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ANITIGOMOBILISMO CARROS ANTIGOS VÃO GANHAR MUSEU NA REGIÃO METROPOLITANA DE BH 2015 Março | Abril AUTOPEÇAS | 82 Ano 14 | Edição 168 TECNOLOGIA MERCADO JÁ DEVE SE PREPARAR PARA A CHEGADA DO CARRO ELÉTRICO GESTÃO JOVENS EMPREENDEDORES PODEM E DEVEM TOMAR AS RÉDEAS DO MERCADO OPORTUNIDADES ENQUANTO ALGUNS RECLAMAM DA FALTA DE PEÇAS, OUTROS COMEMORAM ALTA NOS SERVIÇOS 16 22 12 18 Quem não gostaria de ter uma oficina mecânica perto de casa? Ou, ainda, comprar uma peça ou acessório para o carro sem precisar de atravessar a cidade. A Prefeitura de Belo Horizonte pretende criar na capital uma rede de pólos de comércio e serviços. A idéia é incentivar, em determinados pontos dos bairros, que edifícios dividam suas áreas entre lojas, salas, prestadoras de serviço e moradias. 20 Novas oportunidades surgem no horizonte

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JORNAL MINAS MOTOR SHOW AUTOPEÇAS Público Alvo: Lojas de Autopeças e Acessórios e outras empresas do setor Publicação: Bimestral Meses de Publicação: Tiragem: 5.000 exemplares Publicação: 15 anos de Mercado Mais de 200 edições publicadas

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ANITIGOMOBILISMO CARROS ANTIGOS VÃO GANHAR MUSEU NA REGIÃOMETROPOLITANA DE BH

2 0 1 5Março | Abril

AUTOPEÇAS | 82Ano 14 | Edição 168

TECNOLOGIA MERCADO JÁ DEVE SE PREPARARPARA A CHEGADA DO CARROELÉTRICO

GESTÃOJOVENS EMPREENDEDORES PODEM E DEVEM TOMAR AS RÉDEAS DO MERCADO

OPORTUNIDADESENQUANTO ALGUNS RECLAMAMDA FALTA DE PEÇAS, OUTROSCOMEMORAM ALTA NOSSERVIÇOS

16 22

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18

Quem não gostaria de ter uma oficina mecânica perto de casa? Ou, ainda, comprar uma peça ou acessório para o carrosem precisar de atravessar a cidade. A Prefeitura de Belo Horizonte pretende criar na capital uma rede de pólos decomércio e serviços. A idéia é incentivar, em determinados pontos dos bairros, que edifícios dividam suas áreas entrelojas, salas, prestadoras de serviço e moradias.

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Novas oportunidades surgem no horizonte

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Você sabe a origem da palavra oportunidade?Do latim opportunitas, vem da união do prefixoob-, "em direção a" e da palavra portus, "porto demar". Inicialmente o termo era usado – pelos an-tigos romanos - apenas para representar os ventosmediterrâneos que colaboravam para os barcos àvela partirem de, ou chegarem a um determinadoporto. Os ventos eram "oportunos" ou "inoportu-nos" a uma determinada intenção. Portanto, apróxima vez que for usar a expressão "aproveitara oportunidade", avalie bem todos os ventos me-tafóricos que sopram a favor e contra, para enten-der o vetorial da situação e compreender paraonde, efetivamente, sopram os ventos do sucesso.

Pensando nisso, nessa edição, procuramosapresentar novas oportunidades para o segmentode autopeças. Quem não gostaria de ter uma ofi-cina mecânica perto de casa? Ou, ainda, compraruma peça ou acessório para o carro sem precisaratravessar a cidade. A Prefeitura de Belo Hori-zonte pretende criar na capital uma rede de pólosde comércio e serviços. A idéia é incentivar, emdeterminados pontos dos bairros, que edifícios di-

vidam suas áreas entre lojas, salas, prestadoras deserviço e moradias. Novas idéias, novas oportu-nidades.

Ainda seguindo a mesma linha de raciocínio,apresentamos duas realidades que se opõe nomercado de reparação. De um lado empresáriosreclamam da falta de peças. Do outro, proprietá-rios de oficinas que trabalham com ar condicio-nado veicular comemoram a alta demanda. Emcomum, uma certeza: na crise ou na bonança éimportante parar para avaliar friamente o cená-rio. A oportunidade que estávamos desejandopode estar onde menos esperamos.

Nas próximas páginas também tratamos deuma turma que não costuma perder oportunida-des. A juventude tem um papel amplo, que nãose restringi apenas ao que está por vir, mas aohoje, ao iminente. Ela está presente nos mais di-versos setores da sociedade e, com seu ímpeto na-tural, interfere no agora e escolhe os próximospassos. No dia 30 de março se comemora o DiaMundial da Juventude. No Brasil - segundo dadosdo IBGE 2013 - há cerca de 53 milhões de jovens

em idade entre 15 e 29 anos, o que representa umquarto da população nacional. Qualificação eeducação são essenciais.

Para encerrar, apresentamos uma deliciosamistura de turismo, samba e culinária. A Acadê-micos de Salgueiro, vice campeã do carnaval2015, levou Minas para a avenida e para o mundo.Sob o tema “Saberes e Sabores de Minas Gerais”– com destaque para a culinarista Dona Lucinhae o livro de sua autoria - a cidade do Serro ganhounotoriedade. Vale a pena conhecer e saborear esseestado repleto de surpresas.

Boa leitura!

Anderson Rocha, Diretor geral

EDITORIAL

Diretor-Geral: Anderson Rocha

Diretor de Publicidade:

Marcos Innecco

Comercial : José Luiz Innecco Corrêa

Diretor de Arte : Marcelo Távora

Jornalista: Eduarda Salles Kanitz

MG 11609 JP

Secretário: Luiz Henrique Amorin

Distribuição Gratuita Via correios

Redação: Av. Dom Pedro II,307,

Carlos Prates - CEP 30.710-010

Belo Horizonte - Minas Gerais

Tiragem: 5.200 exemplares

Contato: (31)3324 2594

E-mail: [email protected]

Impressão: Imprima

Os artigos e matérias

assinadas são de inteira

responsabilidade de seus

autores.

Para onde os ventos sopram

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A Corteco acaba de anunciar olançamento do retentor traseirodo virabrequim para aplicação emveículos da Volkswagen: Gol G5,Saveiro G5 e novo Voyage (moto-res BTJ BPA AT Power 1.0L, 1.6L8V – a partir de 2006). Trata-sedo Retentor 5200T, peça originalde montadora que chega ao mer-cado brasileiro com a chancela dadivisão de reposição automotiva

da líder mundial em vedações, a Freudenberg-NOK Sealing Technologies.

O Retentor 5200T traz consigo a confiabilidade e a tecnologia de ponta que aempresa fornece à montadora. Sobre a peça, a Corteco destaca a excelente fixaçãono virabrequim por meio da roda fônica reforçada; uso de teflon de alta perfor-mance, que proporciona maior vida útil devido à baixa interferência com a pistade trabalho; e maior resistência gerada pela flange em alumínio injetado. Alémdisso, a peça chega aos reparadores junto com uma bula técnica, que é um “passoa passo” com todos os detalhes do seu processo de montagem para facilitar o pro-cesso de aplicação, informa Marcelo Horemans, diretor da Corteco na Américado Sul.

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ACONTECE

Descomplique! Essa é a nova ferra-menta de Busca de Produtos do GrupoUniversal Automotive Systems. Comela podem ser encontrados, de formaextremamente ágil, mais de 18 militens comercializados, por meio de nu-meração, descrição e aplicação. Infor-mações técnicas e adicionais doscomponentes, como foto, peso, lado ecor também estão disponíveis. Ainda épossível aperfeiçoar as ações comerciaiscom o envio de orçamentos online e promoções em primeira mão.

Há quase 40 anos mantendo-se líder e sendo referencia no segmento de ferragens,a Universal distribui seus produtos por meio de um moderno sistema de logísticaque torna o processo de venda mais ágil e confiável. Além de atender todo o ter-ritório brasileiro, a empresa exporta para dezoito países com excelência e segu-rança.

Para download da nova ferramenta acesse o site universalautomotive.com.br

Alinhar estratégias de trabalho e fomentarnovas práticas. Este foi o objetivo do Encontrode Representantes promovido pela Riosulenseno mês de fevereiro. Reunindo sua equipe emSão Paulo, a empresa abordou os diferenciaistécnicos de seus produtos e as ferramentas devendas e marketing. O encontro anual dosrepresentantes é marcado sempre pelo repassede importantes informações que servirão debase para a melhoria das ações projetadas.

Este ano o evento abordou três conceitosprincipais: “Os diferenciais dos produtos Riosulense”, a ação “É motor?! É Riosu-lense” e a campanha “Rumo aos 70 anos”. De acordo com o gerente de vendas, JoséRoberto Mayer, a apresentação dos produtos está coesa com a apresentação da im-portância do mix, tema principal da convenção de 2014. “Focamos nos diferenciaistécnicos, pois acreditamos que seja um de nossos principais argumentos de vendase nos colocam entre um dos principais fornecedores do país”, destacou.

Os representantes ainda puderam acompanhar uma avaliação dos resultados decada uma das linhas de produtos e como a Riosulense está posicionada em relaçãoaos concorrentes. “Todas as ações deste encontro elevaram a motivação da equipee os conduziram a novas oportunidades de crescimento. Seja pelas ferramentasapresentadas ou pelo conhecimento de nossos diferenciais, nossa equipe está pre-parada para atuar de forma comprometida ofertando o que há de melhor no mer-cado de reposição”, pontuou o diretor comercial, Edson Del Fiori

Riosulense reforça diferenciais técnicos em encontro

Com mais de quatro décadas deexperiência na produção de cor-reias, tensionadores e manguei-ras para as montadorasbrasileiras, a Gates estará pre-sente na rua principal da Auto-mec com muitas atrações.

No estande da empresa (F300), os profissionais poderão conhecer os últimos lan-çamentos de kits completos para o reparo do sincronismo e acionamento dos aces-sórios de motores leves e pesados. Os clientes também ganharão o novo catálogoautomotivo da marca. A publicação reúnetodas as linhas de produtos e traz mais de10.000 aplicações, além de diagramas e dicasde montagem. As equipes de vendas, marke-ting, engenharia e assistência técnica do grupoestarão de plantão durante toda a feira, prontaspara tirar qualquer dúvida, apresentar as no-vidades e agendar visitas.

Os componentes originais dos veículos brasi-leiros de maior sucesso - os filtros produzidospela Sogefi - também estarão em destaque noevento. Com mais de 120.000 aplicações, eleatendem os modelos leves, pesados e agrícolas.Durante a feira, a empresa lançará mais de 500 produtos. Além das linhas Fram eSogefi Pro, chegará ao mercado a nova marca Purflux, presente em fabricantes

Gates e Sogefi apresentam novidades

Corteco lança novo retentor

Universal descomplica a vida dos clientes

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A Engetran e a DHF, fa-bricantes de acessóriosautomotivos, trazem aomercado os lançamentosde engates para o novoCrossfox 1.6 2015 e onovo Fox 1.0 e 1.6 2015.

O destaque dos acessórios é o projeto de engenharia, que definiu umaalteração no tubo do engate para fazer um desvio do escapamento comsaída dupla. O valor médio sugerido ao consumidor é de R$ 350,00.

A DHF está a 18 anos no mercado de acessórios automotivos e se destacapor oferecer tecnologia avançada em sua linha de produtos - engates,cárter de óleo, tampa de válvulas e protetores de cárter - com qualidadee otímo atendimento. A empresa ainda é certificada com o sistema In-metro e ISO 9001:2008, que resultam na excelência dos seus principaisprodutos das linhas nacionais e importados.

Mais informações em www.dhf.com.br ou pela Central de Vendas, notelefone (11) 4646-7300.

Minas Gerais, terra de belezas natu-rais, culinária irresistível e hospitali-dade única conta com mais umaunidade Barros. Depois de Belo Hori-zonte - cidade onde já se encontra ins-talada uma base comercial bem robusta- agora é a vez de Uberlândia. Além domaior município do Triângulo Mi-

neiro, a Barros Autopeças tem como objetivo abastecer toda a região, envolvendo Uberaba,Patos de Minas, Araguari, Ituiutaba, Araxá, Frutal, Patrocínio e arredores.

A Filial Barros Autopeças Uberlândia já está operando desde o início de fevereiro de 2015,coordenada por Daiton Régis Silva, na Avenida Holanda, nº 30, Bairro Tibery. Mais infor-mações pelo telefone (34) 3305 3704.

Barros Autopeças chega ao Triângulo Mineiro

Hoje o mercado é dinâmico.Novos modelos de automóveischegam cada vez mais rápido aoBrasil e com eles novas peças enovos tipos de câmbio automáti-cos. A C4 Auto Importadora -inaugurada no ano de 1971- élíder de mercado em peças e kitspra transmissão automática e tra-balha, também, com peças paramotor 302- Galaxie, Landau eMaverik.

Ao longo de todos esses anos aempresa construiu uma imagemsólida, possuindo assim, expe-riência suficiente para proporcionar a seus clientes qualidade e segu-rança. Com um estoque amplo e componentes de fábricas mundialmentereconhecidas, atende todo o território nacional e quase 100% dos veí-culos que aqui circulam, com mercadorias de qualidade e preços extre-mamente competitivos.

Tudo isso é reflexo de uma equipe alerta para as necessidades do seg-mento, tendo como principal característica um atendimento personali-zado e único, criando um grande vínculo de amizade e confiança.

A MicronAir - marca da FreudenbergFiltration Technologies, líder mundialem filtros de ar de cabine ou de ar-con-dicionado de veículos - mostrará os fil-tros flexíveis e de carvão ativado quefornece para todas as montadoras naAutomec 2015, de 7 a 11 de abril, noPavilhão de Exposições do Anhembi,em São Paulo. Produzidos com altatecnologia, os produtos originais daMicronAir também estão disponíveisno mercado de reposição automotiva esão reconhecidos por bloquearem a entrada de microrganismos prejudiciais à saúde no inte-rior dos veículos, além do maior conforto que geram aos passageiros.

Acerca dos diferenciais dos produtos, o responsável pelo aftermarket da marca, Luciano Pon-zio, cita a facilidade de aplicação dos filtros flexíveis e, no caso dos filtros de carvão ativado,a capacidade de impedir a entrada de odores desagradáveis no interior dos veículos, comocheiros de fumaça ou poluição. Em ambos os casos, porém, há ainda o benefício da maior du-rabilidade quando comparados aos concorrentes. “Nossos filtros originais disponíveis para areposição têm alta tecnologia e, portanto, apresentam alto desempenho e excelência em ter-mos de qualidade. São peças que contribuem para o funcionamento adequado dos sistemasde ar-condicionado e aquecimento dos veículos e que devem ser substituídas apenas uma vezao ano ou a cada 15.000 quilômetros, um período que representa o dobro dos outros produtos”,destaca.

MicronAir mostra lançamentos na AutomecImportadora garante liderança no mercado de autopeças

Engetran e DHF lançam novos modelos de engates

Novo Secretário na região centro-sul

O Minas Motor Show parabeniza o novo Secretário deAdministração Regional Municipal, da Secretaria de Admi-nistração Regional Municipal Centro-Sul, de Belo Horizonte,Sr. Marcelo de Souza e Silva, cujo cargo demanda grande de-safio para as melhorias de gestão pública proposta paraterceira maior capital do Brasil.

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No idioma chinês a palavra crise temdois ideogramas, que significam perigo eoportunidade. Enfrentar uma crise re-quer entendimento do ambiente de ne-gócios, preparo para compreendê-la eações para reagir. Pois bem, na prática,como fazer?

Nem sempre é simples, mas uma pri-meira reflexão leva a crer que, para sairde uma crise, é preciso mudar. No en-tanto, muitos empresários acreditamque, se o seu negócio funcionou bem atéaquele momento, vão conseguir passarpor ela sem alterações. Aí é que mora operigo. Os períodos de turbulência e vo-latilidade econômica servem, entre ou-tras coisas, justamente para questionartudo o que você pensa conhecer e domi-nar tão bem. Basta ler os jornais paracomprovar que grandes empresas em-barcaram na ilusão de repetir o passadoimaginando que iriam obter resultadosdiferentes. A lista dos que quebraram re-centemente é forte evidência de que essafórmula não funciona. Mudar é preciso,porém, com metodologia e ordem.

A pergunta que segue é: por onde come-çar a mudar? Um bom passo inicial éreavaliar seu plano de negócios. Se vocênunca se preocupou em fazê-lo, agora éoportuno e necessário. O mais impor-tante é verificar qual a situação da em-presa hoje e para onde o negócio pode equer ir. Quais são seus objetivos nestenovo cenário e o que a sua empresa podeoferecer a seus clientes para se diferen-ciar? As respostas constituirão um planode curto e médio prazo. O ponto focal écomo sobreviver com solidez aprovei-tando as eventuais oportunidades.

Todo este raciocínio é para dizer que nãobasta olhar para a área financeira e re-duzir custos. Essa pode ser uma estraté-gia ou medida paliativa, mas a saídadefinitiva é pensar diferente e fazer mais

e melhor com menos. Buscar eficiênciaé o segredo. Esse é um conceito-chavepara competir e ajustar nossa locomotivado sucesso para passar por toda essa tur-bulência e seguir firme, crescendo.

SEGUEM SETE DICAS PRECIOSAS:

Mantenha a esperança – A crise vai pas-sar e pode varrer muita empresa. Depoisdisso vai ficar um espaço a ser preen-chido por quem resistiu. Gente que podepagar e quer ser atendido imediata-mente. Chegará a hora do seu grandesalto. Segure suas pontas porque essacrise será o maior trampolim do seu su-cesso.

SEJA MAIS FRIO, MAIS TÉCNICO -Pense o que na sua empresa é o essen-cial, o diferencial? Qual proposta devalor dá para cortar? Concentre todosseus recursos em captação e retenção.Diminuir o esforço em gestão da expe-riência.

A ARMADILHA DO MARKETING.Cuidado com as estimativas comerciais– Para alguns pode parecer que o melhor

momento de investir em publicidade éagora, para segurar o volume de vendas.Contudo é hora de cautela, repense bemnessa hora sobre o seu nicho, sobre qualproduto tem mais apelo para os clientese qual o canal mais eficaz. Sem testes,sem aventuras.

SEGURAR PARA INVESTIR – Se vocênão é capaz de conseguir um super fi-nanciamento do BNDES, se sua empresanão é muito rica, não é a sua hora de in-vestir. Não é a melhor hora de aquisi-ções. Novos segmentos, novos projetos,novos produtos podem esperar uma me-lhor hora.

CUSTOS – Reduza os custos, até porquea demanda vai diminuir mesmo. O ma-cete aqui é atacar a gestão de clientes eda experiência do cliente. Você deve sercapaz de repassar custos para o cliente.Algumas vezes ele os aceita super bem.Incentive, por exemplo, buscas na lojaao invés de entrega com motoboy. Pa-gamento com dinheiro ou cheque aoinvés de cartão. Invista a na administra-ção compartilhada, sem, claro, deixar de

fazer o cliente se sentir sempre especial,raro, exclusivo.

Idéias inovadoras – Quebre paradigmas.Teste novos conceitos. A hora é pro-pensa para fazer diferente. A espada estáno pescoço mesmo. Se muitos clientesconseguem entender que está apertado,porque não compartilhar suas dificulda-des e tentar diferente? Será que algunscustos são necessários mesmo? Coloquepara fora toda a lista de sugestões declientes e empregados para mudar coisasque permitam vantagens competitivasno sentido menores custos totais paragerenciar negócios ou ganhos significa-tivo de mercado.

EMPRÉSTIMOS – Agora estarão maiscaros, com taxas mais altas, pois as incer-tezas sobre os pagamentos estão maio-res.Tente trabalhar mais com o“dinheiro dos outros” consiga mais prazopara pagar seus fornecedores. Evite re-ceber cheques pré-datados ou parcela-mentos. Compre com mais folga paraseu caixa. Esprema mais seus fornecedo-res e clientes para você precisar menosde capital de giro. Financiamento parainvestir, jamais.

*Antonio Moreira de Carvalho é profes-sor de Ciências Políticas e Sociologia doCentro Universitário Fatec.

ECONOMIA

É hora de pensar, mudar e ganharAntonio Moreira de Carvalho

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FROTA RMBH

1 Belo Horizonte 1.596.0812 Contagem 294.0303 Betim 160.2384 Ribeirão das Neves 88.6795 Santa Luzia 73.1086 Ibirité 52.2727 Nova Lima 39.8628 Sabará 38.8539 Vespasiano 33.64310 Pedro Leopoldo 27.01211 Lagoa Santa 25.57012 Brumadinho 15.73013 Caeté 15.62414 Matozinhos 14.22215 Igarapé 14.17416 Mateus Leme 12.162

17 Esmeraldas 11.58518 Sarzedo 10.76919 São Joaquim de Bicas 10.23020 Itaguara 8.34621 Juatuba 8.23522 São José da Lapa 7.46923 Jaboticatubas 6.04724 Raposos 5.41525 Mario Campos 5.06626 Itatiaiuçu 4.59127 Rio Acima 3.70228 Florestal 3.07329 Confins 2.97530 Capim Branco 2.91931 Baldim 2.50332 Nova União 2.251

Frota mineira continua crescendoO Brasil possui mais de 84 milhões de veículos segundo dados do Denatran. Mesmoem tempos de crise, a frota continua crescendo num universo de mais de 5,5 mil mu-nicípios. Minas Gerais tem a segunda maior frota nacional. São 9.147.282 automóveis,ou seja, 9.147.282 oportunidades de negócios.Quando tratamos da Região Metropolitana de Belo Horizonte, os números são aindamais impressionantes. Além de possuir aproximadamente 2,5 milhões de carros, afrota foi a que mais cresceu no Brasil entre dezembro de 2002 e dezembro de 2014 -

com aumento médio de 8,7% ao ano. Para comparar, o crescimento da frota naGrande São Paulo, região com mais automóveis no país, foi de 6,3% ao ano.Os dados, do Departamento Nacional de Trânsito e do Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística, tomam como base as oito maiores regiões metropolitanas do Brasile ainda apontam a proporção entre o aumento da frota de veículos e o da população,a cada ano. Enquanto em São Paulo essa proporção é de 6,8, em Belo Horizonte équase o dobro, ficando em 12,8.

FROTA | REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

Posição Cidade Frota total Posição Cidade Frota total

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SUSTENTABILIDADE

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“Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é gra-ciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nelatudo!” A impressão de Pero Vaz de Caminha de queos recursos hídricos brasileiros são inesgotáveis foiimortalizada em carta enviada ao rei de Portugal,D. Manuel, em 1º de maio de 1500, e perdura noimaginário de boa parte da população brasileira, 515anos depois. Esta noção equivocada — que vê umbem finito como infinito — orienta a relação demuitos cidadãos com os usos da água, afirmam osespecialistas.

Contudo, o que parecia distante chegou de formaassustadora, a crise hídrica esta aí e exige mudançacultural e comportamental. Aproveitando o DiaMundial da água, comemorado em 22 de março,precisamos entender que o problema é de todos e,se alguém deixar de fazer a parte que lhe cabe, oconjunto deverá pagar. É necessário mostrar aosfuncionários e colaboradores que economia no am-biente de trabalho é economia em casa. Se houverracionamento, todos pagarão o preço, independentese estarão no aconchego do lar ou no estabeleci-mento comercial. A conta vai subir para todos, éhora de pensar na coletividade.

Bom exemplo

Há anos as montadoras promovem medidas e in-vestimentos internos para minimizar sua depen-dência da água fornecida por companhias desaneamento. Seja por redução de custos ou realpreocupação com o meio ambiente, ou aindaambas, essas ações reduziram o consumo nas linhasde montagem e áreas administrativas e blindaram,de certa forma, as companhias de possíveis proble-

mas em momento como o atual, de séria ameaça defalta deste recurso natural.

Dados divulgados recentemente pela ANFAVEAindicam redução de 29% no uso de água por veículoproduzido de 2008 a 2011. Na Honda, por exemplo,toda a água de consumo usada nas áreas adminis-trativas e banheiro vêm de poços artesianos do ter-reno da fábrica em Sumaré, São Paulo. “No setor depintura a água é usada, tratada e retorna ao pro-cesso. Há muito tempo incentivamos o uso racionale, nos últimos meses, aumentamos as campanhasinternas”, afirma Otávio Mizikami, diretor de pro-dução.

A Iveco, por sua vez, adotou no primeiro trimestrede 2013 um sistema que permite reduzir pela me-tade o uso da água necessária para o pré-tratamentode cataforese na pintura em sua fábrica de Sete La-goas, em Minas Gerais. Assim, foi gerada uma eco-nomia de mais de 23 mil metros cúbicos por ano –

o equivalente a nove piscinas olímpicas. Os sprays,que antes usavam água virgem, agora são alimenta-dos por reutilizada do próprio processo, sem in-fluenciar na qualidade. Já em Sorocaba, São Paulo,onde a empresa opera um Centro de Distribuiçãode Peças, foram investidos R$ 1,5 milhão para ins-talar um sistema de reutilização de água. A econo-mia chegou a 30% do consumo. Também foiinstalado um sistema de captação de águas dechuva, com tanque capaz de armazenar seis milhõesde litros.

Já a fábrica da Fiat, em Betim, na Região Metropo-litana de Belo Horizonte, é praticamente auto-su-ficiente, ao recircular 99% da água em sistemapróprio. O Complexo de Tratamento de EfluentesLíquidos foi construído em 1998 - e modernizadoem 2010 – combinando duas tecnologias que garan-tem a qualidade do processo. Todos os banheiros daunidade também possuem torneiras com sensoresque controlam a saída de água.

Montadoras saem na frente e lembram que economia é dever de todos

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Cadeia produtiva

As preocupações com a gestão do uso de água descem tambémos degraus da cadeia, vez que a interrupção de produção emalgum fornecedor pode afetar diretamente a linha de monta-gem. Por isso, as companhias trabalham em conjunto a fim deevitar esse cenário indesejado e catastrófico.

De acordo com assessoria da Fiat, o grupo realiza intenso tra-balho para apoiar os fornecedores na melhoria da eficiência desuas fábricas e eliminar desperdícios. A Universidade Fornece-dores Fiat, criada em 2007, oferece uma gama variada de cursossobre temas como qualidade, gestão ambiental, melhoria con-tínua, liderança, entre outros. A questão do uso racional dos re-cusrsos naturais esta bastante presente nos treinamentos.

A Ford informou que começou a solicitar aos seus fornecedores- que fazem uso intensivo de água e trabalham em regiões deescassez – para relatar seu consumo de forma voluntária. O ob-jetivo é trabalhar em conjunto para obter reduções e difundiriniciativas de sucesso no mundo, ajudando a reduzir o prejuízoambiental em toda a cadeia de produção.

O Complexo de Tratamento de Efluentes Líquidos foi construído em1998 ‑ e modernizado em 2010 ‒ combinando duas tecnologias quegarantem a qualidade do processo. Todos os banheiros da unidadetambém possuem torneiras com sensores que controlam a saída deágua.

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Já pensou em trabalhar, estudar, fazer comprase sair para se divertir perto de casa? Se a res-posta é sim, adicione ainda a essa lista de facili-dades ter bem ao lado consultório médico,escritório de advocacia, agência bancárias, res-taurantes, oficinas mecânicas, entre outras op-ções. Pois agora pode parar de imaginar e presteatenção à proposta da Prefeitura de Belo Hori-zonte, que pretende criar na capital uma redede pólos de comércio e serviços. A idéia é in-centivar, em determinados pontos dos bairros,que edifícios dividam suas áreas entre lojas,salas e moradias e, com isso, desafogar o hiper-centro, que atualmente concentra um em cada10 pontos comerciais em BH, de acordo com le-vantamento baseado em dados da Câmara dosDirigentes Lojistas (CDL).

Apresentada na 4ª Conferência Municipal dePolítica Urbana, em que cidadãos dão o nortepara o crescimento da capital e indicam mudan-ças na legislação, principalmente no Plano Di-retor, o projeto ainda precisa passar pelo crivodos vereadores, na Câmara Municipal. Aequipe técnica da prefeitura identificou na ci-dade inteira ruas e avenidas nas quais deve serincentivado o desenvolvimento de atividadeseconômicas conciliado com o uso residencial.

Os centros foram classificados entre regionais,intermediários e locais, conforme a abrangênciade cada um.

ONDE

Transformar esses pontos em grandes suportespara a população requer mudanças nas regrasde uso da via, permissão de maior adensamentopopulacional e, eventualmente, incentivos fis-cais para o comércio e serviços.

“O grande objetivo é alterar a origem e destinodas pessoas, evitando que elas precisem ir aoCentro ou enfrentar grandes deslocamentosdiários”, explica a arquiteta da Secretaria dePlanejamento Urbano de Belo Horizonte, Lu-ciana Barbosa. Mudança que, associada a outrasações, deve gerar um impacto direto no trânsitoda cidade.

Na lista há avenidas com comércio consolidado,como a Nossa Senhora do Carmo, na RegiãoCentro-Sul, Amazonas, na Região Oeste, ePedro II, na Região Noroeste, identificadascomo centralidades regionais. Mas figuram

também endereços ainda pouco ocupados,como a Avenida Heráclito Mourão de Miranda,no Bairro Serrano, na Região da Pampulha,classificado como centralidade intermediária.Nela, sobram lotes vagos entre galpões e rarasresidências.

Outros focos para investimentos são os bairrosGuarani (Norte), Betânia (Oeste) e Santa Amé-lia (Pampulha), além das imediações da novarodoviária no São Gabriel (Nordeste), da Ave-nida José Cândido da Silveira, na altura dobairro Santa Inês (Leste), e Avenida Abílio Ma-chado, no bairro Alípio de Melo (Noroeste).Ainda serão reforçadas ações de expansão nasáreas centrais das regiões do Barreiro e VendaNova. Apenas a regional Centro-Sul ficará defora, uma vez que já conta com uma centrali-dade bem definida.

HIPERCENTRO

A meta da PBH de espalhar comércio e serviçopela cidade e desafogar a área central tem comoponto de partida um hipercentro saturado.

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COMPORTAMENTO

Descentralização estimula novas oportunidades de negócios

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Todos os dias, dois milhões de pessoas – 37% da popu-lação da Grande BH – passam pelo caldeirão que temna Praça Sete a principal referência, por onde cruzam91 mil veículos diariamente. Muitos dos freqüentado-res estão ali apenas de passagem, levados pelos 3.036ônibus que têm a área central como destino. Outrosvão atrás das conveniências da área, que concentramais de um em cada 10 pontos comerciais da cidade(10,8%). Segundo a Câmara dos Dirigentes Lojistas(CDL), o Centro de BH conta com 21.141 estabeleci-mentos do total de 194.420 na cidade e concentra 30%do total de faturamento da capital. Um dia de vendasna região movimenta R$ 22,8 milhões.

INICIATIVA

Percebendo os problemas e as carências da capital oadministrador, Ricardo Melo Linhares, resolveu apos-tar na região oeste. Aposentado, ele mora no Buritishá aproximadamente oito anos e conta que vem ob-servando as mudanças que por ali estão acontecendo.“Perto da minha casa, já quase no bairro Palmeiras,

foram construídos dezenas de condomínios, todos comduas ou mais torres. Agora elas estão sendo entreguese os moradores chegando. Se já é difícil sair e entrarno bairro atualmente, imagino como será com maisesses milhares de pessoas”, afirma. Melo conta que otrânsito é um dos principais problemas. “Quando nãovão trabalhar, os moradores evitam sair daqui. Assim,

a demanda local aumenta e o comércio é beneficiado.Contudo, ainda não existe a variedade de estabeleci-mentos necessária. Temos muitos salões de beleza, res-taurantes, lojas de vestuários e miudezas. Prestadorasde serviço, por exemplo, não são suficientes”, revela.

Exatamente depois de detectar esse espaço no mer-cado, Ricardo decidiu, em sociedade com um primotécnico em mecânica, abrir uma oficina. Há um anoe sete meses foram abertas as portas do Tech CentroAutomotivo. “Resolvi juntar a minha necessidadecom a dos outros que moram no bairro. Eu queriatrabalhar, mas não estava disposto a encarar o trân-sito diariamente. Meus vizinhos precisam consertare fazer a manutenção de seus carros e também pre-ferem ficar livres do tráfego”, destaca. Segundo oempresário, a localização é o principal atrativo paraos clientes. “É claro que oferecemos um excelenteambiente e serviço. Entretanto, antes de entrarem,o que atrai os consumidores é a proximidade de suascasas. A maioria comemora o fato de não ter queatravessar a cidade para trocar uma correia dentadaou trocar uma pastilha de freio”, finaliza

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‘fonte : PBH

O grande objetivo é alterar a origem e destino daspessoas, evitando que elas precisem ir ao Centro ouenfrentar grandes deslocamentos diários

Luciana Barbosa, arquiteta da Secretaria de

Planejamento Urbano de Belo Horizonte

Novas centralidades em Belo Horizonte

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Onúmero de veículos conectados a redemundial de computadores chegará a150 milhões, em todo o mundo, dentrode um intervalo de pouco mais de cinco

anos. A previsão - da consultoria norte americanaGartner - aponta que entre 60 e 75% dessa frota serácapaz de consumir, criar e compartilhar dados pormeio de internet sem fio. A conectividade acarretarámudança no modelo de negócio tanto no campo dosfabricantes de dispositivos quanto na indústria auto-motiva. Entra em cena a inovação para adicionar re-ceitas a partir de aplicativos móveis, o que dependeráde uma associação das montadoras com empresascomo Google, Apple e Samsung.

De acordo com o estudo, a tecnologia de carros co-nectados acabará por ser mais inovadora e emocio-nante do que as ofertas atuais de smartphones etablets. Ele ainda aponta que 58% proprietários deveículos nos Estados Unidos e 53% dos alemães que-rem que empresas especializadas – e não as fabrican-tes de automóveis – conduzam a tecnologia noscarros. A Apple já informou que, até 2018, metade detodos os sistemas embarcados em veículos – integra-

dos aos celulares – vão usar o próximo “iOS in theCar” da empresa.

TENDÊNCIA

Segundo Hernane Alves, de 76 anos, fundador daPromotiva, a empresa vem acompanhando de pertoas mudanças do segmento. Para ele, o caminho tra-çado pela informática não tem volta. “Tivemos gran-des lançamentos. O GPS, por exemplo, mudou aforma de o motorista lidar com o carro. Contudo,agora é a vez da Central Multimídia, sensores, câme-ras de ré e até mesmo dos acessórios interativos paraos passageiros dos bancos de trás”, destaca. O empre-sário também acredita que a evolução do segmentoserá cada vez mais rápida. Quem não se atualizar vaiperder espaço. “As pessoas compram o que temos dis-ponível, hoje, pensando no que teremos amanhã.Todos estão de olho no futuro e querem facilitar o diaa dia dentro de seus automóveis”, conclui.

PARCERIA

A Ford está se voltando para um de seus primeirosparceiros de tecnologia, a Microsoft, para ajudar aampliar os serviços de carros conectados da monta-

dora. Entre os recursos que a montadora planeja ofe-recer - ainda neste ano através de sua Service Deli-very Network - está a capacidade de atualizarautomaticamente o sistema de informação e entrete-nimento Sync 3 sem fios. O serviço utilizará a plata-forma baseada em nuvem, da Microsoft, e vaipermitir que a companhia obtenha mais dados sobrecomo os proprietários usam seus carros.

Segundo o diretor-executivo de veículos conectadose serviços, Don Butler, a intenção é participar ativa-mente da vida do motorista. “Os dados vão aumentarnossa capacidade de entender a experiência do usuá-rio dentro do veículo, com a permissão conscientedos consumidores", diz. Butler explica que as infor-mações devem ser usadas para diagnosticar remota-mente problemas mecânicos ou alertar proprietáriose concessionários sobre manutenções programadas.Os dados também podem fornecer detalhes sobre usodo veículo e hábitos de direção dos proprietários paraseguradoras. A rede em nuvem da Ford também per-mitirá que a companhia integre uma gama maisampla de serviços móveis tanto dentro quanto longedo veículo.

Mercado de acessórios deve se transformar nos próximos cinco anos

ACESSÓRIOS

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TENDÊNCIA

Está na hora de nos preparar para o que antes parecia distante da nossa realidade. Deacordo com especialistas, em poucos anos, o consumidor brasileiro terá mais umaopção na hora de escolher o carro. Além dos motores movidos a etanol, gasolina eGNV, o elétrico promete movimentar o mercado, não apenas o automobilístico, mastambém os setores que serão bene-ficiados por esses novos veículos.

Embora eles devam começar a che-gar no início de 2016, um empreen-dimento de alto luxo em Alphaville,na Grande São Paulo, já tem pre-visto no projeto uma garagem adap-tada para receber modelos elétricos.Segundo a construtora do imóvel –que também atua em Minas Gerais -esse diferencial é pioneiro na cons-trução civil nacional. A novidadeaponta para dois importantes pon-tos. Em primeiro lugar, a área ener-gética do país viverá uma autênticarevolução muito em breve. Em se-gundo, as grandes capitais brasileirasestão atrasadas em relação à infraes-trutura para receber a tecnologiaque bate em nossas portas.

No projeto imobiliário paulistacinco vagas terão estrutura para fia-ção e relógios de medição de con-sumo. De acordo com o diretorsuperintendente da construtora eincorporadora, Mário Giangrande, a simples medida além de proporcionar a tomadapara o carro ser plugado, evitará as intermináveis brigas de condôminos sobre quemirá arcar com o gasto energético. “Pensamos em como estaria o cotidiano das pessoas em 2017. Por se tratar de umprédio de luxo, a probabilidade de um proprietário ter um carro elétrico é grande”,afirma.

Política

Recentemente - sob a pressão do setor privado - o governo brasileiro decidiu abrircaminho paralelo ao do etanol. O Ministério da Fazenda anunciou um plano em-brionário de estímulo ao desenvolvimento dessa tecnologia. O diretor de relaçõesinstitucionais da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (AN-

FAVEA), Ademar Cantero, conta que foi criado um grupo de trabalho, com governoe indústrias, para estudar os estímulos à produção de exemplares elétricos. “Estamostraçando linhas gerais de políticas para a viabilidade da implantação do veículo elé-trico no país”, revela.

Cantero adianta que os traba-lhos envolvem desenvolvi-mento de produtos e detecnologias de motorização,políticas de abastecimento,suprimento e rede de distri-buição. “O importante é quese discuta uma nova fonte deenergia veicular, para ver sevai funcionar ou não no país”,conclui.

Na prática

Novidade aqui, no Brasil. Se-gundo o vice-diretor do co-mitê de veículos de passeio daSAE Brasil (Sociedade dos En-genheiros da Mobilidade),Jomar Napoleão, no estado daCalifórnia, nos Estados Uni-dos, já está na legislação que asconstruções novas devem teradaptações para veículos elé-tricos, inclusive de shoppings.

No que se refere à recarga, asfabricantes desenvolveram dois sistemas, um que carrega 100% da bateria durantesete horas, se plugado em uma tomada de 220 v e, outro, que em 30 minutos abastece80% da capacidade total do automóvel. É nesta segunda opção que devem se con-centrar os postos de abastecimento. Para Jomar, estacionamentos de estabelecimentocomerciais, como supermercados, devem fornecer este tipo de auxílio. “Enquantovocê faz uma compra, seu carro recarrega”, ilustra.

Ainda segundo Napoleão, outro novo conceito de negócio que surgirá com os mo-delos elétricos é a venda de energia não utilizada, já em estudo na Califórnia. É achamada rede de energia inteligente ou smart grid. Trata-se de um sistema que per-mite maior autonomia ao consumidor, que poderá gerar energia e comercializar osexcedentes como faz hoje um grande produtor de eletricidade. “Isso será uma revo-lução na mobilidade”, prevê o representante da SAE.

Carro elétrico: do papel para a tomada

TECNOLOGIA

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SETOR AUTOMOTIVO

Apesar da recente queda, as vendas de veículos novoscresceram assustadoramente nos últimos anos. Noentanto, parece que a indústria de autopeças não es-tava preparada para a demanda que surgiria em de-corrência do grande consumo. É comum ouviralguém reclamando que está ou ficou muito temposem carro por não encontrar peças de reposição. Se-gundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Au-topeças, a demora está diretamente ligada à falta deorganização das montadoras e à variedade cada vezmaior de modelos nas ruas. “Há uma preocupaçãomuito grande com a venda do carro e pequena com opós-venda. Assim, os fornecedores de peças destinamaté 90% da produção para as montadoras e o resto é oque fica para o mercado”, comenta diretor executivoda associação, Roberto Monteiro.

De acordo com o dirigente, para a Anfape, o livre mer-cado seria a solução mais adequada para o problema. AAssociação tenta dar fim aos bloqueios por ações judi-ciais que as montadoras movem contra os fabricantesindependentes de autopeças. “Hoje quase 85% daspeças mecânicas e externas produzidas vão para o mer-cado de montadoras, enquanto apenas 15% vão para ode reposição. Segundo Monteiro, as montadoras proí-bem a fabricação de peças externas e visuais dos carros,mas, caso permitissem, a dinâmica desse segmento teriamaior fluidez e melhoria o atendimento ao consumidor.“A justificativa é que querem eliminar as fabricantes in-dependentes pela má qualidade do nosso produto, mastodo e qualquer mercado tem coisas boas e ruins. Nonosso, a grande maioria é de boa qualidade”, garante.

IMPORTADOS

Se faltam peças para osveículos nacionais, paraos importados a situaçãoé ainda pior. O presi-dente da Associação dasOficinas Reparadoras deAutomóveis de MinasGerais (Assora), EduardoViegas, destaca que, coma espera pela chegada das peças, os carros permanecemnas mecânicas por um grande tempo. “Temos que pen-sar em tudo. Com automóveis parados dentro das ofi-cinas, ao preço que é cobrado pelo metro quadradohoje, essa demora pesa”, explica.

Para o vice-presidentedo Sindicato da Indús-tria de Reparação deVeículos e Acessóriosdo Estado de Minas Ge-rais (Sindirepa-MG),Marco Túlio Starling,antes era comum a difi-culdade com os carrosimportados. Mas hoje,

reclama, acontece também com os nacionais. "Alémda marca do carro, a dificuldade de achar peça de-pende do ano e do modelo. Existem casos de automó-veis parados durante noventa dias”, revela. SegundoStarling, a produção recorde de automóveis foi fator

determinante para a falta de componentes. "Nãosobra para o setor de reparação. A indústria de auto-peças trabalhando com sua capacidade máxima já temtido dificuldade para atender as montadoras", sa-lienta.

Dados da Associação das Oficinas Reparadoras de Au-tomóveis de Minas Gerais (Assora) apontam que osetor de manutenção de automóveis movimenta,mensalmente, cerca de R$ 150 milhões em Belo Ho-rizonte e Região Metropolitana. Distribuídas entrediversas especialidades como funilaria, lanternagem,escapamento e eletricidade, a região possui em tornode três mil oficinas mecânicas e emprega aproxima-damente 21 mil trabalhadores.

NA PELE

De acordo com Neylor Corrêa, da Car Service, o prin-cipal problema provocado pela falta de peças é a pror-rogação do prazo de entrega do serviço. “Atualmenteo cliente tem pressa e precisa do carro pra ontem.Mesmo oferecendo um automóvel reserva, durante umperíodo de 7 a 14 dias, existem casos que a demora ésuperior”, afirma. Ao pressionar as fábricas de autope-ças, a reposta, segundo Corrêa, é sempre a mesma.“Dizem que não têm previsão de entrega e outras dãoo prazo de 20 dias úteis, o que significa mais de um mêsde espera”, conclui.

Jairo Sylvio de Souza, dono da oficina que leva seunome, garante que uma das soluções para o impasse seria

Da falta à abundância: mercado vive realidades diferentes

Marco Túlio Starling

Eduardo Viegas

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MANUTENÇÃO & TECNOLOGIA

a fabricação de peças pela indústria independente. “Não vejo outra solução, a menosque as montadoras também abasteçam as oficinas. Hoje, falta tudo. Porta, pára-cho-que, friso, farol, entre outros. Aceitar o mercado paralelo seria uma alternativa”, ava-lia. “Embora eu tenha clientes que não aceitem essas peças, porque as consideremsem qualidade, também existem peças boas nesse segmento”, defende Jairo. Ainda deacordo com o empresário, puxado pela falta de peças, outro problema tem sido o pa-gamento dos serviços pelas seguradoras, que também ficam comprometidos. “Se eufaço o pedido de uma peça hoje, a recebo no fim do mês que vem e entrego o serviçoem março, vou receber apenas em abril. Ficamos sem capital e a situação se complicaainda mais”, explica.

O mecânico José Eustáquio Araújo, proprietário da oficina Auto Center, tambémna capital mineira, afirma que a falta de peças também serve para inflacionar o mer-cado. Segundo ele, muitas peças subiram de preço nos últimos meses, aproximada-mente 20%. "É a lei da oferta e da procura. Está difícil de encontrar, o preço sobe",diz. Araújo conta que antes a demora era comum com carros importados, mas,agora, mesmo em casos como a Fiat e Volkswagen, a espera tem sido maior. "Porsegurança, marco com o motorista a data de entrega só depois que a peça está ga-rantida", finaliza.

OUTRA REALIDADE

Se de um lado os proprietários de oficinas mecânicas reclamam, os donos de esta-belecimentos que trabalham com ar condicionado veicular comemoram. Devidoao aumento da violência e das temperaturas, na última década, carros com o aces-sório deixaram de ser objeto de luxo e se tornaram populares. Dados divulgadospela Federação Nacional de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que em2006 47% da frota produzida pelas quatro principais fábricas do país continhamcondicionadores de ar. Atualmente, esse índice chega a 80%, também justificadopelo crescimento de renda e aumento da classe média. Hoje os carros das classes Ae B já vêm com o aparelho - custando em torno de R$ 1.800.

Junto com o aumento nas vendas cresceu também o trabalho nas oficinas. As cida-des de Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro constataram que a ins-talação e manutenção de ar condicionado dobraram - em comparação ao mesmoperíodo em 2013 - sobretudo na manutenção e limpeza dos filtros, higienização etroca de aparelhos. Luiz Silviano Costa, da Friomais, conta que muitas pessoas sópercebem a perda de rendimento do ar condicionado quando deixa de esfriar ouapresenta um cheiro desagradável de mofo. "Com esse clima, é comum o compressorestragar. O número de clientes nessa época chega a ser até cinco vezes maior queno inverno, e às vezes precisamos formar fila de espera", ressalta.

Segundo Costa, quem não comprou o carro com o sistema de fábrica não éobrigado a sentir calor, já que é possível fazer a instalação depois. O equipa-mento para carros populares, incluindo serviço, varia de R$ 2.800 a R$ 3.800.“O equipamento é sempre original. Não existe compressor de ar condicionadoparalelo e as lojas costumam oferecer ao cliente um ano de garantia”, explica.No caso de carros mais antigos - que não ofereciam ar condicionado nemcomo opcional - o valor varia entre R$ 4.200 e R$ 5.000.

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ANTIGOMOBILISMO

Um verdadeiro tesouro entre quatro paredes. Automó-veis antigos, objetos exóticos, eletrodomésticos e utensí-lios que resistiram ao tempo estão guardados em galpõesno bairro Esplanada, região leste de Belo Horizonte. Oprecioso acervo – com mais de oito mil itens registrados– é resultado da paixão do empresário Jeferson Rios Do-mingues, de 69 anos, pelo passado. Entre jipes usados naSegunda Guerra Mundial e no golpe militar de 1964,estão jukeboxes, rádios, gramofones, pimballs dos anos1950, geladeiras a querosene, bicicletas e móveis do Pa-lácio de Versailles, em Paris. Retratando a história e o de-senvolvimento da fabricação de automóveis no Brasil eno mundo ainda estão mais vinte automóveis. A barati-nha Chrysler, fabricada em 1926, com rodas de madeirae o Cadillac branco de uso pessoal de Juscelino Kubits-chek merecem destaque. “Quando comprei essa raridadesoube que o ex-presidente abria mão dos carros oficiais,que eram pretos, para dar voltas neste Cadillac brancoque um amigo lhe emprestava”, lembra Rios.

Caçador

À busca dessas relíquias, Jeferson esteve na Argentina,nos Estados Unidos e na Europa. Andou também por vá-rias regiões do Brasil procurando motores, maçanetas,para-choques e volantes. “O colecionador quer peças quesão inusitadas e que ninguém tem. Para quem restauranada se perde. Guardo tudo”, explica o bioquímico apo-sentado que se diverte na seleção, compra e restauraçãode peças e veículos antigos.

Rios chegou a alugar objetos e veículos para compor ce-nários dos filmes “O grande mentecapto” e “O meninono espelho” e da minissérie “Hilda Furacão”, ambientadosem diferentes épocas da capital mineira. Segundo ele, fes-tas de aniversário de 15 e de 60 anos costumam requisitaras antiguidades para a decoração também. Jeferson aindamantém a primeira bicicleta da Harley-Davidson, uma

bomba de gasolina dos anos 1920, sinos de estação detrens, microscópio do início do século 20, relógios de pa-rede, chopeiras feitas em pinho de riga, câmeras fotográ-ficas, lambretas, lampiões dos tempos de escravidão,

Mais espaço e destaque para os carros antigos

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mapas e equipamentos militares dos anos1940, como morteiro de guerra e canhãoantiaéreo.

“Tudo teve origem quando eu moravaem bairro de gente rica, sem ser rico.Não tinha dinheiro para comprar carronovo, como faziam os vizinhos na Ci-dade Jardim. Quando comecei a traba-lhar, comprei um veículo mais velho.Um modelo conversível, de 1948, damontadora tcheca Skoda, que fui res-taurando aos poucos, com a compra desucata. Assim tomei gosto pela coisa!”,revela. Depois Jeferson restaurou umajardineira, de 1928, adquirida em lei-lão, que era utilizada no transporte depassageiros. “Em seguida vieram ou-tros carros, como o Standard, igual ao

do ex-beatle Paul McCartney, azul ebranco. No total, restaurei vinte carrosque agora terão novo destino”, destaca.

Mova

O destino ao qual Rios se refere é oMuseu de Objetos e Veículos Antigos(Mova), que está sendo implantado comrecursos da Lei Rouanet, em Nova Lima,em um espaço nobre de 10 mil m² noAlphaville, cedido pela prefeitura por 20anos. “Nosso projeto propõe a construçãode um complexo cultural e de entreteni-mento temático, para dar a uma coleçãode carros e artigos antigos, reunida aolongo de quase 40 anos, uma destinaçãopública, educativa e cultural que melhorse traduz na forma de museu. Foi um de-

safio de cinco anos adquirir o terreno,aprovar o projeto do museu junto à pre-feitura, obter a anuência do MinistérioPúblico e, por fim, o sinal verde do Mi-nistério da Cultura para buscar patrocí-nio”, salienta.

O projeto - orçado em R$ 20 milhões quedevem ser arrecadados junto à iniciativaprivada - prevê a construção de um pré-dio de dois pavimentos, que abrigará omuseu, reserva técnica, gerenciamentode coleções, pesquisa, biblioteca e salapara oficinas de capacitação para estu-dantes e comunidade. O anexo terá res-taurante, com mostras temporárias doacervo, exibição de filmes e apresenta-ções musicais com repertório correspon-dente à época. Além disso, será criado

um espaço de entretenimento com cafée lanchonete, além de um hotel para car-ros antigos, onde os colecionadores po-derão guardar seus veículos.

O Mova ainda abrigará exposições delonga duração, cursos, palestras e works-hops. Para compor o acervo, todas aspeças passaram por um processo de do-cumentação museológica com arrola-mento, inventário, ficha catalográfica,banco de dados, documentação fotográ-fica, marcação e registro. A entrada paravisitação do Mova será gratuita para ido-sos (acima de 65 anos), crianças até 10anos e para alunos de escolas públicas. Osdemais estudantes pagarão meia entradae o público pagará ingressos com preçosacessíveis.

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A juventude é o futuro de um país. Essa afirmação, quenos é familiar há muito tempo, já pode ter uma novaversão. Atualmente a juventude tem um papel amplo,que não se restringi apenas ao que está por vir, mas aohoje, ao iminente. Ela está presente nos mais diversossetores da sociedade e, com seu ímpeto natural, inter-fere no agora e escolhe os próximos passos. No dia 30de março se comemora o Dia Mundial da Juventude.No Brasil - segundo dados do IBGE 2013 - há cerca de53 milhões de jovens em idade entre 15 e 29 anos, oque representa um quarto da população nacional. Poroutro lado, o instituto também aponta que a participa-ção do jovem vem caindo no mercado, principalmentepara quem tem entre 18 e 24 anos. Há uma parcela des-sas pessoas que não querem trabalhar agora, pois pre-ferem estudar, terminar a graduação e continuar na

faculdade para enfrentar um mercado com mais baga-gem lá na frente.

FORÇA

Em Belo Horizonte contamos com o Centro de De-senvolvimento Lojista Jovem. O CDL Jovem é umórgão complementar da CDL/BH que tem como ob-jetivo desenvolver lideranças, por meio da troca deexperiências e contato com o mercado empresarial,de forma inovadora e mobilizadora. Fundada em1988, a entidade vem contribuindo com suas idéias,sugestões, discutindo as questões conjunturais, apri-morando seus conhecimentos mercadológicos e di-recionando-os para as atividades e projetos daCDL/BH.

De acordo com o novo presidente do CDL Jovem, Fre-derico Papatella, uma das principais missões é trans-mitir o espírito de associativismo, que motiva aintegração e participação de seus membros nas açõesrealizadas pela entidade. Papatella – que terá gestãoentre 2015 e 2016 – destaca que entrou no CDL Jovemhá cinco anos a convite do gerente institucional Edil-son Cruz. “De lá para cá aprendi as melhores formaspara empreender meus negócios, em busca dos melho-res resultados. Também fiz grandes amigos e crescientre acertos e erros”, afirma.

TENDÊNCIA

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Jovens podem edevem tomar asrédeas do mercado

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Ainda segundo Frederico – que além de empresário, é bacharel em direitopela faculdade UNA, consultor imobiliário, associado do Instituto de For-mação de Líderes, conselheiro fiscal da cooperativa de crédito SECOVI-CRED MG, e suplente no Conselho Estadual da Juventude – é importantedespertar no jovem o desejo pelo empreendedorismo e o associativismo.“A juventude tem força e coragem para inovar. Temos que apostar nela,na sua qualificação, e oferecer ferramentaseficazes para que os frutos possam ser co-lhidos”, salienta.

CONTINUIDADE

Bruno Falci foi reeleito recentemente pre-sidente da CDL/BH para o biênio 2015-2017. De acordo com o empresário, a novadiretoria vai focar em soluções para melho-rar as vendas do comércio. “Estamos àfrente da CDL/BH para servir e representaro comércio da capital e temos conseguidodesempenhar bem esse papel. A reeleição éuma mostra da confiança dos empresários.Nosso principal objetivo é manter o pro-cesso de organização financeira e administrativa da entidade, na busca per-manente por melhores soluções para os segmentos de comércio e serviços”,explica.

Para Falci, a CDL/BH espera uma retomada na economia, mas não tão ex-pressiva já que o aumento dos juros pode atrapalhar a oferta de crédito.“Esperamos uma retomada moderada. O aumento dos juros deve impactarnegativamente, pois dificulta a aquisição de empréstimos, tanto dos lojistascomo dos consumidores. Porém, isto se faz necessário para trazer a inflaçãode volta ao centro da meta. Este índice em patamares elevados tem um

efeito corrosivo na renda das famílias e tem um impactonegativo similar ao dos juros”, ressalta.

Apesar das previsões negativas espalhadas por especia-listas econômicos, Falci diz que com Pimentel, o estadopoderá contar mais com o Governo Federal. “O novo go-vernador deve imprimir uma trajetória diferente. Alémde ser um grande administrador, ele deve contar com oapoio da presidência, o que é muito positivo”, diz. Aindasegundo o dirigente, várias questões precisam de urgên-cia. “Temos também a questão da reforma tributária quehá tanto tempo foi anunciada. Ela precisa sair do papele ser colocada em prática, pois Minas necessita atrair in-dústrias para fomentar a economia. É preciso tambémrecuperar a confiança dos investidores e da populaçãona política econômica do governo, diminuir o déficit pú-

blico, cortar os gastos do governo e fazer reformas estruturais para cami-nhar mais tranquilamente neste ano”, finaliza.

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A Acadêmicos de Salgueiro, escola quelevou Minas para avenida com destaquesdo Serro, não foi campeã do carnaval2015 por décimos. Contudo, a agremiaçãoencantou o público com seu samba - Sa-beres e Sabores de Minas Gerais - e difun-diu a história da cidade para Brasil e osmais de 100 países que recebem o sinal daTV Globo. A culinária mineira, com otoque de Dona Lucinha ClementinoNunes, foi exaltada juntamente com fa-miliares e serranos que estiveram na Mar-ques Sapucaí. O Salgueiro entrou naavenida com 3.900 componentes - na ma-drugada do último dia 16 de fevereiro – econtou uma bela história por meio de 34alas e seis carros alegóricos.

Serro, a 326 quilômetros de Belo Ho-rizonte, foi uma das primeiras comar-cas da Capitania das Minas e aindaguarda as características das vilas se-tecentistas mineiras. O município érodeado por montanhas e não faltamboas opções para caminhar, descansar econtemplar a natureza. O queijo que seproduz por lá se tornou patrimônio ima-terial do estado e é a grande vedete deuma festa que ocorre em agosto no Par-que de Exposições. Já em julho, acontecea Festa do Rosário, que é uma mistura dereligiosidade e folclore. Ao lado das no-venas, missas e procissões, a cidade é to-mada por um conjunto de danças comfigurino colorido, coreografias e música

Paz e natureza

Entre alguns distritos do Serro, se desta-cam a rústica e encantadora Milho Verdee São Gonçalo do Rio das Pedras. O pri-

meiro, em absoluta harmonia com a na-tureza, é parada obrigatória na rota entreSerro e Diamantina. O pequeno arraialsurgiu no século XVIII, formado por pes-soas que vinham em busca de ouro e dia-mante. Situado nas vertentes da Serra doEspinhaço, a belíssima paisagem, o patri-mônio histórico, as cachoeiras, a singelahospitalidade dos habitantes e a deliciosaculinária típica feita em fogão à lenhafazem do local um destino muito especial.

Já o segundo é reduto de paz e sossego. Odistrito é cercado por cachoeiras como asda Gruta Seca; de São Gonçalo; Pacu;Grota Seca e do Comércio, que é propiciaa prática de rapel; além de montanhascomo o Pico do Raio e a Lapa da Igreja,com serras que remetem a torres de igre-jas. Seu patrimônio histórico, simples ebem conservado, é composto da IgrejaMatriz de São Gonçalo, da Igreja Nossa

Senhora do Rosário, da Praça AntônioFélix e dos Muros de Pedra construídospelos escravos. O Presépio de Dona Lenamerece uma visita. Montado em umquarto de sua residência, fica exposto desetembro a novembro e atrai muitos tu-ristas. Ele foi sendo montado ao longo dosanos, uma parte por Dona Lena e outraparte vinda de doações de turistas quetrazem novas peças quando retornam emvisita a São Gonçalo do Rio das Pedras.

Talento e paladar

Maria Lúcia Clementino Nunes, conhe-cida como Dona Lucinha, é mais do quea cozinheira de mão cheia que criou umdos restaurantes mais prestigiados de BeloHorizonte e do Braisl. É uma mulher quecriou 11 filhos e trabalhou como profes-

sora por 30 anos. Em sua cidade natal, oSerro, foi ainda catequista, salgadeira, do-ceira, feirante, quitandeira, diretora esco-lar e, até, vereadora. “O primeiroingrediente que se põe na panela é oamor. Minha família me ensinou que euteria que aprender com a faculdade davida. O que aprendi foi de uma formaprática, desde lavar uma louça, até fazerqueijos”, afirma. Ela explica que as recei-tas não deviam sair de casa. “Não podía-mos passar para ninguém os segredos,para preservar nossa cultura. Cada umensinava as tradições aos seus filhos, tudoconforme as histórias indígenas, africanase portuguesas”, lembra.

Literatura

Em 2001, junto com a filha MárciaNunes, historiadora, Dona Lucinha lan-çou o livro "História da Arte da CozinhaMineira", nas versões Português e Inglês.Foi na obra – que apresenta para os admi-radores de sua cozinha informações daépoca do ciclo do ouro e do diamante,além de detalhes das receitas mineiras –que o Salgueiro se inspirou para dar umverdadeiro show na avenida.

O livro , que explora sabores, aromas ehistórias sobre a gastronomia apreciadano interior de Minas Gerais, encantou ocasal de carnavalescos da escola, Renatoe Márcia Lage. “Devorei o livro. Emboranão tenha nascido em um ambiente de fa-zenda, dá para sentir, pela narrativa,todos os cheiros e gostos das comidas co-locadas ali. Só adicionamos nessa panelaum temperinho diferente, que é osamba”, conclui Márcia.

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TURISMO

Cidade mineira vira samba e ganha destaque mundial

A escola encantou o público com seu samba, saberes e sabores de Minas Geraise difundiu a história do Serro para Brasil pelo mundo. Dona Lucinha Clementino Nunes foi exaltada juntamente com familiares e serranos que estiveram na Marques Sapucaí

Família Clementino Nunes

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