aulão crimes patrimoniais. lucia helena

Upload: joao-risoelton

Post on 14-Apr-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/30/2019 Aulo Crimes Patrimoniais. Lucia Helena

    1/7

    AULO CRIMES PATRIMONIAIS FESUDEPERJLcia Helena

    1) Qual a distino entre furto mediante fraude e estelionato?

    O crime de estelionato, descrito no art. 171, CP, pressupe o emprego defraude para que haja a entrega do bem pelo ofendido. Trata-se de obtenode vantagem de natureza ilcita.No crime de furto mediante fraude, previsto no art. 155, 4, II, CP, o agenteemprega a fraude com o fim de subtrair coisa alheia mvel, qualificando odelito.

    Com relao subtrao de sinal de TV a cabo, a matria controvertida.Existem diversos precedentes do STJ classificando-a como furto (art. 155,3, CP), no sentido de que esses sinais esto equiparados energia.H precedente do STF em sentido contrrio, afirmando que se trata apenasde ilcito penal, sendo uma conduta penalmente atpica, tendo em vista que

    a natureza do sinal de TV a cabo no se equipara energia, havendo, destemodo, analogia in mallam partam.

    Obs.: A apropriao indbita pressupe a posse lcita, sendo o dolo de seapropriar posterior.

    2) Na qualidade de defensor de Jorge, deve ser requerida a desclassificaodo crime de roubo (art. 157, 2, I, CP), tendo em vista que no h prova dequalquer emprego de violncia ou grave ameaa contra a vtima, sendohiptese de violncia contra a coisa (arrebatamento de inopino).O crime se mostra na forma tentada, tendo em vista a ausncia de possemansa e pacfica do agente, no havendo notcias da perda da coisa. Paraque o crime de furto seja consumado, necessria a posse mansa e pacficae a retirada do bem da esfera de vigilncia da vtima (posio daDefensoria).Caso no seja entendido pela desclassificao do roubo para o crime defurto, h que se afastar a causa de aumento de pena referente ao empregode arma, visto que a arma encontrada no foi utilizada contra a vtima naprtica da subtrao, uma vez que estava dentro da bolsa do agente.Ademais, h que se reconhecer a tentativa do roubo, em razo da ausnciade posse mansa e pacfica do bem.Por fim, Jorge faz jus circunstncia atenuante da confisso, prevista no art.65, III, d, CP.

    3) Trata-se de coisa alheia perdida (res desperdita), que no pode serobjeto material do crime de furto, todavia, pode ser objeto da apropriaode coisa achada (art. 169, nico, II, CP). Jos Carlos, ao vender o relgio,realizou ato incompatvel com a entrega do bem autoridade, consumandoo delito.Com relao a Alfredo, deve ser analisada a prtica do art. 180, CP, tendoem vista que adquiriu coisa produto de crime. necessrio analisar oelemento subjetivo, a fim de definir a sua situao jurdica.

    Obs.: A res nullius, coisa derelicta no podem ser objeto material do crimede furto.

    Mas, a coisa perdida pode ser objeto material do crime de apropriao decoisa achada, previsto no art. 169, nico, II, CP.

  • 7/30/2019 Aulo Crimes Patrimoniais. Lucia Helena

    2/7

    4) A arma de brinquedo, defeituosa ou desmuniciada no implicam nacausa de aumento do art. 157, 2, I, CP. Sendo assim, o agente deve serdenunciado pelo crime do art. 157m caput, CF, pois ausente apotencialidade lesiva da arma (princpio da lesividade) e devido aocancelamento da smula 174, STJ.Para a segunda corrente, fala-se do maior temor sofrido pela vtima com oemprego da arma, mesmo que de brinquedo. Mas, incluir a causa deaumento ensejaria bis in idem, j que o emprego da arma de brinquedo jest sendo levada em considerao para a caracterizao da grave ameaa,elemento do crime de roubo.

    Aquele que finge estar armado caracteriza roubo, sob o argumento de quehouve a grave ameaa

    Obs.: A arma meio para a prtica do roubo e, portanto, pelo princpio daconsuno, no h a incidncia do crime de porte de arma.

    Em relao tentativa, os agentes tiveram a disponibilidade dos bens,ainda que por breve momento, o que caracteriza a posse mansa e pacficado bem. Porm, para ser tentativa, preciso que os bens no tenham sadoda esfera da vigilncia da vtima. A jurisprudncia entende que cessada aviolncia e invertida a posse (disponibilidade), o crime j estar consumado.

    No que tange ao concurso de crimes, h que se considerar o concursoformal, visto que praticado mais de um crime (atingidos 2 patrimnios)mediante uma nica ao.

    Obs.: O roubo cometido em nibus caracteriza concurso formal.

    O juiz reconheceu que as circunstncias judiciais eram favorveis aoagente. Por isso, no possvel a imposio de regime fechado, somentediante da gravidade em abstrato do crime, pois o art. 33, 3, CP exige aanlise das circunstncias judiciais. Ademais, incidem as smulas 718 e719, STF, que no permitem a imposio de regime mais gravoso diante dagravidade em abstrato do crime, tendo em vista o princpio daindividualizao das penas (art. 5, XLVI, CF).

    Obs.: Concurso de pessoas e menor de idade. A doutrina ejurisprudncia majoritrias entendem que haver concurso de pessoas

    ainda que no cmputo desse nmero haja a figura do menor.5) Inicialmente, h que se postular a improcedncia da pretenso punitivaem razo da negativa de autoria do ru, conforme as palavras do acusado,que esto em consonncia com o princpio da presuno de inocncia.Ademais, em apreo ao princpio da presuno de inocncia, no possvela condenao com base exclusivamente na palavra da vtima.Na remota hiptese de condenao, entretanto, o crime descrito no seamolda ao furto qualificado pela fraude, e sim ao estelionato, previsto noart. 171, CP, que permite a suspenso condicional do processo, mencionadano art. 89, Lei 9.099/95. Portanto, deve ser conferido ao ru tal direito.

    6) O furto noturno aquele praticado durante o repouso noturno, isto , omomento de repouso da vtima, diante das circunstncias do caso concreto.

  • 7/30/2019 Aulo Crimes Patrimoniais. Lucia Helena

    3/7

    a natureza jurdica do art. 155, 1, CP de causa especial de aumento depena, porque a coisa fica mais vulnervel durante o repouso noturno.Essa causa de aumento de pena incide unicamente ao furto simples (art.155, caput), previsto no caput e, portanto, a majorante referente aofurto noturno no pode ser aplicado ao furto qualificado , em virtudeda sua posio topogrfica.

    HC 131391. 6 turma. STJ. 06/09/2010

    HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO. AUMENTO DE PENA POR TER SIDOO DELITO PRATICADO DURANTE O PERODO NOTURNO. IMPOSSIBILIDADE.MATRIA NO APRECIADA PELO JUZO DE ORIGEM. SUPRESSO DEINSTNCIA. IMPETRAO NO CONHECIDA. HABEAS CORPUS CONCEDIDODE OFCIO. O aumento de pena por ter sido o delito de furtopraticado durante o perodo noturno no incide nos crimesqualificados. Nestes, as penas previstas j so superiores.

    Por outro lado, no tocante ao furto noturno e privilegiado, no h qualquerincompatibilidade.

    Em relao ao furto qualificado e privilegiado, a questo controvertida. Hquem defenda a incompatibilidade da incidncia do privilgio sobre o furtoqualificado, tendo em vista a sua posio topogrfica. A jurisprudnciamajoritria no sentido de que possvel a figura do furto qualificadoe privilegiado, desde que a qualificadora seja objetiva e o fato noconstitua crime mais grave.

    EREsp 842425. 3 Seo. 02/09/2011

    EMBARGOS DE DIVERGNCIA NO RECURSO ESPECIAL. FURTO QUALIFICADOMEDIANTE CONCURSO DE AGENTES. SUBTRAO DE MERCADORIASAVALIADAS EM R$ 250,00 (DUZENTOS E CINQUENTA REAIS). INCIDNCIA DOPRIVILGIO DO ART. 155, 2, DO CDIGO PENAL. POSSIBILIDADE.QUESTO PACIFICADA NO MBITO DESTA CORTE E DO STF. 1. O Superior

    Tribunal de Justia, acompanhando a jurisprudncia do Supremo TribunalFederal, pacificou entendimento no sentido de ser possvel oreconhecimento do privilgio previsto no 2 do art. 155 do CdigoPenal nos casos de furto qualificado (CP, art. 155, 4). 2. Registre-seque o nico requisito exigido para aplicao do benefcio que asqualificadoras sejam de ordem objetiva, como no caso - concurso de

    agentes -, e que o fato delituoso no seja de maior gravidade. 3.Desse modo, sendo o ru primrio e de pequeno valor a res furtiva, no hbice concesso do referido privilgio na hiptese de furto qualificado peloconcurso de agentes.

    Obs.: No caso do furto qualificado privilegiado, a jurisprudncia dostribunais superiores no tem aplicado somente a pena de multa, em quepese o art. 155, 2 permitir essa alternativa ao juiz.

    7) Como a coisa chegou ao poder do agente em decorrncia de erro deoutrem, o crime praticado de apropriao indbita por erro caso fortuitoou fora da natureza (art. 169, CP).

  • 7/30/2019 Aulo Crimes Patrimoniais. Lucia Helena

    4/7

    8) Se a pena-base foi aplicada no mnimo legal porque as circunstnciasjudiciais so favorveis, razo pela qual o regime inicial de cumprimento depena no pode ser mais gravoso do que o previsto em lei.Assim, dever o defensor pblico interpor recurso de apelao, com base noart. 593, I, CPC, sob o argumento de que o regime para cumprimento dapena foi imposto de forma equivocada, j que a pena-base foi fixada nomnimo legal, sendo, portanto, favorveis as circunstncias judiciais,restando contrariado o princpio da individualizao das penas (art. 5, XLVI,CF).Restam ofendidas as smulas 718 e 719, STF, que no permitem imposiode regime mais gravoso em virtude da gravidade em abstrato do delito oumesmo diante da opinio do julgador.

    9)Furto qualificado por abuso de confiana (art. 155, 4, II, CP) XApropriao indbita com aumento de pena em razo de ofcio,emprego ou profisso (art. 168, 1, III, CP).No furto com abuso de confiana, o agente tem a posse vigiada do bem e o

    crime marcado por uma relao de fidelidade entre o sujeito ativo epassivo. Assim, para que incida a qualificadora do furto com abuso deconfiana necessrio que haja uma relao de confiana anterior entre oautor e a vtima do furto. Assim, o agente se aproveita dessa relao defidelidade anteriormente existente para praticar a subtrao.A mera relao de emprego no serve para caracterizar essaespecial relao de fidcia entre o agente a vtima.

    A apropriao indbita pressupe a posse desvigiada da coisa, de modo queo agente possui o bem sem que o proprietrio o alcance com a sua prpriaviso.

    Portanto, a capitulao do crime se mostra incorreta, melhor se ajustando aconduta de Joo ao crime de apropriao indbita majorada (art. 168, 1,III, CP).

    10) O art. 159, CP consuma-se independentemente da obteno davantagem pelo agente. O momento consumativo se d com a restrio daliberdade da vtima (smula 96, STJ), devendo ser preservada arazoabilidade e ficar demonstrado o especial fim de agir.

    11) O crime praticado pelos agentes de extorso mediante sequestro (art.159, 1, CP). O crime consumado independentemente do recebimento da

    vantagem pelos agentes. Trata-se de extorso mediante sequestroqualificado, tendo em vista que o sequestro durou mais de 24 horas.No houve a prtica do crime de quadrilha, porque no h associao decarter estvel e permanente com o fim de cometer crimes, requisitosimprescindveis para a configurao do tipo do art. 288, CP.

    Classificao: crime comum, hediondo, monossubjetivo, permanente,formal, admite tentativa, doloso, ao penal pblica incondicionada.

    Obs.: Requisitos da quadrilha. Associao de mais de 3 pessoas, decarter estvel e permanente, com o fim de cometer crimes.

    Obs.: Extorso mediante qualificada por bando ou quadrilha +Crime de bando ou quadrilha. H controvrsia doutrinria a respeito do

  • 7/30/2019 Aulo Crimes Patrimoniais. Lucia Helena

    5/7

    concurso entre tais crimes, sendo que a doutrina majoritria entende pelaausncia de bis in idem no concurso entre o crime de quadrilha ou bando ea de extorso mediante sequestro qualificada pela quadrilha ou bando, jque os momentos consumativos e a objetividade jurdica so totalmentediversos.Em sentido contrrio, a Defensoria Pblica entende que h bis in idem.

    Obs.: Sequestro X Crcere privado X Roubo com restrio da liberdade XSequestro relmpago X Extorso mediante sequestro.

    a) Sequestro e Crcere privado: crime contra a liberdade pessoal. Emambos os casos, no h fim patrimonial.A distino entre esses crimes se d pelo tempo de restrio da liberdade

    da vtima, sendo que, no crcere privado, h uma maior restrio daliberdade.

    b) Roubo com restrio da liberdade (Art. 157, 2, V, CP) : a restrio

    da liberdade tem a finalidade de garantir o sucesso do roubo.Assim, se a restrio da liberdade se d por causa diversa, haver concursoentre o roubo e o sequestro. necessrio fixar, de acordo com o princpio da razoabilidade, o temposuficiente para que fique configurada a majorante e no o tipo autnomo desequestro. Assim, se o agente mantm a vtima em seu poder por perodode tempo no prolongado, de maneira a garantir o sucesso da empreitadacriminosa, evitando possvel ao policial, haver apenas roubo majorado.

    c) Sequestro relmpago (art. 158, 3, CP): a restrio da liberdade condio necessria para a obteno da vantagem. imprescindvel o agirda vtima para a obteno da vantagem pelo agente.

    d) Extorso mediante sequestro: h a privao da liberdade com o fimde obter vantagem econmica e indevida.

    12) Como a subtrao foi posterior ao evento morte, Paulo e Jos devemresponder pelo crime de homicdio, podendo serem discutidas asqualificadoras relativas ao motivo ftil e ao meio cruel. Tambm deve seranalisada a incidncia da ocultao de cadver, prevista no art. 211, CP.Para que haja a prtica de latrocnio (art. 157, 3, CP), a morte da vtimadeve decorrer da violncia empregada no roubo, sendo essa morte dolosaou culposa.

    Se a morte decorre de grave ameaa, no h que se falar em latrocnio, masem roubo simples.

    Se houver mais de uma morte, com nica subtrao, h apenas um crimede latrocnio, sendo que estas mortes influenciaro na dosimetria da pena.

    Nos termos da smula 610, STF, o latrocnio se consuma se a subtrao fortentada e o homicdio for consumado.Em sentido contrrio da smula, possvel afirmar que, como se trata decrime complexo, h necessidade do preenchimento das figuras que, juntas,forma cadeia delitiva, de modo que somente haver consumao dolatrocnio quando o roubo e o homicdio se consumarem.

  • 7/30/2019 Aulo Crimes Patrimoniais. Lucia Helena

    6/7

    As causas de aumento de pena previstas no art. 157, 2, CP no seaplicam s hipteses de roubo qualificado (art. 157, 3, CP), em razoda sua posio topogrfica.

    13) Como o agente achava que a coisa no pertencia a ningum, estava emerro (art. 20), devendo ser absolvido nos termos do art. 386, VI, CPP.

    14) No h que se falar em contraveno penal, por conta da regra previstono art. 4, no sendo punvel a tentativa de contraveno.Como David havia sido sepultado sem as jias, no havia patrimnio a serlesado pela conduta de Custdio, sendo, portanto, crime impossvel (art. 17,CP).Ainda que assim no fosse, mesmo que o cadver estivesse com as jias,no se poderia falar em furto, tendo em vista que as coisas sepultadas como morto no podem ser objeto material deste delito, pois esto fora docomrcio (Posio da Defensoria Pblica).

    15) O art. 181 prev as escusas absolutrias, causas de iseno de penapor poltica criminal. O art. 182 estabelece que a ao penal somente seproceder mediante queixa quando a subtrao cometida em prejuzo detio ou sobrinho, que coabitem.Assim, deveria ter sido oferecida representao pelo Sr. Juca, na forma doart. 38, CPP, sob pena de extino da punibilidade de Severino, em razo doteor do art. 107, IV, CP.

    Caso assim no se entenda, possvel pleitear a aplicao do art. 155, 2,CP, tendo em vista o pequeno valor da coisa furtada e a primariedade doagente.Por fim, aplica-se a atenuante da confisso (art. 65, III, d, CP).

    16) A utilizao de arma de brinquedo no enseja a incidncia da causa deaumento de pena, tendo em vista o princpio da lesividade (smula 174,STJ).A vtima no estava em transporte de valores, visto que transportava seusprprios valores.A defesa deve requerer a desclassificao para o crime de roubo simples,alm da aplicao da atenuante da confisso.

    17) Aplicao do art. 182, II, CP. A ao penal somente se procedemediante queixa.

    Se o ru estiver preso, h que se impetrar HC para declarar a nulidade,tendo em vista a ausncia da representao do ofendido.

    18) O crime praticado o estelionato, j que a atendente da caixa entregouvoluntariamente o bem ao agente.

    Obs.: Em relao ao furto cometido em supermercado com sistema demonitoramento, o entendimento jurisprudencial no sentido de que se tratade, no mnimo, crime tentado, visto que h o risco de se concretizar asubtrao.A defensoria pblica alega que se trata de crime impossvel, em razo deque o agente est sendo monitorado, no havendo possibilidade de leso ao

    patrimnio.

  • 7/30/2019 Aulo Crimes Patrimoniais. Lucia Helena

    7/7

    Obs.: Furto famlico o furto praticado em estado de necessidade, desdeque preenchidos os requisitos do art. 24, CP.

    19) Furto e roubo: a defensoria pblica entende que posse mansa epacfica e retirada do bem da esfera de vigilncia da vtima.A jurisprudncia entende que a consumao do delito se d com a inversoda posse, sendo, portanto, independente da posse mansa e pacfica.

    Extorso mediante sequestro: consuma-se independentemente da obtenoda vantagem.Induzimento: ocorre com a morte ou com a leso corporal de naturezagrave.

    20) No tocante subtrao de pertences do interior de veculo, hdivergncia se h furto simples ou furto qualificado pelo rompimento doobstculo.

    Pelo princpio da razoabilidade, h precedentes que aplicam o art. 155, CPpara o furto de pertences no interior do veculo, porque se o crime fosseconsiderado qualificado, haveria uma contradio porque o furto do veculoseria simples e o furto de um mero objeto seria qualificado.

    A Defesa sustenta que, em todos os casos, o furto simples, em virtude dosprincpios da razoabilidade e proporcionalidade.

    21) O crime foi praticado em concurso de pessoas, porque a presena doinimputvel deve ser considerada no cmputo do nmero de agentes.

    24) Houve concurso entre o sequestro relmpago e o roubo. A doutrina

    majoritria entende que o concurso de natureza material (art. 69, CP). Poroutro lado, a Defensoria Pblica defende que se trata de crimes da mesmaespcie, violando o mesmo bem jurdico e, portanto, a hiptese decontinuidade delitiva (art. 71, CP).Ademais, Jurandir tambm incorre no art. 304, CP, em virtude do uso dedocumento falso.