação e assim de um prazo dilatado de
implantação. Por isso mesmo, sua implementação deve ser constantemente
monitorada juntamente com o escopo de todo o planejamento estratégico.
11.7 AÇÃO 07 - PLANEJAMENTO DE INVESTIMENTOS E RESULTADOS
Ao longo de todo o planejamento estratégico, diversas necessidades de investimento
ocorrerão, e deverão ser atendidas ou não, de acordo com as diretrizes traçadas pela
diretoria. Igualmente, no tocante aos resultados, eles deverão ser monitorados para
que, se confirmados, gerem os recursos necessários para a implementação como um
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todo. Esta ação busca estabelecer alguns parâmetros a serem considerados, sem
pormenorizá-los, visto que talvez sejam o trabalho de maior amplitude dentro do plano.
A identificação das prioridades de desembolso, alavancadoras dos resultados a serem
alcançados, deverá contemplar um conjunto de controles e procedimentos muito
importantes.
Operacionalização - Na medida em que as ações paralelas forem implementadas,
cada departamento envolvido deverá levantar as necessidades de investimento a
serem atendidas. Cada um dos novos negócios gerados, ou dos apoios necessários,
deverá ser monitorado individualmente para que a empresa tenha condições de
analisar sua viabilidade.
Não cabe propor formulários ou caminhos mais concretos, uma vez que o pessoal da
área administrativa tem suficiente experiência para a elaboração.
Ressalta-se que a atividade está revestida de muita importância, pois pode-se buscar
recursos externos à empresa, usar dos mecanismos que a lei permite para redução de
impostos, deslocar recursos de outras áreas, postergar investimentos menos
lucrativos, etc.
11.8 AÇÃO 08 - COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO EFETIVA NOS MEIOS
Uma máxima de marketing industrial diz: O fundamento da boa venda é a boa
comunicação. A empresa precisa estar participando dos eventos que acontecem no
ramo, e quanto maior for a sua participação relativa no mercado, maior terá que ser
sua agressividade nesse tipo de atividade, a fim de manter sua posição. A propaganda
para produtos industriais difere da de produtos de massa e deve:
- criar consciência - para que um cliente não recuse uma visita porque a empresa
não é conhecida;
- criar compreensão - agregar um novo conceito em um novo produto;
- gerar indicações - facilitando o processo de comunicação boca a boca; e
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- reafirmar - assegurar a compra e manter o nome em evidência.
A afirmação do nome da empresa só se obtém em longo prazo, não é um trabalho da
noite para o dia. A busca deve ser de credibilidade e não da venda imediata. Assim, é
importante participar de feiras e eventos, publicar em revistas técnicas especializadas,
escrever artigos, etc., e são fatores que, bem programados, transformam-se em
instrumentos excelentes de marketing real e em vantagem competitiva.
Operacionalização - Em uma instância anterior, todos na empresa devem participar
da criação de um slogan (ou mais de um), que identifique a empresa ou sua missão. O
objetivo é o de criar no cliente uma percepção de diferenciação da empresa e não dos
produtos.
Utilizar as feiras, convenções, congressos, eventos, publicações, e tudo o mais que for
possível, para divulgar sua marca e produtos, acompanhados de seus slogans.
A comunicação com escolas e entidades formadoras de técnicos é muito importante.
Se um técnico, ao ser formado, já leva a consciência da empresa, não importa onde
venha a trabalhar, estará levando o slogan da empresa com ele a um possível cliente.
Como este trabalho não é de marketing, deixaremos de abordar mais longamente
essa importante ação, porém ressaltando que para o plano é fundamental.
11.9 AÇÃO 09 - SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE MERCADO E CONTROLES
A empresa não possui um sistema de informações formalizado, e por isso não há uma
monitoração estatística do mercado. Como na AÇÃO 08, seria recomendado que
pessoal especializado desenvolvesse um plano específico, que contemplasse
diretrizes para as informações essenciais, para cada nicho de mercado.
Operacionalização - Este sistema deve ser iniciado juntamente com a pesquisa e
deve ocorrer um forte trabalho para que a informação torne-se um hábito dentro da
empresa. Em hipótese alguma esta ação deve restringir-se a este plano, mas ser uma
atividade perene na empresa. A única forma de operacionalizar é indicar um
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responsável para compilar as informações e gerar os relatos de interesse da empresa,
usando todas fontes de consulta que apresentem significância. Por exemplo:
- SINDITÊXTIL - Sindicato das Indústrias Têxteis que, juntamente com a ABIT -
Associação Brasileira da Indústria Têxtil, emite relatórios e aponta caminhos para o
setor
- ABIT
- IEMI - Instituto de Estudos de Marketing Industrial
- SERASA - Centralizadora Bancária Nacional
- REVISTA TEXTÍLIA
- REVISTA QUÍMICA E DERIVADOS
- REVISTA QUÍMICA TÊXTIL
- IMPRENSA COMERCIAL
- REVISTA EXAME
- JORNAL "A GAZETA MERCANTIL".
Além das entidades e publicações, ao longo do ano diversos comunicados e
publicações extemporâneos são feitos, para valorizar a participação em eventos, tais
como: FENIT, FENATEC, etc.
Todos são fontes de informações interessantes sobre máquinas, clientes,
fornecedores, concorrentes, etc.
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12. CONCLUSÃO
A indústria têxtil está passando por uma grande mudança no Brasil. As empresas
estão obtendo ganhos de produtividade muito bons, com custos de produção mais
condizentes com a nossa realidade.
Novas tecnologias estão sendo agregadas em todos os componentes da cadeia têxtil,
levando todo o segmento numa direção única: a do crescimento constante com
tecnologia atualizada e custos compatíveis.
As indústrias têxteis representam, atualmente, 3,5% do PIB industrial do Estado de
São Paulo. Esta participação recuou ao longo da década passada, em parte, pelo
acirramento da concorrência estrangeira, cujos produtos, durante o período de câmbio
valorizado, chegavam ao País com preços bastante competitivos.
Essa situação se alterou drasticamente após a desvalorização cambial. O setor vive,
atualmente, um momento de forte reativação, recuperando as fatias de mercado
ocupadas durante anos por produtos importados, vindos principalmente da Coréia e da
China.
Informações coletadas junto a empresas de fiação, tecelagem, malharia e tinturaria do
Estado de São Paulo confirmam a nova realidade do setor. As vendas estão
crescentes, com incremento de 9,5% no período de janeiro a maio de 1999, em
relação ao mesmo período do ano passado (Boletim Notícias FIESP/CIESP, p.13).
A parcela que cabe aos auxiliares e intermediários têxteis acompanha essa tendência,
sendo fator gerador de desenvolvimento e criação de empregos.
Numa etapa que acreditamos não esteja distante, a geração de divisas acompanhará
essa tendência, passando nossos produtos finais a serem competitivos no mercado
externo, principalmente nos demais países emergentes e sem indústria têxtil instalada.
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Nosso trabalho, dentro deste contexto, fez com que obtivéssemos uma linha de ação
concatenada, para que uma empresa do ramo tivesse uma orientação estratégica de
atuação.
A inserção da nossa empresa dentro desse contexto, digamos novo, da realidade têxtil
do Brasil, far-se-á de maneira adequada, se as recomendações propostas no capítulo
anterior forem observadas. Assim, os itens lá abordados, a saber:
AÇÃO 01 - SEGMENTAÇÃO DOS CLIENTES E IDENTIFICAÇÃO DOS NICHOS DE
MERCADO;
AÇÃO 02 - PESQUISA DE MARKETING;
AÇÃO 03 - PRODUTOS X MERCADO (SERVIÇOS DIFERENCIADOS);
AÇÃO 04 - ALOCAÇÃO ESTRATÉGICA DO PESSOAL DE CAMPO;
AÇÃO 05 - VELOCIDADE DE RESPOSTA AO CLIENTE;
AÇÃO 06 - BUSCA DE BENEFÍCIOS DE PRODUTOS SUBSTITUTOS;
AÇÃO 07 - PLANEJAMENTO DE INVESTIMENTOS E RESULTADOS;
AÇÃO 08 - COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO INTENSIVA NOS MEIOS; e
AÇÃO 09 - SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE MERCADO E CONTROLES,
constituem um conjunto de recomendações que, se implementadas do modo sugerido,
formam uma proposta estratégica viável, factível e adequada à empresa.
Dos pontos principais contemplados, fizemos uma divisão entre aqueles que são
técnicos, mercadológicos e administrativos, de maneira que a empresa como um todo
pudesse estar apta a participar do novo contexto de objetivos. Procuramos observar
os anseios próprios dos dirigentes para que suas diretrizes básicas, que em suma
compõem a filosofia da empresa, fossem respeitadas.
Todo o levantamento de informações internas da empresa, bem como a análise
externa realizada, mostraram inicialmente que os aspectos referentes ao mercado
deveriam ser prioritariamente estudados. Conforme mostramos ao longo do trabalho,
constatamos que a grande maioria das informações necessárias estava na própria
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empresa, porém sem uma formalística adequada ao seu melhor aproveitamento.
Assim, a opção pelas recomendações relacionadas, com a conseqüente divisão de
áreas de atuação, revestiu-se de uma importância muito grande.
Ao quantificarmos as ações propostas, sendo Mercadológicas ( Ações 01, 02, 03 e
09), Administrativas ( Ações 04, 07 e 08) e Técnicas ( Ações 05 e 06), verificamos que
com elas as metas propostas pela empresa seriam mais facilmente atingidas.
O setor têxtil, conforme artigo anexado de autoria do Dr. Benjamin Steinbruck, é o
segmento que mais emprega na indústria, sendo responsável pelo ocupação de cerca
de 22% da mão-de-obra da indústria de transformação brasileira. As perspectivas para
emprego no setor são positivas, acompanhando o aquecimento da vendas e da
produção. De acordo com as previsões de mercado, já analisadas, o crescimento será
substancial e já está sendo observado.
Os pontos que foram abordados e as ações que foram propostas já são objeto de
aplicação por parte da empresa estudada. No futuro, se o tempo for condizente com o
cronograma proposto no trabalho, as fases de acompanhamento e reestruturação do
planejamento estratégico poderão ser tema de tese a ser defendida em cursos de
Mestrado. Acreditamos que, ao serem aprofundados os estudos e a conseqüente
dimensão do trabalho, poder-se-á obter uma metodologia diferente das clássicas, para
enquadrar o planejamento estratégico de empresas do ramo químico.
Por último, cabe ressaltar que a metodologia de elaboração que adotamos mostrou-se
bastante satisfatória para a empresa, que considerou contemplados todos os pontos
que constaram das entrevistas e reuniões.
52
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BETLHEM, Agrícola S. Estratégia empresarial: conceitos, processos e
administração estratégica, 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1997, 407 p.
2 OLIVEIRA, Djalma P.R. Planejamento Estratégico - Conceitos, Metodologia,
Práticas, 4A ed. São Paulo: Atlas, 1989, 267 p.
3 PORTER, Michael E. Estratégia Competitiva - Técnicas para a análise de
Indústrias e da Concorrência, 17ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1986
4 SIQUEIRA, Antônio Carlos B. Marketing Industrial: fundamentos para a ação
"business to business", 8ª ed. São Paulo: Atlas, 1992.
5 SINDITÊXTIL - Site de acesso Internet <http://www.acit.com.br>
6 ACIT - Site de acesso Internet <http://www.acit.com.br>
7 BAYER - Departamento de Logística Aplicada - tel. 011 - 9956-3333
site de acesso Internet <http://www.bayer-as.com.br>
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14. ANEXOS
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14.1 ANEXO 1
PRODUTOS DO MERCADO Tomamos como referência os produtos fabricados pela multinacional BASF.
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14.2 ANEXO 2
A CADEIA TÊXTIL
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14.3 ANEXO 3
ARTIGO DO DR. BENJAMIN STEINBRUCK Folha de São Paulo - 11 de Maio de 1999
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61
14.4 ANEXO 4
POLÍTICA DA QUALIDADE
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POLÍTICA DA QUALIDADE
" GARANTIR O SUCESSO TOTAL
DOS NOSSOS CLIENTES, OFERTANDO-
LHES PRODUTOS DE QUALIDADE
ASSEGURADA, PROCESSOS E
TALENTOS HUMANOS INOVADORES,
ÁGEIS, CRIATIVOS E ALEGRES,
RESPEITANDO O MEIO AMBIENTE,
A SAÚDE E A SEGURANÇA -
VALORES FUNDAMENTAIS NUMA
SOCIEDADE RESPONSÁVEL."
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14.5 ANEXO 5
PROPOSTA DE QUESTIONÁRIO PARA PESQUISA DE
MERCADO
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MODELO DE PESQUISA PARA CLIENTES
COMPETÊNCIAS DESEMPENHO IMPORTÂNCIAexelente bom normal fraco ruim alta média baixa
MARKETING1-empresa conhecida
2-reputação com concorrentes
3-participação no mercado
4-reputaçãp dos produtos
5-reputação dos serviços
6-reputação da qualidade
7-p&d eficaz/inovador
8-força de vendas
9-corpo técnico
10-filosofia da empresa definida
11-localização geográfica
OPERACIONAL/PRODUÇÃO12-instalações/ novas
13-lojistica de distribuição
14-equipe de apoio
15-capacidade de resposta
16-velocidade de resposta
17-facilidade de contato
18-qualidade de atendimento
19-adaptabilidade dos produtos
COMERCIAL/FINANCEIRO20-flexibilidade nas negociações
21-laços de amizade
22-frequência de visitas/forneced.
23-adaptação às neces.comerciais
FORÇA ORGANIZACIONAL24-competência gerencial25-nível dos funcionários
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QUESTIONÁRIO CLIENTES - ( CONT)
26 - De que maneira sua empresa seleciona os fornecedores de produtos químicos
auxiliares?
a) abertura de concorrência
b) múltiplos fornecedores
c) poucos e seletos fornecedores
d) aqueles que se propõe a fazer parcerias
e) outros:
por favor especifique
27 - Qual o seu fornecedor de auxiliares mais significativo? Por quê?
28 - Qual a sua capacidade de produção atual?
29 - Quais fibras são utilizadas nos seus artigos e em qual proporção?
30- Qual o volume médio de consumo de :
detergentes: dispersantes de dureza:
emulgadores: amaciantes:
anti-quebraduras: fixadores:
anti-espumantes: outros:
igualizantes:
31 - No seu ponto de vista, quais serviços adicionais estariam contribuindo para
fornecer valor ao seu negócio?
32 - comentários adicionais:
RESPONDIDO POR:
EMPRESA: CARGO:
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MODELO DE PESQUISA PARA CONCORRENTES
COMPETÊNCIAS DESEMPENHO IMPORTÂNCIAexelente bom normal fraco ruim alta média baixa
MARKETING1-empresa conhecida
2-reputação com concorrentes
3-participação no mercado
4-reputaçãp dos produtos
5-reputação dos serviços
6-reputação da qualidade
7-p&d eficaz/inovador
8-força de vendas
9-corpo técnico
10-filosofia da empresa definida
11-localização geográfica
OPERACIONAL/PRODUÇÃO12-instalações/ novas
13-lojistica de distribuição
14-economia de escala
15-capacidade atender demanda
16-velocidade de resposta
17-facilidade de contato
18-qualidade de atendimento
19-adaptabilidade dos produtos
COMERCIAL/FINANCEIRO20-flexibilidade/tipo de relacionamento
21-lucratividade / liquidez
22-estabilidade financeira
23-custo baixo de capital
FORÇA ORGANIZACIONAL24-competência gerencial
25-nível dos funcionários
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QUESTIONÁRIO CONCORRENTES ( CONT.)
26 - Qual a capacidade de produção atual?
27 - Qual o volume médio de vendas em:
detergentes: dispersantes de dureza:
emulgadores: amaciantes:
anti-quebraduras: fixadores:
anti-espumantes: outros:
igualizantes:
28 - Comentários adicionais:
RESPONDIDO POR:
EMPRESA: CARGO:
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14.6 ANEXO 6
CRONOGRAMA DAS AÇÕES PROPOSTAS
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CRONOGRAMA GERAL DAS AÇÕES PROPOSTAS
AÇÃO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
20031999 2000 2001 2002
70