auniÃo · posto móvel da instituição vai ficar na capital da paraíba até o próximo sábado e...

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126 anos - PaTRIMÔnIo Da PaRaÍBa A UNIÃO Ano CXXVI Número 169 João Pessoa, Paraíba - QUaRTa-FEIRa, 21 de agosto de 2019 – R$ 1,50 - Assinatura anual R$ 200,00 www.paraiba.pb.gov.br auniao.pb.gov.br facebook.com/uniaogovpb Twier > @uniaogovpb Posto móvel da instituição vai ficar na capital da Paraíba até o próximo sábado e o objetivo é que parte dos 297.520 inadimplentes que vivem na cidade negociem dívidas. Página 5 Serasa realiza mutirão para quitar dívidas Foto: Ortilo Antônio Foto: Divulgação / PMPB Concurso para professor tem resultado divulgado Candidatos já têm como ver desempenhos individuais nas provas. Recursos podem ser interpostos nos próximos dois dias. Página 3 Aneel aprova redução na taxa de energia elétrica Coworkings viram opção mais barata para empreendedores Decisão vale para 216 municípios da Paraíba e entra em vigor no dia 28 de agosto. Índice médio de queda vai ser superior aos 4%. Página 4 Profissionais de João Pessoa e de Campina Grande se sentem cada vez mais impelidos a buscarem esses espaços para tocarem seus negócios. Página 8 Paraíba Foto: Divulgação Clássico Tradição Polícia Militar define esquema de segurança para Botafogo-PB x Treze pela Série C. Página 24 Foto: Evandro Pereira Grupo de entidades ambientais critica descaso na Amazônia Foram 19 os grupos que assinaram uma representação que pede investigação contra suposto descaso do Ministério do Meio Ambiente na proteção da floresta. Página 17 Crime contra trans passa a ser tratado como feminicídio Decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal determina que agressões contra transexuais devem ser tipificadas também como crime contra as mulheres. Página 25 O Maluco Beleza inspira coletânea de contos Livro digital e gratuito organizado por T. K. Pereira reúne 36 contos de autores de todo o 2 o Caderno Foto: Divulgação Brasil, que se inspi- raram em diferentes músicas de Raul Seixas, morto há 30 anos. Página 9 Últimas

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  • 126 anos - PaTRIMÔnIo Da PaRaÍBa AUNIÃO

    Ano CXXVI Número 169 João Pessoa, Paraíba - QUaRTa-FEIRa, 21 de agosto de 2019 – R$ 1,50 - Assinatura anual R$ 200,00

    www.paraiba.pb.gov.br auniao.pb.gov.brfacebook.com/uniaogovpb Twitter > @uniaogovpb

    Posto móvel da instituição vai ficar na capital da Paraíba até o próximo sábado e o objetivo é que parte dos 297.520 inadimplentes que vivem na cidade negociem dívidas. Página 5

    Serasa realiza mutirão para quitar dívidas

    Foto: Ortilo Antônio

    Foto: Divulgação / PMPB

    Concurso para professor tem resultado divulgadoCandidatos já têm como ver desempenhos individuais nas provas. Recursos podem ser interpostos nos próximos dois dias. Página 3

    Aneel aprova redução na taxa de energia elétrica

    Coworkings viram opção mais barata para empreendedores

    Decisão vale para 216 municípios da Paraíba e entra em vigor no dia 28 de agosto. Índice médio de queda vai ser superior aos 4%. Página 4

    Profissionais de João Pessoa e de Campina Grande se sentem cada vez mais impelidos a buscarem esses espaços para tocarem seus negócios. Página 8

    Paraíba

    Foto: Divulgação

    Clássico Tradição Polícia Militar define esquema de segurança para Botafogo-PB x Treze pela Série C. Página 24

    Foto: Evandro Pereira

    Grupo de entidades ambientais critica descaso na Amazônia

    Foram 19 os grupos que assinaram uma representação que pede investigação contra suposto descaso do Ministério do Meio Ambiente na proteção da floresta. Página 17

    Crime contra trans passa a ser tratado como feminicídio

    Decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal determina que agressões contra transexuais devem ser tipificadas também como crime contra as mulheres. Página 25

    O Maluco Beleza inspira coletânea de contos Livro digital e gratuito organizado por T. K. Pereira reúne 36 contos de autores de todo o

    2o CadernoFoto: Divulgação

    Brasil, que se inspi-raram em diferentes músicas de Raul Seixas, morto há 30 anos. Página 9

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  • O anúncio de que motoristas po-derão vir a pagar pedágio ao trafegar por determinados trechos de rodovias federais que cruzam a Paraíba motiva uma reflexão acerca dos fins perse-guidos pelo governo de Jair Bolsonaro, particularmente no que diz respeito à relação de custo-benefício. O que se quer saber é se certas medidas adota-das pelo presidente, de fato e de direito, irão resultar em conquistas ou acarre-tar mais prejuízos para a população.

    A liberação, para os trabalhadores, de uma parcela de até R$ 500,00 do Fundo de Garantia por Tempo de Ser-viço (FGTS) é um exemplo. O governo não caiu com um tostão nessa história, saindo esse agrado dos bolsos dos pró-prios trabalhadores. Se não tomar cui-dado, o trabalhador que sacar dinheiro do FGTS tornará ainda mais raquítica essa modalidade de seguro-desempre-go, anulando seu principal objetivo, caso ele venha a necessitar de socorro financeiro.

    A Reforma Tributária que o go-verno federal já está ensaiando é ou-tra questão que precisa ser analisada com muito cuidado. Bolsonaro preten-de dar um baque nas taxas de juros com a intenção de beneficiar o setor imobiliário. No entanto, se for mesmo confirmada a criação de um novo tipo de Contribuição Provisória sobre Mo-vimentação Financeira, que dizem ser ainda mais voraz que a antiga CPMF, é o tal negócio de dar com uma mão e tirar com a outra.

    O mesmo raciocínio aplica-se aos recursos naturais. Escancarar a Ama-zônia para que empresas nacionais e estrangeiras a explorem sem reser-vas, retirando madeira e minérios, por exemplo, pode gerar recursos extras para os combalidos cofres da União, o que, em tese, significa mais dinhei-ro para obras e serviços destinados à melhoria da qualidade de vida da po-pulação. Todavia, deve-se calcular a contrapartida representada pelo aque-cimento global.

    Já a flexibilização da posse e do porte de armas e a proibição de radares móveis pela Polícia Rodoviária Federal são consideradas estímulos diretos e indiretos à criminalidade. A sociedade brasileira é uma das mais violentas do mundo, e essas providências, tomadas por Bolsonaro, de acordo com estudio-sos do cenário nacional, irão implicar em mais homicídios, agressões e aci-dentes, aumentando consideravelmen-te as despesas com segurança e saúde.

    Não se pretende aqui ser contra tudo o que Bolsonaro faz ou deixa de fazer. Entende-se que o papel da im-prensa não é apenas informar, mas também encorajar a sociedade a exer-citar-se na análise dos fatos, para que o governo sinta-se pressionado, pelo contraditório, inclusive de seu próprio eleitorado, a trabalhar numa perspec-tiva verdadeiramente democrática. Se chorar pelo leite derramado não é bom em tempo algum, imagine neste de vacas magras.

    UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - QUARTA-FEIRA, 21 de agosto de 20192Opinião

    Custo-benefício

    Editorial

    É um cantinho de nada. Um vão, uma pe-quena entrada no muro de arrimo que separa a parte alta da 1817 da parte que pende para a Lagoa. Ali, onde zunia de mosca pequeno pavilhão em dois planos, mictó-rio em baixo, bar ou café em cima, e que terminou em nada, a salvo como albergue para o que res-tava da classe saudosa de engraxates. Pois bem, ali, demolido o pavilhão, o prefeito Cartaxo valeu--se do cantinho em ângulo para os degraus de acesso desses dois planos e instalou dois bancos de praça com um poste no meio. O poste acendia e nunca faltou morador de rua para os banquinhos do entardecer, como nun-ca falta para o mausoléu erigido como monumento na reforma do Ponto de Cem Réis em homenagem ao general libertador André Vidal de Negreiros.

    A troca do pavilhão pelo tico de praça ampliou, mandou aos céus mais liberdade de visão, chegando a acor-dar a lembrança dos estudados no sí-tio histórico, de que ali já foi praça ou mesmo um largo ralo de grama e com algumas flores que davam espaço à primitiva versão da Igreja, se não me engano das Mercês. Estou sem o livro de Walfredo ou o do cônego Florenti-no para ver qual das duas, se das Mer-cês ou da Mãe dos Homens.

    Cruzei agora por lá para subir até a Livraria do Luiz e vi, com tristeza, que só o pequeno poste se aguenta em pé. Os bancos com base de fer-ro estão quebrados, o chão pelado,

    tudo comprometendo a placa da reforma pre-gada com tanto afã na parede da amurada. E me ocorreu que antes, bem antes, veio-me a ideia de ir ao prefeito, ainda em tempo, para sugerir, em lugar do poste e dos banqui-nhos, a configuração de um monumento aos paraibanos enforcados na revolta de 1817. Era

    essa a intenção do presidente Cami-lo de Holanda quando comemorou o centenário da Revolução Republica-na do Nordeste reunindo ali, naquele espaço que do feito heroico só tem o nome, as autoridades do seu tem-po, os estudantes e o povo em torno de urna com relíquias de Peregrino, Amaro Coutinho e padre Albuquer-que. Era um tempo de grandes está-tuas, imponentes como as erigidas ao presidente João Pessoa e Álvaro Machado, este na praça errada, isto é, com outro patrono, o dom Adauto.

    Coisa de velho a que o prefei-to, quem sabe se daria atenção. Mas como a prefeitura fica longe e o pro-ponente não esteve muito certo se valeria a viagem (Como também há tantas coisas mais prementes!) fui deixando... E findei num discurso brabo, botando a culpa no povo, que inculto, quebra os bancos, as lâmpa-das, e, como no Ponto de Cem Réis, termina arriando a trouxa e o enfado da vida na cara de Vidal de Negreiros, cujas barbas ficam rentes com o lance de granito concebido provavelmente como eventual tribuna pública.

    Na 1817 E me ocorreu que

    antes, bem antes, veio-me a ideia de ir ao prefeito, ainda em tempo, para

    sugerir, em lugar do poste e dos banquinhos, a configuração de um

    monumento aos paraibanos enforcados na

    revolta de 1817

    Artigo Gonzaga [email protected]

    CONTATOS: [email protected] REDAÇÃO: (83) 3218-6539/3218-6509

    HumorDomingos Sá[email protected]

    UN Informe

    Sandra Marrocos (PSB) defendeu ontem a realização de consulta popular sobre a proposta de Emenda à Lei Orgânica que estabelece o aumento de vereado-res de 27 para 29, em João Pessoa. Ela quer que a população das 14 regiões do Orçamento Participativo decida sobre o assunto. “Mesmo que haja amparo legal, acredito que não é o momento oportuno. O país está passando por um momento de crise econômica e política”, afirmou.

    Em menos de 1 ano, Patos já teve três gestores – após o afasta-mento de Dinaldinho, em agosto de 2018, assumiu o vice-prefeito, Bonifácio Rocha (PPS), que termi-nou por renunciar, em abril deste ano. Sales Júnior, como presidente da Câmara Municipal, assumiu e passou exatos 142 dias à frente da prefeitura. Agora, o Legisla-tivo municipal vai eleger novo presidente, que, assim, passará a ocupar a cadeira de prefeito.

    A sessão itinerante que a ALPB realiza hoje em Cajazeiras terá também um caráter de homenagem à cidade sertaneja pela passa-gem dos 156 anos de sua emancipação po-lítica, confirma o presidente do Legislativo estadual, Adriano Galdino (PSB). Há pro-posta para que a próxima sessão itinerante ocorra em Alagoa Grande, onde será feita uma solenidade alusiva aos 100 anos de Jackson do Pandeiro.

    Homenagem a Cajazeiras

    Três prefeiTos

    Cúpula do pT naCional vem ao ‘sos Transposição’

    falTa dinHeiro inviabilizou

    Conservadorismo religioso se ‘infilTra’ na políTiCa

    A renúncia do prefeito inte-rino de Patos, Sales Júnior (PRB), ontem, comprova que o município, um dos mais importantes do Sertão parai-bano, continua instável, em termos políticos e administra-tivos. Em carta-renúncia, ele explicitou o motivo da deci-são: “Ausência de dotações orçamentárias já em algumas secretarias, comprometendo o pagamento de servidores”.

    Fala-se, nos bastidores, que a Câmara Municipal vinha pro-telando a apreciação do projeto de dotação orçamentária en-viado pelo prefeito interino, o que inviabilizou sua gestão. O fato é que desde o afastamento do prefeito Dinaldinho (PSDB), que responde a processo na Justiça por causa de irregulari-dades em contratos de ilumina-ção pública, o município entrou em caos administrativo.

    Presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann confirmou, em vídeo, sua parti-cipação no ato ‘SOS Transposição – Grito do Nordeste’, a ser realizado em 1º de setembro, em Monteiro. A manifestação, organizada por Ricardo Coutinho, presidente da Fundação João Man-gabeira, do PSB, em conjunto com partidos à esquerda e movimentos sociais, cobra a retomada do abastecimento de água para municípios paraibanos, pelo Eixo Leste da transposição. Outras lideranças do partido, como o senador Humberto Costa (PE), deverão estar presentes ao ato.

    ConsulTa popular

    Uma longa matéria publicada pela revista Exame, em sua edição do dia 19, merece uma leitura atenta de quem pretende compreender um movimento que vem se infil-trando, se podemos assim dizer, na política dos Estados Unidos, e estendendo seus braços por países da América Latina. Trata-se de uma espécie de doutrinação reli-giosa, de cunho evangélico, envolvendo governos e até os Poderes Legislativo e Judiciário – nesse endereço, é possível acessar o texto completo: exame.abril.com.br/brasil/os-pastores-de-trump-che-gam-a-brasilia-de-bolsonaro/. A abordagem da revista mostra que o ministério evangélico ‘Capitol Ministries’, cuja expansão pelo mundo é financiada pelo vice-presidente norte-americano, Mike Pen-ce (foto), chegou ao Brasil, após se instalar no Paraguai, México, Honduras, Uruguaia e Costa Rica. Os críticos do ‘Capitol Ministries’ – que significa “Ministério do Capitólio”, um símbolo do Congresso norte-americano, apontam que o objetivo é justificar as políticas conservadoras do governo Trump, e influenciar as gestões de outros países, por meio de interesses nada republicanos, para não dizer nada ‘bíblicos’. Dizem que o problema é que os adeptos do ‘Capitol Ministries’ justificam ações béli-cas e até práticas de exclusão de imigrantes e refugiados usando interpretações bem particulares e ortodoxas da bíblia. Ou sejam, usam a palavra de Deus para justificar atitudes governamentais que, de outro modo, seriam consideradas anticristãs.

    Ricco Farias [email protected]

    Foto: Divulgação

    Editoração: Ulisses DemétrioEdição: José Napoleão Ângelo

    CONTATOS: [email protected]

    A UNIÃOUma publicação da EPC

    BR-101 Km 3 - CEP 58.082-010 Distrito Industrial - João Pessoa/PB

    PABX: (083) 3218-6500 / ASSINATURA-CIRCULAÇÃO: 3218-6518 / Comercial: 3218-6544 / 3218-6526 / REDAÇÃO: 3218-6539 / 3218-6509

    E-mail: [email protected] (Assinaturas)ASSINATURAS: Anual ..... R$200,00 / Semestral ..... R$100,00 / Número Atrasado ..... R$3,00

    EmprEsa paraibana dE ComuniCação s.a.sECrETaria dE EsTado da ComuniCação insTiTuCionaL

    Albiege Léa FernandesdirETora dE mÍdia imprEssa

    Phelipe CaldasGErEnTE ExECuTivo dE mÍdia imprEssa

    Maria Eduarda dos Santos FigueiredodirETora dE rÁdio E Tv

    Renata FerreiraGErEnTE opEraCionaL dE rEporTaGEm

    Naná Garcez de Castro DóriadirETora prEsidEnTE

    O U V I D O R I A :9 9 1 4 3 - 6 7 6 2

  • UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - QUARTA-FEIRA, 21 de agosto de 2019

    São oferecidas mil vagas nas 14 Gerências Regionais de Ensino do Estado com remuneração de R$ 2.110.12

    O resultado preliminar da prova objetiva do con-curso público para profes-sor de Educação Básica III, da rede Estadual de Ensino da Paraíba foi divulgado ontem. São mil vagas ofe-recidas nas 14 Gerências regionais de Ensino do Es-tado com remuneração de r$ 2.110.12, para cumpri-mento de uma carga horária de 30 horas semanais.

    Na página da organiza-dora do concurso, o Institu-to AOCP, estão disponíveis o Edital de resultado da Prova Objetiva Preliminar, além do Boletim de Desempenho da Prova Objetiva, o Gabari-to Pós-recurso e a Folha de respostas.

    Segundo o edital do concurso, os candidatos que pretendem interpor recur-so do resultado preliminar da prova objetiva devem protocolar o pedido em for-mulário próprio, disponível no site da organizadora do concurso, no período que compreende a zero hora de hoje (21) até as 23h59 de amanhã (22).

    As provas do concurso foram aplicadas no dia 21 de julho, em 14 cidades da Paraíba, entre elas a capital. A secretária de Estado da Administração, Jacqueline Gusmão destacou a rele-vância que a Educação tem para o Governo do Estado. “Esse é o quarto concurso para o cargo de professor de Educação Básica III, de 2011 até 2019, totalizando 5.040 vagas ofertadas, um número bem significativo. A Educação como prioridade é uma das metas do gover-no João Azevedo”, ressaltou a secretária.

    Alexsandra Tavares [email protected]

    Divulgado o resultado preliminar de concurso para professor na PB

    Editoração: Bhrunno FernandoEdição: Emmanuel Noronha

    162 audiências

    Semana Justiça Pela Paz em Casa acontece em CG

    A Comarca de Campina Grande, segunda maior do Estado, vai promover 162 audiências com processos envolvendo violência do-méstica e familiar contra a mulher. A iniciativa está den-tro do esforço concentrado da 14ª edição da Semana Justiça Pela Paz em Casa. O mutirão acontece no Juiza-do de Violência Doméstica e Familiar daquela unidade ju-diciária até sexta-feira (23), e está sendo conduzido pelos juízes Antônio Gançalves e Flávia Batista. Os casos mais comuns são ameaça, lesão corporal, crime de dano, con-travenções de vias de fato e pertubação ao sossego.

    “Nossa avaliação sobre os esforços concentrados é a melhor possível. De janeiro até o dia 15 de agosto deste ano, a produção foi de 335 sentenças, das quais 145 fo-ram proferidas no mutirão

    realizado em março. Acredi-to que a produtividade desse mutirão será quase a totali-dade das audiências agen-dadas para a 14ª Semana”, avaliou Antônio Gançalves. Trabalham como juízes au-xiliares no Justiça Pela Paz em Casa, em Campina Gran-de, Vladimir Nóbrega, Leo-nardo Paiva, renata Barros e Andreia Matos.

    As audiências acontecem em três salas, sempre com a presença de um juiz, promo-tor, defensor público e os ser-vidores do Tribunal de Justiça Paraíba. “No encerramento do esforço concentrado, será realizada uma oficina para confecção de trufas e uma palestra voltada para os fun-cionários um estabelecimen-to atacadista do município”, adiantou Antônio Gonçalves.

    Segundo o magistra-do, durante as audiências de instrução e julgamento

    são coletados o depoimento da vítima, das testemunhas indicadas pelo Ministério Público e pela defesa, como, ainda, interrogado o acusa-do. Em seguida, o represen-tante do MP e a defesa apre-sentam suas alegações finais. Quando o caso permite, é proferida a sentença. “Não são em todas as situações que conseguimos alcançar a sentença. As vezes, faltam testemunhas, mesmo tendo sido intimadas, e o próprio acusado. Quando isso acon-tece, nós suspendemos a audiência, para darmos con-tinuidade em um momento oportuno”, explicou o juiz.

    Conforme dados da Po-lícia Civil, de janeiro a junho de 2018, no Estado, houve 49 casos de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI) contra mulheres, que abran-gem todo tipo de morte vio-lenta resultante de um crime.

    O vereador capitão Hugo e a vereadora Edja-ne Araújo são os prováveis candidatos à presidência da Câmara Municipal de Patos. A Casa deve realizar uma nova eleição para a Mesa, amanhã, em virtude

    da renúncia do atual pre-sidente, Sales Júnior, que estava respondendo como prefeito interino do muni-cípio de Patos, no Sertão da Paraíba, e renunciou ao cargo, ontem.

    O capitão Hugo ale-

    ga que será candidato de qualquer forma. “Sou can-didato. Nem que eu tenha apenas o meu voto. Já estou informando alguns colegas que estou vendo aqui na Câmara que não abro mão da minha candidatura.”

    Sales Júnior renuncia e Patos fica sem prefeito

    Seções Especializadas Cíveis e Pleno fazem reunião hoje

    Hoje, haverá reuniões da Primeira e Segunda Seções Es-pecializadas Cíveis do Tribunal de Justiça da Paraíba, com iní-cio, respectivamente, às 8h30 e 9h, no 1º andar do Anexo Ad-ministrativo do TJPB. À tarde, a partir das 14h, ocorrerá sessão administrativa do Pleno, com 11 processos em pauta, dentre eles o Projeto de resolução que altera a redação do §1º do Ar-tigo 119 do regimento Interno do tribunal, que trata sobre a

    formação das comissões per-manentes da Corte.

    A Primeira Especializada Cível terá 17 feitos em pauta, to-dos do Processo Judicial eletrô-nico (PJe), sendo 13 Mandados de Segurança, Ações rescisó-rias e Embargos de Declaração.

    Compõem a Primeira Seção Especializada Cível os integrantes da Primeira e Segunda Câmaras Cíveis: de-sembargadores Leandro dos Santos (substituído pelo juiz

    convocado José Ferreira ra-mos Júnior), Fátima Bezerra Cavalcanti (substituída pelo juiz convocado Carlos Eduar-do Leite Lisboa), José ricardo Porto, Luiz Silvio ramalho Jú-nior (presidente), Abraham Lincoln da Cunha ramos e José Aurélio da Cruz.

    Na Segunda Especializada, há 17 feitos do PJe, na maioria Mandados de Segurança e Em-bargos de Declaração, além de Agravo Interno.

    Coronel Elísio Sobreira

    Solenidade celebra patrono da PM

    A Polícia Militar da Pa-raíba celebrou ontem o dia de seu patrono, o coronel Elísio Sobreira. A solenidade aconteceu no Espaço Cultural e contou com a presença de várias autoridades, como o governador João Azevêdo, co-mandantes da PM e Corpo de Bombeiros, desembargado-res, políticos, entre outros. O governador comentou sobre o evento e a solenidade.

    “Para mim é uma honra extraordinária, na condição de governador, poder aqui estar numa tarde como esta

    celebrando juntamente com todas as forças da Polícia Mi-litar, do Corpo de Bombeiros, da Segurança Pública, esta data tão importante do patro-no coronel Sobreira. Então eu acho que é um momento im-portante para a Polícia Militar, mas acima de tudo para todos os agraciados, para os cadetes que estão terminando o curso, ou seja, é mais um momento de renovação das nossas for-ças de segurança”, comentou.

    O comandante-geral da Po-lícia Militar da Paraíba, coronel Euller Chaves, também come-morou a data e ressaltou a im-portância do coronel Sobreira.

    “Nós estamos aqui ce-

    lebrando a vida do nosso patrono. São 141 anos do nascimento do coronel Elísio Sobreira. Uma figura marcan-te na história da Polícia Militar e da Paraíba, que foi coman-dante-geral da PM por duas vezes, foi prefeito de Pombal e Alagoa Grande, assistiu a vários governadores do pon-to de vista militar, participou de combates contra a Coluna Prestes, enfim, um guerreiro que também tinha como ta-lento a música e com todos os seus saberes decidiu-se ser o patrono da Polícia Militar, a instituição mais antiga do Es-tado, com 181 anos”, disse.

    Ele também falou sobre

    as comendas que foram en-tregues durante a solenidade. “A gente vem sintetizar estas celebrações com a entrega do espadim Tiradentes, com a entrega do bastão Coronel Elísio Sobreira ao governador João Azevêdo, nosso coman-dante supremo, que é um mo-mento ímpar que a gente traz como inovação, além do bas-tão a faixa de comando. Isto para nós é de fundamental importância dentro de uma li-nha de simbologia, mas que é necessário que a gente mante-nha as tradições históricas da Polícia Militar”, concluiu.

    Um dos agraciados com as comendas distribuídas foi

    o presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desem-bargador Márcio Murilo da Cunha ramos. “Eu vejo como um tributo ao nosso Poder Ju-diciário, à harmonia que tem entre o Judiciário e a Polícia Militar. Somos instituições ir-mãs, colaborativas entre si e é só alegria”, resumiu.

    A solenidade contou ainda com a entrega dos his-tóricos espadins aos novos cadetes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, com desfiles e desenvoltura para abrilhantar o momento, que marca a entrada dos jo-vens no Curso de Formação de Oficiais (CFO).

    Foto: Marcos Russo

    Rammom Monte [email protected]

    O governador João Azevêdo participou da solenidade que aconteceu no Espaço Cultural e contou com a presença de várias autoridades

  • UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - QUARTA-FEIRA, 21 de agosto de 2019

    Novos valores da tarifa foram aprovados pela Aneel e passam a vigorar em 216 municípios do Estado a partir do dia 28

    Conta de energia terá redução média de 4,27% na Paraíba

    A tarifa de energia elétrica ficará, em média, 4,27% mais barata para os consumidores paraiba-nos. A redução, aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), entra em vigor no dia 28 próximo e será aplicada na energia consumida a partir dessa data.

    Para os clientes de bai-xa tensão, a redução será de 4,23%. Já para os clientes de alta e média tensão, a exem-plo das indústrias, a redu-ção será de 4,40%, segundo dados divulgados ontem pela Energisa Paraíba.

    Ricardo José Charbel, diretor-presidente da Ener-gisa Paraíba, lembra que a conta de energia está re-lacionada ao consumo do cliente. E que, mesmo a ta-rifa estando mais baixa, é necessário ter hábitos de consumo eficiente. “A forma como utilizamos a energia impacta diretamente no nosso orçamento familiar e empresarial. Ter atitudes que contribuam para a re-dução da conta de energia

    deve ser parte da rotina de todos nós”, comentou.

    A Energisa Paraíba é responsável pela distri-buição de energia a 216 municípios do Estado, to-talizando 1,42 milhão de unidades consumidoras. Os outros sete municípios são atendidos pela Energi-sa Borborema.

    O reajuste tarifário é um processo regulado pela Aneel, previsto no contrato de concessão da empresa. Estes contratos apresentam regras bem definidas a res-peito das contas de luz, bem como a metodologia de cál-culo dos reajustes. Pela nor-ma, o valor da tarifa poderá ser reajustado anualmente – o chamado Reajuste Tari-fário Anual – e a cada quatro anos, no processo de Revi-são Tarifária Periódica.

    A tarifa de energia elé-trica é composta por custos da distribuição, que for-mam a Parcela B da tarifa, e os custos de transmissão e geração de energia, além de encargos e impostos, cha-mados de Parcela A.

    Editoração: Ulisses DemétrioEdição: Emmanuel Noronha

    ‘Unindo forças’

    Hospital de Mamanguape promove treinamento para gestantes da região

    O Hospital Geral de Ma-manguape promoveu um treinamento com as futu-ras mamães dos municípios que compõem a região do Vale do Mamanguape so-bre as principais dúvidas no período da gestação. A capacitação integra o pro-jeto ‘Unindo forças’, que promove a aproximação entre o complexo hospitalar e os assistidos, objetivan-do capacitar e informar as gestantes da região sobre os serviços e projetos rea-lizados pelo HGM.

    Na ocasião, a equipe multiprofissional da institui-ção, formada por enfermei-ros, nutricionistas, fisiotera-peutas e doula, tirou dúvidas relacionadas à alimentação durante a gravidez, pré-par-to, amamentação, puerpé-rio, cirurgia de laqueadura e planejamento familiar. Além disso, as participantes tive-ram a oportunidade de co-nhecer alguns dos projetos de humanização desenvol-vidos na unidade de saúde.

    Sobre a ação, a gestante Márcia da Silva, moradora de Itapororoca, que espera a se-gunda filha, destacou a rele-vância da iniciativa para ela. “Eu amei tudo! Fomos muito bem recebidas, profissionais de várias áreas tiraram nos-sas dúvidas, nos ensinaram bastante. É muito bom saber que temos um atendimento

    SERVIÇO

    O preço final da tarifa é dividido, portanto, em duas parcelas:

    n Parcela A – trata-se de custos cujos montantes e preços escapam à vontade ou gestão da distribuido-ra, que atua apenas como arrecadadora;

    n Parcela B – custos diretamente gerenciáveis, ad-ministrados pela própria distribuidora, como opera-ção e manutenção e remuneração dos investimen-tos.

    Dicas de consumo consciente:Vale lembrar que existem alternativas para redu-zir ainda mais a conta de luz, como a Tarifa Social de Energia Elétrica onde famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa têm direito ao benefício, concedido pelo Governo Federal, e po-dem obter descontos de até 65% na tarifa. Para se cadastrar no programa é preciso procurar o Centro de Referência em Assistência Social da cidade com documentos pessoais e o número de NIS. Após rea-lizado o cadastro, o cliente deve procurar um posto de atendimento da EPB para finalizar o processo.

    n Outra forma é reduzir o consumo de energia, e pequenas ações no dia a dia podem fazer a diferen-ça. Além do site da EPB, o cliente pode obter dicas nos canais nas redes sociais – principalmente o Twit-ter, Facebook e o canal no You Tube –, fontes impor-tantes de informação sobre consumo consciente. No site da Energisa é possível encontrar ainda vídeos explicativos que facilitam o entendimento do consu-midor a respeito da conta, da composição da tarifa e sobre como é possível economizar.Um aspecto fundamental que pressiona a tarifa é o furto de energia. Essas irregularidades, além de impactarem o valor da conta de luz, prejudicam a qualidade do fornecimento, provocam acidentes que podem ser fatais e reduzem a arrecadação de impostos que poderiam ser revertidos em benefícios para toda a população. Na Paraíba, o cidadão pode denunciar o furto de energia de maneira sigilosa pelo 0800 083 0196, site www.energisa.com.brou pelo app Energisa On.

    Hemocentro convoca doadores dos tipos O negativo e A positivo e negativo

    O Hemocentro da Paraíba está convidando os doadores de sangue O–, A+ e A– para comparecerem à unidade na Avenida Pedro II, 1119, em João Pessoa, a fim de ajudar a recompor os estoques que estão críticos.

    De acordo com a coorde-nadora de Ações Estratégicas da instituição, Elaine Santa-na, a demanda por esses tipos sanguíneos aumentou nas úl-timas semanas e para garantir cobertura nas necessidades transfusionais é preciso am-pliar as doações.

    “Precisamos de todos os tipos de sangue para atender as solicitações das unidades de saúde que realizam trans-fusão, mas estamos buscando

    melhorar o nível do estoque para os tipos A, tanto negativo quanto positivo, e O–. Preci-samos que os doadores com-pareçam ao Hemocentro para equilibrar o estoque”, afirmou.

    O Hemocentro da Pa-raíba em João Pessoa está aberto para a doação de se-gunda-feira a sexta-feira, das 7h às 17h30, e aos sábados das 7h às 17h.

    Para doar sangue é preci-so atender critérios estabele-cidos pelo Ministério da Saúde (MS). Conforme a portaria de Consolidação número 5, ane-xo IV do MS, os candidatos à doação de sangue precisam estar em boas condições de saúde; ter de 16 a 69 anos, sendo que o limite de idade

    para a primeira doação é de 60 anos e doadores com ida-de de 16 a 17 anos precisam estar acompanhados do res-ponsável legal (pai ou mãe).

    Também é necessário pesar acima de 50 kg; ter re-pousado no mínimo 6 horas na noite antes da doação – de preferência antes da meia-noi-te – e estar alimentado, evi-tando alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação. Demais critérios serão avaliados pela equipe da triagem clínica durante en-trevista individual e sigilosa realizada com os candidatos à doação.

    No Hemocentro, o pro-cesso de doação começa na recepção, onde é realizado o

    cadastro do doador mediante a apresentação de documen-to oficial e original com foto (carteira de identidade, de trabalho, habilitação ou pas-saporte).

    A etapa seguinte é a pré-triagem onde são avaliados peso, altura, temperatura cor-poral e nível de hemoglobina do candidato. Na triagem clí-nica, momento da entrevista individual e sigilosa realizada por um profissional médico ou enfermeiro, o candidato a doador deverá responder a perguntas pessoais que serão avaliadas pelo triador para determinar se a coleta poderá ser realizada sem cau-sar prejuízo ao doador e aos receptores.

    Sudema promove oficina de sabão ecológico em Pitimbu A Superintendên-

    cia de Administração do Meio Ambiente (Sudema) dará continuidade, hoje, às atividades que fazem parte da programação

    do V Mês da Juventude. Dessa vez, a orientação das ações que contri-buem para preservação do meio ambiente será levada ao município de

    Pitimbu, no Litoral Sul do Estado. A equipe da Coordenadoria de Edu-cação Ambiental do órgão (Ceda) ficará responsável por ministrar a oficina de

    sabão ecológico, que será destinada a oito adoles-centes do Projeto Jovem Orientador Ambiental, além de representantes de diversas secretarias

    e associações do muni-cípio, a exemplo da As-sociação de Catadores de Material Reciclável de Pitimbu.

    A programação conta

    ainda com uma palestra so-bre “A Importância da Gestão de Resíduos para a Comuni-dade”. As atividades serão re-alizadas no Centro Turístico da cidade, das 9h às 12h.

    Foto: Secom-PB

    A capacitação integra o projeto ‘Unindo forças’, que promove a aproximação entre o complexo hospitalar e os assistidos

    de qualidade pertinho de nós, volto para casa mais tranquila”, enfatizou.

    Já o coordenador assis-tencial da maternidade, Jair Brito, destacou que este tipo de momento é de grande im-portância, pois as gestantes começam a criar afinidade com o espaço que será a primeira casa dos filhos que estão esperando. “Quando a mulher visita a nossa uni-dade de saúde, ela começa a estabelecer um vínculo com o local e com os colaborado-res, é uma oportunidade de conhecer com mais calma a equipe que a acolherá e os serviços que oferecemos”,

    pontuou. Segundo Priscila Araújo, profissional que in-tegra a área técnica da Saú-de da Mulher do Estado, as melhorias que se relacionam diretamente a este tipo de atividade são imprescindí-veis. “Quando trazemos essas mulheres para perto, reco-nhecemos quais são as suas maiores dúvidas e medos, e por meio dessas informações trabalhamos de forma mais precisa, prestando uma as-sistência mais qualificada e humanizada. Daqui a pouco, quando elas retornarem para ter os bebês, se sentirão mui-to mais à vontade para viven-ciar esse momento tão único

    que é o parto”, observou.O Hospital Geral de

    Mamanguape dispõe atu-almente de 70 leitos, sendo 10 deles de UTI, três salas de cirurgia, três salas de parto, e oferece aos pacien-tes exames laboratoriais, eletrocardiograma e raios--X, além de uma maternida-de. O complexo hospitalar atende aos moradores dos municípios que compõem a região do Vale do Maman-guape: Rio Tinto, Pedro Régis, Mamanguape, Baía da Traição, Capim, Cuité de Mamanguape, Curral de Cima, Itapororoca, Jacaraú, Marcação e Mataraca.

  • UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - QUARTA-FEIRA, 21 de agosto de 2019 5

    CoworkingsSaiba quais são as vantagens de usufruir desses espaços compartilhados e modernos para realizar trabalhos, estudos, reuniões e afins. Página 8 F

    oto:

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    Consumidores fazem fila para serem atendidos pelo projeto intinerante que oferece simulações e negociação de dívidas

    O caminhão itineran-te do Serasa Consumidor está pela segunda vez em João Pessoa desde ontem (20) vai permanecer até o próximo sábado (24), das 8h às 18h, no Ponto dos Cem Réis, no Centro. Dentre os serviços ofere-cidos estão: a consulta do CPF na hora, simulação e contrato de empréstimos no comparador de crédito online; além da renego-ciação de dívidas negati-vadas e/ou atrasadas. Se-gundo dados do Serasa, a capital paraibana possui 297.520 mil pessoas ina-dimplentes.

    O projeto itineran-te surgiu em 2017 e está pela segunda vez circu-lando o Brasil e este ano a caravana conta com uma novidade, como ex-plicou Guilherme Casa-grande, gerente do Serasa Consumidor. “A grande novidade desse segundo ano do projeto é a nossa plataforma de acordos, o Serasa Limpa Nome. Atra-vés dessa plataforma a gente conta com mais de 20 parceiros e a intenção é fazer acordo com que os consumidores consigam até 90% de desconto”.

    No primeiro dia do projeto na capital parai-bana, a média de consu-midores atendidos foi de aproximadamente 500, de acordo com o gerente, Guilherme Casagrande. Para estar apto ao aten-dimento, o consumidor deve ir até o caminhão itinerante portando um documento com foto vá-lido, que seja possível ser reconhecido em foto. Contudo, também é pos-sível obter o mesmo ser-viço através do portal do Serasa (www.serasacon-sumidor.com.br) ou pelo aplicativo Serasa Consu-midor, disponível na Goo-gle Play para Android ou na Apple Store para IOS.

    Ítalo Nunes, de 29 anos, compareceu ao pri-meiro dia do projeto e destacou a importância do serviço para ele e ou-tras pessoas que estão na mesma situação de rene-gociação. “É um serviço ótimo, muito bom para quem está com dívida, pois facilitou demais pra quem não sabe como ou onde entrar em acordo. Pra mim deu certo com

    Centenas procuram serviços do Serasa no Centro de JPBeatriz de AlcântaraEspecial para A União

    Editoração: Lênin BrazEdição: Rogéria Araújo

    uma delas [dívidas], as demais vou ter que entrar em contato com as em-presas”, explicou.

    A inadimplência pode atrapalhar a vida do con-sumidor em não conseguir crédito novamente, inter-ferir em entrevistas de emprego que consultem o CPF do candidato à vaga, além de causar outros em-pecilhos. Guilherme Casa-grande ressalta que a mis-são do Serasa Consumidor é “democratizar o crédito no Brasil e que o maior número de pessoas tenha acesso ao crédito e não es-teja endividada ou com o nome sujo”.

    Além do caminhão iti-nerante e os serviços de acordos do Serasa Limpa Nome, o Serasa Consumi-dor ainda possui outras ações como o eCred, que funciona para comparar financiamento e emprés-timos na busca do menor juro possível, e o Serasa Antifraude, que possibili-ta ao consumidor contra-tar um monitoramento de CPF e acompanhar qual-quer uso ou transação que utilize ele. A próxima parada do caminhão iti-nerante será em Campi-na Grande, ele sai de João Pessoa no dia 25/8.

    Políticas públicas

    Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente é tema de conferência

    A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Hu-mano (SEDH) e o Conselho Estadual de Defesa dos Di-reitos da Criança e do Ado-lescente (CEDCA/PB) rea-lizam, hoje ( 21) e amanhã, a X Conferência Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Paraíba. No primeiro dia, o evento ocorre das 14h às 18h, e no dia 22, das 8h às 18h, no Centro de Convenções Poeta Ronaldo Cunha Lima.

    Da conferência deve-rão participar delegados municipais, crianças, ado-lescentes e adultos, dele-gados natos (conselheiros estaduais, representantes do Ministério Público, As-sembleia Legislativa, Tri-bunal de Justiça, Conselho Estadual de Direitos Hu-manos), além dos ouvintes, um público estimado de 1.200 participantes.

    Para a gerente exe-cutiva da Proteção Social Especial da SEDH e vice-presidente do CEDCA/PB, Madalena Dias, “a expecta-tiva é que se possa refletir sobre a política da criança e adolescente no Estado, avaliar essa política, ela-borar e eleger propostas que serão encaminhadas a XI Conferência Nacional, prevista para acontecer no próximo mês de outu-bro, em Brasília”.

    Ainda segundo Mada-

    SERVIÇO Serasa Consumidor Itinerante (João Pessoa)n Local: Ponto dos Cem Réis, Centro.n Horário: 8h às 18h.n Data: de 20 a 24/8.Serasa Consumidor Onlinen Site: www.serasaconsumidor.com.br n Aplicativo: Serasa Consumidor (Google Play ou Apple Store).

    lena Dias, “outras propos-tas deverão ser executadas pelo Estado nos próximos anos, no sentido de apri-morar a política da criança e do adolescente em todo o Estado. E terão como base os cinco eixos temáti-cos discutidos nos grupos que tratam das políticas da criança e adolescente. O objetivo é que haja uma análise mais aprofunda-da da política e possamos ter estratégias de trabalho para o aprimoramento des-sa política nos próximos anos”, finalizou.

    A abertura da confe-rência está prevista para as 14h. Em seguida acontece-rá a leitura e aprovação do

    regimento interno. Às 16h, a palestra magna que terá como tema: Proteção Inte-gral, Diversidade e Enfren-tamento das Violências, a mesa contará com a partici-pação da representante do Comitê de Participação de Adolescente (CPA/CEDCA), Nidja Lopes; da professora, doutora, do Departamento de Serviço Social da Univer-sidade Federal da Paraíba (UFPB), Maria do Socorro Vieira; do representante do Conselho Nacional de Di-reitos da Criança e do Ado-lescente, Renato Bonfim, tendo como mediadora a gerente operacional da Alta Complexidade da SEDH, Wênia Lisboa. Na sequên-

    cia, ocorrerá o debate.No segundo dia os par-

    ticipantes trabalharão em grupos, distribuídos por cinco eixos temáticos: Ga-rantia dos Direitos e Polí-ticas Públicas Integradas e de Inclusão Social; Pre-venção e Enfrentamento da Violência Contra Crian-ças e Adolescentes; Orça-mento e Financiamento das Políticas para Crianças e Adolescentes; Participa-ção, Comunicação Social e Protagonismo de Crianças e Adolescentes; Espaços de Gestão e Controle Social das Políticas Públicas de Pro-moção, Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente

    Segundo dados do Serasa, a capital paraibana possui 297.520 mil pessoas inadimplentes; este ano, projeto conta com mais de 20 parceiros e pretende fazer acordos com até 90% de desconto

    Vários órgãos estarão reunidos para discutir linhas políticas de ações em defesa desta parte da população

    Foto: Ortilo Antônio

    Foto: Arquivo

  • UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - QUARTA-FEIRA, 21 de agosto de 2019

    Todas as ações foram realizadas por falta de condições de atendimento adequado, informou o Conselho de Medicina

    A Paraíba continua com cinco unidades de saúde sem funcionamento. Elas fo-ram interditadas pelo Con-selho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), todas eticamente por falta de condições de atendimen-to adequadas em qualquer consulta médica, principal-mente pela ausência de se-gurança para os profissio-nais e pacientes.

    Estão interditadas a Policlínica Municipal e o Posto de Saúde da Família (PSF) Antônio Pedro dos Santos (Programa de Saú-de da Família) ambos de São Sebastião de Lagoa de Roça, desde o dia 14 de ju-nho; dois PSFs da cidade de Bayeux (Centro e bairro do Baralho) e três Unidades Básicas de Saúde (UBS) Ca-minho do Sol, no bairro do Valentina Figueiredo, em João Pessoa.

    O médico João Alberto, coordenador de fiscaliza-ção do CRM, disse que além dessas unidades interdi-tadas este ano, existem outras unidades que estão proibidas de funcionar, eti-camente, desde o ano pas-sado. “Isso é um problema sério para a saúde, pois mi-lhares de pessoas deixam de ser atendidas”, afirmou.

    O trabalho de fiscaliza-ção do Conselho Regional de Medicina, lembra o co-ordenador, é para verificar as condições de segurança, de material e de condições de trabalho oferecidas aos médicos. Em relação à es-trutura física dos locais a

    Cardoso Filho [email protected]

    PB possui cinco unidades de saúde interditadas pelo CRM

    Editoração: Ulisses DemétrioEdição: Rogéria Araújo

    competência para interrup-ção fica a cargo da Vigilân-cia Sanitária.

    João Alberto explicou ainda que qualquer pes-soa pode fazer denúncias ao CRM sobre as condições de trabalho das unidades de saúde. Mais recomen-da que essas denúncias somente podem ser feitas

    por escrito ou pessoalmen-te na Coordenadoria de Fiscalização do órgão.

    Somente no mês de agosto o CRM interditou, eticamente, cinco unida-des de saúde na Região Metropolitana de João Pes-soa. Em João Pessoa, no bairro Valentina Figueire-do foram interditados três

    Postos de Saúde da Família (PSF) que estavam funcio-nando provisoriamente em uma associação de mo-radores do bairro, sem qual-quer estrutura, onde mesas estavam expostas, lado a lado, desrespeitando a pri-vacidade, tanto do ato mé-dico como das informações prestadas pelos pacientes.

    Apesar de a Prefeitura Mu-nicipal de João Pessoa ter prometido solucionar o problema, até o final da tar-de de ontem, o CRM não ha-via sido comunicado.

    No dia 12, foram inter-ditados os PSFs na cidade de Bayeux, sendo um no centro da cidade e outro no bairro do Baralho. O

    CRM entendeu que o aten-dimento estava sendo rea-lizado em local inadequa-do, de forma precária. “As fiscalizações vão continu-ar e nosso objetivo é que os profissionais tenham condições de trabalhar e prestar um bom atendi-mento à população’, disse João Alberto.

    Otimização

    Vigilância Sanitária descentraliza ações e amplia promoção da saúde

    A Agevisa/PB está inten-sificando o processo de des-centralização das ações de Vigilância Sanitária para am-pliar e fortalecer a promoção e defesa da saúde das pessoas no território paraibano. A ini-ciativa tem o apoio do Conse-lho de Secretarias Municipais de Saúde da Paraíba (Cosems/PB) e da Comissão Intergesto-res Bipartite da Paraíba (CIB/PB), que é o colegiado de ne-gociação que pactua sobre a organização, a direção e a gestão da saúde no âmbito do território paraibano.

    Os termos já foram assi-nados pela maioria dos 223 municípios, e a homologa-ção das pactuações, por par-te da CIB, já começou a ser publicada no Diário Oficial do Poder Executivo. No dia 16 de agosto foi publicada a aprovação dos primeiros 43 termos firmados, e a expec-tativa da Agevisa é de que as demais homologações sejam oficializadas em breve.

    De acordo com a direto-ra-geral da agência reguladora paraibana, Jória Viana Guer-

    reiro, o novo Termo de Pactu-ação foi elaborado em estreita observância às legislações na-cional e estadual relacionadas à saúde humana, com desta-que para a Lei nº 8.080/1990 (Lei do SUS), que dispõe sobre as condições para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde, a organização e o fun-cionamento dos serviços cor-respondentes, e para a RDC nº 207/2018/Anvisa, que trata da organização das ações de Vigilância Sanitária (exercidas pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios) rela-tivas à autorização de fun-cionamento, licenciamento, registro, certificação de boas práticas, fiscalização, inspeção e normatização, no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS).

    Encontros regionaisCoordenado pela Dire-

    toria Geral da Agevisa, em conjunto com a Diretoria Ad-ministrativa, Financeira e de Integração Regional (Dafir) e com a Gerência Técnica de In-tegração e Articulação (GTIA),

    o processo de renovação e ampliação das pactuações foi iniciado com a elaboração do Termo de Pactuação atualiza-do e a posterior apresentação do mesmo ao Cosems/PB.

    Na sequência, a diretora--geral Jória Guerreiro, o dire-tor administrativo Irlanilson Fabrício e a gerente-técnica de Integração e Articulação, Maria Eduarda, participaram de encontros realizados nas sedes das Gerências Técnicas Regionais da Agevisa (Guara-bira, Campina Grande, Patos e Sousa) e na capital, onde ex-plicaram os termos do novo documento e falaram da im-portância da pactuação para a saúde da população de cada uma das 223 cidades parai-banas. As reuniões tiveram como público-alvo secretá-rios municipais de Saúde e coordenadores das Vigilân-cias Sanitárias mMunicipais.

    Objetivos principais Durante os trabalhos,

    os dirigentes da Agevisa apresentaram e detalha-ram as cláusulas do Termo

    de Pactuação e informaram que a descentralização das ações de Vigilância Sani-tária tem por objetivo o aprimoramento do Sistema Estadual de Vigilância Sani-tária para garantir a prote-ção à saúde da população; a garantia da realização das ações básicas de Vigilância Sanitária no âmbito das Re-giões de Saúde e dos Mu-nicípios, e a elaboração e implementação do Plano de Ação Estadual da Vigilân-cia Sanitária, para suporte do município, com base no Plano Diretor da Vigilância Sanitária (PDVisa/Anvisa).

    Ressaltou-se também como objetivos da pactu-ação a ampliação da in-formação, educação e da comunicação dos termos de interesse da Vigilância Sanitária e a complemen-tação das ações pactuadas por meio da Programação de Ações da Vigilância em Saúde, em consonância com o Decreto nº 7.508/2011, que regulamenta a Lei 8.080/1990 (Lei do SUS).

    A Polícia Federal pren-deu na manhã dessa ter-ça-feira (20), um homem suspeito de participação numa organização crimi-nosa responsável pelo ar-rombamento da agência dos Correios de Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa, no dia 13 abril de 2017. Não foi divulgada a identidade do suspeito, apenas as iniciais, E.A.A.S. O suspeito é natural de Cui-bá, Mato Grosso, e é apon-tado como sendo um dos autores do crime.

    A ação da Polícia Fe-deral faz parte da Opera-ção Cossacos, que teve a finalidade de desarticular a organização criminosa responsável pelo arromba-mento. Consta nas inves-tigações que um grupo de homens teria arrombado a agência dos Correios de Ca-bedelo e subtraiu quantia em dinheiro. Para chegar ao suspeito foi realizada criteriosa análise da cena do crime.

    A PF destaca que a mesma agência dos Cor-reios de Cabedelo teria

    sido arrombada três me-ses depois, no dia 9 de julho. Naquela ocasião, os autores do crime tam-bém eram oriundos de Cuiabá/MT e foram pre-sos em flagrante. A polícia investiga a conexão entre as duas ações criminosas, muito similares, ocorridas no mesmo local e cometi-das por pessoas de mesma origem. A ordem de prisão contra E.A.A.S. foi expedi-da pela Vara Federal Cri-minal de João Pessoa/PB.

    O preso vai responder, dentre outros, pelo crime de furto qualificado, (ar-tigos155, §4º, I e 288 do Código Penal Brasileiro, cuja pena poderá chegar a oito anos de reclusão.

    PF prende suspeito de arrombar agênciaCardoso Filho [email protected]

    A Polícia Federal vem estudando a Operação Cossacos há tempos.

    A ação tem o objetivo de desarticular organizações criminosas.

    Caminho do Sol, no Valentina Figueiredo, uma das unidades que estão fechadas. Foi identificada má adequação para a realização do trabalho médico, devido à precariedade do local

    Foto: Ortilo Antônio

  • UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - QUARTA-FEIRA, 21 de agosto de 2019 7Paraíba

    Ação do Núcleo de Acolhimento da UFPB ocorreu ontem, no Parque Solón de Lucena, e terá continuidade no dia 27

    Promovido pelo Núcleo de Acolhimento e Escuta Psico-lógica (Naepsi) da Universida-de Federal da Paraíba (UFPB), o Plantão Psicológico visa ofe-recer escuta qualificada emer-gencial a pessoas que não têm acompanhamento psicológico profissional. A ação aconteceu ontem (20), no Parque Solon de Lucena. A próxima ativida-de será realizada na próxima terça-feira (27), em comemo-ração ao Dia do Psicólogo.

    A ação contou com quatro psicólogos da UFPB e quatro extensionistas. A coordenadora Sandra Souza ressalta a diferen-ça entre escuta psicológica e psi-coterapia. “Diferente da terapia, que tem um acompanhamento psicológico continuado, o plan-tão psicológico realiza atendi-mento em situação emergen-cial. Às vezes ele (o paciente) está tão imerso naquela angús-tia que não consegue enxergar um caminho com clareza. Aco-lhemos a demanda por meio da escuta qualificada”, explicou.

    Em 2018, o Naepsi reali-zou uma pesquisa e constatou que os problemas psicológicos que os pacientes mais levam são conflitos interpessoais, an-siedade e depressão. A bolsista Alana Alexandra está há três anos no plantão psicológico e relata como tem contribuído para a sua formação profissio-nal. “Tenho tido a oportuni-dade de desenvolver atitudes e habilidades que só em sala de aula não seria possível. Na escuta qualificada, como é um atendimento emergencial, che-gam vários tipos de demanda, vivenciamos a prática. Tem agregado muito à minha for-mação”, disse.

    O plantão psicológico atende em média 18 pessoas. Funciona das 8h às 12h e das 14h às 18h. Na sexta-feira os estudantes plantonistas são acompanhados pela coorde-nadora Sandra Souza para re-ceber a orientação sobre seus atendimentos. A ação foi feita hoje para antecipar o Setembro Amarelo – mês de prevenção ao suicídio – tendo em vista que todo o Estado realiza mui-tos eventos sobre a temática.

    O casal Adriano Valentim e Liliane Gomes estava passando pelo Parque Lagoa e foi convi-dado pela equipe a participar da escuta qualificada e saíram satisfeitos do atendimento. “Estávamos passando por um problema entre nós há algum tempo e nessa conversa perce-bemos o quanto o diálogo é im-portante para um casal. Desa-bafamos e a psicóloga ouviu os dois lados. Somos casados há 8 anos e temos uma filha. Temos que ouvir o outro, reconhecer o erro e colocar em prática. Fica-mos felizes e acho que todo ca-sal deveria fazer terapia de ca-sal”, afirmou Adriano Valentim.

    O projeto de escuta psicoló-gica pode acontecer em qualquer espaço. Em 2011, o projeto foi ini-ciado em uma escola pública de Ensino Fundamental no Conde. Como os resultados foram signi-ficativos fizeram uma experiência com pacientes do Hospital Uni-versitário Lauro Wanderley. Em 2016, foi instalado na Clínica Es-cola de Psicologia da UFPB.

    Plantão psicológico realiza escuta qualificada na Lagoa Sara [email protected]

    Editoração: Ulisses DemétrioEdição: Rogéria Araújo

    Agricultura

    Ministério disponibiliza manual para aplicação e uso do “Selo Arte”

    O Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou o Manual de Construção e Aplicação do ‘Selo Arte’ para os produtos de ori-gem animal, elaborados artesa-nalmente. As regras obedecem assim os procedimentos defini-dos em leis, decretos e norma-tivas publicadas recentemente pelo Governo Federal. O selo é uma espécie de chancela para negociação em todo território nacional e não apenas nas regi-ões de origem. Antes, isso só era possível mediante autorização do Serviço de Inspeção Federal (SIF). Com as mudanças, houve uma flexibilização da produção e comercialização, bastando que os estados e o Distrito Fe-deral cadastrem os serviços de inspeção junto ao ministério.

    De acordo com o manu-al, publicado no final do mês passado, o ‘Selo Arte’ deverá seguir orientações relativas à construção da marca; grade a ser utilizada para disposição dos textos; grafismo; numera-ção; bordas; e versão negativa.

    Os detalhes sobre essas regras podem ser acessadas na página oficial do Mapa (http://www.agricultura.gov.br/assuntos/boas-praticas-e-bem-estar--animal/selo-arte/arquivos/manual-selo-arte.pdf/view).

    A Lei do Selo Arte (nº 13.680/2018) foi publicada em 15 de junho de 2018. Ela altera a legislação anterior, que é a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950. Antes, era exigido que o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) fosse expedido pelo Ministério da Agricultura, para que os produtos artesa-nais de origem animal pudes-sem ser comercializados fora do estado de sua origem. Com a nova legislação, aprovada no ano passado, foi acrescentado o artigo 10-A, que implementa o selo de inscrição “Arte’, para garantir mais flexibilização da produção e comercialização, utilizando um único selo de identificação em todo o país.

    Para obter essa chancela de comercialização em todo o território nacional, é preciso agora a supervisão dos órgãos de saúde pública do Estado produtor cujos serviços devem

    estar oficialmente cadastrados no Mapa. Apesar do parágra-fo primeiro do artigo 10-A ter determinado que o produto artesanal seria identificado por um selo único de indicação “Arte”, era preciso que o mes-mo seguisse um regulamento. Ou seja, era necessário existir um regulamento posterior à lei para definir como esse selo seria de fato.

    No dia 18 de julho de 2019, foi assinado o decreto de regulamentação do ‘Selo Arte’ (Nº 9.918/18 de julho de 2019), que dispõe sobre o processo de fiscalização de produtos alimentícios de origem animal produzidos de forma artesanal. O documento foi publicado no Diário Oficial no dia seguinte, juntamente com a Lei de Nº 13.860/ 18 de julho de 2019, sobre a elaboração e comercia-lização de queijos artesanais.

    O parágrafo primeiro do artigo segundo do Nº 9.918/18 diz que o ‘Selo Arte’ seria es-tabelecido em “ato do Minis-tro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”. Finalmente, a Instrução Nor-mativa de nº28 do Ministério

    da Agricultura definiu, confor-me estabelecido no Manual de Construção e Aplicação do Selo ARTE, disponibilizado no en-dereço eletrônico do Mapa , o modelo de logotipo que deve ser utilizado na rotulagem dos produtos daqueles estabeleci-mentos registrados como arte-sanais nos estados de origem.

    A primeira etapa de aplicação do ‘Selo Arte’ será voltada a produtos lácteos, especialmente queijos. Nas próximas fases, serão incluídos os produtos cárneos (embuti-dos, linguiças, defumados); de origem de pescados (defuma-dos, linguiças); e oriundos de abelhas (mel, própolis e cera). São considerados produtos de origem animal artesanal todos aqueles elaborados com predo-minância de matérias-primas de origem animal. Deve-se uti-lizar técnicas manuais, prio-ritariamente, executadas por pessoas tenham o domínio integral do processo. A fabri-cação desses alimentos precisa ser individualizada e genuína, mantendo singularidade e ca-racterísticas tradicionais, cul-turais ou regionais.

    Foto: Roberto Guedes

    Cecília [email protected]

    SERVIÇO Características dos produtos identificados com o ‘Selo Arte’

    n As matérias-primas de origem animal são produzidas na propriedade onde se localiza a unidade de processa-mento ou têm origem determinada;n Os procedimentos de fabricação são predominante-mente manuais;n Boas práticas de fabricação são adotadas para garantir a produção de alimento seguro ao consumidor;n Boas práticas agropecuárias são adotadas na unidade

    de produção de matéria-prima e nas unidades de ori-gem, contemplando sistemas de produção sustentáveis;n O produto é caracterizado pela fabricação individuali-zada e genuína, podendo existir variabilidade sensorial entre os lotes;n O uso de ingredientes industrializados é restrito ao mí-nimo indispensável por razão de segurança, não sendo permitida a adição de corantes e aromatizantes artificiais;n A composição e o processamento seguem receitas e técnicas tradicionais.

    (Fonte: Ministério da Agricultura)

    Hospital destaca aleitamento materno

    Com a campanha do Agosto Dourado, que incen-tiva e valoriza ações de apoio à amamentação, o Hospital Metropolitano Dom José Ma-ria Pires, especialista no tra-tamento de cardiopatias de média e alta complexidade, traz um alerta às mães para que, por meio da amamen-tação, possam identificar si-nais e sintomas de patologia cardíaca, que nem sempre é detectada nos exames no período gestacional, pois al-guns bebês só apresentam sintomas, após o nascimen-to.

    De acordo com Lara Dantas, coordenadora da Cardiologia Pediátrica da unidade de saúde, no ato da amamentação pode-se identificar alguns sinais e sintomas relacionados à car-diopatia. “Ao amamentar, a mãe pode observar se o bebê apresenta cansaço, longas pausas, sudorese excessiva (muito suor) na cabeça, e até cianose (lábios roxos). Tudo isso pode estar rela-cionado com algum sintoma de cardiopatia, e a identifi-cação serve para as mães buscarem um especialista, para realizar o tratamento adequado”, pontuou.

    Ainda segundo a co-ordenadora, o ato do aleita-mento materno, além de ser uma ferramenta importante para detectar uma cardiopa-tia, também auxilia no de-senvolvimento da criança. “Quando a mãe busca por atendimento especializado, alguns bebês necessitam passar por um longo perío-do de tratamento, para isso ficam internados em UTIs”.

    Profissionais informam que, muitas vezes, as pessoas estão imersas em seus problemas e não têm com quem conversar. O Plantão ajuda neste processo de escuta e acolhida

  • UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - QUARTA-FEIRA, 21 de agosto de 20198Paraíba

    Tanto em João Pessoa quanto em Campina Grande, serviços têm atraído profissionais de diversas áreas

    Espaços compartilha-dos, modernos, bem equi-pados, onde vários profis-sionais dos mais variados segmentos convivem juntos e em harmonia. Esta é uma prática que tem crescido muito nos últimos anos, con-siderada, além de um mode-lo de trabalho, um movimen-to de pessoas, empresas e comunidades: é o coworking. Na contramão de um mundo cada vez mais individualista, dividir os espaços de traba-lho, além de econômico, se apresenta como uma alter-nativa importante para o surgimento de novos conta-tos e até negócios.

    Há dez meses no mer-cado, o Tetris Hub é um des-ses lugares. Cheio de estilo, o espaço oferece salas de vários tamanhos, auditório, refeitório, banheiros bem equipados e duas estações de coworking, onde podem trabalhar até 12 pessoas ao mesmo tempo. Arquitetos, designers, programadores, o público é diversificado. Engana-se quem pensa que só os profissionais que tra-balham com tecnologia ou criatividade são responsá-veis por ocupar esses espa-ços. “Advogados, servidores públicos, corretores de imó-veis, temos clientes de todos os segmentos”, contou Braz Neto, cofundador da Tetris Hub.

    Quando saiu do escri-tório, onde trabalhava com mais uma pessoa, o conta-dor Daniel Costa passou a procurar um novo espaço

    Laura [email protected]

    Coworkings: novos espaços de trabalho compartilhado

    Editoração: Lênin BrazEdição: Rogéria Araújo

    e enquanto pesquisava na internet conheceu o cowor-king. Já são quase dois anos partilhando não apenas o mesmo espaço com outros profissionais, mas também experiências enriquecedoras. “Esse é o ponto principal, na minha opinião. E tem mais, além de trocar experiências, eu consegui novos clientes”, conta. E, de fato, esses espa-ços são excelentes fomenta-dores de negócios, basta ima-ginar que uma única mesa pode ser ocupada por um arquiteto, um desenvolvedor, um corretor e um jornalista, por exemplo, e ali mesmo o

    jornalista fecha o projeto de um site com o desenvolvedor, enquanto o arquiteto viabili-za um imóvel para um cliente com a ajuda do corretor de imóveis.

    Há mais de um ano a BRZ, empresa de desenvol-vimento de sistemas, ocupa uma sala inteira no Tetris Hub. Um dos sócios, Jonathan Veras, conta que o escritório que possuíam no bairro da Torre não estava valendo à pena. “Custos altos quando grande parte da nossa equipe trabalha remota”, disse refe-rindo-se ao fato de que parte do trabalho na empresa pode

    ser feito de casa mesmo, es-tilo home office. Esse seria o motivo principal da mudan-ça, custos menores e uma es-trutura completa com salas de treinamento e reunião, internet, auditório, cafeteria, internet, área de alimenta-ção. “Além de todos os bene-fícios de estar em um lugar como esse, o fato de estar em contato com outros profissio-nais nos proporcionou fechar vários negócios”.

    Socorro Mattos é assis-tente administrativa da Asso-ciação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH- PB) há 18 anos e conta que a associação

    nunca havia ocupado uma sala em espaço comparti-lhado. Sobre os ‘prós’, a fun-cionária diz que a economia em relação aos custos com o espaço que ocupavam em um edifício comercial, foi de pelo menos 70%, já sobre os ‘con-tras’, Socorro diz que não con-seguiria trabalhar no modelo coworking. “Mas isso é no meu caso, como sempre tra-balhei com poucas pessoas e todas da associação, acho que me desconcentraria se traba-lhasse assim com várias pes-soas, de vários segmentos”. A ABRH-PB ocupa atualmente uma sala no Clubjob Cowor-

    king, o lugar que já possui três endereços, sendo dois na capital e um em Campina Grande, existe há pelo menos cinco anos e segue o padrão de estrutura completa que esses espaços oferecem. Para Socorro, a interação aconte-ce em momentos pontuais. “A hora do almoço e do lanche é sempre um acontecimento, porque a gente tem a oportu-nidade de conhecer pessoas e fazer contatos.

    O Clubjob tem centenas de clientes que vão de pe-quenos a grandes empreen-dedores. “No modelo co-working cada pessoa é uma empresa e o interessante é que eles podem trabalhar em dois endereços”, diz Da-niel Pessoa, sócio-fundador do Clubjob. E todos super completos, com salas de re-união e treinamento, audi-tório, área de convivência e tudo que uma empresa ou um profissional liberal pre-cisam.

    É importante frisar que a BRZ e a ABRH-PB, citadas na matéria, não ocupam es-paços de coworking, mas fa-zem parte do ‘ecossistema’ do lugar. Mesmo as empresas que estão em salas privativas partilham de toda a estrutu-ra e do clima que esses espa-ços proporcionam.

    Ficou interessado em trabalhar em um espaço como esse? Na capital já exis-tem vários e todos trabalham com planos que atendem às mais variadas necessidades. No caso dos coworkings ci-tados na matéria, os valores vão de R$ 15 a hora até R$ 680 a mensalidade do plano full time fixo.

    Foto: Divulgação

    Tecnologia

    Inova-UFPB lança edital voltado a ações de incubação de empresas

    A Agência UFPB de Inovação Tecnológica da Universidade Federal da Paraíba (Inova-UFPB) lan-çou na última semana o seu Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnoló-gica, por meio do edital que visa o credenciamento de centros e órgãos suplemen-tares. Este edital visa cre-denciar centros da UFPB; cujos produtos, processos

    ou serviços propostos se-jam de base tecnológica.

    O principal objetivo é o desenvolvimento e cresci-mento de novas empresas de base tecnológica, com foco na estruturação de negócios através do plane-jamento estratégico, da for-mação gerencial, por meio de qualificação, da promo-ção de assessorias e consul-torias, e do desenvolvimen-to de parcerias e clientes. O edital pode ser encontrado no site da UFPB.

    Para poder se creden-ciar no programa, o centro ou órgão suplementar deve se inscrever no edital, que é de fluxo contínuo, ou seja, a qualquer momento podem ser submetidas propostas.

    Os centros e órgãos suplementares credencia-dos participarão no desen-volvimento de ações para auxiliar o desenvolvimento de empreendimentos que serão pautadas nos cin-co eixos da metodologia CERNE, desenvolvida pela

    Associação Nacional de En-tidades Promotoras de Em-preendimentos Inovadores (ANPROTEC): Mercado, gestão, capital, tecnologia e o empreendedor.

    Durante esse perío-do, os centros e órgãos su-plementares credenciados serão capacitados para oferecer condições para o empreendedor se aprimo-rar nas áreas de gestão e comercialização, visando aumentar o potencial de sucesso de negócios. Essas ações acontecerão a partir da criação dos núcleos de incubação.

    A divulgação dos resul-tados da análise de processo de credenciamento será rea-lizada através do site (www.ufpb.br/inova) e, ainda, por contato via e-mail com a di-reção do(s) centro(s) e/ou órgão(s) suplementar(es) da UFPB aprovados.

    Para mais informações acesse o edital ou entre em contato através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (83) 3216-7558 (entre 8h e 13h) para esclarecimento de dúvidas ou agendamento de visita.

    Rammom [email protected]

    O Centro de Vi-gilância Ambiental e Zoonoses (Cvaz), no bairro dos Bancários, realiza no próximo sá-bado (24) o Dia D da vacinação Antirrábica. Desde ontem, entre-tanto, os animais já podem ser vacinados no local.

    A vacina contra a raiva deve ser dada uma vez ao ano. Além de imunizar os ani-mais, a vacina também impede que eles trans-mitam o vírus aos se-res humanos. Em qua-se 100% dos casos, pessoas que contraem o vírus chegam a óbito.

    Para tomar a va-cina, o animal precisa ter pelo menos três meses de vida e o pro-prietário deve levar o cartão de imunização. Mas aquele que não tiver o cartão também receberá o compro-vante de vacinação.

    No caso de ser a primeira dose da va-cina, o proprietário do animal deve ficar

    alerta para a segunda dose, que deve ser rea-lizada 30 dias após.

    No sábado, 185 postos de vacinação estarão distribuídos por toda a cidade das 8hs às 17hs. A abertu-ra oficial da campanha ocorrerá no Centro de Zoonoses. A meta é va-cinar 65.000 gatos e cachorros.

    Para saber mais informações, o usuário pode consultar no link https://midi.as/_9Q2 ou ligar no número: 3218-9357.

    Zoonoses aplica vacina antirrábica

    A vacinação antirrábica acontece dentro das atividades do Dia D. O animal

    precisa ter pelo menos três meses de vida

    para receber a dose, que deve ser dada uma vez ao ano.

    Equipe do Inova-UFPB: trabalho voltado para o desenvolvimento de empresas com bases tecnológicas

    Ambientes equipados, aconchegantes e colaborativos, os coworkings são ideais para profissionais autônomos, que levam em conta a questão econômica

    Foto: Evandro Pereira

  • UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - QUARTA-FEIRA, 21 de agosto de 2019 9

    2o Caderno

    Obra digital e gratuita, “Conte outra vez” é um tributo pelos 30 anos de morte do ícone da música brasileira

    Depois da música brega, agora é a vez das composi-ções de Raul Seixas recebe-rem homenagens de grandes autores da literatura con-temporânea no Brasil. A par-tir desta quarta-feira (21), o leitor já poderá ler a coletâ-nea “Conte outra vez”, que é digital e gratuita, na Amazon, Apple Books e outras plata-formas digitais. A obra é um tributo ao cantor 30 anos após sua morte, completa-dos neste mês de agosto. Da Paraíba, integram a coletâ-nea Braulio Tavares, Tiago Germano, Roberto Menezes, Joedson, Ivandro Menezes, João Matias e Bruno Ribeiro.

    O livro traz autores de estilos e trajetórias próprias, mas que compartilham o fascínio pela figura e pe-las obras do Raul. Algumas inspirações são mais sutis, outras mais diretas, com o próprio cantor surgindo em várias narrativas. Houve a preocupação de dar diversi-dade à coletânea, reunindo escritores de Minas Gerais, Paraíba, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo e outras partes do país. To-dos os contos são baseados nas músicas de Raul Seixas.

    Afinal, organizada pelo escritor T. K. Pereira, “Conte outra vez” busca marcar os 30 anos da morte de Raul

    Seixas e celebrar seu legado musical. Inicialmente, o livro teria apenas 30 contos, mas recebeu seis faixas-bônus. “Percebi que as canções es-colhidas permeavam quase todos os 17 álbuns de estú-dio, deixando de fora o pri-meiro e os últimos. Então convidei mais autores e pedi que eles escolhessem uma canção de cada álbum fal-tante. Para tornar o tributo ainda mais completo, o escri-tor Bráulio Tavares liberou a publicação de uma canção de sua autoria, uma apropriada elegia ao rei do rock brasilei-ro”, explica T. K. Pereira.

    E continua T. K. Perei-ra : “Os anos criaram misti-cismos e lendas ao redor do Raul, mas o que ficou dele para mim foi o artista que nunca deixou de acreditar em si mesmo, em sua obra e no que tinha a dizer, por mais obstáculos que surgissem em seu caminho”.

    Nascido em Salvador (em 1945), Raul Seixas mor-reu em 21 de agosto de 1989 e é considerado um pionei-ro do rock brasileiro. A sua obra musical é composta por 17 discos lançados em seus 26 anos de carreira. Entre os grandes sucessos estão “Maluco Beleza”, “Sociedade Alternativa”, “Gita” e ‘Ouro de tolo”. T. K. Pereira, o orga-nizador da obra, é natural da Bahia, mas está radicado em Minas Gerais.

    Linaldo Guedes [email protected]

    Livro reúne contos baseados nas canções de Raul Seixas

    IntercâmbioQuinto Concerto Oficial da Temporada 2019 da Orquestra Sinfônica da Paraíba terá regência do maestro português Osvaldo Ferreira. Página 12

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    Editoração: MaradonaEdição: Felipe Gesteira

    2o Voo da Águia

    Show em João Pessoa marca retorno de Oliveira de Panelas

    A Usina Cultural Ener-gisa, na cidade de João Pessoa, receberá no próxi-mo dia 30 o show “2º Voo da Águia”, com o poeta cantador, repentista e es-critor Oliveira de Panelas. O evento acontece a partir das 20h na Sala Vladimir Carvalho. Será uma noite de celebração com músi-cas, poesias e convidados

    especiais tais como Cris-tiano Oliveira, Antônio Costa, Marconi Araújo e Eulina Barbosa.

    De acordo com a or-ganizadora Caroline Ar-ruda, Oliveira de Panelas apresentará o seu novo projeto: o 2º Voo da Águia em um show dinâmico que marca um retorno do artista convidando o pú-blico a mergulhar em um momento de celebração de sua obra, em um reen-

    contro com convidados que fazem parte dessa his-tória. Com mais 50 anos de carreira, cantando pelo Brasil e no exterior, esta apresentação significa um recomeço na trajetória de Oliveira de Panelas.

    “Segundo a fábula, a águia, após algum tempo de voo, vai para o topo da montanha, afiar as garras e o bico para se renovar, se trocar inteira para reto-mar a sua trajetória. É um

    momento de renascimen-to em que ela se prepara para um voo mais longo. É justamente aí que entra a proposta do show 2º Voo da Águia, pois o artista já tem uma estrada e percor-reu muitos voos e agora vem essa retomada ”, deta-lha a organizadora.

    Ao todo, o cantor pos-sui 15 livros, 22 CDs e 11 LPs gravados individual-mente e em dupla, todos estes com uma temática

    envolvendo os problemas sociais do Nordeste, o ro-mantismo com um tom lírico, humor e entreteni-mento. Entre as parcerias registradas estão artistas como Otacílio Batista, com quem cantou por 23 anos.

    “O poeta repentista traz uma nova roupagem em seu repertório, mes-clando entre músicas, poesias, cantorias e cor-déis, um olhar renovador do amor sublime, resis-

    tência do ser e valoriza-ção da cultura popular e nordestina através da arte e suas origens”, afirma a produção do evento.

    Os ingressos são li-mitados, custam R$ 30,00 (inteira) e R$ 15 (meia) e poderão ser adquiridos no dia do show. A Usina Cul-tural Energisa está locali-zada na Rua João Bernar-do de Albuquerque, 243, no bairro do Tambiá, na capital paraibana.

    Juliana Cavalcanti Especial Para A União

    LISta dE autORES E CançõES ESCOLhIdaS Adriane Garcia - MG - Se o rádio não tocaAlessandra Barcelar - SP - Para NóiaAlessandro Garcia - RS - Meu Amigo PedroAna Elisa Ribeiro - MG - Metamorfose AmbulanteAna Luiza Rizzo - RS - O Trem das 7Betzaida Mata - MG - Ave Maria da RuaBráulio Tavares - PB - Chegada de Raul Seixas ao Castelo de AvalonBruna Brönstrup - RS- Check-upBruno Ribeiro - MG/PB - Maluco BelezaCinthia Kriemler - RJ - Ouro de ToloCris Vazquez - RS - Al CaponeCristiano Rato - MG - Na rodoviáriaEduardo Sabino - MG - Canto pra minha morteElizabeth Gouvea - MG - Você roubou meu videocasseteGisela Rodriguez - RS - O Dia em que a Terra parouIrka Barrios - RS - GitaIvandro Menezes - PB - Mosca na SopaJoão Matias - PB - A MaçãJoedson - PB - Sociedade AlternativaJulia Dantas - RS - Meu Amigo PedroKatia Gerlach - RJ - GospelMatheus Borges - RS - Paranóia II

    Maurem Kayna - RS - Medo da ChuvaNathalie Lourenço - SP - Aluga-seRenata Wolff - RS - Segredo da LuzRoberto Menezes - PB - CaminhosSamuel Medina - MG - Trem 103Sérgio Tavares - RJ - Metrô Linha 743Simone Teodoro - MG - S.O.ST. K. Pereira - BA/MG - Tente Outra VezT. S. Marcon - SC - Mamãe eu não queriaTadeu Sarmento - PE/MG - Dr. PaxecoTaiane MariaBonita - RS - JudasTiago Germano - PB - Sessão das 10Tiago Motta - MG - Como Vovó já DiziaWander Shirukaya - PE/SP - Rock das Aranha

    Proposta inicial do livro era de reunir apenas 30 contos, mas recebeu seis “faixas-bônus”

    Foto: Divulgação/Reprodução

  • Sabe aquela sensação de um copo de água gelada bebi-do no início da manhã, com o corpo sedento? Ela é parecida com a que eu sinto quando saio da plateia encantada ao fi-nal de um espetáculo impecável. Este frescor me atingiu no fim de semana quando assisti ao show da Quadrilha no pro-jeto Cambada do último dia 17. O rastro teima em ficar aqui e me faz fechar os olhos quando minha memória resgata os acordes em cordas vocais, sorrisos e parcerias musicais.

    Formado por Amorim, Elon, Guga Limeira e Pedro Índio, o quarteto paraibano usa a voz como instrumento principal fazendo malabarismos com arranjos, harmonias e melodias de encher os ouvidos. A Quadrilha tem pouco mais de um ano de existência, mas foi só na semana pas-sada que o primeiro single, a música ‘Abismo’ (de Pedro Índio Negro), foi lançado. Os quatros se apresentavam e encantavam na noite paraibana neste meio-tempo dentro e fora do estúdio. Mas foi no Espaço Cultural onde os quatro fizeram um show para fincar o pé no chão e avisar: viemos para ficar.

    Isto porque a forma como o grupo surgiu foi um tanto inconvencional e despretensiosa. Explico: Titá Moura, tam-bém cantor e compositor paraibano, encabeça um projeto chamado Terças Parahybridas no Recanto da Cevada. A partir da curadoria, passou a jogar a bola para alguns ar-tistas se juntarem para shows inéditos. Foi aí que começou o grupo com Pedro Índio, Guga Limeira e Elon. Mais tarde, Amorim viria para unir as cordas vocais. Já entrevistei e/ou fotografei cada um deles e, quando soube do casamento arranjado, sabia que bons frutos viriam dali -- mas não que seriam tão doces. As apresentações no Recanto e em outros bares da cidade foram as primeiras casas de um projeto que precisava reverberar em espaços maiores.

    No sábado, o quarteto harmonizou figurino e decora-ção intimista com canções feitas pela Quadrilha e outras

    autorais que fazem parte de projetos solos ou em bandas de cada um deles. Ainda, composições paraibanas revisi-tadas pelos músicos incluíram obras de Totonho e Paulo Ró, Milton Dornelas, Titá Moura, Chico César, Jackson do Pandeiro e Cátia de França.

    Foi no tablado da Sala de Concertos Maestro José Si-queira a primeira vez em que o quarteto esteve num palco teatral -- e foi também a primeira vez que os assisti ao vivo (das minhas dívidas que carregava nas costas). Apesar de muito autossuficiente, estar num metro quadrado maior exigiu mais corpo, por isso a banda foi acompanhada de Rhuan Pacheco no baixo, Lue Maia na percussão e Helinho Medeiros no acordeon. Ainda assim, a essência da Qua-drilha com dinâmica de vozes e instrumentos continuou presente por todo o repertório, do cover de Gilberto Gil no bloco inicial aos passos à frente e para trás dos balancês que embalaram a noite.

    De início, queria escrever que me senti fora do meu corpo quando fiz parte daquela plateia, mas a verdade é o oposto disso. Me fiz presente em carne, osso e arrepios. Ao mesmo tempo em que queria fechar os olhos e sentir tudo com sentidos mais aguçados, não queria perder as nuances da personalidade de cada um dos quatro e como isso se traduzia para o palco: os calcanhares dignos de Dorothy nas notas mais agudas de Guga, as mãos valsadas de Pedro Índio, o corpo saltitante de Elon, o tato cuidadoso de Amo-rim nos violões e na guitarra.

    O capricho que a Quadrilha têm no palco (e com ele) é o cuidado que eu quero ter com tudo nessa vida. Quero levar para mim a química, a musicalidade, a descontração, as cores, a poesia. Tudo isso me faz concordar com uma canção de autoria do quarteto: “o mundo gira devagar; se um lado é avesso e turvo, o outro lado é tanta luz, a olhos nus qualquer um pode enxergar”.

    Embora inconceituável em seu cerne indesviável e ontologia íntima, a poesia pode ser reconhecível em seus direcio-namentos mais explícitos e vocação mais claramente identificável. Sendo, assim, a que se plasma no corpo poemático de A Solidão dos Olhos e As Vertigens do Tempo, produção lírica de autoria de José Edmilson Rodrigues, parece ancorar no porto de uma escrita que consorcia minimalismo compo-sicional com acendrados incursionamentos por temários que dizem respeito às grandes questões que perfazem o acidentado itine-rário humano no palco da história.

    Querendo o máximo de dizer, com o mínimo do dito, na construção de poemas curtos e concentrados do ponto de vista de uma refreadadiscursividade, José Edmilson Rodrigues, conforme asseverou o mestre Ricardo Soares em lapidar juízo crítico exponenciado sobre o aludido poeta, urde os seus versos em indesviável conexão com o solo concreto das experiências efetiva-mente hauridas no cotidiano, no limite, em comunhão com a complexidade misteriosa do existir, com uma postura assumidamen-te divorciada da mera técnica verbal, da engenhosidade linguística fria, árida e des-tituída dos menores vestígios da emoção.

    O poema inaugural de sua travessia lírica, transida entre a solidão dos olhos e

    as vertigens do tempo, parece indiciar tal percurso vitalista, em cujo estuário texto e existência acumpliciam-se, como face e con-traface de uma mesma e inseparável moeda estética e existencial: “Folhas esculpem o ar / Ao vento pantomimas / Criam a vida e se confundem / Vida e arte”.

    Óbvio que com que Yuri Lotman em seu clássico livro A estrutura do texto artístico, aprendemos que arte não é documento, mas monumento, pressuposto pacífico da cada vez mais intrincada Teoria da Literatura, o que não impede, contudo, de divisarmos em certas construções literá-rias, o pulsar latejante da vida, vida que se transfigura no corpo palpável das palavras e no dorso escorregadio da linguagem.

    José Edmilson Rodrigues sabe, com o imenso Octavio Paz e sua emblemática antropologia poética presente no belíssimo livro O Arco e a Lira, que, em última análise, a indefinibilidade da poesia contracena com a inexauribilidade do ser humano, sendo aquela a tentativa recorrente e inal-cançável de tradução deste; e, sendo esse, o perquiridor incansável daquela. Nessa core-ografia protagonizada pela poesia do ser e pelo ser da poesia irrompe, como elemento aferidor implacável, a realidade do tempo, em que se consomem e se consumam todas as realidades. Por esse patamar, o tempo é

    energia, combustível perene a conduzir o vagão da existência, leitmotiv que atraves-sa, obsessivamente, o imaginário poético engendrado por José Edmilson Rodrigues. Tempo que, conforme pontuou Lêdo Ivo em seu magistral livro de poemas: Curral de Peixes é encarado como sendo irmão caçula da morte, veículo que nos transporta para a estação final do existir. Contra essa “injúria de tornar-se pó”, ainda de acordo com Lêdo Ivo em seu genial poema “A vã feitiçaria”, José Edmilson Rodrigues, em acendrada postura metalinguística constata que “o que resta é a palavra”, frágil-forte senha de eternidade, sobretudo porque “o homem é apenas metade de si mesmo, a outra meta-de é a sua expressão”, no acertado dizer de Emerson em seus filosóficos ensaios.

    Com efeito, ao viajar por outros terri-tórios, José Edmilson Rodrigues tangencia dimensões metafísicas que perquirem a condição humana em suas irremediáveis fissuras, cindida entre luz e trevas, lama e estrelas, em suma, José Edmilson Rodrigues tematiza o homem “endurecido pela natu-reza do existir”, travando ensandecida luta entre o que o eleva, e o que o arruína; entre o que o plenifica e o reconcilia com a sua originária vocação para as alturas, e o que o faz rastejar nas sombras vasqueiras de sua incurável impotência. Por vezes empare-

    dado por suas insuperáveis interdições, a humanidade cartografada por José Edmil-son Rodrigues, a exemplo do que ocorre com tantos outros cultores da palavra em estado de estesia, vislumbra no amor, senão a redenção definitiva das suas aporias, ao menos a passagem subterrânea para outros universos existenciais menos asfixiantes. É aqui que a lírica do vate campinense se amplia, elastece os seus compassos; e, firmada na função conativa da linguagem convoca o outro para tornar-se parceiro de um projeto existencial solidário, no qual o perdão e o amor andam de mãos dadas, diria o Carlos Drummond de Andrade do poema “Romaria”, “sonhando com outra humanidade”. Cedamos a palavra ao poeta: “Fujamos da vilania / e atemos o coração ao leme / do perdão e da vida, / busquemos nos traços / e gestos a epifania do amor”.

    Destaque, aqui, para o signo epifania, termo de natureza religiosa, e que aponta para a manifestação súbita e iluminadora de uma realidade, com a qual sempre estamos em contato, mas cuja dimensão profunda nos escapa, por estar tragada pelo nevoeiro que rotiniza as nossas percepções cotidianas. Fenômeno frequentíssimo na ficção dos narradores pós-realistas, dos quais, entre nós, Clarice Lispector ponti-ficou como uma das mais competentes

    praticantes, a epifania é clarão repentino, revelação impressentida, “ritmo novo no espaço” do ser, conforme tocante verso do Fernando Pessoa ortonímico.

    Na poética de José Edmilson Rodri-gues, portanto, o amor é visitação graciosa, luz fulgurante que desacinzenta a vida, rein-ventando-a, porque conforme preconizou a imensa Cecília Meireles: “a vida, a vida só é possível reinventada”. Outra dicção também explorada, exemplarmente, por José Edmil-son Rodrigues é a que conflui para o código memorialístico. Se, como afirma o narrador posto em circulação por Machado de Assis no conto “Verba Testamentária”: “esquecer é uma necessidade”, lembrar pode ser uma exigência do afeto ditada por categóricos im-perativos da existência. Memória que teima, como um visgo indespegável, a se incrustar nas fímbrias mais interiorizadas do coração.

    Em suma, tomando como ponto de partida e de chegada, o fundamental estatuto da literariedade, divisor de águas nos estudos literários que irromperam com os formalistas russos no início do século vinte, A Solidão dos Olhos e As Vertigens do Tempo assinala, inquestionavelmente, um crescimento do autor no tratocom a palavra poética. Que outros frutos brotem do cria-tivo pomar literário do irrequieto escritor campinense José Edmilson Rodrigues.

    Artigo José Mário da Silva Docente da UFCG - APL/ALCG

    Valeu a pena a espera. Valeu, sim!Na primeira vez que foi anunciada a vinda do espetáculo não

    vingou. Não veio e ficamos frustrados, chupando dedo, decepcio-nados com a desistência, mas, de alguma forma, tudo contribuiu para que o prazer de o ver, finalmente, fosse tão genuíno quanto foi. Nunca vimos uma sintonia tão fina entre o que acontecia no palco e a plateia. Às vezes, a plateia até respondendo em coro às provocações dos atores, revelando seu conhecimento do texto e do contexto do que estava se desenrolado no palco.

    Coisa de paraibano, para paraibano! O que não é de se es-tranhar, tendo em vista que o homenageado (Ariano Suassuna) o diretor da encenação (Luiz Carlos Vasconcelos), o autor do texto (o campinense Bráulio Tavares), um dos autores da trilha sonora (Chico César), o ator Adrén Alves, que faz o papel de Sultana e tam-bém o de Dona Eufrásia e o de um retirante são autênticos parai-banos. Diga-se de passagem, que o recurso de um ator representar vários papéis, num espetáculo, como é o caso de Adrén, era muito comum no século XVI, a época de Shakespeare e Cervantes. Aquele magnífico teatro, o Pedra do Reino, parece mais ter sido concebido com o intuito de abrigar tão grandiosa produção. Ver o governa-dor João Azevedo e o ex-governador Ricardo Coutinho sentados na plateia, testemunhando o ato, foi também um grande prazer, pois vimos o executivo paraibano representado pelos maiores respon-sáveis por aquela obra de cimento pedra e cal.

    A Paraíba pode ser pequenina, mas quando ela se esmera para conceber algo grande, grandioso, ela consegue alcançar os píncaros épicos da glória. A Paraíba tem uma vocação épica, essa é que é a verdade. E desta vez ela conseguiu chegar lá. É claro que não chegou lá sozinha. A companhia “Barca dos Corações Parti-dos” foi o meio de transporte que carregou atores e atrizes, objetos de cena, tudo que compôs o universo do musical até a nós, atéo Al-tiplano do Cabo Branco, até a Costa do Sol.

    Um artista que não está nos créditos, porque não colaborou materialmente com a produção, é o artista plástico paraibano Sérgio Lucena. Logo na abertura do espetáculo, quando os saltim-bancos entram em cena, temos a vívida impressão de estarmos adentrando numa tela de Sérgio Lucena, o Sérgio dos primeiros tempos, que pintava figuras grotescas, retiradas diretamente do universocircense.

    O autor do texto, o campinense Bráulio Tavares, merece uma ênfase especial dentro deste contexto. Para chegar aqui, Bráulio se preparou, estudou, produziu e escreveu muito, exercitando-se na poesia e na prosa, durante toda a sua vida de escritor, de cordelista, gastando 10 meses na produção